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Manual de Legislação

Versão 2020
Vol. I

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Obs:atualizado em 19/06/2020.
1
LEIS FEDERAIS 6 DECRETO NO 74.170, DE 10/06/1974 ..................63
LEI NO 5.991, DE 17/12/1973 ............................. 6 Regulamenta a Lei número 5.991, de 17 de dezembro de
Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos. ......................................................................... 6 correlatos ........................................................................ 63
LEI Nº 6.360, DE 23/09/1976 ........................... 12 DECRETO Nº 2.181 DE 21/03/1997 .....................70
Dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de
os Medicamentos, as Drogas, os Insumos Farmacêuticos Defesa do Consumidor - SNDC, estabelece as normas
e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e Outros Produtos, gerais de aplicação das sanções administrativas
e dá outras Providências. ............................................... 12 previstas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990,
LEI Nº 6.437, DE 20/08/1977 ........................... 23 revoga o Decreto Nº 861, de 9 julho de 1993, e dá outras
Configura infrações à legislação sanitária federal, providências. .................................................................. 70
estabelece as sanções respectivas, e dá outras DECRETO Nº 5.053, DE 22/04/2004 ....................79
providências.................................................................... 23 Aprova o Regulamento de Fiscalização de Produtos de
LEI Nº 8.078, DE 11/09/1990 ........................... 30 Uso Veterinário e dos Estabelecimentos que os
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras Fabriquem ou Comerciem, e dá outras providências. .... 79
providências.................................................................... 30 DECRETO Nº 5.775, DE 10/05/2006 ................. 100
LEI Nº 9.787, DE 10/02/1999 ........................... 44 Dispõe sobre o fracionamento de medicamentos, dá nova
Altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que redação aos arts. 2o e 9o do Decreto no 74.170, de 10 de
dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o junho de 1974, e dá outras providências. ..................... 100
medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de DECRETO Nº 8.077, DE 14/08/2013 ................ 101
nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras Regulamenta as condições para o funcionamento de
providências.................................................................... 44 empresas sujeitas ao licenciamento sanitário, e o
LEI N° 9.965, DE 27/04/2000. ......................... 46 registro, controle e monitoramento, no âmbito da
Restringe a venda de esteróides ou peptídeos vigilância sanitária, dos produtos de que trata a Lei
anabolizantes e dá outras providências. ......................... 46 no 6.360, de 23 de setembro de 1976, e dá outras
LEI Nº 11.343, DE 23/08/2006 ......................... 47 providências ................................................................. 101
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre DECRETO Nº 10.388, DE 05/06/2020 ........... 104
Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do Regulamenta o § 1º do caput do art. 33 da Lei nº 12.305,
uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e de 2 de agosto de 2010, e institui o sistema de logística
dependentes de drogas; estabelece normas para reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito desuso, de uso humano, industrializados e manipulados,
de drogas; define crimes e dá outras providências. ....... 47 e de suas embalagens após o descarte pelos
LEI Nº 11.951, DE 24/06/2009 ......................... 56 consumidores ................................................................ 104
Altera o art. 36 da Lei no 5.991, de 17 de dezembro de LEIS ESTADUAIS 109
1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio LEI Nº16.322 DE 18/12/2009 ......................... 109
de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e Dispõe que é de responsabilidade das indústrias
correlatos, para proibir a captação de receitas contendo farmacêuticas, das empresas de distribuição de
prescrições magistrais e oficinais por outros medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores,
estabelecimentos de comércio de medicamentos que não darem destinação final e adequada aos produtos que
as farmácias e vedar a intermediação de outros estejam com prazos de validade vencidos ou fora de
estabelecimentos. ............................................................ 56 condições de uso. .......................................................... 109
LEI N° 13.454, DE 23/06/2017 ....................... 57 LEI Nº 17.211 DE 03/07/2012 ........................ 111
Autoriza a produção, a comercialização e o consumo, Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos
sob prescrição médica, dos anorexígenos sibutramina, medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus
anfepramona, femproporex e mazindol. ......................... 57 procedimentos............................................................... 111
LEI Nº 13.732, DE 08/11/2018........................ 58 LEI Nº 17.733 DE 29/10/2013 ........................ 113
Altera a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que Súmula: Dispõe sobre o comércio de artigos de
dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de conveniência. ................................................................ 113
Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e LEI Nº 18.925 DE 15/12/2016 ....................... 114
Correlatos, para definir que a receita tem validade em Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e consultórios
todo o território nacional, independentemente da de estética. .................................................................... 114
unidade federada em que tenha sido emitida.................. 58
DECRETOS ESTADUAIS .............................. 116
DECRETOS FEDERAIS ................................. 59
DECRETO Nº 4.154 DE 28/12/2004 .................. 116
DECRETO Nº 57.477 DE 20/12/1965................... 60 Súmula: Aprova o Regulamento Técnico para Produção
Dispõe sôbre manipulação, receituário, industrialização e Comercialização de Mátérias-Primas Vegetais......... 116
e venda de produtos utilizados em homeopatia e dá DECRETO Nº 9.213 DE 23/10/2013 ................. 122
outras providências. ....................................................... 60
2
Regulamenta a Lei no 17.211, de 03 de julho de 2012, administração de vacinas em estabelecimentos
que dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos farmacêuticos privados no Estado Paraná. .................. 216
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus RESOLUÇÃO N° 444 DE 15/06/2018 .............. 222
procedimentos, e dá outras providências. - SEMA. ...... 122 Dispõe sobre a revogação da Resolução Estadual n°
226/1999 e dá outras disposições sobre a Resolução
PORTARIAS ................................................... 126
Estadual 590/2014. ....................................................... 222
PORTARIA N.º 344 DE 12/05/1998 ................... 126 RESOLUÇÃO Nº 956 DE 21/12/2018 ................. 223
Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e Estabelece as ações de vigilância em saúde para
medicamentos sujeitos a controle especial ................... 126 normatizar, padronizar e controlar o funcionamento dos
PORTARIA Nº 802 DE 08/10/1998 .................... 148 estabelecimentos públicos e privados que ofereçam
Institui o Sistema de controle e fiscalização em toda serviço de vacinação EXTRAMURO em todo Estado do
cadeia de produtos farmacêuticos ................................ 148 Paraná. ......................................................................... 223
PORTARIA Nº 2.814 DE 28/05/1998 ................. 153 RESOLUÇÕES DA ANVISA .................................. 228
Estabelece procedimentos a serem observados pelas RDC Nº 320 DE 22/11/2002 ........................... 228
empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e do Procedimentos para Distribuidores de Produtos
comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, em Farmacêuticos .............................................................. 228
caráter de urgência, da identidade e qualidade de RDC N° 199, DE 01/07/2005 ......................... 229
medicamento, objeto de denúncia sobre possível Terceirização da atividade de armazenamento para fins
falsificação, adulteração e fraude. ............................... 153 exclusivos de exportação .............................................. 229
PORTARIA Nº 06 DE 29/01/1999 ...................... 155 RDC Nº. 302 DE 13/10/2005. ........................ 232
Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS n.º Dispoe sobre regulamento técnico para funcionamento
344 de 12 de maio de 1998 que instituiu o Regulamento de Laboratórios Clínicos .............................................. 232
Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a RDC N° 80, DE 11/05/2006............................ 240
controle especial. .......................................................... 155 Dispões sobre o fracionamento de medicamentos ........ 240
RESOLUÇÕES ESTADUAIS ......................... 169 RDC Nº 199, DE 26/10/ 2006 ........................ 251
Dispões sobre a notificação simplificada de
RESOLUÇÃO Nº 21 DE 1992 ................................ 169 medicamentos ............................................................... 251
Norma Técnica Especial para abertura de postos de RDC Nº. 204 DE 14/11/2006. ......................... 321
medicamentos no Estado do Paraná............................. 169 Dispõe sobre o cumprimento das Boas Práticas de
RESOLUÇÃO Nº 81, DE 01/09/1992 ................... 172 Distribuição e Fracionamento de Insumos
Produtos farmacêuticos e correlatos que poderão ser Farmacêuticos .............................................................. 321
comercializados pelos estabelecimentos em RDC Nº 16, DE 02/03/2007 ............................ 338
supermercados e similares............................................ 172 Regulamento técnico para medicamento genérico ....... 338
RESOLUÇÃO Nº 225 DE 15/04/1999 .................. 173 RDC Nº. 17, DE 02/03/2007. .......................... 339
Aprovar Norma Técnica que determina aos Dispõe sobre o registro de medicamento similar e dá
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias outras providências. ..................................................... 339
hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a RDC Nº 58 DE 05/09/2007 ............................. 340
obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e
Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas e
Especial (BMPO). ......................................................... 173 dá outras providências. ................................................ 340
RESOLUÇÃO Nº 166 DE 06/07/2011 .................. 175 NOTA TÉCNICA Nº. 038 – CPCON / GGFIS /
Trata da proibição da comercialização de medicamentos SUCOM / ANVISA .......................................... 342
de saúde destinados exclusivamente ao Sistema Único de Assunto: Esclarecimentos sobre os efeitos do Decreto
Saúde ............................................................................ 175 Legislativo que susta a Resolução da Diretoria
RESOLUÇÃO Nº 062 DE 31/01/2013 ................. 176 Colegiada nº 52, de 6 de outubro de 2011 .................... 342
Define a forma e modelo do conteúdo das Bulas RDC Nº. 67, DE 8/10/2007 ............................. 343
Magistrais ..................................................................... 176 Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de
RESOLUÇÃO Nº 590 DE 05/09/2014 .................. 184 Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano
Estabelece a Norma Técnica para abertura, em farmácias. ............................................................... 343
funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias RDC Nº 96, DE 17/12/2008 ............................ 375
de farmácias e drogarias no Paraná. ........................... 184 Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e
RESOLUÇÃO N° 203 DE 30/05/2016 .............. 209 outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou
Dispõe sobre a individualização (fracionamento) e promoção comercial de medicamentos. ........................ 375
comercialização de cápsulas moles de alimentos para RDC Nº 44, DE 17/08/2009 ............................ 385
fins especiais pelas farmácias com manipulação no Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o
âmbito do Estado do Paraná. ....................................... 209 controle sanitário do funcionamento, da dispensação e
RESOLUÇÃO N° 473 DE 28/11/2016 .............. 216 da comercialização de produtos e da prestação de
Estabelece Norma Técnica referente as condições físicas, serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá
técnicas e sanitárias para guarda, comercialização e outras providências. ..................................................... 385
3
RDC N° 60 DE 26/11/2009 ............................. 396 RDC Nº 200, DE 26/12/2017. ....................... 476
Dispõe sobre a distribuição de Amostra Grátis no país396 Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação
RDC Nº 71, DE 22/12/2009 ............................ 399 do registro de medicamentos com princípios ativos
Dispões sobre os rótulos de todos os medicamentos sintéticos e semissintéticos, classificados como novos,
registrados e comercializados no Brasil....................... 399 genéricos e similares, e dá outras providências. .......... 476
RDC Nº 10, DE 21/03/2011 ........................... 412 RDC Nº 222, DE 28/03/2018 ......................... 488
Dispõe sobre a garantia da qualidade de medicamentos Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos
importados e dá outras providências. ........................... 412 Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.488
RDC Nº 20, DE 05/05/2011 ........................... 414 RDC Nº 275, DE 09/04/2019 ........................ 502
Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de Dispõe sobre procedimentos para a concessão, alteração
substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso e cancelamento da Autorização de Funcionamento (AFE)
sob prescrição, isoladas ou em associação. ................. 414 e de Autorização Especial (AE) de farmácias e
RDC Nº 24, DE 14/06/2011 ........................... 419 drogarias. ..................................................................... 502
Dispõe sobre o registro de medicamentos específicos. . 419 RDC Nº 301, DE 21/08/2019 ........................ 506
RDC Nº 16, DE 01/04/2014 ........................... 431 Dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas de
Dispõe sobre os Critérios para Peticionamento de Fabricação de Medicamentos....................................... 506
Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização RDC Nº 304, DE 17/09/2019 ........................ 535
Especial (AE) de Empresas........................................... 431 Dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição,
RDC Nº 22, DE 29/04/2014 ........................... 437 Armazenagem e de Transporte de Medicamentos. ....... 535
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de RDC Nº 327, DE 9/12/2019 .......................... 543
Produtos Controlados –SNGPC, revoga a Resolução de Dispõe sobre os procedimentos para a concessão da
Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, e dá Autorização Sanitária para a fabricação e a importação,
outras providências. ..................................................... 437 bem como estabelece requisitos para a comercialização,
RDC N° 26 DE 13/05/2014 ............................ 442 prescrição, a dispensação, o monitoramento e a
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e fiscalização de produtos de Cannabis para fins
o registro e a notificação de produtos tradicionais medicinais, e dá outras providências. .......................... 543
fitoterápicos. ................................................................. 442 RDC Nº 347, DE 17/03/2020 ........................ 552
RDC N° 50, DE 25/09/2014 ........................... 463 Define os critérios e os procedimentos extraordinários e
Dispõe sobre as medidas de controle de comercialização, temporários para a exposição à venda de preparações
prescrição e dispensação de medicamentos que antissépticas ou sanitizantes oficinais, em virtude da
contenham as substâncias anfepramona, femproporex, emergência de saúde pública internacional relacionada
mazindol e sibutramina, seus sais e isômeros, bem como ao SARS-CoV-2. ........................................................... 552
intermediários e dá outras providências. ..................... 463 RDC Nº 360, DE 27/03/2020 ........................ 552
RDC Nº 58, DE 10/10/2014 ........................... 467 Altera a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n°
Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto à 304, de 17 de setembro de 2019, que dispõe sobre as
Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de
a intercambialidade de medicamentos similares com o Transporte de Medicamentos. ...................................... 552
medicamento de referência. .......................................... 467 RDC Nº 357, DE 24/03/2020 ........................ 553
RDC N°98, DE 01/08/2016............................ 468 Estende, temporariamente, as quantidades máximas de
Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o medicamentos sujeitos a controle especial permitidas em
enquadramento de medicamentos como isentos de Notificações de Receita e Receitas de Controle Especial
prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob e permite, temporariamente, a entrega remota definida
prescrição, e dá outras providências. ........................... 468 por programa público específico e a entrega em
RDC Nº 133, DE 15/12/2016 ......................... 471 domicílio de medicamentos sujeitos a controle especial,
Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº em virtude da Emergência de Saúde Pública de
50/14, que dispõe sobre as medidas de controle de Importância Internacional (ESPII) relacionada ao novo
comercialização, prescrição e dispensação de Coronavírus (SARS-CoV-2). ......................................... 553
medicamentos que contenham as substâncias RDC Nº 387, DE 26/05/2020 ........................ 554
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus Altera o Anexo I da Resolução de Diretoria Colegiada -
sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras RDC nº 357, de 24 de março de 2020, que estende,
providências.................................................................. 471 temporariamente, as quantidades máximas de
RDC Nº 145, DE 21/03/2017 ......................... 472 medicamentos sujeitos a controle especial permitidas em
Proíbe em todo o território nacional a fabricação, Notificações de Receita e Receitas de Controle Especial
importação e comercialização, assim como o uso em e permite, temporariamente, a entrega remota definida
serviços de saúde, dos termômetros e por programa público específico e a entrega em
esfigmomanômetros com coluna de mercúrio. ............. 472 domicílio de medicamentos sujeitos a controle especial,
RDC Nº 197, DE 26/12/2017 ......................... 473 em virtude da Emergência de Saúde Pública de
Dispõe sobre os requisitos mínimos para o Importância Internacional (ESPII) relacionada ao novo
funcionamento dos serviços de vacinação humana. ..... 473 Coronavírus (SARS-CoV-2). ......................................... 554
4
RDC Nº 377, DE 27/04/2020 ......................... 556
Autoriza, em caráter temporário e excepcional, a
utilização de "testes rápidos" (ensaios
imunocromatográficos) para a COVID-19 em farmácias,
suspende os efeitos do § 2º do art. 69 e do art. 70 da
Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 44, de 17 de
agosto de 2009. ............................................................. 556
OUTROS 557
INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Nº 9, DE
17/08/2009. 557
Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para
dispensação e comercialização em farmácias e
drogarias. ..................................................................... 557
INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN N° 11, DE
29/09/2016 559
Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de
prescrição. .................................................................... 559

5
Leis Federais distribuição de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos, equiparando-se à mesma, para
Lei no 5.991, DE 17/12/1973 os efeitos desta Lei, as unidades dos órgãos da
(DOU de 19.12.73) administração direta ou indireta, federal, estadual, do
Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios e
Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, entidades paraestatais, incumbidas de serviços
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. correspondentes;
IX - Estabelecimento - unidade da empresa
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o destinada ao comércio de drogas, medicamentos,
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: insumos farmacêuticos e correlatos;
X - Farmácia - estabelecimento de manipulação de
CAPÍTULO I - Disposições Preliminares fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas,
Art. 1º - O controle sanitário do comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e compreendendo o de dispensação e o de atendimento
correlatos, em todo o território nacional, rege-se por esta privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
Lei. equivalente de assistência médica;
Art. 2º - As disposições desta Lei abrangem as XI - Drogaria - estabelecimento de dispensação e
unidades congêneres que integram o serviço público civil comércio de drogas, medicamentos, insumos
e militar da administração direta e indireta, da União, dos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais;
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos XII - Ervanaria - estabelecimento que realize
Municípios e demais entidades paraestatais, no que dispensação de plantas medicinais;
concerne aos conceitos, definições e responsabilidade XIII - Posto de medicamentos e unidades volante -
técnica. estabelecimento destinado exclusivamente à venda de
Art. 3º - Aplica-se o disposto nesta Lei às unidades medicamentos industrializados em suas embalagens
de dispensação das instituições de caráter filantrópico ou originais e constantes de relação elaborada pelo órgão
beneficente, sem fins lucrativos. sanitário federal, publicada na imprensa oficial, para
Art. 4º - Para efeitos desta Lei, são adotados os atendimento a localidades desprovidas de farmácia ou
seguintes conceitos: drogaria;
I - Droga - substância ou matéria-prima que tenha a XIV - Dispensário de medicamentos - setor de
finalidade medicamentosa ou sanitária; fornecimento de medicamentos industrializados,
II - Medicamento - produto farmacêutico, privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalente;
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade XV - Dispensação - ato de fornecimento ao
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; consumidor de drogas, medicamentos, insumos
III - Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não;
aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada XVI - Distribuidor, representante, importador e
a emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus exportador - empresa que exerça direta ou indiretamente
recipientes; o comércio atacadista de drogas, medicamentos em suas
IV - Correlato - a substância, produto, aparelho ou embalagens originais, insumos farmacêuticos e de
acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo correlatos;
uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da XVII - Produto dietético - produto tecnicamente
saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de elaborado para atender às necessidades dietéticas de
ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os pessoas em condições fisiológicas especiais.
cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, XVIII - Supermercado - estabelecimento que
óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários; comercializa, mediante auto-serviço, grande variedade de
V - Órgão sanitário competente - órgão de mercadorias, em especial produtos alimentícios em geral
fiscalização do Ministério da Saúde, dos Estados, do e produtos de higiene e limpeza; (Redação dada pela
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; Lei nº 9.069 de 1995)
VI - Laboratório oficial - o laboratório do XIX - Armazém e empório - estabelecimento que
Ministério da Saúde ou congênere da União, dos Estados, comercializa, no atacado ou no varejo, grande variedade
do Distrito Federal e dos Territórios, com competência de mercadorias e, de modo especial, gêneros alimentícios
delegada através de convênio ou credenciamento,
e produtos de higiene e limpeza; (Redação dada pela
destinado à análise de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos; Lei nº 9.069 de 1995)
VII - Análise fiscal - a efetuada em drogas, XX - Loja de conveniência e "drugstore" -
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, estabelecimento que, mediante auto-serviço ou não,
destinada a comprovar a sua conformidade com a comercializa diversas mercadorias, com ênfase para
fórmula que deu origem ao registro; aquelas de primeira necessidade, dentre as quais
VIII - Empresa - pessoa física ou jurídica, de direito alimentos em geral, produtos de higiene e limpeza e
público ou privado, que exerça como atividade principal apetrechos domésticos, podendo funcionar em qualquer
ou subsidiária o comércio, venda, fornecimento e período do dia e da noite, inclusive nos domingos e
6
feriados; (Redação dada pela Lei nº 9.069 de Art. 13 - Dependerá da receita médica a
1995) dispensação de medicamentos homeopáticos, cuja
concentração de substância ativa corresponda às doses
CAPÍTULO II - Do Comércio Farmacêutico máximas farmacologicamente estabelecidas.
Art. 5º - O comércio de drogas, medicamentos e de Art. 14 - Nas localidades desprovidas de farmácia
insumos farmacêuticos é privativo das empresas e dos homeopática, poderá ser autorizado o funcionamento de
estabelecimentos definidos nesta Lei. posto de medicamentos homeopáticos ou a dispensação
§ 1º - O comércio de determinados correlatos, tais dos produtos em farmácia alopática.
como, aparelhos e acessórios, produtos utilizados para
fins diagnósticos e analíticos, odontológicos, CAPÍTULO IV - Da Assistência e Responsabilidade
veterinários, de higiene pessoal ou de ambiente, Técnicas
cosméticos e perfumes, exercido por estabelecimentos Art. 15 - A farmácia e a drogaria terão,
especializados, poderá ser extensivo às farmácias e obrigatoriamente, a assistência de técnico responsável,
drogarias, observado o disposto em lei federal e na inscrito no Conselho Regional de Farmácia, na forma da
supletiva dos Estados, do Distrito Federal e dos lei.
Territórios. § 1º - A presença do técnico responsável será
§ 2º - A venda de produtos dietéticos será realizada obrigatória durante todo o horário de funcionamento do
nos estabelecimentos de dispensação e, desde que não estabelecimento.
contenham substâncias medicamentosas, pelos do § 2º - Os estabelecimentos de que trata este artigo
comércio fixo. poderão manter técnico responsável substituto, para os
Art. 6º - A dispensação de medicamentos é casos de impedimento ou ausência do titular.
privativa de: § 3º - Em razão do interesse público, caracterizada
a) farmácia; a necessidade da existência de farmácia ou drogaria, e na
b) drogaria; falta do farmacêutico, o órgão sanitário de fiscalização
c) posto de medicamento e unidade volante; local licenciará os estabelecimentos sob a
d) dispensário de medicamentos. responsabilidade técnica de prático de farmácia, oficial
Parágrafo único. Para atendimento exclusivo a seus de farmácia ou outro, igualmente inscrito no Conselho
usuários, os estabelecimentos hoteleiros e similares Regional de Farmácia, na forma da lei.
poderão dispor de medicamentos anódinos, que não Art. 16 - A responsabilidade técnica do
dependam de receita médica, observada a relação estabelecimento será comprovada por declaração de
elaborada pelo órgão sanitário federal. firma individual, pelos estatutos ou contrato social, ou
Art. 7º - A dispensação de plantas medicinais é pelo contrato de trabalho do profissional responsável.
privativa das farmácias e ervanarias, observados o § 1º - Cessada a assistência técnica pelo término ou
acondicionamento adequado e a classificação botânica. alteração da declaração de firma individual, contrato
Art. 8º - Apenas poderão ser entregues à social ou estatutos da pessoa jurídica ou pela rescisão do
dispensação drogas, medicamentos, insumos contrato de trabalho, o profissional responderá pelos atos
farmacêuticos e correlatos que obedeçam aos padrões de praticados durante o período em que deu assistência ao
qualidade oficialmente reconhecidos. estabelecimento.
§ 2º - A responsabilidade referida no § anterior
CAPÍTULO III - Da Farmácia Homeopática substituirá pelo prazo de um ano a contar da data em que
Art. 9º - O comércio de medicamentos o sócio ou empregado cesse o vínculo com a empresa.
homeopáticos obedecerá às disposições desta Lei, Art. 17 - Somente será permitido o funcionamento
atendidas as suas peculiaridades. de farmácia e drogaria sem a assistência do técnico
Art. 10 - A farmácia homeopática só poderá responsável, ou do seu substituto, pelo prazo de até trinta
manipular fórmulas oficinais e magistrais, obedecida a dias, período em que não serão aviadas fórmulas
farmaco-técnica homeopática. magistrais ou oficiais nem vendidos medicamentos
Parágrafo único. A manipulação de medicamentos sujeitos a regime especial de controle.
homeopáticos não constantes das farmacopéias ou dos Art. 18 - É facultado à farmácia ou drogaria manter
formulários homeopáticos depende de aprovação do serviço de atendimento ao público para aplicação de
órgão sanitário federal. injeções a cargo de técnico habilitado, observada a
Art. 11 - O Serviço Nacional de Fiscalização da prescrição médica.
Medicina e Farmácia baixará instruções sobre o § 1º - Para efeito deste artigo o estabelecimento
receituário, utensílios, equipamentos e relação do estoque deverá ter local privativo, equipamento e acessório
mínimo de produtos homeopáticos. apropriados, e cumprir os preceitos sanitários pertinentes.
Art. 12 - É permitido às farmácias homeopáticas § 2º - A farmácia poderá manter laboratório de
manter seções de vendas de correlatos e de análises clínicas, desde que em dependência distinta e
medicamentos não homeopáticos quando apresentados separada, e sob a responsabilidade técnica do
em suas embalagens originais. farmacêutico bioquímico.
Art. 19 - Não dependerão de assistência técnica e
responsabilidade profissional o posto de medicamentos, a
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unidade volante e o supermercado, o armazém e o Art. 26 - A revalidação somente será concedida
empório, a loja de conveniência e a "drugstore". após a verificação do cumprimento das condições
(Redação dada pela Lei nº 9.069 de 1995) sanitárias exigidas para o licenciamento do
Art. 20 - A cada farmacêutico será permitido estabelecimento, através de inspeção.
exercer a direção técnica de, no máximo, duas farmácias, Art. 27 - A transferência da propriedade e a
sendo uma comercial e uma hospitalar. alteração da razão social ou do nome do estabelecimento
não interromperá o prazo de validade da licença, sendo
porém obrigatória a comunicação das alterações referidas
CAPÍTULO V - Do Licenciamento e a apresentação dos atos que as comprovem, para
Art. 21 - O comércio, a dispensação, a averbação.
representação ou distribuição e a importação ou Art. 28 - A mudança do estabelecimento para local
exportação de drogas, medicamentos, insumos diverso do previsto no licenciamento dependerá de
farmacêuticos e correlatos será exercido somente por licença prévia do órgão sanitário competente e do
empresas e estabelecimentos licenciados pelo órgão atendimento das normas exigidas para o licenciamento.
sanitário competente dos Estados, do Distrito Federal e Art. 29 - O posto de medicamentos de que trata o
dos Territórios, em conformidade com a legislação item XIII, do Art. 4, terá as condições de licenciamento
supletiva a ser baixada pelos mesmos, respeitadas as estabelecidas na legislação supletiva dos Estados, do
disposições desta Lei. Distrito Federal e dos Territórios.
Art. 22 - O pedido da licença será instruído com: Art. 30 - A fim de atender às necessidades e
a) prova de constituição da empresa; peculiaridades de regiões desprovidas de farmácia,
b) prova de relação contratual entre a empresa e seu drogaria e posto de medicamentos consoante legislação
responsável técnico, quando for o caso; supletiva dos Estados, do Distrito Federal e dos
c) prova de habilitação legal do responsável Territórios, o órgão sanitário competente poderá licenciar
técnico, expedida pelo Conselho Regional de Farmácia. unidade volante para a dispensação de medicamentos,
Art. 23 - São condições para a licença: constantes de relação elaborada pelo Serviço Nacional de
a) localização conveniente, sob o aspecto sanitário; Fiscalização da Medicina e Farmácia.
b) instalações independentes e equipamentos que a § 1º - A dispensação será realizada em meios de
satisfaçam aos requisitos técnicos adequados à transportes terrestres, marítimos, fluviais, lacustres ou
manipulação e comercialização pretendidas; aéreos, que possuam condições adequadas à guarda dos
c) assistência de técnico responsável, de que trata o medicamentos.
Art. 15 e seus parágrafos, ressalvadas as exceções § 2º - A licença prevista neste artigo será concedida
previstas nesta Lei. a título provisório e cancelada tão logo se estabeleça uma
Parágrafo único. A legislação supletiva dos farmácia na região.
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios poderá Art. 31 - Para o efeito de controle estatístico o
reduzir as exigências sobre a instalação e equipamentos, órgão sanitário competente dos Estados, do Distrito
para o licenciamento de estabelecimentos destinados à Federal e dos Territórios enviará ao Serviço Nacional de
assistência farmacêutica no perímetro suburbano e zona Fiscalização da Medicina e Farmácia do Ministério da
rural. Saúde, anualmente, até 30 de junho, a relação numérica
Art. 24 - A licença, para funcionamento do dos licenciamentos, das revalidações e baixas concedidas
estabelecimento, será expedida após verificação da às empresas e estabelecimentos de que trata o Art. 21.
observância das condições fixadas nesta Lei e na Art. 32 - As licenças poderão ser suspensas,
legislação supletiva. cassadas, ou canceladas no interesse da saúde pública,
Art. 25 - A licença é válida pelo prazo de um ano e mediante despacho fundamentado da autoridade
será revalidada por períodos iguais e sucessivos. competente, assegurado o direito de defesa em processo
Parágrafo único. A revalidação de licença deverá administrativo, instaurado pelo órgão sanitário.
ser requerida nos primeiros 120 (cento e vinte) dias de Art. 33 - O estabelecimento de dispensação que
cada exercício. (Redação dada pela Lei nº 6.318 deixar de funcionar por mais de cento e vinte dias terá
sua licença cancelada.
de 1975) Art. 34 - Os estabelecimentos referidos nos itens X
Art. 25-A. Os requisitos e procedimentos para e XI, do Art. 4 desta Lei, poerão manter sucursais e filiais
registro, ou notificação, e comercialização de produtos que, para efeito de licenciamento, instalação e
sujeitos à vigilância sanitária considerados de uso responsabilidade serão considerados como autônomos.
tradicional serão regulamentados por ato específico da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. CAPÍTULO VI - Do Receituário
(Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) Art. 35 - Somente será aviada a receita:
Art. 25-B. A transferência de titularidade do a) que estiver escrita a tinta, em vernáculo, por
registro de produtos sujeitos à vigilância sanitária fica extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e
condicionada ao pagamento da diferença, a maior, do o sistema de pesos e medidas oficiais;
valor da taxa de fiscalização sanitária. b) que contiver o nome e o endereço residencial do
(Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) paciente e, expressamente, o modo de usar a medicação;
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c) que contiver a data e a assinatura do profissional, Art. 41 - Quando a dosagem do medicamento
endereço do consultório ou da residência, e o número de prescrito ultrapassar os limites farmacológicos ou a
inscrição no respectivo Conselho profissional. prescrição apresentar incompatibilidades, o responsável
Parágrafo único. O receituário de medicamentos técnico pelo estabelecimento solicitará confirmação
entorpecentes ou a estes equiparados e os demais sob expressa ao profissional que a prescreveu.
regime de controle, de acordo com a sua classificação, Art. 42 - Na ausência do responsável técnico pela
obedecerá às disposições da legislação federal específica. farmácia ou de seu substituto, será vedado o aviamento
de fórmula que dependa de manipulação na qual figure
Parágrafo único - O receituário de medicamentos substância sob regime de controle sanitário especial.
terá validade em todo o território nacional, Art. 43 - O registro do receituário e dos
independentemente da unidade da Federação em que medicamentos sob regime de controle sanitário especial
tenha sido emitido, inclusive o de medicamentos sujeitos não poderá conter rasuras, emendas ou irregularidades
ao controle sanitário especial, nos termos disciplinados que possam prejudicar a verificação da sua autenticidade.
em regulamento.” (NR) Incluída pela Lei 13732/2018.
Art. 36 - A receita de medicamentos magistrais e CAPÍTULO VII - Da Fiscalização
oficinais, preparados na farmácia, deverá ser registrada Art. 44 - Compete aos órgãos de fiscalização
em livro de receituário. sanitária dos Estados, do Distrito Federal e dos
§ 1o É vedada a captação de receitas contendo Territórios a fiscalização dos estabelecimentos de que
prescrições magistrais e oficinais em drogarias, trata esta Lei, para a verificação das condições de
ervanárias e postos de medicamentos, ainda que em licenciamento e funcionamento.
filiais da mesma empresa, bem como a intermediação § 1º - A fiscalização nos estabelecimentos de que
entre empresas. (Incluído pela Lei nº 11.951, de trata o Art. 2 obedecerá aos mesmos preceitos fixados
2009) para o controle sanitário dos demais.
§ 2o É vedada às farmácias que possuem filiais a § 2º - Na hipótese de ser apurada infração ao
centralização total da manipulação em apenas 1 (um) dos disposto nesta Lei e demais normas pertinentes, os
responsáveis ficarão sujeitos às sanções previstas na
estabelecimentos. (Incluído pela Lei nº 11.951, de
legislação penal e administrativa, sem prejuízo da ação
2009) disciplinar decorrente do regime jurídico a que estejam
Art. 37 - A farmácia, a drogaria e o dispensário de submetidos.
medicamentos terão livro, segundo modelo oficial, Art. 45 - A fiscalização sanitária das drogas,
destinado ao registro do receituário de medicamentos sob medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos será
regime de controle sanitário especial. exercida nos estabelecimentos que os comerciem, pelos
Parágrafo único. O controle do estoque dos Estados, Distrito Federal e Territórios, através de seus
produtos de que trata o presente artigo será feito órgãos competentes.
mediante registro especial, respeitada a legislação Art. 46 - No caso de dúvida quanto aos rótulos,
específica para os entorpecentes e os a estes equiparados, bulas e ao acondicionamento de drogas, medicamentos,
e as normas baixadas pelo Serviço Nacional de insumos farmacêuticos e correlatos, a fiscalização
Fiscalização da Medicina e Farmácia. apreenderá duas unidades de produto, das quais uma será
Art. 38 - A farmácia e a drogaria disporão de remetida para exame no órgão sanitário competente,
rótulos impressos para uso nas embalagens dos produtos ficando a outra em poder do detentor do produto,
aviados, deles constando o nome e endereço do lavrando-se o termo de apreensão, em duas vias, que será
estabelecimento, o número da licença sanitária, o nome assinado pelo agente fiscalizador e pelo responsável
do responsável técnico e o número do seu registro no técnico pelo estabelecimento, ou seu substituto eventual
Conselho Regional de Farmácia. e, na ausência deste, por duas testemunhas.
Parágrafo único. Além dos rótulos a que se refere o Parágrafo único. Constatada a irregularidade pelo
presente artigo, a farmácia terá impressos com os dizeres: órgão sanitário competente, será lavrado auto de infração,
"Uso Externo", "Uso Interno", "Agite quando Usar", aplicando-se as disposições constantes do Decreto-Lei
"Uso Veterinário" e "Veneno". número 785, de 25 de agosto de 1969.
Art. 39 - Os dizeres da receita serão transcritos Art. 47 - Para efeito de análise fiscal, proceder-se-á,
integralmente no rótulo aposto ao continente o invólucro periodicamente, à colheita de amostras dos produtos e
do medicamento aviado, com a data de sua manipulação, materiais, nos estabelecimentos compreendidos nesta
número de ordem do registro de receituário, nome do Lei, devendo a autoridade fiscalizadora, como medida
paciente e do profissional que a prescreveu. preventiva, em caso de suspeita de alteração ou fraude,
Parágrafo único. O responsável técnico pelo interditar o estoque existente no local, até o prazo
estabelecimento rubricará os rótulos das fórmulas aviadas máximo de sessenta dias, findo os quais o estoque ficará
e bem assim a receita correspondente para devolução ao automaticamente liberado, salvo se houver notificação
cliente ou arquivo, quando for o caso. em contrário.
Art. 40 - A receita em código, para aviamento na § 1º - No caso de interdição do estoque, a
farmácia privativa da instituição, somente poderá ser autoridade fiscalizadora lavrará o auto de interdição
prescrita por profissional vinculado à unidade hospitalar. correspondente, que assinará, com o representante legal
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da empresa e o possuidor ou detentor do produto, ou seu § 5 - Decorrido o prazo de que trata o § 3º deste
substituto legal e, na ausência ou recusa destes, por duas artigo, sem que o notificado apresente defesa ou
testemunhas, especificado no auto a natureza e demais contestação ao resultado da análise, o laudo será
características do produto interditado e o motivo da considerado definitivo e proferida a decisão pela
interdição. autoridade sanitária competente, consoante o disposto no
§ 2º - A mercadoria interditada não poderá ser dada Decreto-Lei número 785, de 25 de agosto de
a consumo, desviada, alterada ou substituída no todo ou 1969.
em parte, sob pena de ser apreendida, independentemente Art. 49 - A perícia de contraprova será realizada no
da ação penal cabível. laboratório oficial que expedir o laudo condenatório, com
§ 3º - Para análise fiscal serão colhidas amostras a presença do perito que efetuou a análise fiscal, do
que serão colocadas em quatro invólucros, lavrando a perito indicado pela empresa e do perito indicado pelo
autoridade fiscalizadora o auto de apreensão, em quatro órgão fiscalizador, utilizando-se as amostras constantes
vias, que será assinado pelo autuante, pelo representante do invólucro em poder do detentor.
legal da empresa, pelo possuidor ou detentor do produto, § 1º - A perícia de contraprova será iniciada até
ou seu substituto legal, e, na ausência ou recusa destes, quinze dias após o recebimento da defesa apresentada
por duas testemunhas, especificado no auto a natureza e pelo indiciado, e concluída nos quinze dias subseqüentes,
outras características do material apreendido. salvo se condições técnicas exigirem prazo maior.
§ 4º - O número de amostras será limitado à § 2º - Na data fixada para a perícia de contraprova,
quantidade necessária e suficiente às análises e exames. o perito do indiciado apresentará o invólucro de amostras
§ 5º - Dos quatro invólucros, tornados em seu poder.
individualmente invioláveis e convenientemente § 3º - A perícia de contraprova não será realizada se
autenticados, no ato de apreensão, um ficará em poder do houver indício de alteração ou violação dos invólucros,
detentor do produto, com a primeira via do respectivo lavrando-se ata circunstanciada sobre o fato, assinada
auto para efeito de recursos; outro será remetido ao pelos peritos.
fabricante com a segunda via do auto para defesa, em § 4º - Na hipótese do § anterior, prevalecerá, para
caso de contraprova; o terceiro será enviado, no prazo todos os efeitos, o laudo de análise fiscal condenatória.
máximo de cinco dias, ao laboratório oficial, com a § 5º - Aos peritos serão fornecidos todos os
terceira via do auto de apreensão para a análise fiscal e o informes necessários à realização da perícia de
quarto ficará em poder da autoridade fiscalizadora, que contraprova.
será responsável pela integridade e conservação da § 6º - Aplicar-se-á à perícia de contraprova o
amostra. mesmo método de análise empregado na análise fiscal
§ 6º - O laboratório oficial terá o prazo de trinta condenatória, podendo, porém, ser adotado outro método
dias, contados da data do recebimento da amostra, para de reconhecida eficácia, se houver concordância dos
efetuar a análise e os exames. peritos.
§ 7º - Quando se tratar de amostras de produtos § 7º - Os peritos lavrarão termo e laudo do ocorrido
perecíveis em prazo inferior ao estabelecido no § na perícia de contraprova, que ficarão arquivados no
anterior, a análise deverá ser feita de imediato. laboratório oficial, remetendo sua conclusão ao órgão
§ 8 - O prazo previsto no § 6º poderá ser sanitário de fiscalização.
prorrogado, excepcionalmente, até quinze dias, por Art. 50 - Confirmado pela perícia de contraprova o
razões técnicas devidamente justificadas. resultado da análise fiscal condenatória, deverá a
Art. 48 - Concluída a análise fiscal, o laboratório autoridade sanitária competente, ao proferir a sua
oficial remeterá imediatamente o laudo respectivo à decisão, determinar a inutilização do material ou produto,
autoridade fiscalizadora competente, que procederá de substância ou insumo, objeto de fraude, falsificação ou
acordo com a conclusão do mesmo.
adulteração, observado o disposto no Decreto-Lei
§ 1º - Se o resultado da análise fiscal não
comprovar alteração do produto, este será desde logo número 785, de 25 de agosto de 1969.
liberado. Art. 51 - Em caso de divergência entre os peritos
§ 2º - Comprovada a alteração, falsificação, quanto ao resultado da análise fiscal condenatória ou
adulteração ou fraude, será lavrado, de imediato, auto de discordância entre os resultados dessa última com a da
infração e notificada a empresa para início do processo. perícia de contraprova, caberá recurso da parte
§ 3º - O indiciado terá o prazo de dez dias, contados interessada ou do perito responsável pela análise
da notificação, para apresentar defesa escrita ou contestar condenatória à autoridade competente, devendo esta
o resultado da análise, requerendo, na seguinte hipótese, determinar a realização de novo exame pericial sobre a
perícia de contraprova. amostra em poder do laboratório oficial de controle.
§ 4º - A notificação do indiciado será feita por § 1º - O recurso de que trata este artigo deverá ser
intermédio de funcionário lotado no órgão sanitário interposto no prazo de dez dias, contados da data da
competente ou mediante registro postal e, no caso de não conclusão da perícia de contraprova.
ser localizado ou encontrado, por meio de edital § 2º - A autoridade que receber o recurso deverá
publicado no órgão oficial de divulgação. decidir sobre o mesmo no prazo de dez dias, contados da
data do seu recebimento.
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§ 3º - Esgotado o prazo referido no § 2, sem decisão EMÍLIO G. MÉDICI
do recurso, prevalecerá o resultado da perícia de Mário Lemos
contraprova.
Este Texto não substitui o publicado no D.O.U. de
Art. 52 - Configurada infração por inobservância de
19.12.1973
preceitos ético- profissionais, o órgão fiscalizador
comunicará o fato ao Conselho Regional de Farmácia da
Histórico:
jurisdição. - Alterada pela Lei 13.732, de 08 de novembro de 2018,
Art. 53 - Não poderá ter exercício nos órgãos de
para definir que a receita tem validade em todo o
fiscalização sanitária o servidor público que for sócio ou
território nacional, independentemente da unidade
acionista de qualquer categoria, ou que prestar serviços a
federada em que tenha sido emitida.
empresa ou estabelecimento que explore o comércio de
Vigência: após decorridos 90 (noventa) dias de sua
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e publicação oficial.
correlatos.

CAPÍTULO VIII - Disposições Finais e Transitórias


Art. 54 - O Serviço Nacional de Fiscalização da
Medicina e Farmácia baixará normas sobre:
a) a padronização do registro do estoque e da venda
ou dispensação dos medicamentos sob controle sanitário
especial, atendida a legislação pertinente;
b) os estoques mínimos de determinados
medicamentos nos estabelecimentos de dispensação,
observado o quadro nosológico local;
c) os medicamentos e materiais destinados a
atendimento de emergência, incluídos os soros
profiláticos.
Art. 55 - É vedado utilizar qualquer dependência da
farmácia ou da drogaria como consultório, ou outro fim
diverso do licenciamento.
Art. 56 - As farmácias e drogarias são obrigadas a
plantão, pelo sistema de rodízio, para atendimento
ininterrupto à comunidade, consoante normas a serem
baixadas pelos Estados, Distrito Federal, Territórios e
Municípios.
Art. 57 - Os práticos e oficiais de farmácia,
habilitados na forma da lei, que estiverem em plena
atividade e provarem manter a propriedade ou co-
propriedade de farmácia em 11 de novembro de 1960,
serão provisionados pelo Conselho Federal e Conselhos
Regionais de Farmácia para assumir a responsabilidade
técnica do estabelecimento.
§ 1º - O prático e o oficial de farmácia nas
condições deste artigo não poderão exercer outras
atividades privativas da profissão de farmacêutico.
§ 2º - O provisionamento de que trata este artigo
será efetivado no prazo máximo de noventa dias, a contar
da data de entrada do respectivo requerimento,
devidamente instruído.
Art. 58 - Ficam revogados os Decretos do Governo
Provisório números 19.606, de 19 de janeiro de
1931; 20.627, de 9 de novembro de 1931, que
retificou o primeiro; 20.377, de 8 de setembro de
1931, ressalvados seus artigos 2 e 3, e a Lei número
1.472, de 22 de novembro de 1951.
Art. 59 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 17 de dezembro de 1973; 152º da
Independência e 85º da República.

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Lei nº 6.360, DE 23/09/1976 preparados anti- solares, bronzeadores e simulatórios,
Dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos rímeis, sombras, delineadores, tinturas capilares, agentes
os Medicamentos, as Drogas, os Insumos Farmacêuticos clareadores de cabelos, preparados para ondular e para
e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e Outros Produtos, alisar cabelos, fixadores de cabelos, laquês, brilhantinas e
e dá outras Providências. similares, loções capilares, depilatórios e epilatórios,
(D.O.U de 24.9.1976) preparados para unhas e outros;
VI - Corantes: substâncias adicionais aos medicamentos,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:Faço saber que o produtos dietéticos, cosméticos, perfumes, produtos de
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: higiene e similares, saneantes domissanitários e
TÍTULO I - Disposições Preliminares similares, com o efeito de lhes conferir cor e, em
determinados tipos de cosméticos, transferi-la para a
Art. 1º - Ficam sujeitos às normas de vigilância sanitária
superfície cutânea e anexos da pele;
instituídas por esta Lei os medicamentos, as drogas, os
VII - Saneantes Domissanitários: substâncias ou
insumos farmacêuticos e correlatos, definidos na Lei nº preparações destinadas à higienização, desinfecção ou
5.991, de 17 de dezembro de 1973, bem como os desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e/ou
produtos de higiene, os cosméticos, perfumes, saneantes públicos, em lugares de uso comum e no tratamento da
domissanitários, produtos destinados à correção estética e água compreendendo:
outros adiante definidos. a) inseticidas - destinados ao combate, à prevenção e ao
controle dos insetos em habitações, recintos e lugares de
Art. 2º - Somente poderão extrair, produzir, fabricar, uso público e suas cercanias;
transformar, sintetizar, purificar, fracionar, embalar, b) raticidas - destinados ao combate a ratos,
reembalar, importar, exportar, armazenar ou expedir os camundongos e outros roedores, em domicílios,
produtos de que trata o Art. 1º as empresas para tal fim embarcações, recintos e lugares de uso público, contendo
autorizadas pelo Ministério da Saúde e cujos substâncias ativas, isoladas ou em associação, que não
estabelecimentos hajam sido licenciados pelo órgão ofereçam risco à vida ou à saúde do homem e dos
sanitário das Unidades Federativas em que se localizem. animais úteis de sangue quente, quando aplicados em
conformidade com as recomendações contidas em sua
Art. 3º - Para os efeitos desta Lei, além das definições apresentação;
estabelecidas nos incisos I, II, III, IV, V e VII do Art. 4º c) desinfetantes - destinados a destruir, indiscriminada ou
da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, são seletivamente, microorganismos, quando aplicados em
adotadas as seguintes: objetos inanimados ou ambientes;
I - Produtos Dietéticos: produtos tecnicamente d) detergentes - destinados a dissolver gorduras e à
elaborados para atender às necessidades dietéticas de higiene de recipientes e vasilhas, e a aplicações de uso
pessoas em condições fisiológicas especiais; doméstico.
II - Nutrimentos: substâncias constituintes dos alimentos VIII - Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem
de valor nutricional, incluindo proteínas, gorduras, como os dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou
hidratos de carbono, água, elementos minerais e decalco, aplicados diretamente sobre recipientes,
vitaminas; vasilhames, invólucros, envoltórios, cartuchos ou
III - Produtos de Higiene: produtos para uso externo, qualquer outro protetor de embalagem;
antissépticos ou não, destinados ao asseio ou à IX - Embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer forma
desinfecção corporal, compreendendo os sabonetes, de acondicionamento, removível ou não, destinada a
xampus, dentifrícios, enxaguatórios bucais, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter,
antiperspirantes, desodorantes, produtos para barbear e especificamente ou não, os produtos de que trata esta Lei;
após o barbear, estípticos e outros; X - Registro: inscrição, em livro próprio após o despacho
IV - Perfumes: produtos de composição aromática obtida concessivo do dirigente do órgão do Ministério da Saúde,
à base de substâncias naturais ou sintéticas, que, em sob número de ordem, dos produtos de que trata esta Lei,
concentrações e veículos apropriados, tenham como com a indicação do nome, fabricante, da procedência,
principal finalidade a odorização de pessoas ou finalidade e dos outros elementos que os caracterizem;
ambientes, incluídos os extratos, as águas perfumadas, os XI - Fabricação: todas as operações que se fazem
perfumes cremosos, preparados para banho e os necessárias para a obtenção dos produtos abrangidos por
odorizantes de ambientes, apresentados em forma esta Lei;
líquida, geleificada, pastosa ou sólida; XII - Matérias-primas: substâncias ativas ou inativas que
V - Cosméticos: produtos para uso externo, destinados à se empregam na fabricação de medicamentos e de outros
proteção ou ao embelezamento das diferentes partes do produtos abrangidos por esta Lei, tanto as que
corpo, tais como pós faciais, talcos, cremes de beleza, permanecem inalteradas quanto as passíveis de sofrer
creme para as mãos e similares, máscaras faciais, loções modificações;
de beleza, soluções leitosas, cremosas e adstringentes, XIII - Lote ou Partida: quantidade de um medicamento
loções para as mãos, bases de maquilagem e óleos ou produto abrangido por esta Lei, que se produz em um
cosméticos, ruges, "blushes", batons, lápis labiais, ciclo de fabricação, e cuja característica essencial é a
homogeneidade;
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XIV - Número do Lote: designação impressa na etiqueta XXIV – Bioequivalência – consiste na demonstração de
de um medicamento e de produtos abrangidos por esta equivalência farmacêutica entre produtos apresentados
Lei que permita identificar o lote ou a partida a que sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica
pertençam e, em caso de necessidade, localizar e rever composição qualitativa e quantitativa de princípio(s)
todas as operações de fabricação e inspeção praticadas ativo(s), e que tenham comparável biodisponibilidade,
durante a produção; quando estudados sob um mesmo desenho experimental;
XV - Controle de Qualidade: conjunto de medidas (Inciso incluído pela Lei nº 9.787, de
destinadas a garantir, a qualquer momento, a produção de 10.2.1999)
lotes de medicamentos e demais produtos abrangidos por XXV – Biodisponibilidade – indica a velocidade e a
esta Lei, que satisfaçam às normas de atividade, pureza, extensão de absorção de um princípio ativo em uma
eficácia e inocuidade; forma de dosagem, a partir de sua curva
XVI - Produto Semi-elaborado: toda a substância ou concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua
mistura de substâncias ainda sob o processo de
excreção na urina. (Inciso incluído pela Lei nº
fabricação;
XVII - Pureza: grau em que uma droga determinada 9.787, de 10.2.1999)
contém outros materiais estranhos. Parágrafo único. Até 30 de junho de 2003, no caso de
XVIII – Denominação Comum Brasileira (DCB) – medicamentos genéricos importados, cujos ensaios de
denominação do fármaco ou princípio bioequivalência foram realizados fora do País, devem ser
farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal apresentados os ensaios de dissolução comparativos entre
responsável pela vigilância sanitária; (Inciso incluído o medicamento-teste, o medicamento de referência
internacional utilizado no estudo de bioequivalência e o
pela Lei nº 9.787, de 10.2.1999)
medicamento de referência nacional. (Redação dada
XIX – Denominação Comum Internacional (DCI) –
denominação do fármaco ou princípio pela Lei nº 10.669, de 14.5.2003)
farmacologicamente ativo recomendada pela Art. 4º - Os produtos destinados ao uso infantil não
Organização Mundial de Saúde; (Inciso incluído pela poderão conter substâncias cáusticas ou irritantes, terão
embalagens isentas de partes contundentes e não poderão
Lei nº 9.787, de 10.2.1999) ser apresentados sob a forma de aerossol.
XX - Medicamento Similar – aquele que contém o Parágrafo único. Os produtos de que trata
mesmo ou os mesmos princípios ativos, que apresenta a o caput deverão ter características de rotulagem e de
mesma concentração, forma farmacêutica, via de embalagem que possibilitem a sua imediata e precisa
administração, posologia e indicação terapêutica e que é distinção daqueles destinados ao uso
equivalente ao medicamento registrado no órgão federal
adulto. (Incluído pela Lei nº 13.236, de 2015)
responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir
somente em características relativas ao tamanho e forma Art. 5º Os produtos de que trata esta Lei não poderão ter
do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, nomes, designações, rótulos ou embalagens que induzam
excipientes e veículos, comprovada a sua eficácia, a erro. (Redação dada pela Lei nº 13.236, de
segurança e qualidade, devendo sempre ser identificado 2015) § 1º - É vedada a adoção de nome igual ou
por nome comercial ou marca; (Redação dada pela Lei assemelhado para produtos de diferente composição,
nº 13.235, de 2015) (Vigência) ainda que do mesmo fabricante, assegurando-se a
XXI – Medicamento Genérico – medicamento similar a prioridade do registro com a ordem cronológica da
um produto de referência ou inovador, que se pretende entrada dos pedidos na repartição competente do
ser com este intercambiável, geralmente produzido após Ministério da Saúde, quando inexistir registro anterior.
a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de § 2º - Poderá ser aprovado nome de produto cujo registro
outros direitos de exclusividade, comprovada a sua for requerido posteriormente, desde que denegado pedido
eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB de registro anterior, por motivos de ordem técnica ou
ou, na sua ausência, pela DCI; (Inciso incluído pela científica.
Lei nº 9.787, de 10.2.1999) § 3º - Comprovada a colidência de marcas, deverá ser
XXII – Medicamento de Referência – produto inovador requerida a modificação do nome ou designação do
registrado no órgão federal responsável pela vigilância produto, no prazo de 90 (noventa) dias da data da
sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, publicação do despacho no "Diário Oficial" da União,
segurança e qualidade foram comprovadas sob pena de indeferimento do registro.
cientificamente junto ao órgão federal competente, por § 4º - Sem prejuízo do disposto neste artigo, os
medicamentos contendo uma única substância ativa
ocasião do registro; (Inciso incluído pela Lei nº
sobejamente conhecida, a critério do Ministério da
9.787, de 10.2.1999) Saúde, e os imunoterápicos, drogas e insumos
XXIII – Produto Farmacêutico Intercambiável – farmacêuticos deverão ser identificados pela
equivalente terapêutico de um medicamento de denominação constante da Farmacopéia Brasileira, não
referência, comprovados, essencialmente, os mesmos podendo, em hipótese alguma, ter nomes ou designações
efeitos de eficácia e segurança; (Inciso incluído pela
Lei nº 9.787, de 10.2.1999)
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de fantasia. (Incluído pela Lei nº 6.480, de emprego de embalagens ou reembalagens especiais, que,
1.12.1977) sem prejuízo da pureza e eficácia do produto, permitam a
5º Ficam incluídos entre os erros mencionados no caput redução dos custos.
os de dispensação e de administração de medicamentos, § 2º - Os produtos importados, cuja comercialização no
drogas e produtos correlatos. (Redação dada pela Lei nº mercado interno independa de prescrição médica, terão
13.236, de 2015) (Vigência) acrescentados, na rotulagem, dizeres esclarecedores, no
Art. 6º - A comprovação de que determinado produto, até idioma português, sobre sua composição, suas indicações
então considerado útil, é nocivo à saúde ou não preenche e seu modo de usar.
requisitos estabelecidos em lei implica na sua imediata
retirada do comércio e na exigência da modificação da TÍTULO II - Do Registro
fórmula de sua composição e nos dizeres dos rótulos, das Art. 12 - Nenhum dos produtos de que trata esta Lei,
bulas e embalagens, sob pena de cancelamento do inclusive os importados, poderá ser industrializado,
registro e da apreensão do produto, em todo o território exposto à venda ou entregue ao consumo antes de
nacional. registrado no Ministério da Saúde.
Parágrafo único. É atribuição exclusiva do Ministério da § 1o - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
Saúde o registro e a permissão do uso dos medicamentos, ANVISA - definirá por ato próprio o prazo para
bem como a aprovação ou exigência de modificação dos renovação do registro dos produtos de que trata esta Lei,
seus componentes. não superior a 10 (dez) anos, considerando a natureza do
Art. 7º - Como medida de segurança sanitária e a vista de produto e o risco sanitário envolvido na sua
razões fundamentadas do órgão competente, poderá o utilização. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
Ministério da Saúde, a qualquer momento, suspender a § 2º - Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a
fabricação e venda de qualquer dos produtos de que trata validade do registro e da revalidação do registro dos
esta Lei, que, embora registrado, se torne suspeito de ter produtos dietéticos, cujo prazo é de 2 (dois) anos.
efeitos nocivos à saúde humana. § 3o - Ressalvado o disposto nos arts. 17-A, 21 e 24-A, o
Art. 8º - Nenhum estabelecimento que fabrique ou registro será concedido no prazo máximo de noventa
industrialize produto abrangido por esta Lei poderá dias, a contar da data de protocolo do requerimento,
funcionar sem a assistência e responsabilidade efetivas de salvo nos casos de inobservância, por parte do
técnico legalmente habilitado. requerente, a esta Lei ou a seus regulamentos.
Art. 9º - Independem de licença para funcionamento os (Redação dada pela Lei nº 13.411, de 2017)
estabelecimentos abrangidos por esta Lei integrantes da (Vigência)
Administração Pública ou por ela instituídos, ficando § 4º - Os atos referentes ao registro e à revalidação do
sujeitos, porém às exigências pertinentes às instalações, registro somente produzirão efeitos a partir da data da
aos equipamentos e à aparelhagem adequados e à publicação no "Diário Oficial" da União.
assistência e responsabilidade técnicas. § 5º - A concessão do registro e de sua revalidade, e as
Parágrafo único. Para fins de controle sanitário, previsto análises prévia e de controle, quando for o caso, ficam
na legislação em vigor, é obrigatória a comunicação, sujeitas ao pagamento de preços públicos, referido no
pelos órgãos referidos neste artigo, ao Ministério da Art. 82.
Saúde, da existência ou instalação de estabelecimentos de § 6º - A revalidação do registro deverá ser requerida no
que trata a presente Lei. primeiro semestre do último ano do qüinqüênio de
Art. 10 - É vedada a importação de medicamentos, validade, considerando-se automaticamente revalidado,
drogas, insumos farmacêuticos e demais produtos de que independentemente de decisão, se não houver sido esta
trata esta Lei, para fins industriais e comerciais, sem proferida até a data do término daquela.
prévia e expressa manifestação favorável do Ministério § 7º - Será declarada a caducidade do registro do produto
da Saúde. cuja revalidação não tenha sido solicitada no prazo
Parágrafo único. Compreendem-se nas exigências deste referido no § 6º deste artigo.
artigo as aquisições ou doações que envolvam pessoas de § 8o - Não será revalidado o registro: (Redação dada
direito público e privado, cuja quantidade e qualidade pela Lei nº 13.411, de 2017)
possam comprometer a execução de programas nacionais I - do produto não classificado como medicamento
de saúde. que não tenha sido industrializado no período de validade
Art. 11 - As drogas, os medicamentos e quaisquer do registro expirado;
insumos farmacêuticos correlatos, produtos de higiene, II - do medicamento que não tenha sido
cosméticos e saneantes domissanitários, importados ou comercializado durante pelo menos o tempo
não, somente serão entregues ao consumo nas correspondente aos dois terços finais do período de
embalagens originais ou em outras previamente validade do registro expirado
autorizadas pelo Ministério da Saúde. § 9º - Constará obrigatoriamente do registro de que trata
§ 1º - Para atender ao desenvolvimento de planos e este artigo a fórmula da composição do produto, com a
programas do Governo Federal, de produção e indicação dos ingredientes utilizados e respectiva
distribuição de medicamentos à população carente de dosagem.
recursos, poderá o Ministério da Saúde autorizar o § 10 - A Anvisa definirá por ato próprio os mecanismos
para dar publicidade aos processos de registro, de
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alteração pós-registro e de renovação de registro, sendo VII - a apresentação das seguintes informações
obrigatória a apresentação das seguintes econômicas: (Incluído pela Lei nº 10.742, de
informações: (Incluído pela Lei nº 13.411, de 6.10.2003)
2017) (Vigência) a) o preço do produto praticado pela empresa em outros
I - status da análise;
países; (Incluído pela Lei nº 10.742, de
II - prazo previsto para a decisão final sobre o
processo; 6.10.2003)
III - fundamentos técnicos das decisões sobre o b) o valor de aquisição da substância ativa do produto;
processo (Incluído pela Lei nº 10.742, de 6.10.2003)
c) o custo do tratamento por paciente com o uso do
Art. 13 - Qualquer modificação de fórmula, alteração de produto; (Incluído pela Lei nº 10.742, de
elementos de composição ou de seus quantitativos, 6.10.2003)
adição, subtração ou inovação introduzida na elaboração d) o número potencial de pacientes a ser tratado;
do produto, dependerá de autorização prévia e expressa
do Ministério da Saúde e será desde logo averbada no
(Incluído pela Lei nº 10.742, de 6.10.2003)
registro. e) a lista de preço que pretende praticar no mercado
Art. 14 - Ficam excluídos das exigências previstas nesta interno, com a discriminação de sua carga tributária;
Lei, os nomes ou designações de fantasia dos produtos (Incluído pela Lei nº 10.742, de 6.10.2003)
licenciados e industrializados anteriormente à sua f) a discriminação da proposta de comercialização do
vigência. (Redação dada pelo Decreto nº 6.480, produto, incluindo os gastos previstos com o esforço de
de 1.12.1977) venda e com publicidade e propaganda; (Incluído pela
Art. 15 - O registro dos produtos de que trata esta Lei Lei nº 10.742, de 6.10.2003)
será negado sempre que não atendidas as condições, as g) o preço do produto que sofreu modificação, quando se
exigências e os procedimentos para tal fim previstos em tratar de mudança de fórmula ou de forma; e (Incluído
Lei, regulamento ou instrução do órgão competente. pela Lei nº 10.742, de 6.10.2003)
h) a relação de todos os produtos substitutos existentes
TÍTULO III - Do Registro de Drogas, Medicamentos e no mercado, acompanhada de seus respectivos preços.
Insumos Farmacêuticos (Incluído pela Lei nº 10.742, de 6.10.2003)
Art. 16. O registro de drogas, medicamentos, insumos § 1o (Revogado como parágrafo único pela Lei no 6.480,
farmacêuticos e correlatos, dadas as suas características
de 1o de dezembro de 1977). (Incluído pela Lei nº
sanitárias, medicamentosas ou profiláticas, curativas,
paliativas, ou mesmo para fins de diagnóstico, fica 10.742, de 6.10.2003)
sujeito, além do atendimento das exigências próprias, aos § 2o A apresentação das informações constantes do inciso
seguintes requisitos específicos: (Redação dada pela VII poderá ser dispensada, em parte ou no todo, em
conformidade com regulamentação específica.
Lei nº 10.742, de 6.10.2003)
I - que o produto obedeça ao disposto no artigo 5º, e seus
(Incluído pela Lei nº 10.742, de 6.10.2003)
Art. 17 - O registro dos produtos de que trata este Título
parágrafos. (Redação dada pelo Decreto nº 6.480,
será negado sempre que não atendidas as condições, as
de 1.12.1977) exigências e os procedimentos para tal fim previstos em
II - que o produto, através de comprovação científica e de lei, regulamento ou instrução do órgão competente.
análise, seja reconhecido como seguro e eficaz para o uso Art. 17-A - Os prazos estabelecidos para a decisão final
a que se propõe, e possua a identidade, atividade, nos processos de registro e de alteração pós-registro de
qualidade, pureza e inocuidade necessárias; medicamento levarão em conta os seguintes critérios:
III - tratando-se de produto novo, que sejam oferecidas (Incluído pela Lei nº 13.411, de 2017)
amplas informações sobre a sua composição e o seu uso, I - complexidade técnica
para avaliação de sua natureza e determinação do grau de I - benefícios clínicos, econômicos e sociais da utilização
segurança e eficácia necessários; do medicamento objeto do requerimento.
IV - apresentação, quando solicitada, de amostra para § 1o - A aplicação dos critérios previstos no caput, de
análises e experiências que sejam julgadas necessárias acordo com metodologia disposta em ato da Anvisa,
pelos órgãos competentes do Ministério da Saúde; determinará o enquadramento do medicamento sob
V - quando houver substância nova na composição do avaliação nas seguintes categorias de precedência
medicamento, entrega de amostra acompanhada dos I – prioritária
dados químicos e físico-químicos que a identifiquem; II – ordinária
VI - quando se trate de droga ou medicamento cuja § 2o - Os prazos máximos para a decisão final nos
elaboração necessite de aparelhagem técnica e específica, processos de registro e de alteração pós-registro de
prova de que o estabelecimento se acha devidamente medicamento serão, respectivamente:
equipado e mantém pessoal habilitado ao seu manuseio I - para a categoria prioritária, de cento e vinte dias e de
ou contrato com terceiros para essa finalidade. sessenta dias, contados a partir da data do respectivo
protocolo de priorização
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II - para a categoria ordinária, de trezentos e sessenta e (Incluído
Fabricação, reconhecidas no âmbito nacional.
cinco dias e de cento e oitenta dias, contados a partir da pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001)
data do respectivo protocolo de registro ou de alteração Art. 19 - Será cancelado o registro de drogas,
pós-registro medicamentos e insumos farmacêuticos, sempre que
§ 3o - Exceto nos casos em que houver recurso contra efetuada modificação não autorizada em sua fórmula,
decisão anterior, a decisão final nos processos de dosagem, condições de fabricação, indicação de
alteração pós-registro poderá ser tomada por aprovação aplicacões e especificações anunciadas em bulas, rótulos
condicional, presumida pela não manifestação contrária ou publicidade.
da Anvisa nos prazos definidos no § 2o. Parágrafo único. Havendo necessidade de serem
§ 4o - A aprovação condicional de que trata o § 3o só modificadas a composição, posologia ou as indicações
poderá ocorrer nas hipóteses de alteração pós-registro terapêuticas de produto farmacêutico tecnicamente
definidas em regulamento e será automaticamente elaborado, a empresa solicitará a competente permissão
revertida, a qualquer tempo, em caso de indeferimento da ao Ministério da Saúde, instruindo o pedido conforme o
alteração pós-registro pela Anvisa previsto no regulamento desta Lei.
§ 5o - Os prazos mencionados no § 2o poderão ser Art. 20 - Somente será registrado o medicamento cuja
prorrogados por até um terço do prazo original, uma preparação necessite cuidados especiais de purificação,
única vez, mediante decisão fundamentada da Anvisa dosagem, esterilização ou conservação, quando:
expedida em, no mínimo, quinze dias úteis antes do I - tiver em sua composição substância nova;
término do prazo original II - tiver em sua composição substância conhecida, à qual
§ 6o - As solicitações de esclarecimento ou de retificação seja dada aplicação nova ou vantajosa em terapêutica;
pela Anvisa deverão ser consolidadas em um único III - apresentar melhoramento de fórmula ou forma, sob o
pedido, exceto se forem necessárias para esclarecer ou ponto de vista farmacêutico e/ou terapêutico.
retificar informações relativas a solicitação anteriormente Parágrafo único. Não poderá ser registrado o
atendida pela empresa requerente, e suspenderão a medicamento que não tenha em sua composição
contagem dos prazos determinados neste artigo até que substância reconhecidamente benéfica do ponto de vista
sejam atendidas.
clínico ou terapêutico. (Redação dada pela Lei nº
§ 7o - O descumprimento injustificado dos prazos
previstos neste artigo implica apuração de 9.782, de 26.1.1999)
responsabilidade funcional do servidor ou dos servidores Art. 21. Fica assegurado o direito de registro de
que lhe derem causa, nos termos da Lei no 8.112, de medicamentos similares a outros já registrados, desde
que satisfaçam as exigências estabelecidas nesta Lei.
11 de dezembro de 1990
§ 8o - A Anvisa regulamentará o disposto neste artigo, em
(Redação dada pela Lei nº 9.782, de 26.1.1999)
especial a especificação dos critérios de que trata § 1º O medicamento similar a ser fabricado no País será
o caput, com vistas ao enquadramento nas categorias de considerado registrado após decorrido o prazo de cento e
prioridade. vinte dias da apresentação do respectivo pedido de
§ 9o - Expirado o prazo de cento e oitenta dias contados registro, se até então o pedido não tiver sido indeferido e
do início da vigência deste artigo sem que tenha sido desde que atendido o disposto no § 6º deste artigo.
publicada a regulamentação prevista no § 8o, e enquanto (Redação dada pela Lei nº 13.235, de 2015) (Vigência)
a matéria permanecer não regulamentada, o prazo § 2º A contagem do prazo para registro será interrompida
máximo para a decisão final será de trezentos e sessenta e até a satisfação, pela empresa interessada, de exigência
cinco dias nos processos de registro e de cento e oitenta da autoridade sanitária, não podendo tal prazo exceder a
dias nos de alteração pós-registro. cento e oitenta dias. (Parágrafo incluído pela Lei nº
9.782, de 26.1.1999)
Art. 18 - O registro de drogas, medicamentos e insumos § 3º O registro, concedido nas condições dos parágrafos
farmacêuticos de procedência estrangeira dependerá, anteriores, perderá a sua validade, independentemente de
além das condições, das exigências e dos procedimentos notificação ou interpelação, se o produto não for
previstos nesta Lei e seu regulamento, da comprovação comercializado no prazo de um ano após a data de sua
de que já é registrado no país de origem. concessão, prorrogável por mais seis meses, a critério da
§ 1º Na impossibilidade do cumprimento do disposto no autoridade sanitária, mediante justificação escrita de
caput deste artigo, deverá ser apresentada comprovação iniciativa da empresa interessada. (Parágrafo incluído
do registro em vigor, emitida pela autoridade sanitária do pela Lei nº 9.782, de 26.1.1999)
país em que seja comercializado ou autoridade sanitária § 4º O pedido de novo registro do produto poderá ser
internacional e aprovado em ato próprio da Agência formulado dois anos após a verificação do fato que deu
Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. causa à perda da validade do anteriormente concedido,
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-34, salvo se não for imputável à empresa interessada.
de 2001) (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.782, de
§ 2º No ato do registro de medicamento de procedência 26.1.1999)
estrangeira, a empresa fabricante deverá apresentar
comprovação do cumprimento das Boas Práticas de
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§ 5º As disposições deste artigo aplicam-se aos produtos para entrega ao consumo e exposição à venda, depois que
registrados e fabricados em Estado-Parte integrante do o Ministério da Saúde se pronunciar sobre a
Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, para efeito de obrigatoriedade ou não do registro.
sua comercialização no País, se corresponderem a similar § 1º - Estarão dispensados do registro os aparelhos,
nacional já registrado. (Parágrafo incluído pela Lei instrumentos ou acessórios de que trata este artigo, que
nº 9.782, de 26.1.1999) figurem em relações para tal fim elaboradas pelo
Art. 22. As drogas, os medicamentos e insumos Ministério da Saúde, ficando, porém, sujeitos, para os
farmacêuticos que contenham substâncias entorpecentes demais efeitos desta Lei e de seu Regulamento, a regime
ou determinem dependência física ou psíquica, estando de vigilância sanitária.
sujeitos ao controle especial previsto no Decreto-Lei nº § 2º - O regulamento desta Lei prescreverá as condições,
753, de 11 de agosto de 1969, bem como em outros as exigências e os procedimentos concernentes ao
diplomas legais, regulamentos e demais normas registro dos aparelhos, instrumentos ou acessórios de que
pertinentes, e os medicamentos em geral, só serão trata este artigo.
registrados ou terão seus registros renovados, se, além do TÍTULO V - Do Registro de Cosméticos, Produtos de
atendimento das condições, das exigências e do Higiene, Perfumes e outros
procedimento estabelecidos nesta Lei e seu regulamento, Art. 26 - Somente serão registrados como cosméticos
suas embalagens e sua rotulagem se enquadrarem nos produtos para higiene pessoal, perfumes e outros de
natureza e finalidade semelhantes, os produtos que se
padrões aprovados pelo Ministério da Saúde. (Redação
destinem a uso externo ou no ambiente, consoante suas
dada pela Lei nº 10.742, de 6.10.2003) finalidades estética, protetora, higiênica ou odorífera,
Art. 23 -. (Revogado pela Lei nº 10.742, de sem causar irritações à pele nem danos à saúde.
6.10.2003) Art. 27 - Além de sujeito, às exigências regulamentares
Art. 24. Estão isentos de registro os medicamentos próprias, o registro dos cosméticos, dos produtos
novos, destinados exclusivamente a uso experimental, destinados à higiene pessoal, dos perfumes e demais, de
sob controle médico, podendo, inclusive, ser importados finalidade congênere, dependerá da satisfação das
mediante expressa autorização do Ministério da Saúde. seguintes exigências:
(Redação dada pela Lei nº 10.742, de I - enquadrar-se na relação de substâncias declaradas
inócuas, elaborada pelo órgão competente do Ministério
6.10.2003) da Saúde e publicada no "Diário Oficial" da União, a
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo só será qual conterá as especificações pertinentes a cada
válida pelo prazo de até 3 (três) anos, findo o qual o categoria bem como às drogas, aos insumos, às matérias-
produto ficará obrigado ao registro, sob pena de primas, aos corantes, aos solventes e aos demais
apreensão determinada pelo Ministério da Saúde. permitidos em sua fabricação;
Art. 24-A. Fica estabelecida a Renovação Simplificada II - não se enquadrando na relação referida no inciso
do Registro de Medicamentos para os medicamentos que anterior, terem reconhecida a inocuidade das respectivas
possuam registro no órgão sanitário brasileiro durante fórmulas, em pareceres conclusivos, emitidos pelos
período igual ou superior a 10 (dez), que não tenham tido órgãos competentes, de análise e técnico, do Ministério
relatos de ineficácia e/ou de eventos adversos da Saúde.
significativos e que estejam adequados às exigências Parágrafo único. A relação de substâncias a que se refere
sanitárias vigentes, independente de sua classificação de o inciso I deste artigo poderá ser alterada para exclusão
venda. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) de substâncias que venham a ser julgadas nocivas à
Parágrafo único. A definição do período de que trata o saúde, ou para inclusão de outras, que venham a ser
caput será feita pela Anvisa a partir de critérios que aprovadas.
envolvam a classe terapêutica do produto, modificações Art. 28 - O registro dos cosméticos, produtos destinados
realizadas na sua formulação, nas indicações e posologia à higiene pessoal, e outros de finalidades idênticas, que
e no processo produtivo, bem como a via de contenham substâncias medicamentosas, embora em dose
administração, a forma farmacêutica e a efetiva infraterapêutica, obedecerá às normas constantes dos
exposição do produto ao uso. (Incluído pela Lei nº artigos 16 e suas alíneas, 17, 18 e 19 e seu parágrafo
13.097, de 2015) único, 20 e 21 e do Regulamento desta Lei.
Art. 24-B. Para os fins de renovação de registro dos Art. 29 - Somente será registrado produto referido no
medicamentos a que se refere o art. 24-A, os requisitos a Art. 26 que contenha em sua composição matéria-prima,
serem observados pelos interessados no ato serão solvente, corante ou insumos farmacêuticos, constantes
definidos pela Anvisa em regulamento. (Incluído da relação elaborada pelo órgão competente do
pela Lei nº 13.097, de 2015) Ministério da Saúde, publicada no "Diário Oficial" da
União, desde que ressalvadas expressamente nos rótulos
TÍTULO IV - Do Registro de Correlatos e embalagens as restrições de uso, quando for o caso, em
Art. 25 - Os aparelhos, instrumentos e acessórios usados conformidade com a área do corpo em que deva ser
em medicina, odontologia e atividades afins, bem como aplicado.
nas de educação física, embelezamento ou correção Parágrafo único. Quando apresentados sob a forma de
estética, somente poderão ser fabricados, ou importados, aerosol, os produtos referidos no Art. 26 só serão
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registrados se obedecerem aos padrões técnicos Art. 37 - O Ministério da Saúde elaborará e fará publicar
aprovados pelo Ministério da Saúde e às demais no "Diário Oficial" da União a relação dos solventes,
exigências e normas específicas. diluentes e propelentes permitidos, com as respectivas
Art. 30 - Os cosméticos, produtos de higiene pessoal de concentrações máximas.
adultos e crianças, perfumes e congêneres poderão ter Art. 38 - Será permitida a associação de inseticidas, que
alteradas suas fórmulas de composição desde que as deverão ter, quando da mesma classe, as concentrações
alterações sejam aprovadas pelo Ministério da Saúde, dos elementos ativos reduzidas proporcionalmente.
com base nos competentes laudos técnicos. Art. 39 - As associações de inseticidas deverão satisfazer
Art. 31 - As alterações de fórmula serão objeto de aos requisitos dispostos no Art. 35 e seu parágrafo único,
averbação no registro do produto, conforme se dispuser quanto à toxicidade para animais submetidos à prova de
em regulamento. eficiência.
Art. 32 - O Ministério da Saúde fará publicar no "Diário Art. 40 - O registro dos inseticidas só será permitido
Oficial" da União a relação dos corantes naturais quando se destine:
orgânicos, artificiais e sintéticos, incluindo seus sais e I - à pronta aplicação por qualquer pessoa, para fins
suas lacas, permitidos na fabricação dos produtos de que domésticos;
tratam os artigos 29, parágrafo único, e 30. II - à aplicação e manipulação por pessoa ou organização
§ 1º - Será excluído da relação a que se refere este artigo especializada para fins profissionais.
todo e qualquer corante que apresente toxicidade ativa ou Art. 41 - Registrar-se-ão como raticidas as preparações
potencial. cujas fórmulas de composição incluam substâncias
§ 2º - A inclusão e exclusão de corantes e suas ativas, isoladas ou em associação, em concentrações
decorrências obedecerão a disposições constantes de diversas e sob determinadas formas e tipos de
regulamento. apresentação.
Parágrafo único. As associações de substâncias raticidas
TÍTULO VI - Do Registro dos Saneantes da mesma classe deverão ser reduzidas
Domissanitários proporcionalmente às concentrações de seus princípios
Art. 33 - O registro dos saneantes domissanitários, dos ativos.
desinfetantes e detergentes obedecerá ao disposto em Art. 42 - Aplica-se ao registro das preparações e
regulamento e em normas complementares específicas. substâncias raticidas o disposto nesta Lei, fixando-se em
Art. 34 - Somente poderão ser registrados os inseticidas regulamento e em instruções do Ministério da Saúde as
que: demais exigências específicas atinentes a essa classe de
I - possam ser aplicados corretamente, em estrita produtos.
observância às instruções dos rótulos e demais elementos Art. 43 - O registro dos desinfetantes será efetuado
explicativos; segundo o disposto no Regulamento desta Lei e em
II - não ofereçam qualquer possibilidade de risco à saúde instruções expedidas pelo Ministério da Saúde.
humana e à dos animais domésticos de sangue quente, Art. 44 - Para os fins desta Lei, são equiparados aos
nas condições de uso previstas; produtos domissanitários os detergentes e desinfetantes e
III - não sejam corrosivos ou prejudiciais às superfícies respectivos congêneres, destinados à aplicação em
tratadas. objetos inanimados e em ambientes, ficando sujeitos às
Art. 35 - Somente serão registrados os inseticidas: mesmas exigências e condições no concernente ao
I - apresentados segundo as formas previstas no registro, à industrialização, entrega ao consumo e
Regulamento desta Lei; fiscalização.
II - em cuja composição a substância inseticida e a Art. 45 - A venda dos raticidas e sua entrega ao consumo
sinérgica, naturais ou sintéticas, observem os índices de ficarão restritas, exclusivamente, aos produtos
concentração adequados, estabelecidos pelo Ministério classificados como de baixa e média toxicidade, sendo
da Saúde; privativa das empresas especializadas ou de órgãos e
III - cuja fórmula de composição atenda às precauções entidades da Administração Pública Direta e Indireta o
necessárias, com vistas ao seu manuseio e às medidas fornecimento e controle da aplicação dos classificados
terapêuticas em caso de acidente, para a indispensável como de alta toxicidade.
preservação da vida humana, segundo as instruções do
Ministério da Saúde. TÍTULO VII - Do Registro dos Produtos Dietéticos
Parágrafo único. O regulamento desta Lei fixará as Art. 46 - Serão registrados como produtos dietéticos os
exigências, as condições e os procedimentos referentes destinados à ingestão oral, que, não enquadrados nas
ao registro de inseticidas. disposições do Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de
Art. 36 - Para fins de registros dos inseticidas as 1969, e respectivos regulamentos, tenham seu uso ou
substâncias componentes das fórmulas respectivas serão venda dependentes de prescrição médica e se destinem:
consideradas: I - a suprir necessidades dietéticas especiais;
I - solventes e diluentes, as empregadas como veículos II - a suplementar e enriquecer a alimentação habitual
nas preparações inseticidas; com vitaminas, aminoácidos, minerais e outros
II - propelentes, os agentes propulsores utilizados nas elementos;
preparações premidas.
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III - a iludir as sensações de fome, de apetite e de Parágrafo único. Cada estabelecimento terá licença
paladar, substituindo os alimentos habituais nas dietas de específica e independente, ainda que exista mais de um
restrição. na mesma localidade, pertencente à mesma empresa.
Art. 47 - Só serão registrados como dietéticos os Art. 52 - A legislação local supletiva fixará as exigências
produtos constituídos por: e condições para o licenciamento dos estabelecimentos a
I - alimentos naturais modificados em sua composição ou que se refere esta Lei, observados os seguintes preceitos:
características; I - quando um só estabelecimento industrializar ou
II - produtos naturais, ainda que não considerados comercializar produtos de natureza ou finalidade
alimentos habituais, contendo nutrimentos ou diferentes, será obrigatória a existência de instalações
adicionados deles; separadas para a fabricação e o acondicionamento dos
III - produtos minerais ou orgânicos, puros ou materiais, substâncias e produtos acabados;
associados, em condições de contribuir para a elaboração II - localização adequada das dependências e proibição
de regimes especiais; de residências ou moradia nos imóveis a elas destinados
IV - substâncias isoladas ou associadas, sem valor e nas áreas adjacentes;
nutritivo, destinadas a dietas de restrição; III - aprovação prévia, pelo órgão de saúde estadual dos
V - complementos alimentares contendo vitaminas, projetos e das plantas dos edifícios e fiscalização da
minerais ou outros nutrimentos; respectiva observância.
VI - outros produtos que, isoladamente ou em associação,
possam ser caracterizados como dietéticos pelo TÍTULO IX - Da Responsabilidade Técnica
Ministério da Saúde. Art. 53 - As empresas que exerçam as atividades
Art. 48 - Dos produtos dietéticos de que trata esta Lei previstas nesta Lei ficam obrigadas a manter
poderão ser apresentados sob as formas usuais dos responsáveis técnicos legalmente habilitados suficientes,
produtos farmacêuticos, observadas a nomenclatura e as qualitativa e quantitativamente, para a adequada
características próprias aos mesmos. cobertura das diversas espécies de produção, em cada
Art. 49 - Para assegurar a eficiência dietética mínima estabelecimento.
necessária e evitar que sejam confundidos com os Art. 54 - Caberá ao responsável técnico elaborar o
produtos terapêuticos, o teor dos componentes dos relatório a ser apresentado ao Ministério da Saúde, para
produtos dietéticos, que justifique sua indicação em fins de registro do produto, e dar assistência técnica
dietas especiais, deverá obedecer aos padrões aceitos efetiva ao setor sob sua responsabilidade profissional.
internacionalmente, conforme relações elaboradas pelo Art. 55 - Embora venha a cessar a prestação de
Ministério da Saúde. assistência ao estabelecimento, ou este deixe de
§ 1º - Não havendo padrão estabelecido para os fins deste funcionar, perdurará por um ano, a contar da cessação, a
artigo, a taxa de nutrimentos dos produtos dietéticos responsabilidade do profissional técnico pelos atos até
dependerá de pronunciamento do Ministério da Saúde. então praticados.
§ 2º - A proporção de vitaminas a adicionar aos produtos Art. 56 - Independentemente de outras cominações
corresponderá aos padrões estabelecidos pelo Ministério legais, inclusive penais, de que sejam passíveis os
da Saúde. responsáveis técnicos e administrativos, a empresa
TÍTULO VIII - Da Autorização das Empresas e do responderá administrativa e civilmente por infração
Licenciamento dos Estabelecimentos sanitária resultante da inobservância desta Lei e de seus
Art. 50. O funcionamento das empresas de que trata esta regulamentos e demais normas complementares.
Lei dependerá de autorização da Anvisa, concedida
mediante a solicitação de cadastramento de suas TÍTULO X – Da rotulagem e Publicidade
atividades, do pagamento da respectiva Taxa de Art. 57. O Poder Executivo disporá, em regulamento,
Fiscalização de Vigilância Sanitária e de outros sobre a rotulagem, as bulas, os impressos, as etiquetas e
requisitos definidos em regulamentação específica da os prospectos referentes aos produtos de que trata esta
Anvisa. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) Lei.
Parágrafo único. A autorização de que trata este artigo § 1º Além do nome comercial ou marca, os
será válida para todo o território nacional e deverá ser medicamentos deverão obrigatoriamente exibir, nas
atualizada conforme regulamentação específica da peças referidas no caput deste artigo, nas embalagens e
Anvisa. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) nos materiais promocionais a Denominação Comum
Art. 51 - O licenciamento, pela autoridade local, dos Brasileira ou, quando for o caso, a Denominação Comum
estabelecimentos industriais ou comerciais que exerçam Internacional, em letras e caracteres com tamanho nunca
as atividades de que trata esta Lei, dependerá de haver inferior à metade do tamanho das letras e caracteres do
sido autorizado o funcionamento da empresa pelo nome comercial ou marca. (Redação dada pela Lei nº
Ministério da Saúde e de serem atendidas, em cada 13.236, de 2015)
estabelecimento, as exigências de caráter técnico e § 2º Os rótulos de medicamentos, de drogas e de
sanitário estabelecidas em regulamento e instruções do produtos correlatos deverão possuir características que os
Ministério da Saúde, inclusive no tocante à efetiva diferenciem claramente entre si e que inibam erros de
assistência de responsáveis técnicos habilitados aos dispensação e de administração, trocas indesejadas ou
diversos setores de atividade.
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uso equivocado. (Incluído pela Lei nº 13.236, de conservação capazes de assegurar as condições de
2015) pureza, segurança e eficácia do produto.
Art. 58. A propaganda, sob qualquer forma de divulgação Parágrafo Único. Os veículos utilizados no transporte de
e meio de comunicação, dos produtos sob o regime desta drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
Lei somente poderá ser promovida após autorização do correlatos, produtos dietéticos, de higiene, perfumes e
Ministério da Saúde, conforme se dispuser em similares deverão Ter asseguradas as condições de
regulamento. desinfecção e higiene necessárias à preservação da saúde
§ 1º - Quando se tratar de droga, medicamento ou humana.
qualquer outro produto com a exigência de venda sujeita
a prescrição médica ou odontológica, a propaganda ficará TÍTULO XIII – Das infrações e Penalidades
restrita a publicações que se destinem exclusivamente à Art. 62. Considera-se alterado, adulterado ou impróprio
distribuição a médicos, cirurgiões-dentistas e para o uso o medicamento, a droga e o insumo
farmacêuticos. farmacêutico:
§ 2º - A propaganda dos medicamentos de venda livre, I – que houver sido misturado ou acondicionado com
dos produtos dietéticos, dos saneantes domissanitários, substância que modifique seu valor terapêutico ou a
de cosméticos e de produtos de higiene, será objeto de finalidade a que se destine;
normas específicas a serem dispostas em regulamento. II - quando houver sido retirado ou falsificado, no todo
Art. 59. Não poderão constar de rotulagem ou de ou em parte, elemento integrante de sua composição
propaganda dos produtos de que trata esta Lei normal, ou substituído por outro de qualidade inferior, ou
designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, modificada a dosagem, ou lhe tiver sido acrescentada
desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem substância estranha à sua composição, de modo que esta
interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, se torne diferente da fórmula constante do registro;
procedência, natureza, composição ou qualidade, que III – cujo volume não corresponder à quantidade
atribuam ao produto finalidades ou características aprovada;
diferentes daquelas que realmente possua. IV – quando suas condições de pureza, qualidade e
autenticidade não satisfizerem às exigências da
TÍTULO XI – Das Embalagens Farmacopéia Brasileira ou de outro Código adotado pelo
Art. 60. É obrigatória a aprovação, pelo Ministério da Ministério da Saúde.
Saúde, conforme se dispuser em regulamento, das Parágrafo Único. Ocorrendo alteração pela ação do
embalagens, dos equipamentos e utensílios elaborados ou tempo, ou causa estranha à responsabilidade do técnico
revestidos internamente com substâncias que, em contato ou da empresa, fica esta obrigada a retirar imediatamente
com o produto, possam alterar seus efeitos ou produzir o produto do comércio, para correção ou substituição,
dano à saúde. sob pena de incorrer em infração sanitária.
§ 1º - Independerão de aprovação as embalagens Art. 63. Considera-se fraudado, falsificado ou adulterado
destinadas ao acondicionamento de drogas, o produto de higiene, cosmético, perfume ou similar,
medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos de quando:
higiene, cosméticos, perfumes e congêneres que não I – for apresentado com indicações que induzam a erro,
contenham internamente substância capaz de alterar as engano ou confusão quanto à sua procedência, origem,
condições de pureza e eficácia do produto. composição ou finalidade;
§ 2º - Não será autorizado o emprego de embalagem II – não observar os padrões e paradigmas estabelecidos
destinada a conter ou acondicionar droga, medicamento nesta Lei e em regulamento, ou as especificações
ou insumo farmacêutico, desde que capaz de causar contidas no registro;
direta ou indiretamente efeitos nocivos à saúde. III – tiver modificadas a natureza, composição, as
§ 3º - A aprovação do tipo de embalagem será procedida propriedades ou características que constituírem as
de análise prévia, quando for o caso. condições do seu registro, por efeito da adição, redução
ou retirada de matérias-primas ou componentes.
Art. 60-A. Para conter ou acondicionar droga, Parágrafo Único. Incluem-se no que dispões este artigo
medicamento ou produtos correlatos, não será autorizado os insumos constituídos por matéria-prima ativa, aditiva
o emprego de embalagem que possa induzir trocas ou complementar, de natureza química, bioquímica ou
indesejadas ou erros na dispensação, no uso ou na biológica, de origem natural ou sintética, ou qualquer
administração desses produtos. (Incluído pela Lei nº outro material destinado à fabricação, manipulação e ao
13.236, de 2015) (Vigência) beneficiamento dos produtos de higiene, cosméticos,
perfumes e similares.
Art. 64. É proibido o reaproveitamento e a utilização de
vasilhame tradicionalmente usado para alimentos,
TÍTULO XII – Dos Meios de Transporte
bebidas, refrigerantes, produtos dietéticos,
Art. 61. Quando se tratar de produtos que exijam
condições especiais de armazenamento e guarda, os medicamentos, drogas, produtos químicos, de higiene,
veículos utilizados no seu transporte deverão ser dotados cosméticos e perfumes no envasilhamento de saneantes e
congêneres.
de equipamento que possibilite acondicionamento e
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Art. 65. É proibida a colocação de novas datas ou o I – do órgão federal de saúde:
reacondicionamento em novas embalagens de produtos quando o produto estiver em trânsito de uma para outra
cujo prazo de validade haja expirado, excetuados os unidade federativa, em estrada via fluvial, lacustre,
soros terapêuticos que puderem ser redosados e marítima ou aérea, sob controle de órgãos federais;
refiltrados. quando se tratar de produto importado ou exportado;
Art. 66. A inobservância dos preceitos desta Lei, de seu quando se tratar de colheitas de amostras para análise de
regulamento e normas complementares configura controle prévia e fiscal;
infração de natureza sanitária, ficando sujeito o infrator II – do órgão de saúde estadual, dos Territórios ou do
ao processo e às penalidades previstos no Decreto-Lei nº Distrito Federal:
785, de 25 de agosto de 1969, sem prejuízo das demais quando se tratar de produto industrializado ou entregue
cominações civis e penais cabíveis. ao consumo na área de jurisdição respectiva;
Parágrafo Único. O processo a que se refere este artigo quanto aos estabelecimentos, instalações e equipamentos
poderá ser instaurado e julgado pelo Ministério da Saúde industriais ou de comércio;
ou pelas autoridades sanitárias dos Estados, do Distrito quanto aos transportes nas estradas e vias fluviais ou
Federal e dos Territórios, como couber. lacustres, de sua área jurisdicional;
Art. 67. Independentemente das previstas no Decreto-lei quando se tratar de colheita de amostras para análise
nº 785, de 25 de agosto de 1969, configuram infrações fiscal.
graves ou gravíssimas, nos termos desta Lei, as seguintes Parágrafo Único. A competência de que trata este artigo
práticas puníveis com as sanções indicadas naquele poderá ser delegada, mediante convênio, reciprocamente,
diploma legal: pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal,
I – rotular os produtos sob o regime desta Lei ou deles ressalvadas as hipóteses de poderes indelegáveis,
fazer publicidade sem a observância do disposto nesta expressamente previstas em lei.
Lei e em seu regulamento ou contrariando os termos e as Art. 70. A ação de vigilância sanitária se efetuará
condições do registro ou de autorização respectivos; permanentemente, constituindo atividade rotineira dos
II – alterar processo de fabricação de produtos, sem órgãos da saúde.
prévio assentimento do Ministério da Saúde; Art. 71. As atribuições e prerrogativas dos agentes
III – vender ou expor à venda produto cujo prazo da fiscalizadores serão estabelecidas no regulamento desta
validade esteja expirado; Lei.
IV – apor novas datas em produtos cujo prazo de Art. 72. A apuração das infrações, nos termos desta Lei,
validade haja expirado ou reacondicioná-los em novas far-se-á mediante apreensão de amostras e interdição do
embalagens, excetuados os soros terapêuticos que produto ou do estabelecimento, conforme disposto em
puderem ser redosados e refiltrados; regulamento.
V – industrializar produtos sem assistência de § 1º - A comprovação da infração dará motivo, conforme
responsável técnico legalmente habilitado; o caso, à apreensão e inutilização do produto, em todo o
VI – utilizar, na preparação de hormônios, órgãos de território nacional, ao cancelamento do registro e à
animais que não estiverem sãos, ou que apresentarem cassação da licença do estabelecimento, que só se
sinais de decomposição no momento de serem tornarão efetivos após a publicação da decisão
manipulados, ou que provenham de animais doentes, condenatória irrecorrível no Diário Oficial da União.
estafados ou emagrecidos; § 2º - Darão igualmente motivo a apreensão, interdição e
VII – revender produto biológico não guardado em inutilização as alterações havidas em decorrência de
refrigerador, de acordo com as indicações determinadas causas, circunstâncias e eventos naturais ou
pelo fabricante e aprovadas pelo Ministério da Saúde; imprevisíveis, que determinem avaria, deterioração ou
VIII – aplicar raticidas cuja ação se produza por gás ou contaminação dos produtos, tornando-os ineficazes ou
vapor, em galerias, bueiros, porões, sótões ou locais de nocivos à saúde.
possível comunicação com residências ou locais Art. 73. As análises fiscais e de controle, para fins de
freqüentados por seres humanos ou animais úteis. fiscalização e monitoramento dos produtos sujeitos ao
regime de vigilância sanitária, deverão ser realizadas por
TÍTULO XIV – Da fiscalização laboratório oficial, instituído no âmbito da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou por
Art. 68. A ação de vigilância sanitária abrangerá todo e laboratórios públicos ou privados credenciados para tal
qualquer produto de que trata esta Lei, inclusive os fim. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015)
dispensados de registro, os correlatos, os Art. 74. Não poderão Ter exercício em órgãos de
estabelecimentos de fabricação, distribuição, fiscalização sanitária e laboratórios de controle
armazenamento e venda, e os veículos destinados ao servidores públicos que sejam sócios, acionistas ou
transporte dos produtos. interessados, por qualquer forma, de empresas que
Parágrafo Único. Ficam igualmente sujeitas à ação de exerçam atividades sujeitas ao regime desta Lei, ou lhes
vigilância a propaganda dos produtos e das marcas, por prestem serviços com ou sem vínculo empregatício.
qualquer meio de comunicação, a publicidade, a
rotulagem e etiquetagem. TÍTULO XV - Do Controle de Qualidade dos
Art. 69. A ação fiscalizadora é da competência: Medicamentos
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II – nos Estados, Territórios e no Distrito Federal, através
Art. 75. O Ministério da Saúde baixará normas e de seus órgãos próprios, observadas as normas federais
aperfeiçoará mecanismos destinados a garantir ao pertinentes e a legislação local supletiva.
consumidor a qualidade dos medicamentos, tendo em
conta a identidade, atividade, pureza, eficácia e TÍTULO XVII – Das disposições Finais e Transitórias
inocuidade dos produtos e abrangendo as especificações
de qualidade a fiscalização da produção. Art. 81. As empresas que já explorem as atividades de
Parágrafo Único. As normas a que se refere este artigo que trata esta Lei terão o prazo de 12 (doze) meses para
determinarão as especificações de qualidade das as alterações e adaptações necessárias ao cumprimento
matérias-primas e dos produtos semi-eleborados do e que nela se dispõe.
utilizados na fabricação dos medicamentos, bem como as Art. 82..(Revogado pela Medida Provisória nº
especificações de qualidade destes, e descreverão com 2.190, de 2001)
precisão os critérios para a respectiva aceitação. Art. 83. As drogas, os produtos químicos e os oficinais
Art. 76. Nenhuma matéria-prima ou nenhum produto serão vendidos em suas embalagens originais e somente
semi-elaborado poderá ser empregado na fabricação de poderão ser fracionados, para revenda, nos
medicamento sem que haja sido verificado possuir estabelecimentos comerciais, sob a responsabilidade
qualidade aceitável, segundo provas que serão objeto de direta do respectivo responsável técnico.
normas do Ministério da Saúde. Art. 84. O disposto nesta Lei não exclui a aplicação das
Art. 77. A inspeção da produção de medicamentos terá demais normas a que esteja sujeitas as atividades nela
em vista, prioritariamente, os seguintes aspectos: enquadradas, em relação a aspectos objeto de legislação
I – a fabricação, tendo em conta os fatores intrínsecos e específica.
extrínsecos desfavoráveis, inclusive a possibilidade de Art. 85. Aos produtos mencionados no artigo 1º, regidos
contaminação das matérias-primas, dos produtos semi- por normas especiais, aplicam-se, no que couber, as
elaborados e do produto acabado; disposições desta Lei.
II – o produto acabado, a fim de verificar o atendimento Art. 86. Excluem-se do regime desta Lei, visto se
dos requisitos pertinentes aos responsáveis técnicos pela destinarem e se aplicarem a fins diversos dos nela
fabricação e inspeção dos produtos, aos locais e estabelecidos, os produtos saneantes fitossanitários e
equipamentos, ao saneamento do meio, às matérias- zoossanitários, os de exclusivo uso veterinário e os
primas e aos sistemas de inspeção e auto-inspeção e destinados ao combate, na agricultura, a ratos e outros
registro de medicamentos. roedores.
Art. 78. Sem prejuízo do controle e da fiscalização a Art. 87. O Poder Executivo baixará o regulamento e atos
cargo dos Poderes Públicos, todo estabelecimento necessários ao exato cumprimento desta Lei.
destinado à produção de medicamentos deverá possuir Parágrafo Único – Enquanto não forem baixados o
departamento técnico de inspeção de qualidade, que regulamento e atos previstos neste artigo, continuarão em
funcione de forma autônoma em sua esfera de vigor os atuais que não confiltrarem com as disposições
competência, com a finalidade de verificar a qualidade desta Lei .
das matérias-primas ou substâncias, vigiar os aspectos Art. 88 Esta Lei entrará em vigor 95 (noventa e cinco )
qualitativos das operações dos medicamentos produzidos dias depois de sua publicação, revogadas as disposições
e realizar os demais testes necessários. em contrário.
Parágrafo Único. É facultado aos laboratórios industriais Brasília, 23 de setembro de 1976; 155º da Independência
farmacêuticos realizar os controles previstos neste artigo, e 88º da República.
em institutos ou laboratórios oficiais, mediante convênio ERNESTO GEISEL
ou contrato. Paulo de Almeida Machado
Art. 79. Todos os informes sobre acidentes ou reações Este texto não substitui o Publicado no D.O.U de
nocivas causadas por medicamentos serão transmitidos à 24.9.1976
autoridade sanitária competente.
Parágrafo Único. As mudanças operadas na qualidade
dos medicamentos e qualquer alteração de suas
características físicas serão investigadas com todos os
detalhes e, uma vez comprovadas, serão objeto das
medidas corretivas cabíveis.

TÍTULO XVI – Dos Órgãos de Vigilância Sanitária

Art. 80. As atividades de vigilância sanitária de que trata


esta Lei serão exercidas:
I – no plano federal, pelo Ministério da Saúde, na forma
da legislação e dos regulamentos;

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§ 2º As multas previstas neste artigo serão
Lei nº 6.437, DE 20/08/1977 aplicadas em dobro em caso de reincidência.
(D.O.U. de 24.8.1977) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001)
Configura infrações à legislação sanitária federal,
estabelece as sanções respectivas, e dá outras § 3º Sem prejuízo do disposto nos arts. 4o e 6o
providências. desta Lei, na aplicação da penalidade de multa a
autoridade sanitária competente levará em consideração a
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber capacidade econômica do infrator. (Incluído pela Medida
que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu Provisória nº 2.190-34, de 2001)
sanciono a seguinte Lei:
Art . 3º - O resultado da infração sanitária é
TÍTULO I imputável a quem lhe deu causa ou para ela concorreu.
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES § 1º - Considera-se causa a ação ou omissão sem a
qual a infração não teria ocorrido.
Art . 1º - As infrações à legislação sanitária § 2º - Exclui a imputação de infração a causa
federal, ressalvadas as previstas expressamente em decorrente de força maior ou proveniente de eventos
normas especiais, são as configuradas na presente Lei. naturais ou circunstâncias imprevisíveis, que vier a
Art . 2º - Sem prejuízo das sanções de natureza determinar avaria, deterioração ou alteração de produtos
civil ou penal cabíveis, as infrações sanitárias serão ou bens do interesse da saúde pública.
punidas, alternativa ou cumulativamente, com as Art . 4º - As infrações sanitárias classificam-se
penalidades de: em:
I - advertência; I - leves, aquelas em que o infrator seja
II - multa; beneficiado por circunstância atenuante;
III - apreensão de produto; II - graves, aquelas em que for verificada uma
IV - inutilização de produto; circunstância agravante;
V - interdição de produto; III - gravíssimas, aquelas em que seja verificada a
VI - suspensão de vendas e/ou fabricação de existência de duas ou mais circunstâncias agravantes.
produto; Art. 5o A intervenção no estabelecimento, prevista
VII - cancelamento de registro de produto; no inciso XI-A do art. 2o, será decretada pelo Ministro da
VIII - interdição parcial ou total do Saúde, que designará interventor, o qual ficará investido
estabelecimento; de poderes de gestão, afastados os sócios, gerentes ou
IX - proibição de propaganda; (Redação dada pela diretores que contratual ou estatutariamente são
Lei nº 9.695, de 1998) detentores de tais poderes e não poderá exceder a cento e
X - cancelamento de autorização para oitenta dias, renováveis por igual período. (Redação dada
funcionamento da empresa; (Redação dada pela Lei nº pela Lei nº 9.695, de 1998)
9.695, de 1998) § 1o Da decretação de intervenção caberá pedido
XI - cancelamento do alvará de licenciamento de de revisão, sem efeito suspensivo, dirigido ao Ministro da
estabelecimento; (Redação dada pela Lei nº 9.695, de Saúde, que deverá apreciá-lo no prazo de trinta dias.
1998) (Redação dada pela Lei nº 9.695, de 1998)
XI-A - intervenção no estabelecimento que receba § 2o Não apreciado o pedido de revisão no prazo
recursos públicos de qualquer esfera. (Incluído pela Lei assinalado no parágrafo anterior, cessará a intervenção de
nº 9.695, de 1998) pleno direito, pelo simples decurso do prazo. (Redação
XII - imposição de mensagem retificadora; dada pela Lei nº 9.695, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001) § 2o-A. Ao final da intervenção, o interventor
XIII - suspensão de propaganda e publicidade. apresentará prestação de contas do período que durou a
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001) intervenção. (Incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
§ 1º A pena de multa consiste no pagamento das Art . 6º - Para a imposição da pena e a sua
seguintes quantias: (Incluído pela Medida Provisória nº graduação, a autoridade sanitária levará em conta:
2.190-34, de 2001) I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;
I - nas infrações leves, de R$ 2.000,00 (dois mil II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas
reais) a R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais); conseqüências para a saúde pública;
II - nas infrações graves, de R$ 75.000,00 (setenta e III - os antecedentes do infrator quanto às normas
cinco mil reais) a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais); sanitárias.
III - nas infrações gravíssimas, de R$ 200.000,00 Art . 7º - São circunstâncias atenuantes:
(duzentos mil reais) a R$ 1.500.000,00 (um milhão e I - a ação do infrator não ter sido fundamental
quinhentos mil reais). para a consecução do evento;
II - a errada compreensão da norma sanitária,
admitida como excusável, quanto patente a incapacidade
do agente para atender o caráter ilícito do fato;

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III - o infrator, por espontânea vontade, radiações ionizantes e outras, estabelecimentos,
imediatamente, procurar reparar ou minorar as laboratórios, oficinas e serviços de ótica, de aparelhos ou
conseqüências do ato lesivo à saúde pública que lhe for materiais óticos, de prótese dentária, de aparelhos ou
imputado; materiais para uso odontológico, ou explorar atividades
IV - ter o infrator sofrido coação, a que podia comerciais, industriais, ou filantrópicas, com a
resistir, para a prática do ato; participação de agentes que exerçam profissões ou
V - ser o infrator primário, e a falta cometida, de ocupações técnicas e auxiliares relacionadas com a
natureza leve. saúde, sem licença do órgão sanitário competente ou
Art . 8º - São circunstâncias agravantes: contrariando o disposto nas demais normas legais e
I - ser o infrator reincidente; regulamentares pertinentes: (Redação dada pela Lei nº
II - ter o infrator cometido a infração para obter 9.695 de 1998)
vantagem pecuniária decorrente do consumo pelo público Pena - advertência, intervenção, interdição,
do produto elaborado em contrário ao disposto na cancelamento da licença e/ou multa; (Redação dada pela
legislação sanitária; Lei nº 9.695 de 1998)
III - o infrator coagir outrem para a execução IV - extrair, produzir, fabricar, transformar,
material da infração; preparar, manipular, purificar, fracionar, embalar ou
IV - ter a infração conseqüências calamitosas à reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir,
saúde pública; transportar, comprar, vender, ceder ou usar alimentos,
V - se, tendo conhecimento de ato lesivo à saúde produtos alimentícios, medicamentos, drogas, insumos
pública, o infrator deixar de tomar as providências de sua farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene,
alçada tendentes a evitá-lo; cosméticos, correlatos, embalagens, saneantes, utensílios
VI - ter o infrator agido com dolo, ainda que e aparelhos que interessem à saúde pública ou individual,
eventual fraude ou má fé. sem registro, licença, ou autorizações do órgão sanitário
Parágrafo único - A reincidência específica torna competente ou contrariando o disposto na legislação
o infrator passível de enquadramento na penalidade sanitária pertinente:
máxima e a caracterização da infração como gravíssima. pena - advertência, apreensão e inutilização,
Art . 9º - Havendo concurso de circunstâncias interdição, cancelamento do registro, e/ou multa;
atenuantes e agravantes à aplicação da pena será V - fazer propaganda de produtos sob vigilância
considerada em razão das que sejam preponderantes. sanitária, alimentos e outros, contrariando a legislação
Art . 10 - São infrações sanitárias: sanitária:
I - construir, instalar ou fazer funcionar, em pena - advertência, proibição de propaganda,
qualquer parte do território nacional, laboratórios de suspensão de venda, imposição de mensagem
produção de medicamentos, drogas, insumos, retificadora, suspensão de propaganda e publicidade e
cosméticos, produtos de higiene, dietéticos, correlatos, ou multa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.190-
quaisquer outros estabelecimentos que fabriquem 34, de 2001)
alimentos, aditivos para alimentos, bebidas, embalagens, VI - deixar, aquele que tiver o dever legal de fazê-
saneantes e demais produtos que interessem à saúde lo, de notificar doença ou zoonose transmissível ao
pública, sem registro, licença e autorizações do órgão homem, de acordo com o que disponham as normas
sanitário competente ou contrariando as normas legais legais ou regulamentares vigentes:
pertinentes: pena - advertência, e/ou multa;
pena - advertência, interdição, cancelamento de VII - impedir ou dificultar a aplicação de medidas
autorização e de licença, e/ou multa. sanitárias relativas às doenças transmissíveis e ao
II - construir, instalar ou fazer funcionar hospitais, sacrifício de animais domésticos considerados perigosos
postos ou casas de saúde, clínicas em geral, casas de pelas autoridades sanitárias:
repouso, serviços ou unidades de saúde, estabelecimentos pena - advertência, e/ou multa;
ou organizações afins, que se dediquem à promoção, VIII - reter atestado de vacinação obrigatória,
proteção e recuperação da saúde, sem licença do órgão deixar de executar, dificultar ou opor-se à execução de
sanitário competente ou contrariando normas legais e medidas sanitárias que visem à prevenção das doenças
regulamentares pertinentes: transmissíveis e sua disseminação, à preservação e à
pena - advertência, interdição, cancelamento da manutenção da saúde:
licença e/ou multa. pena - advertência, interdição, cancelamento de
III - instalar ou manter em funcionamento licença ou autorização, e/ou multa;
consultórios médicos, odontológicos e de pesquisas IX - opor-se à exigência de provas imunológicas
clínicas, clínicas de hemodiálise, bancos de sangue, de ou à sua execução pelas autoridades sanitárias:
leite humano, de olhos, e estabelecimentos de atividades pena - advertência, e/ou multa;
afins, institutos de esteticismo, ginástica, fisioterapia e de X - obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das
recuperação, balneários, estâncias hidrominerais, termais, autoridades sanitárias competentes no exercício de suas
climatéricas, de repouso, e congêneres, gabinetes ou funções:
serviços que utilizem aparelhos e equipamentos
geradores de raios X, substâncias radioativas, ou
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Pena - advertência, intervenção, interdição, XIX - industrializar produtos de interesse sanitário
cancelamento de licença e/ou multa; (Redação dada pela sem a assistência de responsável técnico, legalmente
Lei nº 9.695 de 1998) habilitado:
XI - aviar receita em desacordo com prescrições pena - advertência, apreensão, inutilização,
médicas ou determinação expressa de lei e normas interdição, cancelamento do registro, e/ou multa;
regulamentares: XX - utilizar, na preparação de hormônios, órgãos
pena - advertência, interdição, cancelamento de de animais doentes, estafados ou emagrecidos ou que
licença, e/ou multa; apresentem sinais de decomposição no momento de
XII - fornecer, vender ou praticar atos de serem manipulados:
comércio em relação a medicamentos, drogas e correlatos pena - advertência, apreensão, inutilização,
cuja venda e uso dependam de prescrição médica, sem interdição, cancelamento do registro, da autorização e da
observância dessa exigência e contrariando as normas licença, e/ou multa;
legais e regulamentares: XXI - comercializar produtos biológicos,
pena - advertência, interdição, cancelamento da imunoterápicos e outros que exijam cuidados especiais
licença, e/ou multa; de conservação, preparação, expedição, ou transporte,
XIII - retirar ou aplicar sangue, proceder a sem observância das condições necessárias à sua
operações de plasmaferese, ou desenvolver outras preservação:
atividades hemoterápicas, contrariando normas legais e pena - advertência, apreensão, inutilização,
regulamentares: interdição, cancelamento do registro, e/ou multa;
Pena - advertência, intervenção, interdição, XXII - aplicação, por empresas particulares, de
cancelamento da licença e registro e/ou multa; (Redação raticidas cuja ação se produza por gás ou vapor, em
dada pela Lei nº 9.695 de 1998) galerias, bueiros, porões, sótãos ou locais de possível
XIV - exportar sangue e seus derivados, placentas, comunicação com residências ou freqüentados por
órgãos, glândulas ou hormônios, bem como quaisquer pessoas e animais:
substâncias ou partes do corgo humano, ou utilizá-los pena - advertência, interdição, cancelamento de
contrariando as disposições legais e regulamentares: licença e de autorização, e/ou multa;
Pena - advertência, intervenção, interdição, XXIII - descumprimento de normas legais e
cancelamento de licença e registro e/ou multa; (Redação regulamentares, medidas, formalidades e outras
dada pela Lei nº 9.695 de 1998) exigências sanitárias pelas empresas de transportes, seus
XV - rotular alimentos e produtos alimentícios ou agentes e consignatários, comandantes ou responsáveis
bebidas bem como medicamentos, drogas, insumos diretos por embarcações, aeronaves, ferrovias, veículos
farmacêuticos, produtos dietéticos, de higiene, terrestres, nacionais e estrangeiros:
cosméticos, perfumes, correlatos, saneantes, de correção pena - advertência, interdição, e/ou multa;
estética e quaisquer outros contrariando as normas legais XXIV - inobservância das exigências sanitárias
e regulamentares: relativas a imóveis, pelos seus proprietários, ou por quem
pena - advertência, inutilização, interdição, e/ou detenha legalmente a sua posse:
multa; pena - advertência, interdição, e/ou multa;
XVI - alterar o processo de fabricação dos XXV - exercer profissões e ocupações
produtos sujeitos a controle sanitário, modificar os seus relacionadas com a saúde sem a necessária habilitação
componentes básicos, nome, e demais elementos objeto legal:
do registro, sem a necessária autorização do órgão pena - interdição e/ou multa;
sanitário competente: XXVI - cometer o exercício de encargos
pena - advertência, interdição, cancelamento do relacionados com a promoção, proteção e recuperação da
registro da licença e autorização, e/ou multa; saúde a pessoas sem a necessária habilitação legal:
XVII - reaproveitar vasilhames de saneantes, seus pena - interdição, e/ou multa;
congêneres e de outros produtos capazes de serem XXVII - proceder à cremação de cadáveres, ou
nocivos à saúde, no envasilhamento de alimentos, utilizá-los, contrariando as normas sanitárias pertinentes:
bebidas, refrigerantes, produtos dietéticos, pena - advertência, interdição, e/ou multa;
medicamentos, drogas, produtos de higiene, cosméticos e XXVIII - fraudar, falsificar ou adulterar
perfumes: alimentos, inclusive bebidas, medicamentos, drogas,
pena - advertência, apreensão, inutilização, insumos farmacêuticos, correlatos, comésticos, produtos
interdição, cancelamento do registro, e/ou multa; de higiene, dietéticos, saneantes e quaisquer outros que
XVIII - importar ou exportar, expor à venda ou interessem à saúde pública:
entregar ao consumo produtos de interesse à saúde cujo pena - advertência, apreensão, inutilização e/ou
prazo de validade tenha se expirado, ou apor-lhes novas interdição do produto, suspensão de venda e/ou
datas, após expirado o prazo; (Redação dada pela Medida fabricação do produto, cancelamento do registro do
Provisória nº 2.190-34, de 2001) produto, interdição parcial ou total do estabelecimento,
pena - advertência, apreensão, inutilização, cancelamento de autorização para o funcionamento da
interdição, cancelamento do registro, da licença e da empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do
autorização, e/ou multa.
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estabelecimento e/ou multa; (Redação dada pela Medida veículos terrestres: (Incluído pela Medida Provisória nº
Provisória nº 2.190-34, de 2001) 2.190-34, de 2001)
XXIX - transgredir outras normas legais e pena - advertência, interdição, cancelamento da
regulamentares destinadas à proteção da saúde: autorização de funcionamento e/ou multa; (Incluído pela
pena - advertência, apreensão, inutilização e/ou Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001)
interdição do produto; suspensão de venda e/ou XXXIV - descumprimento de normas legais e
fabricação do produto, cancelamento do registro do regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências
produto; interdição parcial ou total do estabelecimento, sanitárias relacionadas à importação ou exportação, por
cancelamento de autorização para funcionamento da pessoas física ou jurídica, de matérias-primas ou
empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do produtos sob vigilância sanitária: (Incluído pela Medida
estabelecimento, proibição de propaganda e/ou multa; Provisória nº 2.190-34, de 2001)
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.190-34, de pena - advertência, apreensão, inutilização,
2001) interdição, cancelamento da autorização de
XXX - expor ou entregar ao consumo humano, sal funcionamento, cancelamento do registro do produto
refinado, moído ou granulado, que não contenha iodo na e/ou multa; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-
proporção estabelecida pelo Ministério da Saúde. 34, de 2001)
(Redação dada pela Lei nº 9.005, de 1995) XXXV - descumprimento de normas legais e
pena - advertência, apreensão e/ou interdição do regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências
produto, suspensão de venda e/ou fabricação do produto, sanitárias relacionadas a estabelecimentos e às boas
cancelamento do registro do produto e interdição parcial práticas de fabricação de matérias-primas e de produtos
ou total do estabelecimento, cancelamento de autorização sob vigilância sanitária: (Incluído pela Medida Provisória
para funcionamento da empresa, cancelamento do alvará nº 2.190-34, de 2001)
de licenciamento do estabelecimento e/ou multa; pena - advertência, apreensão, inutilização,
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.190-34, de interdição, cancelamento da autorização de
2001) funcionamento, cancelamento do registro do produto
XXXI - descumprir atos emanados das e/ou multa; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-
autoridades sanitárias competentes visando à aplicação 34, de 2001)
da legislação pertinente: XXXVI - proceder a mudança de estabelecimento
pena - advertência, apreensão, inutilização e/ou de armazenagem de produto importado sob interdição,
interdição do produto, suspensão de venda e/ou de sem autorização do órgão sanitário competente: (Incluído
fabricação do produto, cancelamento do registro do pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001)
produto; interdição parcial ou total do estabelecimento; pena - advertência, apreensão, inutilização,
cancelamento de autorização para funcionamento da interdição, cancelamento da autorização de
empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do funcionamento, cancelamento do registro do produto
estabelecimento, proibição de propaganda e/ou multa; e/ou multa; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 34, de 2001)
2001) XXXVII - proceder a comercialização de produto
Parágrafo único - Independem de licença para importado sob interdição: (Incluído pela Medida
funcionamento os estabelecimentos integrantes da Provisória nº 2.190-34, de 2001)
Administração Pública ou por ela instituídos, ficando pena - advertência, apreensão, inutilização,
sujeitos, porém, às exigências pertinentes às instalações, interdição, cancelamento da autorização de
aos equipamentos e à aparelhagem adequadas e à funcionamento, cancelamento do registro do produto
assistência e responsabilidade técnicas. e/ou multa; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-
XXXII - descumprimento de normas legais e 34, de 2001)
regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências XXXVIII - deixar de garantir, em
sanitárias, por pessoas física ou jurídica, que operem a estabelecimentos destinados à armazenagem e/ou
prestação de serviços de interesse da saúde pública em distribuição de produtos sob vigilância sanitária, a
embarcações, aeronaves, veículos terrestres, terminais manutenção dos padrões de identidade e qualidade de
alfandegados, terminais aeroportuários ou portuários, produtos importados sob interdição ou aguardando
estações e passagens de fronteira e pontos de apoio de inspeção física: (Incluído pela Medida Provisória nº
veículos terrestres: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001)
2.190-34, de 2001) pena - advertência, apreensão, inutilização,
pena - advertência, interdição, cancelamento da interdição, cancelamento da autorização de
autorização de funcionamento e/ou multa; (Incluído pela funcionamento, cancelamento do registro do produto
Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001) e/ou multa; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-
XXXIII - descumprimento de normas legais e 34, de 2001)
regulamentares, medidas, formalidades, outras exigências XXXIX - interromper, suspender ou reduzir, sem
sanitárias, por empresas administradoras de terminais justa causa, a produção ou distribuição de medicamentos
alfandegados, terminais aeroportuários ou portuários, de tarja vermelha, de uso continuado ou essencial à saúde
estações e passagens de fronteira e pontos de apoio de do indivíduo, ou de tarja preta, provocando o
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desabastecimento do mercado: (Incluído pela Medida Art . 13 - O auto de infração será lavrado na sede
Provisória nº 2.190-34, de 2001) da repartição competente ou no local em que for
pena - advertência, interdição total ou parcial do verificada a infração, pela autoridade sanitária que a
estabelecimento, cancelamento do registro do produto, houver constatado, devendo conter:
cancelamento de autorização para funcionamento da I - nome do infrator, seu domicílio e residência,
empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do bem como os demais elementos necessários à sua
estabelecimento e/ou multa; (Incluído pela Medida qualificação e identificação civil;
Provisória nº 2.190-34, de 2001) II - local, data e hora da lavratura onde a infração
XL - deixar de comunicar ao órgão de vigilância foi verificada;
sanitária do Ministério da Saúde a interrupção, suspensão III - descrição da infração e menção do dispositivo
ou redução da fabricação ou da distribuição dos legal ou regulamentar transgredido;
medicamentos referidos no inciso XXXIX: (Incluído pela IV - penalidade a que está sujeito o infrator e o
Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001) respectivo preceito legal que autoriza a sua imposição;
pena - advertência, interdição total ou parcial do V - ciência, pelo autuado, de que responderá pelo
estabelecimento, cancelamento do registro do produto, fato em processo administrativo;
cancelamento de autorização para funcionamento da VI - assinatura do autuado ou, na sua ausência ou
empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do recusa, de duas testemunhas, e do autuante;
estabelecimento e/ou multa; (Incluído pela Medida VII - prazo para interposição de recurso, quando
Provisória nº 2.190-34, de 2001) cabível.
XLI - descumprir normas legais e regulamentares, Parágrafo único - Havendo recusa do infrator em
medidas, formalidades, outras exigências sanitárias, por assinar o auto, será feita, neste, a menção do fato.
pessoas física ou jurídica, que operem a prestação de Art . 14 - As penalidades previstas nesta Lei serão
serviços de interesse da saúde pública em embarcações, aplicadas pelas autoridades sanitárias competentes do
aeronaves, veículos terrestres, terminais alfandegados, Ministério da Saúde, dos Estados, do Distrito Federal e
terminais aeroportuários ou portuários, estações e dos Territórios, conforme as atribuições que lhes sejam
passagens de fronteira e pontos de apoio de veículo conferidas pelas legislações respectivas ou por delegação
terrestres: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.190-34, de competência através de convênios.
de 2001) Art . 15 - A autoridade que determinar a lavratura
pena - advertência, interdição total ou parcial do de auto de infração ordenará, por despacho em processo,
estabelecimento, cancelamento do registro do produto, que o autuante proceda à prévia verificação da matéria de
cancelamento de autorização para funcionamento da fato.
empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do Art . 16 - Os servidores ficam responsáveis pelas
estabelecimento e/ou multa. (Incluído pela Medida declarações que fizerem nos autos de infração, sendo
Provisória nº 2.190-34, de 2001) passíveis de punição, por falta grave, em casos de
XLII - reincidir na manutenção de focos de vetores no falsidade ou omissão dolosa.
imóvel por descumprimento de recomendação das Art . 17 - O infrator será notificado para ciência
autoridades sanitárias: (Incluído pela Lei nº 13.301, do auto de infração:
de 2016) I - pessoalmente;
Pena - multa de 10% (dez por cento) dos valores II - pelo correio ou via postal;
previstos no inciso I do § 1o do art. 2o, aplicada em dobro III - por edital, se estiver em lugar incerto ou não
em caso de nova reincidência. sabido.
Parágrafo único - Independem de licença para § 1º - Se o infrator for notificado pessoalmente e
funcionamento os estabelecimentos integrantes da recusar-se a exarar ciência, deverá essa circunstância ser
Administração Pública ou por ela instituídos, ficando mencionada expressamente pela autoridade que afetou a
sujeitos, porém, às exigências pertinentes às instalações, notificação.
aos equipamentos e à aparelhagem adequadas e à § 2º - O edital referido no inciso III deste artigo
assistência e responsabilidade técnicas. será publicado uma única vez, na imprensa oficial,
Art . 11 - A inobservância ou a desobediência às considerando-se efetivada a notificação cinco dias após a
normas sanitárias para o ingresso e a fixação de publicação.
estrangeiro no País, implicará em impedimento do Art . 18 - Quando, apesar da lavratura do auto de
desembarque ou permanência do alienígena no território infração, subsistir, ainda, para o infrator, obrigação a
nacional, pela autoridade sanitária competente. cumprir, será expedido edital fixado o prazo de trinta dias
para o seu cumprimento, observado o disposto no § 2º do
TÍTULO II art. 17.
DO PROCESSO Parágrafo único - O prazo para o cumprimento da
obrigação subsistente poderá ser reduzido ou aumentado,
Art . 12 - As infrações sanitárias serão apuradas em casos excepcionais, por motivos de interesse público,
no processo administrativo próprio, iniciado com a mediante despacho fundamentado.
lavratura de auto de infração, observados o rito e prazos Art . 19 - A desobediência à determinação contida
estabelecidos nesta Lei. no edital a que se alude no art. 18 desta Lei, além de sua
27
execução forçada acarretará a imposição de multa diária, tipo, procedência, nome e endereço da empresa e do
arbitrada de acordo com os valores correspondentes à detentor do produto.
classificação da infração, até o exato cumprimento da Art . 27 - A apreensão do produto ou substância
obrigação, sem prejuízo de outras penalidades previstas constituirá na colheita de amostra representativa do
na legislação vigente. estoque existente, a qual, divide em três partes, será
Art . 20 - O desrespeito ou desacato ao servidor tornada inviolável, para que se assegurem as
competente, em razão de suas atribuições legais, bem características de conservação e autenticidade, sendo uma
como embargo oposto a qualquer ato de fiscalização de delas entregue ao detentor ou responsável, a fim de servir
leis ou atos regulamentares em matéria de saúde, como contraprova, e a duas imediatamente encaminhadas
sujeitarão o infrator à penalidade de multa. ao laboratório oficial, para realização das análises
Art . 21 - As multas impostas em auto de infração indispensáveis.
poderão sofrer redução de vinte por cento caso o infrator § 1º - se a sua quantidade ou natureza não permitir
efetue o pagamento no prazo de vinte dias, contados da a colheita de amostras, o produto ou substâncias será
data em que for notificado, implicando na desistência encaminhado ao laboratório oficial, para realização da
tácita de defesa ou recurso. análise fiscal, na presença do seu detentor ou do
Art . 22 - O infrator poderá oferecer defesa ou representante legal da empresa e do perito pela mesma
impugnação do auto de infração no prazo de quinze dias indicado.
contados de sua notificação. § 2º - Na hipótese prevista no § 1º deste artigo, se
§ 1º - Antes do julgamento da defesa ou da ausentes as pessoas mencionadas, serão convocadas duas
impugnação a que se refere este artigo deverá a testemunhas para presenciar a análise.
autoridade julgadora ouvir o servidor autuante, que terá o § 3º - Será lavrado laudo minucioso e conclusivo
prazo de dez dias para se pronunciar a respeito. da análise fiscal, o qual será arquivado no laboratório
§ 2º - Apresentada ou não a defesa ou oficial, extraídas cópias, uma para integrar o processo e
impugnação, o auto de infração será julgado pelo as demais para serem entregues ao detentor ou
dirigente do órgão de vigilância sanitária competente. responsável pelo produto ou substância e à empresa
Art . 23 - A apuração do ilícito, em se tratando de fabricante.
produto ou substância referidos no art. 10, inciso IV, far- § 4º - O infrator, discordando do resultado
se-á mediante a apreensão de amostras para a realização condenatório da análise, poderá, em separado ou
de análise fiscal e de interdição, se for o caso. juntamente com o pedido de revisão da decisão recorrida,
§ 1º - A apreensão de amostras para efeito de requerer perícia de contraprova, apresentando a amostra
análise, fiscal ou de controle, não será acompanhada da em seu poder e indicando seu próprio perito.
interdição do produto. § 5º - Da perícia de contraprova será lavrada ata
§ 2º - Excetuam-se do disposto no parágrafo circunstanciada, datada e assinada por todos os
anterior os casos em que sejam flagrantes os indícios de participantes, cuja primeira via integrará o processo, e
alteração ou adulteração do produto, hipótese em que a conterá todos os quesitos formulados pelos peritos.
interdição terá caráter preventivo ou de medida cautelar. § 6º - A perícia de contraprova não será efetuada
§ 3º - A interdição do produto será obrigatório se houver indícios de violação da amostra em poder do
quando resultarem provadas, em análise laboratoriais ou infrator e, nessa hipótese, prevalecerá como definitivo o
no exame de processos, ações fraudulentas que laudo condenatório.
impliquem em falsificação ou adulteração. § 7º - Aplicar-se-á na perícia de contraprova o
§ 4º - A interdição do produto e do mesmo método de análise empregado na análise fiscal
estabelecimento, como medida cautelar, durará o tempo condenatória, salvo se houver concordância dos peritos
necessário à realização de testes, provas, análises ou quanto à adoção de outro.
outras providências requeridas, não podendo, em § 8º - A discordância entre os resultados da
qualquer caso, exceder o prazo de noventa dias, findo análise fiscal condenatória e da perícia de contraprova
qual o produto ou estabelecimento será automaticamente ensejará recurso à autoridade superior no prazo de dez
liberado. dias, o qual determinará novo exame pericial, a ser
Art . 24 - Na hipótese de interdição do produto, realizado na segunda amostra em poder do laboratório
previsto no § 2º do art. 23, a autoridade sanitária lavrará oficial.
o termo respectivo, cuja primeira via será entregue, Art . 28 - Não sendo comprovada, através da
juntamente com o auto de infração, ao infrator ou ao seu análise fiscal, ou da perícia de contraprova, a infração
representante legal, obedecidos os mesmos requisitos objeto da apuração, e sendo considerado o produto
daquele, quanto à aposição do ciente. próprio para o consumo, a autoridade competente lavrará
Art . 25 - Se a interação for imposta como despacho liberando-o e determinando o arquivamento do
resultado de laudo laboratorial, a autoridade sanitária processo.
competente fará constar do processo o despacho Art . 29 - Nas transgressões que independam de
respectivo e lavrará o termo de interdição, inclusive, do análises ou perícias, inclusive por desacato à autoridade
estabelecimento, quando for o caso. sanitária, o processo obedecerá a rito sumaríssimo e será
Art . 26 - O termo de apreensão e de interdição considerado concluso caso infrator não apresente recurso
especificará a natureza, quantidade, nome e/ou marca, no prazo de quinze dias.
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Art . 30 - Das decisões condenatórias poderá o concluso, após a publicação desta última na imprensa
infrator recorrer, dentro de igual prazo ao fixado para a oficial e da adoção das medidas impostas.
defesa, inclusive quando se tratar de multa. Art . 38 - As infrações às disposições legais e
Parágrafo único - Mantida a decisão condenatória, regulamentares de ordem sanitária prescrevem em cinco
caberá recurso para a autoridade superior, dentro da anos.
esfera governamental sob cuja jurisdição se haja § 1º - A prescrição interrompe-se pela notificação,
instaurado o processo, no prazo de vinte dias de sua ou outro ato da autoridade competente, que objetive a sua
ciência ou publicação. apuração e conseqüente imposição de pena.
Art . 31 - Não caberá recurso na hipótese de § 2º - Não corre o prazo prescricional enquanto
condenação definitiva do produto em razão de laudo houver processo administrativo pendente de decisão.
laboratorial confirmado em perícia de contraprova, ou Art . 39 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua
nos casos de fraude, falsificação ou adulteração. publicação.
Art . 32 - Os recursos interpostos das decisões não Art . 40 - Ficam revogados o Decreto-lei nº 785,
definitivas somente terão efeito suspensivo relativamente de 25 de agosto de 1969, e demais disposições em
ao pagamento da penalidade pecuniária, não impedindo a contrário.
imediata exigibilidade do cumprimento da obrigação Brasília, em 20 de agosto de 1977; 156º da
subsistente na forma do disposto no art. 18. Independência e 89º da República.
Parágrafo único - O recurso previsto no § 8º do ERNESTO GEISEL
art. 27 será decidido no prazo de dez dias. Paulo de Almeida Machado
Art . 33 - Quando aplicada a pena de multa, o Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
infrator será notificado para efetuar o pagamento no 24.8.1977
prazo de trinta dias, contados da data da notificação,
recolhendo-a à conta do Fundo Nacional de Saúde, ou às
repartições fazendárias dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios, conforme a jurisdição administrativa em
que ocorra o processo.
§ 1º - A notificação será feita mediante registro
postal, ou por meio de edital publicado na imprensa
oficial, se não localizado o infrator.
§ 2º - O não recolhimento da multa, dentro do
prazo fixado neste artigo, implicará na sua inscrição para
cobrança judicial, na forma da legislação pertinente.
Art . 34 - Decorrido o prazo mencionado no
parágrafo único do art. 30, sem que seja recorrida a
decisão condenatória, ou requerida a perícia de
contraprova, o laudo de análise condenatório será
considerado definitivo e o processo, desde que não
instaurado pelo órgão de vigilância sanitária federal, ser-
lhe-á transmitido para ser declarado o cancelamento do
registro e determinada a apreensão e inutilização do
produto, em todo o território nacional,
independentemente de outras penalidades cabíveis,
quando for o caso.
Art . 35 - A inutilização dos produtos e o
cancelamento do registro, da autorização para o
funcionamento da empresa e da licença dos
estabelecimentos somente ocorrerão após a publicação,
na imprensa oficial, de decisão irrecorrível.
Art . 36 - No caso de condenação definitiva do
produto cuja alteração, adulteração ou falsificação não
impliquem em torná-lo impróprio para o uso ou
consumo, poderá a autoridade sanitária, ao proferir a
decisão, destinar a sua distribuição a estabelecimentos
assistenciais, de preferência oficiais, quando esse
aproveitamento for viável em programas de saúde.
Art . 37 - Ultimada a instrução do processo, uma
vez esgotados os prazos para recurso sem apresentação
de defesa, ou apreciados os recursos, a autoridade
sanitária proferirá a decisão final dando o processo por

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a) por iniciativa direta;
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR b) por incentivos à criação e desenvolvimento de
associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de
Lei nº 8.078, DE 11/09/1990 consumo;
(D.O.U. de 12.9.1990) d) pela garantia dos produtos e serviços com
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade
providências e desempenho.
III - harmonização dos interesses dos participantes
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber das relações de consumo e compatibilização da proteção
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a do consumidor com a necessidade de desenvolvimento
seguinte lei: econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os
princípios nos quais se funda a ordem econômica (art.
TÍTULO I 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-
Dos Direitos do Consumidor fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e
fornecedores;
CAPÍTULO I IV - educação e informação de fornecedores e
Disposições Gerais consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com
vistas à melhoria do mercado de consumo;
V - incentivo à criação pelos fornecedores de
Art. 1° O presente código estabelece normas de
meios eficientes de controle de qualidade e segurança de
proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e
produtos e serviços, assim como de mecanismos
interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII,
alternativos de solução de conflitos de consumo;
170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas
VI - coibição e repressão eficientes de todos os
Disposições Transitórias.
abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou
concorrência desleal e utilização indevida de inventos e
jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
criações industriais das marcas e nomes comerciais e
destinatário final.
signos distintivos, que possam causar prejuízos aos
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a
consumidores;
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que
VII - racionalização e melhoria dos serviços
haja intervindo nas relações de consumo.
públicos;
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou
VIII - estudo constante das modificações do
jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
mercado de consumo.
como os entes despersonalizados, que desenvolvem
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das
atividade de produção, montagem, criação, construção,
Relações de Consumo, contará o poder público com os
transformação, importação, exportação, distribuição ou
seguintes instrumentos, entre outros:
comercialização de produtos ou prestação de serviços.
I - manutenção de assistência jurídica, integral e
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,
gratuita para o consumidor carente;
material ou imaterial.
II - instituição de Promotorias de Justiça de
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no
Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive
III - criação de delegacias de polícia
as de natureza bancária, financeira, de crédito e
especializadas no atendimento de consumidores vítimas
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
de infrações penais de consumo;
trabalhista.
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas
Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios
CAPÍTULO II
de consumo;
Da Política Nacional de Relações de Consumo
V - concessão de estímulos à criação e
desenvolvimento das Associações de Defesa do
Art. 4º A Política Nacional das Relações de
Consumidor.
Consumo tem por objetivo o atendimento das
§ 1° (Vetado).
necessidades dos consumidores, o respeito à sua
§ 2º (Vetado).
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de
CAPÍTULO III
vida, bem como a transparência e harmonia das relações
Dos Direitos Básicos do Consumidor
de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação
dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - reconhecimento da vulnerabilidade do
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os
consumidor no mercado de consumo;
riscos provocados por práticas no fornecimento de
II - ação governamental no sentido de proteger
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
efetivamente o consumidor:
30
II - a educação e divulgação sobre o consumo Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao
adequado dos produtos e serviços, asseguradas a fabricante cabe prestar as informações a que se refere
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; este artigo, através de impressos apropriados que devam
III - a informação adequada e clara sobre os acompanhar o produto.
diferentes produtos e serviços, com especificação correta § 1º Em se tratando de produto industrial, ao
de quantidade, características, composição, qualidade, fabricante cabe prestar as informações a que se refere
tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que este artigo, através de impressos apropriados que devam
apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) acompanhar o produto. (Redação dada pela Lei nº
Vigência 13.486, de 2017)
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e § 2º O fornecedor deverá higienizar os
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento de
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no produtos ou serviços, ou colocados à disposição do
fornecimento de produtos e serviços; consumidor, e informar, de maneira ostensiva e
V - a modificação das cláusulas contratuais que adequada, quando for o caso, sobre o risco de
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão
contaminação. (Incluído pela Lei nº 13.486, de
em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas; 2017)
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços
VII - o acesso aos órgãos judiciários e potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou
administrativos com vistas à prevenção ou reparação de segurança deverá informar, de maneira ostensiva e
danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade,
difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em
técnica aos necessitados; cada caso concreto.
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no
inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou
no processo civil, quando, a critério do juiz, for deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, periculosidade à saúde ou segurança.
segundo as regras ordinárias de experiências; § 1° O fornecedor de produtos e serviços que,
IX - (Vetado); posteriormente à sua introdução no mercado de consumo,
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços tiver conhecimento da periculosidade que apresentem,
públicos em geral. deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III competentes e aos consumidores, mediante anúncios
do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com publicitários.
deficiência, observado o disposto em regulamento. § 2° Os anúncios publicitários a que se refere o
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e
Art. 7° Os direitos previstos neste código não televisão, às expensas do fornecedor do produto ou
excluem outros decorrentes de tratados ou convenções serviço.
internacionais de que o Brasil seja signatário, da § 3° Sempre que tiverem conhecimento de
legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou
pelas autoridades administrativas competentes, bem segurança dos consumidores, a União, os Estados, o
como dos que derivem dos princípios gerais do direito, Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a
analogia, costumes e eqüidade. respeito.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a Art. 11. (Vetado).
ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação
dos danos previstos nas normas de consumo. SEÇÃO II
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
CAPÍTULO IV
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor,
Reparação dos Danos nacional ou estrangeiro, e o importador respondem,
SEÇÃO I independentemente da existência de culpa, pela reparação
Da Proteção à Saúde e Segurança dos danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projeto, fabricação, construção,
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou acondicionamento de seus produtos, bem como por
segurança dos consumidores, exceto os considerados informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e utilização e riscos.
fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a
hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se
seu respeito.
31
em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
quais: Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo
I - sua apresentação; duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se vícios de qualidade ou quantidade que os tornem
esperam; impróprios ou inadequados ao consumo a que se
III - a época em que foi colocado em circulação. destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por
§ 2º O produto não é considerado defeituoso pelo aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações
fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou
mercado. mensagem publicitária, respeitadas as variações
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor
importador só não será responsabilizado quando provar: exigir a substituição das partes viciadas.
I - que não colocou o produto no mercado; § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo
II - que, embora haja colocado o produto no de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente
mercado, o defeito inexiste; e à sua escolha:
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de I - a substituição do produto por outro da mesma
terceiro. espécie, em perfeitas condições de uso;
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, II - a restituição imediata da quantia paga,
nos termos do artigo anterior, quando: monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o perdas e danos;
importador não puderem ser identificados; III - o abatimento proporcional do preço.
II - o produto for fornecido sem identificação § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou
clara do seu fabricante, produtor, construtor ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não
importador; podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta
III - não conservar adequadamente os produtos dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá
perecíveis. ser convencionada em separado, por meio de
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento manifestação expressa do consumidor.
ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das
contra os demais responsáveis, segundo sua participação alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em razão da
na causação do evento danoso. extensão do vício, a substituição das partes viciadas
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, puder comprometer a qualidade ou características do
independentemente da existência de culpa, pela reparação produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto
dos danos causados aos consumidores por defeitos essencial.
relativos à prestação dos serviços, bem como por § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a
fruição e riscos. substituição do bem, poderá haver substituição por outro
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a de espécie, marca ou modelo diversos, mediante
segurança que o consumidor dele pode esperar, levando- complementação ou restituição de eventual diferença de
se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do §
quais: 1° deste artigo.
I - o modo de seu fornecimento; § 5° No caso de fornecimento de produtos in
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele natura, será responsável perante o consumidor o
se esperam; fornecedor imediato, exceto quando identificado
III - a época em que foi fornecido. claramente seu produtor.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela § 6° São impróprios ao uso e consumo:
adoção de novas técnicas. I - os produtos cujos prazos de validade estejam
§ 3° O fornecedor de serviços só não será vencidos;
responsabilizado quando provar: II - os produtos deteriorados, alterados,
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito adulterados, avariados, falsificados, corrompidos,
inexiste; fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou,
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de ainda, aqueles em desacordo com as normas
terceiro. regulamentares de fabricação, distribuição ou
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais apresentação;
liberais será apurada mediante a verificação de culpa. III - os produtos que, por qualquer motivo, se
Art. 15. (Vetado). revelem inadequados ao fim a que se destinam.
Art. 16. (Vetado). Art. 19. Os fornecedores respondem
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se solidariamente pelos vícios de quantidade do produto
aos consumidores todas as vítimas do evento. sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua
natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações
SEÇÃO III constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de
Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
32
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, § 1° Havendo mais de um responsável pela
alternativamente e à sua escolha: causação do dano, todos responderão solidariamente pela
I - o abatimento proporcional do preço; reparação prevista nesta e nas seções anteriores.
II - complementação do peso ou medida; § 2° Sendo o dano causado por componente ou
III - a substituição do produto por outro da mesma peça incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis
espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; solidários seu fabricante, construtor ou importador e o
IV - a restituição imediata da quantia paga, que realizou a incorporação.
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos. SEÇÃO IV
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do Da Decadência e da Prescrição
artigo anterior.
§ 2° O fornecedor imediato será responsável Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios
quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento aparentes ou de fácil constatação caduca em:
utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais. I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos serviço e de produtos não duráveis;
vícios de qualidade que os tornem impróprios ao II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de
consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por serviço e de produtos duráveis.
aqueles decorrentes da disparidade com as indicações § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a
constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo partir da entrega efetiva do produto ou do término da
o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: execução dos serviços.
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional § 2° Obstam a decadência:
e quando cabível; I - a reclamação comprovadamente formulada
II - a restituição imediata da quantia paga, pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais serviços até a resposta negativa correspondente, que deve
perdas e danos; ser transmitida de forma inequívoca;
III - o abatimento proporcional do preço. II - (Vetado).
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser III - a instauração de inquérito civil, até seu
confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e encerramento.
risco do fornecedor. § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem decadencial inicia-se no momento em que ficar
inadequados para os fins que razoavelmente deles se evidenciado o defeito.
esperam, bem como aqueles que não atendam as normas Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à
regulamentares de prestabilidade. reparação pelos danos causados por fato do produto ou
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-
por objetivo a reparação de qualquer produto considerar- se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano
se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar e de sua autoria.
componentes de reposição originais adequados e novos, Parágrafo único. (Vetado).
ou que mantenham as especificações técnicas do
fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em SEÇÃO V
contrário do consumidor. Da Desconsideração da Personalidade Jurídica
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas
empresas, concessionárias, permissionárias ou sob Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a
qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados personalidade jurídica da sociedade quando, em
a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, detrimento do consumidor, houver abuso de direito,
quanto aos essenciais, contínuos. excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, violação dos estatutos ou contrato social. A
total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, desconsideração também será efetivada quando houver
serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a falência, estado de insolvência, encerramento ou
reparar os danos causados, na forma prevista neste inatividade da pessoa jurídica provocados por má
código. administração.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os § 1° (Vetado).
vícios de qualidade por inadequação dos produtos e § 2° As sociedades integrantes dos grupos
serviços não o exime de responsabilidade. societários e as sociedades controladas, são
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto subsidiariamente responsáveis pelas obrigações
ou serviço independe de termo expresso, vedada a decorrentes deste código.
exoneração contratual do fornecedor. § 3° As sociedades consorciadas são
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes
cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação deste código.
de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores. § 4° As sociedades coligadas só responderão por
culpa.
33
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa III - rescindir o contrato, com direito à restituição
jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma de quantia eventualmente antecipada, monetariamente
forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados atualizada, e a perdas e danos.
aos consumidores.
SEÇÃO III
CAPÍTULO V Da Publicidade
Das Práticas Comerciais
SEÇÃO I Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal
Das Disposições Gerais forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a
identifique como tal.
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para
determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. informação dos legítimos interessados, os dados fáticos,
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
SEÇÃO II Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou
Da Oferta abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de
Art. 30. Toda informação ou publicidade, informação ou comunicação de caráter publicitário,
suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro
meio de comunicação com relação a produtos e serviços modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o
oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a consumidor a respeito da natureza, características,
fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e
vier a ser celebrado. quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade
serviços devem assegurar informações corretas, claras, discriminatória de qualquer natureza, a que incite à
precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite
características, qualidades, quantidade, composição, da deficiência de julgamento e experiência da criança,
preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de
dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial
e segurança dos consumidores. ou perigosa à sua saúde ou segurança.
Parágrafo único. As informações de que trata este § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é
artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao enganosa por omissão quando deixar de informar sobre
consumidor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído dado essencial do produto ou serviço.
pela Lei nº 11.989, de 2009) § 4° (Vetado).
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção
assegurar a oferta de componentes e peças de reposição da informação ou comunicação publicitária cabe a quem
enquanto não cessar a fabricação ou importação do as patrocina.
produto.
Parágrafo único. Cessadas a produção ou SEÇÃO IV
importação, a oferta deverá ser mantida por período Das Práticas Abusivas
razoável de tempo, na forma da lei.
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada
endereço na embalagem, publicidade e em todos os pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
impressos utilizados na transação comercial. I - condicionar o fornecimento de produto ou de
Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço,
serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, II - recusar atendimento às demandas dos
de 2008). consumidores, na exata medida de suas disponibilidades
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e
solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos costumes;
ou representantes autônomos. III - enviar ou entregar ao consumidor, sem
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
recusar cumprimento à oferta, apresentação ou qualquer serviço;
publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do
sua livre escolha: consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus
nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; produtos ou serviços;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço V - exigir do consumidor vantagem
equivalente; manifestamente excessiva;
34
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento do
orçamento e autorização expressa do consumidor, negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as
partes; SEÇÃO V
VII - repassar informação depreciativa, referente a Da Cobrança de Dívidas
ato praticado pelo consumidor no exercício de seus
direitos; Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer inadimplente não será exposto a ridículo, nem será
produto ou serviço em desacordo com as normas submetido a qualquer tipo de constrangimento ou
expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se ameaça.
normas específicas não existirem, pela Associação Parágrafo único. O consumidor cobrado em
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de engano justificável.
serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança
mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de de débitos apresentados ao consumidor, deverão constar
intermediação regulados em leis especiais; (Redação o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro
dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou Pessoa Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou
serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) serviço correspondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, de
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, 2009)
de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da
converão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999 SEÇÃO VI
XII - deixar de estipular prazo para o Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores
cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério.(Incluído pela Lei nº Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto
9.008, de 21.3.1995) no art. 86, terá acesso às informações existentes em
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de
diverso do legal ou contratualmente estabelecido. consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas
(Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999) respectivas fontes.
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem
comerciais ou de serviços de um número maior de ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil
consumidores que o fixado pela autoridade compreensão, não podendo conter informações negativas
administrativa como máximo.(Incluído pela Lei nº referentes a período superior a cinco anos.
13.425, de 2017) § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados
Parágrafo único. Os serviços prestados e os pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito
produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na ao consumidor, quando não solicitada por ele.
hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras § 3° O consumidor, sempre que encontrar
grátis, inexistindo obrigação de pagamento. inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de
entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais
o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a destinatários das informações incorretas.
serem empregados, as condições de pagamento, bem § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a
como as datas de início e término dos serviços. consumidores, os serviços de proteção ao crédito e
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor congêneres são considerados entidades de caráter
orçado terá validade pelo prazo de dez dias, contado de público.
seu recebimento pelo consumidor. § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos
orçamento obriga os contraentes e somente pode ser respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer
alterado mediante livre negociação das partes. informações que possam impedir ou dificultar novo
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer acesso ao crédito junto aos fornecedores.
ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de § 6o Todas as informações de que trata o caput deste
serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio. artigo devem ser disponibilizadas em formatos
Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência,
de serviços sujeitos ao regime de controle ou de mediante solicitação do consumidor. (Incluído
tabelamento de preços, os fornecedores deverão respeitar pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
os limites oficiais sob pena de não o fazendo, Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do
responderem pela restituição da quantia recebida em consumidor manterão cadastros atualizados de
excesso, monetariamente atualizada, podendo o reclamações fundamentadas contra fornecedores de
35
produtos e serviços, devendo divulgá-lo pública e natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia
anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre
atendida ou não pelo fornecedor. o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a
§ 1° É facultado o acesso às informações lá indenização poderá ser limitada, em situações
constantes para orientação e consulta por qualquer justificáveis;
interessado. II - subtraiam ao consumidor a opção de
§ 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste
mesmas regras enunciadas no artigo anterior e as do código;
parágrafo único do art. 22 deste código. III - transfiram responsabilidades a terceiros;
Art. 45. (Vetado). IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas,
abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
CAPÍTULO VI exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a
Da Proteção Contratual eqüidade;
SEÇÃO I V - (Vetado);
Disposições Gerais VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em
prejuízo do consumidor;
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de VII - determinem a utilização compulsória de
consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for arbitragem;
dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de VIII - imponham representante para concluir ou
seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou
sentido e alcance. não o contrato, embora obrigando o consumidor;
Art. 47. As cláusulas contratuais serão X - permitam ao fornecedor, direta ou
interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
Art. 48. As declarações de vontade constantes de XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato
escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao
relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando consumidor;
inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos
parágrafos. de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, seja conferido contra o fornecedor;
no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de XIII - autorizem o fornecedor a modificar
recebimento do produto ou serviço, sempre que a unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato,
contratação de fornecimento de produtos e serviços após sua celebração;
ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de
por telefone ou a domicílio. normas ambientais;
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o XV - estejam em desacordo com o sistema de
direito de arrependimento previsto neste artigo, os proteção ao consumidor;
valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o XVI - possibilitem a renúncia do direito de
prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, indenização por benfeitorias necessárias.
monetariamente atualizados. § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a
Art. 50. A garantia contratual é complementar à vontade que:
legal e será conferida mediante termo escrito. I - ofende os princípios fundamentais do sistema
Parágrafo único. O termo de garantia ou jurídico a que pertence;
equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de II - restringe direitos ou obrigações fundamentais
maneira adequada em que consiste a mesma garantia, inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar
bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser seu objeto ou equilíbrio contratual;
exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser- III - se mostra excessivamente onerosa para o
lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do
no ato do fornecimento, acompanhado de manual de contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias
instrução, de instalação e uso do produto em linguagem peculiares ao caso.
didática, com ilustrações. § 2° A nulidade de uma cláusula contratual
abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua
SEÇÃO II ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer
Das Cláusulas Abusivas ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 3° (Vetado).
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as § 4° É facultado a qualquer consumidor ou
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de entidade que o represente requerer ao Ministério Público
produtos e serviços que: que ajuíze a competente ação para ser declarada a
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto
responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer
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neste código ou de qualquer forma não assegure o justo doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo
equilíbrio entre direitos e obrigações das partes. consumidor. (Redação dada pela nº 11.785, de 2008)
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços § 4° As cláusulas que implicarem limitação de
que envolva outorga de crédito ou concessão de direito do consumidor deverão ser redigidas com
financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
outros requisitos, informá-lo prévia e adequadamente § 5° (Vetado)
sobre:
I - preço do produto ou serviço em moeda CAPÍTULO VII
corrente nacional; Das Sanções Administrativas
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva (Vide Lei nº 8.656, de 1993)
anual de juros;
III - acréscimos legalmente previstos; Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal,
IV - número e periodicidade das prestações; em caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de
V - soma total a pagar, com e sem financiamento. atuação administrativa, baixarão normas relativas à
§ 1° As multas de mora decorrentes do produção, industrialização, distribuição e consumo de
inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão produtos e serviços.
ser superiores a dois por cento do valor da § 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os
prestação.(Redação dada pela Lei nº 9.298, de 1º.8.1996) Municípios fiscalizarão e controlarão a produção,
§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação industrialização, distribuição, a publicidade de produtos e
antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante serviços e o mercado de consumo, no interesse da
redução proporcional dos juros e demais acréscimos. preservação da vida, da saúde, da segurança, da
§ 3º (Vetado). informação e do bem-estar do consumidor, baixando as
Art. 53. Nos contratos de compra e venda de normas que se fizerem necessárias.
móveis ou imóveis mediante pagamento em prestações, § 2° (Vetado).
bem como nas alienações fiduciárias em garantia, § 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito
consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas que Federal e municipais com atribuições para fiscalizar e
estabeleçam a perda total das prestações pagas em controlar o mercado de consumo manterão comissões
benefício do credor que, em razão do inadimplemento, permanentes para elaboração, revisão e atualização das
pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto normas referidas no § 1°, sendo obrigatória a
alienado. participação dos consumidores e fornecedores.
§ 1° (Vetado). § 4° Os órgãos oficiais poderão expedir
§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio de notificações aos fornecedores para que, sob pena de
produtos duráveis, a compensação ou a restituição das desobediência, prestem informações sobre questões de
parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, interesse do consumidor, resguardado o segredo
além da vantagem econômica auferida com a fruição, os industrial.
prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao Art. 56. As infrações das normas de defesa do
grupo. consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes
§ 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza
serão expressos em moeda corrente nacional. civil, penal e das definidas em normas específicas:
I - multa;
II - apreensão do produto;
SEÇÃO III III - inutilização do produto;
Dos Contratos de Adesão IV - cassação do registro do produto junto ao
órgão competente;
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas V - proibição de fabricação do produto;
cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade VI - suspensão de fornecimento de produtos ou
competente ou estabelecidas unilateralmente pelo serviço;
fornecedor de produtos ou serviços, sem que o VII - suspensão temporária de atividade;
consumidor possa discutir ou modificar substancialmente VIII - revogação de concessão ou permissão de
seu conteúdo. uso;
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não IX - cassação de licença do estabelecimento ou de
desfigura a natureza de adesão do contrato. atividade;
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula X - interdição, total ou parcial, de
resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao estabelecimento, de obra ou de atividade;
consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo XI - intervenção administrativa;
anterior. XII - imposição de contrapropaganda.
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo
redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e serão aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito
legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo de sua atribuição, podendo ser aplicadas

37
cumulativamente, inclusive por medida cautelar, disposto no Código Penal e leis especiais, as condutas
antecedente ou incidente de procedimento administrativo. tipificadas nos artigos seguintes.
Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com Art. 62. (Vetado).
a gravidade da infração, a vantagem auferida e a Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre
condição econômica do fornecedor, será aplicada a nocividade ou periculosidade de produtos, nas
mediante procedimento administrativo, revertendo para o embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:
Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho de Pena - Detenção de seis meses a dois anos e
1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos multa.
estaduais ou municipais de proteção ao consumidor nos § 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de
demais casos. (Redação dada pela Lei nº 8.656, de alertar, mediante recomendações escritas ostensivas,
21.5.1993) sobre a periculosidade do serviço a ser prestado.
Parágrafo único. A multa será em montante não § 2° Se o crime é culposo:
inferior a duzentas e não superior a três milhões de vezes Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade
equivalente que venha a substituí-lo. (Parágrafo competente e aos consumidores a nocividade ou
acrescentado pela Lei nº 8.703, de 6.9.1993) periculosidade de produtos cujo conhecimento seja
Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de posterior à sua colocação no mercado:
produtos, de proibição de fabricação de produtos, de Pena - Detenção de seis meses a dois anos e
suspensão do fornecimento de produto ou serviço, de multa.
cassação do registro do produto e revogação da Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas
concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela quem deixar de retirar do mercado, imediatamente
administração, mediante procedimento administrativo, quando determinado pela autoridade competente, os
assegurada ampla defesa, quando forem constatados produtos nocivos ou perigosos, na forma deste artigo.
vícios de quantidade ou de qualidade por inadequação ou Art. 65. Executar serviço de alto grau de
insegurança do produto ou serviço. periculosidade, contrariando determinação de autoridade
Art. 59. As penas de cassação de alvará de competente:
licença, de interdição e de suspensão temporária da Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa.
atividade, bem como a de intervenção administrativa, Parágrafo único. As penas deste artigo são
serão aplicadas mediante procedimento administrativo, aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à lesão
assegurada ampla defesa, quando o fornecedor reincidir corporal e à morte.
na prática das infrações de maior gravidade previstas § 1º As penas deste artigo são aplicáveis sem
neste código e na legislação de consumo. prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à
§ 1° A pena de cassação da concessão será morte. (Redação dada pela Lei nº 13.425, de
aplicada à concessionária de serviço público, quando 2017)
violar obrigação legal ou contratual. § 2º A prática do disposto no inciso XIV do art.
§ 2° A pena de intervenção administrativa será 39 desta Lei também caracteriza o crime previsto no
aplicada sempre que as circunstâncias de fato
caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.425,
desaconselharem a cassação de licença, a interdição ou
suspensão da atividade. de 2017)
§ 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a
imposição de penalidade administrativa, não haverá Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou
reincidência até o trânsito em julgado da sentença. omitir informação relevante sobre a natureza,
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será característica, qualidade, quantidade, segurança,
cominada quando o fornecedor incorrer na prática de desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos
publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do art. 36 e ou serviços:
seus parágrafos, sempre às expensas do infrator. Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar
responsável da mesma forma, freqüência e dimensão e, a oferta.
preferencialmente no mesmo veículo, local, espaço e § 2º Se o crime é culposo;
horário, de forma capaz de desfazer o malefício da Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
publicidade enganosa ou abusiva. Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe
§ 2° (Vetado) ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:
§ 3° (Vetado). Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
Parágrafo único. (Vetado).
TÍTULO II Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe
Das Infrações Penais ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se
comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de ou segurança:
consumo previstas neste código, sem prejuízo do Pena - Detenção de seis meses a dois anos e
multa:
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Parágrafo único. (Vetado). multa, o juiz observará o disposto no art. 60, §1° do
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, Código Penal.
técnicos e científicos que dão base à publicidade: Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. de multa, podem ser impostas, cumulativa ou
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça alternadamente, observado odisposto nos arts. 44 a 47, do
ou componentes de reposição usados, sem autorização do Código Penal:
consumidor: I - a interdição temporária de direitos;
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. II - a publicação em órgãos de comunicação de
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de grande circulação ou audiência, às expensas do
ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação;
afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer III - a prestação de serviços à comunidade.
outro procedimento que exponha o consumidor, Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que
injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trata este código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade
trabalho, descanso ou lazer: que presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. valor do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), ou índice
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do equivalente que venha a substituí-lo.
consumidor às informações que sobre ele constem em Parágrafo único. Se assim recomendar a situação
cadastros, banco de dados, fichas e registros: econômica do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:
Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa. a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
informação sobre consumidor constante de cadastro, Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria previstos neste código, bem como a outros crimes e
saber ser inexata: contravenções que envolvam relações de consumo,
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. poderão intervir, como assistentes do Ministério Público,
Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo os legitimados indicados no art. 82, inciso III e IV, aos
de garantia adequadamente preenchido e com quais também é facultado propor ação penal subsidiária,
especificação clara de seu conteúdo; se a denúncia não for oferecida no prazo legal.
Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para TÍTULO III
os crimes referidos neste código, incide as penas a esses Da Defesa do Consumidor em Juízo
cominadas na medida de sua culpabilidade, bem como o CAPÍTULO I
diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que Disposições Gerais
promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o
fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
em depósito de produtos ou a oferta e prestação de consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo
serviços nas condições por ele proibidas. individualmente, ou a título coletivo.
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida
tipificados neste código: quando se tratar de:
I - serem cometidos em época de grave crise I - interesses ou direitos difusos, assim
econômica ou por ocasião de calamidade; entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
II - ocasionarem grave dano individual ou de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
coletivo; indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
III - dissimular-se a natureza ilícita do II - interesses ou direitos coletivos, assim
procedimento; entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais,
IV - quando cometidos: de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria
a) por servidor público, ou por pessoa cuja ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte
condição econômico-social seja manifestamente superior contrária por uma relação jurídica base;
à da vítima; III - interesses ou direitos individuais
b) em detrimento de operário ou rurícola; de homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem
menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de comum.
pessoas portadoras de deficiência mental interditadas ou Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único,
não; são legitimados concorrentemente: (Redação dada pela
V - serem praticados em operações que envolvam Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
alimentos, medicamentos ou quaisquer outros produtos I - o Ministério Público,
ou serviços essenciais . II - a União, os Estados, os Municípios e o
Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção Distrito Federal;
será fixada em dias-multa, correspondente ao mínimo e III - as entidades e órgãos da Administração
ao máximo de dias de duração da pena privativa da Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade
liberdade cominada ao crime. Na individualização desta jurídica, especificamente destinados à defesa dos
interesses e direitos protegidos por este código;
39
IV - as associações legalmente constituídas há prosseguir-se nos mesmos autos, vedada a denunciação
pelo menos um ano e que incluam entre seus fins da lide.
institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos Art. 89. (Vetado)
por este código, dispensada a autorização assemblear. Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser as normas do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347,
dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e de 24 de julho de 1985, inclusive no que respeita ao
seguintes, quando haja manifesto interesse social inquérito civil, naquilo que não contrariar suas
evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou disposições.
pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
§ 2° (Vetado). CAPÍTULO II
§ 3° (Vetado). Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses Individuais Homogêneos
protegidos por este código são admissíveis todas as
espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82
efetiva tutela. poderão propor, em nome próprio e no interesse das
Parágrafo único. (Vetado). vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o responsabilidade pelos danos individualmente sofridos,
cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz de acordo com o disposto nos artigos seguintes. (Redação
concederá a tutela específica da obrigação ou determinará dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
providências que assegurem o resultado prático Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a
equivalente ao do adimplemento. ação, atuará sempre como fiscal da lei.
§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos Parágrafo único. (Vetado).
somente será admissível se por elas optar o autor ou se Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça
impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado Federal, é competente para a causa a justiça local:
prático correspondente. I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem o dano, quando de âmbito local;
prejuízo da multa (art. 287, do Código de Processo II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito
Civil). Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional,
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos
havendo justificado receio de ineficácia do provimento casos de competência concorrente.
final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no
após justificação prévia, citado o réu. órgão oficial, a fim de que os interessados possam
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de
sentença, impor multa diária ao réu, independentemente ampla divulgação pelos meios de comunicação social por
de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a parte dos órgãos de defesa do consumidor.
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a
do preceito. condenação será genérica, fixando a responsabilidade do
§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do réu pelos danos causados.
resultado prático equivalente, poderá o juiz determinar as Art. 96. (Vetado).
medidas necessárias, tais como busca e apreensão, Art. 97. A liquidação e a execução de sentença
remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, poderão ser promovidas pela vítima e seus sucessores,
impedimento de atividade nociva, além de requisição de assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.
força policial. Parágrafo único. (Vetado).
Art. 85. (Vetado). Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo
Art. 86. (Vetado). promovida pelos legitimados de que trata o art. 82,
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido
código não haverá adiantamento de custas, emolumentos, fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do
honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem ajuizamento de outras execuções. (Redação dada pela Lei
condenação da associação autora, salvo comprovada má- nº 9.008, de 21.3.1995)
fé, em honorários de advogados, custas e despesas § 1° A execução coletiva far-se-á com base em
processuais. certidão das sentenças de liquidação, da qual deverá
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado.
associação autora e os diretores responsáveis pela § 2° É competente para a execução o juízo:
propositura da ação serão solidariamente condenados em I - da liquidação da sentença ou da ação
honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem condenatória, no caso de execução individual;
prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. II - da ação condenatória, quando coletiva a
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único execução.
deste código, a ação de regresso poderá ser ajuizada em Art. 99. Em caso de concurso de créditos
processo autônomo, facultada a possibilidade de decorrentes de condenação prevista na Lei n.° 7.347, de
24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos
40
individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior,
terão preferência no pagamento. quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste parágrafo único do art. 81;
artigo, a destinação da importância recolhida ao fundo III - erga omnes, apenas no caso de procedência
criado pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
sustada enquanto pendentes de decisão de segundo grau sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único
as ações de indenização pelos danos individuais, salvo na do art. 81.
hipótese de o patrimônio do devedor ser manifestamente § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos
suficiente para responder pela integralidade das dívidas. incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos
Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem individuais dos integrantes da coletividade, do grupo,
habilitação de interessados em número compatível com a categoria ou classe.
gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de
promover a liquidação e execução da indenização devida. improcedência do pedido, os interessados que não
Parágrafo único. O produto da indenização devida tiverem intervindo no processo como litisconsortes
reverterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de poderão propor ação de indenização a título individual.
julho de 1985. § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art.
16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de
CAPÍTULO III julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização
Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de por danos pessoalmente sofridos, propostas
Produtos e Serviços individualmente ou na forma prevista neste código, mas,
se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do sucessores, que poderão proceder à liquidação e à
fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do execução, nos termos dos arts. 96 a 99.
disposto nos Capítulos I e II deste título, serão § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à
observadas as seguintes normas: sentença penal condenatória.
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor; Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos
II - o réu que houver contratado seguro de I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem
responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador, litispendência para as ações individuais, mas os efeitos
vedada a integração do contraditório pelo Instituto de da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem
Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os
julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos autores das ações individuais, se não for requerida sua
do art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos
sido declarado falido, o síndico será intimado a informar autos do ajuizamento da ação coletiva.
a existência de seguro de responsabilidade, facultando-se,
em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de TÍTULO IV
indenização diretamente contra o segurador, vedada a Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil
e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este. Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa
Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais,
código poderão propor ação visando compelir o Poder do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas
Público competente a proibir, em todo o território de defesa do consumidor.
nacional, a produção, divulgação distribuição ou venda, Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do
ou a determinar a alteração na composição, estrutura, Consumidor, da Secretaria Nacional de Direito
fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou Econômico (MJ), ou órgão federal que venha substituí-
consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde lo, é organismo de coordenação da política do Sistema
pública e à incolumidade pessoal. Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe:
§ 1° (Vetado). I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar
§ 2° (Vetado) a política nacional de proteção ao consumidor;
CAPÍTULO IV II - receber, analisar, avaliar e encaminhar
Da Coisa Julgada consultas, denúncias ou sugestões apresentadas por
entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este público ou privado;
código, a sentença fará coisa julgada: III - prestar aos consumidores orientação
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado permanente sobre seus direitos e garantias;
improcedente por insuficiência de provas, hipótese em IV - informar, conscientizar e motivar o
que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com consumidor através dos diferentes meios de
idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na comunicação;
hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81; V - solicitar à polícia judiciária a instauração de
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, inquérito policial para a apreciação de delito contra os
categoria ou classe, salvo improcedência por consumidores, nos termos da legislação vigente;
41
VI - representar ao Ministério Público competente Art. 112. O § 3° do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24
para fins de adoção de medidas processuais no âmbito de de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação:
suas atribuições; "§ 3° Em caso de desistência infundada ou
VII - levar ao conhecimento dos órgãos abandono da ação por associação legitimada, o
competentes as infrações de ordem administrativa que Ministério Público ou outro legitimado assumirá a
violarem os interesses difusos, coletivos, ou individuais titularidade ativa".
dos consumidores; Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4°, 5° e 6°
VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades ao art. 5º. da Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985:
da União, Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem "§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser
como auxiliar a fiscalização de preços, abastecimento, dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse
quantidade e segurança de bens e serviços; social evidenciado pela dimensão ou característica do
IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
e outros programas especiais, a formação de entidades de § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo
defesa do consumidor pela população e pelos órgãos entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito
públicos estaduais e municipais; Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos
X - (Vetado). de que cuida esta lei. (Vide Mensagem de veto) (Vide
XI - (Vetado). REsp 222582 /MG - STJ)
XII - (Vetado) § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão
XIII - desenvolver outras atividades compatíveis tomar dos interessados compromisso de ajustamento de
com suas finalidades. sua conduta às exigências legais, mediante combinações,
Parágrafo único. Para a consecução de seus que terá eficácia de título executivo extrajudicial". (Vide
objetivos, o Departamento Nacional de Defesa do Mensagem de veto) (Vide REsp 222582 /MG - STJ)
Consumidor poderá solicitar o concurso de órgãos e Art. 114. O art. 15 da Lei n° 7.347, de 24 de julho
entidades de notória especialização técnico-científica. de 1985, passa a ter a seguinte redação:
"Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em
TÍTULO V julgado da sentença condenatória, sem que a associação
Da Convenção Coletiva de Consumo autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o
Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais
Art. 107. As entidades civis de consumidores e as legitimados".
associações de fornecedores ou sindicatos de categoria Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n°
econômica podem regular, por convenção escrita, 7.347, de 24 de julho de 1985, passando o parágrafo
relações de consumo que tenham por objeto estabelecer único a constituir o caput, com a seguinte redação:
condições relativas ao preço, à qualidade, à quantidade, à “Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé,
garantia e características de produtos e serviços, bem a associação autora e os diretores responsáveis pela
como à reclamação e composição do conflito de propositura da ação serão solidariamente condenados em
consumo. honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem
§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir prejuízo da responsabilidade por perdas e danos”.
do registro do instrumento no cartório de títulos e Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da
documentos. Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985:
§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às "Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não
entidades signatárias. haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários
§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da
fornecedor que se desligar da entidade em data posterior associação autora, salvo comprovada má-fé, em
ao registro do instrumento. honorários de advogado, custas e despesas processuais".
Art. 108. (Vetado). Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de
TÍTULO VI julho de 1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os
Disposições Finais seguintes:
Art. 109. (Vetado). "Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e
Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao interesses difusos, coletivos e individuais, no que for
art. 1° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985: cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o
"IV - a qualquer outro interesse difuso ou Código de Defesa do Consumidor".
coletivo". Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de
Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de cento e oitenta dias a contar de sua publicação.
24 de julho de 1985, passa a ter a seguinte redação: Art. 119. Revogam-se as disposições em
"II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a contrário.
proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao Brasília, 11 de setembro de 1990; 169° da
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e Independência e 102° da República.
paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso ou FERNANDO COLLOR
coletivo". Bernardo Cabral

42
Zélia M. Cardoso de Mello
Ozires Silva
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
12.9.1990 - (Edição extra) e retificado no DOU de
10.1.2007

43
XXIV – Bioequivalência – consiste na demonstração
de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados
Lei nº 9.787, DE 10/02/1999 sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica
(D.O.U. de 11.2.1999) composição qualitativa e quantitativa de princípio(s)
Altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que ativo(s), e que tenham comparável biodisponibilidade,
dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o quando estudados sob um mesmo desenho experimental;
medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de XXV – Biodisponibilidade – indica a velocidade e a
nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras extensão de absorção de um princípio ativo em uma
providências forma de dosagem, a partir de sua curva
concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua
excreção na urina."
"Art.57..................................................................."
"Parágrafo único. Os medicamentos que ostentam
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o nome comercial ou marca ostentarão também,
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte obrigatoriamente com o mesmo destaque e de forma
Lei: legível, nas peças referidas no caput deste artigo, nas
embalagens e materiais promocionais, a Denominação
Art. 1o A Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, passa Comum Brasileira ou, na sua falta, a Denominação
a vigorar com as seguintes alterações: Comum Internacional em letras e caracteres cujo
tamanho não será inferior a um meio do tamanho das
"Art.3o.................................................................." letras e caracteres do nome comercial ou marca."

"XVIII – Denominação Comum Brasileira (DCB) – Art. 2o O órgão federal responsável pela vigilância
denominação do fármaco ou princípio sanitária regulamentará, no prazo de cento e oitenta dias,
farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal contado a partir de 11 de fevereiro de 1999: (Redação
responsável pela vigilância sanitária; dada pela Medida Provisória nº 2.190-34, de 2001)
XIX – Denominação Comum Internacional (DCI) – I - os critérios e condições para o registro e o controle de
denominação do fármaco ou princípio qualidade dos medicamentos genéricos;
farmacologicamente ativo recomendada pela II - os critérios para as provas de biodisponibilidade de
Organização Mundial de Saúde; produtos farmacêuticos em geral;
XX – Medicamento Similar – aquele que contém o III - os critérios para a aferição da equivalência
mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a terapêutica, mediante as provas de bioequivalência de
mesma concentração, forma farmacêutica, via de medicamentos genéricos, para a caracterização de sua
administração, posologia e indicação terapêutica, intercambialidade;
preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência IV - os critérios para a dispensação de medicamentos
registrado no órgão federal responsável pela vigilância genéricos nos serviços farmacêuticos governamentais e
sanitária, podendo diferir somente em características privados, respeitada a decisão expressa de não
relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de intercambialidade do profissional prescritor.
validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos,
devendo sempre ser identificado por nome comercial ou Art. 3o As aquisições de medicamentos, sob qualquer
marca; modalidade de compra, e as prescrições médicas e
XXI – Medicamento Genérico – medicamento similar odontológicas de medicamentos, no âmbito do Sistema
a um produto de referência ou inovador, que se pretende Único de Saúde – SUS, adotarão obrigatoriamente a
ser com este intercambiável, geralmente produzido após Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta,
a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de a Denominação Comum Internacional (DCI).
outros direitos de exclusividade, comprovada a sua § 1o O órgão federal responsável pela vigilância sanitária
eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB editará, periodicamente, a relação de medicamentos
ou, na sua ausência, pela DCI; registrados no País, de acordo com a classificação
XXII – Medicamento de Referência – produto farmacológica da Relação Nacional de Medicamentos
inovador registrado no órgão federal responsável pela Essenciais – Rename vigente e segundo a Denominação
vigilância sanitária e comercializado no País, cuja Comum Brasileira ou, na sua falta, a Denominação
eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas Comum Internacional, seguindo-se os nomes comerciais
cientificamente junto ao órgão federal competente, por e as correspondentes empresas fabricantes.
ocasião do registro; § 2o Nas aquisições de medicamentos a que se refere o
XXIII – Produto Farmacêutico Intercambiável – caput deste artigo, o medicamento genérico, quando
equivalente terapêutico de um medicamento de houver, terá preferência sobre os demais em condições de
referência, comprovados, essencialmente, os mesmos igualdade de preço.
efeitos de eficácia e segurança; § 3o Nos editais, propostas licitatórias e contratos de
aquisição de medicamentos, no âmbito do SUS, serão
exigidas, no que couber, as especificações técnicas dos
44
produtos, os respectivos métodos de controle de
qualidade e a sistemática de certificação de
conformidade.
§ 4o A entrega dos medicamentos adquiridos será
acompanhada dos respectivos laudos de qualidade.

Art. 4o É o Poder Executivo Federal autorizado a


promover medidas especiais relacionadas com o registro,
a fabricação, o regime econômico-fiscal, a distribuição e
a dispensação de medicamentos genéricos, de que trata
esta Lei, com vistas a estimular sua adoção e uso no País.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde promoverá
mecanismos que assegurem ampla comunicação,
informação e educação sobre os medicamentos genéricos.

Art. 5o O Ministério da Saúde promoverá programas de


apoio ao desenvolvimento técnico-científico aplicado à
melhoria da qualidade dos medicamentos.
Parágrafo único. Será buscada a cooperação de
instituições nacionais e internacionais relacionadas com a
aferição da qualidade de medicamentos.

Art. 6o Os laboratórios que produzem e comercializam


medicamentos com ou sem marca ou nome comercial
terão o prazo de seis meses para as alterações e
adaptações necessárias ao cumprimento do que dispõe
esta Lei.

Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de fevereiro de 1999;


178o da Independência e 111o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
José Serra
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
11.2.1999

45
Lei n° 9.965, DE 27/04/2000.
(D.O.U. de 28/04/2000)

Restringe a venda de esteróides ou peptídeos


anabolizantes e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , Faço saber que o


Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° A dispensação ou a venda de medicamentos do


grupo terapêutico dos esteróides ou peptídeos
anabolizantes para uso humano estarão restritas à
apresentação e retenção, pela farmácia ou drogaria, da
cópia carbonada de receita emitida por médico ou
dentista devidamente registrados nos respectivos
conselhos profissionais.

Parágrafo único. A receita de que trata este artigo deverá


conter a identificação do profissional, o número de
registro no respectivo conselho profissional (CRM ou
CRO), o número do Cadastro da Pessoa Física (CPF), o
endereço e telefone profissionais, além do nome, do
endereço do paciente e do número do Código
Internacional de Doenças (CID), devendo à mesma ficar
retida no estabelecimento farmacêutico por cinco anos.

Art. 2° A inobservância do disposto nesta Lei configurará


infração sanitária, estando o infrator sujeito ao processo e
penalidades previstos na Lei n° 6.437, de 20 de agosto de
1977, sem prejuízo das demais sanções civis ou penais.

Art. 3° A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios poderão celebrar convênios para a
fiscalização e o controle da observância desta Lei.

Art. 4° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 27 de abril de 2000; 179° da Independência e


112° da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


José Gregori
José Serra

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de


28/04/2000

46
II - a repressão da produção não autorizada e do
Lei nº 11.343, DE 23/08/2006 tráfico ilícito de drogas.
(D.O.U. de 24.8.2006)
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS
PÚBLICAS SOBRE DROGAS
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre
Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do Art. 4o São princípios do Sisnad:
uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e I - o respeito aos direitos fundamentais da pessoa
dependentes de drogas; estabelece normas para humana, especialmente quanto à sua autonomia e à sua
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito liberdade;
de drogas; define crimes e dá outras providências. II - o respeito à diversidade e às especificidades
populacionais existentes;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber III - a promoção dos valores éticos, culturais e de
que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a cidadania do povo brasileiro, reconhecendo-os como
seguinte Lei: fatores de proteção para o uso indevido de drogas e
outros comportamentos correlacionados;
IV - a promoção de consensos nacionais, de ampla
TÍTULO I participação social, para o estabelecimento dos
fundamentos e estratégias do Sisnad;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES V - a promoção da responsabilidade compartilhada
entre Estado e Sociedade, reconhecendo a importância da
participação social nas atividades do Sisnad;
Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de
VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos
Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve
fatores correlacionados com o uso indevido de drogas,
medidas para prevenção do uso indevido, atenção e
com a sua produção não autorizada e o seu tráfico ilícito;
reinserção social de usuários e dependentes de drogas;
VII - a integração das estratégias nacionais e
estabelece normas para repressão à produção não
internacionais de prevenção do uso indevido, atenção e
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes.
reinserção social de usuários e dependentes de drogas e
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se
de repressão à sua produção não autorizada e ao seu
como drogas as substâncias ou os produtos capazes de
tráfico ilícito;
causar dependência, assim especificados em lei ou
VIII - a articulação com os órgãos do Ministério
relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo
Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário visando à
Poder Executivo da União.
cooperação mútua nas atividades do Sisnad;
Art. 2o Ficam proibidas, em todo o território
IX - a adoção de abordagem multidisciplinar que
nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a
reconheça a interdependência e a natureza complementar
colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais
das atividades de prevenção do uso indevido, atenção e
possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a
reinserção social de usuários e dependentes de drogas,
hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como
repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito
o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações
de drogas;
Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a
X - a observância do equilíbrio entre as atividades
respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-
de prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social
religioso.
de usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a
produção não autorizada e ao seu tráfico ilícito, visando a
cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste
garantir a estabilidade e o bem-estar social;
artigo, exclusivamente para fins medicinais ou
XI - a observância às orientações e normas
científicos, em local e prazo predeterminados, mediante
emanadas do Conselho Nacional Antidrogas - Conad.
fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.
Art. 5o O Sisnad tem os seguintes objetivos:
I - contribuir para a inclusão social do cidadão,
TÍTULO II
visando a torná-lo menos vulnerável a assumir
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS
comportamentos de risco para o uso indevido de drogas,
PÚBLICAS SOBRE DROGAS
seu tráfico ilícito e outros comportamentos
correlacionados;
Art. 3o O Sisnad tem a finalidade de articular,
II - promover a construção e a socialização do
integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas
conhecimento sobre drogas no país;
com:
III - promover a integração entre as políticas de
I - a prevenção do uso indevido, a atenção e a
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
reinserção social de usuários e dependentes de drogas;
usuários e dependentes de drogas e de repressão à sua
produção não autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas
47
públicas setoriais dos órgãos do Poder Executivo da I - o reconhecimento do uso indevido de drogas
União, Distrito Federal, Estados e Municípios; como fator de interferência na qualidade de vida do
IV - assegurar as condições para a coordenação, a indivíduo e na sua relação com a comunidade à qual
integração e a articulação das atividades de que trata o pertence;
art. 3o desta Lei. II - a adoção de conceitos objetivos e de
fundamentação científica como forma de orientar as
CAPÍTULO II ações dos serviços públicos comunitários e privados e de
DA COMPOSIÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e dos
DO SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS serviços que as atendam;
PÚBLICAS SOBRE DROGAS III - o fortalecimento da autonomia e da
responsabilidade individual em relação ao uso indevido
Art. 6o (VETADO) de drogas;
Art. 7o A organização do Sisnad assegura a IV - o compartilhamento de responsabilidades e a
orientação central e a execução descentralizada das colaboração mútua com as instituições do setor privado e
atividades realizadas em seu âmbito, nas esferas federal, com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e
distrital, estadual e municipal e se constitui matéria dependentes de drogas e respectivos familiares, por meio
definida no regulamento desta Lei. do estabelecimento de parcerias;
Art. 8o (VETADO) V - a adoção de estratégias preventivas
diferenciadas e adequadas às especificidades
CAPÍTULO III socioculturais das diversas populações, bem como das
Art. 9o (VETADO) diferentes drogas utilizadas;
Art. 10. (VETADO) VI - o reconhecimento do “não-uso”, do
Art. 11. (VETADO) “retardamento do uso” e da redução de riscos como
Art. 12. (VETADO) resultados desejáveis das atividades de natureza
Art. 13. (VETADO) preventiva, quando da definição dos objetivos a serem
Art. 14. (VETADO) alcançados;
VII - o tratamento especial dirigido às parcelas
CAPÍTULO IV mais vulneráveis da população, levando em consideração
DA COLETA, ANÁLISE E DISSEMINAÇÃO DE as suas necessidades específicas;
INFORMAÇÕES VIII - a articulação entre os serviços e organizações
SOBRE DROGAS que atuam em atividades de prevenção do uso indevido
de drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de
Art. 15. (VETADO) drogas e respectivos familiares;
Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da IX - o investimento em alternativas esportivas,
atenção à saúde e da assistência social que atendam culturais, artísticas, profissionais, entre outras, como
usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao forma de inclusão social e de melhoria da qualidade de
órgão competente do respectivo sistema municipal de vida;
saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, X - o estabelecimento de políticas de formação
preservando a identidade das pessoas, conforme continuada na área da prevenção do uso indevido de
orientações emanadas da União. drogas para profissionais de educação nos 3 (três) níveis
Art. 17. Os dados estatísticos nacionais de de ensino;
repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão sistema XI - a implantação de projetos pedagógicos de
de informações do Poder Executivo. prevenção do uso indevido de drogas, nas instituições de
ensino público e privado, alinhados às Diretrizes
TÍTULO III Curriculares Nacionais e aos conhecimentos relacionados
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO a drogas;
INDEVIDO, ATENÇÃO E XII - a observância das orientações e normas
REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS E emanadas do Conad;
DEPENDENTES DE DROGAS XIII - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de
CAPÍTULO I controle social de políticas setoriais específicas.
DA PREVENÇÃO Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso
indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente
Art. 18. Constituem atividades de prevenção do uso deverão estar em consonância com as diretrizes
indevido de drogas, para efeito desta Lei, aquelas emanadas pelo Conselho Nacional dos Direitos da
direcionadas para a redução dos fatores de Criança e do Adolescente - Conanda.
vulnerabilidade e risco e para a promoção e o
fortalecimento dos fatores de proteção. CAPÍTULO II
Art. 19. As atividades de prevenção do uso DAS ATIVIDADES DE ATENÇÃO E DE
indevido de drogas devem observar os seguintes REINSERÇÃO SOCIAL
princípios e diretrizes: DE USUÁRIOS OU DEPENDENTES DE DROGAS
48
Art. 20. Constituem atividades de atenção ao Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão
usuário e dependente de drogas e respectivos familiares, ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como
para efeito desta Lei, aquelas que visem à melhoria da substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério
qualidade de vida e à redução dos riscos e dos danos Público e o defensor.
associados ao uso de drogas. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito,
Art. 21. Constituem atividades de reinserção social transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,
do usuário ou do dependente de drogas e respectivos drogas sem autorização ou em desacordo com
familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas determinação legal ou regulamentar será submetido às
para sua integração ou reintegração em redes sociais. seguintes penas:
Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção I - advertência sobre os efeitos das drogas;
social do usuário e do dependente de drogas e respectivos II - prestação de serviços à comunidade;
familiares devem observar os seguintes princípios e III - medida educativa de comparecimento a
diretrizes: programa ou curso educativo.
I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, § 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para
independentemente de quaisquer condições, observados seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas
os direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios destinadas à preparação de pequena quantidade de
e diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política substância ou produto capaz de causar dependência física
Nacional de Assistência Social; ou psíquica.
II - a adoção de estratégias diferenciadas de atenção § 2o Para determinar se a droga destinava-se a
e reinserção social do usuário e do dependente de drogas consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à
e respectivos familiares que considerem as suas quantidade da substância apreendida, ao local e às
peculiaridades socioculturais; condições em que se desenvolveu a ação, às
III - definição de projeto terapêutico circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e
individualizado, orientado para a inclusão social e para a aos antecedentes do agente.
redução de riscos e de danos sociais e à saúde; § 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput
IV - atenção ao usuário ou dependente de drogas e deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5
aos respectivos familiares, sempre que possível, de forma (cinco) meses.
multidisciplinar e por equipes multiprofissionais; § 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos
V - observância das orientações e normas emanadas incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo
do Conad; prazo máximo de 10 (dez) meses.
VI - o alinhamento às diretrizes dos órgãos de § 5o A prestação de serviços à comunidade será
controle social de políticas setoriais específicas. cumprida em programas comunitários, entidades
Art. 23. As redes dos serviços de saúde da União, educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que
desenvolverão programas de atenção ao usuário e ao se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo
dependente de drogas, respeitadas as diretrizes do ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.
Ministério da Saúde e os princípios explicitados no art. § 6o Para garantia do cumprimento das medidas
22 desta Lei, obrigatória a previsão orçamentária educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a
adequada. que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz
Art. 24. A União, os Estados, o Distrito Federal e submetê-lo, sucessivamente a:
os Municípios poderão conceder benefícios às I - admoestação verbal;
instituições privadas que desenvolverem programas de II - multa.
reinserção no mercado de trabalho, do usuário e do § 7o O juiz determinará ao Poder Público que
dependente de drogas encaminhados por órgão oficial. coloque à disposição do infrator, gratuitamente,
Art. 25. As instituições da sociedade civil, sem fins estabelecimento de saúde, preferencialmente
lucrativos, com atuação nas áreas da atenção à saúde e da ambulatorial, para tratamento especializado.
assistência social, que atendam usuários ou dependentes Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se
de drogas poderão receber recursos do Funad, refere o inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à
condicionados à sua disponibilidade orçamentária e reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-
financeira. multa, em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem
Art. 26. O usuário e o dependente de drogas que, superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um,
em razão da prática de infração penal, estiverem segundo a capacidade econômica do agente, o valor de
cumprindo pena privativa de liberdade ou submetidos a um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário
medida de segurança, têm garantidos os serviços de mínimo.
atenção à sua saúde, definidos pelo respectivo sistema Parágrafo único. Os valores decorrentes da
penitenciário. imposição da multa a que se refere o § 6 o do art. 28 serão
creditados à conta do Fundo Nacional Antidrogas.
CAPÍTULO III Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e
DOS CRIMES E DAS PENAS a execução das penas, observado, no tocante à
49
interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes insumo ou produto químico destinado à preparação de
do Código Penal. drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem
TÍTULO IV autorização ou em desacordo com determinação legal ou
DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-
AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE prima para a preparação de drogas;
DROGAS III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de
CAPÍTULO I que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou
DISPOSIÇÕES GERAIS vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo
Art. 31. É indispensável a licença prévia da com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico
autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, ilícito de drogas.
transformar, preparar, possuir, manter em depósito, § 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso
importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, indevido de droga:
expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa
adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
destinada à sua preparação, observadas as demais § 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo
exigências legais. de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a
Art. 32. As plantações ilícitas serão consumirem:
imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e
forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e
para exame pericial, de tudo lavrando auto de quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas
levantamento das condições encontradas, com a no art. 28.
delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias § 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste
para a preservação da prova. (Redação dada pela Lei nº artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois
12.961, de 2014) terços, vedada a conversão em penas restritivas de
§ 1o (Revogado). ( Lei nº 12.961, de 2014) direitos, desde que o agente seja primário, de bons
§ 2o (Revogado). ( Lei nº 12.961, de 2014) antecedentes, não se dedique às atividades criminosas
§ 3o Em caso de ser utilizada a queimada para nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº
destruir a plantação, observar-se-á, além das cautelas 5, de 2012)
necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar,
Decreto no 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título,
dispensada a autorização prévia do órgão próprio do possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente,
Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
§ 4o As glebas cultivadas com plantações ilícitas destinado à fabricação, preparação, produção ou
serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da transformação de drogas, sem autorização ou em
Constituição Federal, de acordo com a legislação em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
vigor. Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e
pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil)
CAPÍTULO II dias-multa.
DOS CRIMES Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o
fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e 34 desta Lei:
produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e
oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos)
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou dias-multa.
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste
autorização ou em desacordo com determinação legal ou artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do
regulamentar: crime definido no art. 36 desta Lei.
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e 34 desta
quinhentos) dias-multa. Lei:
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro
adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em mil) dias-multa.
depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo,
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com organização ou associação destinados à prática de
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1 o, e
34 desta Lei:

50
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e produto do crime, no caso de condenação, terá pena
pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias- reduzida de um terço a dois terços.
multa. Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará,
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do
drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou
doses excessivas ou em desacordo com determinação do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
legal ou regulamentar: Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o
pagamento de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias- art. 42 desta Lei, determinará o número de dias-multa,
multa. atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação dos acusados, valor não inferior a um trinta avos nem
ao Conselho Federal da categoria profissional a que superior a 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo.
pertença o agente. Parágrafo único. As multas, que em caso de
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o concurso de crimes serão impostas sempre
consumo de drogas, expondo a dano potencial a cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo
incolumidade de outrem: se, em virtude da situação econômica do acusado,
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no
além da apreensão do veículo, cassação da habilitação máximo.
respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e §
pena privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis
(duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa. de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória,
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, vedada a conversão de suas penas em restritivas de
aplicadas cumulativamente com as demais, serão de 4 direitos.
(quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput
(seiscentos) dias-multa, se o veículo referido no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o
deste artigo for de transporte coletivo de passageiros. cumprimento de dois terços da pena, vedada sua
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta concessão ao reincidente específico.
Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da
I - a natureza, a procedência da substância ou do dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito
produto apreendido e as circunstâncias do fato ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da
evidenciarem a transnacionalidade do delito; omissão, qualquer que tenha sido a infração penal
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter
função pública ou no desempenho de missão de ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
educação, poder familiar, guarda ou vigilância; entendimento.
III - a infração tiver sido cometida nas Parágrafo único. Quando absolver o agente,
dependências ou imediações de estabelecimentos reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à
prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de época do fato previsto neste artigo, as condições referidas
entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na
esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico
coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou adequado.
diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento Art. 46. As penas podem ser reduzidas de um terço
de dependentes de drogas ou de reinserção social, de a dois terços se, por força das circunstâncias previstas no
unidades militares ou policiais ou em transportes art. 45 desta Lei, o agente não possuía, ao tempo da ação
públicos; ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter
IV - o crime tiver sido praticado com violência, ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer entendimento.
processo de intimidação difusa ou coletiva; Art. 47. Na sentença condenatória, o juiz, com base
V - caracterizado o tráfico entre Estados da em avaliação que ateste a necessidade de
Federação ou entre estes e o Distrito Federal; encaminhamento do agente para tratamento, realizada por
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança profissional de saúde com competência específica na
ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, forma da lei, determinará que a tal se proceda, observado
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e o disposto no art. 26 desta Lei.
determinação;
VII - o agente financiar ou custear a prática do CAPÍTULO III
crime. DO PROCEDIMENTO PENAL
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar
voluntariamente com a investigação policial e o processo Art. 48. O procedimento relativo aos processos por
criminal na identificação dos demais co-autores ou crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições

51
do Código de Processo Penal e da Lei de Execução § 5o O local será vistoriado antes e depois de
Penal. efetivada a destruição das drogas referida no § 3 o, sendo
§ 1o O agente de qualquer das condutas previstas no lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia,
art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes certificando-se neste a destruição total delas. (Incluído
previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e pela Lei nº 12.961, de 2014)
julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, Art. 50-A. A destruição de drogas apreendidas
de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por
Especiais Criminais. incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado
§ 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à
desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o realização do laudo definitivo, aplicando-se, no que
autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo couber, o procedimento dos §§ 3 o a 5o do art. 50.
competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e Art. 51. O inquérito policial será concluído no
providenciando-se as requisições dos exames e perícias prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de
necessários. 90 (noventa) dias, quando solto.
§ 3o Se ausente a autoridade judicial, as Parágrafo único. Os prazos a que se refere este
providências previstas no § 2o deste artigo serão tomadas artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o
de imediato pela autoridade policial, no local em que se Ministério Público, mediante pedido justificado da
encontrar, vedada a detenção do agente. autoridade de polícia judiciária.
§ 4o Concluídos os procedimentos de que trata o § Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51
o
2 deste artigo, o agente será submetido a exame de corpo desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os
de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia autos do inquérito ao juízo:
judiciária entender conveniente, e em seguida liberado. I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato,
§ 5o Para os fins do disposto no art. 76 da Lei no justificando as razões que a levaram à classificação do
9.099, de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais delito, indicando a quantidade e natureza da substância
Criminais, o Ministério Público poderá propor a ou do produto apreendido, o local e as condições em que
aplicação imediata de pena prevista no art. 28 desta Lei, a se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da
ser especificada na proposta. prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do
Art. 49. Tratando-se de condutas tipificadas nos agente; ou
arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei, o juiz, sempre II - requererá sua devolução para a realização de
que as circunstâncias o recomendem, empregará os diligências necessárias.
instrumentos protetivos de colaboradores e testemunhas Parágrafo único. A remessa dos autos far-se-á sem
previstos na Lei no 9.807, de 13 de julho de 1999. prejuízo de diligências complementares:
I - necessárias ou úteis à plena elucidação do fato,
Seção I cujo resultado deverá ser encaminhado ao juízo
Da Investigação competente até 3 (três) dias antes da audiência de
instrução e julgamento;
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a II - necessárias ou úteis à indicação dos bens,
autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, direitos e valores de que seja titular o agente, ou que
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do figurem em seu nome, cujo resultado deverá ser
auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do encaminhado ao juízo competente até 3 (três) dias antes
Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. da audiência de instrução e julgamento.
§ 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal
flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos,
suficiente o laudo de constatação da natureza e além dos previstos em lei, mediante autorização judicial
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na e ouvido o Ministério Público, os seguintes
falta deste, por pessoa idônea. procedimentos investigatórios:
§ 2o O perito que subscrever o laudo a que se I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de
refere o § 1o deste artigo não ficará impedido de investigação, constituída pelos órgãos especializados
participar da elaboração do laudo definitivo. pertinentes;
§ 3o Recebida cópia do auto de prisão em II - a não-atuação policial sobre os portadores de
flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias, certificará a drogas, seus precursores químicos ou outros produtos
regularidade formal do laudo de constatação e utilizados em sua produção, que se encontrem no
determinará a destruição das drogas apreendidas, território brasileiro, com a finalidade de identificar e
guardando-se amostra necessária à realização do laudo responsabilizar maior número de integrantes de
definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014) operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação
§ 4o A destruição das drogas será executada pelo penal cabível.
delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste
dias na presença do Ministério Público e da autoridade artigo, a autorização será concedida desde que sejam
sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
52
conhecidos o itinerário provável e a identificação dos Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o
agentes do delito ou de colaboradores. juiz indagará das partes se restou algum fato para ser
esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se
Seção II o entender pertinente e relevante.
Da Instrução Criminal Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz
sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias,
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.
policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou peças § 1o Ao proferir sentença, o juiz, não tendo havido
de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, controvérsia, no curso do processo, sobre a natureza ou
no prazo de 10 (dez) dias, adotar uma das seguintes quantidade da substância ou do produto, ou sobre a
providências: regularidade do respectivo laudo, determinará que se
I - requerer o arquivamento; proceda na forma do art. 32, § 1o, desta Lei, preservando-
II - requisitar as diligências que entender se, para eventual contraprova, a fração que fixar.
necessárias; § 2o Igual procedimento poderá adotar o juiz, em
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) decisão motivada e, ouvido o Ministério Público, quando
testemunhas e requerer as demais provas que entender a quantidade ou valor da substância ou do produto o
pertinentes. indicar, precedendo a medida a elaboração e juntada aos
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a autos do laudo toxicológico. (Revogado pela Lei
notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por 12.961/14)
escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e §
§ 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e 1o, e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar sem
exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons
todas as razões de defesa, oferecer documentos e antecedentes, assim reconhecido na sentença
justificações, especificar as provas que pretende produzir condenatória.
e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.
§ 2o As exceções serão processadas em apartado, CAPÍTULO IV
nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei no 3.689, de DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E
3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO
§ 3o Se a resposta não for apresentada no prazo, o
juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10 (dez) dias, Art. 60. O juiz, de ofício, a requerimento do
concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação. Ministério Público ou mediante representação da
§ 4o Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 autoridade de polícia judiciária, ouvido o Ministério
(cinco) dias. Público, havendo indícios suficientes, poderá decretar, no
§ 5o Se entender imprescindível, o juiz, no prazo curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras
máximo de 10 (dez) dias, determinará a apresentação do medidas assecuratórias relacionadas aos bens móveis e
preso, realização de diligências, exames e perícias. imóveis ou valores consistentes em produtos dos crimes
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e previstos nesta Lei, ou que constituam proveito auferido
hora para a audiência de instrução e julgamento, ordenará com sua prática, procedendo-se na forma dos arts. 125 a
a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério 144 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 -
Público, do assistente, se for o caso, e requisitará os Código de Processo Penal.
laudos periciais. § 1o Decretadas quaisquer das medidas previstas
§ 1o Tratando-se de condutas tipificadas como neste artigo, o juiz facultará ao acusado que, no prazo de
infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1 o, e 34 a 37 5 (cinco) dias, apresente ou requeira a produção de
desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o provas acerca da origem lícita do produto, bem ou valor
afastamento cautelar do denunciado de suas atividades, objeto da decisão.
se for funcionário público, comunicando ao órgão § 2o Provada a origem lícita do produto, bem ou
respectivo. valor, o juiz decidirá pela sua liberação.
§ 2o A audiência a que se refere o caput deste artigo § 3o Nenhum pedido de restituição será conhecido
será realizada dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao sem o comparecimento pessoal do acusado, podendo o
recebimento da denúncia, salvo se determinada a juiz determinar a prática de atos necessários à
realização de avaliação para atestar dependência de conservação de bens, direitos ou valores.
drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias. § 4o A ordem de apreensão ou seqüestro de bens,
Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, direitos ou valores poderá ser suspensa pelo juiz, ouvido
após o interrogatório do acusado e a inquirição das o Ministério Público, quando a sua execução imediata
testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao possa comprometer as investigações.
representante do Ministério Público e ao defensor do Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção da
acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) prova dos fatos e comprovado o interesse público ou
minutos para cada um, prorrogável por mais 10 (dez), a social, ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei,
critério do juiz. mediante autorização do juízo competente, ouvido o
Ministério Público e cientificada a Senad, os bens
53
apreendidos poderão ser utilizados pelos órgãos ou pelas tramitação autônoma em relação aos da ação penal
entidades que atuam na prevenção do uso indevido, na principal.
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de § 7o Autuado o requerimento de alienação, os autos
drogas e na repressão à produção não autorizada e ao serão conclusos ao juiz, que, verificada a presença de
tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse nexo de instrumentalidade entre o delito e os objetos
dessas atividades. utilizados para a sua prática e risco de perda de valor
Parágrafo único. Recaindo a autorização sobre econômico pelo decurso do tempo, determinará a
veículos, embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à avaliação dos bens relacionados, cientificará a Senad e
autoridade de trânsito ou ao equivalente órgão de registro intimará a União, o Ministério Público e o interessado,
e controle a expedição de certificado provisório de este, se for o caso, por edital com prazo de 5 (cinco) dias.
registro e licenciamento, em favor da instituição à qual § 8o Feita a avaliação e dirimidas eventuais
tenha deferido o uso, ficando esta livre do pagamento de divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por
multas, encargos e tributos anteriores, até o trânsito em sentença, homologará o valor atribuído aos bens e
julgado da decisão que decretar o seu perdimento em determinará sejam alienados em leilão.
favor da União. § 9o Realizado o leilão, permanecerá depositada em
Art. 62. Os veículos, embarcações, aeronaves e conta judicial a quantia apurada, até o final da ação penal
quaisquer outros meios de transporte, os maquinários, respectiva, quando será transferida ao Funad, juntamente
utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza, com os valores de que trata o § 3o deste artigo.
utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei, § 10. Terão apenas efeito devolutivo os recursos
após a sua regular apreensão, ficarão sob custódia da interpostos contra as decisões proferidas no curso do
autoridade de polícia judiciária, excetuadas as armas, que procedimento previsto neste artigo.
serão recolhidas na forma de legislação específica. § 11. Quanto aos bens indicados na forma do § 4 o
§ 1o Comprovado o interesse público na utilização deste artigo, recaindo a autorização sobre veículos,
de qualquer dos bens mencionados neste artigo, a embarcações ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade
autoridade de polícia judiciária poderá deles fazer uso, de trânsito ou ao equivalente órgão de registro e controle
sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua a expedição de certificado provisório de registro e
conservação, mediante autorização judicial, ouvido o licenciamento, em favor da autoridade de polícia
Ministério Público. judiciária ou órgão aos quais tenha deferido o uso,
§ 2o Feita a apreensão a que se refere o caput deste ficando estes livres do pagamento de multas, encargos e
artigo, e tendo recaído sobre dinheiro ou cheques tributos anteriores, até o trânsito em julgado da decisão
emitidos como ordem de pagamento, a autoridade de que decretar o seu perdimento em favor da União.
polícia judiciária que presidir o inquérito deverá, de Art. 63. Ao proferir a sentença de mérito, o juiz
imediato, requerer ao juízo competente a intimação do decidirá sobre o perdimento do produto, bem ou valor
Ministério Público. apreendido, seqüestrado ou declarado indisponível.
§ 3o Intimado, o Ministério Público deverá requerer § 1o Os valores apreendidos em decorrência dos
ao juízo, em caráter cautelar, a conversão do numerário crimes tipificados nesta Lei e que não forem objeto de
apreendido em moeda nacional, se for o caso, a tutela cautelar, após decretado o seu perdimento em favor
compensação dos cheques emitidos após a instrução do da União, serão revertidos diretamente ao Funad.
inquérito, com cópias autênticas dos respectivos títulos, e § 2o Compete à Senad a alienação dos bens
o depósito das correspondentes quantias em conta apreendidos e não leiloados em caráter cautelar, cujo
judicial, juntando-se aos autos o recibo. perdimento já tenha sido decretado em favor da União.
§ 4o Após a instauração da competente ação penal, § 3o A Senad poderá firmar convênios de
o Ministério Público, mediante petição autônoma, cooperação, a fim de dar imediato cumprimento ao
requererá ao juízo competente que, em caráter cautelar, estabelecido no § 2o deste artigo.
proceda à alienação dos bens apreendidos, excetuados § 4o Transitada em julgado a sentença condenatória,
aqueles que a União, por intermédio da Senad, indicar o juiz do processo, de ofício ou a requerimento do
para serem colocados sob uso e custódia da autoridade de Ministério Público, remeterá à Senad relação dos bens,
polícia judiciária, de órgãos de inteligência ou militares, direitos e valores declarados perdidos em favor da União,
envolvidos nas ações de prevenção ao uso indevido de indicando, quanto aos bens, o local em que se encontram
drogas e operações de repressão à produção não e a entidade ou o órgão em cujo poder estejam, para os
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente fins de sua destinação nos termos da legislação vigente.
no interesse dessas atividades. Art. 64. A União, por intermédio da Senad, poderá
§ 5o Excluídos os bens que se houver indicado para firmar convênio com os Estados, com o Distrito Federal e
os fins previstos no § 4o deste artigo, o requerimento de com organismos orientados para a prevenção do uso
alienação deverá conter a relação de todos os demais indevido de drogas, a atenção e a reinserção social de
bens apreendidos, com a descrição e a especificação de usuários ou dependentes e a atuação na repressão à
cada um deles, e informações sobre quem os tem sob produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas,
custódia e o local onde se encontram. com vistas na liberação de equipamentos e de recursos
§ 6o Requerida a alienação dos bens, a respectiva por ela arrecadados, para a implantação e execução de
petição será autuada em apartado, cujos autos terão programas relacionados à questão das drogas.
54
II - ordenar à autoridade sanitária competente a
TÍTULO V urgente adoção das medidas necessárias ao recebimento e
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL guarda, em depósito, das drogas arrecadadas;
III - dar ciência ao órgão do Ministério Público,
Art. 65. De conformidade com os princípios da para acompanhar o feito.
não-intervenção em assuntos internos, da igualdade § 1o Da licitação para alienação de substâncias ou
jurídica e do respeito à integridade territorial dos Estados produtos não proscritos referidos no inciso II do caput
e às leis e aos regulamentos nacionais em vigor, e deste artigo, só podem participar pessoas jurídicas
observado o espírito das Convenções das Nações Unidas regularmente habilitadas na área de saúde ou de pesquisa
e outros instrumentos jurídicos internacionais científica que comprovem a destinação lícita a ser dada
relacionados à questão das drogas, de que o Brasil é ao produto a ser arrematado.
parte, o governo brasileiro prestará, quando solicitado, § 2o Ressalvada a hipótese de que trata o § 3o deste
cooperação a outros países e organismos internacionais e, artigo, o produto não arrematado será, ato contínuo à
quando necessário, deles solicitará a colaboração, nas hasta pública, destruído pela autoridade sanitária, na
áreas de: presença dos Conselhos Estaduais sobre Drogas e do
I - intercâmbio de informações sobre legislações, Ministério Público.
experiências, projetos e programas voltados para § 3o Figurando entre o praceado e não arrematadas
atividades de prevenção do uso indevido, de atenção e de especialidades farmacêuticas em condições de emprego
reinserção social de usuários e dependentes de drogas; terapêutico, ficarão elas depositadas sob a guarda do
II - intercâmbio de inteligência policial sobre Ministério da Saúde, que as destinará à rede pública de
produção e tráfico de drogas e delitos conexos, em saúde.
especial o tráfico de armas, a lavagem de dinheiro e o Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes
desvio de precursores químicos; previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado
III - intercâmbio de informações policiais e ilícito transnacional, são da competência da Justiça
judiciais sobre produtores e traficantes de drogas e seus Federal.
precursores químicos. Parágrafo único. Os crimes praticados nos
Municípios que não sejam sede de vara federal serão
TÍTULO VI processados e julgados na vara federal da circunscrição
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS respectiva.
Art. 71. (VETADO)
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do Art. 72. Encerrado o processo penal ou arquivado o
art. 1o desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da inquérito policial, o juiz, de ofício, mediante
lista mencionada no preceito, denominam-se drogas representação do delegado de polícia ou a requerimento
substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e do Ministério Público, determinará a destruição das
outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, amostras guardadas para contraprova, certificando isso
de 12 de maio de 1998. nos autos. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)
Art. 67. A liberação dos recursos previstos na Lei Art. 73. A União poderá estabelecer convênios com
no 7.560, de 19 de dezembro de 1986, em favor de os Estados e o com o Distrito Federal, visando à
Estados e do Distrito Federal, dependerá de sua adesão e prevenção e repressão do tráfico ilícito e do uso indevido
respeito às diretrizes básicas contidas nos convênios de drogas, e com os Municípios, com o objetivo de
firmados e do fornecimento de dados necessários à prevenir o uso indevido delas e de possibilitar a atenção e
atualização do sistema previsto no art. 17 desta Lei, pelas reinserção social de usuários e dependentes de drogas.
respectivas polícias judiciárias. (Redação dada pela Lei nº 12.219, de 2010)
Art. 68. A União, os Estados, o Distrito Federal e Art. 74. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e
os Municípios poderão criar estímulos fiscais e outros, cinco) dias após a sua publicação.
destinados às pessoas físicas e jurídicas que colaborem Art. 75. Revogam-se a Lei no 6.368, de 21 de
na prevenção do uso indevido de drogas, atenção e outubro de 1976, e a Lei no 10.409, de 11 de janeiro de
reinserção social de usuários e dependentes e na 2002.
repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito Brasília, 23 de agosto de 2006; 185o da
de drogas. Independência e 118o da República.
Art. 69. No caso de falência ou liquidação LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
extrajudicial de empresas ou estabelecimentos Márcio Thomaz Bastos
hospitalares, de pesquisa, de ensino, ou congêneres, Guido Mantega
assim como nos serviços de saúde que produzirem, Jorge Armando Felix
venderem, adquirirem, consumirem, prescreverem ou Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
fornecerem drogas ou de qualquer outro em que existam 24.8.2006
essas substâncias ou produtos, incumbe ao juízo perante
o qual tramite o feito:
I - determinar, imediatamente à ciência da falência
ou liquidação, sejam lacradas suas instalações;
55
Lei nº 11.951, DE 24/06/2009
(D.O.U de 25/06/2009)

Altera o art. 36 da Lei no 5.991, de 17 de dezembro de


1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio
de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, para proibir a captação de receitas contendo
prescrições magistrais e oficinais por outros
estabelecimentos de comércio de medicamentos que não
as farmácias e vedar a intermediação de outros
estabelecimentos.

