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ENG011 - Taludes e contenções

Sandro L. Machado
Miriam F. C. Machado

Universidade Federal da Bahia


smachado@ufba.br

Semestre de 2020.1

Sandro L. Machado Miriam F. C. Machado (UFBA) Taludes Semestre de 2020.1 1 / 51


Sumário

1 Sumário

2 Tirantes

3 Solo grampeado

4 Cortina Atirantada

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Tirantes

Tipos de tirantes
Chumbadores (grampos ou tirantes passivos)
Tirantes (ativos ou protendidos)
Técnica de contenção por solo grampeado: chumbadores
Técnica de contenção por cortina atirantada: tirantes

Concreto Revestimento Tmáx


armado
Zona
ativa
Zona passiva

Ancoragens

Figura: Comparação Cortina atirantada × solo grampeado

Fonte: (GEO-RIO, 2000)

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Tirantes

Chumbadores

Fonte: (SOLOTRAT, 2018)


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Tirantes

Tirantes

Fonte: (ABNT-NBR-5629, 2006)

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Tirantes

Tirantes

Fonte: (FHWA-IF-99-015, 1999)

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Solo grampeado

Tipos de chumbador
Fibra de aço
Telas Metálicas
ou tela
Concreto Projetado

Porca
Barra de aço Placa metálica

Barra Calda
Calda de cimento
150 mm de de
80 mm
aço cimento
Centralizador
(a)
(b)

Chumbador perfurado e injetado. a) φ > 20mm e b) φ < 20mm

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Solo grampeado

Tipos de tirante

Chumbador auto-perfurante. Fonte: Dywidag. Existem ainda os


chumbadores cravados, pouco utilizados

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Solo grampeado

Etapas construtivas

Fonte: (FHWA-NHI-14-007, 2015)

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Solo grampeado

Etapas construtivas

Colocação da face inicial. Fonte: ENGESTAB

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Solo grampeado

Etapas construtivas

Fonte: (FHWA-NHI-14-007, 2015)

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Solo grampeado

Pré-dimensionamento
Os ábacos na sequência utilizam o conceito de densidade de reforço, d, para
uma estimativa inicial do número de grampos em função dos parâmetros de
resistência do solo, da geometria do talude e do qs . O uso em geometrias
inclinadas deve conduzir a valores de d conservadores.

2π r qs T /L
d= = (1)
γ∆x ∆z γ∆x ∆z
Onde: r é o raio do furo, qs é a resistência da interface solo/grampo, γ é o
peso específico do solo e ∆x e ∆y são os espaçamentos do grampo
Para o uso dos ábacos associado a um FS, normalmente 1,5, os valores
0
de c 0 e φ0 devem ser reduzidos de acordo com as expressões: cm 0 = c e
FS
tan(φ0 )
 
0
φm = arctan
FS

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Solo grampeado

Pré-dimensionamento

Fonte: (CLOUTERRE, 1991)

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Solo grampeado

Pré-dimensionamento

Fonte: (CLOUTERRE, 1991)

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Solo grampeado

Estimativa do qs (D’HYPPOLITO, 2017)

Solo argiloso, bainha: qs = 46, 3 ln(NSPT ) − 13, 8


Solo arenoso, bainha: qs = 46, 5 ln(NSPT ) − 24, 3
Solo argiloso, bainha + reinjeção: qs = 29, 9 ln(NSPT ) + 46, 4
Solo arenoso, bainha + reinjeção: qs = 33, 7 ln(NSPT ) + 33, 7

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Solo grampeado

Carga máxima no grampo


A carga máxima no grampo deve levar em conta a carga estrutural da peça
metálica

2π r qs L < Tmax = fyk A∗s /1, 15 (2)


O valor de A∗s deve levar em conta a perda de seção por corrosão (valores
de perda de diâmetro em mm):

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Solo grampeado

Ensaios de arrancamento (FHWA-NHI-14-007, 2015)

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Solo grampeado

Ensaios de arrancamento (FHWA-NHI-14-007, 2015)

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Solo grampeado

Cálculo dos esforços nos chumbadores (kN/m)


O cálculo do FSE para o solo grampeado também pode ser efetuado pelo
GeoSlope/W. Neste caso, os ábacos apresentados anteriormente podem ser
utilizados para estimar o número de tirantes e o seu espaçamento/capacidade
de carga.

