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Manual de Práticas

Supervisionadas de
Serviço Social
Relatório Social (5º semestre)
Sumário
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................3
2. RELATÓRIO SOCIAL.................................................................................................4
2.1 TIPOS DE RELATÓRIOS......................................................................................4
2.2 LINGUAGEM E TERMOS A SEREM UTILIZADOS........................................8
2.3 CORPO DO RELATÓRIO SOCIAL......................................................................9
2.4 FORMAÇÃO DO RELATÓRIO SOCIAL.............................................................11
3. ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
SOCIAL.............................................................................................................................13
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................13
Serviço Social

1. INTRODUÇÃO

Você, aluno(a) matriculado(a) nas disciplinas 6511-60 e 6136-60 Supervisão de


Estágio Acadêmico, deve ler atentamente as informações a seguir.
Aos(Às) alunos(as) matriculados(as) nas disciplinas citadas será solicitada a elaboração
de um relatório social, com a exigência da carga horária de 20 horas, levando em
consideração as demandas apresentadas em seu campo de estágio, que fará parte da
carga horária do 5º semestre.
Antes da elaboração da atividade, é essencial que todo o conteúdo da disciplina teórica
seja estudado com empenho, pois assim você terá contato com conceitos importantes, o
que facilitará a elaboração do trabalho. Vale ressaltar que essa atividade é obrigatória e
deve ser elaborada individualmente e em seu campo de estágio.
O conteúdo copiado na íntegra caracteriza um crime denominado plágio. Trabalhos
considerados plágio terão a carga horária invalidada.
Cada aluno(a) deverá postar o relatório social no link de postagem Supervisão
do Estágio Acadêmico (6136-60) ou Supervisão do Estágio Acadêmico
(6511-60) disponível no seu Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Na postagem
deverá ser postado um único arquivo, conforme determinado no checklist: que consta no
Manual de Estágio.

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2. RELATÓRIO SOCIAL

O relatório social é um instrumento no qual registramos observações e informações


coletadas durante uma intervenção profissional.
O que é uma intervenção profissional?
A intervenção profissional é o resultado da relação entre o(a) profissional de Serviço
Social e o(a) usuário(a), a partir de uma demanda apresentada que culmina em toda e
qualquer forma de ação.
Esse instrumental de trabalho tem por finalidade:
ƒ analisar a aplicação dos princípios e das técnicas do Serviço Social;
ƒ pesquisar a partir dos registros documentados as intervenções sociais adotadas;
ƒ quando disponibilizado, possibilita ampliação do aprendizado profissional, a partir
do momento em que auxilia na compreensão da realidade social apresentada;
ƒ possibilita intervenção profissional a partir das análises dos dados obtidos, vinculando
com políticas, programas e legislações sociais.

Segundo Cardoso:

Historicamente, o Relatório Social, enquanto recurso instrumental, é utilizado no


Serviço Social desde 1935, nos Estados Unidos, com o pioneirismo de pesquisa realizada
por MARY ELLEN RICHMOND, ao reunir em seu Diagnósis Social, um levantamento de
vários Relatórios Sociais elaborados por profissionais na época (CARDOSO, 2008, p. 80,
grifo nosso).

2.1 Tipos de relatórios


Existem variados tipos de relatórios, os mais utilizados em instituições sociais são:

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ƒ Relatório de acompanhamento;
ƒ Relatório Social;
ƒ Relatório informativo;
ƒ Relatório de inspeção;
ƒ Relatório de visitas (domiciliar, hospitalar e institucional).

ƒ Relatório de acompanhamento
Tem como característica a avaliação e o acompanhamento do caso. Está diretamente
relacionado à intervenção profissional. Esse relatório é elaborado quando há contato mais
frequente e assíduo com o(a) usuário(a). Tem por finalidade: o registro das intervenções
realizadas e seus resultados (positivos ou negativos).
Por ser um relatório no qual a mensagem é dirigida ao(à) próprio(a) profissional que
o elaborou ou a outro(a) que o(a) substituir, esse documento relata o relacionamento
estabelecido entre o profissional de Serviço Social e seu(sua) usuário(a), detalhando a
intervenção e os instrumentais utilizados no atendimento. Quanto à estrutura, não há um
formato correto.

