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Código: FSA 31.

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FICHA DE SEGURANÇA E AMBIENTE Edição: 2
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1. Caracterização

Estabelecer e divulgar as normas básicas de execução de trabalhos em torres e mastros, tendo em vista
a salvaguarda da integridade dos intervenientes.

Será aplicado em todas as obras ou instalações onde se trabalhos com risco de queda em altura, de
desnível superior a 2 metros, em locais não protegidos realizem com corrimãos.

2. Perigos e impactes ambientais mais frequentes

 Queda em altura
 Queda de objectos
 Queda e escorregadela
 Fracturas
 Sobreesforços
 Insolação
 Electrocussão
 Contaminação de solos e águas
 Derrames de substâncias perigosas

3. Medidas de mitigação

Condições prévias:

 Dar conhecimento a todos os Colaboradores dos riscos presentes em obra; emitir o registo de
riscos em obra.
 Verificar se todos os Colaboradores afectos à realização dos trabalhos possuem as habilitações
requeridas.
 Confirmar que para a descarga e levantamento de cargas foram adoptadas as medidas
preventivas adequadas.
 Conhecer o percurso exacto das redes técnicas de electricidade, água, gás e esgotos. Contactar
os proprietários das redes em caso de dúvida.

Sistemas de trabalho:

Quando se realizam trabalhos com risco de queda em altura, de desnível superior a 2 metros, em locais
não protegidos com corrimãos, é obrigatória a utilização de sistemas anti-quedas. Esta obrigação é
indicada mediante sinalização.

Na subida, os Colaboradores deverão estar, em qualquer momento, amarrados a pelo menos um ponto
sólido e fixo. Uma vez alcançada a posição pretendida para a realização da respectiva operação,
trabalham sempre amarrados a dois pontos sólidos independentes, procurando uma correcta
distribuição do peso próprio.

Data: 03/12/10 Data: 03/12/10

Elaborado: _______________________ Aprovado: ______________________

QSA 418-02
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Os trabalhos em altura serão realizados por um mínimo de dois Colaboradores. A subida à torre ou ao
mastro poderá ser realizada por duas pessoas em simultâneo, desde que mantenham entre si uma
distância de segurança de 3 metros, de forma a que uma eventual queda do primeiro não se repercuta
no segundo. O uso de capacete é obrigatório.

O trabalho em torres e mastros poderá realizar-se a diferentes níveis, desde que se disponha de
elementos alternativos de amarração de ferramentas ou maletas que impeçam a queda das mesmas
(mosquetões e cordas estáticas). Quando se efectuam instalações, mudanças ou reposição de elementos
que podem cair, é proibido o trabalho simultâneo a diferentes alturas ou plataformas de trabalho.

As montagens serão realizadas, na medida do possível, à cota 0, evitando o risco de queda de objectos,
assim como, a eventual queda de pessoas.

O sistema anti-queda será colocado na anilha peitoral do arnês, sempre por cima da cintura para
minimizar o efeito da queda.

Se na opinião dos Colaboradores ou Chefe de Brigada não há garantia de protecção contra quedas em
altura, serão usados sistemas alternativos de segurança. Estes sistemas serão analisados de um modo
particular para cada caso, podendo chegar-se a soluções como o emprego de plataforma com cesto para
a elevação de pessoas.

3.1 Subida e descida de torres e mastros

Em todas as torres e mastros em que exista risco de queda em alturas, de desnível superior a 2 metros,
deverá existir uma linha de vida vertical rígida (aço inoxidável) ou retractíl (aço galvanizado), que
garanta a segurança do colaborador na subida e descida da torre ou mastro.
Se não existir terá de ser montada uma linha vida provisória de corda.

É obrigatório a utilização dum sistema anti-queda sempre que a linha de vida esteja instalada.

O sistema anti-queda utilizado deve ser o adequado à linha de vida instalada. Em circunstância alguma
pode ser utilizado um sistema anti-queda que não esteja homologado para ser utilizado na linha de vida
instalada. Quando existirem condições de realização de trabalhos que obriguem a soltar o antiqueda da
linha vida, é necessário utilizar uma corda de dupla amarração (corda Y).

Quando a linha de vida existente, devido a deterioração, não permita a subida e descida, um
Colaborador apto utilizará o sistema alternativo de corda Y, com amortecedor de energia, para instalar
a linha vida provisória. Para descer ou subir, o Colaborador ancorará alternativamente as cordas. A
ancoragem deve ser feita em pontos sólidos independentes.

Finalizado o trabalho, o Colaborador referido retirará o sistema provisório.

3.2 Pontos de ancoragem e deslocamentos horizontais

Todas as plataformas de trabalho deverão dispor de linha de vida horizontal que permita ao
Colaborador realizar o seu trabalho de uma forma segura. Em caso de não existir linha vida horizontal
deverá existir um sistema alternativo (argolas ou outros elementos de fixação e sujeição seguros).