10 m

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Cortina Atirantada

Cortinas atirantadas

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Cortina Atirantada

Etapas construtivas
Investigação
Projeto
Escavação (uso do arqueamento do solo. Avanço em etapas)
Perfuração (coleta de informações. oportunidade de investigação)
Injeção (Bainha, fuste, diferentes etapas)
Até quando injetar?
Controle por volume ou pressão
oportunidade de investigação
Protensão (carga necessária + fluência + danos por corrosão e fadiga)

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Cortina Atirantada

Investigação - Aspectos importantes


Presença de camadas erodíveis pelo fluido/perda d’água (camadas are-
nosas)
Presença de camadas sucessivas argila/areia
Solos expansivos (variação das cargas com o tempo, creep)
Presença de vazios
Trincas e fraturas em rochas (orientação, preenchimento, permeabili-
dade)
Determinação do NA (problemática em solos com k < 1 × 10−6 cm/s)
Uso de diferentes técnicas de investigação
Uso/interpretação das informações obtidas nas etapas de perfuração e
injeção

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Cortina Atirantada

Escavação
Escavação em nichos (uso do arqueamento do solo)
Avanço vertical (função dos parâmetros do solo e espaçamento tirantes)

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Cortina Atirantada

Perfuração
Retorno ou perda de fluido
Velocidade de fluxo de água (erosão/identificação das camadas)
Artesianismo
Velocidade de avanço da perfuração
Interferências
Desalinhamentos
Tolerância na inclinação ±2, 5o (inclinação mínima de 10o ). 10o < ξ <
20o
Desvios horizontais máximos ⇒ 1:30
Espaçamentos mínimos

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Cortina Atirantada

Espaçamentos mínimos - efeito de arco: perda da resistência


>5m
> 6 D (> 1 m)

H > 6 D (> 1 m)
>6D
D

min 0,15 H

Fonte: (GEO-RIO, 2000; FHWA-IF-99-015, 1999)

O sistema adotado para a perfuração dos tirantes deve ser estabelecido de


modo a minimizar os efeitos no comportamento das estruturas vizinhas
(ABNT-NBR-5629, 2006)

Diâmetro D: “...deve assegurar o cobrimento mínimo do aglutinante


sobre o elemento resistente à tração no comprimento ancorado, de modo
a atender a sua carga de trabalho, bem como a proteção contra corrosão
prevista no projeto (ABNT-NBR-5629, 2006)”
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Cortina Atirantada

Injeção do furo
São as seguintes as funções da injeção:
Formar o bulbo para permitir a transferências de carga do aço para o
solo circunvizinho
Proteger o tirante contra a corrosão.
Comprimir o solo, aumentando a capacidade de carga da ancoragem
Se volume de calda > 3 vezes volume do furo: Atividade de preenchimento
de vazios

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Cortina Atirantada

Injeção do furo
Informações importantes:
Identificação, diâmetro e inclinação do furo
Volume injetado
Pressão de abertura das manchetes
Pressão última
Perda de calda
Ganho de água (artesianismo)
Obstáculos encontrados
Espessura e tipo de solo das camadas atravessadas

