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PENALIDADE

S
SUMÁRIO

BLOCO 157
PENALIDADES
SUJEITO ATIVO (APLICADOR)
As penalidades aplicadas pelo CTB estão previstas em um ROL TAXATIVO no art. 256 e
somente poderão ser aplicadas pela AUTORIDADE DE TRÂNSITO. Se de um lado apenas a
autoridade de trânsito é quem pode aplicar uma penalidade, por outro lado são quatro sujeitos
quem podem ser penalizados: o condutor, proprietário, transportador e embarcador.
ATENÇÃO! A PM, CONTRAN, CETRAN, CONTRANDIFE e DENATRAN NÃO possuem a figura
da autoridade de trânsito!
Art. 256. A AUTORIDADE DE TRÂNSITO, na esfera das competências estabelecidas neste
Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as
seguintes PENALIDADES:

PENALIDADE PREVISÃO HIPÓTESES DE CABIMENTO


• Infração MÉDIA ou LEVE
Advertência por escrito Art. 267 • Não reincidente (12 meses)
• Ato vinculado
Multa Arts. 258, 259 e 260 De acordo com cada infração
1) Atingir: (12 meses)
• 40 pontos = “0” gravíssima
Suspensão do Direito de • 30 pontos = “1” gravíssima
Dirigir Art. 261
• 20 pontos = “2” gravíssimas
2) Quando a própria infração
previr
• Conduzir veículo com CNH
suspensa
• Reincidência, no prazo de
doze meses, das infrações
Cassação da CNH Arts. 263 a 266 previstas no inciso III do art.
162 e nos arts. 163, 164, 165,
173, 174 e 175
• Condenado judicialmente
por delito de trânsito, obser-
vado o disposto no art. 160

Cometimento de infração
Cassação da PPD Art. 148 gravíssima, grave ou rein-
cidência em média no prazo
de 12 meses.

• Suspenso do direito de
dirigir
• Envolvimento em acidente
grave para o qual haja con-
tribuído, independentemente
Curso de Reciclagem Art. 268 de processo judicial
• Condenado judicialmente
por delito de trânsito
• Qualquer tempo, se for
constatado que o condutor
está colocando em risco a
segurança do trânsito

É importante frisar que a aplicação de qualquer penalidade descrita acima não elide (impede ou
afasta) as infrações de natureza penal, tendo em vista que se tratam de esferas diferentes. Assim,
cada penalidade deve ser comunicada ao DETRAN dos estados para o registro no banco de dados
do condutor e do veículo.
§ 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código NÃO ELIDE as punições
originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito, conforme disposições de
lei.
§ 2º (VETADO)
§ 3º A imposição da penalidade será COMUNICADA aos órgãos ou ENTIDADES
EXECUTIVOS DE TRÂNSITO responsáveis pelo licenciamento do veículo e habilitação do
condutor.

SUJEITO PASSIVO
Poderão funcionar como sujeito passivo, ou seja, o agente em que é aplicado a penalidade
todas as pessoas citadas no art. 257:
Art. 257. As penalidades serão impostas ao CONDUTOR, ao PROPRIETÁRIO do veículo, ao
EMBARCADOR e ao TRANSPORTADOR, salvo os casos de descumprimento de obrigações
e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste
Código.
Quanto às penalidades aplicadas ao condutor e ao proprietário, em regra, quem sofre a pon-
tuação é o condutor enquanto a multa é dever do proprietário. No entanto, caso o condutor seja
o responsável pela infração, é possível que o pagamento seja alterado para
o condutor, com reconhecimento e assinatura dada pelo proprietário do veículo.
§ 1º Aos PROPRIETÁRIOS E CONDUTORES de veículos serão impostas CONCOMITANTE-
MENTE as penalidades de que trata este Código toda vez que houver RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de
per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
§ 2º Ao PROPRIETÁRIO caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia
regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do
VEÍCULO na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, compo-
nentes, agregados, HABILITAÇÃO legal e compatível de seus condutores, quando esta for
exigida, e outras disposições que deva observar.
§ 3º Ao CONDUTOR caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de ATOS PRATI-
CADOS NA DIREÇÃO DO VEÍCULO.