ƒ Relatório Social
É um relatório inicialmente com característica informativa, tem por objetivo relatar
situações emergenciais de forma breve. Nesse tipo de relatório cabe a emissão de um
parecer que deve ser apresentado imediatamente ao(à) juiz(a). Após esse primeiro momento
emergencial há necessidade da elaboração de um laudo mais detalhado e acurado
da situação.

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Deve ser elaborado por meio de um texto sucinto no qual se comunica o fato urgente
ao(à) juiz(a) (comum em ambiente forense). Normalmente é estruturado do seguinte modo:
cabeçalho, introdução, desenvolvimento (corpo do texto) e parecer profissional, que é de
extrema importância.

ƒ Relatório informativo
Tem por característica, como o próprio nome indica, informar dados ou fatos importantes.
Esse tipo de relatório, normalmente, pode ser utilizado em: triagens, plantões sociais,
encaminhamento e atendimento em processo de acompanhamento.
A forma textual de um relatório informativo deve conter aspectos relacionados a
esclarecimentos, encaminhamentos e comunicação de procedimentos tomados.
Não existe a necessidade de fazer um texto longo e minuciosamente detalhado.
Sua estrutura, normalmente, é composta das seguintes partes: cabeçalho, introdução,
desenvolvimento (corpo do texto) e conclusão.

ƒ Relatório de inspeção
Esse relatório é emitido após visita de inspeção em instituição que necessita atender
a determinações expressas em legislações específicas. Deve ser elaborado levando em
consideração o que foi observado no decorrer da visita, de forma expositiva e descritiva.
Ao final emite-se um parecer profissional sobre o que foi avaliado, contendo sugestões e
providências que deverão ser tomadas para que o objetivo proposto pela instituição possa
ser alcançado.
Por se tratar de relatório com teor descritivo, deve obrigatoriamente apresentar a
descrição dos fatos observados e analisados durante a visita.
É estruturado da seguinte forma: cabeçalho, descrição do que foi observado e parecer
profissional com sugestões de melhorias.

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ƒ Relatório de visita (domiciliar, hospitalar e institucional)


Possui como característica o aspecto analítico, ou seja, analisar o ambiente observado. É
elaborado após a realização de uma visita domiciliar, hospitalar ou institucional (instituições
onde o(a) usuário(a) interage).
ƒ No caso da visita domiciliar, o relatório normalmente aponta informações e
descrição de domicílio, aspectos sociais e também relacionados à interação familiar
do(a) usuário(a).
ƒ A visita hospitalar descreve a situação de saúde em que o(a) usuário(a) se encontra:
aspectos do atendimento realizado pela instituição de saúde e possíveis intervenções
realizadas no momento da visita.
ƒ Quando realizada visita institucional, relatam-se as informações coletadas
na instituição: forma e frequência de interação do(a) usuário(a) e outras
informações relevantes.

ƒ A descrição do relatório de visita deve ser objetiva, apresentando dados realmente


significativos para a formação de juízo da situação estudada. Lembramos que a visita
domiciliar não tem por objetivo punir o(a) usuário(a), mas na verdade possibilitar uma
análise contextual do fato a ser trabalhado.
Evite ressaltar detalhes que em nada possam auxiliar a avaliação: uso de adjetivos,
impressões pessoais e não profissionais.
O relatório de visita é, normalmente, estruturado da seguinte forma: cabeçalho, descrição
avaliativa dos fatos apurados e, via de regra, não há conclusão.