O PRESIDENTE DA REPÚBLIC Faço saber que o


Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O art. 36 da Lei no 5.991, de 17 de dezembro de


1973, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 36. ...................................................................


§ 1o É vedada a captação de receitas contendo prescrições
magistrais e oficinais em drogarias, ervanárias e postos
de medicamentos, ainda que em filiais da mesma
empresa, bem como a intermediação entre empresas.
§ 2o É vedada às farmácias que possuem filiais a
centralização total da manipulação em apenas 1 (um) dos
estabelecimentos." (NR)

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.

Brasília, 24 de junho de 2009; 188 o da Independência e


121o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Guido Mantega

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial de


25 de junho de 2009, Seção 1)

RETIFICAÇÃO
LEI Nº 11.951, DE 24 DE JUNHO DE 2009
Na página 1, 2ª coluna, nas assinaturas, leia-se: Luiz
Inácio Lula da Silva e José Gomes Temporão.
RET Publicado no D.O.U DE 26/06/2009

56
LEI N° 13.454, DE 23/06/2017
Autoriza a produção, a comercialização e o consumo,
sob prescrição médica, dos anorexígenos sibutramina,
anfepramona, femproporex e mazindol.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS,


no exercício do cargo de PRESIDENTE DA
REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam autorizados a produção, a comercialização


e o consumo, sob prescrição médica no modelo B2, dos
anorexígenos sibutramina, anfepramona, femproporex e
mazindol.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 23 de junho de 2017;


RODRIGO MAIA

DOU 26 de junho de 2017 .

57
LEI Nº 13.732, DE 08/11/2018.
Altera a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que
dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de
Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e
Correlatos, para definir que a receita tem validade em
todo o território nacional, independentemente da
unidade federada em que tenha sido emitida.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o


Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o O parágrafo único do art. 35 da Lei nº 5.991, de


17 de dezembro de 1973, passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 35.
............................................................................................

Parágrafo único. O receituário de medicamentos terá


validade em todo o território nacional,
independentemente da unidade da Federação em que
tenha sido emitido, inclusive o de medicamentos sujeitos
ao controle sanitário especial, nos termos disciplinados
em regulamento.” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90


(noventa) dias de sua publicação oficial.

Brasília, 8 de novembro de 2018;


197o da Independência e 130o da República.
MICHEL TEMER
Torquato Jardim
Gilberto Magalhães Occhi
Este texto não substitui o publicado no DOU de
9.11.2018. Vigência: a partir de 07/02/2019

58
DECRETOS FEDERAIS

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práticas homeopáticas bem como as demais habilitações
Decreto nº 57.477 de 20/12/1965 de acôrdo com as instruções vigentes.
(D.O.U de 28.12.1965) Art 7º Os laboratórios de farmácia homeopática não
poderão fabricar produtos industrializados.
Dispõe sôbre manipulação, receituário, industrialização Parágrafo único. A industrialização de produto
e venda de produtos utilizados em homeopatia e dá homeopático somente poderá ser realizada por
outras providências. laboratório apropriado e independente de farmácia,
habilitando-se previamente o interessado junto ao órgão
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando das federal de saúde encarregado da fiscalização da medicina
atribuições que lhe confere o artigo 87, item I, da e farmácia e seus congêneres da Unidade Federada.
Constituição, Art 8º Os importadores de matéria prima para fins
RESOLVE: homeopáticos deverão habilitar-se perante as autoridades
Aprovar o presente Regulamento que dispõe sôbre a sanitárias estaduais ou territoriais competentes e
manipulação, receituário, industrialização e venda de inscrever-se no órgão federal de saúde encarregado da
produtos utilizados em homeopatia e dá outras fiscalização da medicina e farmácia, na forma da
providências. legislação em vigor.
Art 9º São permitidas nas farmácias homeopáticas, desde
CAPÍTULO I que a área do estabelecimento as comporte, manter
Art 1º Considera-se farmácia homeopática aquela que independentes, seções de venda de especialidades
somente manipula produtos e fórmulas oficinas e farmacêuticas, não homeopáticas, devidamente
magistrais que obedeçam à farmacotécnica dos códigos e licenciadas no órgão federal de saúde encarregado da
formulários homeopáticos. fiscalização da medicina e farmácia, bem como seções de
Art 2º A instalação e o funcionamento de farmácia produtos de higiene, cosméticos e perfumaria, também
homeopática obedecerão ao disposto na legislação devidamente licenciados no órgão federal de saúde.
farmacêutica em vigor, excetuada a relação de drogas, Art 10. As farmácias alopáticas poderão manter estoque
medicamentos e utensílios, que deverá ser estabelecida de produtos homeopáticos fabricados e embalados por
em listas mínimas pelo órgão federal de saúde laboratórios industriais homeopáticos.
encarregado da fiscalização da medicina e farmácia. Art 11. Nas localidades, fora dos grandes centros
Art 3º As farmácias homeopáticas não são obrigadas à populacionais, em que, numa raio de seis quilômetros de
manipulação de prescrições não enquadradas nos moldes distância, não houver qualquer tipo de farmácia
homeopáticas. estabelecida, poderá ser dada licença, a título precário e a
Art 4º A Comissão de Revisão de Famacopéia deverá juízo da autoridade sanitária competente, a pessoa idônea
apresentar, para aprovação, dentro do prazo de 1 (um) para suprir a população local com a venda de produtos
ano, o Código Homeopático Brasileiro, como adendo à homeopáticos industrializados como "Socorro
Farmacopéia Brasileira. Farmacêutico Homeopático".
Parágrafo único. O órgão federal de saúde encarregado § 1º Os medicamentos, providos pelos Socorros
da fiscalização da medicina e farmácia, no prazo de 30 Farmacêuticos Homeopáticos, serão escolhidos dentre
(trinta) dias, organizará a subcomissão de assuntos relação organizada pelo órgão federal de saúde
homeopáticos da Comissão de Revisão de Farmacopéia. encarregada da fiscalização da medicina e farmácia.
Art 5º Nas farmácias homeopáticas deverá existir, § 2º Os Socorros de que trata êste artigo serão regulados
obrigatoriamente, a edição em vigor da Farmacopéia por instruções das autoridades sanitárias locais, e suas
Brasileira com o Código Homeopático Brasileiro. respectivas licenças só terão alidade por mais de 1 (um)
§ 1º Até que seja aprovado o Código Homeopático ano, após a instalação de farmácia numa raio de 6 (seis)
Brasileiro, serão adotadas, nas farmácias homeopáticas, quilômetros, observadas as demais exigências eu regem o
as técnicas constantes das farmacopéias Homeopáticas assunto.
Norte-Americana e Francêsa. Art 12. Nas farmácias homeopáticas é obrigatório
§ 2º Somente com autorização especial do órgão federal estoque de soros de uso profilático e curativo de
de saúde encarregado da fiscalização da medicina e emergência, de acôrdo com relação organizada pelo
farmácia, poderão ser manipuladas nas farmácias, nos órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da
moldes homeopáticos, droga e substâncias não constantes medicina e farmácia que atenda às necessidades
dos Códigos Homeopáticos. regionais.
§ 3º As substâncias e drogas enquadradas no parágrafo Art 13. Nas farmácias homeopáticas, deverão existir,
anterior serão posteriormente incluídas no Código obrigatoriamente, no mínimo, três especialistas
Homeopático Brasileiro ou em seus suplementos. farmacêuticas injetáveis, de ação entorpecente, a fim de
Art 6º O farmacêutico responsável por farmácia atender aos casos de emergência.
homeopática terá auxiliares de sua confiança. Parágrafo único. A aquisição e venda desses, produtos,
Parágrafo único. Êstes auxiliares, quando não forem bem como das demais substâncias entorpecentes
famarcêuticos, deverão comprovar sua capacidade em utilizáveis nas farmácias homeopáticas, obedecerão ao
que determina a legislação específica sobre
entorpecentes, em vigor.
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Art 14. Os medicamentos homeopáticos manipulados Homeopáticos ou ainda, enquadrado no parágrafo 2º, do
nas farmácias, considerados produtos oficinais, deverão artigo 5º dêste Regulamento.
ter nos rótulos os seguintes elementos: nome da farmácia Art 22. Nos rótulos dos produtos manipulados ou
e seu enderêço, número de licença do estabelecimento fabricados pelos laboratórios farmacêuticos
fornecido pelo órgão federal de saúde competente ou homeopáticos deverão constar, no que lhes couber, as
congêneres da Unidade Federada, nome do produto, referências a que se acham obrigados os produtos
Farmacopéia ou código a que obedece, via da oficiais, na conformidade da legislação em vigor,
administração e outras exigências que se fizerem devendo ser adotada somente uma única marca genérica
necessárias. como característica de todos os produtos do mesmo
§ 1º Nos rótulos desses medicamentos, deverá ser inscrita laboratório.
a denominação completa, latina ou brasileira, ou a Parágrafo único. Deverão ser obedecidas as codificações
correspondente abreviatura oficial, bem como a escala e homeopáticas e Farmacopéia Brasileira, conforme o caso,
dinamização adotadas. no que se relaciona à denominação, nomenclatura
§ 2º São admitidas as escalas decimal e centesimal cujas homeopática, sinonímia, escala e abreviatura bem como
abreviaturas serão respectivamente representadas por ao nome tradicional e símbolo.
símbolos "D" e "C", facultando-se, também o emprêgo Art 23. Os laboratórios industriais homeopáticos,
do símbolo "X" em substituição ao "D" da escala obedecidas as demais exigências regulamentares vigentes
decimal. sôbre a matéria poderão fabricar, como especialidade
§ 3º Qualquer outros símbolos serão estabelecidos de farmacêutica medicamento homeopático cuja fórmula
acôrdo com a Farmacopéia Brasileira. seja constituída por substância de comprovada ação
§ 4º Toda vez que no receituário médico fôr omitido o terapêutica.
símbolo de um medicamento homeopático, dever-se-á § 1º A denominação dessas especialidades farmacêuticas
considerá-lo como de escala centesimal. quando não fôr de fantasia, caracterizar-se-á pela forma
Art 15. As farmácias homeopáticas não poderão aviar farmacêutica, nome do componente que deu origem ao
receitas sob a forma de código, sigla ou número. licenciamento e pela marca genérica característica dos
Art 16. Nas prescrições médicas homeopáticas, não produtos do laboratório fabricante, permitindo-se
poderão ser usados código, sigla ou número, nem figurar acrescentar a palavra "composto" quando se tratar de
recomendação restringindo o aviamento da receita a associação.
determinada farmácia homeopática. § 2º Quaisquer referências sôbre a indicação terapêutica
Art 17. A infração aos dois artigos anteriores, além das dêsses medicamentos homeopáticos, em rótulos ou bulas,
penalidades previstas na legislação em vigor relativa às obedecerão estritamente à farmacodinâmica ou
farmácias em geral, será levada ao conhecimento dos experiência clínica homeopática.
Conselhos profissionais respectivamente de Farmácia e § 3º A utilização terapêutica das substâncias constituintes
de Medicina, conforme a profissão dos infratores. da fórmula a licenciar deverá ser devida e
Art 18. Os medicamentos homeopáticos cuja fundamentadamente comprovada através de literatura
concentração tiver equivalência com as respectivas doses idônea atualizada ou observação clínica, bem como do
máximas estabelecidas farmacologicamente, somente parecer técnico científico e de órgãos especializados no
poderão ser vendidos mediante receita médica, devendo setor homeopático e credenciados pelo órgão federal de
ser observadas as demais exigências em vigor. saúde encarregado da fiscalização da medicina e
farmácia.
CAPÍTULO II § 4º Dever-se-á obedecer às demais exigências gerais
Art 19. Laboratório Industrial farmacêutico homeopático vigentes relativas às especialidades farmacêuticas, no que
é aquêle que manipula e fabrica produtos oficinais e lhes couber.
outros, de uso em homeopatia, para venda a terceiros Art 24. Fica assegurado o direito a revalidação de licença
devidamente legalizados perante as autoridades de especialidade farmacêutica, constituída por
competentes. medicamentos homeopáticos, licenciada anteriormente a
Art 20. O laboratório industrial farmacêutico êste Regulamento com o nome da fantasia, desde que
homeopático só poderá funcionar com licença do órgão sejam observadas as normas formais em vigor, e ainda, a
federal de saúde encarregado da fiscalização da medicina farmacodinâmica e ou observação clínica homeopática.
e farmácia ou do congênere da Unidade Federada, de Art 25. A propaganda de todo e qualquer produto
acôrdo com a legislação farmacêutica em vigor, homeopático deverá ser submetida a prévia censura do
observadas as exigência de instalação que lhe são órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da
peculiares e as condições estabelecidas segundo a medicina e farmácia.
natureza dos produtos fabricados ou manipulados. Art 26. Cassar-se-á tôda e qualquer autorização dada
Parágrafo único. O laboratório industrial farmacêutico para fabricação e venda de produto homeopático que não
homeopático obedecerá às demais exigências da se enquadre neste Regulamento e ainda que não tenha
legislação farmacêutica em vigor, no que lhe couber. tido amparo legal.
Art 21. Entende-se neste Regulamento como produto Parágrafo único. Os fabricantes dos produtos atingidos
oficial homeopático aquêle inscrito nos Códigos por êste artigo terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias
para retirá-los do mercado.
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Na página 13.483, 2ª coluna, Art. 9º,
CAPÍTULO III ONDE SE LÊ :
Art 27. O órgão federal de saúde encarregado da ..não homepáticas, ...
fiscalização da medicina e farmácia, ouvido o LEIA- SE :
Laboratório Central de contrôle de Drogas Medicamentos ..não homeopáticas,...
e Alimentos, baixará normas sôbre os métodos analíticos Nas mesmas página e coluna, Artigo 13,
dos produtos homeopáticos. ONDE SE LÊ :
Art 28. Dentro do prazo de 180 (cento e oitenta) dias a ..aos casos de emergência.
partir da publicação dêste Regulamento, o órgão federal LEIA- SE :
de saúde encarregado da fiscalização da medicina e ..aos casos de urgência.
farmácia baixará instruções relativas às normas técnicas Ainda nas mesmas página e coluna, Art. 14,
específicas a serem adotadas para instalação e ONDE SE LÊ :
funcionamento de farmácia homeopática, bem como as ..pelo órgão federal de saúde...
relativas às demais exigências que se fizerem necessárias, LEIA- SE :
inclusive às taxas a serem cobradas dentro da codificação ..pelo órgão de saúde ...
atualizada. Na 3ª coluna,
Parágrafo único. No mesmo prazo acima determinado, ONDE SE LÊ :
deverão ser elaboradas as relações de drogas utensílios e no parágrafo 2º, do Art. 23;
medicamentos de que trata êste Regulamento. ... ou bulas, bodecerão ...
Art 29. O órgão federal de saúde encarregado da LEIA- SE :
fiscalização da medicina e farmácia credenciará, sempre ..ou bulas, obedecerão ...
que necessário, organizações científicas do setor Na 4ª coluna, Art. 27, ainda da página 13.483,
homeopático como órgãos consultivos em assuntos ONDE SE LÊ:
relativos a homeopatia. ... sôbre os métidos analíticos ...
Art 30. Sòmente nas farmácias homeopáticas permitir- LEIA-SE:
se-á manipular produtos apresentados nos moldes .. sôbre os métodos analíticos ...
homeopáticos específicos.
Art 31. As drogas, plantas e os produtos homeopáticos RET publicada no D.O.U de 02.03.1966
de procedência e/ou propriedade estrangeira enquadrar-
se-ão nas exigências da legislação em vigor.
Art 32. O órgão federal de saúde encarregado da
fiscalização da medicina e farmácia deverá fazer constar
do talão de licença dos produtos homeopáticos a seguinte
especificação: "medicamento homeopático".
Art 33. A manipulação, fabricação, comércio e
propaganda de remédios e produtos homeopáticos ditos
"secretos" são proibidas, de acôrdo com a legislação
farmacêutica em vigor.
Art 34. Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor
do órgão federal de saúde encarregado da fiscalização da
medicina e farmácia.
Art 35. A infração a qualquer dos artigos do presente
Regulamento será punida de acôrdo com o estabelecido
na legislação farmacêutica em vigor.
Art 36. Êste Decreto entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 20 de dezembro de 1965; 144º da Independência
e 77º da República.
H. CASTELLO BRANCO
Este texto não substitui o publicado no D.O.U de
28.12.1965

DECRETO Nº 57.477, DE 20 DE DEZEMBRO DE


1965.
Dispõe sôbre manipulação, receituário,
industrialização e venda de produtos utilizados em
homeopatia e dá outras providências.
(Publicado no Diário Oficial - Seção I - Parte I - de 28-
12-65)
RETIFICAÇÃO
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Decreto no 74.170, de 10/06/1974 VI - Laboratório oficial - o laboratório do
(D.O.U. de 11.6.1974) Ministério da Saúde, ou congênere da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios com
Regulamenta a Lei número 5.991, de 17 de dezembro de competência delegada através de convênio ou
1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio credenciamento destinado à análise de drogas,
de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos;
correlatos VII - Análise fiscal - a efetuada em drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da destinada a comprovar a sua conformidade com a
atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da fórmula que deu origem ao registro;
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei número VIII - Empresa - pessoa física ou jurídica, de
5.991, de 17 de dezembro de 1973, direito público ou privado que exerça com atividade
principal ou subsidiária o comércio, venda, fornecimento
e distribuição de drogas, medicamentos, insumos
DECRETA: farmacêuticos e correlatos equiparando-se à mesma para
os efeitos da lei número 5.991, de 17 de dezembro de
CAPÍTULO I 1973, e deste Regulamento, as unidades dos órgãos da
Disposições Preliminares administração direta ou indireta, da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Territórios dos Municípios e de
Art 1º - O controle sanitário do comércio de suas entidades paraestatais, incumbidas de serviços
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correspondentes;
correlatos, em todo o Território Nacional, abrange: IX - Estabelecimento - unidade da empresa
I - os estabelecimentos, ou locais comércio, destinada ao comércio de drogas, medicamentos,
especializados, definidos no artigo 3º, itens X, XI, XII, insumos farmacêuticos e correlatos;
XIII, XIV, e XVI; X - Farmácia - estabelecimento de manipulação
II - as unidades congêneres do serviço público de fórmulas magistrais e oficinais de comércio de drogas,
civil e militar da administração direta e indireta da União, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos compreendendo o de dispensação e o de atendimento
Municípios e de suas entidades paraestatais; privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
III - as unidades similares, privativas de equivalente de assistência médica;
instituições particulares, hospitalares ou de qualquer XI - Drogaria - estabelecimento de dispensação e
outra natureza, inclusive as de caráter filantrópico ou comércio de drogas, medicamentos, insumos
beneficente, sem fins lucrativos; farmacêuticos e correlatos, em suas embalagens
IV - os estabelecimentos não especializados, originais;
autorizados à comercialização de determinados produtos XII - Ervanaria - estabelecimento que realize
cuja venda não seja privativa das empresas e dos dispensação de plantas medicinais;
estabelecimentos mencionados no item I. XIII - Posto de medicamentos e unidade volante -
Art 2º - Para efeito do controle sanitário serão estabelecimentos destinados exclusivamente à venda de
observadas as seguintes definições: medicamentos industrializados em suas embalagens
I - Droga - substância ou matéria-prima que tenha originais e constantes de relação elaborada pelo órgão
finalidade medicamentosa ou sanitária; sanitário federal, publicada na imprensa oficial, para
II - Medicamento - produto farmacêutico, atendimento a localidade desprovidas de farmácia ou
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade drogaria;
profilática, curativa, paliativa, ou para fins de XIV - Dispensário de medicamentos - setor de
diagnóstico; fornecimento de medicamentos industrializados privativo
III - Insumo farmacêutico - droga ou matéria- de pequena unidade hospitalar ou equivalente;
prima aditiva ou complementar de qualquer natureza, XV - Dispensação - ato de fornecimento ao
destinada a emprego em medicamentos, quando for o consumidor de drogas, medicamentos, insumos
caso, e seus recipientes; farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não;
IV - Correlato - a substância produto aparelho ou XVI - Distribuidor, representante, importador e
acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo exportador - empresa que exerça direta ou indiretamente
uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da o comércio atacadista de drogas, medicamentos em suas
saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de embalagens originais, insumos farmacêuticos e de
ambiente, ou fins diagnósticos e analíticos os cosméticos correlatos;
e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de XVII - Produto dietético - produto tecnicamente
acústica médica, odontológicos e veterinários; elaborado para atender às necessidades dietéticas de
V - Órgão sanitário competente - órgão de pessoas em condições fisiológicas especiais.
fiscalização do Ministério da Saúde, dos Estados, do XVIII - fracionamento: procedimento que integra a
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; dispensação de medicamentos na forma fracionada,
efetuado sob a supervisão e responsabilidade de
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profissional farmacêutico habilitado para atender à II - se indicada a classificação botânica
prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de corrrespondente no acondicionamento, que deve ser
medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela aposta em etiqueta ou impresso na respectiva
subdivisão de um medicamento em frações embalagem.
individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem Art 8º - É permitido aos hotéis e estabelecimentos
o rompimento da embalagem primária, mantendo seus similares, para atendimento exclusivo de seus usuários,
dados de identificação; (Redação dada pelo Decreto nº dispor de medicamentos anódinos, que não dependam de
5.775, de 2006) receita médica e que constem de relação elaborada pelo
XIX - embalagem original: acondicionamento Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
aprovado para fins de registro pelo órgão competente do Farmácia.
Ministério da Saúde, destinado à proteção e manutenção Art 9º - Não poderão ser entregues ao consumo ou
das características de qualidade, de segurança e de expostos à venda as drogas, medicamentos, insumos
eficácia do produto, compreendendo as embalagens farmacêuticos correlatos que não tenham sido licenciados
destinadas ao fracionamento. (Incluído pelo Decreto nº ou registrados pelo Serviço Nacional de Fiscalização da
5.775, de 2006) Medicina e Farmácia.
Parágrafo único. As farmácias e drogarias poderão
CAPÍTULO II fracionar medicamentos, desde que garantidas as
Do Comércio Farmacêutico características asseguradas no produto original
registrado, ficando a cargo do órgão competente do
Art 3º - O comércio de drogas, medicamentos e Ministério da Saúde estabelecer, por norma própria, as
insumos farmacêuticos é privativo dos estabelecimentos condições técnicas e operacionais, necessárias à
definidos no artigo anterior, devidamente licenciados, dispensação de medicamentos na forma fracionada.
sendo que a dispensação de medicamentos somente é (Redação dada pelo Decreto nº 5.775, de 2006)
permitida a: Art 10. É permitida a outros estabelecimentos que
I - farmácias; não farmácia e drogaria, a venda de produtos ou
II - drogarias; correlatos, não enquadrados no conceito de droga,
III - posto de medicamentos e unidade volante. medicamento ou insumo farmacêutico, e que independam
Parágrafo único - É igualmente privativa dos de prescrição médica.
estabelecimentos enumerados nos itens I, II, III e IV
deste artigo, a venda dos produtos dietéticos definidos no CAPÍTULO III
item XVII do artigo anterior, e de livre comércio, a dos Do Comércio de Medicamentos Homeopáticos
que não contenham substâncias medicamentosas. Art 11. O comércio dos medicamentos
Art 4º - É permitido às farmácias e drogarias homeopáticos está sujeito ao mesmo controle dos
exercerem o comércio de determinados correlatos, como, medicamento alopatas, na forma deste Regulamento,
aparelhos e acessórios usados para fins terapêuticos ou de observadas as suas peculiaridades.
correção estética, produtos utilizados para fins § 1º - A farmácia homeopática só poderá
diagnósticos e analíticos, de higiene pessoal ou de manipular as fórmulas oficinais e magistrais, com
ambiente, o de cosméticos e perfumes, os dietéticos obediência da farmacotécnica homeopática.
mencionados no parágrafo único in fine do artigo § 2º - A manipulação de medicamento
anterior, os produtos óticos, de acústica médica, homeopático que não conste das farmacopéias ou dos
odontológicos, veterinários e outros, desde que observada formulários homeopáticos depende de aprovação do
a legislação específica federal e a supletiva, pertinente, Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
dos Estados do Distrito Federal e dos Territórios. Farmácia.
Art 5º - É facultado a farmácia ou drogaria manter § 3º - A aprovação de que trata o parágrafo
serviço de atendimento ao público para aplicação de anterior será requerida pela representante legal da
injeções a cargo técnico habilitado, observada a empresa proprietária do estabelecimento farmacêutico, ao
prescrição médica. Diretor do Serviço Nacional de Fiscalização de Medicina
Parágrafo único - Para efeito deste artigo o e Farmácia, que decidirá o pedido louvado em
estabelecimento deverá ter local privativo, equipamento e pronunciamento conclusivo da Comissão de Biofarmácia.
acessórios apropriados, e cumprir os preceitos sanitários § 4º - O pedido constituirá processo próprio, cuja
pertinentes. decisão favorável dará lugar a licença para a manipulação
Art 6º - A farmácia poderá manter laboratório de do produto.
análises clínicas, desde que, em dependência distinta e Art 12. Dependerá de receita médica a
separada e sob a responsabilidade técnica do dispensação de medicamentos homeopáticos, cuja
farmacêutico bioquímico. concentração de substância ativa corresponda às doses
Art 7º - É privativa das farmácias e das ervanarias máximas farmacologicamente estabelecidas.
a venda de plantas medicinais, a qual somente poderá ser Art 13. É permitido às farmácias homeopáticas
efetuada: manter seções de vendas de correlatos e de
I - se verificado o acondicionamento adequado; medicamentos não homeopáticos, desde que estejam
acondicionados em suas embalagens originais.
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b) que o local destinado ao posto tenha condições
CAPÍTULO IV de assegurar as propriedades dos produtos;
Do Licenciamento c) que o responsável pelo estabelecimento tenha
capacidade mínima necessária para promover a
Art 14. O comércio de drogas, medicamentos, dispensação dos produtos;
insumos farmacêuticos e correlatos, seja sob a forma de d) que os medicamentos comercializados sejam
dispensação, distribuição representação, importação ou unicamente os industrializados, em suas embalagens
exportação, somente poderá ser exercido por originais, e constem de relação elaborada pelo Serviço
estabelecimentos licenciados pelo órgão sanitário Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia e
competente dos Estados do Distrito Federal e dos publicada no Diário Oficial da União.
Territórios, em conformidade com o disposto na Lei Art 18. A fim de atender às necessidades e
número 5.991, de 17 de dezembro de 1973, neste peculiaridades de regiões desprovidas de farmácia,
Regulamento e na legislação supletiva a ser baixada drogaria e posto de medicamentos, o órgão sanitário
pelos mesmos. competente dos Estados, do Distrito Federal e dos
Art 15. O pedido de licença para o funcionamento Territórios, consoante legislação supletiva que baixem
dos estabelecimentos mencionados no artigo anterior será poderá licenciar unidade volante, para a dispensação de
dirigido pelo representante legal da empresa ao dirigente medicamentos constantes de relação elaborada pelo
do órgão sanitário competente dos Estados, do Distrito Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
Federal e dos Territórios, e instruído com: Farmácia e publicada no Diário Oficial da União.
I - prova de constituição da empresa; § 1º - Para efeito deste artigo, regiões são aquelas
II - prova de relação contratual entre a empresa e localidades mais interiorizadas, de escassa densidade
o seu responsável técnico se este não integrar a empresa demográfica e de povoação esparsa.
na qualidade de sócio; § 2º - Considera-se unidade volante, a que realize
III - prova de habilitação legal para o exercício da atendimento através de qualquer meio de transporte, seja
responsabilidade técnica do estabelecimento, expedida aéreo, rodoviário, marítimo, lacustre ou fluvial, em
pelos Conselhos Regionais de Farmácia. veículos automotores, embarcações ou aeronaves que
§ 1º - Tratando-se de licença para o possuam condições adequadas à guarda dos
funcionamento de farmácias e drogarias deverá medicamentos.
acompanhar a petição, a planta e/ou projeto do § 3º - A licença prevista neste artigo será
estabelecimento, assinado por profissional habilitado. concedida a título precário, prevalecendo apenas
§ 2º - Tratando-se de ervanaria, o pedido de enquanto a região percorrida pela unidade volante
licenciamento será acompanhado de prova de licenciada não disponha de estabelecimento fixo de
constituição da empresa. farmácia ou drogaria.
Art 16. São condições para o licenciamento de § 4º - Para fim de licenciar a unidade volante, a
farmácias e drogarias: autoridade sanitária competente dos Estados, do Distrito
I - localização conveniente, sob o aspecto Federal e dos Territórios estabelecerá o itinerário a ser
sanitário; por ela percorrido, que deverá ser observado, sob pena de
II - instalações independentes e equipamentos que cancelamento da licença, com fundamento no artigo 8º,
satisfaçam aos requisitos técnicos da manipulação; itens I e II, do Decreto-lei número 785, de 25 de agosto
III - assistência de técnico responsável. de 1969.
Parágrafo único. Fica a cargo dos Estados do Art 19. A licença para o funcionamento dos
Distrito Federal e dos Territórios, determinar através da estabelecimentos mencionados no artigo 14, é privativa
respectiva legislação as condições previstas nos itens I e da autoridade sanitária competente dos Estados, do
II deste artigo, podendo reduzir as que dizem respeito a Distrito Federal e dos Territórios, observadas as
instalações e equipamentos para o funcionamento de condições estabelecidas na Lei número 5.991, de 17 de
estabelecimento, no perímetro suburbano e zona rural, a dezembro de 1973, neste Regulamento, e na legislação
fim de facilitar o atendimento farmacêutico em regiões supletiva, se houver.
menos favorecidas economicamente. Art 20. A licença será válida pelo prazo de um
Art 17. O posto de medicamentos previsto no item ano, podendo ser revalidada por períodos iguais e
XIII do artigo 2º destina-se ao atendimento das sucessivos.
populações de localidades desprovidas de farmácia e Art 21. Os estabelecimentos referidos nos itens X
drogaria. e XI do artigo 2º deste regulamento, poderão manter
Parágrafo único. Os Estados, Territórios e o filiais ou sucursais que serão licenciadas como unidades
Distrito Federal, ao disporem as normas de licenciamento autônomas e em condições idênticas às do licenciamento
dos postos de medicamentos, levarão em conta: da matriz ou sede.
a) facultar rápido acesso para obtenção dos Art 22. A revalidação da licença deverá ser
medicamentos, eliminando as dificuldades causadas pela requerida até cento e vinte (120) dias antes do término de
distância em que se encontre o estabelecimento sua vigência.
farmacêutico mais próximo; § 1º - Somente será concedida a revalidação se
constatado o cumprimento das condições exigidas para a
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licença através de inspeção realizada pela autoridade público para zonas ou regiões mais distantes, com
sanitária competente. dificuldade para seu atendimento.
§ 2º - Se a autoridade sanitária não decidir o § 2° Entende-se por agente capaz de assumir a
pedido de revalidação antes do término do prazo da responsabilidade técnica de que trata este artigo:
licença, considerar-se-á automaticamente prorrogada (Redação dada pelo Decreto nº 793, de 1993) (Revogado
aquela até a data da decisão. pelo decreto nº 3.181, de 1999)
Art 23. O prazo de validade da licença ou de sua a) o prático ou oficial de farmácia inscrito em
revalidação, não será interrompido pela transferência da Conselho Regional de Farmácia;
propriedade, pela alteração da razão social da empresa ou b) (Revogado pelo decreto nº 3.181, de 1999)
do nome do estabelecimento, sendo, porém, obrigatória a § 3º Para fim previsto neste artigo será facultada a
comunicação dos fatos referidos ao órgão de fiscalização transferência de local do estabelecimento de propriedade
competente, acompanhada da documentação do prático ou oficial de farmácia, mencionado na letra a
comprobatória para averbação. do 2º para zona desprovida de farmácia ou drogaria.
Art 24. A mudança do estabelecimento Art 29º Ocorrendo a hipótese de que trata o artigo
farmacêutico para local diverso do previsto na licença, anterior, itens l, ll e § 1º, os órgão sanitários competentes
não interromperá a vigência desta, ou de sua revalidação, dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, farão
mas ficará condicionada a prévia aprovação do órgão publicar edital na imprensa diária e na oficial, por oito
competente e ao atendimento do disposto nos itens I e II, dias consecutivos, dando conhecimento do interesse
do artigo 16, deste Regulamento, e das normas supletivas público e necessidade de instalação de farmácia ou
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, que drogaria em localidades de sua respectiva jurisdição.
forem baixadas. Parágrafo único. Se quinze (15) dias depois da
Art 25. O estabelecimento de dispensação que última publicação do edital não se apresentar
deixar de funcionar por mais de cento e vinte (120) dias farmacêutico, poderá ser licenciada farmácia ou drogaria
terá sua licença cancelada. sob a responsabilidade de prático de farmácia, oficial de
Parágrafo único. O cancelamento da licença, farmácia, ou outro igualmente inscrito no Conselho
resultará de despacho fundamentado após vistoria Regional de Farmácia na forma de lei, mencionados no §
realizada pela autoridade sanitária competente dos 2º do artigo anterior, que o requeira.
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Art 30. (Revogado pelo Decreto nº 94.053, de
Art 26. As licenças poderão ser suspensas, 1987)
cassadas ou canceladas, no interesse da saúde pública, a Art 31. A assistência e responsabilidade técnicas
qualquer tempo por ato da autoridade sanitária das filias ou sucursais técnicas serão exercidas por
competente dos Estados, do Distrito Federal e dos profissional que não seja o da matriz ou sede.
Territórios. Art 32. A responsabilidade técnica do
Parágrafo único. No caso previsto neste artigo, a estabelecimento será comprovadas através de declaração
sanção será imposta em decorrência de processo de firma individual pelo estatuto ou contrato social ou
administrativo instaurado pelo órgão sanitário, no qual se pelo contrato de trabalho firmado com o profissional
assegure ampla defesa aos responsáveis. responsável.
§ 1º Cessada a assistência técnica pelo término ou
CAPÍTULO V alteração da declaração de firma individual da pessoa
Da Assistência e Responsabilidade Técnicas jurídica ou pela rescisão do contrato de trabalho, o
Art 27. (Revogado pelo decreto nº 3.181, de 1999) profissional responderá pelos atos praticados durante o
Art 28. O poder público, através do órgão período em que deu assistência ao estabelecimento.
sanitário competente dos Estados, do Distrito Federal e § 2º A responsabilidade referida no parágrafo
dos Territórios, poderá licenciar farmácia ou drogaria sob anterior subsistirá pelo prazo de um ano a contar da data
a responsabilidade técnica de prático de farmácia, oficial em que o sócio ou empregado cesse o vínculo com a
de farmácia ou outro, igualmente inscrito no Conselho empresa.
Regional de Farmácia respectivo, na forma da lei, desde § 3º Não dependerão de assistência e
que: responsabilidade técnicas o posto de medicamento e a
I - o interesse público justifique o licenciamento, unidade volante.
uma vez caracterizada a necessidade de instalação de Art 33. A responsabilidade técnica pelo
farmácia ou drogaria no local; e laboratório de análise clínicas caberá a farmacêutico
II - que inexista farmacêutico na localidade, ou bioquímico ou a outro igualmente autorizado por lei.
existindo não queira ou não possa esse profissional Art 34. Será permitido aos farmacêuticos exercer
assumir a responsabilidade técnica pelo estabelecimento. a direção técnica de duas farmácias, sendo uma delas
§ 1º - A medida excepcional de que trata este comercial, e a outra privativa de unidade hospitalar, ou
artigo, poderá inclusive, ser adotada, se determinada zona que lhe equipare.
ou região, urbana, suburbana ou rural, de elevada Parágrafo único. A farmácia privativa de unidade
densidade demográfica, não contar com estabelecimento hospitalar, ou que se lhe equipare, integrante de órgão
farmacêutico, tornando obrigatório o deslocamento do público ou de instrução particular, a que se refere este

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artigo, é que se destina ao atendimento exclusivo a nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, e deste
determinado grupo de usuários. Regulamento.
CAPITULO VI Parágrafo único. A competência fixada neste
Do Receituário artigo é privativa e intransferível, inclusive, para outras
Art 35. Somente será aviada a receita: pessoas de direito público mesmo da administração
(Revogado pelo decreto nº 3.181, de 1999) direta, que não pertençam a área de saúde pública.
Art 36. A receita de medicamentos magistrais e CAPÍTULO VII
oficinais, preparados na farmácia, deverá ser registrada Da Fiscalização
em livro de receituário. Art 45. A fiscalização dos estabelecimentos de
Parágrafo único. Somente as farmácias poderão que trata o artigo 1º item ll, obedecerá aos mesmo
receber receitas de medicamentos magistrais ou oficinais preceitos fixados para o controle sanitário dos demais e
para aviamento, vedada a intermediação sob qualquer competirá ao órgão de saúde da respectiva alçada
natureza. (Incluído pelo Decreto nº 793, de 1993) administrativa, civil ou militar a que pertença.
(Revogado pelo decreto nº 3.181, de 1999) Parágrafo único. na hipótese de ser apurada
Art 37. A farmácia a drogaria e o dispensário de infração ao disposto na Lei nº 5.991, de 17 de dezembro
medicamentos terão livro, segundo modelo oficial, de 1973, neste Regulamento e nas demais normas
destina ao registro do receituário de medicamentos sob sanitárias e em especial à Lei nº 5.726, de 29 de outubro
regime de controle sanitário especial. de 1971, e Decreto nº 69.845, de 27 de dezembro de
Art 38. A farmácia e a drogaria disporão de 1971, que a regulamentou, e aos atos do Diretor do
rótulos impressos para uso nas embalagens dos produtos Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e
aviados, deles constando nome e endereço do Farmácia, baixados por força de ambas as leis
estabelecimento o número da licença sanitária, nome do mencionadas os responsáveis, além de incursos nas
responsável técnica e o número de seu registro no sanções prevista no Decreto-lei nº 785, de 25 de agosto
Conselho Regional de Farmácia. de 1969, ou em outras dispostas em lei especial, e na
Parágrafo único. Além dos rótulos a que se refere penal cabível, ficarão sujeitos a ação disciplinar própria
o presente artigo, a farmácia terá impressos com os ao regime jurídico a que estejam submetidos.
dizeres "Uso Externo" "Uso Interno" "Agite quando Usar Art 46. A fiscalização sanitária das drogas,
" "Uso Veterinário" e "Veneno". medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos será
Art 39. Os dizeres da receita serão transcritos exercidas nos estabelecimentos que os comerciem, pelos
integralmente no rótulo aposto ao continente ou Estados, Distrito Federal e Território, através de seus
invólucro do medicamento aviado, com a data de sua órgãos competentes, e dos da administração pública
manipulação , número de ordem do registro de direta indireta e paraestatal, pelas pessoas de direitos
receituário nome do paciente e do profissional que a público a que estejam vinculados.
prescreveu. Art 47. No caso de dúvida quanto aos rótulos,
Parágrafo único. O responsável técnico pelo bulas e ao acondicionamentos de drogas, medicamentos,
estabelecimento rubricará os rótulos das fórmula aviadas insumo farmacêuticos e correlatos a fiscalização
e bem assim a receita correspondente para devolução ao apreenderá duas unidades do produto, das quais uma será
clientes ou arquivo, quando for o caso. remetida para exame no órgão sanitário competente
Art 40. A receita em código, para aviamentos na ficando a outra em poder do detentor do produto,
farmácia privativa da instituição somente poderá ser lavrando-se o termo de apreensão, em duas vias, que será
prescrita por profissional vinculado à unidade hospitalar. assinado pelo agente fiscalizador e pelo responsável
Parágrafo único. (Revogado pelo decreto nº 3.181, técnico pelo estabelecimento ou seu substituto eventual e,
de 1999) na ausência deste, por duas testemunhas.
Art 41. Quando a dosagem do medicamento Parágrafo único. Constatada a irregularidade pelo
prescrito ultrapassar os limites farmacológicos ou a órgão sanitário competente será lavrado auto de infração
prescrição apresentar incompatibilidades, o responsável aplicando-se as disposições constantes do Decreto-lei nº
técnico pelo estabelecimento solicitará confirmação 785, de 25 de agosto de 1969.
expressa ao profissional que a prescreveu. Art 48. Para efeito de análise fiscal, proceder-se-á,
Art 42. Na ausência do responsável técnico pela periodicamente, à colheita de amostras dos produtos e
farmácia ou de seu substituto, será vedado o aviamento materiais, nos estabelecimentos compreendidos neste
de fórmula que depende de manipulação na qual figure regulamento, devendo a autoridade fiscalizadora, como
substância sob regime de controle sanitário especial. medida preventiva, em caso de suspeita de alteração ou
Art 43. O registro do receituário e dos fraude interditar o estoque existente no local, até o prazo
medicamentos sob regime de controle sanitário especial máximo de sessenta (60 ) dias, findo o qual o estoque
não poderá conter rasuras, emendas ou irregularidades ficará automaticamente liberado salvo se houver
que possam prejudicar a verificação da sua autenticidade. notificação em contrário.
Art 44. Compete aos órgão de fiscalização, § 1º No caso de interdição do estoque, a
sanitária dos Estados, do Distrito Federal e dos autoridade fiscalizadora lavrará o auto de interdição
Territórios a licença e a fiscalização das condições de correspondente, que assinará com o representante legal
funcionamento dos estabelecimentos sob o regime da Lei da empresa e o possuidor ou detentor do produto ou seu
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substituto legal e, na ausência ou recusa deste, por duas contestação ao resultado da análise, o laudo será
testemunhas, especificadas no auto a natureza e demais considerado definitivo e proferida a decisão pela
características do produto interditado e o motivo da autoridade sanitária competente, consoante o disposto no
interdição. Decreto-lei nº 785, de 25 de agosto de 1969.
§ 2º A mercadoria interditada não poderá ser dada Art 50. A perícia de contraprova será realizada no
a consumo, desviada, alterada ou substituídas no todo ou laboratório oficial que expedir o laudo condenatório com
em parte sob pena de ser apreendida, independentemente a presença do perito que efetuou a análise fiscal, do
da ação pena cabível. perito indicado pela empresa e do perito indicado pelo
§ 3º Para análise fiscal serão colhidas amostras órgão fiscalizador utilizando-se as amostras constantes
que serão colocadas em quatro invólucros, lavrando a do invólucro em poder do detentor
autoridade fiscalizadora o auto de apreensão em, quatro § 1º A perícia de contraprova será iniciada até
vias, que será assinado pelo autuante, pelo representante quinze (15) dias após o recebimento da defesa
legal da empresa, pelo possuidor ou detentor do produto apresentada pelo indicado e concluída nos quinze (15)
ou seu substituto legal, e, na ausência ou recusa deste, dias subseqüentes salvo se condições técnicas exigem
por duas testemunhas especificadas no auto a natureza e prazo maior.
outras características do material apreendido. § 2º Na data fixada para perícia da contraprova o
§ 4º O número de amostras será limitado à perito do indiciado apresentará o invólucro de amostra
quantidade necessária e suficiente às análises e exames. em seu poder.
§ 5º Dos quatros invólucros, tornados § 3º A perícia de contraprova não será realizada se
individualmente invioláveis e convenientemente houver indício de alterado ou violação dos invólucros,
autenticados, no atos de apreensão, um ficará em poder lavrando-se ata circunstanciada sobre o fato, assinada
do detentor do produto com a primeira via do respectivo pelos peritos.
auto para efeitos de recursos; outros será remetidos ao § 4º Na hipótese do parágrafo anterior,
fabricante com a segunda via do auto, para defesa, em prevalecerá, para todos os efeitos, o laudo de análise
caso de conta-prova; o terceiro será enviado no prazo fiscal condenatória.
máximo de cinco (5) dias ao laboratório oficial, com a § 5º Aos peritos serão fornecidos todos os
terceira via de auto de apreensão para a análise fiscal; e o informes necessários à realização da perícia de
quatro, ficará em poder da autoridade fiscalizadora, que contraprova.
será responsável pela integridade e conservação da § 6º Aplicar-se-á à perícia de contraprova o
amostra. mesmo método de análise empregado análise fiscal
§ 6º O laboratório oficial terá o prazo de trinta podendo, porém ser adotado outro de reconhecida
(30) dias contados da data do recebimentos da amostras, eficácia, se houver concordância dos peritos.
para efetuar a análise e os exames. § 7º Os peritos lavarão termo e laudo do ocorrido
§ 7º Quando se trata de amostra de produtos na perícia de contraprova, que ficarão arquivados no
perecível em prazo inferior ao estabelecido no parágrafo laboratório oficial, remetendo sua conclusão ao órgão
anterior, a análise deverá ser feita de imediato. sanitário de fiscalização.
§ 8º O prazo previsto no § 6º poderá ser Art 51. Confirmado pela perícia de contraprova o
prorrogados excepcionalmente, até quinze (15) dias, por resultado da análise fiscal condenatória, deverá a
razões técnicas devidamente justificadas. autoridade sanitária competente ao proferir a sua decisão
Art 49. Concluídas fiscal, o laboratório oficial determinar a inutilização do material ou produto,
remeterá imediatamente o laudo respectivo à autoridade substância ou insumo, objeto de fraude, falsificação ou
fiscalizadora competente que procederá de acordo com a adulteração, observando o disposto no Decreto-lei nº 785,
conclusão do mesmo. de 25 de agosto de 1969.
§ 1º Se resultado da análise fiscal não comprovar Art 52. Em caso de divergência entre os peritos
alteração do produto este será desde logo liberado. quantos ao resultado análise fiscal condenatória ou
§ 2º Comprovada a alteração, falsificação discordância entre os resultados desta última com os da
adulteração ou fraude, será lavrado, de imediato ao auto perícia de contraprova, caberá recursos da parte
de infração e notificada a empresa para início do interessada ou do perito responsável pela análise
processo. condenatória à autoridade competente, devendo esta
§ 3º O indicado terá o prazo de (10) dias, contados determinar a realização de novo exame pericial sobre a
da notificação, para apresentar defesa escrita ou contestar amostra em poder do laboratório oficial de controle.
o resultado da análise, requerendo, na segunda hipótese, § 1º O recurso de que trata este artigo deverá ser
perícia de contraprova. interposto no prazo de dez (10) dias, contatados data da
§ 4º A notificação do indicado será feita por conclusão da perícia de contraprova.
intermédio de funcionário lotado no órgão sanitário § 2º A autoridade que receber o recurso deverá
competente ou mediante registro postal e no caso de não decidir sobre o mesmo no prazo de dez (10) dias,
ser localizado ou encontrado, por meio de edital contados da data do seu recebimento.
publicado no órgão oficial divulgado. § 3º Esgotado o prazo referido no parágrafo
§ 5º Decorrido o prazo de que trata o § 3º deste anterior, sem decisão do recurso, prevalecerá o resultado
artigo sem que o notificado apresente defesa ou da perícia de contraprova.
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Art 53. Configurada infração por inobservância de Art 58. As farmácias e drogarias serão obrigada a
preceitos éticos - profissionais o órgão fiscalizador plantão, pelo sistema de rodízio, para atendimento
comunicará o fato ao Conselho Regional de Farmácia da ininterrupto à comunidade, consoante normas a serem
Jurisdição. baixadas pelos Estados, Distrito Federal, Território e
Art 54. Não poderá ter exercício nos órgão de Municípios.
fiscalização sanitária o servidor público que for sócio ou Art 59. Para o provisionamento de que trata o
acionista de qualquer categoria, ou que prestar serviço a artigo 57, da Lei número 5.991, de 17 de dezembro de
empresa ou estabelecimentos que explore o comércio de 1973, deverá o interessado satisfazer os seguintes
drogas, medicamento insumos farmacêuticos e requisitos, mediante petição dirigida ao Conselho
correlatos. Regional de Farmácia:
I - provar que é prático de farmácia ou oficial de
CAPÍTULO VIII farmácia, por meio de título legalmente expedido até 19
Disposições Finais e Transitórias de dezembro de 1973;
II - estar em plena atividade profissional,
Art 55. O Serviço Nacional de Fiscalização da comprovada mediante contrato social ou outro
Medicina e Farmácia para o cumprimentos do disposto documento hábil;
na Lei nº 5.991, de 17 dezembro de 1973, fará publicar III - provar a condição de proprietário ou co-
no Diário Oficial da União proprietário de farmácia ou drogaria em 11 de novembro
l - relação dos medicamentos anódino, de que de 1960.
trata o artigo 8º dete Regulamento; § 1º O provisionado poderá assumir livremente a
ll - relação dos medicamentos industrializados a responsabilidade técnica de quaisquer das farmácias de
serem vendidos em suas embalagens originais, cuja sua propriedade ou co-propriedade, proibida a
dispensação é permitida em posto de medicamentos ou acumulação e atendida a exigência de horário de trabalho
em unidades volantes, de que tratam o artigo 17, seu prevista no § 1º, do artigo 27, deste Regulamento.
parágrafo único e o artigo 18 e seus parágrafos. § 2º E vedado ao prático e ao oficial de farmácia,
lll - relação dos produtos correlatos de que trata o provisionados na forma deste artigo, o exercício de
artigo 10, não submetidos a regime da lei especial, e que outras atividades privativas da profissão de farmacêutico.
poderão ser liberados à venda em outras estabelecimentos § 3º O provisionamento de que trata este artigo
além de farmácias e drogarias. será efetivado no prazo máximo de noventa (90) dias
Parágrafo único. As relações referidas nos itens l, contado da data do registro de entrada do respectivo
ll, e lll poderão ser modificadas, a qualquer tempo, seja requerimento, devidamente instruído, em Conselho
para incluir ou excluir qualquer dos medicamentos ou Regional de Farmácia.
correlatos nela constantes, desde que havia interesse Art 60. Este Decreto entrará em vigor na data de
sanitário a justificar a alteração. sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art 56 Cabe ao Serviço Nacional de Fiscalização Brasília, 10 de junho de 1974; 153º da
da Medicina e Farmácia baixar os atos que se fizerem Independência e 86º da República.
necessários à execução dete Regulamento especialmente: ERNESTO GEISEL
l - instruções sobre o receituário, utensílio Paulo de Almeida Machado
equipamento e relação de estoque mínimo de produtos Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
homeopáticos; 11.6.1974
ll - normas de controle de estoque de produtos sob
regime de registro sanitário especial, respeitada a
legislação específica para os entorpecentes e as
substâncias capazes de produzir dependência física ou
psíquica;
lll - normas relativas:
a) à padronização do registro do estoque e da
venda ou dispensação dos medicamentos sob controle
sanitário especial, atendida a legislação pertinente;
b) aos estoque mínimo de determinado
medicamentos de dispensação, observando o quadro
nosológico local;
c) aos medicamentos e matérias destinados a
atendimentos de emergência, incluídos os soros
profiláticos.
Parágrafo único. Os atos de que trata este artigo
serão publicados no Diário Oficial da União.
Art 57. É vedado utilizar qualquer dependência da
farmácia ou da drogaria como consultório, ou em outro
fim diverso do licenciamento.
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Decreto nº 2.181 de 21/03/1997 VII - levar ao conhecimento dos órgãos
(DOU de 21.3.1997) competentes as infrações de ordem administrativa que
violarem os interesses difusos, coletivos ou individuais
Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de dos consumidores;
Defesa do Consumidor - SNDC, estabelece as normas VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da
gerais de aplicação das sanções administrativas União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
previstas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, Municípios, bem como auxiliar na fiscalização de preços,
revoga o Decreto Nº 861, de 9 julho de 1993, e dá outras abastecimento, quantidade e segurança de produtos e
providências. serviços;
IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da e outros programas especiais, a criação de órgãos
atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da públicos estaduais e municipais de defesa do consumidor
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.078, e a formação, pelos cidadãos, de entidades com esse
de 11 de setembro de 1990, mesmo objetivo;
X - fiscalizar e aplicar as sanções administrativas
previstas na Lei nº 8.078, de 1990, e em outras normas
DECRETA: pertinentes à defesa do consumidor;
XI - solicitar o concurso de órgãos e entidades de
Art. 1º Fica organizado o Sistema Nacional de notória especialização técnico-científica para a
Defesa do Consumidor - SNDC e estabelecidas as consecução de seus objetivos;
normas gerais de aplicação das sanções administrativas, XII - celebrar convênios e termos de ajustamento
nos termos da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. de conduta, na forma do § 6o do art. 5o da Lei no 7.347,
de 24 de julho de 1985; (Redação dada pelo Decreto nº
CAPÍTULO I 7.738, de 2012).
DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO XIII - elaborar e divulgar o cadastro nacional de
CONSUMIDOR reclamações fundamentadas contra fornecedores de
produtos e serviços, a que se refere o art. 44 da Lei nº
Art. 2o Integram o SNDC a Secretaria Nacional do 8.078, de 1990;
Consumidor do Ministério da Justiça e os demais órgãos XIV - desenvolver outras atividades compatíveis
federais, estaduais, do Distrito Federal, municipais e as com suas finalidades.
entidades civis de defesa do consumidor. (Redação dada Art. 4º No âmbito de sua jurisdição e competência,
pelo Decreto nº 7.738, de 2012). caberá ao órgão estadual, do Distrito Federal e municipal
de proteção e defesa do consumidor, criado, na forma da
CAPÍTULO II lei, especificamente para este fim, exercitar as atividades
DA COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS contidas nos incisos II a XII do art. 3º deste Decreto e,
INTEGRANTES DO SNDC ainda:
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar
Art. 3o Compete à Secretaria Nacional do a política estadual, do Distrito Federal e municipal de
Consumidor do Ministério da Justiça, a coordenação da proteção e defesa do consumidor, nas suas respectivas
política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, áreas de atuação;
cabendo-lhe: (Redação dada pelo Decreto nº 7.738, de II - dar atendimento aos consumidores,
2012). processando, regularmente, as reclamações
I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar fundamentadas;
a política nacional de proteção e defesa do consumidor; III - fiscalizar as relações de consumo;
II - receber, analisar, avaliar e apurar consultas e IV - funcionar, no processo administrativo, como
denúncias apresentadas por entidades representativas ou instância de instrução e julgamento, no âmbito de sua
pessoas jurídicas de direito público ou privado ou por competência, dentro das regras fixadas pela Lei nº 8.078,
consumidores individuais; de 1990, pela legislação complementar e por este
III - prestar aos consumidores orientação Decreto;
permanente sobre seus direitos e garantias; V - elaborar e divulgar anualmente, no âmbito de
IV - informar, conscientizar e motivar o sua competência, o cadastro de reclamações
consumidor, por intermédio dos diferentes meios de fundamentadas contra fornecedores de produtos e
comunicação; serviços, de que trata o art. 44 da Lei no 8.078, de 1990 e
V - solicitar à polícia judiciária a instauração de remeter cópia à Secretaria Nacional do Consumidor do
inquérito para apuração de delito contra o consumidor, Ministério da Justiça; (Redação dada pelo Decreto nº
nos termos da legislação vigente; 7.738, de 2012).
VI - representar ao Ministério Público competente, VI - desenvolver outras atividades compatíveis
para fins de adoção de medidas processuais, penais e com suas finalidades.
civis, no âmbito de suas atribuições; Art. 5º Qualquer entidade ou órgão da
Administração Pública, federal, estadual e municipal,
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destinado à defesa dos interesses e direitos do Il - representar o consumidor em juízo, observado
consumidor, tem, no âmbito de suas respectivas o disposto no inciso IV do art. 82 da Lei nº 8.078, de
competências, atribuição para apurar e punir infrações a 1990;
este Decreto e à legislação das relações de consumo. III - exercer outras atividades correlatas.
Parágrafo único. Se instaurado mais de um
processo administrativo por pessoas jurídicas de direito CAPÍTULO III
público distintas, para apuração de infração decorrente de DA FISCALIZAÇÃO, DAS PRÁTICAS
um mesmo fato imputado ao mesmo fornecedor, eventual INFRATIVAS E DAS
conflito de competência será dirimido pela Secretaria PENALIDADES
Nacional do Consumidor, que poderá ouvir a Comissão ADMINISTRATIVAS
Nacional Permanente de Defesa do Consumidor - SEÇÃO I
CNPDC, levando sempre em consideração a competência Da Fiscalização
federativa para legislar sobre a respectiva atividade
econômica. (Redação dada pelo Decreto nº 7.738, de Art. 9o A fiscalização das relações de consumo de
2012). que tratam a Lei no 8.078, de 1990, este Decreto e as
Art. 6º As entidades e órgãos da Administração demais normas de defesa do consumidor será exercida
Pública destinados à defesa dos interesses e direitos em todo o território nacional pela Secretaria Nacional do
protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor Consumidor do Ministério da Justiça, pelos órgãos
poderão celebrar compromissos de ajustamento de federais integrantes do Sistema Nacional de Defesa do
conduta às exigências legais, nos termos do § 6º do art. 5º Consumidor, pelos órgãos conveniados com a Secretaria
da Lei nº 7.347, de 1985, na órbita de suas respectivas e pelos órgãos de proteção e defesa do consumidor
competências. criados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, em
§ 1º A celebração de termo de ajustamento de suas respectivas áreas de atuação e competência.
conduta não impede que outro, desde que mais vantajoso (Redação dada pelo Decreto nº 7.738, de 2012).
para o consumidor, seja lavrado por quaisquer das Art. 10. A fiscalização de que trata este Decreto
pessoas jurídicas de direito público integrantes do SNDC. será efetuada por agentes fiscais, oficialmente
§ 2º A qualquer tempo, o órgão subscritor poderá, designados, vinculados aos respectivos órgãos de
diante de novas informações ou se assim as proteção e defesa do consumidor, no âmbito federal,
circunstâncias o exigirem, retificar ou complementar o estadual, do Distrito Federal e municipal, devidamente
acordo firmado, determinando outras providências que se credenciados mediante Cédula de Identificação Fiscal,
fizerem necessárias, sob pena de invalidade imediata do admitida a delegação mediante convênio.
ato, dando-se seguimento ao procedimento Art. 11. Sem exclusão da responsabilidade dos
administrativo eventualmente arquivado. órgãos que compõem o SNDC, os agentes de que trata o
§ 3º O compromisso de ajustamento conterá, entre artigo anterior responderão pelos atos que praticarem
outras, cláusulas que estipulem condições sobre: quando investidos da ação fiscalizadora.
I - obrigação do fornecedor de adequar sua
conduta às exigências legais, no prazo ajustado SEÇÃO II
II - pena pecuniária, diária, pelo descumprimento Das Práticas Infrativas
do ajustado, levando-se em conta os seguintes critérios:
a) o valor global da operação investigada; Art. 12. São consideradas práticas infrativa:
b) o valor do produto ou serviço em questão; I - condicionar o fornecimento de produto ou
c) os antecedentes do infrator; serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço,
d) a situação econômica do infrator; bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
III - ressarcimento das despesas de investigação da II - recusar atendimento às demandas dos
infração e instrução do procedimento administrativo. consumidores na exata medida de sua disponibilidade de
§ 4º A celebração do compromisso de ajustamento estoque e, ainda, de conformidade com os usos e
suspenderá o curso do processo administrativo, se costumes;
instaurado, que somente será arquivado após atendidas Ill - recusar, sem motivo justificado, atendimento à
todas as condições estabelecidas no respectivo termo. demanda dos consumidores de serviços;
Art. 7º Compete aos demais órgãos públicos IV - enviar ou entregar ao consumidor qualquer
federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais que produto ou fornecer qualquer serviço, sem solicitação
passarem a integrar o SNDC fiscalizar as relações de prévia;
consumo, no âmbito de sua competência, e autuar, na V - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do
forma da legislação, os responsáveis por práticas que consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
violem os direitos do consumidor. conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus
Art. 8º As entidades civis de proteção e defesa do produtos ou serviços;
consumidor, legalmente constituídas, poderão: VI - exigir do consumidor vantagem
I - encaminhar denúncias aos órgãos públicos de manifestamente excessiva;
proteção e defesa do consumidor, para as providências
legais cabíveis;
71
VII - executar serviços sem a prévia elaboração de anunciado ou do ressarcimento de perdas e danos
orçamento e auto consumidor. ressalvadas as decorrentes sofridos pelo consumidor, assegurado o direito de
de práticas anteriores entre as partes; regresso do anunciante contra seu segurador ou
VIII - repassar informação depreciativa referente a responsável direto;
ato praticado pelo consumidor no exercício de seus VII - omitir, nas ofertas ou vendas eletrônicas, por
direitos; telefone ou reembolso postal, o nome e endereço do
IX - colocar, no mercado de consumo, qualquer fabricante ou do importador na embalagem, na
produto ou serviço: publicidade e nos impressos utilizados na transação
a) em desacordo com as normas expedidas pelos comercial;
órgãos oficiais competentes, ou, se normas específicas VIII - deixar de cumprir, no caso de fornecimento
não existirem, pela Associação Brasileira de Normas de produtos e serviços, o regime de preços tabelados,
Técnicas - ABNT ou outra entidade credenciada pelo congelados, administrados, fixados ou controlados pelo
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Poder Público;
Qualidade Industrial - CONMETRO; IX - submeter o consumidor inadimplente a
b) que acarrete riscos à saúde ou à segurança dos ridículo ou a qualquer tipo de constrangimento ou
consumidores e sem informações ostensivas e adequadas; ameaça;
c) em desacordo com as indicações constantes do X - impedir ou dificultar o acesso gratuito do
recipiente, da embalagem, da rotulagem ou mensagem consumidor às informações existentes em cadastros,
publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua fichas, registros de dados pessoais e de consumo,
natureza; arquivados sobre ele, bem como sobre as respectivas
d) impróprio ou inadequado ao consumo a que se fontes;
destina ou que lhe diminua o valor; XI - elaborar cadastros de consumo com dados
X - deixar de reexecutar os serviços, quando irreais ou imprecisos;
cabível, sem custo adicional; XII - manter cadastros e dados de consumidores
XI - deixar de estipular prazo para o cumprimento com informações negativas, divergentes da proteção
de sua obrigação ou deixar a fixação ou variação de seu legal;
termo inicial a seu exclusivo critério. XIIII - deixar de comunicar, por escrito, ao
Art. 13. Serão consideradas, ainda, práticas consumidor a abertura de cadastro, ficha, registro de
infrativas, na forma dos dispositivos da Lei nº 8.078, de dados pessoais e de consumo, quando não solicitada por
1990: ele;
I - ofertar produtos ou serviços sem as informações XIV - deixar de corrigir, imediata e gratuitamente,
corretas, claras, precisa e ostensivas, em língua a inexatidão de dados e cadastros, quando solicitado pelo
portuguesa, sobre suas características, qualidade, consumidor;
quantidade, composição, preço, condições de pagamento, XV - deixar de comunicar ao consumidor, no
juros, encargos, garantia, prazos de validade e origem, prazo de cinco dias úteis, as correções cadastrais por ele
entre outros dados relevantes; solicitadas;
II - deixar de comunicar à autoridade competente a XVI - impedir, dificultar ou negar, sem justa
periculosidade do produto ou serviço, quando do causa, o cumprimento das declarações constantes de
lançamento dos mesmos no mercado de consumo, ou escritos particulares, recibos e pré-contratos concernentes
quando da verificação posterior da existência do risco; às relações de consumo;
III - deixar de comunicar aos consumidores, por XVII - omitir em impressos, catálogos ou
meio de anúncios publicitários, a periculosidade do comunicações, impedir, dificultar ou negar a desistência
produto ou serviço, quando do lançamento dos mesmos contratual, no prazo de até sete dias a contar da assinatura
no mercado de consumo, ou quando da verificação do contrato ou do ato de recebimento do produto ou
posterior da existência do risco; serviço, sempre que a contratação ocorrer fora do
IV - deixar de reparar os danos causados aos estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou
consumidores por defeitos decorrentes de projetos, a domicílio;
fabricação, construção, montagem, manipulação, XVIII - impedir, dificultar ou negar a devolução
apresentação ou acondicionamento de seus produtos ou dos valores pagos, monetariamente atualizados, durante o
serviços, ou por informações insuficientes ou prazo de reflexão, em caso de desistência do contrato
inadequadas sobre a sua utilização e risco; pelo consumidor;
V - deixar de empregar componentes de reposição XIX - deixar de entregar o termo de garantia,
originais, adequados e novos, ou que mantenham as devidamente preenchido com as informações previstas no
especificações técnicas do fabricante, salvo se existir parágrafo único do art. 50 da Lei nº 8.078, de 1990;
autorização em contrário do consumidor; XX - deixar, em contratos que envolvam vendas a
VI - deixar de cumprir a oferta, publicitária ou prazo ou com cartão de crédito, de informar por escrito
não, suficientemente precisa, ressalvada a incorreção ao consumidor, prévia e adequadamente, inclusive nas
retificada em tempo hábil ou exclusivamente atribuível comunicações publicitárias, o preço do produto ou do
ao veículo de comunicação, sem prejuízo, inclusive serviço em moeda corrente nacional, o montante dos
nessas duas hipóteses, do cumprimento forçado do juros de mora e da taxa efetiva anual de juros, os
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acréscimos legal e contratualmente previstos, o número e I - leves: aquelas em que forem verificadas
a periodicidade das prestações e, com igual destaque, a somente circunstâncias atenuantes;
soma total a pagar, com ou sem financiamento; II - graves: aquelas em que forem verificadas
XXI - deixar de assegurar a oferta de componentes circunstâncias agravantes.
e peças de reposição, enquanto não cessar a fabricação ou
importação do produto, e, caso cessadas, de manter a SEÇÃO III
oferta de componentes e peças de reposição por período Das Penalidades Administrativas
razoável de tempo, nunca inferior à vida útil do produto
ou serviço; Art. 18. A inobservância das normas contidas na
XXII - propor ou aplicar índices ou formas de Lei nº 8.078, de 1990, e das demais normas de defesa do
reajuste alternativos, bem como fazê-lo em desacordo consumidor constituirá prática infrativa e sujeitará o
com aquele que seja legal ou contratualmente permitido; fornecedor às seguintes penalidades, que poderão ser
XXIII - recusar a venda de produto ou a prestação aplicadas isolada ou cumulativamente, inclusive de
de serviços, publicamente ofertados, diretamente a quem forma cautelar, antecedente ou incidente no processo
se dispõe a adquiri-los mediante pronto pagamento, administrativo, sem prejuízo das de natureza cível, penal
ressalvados os casos regulados em leis especiais; e das definidas em normas específicas:
XXIV - deixar de trocar o produto impróprio, I - multa;
inadequado, ou de valor diminuído, por outro da mesma II - apreensão do produto;
espécie, em perfeitas condições de uso, ou de restituir Ill - inutilização do produto;
imediatamente a quantia paga, devidamente corrigida, ou IV - cassação do registro do produto junto ao
fazer abatimento proporcional do preço, a critério do órgão competente;
consumidor. V - proibição de fabricação do produto;
Art. 14. É enganosa qualquer modalidade de VI - suspensão de fornecimento de produtos ou
informação ou comunicação de caráter publicitário serviços;
inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro VII - suspensão temporária de atividade;
modo, esmo por omissão, capaz de induzir a erro o VIII - revogação de concessão ou permissão de
consumidor a respeito da natureza, características, uso;
qualidade, quantidade, propriedade, origem, preço e de IX - cassação de licença do estabelecimento ou de
quaisquer outros dados sobre produtos ou serviços. atividade;
§ 1º É enganosa, por omissão, a publicidade que X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento,
deixar de informar sobre dado essencial do produto ou de obra ou de atividade;
serviço a ser colocado à disposição dos consumidores. XI - intervenção administrativa;
§ 2º É abusiva, entre outras, a publicidade XII - imposição de contrapropaganda.
discriminatória de qualquer natureza, que incite à § 1º Responderá pela prática infrativa, sujeitando-
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite se às sanções administrativas previstas neste Decreto,
da deficiência de julgamento e da inexperiência da quem por ação ou omissão lhe der causa, concorrer para
criança, desrespeite valores ambientais, seja capaz de sua prática ou dela se beneficiar.
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial § 2º As penalidades previstas neste artigo serão
ou perigosa à sua saúde ou segurança, ou que viole aplicadas pelos órgãos oficiais integrantes do SNDC, sem
normas legais ou regulamentares de controle da prejuízo das atribuições do órgão normativo ou regulador
publicidade. da atividade, na forma da legislação vigente.
§ 3º O ônus da prova da veracidade (não- § 3º As penalidades previstas nos incisos III a XI
enganosidade) e da correção (não-abusividade) da deste artigo sujeitam-se a posterior confirmação pelo
informação ou comunicação publicitária cabe a quem as órgão normativo ou regulador da atividade, nos limites
patrocina. de sua competência.
Art. 15. Estando a mesma empresa sendo acionada Art. 19. Toda pessoa física ou jurídica que fizer ou
em mais de um Estado federado pelo mesmo fato gerador promover publicidade enganosa ou abusiva ficará sujeita
de prática infrativa, a autoridade máxima do sistema à pena de multa, cumulada com aquelas previstas no
estadual poderá remeter o processo ao órgão coordenador artigo anterior, sem prejuízo da competência de outros
do SNDC, que apurará o fato e aplicará as sanções órgãos administrativos.
respectivas. Parágrafo único. Incide também nas penas deste
Art. 16. Nos casos de processos administrativos artigo o fornecedor que:
em trâmite em mais de um Estado, que envolvam a) deixar de organizar ou negar aos legítimos
interesses difusos ou coletivos, a Secretaria Nacional do interessados os dados fáticos, técnicos e científicos que
Consumidor poderá avocá-los, ouvida a Comissão dão sustentação à mensagem publicitária;
Nacional Permanente de Defesa do Consumidor, e as b) veicular publicidade de forma que o consumidor
autoridades máximas dos sistemas estaduais. (Redação não possa, fácil e imediatamente, identificá-la como tal.
dada pelo Decreto nº 7.738, de 2012). Art. 20. Sujeitam-se à pena de multa os órgãos
Art. 17. As práticas infrativas classificam-se em: públicos que, por si ou suas empresas concessionárias,
permissionárias ou sob qualquer outra forma de
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empreendimento, deixarem de fornecer serviços XIII - infringir normas ambientais ou possibilitar
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, sua violação;
contínuos. XIV - possibilitar a renúncia ao direito de
Art. 21. A aplicação da sanção prevista no inciso II indenização por benfeitorias necessárias;
do art. 18 terá lugar quando os produtos forem XV - restringir direitos ou obrigações
comercializados em desacordo com as especificações fundamentais à natureza do contrato, de tal modo a
técnicas estabelecidas em legislação própria, na Lei nº ameaçar o seu objeto ou o equilíbrio contratual;
8.078, de 1990, e neste Decreto. XVI - onerar excessivamente o consumidor,
§ 1º Os bens apreendidos, a critério da autoridade, considerando-se a natureza e o conteúdo do contrato, o
poderão ficar sob a guarda do proprietário, responsável, interesse das partes e outras circunstâncias peculiares à
preposto ou empregado que responda pelo gerenciamento espécie;
do negócio, nomeado fiel depositário, mediante termo XVII - determinar, nos contratos de compra e
próprio, proibida a venda, utilização, substituição, venda mediante pagamento em prestações, ou nas
subtração ou remoção, total ou parcial, dos referidos alienações fiduciárias em garantia, a perda total das
bens. prestações pagas, em beneficio do credor que, em razão
§ 2º A retirada de produto por parte da autoridade do inadimplemento, pleitear a resilição do contrato e a
fiscalizadora não poderá incidir sobre quantidade retomada do produto alienado, ressalvada a cobrança
superior àquela necessária à realização da análise judicial de perdas e danos comprovadamente sofridos;
pericial. XVIII - anunciar, oferecer ou estipular pagamento
Art. 22. Será aplicada multa ao fornecedor de em moeda estrangeira, salvo nos casos previstos em lei;
produtos ou serviços que, direta ou indiretamente, inserir, XIX - cobrar multas de mora superiores a dois por
fizer circular ou utilizar-se de cláusula abusiva, qualquer cento, decorrentes do inadimplemento de obrigação no
que seja a modalidade do contrato de consumo, inclusive seu termo, conforme o disposto no § 1º do art. 52 da Lei
nas operações securitárias, bancárias, de crédito direto ao nº 8.078, de 1990, com a redação dada pela Lei nº 9.298,
consumidor, depósito, poupança, mútuo ou de 1º de agosto de 1996;
financiamento, e especialmente quando: XX - impedir, dificultar ou negar ao consumidor a
I - impossibilitar, exonerar ou atenuar a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente,
responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer mediante redução proporcional dos juros, encargos e
natureza dos produtos e serviços ou implicar renúncia ou demais acréscimos, inclusive seguro;
disposição de direito do consumidor; XXI - fizer constar do contrato alguma das
II - deixar de reembolsar ao consumidor a quantia cláusulas abusivas a que se refere o art. 56 deste Decreto;
já paga, nos casos previstos na Lei nº 8.078, de 1990; XXII - elaborar contrato, inclusive o de adesão,
III - transferir responsabilidades a terceiros; sem utilizar termos claros, caracteres ostensivos e
IV - estabelecer obrigações consideradas iníquas legíveis, que permitam sua imediata e fácil compreensão,
ou abusivas, que coloquem o consumidor em destacando-se as cláusulas que impliquem obrigação ou
desvantagem exagerada, incompatíveis com a boa-fé ou a limitação dos direitos contratuais do consumidor,
eqüidade; inclusive com a utilização de tipos de letra e cores
V - estabelecer inversão do ônus da prova em diferenciados, entre outros recursos gráficos e visuais;
prejuízo do consumidor; XXIII - que impeça a troca de produto impróprio,
VI - determinar a utilização compulsória de inadequado, ou de valor diminuído, por outro da mesma
arbitragem; espécie, em perfeitas condições de uso, ou a restituição
VII - impuser representante para concluir ou imediata da quantia paga, devidamente corrigido, ou
realizar outro negócio jurídico pelo consumidor; fazer abatimento proporcional do preço, a critério do
VIII - deixar ao fornecedor a opção de concluir ou consumidor.
não o contrato, embora obrigando o consumidor; Parágrafo único. Dependendo da gravidade da
IX - permitir ao fornecedor, direta ou infração prevista nos incisos dos arts. 12, 13 e deste
indiretamente, variação unilateral do preço, juros, artigo, a pena de multa poderá ser cumulada com as
encargos, forma de pagamento ou atualização monetária; demais previstas no art. 18, sem prejuízo da competência
X - autorizar o fornecedor a cancelar o contrato de outros órgãos administrativos.
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao Art. 23. Os serviços prestados e os produtos
consumidor, ou permitir, nos contratos de longa duração remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese
ou de trato sucessivo, o cancelamento sem justa causa e prevista no inciso IV do art. 12 deste Decreto,
motivação, mesmo que dada ao consumidor a mesma equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de
opção; pagamento.
XI - obrigar o consumidor a ressarcir os custos de Art. 24. Para a imposição da pena e sua gradação,
cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja serão considerados:
conferido contra o fornecedor; I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;
XII - autorizar o fornecedor a modificar II - os antecedentes do infrator, nos termos do art.
unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato 28 deste Decreto.
após sua celebração; Art. 25. Consideram-se circunstâncias atenuantes:
74
I - a ação do infrator não ter sido fundamental para Art. 30. As multas arrecadadas serão destinadas ao
a consecução do fato; financiamento de projetos relacionados com os objetivos
II - ser o infrator primário; da Política Nacional de Relações de Consumo, com a
III - ter o infrator adotado as providências defesa dos direitos básicos do consumidor e com a
pertinentes para minimizar ou de imediato reparar os modernização administrativa dos órgãos públicos de
efeitos do ato lesivo. defesa do consumidor, após aprovação pelo respectivo
Art. 26. Consideram-se circunstâncias agravantes: Conselho Gestor, em cada unidade federativa.
I - ser o infrator reincidente; Art. 31. Na ausência de Fundos municipais, os
II - ter o infrator, comprovadamente, cometido a recursos serão depositados no Fundo do respectivo
prática infrativa para obter vantagens indevidas; Estado e, faltando este, no Fundo federal.
III - trazer a prática infrativa conseqüências Parágrafo único. O Conselho Federal Gestor do
danosas à saúde ou à segurança do consumidor; Fundo de Defesa dos Direitos, Difusos poderá apreciar e
IV - deixar o infrator, tendo conhecimento do ato autorizar recursos para projetos especiais de órgãos e
lesivo, de tomar as providências para evitar ou mitigar entidades federais, estaduais e municipais de defesa do
suas conseqüências; consumidor.
V - ter o infrator agido com dolo; Art. 32. Na hipótese de multa aplicada pelo órgão
VI - ocasionar a prática infrativa dano coletivo ou coordenador do SNDC nos casos previstos pelo art. 15
ter caráter repetitivo; deste Decreto, o Conselho Federal Gestor do FDD
VII - ter a prática infrativa ocorrido em detrimento restituirá aos fundos dos Estados envolvidos o percentual
de menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou de de até oitenta por cento do valor arrecadado.
pessoas portadoras de deficiência física, mental ou
sensorial, interditadas ou não; CAPÍTULO V
VIII - dissimular-se a natureza ilícita do ato ou DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
atividade; SEÇÃO I
IX - ser a conduta infrativa praticada Das Disposições Gerais
aproveitando-se o infrator de grave crise econômica ou
da condição cultural, social ou econômica da vítima, ou, Art. 33. As práticas infrativas às normas de
ainda, por ocasião de calamidade. proteção e defesa do consumidor serão apuradas em
Art. 27. Considera-se reincidência a repetição de processo administrativo, que terá início mediante:
prática infrativa, de qualquer natureza, às normas de I - ato, por escrito, da autoridade competente;
defesa do consumidor, punida por decisão administrativa I - lavratura de auto de infração;
irrecorrível. III - reclamação.
Parágrafo único. Para efeito de reincidência, não § 1º Antecedendo à instauração do processo
prevalece a sanção anterior, se entre a data da decisão administrativo, poderá a autoridade competente abrir
administrativa definitiva e aquela da prática posterior investigação preliminar, cabendo, para tanto, requisitar
houver decorrido período de tempo superior a cinco anos. dos fornecedores informações sobre as questões
Art. 28. Observado o disposto no art. 24 deste investigados, resguardado o segredo industrial, na forma
Decreto pela autoridade competente, a pena de multa será do disposto no § 4º do art. 55 da Lei nº 8.078, de 1990.
fixada considerando-se a gravidade da prática infrativa, a § 2º A recusa à prestação das informações ou o
extensão do dano causado aos consumidores, a vantagem desrespeito às determinações e convocações dos órgãos
auferida com o ato infrativo e a condição econômica do do SNDC caracterizam desobediência, na forma do art.
infrator, respeitados os parâmetros estabelecidos no 330 do Código Penal, ficando a autoridade administrativa
parágrafo único do art. 57 da Lei nº 8.078, de 1990. com poderes para determinar a imediata cessação da
prática, além da imposição das sanções administrativas e
CAPÍTULO IV civis cabíveis.
DA DESTINAÇÃO DA MULTA E DA
ADMINISTRAÇÃO DOS SEÇÃO II
RECURSOS Da Reclamação
Art. 29. A multa de que trata o inciso I do art. 56 e
caput do art. 57 da Lei nº 8.078, de 1990, reverterá para o Art. 34. O consumidor poderá apresentar sua
Fundo pertinente à pessoa jurídica de direito público que reclamação pessoalmente, ou por telegrama carta, telex,
impuser a sanção, gerido pelo respectivo Conselho fac-símile ou qualquer outro meio de comunicação, a
Gestor. quaisquer dos órgãos oficiais de proteção e defesa do
Parágrafo único. As multas arrecadadas pela União consumidor.
e órgãos federais reverterão para o Fundo de Direitos
Difusos de que tratam a Lei nº 7.347, de 1985, e Lei nº SEÇÃO III
9.008, de 21 de março de 1995, gerido pelo Conselho Dos Autos de Infração, de Apreensão e do Termo
Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos de Depósito
- CFDD.

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Art. 35. Os Autos de infração, de Apreensão e o SEÇÃO IV
Termo de Depósito deverão ser impressos, numerados Da Instauração do Processo Administrativo por
em série e preenchidos de forma clara e precisa, sem Ato de Autoridade
entrelinhas, rasuras ou emendas, mencionando: Competente
I - o Auto de Infração:
a) o local, a data e a hora da lavratura; Art. 39. O processo administrativo de que trata o
b) o nome, o endereço e a qualificação do autuado; art. 33 deste Decreto poderá ser instaurado mediante
c) a descrição do fato ou do ato constitutivo da reclamação do interessado ou por iniciativa da própria
infração; autoridade competente.
d) o dispositivo legal infringido; Parágrafo único. Na hipótese de a investigação
e) a determinação da exigência e a intimação para preliminar não resultar em processo administrativo com
cumpri-la ou impugná-la no prazo de dez dias; base em reclamação apresentada por consumidor, deverá
f) a identificação do agente autuante, sua este ser informado sobre as razões do arquivamento pela
assinatura, a indicação do seu cargo ou função e o autoridade competente.
número de sua matrícula; Art. 40. O processo administrativo, na forma deste
g) a designação do órgão julgador e o respectivo Decreto, deverá, obrigatoriamente, conter:
endereço; I - a identificação do infrator;
h) a assinatura do autuado; II - a descrição do fato ou ato constitutivo da
II - o Auto de Apreensão e o Termo de Depósito: infração;
a) o local, a data e a hora da lavratura; III - os dispositivos legais infringidos;
b) o nome, o endereço e a qualificação do IV - a assinatura da autoridade competente.
depositário; Art. 41. A autoridade administrativa poderá
c) a descrição e a quantidade dos produtos determinar, na forma de ato próprio, constatação
apreendidos; preliminar da ocorrência de prática presumida.
d) as razões e os fundamentos da apreensão;
e) o local onde o produto ficará armazenado; SEÇÃO V
f) a quantidade de amostra colhida para análise; Da Notificação
g) a identificação do agente autuante, sua
assinatura, a indicação do seu cargo ou função e o Art. 42. A autoridade competente expedirá
número de sua matrícula; notificação ao infrator, fixando o prazo de dez dias, a
h) a assinatura do depositário; contar da data de seu recebimento, para apresentar
i) as proibições contidas no § 1º do art. 21 deste defesa, na forma do art. 44 deste Decreto.
Decreto. § 1º A notificação, acompanhada de cópia da
Art. 36. Os Autos de Infração, de Apreensão e o inicial do processo administrativo a que se refere o art.
Termo de Depósito serão lavrados pelo agente autuante 40, far-se-á:
que houver verificado a prática infrativa, I - pessoalmente ao infrator, seu mandatário ou
preferencialmente no local onde foi comprovada a preposto;
irregularidade. II - por carta registrada ao infrator, seu mandatário
Art. 37. Os Autos de Infração, de Apreensão e o ou preposto, com Aviso de Recebimento (AR).
Termo de Depósito serão lavrados em impresso próprio, § 2º Quando o infrator, seu mandatário ou preposto
composto de três vias, numeradas tipograficamente. não puder ser notificado, pessoalmente ou por via postal,
§ 1º Quando necessário, para comprovação de será feita a notificação por edital, a ser afixado nas
infração, os Autos serão acompanhados de laudo pericial. dependências do órgão respectivo, em lugar público, pelo
§ 2º Quando a verificação do defeito ou vício prazo de dez dias, ou divulgado, pelo menos uma vez, na
relativo à qualidade, oferta e apresentação de produtos imprensa oficial ou em jornal de circulação local.
não depender de perícia, o agente competente consignará
o fato no respectivo Auto. SEÇÃO VI
Art. 38. A assinatura nos Autos de Infração, de Da Impugnação e do Julgamento do Processo
Apreensão e no Termo de Depósito, por parte do Administrativo
autuado, ao receber cópias dos mesmos, constitui Art. 43. O processo administrativo decorrente de
notificação, sem implicar confissão, para os fins do art. Auto de Infração, de ato de oficio de autoridade
44 do presente Decreto. competente, ou de reclamação será instruído e julgado na
Parágrafo único. Em caso de recusa do autuado em esfera de atribuição do órgão que o tiver instaurado.
assinar os Autos de Infração, de Apreensão e o Termo de Art. 44. O infrator poderá impugnar o processo
Depósito, o Agente competente consignará o fato nos administrativo, no prazo de dez dias, contados
Autos e no Termo, remetendo-os ao autuado por via processualmente de sua notificação, indicando em sua
postal, com Aviso de Recebimento (AR) ou outro defesa:
procedimento equivalente, tendo os mesmos efeitos do I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;
caput deste artigo. II - a qualificação do impugnante;

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Ill - as razões de fato e de direito que Art. 51. Não será conhecido o recurso interposto
fundamentam a impugnação; fora dos prazos e condições estabelecidos neste Decreto.
IV - as provas que lhe dão suporte. Art. 52. Sendo julgada insubsistente a infração, a
Art. 45. Decorrido o prazo da impugnação, o órgão autoridade julgadora recorrerá à autoridade
julgador determinará as diligências cabíveis, podendo imediatamente superior, nos termos fixados nesta Seção,
dispensar as meramente protelatórias ou irrelevantes, mediante declaração na própria decisão.
sendo-lhe facultado requisitar do infrator, de quaisquer Art. 53. A decisão é definitiva quando não mais
pessoas físicas ou jurídicas, órgãos ou entidades públicas couber recurso, seja de ordem formal ou material.
as necessárias informações, esclarecimentos ou Art. 54. Todos os prazos referidos nesta Seção são
documentos, a serem apresentados no prazo estabelecido. preclusivos.
Art. 46. A decisão administrativa conterá relatório
dos fatos, o respectivo enquadramento legal e, se SEÇÃO IX
condenatória, a natureza e gradação da pena. Da Inscrição na Dívida Ativa
§ 1º A autoridade administrativa competente, antes
de julgar o feito, apreciará a defesa e as provas Art. 55. Não sendo recolhido o valor da multa em
produzidas pelas partes, não estando vinculada ao trinta dias, será o débito inscrito em dívida ativa do órgão
relatório de sua consultoria jurídica ou órgão similar, se que houver aplicado a sanção, para subseqüente cobrança
houver. executiva.
§ 2º Julgado o processo e fixada a multa, será o
infrator notificado para efetuar seu recolhimento no prazo CAPÍTULO VI
de dez dias ou apresentar recurso. DO ELENCO DE CLÁUSULAS ABUSIVAS E
§ 3º Em caso de provimento do recurso, os valores DO CADASTRO DE
recolhidos serão devolvidos ao recorrente na forma FORNECEDORES
estabelecida pelo Conselho Gestor do Fundo. SEÇÃO I
Art. 47. Quando a cominação prevista for a Do Elenco de Cláusulas Abusivas
contrapropaganda, o processo poderá ser instruído com
indicações técnico-publicitárias, das quais se intimará o Art. 56. Na forma do art. 51 da Lei no 8.078, de
autuado, obedecidas, na execução da respectiva decisão, 1990, e com o objetivo de orientar o Sistema Nacional de
as condições constantes do § 1º do art. 60 da Lei nº Defesa do Consumidor, a Secretaria Nacional do
8.078, de 1990. Consumidor divulgará, anualmente, elenco
complementar de cláusulas contratuais consideradas
SEÇÃO VII abusivas, notadamente para o fim de aplicação do
Das Nulidades disposto no inciso IV do caput do art. 22. (Redação dada
pelo Decreto nº 7.738, de 2012).
Art. 48. A inobservância de forma não acarretará a § 1º Na elaboração do elenco referido no caput e
nulidade do ato, se não houver prejuízo para a defesa. posteriores inclusões, a consideração sobre a abusividade
Parágrafo único. A nulidade prejudica somente os de cláusulas contratuais se dará de forma genérica e
atos posteriores ao ato declarado nulo e dele diretamente abstrata.
dependentes ou de que sejam conseqüência, cabendo à § 2º O elenco de cláusulas consideradas abusivas
autoridade que a declarar indicar tais atos e determinar o tem natureza meramente exemplificativa, não impedindo
adequado procedimento saneador, se for o caso. que outras, também, possam vir a ser assim consideradas
pelos órgãos da Administração Pública incumbidos da
SEÇÃO VIII defesa dos interesses e direitos protegidos pelo Código de
Dos Recursos Administrativos Defesa do Consumidor e legislação correlata.
Art. 49. Das decisões da autoridade competente do § 3º A apreciação sobre a abusividade de cláusulas
órgão público que aplicou a sanção caberá recurso, sem contratuais, para fins de sua inclusão no elenco a que se
efeito suspensivo, no prazo de dez dias, contados da data refere o caput deste artigo, se dará de ofício ou por
da intimação da decisão, a seu superior hierárquico, que provocação dos legitimados referidos no art. 82 da Lei nº
proferirá decisão definitiva. 8.078, de 1990.
Parágrafo único. No caso de aplicação de multas, o
recurso será recebido, com efeito suspensivo, pela SEÇÃO II
autoridade superior. Do Cadastro de Fornecedores
Art. 50. Quando o processo tramitar no âmbito do Art. 57. Os cadastros de reclamações
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, o fundamentadas contra fornecedores constituem
julgamento do feito será de responsabilidade do Diretor instrumento essencial de defesa e orientação dos
daquele órgão, cabendo recurso ao titular da Secretaria consumidores, devendo os órgãos públicos competentes
Nacional do Consumidor, no prazo de dez dias, contado assegurar sua publicidade, contabilidade e continuidade,
da data da intimação da decisão, como segunda e última nos termos do art. 44 da Lei nº 8.078, de 1990.
instância recursal. (Redação dada pelo Decreto nº 7.738, Art. 58. Para os fins deste Decreto, considera-se:
de 2012).
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I - cadastro: o resultado dos registros feitos pelos Art. 64. Poderão ser lavrados Autos de
órgãos públicos de defesa do consumidor de todas as Comprovação ou Constatação, a fim de estabelecer a
reclamações fundamentadas contra fornecedores; situação real de mercado, em determinado lugar e
II - reclamação fundamentada: a notícia de lesão momento, obedecido o procedimento adequado.
ou ameaça a direito de consumidor analisada por órgão Art. 65. Em caso de impedimento à aplicação do
público de defesa do consumidor, a requerimento ou de presente Decreto, ficam as autoridades competentes
ofício, considerada procedente, por decisão definitiva. autorizadas a requisitar o emprego de força policial.
Art. 59. Os órgãos públicos de defesa do Art. 66. Este Decreto entra em vigor na data de sua
consumidor devem providenciar a divulgação periódica publicação.
dos cadastros atualizados de reclamações fundamentadas Art. 67. Fica revogado o Decreto nº 861, de 9 de
contra fornecedores. julho de 1993.
§ 1º O cadastro referido no caput deste artigo será Brasília, 20 de março de 1997; 176º da
publicado, obrigatoriamente, no órgão de imprensa Independência e 109º da República.
oficial local, devendo a entidade responsável dar-lhe a FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
maior publicidade possível por meio dos órgãos de Nelson A. Jobim
comunicação, inclusive eletrônica. Este texto não substitui o publicado no DOU de
§ 2º O cadastro será divulgado anualmente, 21.3.1997
podendo o órgão responsável fazê-lo em período menor,
sempre que julgue necessário, e conterá informações
objetivas, claras e verdadeiras sobre o objeto da
reclamação, a identificação do fornecedor e o
atendimento ou não da reclamação pelo fornecedor.
§ 3º Os cadastros deverão ser atualizados
permanentemente, por meio das devidas anotações, não
podendo conter informações negativas sobre
fornecedores, referentes a período superior a cinco anos,
contado da data da intimação da decisão definitiva.
Art. 60. Os cadastros de reclamações
fundamentadas contra fornecedores são considerados
arquivos públicos, sendo informações e fontes a todos
acessíveis, gratuitamente, vedada a utilização abusiva ou,
por qualquer outro modo, estranha à defesa e orientação
dos consumidores, ressalvada a hipótese de publicidade
comparativa.
Art. 61. O consumidor ou fornecedor poderá
requerer em cinco dias a contar da divulgação do
cadastro e mediante petição fundamentada, a retificação
de informação inexata que nele conste, bem como a
inclusão de informação omitida, devendo a autoridade
competente, no prazo de dez dias úteis, pronunciar-se,
motivadamente, pela procedência ou improcedência do
pedido.
Parágrafo único: No caso de acolhimento do
pedido, a autoridade competente providenciará, no prazo
deste artigo, a retificação ou inclusão de informação e
sua divulgação, nos termos do § 1º do art. 59 deste
Decreto.
Art. 62. Os cadastros específicos de cada órgão
público de defesa do consumidor serão consolidados em
cadastros gerais, nos âmbitos federal e estadual, aos quais
se aplica o disposto nos artigos desta Seção.

CAPÍTULO VII
Das Disposições Gerais
Art. 63. Com base na Lei no 8.078, de 1990, e
legislação complementar, a Secretaria Nacional do
Consumidor poderá expedir atos administrativos, visando
à fiel observância das normas de proteção e defesa do
consumidor. (Redação dada pelo Decreto nº 7.738, de
2012).
78
Decreto nº 5.053, de 22/04/2004 I - análise de fiscalização - análise efetuada por
(DOU de 23.4.2004) laboratório oficial em produtos submetidos ao regime
instituído por este Regulamento; (Incluído pelo Decreto
Aprova o Regulamento de Fiscalização de Produtos de nº 8.448, de 2015)
Uso Veterinário e dos Estabelecimentos que os Fabriquem II - biodisponibilidade - indica a velocidade e o grau
ou Comerciem, e dá outras providências. com que uma substância ativa ou a sua forma molecular
terapeuticamente ativa é absorvida a partir de um
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da medicamento e se torna disponível no local de
atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da ação; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
Constituição, e tendo em vista o que dispõe o art. 12 do III - bioequivalência - equivalência farmacêutica entre
Decreto-Lei no 467, de 13 de fevereiro de 1969, produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica,
DECRETA: contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de
Art. 1o Fica aprovado o anexo Regulamento de princípios ativos, e que tenham comparável
Fiscalização de Produtos de Uso Veterinário e dos biodisponibilidade quando estudados sob um mesmo
Estabelecimentos que os Fabriquem ou Comerciem. desenho experimental, nas mesmas espécies
Art. 2o Compete ao Ministério da Agricultura, animais; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
Pecuária e Abastecimento baixar normas complementares IV - comércio - atividade que consiste na compra,
referentes à fabricação, ao controle de qualidade, à venda, cessão ou transferência de produtos de uso
comercialização e ao emprego dos produtos de uso veterinário; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
veterinário, e demais medidas pertinentes para a V - controle da qualidade - conjunto de medidas
normalização do Regulamento, inclusive as aprovadas no destinadas a verificar a qualidade de cada partida dos
âmbito do Grupo Mercado Comum do Sul - Mercosul. produtos abrangidos por este Regulamento, com o objetivo
Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua de verificar se satisfaz as normas de identidade, atividade,
publicação. pureza, inocuidade, eficácia e segurança; (Incluído pelo
Art. 4o Ficam revogados os Decretos nos 1.662, de 6 Decreto nº 8.448, de 2015)
de outubro de 1995, 2.062, de 7 de novembro de 1996, e VI - Denominação Comum Brasileira - DCB -
o art. 5o do Decreto no 76.986, de 6 de janeiro de 1976. denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
Brasília, 22 de abril de 2004; 183º da Independência e ativo aprovada pelo órgão federal competente; (Incluído
116º da República. pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA VII - Denominação Comum Internacional - DCI -
Roberto Rodrigues denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.4.2004 ativo recomendada pela Organização Mundial da Saúde -
OMS ou, na sua falta, a denominação reconhecida pela
ANEXO comunidade científica internacional; (Incluído pelo
REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS Decreto nº 8.448, de 2015)
DE USO VETERINÁRIO E DOS VIII - equivalência terapêutica - quando a
ESTABELECIMENTOS QUE OS FABRIQUEM OU administração, na mesma dose, de medicamentos
COMERCIEM veterinários terapeuticamente equivalentes gera efeitos
iguais quanto à eficácia, à segurança e, no caso de animais
CAPÍTULO I de produção, ao período de carência, avaliados por meio de
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ensaios clínicos nas mesmas espécies animais; (Incluído
Art. 1o A inspeção e a fiscalização dos produtos de pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
uso veterinário e dos estabelecimentos que os fabriquem, IX - farmacovigilância - conjunto de medidas de
manipulem, fracionem, envasem, rotulem, controlem a monitoramento pós-comercialização, destinadas a detectar,
qualidade, comerciem, armazenem, distribuam, importem identificar, avaliar, relatar e monitorar os eventos adversos
ou exportem serão reguladas pelas determinações previstas que ocorrem com o uso de produtos de uso veterinários a
neste Regulamento. partir do momento em que sejam disponibilizados para
Art. 2o A execução da inspeção e da fiscalização de comercialização; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de
que trata este Regulamento é atribuição do Ministério da 2015)
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. X - laboratório oficial - laboratório do Ministério da
Parágrafo único. A inspeção e a fiscalização do Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou
comércio de produtos de uso veterinário poderão ser credenciado; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
realizadas pelas Secretarias de Agricultura dos Estados e XI - laboratório de referência - laboratório indicado
do Distrito Federal, por delegação de competência. em relação contida em ato do Ministério da Agricultura,
Art. 2º-A. Para os efeitos deste Regulamento, Pecuária e Abastecimento, de reconhecida idoneidade e
considera-se: (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
79
capacidade técnica; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de individual ou coletiva, direta ou misturada com os
2015) alimentos, destinada à prevenção, ao diagnóstico, à cura ou
XII - matéria-prima - substância ativa ou inativa que ao tratamento das doenças dos animais, incluindo os
se emprega para a fabricação de produto de uso veterinário aditivos, suplementos promotores, melhoradores da
de natureza farmacêutica e demais produtos de que trata produção animal, medicamentos, vacinas, antissépticos,
este Regulamento, mesmo que permaneça inalterada, desinfetantes de ambiente e de equipamentos, pesticidas e
experimente modificação, ou seja eliminada durante o todos os produtos que, utilizados nos animais ou no seu
processo de fabricação; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, habitat, protejam, restaurem ou modifiquem suas funções
de 2015) orgânicas e fisiológicas, ou também os produtos destinados
XIII - medicamento genérico de uso veterinário - ao embelezamento dos animais; (Redação dada
medicamento que contém os mesmos princípios ativos do pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
medicamento de referência de uso veterinário, com a XXI - produtos de uso veterinário que necessitam de
mesma concentração, forma farmacêutica, via de cuidados especiais - produtos de natureza biológica,
administração, posologia e indicação terapêutica, podendo produtos que contenham substâncias sujeitas a controle
ser com este intercambiável, permitindo-se diferir apenas especial, produtos com ação antiparasitária, antimicrobiana
em características relativas ao tamanho, formato, prazo de e hormonal e outros produtos submetidos a condições
validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos do especiais de conservação, manipulação ou emprego,
produto, geralmente produzido após a expiração ou a conforme estabelecido pelo Ministério da Agricultura,
renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de
exclusividade, comprovada sua bioequivalência, eficácia e
Pecuária e Abastecimento; e (Redação dada pelo
segurança por meio de estudos farmacêuticos, devendo Decreto nº 8.840, de 2016)
sempre ser designado pela Denominação Comum XXII - vencimento do produto - data limite para
Brasileira - DCB ou, na sua ausência, pela Denominação utilização da matéria-prima ou do produto, com base nos
Comum Internacional - DCI; (Incluído pelo Decreto nº testes de estabilidade realizados pelo fabricante, mantidas
8.448, de 2015) as condições de armazenamento e de transporte.
XIV - medicamento de referência de uso veterinário - (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
medicamento veterinário inovador registrado no órgão Art. 3o Compete ao Ministério da Agricultura,
federal competente e comercializado no País, cuja eficácia, Pecuária e Abastecimento baixar regulamentos técnicos
segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente referentes à produção, comercialização, ao controle de
nesse órgão, por ocasião do registro; (Incluído pelo qualidade e ao emprego dos produtos de uso veterinário, e
Decreto nº 8.448, de 2015) demais medidas pertinentes à normalização deste
XV - medicamento similar de uso veterinário - Regulamento, inclusive aquelas aprovadas no âmbito do
medicamento de uso veterinário que contém o mesmo Grupo Mercado Comum do Mercosul, quando referente ao
princípio ativo do medicamento de referência de uso tema previsto neste artigo.
veterinário registrado no órgão federal competente, com a
mesma concentração e forma farmacêutica, mas cujos CAPÍTULO II
excipientes podem ou não ser idênticos, devendo atender DOS ESTABELECIMENTOS
às mesmas especificações das farmacopeias autorizadas e Art. 4o Todo estabelecimento que fabrique, manipule,
aos padrões de qualidade pertinentes e sempre ser fracione, envase, rotule, controle a qualidade, comercie,
identificado por nome comercial ou marca; (Incluído armazene, distribua, importe ou exporte produtos de uso
pelo Decreto nº 8.448, de 2015) veterinário para si ou para terceiros deve,
XVI - natureza do produto - conjunto de obrigatoriamente, estar registrado no Ministério da
características que determinam a classe do produto como Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para efeito de
farmacêutica ou biológica; (Incluído pelo Decreto nº licenciamento.
8.448, de 2015) § 1o A licença para funcionamento dos estabelecimentos
XVII - produto acabado - produto que tenha passado de que trata este artigo será renovada anualmente, devendo
por todas as fases de produção e acondicionamento, pronto a firma proprietária requerer a renovação até sessenta dias
para comercialização ou exposição à venda; (Incluído antes do seu vencimento.
pelo Decreto nº 8.448, de 2015) § 2o A renovação da licença deverá ser concedida até
XVIII - produto a granel - produto que tenha passado sessenta dias após a data do requerimento.
por todas as etapas de fabricação, sem incluir as etapas de § 3º A obrigatoriedade do registro para estabelecimentos
acondicionamento na embalagem primária e de que comerciem ou armazenem é aplicável somente àqueles
rotulagem; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015) que comerciem ou armazenem produtos de natureza
XIX - produto semiacabado - substância ou mistura de biológica e outros que necessitem de cuidados
substâncias que requeiram posteriores processos de especiais. (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de
produção, a fim de converter-se em produto 2016)
acabado; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015) Art. 5o Para os fins deste Regulamento, entende-se
XX - produto de uso veterinário - toda substância por estabelecimento a unidade da empresa onde se
química, biológica, biotecnológica ou preparação processem quaisquer das atividades mencionadas no art.
manufaturada cuja administração seja aplicada de forma 1o deste Regulamento.
80
Art. 6o O registro a que se refere o art. 4o deverá ser § 4o A inspeção a que se refere o § 3o não será aplicável
solicitado pelo interessado, mediante requerimento por aos estabelecimentos que: (Redação dada pelo
escrito, contendo as seguintes informações: Decreto nº 8.840, de 2016)
I - razão social da empresa proprietária; I - distribuam, exportem ou importem produtos de uso
II - inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas - CNPJ;
veterinário; (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de
III - localização do estabelecimento (endereço 2016)
completo); II - comerciem e armazenem produtos de uso veterinário
IV - finalidade a que se destina o estabelecimento; de natureza biológica e outros que necessitem de cuidados
V - natureza dos produtos a serem importados, especiais; e (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de
fabricados ou comercializados (farmacêutico, biológico ou 2016)
farmoquímico); III - manipulem produtos de uso veterinário e que estejam
VI - nome, qualificação e número de registro do em situação regular perante a Agência Nacional de
responsável técnico; e Vigilância Sanitária - Anvisa, como farmácias de
VII - dispositivos legais e específicos em que manipulação. (Incluído pelo Decreto nº 8.840,
fundamenta o requerimento de registro.
§ 1o O requerimento deverá estar acompanhado dos
de 2016)
seguintes documentos: § 5o Não será obrigatória a realização de inspeção e
I - cópia autenticada do contrato social da empresa aprovação prévias das instalações por ocasião da
proprietária, devidamente registrado no órgão competente, renovação da licença. (Incluído pelo Decreto nº
contendo cláusula que especifique finalidade compatível 8.840, de 2016)
com o propósito do registro solicitado; Art. 7o O estabelecimento fabricante ou importador,
II - cópia do cartão de inscrição no CNPJ; que não fabricou ou não importou produtos no período de
III - relação dos produtos a serem fabricados, dois anos, terá sua licença de funcionamento
manipulados ou importados, especificando sua natureza e automaticamente cancelada.
forma farmacêutica; § 1º O disposto no caput não se aplica ao estabelecimento
IV - declaração do responsável técnico, de que que, por iniciativa motivada de seu proprietário,
assume a responsabilidade técnica do estabelecimento e comunique a interrupção de suas atividades ao Ministério
dos produtos a serem fabricados, comercializados ou da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Incluído
importados; e pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
V - cópia da carteira de identidade profissional do § 2o A interrupção a que se refere o § 1o não poderá ser
responsável técnico. superior a cinco anos, sob pena de cancelamento do
§ 2o Tratando-se de estabelecimento fabricante,
manipulador, fracionador, envasador ou rotulador, o
registro. (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de
requerimento de registro também deverá estar 2016)
acompanhado dos seguintes documentos: § 3o A retomada das atividades interrompidas nos termos
I - memorial descritivo de instalações e equipamentos, do §1º deverá ser previamente autorizada pelo Ministério
assinado pelo responsável técnico; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Incluído
II - planta baixa e cortes transversal e longitudinal, pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
incluídos os fluxos de pessoas e de materiais; e § 4o Cancelada a licença de funcionamento do fabricante
(Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de ou do importador, as licenças dos produtos ficam
2016) automaticamente canceladas. (Incluído pelo
III - descrição do sistema de controle preventivo para Decreto nº 8.840, de 2016)
evitar escapes de agentes infecciosos ou de resíduos Art. 8º Alterações relacionadas à localização ou às
contaminantes, observados os requisitos técnicos de instalações do estabelecimento deverão ser previamente
segurança biológica, para a fabricação, a manipulação e o comunicadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
armazenamento dos produtos, segundo normas específicas Abastecimento. (Redação dada pelo Decreto nº
para cada categoria de produto ou agente biológico.
8.840, de 2016)
(Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016) § 1º Caso as alterações afetem as atividades específicas do
IV - descrição do sistema de controle preventivo para estabelecimento, a empresa deverá comunicar a suspensão
evitar contaminação do meio ambiente e risco para a saúde, das atividades e o período de paralização no ato de
observando os requisitos técnicos de segurança biológica,
para a fabricação, manipulação e armazenamento dos
comunicação previsto no caput. (Redação dada
produtos, segundo normas específicas para cada categoria pelo Decreto nº 8.840, de 2016).
de produto ou agente biológico. § 2º Concluídas as alterações de que trata o caput, o
§ 3o O registro e licenciamento dos estabelecimentos a que interessado deverá comunicar ao Ministério da Agricultura,
se refere o art. 4o serão concedidos após inspeção e Pecuária e Abastecimento, para fins de inspeção ou
aprovação das instalações. autorização de funcionamento. (Redação dada
pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
81
§ 3o O prazo para inspeção ou autorização de d) depósito de produtos reprovados, devolvidos,
funcionamento não deverá exceder sessenta dias a partir da recolhidos e para contraprova;
data da comunicação de que trata o § 2º. (Incluído VI - que a área a que se refere o inciso V seja
pelo Decreto nº 8.840, de 2016) projetada e adaptada de forma a assegurar condições
Art. 9o A transferência de propriedade ou alteração de adequadas de estocagem; e
razão social dos estabelecimentos deverão ser informadas VII - áreas auxiliares:
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a) para descanso e refeitório, separadas das demais
para efeito de legalização, no prazo máximo de quinze áreas;
dias. b) destinadas a vestiários, lavatórios, banheiros e
§ 1o A legalização deverá ser efetivada no prazo sanitários, de fácil acesso e suficientes para o número de
máximo de sessenta dias após a solicitação. usuários, sendo que os sanitários não deverão ter
§ 2o Caso a legalização não ocorra no prazo previsto comunicação direta com as áreas de produção e
no § 1o, considerar-se-á efetivada, sujeita à reavaliação do armazenamento; e
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a c) de manutenção, separadas das áreas de produção.
qualquer tempo. § 1o As dependências do estabelecimento onde se
Art. 10. O proprietário ou fabricante estabelecido no realizem os controles da qualidade de matérias-primas e de
exterior, que pretenda exportar produto de uso veterinário produtos acabados deverão estar fisicamente separadas da
para o Brasil, qualquer que seja sua natureza, deverá ter área de produção.
representante exclusivo e legalmente habilitado. § 2o A direção do estabelecimento deverá adotar
Parágrafo único. A exclusividade de que trata o caput não medidas para que todas as pessoas que manipulem
será exigida no caso de produtos de uso veterinário produtos veterinários recebam instruções adequadas e
indicados exclusivamente como aditivos melhoradores de contínuas sobre manipulação higiênica dos referidos
desempenho à base de antimicrobianos e ou como produtos, e orientação quanto aos cuidados com a higiene
pessoal.
anticoccidianos. (Incluído pelo Decreto nº § 3o O estabelecimento deverá dispor de meios
8.840, de 2016) capazes de eliminar os riscos da poluição decorrentes dos
processos da industrialização, em consonância com as
CAPÍTULO III normas ambientais vigentes, e com aquelas que impeçam o
DAS INSTALAÇÕES escape de agentes infecciosos que possam causar efeitos
Art. 11. O estabelecimento que fabrique, manipule, nocivos à saúde pública e aos animais.
fracione, envase, rotule, controle a qualidade de produtos § 4o O estabelecimento deverá dispor de sistema de
para si ou para terceiros deverá contar com instalações e abastecimento de água potável, com sistema de tratamento,
equipamentos adequados, que atendam às normas de Boas pressão e temperatura convenientes, e com adequado
Práticas de Fabricação - BPF estabelecidas pelo Ministério sistema de distribuição e proteção contra a contaminação,
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, aos devendo os efluentes e águas residuais ser tratados antes do
regulamentos específicos de produção, ao controle de deságüe na rede geral, a fim de eliminar microorganismos
qualidade e biossegurança por ele definidos, e também às e substâncias contaminantes, resultantes dos diversos
normas de higiene e segurança do trabalho, estabelecidas sistemas operativos.
pelos órgãos oficiais competentes, além de garantir os Art. 12. Tratando-se de unidade fabril mista,
seguintes requisitos, no que se aplicar: destinada à fabricação de produtos biológicos,
I - área destinada à manipulação ou fabricação de farmacêuticos, farmoquímicos e alimentos com
produtos veterinários, com instalações que satisfaçam o medicamentos, será obrigatória a existência de instalações
volume e a capacidade de produção declarados; separadas, dotadas de sistema de ar independente, para a
II - instalações industriais em edificações fisicamente fabricação de cada um deles, e, além disso:
separadas das construções destinadas a residências ou I - quando se tratar de fabricação de cefalosporínicos,
outras a elas não relacionadas; citostáticos, hormônios, penicilânicos e pesticidas de uso
III - construção de piso, paredes e teto das áreas de veterinário, será obrigatória a existência de instalações
manipulação, fabricação ou depósito, cujos desenho e separadas, dotadas de sistemas de ar independente, para a
material utilizados assegurem condições adequadas aos fabricação de cada um;
procedimentos de limpeza e desinfecção; II - quando se tratar de manipulação de vírus e de
IV - equipamentos, utensílios e condições necessárias bactérias e de fabricação de soros hiperimunes, será
para a finalidade a que se propõe; obrigatória a existência de instalações separadas para cada
V - área de armazenamento destinada a: atividade, dotadas de sistemas de ar independente;
a) depósito de matérias-primas, materiais de (Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de
embalagem e materiais intermediários, a granel, e produtos
acabados;
2016)
b) materiais em quarentena; III - nas áreas onde se fabricam os produtos citados
c) depósito de produtos acabados em quarentena ou nos incisos I e II deste artigo, será permitida a produção em
liberados; e campanha, nas mesmas instalações, para produtos da
mesma classe terapêutica e mesma natureza, desde que
sejam adotadas as precauções específicas e sejam
82
realizadas as validações de limpeza e de descontaminação adentrar essas áreas deve respeitar procedimentos de
necessárias; e (Redação dada pelo Decreto nº higiene pessoal.
8.840, de 2016) Art. 14. O estabelecimento fabricante de produto
IV - no caso de produtos que exijam refrigeração, biológico deverá possuir prédios e instalações construídos
deverá dispor de equipamentos adequados para sua correta ou adaptados para tais objetivos, e que preencham os
conservação e para o registro gráfico das variações de seguintes requisitos:
temperatura. I - piso, paredes, teto, portas e janelas deverão ser
Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, Pecuária e revestidos com material impermeável, não absorvente e
Abastecimento disciplinará os casos em que serão lavável, de modo a permitir e assegurar perfeita higiene,
admitidas medidas alternativas à exigência de sistemas de limpeza e desinfecção; as superfícies deverão ser lisas, sem
ar independente de que trata o inciso II do caput. frestas, e de cor clara; e a união entre as paredes e os pisos,
e entre as paredes e os tetos, deverá ser côncava e
(Incluído pelo Decreto nº 8.840, de 2016) hermética, para facilitar a limpeza;
Art. 13. O estabelecimento que fabrique ou manipule II - contar com sistema de biossegurança adequado à
produtos farmacêuticos injetáveis, ou que exijam norma específica para cada agente, planejado de modo a
condições assépticas de produção e de envase, deverá evitar riscos de contaminação do meio ambiente, e de
dispor de áreas destinadas especificamente para essas contaminação cruzada entre os microorganismos que
finalidades, e que atendam aos seguintes requisitos: possam sobreviver em conseqüência dos diversos sistemas
I - cada área deverá ser independente, e piso, paredes, operativos;
teto, portas e janelas devem ser revestidos com material III - assegurar separação e independência das áreas
impermeável, não-absorvente e lavável, de modo a permitir limpas e contaminadas, garantindo boas condições de
e assegurar perfeita higiene, limpeza ou desinfecção, além higiene e limpeza em ambas; essas áreas deverão contar
de possuir sistema de renovação de ar que assegure a com barreiras de entrada e saída para o trânsito entre elas,
ausência de contaminação do produto final; de tal forma que as pessoas e os equipamentos que
II - deverá haver o mínimo de saliências projetadas e ingressem nas referidas áreas respeitem as medidas de
de equipamentos; as superfícies deverão ser lisas, sem higiene e biossegurança recomendadas;
frestas e de cor clara; a união entre as paredes e os pisos, e IV - o acesso às áreas mencionadas no inciso III
entre as paredes e os tetos, deverá ser côncava e hermética, deverá ocorrer por intermédio dos vestiários;
e os canos e dutos deverão estar instalados de forma a V - contar com câmaras frigoríficas e congeladores,
facilitar a limpeza; pias e ralos serão permitidos apenas nas dotados de termorreguladores de precisão e aparelho de
áreas não-assépticas; registro gráfico, cujo sistema de funcionamento assegure a
III - as áreas de manipulação deverão ser providas de uniformidade da temperatura, para adequada conservação
mesas revestidas de material impermeável, de equipamento de matérias-primas e produtos acabados que exijam baixa
e de instrumental necessários às demais práticas que nelas temperatura para estocagem;
se processem; VI - possuir câmaras-estufas dotadas dos mesmos
IV - os vestiários deverão ser projetados sob a forma equipamentos e recursos técnicos mencionados no inciso
de câmaras fechadas, ventiladas com ar filtrado, e V;
utilizados de modo a permitir a separação dos diversos VII - possuir, quando exigido pela norma específica
estágios de mudança de vestuário, para reduzir a do produto, biotério, cujos animais sejam utilizados para
contaminação; produção ou controle in vivo, o qual deverá respeitar
V - os equipamentos e materiais para limpeza e normas e registros das condições ambientais, de higiene, de
assepsia das mãos deverão estar sempre disponíveis no limpeza, de desinfecção e manejo, e dispor de infectórios
interior dos vestiários; para animais inoculados, absolutamente isolados do
VI - dispor de câmaras e antecâmaras, cujas portas exterior, tendo sistema próprio de ventilação, com
devem ser operadas por sistemas de travas e de alerta filtragem nas entradas e saídas de ar, e métodos eficazes de
visual ou auditivo, para evitar que sejam abertas recolhimento, tratamento e descontaminação das excretas
simultaneamente; dos mencionados animais, dos materiais utilizados e dos
VII - o suprimento de ar filtrado deverá dispor de cadáveres;
filtros absolutos, com eficiência de noventa e nove vírgula VIII - o vestuário, utilizado nas áreas de produção ou
noventa e sete por cento no insuflamento, e manter pressão infectório, deverá estar sempre limpo e, após o uso, ser
positiva com relação às áreas vizinhas, sob todas as lavado, desinfetado ou esterilizado; todo o pessoal que
condições operacionais, devendo ser preservada a adentrar a essas áreas deverá respeitar procedimentos de
ventilação efetiva da área; higiene pessoal;
VIII - quando possuir biotério, cujos animais sejam IX - os vestiários deverão ser projetados sob a forma
utilizados para produção ou controle in vivo, deverá de câmaras fechadas, ventiladas com ar filtrado, e
atender às normas e aos registros das condições utilizados de modo a estabelecer a separação dos diversos
ambientais, de higiene, limpeza, desinfecção e manejo; e estágios de mudança de vestuário, para reduzir o risco de
IX - o vestuário utilizado nas áreas de produção ou contaminação;
inoculação de animais deverá estar limpo e, após o uso, ser
lavado, desinfetado ou esterilizado; todo o pessoal que

83
X - os equipamentos e materiais para a limpeza das § 1o Para os fins deste Regulamento, entende-se por
mãos deverão estar sempre disponíveis, no interior dos estabelecimento fabricante aquele que exerce atividade
vestiários; fabril no território nacional.
XI - dispor de antecâmaras nas áreas de produção e § 2o O contrato de terceirização estabelecerá as
envase, cujas portas deverão ser operadas por sistemas de atribuições de cada uma das partes, a duração, as operações
travas e de alerta visual ou auditivo, para evitar que sejam contratadas, as exigências legais e providências técnicas a
abertas simultaneamente; elas relacionadas, de acordo com o registro do produto e da
XII - o suprimento de ar filtrado deverá dispor de autorização de funcionamento do estabelecimento
filtros absolutos, com eficiência de noventa e nove vírgula fabricante contratado.
noventa e sete por cento, no sistema de insuflamento e na § 3o Na contratação do controle de qualidade, a
exaustão, e manter pressão positiva ou negativa, com aprovação final para liberação do produto será dada pelo
gradiente de pressão em relação às áreas vizinhas sob todas responsável técnico do contratante.
as condições operacionais, devendo ser preservada a § 4o O estabelecimento contratado não poderá
ventilação efetiva da área; subcontratar os serviços objeto do contrato referido
XIII - a área de envase deverá atender às normas no caput deste artigo.
específicas para cada agente patógeno; e § 5o A rescisão, a denúncia, o término, a suspensão
XIV - dispor de abastecimento de nitrogênio, quando temporária e qualquer alteração do contrato referido
necessário. no caput deste artigo deverão ser comunicados pelo
Parágrafo único. Poder-se-á trabalhar com diferentes contratante ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
microorganismos, desde que se mantenham as mesmas Abastecimento, no prazo de sete dias úteis, após a sua
condições de controle correspondentes a cada formalização entre as partes contratantes.
microorganismo em particular. § 6o No caso de elaboração de produto acabado, ou
Art. 15. O estabelecimento que apenas comercie, envase final, o contratado obriga-se a entregar ao
armazene, distribua, importe ou exporte produtos de uso contratante todas as unidades do produto, identificadas e
veterinário deverá cumprir as normas de higiene e com respectivo número da partida, data da fabricação e do
segurança do trabalho, e atender aos seguintes requisitos: vencimento.
I - dispor de local adequado para o armazenamento, § 7o A responsabilidade pelas irregularidades nos
fisicamente separado de dependências residenciais ou de produtos de que trata este artigo caberá ao laboratório
produtos incompatíveis com a finalidade específica do fabricante e ao proprietário do registro, ficando ambos
estabelecimento; (Redação dada pelo Decreto sujeitos às penalidades previstas neste Regulamento.
nº 8.840, de 2016) § 8o Não será concedido registro de produto para fins
II - contar com dependências adequadas para a de terceirização a estabelecimento que não seja fabricante,
correta conservação dos produtos, com ambientes secos e ou que não esteja em atividade fabril.
ventilados, construídas com material que os protejam de § 9o Poderá ser permitida pelo Ministério da
temperaturas incompatíveis, e assegurem condições de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, após avaliação
limpeza e desinfecção; e prévia, a fabricação de produtos em regime de comodato.
III - quando trabalhar com produtos que exijam § 10. Na terceirização do armazenamento não será
refrigeração, deverá dispor de equipamento para registro exigido o registro do estabelecimento terceirizado, exceto
das variações de temperatura. se este for armazenar produtos de uso veterinário de
Parágrafo único. O estabelecimento referido no caput natureza biológica e outros que necessitem de cuidados
poderá ainda contratar terceiros para a execução do especiais. (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de
disposto neste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 2016)
8.840, de 2016)
Art. 16. O estabelecimento que apenas realize o CAPÍTULO V
controle da qualidade para terceiros deverá atender aos DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA
requisitos quanto a instalações, a serem definidos em Art. 18. O estabelecimento e produto referidos neste
norma específica pelo Ministério da Agricultura, Pecuária Regulamento, para serem registrados, deverão possuir
e Abastecimento. responsável técnico com qualificação comprovada pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e
CAPÍTULO IV legalmente registrado no órgão de fiscalização do exercício
DA TERCEIRIZAÇÃO profissional respectivo.
Art. 17. O estabelecimento fabricante poderá § 1o Para o estabelecimento, a responsabilidade
terceirizar, mediante celebração de contrato, a fabricação, o técnica deverá atender os seguintes requisitos:
controle de qualidade e o armazenamento dos produtos de I - tratando-se de estabelecimento fabricante de
uso veterinário a estabelecimento legalmente registrado produto biológico, será exigida a responsabilidade técnica
para o exercício da atividade objeto da terceirização, após de médico veterinário;
comunicação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e II - tratando-se de estabelecimento que apenas
comercie ou distribua produto acabado, será exigida
Abastecimento. (Redação dada pelo Decreto nº responsabilidade técnica do médico veterinário;
8.840, de 2016)
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III - tratando-se de estabelecimento fabricante, inerentes à prescrição obrigatória do médico veterinário,
manipulador ou fracionador de produto farmacêutico, será contidas na rotulagem;
exigida a responsabilidade técnica de médico veterinário VIII - os produtos sejam vendidos na embalagem
ou farmacêutico; original, sem violação do dispositivo de fechamento ou
IV - tratando-se de estabelecimento que importe, lacre, e sem fracionamento na revenda;
armazene ou apenas exporte, será exigida a IX - sejam adotados os procedimentos de segurança,
responsabilidade técnica de médico veterinário ou no estabelecimento, quanto aos produtos que ofereçam
farmacêutico, conforme a natureza do produto; risco ao meio ambiente, aos animais ou ao homem,
V - tratando-se de estabelecimento que apenas realize especialmente quando da ocorrência de acidente que
o controle da qualidade para terceiros, será exigida a provoque vazamento ou exposição do conteúdo do
responsabilidade técnica de médico veterinário, ou produto;
farmacêutico, ou químico industrial de nível superior, X - o comprador ou usuário receba orientação
conforme a natureza do produto; ou adequada quanto à conservação, ao manuseio e uso correto
VI - tratando-se de estabelecimento que fabrique do produto; e
produto farmoquímico, será exigida a responsabilidade XI - cada produto acondicionado em embalagens
técnica de farmacêutico ou químico industrial. coletivas, para venda unitária, deve estar acompanhado da
§ 2o Para produto, a responsabilidade técnica deverá respectiva bula.
atender os seguintes requisitos: Art. 21. Ocorrendo o afastamento definitivo do
I - tratando-se de produto biológico, será exigida a responsável técnico, deverá ser imediatamente comunicado
responsabilidade de médico veterinário; pelo estabelecimento, ao Ministério da Agricultura,
II - tratando-se de produto farmacêutico, será exigida Pecuária e Abastecimento, que procederá ao cancelamento
a responsabilidade técnica de médico veterinário ou da responsabilidade técnica.
farmacêutico; ou Parágrafo único. No caso de estabelecimento
III - tratando-se de produto farmoquímico, será fabricante, a responsabilidade do técnico que se afasta
exigida a responsabilidade técnica de farmacêutico ou persiste em relação à partida do produto fabricado durante
químico industrial de nível superior. o período em que esteve como responsável técnico, até o
Art. 19. Para suprir eventual afastamento temporário vencimento dela.
do responsável técnico titular, a empresa deverá comunicar Art. 22. A responsabilidade técnica pela fabricação
previamente a substituição, nos termos do art. 18, ao do produto, inclusive quando fabricado por terceiros ou
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. quando importado, será do responsável técnico do
(Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016). estabelecimento proprietário do registro desse produto.
Parágrafo único. O responsável técnico substituto Art. 23. No caso de estabelecimento fabricante, o
responderá solidariamente, durante o período de responsável técnico ou, na sua ausência, o responsável
afastamento do titular. técnico substituto, deverá estar presente no
Art. 20. É obrigatória ao responsável técnico e, na estabelecimento durante o processo de produção.
sua ausência, ao seu substituto, a observância a este
Regulamento e às normas complementares, no âmbito de CAPÍTULO VI
sua competência, e assegurar que: DO REGISTRO DOS PRODUTOS DE USO
I - os produtos fabricados ou comercializados estejam VETERINÁRIO
registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Art. 24. O produto de uso veterinário, produzido no
Abastecimento; País ou importado, para efeito de licenciamento, deverá ser
II - os produtos expostos à venda estejam dentro do registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e
prazo de validade e, quando expirado, sejam recolhidos Abastecimento.
para inutilização; Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto nº 8.444,
III - os produtos que exijam refrigeração estejam de 2015)
armazenados e sejam entregues ao comprador, na Art. 25. (Revogado pelo Decreto nº 8.444, de 2015)
temperatura recomendada na rotulagem ou bula; § 1o Dada a importância dos produtos veterinários no
IV - os produtos suspeitos de adulteração tenham sua diagnóstico, na prevenção, no tratamento e na erradicação
comercialização suspensa, informando ao Ministério da das enfermidades dos animais, na produção de alimentos e
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e ao fabricante; nas questões sobre seu impacto na saúde pública, todo
V - os produtos sejam adquiridos de estabelecimentos produto deverá cumprir com as mais exigentes normas de
licenciados; qualidade, matérias-primas, processos de produção e de
VI - a armazenagem seja feita de acordo com as produtos terminados, para o qual se tomarão por referência
recomendações de rotulagem ou bula do produto, as reconhecidas internacionalmente.
especialmente no que concerne à exposição à luz, § 2o Para cumprimento das questões relativas ao
temperatura e umidade; impacto sobre a saúde, de que trata o § 1o, o Ministério da
VII - seja obedecida a legislação relativa às Agricultura, Pecuária e Abastecimento ouvirá o setor
especialidades farmacêuticas que contenham substâncias responsável da área de saúde.
sujeitas ao controle especial, ou às recomendações Art. 26. O registro a que se refere o art. 24 deverá ser
solicitado pela empresa proprietária do produto, ou,
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quando se tratar de produto importado, pelo seu II - equivalência terapêutica nas espécies animais a
representante legal no Brasil, mediante requerimento que se destina; e (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de
contendo as seguintes informações: 2015)
I - razão social da firma requerente; III - taxa de excreção, determinação de resíduos e
II - finalidade do registro; período de carência equivalentes aos do medicamento de
III - número de registro do estabelecimento referência de uso veterinário, quando destinados a animais
requerente; para o consumo humano, de acordo com os critérios e
IV - nome completo do produto; e parâmetros previstos em ato do Ministério da Agricultura,
V - nome, qualificação e número de registro do Pecuária e Abastecimento. (Incluído pelo Decreto nº
responsável técnico pelo produto. 8.448, de 2015)
§ 1o O requerimento deverá estar acompanhado dos § 1o As provas de biodisponibilidade,
seguintes documentos: bioequivalência, equivalência terapêutica, taxa de excreção
I - relatório técnico elaborado de acordo com o roteiro e depleção de resíduos devem ser realizadas em
definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e laboratórios de referência às expensas da empresa
Abastecimento; solicitante do registro e sob a sua responsabilidade.
II - modelo de rotulagem elaborado conforme (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
disposto neste Regulamento; § 2o As provas previstas no § 1o devem ser realizadas
III - declaração do responsável técnico assumindo a em cada espécie animal, em todas as vias de administração,
responsabilidade pela fabricação do produto no Brasil; e de acordo com a indicação do medicamento de
IV - declaração do importador assumindo a referência. (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
responsabilidade sobre o produto importado. § 3o A critério do Ministério da Agricultura, Pecuária
§ 2o Tratando-se de produto importado, o e Abastecimento, poderá ser solicitada a realização de
requerimento também deverá estar acompanhado dos estudos nas condições brasileiras para fins de registro de
seguintes documentos: medicamento genérico de uso veterinário
I - cópia da documentação original de registro, que importado. (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
comprove as informações do relatório técnico do produto § 4o O pedido de registro de medicamento genérico
importado; pelo interessado deverá conter a indicação do medicamento
II - documento legal emitido pelo proprietário no país de referência de uso veterinário registrado. (Incluído
de origem, redigido em língua portuguesa, que comprove a pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
representação do produto e que responsabilize seu § 5o Não serão admitidos, para fim de registro de
representante pelo cumprimento das exigências deste medicamento genérico de uso veterinário: (Incluído pelo
Regulamento, inclusive no caso de infrações e de Decreto nº 8.448, de 2015)
penalidades; (Redação dada pelo Decreto nº I - soluções parenterais de pequeno e grande volumes,
8.840, de 2016) isentas de fármacos, tais como água para injeção, soluções
III - certificado de habilitação oficial do de glicose, cloreto de sódio, demais compostos eletrolíticos
estabelecimento proprietário e fabricante, no país de ou açúcares; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
II - produtos biológicos, derivados do plasma e do
origem; e (Redação dada pelo Decreto nº sangue; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
8.840, de 2016) III - fitoterápicos; e (Incluído pelo Decreto nº
IV - certificado de registro, autorização de venda 8.448, de 2015)
livre, no país de origem, ou certificado de fabricação IV - outros produtos indicados em ato do Ministério
exclusiva para exportação, especificada a fórmula completa da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Incluído pelo
ou a composição, as indicações e a validade. Decreto nº 8.448, de 2015)
(Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016) Art. 27. As despesas decorrentes do envio e da
§ 3o O relatório técnico a que se refere o inciso I do § devolução da documentação e da análise do dossiê técnico,
o
1 deste artigo deverá informar os procedimentos necessários à concessão do registro de produto veterinário,
específicos para inativação do produto, visando à sua correrão a expensas da empresa solicitante do registro.
inutilização e ao seu descarte, em conformidade com as Art. 28. Decorridos quarenta e cinco dias da
normas de segurança biológica e ambiental existentes. protocolização do pedido de registro do produto no
Art. 26-A. Para fins de registro de medicamento Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
genérico de uso veterinário, o interessado, observado o quando este não houver se manifestado, será
disposto no art. 26 e nas normas complementares a este imediatamente emitida licença provisória válida por um
Regulamento, deverá comprovar, ano. (Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de
cumulativamente: (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2016)
2015) § 1º O disposto no caput não se aplica aos produtos de
I - bioequivalência em relação ao medicamento de uso veterinário que sejam considerados casos especiais,
referência de uso veterinário; (Incluído pelo Decreto nº
nos termos do § 4º do art. 3º do Decreto-Lei nº 467,
8.448, de 2015)
de 13 de fevereiro de 1969. (Incluído pelo
Decreto nº 8.840, de 2016)
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§ 2º Para os fins do § 1º consideram-se casos especiais os apresentada a prova de titularidade da marca, pelo seu
produtos de uso veterinário que: (Incluído pelo titular, com a conseqüente substituição do nome do
Decreto nº 8.840, de 2016) produto do pedido de registro anterior.
§ 2o Quando ficar comprovado conflito por
I - necessitem de cuidados especiais; (Incluído semelhança ou identidade de nome ou marca de produto já
pelo Decreto nº 8.840, de 2016) registrado, a empresa, que obteve o registro com nome ou
II - apresentem alta complexidade técnica; ou marca colidente ou semelhante, deverá efetuar a
(Incluído pelo Decreto nº 8.840, de 2016) modificação no prazo de trinta dias contados da data do
III - possam gerar impacto significativo à saúde animal ou recebimento da notificação do órgão fiscalizador.
humana. (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de § 3o Não será concedido registro a produto que possui
2016) nome comercial colidente com outra marca de produto que
Art. 29. Havendo necessidade de maiores foi objeto de apreensão por não conter registro no
informações, o interessado terá o prazo de quarenta e cinco Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
dias para prestá-las, a contar da data de sua ciência. mesmo que a solicitante possua propriedade da marca.
§ 1o O prazo para emissão do registro reinicia-se a § 4º A fabricação de partidas-piloto ou experimental
partir do cumprimento de todos os itens da exigência. independe de autorização, devendo ser precedida de
§ 2o O descumprimento da exigência no prazo notificação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Redação dada pelo Decreto nº
Abastecimento motivará a anulação e o arquivamento do 8.840, de 2016)
processo. § 5º O disposto no caput e nos § 1º e § 2º não se aplica
§ 3o O Ministério da Agricultura, Pecuária e aos medicamentos genéricos de uso veterinário.
Abastecimento poderá conceder prorrogação de prazos (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
para o cumprimento dos itens da exigência, por solicitação Art. 34. O Ministério da Agricultura, Pecuária e
do requerente. Abastecimento poderá recusar o registro de denominação
Art. 30. A licença que habilitará a comercialização do proposta pelo estabelecimento para seu produto, quando
produto de uso veterinário elaborado no País ou importado induzir a falsas conclusões sobre sua composição,
terá validade por dez anos, renovável, por períodos indicações terapêuticas, modo de usar, aplicação e
sucessivos de igual duração, a pedido do interessado. procedência, ou denominações que enalteçam a marca.
(Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016) Parágrafo único. O indeferimento do pedido de
§ 1º A renovação da licença de que trata o caput denominação deverá ser formalmente justificado ao
deverá ser solicitada até a data do seu vencimento. estabelecimento solicitante.
(Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de Art. 35. A empresa detentora do registro de produto
2016) com determinada marca, ao pretender modificação de
§ 2º A licença cuja renovação tenha sido requerida nos fórmula que implique mudança do princípio ativo, deverá
termos do § 1º permanecerá válida até a conclusão do requerer o cancelamento do registro do primeiro produto,
processo de avaliação pelo Ministério da Agricultura, podendo ser autorizado o uso da mesma marca, desde que
o novo produto permaneça com as mesmas indicações
Pecuária e Abastecimento. (Redação dada pelo terapêuticas, e que seja informada, na rotulagem, a
Decreto nº 8.840, de 2016) mudança da fórmula.
§ 3º Vencida a licença do produto sem que o Art. 36. Quando o Ministério da Agricultura,
interessado tenha solicitado sua renovação, o registro do Pecuária e Abastecimento, baseado em bibliografia
produto será automaticamente cancelado. (Redação reconhecida internacionalmente, determinar alterações no
dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016) registro de um produto, tais como indicações, período de
Art. 31. Ocorrendo o cancelamento do registro ou da carência, posologia, via de aplicação e outras, a mesma
autorização de fabricação de produto importado no país de exigência será feita para produtos similares ou congêneres,
origem, fica o importador obrigado a informar ao a qualquer tempo, independentemente da validade da
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para licença.
fins de cancelamento do registro. Art. 37. As alterações do registro de produto de uso
Art. 32. O produto licenciado, nacional ou importado, veterinário devem ser previamente comunicadas ao
que não tiver sua comercialização comprovada durante três Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
anos consecutivos, terá sua licença automaticamente (Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016).
cancelada. (Revogado pelo Decreto nº 8.840, § 1º Ato específico do Ministério da Agricultura,
de 2016) Pecuária e Abastecimento estabelecerá os critérios e os
Art. 33. Fica vedada a adoção de nome idêntico para procedimentos necessários à execução do disposto no
produto nacional ou importado de fórmula ou composição caput. (Redação dada pelo Decreto nº 8.840,
diferente, ainda que do mesmo estabelecimento fabricante de 2016)
ou importador. § 2º Alterações de rotulagem que não impliquem
§ 1o Poderá ser aprovado o nome do produto cujo modificações de dizeres técnicos previamente aprovados
registro for requerido posteriormente, desde que ficam dispensadas de comunicação ao Ministério da
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Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Redação XV - VENCIMENTO, ou abreviadamente VENC.,
dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016) seguido da citação da data do vencimento do produto,
Art. 38. Não serão concedidos registro e apresentado na forma do inciso XIV deste artigo; e
licenciamento para produto nacional ou importado, de XVI - legenda: "PRODUTO IMPORTADO", em
formulação idêntica à de produto já registrado, com nome destaque, quando se tratar de produto importado.
diferente, do mesmo estabelecimento proprietário, exceto § 1o O rótulo-bula, o cartucho-bula, o rótulo e o
quando se tratar de medicamento genérico cartucho, ou invólucro, apresentarão, ainda, dizeres
referentes:
veterinário. (Redação dada pelo Decreto nº I - à quantidade de unidades ou doses (comprimidos,
8.840, de 2016) drágeas, pastilhas, pílulas, ampolas e outros assemelhados),
Parágrafo único. Tratando-se de produto biológico, é contida na embalagem ou no acondicionamento comercial;
considerado idêntico o produto que apresentar o mesmo II - à massa ou ao volume do produto contido em
tipo de antígeno, cepa ou amostra, com número idêntico de embalagem ou acondicionamento comercial, no caso de pó
passagens e adjuvantes, independentemente dos demais ou líquido, de qualquer natureza;
componentes da fórmula. III - à quantidade mínima em massa, no caso de
preparações pastosas ou semi-sólidas (pomadas, pastas,
CAPÍTULO VII ungüentos e equivalentes), e de grânulos ou granulados; e
DA ROTULAGEM IV - ao comprimento, à massa ou a unidades contidos
Art. 39. A bula, o rótulo-bula, o cartucho-bula, o na embalagem ou acondicionamento, quando se tratar de
rótulo e o cartucho, ou invólucro, apresentarão os seguintes materiais de penso ou curativos.
dizeres: § 2o Poderá ser excluída dos rótulos a fórmula ou
I - nome completo do produto (marca mais composição do produto, exceto seu princípio ativo, as
complemento); indicações e o modo de usar ou outros dados exigidos,
II - legenda USO VETERINÁRIO, escrita em quando figurem na respectiva bula ou no cartucho-bula.
destaque na face principal; § 3o As ampolas e os pequenos envases deverão
III - descrição dos ingredientes ativos e respectivos indicar a denominação do produto e o número da partida,
quantitativos e, no caso de produto biológico, a sua enquanto os demais dados exigidos neste artigo constarão
composição; de sua bula ou do cartucho-bula.
IV - indicações detalhadas, quando couber, dos § 4o No rótulo do diluente para produto injetável,
agentes etiológicos e das espécies animais susceptíveis, da deverão estar especificados sua natureza, volume, nome
finalidade e do uso; comercial, partida, fabricação e vencimento, exceto quando
V - doses, por espécie animal, forma de aplicação, se tratar de água destilada ou bidestilada.
duração do tratamento e instruções de uso; § 5o Os estabilizantes ou similares, quando em
VI - advertências, precauções, efeitos colaterais, envases separados, deverão especificar sua natureza,
contra-indicações, interações medicamentosas e antídotos; dispensada a inclusão do nome comercial, da partida e do
VII - condições de armazenamento (temperatura, vencimento.
quando for o caso); § 6o No caso de recipientes acondicionados em
VIII - período de carência (quando existir); embalagem coletiva, esta deverá apresentar rótulo e conter
IX - declaração de venda sob receita veterinária número de bulas correspondente ao número de recipientes.
(quando for o caso); § 7o As condições de armazenamento (temperatura,
X - nome do órgão registrante, número e data do umidade e luz) inerentes a cada produto deverão constar,
registro; de forma clara e detalhada, da bula e do rótulo, ou do
XI - nome, endereço e CNPJ do estabelecimento rótulo-bula.
detentor do registro, ou do representante do importador, ou § 8o A impressão da partida, da fabricação e do
do distribuidor exclusivo, e do fabricante, mesmo quando vencimento deverá ser feita de forma indelével, de fácil
terceirizado; leitura e localização, sendo vedado o uso de etiquetas para
XII - nome e número do registro profissional do tal fim.
responsável técnico; § 9o Excluem-se dos dizeres de bula os incisos XIII,
XIII - PARTIDA, ou abreviadamente PART., seguida XIV e XV do caput deste artigo.
da citação do número da partida de fabricação do produto, § 10. Os medicamentos de referência ou similar de
apresentando caracteres numéricos ou alfanuméricos, cuja uso veterinário, além do previsto neste artigo, ostentarão
codificação será definida pelo Ministério da Agricultura, também, obrigatoriamente, com o mesmo destaque e de
Pecuária e Abastecimento; forma legível, nas embalagens, nos rótulos, nas bulas, nos
XIV - FABRICAÇÃO, ou abreviadamente FABR., impressos, nos prospectos e nos materiais promocionais, a
seguida da citação da data da fabricação do produto, DCB ou, na sua falta, a DCI, que deverão ser grafadas em
apresentando mês e ano, sendo o mês identificado pelas letras ou em caracteres cujo tamanho não seja inferior a
suas três primeiras letras, em maiúsculas, e o ano em duas vezes o tamanho das letras e caracteres do nome
algarismos arábicos, por extenso, ou apenas com os dois comercial ou da marca. (Incluído pelo Decreto nº
últimos dígitos; 8.448, de 2015)

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§ 11. Os medicamentos genéricos de uso veterinário manter registro em sistema de arquivo no estabelecimento,
serão designados apenas pela DCB e, na sua ausência, pela com os seguintes dados: origem, procedência, quantidade
DCI. (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015) utilizada, em quais produtos e quantidades remanescentes;
§ 12. A rotulagem dos medicamentos genéricos de IV - o produto importado por pessoas físicas, não
uso veterinário deverá seguir padrão de fácil identificação submetido a regime especial de controle, em quantidade
pelos consumidores, a ser estabelecido segundo critérios para uso individual e que não se destine à comercialização,
definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e devendo ser solicitada ao Ministério da Agricultura,
Abastecimento, em ato complementar. (Incluído pelo Pecuária e Abastecimento a prévia autorização de
Decreto nº 8.448, de 2015) importação, acompanhada de receita de médico veterinário
Art. 40. A rotulagem do produto será redigida em e de informações, como o nome do produto, a fórmula
língua portuguesa, apresentando-se em dimensões completa ou a composição, as características físicas e
suficientes para fácil leitura, não sendo permitido o uso de químicas, as indicações de uso, espécies animais a que se
etiquetas para superposição de texto. destina, origem e procedência, quantidade a ser importada,
Parágrafo único. É permitido constar texto em outro data e local provável de chegada ao País;
idioma, desde que não conflitante com o aprovado em V - o material biológico, o agente infeccioso e a
língua portuguesa, sob responsabilidade do semente destinados à experimentação ou fabricação de
estabelecimento fabricante ou importador. produtos, devendo ser solicitada ao Ministério da
Art. 41. Nas vacinas destinadas, exclusivamente, a Agricultura, Pecuária e Abastecimento a autorização prévia
cães e gatos, é facultado o uso de rótulos auto-adesivos e de importação;
destacáveis, de modo a permitir sua transposição para a VI - o instrumental cirúrgico, material para sutura,
documentação sanitária do animal. gases, gesso, bandagem elástica, penso, esparadrapo,
pistola dosadora, seringa, agulha hipodérmica, água
CAPÍTULO VIII destilada e bidestilada ampolada para injeção, sonda,
DA TRANSFERÊNCIA DA TITULARIDADE estetoscópio, aparelhos para clínica médica veterinária;
Art. 42. O registro de produto poderá ser transferido VII - o artigo de seleiro ou de correeiro, para qualquer
por seu titular a outro estabelecimento fabricante ou animal, incluindo as trelas, joelheira, focinheira, manta de
importador, devendo a solicitação estar acompanhada de sela e artigos semelhantes, de couro ou reconstituído e de
documento legal de cessão e da licença original do quaisquer outros materiais;
produto. VIII - a areia para deposição de excremento ou
§ 1o Tratando-se de produto importado, o micção de animal;
requerimento também deverá estar acompanhado do IX - artefato, acessório, brinquedo e objetos de metal,
documento mencionado no art. 26, § 2 o, inciso II, deste de plástico, de couro, de madeira, de tecido e de outros
Regulamento, para o novo representante no Brasil. materiais, destinados à identificação, ao adestramento,
§ 2º Aprovada a transferência de titularidade de que condicionamento, à contenção ou diversão de animal; e
trata o caput, será outorgado um novo licenciamento, X - o produto para aplicação em superfícies como
mantido o prazo de validade da licença anterior. tapete, cortina, parede, muro, mobiliário, almofada e
(Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016) assemelhados, destinado exclusivamente a manter o cão e
Art. 43. O novo titular só poderá fabricar ou importar o gato afastados do local em que foram aplicados,
o produto a partir da outorga do licenciamento em seu apresentado sob a forma de cristais, grânulos, pellets,
nome. (Redação dada pelo Decreto nº 8.840, aerossol, líquidos concentrados, líquidos premidos,
produtos desodorizantes de ambiente e repelentes usados
de 2016) no ambiente.
XI - produto homeopático de uso veterinário,
constituído por simples associações de tinturas ou por
CAPÍTULO IX incorporação a substâncias líquidas ou sólidas, sem marca
DA ISENÇÃO DE REGISTRO ou nome comercial, em quaisquer potências, preparado na
Art. 44. Fica isento de registro: diluição decimal ou centesimal conforme os métodos
I - o produto de uso veterinário importado que se oficiais descritos em farmacopeias homeopáticas e em
destine exclusivamente à entidade oficial ou particular para matérias médicas homeopáticas aceitas pelo Ministério da
fins de: (Redação dada pelo Decreto nº 8.448, de 2015) Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que não caracterize
a) pesquisas e experimentações científicas, sob fabricação industrial; (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de
controle de médico veterinário; e (Incluído pelo Decreto 2015)
nº 8.448, de 2015) XII - produto de uso veterinário preparado mediante
b) programas sanitários oficiais; (Incluído pelo manipulação em estabelecimentos registrados
Decreto nº 8.448, de 2015) exclusivamente para esta finalidade, a partir de fórmula,
II - os produtos de uso veterinário sem ação forma farmacêutica, posologia e modo de usar constante de
terapêutica, destinados exclusivamente à higiene e ao uma prescrição do médico veterinário e que não caracterize
embelezamento dos animais; fabricação industrial; (Incluído pelo Decreto nº 8.448,
III - o produto farmacêutico e produto biológico semi- de 2015)
acabado (a granel) importados, quando destinados à
fabricação de produto já registrado, devendo o importador
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XIII - diluente para sêmen; (Incluído pelo Decreto § 7o Outros produtos de uso veterinário poderão ser
nº 8.448, de 2015) dispensados do registro previsto neste Regulamento, por
XIV - vacinas autógenas, de acordo com os critérios e ato do Ministério da Agricultura, Pecuária e
parâmetros previstos em ato do Ministério da Agricultura, Abastecimento, após análise de risco devidamente
Pecuária e Abastecimento; (Incluído pelo Decreto nº fundamentada. (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
8.448, de 2015) Art. 45. Para o desembaraço da importação, o
XV - as matérias-primas destinadas exclusivamente à fabricante deverá apresentar à autoridade sanitária do
comercialização para fabricantes de produtos de uso Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no
veterinário registrados no Ministério da Agricultura, local de desembarque, cópia da licença ou cópia da
Pecuária e Abastecimento empregadas e utilizadas em sua renovação da licença do produto acabado, em cuja fórmula
fabricação; e (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015) estão descritos os farmoquímicos ou biológicos de que
XVI - meios de cultura, kits destinados a exame trata inciso III do art. 44. (Incluído pelo Decreto nº
ambiental e industrial, reagentes e materiais de referência 8.448, de 2015)
destinados a testes de proficiência ou de comparação
interlaboratorial e kits de diagnóstico in vitro, exceto os CAPÍTULO X
destinados a diagnosticar doenças dos animais por reação DO CONTROLE DA QUALIDADE
antígeno versus anticorpo. (Incluído pelo Decreto nº Art. 46. Os produtos de uso veterinário e as matérias
8.448, de 2015) primas empregadas na sua fabricação, deverão atender às
§ 1o A solicitação de importação dos produtos de que normas de qualidade e segurança, obedecendo aos atos
trata o inciso I do caput deverá ser aprovada pelo específicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Abastecimento, no que se refere à identidade, à atividade, à
previamente ao embarque do produto, pureza, à inocuidade, à esterilidade, à contagem e à
contendo: (Redação dada pelo Decreto nº 8.448, de identificação de patógenos, à eficácia, à potência e à
2015) segurança, segundo a natureza do produto.
I - nome, forma farmacêutica e apresentação, fórmula (Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
ou composição, características, indicações de uso e I - para produto biológico, pureza, identidade,
espécies animais a que se destina, origem, procedência e titulação, sorologia, esterilidade, inocuidade, eficácia e
quantidade do produto a ser importado; potência/imunogenicidade;
II - local e data provável da chegada do material; II - para produto farmacêutico:
III - órgão e técnicos responsáveis pela pesquisa, a) indicar os parâmetros dos limites de tolerância e
experimentação ou pelo programa sanitário; e dos desvios para as análises e dosagens dos princípios
IV - delineamento experimental compreendendo: ativos da formulação, sempre que não existam
a) objetivo; especificações; e
b) local de realização; b) cada partida de produto injetável produzida deve
c) metodologia e critérios de avaliação; e cumprir as provas microbiológicas: teste de esterilidade,
d) cronograma de execução. contagem de microorganismos viáveis, pesquisa e
§ 2o A isenção de que trata o inciso III do caput deste identificação de patógenos;
artigo contempla apenas os estabelecimentos fabricantes do III - para produto farmoquímico:
produto acabado. a) caracterização físico-química e biológica da
§ 3o A isenção prevista para os produtos descritos no substância, acompanhada de provas qualitativas ou
inciso I do caput somente terá validade pelo prazo máximo quantitativas;
de três anos, findo o qual o produto ficará sujeito a registro b) dispor de arquivo de dados relativos aos
na forma deste Regulamento. (Incluído pelo Decreto nº procedimentos, detalhando a data da reanálise de cada
8.448, de 2015) farmoquímico;
§ 4o Os produtos a que se refere o inciso I c) a documentação do controle de qualidade referente
do caput devem conter em seus rótulos, em caracteres ao registro de uma partida deve ser mantida por um ano
destacados, a expressão “PROIBIDA A VENDA”. após a expiração do prazo de validade da partida, ou por
(Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015) cinco anos, para os produtos que não tenham o prazo de
§ 5o Constará, grafada de forma destacável e legível, validade especificado; e
do painel principal dos rótulos, rótulos-bulas, cartuchos, d) o farmoquímico que não possa ser analisado,
cartuchos-bulas e demais impressos dos produtos descritos devido à sua periculosidade, deve ser acompanhado do
nos incisos II e X do caput a frase “Produto Isento de certificado de análise do fornecedor, que ficará arquivado
Registro no Ministério da Agricultura Pecuária e no setor de controle de qualidade.
Abastecimento. (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de Parágrafo único. A área de controle de qualidade
2015) deverá possuir, por escrito, as especificações e os métodos
§ 6o É proibida a inclusão de indicações ou expressões analíticos usados para matérias-primas, produtos semi-
de qualquer ação terapêutica ou tratamento na rotulagem e acabados, acabados e materiais de embalagem.
na propaganda dos produtos descritos nos incisos II, XI e Art. 46-A. Os fabricantes dos produtos de que trata
XII do caput. (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015) este Regulamento deverão dispor de um sistema de
garantia da qualidade que funcione de forma autônoma em
90
sua esfera de competência, com a finalidade de assegurar a Parágrafo único. Norma específica do Ministério da
observância das normas de qualidade e segurança a que se Agricultura, Pecuária e Abastecimento regulamentará os
refere o art. 46 e deverão cuidar dos aspectos qualitativos critérios para colheita de amostras e análise de fiscalização,
das etapas de fabricação, da estabilidade dos produtos em conformidade com a natureza e característica de cada
fabricados e da realização de todos os testes necessários produto.
para garantir o atendimento dos requisitos de qualidade de Art. 50. Não sendo comprovada, por meio das
que trata este artigo. (Incluído pelo Decreto nº análises de fiscalização ou da contraprova, qualquer
8.840, de 2016) infração, e sendo o produto considerado adequado para o
Art. 47. Para cada partida produzida, deverá ser consumo, a autoridade competente lavrará despacho,
elaborado protocolo de produção, abrangendo as seguintes liberando-o e determinando o arquivamento do processo.
informações: Art. 51. O interessado que não concordar com o
I - número do protocolo; resultado da análise de fiscalização poderá requerer
II - nome completo ou código do produto e número da contraprova, mediante o cumprimento dos seguintes
partida; requisitos:
III - natureza do produto, características, componentes I - a contraprova deverá ser requerida ao órgão
da fórmula, procedência, quantidade produzida, espécies e fiscalizador de sua jurisdição, no prazo máximo de dez
número de animais utilizados nas diferentes provas, dias, contados da data do recebimento do resultado,
resultados obtidos e outras referências para a identificação mediante justificativa técnica;
da qualidade do produto, de acordo com as normas e II - não será concedida, sob qualquer hipótese, análise
padrões estabelecidos pelas farmacopéias internacionais, de contraprova a produto condenado em teste de
ou pela técnica analítica apresentada pela empresa; esterilidade ou inocuidade, ou pesquisa de agentes
IV - nome do responsável técnico; estranhos à formulação do produto;
V - data da fabricação da partida, com a indicação do III - a contraprova, uma vez concedida, será realizada
seu início e do seu término; no mesmo laboratório da rede oficial que realizou a
VI - operações e manufaturas; primeira análise, utilizando as amostras dos reténs da
VII - data do envase, quantidade produzida e empresa e do laboratório oficial, mediante o emprego da
envasada, por apresentação; mesma metodologia; e
VIII - controles analíticos ou biológicos da partida, IV - será facultado ao responsável técnico da empresa
realizados segundo os padrões aprovados para cada tipo de proprietária do produto acompanhar os testes referentes à
produto, e resultados obtidos, ou, na ausência desses contraprova.
padrões, os da farmacopéia; Art. 52. Todo produto nacional ou importado,
IX - número de amostras que devem ser colhidas e condenado ou reprovado em análise de fiscalização deverá
procedimentos que devem ser seguidos, segundo padrões ser inutilizado com supervisão do órgão controlador
estabelecidos especificamente para cada tipo de produto; e oficial, não sendo permitida qualquer forma de
X - data do vencimento. reaproveitamento ou devolução.
Parágrafo único. A documentação deverá apresentar a Parágrafo único. Qualquer produto que for reprovado
assinatura do responsável pelo setor correspondente. em testes oficiais, em três partidas consecutivas, pelo
Art. 48. O estabelecimento fabricante ou importador mesmo motivo técnico, ou em seis partidas alternadas, por
deverá manter os certificados de análise e um mínimo de qualquer motivo técnico, terá a sua produção
três amostras representativas de cada partida do produto imediatamente suspensa, para realização de auditorias
fabricado ou importado, na embalagem original, por no técnicas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
mínimo um ano após a data do vencimento de sua Abastecimento.
validade. Art. 53. Para realização das análises de fiscalização, o
§ 1o No caso de embalagem comercial maior que um estabelecimento fabricante ou importador deverá fornecer
quilograma, ou um litro, as amostras representativas serão todos os insumos, incluídos animais, ovos e outros
de, no mínimo, cem gramas ou cem mililitros, elementos indispensáveis. (Redação dada pelo
respectivamente, e deverão conter todos os dados e Decreto nº 8.840, de 2016)
indicações da rotulagem, e reproduzir no envase as Parágrafo único. As despesas com o fornecimento e a
características da embalagem comercial. remessa dos insumos de que trata o caput serão custeadas
§ 2o O estabelecido no § 1o não se aplica a produto pelo detentor do registro do produto. (Redação
farmacêutico injetável ou a produto biológico. dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
Art. 54. Não será realizada análise de contraprova se
CAPÍTULO XI a amostra em poder do interessado ou do responsável legal
DA ANÁLISE DE FISCALIZAÇÃO apresentar indícios de violação.
Art. 49. O serviço oficial efetuará a colheita de Parágrafo único. Na hipótese de haver violação da
amostras de matérias-primas ou produtos acabados, em amostra, será lavrado auto de infração.
qualquer dos estabelecimentos mencionados no art. 1o, para Art. 55. Serão lavrados laudo e ata da análise de
fins de análise de fiscalização que será realizada pela rede contraprova, assinados pelos peritos e arquivados os
de laboratórios do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
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originais no laboratório oficial, após a entrega de cópias à produto importado e sua rastreabilidade no território
autoridade fiscalizadora e ao interessado. nacional.
Parágrafo único. Procedente o resultado da análise da Art. 61. O produto importado só poderá ser
fiscalização, a autoridade fiscalizadora lavrará o auto de comercializado após a realização do controle da qualidade
infração. pelo importador, ou, quando o exportador for certificado,
observando as normas de BPF, de acordo com normas
CAPÍTULO XII internacionais, ou quando apresentar o certificado de
DA FISCALIZAÇÃO DE PRODUTO VETERINÁRIO análise de controle de qualidade do país de origem.
IMPORTADO Parágrafo único. O controle da qualidade poderá ser
Art. 56. Para fins de obtenção do registro de produto efetuado por laboratório próprio ou de terceiros, de acordo
importado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e com o art. 17, no que couber.
Abastecimento realizará inspeção prévia no estabelecimento Art. 62. O produto importado que não possuir
fabricante no país de origem, visando avaliar as condições registro ou autorização prévia ao desembarque, nem
de produção previstas nos arts. 11, 12, 13 e 14 deste representante legalmente habilitado, ou que estiver em
Regulamento, além daquelas relacionadas com as normas desacordo com seu registro, não será liberado pelo
de boas práticas de fabricação brasileira e com os Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que
regulamentos específicos dos produtos. (Redação dada pelo determinará a sua imediata devolução à origem.
Decreto nº 6.296, de 2007) Art. 63. Cada partida do produto internalizado deverá
§ 1o Em caso de renovação do registro de produto ter seu protocolo de controle à disposição da fiscalização.
importado, o estabelecimento fabricante também poderá
ser inspecionado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e CAPÍTULO XIII
Abastecimento. (Redação dada pelo Decreto nº 6.296, de DA COMERCIALIZAÇÃO E DO EMPREGO
2007) (Redação dada pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
§ 2o A inspeção de que trata este artigo será Art. 64. A comercialização dos produtos de uso
estabelecida mediante ato do Ministro de Estado da veterinário somente será realizada por empresas registradas
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Redação dada pelo no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou
Decreto nº 6.296, de 2007) no órgão de defesa agropecuária dos Estados e do Distrito
Art. 57. Para liberação de produto importado, o Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
interessado fica obrigado a apresentar à autoridade Art. 65. As empresas de que trata o art. 64 somente
sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e poderão comercializar ou expor à venda os produtos de uso
Abastecimento, no local de desembarque, cópia da licença veterinário registrados no Ministério da Agricultura,
do estabelecimento e do produto, ou autorização prévia de Pecuária e Abastecimento e os isentos previstos no art. 44
importação emitida pelo Ministério da Agricultura, deste Regulamento, desde que: (Redação dada pelo
Pecuária e Abastecimento. Decreto nº 8.448, de 2015)
Parágrafo único. . (Revogado pelo Decreto nº I - estejam acondicionados em embalagem original de
8.840, de 2016) fabricação, intacta, sem violação, rompimento ou
Art. 58. O produto importado licenciado, para ser corrosão; (Redação dada pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
desembaraçado no local de desembarque, deverá estar II - estejam conservados em temperatura recomendada
rotulado em língua portuguesa. na rotulagem pelo fabricante; (Redação dada pelo
Art. 59. Poderá ser autorizada, após prévia solicitação Decreto nº 8.448, de 2015)
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a III - encontrem-se dentro do prazo de sua
importação de produtos farmacêuticos e biológicos de uso validade; (Redação dada pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
veterinário, na forma a granel, em embalagens IV - apresentem rotulagem sem rasuras, sem aposição
devidamente identificadas, com termos em língua de etiquetas, sem emendas ou danificadas; (Redação
portuguesa, contendo o nome do produto, o número da dada pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
licença, o número da partida, a data da fabricação, o prazo V - sejam mantidas suas características físico-
de validade, a quantidade contida na embalagem e a químicas; e (Redação dada pelo Decreto nº 8.448, de
expressão "USO VETERINÁRIO", para o devido envase e 2015)
acabamento pela empresa importadora, detentora do VI - estejam com o número de bulas correspondente
respectivo registro do produto acabado, cujos dados serão às unidades do produto. (Redação dada pelo Decreto nº
de anotação obrigatória no sistema de arquivo da empresa. 8.448, de 2015)
Art. 60. Fica permitida a agregação do diluente § 1o A comercialização ou exposição à venda de
fabricado localmente ao produto final importado, desde produtos de uso veterinário sob prescrição obrigatória de
que em conformidade com o registro no Ministério da médico veterinário requer a apresentação de receita
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. veterinária, com ou sem arquivamento, segundo ato do
Parágrafo único. As garantias de segurança para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e para (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
o consumidor deverão ser asseguradas por meio de § 2o A comercialização e o emprego dos produtos de
informações claras e precisas, que permitam identificar o uso veterinário sob regime de controle especial, de acordo
com a sua classificação, serão definidos em ato do
92
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Parágrafo único. O processo será instruído em ordem
(Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015) cronológica direta, devendo ter todas as suas folhas
§ 3o É de responsabilidade da empresa titular do numeradas seqüencialmente e rubricadas.
registro do produto de uso veterinário realizar a
investigação completa de evento adverso a fim de CAPÍTULO XVI
identificar a causalidade entre este evento e o produto DOS DOCUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
suspeito, e enviar estas informações para análise do Art. 70. São documentos de fiscalização:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. I - Auto de Infração;
(Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015) II - Termo Aditivo;
§ 4o As empresas titulares do registro de produtos de III - Termo de Apreensão;
uso veterinário devem dispor de serviço de IV - Termo de Liberação;
farmacovigilância, na forma disposta em ato do Ministério V - Termo de Condenação; (Revogado pelo
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Incluído pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
Decreto nº 8.448, de 2015) VI - Termo de Inutilização;
Art. 66. (Revogado pelo Decreto nº 8.840, de VII - Termo de Interdição;
2016) VIII - Termo de Cancelamento de Registro e de
Art. 67. O material de propaganda ou divulgação de Licença para Funcionamento do Estabelecimento;
produto não poderá indicar ou sugerir finalidade, modo de IX - Termo de Revelia;
usar ou outras informações discordantes do especificado X - Termo de Julgamento;
em seu registro ou contrariar as normas zoossanitárias XI - Auto de Multa;
vigentes. XII - Termo de Colheita de Amostra;
XIII - Termo de Depositário; e
CAPÍTULO XIV XIV - Notificação.
DAS FRAUDES, ALTERAÇÕES E ADULTERAÇÕES Parágrafo único. Para os fins deste Regulamento,
Art. 68. Para efeito deste Regulamento, considera-se considera-se:
substância ou produto alterado, adulterado, falsificado ou I - Auto de Infração - o documento destinado ao início
impróprio para uso veterinário aquele que: do processo administrativo de apuração de infração
I - esteja misturado ou adicionado a outras substâncias prevista neste Regulamento;
que possam modificar ou reduzir o seu valor terapêutico; II - Termo Aditivo - o documento destinado a corrigir
II - apresente composição diferente da registrada no eventuais impropriedades na emissão do auto de infração e
licenciamento, por retirada ou substituição de um ou mais a acrescentar informações nele omitidas;
dos elementos da fórmula, no todo ou em parte, ou III - Termo de Apreensão - o documento utilizado
acrescido de substâncias estranhas ou elementos de para reter produtos pelo tempo necessário às averiguações
qualidade inferior, na sua composição, ou modificado na indicadas;
sua dosagem; IV - Termo de Liberação - o documento destinado a
III - apresente pureza, qualidade e autenticidade em liberar os produtos retidos;
condições discordantes com as exigências deste V - Termo de Condenação - o documento destinado a
Regulamento; condenar estabelecimento; (Revogado pelo Decreto
IV - apresente invólucros ou rótulos rasurados ou com nº 8.840, de 2016)
alterações do número da partida, da data da fabricação ou VI - Termo de Inutilização – o documento destinado a
do vencimento, e outros elementos que possam induzir a inutilizar produtos retidos;
erro, texto em língua estrangeira, e qualquer outra VII - Termo de Interdição - o documento destinado a
simbologia ou selo em desacordo com os impressos interromper parcialmente as atividades de um
aprovados; estabelecimento;
V - apresente concentrações dos constituintes da VIII - Termo de Cancelamento de Registro e de
fórmula diferentes daquelas aprovadas no licenciamento; Licença para Funcionamento de Estabelecimento - o
VI - apresente o prazo de validade vencido; documento destinado a cancelar o registro do
VII - esteja mantido em temperatura inadequada para estabelecimento;
a sua conservação; ou IX - Termo de Revelia - o documento destinado a
VIII - tenha sido reprovado na análise de fiscalização. comprovar a ausência de defesa no prazo legal;
X - Termo de Julgamento - o documento destinado a
CAPÍTULO XV cientificar o infrator dos julgamentos proferidos em todas
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DE as instâncias administrativas;
FISCALIZAÇÃO XI - Auto de Multa - o documento pelo qual se aplica
Art. 69. A infringência às disposições deste a multa por infração cometida;
Regulamento e dos atos complementares será apurada em XII - Termo de Colheita de Amostra – o documento
processo administrativo, iniciado com a lavratura do auto destinado a comprovar a coleta de amostra de produto;
de infração.

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XIII - Termo de Depositário - o documento destinado VI - nome e assinatura do responsável legal pelo
a nomear o detentor do produto, para responder pela sua produto e, em caso de recusa ou ausência, de duas
guarda, até ulterior deliberação; e testemunhas com identificações e endereços; e
XIV - Notificação - comunicação a alguém de atos, VII - identificação e assinatura do agente da
para que se faça ou deixe de fazer alguma coisa. fiscalização responsável pela lavratura.
Art. 71. O Auto de Infração será lavrado em impresso Art. 75. O Termo de Julgamento deverá conter a
próprio, composto de 3 (três) vias numeradas motivação sobre a sanção aplicada, além da indicação da
tipograficamente, devendo ser preenchido de forma clara e forma e dos meios para apresentação de recurso, e a sua
precisa, sem entrelinhas, rasuras e emendas, do qual a notificação será entregue ao infrator pessoalmente, ou
primeira e a últimas vias ficarão com o órgão fiscalizador, enviada por via postal, com aviso de recebimento, sempre
e a segunda será entregue ao autuado, com ciência deste ou encaminhada por meio de ofício.
de seu preposto, ou remetida por via postal, com aviso de Art. 76. O Auto de Multa será lavrado em três vias e
recebimento, ou por outros meios hábeis, mencionando: deverá conter:
I - nome e endereço completo do estabelecimento, e I - nome e endereço completo do estabelecimento;
CNPJ; II - número do registro do estabelecimento no
II - local, data e hora em que a infração foi constatada; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou
III - descrição da infração e dispositivo legal do CNPJ, caso o estabelecimento não esteja registrado;
infringido; III - local e data;
IV - identificação e assinatura do agente da IV - fundamento legal para a medida adotada;
fiscalização responsável pela lavratura e do autuado, ou do V - tipificação da infração com seus fundamentos
representante legal deste último, ou, na sua ausência ou legais;
recusa, de duas testemunhas; e VI - identificação e assinatura do agente da
V - prazo para defesa escrita e autoridade para a qual fiscalização responsável pela lavratura; e
deverá ser dirigida. VII - assinatura do autuado.
Art. 72. O Termo Aditivo será lavrado em duas vias, Art. 77. O Termo de Colheita de Amostra será
do qual a primeira será juntada ao processo, e a segunda lavrado em três vias, ficando a primeira e a última com a
será entregue ao autuado, com ciência deste ou de seu fiscalização, e a segunda com o detentor da mercadoria da
preposto, ou remetida por via postal, com aviso de qual foi colhida a amostra, devendo conter:
recebimento. I - nome e endereço completo do estabelecimento;
Parágrafo único. O Termo Aditivo só poderá ser II - número do registro no Ministério da Agricultura,
emitido antes da apresentação de defesa escrita, mediante a Pecuária e Abastecimento do estabelecimento, ou do
reabertura do respectivo prazo de defesa. CNPJ, caso não esteja registrado;
Art. 73. O Termo de Apreensão será lavrado em duas III - identificação e quantidade colhida do produto;
vias e deverá conter: IV - nome e assinatura do responsável legal pelo
I - nome e endereço completo do estabelecimento; estabelecimento ou, na sua ausência ou recusa, o de duas
II - número do registro do estabelecimento no testemunhas, com indicação de seus domicílios e números
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou dos documentos de identificação; e
do CNPJ, caso o estabelecimento não esteja registrado; V - nome e assinatura do agente da fiscalização
III - local e data da apreensão; responsável por sua lavratura.
IV - identificação e quantidade do produto Art. 78. A notificação far-se-á pessoalmente, ao
apreendido; autuado ou fiscalizado, seu mandatário ou preposto, ou por
V - fundamento legal para a medida adotada; carta registrada, ao autuado ou fiscalizado, com aviso de
VI - indicação e identificação do depositário; recebimento.
VII - assinatura do responsável legal pelo produto, ou, Parágrafo único. Na notificação, o agente da
em caso de recusa ou ausência, de duas testemunhas com fiscalização responsável por sua lavratura definirá prazo
identificações e endereços; e para que o autuado ou fiscalizado dê cumprimento à
VIII - identificação e assinatura do agente da obrigação notificada.
fiscalização responsável pela lavratura.
Art. 74. O Termo de Condenação e o Termo de CAPÍTULO XVII
Inutilização serão lavrados em duas vias e deverão conter: DA FISCALIZAÇÃO
I - nome e endereço completo do estabelecimento; Art. 79. A ação fiscalizadora abrange todo e qualquer
II - número do registro do estabelecimento no produto e estabelecimento de fabricação, manipulação,
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou fracionamento, envase, rotulagem, controle da qualidade,
do CNPJ, caso o estabelecimento não esteja registrado; importação, exportação, distribuição, armazenamento e
III - local, data da condenação e a destinação do comercialização, e os veículos destinados ao transporte de
produto; produtos.
IV - identificação e quantidade do produto Parágrafo único. Fica igualmente sujeito à ação
condenado; fiscalizadora o conteúdo da informação publicitária do
V - fundamento legal para a medida adotada; produto, quaisquer que sejam os meios de comunicação.

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Art. 80. Ao agente da fiscalização, para o exercício VIII - cancelamento do registro e licenciamento do
das suas atribuições, são asseguradas as seguintes estabelecimento;
prerrogativas: IX - apreensão e inutilização do material de
I - ter livre acesso aos locais onde se processem a propaganda.
fabricação, a manipulação, o fracionamento, o envase, a Art. 83. A infração é imputável ao estabelecimento
rotulagem, o controle da qualidade, a importação, a que lhe der causa, ou que para ela tenha concorrido.
exportação, a distribuição, a armazenagem, a Art. 84. Para aplicação da pena, a autoridade levará
comercialização e o transporte de produto; em conta:
II - colher amostras, se necessário, para o controle da I - as circunstâncias atenuantes e agravantes;
qualidade; II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas
III - apreender produto ou material com propaganda conseqüências para a saúde animal, para a saúde humana e
indevida; para o meio ambiente; e
IV - verificar a procedência e as condições do produto III - os antecedentes do infrator, quanto ao
exposto à venda; cumprimento da legislação.
V - verificar o atendimento das condições de saúde e Art. 85. Serão circunstâncias atenuantes:
higiene pessoal, exigidas dos empregados que participam I - a ação do infrator não ter sido fundamental para a
da fabricação dos produtos; ocorrência do evento;
VI - interditar estabelecimentos; II - o infrator tentar reparar ou minorar as
VII - proceder ou acompanhar a inutilização de conseqüências do ato lesivo que lhe for imputado; e
produto; III - o infrator ter sofrido coação.
VIII - ter acesso a todos os documentos e informações Art. 86. Serão circunstâncias agravantes:
necessários à realização de seu trabalho; e I - o infrator ser reincidente;
IX - lavrar Auto de Infração, Auto de Apreensão, II - o infrator ter cometido a infração para obter
Termo de Interdição, Termo de Inutilização, Auto de Multa vantagem ilícita ou pecuniária;
e outros documentos necessários ao desempenho de suas III - o infrator coagir a outrem para a execução
atribuições. material da infração;
Parágrafo único. O agente da fiscalização, no IV - a infração ter conseqüências graves, como morte
exercício de suas funções, fica obrigado a apresentar a de animais ou pessoas;
carteira funcional, quando solicitado. V - se, tendo conhecimento de ato lesivo, o infrator
Art. 81. Dificultada a atuação do agente da deixar de tomar as providências ao seu alcance para evitá-
fiscalização a locais onde possam existir produtos ou lo; e
processos de fabricação, de manipulação, de VI - o infrator ter agido com dolo, fraude ou má-fé.
fracionamento, de envase, de rotulagem, de controle da Parágrafo único. A reincidência torna o infrator
qualidade, de importação, de exportação, de distribuição, passível de enquadramento na penalidade máxima e a
de armazenamento, de comercialização, poderá o agente caracterização da infração como gravíssima.
requerer auxílio policial, para garantir a fiscalização, Art. 87. Havendo concurso de circunstâncias
independentemente das sanções previstas neste atenuantes e agravantes, a aplicação da pena será
Regulamento. considerada em razão das que sejam preponderantes.
Art. 88. Serão aplicadas progressivamente as
CAPÍTULO XVIII penalidades especificadas, independentemente da
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES cumulatividade, às seguintes infrações:
Art. 82. Sem prejuízo da responsabilidade penal I - construir, instalar ou fazer funcionar
cabível, a infração a este Regulamento acarretará, isolada estabelecimento de que trata o art. 4o, sem registro, licença
ou cumulativamente, as seguintes penalidades: ou autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e
I - advertência, quando o infrator for primário e não Abastecimento:
tiver agido com dolo ou má-fé; Penalidade - interdição do estabelecimento, apreensão
II - multa no valor de R$ 880,00 a R$ 2.640,00 e inutilização do produto, ou multa;
(oitocentos e oitenta reais a dois mil seiscentos e quarenta II - fabricar, manipular, purificar, fracionar, envasar
reais), dobrados sucessivamente nas reincidências, até três ou reembalar, rotular, importar, exportar, armazenar,
vezes, sem prejuízo, quando for o caso, do cancelamento comercializar ou expor à venda produto sem registro ou
do registro do produto ou da cassação do registro do autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e
estabelecimento; (Redação dada pelo Decreto Abastecimento, ou em desacordo com o registro do
nº 8.840, de 2016) produto:
III - apreensão do produto; Penalidade - apreensão e inutilização do produto,
IV - inutilização do produto; interdição do estabelecimento, cancelamento do registro e
V - suspensão da venda ou da fabricação do produto; licenciamento do estabelecimento, ou multa;
VI - cancelamento do registro e licenciamento do III - comercializar ou expor à venda produto com
produto; prazo de validade vencido, ou apor-lhe nova data, mesmo
VII - interdição do estabelecimento; com a colocação de novos rótulos ou acondicionamento em
novas embalagens:
95
Penalidade - apreensão e inutilização do produto, interdição do estabelecimento, cancelamento do registro e
interdição do estabelecimento, cancelamento do registro e licenciamento do estabelecimento, ou multa; e
licenciamento do estabelecimento, ou multa; XIII - descumprir as normas de BPF estabelecidas pelo
IV - alterar o processo de fabricação do produto, Ministério da Agricultura, Pecuária e
modificar ou suprimir os seus componentes, nome e Abastecimento: (Incluído pelo Decreto nº
demais elementos objeto do registro, sem autorização do 8.840, de 2016)
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Penalidade - advertência, apreensão de produto,
Penalidade - apreensão do produto, inutilização do inutilização do produto, suspensão da venda ou da
produto, suspensão da venda ou fabricação do produto, fabricação de produto, cancelamento do registro e
cancelamento do registro e licenciamento do produto, licenciamento do produto, interdição do estabelecimento,
interdição do estabelecimento, cancelamento do registro e cancelamento do registro e licenciamento do
licenciamento do estabelecimento, ou multa; estabelecimento, ou multa.
V - comercializar ou expor à venda produto com Art. 89. As penalidades a serem aplicadas por
rotulagem em desacordo com os textos aprovados, rasurada autoridade competente terão natureza pecuniária, ou
ou com emendas, com sobre-rotulagem, sem o número da consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer,
licença, da partida, data da fabricação ou do vencimento; assegurado sempre o direito de defesa.
acondicionado fora do recipiente ou embalagem original da Art. 90. As infrações classificam-se em:
fábrica, ou danificado; mantido em temperatura I - leve;
inadequada: II - grave; e
Penalidade - apreensão do produto, inutilização do III - gravíssima.
produto, interdição do estabelecimento, cancelamento do § 1o Leve é aquela em que o infrator tenha sido
registro e licenciamento do estabelecimento, ou multa; beneficiado por circunstância atenuante.
VI - reaproveitar embalagem do produto: § 2o Grave é aquela em que for verificada uma
Penalidade - apreensão do produto, inutilização do circunstância agravante.
produto, interdição do estabelecimento, cancelamento do § 3o Gravíssima é aquela em que for verificada a
registro e licenciamento do estabelecimento, ou multa; ocorrência de duas ou mais circunstâncias agravantes, ou o
VII - fabricar ou importar produto sem responsável uso de ardil, simulação ou emprego de qualquer artifício
técnico: visando a encobrir a infração ou causar embaraço à ação
Penalidade - advertência, apreensão do produto, fiscalizadora, ou, ainda, nos casos previstos no art. 68 deste
inutilização do produto, interdição do estabelecimento, ou Regulamento.
multa;
VIII - fracionar produto de sua embalagem original de CAPÍTULO XIX
fábrica, para venda: DA REINCIDÊNCIA
Penalidade - apreensão de produto, inutilização do Art. 91. Verifica-se a reincidência quando o infrator,
produto, interdição do estabelecimento, cancelamento do dentro do prazo de cinco anos, cometer outra infração,
registro e licenciamento do estabelecimento, ou multa; depois do trânsito em julgado da decisão administrativa
IX - divulgar propaganda do produto sem registro, ou que o tenha condenado pela infração anterior, podendo ser
em desacordo com seu registro: genérica ou específica.
Penalidade - advertência, apreensão e inutilização do § 1o A reincidência genérica é a repetição de qualquer
material de propaganda, ou multa; outro tipo de infração.
X - desacatar, obstar ou dificultar a ação do agente § 2o A reincidência específica é caracterizada pela
fiscalizador: repetição de idêntica infração.
Penalidade - advertência, cancelamento do registro e
licenciamento do estabelecimento, ou multa; CAPÍTULO XX
XI - fornecer, vender ou praticar atos de comércio de DAS MEDIDAS CAUTELARES
produto, cuja venda e uso dependam de prescrição de Art. 92. Caberá a apreensão preventiva dos produtos,
médico veterinário, sem observância dessa ou a interdição preventiva do estabelecimento ou de parte
exigência: (Redação dada pelo Decreto nº do estabelecimento, quando da ocorrência das seguintes
8.840, de 2016) hipóteses:
Penalidade - advertência, interdição do I - indícios de adulteração;
estabelecimento, cancelamento do registro e licenciamento II - falsificação;
do estabelecimento, ou multa; III - fraude;
XII - descumprir ato emanado do agente da IV - instalações técnicas inadequadas; ou
fiscalização: (Redação dada pelo Decreto nº V - inobservância ao disposto neste Regulamento e
8.840, de 2016) nos atos complementares do Ministério da Agricultura,
Penalidade - apreensão de produto, inutilização do Pecuária e Abastecimento.
produto, suspensão da venda ou da fabricação de produto, § 1o O produto apreendido ficará sob a guarda do seu
cancelamento do registro e licenciamento do produto, responsável legal, nomeado depositário, sendo proibida a
substituição, retirada ou remoção do produto.

96
§ 2o A apreensão de produto ou de material de III - descrição da infração e do dispositivo legal
propaganda será aplicada de imediato, pela autoridade que infringido;
constatar infração, podendo ambos permanecer no IV - assinatura do agente de fiscalização, do autuado
estabelecimento, mediante Termo de Depositário, até o ou do seu representante legal, ou, na sua ausência ou
julgamento final do processo. recusa, de duas testemunhas, ou do aviso de recebimento; e
§ 3o O produto poderá ser removido para outro local, V - prazo para defesa escrita e autoridade para a qual
a juízo da autoridade fiscalizadora, em caso de deverá ser dirigida.
comprovada necessidade. § 2o Os autos serão acompanhados de laudo pericial
§ 4o Será colhida amostra para análise do produto ou da documentação ensejadora da irregularidade.
apreendido. § 3º O processo administrativo de apuração da
§ 5o As despesas com a remessa de material ao infração correrá perante o órgão do Ministério da
laboratório oficial para realização de análise e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do ente federativo
contraprova correrão a expensas do detentor do registro do onde for constatada a infração e lavrado o auto de
produto, sendo-lhe facultada a indicação de assistente infração. (Redação dada pelo Decreto nº
técnico para acompanhá-la. 8.840, de 2016) Art. 99. As assinaturas no Auto de
§ 6o A apreensão de produto ou a interdição de Infração, nos Termos de Apreensão e de Depositário, por
estabelecimento, como medida cautelar, durará o tempo parte do autuado, ao receber cópias deles, constituem
necessário para a realização de testes, provas, análises ou recibo de intimação.
outras providências requeridas. Parágrafo único. Em caso de recusa do autuado em
Art. 93. Na hipótese de apreensão do produto prevista assinar o Auto de Infração, os Termos de Apreensão e de
no art. 92, a autoridade fiscalizadora lavrará o termo Depositário, o agente fiscalizador fará consignar o fato nos
respectivo, cuja primeira via será entregue, juntamente referidos documentos, remetendo-os ao autuado, por via
com o Auto de Infração, ao infrator, ou ao seu postal, com aviso de recebimento.
representante legal, ou remetida por via postal, com aviso Art. 100. A inobservância de forma não acarretará a
de recebimento. nulidade do ato, se não houver prejuízo para a defesa.
Art. 94. Se a inutilização for imposta como resultado Parágrafo único. A nulidade prejudica apenas os atos
de laudo laboratorial, a autoridade sanitária fará constar do posteriores ao ato declarado nulo e dele diretamente
processo o Termo de Inutilização do produto e o Termo de dependentes, ou de que sejam conseqüência, cabendo à
Interdição do estabelecimento, quando for o caso. autoridade que a declarar indicar tais atos e determinar o
Art. 95. O Termo de Apreensão e de Inutilização do adequado procedimento saneador, se for o caso.
produto especificará a natureza, quantidade, nome ou Art. 101. A defesa deverá ser apresentada, por
marca, tipo, procedência, número da partida, data de escrito, no prazo de dez dias, contado da data do
fabricação e data do vencimento, nome e endereço do
estabelecimento e do detentor do produto, e o
recebimento do auto de infração. (Redação dada
dispositivo legal infringido. pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
Art. 96. A inutilização do produto e o cancelamento Art. 102. Decorrido o prazo legal, e sem que haja
do seu registro serão obrigatórios, quando resultar apresentação de defesa, o autuado será considerado revel,
comprovada, em análise laboratorial ou no exame de procedendo-se à juntada do Termo de Revelia ao processo.
processos, ação fraudulenta que implique falsificação ou Art. 103. Procedente a autuação, o Auto de Multa
adulteração. será lavrado no órgão de fiscalização do Ministério da
Art. 97. Não caracterizada a infração, far-se-á a Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nos Estados e no
imediata liberação do produto. Distrito Federal, e assinado pelo agente de fiscalização,
contendo os elementos que ensejaram a ação.
CAPÍTULO XXI Parágrafo único. A notificação do Auto de Multa far-
DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL se-á pessoalmente ao autuado, ao seu mandatário ou ao seu
Art. 98. Os Autos de Infração, de Apreensão e o preposto, ou por via postal, com aviso de recebimento.
Termo de Depositário serão lavrados pelas autoridades Art. 104. Cabe recurso das decisões administrativas,
sanitárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e em face da sua legalidade e de seu mérito.
Abastecimento, nos Estados e no Distrito Federal, ou das § 1o O recurso independe de caução, e será dirigido à
Secretarias de Agricultura dos Estados, por delegação de autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
competência. reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à
§ 1o Lavrado o Auto de Infração, a primeira via será autoridade superior, para, no prazo máximo de trinta dias,
protocolizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e proceder ao julgamento em segunda instância.
Abastecimento, na Unidade da Federação onde se deu a § 2o O prazo para interposição de recurso
infração, para a sua autuação em regular processo administrativo é de dez dias, contados a partir da ciência da
administrativo, observados os ritos e os prazos decisão recorrida.
estabelecidos neste Regulamento, devendo conter: Art. 105. O recurso não será conhecido, quando
I - nome do infrator, CNPJ e endereço completo; interposto:
II - local, data e hora onde a infração foi constatada; I - fora do prazo;
II - perante órgão incompetente;

97
III - por quem não tenha legitimidade; ou que sejam aceitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
IV - depois de exaurida a esfera administrativa. e Abastecimento.
Art. 106. Os prazos começam a correr a partir da Art. 115. O estabelecimento fabricante ou importador
notificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do fica obrigado a manter, em sistema de arquivo, o número
começo e incluindo-se o do vencimento. das partidas, as quantidades fabricadas ou importadas e as
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro respectivas datas de fabricação.
dia útil seguinte, se o vencimento cair em dia em que não Art. 116. No caso de especialidades farmacêuticas
houver expediente, ou este for encerrado antes do horário sob regime de controle especial, os estabelecimentos a que
normal da repartição. se refere o art. 1o ficam obrigados a cumprir a legislação
§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de modo específica.
contínuo. Art. 117. As informações técnicas apresentadas pelos
Art. 107. É permitido às partes a utilização de sistema estabelecimentos, principalmente as que se referem aos
de transmissão de dados e imagens do tipo fac-símile, para métodos de fabricação, análise e outros dados considerados
a prática de atos processuais que dependam de petição confidenciais, permanecerão sob guarda da autoridade de
escrita. registro, que responderá pela manutenção da sua
Art. 108. A utilização de sistema de transmissão de confidencialidade.
dados e imagens não prejudica o cumprimento dos prazos, Art. 118. Não poderão constar da rotulagem ou da
devendo os originais ser entregues, necessariamente, até propaganda de produto veterinário designações, símbolos,
cinco dias da data do término do prazo. figuras, desenhos ou quaisquer indicações que possam
Art. 109. Quem fizer uso de sistema de transmissão, conduzir a interpretações falsas, erros ou confusão quanto
torna-se responsável pela qualidade e fidelidade do à sua origem, procedência, natureza, fórmula ou
material transmitido, e por sua entrega ao setor composição, qualidade, ou que atribuam ao produto
competente. finalidades ou características diferentes daquelas que
Parágrafo único. Sem prejuízo de outras sanções, se constem do relatório técnico de registro.
não houver perfeita concordância entre o remetido pelo Parágrafo único. O indeferimento de indicações na
fac-símile e o original, entregue como meio de defesa, este rotulagem ou na propaganda deverá ser formalmente
não será conhecido, sendo declarada a revelia. justificado ao estabelecimento solicitante.
Art. 110. A multa deverá ser recolhida no prazo de Art. 119. Cancelada a licença do produto, deverá o
dez dias, a contar do recebimento da notificação, conforme estabelecimento proprietário, no prazo de dez dias da
instrução a ser baixada pelo Ministério da Agricultura, notificação de cancelamento da licença, fornecer ao
Pecuária e Abastecimento. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento os
Parágrafo único. A multa que não for paga no prazo seguintes dados referentes às últimas partidas elaboradas
previsto na notificação será encaminhada à Procuradoria da ou importadas:
Fazenda Nacional, para inscrição na Dívida Ativa da União I - número da partida;
e cobrança executiva. II - data da fabricação e do vencimento; e
Art. 111. Prescrevem em cinco anos as infrações III - estoque do produto e modelos de rotulagem
previstas neste Regulamento. existentes no estabelecimento.
Parágrafo único. A prescrição interrompe-se pela Art. 120. O estabelecimento fabricante poderá,
intimação, notificação ou outro ato da autoridade mediante autorização prévia do Ministério da Agricultura,
competente que objetive a sua apuração e conseqüente Pecuária e Abastecimento, elaborar ou terceirizar a
imposição de sanção. fabricação de produto sem registro no País, destinado
Art. 112. As penalidades previstas neste exclusivamente à exportação.
Regulamento serão aplicadas pelas autoridades sanitárias § 1º A solicitação de autorização de produção será
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, requerida pelo estabelecimento fabricante exportador e
nos Estados e no Distrito Federal. deverá estar acompanhada de relatório técnico sumário do
produto, que conterá, no mínimo: (Redação dada
CAPÍTULO XXII pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 113. A exigência das normas de BPF, elaboradas
I - a forma farmacêutica; (Incluído pelo
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Decreto nº 8.840, de 2016)
far-se-á quando da regulamentação pelo Ministério da II - a fórmula completa; e (Incluído pelo
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da norma Decreto nº 8.840, de 2016)
específica e dos procedimentos e critérios para a sua III - a apresentação e os cuidados de
implementação e certificação. manipulação. (Incluído pelo Decreto nº 8.840,
Art. 114. Nas referências bibliográficas, as
informações científicas e os dados experimentais
de 2016)
apresentados deverão estar na seguinte seqüência: autor, § 2o O produto elaborado exclusivamente para
ano, título da publicação, volume, página e outros dados exportação não poderá ser comercializado, sob qualquer
eventuais que identifiquem o trabalho ou a justificativa, no território nacional. (Redação
experimentação, realizada por pessoas ou instituições, e dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016)
98
§ 3o A autorização deverá ser concedida no prazo de Controle de Medicamentos, criado pela Lei nº 11.903, de
até vinte dias a contar da data da sua solicitação. 14 de janeiro de 2009, exercerá o controle da produção, da
(Redação dada pelo Decreto nº 8.840, de 2016) comercialização e da prescrição de produtos de uso
§ 4o A autorização deverá ser concedida no prazo de veterinário, mediante rastreamento por meio de tecnologia
até vinte dias a contar da data da sua solicitação. de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de
Art. 121. Quando o estabelecimento tiver um produto dados. (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
registrado para elaboração no País e pretender importar o Parágrafo único. Os produtos de uso veterinário e
mesmo produto, poderá obter o registro para o produto seus distribuidores receberão identificação específica para
importado, sem que tenha a obrigatoriedade de cancelar ou os componentes descritos no § 1o do art. 3o da Lei
suspender o registro para fabricação local, desde que no 11.903, de 2009, conforme disposto em ato do
mantidos o mesmo nome e a mesma formulação constante Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
do registro do produto nacional. (Incluído pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
Parágrafo único. Idêntico critério se aplicará ao *
produto importado que o mesmo importador pretenda
fabricar no Brasil.
Art. 122. É permitida a fabricação ou importação de
amostra grátis de produtos registrados no Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para a distribuição
exclusiva a médicos veterinários, para observação clínica,
obedecida a legislação pertinente.
§ 1o A rotulagem deverá apresentar os mesmos
dizeres e características da embalagem original.
§ 2o É obrigatória a impressão, na embalagem, de
tarja contendo o seguinte texto: "AMOSTRA GRÁTIS",
em caracteres gráficos maiores que os demais.
§ 3o As apresentações das embalagens das amostras
grátis deverão ser menores do que as do produto original
registrado.
§ 4o A distribuição de amostra grátis só será
permitida após autorização prévia do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
§ 5o Não será concedida autorização para produção
ou distribuição de amostras grátis para produtos sob regime
de controle especial.
Art. 123. Serão estabelecidos regulamentos
específicos, para cada tipo ou categoria de produto,
disciplinando a sua produção, o seu controle e o seu
emprego.
Art. 124. Quando ficar comprovado o uso indevido
de produto, pelo adquirente ou usuário, contrariando as
recomendações para seu emprego, contidas na rotulagem
ou na prescrição do médico veterinário, sujeita-se o
adquirente ou o usuário às cominações do Código Penal.
Art. 125. A responsabilidade pela destruição e pelo
custo decorrente da inativação, inutilização e descarte de
produto apreendido é do fabricante, do importador, do
distribuidor e do comerciante, no que lhes couber, de
acordo com o termo da fiscalização.
Art. 126. O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento editará normas complementares ao disposto
neste Regulamento.
Art. 127. Ato do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento estabelecerá a lista de medicamentos de
referência de uso veterinário, que serão utilizados como
base para os estudos de biodisponibilidade,
bioequivalência, equivalência terapêutica nas espécies
alvo, taxa de excreção e determinação de
resíduos. (Redação dada pelo Decreto nº 8.448, de 2015)
Art. 128. O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, no âmbito do Sistema Nacional de
99
Decreto nº 5.775, de 10/05/2006 Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
(D.O.U. de 11.5.2006) 11.5.2006

Dispõe sobre o fracionamento de medicamentos, dá nova


redação aos arts. 2o e 9o do Decreto no 74.170, de 10 de
junho de 1974, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da


atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 5.991,
de 17 de dezembro de 1973,

DECRETA:

Art. 1o Os arts. 2o e 9o do Decreto no 74.170, de 10 de


junho de 1974, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art.2o .............................................................................
XVIII - fracionamento: procedimento que integra a
dispensação de medicamentos na forma fracionada,
efetuado sob a supervisão e responsabilidade de
profissional farmacêutico habilitado para atender à
prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de
medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela
subdivisão de um medicamento em frações
individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem o
rompimento da embalagem primária, mantendo seus dados
de identificação;

XIX - embalagem original: acondicionamento aprovado


para fins de registro pelo órgão competente do Ministério
da Saúde, destinado à proteção e manutenção das
características de qualidade, de segurança e de eficácia do
produto, compreendendo as embalagens destinadas ao
fracionamento.” (NR)

“Art.9o................................................................................
Parágrafo único. As farmácias e drogarias poderão
fracionar medicamentos, desde que garantidas as
características asseguradas no produto original registrado,
ficando a cargo do órgão competente do Ministério da
Saúde estabelecer, por norma própria, as condições
técnicas e operacionais, necessárias à dispensação de
medicamentos na forma fracionada.” (NR)

Art. 2o As condições para a adequação das embalagens ao


fracionamento por parte das empresas titulares de registro
de medicamentos serão estabelecidas pelo órgão da União
competente, no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua


publicação.

Art. 4o Ficam revogados os Decretos nos 947, de 4 de


outubro de 1993, e 5.348, de 19 de janeiro de 2005.