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Cortina Atirantada

Injeção do furo
Tipos de tirantes quanto a injeção

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Cortina Atirantada

Tipos de tirantes quanto a injeção

Fonte: Catálogo Freyssinet

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Cortina Atirantada

Tipos de tirantes quanto a injeção

Fonte: Catálogo Freyssinet

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Cortina Atirantada

Proteção contra a corrosão


Vida útil de Proteção
Meio a
projeto Cabeça Trecho livre Trecho ancorado

Não
Calda de cimento Calda de cimento Calda de cimento
agressivo
Provisório
Calda de cimento Calda de cimento
Agressivo Calda de cimento
+ 1 barreira + 1 barreira
Calda de cimento
Não Calda de cimento Calda de cimento
+ 2 barreiras
agressivo + 2 barreiras + 1 barreira
+ Tubo protetor
Permanente
Calda de cimento
Calda de cimento Calda de cimento
Agressivo + 3 barreiras
+ 3 barreiras + 1 barreira
+ Tubo protetor
a A referência de meio não agressivo é o critério pH > 6, podendo ser necessários outros critérios e ensaios,
devidamente a ser prescritos no projeto.

Sistema de Proteção em função do meio e local (ABNT-NBR-5629, 2006)

Notar nas figuras anteriores a preocupação com a proteção no trecho livre


(um revestimento corrugado e um liso)

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Cortina Atirantada

Proteção contra a corrosão - cabeça do tirante

Proteção da cabeça do tirante permanente (ABNT-NBR-5629, 2006)

Notar nas figuras anteriores a preocupação com a proteção no trecho livre


(um revestimento corrugado e um liso)

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Cortina Atirantada

Proteção contra a corrosão


Requisitos para sistemas de proteção contra a corrosão
ter vida útil de projeto igual ou superior a do prescrita para o tirante;
não reagir quimicamente com o solo;
não restringir o movimento do trecho livre;
ser composto de material com deformação compatível com o tirante; e
ser resistente às operações de montagem, transporte, instalação e pro-
tensão do tirante.

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Cortina Atirantada

Cálculo dos esforços nos tirantes (kN/m)


q q
l1 l1
Tt Nw+Nt
FT h T h
T
Tres l2
l3 H l3 H
W zw
U U

Fonte: (WYLLIE; MAH, 2004; GEO-RIO, 2000)

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Cortina Atirantada

Cálculo dos esforços nos tirantes (kN/m) - Carga permanente


Tres c · l2 + [Wcos(θcr ) − U + FT cos(ω)]tan(φ)
FS = = (3)
T − Tt Wcos(θcr ) − FT sen(ω)

Onde:
θi + φ
θcr = h = l3 sen(θi − θcr )
2
h
ω = 90 − (θcr + ξ) l1 =
sen(θcr − β)
l3 cos(θi ) + l1 cos(β)
l2 = l2 · h · γ
cos(θcr ) W = + q · l1 cos(β)
2
H γw · zw · hwmax
l3 = U≈
sen(θi ) 2 sen(θcr )

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Cortina Atirantada

Cálculo dos esforços nos tirantes (kN/m) - Carga permanente


O cálculo do FSE para a cortina também pode ser efetuado pelo GeoS-
lope/W, com pequenas modificações a serem discutidas na aula. Neste
caso, a fórmula apresentada anteriormente pode ser utilizada para estimar o
número de tirantes e o seu espaçamento/capacidade de carga.

Free length

Bond length

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Cortina Atirantada

Cálculo dos esforços nos tirantes (kN/m) - Carga de trabalho


Carga de trabalho a ser proporcionada pelo bulbo. Valores de FSB
Tirantes provisórios → 1,5
Tirantes permanentes → 1,75

278 12
276 10 Increment of stress (MPa)
8
Stress (MPa)

274
272 6
270 4
268 2
266 0
0 50 100 150 200 250 300
Time (hour)

Initial stress 278MPa stress-time


Initial stress 278MPa stress increment-time
Relaxamento da carga com o
Accumulated ratio of stress relaxation (/%)

Accumulated ratio of stress relaxation (/%)

9 9
tempo (GUO-WEI; HUA-FU;
8 8
7
6
7 CHENG-YU, 2013)
6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
0 0
0 50 100 150 200 250 300 1 10 100 1000
Elapsed time (hour) Elapsed time (hour log)

