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Código: FSA 33.

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FICHA DE SEGURANÇA E AMBIENTE Edição: 2
Trabalhos em fachadas instalação vertical Página: 1/14

1. Caracterização

Estabelecer e divulgar as normas básicas de execução de trabalhos na vertical de edifícios visando


salvaguardar a integridade de todos os intervenientes.

Este documento abrange unicamente os riscos relativos ao trabalho em fachadas, pelo que devem
também ser tidos em conta outros procedimentos específicos relacionados com trabalhos em
telhados, trabalhos na proximidade de linhas em tensão, etc.

2. Perigos e impactes ambientais mais frequentes

 Queda em altura
 Queda de objectos
 Queda e escorregadela
 Esmagamento e entalamento
 Golpes e fracturas
 Sobreesforços
 Electrocussão
 Incêndio
 Explosão

3. Medidas de mitigação

Condições prévias:

Ter presente a análise de riscos e impactes emitido para os trabalhos a realizar;


Dispor dos meios de protecção colectiva e EPI’s necessários para a execução dos trabalhos;
Dar conhecimento a todos os Colaboradores dos riscos presentes em obra; emitir o registo de
riscos em obra;
Verificar se todos os Colaboradores afectos à realização dos trabalhos possuem as
habilitações requeridas.
Confirmar que para o desenrolamento de cabos foram adoptadas as medidas preventivas
adequadas.
Confirmar que o ensaio de detecção de cabos em paredes foi feito, isto é, o detector foi
passado e o percurso de todos os cabos existentes está assinalado com tinta ou fita; nenhum
furo com broca pode ser executado a menos de 40 cm dos percursos assinalados.
Conhecer o percurso exacto das redes técnicas como canalizações de gás, água, esgotos e
electricidade, se eventualmente existirem na parede onde se vai trabalhar. Se necessário, para
precisar essa localização, voltar a contactar os proprietários do prédio.

Data: 03/12/10 Data: 03/12/10

Elaborado: _______________________ Aprovado: ______________________

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Formação especifica:

Todo o pessoal que vai participar nos trabalhos deve possuir o certificado individual dos cursos
específicos para trabalhos em altura.

3.1 – Descrição de actuações

A construção de estações para telecomunicações móveis passa pela colocação de antenas no


telhado, em mastros ou na fachada e pela colocação de cabos coaxiais, da rede de terra e da
protecção atmosférica em fachada.
Quando o equipamento rádio frequência é instalado em piso térreo, é quase inevitável ter de
proceder à instalação de cabos coaxiais em fachadas.

Existem várias técnicas para efectuar a colocação destes cabos:

 Colocação de cabos utilizando procedimentos de escalada: os pontos de ancoragem do cabo


à fachada são efectuados por pessoal especializado, que se deslocam desde a cobertura,
utilizando técnicas de escalada;
 Colocação de cabos, aproveitando janelas, terraços ou condutas do edifício: os pontos de
ancoragem serão feitos a partir das janelas, terraços ou reentrâncias;
 Colocação de cabos utilizando plataformas elevatórias ou cadeiras de escalada.

Na TEGAEL não se utiliza a primeira técnica referida.

Uma vez colocadas as ancoragens a fase seguinte consiste em entender os cabos. Os cabos vão-se
estendendo a partir da cobertura. É uma fase crítica já que o cabo a estender pode cair com o risco
de arrastar o instalador, para além dos possíveis danos que o próprio cabo pode provocar no local da
queda.

Sempre que possível, deve recorrer-se ainda a técnicas complementares, com acesso a partir do piso
térreo, como plataforma elevatória, escadas ou andaimes.

3.2 - Equipamento

Cada peça do equipamento deverá ter as marcas que indiquem as cargas de trabalho máximas
permitidas, carga de ruptura e etiqueta de homologação. O factor de segurança contra ruptura das
cordas será igual ou superior a 10.

Serão retirados e destruídos os elementos que não tenham marcação das cargas de trabalho ou
estejam desgastados, cortados, etc.