§ 4º O EMBARCADOR é responsável pela infração relativa ao TRANSPORTE DE CARGA


COM EXCESSO DE PESO nos eixos ou no peso bruto total, quando SIMULTANEAMENTE for
o ÚNICO remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for
INFERIOR àquele aferido.
§ 5º O TRANSPORTADOR é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga
com EXCESSO DE PESO nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um
embarcador ultrapassar o PESO BRUTO TOTAL.
§ 6º O TRANSPORTADOR e o EMBARCADOR são SOLIDARIAMENTE responsáveis pela
infra- ção relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal,
fatura ou manifesto for superior ao LIMITE LEGAL.
PRAZO DE IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR: 30 dias.
§ 7º Quando não for imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o
proprietário do veículo terá o PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS, contado da notificação da autuação,
para apresen- tá-lo, na forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido o prazo, se não o fizer,
será considerado responsável pela infração o principal condutor ou, em sua ausência, o
proprietário do veículo.

SUJEITO ATIVO AUTORIDADE de Comunicação aos ÓRGÃOS EXECUTIVOS de


(PENALIZADOR) trânsito trânsito (DETRANs)

Atos praticados na
Condutor
direção do veículo
Responsabilidade
Condições de trân- SOLIDÁRIA
Proprietário sito, do veículo e
condutores
Transporte de car-
SUJEITO PASSIVO ga em excesso no
(PENALIZADO) Transportador PBT (ou mais de um Responsabilidade
embarcador) SOLIDÁRIA – excesso
de PBT quando o peso
Transporte de carga declarado na nota
com excesso de peso fiscal por SUPERIOR
nos eixos ou PBT (úni- ao limite legal
Embarcador
co remetente) + Peso
declarado for inferior
ao aferido

Art. 162. Dirigir veículo:


• – sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para
Con- duzir Ciclomotor:

Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (três vezes);
Medida administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado;
• – com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir
Ciclomotor cassada ou com suspensão do direito de dirigir:

Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (três vezes);

Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo até a


apresentação de condutor habilitado;
• – com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente da do
veículo que esteja conduzindo:

Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (duas vezes);
Medida administrativa – retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado;
• – (VETADO)

• – com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de trinta dias:


Infração – gravíssima;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e retenção do veículo
até a apresentação de condutor habilitado;
• – sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de audição, de prótese física ou as
adaptações do veículo impostas por ocasião da concessão ou da renovação da licença para con-
duzir:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – retenção do veículo até o saneamento da irregularidade ou apresenta-
ção de condutor habilitado.

Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas no artigo anterior:
Infração – as mesmas previstas no artigo anterior;
Penalidade – as mesmas previstas no artigo anterior;
Medida administrativa – a mesma prevista no inciso III do artigo anterior.
Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse do veícu-
lo automotor e passe a conduzi-lo na via:

Infração – as mesmas previstas nos incisos do art. 162;


Penalidade – as mesmas previstas no art. 162;
Medida administrativa – a mesma prevista no inciso III do art. 162.
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu esta-
do físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa.

Caso não haja identificação do infrator, a apresentação deverá acontecer no prazo de 30


DIAS, o qual, após decorrido, implementará a infração ao principal condutor ou proprietário do
veículo. O problema encontrado antes de 2017 era o caso de pessoa jurídica, a qual não indicava
o condutor. Atualmente, a Resolução nº 710/17 do CONTRAN regulamentou essa situação,
aplicando a penalidade de uma nova multa (não identificação do condutor – NIC) de não
apresentação de condutor, com valor igual ao da multa aplicada na primeira infração. Caso no
período de 12 meses seja cometida nova infração com mesma tipificação, aplica-se a penalidade
EM DOBRO.

Para exemplificar: um veículo pertencente à PESSOA JURÍDICA avança o sinal vermelho do