Brasília, 10 de maio de 2006; 185o da Independência e


118o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
José Agenor Álvares da Silva
100
Decreto nº 8.077, DE 14/08/2013 exercidas pelo estabelecimento que tenham efeitos nocivos
(DOU de 15.8.2013) à saúde.
Art. 4o Os estabelecimentos terão licenças
Regulamenta as condições para o funcionamento de sanitárias independentes, mesmo que localizados no
empresas sujeitas ao licenciamento sanitário, e o registro, mesmo Município ou no Distrito Federal e pertençam a
controle e monitoramento, no âmbito da vigilância uma só empresa.
sanitária, dos produtos de que trata a Lei n o 6.360, de 23 Art. 5o Os estabelecimentos que exerçam atividades
de setembro de 1976, e dá outras providências previstas neste Decreto ficam obrigados a manter
responsável técnico legalmente habilitado.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da Art. 6o Os órgãos e entidades públicas que exerçam
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, atividades abrangidas pela Lei no 6.360, de 1976, não
alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na dependem de licença para funcionamento, ficando, porém,
Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976 e na Lei no 9.782, sujeitos às exigências quanto a instalações, equipamentos e
de 26 de janeiro de 1999, aparelhagem adequados e à assistência e responsabilidade
DECRETA: técnicas.
CAPÍTULO I
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
DO REGISTRO DE PRODUTOS SUBMETIDOS AO
o
Art.1 Este Decreto regulamenta as condições para REGIME DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
o funcionamento de empresas sujeitas ao licenciamento
sanitário, e o registro, controle e monitoramento, no âmbito Art. 7o Os produtos de que trata o art. 1o somente
da vigilância sanitária, dos produtos de que trata a Lei poderão ser objeto das atividades a eles relacionadas se
no 6.360, de 23 de setembro de 1976. registrados junto a Anvisa, observados seus regulamentos
específicos.
CAPÍTULO II § 1o O registro será concedido no prazo de noventa
dias, contado da data de entrega do requerimento, salvo
DAS CONDIÇÕES PARA O FUNCIONAMENTO DE nos casos de inobservância da Lei no 6.360, de 1976, deste
EMPRESAS Decreto ou de outras normas pertinentes.
§ 2o Além do disposto no art. 41-A da Lei no 9.782,
Art. 2º O exercício de atividades relacionadas aos de 26 de janeiro de 1999, terão prioridade, nos termos de
produtos referidos no art. 1o da Lei no 6.360, de 1976, regulamentação específica da Anvisa, as análises dos
dependerá de autorização da Agência Nacional de requerimentos de registro referentes a:
Vigilância Sanitária - Anvisa e de licenciamento dos I - produtos estratégicos para o Sistema Único de
estabelecimentos pelo órgão competente de saúde dos Saúde - SUS, conforme definido em ato do Ministro de
Estados, Distrito Federal ou Municípios, observados os Estado da Saúde;
requisitos técnicos definidos em regulamento desses II - produtos objeto de transferência de tecnologia
órgãos. para órgãos e entidades da administração pública; e
Parágrafo único. As atividades exercidas pela III - produtos com inovações radicais ou
empresa e as respectivas categorias de produtos a elas incrementais fabricados no País ou que atendam sua regra
relacionados constarão expressamente da autorização e do de origem ou Processo Produtivo Básico, desde que o
licenciamento referidos no caput. núcleo tecnológico do produto também seja fabricado no
Art. 3o Para o licenciamento de estabelecimentos País.
que exerçam atividades de que trata este Decreto pelas § 3o Caso não haja riscos à saúde da população ou à
autoridades dos Estados, Distrito Federal ou Municípios, o fiscalização das atividades de produção e circulação, o
estabelecimento deverá: registro dos produtos de que trata este artigo poderá ser
I - possuir autorização emitida pela Anvisa de que objeto de regulamentação da Anvisa para:
trata o caput do art. 2o; I - simplificar e agilizar os procedimentos; e
II - comprovar capacidade técnica e operacional, e a II - estabelecer prioridades e metas de desempenho
disponibilidade de instalações, equipamentos e previstas em cláusula do contrato de gestão a que se refere
aparelhagem imprescindíveis e em condições adequadas à o art. 19 da Lei no 9.782, de 1999.
finalidade a que se propõe; § 4o A Anvisa poderá dispensar de registro os
III - dispor de meios para a garantia da qualidade inseticidas, imunobiológicos, medicamentos e outros
dos produtos e das atividades exercidas pelo insumos estratégicos quando adquiridos por intermédio de
estabelecimento, nos termos da regulamentação específica; organismos multilaterais internacionais, para uso em
IV - dispor de recursos humanos capacitados ao programas de saúde pública pelo Ministério da Saúde e
exercício das atividades; e suas entidades vinculadas.
V - dispor de meios capazes de prevenir, eliminar § 5o Nos casos de grave risco à saúde e desde que
ou reduzir riscos ambientais decorrentes das atividades comprovada a indisponibilidade no mercado nacional de
substitutos terapêuticos registrados, a ANVISA poderá
101
estabelecer procedimentos simplificados para viabilizar o DAS ATIVIDADES DE CONTROLE E
fornecimento de medicamentos pelo SUS. MONITORAMENTO DE PRODUTOS NO SISTEMA
Art. 8o O registro dos produtos tratados no art. 7 o, NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
suas alterações e revalidações ficam sujeitos ao
atendimento da Lei no 6.360, de 1976, deste Decreto e dos Art. 12. As atividades de vigilância sanitária de que
demais requisitos técnicos definidos em regulamentação trata a Lei no 6.360, de 1976, e este Decreto serão
específica da Anvisa. exercidas:
§ 1o O registro a que se refere o art. 7o terá validade I - pelo Ministério da Saúde, quanto à formulação,
de cinco anos e poderá ser revalidado por períodos iguais e ao acompanhamento e à avaliação da política nacional de
sucessivos, mantido o registro inicial. vigilância sanitária e das diretrizes gerais do Sistema
§ 2o A revalidação do registro deverá ser requerida Nacional de Vigilância Sanitária;
com antecedência máxima de doze meses e mínima de seis II - pela Anvisa, conforme as atribuições conferidas
meses da data do vencimento do registro. pela Lei no 9.782, de 1999; e
§ 3o Atendido o disposto no § 2o, o registro será III - pelos Estados, Distrito Federal e Municípios,
considerado automaticamente revalidado, por meio de seus órgãos de vigilância sanitária
independentemente de decisão da Anvisa, se esta não competentes.
houver sido proferida até a data do vencimento do registro. Art. 13. Os agentes a serviço da vigilância
§ 4o A revalidação automática ocorrerá nos termos sanitária, em suas atividades de controle e monitoramento,
e condições em que tenha sido concedido o registro ou sua terão, entre outras, as seguintes atribuições e prerrogativas:
última revalidação. I - livre acesso aos locais onde se processem, em
§ 5o A revalidação automática não prejudicará a qualquer fase, as atividades sujeitas ao controle sanitário,
continuação da análise do requerimento de revalidação, previstas no art. 2o deste Decreto, e aos documentos e
que poderá ser ratificado ou indeferido pela Anvisa, dados relacionados;
conforme regulamentação vigente. II - realizar inspeções de rotina e para apuração de
§ 6o O indeferimento do requerimento de infrações sanitárias, lavrando os respectivos termos;
revalidação de registro que tenha sido automaticamente III - coletar as amostras necessárias às análises de
revalidado ensejará o cancelamento do registro. controle ou fiscal, lavrando os respectivos termos;
Art. 9o Os produtos de que trata este Decreto não IV - verificar o atendimento das condições de saúde
poderão ter nome ou designação que induza a erro quanto a e higiene exigidas aos empregados quanto às atividades de
sua composição, finalidade, indicação, aplicação, modo de que trata o art. 2o;
usar e procedência. V - verificar a procedência e as condições sanitárias
Parágrafo único. É permitida a mudança de nome de dos produtos;
produto registrado antes de sua comercialização, quando VI - interditar, parcial ou totalmente, lavrando o
solicitada pela empresa. termo respectivo, os estabelecimentos em que se realize
Art. 10. A importação de produtos submetidos ao atividade prevista no art. 2o deste Decreto, bem como lotes
regime de vigilância sanitária está sujeita à prévia dos produtos, em virtude de descumprimento da legislação
manifestação da Anvisa, que definirá em regulamentação sanitária aplicável;
específica os requisitos técnicos a serem observados. VII - determinar e fiscalizar a imediata inutilização
§ 1o Os procedimentos de liberação de produtos dos produtos cuja adulteração ou deterioração seja
importados destinados à pesquisa tecnológica e cientifica flagrante e apreender ou interditar o restante do lote; e
deverão ser simplificados conforme regulamentação VIII - instaurar e julgar processo administrativo,
específica da Anvisa. conforme previsto na Lei no 6.437, de 20 de agosto de
§ 2o Independe de autorização a importação, por 1977.
pessoas físicas, dos produtos abrangidos por este Decreto Art. 14. A ação de vigilância sanitária ocorrerá em
não submetidos a regime especial de controle e em caráter permanente e constituirá atividade de rotina dos
quantidade para uso individual, que não se destinem à órgãos de saúde.
revenda ou ao comércio, desde que atendida a Parágrafo único. Quando solicitadas pelos órgãos de
regulamentação específica da Anvisa. vigilância sanitária competentes, as empresas deverão
Art. 11. Os produtos abrangidos pelo regime de prestar as informações ou entregar documentos, nos prazos
vigilância sanitária, inclusive os importados, somente serão fixados, para não obstarem a ação de vigilância e as
disponibilizados para uso ou consumo em suas embalagens medidas que se fizerem necessárias.
originais, salvo quando houver previsão diversa em norma Art. 15. A ação de vigilância sanitária implicará a
específica da Anvisa. fiscalização de todos produtos de que trata este Decreto,
Parágrafo único. É permitida a reembalagem no inclusive os isentos de registro, os estabelecimentos de
País de produtos importados a granel, observados os fabricação, distribuição, armazenamento e venda, e os
requisitos técnicos previstos em regulamentação específica veículos destinados ao transporte dos produtos, para
da Anvisa. garantir o cumprimento das boas práticas e das exigências
CAPÍTULO IV da legislação vigente.
§ 1o As empresas titulares de registro, fabricantes
ou importadoras, têm a responsabilidade de garantir e zelar
102
pela manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos fornecimento, pelo SUS, de medicamentos ou de produtos
produtos até o consumidor final, para evitar riscos e efeitos registrados nos casos em que a indicação de uso pretendida
adversos à saúde. seja distinta daquela aprovada no registro, desde que
§ 2o A responsabilidade solidária de zelar pela demonstradas pela Conitec as evidências científicas sobre a
qualidade, segurança e eficácia dos produtos e pelo eficácia, acurácia, a efetividade e a segurança do
consumo racional inclui os demais agentes que atuam medicamento ou do produto para o uso pretendido na
desde a produção até o consumo. solicitação.
§ 3o A propaganda e a publicidade dos produtos e Art. 22. As plantas medicinais sob a forma de
das marcas, por qualquer meio de comunicação, a droga vegetal serão dispensadas de registro, conforme
rotulagem e a etiquetagem ficam sujeitas à ação de critérios estabelecidos em regulamentação específica pela
vigilância e à regulamentação específica da ANVISA para Anvisa.
impedir a veiculação de informações inadequadas ou Parágrafo único. O reconhecimento da efetividade
fraudulentas e práticas antiéticas de comercialização. das drogas vegetais poderá ser realizado com base no uso
Art. 16. As ações de vigilância sanitária incluem a tradicional, a partir de experiências existentes no País e no
detecção, o monitoramento e a avaliação de problemas exterior.
relacionados a produtos e outras tecnologias e a Art. 23. A intenção da empresa de descontinuar
fiscalização dos estudos realizados com medicamentos temporária ou definitivamente a fabricação ou importação
novos, principalmente na fase de estudos clínicos em seres de medicamento registrado para fornecimento ao mercado
humanos. interno deverá ser comunicada à Anvisa com antecedência
Parágrafo único. Os eventos adversos e queixas mínima de seis meses.
técnicas relacionados a produtos submetidos à vigilância Parágrafo único O prazo de antecedência mínima
sanitária deverão ser notificados à Anvisa para previsto no caput poderá ser estendido para até doze
monitoramento, análise, investigação, medidas de meses, conforme regulamentação da ANVISA, que
comunicação à população e demais ações de prevenção, definirá os critérios técnicos relativos aos casos de
redução ou eliminação do risco, conforme requisitos descontinuidade da fabricação ou importação de que trata
técnicos previstos em regulamentação específica da este artigo, para evitar o desabastecimento do mercado.
Anvisa. Art. 24. Sem prejuízo de outras cominações legais,
Art. 17. As empresas devem garantir a qualidade inclusive penais, as pessoas físicas e jurídicas e os
dos produtos submetidos ao regime de vigilância sanitária responsáveis técnicos e legais responderão civil e
por meio do atendimento aos requisitos técnicos da administrativamente por infração sanitária resultante da
regulamentação específica da Anvisa. inobservância da Lei no6.360, de 1976, deste Decreto e das
Art. 18. A fiscalização dos órgãos integrantes da demais normas sanitárias, nos termos da Lei no 6.437, de
administração pública ou das entidades por ela instituídas, 1977.
que exerçam atividade prevista no caput do art. 2o deste Art. 25. Ficam revogados:
Decreto, observará regras fixadas para o controle dos I - o Decreto no 79.094, de 5 de janeiro de 1977; e
demais estabelecimentos sujeitos à vigilância sanitária, II - o Decreto no 3.961, de 10 de outubro de 2001.
inclusive quanto a instalações, equipamentos, assistência Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data de sua
e responsabilidade técnica. publicação.
CAPÍTULO V Brasília, 14 de agosto de 2013; 192º da
Independência e 125º da República.
DISPOSIÇÕES FINAIS
DILMA ROUSSEFF
Art. 19. É permitida a distribuição de amostras Alexandre Rocha Santos Padilha
gratuitas de medicamentos exclusivamente a médicos e Este texto não substitui o publicado no DOU de 15.8.2013
cirurgiões-dentistas, exceto aquelas de produtos que
contenham substâncias entorpecentes ou que produzam
dependência física ou psíquica.
Parágrafo único. A quantidade de unidades
farmacotécnicas das amostras deverá corresponder à
quantidade regulamentada pela Anvisa, e as embalagens
deverão conter a informação “USO SOB PRESCRIÇÃO
MÉDICA”, de acordo com requisitos de rotulagem
definidos em regulamentação específica.
Art. 20. A Anvisa elaborará e publicará a relação
das substâncias e medicamentos sujeitos a controle
especial, previsto no art. 66 da Lei no 11.343, de 23 de
agosto de 2006.
Art. 21. Mediante solicitação da Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS -
Conitec, a Anvisa poderá emitir autorização de uso para
103
drogarias ou outros pontos localizados em Municípios com
população igual ou superior a cem mil habitantes;
DECRETO Nº 10.388, DE 05/06/2020 VI - comerciante - pessoa jurídica que oferte
medicamentos domiciliares ao consumidor, distinta do
Regulamenta o § 1º do caput do art. 33 da Lei nº 12.305, fabricante, do importador e do distribuidor;
de 2 de agosto de 2010, e institui o sistema de logística VII - consumidor - pessoa física usuária de
reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em medicamentos domiciliares;
desuso, de uso humano, industrializados e manipulados, e VIII - dispensador contentor - dispositivo ou
de suas embalagens após o descarte pelos consumidores equipamento, dotado de sistema antirretorno, destinado ao
recebimento e ao armazenamento seguro dos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso
que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, descartados pelos consumidores;
e tendo em vista o disposto no art. 33, caput, § 1º, da Lei IX - distribuidor - pessoa jurídica que oferte
nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, DECRETA: medicamentos domiciliares a comerciante, distinta do
fabricante e do importador;
Art. 1º Este Decreto regulamenta o § 1º X - embalagem - invólucro, recipiente ou qualquer
do caput do art. 33 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de forma de acondicionamento, removível ou não, destinado a
2010, e institui o sistema de logística reversa de cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter,
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso especificamente ou não, medicamentos domiciliares;
humano, industrializados e manipulados, e de suas XI - entidade representativa - entidade dotada de
embalagens após o descarte pelos consumidores, com a personalidade jurídica de direito privado, regida por
participação de fabricantes, importadores, distribuidores, estatuto social, que representa os interesses de fabricantes,
comerciantes e consumidores, nos termos do disposto importadores, distribuidores ou comerciantes de
no Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. medicamentos e atuam na colaboração, no suporte e no
CAPÍTULO I apoio às empresas que representam;
DAS DEFINIÇÕES XII - entidade gestora - pessoa jurídica constituída e
Art. 2º As definições estabelecidas no art. 3º da Lei que atenda aos requisitos técnicos de gestão, conforme
nº 12.305, de 2010, e no Decreto nº 7.404, de 2010, definido em ato do Ministério do Meio Ambiente, com o
aplicam-se ao disposto neste Decreto. objetivo de estruturar, implementar e operacionalizar o
Art. 3º Para fins do disposto neste Decreto, sistema de logística reversa de que trata este Decreto;
considera-se: XIII - fabricante - pessoa jurídica de direito público
I - acondicionamento: ato de embalar os ou privado que fabrique ou mande fabricar medicamentos
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, domiciliares em seu nome ou sob sua marca;
descartados em sacos, caixas ou recipientes que evitem XIV - importador - pessoa jurídica que promova a
vazamentos, devidamente lacrados e com identificação que entrada de medicamentos domiciliares estrangeiros no
permita a sua rastreabilidade e, quando couber, que sejam território nacional;
resistentes às ações de punctura, ruptura e tombamento, e XV - logística reversa de medicamentos
adequados física e quimicamente ao conteúdo domiciliares vencidos ou em desuso e de suas embalagens
acondicionado; descartados pelos consumidores - instrumento de
II - armazenamento primário - guarda temporária, desenvolvimento econômico e social caracterizado por um
realizada por drogarias, farmácias ou outros pontos conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
definidos pelos comerciantes, dos sacos, das caixas ou dos viabilizar o retorno desses medicamentos e de suas
recipientes com os medicamentos domiciliares vencidos ou embalagens ao setor empresarial para destinação final
em desuso, descartados pelos consumidores no dispensador ambientalmente adequada;
contentor; XVI - medicamentos domiciliares - medicamentos
III - armazenamento secundário - armazenamento, de uso humano, vencidos ou em desuso, industrializados e
em local indicado pelos distribuidores até a etapa de coleta manipulados, observado o disposto nos art. 5º e art. 6º;
externa, dos sacos, das caixas ou dos recipientes XVII - operador logístico - empresa detentora de
devidamente lacrados, pesados e identificados com os autorização de funcionamento e de autorização especial,
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, quando aplicável, habilitada a prestar serviços de
descartados pelos consumidores e coletados pelos transporte ou armazenamento;
distribuidores nos pontos de recebimento; XVIII - ponto de armazenamento primário - local
IV - coleta externa - coleta dos sacos, das caixas ou destinado à guarda temporária dos sacos, das caixas ou dos
dos recipientes com os medicamentos domiciliares recipientes com os medicamentos domiciliares vencidos ou
vencidos ou em desuso, descartados pelos consumidores em desuso descartados pelos consumidores até a coleta e o
para que se proceda ao transporte ao local de tratamento e transporte aos pontos de armazenamento secundário;
destinação final ambientalmente adequada; XIX - ponto de armazenamento secundário - local
V - campanha de coleta - coleta pontual de destinado ao armazenamento dos sacos, das caixas ou dos
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, recipientes com os medicamentos descartados em local
descartados pelos consumidores, realizada em farmácias, indicado pelos distribuidores de medicamentos até a
104
realização das etapas de coleta e de transporte para os de âmbito nacional dos fabricantes, importadores,
locais de destinação final ambientalmente adequada; distribuidores e comerciantes, responsável pelo
XX - ponto fixo de recebimento - ponto situado em acompanhamento da implementação do sistema de
drogarias, farmácias ou demais locais em que sejam logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos
instalados os dispensadores contentores para o descarte ou em desuso, de uso humano, industrializados e
pelos consumidores dos medicamentos domiciliares manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos
vencidos ou em desuso; e consumidores; e
XXI - ponto temporário de recebimento - ponto b) por intermédio do grupo de acompanhamento
situado em drogarias, farmácias ou demais locais em que de performance de que trata a alínea “a”, a estruturação de
sejam instalados os dispensadores contentores para mecanismo para a prestação de informações, por meio de
campanha de coleta. relatório anual, referentes ao volume de medicamentos
CAPÍTULO II domiciliares vencidos ou em desuso retornados ao sistema
DO OBJETO de logística reversa de medicamentos domiciliares
Art. 4º Este Decreto dispõe sobre a estruturação, a vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e
implementação e a operacionalização do sistema de manipulados, e destinados de maneira ambientalmente
logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos adequada; e
ou em desuso, exclusivamente de uso humano, II - fase 2 - a qual se iniciará a partir do centésimo
industrializados e manipulados, e de suas embalagens após vigésimo dia subsequente à conclusão da fase 1 e
o descarte pelos consumidores. compreenderá:
Art. 5º O disposto neste Decreto não se aplica aos a) a habilitação de prestadores de serviço que
seguintes medicamentos: poderão atuar no sistema de logística reversa de
I - de uso não domiciliar; medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, nos
II - de uso não humano; e termos estabelecidos pelo grupo de acompanhamento
III - descartados pelos prestadores de serviços de de performance de que trata o inciso I;
saúde públicos e privados. b) a elaboração de plano de comunicação com o
Art. 6º O disposto neste Decreto não se aplica a objetivo de divulgar a implementação do sistema de
geradores de resíduos de serviços de saúde cujas atividades logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos
envolvam as etapas do gerenciamento de resíduos gerados ou em desuso, de uso humano, industrializados e
nos serviços relacionados com a atenção à saúde humana manipulados, e qualificar formadores de opinião,
ou animal, inclusive nos serviços de assistência domiciliar, lideranças de entidades, associações e gestores municipais
incluídos aqueles de tratamento home care, nos termos da com vistas a apoiar a sua implementação; e
legislação; laboratórios analíticos de produtos para saúde; c) a instalação de pontos fixos de recebimento de
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso
atividades de embalsamamento (tanatopraxia e humano, industrializados e manipulados, e de suas
somatoconservação); serviços de medicina legal; embalagens após o descarte pelos consumidores,
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; observado o cronograma disposto no § 1º do art. 10.
centros de controle de zoonoses; distribuidores e § 1º Os medicamentos domiciliares vencidos ou em
importadores de materiais e controles para diagnóstico in desuso de que trata este Decreto poderão ser gerenciados
vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços como resíduos não perigosos durante as etapas de descarte,
de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de armazenamento temporário, transporte e triagem até a
beleza e estética; consultórios e clínicas médicos e transferência para a unidade de tratamento e destinação
odontológicos; aos produtos de higiene pessoal, final ambientalmente adequada, desde que não sejam
cosméticos, dermocosméticos, perfumes e os saneantes; efetivadas alterações nas suas características físico-
dentre outros. químicas e que sejam mantidos em condições semelhantes
CAPÍTULO III às dos produtos em uso pelo consumidor.
DA ESTRUTURAÇÃO E DA § 2º O transporte dos medicamentos domiciliares
IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE LOGÍSTICA vencidos ou em desuso de que trata este Decreto
REVERSA DE MEDICAMENTOS DOMICILIARES descartados pelos consumidores poderá ser realizado pelo
VENCIDOS OU EM DESUSO E DE SUAS mesmo veículo, pela mesma aeronave ou pela mesma
EMBALAGENS embarcação utilizado para a distribuição dos medicamentos
Art. 7º A estruturação e a implementação do destinados à comercialização, desde que feito de forma
sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares segregada.
vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e § 3º A destinação final ambientalmente adequada
manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos dos medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso de
consumidores, de que trata este Decreto, será realizada em que trata este Decreto será realizada em empreendimento
duas fases: licenciado por órgão ambiental competente e atenderá à
I - fase 1 - a qual se iniciará na data de entrada em seguinte ordem de prioridade:
vigor deste Decreto e compreenderá: I - incinerador;
a) a instituição de grupo de acompanhamento II - coprocessador; e
de performance, constituído por entidades representativas
105
III - aterro sanitário de classe I, destinado a § 3º As atividades de recebimento, de coleta, de
produtos perigosos. armazenamento e de transporte de medicamentos
Art. 8º Fica instituído o manifesto de transporte de domiciliares vencidos ou em desuso descartados pelos
resíduos, documento autodeclaratório e válido no território consumidores prescindem de autorização ou de
nacional, emitido pelo Sistema Nacional de Informações licenciamento ambiental pelos órgãos federais do Sisnama.
sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - Sinir, para fins de § 4º Os procedimentos referentes ao
fiscalização ambiental das atividades de coleta, acondicionamento, à operacionalização dos lacres e à
armazenagem e transporte de medicamentos domiciliares rastreabilidade dos resíduos descartados serão detalhados
vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e em ato editado pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente.
manipulados, após o descarte pelos consumidores, do Art. 11. O dispensador contentor disponibilizado
ponto de armazenamento primário ao ponto de no ponto fixo de recebimento:
armazenamento secundário e deste até a unidade de I - conterá a frase: “Descarte aqui os medicamentos
tratamento e destinação final ambientalmente adequada. domiciliares vencidos ou em desuso”;
CAPÍTULO IV II - poderá conter outros recursos gráficos, como
DAS OBRIGAÇÕES, DAS figuras esquemáticas, para auxiliar o consumidor a
RESPONSABILIDADES E DAS PENALIDADES descartar os medicamentos domiciliares vencidos ou em
Art. 9º Os consumidores deverão efetuar o descarte desuso de forma segura; e
dos medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso e III - poderá conter a divulgação de:
de suas embalagens de acordo com as normas estabelecidas a) marca institucional figurativa ou mista; e
pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio b) campanhas de publicidade de interesse do
Ambiente - Sisnama. estabelecimento.
§ 1º As informações sobre farmácias, drogarias ou Art. 12. As drogarias e farmácias estabelecidas
outros locais nos quais os consumidores poderão efetuar o como pontos fixos de recebimento ficam obrigadas a
descarte dos medicamentos domiciliares vencidos ou em disponibilizar, se necessário, local para armazenamento
desuso serão fornecidas nos termos do disposto no art. 20. primário no estabelecimento comercial.
§ 2º O descarte dos medicamentos domiciliares § 1º O local de armazenamento de que trata
vencidos ou em desuso pelos consumidores será realizado o caput será destinado à guarda temporária dos recipientes
de acordo com as instruções descritas no material de com os medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso
divulgação disponível nos pontos fixos de recebimento ou, descartados pelos consumidores até o transporte destes a
no caso de realização de campanhas de coleta, em pontos um ponto de armazenamento secundário.
de coleta definidos para esse fim. § 2º As drogarias e farmácias deverão registrar e
§ 3º O descarte dos medicamentos domiciliares informar no manifesto de transporte de resíduos a massa,
vencidos ou em desuso pelos consumidores considerará, em quilogramas, dos medicamentos vencidos ou em desuso
quando houver, a classificação de risco dos medicamentos, descartados recebidos.
estabelecida em ato normativo específico, observada a § 3º O registro de que trata o § 2º será efetuado
definição de cada classe. antes da transferência dos recipientes com os
Art. 10. As drogarias e farmácias estabelecidas medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso
como pontos fixos de recebimento ficam obrigadas, às suas descartados do ponto de armazenamento primário até o
expensas, a adquirir, disponibilizar e manter, em seus ponto de armazenamento secundário ou a unidade de
estabelecimentos, dispensadores contentores, na proporção tratamento e destinação final ambientalmente adequada.
de, no mínimo, um ponto fixo de recebimento para cada Art. 13. Os atos normativos editados
dez mil habitantes, nos Municípios com população superior posteriormente à data de publicação deste Decreto que
a cem mil habitantes. disponham sobre as matérias disciplinadas nos art. 7º e art.
§ 1º Os pontos fixos de recebimento de que trata a 8º, com vistas a simplificar os procedimentos de
alínea “c” do inciso II do caput do art. 7º serão recebimento, acondicionamento, manuseio,
disponibilizados gradual e progressivamente, de acordo armazenamento temporário e transporte dos medicamentos
com o seguinte cronograma: domiciliares vencidos ou em desuso e de suas embalagens
I - no primeiro e no segundo ano da fase 2 - nas após o descarte pelos consumidores, importarão na revisão
capitais dos Estados e nos Municípios com população do cronograma de estruturação e implementação do
superior a quinhentos mil habitantes; e sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares
II - do terceiro ao quinto ano da fase 2 - nos vencidos ou em desuso de que trata o § 1º do art. 10.
Municípios com população superior a cem mil habitantes. Art. 14. Os distribuidores ficam obrigados, às suas
§ 2º O cronograma a que se refere o § 1º expensas, a coletar os sacos, as caixas ou os recipientes
contemplará os Municípios em que as atividades de com os medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso
recebimento, coleta, armazenamento e transporte de descartados pelos consumidores e transferi-los do ponto de
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso após o armazenamento primário até o ponto de armazenamento
descarte pelos consumidores prescindam de licença ou secundário.
autorização dos órgãos ambientais competentes, nos § 1º A transferência de que trata o caput poderá ser
termos da legislação estadual, distrital ou municipal realizada pelos mesmos modais de transporte utilizados na
aplicável. entrega dos medicamentos aos comerciantes.
106
§ 2º Os distribuidores de medicamentos deverão promover, por meio de entidade dotada de personalidade
registrar e informar no manifesto de transporte de resíduos jurídica própria, as seguintes ações:
a massa, em quilogramas, dos medicamentos domiciliares I - administrar a implementação e a
vencidos ou em desuso descartados pelos consumidores no operacionalização da logística reversa dos medicamentos
ponto de recebimento secundário. domiciliares vencidos ou em desuso descartados pelo
§ 3º O registro de que trata o § 2º será efetuado consumidor, de modo que tais resíduos sejam descartados,
antes da transferência dos recipientes com os coletados, armazenados, transportados e destinados aos
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso empreendimentos licenciados pelos órgãos ambientais
descartados do ponto de armazenamento secundário até a competentes, observada a ordem de prioridade de que trata
unidade de tratamento e destinação final ambientalmente o § 3º do art. 7º;
adequada, observado o disposto nos § 2º e § 3º do art. 12. II - cumprir as condições e os prazos de que trata
Art. 15. Os fabricantes e importadores de este Decreto, em atendimento às responsabilidades
medicamentos domiciliares ficam obrigados a efetuar, às impostas pela legislação aplicável à logística reversa;
suas expensas ou por meio de terceiros contratados para III - caso seja necessário à operacionalização do
esse fim, o transporte dos medicamentos domiciliares sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares
vencidos ou em desuso descartados pelos consumidores vencidos ou em desuso e de suas embalagens, instituir
nos pontos de armazenamento secundário até a unidade de outras entidades gestoras, hipótese em que será permitido
tratamento e destinação final ambientalmente adequada. às empresas filiar‐se a uma ou mais entidades gestoras;
Parágrafo único. O transporte a que se refere IV - divulgar entre os integrantes da entidade
o caput será custeado de forma compartilhada pelos gestora e para outros integrantes do setor farmacêutico
fabricantes, importadores e operadores logísticos de responsáveis pela logística reversa de medicamentos
medicamentos domiciliares. domiciliares vencidos ou em desuso descartados pelo
Art. 16. As entidades representativas de consumidor, as obrigações e as responsabilidades
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de envolvidas na logística reversa, especialmente quanto às
medicamentos domiciliares, em âmbito nacional, campanhas de recebimento de medicamentos descartados
instituirão, no prazo de noventa dias, contado da data de em Municípios com população superior a cem mil
entrada em vigor deste Decreto, o grupo de habitantes, observado o cronograma estabelecido no § 1º
acompanhamento de performance de que trata o item “a” do art. 10;
do inciso I do caput do art. 7º. V - participar das campanhas de divulgação do
§ 1º Ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares
definirá normas e critérios mínimos para estruturação e vencidos ou em desuso descartados pelo consumidor em
funcionamento do grupo de acompanhamento pontos fixos de recebimento e em campanhas de coleta; e
de performance. VI - encaminhar ao Ministério do Meio Ambiente
§ 2º Na ausência de iniciativa de entidades relatório anual com as informações a que se refere o art.
representativas de âmbito nacional, a instituição e a 19, disponibilizadas por meio do Sinir.
implementação do grupo de acompanhamento Art. 18. Os fabricantes e importadores de
de performance deverão ser realizadas por fabricantes, medicamentos domiciliares ficam obrigados a custear a
importadores, distribuidores e comerciantes, nos prazos e destinação ambientalmente adequada dos medicamentos
nas condições previstos em ato editado pelo Ministro de domiciliares vencidos ou em desuso descartados pelos
Estado do Meio Ambiente. consumidores de acordo com as normas ambientais
§ 3º A estruturação do mecanismo para a prestação estabelecidas pelos órgãos integrantes do Sisnama.
de informações, de que trata a alínea “b” do inciso I do art. Parágrafo único. Os fabricantes e importadores de
7º, deverá ser concluída no prazo de noventa dias, contado medicamentos deverão registrar e informar, no manifesto
da data de instituição do grupo de acompanhamento de transporte de resíduos, a massa, em quilogramas, dos
de performance. medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso
Art. 17. Fica facultado aos fabricantes, recebidos no ponto de armazenamento secundário e
importadores, distribuidores e comerciantes a contratação encaminhados para a unidade de tratamento e destinação
ou a instituição de entidade gestora para estruturação, final ambientalmente adequada, obedecida a prioridade
implementação e operacionalização do sistema de logística estabelecida no § 3º do art. 7º.
reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em Art. 19. Os fabricantes, importadores,
desuso e de suas embalagens após o descarte pelos distribuidores e comerciantes deverão utilizar o manifesto
consumidores, observado o disposto neste artigo. de transporte de resíduos, no âmbito de suas competências,
§ 1º A adesão à entidade gestora porventura criada para disponibilizar, por intermédio do grupo de
para estruturação, implementação e operacionalização do acompanhamento de performance, relatório anual com as
sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares seguintes informações:
vencidos ou em desuso e de suas embalagens após o I - volume dos medicamentos domiciliares vencidos
descarte pelos consumidores tem caráter voluntário. ou em desuso retornados ao sistema de logística reversa e
§ 2º As empresas integrantes do setor farmacêutico, destinados de maneira ambientalmente adequada;
incluídos os fabricantes, as distribuidoras e as importadoras II - quantitativo dos Municípios atendidos pelo
de medicamentos, as farmácias e as drogarias, poderão sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares
107
vencidos ou em desuso, observadas as informações participação dos consumidores para o retorno adequado
constantes do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e dos medicamentos e de suas embalagens.
Estatística - IBGE; Art. 21. Os sistemas de logística reversa de
III - quantitativo dos pontos fixos de recebimento medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso e de
em cada Município atendido pelo sistema de logística suas embalagens após o descarte pelos consumidores que
reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em estejam em implementação em decorrência de
desuso; regulamentos, acordos setoriais ou termos de compromisso
IV - quantitativo das campanhas de coleta de abrangência regional, estadual, distrital ou municipal
realizadas por Município, identificados de acordo com o deverão, em relação às disposições deste Decreto, observar
código utilizado pelo IBGE; e o disposto nos § 1º e § 2º do art. 34 da Lei nº 12.305, de
V - massa, em quilogramas, dos medicamentos 2010.
descartados pelos consumidores, identificada por Art. 22. Para fins do disposto no § 1º do art. 27 da
Município, Estado e ano de sua coleta. Lei nº 12.305, de 2010, a responsabilidade dos fabricantes,
§ 1º O prazo para disponibilização das informações importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores
no Sinir, por meio de relatório anual de performance do será aferida de forma individualizada e encadeada, por
sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares meio da avaliação do cumprimento das obrigações a eles
vencidos ou em desuso, é de um ano, contado da data do individualmente atribuídas nos termos do disposto neste
início da fase 2, observado o cronograma estabelecido no § Decreto.
1º do art. 10. Art. 23. Compete às entidades representativas de
§ 2º O grupo de acompanhamento fabricantes, importadores, distribuidoras e comerciantes de
de performance disponibilizará relatório anual de medicamentos a colaboração, o suporte e o apoio às
desempenho ao Ministério do Meio Ambiente até 31 de empresas que representam.
março de cada ano, observado o prazo estabelecido no § 1º. Parágrafo único. As entidades representativas a que
§ 3º O relatório anual a que se refere o § 2º conterá se refere o caput não serão responsabilizadas pelo
as informações e os dados consolidados no período de 1º descumprimento ao disposto neste Decreto.
de janeiro a 31 de dezembro do ano anterior, fornecidos Art. 24. O descumprimento ao disposto neste
pelas empresas: Decreto sujeita os infratores à aplicação das sanções
I - gestoras; previstas em lei, em especial quanto ao disposto na Lei nº
II - associadas; 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no Decreto nº 6.514, de
III - representadas; e 22 de julho de 2008, nos seus regulamentos e nas demais
IV - operadoras de sistemas individuais. normas aplicáveis.
§ 4º A apresentação do relatório anual consolidado CAPÍTULO V
de que trata o § 3º ou de estudos e instrumentos congêneres DISPOSIÇÕES FINAIS
ao Ministério do Meio Ambiente implicará a Art. 25. Este Decreto deverá ser avaliado pelo
disponibilização, a atualização e a completude de dados, Ministério do Meio Ambiente em até cinco anos, contado
indicadores, estatísticas e informações relativas às ações do da data de entrada em vigor, nos termos do disposto no § 2º
sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares do art. 15 do Decreto nº 7.404, de 2010, para verificação
vencidos ou em desuso. quanto à necessidade de sua revisão.
§ 5º As entidades gestoras existentes e os sistemas Art. 26. Este Decreto entra em vigor cento e oitenta
individuais fornecerão informações ao grupo de dias após a data de sua publicação.
acompanhamento de performance e ao Sinir para Brasília, 5 de junho de 2020; 199º da Independência
acompanhamento e avaliação dos resultados do sistema de e 132º da República.
logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos JAIR MESSIAS BOLSONARO
ou em desuso. Ricardo de Aquino Salles
§ 6º A critério do Ministério do Meio Ambiente, as Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.6.2020 -
informações a que se refere o § 5º poderão ser solicitadas Edição extra
diretamente às entidades gestoras ou às operadoras de
sistemas individuais.
Art. 20. Com o objetivo de divulgar o sistema de
logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos
ou em desuso e de suas embalagens após o descarte pelos
consumidores, os fabricantes, importadores, distribuidores
e comerciantes de medicamentos domiciliares
disponibilizarão informações aos consumidores por meio
de mídias digitais e de sítios eletrônicos.
Parágrafo único. A disponibilização de
informações de que trata o caput compreenderá
orientações sobre o sistema de logística reversa de
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso e a

108
Leis Estaduais drogarias e drugstores, ocorrerá através de seus
fornecedores diretos, especialmente as distribuidoras de
medicamentos, que serão responsáveis solidários pela
Lei nº16.322 de 18/12/2009 substituição ou ressarcimento dos medicamentos vencidos.
(D.I.O.E de 18/12/ 2009)
Art. 5º. A destinação, substituição ou ressarcimento dos
Dispõe que é de responsabilidade das indústrias medicamentos vencidos é obrigatória para todos os
farmacêuticas, das empresas de distribuição de fabricantes de medicamentos, independente do seu
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores, domicílio.
darem destinação final e adequada aos produtos que
estejam com prazos de validade vencidos ou fora de Art. 6º. A partir do dia que expirar o prazo de validade dos
condições de uso. medicamentos, as farmácias/drogarias/drugstores e
distribuídoras informarão ao seu fornecedor direto, por
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e meio eletrônico, fax símile, carta registrada ou qualquer
eu sanciono a seguinte lei: outro meio formalmente comprovável, a lista de
medicamentos que tenham seus prazos de validade
Art. 1º. É de responsabilidade das indústrias vencidos a fim de que sejam tomadas as medidas
farmacêuticas, das empresas de distribuição de determinadas por esta lei.
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores § 1º. No prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar do
darem destinação final e adequada aos produtos que recebimento das informações de que trata o “caput” deste
estiverem sendo comercializados nestes estabelecimentos artigo, os fabricantes ou as empresas de distribuição de
no Estado do Paraná, que estejam com seus prazos de medicamentos providenciarão o recolhimento dos produtos
validade vencidos ou fora de condições de uso. para a destinação legalmente aplicável a cada caso.
§ 1º. Para efeito desta lei, considera-se farmácia o § 2º. Os medicamentos serão devolvidos pelas
estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e farmácias/drogarias/drugstores ao seu fornecedor direto
oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos (distribuidor ou industria de medicamentos) mediante a
farmacêuticos e correlatos. emissão de nota fiscal de devolução, discriminados um a
§ 2º. Para efeito desta lei, considera-se drogaria o um, onde constará a relação dos medicamentos devolvidos,
estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, com protocolo de recebimento, para posterior substituição
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas ou ressarcimento.
embalagens originais. § 3º. A substituição a que se refere o artigo 3º pelas
§ 3º. Para efeito desta lei, considera-se drugstore o indústrias farmacêuticas dos medicamentos cujos prazos de
estabelecimento que, mediante auto-serviço ou não, validade expirem em poder das farmácias e das empresas
comercializa diversas mercadorias, com ênfase para de distribuição dar-se-á no prazo máximo de 15 (quinze)
aquelas de primeira necessidade, dentre as quais alimentos dias, a partir da notificação do detentor do estoque.
em geral, produtos de higiene e limpeza e apetrechos § 4º. Caso o medicamento cuja devolução seja devida não
domésticos, podendo funcionar em qualquer período do dia seja mais fabricado, fica a indústria farmacêutica obrigada
e da noite, inclusive nos domingos e feriados. a restituir a farmácia/drogaria/drugstore ou ao distribuidor,
§ 4º. Para efeito desta lei, considera-se empresa de as quantias pagas, monetariamente corrigidas.
distribuição aquela que fornecer insumos e medicamentos
às farmácias, drogarias e drugstores. Art. 7º. Considera-se antecipadamente vencido o
§ 5º. Para efeito desta lei, considera-se indústria medicamento cuja posologia não possa ser inteiramente
farmacêutica o fabricante de medicamentos e insumos efetivada no prazo de validade ainda remanescente.
necessários à sua manipulação.
Art. 8º. A inobservância dos dispositivos constantes na
Art. 2º. Os medicamentos cujos prazos de validade presente lei, sujeitará os infratores as penalidades previstas
venham a expirar em poder das farmácias e das empresas na Legislação Sanitária e Ambiental vigentes.
de distribuição de medicamentos serão imediatamente
recolhidos pelo fornecedor direto do medicamento Art. 9º. A atividade que tenha por objetivo a destinação
(distribuidor ou indústria). final dos medicamentos vencidos ou fora de condições de
uso, a ser exercida no território do Estado do Paraná, deve
Art. 3º. É assegurado às farmácias/drogarias/drugstores e ser submetida a prévia análise e licenciamento ambiental
distribuidoras a substituição do medicamento vencido do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, de conformidade
recolhido, por parte do seu fabricante, ficando o custo a com as normas ambientais vigente.
cargo único e exclusivo da indústria farmacêutica.
Parágrafo único. exclui-se do caput desse artigo os Art. 10. A fiscalização da presente lei fica a cargo dos
medicamentos vencidos que ultrapassarem o prazo de 60 órgãos que compõem o Sistema de Vigilância Estadual e
(sessenta) dias do seu vencimento. Municipal do Estado do Paraná.
Art. 11. Esta lei entrará em vigor na data de sua
Art. 4º. A substituição dos medicamentos vencidos, a
publicação, ficando revogada a Lei nº 13.039/01.
cargo da indústria farmacêutica, no caso das farmácias,
109
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 18 de
dezembro de 2009.

Roberto Requião
Governador do Estado
Gilberto Berguio Martin
Secretário de Estado da Saúde
Rafael Iatauro
Chefe da Casa Civil
Nelson Justus
Deputado Estadual

110
Lei nº 17.211 de 03/07/2012 encaminhamento dessas embalagens aos distribuidores,
fabricantes ou importadores responsáveis pela coleta e
Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos transporte para o correto tratamento final.
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus § 1º É proibido o esvaziamento ou reembalagem dos
procedimentos. produtos coletados durante todas as fases do processo,
desde a coleta e transporte interno e externo até o
A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e tratamento e/ou destino final estabelecido pelas empresas
eu sanciono a seguinte lei: responsáveis por essas etapas do processo.
Art. 1º Todo o resíduo de medicamentos contendo § 2º Os estabelecimentos relacionados no art. 2º podem
produtos hormonais, antimicrobianos citostáticos, optar pelo encaminhamento dos resíduos coletados
antineoplásicos, imunossupressores, digitálicos, diretamente para as unidades de tratamento ou disposição
imunomoduladores, antirretrovirais, anti-inflamatórios, final devidamente licenciadas na forma da Lei.
corticoides e seus derivados, em especial, e todos os Art. 5º Os estabelecimentos responsáveis pelo recebimento
demais medicamentos de uso humano ou veterinário, dos produtos relacionados na presente Lei procederão às
deverá ter seu descarte e destinação final conforme a alterações nos respectivos Planos de Gerenciamento de
presente Lei. Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, incorporando as
Art. 2º As empresas fabricantes, importadoras, etapas necessárias para o correto atendimento do disposto
distribuidoras e revendedoras dos produtos descritos no art. nesta Lei.
1º da presente Lei ficam responsáveis por dar a destinação Parágrafo único. O Responsável Técnico pelo PGRSS
adequada a esses produtos, mediante procedimentos de será o RT do estabelecimento em questão.
coleta, reciclagem (embalagens), tratamento e disposição Art. 6º Após a entrega, pelos usuários, dos medicamentos
final. aos pontos de coleta, estes informarão às empresas
§ 1º As empresas descritas no caput deste artigo ainda distribuidoras, revendedoras ou fabricantes e importadoras
devem prestar assistência aos estabelecimentos que as quantidades (em kg) dos produtos recebidos juntamente
comercializam ou distribuem esses produtos. com cópia da respectiva nota de recebimento emitida pela
§ 2º É vedado o reuso de medicamentos descartados na empresa responsável pela coleta, a fim de que sejam
forma desta Lei para uso humano e veterinário. tomadas as medidas determinadas pela presente Lei.
Art. 3º Os estabelecimentos que comercializam ou § 1º No prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a partir
distribuem os produtos mencionados no art. 1º desta Lei, da publicação da presente Lei, os responsáveis pelos
incluindo nesse rol as drogarias, farmácias, farmácias de estabelecimentos definidos nos termos desta Lei,
manipulação, farmácias veterinárias e lojas de produtos providenciarão o recolhimento dos produtos para a
animais, serviços públicos de saúde, os hospitais, as destinação final aplicável a cada caso.
clínicas e os consultórios médicos ou odontológicos que § 2º Todos os estabelecimentos abrangidos pela presente
comercializarem ou distribuírem medicamentos ou Lei manterão registros escritos dos volumes e massas
produtos relacionados no art. 1º, os hospitais, clínicas e coletadas, notas de transporte e de tratamento e/ou
consultórios veterinários que comercializarem ou destinação final para verificação das autoridades
distribuírem medicamentos ou produtos relacionados no responsáveis pela fiscalização sanitária e ambiental.
art.1º, os laboratórios de exames clínicos e qualquer outro Art. 7º Os recipientes com sua carga volumétrica completa
estabelecimento que comercialize ou distribua serão fechados e lacrados, devendo ser armazenados até a
medicamentos, mesmo que seja de forma gratuita, como a coleta em local específico e identificados em conformidade
distribuição de amostras grátis, ficam obrigados a aceitar a com os dispositivos vigentes para Abrigo de Resíduos
devolução das unidades usadas, vencidas ou inservíveis, Sólidos de Resíduos de Saúde.
cujas características sejam similares àquelas Art. 8º Os estabelecimentos responsáveis em dar a
comercializadas ou distribuídas por estes estabelecimentos. destinação adequada aos produtos recolhidos processarão
Art. 4º Os medicamentos ou produtos recebidos na forma as alterações necessárias para ajustar as obrigações
do artigo anterior serão acondicionados em embalagens decorrentes do cumprimento do disposto nesta Lei nos
invioláveis, estanques, resistentes a impactos ou ruptura, respectivos PGRSS ou Planos de Gestão de Resíduos
com acesso inviolável para a retirada dos produtos nelas Sólidos – PGRS, conforme for o caso, incorporando nos
depositados, identificadas conforme a NBR 7500, mesmos as etapas sob suas responsabilidades.
acrescidas da indicação “medicamentos vencidos”, que Art. 9º Todas as etapas de transporte externo, tratamento e
serão localizadas nos salões de comercialização ou destino final deverão ser executados em conformidade com
recepção dos estabelecimentos relacionados na presente a legislação ambiental e sanitária aplicáveis às empresas,
Lei, de forma segregada e claramente identificada como veículos e equipamentos devidamente licenciados para tal
“recepção de medicamentos vencidos”; obedecendo as fim.
recomendações definidas pelos fabricantes ou § 1º Os veículos coletores de medicamentos vencidos terão
importadores quanto aos identificação em conformidade com a NBR 7500 e
mecanismos operacionais para a coleta, transporte e legislação cabível, devendo ser exclusivos para tal
armazenamento, bem como as demais normas ambientais e finalidade.
de saúde pertinentes, devendo ser processadas de forma
tecnicamente segura e adequada até que seja feito o
111
§ 2º Os veículos de entrega e distribuição de produtos
relacionados na presente Lei não poderão proceder a coleta
dos produtos recolhidos.
Art. 10. Ficam proibidas as seguintes formas de destinação
final dos produtos que trata a presente Lei:
I – lançamento in natura a céu aberto, tanto em áreas
urbanas quanto rurais;
II – queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou
equipamentos não adequados, não
licenciados, conforme legislação vigente;
III – lançamento em corpos d’água, manguezais, praias,
terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades
subterrâneas naturais ou artificiais, em redes de drenagem
de águas pluviais,
esgotos, eletricidade, telefone, gás natural ou de televisão a
cabo, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas a
inundações;
IV – em aterros sanitários que não sejam de classe I (aterro
de resíduos perigosos);
V – lançamento na rede de esgoto.
Art. 11. A desobediência ou a inobservância de quaisquer
dispositivos desta Lei sujeitará o infrator às seguintes
penalidades:
I – advertência por escrito notificando o infrator para sanar
a irregularidade no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
contados da notificação, sob pena de multa;
II – não sanada a irregularidade, será aplicada multa no
valor de 100(cem) a 1000 (mil) Unidades de Padrão Fiscal
do Paraná – UFIR/PR;
III – em caso de reincidência, a multa prevista no inciso
anterior será aplicada em dobro.
Art. 12. Compete à vigilância sanitária, a fiscalização ao
que se refere o art. 4º e seus respectivos parágrafos e art. 7º
desta Lei.
Art. 13. Compete ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP
a fiscalização do disposto no art. 9º e seus parágrafos e art.
10 desta Lei, nos termos do inciso XIV do art. 1º da Lei nº
11.352, de 13 de fevereiro de 1996.
Art. 14. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei
em até 180 (cento e oitenta) dias.
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 03 de


julho de 2012.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
Jonel Nazareno Iurk
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos
Luiz Eduardo Sebastiani
Chefe da Casa Civil
Luiz Eduardo Cheida
Deputado Estadual

112
Lei nº 17.733 de 29/10/2013
Súmula: Dispõe sobre o comércio de artigos de
conveniência.

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e


eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º O comércio de artigos de conveniência poderá ser


realizado em farmácias e drogarias com a observância das
normas de segurança e higiene expedidas pelo órgão
responsável pelo licenciamento.
Parágrafo único. Os artigos de conveniência serão
expostos em suas embalagens originais e devidamente
lacrados, em balcões, estantes ou gôndolas e separados dos
medicamentos.
Art. 2º As lojas de conveniência e drugstores poderão
funcionar no mesmo estabelecimento das farmácias e
drogarias, desde que as atividades nelas desenvolvidas
façam parte do objeto social da sociedade e mediante a
expedição, pelo órgão responsável pelo licenciamento, de
alvarás sanitários específicos, atendido o disposto no
parágrafo único do art. 1º desta Lei.
Art. 3º É proibida a comercialização, em farmácias e
drogarias, de bebida alcoólicas, cigarros e alimentos não
industrializados.
Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o
infrator, no que couber, às penalidades previstas nos art. 56
a 60 da Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
(Código de Defesa do Consumidor).
Art. 5º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no que
entender necessário.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio do Governo, em 29 de outubro de 2013.


Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo
Reinhold Stephanes
Chefe da Casa Civil
Alexandre Curi
Deputado Estadual

113
Lei Nº 18.925 de 15/12/2016
(DOE em 16.12.2016)

Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e consultórios


de estética.

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná aprovou e


eu promulgo, nos termos do § 7º do art. 71 da Constituição
Estadual, os seguintes dispositivos do Projeto de Lei nº
264/2016:

Art. 1º Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e


consultórios de estética.
Art. 2º As clínicas e consultórios de estética deverão contar
com um responsável técnico durante os tratamentos e/ou
procedimentos realizados com uso de aparelhos de
eletrofototermoterapia.
§ 1º Nos estabelecimentos que desempenham atividades
não privativas da profissão de médico, não haverá
necessidade de permanência de médico responsável.
§ 2º O profissional graduado em ensino superior na área de
estética (tecnólogo) é habilitado para responder
tecnicamente por clínicas ou consultórios de estética.
§ 3º O técnico em estética é legalmente habilitado para
responder pelos trabalhos por ele desempenhados.
Art. 3º Os órgãos públicos de fiscalização não poderão
exigir que o responsável técnico da clínica ou consultório
esteja associado a entidade, conselho ou órgão de classe
diverso de sua profissão.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Curitiba, em 15 de dezembro de 2016.

Deputado

ADEMAR LUIZ TRAIANO


Presidente

114
115
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do
Estado nº 6882 de 28/12/2004
Decretos Estaduais
ANEXO A QUE SE REFERE O DECRETO Nº
Decreto nº 4.154 de 28/12/2004 4.154/2004
(DIOE de 28/12/2004)
REGULAMENTO TÉCNICO PARA PRODUÇÃO E
Súmula: Aprova o Regulamento Técnico para Produção e COMERCIALIZAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
Comercialização de Mátérias-Primas Vegetais... VEGETAIS ÍNTEGRAS, RASURADAS,
. TRITURADAS OU PULVERIZADAS
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso APRESENTADAS DE FORMA ISOLADA, NÃO
das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V, da ASSOCIADA COM OUTRAS MATÉRIAS-PRIMAS
Constituição Estadual e tendo em vista o disposto nos arts. VEGETAIS.
167 a 172 da mesma Carta, combinados com os arts. 23, 24
e 225 da Constituição Federal; 1 ALCANCE
considerando o Código de Saúde do Paraná, com base na 1.1 OBJETIVO
Lei n° 13.331, de 23 de novembro de 2001 e no Decreto n° Padronizar os procedimentos a serem adotados para a
5.711, de 23 de maio de 2002; produção, o controle sanitário, dispensa de registro,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento segurança e a comercialização de matérias-primas vegetais,
das ações de prevenção e controle sanitário na área de em todo território do Estado do Paraná.
plantas medicinais visando à saúde da população; 1.2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO
considerando a necessidade de estabelecer condições para O presente Regulamento Técnico não se aplica a
produção, comercialização e avaliação da segurança de medicamentos fitoterápicos, os quais são regulamentados
plantasmedicinais, por legislação especifica da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde.
DECRETA: 1.3 ABRANGÊNCIA
Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento Técnico para De acordo com Resolução RDC n.° 48 de 16 de março de
Produção e Comercialização de Matérias-Primas Vegetais 2004, que estabelece a normatização do registro de
íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas apresentadas medicamentos fitoterápicos, as plantas medicinais não são
de forma isolada, não associada com outras matérias- objeto de registro ou cadastro como medicamentos
primas vegetais. fitoterápicos.
Art. 2º. As empresas têm o prazo de 90 (noventa) dias a
contar da data da publicação deste Regulamento para se 2 DEFINIÇÕES
adequarem ao mesmo. 2.1 MATÉRIA PRIMA VEGETAL - planta medicinal
Art. 3º. O descumprimento aos termos deste Decreto fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal.
constitui infração sanitária sujeita aos dispositivos da Lei 2.2 DROGA VEGETAL - plantas medicinais ou suas
Estadual nº 13.331, de 23 de novembro de 2001 e demais partes (folhas, sementes, frutos, flores, caule, casca, raiz)
disposições aplicáveis. após os processos de coleta e/ou colheita, estabilização e
Art. 4º. Este Decreto entra em vigor na data de sua secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou
publicação. pulverizada.
2.3 INSUMO FARMACÊUTICO - droga ou matéria-prima
Curitiba, em 28 de dezembro de 2004, 183º da aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada a
Independência e 116º da República. emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus
recipientes.
2.4 MEDICAMENTO FITOTERÁPICO - produto
ROBERTO REQUIÃO, farmacêutico obtido por processos tecnologicamente
Governador do Estado adequados, empregando-se exclusivamente matérias-
primas vegetais, com finalidades profiláticas, curativas,
LUIZ EDUARDO CHEIDA, paliativas ou para fins de diagnóstico. É caracterizado pelo
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim
Hídricos como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade.
Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na
CLAUDIO MURILO XAVIER, sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de
Secretário de Estado da Saúde qualquer origem, nem as associações destas com extratos
vegetais.
ORLANDO PESSUTI, 2.5 EMBALAGEM - Compreende-se por embalagem ou
Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento material de acondicionamento o recipiente, envoltório,
invólucro ou qualquer outra forma de proteção, destinado a
CAÍTO QUINTANA, envasar, proteger, manter, cobrir ou empacotar
Chefe da Casa Civil especificamente os produtos que trata este Regulamento.
116
2.6 ROTULO - é a identificação impressa ou litografada, os medicamentos, as drogas, os insumos sobre a vigilância
bem como dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros
decalque aplicados diretamente sobre recipientes, produtos, e dá outras providências. Diário Oficial da
vasilhames, invólucros, envoltórios ou qualquer outro União. Brasília, 24 de setembro de 1976.
material de acondicionamento. Os rótulos terão dimensões BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei nº 5.991, de 17
necessárias à fácil leitura e serão redigidos de modo a de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do
facilitar o entendimento ao consumidor. A confecção dos comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos
rótulos deverá obedecer às normas vigentes do órgão e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da
federal de vigilância sanitária. União. Brasília, 21 de dezembro de 1973.
2.7 FARMÁCIA - estabelecimento de manipulação de BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Decreto nº 79.094,
fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, de 5 de janeiro de 1977. Regulamenta a Lei no 6.360, de
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de
compreendendo o de dispensação e o de atendimento vigilância sanitária os medicamentos, insumos
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de
equivalente de assistência médica. higiene, saneantes e outros. Diário Oficial da União.
2.8 DROGARIA - estabelecimento de dispensação e Brasília, 05 de janeiro de 1977.
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n º 519, de
e correlatos em suas embalagens originais. 26 de junho de 1998. Aprovar o regulamento técnico para
2.9 ERVANARIA - estabelecimento que realize fixação de identidade e qualidade de "chás - plantas
dispensação de plantas medicinais. destinadas à preparação de infusões ou decocções. Diário
2.10 DISPENSAÇÃO - ato de fornecimento ao Oficial da União. Brasília, 29 de junho de 1998.
consumidor de drogas, medicamentos, insumos BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC nº
farmacêuticos, plantas medicinais e correlatos, a título 134 de 13 de julho de 2001. Determinar a todos os
remunerado ou não. estabelecimentos fabricantes de medicamentos, os
2.11 FORMAS FARMACÊUTICAS cumprimentos das diretrizes estabelecidas no regulamento
ELABORADAS - As Formas Farmacêuticas representam técnico das boas práticas para a fabricação de
as disposições externas que se dão aos medicamentos para medicamentos. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de
facilitar a administração e dosificação de agentes julho de 2001.
terapêuticos. As formas farmacêuticas são caracterizadas BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria SVS/MS nº
normalmente pelo seu estado físico de apresentação, 326, de 30 de julho de 1997. Aprovar o regulamento
constituída de componentes farmacologicamente ativos e técnico; “condições higiênicos-sanitárias e de boas práticas
de adjuvantes de tecnologia. O objetivo das formas de fabricação para estabelecimentos
farmacêuticas é manter eficácia, qualidade e segurança; produtores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial
permitir a administração de dose efetiva do componente da União. Brasília, 01 de agosto de 1997”.
ativo; contornar problemas de estabilidade por meio da BRASIL. REPUBLICA FEDERAL DO BRASIL. Lei n°
adição de adjuvantes de tecnologia; cedência de principio 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de protecão e
ativo nos locais de melhor absorção. defesa do consumidor. Diário Oficial da União.Brasília,
11 de setembro de 1990.
3 REFERÊNCIAS BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC n.°
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução - RDC 79 de 11 de abril de 2003.
n.º 48, de 16 de março de 2004. Regulamento Técnico Na ausência de monografia oficial de matéria-prima,
sobre Registro de Medicamentos Fitoterápicos. Diário formas farmacêuticas, correlatos e métodos gerais inscritos
Oficial da União. Brasília, 16 de março de 2004 na Farmacopéia Brasileira. Diário Oficial da União.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE.Resolução RDC Brasília, 14 de abril de 2003.
nº102 de 30 de novembro de 2000.. Regulamento sobre ANJOS, O.P.; ANJOS, A.C. Lições de farmacotécnica. 2.
propagandas, mensagens publicitárias e promocionais e ed. Curitiba: UFPR, 1964. 251 p.
outras práticas. Diário Oficial da União. Brasília 30 de CFF. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA.
novembro de 2000. Resolução n.° 357 de 20 de abril de 2001. Aprova o
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n.º 42 de 14 regulamento técnico das boas práticas de farmácia.
de janeiro de 1998. Aprovar o regulamento técnico para CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO
rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial da BRASIL - 1988.
União. Brasília 14 de janeiro de 1998. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução nº 23, de CÓGIDO DE SAÚDE DO PARANÁ. Paraná. Leis,
15 de março de 2000. Regulamento técnico sobre o manual Decretos, etc. Código de Saúde do Paraná/ Secretaria de
de procedimentos básicos para registro e dispensa da Estado da Saúde. - Curitiba: SESA, 2002. 245 p.
obrigatoriedade de registro de produtos pertinentes à área Conteúdo: Lei nº 13331, de 23 de maio de 2002; Decreto
de alimentos. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de nº 5.711, de 05 de maio de 2002.
março de 2000. PHARMACOPOEIA DOS ESTADOS UNIDOS DO
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei nº 6.360, de 23 BRASIL. 1. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
de setembro de 1976. Dispõe sanitária a que ficam sujeitos 1926.
117
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 2. ed., V. I e V. II. São 4.3 DA AUTORIZAÇÃO E LICENCIAMENTO DAS
Paulo: Industria Gráfica Siqueira, 1959. EMPRESAS
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 3. ed. São Paulo: 4.3.1 As empresas que exerçam atividades relacionadas
Organização Andrei, 1977. a matérias-primas vegetais, submetidas ao sistema de
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte I. São vigilância sanitária, somente poderão produzir, embalar,
Paulo: Atheneu, 1988. reembalar, armazenar, expedir e distribuir mediante
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte II. licenciamento sanitário à vista do preenchimento dos
Fascículo 1. São Paulo: Atheneu, 1996. seguintes requisitos:
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte II. 4.3.1.1 Alvará de Licença expedido pela Prefeitura do
Fascículo 2. São Paulo: Atheneu, 2000. município;
NEWALL, C.A.; ANSERSON, L.A.; PHILLIPSON, J.D. 4.3.1.2 Licença Sanitária expedida pelo Órgão de
Herbal medicines: A guide for health-care vigilância sanitária do município;
professionals. 1. ed. London: The Pharmaceutical Press, 4.3.1.4 Licença de operação ambiental de funcionamento
1996. expedido pelo Órgão de Inspeção Ambiental;
PDR FOR HERBAL MEDICINES. 2. ed. Montvale: 4.3.1.5 Técnico Responsável inscrito no Conselho
Medical Economics company, 2000. Regional de Farmácia.
SIMÕES, C.A.M.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.;
MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.; PETROVICK, P.R. 4.4 DA ROTULAGEM E PUBLICIDADE
Farmacognosia da planta ao medicamento. 3. ed. Porto 4.4.1 Os rótulos, embalagens, impressos, etiquetas,
Alegre/Florianópolis: Editora da UFRGS/Editora da dizeres e prospectos mencionados neste artigo, deverão
UFSC, 2001. 833 p. conter obrigatoriamente:
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Quality 4.4.1.1 A razão social da Empresa, CNPJ e endereço
control methods for medicinal plant materials. Geneva, desta;
1998. 4.4.1.2 Numero da Licença Sanitária da empresa;
4.4.1.3 Nome popular da planta, nomenclatura botânica
4 PRINCÍPIOS GERAIS oficial (gênero, espécie, variedade, autor do binômio), data
4.1 DO PRODUTO de fabricação, prazo de validade e número do lote;
4.1.1 As matérias-primas vegetais devem estar 4.4.1.4 Peso, volume líquido ou quantidade de unidades,
presentes ou inscritas na Farmacopéia Brasileira, no Codex conforme o caso, em sistema métrico decimal ou unidades
e/ou outros Formulários aceitos pela Comissão de Revisão internacionais;
da Farmacopéia do Ministério da Saúde ou mediante 4.4.1.5 Modo de preparo do produto e uso (interno e/ou
publicações bibliográficas etnofarmacológicas da externo);
utilização, documentações técnico-científicas ou 4.4.1.6 Precauções, cuidados especiais na armazenagem,
publicações em revistas indexadas. quando for o caso;
4.1.2 As matérias-primas vegetais devem ser 4.4.1.7 Nome do responsável técnico, número de
comercializadas isoladamente, não associadas ou inscrição e sigla do Conselho Regional de Farmácia.
misturadas com outras plantas medicinais, respeitando 4.4.1.8 A palavra “chá” não deve ser veiculada nas
sempre a parte usada e critérios sanitários preconizados nas embalagens, pois este termo não se aplica a este
Farmacopéias, Formulários e legislações vigentes. Regulamento.
4.1.3 É vetado o uso de quaisquer aditivos e/ou 4.4.2 É vedado constar no rótulo ou embalagem
adjuvantes de tecnologia. indicação terapêutica ou medicamentosa, qualquer que seja
4.1.4 As matérias-primas vegetais não devem apresentar a forma de apresentação ou o modo como é ministrado.
histórico ou relatos de toxicidade. 4.4.3 É vedado sugerir ausência de efeitos colaterais ou
4.1.5 Os rótulos e embalagens devem, obrigatoriamente, adversos ou utilizar expressões tais como: “Inócuo”, “Não
seguir os critérios estabelecidos no item 4.4 desta tóxico”, “Inofensivo” e “Produto Natural”.
legislação. 4.4.4 É vedado constar da rotulagem ou da propaganda dos
4.1.6 As plantas e ervas entorpecentes e as matérias- produtos nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos
primas vegetais constantes do anexo I, não são objeto de ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação
regulamentação por este regulamento técnico. falsa, erro ou confusão quanto a origem, procedência,
natureza, composição ou qualidade, que atribuam ao
4.2 DO COMÉRCIO produto finalidade ou características diferentes daquelas
4.2.1 A dispensação de matérias-primas vegetais é que realmente possuam.
privativa das farmácias, drogarias, postos de saúde e 4.4.5 As advertências de uso devem ser impressas em
ervanarias, observados o acondicionamento adequado e linguagem acessível ao público.
classificação botânica. 4.4.6 É vedada a disponibilização de folhetos com
4.2.2 Os estabelecimentos definidos no item 4.2.1, indicações terapêuticas e alegações farmacológicas aos
obrigatoriamente, devem possuir assistência de técnico consumidores pelos estabelecimentos definidos neste
responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, Regulamento.
na forma da Lei.
4.5 DA DISPENSA DE REGISTRO
118
4.5.1 São dispensadas da obrigatoriedade de registro e
de isenção de registro no Estado do Paraná as matérias- 4.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
primas vegetais de que trata o presente regulamento. 4.8.1 As empresas que pretendem comercializar
4.5.2 As empresas devem informar a relação de matérias-primas vegetais no Estado do Paraná devem se
produto(s) a ser(em) produzido(s) bem como o início da adequar a esta legislação.
fabricação do(s) produto(s) à autoridade sanitária do ANEXO I A QUE SE REFERE O
Estado, da Regional de Saúde ou do Município, conforme REGULAMENTO APROVADO PELO DECRETO Nº
modelo Anexo II, podendo dar início à comercialização a 4.154/2004
partir da liberação da Licença Sanitária .
4.5.2.1 A empresa deve manter atualizada junto à TABELA DE PLANTAS TÓXICAS DE
autoridade sanitária a relação de matérias-primas vegetais COMERCIALIZAÇÃO PROIBIDA.
fabricadas.
4.5.3 As empresas produtoras de matérias-primas
vegetais ficam sujeitas a inspeção sanitária anualmente ou Nome Científico Família Nome Vulgar
sempre que se fizer necessário. Aconitum napellus Linné Ranunculacea Acônito
4.5.4 A realização da inspeção dependerá isoladamente e
ou em conjunto, da natureza do produto, da data da última Atropa belladonna Linné Solanaceae Beladona
inspeção e do histórico da empresa. Claviceps purpurea - Ergot
4.5.5 No caso da empresa não ser aprovada na inspeção, Colchicum autumnale Liliaceae Cólchico
a mesma fica sujeita a aplicação de sanções previstas no Linné
Código de Saúde do Paraná Conium maculatum Linné Umbelliferae Cicuta
Datura arborea Linné Solanaceae Trombeteira
4.6 DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E DO
Datura stramonium Linné Solanaceae Estramônio
CONTROLE DE QUALIDADE
As matérias-primas vegetais devem ser preparadas, Digitalis purpurea Linné Scrofulariace Digital ou
manipuladas, processadas, acondicionadas, conservadas, ae Dedaleira
transportadas e expedidas conforme as Boas Práticas de Lonchocarpus peckelti Leguminosae Timbó Boticário
Fabricação (BPF) e atender aos padrões organolépticos, Wawra
microbiológicos, microscópicos e físico-químicos Ruta graveolens Linné Rutaceae Arruda
estabelecidos por legislação específica vigente, devendo Strophantus gratus Apocynaceae Estrofanto
ainda seguir os seguintes parâmetros de qualidade: (Wallich e Hooker)
4.6.1 Matéria orgânica estranha Franchet
Devem obedecer aos limites estabelecidos pelas Strychnos nux vomica Lagariaceae Noz Vômica
monografias oficiais. Quando não constarem das mesmas, Linné
será permitido um limite máximo de até 5%. Veratum viride Ailton Liliaceae Veratro verde ou
4.6.2 Padrões microbiológicos Heléboro Verde
Contagem padrão de bactérias mesófilas - Máximo 107/g
Bolores e leveduras - Máximo 104/g Nota: outras plantas podem vir a compor esta tabela
Escherichia coli - Máximo 10²/g conforme observação de uso e seus efeitos tóxicos.
Salmonella - Ausência.
ANEXO II A QUE SE REFERE O
4.7 DAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO REGULAMENTO APROVADO PELO DECRETO Nº
4.7.1 A matéria-prima vegetal não pode ser apresentada 4.154/2004
à venda em formas farmacêuticas elaboradas, como
cápsulas, tinturas e comprimidos. FORMULÁRIO PARA COMUNICAÇÃO DO ÍNICIODE
4.7.2 A matéria-prima vegetal deve ser acondicionada PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA VEGETAL.
em embalagem adequada à manutenção de suas
características até o final do prazo de validade. O prazo de
validade deve ser estabelecido em função dos padrões
organolépticos e microbiológicos.
4.7.3 As matérias-primas vegetais somente podem ser
vendidas em unidades pré-embaladas, não sendo permitida
a venda à granel. A venda fracionada somente será
permitida em farmácias de manipulação e ervanarias.

A RECEBIMENTO VISA / DATA

119
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ

COMUNICAÇÃO DO INÍCIO DE FABRICAÇÃO DE INSUMOS –


PLANTAS MEDICINAIS DISPENSADOS DE REGISTRO

B DADOS DA EMPRESA DETENTORA DO PRODUTO(S)/MARCA(S)

/ AF . -
CNPJ

RAZÃO
SOCIAL

RUA NÚMER
O

BAIRRO

CEP

UF

E-MAIL
C DADOS DA UNIDADE FABRIL

TERCEIRIZAD
CNPJ /
A

RAZÃO
SOCIAL

NÚMER
RUA
O

BAIRRO

CEP

UF

E-MAIL
D TERMO DE RESPONSABILIDADE

, esta empresa, devidamente licenciada para a produção de planta medicinais e deu início à fabricação do(s) produto(s)
Informo que a partir de relacionado no verso
e / ou no(s) anexo(s), que estarão sendo comercializados no prazo dias, e declaro que estou ciente: a) das legislações específicas do(s) produto(s) que fabrico,
de inclusive
Rotulagem e outros pertinentes; e a) de que a unidade fabril pode ser inspecionada por as de sanitária, conforme prevê a legislação
essa autoridade

Local / data ------------------------------------------------------------, ---------- / ---------- / ----------


-------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------
Nome legível do responsável pela empresa Assinatura
---------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------
------ Nome legível do responsável Técnico e inscrição Assinatura
DADOS
E DA INSPEÇÃO DA INDÚSTRIA (Uso exclusivo da VISA)

ÚLTIMA INSPEÇÃO
LOCAL/DATA --------------------------------------------------------, ---------- / ----------/ ---------- -------------------------------------------------------------------------------------------------
Assinatura e identificação do Responsável
PRODUTOS
F DISPENSADOS DE REGISTRO COM FABRICAÇÃO INICIADA
EMPRESA DETENTORA DE REGISTRO CONTROLE DE ANEXOS

120
CNPJ /

UNIDADE FABRIL FOLHA DE


CNPJ /
PRODUTO>01 PARTE UTILIZADA

VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)


NOME DO

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL

01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05
PRODUTO>02 PARTE UTILIZADA

NOME DO VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL

01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05
PRODUTO>03 PARTE UTILIZADA

NOME DO VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL


01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05

121
Decreto nº 9.213 de 23/10/2013 uso humano ou veterinário ou outro princípio
(D.O.E 23/10/13) ativo com finalidade terapêutica, independente
da forma farmacêutica e suas embalagens
Regulamenta a Lei no 17.211, de 03 de julho de primárias;
2012, que dispõe sobre a responsabilidade da III- embalagem primária: recipiente destinado
destinação dos medicamentos em desuso no ao acondicionamento e envase de Insumos
Estado do Paraná e seus procedimentos, e dá Farmacêuticos que mantém contato direto com
outras providências. - SEMA. os mesmos;
IV- embalagem secundária: recipiente destinado
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ao acondicionamento de Insumos Farmacêuticos
PARANÁ, no uso das atribuições que lhe além da sua embalagem primária, não mantendo
confere o art. 87, incisos V e VI, da contato com os mesmos, passível de reciclagem,
Constituição Estadual e, tendo em vista o quando não contaminado;
contido no protocolado sob nº 11.778.238-7, V- destinação final ambientalmente adequada:
destinação de resíduos que observem as normas
DECRETA: legais e operacionais específicas de modo a
evitar danos ou riscos à saúde pública e à
CAPÍTULO I segurança e a minimizar os impactos ambientais
DO OBJETO E DO CAMPO DE adversos;
APLICAÇÃO VI- ponto de coleta: local designado para
Art. 1º Este Decreto estabelece normas para recebimento dos medicamentos em desuso
execução da Lei Estadual nº 17.211, de 03 de localizado no interior dos estabelecimentos que
julho de 2012, que dispõe sobre a comercializam ou distribuem medicamentos
responsabilidade de descarte e destinação dos referenciados no artigo 3º da Lei nº 17.211, de
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e 03 de julho de 2012;
seus procedimentos. VII- reciclagem: processo de transformação dos
§ 1º Os medicamentos em desuso objeto da Lei resíduos sólidos que envolvem a alteração de
Estadual nº 17.211, de 03 de julho de 2012, são suas propriedades físicas, físico-químicas ou
aqueles oriundos dos domicílios e que atendam biológicas, com vista à transformação em
as definições deste decreto. insumos ou novos produtos, nos termos da Lei
§ 2º Resíduos de medicamentos provenientes de Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 e no
outros geradores são objetos de regulamentação caso deste Decreto, aplicável às embalagens
específica – RDC ANVISA nº 306/2004 e secundárias e bulas não contaminadas;
Resolução CONAMA nº 358/2005. VIII- termos de Compromisso: atos de natureza
Art. 2º A Lei Estadual nº 17.211 de 03 de julho contratual, firma dos entre o poder público
de 2012, alinha-se com a Política Nacional de estadual e os fabricantes, importadores,
Resíduos Sólidos, nos termos da Lei Federal nº distribuidores ou comerciantes, visando a
12.305, de 02 de agosto de 2010, com a Política implantação da responsabilidade compartilhada
Nacional de Saneamento Básico, nos termos da pelo ciclo de vida do produto.
Lei Federal no 11.445, de 05 de janeiro de 2007,
e com a Política Nacional de Educação CAPÍTULO III
Ambiental, regulada pela Lei Federal nº 9.795, DAS RESPONSABILIDADES
de 27 de abril de 1999. Art. 4º O Poder Público, o setor empresarial e a
coletividade são responsáveis pela efetividade
CAPÍTULO II das ações voltadas para assegurar a observância
DAS DEFINIÇÕES das diretrizes e determinações da Lei Estadual
Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, entende-se nº 17.211/2012 e deste Decreto.
por: Art. 5º Os estabelecimentos que comercializam
I- medicamentos em desuso: medicamentos ou distribuem os produtos mencionados no art.
oriundos dos domicílios, vencidos ou sobras, 1º da Lei nº 17.211/2012, incluindo nesse rol as
ainda que dentro do prazo de validade e drogarias, farmácias, farmácias de manipulação,
embalagens primárias que possam conter farmácias veterinárias e lojas de produtos
resíduos de medicamentos; animais, serviços públicos de saúde, os
II- resíduo de medicamento: todo produto hospitais, as clínicas e os consultórios médicos
(medicamento) contendo produtos hormonais, ou odontológicos, os hospitais, clínicas e
antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos, consultórios veterinários, bem como os
imunossupressores, digitálicos, laboratórios de exames clínicos e qualquer
imunomoduladores, antirretrovirais, anti- outro estabelecimento que comercialize ou
inflamatórios, corticoides e seus derivados, em distribua medicamentos, mesmo que de forma
especial, e todos os demais medicamentos de gratuita, como a distribuição de amostras grátis,

122
ficam obrigados a aceitar a devolução das segurança e operacionais que devem ser
unidades usadas, vencidas ou inservíveis, cujas adotadas e implementadas para todas as etapas
características sejam similares àquelas de recebimento, embalagem/acondicionamento,
comercializadas ou distribuídas por estes identificação, armazenamento e coleta externa
estabelecimentos. pelos estabelecimentos responsáveis pelo
Art. 6º As empresas fabricantes, importadoras, recebimento de medicamentos em desuso nos
distribuidoras, revendedoras e farmácias – pontos de coleta;
incluindo aquelas com manipulação – dos II- assistência operacional: compreende o
produtos hormonais, antimicrobianos, fornecimento aos estabelecimentos com pontos
citostáticos, antineoplásicos, imunossupressores, de coleta de embalagens/recipientes adequados
digitálicos, imunomoduladores, antirretrovirais, para a coleta de medicamentos em desuso,
anti-inflamatórios, corticoides e seus derivados, responsabilizando-se diretamente pelas etapas
em especial, e todos os demais medicamentos de coleta externa, transporte, tratamento e
de uso humano ou eterinário compartilham a disposição final.
responsabilidade sobre a destinação adequada Art. 9º Os consumidores serão orientados e
desses produtos, mediante procedimentos estimulados através de programas específicos a
ambientalmente adequados de recebimento, realizar a entrega voluntária dos medicamentos
acondicionamento, identificação, coleta, em desuso nos pontos de coleta a serem
reciclagem das embalagens secundárias, elaborados e divulgados, de forma permanente,
tratamento e disposição final, incluindo a sob a responsabilidade técnica e financeira das
manutenção de registros das etapas sob sua empresas fabricantes, importadoras e
responsabilidade para demonstração aos órgãos distribuidoras.
fiscalizadores. Art. 10º As empresas fabricantes, importadoras
Art. 7º A responsabilidade compartilhada a que e distribuidoras, responsáveis em dar a
se refere o art. 6º deste decreto será destinação adequada aos medicamentos em
implementada de forma individualizada e desuso recolhidos, processarão as alterações
encadeada da seguinte forma: necessárias para ajustar as obrigações
I- a entrega voluntária dos medicamentos em decorrentes do cumprimento disposto na Lei nº
desuso nos pontos de coleta caberá aos 17.211/2012, nos respectivos Planos de
consumidores, e será estimulada de modo Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, ou
permanente por meio de processos de equivalentes, aprovados no Licenciamento
divulgação sobre danos decorrentes do Ambiental, incorporando nos mesmos, as
lançamento indevido no meio ambiente sem etapas sob suas responsabilidades.
tratamento e de orientação pós-consumo; Parágrafo Único: Os estabelecimentos
II- o recebimento dos resíduos dos domicílios, o relacionados no art. 2º da Lei Estadual nº
acondicionamento adequado, a identificação, o 17.211/2012 podem optar pelo encaminhamento
armazenamento temporário e a manutenção dos dos medicamentos em desuso coletados
registros do gerenciamento caberão aos diretamente para as unidades de destinação final
estabelecimentos que comercializam ou devidamente licenciadas na forma da Lei.
distribuem medicamentos ao consumidor final, Art. 11º Todas as etapas de transporte externo,
através da instalação de pontos de coleta no tratamento e destino final deverão ser
interior dos mesmos; executados em conformidade com a legislação
III- a coleta externa, o transporte, o tratamento ambiental e sanitária aplicáveis às empresas,
e a destinação final caberão às distribuidoras, veículos e equipamentos devidamente
transportadoras, fabricantes e importadoras. licenciados para tal fim.
Parágrafo Único: As empresas referenciadas Parágrafo Único: Os veículos coletores de
no inciso III poderão celebrar Termos de medicamentos em desuso terão identificação em
Compromisso no âmbito estadual a fim de conformidade com a NBR 7500 e legislação
gerenciar sua responsabilidade de forma cabível, devendo ser exclusivos para tal
coletiva. finalidade.
Art. 8º As empresas fabricantes, importadoras, Art. 12º Os novos estabelecimentos deverão
distribuidoras e transportadoras devem prestar apresentar comprovação de destinação de
assistência aos estabelecimentos que medicamentos em desuso, individualizada,
comercializam ou distribuem os produtos contemplada em seu Plano de Gerenciamento de
definidos na Lei Estadual nº 17.211/2012, para Resíduos Sólidos (PGRS) junto à autoridade
o desenvolvimento e implantação dos pontos de local responsável pela emissão do alvará de
coleta de medicamentos em desuso, da seguinte funcionamento. Alternativamente os referidos
forma: estabelecimentos poderão comprovar a sua
I- assistência técnica: compreende o adesão a um Termo de Compromisso ou Acordo
fornecimento das condições técnicas, de Setorial previstos neste decreto regulamentador,

123
devidamente certificado pelo Coordenador 17.211 de 03 de julho de 2012 e do presente
Técnico do Termo ou Acordo em questão. decreto, inclusive seus prazos.
§ 4º Os PGRS alterados devem ser apresentados
CAPÍTULO IV para avaliação pelo Instituto Ambiental do
DA COLETA Paraná - IAP.
Art. 13º Os estabelecimentos com pontos de § 5º. Os PGRS, Termos de Compromisso e
coleta deverão disponibilizar para os Acordos Setoriais devem conter:
consumidores embalagens invioláveis, I- identificação dos estabelecimentos
estanques, resistentes a impactos ou ruptura, participantes;
com acesso inviolável para a retirada dos II- descrição das responsabilidades exercidas
produtos nelas depositados, identificadas em cada etapa do gerenciamento por cada um
conforme a NBR 7500, acrescidas da dos participantes, incluindo detalhamento das
indicação: “medicamentos em desuso”, que soluções consorciadas/ compartilhadas,
serão localizadas nos espaços de indicando o coordenador responsável pelo
comercialização ou recepção dos monitoramento das ações previstas no
estabelecimentos referenciados no Art. 3º da Lei programa;
Estadual nº 17.211/2012, de forma segregada e III- diagnósticos dos resíduos farmacêuticos
claramente identificada como: “recepção de recolhidos: caracterização e massa;
medicamentos vencidos e em desuso”. IV- definição dos procedimentos operacionais
§ 1º Os mecanismos operacionais para a coleta, relativos às etapas do gerenciamento:
acondicionamento, identificação e Recebimento; Acondicionamento/Identificação;
armazenamento obedecerão às recomendações Armazenamento; Coleta Externa (incluindo
definidas pelos fabricantes ou importadores, periodicidade); Transporte; Reciclagem (quando
bem como às demais normas ambientais e de couber); Tratamento e Destinação Final
saúde pertinentes, devendo estas etapas serem Ambientalmente Adequada;
processadas de forma tecnicamente segura e V- ações preventivas e corretivas a serem
adequada até que seja feito o encaminhamento executadas em situações de não
dessas embalagens aos distribuidores, conformidade/acidentes.
fabricantes ou importadores responsáveis pela Art. 15º O Responsável Técnico pelo PGRS de
coleta e transporte para a correta destinação cada estabelecimento será o Responsável pelas
final. etapas executadas no âmbito dos respectivos
§ 2º É proibido o esvaziamento ou reembalagem planos.
dos produtos coletados durante todas as fases do Art. 16º Deverão ser mantidos por todos os
processo, desde a coleta até a destinação final. estabelecimentos abrangidos pela Lei Estadual
nº 17.211/2012 os registros escritos para
CAPÍTULO V verificação das autoridades responsáveis pela
DO GERENCIAMENTO fiscalização sanitária e ambiental, incluindo
Art. 14º Os Planos de Gerenciamento de minimamente para cada transporte ou coleta
Resíduos Sólidos (PGRS) já implantados nos externa realizada:
estabelecimentos existentes quando da I- identificação do estabelecimento com ponto
publicação deste Decreto, sofrerão as de coleta e da quantidade (em quilogramas) de
incorporações decorrentes da implementação da medicamentos em desuso coletados e
coleta de medicamentos em desuso. encaminhados para destinação final;
§ 1º Os PGRS devem conter a identificação de II- identificação da empresa coletora e
todos os participantes do programa de coleta de transportadora com cópia da nota de transporte
medicamentos em desuso, com as contendo nome, números de Cadastro de Pessoa
responsabilidades de cada empresa/instituição Física (CPF), da Carteira Nacional de
participante do processo desde a coleta até a Habilitação (CNH) e do certificado de ca
disposição final. pacitação para Movimentação de Produtos
§ 2º As empresas fabricantes, importadoras e Perigosos (MOPP) do motorista; placa do
distribuidoras que celebrarem Termos de veículo coletor; Licença Ambiental de Operação
Compromisso devem indicar um Coordenador (LO) da empresa coletora e transportadora;
Técnico legalmente habilitado para responder III- cópia do certificado de tratamento e
pela sua elaboração e monitoramento. destinação final referenciando a numeração da
§ 3º Os Termos de Compromisso previstos neste nota de transporte.
Decreto poderão ser substituídos por Acordos Art. 17º Os recipientes com sua carga
Setoriais, definidos conforme a Lei Federal nº volumétrica completa serão fechados e lacrados,
12.305 de 02 de agosto de 2010, desde que devendo ser armazenados até a coleta em local
cumpram todas as exigências da Lei Estadual nº específico, identificado em conformidade com
os dispositivos vigentes para Abrigo de

124
Resíduos Sólidos de Resíduos de Saúde, artigos 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74 e 75
conforme RDC ANVISA nº 306/2004 e da Lei nº 13.331, de 23/11/2001 e as disposições
Resolução CONAMA nº 358/2005, ou outras do Decreto nº 5.711, de 23/05/02, que a
que vierem a substituí-las ou complementá-las. regulamenta, independentemente dos demais
dispositivos legais vigentes.
CAPÍTULO VI Art. 22º Cabe ao órgão ambiental competente a
DAS PROIBIÇÕES fiscalização do disposto no art. 9º e seus
Art. 18º É vedada a reutilização de parágrafos, bem como o art. 10 da Lei Estadual
medicamentos em desuso, descartados na forma nº 17.211/2012, nos termos do inciso XIV do
da Lei Estadual nº 17.211/2012, para uso art. 1º da Lei nº 11.352, de 13 de fevereiro de
humano e veterinário. 1996.
Art. 19º São proibidas as seguintes formas de Art. 23º Este Decreto entra em vigor na data da
destinação final dos produtos que trata a Lei nº sua publicação, e o prazo para implantação do
17.211/2012: descarte e destinação dos medicamentos em
I- lançamento in natura a céu aberto, tanto em desuso pelos estabelecimentos referenciados na
áreas urbanas quanto rurais; Lei nº 17.211/2012 será de 180 (cento e oitenta)
II- queima a céu aberto ou em recipientes, dias, a contar da publicação deste Decreto.
instalações ou equipamentos não adequados, Curitiba, em 23 de outubro de 2013, 192º da
não licenciados, conforme legislação vigente; Independência e 125º da República.
III- lançamento em corpos d’água, manguezais,
praias, terrenos baldios, poços ou cacimbas, Carlos Alberto Richa
cavidades subterrâneas naturais ou artificiais, Governador do Estado
em redes de drenagem de águas pluviais, Cezar Silvestri
esgotos, eletricidade, telefone, gás natural ou de Secretário de Estado de Governo
televisão a cabo, mesmo que abandonadas, ou Luiz Eduardo Cheida
em áreas sujeitas a inundações; Secretário de Estado do Meio Ambiente e
IV- em aterros sanitários que não sejam de Recursos Hídricos
classe I (aterro de resíduos perigosos)
V- lançamento na rede de esgoto. Este texto não substitui o publicado no Diário
Oficial do Estado
CAPÍTULO VII
DAS PENALIDADES
Art. 20º A desobediência ou a inobservância de
quaisquer dispositivos da Lei Estadual nº
17.211/2012 sujeitará o infrator às seguintes
penalidades:
I- advertência por escrito notificando o infrator
para sanar a irregularidade no prazo máximo de
30 (trinta) dias, contados da notificação, sob
pena de multa;
II- não sanada a irregularidade, será aplicada
multa no valor de 100 (cem) a 1000 (mil)
Unidades de Padrão Fiscal do Paraná –
UFIR/PR;
III- em caso de reincidência, a multa prevista no
inciso anterior será aplicada em dobro.

CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 21º Compete à vigilância sanitária, a
fiscalização ao que se refere o art. 4º e seus
respectivos parágrafos e art. 7º da Lei Estadual
nº 17.211/2012.
Parágrafo Único: A inobservância da Lei
Estadual nº 17.211/2012 e das normas
aprovadas neste regulamento constitui infração
sanitária, conforme o disposto nos artigos 45,
47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 59, 60,
61, 62, artigo 63 - incisos XVII, XXXV,
XXXVII, XXXIX, XLII, XLIV, XLVII e

125
da importação ou exportação não está sob controle
PORTARIAS especial neste país.
CID - Classificação Internacional de Doenças.
Portaria n.º 344 de 12/05/1998 Cota Anual de Importação - Quantidade de substância
(D.O.U de 31/12/1998) constante das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
"B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" (imunossupressores) e
Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e "D1" (precursoras) deste Regulamento Técnico ou de suas
medicamentos sujeitos a controle especial atualizações que a empresa é autorizada a importar até o 1º
(primeiro) trimestre do ano seguinte à sua concessão.
O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Cota Suplementar de Importação - Quantidade de
Saúde, no uso de suas atribuições e considerando a substância constante das listas "A1" e "A2"
Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 (Decreto (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3"
n.º 54.216/64), a Convenção sobre Substâncias (imunossupressores) e "D1" (precursoras) deste
Psicotrópicas, de 1971 (Decreto n.º 79.388/77), a Regulamento Técnico ou de suas atualizações, que a
Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e empresa é autorizada a importar, em caráter suplementar
Substâncias Psicotrópicas, de 1988 (Decreto n.º 154/91), à cota anual, nos casos em que ficar caracterizada sua
o Decreto-Lei n.º 891/38, o Decreto-Lei n.º 157/67, a Lei necessidade adicional, para o atendimento da demanda
n.º 5.991/73, a Lei n.º 6.360/76, a Lei n.º 6.368/76, a Lei interna dos serviços de saúde, ou para fins de exportação.
n.º 6.437/77, o Decreto n.º 74.170/74, o Decreto n.º Cota Total Anual de Importação - Somatório das Cotas
79.094/77, o Decreto n.º 78.992/76 e as Resoluções Anual e Suplementar autorizadas para cada empresa, no
GMC n.º 24/98 e n.º 27/98, resolve: ano em curso.
DCB - Denominação Comum Brasileira.
CAPÍTULO I DCI - Denominação Comum Internacional.
DAS DEFINIÇÕES Droga - Substância ou matéria-prima que tenha
Art. 1º Para os efeitos deste Regulamento Técnico e para finalidade medicamentosa ou sanitária.
a sua adequada aplicação, são adotadas as seguintes Entorpecente - Substância que pode determinar
definições: dependência física ou psíquica relacionada, como tal, nas
Autorização Especial - Licença concedida pela listas aprovadas pela Convenção Única sobre
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde Entorpecentes, reproduzidas nos anexos deste
(SVS/MS), a empresas, instituições e órgãos, para o Regulamento Técnico.
exercício de atividades de extração, produção, Licença de Funcionamento – Permissão concedida pelo
transformação, fabricação, fracionamento, manipulação, órgão de saúde competente dos Estados, Municípios e
embalagem, distribuição, transporte, reembalagem, Distrito Federal, para o funcionamento de
importação e exportação das substâncias constantes das estabelecimento vinculado a empresa que desenvolva
listas anexas a este Regulamento Técnico, bem como os qualquer das atividades enunciadas no artigo 2º deste
medicamentos que as contenham. Regulamento Técnico.
Autorização de Exportação - Documento expedido pela Livro de Registro Específico - Livro destinado à
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde anotação, em ordem cronológica, de estoques, de
(SVS/MS), que consubstancia a exportação de entradas (por aquisição ou produção), de saídas (por
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" venda, processamento, uso) e de perdas de medicamentos
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" sujeitos ao controle especial.
(imunossupressores) e "D1" (precursores) deste Livro de Receituário Geral – Livro destinado ao
Regulamento Técnico ou de suas atualizações, bem como registro de todas as preparações magistrais manipuladas
os medicamentos que as contenham. em farmácias.
Autorização de Importação - Documento expedido pela Medicamento - Produto farmacêutico, tecnicamente
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa,
(SVS/MS), que consubstancia a importação de paliativa ou para fins de diagnóstico.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" Notificação de Receita - Documento padronizado
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" destinado à notificação da prescrição de medicamentos:
(imunossupressores) e "D1" (precursores) deste a) entorpecentes (cor amarela), b) psicotrópicos (cor
Regulamento Técnico ou de suas atualizações, bem como azul) e c) retinóides de uso sistêmico e
os medicamentos que as contenham. imunossupressores (cor branca). A Notificação
Certificado de Autorização Especial - Documento concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser
expedido pela Secretaria de Vigilância Sanitária do firmada por profissional devidamente inscrito no
Ministério da Saúde (SVS/MS), que consubstancia a Conselho Regional de Medicina, no Conselho Regional
concessão da Autorização Especial. de Medicina Veterinária ou no Conselho Regional de
Certificado de Não Objeção – Documento expedido Odontologia; a concernente ao terceiro grupo (c),
pelo órgão competente do Ministério da Saúde do Brasil, exclusivamente por profissional devidamente inscrito no
certificando que as substâncias ou medicamentos objeto Conselho Regional de Medicina.

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Precursores - Substâncias utilizadas para a obtenção de manipulação por farmácias magistrais das substâncias e
entorpecentes ou psicotrópicos e constantes das listas medicamentos de que trata o caput deste artigo, ficam
aprovadas pela Convenção Contra o Tráfico Ilícito de sujeitas a autorização especial do Ministério da Saúde e a
Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, licença de funcionamento concedida pela Autoridade
reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico. Sanitária local.
Preparação Magistral - Medicamento preparado § 7º A Autorização Especial deve ser solicitada para cada
mediante manipulação em farmácia, a partir de fórmula estabelecimento que exerça qualquer uma das atividades
constante de prescrição médica previstas no caput deste artigo .
Psicotrópico - Substância que pode determinar Art. 3º (REVOGADO PELA RDC 16/14)
dependência física ou psíquica e relacionada, como tal, Art. 4º Ficam proibidas a produção, fabricação,
nas listas aprovadas pela Convenção sobre Substâncias importação, exportação, comércio e uso de substâncias e
Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste medicamentos proscritos.
Regulamento Técnico. Parágrafo único. Excetuam-se da proibição de que trata o
Receita - Prescrição escrita de medicamento, contendo caput deste artigo, as atividades exercidas por Órgãos e
orientação de uso para o paciente, efetuada por Instituições autorizados pela Secretaria de Vigilância
profissional legalmente habilitado, quer seja de Sanitária do Ministério da Saúde com a estrita finalidade
formulação magistral ou de produto industrializado. de desenvolver pesquisas e trabalhos médicos e
Substância Proscrita - Substância cujo uso está proibido científicos.
no Brasil. Art. 4º-A. Fica permitida, a estabelecimentos
devidamente autorizados pela Anvisa, a formação de
CAPITULO II estoque de padrões analíticos de substâncias sujeitas a
DA AUTORIZAÇÃO controle especial, para fins de distribuição a
Art. 2º Para extrair, produzir, fabricar, beneficiar, estabelecimentos que realizem análises laboratoriais
distribuir, transportar, preparar, manipular, fracionar, e atividades de ensino e pesquisa, desde que tal estoque
importar, exportar, transformar, embalar, reembalar, para seja compatível com a rotina da empresa".
qualquer fim, as substâncias constantes das listas deste (Redação dada pela RDC 231/18)
Regulamento Técnico (ANEXO I) e de suas atualizações, Art. 5º (REVOGADOS PELA RDC 16/14)
ou os medicamentos que as contenham, é obrigatória a Art. 6º (REVOGADOS PELA RDC 16/14)
obtenção de Autorização Especial concedida pela Art. 7º A concessão de Autorização Especial para os
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da estabelecimentos de ensino, pesquisas e trabalhos
Saúde. médicos e científicos, será destinada à cada plano de aula
§ 1º A petição de Autorização Especial será ou projeto de pesquisa e trabalho, respectivamente. A
protocolizada pelos responsáveis dos estabelecimentos da referida Autorização Especial, deverá ser requerida pelo
empresa junto à Autoridade Sanitária local. seu dirigente ao Órgão competente do Ministério da
§ 2º A Autoridade Sanitária local procederá a inspeção Saúde, mediante petição instruída com os seguintes
do(a) estabelecimento(s) vinculado(s) à empresa documentos:
postulante de Autorização Especial de acordo com os a) cópia do R.G. e C.I.C. do dirigente do
roteiros oficiais pré-estabelecidos, para avaliação das estabelecimento;
respectivas condições técnicas e sanitárias, emitindo b) documento firmado pelo dirigente do estabelecimento
parecer sobre a petição e encaminhando o respectivo identificando o profissional responsável pelo controle e
relatório à Secretaria de Vigilância Sanitária do guarda das substâncias e medicamentos utilizados e os
Ministério da Saúde. pesquisadores participantes;
§ 3º No caso de deferimento da petição, a Secretaria de c) cópia do R.G. e C.I.C. das pessoas mencionadas no
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde enviará o item b;
competente Certificado de Autorização Especial a d) cópia do plano integral do curso ou pesquisa técno-
empresa requerente e informará a decisão à Autoridade científico;
Sanitária local competente. e) relação dos nomes das substâncias ou medicamentos
§ 4º As atividades mencionadas no caput deste artigo com indicação das quantidades respectivas a serem
somente poderão ser iniciadas após a publicação da utilizadas na pesquisa ou trabalho.
respectiva Autorização Especial no Diário Oficial da § 1º O Órgão competente do Ministério da Saúde
União. encaminhará a aprovação da concessão da Autorização
§ 5º As eventuais alterações de nomes de dirigentes, Especial através de ofício ao dirigente do
inclusive de responsável técnico bem como de atividades estabelecimento e à Autoridade Sanitária local.
constantes do Certificado de Autorização Especial serão § 2º Deverá ser comunicada ao Órgão competente do
solicitadas mediante o preenchimento de formulário Ministério da Saúde qualquer alteração nas alíneas
específico à Autoridade Sanitária local, que o referidas neste artigo, a qual deverá ser encaminhada ao
encaminhará à Secretaria de Vigilância Sanitária do órgão competente do Ministério da Saúde.
Ministério da Saúde. Art. 8º Ficam isentos de Autorização Especial as
§ 6º As atividades realizadas pelo comércio atacadista, empresas, instituições e órgãos na execução das seguintes
como armazenar, distribuir, transportar, bem como, a de atividades e categorias a eles vinculadas:
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I - Farmácias, Drogarias e Unidades de Saúde que Sanitária competente do Estado ou Distrito Federal em
somente dispensem medicamentos objeto deste que estiver sediado o estabelecimento.
Regulamento Técnico, em suas embalagens originais, Art. 14 A importação de substâncias constantes das listas
adquiridos no mercado nacional; "A1" e "A2" (entorpecentes), das listas "A3", "B1" e
II - Órgãos de Repressão a Entorpecentes; "B2" (psicotrópicas) incluídas neste Regulamento
III - Laboratórios de Análises Clínicas que utilizem Técnico e nas suas atualizações, e os medicamentos que
substâncias objeto deste Regulamento Técnico as contenham, dependerá da emissão de Autorização de
unicamente com finalidade diagnóstica; Importação (ANEXO II) da Secretaria de Vigilância
IV - Laboratórios de Referência que utilizem substâncias Sanitária do Ministério da Saúde.
objeto deste Regulamento Técnico na realização de § 1º Independem da emissão de Autorização de
provas analíticas para identificação de drogas. Importação as substâncias das listas "C1", "C2", "C4" e
Art. 9° (REVOGADO PELA RDC 16/14) "C5" (outras substâncias sujeitas a controle especial,
Art. 10 (REVOGADO PELA RDC 16/14) retinóicos, antirretrovirais e anabolizantes,
respectivamente) bem como os medicamentos que as
CAPÍTULO III contenham.
DO COMÉRCIO § 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Art. 11 A empresa importadora fica obrigada a solicitar à Saúde emitirá o Certificado de Não Objeção (ANEXO
Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério III) quando a substância ou medicamento objeto da
da Saúde, a fixação da Cota Anual de Importação de importação não está sob controle especial no Brasil.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" § 3º No caso de importação parcelada, para cada parcela
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" da cota anual será emitida uma Autorização de
(imunossupressoras) e "D1" (precursoras) deste Importação.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, requeridas § 4º O documento da Autorização de Importação para as
até 31 (trinta e um) de dezembro de cada ano, para uso no substâncias da lista "D1" (percursoras), constantes deste
ano seguinte. (Redação dada pela Resolução Nº 229/01) Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como
§ 1º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do os medicamentos que as contenham, será estabelecido na
Ministério da Saúde deverá pronunciar-se sobre a Instrução Normativa deste Regulamento Técnico.
liberação da cota anual até no máximo 30 (trinta) de abril Art. 15 Deferida a cota anual de importação, a empresa
do ano seguinte. (Redação dada pela Resolução Nº interessada deverá requerer a Autorização de Importação,
229/01) até no máximo 31 (trinta e um) de agosto de cada
§ 2º A cota de importação autorizada poderá ser ano(Redação dada pela Resolução Nº 229/01)
importada de uma só vez, ou parceladamente. (Redação Art. 16 A Autorização de Importação e o Certificado de
dada pela Resolução Nº 229/01) Não Objeção, ambos de caráter intransferível, serão
Art. 12 Excepcionalmente a empresa, quando expedidos em 6 (seis) e 5 (cinco) vias, respectivamente,
devidamente justificado, poderá solicitar Cota podendo os mesmos serem emitidos por processo
Suplementar, das substâncias constantes das listas citadas informatizado, ou não, os quais terão a seguinte
no artigo anterior, até no máximo 30 (trinta) de setembro destinação:
de cada ano. (Redação dada pela Resolução Nº 229/01) 1ª via - Órgão competente do Ministério da Saúde;
§ 1º Deferida a Cota Suplementar de Importação, a 2ª via - Importador;
empresa interessada deverá requerer a Autorização de 3ª via - Exportador;
Importação, até no máximo 31 (trinta e um) de outubro 4ª via - Autoridade competente do país exportador;
do ano de sua concessão. (Redação dada pela Resolução 5ª via - Delegacia de Repressão a Entorpecentes do
Nº 229/01) Departamento de Polícia Federal do Estado do Rio de
§ 2º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto o Certificado de
Ministério da Saúde enviará às unidades federadas e à Não Objeção;
Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e Fronteiras, 6ª via - Autoridade Sanitária competente do Estado e
para conhecimento, relação das cotas e das eventuais Distrito Federal, onde estiver sediada a empresa
alterações concedidas. (Redação dada pela Resolução Nº autorizada.
229/01) Parágrafo único. A empresa se incumbirá do
Art. 13 Para importar e exportar substâncias constantes encaminhamento das vias aos órgãos competentes.
das listas deste Regulamento Técnico e de suas Art. 17 A Autorização de Importação da Cota Anual e da
atualizações bem como os medicamentos que as Cota Suplementar terá validade até 31 (trinta e um) de
contenham, a empresa dependerá de anuência prévia da dezembro do ano da sua emissão. (Redação dada pela
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Resolução Nº 229/01)
Saúde, na L.I. - Licenciamento de Importação ou R.O.E. Art. 18 Para exportar substâncias constantes das listas
- Registro de Operações de Exportação, emitida em "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2"
formulário próprio ou por procedimento informatizado. (psicotrópicas) e da lista "D1" (precursoras), incluídas
Parágrafo único. A Secretaria de Vigilância Sanitária do neste Regulamento Técnico e nas suas atualizações, e os
Ministério da Saúde deverá remeter uma via do medicamentos que as contenham, o interessado
documento de Importação e/ou Exportação à Autoridade devidamente habilitado perante a Secretaria de Vigilância
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Sanitária do Ministério da Saúde, e ao Órgão equivalente padrões de referência. (Redação dada pela Resolução –
do Estado e Distrito Federal deverá requerer a RDC Nº 17, de 23 de janeiro de 2003)
Autorização de Exportação (ANEXO IV), devendo ainda § 2º Os documentos exigidos para petição da Autorização
apresentar a Autorização expedida pelo órgão de Importação são: a) formulário de petição preenchido,
competente do país importador. no que couber, em 2 (duas) vias (original e cópia)
§ 1º O documento da Autorização de Importação para as (ANEXO II da Portaria SVS/MS n.º 6/99); b)
substâncias da lista "D1" (precursoras), constantes deste justificativa técnica do pedido; e c) nota pró-forma
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como emitida pela empresa exportadora, constando o
os medicamentos que as contenham, será estabelecido na quantitativo a ser efetivamente importado. (Redação dada
Instrução Normativa deste Regulamento Técnico. pela Resolução - RDC Nº 17, de 23 de janeiro de 2003)
§ 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da § 3º A documentação deve ser assinada pelo
Saúde emitirá o Certificado de Não Objeção (ANEXO Representante Legal e Responsável Técnico e
III), quando a substância ou medicamento objeto da protocolizada junto a Agência Nacional de Vigilância
exportação não está sob controle especial no Brasil. Sanitária. (Redação dada pela Resolução - RDC Nº 17,
§ 3º Para fabricar medicamentos, a base de substâncias de 23 de janeiro de 2003)
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de Art. 24 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11/2011
suas atualizações, com fim exclusivo de exportação a Art. 25 A compra, venda, transferência ou devolução das
empresa deve atender as disposições legais impostas na substâncias constantes das listas "A1", "A2"
Instrução Normativa deste Regulamento Técnico. (entorpecentes), "A3" , "B1" e "B2" (psicotrópicas), C1"
Art. 19 A Autorização de Exportação, e o Certificado de (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
Não Objeção, ambos de caráter intransferível, serão (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes)
expedidos em 6 (seis) e 5 (cinco) vias, respectivamente, e "D1" (precursoras) deste Regulamento Técnico e de
podendo os mesmos serem emitidos por processo suas atualizações, bem como os medicamentos que as
informatizado, ou não, os quais terão a seguinte contenham, devem estar acompanhadas de Nota Fiscal ou
destinação: Nota Fiscal Fatura, isentos de visto da Autoridade
1ª via - Órgão competente do Ministério da Saúde; Sanitária local do domicílio do remetente.
2ª via - Importador; Parágrafo único. As vendas de medicamentos a base da
3ª via - Exportador; substância Misoprostol constante da lista "C1" (outras
4ª via - Autoridade competente do país importador; substâncias sujeitas a controle especial) deste
5ª via - Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Regulamento Técnico, ficarão restritas a
Departamento de Polícia Federal do Estado do Rio de estabelecimentos hospitalares devidamente cadastrados e
Janeiro, exceto o Certificado de Não Objeção; credenciados junto a Autoridade Sanitária competente.
6ª via - Autoridade Sanitária competente do Estado ou Art. 26 A Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura de venda ou
Distrito Federal, onde estiver sediada a empresa transferência de substâncias constantes das listas deste
autorizada. Regulamento Técnico de suas atualizações, bem como os
Parágrafo único. A empresa se incumbirá do medicamentos que as contenham, deverá distingui-los,
encaminhamento das vias aos órgãos competentes. após o nome respectivo, através de colocação entre
Art. 20 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 parênteses, da letra indicativa da lista a que se refere.
de março de 2011. Parágrafo único. Revogado pela Resolução - RDC Nº 11,
Art. 21 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 62, de 11 de 22 de março de 2011
de fevereiro de 2016. Art. 27 O estoque de substâncias e medicamentos de que
Art. 22 Revogado pela Resolução - RDC Nº 201, de trata este Regulamento Técnico não poderá ser superior
18 de julho de 2002 as quantidades previstas para atender as necessidades de
Art. 23 A importação das substâncias constantes das 6 (seis) meses de consumo.
Listas "A1" e "A2" (entorpecentes de uso permitido), § 1º O estoque de medicamentos destinados aos
"A3", "B1" e "B2" (psicotrópicos de uso permitido), Programas Especiais do Sistema Único de Saúde não está
"D1" (precursores de uso permitido), "F1" (entorpecentes sujeito as exigências previstas no caput deste artigo.
de uso proscrito), "F2" (psicotrópicos de uso proscrito) e § 2º Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 de
"F3" (precursores de uso proscrito) da Portaria SVS/MS março de 2011
nº 344/98, e de suas atualizações, destinadas Art. 28 As farmácias e drogarias para dispensar
exclusivamente para fins de ensino e/ou pesquisa, medicamentos de uso sistêmico a base de substâncias
análises e utilizadas como padrão de referência, constantes da lista "C2" (retinóicas), somente poderá ser
dependerá da emissão de Autorização de Importação pela realizada mediante o credenciamento prévio efetuado
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e terá validade pela Autoridade Sanitária Estadual.
de 1 (um) ano contados a partir da data de sua emissão. Parágrafo único. As empresas titulares de registros de
(Redação dada pela Resolução - RDC Nº 17, de 23 de produtos ficam obrigadas a manter um cadastro
janeiro de 2003) atualizado dos seus revendedores, previamente
§ 1º Independerá da fixação de Cota a importação de que credenciados junto a Autoridade Sanitária Estadual.
trata o caput deste artigo, especialmente destinada a Art. 29 Fica proibida a manipulação em farmácias das
substâncias constantes da lista "C2" (retinóicas), na
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preparação de medicamentos de uso sistêmico, e de §1° Excetua-se do disposto no caput deste artigo a
medicamentos a base das substâncias constantes da lista compra no mercado externo de medicamentos a base de
"C3" (imunossupressoras) deste Regulamento Técnico e substâncias da lista "C1" deste Regulamento Técnico e
de suas atualizações.(Revogado, unicamente no que se de suas atualizações, em apresentações não registradas
refere à substância talidomida, pela Resolução - RDC Nº e/ou comercializadas no Brasil, quando adquiridos por
11, de 22 de março de 2011). pessoas físicas, para uso próprio. Para a aquisição em
Art. 30 A manipulação de substâncias retinóicas (lista questão é obrigatória a apresentação da receita médica e
"C2" deste Regulamento Técnico e de suas atualizações), do documento fiscal comprobatório da aquisição em
na preparação de medicamentos de uso tópico, somente, quantidade para uso individual, sendo proibida sua venda
será realizada por farmácias que sejam certificadas em ou comércio. (Redação dada pela Resolução - RDC Nº
Boas Práticas de Manipulação (BPM). 63/2008.
Parágrafo único. Fica proibida a manipulação da §2° Excetua-se do disposto no caput deste artigo, os
substância isotretinoína (lista "C2" – retinóides) na medicamentos a base de substâncias constantes da lista
preparação de medicamentos de uso tópico. "C4" (antiretrovirais) e de suas atualizações. (Redação
dada pela Resolução - RDC Nº 63/2008.
CAPÍTULO IV
DO TRANSPORTE CAPÍTULO V
Art. 31 A transportadora de substâncias constantes das DA PRESCRIÇÃO
listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações e DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA
os medicamentos que as contenham, deverá estar Art. 35 A Notificação de Receita é o documento que
devidamente legalizada junto aos órgãos competentes. acompanhado de receita autoriza a dispensação de
Parágrafo único. As Empresas que exercem, medicamentos a base de substâncias constantes das listas
exclusivamente, a atividade de transporte de substâncias "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2"
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de (psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso sistêmico) e
suas atualizações e os medicamentos que as contenham, "C3" (imunossupressoras), deste Regulamento Técnico e
devem solicitar a concessão da Autorização Especial de de suas atualizações. (Revogado, unicamente no que se
que trata o Capítulo II deste Regulamento Técnico. refere à substância talidomida pela Resolução RDC
Art. 32 O transporte de substâncias constantes das listas Nº 11, de 22 de março de 2011)
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações ou os § 1º Caberá à Autoridade Sanitária, fornecer ao
medicamentos que as contenham ficará sob a profissional ou instituição devidamente cadastrados, o
responsabilidade solidária das empresas remetente e talonário de Notificação de Receita "A", e a numeração
transportadora, para todos os efeitos legais. para confecção dos demais talonários, bem como avaliar
§ 1º A transportadora deverá manter, em seu arquivo, e controlar esta numeração.
cópia autenticada da Autorização Especial das empresas § 2º A reposição do talonário da Notificação de Receita
para as quais presta serviços. "A" ou a solicitação da numeração subsequente para as
§ 2º É vedado o transporte de medicamentos a base de demais Notificações de Receita, se fará mediante
substâncias, constantes das listas deste Regulamento requisição (ANEXO VI), devidamente preenchida e
Técnico e de suas atualizações, por pessoa física, quando assinada pelo profissional.
de sua chegada ou saída no país, em viagem § 3º A Notificação de Receita deverá estar preenchida de
internacional, sem a devida cópia da prescrição médica forma legível, sendo a quantidade em algarismos
Art. 33 As substâncias constantes das listas deste arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como § 4º A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou
os medicamentos que as contenham, quando em estoque dispensar quando todos os itens da receita e da respectiva
ou transportadas sem documento hábil, serão Notificação de Receita estiverem devidamente
apreendidas, incorrendo os portadores e mandatários nas preenchidos.
sanções administrativas previstas na legislação sanitária, § 5º A Notificação de Receita será retida pela farmácia
sem prejuízo das sanções civis e penais. ou drogaria e a receitadevolvida ao paciente devidamente
Parágrafo único. Após o trâmite administrativo, a carimbada, como comprovante do aviamento ou da
Autoridade Sanitária local deverá encaminhar cópia do dispensação.
processo à Autoridade Policial competente, quando se § 6º A Notificação de Receita não será exigida para
tratar de substâncias constantes das listas "A1", "A2" pacientes internados nos estabelecimentos hospitalares,
(entorpecentes) , "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas) e médico ou veterinário, oficiais ou particulares, porém a
"D1" (precursoras) e os medicamentos que as contenham dispensação se fará mediante receita ou outro documento
Art. 34 É vedada a compra e venda no mercado interno e equivalente (prescrição diária de medicamento), subscrita
externo de substâncias constantes das listas deste em papel privativo do estabelecimento.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como § 7º A Notificação de Receita é personalizada e
os seus respectivos medicamentos, por sistemas de intransferível, devendo conter somente uma substância
reembolso, através de qualquer meio de comunicação, das listas "A1" e "A2" (entorpecentes) e "A3", "B1" e
incluindo as vias postal e eletrônica. (Redação dada pela "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóides de uso sistêmico) e
Resolução - RDC Nº 63/2008. "C3" (imunossupressoras) deste Regulamento Técnico e
130
de suas atualizações, ou um medicamento que as m) identificação do registro: anotação da quantidade
contenham. (Revogado, unicamente no que se refere à aviada, no verso, e quando tratar-se de formulações
substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11, de magistrais, o número de registro da receita no livro de
22 de março de 2011) receituário.
§ 8º - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 de § 1º A distribuição e controle do talão de Notificação de
março de 2011. Receita "A" e a sequência numérica da Notificação de
Art. 36 A Notificação de Receita conforme o anexo IX Receita "B" (psicotrópicos) e a Notificação de Receita
(modelo de talonário oficial "A", para as listas "A1", Especial (retinóides e talidomida), obedecerão ao
"A2" e "A3"), anexo X (modelo de talonário - "B", para disposto na Instrução Norm ativa deste Regulamento
as listas "B1" e "B2"), anexo XI (modelo de talonário - Técnico.
"B" uso veterinário para as listas "B1" e "B2"), anexo XII § 2º Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita
(modelo para os retinóides de uso sistêmico, lista "C2") e de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita a base
anexo XIII (modelo para a Talidomida, lista "C3") deverá de substâncias constante das listas deste Regulamento
conter os itens referentes as alíneas a, b e c devidamente Técnico e de suas atualizações, em papel não oficial,
impressos e apresentando as seguintes características: devendo conter obrigatoriamente: o diagnóstico ou CID,
(Revogado, unicamente no que se refere à substância a justificativa do caráter emergencial do atendimento,
talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011) data, inscrição no Conselho Regional e assinatura
a) sigla da Unidade da Federação; devidamente identificada. O estabelecimento que aviar
b) identificação Numérica: - a seqüência numérica será a referida receita deverá anotar a identificação do
fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local
Estados, Municípios e Distrito Federal; dentro de 72 (setenta e duas) horas, para "visto".
c) identificação do emitente: - nome do profissional com Art. 37 Será suspenso o fornecimento do talonário da
sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da Notificação de Receita "A" (listas "A1" e "A2" -
respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, entorpecentes e "A3" - psicotrópicas) e/ou seqüência
endereço completo e telefone; numérica da Notificação de Receita "B" (listas "B1" e
d) identificação do usuário: nome e endereço completo "B2" –psicotrópicas) e da Notificação de Receita
do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e Especial (listas: "C2" - retinóicas de uso sistêmico e "C3"
endereço completo do proprietário e identificação do - imunossupressoras), quando for apurado seu uso
animal; indevido pelo profissional ou pela instituição, devendo o
e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob fato ser comunicado ao órgão de classe e as demais
a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), autoridades competentes. (Revogado, unicamente no que
dosagem ou concentração, forma farmacêutica, se refere à substância talidomida pela Resolução - RDC
quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e Nº 11, de 22 de março de 2011)
posologia; Art. 38 As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos
f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso
deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, odontológico e veterinário, respectivamente.
recortada ao meio, com a seguinte advertência: "Risco de Art. 39 Nos casos de roubo, furto ou extravio de parte ou
graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no de todo o talonário da Notificação de Receita, fica
sistema nervoso do feto"; obrigado o responsável a informar, imediatamente, à
g) data da emissão; Autoridade Sanitária local, apresentando o respectivo
h) assinatura do prescritor: quando os dados do Boletim de Ocorrência Policial (B.O.).
profissional estiverem devidamente impressos no campo Art. 40 A Notificação de Receita "A", para a prescrição
do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de dos medicamentos e substâncias das listas "A1" e "A2"
Receita. No caso de o profissional pertencer a uma (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicos), de cor amarela,
instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá será impressa, as expensas da Autoridade Sanitária
identificar a assinatura com carimbo, constando a Estadual ou do Distrito Federal, conforme modelo anexo
inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de IX, contendo 20 (vinte) folhas em cada talonário. Será
forma legível; fornecida gratuitamente pela Autoridade Sanitária
i) identificação do comprador: nome completo, número competente do Estado, Município ou Distrito Federal,
do documento de identificação, endereço completo e aos profissionais e instituições devidamente cadastrados.
telefone; § 1º Na solicitação do primeiro talonário de Notificação
j) identificação do fornecedor: nome e endereço de Receita "A" o profissional ou o portador poderá
completo, nome do responsável pela dispensação e data dirigir-se, pessoalmente, ao Serviço de Vigilância
do atendimento; Sanitária para o cadastramento ou encaminhar ficha
l) identificação da gráfica: nome, endereço e cadastral devidamente preenchida com sua assinatura
C.N.P.J./C.G.C. impressos no rodapé de cada folha do reconhecida em cartório.
talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e § 2º Para o recebimento do talonário, o profissional ou o
final concedidas ao profissional ou instituição e o número portador deverá estar munido do respectivo carimbo, que
da Autorização para confecção de talonários emitida pela será aposto na presença da Autoridade Sanitária, em
Vigilância Sanitária local;
131
todas as folhas do talonário no campo "Identificação do contendo o CID (Classificação Internacional de Doença)
Emitente". ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando
Art. 41 A Notificação de Receita "A" será válida por 30 juntamente com a Notificação de Receita "B" ao paciente
(trinta) dias a contar da data de sua emissão em todo o para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria.
Território Nacional, sendo necessário que seja § 2º No caso de formulações magistrais, as formas
acompanhada da receita médica com justificativa do uso, farmacêuticas deverão conter, no máximo, as
quando para aquisição em outra Unidade Federativa. concentrações que constam de Literaturas Nacional e
Parágrafo único. As farmácias ou drogarias ficarão Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV).
obrigadas a apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e Art. 47 Ficam proibidas a prescrição e o aviamento de
duas) horas, à Autoridade Sanitária local, as Notificações fórmulas contendo associação medicamentosa das
de Receita "A" procedentes de outras Unidades substâncias anorexígenas constantes das listas deste
Federativas, para averiguação e visto. Regulamento Técnico e de suas atualizações, quando
Art. 42 As Notificações de Receitas "A" que contiverem associadas entre si ou com ansiolíticos, diuréticos,
medicamentos a base das substâncias constantes das hormônios ou extratos hormonais e laxantes, bem como
listas "A1" e "A2" (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicas) quaisquer outras substâncias com ação medicamentosa.
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações Art. 48 Ficam proibidas a prescrição e o aviamento de
deverão ser remetidas até o dia 15 (quinze) do mês fórmulas contendo associação medicamentosa de
subseqüente às Autoridades Sanitárias Estaduais ou substâncias ansiolíticas, constantes das listas deste
Municipais e do Distrito Federal, através de relação em Regulamento Técnico e de suas atualizações, associadas
duplicata, que será recebida pela Autoridade Sanitária a substâncias simpatolíticas ou parassimpatolíticas.
competente mediante recibo, as quais, após conferência, Art. 49 Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22
serão devolvidas no prazo de 30 (trinta) dias. de março de 2011.
Art. 43 A Notificação de Receita "A" poderá conter no Art. 50 A Notificação de Receita Especial, de cor branca,
máximo de 5 (cinco) ampolas e para as demais formas para prescrição de medicamentos a base de substâncias
farmacêuticas de apresentação, poderá conter a constantes da lista "C2" (retinóides de uso sistêmico)
quantidade correspondente no máximo a 30 (trinta) dias deste Regulamento Técnico e de suas atualizações será
de tratamento. impressa às expensas do médico prescritor ou pela
§ 1º Acima das quantidades previstas neste Regulamento instituição a qual esteja filiado, terá validade por um
Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua
contendo o CID (Classificação Internacional de Doença) emissão e somente dentro da Unidade Federativa que
ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando concedeu a numeração.
juntamente com a Notificação de Receita "A" ao paciente § 1º A Notificação de Receita Especial de Retinóides,
para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria. para preparações farmacêuticas de uso sistêmico, poderá
§ 2º No momento do envio da Relação Mensal de conter no máximo 5 (cinco) ampolas, e, para as demais
Notificações de Receita "A" – RMNRA (ANEXO XXIV) formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento
à Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou do Distrito correspondente no máximo a 30 (trinta) dias, contados a
Federal, os estabelecimentos deverá enviar a Notificação partir de sua emissão e somente dentro da Unidade
de Receita "A" acompanhada da justificativa. Federativa que concedeu a numeração.
§ 3º No caso de formulações magistrais, as formas § 2º A Notificação de Receita Especial para dispensação
farmacêuticas deverão conter, no máximo, as de medicamentos de uso sistêmico que contenham
concentrações que constam de Literaturas Nacional e substâncias constantes da lista "C2" (retinóicas) deste
Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV). Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá estar
Art. 44 Quando, por qualquer motivo, for interrompida a acompanhada de "Termo de Consentimento Pós-
administração de medicamentos a base de substâncias Informação" (ANEXO XV e ANEXO XVI), fornecido
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de pelos profissionais aos pacientes alertando-os que o
suas atualizações, a Autoridade Sanitária local deverá medicamento é pessoal e intransferível, e das suas
orientar o paciente ou seu responsável, sobre a destinação reações e restrições de uso.
do medicamento remanescente. Art. 51 Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas
Art. 45 A Notificação de Receita "B", de cor azul, médicas e clínicas veterinárias (no que couber), oficiais
impressa as expensas do profissional ou da instituição, ou particulares, os medicamentos a base de substâncias
conforme modelos anexos (X e XI) a este Regulamento constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
Técnico, terá validade por um período de 30 (trinta) dias "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóicas de uso
contados a partir de sua emissão e somente dentro da sistêmico), "C3" (imunossupressoras), deste
Unidade Federativa que concedeu a numeração. Regulamento Técnico e de suas atualizações, poderão ser
Art. 46 A Notificação de Receita "B" poderá conter no dispensados ou aviados a pacientes internados ou em
máximo 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas regime de semi-internato, mediante receita privativa do
farmacêuticas, a quantidade para o tratamento estabelecimento, subscrita por profissional em exercício
correspondente no máximo a 60 (sessenta) dias. no mesmo. (Revogado, unicamente no que se refere à
§ 1º Acima das quantidades previstas neste Regulamento substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011.
Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa
132
Parágrafo único. Para pacientes em tratamento suas atualizações, por médico veterinário ou cirurgiões
ambulatorial será exigida a Notificação de Receita, dentistas.
obedecendo ao disposto no artigo 36 deste Regulamento Art. 55 As receitas que incluam medicamentos a base de
Técnico. (Revogado, unicamente no que se refere à substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias
substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011. sujeitas a controle especial) , "C5" (anabolizantes) e os
adendos das listas "A1" (entorpecentes), "A2" e "B1"
DA RECEITA (psicotrópicos) deste Regulamento Técnico e de suas
Art. 52 O formulário da Receita de Controle Especial atualizações, somente poderão ser aviadas quando
(ANEXO XVII), válido em todo o Território Nacional, prescritas por profissionais devidamente habilitados e
deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito, com os campos descritos abaixo devidamente
datilografado ou informatizado, apresentando, preenchidos:
obrigatoriamente, em destaque em cada uma das vias os a) identificação do emitente: impresso em formulário do
dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria" e profissional ou da instituição, contendo o nome e
"2ª via - Orientação ao Paciente". endereço do consultório e/ ou da residência do
§ 1º A Receita de Controle Especial deverá estar escrita profissional, n.º da inscrição no Conselho Regional e no
de forma legível, a quantidade em algarismos arábicos e caso da instituição, nome e endereço da mesma;
por extenso, sem emenda ou rasura e terá validade de 30 b) identificação do usuário: nome e endereço completo
(trinta) dias contados a partir da data de sua emissão para do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e
medicamentos a base de substâncias constantes das listas endereço completo do proprietário e identificação do
"C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e animal;
"C5" (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de c) nome do medicamento ou da substância prescrita sob a
suas atualizações. forma de Denominação Comum Brasileira (DCB),
§ 2º A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dosagem ou concentração, forma farmacêutica,
dispensar a receita quando todos os itens estiverem quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e
devidamente preenchidos. posologia;
§ 3º As farmácias ou drogarias ficarão obrigadas a d) data da emissão;
apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, à e) assinatura do prescritor: quando os dados do
Autoridade Sanitária local, as Receitas de Controle profissional estiverem devidamente impressos no
Especial procedentes de outras Unidades Federativas, cabeçalho da receitaeste poderá apenas assiná-la. No caso
para averiguação e visto. de o profissional pertencer a uma instituição ou
§ 4º Somente será permitido a aplicação do fator de estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua
equivalência entre as substâncias e seus respectivos assinatura, manualmente de forma legível ou com
derivados (Base/Sal), em prescrições contendo carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional;
formulações magistrais, sendo necessário que as f) identificação do registro: na receita retida, deverá ser
quantidades correspondentes estejam devidamente anotado no verso, a quantidade aviada e, quando tratar-se
identificadas nos rótulos da embalagem primária do de formulações magistrais, também o número do registro
medicamento. da receita no livro correspondente.
Art. 53 O aviamento ou dispensação de Receitas de § 1º As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos
Controle Especial, contendo medicamentos a base de veterinários só poderão ser feitas quando para uso
substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias odontológico e veterinário, respectivamente.
sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste § 2º Em caso de emergência, poderá ser aviada ou
Regulamento Técnico e de suas atualizações, em dispensada a receita de medicamento a base de
qualquer forma farmacêutica ou apresentação, é privativo substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias
de farmácia ou drogaria e somente poderá ser efetuado sujeitas a controle especial) deste Regulamento Técnico e
mediante receitasendo a "1ª via - Retida no de suas atualizações, em papel não privativo do
estabelecimento farmacêutico" e a "2ª via - Devolvida ao profissional ou da instituição, contendo obrigatoriamente:
Paciente", com o carimbo comprovando o atendimento. o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter
Art. 54 A prescrição de medicamentos a base de emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho
substâncias anti-retrovirais (lista "C4"), só poderá ser Regional e assinatura devidamente identificada. O
feita por médico e será aviada ou dispensada nas estabelecimento que aviar ou dispensar a referida receita
farmácias do Sistema Único de Saúde , em formulário deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la
próprio estabelecido pelo programa de DST/AIDS, onde à Autoridade Sanitária do Estado, Município ou Distrito
a receita ficará retida. Ao paciente, deverá ser entregue Federal, dentro de 72 (setenta e duas) horas, para visto.
um receituário médico com informações sobre seu Art. 56 Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas
tratamento. No caso do medicamento adquirido em médicas e clínicas veterinárias, oficiais ou particulares,
farmácias ou drogarias será considerado o previsto no os medicamentos a base de substâncias constantes das
artigo anterior. listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle
Parágrafo único. Fica vedada a prescrição de especial) e "C5" (anabolizantes) deste Regulamento
medicamentos a base de substâncias constantes da lista Técnico e de suas atualizações, poderão ser aviados ou
"C4" (anti-retrovirais), deste Regulamento Técnico e de dispensados a pacientes internados ou em regime de
133
semi-internato, mediante receita privativa do CAPÍTULO VI
estabelecimento, subscrita por profissional em exercício DA ESCRITURAÇÃO
no mesmo. Art. 62 Todo estabelecimento, entidade ou órgão oficial
Parágrafo único. Para pacientes em tratamento que produzir, comercializar, distribuir, beneficiar,
ambulatorial será exigida a Receita de Controle Especial preparar, fracionar, dispensar, utilizar, extrair, fabricar,
em 2 (duas) vias, obedecendo ao disposto no artigo 55 transformar, embalar, reembalar, vender, comprar,
deste Regulamento Técnico. armazenar ou manipular substância ou medicamento de
Art. 57 A prescrição poderá conter em cada receita, no que trata este Regulamento Técnico e de suas
máximo 3 (três) substâncias constantes da lista "C1" atualizações, com qualquer finalidade deverá escriturar e
(outras substâncias sujeitas a controle especial) deste manter no estabelecimento para efeito de fiscalização e
Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou controle, livros de escrituração conforme a seguir
medicamentos que as contenham. discriminado:
Art. 58 A prescrição de anti-retrovirais poderá conter em § 1º Livro de Registro Específico (ANEXO XVIII) –
cada receitano máximo 5 (cinco) substâncias constantes para indústria farmoquímica, laboratórios farmacêuticos,
da lista "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento distribuidoras, drogarias e farmácias.
Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as § 2º Livro de Receituário Geral – para farmácias
contenham. magistrais.
Art. 59 A quantidade prescrita de cada substância § 3º Excetua-se da obrigação da escrituração de que trata
constante da lista "C1" (outras substâncias sujeitas a este capítulo, as empresas que exercem exclusivamente a
controle especial) e "C5" (anabolizantes), deste atividade de transportar.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou Art. 63 Os Livros de Receituário Geral e de Registro
medicamentos que as contenham, ficará limitada a 5 Específico deverão conter Termos de Abertura e de
(cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas, a Encerramento (ANEXO XIX), lavrados pela Autoridade
quantidade para o tratamento correspondente a no Sanitária do Estado, Município ou Distrito Federal.
máximo 60 (sessenta) dias. § 1º Os livros a que se refere o caput deste artigo,
Parágrafo único. No caso de prescrição de substâncias ou poderão ser elaborados através de sistema informatizado
medicamentos antiparkinsonianos e anticonvulsivantes, a previamente avaliado e aprovado pela Autoridade
quantidade ficará limitada até 6 (seis) meses de Sanitária do Estado, Município ou Distrito Federal.
tratamento. § 2º No caso do Livro de Registro Específico, deverá ser
Art. 60 Acima das quantidades previstas nos artigos 57 e mantido um livro para registro de substâncias e
59, o prescritor deverá apresentar justificativa com o CID medicamentos entorpecentes (listas "A1" e "A2"), um
ou diagnóstico e posologia, datando e assinando as duas livro para registro de substâncias e medicamentos
vias. psicotrópicos (listas "A3", "B1" e "B2"), um livro para as
Parágrafo único. No caso de formulações magistrais, as substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial
formas farmacêuticas deverão conter, no máximo, as (listas "C1", "C2", "C4" e "C5") e um livro para a
concentrações que constam de Literaturas Nacional e substância e/ou medicamento da lista "C3"
Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV). (imunossupressoras).(Revogado, unicamente no que se
Art. 61 As plantas da lista "E" (plantas que podem refere à substância talidomida pela Resolução - RDC Nº
originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas) e 11, de 22 de março de 2011)
as substâncias da lista "F" (substâncias de uso proscrito § 3º Cada página do Livro de Registro Específico
no Brasil), deste Regulamento Técnico e de suas destina-se a escrituração de uma só substância ou
atualizações, não poderão ser objeto de prescrição e medicamento, devendo ser efetuado o registro através da
manipulação de medicamentos alopáticos e denominação genérica (DCB), combinado com o nome
homeopáticos. (Redação dada pela Resolução – RDC nº comercial.
66, de 18 de março de 2016) Art. 64 Os Livros, Balanços e demais documentos
§1º Excetuam-se do disposto no caput: comprovantes de movimentação de estoque, deverão ser
I - a prescrição de medicamentos registrados na Anvisa arquivados no estabelecimento pelo prazo de 2 (dois)
que contenham em sua composição a planta Cannabis anos, findo o qual poderão ser destruídos.
sp., suas partes ou substâncias obtidas a partir dela, § 1º A escrituração de todas as operações relacionadas
incluindo o tetrahidrocannabinol (THC). com substâncias constantes nas listas deste Regulamento
II - a prescrição de produtos que possuam as substâncias Técnico e de suas atualizações, bem como os
canabidiol e/ou tetrahidrocannabinol (THC), a serem medicamentos que as contenham, será feita de modo
importados em caráter de excepcionalidade por pessoa legível e sem rasuras ou emendas, devendo ser atualizada
física, para uso próprio, para tratamento de saúde, semanalmente.
mediante prescrição médica. § 2º Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
§2º Para a importação prevista no inciso II do parágrafo § 3º Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
anterior se aplicam os mesmos requisitos estabelecidos Art. 65 Os Livros de Registros Específicos destinam-se a
pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 17, de 6 anotação, em ordem cronológica, de estoque, entradas
de maio de 2015. (por aquisição ou produção), saídas (por vendas,
processamento, beneficiamento, uso) e perdas.
134
Art. 66 Quando, por motivo de natureza fiscal ou ao registro de vendas de medicamentos a base de
processual, o Livro de Registro Específico for apreendido substâncias constantes das listas "A1", "A2"
pela Autoridade Sanitária ou Policial, ficarão suspensas (entorpecentes), "A3" e "B2" (psicotrópicos) e "C4"
todas as atividades relacionadas a substâncias e/ou (anti-retrovirais) deste Regulamento Técnico e de suas
medicamentos nele registrados até que o referido livro atualizações, por farmácias e drogarias conforme modelo
seja liberado ou substituído. (ANEXO XXI) , em 2 (duas) vias, e remetido à
Autoridade Sanitária pelo Farmacêutico Responsável
CAPÍTULO VII trimestralmente até o dia 15 (quinze) dos meses de abril,
DA GUARDA julho, outubro e janeiro.
Art. 67 As substâncias constantes das listas deste § 1º O Balanço Anual deverá ser entregue até o dia 31
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como (trinta e um) de janeiro do ano seguinte.
os medicamentos que as contenham, existentes nos § 2º Após o visto da Autoridade Sanitária, o destino das
estabelecimentos, deverão ser obrigatoriamente vias será:
guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça 1a via - retida pela Autoridade Sanitária.
segurança, em local exclusivo para este fim, sob a 2a via - retida pela farmácia ou drogaria.
responsabilidade do farmacêutico ou químico § 3º As farmácias de unidades hospitalares, clínicas
responsável, quando se tratar de indústria farmoquímica. médicas e veterinárias, ficam dispensadas da
apresentação do Balanço de Medicamentos Psicoativos e
CAPITULO VIII de outros Sujeitos a Controle Especial (BMPO).
DOS BALANÇOS Art. 70 Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
Art. 68 O Balanço de Substâncias Psicoativas e Outras Art. 71 A Relação Mensal de Venda de Medicamentos
Substâncias Sujeitas a Controle Especial - BSPO Sujeitos a Controle Especial - RMV (ANEXO XXIII),
(ANEXO XX), será preenchido com a movimentação do destina-se ao registro das vendas de medicamentos a base
estoque das substâncias constantes das listas "A1" e "A2" de substâncias constantes das listas deste Regulamento
(entorpecentes), "A3","B1" e "B2" (psicotrópicas), Técnico e de suas atualizações, excetuando-se as
"C1"(outras substâncias sujeitas a controle especial), substâncias constantes da lista "D1" (precursoras),
"C2" (retinóicas), "C3" (imunossupressoras), "C4" (anti- efetuadas no mês anterior, por indústria ou laboratório
retrovirais), "C5" (anabolizantes) e "D1" (precursoras), farmacêutico e distribuidor, e serão encaminhadas à
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em 3 Autoridade Sanitária, pelo Farmacêutico Responsável ,
(três) vias, e remetido à Autoridade Sanitária pelo até o dia 15 (quinze) de cada mês, em 2 (duas) vias,
farmacêutico/químico responsável trimestralmente até o sendo uma das vias retida pela Autoridade Sanitária e a
dia 15 (quinze) dos meses de abril, julho, outubro e outra devolvida ao estabelecimento depois de visada.
janeiro. Art. 72 A Relação Mensal de Notificações de Receita
§ 1º O Balanço Anual deverá ser entregue até o dia 31 "A" - RMNRA (ANEXO XXIV), destina-se ao registro
(trinta e um) de janeiro do ano seguinte. das Notificações de Receita "A" retidas em farmácias e
§ 2º Após o visto da Autoridade Sanitária, o destino das drogarias quando da dispensação de medicamentos a
vias será: base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
1a via - a empresa ou estabelecimento deverá remeter à (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicas) deste
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Regulamento Técnico e de suas atualizações, a qual será
Saúde. encaminhada junto com as respectivas notificações à
2a via - retida pela Autoridade Sanitária. Autoridade Sanitária, pelo farmacêutico responsável , até
3a via - retida na empresa ou instituição. o dia 15 (quinze) de cada mês, em 2 (duas) vias, sendo
§ 3º As 1ª e 2ª vias deverão ser acompanhadas dos uma das vias retida pela Autoridade Sanitária e a outra
respectivos disquetes quando informatizado. devolvida ao estabelecimento depois de visada.
§ 4º O Balanço de Substâncias Psicoativas e Outras Parágrafo único. A devolução das notificações de receitas
Substâncias Sujeitas a Controle Especial - BSPO, deverá a que se refere o caput deste artigo se dará no prazo de 30
ser a cópia fiel e exata da movimentação das substâncias (trinta) dias a contar da data de entrega.
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de Art. 73 A falta de remessa da documentação mencionada
suas atualizações, registrada nos Livros a que se refere o nos artigos 68, 69, 70, 71 e 72, nos prazos estipulados
Capítulo VI deste Regulamento Técnico. por este Regulamento Técnico, sujeitará o infrator as
§ 5º É vedado a utilização de ajustes, utilizando o fator penalidades previstas na legislação sanitária em vigor.
de correção, de substâncias constantes das listas deste Art. 74 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Regulamento Técnico e de suas atualizações, quando do Ministério da Saúde e o Órgão de Repressão a
preenchimento do BSPO. Entorpecentes da Polícia Federal, trocarão, anualmente,
§ 6º A aplicação de ajustes de substâncias constantes das relatórios sobre as informações dos Balanços envolvendo
listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, substâncias e medicamentos entorpecentes, psicotrópicos
que compõem os dados do BSPO será privativa da e precursoras.
Autoridade Sanitária competente do Ministério da Saúde. Art. 75 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Art. 69 O Balanço de Medicamentos Psicoativos e de Ministério da Saúde encaminhará relatórios estatísticos,
outros Sujeitos a Controle Especial - BMPO, destina-se trimestral e anualmente ao órgão Internacional de
135
Fiscalização de Drogas das Nações Unidas com a Art. 83 Os rótulos de embalagens dos medicamentos a
movimentação relativa às substâncias entorpecentes, base de substâncias constantes das listas "C1" (outras
psicotrópicos e precursoras. substâncias sujeitas a controle especial), "C2" (retinóides
Parágrafo único. Os prazos para o envio dos relatórios de uso tópico) "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
estatísticos de que trata o caput desse artigo obedecerão (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de suas
aqueles previstos nas Convenções Internacionais de atualizações, deverão ter uma faixa horizontal de cor
Entorpecentes, Psicotrópicos e Precursoras. vermelha abrangendo todos os seus lados, na altura do
Art. 76 É permitido o preenchimento dos dados em terço médio e com largura não inferior a um terço da
formulários ou por sistema informatizado, da largura do maior lado da face maior.
documentação a que se refere este Regulamento Técnico, § 1º Nas bulas e rótulos dos medicamentos a que se
providenciando a remessa do disquete à Autoridade refere o caput deste artigo para as listas "C1" (outras
Sanitária do Ministério da Saúde, obedecendo aos substâncias sujeitas a controle especial), "C4" (anti-
modelos e prazos estipulados neste capítulo. retrovirais) e "C5" (anabolizantes), deverá constar,
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo
CAPÍTULO IX maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição
DA EMBALAGEM Médica"- "Só Pode ser Vendido com Retenção da
Art. 77 É atribuição da Secretaria de Vigilância Sanitária Receita".
do Ministério da Saúde a padronização de bulas, rótulos e § 2º Nas bulas e rótulos dos medicamentos que contêm
embalagens dos medicamentos que contenham substâncias anti-retrovirais, constantes da lista "C4" deste
substâncias constantes das listas deste Regulamento Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá
Técnico e de suas atualizações. constar, obrigatoriamente, em destaque e em letras de
Art. 78 Os medicamentos a base de substâncias corpo maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de Prescrição Médica" - "Atenção - O Uso Incorreto Causa
suas atualizações deverão ser comercializados em Resistência do Vírus da AIDS e Falha no Tratamento".
embalagens invioláveis e de fácil identificação. § 3º Nas bulas e rótulos dos medicamentos de uso tópico,
Art. 79 É vedado às drogarias o fracionamento da manipulados ou fabricados, que contêm substâncias
embalagem original de medicamentos a base de retinóicas, constantes da lista "C2" deste Regulamento
substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá constar,
Técnico. obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo
Art. 80 Os rótulos de embalagens de medicamentos a maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição
base de substâncias constantes das listas "A1"e "A2" Médica" - "Atenção - Não Use este Medicamento sem
(entorpecentes) e "A3" (psicotrópicos), deverão ter uma Consultar o seu Médico, caso esteja Grávida. Ele pode
faixa horizontal de cor preta abrangendo todos os lados, causar Problemas ao Feto".
na altura do terço médio e com largura não inferior a um § 4º Na face anterior e posterior da embalagem dos
terço da largura do maior lado da face maior, contendo os medicamentos a base da substância misoprostol constante
dizeres: "Venda sob Prescrição Médica" - "Atenção: da lista C1 (outras substâncias sujeitas a controle
Pode Causar Dependência Física ou Psíquica". especial) deste Regulamento Técnico deverá constar
Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se obrigatoriamente, em destaque um símbolo de uma
refere o caput deste artigo deverá constar mulher grávida dentro do círculo cortado ao meio e as
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo seguintes expressões inseridas na tarja vermelha:
maior de que o texto, a expressão: "Atenção: Pode "Atenção: Uso sob Prescrição Médica" – "Só pode ser
Causar Dependência Física ou Psíquica". utilizado com Retenção de Receita" – "Atenção: Risco
Art. 81 Os rótulos de embalagens de medicamentos a para Mulheres Grávidas" – "Venda e uso Restrito a
base de substâncias constantes das listas "B1" e "B2" Hospital".
(psicotrópicos), deverão ter uma faixa horizontal de cor § 5º Nas bulas e rótulos do medicamento que contem
preta abrangendo todos seus lados, na altura do terço misoprostol deve constar obrigatoriamente ao expressão:
médio e com largura não inferior a um terço da largura "Atenção: Risco para Mulheres Grávidas" – "Venda e
do maior lado da face maior, contendo os dizeres: uso Restrito a Hospital".
"Venda sob Prescrição Médica" - "O Abuso deste Art. 84 Os rótulos de embalagens dos medicamentos de
Medicamento pode causar Dependência". uso sistêmico, a base de substâncias constantes das listas
Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se "C2" (retinóicas) deste Regulamento Técnico e de suas
refere o caput deste artigo, deverá constar, atualizações, deverão ter uma faixa horizontal de cor
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo vermelha abrangendo todos os seus lados, na altura do
maior de que o texto, a expressão: "O Abuso deste terço médio e com largura não inferior a um terço da
Medicamento pode causar Dependência". largura do maior lado da face maior, contendo os dizeres
Art. 82 Nos casos dos medicamentos contendo a "Venda Sob Prescrição Médica" - "Atenção: Risco para
substância Anfepramona (lista "B2", psicotrópicos- Mulheres Grávidas, Causa Graves Defeitos na Face, nas
anorexígenos) deverá constar, em destaque, no rótulo e Orelhas, no Coração e no Sistema Nervoso do Feto".
bula, a frase: "Atenção: Este Medicamento pode causar Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se
Hipertensão Pulmonar". refere o caput deste artigo, deverá constar,
136
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo (dois) anos, ficando a disposição da Autoridade Sanitária
maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição para fins de fiscalização.
Médica" - "Atenção: Risco para Mulheres Grávidas, § 4º É vedada a distribuição de amostras-grátis de
Causa Graves Defeitos na Face, nas Orelhas, no Coração medicamentos a base de Misoprostol.
e no Sistema Nervoso do Feto". Art. 90 Revogado pela Resolução - RDC Nº 96, de 17
Art. 85 Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011 de dezembro de 2008.
Art. 86 As formulações magistrais contendo substâncias Art. 91 Somente as farmácias poderão receber receitas de
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de medicamentos magistrais ou oficinais para aviamento,
suas atualizações deverão conter no rótulo os dizeres vedada a intermediação sob qualquer natureza.
equivalentes aos das embalagens comerciais dos Art. 92 As indústrias veterinárias e distribuidoras,
respectivos medicamentos. deverão atender as exigências contidas neste
Regulamento Técnico que refere-se a Autorização
CAPÍTULO X Especial, ao comércio internacional e nacional,
DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO prescrição, guarda, escrituração, balanços e registro em
Art. 87 As Autoridades Sanitárias do Ministério da livros específicos.
Saúde, Estados, Municípios e Distrito Federal Art. 93 Os medicamentos destinados a uso veterinário,
inspecionarão periodicamente as empresas ou serão regulamentados em legislação específica.
estabelecimentos que exerçam quaisquer atividades Art. 94 Os profissionais, serviços médicos e/ou
relacionadas às substâncias e medicamentos de que trata ambulatoriais poderão possuir, na maleta de emergência,
este Regulamento Técnico e de suas atualizações, para até 3 (três) ampolas de medicamentos entorpecentes e até
averiguar o cumprimento dos dispositivos legais. 5 (cinco) ampolas de medicamentos psicotrópicos, para
Parágrafo único. O controle e a fiscalização da produção, aplicação em caso de emergência, ficando sob sua guarda
comércio, manipulação ou uso das substâncias e e responsabilidade.
medicamentos de que trata este Regulamento Técnico e Parágrafo único. A reposição das ampolas se fará com a
de suas atualizações serão executadas, quando Notificação de Receita devidamente preenchida com o
necessário, em conjunto com o órgão competente do nome e endereço completo do paciente ao qual tenha sido
Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça e seus administrado o medicamento.
congêneres nos Estados, Municípios e Distrito Federal. Art. 95 Quando houver apreensão policial, de plantas,
Art. 88 As empresas, estabelecimentos, instituições ou substâncias e/ou medicamentos, de uso proscrito no
entidades que exerçam atividades correlacionadas com Brasil - Lista - "E" (plantas que podem originar
substâncias constantes das listas deste Regulamento substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas) e lista "F"
Técnico e de suas atualizações ou seus respectivos (substâncias proscritas), a guarda dos mesmos será de
medicamentos, quando solicitadas pelas Autoridades responsabilidade da Autoridade Policial competente, que
Sanitárias competentes, deverão prestar as informações solicitará a incineração à Autoridade Judiciária.
ou proceder a entrega de documentos, nos prazos fixados, § 1º Se houver determinação do judicial, uma amostra
a fim de não obstarem a ação de vigilância sanitária e deverá ser resguardada, para efeito de análise de contra
correspondentes medidas que se fizerem necessárias. perícia.
§ 2º A Autoridade Policial, em conjunto com a
CAPÍTULO XI Autoridade Sanitária providenciará a incineração da
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS quantidade restante, mediante autorização expressa do
Art. 89 É proibido distribuir amostras grátis de judicial. As Autoridades Sanitárias e Policiais lavrarão o
substâncias e/ou medicamentos constantes deste termo e auto de incineração, remetendo uma via à
Regulamento Técnico e de suas atualizações. autoridade judicial para instrução do processo.
§ 1º Será permitida a distribuição de amostras grátis de Art. 96 Quando houver apreensão policial, de substâncias
medicamentos que contenham substâncias constantes das das listas constantes deste Regulamento Técnico e de
listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle suas atualizações, bem como os medicamentos que as
especial) e "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento contenham, dentro do prazo de validade, a sua guarda
Técnico e de suas atualizações, em suas embalagens ficará sob a responsabilidade da Autoridade Policial
originais, exclusivamente aos profissionais médicos, que competente. O juiz determinará a destinação das
assinarão o comprovante de distribuição emitido pelo substâncias ou medicamentos apreendidos.
fabricante. Art. 97 A Autoridade Sanitária local regulamentará, os
§ 2º Em caso de o profissional doar medicamentos procedimentos e rotinas em cada esfera de governo, bem
amostras-grátis à instituição a que pertence, deverá como cumprirá e fará cumprir as determinações
fornecer o respectivo comprovante de distribuição constantes deste Regulamento Técnico.
devidamente assinado. A instituição deverá dar entrada Art. 98 O não cumprimento das exigências deste
em Livro de Registro da quantidade recebida. Regulamento Técnico, constituirá infração sanitária,
§ 3º O comprovante a que se refere o caput deste artigo, ficando o infrator sujeito as penalidades previstas na
deverá ser retido pelo fabricante ou pela instituição que legislação sanitária vigente, sem prejuízo das demais
recebeu a amostra-grátis do médico, pelo período de 2 sanções de natureza civil ou penal cabíveis.

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Art. 99 Os casos omissos serão submetidos à apreciação submetidas ao controle e fiscalização do Ministério da
da Autoridade Sanitária competente do Ministério da Justiça conforme Lei n.º 9.017/95.
Saúde, Estados, Municípios e Distrito Federal. Art. 109 Ficam revogadas as Portarias n.º 54/74, n.º
Art. 100 As Autoridades Sanitárias e Policiais auxiliar- 12/80, n.º 15/81, n.º 02/85, n.º 01/86, n.º 27/86-DIMED,
se-ão mutuamente nas diligências que se fizerem n.º 28/86-DIMED, n.º 11/88, n.º 08/89, n.º 17/91, n.º
necessárias ao fiel cumprimento deste Regulamento 59/91, n.º 61/91, n.º 101/91, n.º 59/92, n.º 66/93, n.º
Técnico. 81/93, n.º 98/93, n.º 101/93, n.º 87/94, n.º 21/95, n.º
Art. 101 As listas de substâncias constantes deste 82/95, n.º 97/95, n.º 110/95, n.º 118/96, n.º 120/96, n.º
Regulamento Técnico serão atualizadas através de 122/96, n.º. 132/96, n.º 151/96, n.º 189/96, n.º 91/97, n.º.
publicações em Diário Oficial da União sempre que 97/97, n.º 103/97, e n.º 124/97, além dos artigos 2º., 3º.,
ocorrer concessão de registro de produtos novos, 4º, 13,14, 15, 18, 19, 21, 22, 23, 24, 28, 26, 27 31, 35 e
alteração de fórmulas, cancelamento de registro de 36 da Portaria SVS/MS n.º 354 de 15/8/97.
produto e alteração de classificação de lista para registro Art. 110 Este Regulamento Técnico entrará em vigor na
anteriormente publicado. data de sua publicação, revogando as disposições em
Art. 102 Somente poderá manipular ou fabricar contrário.
substâncias constantes das listas deste Regulamento GONZALO VECINA NETO
Técnico e de suas atualizações bem como os Este texto não substitui o publicado no D.O.U de
medicamentos que as contenham, os estabelecimentos 31/12/1998
sujeitos a este Regulamento Técnico, quando atendidas (*) Republicada por ter saído com incorreções do original
as Boas Práticas de Manipulação (BPM) e Boas Práticas republicado no Diário Oficial da União de 31 de
de Fabricação (BPF), respectivamente para farmácias e dezembro de 1998, Seção I.
indústrias.
Art. 103 As empresas importadoras, qualquer que seja a
natureza ou a etapa de processamento do medicamento ANEXO I - Listas de Substâncias Entorpecentes,
importado a base de substancias constantes das listas Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, Especial
deverão comprovar, perante a SVS/MS, no momento da
entrada da mercadoria no país, o cumprimento das Boas *** Documento não disponibilizado.
Práticas de Fabricação (BPF) pelas respectivas unidades *** As listas são atualizadas peridiocamente, devendo
fabris de origem, mediante a apresentação do competente ser consultada acessando o portal da ANVISA.
Certificado, emitido a menos de 2 (dois) anos, pela <http://portal.anvisa.gov.br/lista-de-substancias-sujeitas-
Autoridade Sanitária do país de procedência. a-controle-especial
Art. 104 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Ministério da Saúde no prazo de 60 (sessenta) dias ou acessar: www.anvisa.gov.br, no link medicamentos –
harmonizará e regulamentará a Boas Práticas de em serviços e profissionais de saúde – em lista de
Manipulação (BPM), no âmbito nacional. substâncias.
Parágrafo único. O Certificado de BPM do que trata o
caput deste artigo será concedido pela Autoridade Ultima atualização disponível:
Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito
Federal. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA -
Art. 105 A revisão e atualização deste Regulamento RDC Nº 372, DE 15 DE ABRIL DE 2020
Técnico deverão ocorrer no prazo de 2 (dois) anos. ATUALIZAÇÃO N. 72
Art. 106 O Órgão de Vigilância Sanitária do Ministério
da Saúde baixará instruções normativas de caráter geral
ou específico sobre a aplicação do presente Regulamento ATENÇÃO:
Técnico, bem como estabelecerá documentação, -ANEXOS DE II A V NÃO FORAM
formulários e periodicidades de informações. DISPONIBILIZADOS.
Art. 107 Compete aos Estados, Municípios e o Distrito
Federal, exercer a fiscalização e o controle dos atos
relacionados a produção, comercialização e uso de
substâncias constantes das listas deste Regulamento
Técnico e de suas atualizações, bem como os
medicamentos que as contenham, no âmbito de seus
territórios bem como fará cumprir as determinações da
legislação federal pertinente e deste Regulamento
Técnico.
Art. 108 Excetuam-se das disposições legais deste
Regulamento Técnico as substâncias constantes da lista
"D2" (insumos químicos) as quais encontram-se

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i. peso, volume líquido ou quantidade de unidades,
Portaria nº 802 de 08/10/1998 conforme o caso;
(D.O.U de 9/10/1998) j. finalidade, uso e aplicação;
k. precauções, cuidados especiais.
Institui o Sistema de controle e fiscalização em toda § 1º Os estabelecimentos de distribuição, comércio
cadeia de produtos farmacêuticos atacadista e de dispensação, comércio varejista, devem
garantir a permanência das informações de cada produto,
Norma será revogada a partir da vigência da RDC na forma especificada no caput deste artigo.
304/2019 e RDC 360/2020. § 2º Os estabelecimentos de distribuição e de
A Resolução - RDC nº 304/2019 entrará em vigor dispensação, não poderão aceitar a entrada de produtos
dezoito meses após sua publicação em 18/09/2019. farmacêuticos com especificações incompatíveis com as
constantes do caput deste artigo.
O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da § 3º Nas bulas deverão constar todos os itens constantes
Saúde no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos neste artigo, exceto os itens "e, f, e g". Os itens de "a a g"
dispositivos legais vigentes: deverão constar obrigatoriamente na embalagem.
a Lei Federal 5991 de 17 de dezembro de 1973 e seu Art. 4º (REVOGADO PELA RDC 71/2009)
regulamento o Decreto 74.170 de 10 de junho de 1974; Art. 5º (REVOGADO PELA RDC 71/2009)
a Lei Federal 6.360 de 23 de setembro de 1976 e seu Art. 6º As embalagens primárias e/ou secundárias
regulamento o Decreto 79.094 de 5 de janeiro de 1977; (cartucho) de todos os medicamentos destinados e
considerando a necessidade de garantir maior comercializados no varejo devem, como mais um fator
controle sanitário na produção, distribuição, transporte e para coibir o comércio de produtos falsificados, conter
armazenagem dos produtos farmacêuticos; lacre ou selo de segurança.
considerando que todo o segmento envolvido na
produção, distribuição, transporte e armazenagem de § 1º Este lacre ou selo, deve ter as características de
medicamentos é responsável solidário pela identidade, rompimento irrecuperável e detectável, personalizado e
eficácia, qualidade e segurança dos produtos auto-adesivo.
farmacêuticos, resolve: § 2º As indústrias farmacêuticas terão o prazo até o dia
08 de outubro de 1999 para implementar o disposto no
Art. 1º Instituir o Sistema de Controle e Fiscalização em caput deste artigo.
toda a cadeia dos produtos farmacêuticos. Art. 7º As empresas produtoras devem identificar os lotes
Parágrafo único. O Sistema será operacionalizado pelas dos seus produtos segundo os seguintes condicionantes:
Vigilâncias Sanitárias Federal, Estaduais e Municipais a. entende-se por lote, a quantidade de um produto
sob a coordenação do Órgão de Vigilância Sanitária do farmacêutico que se produz em um ciclo de fabricação,
Ministério da Saúde. cuja característica essencial é a homogeneidade.
Art. 2º A cadeia dos produtos farmacêuticos abrange as b. a quantidade de unidades identificadas com o mesmo
etapas da produção, distribuição, transporte e número de lote deverá permitir rever todas as fases do
dispensação. processo de fabricação.
c. as embalagens primárias e secundárias deverão ter o
Parágrafo único. As empresas responsáveis por cada uma mesmo número de lote e prazo de validade.
destas etapas são solidariamente responsáveis pela Parágrafo único. Para os produtos que contenham duas
qualidade e segurança dos produtos farmacêuticos unidades em sua embalagem (geralmente produto e
objetos de suas atividades específicas. diluente), deverão optar pela identificação do número de
Art. 3º As empresas produtoras ficam obrigadas a lote do produto e desprezar o número do lote do diluente,
informar, em cada unidade produzida para a venda final: para informação na embalagem externa.

a. o nome do produto farmacêutico - nome genérico e Art. 8º As empresas detentoras de registro dos produtos,
comercial; devem manter arquivo informatizado com o registro de
todas as suas transações comerciais, especificando:
b. nome e endereço completo do fabricante/telefone do a) designação da nota fiscal;
Serviço de Atendimento ao Consumidor; b) data;
c. nome do responsável técnico, número de inscrição e c) designação dos produtos farmacêuticos - nome
sigla do Conselho Regional de Farmácia; genérico e/ou comercial;
d. número de registro no Ministério da Saúde conforme d) número do lote;
publicado em D.O.U., sendo necessário somente os nove e) quantidade fornecida;
primeiros dígitos; f) nome e endereço do destinatário;
e. data de fabricação; g) número da autorização de funcionamento e da licença
f. data de validade; estadual;
g. número de lote a que a unidade pertence; h) número do registro do produto.
h. composição dos produtos farmacêuticos;
148
Parágrafo único. Estes arquivos devem estar à disposição IV - de radiofármacos;
da autoridade sanitária para efeitos de inspeção por um V - de qualquer outro produto sujeito a controle especial.
período de 5 (cinco) anos. Art. 15 O sistema de controle e fiscalização realizará o
Art. 9º As empresas detentoras de registro dos produtos, recadastramento dos estabelecimentos comerciais de
deverão informar em suas notas fiscais de venda, os distribuição.
números dos lotes dos produtos nelas constantes. § 1º As vigilâncias estaduais procederão ao
Art. 10 Para seu funcionamento, o distribuidor de recadastramento, em conformidade com a orientação da
produtos farmacêuticos deve obter prévia autorização de Secretaria de Vigilância Sanitária/MS.
funcionamento junto à Secretaria de Vigilância § 2º O prazo de recadastramento será até o dia 31 de
Sanitária/MS. maio de 1999.
Parágrafo único. (REVOGADO PELA RDC 16/14) § 3º A partir do prazo fixado no parágrafo anterior,
nenhum estabelecimento poderá realizar compra, venda
Art. 11 A atividade de distribuição por atacado de ou armazenamento de produtos farmacêuticos, sem ter
produtos farmacêuticos tem o caráter de relevância sido recadastrado.
pública ficando os distribuidores responsáveis pelo § 4º Para o recadastramento, as distribuidoras devem
fornecimento destes produtos em uma área geográfica cumprir todos os artigos anteriores citados nesta Portaria.
determinada e pelo recolhimento dos mesmos quando Art. 16 O descumprimento dos dispositivos deste
este for determinado pela autoridade sanitária e/ou pelo regulamento implica na suspensão ou revogação da
titular do registro do produto. autorização de funcionamento sem prejuízo das demais
penalidades previstas na legislação vigente.
Art. 12 Para obter autorização como distribuidor o Art. 17 Esta Portaria entra em vigor na data de sua
requerente deve satisfazer as seguintes condições: publicação, revogadas as disposições em contrário.
(REVOGADO PELA RDC 16/14) GONZALO VECINA NETO

Art. 13 As empresas autorizadas como distribuidoras tem ANEXO I (REVOGADO PELA RDC 16/14)
o dever de:
I - somente distribuir produtos farmacêuticos legalmente ANEXO II
registrados no País; Boas Práticas de Distribuição de Produtos
II - abastecer-se exclusivamente em empresas titulares do Farmacêuticos
registro dos produtos;
III - fornecer produtos farmacêuticos apenas a empresas Dos Princípios
autorizadas/licenciadas a dispensar estes produtos no 1) A garantia da qualidade, eficácia e segurança dos
País; produtos farmacêuticos tem um marco de referência nas
IV - manter Manual de Boas Práticas de Distribuição e diretrizes de Boas Práticas de Fabricação e Controle para
Armazenagem de produtos e os respectivos a Indústria Farmacêutica, em vigência no País.
procedimentos operacionais adotados pela empresa à 2) Entretanto, o controle sanitário somente é eficaz se
disposição das autoridades sanitárias para efeitos de abranger toda a cadeia do medicamento, desde sua
inspeção; fabricação até a dispensação ao público, de forma a
V - garantir a todo tempo aos agentes responsáveis pelas garantir que estes estejam conservados, transportados e
inspeções o acesso aos documentos, locais, instalações e manuseados em condições adequadas à preservação da
equipamentos; sua qualidade, eficácia e segurança.
VI - manter a qualidade dos produtos que distribui 3) Nesse sentido, os produtos farmacêuticos registrados e
durante todas as fases da distribuição, sendo responsável produzidos segundo os requisitos de boas práticas devem
por quaisquer problemas conseqüentes ao chegar ao consumo do público sem que sofram quaisquer
desenvolvimento de suas atividades; alterações de suas propriedades nas etapas da
VII - REVOGADO PELA RDC 320/02 distribuição.
VIII - identificar e devolver, ao titular do registro, os 4) A adoção de diretrizes de gestão da qualidade pelos
produtos com prazo de validade vencido, mediante distribuidores atacadistas tem o objetivo de garantir que
operação com nota fiscal, ou, na impossibilidade desta os produtos farmacêuticos disponham de:
devolução, solicitar orientação à autoridade sanitária a) registro no Ministério da Saúde;
competente da sua região; b) sistema de gestão da qualidade que permita a
IX - utilizar serviços de transporte legalmente rastreabilidade e reconstituição da sua trajetória de modo
autorizados pela autoridade sanitária; a ser possível sua localização visando a um processo
X - REVOGADO PELA RDC 320/02 eficaz de interdição, recolhimento ou devolução;
Art. 14 O disposto no presente regulamento não c) condições adequadas de armazenamento, transporte e
prejudica a aplicação de disposições mais estritas a que movimentação da carga;
estejam sujeitas à distribuição por atacado: d) rotatividade adequada; e
I - de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas; e) certeza de que os produtos certos sejam fornecidos aos
II - de hemoderivados; destinatários certos.
III - de imunobiológicos;
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5) As diretrizes de Boas Práticas de Distribuição de a qualidade dos produtos ou da atividade de distribuição,
Produtos Farmacêuticos tem ainda a função de combater principalmente:
mais eficazmente a distribuição de produtos falsificados, I - recepção e inspeção das remessas;
adulterados ou roubados, à população. Daí a necessidade II - armazenamento;
da manutenção do registro de todas as transações e III - limpeza e manutenção das instalações incluindo
operações de entrada e saída de produtos farmacêuticos sistema de controle de insetos e roedores;
no comércio atacadista e a responsabilização dos IV - registro das condições de armazenamento;
distribuidores - como um dos agentes da cadeia do V - segurança dos produtos estocados e instruções para
medicamento - pela segurança e pela saúde da população. seu transporte;
6) A dimensão da relevância pública dos distribuidores é VI - movimentação dos estoques para venda;
dada por esta implicação na saúde e segurança pública e VII - controle dos pedidos dos clientes;
pela função de permanente abastecimento dos produtos VIII - produtos devolvidos e planos de recolhimento;
farmacêuticos em todo o território nacional. IX - segurança patrimonial e incêndio.
§ 1º Estes procedimentos escritos devem ser aprovados,
Dos objetivos, âmbito e definições assinados e datados pelo responsável técnico.
Art. 1º O objetivo do presente regulamento é definir as § 2º Esta documentação deve ser de amplo conhecimento
condições e procedimentos para as empresas que atuam e fácil acesso a todos os funcionários envolvidos em cada
como distribuidores com vistas a manter a qualidade dos tipo de operação e disponível, a qualquer momento, às
produtos e a proteção à saúde pública. autoridades sanitárias.
Art. 2º Este regulamento aplica-se a todas as atividades
de distribuição de produtos farmacêuticos. Da Recepção
Art. 3º Para efeitos do presente regulamento entende-se Art. 8º Os distribuidores devem possuir áreas de recepção
por: localizadas de forma a proteger as remessas de produtos -
I - distribuidor: qualquer estabelecimento que realize de qualquer risco - no momento do recebimento dos
distribuição por atacado. produtos farmacêuticos.
II - distribuição por atacado: qualquer atividade de posse § 1º A área de recepção deve ser separada da área de
e abastecimento, armazenamento e expedição de armazenamento.
produtos farmacêuticos excluída a de fornecimento ao § 2º As remessas devem ser examinadas no recebimento
público; para verificar se as embalagens não estão danificadas e
Art. 4º Os distribuidores deverão possuir autorização de também se a remessa corresponde à encomenda.
funcionamento concedida pela autoridade sanitária
competente e somente poderão adquirir produtos Da Armazenagem
farmacêuticos dos titulares dos registros destes. Art. 9º Os distribuidores de produtos farmacêuticos
Parágrafo único. Os distribuidores devem manter um devem obedecer o previsto nas "Boas Práticas de
cadastro atualizado de seus fornecedores, que indique o Fabricação e Controle de Produtos Farmacêuticos e
quantitativo e número dos lotes dos medicamentos que Farmoquímicos", bem como as indicações especificadas
distribui. pelo fabricante.
Art. 5º Os distribuidores de produtos farmacêuticos Art. 10 Os medicamentos sujeitos a medidas de
devem manter um cadastro atualizado dos armazenamento especiais, tais como os psicotrópicos e
estabelecimentos farmacêuticos e dos serviços de saúde entorpecentes, e os produtos que exigem condições de
que com eles transacionam, especificando os lotes e armazenamento especiais, devem ser imediatamente
respectivos quantitativos a eles correspondentes, a fim de identificados e armazenados de acordo com instruções
permitir um adequado controle e a pronta localização dos específicas do fabricante e com as demais exigências da
produtos identificados como impróprios ou nocivos à legislação vigente.
saúde. Art. 11 Os medicamentos com embalagem violada ou
Art. 6º Os distribuidores devem contar com: suspeitos de qualquer contaminação devem ser retirados
I - farmacêutico responsável técnico; dos estoques comercializáveis, identificados e segregados
II - pessoal capacitado; em área totalmente separada de forma a não serem
III - instalações e área física adequadas, em quantidade vendidos por engano, nem contaminarem outras
suficiente para o desenvolvimento das atividades de mercadorias.
armazenamento e distribuição de produtos farmacêuticos. Parágrafo único. Todas essas operações devem ser
Assim como a segurança dos produtos quanto a sinistros devidamente registradas em documentos específicos.
ou desvios.
IV - equipamentos de controle e de registro de Do Fornecimento
temperatura ou umidade, ou qualquer outro dispositivo Art. 12 O fornecimento aos estabelecimentos licenciados
necessário à boa conservação dos produtos, devidamente a dispensar produtos farmacêuticos ao público, deve ter
calibrados. suas operações devidamente registradas em documento
Art. 7º Devem existir procedimentos operacionais próprio e disponíveis à autoridade sanitária competente.
escritos para as todas as operações susceptíveis de afetar Art. 13 A ação de distribuição de produtos farmacêuticos
deve ser orientada por procedimentos escritos que
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incluam instruções específicas para cada etapa e para estoques não devendo essa reintegração comprometer o
cada produto, conforme as recomendações dos funcionamento eficaz do sistema de distribuição.
fabricantes e deste regulamento. Art. 20 Os produtos com prazo de validade vencidos
Art. 14 Antes de proceder o fornecimento dos produtos devem ser identificados e segregados em área específica
farmacêuticos, os distribuidores devem: e devolvidos ao produtor, por meio de operação com nota
I - certificar a identidade do produto; fiscal, visando o objetivo de descarte.
II - identificar o número de registro do produto, o número Parágrafo único. Caso não haja condições para a
do lote, sua data de vencimento e data de fabricação; execução deste procedimento, o distribuidor deve dirigir-
III - transportar o material de forma adequada, evitando se à autoridade sanitária competente para receber
comprometer a embalagem e sem retirar a sua proteção orientações quanto ao descarte dos produtos de que trata
externa; este artigo.
IV - criar um registro de distribuição por lote e área Art. 21 Os distribuidores devem manter procedimento
geográfica de abrangência. escrito relativo ao plano de emergência para necessidades
Art. 15 Os distribuidores, em acordo com os fabricantes, urgentes e não urgentes de recolhimento, devendo ser
deverão estar em condições de fornecer rapidamente aos designado um responsável pela execução e coordenação
estabelecimentos licenciados a dispensar produtos destes recolhimentos.
farmacêuticos ao público, os produtos que regularmente § 1º Todas as ordens de recolhimento devem ser
distribuem. imediatamente registradas e estes registros devem estar à
disposição das Autoridades Sanitárias considerando os
Do Transporte locais em que os produtos tenham sido distribuídos.
Art. 16 Os distribuidores devem garantir que o transporte § 2º De forma a assegurar a eficácia do plano de
dos produtos farmacêuticos seja realizado conforme o emergência, o sistema de registro das transações deve
que determina as "Boas Práticas de Fabricação e Controle possibilitar a imediata identificação de todos os
de Produtos Farmacêuticos e Farmoquímicos", bem destinatários dos produtos envolvidos.
como as indicações especificadas pelo fabricante. § 3º Em caso de recolhimento de um lote, todos os
Art. 17 Os produtos farmacêuticos que necessitem de clientes - drogarias, farmácias, hospitais e entidades
controle específicos de temperatura de armazenamento habilitadas a dispensar produtos farmacêuticos ao público
devem ser transportados em condições especiais - a quem o lote tenha sido distribuído, devem ser
adequadas. informados com a urgência necessária inclusive os
clientes dos demais Estados-Partes do Mercosul.
Das Devoluções e do Plano de Emergência § 4º O recolhimento, decidido pelo titular do registro do
Art. 18 Os produtos interditados, devolvidos ou produto, fabricante ou importador, ou determinada pelas
recolhidos devem ser identificados e separados dos autoridades competentes, deve abranger também os
estoques comercializáveis para evitar a redistribuição até estabelecimentos dispensadores, públicos, privados e
que seja adotada uma decisão quanto ao seu destino. filantrópicos.
§ 1º Os produtos que tenham sido devolvidos ao § 5º Na ação de recolhimento, o distribuidor deve
distribuidor apenas poderão regressar aos estoques identificar os produtos a serem devolvidos, retirá-los
comercializáveis se: imediatamente dos depósitos de produtos
I - os medicamentos estiverem nas respectivas comercializáveis e segregá-los numa área separada
embalagens originais e estas não tiverem sido abertas e própria, até que sejam devolvidos de acordo com as
se encontrarem em boas condições; instruções do titular do registro ou da autoridade
II - os medicamentos estiveram armazenados ou se foram sanitária. Este procedimento deve estar devidamente
manuseados de modo adequado, conforme suas registrado em documento específico.
especificações;
III - o período remanescente até o fim do prazo de Dos Produtos Adulterados e Falsificados
validade for aceitável para que o produto percorra as Art. 22 Caso sejam identificados produtos farmacêuticos
outras etapas da cadeia, até o consumo mantidas a sua adulterados, falsificados ou com suspeita de falsificação
validade; na rede de distribuição, estes devem ser imediatamente
IV - os produtos forem examinados pelo farmacêutico separados dos demais produtos, para evitar confusões,
responsável com avaliação que atenda à natureza do devendo a sua identificação indicar claramente que não
produto, às eventuais condições de armazenamento que se destinam a comercialização.
necessita e ao tempo decorrido desde que foi enviado. § 1º O distribuidor deve notificar imediatamente à
§ 2º Deverá prestar-se especial atenção aos produtos que autoridade sanitária competente, indicando o número do
requeiram condições especiais de armazenamento. lote, de forma a permitir as ações, por parte das
§ 3º Se necessário, deve-se consultar o titular do registro Autoridade Sanitária, de alerta sanitário a fim de:
do produto. I - apreender o lote do produto em questão, em todo o
Art. 19 Devem ser mantidos registros das devoluções e o território nacional, proceder à sua análise e inutilização,
farmacêutico responsável deve aprovar formalmente a quando for o caso; e
reintegração dos medicamentos se for o caso nos

151
II - orientar aos usuários do lote do produto adulterado ou
falsificado a interromper seu uso e buscar
acompanhamento médico imediato.
§ 2º O distribuidor deve, também, fornecer às autoridades
policiais as informações sobre o produto e sobre toda a
movimentação no mercado dos lotes em questão.
Dos produtos classificados como não comercializáveis
Art. 23 Qualquer operação de devolução, recolhimento e
recepção de produtos classificados como não
comercializáveis deve ser devidamente registrada e
imediatamente comunicada à autoridade sanitária.
Parágrafo único. O responsável pelo sistema da qualidade
da distribuidora e, se for o caso, o titular do registro do
produto no País devem participar do processo de tomada
de decisão e alerta.

Da Auto-inspeção
Art. 24 Todos os distribuidores devem ter procedimentos
de auto-inspeção, efetuar e registrar para monitorar a
implementação e observância do estabelecido no presente
regulamento e nas demais exigências da legislação
vigente.

Das reclamações e das reações adversas


Art. 25 Em caso de haver reclamações, observações de
reações adversas ou outras, os distribuidores devem
separar o lote e comunicar imediatamente, por escrito, ao
titular do registro e à autoridade sanitária.
§ 1º Os distribuidores devem, ainda, registrar as
informações obtidas de farmácias, hospitais e
consumidores, e as providências adotadas.
§ 2º Estes registros devem ser fornecidos à autoridade
sanitária e ao titular do registro do produto e arquivados
nas empresas.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U de


9/10/1998
(*) Republicada em 31.12.1998 –Pg 23, em 04.02.1999 –
Pg 07 e 07.04.1999 – Pg 15.

Histórico do norma: vigente com alterações:


Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
92 de 23/10/2000

Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº


71 de 22/12/2009

Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº


16 de 01/04/2014

152
identificação dos possíveis locais clandestinos de
Portaria nº 2.814 de 28/05/1998 produção e sua interdição e conseqüente
(D.O.U DE 01.06.1998) responsabilização dos infratores, na forma da legislação
penal civil e sanitária.
Estabelece procedimentos a serem observados pelas Art. 2º As empresas titulares de registro no Ministério da
empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e do Saúde deverão elaborar e manter atualizado cadastro dos
comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, em seus distribuidores, atacadistas e varejistas, credenciados
caráter de urgência, da identidade e qualidade de para a comercialização dos seus produtos
medicamento, objeto de denúncia sobre possível compreendendo o controle da movimentação de seus
falsificação, adulteração e fraude. produtos no mercado.
Parágrafo único. As empresas, de que trata o caput deste
O Ministro de Estado da Saúde, no uso das suas Artigo, deverão indicar os locais onde estejam sendo
atribuições que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, comercializados os lotes de seus medicamentos, sempre
item II, da Constituição, e o artigo 87 da Lei nº 6.360, de que solicitado pelos órgãos de vigilância sanitária e
23 de setembro de 1976; autoridades policiais.
Art. 3º Os distribuidores, farmácias e drogarias somente
considerando que a produção e comercialização de poderão adquirir medicamentos do titular do registro no
medicamentos falsificados, adulterados e fraudados, além Ministério da Saúde ou daquele que detiver autorização
de constituir infração de natureza sanitária, prevista na legal específica desse mesmo titular, para
Lei nº 6.437/77, configura, também, crime previsto no comercialização de determinados lotes do produto.
Código Penal, a ser apurado, na forma da lei, para Art. 4º Os distribuidores de medicamentos, licenciados
punição dos culpados, exigindo ação conjunta das pelo órgão sanitário competente devem manter cadastro
autoridades sanitárias, nos três níveis de governo, das dos estabelecimentos farmacêuticos e dos serviços de
empresas titulares de registro de medicamentos no saúde, que com eles transacionam, especificando os lotes
Ministério da Saúde e das autoridades policiais e respectivos quantitativos a eles correspondentes, a fim
competentes para coibir tais práticas delituosas; de permitir a pronta localização de medicamentos
considerando que às empresas titulares de registro de identificados como impróprios e nocivos à saúde.
medicamentos no Ministério da Saúde, incumbe garantir Art. 5º Nas compras e licitações públicas de
a qualidade e zelar pela manutenção das características medicamentos, realizadas pelos serviços próprios, e
de composição, acondicionamento, embalagem e conveniados pelo SUS, devem ser observadas as
rotulagem dos seus produtos até a sua dispensação final seguintes exigências:
ao consumidor, a fim de evitar riscos e efeitos adversos à I - Apresentação da Licença Sanitária Estadual ou
saúde; Municipal;
considerando a necessidade de facilitar as ações de II - Comprovação da Autorização de Funcionamentoda
controle sanitário que visem a imediata retirada do empresa participante da licitação;
consumo dos produtos suspeitos de alteração, adulteração III - Certificado de Boas Práticas de Fabricação e
fraudeou falsificaçãocom risco comprovado à saúde Controle por linha de produção/produtos, emitido pela
resolve: Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde;
Art. 1º Estabelecer procedimentos a serem observados IV - Certificado de Registro de Produtos emitido pela
pelas empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e Secretaria de Vigilância Sanitária, ou cópia da publicação
do comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, no D.O.U.
em caráter de urgência, da identidade e qualidade de § 1º No caso de produto importado é também necessária
medicamento, objeto de denúncia sobre possível a apresentação do certificado de Boas Práticas de
falsificação, adulteração e fraude, mediante: Fabricação e Controle, emitido pela autoridade sanitária
I - Pronta notificação de casos de falsificação ou suspeita do país de origem, ou laudo de inspeção emitido pela
de falsificação de medicamento, com a indicação do nº autoridade sanitária brasileira, bem como laudo de
do lote objetivando a expedição pela Secretaria de análise do(s) lote(s) a ser(em) fornecido(s), emitido(s) no
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde de Alerta Brasil.
Sanitário: a) aos órgãos que integram o Sistema Nacional § 2º No caso de produtos importados, que dependam de
de Vigilância Sanitária para apreensão do produto, em alta tecnologia e que porventura não exista tecnologia
todo o território nacional, análise e inutilização, quando nacional para os testes de controle de qualidade
for o caso; b) aos possíveis usuários do medicamento necessários, poderão ser aceitos laudos analíticos do
falsificado para orientá-los na interrupção do seu uso e fabricante, desde que comprovada a certificação de
acompanhamento médico imediato. origem dos produtos, certificação de Boas Práticas de
II – Fornecimento às autoridades policiais de Fabricação bem como as Boas Práticas de Laboratório,
informações sobre o respectivo registro no Ministério da todos traduzidos para o idioma Português.
Saúde e sobre a movimentação no mercado dos lotes dos § 3º Às empresas distribuidoras, além dos documentos
produtos em questão, a fim de facilitar a investigação e previstos no caput deste artigo, será exigida a
apresentação de declaração do seu credenciamento como
153
distribuidora junto à empresa detentora do registro dos
produtos, bem como Termo de Responsabilidade emitido
pela distribuidora, garantindo a entrega dos mesmos
no(s) prazo(s) e quantidades estabelecidos na licitação.
Art. 6º As distribuidoras devem apresentar, no caso de
vencerem a licitação, certificado de procedência dos
produtos, lote a lote, a serem entregues de acordo com o
estabelecido na licitação.
Art. 7º Os produtos a serem fornecidos pelas empresas
vencedoras da(s) licitação(ões), devem apresentar em
suas embalagens secundárias e/ou primárias a expressão
"PROIBIDO A VENDA NO COMÉRCIO"
Parágrafo Único - Fica estabelecido prazo de 90
(noventa) dias, contados da publicação desta Portaria,
para o cumprimento integral ao disposto neste artigo.
Art. 8º Fica estabelecido período de transição de 6 (seis)
meses, contados da publicação desta Portaria, em que a
exigência constante do art. 5º inciso III, poderá ser
suprida pela apresentação do Certificado de Boas Práticas
de Fabricação e Controle outorgado anteriormente pela
Autoridade Sanitária
Art. 9º A inobservância do disposto nesta Portaria,
configura infração de natureza sanitária, sujeitando o
infrator às penalidades de cancelamento da autorização
de funcionamento da empresa, cassação de todos os seus
registros pelo Ministério da Saúde e da Licença do
respectivo estabelecimento, pela autoridade sanitária
estadual, municipal ou do Distrito Federal, na forma da
Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo de
outras sanções civil e penal.
Art. 10 Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

JOSÉ SERRA

Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE


01.06.1998
(*) Republicada em 18.06.1998 por ter saído com
incorreção do original, no D.O. de 1-6-98, Seção 1, pág
13.

154
Portaria nº 06 de 29/01/1999 medicamentos sujeitos a controle especial, e institui
(D.O.U DE 01.02.1999) documentos, formulários e dá outras providências.

Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS n.º CAPÍTULO I


344 de 12 de maio de 1998 que instituiu o Regulamento DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL
Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a Art. 1º A Autorização Especial será concedida aos
controle especial. estabelecimentos que irão exercer atividades relacionadas
às substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS
(Revogadas as disposições aplicáveis à Lista "C4", às n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os
substâncias e aos medicamentos antirretrovirais pela medicamentos que as contenham.
Resolução – RDC nº 103, de 31 de agosto de 2016) Art. 2º (REVOGADO PELA RDC 16/14)

O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da DA CONCESSÃO DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL


Saúde no uso de suas atribuições, de acordo com o artigo Art. 3º Os estabelecimentos abaixo relacionados, que
106 do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria exercerem atividades de extrair, produzir, fabricar,
SVS/MS n.º 344/98 e considerando a necessidade de: beneficiar, preparar, manipular, fracionar, distribuir,
a) estabelecer, aprimorar e atualizar as ações de armazenar, importar, exportar, transformar, embalar,
vigilância sanitária com vistas ao aperfeiçoamento do reembalar e transportar, para qualquer fim substâncias
controle e fiscalização das substâncias constantes das constantes das listas do Regulamento Técnico aprovado
listas do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria pela Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações,
SVS/MS n.º 344/98 e suas atualizações, bem como os bem como os medicamentos que as contenham, devem
medicamentos que as contenham; solicitar a Autorização Especial (A.E.)
b) estabelecer mecanismos para evitar o comércio e o uso a) indústrias farmacêuticas, veterinárias e farmoquímicas;
indevido de substâncias e/ou medicamentos objeto do b) farmácias públicas, privadas, inclusive veterinária;
Regulamento Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS c) importadoras/distribuidoras que comercializam
n.º 344/98; medicamentos e/ou substâncias;
c) estabelecer procedimentos para o atendimento da d) empresas que desenvolvem atividades de plantio,
legislação vigente. cultivo e colheita de plantas das quais possam ser
resolve: extraídas substâncias objeto do Regulamento Técnico;
Art. 1º Aprovar a Instrução Normativa, de caráter geral e estabelecimentos de ensino e pesquisa;
específico, para estabelecer documentos, formulários e transportadoras de substâncias e/ou medicamentos.
procedimentos na aplicação do Regulamento Técnico § 1º Cada estabelecimento que desenvolver as atividades
aprovado pela Portaria SVS/MS n.º 344/98. mencionadas no caput deste artigo deve possuir
Art. 2º Estabelecer e coordenar programas de capacitação Autorização Especial (A . E.).
das Autoridades Sanitárias Estaduais, Municipais e do § 2º O responsável pelo estabelecimento deve
Distrito Federal objetivando o cumprimento da Portaria protocolizar a solicitação, instruindo o processo com a
mencionada no artigo 1º desta Instrução Normativa. documentação constante desta Instrução Normativa junto
Art. 3º Estabelecer que as Autoridades Sanitárias à Autoridade Sanitária, onde se encontra sediado.
Estaduais promovam programas de capacitação para as § 3º O Relatório Técnico elaborado pela Autoridade
Autoridades Municipais, e cada uma estabeleça as rotinas Sanitária local após inspeção, é o documento que
para o fiel cumprimento do Regulamento Técnico e da subsidiará o Ministério da Saúde para concessão ou não
presente Instrução Normativa. das atividades requeridas.
Art. 4º Revogar os itens 003A, 003B, 003C, 004 A, § 4º O Relatório de que trata o parágrafo anterior deve
004B, 004C, 005A, 005B, da Instrução Normativa ser fundamentado e conclusivo no que se refere à
SVS/MS n.º 1, de 30/9/94. capacidade técnica, operacional e ao cumprimento das
Art. 5º Comunicar que esta Instrução Normativa entra em Boas Práticas de Fabricação, Manipulação, Distribuição e
vigor na data de sua publicação, revogando-se as Transporte (BPF, BPM, BPD e BPT).
disposições em contrário. § 5º Os estabelecimentos que possuem Autorização
Especial concedida anteriormente a data da publicação da
GONZALO VECINA NETO Portaria SVS/MS n.º 344/98, não necessitam solicitar
Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE uma nova Autorização.
01.02.1999 § 6º Será cancelada automaticamente toda Autorização
Específica, anteriormente concedida pela Portaria
INSTRUÇÃO NORMATIVA SVS/MS n.º 82/95, para os estabelecimentos que já
DA PORTARIA N.º 344 DE 12 DE MAIO DE 1998 possuem a Autorização Especial.
Estabelece procedimentos para a aplicação da Portaria § 7º Os estabelecimentos que possuem a Autorização
SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998, que aprovou o Específica, estabelecida pela Portaria SVS/MS n.º 82/95,
Regulamento Técnico sobre as substâncias e devem informar através de ofício à Autoridade Sanitária
local que encaminhará à SVS/MS, para a substituição

155
formulário de petição preenchido no que couber, em 2 1.3. DO CANCELAMENTO DA AUTORIZAÇÃO
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO I); ESPECIAL
cópia da publicação da Autorização de Funcionamento da Art. 11 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
empresa concedida pela SVS/MS; da numeração Art. 12 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
anteriormente concedida e a publicação em Diário Oficial Art. 13 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
da União como Autorização Especial.
CAPÍTULO II
DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA AS DO COMÉRCIO
INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS, VETERINÁRIAS 2.1. INTERNACIONAL
E FARMOQUÍMICAS 2.1.1. DA IMPORTAÇÃO
(REVOGADO PELA RDC 16/14) 2.1.1.1. DA COTA ANUAL
Art. 14 Os procedimentos para a importação de todas as
1.1.5. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E PESQUISA (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3"
E PARA TRABALHOS MÉDICOS CIENTÍFICOS (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Portaria
Art. 8º Documentos exigidos para formação do processo: SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como
formulário de petição preenchido, no que couber, em 2 dos medicamentos que as contenham ficam sujeitos ao
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO I); tratamento administrativo obrigatório do Sistema
cópia de Licença de Funcionamento da Empresa, Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
atualizada, emitida pela Autoridade Sanitária do Estado, Art. 15 A empresa deve solicitar à Agência Nacional de
Município ou do Distrito Federal; Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, através do
comprovante de pagamento de Preço Público (DARF - formulário próprio de petição (ANEXO II) para o ano,
Cód. 6470), em 2 (duas) vias (original e cópia, seguinte, afixação de sua Cota Anual de Importação de
devidamente autenticadas e/ou carimbadas) ou substâncias das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
comprovante de isenção, quando for o caso; cópia do "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" (imunossupressoras) e
R.G. e C.I.C. do dirigente do estabelecimento; "D1" (precursoras) constantes da Portaria SVS/MS n.°
documento firmado pelo dirigente do estabelecimento 344/98 e de suas atualizações, até no máximo 31 (trinta e
indicando o farmacêutico responsável pelo controle e um) de dezembro de cada ano, para uso no ano seguinte.
guarda das substâncias/medicamentos utilizados e os (Redação dada pela Resolução –RDC nº 229, de 11 de
professores e pesquisadores participantes; dezembro de 2001)
cópia do R.G. e C.I.C. das pessoas mencionadas no item § 1º A cota pode ter sua importação efetuada na
e; cópia do plano integral do curso ou da pesquisa técno- totalidade ou parceladamente.
científica; relação das substâncias ou medicamentos e § 2º A fixação de Cota Anual para importação de
das quantidades a serem utilizadas. medicamento deve ser solicitada no quantitativo
§ 1º O Órgão competente do Ministério da Saúde, após a equivalente à substância ativa.
avaliação prévia da Autoridades Sanitária local, Art. 16 Estão isentas de Concessão de Cota Anual para
encaminhará a aprovação da concessão da Autorização Importação as substâncias das listas "C1" (outras
Especial através de ofício ao dirigente do substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
estabelecimento e à Autoridade Sanitária local. (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
§ 2º A concessão da Autorização Especial de que trata o (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
caput deste artigo será destinada à cada plano de aula ou 344/98 e de suas atualizações.
projeto de pesquisa e trabalho. Art. 17 Documentos exigidos para formação do processo
de Concessão da Cota Anual:
1.1.6. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA a) formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
TRANSPORTADORA (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
Art. 9º (REVOGADO PELA RDC 16/14) b) comprovante de pagamento de Preço Público (DARF -
Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
1.2. DA ISENÇÃO DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
Art. 10 São considerados isentos de Autorização Especial c) justificativa técnica do pedido;
os seguintes estabelecimentos: farmácia, drogaria e d) estimativa da utilização e distribuição da substância ou
unidade de saúde que dispensem medicamentos em suas medicamentos quando se tratar da primeira concessão de
embalagens originais adquiridos no comércio nacional; cota;
Órgãos de Repressão a Entorpecentes; Laboratórios de e) quadro demonstrativo da utilização/distribuição da
Análises Clínicas ou de Referência, que utilizam substância até a data da petição.
substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS n.º § 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo
344/98 e de suas atualizações, com finalidade Representante Legal da Empresa e protocolizada junto ao
diagnóstica, realização de provas analíticas e para Órgão competente do Ministério da Saúde.
identificação de drogas. § 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser
assinada pelo Responsável Técnico.

156
§ 3º O resultado da análise da petição de Cota Anual de formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
Importação, será informado pelo Órgão competente do (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
Ministério da Saúde ao Responsável Técnico ou Legal do comprovante de pagamento de Preço Público (DARF –
estabelecimento solicitante e à Autoridade Sanitária onde Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
está sediada a empresa. devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
§ 4º A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou do justificativa técnica;
Distrito Federal deve juntar o documento constante do § nota pró-forma emitida pela empresa exportadora
3º deste artigo, aos demais documentos relativos a constando o quantitativo a ser efetivamente importado.
importação da cota anual ou suplementar. § 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo
Representante Legal da Empresa e protocolizada no
2.1.1.2. DA CONCESSÃO DA COTA SUPLEMENTAR Órgão competente do Ministério da Saúde.
DE IMPORTAÇÃO § 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser
Art. 18 Os procedimentos para importação de todas as assinada pelo Responsável Técnico.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" Art. 23 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Importação
(imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Portaria e o Certificado de não Objeção, em 6 (seis) e 5 (cinco)
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como vias, respectivamente, que terão a seguinte destinação:
dos medicamentos que as contenham ficam sujeitos ao 1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde;
tratamento administrativo obrigatório do Sistema 2ª via: importador;
Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX. 3ª via: exportador;
Art. 19 A empresa deve solicitar, através do formulário 4ª via: autoridade competente do país exportador;
próprio de petição (ANEXO II), a Cota Suplementar de 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
importação de substâncias constantes, das listas "A1" e Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de
"A2" (entorpecentes), "A3", "B1", e "B2" (psicotrópicas), Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para o
"C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Certificado de Não Objeção;
Portaria SVS/MS n.° 344/98 e de suas atualizações, à 6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou
Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa
da Saúde até no máximo 30 (trinta) de setembro de cada autorizada.
ano. (Redação dada pela Resolução – RDC nº 229, de Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão
11 de dezembro de 2001) competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa
Parágrafo único. A fixação de Cota Suplementar para se incumbir do envio das demais vias aos respectivos
importação de medicamento deve ser solicitada no órgãos.
quantitativo equivalente à substância ativa. Art. 24 Para a importação das substâncias constantes da
Art. 20 Documentos exigidos para a concessão de Cota lista "D1" (precursoras), que fazem parte da Convenção
Suplementar: das Nações Unidas Contra Tráfico Ilícito de
a) formulário de petição preenchido, no que Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, de 1988,
couber, em 2 (duas) vias (original e cópia) constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
(ANEXO II); atualizações, bem como os medicamentos que as
b) comprovante de pagamento de Preço Público contenham, será emitida uma Autorização de Importação,
(DARF - Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original conforme ANEXO III.
e cópia) devidamente autenticadas e/ou Parágrafo único. Quando solicitado pelo país exportador,
carimbadas; a autorização de que trata o caput deste artigo será
c) justificativa técnica; emitida, pela Secretaria de Vigilância Sanitária do
d) quadro demonstrativo da utilização/distribuição Ministério da Saúde, para as substâncias das listas "C1"
da substância até a data da petição. (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
Art. 21 Estão isentas de solicitação da Cota Suplementar (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
para Importação as substâncias das listas "C1" (outras (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
substâncias sujeitas a controle especial), "C2" 344/98 e de suas atualizações, bem como os
(retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5" medicamentos que as contenham.
(anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º Art. 25 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
344/98 e de suas atualizações. Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Importação
2.1.1.3. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE de que trata o artigo 24 desta Instrução Normativa, em 6
IMPORTAÇÃO E DO CERTIFICADO DE NÃO (seis) vias que terão a seguinte destinação:
OBJEÇÃO 1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde;
Art. 22 Documentos exigidos para a solicitação da 2ª via: importador;
emissão da Autorização de Importação (ANEXO II 3ª via: exportador;
constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98) e do 4ª via: autoridade competente do país exportador;
Certificado de Não Objeção (ANEXO III constante da 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
Portaria SVS/MS n.º 344/98): Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de
Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para as
157
substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a as contenham, a empresa deve solicitar junto à Secretaria
controle especial), "C2" (retinóicas), "C4" (anti- de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, a
retrovirais) e "C5" (anabolizantes) constantes da Portaria Autorização de Exportação.
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os Art. 31 Documentos exigidos para formação do processo
medicamentos que as contenham. de Autorização de Exportação e do Certificado de Não
6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou Objeção (ANEXO III constante da Portaria SVS/MS n.º
Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa 344/98):
autorizada. a) formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa b) comprovante de pagamento de Preço Público (DARF -
se incumbir do envio das demais vias aos respectivos Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
órgãos. devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
Art. 26 É vedado à empresa promover alteração nos c) original da autorização de importação emitida pela
dados constantes das Autorizações de Importação de que Autoridade Competente do país importador;
trata o item 2.1.1.3. desta Instrução Normativa sem a § 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo
prévia aprovação da Autoridade Sanitária do país Representante Legal da Empresa e protocolizada junto ao
exportador. Órgão competente do Ministério da Saúde.
§ 1º Fica a empresa obrigada a apresentar à Secretaria de § 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde o documento assinada pelo Responsável Técnico.
que comprove a aprovação da eventual alteração da Art. 32 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Autoridade Sanitária do país exportador. Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Exportação
§ 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da (ANEXO IV constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98)
Saúde emitirá, mediante solicitação da empresa, uma em 6 (seis) vias que terão o seguinte destino:
Autorização para fins de desembaraço junto á Autoridade 1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde;
Sanitária competente. 2ª via: importador;
§ 3 º A Autorização de que trata o parágrafo anterior 3ª via: exportador;
deve ser solicitada mediante pagamento de preço público 4ª via: autoridade competente do país importador;
(DARF – Cód. 6470). 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
2.1.1.4. DA ANUÊNCIA PRÉVIA DA IMPORTAÇÃO Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro;
Art. 27 Dependem de anuência prévia da Secretaria de 6ª via: autoridade Sanitária competente do Estado ou
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, na Licença Distrito Federal onde estiver sediada a empresa
de Importação (L.I.), através do SISCOMEX, as autorizada.
substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS n º Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão
344/98 e de suas atualizações e os medicamentos que as competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa
contenham. se incumbir do envio das demais vias aos órgãos
Art. 28 Para a anuência prévia na Licença de Importação competentes.
(L.I.) - SISCOMEX das substâncias das listas da Portaria Art. 33 Para a exportação das substâncias constantes da
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os lista "D1" (precursoras), que fazem parte da Convenção
medicamentos que as contenham, a empresa deve prestar das Nações Unidas Contra Tráfico Ilícito de
à Autoridade Sanitária do Ministério da Saúde as Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, de 1988,
informações apontadas no formulário para tratamento constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
administrativo, ANEXO IV, devidamente assinado pelo atualizações, bem como os medicamentos que as
seu Responsável Técnico. contenham, será emitida uma Autorização de Exportação,
Art. 29 As importações das substâncias das listas "A1", conforme ANEXO V.
"A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), Parágrafo único. Quando solicitado pelo país importador,
"C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) a autorização de que trata o caput deste artigo será
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas emitida, pela Secretaria de Vigilância Sanitária do
atualizações e os medicamentos que as contenham, Ministério da Saúde, para as substâncias das listas "C1"
somente podem ser efetuadas através das respectivas (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
Inspetorias da Receita Federal do Porto ou Aeroporto (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
Internacional do Rio de Janeiro ou de outros Estados que (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
venham a ser autorizados pelo Ministério da Saúde, em 344/98 e de suas atualizações, bem como os
conjunto com outros órgãos envolvidos. medicamentos que as contenham.
2.1.2. DA EXPORTAÇÃO Art. 34 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
2.1.2.1. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Exportação
EXPORTAÇÃO de que trata o artigo 33 desta Instrução Normativa, em 6
Art. 30 Para exportar as substâncias constantes das listas (seis) vias e o Certificado de não Objeção, em 5 (cinco)
"A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" vias, , que terão a seguinte destinação:
(psicotrópicas), "C3" (imunossupressoras) e "D1" 1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde;
(precursoras) e suas atualizações e os medicamentos que 2ª via: importador;
158
3ª via: exportador; Art. 38 É vedado a empresa promover alteração nos
4ª via: autoridade competente do país importador; dados constantes das Autorizações de Exportação e
5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do Autorizações de Fabricação para fim Exclusivo de
Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de Exportação de que tratam , respectivamente, os itens
Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para as 2.1.2.1. e 2.1.2.2. desta Instrução Normativa sem a prévia
substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a aprovação da Autoridade Sanitária do país importador.
controle especial), "C2" (retinóicas), "C4" (anti- § 1º Fica a empresa obrigada a apresentar à Secretaria de
retrovirais) e "C5" (anabolizantes) constantes da Portaria Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde o documento
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os que comprove a aprovação da eventual alteração efetuada
medicamentos que as contenham e para o Certificado de pela Autoridade Sanitária do país importador, quando
Não Objeção. couber.
6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou § 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa Saúde emitirá, mediante solicitação da empresa, uma
autorizada. Autorização para fins de desembaraço junto á Autoridade
Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão Sanitária competente.
competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa § 3 º A Autorização de que trata o parágrafo anterior
se incumbir do envio das demais vias aos respectivos deve ser solicitada mediante pagamento de preço público
órgãos. (DARF- Cód. 6470).
2.1.2.2. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE 2.1.2.3. DA ANUÊNCIA PRÉVIA DA EXPORTAÇÃO
FABRICAÇÃO PARA FIM EXCLUSIVO DE Art. 39 A exportação das substâncias constantes das
EXPORTAÇÃO listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
Art. 35 A Secretaria de Vigilância Sanitária do atualizações, bem como os medicamentos que as
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Fabricação contenham, dependerá de Anuência Prévia da Secretaria
para fim Exclusivo de Exportação (ANEXO VI) para os de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no
medicamentos e apresentações não registrados, no Brasil, Registro de Operações de Exportações (R.O.E.) através
a base de substâncias constantes das listas da Portaria do Sistema Integrado de Comércio Exterior -
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações. SISCOMEX.
Parágrafo único. Fica proibida a comercialização do Art. 40 Para a anuência prévia no Registro de Operações
medicamento de que trata o caput deste artigo em todo de Exportações (R.O.E.) - SISCOMEX das substâncias
Território Nacional. das listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
Art. 36 Documentos exigidos para a formação do atualizações, bem como os medicamentos que as
processo da Autorização de Fabricação para fim contenham, a empresa deve comunicar à Autoridade
Exclusivo de Exportação: Sanitária do Ministério da Saúde as informações
formulário de petição preenchido, no que couber, em 2 apontadas no formulário para tratamento administrativo,
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO II); ANEXO VII, devidamente assinado pelo seu
comprovante de pagamento de Preço Público (DARF - Responsável Técnico.
Cód. 6470), em 2 (duas) vias (original e cópia, Art. 41 As exportações das substâncias das listas "A1",
devidamente autenticadas e/ou carimbadas); "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas),
cópia do Certificado de Registro do Medicamento ou "C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras)
documento similar emitido pela Autoridade Sanitária do constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
país importador, onde deve constar o número do registro atualizações e os medicamentos que as contenham
e a fórmula completa. somente podem ser efetuadas através das respectivas
Art. 37 A Secretaria de Vigilância Sanitária do Inspetorias da Receita Federal do Porto ou Aeroporto
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Fabricação Internacional do Rio de Janeiro ou de outros Estados que
para fim Exclusivo de Exportação em 6 (seis) vias que venham a ser autorizados pelo Ministério da Saúde em
terão o seguinte destino: conjunto com outros órgãos envolvidos.
1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde; 2.1.3. DO DESEMBARAÇO ADUANEIRO
2ª via: importador; 2.1.3.1. DA IMPORTAÇÃO
3ª via: exportador; Art. 42 (REVOGADO PELA RDC 62/2016)
4ª via: autoridade competente do país importador; Art. 43 (REVOGADO PELA RDC 62/2016)
5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do Art. 44 (REVOGADO PELA RDC 62/2016)
Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro, se Art. 45 (REVOGADO PELA RDC 62/2016)
for o caso; Art. 46 (REVOGADO PELA RDC 62/2016)
6ª via: autoridade Sanitária competente do Estado ou Art. 47 Para liberação da carga a ser importada de
Distrito Federal em que estiver sediada a empresa substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a
autorizada. controle especial), "C2" (retinóides), "C4" (anti-
Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão retrovirais) e "C5" (anabolizantes), constantes da Portaria
competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, e
se incumbir do envio das demais vias aos órgãos medicamentos que as contenham a serem
competentes. desembaraçadas, nos terminais alfandegários, a empresa
159
deve solicitar a inspeção sanitária ao Serviço de b) dados do estabelecimento comprador:
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no Porto ou C.N.P.J./C.G.C., Razão Social, nome fantasia, endereço
Aeroporto Internacional, onde deve apresentar os completo
seguintes documentos: c) data do visto;
anuência prévia na Licença de Importação (L.I.), através d) n.º seqüencial do visto;
do SISCOMEX (original e cópia); e) nome e quantidade da substância ou medicamento,
autorização de exportação (original e cópia) emitida pela concentração e apresentação autorizado e n.º de lote;
Autoridade Sanitária competente do país exportador; f) n.º da Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura;
c) lista de especificação de carga; g) observação (cancelamento da Nota Fiscal, ou outras
d) certificado de controle de qualidade por lote ou partida ocorrências de interesse).
(original e cópia) emitido pelo fabricante. Art. 55 O visto será aplicado através de carimbo próprio
2.1.3.2. DA EXPORTAÇÃO ou de etiqueta, no anverso da Nota Fiscal ou Nota Fiscal
Art. 48 Para liberação da carga a ser exportada de Fatura, fazendo constar a data, número de ordem
substâncias das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", seqüencial, assinatura da Autoridade Sanitária local,
"B1" e "B2" (psicotrópicas) e "D1" (precursoras) nome completo da Autoridade Sanitária (pode ser em
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 de suas forma de carimbo ou letra de forma).
atualizações, bem como medicamentos que as contenham Art. 56 A Autoridade Sanitária local devolverá ao
a serem desembaraçados, com exceção dos que contém fornecedor a Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura visada,
as substâncias da lista "D1" (precursores), nos terminais dentro de 48 (quarenta e oito) a 72 (setenta e duas) horas.
alfandegários, a empresa deverá solicitar a inspeção Art. 57 Para o visto, além das vias normais, a empresa ou
sanitária juntamente ao Serviço de Vigilância Sanitária estabelecimento deve apresentar uma cópia da Nota
do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, onde deverá Fiscal, que será a via do arquivo da Autoridade Sanitária
apresentar os seguintes documentos: local.
a) autorização de exportação (cópia autenticada) ou Art. 58 A empresa que não atender uma Nota Fiscal
Certificado de Não Objeção emitidos pela Secretaria de visada, deve solicitar o cancelamento do visto, através do
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde; requerimento ou ofício, devendo anexar todas as vias da
b) autorização de importação (cópia autenticada) emitida Nota Fiscal.
pela Autoridade Sanitária competente do país Art. 59 A Autoridade Sanitária local deve efetuar o
importador; cancelamento também na via de seus arquivos e anotação
c) fatura comercial; no livro de registro dos vistos.
d) lista de especificação de cargas; Art. 60 A Autoridade Sanitária local deve solicitar
e) certificado de controle de qualidade por lote ou partida informações, quando necessário, a outras Autoridades
(original e cópia) emitido pelo fabricante. Sanitárias em caso de dúvida quanto a veracidade dos
2.1.4. DA DEVOLUÇÃO E RETORNO dados constantes do documento do estabelecimento
Art. 49 Quando não ocorrer a efetivação do desembaraço comprador.
aduaneiro as substâncias constantes das listas da Portaria Art. 61 A compra, venda, transferência e devolução das
SVS/MS n.º 344/98 de suas atualizações, bem como os substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
medicamentos que as contenham, serão devolvidos ou (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C1"
retornados ao país de origem após verificação da (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
Autoridade Sanitária do Porto e Aeroporto do Rio de (retinóides), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes),
Janeiro ou dos demais Estados. e "D1" (precursores) da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de
§ 1º A empresa deverá solicitar o cancelamento da suas atualizações, bem como os medicamentos que as
documentação relativa ao que consta no caput deste contenham, devem estar acompanhadas de nota fiscal ou
artigo. nota fiscal fatura, isentos do visto da Autoridade
§ 2º A empresa deve cumprir as disposições do item Sanitária local de domicílio do remetente.
2.1.2. desta Instrução Normativa, no que couber. Parágrafo único. Ficam igualmente isentos do visto os
2.2. DO COMÉRCIO NACIONAL medicamentos que contenham as substâncias, referidas
Art. 50 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) no caput do artigo, constantes dos adendos das listas,
Art. 51 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) onde estabelece que a prescrição seja em Receita de
Art. 52 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) Controle Especial em 2 (duas) vias contendo tarja
Art. 53 A Autoridade Sanitária deve possuir um livro ou vermelha em sua embalagem.
ficha para cadastrar os estabelecimentos, para
conferência, registro e controle da concessão do visto, CAPÍTULO III
podendo ser manuscrito ou informatizado. DO TRANSPORTE
Art. 54 No registro do livro ou ficha devem constar: 3.1. DA PESSOA JURÍDICA
a) dados dos estabelecimento fornecedor: Art. 62 A transportadora de substâncias e medicamentos
C.N.P.J./C.G.C., Razão Social, nome fantasia, endereço objeto da Portaria SVS/MS n.º 344/98 deve ser
completo; autorizada e licenciada pela Autoridade Sanitária
competente, onde estiver situada a empresa.

