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Conceituação

Pilares são elementos lineares


de eixo reto, usualmente
dispostos na vertical, em que as
forças normais de
compressão são
preponderantes e cuja
função principal é receber
as ações atuantes nos
diversos níveis e conduzi-las
até as fundações.
Conceituação
Solicitações

O dimensionamento dos pilares é feito em função


dos esforços externos solicitantes de cálculo,
que compreendem as forças normais (Nd), os
momentos fletores (Mdx e Mdy) e as forças
cortantes (Vdx e Vdy) no caso de ação horizontal.
Solicitações – compressão simples
Solicitações – flexão composta
Pilares: Classificação

Pilar de
canto Pilar de
extremidade

Pilar intermediário
Pilares: Classificação
Pilares: Classificação
Pilares: Classificação

Pilar de
canto

Pilar de
extremidade

Pilar de Pilar de
Pilar intermediário
extremidade canto
Dimensões mínimas das seções transversais

A seção transversal de pilares, qualquer que seja a


sua forma, não pode apresentar dimensão menor que 19
cm e área da seção transversal inferior a 360 cm²

Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões


entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforços
solicitantes de cálculo a serem considerados no dimensionamento por
um coeficiente adicional γn
Dimensões mínimas das seções transversais

Exemplo:

Pilar com seção 15x40cm e Nk = 100 kN

A = 15*40 = 600cm² > 360cm² OK!

Nd = 1,4*100*1,20 =168 kN
Pré-dimensionamento de pilares

Pilar intermediário
𝑵𝒅
𝑨𝒄 =
𝟎, 𝟓𝒇𝒄𝒌 + 𝟎, 𝟒
Pilar intermediário

Pilar de extremidade /
pilar de canto
𝟏, 𝟓 𝑵𝒅
𝑨𝒄 =
Pilar de
𝟎, 𝟓𝒇𝒄𝒌 + 𝟎, 𝟒
Pilar de canto
extremidade
Pré-dimensionamento de pilares
Exemplo: Pilar intermediário

Dados:
Concreto C25
Nk = 750 kN
Menor dimensão do pilar (base das vigas): 19cm

Nd = 1,0*1,4*750 = 1050 kN

Pilar intermediário
𝑵𝒅 𝟏𝟎𝟓𝟎
𝑨𝒄 = 𝑨𝒄 = = 𝟔𝟑𝟔, 𝟑𝟔𝒄𝒎²
𝟎, 𝟓𝒇𝒄𝒌 + 𝟎, 𝟒 𝟎, 𝟓. 𝟐, 𝟓 + 𝟎, 𝟒

Pilar 19 x 35 (Ac = 665 cm²)


Pilar 19 x 34 (Ac = 646cm²)
Pilares: Comprimento equivalente
y

hy x

hx
Pilares: Comprimento equivalente
y

20 x
cm

40cm

Qual o comprimento equivalente nas direções x e y do pilar, considerando que


as vigas possuem 42cm de altura e o pé-direito é de 2,70m?

270 + 40 = 𝟑𝟏𝟎𝒄𝒎
𝑙𝑒𝑥 ≤
270 + 42 = 312𝑐𝑚

270 + 20 = 𝟐𝟗𝟎𝒄𝒎
𝑙𝑒𝑦 ≤
270 + 42 = 312𝑐𝑚
Flambagem
Flambagem é o fenômeno pelo qual uma estrutura
comprimida pode perder a forma original,
acomodando-se em outra posição de equilíbrio, com
geometria diferente da inicial.
“Instabilidade de peças esbeltas
comprimidas”’

A flambagem é o
deslocamento
lateral na direção
de maior esbeltez.
Não linearidade física
Quando o material não obedece à Lei de Hooke (b e c).
Não linearidade geométrica
Ocorre quando as deformações provocam esforços
adicionais (esforços de 2ª ordem)
Contraventamento de estruturas
Pilares de contraventamento X Pilares contraventados

Os edifícios devem apresentar estabilidade às ações horizontais e verticais (estabilidade


global). Os pilares são destinados à estabilidade vertical e, além destes, devem ser
projetados outros elementos mais rígidos (pilares de grandes dimensões, pilar-parede,
caixas de elevadores, pórticos, treliças) que além da estabilidade vertical, proporcionam a
estabilidade horizontal do edifício (vento e sismos).
Contraventamento de estruturas

Pilares de contraventamento
São responsáveis para resistir às
ações verticais (peso próprio,
elementos construtivos, sobrecarga) e
à ações horizontais (vento e sismos).

