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ANÁLISE DOS SOLOS:

O COMPORTAMENTO DOS FIFERENTES SOLOS E A SUA UTILIDADE


DAS PLÁTICAS DE AGRICULTURA

DISCIPLINA DE BIOLOGIA E GEOLOGIA


PROFESSOR SÉRGIO COSTA
REALIZADO PELAS ALUNAS ANA RITA, ISADORA, SHANYA E MARIA
TURMA 11º2 DO CURSO CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DO ANO LETIVO 21/22
ESCOLA SEOMARA DA COSTA PRIMO
Índice

1. Introdução...............................................3
2. Fundação teórica....................................3
3. Procedimento 1.......................................4
4. Procedimento 2.......................................5
5. Procedimento .....................................6-7
6. Conclusão..............................................8

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Introdução
Teve-se como objetivo o estudo das propriedades de 3 tipos diferentes de solos (solo arenoso,
solo rico em matéria orgânica e solo argiloso) consoante o aumento da sua hidratação, para
estudar qual o melhor solo para agricultura e porquê. Tal permite, diretamente, a investigação da
plasticidade, permeabilidade e capacidade de retenção dos mesmos. À parte, é averiguada a
adesividade e observado o apesto enquanto desidratado de cada um, sendo um caracter
importante para as suas respetivas descrições e para um melhor entendimento da forma como
reagem às variáveis em ensaio.

Fundamentação teórica
A caracterização dos solos é determinada de acordo com diferentes critérios, como a cor, a
textura, percentagem de matéria orgânica, porosidade e permeabilidade, pH, capacidade de
retenção da água, e muitos mais. Cada solo é formado por um misto de grãos de diferentes
modelos e dimensões, classificados de acordo com o seu diâmetro granulométrico (proporção
relativa, em percentagem, dos diferentes tamanhos dos grãos que constituem o agregado).
Partículas com diâmetro menor que 2mm (denominadas por terras finas) englobam as areias
(diâmetro situa-se entre 0,02mm e 2mm), o silte (diâmetro compreendido entre 0,002mm e
0,02mm) e a argila (inferior a 0,002mm). A textura dos solos pode ser, neste seguimento, arenosa,
franca ou argilosa, contando para esta rotulação a fração dominante de grãos da amostra.

Tabela 1- Classificação dos solos de acordo com a textura

Urbano M. Práticas de Solos. Porto: Publindústria.

A porosidade de um solo, geralmente expressa em percentagem, corresponde ao afastamento


entre os grãos do mesmo, entenda-se, é o volume de áreas ocupado por gases. Desta forma, é
possível averiguar a quantidade de água que fica retida no solo, quando sobre ele é vertida, pois
ocupa esses “espaços”, os poros, mas também o período em a água permanece no local. É então
obtida pela razão entre o volume de vazios (Vv) e o volume total da amostra (Vt) a multiplicar por
100. Difere, desse modo, da porosidade eficaz que é a razão entre o volume de água escoada
(medido experimentalmente) e o volume total da amostra. A permeabilidade consiste na forma
como a amostra se deixa atravessar pela água, traduzida em tempo de escorrência. A capacidade
de retenção, como o nome indica, é entendido pelo volume de água que o solo retém após ser
atravessado por ela, podendo estar ou não os poros associados, influenciando a circulação da
água.

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Procedimento 1
Textura do solo
Material:
 Amostras A, B e C
 Lupa binocular
 Papel milimétrico

É pretendido observar-se cada amostra de solo cautelosamente e registar a sua cor, a fração
sólida de mineral que predomina (>2mm, areia ou silte e argila), calibragem dos grãos (mal
calibrados, calibrados ou bem calibrados) utilizando a lupa binocular, se é detetável fração sólida
orgânica e em que quantidade aparente e, assim, prever a textura do solo (argiloso, arenoso ou
franco/orgânico).

Resultados
Fração sólida Fração sólida Textura
Amostra Cor Calibragem
mineral orgânica prevista
Castanho Mal
A Areia Escassa Arenoso
muito claro calibrados
B Castanho Areia Calibrados Abundante Orgânico
Castanho- Bem
C Silte e argila Escassa Argiloso
esverdeado calibrados

Interpretação
A amostra A tem uma textura arenosa, pelo que a sua fração orgânica é praticamente inexistente,
esperando-se que não seja ideal para a prática de agricultura. A amostra B é bastante rica em
matéria orgânica, o que origina a sua textura orgânica, muito indicado para a mesma prática,
prevendo-se que este solo se verifique um padrão excelente em todos os parâmetros que se
analisam nos seguintes procedimentos. Quanto à amostra C, é composta maioritariamente por
silte e argila, tendo-se a sua textura como argilosa, o que, em semelhança à amostra A, não é
adequada a práticas agrícolas.

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Procedimento 2
Comportamentos do solo
Material:
 Amostras A,B e C
 Esguicho com água
 3 caixas de Petri
 Espátula
 Folha de alumínio
 Estufa

Para testar a plasticidade de cada amostra (elevada intermédia ou ausente) é necessária a sua
hidratação e tentar fazer rolinhos com as mãos, permitindo simultaneamente a verificação da
adesividade (elevada, intermédia ou ausente) constatando-se pelo facto do solo deixar um resíduo
que adere e permanece nas superfícies com as quais contacta. A plasticidade é elevada se é
executável a formação de rolinhos que dobram e desdobram sem se fraturarem, é intermédia se
estes se partem, e não está presente qualquer nível de plasticidade se não há formação rolinhos.
De seguida, colocar a amostra hidratada sobre um pedaço de folha de alumínio (que deve ser
alisada até aparentar uma superfície quase homogénea) e colocar na estufa, possibilitando o
registo do aspeto dos solos quando desidratados.