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2.2 Linguagem e termos a serem utilizados


Segundo Cardoso (2008), cabe ao(à) profissional de Serviço Social elaborar relatórios
primando por uma linguagem neutra e adotar termo que personalize o usuário atendido.
Exemplo:
Ao se referir ao(à) usuário(a), dirigir-se de forma respeitosa, tratando-o(a) por Sr. “José”
ou Sra. “Maria”; utilize termos simples e de fácil compreensão:
ƒ em vez de genitores, utilizar mãe e pai;
ƒ em vez de amásio, utilizar companheiro;
ƒ em vez de cliente, paciente ou assistido, utilizar usuário;
ƒ em vez de menor, utilizar criança ou adolescente.

Na elaboração dos relatórios sociais, cabe sempre lembrarmos que ao nos dirigirmos
aos(às) nossos(as) usuários(as), devemos evitar termos que possuam sentidos preconceituosos
e segregadores, pois esses termos reduzem a pessoa àquele adjetivo. Não utilize termos
como:

ƒ drogado;
ƒ marginalizado;
ƒ infrator;
ƒ indivíduo;
ƒ violentada;
ƒ entre outros que possam ser pejorativos.

Quando utilizarmos termos e especificidades de outras áreas, a forma correta de


colocarmos é entre aspas e em itálico.

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No momento de redigir um relatório, o(a) profissional de Serviço Social deve colocar-se


como relator(a), ou seja, na condução de quem analisa o caso.
Exemplos:
1º) 3ª pessoa do plural: Realizamos visita domiciliar à Sra. Maria...

2º) Impessoal: Foi realizada visita domiciliar à Sra. Maria...

Quando for necessário, colocar a fala do(a) usuário(a) exatamente como foi dita, devemos
transcrever a fala entre aspas, em itálico e após as aspas finais acrescenta-se o termo SIU
que significa “Segundo Informações do Usuário” ou SIC, expressão clássica do latim, que
significa “exatamente como a pessoa falou”, essas siglas devem estar entre parênteses.
Veja o exemplo:
“[...] fui maltratada várias vezes” (SIU ou SIC).

Dessa forma, quem ler o relatório compreenderá essa parte em destaque como importante
para o(a) usuário(a) e o(a) profissional.

2.3 Corpo do relatório social


Cardoso (2008, p. 87-88) recomenda, normalmente, que seja elaborado em papel
timbrado da instituição. Por mais que isso pareça lógico, é comum encontrarmos relatórios
sociais feitos em qualquer tipo de papel (sulfite, rascunhos etc.).
Deve conter local e data, informações importantes, que servem de referência histórica.

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Quando se trata de documentação utilizada por outros profissionais é importante que


contenha a identificação: Serviço Social e, em seguida, relatório social.
Procurando respeitar o art. 2º, alínea “d”, do Código de Ética do Assistente Social,
“inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o
sigilo profissional”, na identificação do(a) usuário(a) e seus familiares, você deverá utilizar
dados fictícios ou as iniciais dos nomes, por exemplo: Maria José da Silva – M.J.S.
Como esse exercício prático simula a construção de um documento concreto de
utilização diária dos(as) profissionais de Serviço Social, é importante que ao final você
elabore a conclusão do atendimento com o(s) encaminhamento(s) do Serviço Social e
assine o documento como estagiário(a).
Cardoso discorre sobre três momentos que considera básicos e indispensáveis:
Num primeiro momento onde registramos a coleta de informações, contendo: motivo da
procura do usuário ou a demanda, naquele momento, temos o objetivo de intervenção
social. Sugiro que se destaque logo no primeiro parágrafo.
Registrarmos todas as informações obtidas no contato em situação de Entrevista Social/
Observação Sensível, evidenciando uma certa linearidade ou fundamentação nos pontos
que podem, de fato, apoiar nossas análises e argumentos em favor de uma inclusão
efetiva em algum programa ou projeto social.
Na situação de Entrevista Social/Observação Sensível, podemos obter informações e
manifestações de usuários e seus familiares, que não necessariamente, consideramos
passíveis de documentação. Podem ser desabafos ou o compartilhar de expressões
particulares que só devem ser registradas com conhecimento e autorização por parte
destes usuários (respeito ético) e se, decididamente, forem favorecê-los caso sejam
reconhecidos por outrem.
Então, os dados de história de vida são documentados, neste momento, com uma
titularidade variável e à escolha do profissional: Relato Social, Resumo Social, História de
Vida, Dados Sociais, e outros que signifiquem melhor o conteúdo apreendido (CARDOSO,
2008, p. 88-89).