= 278MPa = 507MPa = 278MPa = 507MPa


= 453MPa = 302MPa = 453MPa = 302MPa
= 365MPa = 365MPa

(a) Conventional scale (b) Logarithmic scale

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Cortina Atirantada

Cálculo do comprimento do bulbo para a carga de trabalho


Com a carga de trabalho deve-se procurar estimar o comprimento do bulbo
de ancoragem que satisfaça os valores desejados (La < 12m)
Transferência de carga
Compacidade/consistência
Tipo de solo última estimada
(Range SPT)
(kN/m)
Fofa (4-10) 145
Areia e pedregulho Medianamente compacta (11-30) 220
Densa (31-50) 290
Fofa (4-10) 100
Areia Medianamente compacta (11-30) 145
Densa (31-50) 190
Fofa (4-10) 70
Areia siltosa Medianamente compacta (11-30) 100
Densa (31-50) 130
Argila siltosa, baixo IP e Rígida (10-20) 30
misturas areno-siltosas Dura (21-40) 60

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Cortina Atirantada

Cálculo do comprimento do bulbo para a carga de trabalho


Rocha Solo coesivo Solo não coesivo
Tensão última Tensão última Tensão última
Tipo de rocha média de Tipo de solo/tirante média de Tipo de solo/tirante média de
adesão (MPa) adesão (MPa) adesão (MPa)
Granito e Injetado por gravidade Injetado por gravidade
1.7 - 3.1 0.03 - 0.07 0.07 - 0.14
basalto (fuste reto) (fuste reto)
Calcáreo
1.4 - 2.1 Injetado com pressão (fuste reto)
dolomítico
Areia fina a média,
Folhelho brando 1.0 - 1.4 Argila siltosa mole 0.03 - 0.07 0.08 - 0.38
med. densa a densa
Areia Med.– grossa
Folhelho duro 0.8 - 1.4 Argila siltosa 0.03 - 0.07 0.11 - 0.66
(c/ped.), med. densa
Areia Med. a grossa
Folhelhos Argilas rijas, med. a
0.2 - 0.8 0.03 - 0.10 (c/Ped.), densa-muito 0.25 - 0.97
brandos alta plasticidade
densa
Argila muito dura, med.
Arenito 0.8 - 1.7 0.07 - 0.17 Areias siltosas 0.17 - 0.41
a alta plasticidade
Arenito Argila rija, med.
0.7 - 0.8 0.10 - 0.25 Tálus glacial denso 0.30 - 0.52
intemperizado plasticidade
Argila muito rígida, Pedregulho arenoso,
Gesso 0.2 - 1.1 0.14 - 0.35 0.21 - 1.38
med. plasticidade med. a denso
Argila siltosa muito
Marga Pedregulho arenoso,
0.15 - 0.25 rígida, med. 0.28 - 0.38 0.28 - 1.38
intemperizado denso a muito denso
plasticidade
Nota: Os valores em campo são dependentes das pressões de injeção atingidas em campo. (FHWA-IF-99-015, 1999).
Considerar o diâmetro escavado do bulbo

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Cortina Atirantada

Comprimento livre
Segundo a (ABNT-NBR-5629, 2006) O comprimento mínimo do trecho livre
deve ser tal que permita que o alongamento assegure a fixação da cabeça
quando da aplicação da carga de protensão.

O comprimento mínimo do trecho livre deve ser:


no caso de fixação por rosca, de 3,0 m, ou
no caso de fixação por clavetes, de 5,0 m

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Cortina Atirantada

Comprimento livre
Segundo a (ABNT-NBR-5629, 2006) O comprimento mínimo do trecho livre
deve ser tal que permita que o alongamento assegure a fixação da cabeça
quando da aplicação da carga de protensão.