160
Parágrafo único. Os locais de armazenamento das bem como fornecer informação aos profissionais da
empresas e seus veículos devem assegurar as condições documentação que será necessária para retirar o
de segurança, limpeza e higiene necessárias à talonário.
preservação e eficácia do medicamento. § 1º Para preencher a Ficha Cadastral, assinará com pelo
Art. 63 Cabe à Autoridade Sanitária dos Estados, menos 3 (três) autógrafos, e receber o primeiro talonário,
Municípios ou do Distrito Federal em conjunto com as o profissional deve ir pessoalmente a Autoridade
Autoridades Policiais e Fazendária fiscalizar o transporte Sanitária local, munido de:
de substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS carteira do Conselho Regional de Medicina (CRM) ou
n.º 344/98 e de suas atualizações e dos medicamentos Conselho Regional de Odontologia (CRO) ou Conselho
que as contenham, em qualquer via, tomando medidas Regional de Medicina Veterinária (CRMV);
legais cabíveis e procedendo apreensão, quando Comprovante de endereço residencial ou do consultório,
necessário. podendo ser uma conta de luz ou telefone e carimbo com
3.2 DA PESSOA FÍSICA os dados: nome e endereço completo do profissional e o
Art. 64 Em viagem internacional, quando da saída ou Conselho Regional correspondente;
chegada, somente podem transportar medicamentos a § 2º A Autoridade Sanitária deve anotar na Ficha
base de substâncias constantes das listas da Portaria Cadastral (ANEXO VIII) o número de talonários e a
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, as pessoas numeração correspondente concedida. O profissional
que estiverem de posse de receita médica na quantidade deve assinar no verso o recebimento.
suficiente para o seu uso individual. Art. 70 Na hipótese de o profissional não poder
comparecer pessoalmente à autoridade Sanitária local,
CAPÍTULO IV poderá solicitar por escrito, o seu cadastramento e os
DA PRESCRIÇÃO talonários necessários, através de um portador
4.1. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA autorizado.
Art. 65 A Notificação de Receita é o documento que Parágrafo único. O procedimento para o portador retirar o
acompanhado de receita autoriza a dispensação ou talão da Notificação de Receita "A" será:
aviamento de medicamentos a base de substancias a) o profissional, por escrito, indicará a pessoa que
constantes das listas “A1" e "A2” (entorpecentes), "A3", retirará a ficha cadastral e o talão;
“B1" e “B2" (psicotrópicos), "C2" (retinóides para uso b) a Autoridade Sanitária fornecerá a Ficha Cadastral do
sistêmico) e "C3" (imunossupressores), do Regulamento profissional para o portador, que deverá ser identificado
Técnico aprovado pela Portada SVS/MS n.º 344/98 e de pela sua Carteira de Identidade (R.G.) ou outro
suas atualizações. (Revogado, unicamente no que se documento equivalente;
refere à substância Talidomida, pela Resolução – RDC nº c) a referida ficha deve ser preenchida e assinada pelo
11/2011. profissional, reconhecida a assinatura em cartório;
Art. 66 Os profissionais médicos, médicos-veterinários e d) portador deve devolver a Ficha acompanhada da cópia
cirurgiões-dentistas que forem utilizar Notificações de dos seguintes documentos: Carteira do CRM, CRO ou
Receitas, devem procurar a Autoridade Sanitária da CRMV, comprovante de endereço residencial ou do
localidade do consultório ou da instituição, para consultório podendo ser uma conta de luz ou telefone e
preencher a ficha cadastral. carimbo, com os dados: nome e endereço completo do
Art. 67 O talonário de Notificação de Receita "A" profissional;
(ANEXO IX constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e) portador deve assinar o recebimento no verso da Ficha
será fornecido gratuitamente aos profissionais e Cadastral.
instituição ou unidade hospitalar, para a prescrição de
medicamentos a base de substâncias constantes das listas 4.1.1.2. DA DISTRIBUIÇÃO DO TALONÁRIO "A"
"A1" e "A2" (entorpecentes), "A3" (psicotrópicas) PARA INSTITUIÇÃO OU UNIDADE HOSPITALAR
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas Art. 71 O talonário de Notificação de Receita "A", para
atualizações. instituição ou hospitais, clínicas, pode ser retirado pelo
Art. 68 No ato da entrega do talonário de Notificação de diretor clínico ou por pessoa indicada por ele, para
Receita "A", o profissional ou diretor clínico ou a pessoa prescrição de pacientes em tratamento ambulatorial ou
por eles autorizada deve estar de posse do carimbo de em alta hospitalar.
identificação do profissional ou instituição. A Autoridade Art. 72 O talonário de Notificação de Receita "A" da
Sanitária deve em todas as folhas do talonário apor o instituição somente pode ser utilizado por médicos do
carimbo no campo "Identificação do Emitente". corpo clínico da instituição ou hospital e somente neste
local.
4.1.1. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "A" Art. 73 A guarda do talonário da Notificação de Receita
4.1.1.1. DA DISTRIBUIÇÃO DA NOTIFICAÇÃO DE "A" e a distribuição aos profissionais do hospital ou
RECEITA "A" PARA PROFISSIONAIS instituição deve ficar sob a responsabilidade do diretor
Art. 69 A Autoridade Sanitária deve organizar um clínico ou de quem ele indicar, podendo ser o
sistema de controle de distribuição de blocos de farmacêutico da farmácia da instituição.
Notificação de Receita "A" que pode ser em forma de
livro de escrituração, ficha manuscrita ou informatizada,
161
Art. 74 O procedimento da Autoridade Sanitária para a (neste caso deverá ser registrado Boletim de Ocorrência
entrega dos talonários para hospitais ou instituições deve Policial -B.O.) devem ser anotadas no campo de
ser o mesmo estabelecido para os profissionais. observação da Ficha Cadastral.

4.1.2. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" E DA 4.1.2.2. DA ENTREGA, PARA TERCEIROS, DA


NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL NUMERAÇÃO PARA CONFECÇÃO DA
4.1.2.1. DA DISTRIBUIÇÃO DA NUMERAÇÃO NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" E/O
PARA CONFECCIONAR NOTIFICAÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL
RECEITA "B" E NOTIFICAÇÃO DE RECEITA Art. 80 A cada solicitação o portador deve:
ESPECIAL. a) estar devidamente autorizado por escrito, pelo
Art. 75 O profissional deve retirar a numeração para a profissional prescritor;
confecção do talonário de Notificação de Receita "B" b) estar munido do documento de identificação pessoal
(ANEXO XI constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98) e (R.G./C.I.C.);
da Notificação de Receita Especial (Retinóides e c) portar o carimbo do profissional prescritor;
Imunossupressores - ANEXOS XII e XIII constantes da d) assinar, na presença da Autoridade Sanitária, no
Portaria SVS/MS n.º 344/98) junto a Autoridade campo específico da Ficha Cadastral do profissional ou
Sanitária da localidade do consultório ou da instituição, da instituição ou do hospital o recebimento do talonário
para a prescrição de medicamentos a base de substâncias ou da numeração concedida.
constantes das listas "B1" e "B2" (psicotrópicos), "C2"
(retinóides de uso sistêmico) e da lista "C3" 4.1.3. DO PREENCHIMENTO DAS NOTIFICAÇÕES
(imunossupressores) da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de DE RECEITAS
suas atualizações. Art. 81 Campos de preenchimento exclusivos do
Parágrafo único. A numeração do talonário da prescritor:
Notificação de Receita Especial (Lista "C3" - a) identificação do emitente: no local correspondente à
imunossupressoras da Portaria SVS/MS n.º 344/98) para identificação do emitente deve constar devidamente
Talidomida, será distribuída pela Autoridade Sanitária impressos, o nome, endereço e inscrição do profissional
local e confeccionado as expensas do serviço público. no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade
Art. 76 A Autoridade Sanitária deve organizar um da Federação ou o nome do estabelecimento ou da
sistema de controle de distribuição da numeração para os instituição com o endereço completo;
talonários de Notificação de Receita "B" e Notificação de b) assinatura do médico, cirurgião-dentista ou médico-
Receita Especial para Retinóides, que pode ser em forma veterinário: neste espaço deverá conter a assinatura do
de livro de escrituração, ficha manuscrita ou profissional prescritor. Quando os dados do profissional
informatizada. estiverem devidamente impressos no campo do emitente,
Art. 77 Cabe à Autoridade Sanitária: este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No
- controlar e distribuir a numeração para confecção do caso de o profissional pertencer a uma instituição ou
talonário de Notificação de Receita "B" e Notificação estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura
de Receita Especial (Retinóides e Talidomida); com carimbo, constando a inscrição no Conselho
- fornecer modelo das Notificações para o profissional Regional ou manuscrita, de forma legível;
ou instituição; c) paciente: nome e endereço completo do paciente e, no
- completar os campos que competem à Autoridade caso de uso veterinário, nome e endereço completo do
Sanitária da Requisição da Notificação de Receita em proprietário e identificação do animal;
2 (duas) vias, (ANEXO VI constante da Portaria d) numeração: deverá ser numerada em ordem
SVS/MS n.º 344/98) e arquivar a 2ª via; cronológica devidamente impressa conforme numeração
- anotar no livro ou ficha de registro da Autoridade concedida pela Autoridade Sanitária.
Sanitária, a numeração concedida; Art. 82 Campos de preenchimento exclusivos do
- orientar o profissional ou a pessoa responsável pela Fornecedor:
retirada da numeração que a 1ª via da Requisição que a) identificação do comprador: nome e endereço
deve ser encaminhada à gráfica para confecção do completo do comprador, número do R.G., órgão
talonário de Notificação de Receita e devolvida ao expedidor e telefone quando houver;
profissional juntamente com os talonários b) identificação do fornecedor: o responsável pelo
confeccionados. atendimento, deve utilizar o carimbo de identificação do
Art. 78 A numeração de todas as Notificações deve ser estabelecimento contendo o C.N.P.J./C.G.C., nome e
composta de oito dígitos assim constituídos: endereço completo, datar e colocar seu nome de forma
a) os dois primeiros dígitos representarão o código da legível abaixo do carimbo de identificação do
Autoridade Sanitária Estadual; estabelecimento;
b) os seis dígitos subsequentes, correspondem à c) identificação da quantidade aviada ou número de
numeração seqüencial fornecida ao profissional ou à registro: a farmácia ou drogaria deve ter um carimbo
instituição. próprio (ANEXO IX) e anotar no verso da Notificação de
Art. 79 As anotações de mudança de endereço, suspensão Receita a quantidade dispensada e quando tratar-se de
da entrega de talonários, ou ocorrência de roubo ou furto
162
formulações magistrais, o número de registro da receita (anti-retrovirais) quando prescritas por médico-
no livro de receituário. veterinário ou cirurgiões-dentistas.
Art. 83 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) Art. 87 A Receita contendo substâncias das listas "C1"
Art. 84 O profissional médico, médico-veterinário e (outras substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5"
cirurgião-dentista prescreverá em Receita de Controle (anabolizantes) conterá a quantidade para tratamento de
Especial em 2 (duas) vias ou receita comum (ANEXO no máximo de 60 (sessenta) dias ou, no máximo, 3 (três)
XVII constante da Portaria n.º 344/98 – SVS/MS), em substâncias constantes das listas mencionadas "C1"
duas vias, sendo a 1ª via retida pela farmácia ou drogaria (outras substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5"
e a 2ª via do paciente, substâncias constantes das listas (anabolizantes) ou 3 (três) medicamentos que contenham
"C1" (outras substâncias sujeitas ao controle especial), substâncias constantes das listas; "C1" (outras
"C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes), da Portaria substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5"
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, e referentes (anabolizantes); 5 (cinco) substâncias constantes da lista
adendos : "C4" (anti-retrovirais) ou medicamentos que as
1) da lista "A1" (entorpecentes); contenham.
2) da lista "A2" (entorpecentes); § 1º Cada Receita pode conter a quantidade máxima para
3) da lista "B1" (psicotrópicas); um tratamento de 60 (sessenta) dias.
4) ou medicamentos que as contenham, desde que sejam § 2º A quantidade dos medicamentos com a ação
observadas as dosagens, cor e dizeres da tarja apostos nas antiparkinsoniana e anticonvulsivante pode ser prescrita
embalagens, rótulos e bulas. para até 6 (seis) meses de tratamento.

Art. 85 A Receita de Controle Especial ou receita 4.3. DO PREENCHIMENTO DOS TERMOS DE


comum, válida em todo território nacional, pode ser CONSENTIMENTO DE IMUNOSSUPRESSORES
manuscrita, datilografada ou por sistema informatizado (TALIDOMIDA) E RETINÓIDES
ou impressa, devendo conter os dizeres abaixo: Art. 88 (REVOGADO PELA RDC 11/2011)
a) identificação do emitente – não necessita que seja
colocado em um quadrado: 4.4. DA FARMACOVIGILÂNCIA
1) nome completo do profissional ou nome da Art. 89 A Autoridade Sanitária local, deve estabelecer
instituição; mecanismos para efetuar a farmacovigilância dos
2) n.º - número da inscrição do profissional no medicamentos a base das substâncias constantes das
Conselho Regional respectivo; listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
3) UF – Unidades Federativa; atualizações, quando forem considerados de risco
4) endereço completo – rua, bairro, número, aumentado para a saúde individual ou coletiva.
telefone (opcional) do consultório ou da residência do Parágrafo único. Fica instituído o modelo de ficha de
profissional ou da clínica, hospital, outro quando for farmacovigilância para os medicamentos retinóides de
caso; uso sistêmico (ANEXO X) e a Autoridade Sanitária
5) cidade – nome completo da cidade; poderá adotar o formulário de notificações de Reações
Adversas (ANEXO XI).
b) prescrição:
1. paciente – nome completo do paciente; 4.5. DA DESTINAÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO
2. endereço – nome da rua, bairro, n.º , cidade, UTILIZADOS
unidade federativa; Art. 90 Quando, por qualquer motivo, for interrompida a
3. prescrição – uso, fórmula ou nome do administração de medicamentos a base de substâncias
medicamento, dosagem, quantidade, posologia ou modo constantes das listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de
de usar; suas atualizações, o prescritor e/ou a Autoridade
4. data – dia, mês e ano; Sanitária local devem recomendar ao paciente ou seu
5. assinatura – o profissional deve usar sua rubrica responsável que façam a entrega destes medicamentos no
usual. Órgão competente de Vigilância Sanitária. A Autoridade
Sanitária emitirá um documento comprobatório do
c) identificação do comprador e do fornecedor: os dados recebimento e, posteriormente, dará o destino
constantes destes campos podem ser apostos mediante conveniente (inutilização ou doação).
carimbo e devidamente preenchidos pela farmácia ou
drogaria. CAPÍTULO V
§ 1º A validade da receita é de 30 (trinta) dias, a partir da DA ESCRITURAÇÃO
data do preenchimento. 5.1. DOS LIVROS
§ 2º Fica dispensada o uso do carimbo contendo o nome Art. 91 Todo estabelecimento que exercer quaisquer das
do profissional e de sua inscrição no respectivo Conselho atividades descritas no artigo 62 da Portaria SVS/MS n.º
Regional, para identificar a assinatura, quando estes 344/98, deve escriturar e manter para efeito de
dados estiverem constando do campo do emitente. fiscalização e controle, os livros conforme descritos
Art. 86 Fica proibida a dispensação das receitas com abaixo, sendo necessário Termo de Abertura e
substâncias ou medicamentos constantes da lista "C4" Encerramento realizado pela Autoridade Sanitária local.
163
Parágrafo único. Excetua-se da obrigação da escrituração d) nome do técnico responsável pela dispensação;
de que trata este capítulo, as empresas que exercem e) CID da doença;
exclusivamente a atividade de transportar. f) quantidade de comprimidos.
Art. 92 Livro de Receituário Geral: é o livro que se II. Este livro deve permanecer na unidade de dispensação
destina ao registro de todas as receitas aviadas em do medicamento Talidomida pelo período de 10 (dez)
farmácias. anos, após o seu encerramento.
§ 1º O registro no livro obedecerá a ordem seqüencial de III. Livro de Registro Específico da Talidomida: destina-
recebimento da receita. A farmácia ao receber a receita se a anotação em ordem cronológica de estoque de
médica, numerará a mesma através de carimbo ou entradas (por aquisição ou produção) e saída (por venda,
etiqueta. processamento ou uso) e perdas. Este livro e demais
§ 2º O registro deve conter os seguintes dados: documentos (Notas Fiscais, Guias de Remessa ou
a) n.º de ordem da receita; Notificações de Receitas) devem ser mantidos pelo
b) data do aviamento; período de 5 (cinco) anos, findo o qual poderão ser
c) nome e endereço do paciente; inutilizados.
d) nome do médico e número do CRM; § 6º Para efetuar a autenticação dos livros de registros, a
e) descrição da formulação contendo todos os Autoridade Sanitária deverá verificar se:
componentes e concentrações; a) o estabelecimento está devidamente licenciado;
f) visto do Responsável Técnico, ou de seu substituto; b) se houve recolhimento da taxa correspondente, se for o
g) data da dispensação. caso.
Art. 93 Livros de Registro Específico (ANEXO XVIII 5.2. DO TERMO DE ABERTURA E
constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98): é o livro ENCERRAMENTO DOS LIVROS
destinado ao registro da movimentação de estoque de Art. 94 Os livros de registros específicos devem ser
substâncias e medicamentos entorpecentes, psicotrópicos escriturados manuscritos ou por sistema informatizado,
e outras de controle especial que fazem parte das listas desde que atendam aos dados estabelecidos no modelo do
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas ANEXO XVIII da Portaria SVS/MS n.º 344/98,
atualizações. Serão necessários os seguintes livros de previamente submetido à análise e aprovação da
registros específicos: Autoridade Sanitária a quem compete, também,
§ 1º Livro para as substâncias constantes das listas "A1" estabelecer os critérios para controle e verificação por
e "A2" (entorpecentes) e dos medicamentos que as ocasião das inspeções.
contenham. § 1º Semanalmente deve ser atualizada a escrituração dos
§ 2º Livro para as substâncias constantes das listas "A3", livros de registros específicos.
"B1" e "B2" (psicotrópicas) e dos medicamentos que as § 2º A Autoridade Sanitária deve preencher e assinar o
contenham. Termo de Abertura, com as seguintes informações:
§ 3º Livro para as substâncias constantes das listas "C1" razão social;
(outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2" denominação comercial;
(retinóicas), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes) endereço completo do estabelecimento;
e dos medicamentos que as contenham. Também será finalidade a que se destina o livro de registro;
escriturado neste livro os medicamentos constantes dos número do C.N.P.J./C.G.C.;
adendos das listas "A1", "A2" (entorpecentes) e "B1" § 3º O Termo de Encerramento lavrado no verso da
(psicotrópicos), cuja prescrição se dá com retenção da última folha numerada, deve conter os mesmos dados §
Receita de Controle Especial em 2 (duas) vias. 2º do artigo 94 e a quantidade de folhas escrituradas.
§ 4º Os documentos abaixo descritos são documentos § 4º O Termo de Encerramento só pode ser preenchido
hábeis para a escrituração: após o uso ou finalização do livro.
a) entrada: Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura, ou Art. 95 Em caso de estabelecimentos que possuem matriz
documento equivalente da Instituição Pública; e filiais, cada um de seus estabelecimentos deve possuir
b) saída: Receitas, Notificações de Receitas "A", "B" e livros para a devida escrituração.
Especial, Prescrição Diária de Medicamentos ou Receitas Art. 96 No caso de um estabelecimento optar pelo
privativas da Unidade Hospitalar; registro informatizado, os responsáveis devem criar um
c) perdas: justificativa da perda - (vencidos, quebra, programa e solicitar por escrito à Autoridade Sanitária
extravio (Boletim de Ocorrência Policial), perda no local, substituição do livro oficial pelo sistema
processo, requisição para amostra do Controle de informatizado. O formulário contínuo deve seguir a
Qualidade, Termo de Inutilização expedido pelo Órgão ordem numérica consecutiva, reiniciando a cada
competente de Vigilância Sanitária. encerramento.
§ 5º (REVOGADO PELA RDC 11/2011) Art. 97 Quando da solicitação por parte do
I. O Livro de Registro de Notificação de Receita Especial estabelecimento da abertura dos livros por sistema
da Talidomida deve conter os seguintes dados, informatizado, a autoridade sanitária deve avaliar as
registrados em ordem cronológica: informações nele contidas e deferir ou não a solicitação.
a) data da dispensação; Art. 98 Na escrituração, manuscrita ou informatizada o
b) nome, idade e sexo do paciente; campo "Histórico" dos livros de registros específicos
c) nome do médico e número do CRM; (entorpecentes, psicotrópicos e outras substâncias sujeitas
164
a controle especial) deve ser preenchido, no mínimo, com requisitar cópia dos relatórios previstos no artigo
os seguintes dados: anterior.
a) farmácias - com a numeração seqüencial do livro de
registro geral; número da Nota Fiscal; número da CAPÍTULO VI
requisição de amostras de análise de controle de DO BALANÇO
qualidade; Art. 103 As farmácias, inclusive a hospitalar, indústria
b) drogaria - com o número da Notificação de Receita; farmoquímica, importador, distribuidor e indústria ou
nome e endereço do paciente; ou numeração interna laboratório farmacêutico que manipule, produzam,
definida pelo estabelecimento; número da Nota Fiscal; fabriquem e/ou distribua substâncias entorpecentes (listas
c) unidade de saúde/hospitalar – receita com a numeração "A1" e "A2"), psicotrópicas (listas "A3", "B1" e "B2"),
definida pelo estabelecimento ou número do prontuário precursoras ("D1") e outras sujeitas a controle especial
e/ou da prescrição médica; número da Nota Fiscal ou ("C1", "C2", "C3", "C4" e "C5"), excetuando-se insumos
equivalente. químicos constantes da lista "D2", devem entregar os
d) indústria - número da Nota Fiscal; número da ordem Balanços Trimestrais e Anuais de Substâncias
de fabricação ou produção; número da requisição de Psicoativas e Outras Sujeitas a Controle Especial -BSPO
amostras destinadas ao controle de qualidade e amostra (ANEXO XX constante da Portaria SVS/MS Nº 344/98).
de retenção; (Redação dada pela Resolução – ( REDAÇÃO DADA
e) distribuidor/importador - número da Nota Fiscal; PELA RDC 13/2009)
número da ordem de fracionamento; número da § 1º Os balanços trimestrais devem ser manuscritos de
requisição de amostra para análise de controle de forma legível ou preenchidos por sistema informatizado,
qualidade e amostra de retenção. conforme modelo do BSPO, e deverão ser entregues até o
Art. 99 O estabelecimento pode optar por suprimir a dia 15 (quinze) dos meses de janeiro, abril, julho e
coluna "Observação", desde que as eventuais outubro. Os balanços anuais devem ser entregues até o
observações sejam impressas logo após o registro dos dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada ano. ( REDAÇÃO
dados, no final de cada folha (rodapé). O estabelecimento DADA PELA RDC 13/2009)
pode optar em manter a coluna "Observação" para inserir § 2º Os Balanços trimestrais e anuais deverão ser
(manuscrita ou não) informações após a emissão do entregues no Órgão competente de Vigilância Sanitária
formulário contínuo, com a devida autenticação pelo em 3 (três) vias, conforme a seguinte destinação:
farmacêutico ou responsável técnico do estabelecimento. ( REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
Art. 100 Deve ser efetuada a autenticação prévia no 1ª via: a empresa ou estabelecimento deve remeter à
"Termo de Abertura" para os livros dos produtos Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA;
controlados em formulário contínuo, recolhendo as taxas 2ª via: retida pela Autoridade Sanitária Estadual;
correspondentes ao número de folhas autorizadas. Ao 3ª via: retida na empresa como comprovante da entrega.
término do preenchimento da quantidade de folhas § 3º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior as
autorizadas no "Termo de Abertura", o responsável farmácias de manipulação as quais deverão entregar o
técnico deve providenciar o encaminhamento à BSPO em apenas 2 vias, sendo a 1ª via retida pela
autoridade sanitária local assinaturas no "Termo de Autoridade Sanitária Estadual e a 2ª via deverá ser retida
Encerramento". As folhas devem estar numeradas. na empresa como comprovante da entrega.
Art. 101 O programa informatizado da § 4º Quando as ações de vigilância sanitária estiverem
empresa/estabelecimento deve permitir a Visualização / descentralizadas, a 2ª via deverá ser entregue somente à
Impressão de Relatórios, para: Autoridade Sanitária local.
a) livro de registro geral; Art. 104 Balanços Trimestral e Anual de Medicamentos
b) livro de registro específico de substâncias e Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle Especial –
medicamentos entorpecentes; BMPO (ANEXO XXI constante da Portaria SVS/MS n.º
c) livro de registro específico de substâncias e 344/98) – os estabelecimentos devem preencher o BMPO
medicamentos psicotrópicos; trimestralmente e anualmente. As farmácias e drogarias
d) livro de registro específico de substâncias e que comercializam medicamentos à base de substâncias
medicamentos sujeitos a controle especial; constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3" e
e) cadastro dos compradores e dos fornecedores; "B2" (psicotrópicos) e "C4" (anti-retrovirais),
f) cadastro dos prescritores e dos pacientes; manuscritos de forma legível, datilografados ou por
g) cadastro das substâncias e/ ou medicamentos; sistema informatizado.
h) controle de estoque. § 1º O balanço trimestral deve ser apresentado à
Art. 102 Esse programa deve fazer parte do sistema Autoridade Sanitária local (quando as ações de
dotado de outros recursos, tais como opções de consulta, Vigilância Sanitária estiverem descentralizadas) ou
emissão de relatórios, produção de cópia de segurança e Estadual ou do Distrito Federal até o dia 15 (quinze) dos
restauração de dados. Todos os dados devem estar meses de janeiro, abril, julho e outubro em 2 (duas) vias.
disponíveis para a Autoridade Sanitária competente no § 2º O balanço anual deve ser apresentado até o dia 31
momento da inspeção. Sempre que necessário, e (trinta e um) de janeiro do ano subsequente, em 2 (duas)
devidamente justificado, a Autoridade Sanitária pode vias. Após o carimbo da Autoridade Sanitária, o destino
das vias do balanço BMPO será:
165
1ª via: retida pela Autoridade Sanitária; Art. 111 A rotulagem dos medicamentos industrializados
2ª via: retida na farmácia ou drogaria. que contêm substâncias das listas do Regulamento
Art. 105 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS n.º 344/98,
Art. 106 A Relação Mensal das Notificações de Receitas devem obedecer às cores da tarja e às advertências
"A" - RMNRA (ANEXO XXIV constante da Portaria estabelecidas no referido Regulamento Técnico, sem
SVS/MS n.º 344/98), deve ser encaminhada pelas prejuízo do disposto na Lei n.º 6.360/76, Decreto n.º
farmácias e drogarias em 2 (duas) vias às Autoridades 79.094/77, obedecendo também, a aprovação dos dizeres
Sanitárias Estaduais, Municipais ou do Distrito Federal, pelo Órgão competente do Ministério da Saúde, quando
acompanhadas das Notificações de Receitas "A" e da tratar de medicamentos de "Uso restrito Hospitalar" e
justificativa quando as quantidades estiverem acima do demais normas legais vigentes.
previsto na Portaria SVS/MS n.º 344/98 ou quando for de Parágrafo único. No caso de medicamentos destinados, a
outra Unidade Federativa. amostra grátis, a embalagem além do disposto no caput
§ 1º A Autoridade Sanitária carimbará as vias da Relação deste artigo deve constar a expressão em destaque
Mensal das NRA, retendo a 1ª via. A 2ª via ficará no "Amostra Grátis" - "Tributada".
estabelecimento como comprovante da entrega. A Art. 112 As farmácias que manipulam substâncias
devolução das Notificações de Receitas se dará no prazo constantes das listas do Regulamento Técnico devem
de 30 (trinta) dias com a apresentação da 2ª via. possuir etiquetas para utilização nas embalagens das
§ 2º Recebida a Notificação de Receita "A", a Autoridade formulações magistrais contendo as mesmas cores e
Sanitária procederá a investigação e averiguação dizeres de advertência estabelecidos no Regulamento
pertinentes ao preenchimento, ao uso e venda corretos do Técnico para os medicamentos industrializados.
medicamento, visando um diagnóstico da incidência da
prescrição dos medicamentos. CAPÍTULO VIII
§ 3º Em caso de desvio ou uso irregular de medicamentos DA RESPONSABILIDADE
ou talonário, a Autoridade Sanitária elaborará relatório 8.1. DA BAIXA DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
contendo informações precisas e claras sobre o Art. 113 Para se desligar da Responsabilidade Técnica, o
levantamento das Notificações de Receitas, informando farmacêutico deve apresentar à Autoridade Sanitária
inclusive o nome das farmácias ou drogarias envolvidas. local um levantamento de estoque das substâncias e dos
§ 4º Este relatório, de caráter sigiloso, deve ser medicamentos que as contenham constantes das listas da
protocolizado no Órgão competente de Vigilância Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações até
Sanitária e encaminhado cópia para os órgãos de classe seu último dia de trabalho naquele estabelecimento.
dos profissionais envolvidos e aos órgãos dos Ministérios
da Saúde e da Justiça, para que sejam tomadas as 8.2. DA ADMISSÃO DE NOVO RESPONSÁVEL
medidas cabíveis conforme legislação vigente. TÉCNICO
Art. 108 Este mapa deve ser apresentado até o dia 15 Art. 114 No caso de admissão de novo responsável
(quinze) dos meses de janeiro, abril, julho e outubro, em técnico, o mesmo após estar de posse do Termo de
3 (três) vias. Após o visto da Autoridade Sanitária, o Responsabilidade, assinado junto à Autoridade Sanitária
destino das vias será: local, deve assinar o livro de registro específico, logo
1ª via: retida pela Autoridade Sanitária; abaixo da assinatura do responsável técnico anterior,
2ª via: a farmácia da unidade de saúde encaminhará para identificando-a e datando.
a Coordenação Estadual dos Parágrafo único. O novo responsável técnico deve
respectivos programas; apresentar o Balanço das substâncias e dos
3ª via: retida na unidade de saúde. medicamentos que as contenham objeto da Portaria
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações , quando for
CAPÍTULO VII solicitado pela Autoridade Sanitária local.
DA EMBALAGEM
Art. 109 A comercialização por drogaria dos 8.3. DO ENCERRAMENTO DE ATIVIDADES
medicamentos à base de substâncias constantes das listas Art. 115 No caso de encerramento de atividades dos
da Portaria SVS/MS n.º 344/98, e de suas atualizações, estabelecimentos, objeto desta Instrução Normativa, deve
deve ser feita em suas embalagens originais, intactas e ser adotado um dos seguintes procedimentos, no que se
invioláveis. refere às listas das substâncias e medicamentos que as
§ 1º Não será permitido em drogarias o fracionamento contenham, constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98e
das embalagens dos medicamentos de que trata o caput de suas atualizações:
deste artigo. § 1º Entrega das substâncias e/ou medicamentos ao
§ 2º No caso dos medicamentos na forma farmacêutica Órgão competente de Vigilância Sanitária: o
injetável, a dispensação poderá ser feita de acordo com o estabelecimento elaborará um documento em 2 (duas)
número de unidades constante da prescrição. vias que contenha informações cadastrais do mesmo,
Art. 110 O fracionamento somente será permitido em relação das substâncias e/ou medicamentos com as
farmácias, inclusive as hospitalares ou de dispensação respectivas quantidades, apresentações, lotes e prazo de
pública, quando realizado por farmacêutico e obedecidas validade. A primeira via deverá ficar retida no Órgão
as disposições da legislação específica. competente de Vigilância Sanitária e a segunda via
166
carimbada devolvida ao estabelecimento como 9.1.3. DA PRIMEIRA AQUISIÇÃO
comprovação de recebimento; Art. 122 O profissional ou dirigente do serviço médico
§ 2º Transferência das substâncias e/ou medicamentos deve preencher a Notificação de Receita para cada
para outro estabelecimento: deve ser feita através de Nota medicamento entorpecente e/ou psicotrópico, constando
Fiscal, devidamente visada pela Autoridade Sanitária no campo destinado ao nome do paciente, "Maleta de
local do remetente. Não será permitida a transferência Emergência", e no campo destinado ao endereço do
através de Nota Fiscal ao consumidor. paciente, o "Endereço Profissional", bem como nome do
Art. 116 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou medicamento, sua concentração, data, carimbo e
do Distrito Federal que receber as substâncias e/ou assinatura do profissional e a quantidade a ser
medicamentos de que trata o § 1º do artigo 115 desta inicialmente adquirida.
Instrução Normativa, poderá doar os mesmos aos Parágrafo único. A Autoridade Sanitária local deve
estabelecimentos da rede pública de saúde, seguindo os avaliar a solicitação e, verificada a pertinência, autorizar
ritos estabelecidos pela legislação sanitária em vigor. A a aquisição em farmácia ou drogaria através do visto no
referida doação deve ser escriturada nos livros de verso de cada Notificação de Receita.
registros correspondentes.
9.1.4. DA REPOSIÇÃO
CAPÍTULO IX Art.123 A reposição dos medicamentos da "Maleta de
DA MALETA DE EMERGÊNCIA Emergência" se fará através de aquisição em farmácia ou
Art. 117 Maleta de Emergência é o utensílio destinado à drogaria, mediante apresentação de Notificação de
guarda, com segurança, de medicamentos psicotrópicos Receita devidamente preenchida com a quantidade
e/ou entorpecentes para aplicação em casos específicos administrada na emergência, contendo o nome e
e/ou de emergência, destinados aos profissionais endereço completos do paciente ou nome e endereço
médicos, médicos-veterinários e cirurgiões-dentistas não completos do proprietário e identificação do animal, no
vinculados a clínicas ou unidades hospitalares, serviços caso de médico-veterinário.
médicos e/ou ambulatoriais que não possuam Parágrafo único. Somente será autorizada a aquisição de
Dispensário de Medicamentos; ou ainda, ambulância, medicamentos para a "Maleta de Emergência" aos
embarcações e aeronaves. profissionais cadastrados pelo Órgão competente de
Art. 118 Cabe a Autoridade Sanitária Estadual, Vigilância Sanitária.
Municipal ou do Distrito Federal autorizar e controlar o
estoque inicial e os suprimentos posteriores da maleta de CAPÍTULO X
emergência. DO CADASTRO DE ESTABELECIMENTOS
Art. 119 A quantidade de medicamentos permitidos na Art. 124 Deverão requerer o cadastro junto da Autoridade
maleta de emergência será definida pela Autoridade Sanitária local, com os documentos abaixo relacionados,
Sanitária local mediante prévia solicitação do os estabelecimentos hospitalares que utilizam
interessado. medicamentos a base de misoprostol (lista "C1" - outras
Art. 120 Aplica-se às aeronaves e embarcações de substâncias sujeitas a controle especial da Portaria
passageiros e de cargas, ambas nacionais, o disposto no SVS/MS n.º 344/98) e as farmácias e drogaria que
artigo anterior, ficando o comandante responsável por dispensam medicamentos de uso sistêmico a base de
registrar no diário de bordo, o consumo da quantidade e substâncias da lista "C2" (retinóides) da Portaria
providenciar junto à Autoridade Sanitária local a sua SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações.
reposição, respeitando a legislação especifica. a) petição em forma de ofício, subscrita pelo responsável
§ 1º Para as embarcações e aeronaves militares, o estoque técnico;
deve ser estabelecido e controlado pelo Estado Maior das b) documento de identidade do farmacêutico ou diretor
Forças Armadas. clínico do estabelecimento;
§ 2º Em aeronaves e embarcações estrangeiras, a c) cópia da licença de funcionamento ou equivalente,
reposição do estoque, quando necessária, será feita quando trata-se de órgãos públicos;
mediante autorização da Autoridade Sanitária do d) cópia do C.N.P.J./C.G.C.;
Ministério da Saúde de Portos, Aeroportos e Fronteiras. e) relação dos medicamentos, quantidades estimadas e a
9.1. DA AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA justificativa do uso ou a venda, quando for o caso.
MALETA DE EMERGÊNCIA Parágrafo único. A Autoridade Sanitária Estadual,
9.1.2. DA SOLICITAÇÃO Municipal ou do Distrito Federal após aprovação do
Art. 121O profissional deve dirigir-se a Autoridade cadastro, deve preencher a Ficha Cadastral (ANEXO
Sanitária Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, VIII), manuscrita ou por sistema informatizado, e
para retirar 1 (um) bloco de Notificação de Receita "A" e publicar a aprovação do referido cadastro, em Diário
a seqüência numérica para impressão da Notificação de Oficial ou em jornal local.
Receita "B". No ato da retirada de talonário de Art. 125 O Cadastro estabelecido no artigo 124 poderá
Notificação de Receita "A", o profissional deve portar o ser utilizado também para os estabelecimentos
seu carimbo identificador, que será aposto no campo de veterinários com finalidade de fornecer informação em
identificação do emitente da Notificação de Receita "A". atendimento as legislações específicas.

167
CAPÍTULO XI DA DISPOSIÇÃO FINAL
DA DISTRIBUIÇÃO DE AMOSTRA GRÁTIS Art. 130 Excetua-se do caput deste artigo, os
Art. 126 Fica proibida a distribuição de amostras grátis estabelecimentos que exercem, exclusivamente,
de medicamentos a base de substâncias constantes das atividades com as substâncias constantes da lista "D2"
listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e B2 (insumos químicos) sujeitas ao controle e fiscalização do
(psicotrópicos), "C2" (retinóides de uso sistêmico), "C3" Ministério da Justiça conforme Lei n.º 9.017/95.
(imunossupressores), "C5" (anabolizantes) e o Art. 131 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou
misoprostol constante das listas "C1" da Portaria do Distrito Federal deve informar ao órgão competente
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações. do Ministério da Saúde as irregularidades encontradas
Parágrafo único. Fica igualmente proibida a distribuição nas inspeções ou em laudo de análise, sem prejuízo das
dos medicamentos constantes nos adendos das listas demais sanções penais ou do processo administrativo em
citadas no caput deste artigo. sua esfera.
Art. 127 Fica proibida a distribuição de amostras grátis Art. 132 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou
de substâncias para qualquer fim, constantes das listas do Distrito Federal poderá estabelecer procedimento
"A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" complementar de rotina em cada esfera de governo para
(psicotrópicas), "C1" (outras substâncias sujeitas a cumprir e fazer cumprir ao disposto nesta Instrução
controle especial), "C2" (retinóides de uso sistêmico), Normativa e no Regulamento Técnico estabelecido pela
"C3" (imunossupressoras), "C4" (anti-retrovirais), "C5" Portaria SVS/MS n.º 344/98.
(anabolizantes) e "D1" (precursoras) da Portaria SVS/MS
n.º 344/98 e de suas atualizações, quando não seguir as Atenção: os anexos da Portaria não foram
disposições legais do Comércio Internacional ou disponibilizados. Acessar site da ANVISA
Nacional e ao tratamento administrativo do SISCOMEX.
Art. 128 A produção anual de medicamentos constantes Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE
das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle 01.02.1999
especial) e "C4" (anti-retrovirais) destinada para
"amostra grátis" deve corresponder, no máximo, a 5 % do Revogadas as disposições aplicáveis à Lista "C4", às
total das unidades originais vendidas no comércio, substâncias e aos medicamentos antirretrovirais pela
durante o ano fiscal anterior contendo na embalagem e no Resolução – RDC nº 103, de 31 de agosto de 2016.
rótulo a expressão "tributada", em caracteres impressos
com destaque.
Art. 129 É permitida a distribuição de amostra grátis de
medicamentos contendo substâncias constantes da lista
"C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial), nas
embalagens originais, exclusivamente a médicos,
cirurgiões-dentistas e médicos-veterinários, mediante
comprovante da distribuição (ANEXO XII) devidamente
assinado pelos referidos profissionais.
§ 1º É vedada ao médico-veterinário e cirurgiões-
dentistas a distribuição de amostra grátis de
medicamentos contendo substâncias constantes da lista
"C4" (anti-retrovirais).
§ 2º As amostras grátis, de que trata o caput deste artigo,
devem corresponder, em quantidade ao número de
unidades necessárias a um tratamento do paciente, o
número de unidades da menor embalagem da
apresentação comercial do mesmo produto para venda ao
consumidor, conforme registrado no Ministério da Saúde.
§ 3º As amostras grátis, de que trata o caput deste artigo,
só podem sair da empresa fabricante ou produtora,
mediante Nota fiscal tendo como destinatários seus
funcionários que exercem a atividade de propagandista
junto aos profissionais médicos, cirurgiões-dentistas e
médicos-veterinários.
§ 4º As Notas Fiscais de distribuição de amostras grátis
devem ser registrados no livro de registro específico
correspondente da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e os
comprovantes assinados pelos profissionais, arquivados à
disposição da Autoridade Sanitária por 2 (dois) anos.

CAPÍTULO XII
168
- Comprovação de 5 (cinco) anos de exercício de
atividades em farmácia ou drogaria, com registro na
RESOLUÇÕES ESTADUAIS carteira de trabalho e previdência social (CTPS);
- Ter freqüentado curso técnico em saúde pública e
Resolução nº 21 de 1992 higiene social e/ou similar;
(DIOE de 09.04.1992) - Comprovação de residência na própria localidade do
posto de medicamento.
Norma Técnica Especial para abertura de postos de Art.5º - Não será autorizado o licenciamento de postos de
medicamentos no Estado do Paraná. medicamentos no perímetro urbano, ou metropolitano, ou
suburbano das cidades com existência de farmácia ou
O Secretário de Estado da Saúde no Paraná, no uso de drogaria , Centro de Saúde Municipal ou Estadual
suas atribuições que lhe conferem o Art. 45, inciso XIV instalados.
da Lei Estadual nº 2270 de 11 de janeiro de 1988, Art.6º - A necessidade da existência de postos de
CONSIDERANDO o disposto no Artigo nº 29 da Lei medicamentos em localidades desprovidas de
nº 5991 de 17 de janeiro de 1973, no Parágrafo Único do atendimento farmacêutico será avaliada tecnicamente
Artigo nº 17 do Decreto-Lei nº 74170 de 10 de junho de pelo serviço de Vigilância Sanitária Municipal
1974, e, juntamente com a seção de Ação sobre o Meio da
CONSIDERANDO a necessidade de constante Regional de Saúde a que pertence, atendendo os
aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de seguintes critérios:
preservação da saúde, mormente no que concerne ao I – população local - deverá ser inferior a 3.000
controle da abertura de postos de medicamentos e habitantes comprovada através de documento hábil da
controle de dispensação e uso de especialidades Prefeitura Municipal contemplando a abrangência da
farmacêuticas em geral: farmácia/drogaria ou posto de medicamentos em
municípios vizinhos.
RESOLVE: II – existência de serviços de saúde – em caso de
existência de serviços de saúde como postos de saúde
Art.1º - Aprovar a Norma Técnica Especial, relativa ao Municipal ou Estadual com serviço de assistência
controle de abertura dos postos de medicamentos no farmacêutica e médica, não poderá ser licenciado.
Estado do Paraná. III – Distância e localização – distância num raio de 10
Art.2º - O cumprimento desta Norma Técnica Especial Km de farmácia, ou drogaria, ou posto de medicamentos,
será verificado pelos Serviços Estaduais e Municipais de observado o artigo 3º.
Vigilância Sanitária. IV – Existência de outro posto de medicamentos na
Art.3º - Definição de posto de medicamentos: localidade – Não será permitida a instalação de posto de
Estabelecimento destinado exclusivamente a venda de medicamentos, em localidade onde já existe outro posto.
medicamentos industrializados em suas embalagens Art.7º - A área física mínima do estabelecimento será de
originais registrados no Ministério da Saúde e constantes 30 metros quadrados, destinada a guarda, mostruário e
da relação elaborada pelo Órgão Sanitário Federal e ou comercialização de medicamentos.
Estadual, publicada na imprensa oficial para atendimento Parágrafo 1º - As paredes deverão ser de material
a localidades desprovidas de farmácias, drogarias. resistente, impermeável, de fácil limpeza, com altura de
Art.4º - Fixar para licenciamento de postos de até 2m no mínimo, piso revestido de material resistente,
medicamentos as seguintes orientações e exigências: impermeável de fácil limpeza e desinfecção.
I – O pedido de licença deve ser requerido e subscrito Parágrafo 2º - Iluminação e ventilação adequada ao
pelo responsável, que indicará a localidade e endereço ambiente.
completo do posto de medicamento. Art.8º - Nas placas e anúncios somente será permitida a
II – Declaração de firma individual, contrato ou estatuto inserção de designação “Posto de Medicamentos”,
social designando a pessoa física responsável legalmente acrescido do nome fantasia, sendo proibida a utilização
pelo estabelecimento. de termo farmácia, drogaria ou termo similar que induza
III – Termo de Responsabilidade subscrito pelo a confusão com outros estabelecimentos.
responsável e requerente atestando que cumprirá com os Art.9º - Após instalação legal de estabelecimento
dispositivos que regem o funcionamento de postos de farmacêutico (farmácia ou drogaria), na mesma
medicamentos. localidade do posto de medicamentos ou no raio de ação
IV – Apresentar fotocópia do título de eleitor do deste, o responsável ou proprietário do posto de
responsável e proprietário, fotocópia do CPF e Carteira medicamentos terá um przo de seis (6) meses para mudar
de Identidade. de ramo comercial, extingui-lo, ou transforma-lo em
V – Apresentar fotocópia autenticada de documentos que farmácia ou drogaria, adequando-se ao disposto na Lei nº
comprove a conclusão de escolaridade – 2º grau 5991/73.
completo em escola ou instituto oficial de ensino. Art.10 – O posto de medicamentos que mudar de ramo,
VI – Comprovação de capacidade mínima necessária fechar ou se transformar em farmácia/drogaria, fica
para promover a dispensação de medicamentos: impedido de retornar à antiga estrutura.

169
Art.11 – Das atividades e comercialização dos produtos e
medicamentos: MEDICAMENTOS DE VENDA EM POSTOS DE
a) Somente poderão ser comercializados medicamentos MEDICAMENTOS
industrializados em suas embalagens originais.
b) Não será permitida a comercialização de I - Profiláticos da cárie
medicamentos injetáveis. II – Antiinfecciosos para tratamento local na boca.
c) Não poderão fazer uso de aparelhos médicos para Preparados bucais demulcentes, Antiinfecciosos e
fins de diagnóstico como esfingnomanômetro, antissépticos orais (exceto sulfas e antibióticos) para a
estetoscópio, aparelho de inalação, termômetro. garganta
d) Servir como posto de coleta de sangue ou outro III – solução isosmóticas, de cloreto de sáodio,para uso
material biológico. nasal tópico
e) É proibida a comercialização de medicamentos IV – Produtos para uso no oftálmico, com ação emoliente
psicotrópicos e entorpecentes, Portaria nº 27/86 e 28/82 – ou protetora. Soluções isosmópticas de cloreto de sódio
DIMED/MS, ou outra que vier a substituí-la. V – Produtos para uso no confuto auditivo externo, com
f) É proibida a comercializaçãom de ervas e plantas ação protetora ou anestésica, não antibióticos
medicinais por serem de comercialização privativa de VI – antiácidos simples. Antiácidos com antifiséticos ou
farmácias e ervanárias, conforme a Lei nº 5991/73. carminativos, antifiséticos simples e carminativos
g) A dispensação de medicamentos homeopáticos é VII – Hepatoprotetores
privativa de farmácias e drogarias, não sendo permitida a VIII – Laxantes suavizantes e emolientes. Laxantes
comercialização em postos de medicamentos. incrementadores do bolo intestinal
h) É proibida a presença e a comercialização de IX – Absorventes intestinais
medicamentos amostra-gratis. X – Digestivos contendo exclusivamente enzimas
Art.12 – O licenciamento será concedido em caráter XI – Suplementos dietéticos com vitaminas. Suplementos
precário e cessará desde que: dietéticos protéicos.
a) Por motivo de ordem técnica e legal, devidamente XII – Tônico e reconstituintes
comprovado, indique a necessidade de cassação da XIII – Vitamina B1, Vitamina B6, Vitamina C,
licença; Associações de Vitaminas com sais minerais e
b) O posto de medicamentos não esteja adequado aos oligoelementos
itens contidos no artigo 4º desta Resolução. XIV – Hidratantes eletrolíticos orais
c) O posto de medicamentos deixar de funcionar por XV – Preparações de ferro. Extrato hepáticos simples
mais de 30 (trinta) dias. XVI – Produtos para terapia varicosa tópica. Anti-
Art.13 – A licença especial para posto de medicamentos Hemorroidários, tópicos sem corticosteróides
sera renovada anualmente em caráter precário, devendo XVII – Emolientes e protetores da pele e mucosas.
ser requerida nos primeiros 30 dias de cada exercício e Ceratolíticos e ceratoplásticos. Agentes cicatrizantes,
concedida desde que verificadas as condições técnicas, adstringentes e rubefacientes. Antissépticos e
sanitárias do estabelecimento, através de inspeção. desinfetantes, curativos medicamentosos.
Art.14 – A alteração de endereço, razão social ou nome XVIII – Antissépticos tópicos ginecológicos
fantasia depende da autorização prévia e expressa do XIX – Antissépticos urinários simples, exceção à base de
Órgão Sanitário competente do município em conjunto sulfas
com o Estado. XX – Anti-helminticos de trato gastrintestinal
Art.15 – Os casos omissos serão liberados pelo setor XXI – Analgésicos e antitérmicos com sais e derivados
competente da Secretaria de Estado da Saúde. do Ácido Acetil Salicílico e do Para-Aminofenol
Art.16 – O posto de medicamentos que tenha a sua (Paracetamol)
licença sanitária expedida até a data de publicação desta XXII – Balsâmicos e mucolíticos. Ungüentos percutânes.
Norma Técnica, terá seus direitos garantidos desde que: Inalantes tradicionais, não associados a antibióticos.
a) Cumpram o disposto tipificado neste documento XXIII – Anti-inflamatórios e anti-reumáticos tópicos
legal, no que se refere ao comércio farmacêutico, XXIV – Antiespasmódios – contendo Papaverina,
instalação de farmácia dentro da área de abrangência do Atropa, Beladona, Metropina, Metil-Brometo de
Posto bem como outras determinações. Homatropina, exceção os produtos associados à dipirona
Art.17 – Os postos de medicamentos por sua XXV – antibióticos tópicos cutâneos contendo
característica singular, terão uma lista básica de Bacitracina, Neomicina
medicamentos permitidos à comercialização, conforme XXVI – Colírios descongestionantes, Antissépticos
Art. 29 e Art. 30 da Lei nº 5991/73, Anexo I. contendo Ácido Zinco, Azul de Metileno, Cloridrato de
Art.18 – Os postos de medicamentos existentes até a data Tetracaína, Colírio Anestésico
de edição e publicação desta Resolução terão um prazo XXVII – Produtos de Higiene Pessoal e de Beleza
de 12 (doze) meses, para atualização frente as novas XXIII – Correlatos como fita-crepe, gaze, esparadrapo,
determinações contidas nesta Norma Técnica. cotonetes, seringas e agulhas descartáveis e
Art.19 – Revogam-se os dispositivos em contrário. preservativos.

ANEXO Nº 01 DA RESOLUÇÃO Nº 21/92.


170
Este texto não subtitui o publicado do DIOE de
09.04.1992

171
Resolução nº 81, de 01/09/1992

Produtos farmacêuticos e correlatos que poderão ser


comercializados pelos estabelecimentos em
supermercados e similares.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, no


uso de suas atribuições que lhe conferem o artigo 45,
inciso XIV, da Lei Estadual nº 8485, de 03 de junho de
1987 e o artigo 9º, inciso XVI, do Decreto Estadual nº
2270, de 11 de janeiro de 1988.

CONSIDERANDO a necessidade constante do


aperfeiçoamento das ações de preservação da Saúde
Pública, tendo em vista a comercialização indiscriminada
de medicamentos para uso humano e veterinário em
estabelecimentos que comercializam alimentos:
Supermercados e Similares, e atendendo ao artigo 6º da
Lei nº 5991/73, que dispõe sobre o controle sanitário do
comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos,

RESOLVE:

1. Definir a relação de produtos farmacêuticos e


correlatos que poderão ser comercializados naqueles
estabelecimentos citados, objetivando orientar as
Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal. São os
seguintes:

- Água Oxigenada;
- Algodão;
- Ataduras;
- Bandagens;
- Compressas;
- Cotonetes;
- Curativos Protetores;
- Esparadrapos;
- Gazes;
- Herbromina (solução);
- Merthiolate (solução); e,
- Vaselina.

2. Proibir a comercialização dos demais


medicamentos e correlatos, nos estabelecimentos acima
citados.
3. As pessoas físicas e jurídicas que extrapolares a
relação aqui definida serão enquadrados na Lei nº
6437/77.
4. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE, em


CURITIBA, 01 de setembro de 1992.

Nizan Pereira
SECRETÁRIO DA SAÚDE DO PARANÁ

Este texto não subtitui o publicado do DIOE de XXXX


172
Resolução nº 225 de 15/04/1999 NORMA TÉCNICA QUE ESTABELECE A
(D.O.E de 11.05.99) OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO DE
BALANÇOS DE SUBSTÂNCIAS E
Aprovar Norma Técnica que determina aos MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias ESPECIAL CONSTANTES DAS LISTAS DA
hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a PORTARIA 344/98 (NORMA TÉCNICA) SVS/MS E
obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de DAS SUAS ATUALIZAÇÕES
Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle
Especial (BMPO). Artigo 1º - Os estabelecimentos farmacêuticos:
farmácias, drogarias (retirado pela Resolução 590/14),
O Secretário de Estado da Saúde, no uso de suas farmácias hospitalares, clínicas médicas e veterinárias,
atribuições conferidas pelo artigo 45, inciso XIV da Lei ficam obrigados a apresentar o Balanço de Medicamentos
Estadual nº 8485 de 3 de junho de 1987 e o artigo 9, Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle Especial -
inciso XV e XVI do Decreto Estadual nº 2270, de 11 de BMPO - conforme modelo (ANEXO I).
janeiro de 1988, considerando o disposto: Obs: farmácias e drogarias deverão atender ao
Na Lei nº 6368 de 21/10/76; preconizado em legislação vigente no que se refere ao
na Portaria 344/98 SVS/MS, de 12/05/98, publicada no cadastro e regularização junto ao Sistema Nacional de
DOU de 15/05/98 e republicada nos DOU de 19/05/98, Gerenciamento de Produtos Controlados
31/12/98 e 01/02/99; nos artigos 88 e 97 da Portaria (SNGPC)/ANVISA.
344/98 SVS/MS.
Artigo 2º - Devem fazer parte do BMPO os
RESOLVE: medicamentos que contenham substâncias das listas
“A1” e “A2” (entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2”
Artigo 1º - Aprovar Norma Técnica que determina aos (psicotrópicos), “C1” (Outras Substâncias Sujeitas a
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias Controle Especial), “C2” (retinóides de uso sistêmico),
hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a “C4” (anti-retrovirais) e “C5” (anabolizantes).
obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de Parágrafo 1º - A entrega dos balanços trimestrais deve
Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle ocorrer até os dias 15 dos meses de abril, julho, outubro e
Especial (BMPO). janeiro (correspondente ao 1º, 2º, 3º e 4º trimestres
Artigo 2º - Esta Norma Técnica define a periodicidade, a respectivamente). A entrega do balanço anual deve
data de apresentação, o número de vias e as listas da ocorrer até o dia 31 de janeiro do ano subsequente.
Portaria 344/98 SVS/MS cujos medicamentos Parágrafo 2º - Ao receber o BMPO trimestral ou anual a
obrigatoriamente devem compor o BMPO. Autoridade Sanitária local deve preencher o campo
Artigo 3º - Esta Norma Técnica esclarece também sobre “recebido por”, datando e assinando. Posteriormente,
a apresentação do Balanço de Substâncias Psicoativas e quando da conferência, deve preencher o campo
Outras Sujeitas a Controle Especial (BSPO) e a Relação “conferido por” datando e assinando.
Mensal de Vendas (RMV) - documentos de apresentação Parágrafo 3º - O BMPO deve ser apresentado em 2
obrigatória conforme os artigos 68 e 71 da Portaria (duas) vias à Autoridade Sanitária local nas datas
344/98 SVS/MS. previstas no Parágrafo 1º. Após o carimbo e assinatura da
Artigo 4º - A execução da presente Norma Técnica será Autoridade Sanitária local, a 1ª via fica retida e a 2ª via é
competência do SUS/PR. Através de seus órgãos devolvida ao estabelecimento como comprovante da
Estaduais e Municipais de Vigilância Sanitária entrega. Caso a Regional de Saúde deseje manter cópia
Artigo 5º - O não cumprimento dos dispositivos desta dos BMPO dos estabelecimentos poderá ser exigida uma
Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades 3ª via.
da Lei 6437, de 20 de agosto de 1977, artigo 10, inciso Parágrafo 4º - Quando da entrega dos balanços BMPO,
XXXI e/ou legislação específica Estadual ou Municipal. o estabelecimento farmacêutico deve estar de posse do
Artigo 6º - Esta Resolução entrará em vigor na data de Certificado de Regularidade para Substâncias e
sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Medicamentos Psicotrópicos, Entorpecentes e Outros
Artigo 7º - Fica revogada a Resolução Estadual nº 45/94 Sujeitos a Controle Especial (ANEXO II) que recebe o
SESA/ISEP, de 15 de março de 1994. carimbo e visto no campo do trimestre ou do ano
correspondente.
Curitiba, 15 de abril de 1999. Artigo 3º - O BSPO deve ser entregue trimestralmente e
anualmente conforme datas
Armando Raggio estabelecidas no Artigo 2º, Parágrafo 1º, conforme
SECRETÁRIO DE ESTADO modelo (ANEXO III), devendo compor este documento
as substâncias utilizadas pelo estabelecimento que fazem
PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO EM parte das listas “A1” e “A2” (entorpecentes, “A3”, ” B1”
11/05/99 Páginas 28, 29 e 30. e “B2” (psicotrópicas), “C1” (outras substâncias sujeitas
a controle especial), “C2” (retinóides), “C3”
173
(imunossupresores), “C4” (anti-retrovirais), “C5”
(anabolizantes) e “D1” (precursores).
Parágrafo 1º - O BSPO deve ser entregue em 4 (quatro)
vias que após o carimbo e visto da
Autoridade Sanitária local terá o seguinte destino:
1ª via: o estabelecimento encaminha à Secretaria de
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, em 1 (um)
disquete no seguinte endereço: Serviço de Produtos sob
Controle Especial/Divisão de Medicamentos da
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde, Esplanada dos Ministérios –Bloco G, 9º andar,
sala 958 - CEP 70.058-900 - Brasília/DF.
2ª via: retida na Vigilância Sanitária local;
3ª via: enviada ao Departamento da qualidade em Saúde -
Divisão de Vigilância Sanitária deProdutos
(DQS/DVSP). Quando o BSPO estiver informatizado
com a versão Estado será necessário o disquete;
4ª via: retida no estabelecimento como comprovante da
entrega.
Parágrafo 2º - Os estabelecimentos que apresentam o
BSPO devem estar de posse do
Certificado de Regularidade para Substâncias e
Medicamentos Psicotrópicos, Entorpecentes e Outros
Sujeitos a Controle Especial (ANEXO II).
Artigo 4º - As Distribuidoras de Medicamentos e
Indústrias que comercializam medicamentos objeto da
Portaria 344/98 SVS/MS ficam obrigadas a apresentar
mensalmente, até dia 15 do mês subseqüente, a Relação
Mensal de Vendas - RMV - (ANEXO IV) em 2 (duas)
vias. Após o carimbo e vistoda Autoridade Sanitária local
a 1ª via fica retida e a 2ª via é a via do estabelecimento.
Parágrafo 1º - A via do estabelecimento (Distribuidora
ou Indústria) pode ser em disquete.
Parágrafo 2º - A Distribuidora de Medicamentos ou
Indústria, quando apresentar a RMV, deve estar de posse
do respectivo Certificado de Regularidade para
Substâncias e Medicamentos Psicotrópicos,
Entorpecentes e Outros Sujeitos a Controle Especial.
(ANEXO V).
Artigo 5º - O BMPO e o RMV podem ser realizados
através de sistema informatizado, desde que sejam
respeitados os modelos e dados exigidos na Portaria
344/98 SVS/MS e autorização prévia da Autoridade
Sanitária local.
Artigo 6º - Em caso de padronização de um programa
único a nível Estadual ou a nível Federal, todos os
estabelecimentos sujeitos a apresentação dos documentos
definidos nesta Norma Técnica ficam obrigados a
adequar-se a ele.
Artigo 7º - A falta de remessa da documentação
mencionada nos Artigos 2º, 3º e 4º nos prazos estipulados
sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei
6437/77, art. 10º, inciso XXXI.

Este texto não subtitui o publicado do DIOE de


11.05.1999

174
Pública, Ministério Público do Estado do Paraná e da
Resolução nº 166 de 06/07/2011 Receita Estadual para a apuração dos ilícitos, sob a
(D.O.E de 08.07.2011) responsabilidade dessas instituições.

Trata da proibição da comercialização de medicamentos Curitiba, 06 de julho de 2011.


de saúde destinados exclusivamente ao Sistema Único de
Saúde Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do
suas atribuições, conferidas Estado nº 8503, de 08/07/2011

pelo artigo 45, inciso XIV, da Lei Estadual nº 8.485/87,


de 03 de junho de 1987, e com base
no disposto no artigo 12, Inciso XIX, da Lei 13.331, de
23 de novembro de 2001, e o artigo 543 do Decreto
5711, de 23 de maio de 2002, Considerando o disposto
no artigo 7o da Portaria GM 2814 de 29 de maio de
1998, sobre a obrigatoriedade dos medicamentos
adquiridos mediante licitações públicas, realizadas por
serviços próprios ou conveniados pelo Sistema Único de
Saúde, que devem trazer a expressão “PROIBIDA A
VENDA NO COMÉRCIO”;
Considerando que é proibida a comercialização de
medicamentos de saúde destinados exclusivamente ao
Sistema Único de Saúde com a expressão “PROIBIDA A
VENDA NO COMÉRCIO” em suas embalagens
secundárias e/ou primárias;
Considerando que estes produtos somente podem ser
dispensados em serviços públicos de saúde;
Considerando que têm sido encontrados tais produtos em
estabelecimentos de saúde de natureza comercial, de
interesse ou de prestadores de serviços, incluindo
farmácias, distribuidoras e hospitais;
Considerando a necessidade de estabelecer normas
suplementares para uniformização das ações de
Vigilância Sanitária em relação à dispensação irregular
de tais produtos,

RESOLVE:

Artigo 1º Determinar que as vigilâncias sanitárias


regionais e municipais em suas inspeções de rotina nos
estabelecimentos de saúde e nos estabelecimentos
comerciais de interesse da saúde verifiquem a existência
destes medicamentos e que, ao comprovarem tal
condição, adotem as providências cabíveis,
infracionando, apreendendo os produtos e interditando o
estabelecimento até a conclusão da investigação
pertinente.

Parágrafo Único: Sendo comprovada a responsabilidade


do estabelecimento autuado, deverá ser imposta a
penalidade de cassação da licença sanitária em definitivo.

Artigo 2º Além da instauração do processo


administrativo sanitário, as autoridades de Vigilância
Sanitária deverão encaminhar denúncia às autoridades da
Polícia Federal, Secretaria de Estado da Segurança
175
Resolução nº 062 DE 31/01/2013 ANEXO I DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
(D.O.U 01/02/13) NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA AS
BULAS MAGISTRAIS DE ESTABELECIMENTOS
Define a forma e modelo do conteúdo das Bulas FARMACÊUTICOS
Magistrais
CAPITULO I
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando DAS DEFINIÇÕES
da atribuição que lhe confere o Art. 45, Inciso XIV, da Artigo 1º. Para efeitos da presente Norma Técnica, são
Lei Estadual nº 8.485 de 03 de junho de 1987 e o artigo adotadas as seguintes definições:
9º, Inciso I. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: conjunto de
XV e XVI, do Decreto Estadual nº 2.270 de 11 de janeiro ações e serviços relacionados com o medicamento,
de 1988 e, destinado a apoiar as ações de saúde demandadas por
• considerando o disposto nos artigos 4, 6, 15, 17, 21, 24, uma comunidade.
33, 44, 55 e 56 da Lei nº 5.991de 17 de dezembro de Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e
1973; em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação
• considerando o disposto nos artigos 14, 15, 16, 27 e 58 e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia
do Decreto nº 74.170 de 10 de junho de 1974; terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a
• considerando o disposto na Lei Estadual nº 13.331 de avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de
23 de novembro de 2001, em especial o contido nos informação sobre medicamentos e a educação
artigos 12 (Incisos IX, XII, XIII) e 38; permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da
• considerando o disposto no Decreto Estadual nº 5.711 comunidade para assegurar o uso racional de
de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos artigos medicamentos.
10, 445 (Inciso I), 457, 458, 459, 460 e 577; II. BULA MAGISTRAL: conjunto de orientações
• considerando o disposto na Lei Estadual nº 17.051 de farmacêuticas impressas, de forma separada, que devem
23 de janeiro de 2012, em especial o contido no acompanhar o medicamento manipulado, observado o
parágrafo único do artigo 2º; disposto na Lei nº 17.051/2012.
• considerando a necessidade de constante III. DISPENSAÇÃO: ato profissional farmacêutico de
aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente,
prevenção à saúde da população, geralmente como resposta a apresentação de uma receita
elaborada por um profissional autorizado. Neste ato, o
RESOLVE: farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso
Artigo 1º Aprovar Norma Técnica conforme Anexo I, adequado do medicamento. São elementos importantes
para definir a forma e o conteúdo das bulas magistrais da orientação, entre outros, a ênfase ao cumprimento da
conforme determinado no parágrafo único do artigo 2º da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com
Lei 17.051/2012, bem como os modelos de Bulas outros medicamentos, o reconhecimento de reações
Magistrais constantes nos Anexos II, III, IV, V e as adversas potenciais e as condições de conservação dos
Orientações sobre as formatações do Anexo VI. produtos.
Artigo 2º As abrangências desta resolução são os IV. DISPONIBILIZAÇÃO: ato de fornecer a bula
estabelecimentos farmacêuticos – farmácia que magistral quando da dispensação de medicamentos
manipulam medicamentos para uso humano. manipulados, em papel ou por meio eletrônico. Quando a
Artigo 3º A execução da presente Norma Técnica será disponibilização for por meio eletrônico deve-se ter a
competência dos órgãos Estaduais e Municipais de comprovação da opção eletrônica por parte do paciente
Vigilância Sanitária do Sistema Único Saúde no Paraná. ou seu responsável ou do estabelecimento hospitalar ou
Artigo 4º A farmácia tem 180 (cento e oitenta) dias para congênere solicitante.
atender a presente Resolução. O arquivamento da comprovação da autorização pode ser
Artigo 5º O não cumprimento dos dispositivos desta também por arquivos eletrônicos, não havendo
Resolução e sua Norma Técnica implicará na aplicação necessidade de impressão destes arquivos. O
das penalidades previstas na Lei Estadual nº 13.331 de 23 armazenamento deve ser pelo período mínimo de dois
de novembro de 2001, Decreto Estadual nº 5.711 de 23 anos.
de maio de 2002 e/ou legislação específica Estadual ou V. FARMACÊUTICO: principal responsável pelo
Municipal que venha a substituí-las. funcionamento do estabelecimento farmacêutico, como
Artigo 6º Esta resolução entrará em vigor na data de sua determina a Lei Federal nº 5.991/73 e legislação
publicação, revogadas as disposições em contrário. específica do Conselho Federal de Farmácia. Estará
obrigatoriamente sob sua responsabilidade a supervisão e
Curitiba, 31 de janeiro de 2013. coordenação de todos os serviços técnicos do
Michele Caputo Neto estabelecimento que a ele fiquem hierarquicamente
Secretário de Estado da Saúde subordinados. Sua função compreende o gerenciamento
* Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da disponibilidade do medicamento, atendimento ao
usuário, promoção da economia, eficiência e cooperação
com a equipe de saúde.
176
relacionado a referências estabelecidas, geralmente a
VI. FRASES DE ALERTA: frases que visam dar padrões nacionais ou internacionais, através de uma
destaque a advertências, precauções e contraindicações cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas
críticas para prevenir agravos à saúde. estabelecidas.
VII. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: resposta XVI. REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS:
farmacológica ou clínica, causada pela interação de qualquer resposta a um medicamento que seja
medicamento-medicamento, medicamento-alimento, prejudicial, não intencional e que ocorra nas doses
medicamento substância química, medicamento-exame normalmente utilizadas,
laboratorial e não laboratorial, medicamentoplanta em seres humanos, para profilaxia, diagnóstico e
medicinal e/ou medicamento-doença, cujo resultado final tratamento de doenças ou para a modificação de uma
pode ser a alteração dos efeitos desejados ou a ocorrência função fisiológica.
de eventos adversos. XVII. RECEITA: prescrição escrita de medicamento,
VIII. MEDICAMENTO: produto farmacêutico, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profissional legalmente habilitado, quer seja de
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. formulação magistral ou de produto industrializado.
IX. MEDICAMENTO MAGISTRAL: todo XVIII. RESTRIÇÃO DE USO: limitação de uso de um
medicamento cuja prescrição pormenoriza a composição, medicamento quanto à população
a forma farmacêutica e a posologia. É preparado na alvo, podendo ser para uso pediátrico, para uso adulto ou
farmácia, por um profissional farmacêutico habilitado ou para uso adulto e pediátrico.
sob sua supervisão direta em que está estabelecida a XIX. RÓTULO: é a identificação impressa ou
relação prescritor-farmacêutico-usuário e destinado a um litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a
usuário individualizado. fogo, pressão ou decalque, aplicados diretamente sobre
X. PREPARAÇÃO: procedimento farmacotécnico para recipientes, vasilhames, invólucros, envoltórios ou
obtenção do produto manipulado, compreendendo a qualquer outro material de acondicionamento.
avaliação farmacêutica da prescrição, manipulação, Os rótulos possuem dimensões apropriadas e devem ser
fracionamento de substâncias ou produtos redigidos de modo a facilitar o entendimento do
industrializados, envase, rotulagem e conservação das consumidor. A confecção dos rótulos deve obedecer aos
preparações. padrões determinados pela Agência Nacional de
XI. PREPARAÇÃO OFICINAL: é aquela preparada na Vigilância Sanitária.
farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário XX. USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS:
Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos processo que compreende a prescrição apropriada; a
pela ANVISA. disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a
XII. PRESCRIÇÃO: ato de definir o medicamento a ser dispensação em condições adequadas; e o consumo nas
consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de
duração do tratamento. Em geral, esse ato é expresso tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de
mediante a elaboração de uma receita. qualidade.
XIII. PRESCRITOR: profissional de saúde habilitado XXI. USUÁRIO: aquele que fará uso do produto
para definir o medicamento a ser usado. magistral.
XIV. PRODUTO MAGISTRAL1: é aquele obtido em
Farmácias aplicando-se as Boas Práticas de Manipulação CAPÍTULO II
(BPM), a partir de: prescrições de profissionais
habilitados ou indicação pelo Formulário Nacional da DA FORMA E CONTEÚDO DAS BULAS
Farmacopeia Brasileira, 2ª edição, pelo farmacêutico2 e Artigo 2º. Quanto à forma, as bulas magistrais devem:
solicitação de compra3, dispensados ao usuário ou a seu I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
responsável e que estabelece uma relação prescritor- Times New Roman, Georgia, Arial, Verdana e/ou
farmacêutico-usuário. Trebuchet no corpo do texto, com tamanho mínimo de 10
1. Medicamentos, cosméticos, produtos de higiene, pt (dez pontos), não-condensada e não expandida;
dietéticos e nutricionais, para diagnóstico ou uso em II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
procedimentos médicos, odontológicos e outros pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
manipulados pela Farmácia, até a sua dispensação. assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos);
2. Indicação feita pelo farmacêutico, para produtos III. Apresentar colunas de texto com no mínimo 80 mm
magistrais sem necessidade de prescrição médica. (oitenta milímetros) de largura, com espaço entre as
3. Solicitação de compra (assinada pelo responsável colunas de 10 mm (dez milímetros);
técnico do estabelecimento solicitante) – feita para IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
produtos magistrais usados em clínicas, centros mínimo 07 pt (sete pontos);
cirúrgicos, hospitais, ambulatórios, laboratórios, entre V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
outros, em conformidade com a RDC nº 67/2007 e suas com margens esquerda e direita de no mínimo 20 mm;
respectivas atualizações. VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
XV. RASTREABILIDADE: propriedade do resultado em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
de uma medição ou do valor de um padrão estar deixando os títulos sempre juntos aos seus textos;
177
VII. Deixar 01 (uma) linha em branco entre o texto e um usar de barra horizontal abaixo desta seção de texto ou
título, aumentando assim a entrelinha para melhor caixa circundando os itens para separá-los das instruções
visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no ao usuário.
início da coluna; §4º. Para os dados de “Identificação do Medicamento”,
VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para exclusivamente, as fontes utilizadas podem ser com
nomes científicos; tamanho entre 08 pt (oito pontos) e 10 pt (dez pontos),
IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não igualmente não condensada e não expandida.
permita a visualização da impressão no verso da página §5º. Incluir as seguintes frases em negrito no item 8 “O
quando a bula estiver sobre uma superfície. QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
§1º. Para a impressão de bulas magistrais alopáticas e/ou MEDICAMENTO” da bula magistral, quando for o caso:
homeopáticas para usuários com limitações visuais, estas “Uso restrito a hospitais”;
devem atender aos itens acima, diferenciando-se em: “Uso profissional”;
I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman, “Venda sob prescrição médica”;
Georgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo Incluir em negrito as frases de restrições de venda, uso e
recomendado o tamanho mínimo de 18 pt (dezoito dispensação previstas na norma específica para produtos
pontos); controlados.
II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no §6º. Não é facultada a colocação por qualquer motivo e
mínimo de 04 pt (quatro pontos) a mais que o tamanho de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de
da fonte, sendo assim o mínimo de 22 pt (vinte e dois propagandas ou publicidade nas bulas magistrais.
pontos); Artigo 4º. O item 8 “O QUE MAIS DEVO SABER
exceto para o item de Identificação do Produto que deve SOBRE ESTE MEDICAMENTO” deve conter apenas as
ter o tamanho da fonte de 14 pt (quatorze pontos). informações relativas à forma farmacêutica dispensada.
III. Apresentar o texto corrido sem colunas, conforme Estas informações devem:
anexos III e/ou IV. I. Ser claras e objetivas, sem a repetição de informações;
§2º. Para a disponibilização da bula em meio eletrônico, II. Ser escritas em linguagem acessível, com redação
o arquivo digital deve ser em formato fechado, sendo clara e concisa, de forma a facilitar a compreensão do
recomendado o formato “pdf” para que não haja prejuízo conteúdo pelo usuário;
à formatação aqui especificada. III. Possuir termos explicativos incluídos para leigos,
§3º. Este Capítulo está exemplificado no Anexo VI desta após os termos técnicos.
Resolução. Artigo 5º. As frases de advertências a serem inseridas
Artigo 3º. Quanto ao conteúdo, os textos das bulas nos textos das bulas devem:
devem contemplar as informações preconizadas no I. Seguir a redação definida em norma específica;
Anexo I e/ou II, para medicamento alopático ou II. Ser destacadas do corpo do texto através do uso de
homeopático conforme o caso, desta Resolução, seguindo negrito e/ou caixa alta, e/ou linhas ou caixas circundando
a ordem das partes e itens de bulas estabelecidos. as frases, como recursos de atenção visual;
§1º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens III. Usar palavras para sinalizar a advertência no texto.
no início da bula, conforme anexo: Recomenda-se o uso das palavras em caixa alta e em
I. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE negrito: Atenção ou Cuidado ou Perigo.
Nome completo do paciente. Artigo 6º. É facultada a presença do logotipo/logomarca
II. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO da farmácia e o símbolo de reciclagem de papel.
De acordo com a prescrição e rotulagem do produto. Artigo 7º. As frases de alerta descritas no artigo 3º da
III. NOME DO ESTABELECIMENTO E DADOS DO Lei Estadual nº 17.051/2012, já estão dispostas nas bulas
SAC magistrais dos Anexos, não sendo necessário repeti-las.
O nome do estabelecimento pode ser substituído pelo Artigo 8º. É facultada a inclusão na bula de ilustrações
logotipo/logomarca. como instruções visuais sobre o uso do produto. Caso
Informar com destaque em negrito e caixa alta o telefone sejam incluídas na bula, as ilustrações devem:
para contato ou do Serviço de Atendimento ao I. Ser alinhadas de acordo com a ordem de leitura do
Consumidor (SAC), de responsabilidade da farmácia. texto: da esquerda para direita na disposição horizontal
Recomenda-se que seja utilizado um pictograma de das instruções; ou de cima para baixo na disposição
telefone para promover a atenção visual do usuário. vertical das instruções;
§2º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens II. Utilizar letras ou números para ordenar a leitura das
no final da bula, conforme anexo: imagens;
I. DIZERES LEGAIS III. Ser separadas entre si de forma clara e consistente
Informar o nome, número de inscrição e sigla do para evitar ambiguidade na ordem de leitura da instrução
Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico visual. Deve-se usar bordas circundando as ilustrações e
da farmácia. espaço entre as linhas maior que o espaço entre colunas
Informar o número do Cadastro Nacional de pessoa para a disposição horizontal das ilustrações, ou espaço
Jurídica (CNPJ) da farmácia. entre colunas maior que o espaço entre linhas para a
§3º. Os itens acima devem vir de forma destacada para disposição vertical das ilustrações;
facilitar seu reconhecimento pelo usuário. Recomenda-se
178
IV. Representar ação ou movimento de forma clara para 1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO?
mostrar o uso do medicamento. Recomenda-se utilizar Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu
setas nas ilustrações; farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as
V. Evitar excesso de detalhes para facilitar a percepção doses e a duração do tratamento. Observe também as
dos elementos principais da imagem. Deve-se usar de informações da prescrição e do rótulo do medicamento
desenhos ou fotografias com fundo neutro; manipulado.
VI. Apresentar os textos explicativos como legenda para Verifique atentamente se o medicamento é para uso oral
facilitar a percepção da associação texto-imagem. ou outra forma de administração. Medicamentos para uso
oral devem ser preferencialmente tomados com um copo
CAPÍTULO III de água. Evite partir, abrir ou mastigar as cápsulas ou
DA DISPONIBILIZAÇÃO DAS BULAS comprimidos, a menos que receba orientação específica
MAGISTRAIS para isso. A ingestão de medicamentos com alimentos
Artigo 9º. A bula magistral deve ser parte integrante de deve seguir a orientação de seu farmacêutico ou
todos os medicamentos manipulados a serem prescritor. Sempre manuseie o medicamento com as
dispensados. mãos limpas e secas e procure retirar uma cápsula da
§ 1º. É facultada à farmácia a disponibilização da bula embalagem de cada vez. Não interrompa ou prolongue o
magistral em meio eletrônico. tratamento por conta própria.
§ 2º. A bula magistral somente será disponibilizada em 2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ
meio eletrônico a pedido do usuário. Para a emissão da Antes de utilizar o medicamento comunique seu
bula magistral eletrônica, a respectiva autorização do farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar
usuário deve ser mantida arquivada em meio físico ou grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser
eletrônico na farmácia. comunicadas o mais breve possível. Alguns
§ 3º. A autorização concedida pelo paciente para medicamentos não são recomendados durante a gravidez.
encaminhamento por meio eletrônico não possuirá prazo 3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO
de validade desde que a comprovação seja devidamente Se estiver amamentando comunique seu farmacêutico
arquivada. e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns
§ 4º. Aos portadores de necessidades especiais, além da medicamentos não são recomendados durante a
bula magistral, deve ser realizada a orientação amamentação.
farmacêutica de forma a atender a necessidade 4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO,
individual. O QUE DEVO FAZER?
Artigo 10º. Os medicamentos dispensados para uso em Se você não utilizou o medicamento no horário correto
hospitais, clínicas e congêneres deverão ser não altere a quantidade na próxima tomada. Procure
acompanhados por ao menos uma bula magistral para respeitar o intervalo entre as doses do medicamento.
cada conjunto de um mesmo tipo de medicamento. Converse com seu farmacêutico ou prescritor para obter a
Artigo 11º. Para as preparações magistrais de orientação correta sobre como regularizar os horários.
medicamentos homeopáticos é facultada a 5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE
disponibilização de uma única bula magistral por receita, QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA
independente do número e do tipo de medicamentos SÓ VEZ?
prescritos na mesma receita. Não provoque vômito e não beba água, leite ou qualquer
outro líquido ou alimento. Procure rapidamente socorro
CAPÍTULO IV médico levando a embalagem do medicamento ou entre
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS em contato com o Disque Intoxicação: 0800 722 6001.
Artigo 12º. Compete à autoridade de vigilância sanitária 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
verificar nas inspeções rotineiras a disponibilização da Informe seu farmacêutico ou prescritor sobre o
bula magistral para os medicamentos manipulados a aparecimento de reações indesejáveis pelo uso deste
serem dispensados. medicamento. LOGO Comunique também se já
Artigo 13º. A presente Norma Técnica não se aplica às apresentou reações anteriores com outros medicamentos,
farmácias hospitalares, dispensários de unidades como alergias ou outros problemas. Antes de usar o
hospitalares ou equivalentes, postos de medicamentos e medicamento, informe seu farmacêutico ou prescritor se
unidades volantes. Estes estabelecimentos estão sujeitos é portador de doenças crônicas como diabetes,
a regulamentação específica. intolerância a lactose ou glúten.
7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
ANEXO II DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
BULA MAGISTRAL ALOPÁTICA Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Paciente fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
Nome Completo do Paciente calor excessivos. O sol, o calor ea umidade podem alterar
Produto o medicamento, mesmo dentro do prazo de validade.
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do Medicamentos não devem ficar dentro de automóveis,
produto pois a temperatura do veiculo pode se elevar muito.
SAC: Número de telefone ATENÇÃO
179
Não guarde os medicamentos no banheiro ou perto de 2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ
pias, lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade Antes de utilizar o medicamento comunique seu
e calor. Não retire o algodão nem os dessecantes dos farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar
frascos, pois eles servem para evitar a umidade e grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser
preservar o medicamento. Não misture diferentes comunicadas o mais breve possível. Alguns
medicamentos numa mesma embalagem. Não utilize medicamentos não são recomendados durante a gravidez.
medicamentos com data de validade vencida. 3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO
Medicamentos com a indicação “Manter em geladeira” Se estiver amamentando, comunique seu farmacêutico
não devem ser armazenados na porta e devem ficar longe e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns
do congelador e do contato direto com alimentos. medicamentos não são recomendados durante a
Alterações de cor, odor e/ou consistência podem indicar amamentação.
que o medicamento está impróprio para uso. Se isto 4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, O QUE
ocorrer, consulte o seu farmacêutico. Todo DEVO FAZER?
medicamento deve ser mantido fora do alcance das No caso de interrupção acidental da administração
crianças e animais domésticos. retome o tratamento assim que lembrar e siga a
O medicamento pode ser armazenado pelo período de prescrição inicial.
tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite 5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE
descartar o medicamento informe-se com o seu QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA
farmacêutico sobre como proceder. SÓ VEZ?
8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE Medicamentos homeopáticos não causam intoxicação.
MEDICAMENTO? Converse com seu farmacêutico ou prescritor.
Utilize o medicamento somente após ter esclarecido 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o Na ocorrência do aparecimento de sinais e/ou sintomas
prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja decorrentes da resposta do usuário ao uso do
usando, pois um pode alterar o efeito do outro. Não medicamento, o prescritor deve ser comunicado.
utilize bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois elas 7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
podem alterar o efeito do medicamento. GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
ATENÇÃO Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
que foi prescrito para você. Pode ser perigoso. calor excessivos. O sol, o calor e LOGO a umidade
Identificação do estabelecimento podem alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de
Farm. Resp.: Nome do responsável técnico | CRF-XX n. validade.
00.000 ATENÇÃO
Razão social da farmácia Não deixe medicamentos dentro de automóveis, pois a
Endereço (Rua, Número) | Cidade - UF – CEP 00000- temperatura do veículo pode se elevar muito. Não guarde
000 os medicamentos no banheiro ou perto de pias,
CNPJ: 00.000.000/0000-00 lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade e
ANEXO III DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 calor. Não misture diferentes medicamentos numa
BULA MAGISTRAL HOMEOPÁTICA mesma embalagem. Não utilize medicamentos com data
Paciente de validade vencida. Alterações de cor, odor e/ou
Nome Completo do Paciente consistência podem indicar que o medicamento está
Produto impróprio para uso. Se isto ocorrer, consulte o seu
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do farmacêutico. Recomenda-se que os medicamentos sejam
produto mantidos longe de aparelhos que emitam radiação
SAC: Número de telefone e fontes eletromagnéticas. Todo medicamento deve ser
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? mantido fora do alcance das crianças e animais
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu domésticos.
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as O medicamento pode ser armazenado pelo período de
doses e a duração do tratamento. As formas líquidas em tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
gotas ou as sólidas em glóbulos ou tabletes, de uso descartar o medicamento informe-se com o seu
interno, devem ser administradas por via sublingual com farmacêutico sobre como proceder.
a mucosa livre de resíduos alimentares e sabores 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
intensos. As demais formas farmacêuticas devem seguir a MEDICAMENTO?
orientação do prescritor quanto ao uso. A posologia Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
indicada pelo prescritor deve ser seguida e apenas todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
interrompida durante o sono do paciente ou conforme prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
orientação do prescritor. O uso de cânfora durante o usando, pois um pode alterar o efeito do outro.
tratamento homeopático deve ser interrompido por ATENÇÃO
inativar, em alguns casos, a ação do medicamento. Não Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
interrompa ou prolongue o tratamento por conta própria. que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
180
Identificação do estabelecimento 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
Farm. Resp.: Nome do responsável técnico | CRF-XX n. Informe seu farmacêutico ou prescritor sobre o
00.000 aparecimento de reações indesejáveis pelo uso deste
Razão social da farmácia medicamento. Comunique também se já apresentou
Endereço (Rua, Número) | Cidade - UF – CEP 00000- reações anteriores com outros medicamentos, como
000 alergias ou outros problemas. Antes de usar o
CNPJ: 00.000.000/0000-00 medicamento, informe seu farmacêutico ou prescritor se
ANEXO IV DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 é portador de doenças crônicas como diabetes,
BULA MAGISTRAL ALOPÁTICA PARA intolerância a lactose ou glúten.
USUÁRIOS 7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
COM LIMITAÇÕES VISUAIS GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Paciente Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Nome Completo do Paciente fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
Produto calor excessivos. O sol, o calor e a umidade podem
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de
produto validade. Medicamentos não devem ficar dentro de
SAC: Número de telefone automóveis, pois a temperatura do veiculo pode se elevar
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? muito.
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu ATENÇÃO
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as Não guarde os medicamentos no banheiro ou perto de
doses e a duração do tratamento. Observe também as pias, lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade
informações da prescrição e do rótulo do medicamento e calor. Não retire o algodão nem os dessecantes dos
manipulado. Verifique atentamente se o medicamento é frascos, pois eles servem para evitar a umidade e
para uso oral ou outra forma de administração. preservar o medicamento. Não misture diferentes
Medicamentos para uso oral devem ser preferencialmente medicamentos numa mesma embalagem. Não utilize
tomados com um copo de água. LOGO Evite partir, abrir medicamentos com data de validade vencida.
ou mastigar as cápsulas ou comprimidos, a menos que Medicamentos com a indicação “Manter em geladeira”
receba orientação específica para isso. A ingestão de não devem ser armazenados na porta e devem ficar longe
medicamentos com alimentos deve seguir a orientação de do congelador e do contato direto com alimentos.
seu farmacêutico ou prescritor. Sempre manuseie o Alterações de cor, odor e/ou consistência podem indicar
medicamento com as mãos limpas e secas e procure que o medicamento está impróprio para uso. Se isto
retirar uma cápsula da embalagem de cada vez. Não ocorrer, consulte o seu farmacêutico.
interrompa ou prolongue o tratamento por conta própria. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance
2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ das crianças e animais domésticos.
Antes de utilizar o medicamento comunique seu O medicamento pode ser armazenado pelo período de
farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser descartar o medicamento informe-se com o seu
comunicadas o mais breve possível. Alguns farmacêutico sobre como proceder.
medicamentos não são recomendados durante a 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
MEDICAMENTO?
gravidez. Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
Se estiver amamentando comunique seu farmacêutico prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns usando, pois um pode alterar o efeito do outro. Não
medicamentos não são recomendados durante a utilize bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois elas
amamentação. podem alterar o efeito do medicamento.
4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, ATENÇÃO
O QUE DEVO FAZER? Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
Se você não utilizou o medicamento no horário correto que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
não altere a quantidade na próxima tomada. Procure Identificação do estabelecimento
respeitar o intervalo entre as doses do medicamento. Farm. Resp.: Nome do responsável técnico
Converse com seu farmacêutico ou prescritor para obter a CRF-XX n. 00.000
orientação correta sobre como regularizar os horários. Razão social da farmácia
5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE Endereço (Rua, Número)
QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA Cidade - UF – CEP 00000-000
SÓ VEZ? CNPJ: 00.000.000/0000-00
Não provoque vômito e não beba água, leite ou qualquer ANEXO V DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
outro líquido ou alimento. Procure rapidamente socorro BULA MAGISTRAL HOMEOPÁTICA PARA
médico levando a embalagem do medicamento ou entre USUÁRIOS COM LIMITAÇÕES VISUAIS
em contato com o Disque Intoxicação: 0800 722 6001. Paciente
181
Nome Completo do Paciente calor. Não misture diferentes medicamentos numa
Produto mesma embalagem. Não utilize medicamentos com data
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do de validade vencida. Alterações de cor, odor e/ou
produto consistência podem indicar que o medicamento está
SAC: Número de telefone impróprio para uso. Se isto ocorrer, consulte o seu
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? farmacêutico. Recomenda-se que os medicamentos sejam
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu mantidos longe de aparelhos que emitam radiação e
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as fontes eletromagnéticas.
doses e a duração do tratamento. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance
As formas líquidas em gotas ou as sólidas em glóbulos das crianças e animais domésticos.
ou tabletes, de uso interno, devem ser administradas por O medicamento pode ser armazenado pelo período de
via sublingual com a mucosa livre de resíduos tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
alimentares e sabores intensos. As demais formas descartar o medicamento informe-se com o seu
farmacêuticas devem seguir a orientação do prescritor farmacêutico sobre como proceder.
quanto ao uso. 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
LOGO MEDICAMENTO?
A posologia indicada pelo prescritor deve ser seguida e Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
apenas interrompida durante o sono do paciente ou todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
conforme orientação do prescritor. O uso de cânfora prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
durante o tratamento homeopático deve ser interrompido usando, pois um pode alterar o efeito do outro.
por inativar, em alguns casos, a ação do medicamento. ATENÇÃO
Não interrompa ou prolongue o tratamento por conta Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
própria. que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ Identificação do estabelecimento
Antes de utilizar o medicamento comunique seu Farm. Resp.: Nome do responsável técnico
farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar CRF-XX n. 00.000
grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser Razão social da farmácia
comunicadas o mais breve possível. Alguns Endereço (Rua, Número)
medicamentos não são recomendados durante a gravidez. Cidade - UF – CEP 00000-000
3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO CNPJ: 00.000.000/0000-00
Se estiver amamentando, comunique seu farmacêutico 29
e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns ANEXO VI DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
medicamentos não são recomendados durante a ORIENTAÇÕES PARA FORMATAÇÃO DAS
amamentação. BULAS MAGISTRAIS
4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, O QUE CAPÍTULO II
DEVO FAZER? DA FORMA E CONTEÚDO DAS BULAS
No caso de interrupção acidental da administração Artigo 2º. Quanto à forma, as bulas magistrais devem:
retome o tratamento assim que lembrar e siga a I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
prescrição inicial. Times New Roman, Georgia, Arial,
5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE Verdana e/ou Trebuchet no corpo do texto, com tamanho
QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA mínimo de 10 pt (dez pontos), não-condensada e não
SÓ VEZ? expandida;
Medicamentos homeopáticos não causam intoxicação. II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
Converse com seu farmacêutico ou prescritor. pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos);
Na ocorrência do aparecimento de sinais e/ou sintomas III. Apresentar colunas de texto com no mínimo 80 mm
decorrentes da resposta do usuário ao uso do (oitenta milímetros) de largura, com espaço entre as
medicamento, o prescritor deve ser comunicado. colunas de 10 mm (dez milímetros);
7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
GUARDAR ESTE MEDICAMENTO? mínimo 07 pt (sete pontos);
Mantenha o medicamento em sua embalagem original, V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do com margens esquerda e direita de no mínimo 20 mm;
calor excessivos. O sol, o calor e a umidade podem VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
validade. deixando os títulos sempre juntos aos seus textos;
ATENÇÃO VII. Deixar 01 (uma) linha em branco entre o texto e um
Não deixe medicamentos dentro de automóveis, pois a título, aumentando assim a entrelinha para melhor
temperatura do veículo pode se elevar muito. Não guarde visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no
os medicamentos no banheiro ou perto de pias, início da coluna;
lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade e
182
VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para §5º. Incluir as seguintes frases em negrito no item 8 “O
nomes científicos; QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não MEDICAMENTO” da bula magistral, quando for o caso:
permita a visualização da impressão no verso da página “Uso restrito a hospitais”;
quando a bula estiver sobre uma superfície. “Uso profissional”;
§1º. Para a impressão de bulas magistrais alopáticas e/ou “Venda sob prescrição médica”;
homeopáticas para usuários com limitações visuais, estas Incluir em negrito as frases de restrições de venda, uso e
devem atender aos itens acima, diferenciando-se em: dispensação previstas na norma específica para produtos
I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman, controlados.
Georgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo §6º. Não é facultada a colocação por qualquer motivo e
recomendado o tamanho mínimo de 18 pt (dezoito de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de
pontos); propagandas ou publicidade nas bulas magistrais.
II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no Artigo 4º. O item 8 “O QUE MAIS DEVO SABER
mínimo de 04 pt (quatro pontos) a mais que o tamanho SOBRE ESTE MEDICAMENTO” deve conter apenas as
da fonte, sendo assim o mínimo de 22 pt (vinte e dois informações relativas à forma farmacêutica dispensada.
pontos); exceto para o item de Identificação do Produto Estas informações devem:
que deve ter o tamanho da fonte de 14 pt (quatorze I. Ser claras e objetivas, sem a repetição de informações;
pontos). II. Ser escritas em linguagem acessível, com redação
III. Apresentar o texto corrido sem colunas, conforme clara e concisa, de forma a facilitar a compreensão do
anexos III e/ou IV. conteúdo pelo usuário;
§2º. Para a disponibilização da bula em meio eletrônico, III. Possuir termos explicativos incluídos para leigos,
o arquivo digital deve ser em formato fechado, sendo após os termos técnicos.
recomendado o formato “pdf” para que não haja prejuízo Artigo 5º. As frases de advertências a serem inseridas
à formatação aqui especificada. nos textos das bulas devem:
Artigo 3º. Quanto ao conteúdo, os textos das bulas I. Seguir a redação definida em norma específica;
devem contemplar as informações preconizadas no II. Ser destacadas do corpo do texto através do uso de
Anexo I e/ou II, para medicamento alopático ou negrito e/ou caixa alta, e/ou linhas ou caixas circundando
homeopático conforme o caso, desta Resolução, seguindo as frases, como recursos de atenção visual;
a ordem das partes e itens de bulas estabelecidos. III. Usar palavras para sinalizar a advertência no texto.
§1º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens Recomenda-se o uso das palavras em caixa alta e em
no início da bula, conforme anexo: negrito: Atenção ou Cuidado ou Perigo.
I. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Artigo 6º. É facultada a presença do logotipo/logomarca
Nome completo do paciente. da farmácia e o símbolo de reciclagem de papel.
II. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Artigo 7º. As frases de alerta descritas no artigo 3º da
De acordo com a prescrição e rotulagem do produto. Lei Estadual nº 17.051/2012, já estão dispostas nas bulas
III. NOME DO ESTABELECIMENTO E DADOS DO magistrais dos Anexos, não sendo necessário repeti-las.
SAC Artigo 8º. É facultada a inclusão na bula de ilustrações
O nome do estabelecimento pode ser substituído pelo como instruções visuais sobre o uso do produto. Caso
logotipo/logomarca. Informar com destaque em negrito e sejam incluídas na bula, as ilustrações devem:
caixa alta o telefone para contato ou do Serviço de I. Ser alinhadas de acordo com a ordem de leitura do
Atendimento ao Consumidor (SAC), de responsabilidade texto: da esquerda para direita na disposição horizontal
da farmácia. Recomenda-se que seja utilizado um das instruções; ou de cima para baixo na disposição
pictograma de telefone para promover a atenção visual vertical das instruções;
do usuário. II. Utilizar letras ou números para ordenar a leitura das
§2º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens imagens;
no final da bula, conforme anexo: III. Ser separadas entre si de forma clara e consistente
I. DIZERES LEGAIS para evitar ambiguidade na ordem de leitura da instrução
Informar o nome, número de inscrição e sigla do visual. Deve-se usar bordas circundando as ilustrações e
Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico espaço entre as linhas maior que o espaço entre colunas
da farmácia. Informar o número do Cadastro Nacional de para a disposição horizontal das ilustrações, ou espaço
pessoa Jurídica (CNPJ) da farmácia. entre colunas maior que o espaço entre linhas para a
§3º. Os itens acima devem vir de forma destacada para disposição vertical das ilustrações;
facilitar seu reconhecimento pelo IV. Representar ação ou movimento de forma clara para
usuário. Recomenda-se usar de barra horizontal abaixo mostrar o uso do medicamento.
desta seção de texto ou caixa circundando os itens para Recomenda-se utilizar setas nas ilustrações;
separá-los das instruções ao usuário. V. Evitar excesso de detalhes para facilitar a percepção
§4º. Para os dados de “Identificação do Medicamento”, dos elementos principais da imagem. Deve-se usar de
exclusivamente, as fontes utilizadas podem ser com desenhos ou fotografias com fundo neutro;
tamanho entre 08 pt (oito pontos) e 10 pt (dez pontos), VI. Apresentar os textos explicativos como legenda para
igualmente não condensada e não expandida. facilitar a percepção da associação texto-imagem.
183
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de
Resolução nº 590 de 05/09/2014 dispensação e o de atendimento privativo de unidade
(Publicada no Diário Oficial do Estado nº 9287, de hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
10/09/14) médica.
Art. 4º - A execução da presente Norma Técnica será
Estabelece a Norma Técnica para abertura, competência do Sistema Único de Saúde no Paraná,
funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias através dos seus órgãos Estadual e Municipais de
de farmácias e drogarias no Paraná. Vigilância Sanitária.
Art. 5º - O não cumprimento dos dispositivos desta
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades
da atribuição que lhe confere o artigo 45, inciso XIV, da previstas na Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro
Lei Estadual nº 8.485, de 03 de junho de 1987 e o artigo de 2001, Decreto Estadual nº 5.711, de 23 de maio de
9º, incisos XV e XVI, do Decreto Estadual nº 2.270, de 2002 e/ou legislação específica Estadual ou Municipal.
11 de janeiro de 1988 e, Art. 6º - Ficam revogadas a Resolução Estadual
considerando o disposto nos artigos 4º, 6º, 15, 17, 21, SESA/PR nº 54, de 09 de junho de 1996 e a Resolução
24, 33, 44, 55, 56 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de Estadual SESA/PR nº 69, de 01 de abril de 1997.
1973; Art. 7º - As disposições contidas na presente Norma
considerando o disposto nos artigos 14, 15, 16 e 58 tornam sem efeito o disposto na Resolução Estadual nº
do Decreto nº 74.170, de 10 de junho de 1974; 225, de 15 de abril de 1999, no tocante aos
considerando o disposto na Lei Estadual nº 13.331, de estabelecimentos farmacêuticos (farmácias e drogarias),
23 de novembro de 2001, em especial o contido no artigo que deverão atender ao preconizado em legislação
12, incisos IX, XII, XIII e artigo 38; vigente no que se refere ao cadastro e regularização junto
considerando o disposto no Decreto Estadual nº ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos
5.711, de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos Controlados (SNGPC)/ANVISA, ou outro que vier a
artigos 10, 445, inciso I, 457, 458, 459, 460, 577; substituí-lo, conforme legislação vigente.
considerando o Lei Federal nº 13.021, de 08 de Art. 8º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
fiscalização das atividades farmacêuticas no Brasil; Curitiba, 05 de setembro de 2014.
considerando o Lei Estadual nº 18.169, de 28 de julho Michele Caputo Neto
de 2014, que estabelece normas de identificação de Secretário de Estado da Saúde
profissionais em farmácias e drogarias no Paraná; * Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial
considerando o necessidade de constante
aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de ANEXO I - RESOLUÇÃO SESA Nº 590/2014
prevenção à saúde da população;
NORMA TÉCNICA DE ESTABELECIMENTOS
RESOLVE: FARMACÊUTICOS
Art. 1º - Aprovar a Norma Técnica conforme Anexo I, CAPÍTULO I
para orientar abertura, funcionamento, condições físicas, DAS DEFINIÇÕES
técnicas e sanitárias, dispensação de medicamentos e Art. 1º - Para efeitos da presente norma técnica, são
prestação de serviços, comércio de plantas medicinais, adotadas as seguintes definições:
drogas vegetais em farmácias e drogarias. I. ACREDITAÇÃO: É o reconhecimento formal por um
Art. 2º - A abrangência desta resolução são os organismo de acreditação, de que um Organismo de
estabelecimentos farmacêuticos – drogarias efarmácias Avaliação da Conformidade - OAC (laboratório,
com e sem manipulação de fórmulas – no Paraná. organismo de certificação ou organismos de inspeção),
Art. 3º - Para fins desta resolução define-se: atende a requisitos previamente definidos e demonstra
I. Farmácia: é uma unidade de prestação de serviços ser competente para realizar suas atividades com
destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à confiança.
saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual II. ASSEPSIA: Conjunto de medidas que permitem
se processe a manipulação e/ou dispensação de manter um ser vivo ou, um meio inerte, isento de
medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou bactérias.
industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, III. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: É um grupo
produtos farmacêuticos e correlatos; de atividades relacionadas com o medicamento,
II. Farmácia sem manipulação ou Drogaria: destinadas a apoiar as ações de saúde requeridas por uma
estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a
suas embalagens originais; conservação e controle de qualidade, a segurança e
III. Farmácia com manipulação: estabelecimento de eficácia terapêutica dos medicamentos, o
manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de acompanhamento e avaliação da utilização, a obtenção e
comércio de drogas, medicamentos, insumos a difusão de informação sobre medicamentos e a
educação permanente dos profissionais de saúde, do
184
paciente e da comunidade para assegurar o uso racional XII. CHÁ MEDICINAL: Droga vegetal com fins
de medicamentos. medicinais a ser preparada por meio de infusão, decocção
IV. ATENÇÃO FARMACÊUTICA (OU CUIDADO ou maceração em água pelo consumidor.
FARMACÊUTICO): É um modelo de prática XIII. CONTROLE OU MANEJO INTEGRADO DE
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência VETORES E PRAGAS: Conjunto de ações preventivas
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, e corretivas e/ou, quando necessário, aplicação de
comportamentos, habilidades, compromissos e produtos visando impedir que vetores e pragas urbanas se
corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção instalem/infestem ou se reproduzam no ambiente. A
e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de periodicidade da aplicação do(s) produto(s) será
saúde. É a interação direta do farmacêutico com o determinada em função deste(s) e/ou do laudo emitido
usuário do serviço, visando uma terapêutica racional e a pela empresa contratada e/ou pelo monitoramento mensal
obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados realizado.
para a melhoria da qualidade de vida, sob a ótica da XIV. DISPENSAÇÃO: É o ato do profissional
integralidade das ações de saúde. farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos
V. ANTISSEPSIA: Conjunto de medidas propostas para a um paciente, geralmente como resposta a apresentação
inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de uma receitaelaborada por um profissional autorizado.
de um determinado meio, podendo ou não destruí-los e, Neste ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente
para tal fim, utilizamos antissépticos ou desinfetantes. A sobre o uso adequado do medicamento. São elementos
antissepsia refere-se à desinfecção de tecidos vivos com importantes da orientação, entre outros, a ênfase ao
antissépticos. cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a
VI. ARMAZENAMENTO: Ação que possibilita o interação com outros medicamentos, o reconhecimento
estoque ordenado e racional de várias categorias de de reações adversas potenciais e as condições de
materiais e produtos, garantindo a sua adequada conservação dos produtos.
conservação. XV. DISPENSÁRIO DE MEDICAMENTOS: Setor de
VII. BARREIRA TÉCNICA: Corresponde a adoção de fornecimento de medicamentos industrializados privativo
procedimentos padronizados que visam minimizar o risco de pequena unidade hospitalar ou equivalente.
de contaminação cruzada e que deve ser adotada quando XVI. EMBALAGEM: Invólucro, recipiente ou qualquer
inexistirem barreiras físicas, em especial a realização de forma de acondicionamento,
procedimentos distintos em horários diferenciados. removível ou não, destinado a cobrir, empacotar, envasar,
VIII. BOAS PRÁTICAS EM FARMÁCIAS E proteger ou manter, especificamente ou não, os produtos
DROGARIAS: Conjunto de técnicas e de que trata esta resolução.
medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade XVII. EMBALAGEM HOSPITALAR: Embalagem
e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços secundaria ou primaria utilizada para o
prestados em farmácias e drogarias, com o fim contribuir acondicionamento de medicamentos com destinação
para o uso racional desses produtos e a melhoria da hospitalar ou ambulatorial.
qualidade de vida dos usuários. XVIII. EMBALAGEM MÚLTIPLA: Embalagem
IX. CALIBRAÇÃO: Operação que estabelece, numa secundaria de medicamentos sem exigência de prescrição
primeira etapa e sob condições especificadas, uma médica, dispensados exclusivamente em embalagem
relação entre os valores e as incertezas de medição primaria.
fornecidas por padrões e as indicações correspondentes XIX. EMBALAGEM ORIGINAL: Acondicionamento
com as incertezas associadas; numa segunda etapa, aprovado para fins de registro pelo órgão competente do
utiliza esta informação para estabelecer uma relação Ministério da Saúde, destinado à proteção e manutenção
visando à obtenção de um resultado de medição a partir das características de qualidade, segurança e eficácia do
de uma indicação. produto, compreendendo as embalagens destinadas ao
X. CERTIDÃO DE REGULARIDADE: Documento fracionamento.
de habilitação legal expedida pelo Conselho Regional de XX. EMBALAGEM ORIGINAL PARA
Farmácia (CRF) para autorizar ao farmacêutico o FRACIONÁVEIS: Acondicionamento que contém
exercício da Responsabilidade Técnica para um embalagens primárias fracionáveis ou embalagens
estabelecimento. A certidão terá validade pelo período primárias fracionadas.
descrito. XXI. EMBALAGEM PRIMÁRIA: Acondicionamento
XI. CHÁ: Produto constituído de uma ou mais partes de que está em contato direto com o produto e que pode se
espécie(s) vegetal(is) inteira(s), fragmentada(s) ou constituir de recipiente, envoltório ou qualquer outra
moída(s), com ou sem fermentação, tostada(s) ou não, forma de proteção, removível ou não, destinado a envasar
constantes do Regulamento Técnico de Espécies ou manter, cobrir ou empacotar matérias primas,
Vegetais da Resolução RDC nº 267, de 22 de setembro produtos semielaborados ou produtos acabados.
de 2005, ou outra que venha a substituí-la, para o preparo XXII. EMBALAGEM PRIMÁRIA FRACIONADA:
de chás. O produto pode ser adicionado de aroma e ou Menor fração da embalagem primária fracionável que
especiaria para conferir aroma e ou sabor. mantenha os requisitos de qualidade, segurança e eficácia
do medicamento, os dados de identificação e as

185
características da unidade farmacotécnica que a compõe, dispensação e o de atendimento privativo de unidade
sem o rompimento da embalagem primária. hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
XXIII. EMBALAGEM PRIMÁRIA médica;
FRACIONÁVEL: Acondicionamento adequado à XXX. FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU
subdivisão mediante a existência de mecanismos que DROGARIA: Estabelecimento de dispensação e
assegurem a presença dos dados de identificação e as comércio de drogas, medicamentos, insumos
mesmas características de qualidade, segurança e eficácia farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais;
do medicamento em cada unidade da embalagem XXXI. FARMACÊUTICO ASSISTENTE:
primária fracionada. Farmacêutico subordinado hierarquicamente ao diretor
XXIV. EMBALAGEM SECUNDÁRIA: técnico ou responsável técnico que, requerendo a
Acondicionamento que está em contato com a assunção de farmacêutico assistente técnico de uma
embalagem primária e que constitui envoltório ou empresa e/ou de um estabelecimento, por meio dos
qualquer outra forma de proteção, removível ou não, formulários próprios do Conselho Regional de Farmácia
podendo conter uma ou mais embalagens primárias. (CRF), seja designado para complementar carga horária
XXV. EMBALAGEM SECUNDÁRIA PARA ou auxiliar o titular na prestação da assistência
FRACIONADOS: Acondicionamento para dispensação farmacêutica.
de medicamentos fracionados ao usuário, que está em XXXII.FARMACÊUTICO
contato com a embalagem primária fracionada, e que RESPONSÁVEL/DIRETOR-TÉCNICO:
constitui envoltório ou qualquer forma de proteção para o Farmacêutico titular que assume a direção técnica ou
produto. responsabilidade técnica da empresa e/ou
XXVI. ERVA/PLANTA MEDICINAL: É a espécie estabelecimento perante o respectivo Conselho Regional
vegetal íntegra, cultivada ou não, utilizada com de Farmácia (CRF) e os órgãos de vigilância sanitária,
propósitos terapêuticos. nos termos da legislação vigente, ficando sob sua
XXVII. ESTABILIDADE DE PREPARAÇÔES responsabilidade a realização, supervisão e coordenação
FARMACÊUTICAS: Período no qual se mantém, de todos os serviços técnicocientíficos da empresa e/ou
dentro dos limites especificados e nas condições de estabelecimento, respeitado, ainda, o preconizado pela
armazenamento e uso, as mesmas características e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou acordo
propriedades que apresentava ao final de sua produção. trabalhista.
As Boas Práticas de Manipulação ou Fabricação devem XXXIII. FARMACÊUTICO SUBSTITUTO:
ser atendidas. Assim, o produto obtido deve satisfazer Farmacêutico designado perante o Conselho Regional de
aos critérios de: Farmácia (CRF) para prestar assistência e responder
1. Estabilidade química: cada fármaco contido no tecnicamente nos casos de impedimentos ou ausências do
produto deve manter integridade farmacêutico diretor técnico ou farmacêutico responsável
química e potência declarada, dentro dos limites técnico, ou ainda do farmacêutico assistente técnico da
especificados. empresa e/ou estabelecimento, respeitado o preconizado
2. Estabilidade física: o produto deve apresentar as pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou acordo
propriedades físicas originais incluindo, quando trabalhista.
aplicável, aparência, palatabilidade, uniformidade, XXXIV. FARMACOPÊICO: É o medicamento, planta
dissolução e suspendibilidade. ou método cujo modo de preparação ou elaboração ou
3. Estabilidade microbiológica: o produto deve manter, monografia está indicado nas Farmacopéias ou
quando aplicável, sua esterilidade ou resistência ao Formulários Farmacopêicos. A expressão farmacopêico
crescimento microbiano, assim como os agentes substitui as expressões oficial e oficinal, utilizadas em
antimicrobianos adicionados devem manter sua eficácia edições anteriores da Farmacopéia Brasileira,
como conservantes, dentro dos limites especificados. equivalendo-se a essas expressões para todos os efeitos.
4. Estabilidade terapêutica: o(s) efeito(s) terapêutico(s) XXXV. FITOTERÁPICO: Medicamentos obtidos a
do(s) fármaco(s) deve(m) permanecer inalterado(s). partir de ervas/plantas medicinais empregando-se
5. Estabilidade toxicológica: não deve haver aumento exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato,
significativo na(s) característica(s)toxicológica(s) do(s) tintura, óleo, cera, exsudado, suco e outros).
fármaco(s). XXXVI. FORMA FARMACÊUTICA: É o estado final
XXVIII. FARMÁCIA: É uma unidade de prestação de de apresentação dos princípios ativos farmacêuticos após
serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, uma ou mais operações farmacêuticas executadas com a
assistência à saúde e orientação sanitária individual e adição ou não de excipientes apropriados, a fim de
coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou facilitar a sua utilização e obter o efeito terapêutico
dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, desejado, com características apropriadas a uma
farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos determinada via de administração.
farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos; XXXVII. FORMA FARMACÊUTICA
XXIX. FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO: ELABORADA: É a aparência externa de um
Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais medicamento, caracterizada por seu estado físico de
e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, apresentação e constituída por componentes
insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de farmacologicamente ativos e adjuvantes tecnológicos,
186
com objetivo de facilitar sua administração, contornar XLVIII. MEDICAMENTOS QUE NECESSITAM
problemas de estabilidade e dosificar os agentes CONDIÇÕES ESPECIAIS DE
terapêuticos, cedendo-os aos locais de melhor absorção. ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO -MCEA:
XXXVIII. FRACIONAMENTO: Procedimento que Para fins desta Norma, são os medicamentos termolábeis
integra a dispensação de medicamentos na forma que necessitam obrigatoriamente de condições restritas
fracionada, efetuado sob a supervisão e responsabilidade de armazenamento e conservação, conforme orientação
de profissional farmacêutico habilitado, para atender à do fabricante, sendo normalmente entre 2º e 8º C e
prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de referenciado na presente Norma pela sigla MCEA.
medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela XLIX. MONITORAMENTO DE PRAGAS E
subdivisão de um medicamento em frações VETORES: Consiste em um procedimento formado por
individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem um grupo de medidas de vigilância e fiscalização para
rompimento da embalagem primária, mantendo seus impedir o ingresso e/ou a disseminação de pragas e
dados de identificação. (retificado pela Resolução 592/14 vetores. O monitoramento prevê a fiscalização de
SEA) certificados e atestados, inspeções preventivas, coleta de
XXXIX. IN NATURA: Que está no estado natural, sem amostras e definição de normas que impeçam a
processamento industrial. disseminação e a entrada destes animais.
XL. INSUMO FARMACÊUTICO ATIVO: Qualquer L. PÉRFUROCORTANTE: Instrumento(s) ou
substância introduzida na formulação de uma forma objeto(s), contendo cantos, bordas, pontas ou
farmacêutica que, quando administrada a um paciente, protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou
atua como ingrediente ativo podendo exercer atividade perfurar.
farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, LI . PREPARAÇÕES FICINAIS/FARMACOPEI-
tratamento ou prevenção de uma doença, podendo ainda CAS:
afetar a estrutura e funcionamento do organismo humano. É aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja
XLI. MATÉRIA PRIMA: Substância(s) ativa(s) ou inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários
inativa(s) que se emprega(m) na Internacionais reconhecidos pela Agência Nacional de
fabricação de medicamentos e de outros produtos, tanto Vigilância Sanitária (ANVISA).
as que permanecem inalteradas quanto as passíveis de LII. PRODUTO PARA SAÚDE: Produto que se
sofrerem modificações. enquadra em pelo menos uma das duas categorias
XLII. MATÉRIA PRIMA VEGETAL/DROGA descritas a seguir:
VEGETAL: Planta ou suas partes, após processos de a. Produto Médico: produto para a saúde tal como,
coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, equipamento, aparelho, material, artigo ou sistema de uso
rasurada, triturada ou pulverizada. ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial,
XLIII. MANUTENÇÃO: Conjunto de atividades e destinado a prevenção, diagnóstico, tratamento,
recursos aplicados aos sistemas e equipamentos, visando reabilitação ou anticoncepção e que não utiliza meio
garantir a continuidade de sua função dentro de farmacológico, imunológico ou metabólico para realizar
parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, de sua principal função em seres humanos, podendo,
custos e de vida útil adequados. A autorização de entretanto, ser auxiliado em suas funções por tais meios.
empresas de manutenção preventiva ou corretiva de b. Produto Para Diagnostico de Uso In Vitro: reagentes,
equipamentos de medição é fornecida pelo Instituto padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e
Nacional de Metrologia (INMETRO)/Instituto de Pesos e instrumentos, junto com as instruções para seu uso que
Medidas (IPEM). contribuem para realizar uma determinação qualitativa,
XLIV. MANUTENÇÃO PREVENTIVA: Realizada quantitativa ou semiquantitativa de uma amostra
em intervalos predeterminados e visa eliminar ou reduzir proveniente do corpo humano e que não estejam
as probabilidades de um equipamento vir a ter um destinados a cumprir alguma função anatômica, física ou
desempenho abaixo de sua especificação, da ocorrência terapêutica, que não sejam ingeridos, injetados ou
de uma falha ou uma parada do equipamento por quebra. inoculados em seres humanos e que são utilizados
XLV. MANUTENÇÃO CORRETIVA: Realizada unicamente para prover informação sobre amostras
quando o equipamento já está quebrado ou apresenta obtidas do organismo humano.
algum tipo de falha. É o trabalho de restaurar (quando LIII. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
possível) o equipamento para um padrão de desempenho (POP): Descrição escrita, pormenorizada de técnicas e
aceitável. operações a serem utilizadas na farmácia ou drogaria,
XLVI. MEDICAMENTO: Produto farmacêutico, visando proteger, garantir a preservação da qualidade dos
tecnicamente obtido ou elaborado, que contém um ou produtos, a uniformidade dos serviços e a segurança dos
mais fármacos e outras substâncias, com finalidade profissionais.
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. LIV. PRODUTO DE SAÚDE DE USO
XLVII. MEDICAMENTOS TERMOLÁBEIS: ÚNICO/DESCARTÁVEL: Qualquer produto
Medicamentos sensíveis, destruídos ou modificados pelo destinado a ser usado na prevenção, diagnóstico, terapia
calor, que não podem sofrer variações excessivas de de reabilitação ou concepção utilizável somente uma vez,
temperatura e devem ser mantidos a uma temperatura segundo especificado pelo fabricante.
constante, ao redor de 20ºC (± 2º).
187
LV. PRODUTO MÉDICO ESTÉRIL: Produto livre de qualquer outro material de acondicionamento. Os rótulos
toda contaminação microbiana. possuem dimensões apropriadas e devem ser redigidos de
LVI. PRODUTO PARA AUTOTESTE: Teste modo a facilitar o entendimento do consumidor. A
destinado a ser utilizado por leigos profissionais da área confecção dos rótulos deve obedecer aos padrões
da saúde ou pelo laboratório clínico, permitindo o determinados pela Agência Nacional de Vigilância
acompanhamento das condições de uma doença, detecção Sanitária/ANVISA.
de condições específicas, com a intenção de auxiliar o LXV. SANITÁRIO: Ambiente dotado de bacia(s)
paciente, porém não sendo considerado conclusivo para o sanitária(s) e lavatório(s).
diagnóstico. LXVI. SANITIZAÇÃO: Conjunto de procedimentos
LVII. PRODUTO DE HIGIENE PESSOAL, que visam à manutenção das condições de higiene.
COSMÉTICO E PERFUME: São preparações LXVII. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS: Serviços de
constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso atenção à saúde prestados pelo farmacêutico.
externo, nas diversas partes do corpo humano, pele, LXVIII. SUPERVISÃO DIRETA: Constitui a
sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, supervisão efetuada pelo farmacêutico
dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o responsável ou farmacêutico substituto, sobre os demais
objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá- funcionários do estabelecimento.
los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais LXIX. TEMPERATURA DE CONSERVAÇÃO:
e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. São Condições de temperatura na qual o fármaco deve ser
classificados em grau 1 e grau 2 conforme norma conservado. São utilizados os seguintes termos:
específica. a. Em congelador - temperatura entre –20° e 0°C.
LVIII. PROPAGANDA/PUBLICIDADE: b. Em refrigerador - temperatura entre 2° e 8°C.
Conjunto de técnicas e atividades de informação e c. Local frio - temperatura que não exceda 8°C.
persuasão com o objetivo de divulgar conhecimentos, d. Local fresco - temperatura entre 8° e 15°C.
tornar mais conhecido e/ou prestigiado determinado e. Temperatura ambiente - temperatura entre 15° e
produto ou marca, visando exercer influência sobre o 30°C.
público por meio de ações que objetivem promover e/ou f. Local quente - temperatura entre 30° e 40°C.
induzir à prescrição, dispensação, aquisição e utilização g. Calor excessivo - temperatura acima de 40°C.
de medicamento. LXX. TESTE LABORATORIAL REMOTO-TLR:
LIX. PROJETO ARQUITETÔNICO: Desenho em Teste realizado por meio de um equipamento laboratorial
escala 1:50 (um para cinquenta) que apresenta a situado fisicamente fora da área de um laboratório
disposição dos ambientes que compõem o clínico.
estabelecimento, especificando os mobiliários fixos e Também chamado Teste Laboratorial Portátil - TLP, do
móveis e as dimensões dos cômodos. inglês Point-of-Care testing - POCT.
LX. RASTREABILIDADE DE EQUIPAMENTOS E LXXI. VERIFICAÇÃO METROLÓGICA: É o
APARELHOS: procedimento que compreende o exame, a marcação e/ou
Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de a emissão de um certificado de verificação e que constata
um padrão estar relacionado a referências estabelecidas, e confirma que o instrumento de medição satisfaz as
geralmente a padrões nacionais ou internacionais, através exigências regulamentares.
de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo
incertezas estabelecidas. CAPÍTULO II
LXI. RASTREABILIDADE/RASTREAMENTO DE DA AUTORIZAÇÃO PARA INSTALAÇÃO
MEDICAMENTOS: Conjunto de procedimentos que Art. 2º - A instalação de estabelecimentos farmacêuticos
permitem traçar o histórico, a aplicação ou localização de (farmácias e drogarias) será permitida observando a
medicamentos, através de informações previamente existência da lei de zoneamento de cada município.
registradas, mediante sistema de identificação exclusivo Art. 3º - Os estabelecimentos farmacêuticos que se
dos produtos, prestadores de serviço e usuários, a ser caracterizem como pertencentes a uma empresa com
aplicado no controle de toda e qualquer unidade de objetivo mercantil diverso ao comércio farmacêutico terá
medicamento produzido, dispensado ou vendido no a Licença Sanitária para farmácia ou drogaria deferida
território nacional. separadamente, contendo a descrição somente das
LXII. RATIFICAÇÃO: Ato de confirmar, aprovar, atividades autorizadas e concernentes aos
legalizar, revalidar, sancionar ou estabelecimentos farmacêuticos definidas na Lei nº
autenticar um ato ou compromisso. 5.991/1973, na Resolução RDC nº 44/2009 e nesta
LXIII. RECEITA: Prescrição escrita de medicamento, Resolução, ou outras que vierem a substituí-las.
contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por § único: Para os demais objetivos mercantis desta
profissional legalmente habilitado, quer seja de empresa que sejam passíveis de fiscalização pela
formulação magistral ou de produto industrializado. vigilância sanitária, deverá haver outras licenças
LXIV. RÓTULO: É a identificação impressa ou sanitárias, tantas quantas necessárias, para atender todas
litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a as demais atividades desenvolvidas pela empresa.
fogo, pressão ou decalque, aplicados diretamente sobre
recipientes, vasilhames, invólucros, envoltórios ou CAPÍTULO III
188
DA ESTRUTURA FÍSICA XI. Os sanitários devem ser em número suficiente para
Art. 4º - São condições para a instalação e atender todos os funcionários obedecendo às Normas
funcionamento de farmácia ou drogaria: Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Código
I. Edifício de alvenaria, com ventilação e iluminação que Estadual e/ou Código Municipal de Saúde, vigentes.
atenda as normas técnicas, em todas as salas, da XII. Às farmácias e drogarias é facultado manter também
Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT e as seguintes áreas:
Normas Regulamentadoras/NR do Ministério do a) Área ou sala para armazenamento de medicamentos
Trabalho. sujeitos a regime de controle especial (sala fechada ou
II. Piso, paredes, teto e mobiliários de material liso, armário com chave).
resistente, impermeável, de fácil limpeza e desinfecção. b) Sala para depósito de medicamentos e produtos além
III. Acesso independente às instalações das farmácias e da área de mostruário.
drogarias, de forma a não permitir a comunicação com c) Salas para atividades administrativas.
residências ou qualquer outro local distinto do XIII. Às farmácias e drogarias é facultado também
estabelecimento farmacêutico e deve possuir manter Sala(s) de Prestação de Serviços Farmacêuticos
acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades (Atenção Farmacêutica, Administração de Medicamentos
especiais. e Perfuração de Lóbulo Auricular) conforme detalhados
IV. Para mostruário e dispensação de produtos e nos Artigos 60 e 61 da presente Norma, bem como
medicamentos industrializados, a área física mínima será legislação relacionada.
de 30m², em acordo com as atividades desenvolvidas, de Art. 5º - Somente as farmácias com manipulação,
forma a garantir seu bom funcionamento e fluxo mediante autorização da Vigilância Sanitária Municipal
adequado. ou Estadual, obedecendo ao previsto nesta Norma
V. Os demais compartimentos obrigatórios da edificação Técnica e em outras legislações específicas, podem
são: sanitários, depósito de material de limpeza e manter laboratório de manipulação de medicamentos,
sanitização do estabelecimento (DML) com tanque e com área de acordo com a sua demanda, porém não
água corrente, sala ou área para a guarda de pertences inferior a 10m², para cada atividade a ser desenvolvida.
pessoais, sala ou área administrativa (escrituração de §1°: Para salas dedicadas para manipulação de
substâncias ou medicamentos sujeitos a controle especial, hormônios, antibióticos, citostáticos e/ou outros
armazenamento de material bibliográfico, fichas de definidos por legislação específica, deve haver área
pacientes, notas fiscais e outros materiais afins). mínima de 3m2 para cada sala e, no mínimo, de 1,5m2
a) O estabelecimento de manipulação de fórmulas deve para a antecâmara, quando couber.
possuir as demais áreas obrigatórias compatíveis com o §2°: Além das exigências sanitárias previstas nesta
que for manipulado, de acordo com a Resolução RDC Norma Técnica, as farmácias com manipulação devem
Anvisa/MS n° 67/2007, ou outra que venha a substituí-la. atender as demais exigências sanitárias previstas na
VI. Deve possuir as dimensões compatíveis com o Resolução RDC Anvisa/MS nº 67/2007, ou outra que
mobiliário e equipamentos mínimos necessários ao uso vier a substituí-la e normas complementares que vierem a
projetado e permitam a circulação segura para os seus ser publicadas no âmbito estadual ou municipal.
ocupantes. Art. 6º - Somente será permitida a instalação de farmácia
VII. Para as demais áreas não obrigatórias como ou drogaria no interior de galerias de shoppings,
ambiente para prestação dos serviços que demandam empórios, lojas de conveniência, drugstore e/ou
atendimento individualizado, deve haver garantia da supermercado, cujo acesso deve ser feito através de
privacidade e do conforto dos usuários, possuindo corredor de circulação e de acesso comum à farmácia ou
dimensões, mobiliário e equipamentos mínimos drogaria e aos demais estabelecimentos.
necessários ao uso projetado, e permitam a circulação Art. 7º - As farmácias e drogarias localizadas no interior
segura para os seus ocupantes devendo ser compatíveis de galerias definidas no artigo anterior podem
com as atividades e serviços a serem oferecidos. compartilhar as áreas destinadas a sanitários, depósito de
VIII. A adequação da estrutura física deve obedecer ao material de limpeza e local para guarda dos pertences dos
Código Estadual ou Código Municipal de Saúde e o funcionários, em conjunto com estes estabelecimentos.
Código de Postura Municipal, se for o caso. Art. 8º - É vedado utilizar qualquer dependência da
VIX. O depósito de material de limpeza deve ser dotado farmácia ou da drogaria para desenvolver atividades de
de ventilação natural ou mecânica, provido de tanque consultórios médico ou odontológico, ou outro fim
fixo com água corrente para higienização de panos, diverso do licenciamento.
armário para guarda de produtos e utensílios de limpeza.
X. A critério do estabelecimento poderá ser mantido área CAPÍTULO IV
de copa ou refeitório para funcionários desde que DA ASSISTÊNCIA, RESPONSABILIDADES E
separada fisicamente dos demais ambientes do ATRIBUIÇÕES
estabelecimento, dotada de ventilação mecânica ou Art. 9º - A presença e atuação do profissional
natural, pia fixa com água corrente para higienização, farmacêutico é requisito essencial para a manipulação e
mesa e cadeiras, equipamento para aquecimento de dispensação de medicamentos ao público.
refeições, refrigerador para guarda de alimentos dos Art. 10 - Os estabelecimentos devem possuir tantos
funcionários e armário. farmacêuticos quantos forem necessários para garantir
189
uma assistência farmacêutica de qualidade durante todo o Art. 17 - O estabelecimento farmacêutico deve ter um
horário de funcionamento do estabelecimento, inclusive organograma que demonstre a estrutura organizacional e
plantões e conforme estabelecido pela Lei Federal nº pessoal suficiente para garantir que o produto dispensado
5.991/1973, ou outra que vier a substituí-la. esteja de acordo com os requisitos desta Norma Técnica.
Art. 11 - As atribuições e responsabilidades individuais § único: As atribuições e responsabilidades individuais
devem estar descritas no Manual de Boas Práticas devem estar formalmente descritas e perfeitamente
Farmacêuticas do estabelecimento e ser compreensíveis e compreensíveis a todos os empregados, investidos de
disponíveis a todos os funcionários. autoridade suficiente para desempenhá-las, não podendo
Art. 12 - As atribuições do profissional farmacêutico são existir sobreposição de atribuições e responsabilidades na
aquelas estabelecidas pelo Conselho Federal e Conselho aplicação das Boas Práticas.
Regional de Farmácia, observadas as legislações Art. 18 - Somente será permitido o funcionamento do
sanitárias vigentes para farmácias e drogarias. estabelecimento sem assistência ou impedimentos
Art. 13 - A prestação de serviço farmacêutico deve ser eventuais do responsável técnico ou seu substituto (férias
realizada por profissional devidamente capacitado, e licenças) pelo prazo de 30 dias, ficando o
respeitando-se as determinações estabelecidas pelo estabelecimento, acima deste prazo, sujeito às
Conselho Federal e Conselho Regional de Farmácia. penalidades previstas na legislação sanitária vigente.
Art. 14 - As atividades que não são privativas de § único: Fica vedada no período em que o
farmacêutico, quando realizadas pelos demais estabelecimento farmacêutico se encontrar sem
funcionários, somente devem ser realizadas respeitando- farmacêutico responsável técnico, farmacêutico assistente
se os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) do técnico ou farmacêutico substituto a manipulação de
estabelecimento, o limite de atribuições e competências fórmulas magistrais e/ou oficinais, a aquisição e a
estabelecidas pela legislação vigente e sob a supervisão dispensação de substâncias e medicamentos sujeitos a
do farmacêutico diretor técnico/substituto ou assistente. regime especial de controle, a realização de serviços
Art. 15 - São atribuições do responsável legal do farmacêuticos e outras atividades que requeiram a
estabelecimento dentre outras: supervisão direta ou que sejam privativas do profissional
I. Prever e prover os recursos financeiros, humanos e farmacêutico.
materiais necessários ao funcionamento do
estabelecimento. CAPÍTULO V
II. Assegurar condições para o cumprimento das DA SAÚDE, HIGIENE E VESTUÁRIO
atribuições gerais de todos os envolvidos, visando Art. 19 - O estabelecimento farmacêutico deve assegurar
prioritariamente à qualidade, eficácia, segurança do a todos os seus trabalhadores a promoção da saúde e
produto e a ética profissional. prevenção de acidentes, agravos e doenças ocupacionais,
III. Estar comprometido com as atividades de Boas priorizando as medidas promocionais e preventivas, em
Práticas, garantindo a melhoria contínua e a garantia da nível coletivo, de acordo com as características do
qualidade. estabelecimento e seus fatores de risco, cumprindo
IV. Favorecer e incentivar programa de educação Normas Regulamentadoras sobre Segurança e Medicina
permanente para todos os envolvidos nas atividades do Trabalho.
realizadas na farmácia. §1°: A admissão dos funcionários deve ser precedida de
V. Gerenciar aspectos técnicos e administrativos das exames médicos, sendo obrigatória a realização de
atividades de dispensação. avaliações médicas periódicas de todos os funcionários
VI. Zelar para o cumprimento das diretrizes de qualidade da farmácia ou drogaria, atendendo ao Programa de
estabelecidas nesta Norma Técnica. Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
VII. Assegurar a atualização dos conhecimentos técnicos, §2°: Em caso de lesão exposta, suspeita ou confirmação
científicos e administrativos relacionados com a de enfermidade que possa comprometer a qualidade da
dispensação e a sua aplicação. atividade farmacêutica, o funcionário deve ser afastado
VIII. Garantir a qualidade dos procedimentos de temporária ou definitivamente de suas atividades,
dispensação. obedecendo à legislação específica.
IX. Prover as condições necessárias para o cumprimento §3°: Não é permitido comer, beber, manter plantas,
desta resolução, assim como das demais normas alimentos, bebidas, produtos fumígenos, medicamentos e
sanitárias, federal, estadual e municipal vigentes, objetos pessoais e outros fora das salas específicas ou
aplicáveis às farmácias e drogarias. previamente definidas para estes fins.
X. Assegurar as condições necessárias à promoção do §4°: Todos os empregados devem ser instruídos e
uso racional de medicamentos. incentivados a reportar aos seus superiores imediatos
Art. 16 - É de responsabilidade da Administração qualquer condição de risco relativa ao produto, ambiente,
Pública ou Privada, responsável pela farmácia ou equipamento ou pessoal.
drogaria, prever e prover os recursos humanos, §5°: Os estabelecimentos farmacêuticos são responsáveis
infraestrutura física, equipamentos e procedimentos pelo fornecimento e a distribuição dos Equipamentos de
operacionais necessários à operacionalização das suas Proteção Individual (EPI) de forma gratuita, em
atividades e que atendam às recomendações desta quantidade suficiente e com reposição periódica, além da
Norma.
190
orientação quanto ao uso, manutenção, conservação e RDC nº 20/2011 (SNGPC), ou outra que vier a substituí-
descarte. la, até o último dia de trabalho, e finalização do
§6°: Os funcionários envolvidos na prestação de serviços inventário com o motivo “encerramento das atividades”.
farmacêuticos devem estar adequadamente IV. Se não houve dispensação de medicamentos sujeitos
paramentados, utilizando EPI, para assegurar a sua a controle especial, declaração que não os comprou e/ou
proteção e a do produto contra contaminação, devendo não os dispensou.
ser feita a colocação e troca do EPI sempre que V. Comprovante de recolhimento da taxa de serviço, se
necessário, sendo a lavagem deste, de responsabilidade aplicável.
do estabelecimento farmacêutico. VI. Declaração de ciência assinada pelo responsável
§7º: Deve ser definido o que é uniforme e o que é EPI legal, referente à paralisação das atividades exclusivas do
pelo estabelecimento. profissional farmacêutico, descritas no Artigo 18,
§8°: A paramentação, bem como a higiene das mãos e parágrafo único desta Norma Técnica.
antebraços, deve ser realizada antes do início da § único: Quando atendido os requisitos acima, a
prestação de serviços. Vigilância Sanitária competente deve emitir a Declaração
§9°: A farmácia com manipulação deve dispor de sala de Baixa de Responsabilidade Técnica.
para vestiário onde deve ocorrer a guarda dos pertences Art. 22 - Após a apresentação da documentação de baixa
dos funcionários e a colocação de uniformes se for o de responsabilidade técnica, o responsável legal do
caso. estabelecimento deve lacrar o armário ou sala de
substâncias e/ou medicamentos sujeitos a controle
CAPÍTULO VI especial e cessar:
DO INGRESSO E BAIXA DE RESPONSÁVEL I. A manipulação de fórmulas magistrais e/ou oficinais.
TÉCNICO II. A venda de medicamentos sujeitos a controle especial.
Art. 20 - Para ingresso do responsável técnico junto ao III. A compra e a dispensação de substâncias e
órgão de Vigilância Sanitária competente, será exigida a medicamentos sujeitos a controle especial.
documentação abaixo relacionada: IV. A realização de serviços farmacêuticos e,
I. Requerimento padrão preenchido e assinado pelo V. Outras atividades que requeiram a supervisão direta
farmacêutico requerente, conforme modelo do serviço de ou que sejam privativas do profissional farmacêutico até
Vigilância Sanitária competente. regularização de outro profissional junto à Vigilância
II. Fotocópia do contrato de trabalho do profissional Sanitária.
(CTPS) ou cópia do contrato social que comprove a
propriedade ou sociedade do farmacêutico responsável CAPÍTULO VII
técnico com indicação desta responsabilidade técnica. DO ENCERRAMENTO DO ESTABELECIMENTO
III. — Comprovação de habilitação legal perante o OU DE ATIVIDADES
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná Art. 23 - No caso de encerramento de atividades do
(Redação dada pela Resolução 444/2018 SESA-PR) estabelecimento, além da documentação solicitada no
IV. Quando não dispensar medicamentos controlados, Artigo 21, serão exigidos para:
apresentar declaração de que o estabelecimento não I. Encerramento de filial: nota fiscal de transferência
realiza esta atividade, assinada pelo responsável técnico e das substâncias ou medicamentos sob controle especial.
pelo proprietário. II. Compra/fusão e/ou incorporação do
V. Comprovante de recolhimento da taxa de serviço, se estabelecimento com encerramento das atividades de
aplicável. uma das empresas ou absorção por outro
Art. 21 - Para a baixa de responsabilidade técnica junto estabelecimento: deve ser emitida nota fiscal de venda
ao órgão de Vigilância Sanitária competente, será exigida entre pessoas jurídicas dos medicamentos/substâncias
a seguinte documentação: sob controle especial, mantendo mecanismos que
I. Requerimento padrão preenchido e assinado pelo possibilitem a rastreabilidade dos produtos. Não serão
farmacêutico requerente, conforme modelo do Serviço de aceitos nota fiscal ao consumidor ou cupom fiscal.
Vigilância Sanitária competente. III. Quando do encerramento definitivo do
II. Fotocópia da rescisão do contrato de trabalho ou estabelecimento (matriz e filiais que houver), que não
alteração do contrato social comprovando que o se enquadre nos itens anteriores: poderá ser feita
requerente deixou a sociedade ou declaração de que não doação apenas dos medicamentos não sujeitos a controle
será mais o responsável técnico, porém continua como especial ou deverá ser realizado o descarte dos
sócio. medicamentos conforme Plano de Gerenciamento de
III. Caso dispense medicamentos sob regime de controle Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). No caso de
especial e/ou antimicrobianos, apresentar: doação deve ser apresentada para visto da Vigilância
a) Balanços (BMPO e/ou BSPO) e Relação Mensal de Sanitária, a relação dos medicamentos a serem doados e
NRA e de NRB2 (RMNRA, RMNRB2), conforme o cópia da licença sanitária atualizada do estabelecimento
caso, e a comprovação de transmissão dos dados de que receberá a doação.
movimentação dos medicamentos sujeitos a controle IV. Para os medicamentos e substâncias sujeitas a
especial pela Portaria n° 344/1998, ou outra que vier a controle especial: deve ser realizado o descarte
substituí-la, e dos antimicrobianos conforme Resolução conforme Plano de Gerenciamento de Resíduos de
191
Serviços de Saúde/PGRSS ou doação, conforme Portaria II. As instalações devem possuir superfícies internas
nº 344/1998, ou outra que vier a substituí-la. (piso, paredes, teto) lisas e impermeáveis, em perfeitas
§ único: A aceitação dos medicamentos e substâncias condições, resistentes aos agentes sanitizantes e
será decisão do farmacêutico responsável técnico pelo facilmente laváveis.
estabelecimento adquirente, mediante utilização de III. Os ambientes devem ser mantidos em boas condições
mecanismos que garantam a qualidade destes. de higiene e limpeza e protegidos contra a entrada de
insetos, roedores ou outros animais.
CAPÍTULO VIII IV. As condições de ventilação e iluminação devem ser
DAS CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO compatíveis com as atividades desenvolvidas em cada
SEÇÃO I ambiente e atender as Normas Técnicas da ABNT e
DAS CONDIÇÕES GERAIS Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
Art. 24 - Os estabelecimentos de que trata a presente V. Sanitários com vaso sanitário e/ou mictório, pia com
norma devem possuir os seguintes documentos em cada água corrente, toalhas de uso individual e descartável,
estabelecimento: sabonete líquido, lixeira sem tampa ou com acionamento
I. Licença Sanitária atualizada, expedida pela Autoridade da tampa por pedal, e sem comunicação direta com a sala
Sanitária competente. de serviços farmacêuticos, de manipulação ou outras
II. Certidão de Regularidade atualizada, expedida pelo salas que exijam circulação restrita.
Conselho Regional de Farmácia. VI. Mobiliários revestidos interna e externamente de
III. Autorização de Funcionamento de Empresa material liso e impermeável, em perfeitas condições,
atualizada, expedida pela ANVISA. resistente aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis.
IV. Autorização Especial de Funcionamento para as VII. Todos os funcionários que realizam atendimento ao
farmácias que manipulam substâncias sujeitas a controle público, devem fazer uso de identificação, especificando
especial, expedida pela ANVISA. o nome e função que exerçam.
V. Manual de Boas Práticas em Farmácia ou Drogaria VIII. Para os serviços farmacêuticos deve ser fornecido
e/ou Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos pelo estabelecimento EPI de acordo com a atividade
para uso Humano de acordo com as especificidades de desenvolvida, em quantidade suficiente e com reposição
cada estabelecimento e de fácil acesso aos técnicos. periódica.
VI. Procedimentos escritos para todas as atividades Caso o EPI não seja descartável a responsabilidade de
desenvolvidas no estabelecimento, inclusive para as lavagem do material é do estabelecimento.
atividades de limpeza e sanitização dos ambientes, IX. Possuir água potável tratada, com limpeza no mínimo
mobiliários e equipamentos. a cada seis meses dos reservatórios e cisternas,
VII. Lista com números atualizados de telefone do comprovados através de registros.
Conselho Regional de Farmácia, do órgão Estadual e X. O estabelecimento deve seguir a legislação sanitária
Municipal de Vigilância Sanitária, órgãos de defesa do vigente, para o processamento de limpeza e desinfecção
consumidor, devidamente afixada em local visível ao de artigos e superfícies, utilizando-se para este fim,
público. produtos devidamente regularizados pela ANVISA, para
VIII. Licença Sanitária e a Certidão de Regularidade do a finalidade a que se destina.
CRF-PR, devidamente afixada em local visível ao XI. Não será permitida a coleta de material biológico nas
público. dependências dos estabelecimentos farmacêuticos, exceto
IX. Nome e identidade dos responsáveis para aplicação em estabelecimentos que manipulem medicamentos
de injetáveis, afixada em local visível ao público, dentro homeopáticos que estejam autorizados e possuam sala
da sala de prestação de serviços farmacêuticos. exclusiva para coleta do material a ser utilizado,
X. Placa, afixada em local visível ao público, contendo o exclusivamente na manipulação de medicamentos auto-
nome, foto, número e inscrição no Conselho Regional de isoterápico.
Farmácia do Paraná – CRF/PR do responsável técnico XII. Deve ser instituído e mantido um Controle e/ou
farmacêutico, dos farmacêuticos substitutos e assistentes, Manejo Integrado de Vetores e Pragas Urbanas que, se
bem como o seu horário de trabalho. executado por terceiros, deve ser por empresa licenciada
§1º: A Autoridade Sanitária competente expedirá a para este fim perante os órgãos competentes, com os
Licença Sanitária após a inspeção no estabelecimento, registros da execução das atividades mantidos no
observando o cumprimento do disposto na presente estabelecimento.
norma e demais legislações sanitárias vigentes.
§2º: A Licença Sanitária deverá ser renovada SEÇÃO II
periodicamente, de acordo com Norma Estadual ou DAS CONDIÇÕES TÉCNICAS E HIGIÊNICAS
Municipal vigente. ESPECÍFICAS
Art. 25 - São condições essenciais para o funcionamento Art. 26 - Os materiais de limpeza e germicidas devem ser
dos estabelecimentos de que trata a presente Norma: armazenados em área ou locais identificados e
I. As áreas internas e externas devem permanecer em especificamente designado para este fim.
boas condições físicas e estruturais, de modo a permitir a Art. 27 - Deve ser definido local específico para guarda
higiene e a não oferecer risco ao usuário e aos dos pertences dos funcionários podendo ser na área de
funcionários. atividades administrativas.
192
Art. 28 - As salas de descanso e copa ou refeitório, uma distância mínima das paredes, evitando a umidade e
quando existentes, devem estar separados fisicamente o acúmulo de sujidades.
dos demais ambientes. V. É vedada a colocação de etiquetas sobre prazos de
§ único: O consumo de alimentos somente é permitido validade e número de lote, bem como a dispensação ao
em salas de descanso/copa ou refeitório. público de produtos e medicamentos com o prazo de
Art. 29 - O estabelecimento deve ser abastecido com validade expirado.
água potável, preferencialmente possuir caixa d'água VI. Todos os produtos e medicamentos que apresentem
própria, e esta deve estar devidamente protegida para problemas e/ou irregularidades devem ser retirados da
evitar a entrada de animais de qualquer porte, sujidades área de venda, armazenados em área ou local próprios,
ou quaisquer outros contaminantes. A limpeza dos devidamente identificados quanto à proibição de seu uso.
reservatórios de água potável deve ser feita de acordo VII. Os produtos violados, vencidos, com suspeita de
com procedimentos escritos para a limpeza e falsificação, corrupção, adulteração ou alteração devem
higienização da caixa d'água, mantendo-se os registros ser segregados em ambiente seguro e diverso da área de
que comprovem sua realização. dispensação e identificados quanto a sua condição e
§ único: A limpeza dos reservatórios de água potável destino, de modo a evitar sua entrega ao consumo.
pode ser executada por empresa terceirizada contratada, VIII. Os produtos a quem se refere o inciso VII, não
com licença sanitária expedida pela Autoridade Sanitária podem ser comercializados ou utilizados e a sua
local, devidamente atualizada, mantendo-se os registros destinação final deve observar legislação específica
da execução do serviço. federal, estadual ou municipal.
IX. A inutilização e o descarte dos produtos a que se
SEÇÃO III refere o inciso VII devem obedecer às exigências de
DA AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, legislação específica para Gerenciamento de Resíduos de
ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E Serviços de Saúde, assim como norma estadual ou
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS E municipal complementares.
PRODUTOS X. Quando o impedimento de uso for determinado por
Art. 30 - Na aquisição e recebimento de medicamentos e ato da Autoridade Sanitária ou por iniciativa do
produtos, deve ser verificado: fabricante, importador ou distribuidor, o recolhimento
I. Se o fornecedor possui Licença Sanitária atualizada, destes produtos deve seguir regulamentação específica.
expedida pela Autoridade Sanitária local. XI. A empresa deve determinar procedimentos com
II. Notas fiscais de aquisição de medicamentos constando relação aos produtos com o prazo de validade próximo ao
o número de lotes, quando aplicável. vencimento, inclusive dos insumos farmacêuticos
III. Possuir na embalagem informações referente ao utilizados na manipulação de produtos/medicamentos.
registro, notificação, cadastro ou isenção de registro no XII. O armazenamento de produtos corrosivos,
Ministério da Saúde/ANVISA ou do Ministério da inflamáveis ou explosivos deve ser justificado em
Agricultura, o número de lote, data de validade e demais Procedimento Operacional Padrão (POP), o qual deve
itens de rotulagem, conforme legislação vigente. determinar sua guarda longe de fontes de calor e de
IV. As embalagens, rótulos e bulas (quando aplicável) materiais que provoquem faíscas e de acordo com a
devem estar íntegros. legislação específica.
V. Se as condições de transporte foram compatíveis com XIII. Os produtos de dispensação e comercialização,
as exigidas pelos medicamentos e produtos e não permitidos em farmácias e drogarias nos termos da
afetaram a integridade e segurança do produto. legislação vigente devem ser organizados em área de
Art. 31 - Quanto ao armazenamento de medicamentos e circulação comum ou em área de circulação restrita aos
produtos: funcionários, conforme o tipo e categoria do produto.
I. Devem ser mantidos espaços reservados, prateleiras XIV. Os medicamentos devem permanecer em área de
e/ou estrados em número adequado ao volume de circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida
estoque, constituído de material liso, lavável e sua exposição direta ao alcance dos usuários do
impermeável. estabelecimento.
II. Devem estar em boas condições sanitárias quanto à XV. Os demais produtos podem permanecer expostos em
conservação, limpeza e higiene. área de circulação comum.
III. Devem ser observados no armazenamento os Art. 32 - Os medicamentos isentos de prescrição poderão
procedimentos relativos as Boas Práticas de Estocagem permanecer ao alcance dos usuários para obtenção por
de produtos seguindo as especificações do fabricante e meio de autosserviço no estabelecimento. (NR)
sob condições que garantam a manutenção de sua 1°§ - Na área destinada ao autosserviço de
identidade, integridade, qualidade segurança, eficácia e medicamentos, deve estar exposto cartaz, em local visível
rastreabilidade. As embalagens e rótulos devem estar ao público, contendo a seguinte orientação, de forma
íntegros. legível e ostensiva, permitindo a fácil leitura a partir da
IV. Os medicamentos e produtos devem estar área de circulação comum: "MEDICAMENTOS
armazenados ao abrigo da luz solar direta, em PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE
temperatura e umidade conforme especificação do A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O
fabricante, em prateleiras ou sobre estrados, respeitando FARMACÊUTICO. O cartaz deve ficar pendurado
193
imediatamente sobre a área dos medicamentos, de modo reconhecimento de reações adversas potenciais e as
a permitir a leitura de ambos os lados. condições de conservação do produto.
2° § - Os medicamentos isentos de prescrição e de Art. 34 - No aviamento e dispensação de todas as
mesmo princípio ativo ou de mesmos princípios ativos receitas devem ser obedecidos os seguintes critérios:
(no caso de associações) devem permanecer organizados I. Não poderão ser aviadas receitas ilegíveis e/ou que
em um mesmo local e serem identificados, de forma possam induzir a erro ou troca na dispensação dos
visível e ostensiva ao usuário, com a Denominação medicamentos.
Comum Brasileira (DCB) do(s) princípio(s) ativo(s) ou, II. Não poderão ser aviadas em farmácias e drogarias
em sua falta, da Denominação Comum Internacional receitas em código, siglas e/ou números.
(DCI), de modo a permitir a fácil identifica produtos pelo III. Só poderão ser aviadas receitas que contiverem:
usuário. a) O nome do paciente, denominação genérica,
3° § - Os medicamentos isentos de prescrição devem ser Denominação Comum Brasileira (DCB), Denominação
dispostos de forma separada dos demais produtos Comum Internacional (DCI), e ou classificação botânica,
comercializados na área de autosserviço, em um único (se aplicável), podendo ser indicado o nome comercial,
espaço específico, delimitado, de forma a permitir o expressamente o modo de usar, forma de apresentação do
controle da dispensação pelo farmacêutico. Somente fica medicamento, duração de tratamento, quantidades e
permitida uma única área/local de autosserviço dentro do respectivas unidades.
estabelecimento." b) Local e data da emissão, assinatura e identificação do
(Redação dada pela Resolução 444/2018 SESA-PR) prescritor, com numero de registro no seu Conselho
Art. 33 - Na dispensação de medicamentos e produtos Profissional.
deve ser observado: IV. Na dispensação de medicamentos genéricos:
I. É vedada a dispensação ao público de medicamentos a) Será permitida ao profissional farmacêutico a
tarjados e/ou sujeitos a controle especial, sem a devida substituição do medicamento prescrito, exclusivamente
prescrição de profissional habilitado. pelo medicamento genérico correspondente, salvo
II. É vedado às farmácias e drogarias privadas restrições de próprio punho pelo prescritor.
distribuição sem valor pecuniário ou venda de b) A substituição realizada na prescrição deve ser
medicamentos amostra grátis, medicamentos de indicada com aposição de carimbo do profissional
distribuição gratuita, medicamentos com a inscrição de farmacêutico com o seu respectivo número do CRF-PR,
“PROIBIDA A VENDA NO COMÉRCIO”, datada e assinada.
medicamentos em embalagem hospitalar, ou o c) Nos casos de prescrição utilizando o nome genérico,
fracionamento destes, e medicamentos de uso exclusivo somente será permitida a dispensação do medicamento
hospitalar. de referência ou de um genérico correspondente.
III. A farmácia ou drogaria poderá comercializar d) Quando a dosagem ou posologia dos medicamentos
medicamento fora de sua embalagem secundária somente prescritos encontrarem-se fora dos limites
se forem oriundos de embalagens múltiplas ou farmacológicos, e/ou a prescrição apresentar
fracionáveis, conforme definição dessa norma e incompatibilidade e/ou houver interação potencialmente
legislação sanitária vigente, cujas embalagens primárias perigosa com demais medicamentos prescritos ou já em
devem conter as informações obrigatórias de rotulagem uso pelo paciente, o farmacêutico deve solicitar
constantes na embalagem primária. confirmação expressa ao profissional que prescreveu.
IV. A exceção às restrições contidas nos incisos II e III e) Na ausência ou negativa de confirmação é facultado ao
deste Artigo cabe aos medicamentos em embalagem farmacêutico não dispensar o medicamento, expondo os
hospitalar injetáveis, desde que não possuam no rótulo a seus motivos por escrito, os quais serão entregues ao
inscrição ”PROIBIDA A VENDA NO COMERCIO” ou paciente.
a inscrição “USO RESTRITO HOSPITALAR”, os quais V. O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao
podem ser comercializados fora de sua embalagem usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso
original, de forma fracionada, para uso exclusivamente de medicamentos.
na administração do medicamento no local, no âmbito da VI. O estabelecimento deve manter a disposição dos
prestação dos serviços farmacêuticos, desde que esses usuários, em local de fácil visualização e de modo a
medicamentos não estejam disponíveis no mercado em permitir a imediata identificação, lista atualizada dos
embalagens unitárias. Todavia, os medicamentos medicamentos genéricos comercializados no país,
injetáveis fracionados devem ser mantidos armazenados conforme relação divulgada pela ANVISA e
dentro da sua embalagem secundária original, mantendo- disponibilizada no seu sítio eletrônico no endereço http:
se a integridade das informações contidas no rótulo da //www.anvisa.gov. br.
embalagem. VII. É vedada a captação de receitas contendo
V. Os medicamentos e produtos devem possuir todos os prescrições magistrais e oficinais em drogarias,
itens de rotulagem previstos em legislação vigente. ervanarias e postos de medicamentos, ainda que entre
VI. Os elementos importantes de orientação entre outros, filiais da mesma empresa, bem como a intermediação
a ênfase no cumprimento da posologia, a influência dos entre empresas.
alimentos, a interação com outros medicamentos, o

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§1º: O usuário deve ser alertado quando for dispensado § único: As recomendações devem ser seguidas para o
produto com prazo de validade próximo ao seu armazenamento de insumos farmacêuticos termolábeis
vencimento. em farmácias com manipulação, no que couber.
§2º: É vedado dispensar produtos e/ou medicamentos Art. 41 - As recomendações mínimas para organização
cuja posologia para o tratamento não possa ser concluída da geladeira são as seguintes:
dentro do prazo de validade vigente. I. No evaporador (congelador) colocar gelo reciclável
Art. 35 - Na dispensação de medicamentos sujeitos a (gelox ou bobinas com água) na posição vertical, o que
controle especial, quando houver redução na quantidade contribui para a variação lenta da temperatura,
de medicamentos dispensados, devem ser fornecidas oferecendo proteção aos medicamentos na falta de
declarações pertinentes, podendo ser utilizados carimbos, energia elétrica ou defeito do equipamento.
quando couber. II. Na primeira prateleira devem ser colocados os
Art. 36 - Quanto à dispensação e guarda de medicamentos que podem ser submetidos à temperatura
medicamentos e produtos sujeitos a controle especial negativa, dispostas em bandejas perfuradas para permitir
regulados pela Portaria nº 344/1998, ou outra que vier a a circulação de ar.
substituí-la, além do descrito nesta Resolução, devem ser III. Na segunda e terceira prateleiras devem ser colocados
seguidas as demais normas vigentes. os medicamentos que não podem ser submetidos à
§ único: No momento da dispensação dos medicamentos temperatura negativa, também em bandejas perfuradas ou
deve ser realizada inspeção visual para verificar, no nas próprias embalagens do laboratório produtor,
mínimo, a identificação do medicamento, o prazo de separadas entre si, permitindo a circulação do ar.
validade e a integridade da embalagem. IV. O sensor do termômetro digital, de máxima e
Art. 37 - O comércio e dispensação de medicamentos mínima, deve ficar suspenso no centro da segunda
fitoterápicos e homeopáticos são privativos dos prateleira na posição vertical, em pé.
estabelecimentos farmacêuticos, observando-se as V. Retirar todas as gavetas plásticas e suportes que
legislações vigentes. existam na parte interna da porta, manter a porta do
Art. 38 - O fracionamento de medicamentos deve ser evaporador (congelador), a bandeja de degelo coletora
realizado obedecendo a Resolução RDC nº 80/2006, ou sob este e a gaveta de legumes sem tampas.
outra que vier a substituí-la. VI. Preencher a gaveta de legumes com um número
suficiente de garrafas com água e corante (tampadas)
SEÇÃO IV para que a temperatura se mantenha o mais estável
DA GUARDA E CONDIÇÕES ESPECIAIS DE possível. Recomenda-se que as garrafas estejam com
ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS identificação “impróprio para o consumo” e sejam
TERMOLÁBEIS E MEDICAMENTOS QUE colocadas em pé, lado a lado, até completarem totalmente
NECESSITAM DE CONDIÇÕES ESPECIAIS DE o espaço da gaveta. Não devem ser usadas bobinas de
ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO – MCEA gelo reciclável como substitutos das garrafas.
Art. 39 - É permitida às farmácias e drogarias a VII. Os insumos farmacêuticos devem ser conservados
comercialização de medicamentos termolábeis e em condições tais que evitem sua contaminação ou
Medicamentos que Necessitam de Condições Especiais deterioração. As condições de conservação das
de Armazenamento - MCEA, obedecendo às condições substancias devem obedecer aos compêndios oficiais e
exigidas nesta Norma Técnica e demais legislações ou o determinado pelo fabricante.
vigentes. Art. 42 - Os cuidados básicos para o armazenamento dos
Art. 40 - Para a guarda de MCEA e medicamentos produtos de que trata esta sessão são:
termolábeis, devem ser atendidas as seguintes condições: I. É vedada a guarda de alimentos, bebidas e outros
I. Para os MCEA deve-se possuir geladeira apropriada materiais na geladeira destinada a medicamentos.
com baixa variação de temperatura interna, entre 2º a II. Fazer a leitura da temperatura, diariamente, no
8ºC, sendo vedado o uso de geladeira tipo “duplex”, mínimo duas vezes ao dia (no início e no final da jornada
“frost-free” ou frigobar. de trabalho), por meio de termômetro digital de máxima
II. É recomendado o uso de geladeiras domésticas com e mínima, e anotar os valores no formulário de controle
capacidade a partir de 280 litros, que devem ser diário de temperatura.
organizadas tendo como referencia o Manual da Rede de III. Manter afixado na porta aviso para que esta não seja
Frio da FUNASA, de 2001, ou outra que vier a substituí- aberta fora do horário de retirada e/ou guarda dos
lo. medicamentos.
III. Os medicamentos termolábeis não podem ficar IV. Usar tomada exclusiva para cada geladeira, se houver
expostos ao sol ou em temperaturas elevadas, mesmo que mais de uma. A tomada deve estar a 1,20 m da altura do
liofilizados. piso para evitar desligamento durante a limpeza do
IV. No armazenamento de estoque de medicamentos ambiente.
termolábeis e MCEA, o responsável pelo controle de V. Instalá-la em local arejado, distante de fonte de calor,
distribuição/dispensação deve observar o sistema PVPS sem incidência de luz solar direta, bem nivelada e
(primeiro a vencer, primeiro a sair). afastada 20 cm da parede.
VI. Colocar na base da geladeira suporte com rodas.

195
VII. Não permitir o armazenamento de outros materiais I. Deve ser orientado ao paciente quanto à forma de
(alimentos, bebidas). conservação dos medicamentos, preferencialmente por
VIII. Não armazenar absolutamente nada na porta. escrito.
IX. Certificar-se de que a porta está vedando II. Havendo necessidade de conservação em temperatura
adequadamente. controlada o estabelecimento farmacêutico, mesmo que
X. Fazer o degelo a cada 15 dias ou quando a camada de público deve fornecer embalagem adequada para o
gelo for superior a 0,5cm. transporte.
XI. Não colocar qualquer elemento na geladeira que Art. 47 - Para a comercialização de vacinas, os
dificulte a circulação de ar. estabelecimentos farmacêuticos devem obrigatoriamente
XII. Não utilizar a serpentina para fins diversos como dispor de um sistema de geração de energia de
secagem de panos e outros. emergência, que garanta o fornecimento em caso de
Art. 43 - Os diferentes tipos de insulinas devem ser interrupção por parte de companhia de distribuição de
armazenados de modo a facilitar a sua identificação no energia elétrica.
momento da dispensação, evitando a troca de tipos de § único: É permitido às farmácias e drogarias a
insulinas entre si, devendo ainda ser assegurada sua participação em campanhas e programas de saúde e
conservação em temperatura de 2º a 8ºC, ou de acordo educação sanitária promovidas pelo poder público.
com o estabelecido pelo fabricante, não podendo ser
congeladas. SEÇÃO V
Art. 44 - Nas limpezas rotineiras da geladeira para a DA AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO,
guarda de MCEA deve ser observado o seguinte: ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E
I. Os MCEA devem ser transferidos para outra geladeira DISPENSAÇÃO DE ERVAS/PLANTAS
ou caixa térmica com controle de temperatura MEDICINAIS - CHÁS MEDICINAIS
previamente à sua guarda. Art. 48 - É permitida a comercialização nos
II. A caixa térmica, quando da transferência, deve ser estabelecimentos farmacêuticos definidos nesta Norma
organizada com gelo reciclável contornando todos os Técnica, de produto constituído por ervas/plantas
seus lados, sem deixar espaço entre os blocos de gelo. A medicinais - chás medicinais - notificadas junto a
temperatura da caixa deve ser monitorada e os ANVISA, de acordo com a Resolução RDC
medicamentos só podem ser transferidos quando a ANVISA/MS nº 26/2014, ou outra que vier a substituí-la.
temperatura for igual a 2°C. §1º: A rotulagem de produto constituído por
III. Na transferência, os medicamentos podem ser ervas/plantas medicinais – chás medicinais – deve
mantidos na caixa térmica enquanto a temperatura for atender a legislação sanitária vigente.
mantida entre 2° e 8°C. §2º: As ervas/plantas medicinais – chás medicinais - de
IV. Antes do retorno para a geladeira de guarda de que trata o caput do artigo, são as que se enquadram no
MCEA, a geladeira deverá estar na temperatura entre 2° e conceito de ervas/plantas medicinais constantes da última
8°C. edição do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia
Art. 45 - Para o recebimento de medicamentos Brasileira.
termolábeis e MCEA devem ser observados: §3º: Deve ser respeitado o acondicionamento para
I. Se o medicamento chegou à temperatura adequada ao ervas/plantas medicinais – chás medicinais -
produto conforme orientação do fabricante. estabelecidos em legislação específica.
II. No momento do recebimento dos MCEA recomenda- Art. 49 - É permitida às farmácias e drogarias a
se a utilização de termômetro digital para verificar se os comercialização de erva/planta medicinal a granel. A
mesmos estão com a temperatura entre 2° e 8°C. pesagem deve ocorrer no momento do pedido e o
III. Se o transporte ocorreu em veículos com isolamento estabelecimento farmacêutico responde pela sua
térmico ou caixas térmicas, com controle e registro de identificação, qualidade e segurança, devendo realizar
temperatura de saída e chegada. análise de controle de qualidade próprias ou
IV. É vedado o uso de gelo in natura para a manutenção terceirizadas, de acordo com as especificações e
da temperatura interna em caixas térmicas. metodologias descritas na Farmacopéia Brasileira ou
V. É vedado o uso de gelo seco para transporte dos outros compêndios oficiais reconhecidos.
MCEA que não podem sofrer §1º: É aceitável o laudo de controle de qualidade do
congelamento, como por exemplo, insulinas. fornecedor que ateste a identidade, qualidade e segurança
VI. Ao receber o medicamento termolábil e/ou MCEA, o das ervas/plantas medicinais a granel adquiridas, de
estabelecimento deve, de imediato, colocá-lo em acordo com metodologias e parâmetros descritos na
geladeira ou temperatura indicada pelo fabricante. Farmacopéia Brasileira ou outros compêndios oficiais
VII. Não devem ser aceitos os medicamentos termolábeis reconhecidos.
e/ou MCEA, fora das especificações expostas acima, §2º: As ervas/plantas medicinais a granel somente podem
devendo o estabelecimento prontamente denunciar o fato ser comercializadas em
ao serviço de Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual. estabelecimentos farmacêuticos que possuam sala
Art. 46 - Quando da dispensação dos medicamentos específica e equipamentos que permitam a pesagem e
termolábeis e/ou MCEA devem ser observados os armazenamento correto das ervas/plantas medicinais.
seguintes itens:
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§3º: As ervas/plantas medicinais devem ser §3º: O local onde se encontram armazenados os estoques
comercializadas isoladamente, respeitando a de medicamentos para dispensação solicitada por meio
identificação da parte usada, com critérios sanitários remoto deve, necessariamente, ser uma farmácia ou
preconizados em bibliografia farmacopêica, peso, volume drogaria aberta ao público nos termos da legislação
líquido ou quantidade de unidades, conforme o caso, em vigente.
sistema métrico decimal ou unidades internacionais, Art. 52 - O pedido pela internet deve ser feito por meio
modo de preparo do produto e uso, se externo ou interno, do sítio eletrônico do estabelecimento ou da respectiva
precauções especiais de armazenagem, quando for o rede de farmácia ou drogaria.
caso. §1º: O sítio eletrônico deve utilizar apenas domínio de
§4º: É proibido o uso de quaisquer aditivos ou adjuvantes sítios sediados no Brasil e deve conter, na página
de tecnologia. principal, os seguintes dados e informações:
§5º: A palavra “chá”, termo que se aplica a alimentos, I. Razão social e nome fantasia da farmácia ou drogaria
não deve estar veiculada nas embalagens das responsável pela dispensação, CNPJ, endereço
ervas/plantas medicinais, bem como é expressamente geográfico completo, horário de funcionamento e
proibida sua indicação terapêutica, qualquer que seja a telefone.
forma de apresentação ou modo como é ministrado. II. Nome e número de inscrição no Conselho do
§6º: É vedado sugerir ausência de efeitos colaterais ou Farmacêutico Responsável Técnico.
adversos ou utilizar expressões tais como “inócuo”, “não III. Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão
tóxico”, “inofensivo” e “produto natural”. Estadual ou Municipal de Vigilância
§7º: Nos rótulos das ervas/plantas medicinais a granel Sanitária, segundo legislação vigente.
embaladas deve constar a identificação da razão social do IV. Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE)
estabelecimento farmacêutico responsável pela expedida pela ANVISA.
dispensação, CNPJ, endereço, nome da planta, V. Autorização Especial de Funcionamento (AE) para
classificação farmacopêica (gênero, espécie, variedade, farmácias, quando aplicável; e
autor do binômio), nome do responsável técnico e VI. Link direto para informações sobre:
número do CRF do responsável técnico. É vedado a) Nome e número de inscrição do farmacêutico no
constar da rotulagem ou propaganda do produto, nomes Conselho de Farmácia, no momento do atendimento.
geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer b) Mensagens de alerta e recomendações sanitárias
indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou determinadas pela ANVISA.
confusão quanto à origem, procedência, natureza, c) Condição de que os medicamentos sujeitos a
composição ou qualidade que atribuam finalidade ou prescrição só serão dispensados mediante a apresentação
características diferentes daquelas que o produto da receita e o meio pelo qual deve ser apresentada ao
realmente possua. estabelecimento (facsímile, e-mail ou outros).
§8º: É vedada a distribuição de folhetos com indicações §2º: É vedada a oferta de medicamentos na internet em
terapêuticas e alegações farmacológicas aos sítio eletrônico que não pertença a farmácias ou drogarias
consumidores dos estabelecimentos definidos neste autorizadas e licenciadas pelos órgãos de vigilância
regulamento. sanitária competentes.
§9º: É proibido o comércio de ervas/plantas medicinais Art. 53 - É vedada a utilização de imagens, propaganda,
conhecidamente entorpecentes ou tóxicas. publicidade e promoção de medicamentos de venda
sujeita a prescrição médica em qualquer parte do sítio
SEÇÃO VI eletrônico.
DA SOLICITAÇÃO PARA DISPENSAÇÃO §1º: A divulgação dos preços dos medicamentos
REMOTA DE MEDICAMENTOS disponíveis para compra na farmácia ou drogaria deve ser
Art. 50 - É permitida às farmácias e drogarias a entrega feita por meio de listas nas quais devem constar somente:
de medicamentos por via postal, desde que atendidas às I. O nome comercial do produto.
condições sanitárias que assegurem a integridade e a II. O(s) princípio(s) ativo(s), conforme Denominação
qualidade dos produtos, conforme legislação vigente. Comum Brasileira.
Art. 51 - Somente farmácias e drogarias abertas ao III. A apresentação do medicamento, incluindo a
público, com farmacêutico responsável presente durante concentração, forma farmacêutica e a quantidade.
todo o horário de funcionamento, podem realizar a IV. O número de registro na ANVISA.
dispensação de medicamentos solicitados por meio V. O nome do detentor do registro; e
remoto, como telefone, fac-símile (fax) e internet. VI. O preço do medicamento.
§1º: É imprescindível a apresentação e a avaliação da §2º: As listas de preços não podem utilizar designações,
receita pelo farmacêutico para a dispensação de símbolos, figuras, imagens, desenhos, marcas figurativas
medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por meio ou mistas, slogans e quaisquer argumentos de cunho
remoto. publicitário em relação aos medicamentos.
§2º: É vedada a comercialização de medicamentos §3º: As propagandas de medicamentos e materiais que
sujeitos a controle especial, regulados pela Portaria nº divulgam descontos de preços devem atender
344/1998, ou outra que vier a substituí-la, solicitados por integralmente ao disposto na legislação específica.
meio remoto.
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§4º: As frases de advertências exigidas para os
medicamentos devem ser apresentadas em destaque, CAPÍTULO IX
conforme legislação específica. DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Art. 54 - As farmácias e drogarias que realizarem a Art. 57 - Além da dispensação, poderá ser permitida às
dispensação de medicamentos solicitados por meio da farmácias e drogarias a prestação de serviços
internet devem informar o endereço do seu sítio farmacêuticos, conforme requisitos e condições
eletrônico na AFE expedida pela ANVISA. estabelecidos nesta Norma Técnica.
Art. 55 - O transporte do medicamento para dispensação Art. 58 - São considerados serviços farmacêuticos
solicitada por meio remoto é responsabilidade do passíveis de serem prestados em farmácias e drogarias:
estabelecimento farmacêutico e deve assegurar condições a) A atenção farmacêutica; e,
que preservem a integridade e qualidade do produto, b) A perfuração de lóbulo auricular para colocação de
respeitando as restrições de temperatura e umidade brincos.
descritas na embalagem do medicamento pelo detentor Art. 59 - A prestação de serviço de atenção farmacêutica
do registro, além de atender as Boas Práticas de compreende:
Transporte previstas na legislação específica. a) A atenção farmacêutica domiciliar.
§1º: Os produtos termolábeis devem ser transportados b) A aferição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos.
em embalagens especiais que mantenham a temperatura c) A administração de medicamentos.
compatível com sua conservação, sendo que a farmácia d) Inalação.
ou drogaria deverá validar o processo de transporte e) Perfuração do lóbulo auricular.
destes medicamentos, de forma a comprovar a Art. 60 - A atividade de prestação de serviços
manutenção da temperatura do medicamento, conforme farmacêuticos deve ser realizada em sala exclusiva para
especificação do fabricante, até o recebimento do mesmo tal, atendendo as seguintes condições:
pelo paciente. I. A(s) sala(s) destinada(s) à Prestação de Serviços
§2º: Os medicamentos não devem ser transportados Farmacêuticos deve(m) possuir área mínima de 3m²,
juntamente com produtos ou substâncias que possam dotada de cadeira ou poltrona, lavatório para as mãos,
afetar suas características de qualidade, segurança e toalhas descartáveis e sabão líquido, garantir a
eficácia. privacidade e o conforto dos usuários e possuir
§3º: O estabelecimento deve manter Procedimentos dimensões, mobiliários e infraestrutura compatíveis com
Operacionais Padrão (POP) contendo as condições para o as atividades e serviços a serem oferecidos, não podendo
transporte e criar mecanismos que garantam a sua servir de passagem de pessoal para outros ambientes.
inclusão na rotina de trabalho de maneira sistemática. II. Caso o estabelecimento realize a Prestação de
§4º: Somente dentro dos limites do município será Serviços Farmacêuticos de administração de
permitido o uso de transporte próprio do estabelecimento medicamentos, inalação e perfuração do lóbulo auricular,
farmacêutico. estas atividades devem, preferencialmente, serem
§5º: Para o transporte além dos limites do município executadas em salas separadas para cada atividade. Caso
onde está localizado o estabelecimento farmacêutico a execução dessas atividades se realize em sala única,
dispensador, deve obrigatoriamente ser utilizado o deve ser prevista barreira técnica com procedimentos
serviço de transporte terceirizado. Este deve ser feito por específicos.
empresa devidamente regularizada conforme legislação III. Para a atividade de aplicação de medicamentos
vigente. A cópia do contrato deve ser mantida no injetáveis via endovenosa, a sala destinada à Prestação de
estabelecimento farmacêutico, inclusive com os correios, Serviços Farmacêuticos deve possuir ainda uma maca.
à disposição da Autoridade Sanitária. IV. Caso o estabelecimento realize a Prestação de
Art. 56 - O estabelecimento farmacêutico deve assegurar Serviços Farmacêuticos de perfuração de lóbulo auricular
ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao para colocação de brincos poderá ser utilizada a sala de
uso de medicamentos solicitados por meio remoto. aplicação de injetáveis e/ou inalação, desde que haja
§1º: Para os fins deste artigo, deve ser garantido aos barreira técnica e no momento do procedimento a sala
usuários meios para comunicação direta e imediata com o não esteja sendo utilizada para outros fins. Devem existir
Farmacêutico Responsável Técnico, ou seu substituto, procedimentos operacionais padrão para organizar as
presente no estabelecimento. atividades desenvolvidas na mesma sala, com
§2º: Junto ao medicamento solicitado deve ser entregue agendamento de horários, se for o caso.
cartão, ou material impresso equivalente, com o nome do Art. 61 - A sala de Prestação de Serviços Farmacêuticos
farmacêutico, telefone e endereço do estabelecimento, deve possuir os seguintes equipamentos e condições
contendo recomendação ao usuário para que entre em técnicas e higiênico-sanitárias básicas:
contato com o farmacêutico em caso de dúvidas ou para I. Pia e/ou lavatório fixo com água corrente, dotado de
receber orientações relativas ao uso do medicamento. toalhas de uso individual e descartáveis e sabonete
§3º: O cartão ou material descrito no parágrafo anterior líquido degermante.
não poderá utilizar designações, símbolos, figuras, II. Cadeira e suporte para braço.
imagens, marcas figurativas ou mistas, slogans e III. Lixeira sem tampa ou com acionamento da tampa por
quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação a pedal, com saco plástico de lixo padrão ABNT de acordo
medicamentos.
198
com o tipo de resíduo a ser segregado, para o devido § único: A prestação de serviços farmacêuticos em
descarte. farmácias e drogarias deve ser realizada pelo profissional
IV. Coletor rígido para pérfurocortantes instalado de farmacêutico ou por outro profissional capacitado, sob
forma a preservar sua integridade. sua supervisão direta.
V. Uso exclusivo de materiais pérfurocortantes de acordo Art. 64 - O estabelecimento deve possuir lista/relação
com a Portaria MTE n° 485/2005 que dispõe sobre a NR onde constem os EPI, equipamentos e/ou instrumentos
n° 32, ou outra que vier a substituí-la. específicos a serem utilizados para cada serviço
VI. Lista contendo telefones e endereços de serviços de farmacêutico.
atendimento médico de emergência ou do convênio com Art. 65 - É vedado às farmácias e drogarias prestarem
serviço de atendimento de emergência, afixada em local serviços não abrangidos por esta Resolução, tais como:
de fácil visualização. a) Recebimento de contas de qualquer natureza.
VII. As farmácias com manipulação poderão manipular e b) Venda de títulos de capitalização.
fracionar seus respectivos antissépticos conforme c) Jogos de loterias, entre outros jogos.
procedimento elaborado e específico para esta atividade d) Recebimento de depósitos bancários, saques
desde que, somente para uso próprio/interno. bancários, assim como abertura de contas.
VIII. Algodão seco e antissépticos devidamente (Revogada pela Resolução 444/2018 SESA-PR).
regularizados junto a ANVISA, em recipiente
apropriado, identificado e armazenado em local que evite SEÇÃO I
a sua contaminação. DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA
IX. Com relação aos antissépticos, se houver Art. 66 - A atenção farmacêutica deve ter como objetivo
fracionamento com o rompimento da embalagem a prevenção, detecção e resolução de problemas
primária, o prazo de validade será de no máximo 25% do relacionados a medicamentos, promover o seu uso
tempo remanescente constante na embalagem original, racional, a fim de melhorar a saúde e a qualidade de vida
quando não houver recomendação específica do dos usuários.
fabricante, desde que preservadas a segurança, qualidade §1º: Para subsidiar informações quanto ao estado de
e eficácia do medicamento. No caso de solução alcoólica saúde do usuário e situações de risco, assim como
para higienização das mãos, a validade máxima do permitir o acompanhamento ou a avaliação da eficácia do
produto fracionado deve ser de 7 dias. tratamento prescrito por profissional habilitado, fica
X. No rótulo dos antissépticos/produtos fracionados deve permitida a aferição de determinados parâmetros
constar no mínimo a identificação com o nome do fisiológicos e bioquímicos do usuário, nos termos e
produto, numero do lote e validade original, data do condições desta Resolução, conforme Sessão II, do
fracionamento, nome do responsável pela execução da Capítulo IX.
atividade, além da data de envase e de validade da §2º: Nos termos e condições desta Resolução, é
solução fracionada. permitida a administração de medicamentos.
XI. A validade dos produtos fracionáveis destinados à Art. 67 - Devem ser elaborados protocolos para as
limpeza do estabelecimento, fora da embalagem do atividades relacionadas à atenção farmacêutica, incluídas
fabricante, deve ser definida por meio de estudos, referências bibliográficas e indicadores para avaliação
devendo ser menor do que aquela definida pelo dos resultados.
fabricante, uma vez que o produto já foi manipulado e a §1º: As atividades devem ser documentadas de forma
embalagem primária rompida. Recomenda-se que essa sistemática e contínua, com o consentimento expresso do
validade seja monitorada minimamente pela verificação usuário.
de pH, concentração da solução e presença de matéria §2º: Os registros devem conter, no mínimo, informações
orgânica, com periodicidade a ser definida pelo referentes ao usuário (nome, endereço e telefone), as
farmacêutico responsável por essa atividade. orientações e intervenções farmacêuticas realizadas e os
XII. O estabelecimento deve possuir procedimentos e resultados delas decorrentes, bem como informações do
registros do monitoramento realizado para garantir a profissional responsável pela execução do serviço (nome
qualidade dos produtos fracionados. e número de inscrição no Conselho Regional de
Art. 62 - Somente serão considerados regulares os Farmácia).
serviços farmacêuticos devidamente indicados no Art. 68 - As ações relacionadas à atenção farmacêutica
licenciamento de cada estabelecimento, sendo vedado devem ser registradas de modo a permitir a avaliação de
utilizar qualquer dependência da farmácia ou drogaria seus resultados. Este registro pode ser através de sistema
como consultório ou outro fim diverso do licenciamento, informatizado ou manual.
nos termos da Lei. § único: A metodologia de avaliação dos resultados deve
Art. 63 - A prestação de serviços farmacêuticos em estar definido em Procedimento Operacional Padrão.
farmácias e drogarias deve ser permitida pela Autoridade Art. 69 - O farmacêutico deve orientar o usuário a buscar
Sanitária mediante prévia inspeção para verificação do assistência de outros profissionais de saúde, quando
atendimento aos requisitos mínimos dispostos nesta julgar necessário, considerando as informações ou
Resolução, sem prejuízo das disposições contidas em resultados decorrentes das ações de atenção farmacêutica.
normas sanitárias complementares estadual e municipais. Art. 70 - A prestação do serviço farmacêutico deve ser
realizada por profissional devidamente capacitado,
199
respeitando-se as determinações estabelecidas pelo §2º: A manutenção periódica e corretiva dos
Conselho Federal e Conselho Regional de Farmácia. aparelhos/equipamentos deve atender as instruções do
Art. 71 - A atenção farmacêutica domiciliar consiste no fabricante do equipamento.
serviço de atenção farmacêutica disponibilizado pelo §3º: A calibração dos aparelhos/equipamentos deve ser
estabelecimento farmacêutico no domicílio do usuário, no mínimo anual ou em função da freqüência de uso
nos termos desta Norma Técnica. destes.
§ único: A prestação de atenção farmacêutica domiciliar Art. 75 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP)
deve ser realizada por profissional devidamente relacionados aos procedimentos de verificação de
capacitado, respeitando-se as determinações parâmetros fisiológicos e bioquímicos devem indicar
estabelecidas pelos conselhos profissionais, sob a claramente os equipamentos e as técnicas ou
responsabilidade do farmacêutico. metodologias utilizadas, parâmetros de interpretação de
resultados e as referências bibliográficas utilizadas.
SEÇÃO II § único: O POP deve incluir os equipamentos de
DA VERIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS proteção individual a serem utilizados para a medição de
FISIOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS PERMITIDOS parâmetros fisiológicos e bioquímicos, assim como trazer
Art. 72 - A aferição de parâmetros fisiológicos ou orientações sobre seu uso e descarte.
bioquímicos oferecida na farmácia ou drogaria deve ter Art. 76 - Os procedimentos que gerem resíduos de saúde,
como finalidade fornecer subsídios para a atenção como materiais perfurocortantes, gaze ou algodão sujos
farmacêutica e o monitoramento da terapia com sangue, devem ser descartados conforme as
medicamentosa, visando à melhoria da qualidade de vida, exigências de legislação específica para Gerenciamento
não possuindo, em nenhuma hipótese, o objetivo de de Resíduos de Serviços de Saúde.
diagnóstico.
§1º: Os parâmetros fisiológicos cuja aferição é permitida SEÇÃO III
nos termos desta Resolução são: DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
a) Pressão arterial e Art. 77 - Fica permitida a administração de
b) Temperatura corporal. medicamentos nas farmácias no contexto do
§2º: Os parâmetros bioquímicos cuja aferição é permitida acompanhamento farmacoterapêutico, entre eles, por via
nos termos desta Resolução são: inalatória.
a) Glicemia capilar. Art. 78 - Os medicamentos para os quais é exigida a
b) Colesterol. prescrição de profissionais prescritores habilitados
c) Triglicéride. devem ser administrados mediante apresentação de
d) Outros que possam ser realizados como receita e somente após avaliação pelo farmacêutico.
automonitoramento com equipamentos de autoteste. §1º: A administração de medicamentos deve ser
§3º: Verificada a discrepância entre os valores executada por profissional farmacêutico habilitado, ou
encontrados e os valores de referência constantes em outro devidamente capacitado, sob supervisão direta do
literatura técnico-científica idônea, o usuário deverá ser farmacêutico, seguindo técnicas adequadas de
orientado a procurar assistência médica. antissepsia.
§4º: Ainda que seja verificada discrepância entre os §2º: O farmacêutico deve entrar em contato com o
valores encontrados e os valores de referência, não profissional prescritor para esclarecer eventuais
poderão ser indicados medicamentos ou alterados os problemas ou dúvidas que tenha detectado no momento
medicamentos em uso pelo paciente quando estes da avaliação da receita.
possuam restrição de “venda sob prescrição médica”. §3º: Deve ser realizada avaliação prévia quando da
Art. 73 - As medições dos parâmetros bioquímicos administração de medicamentos. Quando forem
devem ser realizadas por meio de equipamentos de detectadas patologias crônicas como doenças
autoteste. cardiovasculares, doenças pulmonares, histórico anterior
§ único: A verificação de parâmetros bioquímicos em de reações alérgicas, diabetes, distúrbios de coagulação,
farmácias realizados por meio de equipamentos de gravidez não informada ao prescritor, ou outras em que
autoteste, no contexto da atenção farmacêutica, não é houver risco iminente de vida, orientar o paciente para
considerada um Teste Laboratorial Remoto – TLR, nos procurar um serviço de pronto atendimento médico ou de
termos da Resolução RDC ANVISA/MS nº 302/2005, ou emergência para receber a aplicação.
outra que vier a substituí-la. §4º: A data de validade do medicamento deve ser
Art. 74 - Para a medição de parâmetros fisiológicos e verificada antes da administração.
bioquímicos permitidos devem ser utilizados materiais, Art. 79 - É vedado o armazenamento ou guarda em
aparelhos/equipamentos e acessórios que possuam farmácias de medicamentos de terceiros ou já
registro, notificação, cadastro ou que sejam legalmente dispensados.
dispensados de tais requisitos junto a ANVISA. § único: O usuário deve ser orientado quanto às
§1°: Devem ser realizadas manutenções e calibrações condições de armazenamento necessárias à preservação
periódicas dos aparelhos e mantidos seus respectivos da qualidade do produto.
registros. Art. 80 - Para a administração de medicamentos devem
ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios que
200
possuam registro, notificação, cadastro ou que sejam especializadas para a remoção dos pacientes para
legalmente dispensados de tais requisitos junto a serviços de urgência/emergência.
ANVISA.
Art. 81 - Para a administração de medicamentos por via SEÇÃO IV
inalatória devem ser observados os seguintes itens: DA PERFURAÇÃO DE LÓBULO AURICULAR
I. Para cada inalação deve haver um conjunto de máscara PARA COLOCAÇÃO DE BRINCOS
e cachimbo vaporizador devidamente desinfetado. Art. 84 - A perfuração do lóbulo auricular deve ser feita
II. O estabelecimento deve possuir número suficiente de com aparelho específico para este fim e que utilize o
conjunto de máscara e cachimbo vaporizador, a fim de brinco como material perfurante.
atender a demanda do serviço. § único+ É vedada a utilização de agulhas de aplicação
III. Após cada inalação, o conjunto deve ser de injeção, agulhas de sutura e outros objetos que
rigorosamente lavado, seco e colocado para desinfecção possibilitem a realização da perfuração.
por meio de método ou substância apropriada Art. 85 - Os brincos e a pistola a serem oferecidos aos
(Hipoclorito de Sódio 1,0% - 30 min.) ou outros usuários devem estar regularizados junto a ANVISA,
permitidos pela legislação vigente, no tempo mínimo conforme legislação vigente.
necessário de acordo com cada produto e orientação do §1º: Os brincos devem ser conservados em condições
fabricante. Após a desinfecção, estes acessórios devem que permitam a manutenção da sua esterilidade.
ser enxaguados com água corrente para a total retirada de §2º: Sua embalagem deve ser aberta apenas no ambiente
resíduos do produto desinfetante, secados, guardados em destinado à perfuração, sob a observação do usuário e
local seco e protegidos. Os procedimentos aqui citados após todos os procedimentos de assepsia e antissepsia
devem ser registrados e o conjunto de máscara e necessários para evitar a contaminação do brinco e uma
cachimbo, identificado quanto a sua situação. possível infecção do usuário.
IV. As soluções desinfetantes devem ser trocadas a cada Art. 86 - Os procedimentos relacionados à antissepsia do
12 horas, devendo ser registrado o nome do produto, a lóbulo auricular do usuário e das mãos do aplicador, bem
diluição, o horário da diluição e a validade da mesma. como ao uso e assepsia do aparelho utilizado para a
V. As soluções utilizadas para inalação devem ser perfuração, devem estar descritos em Procedimentos
individualizadas para cada inalação (ampolas de 5 a Operacionais Padrão (POP).
10mL), sendo vedada a guarda de sobras de soros para §1º: Deve estar descrita no POP, a referência
inalações consecutivas. bibliográfica utilizada pelo estabelecimento sobre os
Art. 82 - Para aplicação de medicamentos por via procedimentos e materiais de antissepsia e assepsia.
injetável (subcutânea, intradérmica, intramuscular e §2º: O POP deve especificar os equipamentos de
endovenosa) deve ser observado: proteção individual a serem utilizados, assim como
I. Técnica adequada de aplicação de acordo com o apresentar instruções para seu uso e descarte.
medicamento a ser administrado e via de administração.
II. Se o nome do paciente confere com a prescrição, se o SEÇÃO V
medicamento prescrito é o que será administrado, se a via DA DECLARAÇÃO DE SERVIÇO
de administração prescrita é a recomendada pelo FARMACÊUTICO
fabricante do medicamento, se a quantidade administrada Art. 87 - Após a prestação dos serviços farmacêuticos
(volume e concentração) está de acordo com a prescrição deve ser entregue ao usuário a Declaração de Serviço
e recomendação do fabricante em relação ao paciente Farmacêutico.
(idade, sexo, peso, altura), se está sendo observado o § 1º: Quanto à forma, a Declaração farmacêutica deve:
horário de administração do medicamento pela prescrição I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
ou recomendação do fabricante. Times New Roman, Geórgia, Arial, Verdana e/ou
III. Se forem utilizados materiais passíveis de Trebuchet no corpo do texto, com tamanho mínimo de 10
processamento, devem ser realizadas, obrigatoriamente, pt (dez pontos),
as ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, não-condensada e não expandida.
secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
distribuição para as unidades consumidoras, utilizando-se assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos).
procedimentos aprovados bem como o registro das III. Apresentar o texto corrido sem colunas.
atividades desenvolvidas. IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
Art. 83 - Se o estabelecimento optar por realizar mínimo 07 pt (sete pontos).
administração de medicamento por via endovenosa deve V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
atender aos seguintes critérios: com margem esquerda e margem direita de, no mínimo,
I. A aplicação deve ocorrer em maca, com o paciente 20 mm.
deitado. VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
II. Observar a técnica adequada de aplicação. em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
§ único: O estabelecimento deve manter lista de fácil deixando os títulos sempre juntos aos seus textos.
acesso com telefones de serviços de pronto atendimento VII. Deixar uma linha em branco entre o texto e um
disponíveis e possuir contrato com empresas título, aumentando assim a entrelinha para melhor
201
visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no 1. Nome e CNPJ do fabricante.
início da coluna. 2. Número do lote.
VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para c) Data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho
nomes científicos. Regional de Farmácia (CRF) do farmacêutico
IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não responsável pelo serviço.
permita a visualização da impressão § 5°: Não é facultada a colocação por qualquer motivo e
no verso da página quando a Declaração estiver sobre de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de
uma superfície. propagandas ou publicidade nas Declarações de Serviços
§ 2°: Para a impressão da Declaração para usuários com Farmacêuticos ou para indicar o uso de medicamentos
limitações visuais, estas devem atender aos itens acima, para os quais é exigida prescrição médica ou de outro
diferenciando-se em: profissional legalmente habilitado.
I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman, § 6°: É facultada a presença de logotipo/logomarca da
Geórgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo farmácia ou drogaria e o símbolo de reciclagem de papel.
recomendado o tamanho mínimo de 18 pt. Art. 88 - A Declaração de Serviços Farmacêuticos deve
II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no ser parte integrante de todos os serviços farmacêuticos
mínimo de 04 pt mais que o tamanho da fonte, sendo prestados.
assim o mínimo de 22 pt, exceto para o item de § 1°: A Declaração somente será disponibilizada em
Identificação do Produto que deve ter o tamanho da fonte meio eletrônico a pedido do usuário. Para a emissão da
de 14 pt. Declaração de Serviços Farmacêuticos por meio
III. Apresentar o texto corrido sem colunas. eletrônico, a respectiva autorização do usuário deve ser
§ 3º: Para a disponibilização da Declaração em meio mantida arquivada em meio físico ou eletrônico na
eletrônico, o arquivo digital deve ser em formato farmácia ou drogaria.
fechado, sendo recomendado o formato pdf para que não § 2°: A autorização concedida pelo paciente para
haja prejuízo à formatação aqui especificada. encaminhamento por meio eletrônico não possuirá prazo
§ 4º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter, de validade desde que a comprovação seja devidamente
conforme o serviço farmacêutico prestado, no mínimo, as arquivada.
seguintes informações para: § 3º: A cada prestação de Serviço Farmacêutico, deve ser
I. Atenção farmacêutica (domiciliar ou institucional): emitida uma nova Declaração.
a) Medicamentos prescritos e dados do prescritor (nome § 4º: Para mais de um serviço prestado ao mesmo
e inscrição no conselho paciente no mesmo dia, poderá ser disponibilizada uma
profissional), quando houver. única Declaração especificando todos os serviços
b) Prescrição farmacêutica de medicamento isento de prestados.
prescrição e a respectiva posologia, quando houver. § 5°: Aos portadores de necessidades especiais, além da
c) Valores dos parâmetros fisiológicos e bioquímicos, Declaração de Serviços Farmacêuticos, deve ser realizada
quando houver, seguidos dos respectivos valores a orientação farmacêutica de forma a atender a
considerados normais. necessidade individual.
d) Frase de alerta, quando houver medição de parâmetros § 6º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser
fisiológicos e bioquímicos: emitida em duas vias, sendo que a primeira deve ser
“ESTE PROCEDIMENTO NÃO TEM entregue ao usuário e a segunda permanecer arquivada no
FINALIDADE DE DIAGNÓSTICO E NÃO estabelecimento, por no mínimo 2 (dois) anos.
SUBSTITUI A CONSULTA MÉDICA OU A § 7°: A Declaração disponibilizada em meio digital, deve
REALIZAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS”. ser arquivada com a comprovação do envio ao paciente e
e) Dados do medicamento administrado, quando houver. arquivada por no mínimo 2 (dois) anos.
f) Nome comercial, exceto para genéricos. § 8º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter
g) Denominação comum brasileira. nome, endereço, telefone e CNPJ, assim como a
h) Concentração e forma farmacêutica. identificação do usuário ou de seu responsável legal,
i) Via de administração. quando for o caso.
j) Número do lote. Art. 89 - Os dados e informações obtidos em decorrência
k) Número de registro na ANVISA. da prestação de serviços farmacêuticos devem receber
l) Orientação farmacêutica. tratamento sigiloso, sendo vedada sua utilização para
m) Plano de intervenção, quando houver. finalidade diversa à prestação dos referidos serviços.
n) Data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho Art. 90 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP)
Regional de Farmácia (CRF) do relacionados devem conter instruções sobre limpeza dos
farmacêutico responsável pelo serviço. ambientes, uso e assepsia dos aparelhos e acessórios, uso
II. Perfuração do lóbulo auricular para colocação de e descarte dos materiais perfurocortantes e antissepsia
brincos: aplicada ao profissional e ao usuário.
a) Dados do brinco: Art. 91 - A execução de serviços farmacêuticos deve ser
1. Nome e CNPJ do fabricante. precedida da antissepsia das mãos do profissional,
2. Número do lote. independente do uso de EPI.
b) Dados da pistola:
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CAPÍTULO X com as pessoas treinadas e autorizadas a realizarem estas
DOS EQUIPAMENTOS, INSTRUMENTOS E verificações/checagem.
APARELHOS Art. 95 - Deve ser instituído um Programa de
Art. 92 - Os instrumentos de medição, quando aplicável, Manutenção Periódica e Corretiva dos
devem ser calibrados no mínimo uma vez ao ano ou, com equipamentos, instrumentos e aparelhos e mantidos
periodicidade de calibração em função da frequência de registros destas manutenções, segundo instruções do
uso destes, desde que sejam apresentados estudos, com fabricante do equipamento. A manutenção dos
base nas últimas calibrações do instrumento que instrumentos deve ser realizada por empresas que
comprove efetivamente a estabilidade do instrumento no possuam autorização do INMETRO/IPEM para a
período proposto. Este estudo deve estar acompanhado manutenção (que é específica e por tipo de medição,
de certificados de calibração, gráficos e outros faixa de medição e instrumento).
documentos necessários. §1°: O programa deve ser formulado de forma clara,
§ 1°: As calibrações devem ser executadas por entendido por todos os envolvidos e incorporado à rotina
laboratórios acreditados pela Coordenação Geral de do estabelecimento farmacêutico de modo que as
Acreditação/CGCRE do INMETRO, especificamente manutenções internas e externas sejam executadas nos
para a grandeza requerida. Devem ser mantidos registros prazos estipulados, ou antes, mediante detecção de
das calibrações realizadas. Instrumentos não passíveis de possíveis desvios ou evidências de falhas nos
calibração, como por exemplo, esfigmomanômetros, equipamentos de medição.
devem ser verificados metrologicamente pelo INMETRO §2°: A estruturação do programa de manutenção deve
ou órgão delegado pelo INMETRO, de acordo com a considerar os seguintes aspectos básicos:
legislação/norma vigente para o instrumento em questão. I. Identificação e localização dos equipamentos
§2°: A acreditação pode ser evidenciada por meio da (Inventário).
apresentação de certificados de calibração com o logotipo II. Definição dos critérios de aceitação.
de acreditação, emitidos somente por laboratórios III. Procedimentos operacionais padrão.
acreditados pelo CGCRE. IV. Cronograma de manutenções preventivas.
§3°: O certificado de calibração deve apresentar V. Calibrações.
minimamente as seguintes informações e/ou as VI. Verificações.
informações constantes nos itens 5.10.2, 5.10.3 e 5.10.4 VII. Registros e guarda dos documentos.
da Norma ISO/ IEC 17025/2005, ou outra que vier a VIII. Qualificação do pessoal envolvido.
substituí-la:
I. Identificação do método utilizado. CAPÍTULO XI
II. Uma descrição, condição e identificação clara, do(s) DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO E
item(s) ensaiado(s). PLANTÃO
III. Resultado da calibração ou ensaio, com as unidades Art. 96 - Quanto ao horário de funcionamento dos
de medida, onde apropriado. estabelecimentos farmacêuticos:
IV. As condições, por exemplo, ambientais, sob as quais I. O horário normal de funcionamento dos
as calibrações foram feitas, que tenham influência sobre estabelecimentos deve ser regulado conforme legislação
os resultados da medição. municipal.
V. A incerteza de medição e/ou uma declaração de II. Deve ser garantido um sistema ininterrupto de
conformidade com uma especificação metrológica assistência farmacêutica (sistema de rodízio de plantão
identificada ou seção desta. e/ou atendimento 24 horas) no âmbito do município para
Art. 93 - Nos equipamentos, aparelhos e instrumentos atendimento ao público.
não passíveis de calibração, mas que são passiveis de III. Cabe à Autoridade Sanitária competente municipal
verificação metrológica, como por exemplo, intervir nos casos onde não houver estabelecimentos
esfigmomanômetros, devem ser funcionando em regime de plantão.
verificados metrologicamente pelo INMETRO ou órgão IV. O município pode exigir dos estabelecimentos que
delegado pelo INMETRO, de acordo com a compõe a escala, uma lista de medicamentos essenciais,
legislação/norma vigente para o instrumento em questão. conforme perfil farmacoepidemiolológico local, a fim de
Art. 94 - A verificação/checagem diária dos atender as necessidades da população.
equipamentos, instrumentos e aparelhos deve ser feita § único: Não poderão participar do rodízio de plantão, os
por pessoal do próprio estabelecimento, treinado e estabelecimentos farmacêuticos que se encontram sem
autorizado a realizar o procedimento, antes do início das responsável técnico nos períodos previstos nos artigos 15
atividades diárias, empregando procedimentos escritos, e 17, da Lei nº 5.991/1973.
aprovados pelo responsável técnico, e padrões de
referência, com orientação específica, mantidos os CAPITULO XII
respectivos registros. DOS PROCEDIMENTOS
§ único: O estabelecimento farmacêutico deve possuir Art. 97 - O estabelecimento deve possuir Manual de
listas que especifiquem em quais equipamentos, Boas Práticas Farmacêuticas e/ou Manual de Boas
instrumentos e aparelhos deve ser realizada a Práticas de Manipulação em Farmácias, quando for o
verificação/checagem diária. Estas listas devem estar caso, visando ao atendimento disposto nesta Resolução e
203
demais legislações vigentes, de acordo com as atividades § 1º: Somente é permitida a propaganda ou publicidade
a serem realizadas. de estabelecimento farmacêutico regularizado perante o
Art. 98 - O estabelecimento deve manter Procedimentos órgão sanitário competente, ainda que a peça publicitária
Operacionais Padrão (POP), de acordo com o previsto no esteja de acordo com a Resolução RDC ANVISA/MS nº
Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, no mínimo, 96/2008, ou outra que venha a substituí-la.
referentes às atividades relacionadas a: § 2º: Todas as alegações presentes na peça publicitária e
I. Manutenção das condições higiênicas e sanitárias referentes à ação do medicamento, indicações, posologia,
adequadas a cada ambiente da farmácia ou drogaria. modo de usar, reações adversas, eficácia, segurança,
II. Aquisição, recebimento, armazenamento, exposição, qualidade e demais características do medicamento
organização e dispensação dos produtos de devem ser compatíveis com as informações registradas
comercialização permitida e medicamentos. na ANVISA.
III. Destino dos produtos com prazos de validade §3º: O conteúdo das referências bibliográficas citadas na
vencidos. propaganda ou publicidade de medicamentos isentos de
IV. Destinação dos produtos próximos ao vencimento. prescrição deve ser disponibilizado pela empresa no
V. Prestação de serviços farmacêuticos permitidos, Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e no
quando houver. serviço de atendimento aos profissionais prescritores e
VI. Utilização de materiais descartáveis e sua destinação dispensadores de medicamentos.
após o uso. §4º: Os conteúdos das referências bibliográficas citadas
VII. Outros já exigidos nesta Resolução e nas demais na propaganda ou publicidade de medicamentos de venda
normas específicas. sob prescrição devem estar disponíveis no serviço de
Art. 99 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) atendimento aos profissionais prescritores e
devem ser aprovados, assinados individualmente e dispensadores de medicamentos.
datados pelo profissional farmacêutico. Art. 103 - Não é permitida a propaganda ou publicidade
§1º: Qualquer alteração introduzida no POP deve enganosa, abusiva e/ou indireta.
permitir o conhecimento de seu conteúdo original e, § único: Fica vedado utilizar técnicas de comunicação
conforme o caso, ser justificado o motivo da alteração. que permitam a veiculação de imagem e/ou menção de
§2º: Devem estar previstas as formas de divulgação aos qualquer substância ativa ou marca de medicamentos, de
funcionários envolvidos com as atividades por eles forma não declaradamente publicitária, de maneira direta
realizadas. ou indireta, em espaços editoriais na televisão, contexto
§3º: Deve estar prevista revisão periódica dos cênico de telenovelas, espetáculos teatrais, filmes,
Procedimentos Operacionais Padrão para fins de mensagens ou programas radiofônicos entre outros tipos
atualizações ou correções que se façam necessários. de mídia eletrônica ou impressa.
§4°: Quando da alteração de Responsável Técnico, o Art. 104 - Os estabelecimentos farmacêuticos não podem
novo profissional deverá revisar os procedimentos outorgar, oferecer, prometer ou distribuir brindes,
existentes ratificando-os ou não, e providenciando sua benefícios e vantagens aos profissionais prescritores ou
atualização quando couber. aos seus funcionários dispensadores, que exerçam
Art. 100 - O estabelecimento deve manter registros, no atividade de venda direta ao consumidor, bem como ao
mínimo, referentes à: público em geral.
I. Treinamento de pessoal. §1º: Não estão abrangidos pelo artigo acima:
II. Serviço farmacêutico prestado, quando houver. I. Os brindes institucionais, ou seja, que não veiculem
III. Divulgação do conteúdo dos Procedimentos propaganda de medicamentos.
Operacionais Padrão (POP) aos funcionários, II. Artigos científicos, livros técnicos publicados, revistas
de acordo com as atividades por eles realizadas. científicas e publicações utilizadas para atualização
IV. Execução de Programa de Controle e/ou Manejo profissional.
Integrado de Vetores e Pragas Urbanas. §2º: As informações sobre medicamentos devem ser
V. Manutenção e calibração de aparelhos ou comprovadas cientificamente.
equipamentos. Art. 105 - É vedado na propaganda ou publicidade de
VI. Outros já exigidos nesta Resolução. medicamentos:
Art. 101 - Toda documentação referida nesta Resolução I. Estimular e/ou induzir o uso indiscriminado de
deve ser mantida no estabelecimento por no mínimo 5 medicamentos.
anos, exceto as que já possuem outras datas determinadas II. Sugerir ou estimular diagnósticos ao público em geral.
nesta Resolução, permanecendo nesse período, à III. Incluir imagens de pessoas fazendo uso do
disposição do órgão de Vigilância Sanitária competente medicamento.
para fiscalização. IV. Empregar imperativos que induzam diretamente ao
consumo de medicamentos, tais como: “tenha”, “tome”,
CAPÍTULO XIII “use”, “experimente”.
DA PROPAGANDA E PUBLICIDADE V. Fazer propaganda ou publicidade de medicamentos
Art. 102 - Somente é permitida a propaganda ou e/ou empresas em qualquer parte do bloco de receituários
publicidade de medicamentos regularizados na ANVISA. médicos.