O equipamento terá de ser identificável pelo número de série, de forma que cada artigo possa ser
relacionado com o lote de fornecimento e com o fornecedor ou fabricante.

O equipamento será armazenado em lugar seguro e em condições ambientais adequadas que evitem
a deterioração devido à humidade, condições climatéricas, produtos químicos ou dano mecânico.

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Os trabalhadores deverão estar adequadamente vestidos e equipados, segundo as exigências das


condições de trabalho. O Chefe de Brigada, determinará cuidadosamente, em função do tipo de
trabalho, condições climatéricas, etc., quais os equipamentos de protecção mais adequados e
garantirá a sua utilização.

O equipamento deve adaptar-se ao utilizador, principalmente o vestuário. É importante que seja


cómodo e que se ajuste correctamente. Deve verificar-se o seu estado, antes de iniciar o trabalho.
Também é importante que o equipamento não aumente a dificuldade de realização das tarefas ou a
correcta manipulação dos dispositivos de subida/descida por parte do utilizador.

3.2.1 Inspecções:

Todo o equipamento novo será objecto de uma inspecção visual no acto de entrega ou antes de
iniciar o seu uso.

O Chefe de Brigada inspeccionará visualmente todo o material da Brigada, antes de cada utilização
pelos técnicos.

Todo o equipamento será examinado por uma pessoa competente, em intervalos não superiores a 12
meses, havendo lugar ao registo das inspecções.

Qualquer elemento que não passe na inspecção ou cuja aptidão seja duvidosa, será marcado com
uma etiqueta “não conforme”, e será destruído tão breve quanto possível.

As cordas têm uma vida limitada, pelo que deverá existir um ficheiro de registos com uma cópia do
registo para cada elemento. Um vida útil de 300 horas de utilização pode servir de orientação mas
esse controlo muitas vezes não é fiável. Por outro lado, antes que tenha passado o período referido,
um equipamento pode vir a ser retirado por falta de aptidão.

As fibras derretidas e enegrecidas/obscurecidas podem ser indicativas de dano por queimadura. O


ataque químico pode detectar-se pela presença de manchas ou pela debilitação da tela, de tal forma
que as fibras superficiais podem ser deterioradas ou eliminadas.

3.3 Preparação da obra

As cordas fixam-se aos pontos de ancoragm. Cada operador estará sempre preso pelo menos a dois
pontos de ancoragem sólidos e independentes. Cada ponto de ancoragem deverá suportar por si só o
peso do operador, das ferramentas e equipamentos de trabalho, mais a carga inerte provocada pela
queda do mesmo desde uma altura de 2 metros. O coeficiente de segurança dos pontos de
ancoragem será de 4, considerando cada um de forma independente, e aplicando-lhe a soma das
forças anteriores.

Estes pontos de ancoragem consistirão em argolas fixas a elementos estruturais do edifício.

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3.4 – Escalada (com ou sem cadeira de apoio)

Este trabalho deve ser realizado única e exclusivamente por especialistas em trabalhos em altura.

Antes de iniciar os trabalhos avisar-se-á convenientemente os proprietários, explicando o trabalho a


realizar. O Chefe de Brigada confirma a fiabilidade dos pontos de ancoragem antes de autorizar as
operações.

O especialista desce a partir do telhado, ficando sempre amarrado por uma corda linha vida a um
ponto de ancoragem independente da âncora onde foi amarrado o cabo de aço da cadeira. A outra
extremidade da corda linha vida é fixada num ponto adequado do arnês do especialista.

Evitar-se-á que a corda deslize sobre arestas ou superficiais ásperas que possam deteriorar ou cortar
a mesma.

O especialista será sempre assistido por uma segunda pessoa, que estará no telhado ou terraço. Este
segundo operador usa um arnês de segurança, devidamente ancorado a um terceiro ponto sólido.
As ferramentas utilizadas pelos especialistas estarão sempre presas por cordas.