semáforo (infração gravíssima – 7 pontos – R$ 293,47) e não identifica o condutor infrator. A este
veículo serão aplicadas duas autuações:
ͫ Primeira: avanço de sinal vermelho= R$ 293,47.
ͫ Segunda: mesmo valor de R$ 293,47, por não ter identificado o condutor (Multa NIC).
ͫ R$ 293,47 (1° multa) + R$ R$ 293,47 (2ª multa) = R$ 586,94 – Total a ser pago.
Se em 12 meses, o condutor cometer outra infração por Avanço de Sinal Vermelho, o valor
da multa NIC será computado da seguinte forma:
ͫ Primeira: avanço de sinal vermelho= R$ R$ 293,47.
ͫ Segunda: por não ter identificado o condutor, caberá o valor de R$ 293,47 × 2 = R$ 586,94.
ͫ R$ 293,47 (1° multa) + R$ 586,94 (2ª multa) = R$ 880,41 – Total a ser pago.
§ 7º Não sendo imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o proprietário
do veículo terá QUINZE DIAS DE PRAZO, após a notificação da autuação, para apresentá-
lo, na forma em que dispuser o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), ao fim do qual,
não o fazendo, será considerado responsável pela infração o PRINCIPAL CONDUTOR ou,
em sua ausência, o PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO.
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não havendo identificação do infrator e
sendo o veículo de PROPRIEDADE DE PESSOA JURÍDICA, será lavrada NOVA MULTA ao
pro- prietário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor é o da multa
multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas no período de doze meses.
§ 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica NÃO o exime do disposto no § 3º do art. 258 e
no art. 259.
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de trânsito o principal condutor
do veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do
cadastro do veículo no Renavam.
§ 11. O principal condutor será EXCLUÍDO do Renavam:
• – quando houver transferência de propriedade do veículo;

• – mediante requerimento próprio ou do proprietário do veículo;


III – a partir da indicação de outro principal condutor.
MULTA E PONTUAÇÃO
Toda a tramitação par a aplicação da penalidade de multa está prevista na resolução 619 do
CONTRAN.
Art. 258. As infrações punidas com MULTA classificam-se, de acordo com sua gravidade,
em quatro categorias:
•– infração de natureza GRAVÍSSIMA, punida com multa no valor de R$ 293,47 (duzentos
e noventa e três reais e quarenta e sete centavos);
• – infração de natureza GRAVE, punida com multa no valor de R$ 195,23 (cento e noventa
e cinco reais e vinte e três centavos);

• – infração de natureza MÉDIA, punida com multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta
reais e dezesseis centavos);
• – infração de natureza LEVE, punida com multa no valor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais
e trinta e oito centavos).
§ 1º REVOGADO
§ 2º Quando se tratar de MULTA AGRAVADA, o fator multiplicador ou índice adicional
espe- cífico é o previsto neste Código.
§ 3º (VETADO)
§ 4º (VETADO)

Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguintes números de pontos:
I – gravíssima – sete pontos;
• – grave – cinco pontos;
• – média – quatro pontos;
IV – leve – três pontos.
ATENÇÃO! Sempre que houver algum fator multiplicativo, é aplicado apenas ao valor da
multa, e não à pontuação.
§ 4º Ao condutor identificado será atribuída pontuação pelas infrações de sua responsabi-
lidade, nos termos previstos no § 3º do artigo 257 deste Código, EXCETO AQUELAS:
• – praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte rodoviário de
passageiros em viagens de longa distância transitando em rodovias com a utilização de
ônibus, em linhas regulares intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas em
viagem de longa distância por fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, excluídas
as situações regu- lamentadas pelo Contran conforme disposto no artigo 65 deste Código;
• – previstas no artigo 221, nos incisos VII e XXI do artigo 230 e nos artigos 232, 233, 233-
A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo da aplicação das penalidades e medidas
administra- tivas cabíveis;
• – puníveis de forma específica com suspensão do direito de dirigir.

APLICAÇÃO E ARRECADAÇÃO DE MULTAS


Normalmente o que acontece é que o órgão autuador funciona como arrecadador da multa
que aplicou. O local de licenciamento do veículo normalmente é quem vai aplicar a penalidade
(DETRAN do estado). No entanto, as infrações praticadas em ente federativo diverso devem ser
arrecadadas na forma estabelecido pelo Contran, o que não foi ainda plenamente
regulamentado.
Art. 260. As multas serão IMPOSTAS e ARRECADADAS pelo órgão ou entidade de trânsito
com circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a infração, de acordo com a competência
estabelecida neste Código.
§ 1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação DIVERSA da
do licenciamento do veículo serão arrecadadas e compensadas na forma estabelecida pelo
CONTRAN.

§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade da Federação diversa


daquela do licenciamento do veículo PODERÃO ser comunicadas ao órgão ou entidade
responsável pelo seu licenciamento, que providenciará a notificação.
§ 3º REVOGADO
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no exterior, em trânsito no
território nacional, a multa respectiva deverá ser paga ANTES DE SUA SAÍDA DO PAÍS,
respeitado o PRINCÍPIO DE RECIPROCIDADE.