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Art. 106 - É permitido na propaganda ou publicidade de III. Exigir as documentações específicas de cada órgão,
medicamentos: inclusive quando do ingresso e baixa de profissionais
I. Utilizar expressões tais como, “seguro”, “eficaz” e farmacêuticos, abertura e encerramento de
“qualidade”, em combinação ou isoladamente, desde que estabelecimentos.
complementadas por frases que justifiquem a veracidade Art. 112 - Em inspeção da equipe de vigilância, havendo
da informação, as quais devem ser extraídas de estudos constatação de infração sanitária no estabelecimento
veiculados em publicações científicas e devem estar farmacêutico que se caracterize como risco ou dano à
devidamente referenciadas. saúde individual e/ou coletiva da população, a equipe de
Art. 107 - Os programas de fidelização realizados em inspeção procederá à interdição cautelar ou parcial do
farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, não estabelecimento ou área/armários destinados ao
podem ter medicamentos como objeto de pontuação, armazenamento de medicamentos sujeitos a controle, nos
troca, sorteios ou prêmios. moldes do artigo 59 da Lei nº 13.331/2001, ou outra que
Art. 108 - Os preços dos medicamentos, quando vier a substituí-la.
informados ao público em geral, devem ser indicados por
meio de listas nas quais devem constar: CAPITULO XV
I. Somente o nome comercial do produto. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
II. A substância ativa, segundo a DCB/DCI. Art. 113 - A dispensação de medicamentos ao público é
III. A apresentação, incluindo a concentração, forma privativa de farmácias, drogarias e postos de
farmacêutica e a quantidade. medicamentos, conforme prevê o artigo 6º da Lei nº
IV. O número de registro na Agência Nacional de 5.991/1973.
Vigilância Sanitária e o nome do detentor do registro. Art. 114 - Na ocorrência de emergências, onde se fizer
V. O preço dos medicamentos listados. necessária a realização de primeiros socorros no
§1º: Não estão abrangidos neste artigo as listas de Preços estabelecimento farmacêutico, deverá haver o pronto
Fábrica - PF e Preços Máximos ao Consumidor - PMC, atendimento com o consequente encaminhamento do
com todas as suas alíquotas de ICMS, reguladas pela Lei paciente aos serviços de atendimento de emergência
n° 10.742, de 6 de outubro de 2003, publicadas, de forma médica.
impressa ou eletrônica, por pessoas jurídicas de direito Art. 115 - O acondicionamento e disposição final do lixo
privado prestadoras de serviço às empresas produtoras de e resíduos produzidos devem obedecer ao disposto na
medicamentos. Resolução RDC ANVISA/MS nº 306/2004, ou outra que
§2º: No caso dos medicamentos isentos de prescrição vier a substituí-la, bem como os regulamentos constantes
médica, ficam permitidas outras formas de comunicação, nas normas da ABNT e o disposto na Legislação
que não sejam as listas, desde que incluam as demais Sanitária e Ambiental vigente.
informações exigidas pela Resolução RDC ANVISA/MS Art. 116 - Somente será permitida a instalação e
nº 96/2008, suas atualizações, ou outras que vierem a licenciamento de farmácia ou drogaria sob
substituí-las. responsabilidade técnica de Oficial de Farmácia, Prático
Art. 109 - Demais requisitos gerais e específicos para de Farmácia ou outro igualmente inscrito no Conselho
propaganda ou publicidade de medicamentos Regional de Farmácia do Estado do Paraná, conforme
industrializados isentos de prescrição, propaganda ou prevê o inciso I, do artigo 28, do Decreto nº 74.170/
publicidade de medicamentos industrializados de venda 1974, quando não houver estabelecimentos farmacêuticos
sob prescrição, distribuição de amostras grátis, material (farmácias e drogarias) no município, bairro ou
informativo de medicamentos manipulados, visita de localidade na proporção de um estabelecimento para cada
propagandista, propaganda ou publicidade de eventos 10.000 habitantes num raio de 10 quilômetros.
científicos e campanhas sociais estão contidos na § único: Os parâmetros estabelecidos no caput do artigo
Resolução RDC ANVISA/MS nº serão considerados como necessidade local satisfatória,
96/2008, suas atualizações, ou outras que vierem a levando em consideração a população conforme os dados
substituí-las. atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE.
CAPÍTULO XIV Art. 117 - A presente norma técnica não se aplica às
DA FISCALIZAÇÃO farmácias hospitalares, dispensários de unidades
Art. 110 - Compete aos Serviços Municipais e/ou hospitalares ou equivalentes, postos de medicamentos,
Estadual de Vigilância Sanitária, a fiscalização dos unidades volantes. Estes estabelecimentos estão sujeitos
estabelecimentos farmacêuticos. à regulamentação específica.
Art. 111 - Os Serviços Municipais e/ou Estadual de § único: Drogarias, ervanarias e postos de medicamentos
Vigilância Sanitária poderão: não podem captar receitas com prescrições magistrais e
I. Agir em cooperação mútua com o Conselho Regional oficinais.
de Farmácia do Paraná, Promotoria Pública, Delegacia Art. 118 - É vedado utilizar qualquer dependência da
do Consumidor e outros órgãos afins executando, farmácia ou da drogaria para outro fim diverso do
eventual ou regularmente, ações conjuntas. licenciamento, conforme disposto na legislação vigente.
II. Comunicar as irregularidades observadas durante as § único: É vedado às farmácias e drogarias
suas inspeções aos órgãos afins. comercializar, expor à venda, ter em depósito para
205
vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar ao saneantes e outros produtos, e dá outras providências.
consumo produtos não permitidos por esta Norma e em Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 1976.
legislação federal, estadual ou municipal. 3. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 6.437, de 20 de
agosto de 1977. Configura
SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE DO infrações à legislação sanitária federal, estabelece as
PARANÁ sanções respectivas, e dá outras
MICHELE CAPUTO NETO providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24
SUPERINTENDENTE DE VIGILÂNCIA EM ago. 1977.
SAÚDE 4. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 8.078, de 11 de
SEZIFREDO PAZ setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do
CHEFE DO CENTRO ESTADUAL DE consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da
VIGILÂNCIA SANITÁRIA União, Brasília, DF, 12 set. 1990.
PAULO COSTA SANTANA 5. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 8.080 de 19 de
Equipe de Elaboração: setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para
- Benvenuto Juliano Gazzi, Farmacêutico, 8ª promoção, proteção e recuperação da saúde, a
RS/SESA/SCVSAT organização e o funcionamento dos serviços
- Jaqueline Shinnae de Justi, Farmacêutica, correspondentes, e dá outras providências. Diário Oficial
SESA/SVS/CEVS/DVVSP da União, Brasília, DF, 20 set. 1990.
- Kelly Cristiane Gusso Braga, Farmacêutica, 02ª 6. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 11.343, de 23 de
RS/SESA/SCVSAT agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas
- Lina Mara Prado Caixeta Correa, Farmacêutica, Públicas sobre Drogas - SISNAD; prescreve medidas
SESA/SVS/CEVS/DVVSP para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção
- Márcia Regina Olavo, Farmacêutica, 17ª social de usuários e dependentes de drogas; estabelece
RS/SESA/SCVSAT normas para repressão à produção não autorizada e ao
- Márcio Adriano Porfírio da Silva, Advogado, tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras
COSEMS/ GTPVS providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24
- Miryan Rocco Stainsack, Farmacêutica, SMS Curitiba ago. 2007.
(In Memorian) 7. PARANÁ. Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro
- Paulo Costa Santana, Farmacêutico, SESA/SVS/CEVS de 2001. Dispõe sobre a organização, regulamentação,
Entidades Colaboradoras: fiscalização e controle das ações dos serviços de saúde
- ANFARMAG: Associação Nacional dos Farmacêuticos no Estado do Paraná. Diário Oficial do Estado, Curitiba,
Magistrais – Seccional Paraná. PR, 26 nov. 2001.
- COSEMS: Conselho de Secretários Municipais de 8. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº
Saúde do Estado do Paraná. 74.170, de 10 de junho de 1974.
- CRF: Conselho Regional de Farmácia do Paraná. Regulamenta a Lei nº 5.991, de 17/12/1973, que dispõe
- REDE HIPERFARMA. sobre o controle sanitário do comércio de drogas,
- Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/Vigilância medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.
Sanitária. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jun. 1974.
- Secretaria Municipal de Saúde de Londrina/Vigilância 9. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº
Sanitária. 79.094, de 5 de janeiro de 1977.
- Secretaria Municipal de Saúde de Maringá/Vigilância Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976,
Sanitária. que submete a sistema de vigilância sanitária os
- SINDIFARMA: Sindicato do Comércio Varejista do medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas,
Estado do Paraná. correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e
- SINFARLON: Sindicato dos Estabelecimentos outros. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 jan.
Farmacêuticos de Londrina e Região. 1977.
- SINDIFAR: Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do 10. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 5.912
Paraná. de 27 de setembro de 2006.
Regulamenta a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006,
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: que trata das políticas públicas sobre drogas e da
1. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 5.991, de 17 de instituição do Sistema Nacional de Políticas Públicas
dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do sobre Drogas - SISNAD, e dá outras providências.
comércio de drogas, medicamentos, correlatos e dos Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 set. 2006.
outrosestabelecimentos farmacêuticos, e dá outras 11. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 3.181
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 de 23 de setembro de 1999.
dez. 1973. Dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em
2. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 6.360, de 23 de produtos farmacêuticos. Diário Oficial da União,
setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a Brasília, DF, 24 set. 1999.
que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os 12. PARANÁ. Decreto nº 5.711 de 23 de maio de 2002.
insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, Regulamenta o Código de Saúde do Paraná, Lei nº
206
13.331 de 23/11/01. Diário Oficial do Estado, Curitiba, 1999. Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS
PR, 24 mai. 2002. nº 344, de
13. PARANÁ. Decreto nº 4.154 de 28 de dezembro de 12/05/1998 que institui o Regulamento Técnico das
2004. Aprova o Regulamento Técnico para a Produção e substâncias e medicamentos
Comercialização de Matérias Primas Vegetais. Diário sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União,
Oficial do Estado, Curitiba, PR, de 28 dez. 2004. Brasília, DF, 01 fev. 1999.
14. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de 24. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Vigilância Sanitária. Portaria nº 32, de 13 de janeiro de Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Aprova o
1998. Aprova o Regulamento Técnico para suplementos Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas
vitamínicos e ou de minerais. Diário Oficial da União, para análise e comprovação de propriedades funcionais e
Poder Executivo, Brasília, DF, 15 jan. 1998. ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Diário
15. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 mai.
Vigilância Sanitária. Portaria nº 30, de 13 de janeiro de 1999.
1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a 25. PARANÁ. Resolução nº 225, de 15 de abril de 1999.
alimentos para controle de peso. Diário Oficial da Aprova Norma Técnica que
União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 jan. 1998. determina aos estabelecimentos farmácias, drogarias,
16. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de farmácias hospitalares, clínicas
Vigilância Sanitária. Portaria nº 31, de 13 de janeiro de médicas e veterinárias, a obrigatoriedade da apresentação
1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a de balanços de medicamentos psicoativos e outros
alimentos adicionados de nutrientes essenciais. Diário sujeitos a controle especial (BMPO). Diário Oficial
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 jan. do Estado, Curitiba, PR, 11 mai. 1999.
1998. 26. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
17. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Resolução nº 449, de 09 de setembro de 1999. Aprova o
Vigilância Sanitária. Portaria nº 222, de 24 de março de Regulamento Técnico referente a alimentos para nutrição
1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a enteral. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
alimentos para Brasília, DF, 13 set. 1999.
praticantes de atividade física. Diário Oficial da União, 27. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Poder Executivo, Brasília, DF, Comércio Exterior. Portaria INMETRO nº 319, de 23 de
15 mar. 1998. outubro de 2009. Adotar, no Brasil, a nova versão do
18. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos
Vigilância Sanitária. Portaria nº 223, de 24 de março de fundamentais e gerais e termos associados. Diário
1998. Aprova o Regulamento Técnico para fixação e Oficial da União, Brasília, DF, 09 nov. 2009.
qualidade 28. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
complementos alimentares para gestantes ou nutrizes. Resolução nº 16, de 30 de abril de l999. Aprova o
Diário Oficial da União, Poder Regulamento Técnico de procedimentos para registro de
Executivo, Brasília, DF, 25 mar. 1998. alimentos e/ou novos ingredientes. Diário Oficial da
19. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de União, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 dez. 1999.
Vigilância Sanitária. Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 29. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual da CEME –
1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a Manual de Rede de Frio. Brasília. Fundação Nacional de
alimentos para fins Saúde, 3ª ed. 2001. 80p.
especiais. Diário Oficial da União, Poder Executivo, 30. PARANÁ. Resolução nº 259, de 20 de setembro de
Brasília, DF, 30 mar. 1998. 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico sobre
20. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial do
Vigilância Sanitária. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de Estado, Curitiba, PR, 23 nov. 2002.
1998. Dispõe sobre controle de infecção hospitalar. 31. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 mai. 2005. Resolução RDC nº 135 de 29 de maio de 2003. Dispõe
21. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de sobre o regulamento técnico para medicamentos
Vigilância Sanitária. Portaria nº 344, de 12 de maio de genéricos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12
1998. Dispõe sobre o regulamento técnico de substâncias ago. 2003.
e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário 32. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Oficial da União, Brasília, DF, 15 mai. 1998. Resolução RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005.
22. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
Vigilância Sanitária. Portaria nº 977, de 05 de dezembro funcionamento de laboratórios clínicos. Diário Oficial
de 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente às da União, Brasília, DF, 14 out. 2005.
formulas infantis para lactentes e às formulas infantis 33. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria
para seguimento. Diário Oficial da União, Poder n° 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma
Executivo, Brasília, DF, 29 dez. 1998. Regulamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho
23. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de em Estabelecimentos de Saúde). Diário Oficial da
Vigilância Sanitária. Portaria nº 6, de 29 de janeiro de União, Brasília, DF, 16 nov. 2005.

207
34. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 44. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC n° 80, de 11 de maio de 2006. Dispõe Resolução RDC nº 20, de 05 de maio de 2011. Dispõe
sobre o fracionamento de medicamentos. Diário Oficial sobre o controle de medicamentos à base de substâncias
da União, Brasília, DF, 12 mai. 2006. classificadas como antimicrobianos, de uso sob
35. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. prescrição médica, isoladas ou em associação. Diário
Resolução RDC nº 183, de 5 de Oficial da União, Brasília, DF, 09 mai. 2011.
outubro de 2006. Aprova o Regulamento Técnico 45. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Dispõe
“Autorização de Funcionamento/Habilitação de sobre a direção técnica ou responsabilidade técnica de
Empresas de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e empresas e/ou estabelecimentos que dispensam,
Perfumes, suas Alterações e Cancelamento”. Diário comercializam, fornecem e distribuem produtos
Oficial da União, Brasília, DF, 9 out. 2006. farmacêuticos, cosméticos e produtos
36. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. para a saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15
Resolução RDC nº 206, de 17 de novembro de 2006. dez. 2011.
Estabelece Regulamento Técnico de Produtos para 46. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Diagnóstico de uso in vitro e seu registro, cadastramento, Resolução RDC nº 15, de 15 de
e suas alterações, revalidações e cancelamento. Diário março de 2012. Dispõe sobre requisitos de Boas Práticas
Oficial da União, Brasília, DF, 20 nov. 2006. para o processamento de produtos para saúde e dá outras
37. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instrução providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19
Normativa nº 141, de 19 de dezembro de 2006. mar. 2012.
Regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna 47. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
sinantrópica nociva. Diário Oficial da União, Brasília, Resolução RDC nº 45, de 9 de agosto de 2012. Dispõe
DF, 20 dez. 2006. sobre a realização de estudos de estabilidade de insumos
38. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. farmacêuticos ativos. Diário Oficial da União, Brasília,
Resolução RDC nº 96, de 17 de DF, 10 ago. 2012.
dezembro de 2008. Dispõe sobre a propaganda,
publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo
seja a divulgação ou promoção comercial de
medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
18 dez. 2008.
39. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Instrução Normativa nº5, de 20 de maio 2009. Dispõe
sobre a legislação de propaganda de medicamentos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 mai. 2009.
40. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Instrução Normativa nº 9, de 17 de agosto de 2009.
Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para
dispensação e
comercialização em farmácias e drogarias. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 18
ago. 2009.
41. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 44, de 17 de
agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas
Farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da comercialização de
produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em
farmácias e drogarias. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 18 ago. 2009.
42. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 67, de 21 de
dezembro de 2009. Dispõe sobre normas de
tecnovigilância aplicáveis aos detentores de registro de
produtos para saúde no Brasil. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 23 dez.2009.
43. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 10, de 9 de março de 2010. Dispõe
sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10
mar. 2010.
208
RESOLUÇÃO N° 203 de 30/05/2016 forma específica sob as quais estes produtos devem ser
(D.O.E 01.06.2016) comercializados;
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da
Dispõe sobre a individualização (fracionamento) e ANVISA - RDC n° 27 de 06 de agosto de
comercialização de cápsulas moles de alimentos para 2010, a qual dispõe a respeito das categorias de alimentos
fins especiais pelas farmácias com manipulação no dispensados e obrigados à necessidade de obtenção de
âmbito do Estado do Paraná. registro perante a ANVISA;
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAUDE, no uso ANVISA - RDC n° 23, de 15 de março de 2000, a qual
da atribuição que lhe confere o art.45, XIV da Lei 8.485 dispõe sobre o Manual de Procedimentos Básicos para
de 03.06.1987 e, Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de
• considerando a Lei n° 6.360 de 23 de setembro de 1976, Produtos Pertinentes à Área de Alimentos e traz os
a qual dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam requisitos para as hipóteses de concessão/extensão de
sujeitos os Medicamentos, as Drogas, os Insumos registro único relacionadas à área;
Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e • considerando a Lei Estadual n° 13.331/2001 (Código de
Outros Produtos, e dá outras Providências, assim como Saúde do Estado do Paraná), regulamentado pelo Decreto
Decreto n° 8.077, de 14 de agosto de 2013, que a n° 5.711, de 23 de maio de 2002;
regulamenta;
• considerando a Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de RESOLVE:
1973, a qual dispõe sobre o Controle Sanitário do Art. 1° - Autorizar, no âmbito do Estado do Paraná, a
Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos individualização (fracionamento) e comercialização de
Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências, cápsulas moles de alimentos para fins especiais (cápsulas
bem como o Decreto n° 74.170, de 10 de junho de 1974, oleaginosas) pelas farmácias com manipulação,
que a regulamenta; possibilitando-se que tais produtos sejam dispensados em
• considerando a Lei n° 13.021, de 8 de agosto de 2014, a quantidades individualizadas, para atender às
qual reconhece a farmácia com manipulação como um necessidades nutricionais dos consumidores e usuários
estabelecimento de saúde, uma vez que se trata de desses produtos.
unidade de prestação de serviços destinada à assistência Art. 2° - Somente as farmácias com manipulação
farmacêutica e orientação sanitária individual e coletiva; devidamente regularizadas junto aos órgãos de vigilância
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da sanitária competentes poderão realizar o fracionamento
ANVISA — RDC n° 44, de 17 de agosto de 2009, a qual de produtos descrito nesta
dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas e traz em Resolução.
seu artigo 29 que "além de medicamentos, o comércio e Parágrafo Único - Para o atendimento do previsto no
dispensação de determinados correlatos poderá ser caput deste artigo, as farmácias com manipulação
extensivo às farmácias e drogarias em todo território deverão possuir Licença Sanitária atualizada, cumprido
nacional, conforme relação, requisitos e condições os requisitos das Boas Práticas de Manipulação,
estabelecidos em legislação sanitária especifica"; conforme a legislação sanitária vigente.
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da Art. 3° - O fracionamento deve ser realizado sob a
ANVISA — RDC n° 67, de 9 de outubro de 2007, a qual supervisão e responsabilidade do farmacêutico
trata das Boas Práticas de Manipulação em Farmácias e tecnicamente responsável pelo estabelecimento,
estabelece requisitos mínimos para o exercício das observando-se as Boas Práticas de preparações magistrais
atividades de manipulação de preparações magistrais e e oficinais, estabelecidas na legislação especifica, desde
oficinais, desde suas instalações, equipamentos e suas instalações, equipamentos e recursos humanos,
recursos humanos, aquisição e controle da qualidade da aquisição e controle da qualidade das cápsulas,
matéria-prima, armazenamento, avaliação farmacêutica armazenamento, manipulação, fracionamento,
da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação, conservação, transporte, dispensação das preparações,
transporte, dispensação das preparações, além da atenção além da atenção farmacêutica aos usuários ou seus
farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando responsáveis, visando à garantia de sua qualidade,
à garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e
promoção do seu uso seguro e racional; racional.
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da Art. 4° - O fracionamento de produtos descrito nesta
ANVISA — RDC n° 16, de 30 de abril de 1999, a qual Resolução deve observar as exigências técnicas
estabelece o Regulamento Técnico de Procedimentos estabelecidas no Anexo I da presente Resolução.
para registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes; Art. 5° - O fracionamento de cápsulas moles para
• considerando a Instrução Normativa ANVISA n° 09, de dispensação deve ocorrer unicamente mediante
17 de agosto de 2009, a qual estabeleceu permissão às prescrição de profissional habilitado, no âmbito da
farmácias para comercializar e dispensar produtos preparação magistral, conforme conceito de farmácia
classificados como alimentos, bem como dispôs sobre a com manipulação estabelecido na legislação sanitária
vigente.

209
Art. 6° - A partir da publicação desta Resolução, fica Área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de
concedido prazo de 180 (cento e oitenta) dias para os uma das faces.
estabelecimentos se adequarem às exigências Barreira Técnica: bloqueio funcional estabelecido
relacionadas às auditorias realizadas nos através de procedimentos técnicos, com a finalidade de
estabelecimentos fornecedores, e 1 (um) ano para os evitar a contaminação cruzada.
estabelecimentos se adequarem às exigências Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF):
relacionadas às auditorias realizadas nos conjunto de medidas que visam assegurar que os
estabelecimentos de fabricantes. produtos manipulados sejam consistentemente
Art. 7° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua manipulados e controlados, com padrões de qualidade
publicação. apropriados para o uso pretendido e requerido na
prescrição.
Curitiba, 30 de maio de 2016. Cápsulas: são receptáculos (formas) obtidas por
Michele Caputo Neto moldagem, utilizadas para ingestão de doses
estabelecidas;
Anexo I da Resolução SESA n° 203/2016 Cápsulas gelatinosas: são elaboradas a partir de gelatina
(obtida através da hidrólise do
REGULAMENTO TÉCNICO PARA colágeno), cuja consistência pode ser dura ou mole.
FRACIONAMENTO DE CÁPSULAS MOLES Cápsula Mole: cápsula constituída de um invólucro de
DE ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS EM gelatina, de vários formatos, mais
FARMÁCIAS COM MANIPULAÇÃO maleável do que o das cápsulas duras. Normalmente são
1. DEFINIÇÕES preenchidas com conteúdos líquidos ou semissólidos,
Para efeitos da presente norma técnica, são adotadas as mas podem ser preenchidas também com pós e outros
seguintes definições: sólidos secos.
Alimento: toda substância ou mistura de substâncias, no Contaminação cruzada: contaminação de determinada
estado sólido, líquido, pastoso ou matéria-prima, produto intermediário ou produto acabado
qualquer outra forma adequada, destinadas a fornecer ao com outra matéria-prima ou produto, durante o processo
organismo humano os elementos de manipulação.
normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento. Controle de qualidade: conjunto de operações
Alimento industrializado: todo alimento, de origem (programação, coordenação e execução) com o objetivo
vegetal ou animal, que passou por algum tipo de de verificar a conformidade das matérias primas,
processamento industrial, por exemplo: extrusão, materiais de embalagem e do produto acabado, com as
liofilização, dessecação e moagem, etc. especificações estabelecidas.
Alimento industrializado com registro obrigatório: Data de validade: data impressa no recipiente ou no
todo alimento processado, cuja categoria esteja prevista rótulo do produto, informando o tempo durante o qual se
no Anexo II, da Resolução RDC n° 27/2010: Alimentos e espera que o mesmo mantenha as especificações
Embalagens com Obrigatoriedade de Registro Sanitário; estabelecidas, desde que estocado nas condições
Alimento com dispensa de registro: todo alimento, cuja recomendadas.
categoria esteja prevista no Anexo I da Resolução RDC Desvio de qualidade: não atendimento dos parâmetros
n° 27/2010: Alimentos e Embalagens Isentos da de qualidade estabelecidos para um
Obrigatoriedade de Registro Sanitário; produto ou processo.
Alimento com alegação de propriedade funcional: é o Dispensa da obrigatoriedade de registro: é o ato,
alimento que possui alegação relativa ao papel fundamentado na legislação vigente, pelo qual se
metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não desobriga o registro de produtos na Agência Nacional de
nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, Vigilância Sanitária, desde que cumpridos os
manutenção e outras funções normais do organismo; procedimentos estabelecidos na legislação vigente.
Alimento com alegação de propriedade de saúde: é o Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de
alimento que possui alegação que afirma, sugere ou drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
implica a existência da relação entre o alimento ou correlatos, a título remunerado ou não.
ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde; Embalagem primária: acondicionamento que está em
Alimentos para fins especiais: são os alimentos contato direto com o produto e que pode se constituir em
especialmente formulados ou processados, nos quais se recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de
introduzem modificações no conteúdo de nutrientes, proteção, removível ou não, destinado a envasar ou
adequados à utilização em dietas, diferenciadas e ou manter, cobrir ou empacotar matérias primas, produtos
opcionais, atendendo às necessidades de pessoas em semielaborados ou produtos acabados.
condições metabólicas e fisiológicas específicas. Embalagem secundária: a que protege a embalagem
Ambiente: espaço fisicamente determinado e primária para o transporte, armazenamento, distribuição e
especializado para o desenvolvimento de determinada(s) dispensação.
atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações Envase individual: consiste no enchimento da
diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma embalagem com cápsulas moles, lacre e rotulagem da
sala ou de uma área. mesma com o objetivo de atender às necessidades
210
nutricionais dos consumidores e usuários desses não convencional na área de alimentos, como as
produtos. cápsulas, comprimidos, tabletes e similares.
Farmácia com manipulação: estabelecimento de Número de lote: designação impressa em cada unidade
manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de do recipiente, constituída de combinações de letras,
comércio de drogas, medicamentos, insumos números ou símbolos, que permite identificar o lote e, em
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de caso de necessidade, localizar e revisar todas as
dispensação e o de atendimento privativo de unidade operações praticadas durante todas as etapas de
hospitalar ou de manipulação;
qualquer outra equivalente de assistência médica. Ordem de manipulação: documento destinado a
Forma farmacêutica: estado final de apresentação que acompanhar todas as etapas de manipulação;
os princípios ativos farmacêuticos Ordem de Fracionamento: documento que determina e
possuem após uma ou mais operações farmacêuticas registra o procedimento caracterizado pela subdivisão de
executadas com ou sem a adição de excipientes um medicamento em frações individualizadas, a partir de
apropriados, a fim de facilitar a sua utilização e obter o sua embalagem original, sem rompimento da embalagem
efeito terapêutico desejado, com características primária, mantendo seus dados de identificação;
apropriadas a uma determinada via de administração. Prazo de validade: período de tempo durante o qual o
Fracionamento: Conjunto de operações que visam a produto se mantém dentro dos limites especificados de
divisão em quantidades menores dos pureza, qualidade e identidade, na embalagem adotada e
produtos, preservando as especificações de qualidade e estocado nas condições recomendadas no rótulo;
dados de identificação de rotulagem Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia,
originais, efetuado sob a supervisão e responsabilidade a partir de uma prescrição de profissional habilitado,
de profissional farmacêutico habilitado. É a destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça
individualização da embalagem contendo cápsulas moles em detalhes sua composição, forma farmacêutica,
para viabilizar a dispensação do referido produto ao posologia e modo de usar;
usuário na quantidade estabelecida pela prescrição de Procedimento operacional padrão (POP): descrição
profissional habilitado. pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas
Fracionamento individualizado: processo que visa à na farmácia, visando proteger e garantir a preservação da
divisão em quantidades menores das qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos
cápsulas moles, preservando as especificações da manipuladores;
qualidade e dados de identificação e rotulagem dos Quarentena: retenção temporária de insumos,
fornecedores/fabricantes com o objetivo de atender às preparações básicas ou preparações manipuladas,
necessidades nutricionais dos consumidores e usuários isolados fisicamente ou por outros meios que impeçam a
desses produtos. sua utilização, enquanto esperam decisão quanto à sua
Fracionamento interno: processo que visa à divisão em liberação ou rejeição;
quantidades menores das cápsulas Rastreabilidade: é o conjunto de informações que
moles, preservando as especificações da qualidade e permite o acompanhamento e revisão de todo o processo
dados de identificação e rotulagem dos da preparação manipulada;
fornecedores/fabricantes. Recipiente: embalagem primária destinada ao
Local: espaço fisicamente definido dentro de uma área ou acondicionamento, de vidro ou plástico, que atenda aos
sala para o desenvolvimento de requisitos estabelecidos em legislação vigente;
determinada atividade. Registro: é o ato legal que, cumpridos os procedimentos
Lote ou partida: quantidade definida de matéria prima, descritos em regulamento, reconhece a adequação de um
material de embalagem ou produto, produto à legislação vigente, formalizado por meio de
obtidos em um único processo, cuja característica publicação no Diário Oficial da União;
essencial é a homogeneidade. Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como
Material de embalagem: recipientes, rótulos e caixas os dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou
para acondicionamento das preparações manipuladas. decalco, aplicado diretamente sobre a embalagem
Matéria-prima: substância ativa ou inativa com primária e secundária do produto;
especificação definida, que se emprega na Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu
preparação dos medicamentos e demais produtos. perímetro e com porta(s).
Novo alimento: é o alimento que deve ser registrado na 2. AQUISIÇÃO
categoria de "Novos alimentos ou novos ingredientes", 2.1. Para fins de fracionamento, as farmácias com
atendendo aos requisitos previstos na Resolução n.° manipulação poderão adquirir apenas cápsulas moles, de
16/99, que considera as seguintes situações: alimentos forma a granel, e estas devem possuir registro ou
sem tradição de consumo no país; alimentos que dispensa de registro junto à Agência Nacional de
contenham novos ingredientes, alimentos contendo Vigilância Sanitária como alimento, conforme o caso
substâncias já consumidas, mas que possam vir a ser específico, determinado pela legislação vigente.
adicionados ou utilizados em níveis muito superiores aos 2.2. As cápsulas gelatinosas moles consistem em
atualmente aceitos; alimentos em forma de apresentação produtos a granel, adquiridos pelas farmácias de
manipulação, da mesma forma que adquirem suas
211
matérias primas, por meio de fornecedores qualificados, e) Orientações sobre amostragem, ensaios de qualidade,
devidamente licenciados pela autoridade sanitária como metodologias de análise e referência utilizada nos
fabricantes de alimentos, importadores ou distribuidores procedimentos de controle;
de alimentos. f) Condições de armazenamento e precauções.
2.3. Compete ao farmacêutico o estabelecimento de
critérios e a supervisão do processo de aquisição. 3. RECEBIMENTO
2.4. Deve ser observada a qualificação do fornecedor, 3.1. As cápsulas moles devem ser recebidas por pessoa
conforme Procedimento Operacional Padrão - POP treinada, identificadas, armazenadas,
estabelecido para este fim, de modo que a documentação colocadas em quarentena, amostradas, analisadas
relacionada seja registrada/arquivada no Sistema de conforme especificações e rotuladas quanto à sua
Garantia da Qualidade (SGQ) da farmácia. situação, de acordo com procedimentos escritos.
2.4.1. A qualificação do fabricante/fornecedor deve ser 3.2. Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção
realizada abrangendo no mínimo, os seguintes critérios: de recebimento, para verificar se estão adequadamente
a) Comprovação de regularidade perante as autoridades identificados, a integridade e condições de limpeza da
sanitárias competentes; embalagem, a correspondência entre o pedido, a nota de
b) Avaliação dos laudos analíticos apresentados pelo entrega e os rótulos do material recebido que deverão
fabricante/fornecedor, verificando o atendimento às conter, no mínimo, as informações listadas a seguir,
especificações estabelecidas pelo farmacêutico e efetuando-se o registro dos dados avaliados:
acordadas entre as partes; a) nome do fornecedor/fabricante;
c) Auditorias para verificação do cumprimento das b) endereço;
normas de Boas Práticas de Fabricação ou de c) telefone;
Fracionamento e Distribuição de insumos; d) C.N.P.J.;
d) Avaliação do histórico dos fornecimentos anteriores. e) nome do produto;
2.4.2. A avaliação do cumprimento das Boas Práticas de f) quantidade e sua respectiva unidade de medida;
Fabricação ou de Fracionamento e g) número do lote;
Distribuição de insumos pelo fabricante/fornecedor, h) data de fabricação;
prevista no item "c" do item 2.2.1. poderá ser realizada i) prazo de validade;
por farmácia individual, por grupo de farmácias ou por j) condições especiais de armazenamento e observações
associações de classes, utilizando legislação específica pertinentes, quando aplicável;
em vigor. k) nome do Responsável Técnico e seu registro no
2.4.3. A farmácia deve manter cópia do relatório da Conselho Profissional correspondente;
auditoria. 1) origem, com indicação do fabricante, caso adquirido
2.5. Devem ser definidas pelo farmacêutico de fornecedores.
especificações técnicas no processo de aquisição das 3.3. Qualquer divergência ou qualquer outro problema
cápsulas moles, tomando como base as especificações do que possa afetar a qualidade do produto deve ser
fornecedor/fabricante. analisada pelo farmacêutico para a adoção de
2.6. As especificações técnicas de todas as cápsulas providências.
moles a serem utilizados no envase dos produtos 3.4. Cada lote de cápsula oleaginosa deve ser
fracionados devem ser autorizadas, atualizadas e datadas acompanhado do respectivo Certificado de Análise do
pelos responsáveis. fornecedor/fabricante, que deve permanecer arquivado,
2.7. As especificações das cápsulas moles adquiridas no mínimo, durante 6 (seis) meses após o término do
para fracionamento individual devem constar de no prazo de validade do último quantitativo de cápsulas
mínimo: moles fracionadas.
a) Descrição do suplemento alimentar em forma de 3.5. Os Certificados de Análise devem ter informações
cápsula mole, com o nome dos seus ingredientes, por claras e conclusivas, com todas as especificações
DCB, DCI ou CAS, quando couber; estabelecidas pelo farmacêutico. Devem ser datados,
b) Nome e código interno de referência, quando houver; assinados e com a identificação do nome do
c) No caso de ingredientes que tradicionalmente são fabricante/fornecedor e do seu responsável técnico com
utilizados também como medicamentos, a depender da respectivo registro no conselho de classe.
concentração (insumos farmacêuticos ativos e 3.6. As cápsulas moles devem ser analisadas, no seu
adjuvantes): referência de monografia da Farmacopeia recebimento, efetuando-se no mínimo os testes abaixo,
Brasileira; ou de outros compêndios nacionais e/ou respeitando-se as suas características físicas e mantendo
internacionais reconhecidos pela ANVISA, conforme os resultados por escrito:
legislação vigente. Na ausência de monografia oficial, a) caracteres organolépticos;
pode ser utilizada como referência a especificação b) peso médio para cápsulas moles;
estabelecida pelo fabricante. c) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor
d) Requisitos quantitativos e qualitativos com os quanto às especificações estabelecidas.
respectivos limites de aceitação; 3.7. Na ausência de monografia farmacopeica deverá ser
utilizada, como referência, literatura científica pertinente.

212
3.8. Somente na inexistência da literatura prevista no g) situação interna do produto (em quarentena, em
item anterior, poderá ser utilizada a especificação análise, aprovado, reprovado).
fornecida pelo fabricante. 4.8. A farmácia deverá realizar o controle de estoque das
3.9. Podem ser aceitos os demais ensaios farmacopeicos cápsulas moles registrando as entradas e saídas de cada
realizados pelos fabricantes/fornecedores desde que estes uma delas:
estejam qualificados pela farmácia. a) O registro de entrada deve conter, no mínimo, nome
3.9.1. No caso do fornecedor/fabricante não ser do produto, código interno, lote, número da nota fiscal e
qualificado pela farmácia, todos os ensaios previstos na nome do fabricante/fornecedor.
monografia famacopeica ou na metodologia do fabricante b) O registro de saída deve ser efetuado por meio da
devem ser executados pela farmácia ou por laboratório de ordem de fracionamento do produto.
controle de qualidade terceirizado, sob responsabilidade 5. FRACIONAMENTO INDIVIDUALIZADO
da farmácia. 5.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos
3.10. Qualquer divergência que possa afetar a qualidade operacionais escritos para o fracionamento das cápsulas
da matéria-prima deve ser analisada pelo farmacêutico moles.
para a adoção de providências cabíveis. 5.2. A farmácia deve garantir que todas as cápsulas
3.11. A reprovação das cápsulas moles deve ser moles fracionadas sejam rastreáveis.
notificada à Autoridade Sanitária competente. 5.3. A farmácia deve registrar as informações referentes à
3.12. A amostragem da cápsula mole deve ser executada prescrição de cada cápsula mole em Livro de Receituário,
sob condições ambientais adequadas, obedecendo aos informatizado ou não.
procedimentos operacionais que impeçam a 5.5. O fracionamento de cápsulas moles deve ser
contaminação cruzada. realizado na sala de manipulação com barreira técnica, de
3.13. Todos os utensílios utilizados no processo de escolha do farmacêutico.
amostragem que entrarem em contato com os materiais 5.6. Todas as superfícies de trabalho e os equipamentos
devem estar limpos, sanitizados e guardados em locais da área devem ser limpos e desinfetados antes e após
apropriados. cada fracionamento.
5.7. Devem existir procedimentos operacionais escritos
4. ARMAZENAMENTO para a prevenção de contaminação cruzada.
4.1. As cápsulas moles devem ser armazenadas e 5.8. A sala onde ocorre o fracionamento deve ser mantida
manuseadas sob as condições apropriadas e de forma com temperatura e umidade compatíveis com as cápsulas
ordenada, de modo a preservar sua identidade e moles armazenadas/fracionadas. As condições de
integridade química, física e microbiológica, garantindo- temperatura e umidade devem ser monitoradas e
se a qualidade e segurança dos produtos. registradas.
4.2. As condições ideais de armazenamento
recomendadas são: recipientes fechados em temperatura 6. ORDEM DE FRACIONAMENTO (OF) INTERNO
ambiente de 15 ° C a 30 °C e umidade relativa do ar entre 6.1. O fracionamento de cápsulas moles deve ser
35% a 65%, ou ainda de acordo com as orientações do registrado na Ordem de Fracionamento, constando os
fornecedor/fabricante. seguintes registros:
4.3. As cápsulas devem ser armazenadas ao abrigo da luz a) Número do Livro de Receituário;
solar direta e longe de locais úmidos. b) Descrição das cápsulas moles e concentração da
4.4. Devem ser mantidas afastadas do piso, paredes e substância;
teto, com espaçamento apropriado para permitir a c) Lote, nome do fornecedor/fabricante e data de
limpeza e inspeção. validade;
4.5. Devem ser estocadas em locais identificados, de d) Tamanho e cor da referida cápsula individualizada, se
modo a facilitar a sua localização, sem riscos de troca. houver;
4.6. Para as cápsulas moles que exigem condições e) Quantidades pesadas ou contadas;
especiais de temperatura, devem existir registros e f) Nome e assinatura dos responsáveis pela pesagem e
controles que comprovem o atendimento a essas individualização;
especificações. g) Visto do farmacêutico;
4.7. Os rótulos das cápsulas moles armazenadas devem h) Data da individualização/fracionamento interno;
apresentar, no mínimo: i) Data de validade do produto estabelecida pela
a) denominação do produto e código de referência farmácia.
interno, quando aplicável; 6.2. Os registros do fracionamento acima poderão constar
b) identificação do fornecedor/fabricante; na Ordem de Manipulação da farmácia,
c) número do lote atribuído pelo fornecedor/fabricante e desde que contenham todas as informações descritas nas
o número dado no recebimento, caso haja algum; alíneas "a" a "i" do item 6.1.
d) concentração, teor e/ou potência, quando couber; 6.3. Todo pessoal envolvido na
e) data de fabricação, prazo de validade; individualização/fracionamento das referidas cápsulas
f) condições de armazenamento e advertência, quando devem ser treinados e paramentados adequadamente.
necessário; 6.4. Devem existir procedimentos operacionais (POP)
escritos para a prevenção de contaminação cruzada.
213
6.5. A farmácia deve garantir que todos os produtos 8.1.2. Os resultados dos ensaios devem ser registrados no
individualizados/fracionados sejam rastreáveis. Laudo interno da farmácia, junto com as demais
7. ROTULAGEM E EMBALAGEM informações do produto. O farmacêutico deve avaliar os
7.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos resultados, aprovando ou não a preparação para
operacionais escritos para rotulagem e embalagem das dispensação.
cápsulas moles fracionadas. Os rótulos devem ser 8.1.3. No caso de resultado insatisfatório, o lote inteiro
armazenados de forma segura e com acesso restrito. do produto referente à amostra deve ser interditado
7.2. Toda cápsula oleaginosa mole fracionada deve ser cautelarmente e armazenado em área separada,
rotulada com: devidamente identificado como tal. Na persistência do
a) nome do prescritor; resultado insatisfatório por meio de uma nova análise, o
b) nome do paciente; lote analisado deverá ser devolvido ao fabricante ou
c) número de registro do fracionamento no Livro de encaminhado para descarte.
Receituário; 8.1.4. A farmácia deverá registrar e notificar a Vigilância
d) data da individualização/fracionamento; Sanitária local sobre o resultado insatisfatório.
e) prazo de validade;
f) componentes do produto fracionado com respectivas 9. CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE
quantidades; 9.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos
g) número de unidades; escritos sobre a conservação e transporte dos produtos
h) peso ou volume contidos; fracionados, desde o recebimento até a dispensação, que
i) posologia; garantam a manutenção das suas especificações e
j) identificação da farmácia; integridade.
k) C.N.P.J; 9.2. As cápsulas moles não devem ser armazenadas ou
1) endereço completo; transportadas com:
m) nome do farmacêutico responsável técnico com o a) alimentos e materiais perecíveis;
respectivo número no Conselho Regional de Farmácia; b) animais;
o) Frases orientativas que sejam previstas em legislação c) solventes orgânicos;
específica e que venham a auxiliar o uso correto do d) gases;
produto. e) substâncias corrosivas ou tóxicas;
7.2.1. As frases orientativas previstas no item 7.2, alínea f) pesticidas e agrotóxicos;
"o", poderão ser adotadas: g) materiais radioativos;
a) na forma de etiqueta adesiva para ser aposta no frasco h) outros produtos que possam afetar a qualidade,
contendo as cápsulas moles fracionadas individualmente; segurança e eficácia dos produtos manipulados.
b) como folheto impresso a ser entregue ao usuário no
ato da dispensação onde deverá constar o nome do 10. TREINAMENTO
farmacêutico, telefone e endereço do estabelecimento, 10.1. Todos os envolvidos nas atividades da farmácia
contendo condições de conservação do produto e devem estar incluídos em programa de treinamento,
recomendação ao usuário para que entre em contato com elaborado com base no levantamento de necessidades da
o farmacêutico em caso de dúvidas; farmácia, de modo que os respectivos registros devem
c) mensagem com orientações encaminhada pelo e-mail dispor, no mínimo, das seguintes informações:
do cliente, quando solicitado, devendo ser anotado na a) documentação sobre as atividades de capacitação
Ordem de Manipulação. realizadas;
7.3. Os recipientes utilizados no envase dos produtos b) data da realização e carga horária;
fracionados devem garantir a estabilidade físico-química c) conteúdo ministrado;
e microbiológica do produto. d) colaboradores treinados e suas respectivas assinaturas;
e) identificação da equipe que os treinou em cada
8. CONTROLE DE QUALIDADE atividade específica;
8.1. Controle de Qualidade das Cápsulas Moles: f) avaliação da efetividade do treinamento.
8.1.1. Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes
ensaios, de acordo com a Farmacopéia Brasileira ou 11. DISPENSAÇÃO
outro Compêndio Oficial reconhecido pela ANVISA, em 11.1. O farmacêutico deve prestar orientação
todas as preparações de cápsulas moles fracionadas farmacêutica necessária aos pacientes, objetivando o uso
internamente: correto das cápsulas moles fracionadas individualmente.
a) caracteres organolépticos; 11.2. Todas as receitas aviadas devem ser carimbadas
b) peso médio para cápsulas moles; pela farmácia, com identificação do estabelecimento,
c) cálculo do teor médio por unidade posológica, data da dispensação e número de registro da
utilizando para efeito de cálculo o teor do conteúdo manipulação, de forma a comprovar o aviamento.
fornecido pelo fornecedor e ou fabricante, quando 11.3. A repetição de atendimento de uma mesma receita
qualificado; somente é permitida se houver indicação expressa do
d) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor prescritor quanto à duração do tratamento.
quanto às especificações estabelecidas.
214
11.3.1. Na ausência de indicação na prescrição sobre a prazo de validade deverá estar vinculado
duração de tratamento, o farmacêutico só poderá efetuar preferencialmente ao período de tratamento do paciente,
a repetição da receita após confirmação expressa do mas nunca superior ao prazo de validade definido pelo
prescritor, devendo manter também os registros destas fabricante ou estabelecido pela farmácia.
confirmações, datados e assinados pelo farmacêutico
responsável. 13. DOCUMENTAÇÃO
12. PRAZO DE VALIDADE 13.1. Os documentos referentes à manipulação de
12.1. No caso de fracionamento interno das cápsulas fórmulas devem ser arquivados durante 6(seis) meses
oleaginosas, quando há o rompimento da embalagem após o vencimento do prazo de validade do produto
original a granel, o prazo de validade será igual ao do manipulado, podendo ser utilizado sistema de registro
fabricante/fornecedor, constante da embalagem original, eletrônico de dados ou outros meios confiáveis e legais.
desde que preservadas a segurança, qualidade e eficácia 13.2. A documentação e registros devem possibilitar a
do produto. rastreabilidade destes produtos.
12.1.1. Para fins do disposto no item 12.1, a farmácia 13.3. A documentação deve ficar à disposição da
deverá efetuar monitoramento do prazo de validade das autoridade sanitária fiscalizadora.
cápsulas moles por determinação de índice de peróxido,
cuja periodicidade deverá ser estabelecida em protocolo, 14. ATENDIMENTO A RECLAMAÇÕES
juntamente com as condições de armazenamento e 14.1. Toda reclamação deve ser registrada com o nome e
acondicionamento das mesmas. dados pessoais do reclamante, do prescritor, descrição do
12.1.2. O processo ou protocolo de monitoramento produto, número de registro no Livro de Receituário e
previsto no item 12.1 poderá ser realizado pela farmácia, natureza da reclamação, ficando o farmacêutico
por um grupo de farmácia reunido para este fim ou responsável pela investigação, tomada de medidas
associações de classes, conforme estabelecido em corretivas e esclarecimentos ao reclamante, efetuando
protocolo. também os registros das providências tomadas.
12.1.3. O monitoramento do
armazenamento/acondicionamento de cápsulas moles SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE DO
deverá ser realizado durante o período de 2 (dois) anos, PARANÁ
contados da data do início do estudo. Findo o período do MICHELE CAPUTO NETO
estudo e, caso todos os resultados sejam satisfatórios, DIRETOR GERAL
tendo o monitoramento concluído como aprovado, cessa SEZIFREDO ALVES PAULO PAZ
a exigência do item 12.1.1, prevalecendo a determinação SUPERINTENDENTE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
do item 12.1. CLEIDE APARECIDA DE OLIVEIRA
12.1.4. Em caso de algum resultado insatisfatório durante DIRETOR DO CENTRO ESTADUAL DE
o período de 2 (dois) anos, o prazo de validade das VIGILÂNCIA SANITÁRIA
cápsulas oleaginosas ficará reduzido para a validade PAULO COSTA SANTANA
determinada desse resultado insatisfatório. CHEFE DA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
12.1.5. Deverá ser elaborado protocolo para o DE PRODUTOS
monitoramento, com justificativa técnica para a escolha ÉRIKA FELLER
do produto, com a descrição do plano de amostragem,
periodicidade de análise, metodologia para análise do EQUIPE DE ELABORAÇÃO:
índice de peróxido, critérios de aceitação e rejeição, bem Kelly Cristina Marochi Kosloski
como a conclusão do estudo, com a consideração sobre o Luciane Otaviano de Lima
prazo de validade estabelecido, com base nos resultados Paulo Costa Santana
obtidos, e assinatura dos responsáveis pela execução do INSTITUIÇÕES COLABORADORAS:
estudo. Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais —
12.1.5.1. O protocolo para monitoramento do prazo de ANFARMAG —Nacional
validade das cápsulas oleaginosas, de que trata o item Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais —
12.1.5, deverá ser elaborado no prazo de 12 (doze) ANFARMAG — Seção Paraná
meses, a contar da data da publicação da presente Conselho Regional de Farmácia do Paraná — CRF/PR
Resolução. Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba —
12.1.6. O estudo de monitoramento a que se refere o item Coordenação de Vigilância Sanitária
12.1.1 deverá ser realizado para cápsula mole a ser Secretaria Municipal de Saúde de Maringá — Gerência
definida no respectivo protocolo, com justificativa de Vigilância Sanitária
técnica para a escolha do produto, conforme disposto no Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Paraná —
item 12.1.5. SINDIFAR/PR
12.2. A farmácia deverá estabelecer e manter
procedimentos que definam a política da empresa quanto
às cápsulas oleaginosas próximas ao vencimento.
12.3. Para as cápsulas moles fracionadas individualmente
para dispensação (fracionamento individualizado), o
215
RESOLUÇÃO N° 473 de 28/11/2016 Regulamento Técnico de Registro, Alterações Pós-
(D.O.E 30.11.16) Registro e Revalidação de Registro dos Produtos
Biológicos Terminados;
Estabelece Norma Técnica referente as condições físicas, • considerando a Resolução RDC da Anvisa n° 44, de
técnicas e sanitárias para guarda, comercialização e 17 de agosto de 2009, que dispõe sobre o cumprimento
administração de vacinas em estabelecimentos das Boas Práticas Farmacêuticas em farmácias e
farmacêuticos privados no Estado Paraná. drogarias e que estabelece em seu artigo 92 que as
farmácias e drogarias podem participar de campanhas e
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando da programas de promoção da saúde e educação sanitária
atribuição que lhe confere o artigo 45, inciso XIV, da Lei promovidos pelo Poder Público;
Estadual n° 8.485, de 03 de junho de 1987 e o artigo 9°, • considerando a Resolução — RDC n° 96, de 17 de
incisos XV e XVI, do Decreto Estadual n° 2.270, de 11 dezembro 2008 que dispõe sobre a propaganda,
de janeiro de 1988 e, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo
• considerando o disposto nos artigos 4°, 6°, 15, 17, seja a divulgação ou promoção comercial de
21, 24, 33, 44, 55, 56 da Lei n° 5.991, de 17 de dezembro medicamentos;
de 1973; • considerando a Resolução RDC N° 306, de 07 de
• considerando o disposto nos artigos 14, 15, 16 e 58 dezembro de 2004 que dispõe sobre o Regulamento
do Decreto n° 74.170, de 10 de junho de 1974; Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços
• considerando o disposto na Lei Estadual n° 13.331, de Saúde;
de 23 de novembro de 2001, em especial o contido no • considerando a Portaria MS n° 1.533, de 18 de
artigo 12, incisos IX, XII, XIII e artigo 38; agosto 2016 que redefine o Calendário Nacional de
• considerando o disposto no Decreto Estadual n° Vacinação, o Calendário Nacional de Vacinação dos
5.711, de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de
artigos 10, 445, inciso I, 457, 458, 459, 460, 577; Vacinação, no âmbito do Programa Nacional de
• considerando a Lei Estadual n° 18.169 de 28 de Imunizações (PNI), em todo o território nacional;
julho de 2014 que estabelece normas de identificação de • considerando a Resolução Estadual n° 590, de 10 de
profissionais em farmácias e drogarias no Paraná. setembro de 2014, que estabelece a Norma Técnica para
• considerando a Lei Federal n° 13.021 de 08 de abertura, funcionamento, condições físicas, técnicas e
agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a sanitárias de farmácias e drogarias no Paraná,
fiscalização das atividades farmacêuticas no Brasil; RESOLVE:
• considerando Manual de Procedimentos para
Vacinação da Funasa; Art. 1° - Aprovar Norma Técnica para regulamentar o
• considerando o Manual de Rede de Frio do funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias,
Programa Nacional de Imunizações; armazenamento, dispensação, aplicação e descarte de
• considerando a Resolução do Conselho Federal de vacinas em farmácias privadas no âmbito do Estado do
Farmácia n° 585/2013, que regulamenta as atribuições Paraná.
clínicas do farmacêutico e dá outras providências; Art. 2° - A abrangência desta resolução são os
• considerando a Resolução do Conselho Federal de estabelecimentos farmacêuticos privados, com e sem
Farmácia n° 586/2013, que regula a prescrição manipulação de fórmulas, que pretendam armazenar,
farmacêutica e dá outras providências; dispensar e aplicar vacinas.
• considerando a Resolução do Conselho Federal de Art. 3° - As farmácias privadas, para estarem aptas a
Farmácia n° 574/2013 que define, regulamenta e realizar o serviço de aquisição, armazenamento,
estabelece atribuições e competências do dispensação e aplicação de vacinas, devem atender a
farmacêutico na dispensação e aplicação de vacinas, em todos os requisitos constantes no Anexo I desta
farmácias e drogarias; Resolução.
• considerando a Resolução do Conselho Federal de Art. 4° - A fiscalização e controle da presente Norma
Farmácia n° 499, de 17 de dezembro de 2008, que dispõe Técnica é de competência do Sistema Único de Saúde no
sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias Paraná, através dos seus órgãos Estadual e Municipais de
e drogarias, e dá outras providências, alterada pela Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
Resolução/CFF n° 505, de 23 de junho de 2009; Art. 5° - O não cumprimento dos dispositivos desta
• considerando a Resolução do Conselho Federal de Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades
Farmácia n° 357, de 20 de abril de 2004, que aprova o previstas na Lei Estadual n° 13.331, de 23 de novembro
regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia; de 2001, Decreto Estadual n° 5.711, de 23 de maio de
• considerando o Decreto n° 85.878, de 7 de abril de 2002 ou outra que venha a substituí-la, e/ou legislação
1981, que estabelece as normas para execução da Lei n° específica Municipal.
3820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da Parágrafo Único. Configurada infração por inobservância
profissão de farmacêutico, e dá outras providências; de preceitos ético-profissionais, os órgãos Estaduais ou
• considerando a Resolução RDC da Anvisa n° 315, Municipais comunicarão o fato ao Conselho Regional de
de 26 de outubro de 2005, que dispõe sobre o Farmácia do Estado do Paraná.

216
Art. 6° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua farmacêutico responsável técnico, podendo ser delegada,
publicação. sob supervisão, ao seu substituto ou assistente,
Curitiba, 28 de novembro de 2016. devidamente treinado presente no estabelecimento.
Michele Caputo Neto Art. 3° - As farmácias privadas que comercializem
Secretário de Estado da Saúde vacinas devem, obrigatoriamente, realizar a aplicação da
mesma no estabelecimento farmacêutico. (Revogado pela
ANEXO I DA RESOLUÇÃO SESA N° 473/2016 Resolução 956/2018)
Art. 4° - Compete aos estabelecimentos farmacêuticos
NORMA TÉCNICA PARA REGULAMENTAR O que comercializam e administram vacinas,
ARMAZENAMENTO, DISPENSAÇÃO, obrigatoriamente:
FUNCIONAMENTO, CONDIÇÕES FÍSICAS, I - Utilizar somente vacinas registradas no Ministério da
TÉCNICAS, SANITÁRIAS E APLICAÇÃO DE Saúde;
VACINAS EM FARMÁCIAS PRIVADAS II - Adquirir as vacinas somente de fornecedor
Art. 1° - Para fins desta resolução define-se: regularizado junto aos órgãos competentes;
I - Autoridade Sanitária: são aquelas identificadas na III - Realizar as atividades de vacinação, obedecendo às
organização das Secretarias de Saúde ou em órgãos diretrizes desta Resolução e as normas técnicas do
equivalentes e nos atos regulamentares de fiscalização e Programa Nacional de Imunizações ou outro instrumento
controle de ações e serviços de saúde. legal que vier a substituí-lo;
II - Autoridades Profissionais: fiscais do Conselho da IV - Manter registro de cada paciente/cliente/usuário,
Classe Farmacêutica; com seus dados cadastrais e dados de todas as vacinas
III - Assistência Farmacêutica: conjunto de ações e de aplicadas, acessível aos usuários, autoridades sanitárias e
serviços que visem assegurar a assistência terapêutica autoridades profissionais;
integral e a promoção, a proteção e a recuperação da V - Informar mensalmente à Secretaria de Saúde do
saúde nos estabelecimentos públicos e privados que município onde a farmácia está localizada, as doses
desempenhem atividades farmacêuticas, tendo o aplicadas, segundo os modelos padronizados no SIPNI -
medicamento como insumo essencial e visando ao seu Sistema de Informação do Programa Nacional de
acesso e ao seu uso racional; Imunização ou outro que vier a substituí-lo;
IV - Farmácia: é uma unidade de prestação de serviços VI - Notificar o laboratório fabricante e os órgãos
destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à competentes por meio do sistema NOTIVISA, bem como
saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual o profissional prescritor sempre que possível, dos efeitos
se processe a manipulação e/ou colaterais e reações adversas observadas, conforme
dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, legislação vigente;
farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos VII - Monitorar e registrar diariamente a temperatura dos
farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos; equipamentos destinados ao armazenamento de vacinas,
V - Medicamento Biológico: medicamento que contém de acordo com as normas técnicas do Programa Nacional
molécula com atividade biológica conhecida, que tenha de Imunizações;
passado por todas as etapas de fabricação (formulação, VIII - Afixar, em local visível ao usuário na sala de
envase, liofilização, rotulagem, embalagem, aplicação, o Calendário de Vacinação Oficial, com a
armazenamento, controle de qualidade e liberação do lote informação em destaque de que as vacinas nele
de produto biológico para uso); constantes são administradas gratuitamente nos serviços
VI - Produto Biológico Terminado: produto públicos de saúde;
farmacêutico, de origem biológica, tecnicamente obtido IX - Realizar a vacinação exclusivamente no endereço
ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, constante da licença sanitária;
paliativa ou para fins de diagnóstico "in vivo"; X - Efetuar treinamento e manter acessíveis a todos os
VII - Sala de Serviços Farmacêutica: sala onde se realiza funcionários, cópias atualizadas das normas técnicas do
exclusivamente a atenção farmacêutica aos pacientes, Programa Nacional de Imunizações, manual e
familiares e/ou cuidadores, com privacidade e garantindo procedimentos operacionais específicos do
a acessibilidade aos portadores de deficiência. estabelecimento;
VIII - Vacina: produto biológico que contêm uma ou XI - Manter em arquivo no estabelecimento, documentos
mais substâncias antigênicas que, quando inoculados, são que comprovem a origem e possibilitem o rastreamento
capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger das vacinas disponíveis e aplicadas, acessíveis à
contra a doença causada pelo agente infeccioso que autoridade sanitária e autoridade profissional.
originou o antígeno. XII - Realizar o descarte seguro de agulhas, seringas e
Art. 2° - É atribuição do farmacêutico, na farmácia, o demais produtos utilizados nas atividades de vacinação,
recebimento, o armazenamento, o controle, o preparo, a de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos
dispensação de vacinas, a prestação do serviço de em Serviços de Saúde do estabelecimento, que deve
aplicação da mesma, orientação e registro da aplicação abranger os procedimentos de tratamento/segregação e
desses medicamentos. descarte de resíduos infectantes incluindo a prévia
Parágrafo Único - A dispensação e a aplicação das inativação.
vacinas devem ser executadas obrigatoriamente pelo
217
XIII - O processo físico a que devem ser submetidos os a) Medicamento/vacina prescrito(s) e dados do prescritor
resíduos do grupo A, onde se enquadram as vacinas, é a (nome e inscrição no conselho profissional), quando
autoclavação ficando sob a responsabilidade dos serviços houver;
que as possuírem, a garantia da eficácia dos b) Dados do medicamento/vacina administrado:
equipamentos mediante controles químicos e biológicos - Nome comercial;
periódicos devidamente registrados. - Denominação Comum Brasileira (quando houver);
XIV - Desenvolver todas as ações no que se refere ao - Concentração e forma farmacêutica;
manejo, segregação, acondicionamento antes e pós- - Via de administração;
tratamento, identificação, transporte interno, - Número do lote;
armazenamento temporário até destinação final e - Número de registro na ANVISA.
segurança ocupacional do pessoal envolvido diretamente § 5° - A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser
com os processos de higienização, coleta, transporte, emitida em duas vias, sendo a primeira entregue ao
tratamento, e armazenamento de resíduos, conforme paciente/usuário e, a segunda, arquivada no
determinado pela RDC 306 de 2004 ou outra que venha a estabelecimento.
substituí-la. Art. 8° - O estabelecimento responderá administrativa,
Art. 5° - As vacinas não constantes do Calendário de civil e criminalmente (quando couber) pela qualidade e
Vacinação Oficial podem ser administradas somente segurança das imunizações realizadas sob sua
mediante prescrição médica. responsabilidade e deve prestar todas as informações e
Art. 6° - A farmácia deve realizar sua inclusão junto ao acompanhamento nos possíveis eventos adversos delas
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde decorrentes.
(CNES) nas Secretarias Municipais de Saúde, antes de Art. 9° - É vedado às Secretarias de Saúde Estadual e
iniciar a atividade de aplicação de vacinas. Municipais o fornecimento de vacinas e/ou materiais e
Parágrafo Único: É responsabilidade do estabelecimento equipamentos relacionados à vacinação, aos
farmacêutico manter os dados cadastrais atualizados estabelecimentos privados.
junto a Vigilância Sanitária, Conselho Regional de Parágrafo Único: Na hipótese de relevante interesse para
Farmácia e CNES. a saúde pública, as Secretarias de Saúde (estadual ou
Art. 7° - Após a aplicação da vacina, o farmacêutico deve municipal, conforme o caso) poderão fornecer vacinas do
fornecer ao paciente/usuário a Declaração de Serviços Calendário de Vacinação Oficial e/ou insumos e/ou
Farmacêuticos da Seção V — Da Declaração de Serviços materiais e equipamentos relacionados à vacinação às
Farmacêuticos, do capítulo XI —Dos Serviços farmácias, comunicando essa situação e sua justificativa
Farmacêuticos da Resolução Estadual n° 590/2014 ou ao órgão competente (estado e/ou Ministério da Saúde —
outra que vier a substituí-la, além da Carteira de PNI). Esse fornecimento será conferido em caráter
Vacinação (própria do estabelecimento) caso essa não excepcional e temporário, assegurando-se a manutenção
seja apresentada no momento da aplicação da vacina. da gratuidade da vacinação ao usuário com as vacinas
§ 1° - Em sendo apresentada a carteira de vacinação pelo fornecidas.
paciente, o farmacêutico deverá fazer o registro na Art. 10 - É proibido o comércio de medicamentos e/ou
carteira, que deve ser preenchida de todos os itens vacinas destinados exclusivamente ao Sistema Único de
obrigatórios, conforme modelo padrão do Ministério da Saúde e que tenha a expressão "PROIBIDA A VENDA
Saúde, sendo minimamente os seguintes: NO COMÉRCIO" em suas embalagens primárias e/ou
I - tipo de vacina, secundárias.
II- data, Art. 11 - Aplicação de vacinas somente poderá ser
III - lote, iniciada após a inspeção da vigilância sanitária e com a
IV - rubrica do farmacêutico responsável pela aplicação. devida liberação e emissão da Licença e da publicação da
§ 2° - Quando o paciente não apresentar Carteira de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) da
Vacinação, o estabelecimento farmacêutico deve fornecer farmácia;
sua própria carteira de vacina para os pacientes atendidos Art. 12 - A Licença Sanitária deve ser renovada dentro
na farmácia, e esta deve ser em papel rígido, de qualidade dos prazos legais determinados em legislação sanitária
igual ou melhor ao da Carteira do Programa Nacional ou estadual ou municipal vigente para a manutenção da
Estadual de Imunização, e deve conter, no mínimo, os atividade de vacinação. A não renovação e emissão da
mesmos dados da Carteira do Programa Nacional ou licença por qualquer motivo, implica na suspensão
Estadual de Imunização. imediata da aplicação das vacinas.
§ 3° - A Declaração de Serviço Farmacêutico e a Carteira
de Vacinação própria do estabelecimento, devem conter a SEÇÃO I - DA ESTRUTURA FÍSICA
identificação do estabelecimento (nome, endereço, Art. 13 - As farmácias que desejarem realizar o serviço
telefone e CNPJ), além da identificação do de armazenamento, dispensação e aplicação de vacinas
paciente/usuário e de seu responsável legal, quando for o deverão cumprir ainda os seguintes requisitos:
caso. I - Dispor de sala de serviço/atenção farmacêutica que
§ 4° - A Declaração de Serviço Farmacêutico de que trata garanta a privacidade e o conforto dos usuários e que
o §1° deve conter, ainda, as seguintes informações: possua dimensões, mobiliário e infraestrutura
compatíveis com as atividades desenvolvidas, devendo
218
esta possuir metragem mínima de 3 m2 e pia para Art. 16 - No armazenamento das vacinas, devem ser
lavagem de mão com sabonete líquido e água corrente atendidas as seguintes condições:
obrigatoriamente e demais itens conforme disposto nos I - É vedada a guarda de alimentos, bebidas, outros
art. 60 a 64 da Resolução Estadual n° 590/2016. Esta sala medicamentos ou qualquer outro material na câmara
preferencialmente deve ser anexa à sala de vacinas. refrigerada destinada ao armazenamento de vacinas.
II - Dispor de sala exclusiva para armazenamento e II - Cada câmara refrigerada deve estar ligada a uma
administração de vacinas com metragem mínima de 6 m2 tomada exclusiva, que deve estar situada a uma altura de
(seis metros quadrados), não podendo a mesma sala ser 1,20 m (um metro e vinte centímetros) em relação ao
compartilhada com outros serviços farmacêuticos. piso.
III - A sala de vacinas deve possuir climatizador na III - A câmara refrigerada deve ser instalada em local
versão quente/frio, com informação da temperatura arejado, distante de fontes de calor, sem incidência de luz
digital, compatível com o tamanho da sala de vacina, solar direta, nivelada e afastada 20 cm (vinte centímetros)
para manter a temperatura da sala entre 18 e 20°C. da parede.
IV - A sala de vacinas deve estar de acordo com os arts. IV - Não deve ser colocado na câmara refrigerada
60 a 64 do capítulo IX — Dos Serviços Farmacêuticos, qualquer elemento que dificulte a circulação do ar.
da Resolução SESA-PR n° 590/2014 ou outra que venha Parágrafo Único: As vacinas devem ser organizadas sem
a substituí-la, quanto aos demais requisitos sanitários. que haja necessidade de diferenciá-las por tipo ou
V - O estabelecimento farmacêutico deve dispor de compartimento, uma vez que a temperatura se distribui
câmara refrigerada regularizada junto à ANVISA uniformemente no interior do equipamento. Os produtos
específica para o armazenamento de vacinas e deve ser com prazo de validade mais curto devem ser dispostos na
usada exclusivamente para esta finalidade — frente dos demais facilitando o acesso e a otimização da
armazenamento de vacinas. sua utilização.
VI - Elaborar e manter acessíveis Procedimentos Art. 17 - Na limpeza de rotina da câmara refrigerada, as
Operacionais relativos a todas as atividades eferentes às vacinas devem ser acondicionadas em outra câmara
vacinas, entre eles: recebimento, armazenamento, refrigerada ou refrigerador específico de armazenamento
administração, dispensação e inutilização de vacinas, de outros medicamentos com o devido controle de
conforme especificado no Capítulo XII — Dos temperatura conforme determinado nesta resolução,
Procedimentos, da Resolução SESA-PR n° 590/2014 ou exclusivamente durante o tempo da limpeza da câmara
outra que vier a substituí-la. refrigerada ou se for utilizado caixas térmicas, devem
VII - Possuir registro da inutilização de vacinas onde atender as seguintes condições:
constem, obrigatoriamente, as seguintes informações: I - Retirar as bobinas reutilizáveis de gelo do freezer e
data, nome comercial, lote, quantidade e motivo do colocá-las sobre pia ou bancada até que desapareça a
descarte, mantendo estes registros por pelo menos 2 anos "névoa" que normalmente cobre a superfície externa da
no estabelecimento. bobina congelada.
VIII - Luz interna com acionamento externo, mesmo com II - Simultaneamente, colocar sob uma das bobinas o
porta fechada ou por tempo programável e com sensor de um termômetro de cabo extensor, para
acionamento automático na abertura da porta. indicação de quando elas terão alcançado a temperatura
IX - Discador telefônico para até três números. mínima de 0°C (zero graus Celsius).
X - Sistema de emergência integrado que mantenha a III - Após o desaparecimento da "névoa" e a confirmação
temperatura ideal do equipamento ou gerador de da temperatura (aproximadamente +1°C —um grau
emergência para a câmara fria, para manutenção por um Celsius positivo), colocar as bobinas nas caixas térmicas.
período mínimo de 48 h (quarenta e oito horas) sem IV - Mensure a temperatura interna da caixa por meio do
energia elétrica. termômetro de cabo extensor, esta deve estar entre +2° C
Art. 15 - Após a instalação da câmara refrigerada, deve- (dois graus Celsius positivos) e +8° C (oito graus Celsius
se proceder a sua limpeza interna e ao ajuste da positivos), sendo ideal +5° C (cinco graus Celsius
temperatura em + 5° C (cinco graus Celsius positivos) positivos) antes de colocar as vacinas em seu interior.
com o equipamento sem carga até a sua estabilização. V - As caixas térmicas a serem utilizadas para o
§ 1° - No caso de equipamentos novos ou submetidos à acondicionamento de vacinas devem ser de poliuretano e
manutenção deve-se verificar e registrar a temperatura a capacidade em litros deve, obrigatoriamente, ser
em intervalos de 2 (duas) horas por 7 (sete) dias. Nesse adequada à quantidade de vacinas que serão
intervalo não podem ser acondicionar vacinas no acondicionadas, assim como à quantidade de bobinas de
equipamento. Somente após comprovação da estabilidade gelo utilizadas para a conservação.
da temperatura em + 5° C (cinco graus Celsius positivos), VI - O estabelecimento farmacêutico deve possuir,
é que as vacinas devem ser armazenadas. obrigatoriamente, freezer para armazenamento das
§ 2° - Ajustar o alarme visual e sonoro da câmara bobinas congeladas, neste caso de utilização das caixas
refrigerada com mínimo de +3° C (três graus Celsius térmicas.
positivos) e o máximo de +7° C (sete graus Celsius VII - A limpeza deve ser realizada, minimamente uma
positivos) para possibilitar a adoção de condutas vez ao mês ou quando receber as vacinas e sempre que se
apropriadas. fizer necessário, com água e sabão neutro e com a câmara
refrigerada não ligada na tomada.
219
VIII - As bobinas de gelo reutilizáveis devem ser III - Realizar a higienização as mãos com água e sabão,
trocadas quando do vencimento do prazo de validade das conforme orientação dada no Manual de Normas e
mesmas, obrigatoriamente. Procedimentos para Vacinação de 2014 ou outro que
Art. 18 - No recebimento das vacinas, devem ser venha a substituí-lo - Parte III - tópico
realizados os seguintes itens: 6, item 6.1.
I - Verificar se a temperatura encontra-se entre +2° C IV - Calçar luvas antes de iniciar a limpeza.
(dois graus Celsius positivos) e +8° C (oito graus Celsius V - Preparar a solução desinfetante para a limpeza,
positivo) através da utilização de termômetro digital a colocando 10 mL de desinfetante para cada litro de água.
laser. O produto usado para a desinfecção da sala de vacinação
II - Se o transporte ocorreu em veículos com isolamento é, de preferência, o hipoclorito de sódio a 1%.
térmico ou caixas térmicas, com controle e registro de VI - Umedecer um pano na solução desinfetante,
temperatura de saída e chegada. envolvê-lo em um rodo (pode-se também utilizar o
III - Se foi utilizado o uso de gelo in natura e/ou gelo esfregão) e proceder à limpeza da sala do fundo para a
seco para a manutenção da temperatura interna saída, em sentido único.
em caixas térmicas, as vacinas não devem ser recebidas, VII - Recolher o lixo do chão com a pá, utilizando
pois o uso de gelo in natura e/ou gelo seco é vedado. esfregão ou rodo envolvido em pano úmido, fechando o
IV - Ao receber as vacinas, o estabelecimento deve, de saco corretamente.
imediato, colocá-las em câmara refrigerada na Art. 21 - Para a limpeza terminal, o funcionário deve:
temperatura de +2° C (dois graus Celsius positivos) a +8° I - Usar roupa apropriada e calçado fechado.
C (oito graus Celsius positivo). II - Organizar os materiais necessários (balde, solução
V - Não devem ser aceitos/recebidos produtos fora das desinfetante, sabão líquido, esponja, rodo e pano de chão
especificações expostas acima, devendo o ou esfregão, luvas para limpeza, pá).
estabelecimento prontamente denunciar o fato (pretensão III - Higienizar as mãos com água e sabão, conforme
de entrega de vacinas fora das condições necessárias) ao orientação dada na Parte III do Manual de Normas e
serviço de Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual, Procedimentos para Vacinação de 2014 ou outro que
devendo informar o nome do produto, lote, quantidade, venha a substituí-lo (tópico 6.1.1).
fabricante/distribuidor/transportador, preferencialmente IV - Calçar luvas antes de iniciar a limpeza.
informando o veículo onde estava o produto (se possível V - Preparar a solução desinfetante para a limpeza,
placa do veículo). colocando 10 mL de desinfetante para cada litro de água.
VI - Lavar os cestos de lixo com solução desinfetante.
SEÇÃO III - DA LIMPEZA DA SALA DE VII - Iniciar a limpeza pelo teto, usando pano seco
VACINAÇÃO envolvido no rodo.
Art. 19 - A limpeza de superfícies em serviços de saúde VIII - Retirar e limpar os bojos das luminárias, lavando-
devem ser concorrente (diária) e terminal. os com água e sabão e secando-os em seguida.
I - A limpeza concorrente da sala de vacinação deve ser IX - Limpar janelas, vidros e esquadrias com pano úmido
realizada pelo menos duas vezes ao dia em horários em solução desinfetante, finalizando a limpeza com pano
preestabelecidos ou sempre que ela for necessária. seco.
II - A limpeza terminal é mais completa e inclui todas as X - Lavar externamente janelas, vidros e esquadrias com
superfícies horizontais e verticais, internas e externas da escova e solução desinfetante, enxaguando-os em
sala e dos equipamentos. A limpeza terminal da sala de seguida.
vacinação deve ser realizada a cada 15 dias, XI - Limpar as paredes com pano umedecido em solução
contemplando a limpeza de piso, teto, paredes, portas e desinfetante e completar a limpeza com pano
janelas, mobiliário, luminárias, lâmpadas e filtros de XII - Limpar os interruptores de luz com pano úmido.
condicionadores de ar. XIII - Lavar a(s) pia(s) e a(s) torneira(s) com esponja,
III - Quanto aos equipamentos de refrigeração, a equipe água e sabão.
responsável pela sala deverá programar e executar o XIV - Enxaguar a(s) pia(s) e passar um pano umedecido
procedimento de limpeza conforme as orientações em solução desinfetante.
contidas no Manual de Rede de Frio. XV - Limpar o chão com esfregão ou rodo envolvidos
IV - A limpeza da sala de vacinação deve ser realizada em pano umedecido em solução desinfetante e, em
por profissionais devidamente treinados e, embora o seguida, passar pano seco. Não se devendo o chão ser
trabalhador da sala de vacinação não execute varrido para evitar a dispersão do pó e a contaminação do
propriamente tal procedimento, é importante que ele ambiente.
saiba como a limpeza deve ser realizada.
Art. 20 - Para a limpeza concorrente da sala de SEÇÃO IV - DO TRATAMENTO PRÉVIO PARA
vacinação, o funcionário deve: DESCARTE DAS VACINAS
I - Usar roupa apropriada e calçado fechado. Art. 22 - Conforme determina a RDC 306 de 2004, os
II - Organizar todos os materiais necessários antes de estabelecimentos farmacêuticos, quando do manejo dos
iniciar a limpeza propriamente dita (balde, solução Resíduos de Serviços de Saúde do grupo A I , onde são
desinfetante, rodo e pano de chão ou esfregão, luvas para classificadas as vacinas (item 5.2 da resolução acima
limpeza, pá). citada), estas devem ser submetidas a tratamento,
220
utilizando-se processo físico ou outros processos que
vierem a ser validados para a obtenção de redução ou
eliminação da carga de micro-organismos, em
equipamento compatível com Nível III de Inativação
Microbiana (Apêndice IV) conforme determina o item
5.2.3 da RDC 306 de 2004 ou outra que venha a
substituí-la, podendo a destinação final do produto ser
terceirizada.
Art. 23 - Esta autoclavação, quando ocorrer no
estabelecimento, deve ser realizada em uma sala
específica denominada de Central de Material (CM).
Art. 24 - O processo de autoclavagem deve ser
documentado de forma a garantir a rastreabilidade de
cada lote processado.
Art. 25 - Deve ser realizada qualificação de instalação,
qualificação de operação e qualificação de desempenho,
para os equipamentos utilizados na redução ou
eliminação da carga microbiana com periodicidade
mínima anual.
I - Área de recepção e limpeza (setor sujo);
II - Área de monitoramento do processo de redução ou
eliminação da carga microbiana;
III - Essas áreas devem dispor de pelo menos uma
bancada com dimensões que permitam a conferência dos
materiais de forma a garantir a segurança do processo.
Art. 26 - O dimensionamento desta sala e se for o caso
das áreas subsequentes da CM deve ser determinada em
função da demanda e do método de processamento
utilizado.

HISTÓRICO
Revogação do art. 3° pela Resolução 956/2018,
permitindo que as farmácias privadas que comercializam
vacinas possam realizar a atividade extramuro)

221
SESA n° 590, de 05 de setembro de 2014 e a Resolução
RESOLUÇÃO n° 444 de 15/06/2018 SESA n° 226 de 15 de abril de 1999.

Curitiba, 15 de junho ele 2018.


Dispõe sobre a revogação da Resolução Estadual n° Antônio Cárlos F. Nardi
226/1999 e dá outras disposições sobre a Resolução Secretário de Estado da Saúde
Estadual 590/2014.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando da


atribuição que lhe confere o artigo 45, inciso XIV, da Lei
Estadual n° 8.485, de 03 de junho de 1987 e o artigo 9",
incisos XV e XVI, do Decreto Estadual n° 2.270, de 11
de janeiro de 1988, RESOLVE:

Art. 1° - Alterar o inciso III do art. 20 da Resolução


SESA n° 590, de 05 de setembro de 2014 passando a
vigorar com a seguinte redação:
"III — Comprovação de habilitação legal perante o
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná."

Art. 2° - Alterar o art. 32 da Resolução SESA n" 590, de


05 de setembro de 2014 passando a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 32 - Os medicamentos isentos de prescrição


poderão permanecer ao alcance dos usuários para
obtenção por meio de autosserviço no estabelecimento.
(NR)
1° § - Na área destinada ao autosserviço de
medicamentos, deve estar exposto cartaz, em local visível
ao público, contendo a seguinte orientação, de forma
legível e ostensiva, permitindo a fácil leitura a partir da
área de circulação comum: "MEDICAMENTOS
PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE
A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O
FARMACÊUTICO. O cartaz deve ficar pendurado
imediatamente sobre a área dos medicamentos, de modo
a permitir a leitura de ambos os lados.
2° § - Os medicamentos isentos de prescrição e de
mesmo princípio ativo ou de mesmos princípios ativos
(no caso de associações) devem permanecer organizados
em um mesmo local e serem identificados, de forma
visível e ostensiva ao usuário, com a Denominação
Comum Brasileira (DCB) do(s) princípio(s) ativo(s) ou,
em sua falta, da Denominação Comum Internacional
(DCI), de modo a permitir a fácil identifica produtos pelo
usuário.
3° § - Os medicamentos isentos de prescrição devem
ser dispostos de forma separada dos demais produtos
comercializados na área de autosserviço, em um único
espaço específico, delimitado, de forma a permitir o
controle da dispensação pelo farmacêutico. Somente fica
permitida uma única área/local de autosserviço dentro do
estabelecimento.

Art. 3° - As demais cláusulas da Resolução SESA n°


590/2014, ficam ratificadas.

Art. 4° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação, ficando revogados o art. 65, da Resolução
222
Resolução nº 956 de 21/12/2018 Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território
nacional;
Estabelece as ações de vigilância em saúde para - Considerando a Resolução da ANVISA nº 197, de 26
normatizar, padronizar e controlar o funcionamento dos de dezembro 2017, que dispõe sobre os requisitos
estabelecimentos públicos e privados que ofereçam mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação
serviço de vacinação EXTRAMURO em todo Estado do humana;
Paraná. - Considerando a Resolução SESA nº 473, de 28 de
novembro de 2016, que estabelece Norma Técnica
Publicado no DOE em 27 dez 2018 referente as condições físicas, técnicas e sanitárias para
guarda, comercialização e administração de vacinas em
O Secretário de Estado da Saúde, no uso de suas estabelecimentos farmacêuticos privados no Estado
atribuições conferidas pelo artigo 45, inciso XIV, da Lei Paraná.
Estadual nº 8.485/1987, de 03 de junho de 1987, Decreto
Estadual nº 777 de 09 de maio de 2007 e, Resolve:
- Considerando as disposições constitucionais e da Lei Art. 1º Aprovar a Norma Técnica conforme Anexo I,
Federal nº 8080, de 19 de setembro de 1990, que tratam para orientar a abertura, funcionamento, condições
das condições para promoção, proteção e recuperação da físicas, técnicas e sanitárias dos serviços de vacinação
saúde, como direito fundamental do ser humano; EXTRAMURO oferecidos por estabelecimentos Públicos
- Considerando que a Lei Federal nº 8.078, de 11 de e Privados no Estado do Paraná.
setembro de 1990 (Código de Proteção e Defesa do Art. 2º A abrangência desta resolução são os
Consumidor), estabelece que um dos direitos básicos do estabelecimentos de saúde públicos e privados, que
consumidor seja a proteção da vida, saúde e segurança realizam a atividade de vacinação extramuro.
contra os riscos provocados por práticas no fornecimento
de produtos e serviços; Art. 3º Os estabelecimentos públicos e privados para
estarem aptos a realizar o serviço de vacinação
- Considerando a Resolução da ANVISA nº 63 de 25 de extramuros devem atender a todos os requisitos
novembro de 2011, que dispõe sobre os requisitos de constantes nesta Resolução.
Boas Práticas para os Serviços de Saúde ou outra que
venha substituí-la. Art. 4º Fica revogado o Art. 3º da Resolução SESA nº
473, de 28 de novembro de 2016, permitindo que as
- Considerando a Resolução da ANVISA nº 222 de 28 de farmácias privadas que comercializam vacinas possam
março de 2018, que dispõe sobre o regulamento técnico realizar a atividade extramuro.
para o gerenciamento de resíduos em serviços de saúde
ou outra que venha substituí-la; Art. 5º A fiscalização e controle da presente Resolução e
seu Anexo I são de competência do Sistema Único de
- Considerando a Portaria Estadual nº 12 de 05 de janeiro Saúde no Paraná, através dos seus órgãos Estaduais e
de 2012, que estabelece normas técnicas para o Municipais de Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
credenciamento e funcionamento das salas de vacinação;
Art. 6º O não cumprimento dos dispositivos desta
- Considerando Manual de Procedimentos para Resolução e seu Anexo I e sua implicará em penalidades
Vacinação da FUNASA; previstas na Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro
- Considerando o Manual de Rede de Frio do Programa de 2001, Decreto Estadual nº 5.711, de 23 de maio de
Nacional de Imunizações - Ministério da Saúde - 2017 - 2002 ou outras que venham a substituí-las, e/ou
5ª edição; legislação específica Municipal.
- Considerando o Manual de Vigilância Epidemiológica Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
de Eventos Adversos Pós-Vacinação - Ministério da publicação.
Saúde - 2014 - 3a edição. Curitiba, 21 de dezembro de 2018.
- Considerando a Resolução da ANVISA nº 315, de 26 Antônio Carlos F. Nardi - Secretário de Estado da Saúde
de outubro de 2005, que dispõe sobre o Regulamento
Técnico de Registro, Alterações Pós-Registro e ANEXO I - Da Resolução nº 956/2018 NORMA
Revalidação de Registro dos Produtos Biológicos TÉCNICA
Terminados; de promoção da saúde e educação sanitária
promovidos pelo Poder Público; Seção I - Objetivo
Art. 1º Este Regulamento tem o objetivo de estabelecer
- Considerando a Portaria Ministério da Saúde nº 1.533, os requisitos de boas práticas para os serviços de
de 18 de agosto 2016, que redefine o Calendário vacinação que realizam a atividade extramuro, visando à
Nacional de Vacinação, o Calendário Nacional de segurança do produto, do paciente e dos profissionais
Vacinação dos Povos Indígenas e as Campanhas envolvidos.
Nacionais de Vacinação, no âmbito do Programa
223
Art. 2º Para efeito deste Regulamento Técnico são ocupacional, praticada fora do estabelecimento, destinada
adotadas as seguintes definições: a uma população específica em um ambiente
Aprazamento: é a data do retorno do usuário para receber determinado e autorizada pelos órgãos sanitários
a dose subsequente da vacina quando for o caso. competentes das Secretarias Estaduais ou Municipais de
Autoridade Sanitária: são aquelas identificadas na Saúde.
organização das Secretarias de Saúde, nos atos
regulamentares de fiscalização e controle de ações e Seção II - Condições Organizacionais
serviços de saúde. Art. 3º O Serviço de vacinação é responsável pela
Cadeia de Frio: É o processo logístico da Rede de Frio segurança do processo.
para conservação dos vacinas, desde o laboratório § 1º O serviço de vacinação responde por danos causados
produtor até o usuário, incluindo as etapas de ao paciente, no que se refere às atividades relacionadas à
recebimento, armazenamento, distribuição e transporte, vacinação.
de forma oportuna e eficiente, assegurando a preservação § 2º O estabelecimento/serviço contratante é co-
de suas características originais. responsável pela segurança do processo.
Comprovante de vacinação: é um documento pessoal que Art. 4º O estabelecimento que prestar serviço de
legitima e comprova a ação de vacinação. É vacinação extramuro, deve garantir o atendimento às
responsabilidade de serviços públicos e privados emiti-lo possíveis intercorrências relacionadas as vacinas,
ou atualizá-lo por ocasião da administração de qualquer conforme Manual de Vigilância Epidemiológica de
vacina Credenciamento de sala de vacinas: é a Eventos Adversos Pós-Vacinação do Ministério da Saúde
habilitação concedida pela vigilância epidemiológica por ou outro que vier a substituí-lo.
meio do registro no CNES da sala de vacinas junto ao Art. 5º O serviço de vacinação responderá administrativa,
Ministério da Saúde Eventos adversos pós-vacinação civil e criminalmente (quando couber) pela qualidade e
(EAPV): é qualquer ocorrência médica indesejada após a segurança das vacinações realizadas sob sua
vacinação e que, não necessariamente, possui uma responsabilidade e deve prestar todas as informações e
relação causal com o uso de uma vacina. acompanhamento nos possíveis eventos adversos delas
NOTIVISA: é um sistema informatizado desenvolvido decorrentes.
pela Anvisa para receber notificações de incidentes, Art. 6º A Licença Sanitária deve ser renovada dentro dos
eventos adversos (EA) e queixas técnicas (QT) prazos legais determinados em legislação sanitária
relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob estadual ou municipal vigente para a manutenção da
vigilância sanitária. atividade de vacinação. A não renovação e/ou não
Queixa técnica Notificação feita pelo profissional de emissão da licença por qualquer motivo implicam na
saúde quando observado um afastamento dos parâmetros suspensão imediata da aplicação das vacinas.
de qualidade exigidos para a comercialização ou Art. 7º Para a realização das atividades de vacinação, o
aprovação no processo de registro de um produto serviço de vacinação deve obedecer às diretrizes desta
farmacêutico. Resolução e as normas técnicas do Programa Nacional de
Responsável técnico: profissional de nível superior Imunizações ou outro instrumento legal que vier a
legalmente habilitado, que assume perante a vigilância substituí-lo.
sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de Art. 8º A oferta de serviço de vacinação extramuro é
saúde, conforme legislação vigente. privativa das salas de vacinas licenciadas pela Vigilância
Representante legal: pessoa física investida de poderes Sanitária e credenciadas pela Vigilância Epidemiológica.
legais para praticar atos em nome da pessoa jurídica;
Rede de Frio: É um sistema amplo, inclui uma estrutura Seção III - Recursos Humanos
técnico-administrativa orientada pelo Programa Nacional Art. 9º Todos os procedimentos relacionados às
de Imunização (PNI), por meio de normatização, atividades de vacinação devem ser realizados por
planejamento, avaliação e financiamento que visa à profissionais devidamente habilitados pelos seus
manutenção adequada da Cadeia de Frio. respectivos conselhos de classe.
Segregação: é a separação dos resíduos no momento e no Art. 10. A Responsabilidade Técnica pelo
local de sua geração de acordo com suas características estabelecimento/serviço de vacinação é exercida pelo
físicas, químicas, biológicas e os riscos envolvidos. profissional legalmente habilitado para exercer a função
SIPNI: Sistema de Informação do Programa Nacional de conforme determina a legislação vigente.
Imunizações SI-EAPV: Sistema de Informação de Art. 11. Cabe ao Responsável Técnico responsabilizar-se
Eventos Adversos Pós Vacinação Vacina: produto pela:
biológico que contêm uma ou mais substâncias I - atividade de vacinação;
antigênicas que, quando inoculados, são capazes de II - equipe de funcionários;
induzir imunidade específica ativa e proteger contra a III - transporte, manejo, armazenamento, conservação,
doença causada pelo agente infeccioso que originou o qualidade e segurança das vacinas;
antígeno. IV - destinação final dos resíduos;
Vacinação Extramuro: atividade vinculada a um serviço V - atendimento às intercorrências.
de vacinação licenciado, que ocorre de forma esporádica,
isto é, através de sazonalidade ou programa de saúde
224
Art. 12. Os profissionais que executam atividades de mensal dos dados; comprovante de vacinação para cada
vacinação extramuro devem receber capacitação usuário e outros;
específica e periódica nos seguintes temas: Art. 18. O estabelecimento/serviço de vacinação que
I - conceitos básicos de vacinação; administra vacinas extramuro devem manter arquivos de
II - conservação, armazenamento, transporte e comprovantes de vacinação dos usuários (2ª via)
rastreabilidade; minimamente por 10 (dez) a 20 (vinte) anos;
III - preparo e administração segura; Art. 19. Os eventos adversos pós-vacinação ocorridos na
IV - gerenciamento de resíduos; atividade extramuro devem ser registrados no sistema de
V - registros relacionados à vacinação; informação do Ministério da Saúde - SI-EAPV e
VI - processos para notificação e investigação de eventos NOTIVISA ou outro que vier a substituí-los, de acordo
adversos pós vacinação e erros de vacinação; com as normas vigentes;
VII - calendário básico de vacinação; Art. 20. As queixas técnicas relacionadas às vacinas
VIII - higienização das mãos e noções básicas de devem ser registradas no sistema de informação do
microbiologia; Ministério da Saúde NOTIVISA ou outro que vier a
IX - conduta a ser adotada frente as intercorrências substituí-lo, de acordo com as normas vigentes;
relacionadas a vacinação. Art. 21. O estabelecimento que prestar serviço de
vacinação extramuro deve comunicar previamente a
Seção IV - Da Segurança e Saúde no Trabalho Autoridade Sanitária competente com o prazo mínimo de
Art. 13. Os trabalhadores devem ser orientados e 15 (quinze) dias antes da realização da vacinação
verificados quando da utilização correta dos extramuro. Deve informar minimamente: local/endereço,
equipamentos de proteção individual em suas atividades. data, responsável técnico pela sala de vacina, quais
vacinas serão administradas e público-alvo.
Seção V - Documentos Art. 22. O estabelecimento/serviço de vacinação que
Art. 14. Quando da apresentação da Carteira de realizar atividade de extramuro deve:
Vacinação pelo paciente, o vacinador deverá fazer o I - em campanhas de vacinação: registrar as doses
registro na carteira conforme legislação vigente sendo aplicadas em instrumentos padronizados por órgãos
obrigatório os seguintes: oficiais de imunização (boletim diário de doses
I - nome/tipo da vacina aplicadas);
II - dose II - em vacinação de rotina, de intensificação e na saúde
III - data da aplicação ocupacional: registrar de forma nominal as doses
IV - lote aplicadas de acordo com o cadastro do SIPNI;
V - fabricante III - manter arquivado o formulário de registro/controle
VI - identificação do serviço de vacinação responsável da temperatura interna dos equipamentos (temperatura
pela atividade extramuro máxima, de momento e mínima), conforme orientação
VII - nome legível do profissional responsável pela das autoridades;
aplicação. IV - manter documentos referentes à calibração periódica
VIII - data da próxima dose quando aplicável. dos equipamentos (termômetros entre outros que se
Art. 15. Quando o paciente não apresentar Carteira de fizerem necessários);
Vacinação, o estabelecimento/serviço de vacinação deve
fornecer uma carteira ou comprovante. A carteira deve Seção VI - DISPOSIÇÕES GERAIS
ser em papel rígido, de qualidade igual, ou melhor, a do Art. 23. É vedado às Secretarias de Saúde Estadual e
Programa Nacional ou Estadual de Imunização, devendo Municipais o fornecimento de vacinas, insumos e
conter os mesmos itens do Art. 14. equipamentos relacionados à vacinação, aos
..... estabelecimentos/serviços de vacinação privados.
Parágrafo único. A Carteira de Vacinação própria do Parágrafo único. Na hipótese de relevante interesse para a
estabelecimento/serviço de vacinação deve conter a saúde pública, as Secretarias de Saúde (estadual ou
identificação deste (nome, endereço, telefone e CNPJ), municipal, conforme o caso) poderão fornecer vacinas do
além da identificação do paciente/usuário e de seu Calendário de Vacinação Oficial e/ou insumos e/ou
responsável legal, quando for o caso. materiais e/ou equipamentos relacionados à vacinação,
Art. 16. Para os serviços de vacinação extramuro comunicando essa situação e sua justificativa ao órgão
realizados por farmácias no que se refere à Declaração de competente (estado e/ou Ministério da Saúde - PNI).
Serviços Farmacêuticos deverá ser obedecido o que Esse fornecimento será concedido em caráter excepcional
consta na Resolução Estadual nº 473/2016 ou outra que e temporário, assegurando-se a manutenção da gratuidade
vier substituí-la. da vacinação ao usuário com as vacinas fornecidas.
Art. 17. Para a realização de vacinação extramuro o Art. 24. É proibido o comércio de medicamentos e/ou
estabelecimento/serviço de vacinação responsável deve vacinas destinados exclusivamente ao Sistema Único de
dispor de documentos de registros padronizados pelo Saúde e/ou que contenha a expressão "PROIBIDA A
Programa Nacional de Imunizações como: mapas diários VENDA NO COMÉRCIO" em suas embalagens
de dose; boletins; formulários e fichas diversas para primárias e/ou secundárias.
registro diário da vacina administrada; consolidação
225
Seção VII - Requisitos Mínimos II - o transporte deve ser realizado em caixas térmicas,
Art. 25. Para a realização da atividade de vacinação com termômetro cabo extensor ou em veículos
extramuro são necessários: refrigerados, que mantenham temperaturas entre +2ºC a
I - vacinas registradas no Ministério da Saúde/ANVISA; +8ºC;
II - área específica e exclusiva para a vacinação III - para o transporte das vacinas a temperatura deve ser
extramuro, possuindo condições higiênicas sanitárias monitorada através de termômetro que registre
para aplicação de vacinas; temperatura máxima/mínima e de momento;
III - local com dimensionamento compatível com a IV - as temperaturas de máxima/mínima e momento
atividade realizada; devem ser registradas no boletim de controle de
IV - área arejada e iluminada; temperatura minimamente, na saída e chegada ao destino;
V - pia/lavatório com água potável corrente provida de V - as caixas térmicas devem ser acondicionadas de
sabonete líquido e papel toalha e/ou dispensador de forma que evitem o deslocamento das mesmas no interior
solução alcoólica; do veículo.
VI - caixas térmicas de poliuretano de fácil higienização Art. 29. Só é permitida a aquisição das vacinas de
e bom estado de conservação para acondicionamento e empresas licenciadas e autorizadas para esse fim.
transporte de vacinas, garantindo sua conservação, de Art. 30. O descarte de agulhas, seringas e demais
acordo com especificações do fabricante e do Manual de produtos utilizados nas atividades de vacinação deve ser
Normas e Procedimentos do Programa Nacional de realizado de forma segura de acordo com o Plano de
Imunizações, com volume de acordo com a quantidade Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde, que
de vacinas a serem utilizadas, sendo no mínimo: deve abranger os procedimentos de
a) uma (01) caixa térmica para acondicionar os frascos de tratamento/segregação, coleta, transporte interno e
vacinas abertos e em uso; externo (do local da campanha extramuro até o
b) uma (01) caixa térmica para acondicionar os frascos de estabelecimento de origem) e descarte de resíduos
vacinas fechados e em estoque; infectantes incluindo a prévia inativação.
c) uma (01) caixa térmica para acondicionar o estoque de Art. 31. O estabelecimento/serviço de saúde deve
gelo reciclável; desenvolver todas as ações no que se refere ao manejo,
VII - termômetro de cabo extensor para o controle de segregação, acondicionamento antes e pós-tratamento,
temperatura interna das caixas térmicas, com temperatura identificação, transporte interno, armazenamento
máxima, mínima e de momento; temporário até destinação final e segurança ocupacional
VIII - monitoramento da temperatura interna das caixas do pessoal envolvido diretamente com os processos de
térmicas de acordo com o Manual de Rede de Frio do higienização, coleta, transporte, tratamento e
Ministério da Saúde. A vacina deverá ser mantida a uma armazenamento de resíduos, conforme determinado pela
temperatura entre +2ºC a +8ºC; RDC 222 ANVISA de 28 de março de 2018, ou outra
IX - bobina de gelo reciclável em quantidade suficiente que venha a substituí-la.
para abastecer todas as caixas de vacinas conforme
determinado pelo Manual de Rede de Frio do Ministério SECRETÁRIO DE SAÚDE
da Saúde; ANTÔNIO CARLOS F. NARDI
Art. 26. O serviço de vacinação deve ter Procedimentos SUPERINDENTE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Operacionais Padrão - POP específicos para a vacinação JULIA VALÉRIA FERREIRA CORDELLINI
extramuro, minimamente referente à: DIRETOR DO CENTRO DE VIGILÂNCIA
I - higiene de mãos; SANITÁRIA
II - limpeza de caixa térmica; PAULO COSTA SANTANA
III - de ambientação das bobinas de gelo reciclável antes DIRETOR DO CENTRO DE VIGILÂNCIA
de colocá-los na caixa térmica; EPIDEMIOLÓGICA
IV - controle e registro de temperatura conforme Manual JOAO LUIS GALLEGO CRIVELLARO
de Rede de Frio/MS; CHEFE DE DIVISÃO DO PROGRAMA DE
V - aplicação de vacinas. IMUNIZAÇÃO
VI - manejo, segregação, acondicionamento, JANINE TROMPCZYSKI
identificação, armazenamento e transporte até a CHEFE DA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
destinação final dos resíduos. DE SERVIÇOS
Art. 27. As vacinas não constantes do Calendário de RENATA PAVESE
Vacinação Oficial do Ministério da Saúde devem ser CHEFE DA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
administradas somente mediante prescrição médica. DE PRODUTOS
Art. 28. O estabelecimento/serviço de vacinação que LUCIANE OTAVIANO DE LIMA
realizar atividade de extramuro deverá manter as vacinas Equipe de Elaboração:
em condições que garantam a qualidade e integridade até ALESSANDRA SIMÕES C. FERNANDES -
o seu destino, devendo: ASSISTENTE SOCIAL CEPI/DVVPI/SESA/PR
I - o transporte ser realizado com os cuidados para a ANA MARIA PERITO MANZOCHI -
manutenção da qualidade das vacinas; FARMACÊUTICA - CEVS/DVVSS/SESA

226
CLAUDIA RIBEIRO REIS - ENFERMEIRA -
CEVS/DVVSS/SESA-PR.
FERNANDA CROSEWSKI - ENFERMEIRA
CEPI/DVVPI/SESA/PR
LINA MARA PRADO CAIXETA CORREA -
FARMACÊUTICA - CEVS/DVVSP/SESA
VERA RITA DA MAIA - ENFERMEIRA -
CEPI/DVVPI/SESA/PR
VIRGINIA DOBKOWSKI F. DOS SANTOS -
FARMACÊUTICA - CEVS/DVVSS/SESA

227
Resoluções da ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA
SANITÁRIA

RDC nº 320 de 22/11/2002


(D.O.U de 25.11.2002) Art. 2º Ficam revogados os incisos VII, X e seus
respectivos parágrafos, do art. 13 da Portaria SVS/MS nº
Procedimentos para Distribuidores de Produtos 802, de 8 de outubro de 1998.
Farmacêuticos Art. 3º As empresas distribuidoras de produtos
farmacêuticos, terão prazo de 60 (sessenta) dias para
Norma será revogada a partir da vigência da RDC atender as exigências desta resolução, contadas da data de
304/2019 e RDC 360/2020. sua publicação. (Prazo prorrogado por 60 dias pela
A Resolução - RDC nº 304/2019 entrará em vigor Resolução – RDC nº 16, de 22 de janeiro de 2003)
dezoito meses após sua publicação em 18/09/2019.
Art. 4º A inobservância ou desobediência ao disposto
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de nesta Resolução configura infração de natureza sanitária,
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977,
o art.11, inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado sujeitando o infrator às penalidades nela previstas, bem
pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c § 1º do como as sanções de natureza civil e penal cabíveis.
art. 111 do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
593, de 25 de agosto de 2000, republicada em 22 de publicação.
dezembro de 2000, em reunião realizada em 21 de GONZALO VECINA NETO
novembro de 2002,
considerando a Lei 6.360, de 23 de setembro de 1976; Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 25.11.2002
1977;
considerando, a necessidade de garantir o Sistema de
Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos
farmacêuticos;
considerando a necessidade de acompanhar e monitorar
nas distribuidoras, o cumprimento das normas sanitárias
para a distribuição de medicamentos, com vistas à
detecção de medicamentos irregulares, os falsificados e os
provenientes de cargas roubadas assegurando as ações
preventivas do Sistema de Controle e Fiscalização;
considerando a necessidade de avaliar o fluxo de
medicamentos dentro da cadeia de distribuição legalmente
estabelecida,
Adotou a seguinte Resolução e eu, Diretor-Presidente,
determino sua publicação.

Art. 1º As empresas distribuidoras de produtos


farmacêuticos devem:
I - somente efetuar transações comerciais e operações de
circulação a qualquer titulo, de produtos farmacêuticos,
por meio de notas fiscais que contenham obrigatoriamente
os números dos lotes dos produtos nelas constantes:
a) as transações comerciais e operações de circulação a
qualquer titulo a que se refere este inciso, somente
poderão ser realizadas com empresas com autorização e
licença de funcionamento;
b) excetuam-se da obrigatoriedade do item acima, os
hospitais privados ou públicos, desde que em situação
sanitária regular, além de órgãos de governo.
II - notificar a autoridade sanitária competente, de
imediato, quaisquer suspeitas de alteração, adulteração,
fraude, falsificação ou roubo dos produtos que distribui,
com a indicação do número dos lotes, para averiguação da
denúncia, sob pena de responsabilização nos termos da
legislação penal, civil e sanitária.

228
Art. 2º Para os fins desta Resolução são adotada as
RDC n° 199, de 01/07/2005 seguintes definições:
(D.O.U de 05.07.2005) I - armazenagem: procedimento que possibilita o estoque
ordenado e racional de várias classes de produtos e de
Terceirização da atividade de armazenamento para fins matérias-primas;
exclusivos de exportação II - autorização de funcionamento de empresa: ato
privativo do órgão competente do Ministério da Saúde,
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância incumbido da vigilância sanitária dos produtos que de
Sanitária, no uso de sua atribuição que lhe confere o art. trata esta Resolução, contendo permissão para que as
11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado empresas exerçam as atividades sob regime de vigilância
pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. sanitária, instituído pela Lei nº 6.360 de 1976;
111, inciso I, alínea "b", § 1°, do Regimento Interno III - droga: substância ou matéria-prima que tenha
aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, finalidade medicamentosa ou sanitária;
republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em IV - empresa: pessoa jurídica que exerça como atividade
reunião realizada em 20 de junho de 2005, principal ou subsidiária o comércio atacadista de drogas,
considerando que somente podem extrair, produzir, medicamentos ou insumos farmacêuticos para fins
fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, exclusivos de exportação;
embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar ou V - contratada: empresa que realiza o serviço de
expedir os produtos de que trata o art. 1º da Lei n.º 6.360, terceirização, co-responsável pelos aspectos técnicos e
de 23 de setembro de 1976, as empresas para tal fim legais inerentes à atividade objeto da terceirização de que
autorizadas pela autoridade sanitária competente; trata esta Resolução;
considerando que a finalidade institucional da ANVISA é VI - contratante: empresa que contrata serviços de
promover a proteção da saúde da população por terceiros, responsável por todos os aspectos legais e
intermédio do controle sanitário da produção e da técnicos vinculados com o produto ou processo objeto da
comercialização de produtos e serviços submetidos à terceirização;
vigilância sanitária, conforme estabelecido por meio da VI - exportador: empresa que exerça direta ou
Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999; indiretamente o comércio atacadista de drogas,
considerando que o comércio atacadista de medicamentos medicamentos em suas embalagens originais, e insumos
ou insumos farmacêuticos para fins exclusivos de farmacêuticos;
exportação ocasiona risco diferenciado em relação ao VIII - insumo farmacêutico: droga ou matéria-prima
comércio de produtos voltados para o consumo no país; aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada
considerando a necessidade de compatibilizar o a emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus
conhecimento técnico e científico inerente à defesa e recipientes;
proteção da saúde da população com as políticas de IX - medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente
incentivo à produção nacional e às políticas de geração de obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa,
emprego e renda no país; paliativa ou para fins de diagnóstico;
considerando a necessidade de viabilizar e estabelecer X - representante legal: pessoa física investida de poderes
normas para a terceirização da atividade de legais para praticar atos em nome da empresa, preposta de
armazenamento no caso das empresas que realizam o gerir ou administrar seus negócios perante terceiros por
comércio atacadista de medicamentos ou insumos meio de procuração;
farmacêuticos para fins exclusivos de exportação, e XI - responsável legal: pessoa física designada em
considerando a necessidade de garantir o controle e a estatuto, contrato social ou ata, incumbida de responder
fiscalização sanitária de medicamentos ou insumos pela empresa, ativa e passivamente, nos atos judiciais e
farmacêuticos armazenados em regime de terceirização extrajudiciais em geral;
para fins exclusivos de exportação, XII - responsável técnico: profissional legalmente
adotou a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, habilitado, com inscrição em autarquia profissional,
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. reconhecido pela autoridade sanitária para a atividade que
a empresa realiza na área de produtos ou insumos
Art. 1º É permitida a terceirização da atividade de abrangidos por esta Resolução, e
armazenamento no caso de empresas que realizam o XIII - terceirização: é a contratação de serviços de
comércio atacadista de medicamentos ou insumos terceiros para a armazenagem de medicamentos ou
farmacêuticos para fins exclusivos de exportação, desde insumos farmacêuticos.
que respeitadas os termos e condições estabelecidos nesta Art. 3º O contrato de terceirização e suas posteriores
Resolução. modificações deverão ser previamente apresentados à
Parágrafo único. O comércio atacadista de que trata este autoridade sanitária para a competente deliberação.
artigo não se confunde com a atividade de produção para Parágrafo único. Em nenhum caso a autorização pela
exportação ou com a representação comercial autoridade sanitária competente para a terceirização
internacional. exime a contratante da responsabilidade legal pela
qualidade e segurança dos produtos envolvidos em suas
atividades.
229
Art. 4º O contrato de terceirização deve indicar com com a contratante, pelos aspectos técnicos, operacionais e
clareza os produtos e as operações envolvidas, assim legais inerentes à atividade objeto da terceirização.
como qualquer aspecto técnico e operacional acordado a Art. 11. A contratante deve fornecer à contratada todas as
respeito do objeto contratado. informações necessárias para que realize as operações
§ 1º O contrato deve conter a identificação completa e os contratadas de acordo com o registro junto a autoridade
endereços das empresas envolvidas, definir as obrigações sanitária competente e a autorização de funcionamento,
específicas da contratante e contratada e deve ser assinado bem como qualquer outra exigência legal.
pelos respectivos responsáveis técnicos e legais ou, nesse Art. 12. A contratante deve assegurar que a contratada
último caso, pelos respectivos representantes. seja informada de qualquer problema associado ao
§ 2º No contrato deve ainda constar a forma pela qual o produto, serviços ou ensaios, que possam pôr em risco a
responsável técnico da contratante vai exercer sua qualidade do produto bem como as instalações da
responsabilidade e a garantia de cumprimento das Boas contratada, seus equipamentos, seu pessoal, demais
Práticas correspondentes por ambas as partes durante a materiais, ou outros produtos.
execução do contrato. Art. 13. A contratante deve garantir que todos os produtos
§ 3º O contrato também deve indicar o prazo de validade entregues pela contratada cumpram com suas
e cláusulas de rescisão. especificações e que o produto tenha sido liberado pelo
Art. 5º A autoridade sanitária competente deve ser responsável técnico da contratada.
informada pela contratante quando o contrato for Art. 14. A contratante só poderá requerer da contratada o
rescindido, no prazo máximo de trinta dias contados da armazenamento de produtos para fins de exportação,
rescisão. desde que legalmente registrados no país ou dispensados
Art. 6º A capacidade técnica e operacional da contratante, de registro pelo órgão ou entidade competentes.
apropriada ao exercício de suas atividades, deve ser Art. 15. A inobservância do disposto nesta Resolução
mantida durante todo o prazo de validade da Autorização configura infração de natureza sanitária, sujeitando os
de Funcionamento correspondente, inclusive no caso de infratores às penalidades previstas na Lei nº 6.437, de 20
término do prazo ou rescisão do contrato de terceirização de agosto de 1977, sem prejuízo de outras sanções de
de que trata esta Resolução. natureza civil, administrativa ou penal cabíveis.
§ 1º Para os fins deste artigo, a contratante deve dispor de Art. 16. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
instalações, materiais e equipamentos adequados ao publicação.
exercício de suas atividades e manter atualizada a relação DIRCEU RAPOSO DE MELLO
contratual com terceiros no caso da armazenagem, para
evitar solução de continuidade. ANEXO
§ 2º A inobservância do disposto neste artigo poderá INFORMAÇÕES E RELAÇÃO DA
ensejar o cancelamento da Autorização de DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIAS À SOLICITAÇÃO
Funcionamento, nos termos da legislação vigente. DA TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE
Art. 7º As informações e a relação da documentação ARMAZENAMENTO
necessárias à solicitação da terceirização da atividade de 1. As empresas que realizam o comércio atacadista de
armazenamento no caso das empresas que realizam o medicamentos ou insumos farmacêuticos para fins
comércio atacadista de medicamentos ou insumos exclusivos de exportação podem terceirizar a atividade de
farmacêuticos com finalidade exclusiva de exportação armazenamento dos produtos envolvidos em suas
encontram-se no Anexo desta Resolução. atividades mediante prévia autorização da autoridade
Art. 8º A contratada deve possuir autorização de sanitária federal competente, por meio de pedido formal
funcionamento expedida pela autoridade sanitária acompanhado das seguintes informações e documentação:
competente para as atividades objeto do contrato e atender 2. Informações e dados da contratante:
às Boas Práticas de Fabricação e especificações do 2.1. Nome fantasia ou razão social.
fabricante ou detentor do registro e cumprir com as Boas 2.2. Endereço (Matriz e Filiais).
Práticas de Distribuição e Armazenagem. 2.3. Farmacêutico responsável.
Parágrafo único. A contratada não pode subcontratar, no 2.4. Responsável legal.
todo ou em parte, os serviços previstos no contrato. 2.5. Endereço dos estabelecimentos, incluindo depósito
Art. 9º A contratada deve possuir instalações, (próprio ou de terceiro) - telefone - FAX.
equipamentos, conhecimento adequado, além de 2.6. CNPJ.
experiência e pessoal competente para desempenhar 2.7. Área geográfica de localização e atuação.
satisfatoriamente o serviço solicitado pela contratante, 2.8. Tipos de Produtos / condições específicas de
atendendo aos requisitos das Boas Práticas Controle.
correspondentes. 2.9. Distribuição - condições específicas de acordo com as
Parágrafo único. A contratada está sujeita, a qualquer Boas Práticas de Distribuição.
momento, à inspeção pela autoridade sanitária 2.10. Armazenagem - condições específicas de acordo
competente. com as Boas Práticas de Armazenagem.
Art. 10. Em todos os casos a contratada, seu responsável 2.11. Transporte - condições específicas de acordo com as
técnico e seu responsável legal são solidariamente Boas Práticas de Transporte.
responsáveis perante as autoridades sanitárias, juntamente 3. Informações e dados da contratada:
230
3.1. Nome fantasia ou razão social.
3.2. Endereço (Matriz e Filiais).
3.3. Farmacêutico responsável.
3.4. Responsável legal.
3.5. Endereço dos estabelecimentos, incluindo depósito -
telefone - FAX.
3.6. CNPJ.
3.7. Área geográfica de localização e atuação.
3.8. Tipos de Produtos / condições específicas de
Controle.
3.9. Distribuição - condições específicas de acordo com as
Boas Práticas de Distribuição.
3.10. Armazenagem - condições específicas de acordo
com as Boas Práticas de Armazenagem.
3.11. Transporte - condições específicas de acordo com as
Boas Práticas de Transporte.
4. Documentação:
4.1. Formulário de Petição.
4.2. Via original do comprovante de pagamento da Taxa
de Fiscalização de Vigilância Sanitária ou Guia de
Vigilância Sanitária (GRU) Isenta.
4.3. Comprovante de enquadramento de porte da empresa
de acordo com a legislação vigente, exceto para as
empresas enquadradas como Grande Grupo I.
4.4. Cópia do documento de inscrição no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ da contratante e da
contratada.
4.5. Cópia do Contrato Social ou Ata de Constituição da
contratante e da contratada, Registrada na Junta
Comercial e suas Alterações, se houver, devendo estar
explicitado a classe de produtos e as atividades
autorizadas.
4.6. Cópia da Autorização de Funcionamento da
contratante, publicada no Diário Oficial da União, quando
já autorizada e não se tratar de pedido de Autorização;
4.7. Cópia da Autorização de Funcionamento da
contratada, publicada no Diário Oficial da União.
4.6. Cópia do contrato de terceirização contendo as
informações e especificações estabelecidas nesta
Resolução.
4.7. Relatório de Inspeção com parecer técnico
conclusivo, original ou cópia autenticada, emitido pela
Vigilância Sanitária local, atualizado.
4.8. Relação sucinta da natureza e espécie dos produtos
ou substâncias envolvidos na terceirização (classe
terapêutica/forma farmacêutica, condições especiais de
controle/conservação).
4.9. Cópia do Certificado de Regularidade ou Termo de
Responsabilidade, atualizado, emitido pelo Conselho
Regional respectivo, referente à empresa contratante e
contratada.
4.10. Manual de Boas Práticas de Distribuição e
Armazenagem da empresa contratada.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


05.07.2005
Republicado na página 44 do DOU nº 144 de 28/07/2005

231
1 HISTÓRICO
RDC nº. 302 de 13/10/2005. O Regulamento Técnico de Funcionamento do
(D.O.U de 14.10.2005) Laboratório Clínico foi elaborado a partir de trabalho
conjunto de técnicos da ANVISA, com o Grupo de
Dispoe sobre regulamento técnico para funcionamento de Trabalho instituído pela Portaria nº. 864, de 30 de
Laboratórios Clínicos setembro 2003. Este Grupo de Trabalho foi composto por
técnicos da ANVISA, Secretaria de Atenção a Saúde
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de (SAS/MS), Secretaria de Vigilância a Saúde (SVS/MS),
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere Vigilâncias Sanitárias Estaduais, Laboratório de Saúde
o art.11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA Pública, Sociedade Brasileira de Patologia
aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c Clínica/Medicina Laboratorial, Sociedade Brasileira de
o § 1º do art.111 do Regimento Interno aprovado pela Análises Clínicas, Provedores de Ensaio de Proficiência e
Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no um Consultor Técnico com experiência na área.
DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada A proposta de Regulamento Técnico elaborada pelo
em 10 de outubro de 2005; Grupo de Trabalho foi publicada como Consulta Pública
considerando as disposições constitucionais e a Lei nº. 50 em 6 agosto de 2004 e ficou aberta para receber
Federal nº. 8080 de 19 de setembro de 1990 que trata das sugestões por um prazo de 60 (sessenta) dias, os quais
condições para a promoção, proteção e recuperação da foram prorrogados por mais 30 (trinta) dias.
saúde, como direito fundamental do ser humano; As sugestões recebidas foram consolidadas pelos
considerando a necessidade de normalização do técnicos da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de
funcionamento do Laboratório Clínico e Posto de Coleta Saúde - GGTES/ANVISA, pelos componentes do Grupo
Laboratorial; de Trabalho juntamente com o Consultor. Após
considerando a relevância da qualidade dos exames discussões, as sugestões pertinentes foram incorporadas
laboratoriais para apoio ao diagnóstico eficaz, adota a ao texto do Regulamento Técnico, sendo produzido o
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor- documento final consensual sobre o assunto.
Presidente substituto, determino a sua publicação: O presente documento é o resultado das discussões
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para que definiram os requisitos necessários ao funcionamento
funcionamento dos serviços que realizam atividades do Laboratório Clínico e Posto de Coleta Laboratorial.
laboratoriais, tais como Laboratório Clinico, e Posto de
Coleta Laboratorial, em anexo. 2 OBJETIVO
Art. 2º Estabelecer que a construção, reforma ou Definir os requisitos para o funcionamento dos
adaptação na estrutura física do laboratório clínico e posto laboratórios clínicos e postos de coleta laboratorial
de coleta laboratorial deve ser precedida de aprovação do públicos ou privados que realizam atividades na área de
projeto junto à autoridade sanitária local em análises clínicas, patologia clínica e citologia.
conformidade com a RDC/ANVISA nº. 50, de 21 de
fevereiro de 2002, e RDC/ANVISA nº. 189, de 18 de 3 ABRANGÊNCIA
julho de 2003 suas atualizações ou instrumento legal que Esta Resolução de Diretoria Colegiada é aplicável a todos
venha a substituí-las. os serviços públicos ou privados, que realizam atividades
Art. 3º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e laboratoriais na área de análises clínicas, patologia clínica
do Distrito Federal devem implementar os procedimentos e citologia.
para adoção do Regulamento Técnico estabelecido por
esta RDC, podendo adotar normas de caráter suplementar, 4 DEFINIÇÕES
com a finalidade de adequá-lo às especificidades locais. 4.1 Alvará sanitário/Licença de funcionamento/Licença
Art. 4º O descumprimento das determinações deste sanitária: Documento expedido pelo órgão sanitário
Regulamento Técnico constitui infração de natureza competente Estadual, Municipal ou do Distrito Federal,
sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades que libera o funcionamento dos estabelecimentos que
previstas na Lei nº. 6437, de 20 de agosto de 1977, suas exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária.
atualizações, ou instrumento legal que venha a substituí- 4.2 Amostra do paciente: Parte do material biológico de
la, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil origem humana utilizada para análises laboratoriais.
cabíveis. 4.3 Amostra laboratorial com restrição: Amostra do
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua paciente fora das especificações, mas que ainda pode ser
publicação. utilizada para algumas análises laboratoriais.
FRANKLIN RUBINSTEIN 4.4 Amostra controle: Material usado com a finalidade
principal de monitorar a estabilidade e a reprodutibilidade
ANEXO de um sistema analítico nas condições de uso na rotina.
REGULAMENTO TÉCNICO PARA 4.5 Analito: Componente ou constituinte de material
FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS biológico ou amostra de paciente, passível de pesquisa ou
CLÍNICOS análise por meio de sistema analítico de laboratório
clínico.

232
4.6 Biossegurança: Condição de segurança alcançada por 4.23Instrução escrita: Toda e qualquer forma escrita de
um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, documentar as atividades realizadas pelo estabelecimento
reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que e ou serviço.
possam comprometer a saúde humana, animal e o meio 4.24Instrumento laboratorial: Designação genérica para
ambiente. dispositivos empregados pelo laboratório clínico que
4.7 Calibração: Conjunto de operações que estabelece, auxiliam na execução de uma tarefa analítica.
sob condições especificadas, a correspondência entre 4.25 Insumo: Designação genérica do conjunto dos meios
valores indicados por um instrumento, sistema de ou materiais utilizados em um processo para geração de
medição ou material de referência, e os valores um produto ou serviço.
correspondentes estabelecidos por padrões. 4.26 Laboratório clínico: Serviço destinado à análise de
4.8 Coleta laboratorial domiciliar: Realização da coleta de amostras de paciente, com a finalidade de oferecer apoio
amostra de paciente em sua residência. ao diagnóstico e terapêutico, compreendendo as fases pré-
4.9 Coleta laboratorial em empresa: Realização da coleta analítica, analítica e pós-analítica.
de amostra de paciente no âmbito de uma empresa. 4.27 Laboratório de apoio: Laboratório clínico que realiza
4.10 Coleta laboratorial em unidade móvel: Realização da análises em amostras enviadas por outros laboratórios
coleta de amostra de paciente em unidade móvel. clínicos.
4.11 Controle da qualidade: Técnicas e atividades 4.28Laudo laboratorial: Documento que contém os
operacionais utilizadas para monitorar o cumprimento dos resultados das análises laboratoriais, validados e
requisitos da qualidade especificados. autorizados pelo responsável técnico do laboratório ou
4.12 Controle externo da qualidade - CEQ: Atividade de seu substituto.
avaliação do desempenho de sistemas analíticos através 4.29 Limpeza: Processo sistemático e contínuo para a
de ensaios de proficiência, análise de padrões certificados manutenção do asseio ou, quando necessário, para a
e comparações interlaboratoriais.Também chamada retirada de sujidade de uma superfície.
Avaliação Externa da Qualidade. 4.30 Material biológico humano: Tecido ou fluido
4.13 Controle interno da qualidade - CIQ: Procedimentos constituinte do organismo humano.
conduzidos em associação com o exame de amostras de 4.31 Metodologia própria em laboratório clínico (in
pacientes para avaliar se o sistema analítico está operando house): Reagentes ou sistemas analíticos produzidos e
dentro dos limites de tolerância pré-definidos. validados pelo próprio laboratório clínico, exclusivamente
4.14 Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói para uso próprio, em pesquisa ou em apoio diagnóstico.
ou inativa a maioria dos microrganismos patogênicos de 4.32 Paciente de laboratório: Pessoa da qual é coletado o
objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos material ou amostra biológica para ser submetida à análise
bacterianos. laboratorial.
4.15 Ensaio de proficiência: Determinação do 4.33 Posto de coleta laboratorial: Serviço vinculado a um
desempenho analítico por meio de comparações laboratório clínico, que realiza atividade laboratorial, mas
interlaboratoriais conduzidas por provedores de ensaio de não executa a fase analítica dos processos operacionais,
proficiência. exceto os exames presenciais, cuja realização ocorre no
4.16 Equipamento laboratorial: Designação genérica para ato da coleta.
um dispositivo empregado pelo laboratório clínico como 4.34 Produto para diagnóstico de uso in vitro: Reagentes,
parte integrante do processo de realização de análises padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e
laboratoriais. instrumentos, junto com as instruções para seu uso, que
4.17 Esterilização: Processo físico ou químico que destrói contribuem para realizar uma determinação qualitativa,
todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas quantitativa ou semi-quantitativa de uma amostra
formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. biológica e que não estejam destinados a cumprir função
4.18 Fase pré-analítica: Fase que se inicia com a anatômica, física ou terapêutica alguma, que não sejam
solicitação da análise, passando pela obtenção da amostra ingeridos, injetados ou inoculados em seres humanos e
e finda ao se iniciar a análise propriamente dita. que são utilizados unicamente para provar informação
4.19 Fase analítica: Conjunto de operações, com sobre amostras obtidas do organismo humano.
descrição especifica, utilizada na realização das análises 4.35 Profissional legalmente habilitado: Profissional com
de acordo com determinado método. formação superior inscrito no respectivo Conselho de
4.20 Fase pós-analítica: Fase que se inicia após a Classe, com suas competências atribuídas por Lei.
obtenção de resultados válidos das análises e finda com a 4.36 Rastreabilidade: Capacidade de recuperação do
emissão do laudo, para a interpretação pelo solicitante. histórico, da aplicação ou da localização daquilo que está
4.21 Garantia da qualidade: Conjunto de atividades sendo considerado, por meio de identificações registradas.
planejadas, sistematizadas e implementadas com o 4.37 Responsável Técnico - RT: Profissional legalmente
objetivo de cumprir os requisitos da qualidade habilitado que assume perante a Vigilância Sanitária a
especificados. Responsabilidade Técnica do laboratório clínico ou do
4.22 Inspeção sanitária: Conjunto de procedimentos posto de coleta laboratorial.
técnicos e administrativos, de competência da autoridade 4.38 Saneante: Substância ou preparação destinada à
sanitária local, que previnem e controlam o risco sanitário higienização, desinfecção, esterilização ou desinfestação
em estabelecimentos sujeitos a este controle.
233
domiciliar, em ambientes coletivos, públicos e privados, 5.1.6 O posto de coleta laboratorial deve possuir vínculo
em lugares de uso comum e no tratamento da água. com apenas um laboratório clínico.
4.39 Supervisão: Atividade realizada com a finalidade de 5.1.6.1 Os postos de coleta laboratorial localizados em
verificar o cumprimento das especificações estabelecidas unidades públicas de saúde devem ter seu vínculo
nos processos operacionais. definido formalmente pelo gestor local.
4.40 Teste Laboratorial Remoto-TLR: Teste realizado por 5.1.7 O laboratório clínico deve possuir estrutura
meio de um equipamento laboratorial situado fisicamente organizacional documentada.
fora da área de um laboratório clínico. Também chamado 5.1.8 As atividades de coleta domiciliar, em empresa ou
Teste Laboratorial Portátil -TLP, do inglês Point-of-care em unidade móvel devem estar vinculadas a um
testing -POCT. laboratório clínico e devem seguir os requisitos aplicáveis
4.41 Validação: Procedimento que fornece evidências de definidos neste Regulamento Técnico.
que um sistema apresenta desempenho dentro das 5.2.Recursos Humanos
especificações da qualidade, de maneira a fornecer 5.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
resultados válidos. devem manter disponíveis registros de formação e
4.42 Verificação da calibração: Ato de demonstrar que qualificação de seus profissionais compatíveis com as
um equipamento de medição apresenta desempenho funções desempenhadas.
dentro dos limites de aceitabilidade, em situação de uso. 5.2.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
devem promover treinamento e educação permanente aos
5 CONDIÇÕES GERAIS seus funcionários mantendo disponíveis os registros dos
5.1 Organização mesmos.
5.1.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 5.2.3 Todos os profissionais do laboratório clínico e do
devem possuir alvará atualizado, expedido pelo órgão posto de coleta laboratorial devem ser vacinados em
sanitário competente. conformidade com a legislação vigente.
5.1.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 5.2.4 A admissão de funcionários deve ser precedida de
devem possuir um profissional legalmente habilitado exames médicos em conformidade com o PCMSO da NR-
como responsável técnico. 7 da Portaria MTE nº 3214 de 08/06/1978 e Lei nº 6514
5.1.2.1 O profissional legalmente habilitado pode assumir, de 22/12/1977, suas atualizações ou outro instrumento
perante a vigilância sanitária, a responsabilidade técnica legal que venha substituí-la.
por no máximo: 02 (dois) laboratórios clínicos ou 02 5.3 Infra-Estrutura
(dois) postos de coleta laboratorial ou 01 (um) laboratório 5.3.1 A infra-estrutura física do laboratório clínico e do
clínico e 01 (um) posto de coleta laboratorial. posto de coleta devem atender aos requisitos da
5.1.2.2 Em caso de impedimento do responsável técnico, RDC/ANVISA nº. 50 de 21/02/2002, suas atualizações,
o laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
devem contar com um profissional legalmente habilitado 5.4 Equipamentos e Instrumentos Laboratoriais
para substituí-lo. 5.4.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
5.1.3 Todo laboratório clínico e o posto de coleta devem:
laboratorial, público e privado devem estar inscritos no a) possuir equipamentos e instrumentos de acordo com a
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES. complexidade do serviço e necessários ao atendimento de
5.1.4 A direção e o responsável técnico do laboratório sua demanda;
clínico e do posto de coleta laboratorial têm a b) manter instruções escritas referentes a equipamento ou
responsabilidade de planejar, implementar e garantir a instrumento, as quais podem ser substituídas ou
qualidade dos processos, incluindo: complementadas por manuais do fabricante em língua
a) a equipe técnica e os recursos necessários para o portuguesa;
desempenho de suas atribuições; c) realizar e manter registros das manutenções preventivas
b) a proteção das informações confidenciais dos e corretivas;
pacientes; d) verificar ou calibrar os instrumentos a intervalos
c) a supervisão do pessoal técnico por profissional de regulares, em conformidade com o uso, mantendo os
nível superior legalmente habilitado durante o seu período registros dos mesmos;
de funcionamento; e) verificar a calibração de equipamentos de medição
d) os equipamentos, reagentes, insumos e produtos mantendo registro das mesmas.
utilizados para diagnóstico de uso “in vitro”, em 5.4.2 Os equipamentos e instrumentos utilizados,
conformidade com a legislação vigente; nacionais e importados, devem estar regularizados junto a
e) a utilização de técnicas conforme recomendações do ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.
fabricante (equipamentos e produtos) ou com base 5.4.3 Os equipamentos que necessitam funcionar com
científica comprovada; temperatura controlada devem possuir registro da
f) a rastreabilidade de todos os seus processos. verificação da mesma.
5.1.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 5.5 Produtos para diagnóstico de uso in vitro
devem dispor de instruções escritas e atualizadas das 5.5.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
rotinas técnicas implantadas. devem registrar a aquisição dos produtos para diagnóstico

234
de uso in vitro, reagentes e insumos, de forma a garantir a 5.8.2 Os saneantes e os produtos usados nos processos de
rastreabilidade. limpeza e desinfecção devem ser utilizados segundo as
5.5.2 Os produtos para diagnóstico de uso in vitro, especificações do fabricante e estarem regularizados junto
reagentes e insumos adquiridos devem estar regularizados a ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.
junto a ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente.
5.5.3 O reagente ou insumo preparado ou aliquotado pelo 6 PROCESSOS OPERACIONAIS
próprio laboratório deve ser identificado com rótulo 6.1 Fase pré-analítica
contendo: nome, concentração, número do lote (se 6.1.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
aplicável), data de preparação, identificação de quem devem disponibilizar ao paciente ou responsável,
preparou (quando aplicável), data de validade, condições instruções escritas e ou verbais, em linguagem acessível,
de armazenamento, além de informações referentes a orientando sobre o preparo e coleta de amostras tendo
riscos potenciais. como objetivo o entendimento do paciente.
5.5.3.1 Devem ser mantidos registros dos processos de 6.1.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
preparo e do controle da qualidade dos reagentes e devem solicitar ao paciente documento que comprove a
insumos preparados. sua identificação para o cadastro.
5.5.4 A utilização dos reagentes e insumos deve respeitar 6.1.2.1 Para pacientes em atendimento de urgência ou
as recomendações de uso do fabricante, condições de submetidos a regime de internação, a comprovação dos
preservação, armazenamento e os prazos de validade, não dados de identificação também poderá ser obtida no
sendo permitida a sua revalidação depois de expirada a prontuário médico.
validade. 6.1.3 Os critérios de aceitação e rejeição de amostras,
5.5.5 O laboratório clínico que utilizar metodologias assim como a realização de exames em amostras com
próprias - In House, deve documentá-las incluindo, no restrições devem estar definidos em instruções escritas.
mínimo: 6.1.4 O cadastro do paciente deve incluir as seguintes
a) descrição das etapas do processo; informações:
b) especificação e sistemática de aprovação de insumos, a) número de registro de identificação do paciente gerado
reagentes e equipamentos e instrumentos. pelo laboratório;
c) sistemática de validação. b) nome do paciente;
5.5.5.1 O laboratório clínico deve manter registro de todo c) idade, sexo e procedência do paciente;
o processo e especificar no laudo que o teste é preparado d) telefone e/ou endereço do paciente, quando aplicável;
e validado pelo próprio laboratório. e) nome e contato do responsável em caso de menor de
5.6 Descarte de Resíduos e Rejeitos idade ou incapacitado;
5.6.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial f) nome do solicitante;
devem implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos g) data e hora do atendimento;
de Serviços de Saúde (PGRSS) atendendo aos requisitos h) horário da coleta, quando aplicável;
da RDC/ANVISA n° 306 de 07/12/2004, suas i) exames solicitados e tipo de amostra;
atualizações, ou outro instrumento legal que venha j) quando necessário: informações adicionais, em
substituí-la. conformidade com o exame (medicamento em uso, dados
5.7 Biossegurança do ciclo menstrual, indicação/observação clínica, dentre
5.7.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial outros de relevância);
devem manter atualizados e disponibilizar, a todos os k) data prevista para a entrega do laudo;
funcionários, instruções escritas de biossegurança, l) indicação de urgência, quando aplicável.
contemplando no mínimo os seguintes itens: 6.1.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
a) normas e condutas de segurança biológica, química, devem fornecer ao paciente ambulatorial ou ao seu
física, ocupacional e ambiental; responsável, um comprovante de atendimento com:
b) instruções de uso para os equipamentos de proteção número de registro, nome do paciente, data do
individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC); atendimento, data prevista de entrega do laudo, relação de
c) procedimentos em caso de acidentes; exames solicitados e dados para contato com o
d) manuseio e transporte de material e amostra biológica. laboratório.
5.7.2 O Responsável Técnico pelo laboratório clínico e 6.1.6. O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
pelo posto de coleta laboratorial deve documentar o nível devem dispor de meios que permitam a rastreabilidade da
de biossegurança dos ambientes e/ou áreas, baseado nos hora do recebimento e/ou coleta da amostra.
procedimentos realizados, equipamentos e 6.1.7 A amostra deve ser identificada no momento da
microorganismos envolvidos, adotando as medidas de coleta ou da sua entrega quando coletada pelo paciente.
segurança compatíveis. 6.1.7.1 Deve ser identificado o nome do funcionário que
5.8 Limpeza, Desinfecção e Esterilização efetuou a coleta ou que recebeu a amostra de forma a
5.8.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial garantir a rastreabilidade.
devem possuir instruções de limpeza, desinfecção e 6.1.8 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
esterilização, quando aplicável, das superfícies, devem dispor de instruções escritas que orientem o
instalações, equipamentos, artigos e materiais. recebimento, coleta e identificação de amostra.

235
6.1.9 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial a) manter um cadastro atualizado dos laboratórios de
devem possuir instruções escritas para o transporte da apoio;
amostra de paciente, estabelecendo prazo, condições de b) possuir contrato formal de prestação destes serviços;
temperatura e padrão técnico para garantir a sua c) avaliar a qualidade dos serviços prestados pelo
integridade e estabilidade. laboratório de apoio.
6.1.10 A amostra de paciente deve ser transportada e 6.2.10 O laudo emitido pelo laboratório de apoio deve
preservada em recipiente isotérmico, quando requerido, estar disponível e arquivado pelo prazo de 5 (cinco) anos.
higienizável, impermeável, garantindo a sua estabilidade 6.2.11 Os serviços que realizam testes laboratoriais para
desde a coleta até a realização do exame, identificado com detecção de anticorpos anti-HIV devem seguir, o disposto
a simbologia de risco biológico, com os dizeres neste Regulamento Técnico, além do disposto na Portaria
“Espécimes para Diagnóstico” e com nome do laboratório MS nº. 59 de 28 de janeiro de 2003 e na Portaria SVS nº.
responsável pelo envio. 34 de 28 de julho de 2005, suas atualizações ou outro
6.1.11 O transporte da amostra de paciente, em áreas instrumento legal que venha substituí-la.
comuns a outros serviços ou de circulação de pessoas, 6.2.12 Os resultados laboratoriais que indiquem suspeita
deve ser feito em condições de segurança conforme item de doença de notificação compulsória devem ser
5.7. notificados conforme o estabelecido no Decreto no
6.1.12 Quando da terceirização do transporte da amostra, 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961, e na Portaria no
deve existir contrato formal obedecendo aos critérios 2325, de 08 de dezembro de 2003, suas atualizações, ou
estabelecidos neste Regulamento. outro instrumento legal que venha a substituí-la.
6.1.13 Quando da importação ou exportação de 6.2.13 A execução dos Testes Laboratoriais Remotos -
?Espécimes para Diagnóstico?, devem ser seguidas a TLR (Point-of-care) e de testes rápidos, deve estar
RDC/ANVISA nº 01, de 06 de dezembro de 2002 e a vinculada a um laboratório clínico, posto de coleta ou
Portaria MS nº 1985, de 25 de outubro de 2001, suas serviço de saúde pública ambulatorial ou hospitalar.
atualizações ou outro instrumento legal que venha 6.2.14 O Responsável Técnico pelo laboratório clínico é
substituí-las. responsável por todos os TLR realizados dentro da
6.2. Fase Analítica instituição, ou em qualquer local, incluindo, entre outros,
6.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial atendimentos em hospital-dia, domicílios e coleta
devem dispor de instruções escritas, disponíveis e laboratorial em unidade móvel.
atualizadas para todos os processos analíticos, podendo 6.2.15 A relação dos TLR que o laboratório clínico
ser utilizadas as instruções do fabricante. executa deve estar disponível para a autoridade sanitária
6.2.2 O processo analítico deve ser o referenciado nas local.
instruções de uso do fabricante, em referências 6.2.15.1 O laboratório clínico deve disponibilizar nos
bibliográficas ou em pesquisa cientificamente válida locais de realização de TLR procedimentos documentados
conduzida pelo laboratório. orientando com relação às suas fases pré-analítica,
6.2.3 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial analítica e pós-analítica, incluindo:
devem disponibilizar por escrito, uma relação que a) sistemática de registro e liberação de resultados
identifique os exames realizados no local, em outras provisórios;
unidades do próprio laboratório e os que são terceirizados. b) procedimento para resultados potencialmente críticos;
6.2.4 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial c) sistemática de revisão de resultados e liberação de
devem definir mecanismos que possibilitem a agilização laudos por profissional habilitado.
da liberação dos resultados em situações de urgência. 6.2.15.2 A realização de TRL e dos testes rápidos está
6.2.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial condicionada a emissão de laudos que determine suas
devem definir limites de risco, valores críticos ou de limitações diagnósticas e demais indicações estabelecidos
alerta, para os analitos com resultado que necessita no item 6.3.
tomada imediata de decisão. 6.2.15.3 O laboratório clínico deve manter registros dos
6.2.5.1 O laboratório e o posto de coleta laboratorial controles da qualidade, bem como procedimentos para a
devem definir o fluxo de comunicação ao médico, realização dos mesmos.
responsável ou paciente quando houver necessidade de 6.2.15.4 O laboratório clínico deve promover e manter
decisão imediata. registros de seu processo de educação permanente para os
6.2.6 O laboratório clínico deve monitorar a fase analítica usuários dos equipamentos de TLR.
por meio de controle interno e externo da qualidade. 6.3 Fase pós-analítica
6.2.7 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 6.3.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
devem definir o grau de pureza da água reagente utilizada devem possuir instruções escritas para emissão de laudos,
nas suas análises, a forma de obtenção, o controle da que contemplem as situações de rotina, plantões e
qualidade. urgências.
6.2.8 O laboratório clínico pode contar com laboratórios 6.3.2 O laudo deve ser legível, sem rasuras de transcrição,
de apoio para realização de exames. escrito em língua portuguesa, datado e assinado por
6.2.8.1 O laboratório de apoio deve seguir o estabelecido profissional de nível superior legalmente habilitado.
neste regulamento técnico. 6.3.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta
6.2.9 O laboratório clínico deve: laboratorial devem garantir a autenticidade e a integridade
236
do laudo emitido, para tanto a assinatura do profissional 8.1 O laboratório clínico deve assegurar a confiabilidade
que o liberou deve ser manuscrita ou em formato digital, dos serviços laboratoriais prestados, por meio de, no
com utilização de processo de certificação na forma mínimo:
disciplinada pela Medida Provisória n.º 2.200-2/2001." a) controle interno da qualidade;
(NR) (Redação incluída pela RDC 30/15) b)controle externo da qualidade (ensaios de proficiência).
6.3.3 O laudo deve conter no mínimo os seguintes itens:
a) identificação do laboratório; 9 CONTROLE DA QUALIDADE
b) endereço e telefone do laboratório; 9.1 Os programas de Controle Interno da Qualidade (CIQ)
c) identificação do Responsável Técnico (RT); e Controle Externo da Qualidade (CEQ) devem ser
d) nº. de registro do RT no respectivo conselho de classe documentados, contemplando:
profissional; a) lista de analitos;
e) identificação do profissional que liberou o exame; b) forma de controle e freqüência de utilização;
f) nº. registro do profissional que liberou o exame no c) limites e critérios de aceitabilidade para os resultados
respectivo conselho de classe do profissional dos controles;
g) nº. de registro do Laboratório Clínico no respectivo d) avaliação e registro dos resultados dos controles.
conselho de classe profissional; 9.2 Controle Interno da Qualidade - CIQ
h) nome e registro de identificação do cliente no 9.2.1 O laboratório clínico deve realizar Controle Interno
laboratório; da Qualidade contemplando:
i) data da coleta da amostra; a) monitoramento do processo analítico pela análise das
j) data de emissão do laudo; amostras controle, com registro dos resultados obtidos e
k) nome do exame, tipo de amostra e método analítico; análise dos dados;
l) resultado do exame e unidade de medição; b) definição dos critérios de aceitação dos resultados por
m) valores de referência, limitações técnicas da tipo de analito e de acordo com a metodologia utilizada;
metodologia e dados para interpretação; c) liberação ou rejeição das análises após avaliação dos
n) observações pertinentes. resultados das amostras controle.
6.3.4 Quando for aceita amostra de paciente com 9.2.2 Para o CIQ, o laboratório clínico deve utilizar
restrição, esta condição deve constar no laudo. amostras controle comerciais, regularizados junto a
6.3.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente.
que optarem pela transcrição do laudo emitido pelo 9.2.2.1 Formas alternativas descritas na literatura podem
laboratório de apoio, devem garantir a fidedignidade do ser utilizadas desde que permitam a avaliação da precisão
mesmo, sem alterações que possam comprometer a do sistema analítico.
interpretação clínica. 9.2.3 O laboratório clínico deve registrar as ações
6.3.6 O responsável pela liberação do laudo pode adotadas decorrentes de rejeições de resultados de
adicionar comentários de interpretação ao texto do amostras controle.
laboratório de apoio, considerando o estado do paciente e 9.2.4 As amostras controle devem ser analisadas da
o contexto global dos exames do mesmo. mesma forma que amostras dos pacientes.
6.3.7 O laudo de análise do diagnóstico sorológico de 9.3 Controle Externo da Qualidade - CEQ
Anticorpos Anti-HIV deve estar de acordo com a Portaria 9.3.1 O laboratório clínico deve participar de Ensaios de
MS nº 59/2003, suas atualizações ou outro instrumento Proficiência para todos os exames realizados na sua
legal que venha a substituí-la. rotina.
6.3.8 As cópias dos laudos de análise bem como dados 9.3.1.1 Para os exames não contemplados por programas
brutos devem ser arquivados pelo prazo de 5 (cinco) anos, de Ensaios de Proficiência, o laboratório clínico deve
facilmente recuperáveis e de forma a garantir a sua adotar formas alternativas de Controle Externo da
rastreabilidade. Qualidade descritas em literatura científica.
6.3.8.1 Caso haja necessidade de retificação em qualquer 9.3.2 A participação em Ensaios de Proficiência deve ser
dado constante do laudo já emitido, a mesma dever ser individual para cada unidade do laboratório clínico que
feita em um novo laudo onde fica clara a retificação realiza as análises.
realizada. 9.3.3 A normalização sobre o funcionamento dos
Provedores de Ensaios de Proficiência será definida em
7 REGISTROS resolução específica, desta ANVISA .
7.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 9.3.4 O laboratório clínico deve registrar os resultados do
devem garantir a recuperação e disponibilidade de seus Controle Externo da Qualidade, inadequações,
registros críticos, de modo a permitir a rastreabilidade do investigação de causas e ações tomadas para os resultados
laudo liberado. rejeitados ou nos quais a proficiência não foi obtida.
7.2 As alterações feitas nos registros críticos devem 9.3.5 As amostras controle devem ser analisadas da
conter data, nome ou assinatura legível do responsável mesma forma que as amostras dos pacientes.
pela alteração, preservando o dado original.
10 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
8 GARANTIA DA QUALIDADE 10.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para se
237
adequarem ao estabelecido neste Regulamento Técnico a 11.13 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 787, de 23 de
partir da data de sua publicação. outubro de 2002 - parte 1. Manual de Apoio aos Gestores do
SUS - Organização da Rede de Laboratórios Clínicos. Diário
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 24
11 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
out. 2002.
BIBLIOGRÁFICAS 11.14 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 788, de 23 de
11.1 BRASIL. Presidência da República. Decreto nº. 49.974-A,
outubro de 2002. Manual de Apoio aos Gestores do Sistema
de 21 de janeiro de 1961. Regulamenta, sob a denominação de
Único de Saúde - SUS para a Organização dos Postos de Coleta
Código Nacional de Saúde, a Lei nº. 2.321, de 3 de setembro de
da Rede de Laboratórios Clínicos. Diário Oficial da União da
1954, de "Normas Gerais sobre Defesa e Proteção da Saúde".
República Federativa do Brasil, Brasília, 24 out. 2002.
Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil,
11.15 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 59, de 28 de
Brasília, 6 fev.1961.
janeiro de 2003. Dispõe sobre a sub-rede de laboratórios do
11.2 BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº. 6360 de 23 de
Programa Nacional de DST e Aids. Diário Oficial da União da
setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que
República Federativa do Brasil, Brasília, Edição Extra, 30 jan.
ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos
2003.
farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros
11.16 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº.34 de 28 de
produtos, e dá outras providências. Diário Oficial da União da
julho de 2005 Regulamenta o uso de testes rápidos para
República Federativa do Brasil, Brasília, 24 set. 1976.
diagnóstico da infecção pelo HIV em situações especiais. Diário
11.3 BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº. 6437 de 20 de
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília,
agosto de 1977. Configura infrações à legislação sanitária
Edição de 29 jul. 2005.
federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras
11.17 BRASIL. Ministério do Trabalho. Gabinete do Ministro.
providências. Diário Oficial da União da República Federativa
Portaria nº. 3.214, de 08 de junho de 1978. Dispõe sobre a
do Brasil, Brasília, 24 ago. 1977.
Aprovação das Normas Regulamentadoras -NR- do Capítulo V,
11.4 BRASIL. Congresso Nacional. Lei n 8078, de 11 de
Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à
setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Diário
Segurança e Medicina do TrabaIho. Diário Oficial da República
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, v.
Federativa do Brasil, Brasília, 06 jul. 1978.
128, n. 176, supl. p. 1, 12 de set. 1990.
11.18 BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº. 8, de 08 de
11.5 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Processamento
maio de 1996- NR 07. Altera Norma Regulamentadora NR-7-
de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. 2ª
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Diário
edição. Brasília, Centro de Documentação. 1994
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, v.
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/processamento_
134, nº. 91, p. 8202, 13 mai. 1996.
artigos.pdf
11.19 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
11.6 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Conduta -
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 185, de 22 de outubro
Exposição Ocupacional a Material Biológico: Hepatite e HIV /
de 2001. Aprova o Regulamento Técnico que consta no anexo
Coordenação Nacional de DST e AIDS - Brasília: Ministério da
desta Resolução, que trata do registro, alteração, revalidação e
Saúde 1999. 20p.
cancelamento do registro de produtos médicos na Agência
http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_condutas_h
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Diário Oficial da
epatite_hiv.pdf
União da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 out. 2001.
11.7 BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de
11.20 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Saúde. Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 50, de 21 de fevereiro
Microbiologia. 4ª edição. Brasília. 2000.
de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
http://dtr2001.saude.gov.br/svs/pub/pub22.htm
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos
11.8 BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria Executiva.
físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial
Subsecretaria de Assuntos Administrativos.Vocabulário da
da União da República Federativa do Brasil. Brasília, 20 mar.
Saúde em Qualidade e Melhoria da Gestão / Secretaria
2002.
Executiva, Subsecretaria de Assuntos Administrativos;
12.20 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
elaboração de Jeová Dias Martins. -Brasília: Ministério da
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 260, de 23 de setembro
Saúde, 2002. 98 p. (Série F. Comunicação e Educação em
de 2002. Regula os produtos para a saúde. Diário Oficial da
Saúde).
União da República Federativa do Brasil, Brasília, 03 out. 2002.
11.9 BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário do Ministério da
11.21 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Saúde: projeto terminologia em saúde / Ministério da Saúde -
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 01, de 06 dezembro de
Brasília. Ministério da Saúde, 2004.
2002. Aprovar, conforme Anexo, o Regulamento Técnico para
11.10 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
fins de vigilância sanitária de mercadorias importadas.
Sanitária. Portaria nº. 8, de 23 de janeiro de 1996. Dispõe sobre
Retificação - Diário Oficial da União da República Federativa
o registro de produtos para diagnóstico de uso in vitro na
do Brasil, Brasília, 10 jan. 2003 - Prorrogada pela Resolução
Secretaria de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União da
RDC nº. 20, de 30 de janeiro de 2003.
República Federativa do Brasil, Brasília, 24 jan. 1996.
11.22 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
11.11 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1985, de 25 de
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 33, de 25 de fevereiro
outubro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico MERCOSUL
de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
para Transporte no MERCOSUL de Substâncias Infecciosas e
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde Diário Oficial
Amostras para Diagnóstico, no MERCOSUL que consta como
da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 05 mar.
Anexo e faz parte da presente Portaria. Diário Oficial da União
2003.
da República Federativa do Brasil, Brasília, 06 nov. 2001.
11.23 IATA - Dangerous Good Regulations (DGR) 44ª. Edicion,
11.12. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1.943, de 18
2003.
de outubro de 2001 Define a relação de doenças de notificação
compulsória para todo território nacional. Diário Oficial da
União da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 out. 2001.
238
11.24 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Gestão da qualidade no laboratório clínico - NBR 14500 - jun
2000.
11.25 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Glossário de termos para uso no laboratório clínico e no
diagnóstico in vitro - NBR - 14501 - mar 2001.
11.26 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Diagnóstico in vitro - Recomendações e critérios para aquisição,
recepção, transporte e armazenamento de produtos - NBR 14711
- jun 2001.
11.27 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Laboratório Clínico - NBR 14785 - dez de 2001.
11.28 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Laboratório Clínico - Requisitos de segurança - NBR 14785 -
dez 2001.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


14.10.2005

239
RDC n° 80, de 11/05/2006 considerando a Resolução RDC n.º 135, de 29 de maio
(D.O.U de 12.05.2006) de 2003, que aprova o Regulamento Técnico para
Medicamentos Genéricos;
Dispões sobre o fracionamento de medicamentos considerando a Resolução RDC nº. 140, de 29 de maio
de 2003, republicada em 24 de setembro de 2003, que
O Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional dispõe sobre os textos de bula dos medicamentos;
de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe considerando a Resolução RDC n.º 333, de 19 de
confere o inciso IV do art 13 do Regulamento da novembro de 2003, que dispõe sobre a rotulagem de
ANVISA aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de abril medicamentos;
de 1999, (Retificado pelo DOU nº 91, de 15 de maio de considerando a Resolução n.º 328, de 22 de julho de
2006). 1999, da ANVISA, que institui Regulamento Técnico das
considerando que as ações e serviços de saúde são de Boas Práticas de Dispensação para Farmácias e
relevância pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos Drogarias;
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e considerando a Resolução RE nº. 893, de 29 de maio
controle, conforme estabelecido no art. 197 da de 2003, republicada em 02 de junho de 2003, que aprova
Constituição Federal de 1988; o Guia para a Realização de Alterações, Inclusões,
considerando as diretrizes, as prioridades e as Notificações e Cancelamentos Pós-Registro de
responsabilidades estabelecidas na Política Nacional de Medicamentos, bem como os acréscimos da Resolução -
Medicamentos instituída pela Portaria n° 3.916/MS/GM, RE nº. 2.328, de 20 de setembro de 2005;
de 30 de outubro de 1998, que busca garantir condições considerando a Resolução n.º 357, de 20 de abril de
para segurança e qualidade dos medicamentos 2001, do Conselho Federal de Farmácia, que aprova o
consumidos no país, promover o uso racional e o acesso regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia, e
da população àqueles considerados essenciais; considerando a necessidade de ajustar as condições
considerando as disposições contidas na Resolução n.º técnicas e operacionais necessárias à dispensação de
338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de medicamentos na forma fracionada em farmácias e
Saúde, que aprova a Política Nacional de Assistência drogarias,
Farmacêutica do Ministério da Saúde; adota, “ad referendum”, a seguinte Resolução de
considerando as disposições contidas na Lei n.º 5.991, Diretoria Colegiada e determina a sua publicação:
de 17 de dezembro de 1973, e no Decreto n.º 74.170, de
10 de junho de 1974, acerca do controle sanitário do CAPÍTULO I
comércio de medicamentos; DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
considerando as disposições contidas na Lei n.º 6.360, Art. 1º As farmácias e drogarias poderão fracionar
de 23 de setembro de 1976, e no Decreto n.º 79.094, de 5 medicamentos a partir de embalagens especialmente
de janeiro de 1977, acerca do sistema de vigilância desenvolvidas para essa finalidade de modo que possam
sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos; ser dispensados em quantidades individualizadas para
considerando a Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de atender às necessidades terapêuticas dos consumidores e
1999, que estabelece as bases legais para a instituição dos usuários desses produtos, desde que garantidas as
medicamentos genéricos no país; características asseguradas no produto original registrado
considerando a Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, e observadas as condições técnicas e operacionais
que dispõe sobre as infrações à legislação sanitária federal estabelecidas nesta resolução.
e estabelece as respectivas penalidades; Parágrafo único. O fracionamento de que trata esta
considerando a Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de resolução não se aplica aos medicamentos sujeitos ao
1990, que dispõe sobre a proteção e a defesa do controle especial.
consumidor;
considerando a finalidade institucional da Agência CAPÍTULO II
Nacional de Vigilância Sanitária de promover a proteção DAS DEFINIÇÕES
da saúde da população por intermédio do controle Art. 2º Para efeito desta resolução são adotadas as
sanitário da produção e da comercialização de produtos e seguintes definições:
serviços submetidos à vigilância sanitária, conforme I - área de fracionamento: área identificada e visível para
estabelecido pela Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999; o consumidor e usuário de medicamentos, que se destina
considerando o Decreto n.º 5.775, de 10 de maio de às operações relacionadas ao fracionamento das unidades
2006, que dispõe sobre o fracionamento de medicamentos farmacêuticas, para atender à prescrição ou ao tratamento
para dispensação em farmácias e drogarias, revoga o correspondente nos casos de medicamentos isentos de
Decreto n.º 974, de 4 de outubro de 1993, e o Decreto n.º prescrição;
5.348, de 19 de janeiro de 2005, e dá outras providências; II - assistência farmacêutica: conjunto de ações voltadas à
considerando a Resolução RDC n.º 33, de 19 de abril promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto
de 2000, que estabelece os requisitos para a manipulação individual como coletivo, tendo o medicamento como
de medicamentos; insumo essencial, visando o acesso e o seu uso racional,
envolvendo aquelas referentes à atenção farmacêutica;

240
III - atenção farmacêutica: modelo de prática XV - embalagem original para fracionáveis:
farmacêutica, desenvolvida no contexto da assistência acondicionamento que contém embalagens primárias
farmacêutica, que compreende atitudes, valores éticos, fracionáveis ou embalagens primárias fracionadas;
comportamentos, habilidades, compromissos e co- XVI - farmacêutico: profissional com título universitário
responsabilidades na prevenção de doenças, na promoção de nível superior habilitado pelo Conselho Regional de
e na recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de Farmácia, para o exercício das atribuições legais e
saúde, mediante interação direta do farmacêutico com o técnicas inerentes à profissão farmacêutica;
usuário, visando uma farmacoterapia racional e a XVII - farmácia: estabelecimento de manipulação de
obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas,
para a melhoria da qualidade de vida. medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
IV - dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de compreendendo o de dispensação e o de atendimento
droga, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
a título remunerado ou não; equivalente de assistência médica;
V - dose unitária: subdivisão da forma farmacêutica na XVIII - fracionamento: procedimento que integra a
quantidade correspondente a dose posológica, preservadas dispensação de medicamentos na forma fracionada
suas características de qualidade e rastreamento; efetuado sob a supervisão e responsabilidade de
VI - droga: substância ou matéria-prima que tenha profissional farmacêutico habilitado, para atender à
finalidade medicamentosa ou sanitária; prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de
VII - drogaria: estabelecimento de dispensação e medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela
comércio de drogas, medicamentos, insumos subdivisão de um medicamento em frações
farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem
VIII - embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer rompimento da embalagem primária, mantendo seus
forma de acondicionamento, removível ou não, destinado dados de identificação;
a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, XIX - medicamento: produto farmacêutico tecnicamente
especificamente ou não, os produtos de que trata esta obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa,
resolução; paliativa ou para fins de diagnósticos;
IX - embalagem original: acondicionamento aprovado XX - prescrição: ato de indicar o medicamento a ser
para fins de registro pelo órgão competente do Ministério utilizado pelo paciente, de acordo com proposta de
da Saúde, destinado à proteção e manutenção das tratamento farmacoterapêutico, que é privativo de
características de qualidade, segurança e eficácia do profissional habilitado e se traduz pela emissão de uma
produto, compreendendo as embalagens destinadas ao receita, e
fracionamento; XXI - problema relacionado ao medicamento: situação de
X - embalagem primária: acondicionamento que está em risco potencial ou real na vigência de um tratamento
contato direto com o produto e que pode se constituir de medicamentoso.
recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de
proteção, removível ou não, destinado a envasar ou CAPÍTULO III
manter, cobrir ou empacotar matérias-primas, produtos DAS RESPONSABILIDADES
semi-elaborados ou produtos acabados; Art. 3º Toda farmácia e drogaria terá, obrigatoriamente, a
XI - embalagem primária fracionada: menor fração da assistência de farmacêutico responsável ou de seu
embalagem primária fracionável que mantenha os substituto, inscritos no Conselho Regional de Farmácia,
requisitos de qualidade, segurança e eficácia do durante todo o horário de funcionamento do
medicamento, os dados de identificação e as estabelecimento, na forma da lei.
características da unidade farmacotécnica que a compõe, Art. 4º A farmácia e a drogaria devem identificar o
sem o rompimento da embalagem primária; farmacêutico de modo que o consumidor e usuário de
XII - embalagem primária fracionável: acondicionamento medicamentos possa distingui-lo dos demais funcionários
adequado à subdivisão mediante a existência de e profissionais do estabelecimento.
mecanismos que assegurem a presença dos dados de Art. 5º O fracionamento é responsabilidade do
identificação e as mesmas características de qualidade, farmacêutico.
segurança e eficácia do medicamento em cada unidade da Art. 6º O farmacêutico deve exercer assistência
embalagem primária fracionada; farmacêutica e notificar as suspeitas de reações adversas
XIII - embalagem secundária: acondicionamento que está ou quaisquer problemas relacionados ao medicamento ou
em contato com a embalagem primária e que constitui tratamento medicamentoso à Vigilância Sanitária
envoltório ou qualquer outra forma de proteção, municipal, estadual ou à ANVISA, por meio de
removível ou não, podendo conter uma ou mais formulário destinado a esse fim, conforme especificado
embalagens primárias; no Anexo I desta resolução.
XIV - embalagem secundária para fracionados: Art. 7º As empresas titulares de registro, fabricantes ou
acondicionamento para dispensação de medicamentos importadoras, têm a responsabilidade de garantir e zelar
fracionados ao usuário, que está em contato com a pela manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos
embalagem primária fracionada, e que constitui produtos objeto desta resolução em todas as etapas do
envoltório ou qualquer forma de proteção para o produto;
241
processo até o consumidor final, a fim de evitar riscos e Art. 12. O fracionamento e a dispensação devem ser
efeitos nocivos à saúde. realizados no mesmo estabelecimento.
Parágrafo único. A responsabilidade solidária de zelar § 1º É vedada a captação de prescrições oriundas de
pela qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos, qualquer outro estabelecimento, ainda que da mesma
bem como pelo seu uso racional, inclui as farmácias, empresa.
drogarias e os demais agentes que atuam desde a §2° No caso de empresas com filiais, o fracionamento
produção até o consumo do produto. deve ser executado em cada estabelecimento.
Art. 13. O fracionamento dos medicamentos deve ser
CAPÍTULO IV efetuado na área destinada ao fracionamento, de acordo
DA PRESCRIÇÃO com as Boas Práticas para Fracionamento de
Art. 8º A apresentação da prescrição é condição essencial Medicamentos estabelecidas no Anexo I desta resolução.
para o fracionamento. Parágrafo único. É proibido manter substâncias, produtos,
§ 1º A condição de que trata o caput deste artigo não se equipamentos ou utensílios na área de fracionamento que
aplica aos medicamentos isentos de prescrição. possam violar, alterar, adulterar ou avariar os
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição poderão ser medicamentos a serem fracionados.
fracionados e dispensados em quantidade que atenda às Art. 14. O fracionamento somente será efetuado após a
necessidades terapêuticas do consumidor e usuário de apresentação da prescrição pelo consumidor e usuário de
medicamentos, sob orientação e responsabilidade do medicamentos, na quantidade exata de unidades
farmacêutico. farmacotécnicas prescritas, seguido da dispensação
Art. 9º A avaliação da prescrição deve observar os imediata do medicamento, sendo vedado realizá-lo
seguintes itens: previamente.
I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas; Parágrafo único. Os medicamentos isentos de prescrição
II - identificação do prescritor, com o número de registro destinados ao fracionamento somente serão fracionados
no respectivo conselho profissional, endereço completo no momento da dispensação, observada a condição
do seu consultório ou da instituição de saúde a que estabelecida no § 2º do art. 8º desta resolução, sendo
pertence; vedada a exposição direta desses produtos aos
III - nome do paciente; consumidores e usuários de medicamentos.
IV - nome comercial do medicamento, quando não se Art. 15. Apenas pode ser fracionada a apresentação do
tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos medicamento, a partir de sua embalagem original para
isentos de registro e imunoterápicos; fracionáveis, para possibilitar um atendimento exato da
V - Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua prescrição ou das necessidades terapêuticas dos
falta, Denominação Comum Internacional (DCI), em consumidores e usuários de medicamentos no caso dos
letras minúsculas, ou nomenclatura botânica (gênero e medicamentos isentos de prescrição, mediante
espécie), no caso de fitoterápicos; dispensação de bisnaga monodose, frasco-ampola,
VI - concentração, forma farmacêutica, quantidades e ampola, seringa preenchida, flaconete, sachê, envelope,
respectivas unidades e posologia, com a duração do blister, strip, que contenha comprimidos, cápsulas, óvulos
tratamento; vaginais, drágeas, adesivos transdérmicos ou supositórios,
VII - modo de usar; sem rompimento da embalagem primária.
VIII - local e data de emissão, e Parágrafo único. É proibido fracionar as apresentações ou
IX - assinatura e carimbo do prescritor. formas farmacêuticas não identificadas no caput deste
Parágrafo único. Caso a prescrição esteja de acordo com a artigo.
DCB ou, na sua falta, com a DCI, e não haja manifestação Art. 16. Após o fracionamento, a embalagem primária
do profissional prescritor pela manipulação do fracionada deve ser acondicionada na embalagem
medicamento, a farmácia deve dispensar o medicamento secundária para fracionados, adequada à manutenção de
industrializado. suas características específicas, na qual deve conter rótulo
referente ao medicamento fracionado.
CAPÍTULO V Parágrafo único. A embalagem primária fracionável e a
DO FRACIONAMENTO embalagem primária fracionada remanescentes devem
Art. 10. O procedimento de fracionamento de permanecer acondicionadas em sua embalagem original
medicamentos de que trata esta resolução é privativo de para fracionáveis.
farmácias e drogarias devidamente regularizadas junto aos Art. 17. Cada embalagem secundária para fracionados
órgãos de vigilância sanitária competentes, segundo a deve acondicionar apenas um item da prescrição e conter
legislação vigente. uma bula do respectivo medicamento.
Art. 11. O fracionamento deve ser realizado sob a § 1º É vedado dispensar medicamentos diferentes para
supervisão e responsabilidade do farmacêutico cada item da prescrição, ainda que do mesmo princípio
tecnicamente responsável pelo estabelecimento, ativo e fabricante.
observando-se as Boas Práticas para Fracionamento de § 2º É responsabilidade do titular do respectivo registro
Medicamentos, conforme estabelecido no Anexo I desta do medicamento disponibilizar ao estabelecimento
resolução. farmacêutico a quantidade de bulas suficientes para

242
atender às necessidades do consumidor e usuário de § 1º As apresentações comerciais fracionáveis devem
medicamentos, nos termos desta resolução. representar o melhor custo-benefício para o consumidor e
§ 3º O estabelecimento farmacêutico é responsável por usuário de medicamentos.
disponibilizar a bula ao consumidor e usuário do § 2º Para fins de registro, inclusão ou alteração pós-
medicamento de modo a lhe assegurar o acesso à registro, a embalagem primária fracionável e a
informação adequada, independente das orientações e embalagem primária fracionada deverão viabilizar a
recomendações inerentes à atenção farmacêutica. dispensação por meio de frações compostas por apenas
CAPÍTULO VI uma unidade farmacotécnica e atender às especificações
DA DISPENSAÇÃO contidas nesta resolução, sem prejuízo de outras
Art. 18. É vedada a substituição de medicamentos disposições contidas na legislação vigente
fracionáveis por medicamentos manipulados. Art. 22. Cada embalagem original para fracionáveis deve
Art. 19. A prescrição deve ser restituída ao consumidor e ser acompanhada de um número mínimo de bulas que
usuário de medicamentos devidamente carimbada em atenda à menor posologia relativa ao menor período de
cada item dispensado e assinada pelo farmacêutico. tratamento.
Parágrafo único. O carimbo indicativo da dispensação Parágrafo único. Quando o menor período de tratamento
deve conter: não puder ser definido ou no caso de indicação de
I - data da dispensação; medicamentos para tratamento agudo, deve-se utilizar
II - nome do farmacêutico responsável pelo como referência sua posologia mínima diária.
fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho Art. 23. Todos os medicamentos destinados ao
Regional de Farmácia; fracionamento devem ostentar no terço médio da face
III - razão social da farmácia ou drogaria. principal da embalagem original para fracionáveis, logo
Art. 20. A farmácia e a drogaria devem manter registro de acima da faixa de restrição de venda, ou posição
todas as operações relacionadas com a dispensação de equivalente no caso de inexistência dessa, a expressão
medicamentos na forma fracionada de modo a garantir o "EMBALAGEM FRACIONÁVEL", em caixa alta, cor
rastreamento do produto, contendo no mínimo as vermelha, PANTONE 485C, impressa sobre fundo com
seguintes informações: tonalidade contrastante, de modo a garantir perfeita
I - data da dispensação; legibilidade, com caracteres nunca inferiores a cinqüenta
II - nome completo e endereço do consumidor e usuário por cento do tamanho do nome comercial ou, na sua falta,
do medicamento; da DCB ou, na sua falta, da DCI.
III - medicamento, posologia e quantidade prescritos de § 1º A modificação dos dizeres de embalagem ou
acordo com sistema de pesos e medidas oficiais; rotulagem para adequar as apresentações já registradas ao
IV - nome do titular do registro do medicamento; fracionamento de que trata esta resolução, deve ser
V - número do registro no órgão competente da vigilância requerida pelo titular do registro, conforme legislação
sanitária, contendo os treze dígitos, número(s) do(s) vigente.
lote(s), data(s) de validade(s) e data(s) de fabricação do §2° A rotulagem de medicamentos a serem adquiridos
medicamento a ser dispensado na forma fracionada; pelo Ministério da Saúde deve obedecer identificação
VI - data da prescrição; padronizada conforme legislação específica, sem prejuízo
VII - nome do prescritor e número de inscrição no do disposto nesta resolução.
respectivo conselho profissional. § 3º No caso de medicamentos genéricos, os dizeres de
§ 1°A forma de escrituração de todas as operações rotulagem descritos no caput deste artigo deverão ser
relacionadas com o fracionamento de medicamentos indicados logo acima da faixa amarela que contém o
ficará à critério do próprio estabelecimento, podendo ser logotipo definido pela legislação específica e deverão
manual ou eletrônica, observando-se a ordem cronológica atender ao disposto nesta resolução, sem prejuízo das
das operações. demais normas vigentes.
§ 2° Os registros deverão ser legíveis, sem rasuras ou Art. 24. Cada embalagem primária fracionada deve conter
emendas, devendo ser mantidos atualizados e permanecer no mínimo as seguintes informações:
à disposição das autoridades sanitárias por um período de I - nome comercial do medicamento, quando não se tratar
cinco anos. de genérico, isentos de registro, homeopáticos isentos de
§ 3º O registro das informações indicadas neste artigo, registro e imunoterápicos;
relacionadas com a prescrição, não se aplicam aos II - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou
medicamentos isentos de prescrição. nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de
CAPÍTULO VII fitoterápicos;
DA EMBALAGEM E ROTULAGEM III - concentração da substância ativa por unidade
Art. 21. Somente os medicamentos registrados e posológica, com exceção de medicamentos com mais de
aprovados pelo órgão ou entidade competente segundo as quatro fármacos;
especificações contidas nesta resolução, com embalagem IV - nome do titular do registro ou logomarca, desde que
e rotulagem adequadas ao fracionamento, poderão ser esta contenha o nome da empresa;
fracionados e dispensados na forma fracionada. V - número do registro, número do lote e data de validade
(mês/ano);
VI - via de administração, quando restritiva.
243
§ 1º As informações exigidas neste artigo devem permitir desde que atendidas as condições técnicas e operacionais
fácil leitura e identificação. estabelecidas nesta resolução e seus anexos.
§ 2º No caso do inciso V deste artigo é facultada a Art. 28. A farmácia e a drogaria devem dispor dos
descrição apenas dos nove primeiros dígitos do número de seguintes requisitos para realizar o fracionamento, sem
registro. prejuízo das demais normas vigentes:
§ 3º Quando tratar-se de medicamento genérico, cada I - área de fracionamento, identificada e visível para o
embalagem primária fracionada deve conter a expressão usuário;
"Medicamento genérico Lei n.º 9.787, de 1999" ou o II - placa contendo o nome completo do farmacêutico e
logotipo caracterizado pela letra "G" estilizada e as horário de sua atuação, em local visível para o público,
palavras "Medicamento" e "Genérico", conforme com informações legíveis e ostensivas;
legislação específica. III - indicação, em local visível para o público, contendo
§ 4º Além das informações indicadas neste artigo, cada informações legíveis e ostensivas de que o fracionamento
embalagem primária fracionada deve conter a expressão deve ser realizado sob a responsabilidade do
"Exija a bula". farmacêutico;
Art. 25. As embalagens originais para fracionáveis devem IV - documentos comprobatórios quanto à regularidade de
ser armazenadas de forma ordenada, em local adequado e funcionamento do estabelecimento, expedidos pelos
identificado, a fim de separá-las das apresentações não órgãos sanitários competentes, e Certificado de
fracionáveis. Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de
Parágrafo único. Após a ruptura do lacre ou do selo de Farmácia, em local visível para o público, e
segurança, as embalagens originais para fracionáveis V - instalações físicas, equipamentos adequados e
devem ser armazenadas em local distinto das demais. condições técnico-operacionais para realizar a
Art. 26. Toda embalagem secundária para fracionados dispensação de medicamentos na forma fracionada.
deve conter rótulo com os seguintes itens: Parágrafo único. As farmácias que disponham de área de
I - razão social e endereço da farmácia ou drogaria onde manipulação poderão utilizá-la como área de
foi realizado o fracionamento e a dispensação; fracionamento para os fins desta resolução, desde que as
II - nome do farmacêutico responsável pelo instalações sejam adequadas às operações
fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e
Regional de Farmácia; materiais de forma organizada, objetivando evitar os
III - nome comercial do medicamento, quando não se riscos de contaminação, misturas ou trocas de
tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos medicamentos, sem prejuízo das demais normas sanitárias
isentos de registro e imunoterápicos; vigentes.
IV - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou CAPÍTULO IX
nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
fitoterápicos; Art. 29. Ficam instituídas as Boas Práticas para
V - concentração, posologia e via de administração do Fracionamento de Medicamentos, conforme Anexo I
medicamento; desta resolução.
VI - número(s) do(s) lote(s) ou partida(s) com a(s) data(s) Art. 30. Fica instituído o Roteiro de Inspeção para Fins de
de fabricação e data(s) de validade (mês/ano) do Verificação das Boas Práticas para Fracionamento de
medicamento; Medicamentos, conforme Anexo II desta resolução.
VII - advertências complementares presentes na Art. 31. Ficam estabelecidos a Classificação e os Critérios
embalagem original para fracionáveis; de Avaliação para os Itens do Roteiro de Inspeção para o
VIII - nome da empresa titular do registro e respectivo Fracionamento de Medicamentos em Farmácias e
número de telefone do Serviço de Atendimento ao Drogarias, conforme Anexo III desta resolução.
Consumidor (SAC). Art. 32. As questões relacionadas ao preço dos
Parágrafo único. Quando tratar-se de medicamento medicamentos objeto desta resolução devem atender às
genérico, a embalagem secundária para fracionados deve disposições do órgão competente, segundo o disposto no
conter a expressão "Medicamento genérico Lei n.º 9.787, § 1º do art. 21 desta resolução.
de 1999". Art. 33. As petições de registro ou de alteração ou
CAPÍTULO VIII inclusão pós-registro para fins exclusivos de
DO LICENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO DE fracionamento, protocolizadas antes do dia 21 de
FUNCIONAMENTO setembro de 2005, poderão conter, em caráter
Art. 27. O fracionamento de que trata esta resolução é excepcional, apresentações comerciais com embalagens
privativo de farmácias e drogarias devidamente primárias fracionáveis compostas por frações com mais
regularizadas junto aos órgãos de vigilância sanitária de uma unidade farmacotécnica.
competentes, nos termos da legislação vigente. § 1º Para os fins deste artigo, a descrição de rotulagem
Parágrafo único. O procedimento de fracionamento estabelecida pelo art. 23 deverá ser acrescida da indicação
integra a dispensação de medicamentos, sendo da quantidade de unidades farmacotécnicas contidas em
desnecessária a expedição de nova licença ou autorização cada embalagem primária fracionada, conforme exemplo
de funcionamento para a execução desse procedimento, a seguir: "Fracionável a cada 2 comprimidos".

244
§ 2º As apresentações com embalagens primárias 2.1.10.- As embalagens originais para fracionáveis devem
fracionáveis compostas por frações com mais de uma ostentar a expressão "EMBALAGEM FRACIONÁVEL"
unidade farmacotécnica deverão ser ajustadas à fração no terço médio da face principal, logo acima da faixa de
unitária até a ocasião do requerimento de revalidação do restrição de venda, ou posição equivalente no caso de
respectivo registro. inexistência dessa, em caixa alta, cor vermelha,
§ 3º Quando se tratar de alteração ou inclusão pós- PANTONE 485C, impressa sobre fundo com tonalidade
registro, a adequação de que trata o parágrafo anterior contrastante, de modo a garantir perfeita legibilidade, com
deverá ser providenciada pelo titular do registro no prazo caracteres nunca inferiores a cinqüenta por cento do
máximo de doze meses contados da data de publicação do tamanho do nome comercial ou, na sua falta, da DCB ou,
respectivo deferimento ou até a ocasião do requerimento na sua falta, da DCI.
de revalidação do registro correspondente, prevalecendo o 2.1.10.1.- No caso de medicamentos genéricos, os dizeres
que ocorrer primeiro. de rotulagem descritos no subitem anterior deverão ser
Art. 34. As restrições desta resolução não se aplicam: indicados logo acima da faixa amarela que contém o
I - aos estabelecimentos de atendimento privativo de logotipo definido pela legislação específica.
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de 2.1.10.2.- No caso das apresentações comerciais com
assistência médica, desde que os medicamentos embalagens primárias fracionáveis compostas por frações
fracionados se destinem à elaboração de doses unitárias com mais de uma unidade farmacotécnica, quando
para uso exclusivo de pacientes internados ou em admitida pela legislação específica, a descrição de
atendimento de urgência ou emergência; rotulagem referente ao fracionamento deverá ser acrescida
II - às farmácias com manipulação quando realizam o da indicação da quantidade de unidades farmacotécnicas
fracionamento de medicamentos registrados junto ao contidas em cada embalagem primária fracionada,
órgão de vigilância sanitária competente, provenientes de conforme o exemplo a seguir: "Fracionável a cada 2
laboratórios de análises clínicas, hospitais, clínicas e comprimidos".
consultórios, para atender solicitações de profissionais ........................................................................................
habilitados para uso exclusivo em pacientes na atividade 2.2.1.9. - No caso de apresentações fracionáveis, além das
clínica ou auxiliar de diagnóstico, do próprio informações listadas anteriormente, com exceção ao item
estabelecimento, desde que observado o disposto no 2.2.1.8, cada embalagem primária fracionada deve conter
Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de a expressão "Exija a bula" e a indicação do respectivo
Manipulação de Medicamentos em farmácias; e número de registro, facultando-se a descrição apenas dos
III - ao serviço de atendimento ao público para aplicação nove primeiros dígitos.
de injetáveis, a cargo de técnico habilitado, .........................................................................................
disponibilizado pelas farmácias e drogarias devidamente 5.2.1. - No caso de apresentações fracionáveis, cada
licenciadas e autorizadas para essa atividade, desde que embalagem primária fracionada deve conter a expressão
cumpridos os preceitos sanitários e legais vigentes. "Medicamento genérico Lei n.º 9.787, de 1999" ou o
Art. 35. O descumprimento das disposições contidas nesta logotipo caracterizado pela letra "G" estilizada e as
resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei palavras "Medicamento" e "Genérico".
n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo da Art. 39. Ficam revogadas as Resoluções da Diretoria
responsabilidade civil, administrativa e penal cabíveis. Colegiada - RDC n.º 135, de 18 de maio de 2005, e RDC
Art. 36. Cabe ao Sistema Nacional de Vigilância n.º 260, de 20 de setembro de 2005.
Sanitária, além de garantir a fiscalização do cumprimento Art. 40. Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em
desta norma, zelar pela uniformidade das ações segundo vigor na data de sua publicação.
os princípios e normas de regionalização e hierarquização FRANKLIN RUBINSTEIN
do Sistema Único de Saúde. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
Art. 37. O item 5.4.1, do Regulamento Técnico das Boas 12.05.2006
Práticas de Dispensação para Farmácias e Drogarias
contido no Anexo da Resolução n.º 328, de 22 de julho de ANEXO I
1999, passa a vigorar com a seguinte redação: PARTE I
........................................................................................ REGULAMENTO TÉCNICO QUE INSTITUI AS
5.4.1. O fracionamento de medicamentos e a dispensação BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
de medicamentos de forma fracionada em desacordo com MEDICAMENTOS EM FARMÁCIAS E DROGARIAS
a legislação específica. (NR) 1 - OBJETIVO
Art. 38. O Anexo da Resolução da Diretoria Colegiada - Fixar os requisitos mínimos exigidos para a avaliação do
RDC n.º 333, de 19 de novembro de 2003, passa a vigorar cumprimento das Boas Práticas para Fracionamento de
com os seguintes acréscimos e alterações: Medicamentos e o seu respectivo roteiro de inspeção, com
1.4. - EMBALAGEM FRACIONÁVEL - Expressão o propósito de implementar o fracionamento como
utilizada para indicar que a embalagem é adequada ao medida integrante da política nacional de medicamentos,
fracionamento para dispensação do medicamento de a qual racionaliza o uso de medicamentos, ajustando-o às
forma fracionada. necessidades terapêuticas do consumidor e usuário desses
......................................................................................... produtos.
2 - ABRANGÊNCIA
245
2.1 - O fracionamento de medicamentos é procedimento Boas Práticas para Fracionamento de Medicamentos, com
privativo de farmácias e drogarias devidamente base nas exigências deste Regulamento Técnico, sem
regularizadas junto aos órgãos de vigilância sanitária prejuízo do disposto nas demais legislações vigentes.
competentes, segundo a legislação vigente. 3.4.2 - As inspeções sanitárias devem ser realizadas com
2.2 - Este Regulamento Técnico não se aplica: base no Anexo II deste Regulamento Técnico.
2.2.1 - aos estabelecimentos de atendimento privativo de PARTE II
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
assistência médica, desde que os produtos fracionados se MEDICAMENTOS
destinem à elaboração de doses unitárias para uso 1 - OBJETIVO
exclusivo de pacientes internados ou em atendimento de Estabelecer os requisitos de Boas Práticas para
urgência/emergência. Fracionamento de Medicamentos, visando garantir a
2.2.2 - às farmácias com manipulação quando realizam o rastreabilidade e a manutenção da qualidade, segurança e
fracionamento de medicamentos registrados junto ao eficácia dos medicamentos dispensados na forma
órgão de vigilância sanitária competente, provenientes de fracionada.
laboratórios de análises clínicas, hospitais, clínicas e 2 - RESPONSABILIDADES
consultórios, para atender solicitações de profissionais 2.1 - Responsabilidades e Atribuições do Farmacêutico:
habilitados para uso exclusivo em pacientes na atividade 2.1.1 - Conhecer, interpretar e estabelecer condições para
clínica ou auxiliar de diagnóstico, do próprio o cumprimento da legislação sanitária.
estabelecimento, desde que observado o disposto no 2.1.2 - Estabelecer critérios e supervisionar o processo de
Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de aquisição de medicamentos.
Manipulação de Medicamentos em farmácias; e 2.1.3 - Organizar e operacionalizar as áreas e atividades
2.2.3 - ao serviço de atendimento ao público para da farmácia ou drogaria assegurando as condições
aplicação de injetáveis, a cargo de técnico habilitado, adequadas para a conservação e dispensação de
disponibilizado pelas farmácias e drogarias devidamente medicamentos.
licenciadas e autorizadas para essa atividade, desde que 2.1.4 - Prestar a atenção farmacêutica, garantindo que na
cumpridos os preceitos sanitários e legais vigentes. dispensação o usuário receba informações necessárias e
3 - CONDIÇÕES suficientes sobre o uso racional do medicamento
3.1 - O fracionamento é responsabilidade do (freqüência de uso, dose, via de administração, cuidados
farmacêutico,. de conservação, horário de uso, interação medicamentosa,
3.2 - As farmácias e drogarias devem possuir recursos interação com alimentos e outras informações), de forma
humanos, infra-estrutura física, equipamentos e a contribuir para a efetividade do tratamento prescrito.
procedimentos operacionais que atendam às 2.1.5 - Manter registro de todas as operações relacionadas
recomendações deste Regulamento Técnico. com a dispensação de medicamentos na forma fracionada,
3.2.1 - Devem ter localização e estrutura que permitam a manual ou eletrônico, devidamente atualizado, de forma
visualização, pelo consumidor e usuário e medicamentos, legível, sem rasuras ou emendas.
das operações realizadas com relação ao fracionamento, 2.1.6 - Assegurar que os rótulos das embalagens
salvo no caso das farmácias que utilizam a área de secundárias para fracionados apresentem todas as
manipulação para o desempenho dessa atividade. informações exigidas no artigo 26 da presente resolução,
3.3 - Documentação de maneira clara e precisa.
3.3.1 - A farmácia e a drogaria devem manter registro de 2.1.7 - Investigar, analisar e registrar toda reclamação
todas as operações relacionadas com a dispensação de referente ao desvio de qualidade dos medicamentos e
medicamentos na forma fracionada de modo a garantir a definir, implementar e registrar as ações corretivas, as
rastreabilidade do produto. quais devem ser encaminhadas ao órgão de vigilância
3.3.2 - A forma de escrituração de todas as operações sanitária local.
relacionadas com o fracionamento de medicamentos 2.1.7.1 - Os registros de reclamação dos medicamentos
ficará à critério do próprio estabelecimento, podendo ser devem incluir nome e dados pessoais do paciente, do
manual ou eletrônica, observando-se a ordem cronológica prescritor, descrição do medicamento, número
das operações. correspondente de registro do fracionamento no livro de
3.3.3 - Os registros deverão ser legíveis, sem rasuras o registro de receituário, natureza da reclamação e
emendas, devendo ser mantidos atualizados e permanecer responsável pela reclamação.
à disposição das autoridades sanitárias por um período de 2.1.7.2 - Prestar esclarecimentos ao reclamante com base
cinco anos. nas conclusões.
3.3.3 - Quando solicitadas pelos órgãos de vigilância 2.1.8 - Participar de estudos de farmacovigilância e
sanitária competentes, os estabelecimentos devem prestar notificar à vigilância sanitária municipal, estadual ou à
as informações e proceder à entrega de documentos, nos ANVISA as suspeitas de reações adversas ou quaisquer
prazos fixados, a fim de não obstarem a ação de vigilância problemas relacionados ao medicamento com resultado
e as medidas que se fizerem necessárias. negativo ao usuário, por meio de formulário disponível
3.4 - Inspeções nas vigilâncias sanitárias locais ou no sítio
3.4.1 - As farmácias e drogarias estão sujeitas às http://www.anvisa.gov.br .
inspeções sanitárias para verificação do cumprimento das
246
2.1.9 - Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes segura e distinta das demais embalagens, a fim de evitar
e os procedimentos relativos aos aspectos operacionais trocas, misturas e contaminação.
para o fracionamento de medicamentos. 3.2.2 - Área de Fracionamento
2.1.10 - Informar à autoridade sanitária a ocorrência de 3.2.2.1 - Deve estar devidamente identificada de forma
suspeita de fraude ou de falsificação de medicamentos. legível e ostensiva.
2.2 - Responsabilidades e Atribuições do Representante 3.2.2.2 - Deve ter localização e estrutura que permitam a
Legal da Farmácia ou Drogaria: visualização, pelo usuário, das operações realizadas com
2.2.1 - Prever e prover os recursos financeiros, humanos e relação ao fracionamento.
materiais necessários ao funcionamento da farmácia ou 3.2.2.2.1As farmácias que disponham de área de
drogaria. manipulação poderão utilizá-la como área de
2.2.2 - Estar comprometido com as Boas Práticas para fracionamento para os fins desta resolução, ainda que não
Fracionamento de Medicamentos, a melhoria contínua e a permitam a visualização das operações pelo usuário,
garantia da qualidade. desde que as instalações sejam adequadas às operações
2.2.3 - Assegurar condições para o cumprimento das correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e
atribuições gerais de todos os envolvidos, visando materiais de forma organizada, objetivando evitar os
prioritariamente a rastreabilidade, a qualidade, a eficácia e riscos de contaminação, misturas ou trocas de
a segurança dos medicamentos. medicamentos, sem prejuízo das demais normas sanitárias
2.2.4 - Favorecer e incentivar programas de educação vigentes.
continuada para todos os profissionais envolvidos nas 3.2.2.3 - Suas dimensões devem estar adequadas ao
atividades da farmácia ou drogaria. volume das operações relacionadas com o fracionamento,
2.2.5 - Informar à autoridade sanitária a ocorrência de devendo possuir no mínimo:
suspeita de fraude ou de falsificação de medicamentos. a) Bancada revestida de material liso, resistente e de fácil
2.2.6 - A farmácia ou drogaria deve dispor de: limpeza;
2.2.6.1 - Placa contendo o nome completo do b) Instrumento cortante para uso exclusivo no
farmacêutico e horário de sua atuação, em local visível fracionamento e que permita sua limpeza e sanitização, e
para o público, com informações legíveis e ostensivas. c) Lixeira com tampa, pedal e saco plástico, devidamente
2.2.6.2 - Indicação, em local visível para o público, identificada.
contendo informações legíveis e ostensivas, de que o 3.2.2.4 - Os equipamentos e os utensílios, em quantidade
fracionamento dever ser realizado sob a responsabilidade suficiente para atender à demanda das operações
do farmacêutico. realizadas, devem estar localizados, instalados e mantidos
2.2.6.3 - Documentos comprobatórios quanto à de forma a facilitar seu uso e limpeza.
regularidade de funcionamento do estabelecimento, 3.2.2.5 - Não deve haver comunicação direta com
expedidos pelos órgãos sanitários competentes, e lavatórios e os sanitários.
Certificado de Regularidade Técnica emitido pelo 4 - FRACIONAMENTO
Conselho Regional de Farmácia, em local visível ao 4.1 - O fracionamento somente será efetuado após a
público. apresentação da prescrição pelo usuário, na quantidade
3 - INFRA-ESTRUTURA exata de unidades posológicas prescritas, seguido da
3.1 - CONDIÇÕES GERAIS dispensação imediata do medicamento, sendo vedado
Para exercer o fracionamento de medicamentos, a realizá-lo previamente.
farmácia ou drogaria deve ser localizada, projetada, 4.1.1 - Os medicamentos isentos de prescrição poderão
construída ou adaptada com infra-estrutura adequada às ser fracionados e dispensados em quantidade que atenda
operações correspondentes, dispondo de todos os às necessidades terapêuticas do consumidor e usuário de
equipamentos e materiais de forma organizada, medicamentos, sob orientação e responsabilidade do
objetivando evitar os riscos de contaminação, misturas ou farmacêutico.
trocas de medicamentos, sem prejuízo das demais normas 4.1.2 - Os medicamentos isentos de prescrição destinados
sanitárias vigentes. ao fracionamento não poderão permanecer disponíveis
3.2 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS diretamente ao alcance dos consumidores e usuários de
3.2.1 - Local de Armazenamento medicamentos.
3.2.1.1 - O acesso ao local de armazenamento deve ser 4.2 - As bancadas de trabalho devem ser mantidas limpas
restrito às pessoas autorizadas. e sanitizadas, assim como os equipamentos e os
3.2.1.2 - Deve estar identificado de forma legível e utensílios, que devem ser guardados em local apropriado.
ostensiva permitindo a fácil localização. 4.3 - Apenas pode ser fracionado o medicamento a partir
3.2.1.3 - Deve ter capacidade suficiente para assegurar a da embalagem original fracionável.
estocagem ordenada e adequada dos medicamentos 4.4 - O fracionamento deve ser efetuado de forma a
fracionáveis, de modo a preservar a identidade, preservar a integridade da embalagem primária e a
integridade, qualidade e segurança dos mesmos. rastreabilidade do medicamento dispensado na forma
3.2.1.4 - O armazenamento das embalagens originais fracionada.
fracionáveis após a ruptura do lacre ou selo de segurança 4.5 - Previamente à dispensação, deve ser providenciado o
deve ser feito em local ordenado, que permita a guarda registro das operações correspondentes, escriturando as
informações referentes à dispensação de cada
247
medicamento fracionado, de modo a facilitar o seu medicamentos fracionados, os quais deverão ser
rastreamento. obedecidos.
4.5.1 - O registro deve conter, no mínimo, os seguintes 4.8.3 - Os equipamentos e materiais de rotulagem devem
itens: ser armazenados em local seguro, com acesso restrito às
I - data da dispensação (dd/mm/aaaa); pessoas autorizadas.
II - nome completo e endereço do paciente; 4.8.4 - Toda embalagem secundária para fracionados deve
III - medicamento, posologia e a quantidade prescrita de conter rótulo com os seguintes itens:
acordo com sistema de pesos e medidas oficiais; I - razão social e endereço da farmácia ou drogaria onde
IV - nome do titular do registro do medicamento; foi realizado o fracionamento e a dispensação;
V - nome do prescritor e número de inscrição no II - nome do farmacêutico responsável pelo
respectivo conselho profissional; fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho
VI - data da prescrição (dd/mm/aaaa); Regional de Farmácia;
VII - número do registro junto ao órgão de vigilância III - nome comercial do medicamento, quando não se
sanitária competente, contendo os treze dígitos, número(s) tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos
do(s) lote(s), data(s) de validade(s) e data(s) de isentos de registro e imunoterápicos;
fabricação. IV - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas ou
4.6 - Devem existir procedimentos operacionais escritos nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de
para a prevenção de trocas ou misturas de medicamentos, fitoterápicos;
sendo, portanto, vedado o fracionamento concomitante de V - concentração, posologia e via de administração do
mais de um medicamento. medicamento;
4.7. Após o fracionamento do medicamento, a embalagem VI - número(s) do(s) lote(s) ou partida(s) com a(s) data(s)
primária fracionável e a embalagem primária fracionada de fabricação e data(s) de validade (mês/ano) do
remanescentes devem permanecer acondicionadas em sua medicamento;
respectiva embalagem original para fracionáveis. VII - advertências complementares presentes na
4.8 -Embalagem e Rotulagem embalagem original para fracionáveis; e
4.8.1 - As embalagens secundárias para fracionados, VIII - nome da empresa titular do registro e respectivo
disponibilizadas pela farmácia ou drogaria, devem número de telefone do Serviço de Atendimento ao
garantir a manutenção da qualidade dos medicamentos Consumidor (SAC);
fracionados após a dispensação. 4.8.5 - O lixo e os resíduos do fracionamento devem ser
4.8.2 - Devem existir procedimentos operacionais escritos depositados em recipientes tampados e identificados, e
para as operações de rotulagem e embalagem de seu descarte dever ser realizado fora da área de
fracionamento, de acordo com a legislação vigente

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


12.05.2006
Republicado no DOU nº 91 de 15/05/2006

248
ANEXO II
ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA FINS DE VERIFICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
MEDICAMENTOS

1 - ADMINISTRAÇÃO E INFORMAÇÕES GERAIS:


1.1 I O estabelecimento está devidamente regularizado perante os órgãos de vigilância sanitária S N N/A
competentes para realizar a dispensação de medicamentos?
1.2 I Possui Farmacêutico Responsável Técnico?

1.3 N O farmacêutico está identificado de modo distinto dos demais funcionários?

1.4 INF Possui farmacêutico substituto ou co-responsável?

1.5 I O Responsável Técnico, seu substituto ou co-responsável está presente?

1.6 N As instalações mantêm boas condições higiênico-sanitárias para o fracionamento?

1.7 N Os locais estão limpos, sem poeira ou sujeira aparente?

1.8 N Possui placa contendo o nome completo do farmacêutico e horário de sua atuação, em local visível
para o público, com informações legíveis e ostensivas?
1.9 N Possui indicação, em local visível para o público, contendo informações legíveis e ostensivas de
que o fracionamento deve ser realizado sob a responsabilidade do farmacêutico?
2 - ARMAZENAMENTO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS:
2.1 N Existe local para o armazenamento de medicamentos? S N N/A
2.2 N O acesso ao local de armazenamento é restrito às pessoas autorizadas?
2.3 N O local de armazenamento está identificado de forma legível e ostensiva, permitindo a fácil
localização dos medicamentos acondicionados em embalagens fracionáveis?
2.4 N Os medicamentos estão devidamente armazenados?
2.5 N Existem procedimentos escritos (rotinas) quanto a estocagem/armazenamento, fracionamento e
dispensação de medicamentos?
2.5.1 N Estes procedimentos estão disponíveis aos funcionários?
2.5.2 N São cumpridos?
2.6 INF Possui medicamentos que necessitam de armazenamento em baixa temperatura?
2.7 N Possui geladeira com termômetro para controle e registro de temperatura?
3 - FRACIONAMENTO:
3.1 I Existe área identificada, de forma legível e ostensiva, para o fracionamento de medicamentos? S N N/A
3.1.1 I Essa área é visível ao consumidor ou usuário de medicamentos?
3.2 N As instalações possuem condições higiênico-sanitárias satisfatórias e estão em bom estado de
conservação?
3.3 N Possui os equipamentos e utensílios necessários para os procedimentos realizados?
3.4 N Existem procedimentos escritos para as atividades de fracionamento de medicamentos?
3.5 I Todos os medicamentos fracionados são dispensados mediante prescrição segundo a legislação
vigente?
3.6 N A conferência das prescrições é efetuada pelo farmacêutico?
3.7 N O estabelecimento dispõe de mecanismo e procedimento de registro com relação à dispensação de
medicamentos fracionados?
3.8 N Os registros estão com escrituração atualizada, legível e sem rasuras?
3. 9 N Os equipamentos e os materiais de rotulagem destinados às embalagens contendo os
medicamentos fracionados estão guardados em local seguro, com acesso restrito às pessoas
autorizadas?
3.10 I Os dizeres de rotulagem da embalagem secundária para fracionados contemplam todas as
informações especificadas nas normas vigentes?

249
250
RDC Nº 199, DE 26/10/ 2006 §2º Os produtos no Anexo I são de venda isenta de
(D.O.U 30.10.2006) prescrição médica
§3º É vedada a comercialização dos produtos do
Dispões sobre a notificação simplificada de Anexo I na forma farmacêutica injetável.
medicamentos §4º Todos os produtos a base de cânfora são
passíveis de registro como Medicamentos Específicos.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de § 5° As inclusões, alterações e exclusões do Anexo
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere I serão publicadas periodicamente pela ANVISA, em
o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo resolução especifica, após avaliação, pela Subcomissão do
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira das
o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do informações apresentadas pelas empresas através do
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da REQUERIMENTO presente no anexo III IV deste
Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, regulamento.
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião Art. 4° Apenas as empresas fabricantes, que
realizada em 23 de outubro de 2006, e cumprem as Boas Práticas de Fabricação e Controle, de
Considerando o disposto no Art. 41 §2º da Lei acordo com a legislação vigente, e que estão devidamente
9782 de 1999, alterada pela Medida Provisória 2190-34 autorizadas/licenciadas pela Autoridade Sanitária
de 2001. competente, podem notificar e fabricar os produtos
Considerando a definição de medicamento abrangidos por esta resolução mediante o certificado de
presente no Art. 4º inciso II da Lei 5991 de 1973. Boas Praticas de Fabricação ou protocolo de solicitação
Considerando o art. 2 inciso III da Lei n° 9279/96, do pedido de BPF com status satisfatório no Banco de
que regula os direitos e obrigações relativos à propriedade dados de Inspeção da ANVISA.
industrial adota a seguinte Resolução de Diretoria Art. 5° Os estudos de estabilidade devem ser
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua realizados conforme GUIA DE ESTABILIDADE.
publicação: Quando houver inviabilidade técnica para realização dos
Art. 1º Para efeito desta Resolução consideram-se testes requeridos a empresa deverá apresentar justificativa
as seguintes definições: arrazoando os motivos técnicos.
MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO Art. 6º A notificação dos produtos listados no
SIMPLIFICADA -produto farmacêutico, tecnicamente Anexo I deve ser precedida pela produção de lotes-piloto
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa de acordo com o GUIA PARA PRODUÇÃO DE LOTES-
ou paliativa na qual existe baixo risco de que seu uso ou PILOTO DE MEDICAMENTOS, devendo a
exposição possa causar conseqüências e ou agravos à documentação ser arquivada na empresa para fins de
saúde quando observadas todas as características de uso e controle sanitário, exceto para produtos que possuem
de qualidade descritas no Anexo I desta Resolução. cadastro ou registro vigente junto à Anvisa. (N.R)
NOTIFICAÇÃO - comunicação à autoridade Redação dada pela RDC 4/2015
sanitária federal (ANVISA) referente à fabricação, § 1º Os lotes piloto poderão ser comercializados, a
importação e comercialização dos medicamentos de critério do fabricante, após a realização do estudo de
notificação simplificada relacionados no Anexo I deste estabilidade acelerado e a devida notificação do produto,
regulamento. conforme estabelecido neste regulamento.
AFE - AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO Art. 7° A notificação deve seguir os seguintes
- Ato privativo do órgão ou da entidade competente do critérios:
Ministério da Saúde, incumbido da vigilância sanitária § 1º A notificação deve ser realizada,
dos produtos de que trata este Regulamento, contendo exclusivamente, pela empresa com autorização de
permissão para que as empresas exerçam as atividades funcionamento para fabricar e/ou importar medicamentos.
sob regime de vigilância sanitária, instituído pela Lei no § 2º A empresa deverá realizar uma notificação
6.360, de 1976, mediante comprovação de requisitos individual para cada produto, conforme este regulamento.
técnicos e administrativos específicos. § 3º A empresa dever á proceder com nova
Art. 2° Fica instituída a notificação simplificada de notificação sempre que houver inclusões ou alterações em
medicamentos mediante peticionamento eletrônico. quaisquer informações prestadas por meio da notificação
§1º Para efeito deste regulamento são considerados letrônica”. (NR) (Redação dada pela RDC 107/16)
medicamentos de notificação simplificada aqueles § 4º Todas as notificações devem ser renovadas a
constantes no Anexo I Art 3º A notificação não exime as cada 5 (cinco) anos, respeitando os prazos estabelecidos
empresas das obrigações do cumprimento das Boas no Art. 12 da Lei nº 6.360/76”. (Revogado pela RDC
Práticas de Fabricação e Controle e das demais 317/19).
regulamentações sanitárias. § 5º Todas as notificações devem ser renovadas a
§1º Os produtos mencionados no caput deste artigo cada 5 (cinco) anos, mediante nova notificação de cada
devem adotar, integralmente, as informações produto, respeitando os prazos estabelecidos no Art. 12 da
padronizadas no Anexo I deste regulamento. Lei nº 6.360/76
§ 6º Os medicamentos de baixo risco isentos de
registros e regularizados mediante notificação ficam
251
sujeitos ao pagamento da Taxa de Fiscalização de §3º O cadastro de medicamentos, cujo princípio
Vigilância Sanitária instituída pela Lei nº 9.782, de 26 de ativo, concentração e/ou forma farmacêutica não estão
janeiro de 1999”. (NR) (Redação dada pela RDC 107/16) relacionados no Anexo I deste regulamento, são válidos
§ 7º As notificações de que trata o caput deste até o término de sua vigência, devendo posteriormente
artigo estão isentas do pagamento de taxa. enquadrar-se a essa Resolução ou nos regulamentos para
§ 8º Será disponibilizada, para consulta no site da registro de medicamentos junto a Anvisa.
ANVISA, a relação de empresas e produtos notificados, Art.10. As informações apresentadas na
imediatamente após a realização da notificação. Notificação são de responsabilidade da empresa e serão
Art. 8° Os produtos especificados no Artigo 1º objeto de controle sanitário pela ANVISA.
devem citar, em sua rotulagem, o enquadramento nesta Art. 11. Ficam revogados art. 3° e art. 8º da
Resolução, adotando a frase: “MEDICAMENTO DE Resolução RDC n° 132, de 29 de maio de 2003, e os itens
NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC ANVISA 2.1.1.12.1 ; 3.7 e 7.1 do anexo da Resolução RDC n° 333,
Nº......../2006. AFE nº:..........................”. de 19 de novembro de 2003.
§ 1º A rotulagem dos produtos objeto deste Art 12. Esta Resolução entrará em vigor 15 dias da
regulamento deve seguir o estabelecido no Anexo I e no publicação.
Anexo II III, ficando dispensados de apresentação de bula DIRCEU RAPOSO DE MELLO
§ 2º Fica facultada a utilização de embalagem
secundária, caso constem na embalagem primária todas as ANEXO I (Redação dada pela RDC 107/16)
informações exigidas no Anexo I e Anexo II deste LISTA DE MEDICAMENTOS DE BAIXO RISCO
regulamento. As informações sobre especificações SUJEITOS A NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA
analíticas mínimas e referência não devem constar na I - As especificações analíticas adotadas pelos fabricantes
rotulagem do produto. para os medicamentos de baixo risco sujeitos a otificação
§ 3º Fica dispensada a utilização de tinta reativa na simplificada devem seguir monografia inscrita na
rotulagem de produtos desta categoria, porém as Farmacopeia Brasileira ou em compêndio oficialmente
embalagens devem apresentar lacre ou selo de segurança, reconhecido pela Anvisa de acordo com norma específica.
para garantia da inviolabilidade do produto. II - Na ausência de monografia oficial, deverão ser
§ 4º Estes produtos devem adotar para sua realizados os testes descritos nos métodos gerais da
identificação, o nome do produto ou sinônimo presentes Farmacopeia Brasileira, e demais testes necessários,
no Anexo I deste regulamento, sendo facultada a adoção desenvolvidos pelo fabricante, para garantir a qualidade
de marca ou nome comercial. do medicamento.
Art. 9º A adequação a este regulamento de III - Todo laudo de análise de controle da qualidade do
medicamentos cadastrados ou registrados na ANVISA produto acabado, independente da forma farmacêutica,
deve ser realizada respeitando as seguintes disposições: deve apresentar, no mínimo, as seguintes informações ou
I -Todos os produtos cadastrados na ANVISA justificativa técnica de ausência:
como isentos de registro devem se adequar a a) Características organolépticas/aparência;
este regulamento no momento de sua renovação. b) Identificação e teor do(s) princípio(s) ativo(s);
A critério da empresa, a adequação a esta c) Limites microbianos: contagem de bactérias e fungos
Resolução poderá ser realizada antes do período totais e pesquisa de patógenos;
de renovação. 1 - Para as formas farmacêuticas sólidas, a empresa deve
II - Os produtos listados no Anexo I, porém acrescentar as seguintes informações ou justificativa
atualmente registrados em outras categorias de técnica de ausência:
medicamentos, devem se adequar a este a) desintegração;
regulamento no momento de sua renovação. A b) dissolução;
critério da empresa, a adequação a esta c) dureza;
Resolução poderá ser realizada antes do período d) peso médio; e
de renovação e) umidade;
§1º As petições referentes a cadastro de 2 - Para as formas farmacêuticas líquidas e semissólidas, a
medicamentos isentos de registro em análise ou em empresa deve acrescentar as seguintes informações ou
arquivamento temporário serão encerradas a partir da justificativa técnica de ausência:
vigência deste regulamento. No caso de petições de a) pH;
renovação de cadastro de medicamentos, protocoladas b) densidade;
antes da publicação deste regulamento, a adequação deve c) viscosidade; e
ocorrer em até 180 dias. d) volume ou peso médio.
§2º Caso haja produtos registrados ou cadastrados
com indicações diferentes, a empresa deverá adequar-se ANEXO I
as informações existentes no Anexo I e posteriormente, LISTA DE MEDICAMENTOS DE BAIXO RISCO
providenciar protocolo do requerimento de inclusão, SUJEITOS A NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA
alteração ou exclusão presente no Anexo III deste (Conforme RDC 107/2016, alterada pela RDC 242/2018)
regulamento e aguardar a publicação conforme o § 4º do
art. 3
252
PRODUTO CONCENTRAÇÃO DO SINÔNIMOS FORMA INDICAÇÃO MODO DE ADVERTÊNCIA LINHA DE PRODUÇÃO
PRINCÍPIO ATIVO FARMACÊUTICA USAR
Ácido bórico 3% de ácido bórico Água boricada Solução Antisséptico, Aplicar duas a Não pode ser aplicado Líquido
bacteriostátic o três vezes ao dia, em grandes áreas do
e fungicida. com auxílio de corpo, quando
Utilizado em compressas de existirem lesões de
processos gaze ou algodão. qualquer tipo, feridas
infecciosos ou queimaduras.
tópicos Produto de uso
exclusivo em adultos.
O uso
em crianças
representa risco à
saúde. Não ingerir.