Pilares contraventados
Suportam apenas as cargas verticais
– peso próprio, cargas permanentes
dos elementos construtivos fixos e
cargas acidentais.
Índice de esbeltez

3,46 × 𝑙𝑒
λ=

Índice de esbeltez
y
Qual o índice de esbeltez nas direções x e y do pilar,
considerando que as vigas possuem 42cm de altura e o
pé-direito é de 2,70m?
𝑙𝑒𝑥 = 310𝑐𝑚 𝑒 𝑙𝑒𝑦 = 290𝑐𝑚
20 x
cm

3,46 × 𝑙𝑒 40cm
λ=

3,46 × 310
λ𝑥 = = 26,82
40
3,46 × 290
λ𝑦 = = 50,17
20
Índice de esbeltez
Excentricidades

A excentricidade de 1ª ordem (e1) é devida à possibilidade de


ocorrência de momentos fletores externos solicitantes, que
podem ocorrer ao longo do comprimento do pilar, ou devido ao
ponto teórico de aplicação da força normal não estar localizado no
centro de gravidade da seção transversal, ou seja, existência da
excentricidade inicial a.
Excentricidades

“No caso do dimensionamento ou verificação de um lance de pilar, dever ser considerado


o efeito do desaprumo ou da falta de retilinidade do eixo do pilar [...]. Admite-se que,
nos casos usuais de estruturas reticuladas, a consideração apenas da falta de retilinidade
ao longo do lance de pilar seja suficiente.” (NBR 6118, 11.3.3.4.2). A imperfeição
geométrica pode ser avaliada pelo ângulo 1 :

A excentricidade acidental é responsável pelos MOMENTOS MÍNIMOS de 1ª ORDEM, nas


direções X e Y.
Excentricidades

Conforme a NBR 6118 (15.8.2): “Os esforços locais de 2ª ordem em elementos isolados
podem ser desprezados quando o índice de esbeltez for menor que o valor-limite λ1.”

3,46 × 𝑙𝑒
λ=

λ < λ1 → 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑜𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 2ª 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚


Excentricidades

para pilares biapoiados sem cargas transversais:

MA e MB são os momentos de 1a ordem nos extremos do pilar. Deve


ser adotado para MA o maior valor absoluto ao longo do pilar
biapoiado e para MB o sinal positivo, se tracionar a mesma face que
MA , e negativo, em caso contrário.

para pilares biapoiados ou em balanço com


momentos menores que o momento mínimo:
Solicitações normais

Compressão centrada (simples ou uniforme)

A aplicação da força normal Nd é no centro


geométrico (CG) da seção transversal do pilar, cujas
tensões na seção transversal são uniformes

Pilar intermediário
Solicitações normais
Flexão composta
Atuação conjunta de força normal e momento fletor sobre o pilar.
o Flexão composta normal (ou reta)
Existe a força normal e um momento fletor em uma direção

Mdx = e1x . Nd

Pilar de
extremidade
Solicitações normais
Flexão composta
Atuação conjunta de força normal e momento fletor sobre o pilar.

o Flexão composta oblíqua


Existe a força normal e dois momentos fletores, relativos às
duas direções principais do pilar

M1d,x = e1x . Nd

M1d,y = e1y . Nd

Pilar de
canto
Noções de cálculo das solicitações
Noções de cálculo das solicitações
Noções de cálculo das solicitações
Noções de cálculo das solicitações
Referencias

• CARVALHO, R. C.; PINHEIRO, L. M. Cálculo e Detalhamento de Estruturas


Usuais de Concreto Armado, Vol 01, EduFSCar, 2014.
• ARAÚJO, J. M. Curso de Concreto Armado. Vols 01, 02, 03, 04, Rio Grande:
Editora Dunas, 2014.
• BOTELHO, M. H. C., MARCHETTI, O. Concreto Armado Eu te Amo, Vols 01 e 0,
6ª Edição, Blucher, São Paulo: 2014.
• Ebook: PORTO, T,B; FERNANDES, D. S. G.. Curso básico de Concreto Armado.
Oficina de Textos.
• Notas de aula – Professor Dr. Paulo Sérgio Bastos – Flexão composta e pilares
de concreto armado – Disponível em:
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto2/Pilares.pdf
• Notas de aula – Professor Matheus Carini – Curso de Cálculo Estrutural em
Concreto Armado (Udemy) – Disponível em:
https://www.udemy.com/course/curso-de-calculo-estrutural-em-concreto-
armado/learn/lecture/13931046

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