SUSPENSÃO
Art. 261. A penalidade DE SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR será imposta nos seguintes
casos:
• – sempre que, conforme a pontuação prevista no artigo 259 deste Código, o
infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de pontos:
• 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas na pontuação;
• 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação;
• 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação;
• – por transgressão às normas estabelecidas neste Código, cujas infrações preveem, de
forma específica, a PENALIDADE DE SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR.
§ 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir são os
seguintes:
• – no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e, no caso de
reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos;
• – no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para as infrações
com prazo descrito no dispositivo infracional, e, no caso de reincidência no período de
12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no inciso II do
artigo 263.

• 40 pontos quando não


houver gravíssima;
1ª vez: 6 meses a 1 ano
• 30 pontos havendo 1
Pontuação Reincidência (12 meses): 8
gravíssima;
meses a 2 anos
• 20 pontos havendo duas
gravíssimas.
1ª vez: 2 a 8 meses
Previsto em infração – Reincidência (12 meses): 8
a 18 meses
ATENÇÃO! Os prazos levantados de reincidência são específicos! Ou seja, a reincidência exige
que seja realizada na mesma modalidade de suspensão (pontuação ou infração).
Havendo uma soma total de pontos exorbitante, a Resolução nº 723 afirma que será
instaurado um único PAD, não sendo computado pontuação nas infrações que por si só
preverem a suspensão.
Em se tratando de suspensão ocorrida no local de registro do veículo, haverá um único PAD
para apuração da suspensão e aplicação da multa. No entanto, quando houver cometimento de
infração em local distinto do registro do veículo, primeiramente será julgada a multa, para depois

haver comunicação ao órgão de registro do veículo para o início do PAD de suspensão, tudo isso
via RENAINF.
Havendo a aplicação da suspensão, está o condutor obrigado a realizar o curso de
reciclagem. Após realizado, a habilitação será novamente entregue ao condutor, com eliminação
dos 20 pontos.
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação
será devolvida a seu titular IMEDIATAMENTE após cumprida a penalidade e o CURSO DE
RECICLAGEM.
§ 3º A imposição da penalidade de suspensão do direito de dirigir ELIMINA a quantidade
de pontos computados, prevista no inciso I do caput ou no § 5º deste artigo, para fins de
contagem subsequente.
§ 4º REVOGADO
ATENÇÃO! A Deliberação nº 163 do CONTRAN, no art. 27, determina que é possível a
extensão dos dispositivos previstos para a suspensão às modalidades de carteira ACC, PID e
PPD, naquilo que lhes couber.
CONTAGEM DO PRAZO DA SUSPENSÃO: de acordo com ao art. 16 da Resolução nº 723, a
contagem do prazo da suspensão é feita a partir de:
• 15 dias corridos contados do término do prazo de interposição de recursos;
• dia subsequente ao término do prazo de entrega do documento físico (não inferior a 30
dias);
• na data de entrega do documento físico.

RECICLAGEM PREVENTIVA
§ 5º No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, a penalidade de
suspensão do direito de dirigir de que trata o caput deste artigo será imposta quando o
infrator atingir o limite de pontos previsto na alínea c do inciso I do caput deste artigo,
independentemente da natureza das infrações cometidas, facultado a ele participar de
curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de 12 (doze) meses, ATINGIR 30
(TRINTA) PONTOS, conforme regulamentação do Contran.
ATENÇÃO! A regra de pontuação de acordo com o tipo de infração NÃO atinge aos
motoristas profissionais, a qual se dará sempre com 40 pontos!
§ 6º Concluído o CURSO DE RECICLAGEM previsto no § 5º, o condutor terá ELIMINADOS
OS PONTOS que lhe tiverem sido atribuídos, para fins de contagem subsequente.
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º NÃO poderá fazer nova opção no
PERÍODO DE 12 (DOZE) MESES.
§ 8º A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de serviço público tem o direito de
ser informada dos pontos atribuídos, na forma do art. 259, aos motoristas que integrem
seu quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao volante, na forma que dispuser
o Contran.
§ 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o condutor que, notificado da
penalidade de que trata este artigo, dirigir veículo automotor em via pública.
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir a que se refere o inciso II do caput deste
artigo deverá ser instaurado CONCOMITANTEMENTE ao processo de aplicação da
penalidade

de multa, e ambos serão de competência do órgão ou entidade responsável pela aplicação


da multa, na forma definida pelo Contran.
§ 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo.
Art. 262. REVOGADO

