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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Departamento de Tecnologias Ferroviárias

Licenciatura em Engenharia Ferroviária

Legislação e Regulamentação Ferroviária

TPC 1

Discente: Carlos Alfredo Jiverage

Turma: F51

Discente: Dr. J. Da Rocha

Maputo, Março de 2021


Índice
1. Noções preliminares do Direito e do Sistema Jurídico ................................................................... 2

2. Origem e desenvolvimento histórico da regulação do sector ferroviário no direito dos EUA ........ 3

3. Origem e desenvolvimento histórico da regulação do sector ferroviário no direito do Brasil ........ 4

4. Origem e desenvolvimento histórico da regulação do sector ferroviário no direito dos EUA ........ 4
1. Noções preliminares do Direito e do Sistema Jurídico
A palavra “Direito” teve o seu surgimento na Roma Antiga e é definido como sendo um
conjunto de comandos, disciplinando a vida externa e relacional dos homens, bilaterais,
imperativo atributiva, dotado de validade, eficácia e coercibilidade, que tem o sentido de
realizar os valores da justiça, segurança e bem comum, em uma sociedade organizada, de
acordo com Batalha (1981). É de realçar que os conhecimentos básicos de direito são
imprescindíveis, o livro “Introdução de Estudo do Direito” publicado por Wilson Batalha,
fornece noções fundamentais do sistema jurídico, termos científicos utilizados, permitindo
assim, um conhecimento geral do conteúdo existente na área de direito. Sendo que, estes
conceitos apresentados são universalizados, institucionalizados, e que, independente do ramo a
que se referir, serão os mesmos.

Sistema Jurídico é o conjunto de normas jurídicas interdependentes, reunidas segundo um


princípio unificador (tribunal administrativo, procuradoria, entre outros, apesar da diferença são
interdependentes estando por debaixo de um mesmo sistema jurídico) e é com base nessa
comparação que se pode enquadrar Moçambique ao sistema jurídico do ocidente.
O sistema jurídico é regido por um conjunto de regras e princípios sob moderna compressão,
sendo estes:
1. É um sistema jurídico porque é um sistema dinâmico de normas;
2. É um sistema aberto porque tem uma estrutura dialógica {Caliess} traduzida na
disponibilidade e ‘capacidade de aprendizagem’ das normas constitucionais para
captarem a mudança da realidade e estarem abertas às concepções de mudanças da
‘verdade’ e da ‘justiça’;
3. É um sistema normativo, porque a estruturação das expectativas referentes a valores,
programas, funções e pessoas, é feita através de normas;
4. É um sistema de regras e de princípios, pois as normas do sistema tanto podem revelar-
se sob a forma de princípios como sob a sua forma de regras.
A fonte de direito é constituída por leis, costumes, jurisprudência, doutrina, analogia, princípio
geral do direito e equidade. A jurisprudência por sua vez, é o conjunto de decisões e
entendimentos dos tribunais a respeito de um tema específico e, a lei é a norma escolhida pelo
legislador como o melhor preceito para dirigir a actividade humana e não pode ser confundida
com moral que se trata do conjunto de valores, de normas e de noções do que é certo ou errado,
proibido e permitido, dentro de uma determinada sociedade ou uma cultura. Normas jurídicas

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caracterizam as fórmulas de agir ou determinações que fixam as pautas do comportamento inter
– individual e padrões de conduta social impostos pelo Estado.
Existem duas frases que se pode exprimir sobre a existência de direito, que são:
1. o homem é um animal social; e
2. ubi societas, ibi jus.
A primeira pode ser sustentada através do dom da fala que possui, podendo interagir facilmente
com outros homens, partilhando ideias, conhecimento, convivência, emoções, sentimentos (…)
e assim viver em sociedade que necessite de ordens e boas práticas de viver.
A segunda significa que onde há sociedade, existe justiça, isto é, a existência de uma sociedade
deve implicar a existências de estruturas e/ou entidades que irão zelar pelos bons modos de
viver desta sociedade, fazendo aplicação de costumes locais ou ordens estudadas e aprovadas
com promotores de boa conduta humana.