Ácido fólico 0,2 mg/mL Vitamina B9 Solução Oral Prevenção e Uso adulto: Este medicamento é Líquido
Redação dada tratamento da Prevenção de contraindicado para
pela RDC carência de ocorrência de pacientes que
242/2018 folatos e malformações apresentam
redução fetais: Tomar 2 hipersensibilidade ao
da ocorrência mL ao dia. ácido fólico. A
de Prevenção de presença de ácido
malformações deficiência de fólico nas
fetais. ácido fólico: preparações líquidas,
Tomar 2 mL ao pode aumentar a
dia. Para absorção do ferro
gestantes e alimentar, o que pode
lactantes tomar 4 ser prejudicial aos
mL ao dia. pacientes
Tratamento de talassêmicos que
deficiência de apresentam acúmulo
ácido fólico: deste elemento nos
Tomar até 5 mL tecidos. Logo, o
ao dia. Uso medicamento não
pediátrico: deve ser administrado
Prevenção de antes ou logo após as
deficiência de refeições. Doses
ácido fólico: muito altas de ácido
LACTENTES (0 fólico podem
a 11 MESES): ocasionar convulsões
Tomar 0,5 mL em pacientes
ao dia. epilépticos tratados

253
CRIANÇAS (1 a com fenitoína.
10 ANOS): Doses de ácido fólico
Tomar 1,5 mL acima de 0,1mg/dia
ao dia. podem mascarar
casos de anemia
perniciosa, pois as
características
hematológicas são
normalizadas,
enquanto os danos
neurológicos
progridem.
Ácido 2% de ácido salicílico Pomada de Pomada Queratoplástica Aplicar nas áreas Pode ocorrer a Semissólido
salicílico ácido salicílico afetadas, à noite, absorção e salicilismo
2%. e retirar pela em uso prolongado.
Vaselina manhã.
Salicilada 2%.
Ácido 10% de ácido Pomada de Pomada Queratolítica Uso externo. Contraindicação: Semissólido
salicílico salicílico ácido Aplicar nas pacientes com
salicílico áreas hipersensibilidade ao
10%. afetadas, ácido salicílico,
Vaselina à noite, e durante a gravidez e
salicilada retirar pela lactação. Diabéticos
10%. manhã. devem usar com
cautela. Evitar
Apresenta contato com os
propriedade
olhos, a face, os
queratolítica
forte e sua órgãos genitais e as
aplicação deve ser mucosas.
efetuada com Lavar as mãos após
muita precaução, a aplicação.
sendo Reações adversas:
recomendável a pode ocorrer
utilização de absorção e salicilismo
espátulas ou luvas em uso prolongado.
de proteção.
Ácido 20% de ácido salicílico Pomada de Pomada Queratolítica Em aplicações Contraindicação: Semissólido
salicílico ácido Nas locais. No caso de pacientes com
Salicílico 20%. hiperqueratoses, rachaduras de pés, hipersensibilidade ao
Vaselina como cravos e duas vezes ao dia; ácido salicílico,
Salicilada 20%. Rachaduras nos no caso de calos durante a gravidez e
pés,calos secos secos e verrugas, lactação.
e verrugas. aplicar à noite Diabéticos devem
254
e cobrir com usar com cautela.
esparadrapo, Evitar contato com os
retirando-o no dia olhos, a face, os
seguinte. órgãos genitais e as
Apresenta mucosas.
propriedade Lavar as mãos após
queratolítica forte a aplicação.
e sua aplicação Interações com
deve ser efetuada medicamento s:
com muita usado com sabões
precaução, sendo abrasivos,
recomendável a preparações para
utilização de acne, preparações
espátulas ou luvas contendo álcool,
de proteção. cosméticos ou sabões
com forte efeito
secante podem causar
efeito irritante ou
secante cumulativo,
resultando em
irritação excessiva da
pele.
Reações adversas:
pode ocorrer
absorção e salicilismo
em uso prolongado.
Água Água destilada, Líquido Lavagem de Uso externo. Não deve ser usado Líquido ou soluções
purificada Água ferimentos Aplicar para injetáveis. A estéreis
deionizada, diretamente no ingestão pode causar
Água por local afetado. diarréia, devido à
osmose reversa, ausência de íons na
Água por água.
ultrafiltração.
(OBS: o
sinônimo para
água purificada
deve ser
utilizado
conforme o
processo de
obtenção)
Álcool Cânfora 10% (p/v) Álcool Solução Solução Tratamento Uso externo. Manter fora do Líquido
canforado Etílico Q.S. alcoólica de sintomático de Aplicar alcance de crianças.
255
cânfora mialgias e diretamente no Não deve ser
artralgias. local afetado, utilizado em crianças
Também pode previamente menores de dois
ser utilizado limpo, com o anos.
para aliviar auxílio de gaze Manter distante de
pruridos. ou algodão, três a fontes de calor.
quatro vezes ao Conservar em
dia, mediante temperatura inferior
fricção. a 25ºC.
OBS:
Embalagem máxima
de 50mL p/ venda
ao
público.
Devem-se adicionar
as advertências
contidas na
NBR5991/97
e RDC 46 de
20/02/02.

OBS: Produto exige


embalagem primária
de vidro âmbar
(Formulário
Nacional, 1ª Ed.).
Álcool etílico Álcool etílico 70% (p/p). Álcool 70 Solução Antisséptico Uso externo. Manter distante de Líquido
Álcool etílico 77° GL Aplicar fontes de calor.
diretamente no
local afetado, OBS:
previamente li Embalagem máxima
mpo, com o de 50mL p/ venda
auxílio, se desejar, ao público.
de algodão ou Devem-se adicionar
gaze. as advertências
contidas na NBR
5991/97 e RDC 46 de
20/02/02.
Álcool etílico Álcool etílico 70% (p/p). Álcool gel Gel Antisséptico de Uso externo. (OBS: Semissólido
mãos. Aplicar Devem-se adicionar
diretamente n o as advertências
local afetado, contidas na NBR
previamente 5991/97
256
limpo, com o e RDC 46 de
auxílio, se 20/02/02).
desejar, de
algodão ou gaze.
Amônia 10% de hidróxido de Amônia Solução Neutralizar Uso tópico. Evitar contato com Líquido
amônio diluída picadas de Aplicar no os olhos. Não inalar.
inseto. local da Em contato com
picada. pele e olhos produz
bolhas e vesículas.
Queimadura de
amônia provoca
sensação na pele
como ensaboada.

Após a utilização não


cobrir a picada com
compressas.
Manusear em local
arejado e não agitar.
Se ingerido, procurar
auxílio médico.
Qualquer acidente
lavar com bastante
água.
Não usar na pele sem
antes fazer o teste de
sensibilidade. Não
reaproveitar a
embalagem
Azul de 1% de azul de metileno Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o O produto pode Liquido
metileno azul de local, com o manchar a pele.
metileno. auxílio de gaze, Nesse caso, pode ser
algodão ou utilizada uma
espátula. Uso solução de
tópico. hipoclorito de sódio
para clarear.
Benjoin 20% benjoim, Sumatra, Tintura de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Uso externo. Proteger Líquido
Benzoin benjoin local, com o da luz. Informações
auxílio de gaze, de segurança: podem
algodão ou ocorrer reações
espátula. de hipersensibilidade
e dermatite de
contato.
257
Bicarbonato Mínimo 99% de Sal de vick Pó Antiácido Dissolver 2,5 g (1 Não usar juntamente Sólido
de sódio bicarbonato de sódio colher de café) em com dieta Láctea (a
um copo de água base de leite) devido
filtrada e tomar 30 a possibilidade de
minutos antes das ocorrência de
refeições para síndrome alcalino-
neutralizar o láctea.
excesso de Reações adversas:
secreção pode ocorrer efeito
gástrica no rebote ácido, devido
estômago. à estimulação da
gastrina. No uso
prolongado exige
acompanhamento
médico
Carbonato de Mínimo de 98% de Carbonato de Pó Antiácido 1 a 2 g ao dia. Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio cálcio pode ocorrer efeito
rebote, ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de carbonato de Carbonato de Cápsula Antiácido 2a4 Reações adversas: Sólido
cálcio cálcio cálcio cápsulas ao pode ocorrer efeito
dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de Carbonato de Comprimido Antiácido 2a4 Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio comprimidos pode ocorrer efeito
cálcio ao dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de Carbonato de Comprimido Antiácido Adulto: 2 a 4 Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio mastigável comprimidos pode ocorrer efeito
cálcio ao dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 1250 mg de carbonato Carbonato de Comprimido ou Prevenção do Adulto: tomar Contraindicações: Sólidos
cálcio + de cálcio (equivalente cálcio + Comprimido raquitismo e 1a3 hipercalcemia,
colecalciferol a 500 mg de cálcio vitamina D3 revestido prevenção ou comprimidos
elementar) + 200 UI tratamento via oral ao dia. hipervitaminose
Redação dada de colecalciferol auxiliar na Ingerir após as D,
pela RDC desmineraliza refeições. hipersensibilidade
242/2018. ção óssea pré Crianças: ao colecalciferol,
e tomar 1 ergocalciferol ou
pósmenopaus comprimido ao
258
al. dia durante as metabólitos da
refeições vitamina D.
Reações adversas:
alterações
lipídicas,
hipervitaminose
D, distúrbios
gastrointestinais,
bradicardia e
arritmias.
Superdosagem:
anorexia,
cansaço, náusea e
vômito, diarreia,
perda de peso,
poliúria,
transpiração,
cefaleia, sede,
vertigem e
aumento da
concentração de
cálcio e fosfato
no plasma e urina,
hipercalcemia,
insuficiência
renal, calcificação
de tecidos moles,
hipercalciúria e
cálculo renal.
Carbonato de 1250 mg de carbonato Carbonato de Comprimido ou Prevenção do Adulto: tomar Contraindicações: Sólidos
cálcio + de cálcio (equivalente a cálcio + Comprimido raquitismo e 1a2 hipercalcemia,
colecalciferol 500 mg de cálcio vitamina D3 revestido prevenção ou
elementar) + 400 UI de tratamento comprimidos hipervitaminose
Redação dada colecalciferol auxiliar na via oral ao dia. D,
pela RDC desmineraliza Ingerir após as hipersensibilidade
242/2018. ção óssea pré refeições. ao colecalciferol,
e ergocalciferol ou
Crianças:
259
pósmenopaus tomar 1 metabólitos da
al. comprimido ao vitamina D.
dia durante as Reações adversas:
refeições. alterações
lipídicas,
hipervitaminose
D, distúrbios
gastrointestinais,
bradicardia e
arritmias.
Superdosagem:
anorexia,
cansaço, náusea e
vômito, diarreia,
perda de peso,
poliúria,
transpiração,
cefaleia, sede,
vertigem e
aumento da
concentração de
cálcio e fosfato
no plasma e urina,
hipercalcemia,
insuficiência
renal, calcificação
de tecidos moles,
hipercalciúria e
cálculo renal.
Carvão 250 mg de Carvão Cápsula Redução do Ingerir 4 Contraindicad Sólido
vegetal carvão ativado acúmulo cápsulas ao o durante a gravidez,
ativado vegetal excessivo de menos 30 e para os casos
ativado gases minutos antes de obstrução
intestinais das refeições intestinal e alterações
e 4 cápsulas anatômicas do trato
após as refeições gastrointestinal. Deve
ser utilizado com

260
precaução em
crianças, uma vez que
o carvão ativado pode
interferir na absorção
de nutrientes.
Não é recomendável
o uso por crianças
menores de 12 anos
de idade. Pode haver
adsorção de outros
medicamento s
utilizados
concomitante mente
ao carvão ativado.
Portanto, este deve
ser administrado duas
horas antes ou uma
hora após outras
medicações. Não é
recomendado utilizar
o carvão ativado por
longo período.
Cloreto de 33 g de cloreto de magnésio Pó Laxante suave Uso Interno. Após aberto, guardar Sólido
magnésio Dissolver o o produto bem
conteúdo da fechado em
embalagem em 1 geladeira. Quando
litro de água ocorrer maior
filtrada; frequência de
armazenar em evacuações, diminuir
recipiente de a dose. Em caso de
vidro na geladeira diarreia suspender o
e tomar 60 mL/dia uso. Precauções:
desta solução (um Quando a funções
cálice ou uma renal estiver
xícara de chá), deficiente, a
preferencialmente reposição do
pela manhã em magnésio deve ser
jejum. Pode ser acompanhada de
misturado a sucos cuidados especiais e
cítricos para de onitorização dos
mascarar o sabor níveis séricos. Deve
amargo da ser evitado o uso em
solução. Após mulheres grávidas,
diluição o uma vez que o
261
medicamento magnésio ultrapassa
deverá ser a placenta podendo
consumido interferir nos níveis
em até X dias. séricos do feto.
Obs.: substituir o Contraindicação: O
X pelo número uso do cloreto de
de dias
magnésio é
comprovados
no estudo de contraindicado em
estabilidade após pacientes com
diluição insuficiência renal
severa.
Cloreto de 9 mg/mL (solução) Pó para solução Lavagem nasal Uso adulto e Contraindicado para Sólidos
sódio pediátrico pacientes com
(Incluído pela (Orientar sobre a antecedentes de
RDC nº 343, forma correta de hipersensibilidade(al
de 6 de março preparo e ergia) aos
de 2020) administração da componentes da
solução)Após fórmula. O frasco
preparo, a solução deve ser usado
deve ser utilizada apenas por um
por completo e paciente, evitando a
não deve ser transmissão de
armazenada. doenças. No caso de
Fazer a irrigação dúvidas sobre o
nasal de 3 a 4 procedimento de uso,
vezes ao dia ou a procure um
critério médico profissional da saúde.
utilizando o
frasco aplicador.
Lavar o frasco
com água corrente
após cada
utilização
Colódio lacto 20,0% (g/mL) de ácido Calicida Solução Verrugas Uso externo. Não usar próximo aos Líquido
salicilado Salicílico equivalente a comuns, plantar Proteger as áreas olhos. Evitar o
16,5% (p/p) + 15,0 % ácido e calosidades. ao redor da lesão contato com as
láctico com vaselina mucosas e a pele
sólida. íntegra. O uso é
Aplicar, uma contraindicado em
vez ao dia, até diabéticos e em
eliminação da pacientes com
verruga ou déficits circulatórios
calosidade, quatro em membros.
262
camadas de
colódio,
esperando cada
camada secar
antes da
reaplicação.
Colódio 12,0% (g/mL) Calicida Solução Verrugas Uso externo. Não usar próximo Liquido
salicilado de ácido salicílico comuns, plantar Proteger as áreas aos olhos. Evitar o
e calosidades. ao redor da lesão contato com as
Queratoplástico. com vaselina mucosas e a pele
sólida. íntegra. O uso é
Aplicar, uma vez contraindicado em
ao dia, até diabéticos e em
eliminação da pacientes com
verruga ou déficits circulatórios
calosidade, quatro em membros.
camadas de
colódio,
esperando cada
camada secar
antes da
reaplicação.
Enxofre 10% de enxofre Enxofre Creme Escabiose e Uso tópico. A aplicação de Semissólido
acne. Aplicar no local enxofre em uso
afetado. tópico pode causar
irritação na pele. Não
ingerir.
Manter fora do
alcance das crianças.
Contato com olhos,
boca e outras
membranas mucosas
deve ser evitado.
Contraindicações:
hipersensibili dade ao
enxofre.
Reações adversas:
irritação na pele,
vermelhidão ou
escamação da pele.
Éter 35% de éter etílico (v/v) + Licor de Solução Utilizado para Uso externo. Pode ocorrer Líquido
alcoolizado Álcool etílico 96% (v/v). Hoffman desengordurar a Aplicar nas áreas irritação local e
pele e como afetadas, com fotossensibilidade.
263
veículo em auxílio de algodão.
formulações
para acne,
alopecia e
antimicóticos
tópicos, bem
como, para
remoção de
fitas adesivas.
Extrato fluído 10% de extrato de rosas Mel rosado Solução Adstringente Aplicar puro ou Contraindicações: Líquido
de rosas rubras em mel. nas estomatites, diluído em água, pode ocorrer
rubras principalmente na boca ou hipersensibilidade.
infantil garganta, com Precauções e
(sapinho). haste flexível de advertências: não
algodão, chupeta ingerir.
ou gargarejo.
Glicerina Mínimo 95% de glicerina Glicerina Solução Demulcente, A glicerina Contraindicações: Líquido
emoliente, farmacêutica é pode ocorrer
umectante e um produto com hipersensibilidade.
hidratante. excelente Precauções e
atividade sobre a advertências: não
pele, exercendo o ingerir.
efeito
demulcente, isto
é, quando
aplicada sobre
locais irritados
ou lesados, tende
a formar uma
película protetora
contra estímulos
resultantes do
contato com o ar
ou irritantes
ambientais.
Espalhar o
produto
friccionando s
obre toda a área
de uso.
Gliconato de 0,5% de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o olhos, ouvidos e
digliconato de produto em boca. Para os casos
264
clorexidina quantidade de contaminação
suficiente para destas partes, lavar
umedecer abundantemente com
toda a área, água.
esfregando Contraindicado para
com gaze pessoas com história
estéril. Deixar de hipersensibilidade
secar à clorexidina.
completamente,
e, se necessário,
repetir o
procedimento
. Pode ser
utilizado em
mucosas.
Gliconato de 0,5% de Gliconato de Solução Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina gliconato de clorexidina clorexidina e alcoólica tópico. Para Aplicar o com olhos, ouvidos e
antissepsia produto em boca. Para os casos
digliconato de de pele antes de quantidade de contaminação
clorexidina procedimento suficiente para destas partes, lavar
s invasivos umedecer abundantemente com
(como toda a área a água. Não deve ser
inserção de ser tratada, utilizada para
cateteres) e esfregando irrigação de
antissepsia com gaze cavidade corpórea,
do campo estéril. Deixar curativo da ferida
operatório secar cirúrgica ou de lesões
após completamen de pele e mucosa.
degermação; te e, se Não utilizar em
para necessário, mucosas.
realização de repetir o Contraindicado para
curativo de procedimento. pessoas com história
local de Aguarde o de hipersensibilidade
inserção de produto secar à clorexidina.
cateteres completamen
vasculares. te antes de
qualquer
punção ou
inserção na
pele. Para
antissepsia da pele
em
procedimentos
cirúrgicos,
realizar antes

265
a degermação
da pele com
solução de
clorexidina com
tensoativo.
Gliconato de 1,0% de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico Aplicar o com olhos, ouvidos e
digliconato de produto em boca. Para os casos
clorexidina quantidade de contaminação
suficiente para destas partes, lavar
umedecer toda a abundantemente com
área a ser água.
tratada, Contraindicado para
esfregando com pessoas com história
gaze estéril. de hipersensibili dade
Deixar secar à clorexidina.
completamente, e
se necessário,
repetir o
procedimento
. Pode ser
utilizado em
mucosas.
Gliconato de 1,0% de Gliconato de Solução alcoólica Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina gliconato de clorexidina e tópico para Para a antissepsia com olhos, ouvidos e
clorexidina digliconato de desinfecção das mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina das mãos antes técnica de de contaminação
de contato com higienização das destas partes, lavar
pacientes e mãos com abundantemente com
preparo preparações água.
cirúrgico das alcoólicas Contraindicado para
mãos. (fricção pessoas com história
antisséptica) de hipersensibilidade
preconizada pela à clorexidina.
Anvisa e Não utilizar em
disponível para mucosas.
consulta em seu Não usar em
endereço combinação
eletrônico com sabão
<http://www.a degermante.
nvisa.gov.br/h
otsite/higieniz
acao_maos/in
dex.htm>.

266
Gliconato de 2,0% de gliconato de Gliconato de Solução com Antisséptico Uso externo. Para Evitar contato Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tensoativos tópico; a antissepsia das com olhos, ouvidos e
digliconato de degermação mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina da pele do técnica de preparo de contaminação
paciente, pré- operatório destas partes, lavar
antes de preconizada pela abundantemente com
procedimento Anvisa e água.
s invasivos
disponível para Não usar para
(p.ex, cirurgia,
Cateter venoso consulta em seu curativos.
central, entre endereço
eletrônico Não usar em
outros); mucosas.
banho pré- <http://www.a
Contraindicado para
operatório de nvisa.gov.br/h
pessoas com história
pacientes; otsite/higieniz de hipersensibilidade
preparo das acao_maos/in à clorexidina.
mãos do dex.htm>.
profissional
de saúde, antes Antissepsia do
da realização de campo
procedimentos operatório:
invasivos e após umedecer a pele e
cuidado do aplicar o produto
paciente friccionando
colonizado ou suavemente.
infectado por Enxaguar e secar
patógenos
a área com
multiresistentes.
compressas
estéreis.
Banho pré-
operatório:
umedecer o corpo
e aplicar o
produto. Com o
auxílio das mãos
ou esponjas,
friccionar
suavemente até
obtenção de
espuma.
Enxaguar e secar.
Gliconato de 2,0 % de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o produto olhos, ouvidos e
Preparo de em quantidade boca. Para os casos
267
digliconato de mucosas para a suficiente para de contaminação
clorexidina realização de umedecer toda a destas partes, lavar
procedimentos área a ser tratada, abundanteme nte
cirúrgicos, esfregando com com água.
preparo gaze estéril.
da região Deixar secar Não deve ser
completamen te e, utilizada para
genital pré-
se necessário,
sondagem irrigação de cavidade
repetir o
vesical, procedimento. corpórea.
antissepsia Pode ser utilizado Não usar para preparo
extrabucal em em mucosas. de pele do paciente
procedimento s cirúrgico. Não usar
odontológicos para degermação/
antissepsia das mãos
de profissionais de
saúde.
Não usar para
curativo da ferida
cirúrgica ou de
lesões de pele e
mucosa.

Contraindicado para
pessoas com história
de hipersensibilidade
à clorexidina.
Gliconato de 2,0 % de gliconato de Gliconato de Solução alcoólica Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o olhos, ouvidos e
Antissepsia do produto em boca. Para os casos
digliconato de campo quantidade de contaminação
clorexidina operatório; suficiente para destas partes, lavar
antissepsia da umedecer toda a abundantemente com
pele antes área a ser tratada, água.
De esfregando com Não deve ser
procedimentos gaze estéril. utilizada para
invasivos. Deixar secar e, se irrigação de cavidade
Antissepsia no necessário, repetir corpórea.
sítio de inserção o procedimento.
de catéteres Não usar para
Aguarde o
curativo na ferida
vasculares produto secar cirúrgica ou de lesões
centrais e completamente de pele e mucosa .
periféricos. antes de qualquer Contraindicado para
punção ou pessoa com história
inserção na pele.
268
de hipersensibilidade
à clorexidina.
Gliconato de 4,0 % de gliconato de Gliconato de Solução com Antisséptico Uso externo. Para Evitar contato com os Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tensoativos tópico; a antissepsia das olhos, ouvidos e
digliconato de degermação da mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina pele do paciente, técnica de de contaminação
antes de Preparo pré- destas partes, lavar
procedimentos operatório abundantemente com
invasivos (por preconizada pela água. Não usar para
ex. cirurgia, ANVISA e curativos. Não usar
cateter venoso disponível para em mucosas .
central ); banho consulta em seu Contraindicado para
pré- operatório endereço pessoas com história
de pacientes; eletrônico de hipersensibilidade
preparo das www.anvisa.gov. á clorexidina.
mãos do br/hotsite/higieniz
profissional de açãomaos/index.h
saúde, antes da tml.
realização de Antissepsia do
procedimentos campo operatório:
invasivos e após umedecer a pele e
cuidado do aplicar o produto
paciente friccionando
colonizado ou suavemente.
infectado por Enxaguar e secar
patógenos a área com
multirresistentes compressas
e em situações estéreis. Banho
de surto. pré- operatório:
umedecer o corpo
e aplicar o
produto. Com o
auxílio das mãos
ou esponjas,
friccionar
suavemente até
obtenção de
espuma. Enxaguar
e secar.
Hidróxido de Hidróxido de alumínio 6% Suspensão de Suspensão Antiácido, Uso interno. Agitar antes de usar. Líquido
alumínio hidróxido de coadjuvante no Tomar de 5 a 10 Obstipante (causa
alumínio tratamento de mL, constipação, prisão de
úlceras gástricas quatro vezes ao ventre)
269
e duodenais e dia, 15 minutos
esofagite de antes das
refluxo. refeições, e antes
de deitar, ou a
critério médico.
Hidróxido de 8% (p/v) de hidróxido de Leite de Suspensão Antiácido, Uso interno. Agitar antes de usar. Líquido
magnésio magnésio magnésia; laxante suave. Antiácido: 5 a 15 Precauções: não
magma de mL (1colher de ingerir na gravidez
magnésio; chá a 1 colher de ou se estiver
magnésia sopa), duas a três amamentando sem
hidratada; vezes ao dia. orientação médica.
óxido de Laxante: No caso de
magnésio superdosagem,
hidratado 30 mL a 60 procure orientação
mL (2 a 4 médica.
colheres de
sopa). Precauções como
Crianças: de um laxativo: não usar
quarto a metade em presença de dor
da dose para abdominal, náuseas,
adultos, de acordo vômitos, alteração
com a idade. nos hábitos
intestinais por mais
de 2 semanas, san
gramento retal e
doença renal.
Precauções como
antiácido: pode haver
efeito laxativo.
Hidróxido de Hidróxido de bmagnésio Comprimido Tratamento dos Uso oral. Não deve ser Sólido
magnésio e 200mg + Hidróxido de sintomas da Crianças utilizado em
alumínio Alumínio 200mg acidez acima de 6 anos pacientes
estomacal, de idade: 1 a 2 com
azia, comprimidos, hipersensibilidade
desconforto de acordo com a aos componentes
estomacal, idade, 2 vezes ao da fórmula,
dor de dia. insuficiência
estômago, Adultos: 2 a 3 renal severa, com
dispepsia comprimidos, hipofosfatemia ou
(indigestão), 4 vezes ao dia. obstrução intestinal.
queimação, Limite máximo Não deve ser
esofagite de administração: utilizado na gravidez
péptica para crianças, 2 e na amamentação.
(inflamação Contraindicações:
270
do esôfago, vezes ao dia; para contraindicado para
causada pelo adultos, 4 vezes pacientes com
refluxo ao dia. insuficiência renal
gástrico) e Cuidados de severa.
hérnia de hiato. administração: os Precauções:
comprimidos Administrar com
devem ser cautela: -em
mastigados, pacientes com
não degluti-los porfiria que estejam
porinteiro. Deve fazendo
ser administrado hemodiálise;
meia hora após as - na vigência
refeições e ao de dietas pobres em
deitar. fósforo . Não se deve
ultrapassar a dose
diária ou prolongar o
tratamento por mais
de 14 dias (com dose
máxima). O uso
prolongado de
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatê micos
pode resultar em
hipofosfatemi a se a
quantidade de
fosfato ingerida não
for adequada. Em
pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
supervisão médica,
pois o hidróxido de
magnésio pode
causar depressão do
sistema nervoso
central na presença
desse distúrbio. Em
pacientes com
insuficiência renal,
os níveis plasmáticos
de alumínio e
271
magnésio aumentam
e por isso, a
exposição
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode
causar encefalopatia,
demência, anemia
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
Interações
medicamento sas: O
uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina, levando a
sua superdose.
Antiácidos contendo
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de:
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
glicocorticoid es,
isoniazida, levodopa,
difosfonatos,
fluoreto de sódio,
poliestirenoss
ulfonato de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos,
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofuratoína e sais
de ferro. Devido à
272
possibilidade de
diminuição da
absorção
gastrintestinal dessas
substâncias, são
associações que
merecem
precauções. Deve ser
administrado2 horas
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos . Para
fluorquinolonas,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
Reações adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação
Hidróxido de Hidróxido de Magnésio 400 Comprimido Tratamento dos Uso Oral . Uso Não deve ser Sólido
magnésio e mg + Hidróxido de sintomas da Adulto. utilizado em
alumínio Alumínio 400 mg acidez Tratamento pacientes com
estomacal , Sintomático: 1 a 2 hipersensibilidade
azia, comprimidos aos componentes da
desconforto mastigáveis por fórmula, insuficiência
estomacal, dor dia. renal severa,
de estômago, Limite máximo de hipofosfatemia ou
dispepsia administração: 6 obstrução intestinal.
(indigestão), comprimidos Não deve ser
queimação, Cuidados de utilizado na gravidez
esofagite administração: os e na amamentação.
péptica comprimidos Contraindicações:
(inflamação do devem ser contraindicado para
esôfago mastigados, não pacientes com
causada pelo degluti-los por
refluxo gástrico insuficiência renal
inteiro. Deve ser severa.
) e hérnia de administrado meia
hiato (quando a Precauções:
hora após as administrar com
porção do refeições e ao
estômago cautela: em pacientes
deitar.
desliza para com porfiria que
dentro do tórax, estejam fazendo
através de uma Hemodiálise.
273
passagem - na vigência de
naturalmente dietas pobres em
fechada do fósforo;
diafragma, Não se deve
músculo ultrapassar a dose
responsável diária ou prolongar o
pela respiração) tratamento por
mais de 14 dias (com
dose máxima).
O uso prolongado de
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatêmicos
pode resultar em
hipofosfatemia se a
quantidade de fosfato
ingerida não for
adequada. Em
pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
supervisão médica,
pois o hidróxido de
magnésio pode causar
depressão do sistema
nervoso central na
presença desse
distúrbio. Em
pacientes com
insuficiência renal, os
níveis plasmáticos de
alumínio e magnésio
aumentam e, por isso,
a exposição
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode causar
encefalopatia,
demência, anemia
274
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
Interações
medicamentosas: O
uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina levando a
sua superdose.
Antiácidos contendo
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de:
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
glicocorticoid es,
isoniazida, levodopa,
difosfonaos, fluoreto
de sódio,
poliestirenoss
ulfonato de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos,
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofuratoína e sais
de ferro. Devido à
possibilidade de
diminuição da
absorção
gastrintestinal dessas
substâncias, são
associações que
275
merecem precauções.
Deve ser
administrado 2 horas
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos. Para
fluorquinolon as,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
Reações adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação.

Hidróxido de Hidróxido de alumínio (37 Suspensão Tratamento Uso oral. Esse medicamento Líquido
mg/mL) + Hidróxido de dos sintomas da Crianças: tomar 1 não deve ser utilizado
alumínio, magnésio(40mg/mL) +
Hidróxido de acidez colher de chá(5 nos casos de
Simeticona(5mg/mL) estomacal, azia, mL), 1 a 2 vezes hipersensibilidade
magnésio e
desconforto, ao dia. Adultos: aoscomponentes da
Simeticona
estomacal, tomar 1 a 2 fórmula, insuficiência
dor de colheres de renal severa,
estômago, sobremesa (10 hipofosfatemi a,
dispepsia mL a 20 gravidez,
(indigestão), mL), 4 vezes ao amamentação e
queimação, dia obstrução intestinal.
esofagite péptica Esse medicamento é
(inflamação do contraindicado para
esôfago, causada uso por pacientes
pelo refluxo com insuficiência
gástrico) e hérnia renal severa. Esse
de hiato (quando
medicamento pode
a porção do
reduzir a absorção de
estômago desliza
certos medicamento s
para dentro do
como: fenitoína,
tórax, através de
uma passagem digoxina e agentes
naturalmente hipoglicemiantes. Por
fechada do esse motivo,
diafragma, deve ser administrado
músculo 2 horas antes ou
responsável pela depois do uso desses
276
respiração). medicamentos.
Também é
utilizado como Precauções: A
antiflatulento administração deve ser
(antigases) para realizada com cautela:
alívio dos - em pacientes com
sintomas do
porfiria que estejam
excesso de gases,
fazendo hemodiálise;
inclusive nos
na vigência de dietas
quadros pós-
operatórios. pobres em fósforo,
pois o hidróxido de
alumínio pode
provocar deficiência
de fósforo no
organismo
(hipofosfatemia).
Não é aconselhável
ultrapassar as doses
recomendada s ou
prolongar o
tratamento por mais
de 14 dias (com a
dose máxima).
O uso prolongado de
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatêmicos
pode resultar em
hipofosfatemia se a
quantidade de fosfato
ingerida não for
adequada.
Gravidez e lactação
A paciente deve
informar a seu
médico a ocorrência
de gravidez na
vigência do
tratamento ou após o
seu término. Informar
ao médico se está
amamentando.
277
Este medicamento
não deve ser utilizado
por mulheres
grávidas sem
orientação médica.
Em pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
supervisão médica,
uma vez que o
hidróxido de
magnésio pode causar
depressão do sistema
nervoso central na
presença desse
distúrbio.
Em pacientes com
insuficiência renal, os
níveis plasmáticos de
alumínio e magnésio
aumentam e, por isso,
a exposição
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode causar
encefalopatia,
demência, anemia
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
Interações
medicamentosas:
- Uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina,
contraindicando a
associação;
- Antiácidos contendo
278
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
glicocorticoides,
isoniazida, levodopa,
difosfonatos, fluoreto
de sódio,
poliestirenossulfonato
de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofurantoína e sais
de ferro.
Recomenda- se que
esse produto seja
administrado 2 horas
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos. Para
fluorquinolonas,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
- Uso concomitante
com citratos provoca
aumento dos níveis
de alumínio,
especialmente em
pacientes com
insuficiência renal;
- Salicilatos: ocorre
aumento da excreção
279
renal dos salicilatos
por alcalinização da
urina. Já o lactitol por
reduzir a acidificação
das fezes, não deve
ser associado com
esse produto em
virtude do risco de
encefalopatia s
hepáticas.
Reações Adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Reações
adversas são
incomuns nas doses
recomendada
s. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação, caso
sejam administradas
doses excessivas
Hipoclorito de Hipoclorito de sódio, Líquido de Solução Antisséptico Uso externo. Não ingerir, Líquido
sódio volume correspondente a 0,5 Dakin. local, para Aplicar nas não inalar. Produto
g de cloro ativo. Líquido curativo de áreas afetadas, fortemente oxidante.
Antisséptico de feridas e puro ou diluído Evitar contato com
Dakin. úlceras. em água. os olhos e mucosas.
Solução diluída Utilizado em
de hipoclorito odontologia na
de sódio irrigação de
canais
desvitalizados.
Hipossulfito Hipossulfito de sódio a Solução de Solução Tratamento Uso externo. Não ingerir. Líquido
de sódio 40% hipossulfito da ptiríase Aplicar na
de sódio. versicolor. área afetada.
Tiossulfato de Mucolítico e Uso adulto e
sódio. expectorante pediátrico.
Iodeto de Iodeto de Xarope de Xarope Uso interno. Restrição: Líquido
potássio potássio a iodeto de 15 mL (1 uso em gestantes,
2% potássio colher de crianças e portadores
sopa), duas de distúrbios da
vezes ao dia, tireoide. Não
ou a critério administrar em
médico. portadores de
280
diabetes mellitus. Se
houver descoloração
do produto, este
deverá ser
descartado.
Iodo Iodo 0,1% + álcool etílico Álcool iodado Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
50% (v/v) Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibilidade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas Precauções e
principalmente advertência s: ao
para irrigações de aplicar o produto na
feridas pele não cobrir o
local com tecido
oclusivo.
Reações adversas: a
hipersensibili dade,
geralmente, manifesta-
se por erupções
papulares e vesiculares
eritematosas na área
aplicada. Se ingerido
acidentalment e pode
afetar a mucosa
gastrintestinal.
Iodo Iodo 2% Tintura de iodo Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
fraca Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibilidade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas. Precauções e
advertências: ao
aplicar a tintura de
iodo na pele não
cobrir o local com
tecido oclusivo. O
produto não deve ser
usado em casos de
feridas abertas (pode
resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos
281
Restrição de uso:
neonatos e gestantes,
pois pode causar
intoxicação pelo iodo.
Evitar uso prolongado
Iodo Iodo 5% Tintura de Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
iodo forte Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibili dade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas.
Precauções e
advertências: ao
aplicar a tintura
de iodo na pele não
cobrir o local com
tecido oclusivo. O
produto não deve ser
usado em casos de
feridas abertas (pode
resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos.
Restrição de uso:
neonatos e
gestantes, pois pode
causar intoxicação
pelo iodo.
Evitar uso
prolongado.
Iodopolividon 10% iodopolividon a que Iodopolividona Solução aquosa Antisséptico Uso externo. O produto não deve Líquido
a equivale a 1% iodo ativo para uso tópico Aplicar ser usado em casos
topicamente nas de alergia ao iodo,
áreas afetadas ou feridas abertas (pode
a resultar em absorção
critério médico. do iodo) e em
Ação: é um curativos oclusivos.
produto a base de
polivinil Restrição de uso:
pirrolidona iodo neonatos e
em solução gestantes, pois pode
aquosa, um causar intoxicação
complexo estável pelo iodo.
282
e ativo que libera Evitar uso
o iodo prolongado. Em caso
progressivamente. de ingestão
É ativo contra acidental, tomar
todas as formas de bastante leite ou
bactérias não clara de ovos batidas
esporuladas, em água.
fungos e vírus,
sem irritar nem
sensibilizar a
pele, sendo
facilmente
removível em
agua.
Iodopolividon 10% iodopolividon Iodopolividona Solução Demarcação Uso externo. O produto Líquido
a a que hidroalcoólica do campo É indicado na não deve ser
equivale a operatório e demarcação usado em casos de
1% iodo preparação do campo alergia ao iodo,
ativo pré- operatório e feridas abertas (pode
operatória na resultar em
(antissepsia preparação absorção do iodo) e
da pele). pré- em curativos
Antisséptico operatória da oclusivos.
para uso pele do Restrição de uso:
tópico. paciente e da neonatos e
equipe gestantes, pois pode
cirúrgica. causar intoxicação
Aconselha-se pelo iodo.
espalhar na pele
Evitar uso
e massagear por
prolongado. Se
2 minutos.
ingerido, beber
Deixar evaporar o
grande quantidade
álcool
de leite ou claras de
normalmente. Se
ovos batidas em
necessário, repetir
água. Em contato
a operação. Ação:
com os olhos, lavá-
é um produto a
los com água
base de
corrente. Em
polivinilpirrolidon
qualquer um dos
a iodo em solução
casos procure
alcoólica, um
orientação médica.
complexo estável
e ativo que libera
o iodo progress
283
ivamente. É ativo
contra todas as
formas de
bactérias não
esporuladas,
fungos e vírus. O
emprego do
produto para
prevenção e
tratamento de
infecções
cutâneas não
apresenta o
inconveniente de
irritações da pele
e por ser
hidrossolúvel não
mancha
acentuadamente a
pele, sendo
facilmente
removível em
agua.
Iodopolvidona 10% iodopolvidona que Iodopolvidona Solução com Antissepsia da Uso externo. O produto não deve Liquido
equivale a 1% iodo ativo tensoativos pele, mãos e É indicado na ser usado em casos
antebraços degermação das de alergia ao iodo,
mãos e braços da feridas abertas (pode
equipe cirúrgica e resultar em absorção
na preparação pré- do iodo) e em
operatória da pele curativos oclusivos.
de pacientes.
Aconselha-se Restrição de uso:
espalhar na pele e neonatos e gestantes,
massagear por 2 pois pode causar
minutos. Enxaguar intoxicação pelo iodo.
com água corrente Evitar uso
e repetir a
aplicação, se prolongado. Se
necessário, ingerido, beber grande
secando a pele quantidade de leite ou
com gaze ou claras de ovos batidas
toalha em água. Em contato
esterilizada. com os olhos, lavá-los

284
Ação: é um com água corrente. Em
produto a base de qualquer um dos casos
polivinilpirrolidona procure orientação
iodo em solução médica.
degermante um
complexo estável e
ativo que libera o
iodo
progressivamente. É
ativo contra todas
as formas de
bactérias não
esporuladas, fungos
e vírus. O emprego
do produto para
prevenção e
tratamento de
infecções cutâneas
não apresenta o
inconveniente de
irritações da pele e
por ser
hidrossolúvel
não mancha
acentuadamente a
pele,sendo
facilmente
removível em
água.
Loção de 4% Emulsão de Emulsão Tratamento Aplicar o MEDICAMENTO Líquido
dimeticona dimeticona capilar de infestação produto no DE USO
por piolhos e couro cabeludo, ESCLUSIVAMENT
lêndeas. deixando agir por E POR VIA
pelo menos 8 TÓPICA.
horas ou durante
a noite. USO ADULTO E
Após este PEDIÁTRICO
período, lavar os
cabelos e remover ACIMA DE SEIS
o produto. MESES.
Reaplicar o
produto Este produto pode
novamente causar irritação no
após sete dias. couro cabeludo e nos
285
olhos.
Caso haja irritação,
coceiras, vermelhidão
ou desconforto,
suspender o uso do
medicamento,
lavar o local com
água abundante e
procurar orientação
médica. Após a
aplicação, manter-se
afastado de qualquer
chama, fogo, objeto
que emita facilmente
chama, como cigarro
aceso ou chama de
fogão, pois o produto
aplicado pode
incendiar facilmente
o cabelo e o couro
cabeludo.
Contraindicado para
crianças menores de
seis meses. OBS: As
advertências devem,
obrigatoriame nte,
estar contidas na
rotulagem do
medicamento

Manteiga de Mínimo de 70% de Manteiga de Bastão Emoliente Aplicar sobre Não há. Sólido
cacau manteiga de cacau cacau para os lábios
rachaduras várias vezes
nos lábios. ao dia.
Nitrato de Mínimo Nitrato de Bastão Ceratolíticos Uso externo. Não usar nos olhos. Sólido
prata 89,5% nitrato prata lápis e Aplicar uma Evitar atingir pele
de prata ceratoplástico vez ao dia. sadia. Uso não
s. Cáustico aconselhável em
para verrugas pacientes diabéticos
ou outros ou com problemas
pequenos circulatórios.
crescimentos
da pele.

286
Óleo de 100% óleo de amêndoas Óleo de Óleo Emoliente Aplicar o óleo Contraindicações: Liquido
amêndoas amêndoas sobre a pele pessoas alérgicas ao
puro seca ou molhada produto.
ou após o banho. Precauções e
advertências:
não há.
Óleo de 100% óleo de rícino Óleo de Óleo Laxante Doses de 15 Precauções e Liquido
rícino mamona ml (1 colher de advertências:
sopa) promove a em grandes doses
evacuação pode causar
aquosa entre 1 e náusea, vômito,
3 horas, ação cólica e severo
rápida. efeito purgativo.
Contraindicações:
contraindicado nos
casos de obstrução
intestinal crônica,
doença de Crohn,
colite ulcerativa e
qualquer outro
episódio de
inflamação no
intestino.
Óleo mineral 100% óleo mineral Petrolato Óleo Laxante e No tratamento da Contraindicações: Líquido
líquido terapia em prisão de ventre, deve-se evitar o uso
uso tópico 15 ml (1 colher de na presença
para pele sopa) à noite de náuseas, vômitos,
ressecada e e outra dosagem dor abdominal,
áspera. no dia seguinte gravidez, dificuldade
ao despertar. de deglutição,
Caso não obtenha refluxo
êxito, aumente a gastroesofágico e em
dosagem para 30 pacientes
ml (2 colheres de acamados.
sopa) à noite e 15 Esse medicamento
ml pela manhã. É contraindicado para
Crianças maiores Crianças menores de 6
de 6 anos: (1-2ml) anos.
por kg de peso a Precauções e
noite ou pela advertências:
manhã).
Administração a laxantes não devem ser
crianças menores utilizados por mais de
de 6 anos, 1 semana a menos que
consulte o seu indicado por um
médico. médico. Não
287
administrar junto com
alimentos ou
quando
houver
presença de
hemorragia retal. Se
notar alteração
repentina dos hábitos
intestinais durante
duas semanas, consulte
um médico antes de
fazer uso de laxantes.
Desaconselh ável após
cirurgia anorretal, pois
poderá causar prurido
anal. A exposição ao
sol após aplicação do
produto na pele pode
provocar queimaduras.
O produto não contém
protetor solar e não
protege contra os raios
solares. Há risco de
toxicidade por
aspiração.
Uso durante a gravidez
e lactação: o uso
crônico durante a
gravidez pode causar
hipoprotrombinemia e
doenças hemorrágicas
do recém-nascido. Não
deve ser utilizado
durante a gravidez e
amamentaçã o exceto
sob a orientação
médica.
Interações
medicamento sas: o
uso prolongado pode
reduzir a absorção das
vitaminas lipossolúveis
(a, d, e, k), cálcio,
fosfatos e alguns
medicamentos
288
administrador por via
oral, como
anticoagulantes,
cumarínicos, ou
indandiônicos,
anticoncepcio nais e
glicosídeos cardíacos.
Reações adversas:
efeitos metabólicos,
redução do nível sérico
de beta- caroteno,
efeito gastrintestinais.
Dosagem oral
excessiva pode resultar
em incontinência e
prurido anal. Efeitos
respiratórios:
“Atenção: O uso oral
de óleo mineral
aumenta o risco de
desenvolvime nto de
pneumonia lipoídica.
Pacientes co m
disfagia, desordens
neuromuscul ares que
afetam a deglutição e o
reflexo do vômito,
além de alterações
estruturais da faringe e
esôfago apresentam
risco aumentado de
desenvolvime nto de
pneumonia lipoídica.
Esta predisposição é
potencializad a em
neonatos e idosos.
Óxido de 10% óxido de zinco Pomada de óxido Pomada Secativo e Uso externo. Não há. Semissólido
zinco de zinco antieczematoso Aplicar no local
duas ou mais
vezes ao dia.
Óxido de 25% óxido de zinco Pasta d'água Pasta Antisséptico, Uso externo. Agitar antes de usar. Semissólido
zinco secativo e Aplicar nas áreas
cicatrizante. afetadas, duas a
três vezes ao dia,
289
exceto em zonas
pilosas.
Óxido de 25% óxido de zinco e 10% Pasta d'água Pasta Antisséptico e Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + de calamina. Calamina com calamina secativo. Aplicar nas áreas
calamina (EUA) = óxido de zinco com Adstringente e afetadas, duas a
pequena quantidade de óxido antipruriginos o três vezes ao dia,
de ferro. BF 2001 - leve. exceto nas zonas
carbonato básico de zinco + pilosas.
óxido de ferro.
Óxido de 25% óxido de zinco e 10% Pasta d’água Pasta Escabiose, Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + de enxofre. com enxofre principalment Aplicar nas áreas
enxofre e, quando afetadas, duas a
houver infecção três vezes ao dia,
secundária. exceto nas zonas
pilosas.
Óxido de 25% óxido de zinco e 0,5% Pasta d’água Pasta Antisséptico, Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + mentol. mentolada secativo e Aplicar nas áreas
mentol cicatrizante. afetadas, duas a
Ação três vezes ao dia,
refrescante. exceto em zonas
pilosas.
Parafina 100% parafina sólida Parafina sólida Barra Uso em Uso externo. Uso Contraindicações e Sólido
sólida fisioterapia em em fisioterapia precauções: não há
forma de em forma de relatos de efeitos
banho de cera banho de cera adversos ou
para aliviar a parafínica para contraindicações.
dor de aliviar a dor de
articulações articulações
inflamadas. inflamadas.
Pedra hume Mínimo 99,5% de Alúmen de Pó Adstringente e Aplicar sobre os Soluções acima da Sólido
pedra hume potássio hemostático ferimentos ou concentração
tópico. fissuras. Uso indicada podem
limitado a causar efeito
pequenos cortes irritante ou
na pele. Utilizar corrosivo. A
na forma sólida ingestão accidental
ou em solução a pode causar
1% de pedra hemorragia
hume em 100 ml gastrointestinal.
de água filtrada Neste casso procurer
ou fervida. imediatamente
auxílio médico

290
Permanganato 100 mg de Permanganat Comprimido Dermatites Diluir O permanganato de Sólido
de potássio permanganate de o de potássio exudativas, comprimido no potássio é um
potássio como momento do uso, potente oxidante que
adstringente em um a quatro se decompõe em
bactericida. litros de água e contato com a
usar na forma de matéria orgânica,
compressas ou pela liberação do
banho ou a oxigênio . Exerce
critério médico. função antisséptica.
“Não deve ser
ingerido” - o uso de
pós- concentrados e
soluções
concentradas pode
ser cáustico e em
algumas vezes o uso
de soluções
frequentemen te
podem ser irritantes
ao tecido cutâneo,
além de tingir a pele
de marrom. No caso
de ingestão
acidental, procurar
auxílio médico. O
produto é destinado
somente para uso
externo (uso tópico).
O uso excessivo na
mucosa vaginal pode
alterar o ph: vaginal
(4,5 a 5), acelerando
a descamação do
epitélio e eliminando
os bacilos de
Döederlein. As
duchas vaginais
devem ser usadas,
exclusivamente, em
casos de infecções
purulentas.
Permanganato Mínimo de 97% de Permanganat Pó Dermatites Diluir o pó no O permanganato de Sólido
de potássio permanganato de o de exsudativas, momento do uso , potássio é um
291
potássio . OBS: potássio. como em um a quatro potente oxidante que
envelope contendo 100 adstringente e litros de água e se decompõe em
mg de permanganato de bactericida. usar na forma de contato com a
potássio em pó. compressas ou no matéria orgânica,
banho ou a pela liberação do
critério o médico oxigênio . Exerce
função antisséptica.
“Não deve ser
ingerido” - o uso de
pós- concentrados e
soluções
concentradas pode
ser cáustico e em
algumas vezes o uso
de soluções
frequentemen te
podem ser irritantes
ao tecido cutâneo,
além de tingir a pele
de marrom. No caso
de ingestão acidental,
procurar auxílio
médico. O produto é
destinado somente
para uso externo (uso
tópico). O uso
excessivo na mucosa
vaginal pode alterar
o ph: vaginal (4,5 a
5), acelerando a
descamação do
epitélio e eliminando
os bacilos de
Döederlein. As
duchas vaginais
devem ser usadas,
exclusivamen te, em
casos de infecções
purulentas.
Peróxido de 2,5% de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla peróxido de peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla benzoíla camada de tratamento devido a
gel nas áreas possibilidade de
292
afetadas, uma a manchas na pele.
duas vezes ao dia. Contraindicad
Recomendável o para menores de
uso de bloqueador 12 anos.
solar não O peróxido de
alcoólico benzoíla pode
durante o dia descolorir os
cabelos e manchar
roupas. Pode ocorrer
sensibilização
de contato em alguns
pacientes,
além de vermelhidão
e descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de
benzoíla. Reações
Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão
e descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade
Peróxido de 2,5% de peróxido de Sabonete de Sabonete líquido Tratamento Uso externo. No caso de Líquido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Umedeça a desenvolvimento de
benzoíla pele, passe o irritações, suspender
sabonete o uso e procurar um
cobrindo com médico. Cuidado
espuma toda a aoaplicar o produto
área afetada. próximo aos olhos, à
Deixe alguns boca e às
minutos e mucosas.
enxágue com Caso entre em
água. Use 2 a 3 contato com os olhos
vezes ao ou mucosas,
dia, ou conforme lavar
293
indicado. abundantemente
com água.
Evitar exposição
desnecessária da área
tratada ao sol.
Contraindicado para
menores de 12 anos.
Mantenha longe do
alcance das crianças.
Armazene em
Temperatura
ambiente.
Peróxido de 3% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
ao dia. Contraindicado
Recomendáv el para menores de 12
uso de bloqueador anos.
solar não O peróxido de
alcóolico durante benzoíla pode
o dia. descolorir os cabelos
e manchar roupas.
Pode ocorrer
Sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.

294
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 4% de peróxido de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
ao dia. Contraindicado
Recomendáv el para menores de 12
uso de bloqueador anos.
solar não O peróxido de
alcoólico durante benzoíla pode
o dia. descolorir os cabelos
e manchar roupas.
Pode ocorrer
Sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibili dade ao
peróxido de benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla camada de tratamento devido a
gel nas áreas possibilidade de
afetadas, uma a manchas na pele.
duas vezes ao Contraindicad o para
dia. menores de 12 anos.
Recomendáv el O peróxido de benzoíla
295
uso de bloqueador pode descolorir os
solar não cabelos e manchar
alcoólico durante roupas. Pode ocorrer
o dia. sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação. Em uso
prolongado ocasiona
dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade
ao peróxido de
benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Loção de Emulsão Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Líquido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla camada da tratamento devido a
loção nas áreas possibilidade de
afetadas, uma manchas na pele.
a duas vezes ao Contraindicado para
dia. menores de 12 anosO
Recomendável peróxido de benzoíla
uso de pode descolorir os
bloqueador solar cabelos e manchar
não alcóolico roupas. Pode ocorrer
durante o dia sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
296
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de benzoíla.

Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Sabonete de Sabonete Tratamento Uso externo. No caso de Sólido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da Umedeça a desenvolvimento de
benzoíla acne. pele, passe o irritações,
sabonete suspender o uso e
cobrindo com procurar um médico.
espuma toda a Cuidado ao aplicar o
área afetada. produto próximo aos
Deixe alguns olhos, à boca e às
minutos e mucosas.
enxágue com Caso entre em
água. Use 2 a 3 contato com os olhos
vezes ao ou mucosas,
dia, ou lavar abundanteme
conforme nte com água. Evitar
indicado. exposição
desnecessária da área
tratada ao sol.
Contraindicado para
menores de 12 anos.
Mantenha longe do
alcance das crianças.
Armazene em
temperatura
ambiente.
Peróxido de 8% de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla peróxido de peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
297
ao dia. Contraindicado para
Recomendável menores de 12 anos.
uso de bloqueador O peróxido de
solar não benzoíla pode
alcoólico durante descolorir os cabelos
o dia. e manchar roupas.
Pode ocorrer
sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicad o:
Indivíduos com
hipersensibili dade
ao peróxido de
benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de
contato, eritema,
ardor, vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 10% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. À noite antes sol durante o
benzoíla de deitar aplique tratamento devido a
o gel sobre as possibilidade de
áreas afetadas. manchas na pele.
Durante 1 Contraindicad o para
semana menores de 12 anos.
mantenha o O peróxido de
produto na benzoíla pode
descolorir os cabelos
superfície
e manchar roupas.
afetada por Pode ocorrer
apenas 1 hora e sensibilização em
enxágue. alguns pacientes,
Após esse além de vermelhidão
período se não e descamação.
ocorrer Em uso
irritação prolongado
298
aplique na ocasiona dermatite.
superfície Medicamento
afetada e contraindicado a
mantenha a indivíduos com
noite toda, hipersensibilidade
lavando na ao peróxido
manhã de benzoíla.
Reações Adversas:
seguinte.
Dermatológicas:
Recomendável dermatite de
uso de contato, eritema,
bloqueador ardor, vermelhidão
solar não e descamação.
alcoólico Imunológicas:
durante o dia. hipersensibilidade.
Peróxido de 3% de peróxido de Água Solução Antisséptico Uso tópico: Cuidado com os Líquido
hidrogênio hidrogênio oxigenada 10 aplicar sobre olhos e mucosas,
volumes o local, Produto fortemente
previamente oxidante. Em regiões
limpo para a pilosas do corpo ou
assepsia de couro cabeludo
ferimentos. pode clarear
Gargarejos os pelos ou cabelos.
ou O uso
bochechos: prolongado deve ser
diluir 1 colher evitado. O uso desta
de sopa do solução como
produto em enxaguante bucal
1/2 copo de pode causar
água filtrada lacerações ou inchaço
ou fervida. na boca.
Polietileno- 17g Macrogol Pó para solução oral Constipação Dissolver 17g em Esse medicamento Sólido
glicol 3350 3350 ocasional um copo com pode causar diarreias,
água (200 mL) e flatulências, náuseas,
PEG 3350 tomar uma vez cólicas abdominais
ao dia. ou inchaços. Não
deve ser utilizado por
mais de 2 semanas, a
não ser que o
paciente seja
acompanhado por um
profissional de saúde.
Não deve ser
utilizado por
mulheres grávidas ou
299
que estejam
amamentando sem
orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Esse medicamento é
contraindicado para
pacientes com
quadro conhecido ou
suspeito de obstrução
(náusea, vômito, dor
abdominal),
perfuração intestinal,
apendicite e
sangramento retal.
Pomada para Vitamina A 100.000 Pomada para Pomada Pomada Uso externo. Não há. Semissólido
assadura UI/100g; assadura secativa, Aplicar nas áreas
vitamina D 40.000 cicatrizante afetadas, após
UI/100g; utilizada na limpeza, quando
óxido de zinco 10% prevenção e necessário.
tratamento de
assaduras e
brotoejas.
Pomada para Acetato de hidrocortison Pomada para Pomada Dor e Uso externo. Não utilizar no caso Semissólido
fissuras de a 0,5%; lidocaína fissuras de sangramento de Aplicar na de hipersensibili
períneo base 2,0%; subgalato de períneo hemorroidas área afetada, dade aos
bismuto 2,0%; óxido internas ou duas a três componentes
de zinco 10,0% externas, vezes ao dia.
pruridos anais, Com a
eczema diminuição da fórmula. Não
perianal, dos sintomas, foram estabelecidas a
uma aplicação ao
proctite branda, segurança e eficácia
dia por dois a três
fissuras, pré e dias ou a critério deste produto em
pós- operatório médico. crianças, gestantes e
em cirurgias mulheres no período
anorretais. da amamentaçã o.
Sais para Cloreto sódio Sais para Pó Indicado para Uso interno. Contraindicado para Sólido
reidratação 3,5g; cloreto Reidratação reposição das Dissolver o pacientes com íleo
oral de potássio oral perdas envelope em paralítico, obstrução
1,5g; citrato acumuladas um litro de ou perfuração
de sódio di- de água e água filtrada intestinal e nos
hidratado eletrólitos ou fervida. vômitos incoercíveis
2,9g; glicose (reidratação), Administrar (não contidos).
20g. ou para 100 a 150 Não interagem
300
OBS: fórmula manutenção mL/kg de Com alimentos e
por envelope, da hidratação peso corporal nem com outros
conforme (após a fase em período fármacos.
Portaria de de 4 a 6 Não se observa
108/91: sódio reidratação), horas. Se nas Reação adversa com
90 mEq/L + em caso de primeiras a posologia
potássio 20 a diarreia duas horas recomendada.
25 mEq/L + aguda. de tratamento Precauções: usar com
cloreto 80 os cautela em pacientes
mEq/L + vômitos com função renal
citrato 30 a continuarem comprometida.
35 mEq/L + impedindo Advertência:
glicose 111 que o deve-se seguir
mmol/L paciente atenção no preparo,
administre a usando aquantidade
solução, procurar de água recomendada
imediatamente o e, previamente
médico fervida. Após o
preparo da solução
o que não for
consumido em 24
horas deve ser
desprezado.
.
Sais para Cloreto de sódio 2,6g - Sais para Pó Indicado para Uso interno. Contraindicado para Sólido
reidratação 45 mEq/L; Reidratação oral reposição das Dissolver o pacientes com íleo
oral cloreto de potássio 1,5g perdas envelope em paralítico, obstrução
- 20mEq/L; citrato de sódio acumuladas um litro de água ou perfuração
Diidratado 2,9g - de água e filtrada ou intestinal e nos
10mEq/L; glicose 13,5g eletrólitos fervida. vômitos incoercíveis
- 75 mEq/L (reidratação), Administrar (não contidos).
ou para 100 a 150 mL/kg Não interagem
manutenção de peso corporal com alimentos e
da hidratação em período nem com outros
(após a fase de 4 a 6 horas. Se fármacos.
de nas primeiras Não se observa
reidratação), duas horas Reação adversa com
em caso de de tratamento a posologia
diarreia os vômitos recomendada.
aguda continuarem Precauções: usar com
impedindo cautela em pacientes
que o paciente com função renal
administre a comprometida.
solução, procurar Advertência: deve-se
imediatamente o Seguir atenção no

301
médico preparo, usando a
quantidade de água
recomendada e,
previamente
fervida. Após o
preparo da solução
o que não for
consumido em 24
horas deve ser
desprezado.

Simeticona 75 mg/mL Simeticona Emulsão oral Alívio dos CRIANÇAS MEDICAMENTOS Líquido
sintomas COM ATÉ 2 DE USO
relacionados ao ANOS: tomar 5 EXCLUSIVO POR
excesso de gases gotas de 6 em 6 VIA ORAL.
no aparelho horas. Não NÃO
digestivo, que ultrapassar a dose ULTRAPASSAR A
geram de 60 gotas/dia. DOSE MÁXIMA
flatulência, CRIANÇAS DE 2 INDICADA A
desconforto A 12 ANOS: MENOS QUE SOB
abdominal, tomar 10 gotas de ORIENTAÇÃO
aumento de 6 em 6 horas. Não MÉDICA.
volume ultrapassar a dose CONTRAINDICAÇÕ
abdominal, dor de 60 gotas/dia. ES: Distensão
ou cólicas no ADULTOS: abdominal grave;
abdômen. tomar 10 - 30 Cólica grave; Dor
Preparo do gotas de 6 em 6 persistente (mais que
paciente a ser horas. Não 36 horas); Massa
submetido a ultrapassar a dose palpável na região do
endoscopia de 120 gotas/dia abdômen; alergia a
digestiva e/ou simeticona e a seus
colonoscopia derivados; perfuração
ou obstrução intestinal
suspeita ou conhecida.
Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.
Simeticona 150 mg/mL Simeticona Emulsão oral Alívio do CRIANÇAS MEDICAMENTOS Líquido
sintomas COM ATÉ 2 DE USO
relacionados ao ANOS: tomar 2 EXCLUSIVO POR
excesso de gotas de 6 em 6 VIA ORAL.
gases no horas. Não NÃO
aparelho ultrapassar a dose ULTRAPASSAR A
digestivo, que de 30 gotas/dia. DOSE MÁXIMA
302
geram CRIANÇAS DE 2 INDICADA A
flatulência, A 12 ANOS: MENOS QUE SOB
desconforto tomar 5 gotas de 6 ORIENTAÇÃO
abdominal, em 6 horas. Não MÉDICA.
aumento de ultrapassar a dose CONTRAINDICAÇ
volume de 30 gotas/dia. ÕES: Distensão
abdominal, dor ADULTOS: abdominal grave;
ou cólicas no tomar 5 - 15 gotas Cólica grave; Dor
abdômen. de 6 em 6 horas. persistente (mais que
Preparo do Não ultrapassar a 36 horas); Massa
paciente a ser dose de 120 palpável na região do
submetido a gotas/dia abdômen; alergia a
endoscopia simeticona e a seus
digestiva e/ou derivados; perfuração
colonoscopia ou obstrução
intestinal suspeita ou
conhecida.
Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e
vômito.
Simeticona 40 mg Simeticona Comprimido Alívio do CRIANÇAS DE 2 NÃO Sólido
sintomas A 12 ANOS: ULTRAPASSAR A
relacionados ao tomar 1 DOSE MÁXIMA
excesso de gases comprimido de 6 INDICADA A
no aparelho em 6 horas. Não MENOS QUE SOB
digestivo, que ultrapassar a dose ORIENTAÇÃO
geram de 6 MÉDICA.
flatulência, comprimidos/dia CONTRAINDICAÇ
desconforto ADULTOS: ÕES: Distensão
abdominal, tomar 1 - 3 abdominal grave;
aumento de comprimidos de 6 Cólica grave; Dor
volume em 6 horas. Não persistente (mais que
abdominal, dor ultrapassar a dose 36 horas); Massa
ou cólicas no de 12 palpável na região do
abdômen. comprimidos/dia abdômen; alergia a
Preparo do simeticona e a seus
paciente a ser derivados; perfuração
submetido a ou obstrução
endoscopia intestinal suspeita ou
digestiva e/ou conhecida.
colonoscopia Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e
303
vômito.

Simeticona 80 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO Sólido


sintomas tomar 1-2 ULTRAPASSAR A
relacionados ao comprimidos de 6 DOSE MÁXIMA
excesso de em 6 horas. Não INDICADA, A
gases no ultrapassar a dose MENOS QUE SOB
aparelho de 6 ORIENTAÇÃ O
digestivo, que MÉDICA.
geram
flatulência, comprimidos/ dia. CONTRAINDI
desconforto CAÇÕES:
abdominal, Distensão abdominal
aumento de grave; Cólica grave;
volume Dor persistente (mais
abdominal, dor que 36 horas); Massa
ou cólicas no palpável na região do
abdômen. abdômen; alergia a
simeticona e a
Preparo do seus derivados;
paciente a ser perfuração ou
submetido a obstrução intestinal
endoscopia suspeita ou conhecida.
digestiva e/ou EFEITOS
colonoscopia. ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.
Simeticona 150 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO ULTRAPASS Sólido
sintomas tomar 1 AR A DOSE
relacionados ao comprimidos 8 MÁXIMA
excesso de em 8 horas. Não INDICADA, A
gases no ultrapassar a dose MENOS QUE SOB
aparelho de 3 ORIENTAÇÃO
digestivo, que comprimidos/ dia. MÉDICA.
geram CONTRAINDICAÇÕ
flatulência, ES:
desconforto Distensão abdominal
abdominal, grave; Cólica grave;
aumento de Dor persistente (mais
volume que 36 horas); Massa
abdominal, dor palpável na região do
ou cólicas no abdômen; alergia a
simeticona e a seus
abdômen.
304
Preparo do derivados; perfuração
paciente a ser ou obstrução intestinal
submetido a suspeita ou conhecida.
endoscopia EFEITOS
digestiva e/ou ADVERSOS:
colonoscopia. diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.

Simeticona 125 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO ENGOLIR O Sólido
sintomas ingeri 1 COMPRIMID O
relacionados ao comprimidos de 6 INTEIRO.
excesso de em 6 horas. Não MASTIGAR
gases no ultrapassar a dose COMPLETAMENTE
aparelho de 4 O COMPRIMIDO
digestivo, que comprimidos/ dia. ANTES DE
geram ENGOLIR.
flatulência, NÃO ULTRAPASS
desconforto AR A DOSE
abdominal, MÁXIMA
aumento de INDICADA, A
volume MENOS QUE SOB
abdominal, dor ORIENTAÇÃO
ou cólicas no MÉDICA.
abdômen.
CONTRAINDICAÇÕ
Preparo do
ES:
paciente a ser Distensão abdominal
submetido a grave; Cólica grave;
endoscopia Dor persistente (mais
digestiva e/ou que 36 horas); Massa
colonoscopia palpável na região do
abdômen; alergia a
simeticona e a seus
derivados; perfuração
ou obstrução intestinal
suspeita ou conhecida.
EFEITOS
ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito
Simeticona 125 mg Simeticona Cápsula gelatinosa Alívio dos ADULTOS: AR A DOSE Sólido
mole sintomas ingerir 1 MÁXIMA
relacionados ao cápsula de 6 INDICADA, A
em 6 horas. Não
305
excesso de ultrapassar a dose MENOS QUE SOB
gases no de 4 ORIENTAÇÃO
aparelho comprimidos/dia MÉDICA.
digestivo, que
geram CONTRAINDICAÇÕ
flatulência, ES:
desconforto Distensão abdominal
abdominal, grave; Cólica grave;
aumento de Dor persistente (mais
volume que 36 horas); Massa
abdominal, dor palpável na região do
ou cólicas no abdômen; alergia a
abdômen. simeticona e a
Preparo do seus derivados;
paciente a ser perfuração ou
submetido a obstrução intestinal
endoscopia suspeita ou conhecida.
digestiva e/ou EFEITOS
colonoscopia ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.
Solução 0,5 % de iodo; 1,0 % Solução Solução Antimicótico Uso externo. O produto não deve Líquido
antimicótica iodeto de potássio; 2,0 antimicótica Aplicar nas áreas ser usado em casos
com iodo % de ácido salicílico; com iodo afetadas, duas a de alergia ao iodo,
três vezes ao dia. feridas abertas (pode
2,0 % ácido benzoico; 5,0
% tintura de benjoim resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos.
Restrição de uso:
neonatos e gestantes,
pois podecausar
intoxicação pelo
iodo.
Evitar uso
prolongado.
Suspender o uso se
Houver mudança de
coloração ou odor da
solução.
Solução de 0,9% de cloreto de sódio Solução Solução Para Para Não utilizar se o Líquido ou soluções
cloreto de fisiológica de nebulização, nebulização, líquido não estiver estéreis
sódio cloreto de sódio lavagens de lavagens de límpido, incolor,
0,9% lentes de lentes de contato, transparente e
contato, lavagem de inodoro. Uso
306
lavagem de ferimentos e externo. Não contém
ferimentos e hidratação da pele conservante.
hidratação da
pele.
Solução de 0,9% de cloreto de sódio Solução nasal Solução Fluidificante e Aplique a Contraindicação: Soluções Estéreis
cloreto de de cloreto de descongestio solução nas pacientes com
sódio - estéril sódio 0,9% nante nasal. narinas,conforme Antecedentes de
necessidade. Hipersensibilidade aos
componentes da
fórmula
OBS: A solução deve
ser estéril, envasada
em frasco spray com
dispensador que
garanta a esterilidade
do produto durante
todo o período de
utilização.
Solução de 0,9% de cloreto de Solução nasal Solução Fluidificante e Aplique a Contraindicação: Líquido
cloreto de sódio + cloreto de de cloreto de descongestio solução nas pacientes com
sódio benzalcônio até a sódio 0,9% nante nasal. narinas, conforme Antecedentes de
concentração máxima de com necessidade. hipersensibilidade
0,01%, como conservante conservante aos componentes
da fórmula.
Não deve ser
utilizado por
Pacientes com
hipersensibilidade ao
cloreto de
Solução para Cloreto de sódio 2,05 Solução para Solução oral Prevenção da Uso interno. Contraindicações: Líquido
prevenção da mg/mL; prevenção da Desidratação e Adultos: Pacientes com íleo
desidratação citrato de potássio desidratação manutenção da administrar 750 paralítico, obstrução
oral monoidratado 2,16 mg/mL; oral hidratação após mL de solução ou perfuração do
citrato de sódio diidratado a fase de por hora até o intestino e nos
0,98 mg/mL; reidratação. limite de 4L/dia. vômitos persistentes.
Glicose monoidradata 25,00 Lactentes e Precauções: usar com
mg/mL (equivalente a 22,5 Crianças: cautela em pacientes
mg/mL de glicose administrar 20 com função renal
anidra)
mL de solução/kg comprometida.
por hora até o Advertências e
limite de 75 precauções:
mL/kg/dia.
Podem ocorrer
vômitos,
307
Se nas duas principalmente se
primeiras horas a solução for ingerida
de tratamento os muito rapidamente.
vômitos
continuarem
impedindo que o
paciente
administre a
solução, procurar
imediatamente o
médico
Solução para Cloreto de sódio 4,68 Solução para Solução oral Reidratação Uso interno. Contraindicações: Líquido
reidratação mg/mL; Reidratação oral. Adultos: pacientes com íleo
oral citrato de potássio oral administrar 750 paralítico, obstrução
monoidratado mL de solução ou perfuração do
2,16 mg/mL; por hora até o intestino e nos
citrato de sódio limite de 4L/dia. vômitos persistentes.
diidratado 0,98 mg/mL; Precauções: usar com
Lactentes e
glicose anidra 20,00 mg/mL cautela em pacientes
OBS: A formulação Crianças:
com função renal
deste produto não deve administrar
comprometida.
conter nenhuma 20 mL de
solução/kg Advertências e
outra substância além dos precauções: Podem
ativos citados, na por hora até o
limite de 75 Ocorrer vômitos,
concentração indicada, e principalmente se a
água. mL/kg/dia.
Se nas duas solução for
ingerida
primeiras horas
muito
de rapidamente.
tratamento os
vômitos
continuarem
impedindo
que o
paciente
administre a
solução,
procurar
imediatament
e o médico.
Solução retal Fosfato de sódio dibasico Enema de Solução retal Laxante Uso adulto. Medicamento Líquido
de fosfatos de (0,06g/mL) + fosfato de fosfato de sódio Uso retal. contraindicado para
sódio sódio monobásico Apresentação de pacientes com
(0,16g/mL) dose única. insuficiência cardíaca
congestiva,
308
OBS: O volume da Antes de usar, insuficiência renal,
apresentação deverá estar retire a capa insuficiência
entre 100-133mL. A protetora da cânula hepática, hipertensão
embalagem primária do retal. arterial, apendicite,
medicamento deve ser, Com o frasco para obstrução intestinal,
obrigatoriamente, em cima, segure com colite ulcerativa e
formato tubular, com um os dedos a tampa hipersensibilidade a
gargalo estreito, de fundo sulcada. Com a qualquer componente
plano e com dispositivo para outra mão, segure a da formulação.
administração retal. Deve ser capa protetora, Não deve ser usado
controlado o tamanho e a retirando- a na presença de
espessura do dispositivo de suavemente. náusea, vômito ou
aplicação a fim de garantir a Escolher a posição dor abdominal.
Reações Adversas:
via de administração do mais conveniente,
hiperfosfatem ia,
medicamento entre as descritas
hipernatremia,
abaixo:
hipocalemia, acidose
LADO metabólica e tetania.
ESQUERDO Em pacientes
Deitar sobre o desidratados ou
lado esquerdo, debilitados, o volume
com os joelhos em da solução
flexão e braços dministrada deve ser
relaxados. cuidadosame nte
JOELHO- determinado; por
TORAX tratar-se de uma
Ajoelhar- se e, solução hipertônica, o
em seguida, seu uso pode levar ao
baixar a cabeça e agravamento dessa
o tórax para condição. Deve-se
frente, até que o assegurar que o
lado esquerdo da conteúdo do intestino
face repouse na seja evacuado após a
superfície, administração desse
deixando os medicamento. Caso
braços em posição não ocorra, procurar
confortável. assistência médica.
AUTOADMINIS Seu uso repetido em
TRAÇÃO intervalos curtos deve
O processo mais ser evitado.
simples é assumir
a posição deitado
sobre uma toalha.
Com pressão
309
firme, inserir
suavemente a
cânula no reto,
comprimindo o
frasco até ser
expelido quase
todo o líquido.
Retire a cânula do
reto.
É necessário
esvaziar o frasco.
Manter a posição
até sentir forte
vontade de
evacuar
(geralmente 2 a 5
minutos).
OBS: É
obrigatória a
inserção na
rotulagem ou na
bula de figuras
que ilustrem cada
uma das posições
para
administração do
medicamento
descritas acima.
Soluto Sulfato de cobre 1%; Água Solução Antisséptico no Pura ou diluída Precauções: Líquido
cuprozíncico sulfato de zinco 3,5% d'alibour tratamento de em água, em conservar o frasco
feridas de pele. aplicações locais. bem fechado, ao
abrigo da luz.
Cuidado com olhos e
mucosas; em caso de
ingestão acidental
procurar socorro
médico. Não ingerir.
Sulfato de Mínimo 99% de sulfato de Sal amargo Pó Purgativo salino De 5 a 30g (1 Contraindicaç ões: Sólido
magnésio magnésio colher de chá a 2 em pacientes com
colheres de sopa) disfunção renal e
para adultos, crianças com
crianças doenças parasitárias
recomenda- se 0,1 no intestino.
310
a 0,25 g por kg de Contraindicad o nos
peso corporal. casos de obstrução
Preferencialm intestinal crônica,
ente, ingerir a doença de Crohn,
quantidade colite ulcerativa e
recomendada com qualquer outro
250 mL episódio de
de água inflamação no
filtrada antes intestino. O
do café da uso contínuo
manhã em pode causar diarreia
jejum crônica e
consequente
desequilíbrio
eletrolítico.
Não utilizar em
crianças menores de
2 anos. Não passar da
dose recomendada
por dia e não
utilizar por mais de 2
semanas.
Sulfato de 17,5% de sulfato de Limonada Solução Purgativo Uso interno. Contraindicações: Líquido
sódio sódio purgativa de salino Ingerir, em Contraindicado nos
sulfato de jejum, pura casos de obstrução
sódio ou diluída em intestinal crônica,
água fervida doença de Crohn,
ou filtrada em colite ulcerativa e
doses individuais qualquer outro
de 100 mL ou a episódio de inflamação
critério médico. no intestino.
Caso não utilizar Precauções e
a dose única, após advertências: após uma
aberto, conservar evacuação completa do
cólon(parte do
o frasco bem
intestino), pelo uso de
fechado em um catártico, pode
geladeira. haver um intervalo de
alguns dias até a
recuperação do
movimento normal do
intestino, o que não
deve ser confundido
com constipação

311
intestinal. O uso
excessivo de catárticos
e laxantes pode trazer
efeitos indesejáveis
como desidratação,
perda de eletrólitos e
ulcerações no
intestino.
Sulfato de Mínimo 98% Sal de Pó Laxante Doses usuais Contraindicações: em Sólido
sódio de sulfato de Glauber salino de 15 g/dia (1 pacientes
sódio colher de com disfunção
sopa) em água renal e crianças com
fervida doenças parasitárias
ou filtrada no intestino.
Contraindicado nos
casos de obstrução
Intestinal crônica,
doença de Crohn,
colite ulcerativa e
qualquer outro
episódio de
inflamação no
intestino. O uso
contínuo pode causar
diarreia crônica e
consequente
desequilíbrio
eletrolítico.
Não utilizar em
crianças menores de
2 anos. Não passar da
dose recomendada
por dia e não utilizar
por mais de 2
semanas.
Sulfato 40 mg de ferro elementar Sulfato ferroso, Comprimido ou Auxiliar nas USO Advertências e Sólido
ferrosol ferro Comprimido anemias ADULTO precauções:
Redação dada revestido carenciais. 1 comprimido pacientes
pela RDC ao dia por via portadores de
242/2018. oral e em doenças
hepáticas, úlcera
jejum. péptica, gástrica
ou duodenal,
alcoolismo,
insuficiência
312
renal, indivíduos
com
hipersensibilidad
e. Administração
de ferro por
períodos maiores
que 6 meses deve
ser evitada. A
suplementação de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de
anemia
hemolítica em
pacientes
recebendo
transfusão
sanguínea, em
uso de ferro por
via parenteral.
Reações
adversas:
constipação,
diarreia, fezes
escuras, náuseas,
dor epigástrica,
vômito, pirose,
sangramento nas
fezes,
escurecimento
dos dentes,
irritação na
garganta, urina
escura e
hemossiderose
Sulfato 60 mg de Sulfato Comprimido Auxiliar nas USO Advertências e Sólido
Ferroso ferro ferroso, ferro ou anemias ADULTO precauções:
Redação dada elementar Comprimido carenciais. 1 comprimido pacientes
pela RDC revestido ao dia por via portadores de
242/2018. oral e em
doenças
hepáticas, úlcera
jejum. péptica, gástrica
ou duodenal,
alcoolismo,
313
insuficiência
renal, indivíduos
com
hipersensibilidad
e. Administração
de ferro por
períodos maiores
que 6 meses deve
ser evitada. A
suplementação de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de
anemia
hemolítica em
pacientes
recebendo
transfusão
sanguínea, em
uso de ferro por
via parenteral.
Reações
adversas:
constipação,
diarreia, fezes
escuras, náuseas,
dor epigástrica,
vômito, pirose,
sangramento nas
fezes,
escurecimento
dos dentes,
irritação na
garganta, urina
escura e
hemossiderose.
Sulfato 25 mg/mL de ferro Sulfato ferroso, Solução Oral Auxiliar nas USO EM Advertências e Líquido
ferrosol elementar ferro anemias CRIANÇAS DE 6 precauções: pacientes
carenciais. A 18 MESES portadores de
1 mL uma vez por doenças hepáticas,
semana em jejum úlcera péptica,
gástrica ou duodenal,
alcoolismo,
insuficiência renal,

314
indivíduos com
hipersensibili dade.
Administraçã o de
ferro por períodos
maiores que 6 meses
deve ser evitada A
suplementaçã o de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de anemia
hemolítica em
pacientes recebendo
transfusão sanguínea,
em uso de ferro por
via parenteral.
Reações adversas:
constipação, diarreia,
fezes escuras,
náuseas, dor
epigástrica, vômito,
pirose, sangramento
nas fezes,
escurecimento dos
dentes, irritação na
garganta, urina
escura,
hemossiderose.

Supositório OBS: Supositório Supositório Laxante Uso externo. O supositório pode ser Sólido
de glicerina quantidade de glicerina é de glicerina Adultos e crianças: umedecido com água
dependente da faixa etária: introduzir o antes da inserção, para
Supositório para lactentes: supositório no reto, reduzir a tendência
molde de 1 g; até que advenha a inicial da base de
Supositório para crianças: vontade de evacuar retirar água das
molde de 1,5 a 2,0 g; Bebês: mucosas,
Supositório para adultos: introduzir o irritando os
molde de 2,5 a 3 g. supositório por via tecidos.
retal, pela parte
mais afilada.
Pode-se deixar o
supositório de
glicerina atuar de
15 a 30 minutos.
Não é necessário

315
que o produto se
dissolva
completamente
para que produza o
efeito
desejado.
Talco 100% de talco Silicato de Pó Secativo. Uso Uso externo, Cuidado no Sólido
magnésio em massagens, sobre a pele. manuseio, evitar
alívio de Como adjuvante inalação, pois pode
irritação em formulações desencadear desde
cutânea, farmacêuticas ou quadros de irritação
prevenção de cosméticas. até lesões
assaduras; pulmonares mais
agente graves.
esclerosante em
derrames
malignos e no
pneumotórax
recidivante.
Talco 1% de mentol Talco Pó Dermatoses Uso externo. Cuidado no Sólido
mentolado mentolado pruriginosas. Aplicar nas manuseio, evitar
áreas inalação, pode
afetadas, desencadear
duas a três desde quadros de
vezes ao dia. irritação até lesões
pulmonares mais
graves.
Vaselina 100% de vaselina Parafina Líquido Emoliente Uso externo: Contraindicações e Líquido
líquida (grau líquida líquida (grau para a pele, Aplicar produto precauções:
farmacêutico) farmacêutico) remoção de sobre a pele seca não há relatos de
. crostas e de ou molhada efeitos adversos ou
pomadas, com as mãos contraindicações.
pastas e ou com o Não ingerir.
utilizados na auxílio de gaze ou
pele (limpeza algodão.
da pele),
lubrificante,
puro ou como
base (veículo)
de preparações
farmacêuticas e
cosméticas
outros produtos
previamente

316
Vaselina 100% de Vaselina Pomada Uso como Uso tópico. O principal Semissólido
sólida (grau vaselina branca; emoliente. Aplicar com efeito
farmacêutico) sólida petrolato gaze ou algodão adverso é a irritação.
sólido sobre a pele Caso ocorra com
(grau farmacê ressecada. peles sensíveis,
utico). suspenda o uso.
Violeta 1% de violeta Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Precauções e Líquido
genciana genciana violeta tópico. local, previamente advertências:
genciana; limpo. A violeta Não usar em lesões
solução de genciana é um ulcerativas da face,
cloreto de corante com pode resultar em
hexametil atividade pigmentação
p-rosa-nilina antisséptica. É permanente da pele.
bacteriostática Não ingerir.
(inibe o
crescimento) e
bactericida (destrói
a bactéria) contra
muitos micro-
organismos,
inclusive alguns
fungos, que causam
doenças na pele e
nas mucosas.
Seu uso é
tradicional nos
casos de candidíase
(sapinho),
impetigo, infecções
superficiais, lesões
crônicas e
irritativas e nas
dermatites.
Também
empregada
em alguns tipos de
micoses, como nos
casos de frieiras e

de atleta. O uso
continuado pode
levar à irritação,
devendo ser
317
empregada
em períodos
curtos de 3-4
dias e não deve ser
empregada em
lesões no
rosto, pois podem
causar manchas
permanentes.
Violeta 2% de violeta genciana Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Precauções e Líquido
genciana Violeta genciana; tópico. local, advertências:
solução de previamente Não usar em lesões
cloreto de limpo. A violeta ulcerativas da face,
hexametilp- genciana é um pode resultar em
rosanilina corante com pigmentação
atividade permanente da pele.
antisséptica. Não ingerir.
É bacteriostática
(inibe o
crescimento)
e bactericida
(destrói a bactéria)
contra muitos
micro-organismos,
inclusive alguns
fungos, que
causam doenças na
pele e mucosas.
Seu uso é
tradicional
nos casos de
candidíase
(sapinho),
impetigo, infecções
superficiais, lesões
crônicas e
irritativas e nas
dermatites.
Também
empregada em
alguns tipos de
micoses, como nos
casos de frieiras e
pé de atleta. O uso
continuado é
318
irritante, devendo
ser empregado em
períodos curtos de
3-4 dias e não deve
ser empregada em
lesões no rosto,
pois podem causar
manchas
permanentes.

319
ANEXO II ( ) produto
MODELO DE ROTULAGEM DE MEDICAMENTOS Preencher todos os campos:
DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA Referência
Nome comercial (FACULTATIVO) Sinônimo
bibliográfica
Nome do produto ou sinônimo (conforme Anexo I)
Concentração do princípio ativo (conforme Anexo I) Referência
Forma farmacêutica (conforme Anexo I) Indicação
bibliográfica
Via de administração Uso (adulto, pediátrico, adulto e
pediátrico) Referência
Modo de Usar
Conteúdo da embalagem Composição: bibliográfica
Nome do princípio ativo...................concentração
Referência
Excipientes (relacionar sem mencionar concentração na Advertência
bibliográfica
fórmula)
É facultado a inclusão de informações adicionais voltadas Especificações analíticas Referência
para características organolépticas. mínimas bibliográfica
Indicação (conforme Anexo I)
Modo de Usar (conforme Anexo I) ( ) informações sobre produto já existente no Anexo I
Advertência (conforme Anexo I) Preencher somente o campo pertinente:
Advertências específicas do produto conforme legislação Referência
Sinônimo
vigente bibliográfica
Cuidados de Conservação Frase "TODO
MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO Referência
Indicação
ALCANCE DE CRIANÇAS" bibliográfica
Frase "Para correta utilização deste medicamento, solicite
Referência
orientação do farmacêutico." Modo de Usar
bibliográfica
Frase "MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO
SIMPLIFICADA RDC Nº ....... de 2006. AFE nº Referência
:..........................". Advertência
bibliográfica
Frase "AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO
DEVERÁ SER CONSULTADO" Especificações analítica Referência
Nome do Farmacêutico Responsável e respectivo número mínimas bibliográfica
de CRF ( ) EXCLUSÃO
Nome da empresa notificadora ( ) produto
Número de CNPJ da empresa notificadora ( ) infomações sobre produto já existente no Anexo I
Endereço completo da empresa notificadora ( )sinônimo
Fabricado por: (quando for o caso) ( )Indicação
Nome da empresa fabricante ( )modo de usar
Número de CNPJ da empresa fabricante ( )advertência
Endereço completo da empresa fabricante ( )especificações analíticas mínimas Justificativa
Número do SAC da empresa notificadora Referência Bibliográfica
Número de Lote ( ) ALTERAÇÃO
Data de Fabricação ( ) nome do produto
Prazo de Validade ( )princípio ativo
Código de barras ( )concentração
( )forma farmacêutica
ANEXO III ( )sinônimo
REQUERIMENTO PARA INCLUSÃO, ALTERAÇÃO ( )Indicação
OU EXCLUSÃO DE MEDICAMENTOS OU ( )modo de usar
INFORMAÇÕES PRESENTES NO ANEXO I ( )advertência
Dados do solicitante: ( )especificações analíticas mínimas Justificativa
Nome do solicitante (jurídica ou física): Referência Bibliográfica
Endereço: (*) Republicada por ter saído no DOU nº 208, de
FAX: 30.10.2006, Seção 1, pág. 167, com incorreção no
e-mail: original.
Telefone:
Dados do produto:
Princípio Ativo:
Concentração:
Forma farmacêutica:
( )INCLUSÃO
320
RDC nº. 204 de 14/11/2006. Parágrafo único. Excetuar do disposto no caput deste
(D.O.U de 16.11.2006) artigo a utilização com a estrita finalidade de pesquisas e
trabalhos médicos e científicos.
Dispõe sobre o cumprimento das Boas Práticas de Art. 6º - Fica instituído que as empresas terão um prazo
Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos de 180 dias para cumprir os itens do capítulo de validação
do anexo I desta Resolução.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Parágrafo único. Excetua-se do disposto no caput deste
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere artigo o item 13.3.1 do anexo desta Resolução.
o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Art. 7º - A inobservância ou desobediência ao disposto na
Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em presente Resolução configura infração de natureza
vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do sanitária, na forma da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da 1977, sujeitando o infrator às penalidades previstas nesse
Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, diploma legal.
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião Art. 8º - Ficam revogadas a RDC nº. 35 de 25 de fevereiro
realizada em 6 de novembro de 2006, e de 2003 (DOU 07/03/2003) e a RDC Nº 47, de 2 de Junho
considerando o disposto na Lei nº. 6.360, de 23 de de 2000.
setembro de 1976 e no seu Regulamento, o Decreto nº. Art. 9º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
79.094, de 5 de janeiro de 1977; publicação.
considerando a Resolução RDC nº. 196, de 29 de DIRCEU RAPOSO DE MELLO
junho de 2005;
considerando a Lei nº. 9.782, de 26 de janeiro de ANEXO
1999; REGULAMENTO TÉCNICO DAS BOAS
considerando a necessidade de padronizar as ações da PRÁTICAS DE DISTRIBUIÇÃO E
Vigilância Sanitária referente aos Insumos Farmacêuticos FRACIONAMENTO DE INSUMOS
a serem utilizados na fabricação de medicamentos e na FARMACÊUTICOS
manipulação de medicamentos;
considerando ainda que todo o segmento envolvido na GLOSSÁRIO
distribuição e fracionamento é responsável solidário pela Ajuste - Operação destinada a fazer com que um
identidade, eficácia, qualidade e segurança dos Insumos instrumento de medida tenha desempenho compatível
Farmacêuticos; com o seu uso, utilizando-se como referência um padrão
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e de trabalho (padrão de controle).
eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação: Ambiente - Espaço fisicamente determinado e específico
para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s),
Art. 1º - Determinar a todos os estabelecimentos que caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas.
exerçam as atividades de importar, exportar, distribuir, Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma
expedir, armazenar, fracionar e embalar insumos área.
farmacêuticos o cumprimento das diretrizes estabelecidas Amostra de Referência ou Amostra de Retenção -
no Regulamento Técnico de Boas Práticas de Distribuição Amostra de Insumo Farmacêutico, conservada pelo
e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos, conforme distribuidor, devidamente identificada.
Anexo da presente Resolução. Antecâmara - Espaço fechado com duas ou mais portas,
Art. 2º - Instituir como norma de inspeção para os órgãos interposto entre duas ou mais áreas de classes de limpeza
de vigilância sanitária do SUS o Anexo - Regulamento distintas, com o objetivo de controlar o fluxo de ar entre
técnico das Boas Práticas de Distribuição e ambas, quando precisarem ser adentradas. A antecâmara é
Fracionamento de Insumos Farmacêuticos. projetada de forma a ser utilizada por pessoas ou
Parágrafo único Fica a empresa fracionadora responsável materiais.
pela qualidade dos Insumos Farmacêuticos fracionados. Área - Espaço físico delimitado, onde são realizadas
Art. 3º - Os insumos farmacêuticos estéreis não podem ser operações sob condições ambientais específicas.
fracionados. Áreas Operacionais - Áreas cujas operações têm contato
Art. 4º - As empresas de que trata esta norma somente direto com os Insumos Farmacêuticos.
podem comercializar com empresas autorizadas pela Armazenamento - Procedimento que possibilita o estoque
autoridade sanitária federal e licenciadas pela autoridade ordenado e racional de materiais.
sanitária das unidades federadas em que se localizam Amostra representativa - Quantidade de amostra
Art. 5º - Ficam proibidas a importação e comercialização estatisticamente calculada, representativa do universo
de insumos farmacêuticos destinados à fabricação de amostrado, tomada para fins de análise.
medicamentos que ainda não tiverem a sua eficácia BPDF - Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de
terapêutica avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Insumos Farmacêuticos.
Sanitária. Calibração - Conjunto de operações que estabelecem, sob
condições especificadas, a relação entre os valores
indicados por um instrumento de medição, sistema, ou
valores apresentados por um material de medida,
321
comparados àqueles obtidos com um padrão de referência relativas à qualidade, formalmente expressa e autorizada
correspondente. pela administração superior da empresa.
CAS - “Chemical Abstracts Service” - Referência Gerenciamento de resíduos - Atividade que engloba as
Internacional de Substâncias Químicas. etapas desde a formação dos resíduos até o destino final.
Contaminação - Introdução indesejada de impurezas de Impureza - Qualquer componente não desejável, presente
natureza química, microbiológica ou material estranho na no insumo farmacêutico.
matéria-prima ou insumo farmacêutico durante o Insumo farmacêutico - Droga ou substância aditiva ou
fracionamento, amostragem, embalagem, armazenamento complementar de qualquer natureza, destinada ao
ou transporte. emprego em medicamento.
Contaminação-cruzada - Contaminação de determinado Insumo farmacêutico ativo - Droga ou substância ativa
insumo farmacêutico por outro Insumo Farmacêutico, destinada a emprego em medicamentos.
durante as operações. Insumo farmacêutico altamente ativo - Toda substância
DCB - Denominação Comum Brasileira - Denominação (fármaco) cuja dose terapêutica possa ser inferior a 5
do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo (cinco) mg, por exemplo: prostaglandinas,
aprovado pelo Órgão Federal responsável pela Vigilância imunossupressores, alguns psicotrópicos e alguns
Sanitária. entorpecentes.
DCI - Denominação Comum Internacional - Insumo farmacêutico altamente sensibilizante - Toda
Denominação do fármaco ou princípio substância capaz de desenvolver uma reação
farmacologicamente ativo aprovado pela Organização sensibilizante em pequenas doses ou em doses
Mundial de Saúde. cumulativas (penicilinas, cefalosporinas e respectivos
Depósito de material de limpeza - Sala destinada à derivados).
guarda de aparelhos, utensílios e materiais utilizados na Insumo farmacêutico crítico - Insumo que tem maior
limpeza. probabilidade de ter sua especificação afetada em virtude
Devolução - Retorno ao fabricante ou ao distribuidor de das condições do fracionamento.
insumos farmacêutico, por estar em desacordo com as Instalação - Espaço físico delimitado acrescido das
especificações dos compêndios oficiais ou outros máquinas, aparelhos, equipamentos e sistemas auxiliares
motivos, excluindo exigências comerciais. utilizados para executar os processos.
Desvio da qualidade - Não atendimento aos requisitos da Limpeza - Remoção de sujidades de qualquer superfície,
qualidade estabelecidos para Insumos Farmacêuticos. por fricção manual ou auxílio de máquina.
Distribuição - Qualquer atividade de armazenamento, Lote - Quantidade definida de Insumos Farmacêuticos,
fornecimento e expedição dos Insumos Farmacêuticos obtidos em um único processo/operação, cuja
excluindo-se a de fornecimento ao público. característica essencial é a homogeneidade.
Documentação - Conjunto de documentos que definem e Material - Termo usado para denotar materiais de
registram as especificações e as operações dos Insumos laboratório (ex: filtros, vidrarias, reagentes), insumo
Farmacêuticos farmacêutico, material de embalagem e material impresso.
Embalagem Primária - Recipiente destinado ao Material de embalagem - Invólucro, recipiente ou
acondicionamento e envase de Insumos Farmacêuticos qualquer forma de acondicionamento, removível ou não,
que mantém contato direto com os mesmos. destinado a cobrir, empacotar, envasar, proteger e manter
Embalagem Secundária - Recipiente destinado ao os insumos farmacêuticos.
acondicionamento de Insumos Farmacêuticos em sua Monitoramento ambiental - Procedimentos estabelecidos
embalagem primária, não mantendo contato com os que tenham como objetivo a verificação do cumprimento
mesmos. dos parâmetros de limpeza, temperatura, umidade e
Empresa - Pessoa Jurídica que segundo as leis vigentes de microbiológico com seus respectivos registros.
comércio, explore a atividade econômica com Insumos Número de lote - Combinação definida de números e/ou
Farmacêuticos abrangidos por este Regulamento. letras que identificam um determinado lote, visando
Especificação - Parâmetros, seus limites documentados e assegurar a rastreabilidade do mesmo.
respectivas metodologias a que devem atender os Insumos Operações - Conjunto de atividades executadas visando
Farmacêuticos. atender as BPDF para Insumos Farmacêuticos.
Estabelecimento - Unidade da empresa destinada ao Ordem de fracionamento - Documento de referência para
comércio atacadista de Insumos Farmacêuticos. o fracionamento de um ou parte de lote de insumo
Fabricante - Empresa que realiza as operações e processos farmacêutico, que contemple as informações
necessários para a obtenção de Insumos Farmacêuticos. preestabelecidas.
Fracionamento - Processo que visa à divisão em Origem - País de produção ou industrialização dos
quantidades menores dos Insumos Farmacêuticos, Insumos Farmacêuticos.
preservando as especificações da qualidade e dados de Padrão de referência primário - Uma substância cujo
identificação e rotulagem originais englobando as elevado grau de pureza e autenticidade foram
operações de pesagem/medida, embalagem e rotulagem. demonstrados por meio de testes analíticos.
Gerenciamento da qualidade - O Gerenciamento da Padrão de referência secundário - Substância da qualidade
Qualidade determina e implementa a "Política da e de pureza estabelecidas, comparada a um padrão de
Qualidade”, ou seja, as intenções e direções globais referência primário.
322
Prazo de validade - Tempo durante o qual o insumo 1.2. Este regulamento estabelece os procedimentos e as
farmacêutico poderá ser usado, caracterizado como práticas que as empresas devem aplicar para assegurar
período de vida útil definido pelo fabricante, que as instalações, métodos, processos, sistemas e
fundamentado nos estudos de estabilidade específicos, controles usados para importar, exportar, armazenar,
desde que mantidas as condições de armazenamento e distribuir, fracionar e embalar insumos farmacêuticos
transporte estabelecidas. sejam adequados para garantir qualidade e permitir seu
Procedimento Operacional Padrão (POP) - Descrição uso na elaboração de medicamentos.
pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas 1.3. As empresas devem garantir que os insumos
nas atividades abrangidas por este Regulamento. farmacêuticos sejam adequados para o uso pretendido e
Procedência - País de embarque dos Insumos que mantenham as características e especificações do
Farmacêuticos. fabricante, prevenindo desvios, adotando cuidados na
Qualificação - Ação de provar e de documentar que os aplicação dos seus procedimentos, em todos os setores.
equipamentos ou os sistemas subordinados estão 1.4. A política da Qualidade e os conceitos de Boas
devidamente instalados e operam corretamente e Práticas de Distribuição e Fracionamento estão inter-
conduzem aos resultados previstos. A qualificação é parte relacionados, e estão descritos com a finalidade de
da validação, mas as etapas individuais da qualificação enfatizar suas relações e suas importâncias fundamentais
não constituem a validação do processo. para a distribuição e fracionamento dos insumos
Quarentena - Retenção temporária dos Insumos farmacêuticos.
Farmacêuticos e materiais de embalagens, isolados 1.5. As empresas devem possuir recursos humanos, infra-
fisicamente ou por outros meios que impeçam a sua estrutura física, equipamentos e procedimentos escritos
utilização, enquanto esperam decisão quanto à aprovação que atendam às recomendações deste regulamento.
ou reprovação. 1.6. É de responsabilidade da administração da empresa
Rastreabilidade - Conjunto de informações que permitem prever e prover recursos humanos e materiais necessários
o acompanhamento e a revisão das operações efetuadas à operacionalização das atividades.
para cada lote dos Insumos Farmacêuticos. 2. GERENCIAMENTO DA QUALIDADE
Reconciliação - Procedimento que tem como objetivo 2.1. Princípios
fazer uma comparação nas diferentes etapas de 2.1.1. A qualidade deve ser de responsabilidade de todos
fracionamento de um lote de insumo farmacêutico, entre a os colaboradores da empresa.
quantidade real de materiais e a quantidade teórica 2.1.2. A empresa deve estabelecer, documentar,
estabelecida. implementar e manter um sistema eficaz para o
Responsável Técnico - Profissional legalmente habilitado, gerenciamento da qualidade, com a participação ativa da
com inscrição em autarquia profissional, reconhecido pela gerência e de todo pessoal envolvido nas atividades
Autoridade Sanitária para a atividade que a empresa contempladas nesta norma.
realiza na área de insumos abrangidos por este 2.1.3. O sistema para o gerenciamento da qualidade deve
Regulamento. abranger a estrutura organizacional, os Procedimentos, o
Rótulo - Identificação impressa, litografada, pintada, fracionamento, os recursos e as atividades necessárias
gravada a fogo, a pressão ou auto-adesiva, aplicada para assegurar que o insumo farmacêutico esteja em
diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros ou conformidade com as especificações pretendidas da
qualquer protetor de embalagem externo ou interno, não qualidade. Todas as atividades relacionadas devem ser
podendo ser removida ou alterada durante o uso do definidas e documentadas.
insumo farmacêutico e durante o seu transporte ou 2.1.4. Deve existir uma Unidade da Qualidade que seja
armazenamento. responsável por assegurar que os insumos farmacêuticos
Sala - Ambiente envolto por paredes em todo seu estejam dentro dos padrões da qualidade exigidos e que
perímetro e uma porta. possam ser utilizados para os fins propostos.
Sistema - Disposição das partes ou dos elementos de um 2.1.5. A Unidade da Qualidade deve ser independente do
todo, coordenados entre si, e que funcionam como fracionamento compreendendo as responsabilidades da
estrutura organizada. Garantia da Qualidade (GQ) e do Controle da Qualidade
Utensílios - Objetos que servem de meios ou instrumentos (CQ), que faça cumprir as responsabilidades da
para as operações, adequados para os fins a que se distribuição e do fracionamento. A Unidade da Qualidade
destinam. pode ser constituída por um único indivíduo ou grupo ou
Validação - Ato documentado que atesta que qualquer departamento, dependendo do tamanho e da estrutura da
procedimento, processo, equipamento, material, operação organização.
ou sistema realmente conduza aos resultados esperados. 2.1.5.1. A unidade da qualidade das empresas que
exercem as atividades de distribuição e armazenamento
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS de insumos farmacêuticos compreende as
1.1. As empresas de que trata esta norma devem ser responsabilidades da Garantia da Qualidade (GQ) e do
detentoras de autorização de funcionamento e licença Controle da Qualidade (CQ), quando este for realizado
sanitária devidamente atualizada, e suas atividades pela empresa.
regularmente inspecionadas pelas autoridades sanitárias
competentes.
323
2.1.6. Os insumos farmacêuticos apenas podem ser 2.2.2.1. A Unidade da Qualidade deve gerenciar todas as
liberados por funcionários definidos e autorizados pela atividades relacionadas à qualidade.
Unidade da Qualidade. 2.2.2.2. As responsabilidades principais da Unidade da
2.1.7. Todas as atividades relacionadas à qualidade devem Qualidade não devem ser delegadas. Estas
ser registradas. responsabilidades devem ser definidas e documentadas
2.1.8. Todos os desvios da qualidade devem ser contemplando as seguintes atividades:
investigados, documentados e justificados. a) Liberar ou rejeitar todos os insumos farmacêuticos;
2.1.9. Todas as decisões e medidas tomadas resultantes de b) Estabelecer e monitorar um sistema para liberar ou
um desvio da qualidade devem ser registradas, assinadas, rejeitar insumos farmacêuticos, materiais de embalagem e
datadas e anexadas aos correspondentes registros do lote. rotulagem;
2.1.10. Nenhum material deve ser utilizado antes da c) Revisar a documentação dos registros de insumos
conclusão satisfatória da avaliação pela Unidade da farmacêuticos antes de sua liberação para a expedição;
Qualidade. d) Certificar-se de que os desvios da qualidade sejam
2.1.11. Devem existir procedimentos para notificar a investigados e as ações corretivas implementadas;
Unidade da Qualidade, sempre que ocorrer desvios da e) Gerenciar as atividades para a guarda, armazenamento
qualidade incluindo as ações relacionadas. e documentação das amostras de retenção;
2.2. Responsabilidades f) Aprovar todos os procedimentos, especificações e
2.2.1. Introdução instruções que impactam na qualidade do insumo
2.2.1.1. Os postos principais do Fracionamento, do farmacêutico;
Controle da Qualidade e da Unidade da Qualidade devem g) Aprovar o Programa de auto-inspeção e certificar-se de
ser ocupados por pessoas que trabalhem em período que é executado;
integral na empresa. Pode haver necessidade de delegar h) Aprovar as especificações técnicas para contratação de
algumas funções, entretanto, a responsabilidade não pode serviços de terceirização;
ser delegada. i) Aprovar qualquer alteração nas instalações, nos
2.2.1.2. Os responsáveis pelos setores de Fracionamento, equipamentos, procedimentos e processos;
Controle da Qualidade e Unidade da Qualidade devem j) Elaborar plano mestre, protocolos e relatórios de
estar habilitados conforme legislação vigente do validação e assegurar que sejam feitas as validações
respectivo conselho de classe. necessárias;
2.2.1.3. Devem existir responsáveis distintos para as k) Certificar-se que as reclamações e devoluções
atividades de Fracionamento, Controle da Qualidade e relacionadas à qualidade devem ser registradas,
Unidade da Qualidade. investigadas e documentadas. Quando necessário, as
2.2.1.4. Os responsáveis pelo setor de Fracionamento e ações corretivas devem ser implementadas;
Unidade da Qualidade devem exercer em conjunto l) Executar revisões da qualidade do insumo
determinadas atividades relativas à qualidade, tais como: farmacêutico, conforme descrito item 2.3 desta norma;
a) Elaboração e atualização dos procedimentos m) Aprovar o programa de monitoramento ambiental e
operacionais padrão e demais documentos; certificar-se de que é executado;
b) Monitoramento e o controle do ambiente de n) Aprovar e promover o Programa de Treinamento e
fracionamento; certificar-se que sejam realizados treinamentos iniciais e
c) Implementação e monitoramento dos programas de contínuos do pessoal;
saúde, que devem contemplar higiene, vestuário e o) Determinar e acompanhar o recolhimento de insumo
conduta; farmacêutico;
d) Calibração e qualificação de equipamentos e p) Aprovar o programa de calibração, manutenção
instrumentos envolvidos no processo; preventiva e corretiva, e garantir sua correta execução;
e) Treinamento, incluindo a aplicação dos princípios das q) Certificar-se de que existe um sistema eficaz de
BPDF; manutenção e calibração de equipamentos;
f) Qualificação de fornecedores; r) Autorizar a emissão da Ordem de Fracionamento;
g) Aprovação e o monitoramento de empresas prestadoras s) Garantir que instalações e equipamentos estejam
de serviço; qualificados;
h) Elaboração de especificações e monitoramento das t) Aprovar os procedimentos relacionados aos sistemas
condições de armazenamento dos materiais; computadorizados;
i) Arquivamento de documentos e registros; u) Definir as análises a serem realizadas nos insumos
j) Monitoramento do cumprimento das Boas Práticas de farmacêuticos fracionados para assegurar que suas
Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos; especificações não sejam alteradas durante o
k) Inspeção, investigação e amostragem de modo a fracionamento.
monitorar os fatores que possam afetar a qualidade do 2.2.3. Responsabilidades do Controle da Qualidade
insumo farmacêutico; 2.2.3.1. As responsabilidades principais do Controle da
l) Validação de limpeza e processo de fracionamento de Qualidade não podem ser delegadas. Estas
insumos farmacêuticos. responsabilidades devem ser definidas e documentadas
2.2.2. Responsabilidades da Unidade da Qualidade descrevendo claramente estas atividades:
a) Elaborar, atualizar e revisar:
324
I Especificações e métodos analíticos para insumos d) Distribuir os lotes de insumos farmacêuticos
farmacêuticos e materiais de embalagem; obedecendo preferencialmente à regra: primeiro que
II Procedimentos de amostragem; expira é o primeiro que sai;
III Procedimentos para monitoramento ambiental; e) Garantir que todos os desvios sejam registrados e
IV Procedimentos relativos aos padrões de referência; encaminhados à Unidade da Qualidade;
V Procedimentos relativos às amostras de referência f) Propor e avaliar mudanças nas operações de
futura. distribuição.
b) Executar análises para aprovação ou reprovação de 2.2.6. Responsabilidades do Setor de Armazenamento
insumos farmacêuticos e materiais de embalagem; a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão do
c) Emitir laudo analítico de cada lote de material armazenamento e assegurar que sejam implementados;
analisado; b) Assegurar que os insumos farmacêuticos sejam
d) Aprovar e monitorar as análises realizadas ou as armazenados de acordo com procedimentos apropriados e
previstas em contrato de terceirização, conforme em locais adequados;
legislação vigente; c) Garantir que as instalações encontrem-se limpas e,
e) Participar da investigação das reclamações e quando necessário, higienizadas;
devoluções dos insumos farmacêuticos; d) Garantir que todos os desvios sejam registrados e
f) Assegurar a correta identificação dos materiais, encaminhados à Unidade da Qualidade;
instrumentos e equipamentos de laboratório; e) Propor e avaliar mudanças nas operações de
g) Validar as metodologias analíticas não farmacopêicas; armazenamento;
h) Investigar os resultados fora de especificação, de f) Manter registro de monitoramento ambiental.
acordo com procedimentos; 2.3. Revisão da Qualidade do Insumo Farmacêutico
i) Executar a verificação dos equipamentos e instrumentos 2.3.1. Revisões regulares da qualidade dos insumos
do laboratório; farmacêuticos devem ser conduzidas com o objetivo de
j) Executar as análises de monitoramento ambiental. verificar a consistência das operações. Tais revisões
2.2.4. Responsabilidades do Setor de Fracionamento devem ser conduzidas e documentadas anualmente
2.2.4.1. As responsabilidades do setor de fracionamento incluindo:
devem ser definidas e documentadas contemplando as a) Revisão de todos os lotes que não se encontram como
seguintes atividades: estabelecido na especificação;
a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão do b) Revisão de todos os desvios e investigações
fracionamento e assegurar que sejam implementados; relacionadas;
b) Participar da elaboração e revisão do modelo da ordem c) Revisão de mudanças realizadas nas operações de
de fracionamento dos insumos farmacêuticos e dos fracionamento ou métodos analíticos validados;
procedimentos relacionados; d) Revisão de todas as devoluções, reclamações e
c) Assegurar que o processo de fracionamento recolhimentos relacionados à qualidade;
(pesagem/medida, embalagem, fechamento e rotulagem) e) Revisão de ações corretivas.
seja executado de acordo com procedimentos apropriados; 2.3.2. Os resultados devem ser analisados e, se necessário,
d) Revisar todos os registros do fracionamento e assegurar ações corretivas devem ser tomadas, registradas,
de que estejam completos e assinados; acompanhadas e concluídas.
e) Garantir que todos os desvios do processo de 2.4. Auto-inspeções da Qualidade
fracionamento sejam registrados e encaminhados à 2.4.1. Tem como finalidade verificar a conformidade das
Unidade da Qualidade; empresas com os princípios de BPDF, desde a aquisição
f) Garantir que as instalações e equipamentos encontrem- de materiais até a expedição do insumo farmacêutico. As
se limpos, higienizados e devidamente identificados; auto-inspeções devem ser realizadas, no mínimo,
g) Garantir que as calibrações e os controles de anualmente.
equipamentos necessários sejam executados e registrados 2.4.2. Deve ser elaborado procedimento escrito sobre
e que os registros estejam disponíveis; auto-inspeções. A auto-inspeção deve englobar:
h) Propor e avaliar mudanças no processo de a) Pessoal;
fracionamento ou nos equipamentos; b) Instalações;
i) Executar a verificação dos equipamentos e instrumentos c) Manutenção de prédios e equipamentos;
e manter os registros; d) Armazenamento de materiais;
j) Controlar e manter registros de monitoramento e) Distribuição de insumos farmacêuticos;
ambiental. f) Equipamentos;
2.2.5. Responsabilidades do Setor de Distribuição g) Fracionamento e controles do fracionamento;
a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão da h) Controle da Qualidade;
distribuição e assegurar que sejam implementados; i) Documentação;
b) Manter atualizados os dados de distribuição de forma a j) Higienização e limpeza;
garantir a rastreabilidade dos insumos farmacêuticos; k) Programas de validação e revalidação;
c) Distribuir os insumos farmacêuticos de acordo com os l) Calibração e qualificação de instrumentos e
procedimentos apropriados; equipamentos;
m) Recolhimento de insumo farmacêutico do mercado;
325
n) Gerenciamento das Reclamações; 3.2.4. O pessoal que trabalha em áreas onde há risco de
o) Controle de rótulos; contaminação e em áreas onde são manuseados os
p) Gerenciamento dos resíduos; insumos farmacêuticos altamente ativos, tóxicos,
q) Resultados das auto-inspeções anteriores e ações infecciosos e altamente sensibilizantes deve receber
corretivas adotadas. treinamento específico.
2.4.3. O responsável pela Unidade da Qualidade deve 3.3. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
nomear uma equipe para conduzir a auto-inspeção, equipe 3.3.1. Todos os funcionários devem ser submetidos a
esta que deve ser formada por profissionais qualificados exames de saúde para admissão e posteriormente a
em suas áreas de atuação e familiarizados com as BPDF. exames periódicos necessários às atividades
Os membros da equipe podem ser profissionais da própria desempenhadas, de acordo com legislação específica em
empresa ou especialistas externos. vigor.
2.4.4. A auto-inspeção deve ser documentada e os 3.3.2. Todos os funcionários devem ser treinados nas
registros devem conter: práticas de higiene pessoal e segurança e cumprir as
a) Resultado da auto-inspeção; normas estabelecidas. O treinamento deve incluir
b) Avaliações e conclusões; situações de conduta em caso de doenças contagiosas ou
c) Não conformidades detectadas; lesão exposta.
d) Ações corretivas recomendadas e prazos estabelecidos 3.3.3. Todas as pessoas com suspeita ou confirmação de
para o atendimento. doença infecciosa ou lesão exposta não podem executar
2.4.5. Ações corretivas para as não-conformidades atividades que comprometam a qualidade dos insumos
observadas no relatório de auto-inspeção devem ser farmacêuticos. Devem ser excluídas das atividades até
implementadas e concluídas no prazo determinado. que a condição de saúde não represente risco à qualidade
3. PESSOAL e a segurança do insumo farmacêutico.
3.1. Generalidades 3.3.4. Todos os funcionários devem ser instruídos e
3.1.1. O estabelecimento e a manutenção da qualidade do incentivados a relatar a seu supervisor imediato quaisquer
insumo farmacêutico dependem dos funcionários que condições fora dos procedimentos estabelecidos que
realizam as atividades de que trata esta norma. Deve possam interferir na qualidade dos insumos
haver um número adequado de pessoal qualificado pela farmacêuticos.
instrução, pelo treinamento, e/ou pela experiência, para 3.3.5. Para minimizar o risco de contaminação, os
executar, supervisionar e gerenciar as atividades funcionários devem vestir uniforme limpo e apropriado
realizadas com insumos farmacêuticos. As para cada área.
responsabilidades e autoridades individuais devem estar 3.3.6. Todos os uniformes devem estar limpos,
estabelecidas em procedimentos escritos, compreendidas higienizados e serem compatíveis com as atividades.
e aplicadas por todos os envolvidos. 3.3.7. O fornecimento e higienização dos uniformes são
3.1.2. A empresa deve possuir um organograma. Os de responsabilidade da empresa.
funcionários não devem acumular responsabilidades a fim 3.3.8. Para que seja assegurada a proteção dos
de evitar que a qualidade dos insumos farmacêuticos seja funcionários, a empresa deve disponibilizar Equipamento
colocada em risco. Suas atribuições podem ser delegadas de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamento de Proteção
a substitutos designados, desde que possuam nível de Individual (EPI) de acordo com as atividades
qualificação satisfatório. Não pode haver ausência ou desenvolvidas.
acúmulo nas responsabilidades do pessoal no que se 3.3.9. É proibido fumar, comer, beber, mascar ou manter
refere à aplicação das BPDF. plantas, animais, alimentos, bebidas, fumo e
3.1.3. Todo o pessoal deve conhecer os princípios das medicamentos nas áreas operacionais.
BPDF e receber treinamento inicial e contínuo. 3.3.10. O acesso às áreas operacionais deve ser restrito a
3.2. Treinamento pessoas autorizadas.
3.2.1. A empresa deve, mediante um programa escrito e 3.3.11. Os visitantes devem ser previamente autorizados,
definido, promover treinamento de todo pessoal cujas orientados e acompanhados na área por profissional
atividades possam interferir na qualidade do insumo designado.
farmacêutico. Atenção especial deve ser dada ao 3.3.12. Os procedimentos de higiene pessoal, inclusive o
treinamento das pessoas envolvidas nas atividades de uso de vestimentas apropriadas, devem ser cumpridos por
fracionamento e do controle da qualidade. todas as pessoas que entrarem nas áreas operacionais.
3.2.2. Além de treinamento sobre a teoria e a prática das 4. EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES
BPDF, o pessoal recém contratado deve participar do 4.1. Generalidades
programa de integração e receber treinamento apropriado 4.1.1. O projeto dos edifícios e instalações deve
quanto às suas atribuições e ser treinado e avaliado minimizar o risco de erros e possibilitar a limpeza e
continuamente. manutenção adequada a fim de evitar a contaminação que
3.2.3. Os programas de treinamento devem contemplar possa afetar a qualidade dos insumos farmacêuticos, a
todo pessoal, serem implementados pelos responsáveis e preservação do meio ambiente e segurança dos
avaliados periodicamente. Os registros devem ser funcionários.
mantidos.

326
4.1.2. Os edifícios e as instalações devem ser localizados, 4.2.9. Os materiais inflamáveis, explosivos ou outras
construídos, adaptados e mantidos de forma que sejam substâncias perigosas devem ser estocados em áreas
adequados às operações a serem executadas. seguras e protegidas, devidamente segregados e
4.1.3. Os edifícios e as instalações devem ter espaço identificados, de acordo com legislação específica
adequado para a disposição ordenada de equipamentos e vigente.
materiais de modo a evitar a contaminação e facilitar a 4.2.10. O estabelecimento deve dispor de armário
limpeza. resistente e/ou área própria identificada, fechada com
4.1.4. As instalações devem ser mantidas em bom estado chave ou outro dispositivo que ofereça segurança na
de conservação, higiene e limpeza. Devem ser guarda dos Insumos Farmacêuticos sujeitos ao controle
asseguradas que as operações de manutenção e reparo não especial, bem como suas amostras de referência e
representem qualquer risco à qualidade dos insumos insumos devolvidos, reprovados ou recolhidos.
farmacêuticos. 4.2.11. O armazenamento de materiais impressos deve ser
4.1.5. Os sistemas de energia elétrica, iluminação, ar, efetuado de forma segura, com acesso restrito, evitando
ventilação e exaustão, bem como o controle e misturas e desvios; devendo ser manuseado por pessoal
monitoramento de temperatura e umidade devem ser designado, seguindo procedimentos definidos e escritos.
adequados ao armazenamento e fracionamento dos 4.2.12. Materiais promocionais não devem ser
insumos farmacêuticos e ao funcionamento dos armazenados na mesma área de armazenamento dos
equipamentos. insumos farmacêuticos.
4.1.6. As tubulações fixas, destinadas à condução de 4.3. Área de Fracionamento
fluídos, devem ser devidamente identificadas, conforme 4.3.1. O estabelecimento deve possuir salas separadas
legislação vigente, devendo ser empregados conexões ou para o fracionamento dos Insumos Farmacêuticos sólidos,
adaptadores que não sejam trocados entre si. semi-sólidos e líquidos.
4.1.7. As instalações devem ser projetadas e equipadas de 4.3.1.1. O acesso para materiais e pessoal deve ser por
forma a impedir a entrada de insetos e outros animais. antecâmaras independentes.
4.2. Áreas de Armazenamento 4.3.2. As áreas de fracionamento devem ser compatíveis
4.2.1. As áreas de armazenamento devem ter capacidade ao volume das operações e projetadas em espaço
suficiente para possibilitar o estoque ordenado dos segregado.
insumos farmacêuticos e materiais de embalagem, em 4.3.3. As áreas de fracionamento devem permitir o
suas condições de quarentena, aprovado, reprovado, posicionamento lógico e ordenado dos equipamentos e
devolvido e recolhido. dos materiais, de forma a evitar a ocorrência de
4.2.2. As áreas de armazenamento devem assegurar contaminação e erros no processo de fracionamento.
condições ideais de estocagem. Devem ser limpas, secas e 4.3.4. As salas de fracionamento dos insumos
mantidas em temperatura e umidade compatível com os farmacêuticos devem ter suas instalações com sistema de
materiais armazenados, não permitindo a contaminação iluminação, ventilação, exaustão, temperatura e umidade
cruzada e ambiental. Estas condições devem ser adequadas. Devem ser regularmente monitoradas durante
monitoradas e registradas e, quando necessário o período de fracionamento e em repouso, a fim de
controladas. assegurar o cumprimento das especificações da área.
4.2.3. Nas áreas de recebimento e expedição os materiais 4.3.5. O fracionamento de substâncias cáusticas, ácidas e
devem ser protegidos das variações climáticas. irritantes deve ser realizado em capelas com exaustão
4.2.4. As áreas de recebimento devem ser projetadas e adequadas para este fim.
equipadas de forma a permitir que os recipientes de 4.3.6. Nas áreas onde os insumos farmacêuticos e os
materiais recebidos sejam limpos antes de serem materiais de embalagem primária estiverem expostos ao
estocados. ambiente, as superfícies interiores devem ser lisas,
4.2.5. As áreas de armazenamento de insumos impermeáveis, laváveis, resistentes, livres de rachaduras e
farmacêuticos fracionados devem ser identificadas e de fácil limpeza, permitindo a higienização e não devendo
segregadas. liberar partículas.
4.2.6. Os insumos farmacêuticos e materiais de 4.3.7. As tubulações, luminárias, pontos de ventilação e
embalagem em quarentena devem estar em área restrita e outras instalações devem ser projetados e instalados de
separada na área de armazenamento. Essa área deve ser modo a facilitar a limpeza. Sempre que possível o acesso
claramente demarcada e o acesso somente pode ser para manutenção deve estar localizado externamente.
efetuado por pessoas autorizadas. Qualquer outro sistema 4.3.8. Os ralos, quando necessários, devem ser de
que substitua a quarentena física deve oferecer a mesma tamanho adequado, sifonados e tampados, para evitar os
segurança, garantindo a não liberação para uso ou refluxos de líquidos ou gás e mantidos fechados.
comercialização. 4.3.9. Nas salas de fracionamento não pode haver ralos.
4.2.7. Os insumos farmacêuticos devem ser identificados 4.3.10. Os resíduos do fracionamento devem ser
individualmente quanto ao seu status a fim de impedir acondicionados e descartados apropriadamente, conforme
trocas acidentais. legislação vigente.
4.2.8. O armazenamento de materiais devolvidos, 4.3.11. O fracionamento de insumos farmacêuticos
reprovados ou recolhidos deve ser efetuado em área altamente ativos, antibióticos, hormônios, substâncias
segregada e identificada. citotóxicas e altamente sensibilizantes deve ser realizado
327
em salas dedicadas e segregadas, com sistemas de fluxo 4.6.2. Vestiários, lavatórios e sanitários devem ser de fácil
de ar completamente independentes, projetados acesso e apropriados para o número de usuários. Os
especificamente para este fim, de modo a evitar sanitários não devem ter comunicação direta com as áreas
contaminação cruzada. operacionais. Devem estar sempre limpos e sanitizados.
4.3.13. Procedimentos adequados devem ser estabelecidos 4.6.3. As áreas de manutenção devem estar situadas em
para evitar a contaminação cruzada decorrente da locais separados das áreas operacionais e de controle da
circulação de pessoas e de materiais. qualidade.
4.3.14. As atividades de fracionamento de quaisquer 4.6.4. Deve existir um local específico para lavagem dos
materiais não farmacêuticos não devem ser realizadas nas utensílios do fracionamento e da amostragem.
mesmas salas e equipamentos usados para fracionamento 4.7. Água
do insumo farmacêutico. 4.7.1. As empresas devem ser abastecidas com água
4.3.15. Os insumos farmacêuticos que forem utilizados potável.
em outras classes de produtos poderão ser fracionados na 4.7.2. Quando a empresa possuir caixa d’água esta deve
mesma sala de fracionamento, desde que obedecidos os estar devidamente protegida para evitar a entrada de
mesmos critérios do fracionamento de insumos insetos, aves, roedores ou outros contaminantes.
farmacêuticos e observada a validação de limpeza. 4.7.3. Deve haver procedimento escrito para a limpeza
4.4. Área de Controle da Qualidade periódica da caixa d’água, mantendo-se os registros que
4.4.1. Os laboratórios de Controle da Qualidade devem comprovem sua realização.
ser projetados de forma a facilitar as operações neles 4.7.4. Devem ser feitos periodicamente testes físico-
realizadas. Devem dispor de espaço suficiente para evitar químicos e microbiológicos, para monitorar a qualidade
a ocorrência de misturas e de contaminação cruzada. da água de abastecimento, mantendo-se seus respectivos
4.4.2. O laboratório deve ser projetado considerando a registros.
utilização de materiais de construção adequados e deve 4.7.5.Quando os resultados dos testes analíticos da água
possuir conjunto de dispositivos que assegurem as potável estiverem fora dos limites estabelecidos pela
condições ambientais para a realização das análises e a legislação vigente, as causas devem ser apuradas e ações
proteção da saúde do pessoal. corretivas identificadas e registradas.
4.4.3. Devem existir salas separadas para proteger 4.7.6. Deve existir água apropriada para as análises
determinados instrumentos de interferências elétricas, realizadas no laboratório de controle da qualidade.
vibrações, contato excessivo com umidade e outros 4.8. Sanitização
fatores externos. 4.8.1. As instalações devem ser mantidas em condições de
4.4.4. Os laboratórios de Controle da Qualidade devem limpeza e sanitização adequadas.
estar separados das demais áreas operacionais. As áreas 4.8.2. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos,
onde forem realizados os ensaios físico-químicos e contendo as responsabilidades, as programações de
microbiológicos devem ser separadas e contar com limpeza e sanitização, os métodos, os equipamentos,
instalações independentes. utensílios e os materiais a serem usados na limpeza das
4.4.5. A amostra de referência do insumo farmacêutico instalações.
fracionado deve ser armazenada em área adequada, sob a 4.8.2.1. Deve existir depósito de material de limpeza.
responsabilidade e guarda do Controle da Qualidade, 4.8.3. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos
obedecendo às condições de armazenamento para o uso de raticidas, inseticidas, fungicidas,
estabelecidas pelo fabricante. fumegantes, sanitizantes e agentes de limpeza utilizados
4.5. Áreas de amostragem para prevenir a contaminação de equipamentos, utensílios,
4.5.1. Toda amostragem deve ser feita em local adequado. material de embalagem e rotulagem e insumos
4.5.2. As áreas destinadas à amostragem dos insumos farmacêuticos.
farmacêuticos, quando localizadas em áreas distintas do 4.9. Gerenciamento de Resíduos
fracionamento, devem ser projetadas e separadas para 4.9.1. Devem existir procedimentos escritos para o
esse fim, possuindo sistema de exaustão independente e gerenciamento dos resíduos, conforme legislação vigente,
adequado, que evite a ocorrência de contaminação devendo ser de conhecimento prévio de todos os
cruzada. funcionários. Devem ser registrados os controles
4.5.2.1. O acesso para materiais e pessoal deve ser por realizados e sua freqüência.
antecâmaras independentes. 4.9.2. Os resíduos devem estar armazenados de maneira
4.5.3. A amostragem de insumos farmacêuticos altamente segura até a sua destinação. Os recipientes para o material
ativos, antibióticos, hormônios, substâncias citotóxicas e de descarte devem estar identificados. As substâncias
altamente sensibilizantes deve ser realizada em salas tóxicas e os materiais inflamáveis devem ser guardados
dedicadas e segregadas, com sistemas de fluxo de ar em locais conforme exigido pela Legislação vigente.
completamente independentes de modo a evitar
contaminação cruzada. 5. EQUIPAMENTOS
4.6. Áreas Auxiliares 5.1. Generalidades
4.6.1. As salas de descanso e refeitório devem ser 5.1.1. Os equipamentos devem ser projetados, instalados e
separadas das demais áreas. mantidos de forma que:
sejam apropriados ao uso para o qual se destinam;
328
facilitem sua manutenção e limpeza; 5.3. Calibração e verificação dos equipamentos e
minimizem o risco de contaminação. instrumentos de medição e ensaio
5.1.2. Os equipamentos devem ser identificados de modo 5.3.1. Os equipamentos e instrumentos utilizados nas
a permitir a sua rastreabilidade quanto ao seu uso, limpeza operações de pesagem, medida, registros e controles,
e manutenção. devem ser submetidos à manutenção e calibração de
5.1.3. Os equipamentos devem ser qualificados, quando acordo com procedimentos escritos.
aplicável. 5.3.2. As calibrações devem ser executadas por pessoal
5.1.4. Equipamentos e/ou instrumentos com defeito, em capacitado, utilizando padrões rastreáveis e certificados,
desuso ou inadequados ao uso devem ser imediatamente com procedimentos reconhecidos oficialmente, em função
identificados, consertados ou retirados das áreas. A da freqüência de uso do equipamento e dos registros das
manutenção e os consertos devem ser documentados. verificações dos mesmos.
5.1.5. Os sistemas de controle e monitoramento de 5.3.2.1. os equipamentos e os instrumentos devem ser
temperatura e umidade das áreas operacionais devem ser verificados diariamente, ou antes, de serem utilizados e
mantidos em condições adequadas de limpeza, mantidos seus respectivos registros.
conservação, manutenção e operação. 5.3.3. A etiqueta com data referente à última calibração
5.2. Manutenção e Limpeza de Equipamentos deve estar afixada no equipamento.
5.2.1. Deve ser estabelecido um Programa de Manutenção 5.4. Sistemas Computadorizados
de Equipamentos. 5.4.1. Os sistemas computadorizados devem ter controles
5.2.2. As programações e os procedimentos para a suficientes para impedir o acesso, mudanças não
manutenção preventiva e corretiva devem se basear nas autorizadas e omissões de dados.
especificações dos fabricantes. A manutenção deve ser 5.4.2. Devem existir registros de todas as alterações
registrada. evidenciando os responsáveis.
5.2.3. Serviços de manutenção preventiva e/ou corretiva 5.4.3. Devem ser estabelecidos procedimentos que
podem ser terceirizados. previnam a inserção de dados incorretos no sistema
5.2.4. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos de computadorizado.
limpeza e sanitização de equipamentos. Os procedimentos 5.4.4. Os procedimentos escritos devem estar disponíveis
devem conter instruções que permitam limpeza de aos responsáveis pela operação e pela manutenção de
maneira reprodutível e eficaz. Devem estar incluídos nos sistemas computadorizados.
procedimentos: 5.4.5. Os incidentes relacionados aos sistemas
a) Atribuição da responsabilidade para a limpeza e computadorizados que podem afetar a confiabilidade dos
sanitização do equipamento; registros ou dos resultados de teste devem ser registrados
b) Programações da limpeza, incluindo, quando e investigados.
apropriado, sanitização; 5.4.6. As mudanças nos sistemas computadorizados
c) Descrição completa dos métodos e dos materiais, devem ser feitas de acordo com procedimentos para
incluindo a diluição dos agentes de limpeza utilizados; alterações e devem ser formalmente autorizadas,
d) Quando apropriadas, instruções para desmontar e documentadas e testadas. Os registros de todas as
remontar cada peça do equipamento para assegurar a mudanças devem ser mantidos, incluindo as modificações
limpeza e sanitização; e as melhorias realizadas no sistema.
e) Instruções para a liberação de limpeza do equipamento 5.4.7. Deve haver um sistema alternativo para
após o fracionamento de um lote; recuperação de dados no caso de falhas que resultem na
f) Instruções para a proteção do equipamento após a perda dos registros.
limpeza; 5.4.8. Devem ser estabelecidos para todos os sistemas
g) Verificação e liberação do equipamento antes do uso; computadorizados meios de assegurar a proteção dos
h) Estabelecimento do tempo máximo entre a conclusão dados.
do processo e a limpeza do equipamento desde que este 5.4.9. Deve existir uma forma segura e atualizada de
seja significativo para o procedimento de limpeza; armazenamento de dados, em meio eletrônico, compatível
i) Estabelecimento do tempo máximo entre a limpeza do com tecnologias disponíveis.
equipamento e o próximo uso assim como quais os 6. DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS
parâmetros devem ser reavaliados. 6.1. Generalidades
5.2.5. Os utensílios devem ser limpos, armazenados, 6.1.1. A documentação constitui parte essencial do
sanitizados, identificados quanto à condição de limpeza e, sistema da qualidade e deve estar relacionada com todos
quando apropriado, esterilizados para prevenir a os aspectos das BPDF. Todos os documentos devem estar
contaminação. facilmente disponíveis.
5.2.6. Os equipamentos devem ser limpos entre o 6.1.2. Os dados devem ser registrados de modo confiável.
fracionamento de insumos farmacêuticos para impedir a 6.2. Sistema de Documentação
contaminação cruzada. 6.2.1. Toda documentação relacionada às BPDF deve ser
5.2.7. Devem ser estabelecidos critérios de aceitação para elaborada, revisada, aprovada, atualizada e distribuída
limites de resíduos e seleção de agentes de limpeza. pelos respectivos responsáveis, de acordo com
5.2.8. O equipamento deve ser identificado de acordo com procedimentos escritos.
a sua condição de limpeza.
329
6.2.2. Os documentos devem estar disponíveis em meio e) Estrutura química e fórmula molecular, quando
eletrônico, impresso ou em outras formas adequadas. aplicáveis.
6.2.3. Documentos impressos não devem ter rasuras. 6.4.3. Os materiais de embalagem devem atender às
Registros alterados, autorizados pelos responsáveis, especificações dando ênfase à compatibilidade dos
devem possibilitar a identificação do dado anterior e estar mesmos com o insumo farmacêutico.
assinados e datados. 6.5. Registros dos Insumos Farmacêuticos Fracionados
6.2.4. O preenchimento dos registros deve ser realizado 6.5.1. A documentação de cada fracionamento deve
imediatamente após a execução das atividades conter registros de todas as operações realizadas para
identificando o responsável pela execução. permitir a rastreabilidade das informações geradas,
6.2.5. A emissão, revisão, substituição, retirada e incluindo as de controle da qualidade.
distribuição dos documentos devem ser controladas. 6.5.2. A cada fracionamento deve ser atribuído um código
6.2.6. Os documentos originais devem ser revisados e de identificação único e este deverá constar em todos os
atualizados conforme procedimentos estabelecidos, registros do insumo farmacêutico fracionado.
mantendo o histórico das revisões. 6.5.3. A ordem de fracionamento deve incluir:
6.2.7. Deve haver um sistema que impeça o uso a) Nome do Insumo Farmacêutico;
inadvertido da versão anterior. b) Quantidade a ser fracionada e efetivamente fracionada;
6.2.8. Documentos e registros devem ser retidos e o c) Data do fracionamento;
período de retenção deve ser estabelecido em d) Início e término do fracionamento;
procedimentos. e) Prazo de validade;
6.2.9. Documentos e registros referentes às operações f) Código de identificação do fracionamento;
com insumos farmacêuticos devem ser arquivados por 1 g) Nome do fracionador;
(um) ano após o vencimento da validade do lote. h) Nome do conferente;
6.2.10. Documentos e registros dos insumos i) Quantidade de todos os materiais de embalagem
farmacêuticos sujeitos a controle especial devem ser impressos utilizados, destruídos ou devolvidos ao estoque,
arquivados conforme legislação vigente. a fim de que possa ser feita correta reconciliação;
6.2.11. Quando as assinaturas eletrônicas forem utilizadas j) Número do lote original do fabricante ou número
em documentos, essas devem ser autênticas e seguras. atribuído pela empresa, no recebimento.
6.3. Registros de Limpeza, Sanitização, Manutenção e k) Registro das condições de temperatura e umidade;
Uso dos Equipamentos, Salas e Áreas. l) Amostragem executada no fracionamento;
6.3.1. Os registros de uso, limpeza, sanitização e m) Rótulo representativo do insumo farmacêutico
manutenção dos equipamentos, salas e áreas devem conter fracionado;
a data, hora, o insumo farmacêutico anterior, insumo n) Qualquer ocorrência relevante observada no
farmacêutico atual (quando aplicável) e o número do lote fracionamento;
de cada insumo farmacêutico fracionado, bem como a o) Identificação da sala de fracionamento.
identificação da pessoa que executou a limpeza e a 6.6. Registros de Controle da Qualidade
manutenção. Os registros devem ser rastreáveis e estarem 6.6.1. Os registros do Controle da Qualidade devem
prontamente disponíveis. incluir:
6.3.2. Os registros de limpeza e sanitização devem estar a) Registros das amostras recebidas para teste;
disponíveis ou anexados à ordem de fracionamento. b) Referência de cada método do teste utilizado;
6.4. Especificações de Insumos farmacêuticos, Materiais c) Todos os dados gerados durante cada teste;
de Embalagem e de Rotulagem d) Limites de aceitação estabelecidos;
6.4.1. A especificação dos materiais de embalagem e) Identificação do analista e data de execução da análise;
primária e dos materiais impressos deve possuir uma f) Data e identificação do responsável pela revisão dos
descrição, incluindo: registros das análises.
a) Nome e/ou código de referência; 6.6.2. Os registros de fracionamento e controle da
b) Requisitos quantitativos e qualitativos com os Qualidade devem ser revisados. Qualquer desvio deve ser
respectivos limites de aceitação; documentado e investigado. A investigação e suas
c) Modelo do material impresso e conclusões devem ser documentadas, devendo ser
d) Condições de armazenamento. estendida a outros lotes do mesmo produto e outros
6.4.2. A especificação dos insumos farmacêuticos deve produtos que possam estar associados ao desvio, quando
possuir: necessário.
a) Nome do insumo farmacêutico de acordo com a DCB, 6.6.3. Deve ser feito um registro sobre o resultado da
DCI ou CAS (obrigatoriamente nesta ordem), quando investigação, sendo que o mesmo deve incluir as
aplicável e seu respectivo código de identificação; conclusões e as providências tomadas.
b) Referência das especificações e metodologias do 7. CONTROLE DE MATERIAIS
fabricante; 7.1. Controles Gerais
c) Requisitos quantitativos e qualitativos com os 7.1.1. Devem existir procedimentos escritos que
respectivos limites de aceitação; descrevam o recebimento, identificação, armazenamento,
d) Condições de armazenamento; quarentena, amostragem, testes, aprovação, reprovação,
liberação, descarte e o manuseio de materiais.
330
7.2. Qualificação de Fornecedores i) Quantidade e sua respectiva unidade de medida;
7.2.1. A empresa deve implantar um sistema de j) Condições de armazenamento;
qualificação de fornecedores que contemple critérios para k) Advertências de segurança, quando aplicável.
a avaliação de parâmetros de qualidade dos insumos 7.3.9. Após inspeção de recebimento, a empresa deve
farmacêuticos, materiais de embalagem e rotulagem. identificar os insumos farmacêuticos com as seguintes
7.2.2. O sistema de qualificação de fornecedores deve informações:
contemplar: a) Nome do Insumo Farmacêutico;
a) Toda a cadeia dos insumos farmacêuticos, desde a b) Número do lote atribuído pelo fabricante e quando
fabricação até a distribuição; houver também o número do lote do fornecedor;
b) Comprovação de regularidade de funcionamento c) Código de identificação interna da empresa, quando
perante o órgão sanitário competente; houver;
c) Comprovação do cumprimento das Boas Práticas pelo d) Data de fabricação e o prazo de validade;
órgão sanitário competente; e) Condições de armazenamento e advertência, quando
d) Critérios para qualificação, desqualificação, aplicável;
requalificação, definidos em procedimentos; f) Identificação do fabricante/origem;
e) Níveis de qualificação. g) Identificação do fornecedor/procedência;
7.2.3. Os insumos farmacêuticos somente devem ser h) Situação de cada lote (em quarentena, aprovado ou
adquiridos de fornecedores aprovados conforme sistema reprovado, devolvido, recolhido).
de qualificação da empresa. 7.3.10. Cada lote dos Insumos Farmacêuticos deve ser
7.2.4. A qualificação de fornecedores deve ser acompanhado do respectivo Certificado de Análise
documentada e registrada. emitido pelo fabricante e, quando houver, também o do
7.3. Recebimento e Quarentena fornecedor, e deve permanecer arquivado durante 1 (um)
7.3.1. Todos os materiais recebidos devem ser submetidos ano após o término do prazo de validade.
à inspeção de recebimento, para se verificar: 7.3.11. Os Certificados de Análise devem ter informações
a) A integridade física da embalagem; claras e conclusivas, com as respectivas especificações e
b) As informações de identificação; referências analíticas.
c) A correspondência entre o pedido e o documento de 7.3.12. Os Insumos Farmacêuticos, com desvios
entrada. detectados na inspeção de recebimento, devem ser
7.3.2. Todos os materiais devem ser mantidos em identificados e segregados enquanto aguardam as
quarentena, imediatamente após o recebimento, até que providências cabíveis, conforme procedimento aprovado.
sejam aprovados. 7.3.13. Para os Insumos farmacêuticos transportados em
7.3.3. As avarias nos recipientes ou quaisquer outros carros tanque, deve ser apresentado certificado de limpeza
problemas que ocorrerem que possam afetar a qualidade e/ou sanitização incluindo os testes de impurezas e
do material devem ser registrados e investigados. resíduos, emitido pela empresa fornecedora.
7.3.4. Se uma única remessa de um mesmo material 7.3.14. Grandes recipientes de armazenamento e local de
contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado em descarga devem ser apropriadamente identificados.
consideração, separadamente, para inspeção de 7.4. Amostragem de Insumos Farmacêuticos, Materiais de
recebimento. Embalagem e de Rotulagem
7.3.5. O recebimento dos Insumos Farmacêuticos deve ser 7.4.1. As amostras devem ser representativas do lote do
realizado por profissional capacitado e de acordo com material.
procedimentos estabelecidos. 7.4.2. Para insumos farmacêuticos fracionados, a amostra
7.3.6. A inspeção de recebimento dos insumos deve ser representativa do lote de fracionamento.
farmacêuticos deve ser documentada. 7.4.3. O número dos recipientes amostrados e o tamanho
7.3.7. Os insumos farmacêuticos e materiais de de amostra devem ser baseados em um plano de
embalagem devem ser adquiridos de acordo com suas amostragem. Os planos de amostragem devem ser escritos
respectivas especificações. e referenciados em metodologias cientÍficas.
7.3.8. Os insumos farmacêuticos adquiridos do fabricante 7.4.4. A amostragem deve ser conduzida em locais
e/ou fornecedor devem conter as seguintes informações, definidos de forma a impedir a contaminação do material
preferencialmente no rótulo: amostrado e assegurar a integridade das amostras após a
a) Razão Social e C.N.P.J. (quando aplicável) do coleta.
fabricante; 7.4.5. A amostragem deve ser feita sob condições
b) Razão Social, C.N.P.J. (quando aplicável), endereço e ambientais adequadas e obedecendo a procedimentos
telefone do fornecedor; aprovados.
c) Nome do insumo farmacêutico; 7.4.6. Todos os equipamentos utilizados no processo de
d) Código DCB, DCI ou CAS (obrigatoriamente nesta amostragem e que entrarem em contato com os materiais
ordem), quando aplicável; devem estar limpos, e, se necessário, sanitizados,
e) Número do lote do fabricante; esterilizados e guardados em locais apropriados.
f) Número do lote do fornecedor, quando aplicável; 7.4.7. Cada recipiente contendo amostra deve ser
g) Data de fabricação; identificado e conter as seguintes informações:
h) Data de validade; a) Nome do material amostrado;
331
b) Número do lote do fabricante e/ou de recebimento 8.6. A ordem de fracionamento deve possuir registros que
c) Código de identificação do fracionamento, quando evidenciem o atendimento aos parâmetros estabelecidos
houver; nos procedimentos escritos.
d) Identificação da pessoa que coletou a amostra; 8.7. As operações de pesagem/medida, embalagem e
e) Data em que a amostra foi coletada; rotulagem devem ser realizadas seguindo um fluxo
f) Data de fabricação e validade. operacional contínuo para cada ordem de fracionamento.
7.5. Armazenamento 8.8. Devem ser monitoradas, registradas e controladas as
7.5.1. Todos os Insumos Farmacêuticos devem ser condições ambientais na área de fracionamento, em
armazenados sob condições apropriadas, de forma conformidade com as especificações do insumo
ordenada e preservando a identidade e integridade dos farmacêutico.
mesmos, de acordo com as condições estabelecidas pelo 8.9. Durante as atividades de fracionamento, todos os
fabricante ou compêndios oficiais. funcionários envolvidos devem utilizar EPI’s conforme
7.5.2. A identificação atribuída ao insumo no estabelecido nos procedimentos específicos.
recebimento, conforme item 7.3.9 deve ser mantida 8.10. As salas de fracionamento devem estar identificadas
durante o armazenamento. com o nome e número do lote do insumo em
7.5.3. Os Insumos Farmacêuticos devem ser estocados em fracionamento.
locais identificados, de modo a facilitar a sua localização. 8.11. Deve existir um registro de utilização da sala.
7.5.4. A rotatividade do estoque deve obedecer 8.12. As superfícies de trabalho, os equipamentos e os
preferencialmente à regra: primeiro que expira, primeiro utensílios da área de fracionamento devem ser limpos e,
que sai. quando aplicável, sanitizados antes e após cada
7.5.5. Para os Insumos Farmacêuticos que exigirem fracionamento. Estas atividades devem ser devidamente
condições especiais de armazenamento, devem existir registradas.
registros e controles que comprovem o atendimento a 8.13. O fracionamento de Insumos Farmacêuticos sólidos
estas exigências. deve ser realizado tomando as precauções de modo a
7.5.6. Os materiais de limpeza devem ser armazenados evitar sua dispersão no ambiente conforme procedimento.
em áreas ou locais diferentes daquelas reservadas aos 8.14. Após o fracionamento dos Insumos Farmacêuticos,
Insumos Farmacêuticos. as embalagens devem ser fechadas, de modo a manter os
7.5.7. Os materiais devem ser manuseados e armazenados parâmetros da qualidade dos Insumos Farmacêuticos.
de forma a prevenir a degradação e a contaminação. 8.15. As embalagens utilizadas para o acondicionamento
7.5.8. Os materiais devem ser armazenados afastados do dos Insumos Farmacêuticos fracionados, devem estar
piso e das paredes e com espaçamento apropriado para limpas e secas, devendo atender aos parâmetros
permitir a limpeza e inspeção. estabelecidos nos procedimentos escritos específicos.
7.5.9. Os materiais sujeitos a controle especial, os que 8.16. Não é permitida a reutilização de embalagens para
apresentam risco de incêndio ou explosão e outras acondicionamento dos Insumos Farmacêuticos
substâncias perigosas devem ser estocados em áreas fracionados.
seguras e protegidas, devidamente segregados e 8.17. As reconciliações de insumos farmacêuticos,
identificados, de acordo com legislação específica materiais de embalagem e rotulagem devem ser feitas e
vigente. registradas. Qualquer desvio deve ser investigado e
7.5.10. Os materiais reprovados devem ser identificados, registrado.
segregados e controlados de forma a impedir seu uso. 8.18. Os Insumos Farmacêuticos fracionados devem ser
8. FRACIONAMENTO E CONTROLES DE analisados após cada fracionamento, e só podem ser
OPERAÇÃO comercializados após a liberação pela Unidade da
8.1. As operações de fracionamento dos Insumos Qualidade.
Farmacêuticos devem ser executadas conforme 8.19. Após fracionamento os Insumos Farmacêuticos
procedimentos escritos e por pessoal qualificado e devem ser armazenados conforme requisitos específicos
treinado, a fim de assegurar as condições necessárias para deste Regulamento.
o correto fracionamento. 8.20. O acesso às salas de fracionamento deve ser restrito
8.2. As embalagens dos Insumos Farmacêuticos devem a pessoas autorizadas.
ser limpas antes de entrar na área de fracionamento. 8.21. Todo o desvio deve ser documentado e investigado.
8.3. Devem existir procedimentos escritos para a As ações corretivas devem ser implementadas e
prevenção de contaminação. registradas.
8.4. O fracionamento deve ser conduzido de acordo com 9. EMBALAGEM E ROTULAGEM
as Ordens de Fracionamento. 9.1. Os materiais de embalagem e rotulagem devem estar
8.5. As Ordens de Fracionamento devem possuir registros conforme as especificações estabelecidas.
das operações realizadas, dos controles efetuados, das 9.2. Deve haver registros para cada lote de material de
precauções adotadas e das ocorrências durante as embalagem e rotulagem contendo informações que
operações de fracionamento que possam afetar a comprovem recebimento, inspeção, análise e aprovação
qualidade dos insumos farmacêuticos. ou reprovação.
9.3. As embalagens primárias utilizadas para os Insumos
Farmacêuticos fracionados devem possuir mesma
332
especificação do material utilizado pelo fabricante ou do identificação do insumo e material de embalagem. Deve
material indicado pelo mesmo, de forma a manter as haver registros.
características físico-químicas e microbiológicas dos 9.16. Um rótulo utilizado para identificar o insumo
Insumos Farmacêuticos. fracionado deve ser anexado na Ordem de Fracionamento.
9.4. Os materiais de rotulagem e embalagem secundária 10. EXPEDIÇÃO
não devem interferir na qualidade do insumo 10.1. Os insumos farmacêuticos distribuídos não
farmacêutico fracionado e devem assegurar proteção fracionados devem ser expedidos com os rótulos e
adequada contra influências externas e eventuais embalagens originais.
contaminações. 10.1.1. Os insumos farmacêuticos expedidos devem
9.5. Deve existir um sistema de controle e conferência de possuir rótulo contendo as seguintes informações:
rótulos, para evitar mistura/troca. Quando este for a) Nome do insumo farmacêutico e DCB, DCI ou CAS,
realizado por meios eletrônicos, deve ser assegurado seu respectivamente nesta ordem, quando aplicável;
perfeito funcionamento. b) Prazo de validade e data de fabricação;
9.6. Todo Insumo Farmacêutico fracionado deve possuir c) Quantidade e sua respectiva unidade de medida;
rótulo contendo as seguintes informações: d) Condições de armazenamento;
a) Nome do insumo farmacêutico e) Advertências de segurança, quando aplicável;
b) Código DCB, DCI ou CAS, obrigatoriamente nesta f) Nome do fabricante e País de Origem;
ordem, quando aplicável; g) Procedência;
c) Prazo de validade e data de fabricação; h) Nome, C.N.P. J, endereço e telefone do distribuidor;
d) Data de fracionamento; i) Nome do responsável técnico e inscrição no conselho
e) Quantidade e sua respectiva unidade de medida; profissional;
f) Condições de armazenamento; j) Número do lote atribuído pelo fabricante e o número do
g) Advertências de segurança, quando aplicável; lote dado pela empresa." (NR) "12.3.3. (Redação dada
h) Nome do Fabricante e País de origem; pela RDC 32/10)
i) Procedência; 10.3. Nas áreas de expedição os materiais devem ser
j) Nome, C.N.P. J, endereço e telefone do distribuidor mantidos sob as mesmas condições de armazenagem
/fracionador; especificadas no rótulo.
k) Nome do responsável técnico e inscrição no conselho 10.4. Os insumos farmacêuticos devem ser expedidos
profissional; somente após liberação pela Unidade da Qualidade.
l) Número de ordem de fracionamento; 10.5. Deve haver um sistema de rastreabilidade
m) Número do lote atribuído pelo fabricante e número do implantado que permita a pronta identificação e
lote dado pela empresa." (NR) "10.1.1(Redação dada pela localização de cada lote do insumo farmacêutico
RDC 32/10) expedido, de forma a assegurar seu pronto recolhimento.
9.7. Em caso de utilização de embalagem secundária, 10.6. Deve haver procedimento para conferir os dados de
identificada de acordo com o item 9.6, a embalagem expedição com a identificação dos insumos farmacêuticos
primária deve ser identificada no mínimo com o nome do a serem expedidos.
insumo farmacêutico, data de validade, e número de lote. 11. TRANSPORTE DE INSUMOS
9.8. Material de embalagem primário ou secundário fora 11.1. Os insumos farmacêuticos devem ser transportados
de uso deve ser identificado, retirado do estoque e de acordo com a legislação específica em vigor.
registrado o seu destino. 11.2. Os Insumos Farmacêuticos devem ser transportados
9.9. Os materiais impressos devem ser armazenados em em condições adequadas que garantam a manutenção das
condições seguras com acesso restrito. suas especificações e integridade.
9.10. Os rótulos obsoletos devem ser destruídos e esse 11.3. As empresas que realizam transporte de insumos
procedimento deverá ser registrado. farmacêuticos devem possuir autorização de
9.11. Devem existir procedimentos para assegurar que funcionamento e especial, quando for o caso, e licença
toda impressão esteja em conformidade com as sanitária para esta atividade.
especificações. 11.4. No caso de transporte realizado por terceiros deve
9.12. Os rótulos emitidos para um lote devem ser ser firmado contrato estabelecendo as condições de
conferidos quanto à identidade e a conformidade. A transporte dos insumos farmacêuticos.
conferência deve ser registrada. 11.5. Deve haver programa de qualificação de
9.13. Deve haver procedimentos escritos para promover o transportadores.
uso correto de materiais de embalagem e rotulagem. 11.6. A empresa distribuidora/fracionadora deve fornecer
9.14. Devem existir procedimentos de reconciliação entre à transportadora informação sobre as condições de
as quantidades dos rótulos emitidos, usados e inutilizados. transporte dos insumos farmacêuticos.
Os desvios devem ser registrados, investigados e, quando 11.7. Deve haver procedimento para conferir e avaliar se
necessário, as ações corretivas e preventivas as condições do veículo atendem às especificações
implementadas. estabelecidas para o transporte dos insumos
9.15. As embalagens dos insumos farmacêuticos farmacêuticos, mantendo-se registros.
fracionados devem ser inspecionadas quanto à 12. LABORATÓRIO DE CONTROLE DA
QUALIDADE
333
12.1. Generalidades 12.1.9. Os reagentes e as soluções padrão devem ser
12.1.1. Os procedimentos dos ensaios devem ser preparados e identificados de acordo com procedimentos
aprovados pela Unidade da Qualidade e estar disponíveis escritos e a validade de uso determinada.
nos laboratórios responsáveis pela execução dos ensaios. 12.1.10. Os padrões primários de referência devem ter sua
12.1.2. As especificações, metodologias de análise, origem documentada e serem mantidos nas condições de
farmacopéias, literaturas, manuais dos equipamentos, armazenamento recomendadas pelo fabricante.
padrões de referência e outros materiais necessários 12.1.11. Os padrões secundários de referência devem ser
devem estar à disposição no laboratório de Controle da corretamente preparados, identificados, analisados,
Qualidade. aprovados e armazenados.
12.1.3. A empresa fracionadora deve possuir laboratório 12.1.12. Deve haver água apropriada para as análises
de Controle da Qualidade próprio e capacitado para a realizadas no laboratório de controle da qualidade.
realização das análises físico-químicas e microbiológicas. 12.2. Análises dos Insumos farmacêuticos
12.1.4. A empresa distribuidora, que possuir laboratório 12.2.1. Devem ser realizadas as análises previstas na
de controle da qualidade, deve atender às exigências de farmacopéia para verificar a especificação e a qualidade
instalações, equipamentos, procedimentos e pessoal do insumo farmacêutico.
adequados às análises que realizar. 12.2.1.1. A empresa deverá realizar as análises no insumo
12.1.5. As instalações do Laboratório de Controle da farmacêutico destinado ao fracionamento, no
Qualidade físico-químico e do microbiológico devem ser recebimento.
em salas separadas. 12.2.1.2. Após cada fracionamento, a empresa deverá
12.1.6. Os requisitos mínimos para o Controle da realizar as análises estabelecidas pela Unidade da
Qualidade são os seguintes: Qualidade para verificar que a especificação do insumo
a) Os testes devem ser executados de acordo com farmacêutico não foi alterada durante o fracionamento.
procedimentos escritos, seguindo especificações e 12.2.2. As análises devem ser realizadas conforme
metodologias adotadas como referência; especificação do fabricante do insumo farmacêutico,
b) As metodologias devem ser validadas; devendo ser utilizada como referência, preferencialmente,
c) Os instrumentos devem ser calibrados em intervalos a Farmacopéia Brasileira sendo aceitos compêndios
definidos; internacionais reconhecidos pela autoridade sanitária,
d) Possuir equipamentos e instalações adequadas para a conforme legislação vigente.
realização dos ensaios; 12.2.2.1. Na ausência de monografia oficial e métodos
e) Pessoal qualificado e treinado; gerais inscritos nos compêndios reconhecidos pela
f) Procedimentos disponíveis na área para execução das autoridade sanitária, conforme legislação vigente, as
atividades desenvolvidas; análises devem ser executadas segundo especificações e
g) Devem existir registros de modo a demonstrar que metodologias fornecidas pelo fabricante, desde que
todos os procedimentos tenham sido realmente devidamente validadas.
executados e que quaisquer desvios tenham sido 12.2.3. É permitida a terceirização do controle da
totalmente investigados e documentados. qualidade apenas nas situações previstas pela legislação
12.1.7. As amostras de retenção devem: vigente.
a) Possuir rótulo contendo identificação do insumo de 12.3. Certificado de Análise
forma a garantir a rastreabilidade; 12.3.1. A empresa deve obrigatoriamente fornecer o
b) Serem armazenadas de acordo com as especificações certificado de análise emitido pelo laboratório de controle
do insumo farmacêutico. da qualidade, quando aplicável, e quando solicitado cópia
12.1.7.1. Amostra de retenção de Insumo Farmacêutico do certificado de análise da empresa fabricante do insumo
deve ser conservada pelo por no mínimo 12 (doze) meses farmacêutico.
após a data de vencimento do seu prazo de validade. 12.3.1.1. A empresa distribuidora sem fracionamento que
12.1.7.2. A quantidade de amostra deve ter pelo menos o não realiza análise deverá fornecer certificado de análise
dobro da requerida para efetuar todas as análises previstas do fabricante.
em códigos oficiais. 12.3.2. A empresa fracionadora de insumos deve
12.1.8. O Controle da Qualidade deve ter disponível no especificar claramente em seu certificado de análise os
setor, no mínimo: testes que foram efetivamente feitos pela empresa
a) Especificações; fracionadora e os testes que foram transcritos do
b) Procedimentos de amostragem; certificado de análise terceirizado.
c) Métodos de análise e registros (incluindo folhas 12.3.3. No certificado de análise do insumo farmacêutico
analíticas e/ou caderno de anotações); a ser comercializado devem constar de forma clara e
d) Boletins e/ou certificados analíticos; conclusiva:
e) Registros de monitoramento ambiental, onde a) Nome do insumo farmacêutico e DCB, DCI ou CAS,
especificado; obrigatoriamente nesta ordem, quando aplicável;
f) Registros de validação de métodos; b) Nome do fabricante, quando solicitado pelo cliente;
g) Procedimentos e registros de calibração de c) Número do lote atribuído pelo fabricante e número do
instrumentos e manutenção de equipamentos. lote dado pela empresa; (Redação dada pela RDC 32/10)

334
d) Número da ordem de fracionamento, quando especiais, por exemplo, quando os requisitos de validação
fracionado; são estabelecidos pela primeira vez dentro da empresa.
e) Data de fabricação; Neste caso a validação retrospectiva pode ser útil para
f) Data de validade; estabelecer as prioridades do programa de validação. Caso
g) Cada teste executado, com os limites de aceitação e os os resultados da validação retrospectiva sejam positivos,
resultados obtidos, e referências da metodologia analítica isto indica que o processo não tem necessidade de atenção
utilizada; imediata e pode ser validado de acordo com a
h) Data da emissão do certificado; programação normal.
i) Identificação e assinatura por pessoa autorizada da As empresas fracionadoras deverão efetuar:
Unidade da Qualidade. a) Validação do processo de fracionamento dos insumos
13. VALIDAÇÃO farmacêuticos críticos (por exemplo: higroscópicos,
13.1. Generalidades termolábeis, fotossensíveis) em função do tempo de
Validação é uma evidência documentada de que o exposição ao ambiente;
processo, operado através de parâmetros estabelecidos, b) Validação do processo de limpeza;
pode efetivamente e reprodutivelmente fracionar um c) Qualificação de sistemas de ar;
insumo farmacêutico reunindo especificações d) Qualificação de equipamentos;
predeterminadas e atribuições de qualidade. e) Qualificação de áreas de fracionamento.
Existem três tipos de validação: validações concorrentes 13.2. Política de Validação
ou simultâneas, prospectivas e retrospectivas. A política de validação deve definir as operações que são
13.1.1. Validação concorrente ou simultânea críticas para assegurar a qualidade do insumo
A validação concorrente é realizada durante as operações farmacêutico.
de rotina. Todos os processos devem ser monitorados de 13.3. Documentação
forma mais abrangente possível. A natureza e as 13.3.1. Plano Mestre de Validação
especificações dos testes subseqüentes às operações estão 13.3.1.1. Deve existir um plano mestre de validação que
baseadas na avaliação dos resultados do referido contenha os seguintes tópicos:
monitoramento. a) Objetivo (e os requisitos prévios);
13.1.2. Validação prospectiva b) Apresentação da totalidade das operações, diagrama de
A validação prospectiva é um ato documentado, baseado blocos ou descritivo destacando operações críticas;
na execução do protocolo de validação previamente c) Estrutura organizacional das atividades de validação,
definido, que demonstre que um novo sistema, operação, evidenciando as responsabilidades;
equipamento ou instrumento, ainda não operacionalizado, d) Motivo para inclusão ou exclusão de determinada
satisfaz as especificações funcionais e expectativas de validação;
desempenho. e) Sistema de rastreabilidade para referências e revisões;
13.1.2.1. Se ao final do processo de validação os f) Indicação de treinamentos necessários para o programa
resultados forem aceitáveis, o processo é satisfatório. Se de validação;
os resultados forem insatisfatórios deve-se buscar g) Planejamento e cronograma das atividades a serem
modificação no processo até que o mesmo apresente realizadas;
resultados aceitáveis. Esta forma de validação é essencial h) Referência cruzada a outros documentos;
para limitar o risco de erros. i) Periodicidade e critérios para Revalidação;
13.1.3. Validação retrospectiva j) Relação de equipamentos e instalações que devem ser
A validação retrospectiva é um ato documentado, baseado qualificados;
na revisão e análise de registros históricos, atestando que k) Previsão de elaboração de relatórios de validação.
um sistema, operação, equipamento ou instrumento, já em
uso, satisfaz as especificações funcionais e expectativas 13.3.2. Protocolo de Validação
de desempenho. 13.3.2.1. Deve ser estabelecido um protocolo de validação
13.1.3.1. A validação retrospectiva envolve a verificação que especifique como o processo de validação será
da experiência passada da operação, assumindo-se que a conduzido. O protocolo deve ser aprovado pela Unidade
característica, procedimentos e equipamentos da Qualidade.
permanecem inalterados; a referida experiência e os 13.3.2.2. O protocolo de validação deve especificar:
resultados dos testes de controle das operações são a) Descrição da operação;
avaliados. As dificuldades e os defeitos registrados na b) Descrição dos equipamentos e instalações;
operação são analisados para determinar os limites dos c) Variáveis a serem monitoradas;
parâmetros da mesma. Pode ser realizada uma análise de d) Amostras a serem coletadas (local, freqüência,
tendência para determinar a extensão na quais os quantidade e procedimento de amostragem);
parâmetros da operação se encontram dentro da faixa e) Características/atributos e desempenho a serem
permissível. monitorados, especificando os métodos analíticos;
13.1.3.2. A qualificação retrospectiva não é uma medição f) Limites aceitáveis;
da Garantia da Qualidade em si própria, e nunca deve ser g) Definição de responsabilidades;
aplicada a novas operações ou insumos farmacêuticos. h) Descrição dos métodos utilizados para registro e
Somente pode ser considerada em circunstâncias avaliação dos resultados, incluindo análise estatística;
335
i) Pontos críticos da operação; 13.6.3. O protocolo de validação da limpeza deve
j) Critérios de aceitação; contemplar:
k) Tipo de validação a ser conduzida; a) Os equipamentos e utensílios a serem limpos;
l) Treinamentos necessários para o programa de b) Procedimentos, materiais e agentes utilizados para
validação. limpeza;
13.3.3. Relatório de Validação c) Critérios de escolha e limite residual aceitável dos
13.3.3.1. O relatório de validação deve fazer referência ao agentes de limpeza, quando aplicável;
protocolo e ser elaborado contemplando resultados d) Critérios de aceitação;
obtidos (incluindo a comparação com os critérios de e) Parâmetros monitorados e controlados;
aceitação), desvios, conclusões, mudanças e f) Validação de métodos analíticos, incluindo os limites
recomendações. de detecção e quantificação;
13.3.3.2. Qualquer desvio do protocolo de validação deve g) Procedimentos de amostragem, incluindo os tipos de
ser documentado, investigado e justificado. amostras a serem obtidas e como devem ser coletadas e
13.3.3.3. O processo de validação é satisfatório quando os identificadas;
resultados são aceitáveis. Caso contrário deve-se analisar h) Dados de estudos de recuperação, quando aplicável;
a origem dos desvios encontrados e determinar as I) Número mínimo de três ciclos de limpeza a serem
alterações necessárias, até que o mesmo apresente realizadas consecutivamente;
resultados aceitáveis. j) Critérios microbiológicos quando aplicável.
13.4. Qualificação 13.6.4. Deve ser definido o método de amostragem para
13.4.1. A qualificação deve ser realizada conduzindo as detectar resíduos insolúveis e solúveis. O método de
atividades de: amostragem deve ser adequado para a obtenção de
a) Qualificação de Projeto (QP): avaliação da proposta do amostra representativa de resíduos encontrados nas
projeto de instalações, equipamentos ou sistemas de superfícies dos equipamentos e utensílios, que entrem em
acordo com a finalidade pretendida. contato com o insumo farmacêutico, após a limpeza.
b) Qualificação de Instalação (QI): avaliação da 13.6.5. Os processos de limpeza devem ser monitorados
conformidade dos equipamentos, sistemas e utilidades, em intervalos apropriados depois da validação para
instalada ou modificada, com o projeto aprovado, com as assegurar sua efetividade.
recomendações e/ou com os requerimentos do fabricante 13.6.6. A limpeza dos equipamentos e utensílios deve ser
do equipamento. monitorada por testes analíticos.
c) Qualificação de Operação (QO): conjunto de operações 13.6.7. Deve haver procedimentos para determinação do
que estabelece que equipamentos, sistemas e utilidades tempo máximo da operação contínua de fracionamento,
apresentam desempenho conforme previsto em todas as intervalo entre o final de uma operação de fracionamento
faixas operacionais consideradas. Todos os equipamentos e o início do procedimento de limpeza e determinação da
utilizados na execução dos testes devem ser identificados validade da limpeza.
e calibrados. 13.7. Validação das operações do fracionamento
d) Qualificação de Performance/Desempenho (QD): 13.7.1. Para a validação prospectiva e
verificar que os equipamentos, sistemas e utilidades, concorrente/simultânea, três lotes consecutivos do
quando operando em conjunto são capazes de executar fracionamento devem ser utilizados como referência, mas
com eficácia a reprodutibilidade, os métodos e as pode haver situações onde lotes adicionais são requeridos
especificações definidas no protocolo. para provar a consistência do fracionamento, dependendo
13.5. Validação de Métodos Analíticos da característica do insumo.
13.5.1. A validação de métodos analíticos deve seguir as 13.7.2. Os parâmetros críticos do fracionamento devem
diretrizes da legislação vigente. ser controlados e monitorados durante os estudos do
13.5.2. A validação de métodos analíticos deve ser processo de validação.
realizada com equipamentos qualificados e instrumentos 13.7.3. A validação do fracionamento deve confirmar que
calibrados. as características do insumo farmacêutico não se
13.5.3. Métodos analíticos diferentes daqueles existentes alteraram.
nos compêndios oficiais reconhecidos pela autoridade 13.8. Revalidação
sanitária competente só poderão ser utilizados se Repetição do processo de validação, periódica ou que
estiverem devidamente validados. contemple mudanças aprovadas, de modo a garantir que
13.5.4. No caso de transferência de metodologias do estas não afetem adversamente as características das
fabricante para empresas distribuidoras/fracionadoras a operações nem a qualidade do insumo farmacêutico.
metodologia será considerada validada desde que sejam 13.8.1. Revalidação por mudança
avaliados os parâmetros previstos em legislação vigente. 13.8.1.1. A revalidação deve ser realizada por ocasião da
13.6. Validação de Limpeza introdução de quaisquer mudanças, intencionais ou não,
13.6.1. Os processos de limpeza devem ser validados. que afetem a qualidade do insumo farmacêutico.
13.6.2. A validação de limpeza deve ser direcionada para 13.8.1.2. A revalidação após as mudanças deve ser
situações ou operações do fracionamento onde a realizada de acordo com o controle de mudanças.
contaminação ou a exposição de materiais coloca em risco 13.8.2. Revalidação Periódica
a qualidade do insumo farmacêutico.
336
13.8.2.1. A revalidação periódica deve ser baseada na 16.5. Deve haver um procedimento escrito que defina as
revisão dos dados históricos gerados durante as operações situações em que o insumo farmacêutico deva ser
previstas neste regulamento, tendo por objetivo verificar recolhido.
se o processo se encontra consistente com a última 16.6. Deve ser designada uma pessoa responsável pelas
validação. medidas a serem adotadas e pela coordenação do
13.8.2.2. O intervalo da revalidação periódica deve ser recolhimento no mercado.
definido e documentado. 16.7. A empresa deve dispor de um sistema capaz de
14. CONTROLE DE MUDANÇA recolher, pronta e eficientemente, do mercado insumos
14.1. Um sistema de controle de mudanças deve ser farmacêuticos com desvios da qualidade comprovados.
estabelecido para avaliar todas as mudanças que poderiam 16.8. Os insumos farmacêuticos recolhidos devem ser
afetar o fracionamento e o controle dos insumos identificados e segregados de forma segura, enquanto
farmacêuticos. aguardam decisão sobre seu destino.
14.1.1. Qualquer proposta de mudança deve ser aprovada 16.9. A autoridade sanitária competente deve ser
pela unidade da qualidade. imediatamente informada do desvio da qualidade
14.1.2. O sistema de controle de mudanças deve assegurar comprovado dos insumos farmacêuticos, do mapa de
que todas as mudanças sejam formalmente propostas e distribuição do insumo e planos de recolhimento dos
avaliadas quanto ao impacto sobre a qualidade do mesmos.
produto, justificadas, documentadas e 16.10. Qualquer desvio da qualidade comprovado deve
aprovadas/autorizadas. ser comunicado ao fornecedor do insumo farmacêutico.
14.2. O Controle de Mudança deve contemplar as ações a 16.11. Deve haver procedimentos escritos para o
serem adotadas caso seja proposta uma mudança de recebimento, armazenamento e investigação das causas de
métodos analíticos, utilidades, equipamentos do devolução dos insumos farmacêuticos.
fracionamento ou ainda de qualquer outra mudança que 16.12. Os insumos farmacêuticos devolvidos devem ser
possa afetar a qualidade do insumo farmacêutico. identificados e segregados de forma segura, enquanto
15. REPROVAÇÃO aguardam decisão sobre seu destino.
15.1. Insumos farmacêuticos, materiais de embalagem e 16.13. Os insumos farmacêuticos devolvidos somente
rotulagem, que não se encontram em conformidade com podem ser disponibilizados para venda, após terem sido
as especificações, devem ser identificados como tal e analisados e liberados pela Unidade da Qualidade, de
armazenados de forma a evitar a sua utilização enquanto acordo com procedimentos escritos.
aguardam destruição ou devolução aos fornecedores, 16.14. Os registros dos insumos farmacêuticos devolvidos
conforme procedimentos escritos. devem ser mantidos.
15.2. No caso de lotes de insumos farmacêuticos com 16.15. Todas as decisões e medidas tomadas, resultantes
desvio de qualidade comprovado, baseado em resultados de um de desvio de qualidade originado de uma
de ensaios realizados pela própria devolução, devem ser registradas, assinadas e datadas.
empresa/estabelecimento ou terceiro contratado, com a 16.16. Os registros da devolução devem incluir:
observância dos compêndios oficiais e da legislação a) Nome do cliente;
vigente, a empresa deve comunicar às autoridades b) Nome do insumo, número do lote;
sanitárias competentes, conforme a legislação vigente. c) Quantidade devolvida;
16. RECLAMAÇÃO, RECOLHIMENTO E d) Motivo da devolução;
DEVOLUÇÃO e) Data do recebimento da devolução;
16.1. Todas as reclamações relacionadas ao sistema da f) Destino do insumo devolvido.
qualidade, recebidas verbalmente ou escritas referentes a
insumos farmacêuticos, devem ser registradas. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
16.2. As causas dos possíveis desvios da qualidade devem 16.11.2006
ser registradas, investigadas e avaliadas de acordo com
procedimentos escritos.
16.3. Os registros da reclamação devem incluir:
a) Nome do reclamante;
b) Nome do insumo e número do lote;
c) Descrição da reclamação;
d) Data do recebimento da reclamação;
e) Relato das ações tomadas, assinadas e datadas;
f) Conclusão com ações corretivas tomadas, se necessário;
g) Resposta ao reclamante.
16.4. Os registros das reclamações devem ser mantidos e
periodicamente analisados criticamente para avaliar
tendências e freqüências, a fim de que sejam realizadas as
ações corretivas cabíveis.

337
RDC nº 16, de 02/03/2007 2.3.1 O medicamento de referência poderá ser dispensado
(D.O.U de 05.03.2007) quando prescrito pelo seu nome de marca ou pela
respectiva Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na
Regulamento técnico para medicamento genérico sua falta, pela Denominação Comum Internacional (DCI),
podendo ser intercambiável com o medicamento genérico
Revogada pela Resolução – RDC nº 60, de 10 de outubro correspondente. (Redação dada pela RDC 51/07)
de 2014, com exceção dos itens 1 e 2, VI, do Anexo I 2.4. É dever do profissional farmacêutico explicar,
detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou
ANEXO I usuário bem como fornecer toda a orientação necessária
REGULAMENTO TÉCNICO PARA ao consumo racional do medicamento genérico;
MEDICAMENTOS GENÉRICOS 2.5. A substituição do genérico deverá pautar-se na
relação de medicamentos genéricos registrados pela
Este Regulamento tem a finalidade de estabelecer ANVISA;
preceitos e procedimentos técnicos para
registro de medicamento genérico no Brasil, descritos nos 2.6. A relação de medicamentos genéricos deverá ser
itens seguintes. divulgada pela ANVISA por intermédio dos meios de
I. Definições utilizadas para registro de medicamentos comunicação.
genéricos.
II. Medidas antecedentes ao registro. ANEXO II *REVOGADO pela RDC 60/14.
III. Documentação para registro.
IV. Medicamentos que não serão aceitos como genéricos. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
V. Medidas pós-registro. 05.03.2007
VI. Critérios para prescrição e dispensação de
medicamentos genéricos. HISTÓRICO DA NORMA:

1. Prescrição Alterado por RDC nº 51 de 15/08/2007


1.1. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as
prescrições pelo profissional responsável adotarão,
Alterado por RDC nº 47 de 08/09/2009
obrigatoriamente, a Denominação Comum Brasileira
(DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI); Alterado RDC nº 16 de 13/04/2010
1.2. Nos serviços privados de saúde, a prescrição ficará a Alterado RDC nº 60 de 10/10/2014
critério do profissional responsável, podendo ser realizada
sob a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua
falta, sob a Denominação Comum Internacional (DCI) ou
sob o nome comercial;
1.3. No caso de o profissional prescritor decidir pela não-
intercambialidade de sua prescrição, a manifestação
deverá ser efetuada por item prescrito, de forma clara,
legível e inequívoca, devendo ser feita de próprio punho,
não sendo permitidas outras formas de impressão.

2. Dispensação
2.1. Será permitida ao profissional farmacêutico a
substituição do medicamento prescrito pelo medicamento
genérico correspondente, salvo restrições expressas pelo
profissional prescritor;
2.2. Nesses casos, o profissional farmacêutico deverá
indicar a substituição realizada na prescrição, apor seu
carimbo a seu nome e número de inscrição do Conselho
Regional de Farmácia, datar e assinar;
2.3 O medicamento genérico somente será dispensado se
prescrito pela Denominação Comum Brasileira (DCB) ou,
na sua falta, pela Denominação Comum Internacional
(DCI), podendo ser intercambiável com o respectivo
medicamento referência; (Redação dada pela RDC 51/07)

338
RDC nº. 17, de 02/03/2007. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
(D.O.U de 05.03.2007) 05.03.2007

Dispõe sobre o registro de medicamento similar e dá HISTÓRICO DA NORMA:


outras providências. Alterado por RDC nº 51 de 15/08/2007
(Revogada pela Resolução – RDC nº 60, de 10 Alterado por RDC nº 53 de 30/08/2007
de outubro de 2014, com exceção dos itens 1 e
2, VI, do Anexo) Alterado por RDC nº 47 de 08/09/2009

ANEXO
Alterado por RDC nº 16 de 13/04/2010
REGULAMENTO TÉCNICO PARA MEDICAMENTO
SIMILAR Alterado por RDC nº 37 de 03/08/2011
ABRANGÊNCIA Alterado por RDC nº 60 de 10/10/2014
Este Regulamento estabelece os critérios para o registro
de Medicamento Similar.
COMPOSIÇÃO
Este Regulamento é composto por cinco partes:
I - Das Medidas Antecedentes ao Registro de
Medicamento Similar -
II - Do Registro
III - Das Medidas do Pós-Registro
IV - Da Renovação de Registro de Medicamento Similar
V - Medicamentos que não serão aceitos como similares

VI. - CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO E


DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
SIMILARES.

1. Prescrição
1.1. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as
prescrições pelo profissional responsável adotarão,
obrigatoriamente, a Denominação Comum Brasileira
(DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI); (Item e Redação incluída pela RDC
51/07)
1.2. As aquisições de medicamentos, sob qualquer
modalidade de compra, assim como as prescrições
médicas e odontológicas de medicamentos, no âmbito do
Sistema Único de Saúde - SUS, adotarão
obrigatoriamente a Denominação Comum Brasileira
(DCB) ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI). (Redação dada pela RDC 53/07)

2. Dispensação
2.1. A dispensação de medicamentos no âmbito do SUS
será feita mediante a apresentação de receituário emitido
em conformidade com o disposto na Lei n.º 9.787, de
1999, e observará a disponibilidade de produtos no
serviço farmacêutico das unidades de saúde. (Redação
dada pela RDC 53/07)
2.2. É dever do profissional farmacêutico explicar,
detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou
usuário bem como fornecer toda a orientação necessária
ao consumo racional do medicamento similar. (Item e
Redação incluída pela RDC 51/07)

339
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
RDC nº 58 de 05/09/2007 usuários e dependentes de drogas; das normas para
(D.O.U em 06.09.2007) repressão à produção não autorizada e do tráfico ilícito de
drogas;
Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e considerando as diretrizes, as prioridades e as
fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas e responsabilidades estabelecidas na Política Nacional de
dá outras providências. Medicamentos, instituída pela Portaria n° 3.916/MS/GM,
de 30 de outubro de 1998, que busca garantir condições
Observação: A RESOLUÇÃO DA DIRETORIA para segurança e qualidade dos medicamentos
COLEGIADA - RDC N° 50, DE 25 DE SETEMBRO DE consumidos no país, promover o uso racional e o acesso
2014 dispõe sobre as medidas de controle de da população àqueles considerados essenciais;
comercialização, prescrição e dispensação de Considerando a Resolução MERCOSUL/GMC/RES nº.
medicamentos que contenham as substâncias 39/99, que dispõe sobre as associações de drogas em
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus medicamentos e preparações magistrais que contenham
sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras anorexígenos;
providências. Considerando a Resolução n° 273, de 30 de agosto de
1995, do Conselho Federal de Farmácia, que veda ao
Observação: A Lei nº 13.454, de 23 de junho de 2017, farmacêutico por tempo indeterminado a formulação de
publicada no DOU de 26 de junho de 2017, autoriza a produto magistral contendo associações medicamentosas,
produção, a comercialização e o consumo, sob prescrição que tenham em sua formulação as substâncias:
médica no modelo B2, dos anorexígenos sibutramina, dietilpropiona ou anfepramona, d-fenfluramina, l-
anfepramona, femproporex e mazindol. fenfluramina, fenproporex, manzidol, quando associadas
entre si e/ou a outras substâncias de ação no sistema
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância nervoso central (inclusive as benzodiazepinas) e/ou
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV substâncias de ação no sistema endócrino;
do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº considerando a Resolução nº 1477, de 11 de julho de
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto 1997, do Conselho Federal de Medicina, que veda aos
no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento médicos a prescrição simultânea de drogas tipo
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº anfetaminas, com um ou mais dos seguintes fármacos:
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no benzodiazepínicos, diuréticos, hormônios ou extratos
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 4 hormonais e laxantes, com finalidade de tratamento da
de setembro de 2007, e obesidade ou emagrecimento;
considerando que a saúde é direito de todos e dever do Considerando o Consenso Latino-Americano de
Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas Obesidade, cuja finalidade é direcionar as recomendações
que visem à redução do risco de doença e de outros sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e na América Latina;
serviços para sua promoção, proteção e recuperação, nos Considerando o elevado risco sanitário relacionado ao
termos do art. 196 da Constituição da República consumo indiscriminado de substâncias psicotrópicas
Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988; anorexígenas e a necessidade de efetivação de medidas
considerando as disposições contidas na Lei n.º 5.991, de regulatórias que possibilitem o uso seguro de tais
17 de dezembro de 1973, e no Decreto n.º 74.170, de 10 substâncias, e
de junho de 1974, acerca do controle sanitário do Considerando a necessidade de aprimorar o regime de
comércio de drogas, medicamentos, insumos controle e fiscalização das substâncias e medicamentos
farmacêuticos e correlatos; sujeitos a controle especial, constantes das listas do
considerando as disposições contidas na Lei n.º 6.360, de Regulamento Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS n.º
23 de setembro de 1976, e no Decreto n.º 79.094, de 5 de 344, de 12 de maio de 1998, e suas posteriores
janeiro de 1977, acerca do sistema de vigilância sanitária atualizações, bem como pela Portaria SVS/MS n. º 6, de
a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas os 29 de janeiro de 1999; resolve:
insumos farmacêuticos, correlatos e outros produtos; adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu,
considerando a finalidade institucional da Anvisa de Diretor-Presidente, determino a sua publicação:
promover a proteção da saúde da população, bem como
suas atribuições legais, conforme estabelecido no art. 6º e Art.1º A prescrição, o aviamento ou a dispensação de
nos incisos I, III, XVIII e XX do art. 7º, da Lei n.º 9.782, medicamentos ou fórmulas medicamentosas que
de 1999; contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas ficam
considerando as disposições contidas na Lei n.º 11.343, de sujeitas à Notificação de Receita “B2”, conforme modelo
23 de agosto de 2006, e no Decreto n.º 5.912, de 27 de de talonário instituído nos termos do Anexo I desta
setembro de 2006, acerca das políticas públicas sobre Resolução.
drogas e da instituição do Sistema Nacional de Políticas §1º São consideradas substâncias psicotrópicas
Públicas sobre Drogas – SISNAD; das medidas para anorexígenas todas aquelas constantes da lista “B2” e seu

340
adendo, assim elencadas na Portaria SVS/MS nº. 344, de
12 de maio de 1998, e suas atualizações.
§2º A Notificação de Receita “B2”, de cor azul, impressa
às expensas do profissional ou instituição, terá validade
de 30 (trinta) dias contados a partir da sua emissão e
somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a
numeração.
§3º Além do estabelecido nesta Resolução, aplicam-se em
relação à Notificação de Receita “B2” todas as
disposições vigentes relativas ao preenchimento da
Notificação de Receita “B”, assim como a respectiva
concessão e entrega e demais competências da autoridade
sanitária.
§4º As substâncias psicotrópicas anorexígenas também
ficam sujeitas a todas às exigências estabelecidas na
legislação em vigor, relativas a escrituração e Balanços
Anuais e Trimestrais, assim como no que se refere à
Relação Mensal de Notificações de Receita “B2” –
RMNRB2, conforme modelo instituído no Anexo II desta
ANEXO II
Resolução.

Art. 2° Revogado pela RDC 133/16)


(Observar a Nota Técnica da Anvisa para a Sibutramina)

Art. 3° Fica vedada a prescrição, a dispensação e o


aviamento de fórmulas de dois ou mais medicamentos,
seja em preparação separada ou em uma mesma
preparação, com finalidade exclusiva de tratamento da
obesidade, que contenham substâncias psicotrópicas
anorexígenas associadas entre si ou com as seguintes
substâncias:
I –ansiolíticas, antidepressivas, diuréticas, hormônios ou
extratos hormonais e laxantes;
II – simpatolíticas ou parassimpatolíticas.

Art. 4º Configurada infração por inobservância de


preceitos ético-profissionais, o órgão fiscalizador
comunicará o fato ao Conselho Regional da jurisdição
competente, sem prejuízo das demais cominações penais e
administrativas.

Art. 5° O descumprimento das disposições contidas nesta


Resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei
nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 6° Esta Resolução entra em vigor 120 dias após a
data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


06.09.2007

ANEXO I MODELO DE TALONÁRIO “B2” PARA


SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS
ANOREXÍGENAS

341
Após análise jurídica da Procuradoria Federal
junto à ANVISA em relação às determinações relativas à
prescrição, à dispensação e ao aviamento de
medicamentos que contenham as substâncias
anorexígenas, esclarecemos que:
Nota Técnica nº. 038 – CPCON / GGFIS /  A revogação ou sustação de uma RDC não afeta
atos regularmente praticados durante a vigência
SUCOM / ANVISA
desta, todos os efeitos da normativa produzidos
anteriormente à data da revogação/sustação são
Brasília, 8 de junho 2015.
válidos, salvo disposição em contrário.
Assunto: Esclarecimentos sobre os efeitos do Decreto  Seguindo a prerrogativa exposta acima, a RDC
Legislativo que susta a Resolução da Diretoria Colegiada 25/2010 na data de sua publicação alterou a
redação do artigo 2° da RDC 58/2007, sendo
nº 52, de 6 de outubro de 2011
assim, a alteração foi efetivada anteriormente à
Com o objetivo de esclarecer questionamentos data de revogação da RDC 25/2010. Uma vez
recorrentes sobre os efeitos do Decreto Legislativo que que uma revogação não retroage à data da edição
susta a Resolução da Diretoria Colegiada nº 52, de 6 de da norma revogada, informamos que a redação
outubro de 2011 informamos o que se segue: atual da RDC 58/2007 é válida com as alterações
O Decreto Legislativo nº 273, de 4 de setembro estabelecidas pela RDC 25/2010.
de 2014, determinou a sustação da Resolução da Diretoria  Portanto, a Notificação de Receita B2 contendo
Colegiada nº 52, de 6 de outubro de 2011. medicamento à base da substância sibutramina
A RDC 52/2011 trazia disposições sobre a deve ser utilizada para tratamento igual ou
proibição do uso das substâncias anfepramona, inferior a 60 (sessenta) dias e para as demais
femproporex e mazindol, seus sais e isômeros, bem como substâncias para o tempo de tratamento igual ou
intermediários e medidas de controle da prescrição e inferior a 30 (trinta) dias.
dispensação de medicamentos que contenham a
substância sibutramina, seus sais e isômeros, bem como Atenciosamente,
intermediários.
Em 26 de setembro de 2014, foi publicada no
Diário Oficial da União a RDC 50/2014, que estabelece Coordenação de Produtos Controlados
que a prescrição, a dispensação e o aviamento de CPCON/GGFIS/SUCOM/ANVISA
medicamentos que contenham as substâncias
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus Observação: A Resolução – RDC nº 52, de 10 de outubro
sais e isômeros bem como intermediários, devem ser de 2011 (sustada pelo Decreto Legislativo nº 273, de 4 de
realizados de acordo com a RDC 58/2007 ou a que vier setembro de 2014, publicado no DOU de 5 de setembro
substituí-la (art. 5º). de 2014), revogou a Resolução – RDC nº 25, de 30 de
Ocorre que a RDC 58/2007 teve seu artigo 2° junho de 2010, e os incisos I, III e IV do parágrafo único
alterado pela RDC 25/2010, que passou a vigorar da do artigo 2º da Resolução - RDC Nº 58, de 05 de
seguinte forma: setembro de 2007. Ocorre que a RDC nº 25, de 2010, já
“Art. 2º tinha conferido nova redação ao artigo 2º da Resolução –
§ 1º A Notificação de Receita B2 contendo RDC nº 58, de 2007, que voltou a viger com a sustação da
medicamento à base da substância sibutramina deve ser RDC nº 52/2011 pelo Decreto Legislativo nº 273, de
utilizada para tratamento igual ou inferior a 60 (sessenta) 2014. A Resolução – RDC nº 133, de 15 de dezembro de
dias. 2016 revogou o artigo 2º da RDC nº 58, de 2007.
§ 2º Fica vedada a prescrição, a dispensação e o
aviamento de medicamentos ou fórmulas medicamentosas
que contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas
com finalidade exclusiva de tratamento da obesidade
acima das Doses Diárias Recomendadas (DDR),
conforme a seguir especificado:
I - Femproporex: 50,0 mg/dia;
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia;
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia;
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR)”

A RDC 52, de 6 de outubro de 2011, revogou a


RDC 25/2010 e os incisos I, III e IV do parágrafo único
do artigo 2º da RDC 58/2007.
342
sanitária vigente, sem prejuízo da responsabilidade civil e
RDC nº. 67, de 8/10/2007 criminal cabíveis.
(D.O.U de 09.10.2007) Art. 4º Em caso de danos causados aos consumidores,
comprovadamente decorrentes de desvios da qualidade na
Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de manipulação de preparações magistrais e oficinais, as
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano farmácias estão sujeitas às penalidades previstas na
em farmácias. legislação sanitária vigente, sem prejuízo das
responsabilidades civil e criminal cabíveis dos
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de responsáveis.
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere Art. 5º Fica concedido um prazo de 360 (trezentos e
o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo sessenta) dias, a partir da data de publicação desta
Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em Resolução de Diretoria Colegiada, para o atendimento dos
vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do itens 2.7 e 2.8. do Anexo III e 180 (cento e oitenta) dias
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da para atendimento dos demais itens do Anexo III; dos itens
Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, 7.1.3, 7.1.7 (letra “c”), 7.3.13, 9.2 do Anexo I e dos itens
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião 2.13 e 2.14 do Anexo II.
realizada em 1º de outubro de 2007, e Art. 6° A partir da data de vigência desta Resolução,
considerando a Portaria nº. 438, de 17 de junho de ficam revogadas a Resolução RDC nº 33, de 19 de abril
2004 que criou o Grupo de Trabalho - GT responsável de 2000, a Resolução-RDC nº 354, de 18 de dezembro de
pela revisão dos procedimentos instituídos para o 2003 e a Resolução - RDC nº 214, de 12 de dezembro de
atendimento das Boas Práticas de Manipulação, incluindo 2006.
as substâncias de baixo índice terapêutico, medicamentos Art. 7° A partir da publicação desta Resolução, os novos
estéreis, substâncias altamente sensibilizantes, prescrição estabelecimentos devem atender na íntegra às exigências
de medicamentos com indicações terapêuticas não nela contidas, previamente ao seu funcionamento.
registradas na Anvisa, qualificação de matéria prima e Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
fornecedores, garantia da qualidade de medicamentos; publicação.
considerando a Portaria nº. 582, de 28 de setembro de DIRCEU RAPOSO DE MELLO
2004, que alterou a composição do GT;
considerando a realização da Consulta Pública ANEXO
aprovada pela DICOL e publicada no DOU do dia 20 de REGULAMENTO TÉCNICO QUE INSTITUI AS
abril de 2004 e BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM
considerando a Audiência Pública realizada no dia 24 FARMÁCIAS (BPMF).
de agosto de 2006, 1. OBJETIVOS
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos
eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação: exigidos para o exercício das atividades de manipulação
de preparações magistrais e oficinais das farmácias, desde
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico sobre Boas suas instalações, equipamentos e recursos humanos,
Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e aquisição e controle da qualidade da matéria-prima,
Oficinais para Uso Humano em farmácias e seus Anexos. armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição,
Art. 2º A farmácia é classificada conforme os 6 (seis) manipulação, fracionamento, conservação, transporte,
grupos de atividades estabelecidos no Regulamento dispensação das preparações, além da atenção
Técnico desta Resolução, de acordo com a complexidade farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando à
do processo de manipulação e das características dos garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e
insumos utilizados, para fins do atendimento aos critérios promoção do seu uso seguro e racional.
de Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF). 2. ABRANGÊNCIA
Art. 3º O descumprimento das disposições deste As disposições deste Regulamento Técnico se aplicam a
Regulamento Técnico e seus anexos sujeita os todas as Farmácias que realizam qualquer das atividades
responsáveis às penalidades previstas na legislação nele previstas, excluídas as farmácias que manipulam
Soluções para Nutrição Parenteral, Enteral e Concentrado
Polieletrolítico para Hemodiálise (CPHD).