O comprimento mínimo do trecho livre deve ser:


no caso de fixação por rosca, de 3,0 m, ou
no caso de fixação por clavetes, de 5,0 m

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Cortina Atirantada

Execução de ensaio de recebimento (desempenho)


Procedimento de ensaio
todos os ensaios indicados nesta Norma devem ser iniciados a partir de
uma carga inicial, F0 , da ordem de 10 % da carga máxima prevista no
ensaio
todos os ensaios devem partir da carga F0 , ir até a carga máxima pre-
vista para o ensaio, retornar à carga F0 e recarregar até a carga de
incorporação.
medidas dos deslocamentos da cabeça do tirante;
aguardar a estabilização dos deslocamentos da cabeça do tirante no
estágio anterior, dentro da resolução de 1 mm
na carga máxima, os deslocamentos da cabeça devem ser menores que
1 mm, após 5 min.

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Cortina Atirantada

Execução de ensaio de recebimento (desempenho)


Estágios de carga F0 0,3.Ft 0,6.Ft 0,8.Ft 1,0.Ft 1,2.Ft 1,4.Ft 1,5.Ft 1,6.Ft 1,75.Ft
Permanente
Em pelo
menos (tipo A)
10 % dos Provisório
tirantes
(tipo C)
Permanente
Nos (tipo B)
demais Provisório
(tipo D)

Cargas para leitura em ensaios de recebimento (desempenho)


(ABNT-NBR-5629, 2006)

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Cortina Atirantada

Execução de ensaio de recebimento (desempenho)


F = 0,10 (1,75 Ft)

Gráficos dos ensaios de recebimento (desempe-


0,30 Ft

0,60 Ft

0,80 Ft

1,00 Ft

1,20 Ft

1,40 Ft

1,60 Ft

1,75 Ft
0

dp
d’’
F
nho) (ABNT-NBR-5629, 2006)
d’

d
de
(F − F0 )(Ll + La /2)
dea = (4)
E S
d
de

a
(F − F0 ) 0, 8 Ll
ha
-lim
ite
deb = (5)
Lin h a
Lin a re
c
al
E S
h
Lin eb de
imit
ha-l
Lin
d’’

d’

0 F
dp (F − F0 ) Ll
dec = (6)
E S
dp

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Cortina Atirantada

Interpretação do ensaio de recebimento (desempenho)


De acordo com a (ABNT-NBR-5629, 2006), o tirante deve ser aceito
plenamente, quando atender simultaneamente aos seguintes requisitos:
os deslocamentos da cabeça se estabilizarem com a aplicação da carga
máxima de ensaio prevista; e
o deslocamento máximo da cabeça, deve se situar entre as linhas “a” e
“b “ dos Gráfico de deslocamento

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Cortina Atirantada

Execução de ensaio de qualificação (comportamento)


Procedimento de ensaio
devem ser executado em pelo menos 1% da quantidade, arredondada
para cima, dos tirantes
a partir dos deslocamentos observados (resolução de 0,01mm), são me-
didos:
a capacidade de carga;
os deslocamentos sob carga constante;
o comprimento livre equivalente;
o atrito ao longo do comprimento livre; e
o comportamento sob carga de longa duração (no caso de ensaio com
medição de fluência).
Critérios de estabilização
cargas F <= 0,75 Ft – desl. menores que 0,1 mm em ∆t = 5 min
0,75 Ft < F <= a 1,0 Ft – desl. menores que 0,1 mm em ∆t = 15 min
F > 1,0 Ft – desl. menores que 0,1 mm para ∆t = 60 min

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Cortina Atirantada

Execução de ensaio de qualificação (comportamento)


Estágio de carga F0 0,4.Ft 0,75.Ft 1,0. Ft 1,25.Ft 1,5. Ft 1,75.Ft
Tirantes permanentes
Observação da f uência a
a ver Anexo E

Cargas para leitura em ensaios de qualificação (comportamento)