Caso precise de ferramentas eléctricas, a tomada de electricidade será feita através de um cabo
eléctrico estanque, em perfeito estado e sem junções. O fornecimento realizar-se-á sob a protecção
dos disjuntores diferenciais do quadro eléctrico geral. Para evitar acidentes de peões, a dobra deste
cabo não deverá chegar ao nível do solo. É proibido utilizar este cabo eléctrico para colocar
ferramentas, materiais, etc. (incluindo a própria ferramenta eléctrica).

3.5 – Utilização de janelas, terraços ou condutas do edifício

Trata-se de instalar as peças de fixação dos cabos a partir das janelas, terraços ou condutas do
edifício.

NOTE BEM!
Para o efeito é necessário obter previamente a autorização dos proprietários ou residentes.

Procurar-se-ão pontos de ancoragem para o arnês de segurança sólidos e independentes. Caso não
existam, trabalhar-se-á unicamente em locais onde existam corrimãos suficientemente sólidos, e de
pelo menos 90 centímetros de altura.

Nestes casos , há que ter em conta o seguinte:


 Se se trabalhar utilizando escada de mão ou um banco, a altura do corrimão mede-se desde a
cota de trabalho e não desde o piso. Caso não exista corrimão de pelo menos 90 cm de
altura, desde o nível de trabalho e suficientemente robusto, será necessário procurar outro
procedimento que passe por utilizar pontos de ancoragem.

 É expressamente proibido ultrapassar o tronco do corpo para além do nível do corrimão.

O arnês com amortecedor fixa-se a dois pontos sólidos independentes.

As ferramentas a utilizar estarão sempre presas por cordas.

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Caso necessite de ferramentas eléctricas, a tomada de energia será feita através de um cabo eléctrico
estanque, em perfeito estado e sem junções. O fornecimento será feito sob a protecção de
disjuntores diferenciais do quadro eléctrico geral. È proibido utilizar este cabo eléctrico para colocar
ferramentas, materiais, etc. (incluindo a própria ferramenta eléctrica).

O especialista será sempre assistido por uma segunda pessoa. Caso não exista corrimão com pelo
menos 90 centímetros de altura e suficientemente sólido, o segundo instalador usa cinto de
segurança, devidamente ancorado a um ponto sólido e independente do primeiro instalador.

3.6 – Utilização de pátios do edifício

Antes de iniciar os trabalhos solicitar-se-á por escrito uma autorização, caso seja necessário, para
utilizar a plataforma elevatória e/ou entrar em habitações ou locais para efectuar as operações
previstas.
Dependendo do tipo de pátio, utilizar-se-ão as técnicas de escalada, ou colocação a partir de
condutas.
Caso se utilizem condutas de elevadores ou monta cargas, deve avisar-se a empresa responsável
pela manutenção dos mesmos, para que autorize o uso da conduta e imobilize o elevador ou monta
cargas durante a execução dos trabalhos, dispondo das medidas necessárias para evitar que
algo/alguém possa fazer a ligação acidentalmente.

Em qualquer dos casos, deve prever-se a iluminação do pátio, evitando a proximidade das cordas a
superfícies quentes, porque poderiam provocar inflamação das mesmas.

Colocação de cabos

A colocação dos cabos realiza-se a partir da parte superior. É uma operação especialmente delicada
já que o peso do cabo é proporcional à distância a percorrer, e esse peso pode provocar a queda do
Colaborador que está a fazer a sua colocação.

Antes de iniciar os trabalhos delimitar-se-á a zona inferior, através de barreiras, para evitar os danos
que uma eventual queda do cabo poderia provocar.

A colocação do cabo será realizada por pelo menos três Colaboradores: dois deles na parte superior
e outro na parte inferior. Os dois colaboradores da parte superior utilizarão obrigatoriamente arnês
de segurança, devidamente ancorado a pontos sólidos e independentes para cada colaborador, e
independentes do ponto de ancoragem do cabo. O da parte inferior utilizará o arnês se tiver de
realizar alguma operação a partir de alguma janela, terraço ou conduta.