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2.4 Formação do relatório social


O relatório de, no máximo, 2 laudas/páginas deve ser redigido em fonte Arial ou Times
New Roman, tamanho 12; o espaçamento entrelinhas deve ser 1,5 cm, alinhamento
justificado, ou seja, seguir as normas da ABNT.
O arquivo deve ser postado na extensão PDF, pois a formatação do documento
permanecerá inalterada.
Caso seja postado um arquivo corrompido (que não abra ou que não apresente nenhum
conteúdo) ou um arquivo com o trabalho de outra disciplina, o(a) aluno(a) não terá sua carga
horária válida. Portanto, verifique com atenção o arquivo antes de postá-lo, lembrando que
a postagem correta é responsabilidade do(a) aluno(a).
Obs.: Recomendamos que seja em papel timbrado (se houver).

RELATÓRIO SOCIAL (colocar o tipo de relatório, vide manual de práticas).

Deve conter local e data, como: São Paulo ....../......./........

Identificação:
Nome: ................................... Idade: ........................
Endereço: .................................................................
Estado civil: .................... Profissão: ............................
No de matrícula/registro: ..........................................
(Esses dados devem ser preenchidos com as iniciais do nome ou dados fictícios)

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Descrição do relatório social


1º momento: inicia-se o relatório colocando o motivo ou a demanda do usuário ao
serviço com o objeto de intervenção social.
Exemplo: A Sra. Joana compareceu à instituição para buscar ajuda financeira, pois seu
companheiro se encontra desempregado.
2º momento: todas as informações que coletamos com o usuário nas entrevistas,
atendimentos individuais, observações, contatos breves etc., devem ser utilizadas no
relatório a título de complementação de informações, ou seja, devem ser descritos detalhes
da situação apresentada.
Exemplo: A Sra. Joana informou que atualmente, com o desemprego do marido, está sem
dinheiro para comprar alimentação para o filho, encontra-se muito doente, dificultando-
lhe o trabalho.

3º momento: nesse momento, procura-se finalizar o relatório, colocando-se o parecer


do assistente social e/ou encaminhamento, ou seja, após a explanação do caso, o relatório
deve ser finalizado e assinado.
Exemplo: Após visita domiciliar, foi constatado que a Sra. Joana se encontra em situação
de vulnerabilidade, ela será encaminhada ao programa para receber cesta básica, programa
Luz para Todos e será acompanhada pela equipe técnica.

Nome da assistente social de campo Nome do aluno/estagiário e RG

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3. ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO PARA ELABORAÇÃO DO


RELATÓRIO SOCIAL

Disponibilizamos no AVA videoaula contendo orientações para elaboração e construção


do Relatório Social.
Para elaboração dessa prática, o(a) aluno(a) deverá participar da reunião de supervisão
acadêmica de estágio, na qual receberá do(a) seu(sua) supervisor(a) acadêmico(a) as
orientações necessárias para construção do Relatório Social.
O(A) aluno(a) também poderá, por meio da intermediação do seu polo de matrícula,
esclarecer suas dúvidas diretamente com o(a) seu(sua) professor(a) orientador(a),
participando do chat semanal programado para o semestre. Atente-se às datas de chat que
são divulgadas no seu AVA, considerando sempre o horário de Brasília.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARDOSO, Maria de Fátima Matos. Reflexão sobre instrumentais em Serviço Social:


observação sensível, entrevista, relatórios, visitas e teorias de base no processo de
intervenção social. São Paulo: LCTE, 2008.

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Manual de Estágio

APÊNDICE
Apêndice A: Modelo de Capa

UNIVERSIDADE PAULISTA
NOME DO(A) ALUNO(A)
RA

RELATÓRIO SOCIAL

CIDADE DO POLO/UF
ANO

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