(ABNT-NBR-5629, 2006) Ensaio de fluência
devem ser executado em pelo menos 0,5% dos tirantes
deslocamentos medidos com dois extensômetros, instalados diametral-
mente opostos
Para cada estágio de carga medir os deslocamentos nos seguintes tem-
pos (no mínimo): 10 min, 20 min, 30 min, 40 min, 50 min e 60 min;
a partir de t=60 min, ensaio só pode ser paralisado se ∆d dos últimos
30 min < 5% do deslocamento acumulado

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Cortina Atirantada

Execução de ensaio de qualificação

Deslocamento (mm)
1,75 Ft

1,50 Ft
1,25 Ft
1,00 Ft
0,75 Ft
Comprimento efetivo livre do tirante 0
0 10 20 30 40 50 60
Tempo (min)

∆de a) Tempo × deslocamento


Lle = E ·S (7)
∆F

Deslocamento (mm)
Coeficiente de fluência
5Ft
2 1,7 Cf 1,75
∆d
CF = (8)
log (t2 /t1 ) 1,50
Ft

1
1,25 F t
1,00 F t
0,75 F t
Cf 0,75

10 20 30 40 50 60 100 200
Log (t) (min)

b) Log (tempo) × deslocamento

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Cortina Atirantada

Execução de ensaio de qualificação (comportamento)


F = 0,10 (1,75 Ft)

0,40 Ft Critérios de aceitação (ABNT-NBR-


0,75 Ft

1,00 Ft

1,25 Ft

1,50 Ft

1,75 Ft
0

dp
F
5629, 2006)
Linha RS (avaliação da perda por
d
de
atrito)
- Ponto R (0;F0 + 0.15Flim )
- Ponto S (0, 5Flim Li /ES;F0 +
d 0.75Flim )
de
Interpretação
CF <2,0 para 1,75 Ft
a
ite

Li
nh
a -li
a
m
c
S
capacidade de carga e carga má-
inh l
L rea
Lin
ha

ha
-lim
ite
b
de
xima estabilizada atendem ao
Lin
projeto
0 F
R

Pa
dp curva de deslocamento entre as
dp
0,15 Flim
0,75 Flim linhas a e b

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Cortina Atirantada

Referências I

[ ] ABNT-NBR-5629. Execução de tirantes ancorandos no terreno. Rio de Janeiro,


2006. 32 p.
[ ] CLOUTERRE. Soil Nailing Recomendations.pdf. Paris, 1991. 322 p.
[ ] D’HYPPOLITO, L. C. B. d. S. Relações empíricas para estimativa da resistência
ao arrancamento de ancoragens. 189 p. Tese (Doutorado) — Universidade Federal do Rio de
Janeiro, 2017.
[ ] FHWA-IF-99-015. Geotechnical Engineering Circular No 4. Ground Anchors and
anchored Systems. Washington, 1999. v. 4, n. FHWA-IF-99-015, 304 p.
[ ] FHWA-NHI-14-007. Soil Nail Walls-Reference Manual. [S.l.], 2015. 425 p.
Disponível em: <https://www.fhwa.dot.gov/engineering/geotech/pubs/nhi14007.pdf>.
[ ] GEO-RIO. Manual Técnico de Encostas. Rio de Janeiro, 2000.
[ ] GUO-WEI, L.; HUA-FU, P.; CHENG-YU, H. Study on the stress relaxation
behavior of large diameter B-GFRP bars using FBG sensing technology. Int. J. Distrib. Sens.
Networks, v. 2013, n. 5, 2013. ISSN 15501329.
[ ] SOLOTRAT. Manual de Serviços Geotécnicos. [S.l.], 2018. 63 p.

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Cortina Atirantada

Referências II

[ ] WYLLIE, D. C.; MAH, C. W. Rock slope engineering: Civil and mining. 4th. ed.
[S.l.]: Taylor & Francis, 2004. 431 p. ISBN 0-203-57083-9.

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