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Estando no ponto pretendido, antes de se soltar da linha de vida vertical, o técnico deverá fixar o cabo
de dupla amarração, por cima da sua cabeça, à linha de vida horizontal existente na plataforma de
trabalho de maneira a manter-se sempre amarrado.

No caso de não existir linha de vida horizontal, o cabo será ancorado a dois pontos sólidos da estrutura,
por cima da sua cabeça. Se isto não for possível, o trabalho será suspenso até à instalação duma linha
vida horizontal provisória.

Os deslocamentos ao longo da linha de vida horizontal, serão realizados fixando alternadamente, os


cabos de dupla amarração. O trabalho será realizado com amarração a dois pontos sólidos,
independentes e que permitam uma correcta distribuição do peso próprio.

Serão utilizadas cordas estáticas e mosquetões para fixar a bolsa das ferramentas e/ou ferramentas
soltas, de forma a evitar eventuais quedas que possam ocasionar lesões a outros Colaboradores que se
encontrem num nível inferior, bem como a pessoas estranhas ao trabalho.

Sempre que se executem trabalhos em altura, cada Colaborador deve, em qualquer momento, estar
amarrado a pelo menos dois pontos sólidos.

3.3 Boas práticas

Para reduzir a probabilidade de um evento indesejado e a sua severidade, referem-se as seguintes


normas de conduta:

 Verificar sempre, antes e depois de realizar o trabalho, os equipamentos de protecção


individual;
 Fazer uma inspecção geral à linha de vida. Caso se detectem deficiências, esse facto deve ser
comunicado de imediato ao Chefe de Brigada;
 Sempre que se encontrem a trabalhar em locais com risco de queda em altura, de desnível
superior a 2 metros, durante as movimentações os Colaboradores deverão permanecer
amarrados a pelo menos um ponto de ancoragem;
 O sistema anti-quedas deve ser homologado para a linha de vida instalada.
 As ferramentas utilizadas deverão permitir a colocação de mosquetões ou outro sistema de
alternativo que impeça a sua queda;
 Caso a estrutura da torre esteja coberta por geada ou água, não se realizarão trabalhos até que
se comprove visualmente que não existem restos de gelo sobre a mesma, e que a subida à torre
não represente perigo de eventuais escorregões;
 Em qualquer momento deve respeitar-se a distância de segurança a linhas eléctricas em tensão.
Esta distância será de 5 metros para linhas de alta tensão;
 Em situações climatéricas desfavoráveis, como temperaturas extremamente elevadas, devem
ser estipulados intervalos de protecção;
 No caso de existir no local algum tipo de emissão de gases (chaminés, etc), ou outro tipo de
contaminantes, deverá ser requerida uma avaliação. Esta avaliação deve estabelecer as medidas
correctivas;
 Em dias ensolarados, os colaboradores deverão utilizar creme de protecção solar, com factor de
protecção apropriado tendo em consideração a pigmentação da pele;
 Em dias de calor, no local de trabalho, deve estar disponível pelo menos 1 litro de água potável,
por colaborador, em recipiente indestrutível;

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 As Equipas deverão saber transmitir a localização exacta do ponto onde se encontram


para o caso de contacto com o n.º 112 – Emergência Médica. É igualmente importante
conhecer a localização geográfica do Centro médico mais próximo do local onde se
encontram.

3.4 Proibições

 Acesso a mastros ou torres por pessoas cujo uso da razão ou equilíbrio esteja aparentemente
alterado por álcool, fármacos ou drogas;
 O trabalho em mastros ou torres quando as condições meteorológicas se apresentem
desfavoráveis (trovoadas, vento forte, chuva intensa, etc.);
 Realizar trabalhos em alturas sem luz suficiente. À noite só poderão ser executados trabalhos
quando a luz artificial for satisfatória, tanto em intensidade como uniformidade de forma a
evitar possíveis reflexões e cintilações,
 O uso de capacetes com ventilação;
 Uso de impermeáveis com capucho, devido à redução que provoca do campo de visão;
 Partilhar o sistema anti-quedas: o sistema anti-quedas é individual e intransmissível;
 Permanecer nas proximidades da torre em épocas de gelo, devido ao perigo de
desprendimentos;
 Trabalhar isolado.

4. Equipamento de protecção individual e ambiental

 Capacete de segurança , com franquelete;


 Sapatos de segurança anti-derrapantes, suficientemente flexíveis para manter a sensibilidade
dos pés;
 Luvas de protecção mecânica;
 Roupa de protecção contra baixas temperaturas;
 Bolsa porta ferramentas;
 Arnês de segurança;
 Corda de dupla amarração provida de : absorvedor, mosquetões suficientes e dispositivos
antiquedas deslizantes homologados para linhas vida mediante cabo, corda ou carril de
segurança (em função do sistema instalado na torre ou mastro);
 Creme de protecção solar. O factor de protecção será adequado ao tipo de pele;
 Recipientes para deposição selectiva de resíduos .

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