343
3.GRUPOS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA FARMÁCIA

GRUPOS ATIVIDADES/NATUREZA DOS DISPOSIÇÕES A SEREM ATENDIDAS


INSUMOS MANIPULADOS
GRUPO I Manipulação de medicamentos a partir de Regulamento Técnico e Anexo I
insumos/matérias primas, inclusive de
origem vegetal.
GRUPO II Manipulação de substâncias de baixo índice Regulamento Técnico e Anexos I e II
terapêutico
GRUPO III Manipulação de antibióticos, hormônios, Regulamento Técnico e Anexos I e III
citostáticos e substâncias sujeitas a controle
especial.
GRUPO IV Manipulação de produtos estéreis Regulamento Técnico e Anexos I e IV
GRUPO V Manipulação de medicamentos Regulamento Técnico e Anexos I (quando
homeopáticos aplicável) e V
GRUPO VI Manipulação de doses unitárias e Regulamento Técnico, Anexos I (no que couber),
unitarização de dose de medicamentos em Anexo IV (quando couber) e Anexo VI
serviços de saúde

ANEXOS

ANEXO I Boas Práticas de Manipulação em Farmácias


ANEXO II Boas Práticas de Manipulação de Substâncias de Baixo Índice
Terapêutico
ANEXO III Boas Práticas de Manipulação de Antibióticos, Hormônios, Citostáticos e
Substâncias Sujeitas a Controle Especial
ANEXO IV Boas Práticas de Manipulação de Produtos Estéreis
ANEXO V Boas Práticas de Manipulação de Preparações Homeopáticas
ANEXO VI Boas Práticas para Preparação de Dose Unitária e Unitarização de Doses
de Medicamento em Serviços de Saúde
ANEXO VII Roteiro de Inspeção para Farmácia
ANEXO VIII Padrão Mínimo para Informações ao Paciente, Usuários de Fármacos de
Baixo Índice Terapêutico

344
4. DEFINIÇÕES quimicamente indefinidos: secreções, excreções, tecidos e
Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as órgãos, patológicos ou não, produtos de origem microbiana
seguintes definições: e alérgenos.
Água para produtos estéreis: é aquela que atende às Bioterápico de estoque: Produto cujo insumo ativo é
especificações farmacopéicas para "água para injetáveis”. constituído por amostras preparadas e fornecidas por
Água purificada: é aquela que atende às especificações laboratórios especializados.
farmacopéicas para este tipo de água. Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF):
Ajuste: operação destinada a fazer com que um conjunto de medidas que visam assegurar que os produtos
instrumento de medida tenha desempenho compatível com manipulados sejam consistentemente manipulados e
o seu uso, utilizando-se como referência um padrão de controlados, com padrões de qualidade apropriados para o
trabalho (padrão de controle). uso pretendido e requerido na prescrição.
Ambiente - espaço fisicamente determinado e Calibração: conjunto de operações que estabelecem, sob
especializado para o desenvolvimento de determinada(s) condições especificadas, a relação entre os valores
atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações indicados por um instrumento de medição, sistema ou
diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma sala valores apresentados por um material de medida,
ou de uma área. comparados àqueles obtidos com um padrão de referência
Antecâmara: espaço fechado com duas ou mais portas, correspondente.
interposto entre duas ou mais áreas, com o objetivo de Chemical Abstracts Service (CAS): Referência
controlar o fluxo de ar entre ambas, quando precisarem ser internacional de substâncias químicas.
adentradas. Colírio: solução ou suspensão estéril, aquosa ou oleosa,
Área - ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de contendo uma ou várias substâncias medicamentosas
uma das faces. destinadas à instilação ocular.
Área de dispensação: área de atendimento ao usuário Contaminação cruzada: contaminação de determinada
destinada especificamente para a entrega dos produtos e matéria-prima, produto intermediário ou produto acabado
orientação farmacêutica. com outra matéria-prima ou produto, durante o processo de
Assistência farmacêutica: conjunto de ações e serviços manipulação.
relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as Controle de qualidade: conjunto de operações
ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve (programação, coordenação e execução) com o objetivo de
o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma verificar a conformidade das matérias primas, materiais de
de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de embalagem e do produto acabado, com as especificações
qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos estabelecidas.
medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da Controle em processo: verificações realizadas durante a
utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre manipulação de forma a assegurar que o produto esteja em
medicamentos e a educação permanente dos profissionais conformidade com as suas especificações.
de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso Data de validade: data impressa no recipiente ou no
racional de medicamentos. rótulo do produto, informando o tempo durante o qual se
Atenção farmacêutica: é um modelo de prática espera que o mesmo mantenha as especificações
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência estabelecidas, desde que estocado nas condições
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, recomendadas.
comportamentos, habilidades, compromissos e co- Denominação Comum Brasileira (DCB): nome do
responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovado
recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária.
saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, Denominação Comum Internacional (DCI): nome do
visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovado
resultados definidos e mensuráveis, voltados para a pela Organização Mundial da Saúde.
melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve Desinfetante: saneante domissanitário destinado a
envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as destruir, indiscriminada ou seletivamente,
suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da microorganismos, quando aplicado em objetos inanimados
integralidade das ações de saúde. ou ambientes.
Auto-isoterápico: bioterápico cujo insumo ativo é Desvio de qualidade: não atendimento dos parâmetros
obtido do próprio paciente (cálculos, fezes, sangue, de qualidade estabelecidos para um produto ou processo.
secreções, urina e outros) e só a ele destinado. Dinamização: resultado do processo de diluição seguida
Base galênica: preparação composta de uma ou mais de sucussões e/ou triturações sucessivas do fármaco em
matérias-primas, com fórmula definida, destinada a ser insumo inerte adequado, com a finalidade de
utilizada como veículo/excipiente de preparações desenvolvimento do poder medicamentoso.
farmacêuticas. Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de
Bioterápico: preparação medicamentosa de uso drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
homeopático obtida a partir de produtos biológicos, a título remunerado ou não.
345
Documentação normativa: procedimentos escritos que manipulação de determinada quantidade (lote) de um
definem a especificidade das operações para permitir o produto.
rastreamento dos produtos manipulados nos casos de Fracionamento: procedimento que integra a dispensação
desvios da qualidade. de medicamentos na forma fracionada efetuado sob a
Droga: substância ou matéria-prima que tenha supervisão e responsabilidade de profissional farmacêutico
finalidade medicamentosa ou sanitária. habilitado, para atender à prescrição ou ao tratamento
Embalagem primária: Acondicionamento que está em correspondente nos casos de medicamentos isentos de
contato direto com o produto e que pode se constituir em prescrição, caracterizado pela subdivisão de um
recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de proteção, medicamento em frações individualizadas, a partir de sua
removível ou não, destinado a envasar ou manter, cobrir ou embalagem original, sem rompimento da embalagem
empacotar matérias primas, produtos semi-elaborados ou primária, mantendo seus dados de identificação.
produtos acabados. Franquia: é um contrato onde uma empresa, mediante
Embalagem secundária: a que protege a embalagem pagamento, permite a outra explorar sua marca e seus
primária para o transporte, armazenamento, distribuição e produtos, prestando-lhe contínuo auxilio técnico.
dispensação. Garantia da qualidade: esforço organizado e
Equipamentos de proteção individual (EPIs): documentado dentro de uma empresa no sentido de
equipamentos ou vestimentas apropriadas para proteção das assegurar as características do produto, de modo que cada
mãos (luvas), dos olhos (óculos), da cabeça (toucas), do unidade do mesmo esteja de acordo com suas
corpo (aventais com mangas longas), dos pés (sapatos especificações.
próprios para a atividade ou protetores de calçados) e Germicida: produto que destrói microorganismos,
respiratória (máscaras). especialmente os patogênicos.
Especialidade farmacêutica: produto oriundo da Heteroisoterápico: Bioterápico cujos insumos ativos são
indústria farmacêutica com registro na Agência Nacional de externos ao paciente e que, de alguma forma, o
Vigilância Sanitária e disponível no mercado. sensibilizam (alérgenos, poeira, pólen, solvente e outros).
Estabelecimento de saúde: nome genérico dado a Inativação: processo pelo qual se elimina, por meio de
qualquer local ou ambiente físico destinado à prestação de calor, a energia medicamentosa impregnada nos utensílios e
assistência sanitária à população em regime de internação embalagem primária para sua utilização.
e/ou não internação, qualquer que seja o nível de Inativação microbiana: eliminação da patogenicidade
categorização. dos auto-isoterápicos e bioterápicos pela ação de agentes
Farmácia de atendimento privativo de unidade físicos e/ou químicos.
Hospitalar: unidade clínica de assistência técnica e Injetável: preparação para uso parenteral, estéril e
administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada apirogênica, destinada a ser injetada no corpo humano.
funcional e hierarquicamente às atividades hospitalares. Insumo ativo homeopático: droga, fármaco ou forma
Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas farmacêutica básica ou derivada que constitui insumo ativo
magistrais e oficinais, de comércio de drogas, para o prosseguimento das dinamizações.
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, Insumo: Matéria-prima e materiais de embalagem
compreendendo o de dispensação e o de atendimento empregados na manipulação e acondicionamento de
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra preparações magistrais e oficinais.
equivalente de assistência médica. Insumo inerte: substância complementar, de natureza
Filtro HEPA: filtro para ar de alta eficiência com a definida, desprovida de propriedades farmacológicas ou
capacidade de reter 99,97% das partículas maiores de terapêuticas, nas concentrações utilizadas, e empregada
0,3µm de diâmetro. como veículo ou excipiente, na composição do produto
Forma Farmacêutica: estado final de apresentação que final.
os princípios ativos farmacêuticos possuem após uma ou Isoterápico: bioterápico cujo insumo ativo pode ser de
mais operações farmacêuticas executadas com ou sem a origem endógena ou exógena (alérgenos, alimentos,
adição de excipientes apropriados, a fim de facilitar a sua cosméticos, medicamentos, toxinas e outros).
utilização e obter o efeito terapêutico desejado, com Laboratório Industrial Homeopático: é aquele que
características apropriadas a uma determinada via de fabrica produtos oficinais e outros, de uso em homeopatia,
administração. para venda a terceiros devidamente legalizados perante as
Forma Farmacêutica Básica: preparação que constitui o autoridades competentes.
ponto inicial para a obtenção das formas farmacêuticas Local: espaço fisicamente definido dentro de uma área
derivadas. ou sala para o desenvolvimento de determinada atividade.
Forma Farmacêutica Derivada: preparação oriunda da Lote ou partida: quantidade definida de matéria prima,
forma farmacêutica básica ou da própria droga e obtida material de embalagem ou produto, obtidos em um único
pelo processo de dinamização. processo, cuja característica essencial é a homogeneidade.
Fórmula padrão: documento ou grupo de documentos Manipulação: conjunto de operações farmacotécnicas,
que especificam as matérias-primas com respectivas com a finalidade de elaborar preparações magistrais e
quantidades e os materiais de embalagem, juntamente com oficinais e fracionar especialidades farmacêuticas para uso
a descrição dos procedimentos, incluindo instruções sobre o humano.
controle em processo e precauções necessárias para a
346
Material de embalagem: recipientes, rótulos e caixas na farmácia, visando proteger e garantir a preservação da
para acondicionamento das preparações manipuladas. qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos
Matéria-prima: substância ativa ou inativa com manipuladores.
especificação definida, que se emprega na preparação dos Produto estéril: aquele utilizado para aplicação
medicamentos e demais produtos. parenteral ou ocular, contido em recipiente apropriado.
Matriz: forma farmacêutica derivada, preparada Produto de higiene: produto para uso externo, anti-
segundo os compêndios homeopáticos reconhecidos séptico ou não, destinado ao asseio ou à desinfecção
internacionalmente, que constitui estoque para as corporal, compreendendo os sabonetes, xampus,
preparações homeopáticas. dentifrícios, enxaguatórios bucais, antiperspirantes,
Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente desodorantes, produtos para barbear e após o barbear,
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, estípticos e outros.
paliativa ou para fins de diagnóstico. Quarentena: retenção temporária de insumos,
Medicamento homeopático: toda preparação preparações básicas ou preparações manipuladas, isolados
farmacêutica preparada segundo os compêndios fisicamente ou por outros meios que impeçam a sua
homeopáticos reconhecidos internacionalmente, obtida pelo utilização, enquanto esperam decisão quanto à sua liberação
método de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações ou rejeição.
sucessivas, para ser usada segundo a lei dos semelhantes de Rastreamento: é o conjunto de informações que permite
forma preventiva e/ou terapêutica. o acompanhamento e revisão de todo o processo da
Nomenclatura: nome científico, de acordo com as regras preparação manipulada.
dos códigos internacionais de nomenclatura botânica, Reanálise: análise realizada em matéria-prima
zoológica, biológica, química e farmacêutica, assim como previamente analisada e aprovada, para confirmar a
Nomes Homeopáticos consagrados pelo uso e os existentes manutenção das especificações estabelecidas pelo
em Farmacopéias, Códices, Matérias Médicas e obras fabricante, dentro do seu prazo de validade.
científicas reconhecidas, para designação das preparações Recipiente: embalagem primária destinada ao
homeopáticas. acondicionamento, de vidro ou plástico, que atenda aos
Número de lote: designação impressa em cada unidade requisitos estabelecidos em legislação vigente.
do recipiente constituída de combinações de letras, números Risco químico: potencial mutagênico, carcinogênico
ou símbolos, que permite identificar o lote e, em caso de e/ou teratogênico.
necessidade, localizar e revisar todas as operações Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem
praticadas durante todas as etapas de manipulação. como os dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou
Ordem de manipulação: documento destinado a decalco, aplicado diretamente sobre a embalagem primária
acompanhar todas as etapas de manipulação. e secundária do produto.
Perfil de dissolução: representação gráfica ou numérica Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu
de vários pontos resultantes da quantificação do fármaco, perímetro e com porta(s).
ou componente de interesse, em períodos determinados, Sala classificada ou sala limpa: sala com controle
associado à desintegração dos elementos constituintes de ambiental definido em termos de contaminação por
um medicamento ou produto, em um meio definido e em partículas viáveis e não viáveis, projetada e utilizada de
condições específicas. forma a reduzir a introdução, a geração e a retenção de
Prazo de validade: período de tempo durante o qual o contaminantes em seu interior.
produto se mantém dentro dos limites especificados de Sala de manipulação: Sala destinada à manipulação de
pureza, qualidade e identidade, na embalagem adotada e fórmulas.
estocado nas condições recomendadas no rótulo. Sala de manipulação homeopática: sala destinada à
Preparação: procedimento farmacotécnico para manipulação exclusiva de preparações homeopáticas.
obtenção do produto manipulado, compreendendo a Sala de paramentação: sala de colocação de EPI’s que
avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação, serve de barreira física para o acesso às salas de
fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, manipulação.
envase, rotulagem e conservação das preparações. Saneante domissanitário: substância ou preparação
Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a destinada à higienização, desinfecção ou desinfestação de
partir de uma prescrição de profissional habilitado, ambientes e superfícies.
destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça Sessão de manipulação: tempo decorrido para uma ou
em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia mais manipulações sob as mesmas condições de trabalho,
e modo de usar. por um mesmo manipulador, sem qualquer interrupção do
Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, processo.
cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em Soluções Parenterais de Grande Volume (SPGV):
Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. solução em base aquosa, estéril, apirogênica, acondicionada
Procedimento asséptico: operação realizada com a em recipiente único de 100mL ou mais, com esterilização
finalidade de preparar produtos para uso parenteral e ocular final.
com a garantia de sua esterilidade. Substância de baixo índice terapêutico: é aquela que
Procedimento operacional padrão (POP): descrição apresenta estreita margem de segurança, cuja dose
pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas terapêutica é próxima da tóxica.
347
Tintura-mãe: é a preparação líquida, resultante da ação 5.6. A manipulação e a dispensação de medicamentos
dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte sobre uma contendo substâncias sujeitas a controle especial devem
determinada droga, considerada uma forma farmacêutica atender à legislação específica em vigor.
básica. 5.7. É de responsabilidade da Administração Pública ou
Unidade formadora de colônia (UFC): colônias isoladas Privada, responsável pela Farmácia, prever e prover os
de microrganismos viáveis, passíveis de contagem e obtidas recursos humanos, infra-estrutura física, equipamentos e
a partir da semeadura, em meio de cultura específico. procedimentos operacionais necessários à
Utensílio: objeto que serve de meio ou instrumento para operacionalização das suas atividades e que atendam às
as operações da manipulação farmacêutica. recomendações deste Regulamento Técnico e seus Anexos.
Validação: ato documentado que ateste que qualquer 5.8. A licença de funcionamento, expedida pelo órgão de
procedimento, processo, material, atividade ou sistema Vigilância Sanitária local, deve explicitar os grupos de
esteja realmente conduzindo aos resultados esperados. atividades para os quais a farmácia está habilitada. Quando
Verificação: operação documentada para avaliar o o titular da licença de funcionamento for uma unidade
desempenho de um instrumento, comparando um parâmetro hospitalar ou qualquer equivalente de assistência médica, a
com determinado padrão. inspeção para a concessão da licença deve levar em conta
Vestiário: área para guarda de pertences pessoais, troca o(s) grupo(s) de atividade(s) para os quais a farmácia deste
e colocação de uniformes. estabelecimento pode ser habilitada.
5.9. A Farmácia pode se habilitar para executar atividades
5. CONDIÇÕES GERAIS de um ou mais grupos referidos no item 3 deste
5.1. As BPMF estabelecem para as farmácias os requisitos Regulamento, devendo, cumprir todas suas disposições
mínimos para a aquisição e controle de qualidade da gerais bem como as disposições estabelecidas no(s)
matéria-prima, armazenamento, manipulação, anexo(s) específicos(s).
fracionamento, conservação, transporte e dispensação de 5.9.1. No caso de um medicamento se enquadrar nas
preparações magistrais e oficinais, obrigatórios à características de mais de um grupo de atividades, devem
habilitação de farmácias públicas ou privadas ao exercício ser atendidas as disposições constantes de todos os anexos
dessas atividades, devendo preencher os requisitos abaixo envolvidos.
descritos e ser previamente aprovadas em inspeções 5.10. Em caráter excepcional, considerado o interesse
sanitárias locais: público, desde que comprovada a inexistência do produto
a) estar regularizada nos órgãos de Vigilância Sanitária no mercado e justificada tecnicamente a necessidade da
competente, conforme legislação vigente; manipulação, poderá a farmácia:
b) atender às disposições deste Regulamento Técnico e dos 5.10.1. Ser contratada, conforme legislação em vigor, para
anexos que forem aplicáveis; o atendimento de preparações magistrais e oficinais,
c) possuir o Manual de Boas Práticas de Manipulação; requeridas por estabelecimentos hospitalares e congêneres.
d) possuir Autorização de Funcionamento de Empresa 5.10.2. Atender requisições escritas de profissionais
(AFE) expedida pela ANVISA, conforme legislação habilitados, de preparações utilizadas na atividade clínica
vigente; ou auxiliar de diagnóstico para uso exclusivamente no
e) possuir Autorização Especial, quando manipular estabelecimento do requerente.
substâncias sujeitas a controle especial. 5.10.3. As preparações de que tratam os itens 5.10.1 e
5.2. As farmácias devem seguir as exigências da legislação 5.10.2 deverão ser rotulados conforme descrito nos itens
sobre gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, em 12.1 e 12.2 do Anexo I deste Regulamento.
especial a RDC/ANVISA n° 306, de 07 de dezembro de 5.10.3.1. Quando se tratar de atendimento não
2004, ou outra que venha atualizá-la ou substituí-la, bem individualizado no lugar do nome do paciente deverá
como os demais dispositivos e regulamentos sanitários, constar do rótulo o nome e endereço da instituição
ambientais ou de limpeza urbana, federais, estaduais, requerente.
municipais ou do Distrito Federal. 5.10.4. As justificativas técnicas, os contratos e as
5.3. As farmácias que mantêm filiais devem possuir requisições devem permanecer arquivadas na farmácia pelo
laboratórios de manipulação funcionando em todas elas, prazo de um ano, à disposição das autoridades sanitárias.
não sendo permitidas filiais ou postos exclusivamente para 5.11. Medicamentos manipulados em farmácia de
coleta de receitas, podendo porém, a farmácia centralizar a atendimento privativo de unidade hospitalar ou qualquer
manipulação de determinados grupos de atividades em sua equivalente de assistência médica, somente podem ser
matriz ou qualquer de suas filiais, desde que atenda às utilizados em pacientes internados ou sob os cuidados da
exigências desta Resolução. própria instituição, sendo vedada a comercialização dos
5.4. Drogarias, ervanárias e postos de medicamentos não mesmos.
podem captar receitas com prescrições magistrais e 5.12. A farmácia pode transformar especialidade
oficinais, bem como não é permitida a intermediação entre farmacêutica, em caráter excepcional quando da
farmácias de diferentes empresas. indisponibilidade da matéria prima no mercado e ausência
5.5. É facultado à farmácia centralizar, em um de seus da especialidade na dose e concentração e ou forma
estabelecimentos, as atividades do controle de qualidade, farmacêutica compatíveis com as condições clínicas do
sem prejuízo dos controles em processo necessários para paciente, de forma a adequá-la à prescrição.
avaliação das preparações manipuladas.
348
5.12.1. O procedimento descrito no item 5.12. deve ser 5.18. Responsabilidade Técnica.
realizado somente quando seja justificado tecnicamente ou 5.18.1. O Responsável pela manipulação, inclusive pela
com base em literatura científic. avaliação das prescrições é o farmacêutico, com registro no
5.12.2. O medicamento obtido deve ter seu prazo de seu respectivo Conselho Regional de Farmácia.
validade estabelecido conforme as disposições do item 15.4 5.18.1.1. A avaliação farmacêutica das prescrições, quanto
do Anexo I. à concentração, viabilidade e compatibilidade físico-
5.13. Não é permitida à farmácia a dispensação de química e farmacológica dos componentes, dose e via de
medicamentos manipulados em substituição a administração, deve ser feita antes do início da
medicamentos industrializados, sejam de referência, manipulação.
genéricos ou similares. 5.18.2. Quando a dose ou posologia dos produtos prescritos
5.14. Não é permitida a exposição ao público de produtos ultrapassar os limites farmacológicos ou a prescrição
manipulados, com o objetivo de propaganda, publicidade apresentar incompatibilidade ou interações potencialmente
ou promoção. perigosas, o farmacêutico deve solicitar confirmação
5.16. Franquia em farmácias. expressa do profissional prescritor. Na ausência ou negativa
5.16.1. Nos casos de franquia, as empresas franqueadoras de confirmação, a farmácia não pode aviar e/ou dispensar o
são solidariamente responsáveis pela garantia dos padrões produto.
de qualidade dos produtos das franqueadas. 5.18.3. Não é permitido fazer alterações nas prescrições de
5.16.2. As farmácias de empresas franqueadoras e empresas medicamentos à base de substâncias incluídas nas listas
franqueadas devem atender os requisitos deste constantes do Regulamento Técnico sobre substâncias e
Regulamento Técnico e os anexos que forem aplicáveis. medicamentos sujeitos a controle especial e nas suas
5.16.3. Deve ser firmado contrato escrito entre atualizações.
franqueadora e franqueada que estabeleça claramente as 5.18.4. A avaliação da prescrição deve observar os
atribuições e responsabilidades de cada uma das partes. seguintes itens:
5.16.4. As análises de controle de qualidade passíveis de a) legibilidade e ausência de rasuras e emendas;
terceirização poderão ser realizadas pela franqueadora para b) identificação da instituição ou do profissional prescritor
as franqueadas mediante estabelecimento de contrato entre com o número de registro no respectivo Conselho
as partes. Profissional, endereço do seu consultório ou da instituição a
5.17. Prescrição de medicamentos manipulados. que pertence;
5.17.1. Os profissionais legalmente habilitados, respeitando c) identificação do paciente;
os códigos de seus respectivos conselhos profissionais, são d) endereço residencial do paciente ou a localização do
os responsáveis pela prescrição das preparações magistrais leito hospitalar para os casos de internação;
de que trata este Regulamento Técnico e seus Anexos. e) identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI,
(Redação dada pela RDC 87/08 ) concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e
5.17.2. A prescrição ou indicação, quando realizada pelo respectivas unidades;
farmacêutico responsável, também deve obedecer aos f) modo de usar ou posologia;
critérios éticos e legais previstos."(NR) (Redação dada pela g) duração do tratamento;
RDC 87/08) i) local e data da emissão;
5.17.3. Para a dispensação de preparações magistrais h) assinatura e identificação do prescritor.
contendo substâncias sujeitas a controle especial devem ser 5.18.5. A ausência de qualquer um dos itens do 5.18.4 pode
atendidas todas as demais exigências da legislação acarretar o não atendimento da prescrição.
específica. 5.18.6. Com base nos dados da prescrição, devem ser
5.17.4. Em respeito à legislação e códigos de ética vigentes, realizados e registrados os cálculos necessários para a
os profissionais prescritores são impedidos de prescrever manipulação da formulação, observando a aplicação dos
fórmulas magistrais contendo código, símbolo, nome da fatores de conversão, correção e equivalência, quando
fórmula ou nome de fantasia, cobrar ou receber qualquer aplicável.
vantagem pecuniária ou em produtos que o obrigue a fazer 5.18.7. Quando a prescrição contiver substâncias sujeitas a
indicação de estabelecimento farmacêutico, motivo pelo controle especial, deve atender também a legislação
qual o receituário usado não pode conter qualquer tipo de específica.
identificação ou propaganda de estabelecimento 5.19. Todo o processo de manipulação deve ser
farmacêutico. documentado, com procedimentos escritos que definam a
5.17.5. No caso de haver necessidade de continuidade do especificidade das operações e permitam o rastreamento
tratamento, com manipulação do medicamento constante de dos produtos.
uma prescrição por mais de uma vez, o prescritor deve 5.19.1. Os documentos normativos e os registros das
indicar na receita a duração do tratamento. preparações magistrais e oficinais são de propriedade
5.17.5.1 Na ausência de indicação na prescrição sobre a exclusiva da farmácia e devem ser apresentados à
duração de tratamento, o farmacêutico só poderá efetuar a autoridade sanitária, quando solicitados.
repetição da receita, após confirmação expressa do 5.19.2. Quando solicitado pelos órgãos de vigilância
profissional prescritor. Manter os registros destas sanitária competentes, devem os estabelecimentos prestar
confirmações, datados e assinados pelo farmacêutico as informações e/ou proceder à entrega de documentos, nos
responsável." (Inclusão dada pela RDC 87/08)
349
prazos fixados a fim de não obstarem a ação de vigilância e autorizada pela Organização Mundial de Saúde OMS.
as medidas que se fizerem necessárias. Brasília, p. 146; 1994.
5.20. Inspeções. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
5.20.1. As farmácias estão sujeitas a inspeções sanitárias Resolução nº 328, de 22 de julho de 1999. Dispõe sobre os
para verificação do cumprimento das Boas Práticas de requisitos exigidos para a dispensação de produtos de
Manipulação em Farmácias, com base nas exigências deste interesse à saúde em farmácias e drogarias. Diário Oficial
Regulamento, devendo a fiscalização ser realizada por da República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
equipe integrada, no mínimo, por um profissional Brasília, DF, 26 de julho de 1999, Seção 1.
farmacêutico. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.2. As inspeções sanitárias devem ser realizadas com Nº 33, de 19 de abril de 2000. Aprova o Regulamento
base nas disposições da norma e do Roteiro de Inspeção do Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de
Anexo VII. Medicamentos em Farmácias e seus Anexos. Diário Oficial
5.20.3. Os critérios para a avaliação do cumprimento dos da República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
itens do Roteiro de Inspeção, visando à qualidade do Brasília, DF, republicação de 08 de janeiro de 2001, Seção
medicamento manipulado, baseiam-se no risco potencial 1.
inerente a cada item. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.4. Considera-se item IMPRESCINDÍVEL (I) aquele Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o
que pode influir em grau crítico na qualidade, segurança e Regulamento Técnico para o planejamento, programação,
eficácia das preparações magistrais ou oficinais e na elaboração e avaliação de projetos físicos de
segurança dos trabalhadores em sua interação com os estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da
produtos e processos durante a manipulação. República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília,
5.20.5. Considera-se item NECESSÁRIO (N) aquele que DF, 20 de março de 2002, Seção 1.
pode influir em grau menos crítico na qualidade, segurança BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
e eficácia das preparações magistrais ou oficinais e na Nº 79 de 11 de abril de 2003. Compêndios internacionais
segurança dos trabalhadores em sua interação com os reconhecidos, na ausência de monografia oficial de
produtos e processos durante a manipulação. matérias-primas, formas farmacêuticas, correlatos e
5.20.6. Considera-se RECOMENDÁVEL (R) aquele item métodos gerais inscritos na Farmacopéia Brasileira.
que pode influir em grau não crítico na qualidade, BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
segurança e eficácia das preparações magistrais ou oficinais Nº 173, de 8 de julho de 2003 - republicada no DOU de
e na segurança dos trabalhadores em sua interação com os 10/7/03 - Modifica a RDC 328/99. Altera o item 5 do
produtos e processos durante a manipulação. Anexo da Resolução - RDC n.º 328, de 22 de julho de
5.20.7. Considera-se item INFORMATIVO (INF) aquele 1999, que dispõe sobre os requisitos exigidos para a
que oferece subsídios para melhor interpretação dos demais dispensação de produtos de interesse à saúde em farmácias
itens. e drogarias. Diário Oficial da República Federativa do
5.20.8. O item (N) não cumprido após a primeira inspeção Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 9 de julho de 2003,
passa a ser tratado automaticamente como (I) na inspeção Seção 1.
subseqüente. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.9. O item (R) não cumprido após a primeira inspeção Nº 354 de 18 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico
passa a ser tratado automaticamente como (N) na inspeção que trata sobre a manipulação de produtos farmacêuticos,
subseqüente, mas nunca passa a (I). em todas as formas farmacêuticas de uso interno, que
5.20.10. Os itens (I), (N) e (R) devem ser respondidos com contenham substâncias de baixo índice terapêutico, aos
SIM ou NÃO. estabelecimentos farmacêuticos que cumprirem as
5.20.11. São passíveis de sanções aplicadas pelo órgão de condições especificadas. Diário Oficial da República
Vigilância Sanitária competente, as infrações que derivam Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 22 de
do não cumprimento deste Regulamento Técnico e seus dezembro de 2003, Seção 1.
anexos e dos itens do Roteiro de Inspeção, constante do BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
Anexo VII, considerando o risco potencial à saúde inerente Nº 45 de 12 de março de 2003. Regulamento Técnico de
a cada item, sem prejuízo de outras ações legais que Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP)
possam corresponder em cada caso. em Serviços de Saúde. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, de 13
6. REFERÊNCIAS. de março de 2003, Seção 1.
ASHP technical assistance bulletin on quality assurance for BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
pharmacy: prepared sterile products. Am. J. Hosp. Pharm. Nº 220 de 21 de setembro de 2004. Regulamento Técnico
N. 50, p. 2386-2398, 1993. de Funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder
HOMEOPATAS. Manual de normas técnicas para farmácia Executivo, Brasília, DF, 23 de setembro de 2004, Seção 1.
homeopática. 3a ed. Ampliação dos aspectos técnicos e BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
práticos das preparações homeopáticas. São Paulo, 2003. Nº 306 de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos
FARMACÊUTICOS: Tradução pelo Ministério da Saúde, de Serviços de Saúde. Diário Oficial da República
350
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 de uso indevido de substâncias entorpecentes ou que
dezembro de 2004, Seção 1. determinem dependência física ou psíquica, e dá outras
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC providências. Diário Oficial da República Federativa do
Nº 111 de 29 de abril de 2005. Aprova as instruções para Brasil, Brasília, 29 out. 1976.
utilização da lista das Denominações Comuns Brasileiras. BRASIL. Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Configura
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder infrações à legislação sanitária federal, estabelece as
Executivo, Brasília, DF, 16 de junho de 2005, Seção 1. sanções respectivas, e dá outras providências. Diário
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 ago.
Nº 80 de 11 de maio de 2006. Dispõe sobre o 1977.
fracionamento de medicamentos em farmácias e drogarias. BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Defesa do Consumidor. Diário Oficial da República
Executivo, Brasília, DF, 12 de maio de 2006, Seção 1. Federativa do Brasil, Brasília, v. 128, nº 176, supl., p. 1, 12
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC set. 1990. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS
Nº 83 de 16 de maio de 2006. Dispõe sobre a revisão e nº3523 de 26 ago. 1998 - Diário Oficial da União 31 ago.
atualização das Denominações Comuns Brasileiras (DCB) 1998 Regulamento Técnico referentes às medidas
para substâncias farmacêuticas. Diário Oficial da República específicas de qualidade do ar em ambientes climatizados.
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 17 de BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.814,
maio de 2006, Seção 1. de 29 de maio de 1998. Trata de procedimentos a serem
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC observados pelas empresas produtoras, importadoras,
Nº 169 de 21 de agosto de 2006. Inclui a Farmacopéia distribuidoras e do comércio farmacêutico,objetivando a
Portuguesa na relação de compêndios oficiais reconhecidos comprovação da identidade e qualidade de medicamentos.
pela ANVISA. Diário Oficial da República Federativa do Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil.
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 04 de setembro de Brasília, 18 nov. de 1998.
2006, Seção 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 116, de
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas - 22 de novembro de 1995. Trata da admissibilidade de
ABNT - NBR ISO 9000 2: Normas de gestão da qualidade códigos farmacêuticos estrangeiros como referência no
e garantia da qualidade - diretrizes gerais para a aplicação preparo de produtos oficinais. Diário Oficial da União da
das normas ISO 9001, 9002 e 9003.(S.I.) : (s. n.), 2000. República Federativa do Brasil, Brasília, 23 nov. 1995.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 300, BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 344, de
de 30 de Janeiro de 1997. Regulamenta o exercício 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre
profissional em Farmácia ou unidade hospitalar. substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
BRASIL. Decreto n° 2181, de 20 de março de 1997. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil,
Regulamenta o Código de Defesa do Consumidor.Diário Brasília, p. 37, 19 maio. 1998. Republicada no Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, v. 135, Oficial da União da República Federativa do Brasil.
n. 55, p. 5644, 21 mar. 1997. Brasília, 1º de fev. de 1999.
BRASIL. Decreto nº 74.170, de 10 de junho de 1974. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 272, de
Regulamenta a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. 8 de abril de 1998. Aprova o regulamento técnico para fixar
Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, os requisitos mínimos exigidos para Terapia de Nutrição
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá Parenteral. Diário Oficial da União da República Federativa
outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 de abril de
do Brasil, Brasília, 11 jun. 1974. 1998, Seção 1.
BRASIL. Decreto nº 78.992, de 21 de dezembro de 1976. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
Regulamenta a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976. Sanitária. Portaria n° 500, de 09 de outubro de 1997.
Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico Regulamento Técnico de Soluções Parenterais de Grande
ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que Volume. Diário Oficial da União da República Federativa
determinem dependência física ou psíquica, e dá outras do Brasil, Brasília, v. 135, n. 197, p. 22996, 13 out. 1997.
providências. Diário Oficial da República Federativa do BRASIL. Ministério do Trabalho, Portaria nº 3214, de 08
Brasil, Brasília, 22 dez. 1976. de junho de 1978 - NR 26 : Sinalização de Segurança.
BRASIL. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe Diário Oficial da República Federativa do Brasil , Brasília,
sobre o controle sanitário do comércio de drogas, v. 116, n. 127, p.10423, 06 jul. 1978.
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dar BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 8, de 08 de
outras providências. Diário Oficial da República Federativa maio de 1996- NR 07. Altera Norma Regulamentadora NR-
do Brasil, Brasília, 19 dez. 1973. 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
BRASIL. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília,
sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os v. 134, n. 91, p. 8202.
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São
correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá Paulo. Resolução SS n° 17, de 02 de março de 2005. Diário
outras providências. Oficial do Estado, São Paulo, 03 mar. 2005.
BRASIL. Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976. Dispõe CFF Resolução nº 357, de 20 de abril de 2001 Aprova o
sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e Regulamento Técnico de Boas Práticas de Farmácia.
351
CYTRYNBAUM,H.M. Relato Prático da qualificação de A farmácia deve ter um organograma que demonstre
uma área limpa : apostila. [S.I] : Sociedade Brasileira de possuir estrutura organizacional e de pessoal suficiente para
Controle de contaminação, 1997. garantir que o produto por ela preparado esteja de acordo
BRASIL. Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977. com os requisitos deste Regulamento Técnico.
Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. 3.1 Responsabilidades e Atribuições
Que submete a sistema de vigilância os medicamentos, As atribuições e responsabilidades individuais devem estar
insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, formalmente descritas e perfeitamente compreensíveis a
produtos de higiene, saneantes e outros. todos os empregados, investidos de autoridade suficiente
BRASIL. Farmacopéia Brasileira. 2ª Edição 1959. para desempenhá-las, não podendo existir sobreposição de
BRASIL. Farmacopéia Brasileira, 4ª edição, Editora Andrei atribuições e responsabilidades na aplicação das BPMF.
- São Paulo Brasil. 3.1.1. Do Farmacêutico.
FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. 2a ed. O farmacêutico, responsável pela supervisão da
Ateneu, São Paulo: 1997. manipulação e pela aplicação das normas de Boas Práticas,
GALENICA 16 Médicaments Homéopathiques - Paris - deve possuir conhecimentos científicos sobre as atividades
Techinique et Documentation - 1980. desenvolvidas pelo estabelecimento, previstas nesta
GENNARO, A.R. Remington Farmacia. 17a ed. Editorial Resolução, sendo suas atribuições:
Medica Panamericana, Buenos Aires, vol. 1 e 2, 1987. a) organizar e operacionalizar as áreas e atividades técnicas
HOMEOPATHIC PHARMACOPOEIA OF INDIA (HPI) da farmácia e conhecer, interpretar, cumprir e fazer cumprir
Delhi: Government of India. V. 1, 1971 (Reprint 1989). a legislação pertinente;
MARTINDALE - The Complete Drug Reference. 32a ed. b) especificar, selecionar, inspecionar, adquirir, armazenar
Kathleen Parfitt, Pharmaceutical Press, Taunton as matérias-primas e materiais de embalagem necessários
Massachusetts, USA, 1999. ao processo de manipulação;
Pharmacopée Française e Suplementos. c) estabelecer critérios e supervisionar o processo de
PHARMACOTECHNIE et Monographies de Médicaments aquisição, qualificando fabricantes e fornecedores e
Courants, Lyon: Syndicat des Pharmacies et Laboratoires assegurando que a entrega dos produtos seja acompanhada
Homéopathiques, 1979, vol. I. de certificado de análise emitido pelo fabricante /
PHARMACOTECHNIE et Monographies de Médicaments fornecedor;
Courants, Lyon: Syndicat des Pharmacies et Laboratoires d) notificar à autoridade sanitária quaisquer desvios de
Homéopathiques, 1982, vol. II. qualidade de insumos farmacêuticos, conforme legislação
THE HOMEOPATHIC PHARMACOPOEIA OF THE em vigor;
UNITED STATES (HPUS). 9a ed. Boston: American e) avaliar a prescrição quanto à concentração e
Institute of Homeopathy, 1999. compatibilidade físico-química dos componentes, dose e
USP DI Información de Medicamentos Washington - via de administração, forma farmacêutica e o grau de risco;
OPAS f) assegurar todas as condições necessárias ao cumprimento
das normas técnicas de manipulação, conservação,
ANEXO I transporte, dispensação e avaliação final do produto
BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM manipulado;
FARMÁCIAS g) garantir que somente pessoal autorizado e devidamente
paramentado entre na área de manipulação;
1.OBJETIVOS h) manter arquivo, informatizado ou não, de toda a
Estabelecer os requisitos mínimos de Boas Práticas de documentação correspondente à preparação;
Manipulação em Farmácias (BPMF) a serem observados na i) manipular a formulação de acordo com a prescrição e/ou
manipulação, conservação e dispensação de preparações supervisionar os procedimentos para que seja garantida a
magistrais, oficinais, bem como para aquisição de matérias- qualidade exigida;
primas e materiais de embalagem. j) determinar o prazo de validade para cada produto
manipulado;
2. CONDIÇÕES GERAIS. k) aprovar os procedimentos relativos às operações de
2.1. A farmácia é responsável pela qualidade das manipulação, garantindo a correta implementação dos
preparações magistrais e oficinais que manipula, conserva, mesmos;
dispensa e transporta. l) assegurar que os rótulos dos produtos manipulados
2.2. A farmácia deve assegurar a qualidade físico-química e apresentem, de maneira clara e precisa, todas as
microbiológica (quando aplicável) de todos os produtos informações exigidas no item 12 deste Anexo;
reembalados, reconstituídos, diluídos, adicionados, m) garantir que a validação dos processos e a qualificação
misturados ou de alguma maneira manuseados antes da sua dos equipamentos, quando aplicáveis, sejam executadas e
dispensação. registradas e que os relatórios sejam colocados à disposição
2.3. É indispensável o acompanhamento e o controle de das autoridades sanitárias;
todo o processo de manipulação, de modo a garantir ao n) participar de estudos de farmacovigilância e os
paciente um produto com qualidade, seguro e eficaz. destinados ao desenvolvimento de novas preparações;

3. RECURSOS HUMANOS E ORGANIZAÇÃO.


352
o) informar às autoridades sanitárias a ocorrência de higiene pessoal e uso de vestimentas protetoras, além de
reações adversas e/ou interações medicamentosas, não acompanhadas obrigatoriamente por pessoal autorizado.
previstas; 3.2.3. Devem ser feitos treinamentos específicos quando a
p) participar, promover e registrar as atividades de farmácia desenvolver atividades constantes dos diferentes
treinamento operacional e de educação continuada; anexos desta Resolução.
q) manter atualizada a escrituração dos livros de receituário 3.2.4. Nos treinamentos devem ser incluídos:
geral e específicos, podendo ser informatizada; procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou
r) desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e incidente; informações quanto à existência de riscos no
procedimentos relativos aos aspectos operacionais da desenvolvimento das atividades, suas causas e medidas
manipulação; preventivas apropriadas.
s) guardar as substâncias sujeitas a controle especial e 3.2.5. Todo o pessoal, durante os treinamentos, deve
medicamentos que as contenham, de acordo com a conhecer e discutir amplamente os princípios das Boas
legislação em vigor; Práticas de Manipulação em Farmácias, no sentido de
t) prestar assistência e atenção farmacêutica necessárias aos melhorar a compreensão de Garantia da Qualidade por toda
pacientes, objetivando o uso correto dos produtos; a equipe.
u) supervisionar e promover auto-inspeções periódicas. 3.2.6. Os treinamentos realizados devem ter sua efetividade
3.1.2. Da Gerência Superior. avaliada.
São atribuições da gerência superior do estabelecimento: 3.3. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
a) prever e prover os recursos financeiros, humanos e A farmácia deve assegurar a todos os seus trabalhadores a
materiais necessários ao funcionamento do promoção da saúde e prevenção de acidentes, agravos e
estabelecimento; doenças ocupacionais, priorizando as medidas
b) assegurar condições para o cumprimento das atribuições promocionais e preventivas, em nível coletivo, de acordo
gerais de todos os envolvidos, visando prioritariamente a com as características do estabelecimento e seus fatores de
qualidade, eficácia e segurança do produto manipulado; risco, cumprindo Normas Regulamentares (NR) sobre
c) estar comprometido com as atividades de BPMF, Segurança e Medicina do Trabalho.
garantindo a melhoria contínua e a garantia da qualidade; 3.3.1. A admissão dos funcionários deve ser precedida de
d) favorecer e incentivar programa de educação permanente exames médicos, sendo obrigatória a realização de
para todos os envolvidos nas atividades realizadas na avaliações médicas periódicas de todos os funcionários da
farmácia; farmácia, atendendo ao Programa de Controle Médico de
e) gerenciar aspectos técnico-administrativos das atividades Saúde Ocupacional (PCMSO).
de manipulação; 3.3.2. Em caso de lesão exposta, suspeita ou confirmação
f) zelar para o cumprimento das diretrizes de qualidade de enfermidade que possa comprometer a qualidade da
estabelecidas neste Regulamento; preparação magistral, o funcionário deve ser afastado
g) assegurar a atualização dos conhecimentos técnico- temporária ou definitivamente de suas atividades,
científicos relacionados com a manipulação e a sua obedecendo à legislação específica.
aplicação; 3.3.3. Na área de pesagem e salas de manipulação não é
h) garantir a qualidade dos procedimentos de manipulação. permitido o uso de cosméticos, jóias ou quaisquer objetos
3.2. Capacitação dos Recursos Humanos. de adorno de uso pessoal.
Todo o pessoal envolvido nas atividades da farmácia deve 3.3.4. Não é permitido conversar, fumar, comer, beber,
estar incluído em um programa de treinamento, elaborado mascar, manter plantas, alimentos, bebidas, produtos
com base em um levantamento de necessidades e os fumígenos, medicamentos e objetos pessoais nas salas de
registros devem dispor no mínimo das seguintes pesagem e manipulação.
informações: 3.3.5. Todos os empregados devem ser instruídos e
a) documentação sobre as atividades de capacitação incentivados a reportar aos seus superiores imediatos
realizadas; qualquer condição de risco relativa ao produto, ambiente,
b) data da realização e carga horária; equipamento ou pessoal.
c) conteúdo ministrado; 3.3.6. As farmácias são responsáveis pela distribuição dos
d) trabalhadores treinados e suas respectivas assinaturas; Equipamentos de Proteção Individual de forma gratuita, em
e) identificação da equipe que os treinou em cada atividade quantidade suficiente e com reposição periódica, além da
específica. orientação quanto ao uso, manutenção, conservação e
3.2.1. Todo o pessoal, inclusive de limpeza e manutenção, descarte.
deve ser motivado e receber treinamento inicial e 3.3.7. Os funcionários envolvidos na manipulação devem
continuado, incluindo instruções de higiene, saúde, conduta estar adequadamente paramentados, utilizando
e elementos básicos em microbiologia, relevantes para a equipamentos de proteção individual (EPIs), para assegurar
manutenção dos padrões de limpeza ambiental e qualidade a sua proteção e a do produto contra contaminação,
dos produtos. devendo ser feita a colocação e troca dos EPIs sempre que
3.2.2. Visitantes e pessoas não treinadas somente devem ter necessária, sendo a lavagem de responsabilidade da
acesso às salas de manipulação quando estritamente farmácia.
necessário e se previamente informadas sobre a conduta,

353
3.3.8. A paramentação, bem como a higiene das mãos e claramente identificadas como tais sendo a guarda de
antebraços, devem ser realizadas antes do início da responsabilidade do farmacêutico.
manipulação. 4.2.7. Deve dispor de local e equipamentos seguros e
3.3.9. Nas salas de manipulação os procedimentos de protegidos para o armazenamento de produtos inflamáveis,
higiene pessoal e paramentação devem ser exigidos a todas cáusticos, corrosivos e explosivos, seguindo normas
as pessoas, sejam elas funcionários, visitantes, técnicas federais, estaduais, municipais e do Distrito
administradores ou autoridades. Federal.
3.3.10. A farmácia deve dispor de vestiário para a guarda 4.3. Área ou sala de controle de qualidade: A farmácia deve
dos pertences dos funcionários e colocação de uniformes. dispor de área ou sala para as atividades de controle de
qualidade.
4. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA. 4.4. Sala ou local de pesagem de matérias-primas: A
A farmácia deve ser localizada, projetada, construída ou farmácia deve dispor de sala ou local específico para a
adaptada, com uma infra-estrutura adequada às atividades a pesagem das matérias-primas, dotada de sistema de
serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo: exaustão, com dimensões e instalações compatíveis com o
a) área ou sala para as atividades administrativas; volume de matérias-primas a serem pesadas, podendo estar
b) área ou sala de armazenamento; localizado dentro de cada sala de manipulação.
c) área ou sala de controle de qualidade; 4.4.1. As embalagens das matérias-primas devem sofrer
d) sala ou local de pesagem de matérias-primas; limpeza prévia antes da pesagem.
e) sala (s) de manipulação; 4.5. Sala(s) de manipulação: Devem existir sala(s) de
f) área de dispensação; manipulação, com dimensões que facilitem ao máximo a
g) vestiário; limpeza, manutenção e outras operações a serem
h) sala de paramentação; executadas e totalmente segregados quando houver
i) sanitários; manipulação de:
j) área ou local para lavagem de utensílios e materiais de -Sólidos;
embalagem; -Semi-sólidos e líquidos;
k) depósito de material de limpeza. 4.5.1. A manipulação de substâncias voláteis, tóxicas,
4.1. Área ou sala para as atividades administrativas: A corrosivas, cáusticas e irritantes deve ser realizada em
farmácia deve dispor de área ou sala para as atividades capelas com exaustão.
administrativas e arquivos de documentação. 4.6. Área de dispensação: A farmácia deve possuir área de
4.2. Área ou sala de armazenamento: deve ter acesso dispensação com local de guarda de produtos manipulados
restrito somente a pessoas autorizadas e ter capacidade e/ou fracionados racionalmente organizado, protegido do
suficiente para assegurar a estocagem ordenada das calor, da umidade e da ação direta dos raios solares.
diversas categorias de matérias-primas, materiais de 4.6.1. Os produtos manipulados que contenham substâncias
embalagem e de produtos manipulados, quando for o caso. sujeitas a controle especial devem ser mantidos nas
4.2.1. A área ou sala de armazenamento deve ser mantida condições previstas no item 4.2.5. deste anexo.
limpa, seca e em temperatura e umidade compatíveis com 4.7. Sala de Paramentação: A farmácia deve dispor de sala
os produtos armazenados. Estas condições de temperatura e destinada à paramentação, ventilada, preferencialmente
umidade devem ser definidas, monitoradas e registradas. com dois ambientes (barreira sujo/limpo) e servindo como
4.2.2. As matérias-primas, materiais de embalagem e acesso às áreas de pesagem e manipulação. Na sala de
produtos manipulados devem ser armazenados sob paramentação ou junto a ela deve haver lavatório com
condições apropriadas de modo a preservar a identidade, provisão de sabonete líquido e anti-séptico, além de recurso
integridade, qualidade e segurança dos mesmos. para secagem das mãos. Este lavatório deve ser de uso
4.2.3. Deve dispor de área ou local segregado e identificado exclusivo para o processo de paramentação.
ou sistema que permita a estocagem de matérias primas, 4.8. Sanitários: Os sanitários e os vestiários devem ser de
materiais de embalagem e produtos manipulados, quando fácil acesso e não devem ter comunicação direta com as
for o caso, em quarentena, em condições de segurança. áreas de armazenamento, manipulação e controle da
4.2.4. Deve dispor de área ou local segregado e identificado qualidade. Os sanitários devem dispor de toalha de uso
ou sistema para estocagem de matérias-primas, materiais de individual (descartável), detergente líquido, lixeira
embalagem e produtos manipulados, reprovados, identificada com pedal e tampa.
devolvidos ou com prazo de validade vencido, em 4.9. Área ou local para lavagem de utensílios e materiais de
condições de segurança. embalagem: A farmácia deve dispor de área específica para
4.2.5. Deve dispor de armário resistente e/ou sala própria, lavagem de materiais de embalagem e de utensílios
fechados com chave ou outro dispositivo que ofereça utilizados na manipulação, sendo permitida a lavagem em
segurança para a guarda de substâncias e medicamentos local dentro do próprio laboratório de manipulação, desde
sujeitos a regime de controle especial. que estabelecida por procedimento escrito e em horário
4.2.6. As substâncias de baixo índice terapêutico, além de distinto do das atividades de manipulação.
qualquer outra matéria-prima que venha a sofrer processo 4.10. Depósito de Material de Limpeza (DML): Os
de diluição, com especificação de cuidados especiais, materiais de limpeza e germicidas em estoque devem ser
devem ser armazenadas em local distinto, de acesso restrito, armazenados em área ou local especificamente designado e

354
identificado, podendo a lavagem deste material ser feita 5.1.3. A farmácia deve possuir pelo menos uma balança em
neste local. cada laboratório com capacidade/sensibilidade compatíveis
4.11. Os ambientes de armazenamento, manipulação e do com as quantidades a serem pesadas ou possuir uma central
controle de qualidade devem ser protegidos contra a entrada de pesagem onde as balanças estarão instaladas, devendo
de aves, insetos, roedores ou outros animais e poeira. ser adotados procedimentos que impeçam a contaminação
4.12. A farmácia deve dispor de “Programa de Controle cruzada e microbiana.
Integrado de Pragas e Vetores”, com os respectivos 5.1.4. Os equipamentos de segurança para combater
registros, devendo a aplicação dos produtos ser realizada incêndios devem atender à legislação específica.
por empresa licenciada para este fim perante os órgãos 5.2. Calibração e Verificação dos Equipamentos
competentes. 5.2.1. As calibrações dos equipamentos e instrumentos de
4.13. Os ambientes devem possuir superfícies internas medição devem ser executadas por empresa certificada,
(pisos, paredes e teto) lisas e impermeáveis, sem utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de
rachaduras, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função da
laváveis. freqüência de uso do equipamento. Deve ser mantido
4.14. As áreas e instalações devem ser adequadas e registro das calibrações realizadas dos equipamentos,
suficientes ao desenvolvimento das operações, dispondo de instrumentos e padrões.
todos os equipamentos e materiais de forma organizada e 5.2.2. A verificação dos equipamentos deve ser feita por
racional, evitando os riscos de contaminação, misturas de pessoal treinado do próprio estabelecimento, antes do início
componentes e garantindo a seqüência das operações. das atividades diárias, empregando procedimentos escritos
4.15. Os ralos devem ser sifonados e com tampas e padrões de referência, com orientação específica,
escamoteáveis. mantidos os registros.
4.16. A iluminação e ventilação devem ser compatíveis 5.3. Manutenção dos Equipamentos.
com as operações e com os materiais manuseados. Todos os equipamentos devem ser submetidos à
4.17. As salas de descanso e refeitório, quando existentes, manutenção preventiva, de acordo com um programa
devem estar separadas dos demais ambientes. formal e, quando necessário, corretiva, obedecendo a
4.18. Devem existir sistemas / equipamentos para combate procedimentos operacionais escritos, com base nas
a incêndio, conforme legislação específica. especificações dos manuais dos fabricantes.
5.3.1. Todos os sistemas de climatização de ambientes
5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS devem ser mantidos em condições adequadas de limpeza,
A farmácia deve ser dotada dos seguintes materiais, conservação, manutenção, operação e controle, de acordo
equipamentos e utensílios básicos: com norma específica.
a) balança (s) de precisão, devidamente calibrada, com 5.4. Utensílios.
registros e instalada em local que ofereça segurança e 5.4.1. Os utensílios utilizados na manipulação de
estabilidade; preparações para uso interno devem ser diferenciados
b) pesos padrão rastreáveis; daqueles utilizados para preparações de uso externo.
c) vidraria verificada contra um padrão calibrado ou 5.4.2. A farmácia deve identificar os utensílios para uso
adquirida de fornecedores credenciados pelos Laboratórios interno e externo.
da Rede Brasileira de Calibração, quando for o caso; 5.5. Mobiliário
d) sistema de purificação de água; O mobiliário deve ser o estritamente necessário ao trabalho
e) refrigerador para a conservação de produtos termolábeis; de cada área, de material liso, impermeável, resistente e de
f) termômetros e higrômetros; fácil limpeza.
g) bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil 6. Limpeza e Sanitização.
limpeza; Os procedimentos operacionais de limpeza e sanitização
h) lixeiras com tampa, pedal e saco plástico, devidamente das áreas, instalações, equipamentos e materiais devem
identificadas; estar disponíveis e de fácil acesso ao pessoal responsável e
i) armário fechado, de material liso, resistente e de fácil operacional.
limpeza, ou outro dispositivo equivalente para guarda de 6.1. Os equipamentos e utensílios devem ser mantidos
matérias-primas e produtos fotolábeis e/ou sensíveis à limpos, desinfetados e guardados em local apropriado.
umidade. 6.2. O lixo e resíduos da manipulação devem ser
5.1. Localização e instalação dos equipamentos. depositados em recipientes tampados, identificados e ser
Os equipamentos devem ser instalados e localizados de esvaziados fora da área de manipulação, com descarte
forma a facilitar a manutenção, e mantidos de forma apropriado, de acordo com a legislação vigente.
adequada às suas operações. 6.3. Os produtos usados na limpeza e sanitização não
5.1.1. A farmácia deve dispor de equipamentos, utensílios e devem contaminar, com substâncias tóxicas, químicas,
vidraria em quantidade suficiente para atender à demanda voláteis e corrosivas as instalações e os equipamentos de
do estabelecimento e garantir material limpo, desinfetado preparação.
ou esterilizado. 6.4. É permitido à farmácia a manipulação de saneantes
5.1.2. As tubulações expostas devem estar identificadas, de domissanitários para consumo próprio, em sala apropriada,
acordo com norma específica. levando em consideração o risco de cada matéria-prima
utilizada e desde que atendidas as disposições deste Anexo.
355
6.4.1. Nos serviços de saúde, a manipulação de saneantes, 7.1.8. A avaliação do cumprimento das Boas Práticas de
inclusive diluição e fracionamento, deve ser realizada sob Fabricação ou de Fracionamento e Distribuição de insumos
responsabilidade da farmácia, atendidas as disposições do pelo fabricante/fornecedor, prevista no item “c” do item
item 6.4. 7.1.7. poderá ser realizada por farmácia individual, por
grupo de farmácias ou por associações de classes,
7. MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE utilizando legislação específica em vigor.
EMBALAGEM 7.1.8.1. A farmácia deve manter cópia do relatório da
7.1. Aquisição de matéria-prima e materiais de auditoria.
embalagem. 7.1.9. Os recipientes adquiridos e destinados ao envase dos
7.1.1. Compete ao farmacêutico o estabelecimento de produtos manipulados devem ser atóxicos, compatíveis
critérios e a supervisão do processo de aquisição. físico-quimicamente com a composição do seu conteúdo e
7.1.2. As especificações técnicas de todas as matérias- devem manter a qualidade e estabilidade dos mesmos
primas e dos materiais de embalagem a serem utilizados na durante o seu armazenamento e transporte.
manipulação devem ser autorizadas, atualizadas e datadas 7.2. Recebimento de matéria-prima e materiais de
pelos responsáveis. embalagem.
7.1.3. As especificações das matérias-primas devem constar As matérias-primas devem ser recebidas por pessoa
de no mínimo: treinada, identificadas, armazenadas, colocadas em
a) Nome da matéria-prima, DCB, DCI ou CAS, quando quarentena, amostradas, analisadas conforme
couber; especificações e rotuladas quanto à sua situação, de acordo
b) No caso de matéria-prima vegetal - nome popular, nome com procedimentos escritos.
científico, parte da planta utilizada; 7.2.1. Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção
c) Nome e código interno de referência, quando houver; de recebimento, para verificar se estão adequadamente
d) No caso dos insumos farmacêuticos ativos e adjuvantes - identificados, a integridade e condições de limpeza da
referência de monografia da Farmacopéia Brasileira; embalagem, a correspondência entre o pedido, a nota de
ou de outros compêndios internacionais reconhecidos pela entrega e os rótulos do material recebido que deverão
ANVISA, conforme legislação vigente. Na ausência de conter, no mínimo, as informações listadas a seguir,
monografia oficial pode ser utilizada como referência a efetuando-se o registro dos dados.
especificação estabelecida pelo fabricante. a) nome do fornecedor;
e) Requisitos quantitativos e qualitativos com os b) endereço;
respectivos limites de aceitação; c) telefone;
f) Orientações sobre amostragem, ensaios de qualidade, d) C.N.P.J.;
metodologias de análise e referência utilizada nos e) nome do Insumo Farmacêutico (DCB, DCI e CAS),
procedimentos de controle. nesta ordem, quando possível;
g) Condições de armazenamento e precauções. f) no caso de matéria-prima vegetal - nome popular, nome
h) Periodicidade, quando couber, com que devem ser feitos científico, parte da planta utilizada;
novos ensaios de cada matéria-prima para confirmação das g) quantidade e sua respectiva unidade de medida;
especificações farmacopéicas. h) número do lote;
7.1.4. A farmácia deve manter cadastro do(s) fornecedor i) data de fabricação;
(es) dos materiais. j) prazo de validade;
7.1.5. As matérias-primas devem ser adquiridas de k) condições especiais de armazenamento e observações
fabricantes/fornecedores qualificados quanto aos critérios pertinentes, quando aplicável;
de qualidade, de acordo com as especificações l) data de fracionamento do insumo, quando couber;
determinadas neste Regulamento. m) nome do Responsável Técnico e seu registro no
7.1.6. Deve haver procedimento operacional escrito, Conselho Profissional correspondente;
detalhando todas as etapas do processo de qualificação dos n) origem, com indicação do fabricante.
fornecedores, mantidos os registros e os documentos 7.2.2. Qualquer divergência ou qualquer outro problema
apresentados por cada fornecedor /fabricante. que possa afetar a qualidade da matéria-prima deve ser
7.1.7. A qualificação do fabricante/fornecedor deve ser feita analisada pelo farmacêutico para a adoção de providências.
abrangendo no mínimo, os seguintes critérios: 7.2.3. Se uma única remessa de material contiver lotes
a) Comprovação de regularidade perante às autoridades distintos, cada lote deve ser levado em consideração,
sanitárias competentes; separadamente, para inspeção, análise e liberação.
b) Avaliação do fabricante/fornecedor, por meio de análises 7.2.4. Cada lote da matéria-prima deve ser acompanhado do
de controle de qualidade realizadas pela farmácia e da respectivo Certificado de Análise do fornecedor, que deve
avaliação dos laudos analíticos apresentados, verificando o permanecer arquivado, no mínimo, durante 6 (seis) meses
atendimento às especificações estabelecidas pelo após o término do prazo de validade do último produto com
farmacêutico e acertadas entre as partes. ela manipulado.
c) Auditorias para verificação do cumprimento das normas 7.2.5. Quando se tratar de matéria-prima sujeita a controle
de Boas Práticas de Fabricação ou de Fracionamento e especial, o Certificado de Análise deve ser arquivado, pelo
Distribuição de insumos. período de, no mínimo, 2 (dois) anos após o término do
d) Avaliação do histórico dos fornecimentos anteriores. prazo de validade do último produto com ela manipulado.
356
7.2.6. Os Certificados de Análise devem ter informações a) caracteres organolépticos;
claras e conclusivas, com todas as especificações acordadas b) solubilidade;
com o farmacêutico, conforme item 7.1.3. Devem ser c) pH;
datados, assinados e com a identificação do nome do d) peso;
fabricante/fornecedor e do seu responsável técnico com e) volume;
respectivo registro no conselho de classe. f) ponto de fusão;
7.2.7. Todos os materiais devem ser mantidos em g) densidade;
quarentena, imediatamente após o recebimento, até que h) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor.
sejam liberados pelo controle de qualidade. 7.3.10.1. Na ausência de monografia farmacopéica deverá
7.2.8. Os materiais reprovados na inspeção de recebimento ser utilizada, como referência, literatura científica
devem ser segregados e devolvidos ao fornecedor, pertinente.
atendendo a legislação em vigor. 7.3.10.1.1. Somente na inexistência da literatura prevista no
7.2.9. Caso a farmácia fracione matérias-primas para uso item anterior, poderá ser utilizada a especificação fornecida
próprio, deve garantir as mesmas condições de embalagem pelo fornecedor.
do produto original. 7.3.11. Podem ser aceitos os demais ensaios farmacopéicos
7.2.10. Os rótulos das matérias-primas fracionadas devem realizados pelos fabricantes/fornecedores desde que estes
conter identificação que permita a rastreabilidade desde a estejam qualificados pela farmácia.
sua origem. 7.3.11.1. No caso do fornecedor não ser qualificado pela
7.3. Controle de Qualidade da Matéria-Prima e Materiais de farmácia, os ensaios previstos no item 7.3.11. poderão ser
Embalagem. executados por laboratórios de controle de qualidade
7.3.1. A área ou sala destinada ao Controle da Qualidade terceirizados, sob responsabilidade da farmácia.
deve dispor de pessoal suficiente e estar equipada para 7.3.12. Na ausência de monografia oficial e métodos gerais
realizar as análises legalmente estabelecidas. inscritos nos compêndios reconhecidos pela ANVISA,
7.3.2. Deve haver instalações, instrumentos e equipamentos conforme RDC n° 79/03 e suas atualizações, os ensaios de
adequados, procedimentos operacionais padrão aprovados que trata o item 7.3.11 devem ser realizados com base nas
para a realização de amostragem, inspeção e ensaios dos especificações e metodologias fornecidas pelo fabricante,
insumos farmacêuticos e dos materiais de embalagem, além desde que devidamente validadas.
do monitoramento das condições ambientais das áreas 7.3.12.1. Deve ser realizada a transferência da metodologia
envolvidas no processo. analítica validada pelo fabricante para o laboratório
7.3.3. Os aspectos relativos à qualidade, conservação e responsável pela realização das análises.
armazenamento das matérias-primas e materiais de 7.3.13. Devem ser realizados, nas matérias-primas de
embalagem, devem ser mantidos sempre de acordo com o origem vegetal, os testes para determinação dos caracteres
estabelecido neste Regulamento. organolépticos, determinação de materiais estranhos,
7.3.4. As especificações e as respectivas referências pesquisas de contaminação microbiológica (contagem total,
farmacopéicas, Codex ou outras fontes de consultas, fungos e leveduras), umidade e determinação de cinzas
oficialmente reconhecidas, devem estar disponíveis no totais. E ainda, quando aplicáveis, avaliação dos caracteres
estabelecimento. macroscópicos para plantas íntegras ou grosseiramente
7.3.5. A farmácia deve contar com profissional capacitado e rasuradas; caracteres microscópicos para materiais
habilitado para as atividades de controle de qualidade e fragmentados ou pó. Para as matérias-primas líquidas de
dispor de recursos adequados que assegurem confiabilidade origem vegetal, além dos testes mencionados (quando
e efetividade de todas as providências relativas à qualidade aplicáveis), deve ser realizada a determinação da
dos produtos. densidade." (NR) (Redação dada pela RDC 87/08)
7.3.6. As matérias-primas devem ser inspecionadas no 7.3.13.1. Podem ser aceitos os testes de umidade,
recebimento para verificar a integridade física da determinação de cinzas totais, pesquisas de contaminação
embalagem e as informações dos rótulos. microbiológica e caracteres microscópicos para materiais
7.3.7. Os diferentes lotes de matérias-primas devem vir fragmentados ou pós realizados pelos
acompanhados dos respectivos Certificados de Análise fabricantes/fornecedores, desde que estes estejam
encaminhados pelo fornecedor. qualificados pela farmácia.
7.3.8. Os certificados de análise devem conter informações 7.3.13.1.1. No caso do fornecedor não ser qualificado pela
claras e conclusivas com todas as especificações farmácia, os ensaios previstos no item 7.3.13.1. poderão ser
estabelecidas entre o farmacêutico e o executados por laboratórios de controle de qualidade
fornecedor/fabricante. Devem ser datados, assinados com a terceirizados, sob responsabilidade da farmácia.
identificação do Responsável Técnico e o respectivo 7.3.14. A reprovação de insumos deve ser notificada à
número de inscrição no seu Conselho Profissional. Autoridade Sanitária, segundo legislação vigente.
7.3.9. Os certificados de análise devem ser avaliados para 7.3.15. Em caso de terceirização de análises de controle de
verificar o atendimento às especificações. qualidade, o contrato deve ser mutuamente acordado e
7.3.10. As matérias-primas devem ser analisadas, no seu controlado entre as partes, de modo a evitar equívocos na
recebimento, efetuando-se no mínimo os testes abaixo, análise de qualidade. Deve ser firmado um contrato escrito
respeitando-se as suas características físicas e mantendo os entre o contratante e o contratado, que estabeleça
resultados por escrito: claramente as atribuições de cada parte.
357
7.3.15.1. O contrato escrito firmado deve estabelecer os 7.4.3. Para as matérias-primas que exigem condições
métodos de análise utilizados. especiais de temperatura, devem existir registros e controles
7.3.15.2. O contrato deve estabelecer que o contratante que comprovem o atendimento a essas especificações.
pode fazer auditoria nas instalações do contratado. 7.4.4. Os produtos corrosivos, inflamáveis e explosivos
7.3.15.3. O contratante é responsável pela avaliação da devem ser armazenados longe de fontes de calor e de
qualificação do contratado para realizar os serviços materiais que provoquem faíscas, de acordo com a
contratados. Além disso, deve ser assegurado, por meio do legislação em vigor.
contrato firmado, que os princípios das Boas Práticas de 7.4.5. Os rótulos das matérias-primas armazenadas devem
Laboratório sejam cumpridos. apresentar, no mínimo:
7.3.15.4. O contratado deve possuir instalações, a) denominação do produto (em DCB, DCI ou CAS) e
equipamentos e conhecimentos adequados, além de código de referência interno, quando aplicável;
experiência e pessoal qualificado para as atividades b) identificação do fornecedor;
estabelecidas em contrato. c) número do lote atribuído pelo fornecedor e o número
7.3.15.5. O contrato deve prever as ações a serem adotadas dado no recebimento, caso haja algum;
quando houver reprovação do material. d) teor e/ou potência, quando couber;
7.3.16. Os Certificados de Análise emitidos pela farmácia e) data de fabricação, prazo de validade e data de reanálise
ou por empresa contratada devem ser avaliados para (quando for o caso);
verificar o atendimento às especificações e conter f) condições de armazenamento e advertência, quando
informações claras e conclusivas, com todas as necessário;
especificações, definição dos resultados; datados, assinados g) a situação interna da matéria-prima (em quarentena, em
e com identificação do responsável técnico e respectivo análise, aprovado, reprovado).
número de inscrição no seu Conselho Profissional. 7.4.6. As substâncias submetidas a processo de diluição
7.3.17. Os equipamentos e instrumentos de medição e devem estar claramente identificadas com os alertas:
ensaios devem ser periodicamente verificados e calibrados, a) concentrado: “ATENÇÃO! ESTA SUBSTÂNCIA
de acordo com o item 5.2 deste Anexo. SOMENTE DEVE SER UTILIZADA QUANDO
7.3.18. Os equipamentos utilizados no laboratório de DILUÍDA”.
controle de qualidade devem ser submetidos à manutenção b) diluído: “SUBSTÂNCIA DILUÍDA” - nome da
preventiva e corretiva, quando necessário, de acordo com substância + fator de diluição.
um programa documentado e obedecendo aos 7.4.7. A farmácia deverá realizar o controle de estoque das
procedimentos operacionais escritos. matérias-primas registrando as entradas e saídas de cada
7.3.19. Os registros referentes às calibrações e manutenções uma delas.
preventivas e corretivas devem ser mantidos por no mínimo 7.4.8. O registro de entrada deve conter, no mínimo, nome
2 (dois) anos. da matéria-prima, código interno, lote, número da nota
7.3.20. A amostragem dos materiais deve ser executada em fiscal e nome do fabricante/fornecedor.
local específico e sob condições ambientais adequadas, 7.4.9. O registro de saída deve ser efetuado por meio da
obedecendo a procedimentos operacionais que impeçam a ordem de manipulação do produto no qual a matéria-prima
contaminação cruzada. será utilizada.
7.3.21. Todos os utensílios utilizados no processo de 7.5. Água.
amostragem que entrarem em contato com os materiais A água utilizada na manipulação de produtos é considerada
devem estar limpos, sanitizados e guardados em locais matéria-prima produzida pela própria farmácia por
apropriados. purificação da água potável, devendo as instalações e
7.3.22 A reanálise das matérias-primas, quando realizada, reservatórios serem devidamente protegidos para evitar
deve ocorrer dentro de seus prazos de validade, contaminação.
contemplando todos os itens que comprovem sua 7.5.1. Água Potável: A farmácia deve ser abastecida com
especificação e que garantem o seu teor, pureza e água potável e, quando possuir caixa d'água própria, ela
integridade. deve estar devidamente protegida para evitar a entrada de
7.4. Armazenamento. animais de qualquer porte ou quaisquer outros
Todos os materiais devem ser armazenados e manuseados contaminantes, devendo definir procedimentos escritos para
sob condições apropriadas e de forma ordenada, de modo a a limpeza e manter os registros que comprovem sua
preservar a identidade e integridade química, física e realização.
microbiológica, garantindo a qualidade e segurança dos 7.5.1.1. Caso se trate de caixa d’água de uso coletivo, a
mesmos. farmácia deve ter acesso aos documentos referentes à
7.4.1. Os materiais armazenados devem ser mantidos limpeza dos reservatórios, mantendo cópia dos mesmos.
afastados do piso, paredes e teto, com espaçamento 7.5.1.2. A farmácia deve possuir procedimentos escritos
apropriado para permitir a limpeza e inspeção. para realizar amostragem da água e periodicidade das
7.4.2. Os materiais devem ser estocados em locais análises.
identificados, de modo a facilitar a sua localização, sem 7.5.1.3. Devem ser feitos testes físico-químicos e
riscos de troca. microbiológicos, no mínimo a cada seis meses, para
monitorar a qualidade da água de abastecimento, mantendo-
se os respectivos registros. As especificações para água
358
potável devem ser estabelecidas com base na legislação 8.3.1. O Livro de Receituário, informatizado ou não, deve
vigente. conter Termos de Abertura e de Encerramento lavrados
7.5.1.4. Devem ser realizadas, no mínimo, as seguintes pela Autoridade Sanitária local.
análises: 8.3.2. - O registro deve conter, no mínimo, os seguintes
a) pH itens:
b) cor aparente a) Número de ordem do Livro de Receituário;
c) turbidez b) Nome e endereço do paciente ou a localização do leito
d) cloro residual livre hospitalar para os casos de internação;
e) sólidos totais dissolvidos c) Nome do prescritor e n° de registro no respectivo
f) contagem total de bactérias conselho de classe;
g) coliformes totais d) Descrição da formulação contendo todos os
h) presença de E. coli. componentes e concentrações;
i) coliformes termorresistentes e) Data do aviamento.
7.5.1.5. É facultado à farmácia terceirizar os testes de que 8.4. A farmácia deve manter ainda os seguintes registros na
trata o item anterior, devendo estabelecer para o laboratório ordem de manipulação:
contratado as especificações para água potável, de acordo a) Número de ordem do Livro de Receituário;
com a legislação vigente. b) Descrição da formulação contendo todos os
7.5.1.6. A farmácia deve estabelecer e registrar as medidas componentes (inclusive os excipientes) e concentrações;
adotadas em caso de laudo insatisfatório da água de c) Lote de cada matéria-prima, fornecedor e quantidade
abastecimento. pesada;
7.5.2. Água Purificada: A água utilizada na manipulação d) Nome e assinatura dos responsáveis pela pesagem e
deve ser obtida a partir da água potável, tratada em um manipulação;
sistema que assegure a obtenção da água com e) Visto do farmacêutico;
especificações farmacopéicas para água purificada, ou de f) Data da manipulação;
outros compêndios internacionais reconhecidos pela g) No caso da forma farmacêutica “cápsulas” deve constar,
ANVISA, conforme legislação vigente. ainda, o tamanho e a cor da cápsula utilizada.
7.5.2.1. Deve haver procedimentos escritos para a limpeza e 8.5. Todas as superfícies de trabalho e os equipamentos da
manutenção do sistema de purificação da água com os área de manipulação devem ser limpos e desinfetados antes
devidos registros. e após cada manipulação.
7.5.2.2. Devem ser feitos testes físico-químicos e 8.6. Devem existir procedimentos operacionais escritos
microbiológicos da água purificada, no mínimo para a prevenção de contaminação cruzada.
mensalmente, com o objetivo de monitorar o processo de 8.7. Nas etapas do processo de manipulação, quando forem
obtenção de água, podendo a farmácia terceirizá-los. utilizadas matérias-primas sob a forma de pó, devem-se
7.5.2.3. A farmácia deve possuir procedimento escrito para tomar precauções especiais, com a instalação de sistema de
a coleta e amostragem da água. Um dos pontos de exaustão de ar, devidamente qualificado, de modo a evitar a
amostragem deve ser o local usado para armazenamento. sua dispersão no ambiente.
7.5.2.4. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a 8.8. As salas de manipulação devem ser mantidas com
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova temperatura e umidade compatíveis com as
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório da substâncias/matérias-primas armazenadas/manipuladas. As
água purificada. condições de temperatura e umidade devem ser definidas,
7.5.2.5. A água purificada deve ser armazenada por um monitoradas e registradas.
período inferior a 24 horas e em condições que garantam a
manutenção da qualidade da mesma, incluindo a 9. DOS CONTROLES.
sanitização dos recipientes a cada troca de água. 9.1. Controle de Qualidade das Preparações Magistrais e
Oficinais.
8. MANIPULAÇÃO. 9.1.1. Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes
Devem existir procedimentos operacionais escritos para ensaios, de acordo com a Farmacopéia Brasileira ou outro
manipulação das diferentes formas farmacêuticas Compêndio Oficial reconhecido pela ANVISA, em todas as
preparadas na farmácia. preparações magistrais e oficinais: (Redação dada pela
8.1. A farmácia deve garantir que todos os produtos RDC 87/08)
manipulados sejam rastreáveis.
8.2. Os excipientes utilizados na manipulação de Preparações Ensaios
medicamentos devem ser padronizados pela farmácia de
acordo com embasamento técnico."(NR) (Redação dada Sólidas Descrição, aspecto,
pela RDC 87/08) caracteres organolépticos,
8.3. A farmácia deve possuir Livro de Receituário, peso médio.
informatizado ou não, e registrar as informações referentes
à prescrição de cada medicamento manipulado. Semi-sólidas Descrição, aspecto,
caracteres organolépticos,

359
pH (quando aplicável), Nacional, devidamente identificadas e de bases galênicas,
peso. de acordo com as necessidades técnicas e gerenciais do
estabelecimento, desde que garanta a qualidade e
Líquidas não-estéreis Descrição, aspecto, estabilidade das preparações.
caracteres organolépticos, 10.2. A farmácia de atendimento privativo de unidade
pH(quando aplicável), peso hospitalar pode manipular e manter estoque mínimo de
ou volume antes do envase. bases galênicas e de preparações magistrais e oficinais,
devidamente identificadas, em quantidades que atendam
uma demanda previamente estimada pelo estabelecimento,
9.1.2. Os resultados dos ensaios devem ser registrados na de acordo com suas necessidades técnicas e gerenciais, e
ordem de manipulação, junto com as demais informações desde que garanta a qualidade e estabilidade das
da preparação manipulada. O farmacêutico deve avaliar os preparações.
resultados, aprovando ou não a preparação para 10.3. As preparações para compor estoque mínimo devem
dispensação. atender a uma ordem de manipulação específica para cada
9.1.3. Quando realizado o ensaio de peso médio, devem ser lote, seguindo uma formulação padrão. A ordem de
calculados também, o desvio padrão e o coeficiente de manipulação deve conter, no mínimo, as seguintes
variação em relação ao peso médio. informações:
9.2. Monitoramento do Processo Magistral. a) nome e a forma farmacêutica;
9.2.1. O estabelecimento que manipular formas b) relação das substâncias que entram na composição da
farmacêuticas sólidas deve monitorar o processo de preparação e suas respectivas quantidades;
manipulação. c) tamanho do lote;
9.2.2. (Revogado pela RDC 87/08) d) data da preparação;
9.2.2.1. (Revogado pela RDC 87/08) e) prazo de validade;
9.2.3. Devem ser realizadas análises de teor e uniformidade f) número de identificação do lote;
de conteúdo do princípio ativo, de fórmulas cuja unidade g) número do lote de cada componente utilizado na
farmacotécnica contenha fármaco(s) em quantidade igual formulação;
ou inferior a vinte e cinco miligramas, dando prioridade h) registro devidamente assinado de todas as operações
àquelas que contenham fármacos em quantidade igual ou realizadas;
inferior a cinco miligramas. i) registro dos controles realizados durante o processo;
9.2.3.1. A farmácia deve realizar a análise de no mínimo j) registro das precauções adotadas;
uma fórmula a cada dois meses. O número de unidades para k) registro das observações especiais feitas durante a
compor a amostra deve ser suficiente para a realização das preparação do lote;
análises de que trata o item 9.2.3." (NR) (Redação dada l) avaliação do produto manipulado.
pela RDC 87/08) 10.4. Os rótulos das preparações de estoque mínimo, antes
9.2.4. As análises das fórmulas devem ser realizadas em da dispensação, devem conter: identificação do produto,
laboratório analítico próprio ou terceirizado data da manipulação, número do lote e prazo de validade.
(preferencialmente da Rede Brasileira de Laboratórios em 10.5. Os rótulos das preparações do estoque mínimo,
Saúde - REBLAS)." (NR) (Redação dada pela RDC 87/08) devem apresentar, no momento da dispensação, as
9.2.4. As análises, tanto do diluído quanto da fórmula, informações estabelecidas no item 12 deste Anexo ,
devem ser realizadas em laboratório analítico próprio ou acrescidas do nº de lote da preparação.
terceirizado (preferencialmente da Rede Brasileira de 10.6. Após a manipulação, o produto deve ser submetido à
Laboratórios em Saúde - REBLAS). inspeção visual e conferência de todas as etapas do
9.2.5. As amostras de que tratam os itens 9.2.2. e 9.2.3. processo de manipulação, verificando a clareza e a exatidão
devem contemplar diferentes manipuladores, fármacos e das informações do rótulo.
dosagens/concentrações, sendo adotado sistema de rodízio.
9.2.6. Deve ser estabelecido em procedimento operacional 11. CONTROLE DE QUALIDADE DO ESTOQUE
toda a metodologia para a execução do monitoramento do MÍNIMO.
processo magistral. 11.1. Na manipulação do estoque mínimo, deve ser
9.2.7. Os resultados de todas as análises devem ser realizado o controle em processo, devidamente
registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da documentado, para garantir o atendimento às especificações
Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos. estabelecidas para o produto, não sendo permitida sua
9.2.8. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a terceirização.
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova 11.2. A farmácia deve possuir procedimentos operacionais
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório. escritos e estar devidamente equipada para realizar análise
9.3. Ficam excluídos dos controles de que trata o item 9 os lote a lote dos produtos de estoque mínimo, conforme os
medicamentos homeopáticos. itens abaixo relacionados, quando aplicáveis, mantendo os
10. Manipulação do Estoque Mínimo. registros dos resultados:
10.1. A farmácia pode manipular e manter estoque mínimo a) caracteres organolépticos;
de preparações oficinais constantes do Formulário b) pH;
c) peso médio;
360
d) viscosidade; g) identificação da farmácia;
e) grau ou teor alcoólico; h) C.N.P.J.;
f) densidade; i) endereço completo do estabelecimento;
g) volume; j) nome do farmacêutico responsável técnico com o
h) teor do princípio ativo; respectivo número de inscrição no Conselho Regional de
i) dissolução; Farmácia.
j) pureza microbiológica. 12.3. Para algumas preparações magistrais ou oficinais são
11.2.1. As análises descritas no item 11.2 devem ser necessários rótulos ou etiquetas com advertências
realizadas conforme metodologia oficial e em amostragem complementares impressas, tais como: "Agite antes de
estatisticamente representativa do tamanho do lote. usar", "Conservar em geladeira", "Uso interno", "Uso
11.2.2. A farmácia deve dispor de laboratório de controle Externo", "Não deixe ao alcance de crianças", "Veneno";
de qualidade capacitado para realização de controle em Diluir antes de usar; e outras que sejam previstas em
processo e análise da preparação manipulada do estoque legislação específica e que venham auxiliar o uso correto
mínimo, referidos nas letras “a” a “g” do item 11.2. do produto.
11.2.3. É facultado à farmácia terceirizar o controle de 12.4 Os recipientes utilizados no envase dos produtos
qualidade de preparações manipuladas do estoque mínimo, manipulados devem garantir a estabilidade físico-química e
em laboratórios tecnicamente capacitados para este fim, microbiológica da preparação.
mediante contrato formal, para a realização dos itens 12.5. As substâncias que compõem as preparações
“h”,“i” e “j” acima referidos. magistrais e oficinais devem ser denominadas de acordo
11.2.4. No caso das bases galênicas, a avaliação da pureza com a DCB ou, na sua ausência, a DCI ou o CAS vigentes,
microbiológica (letra "j" do item 11.2) poderá ser realizada quando houver.
por meio de monitoramento. Este monitoramento consiste 12.6. Rótulos de preparações magistrais contendo
na realização de análise mensal de pelo menos uma base ou substâncias sujeitas a controle especial devem conter ainda
produto acabado que fora feito a partir de base galênica, informações previstas em legislação sanitária específica.
devendo ser adotado sistema de rodízio considerando o tipo
de base, produto e manipulador."(NR) (Redação dada pela 13. CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE.
RDC 87/08) A empresa deve manter procedimentos escritos sobre a
11.3. (Revogado pela RDC 87/08) conservação e transporte, até a dispensação dos produtos
manipulados que garantam a manutenção das suas
12. ROTULAGEM E EMBALAGEM. especificações e integridade.
Devem existir procedimentos operacionais escritos para 13.1. Os medicamentos termossensíveis devem ser
rotulagem e embalagem de produtos manipulados. Os mantidos em condições de temperatura compatíveis com
rótulos devem ser armazenados de forma segura e com sua conservação, mantendo-se os respectivos registros e
acesso restrito. controles.
12.1. Toda preparação magistral deve ser rotulada com: 13.2. Os produtos manipulados não devem ser armazenados
a) nome do prescritor; ou transportados com os seguintes materiais:
b) nome do paciente; a) alimentos e materiais perecíveis;
c) número de registro da formulação no Livro de b) animais;
Receituário; c) solventes orgânicos;
d) data da manipulação; d) gases;
e) prazo de validade; e) substâncias corrosivas ou tóxicas;
f) componentes da formulação com respectivas f) pesticidas e agrotóxicos;
quantidades; g) materiais radioativos;
g) número de unidades; h) outros produtos que possam afetar a qualidade,
h) peso ou volume contidos; segurança e eficácia dos produtos manipulados.
i) posologia;
j) identificação da farmácia; 14. DISPENSAÇÃO.
k) C.N.P.J; 14.1. O farmacêutico deve prestar orientação farmacêutica
l) endereço completo; necessárias aos pacientes, objetivando o uso correto dos
m) nome do farmacêutico responsável técnico com o produtos.
respectivo número no Conselho Regional de Farmácia. 14.2. Todas as receitas aviadas devem ser carimbadas pela
12.2. Toda preparação oficinal deve conter os seguintes farmácia, com identificação do estabelecimento, data da
dados em seu rótulo: dispensação e número de registro da manipulação, de forma
a) denominação farmacopéica do produto; a comprovar o aviamento.
b) componentes da formulação com respectivas 14.3. (Revogado pela RDC 87/08)
quantidades;
c) indicações do Formulário Oficial de referência; 15. GARANTIA DA QUALIDADE.
d) data de manipulação e prazo de validade; A Garantia da Qualidade tem como objetivo assegurar que
e) número de unidades ou peso ou volume contidos os produtos e serviços estejam dentro dos padrões de
f) posologia; qualidade exigidos.
361
15.1. Para assegurar a qualidade das fórmulas manipuladas, 15.5. Documentação.
a farmácia deve possuir um Sistema de Garantia da A documentação constitui parte essencial do Sistema de
Qualidade (SGQ) que incorpore as Boas Práticas de Garantia da Qualidade.
Manipulação em Farmácias (BPMF), totalmente 15.5.1. A licença de funcionamento expedida pela
documentado e monitorado. autoridade sanitária local, a Autorização de Funcionamento
15.2. O Sistema de Garantia da Qualidade para a e, quando for o caso, a Autorização Especial expedida pela
manipulação de fórmulas deve assegurar que: ANVISA, devem estar afixadas em local visível, e a
a) as operações de manipulação sejam claramente inspeção para concessão da licença deve levar em conta
especificadas por escrito e que as exigências de BPMF o(s) grupo(s) de atividades para os quais a farmácia pode
sejam cumpridas; ser habilitada.
b) a aceitação de demanda de manipulações seja compatível 15.5.2. Os Livros de Receituário, Livros de Registro
com a capacidade instalada da farmácia; Específico, os balanços, as receitas, as notificações de
c) os controles necessários para avaliar as matérias-primas receitas e as notas fiscais devem ser mantidos no
sejam realizados de acordo com procedimentos escritos e estabelecimento, de forma organizada, informatizada ou
devidamente registrados; não.
d) os equipamentos sejam calibrados, com documentação 15.5.3. Devem ser mantidos em arquivo os documentos
comprobatória; comprobatórios de: especificações dos materiais utilizados,
e) sejam elaborados procedimentos escritos relativos a análise das matérias-primas, procedimentos operacionais e
todas as operações de manipulação, controle de qualidade e respectivos registros, e relatórios de auto-inspeção.
demais operações relacionadas ao cumprimento das 15.5.4. A documentação deve possibilitar o rastreamento de
BPMF; informações para investigação de qualquer suspeita de
f) a preparação seja corretamente manipulada, segundo desvio de qualidade.
procedimentos apropriados; 15.5.5. Os documentos devem ser aprovados, assinados e
g) a preparação seja manipulada e conservada de forma que datados pelo Responsável Técnico ou pessoa por ele
a qualidade da mesma seja mantida; autorizada. Qualquer alteração introduzida deve permitir o
h) todos os procedimentos escritos sejam cumpridos; conhecimento de seu conteúdo original e, conforme o caso,
i) sejam realizadas auditorias internas de modo a assegurar ser justificado o motivo da alteração.
um processo de melhoria contínua; 15.5.6. Os dados inseridos nos documentos durante a
j) exista um programa de treinamento inicial e contínuo; manipulação devem ser claros, legíveis e sem rasuras.
k) exista a proibição de uso de cosméticos, jóias e 15.5.7. Os documentos referentes à manipulação de
acessórios para o pessoal nas salas de pesagem e fórmulas devem ser arquivados durante 6 (seis) meses após
manipulação; o vencimento do prazo de validade do produto manipulado,
l) a padronização dos excipientes das formulações seja ou durante 2 (dois) anos quando o produto contiver
embasada em critérios técnico-científicos; substâncias sob controle especial, podendo ser utilizado
m) exista um sistema controlado, informatizado ou não, sistema de registro eletrônico de dados ou outros meios
para arquivamento dos documentos exigidos para confiáveis e legais.
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial; 15.5.8. Os demais registros para os quais não foram
n) sejam estabelecidos prazos de validade, assim como as estipulados prazos de arquivamento devem ser mantidos
instruções de uso e de armazenamento das fórmulas pelo período de 1(um) ano.
manipuladas. 15.6. Auto - Inspeção.
15.3. O estabelecimento deve possuir Manual de Boas A auto-inspeção é um recurso apropriado para a
Práticas de Manipulação apresentando as diretrizes constatação e avaliação do cumprimento das BPMF,
empregadas pela empresa para o gerenciamento da realizada pela farmácia. Devem ser realizadas, no mínimo
qualidade. uma vez ao ano e suas conclusões devidamente
15.4. Prazo de validade. documentadas e arquivadas.
15.4.1. A determinação do prazo de validade deve ser 15.6.1. Com base nas conclusões das auto-inspeções devem
baseada na avaliação físico-química das drogas e ser estabelecidas as ações corretivas necessárias para
considerações sobre a sua estabilidade. Preferencialmente, assegurar o cumprimento das BPMF.
o prazo de validade deve ser vinculado ao período do 15.7. Atendimento a reclamações.
tratamento. Toda reclamação referente a desvio de qualidade dos
15.4.2. Fontes de informações sobre a estabilidade físico- produtos manipulados deve ser registrada com o nome e
química das drogas devem incluir referências de dados pessoais do paciente, do prescritor, descrição do
compêndios oficiais, recomendações dos produtores das produto, número de registro da formulação no Livro de
mesmas e publicações em revistas indexadas. Receituário, natureza da reclamação e responsável pela
15.4.3. Na interpretação das informações sobre estabilidade reclamação, ficando o farmacêutico responsável pela
das drogas devem ser consideradas todas as condições de investigação, tomada de medidas corretivas e
armazenamento e conservação. esclarecimentos ao reclamante, efetuando também os
15.4.4. Devem ser instituídos procedimentos que definam a registros das providências tomadas.
política da empresa quanto às matérias-primas próximas ao
vencimento.
362
15.7.1. No caso de produtos devolvidos por motivo de deste regulamento, são definidas como fármacos de baixo
desvios de qualidade comprovados, a farmácia deve índice terapêutico, alta dosagem e baixa potência.
comunicar à autoridade sanitária competente. 2.6. Para manipulação das substâncias de baixo índice
15.7.2. A farmácia deverá afixar, de modo visível, no terapêutico, em todas as formas farmacêuticas de uso
principal local de atendimento ao público, placa interno devem ser observadas as seguintes condições:
informativa contendo endereço e telefones da autoridade a) observância aos padrões técnicos mínimos referentes às
sanitária local, orientando os consumidores que desejarem, Boas Práticas de Manipulação de Substâncias de Baixo
encaminhar reclamações sobre produtos manipulados. Índice Terapêutico, em complementação aos requisitos do
Regulamento Técnico e Anexo I;
ANEXO II b) dispensação acompanhada pela bula simplificada
BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE contendo os padrões mínimos de informações ao paciente
SUBSTÂNCIAS DE BAIXO ÍNDICE TERAPÊUTICO disposto no anexo VIII desta Resolução;
1. OBJETIVO. c) dispensação mediante atenção farmacêutica.
Este anexo fixa os requisitos mínimos para a manipulação 2.7. A farmácia que pretenda manipular substâncias de
de substâncias de baixo índice terapêutico, baixo índice terapêutico, em qualquer uma das formas
complementando os requisitos estabelecidos no farmacêuticas de uso interno, deve solicitar inspeção à
Regulamento Técnico e no ANEXO I. Vigilância Sanitária local. A manipulação destas
2. CONDIÇÕES. substâncias somente poderá ser iniciada após aprovação da
2.1. A manipulação de produtos farmacêuticos, em todas as Vigilância Sanitária local.
formas farmacêuticas de uso interno, que contenham 2.8. A Autoridade Sanitária deve avaliar na inspeção para
substâncias de baixo índice terapêutico somente será concessão de Licença Sanitária, na sua renovação e nas
permitida às farmácias que cumprirem as condições demais ações de fiscalização, se a farmácia atende aos
estabelecidas neste anexo, no Regulamento Técnico e no requisitos das Boas Práticas de Manipulação de Substâncias
Anexo I. de Baixo Índice Terapêutico, conforme estabelecido neste
2.2. Para prescrição de substância sujeita a controle Anexo.
especial, devem ser atendidas as disposições da Portaria 2.9. Considera-se que as disposições constantes deste
SVS/MS 344/98 e suas atualizações. Anexo são requisitos sanitários IMPRESCINDÍVEIS para o
2.3. São consideradas substâncias de baixo índice cumprimento das Boas Práticas de Manipulação de
terapêutico: medicamentos contendo substâncias de baixo índice
ácido valpróico; terapêutico.
aminofilina; 2.10. As farmácias devem apresentar comprovação da
carbamazepina; formulação para os produtos sólidos manipulados, quando
ciclosporina; da utilização de cada substância de baixo índice
clindamicina; terapêutico, por meio de perfil de dissolução.
clonidina; 2.10.1. Os excipientes devem ser padronizados de acordo
clozapina; com a compatibilidade das formulações descrita em
colchicina; compêndios oficiais/farmacopéias/publicações científicas
digitoxina; indexadas.
digoxina; 2.10.2. Este estudo pode ser realizado por empresas
disopiramida; individuais, por grupos de empresas ou associações de
fenitoína; classe, devendo ser garantida a reprodutibilidade dos
lítio; mesmos.
minoxidil; 2.11. Devem ser adotados e registrados os procedimentos
oxcarbazepina; operacionais relativos às etapas descritas a seguir.
prazosina; 2.11.1. A aquisição deve ser precedida da qualificação de
primidona; fornecedores baseada em critérios pré-definidos. Somente
procainamida; podem ser adquiridas matérias-primas que estejam em
quinidina; conformidade com as especificações descritas no Anexo I.
teofilina; 2.11.2. A farmácia deve fixar uma identificação especial na
varfarina; rotulagem das matérias-primas no momento do
verapamil (Cloridrato). recebimento, alertando de que se trata de substância de
2.4. As substâncias clonidina, colchicina, digitoxina, baixo índice terapêutico.
digoxina, minoxidil, prazosina e varfarina são definidas 2.11.3. O armazenamento deve ser realizado em local
para fins deste regulamento como fármacos de baixo índice distinto, de acesso restrito, sob guarda do farmacêutico,
terapêutico, baixa dosagem e alta potência. com especificação de cuidados especiais de armazenamento
2.5. As substâncias ácido valpróico, aminofilina, que garantam a manutenção das suas especificações e
carbamazepina, ciclosporina, clindamicina, clozapina, integridade.
disopiramida, fenitoína, lítio, oxcarbazepina, primidona, 2.11.4. Na pesagem para manipulação deve haver dupla
procainamida, quinidina, teofilina e verapamil, para fins checagem, sendo uma realizada pelo farmacêutico, com
registro dessa operação.
363
2.11.5. Na homogeneização do produto em processo de ANEXO III
manipulação devem ser empregados os mesmos excipientes BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE
e a mesma metodologia utilizada para obtenção do produto HORMÔNIOS, ANTIBIÓTICOS, CITOSTÁTICOS E
objeto do perfil de dissolução. SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A CONTROLE
2.11.6. No processo de encapsulamento devem ser ESPECIAL
utilizadas cápsulas com o menor tamanho, de acordo com a 1. OBJETIVO
dosagem. Este anexo fixa os requisitos mínimos exigidos para a
2.11.7. O envase e a rotulagem devem seguir as disposições manipulação de medicamentos à base de hormônios,
constantes do Anexo I desta Resolução. antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a controle
2.11.8. Dispensação mediante atenção farmacêutica com especial, complementando os requisitos estabelecidos no
acompanhamento do paciente, que consiste na avaliação e Regulamento Técnico de Boas Práticas de Manipulação em
monitorização do uso correto do medicamento; Farmácias e no ANEXO I.
acompanhamento este realizado pelo farmacêutico e por 2 . CONDIÇÕES GERAIS
outros profissionais de saúde. 2.1. A prescrição de substância sujeita a controle especial
2.12. Quando se tratar especificamente de substância de deve obedecer a Portaria SVS/MS 344/98, suas atualizações
baixo índice terapêutico, baixa dosagem e alta potência, ou outra norma que a complemente ou substitua. Caso se
devem ainda ser adotados e registrados os procedimentos trate de substância de baixo índice terapêutico deve
relativos às etapas descritas a seguir. obedecer ainda às disposições do Anexo II.
2.12.1. Na pesagem para diluição deve haver dupla 2.2. Para a manipulação de hormônios, antibióticos,
checagem - operador e farmacêutico, com registro dessa citostáticos e substâncias sujeitas a controle especial, em
operação. todas as formas farmacêuticas de uso interno devem ser
2.12.2. No processo de diluição e homogeneização deve ser observadas as seguintes condições:
utilizada a metodologia de diluição geométrica com escolha a) observância aos padrões técnicos mínimos de Boas
e padronização de excipientes, de acordo com o que foi Práticas de Manipulação de Hormônios, Antibióticos,
utilizado para realização do estudo de perfil de dissolução. Citostáticos e Substâncias Sujeitas a Controle Especial, em
2.12.3. Devem ser realizadas análises de teor de cada complementação aos requisitos estabelecidos no
diluído logo após o preparo e monitoramento trimestral do Regulamento Técnico e no Anexo I.
armazenado, podendo haver diminuição do tempo de b) atendimento à legislação específica no caso de
monitoramento dependendo do tipo do diluído. manipulação de substâncias sujeitas a controle especial;
2.12.3.1. - As amostras para análise de teor devem ser c) dispensação mediante orientação farmacêutica;
coletadas em pelo menos três pontos do diluído e analisadas d) No caso de dispensação de antibióticos, deve ser
separadamente, para fins de avaliação da sua salientada a necessidade de uso do medicamento pelo
homogeneidade. período mínimo de tratamento preconizado pelo prescritor,
2.13. Para o monitoramento do processo de manipulação de mesmo que os sintomas tenham desaparecido.
formas farmacêuticas de uso interno, a farmácia deve 2.3. A farmácia que pretenda manipular hormônios,
realizar uma análise completa de formulação manipulada antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a controle
contendo substância de baixo índice terapêutico. especial, deve notificar a Vigilância Sanitária local de que
2.13.1. O monitoramento deve ser realizado por se encontra apta a realizar esta atividade.
estabelecimento, de forma a serem analisadas no mínimo 2.3.1. As farmácias que já desenvolvem as atividades de
uma amostra a cada três meses de formulação contendo que trata este item devem notificar a vigilância sanitária
substância de baixo índice terapêutico. local que manipulam tais substâncias, dentro do prazo de
2.13.2. As amostras devem contemplar diferentes até 60 (sessenta) dias a partir da vigência da norma.
manipuladores, fármacos e dosagens, formas farmacêuticas, 2.3.2. A Autoridade Sanitária deve observar na inspeção
podendo ser adotado sistema de rodízio. para concessão de Licença Sanitária, na sua renovação e
2.14. Deve estar estabelecida em procedimento operacional nas demais ações de fiscalização, se a farmácia que
toda a metodologia para a execução do monitoramento de apresentou a Notificação disposta nos itens 2.3 e 2.3.1.,
que trata o item 2.13 e seus sub-itens. atende aos requisitos das Boas Práticas de Manipulação de
2.15. Os resultados de todas as análises devem ser hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a
registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da controle especial.
Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos. 2.4. Somente poderá ser iniciada a manipulação de
2.16. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a substâncias sujeitas a controle especial após a publicação
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova em Diário Oficial da Autorização Especial emitida pela
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório. ANVISA.
3. PADRÃO MÍNIMO PARA INFORMAÇÕES AO 2.5. Para a manipulação de preparações estéreis contendo
PACIENTE. substâncias de que trata este anexo, devem ser atendidas,
3.1. Os padrões mínimos para informações ao paciente ainda, as disposições do Anexo IV.
usuário de medicamentos a base de substâncias de baixo 2.6. Considera-se que as disposições constantes deste
índice terapêutico são os relacionados no Anexo VIII desta Anexo são requisitos sanitários IMPRESCINDÍVEIS para o
Resolução. cumprimento das Boas Práticas de Manipulação de

364
hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a 2.14. Os excipientes devem ser padronizados de acordo
controle especial. com a compatibilidade das formulações descrita em
2.7. As farmácias devem possuir salas de manipulação compêndios oficiais/farmacopéias/publicações científicas
dedicadas, dotadas cada uma com antecâmara, para a indexadas.
manipulação de cada uma das três classes terapêuticas a 2.15. Os procedimentos operacionais relativos às etapas
seguir - hormônios, antibióticos e citostáticos, com sistemas descritas a seguir devem ser adotados e registrados.
de ar independentes e de eficiência comprovada. 2.15.1. A aquisição deve ser precedida da qualificação de
2.7.1. Para fins de atendimento às disposições deste Anexo, fornecedores baseada em critérios pré-definidos, podendo
é permitida a manipulação de medicamentos à base de ser adquiridas somente matérias-primas que estejam em
hormônios, antibióticos e citostáticos, em formas líquidas conformidade com as especificações descritas no Anexo I.
de uso interno, nas salas correspondentes de que trata o 2.15.2 O armazenamento das matérias-primas
item 2.7. contempladas neste anexo, deve ser realizado em local
2.7.2. Tais salas devem possuir pressão negativa em relação distinto, de acesso restrito, sob guarda do farmacêutico,
às áreas adjacentes, sendo projetadas de forma a impedir o com especificação de cuidados especiais de armazenamento
lançamento de pós no laboratório ou no meio ambiente, que garantam suas especificações e integridade. O
evitando contaminação cruzada, protegendo o manipulador armazenamento de substâncias sujeitas a controle especial
e o meio ambiente. deve seguir as disposições da regulamentação específica.
2.7.3. As farmácias que adotarem as condições abaixo 2.15.3. Na pesagem para diluição, quando for o caso, deve
especificadas estão isentas da utilização das antecâmaras de haver dupla checagem - operador e farmacêutico, com
que trata o item 2.7. registro dessa operação.
2.7.3.1. Salas dedicadas com cabine sem recirculação com 2.15.4. No processo de diluição e homogeneização deve ser
exaustão de 100% em área externa à sala, sendo que esta utilizada a metodologia de diluição geométrica com escolha
deve possuir filtração que elimine partículas e gases e padronização de excipientes.
provenientes da manipulação, considerando pressão 2.15.5. O armazenamento de diluídos de substâncias
negativa no interior da cabine. A sala onde esta instalada a sujeitas a controle especial deve seguir as disposições da
cabine deve ter pressão negativa em relação à área regulamentação específica.
adjacente a ela. 2.15.6. Na pesagem para manipulação deve haver dupla
2.7.3.2. Salas dedicadas com cabine de contenção máxima checagem, sendo uma realizada pelo farmacêutico, com
(isolador), totalmente fechada, com ventilação própria, à registro dessa operação.
prova de escape de ar operando com pressão negativa. O 2.15.7. No processo de encapsulamento devem ser
trabalho se efetua com luvas de borracha pressas a cabine. utilizadas cápsulas com o menor tamanho, de acordo com a
Para purificar o ar devem ser instalados filtros HEPA em dosagem.
série ou um filtro HEPA e um incinerador. (Itens 2.7; 2.7.1 2.15.8. O envase e a rotulagem devem seguir as disposições
;2.7.2; 2.7.3; 2.7.3.1 e 2.7.3.2 tem Redação dada pela RDC constantes do Anexo I.
21/09) 2.16. Para o monitoramento do processo de manipulação de
2.8. A pesagem dos hormônios, citostáticos e antibióticos formas farmacêuticas de uso interno, a farmácia deve
deve ser efetuada na respectiva sala de manipulação. realizar uma análise completa de formulação manipulada de
2.8.1. Devem ser adotados procedimentos para evitar cada uma das classes terapêuticas - antibióticos, hormônios
contaminação cruzada. e citostáticos.
2.9. As balanças e bancada devem ser submetidas a 2.16.1. O monitoramento deve ser realizado por
processo rigoroso de limpeza antes e após cada pesagem. estabelecimento, de forma a serem analisadas no mínimo
2.10.Todos os utensílios utilizados na manipulação de uma amostra a cada três meses de cada uma das classes
substâncias constantes deste anexo devem ser separados e terapêuticas elencadas no item 2.16.(NR) (Redação dada
identificados por classe terapêutica. pela RDC 87/08)
2.11. Deve ser assegurado o uso de equipamentos de 2.16.2. As amostras devem contemplar diferentes
proteção individual apropriados, condizentes com os riscos, manipuladores, fármacos e dosagens e formas
os controles e o volume de trabalho, visando proteção e farmacêuticas, podendo ser adotado sistema de rodízio.
segurança dos manipuladores. 2.17. Deve estar estabelecida em procedimento operacional
2.12. Os funcionários diretamente envolvidos na toda a metodologia para a execução do monitoramento de
manipulação de substâncias e produtos de que trata este que trata o item 2.16 e seus sub-itens.
anexo devem ser submetidos a exames médicos específicos, 2.18. Os resultados de todas as análises devem ser
atendendo ao Programa de Controle Médico de Saúde registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da
Ocupacional (PCMSO), recomendando-se ainda que seja Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos.
adotado sistema de rodízio no trabalho. 2.19. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a
2.12.1.Os responsáveis pela elaboração do PCMSO devem efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova
ser comunicados sobre a manipulação de substâncias análise, em caso de resultado de análise insatisfatório.
constantes deste anexo.
2.13. Deve haver procedimento operacional específico para ANEXO IV
evitar contaminação cruzada. BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE
PRODUTOS ESTÉREIS (BPMPE) EM FARMÁCIAS
365
1. OBJETIVO cada sessão de manipulação para garantir a higiene
Este Anexo fixa os requisitos mínimos relativos à apropriada.
manipulação de preparações estéreis em farmácias, 3.3.2. A colocação dos uniformes e calçados, bem como a
complementando os requisitos estabelecidos no higiene preparatória para entrada nas áreas classificadas,
Regulamento Técnico de Boas Práticas de Manipulação em devem ser realizadas em sala especificamente destinada
Farmácias e no Anexo I. para paramentação e seguir procedimento estabelecido para
Este anexo destina-se ainda à reconstituição, transferência, evitar contaminação microbiana e por partículas.
incorporação e fracionamento de qualquer medicamento 3.3.3. Os uniformes e calçados utilizados nas áreas
estéril destinado à utilização em serviços de saúde. classificadas devem cobrir completamente o corpo,
Caso a farmácia pretenda manipular Soluções Parenterais constituindo barreira à liberação de partículas provenientes
de Grande Volume (SPGV) e estéreis a partir de matérias- da respiração, tosse, espirro, suor, pele e cabelo.
primas estéreis deverá seguir regulamentação de boas 3.3.4. O tecido dos uniformes utilizados nas áreas
práticas de fabricação, aplicada à indústria farmacêutica, no classificadas não deve liberar partículas ou fibras e deve
que couber. proteger quanto à liberação de partículas naturais do corpo.
3.3.5. Os uniformes usados na sala de manipulação,
2. CONDIÇÕES GERAIS. inclusive máscaras e luvas, devem ser estéreis e
2.1. A farmácia é responsável pela qualidade das substituídos a cada sessão de manipulação.
preparações estéreis em todas as etapas. 3.3.6. Deve ser assegurado que as luvas estéreis sejam
2.2. É indispensável o efetivo monitoramento de todo o trocadas a cada duas horas de trabalho de manipulação, e
processo de preparação, de modo a garantir ao paciente a sempre que sua integridade estiver comprometida.
qualidade da preparação a ser administrada. 3.3.7. Os uniformes reutilizáveis devem ser mantidos
2.3. Para a manipulação de produtos utilizados em Terapia separados, em ambiente fechado, até que sejam
de Nutrição Parenteral devem ser obedecidas as disposições apropriadamente lavados e esterilizados, sob a
da Portaria SVS/MS n° 272, de 08 de abril de 1998 ou responsabilidade da empresa.
qualquer outra que venha complementá-la, alterá-la ou 3.3.7.1. A lavagem e esterilização dos uniformes podem ser
substituí-la. realizadas por empresa terceirizada, por meio de contrato
2.4. Para a manipulação de produtos usados em terapia formal.
antineoplásica devem ser obedecidas as disposições da 3.3.8. O processo de lavagem e esterilização dos uniformes
RDC no 220 de setembro de 2004, contempladas neste deve ser validado e seguir procedimentos escritos.
Anexo, ou qualquer outra que venha alterá-la ou substituí-
la. 4. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA.
2.5. A manipulação de antineoplásicos e outras substâncias 4.1. A farmácia destinada à manipulação de preparações
com reconhecido risco químico deve seguir critérios rígidos estéreis deve ser localizada, projetada e construída ou
de utilização de equipamentos de proteção coletiva (Cabine adaptada segundo padrões técnicos, contando com uma
de Segurança Biológica) e individual, procedimentos de infra-estrutura adequada às operações desenvolvidas, para
conservação e transporte, prevenção e tratamento em caso assegurar a qualidade das preparações.
de acidentes, de acordo com legislação específica. 4.2. A farmácia deve possuir, além das áreas comuns
referidas no Anexo I, no mínimo, as seguintes áreas/salas:
3. ORGANIZAÇÃO E PESSOAL. a) sala de limpeza, higienização e esterilização;
3.1. Treinamento. b) sala ou local de pesagem;
Além de atender aos requisitos descritos no item 3.2 do c) sala de manipulação e envase exclusiva;
Anexo I, todo pessoal deve conhecer os princípios das d) área para revisão;
BPMPE. e) área para quarentena, rotulagem e embalagem;
3.2. Saúde, Higiene e Conduta. f) sala de paramentação específica (antecâmara).
3.2.1. O acesso de pessoas às áreas de preparação de 4.3. As farmácias que somente realizam reconstituição,
formulações estéreis deve ser restrito aos operadores transferência, incorporação ou fracionamento de
diretamente envolvidos. especialidades farmacêuticas, devem atender às disposições
3.2.2. Os manipuladores de produtos estéreis devem atender do item 4.2., no que couber.
a um alto nível de higiene e particularmente devem ser 4.4. Nas salas de pesagem, manipulação e envase, todas as
instruídos a lavar corretamente às mãos e antebraços, com superfícies devem ser revestidas de material resistente aos
escovação das unhas, utilizando anti-séptico padronizado, agentes sanitizantes, lisas e impermeáveis para evitar
antes de entrar na área de manipulação. acúmulo de partículas e microorganismos, possuindo cantos
3.2.3. Os operadores que fazem a inspeção visual devem ser arredondados.
submetidos a exames oftalmológicos periódicos e ter 4.5. As salas de pesagem, manipulação e envase devem ser
intervalos de descanso freqüentes no período de trabalho. projetadas de modo a evitar superfícies de difícil limpeza e
3.3. Vestuário não podem ser usadas portas corrediças.
3.3.1. Os funcionários envolvidos na manipulação de 4.6. Os tetos rebaixados devem ser completamente vedados
preparações estéreis devem estar adequadamente para evitar a contaminação proveniente do espaço entre o
uniformizados para assegurar a proteção da preparação teto original e o teto de rebaixamento.
contra a contaminação e os uniformes devem ser trocados a
366
4.7. As tubulações instaladas nas salas de pesagem, 4.18.1. A sala de paramentação deve possuir câmaras
manipulação e envase devem ser embutidas na parede. fechadas, preferencialmente com dois ambientes (barreira
4.8. Sistematicamente deve-se proceder ao controle do sujo/limpo) para troca de roupa.
nível de contaminação ambiental do ar e das superfícies, 4.18.2. As portas de acesso à sala de paramentação e salas
através de parâmetros estabelecidos, seguindo classificadas devem possuir dispositivos de segurança que
procedimento escrito e com registros dos resultados. impeçam a abertura simultânea das mesmas.
4.9. A sanitização das áreas classificadas constitui aspecto 4.18.3. A sala de paramentação deve ser ventilada, com ar
particularmente importante e por isso devem ser utilizados filtrado, com pressão inferior à da sala de manipulação e
mais de um tipo de desinfetante, com alternância periódica. superior à área externa.
4.10. Deve ser procedido monitoramento periódico, através 4.18.4. O lavatório deve possuir torneira ou comando que
de parâmetros estabelecidos, do processo de sanitização dispense o contato das mãos para o fechamento. Junto ao
para detectar o surgimento de microorganismos persistentes lavatório deve existir provisão de sabonete líquido ou anti-
ou resistentes. séptico e recurso para secagem das mãos.
4.11. Na sala de pesagem, e sala de manipulação e envase
não é permitido o uso de pia e ralo, mesmo sifonados. 5. EQUIPAMENTOS, MOBILIÁRIOS E
4.12. O acesso às salas de limpeza, higienização e UTENSÍLIOS.
esterilização; pesagem; manipulação e envase deve ser 5.1. Os equipamentos devem ser localizados, projetados,
realizado por meio de antecâmara. instalados, adaptados e mantidos de forma a estarem
4.13. Sala de limpeza, higienização e esterilização. adequados às operações a serem realizadas.
4.13.1. A sala destinada à lavagem, esterilização e 5.2. A estrutura dos equipamentos deve visar a
despirogenização dos recipientes vazios deve ser separada e minimização dos riscos de erro e permitir que os mesmos
possuir classificação ISO 8 (100.000 partículas/ pé cúbico sejam efetivamente limpos e assim mantidos para que seja
ar). evitada a contaminação cruzada, o acúmulo de poeiras e
4.13.2. A limpeza e higienização de medicamentos, sujeira e, de modo geral, qualquer efeito negativo sobre a
produtos farmacêuticos e produtos para saúde utilizados na qualidade da manipulação.
manipulação de produtos estéreis também deve ser 5.3. Os equipamentos utilizados na manipulação de
realizada em área classe ISO 8. preparações estéreis devem ser escolhidos de forma que
4.13.3. A sala deve ser contígua à área de manipulação e possam ser efetivamente esterilizados por vapor, por
dotada de passagem de dupla porta para a entrada de aquecimento a seco ou outro método.
material em condição de segurança. 5.4. Os equipamentos de lavagem e limpeza devem ser
4.13.4. Deve dispor de meios e equipamentos para limpeza escolhidos e utilizados de forma que não constituam fontes
e esterilização dos materiais antes de sua entrada na sala de de contaminação.
manipulação. 5.5. Os produtos usados na limpeza e desinfecção não
4.13.5. No caso do produto manipulado necessitar de devem contaminar os equipamentos de manipulação com
esterilização final por calor, o processo de esterilização substâncias tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas.
poderá ser realizado nesta sala, desde que obedecidos 5.6. Os desinfetantes e detergentes devem ser monitorados
procedimentos previamente estabelecidos e em horário quanto à contaminação microbiana.
distinto das demais atividades realizadas nesta sala. 5.7. Após o término do trabalho de manipulação, os
4.14. Sala de pesagem. equipamentos devem ser limpos, desinfetados e
4.14.1. A sala onde é realizada a pesagem deve possuir identificados quanto à sua condição, efetuando-se os
Classe ISO 7 (10.000 partículas/ pé cúbico de ar) para registros desses procedimentos.
garantir baixa contagem microbiana e de partículas. 5.8. É recomendável que o sistema de filtração de ar do
4.15. Sala de manipulação e envase. fluxo laminar não seja desligado ao término do trabalho, a
4.15.1. A sala destinada à manipulação e envase de menos que, após a sua parada, seja providenciada a limpeza
preparações estéreis deve ser independente e exclusiva, e desinfecção do gabinete.
dotada de filtros de ar para retenção de partículas e 5.9. O sistema de ar filtrado deve assegurar que o fluxo de
microorganismos, garantindo os níveis recomendados - ar não espalhe partículas no ambiente.
Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar) ou sob fluxo 5.10. O ar injetado nas áreas classificadas deve ser filtrado
laminar, Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar), em por filtros HEPA.
área Classe ISO 7 e possuir pressão positiva em relação às 5.11. Quando a manutenção dos equipamentos for
salas adjacentes. executada dentro das áreas classificadas, devem ser
4.16. Área para revisão. utilizados instrumentos e ferramentas também limpos.
4.16.1. Deve existir área específica para revisão, com 5.12. Todos os equipamentos devem ser submetidos à
condições de iluminação e contraste adequadas à realização manutenção preventiva, de acordo com um programa
da inspeção dos produtos envasados. formal, e corretiva, quando necessário, obedecendo a
4.17. Área para quarentena, rotulagem e embalagem. procedimentos operacionais escritos com base nas
4.17.1. A área destinada à quarentena, rotulagem e especificações dos manuais dos fabricantes.
embalagem das preparações deve ser suficiente para 5.12.1. Devem existir registros das manutenções
garantir as operações de forma racional e ordenada. preventivas e corretivas realizadas.
4.18. Sala de Paramentação (antecâmara).
367
5.13. O equipamento utilizado no tratamento de água deve monitorar o processo de obtenção da água para injetáveis,
ser projetado e mantido de forma a assegurar a produção da com base em procedimentos escritos.
água com a especificação exigida. 7.2.7. A farmácia deve monitorar a água para preparação de
5.14. Deve ser realizada a sanitização do sistema de estéreis, quanto à condutividade e presença de endotoxinas
produção de água, de acordo com procedimentos escritos, bacterianas imediatamente antes de ser usada na
mantendo-se os devidos registros. manipulação.
5.15. O sistema de distribuição da água deve garantir que 7.2.7.1. No caso da água se destinar a produtos oftálmicos,
não haja contaminação microbiana. não será requerido o teste de endotoxinas bacterianas.
5.16. Sendo necessário o armazenamento da água, devem 7.2.8. Devem ser estabelecidas e registradas as medidas
ser usados recipientes de aço inoxidável, herméticos e corretivas e preventivas que serão adotadas em caso de
munidos de filtro de ar esterilizante. laudo insatisfatório da água. Deve ser avaliada a efetividade
5.17. O mobiliário deve ser construído de material liso, das medidas adotadas, por meio de uma nova análise.
impermeável, facilmente lavável e que não libere 7.2.9. O processo de obtenção da água utilizada na
partículas, e que seja passível de desinfecção pelos agentes preparação de estéreis deve ser validado.
normalmente utilizados.
8. CONTROLE DO PROCESSO DE
6. MATERIAIS. MANIPULAÇÃO.
6.1. Aquisição, recebimento e armazenamento. 8.1. Devem ser tomadas precauções no sentido de
6.1.1. As matérias primas adquiridas devem ser analisadas minimizar a contaminação durante todos os estágios da
para a verificação do cumprimento de todas as manipulação.
especificações estabelecidas nos compêndios oficiais 8.2. A manipulação deve ser realizada com técnica
incluindo a determinação da biocarga. asséptica, seguindo procedimentos escritos e validados.
6.1.2. Especialidades farmacêuticas e produtos para a saúde 8.3. Deve existir um programa de monitoramento
utilizados no preparo de estéreis devem seguir ambiental, para garantir a qualidade microbiológica da sala
especificação técnica detalhada pelo farmacêutico e estar de manipulação, com seus respectivos registros.
regularizados junto à ANVISA/MS, conforme legislação 8.4. Deve ser verificado, sistematicamente, o cumprimento
vigente. do procedimento de lavagem das mãos e antebraços dos
6.1.3. Cada lote deve estar acompanhado do Certificado de manipuladores.
Análise emitido pelo fabricante, garantindo a sua pureza 8.5. Deve ser verificado o cumprimento dos procedimentos
físico-química e microbiológica, bem como o atendimento de limpeza e desinfecção das áreas, instalações,
às especificações estabelecidas. equipamentos e materiais empregados na manipulação das
preparações estéreis.
7. ÁGUA. 8.6. Especialidades farmacêuticas, produtos para a saúde e
7.1. A água de abastecimento, o sistema de tratamento de recipientes devem ser limpos e desinfetados antes da
água e a água tratada devem ser monitorados regularmente entrada na área de manipulação.
e mantidos os registros desses resultados. 8.7. Especialidades farmacêuticas utilizadas para
7.2 Água para Preparação de Estéreis. preparação de estéreis devem ser previamente tratadas para
7.2.1. A água utilizada na preparação de estéreis deve ser garantir a sua assepsia externa e inspecionadas visualmente
obtida no próprio estabelecimento, por destilação ou por quanto à presença de partículas.
osmose reversa, obedecendo às características 8.8. Deve ser efetuado, na ordem de manipulação, o
farmacopéicas de água para injetáveis. registro do número de lote de cada uma das especialidades
7.2.2. Em casos excepcionais, quando o consumo de água farmacêuticas e produtos para a saúde, ou de cada matéria-
não justificar a instalação de sistema de produção de água prima, utilizados na manipulação de preparações estéreis,
para injetáveis, a farmácia pode utilizar-se de água para indicando inclusive os seus fabricantes / fornecedores.
injetáveis produzida por indústria farmacêutica, sendo neste 8.9. As embalagens primárias estéreis devem ser
caso desnecessária a realização dos testes previstos nos transportadas de modo a garantir a manutenção da sua
itens 7.2.6. e 7.2.7 deste anexo. esterilidade até o envase.
7.2.3. A água para enxágüe de ampolas e recipientes de 8.10. Todas as superfícies de trabalho, inclusive as internas
envase, deve ter qualidade de água para injetáveis. da capela de fluxo laminar, devem ser limpas e desinfetadas
7.2.4. O armazenamento da água não é recomendado, a não antes e depois de cada sessão de manipulação efetuando os
ser que ela seja mantida em recirculação a uma temperatura respectivos registros.
igual ou superior a 80º C. Caso contrário, ela deve ser 8.11. Devem existir registros das operações de limpeza e
descartada a cada 24 (vinte e quatro) horas. desinfecção dos equipamentos empregados na
7.2.5. Deve haver procedimentos escritos para a limpeza e manipulação.
manutenção do sistema de obtenção de água para injetáveis, 8.12. O envase das preparações estéreis deve ser feito em
com os devidos registros. recipiente que atenda aos requisitos deste Regulamento e
7.2.6. Devem ser feitos os testes físico-químicos e garanta a estabilidade físico-química e microbiológica
microbiológicos previstos para água purificada, além de dessas preparações.
teste de endotoxinas bacterianas, com o objetivo de

368
8.12.1. O recipiente deve manter a esterilidade e
apirogenicidade do seu conteúdo durante a conservação, 9. CONTROLE DE QUALIDADE.
transporte e administração. 9.1. As matérias-primas utilizadas na preparação de estéreis
8.12.2. Especialidades farmacêuticas, frascos e equipos, devem ser submetidas aos ensaios farmacopéicos
quando utilizados na reconstituição, transferência, completos, incluindo identificação, quantificação (teor),
incorporação e fracionamento, devem atender às impurezas e determinação da biocarga.
recomendações da RDC/ANVISA n° 45, de 12/03/2003 9.2. Os testes de quantificação (teor), impurezas e
suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha a determinação da biocarga podem ser executados por
substituí-la, observando critérios específicos de laboratórios de controle de qualidade terceirizados.
fotossensibilidade dos produtos. 9.3. O produto estéril pronto para o uso deve ser submetido,
8.12.3. O envase de preparações esterilizadas por filtração além dos previstos no Anexo I, aos seguintes controles:
deve ser procedido sob fluxo laminar classe ISO 5, em sala a) inspeção visual de 100% das amostras, para verificar a
classe ISO 7. integridade física da embalagem, ausência de partículas
8.13. Deve ser efetuado teste de integridade no filtro estranhas, precipitações e separações de fases;
esterilizante antes e após o processo de filtração. b) verificação da exatidão das informações do rótulo;
8.14. Todas as soluções devem passar por filtração em c) teste de esterilidade;
membrana compatível com o método de esterilização final d) teste de endotoxinas bacterianas, exceto para os produtos
utilizado. Deverão ser efetuados testes para verificação da oftálmicos.
integridade da membrana filtrante antes e após a filtração. 9.3.1. As amostras para o teste de esterilidade devem ser
8.15. Todos os processos de esterilização devem ser retiradas, segundo técnicas de amostragem que assegurem a
validados e sistematicamente monitorados com base em representatividade da amostra, a cada ciclo de
procedimentos escritos. Os resultados devem ser esterilização.
registrados e arquivados. 9.4. Todas as análises realizadas devem ser registradas.
8.15.1. Devem ser definidos procedimentos claros para 9.5. Ficam dispensadas dos testes de esterilidade e de
diferenciação das preparações esterilizadas, das não endotoxinas bacterianas toda preparação estéril, obtida por
esterilizadas. reconstituição, transferência, incorporação ou
8.16. Os indicadores biológicos devem ser considerados fracionamento de especialidades farmacêuticas estéreis,
somente como método adicional para monitoramento da com prazo de utilização de 48 horas e nos casos de
esterilização. administração prolongada (dispositivos de infusão
8.17. No caso de injetáveis, deve ser realizado o portáteis), desde que a infusão inicie até 30 horas após o
monitoramento dos produtos intermediários quanto à preparo, em serviços de saúde.
presença de endotoxinas.
8.18. O tempo entre o início da manipulação de 10.GARANTIA DA QUALIDADE.
determinada solução e sua esterilização ou filtração 10.1. Validação.
esterilizante deve ser o menor possível e estabelecido para 10.1.1. Os equipamentos e as salas classificadas devem ser
cada produto, levando-se em conta a sua composição. qualificados/certificados e os ciclos de esterilização e
8.19. A eficácia de qualquer procedimento novo deve ser despirogenização, assim como o sistema de obtenção de
validada em intervalos regulares ou quando forem feitas água para preparação de estéreis devem ser validados.
modificações significativas no processo ou nos 10.1.2. O procedimento de preparações estéreis deve ser
equipamentos. validado para garantir a obtenção do medicamento estéril.
8.20. É obrigatória a revisão e inspeção de todas as 10.1.2.1. A validação deve seguir protocolo escrito que
unidades de produtos estéreis. inclua a avaliação da técnica adotada, por meio de um
8.21. Deve ser efetuado teste para verificação da procedimento simulado.
hermeticidade dos produtos estéreis. 10.1.2.2. A validação deve abranger a metodologia
8.22. Deve existir um sistema de identificação que garanta empregada, o manipulador, as condições da área e dos
a segurança da separação das preparações antes e depois da equipamentos.
revisão. 10.1.2.3. A validação do procedimento de manipulação
8.23. Todo produto estéril, obtido por reconstituição, deve ser realizada antes do efetivo início das atividades da
transferência, incorporação ou fracionamento de farmácia.
especialidades farmacêuticas estéreis destinado à utilização 10.1.3. Devem ser realizadas revalidações periódicas, no
em serviços de saúde, deve conter rótulo com as seguintes mínimo uma vez ao ano.
informações: nome completo do paciente, quarto/leito e 10.1.4. Sempre que houver qualquer alteração nas
registro hospitalar (se for o caso), composição qualitativa e condições validadas, o procedimento deve ser revalidado.
quantitativa dos produtos e ou nomes das especialidades 10.1.5. As validações e revalidações devem ser
farmacêuticas que compõem a manipulação, volume total, documentadas e os documentos arquivados por dois anos.
velocidade da infusão, via de acesso, data e hora da 10.2. Documentação.
manipulação, número seqüencial de controle e condições de 10.2.1. A documentação e o registro de preparações estéreis
temperatura para conservação e transporte, nome e CRF do devem ser arquivados durante dois anos a partir da data da
farmacêutico responsável e identificação de quem preparou manipulação.
a manipulação.
369
11. REQUISITOS ADICIONAIS PARA 11.9.2.1. O Kit de Derramamento deve conter, no mínimo,
MANIPULAÇÃO/FRACIONAMENTO DE luvas de procedimentos, avental de baixa permeabilidade,
PREPARAÇÕES ESTÉREIS CONTENDO compressas absorventes, proteção respiratória, proteção
CITOSTÁTICOS DEVEM SEGUIR AS SEGUINTES ocular, sabão, descrição do procedimento, formulário para o
DISPOSIÇÕES, ESTABELECIDAS NA RDC No 220 registro do acidente e recipiente identificado para
DE 21 DE SETEMBRO DE 2004 OU OUTRA NORMA recolhimento dos resíduos de acordo com RDC/ANVISA nº
QUE VENHA A SUBSTITUÍ-LA. 306, de 07/12/2004, suas atualizações ou outro instrumento
11.1. Todos os medicamentos Citostáticos devem ser legal que venha substituí-la.
armazenados em local exclusivo, sob condições 11.9.3. Devem existir normas e rotinas escritas, revisadas
apropriadas, de modo a preservar a identidade e integridade anualmente, para a utilização da Cabine de Segurança
dos mesmos. Biológica e dos Equipamentos de Proteção Individual.
11.2. A farmácia deve possuir sala exclusiva para 11.9.4. Em caso de acidente.
manipulação e fracionamento de citostáticos. Todos os acidentes devem ser registrados em formulário
11.3. A pressurização da sala de manipulação deve ser específico.
negativa em relação ao ambiente adjacente. 11.9.4.1. Pessoal.
11.4. Todas as operações devem ser realizadas em Cabine 11.9.4.1.1. O vestuário deve ser removido imediatamente
de Segurança Biológica (CSB) Classe II B2, que deve ser quando houver contaminação.
instalada seguindo orientações contidas em legislação 11.9.4.1.2. As áreas da pele atingidas devem ser lavadas
específica. com água e sabão.
11.5. A CSB deve ser validada com periodicidade semestral 11.9.4.1.3. Quando da contaminação dos olhos ou outras
e sempre que houver deslocamento e/ou reparos, por mucosas, lavar com água ou solução isotônica em
pessoal treinado, mantendo-se os registros. abundância e providenciar acompanhamento médico.
11.6. Qualquer interrupção do funcionamento da CSB 11.9.4.2. Na Cabine.
implica na paralisação imediata das atividades de 11.9.4.2.1. Promover a descontaminação de toda a
manipulação dos medicamentos citostáticos. superfície interna da cabine.
11.7. Equipamentos de Proteção Individual. 11.9.4.2.2. Em caso de contaminação direta da superfície
11.7.1. Durante a manipulação devem ser usados: do filtro HEPA, a cabine deverá ser isolada até a
a) dois pares de luvas (tipo cirúrgica) de látex estéreis com substituição do filtro.
punho longo e sem talco, trocados a cada hora ou sempre 11.9.4.3. Ambiental.
que sua integridade estiver comprometida; 11.9.4.3.1. O responsável pela descontaminação deve
b) avental longo ou macacão de uso restrito à sala de paramentar-se antes de iniciar o procedimento.
manipulação, com baixa permeabilidade, frente fechada, 11.9.4.3.2. A área do derramamento, após identificação e
com mangas longas e punho elástico. restrição de acesso, deve ser limitada com compressas
11.7.2. A paramentação, quando reutilizável, deve ser absorventes.
guardada separadamente, em ambiente fechado, até que 11.9.4.3.3. Os pós devem ser recolhidos com compressas
seja lavada. O processo de lavagem deve ser exclusivo a absorventes umedecidas.
este vestuário. 11.9.4.3.4. Os líquidos devem ser recolhidos com
11.7.3. Deve ser feita a inspeção visual do produto final, compressas absorventes secas.
observando a existência de perfurações e/ou vazamentos, 11.9.4.3.5. A área deve ser limpa com água e sabão, em
corpos estranhos ou precipitações na solução. abundância.
11.8. Conservação e Transporte. 11.9.4.3.6. Quando da existência de fragmentos, estes
11.8.1. O transporte do medicamento citostático deve ser devem ser recolhidos e descartados conforme
feito em recipientes isotérmicos exclusivos, protegido de RDC/ANVISA nº. 306, de 07/12/2004, suas atualizações ou
intempéries e da incidência direta da luz solar. outro instrumento que venha substituí-la.
11.8.2. O responsável pelo transporte de medicamentos
citostáticos deve receber treinamento específico de ANEXO V
biossegurança em caso de acidentes e emergências. BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE
11.8.3. Para casos de contaminação acidental no transporte PREPARAÇÕES HOMEOPÁTICAS (BPMH) EM
de medicamentos citostáticos, é compulsória a notificação FARMÁCIAS
do ocorrido ao responsável pela manipulação, assim como 1. OBJETIVO.
as providências de descontaminação e limpeza, adotadas de Este Anexo fixa os requisitos mínimos relativos à
acordo com os protocolos estabelecidos. manipulação de preparações homeopáticas em Farmácias,
11.9. Biossegurança. complementando os requisitos estabelecidos no
11.9.1. A farmácia deve dispor de Programa de Regulamento Técnico e no Anexo I.
Biossegurança, devidamente implantado, de acordo com 2. ORGANIZAÇÃO E PESSOAL.
legislação específica. 2.1. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
11.9.2. A farmácia deve manter um “Kit” de Derramamento 2.1.1. Os funcionários envolvidos no processo de
identificado e disponível em todas as áreas onde são manipulação devem estar devidamente higienizados e não
realizadas atividades de manipulação, armazenamento e odorizados.
transporte. 3. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA
370
3.1. A farmácia para executar a manipulação de resíduos ou possuam odores, sendo indicado o uso de
preparações homeopáticas deve possuir, além das áreas sabão, água e soluções sanitizantes.
comuns referidas no Anexo I, as seguintes áreas: 4.2. Bancadas de trabalho devem ser limpas com solução
a) sala exclusiva para a manipulação de preparações hidroalcoólica a 70% (p/p).
homeopáticas; 5. MATERIAIS.
b) área ou local de lavagem e inativação; 5.1. Os materiais destinados às preparações homeopáticas
c) sala exclusiva para coleta de material para o preparo de devem ser armazenados em área ou local apropriado, ao
auto-isoterápicos, quando aplicável. abrigo de odores.
3.2. Armazenamento. 5.2. A água utilizada para preparações homeopáticas deve
3.2.1. As matrizes, os insumos ativos e os insumos inertes atender aos requisitos farmacopéicos estabelecidos para
podem ser armazenados na sala da manipulação água purificada.
homeopática ou em área exclusiva. 6. MANIPULAÇÃO
3.3. Sala de Manipulação. 6.1. A identificação do medicamento homeopático prescrito
3.3.1. A sala de manipulação deve ter dimensões adequadas deve ser realizada conforme nomenclatura específica e
ao número de funcionários que trabalhem na mesma, e ainda apresentar potência, escala, método, forma
móveis em número e disposição que facilitem o trabalho farmacêutica, quantidades e unidades.
desenvolvido, bem como sua limpeza e manutenção. A sala 6.2. A preparação de heteroisoterápicos provenientes de
deve estar localizada em área de baixa incidência de especialidades farmacêuticas sujeitas à prescrição deve
radiações e de odores fortes. estar acompanhada da respectiva receita.
3.3.2. A sala de manipulação, além dos equipamentos 6.3 A preparação de heteroisoterápicos utilizando
básicos descritos no Anexo I, quando aplicável, deve ser especialidades farmacêuticas que contenham substâncias
dotada dos seguintes equipamentos específicos: sujeitas a controle especial, deve ser realizada a partir do
a) alcoômetro de Gay-Lussac; estoque do estabelecimento ou proveniente do próprio
b) balança de uso exclusivo. paciente, obedecidas às exigências da legislação específica
3.3.3. A farmácia que realizar preparo de auto-isoterápico vigente.
deve possuir sala específica para coleta e manipulação até 6.4 A preparação de heteroisoterápicos utilizando
12CH ou 24DH, seguindo os preceitos da Farmacopéia substâncias sujeitas a controle especial deve ser realizada
Homeopática Brasileira, edição em vigor. obedecendo às exigências da legislação específica vigente,
3.3.3.1. Para garantir a efetiva inativação microbiana, deve necessitando neste caso da Autorização Especial emitida
ser realizado monitoramento periódico do processo de pela ANVISA.
inativação, mantendo-se os registros. 6.4.1. A preparação e dispensação de heteroisoterápicos de
3.3.4. Devem existir procedimentos escritos de potências igual ou acima de 6CH ou 12DH com matrizes
biossegurança, de forma a garantir a segurança obtidas de laboratórios industriais homeopáticos não
microbiológica da sala de coleta e manipulação de material necessitam da Autorização Especial emitida pela ANVISA.
para preparo de auto-isoterápico, contemplando os 6.5. O local de trabalho e os equipamentos devem ser
seguintes itens: limpos periodicamente, de forma a garantir a higiene da
a) normas e condutas de segurança biológica, ocupacional e área de manipulação.
ambiental; 6.6. Os utensílios, acessórios e recipientes utilizados nas
b) instruções de uso dos equipamentos de proteção preparações homeopáticas devem ser descartados. Na
individual (EPI); possibilidade de sua reutilização, os mesmos devem ser
c) procedimentos em caso de acidentes; submetidos a procedimentos adequados de higienização e
d) manuseio do material. inativação, atendendo às recomendações técnicas nacionais
3.4. Área ou local de lavagem e inativação. e / ou internacionais.
3.4.1. Deve existir área ou local para limpeza e 6.7. Após a inativação e higienização dos utensílios,
higienização dos utensílios, acessórios e recipientes recipientes e acessórios, estes devem ser guardados ao
utilizados nas preparações homeopáticas, dotados de abrigo de sujidades e odores.
sistema de lavagem e inativação. 6.8. Devem existir procedimentos operacionais padrão para
3.4.2. No caso da existência de uma área específica de todas as etapas do processo de preparações homeopáticas.
lavagem, esta pode ser compartilhada em momentos 7. ROTULAGEM E EMBALAGEM.
distintos para lavagem de outros recipientes, utensílios e 7.1. A rotulagem e a embalagem devem atender requisitos
acessórios utilizados na manipulação de preparações não estabelecidos no Anexo I, com a seguinte
homeopáticas, obedecendo a procedimentos escritos. complementação:
3.4.3. A área ou local de lavagem e inativação deve ser 7.1.1. Insumo ativo.
dotada de estufa para secagem e inativação de materiais, 7.1.1.1. A Tintura-mãe deve ser identificada por meio do
com termômetro, mantendo-se os respectivos registros de rótulo interno ou do fornecedor, de acordo com normas
temperatura e tempo do processo de inativação. internacionais de nomenclatura e legislação específica,
4. LIMPEZA E SANITIZAÇÃO. contendo os seguintes dados:
4.1. Para a limpeza e sanitização de piso, parede e a) nome científico da droga;
mobiliário da sala de manipulação de preparações b) data de fabricação;
homeopáticas devem ser usados produtos que não deixem c) prazo de validade;
371
d) parte usada; BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE
e) conservação; UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE
f) grau alcoólico; MEDICAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
g) classificação toxicológica, quando for o caso; 1. OBJETIVOS.
h) número de lote. Estabelecer os requisitos de Boas Práticas para Preparo de
7.1.1.2. A Matriz deve ser identificada por meio do rótulo Dose Unitária e Unitarização de Dose de Medicamento,
interno ou do fornecedor, de acordo com normas realizada exclusivamente em farmácia privativa de unidade
internacionais de nomenclatura e legislação específica, hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
contendo os seguintes dados: médica com a finalidade de ajustar às necessidades
a) dinamização, escala e método; terapêuticas do paciente e racionalizar o uso dos
b) insumo inerte e grau alcoólico, quando for o caso; medicamentos.
c) data da manipulação; Este anexo é uma complementação dos requisitos
d) prazo de validade (mês/ano); estabelecidos no Regulamento Técnico de Boas Práticas de
e) origem. Manipulação e no ANEXO I, com exceção dos itens 7.3,
7.1.1.2.1 O teor alcoólico das matrizes estocadas deve 8.3, 8.4, 9, 10, 11, 12, 14, 15.4. e respectivos sub-itens, e
seguir as recomendações da Farmacopéia Homeopática aqueles relacionados a matérias-primas.
Brasileira. 2. DEFINIÇÕES.
7.1.2. Formas Farmacêuticas de Dispensação. Para efeito deste Anexo, são adotadas as seguintes
7.1.2.1 Preparação para ser dispensada deve ser identificada definições:
por meio de rótulo contendo: Dose unitária: adequação da forma farmacêutica à
a) nome da preparação; quantidade correspondente à dose prescrita, preservadas
b) dinamização, escala e método; suas características de qualidade e rastreamento.
c) forma farmacêutica; Dose unitarizada: adequação da forma farmacêutica em
d) quantidade e unidade; doses previamente selecionadas para atendimento a
e) data da manipulação; prescrições nos serviços de saúde.
f) prazo de validade (mês/ano); Embalagem original para fracionáveis: acondicionamento
g) identificação da farmácia com o Cadastro Nacional de que contém embalagem primária fracionável.
Pessoa Jurídica - C.N.P.J., endereço completo, nome do Embalagem original: embalagem aprovada junto ao órgão
farmacêutico responsável com o respectivo número no competente.
Conselho Regional de Farmácia; Embalagem primária fracionada: menor fração da
h) nas preparações homeopáticas magistrais deve constar embalagem primária fracionável que mantenha a qualidade
no rótulo o nome do paciente e do prescritor. e segurança do medicamento, os dados de identificação e as
8. PRAZO DE VALIDADE. características da unidade posológica que a compõem, sem
8.1. Toda preparação homeopática deve apresentar no o rompimento da embalagem primária.
rótulo o prazo de validade e, quando necessário, a indicação Embalagem primária fracionável: acondicionamento
das condições para sua conservação. adequado à subdivisão mediante a existência de
8.2. O prazo de validade das matrizes e das preparações mecanismos que assegurem a presença dos dados de
dispensadas deve ser estabelecido caso a caso, conforme a identificação e as mesmas características de qualidade e
Farmacopéia Homeopática Brasileira. segurança do medicamento em cada embalagem primária
9. CONTROLE DE QUALIDADE. fracionada.
9.1. A farmácia deve avaliar os insumos inertes conforme o Fracionamento em serviços de saúde: procedimento
item 7.3.10. do Anexo I. realizado sob responsabilidade e orientação do
9.2. O controle de qualidade dos insumos ativos será farmacêutico, que consiste na subdivisão da embalagem
estabelecido, respeitadas as peculiaridades das preparações primária do medicamento em frações menores, a partir da
homeopáticas. sua embalagem original, mantendo os seus dados de
9.3. Os insumos ativos para os quais existem métodos de identificação e qualidade.
controle de qualidade devem ser adquiridos acompanhados Preparação de dose unitária de medicamento: procedimento
dos respectivos certificados de análise. efetuado sob responsabilidade e orientação do
9.4. Os insumos ativos para os quais não existem métodos farmacêutico, incluindo, fracionamento em serviços de
de controle de qualidade, devem ser adquiridos saúde, subdivisão de forma farmacêutica ou
acompanhados da respectiva descrição de preparo. transformação/derivação, desde que se destinem à
9.5. Devem ser realizadas análises microbiológicas das elaboração de doses unitárias visando atender às
matrizes do estoque existente, por amostragem necessidades terapêuticas exclusivas de pacientes em
representativa, mantendo-se os registros. atendimento nos serviços de saúde.
9.5.1. A farmácia pode, por meio de processos controlados Preparação extemporânea: Toda preparação para uso em até
e registrados, estipular a periodicidade adequada para as 48 h após sua manipulação, sob prescrição médica, com
análises de forma a garantir a qualidade de suas matrizes. formulação individualizada.
Prescrição: ato de indicar o medicamento a ser utilizado
ANEXO VI pelo paciente, de acordo com proposta de tratamento

372
farmacoterapêutico, que é privativo de profissional a) DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas. No
habilitado e se traduz pela emissão de uma receita. caso de fitoterápicos, nomenclatura botânica (gênero e
Sala para preparo de doses unitárias e unitarização de doses espécie);
de medicamentos: sala identificada, que se destina às b) Data da submissão do medicamento ao preparo de doses
operações relacionadas à preparação de doses unitárias, unitárias ou a unitarização de doses (dd/mm/aaaa);
para atender às necessidades dos pacientes em atendimento c) Nome comercial do medicamento ou genérico e nome do
nos serviços de saúde. fabricante;
Subdivisão de formas farmacêuticas: clivagem ou partilha d) Número do lote e data de validade original (mês/ano);
de forma farmacêutica. e) Código, número ou outra forma de identificação criada
Transformação/derivação: manipulação de especialidade pelo serviço de saúde (número seqüencial correspondente à
farmacêutica visando ao preparo de uma forma escrituração do medicamento no Livro de Registro de
farmacêutica a partir de outra. Receituário) e data de validade após a submissão do
Unitarização de doses de medicamento: procedimento medicamento ao preparo de doses unitárias ou a
efetuado sob responsabilidade e orientação do unitarização de doses;
farmacêutico, incluindo, fracionamento em serviços de f) Forma farmacêutica, concentração da substância ativa
saúde, subdivisão de forma farmacêutica ou por unidade posológica e quantidade de unidades, antes e
transformação/derivação em doses previamente após a submissão do medicamento ao preparo de doses
selecionadas, desde que se destinem à elaboração de doses unitárias ou a unitarização de doses;
unitarizadas e estáveis por período e condições definidas, g) Identificação do profissional que efetuou a atividade de
visando atender às necessidades terapêuticas exclusivas de preparação de doses unitárias ou a unitarização de doses do
pacientes em atendimento nos serviços de saúde. medicamento;
3. CONDIÇÕES. h) Tipo de operação realizada na preparação de doses
3.1. O preparo de doses unitárias e a unitarização de doses unitárias ou a unitarização de doses
de medicamentos, desde que preservadas suas (transformação/adequação, subdivisão da forma
características de qualidade e rastreabilidade, é permitido farmacêutica ou fracionamento em serviços de saúde).
exclusivamente às farmácias de atendimento privativo de 3.4. Devem existir procedimentos operacionais escritos
unidade hospitalar ou qualquer equivalente de assistência para a prevenção de trocas ou misturas de medicamentos,
médica. sendo portanto, vedada a realização de procedimentos de
3.1.1. As farmácias de atendimento privativo de unidade preparação concomitante, de doses unitárias ou unitarização
hospitalar ou equivalente de assistência médica que realizar de doses de mais de um medicamento.
transformação/derivação de medicamentos devem atender 3.5. A escrituração de todas as operações relacionadas com
além das disposições deste anexo, os requisitos abaixo: os procedimentos de preparação de dose unitária ou
a) Que o procedimento seja exclusivo para elaboração de unitarização de doses do medicamento deve ser legível,
doses unitárias e unitarização de doses, visando atender às sem rasuras ou emendas, além de observar a ordem
necessidades terapêuticas exclusivas de pacientes em cronológica e ser mantida devidamente atualizada, podendo
atendimento nos serviços de saúde; ser informatizada ou não.
b) Seja justificado tecnicamente ou com base em literatura 3.6. A farmácia deve assegurar a qualidade microbiológica,
científica; química e física de todos os medicamentos submetidos à
c) Seja efetuado em caráter excepcional ou quando da preparação de dose unitária ou unitarização de doses.
indisponibilidade da matéria-prima no mercado e ausência 3.7. Para a preparação de dose unitária ou a unitarização de
da especialidade farmacêutica na dose e concentração e ou doses de especialidades farmacêuticas estéreis devem ser
forma farmacêutica compatíveis com as necessidades atendidas ainda as disposições do Anexo IV, no que
terapêuticas do paciente; couber.
d) Que o medicamento obtido seja para uso extemporâneo. 3.8. Os procedimentos para a preparação de dose unitária
3.2. A preparação de doses unitárias e a unitarização de ou a unitarização de doses de medicamento devem seguir
doses de medicamentos deve ser realizada sob preceitos farmacotécnicos, de forma a preservar a
responsabilidade e orientação do farmacêutico que deve segurança, eficácia e qualidade do medicamento.
efetuar os respectivos registros de forma a garantir a 3.9. O prazo de validade dos produtos submetidos à
rastreabilidade dos produtos e procedimentos realizados. preparação de dose unitária ou a unitarização de doses varia
3.3. A preparação de doses unitárias e a unitarização de em função do tipo de operação realizada:
dose do medicamento, deve ser registrada em Livro de a) No caso de fracionamento em serviços de saúde sem o
Registro de Receituário, ou seu equivalente eletrônico, rompimento da embalagem primária o prazo de validade
escriturando as informações referentes a cada será o determinado pelo fabricante;
medicamento, de modo a facilitar o seu rastreamento. b) No caso de fracionamento em serviços de saúde onde há
3.3.1. O Livro de Registro de Receituário, informatizado ou o rompimento da embalagem primária, o prazo de validade
não, deve estar disponível às autoridades sanitárias, quando será, quando não houver recomendação específica do
solicitado. fabricante, de no máximo 25% do tempo remanescente
3.3.2. O registro deve conter, no mínimo, os seguintes constante na embalagem original, desde que preservadas a
itens: segurança, qualidade e eficácia do medicamento;

373
c) No caso de preparação de doses unitárias ou a f) Número, código ou outra forma de identificação que
unitarização de doses por transformação/adequação ou garanta a rastreabilidade do produto submetido à
subdivisão da forma farmacêutica, quando não houver preparação de dose unitária ou unitarizada e dos
recomendação específica do fabricante, o período de uso procedimentos realizados conforme previsto no item 3.2.
deve ser o mesmo das preparações extemporâneas. 3.13. Os medicamentos sujeitos a controle especial devem
3.9.1. Para os casos descritos na alínea “a” do item 3.9., a seguir legislação específica.
farmácia deve preferencialmente adquirir medicamentos 3.14. Para exercer as atividades de preparação de dose
disponíveis no mercado em embalagem primária unitária ou unitarizada de medicamento, o serviço de saúde
fracionável. deve possuir infra-estrutura adequada às operações
3.10 O prazo máximo para estoque dos medicamentos já correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e
submetidos à preparação de dose unitarizada é de 60 dias, materiais de forma organizada, objetivando evitar os riscos
respeitada a forma farmacêutica e o prazo de validade de contaminação, misturas ou trocas de medicamentos, sem
estabelecido no item 3.9. prejuízo das demais normas sanitárias vigentes.
3.11. A embalagem primária do produto submetido à 3.15. A sala destinada às atividades de preparação de dose
preparação de doses unitárias ou a unitarização de doses unitária ou unitarizada de medicamento deve estar
deve garantir que as características do medicamento não devidamente identificada e suas dimensões devem estar
sejam alteradas, preservando a qualidade, eficácia e compatíveis com o volume das operações, devendo possuir
segurança do mesmo. no mínimo:
3.11.1. Devem existir procedimentos operacionais escritos a) Bancada revestida de material liso, resistente e de fácil
para as operações de rotulagem e embalagem de limpeza;
medicamentos submetidos ao preparo de dose unitária ou b) Pia com água corrente;
unitarizada. c) Instrumento cortante, equipamentos, utensílios, vidrarias
3.12. A rotulagem deve garantir a rastreabilidade do e demais materiais para uso exclusivo nas atividades de
medicamento submetido a preparação de dose unitária ou preparação de dose unitária ou unitarizada de medicamento
unitarizada, contendo, no mínimo, as seguintes e que permita sua limpeza e sanitização;
informações: d) Lixeira com tampa, pedal e saco plástico, devidamente
a) DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou identificada.
nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de 3.16. Em caráter excepcional, nos casos de baixa demanda
fitoterápicos; ou que envolvam alta tecnologia não disponível na farmácia
b) Concentração da substância ativa por unidade de atendimento privativo de unidade hospitalar ou
posológica, com exceção de medicamentos com mais de equivalente de assistência médica, podem ser contratados
quatro fármacos; serviços de farmácias para o preparo de dose unitária e
c) Data de validade após submissão do produto ao preparo unitarização de dose do medicamento, desde que atendidas
de dose unitária ou a unitarização de doses conforme item as disposições desta Resolução de Diretoria Colegiada.
3.9. (mês/ano); 3.16.1. As farmácias somente poderão realizar as atividades
d) Nome do farmacêutico responsável pela atividade de previstas neste anexo para atender ao disposto no item
preparação de dose unitária ou unitarizada ou respectivo anterior, devendo ser formalizado contrato escrito entre as
CRF; partes.
e) Via de administração, quando restritiva;

7. clozapina.
ANEXO VII - ROTEIRO DE INSPEÇÃO 8. colchicina.
PARA FARMÁCIA 9. Digitoxina.
(ATENÇÃO O ANEXO NÃO FOI AQUI 10. digoxina.
DISPONIBILIZADO. CONSULTE O SITE DA 11. disopiramida.
ANVISA) 12. fenitoina.
13. lítio.
ANEXO VIII 14 .minoxidil.
PADRÃO MÍNIMO PARA INFORMAÇÕES AO 15. oxcarbazepina.
PACIENTE 16. prazosin.
(ATENÇÃO O ANEXO NÃO FOI AQUI 17. primidona.
DISPONIBILIZADO EM SUA INTEGRALIDADE. 18. procainamida.
CONSULTE O SITE DA ANVISA) 19. quinidina.
O anexo traz modelos para seguintes fármacos: 20. teofilina.
1. ácido valpróico. 21. varfarina.
2. aminofilina 22. verapamil (cloridrato).
3. carbamazepina. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
4. ciclosporina. 09.10.2007
5. clindamicina.
6. clonidina (cloridrato).
374
Art. 2º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em
RDC nº 96, de 17/12/2008 vigor 180 (cento e oitenta) dias após a sua publicação.
(D.O.U de 18.12.2008) DIRCEU RAPOSO DE MELLO
ANEXO
Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e REGULAMENTO
outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou Art. 1º Este Regulamento se aplica à propaganda,
promoção comercial de medicamentos. publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja
a divulgação ou promoção comercial de medicamentos de
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância produção nacional ou estrangeira, quaisquer que sejam as
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 11, formas e meios de sua veiculação, incluindo as transmitidas
inciso IV, do Regulamento da Agência Nacional de no decorrer da programação normal das emissoras de rádio
Vigilância Sanitária aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 e televisão.
de abril de 1999, e conforme artigo 11, inciso IV, do
Regimento Interno, aprovado nos termos do Anexo I da TÍTULO I
Portaria nº 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, REQUISITOS GERAIS
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião Art. 2º Para efeito deste Regulamento são adotadas as
realizada em 21 de novembro de 2008; seguintes definições:
Considerando a Constituição Federal de 1988; DENOMINAÇÃO COMUM BRASILEIRA/DCB -
Considerando a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976; Denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
Considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977, ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela
que regulamenta a Lei nº 6.360, de 24 de setembro de vigilância sanitária.
1976; DENOMINAÇÃO COMUM INTERNACIONAL/DCI -
Considerando a Lei nº 9.782, de 26, de janeiro de 1999; Denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
Considerando a Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999; ativo recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
Considerando a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006; EMPRESA - Pessoa jurídica, de direito público ou privado,
Considerando o Decreto nº 78.992, de 21 de dezembro de que exerça como atividade principal ou subsidiária a
1976, que regulamenta a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de produção, manipulação, comércio, fornecimento,
1976; distribuição e divulgação de medicamentos, insumos
Considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, farmacêuticos e outros produtos que sejam anunciados
sobre infrações sanitárias, como medicamento.
Considerando a Lei nº 9.294 de 15 de julho de 1996; MARCA NOMINATIVA - É aquela constituída por uma
Considerando o Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996, ou mais palavras no sentido amplo do alfabeto romano,
que regulamenta a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996; compreendendo, também, os neologismos e as combinações
Considerando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990; de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos.
Considerando o Decreto nº. 2.181, de 20 de março de MARCA FIGURATIVA - É aquela constituída por
1997; desenho, figura ou qualquer forma estilizada de letra e
Considerando a Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990; número, isoladamente.
Considerando a Lei nº. 10.742, de 6 de outubro de 2003; MARCA MISTA - É aquela constituída pela combinação
Considerando a RDC nº. 26, de 30 de março de 2007; de elementos nominativos e figurativos ou de elementos
Considerando a Portaria nº. 3.916, de 30 de outubro de nominativos com grafia apresentada de forma estilizada.
1998, que define a Política Nacional de Medicamentos; MATERIAL CIENTÍFICO - Artigos científicos publicados
Considerando a publicação do Ministério da Saúde e da e livros técnicos.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária intitulada Estudo MATERIAL DE AJUDA VISUAL - peça publicitária
Comparado - Regulamentação da PROPAGANDA DE utilizada exclusivamente pelos propagandistas com o
MEDICAMENTOS; objetivo de apresentar aos profissionais prescritores e
Considerando a necessidade de atualização do Regulamento dispensadores os medicamentos com informações e
Técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e linguagem uniformizadas pela empresa.
Informação de Medicamentos; MEDICAMENTO BIOLÓGICO - Medicamento biológico
Adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu que contém molécula com atividade biológica conhecida, e
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. que tenha passado por todas as etapas de fabricação
(formulação, envase, liofilização, rotulagem, embalagem,
Art. 1º O Regulamento anexo a esta Resolução se aplica à armazenamento, controle de qualidade e liberação do lote
propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo de produto biológico para uso).
objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de MENSAGEM RETIFICADORA - É aquela elaborada para
medicamentos, de produção nacional ou estrangeira, esclarecer e corrigir erros e equívocos causados pela
quaisquer que sejam as formas e meios de sua veiculação, veiculação de propagandas enganosas e/ou abusivas, e/ou
incluindo as transmitidas no decorrer da programação que apresentem informações incorretas e incompletas
normal das emissoras de rádio e televisão. sendo, portanto, capazes de induzir, direta ou indiretamente,
o consumidor a erro e a se comportar de forma prejudicial à
sua saúde e segurança.
375
MONOGRAFIA - Material elaborado mediante uma PROPAGANDA/PUBLICIDADE ABUSIVA - É aquela
compilação de informações técnico-científicas provenientes que incita a discriminação de qualquer natureza, a
de estudos publicados, livros técnicos e informações violência, explora o medo ou superstições, se aproveita da
contidas na documentação de registro submetida à Anvisa, deficiência de julgamento e de experiência da criança,
visando munir o profissional de saúde com variadas desrespeita valores ambientais ou que seja capaz de induzir
informações sobre determinado medicamento, apresentando o usuário a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à
resumos com informações equilibradas, ou seja, resultados sua saúde ou segurança.
satisfatórios e não satisfatórios, e conclusões fiéis à PROPAGANDA/PUBLICIDADE ENGANOSA - É
original. qualquer modalidade de informação ou comunicação de
NIVEL DE EVIDÊNCIA I - Nível de estudo I: Ensaios caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou que,
clínicos randomizados, com desfecho e magnitude de por qualquer outro modo, mesmo por omissão de dado
efeitos clinicamente relevantes, correspondentes à hipótese essencial do produto, seja capaz de induzir o consumidor a
principal em tese, com adequado poder e mínima erro, a respeito da natureza, características, qualidade,
possibilidade de erro alfa. Meta-análises de ensaios clínicos quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros
de nível II, comparáveis e com validade interna, com dados sobre produtos e serviços.
adequado poder final e mínima possibilidade de erro alfa. PROPAGANDA/PUBLICIDADE INDIRETA - É aquela
NIVEL DE EVIDÊNCIA II - Nível de estudo II: Ensaio que, sem mencionar o nome dos produtos, utiliza marcas,
clínico randomizado que não preenche os critérios do nível símbolos, designações e/ou indicações capaz de identificá-
I. Análise de hipóteses secundárias de estudos nível I. los e/ou que cita a existência de algum tipo de tratamento
PATROCÍNIO - Custeio total ou parcial da produção de para uma condição específica de saúde.
material, programa de rádio ou televisão, evento, projeto REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA - Conjunto padronizado
comunitário, atividade cultural, artística, esportiva, de de elementos descritivos que permite a identificação de
pesquisa ou de atualização científica, concedido como documentos utilizados, possibilitando sua localização e
estratégia de marketing, bem como custeio dos obtenção direta por um leitor interessado.
participantes das atividades citadas. SUBSTÂNCIA ATIVA - Qualquer substância que
PEÇA PUBLICITÁRIA - Cada um dos elementos apresente atividade farmacológica ou outro efeito direto no
produzidos para uma campanha publicitária ou de diagnóstico, tais como: cura, alívio, tratamento ou
promoção de vendas, com funções e características prevenção de doenças; ou afete qualquer função do
próprias, que seguem a especificidade e a linguagem de organismo humano.
cada veículo. Exemplos: anúncio, encarte, filmete, spot, VACINAS - Produtos biológicos que contêm uma ou mais
jingle, cartaz, cartazete, painel, letreiro, display, folder, substâncias antigênicas que, quando inoculados, são
banner, móbile, outdoor, busdoor, visual aid etc. capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger
PESSOA FÍSICA - aquela que, de forma direta ou indireta, contra a doença causada pelo agente infeccioso que
seja responsável por atividades relacionadas à produção, originou o antígeno.
manipulação, comércio, fornecimento, distribuição e Art. 3º Somente é permitida a propaganda ou publicidade
divulgação de medicamentos, insumos farmacêuticos e de medicamentos regularizados na Anvisa.
outros produtos que sejam anunciados como medicamento. § 1º A propaganda ou publicidade deve ser procedente de
PREPARAÇÃO MAGISTRAL - É aquela preparada na empresas regularizadas perante o órgão sanitário
farmácia, de forma individualizada, para ser dispensada competente, quando assim a legislação o exigir, ainda que a
atendendo a uma prescrição de um profissional habilitado, peça publicitária esteja de acordo com este Regulamento.
respeitada a legislação vigente, que estabelece sua § 2º Todas as alegações presentes na peça publicitária
composição, forma farmacêutica, posologia e modo de referentes à ação do medicamento, indicações, posologia,
usar. modo de usar, reações adversas, eficácia, segurança,
PREPARAÇÃO OFICINAL - É aquela preparada na qualidade e demais características do medicamento devem
farmácia, cuja fórmula esteja inscrita nas farmacopéias, ser compatíveis com as informações registradas na Anvisa.
compêndios ou formulários reconhecidos pelo Ministério §3º O conteúdo das referências bibliográficas citadas na
da Saúde. propaganda ou publicidade de medicamentos isentos de
PROGRAMAS DE FIDELIZAÇÃO - São aqueles prescrição devem estar disponíveis pela empresa no Serviço
realizados por farmácias e drogarias, as quais, na intenção de Atendimento ao Consumidor (SAC) e no serviço de
de fidelizar o consumidor, possibilitam aos clientes, em atendimento aos profissionais prescritores e dispensadores
troca da compra de produtos, a participação em sorteios, de medicamentos. (Redação dada pela RDC 23/09)
ganho de prêmios ou descontos na compra de produtos, §4º O conteúdo das referências bibliográficas citadas na
entre outros benefícios. propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob
PROPAGANDA/PUBLICIDADE - Conjunto de técnicas e prescrição devem estar disponíveis no serviço de
atividades de informação e persuasão com o objetivo de atendimento aos profissionais prescritores e dispensadores
divulgar conhecimentos, tornar mais conhecido e/ou de medicamentos. (Redação dada pela RDC 23/09)
prestigiado determinado produto ou marca, visando exercer Art. 4º Não é permitida a propaganda ou publicidade
influência sobre o público por meio de ações que objetivem enganosa, abusiva e/ou indireta.
promover e/ou induzir à prescrição, dispensação, aquisição Parágrafo único - Fica vedado utilizar técnicas de
e utilização de medicamento. comunicação que permitam a veiculação de imagem e/ou
376
menção de qualquer substância ativa ou marca de Art. 9º É permitido na propaganda ou publicidade de
medicamentos, de forma não declaradamente publicitária, medicamentos:
de maneira direta ou indireta, em espaços editoriais na I - utilizar figuras anatômicas, a fim de orientar o
televisão; contexto cênico de telenovelas; espetáculos profissional de saúde ou o paciente sobre a correta
teatrais; filmes; mensagens ou programas radiofônicos; utilização do produto;
entre outros tipos de mídia eletrônica ou impressa. II - informar o sabor do medicamento;
Art. 5º As empresas não podem outorgar, oferecer, III - utilizar expressões tais como: "seguro", “eficaz”; e
prometer ou distribuir brindes, benefícios e vantagens aos “qualidade”, em combinação ou isoladamente, desde que
profissionais prescritores ou dispensadores, aos que complementadas por frases que justifiquem a veracidade da
exerçam atividade de venda direta ao consumidor, bem informação, as quais devem ser extraídas de estudos
como ao público em geral. veiculados em publicações científicas e devem estar
Art. 6º As informações exigidas neste Regulamento, devidamente referenciadas;
quando exibidas em linguagem escrita, devem ser IV - utilizar expressões tais como: ?absoluta?, “excelente”,
apresentadas em cores que contrastem com o fundo do “máxima”, “ótima”, “perfeita”, “total” relacionadas à
anúncio, devem estar dispostas no sentido predominante da eficácia e à segurança do medicamento, quando fielmente
leitura da peça publicitária e devem permitir a sua imediata reproduzidas de estudos veiculados em publicações
visualização, guardando entre si as devidas proporções de científicas e devidamente referenciadas;
distância, indispensáveis à legibilidade e destaque. V - quando constar das propriedades aprovadas no registro
Parágrafo único: No caso de propaganda ou publicidade do medicamento na Anvisa, informar que o medicamento
veiculada na televisão, quando as informações escritas não pode ser utilizado por qualquer faixa etária, inclusive por
forem locucionadas, elas deverão ser exibidas pelo tempo intermédio de imagens; (Redação dada pela RDC 23/09)
suficiente à leitura. VI - quando determinado pela Anvisa, publicar mensagens
Art. 7º As informações sobre medicamentos devem ser tais como: "Aprovado", "Recomendado por especialista", "o
comprovadas cientificamente. mais freqüentemente recomendado" ou "Publicidade
Art. 8º É vedado na propaganda ou publicidade de Aprovada pela Vigilância Sanitária'', pelo ''Ministério da
medicamentos: Saúde", ou mensagem similar referente a órgão congênere
I - estimular e/ou induzir o uso indiscriminado de Estadual, Municipal e do Distrito Federal;
medicamentos; VII - fazer menção à quantidade de países onde o
II - sugerir ou estimular diagnósticos ao público em geral; medicamento é comercializado e/ou fabricado, desde que os
III - incluir imagens de pessoas fazendo uso do países sejam identificados na peça publicitária.
medicamento; Art. 10 Os programas de fidelização realizados em
IV - anunciar um medicamento como novo, depois de farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, não podem
transcorridos dois anos da data de início de sua ter medicamentos como objeto de pontuação, troca, sorteios
comercialização no Brasil; ou prêmios.
V - incluir selos, marcas nominativas, figurativas ou mistas Parágrafo único - Todo o material publicitário de
de instituições governamentais, entidades filantrópicas, divulgação e o regulamento dos programas de fidelização
fundações, associações e/ou sociedades médicas, devem informar sobre a restrição prevista no caput deste
organizações não-governamentais, associações que artigo.
representem os interesses dos consumidores ou dos Art. 11 A comparação de preços dirigida aos consumidores
profissionais de saúde e/ou selos de certificação de somente poder feita entre medicamentos que sejam
qualidade; intercambiáveis nos termos da Lei nº 9.787/99.
VI - sugerir que o medicamento possua características §1º Somente aos profissionais prescritores é permitida a
organolépticas agradáveis, tais como: "saboroso", comparação de preço entre medicamentos que não sejam
"gostoso", "delicioso" ou expressões equivalentes; bem intercambiáveis, com base em informações mercadológicas,
como a inclusão de imagens ou figuras que remetam à desde que tenham o mesmo princípio ativo.
indicação do sabor do medicamento; §2º A comparação deve ser feita entre os custos de
VII - empregar imperativos que induzam diretamente ao tratamento ou, no caso de medicamentos de uso contínuo,
consumo de medicamentos, tais como: “tenha”, “tome”, entre as doses diárias definidas.
“use”, “experimente”; §3º A propaganda ou publicidade de medicamentos
VIII - fazer propaganda ou publicidade de medicamentos e biológicos, assim classificados conforme regulamento
(ou) empresas em qualquer parte do bloco de receituários específico, não pode apresentar comparação de preços,
médicos; mesmo que elas tenham a mesma indicação.
IX - criar expectativa de venda; §4º Quando informado um valor porcentual do desconto
X - divulgar como genéricos os medicamentos manipulados e/ou o preço promocional do medicamento, o preço integral
ou industrializados que não sejam genéricos, nos termos da praticado pela farmácia ou drogaria também deve ser
Lei nº 9.787/99; informado.
XI - usar expressões ou imagens que possam sugerir que a §5º Quando as farmácias e drogarias anunciarem descontos
saúde de uma pessoa poderá ser afetada por não usar o para medicamentos, seja por intermédio de anúncios
medicamento. veiculados na televisão, rádio, impressos, faixas ou
qualquer outro meio, devem ter disponível, em local visível
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ao público, lista dos medicamentos anunciados com o preço produto; a substância ativa, segundo a DCB/DCI; a
reduzido conforme artigo 18 deste Regulamento. apresentação, incluindo a concentração, forma farmacêutica
Art. 12 É permitido oferecer, aos prescritores e e a quantidade; o número de registro na Agência Nacional
dispensadores, material com a relação de medicamentos de Vigilância Sanitária; o nome do detentor do registro; e o
genéricos em lista que contemple o número de registro na preço dos medicamentos listados.
Anvisa, o nome do detentor do registro, a apresentação, Parágrafo único. No caso dos medicamentos isentos de
incluindo a concentração, a forma farmacêutica e a prescrição médica, ficam permitidas outras formas de
quantidade, o nome do medicamento de referência e o comunicação, que não sejam as listas, desde que incluam as
respectivo detentor do registro, ficando dispensadas as demais informações exigidas por este Regulamento.
informações dos artigos 17, 22, 23 e 27 deste Art. 19 Quando as farmácias e drogarias utilizarem frases
Regulamento."(NR). (Redação dada pela RDC 23/09) para informar a redução de preços para grupos de
Art. 13 É permitido somente às distribuidoras de medicamentos, tais como: desconto para anticoncepcionais,
medicamentos, farmácias e drogarias receberem catálogo de ?genéricos com 30% de desconto?, não podem ser
produtos contendo as seguintes informações: nome utilizados outros argumentos de cunho publicitário.
comercial dos medicamentos, incluindo àqueles sujeitos à Art. 20 Na propaganda ou publicidade dirigida aos
retenção de receita; a substância ativa de acordo com a profissionais habilitados a dispensar ou prescrever
DCB/DCI; a apresentação, incluindo a concentração, forma medicamentos, as informações referentes ao preço máximo
farmacêutica e quantidade; o número de registro ao consumidor devem mencionar a respectiva fonte, bem
na Agência Nacional de Vigilância Sanitária; e o respectivo como informar apresentação, incluindo concentração, forma
preço, ficando dispensadas as informações dos artigos 17, farmacêutica e quantidade do medicamento.
22, 23 e 27." (NR) (Redação dada pela RDC 23/09) Art. 21 No caso específico de ser apresentado o nome e/ou
Art. 14 A propaganda ou publicidade de medicamentos não imagem de profissional de saúde, como respaldo das
pode utilizar designações, símbolos, figuras ou outras propriedades anunciadas do medicamento, é obrigatório
representações gráficas, ou quaisquer indicações que constar, de maneira clara, na mensagem publicitária, o
possam tornar a informação falsa, incorreta, ou que nome do profissional interveniente e seu número de
possibilitem interpretação falsa, equívoco, erro e/ou inscrição no respectivo Conselho ou outro órgão de registro
confusão em relação à verdadeira natureza, composição, profissional.
procedência, qualidade, forma de uso, finalidade e/ou
características do produto. TÍTULO II
Art. 15 As comparações realizadas de forma direta ou REQUISITOS PARA A PROPAGANDA OU
indireta entre quaisquer medicamentos, isentos de PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS
prescrição ou não, devem estar baseadas em informações INDUSTRIALIZADOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
extraídas de estudos comparativos, veiculados em Art. 22 A propaganda ou publicidade de medicamentos
publicações científicas, preferencialmente com níveis de isentos de prescrição médica deve cumprir os requisitos
evidência I ou II, e especificar a referência bibliográfica gerais, sem prejuízo do que, particularmente, se estabeleça
completa. para determinados tipos de medicamentos, sendo exigido
Parágrafo único - As comparações relacionadas à constar as seguintes informações:
biodisponibilidade e à bioequivalência de princípios ativos I - nome comercial do medicamento, quando houver;
poderão ser feitas com base em estudos aprovados pela II - nome da substância ativa de acordo com a DCB e, na
Anvisa emitidos por laboratórios certificados, desde que sua falta, a DCI ou nomenclatura botânica, que deverá ter,
devidamente referenciados." (NR) (Redação dada pela RDC no mínimo, 50% do tamanho do nome comercial;
23/09) III - número de registro na Anvisa, contemplando, no
Art. 16 Quando se tratar de medicamento genérico, de mínimo, nove dígitos, com exceção das peças publicitárias
acordo com a Lei nº 9.787/99 e suas regulamentações, a veiculadas em rádio;
propaganda ou publicidade deve incluir a frase: IV - no caso dos medicamentos de notificação simplificada,
"Medicamento Genérico - Lei nº 9.787/99”;. a seguinte frase: ?MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO
Art. 17 A propaganda ou publicidade de medicamentos que SIMPLIFICADA RDC Anvisa Nº......../2006. AFE
apresentem efeitos de sedação e/ou sonolência, conforme a nº:..........................?, com exceção das peças publicitárias
bula do medicamento registrada na Anvisa, deve apresentar veiculadas em rádio;
a advertência: ?(nome comercial do medicamento ou, no V - as indicações;
caso dos medicamentos genéricos, a substância ativa) é um VI - data de impressão das peças publicitárias;
medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere VII - a advertência: "SE PERSISTIREM OS SINTOMAS,
máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO", que deve
prejudicadas.?, ficando dispensada a advertência do artigo observar o artigo 6º.
23 deste Regulamento. a) Os requisitos dos incisos II, V, VI e VII aplicam-se às
Parágrafo único. A advertência a que se refere o caput desse formulações oficinais, tendo como embasamento técnico-
artigo deverá obedecer aos critérios do artigo 24. científico a literatura nacional e internacional, oficialmente
Art. 18 Os preços dos medicamentos, quando informados reconhecida e relacionada no anexo II deste Regulamento.
ao público em geral, devem ser indicados por meio de listas b) A emissora de rádio, a partir da venda do espaço
nas quais devem constar somente o nome comercial do promocional, deve ter à disposição do consumidor e da
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autoridade sanitária, a informação sobre o número de c) a cartela obedecerá ao gabarito RTV de filmagem no
registro ou, no caso dos medicamentos de notificação tamanho padrão de 36,5cmx27cm (trinta e seis e meio
simplificada, a Resolução que autoriza a fabricação, centímetros por vinte e sete centímetros);
importação e/ou comercialização do medicamento. d) as letras apostas na cartela serão da família tipográfica
c) Quando direcionada ao público em geral, os termos Humanist 777 Bold ou Frutiger 55 Bold, corpo 38, caixa
técnicos da propaganda ou publicidade de medicamentos alta.
isentos de prescrição médica deverão ser escritos de III - Na internet, a advertência deve ser exibida
maneira a facilitar a compreensão do público. permanentemente e de forma visível, inserida em retângulo
d) No caso de medicamentos com mais que dois e até de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de
quatro substâncias ativas, a veiculação dos nomes das cor preta, padrão Humanist 777 Bold ou Frutiger 55 Bold,
substâncias ativas na propaganda ou publicidade pode ser caixa alta, respeitando a proporção de dois décimos do total
feita com, no mínimo, 30% do tamanho do nome do espaço da propaganda.
comercial.(Redação dada pela RDC 23/09) Art. 25 Fica proibida a veiculação, na televisão, de
e) No caso de medicamentos com mais de quatro fármacos propaganda ou publicidade de medicamentos nos intervalos
que tenham algum impedimento técnico de cumprir o dos programas destinados a crianças, conforme
disposto no item imediatamente anterior, pode ser utilizado classificação do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem
na propaganda ou publicidade o nome genérico do fármaco/ como em revistas de conteúdo dedicado a este público."
substância ativa que justifique a indicação terapêutica do (NR) (Redação dada pela RDC 23/09)
produto seguida da expressão "+ ASSOCIAÇÃO", em Art. 26 Na propaganda ou publicidade de medicamentos
tamanho correspondente a 50% do tamanho do nome isentos de prescrição é vedado:
comercial." (NR) (Redação dada pela RDC 23/09) I - usar expressões tais como: "Demonstrado em ensaios
f) No caso de complexos vitamínicos e ou minerais, e ou de clínicos", "Comprovado cientificamente";
aminoácidos pode ser utilizado na propaganda ou II - sugerir que o medicamento é a única alternativa de
publicidade as expressões Polivitamínico e ou, Poliminerais tratamento e/ou fazer crer que são supérfluos os hábitos de
e ou Poliaminoácidos, como designação genérica, vida saudáveis e/ou a consulta ao médico; (Redação dada
correspondendo a 50% do tamanho do nome comercial do pela RDC 23/09)
produto. (Redação dada pela RDC 23/09) III - apresentar nome, imagem e/ou voz de pessoa leiga em
Art. 23 A propaganda ou publicidade de medicamentos medicina ou farmácia, cujas características sejam
isentos de prescrição médica deve, também, veicular facilmente reconhecidas pelo público em razão de sua
advertência relacionada à substância ativa do medicamento, celebridade, afirmando ou sugerindo que utiliza o
conforme tabela do anexo III. medicamento ou recomendando o seu uso;
Parágrafo único. No caso de não ser contemplada alguma IV - usar de linguagem direta ou indireta relacionando o
substância ativa ou associação na tabela do anexo III, a uso de medicamento a excessos etílicos ou gastronômicos;
propaganda ou publicidade deve veicular a seguinte V - usar de linguagem direta ou indireta relacionando o uso
advertência: ?(nome comercial do medicamento ou, no caso de medicamento ao desempenho físico, intelectual,
dos medicamentos genéricos, a substância ativa) É UM emocional, sexual ou à beleza de uma pessoa, exceto
MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. quando forem propriedades aprovadas pela Anvisa;
PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A VI - apresentar de forma abusiva, enganosa ou assustadora
BULA?. representações visuais das alterações do corpo humano
Art. 24 A advertência a que se refere o artigo 23 deve ser causadas por doenças ou lesões;
contextualizada na peça publicitária, de maneira que seja VII - incluir mensagens, símbolos e imagens de qualquer
pronunciada pelo personagem principal, quando veiculada natureza dirigidas a crianças ou adolescentes, conforme
na televisão; proferida pelo mesmo locutor, quando classificação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
veiculada em rádio; e, quando impressa, deve causar o
mesmo impacto visual que as demais informações presentes TÍTULO III
na peça publicitária, apresentando-se com, no mínimo, 35% REQUISITOS PARA PROPAGANDA OU
do tamanho da maior fonte utilizada. PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS
I - A locução das advertências de que trata o caput deste INDUSTRIALIZADOS DE VENDA SOB
artigo deve ser cadenciada, pausada e perfeitamente PRESCRIÇÃO
audível. Art. 27 A propaganda ou publicidade de medicamentos de
II - Se a propaganda ou publicidade de televisão não venda sob prescrição deve cumprir os requisitos gerais, sem
apresentar personagem principal, as advertências devem prejuízo do que, particularmente, se estabeleça para
observar os seguintes requisitos: determinados tipos de medicamentos, e fica restrita aos
a) após o término da mensagem publicitária, a advertência meios de comunicação destinados exclusivamente aos
será exibida em cartela única, com fundo azul, em letras profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar
brancas, de forma a permitir a perfeita legibilidade e tais produtos, devendo incluir informações essenciais
visibilidade, permanecendo imóvel no vídeo; referentes:
b) a locução deve ser diferenciada, cadenciada, pausada e I - ao nome comercial do medicamento, quando houver;
perfeitamente audível;

379
II - ao nome da substância ativa de acordo com a DCB e, na Art. 31 As afirmações relacionadas à biodisponibilidade e à
sua falta, a DCI ou nomenclatura botânica, que deverá ter, bioequivalência de princípios ativos poderão ser feitas com
no mínimo, 50% do tamanho do nome comercial; base em estudos aprovados pela Anvisa emitidos por
III - ao número de registro na Anvisa, contemplando no laboratórios certificados, desde que devidamente
mínimo os nove dígitos; referenciados" (NR). (Redação dada pela RDC 23/09)
IV - às indicações; Art. 32 A propaganda ou publicidade de medicamentos sob
V - às contra-indicações; controle especial, sujeitos à venda sob prescrição médica,
VI - aos cuidados e advertências (contemplando as reações com notificação de receita ou retenção de receita, além de
adversas e interações com medicamentos, alimentos e observar as disposições deste regulamento técnico, somente
álcool); pode ser efetuada em revistas de conteúdo exclusivamente
VII - à posologia; técnico, referentes a patologias e medicamentos, dirigidas
VIII - à classificação do medicamento em relação à direta e unicamente a profissionais de saúde habilitados a
prescrição e dispensação; prescrever e/ou dispensar medicamentos.
IX - à data de impressão das peças publicitárias impressas. §1° Ficam excluídas das revistas mencionadas no caput
§1º As informações exigidas por este artigo devem se deste artigo, aquelas que possuam matérias de cunho
apresentar com fonte de, no mínimo, dois milímetros. sociocultural e outras que não sejam técnico-científicas.
§2º Na propaganda ou publicidade de vacinas, deverá §2° É permitida a veiculação de propaganda ou publicidade
constar, ainda, a informação sobre o número de doses dos medicamentos citados no caput deste artigo, em cópia
necessárias para uma completa imunização. fiel de artigo técnico-científico referente à substância ativa
Art. 28 Na propaganda ou publicidade de medicamentos de do medicamento divulgado e publicado em revistas
venda sob prescrição, quando forem destacados os mencionadas no caput, especificando a referência
benefícios do medicamento no texto da peça publicitária, bibliográfica completa, bem como em material de ajuda
devem ser destacadas, pelo menos, uma contra-indicação e visual de uso exclusivo do propagandista e monografias do
uma interação medicamentosa mais freqüente, dentre medicamento.
aquelas exigidas no artigo 27, incisos, V e VI, causando
impacto visual ao leitor e obedecendo à proporcionalidade TÍTULO IV
de 20% do tamanho da maior fonte utilizada. REQUISITOS PARA AMOSTRAS GRÁTIS
Art. 29 A propaganda ou publicidade de medicamentos de Art. 33 A distribuição de amostras grátis de medicamentos
venda sob prescrição veiculada na internet deve ser somente pode ser feita pelas empresas aos profissionais
acessível, exclusivamente, aos profissionais habilitados a prescritores em ambulatórios, hospitais, consultórios
prescrever ou dispensar medicamentos, por meio de sistema médicos e odontológicos.
de cadastramento eletrônico, devendo ser apresentado um § 1º É vedado distribuição de amostras grátis de vacinas.
termo de responsabilidade informando sobre a restrição (Redação dada pela RDC 23/09)
legal do acesso. § 2º É vedada a distribuição de amostras grátis de
Parágrafo único. As bulas dos medicamentos de venda sob preparações magistrais.
prescrição médica veiculadas na internet, sem acesso § 3º É vedada a distribuição de amostras grátis de
restrito, devem ser atualizadas, reproduzir fielmente as medicamentos isentos de prescrição.
aprovadas pela Anvisa e não podem apresentar Art. 34 As amostras grátis de medicamentos de venda sob
designações, símbolos, figuras, desenhos, imagens, slogans prescrição médica devem conter 50% do conteúdo da
e quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação apresentação original registrada na Anvisa e comercializada
aos medicamentos. pela empresa, com exceção dos antibióticos, que deverão
Art. 30 Quaisquer afirmações, citações, tabelas ou ter a quantidade suficiente para o tratamento de um
ilustrações relacionadas a informações científicas devem paciente, e dos anticoncepcionais e medicamentos de uso
ser extraídas de estudos clínicos, veiculados em publicações contínuo, que deverão ter a quantidade de 100% do
científicas, preferencialmente com níveis de evidência I ou conteúdo da apresentação original registrada na Anvisa e
II. comercializada pela empresa.
§1º As afirmações, citações, tabelas ou outras ilustrações a Art. 35 As embalagens das amostras grátis devem conter a
que se refere o caput do artigo devem ser fielmente expressão ''AMOSTRA GRÁTIS'' não removível.
reproduzidas e especificar a referência bibliográfica. § 1º As embalagens secundárias das amostras grátis não
§ 2º A criação de gráficos, quadros, tabelas e ilustrações de podem veicular designações, símbolos, figuras, imagens,
mecanismos de ação para transmitir informações, que não desenhos, slogans e quaisquer argumentos de cunho
estejam assim representadas nos estudos científicos, deve publicitário, exceto quando aprovado pela Anvisa, para
expressar com rigor a veracidade das informações e constar na embalagem original.
especificar a referência bibliográfica completa. § 2º Os dizeres de rotulagem e o layout das amostras grátis
§3º Os gráficos, tabelas e ilustrações de mecanismos de não contemplados neste artigo, bem como as bulas,
ação de que trata este artigo devem ser verdadeiros, exatos, etiquetas e prospectos, devem se apresentar idênticos aos
completos, não tendenciosos, bem como não podem ser aprovados para constar na embalagem original.
apresentados de forma que possibilitem erro ou confusão §3º O número de registro constante na amostra grátis deve
quanto às características do medicamento através do conter os treze dígitos correspondentes à embalagem
impacto visual.
380
original, registrada e comercializada, da qual se fez a material científico contendo o nome comercial do
amostra. medicamento, a substância ativa e o nome da empresa.
§ 4° Deve constar da rotulagem da amostra grátis o número Art. 40 O material de propaganda ou publicidade de
de lote, e a empresa deve manter atualizado e disponível à medicamentos deve ser distribuído aos participantes dos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária o quadro de eventos que estiverem com a identificação de sua categoria
distribuição de amostras por um período mínimo de dois profissional claramente visível nos crachás.
anos. Art. 41 A identificação dos espaços na área de exposição e
§ 5° A distribuição de amostras grátis de medicamentos à no interior dos auditórios e similares pode apresentar o
base de substâncias sujeitas a controle especial dar-se-á nome comercial do medicamento, quando for o caso,
também mediante os dispositivos regulamentados na juntamente com a respectiva substância ativa e/ou o nome
legislação sanitária vigente. da empresa, podendo ser utilizada a marca figurativa ou
mista do produto presente na embalagem aprovada pela
TÍTULO V Anvisa.
REQUISITOS PARA MATERIAL INFORMATIVO Parágrafo único - Fica proibido a utilização de designações,
DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS símbolos, figuras, imagens, desenhos, slogans e quaisquer
Art. 36 - Para a divulgação de informações sobre argumentos de cunho publicitário em relação aos
medicamentos manipulados é facultado às farmácias o medicamentos. (NR) (Redação dada pela RDC 23/09)
direito de fornecer, exclusivamente aos profissionais Art. 42 Qualquer apoio ou patrocínio, total ou parcial, aos
habilitados a prescrever medicamentos, material profissionais de saúde para participação em eventos
informativo que contenha somente os nomes das científicos, nacionais ou internacionais, não deve estar
substâncias ativas utilizadas na manipulação de fórmulas condicionado à prescrição, dispensação e/ou propaganda ou
magistrais, segundo a sua Denominação Comum Brasileira publicidade de algum tipo de medicamento.
ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional ou a §1º O patrocínio por uma ou mais empresas, de quaisquer
nomenclatura botânica, bem como as respectivas indicações eventos, simpósios, congressos, reuniões, conferências e
terapêuticas, fielmente extraídas de literatura especializada assemelhados, públicos ou privados, seja ele parcial ou
e publicações científicas, devidamente referenciadas. total, deve ser exposto com clareza no ato da inscrição dos
Parágrafo único. O material informativo a que se refere o participantes e nos anais, quando estes existirem.
caput desse artigo não pode veicular nome comercial, §2º Os palestrantes de qualquer sessão científica que
preço, designações, símbolos, figuras, imagens, desenhos, estabeleçam relações com laboratórios farmacêuticos ou
slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em tenham qualquer outro interesse financeiro ou comercial
relação à substância ativa. devem informar potencial conflito de interesses aos
Art. 37 É vedado fazer propaganda ou publicidade de organizadores dos congressos, com a devida indicação na
empresas em blocos de receituários médicos. programação oficial do evento e no início de sua palestra,
bem como, nos anais, quando estes existirem.
TÍTULO VI Art. 43 Os organizadores de eventos científicos que
REQUISITOS PARA A VISITA DE permitam a propaganda ou publicidade de medicamentos
PROPAGANDISTAS devem informar a Anvisa, com antecedência de três meses,
Art. 38 Quando as informações técnicas sobre os a realização de quaisquer eventos científicos regionais,
medicamentos industrializados e manipulados forem nacionais e internacionais, contemplando local e data de
levadas aos profissionais prescritores ou dispensadores por realização, bem como as categorias de profissionais
intermédio de propagandistas das empresas, elas deverão participantes.
ser transmitidas com intuito de promover a prescrição e
dispensação do medicamento de forma adequada e TÍTULO VIII
condizente com a Política Nacional de Medicamentos. REQUISITOS PARA CAMPANHAS SOCIAIS
§1º Nas suas ações de propaganda ou publicidade, os Art. 44 A divulgação de campanha social deve ter como
propagandistas devem limitar-se às informações científicas único objetivo informar ações de responsabilidade social da
e características do medicamento registradas na Anvisa. empresa, não podendo haver menção a nomes de
§2º A visita do propagandista não pode interferir na medicamentos, nem publicidade destes produtos, da mesma
assistência farmacêutica, nem na atenção aos pacientes, forma que nenhuma propaganda ou publicidade de
bem como não pode ser realizada na presença de pacientes medicamentos pode se referir às ações de campanhas
e seus respectivos acompanhantes, ficando a critério das sociais da empresa.
instituições de saúde a regulamentação das visitas dos
propagandistas. TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES GERAIS
TÍTULO VII Art. 45 Fica estabelecido o prazo de 180 (cento e oitenta)
REQUISITOS PARA PROPAGANDA OU dias, a contar da data de publicação deste regulamento, para
PUBLICIDADE EM EVENTOS CIENTÍFICOS as empresas e pessoas físicas responsáveis pela propaganda,
Art. 39 Nos eventos científicos pode ser distribuído aos publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja
profissionais de saúde não habilitados a prescrever ou a divulgação, promoção ou comercialização de
dispensar medicamentos e aos estudantes da área de saúde
381
medicamentos se adequarem às novas disposições deste subindo em rol de caracteres, com locução em ?off?,
regulamento. cadenciada, sem fundo musical e perfeitamente audível.
Parágrafo único. Excetuam-se do prazo disposto no caput as II - Em rádio, a mensagem retificadora deve ser lida sem
amostras grátis, que deverão se adequar no prazo de 360 fundo musical e com locução cadenciada e perfeitamente
(trezentos e sessenta) dias, a contar da data de publicação audível.
deste regulamento. III - Nos jornais, revistas, mídia exterior e congêneres, a
Art. 46 A concessão de redução no preço de medicamento, mensagem retificadora deve ser publicada em fundo
bem como a sua aquisição de forma gratuita condicionada branco, emoldurado por filete interno e com letras de cor
ao envio de cupons, cartões ou qualquer outro meio ou preta, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55.
material, ou ao fornecimento de quaisquer dados que IV - Na Internet, a mensagem retificadora deve ser inserida
permitam identificar o paciente, o profissional prescritor, a em fundo branco, emoldurado por filete interno, com letras
instituição à qual o profissional está vinculado ou o local da de cor preta, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55.
prescrição, fica sob regulamentação da Câmara de V - Caso o espaço publicitário seja suficiente, a mensagem
Regulação de Medicamentos. deve ser veiculada em cartela única, com as letras em
Art. 47 Os materiais citados nos artigos 12, 13, caput do tamanho legível. Caso não seja suficiente, a mensagem
artigo 18 e 39 não poderão utilizar designações, símbolos, deve ser exibida seqüencialmente e de forma perfeitamente
figuras, imagens, desenhos, marcas figurativas ou mistas, legível.
slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em VI - O responsável pode ser notificado para apresentar, no
relação aos medicamentos." (NR) (Redação dada pela RDC prazo de dez dias contados do recebimento da notificação,
23/09) prorrogável uma única vez por igual período, modificações
Art. 48 Após a publicação da decisão condenatória que na mensagem retificadora e no plano de mídia apresentados
aplicar a sanção de mensagem retificadora, o responsável para adequá-los aos requisitos impostos de acordo com as
será notificado para apresentar o plano de mídia da normas estabelecidas nesta Resolução.
propaganda ou publicidade veiculada de forma irregular e Art. 50 Cumpridos todos os requisitos, o responsável será
uma proposta de mensagem retificadora com o respectivo notificado para proceder à divulgação da mensagem
plano de mídia provisório. retificadora nos meios de comunicação, devendo, em
§ 1º A mensagem retificadora deve contemplar: seguida, comprovar a execução completa do plano de mídia
I - declaração de que a empresa ou pessoa física foi da seguinte forma:
condenada em processo administrativo sanitário, instaurado I - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
pela Anvisa e/ou autoridade sanitária local, a divulgar televisão e no rádio, deve ser juntada aos autos a nota fiscal
mensagem de retificação e esclarecimento para compensar discriminada, comprovando que a mensagem foi divulgada
propaganda ou publicidade de produto sujeito à vigilância nos veículos, horários e freqüências previstos no plano de
sanitária veiculada em desconformidade com a legislação mídia, bem como a gravação da mensagem veiculada;
sanitária federal; II - em relação às mensagens retificadoras veiculadas em
II - listar as irregularidades, identificadas na propaganda e jornais e revistas, deve ser juntado aos autos um exemplar
analisadas no processo administrativo sanitário, que de cada publicação na qual a mensagem foi divulgada;
culminaram na aplicação da mensagem retificadora, III - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
esclarecendo os erros, equívocos e enganos causados e mídia exterior e congêneres, devem ser juntadas aos autos,
prestando as informações corretas e completas sobre o além da nota fiscal discriminada, comprovando que a
produto divulgado; mensagem foi divulgada conforme previsto no plano de
III - No caso de medicamentos isentos de prescrição, mídia, fotos com os negativos da mensagem inserida nos
veicular a seguinte advertência: ?Todo medicamento respectivos meios;
também oferece riscos. Para evitar danos à sua saúde, IV - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
informe-se.? Internet, deve ser juntado aos autos documento
IV - No caso de medicamentos de venda sob prescrição, comprovando que a mensagem foi divulgada nos sítios
informar as contra-indicações, cuidados, advertências, eletrônicos especificados no plano de mídia, bem como a
reações adversas e interações medicamentosas do impressão da página contendo a data.
medicamento, bem como veicular a seguinte advertência: §1º Após a divulgação da mensagem retificadora, seguida
?Informações equilibradas e avaliadas criteriosamente são da comprovação da execução completa do plano de mídia,
essenciais para a prescrição e o uso racional de será expedido um despacho atestando o regular
medicamentos.? cumprimento da sanção, com a conseqüente extinção do
§2º O plano de mídia provisório poderá ser modificado e/ou processo administrativo sanitário.
adaptado, assim como poderão ser impostos outros §2º No caso de não cumprimento da sanção de mensagem
requisitos que levarão em consideração o tipo de produto retificadora, o responsável ficará sujeito às conseqüências e
divulgado, o risco sanitário e o público atingido. penalidades previstas na legislação sanitária.
Art. 49 A veiculação da mensagem retificadora deve Art. 51 Durante a apuração do ilícito, quando se tratar de
observar os seguintes requisitos: propaganda, publicidade ou informação que representem
I - Na televisão, a mensagem retificadora deve ser risco sanitário iminente à saúde pública, pode a entidade
veiculada em texto escrito sobre fundo verde, sem imagens, sanitária, como medida cautelar, determinar a suspensão da
com letras brancas, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55, veiculação do material publicitário ou informativo, com a
382
duração necessária para a realização de análises ou outras
providências requeridas. Histórico:
Art. 52 As empresas devem informar a todo seu pessoal de Alterada pela RDC 87/2008
comercialização e divulgação de medicamentos, incluindo Alterada pela RDC 21/2009
as agências de publicidade, sobre este Regulamento
Técnico e as responsabilidades no seu cumprimento.
Art. 53 A Anvisa, a qualquer tempo, poderá expedir atos
regulamentares relativos à matéria, com o propósito de
atualizar a regulamentação sobre a propaganda,
publicidade, promoção e informação de produtos sujeitos à
vigilância sanitária.
Art. 54 Ficam expressamente revogadas a RDC 102/2000,
RDC 199/2004, RDC 197/2004 e demais Resoluções que
dispõem de forma contrária.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


18.12.2008

383
ANEXO II (TABELA)

PRINCÍPIO ATIVO ALERTAS PARA USO EM PROPAGANDA


1. Ácido acetilsalicílico Não use este medicamento em caso de gravidez,
gastrite ou úlcera do estômago e suspeita de dengue ou
catapora.
2. Ácido ascórbico (vitamina C) Não use este medicamento em caso de doença grave
dos rins.
3. Bicarbonato de sódio Não use este medicamento se você tem restrição ao
consumo de sal, insuficiência dos rins, do coração ou
do fígado.
4. Bisacodil Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
5. Cânfora Não use este medicamento em crianças menores de
dois anos de idade.
6. Carbonato de Cálcio Não use este medicamento em caso de doença dos rins.

7. Carvão vegetal Não use este medicamento em crianças com diarréia


aguda e persistente.
8. Cloridrato de ambroxol Não use este medicamento em crianças menores de
dois anos de idade.
9. Cloridrato de fenilefrina Não use este medicamento em caso de doenças do
coração, pressão alta e glaucoma.

10. Dipirona sódica Não use este medicamento durante a gravidez e em


crianças menores de três meses de idade.
11. Dropropizina Não use este medicamento em caso de tosse com
secreção e em crianças menores de dois anos de idade.
12. Hidróxido de alumínio Não use este medicamento em caso de doença dos rins
e dor abdominal aguda.
13. Hidróxido de magnésio Não use este medicamento em caso de doença dos
rins.
14. Ibuprofeno Não use este medicamento em casos de úlcera, gastrite,
doença dos rins ou se você já teve reação alérgica a
antiinflamatórios.
15. Mebendazol Não use este medicamento em crianças menores de um
ano de idade.
16. Naproxeno. Não use este medicamento em casos de úlcera, gastrite,
doença dos rins ou se você já teve reação alérgica a
antiinflamatórios.
17. Nicotina Não use este medicamento se você é fumante com
problemas cardíacos.
18. Paracetamol Não use junto com outros medicamentos que
contenham paracetamol, com álcool, ou em caso de
doença grave do fígado.
19. Picossulfato de sódio Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
20. Plantago ovata Forsk Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
21. Sulfato ferroso Não use este medicamento se você tem problemas
gastrointestinais.