O cabo será desenrolado progressivamente, em troços de 2 metros, estando preso por uma corda a
um ponto de ancoragem independente do utilizado para o cinto de segurança dos Colaboradores.
Prestar-se-á especial cuidado para evitar que o cabo se enrole nos braços ou pernas dos
intervenientes.
Uma vez desenrolado o cabo, será fixado através das ancoragens previamente colocadas.

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3.7 - Trabalho com plataformas, escadas de mão, andaimes, etc.

3.7.1 – Plataformas elevatórias

Estes dispositivos satisfarão as condições gerais de construção, estabilidade e resistência


adequadas e terão os mecanismos ou dispositivos de segurança para evitar:

 A queda da carga devido a avaria na máquina, no mecanismo elevatório, no transportador,


ou ruptura dos cabos, correntes, etc., utilizados;
 A queda das pessoas e dos materiais;
 A colocação em funcionamento de forma acidental;
 Todo o tipo de acidentes que possa afectar os Colaboradores que trabalhem nestes aparelhos
ou nas proximidades.

Os Dispositivos deverão:
 Estar bem projectados e construídos, tendo em conta, na medida do possível, os princípios
da ergonomia;
 Estar equipados com um extintor selado e com as revisões em dia;
 Manterem-se em bom estado de funcionamento,
 Utilizarem-se correctamente.

Os manobradores dos dispositivos deverão ter recebido a formação adequada.

Deve realizar-se uma revisão periódica dos elementos da plataforma elevatória.

Antes da utilização, verificar-se-á o correcto funcionamento das engrenagens giratórias e de


elevação da carga e braço. Esta manobra será realizada sem carga colocada.

Os manípulos de controlo devem estar protegidas por resguardos para evitar contactos acidentais
com objectos.

Não se podem efectuar ajustes com o equipamento em movimento.

Deve estar disponível o diagrama de carga para os diferentes ângulos de inclinação do braço.

Tanto a subida como a descida da plataforma deve realizar-se apenas com o dispositivo parado e
bloqueado.

Não se pode elevar qualquer carga:


 Sem que a área envolvente, esteja totalmente livre;
 Se a carga ultrapassar o peso máximo que o dispositivo pode elevar;
 Realizar este trabalho sozinho, assim como abandonar a grua ou plataforma com alguém
suspenso.

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3.7.2 Escadas de mão

Escadas Portáteis
Antes de utilizar uma escada manual é preciso assegurar-se do seu bom estado, rejeitando aquelas
que não ofereçam garantias de segurança. (Fig. 1)

Todas as escadas terão nas extremidades inferiores sapatas anti-deslizantes.

O transporte de uma escada deve fazer-se com precaução, para evitar atingir terceiros, caminhando
com atenção para não tropeçar em obstáculos. A parte dianteira da escada deverá ser inclinada para
baixo. (Fig. 2).

É proibido apoiar a base das escadas de mão sobre locais ou objectos pouco firmes que possam
afectar a estabilidade deste meio auxiliar. (Fig. 3)

Antes de iniciar a subida deve comprovar-se que as solas do calçado não têm terra, gordura, nem
quaisquer outras substâncias que possam causar escorregadelas.

A subida e descida pela escada portátil far-se-á frontalmente. (Fig. 4).

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NÃO SIM

A escada terá um comprimento tal, que ultrapasse em 1 metro acima o ponto ou a superfície onde
se pretenda chegar.

O comprimento máximo das escadas não poderá ultrapassar os 6 m. Com uma plataforma
intermédia poderá alcançar o comprimento de 7 metros. Para alturas maiores serão usadas escadas
especiais. (Fig. 5).

É proibido juntar duas escadas simples.

Na proximidade de portas e passagens, se for necessário o uso de uma escada, deve ter-se o cuidado
de deixar a porta aberta para que seja visível e protegida para que não possa sofrer qualquer
empurrão.

