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Quem me dera ser onda – Manuel Rui (1982)

- Quem me dera ser onda é uma metáfora e o Faustino que era o administrador do prédio que
desconfiava que havia um porco no prédio (poder político: interesseiro e oportunista)

- Tempo: final da guerra colonial em 1975 e espaço: presente passado – sétimo andar

- Moradores do prédio – personagens coletivas / professora, bandido e juiz – personagens tipo

- Texto narrativo e um narrador não participante (3º.pessoa)

- A ironia é referida muitas vezes ao longo da obra como uma critica à sociedade da época que
esqueceu e apagou todos os seus valores antigos

- Era uma família de classe media

Personagens: Ruca, Zeca, Mãe (Liloca), Pai (Diogo – trabalhava no tribunal), Faustino, Xica
( Mulher do Nazário), Beto ( filho do administrador do prédio que era o Faustino) e o Fiscal

- O-de-pe: organização de defesa popular

Era um período de grande instabilidade político-social que Angola teve de atravessar na pós-
independência.
No prédio onde vivia Diogo, Liloca e seus dois filhos, Zeca e Ruca só que não havia mais espaço
e nem pretendia a permanência de animais que não sejam cães ou gatos.
O pai então decide levar o porto as escondidas para a sua varanda no sétimo andar, onde
pretende engorda-lo para depois o matar no dia de Carnaval. Só que ele não esperava que os
filhos Zeca e Ruca se apaixonassem perdidamente pelo porco. Os miúdos tratavam o porco como
mais um membro da família , protegendo-o e escondendo-o das responsabilidades do fiscal pela
manutenção e pelo cumprimento de regras no prédio.
O nome atribuído ao porco foi Carnaval já que ele ia morrer nesse dia, mas posteriormente, após
uma confusão contra o fiscal, o animal passou-se a chamar “Carnaval da Vitória”, pois ninguém
havia desconfiado que havia um porco no prédio. O porco fazia uma barulheira de alertar a
vizinhança colocando o radio no máximo. Os irmãos Ruca e Zeca tratavam Leitão como um
verdadeiro amigo davam-lhe banho todos os dias, alimentando-o com boa comida vinda dos
restos encontrado no contentor do hotel Trópico e que depois virou o cardápio da família, pois a
dias que só comiam peixe. Ganharam na escola um concurso de redações. Num dia levam o
porco para a escola onde todos o adoram incluindo a professora, pedindo para o levar mais vezes
para a escola.
As crianças no seu plano de salvação do porco, usam a solidariedade como forma de resistência
ao poder dos adultos. Zeca e Ruca tinham medo de perder um dos seus melhores amigos então
os rapazes decidiram ir ao apartamento do Nazário contar a verdade de que vivia um leitão no
apartamento mas não foram a tempo de evitar a morte do leitão.
Quem me dera ser onda" É uma frase marcante dita por Beto que revela que na hora de matar o
seu maior amigo - o porco - esta criança deseja ardentemente não sentir, não pensar, e ser como a
onda.

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