CASSAÇÃO DO DIREITO DE DIRIGIR


Art. 263. A CASSAÇÃO do documento de habilitação dar-se-á:
• – quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator CONDUZIR QUALQUER VEÍCULO;
É preciso coadunar o incido primeiro com os dispositivos do art. 19 da resolução 723. É
impor- tante citar que a resolução determina que haverá apenas um PAD quando o condutor for
flagrado conduzindo veículo automotor que preveja também a suspensão. Exige-se abordagem
para a imple- mentação da cassação neste dispositivo ao proprietário, por infrações de sua
responsabilidade.
ATENÇÃO! Caso haja infração creditada ao veículo do proprietário e ele não indique o con-
dutor, será possível a cassação!
• – no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações previstas no inciso III do
artigo 162 e nos artigos 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
Para fins de reincidência, considerar-se-á a data de cometimento das infrações. Havendo
previsão também da suspensão, aplica-se apenas a cassação.
• – quando CONDENADO JUDICIALMENTE POR DELITO DE TRÂNSITO, observado o disposto
no artigo 160.
§ 1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade na expedição do documento
de habilitação, a autoridade expedidora promoverá o seu cancelamento.
§ 2º Decorridos DOIS ANOS da cassação da Carteira Nacional de Habilitação, o infrator
poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à habili-
tação, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
No prazo em que a carteira estiver cassada, será considerado inabilitado o condutor de veículo
automotor.
ATENÇÃO! Na suspensão, os prazos mudam, diferente da cassação, tal qual o prazo será de
2 anos! Ao readquirir a CNH, ele poderá já adentrar a categoria que detinha anteriormente!
Art. 264. (VETADO)
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento
de habilitação serão aplicadas por DECISÃO FUNDAMENTADA da autoridade de trânsito
com- petente, em PROCESSO ADMINISTRATIVO, assegurado ao infrator amplo direito de
defesa.
Art. 266. Quando o infrator cometer, SIMULTANEAMENTE, duas ou mais infrações, ser-
-lhe-ão aplicadas, CUMULATIVAMENTE, as respectivas penalidades.

ADVERTÊNCIA POR ESCRITO


A legislação brasileira busca educar antes de reprimir. Por isso, é possível se utilizar de um
aviso educativo ao invés de aplicar a penalidade de multa e pontuação na carteira (art. 10, Res. nº
619/16) quando se tratar de infrações leves ou médias praticadas no últimos doze meses pelo

condutor que não possui infração registrada. Trata-se de ATO VINCULADO (lei 14.071/2020) da
administração, que deve ser concedido DE OFÍCIO, não aplicando a penalidade de multa, nem
pontuação ao condutor infrator.
Art. 267. DEVERÁ ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natu-
reza leve ou média, passível de ser punida com multa, caso o infrator não tenha cometido
nenhuma outra infração nos últimos 12 (doze) meses.
CURSO DE RECICLAGEM
Art. 268. O infrator será submetido a CURSO DE RECICLAGEM, na forma estabelecida pelo
CONTRAN:
• – Revogado;
• – quando suspenso do direito de dirigir;
• – quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído, INDEPENDENTE-
MENTE de processo judicial;
• – quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
• – a QUALQUER TEMPO, se for constatado que o condutor está colocando em RISCO A
SEGURANÇA DO TRÂNSITO;
• – Revogado.

REGISTRO NACIONAL POSITIVO DE CONDUTORES


O RNPC foi regulamentado pela Lei nº 14.071/2020, e consiste em um banco de dados de
con- dutores que não possuem infrações de trânsito nos últimos 12 meses. A estes condutores
poderão ser oferecidos alguns benefícios. Vejamos:
Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), administrado
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, com a finalidade de cadastrar os
condutores que não cometeram infração de trânsito sujeita à pontuação prevista no
artigo 259 deste Código, nos últimos 12 (doze) meses, conforme regulamentação do
Contran.
§ 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente.
§ 2º A abertura de cadastro requer autorização prévia e expressa do potencial cadastrado.
§ 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de informação no RNPC independe de auto-
rização e de comunicação ao cadastrado.
§ 4º A exclusão do RNPC dar-se-á:
• – por solicitação do cadastrado;

• – quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;


III – quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso;
• – quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado estiver cassada ou com vali-
dade vencida há mais de 30 (trinta) dias;
• – quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de liberdade.

§ 5º A consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos, nos termos da regulamentação


do Contran.
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar o RNPC para
conceder benefícios fiscais ou tarifários aos condutores cadastrados, na forma da
legislação específica de cada ente da Federação.

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