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Não se podem colocar escadas por cima de mecanismos em movimento ou condutores eléctricos
nus. Se for necessário, deve-se parar previamente o mecanismo em movimento ou cortar a energia
eléctrica.

As escadas portáteis simples serão colocadas, na medida do possível, formando um ângulo de 75º
com a horizontal. (Fig. 6).

Sempre que possível, a escada será amarrada pela sua parte superior. Caso não o seja possível, será
colocada uma pessoa na base da escada para evitar que deslize.

É proibido a utilização da escada por mais de 1 Colaborador de cada vez.

Se for necessário levar ferramentas ou qualquer outro objecto, devem usar-se bolsas porta-
ferramentas ou caixas junto ao corpo, de forma que as mãos fiquem livres. (Fig. 7).

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Para trabalhar com segurança e comodidade o Colaborador coloca-se no degrau apropriado, de


forma que a distância do corpo ao ponto de trabalho seja suficiente e permita manter o equilíbrio.
Não deverão ser utilizados os dois últimos degraus duma escada como posto de trabalho.

Ao trabalhar sobre uma escada não deve tentar-se alcançar pontos afastados a ponto disso implicar a
perda de e equilíbrio. Deve deslocar-se a escada tantas vezes quantas as necessárias. (Fig. 8).

Os trabalhos sobre escadas, a mais de 3,0 metros de altura, obrigam ao uso de arnês a não ser que
possam ser criadas medidas de protecção suplementares.

É proibido o transporte e manipulação de cargas por ou a partir de escadas portáteis quando pelo
seu peso ou dimensões possam comprometer a segurança do Colaborador.

As escadas portáteis devem manter-se em perfeito estado de conservação, sendo revistas


periodicamente e retirando de serviço as que não estejam em condições.

Quando não utilizadas, as escadas devem armazenar-se cuidadosamente e não podem ser deixadas
abandonadas sobre o solo, em locais húmidos, etc. Deve existir, tanto em obra como nas
instalações, um lugar coberto e adequado para guardar as escadas após o seu uso.

As Escadas Articuladas:

 Têm na articulação superior topos de segurança contra abertura e um esticador ou cinta de


limitação de abertura máxima; (fig. 10).
 Serão utilizadas abrindo, sempre, ambos os lados de forma a não comprometer a sua
segurança;
 As escadas articuladas nunca devem utilizar-se como cavaletes para suportar as plataformas
de trabalho;
 Em posição de uso estarão montadas com os esticadores na posição de abertura máxima de
forma a não comprometerem a segurança do trabalho;
 Serão sempre utilizadas em pavimentos horizontais.

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3.7.3 – Andaimes

Todos os andaimes deverão cumprir as seguintes condições gerais:


 Os elementos e sistemas de união das diferentes peças que constituem o andaime, garantirão
perfeitamente a sua função;
 O andaime será montado e fixado tendo em conta as regras técnicas, de construção, de
forma a que fique assegurada a sua estabilidade e ao mesmo tempo para que os
Colaboradores possam trabalhar nele nas devidas condições de segurança.

Os andaimes são montados segundo as instruções do fabricante.


Quando o andaime ultrapassar os 2 m de altura, serão colocados corrimões rígidos e guarda-cabeças
em toda a envolvente da plataforma de trabalho.

É PROIBIDO UTILIZAR CAIXAS, BIDÕES, ETC. COMO ANDAIMES PROVISÓRIOS.

Sobre o andaime será colocado o material estritamente necessário e repartido uniformemente pela
plataforma de trabalho, para evitar as sobrecargas que reduzam a resistência dos tabuleiros.

As plataformas de trabalho terão uma largura mínima de 60cm.

Não é permitido transportar pessoas ou materiais sobre os andaimes móveis durante a mudança de
localização. (fig. 11).