Resultados
Aspeto quando
Amostra Plasticidade Adesividade
desidratado
A Ausente Elevada Solto
B Ausente Intermédia Pouco agregado
Apresenta
fendas de
dessecação;
C Elevada Elevada
Semelhante ao
barro; Bastante
agregado.
Interpretação
Partindo do princípio que na agricultura a rega do solo é essencial, a amostra de solo B
permanece a ser a mais propensa a uma boa efetuação de tal técnica, visto que é pouco
agregada quando desidratada e não possui qualquer plasticidade juntamente com uma
adesividade intermédia quando hidratada, o que permite a que possa ser feita uma boa absorção
das águas, dos solos regados, pelos cultivos. Tanto a amostra A como a amostra C apresentam
características que não favorecem um bom desenvolvimento dos produtos agrícolas, destacando-
se o aspeto solto da amostra A quando ressequido e a elevada plasticidade, adesividade e
agregação da amostra C com água presente.

Observação: o solo C é mais adesivo do que o A.

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Procedimento 3
Porosidade, permeabilidade e capacidade de retenção da água do solo
Material:
 Amostras A,B e C
 Aparato experimental (garrafa plástica)
 Discos de algodão
 Gaze/Disco de papel absorvente
 1 gobelé 500mL
 2 gobelés 200mL
 1 proveta graduada 25mL
 Cronómetro
 Água

Medir 400mL (Vt- volume da amostra) e colocar no aparato experimental (garrafa invertida com o
gargalo coberto com os discos de algodão e a gaze/disco de papel absorvente – pela ordem
indicada), já preparado. Adicionar água (o volume previamente medido num gobelé) com uma
proveta graduada até a água atingir a superfície da amostra (com rigor para não ficar
exageradamente encharcada, de modo a permitir uma medição correta), o que viabiliza o cálculo
do volume dos espaços vazios (poros) da amostra – Vv. Colocar sob o equipamento experimental
um gobelé que irá receber a água de escorrência, sendo observável o nível de permeabilidade.
Retirar a rolha e deixar a água escorrer, registando o tempo que demora a água a atravessar a
amostra (Te). Deixar a água escorrer na totalidade, e ao comparar o volume de água escoada
(Ve) com o volume da água inicialmente colocada amostra (Vv) alcança-se o volume de água
retida (Vr). A permeabilidade (Pm) e capacidade de retenção (Cr) é executada de forma relativa
entre as 3 amostras. A porosidade (P) e porosidade eficaz (PE) devem ser calculadas assim como
a densidade (m/Vt).

Resultados
Amostr Vt Vv Ve Vr Te P PE Pm Cr
a (min)
180cm
A 400cm3 26cm3 154cm3 1,00 45% 0,065 intermédia intermédia
3
193cm
B 400cm3 23cm3 170cm3 1,24 48% 0,057 elevada baixa
3
C 400cm3 80cm3 0cm3 80cm3 0,00 20% 0,000 baixa elevada

Amostra Massa (g) Densidade/d


A 570 0,7
B 216 1,9
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C 484 0,8

Interpretação
O solo mais poroso é o orgânico (B), com uma permeabilidade elevada e com o maior volume de
água retida, o que pode ser bom para a agricultura, pois o solo nunca chega a ficar inundado, não
prejudicando as plantações, porém é mais correto para cultivos de rápida absorção da água. O
solo argiloso (C) tem uma baixa porosidade, o que comprova que tem uma extrema capacidade
de retenção, não havendo qualquer volume de água de escorrência observável, confirmando uma
grande impermeabilidade. Este tipo de solo, por mais que não pareça, é comum em alguns tipos
de culturas, aquelas que necessitam de uma elevada humidade para a sua maturação. O solo
arenoso (A) intermédio em termos de permeabilidade e capacidade de retenção intermédias,
levando a que a sua porosidade se aproxime da porosidade de (B), porém retém menos
quantidade de água, ou seja, dá-se uma maior escorrência de água, fazendo com que não seja
tão bom como o solo orgânico para a agricultura.

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Conclusão
Com a realização desse trabalho conseguimos distinguir os tipos de solos pelas suas
características: textura do solo (cor, fração solida mineral, calibragem, fração solida orgânica,
textura prevista), comportamento do solo (plasticidade, adesividade e aspeto quando desidratado)
e Porosidade, permeabilidade e capacidade de retenção da água do solo

Com isso descobrimos que o solo B é o melhor para ser usado na agricultura pois é rico em
matéria orgânica, é o mais poroso, ou seja, tem permeabilidade elevada, é pouco agregado
quando desidratada e não possui qualquer plasticidade juntamente com uma adesividade
intermédia quando hidratada, o que permite a boa absorção de água.

O solo C não serve para a agricultura pois é maioritariamente rica em sílica e argila, tem uma
baixa porosidade, ou seja, tem uma grande impermeabilidade, elevada plasticidade, adesividade e
agregação com água presente.

O solo A como tem uma porosidade e permeabilidade intermedia não é o melhor solo para ser
usado na agricultura. Ele e melhor utilizado nas obras de engenharia civil e também na fabricação
de vidros.

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