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O DIREITO
DA MÃE
NOVELA
LIVRARIA CIVILIZAÇÃO-EDITORA
PORTO
O direito da Mãe
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OBRAS DE ANA DE CASTRO OSÓRIO
Questões Sociais,
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(NOVELA)
1925
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ISOLADA
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160
UM PASSO EM FALSO
UM PASSO EM -FALSO
— Nâo, porquê l
— Senti um barulho esquisito.
—Nao. Fui eu que deixei cair o auscultador em
cima da mesa.
— Ah, julguei perceber barulho. Mas oiça da ul-
tima aventura do Julião. Imagine você que é uma se-
nhora da sociedade...
— Sim? É espantoso como ainda ha quem o tome
a serioI...
—Você é cruel! O Juliãoé tao bom! Creia que é
incapaz de fazer mal a uma mosca.
— E muito leal, nao é verdade?...
—Para mim tem sido, nao me posso queixar dele.
A nossa ligação é mais séria e honesta do que muitos
casamentos.
— É o triunfo do amor livre!
— Lá está você com as suas piadas.
4 —Mas a conquista? Já lhe disse'o nome?
—Já, mas eu nâo lho digo. Você também a co-
nhece.
— Eu?!... Mas quem é? diga, diga!...
— Nâo digo, que ele ficaria furioso. Já o outro dia
estava alarmado porque ela lhe falou de você. Estra-#
gava-lhe logo o arranjinho.
—Eu?!... Que ideia! E porquê?!... É a falta de
confiança nos amigos. Eu nao tenho nada com as suas
conquistas, isso é com você.
— Comigo nao! Eu nâo tenho receio de nenhuma-
Mas parece-me que você é até muito amiga dela...
— Eu?!... Nao me parece! As minhas amigas nao
se apaixonam pelo Julião Maldonado, porque todas
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FIM
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75, RUA DAS OLIVEIRAS, 77