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É proibido subir ou realizar qualquer trabalho a partir das plataformas sem ter bloqueado
previamente as rodas através dos travões ou dispositivos de bloqueio. (Fig. 12).
É proibido apoiar as rodas, dos andaimes móveis, directamente em solos pouco firmes.

Andaimes de Cavaletes:

Os cavaletes serão montados bem nivelados, para evitar o risco de escorregamento de estruturas
inclinadas.

Os cavaletes serão colocados a menos de 3,5 metros entre si para reduzir o risco de deformação ou
fractura das placas de piso. Todas as plataformas que formam o andaime deverão estar fixas por
cordas aos cavaletes.

Os andaimes serão formados por um mínimo de dois cavaletes. É expressamente proibido a


substituição destes por bidões ou pilhas de material.

Os cavaletes metálicos devem ter um sistema de fixação na posição de abertura para garantir a sua
estabilidade.

Quando as plataformas de trabalho forem colocadas a 6 metros de altura ou mais, é proibido utilizar
andaimes sobre cavaletes metálicos simples.
É proibido trabalhar sobre plataformas apoiadas em cavaletes se, por sua vez, estejam apoiados
sobre outro andaime.

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3.8 – Boas práticas

 Inspeccionar previamente os equipamentos de protecção;


 Quando a temperatura for extremamente elevada, os trabalhos serão adiados pelo tempo
necessário até que a temperatura baixe, de forma a evitar insolação;
 Respeitar sempre a distância de segurança a linhas eléctricas em tensão. Esta distância
será de 5 metros para linhas de alta tensão;
 Em dias quentes, deve utilizar-se creme de protecção solar, com factor de protecção
adequado, tendo em conta a pigmentação da pele;
 Em dias de calor, deve haver em obra pelo 1 litro de água potável, em recipiente
estanque, por cada Colaborador;
 Cada Colaborador sabe fazer a descrição do local onde de encontra no caso de ter de
pedir ajuda a entidades de socorro.

3.8 – Proibições

Não é permitido:

 Realizar trabalhos em altura por pessoal não especializado;


 Inclinar o corpo por uma abertura ou janela sem corrimão sem cinto de segurança, ou
mesmo com corrimão, colocar o centro de gravidade do corpo para além do corrimão;
 Trabalhar em altura quando se verifiquem condições meteorológicas desfavoráveis
(trovoadas, vento muito forte, chuva intensa, neve, etc.);
 Realizar trabalhos em altura sem a luz suficiente. À noite só se poderão executar estes
trabalhos quando existir luz artificial tanto em intensidade como em uniformidade para
evitar reflexos e encadeamentos;
 Utilizar de capacetes com ventilação (circulação de ar);
 Usar jaquetas ou fatos impermeáveis com capuz, devido à redução do campo visual;
 Repartir um sistema anti-quedas por vários Colaboradores. O sistema anti-quedas é
individual e intransmissível.

4. Equipamento de protecção individual e ambiental

O Equipamento de Protecção Individual mínimo básico para realizar trabalhos em fachadas é


o descrito a seguir:

 Capacete de segurança com franquelete;


 Botas ou sapatos de segurança anti-deslizantes, suficientemente flexíveis de forma a manter
a sensibilidade do pé;
 Luvas de protecção mecânica;
 Creme de protecção solar; o factor de protecção será adequado ao tipo de pele;
 Bolsa porta ferramentas.

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Nos locais com risco de queda a uma altura superior a 2 metros, não protegidos com
barreiras, serão necessários os seguintes EPI’s, para além referidos anteriormente:

 Arnês de segurança provido de bolsa para ferramentas;


 Corda semi-estática e com comprimento suficiente;
 Cabo de ancoragem regulável com comprimento suficiente;
 Amortecedor de queda;
 Mosquetões com fecho automático em número suficiente;
 Elos de fixação à estrutura adequados para o elemento ao qual vão ser fixados;
 Anilhas de poliamida cosidas, de resistência superiora 1000 daN e em número suficiente;
 Dispositivo antiqueda, com função de bloqueio automático.

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