2. Origem e desenvolvimento histórico da regulação do sector


ferroviário no direito dos EUA
A rede Ferroviária dos Estados Unidos de América, localizada no continente americano e está
dividida em três classes distintas:
• Classe I- companhias ferroviárias de grande porte. Obtendo uma receita operacional
anual de US$ 250 milhões;
• Classe II- companhias ferroviárias de médio porte obtendo uma receita operacional
anual entre US$ 20,5 milhões e US$ 277,7 milhões por no mínimo três anos;
• Classe III-companhias ferroviária de pequeno porte obtendo uma receita operacional
anual de até US$ 20 milhões.
Apesar de ser a maior rede ferroviária do mundo, a rede ferroviária dos EUA também passou
por várias dificuldades. O estado de Massachusetts construiu uma ferrovia em 1829, porém não
foi executada devido a falta de recurso que obrigou a criação de cartas de crédito e incentivos
fiscais à iniciativa privada que acabou implantando a maior parte das ferrovias norte americanas.
As dificuldades enfrentadas foram divididas em diferentes estágios distintos:
• Período construção entusiasmada de 1830 a 1850;
• Período de competição acirrada de 1850 a 1870;
• Período de ampla combinação de 1870 a 1890.

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Nos finais de século XIX, com objectivo de resolver conflitos existentes em cada Estado, criou-
se agências reguladoras que viriam lidar com consequências de falências devido alta
concorrência.

3. Origem e desenvolvimento histórico da regulação do sector


ferroviário no direito do Brasil
A rede ferroviária brasileira, localizada na América Latina. A primeira ferrovia no Brasil foi
inaugurada em 1854 pelo Imperador Dom Pedro II e possuía uma extensão de 14,5 km,
conhecida como Estrada de Ferro de Mauá. Ao longo dos anos as ferrovias passaram por várias
expansões e também sofreram com o abandono e o esquecimento, o trecho saia da cidade do
Rio de Janeiro até Petrópolis.
A falta de incentivos governamentais para que todos tivessem a facilidade de construção da
linha independentemente das condições de cada entidade, criou-se, Decreto-Lei 2.450 de 24 de
Setembro de 1873, defendeu uma subvenção de 30 contos de Réis por quilómetro de via
construída. Além deste decreto, em 1957 assinou-se, pelo Getúlio Vargas a Lei 3.115 criando
a Rede Ferroviária Federal S.A (RFFSA) com património inicial de 18 empresas para
administrar os caminhos-de-ferro de propriedade do Governo Federal.

Com o objectivo de desonerar o Estado, melhorar a alocação de recursos, aumentar a eficiência


operacional, fomentar o desenvolvimento do mercado de transportes e melhorar a qualidade
dos serviços, houve a transferência dos serviços de transporte ferroviário de carga para o sector
privado e inclusão RFFSA, em 1992, no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Devido ao seu relevo, por um período de 50 anos, 1870-1920, o Brasil construiu um dos mais
complexos e difíceis sistemas ferroviários do mundo. Assim pode-se observar que em 1890
para os EUA era fim do período de ampla combinação período em que Brasil ainda se
encontrava no período de construção do sistema mais complexo do mundo, devido ao seu relevo
acidentado.

4. Origem e desenvolvimento histórico da regulação do sector


ferroviário no direito dos EUA
A União Europeia (UI) foi fundada por cinco (5) países em 1951, pela França, Alemanha,
Bélgica, Luxemburgo e a Holanda. A dimensão actual a (UI) conta com 27, visto que a de 28
houve a retirada do Reino Unido. A três característica da rede ferroviária é composta por: Rede
de alta velocidade, linhas convencionais (oferece um nível de segurança e qualidade graça a

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continuidade e interoperabilidade) e a terceira futurista em 2020 terá-se construído 94000 de
ferrovia.
O Reino Unido ainda membro da EU, a sua rede ferroviária foi construída pelo sector privado
no século XIX, caracterizado por um serviço muito regulado, o que não acontecia noutras partes
nesse período. Em 1982 uma companhia ferroviária Inglesa decidiu mudar a filosofia de gestão
da empresa, de uma visão do caminho-de-ferro orientado para a produção, para orientado ao
mercado, devido ao aumento de concorrência do transporte rodoviário, o que fez com que o
caminho-de-ferro passasse por dificuldades financeiras e o governo após a segunda grande
guerra, tomou a decisão de nacionalizar o caminho-de-ferro Britânico.
Houve a necessidade da criação de Agências Ferroviárias na União Europeia para melhorar a
segurança do sistema ferroviário europeu e a interoperabilidade.

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