384
RDC nº 44, de 17/08/2009 I - Autorização de Funcionamento de Empresa
(D.O.U de 18.08.2009) (AFE) expedida pela Anvisa;
II - Autorização Especial de Funcionamento
Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas (AE) para farmácias, quando aplicável;
para o controle sanitário do funcionamento, da III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo
dispensação e da comercialização de produtos e órgão Estadual ou Municipal de Vigilância
da prestação de serviços farmacêuticos em Sanitária, segundo legislação vigente;
farmácias e drogarias e dá outras providências. IV - Certidão de Regularidade Técnica, emitido
pelo Conselho Regional de Farmácia da
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de respectiva jurisdição; e
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas,
lhe confere o inciso IV do art. 11 do conforme a legislação vigente e as
Regulamento da ANVISA aprovado pelo especificidades de cada estabelecimento.
Decreto Nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e §1º - O estabelecimento deve manter a Licença
tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ ou Alvará Sanitário e a Certidão de
1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno Regularidade Técnica afixados em local visível
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº ao público.
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, §2º - Adicionalmente, quando as informações a
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e seguir indicadas não constarem dos documentos
a Consulta Pública Nº 69, de 11 de julho de mencionados no parágrafo anterior, o
2007, publicada no Diário Oficial da União Nº estabelecimento deverá manter afixado, em
134, de 13 de julho de 2007, seção 1, pág. 86, local visível ao público, cartaz informativo
em reunião realizada em 14 de julho de 2009, contendo:
resolve: I - razão social;
II - número de inscrição no Cadastro Nacional
CAPÍTULO I de Pessoa Jurídica;
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS III - número da Autorização de Funcionamento
de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa;
Art. 1º - Esta Resolução estabelece os critérios IV - número da Autorização Especial de
e condições mínimas para o cumprimento das Funcionamento (AE) para farmácias, quando
Boas Práticas Farmacêuticas para o controle aplicável;
sanitário do funcionamento, da dispensação e da V - nome do Farmacêutico Responsável
comercialização de produtos e da prestação de Técnico, e de seu(s) substituto(s), seguido do
serviços farmacêuticos em farmácias e número de inscrição no Conselho Regional de
drogarias. Farmácia;
§1º - Para fins desta Resolução, entende-se por VI - horário de trabalho de cada farmacêutico; e
Boas Práticas Farmacêuticas o conjunto de VII - números atualizados de telefone do
técnicas e medidas que visam assegurar a Conselho Regional de Farmácia e do órgão
manutenção da qualidade e segurança dos Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária.
produtos disponibilizados e dos serviços
prestados em farmácias e drogarias, com o fim Art. 3º - As farmácias e as drogarias devem ter,
de contribuir para o uso racional desses obrigatoriamente, a assistência de farmacêutico
produtos e a melhoria da qualidade de vida dos responsável técnico ou de seu substituto,
usuários. durante todo o horário de funcionamento do
§2º - O disposto nesta Resolução se aplica às estabelecimento, nos termos da legislação
farmácias e drogarias em todo território vigente.
nacional e, no que couber, às farmácias Art. 4º - Esses estabelecimentos têm a
públicas, aos postos de medicamentos e às responsabilidade de garantir e zelar pela
unidades volantes. manutenção da qualidade e segurança dos
§3º - Os estabelecimentos de atendimento produtos objeto desta Resolução, bem como
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer pelo uso racional de medicamentos, a fim de
outra equivalente de assistência médica ficam evitar riscos e efeitos nocivos à saúde.
sujeitos às disposições contidas em legislação Parágrafo único - As empresas responsáveis
específica. pelas etapas de produção, importação,
distribuição, transporte e dispensação são
CAPÍTULO II solidariamente responsáveis pela qualidade e
DAS CONDIÇÕES GERAIS segurança dos produtos farmacêuticos objetos
Art. 2º - As farmácias e drogarias devem de suas atividades específicas.
possuir os seguintes documentos no
estabelecimento: CAPÍTULO III

385
DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA qualquer porte, sujidades ou quaisquer outros
Seção I contaminantes, devendo definir procedimentos
Das Condições Gerais escritos para a limpeza da caixa d'água e manter
Art. 5º - As farmácias e drogarias devem ser os registros que comprovem sua realização.Ser
localizadas, projetadas, dimensionadas, independente de forma a não permitir a
construídas ou adaptadas com infraestrutura comunicação com residências ou qualquer outro
compatível com as atividades a serem local distinto do estabelecimento.
desenvolvidas, possuindo, no mínimo, §1º - Tal comunicação somente é permitida
ambientes para atividades administrativas, quando a farmácia ou drogaria estiverem
recebimento e armazenamento dos produtos, localizadas no interior de galerias de shoppings
dispensação de medicamentos, depósito de e supermercados.
material de limpeza e sanitário. §2º - As farmácias e drogarias localizadas no
Art. 6º - As áreas internas e externas devem interior de galerias de shoppings e
permanecer em boas condições físicas e supermercados podem compartilhar as áreas
estruturais, de modo a permitir a higiene e a não comuns destes estabelecimentos destinadas para
oferecer risco ao usuário e aos funcionários. sanitário, depósito de material de limpeza e
§1º - As instalações devem possuir superfícies local para guarda dos pertences dos
internas (piso, paredes e teto) lisas e funcionários.
impermeáveis, em perfeitas condições, Art. 14º - As farmácias magistrais devem
resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente observar as exigências relacionadas à
laváveis. infraestrutura física estabelecidas na legislação
§2º - Os ambientes devem ser mantidos em boas específica de Boas Práticas de Manipulação de
condições de higiene e protegidos contra a Preparações Magistrais e Oficinais para Uso
entrada de insetos, roedores ou outros animais. Humano.
§3º - As condições de ventilação e iluminação
devem ser compatíveis com as atividades Seção II
desenvolvidas em cada ambiente. Do Ambiente Destinado aos Serviços
§4º - O estabelecimento deve possuir Farmacêuticos
equipamentos de combate a incêndio em Art. 15º - O ambiente destinado aos serviços
quantidade suficiente, conforme legislação farmacêuticos deve ser diverso daquele
específica. destinado à dispensação e à circulação de
Art. 7º - O programa de sanitização, incluindo pessoas em geral, devendo o estabelecimento
desratização e desinsetização, deve ser dispor de espaço específico para esse fim.
executado por empresa licenciada para este fim §1º - O ambiente para prestação dos serviços
perante os órgãos competentes. que demandam atendimento individualizado
Parágrafo único - Deve ser mantido, no deve garantir a privacidade e o conforto dos
estabelecimento, os registros da execução das usuários, possuindo dimensões, mobiliário e
atividades relativas ao programa de que trata infra-estrutura compatíveis com as atividades e
este artigo. serviços a serem oferecidos.
Art. 8º - Os materiais de limpeza e germicidas §2º - O ambiente deve ser provido de lavatório
em estoque devem estar regularizados junto a contendo água corrente e dispor de toalha de
Anvisa e serem armazenados em área ou local uso individual e descartável, sabonete líquido,
especificamente designado e identificado. gel bactericida e lixeira com pedal e tampa.
Art. 9º - O sanitário deve ser de fácil acesso, §3º - O acesso ao sanitário, caso exista, não
possuir pia com água corrente e dispor de toalha deve se dar através do ambiente destinado aos
de uso individual e descartável, sabonete serviços farmacêuticos.
líquido, lixeira com pedal e tampa. §4º - O conjunto de materiais para primeiros-
Parágrafo único - O local deve permanecer em socorros deve estar identificado e de fácil acesso
boas condições de higiene e limpeza. nesse ambiente.
Art. 10º - Deve ser definido local específico
para guarda dos pertences dos funcionários no Art. 16º - O procedimento de limpeza do espaço
ambiente destinado às atividades para a prestação de serviços farmacêuticos deve
administrativas. ser registrado e realizado diariamente no início e
Art. 11º - As salas de descanso e refeitório, ao término do horário de funcionamento.
quando existentes, devem estar separadas dos §1º - O ambiente deve estar limpo antes de
demais ambientes. todos os atendimentos nele realizados, a fim de
Art. 12º - O estabelecimento deve ser minimizar riscos à saúde dos usuários e dos
abastecido com água potável e, quando possuir funcionários do estabelecimento.
caixa d'água própria, ela deve estar devidamente §2º - Após a prestação de cada serviço deve ser
protegida para evitar a entrada de animais de verificada a necessidade de realizar novo

386
procedimento de limpeza, a fim de garantir o II - prover as condições necessárias para o
cumprimento ao parágrafo anterior. cumprimento desta Resolução, assim como das
demais normas sanitárias federais, estaduais e
CAPÍTULO IV municipais vigentes e aplicáveis às farmácias e
DOS RECURSOS HUMANOS drogarias;
Seção I III - assegurar as condições necessárias à
Das Condições Gerais promoção do uso racional de medicamentos no
Art. 17º - Os funcionários devem permanecer estabelecimento; e
identificados e com uniformes limpos e em boas IV - prover as condições necessárias para
condições de uso. capacitação e treinamento de todos os
Parágrafo único - O uniforme ou a profissionais envolvidos nas atividades do
identificação usada pelo farmacêutico deve estabelecimento.
distingui-lo dos demais funcionários de modo a
facilitar sua identificação pelos usuários da Seção III
farmácia ou drogaria. Da Capacitação dos Funcionários
Art. 18º - Para assegurar a proteção do Art. 24º - Todos os funcionários devem ser
funcionário, do usuário e do produto contra capacitados quanto ao cumprimento da
contaminação ou danos à saúde, devem ser legislação sanitária vigente e aplicável às
disponibilizados aos funcionários envolvidos na farmácias e drogarias, bem como dos
prestação de serviços farmacêuticos Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) do
equipamentos de proteção individual (EPI’s). estabelecimento.
Art. 25º - Todo o pessoal, inclusive de limpeza
Seção II e manutenção, deve receber treinamento inicial
Das Responsabilidades e Atribuições e continuado com relação à importância do
Art. 19º - As atribuições e responsabilidades autocuidado, incluídas instruções de higiene
individuais devem estar descritas no Manual de pessoal e de ambiente, saúde, conduta e
Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento elementos básicos em microbiologia, relevantes
e ser compreensíveis a todos os funcionários. para a qualidade dos produtos e serviços
Art. 20º - As atribuições do farmacêutico oferecidos aos usuários.
responsável técnico são aquelas estabelecidas Art. 26º - Deve ser fornecido treinamento
pelos conselhos federal e regional de farmácia, inicial e contínuo quanto ao uso e descarte de
observadas a legislação sanitária vigente para EPI’s, de acordo com o Plano de Gerenciamento
farmácias e drogarias. de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS,
Parágrafo único - O farmacêutico responsável conforme legislação específica.
técnico pode delegar algumas das atribuições Art. 27º - Nos treinamentos, os funcionários
para outro farmacêutico, com exceção das devem ser instruídos sobre procedimentos a
relacionadas à supervisão e responsabilidade serem adotados em caso de acidente e episódios
pela assistência técnica do estabelecimento, bem envolvendo riscos à saúde dos funcionários ou
como daquelas consideradas indelegáveis pela dos usuários das farmácias e drogarias.
legislação específica dos conselhos federal e Art. 28º - Devem ser mantidos registros de
regional de farmácia. cursos e treinamentos dos funcionários
Art. 21º - A prestação de serviço farmacêutico contendo, no mínimo, as seguintes informações:
deve ser realizada por profissional devidamente I - descrição das atividades de capacitação
capacitado, respeitando-se as determinações realizadas;
estabelecidas pelos conselhos federal e regional II - data da realização e carga horária;
de farmácia. III - conteúdo ministrado;
Art. 22º - Os técnicos auxiliares devem realizar IV - trabalhadores treinados e suas respectivas
as atividades que não são privativas de assinaturas;
farmacêutico respeitando os Procedimentos V - identificação e assinatura do profissional,
Operacionais Padrão (POP’s) do equipe ou empresa que executou o curso ou
estabelecimento e o limite de atribuições e treinamento; e
competências estabelecidos pela legislação VI - resultado da avaliação.
vigente, sob supervisão do farmacêutico
responsável técnico ou do farmacêutico CAPÍTULO V
substituto. DA COMERCIALIZAÇÃO E
Art. 23º - São atribuições do responsável legal DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS
do estabelecimento: Seção I
I - prover os recursos financeiros, humanos e Dos Produtos com Dispensação ou
materiais necessários ao funcionamento do Comercialização Permitidas
estabelecimento;

387
Art. 29º - Além de medicamentos, o comércio e da área de dispensação, devendo a sua
dispensação de determinados correlatos poderá identificação indicar claramente que não se
ser extensivo às farmácias e drogarias em todo destinam ao uso ou comercialização.
território nacional, conforme relação, requisitos §2º - No caso do parágrafo anterior, o
e condições estabelecidos em legislação farmacêutico deve notificar imediatamente a
sanitária específica. autoridade sanitária competente, informando os
dados de identificação do produto, de forma a
Seção II permitir as ações sanitárias pertinentes.
Da Aquisição e Recebimento
Art. 30º - Somente podem ser adquiridos Seção III
produtos regularizados junto a Anvisa, Das Condições de Armazenamento
conforme legislação vigente. Art. 35º - Todos os produtos devem ser
§1º - A regularidade dos produtos consiste no armazenados de forma ordenada, seguindo as
registro, notificação ou cadastro, conforme a especificações do fabricante e sob condições
exigência determinada em legislação sanitária que garantam a manutenção de sua identidade,
específica para cada categoria de produto. integridade, qualidade, segurança, eficácia e
§2º - A legislação sanitária pode estabelecer, rastreabilidade.
ainda, a isenção do registro, notificação ou §1º - O ambiente destinado ao armazenamento
cadastro de determinados produtos junto a deve ter capacidade suficiente para assegurar o
Anvisa. armazenamento ordenado das diversas
Art. 31º - As farmácias e drogarias devem categorias de produtos.
estabelecer, documentar e implementar critérios §2º - O ambiente deve ser mantido limpo,
para garantir a origem e qualidade dos produtos protegido da ação direta da luz solar, umidade e
adquiridos. calor, de modo a preservar a identidade e
§1º - A aquisição de produtos deve ser feita por integridade química, física e microbiológica,
meio de distribuidores legalmente autorizados e garantindo a qualidade e segurança dos mesmos.
licenciados conforme legislação sanitária §3º - Para aqueles produtos que exigem
vigente. armazenamento em temperatura abaixo da
§2º - O nome, o número do lote e o fabricante temperatura ambiente, devem ser obedecidas às
dos produtos adquiridos devem estar especificações declaradas na respectiva
discriminados na nota fiscal de compra e serem embalagem, devendo a temperatura do local ser
conferidos no momento do recebimento. medida e registrada diariamente.
Art. 32º - O recebimento dos produtos deve ser §4º - Deve ser definida em Procedimento
realizado em área específica e por pessoa Operacional Padrão (POP) a metodologia de
treinada e em conformidade com Procedimento verificação da temperatura e umidade,
Operacional Padrão (POP) e com as disposições especificando faixa de horário para medida
desta Resolução. considerando aquela na qual há maior
Art. 33º - Somente é permitido o recebimento probabilidade de se encontrar a maior
de produtos que atendam aos critérios definidos temperatura e umidade do dia.
para a aquisição e que tenham sido §5º - O Procedimento Operacional Padrão
transportados conforme especificações do (POP) deverá definir medidas a serem tomadas
fabricante e condições estabelecidas na quando forem verificadas condições
legislação sanitária específica. inadequadas para o armazenamento,
Art. 34º - No momento do recebimento deverá considerando o disposto nesta
ser verificado o bom estado de conservação, a Resolução.
legibilidade do número de lote e prazo de Art. 36º - Os produtos devem ser armazenados
validade e a presença de mecanismo de em gavetas, prateleiras ou suporte equivalente,
conferência da autenticidade e origem do afastados do piso, parede e teto, a fim de
produto, além de observadas outras permitir sua fácil limpeza e inspeção.
especificidades legais e regulamentares vigentes Art. 37º - O estabelecimento que realizar
sobre rótulo e embalagem, a fim de evitar a dispensação de medicamentos sujeitos a
exposição dos usuários a produtos falsificados, controle especial deve dispor de sistema
corrompidos, adulterados, alterados ou segregado (armário resistente ou sala própria)
impróprios para o uso. com chave para o seu armazenamento, sob a
§1º - Caso haja suspeita de que os produtos guarda do farmacêutico, observando as demais
sujeitos às normas de vigilância sanitária condições estabelecidas em legislação
tenham sido falsificados, corrompidos, específica.
adulterados, alterados ou impróprios para o uso, Art. 38º - Os produtos violados, vencidos, sob
estes devem ser imediatamente separados dos suspeita de falsificação, corrupção, adulteração
demais produtos, em ambiente seguro e diverso ou alteração devem ser segregados em ambiente

388
seguro e diverso da área de dispensação e FARMACÊUTICO. ) (Art. 41 Redação dada
identificados quanto a sua condição e destino, pela RDC 41/12)
de modo a evitar sua entrega ao consumo. § 1°. Os medicamentos isentos de prescrição e
§1º - Esses produtos não podem ser de mesmo princípio ativo ou de mesmos
comercializados ou utilizados e seu destino deve princípios ativos (no caso de associações)
observar legislação específica federal, estadual devem permanecer organizados em um mesmo
ou municipal. local e serem identificados, de forma visível e
§2º - A inutilização e o descarte desses produtos ostensiva ao usuário, com a Denominação
deve obedecer às exigências de legislação Comum Brasileira (DCB) do(s) princípio(s)
específica para Gerenciamento de Resíduos de ativo(s) ou, em sua falta, da Denominação
Serviços de Saúde, assim como normas Comum Internacional (DCI), de modo a
estaduais ou municipais complementares. permitir a fácil identificação dos produtos pelo
§3º - Quando o impedimento de uso for usuário.
determinado por ato da autoridade de vigilância § 2°. Os medicamentos isentos de prescrição
sanitária ou por iniciativa do fabricante, devem ser dispostos de forma separada dos
importador ou distribuidor, o recolhimento demais produtos comercializados na área de
destes produtos deve seguir regulamentação autosserviço. (NR)
específica.
§4º - A política da empresa em relação aos Seção V
produtos com o prazo de validade próximo ao Da Dispensação de Medicamentos
vencimento deve estar clara a todos os Art. 42º - O estabelecimento farmacêutico deve
funcionários e descrita no Manual de Boas assegurar ao usuário o direito à informação e
Práticas Farmacêuticas do estabelecimento. orientação quanto ao uso de medicamentos.
Art. 39º - O armazenamento de produtos §1º - O estabelecimento deve manter a
corrosivos, inflamáveis ou explosivos deve ser disposição dos usuários, em local de fácil
justificado em Procedimento Operacional visualização e de modo a permitir a imediata
Padrão (POP), o qual deve determinar sua identificação, lista atualizada dos medicamentos
guarda longe de fontes de calor e de materiais genéricos comercializados no país, conforme
que provoquem faíscas e de acordo com a relação divulgada pela Anvisa e disponibilizada
legislação específica. no seu sítio eletrônico no endereço http:
//www.anvisa.gov. br.
Seção IV §2º - São elementos importantes da orientação,
Da Organização e Exposição dos Produtos entre outros, a ênfase no cumprimento da
Art. 40º - Os produtos de dispensação e posologia, a influência dos alimentos, a
comercialização permitidas em farmácias e interação com outros medicamentos, o
drogarias nos termos da legislação vigente reconhecimento de reações adversas potenciais
devem ser organizados em área de circulação e as condições de conservação do produto.
comum ou em área de circulação restrita aos Art. 43º - Os medicamentos sujeitos à
funcionários, conforme o tipo e categoria do prescrição somente podem ser dispensados
produto. mediante apresentação da respectiva receita.
§1º - Os medicamentos deverão permanecer em Art. 44º - O farmacêutico deverá avaliar as
área de circulação restrita aos funcionários, não receitas observando os seguintes itens:
sendo permitida sua exposição direta ao alcance I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas;
dos usuários do estabelecimento. II - identificação do usuário;
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição III - identificação do medicamento,
poderão permanecer ao alcance dos usuários concentração, dosagem, forma farmacêutica e
para obtenção por meio de autosserviço no quantidade;
estabelecimento." (NR) (Redação dada pela IV - modo de usar ou posologia;
RDC 41/12) V - duração do tratamento;
§3º - Os demais produtos poderão permanecer VI - local e data da emissão; e
expostos em área de circulação comum. VII - assinatura e identificação do prescritor
Art. 41. Na área destinada aos medicamentos, com o número de registro no respectivo
deve estar exposto cartaz, em local visível ao conselho profissional.Esclarecer eventuais
público, contendo a seguinte orientação, de problemas ou dúvidas detectadas no momento
forma legível e ostensiva, permitindo a fácil da avaliação da receita.
leitura a partir da área de circulação comum: Art. 45º - Não podem ser dispensados
"MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis
EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A ou que possam induzir a erro ou confusão.
AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O Art. 46º - No momento da dispensação dos
medicamentos deve ser feita à inspeção visual

389
para verificar, no mínimo, a identificação do §1º - O sítio eletrônico deve utilizar apenas o
medicamento, o prazo de validade e a domínio ".com.br", e deve conter, na página
integridade da embalagem. principal, os seguintes dados e informações:
Art. 47º - A dispensação de medicamentos I - razão social e nome fantasia da farmácia ou
genéricos, no que tange a intercambialidade, drogaria responsável pela dispensação, CNPJ,
deve ser feita de acordo com o disposto na endereço geográfico completo, horário de
legislação específica. funcionamento e telefone;
Art. 48º - Para o fracionamento de II - nome e número de inscrição no Conselho do
medicamentos devem ser cumpridos os critérios Farmacêutico Responsável Técnico;
e condições estabelecidos na legislação III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo
específica. órgão Estadual ou Municipal de Vigilância
Art. 49º - A dispensação de medicamentos Sanitária, segundo legislação vigente;
sujeitos a controle especial deve atender às IV - Autorização de Funcionamento de Empresa
disposições contidas na legislação específica. (AFE) expedida pela Anvisa;
Art. 50º - É vedada a captação de receitas V - Autorização Especial de Funcionamento
contendo prescrições magistrais e oficinais em (AE) para farmácias, quando aplicável; e
drogarias, ervanárias e postos de medicamentos, VI - link direto para informações sobre:
ainda que em filiais da mesma empresa, bem a) nome e número de inscrição no Conselho do
como a intermediação entre empresas. Farmacêutico, no momento do atendimento;
Art. 51º - A política da empresa em relação aos b) mensagens de alerta e recomendações
produtos com o prazo de validade próximo ao sanitárias determinadas pela Anvisa;
vencimento deve estar clara a todos os c) condição de que os medicamentos sob
funcionários e descrita no Procedimento prescrição só serão dispensados mediante a
Operacional Padrão (POP) e prevista no Manual apresentação da receita e o meio pelo qual deve
de Boas Práticas Farmacêuticas do ser apresentada ao estabelecimento (fac-símile;
estabelecimento. e-mail ou outros).
§1º - O usuário deve ser alertado quando for §2º - É vedada a oferta de medicamentos na
dispensado produto com prazo de validade Internet em sítio eletrônico que não pertença a
próximo ao seu vencimento. farmácias ou drogarias autorizadas e licenciadas
§2º - É vedado dispensar medicamentos cuja pelos órgãos de vigilância sanitária
posologia para o tratamento não possa ser competentes.
concluída no prazo de validade. Art. 54º - É vedada a utilização de imagens,
propaganda, publicidade e promoção de
Subseção I medicamentos de venda sob prescrição médica
Da solicitação remota para dispensação de em qualquer parte do sítio eletrônico.
medicamentos §1º - A divulgação dos preços dos
Art. 52º - Somente farmácias e drogarias medicamentos disponíveis para compra na
abertas ao público, com farmacêutico farmácia ou drogaria deve ser feita por meio de
responsável presente durante todo o horário de listas nas quais devem constar somente:
funcionamento, podem realizar a dispensação de I - o nome comercial do produto;
medicamentos solicitados por meio remoto, II - o(s) princípio(s) ativo(s), conforme
como telefone, fac-símile (fax) e Internet. Denominação Comum Brasileira;
§1º - É imprescindível a apresentação e a III - a apresentação do medicamento, incluindo
avaliação da receita pelo farmacêutico para a a concentração, forma farmacêutica e a
dispensação de medicamentos sujeitos à quantidade;
prescrição, solicitados por meio remoto. IV - o número de registro na Anvisa;
§2º - É vedada a comercialização de V - o nome do detentor do registro; e
medicamentos sujeitos a controle especial VI - o preço do medicamento.
solicitados por meio remoto. §2º - As listas de preços não poderão utilizar
§3º - O local onde se encontram armazenados os designações, símbolos, figuras, imagens,
estoques de medicamentos para dispensação desenhos, marcas figurativas ou mistas, slogans
solicitada por meio remoto deverá e quaisquer argumentos de cunho publicitário
necessariamente ser uma farmácia ou drogaria em relação aos medicamentos.
aberta ao público nos termos da legislação §3º - As propagandas de medicamentos isentos
vigente. de prescrição e as propagandas e materiais que
Art. 53º - O pedido pela Internet deve ser feito divulgam descontos de preços devem atender
por meio do sítio eletrônico do estabelecimento integralmente ao disposto na legislação
ou da respectiva rede de farmácia ou drogaria. específica.
§4º - As frases de advertências exigidas para os
medicamentos isentos de prescrição devem ser

390
apresentadas em destaque, conforme legislação símbolos, figuras, imagens, marcas figurativas
específica. ou mistas, slogans e quaisquer argumentos de
Art. 55º - As farmácias e drogarias que cunho publicitário em relação a medicamentos.
realizarem a dispensação de medicamentos Art. 59º - É responsabilidade do
solicitados por meio da Internet devem informar estabelecimento farmacêutico detentor do sítio
o endereço do seu sítio eletrônico na eletrônico, ou da respectiva rede de farmácia ou
Autorização de Funcionamento (AFE) expedida drogaria, quando for o caso, assegurar a
pela Anvisa. confidencialidade dos dados, a privacidade do
Art. 56º - O transporte do medicamento para usuário e a garantia de que acessos indevidos ou
dispensação solicitada por meio remoto é não autorizados a estes dados sejam evitados e
responsabilidade do estabelecimento que seu sigilo seja garantido.
farmacêutico e deve assegurar condições que Parágrafo único - Os dados dos usuários não
preservem a integridade e qualidade do produto, podem ser utilizados para qualquer forma de
respeitando as restrições de temperatura e promoção, publicidade, propaganda ou outra
umidade descritas na embalagem do forma de indução de consumo de
medicamento pelo detentor do registro, além de medicamentos.
atender as Boas Práticas de Transporte previstas
na legislação específica. Seção VI
§1º - Os produtos termossensíveis devem ser Da dispensação de outros produtos
transportados em embalagens especiais que Art. 60º - O usuário dos produtos
mantenham temperatura compatível com sua comercializados em farmácias e drogarias,
conservação. conforme legislação vigente, tem o direito a
§2º - Os medicamentos não devem ser obter informações acerca do uso correto e
transportados juntamente com produtos ou seguro, assim como orientações sobre as
substâncias que possam afetar suas condições ideais de armazenamento.
características de qualidade, segurança e
eficácia. CAPÍTULO VI
§3º - O estabelecimento deve manter DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) Art. 61º - Além da dispensação, poderá ser
contendo as condições para o transporte e criar permitida às farmácias e drogarias a prestação
mecanismos que garantam a sua inclusão na de serviços farmacêuticos conforme requisitos e
rotina de trabalho de maneira sistemática. condições estabelecidos nesta Resolução.
§4º - No caso de terceirização do serviço de §1º - São considerados serviços farmacêuticos
transporte, este deve ser feito por empresa passíveis de serem prestados em farmácias ou
devidamente regularizada conforme a legislação drogarias a atenção farmacêutica e a perfuração
vigente. de lóbulo auricular para colocação de brincos.
Art. 57º - É permitida às farmácias e drogarias a §2º - A prestação de serviço de atenção
entrega de medicamentos por via postal desde farmacêutica compreende a atenção
que atendidas as condições sanitárias que farmacêutica domiciliar, a aferição de
assegurem a integridade e a qualidade dos parâmetros fisiológicos e bioquímico e a
produtos, conforme legislação vigente. administração de medicamentos.
Art. 58º - O estabelecimento farmacêutico deve §3º - Somente serão considerados regulares os
assegurar ao usuário o direito à informação e serviços farmacêuticos devidamente indicados
orientação quanto ao uso de medicamentos no licenciamento de cada estabelecimento,
solicitados por meio remoto. sendo vedado utilizar qualquer dependência da
§1º - Para os fins deste artigo, deve ser farmácia ou drogaria como consultório ou outro
garantido aos usuários meios para comunicação fim diverso do licenciamento, nos termos da lei.
direta e imediata com o Farmacêutico §4º - A prestação de serviços farmacêuticos em
Responsável Técnico, ou seu substituto, farmácias e drogarias deve ser permitida por
presente no estabelecimento. autoridade sanitária mediante prévia inspeção
§2º - Junto ao medicamento solicitado deve ser para verificação do atendimento aos requisitos
entregue cartão, ou material impresso mínimos dispostos nesta Resolução, sem
equivalente, com o nome do farmacêutico, prejuízo das disposições contidas em normas
telefone e endereço do estabelecimento, sanitárias complementares estaduais e
contendo recomendação ao usuário para que municipais.
entre em contato com o farmacêutico em caso §5º - É vedado à farmácia e drogaria prestar
de dúvidas ou para receber orientações relativas serviços não abrangidos por esta Resolução.
ao uso do medicamento. Art. 62º - O estabelecimento deve manter
§3 - O cartão ou material descrito no parágrafo disponível, para informar ao usuário, lista
anterior não poderá utilizar designações, atualizada com a identificação dos

391
estabelecimentos públicos de saúde mais disponibilizado pelo estabelecimento
próximos, contendo a indicação de endereço e farmacêutico no domicílio do usuário, nos
telefone. termos desta Resolução.
Parágrafo único - A prestação de atenção
Seção I farmacêutica domiciliar por farmácias e
Da Atenção Farmacêutica drogarias somente é permitida a
Art. 63º - A atenção farmacêutica deve ter estabelecimentos devidamente licenciados e
como objetivos a prevenção, detecção e autorizados pelos órgãos sanitários competentes.
resolução de problemas relacionados a
medicamentos, promover o uso racional dos Subseção II
medicamentos, a fim de melhorar a saúde e Da Aferição Dos Parâmetros Fisiológicos e
qualidade de vida dos usuários. Bioquímico Permitidos
§1º - Para subsidiar informações quanto ao Art. 69º - A aferição de parâmetros fisiológicos
estado de saúde do usuário e situações de risco, ou bioquímico oferecida na farmácia e drogaria
assim como permitir o acompanhamento ou a deve ter como finalidade fornecer subsídios para
avaliação da eficácia do tratamento prescrito por a atenção farmacêutica e o monitoramento da
profissional habilitado, fica permitida a aferição terapia medicamentosa, visando à melhoria da
de determinados parâmetros fisiológicos e sua qualidade de vida, não possuindo, em
bioquímico do usuário, nos termos e condições nenhuma hipótese, o objetivo de diagnóstico.
desta Resolução. §1º - Os parâmetros fisiológicos cuja aferição é
§2º - Também fica permitida a administração de permitida nos termos desta Resolução são
medicamentos, nos termos e condições desta pressão arterial e temperatura corporal.
Resolução. §2º - O parâmetro bioquímico cuja aferição é
Art. 64 - Devem ser elaborados protocolos para permitida nos termos desta Resolução é a
as atividades relacionadas à atenção glicemia capilar.
farmacêutica, incluídas referências §3º - Verificada discrepância entre os valores
bibliográficas e indicadores para avaliação dos encontrados e os valores de referência
resultados. constantes em literatura técnico-científica
§1º - As atividades devem ser documentadas de idônea, o usuário deverá ser orientado a
forma sistemática e contínua, com o procurar assistência médica.
consentimento expresso do usuário. §4º - Ainda que seja verificada discrepância
§2º - Os registros devem conter, no mínimo, entre os valores encontrados e os valores de
informações referentes ao usuário (nome, referência, não poderão ser indicados
endereço e telefone), às orientações e medicamentos ou alterados os medicamentos
intervenções farmacêuticas realizadas e aos em uso pelo paciente quando estes possuam
resultados delas decorrentes, bem como restrição de "venda sob prescrição médica".
informações do profissional responsável pela Art. 70° - As medições do parâmetro
execução do serviço (nome e número de bioquímico de glicemia capilar devem ser
inscrição no Conselho Regional de Farmácia). realizadas por meio de equipamentos de
Art. 65º - As ações relacionadas à atenção autoteste.
farmacêutica devem ser registradas de modo a Parágrafo único - A aferição de glicemia
permitir a avaliação de seus resultados. capilar em farmácias e drogarias realizadas por
Parágrafo único - Procedimento Operacional meio de equipamentos de autoteste no contexto
Padrão deverá dispor sobre a metodologia de da atenção farmacêutica não é considerada um
avaliação dos resultados. Teste Laboratorial Remoto - TLR, nos termos
Art. 66º - O farmacêutico deve orientar o da legislação específica.
usuário a buscar assistência de outros Art. 71º - Para a medição de parâmetros
profissionais de saúde, quando julgar fisiológicos e bioquímico permitidos deverão
necessário, considerando as informações ou ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios
resultados decorrentes das ações de atenção que possuam registro, notificação, cadastro ou
farmacêutica. que sejam legalmente dispensados de tais
Art. 67º - O farmacêutico deve contribuir para a requisitos junto a Anvisa.
farmacovigilância, notificando a ocorrência ou Parágrafo único - Devem ser mantidos
suspeita de evento adverso ou queixa técnica às registros das manutenções e calibrações
autoridades sanitárias. periódicas dos aparelhos, segundo
regulamentação específica do órgão competente
Subseção I e instruções do fabricante do equipamento.
Da Atenção Farmacêutica Domiciliar Art. 72º - Os Procedimentos Operacionais
Art. 68º - A atenção farmacêutica domiciliar Padrão (POP’s) relacionados aos procedimentos
consiste no serviço de atenção farmacêutica de aferição de parâmetros fisiológicos e

392
bioquímico devem indicar claramente os Da Perfuração do Lóbulo Auricular para
equipamentos e as técnicas ou metodologias Colocação de Brincos
utilizadas, parâmetros de interpretação de Art. 78º - A perfuração do lóbulo auricular
resultados e as referências bibliográficas deverá ser feita com aparelho específico para
utilizadas. esse fim e que utilize o brinco como material
Parágrafo único - O Procedimento Operacional perfurante.
Padrão (POP) deve incluir os equipamentos de Parágrafo único - É vedada a utilização de
proteção individual (EPI’s) a serem utilizados agulhas de aplicação de injeção, agulhas de
para a medição de parâmetros fisiológicos e suturas e outros objetos para a realização da
bioquímico, assim como trazer orientações perfuração.
sobre seu uso e descarte. Art. 79º - Os brincos e a pistola a serem
Art. 73º - Os procedimentos que gerem resíduos oferecidos aos usuários devem estar
de saúde, como materiais perfurocortantes, gaze regularizados junto à Anvisa, conforme
ou algodão sujos com sangue, deverão ser legislação vigente.
descartados conforme as exigências de §1º - Os brincos deverão ser conservados em
legislação específica para Gerenciamento de condições que permitam a manutenção da sua
Resíduos de Serviços de Saúde. esterilidade.
§2º - Sua embalagem deve ser aberta apenas no
Da Administração de Medicamentos ambiente destinado à perfuração, sob a
Art. 74º - Fica permitida a administração de observação do usuário e após todos os
medicamentos nas farmácias e drogarias no procedimentos de assepsia e anti-sepsia
contexto do acompanhamento necessários para evitar a contaminação do
farmacoterapêutico. brinco e uma possível infecção do usuário.
Parágrafo único - É vedada a administração de
medicamentos de uso exclusivo hospitalar. Art. 80º - Os procedimentos relacionados à
Art. 75º - Os medicamentos para os quais é anti-sepsia do lóbulo auricular do usuário e das
exigida a prescrição médica devem ser mãos do aplicador, bem como ao uso e assepsia
administrados mediante apresentação de receita do aparelho utilizado para a perfuração deverão
e após sua avaliação pelo farmacêutico. estar descritos em Procedimentos Operacionais
§1º - O farmacêutico deve entrar em contato Padrão (POP’s).
com o profissional prescritor para esclarecer §1º - Deve estar descrita a referência
eventuais problemas ou dúvidas que tenha bibliográfica utilizada para o estabelecimento
detectado no momento da avaliação da receita. dos procedimentos e materiais de anti-sepsia e
§2º - A data de validade do medicamento deve assepsia.
ser verificada antes da administração. §2º - Procedimento Operacional Padrão (POP)
Art. 76º - Os medicamentos adquiridos no deverá especificar os equipamentos de proteção
estabelecimento, a serem utilizados na prestação individual a serem utilizados, assim como
de serviços de que trata esta seção, cujas apresentar instruções para seu uso e descarte.
embalagens permitam múltiplas doses, devem
ser entregues ao usuário após a administração, Seção III
no caso de sobra. Da Declaração de Serviço Farmacêutico
§1º - O usuário deve ser orientado quanto às Art. 81º - Após a prestação do serviço
condições de armazenamento necessárias à farmacêutico deve ser entregue ao usuário a
preservação da qualidade do produto. Declaração de Serviço Farmacêutico.
§2º - É vedado o armazenamento em farmácias §1º - A Declaração de Serviço Farmacêutico
e drogarias de medicamentos cuja embalagem deve ser elaborada em papel com identificação
primária tenha sido violada. do estabelecimento, contendo nome, endereço,
Art. 77º - Para a administração de telefone e CNPJ, assim como a identificação do
medicamentos deverão ser utilizados materiais, usuário ou de seu responsável legal, quando for
aparelhos e acessórios que possuam registro, o caso.
notificação, cadastro ou que sejam legalmente §2º - A Declaração de Serviço Farmacêutico
dispensados de tais requisitos junto a Anvisa. deve conter, conforme o serviço farmacêutico
Parágrafo único - Devem ser mantidos prestado, no mínimo, as seguintes informações:
registros das manutenções e calibrações I - atenção farmacêutica:
periódicas dos aparelhos, segundo a) medicamento prescrito e dados do prescritor
regulamentação específica do órgão competente (nome e inscrição no conselho profissional),
e instruções do fabricante do equipamento. quando houver;
b) indicação de medicamento isento de
Seção II prescrição e a respectiva posologia, quando
houver;

393
c) valores dos parâmetros fisiológicos e
bioquímico, quando houver, seguidos dos CAPÍTULO VII
respectivos valores considerados normais; DA DOCUMENTAÇÃO
d) frase de alerta, quando houver medição de Art. 85º - Deve ser elaborado Manual de Boas
parâmetros fisiológicos e bioquímico: "ESTE Práticas Farmacêuticas, específico para o
PROCEDIMENTO NÃO TEM FINALIDADE estabelecimento, visando ao atendimento ao
DE DIAGNÓSTICO E NÃO SUBSTITUI A disposto nesta Resolução, de acordo com as
CONSULTA MÉDICA OU A REALIZAÇÃO atividades a serem realizadas.
DE EXAMES LABORATORIAIS “; Art. 86º - O estabelecimento deve manter
e) dados do medicamento administrado, quando Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s), de
houver: acordo com o previsto no Manual de Boas
1. nome comercial, exceto para genéricos; Práticas Farmacêuticas, no mínimo, referentes
2. denominação comum brasileira; às atividades relacionadas a:
3. concentração e forma farmacêutica; I - manutenção das condições higiênicas e
4. via de administração; sanitárias adequadas a cada ambiente da
5. número do lote; e farmácia ou drogaria;
6. número de registro na Anvisa. II - aquisição, recebimento e armazenamento
f) orientação farmacêutica; dos produtos de comercialização permitida;
g) plano de intervenção, quando houver; e III - exposição e organização dos produtos para
h) data, assinatura e carimbo com inscrição no comercialização;
Conselho Regional de Farmácia (CRF) do IV - dispensação de medicamentos;
farmacêutico responsável pelo serviço. V - destino dos produtos com prazos de
II - perfuração do lóbulo auricular para validade vencidos;
colocação de brincos: VI - destinação dos produtos próximos ao
a) dados do brinco: vencimento;
1. nome e CNPJ do fabricante; e VII - prestação de serviços farmacêuticos
2. número do lote. permitidos, quando houver;
b) dados da pistola: VIII - utilização de materiais descartáveis e sua
1. nome e CNPJ do fabricante; e destinação após o uso; e
2. número do lote. IX - outros já exigidos nesta Resolução.
c) data, assinatura e carimbo com inscrição no Art. 87º - Os Procedimentos Operacionais
Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Padrão (POP) devem ser aprovados, assinados e
farmacêutico responsável pelo serviço. datados pelo farmacêutico responsável técnico.
§3º - É proibido utilizar a Declaração de Serviço §1º - Qualquer alteração introduzida deve
Farmacêutico com finalidade de propaganda ou permitir o conhecimento de seu conteúdo
publicidade ou para indicar o uso de original e, conforme o caso, ser justificado o
medicamentos para os quais é exigida motivo da alteração.
prescrição médica ou de outro profissional §2º - Devem estar previstas as formas de
legalmente habilitado. divulgação aos funcionários envolvidos com as
§4º - A Declaração de Serviço Farmacêutico atividades por eles realizadas.
deve ser emitida em duas vias, sendo que a §3º - Deve estar prevista revisão periódica dos
primeira deve ser entregue ao usuário e a Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para
segunda permanecer arquivada no fins de atualização ou correções que se façam
estabelecimento. necessárias.
Art. 82º - Os dados e informações obtidos em Art. 88º - O estabelecimento deve manter
decorrência da prestação de serviços registros, no mínimo, referentes a:
farmacêuticos devem receber tratamento I - treinamento de pessoal;
sigiloso, sendo vedada sua utilização para II - serviço farmacêutico prestado, quando
finalidade diversa à prestação dos referidos houver;
serviços. III - divulgação do conteúdo dos Procedimentos
Art. 83º - Os Procedimentos Operacionais Operacionais Padrão (POP’s) aos funcionários,
Padrão (POP’s) relacionados devem conter de acordo com as atividades por eles realizadas;
instruções sobre limpeza dos ambientes, uso e IV - execução de programa de combate a
assepsia dos aparelhos e acessórios, uso e insetos e roedores;
descarte dos materiais perfurocortantes e anti- V - manutenção e calibração de aparelhos ou
sepsia aplicada ao profissional e ao usuário. equipamentos, quando exigido; e
Art. 84º - A execução de qualquer serviço VI - outros já exigidos nesta Resolução.
farmacêutico deve ser precedida da anti-sepsia Art. 89º - Toda documentação deve ser mantida
das mãos do profissional, independente do uso no estabelecimento por no mínimo 5 (cinco)
de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). anos, permanecendo, nesse período, à

394
disposição do órgão de vigilância sanitária Art. 97º - As farmácias e drogarias devem
competente para fiscalização. possuir Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde - PGRSS, conforme
CAPÍTULO VIII legislação específica.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E Art. 98º - Os estabelecimentos abrangidos por
TRANSITÓRIAS esta Resolução terão o prazo de seis meses para
Art. 90º - É vedado utilizar qualquer promover as adequações necessárias ao
dependência da farmácia ou da drogaria como cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas
consultório ou outro fim diverso do para o controle sanitário do funcionamento, da
licenciamento. dispensação e da comercialização de produtos e
Parágrafo único - É vedada a oferta de outros da prestação de serviços farmacêuticos.
serviços que não estejam relacionados com a Art. 99º - O descumprimento das disposições
dispensação de medicamentos, a atenção contidas nesta Resolução constitui infração
farmacêutica e a perfuração de lóbulo auricular, sanitária, nos termos da Lei Nº 6.437, de 20 de
nos termos desta Resolução. agosto de 1977, sem prejuízo das
Art. 91º - A promoção e a propaganda de responsabilidades civil, administrativa e penal
produtos sujeitos às normas de vigilância cabíveis.
sanitária realizadas em farmácias e drogarias Art. 100º - Cabe ao Sistema Nacional de
devem obedecer às disposições normativas Vigilância Sanitária, além de garantir a
descritas em legislação específica. fiscalização do cumprimento desta norma, zelar
Parágrafo único - O mesmo regulamento pela uniformidade das ações segundo os
deverá ser observado quanto às regras para princípios e normas de regionalização e
programas de fidelização realizados em hierarquização do Sistema Único de Saúde.
farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, Art. 101º - Ficam revogadas as Resoluções da
e anúncios de descontos para medicamentos. Diretoria Colegiada - RDC Nº 328, de 22 de
Art. 92º - As farmácias e drogarias podem julho de 1999, RDC Nº 149, de 11 de junho de
participar de campanhas e programas de 2003, a RDC Nº 159, de 20 de junho de 2003,
promoção da saúde e educação sanitária RDC Nº 173, de 8 de julho de 2003 e RDC Nº
promovidos pelo Poder Público. 123, de 12 de maio de 2005.
Art. 93º - Fica permitido às farmácias e Art. 102º - Esta Resolução entra em vigor na
drogarias participar de programa de coleta de data de sua publicação.
medicamentos a serem descartados pela DIRCEU RAPOSO DE MELLO
comunidade, com vistas a preservar a saúde Diretor-Presidente
pública e a qualidade do meio ambiente,
considerando os princípios da biossegurança de Este texto não substitui o publicado no D.O.U
empregar medidas técnicas, administrativas e em 18.08.2009
normativas para prevenir acidentes, preservando
a saúde pública e o meio ambiente.
Parágrafo único - As condições técnicas e
operacionais para coleta de medicamentos
descartados devem atender ao disposto na
legislação vigente.
Art. 94º - As farmácias que possuírem atividade
de manipulação de medicamentos para uso
humano, além dos requisitos estabelecidos nesta
Resolução, devem atender às Boas Práticas de
Manipulação de Medicamentos para Uso
Humano, conforme legislação específica.
Art. 95º - As farmácias e drogarias que
realizarem a manipulação ou dispensação de
produtos sujeitos ao controle especial devem
atender, complementarmente, as disposições de
legislação específica vigente sobre o tema.
Art. 96º - Os estabelecimentos que realizem a
dispensação de medicamentos na forma
fracionada, a partir de suas embalagens
originais, além dos requisitos estabelecidos
nesta Resolução, devem atender às Boas
Práticas para Fracionamento de Medicamentos,
conforme legislação específica.

395
distribuição de amostras grátis de medicamentos
RDC n° 60 de 26/11/2009 no Brasil.

(DOU de 27.11.2009) Art. 2º Para efeito deste Regulamento são


adotadas as seguintes definições:
Dispõe sobre a distribuição de Amostra Grátis I - AMOSTRA GRÁTIS - medicamento com a
no país quantidade total ou específica da apresentação
registrada na Anvisa destinado à distribuição
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de gratuita aos profissionais prescritores como
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que ferramenta de publicidade.
lhe confere o inciso IV do art. 11 do II - EMPRESA - Pessoa física ou jurídica, de
Regulamento da ANVISA aprovado pelo direito público ou privado, que exerça como
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e atividade principal ou subsidiária o comércio,
tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ venda, fornecimento e distribuição de drogas,
1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno medicamentos, insumos farmacêuticos e
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº correlatos, equiparando-se à mesma, para os
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, efeitos deste regulamento, as unidades dos
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, órgãos da Administração direta ou indireta,
em reunião realizada em 24 de novembro de federal, estadual, do Distrito Federal, dos
2009; Territórios, dos Municípios e entidades
considerando a Constituição Federal de 1988; paraestatais, incumbidas de serviços
considerando a Lei nº 6.360, de 23 de setembro correspondentes;
de 1976; III - MEDICAMENTO - Produto farmacêutico,
considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de tecnicamente obtido ou elaborado, com
janeiro de 1977, que regulamenta a Lei nº 6.360, finalidade profilática, curativa, paliativa ou para
de 24 de setembro de 1976; fins de diagnóstico;
considerando a Lei nº 9.782, de 26, de janeiro IV - MEDICAMENTO BIOLÓGICO -
de 1999; Medicamento que contém molécula com
considerando a Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro atividade biológica conhecida, já registrada no
de 1999; Brasil e que tenha passado por todas as etapas
considerando a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de de fabricação formulação, envase, liofilização,
2006; rotulagem, embalagem, armazenamento,
considerando o Decreto nº 5.912, de 27 de controle de qualidade e liberação do lote de
setembro de 2006, que regulamenta a Lei no produto biológico para uso);
11.343, de 23 de agosto de 2006; V - PREPARAÇÃO MAGISTRAL DE
considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de MEDICAMENTO - É aquela preparada na
1977; farmácia, de forma individualizada, para ser
considerando a Lei nº 9.294, de 15 de julho de dispensada atendendo a uma prescrição de um
1996; profissional habilitado, respeitada a legislação
considerando o Decreto nº 2.018, de 1º de vigente, que estabelece sua composição, forma
outubro de 1996, que regulamenta a Lei nº farmacêutica, posologia e modo de usar;
9.294, de 15 de julho de 1996; VI - PRESCRITORES - Profissionais de saúde
considerando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro autorizados legalmente para a prescrição de
de 1990; medicamentos no país.
considerando o Decreto nº 2.181, de 20 de
março de 1997; Art. 3º A distribuição de amostras grátis de
considerando a Portaria nº 3.916, de 30 de medicamentos somente pode ser feita pelas
outubro de 1998, que define a Política Nacional empresas aos profissionais prescritores,
de Medicamentos; mediante aceitação documentada, em
considerando a Portaria Anvisa nº 640, de 10 de ambulatórios, hospitais, consultórios médicos e
Junho de 2009, que instituiu Grupo de Trabalho odontológicos.
para elaboração de regulamento sobre amostra § 1º É vedada a distribuição de amostras grátis
grátis de medicamentos; de produtos biológicos que necessitem de
Adota a seguinte Resolução de Diretoria cuidados especiais de conservação e transporte,
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a conforme registro na Anvisa.
sua publicação. § 2º É vedada a distribuição de amostras grátis
CARLOS GABRIEL SURJUS de preparações magistrais de medicamentos.

Art. 1º Esta Resolução se aplica a todas as Art. 4º Somente é permitida a distribuição de


empresas que realizam a produção e/ou amostras grátis de medicamentos registrados na

396
Anvisa e de apresentações comercializadas pela embalagem secundária e ao longo da
empresa. embalagem primária;
IV - As embalagens secundárias das amostras
Art. 5º As amostras grátis de medicamentos grátis devem conter a expressão "VENDA
devem conter no mínimo 50% da quantidade PROIBIDA", não removível, de forma clara,
total de peso, volume líquido ou unidades ostensiva e precisa;
farmacotécnicas da apresentação registrada na V - As embalagens secundárias das amostras
Anvisa e comercializada pela empresa. grátis de medicamentos de venda sob prescrição
§1º- As amostras grátis de anticoncepcionais médica devem conter a expressão "USO SOB
deverão apresentar 100% da quantidade de peso, PRESCRIÇÃO MÉDICA'', não removível, em
volume líquido ou unidades farmacotécnicas da substituição à expressão "VENDA SOB
apresentação registrada na Anvisa e PRESCRIÇÃO MÉDICA", exigida em norma
comercializada pela empresa. específica.
§2º - A empresa titular de registro do
medicamento deverá entregar ao prescritor uma Art. 8º As Comissões de Farmácia e Terapêutica
quantidade de amostras grátis de antibióticos dos hospitais devem estabelecer os critérios para
suficientes para o tratamento completo do o recebimento e dispensação das amostras grátis
paciente. prescritas pelo médico, designando responsável
para o cumprimento desses critérios, além do
Art. 6º A fabricação das amostras grátis de armazenamento e controle do prazo de validade
medicamentos deve seguir fielmente as das amostras.
condições aprovadas no registro do § 1º Na ausência da Comissão de Farmácia e
medicamento, respeitando as diretrizes de Boas Terapêutica, o profissional farmacêutico e ou
Práticas de Fabricação de medicamentos. profissional prescritor deve garantir nos
§ 1º As amostras grátis de medicamentos devem ambulatórios e hospitais a adequada
apresentar os mesmos mecanismos de conservação das amostras grátis, sendo o
rastreabilidade e autenticidade definidos pela responsável pelo seu armazenamento, controle
autoridade sanitária para os medicamentos do prazo de validade e dispensação.
originais. § 2º Nos consultórios, os profissionais
§ 2º As embalagens das amostras grátis de prescritores devem garantir a adequada
medicamentos podem diferir apenas quanto ao conservação das amostras grátis, sendo os
seu tamanho ou volume, sendo expressamente responsáveis pelo seu armazenamento e controle
proibido alterar o material de embalagem do prazo de validade.
aprovado no registro. §3º Os prescritores devem entregar a quantidade
de amostras grátis de antibióticos suficientes
Art. 7° A rotulagem e a bula das amostras grátis para o tratamento completo do paciente.
de medicamentos devem se apresentar idênticas
às aprovadas no registro para a respectiva Art. 9º A distribuição de amostras grátis de
apresentação do medicamento, observando os medicamentos à base de substâncias sujeitas a
seguintes aspectos: controle especial deverá observar também os
I - As embalagens das amostras grátis não dispositivos constantes da Portaria 344/98, de
podem veicular designações, símbolos, figuras, 12 de maio de 1998 e da Portaria nº 06 de 29 de
imagens, desenhos, slogans e quaisquer janeiro de 1999, e suas atualizações.
argumentos de cunho publicitário, exceto
quando aprovado pela Anvisa para constar na Art. 10 A entrega da amostra grátis pelo
embalagem do medicamento registrado e profissional prescritor ao paciente deve ser
comercializado; realizada de forma a garantir o uso racional do
II - O número de registro constante na amostra medicamento.
grátis deve conter os treze (13) dígitos
correspondentes à apresentação do Art. 11 A empresa titular de registro do
medicamento, registrada e comercializada, da medicamento tem a responsabilidade de
qual se originou amostra. arquivar por, no mínimo, 02 (dois) anos após a
III - As embalagens das amostras grátis devem expiração da validade do lote da amostra grátis
conter a expressão ''AMOSTRA GRÁTIS'' não todos os documentos relacionados à produção,
removível, em caixa alta, com caracteres nunca distribuição e farmacovigilância da amostra
inferiores a 70% (setenta por cento) do tamanho grátis, contendo, no mínimo, as seguintes
do nome comercial ou, na sua falta, do nome do informações:
princípio ativo, em tonalidades contrastantes ao I - Registro das solicitações de amostras grátis
padrão daquelas, inseridas no terço médio da realizadas pelos profissionais prescritores;

397
II - Número do lote das amostras grátis § 2º As empresas deverão observar o disposto
distribuídas, acompanhado da identificação no art. 170 do Decreto 79.094/1977.
nominal e número de registro nos respectivos Art. 19 Ficam revogadas as disposições
conselhos dos profissionais prescritores que constantes dos artigos 33 a 35 e do parágrafo
receberam as amostras grátis; único do artigo 45 da RDC 96/2008 a partir da
III - Nota fiscal com a descrição da apresentação publicação desta Resolução.
da amostra grátis, incluindo o número do lote; Art. 20 Esta Resolução entra em vigor na data
de sua publicação.
Art. 12 As empresas titulares de registro de DIRCEU RAPOSO DE MELLO
medicamentos devem encaminhar anualmente a
Anvisa informações de produção e distribuição Este texto não substitui o publicado no D.O.U
de amostras grátis juntamente com o relatório de em 27.11.2009
comercialização apresentado a Anvisa.
RDC nº 23, de 17 de junho de 2010 – alterou os
Art. 13 As empresas devem estabelecer prazos para adequação a norma, prorrogandodo
mecanismos para o transporte adequado das até 30 de novembro de 2010
amostras grátis, incluindo aquele realizado pelos
representantes que distribuem as amostras aos
profissionais prescritores, garantindo a
manutenção da qualidade, segurança e eficácia
dos medicamentos.

Art. 14 Os procedimentos adotados para


notificações de eventos adversos de
medicamentos devem ser os mesmos para
amostras grátis.
Parágrafo único. As notificações de eventos
adversos devem especificar de forma clara
quando se tratar de medicamentos registrados e
comercializados ou de amostras grátis.

Art. 15 Os procedimentos de recolhimento


adotados para os medicamentos devem ser os
mesmos para amostras grátis.
Parágrafo único. Os procedimentos referentes à
solicitação de anuência prévia para mensagens
de recolhimento adotados para o medicamentos
devem ser os mesmos para amostras grátis,
incluindo o valor da taxa.

Art. 16 A Anvisa, sempre que necessário,


exigirá informações sobre a produção,
distribuição e uso das amostras grátis.

Art. 17 A inobservância ou desobediência ao


disposto neste regulamento configura infração
de natureza sanitária sujeitando o infrator ao
processo, penalidades e sanções previstas na Lei
6.437, de 20 de agosto de 1977, e em outros
específicos.
Art. 18 Fica estabelecido o prazo de 90
(noventa) dias, a contar da data de sua
publicação, para as empresas se adequarem às
novas disposições desta Resolução.
§ 1º Fica restabelecida a vigência dos itens
2.1.8.1.1, 2.1.8.1.2, 17.1, 17.2 e 17.3 do Anexo
da Resolução - RDC 333/2003 durante o
período de transição de 90 dias de que trata o
caput deste artigo.

398
RDC nº 71, de 22/12/2009 garantia das pessoas portadoras de deficiência,
(D.O.U de 23.12.2009) nos termos do inciso II do art. 23 da
Constituição;
Dispões sobre os rótulos de todos os considerando as disposições previstas pela Lei
medicamentos registrados e comercializados no n°. 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá
Brasil prioridade de atendimento às pessoas que
especifica, e dá outras providências;
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de considerando as disposições previstas pela Lei
Vigilância Sanitária - Anvisa, no uso da n°. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 estabelece normas gerais e critérios básicos para
do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. a promoção da acessibilidade das pessoas
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o portadoras de deficiência ou com mobilidade
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 reduzida, e dá outras providências;
do Regimento Interno aprovado nos termos do considerando as disposições previstas pelo
Anexo I da Portaria nº. 354 da Anvisa, de 11 de Decreto nº. 5.296, de 02 de dezembro de 2004,
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de que Regulamenta a Lei n°. 10.048, de 8 de
agosto de 2006, em reunião realizada 16 em novembro de 2000, que dá prioridade de
dezembro de 2009; atendimento às pessoas que especifica, e a Lei
considerando que a saúde é direito de todos e n°. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
dever do Estado, garantido mediante políticas estabelece normas gerais e critérios básicos para
sociais e econômicas que visem à redução do a promoção da acessibilidade das pessoas
risco de doença e de outros agravos e ao acesso portadoras de deficiência ou com mobilidade
universal e igualitário às ações e serviços para reduzida, e dá outras providências;
sua promoção, proteção e recuperação, nos considerando as diretrizes estabelecidas pela
termos do art. 196 da Constituição da República Comissão Brasileira de Braille - CBB, e pela
Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988; Associação Brasileira de Normas Técnicas -
considerando a Lei nº. 6.360, de 23 de ABNT, quanto a utilização do sistema Braille;
setembro de 1976, e o Decreto nº. 79.094, de 5 considerando o documento Standard Rules on
de janeiro de 1977, que dispõe sobre o sistema the Equalization of opportunities for person
de vigilância sanitária a que ficam sujeitos os with disabilities adotado pela Assembléia Geral
medicamentos; considerando a Lei nº. 9.787, de das Organizações das Nações Unidas;
10 de fevereiro de 1999, que altera a Lei nº. considerando as diretrizes, as prioridades e as
6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe responsabilidades estabelecidas na Política
sobre o medicamento genérico e sobre a Nacional de Medicamentos, instituída pela
utilização de nomes genéricos em produtos Portaria n°. 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de
farmacêuticos; 1998, e aprovada pelo CNS pela Resolução n°.
considerando a Lei nº. 5.991, de 17 de 338, de 20 maio de 2004, que busca garantir
dezembro de 1973, e o Decreto nº. 74.170, de condições para segurança e qualidade dos
10 de junho de 1974 que dispõe sobre o controle medicamentos utilizados no país, promover o
sanitário do comércio de drogas, medicamentos, uso racional e o acesso da população àqueles
insumos farmacêuticos e correlatos; considerados essenciais;
considerando a Lei nº. 6.437, de 20 de agosto considerando a importância do acesso à
de 1977, que dispõe sobre as infrações à informação imparcial e de qualidade para
legislação sanitária federal e estabelece as orientar o autocuidado e a automedicação
respectivas penalidades; disposta no Report of the 4th WHO -
considerando o direito à informação, às Consultative Group on the Role of the
pessoas assistidas, sobre sua saúde conforme Pharmacist;
previsto nos termos do inciso V do art. 7º da Lei considerando que as informações sobre
Orgânica da Saúde (LOS), Lei nº. 8.080, de 19 medicamentos devem orientar pacientes e
de setembro de 1990; profissionais de saúde, favorecendo o uso
considerando o direito à informação adequada racional, os rótulos de medicamentos devem
e clara sobre os diferentes produtos e serviços, conter informações que permitam identificá-lo,
com especificação correta de quantidade, armazená-lo e rastreá-lo adequadamente, além
características, composição, qualidade e preço, de informar sobre riscos sanitários para algumas
bem como sobre os riscos que apresentem, populações especiais e dispor que outras
conforme o previsto pelo inciso III do art. 6° do informações para o uso seguro do medicamento
Código de Defesa do Consumidor, Lei nº. 8078, estarão dispostas na sua bula;
de 11 de setembro de 1990; considerando as disposições específicas da
considerando que compete à União cuidar da Resolução - RDC n°. 59, de 24 de novembro de
saúde e assistência pública, da proteção e 2009 que dispõe sobre a implantação do Sistema

399
Nacional de Controle de Medicamentos e VIII - embalagem hospitalar: embalagem
definição dos mecanismos para rastreamento de secundária de medicamentos de venda com ou
medicamentos, por meio de tecnologia de sem exigência de prescrição médica, utilizada
captura, armazenamento e transmissão para o acondicionamento de medicamentos com
eletrônica de dados e dá outras providências; destinação hospitalar;
considerando a competência da Anvisa, no IX - embalagem múltipla: embalagem
cumprimento de suas atribuições secundária de medicamentos de venda sem
regulamentares, quanto a implementação de exigência de prescrição médica dispensados
ações para agilizar a operacionalização de suas exclusivamente nas embalagens primárias;
atividades administrativas quanto ao registro, X - embalagem primária: embalagem que
atualização e revalidação de produtos; mantém contato direto com o medicamento;
considerando a Medida Provisória no. 2.190- XI - embalagem secundária: embalagem externa
34, de 23 de agosto de 2001 que instituiu a do produto, que está em contato com a
isenção do recolhimento de taxa para acréscimo embalagem primária ou envoltório
ou alteração de registro, referente aos rótulos de intermediário, podendo conter uma ou mais
medicamentos; adota a seguinte Resolução da embalagens primárias;
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, XII - envoltório intermediário: embalagem
determino a sua publicação: opcional que está em contato com a embalagem
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico primária e constitui um envoltório ou qualquer
que estabelece as diretrizes para a rotulagem outra forma de proteção removível, podendo
de medicamentos. conter uma ou mais embalagens primárias,
conforme aprovação da Anvisa;
CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES INICIAIS XIII - restrição de uso: limitação de uso de um
Seção I - Objetivo medicamento quanto à população alvo, podendo
Art. 2º Este Regulamento possui o objetivo de ser para uso pediátrico, para uso adulto ou para
aprimorar a forma e o conteúdo dos rótulos de uso adulto e pediátrico;
todos os medicamentos registrados e XIV - restrição de prescrição: limitação de
comercializados no Brasil, visando garantir o prescrição de um medicamento de acordo com a
acesso à informação segura e adequada em prol sua categoria de venda, podendo ser de venda
do uso racional de medicamentos. sem exigência de prescrição médica, venda sob
Seção II - Abrangência prescrição médica, com ou sem retenção de
Art. 3º Este Regulamento se aplica a todos os receita, de acordo com norma específica;
medicamentos registrados na Anvisa. V - restrição de destinação: limitação do
Seção III - Definições estabelecimento alvo para a venda do
Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico medicamento, sendo que uma mesma
são adotadas as seguintes definições: apresentação pode ter mais de uma destinação,
I - bula: documento legal sanitário que contém podendo ser comercial, hospitalar, institucional
informações técnico-científicas e orientadoras e profissional/ empresa especializada;
sobre os medicamentos para o seu uso racional; XVI - rótulo: identificação impressa ou
II - destinação comercial: venda permitida para litografada, bem como dizeres pintados ou
farmácias e drogarias; gravados a fogo, pressão ou decalco, aplicados
III - destinação hospitalar: venda permitida para diretamente sobre recipientes, vasilhames,
hospitais, clínicas e ambulatórios; invólucros, envoltórios ou qualquer outro
IV - destinação institucional: venda permitida protetor de embalagem;
para os programas governamentais com destino XVII - Sistema Braille: processo de leitura e
aos postos de dispensação de medicamentos escrita em relevo, com base em 64 (sessenta e
vinculados ao Sistema Único de Saúde; quatro) símbolos resultantes da combinação de
V - destinação profissional/ empresa 6 (seis) pontos, dispostos em duas colunas de 3
especializada: venda permitida para (três) pontos; e,
profissionais ou empresa especializada; XVIII - Uso restrito a hospitais: medicamentos
VI - embalagem: invólucro, recipiente ou cuja administração é permitida apenas em
qualquer forma de acondicionamento removível, ambiente hospitalar, independentemente da
ou não, destinado a cobrir, empacotar, envasar, restrição de destinação, definidos em norma
proteger ou manter, especificamente ou não, específica.
medicamentos; CAPÍTULO IIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS
VII - embalagem de transporte: embalagem PARA OS RÓTULOS DE MEDICAMENTOS
utilizada para transporte de medicamentos Seção I - Das informações para as embalagens
acondicionados em suas embalagens primárias secundárias
ou secundárias;

400
Art. 5° Os rótulos das embalagens secundárias XVI - a expressão "Indústria Brasileira", quando
de medicamentos devem conter as seguintes aplicável;
informações: XVII - o nome do responsável técnico, número
I - o nome comercial do medicamento; de inscrição e sigla do Conselho Regional de
II - a denominação genérica de cada princípio Farmácia da empresa titular do registro;
ativo, em letras minúsculas, utilizando a XVIII - telefone do Serviço de Atendimento ao
Denominação Comum Brasileira (DCB); Consumidor (SAC) da empresa titular do
III - a concentração de cada princípio ativo, por registro ou de sua responsabilidade; e,
unidade de medida ou unidade farmacotécnica, XIX - a sigla "MS" adicionada ao número de
conforme o caso; registro no Ministério da Saúde conforme
IV - a via de administração; publicado em Diário Oficial da União (DOU),
V - a quantidade total de peso líquido, volume e sendo necessários os treze dígitos.
unidades farmacotécnicas, conforme o caso; § 1° No caso de medicamento genérico e
VI - a quantidade total de acessórios dosadores imunoterápico, é proibido usar nome comercial,
que acompanha as apresentações, quando devendo ser adotada apenas a denominação
aplicável; genérica.
VII - a forma farmacêutica; § 2° No caso de medicamentos injetáveis
VIII - a restrição de uso por faixa etária, na face classificados como Soluções Parenterais de
principal, incluindo a frase, em caixa alta, "USO Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de
ADULTO", "USO ADULTO E PEDIÁTRICO cloreto de sódio, água para injeção, solução de
ACIMA DE___", "USO PEDIÁTRICO glicose e outros açúcares e eletrólitos, é
ACIMA DE ____", indicando a idade mínima, facultativo usar nome comercial, podendo ser
em meses ou anos, para qual foi aprovada no adotada apenas a denominação genérica.
registro o uso do medicamento, ou "USO § 3° No caso de medicamentos fitoterápicos,
ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
medicamentos sem restrição de uso por idade, indicando espécie (Gênero + epíteto específico)
conforme aprovado no registro; para sua a denominação genérica; a
IX - a composição qualitativa, conforme concentração de cada princípio ativo deve ser
Denominação Comum Brasileira (DCB), e expressa pela concentração de cada derivado
quantitativa de cada princípio ativo, incluindo, vegetal e a composição do medicamento deve
quando aplicável, a equivalência sal base; indicar a relação real, em peso ou volume, do
X - os cuidados de conservação, indicando a derivado vegetal utilizado a correspondência em
faixa de temperatura e condições de marcadores e a descrição do derivado.
armazenamento, conforme estudo de § 4° No caso de medicamentos dinamizados,
estabilidade do medicamento; deve-se descrever os insumos utilizando a
XI - o nome e endereço da empresa titular do nomenclatura das farmacopéias e compêndios
registro no Brasil; reconhecidos pela Anvisa para sua a
XII - o nome e endereço da empresa fabricante, denominação genérica e a concentração de cada
quando ela diferir da empresa titular do registro, principio ativo deve ser expressa pela potência e
citando a cidade e o estado, precedidos pela escala de cada insumo ativo.
frase "Fabricado por:" e inserindo a frase § 5° É facultativo incluir a composição
"Registrado por:" antes dos dados da empresa qualitativa dos excipientes, conforme
titular do registro; Denominação Comum Brasileira (DCB), ou dos
XIII - o nome e endereço da empresa fabricante, insumos inertes, no caso dos medicamentos
quando o medicamento for importado, citando a dinamizados.
cidade e o país precedidos pela frase "Fabricado § 6° É facultativo incluir informações sobre a
por" e inserindo a frase "Importado por:" antes empresa responsável pela comercialização do
dos dados da empresa titular do registro; medicamento, informando o seu nome e
XIV - o nome e endereço da empresa endereço, citando a cidade e o estado precedidos
responsável pela embalagem do medicamento, pela frase "Comercializado por" e incluindo a
quando ela diferir da empresa titular do registro frase "Registrado por:" antes dos dados da
ou fabricante, citando a cidade e o estado ou, se detentora do registro e informar
estrangeira, a cidade e o país, precedidos pela § 7° É permitido incluir a logomarca da empresa
frase "Embalado por:" e inserindo a frase farmacêutica titular do registro, bem como das
"Registrado por:" ou "Importando por:", empresas fabricantes e responsáveis pela
conforme o caso, antes dos dados da empresa embalagem e comercialização do medicamento,
titular do registro; desde que não prejudiquem a presença das
XV - o número do Cadastro Nacional de Pessoa informações obrigatórias.
Jurídica (CNPJ) do titular do registro;

401
Art. 6° Nos rótulos das embalagens secundárias principio ativo deve ser expressa pela potência e
de medicamentos devem ser inseridas as escala de cada insumo ativo.
seguintes frases de advertência: § 5º É permitido incluir o nome ou as
I - "TODO MEDICAMENTO DEVE SER logomarcas das empresas responsáveis pela
MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS fabricação, embalagem e comercialização dos
CRIANÇAS", em caixa alta; e, medicamentos, desde que a mesma contenha o
II - "Informações ao paciente, indicações, nome da empresa
contra-indicações e precauções: vide bula" ou e seja informada a etapa da cadeia de sua
"Informações ao profissional de saúde, responsabilidade, incluindo as frases:
indicações, contra-indicações e precauções: vide "Fabricado por:", "Comercializado por";
bula", conforme o tipo de bula disponibilizada "Embalado por", e não se prejudique a
na embalagem do medicamento, de acordo com legibilidade das informações exigidas para a
norma específica. embalagem primária.
Art. 7° No caso de contra-indicação, precaução § 6º É permitido incluir as demais informações
ou advertência para o uso de princípios ativos, previstas para a embalagem secundária na
classe terapêutica e excipientes, devem-se embalagem primária, desde que não
incluir, em negrito, as frases de advertências prejudiquem a legibilidade das informações
previstas em norma específica. obrigatórias.
Seção II - Das informações para as embalagens Art. 9° A impossibilidade de fazer constar na
primárias embalagem primária todas as informações
Art. 8° Os rótulos das embalagens primárias de exigidas nesta Resolução, deve ser justificada à
medicamentos devem conter as seguintes Anvisa no momento da notificação, do registro
informações: ou pósregistro.
I - o nome comercial do medicamento; Seção III - Das informações para as caixas de
II - a denominação genérica de cada princípio transporte
ativo, em letras minúsculas, utilizando a Art. 10. Os rótulos das caixas de transporte de
Denominação Comum Brasileira (DCB); medicamentos devem conter, impressas ou
III - a concentração de cada princípio ativo, por etiquetadas, as seguintes informações mínimas:
unidade de medida ou unidade farmacotécnica, I - o nome comercial do medicamento;
conforme o caso; II - a denominação genérica de cada princípio
IV - a via de administração; ativo, em letras minúsculas, utilizando a
V - o nome da titular do registro ou sua Denominação Comum Brasileira (DCB);
logomarca desde que a mesma contenha o nome III - a concentração de cada princípio ativo, por
da empresa; e, unidade de medida ou unidade farmacotécnica,
VI - o telefone do Serviço de Atendimento ao conforme o caso;
Consumidor (SAC), da empresa titular do IV - a forma farmacêutica;
registro ou de sua responsabilidade. V - o nome da titular do registro ou sua
§ 1° No caso de medicamento genérico e logomarca desde que a mesma contenha o nome
imunoterápico, é proibido usar nome comercial, da empresa;
devendo ser adotada apenas a denominação VI - os cuidados de conservação, indicando a
genérica. faixa de temperatura e condições de
§ 2° No caso de medicamentos injetáveis armazenamento, conforme estudo de
classificados como Soluções Parenterais de estabilidade do medicamento.
Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de § 1° No caso de medicamento genérico e
cloreto de sódio, água para injeção, solução de imunoterápico, é proibido usar nome comercial,
glicose e outros açúcares e eletrólitos, é devendo ser adotada apenas a denominação
facultativo usar nome comercial, podendo ser genérica.
adotada apenas a denominação genérica. § 2° No caso de medicamentos injetáveis
§ 3° No caso de medicamentos fitoterápicos, classificados como Soluções Parenterais de
deve-se utilizar a nomenclatura botânica, Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de
indicando espécie (Gênero + epíteto específico) cloreto de sódio, água para injeção, solução de
para sua a denominação genérica e a glicose e outros açúcares e eletrólitos, é
concentração de cada princípio ativo deve ser facultativo usar nome comercial, podendo ser
expressa pela concentração de cada derivado adotada apenas a denominação genérica.
vegetal. § 3° No caso de medicamentos fitoterápicos,
§ 4° No caso de medicamentos dinamizados, deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
deve-se descrever os insumos utilizando a indicando espécie (Gênero + epíteto específico)
nomenclatura das farmacopéias e compêndios para sua a denominação genérica e a
reconhecidos pela Anvisa para sua a concentração de cada princípio ativo deve ser
denominação genérica e a concentração de cada

402
expressa pela concentração de cada derivado composição do medicamento, qualitativa e
vegetal. quantitativa de todos os princípios ativos deve
§ 4° No caso de medicamentos dinamizados, estar disposta no rótulo, em uma das faces da
deve-se descrever os insumos utilizando a embalagem secundária ou, na sua ausência, na
nomenclatura das farmacopéias e compêndios embalagem primária.
reconhecidos pela Anvisa para sua a § 4° No caso de limitação no campo de
denominação genérica e a concentração de cada impressão para utilizar a denominação genérica
principio ativo deve ser expressa pela potência e do princípio ativo de produtos biológicos, ela
escala de cada insumo ativo. pode ser abreviada conforme aprovado no
Seção IV - Da disposição das informações nos registro.
rótulos Art. 13. A concentração por unidade de medida
Art. 11. As letras utilizadas nos rótulos para ou unidade farmacotécnica de cada princípio
identificação do nome comercial do ativo que for disposto na identificação do
medicamento e para a denominação genérica medicamento, deve estar no mesmo campo de
dos princípios ativos, devem ser de fácil leitura impressão, abaixo ou ao lado, do nome
e ostentar o mesmo destaque. comercial ou da denominação genérica dos
Art. 12. A denominação genérica de cada princípios ativos, com tamanho mínimo de 50%
princípio ativo deve ser disposta nos rótulos da altura do maior caractere do nome comercial.
imediatamente abaixo do nome comercial, Parágrafo único. Para medicamentos genéricos,
respeitando as seguintes regras de a concentração deve estar disposta abaixo da
proporcionalidade: denominação genérica dos princípios ativos com
I - para os medicamentos com até dois tamanho mínimo de 50% da altura do maior
princípios ativos, o nome genérico de cada um caractere da denominação genérica.
deve ser disposto com tamanho mínimo de 50% Art. 14. A descrição da forma farmacêutica
da altura do maior caractere do nome comercial; pode ser disposta com a quantidade total de
II - para os medicamentos com três ou mais peso líquido, volume ou unidades
princípios ativos, o nome genérico de cada um farmacotécnicas do medicamento.
deve ser disposto com tamanho mínimo de 30% Art. 15. As impressões do nome comercial,
da altura do maior caractere do nome comercial. denominação genérica de cada princípio ativo e
§ 1° No caso de limitação no campo de respectivas concentrações, devem ser repetidas
impressão para descrever os princípios ativos nos rótulos das embalagens primárias
conforme Denominação Comum Brasileira destrutíveis, com mais de uma dose, visando
(DCB), englobando o nome do sal e da base, permitir a identificação do medicamento durante
deve constar no rótulo o nome da substância todo o tratamento.
base com tamanho mínimo de 50% da altura do Art. 16. No caso de serem incluídas as
maior caractere do nome comercial e, logomarcas das empresas farmacêuticas: titular
imediatamente após, o nome do sal, com do registro, fabricante e responsáveis pela
tamanho mínimo de 30% da altura do maior comercialização e embalagem do medicamento,
caractere da base. elas devem ter dimensão máxima de 50% do
§ 2° No caso de limitação no campo de tamanho do nome comercial ou, na sua
impressão para descrever os três ou mais ausência, da denominação genérica dos
princípios ativos, deve constar no rótulo a princípios ativos.
denominação genérica do princípio ativo que Art. 17. Não podem constar nos rótulos dos
melhor justifique a indicação terapêutica do medicamentos, designações, símbolos, figuras,
produto seguida da frase "+ ASSOCIAÇÃO", representações gráficas ou quaisquer indicações
com tamanho mínimo de 50% da altura do que possam tornar a informação falsa e
maior caractere do nome comercial e a incorreta, que possibilitem interpretação falsa,
composição do medicamento, qualitativa e equívoco, erro e confusão em relação à
quantitativa de todos os princípios ativos deve verdadeira natureza, composição, procedência,
estar disposta no rótulo, em uma das faces da qualidade, forma de uso, finalidade e
embalagem secundária ou, na sua ausência, na características do medicamento.
embalagem primária. § 1° É proibido:
§ 3° No caso de limitação no campo de I - incluir imagens de pessoas fazendo uso do
impressão para descrever todos os princípios medicamento;
ativos dos polivitamínicos, poliminerais e II - incluir selos, marcas nominativas,
poliaminoácidos, podem ser adotadas as figurativas ou mistas de instituições
palavras: Polivitamínico, Polimineral e governamentais, entidades filantrópicas,
Poliaminoácido, como denominação genérica, fundações, associações e sociedades médicas,
com tamanho mínimo de 50% da altura do organizações não-governamentais, associações
maior caractere do nome comercial, e a que representem os interesses dos consumidores

403
ou dos profissionais de saúde e selos de uma extremidade, ambas devem atender aos
certificação de qualidade, exceto se exigidos em requisitos contidos no caput deste artigo.
normas específicas; § 4° Quando o medicamento for disponibilizado
III - inclusão de imagens ou figuras que exclusivamente em embalagem primária e for
remetam à indicação do sabor do medicamento; passível de abertura, ela deverá conter lacre ou
IV - usar expressões ou imagens que possam selo de segurança, conforme características do
sugerir que a saúde de uma pessoa poderá ser caput deste artigo.
afetada por não usar o medicamento; e, Art. 21. As embalagens de medicamentos
V - utilizar rótulos com layout semelhante ao de devem conter mecanismos de identificação e
um medicamento com o mesmo princípio ativo, segurança que possibilitem o rastreamento do
forma farmacêutica e concentração, registrado produto desde a fabricação até o momento da
anteriormente por outra empresa. dispensação, conforme dispostos em normas
§ 2° É permitido: específicas.
I - utilizar figuras anatômicas, a fim de orientar Art. 22. É facultativo incluir nas embalagens
o profissional de saúde ou o paciente sobre a secundárias de medicamentos ou, na sua
correta utilização do produto; e, ausência, nas embalagens primárias, o código de
II - informar o sabor do medicamento. barras GTIN de identificação do produto, caso
Art. 18. É permitido incluir em outro idioma as elas contenham mecanismos de identificação e
mesmas informações exigidas para os rótulos de segurança que possibilitem o rastreamento do
medicamentos, desde que não prejudiquem a produto desde a fabricação até o momento da
legibilidade das informações obrigatórias e dispensação.
estejam de acordo com as informações Parágrafo único. É permitido colocar o Código
constantes do registro do medicamento. de Barras GTIN na face lateral da embalagem,
Seção V - Das informações e dispositivos para sobre a faixa de restrição de prescrição,
rastreabilidade do medicamento estruturando uma abertura na mesma.
Art. 19. O número do lote, data de fabricação Art. 23. É facultativo incluir nas embalagens
(mês/ano) e data de validade (mês/ano), devem secundárias de medicamentos ou, na sua
ser impressos nas embalagens de medicamentos ausência, nas embalagens primárias, a tinta
de forma facilmente compreensível, legível e reativa e sob a mesma a palavra "Qualidade" e a
indelével, utilizando letras com a maior logomarca da empresa titular do registro caso
dimensão possível para a sua fácil leitura e elas contenham mecanismos de identificação e
identificação. segurança que possibilitem o rastreamento do
§ 1° A legibilidade destas informações deve ser produto desde a fabricação até o momento da
garantida sem a utilização de instrumentos dispensação.
ópticos, a não ser para aquelas pessoas que § 1° A tinta reativa deve ser disposta em uma
necessitem de correção visual. das laterais, na altura da faixa vermelha ou
§ 2° Nas embalagens secundárias é proibido preta, sendo para isto permitido abrir uma janela
usar exclusivamente de relevo negativo ou nas referidas faixas que permita a fixação da
positivo, sem cor ou com cor que não mantenha tinta.
nítido e permanente o contraste com a cor do § 2° Os medicamentos sem exigência de
suporte para a impressão das informações prescrição médica devem colocar a tinta reativa
exigidas no caput deste artigo. na altura do local que corresponde à faixa de
§ 3° É facultativo imprimir nas embalagens restrição de uso.
primárias a data de fabricação (mês/ano). § 3° Qualquer outro local da face externa da
Art. 20. As embalagens secundárias devem embalagem pode ser utilizado desde que seja
conter lacre ou selo de segurança que seja justificado tecnicamente, não afete as demais
irrecuperável após seu rompimento e permita exigências legais e seja colocada uma indicação
detectar qualquer tentativa de rompimento, para ao consumidor do local onde se deve raspar.
garantir a inviolabilidade das embalagens. Seção VI - Das informações para as pessoas
§ 1º Quando utilizado a colagem de abas, ela portadoras de deficiência visual
deve garantir os requisitos descritos no caput Art. 24. As embalagens secundárias de
deste artigo para ser considerada um lacre de medicamentos que são dispensados para o
segurança. paciente devem conter em sistema Braille, sem
§ 2º Quando utilizado selos de segurança, além afetar a legibilidade das informações, o nome
das características descritas no caput deste comercial do medicamento ou, na sua falta, a
artigo, eles não podem permitir a recolagem e denominação genérica de cada princípio ativo
devem conter a identificação personalizada do pela Denominação Comum Brasileira (DCB).
laboratório. § 1° No caso de medicamentos fitoterápicos,
§ 3º No caso de embalagens que permitam o deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
acesso às embalagens primárias por mais de indicando espécie (Gênero + epíteto específico).

404
§ 2° No caso de medicamentos dinamizados, Art. 28. Os rótulos das embalagens primárias
deve-se descrever cada insumo ativo utilizando dos medicamentos com venda sob prescrição
a nomenclatura das farmacopéias e compêndios médica devem possuir a frase, em caixa alta,
reconhecidos pela Anvisa. "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA".
§ 3° No caso de medicamentos com mais de Seção II - Dos medicamentos de venda sem
quatro princípios ativos, pode-se informar o exigência de prescrição médica
nome do princípio ativo que justifique a Art. 29. Os rótulos das embalagens secundárias
indicação terapêutica do produto seguida da dos medicamentos com venda sem exigência de
expressão "+ associação". prescrição médica, além das informações
§ 4° No caso de medicamentos identificados mínimas exigidas nesta Resolução, devem
pela denominação genérica de cada princípio conter:
ativo, em que haja limitação no campo de I - a frase, em negrito: "Siga corretamente o
impressão para o sistema Braille, pode-se modo de usar, não desaparecendo os sintomas
utilizar apenas o nome da base do princípio procure orientação médica";
ativo. II - a indicação do medicamento, conforme
CAPÍTULO III disposto para o princípio ativo e classe
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA OS terapêutica em norma específica; e,
RÓTULOS DE MEDICAMENTOS III - as contra-indicações de uso do
Seção I - Dos medicamentos de venda sob medicamento.
prescrição médica Art. 30. Os rótulos das embalagens primárias
Art. 25. Os rótulos das embalagens secundárias dos medicamentos sem exigência de prescrição
dos medicamentos com venda sob prescrição médica, disponibilizados exclusivamente em
médica devem possuir faixa vermelha, em toda embalagem primária, além das informações
a sua extensão, no seu terço médio inferior e exigidas nesta Resolução, devem possuir:
com largura não inferior a um quinto da maior I - a frase "EXIJA A BULA", em caixa alta,
face. com tamanho mínimo de 30% da altura do
Parágrafo único. É proibido colocar as faixas no maior caractere do nome comercial ou, na sua
rodapé das embalagens, devendo-se respeitar o ausência, da denominação genérica;
limite mínimo de 10 mm nas bases das II - a sigla "MS" adicionada ao número de
embalagens ou na extremidade contrária a sua registro no Ministério da Saúde, conforme
abertura. publicado em Diário Oficial da União (DOU),
Art. 26. Na faixa vermelha deve ser utilizada a sendo necessários os treze dígitos; e,
referência de cor vermelha PANTONE 485C, III - a restrição de uso por faixa etária, incluindo
que pode ser obtida através da mistura de a frase, em caixa alta, "USO ADULTO", "USO
pigmentos de qualquer fabricante de tintas, com ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE___",
variações máximas e mínimas aceitáveis para "USO PEDIÁTRICO ACIMA DE ____",
este tom, e ser aplicado um verniz sobre ela. indicando a idade mínima, em meses ou anos,
§ 1° É proibida a utilização de cores nos rótulos para qual foi aprovada no registro o uso do
de medicamentos que possam causar confusão medicamento, ou "USO ADULTO e
ou erro na identificação da faixa vermelha. PEDIÁTRICO", no caso de medicamentos sem
§ 2° É permitido utilizar o PANTONE 485C restrição de uso por idade, conforme aprovado
fora da faixa vermelha apenas na: no registro.
I - descrição da concentração; Seção III - Dos medicamentos à base de
II - descrição da quantidade do medicamento; substâncias sujeitas a controle especial
III - descrição da via de administração; Art. 31. Os rótulos das embalagens secundárias
IV - frase "Amostra Grátis", seja nas letras ou dos medicamentos à base de substâncias sujeitas
em fundo vermelho; a controle especial devem possuir uma faixa em
V - frase "Nova Fórmula"; e, toda sua extensão, no seu terço médio inferior e
VI - frase "Agite antes de usar". na cor vermelha ou preta, conforme definido em
Art. 27. No interior da faixa vermelha dos norma específica e suas atualizações, para a
medicamentos de venda sob prescrição médica substância ou lista à qual pertence.
deve ser incluída apenas a frase, em caixa alta, Parágrafo único. É proibida a colocação das
"VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA". faixas no rodapé das embalagens, devendo-se
Parágrafo único. É permitida a inscrição respeitar o limite mínimo de 10 mm nas bases
qualitativa de todos os excipientes na face das embalagens ou na extremidade contrária sua
lateral da embalagem, sobre a faixa vermelha, abertura.
estruturando uma abertura na mesma, utilizando Art. 32. Na faixa preta, deve ser utilizada a
letras com a maior dimensão possível para a sua referência de cor preta PANTONE PROCESSO
fácil leitura e identificação. BLACK C, que pode ser obtida através da
mistura de pigmentos de qualquer fabricante de

405
tintas, com variações máximas e mínimas das embalagens secundárias, por "Informações
aceitáveis para este tom, e ser aplicado um ao profissional de saúde, indicações, contra-
verniz sobre ela. indicações e precauções: vide Memento
§ 1° A faixa preta deve ter largura não inferior a Terapêutico".
um terço da maior face e exclui a exigência de Seção VII - Dos medicamentos com destinação
faixa vermelha. institucional
§ 2° É proibida a utilização de cores nos rótulos Art. 39. Os rótulos das embalagens primárias e
que possam causar confusão ou erro na secundárias de todos os medicamentos com
identificação da faixa preta. destinação institucional, independente da
Art. 33. Na faixa vermelha devem ser utilizadas restrição de prescrição, devem possuir a frase,
as especificações definidas nesta Resolução para em caixa alta, "PROIBIDA VENDA AO
os medicamentos com venda sob prescrição COMÉRCIO", com tamanho mínimo de 30% da
médica. altura do maior caractere do nome comercial ou,
Art. 34. No interior da faixa dos medicamentos na sua ausência, da denominação genérica.
à base de substâncias sujeitas a controle Parágrafo único. Nos rótulos das embalagens
especial, devem ser incluídas, em caixa alta, as secundárias, a frase deve ser disposta logo
frases definidas em norma específica e suas acima da faixa de restrição de prescrição, ou em
atualizações, para posicionamento equivalente no caso de
a substância ou lista à qual pertence. inexistência da mesma, em sua face principal.
Art. 35. Os rótulos das embalagens primárias Art. 40. Os medicamentos com destinação
dos medicamentos a base de substâncias sujeitas institucional e de venda sob prescrição médica,
a controle especial devem possuir as frases com ou sem retenção de receita, podem
definidas em norma específica e suas substituir a palavra "VENDA" por "USO" nas
atualizações, para a substância ou lista a qual frases exigidas para os rótulos das embalagens
pertence. primárias e secundárias.
Seção IV - Dos medicamentos com destinação Seção VIII - Dos medicamentos destinados ao
hospitalar Ministério da Saúde
Art. 36. Os rótulos das embalagens secundárias Art. 41. Os rótulos das embalagens dos
dos medicamentos com destinação medicamentos com destinação institucional
exclusivamente hospitalar devem possuir a destinados ao Ministério da Saúde, para
frase, em caixa alta, "EMBALAGEM distribuição através de programas de saúde
HOSPITALAR", com tamanho mínimo de 30% pública, devem obedecer à identificação
da altura do maior caractere do nome comercial padronizada e descrita no Manual de
ou, na sua ausência, da denominação genérica. Identificação Visual para Embalagens de
Seção V - Dos medicamentos de uso restrito a Medicamentos, instituído por norma específica.
hospitais Seção IX - Dos medicamentos genéricos
Art. 37. Os rótulos das embalagens secundárias Art. 42. Para os medicamentos genéricos, deve
de todos os medicamentos com uso restrito a ser adotada para sua identificação, a
hospitais, definidos em norma específica, devem denominação genérica de cada princípio ativo,
possuir a frase, em caixa alta, "USO RESTRITO em letras minúsculas, utilizando a Denominação
A HOSPITAIS", com tamanho mínimo de 30% Comum Brasileira (DCB), sendo expressamente
da altura do maior caractere do nome comercial proibido o uso de nome comercial.
ou, na sua ausência, da denominação genérica. Art. 43. Os rótulos de todas as embalagens dos
§ 1° A frase deve ser disposta logo acima da medicamentos genéricos devem possuir, com
faixa de restrição de prescrição, na face tamanho de 30% da altura do maior caractere da
principal da embalagem. denominação genérica, localizada
§ 2° No caso de medicamentos com destinação imediatamente abaixo desta e com o mesmo
hospitalar, a frase "USO RESTRITO A destaque, a frase "Medicamento genérico Lei nº.
HOSPITAIS" dispensa a inclusão da frase 9.787, de 1999".
"EMBALAGEM HOSPITALAR". Art. 44. Os rótulos das embalagens secundárias
Seção VI - Dos medicamentos oriundos dos dos medicamentos genéricos devem possuir o
Laboratórios Oficiais logotipo que os identifica, impresso dentro de
Art. 38. No caso de medicamentos oriundos de uma faixa amarela disposta em sua face
Laboratórios Oficiais para os quais são principal e faces laterais, no seu terço médio
disponibilizados Mementos Terapêuticos ao inferior e com largura não inferior a um quinto
invés de bulas para os profissionais de saúde, da maior face.
seguindo o estabelecido em norma específica, § 1° É proibido colocar a faixa no rodapé das
substituir a frase "Informações ao profissional embalagens, devendo-se respeitar o limite
de saúde, indicações, contra-indicações e mínimo de 10 mm nas bases das embalagens ou
precauções: vide bula" exigida para os rótulos na extremidade contrária a sua abertura.

406
§ 2° Nas embalagens secundárias de Art. 48. O tamanho do logotipo de medicamento
medicamentos de venda sob prescrição médica, genérico é variável conforme o tamanho da face
com ou sem retenção de receita, a faixa amarela principal da embalagem secundária do
deve ficar justaposta logo acima da faixa medicamento, entretanto, todas as proporções
vermelha. estabelecidas no logotipo devem ser
§ 3° Nas embalagens secundárias de rigorosamente mantidas, conforme Anexo I
medicamentos à base de substâncias sujeitas a desta Resolução.
controle especial para as quais é exigida a faixa § 1° Para embalagens de orientação horizontal
preta, constantes na norma específica e suas deve ser utilizada a versão vertical do logotipo
atualizações, a faixa amarela deve ficar com as seguintes características:
justaposta logo abaixo da faixa preta. I - a largura (w) deve ser igual a um quinto da
§ 4° Nas embalagens secundárias de largura da maior face; e
medicamentos que podem ser vendidos sem II - a altura (h) deve ser igual a 1,25 w.
exigência de prescrição médica, a faixa amarela § 2° Para embalagens de orientação vertical
deve estar no local correspondente ao que seria deve ser utilizada a versão horizontal do
o da faixa vermelha. logotipo, onde o retângulo tem as seguintes
Art. 45. Nas embalagens primárias dos dimensões:
medicamentos sem exigência de prescrição I - a altura (h) deve ser um quinto da altura da
médica, que sejam disponibilizados em maior face; e
embalagens múltiplas e comercializados II - a largura (w) deve ser igual a 2,5 h.
exclusivamente em embalagem primária, deve Art. 49. É permitido imprimir informações
ser incluída a faixa amarela com o logotipo do exigidas para os rótulos nas laterais da faixa
medicamento genérico. amarela, caso necessário.
Art. 46. Na faixa amarela, deve ser utilizada a Seção X - Dos medicamentos dinamizados
referência de cor amarela PANTONE 116C, que Art. 50. Os rótulos das embalagens dos
pode ser obtida através da mistura de pigmentos medicamentos dinamizados devem conter a
de qualquer fabricante de tintas, com variações frase, conforme a categoria do medicamento,
máximas e mínimas aceitáveis para este tom, e em negrito: "Medicamento Homeopático",
ser aplicado um verniz sobre ela. "Medicamento Antroposófico" ou
§ 1° É proibida a utilização da cor amarela "Medicamento Anti-homotóxico".
PANTONE 116C fora da faixa amarela e em Art. 51. Os rótulos das embalagens dos
embalagens de medicamentos que não sejam medicamentos dinamizados devem atender ao
genéricos. disposto em normas específicas sobre o registro
§ 2° É proibida a utilização de cores nos rótulos e notificação de medicamentos dinamizados,
que possam causar confusão ou erro na além do disposto nesta Resolução.
identificação da faixa amarela. Seção XI - Dos medicamentos fitoterápicos
Art. 47. O logotipo do medicamento genérico Art. 52. Os rótulos das embalagens de
consiste em uma letra "G" estilizada e as medicamentos fitoterápicos devem conter a
palavras "Medicamento Genérico" escritas na frase "MEDICAMENTO FITOTERÁPICO",
cor azul PANTONE 276C, inseridas em um em caixa alta e com tamanho mínimo de 30% da
retângulo amarelo altura do
PANTONE 116C. maior caractere do nome comercial.
§ 1° As palavras "Medicamento Genérico" Art. 53. Os medicamentos fitoterápicos que
devem ser escritas com a letra tipo "Frutiger utilizarem como princípios ativos derivados
Bold Condensed". vegetais, como extrato, suco e óleo, podem
§ 2° A palavra "Medicamento" deve ter o especificá-los logo após ou abaixo do nome
mesmo comprimento da palavra "Genérico", ou botânico.
seja, a letra "M" deve iniciar no mesmo ponto Seção XII - Dos medicamentos para
da letra "G" e as letras "o" devem terminar nos reconstituição e uso oral
mesmos pontos. Art. 54. No caso de medicamentos nas formas
§ 3° O logotipo pode ser disposto na versão farmacêuticas pó ou granulado, para suspensão
horizontal e deve ser composto pelas palavras ou solução, de uso oral, deve-se:
"Medicamento" escrito logo acima da palavra I - indicar na embalagem primária a posição
"Genérico", precedido pela letra "G", conforme precisa, de forma clara e de fácil leitura, até
modelo no Anexo I desta Resolução. onde o usuário deve acrescentar o diluente;
§ 4° O logotipo pode ser disposto na versão II - inserir a frase "Modo de preparar: vide
vertical e deve ser composto pela letra "G", pela bula", no rótulo da embalagem secundária e
palavra "Medicamento", escrita logo abaixo e primária;
pela palavra "Genérico" logo abaixo desta, III - inserir a frase: "Após preparo, manter
conforme modelo no Anexo I desta Resolução. _____ por ____", indicando o cuidado de

407
conservação e prazo de validade da solução ou Art. 59. Para a rotulagem das embalagens
suspensão reconstituída, no rótulo da primárias das SPPV contendo as substâncias
embalagem primária ou da secundária, no caso definidas em instrução normativa específica,
de limitação no campo de impressão da deve ser respeitada a padronização de cores para
embalagem primária, caso o cuidado de a gravação dos dizeres estabelecida na norma
conservação do medicamento depois de específica.
preparado diferir do cuidado de conservação Art. 60. As ampolas de vidro dos
antes de aberto. medicamentos, definidos em instrução
Seção XIII - Dos medicamentos com prazo de normativa específica, devem ser identificadas
validade alterado após aberto por dois anéis de cor estabelecida na norma
Art. 55. No caso de medicamentos cujo prazo de específica, impressos na haste, com largura
validade original reduzir após aberto, inserir a mínima de 0,6 mm.
frase: "Após aberto, valido por ____", indicando § 1° Quando o medicamento for constituído por
após de validade após aberto, no rótulo da apenas um princípio ativo, os dois anéis devem
embalagem primária ou da secundária, no caso ser da mesma cor indicada para a família.
de limitação no campo de impressão da § 2° Quando se tratar de associação com no
embalagem primária. máximo dois princípios ativos, cada anel deve
Seção XIV - Dos medicamentos para Terapia corresponder à cor indicada para a respectiva
de Reidratação Oral (TRO) família.
Art. 56. Nos rótulos das embalagens dos § 3° No caso do princípio ativo ser um
medicamentos para Terapia de Reidratação Oral antagonista, um dos anéis deve ser branco e o
(TRO) deve ser expressa a quantidade dos outro da cor indicada para a família do princípio
princípios ativos em unidades de massa ou ativo a ser antagonizado.
massa/volume, e na forma de mEq/L. Art. 61. As embalagens de SPPV que não
§ 1° Em caso de concentração de sódio entre 40 permitam a identificação por anéis devem ser
e 60 mEq/L, deve-se incluir a frase "Para diferenciados pelos critérios de cores de
prevenção da desidratação e manutenção da impressão no rótulo e colocação de faixa com
hidratação após a fase de reidratação".§ 2° largura mínima de 3mm na parte superior do
Quando o teor de sódio for igual a 90 mEq/L, rótulo, com a cor correspondente a do anel de
deve-se incluir a frase "Para reidratação e ruptura, definida em instrução normativa
manutenção da hidratação". específica.
Seção XV - Das Soluções Parenterais de Seção XVI - Das Soluções Parenterais de
Pequeno Volume (SPPV) Grande Volume (SPGV)
Art. 57. Os rótulos das embalagens primárias Art. 62. Os rótulos das embalagens das SPGV,
das SPPV devem apresentar dimensões de modo além das informações mínimas exigidas nesta
a envolver, no máximo, 3/4 da área total do Resolução, devem conter:
corpo do recipiente e o espaço livre para I - a composição qualitativa e quantitativa,
permitir a visualização do conteúdo do percentual;
recipiente deve ser no sentido longitudinal do II - conteúdo eletrolítico em mEq/L ou mmol/L;
mesmo e ocupar a maior área possível, e,
conforme figura 1 do Anexo II. III - osmolaridade; e
Art. 58. As informações impressas no rótulo da IV - volume total.
embalagem primária das SPPV devem estar Art. 63. No caso da SPGV, de sistema fechado,
dispostas paralelamente ao maior eixo do que possuam apenas um sítio destinado a
recipiente, com a margem esquerda do rótulo colocação do equipo, deve-se incluir a frase
começando o mais próximo possível da base, e "Não é indicada a adição de outro
devem permitir a leitura integral do texto medicamento."
quando o recipiente for seguro pela haste ou Seção XVII - Dos Concentrados
gargalo, conforme figura 2 do Anexo II. Polieletrolíticos para Hemodiálise (CPHD)
§ 1° Quando o nome comercial, a denominação Art. 64. Os rótulos das embalagens dos CPHD
genérica do princípio ativo, a concentração e devem apresentar:
volume total puderem ser impressos dentro de I - faixa vermelha, com a cor vermelha
180º da circunferência do recipiente, a PANTONE VERMELHO 485 C e largura
impressão pode ser feita de forma perpendicular correspondente a um quinto da maior face do
ao seu maior eixo, de acordo com a figura 3 do rótulo, com os dizeres "Uso sob prescrição
Anexo II. médica";
§ 2° Para seringas preenchidas, o texto deve ser II - faixa no cabeçalho, com largura
orientado no sentido "agulha - êmbolo" e de correspondente a um quinto da menor face do
forma a não comprometer a visualização da sua rótulo, de cor azul PANTONE BLUE 072C.
graduação.

408
Parágrafo único. Deve ser respeitado o limite conjunto das apresentações para uso
mínimo de 10 mm nas bases das rotulagens, concomitante ou seqüencial.
como caracterização daquilo que se entende § 2° A data de fabricação do conjunto das
como rodapé. apresentações deve ser a data da montagem do
Art. 65. Para a denominação genérica dos conjunto das apresentações para uso
CPHD, utilizar o nome de dois sais da concomitante ou seqüencial.
formulação seguidos da expressão: "+ § 3° A data de validade da apresentação final
ASSOCIAÇÃO". Parágrafo único. A seqüência deve ser a data da primeira apresentação a
de sais a ser utilizada deve seguir a ordem: vencer.
sódio, potássio e cálcio. Art. 71. Os rótulos das embalagens primárias
Art. 66. Os rótulos das embalagens dos CPHD, das formas farmacêuticas sólidas ou outras
além das informações mínimas exigidas nesta previamente fracionadas para uso concomitante
Resolução, devem conter: ou seqüencial devem possuir na parte frontal um
I - composição qualitativa, de acordo com a retângulo, ou outra marcação divisória, em
Denominação Comum Brasileira (DCB), e destaque, incluindo e indicando as unidades
quantitativa dos sais expressas em p/v (g/L) ou farmacotécnicas a serem administradas por dose
p/p (g/g) no concentrado e mEq/L dos íons ou e, no verso, devem constar a denominação
mMol/L das moléculas, após diluição, genérica de cada princípio ativo e concentrações
atendendo aos limites estabelecidos no correspondentes àquela unidade farmacotécnica.
AnexoIII; Seção XXI - Dos medicamentos com
II - o modo de preparo, incluindo a proporção dessecantes desprendidos em sua embalagem
de diluição a ser empregada. Art. 72. Quando na embalagem do medicamento
Art. 67. Nos rótulos das embalagens dos CPHD houver dessecantes desprendidos em seu
deve ser incluída, em negrito, a frase "USO interior, na própria unidade do dessecante
RESTRITO EM HEMODIÁLISE". devem constar:
Seção XVIII - Dos polivitamínicos, I - os dizeres, em caixa alta: "PERIGO. NÃO
poliminerais e poliaminoácidos COMER";
Art. 68. Nos rótulos das embalagens dos II - a frase "Conteúdo: ____.", indicando a
polivitamínicos, poliminerais e substância que constitui o dessecante.
poliaminoácidos, deve constar a formulação Art. 73. É facultativo usar imagem, com no
qualitativa e quantitativa por unidade mínimo 10 mm de diâmetro, de um rosto de
farmacotécnica e o teor percentual de cada boca aberta ingerindo um sólido dentro de um
princípio ativo na dose/posologia diária máxima círculo com uma faixa diagonal, ambos na cor
preconizada, expresso claramente em índices vermelha, ou, de uma caveira, com ossos
percentuais, relativos à Ingestão Diária cruzados atrás ou abaixo do crânio da caveira,
Recomendada (IDR). Revogado RDC 242/2018 ambos de cor preta, conforme figuras do Anexo
Seção XIX - Dos medicamentos com IV, informando sobre a proibição de ingestão do
envoltórios intermediários dessecante.
Art. 69. Os envoltórios intermediários devem CAPÍTULO IV
possuir todas as informações mínimas exigidas DAS ALTERAÇÕES DE ROTULAGEM DE
para as embalagens primárias, quando ele MEDICAMENTOS
impedir a visualização das informações Seção I - Das notificações de alterações de
dispostas nas embalagens primárias. rotulagem
Parágrafo único. Quando o envoltório Art. 74. São passíveis de notificação de
intermediário é utilizado para garantir a alteração de rotulagem, com implementação
estabilidade do medicamento, conforme imediata sem manifestação prévia da Anvisa, as
demonstrado em estudo de estabilidade, ele atualizações de informações nos rótulos a seguir
deve possuir a frase: "Apenas remover o relacionadas:
envoltório para o uso". I - à Lista de Denominação Comum Brasileira
Seção XX - Dos medicamentos com duas ou (DCB);
mais apresentações para uso concomitante ou II - ao Vocabulário Controlado;
seqüencial III - ao novo enquadramento dos medicamentos
Art. 70. As embalagens secundárias e primárias quanto à restrição de uso e prescrição que venha
dos medicamentos com duas ou mais a ser exigida em norma específica;
apresentações para uso concomitante ou IV - à incorporação de frases de alerta que
seqüencial devem conter as suas datas de venha a ser exigida em norma específica;
fabricação, validade e número de lote. V - aos Dizeres Legais, quanto ao Telefone do
§ 1° O numero do lote da apresentação final Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC),
deve ser correspondente ao da montagem do e ao nome do responsável técnico, número de

409
inscrição e sigla do Conselho Regional de Art. 79. Para incluir novo rótulo para
Farmácia; apresentação de medicamento anteriormente
VI - aos Dizeres Legais, quanto à razão social registrada que contemplará nova destinação,
das empresas internacionais; e deve ser peticionada a inclusão de rotulagem.
VII - aos Dizeres Legais, quanto à razão social Parágrafo único. O novo rótulo poderá diferir do
das empresas nacionais, após aprovação da rótulo aprovado anteriormente apenas no que se
Anvisa da alteração de razão social. refere às informações específicas exigidas para a
Art. 75. Após qualquer alteração de rotulagem, nova destinação.
relacionada à notificação de alteração de
rotulagem, as empresas terão um prazo máximo CAPÍTULO V
de 180 (cento e oitenta) dias para começarem a DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
fabricar medicamentos com os novos rótulos a TRANSITORIAS
partir da data da notificação, sendo este o tempo Art. 80. As empresas devem notificar a
previsto para esgotamento de estoque. adequação da rotulagem, atendendo ao disposto
Seção II - Das alterações de rotulagem nesta Resolução, e disponibilizar os novos
relacionadas ao pós-registro e renovação rótulos nas embalagens dos medicamentos
Art. 76. As alterações das informações dispostas fabricados ou importados para venda no
na rotulagem de correntes de uma mudança pós- mercado nacional em até 540 (quinhentos e
registro devem ser disponibilizadas quarenta) dias a partir da publicação desta
concomitantemente à implementação da Resolução.
mudança. § 1° Os novos rótulos deverão contemplar
Parágrafo único. Os novos modelos de informações em conformidade com as
rotulagem deverão ser submetidos por meio de aprovadas no registro, pós-registro ou
notificação de rotulagem via peticionamento renovação dos medicamentos.
eletrônico em até 30 dias da aprovação, § 2° Os novos rótulos deverão ser
contendo o modelo mais recente de rotulagem já disponibilizados no prazo previsto no caput
peticionado e a alteração das informações deste artigo independentemente de manifestação
aprovadas nesta petição.” (NR) (Redação dada prévia da Anvisa.§ 3° As notificações de
pela RDC 73/16) adequação das rotulagens serão verificadas
Art. 77. No caso de alterações qualitativas durante a análise de pós-registro e renovações
excipientes aprovadas pela Anvisa, em que a de registro, momento no qual poderão ser feitas
empresa desejar manter o nome comercial e a exigências caso a rotulagem não se enquadre no
mesma indicação terapêutica, os rótulos das estabelecido nesta Resolução.
embalagens secundárias e, na sua ausência, da Art. 81. Compete à autoridade sanitária
primária, devem conter a frase "Nova Fórmula" estadual, municipal e federal proceder, nas
próxima ao nome comercial ou, na sua ausência, inspeções rotineiras nas indústrias farmacêuticas
da denominação genérica, com tamanho mínimo ou importadoras de medicamentos, à verificação
de 30% da altura do seu maior caractere. dos rótulos dos medicamentos, conforme o
Parágrafo único. Esta frase é obrigatória por no disposto nesta Resolução e aprovado no
mínimo um ano depois de aprovada a alteração. registro, pós-registro e renovação dos
Seção III- Da inclusão de informações não medicamentos, respeitando-se o prazo de
previstas nos rótulos de medicamentos adequação.
Art. 78. Caso seja identificada a necessidade de Art. 82. O descumprimento das disposições
incluir alguma informação não prevista nesta contidas nesta Resolução e no regulamento por
Resolução nos rótulos de medicamentos, as ela aprovado constituem infração sanitária, nos
empresas deverão peticionar uma alteração de termos da Lei n° 6.437, de 20 de agosto de
rotulagem acompanhada de justificativa técnica. 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
§ 1° A inclusão de informações somente poderá administrativa e penal cabíveis.
ser implementada com a aprovação expressa da Art. 83. Ficam revogados os artigos 4° e 5° da
Anvisa, que será publicada em Diário Oficial da Portaria nº. 802, de 8 de outubro de 1998; a
União (DOU). Resolução - RDC n°. 9, de 2 de janeiro de 2001;
§ 2° As empresas terão um prazo máximo de e a Resolução - RDC nº. 333, de 19 de
180 (cento e oitenta) dias para começarem a novembro de 2003, com exceção do item 3 do
fabricar medicamentos com os novos rótulos a Anexo, referente à regulamentação de nomes
partir da aprovação da petição pela Anvisa, comerciais, e do item 17 do Anexo, cuja
sendo este o tempo previsto para esgotamento vigência foi restabelecida pela Resolução - RDC
de estoque. nº. 60 de 26 de novembro de 2009 durante o
Seção IV- Da inclusão de rótulo para período de transição de 90 dias.
apresentações com nova destinação Art. 84. Esta Resolução entra em vigor na data
de sua publicação.

410
DIRCEU RAPOSO DE MELLO. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação
Este texto não substitui o publicado no D.O.U DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
em 23.12.2009 Diretor-Presidente

Observação: suspensão do prazo para adequação


às regras de rotulagem de medicamentos
estabelecidas pela RDC nº 71, de 22 de
dezembro de 2009 no artigo 80.

RDC Nº 26, DE 16/06/2011


(D.O.U de 17.06.2011)

Dispõe sobre a suspensão do prazo para


adequação às regras de rotulagem de
medicamentos estabelecidas pela RDC nº 71, de
22 de dezembro de 2009.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que
lhe confere o inciso IV do art. 11 do
Regulamento aprovado pelo Decreto Nº 3.029,
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54
do Regimento Interno aprovado nos termos do
Anexo I da Portaria Nº 354 da Anvisa, de 11 de
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de
agosto de 2006, em reunião realizada em
14/06/2011 e considerando a Lei Nº. 6.360, de
23 de setembro de 1976, e o Decreto Nº. 79.094,
de 5 de janeiro de 1977, que dispõe sobre o
sistema de vigilância sanitária a que ficam
sujeitos os medicamentos;
considerando a Lei Nº. 5.991, de 17 de
dezembro de 1973, e o Decreto Nº. 74.170, de
10 de junho de 1974 que dispõe sobre o controle
sanitário do comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos;
considerando a Lei Nº. 6.437, de 20 de agosto
de 1977, que dispõe sobre as infrações à
legislação sanitária federal e estabelece as
respectivas penalidades;
considerando a Medida Provisória no. 2.190-34,
de 23 de agosto de 2001 que instituiu a isenção
do recolhimento de taxa para acréscimo ou
alteração de registro, referente aos rótulos de
medicamentos;
considerando o elevado número de
questionamentos oriundos de entidades
representativas dos diferentes segmentos
produtivos farmacêuticos, bem como as
sugestões de adequações resultantes da análise
do corpo técnico da Anvisa, adota a seguinte
Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-
Presidente, determino a sua publicação:
Art. 1º Fica sobrestado o prazo para a
adequação das embalagens de medicamentos
disposto no Art. 80 da Resolução da Diretoria
Colegiada nº 71, de 22 de dezembro de 2009.

411
que determinado lote de medicamento tenha
RDC Nº 10, DE 21/03/2011 sido liberado para comercialização.
(D.O.U em 24.03.2011)
CAPÍTULO II
Dispõe sobre a garantia da qualidade de DO REGULAMENTO
medicamentos importados e dá outras
providências. Art. 5º A empresa importadora é responsável
pela qualidade, eficácia e segurança dos
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de medicamentos que importar.
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que Art. 6º As empresas legalmente autorizadas para
lhe confere o inciso IV do art. 11 do desenvolver atividade de importação, à exceção
Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, das empresas fabricantes, somente poderão
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o importar medicamentos em sua forma terminada
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 e em sua embalagem original.
do Regimento Interno aprovado nos termos do Art. 7º O fabricante do medicamento é
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 responsável pela realização, em todos os lotes,
de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de ensaios de controle de qualidade completos,
de agosto de 2006, em reunião realizada em 1º em conformidade com o registro do
de fevereiro de 2011, medicamento na ANVISA.
Parágrafo único. O Certificado de Liberação do
Lote juntamente com seu laudo analítico,
Adota a seguinte Resolução da Diretoria emitidos pela empresa fabricante, de acordo
Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, com as especificações estabelecidas no registro,
determino a sua publicação: deverão acompanhar o medicamento.
Art. 8º Todas as importadoras devem possuir
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico laboratório de controle de qualidade e local de
que estabelece os requisitos mínimos para a armazenamento próprios, incluindo local
garantia da qualidade de medicamentos específico para armazenamento de amostras de
importados, nos termos desta Resolução. referência. A empresa ainda deve possuir
capacidade técnica e operacional para realizar as
CAPÍTULO I atividades necessárias ou contratar os serviços
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS de terceiros, conforme legislação específica.
Seção I (Redação dada pela Resolução – RDC nº 268,
Objetivo de 25 de fevereiro de 2019)
Art. 2º Este Regulamento possui o objetivo de Parágrafo único. Revogado
garantir a qualidade dos medicamentos Art. 9° O laboratório próprio da importadora
importados. situado em território nacional é responsável pela
realização de ensaios completos de controle de
Seção II qualidade, em conformidade com o registro do
Abrangência medicamento na ANVISA, para cada carga
Art. 3º Este Regulamento se aplica a empresas recebida, lote a lote, de todos os medicamentos
que detenham autorização de funcionamento importados. (Redação dada pela Resolução –
para atividade de importação de medicamentos RDC nº 268, de 25 de fevereiro de 2019)
junto a ANVISA. Parágrafo único. Revogado
Parágrafo único. Excetuam-se deste Art. 10 A empresa importadora fica isenta da
regulamento os medicamentos biológicos realização de ensaios completos de controle de
disciplinados por legislação específica. qualidade dispostos no artigo 9º, devendo
realizar para cada carga recebida, lote a lote, no
Seção III mínimo os testes registrados para teor e
Definições produtos de degradação, desde que atenda aos
Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico seguintes requisitos:
são adotadas as seguintes definições: I-os medicamentos sejam importados
I- Importadora: empresa que detenham em sua forma terminada e em sua embalagem
autorização de funcionamento para atividade de original;
importação de medicamentos junto a ANVISA, II - a empresa importadora deve
detentora do registro do medicamento no Brasil, possuir Certificado válido de Boas Práticas de
inclusive nos casos de importação terceirizada. Fabricação ou Boas Práticas de Distribuição e
II- Certificado de Liberação do Lote: Armazenagem, conforme o caso, emitido pela
documento emitido pela empresa fabricante do ANVISA;
medicamento ou pela importadora que atesta

412
III- as empresas envolvidas no data de expedição pela exportadora e recepção
processo produtivo devem possuir Certificado no almoxarifado da importadora.
de Boas Práticas de Fabricação válido, emitido § 3º Em caso de desvios de temperatura
pela ANVISA, por importadora solicitante, para e/ou umidade, a isenção prevista neste artigo
a linha produtiva em questão; deve ser aplicada somente após processo de
IV-as condições de temperatura e investigação formal, pela Garantia de
umidade durante cada operação de transporte Qualidade, que conclua a ausência de impacto
devem ser registradas continuamente, por na qualidade, eficácia e segurança do
equipamento calibrado, com comprovação que o medicamento. Esta investigação deve considerar
medicamento foi mantido dentro das condições informações técnicas, incluindo dados dos
de armazenamento preconizadas no registro do estudos de estabilidade acelerado e longa
medicamento na ANVISA. A umidade poderá duração concluídos, conforme legislação
não ser monitorada, salvo em situações sanitária específica.
específicas justificadas tecnicamente; § 4º A empresa responsável pela
V- as condições de transporte devem importação deve emitir o Certificado de
estar validadas para os medicamentos sob Liberação do Lote juntamente com seu laudo
refrigeração; analítico, sob a responsabilidade do
VI- a empresa importadora deve Farmacêutico Responsável.
assegurar que a exportadora possui § 5º A documentação que comprova o
procedimentos operacionais padrão que atendimento aos requisitos dispostos nesse
especifiquem os detalhes relativos às operações artigo, deverá estar disponível sempre que
de transporte, incluindo o acondicionamento e solicitado pelos órgãos de vigilância sanitária e
tamanho da carga, o número de registradores de durante a inspeção sanitária para verificação do
temperatura e umidade e posição dos mesmos, cumprimento de Boas Práticas.
de forma a garantir representatividade em
relação à carga; CAPÍTULO III
VII- o sistema da Garantia de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
Qualidade da empresa importadora deve ser TRANSITÓRIAS
capaz de verificar os registros e avaliar
tecnicamente a documentação pertinente ao lote Art. 11. Os estabelecimentos abrangidos
do medicamento importado, entre estes, por esta Resolução devem atender na íntegra às
condições físicas da carga recebida, registros de exigências nela contidas.
temperatura e umidade que comprovem que o Art. 12. O descumprimento das
medicamento foi mantido dentro das condições disposições contidas nesta resolução e no
preconizadas no registro, de modo a garantir a regulamento por ela aprovado constitui infração
qualidade, eficácia e segurança; e sanitária, nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de
VIII- o departamento de Controle de agosto de 1977, sem prejuízo das
Qualidade da empresa importadora deve realizar responsabilidades civil, administrativa e penal
todas as análises completas, em conformidade cabíveis.
com o registro do medicamento, de no mínimo Art.13. Fica revogada a
dois lotes anualmente, no caso de importação Portaria/SVS/MS nº185 de 08 de março de
acima de oitos cargas/ano de cada medicamento. 1999, publicada em 9 de março de 1999,
Para importação menor ou igual a oito republicada em 15 de março de 1999.
cargas/ano recebidas de cada medicamento, Art. 14. Esta Resolução entra em vigor
devem ser realizadas todas as análises na data de sua publicação.
completas, de no mínimo, dois lotes a cada dois DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
anos. (Redação dada pela Resolução – RDC nº Este texto não substitui o publicado no D.O.U
268, de 25 de fevereiro de 2019) em 24.03.2011
§ 1º Considera-se cumprida a exigência
do inciso III, quando as empresas envolvidas no HISTORICO:
processo produtivo já tiverem sido certificadas Alterado por RDC nº 26 de 15/05/2013
anteriormente pela ANVISA e cujas empresas Alterado por RDC nº 234 de 20/06/2018
solicitantes da inspeção protocolem o pedido de Alterado por RDC nº 257 de 18/12/2018
Certificação de Boas Práticas de Fabricação no Alterado por RDC nº 268 de 25/02/2019
prazo mínimo de 120 dias antes dos
vencimentos dos certificados vigentes.
§ 2º Os registros gerados de acordo com
o inciso IV devem identificar o(s) nome(s) do(s)
medicamento(s), número(s) de lote(s), hora e

413
RDC Nº 20, DE 05/05/2011 Art. 4º A prescrição dos medicamentos
(D.O.U de 09.05.2011) abrangidos por esta Resolução deverá ser
realizada por profissionais legalmente
Dispõe sobre o controle de medicamentos à habilitados.
base de substâncias classificadas como CAPÍTULO III
antimicrobianos, de uso sob prescrição, DA RECEITA
isoladas ou em associação. Art. 5º A prescrição de medicamentos
antimicrobianos deverá ser realizada em
A Diretoria Colegiada da Agência receituário privativo do prescritor ou do
Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da estabelecimento de saúde, não havendo,
atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, portanto modelo de receita específico.
do Regulamento da Agência Nacional de Parágrafo único. A receita deve ser
Vigilância Sanitária, aprovado pelo Decreto n.º prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o (duas) vias e contendo os seguintes dados
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 obrigatórios:
do Regimento Interno aprovado nos termos do I - identificação do paciente: nome
Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 completo, idade e sexo;
de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 II -nome do medicamento ou da
de agosto de 2006, em reunião realizada em 27 substância prescrita sob a forma de
de abril de 2011, adota a seguinte Resolução da Denominação Comum Brasileira (DCB), dose
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, ou concentração, forma farmacêutica, posologia
determino sua publicação: e quantidade (em algarismos arábicos );
III - identificação do emitente: nome do
CAPÍTULO I profissional com sua inscrição no Conselho
DA ABRANGÊNCIA Regional ou nome da instituição, endereço
Art. 1º Esta Resolução estabelece os completo, telefone, assinatura e marcação
critérios para a prescrição, dispensação, gráfica (carimbo); e
controle, embalagem e rotulagem de IV - data da emissão.
medicamentos à base de substâncias Art. 6º A receita de antimicrobianos é
classificadas como antimicrobianos de uso sob válida em todo o território nacional, por 10
prescrição, isoladas ou em associação, conforme (dez) dias a contar da data de sua emissão.
Anexo I desta Resolução Art. 7º A receita poderá conter a
Parágrafo único. Esta Resolução também prescrição de outras categorias de
se aplica a sais, éteres, ésteres e isômeros das medicamentos desde que não sejam sujeitos a
substâncias antimicrobianas constantes de seu controle especial.
Anexo I. Parágrafo único. Não há limitação do
Art. 2º As farmácias e drogarias número de itens contendo medicamentos
privadas, assim como as unidades públicas de antimicrobianos prescritos por receita.
dispensação municipais, estaduais e federais que Art. 8º Em situações de tratamento
disponibilizam medicamentos mediante prolongado a receita poderá ser utilizada para
ressarcimento, a exemplo das unidades do aquisições posteriores dentro de um período de
Programa Farmácia Popular do Brasil, devem 90 (noventa) dias a contar da data de sua
dispensar os medicamentos contendo as emissão
substâncias listadas no Anexo I desta § 1º Na situação descrita no caput deste
Resolução, isoladas ou em associação, mediante artigo, a receita deverá conter a indicação de uso
retenção de receita e escrituração nos termos contínuo, com a quantidade a ser utilizada para
desta Resolução. cada 30 (trinta) dias
Art.3° As unidades de dispensação § 2º No caso de tratamentos relativos aos
municipais, estaduais e federais, bem como as programas do Ministério da Saúde que exijam
farmácias de unidades hospitalares ou de períodos diferentes do mencionado no caput
quaisquer outras unidades equivalentes de deste artigo, a receita/prescrição e a dispensação
assistência médica, públicas ou privadas, que deverão atender às diretrizes do programa.
não comercializam medicamentos devem CAPÍTULO IV
manter os procedimentos de controle específico DA DISPENSAÇÃO E DA RETENÇÃO DE
de prescrição e dispensação já existentes para os RECEITA
medicamentos que contenham substâncias Art. 9º A dispensação em farmácias e
antimicrobianas. drogarias públicas e privadas dar-se-á mediante
CAPÍTULO II a retenção da 2ª (segunda) via da receita,
DA PRESCRIÇÃO devendo a 1ª (primeira) via ser devolvida ao
paciente.

414
§ 1º O farmacêutico não poderá aceitar Art. 14. As farmácias públicas que
receitas posteriores ao prazo de validade disponibilizam medicamentos mediante
estabelecido nos termos desta Resolução. ressarcimento, a exemplo das unidades do Pro-
§ 2º As receitas somente poderão ser grama Farmácia Popular do Brasil, devem
dispensadas pelo farmacêutico quando realizar a escrituração por meio de Livro de
apresentadas de forma legível e sem rasuras. Registro Específico para Antimicrobianos ou
§ 3º No ato da dispensação devem ser por meio de sistema informatizado, previamente
registrados nas duas vias da receita os seguintes avaliado e aprovado pela vigilância sanitária
dados: local, devendo obedecer ao prazo máximo sete
I - a data da dispensação; (7) dias para escrituração, a contar da data da
II - a quantidade aviada do dispensação.
antimicrobiano; Art. 15. Todos os estabelecimentos que
III - o número do lote do medicamento utilizarem Livro de Registro Específico para
dispensado; e antimicrobianos deverão obedecer aos prazos
IV - a rubrica do farmacêutico, atestando estabelecidos no cronograma mencionado no
o atendimento, no verso da receita. artigo 13 desta Resolução.
Art. 10. A dispensação de Art. 16. Os monitoramentos sanitário e
antimicrobianos deve atender essencialmente ao farmacoepidemiológico do consumo dos
tratamento prescrito, inclusive mediante antimicrobianos devem ser realizados pelos
apresentação comercial fracionável, nos termos entes que compõem o Sistema Nacional de
da Resolução RDC nº 80/2006 ou da que vier a Vigilância Sanitária, cabendo à Anvisa o
substituí-la. estabelecimento de critérios para execução.
Art. 11. Esta Resolução não implica
vedações ou restrições à venda por meio CAPÍTULO VI
remoto, devendo, para tanto, ser observadas as DA EMBALAGEM, ROTULAGEM, BULA E
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e AMOSTRAS GRÁTIS
Drogarias, estabelecidas na Resolução RDC nº. Art. 17. As bulas e os rótulos das
44/2009 ou na que vier a substituí-la. embalagens dos medicamentos contendo
Art. 12. A receita deve ser aviada uma substâncias antimicrobianas da lista constante
única vez e não poderá ser utilizada para do Anexo I desta Resolução devem conter, em
aquisições posteriores, salvo nas situações caixa alta, a frase: "VENDA SOB
previstas no artigo 8º desta norma. PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER
Parágrafo único. A cada vez que o VENDIDO COM RETENÇÃO DA
receituário for atendido dentro do prazo RECEITA".
previsto, deverá ser obedecido o procedimento Parágrafo único. Nos rótulos das
constante no § 3º do artigo 9º desta Resolução embalagens secundárias, a frase deve estar
disposta dentro da faixa vermelha, nos termos
CAPÍTULO V da Resolução RDC nº.71/2009 ou da que vier a
DA ESCRITURAÇÃO E DO substituí-la.
MONITORAMENTO Art. 18. Será permitida a fabricação e
Art. 13. A Anvisa publicará, no prazo de distribuição de amostras grátis desde que
180 (cento e oitenta) dias contados da atendidos os requisitos definidos na Resolução
publicação desta Resolução, o cronograma para RDC nº. 60/2009 ou na que vier a substituí-la.
o credenciamento e escrituração da Art. 19. A adequação das rotulagens e
movimentação de compra e venda dos bulas dos medicamentos contendo as
medicamentos objeto desta Resolução no substâncias antimicrobianas da lista constante
Sistema Nacional de Gerenciamento de do Anexo I desta Resolução, deverão obedecer
Produtos Controlados (SNGPC), conforme aos prazos estabelecidos na Resolução RDC
estabelecido na Resolução RDC nº 27/2007 ou nº.71/2009 e Resolução RDC nº.47/2009 ou
na que vier a substituíla. naquelas que vierem a substituí-las.
Parágrafo único. Em localidades ou Parágrafo único. As farmácias e
regiões desprovidas de internet, a vigilância drogarias poderão dispensar os medicamentos à
sanitária local poderá autorizar o controle da base de antimicrobianos que estejam em
escrituração desses medicamentos em Livro de embalagens com faixas vermelhas, ainda não
Registro Específico para Antimicrobianos ou adequadas, desde que fabricados dentro dos
por meio de sistema informatizado, previamente prazos previstos no caput deste artigo.
avaliado e aprovado, devendo obedecer ao prazo
máximo sete (7) dias para escrituração, a contar CAPÍTULO VII
da data da dispensação. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

415
Art. 20. É vedada a devolução, por LISTA DE ANTIMICROBIANOS
pessoa física, de medicamentos antimicrobianos REGISTRADOS NA ANVISA
industrializados ou manipulados para drogarias *Atualização dada pela RDC 174, de
e farmácias. 15/09/2017.
§ 1º Excetua-se do disposto no caput
deste artigo a devolução por motivos de desvios (Não se aplica aos antimicrobianos de uso
de qualidade ou de quantidade que os tornem exclusivo hospitalar)
impróprios ou inadequados ao consumo, ou 1. Ácido clavulânico
decorrentes de disparidade com as indicações 2. Ácido fusídico
constantes do recipiente, da embalagem, 3. Ácido nalidíxico
rotulagem ou mensagem publicitária, a qual 4. Ácido oxolínico
deverá ser avaliada e documentada pelo 5. Ácido pipemídico
farmacêutico. 6. Amicacina
§ 2º Caso seja verificada a pertinência da 7. Amoxicilina
devolução, o farmacêutico não poderá reintegrar 8. Ampicilina
o medicamento ao estoque comercializável em 9. Axetilcefuroxima
hipótese alguma, e deverá notificar 10. Azitromicina
imediatamente a autoridade sanitária 11. Aztreonam
competente, informando os dados de 12. Bacitracina
identificação do produto, de forma a permitir as 13. Besifloxacino
ações sanitárias pertinentes. 14. Brodimoprima
Art. 21. Os estabelecimentos deverão 15. Capreomicina
manter à disposição das autoridades sanitárias, 16. Carbenicilina
por um período de 2 (dois) anos a 17. Cefaclor
documentação referente à compra, venda, 18. Cefadroxil
transferência, perda e devolução das substâncias 19. Cefalexina
antimicrobianas bem como dos medicamentos 20. Cefalotina
que as contenham. 21. Cefazolina
Art. 22. Para efeitos desta Resolução 22. Cefepima
serão adotadas as definições contidas em seu 23. Cefodizima
Anexo II. 24. Cefoperazona
Art. 23. Cabe ao Sistema Nacional de 25. Cefotaxima
Vigilância Sanitária, além de garantir a 26. Cefoxitina
fiscalização do cumprimento desta norma, zelar 27. Cefpodoxima
pela uniformidade das ações segundo os 28. Cefpiroma
princípios e normas de regionalização e 29. Cefprozil
hierarquização do Sistema Único de Saúde. 30. Ceftadizima
Art. 24. Caberá à área técnica 31. Ceftarolina fosamila
competente da ANVISA a adoção de medidas 32. Ceftriaxona
ou procedimentos para os casos não previstos 33. Cefuroxima
nesta Resolução. 34. Ciprofloxacina
Art. 25. O descumprimento das 35. Claritromicina
disposições contidas nesta Resolução constitui 36. Clindamicina
infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437, 37. Clofazimina
de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das 38. Clorfenesina
responsabilidades civil, administrativa e penal 39. Cloranfenicol
cabíveis. 40. Cloxacilina
Art. 26. Ficam revogadas as Resoluções 41. Dactinomicina
de Diretoria Colegiada RDC nº 44, de 26 de 42. Daptomicina
outubro de 2010, publicada no DOU de 28 de 43. Dapsona
outubro de 2010, Seção 1, pág 76, RDC nº 61, 44. Dicloxacilina
de 17 de dezembro de 2010, publicada no DOU 45. Difenilsulfona
de 22 de dezembro de 2010, Seção 1, pág 94, e 46. Diidroestreptomicina
RDC nº 17, de 15 de abril de 2011, publicada no 47. Diritromicina
DOU de 18 de abril de 2011, Seção 1, pág 65, 48. Doripenem
Art. 27. Esta Resolução entra em vigor 49. Doxiciclina
na data de sua publicação. 50. Eritromicina
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO 51. Ertapenem
52. Espectinomicina
ANEXO I 53. Espiramicina

416
54. Estreptomicina 114. Sulfametoxipirimidina
55. Etambutol 115. Sulfatiazol
56. Etionamida 116. Sultamicilina
57. Fosfomicina 117. Tazobactam
58. Ftalilsulfatiazol 118. Tedizolida
59. Gatifloxacina 119. Teicoplanina
60. Gemifloxacino 120. Telitromicina
61. Gentamicina 121. Tetraciclina
62. Gramicidina 122. Tianfenicol
63. Imipenem 123. Ticarcilina
64. Isoniazida 124. Tigeciclina
65. Levofloxacina 125. Tirotricina
66. Linezolida 126. Tobramicina
67. Limeciclina 127. Trimetoprima
68. Lincomicina 128. Trovafloxacina
69. Lomefloxacina 129. Vancomicina
70. Loracarbef
71. Mandelamina ANEXO II - GLOSSÁRIO
72. Meropenem Antimicrobiano - substância que previne
73. Metampicilina a proliferação de agentes infecciosos ou
74. Metronidazol microorganismos ou que mata agentes
75. Minociclina infecciosos para prevenir a disseminação da
76. Miocamicina infecção.
77. Mitomicina Concentração - concentração é a razão
78. Moxifloxacino entre a quantidade ou a massa de uma
79. Mupirocina substância e o volume total do meio em que esse
80. Neomicina composto se encontra.
81. Netilmicina Desvio de qualidade - afastamento dos
82. Nitrofural parâmetros de qualidade definidos e aprovados
83. Nitrofurantoína no registro do medicamento.
84. Nitroxolina Dispensação - ato do profissional
85. Norfloxacina farmacêutico de proporcionar um ou mais
86. Ofloxacina medicamentos a um paciente, geralmente, como
87. Oxacilina resposta à apresentação de uma receita
88. Oxitetraciclina elaborada por um profissional autorizado. Neste
89. Pefloxacina ato, o farmacêutico informa e orienta ao
90. Penicilina G paciente sobre o uso adequado desse
91. Penicilina V medicamento. São elementos importantes desta
92. Piperacilina orientação, entre outros, a ênfase no
93. Pirazinamida cumprimento do regime posológico, a influência
94. Polimixina B dos alimentos, a interação com outros
95. Pristinamicina medicamentos, o reconhecimento de reações
96. Protionamida adversas potenciais e as condições de
97. Retapamulina conservação do produto.
98. Rifabutina Dose - quantidade total de medicamento
99. Rifamicina que se administra de uma única vez no paciente.
100. Rifampicina Escrituração -procedimento de registro,
101. Rifapentina manual ou informatizado, da movimentação
102. Rosoxacina (entrada, saída, perda e transferência) de
103. Roxitromicina medicamentos sujeitos ao controle sanitário e
104. Sulbactam definido por legislação vigente, bem como de
105. Sulfacetamida outros dados de interesse sanitário.
106. Sulfadiazina Farmacoepidemiologia - estuda o uso e
107. Sulfadoxina os efeitos dos medicamentos na população em
108. Sulfaguanidina geral.
109. Sulfamerazina Livro de registro específico de
110. Sulfanilamida antimicrobianos - documento para escrituração
111. Sulfametizol manual de dados de interesse sanitário
112. Sulfametoxazol autorizado pela autoridade sanitária local. A
113. Sulfametoxipiridazina

417
escrituração deve ser realizada pelo
farmacêutico ou sob sua supervisão.
Monitoramento farmacoepidemiológico -
acompanhamento sistemático de indicadores
farmacoepidemiológicos relacionados com o
consumo de medicamentos em populações com
a finalidade de subsidiar medidas de intervenção
em saúde pública, incluindo educação sanitária
e alterações na legislação específica vigente.
Este monitoramento é composto de três
componentes básicos: i) coleta de dados; ii)
análise regular dos dados; e iii) ampla e
periódica disseminação dos dados.
Monitoramento sanitário -
acompanhamento sistemático de indicadores
operacionais relativos ao credenciamento de
empresas no sistema, retenção de receitas,
escrituração, envio de arquivos eletrônicos e
eficiência do sistema de gerenciamento de
dados com a finalidade de subsidiar, entre
outros instrumentos de vigilância sanitária, a
fiscalização sanitária. Este monitoramento é
composto de três componentes básicos: i) coleta
de dados; ii) análise regular dos dados; e iii)
ampla e periódica disseminação dos dados.
Posologia -incluem a descrição da dose
de um medicamento, os intervalos entre as
administrações e o tempo do tratamento. Não
deve ser confundido com "dose" -quantidade
total de um medicamento que se administra de
uma só vez.
Receita -documento, de caráter sanitário,
normalizado e obrigatório mediante a qual
profissionais legalmente habilitados e no âmbito
das suas competências, prescrevem aos
pacientes os medicamentos sujeitos a
prescrição, para sua dispensação por um
farmacêutico ou sob sua supervisão em farmácia
e drogarias ou em outros estabelecimentos de
saúde, devidamente autorizados para a
dispensação de medicamentos.
Sistema Nacional de Gerenciamento de
Produtos Controlados (SNGPC) - instrumento
informatizado para captura e tratamento de
dados sobre produção, comércio e uso de
substâncias ou medicamentos.
Tratamento prolongado -terapia
medicamentosa a ser utilizada por período
superior a trinta dias

Este texto não substitui o publicado no D.O.U


em 09.05.2011

418
RDC Nº 24, DE 14/06/2011 Definições
Dispõe sobre o registro de medicamentos Art. 4º Para efeito desta Resolução são adotadas
específicos. as seguintes definições:
I – ácidos graxos ômega-3: óleo de ácidos
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional graxos de cadeia longa purificados obtidos a
de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que partir de peixes como aqueles das famílias:
lhe confere o inciso IV do art. 11 do Ammodytidae, Carangidae, Clupeidae,
Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, Engraulidae, Osmeridae, Salmonídeos,
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o Scrombidae e Gadidae que contém ácidos
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 graxos ômega-3, principalmente os ácidos
do Regimento Interno aprovado nos termos do eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico
Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 (DHA), naturalmente presentes em organismos
de agosto de 2006, republicada no Diário marinhos; (DHA), ácidos) presentes
Oficial da União (DOU) de 21 de agosto de II - aminoácidos: classe de moléculas orgânicas
2006, em reunião realizada em 7 de junho de que estão diretamente relacionadas à síntese
2011. protéica, sendo as seguintes substâncias, assim,
adota a seguinte Resolução da Diretoria ordenadas: glicina, alanina, valina, leucina,
Colegiada (RDC) e eu, Diretor Presidente, isoleucina, fenilalanina, asparagina, glutamina,
determino a sua publicação: triptofana, prolina, serina, treonina, tirosina,
Art. 1º Fica aprovado o regulamento técnico hidroxiprolina, cisteína, cistina, metionina,
que estabelece os requisitos para o registro e a ácido aspárgico, ácido glutâmico, lisina,
renovação de registro de medicamentos arginina e histidina;
específicos, nos termos desta Resolução. III - antiácidos: substâncias que atuam contra
azia, desconforto estomacal, dor de estômago,
CAPÍTULO I dispepsia ou neutralizam a acidez do trato
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS gastrointestinal;
Seção I IV - Concentrado Polieletrolítico para
Objetivo Hemodiálise (CPHD): concentrado de
Art. 2º Esta Resolução possui o objetivo de eletrólitos, com ou sem glicose, apresentado na
definir a categoria de medicamentos específicos forma sólida ou líquida para emprego na terapia
e estabelecer os requisitos mínimos para seu de diálise renal, após diluição recomendada pelo
registro e renovação de registro. fabricante e utilizando equipamento específico;
V - Certificado de Responsabilidade Técnica
Seção II (CRT): certificado emitido pelo Conselho
Abrangência Regional de Farmácia que ateste a existência de
Art. 3º Esta Resolução se aplica aos produtos profissional farmacêutico responsável pela
que se enquadram na categoria de atividade desenvolvida;
medicamentos específicos. VI - derivado vegetal: produto da extração da
§ 1º São considerados medicamentos planta medicinal in natura ou da droga vegetal,
específicos os produtos farmacêuticos, podendo ocorrer na forma de extrato, tintura,
tecnicamente obtidos ou elaborados, com alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e
finalidade profilática, curativa ou paliativa não outros;
enquadrados nas categorias de medicamento VII - doença de baixa gravidade: doença auto-
novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico limitante, de evolução benigna, que pode ser
ou notificado e cuja (s) substância (s) ativa (s), tratada sem acompanhamento médico;
independente da natureza ou origem, não é VIII - droga vegetal: planta medicinal, ou suas
passível de ensaio de bioequivalência, frente a partes, que contenham as substâncias, ou classes
um produto comparador. de substâncias, responsáveis pela ação
§ 2º As empresas interessadas no registro de terapêutica, após processos de coleta,
medicamentos específicos deverão cumprir na estabilização, quando aplicável, e secagem,
íntegra os dispositivos desta Resolução e demais podendo estar na forma íntegra, rasurada,
normas complementares. triturada ou pulverizada;
§ 3º Esta Resolução não se aplica aos IX - excipiente: substância adicionada ao
suplementos alimentares, contemplados no medicamento com a finalidade de prevenir
escopo da Resolução - RDC n° 243 de 26 de alterações, corrigir e/ou melhorar as
julho de 2018, ou suas atualizações, que não características organolépticas,
apresentam indicação terapêutica. (Redação biofarmacotécnicas e tecnológicas do
dada pela Resolução – RDC nº 242/2018) medicamento;
X - fitofármaco: substância purificada e isolada
Seção III a partir de matéria-prima vegetal com estrutura

419
química definida e atividade farmacológica. É qualitativa e quantitativamente, conforme a
utilizada como ativo em medicamentos com região geográfica de origem.
propriedade profilática, paliativa ou curativa. XXIII – proteínas: moléculas orgânicas
Não são considerados fitofármacos compostos constituídas por aminoácidos, atuam como
isolados que sofram qualquer etapa de semi- catalisadores e contribuem com a sustentação
síntese ou modificação de sua estrutura química. estrutural da célula.
XI - Ingestão Diária Recomendada (IDR): XXIV - prospecção fitoquímica: testes de
Revogado RDC 242/2018 triagem, qualitativos ou semiquantitativos, que
XII - marcador: composto ou classe de utilizam reagentes de detecção específicos para
compostos químicos (ex: alcalóides, evidenciar a presença de grupos funcionais
flavonóides, ácidos graxos, etc.) presentes na característicos na matéria-prima vegetal e que
matéria-prima vegetal, preferencialmente tendo auxiliam na identificação da espécie vegetal e a
correlação com o efeito terapêutico, que é diferenciação de outras espécies;
utilizado como referência no controle da XXV - sistema fechado: sistema de
qualidade da matéria-prima vegetal e do administração de solução parenteral que,
medicamento fitoterápico; durante todo o preparo e administração, não
XIII - matéria-prima vegetal: compreende a permite o contato da solução com o meio
planta medicinal, a droga vegetal ou o ambiente;
derivado vegetal; XXVI - soluções para irrigação e soluções para
XIV - medicamento isento de prescrição diálise peritoneal: soluções em base aquosa,
médica: Revogado RDC 242/2018 estéreis, apirogênicas, acondicionadas em
XV - nomenclatura botânica completa: espécie, recipiente único com capacidade de 100 ml ou
autor do binômio, variedade, quando aplicável, mais, esterilizadas terminalmente;
e família; XXVII - Soluções Parenterais (SP): solução
XVI - Nutrição Parenteral (NP): solução ou injetável, estéril e apirogênica, de grande ou
emulsão, composta basicamente de pequeno volume, própria para administração por
carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e via parenteral;
minerais, estéril e apirogênica, acondicionada XXVIII - Soluções Parenterais de Grande
em recipientes de vidro ou plástico, destinada à Volume (SPGV): solução parenteral
administração intravenosa em pacientes acondicionada em recipiente de dose única, em
desnutridos ou não, em regime hospitalar, sistema fechado, com um volume nominal igual
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou ou acima de 100 mL e até volume máximo de
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas; 1000 mL;
XVII - opoterápico: preparação obtida a partir XXIX - Soluções Parenterais de Pequeno
de glândulas, tecidos, outros órgãos Volume (SPPV): solução parenteral
e secreções animais destinada a fim terapêutico acondicionada em recipiente com a capacidade
ou medicinal; inferior a 100 mL;
XVIII - perfil cromatográfico: padrão XXX - via parenteral: acesso para administração
cromatográfico de constituintes característicos, de medicamentos que alcancem espaços
obtido em condições definidas, que possibilite a internos do organismo, incluindo vasos
identificação da espécie vegetal em estudo e a sanguíneos, órgãos e tecidos;
diferenciação de outras espécies;
XIX - planta medicinal: espécie vegetal, CAPÍTULO II
cultivada ou não, utilizada com propósitos DA CATEGORIA DE MEDICAMENTOS
terapêuticos; ESPECÍFICOS
XX - produtos para a prevenção da desidratação Art. 5º Os seguintes produtos se enquadram para
e para a manutenção da hidratação: soluções efeitos desta Resolução na categoria de
prontas para uso e/ou soluções concentradas medicamentos específicos:
para serem diluídas e/ou pós ou grânulos para I – soluções para irrigação, diálise, enemas e
diluição em água para prevenção da expansores plasmáticos;
desidratação e para a manutenção da hidratação II – Concentrados Polieletrolíticos para
oral; Hemodiálise (CPHD);
XXI - própolis: produto de características físicas III – nutrição parenteral;
resinosas e composição variável, coletada a IV – soluções de grande e de pequeno volume,
partir de várias espécies vegetais e que sofre parenterais ou não, tais como, água para injeção,
adição de secreções da abelha, sendo soluções de glicose, cloreto de sódio, demais
classificada como opoterápico. compostos eletrolíticos ou açúcares e
XXII – própolis específica: própolis com poliálcoois;
marcadores químicos definidos, diferenciados V – opoterápicos isolados ou associados entre si
e/ou a derivados vegetais e/ou vitaminas e/ou

420
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou Art. 7º Os CPHD continuam também a ser
fitofármaco; regidos pela RDC nº 8, de 10 de janeiro de
VI – medicamentos à base de fitofármaco ou 2001, que aprovou o regulamento técnico que
associações deste as vitaminas e/ou minerais institui as Boas Práticas de Fabricação e
e/ou aminoácidos e/ou proteínas; Controle (BPFC) do Concentrado
VII– medicamentos à base de rutina e/ou Polieletrolítico para Hemodiálise, ou suas
quercitina e/ou hesperidina e/ou diosmina e/ou atualizações.
troxerrutina e/ou cumarina, isolados ou Art. 8º Os produtos para a prevenção da
associados entre si; desidratação e para a manutenção da hidratação
VIII - produtos para a prevenção da oral continuam também a ser regidos pela
desidratação e para a manutenção da hidratação; Portaria SVS/MS nº 108, de 25 de julho de
IX – antiácidos isolados ou associados entre si 1991, que normatiza a composição de produtos
e/ou a antifiséticos, com exceção daqueles para terapia de desidratação oral, de acordo com
previstos na Lista de Medicamento Referência os conceitos de reidratação, manutenção e
da Anvisa e na Notificação Simplificada de prevenção em terapia de reidratação oral
Medicamentos, conforme RDC nº 199, de 26 de contidos nas normas de controle de doenças
outubro de 2006, que instituiu o Regulamento diarréicas do Ministério da Saúde, ou suas
Técnico para a Notificação Simplificada de atualizações.
Medicamentos, ou suas atualizações; Art. 9º Os produtos para nutrição parenteral
X – medicamentos à base de silimarina e/ou continuam também a ser regidos pela Portaria
acetilmetionina e/ou metionina e/ou colina e/ou SVS/MS nº 272, de 08 de abril de 1998, que
betaína e/ou ornitina e/ou acetilcisteína e/ou aprovou o regulamento técnico que fixa os
ácidos biliares, isolados ou associados entre si, requisitos mínimos exigidos para a terapia de
conforme finalidade de uso definida pelo Painel NP, ou suas atualizações.
de Avaliação de Hepatoprotetores, publicado Art. 10 Os medicamentos a base de silimarina
pela Anvisa, na RDC nº 41, de 26 de fevereiro e/ou acetilmetionina e/ou metionina e/ou colina
de 2003, ou suas atualizações; e/ou betaína e/ou ornitina e/ou acetilcisteína
XI – medicamentos à base de vitaminas e/ou e/ou ácidos biliares, isolados ou associados
minerais de uso tópico ou injetável; entre si, continuam também a ser regidos pelo
XII – medicamentos à base de vitaminas e/ou anexo da RDC nº 41, de 26 de janeiro de 2003,
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas da Anvisa, que publicou o Painel de avaliação
isolados ou associados entre si, para uso oral, de hepatoprotetores, ou suas atualizações.
com indicações terapêuticas bem estabelecidas e
diferentes das alegações estabelecidas para CAPÍTULO III
suplementos alimentares; (Redação dada pela DO REGISTRO DE PRODUTOS
Resolução – RDC nº 242/2018) NACIONAIS
XIII – medicamentos à base de derivados Seção I
vegetais associados a vitaminas e/ou minerais Das Medidas Antecedentes
e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou Art. 11 Previamente à apresentação do processo
fitofármaco; de registro de medicamento específico, a
XIV – medicamentos de uso tópico à base de empresa interessada deverá realizar a produção
Cânfora, com exceção daqueles previstos na de lotes-piloto, de acordo com o Guia para a
Notificação Simplificada de Medicamentos, produção de lotes-piloto de medicamentos,
conforme RDC nº 199, de 26 de outubro de devendo a documentação ser arquivada na
2006, que instituiu o Regulamento Técnico para empresa para fins de controle sanitário.
a Notificação Simplificada de Medicamentos, (Redação dada pela Resolução – RDC nº 4, de
ou suas atualizações; 28 de janeiro de 2015).
Parágrafo único. O medicamento que pertencer Art. 12 Todos os documentos para registro
à categoria de medicamento específico não deverão ser encaminhados na forma de uma via
poderá solicitar registro junto à Anvisa como impressa numerada e rubricada em todas as
genérico, fitoterápico, dinamizado, similar, folhas pelo responsável técnico pela empresa.
biológico ou novo. Parágrafo único. Acompanhando a
Art. 6º Os medicamentos específicos deverão documentação, deverá ser apresentada a folha
seguir os critérios da Resolução - RDC n° 98, de de rosto, conforme modelo disposto no Anexo II
1° de agosto de 2016, ou suas atualizações, para desta Resolução, e índice com numeração das
serem considerados respectivas páginas das documentações.
isentos de prescrição. (Redação dada pela Adicionar ao processo cópia de especificações,
Resolução – RDC nº 242, de 26 de julho métodos analíticos, referências bibliográficas e,
de 2018) quando aplicável, validação de metodologia

421
analítica em mídia eletrônica, com arquivos em § 1º Decorrido o prazo de validade declarado
formato aceito pela Anvisa. para o medicamento, a empresa
Art. 13 Toda a documentação deverá ser deverá protocolar, na forma de complementação
apresentada em idioma português, acompanhada de informações ao processo, relatório de
da documentação original, quando não se tratar resultados e avaliação final do estudo de
de tradução juramentada na forma da lei. estabilidade de longa duração dos três lotes
Art. 14 A empresa deverá protocolar um apresentados no pedido de registro, de acordo
processo para cada medicamento específico, com o cronograma previamente apresentado,
com relatórios separados para cada forma assim como a declaração do prazo de validade e
farmacêutica, apresentando os seguintes cuidados de conservação definitivos, sob pena
documentos: de configuração de infração sanitária.
I - formulários de petição (FP); § 2º Para medicamentos com três ou mais
II - via original do comprovante de concentrações e formulações proporcionais, a
recolhimento da taxa de fiscalização de empresa deverá apresentar os resultados do
vigilância sanitária, ou isenção, quando for o estudo de estabilidade das concentrações menor
caso; e maior.
III - cópia da licença de funcionamento da § 3º Para medicamentos acondicionados em
empresa (alvará sanitário), atualizada, ou embalagens de volumes diferentes aceitos os
protocolo da solicitação da renovação da estudos de estabilidade do maior e menor
referida licença; volume, desde que comprovem as mesmas
IV - cópia do CRT, atualizado, emitido pelo características, de acordo com o Guia de
Conselho Regional de Farmácia; estabilidade reduzido publicado no sítio
V - (Revogado RDC nº 4/2015) eletrônico da Agência Nacional de Vigilância
VI - cópia do CBPFC, atualizado, emitido pela Sanitária.
Anvisa para a linha de produção na qual o
medicamento especifico será fabricado; e Seção V
VII - relatório técnico. Relatório de Produção e Controle de
Qualidade
Seção III Art. 17 O relatório de produção deve conter as
Relatório Técnico seguintes informações:
Art. 15 O relatório técnico deve conter as I - forma farmacêutica;
seguintes informações: II - descrição detalhada da fórmula conforme a
I – relatório de estabilidade do medicamento; Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em
II – dados do derivado vegetal, do fitofármaco, sua ausência, a Denominação Comum
do derivado de síntese ou semisíntese e do Internacional (DCI) ou a denominação utilizada
opoterápico, quando presentes; no Chemical Abstracts Service (CAS);
III – layout das embalagens primária e III - descrição da quantidade de cada
secundária, modelo de bula, e rótulo, conforme componente expresso no Sistema Internacional
legislação vigente; de unidades (SI) por unidade farmacotécnica,
IV - documentação referente a cada local de indicando sua função na fórmula;
fabricação, caso a empresa solicite o registro em IV - tamanhos mínimo e máximo dos lotes
mais de um local de fabricação; industriais a serem produzidos;
V - relatório de produção; V - descrição de todas as etapas do processo de
VI - controle de qualidade; e produção, contemplando os equipamentos
VII – relatório técnico com informações de utilizados;
segurança e eficácia, quando aplicável. VI - metodologia de controle do processo
produtivo; e
Seção IV VII – descrição dos critérios de identificação do
Relatório de Estabilidade lote industrial
Art. 16 A empresa deverá apresentar resultados Art. 18 O relatório de controle de qualidade
do estudo de estabilidade acelerado concluído deve apresentar as seguintes informações gerais:
acompanhado do estudo de estabilidade de I - controle da Encefalopatia Espongiforme
longa duração em andamento de 3 (três) lotes- Transmissível (EET) de acordo com a legislação
piloto, ou estudos de estabilidade de longa vigente;
duração já concluídos, todos de acordo com a II – laudo de análise de todas as matérias-primas
Resolução – RE nº 01, de 29 de julho de 2005, utilizadas e do produto final, contendo as
da Anvisa, que publicou o Guia para a especificações empregadas;
realização de estudos de estabilidade de III - referências farmacopeicas consultadas e
medicamentos, ou suas atualizações. reconhecidas pela Anvisa, de acordo com a
legislação vigente; e

422
IV – especificação do material de embalagem específica em farmacopéia reconhecida ou
primária do medicamento. quando existir citação em literatura científica da
§ 1º Quando não forem utilizadas referências necessidade dessa avaliação ou de contaminação
farmacopeicas reconhecidas pela Anvisa, deve da espécie por aflatoxinas;
ser apresentada descrição detalhada de todas as VII - local de coleta;
metodologias utilizadas no controle de VIII - perfil cromatográfico ou prospecção
qualidade, com métodos analíticos validados de fitoquímica; e
acordo com a Resolução – RE nº 899, de 29 de IX - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou
maio de 2003, da Anvisa, que publicou o "Guia controle biológico.
de validação de métodos analíticos e Art. 21 O relatório de controle de qualidade
bioanalíticos", ou suas atualizações, indicando a deve apresentar laudo de análise do derivado
fonte de desenvolvimento. vegetal, indicando o método utilizado,
§ 2º Em caso de SPGV, a empresa deve enviar especificação e resultados obtidos para um lote
laudo de análise da embalagem primária, dos ensaios abaixo descritos:
conforme ensaios preconizados na RDC nº 29, I - solventes, excipientes e/ou veículos
de 17 de abril de 2007, da Anvisa, que dispõe utilizados na extração do derivado;
sobre as regras referentes ao registro e II - relação aproximada droga vegetal: derivado
comercialização para a substituição do sistema vegetal;
de infusão aberto para fechado em SPGV, ou III - testes de pureza e integridade, incluindo:
suas atualizações. a) pesquisa de contaminantes microbiológicos;
Art. 19 Os testes referentes ao controle da b) pesquisa de metais pesados; e
qualidade do medicamento específico, quando c) resíduos de solventes (para extratos que não
terceirizados, devem atender ao preconizado na sejam obtidos por etanol e/ou água);
RDC nº 25, de 29 de março de 2007, da Anvisa, IV - método para eliminação de contaminantes,
que dispõe sobre as regras referentes à quando empregado, e a pesquisa de eventuais
terceirização de etapas de produção, análises de alterações;
controle de qualidade e de armazenamento de V - caracterização físico-química do derivado
medicamentos, ou suas atualizações. vegetal incluindo:
a) caracterização organoléptica, resíduo seco,
Subseção I pH, teor alcoólico e densidade (para extratos
Do Derivado Vegetal líquidos);
Art. 20 Quando a empresa fabricante do b) umidade/perda por dessecação, solubilidade e
medicamento específico for também produtora densidade aparente (para extratos secos);
do derivado vegetal, deve ser apresentado laudo c) densidade, índice de refração, rotação óptica
de análise da droga vegetal, indicando o método (para óleos essenciais); e
utilizado, especificação e resultados obtidos d) índice de acidez, de éster, de iodo (para óleos
para um lote dos ensaios abaixo descritos. fixos);
I - testes de autenticidade, caracterização VI - avaliação da ausência de aflatoxinas, a ser
organoléptica, identificação macroscópica e realizado quando citado em monografia
microscópica; específica em Farmacopéia reconhecida ou
II - descrição da droga vegetal em farmacopéias quando existir citação em literatura científica da
reconhecidas pela Anvisa, ou, em sua ausência, necessidade dessa avaliação ou de contaminação
publicação técnico-científica indexada ou laudo da espécie por aflatoxinas;
de identificação emitido por profissional VII - perfil cromatográfico ou prospecção
habilitado fitoquímica; e
III - testes de pureza e integridade, incluindo: VIII - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou
a) cinzas totais e/ou cinzas insolúveis em ácido controle biológico. Parágrafo único. Outros
clorídrico; testes podem ser adicionados ou substituir os
b) umidade e/ou perda por dessecação; descritos no inciso V de acordo com monografia
c) pesquisa de matérias estranhas; farmacopeica respectiva.
d) pesquisa de contaminantes microbiológicos; e Art. 22 Quando a empresa não for a produtora
e) pesquisa de metais pesados; do derivado vegetal, deverá enviar laudo de
IV - método de estabilização, quando análise do fornecedor, contendo as seguintes
empregado, secagem e conservação utilizada, informações: I - nomenclatura botânica
com seus devidos controles, quando cabível; completa; II - parte da planta utilizada; III -
V - método para eliminação de contaminantes, solventes, excipientes e/ou veículos utilizados
quando empregado, e a pesquisa de eventuais na extração do derivado; IV - relação
alterações; aproximada droga vegetal: derivado vegetal; e
VI - avaliação da ausência de aflatoxinas, a ser V - descrição do método para eliminação de
realizada quando citada em monografia

423
contaminantes, quando utilizado, e a pesquisa Art. 25 Quando a empresa fabricante do
de eventuais alterações. medicamento específico não for a produtora do
Art. 23 O relatório de controle de qualidade fitofármaco, deverá ser enviado laudo do
deve apresentar laudo de análise do produto fornecedor contendo a descrição dos solventes,
acabado indicando o método utilizado, excipientes e/ou veículos utilizados para
especificação e resultados obtidos para um lote, obtenção do fitofármaco.
dos ensaios abaixo descritos: I - perfil Art. 26 A empresa solicitante de registro de
cromatográfico ou prospecção fitoquímica; II - medicamento específico, cuja substância ativa
análise quantitativa do(s) marcador(es) esteja identificada no inciso VII do Art. 5º desta
específico(s) de cada espécie ou controle Resolução e seja derivada de síntese ou semi-
biológico; III - resultados de todos os testes síntese, deverá apresentar cópia da
realizados no controle da qualidade para um lote documentação, abaixo discriminada, em papel
do medicamento de acordo com a forma timbrado da empresa fabricante do fármaco.
farmacêutica solicitada; IV - especificações do I - relatório descritivo contendo dados gerais da
material de embalagem primária; V - controle empresa fabricante do fármaco, inclusive o
dos excipientes utilizados na fabricação do endereço completo da mesma, além das etapas
medicamento por método estabelecido em de síntese envolvidas, metodologia,
farmacopéia reconhecida. equipamentos, solventes, excipientes e/ou
§ 1º Para associações de espécies vegetais em reagentes utilizados;
que a determinação quantitativa de um II - rota de síntese do fármaco, com descrição
marcador por espécie não é possível, poderá(ão) das moléculas intermediárias, seus nomes
ser apresentado(s) o(s) perfil(is) químicos e solventes utilizados e com
cromatográfico(s), que contemple(m) a presença determinação dos pontos críticos da produção e
de ao menos um marcador específico para cada ensaios de controle em processos bem
espécie na associação, complementado pela definidos;
determinação quantitativa do maior número III - laudo de análise do fármaco, com descrição
possível de marcadores específicos para cada das metodologias e referências empregadas no
espécie. § 2º A impossibilidade técnica de controle de qualidade, de acordo com os
determinação quantitativa de um marcador para requisitos mínimos de identidade e qualidade
cada espécie da associação deve ser adotados;
devidamente justificada. IV - quantificação dos contaminantes, de acordo
§ 3º Na hipótese do ensaio descrito no inciso V, com a rota de síntese do fármaco;
não sendo uma farmacopéia reconhecida pela V - metodologia analítica adotada e resultados
Anvisa, a empresa deve descrever dos testes de determinação dos prováveis
detalhadamente todas as metodologias utilizadas polimorfos do fármaco, no caso de fármacos
no controle de qualidade. que apresentem polimorfismo; e
VI - dados sobre os teores dos estereoisômeros,
Subseção II cuja proporção possa comprometer a eficácia e a
Do Fitofármaco, Derivado de Síntese ou segurança do medicamento, no caso de
Semi-síntese fármacos que apresentam quiralidade;
Art. 24 Quando a empresa fabricante do Parágrafo único. Fica facultado ao fabricante do
medicamento específico for também a produtora fármaco enviar diretamente a Anvisa a
do fitofármaco, deverá ser apresentado relatório documentação explicitada neste artigo,
descritivo que contemple as etapas de extração, devidamente identificada com o número do
isolamento e purificação do fitofármaco, processo a que se relaciona.
metodologia, equipamentos, solventes e/ou
excipientes utilizados. Subseção III Do Opoterápico
§ 1º Deverá ser enviado laudo de análise do Art. 27 Quando a empresa fabricante do
fitofármaco que contemple os requisitos medicamento específico for também a empresa
mínimos de identidade e qualidade, conforme produtora do opoterápico, deverá apresentar
monografia farmacopeica reconhecida pela relatório descritivo contendo etapas de produção
Anvisa. da preparação de origem animal, metodologia,
§ 2º Na ausência de monografia farmacopeica equipamentos, solventes e/ou excipientes
reconhecida pela Anvisa, deverão ser utilizados. Parágrafo único. Deverá ser
apresentadas as referências bibliográficas das apresentado laudo de análise que contemple os
fontes de desenvolvimento da metodologia requisitos mínimos de identidade e qualidade
analítica, junto às informações do fabricante do validados da preparação farmacêutica de origem
insumo ativo que identifique os requisitos de animal.
qualidade adotados. Art. 28 Quando a empresa fabricante do
medicamento específico não for a empresa

424
produtora do opoterápico, deve ser apresentado umidade, perda por dessecação e densidade
laudo de análise do fornecedor que contemple aparente;
os requisitos mínimos de identidade e qualidade III – determinação de: teor de fenóis totais, teor
validados. de flavonóides, análise qualitativa de
§ 1º Para os ácidos graxos ômega-3, deverá ser marcadores específicos (perfil cromatográfico
apresentado laudo de análise, conforme ou prospecção fitoquímica), análise quantitativa
requisitos mínimos de identidade e qualidade de marcadores específicos ou controle
definidos pela Farmacopéia Européia, em sua biológico;
última edição, ou outro compêndio oficial IV – contaminantes: pesquisa e identificação de
reconhecido pela Anvisa, de acordo a real patógenos, coliformes, fungos e leveduras,
tipificação do ácido graxo ômega-3 utilizado. metais pesados, determinação de material
§ 2º No laudo de análise descrito no § 1º, deverá estranho;
ser indicado a referência do método empregado, Art. 30 Quando a empresa fabricante do
a especificação e resultados obtidos para um medicamento específico não for a produtora do
lote dos ensaios abaixo descritos: extrato de própolis, deverá ser apresentado
I – características físico-químicas incluindo: a) laudo de análise do fornecedor, contendo as
características organolépticas; b) solubilidade; informações descritas acima para o extrato
c) absorbância; e d) material insaponificável. acompanhado da descrição da espécie da abelha
II – testes de pureza e integridade incluindo: a) e das espécies da flora específica presentes no
pesquisa de anisidina, peróxido, oligômeros, local da colméia e compatíveis com o raio de
estearina, resíduos de solvente e resíduos de atuação da abelha.
pesticida; b) pesquisa de metais pesados:
mercúrio, cádmio, chumbo e arsênio; c) Seção VI
pesquisa de contaminantes microbiológicos; d) Dos Modelos de Bula, Rótulo e Embalagem
pesquisa de dioxinas, furanos e Art. 31 A empresa deverá apresentar modelo de
bifenilpoliclorados. bula e layout das embalagens primária e
III – identificação; e secundária do medicamento, conforme
IV – doseamento. legislação específica.
Art. 29 Quando a empresa fabricante do § 1º Revogado RDC 242/2018
medicamento específico for também a produtora § 2º Revogado RDC 242/2018
do extrato de própolis, deverá ser apresentado
laudo de análise que contemple os requisitos Seção VII Da Segurança e Eficácia
mínimos de identidade e qualidade validados, Art. 32 O relatório técnico deve conter
contendo as seguintes informações: informações sobre segurança e eficácia
a) Própolis in natura comprovadas por:
I – características sensoriais: aspecto, cor, sabor I - relatório de segurança e eficácia pré-clínica e
e odor; clínica; ou
II – requisitos físico-químicos: perda por II - dados de literatura técnico-científica que
dessecação, teor de cinzas totais, cinzas contemple essas informações; ou
insolúveis em ácido clorídrico; III – tradicionalidade de uso
III – determinação de: solúveis em etanol, teor Art. 33 Estão isentos da comprovação de
de ceras, teor de fenóis totais, teor de eficácia e segurança: (Redação dada pela
flavonóides, análise qualitativa de marcadores Resolução – RDC nº 97, de 1º de agosto de
específicos (perfil cromatográfico ou 2016)
prospecção fitoquímica), análise quantitativa de I – Revogado RDC 242/2018.
marcadores específicos ou controle biológico; II - medicamentos à base de própolis de uso
IV – contaminantes: pesquisa e identificação de tópico, na cavidade bucal, com as indicações de
patógenos, coliformes, fungos e leveduras, uso: como antiinflamatório, anti-séptico e
metais pesados, determinação de material cicatrizante; e
estranho; III - medicamentos à base de vitaminas e/ou
V – informações sobre a espécie da abelha e as minerais e/ou aminoácidos, isolados ou
espécies da flora presentes no local da colméia associados entre si, de uso oral classificados
onde foi coletada a própolis. como medicamentos isentos de prescrição
b) Extrato de própolis médica;
I – características organolépticas: aspecto, cor, IV - produtos para a prevenção da desidratação
sabor e odor; e para a manutenção da hidratação;
II – requisitos físico-químicos: a) extrato V - Os CPHD conforme regido pela Resolução
líquido: determinação do extrato seco, da Diretoria Colegiada - RDC nº 8, de 10 de
densidade, teor alcoólico e pH; b) extrato seco: janeiro de 2001, que aprovou o regulamento

425
técnico que institui as BPFC do CPHD, ou suas ser apresentado estudo de eficácia e segurança
atualizações. clínica ou dados da literatura que comprovem a
VI - medicamentos específicos que possuem eficácia e segurança da associação, nas doses
bula padronizada, desde que a bula apresentada pretendidas, através de estudos clínicos
para fins de registro ou renovação esteja em publicados em literatura técnico-científica
conformidade com a bula padronizada indexada e justificativa técnico-científica de
disponibilizada pela Anvisa. racionalidade da associação.
§ 1º A Anvisa publicará as bulas padronizadas § 1º Para os medicamentos à base de ácidos
de medicamentos específicos em ato normativo graxos ômega-3 associados a vitaminas e/ou
específico. minerais, para uso oral, com níveis de dosagem
§ 2º Os medicamentos registrados com base no diária abaixo do definido pela Portaria SVS/MS
disposto no inciso VI: nº 40, de 16 de janeiro de 1998, ou suas
I - não poderão solicitar alterações pós-registro atualizações, sem prescrição médica, de acordo
relativas a segurança e eficácia, tais como com o estabelecido pela RDC nº 138, de 29 de
alterações de posologia, inclusão de indicação maio de 2003, ou suas atualizações, não serão
terapêutica, inclusão de via de administração ou exigidos estudos de comprovação de eficácia
ampliação de uso; clínica.
II - não poderão apresentar, nos seus textos de § 2º Para os medicamentos à base de própolis
bula, informações de segurança e eficácia com as indicações terapêuticas ou forma de uso
diferente das descritas na bula padronizada; diferente daquelas descritas no inciso II do Art.
III - deverão atualizar seus textos de bula 33 desta Resolução, deverá ser apresentado
conforme modelo, sempre que a bula estudo de eficácia e segurança clínica de uso do
padronizada do medicamento for atualizada pela medicamento ou dados da literatura que
Anvisa. comprovem a eficácia e segurança, através de
§3º As solicitações de inclusão ou alteração das estudos clínicos publicados em literatura
bulas padronizadas devem ser encaminhadas à técnico-científica indexada, considerando a
Anvisa, por meio de carta, contendo a própolis específica utilizada
justificativa da solicitação e documentação § 3º Os estudos com a própolis específica
técnica que embasa a alteração. somente serão válidos para produtos baseados
§4º Os medicamentos para os quais existe bula nela própria.
padronizada e que optarem por não adotar o § 4º Para os medicamentos à base de
modelo de bula disponibilizado pela Anvisa opoterápicos isolados ou associados entre si
deverão comprovar sua segurança e eficácia, e/ou a derivados vegetais e/ou vitaminas e/ou
conforme o disposto no art. 32 minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou
fitofármacos os requisitos para comprovação de
Art. 34 Para os medicamentos à base de segurança e eficácia encontram-se estabelecidos
vitaminas e/ou minerais de uso tópico na Tabela I do Anexo I desta Resolução.
classificados como medicamentos isentos de Art. 38 Para os medicamentos à base de
prescrição médica, além de outros à base de associações definidas pelo inciso XIII e do art.
cânfora, deverão ser apresentados dados de 5º desta Resolução, bem como aqueles à base
literatura técnico-científica que suportam a dos ativos: rutina e/ou quercitina e/ou
finalidade terapêutica pretendida para a hesperidina e/ou diosmina, além de outros à
associação. base da associação ativa troxerrutina e
Art. 35 Para os antiácidos isolados ou cumarina, os requisitos para comprovação de
associados a antifiséticos será considerada a segurança e eficácia encontram-se estabelecidos
quantidade de cada íon e sua capacidade na Tabela I do Anexo I desta Resolução.
neutralizante, devendo ser apresentados dados Parágrafo Único. Para finalidade terapêutica
de literatura técnico-científica que suportam as diferente daquelas apresentadas na Tabela I do
doses pretendidas, junto à justificativa técnico- Anexo I, a empresa deverá enviar o relatório de
científica de racionalidade da associação. segurança e eficácia clínica para o medicamento
Art. 36 Para os medicamentos à base dos e justificativa técnico-científica de racionalidade
hepatoprotetores identificados no inciso X do da associação.
Art. 5º desta Resolução devem ser apresentados Art. 39 Para comprovação de segurança e
dados de literatura técnicocientífica indexada eficácia pela tradicionalidade de uso do
dos componentes ativos isolados nas dosagens medicamento específico deverão ser
pretendidas. apresentadas publicações técnico-científicas que
Art. 37 Para os medicamentos à base de serão avaliadas conforme os seguintes critérios:
vitaminas e/ou minerais sob prescrição médica, I - indicação de uso episódico ou para curtos
para os opoterápicos isolados ou associados a períodos de tempo;
vitaminas e/ou minerais e/ou aminoácidos deve

426
II - indicação para doenças de baixa gravidade produto a granel ou em sua embalagem
ou relacionada à melhoria ou manutenção da primária;
saúde; IV - laudo de análise com especificação e
III - coerência das indicações terapêuticas referência bibliográfica, ou descrição de
propostas com as comprovadas pelo uso metodologia de controle da qualidade físico-
tradicional; química, química, microbiológica e biológica
IV - ausência de grupos ou substâncias químicas que o importador realizará, de acordo com a
tóxicas, ou presentes dentro de limites forma farmacêutica e apresentação: produto
comprovadamente seguros; acabado, a granel ou na embalagem primária;
V - comprovação de continuidade de uso seguro V - comprovação do registro do produto,
por período igual ou superior a 10 anos no emitida pelo órgão responsável pela vigilância
Brasil; e sanitária do país de origem.
VI - racionalidade das associações de ativos. § 1º Na impossibilidade do cumprimento do
§ 1º Não serão permitidas alterações das disposto no inciso V deste artigo, deverá ser
seguintes características do medicamento apresentada comprovação de registro em vigor,
durante o período de comercialização igual ou emitida pela autoridade sanitária do país em que
superior a 10 anos: substância(s) ativa(s): seja comercializado ou autoridade sanitária
qualitativa e quantitativa, forma farmacêutica internacional e aprovado em ato próprio da
incluindo sistema de liberação, posologia e Anvisa.
indicação terapêutica. § 2º No caso de a Anvisa ainda não ter
§ 2º Deverá ser apresentado o Documento de realizado inspeção na empresa fabricante, será
Descrição do Sistema de Farmacovigilância aceito comprovante do pedido de inspeção
(DDSF) e Relatório Periódico de sanitária à Anvisa, acompanhado de cópia do
Farmacovigilância (RPF) para o medicamento, CBPFC de produtos farmacêuticos por linha de
de acordo com a regulamentação sanitária em produção, emitido pelo órgão responsável pela
vigor. vigilância sanitária do país fabricante.
§ 3º Deverão ser apresentados material de bula, § 3º A Anvisa poderá, conforme legislação
embalagem e de fins publicitários do específica, efetuar a inspeção da empresa
medicamento que comprove que o produto fora fabricante no país ou bloco de origem.
utilizado durante o período mínimo de Art. 41 Deve ser enviada à Anvisa cópia dos
comercialização definido no inciso V do resultados e da avaliação do teste de
“caput” deste artigo, para a indicação estabilidade na embalagem primária de
terapêutica proposta. comercialização, de acordo com a Resolução –
Parágrafo único. Para os medicamentos RE nº 01, de 29 de julho de 2005, da Anvisa,
específicos que comprovarem segurança e que publicou o Guia para a Realização de
eficácia por tradicionalidade de uso, deve ser Estudos de Estabilidade de Medicamentos.
inserida a seguinte frase na bula, embalagem e Art. 42 O prazo de validade do produto
material publicitário: "Medicamento registrado importado a granel deve ser contado a partir da
com base no uso tradicional, não sendo data de fabricação do produto no exterior, e não
recomendado seu uso por período prolongado". da data de embalagem no Brasil, respeitando o
prazo de validade registrado na Anvisa.
CAPÍTULO IV Do Registro de Produtos Art. 43 Todo o material relativo ao produto, tais
Importados como os relatórios de produção e controle da
Art. 40 Os fabricantes ou seus representantes qualidade, e as informações contidas em rótulos,
que pretenderem comercializar medicamentos bulas e embalagens deve estar em idioma
específicos produzidos em território estrangeiro, português, atendendo à legislação em vigor.
além de cumprir os requisitos dessa Resolução Art. 44 Os documentos oficiais em idioma
referentes à fabricação nacional, devem estrangeiro, usados para fins de registro,
apresentar: expedidos pelas autoridades sanitárias, devem
I - autorização da empresa fabricante, detentora ser acompanhados de tradução juramentada na
do registro e/ou da marca, para o registro, forma da lei.
representação comercial ou uso da marca no Art. 45 Havendo necessidade de importar
Brasil, quando aplicável; amostras, a empresa deve solicitar à Anvisa a
II - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa para a devida autorização para a importação. Art. 46
empresa fabricante, atualizado, por linha de Decorrido o prazo de validade declarado para o
produção; medicamento, a empresa deverá protocolar, na
III - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa ou do forma de complementação de informações ao
protocolo do pedido de inspeção para este fim, processo, relatório de resultados e avaliação
para a linha de produção da empresa requerente final do estudo de estabilidade de longa duração
do registro, quando se tratar de importação de dos 3 (três) lotes apresentados no pedido de

427
registro, de acordo com o cronograma § 3º Serão concedidos 12 meses de prazo para
previamente apresentado, assim como a protocolo das adequações que tratam do
declaração do prazo de validade e cuidados de relatório de estabilidade para as novas
conservação definitivos, sob pena de formulações, a partir da data de publicação
configuração de infração sanitária. desta Resolução.
§ 4º Para os casos em que as alterações da
CAPÍTULO IV DAS MEDIDAS PÓS- formulação impliquem em novos estudos de
REGISTRO segurança e eficácia para o medicamento, serão
Seção I concedidos 18 meses de prazo para protocolo do
Das Alterações, Inclusões, Suspensão, relatório conclusivo, nos termos dispostos nesta
Reativação e Cancelamento Pós-Registro Art. Resolução, a partir da data de sua publicação.
47 As alterações, inclusões, suspensão, Art. 51 A Anvisa poderá realizar análise de
reativação e cancelamento pós registro de controle de lotes comercializados para
medicamento específico devem seguir os monitoração da qualidade e da conformidade do
procedimentos especificados na RDC nº 48, de medicamento com as informações apresentadas
6 de outubro de 2009, da Anvisa, que dispõe no registro ou renovação de registro.
sobre a realização de “alterações, inclusões, Art. 52 A Anvisa poderá, a qualquer momento,
suspensão, reativação e cancelamento pós- exigir provas adicionais relativas à identidade e
registro de medicamentos”, ou suas qualidade dos componentes, da segurança e da
atualizações. eficácia de um medicamento, em caso de
Parágrafo único. Para as alterações pós-registro dúvidas ou ocorrências que dêem ensejo a
de fabricante de fármaco, de acordo com o avaliações complementares, mesmo após a
estabelecido no Art. 26 desta Resolução, concessão do registro.
deverão ser obedecidos os procedimentos Art. 53 O descumprimento das disposições
especificados para o assunto, na RDC nº 48, de contidas nesta Resolução e no regulamento por
6 de outubro de 2009, ou suas atualizações. ela aprovado constitui infração sanitária, nos
termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de
Seção II Da Renovação de Registro 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
Revogado pela RDC nº 317 de 22/10/2019 administrativa e penal cabíveis.
Art. 48 Todas as empresas, no primeiro Art. 54 Fica revogada a Resolução de Diretoria
semestre do último ano do qüinqüênio de Colegiada da Anvisa - RDC nº 132, de 29 de
validade do registro, deverão apresentar à maio de 2003.
Anvisa os seguintes documentos para efeito de Art. 55 Esta Resolução entra em vigor na data
renovação: da sua publicação.
(...) DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
Art. 49 Para a renovação do registro de produtos Diretor-Presidente
importados deverão ser apresentados, além do
disposto no art. 48 desta Resolução, laudo de HISTORICO
análise de três lotes importados nos últimos três (Retificada em DOU nº 117, de 20 de junho de
anos do controle da qualidade físico-química, 2011)
química, microbiológica e biológica, de acordo Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada -
com a forma farmacêutica, realizados pelo RDC nº 4 de 28/01/2015
importador no Brasil. Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC nº 97 de 01/08/2016
CAPÍTULO V Das Disposições Finais e Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada -
Transitórias RDC nº 242 de 26/07/2018
Art. 50 Para os medicamentos registrados em Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada -
outras categorias, a adequação a esta Resolução RDC nº 317 de 22/10/2019
deverá ocorrer no momento da renovação de
registro do produto.
§ 1º Para as petições que estejam protocoladas
na Anvisa, serão concedidas três meses para
protocolo de adequações necessárias ao
cumprimento do disposto nesta Resolução,
contados a partir da data de sua publicação.
§ 2º Será aceita a adequação de formulações
com supressão de ativos, desde que comprovada
segurança, eficácia e qualidade para a nova
formulação, nos termos desta Resolução.

428
ANEXO I Tabela I – Segurança e Eficácia
Associação ativa Finalidade Terapêutica Requisitos de segurança e
eficácia
Medicamentos a base de um Manutenção/Melhoria da Estudo de eficácia clínica da
derivado vegetal, conforme saúde Tratamento/Alívio associação, ou dados de literatura
padronização dos marcadores e de sintomas de publicados em literatura técnico-
posologia diária definida pela IN determinada científica indexada dos
05/08, ou atualizações, associado a doença/desordem/condiçã componentes ativos isolados nas
vitaminas e/ou minerais e/ou o Profilaxia/Prevenção de dosagens pretendidas
aminoácidos (com níveis de determinada acompanhados da justificativa
dosagem diária abaixo do definido doença/desordem/condiçã técnico científica de racionalidade
pela Portaria 40/98, ou suas o Auxiliar no tratamento da associação.
atualizações); de
doença/desordem/condiçã
Medicamentos a base de um o
derivado vegetal: Panax ginseng C.
A. Mey ou Aesculus
hippocastanum L. ou Ginkgo
biloba L., conforme padronização
de marcadores e posologia diária
definida pela IN 05/08, ou
atualizações, associado a vitaminas
e/ou minerais e/ou aminoácidos
(com níveis de dosagem diária
abaixo do definido pela Portaria
40/98, ou suas atualizações) e/ou
rutina;

Medicamentos a base de rutina


e/ou quercitina e/ou hesperidina
e/ou diosmina, isolados ou
associados entre si
Medicamentos à base da associação Medicamentos à base da Evidência técnicocientífica da
de troxerrutina e cumarina; associação de troxerrutina racionalidade da associação; e
e cumarina; estudos clínicos de segurança e
Medicamentos à base de um eficácia para o medicamento nas
derivado vegetal, conforme doses pretendidas, ou dados de
padronização de marcadores e literatura que comprovem a
posologia diária definida pela IN segurança e eficácia da associação
05/08, ou atualizações, associado à ativa através de clínicos da
vitaminas e/ou minerais e/ou associação publicados em literatura
aminoácidos e/ou proteínas e/ou técnico-científica indexada.
fitofármacos e/ou própolis;
Medicamentos à base de um ou Conforme relatório de Evidência técnicocientífica da
mais derivados vegetais associados segurança e eficácia pré- racionalidade da associação e
a vitaminas e/ou minerais e/ou clínico e clínico estudos pré-clínicos e clínicos de
aminoácidos e/ou proteínas e/ou segurança e eficácia para o
fitofármacos; medicamento nas doses
pretendidas.
Medicamentos à base de
opoterápicos isolados ou
associados entre si e/ou a derivados
vegetais e/ou vitaminas e/ou
minerais e/ou aminoácidos e/ou
proteínas e/ou fitofármacos;

Medicamentos à base de
fitofármaco ou associações deste as
vitaminas e/ou minerais e/ou

429
aminoácidos e/ou proteínas;
Medicamentos à base de
hepatoprotetores associados a
vitaminas e/ou minerais e/ou
aminoácidos e/ou proteínas e/ou
fitofármacos.

ANEXO II - FOLHA DE ROSTO DO PROCESSO DE REGISTRO E PÓS-


REGISTRO DE MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS
Não disponibilizado. Acessar no site da ANVISA

430
RDC Nº 16, DE 01/04/2014 mediante comprovação de requisitos técnicos e
administrativos específicos, constantes desta
Dispõe sobre os Critérios para Peticionamento de Resolução;
Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização IV - caducidade: estado ou condição da autorização que
Especial (AE) de Empresas. se tornou caduca, perdendo sua validade pelo decurso
do prazo legal;
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de V – comércio varejista de produtos para saúde:
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe compreende as atividades de comercialização de
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, produtos para saúde de uso leigo, em quantidade que
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. não exceda a normalmente destinada ao uso próprio e
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do diretamente a pessoa física para uso pessoal ou
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de doméstico;
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto VI - distribuidor ou comércio atacadista: compreende o
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos,
nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º produtos para saúde, cosméticos, produtos de higiene
9.782, de 1999, no art. 35 do Decreto n.º 3.029, de 16 pessoal, perfumes e saneantes, em quaisquer
de abril de 1999, e o Programa de Melhoria do quantidades, realizadas entre pessoas jurídicas ou a
Processo de Regulamentação da Agência, instituído por profissionais para o exercício de suas atividades;
meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em VII - documentos para instrução: documentos
reunião realizada em 25 de março de 2014, adota a apresentados para instrução de processos ou petições
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, e eu, relativos à Autorização de Funcionamento (AFE) e
DiretorPresidente, determino a sua publicação: Autorização Especial (AE);
VIII - empresa: pessoa jurídica, de direito público ou
CAPÍTULO I privado, que explore como objeto principal ou
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS subsidiário as atividades discriminadas na Seção III do
Capítulo I desta Resolução, equiparando-se à mesma as
Seção I - Objetivo unidades dos órgãos de administração direta ou
Art. 1º Esta Resolução tem o objetivo de estabelecer os indireta, federal ou estadual, do Distrito Federal e dos
critérios relativos à concessão, renovação, alteração, municípios que desenvolvam estas atividades;
retificação de publicação, cancelamento, bem como IX – envase ou enchimento de gases medicinais:
para a interposição de recurso administrativo contra o operação referente ao acondicionamento de gases
indeferimento de pedidos relativos aos peticionamentos medicinais em cilindros e líquidos criogênicos em
de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização tanques criogênicos ou caminhões-tanque;
Especial (AE) de empresas e estabelecimentos que X - estabelecimento: unidade da empresa constituída
realizam as atividades elencadas na Seção III do juridicamente e com CNPJ (Cadastro Nacional da
Capítulo I com medicamentos e insumos farmacêuticos Pessoa Jurídica) devidamente estabelecido;
destinados a uso humano, substâncias sujeitas a XI - filial: qualquer estabelecimento vinculado a outro
controle especial, produtos para saúde, cosméticos, que detenha o poder de comando sobre este;
produtos de higiene pessoal, perfumes, saneantes e XII - formulário de petição (FP): instrumento para
cultivo de plantas que possam originar substâncias inserção de dados que permitem identificar o solicitante
sujeitas a controle especial. e o objeto solicitado, disponível durante o
peticionamento, realizado no sítio eletrônico da Anvisa
Seção II - Definições (http://www.anvisa.gov.br);
Art. 2º Para efeitos desta Resolução são adotadas as XIII – licença sanitária: documento emitido pela
seguintes definições: autoridade sanitária competente dos Estados, do
I - autoridade sanitária: Agência Nacional de Vigilância Distrito Federal e dos Municípios, onde constam as
Sanitária e entes/órgãos de vigilância sanitária dos atividades sujeitas a vigilância sanitária que o
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; estabelecimento está apto a exercer;
II - Autorização de Funcionamento (AFE): ato de XIV - matriz: estabelecimento da empresa que
competência da Agência Nacional de Vigilância representa sua sede, ou seja, aquele que tem primazia
Sanitária, contendo autorização para o funcionamento na direção e a que estão subordinados todos os demais,
de empresas ou estabelecimentos, instituições e órgãos, chamados de filiais;
concedido mediante o cumprimento dos requisitos XV - autoridade sanitária: Agência Nacional de
técnicos e administrativos constantes desta Resolução; Vigilância Sanitária e vigilância sanitária dos Estados,
III – Autorização Especial (AE): ato de competência da do Distrito Federal e dos Municípios;
Agência Nacional de Vigilância Sanitária que autoriza XVI - peticionamento eletrônico: requerimento
o exercício de atividades que envolvem insumos realizado em ambiente Internet, por meio do formulário
farmacêuticos, medicamentos e substâncias sujeitas a de petição identificado por um número de transação,
controle especial, bem como o cultivo de plantas que cujos dados são diretamente enviados ao sistema de
possam originar substâncias sujeitas a controle especial,

431
informações da Anvisa, sem necessidade de envio da cultivo, a estimativa da produção e o local da extração
documentação física à Agência; devem ser avaliados durante a inspeção pela autoridade
XVII – peticionamento manual: requerimento realizado sanitária local competente e constar do respectivo
em ambiente Internet por meio do formulário de relatório de inspeção.
petição, identificado por um número de transação, cujos § 3º As substâncias proscritas e as plantas que as
documentos serão fisicamente protocolados na Anvisa; originam, bem como as plantas proscritas, conforme o
XVIII – produto para saúde de uso leigo: produto Anexo I da Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, somente
médico ou produto diagnóstico para uso in vitro de uso poderão ser empregadas nas atividades de estudo e
pessoal que não dependa de assistência profissional pesquisa quando devidamente autorizadas pela Anvisa
para sua utilização, conforme especificação definida no por meio de Autorização Especial Simplificada para
registro ou cadastro do produto junto à Anvisa; estabelecimentos de ensino e pesquisa, conforme
XIX - responsável legal: pessoa física designada em legislação específica.
estatuto, contrato social ou ata de constituição Art. 5° Não é exigida AFE dos seguintes
incumbida de representar a empresa, ativa e estabelecimentos ou empresas:
passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais; I - que exercem o comércio varejista de produtos para
XX - responsável técnico: profissional legalmente saúde de uso leigo;
habilitado pelo respectivo conselho profissional para a II - filiais que exercem exclusivamente atividades
atividade que a empresa realiza na área de produtos administrativas, sem armazenamento, desde que a
abrangidos por esta Resolução; matriz possua AFE;
XXI - requisitos técnicos: critérios técnicos e III – que realizam o comércio varejista de cosméticos,
operacionais estabelecidos nesta Resolução exigidos produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes;
das empresas ou estabelecimentos para fins de IV - que exercem exclusivamente atividades de
Autorização de Funcionamento (AFE) ou Autorização fabricação, distribuição, armazenamento, embalagem,
Especial (AE), sem prejuízo dos requisitos previstos em exportação, fracionamento, transporte ou importação,
normas específicas, complementares e suplementares de matérias-primas, componentes e insumos não
da Anvisa, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; sujeitos a controle especial, que são destinados à
e fabricação de produtos para saúde, cosméticos,
XXII - substâncias e plantas sujeitas a controle produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes; e
especial: aquelas relacionadas nas listas do Anexo I da V – que realizam exclusivamente a instalação,
Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. manutenção e assistência técnica de equipamentos para
saúde.
Seção III - Abrangência Art. 6º As farmácias e drogarias deverão seguir o
Art. 3º A AFE é exigida de cada empresa que realiza as disposto na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
atividades de armazenamento, distribuição, embalagem, 17, de 28 de março de 2013.
expedição, exportação, extração, fabricação, Art. 7º Os estabelecimentos detentores de AFE para a
fracionamento, importação, produção, purificação, atividade de distribuição ou fabricação de produtos para
reembalagem, síntese, transformação e transporte de saúde poderão comercializar produtos para saúde no
medicamentos e insumos farmacêuticos destinados a varejo, sem a necessidade de AFE específica para a
uso humano, cosméticos, produtos de higiene pessoal, referida atividade, desde que sejam cumpridas as
perfumes saneantes e envase ou enchimento de gases exigências da legislação local acerca do licenciamento
medicinais. de estabelecimentos.
Parágrafo único. A AFE é exigida de cada Art. 8º As fabricantes e envasadoras de gases
estabelecimento que realiza as atividades descritas no medicinais deverão seguir o disposto nesta Resolução e
caput com produtos para saúde. na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 32, de 5
Art. 4º A AE é exigida para as atividades descritas no de julho de 2011.
art. 3º ou qualquer outra, para qualquer fim, com
substâncias sujeitas a controle especial ou com os CAPÍTULO II
medicamentos que as contenham, segundo o disposto DO PETICIONAMENTO E ANÁLISE
na Portaria SVS/MS nº 344, de 1998 e na Portaria Art. 9º O requerimento de concessão, renovação,
SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999. cancelamento, alteração, retificação de publicação,
§ 1º A AE é também obrigatória para as atividades de cumprimento de exigência e aditamento, bem como a
plantio, cultivo e colheita de plantas das quais possam interposição de recurso administrativo contra o
ser extraídas substâncias sujeitas a controle especial e indeferimento de pedidos relativos aos peticionamentos
somente é concedida à pessoa jurídica de direito de AFE e AE de empresas e estabelecimentos que
público ou privado que tenha por objetivo o estudo, a realizem as atividades abrangidas por esta Resolução
pesquisa, a extração ou a utilização de princípios ativos dar-se-á por meio de peticionamento eletrônico ou
obtidos daquelas plantas. peticionamento manual.
§ 2º Para a concessão e renovação da autorização Art. 10. Os critérios para o peticionamento, o
tratada no § 1º, o plano da atividade a ser desenvolvida, recolhimento de taxa e as atividades inerentes a cada
a indicação das plantas, a localização, a extensão do tipo de AFE e AE estão estabelecidos na Resolução da

432
Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de dezembro Art. 15. A documentação de instrução dos pedidos de
de 2006. concessão, renovação, cancelamento a pedido,
§ 1° A AFE deve ser peticionada por cada empresa que alteração, retificação de publicação e recurso
realiza atividades com medicamentos, insumos administrativo de AFE e AE deve ser apresentada
farmacêuticos, cosméticos, produtos de higiene pessoal, conforme descrição a seguir:
perfumes e saneantes, utilizando-se o Cadastro I – para concessão em favor de:
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da matriz da a) fabricantes: relatório de inspeção que ateste o
empresa, e é extensiva a todos os estabelecimentos cumprimento dos requisitos técnicos desta Resolução
filiais. para as atividades e classes pleiteadas, emitido pela
§ 2º No caso de atividades realizadas com produtos autoridade sanitária local competente;
para saúde, o peticionamento da AFE deve ser por b) varejistas de produto para a saúde: contrato social
estabelecimento, utilizando-se o Cadastro Nacional da com objeto compatível com a atividade pleiteada;
Pessoa Jurídica (CNPJ) do estabelecimento que irá c) outras empresas: relatório de inspeção ou documento
realizar a atividade peticionada. equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos
§ 3° A AE deve ser peticionada utilizando o Cadastro técnicos desta Resolução para as atividades e classes
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária local
§ 4º A AE a ser obtida para as atividades que não competente.
estejam enquadradas no art. 3º desta Resolução não está II – para renovações: relatório de inspeção ou
condicionada à concessão de AFE. documento equivalente que ateste o cumprimento dos
Art. 11. O ato administrativo público de concessão, requisitos técnicos desta Resolução para as atividades e
renovação, cancelamento, alteração e retificação de classes pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária
publicação de AFE e AE somente produzirá efeitos a local competente ou licença sanitária vigente com os
partir de sua publicação no Diário Oficial da União dados atualizados.
(DOU). III – para as seguintes alterações:
§1º Excetuam-se do disposto no caput as alterações a) ampliação ou redução de atividades ou classes de
relativas à mudança de responsável técnico e produtos: relatório de inspeção ou documento
responsável legal, que deverão ser peticionadas equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos
eletronicamente pela empresa ou estabelecimento para técnicos desta Resolução para as atividades e classes
alteração do cadastro, no prazo de 30 dias após pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária local
consolidação da alteração, e serão atualizadas competente ou licença sanitária vigente com os dados
automaticamente, sem publicação no DOU. atualizados;
§ 2º Excetua-se do caput o indeferimento de retificação b) alteração de endereço: relatório de inspeção ou
de publicação, cuja decisão será comunicada documento equivalente que ateste o cumprimento dos
diretamente à empresa. requisitos técnicos desta Resolução para as atividades e
classes pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária
Seção I local competente ou licença sanitária vigente com os
Dos Requisitos Técnicos e Documentos para Instrução dados atualizados;
c) alteração de endereço por ato público: declaração
Art. 12. A concessão, renovação, cancelamento a emitida pela autoridade competente ou a cópia do ato
pedido, alteração, retificação de publicação e a público que originou a alteração;
retratação de recurso administrativo de AFE e AE d) alteração de razão social: Cadastro Nacional de
dependem: Pessoa Jurídica (CNPJ) com dados atualizados;
I – do cumprimento dos requisitos técnicos contidos e) alteração por modificação na extensão do CNPJ da
nesta Resolução; e matriz, exclusivamente em virtude de ato declaratório
II – da análise e deferimento dos documentos para da Receita Federal do Brasil: CNPJ com dados
instrução anexados ao formulário de petição atualizados; f) alteração de responsável técnico:
devidamente preenchido e protocolado via documento de regularidade técnica atualizado e emitido
peticionamento eletrônico ou peticionamento manual. pelo respectivo Conselho de Classe profissional;
Parágrafo único. Quando se tratar de AE, além do g) alteração de responsável legal: cópia da respectiva
cumprimento do disposto nos incisos I e II, também alteração de contrato social devidamente consolidada
devem ser cumpridas as exigências contidas na Portaria ou a ata de assembleia devidamente registrada na Junta
SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria SVS/MS nº 6, Comercial.
de 1999. IV – para retificações de publicação, cancelamentos a
Art. 13. O cadastro das filiais deve ser realizado e pedido e recursos administrativos: ofício com a
mantido atualizado pela empresa no banco de dados da justificativa técnica para o pleito, com a juntada de
Anvisa. quaisquer documentos que a empresa ou
Art. 14. Os requisitos técnicos devem ser verificados no estabelecimento julgue necessários para a comprovação
ato da inspeção sanitária e estas informações devem de erro de publicação, justificativa para o cancelamento
constar no relatório de inspeção emitido pela autoridade ou reforma da decisão de indeferimento.
sanitária local competente.

433
§ 1º No peticionamento de concessão por empresas que Art. 20. A petição de renovação de AFE e AE deve ser
tiveram AFE ou AE canceladas por caducidade, o protocolada no período compreendido entre 60
relatório de inspeção ou documento equivalente podem (sessenta) e 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data
ser substituídos pela licença sanitária vigente com os de vencimento, que corresponde a 1 (um) ano após a
dados atualizados. data de publicação da concessão inicial no DOU.
§ 2º No peticionamento de renovação, caso os § 1º A petição protocolada em data anterior ou posterior
documentos requeridos ainda não tenham sido ao período fixado no caput deste artigo será indeferida
emitidos, será aceito como documento de instrução a pela Anvisa em razão da sua intempestividade.
licença sanitária relativa ao exercício imediatamente § 2º Findo o prazo estabelecido no caput deste artigo
anterior, desde que o requerimento do exercício atual sem que tenha sido efetivado o protocolo da petição de
tenha sido devidamente protocolado na autoridade renovação, a respectiva AFE ou AE será considerada
sanitária local competente, em data anterior ao caduca ao término de sua vigência.
vencimento. § 3º A caducidade da AFE e da AE não será publicada
§ 3º No peticionamento de renovação, as empresas no DOU e poderá ser consultada no cadastro da
transportadoras de medicamentos, sem armazenagem, empresa ou estabelecimento no site da Anvisa.
ficam dispensadas de apresentar licença sanitária ou § 4º A empresa ou estabelecimento cuja AFE ou AE
documento equivalente referente a ano corrente, nos caducar, tiver seu requerimento de renovação
casos em que a legislação local dispensar sua indeferido ou for cancelada, deve peticionar a
renovação. concessão de uma nova AFE ou AE para fins de
§ 4º Nos peticionamentos relativos à AE, a licença regularização.
sanitária, o relatório de inspeção ou o documento Art. 21. As petições de renovação de AFE e AE
equivalente devem informar explicitamente que o protocoladas dentro dos prazos previstos no caput do
estabelecimento cumpre os requisitos de controle art. 20, cuja decisão não seja publicada pela Anvisa no
especial constantes da Portaria SVS/MS nº 344, de DOU até a data de seus respectivos vencimentos, serão
1998 e da Portaria SVS/MS nº 6, de 1999. consideradas automaticamente renovadas.
Art. 16. A Anvisa pode, a qualquer momento, § 1º. O protocolo de renovação é documento apto para a
obedecido o devido processo legal, cancelar a AFE e a comprovação da regularidade da autorização das
AE das empresas ou estabelecimentos caso ocorram empresas e estabelecimentos, caso não haja nenhum ato
fatos que justifiquem tal medida. publicado em contrário no DOU.
Art. 17. Para fins de tomada de decisão acerca dos § 2º A Anvisa pode, a qualquer tempo, indeferir a
peticionamentos de concessão, renovação e alteração de petição de renovação de AFE ou AE que tenha sido
AFE e AE, o relatório de inspeção ou documento renovada automaticamente, nos termos deste artigo, em
equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos razão da conclusão insatisfatória de sua análise.
técnicos desta Resolução para a atividade pleiteada,
deve ter sido emitido pela autoridade sanitária local Seção III
competente em até 12 (doze) meses anteriores à data de Da Alteração
protocolização do pedido. Art. 22. A alteração da AFE ou da AE cabe nas
Art. 18. A apresentação de documentos ilegíveis ou a seguintes hipóteses:
ausência de documentos de instrução ensejará o I – ampliação de atividades;
indeferimento das petições de AFE e AE. Seção II Da II – redução de atividades;
Renovação III – ampliação de classes de produtos;
Art. 19. A AFE e a AE de empresas ou IV – redução de classes;
estabelecimentos que realizem as atividades de V – alteração de endereço;
armazenamento, distribuição, embalagem, expedição, VI – alteração de razão social;
exportação, extração, fracionamento, importação, VII – alteração por modificação na extensão do CNPJ
purificação, reembalagem, síntese, transformação e da matriz, exclusivamente em virtude de ato
transporte de medicamentos, insumos farmacêuticos, declaratório da Receita Federal do Brasil;
substâncias sujeitas a controle especial ou os VIII – alteração de responsável técnico; e
medicamentos que as contenham, o cultivo de plantas IX – alteração de responsável legal. Parágrafo único. A
que possam originar substâncias sujeitas a controle ampliação e redução de classes de produtos somente é
especial, bem como o envase ou enchimento de gases permitida entre cosméticos, produtos de higiene pessoal
medicinais devem ser renovadas anualmente, a partir da e perfumes e entre medicamentos e insumos
data da publicação da sua concessão inicial no DOU. farmacêuticos.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não Art. 23. Os pedidos de alterações da AFE e da AE
se aplica à AFE e à AE concedidas para as atividades deverão ocorrer de forma individual e separada em cada
de fabricação ou produção de medicamentos e insumos AFE e AE da empresa e de seus estabelecimentos,
farmacêuticos e para quaisquer atividades de produtos quando aplicável.
para saúde, cosméticos, produtos de higiene pessoal, Parágrafo único. Os prazos de validade da AFE e da AE
perfumes e saneantes. não são interrompidos nem prorrogados em decorrência

434
de alterações que surgirem durante seus respectivos a) instalações, equipamentos e aparelhagem técnica
períodos de vigência. necessários e em condições adequadas à finalidade a
que se propõem, incluindo qualificações e calibrações;
Seção IV b) sistema da qualidade estabelecido;
Do Cancelamento c) política de validação e qualificação claramente
definida, nos casos em que seja exigido pela norma de
Art. 24. O cancelamento da AFE e AE a pedido da boas práticas de fabricação específica;
empresa ou estabelecimento deve ser peticionado nos d) sistemas de utilidades de suporte ao processo
seguintes casos: produtivo em condições adequadas à finalidade a que se
I – encerramento de atividades; ou propõem; e) condições de higiene, armazenamento e
II - encerramento de atividades com substâncias sujeitas operação adequadas às necessidades do produto, de
a controle especial ou com os medicamentos que as forma a reduzir o risco de contaminação ou alterações
contenham, bem como com as plantas que podem de suas características;
originar tais substâncias. f) recursos humanos capacitados ao desempenho das
Parágrafo único. O cancelamento da AFE ou da AE não atividades de produção, controle da qualidade, garantia
afasta a responsabilidade da empresa ou da qualidade e demais atividades de suporte;
estabelecimento pelos produtos que ainda estiverem no g) meios para a inspeção e o controle de qualidade dos
mercado. produtos que industrialize, incluindo especificações e
métodos analíticos;
Seção V h) procedimentos operacionais padrão e demais
Do Recurso Administrativo documentos necessários concluídos e aprovados;
Art. 25. No caso de indeferimento de pedidos relativos i) meios capazes de eliminar ou reduzir elementos de
à AFE e AE, é cabível recurso administrativo nos poluição decorrente da industrialização procedida, que
termos da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº causem efeitos nocivos à saúde; e
25, de 4 de abril de 2008. j) para fabricantes de produtos para saúde, também
Art. 26. O recurso administrativo deve ser interposto devem ser apresentadas evidências do cumprimento do
uma única vez para cada expediente indeferido. plano de desenvolvimento de projeto até, no mínimo, a
fase de definição de dados de entrada de projeto.
CAPÍTULO III
DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA CAPÍTULO IV
FABRICANTES DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA
Art. 27. Os fabricantes de medicamentos, insumos IMPORTADORES, DISTRIBUIDORES,
farmacêuticos, produtos para a saúde, cosméticos, ARMAZENADORES, TRANSPORTADORES,
produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes, EXPORTADORES E FRACIONADORES
deverão apresentar as informações gerais e cumprir os Art. 28. Os importadores, distribuidores,
requisitos técnicos a seguir relacionados, os quais serão armazenadores, transportadores e exportadores de
avaliados na inspeção pela autoridade sanitária local medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para
competente: saúde, cosméticos, produtos para higiene pessoal,
I – informações gerais: perfumes e saneantes e fracionadores de insumos
a) contrato social ou ata de constituição registrada na farmacêuticos, deverão apresentar as informações
junta comercial e suas alterações, se houver; gerais e cumprir os requisitos técnicos a seguir
b) Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) relacionados, os quais serão avaliados na inspeção pela
contemplando a atividade econômica pleiteada; autoridade sanitária local competente:
c) autorização ou alvará referente à localização e I – informações gerais:
ocupação, planta arquitetônica, proteção ambiental, a) contrato social ou ata de constituição registrada na
segurança de instalações e segurança dos trabalhadores; junta comercial e suas alterações, se houver;
d) organograma e definição dos cargos, b) Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
responsabilidades e da qualificação necessária para seus contemplando a atividade econômica pleiteada;
ocupantes; c) autorização ou alvará referente à localização e
e) comprovação do registro de responsabilidade técnica ocupação, planta arquitetônica, proteção ambiental,
realizada pelo profissional legalmente habilitado junto segurança de instalações e segurança dos trabalhadores;
ao respectivo conselho de classe; e d) contratos de prestação de serviços diversos ou
f) contratos de prestação de serviços diversos ou documentos equivalentes, os quais devem ser
documentos equivalentes, os quais devem ser realizados somente com empresas autorizadas e
realizados somente com empresas autorizadas e licenciadas pela autoridade competente, quando
licenciadas pela autoridade competente, quando aplicável;
aplicável. e) comprovação do registro de responsabilidade técnica
II – requisitos técnicos: realizada pelo profissional legalmente habilitado junto
ao respectivo conselho de classe; e

435
f) para distribuidores e armazenadores de I - contrato social ou ata de constituição registrada na
medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos para junta comercial e suas alterações, se houver;
saúde, Manual de Boas Práticas de Distribuição e II - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) com
Armazenagem. o código e a descrição da atividade econômica referente
II – requisitos técnicos: à atividade peticionada; e
a) existência de instalações, equipamentos e III - comprovação da responsabilidade técnica realizada
aparelhagem técnica necessários e em condições por profissional legalmente habilitado.
adequadas à finalidade a que se propõem, incluindo
qualificações e calibrações; CAPÍTULO VI
b) existência de recursos humanos qualificados e DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
devidamente capacitados ao desempenho das atividades Art. 30. Ficam revogados a partir da entrada em vigor
da empresa ou estabelecimento, incluindo, no caso de desta Resolução os seguintes regulamentos: os itens 2,
importadora de medicamentos, a garantia da qualidade 3 e 6 da Instrução Normativa nº 1, de 30 de setembro de
dos medicamentos, a investigação de desvio de 1994; a Portaria SVS/MS nº 182, de 20 de novembro de
qualidade e demais atividades de suporte; 1996; os artigos 3º, 5º, 6º, 9º e 10 da Portaria SVS/MS
c) condições de higiene, armazenamento e operação nº 344, de 12 de maio de 1998; os artigos 2º, 4º, 5º, 6º,
adequadas às necessidades do produto, de forma a 7º, 9º, 11, 12 e 13 da Instrução Normativa do Anexo e o
reduzir o risco de contaminação ou alteração de suas Anexo I da Portaria SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de
características; d) procedimentos operacionais padrão 1999; a Portaria SVS/MS nº 1.052, de 29 de dezembro
para recepção, identificação, controles de estoque e de 1998; o parágrafo único do art. 10, o art. 12 e o
armazenamento de produtos acabados, devolvidos ou Anexo I da Portaria SVS/MS nº 802, de 8 de outubro de
recolhidos; 1998; a Resolução nº 329, de 22 de julho de 1999; a
e) programa de autoinspeção, com abrangência, Resolução nº 327, de 22 de julho de 1999; a Resolução
frequência, responsabilidades de execução e ações da Diretoria Colegiada - RDC nº 128, de 9 de maio de
decorrentes das não conformidades; 2002; a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
f) área separada, identificada e de acesso restrito para o 158, de 31 de maio de 2002; e a Resolução da Diretoria
armazenamento de produtos ou substâncias sujeitas a Colegiada - RDC nº 183, de 5 de outubro de 2006.
controle especial; Parágrafo único. O § 1º do art. 11 desta Resolução
g) sistema de controle de estoque que possibilite a somente terá efeito a partir da disponibilização do
emissão de inventários periódicos; peticionamento e divulgação da data de implementação
h) sistema formal de investigação de desvios de pela Anvisa.
qualidade e medidas preventivas e corretivas adotadas Art. 31. Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra
após a identificação das causas; em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua
i) sistema da qualidade estabelecido; publicação
j) plano para gerenciamento de resíduos; Art. 32. A partir da entrada em vigor desta Resolução,
k) áreas de recebimento e expedição adequadas e ficam mantidas as internalizações das seguintes
protegidas contra variações climáticas; Resoluções MERCOSUL: GMC n° 3/99 – “Registro de
l) mecanismos que assegurem que fornecedores e Empresas de Produtos Domisanitários”; GMC nº 05/05
clientes estejam devidamente regularizados junto às – “Regulamento Técnico sobre Autorização de
autoridades sanitárias competentes, quando aplicável; e Funcionamento/ Habilitação de Empresas de Produtos
m) para transportadores, relação do quantitativo e de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, suas
identificação dos veículos próprios ou de terceiros sob Modificações y Cancelamento”; GMC nº 132/96 –
sua responsabilidade, disponibilizados para o Alterações da Autorização de Funcionamento das
transporte, que deverão ser munidos dos equipamentos Empresas Solicitantes de Registro de Produtos
necessários à manutenção das condições específicas de Farmacêuticos do Estado Parte Receptor; e GMC nº
transporte requeridas para cada produto sujeito à 24/96 – Registro de Empresas Domisanitarios.
vigilância sanitária. Parágrafo único. Os estabelecimentos filiais de
empresas que realizem atividades referentes a produtos
CAPÍTULO V para saúde para os quais é exigida AFE nos termos
DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA ATIVIDADES desta Resolução terão o prazo de um ano, contado a
COM SUBSTÂNCIAS OU MEDICAMENTOS partir de 04 de agosto de 2014, para requerer à
SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL ANVISA a referida autorização.” (NR) (Redação dada
Art. 29. Para as atividades com substâncias ou pela RDC 40/14)
medicamentos sujeitos a controle especial deverão ser Art. 33. O descumprimento das disposições contidas
apresentados os seguintes documentos, bem como nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
deverão ser cumpridos os requisitos técnicos contidos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
na Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria das responsabilidades civil, administrativa e penal
SVS/MS nº 6, de 1999, a serem avaliados na inspeção cabíveis.
pela autoridade sanitária local competente:
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

436
RDC Nº 22, DE 29/04/2014 III - aprimorar as ações de vigilância sanitária
relacionadas ao monitoramento sanitário e
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de farmacoepidemiológico e controle dos medicamentos e
Produtos Controlados –SNGPC, revoga a Resolução insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução;
de Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, IV - contribuir com a produção de conhecimento sobre
e dá outras providências. estudos de utilização de medicamentos e
farmacoepidemiologia; e
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de V - subsidiar a gestão de riscos associados aos
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe medicamentos e aos insumosfarmacêuticos na pós-
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, comercialização e no pós-uso.
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art.
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do CAPÍTULO II
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de DAS DEFINIÇÕES
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto Art. 5º Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto seguintes definições:
nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º I - autenticidade: garantia de que os dados ou
9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo informações sejam verdadeiros e fidedignos, tanto na
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da origem quanto no destino;
Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião II - cadastro: identificação e inclusão dos dados da
realizada em 15 de abril de 2014, adota a seguinte empresa no sistema de segurança da Anvisa para fins de
Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor- acesso ao peticionamento eletrônico, obtenção de
Presidente, determino a sua publicação: Autorização de Funcionamento e demais serviços e
sistemas disponibilizados no âmbito da Anvisa;
CAPÍTULO I III - cadastro de órgãos de vigilância sanitária:
DA ABRANGÊNCIA E DOS OBJETIVOS identificação e inclusão dos dados do órgão de
Art. 1º Esta Resolução estabelece a utilização do vigilância e da autoridade sanitária no cadastro de
Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos instituições da Anvisa;
Controlados - SNGPC, por farmácias e drogarias, como IV - credenciamento: o ato de adesão do
um sistema de informação de vigilância sanitária para a estabelecimento ao SNGPC mediante realização do
escrituração de dados de produção,manipulação, inventário inicial e envio pelo farmacêutico responsável
distribuição, prescrição, dispensação e consumo de técnico e recebimento pela base de dados da Anvisa;
medicamentos e insumos farmacêuticos. V - Certificado de Escrituração Digital: documento
Art. 2º O SNGPC abrange os medicamentos sujeitos ao emitido pelo SNGPC, após o credenciamento, que
controle especial a que se refere a Portaria SVS/MS nº comprova, perante a autoridade sanitária competente,
344, de 12 de maio de 1998, e os medicamentos que o estabelecimento está apto a efetuar a escrituração
antimicrobianos a que se refere a Resolução de sanitária;
Diretoria Colegiada RDC nº 20, de 5 de maio de 2011, VI - Certificado de Transmissão Regular: documento
ou as que vierem substituí-las. complementar que pode ser solicitado pela autoridade
Art. 3º Todas as farmácias e drogarias devem, sanitária e pelas distribuidoras às farmácias e drogarias
obrigatoriamente, utilizar o SNGPC para escrituração abrangidas por esta Resolução, com a finalidade de
sanitária dos medicamentos, insumos farmacêuticos e atestar a regularidade na transmissão eletrônica dos
preparações e/ou especialidades farmacêuticas de que dados;
trata esta Resolução. VII - dado: sequência de símbolos quantificados ou
Parágrafo único. As farmácias e drogarias de natureza quantificáveis que são a base para a geração da
pública e os estabelecimentos de atendimento privativo informação;
de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente VIII - disponibilidade: facilidade de acesso ou de
de assistência médica não estão sujeitos a esta recuperação de dados ou informações;
Resolução enquanto o módulo específico do SNGPC IX - escrituração sanitária: procedimento de registro da
não for disponibilizado e implantado no âmbito do movimentação das entradas e saídas de medicamentos e
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução no
Art. 4º São objetivos do SNGPC: SNGPC;
I - capturar e analisar os dados provenientes da X - arquivo XML: arquivo eletrônico padronizado a ser
produção, manipulação, distribuição, prescrição, transmitido ao SNGPC;
dispensação, consumo de medicamentos e insumos XI - estabelecimento: unidade da empresa destinada à
farmacêuticos para gerar manipulação de insumos farmacêuticos e dispensação
informações, em seus diversos detalhamentos; de medicamentos e preparações sujeitos a esta
II - otimizar as ações de controle sobre os Resolução, caracterizada por ter Cadastro Nacional da
procedimentos de escrituração de medicamentos e Pessoa Jurídica (CNPJ) único cadastrado junto à
insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução; Anvisa e à Receita Federal do Brasil;

437
XII - gestor de segurança: pessoa física incumbida de b) apreensão ou recolhimento pela autoridade sanitária;
administrar e controlar o acesso de usuários ao sistema c) roubo ou furto;
de segurança da Anvisa, devendo representar a empresa d) avaria;
no âmbito dos sistemas informatizados da Agência e ser e) desvio de qualidade;
habilitado a efetuar ações nos sistemas da Anvisa; f) exclusão da lista atualizada de insumos sujeitos à
XIII - gestor do SNGPC: profissional vinculado ao presente Resolução;
órgão ou autoridade sanitária em âmbito federal, g) coleta de amostra para controle da qualidade;
estadual, regional, municipal ou do Distrito Federal que h) erro ou perda no processo de produção e/ou de
administra o cadastro do órgão e dos profissionais a ele manipulação;
vinculados; i) coleta de amostra para fins de análise fiscal por parte
XIV - inconsistência: discordância de dados da autoridade sanitária; e
identificada durante o registro do inventário ou durante j) devolução ou recolhimento ao fabricante;
a escrituração sanitária, relacionados com o cadastro XXV - responsável legal: pessoa física designada em
das empresas, números de registro dos medicamentos, estatuto, contrato social ou ata, incumbida de
códigos da Denominação Comum Brasileira, dentre representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e
outros; extrajudiciais, o Agente Regulado pessoa jurídica;
XV - informação: é o dado valorado, provido de XXVI - farmacêutico responsável técnico: profissional
significado, passível de análise, comparação ou farmacêutico legalmente habilitado e inscrito no
interpretação; Conselho Regional de Farmácia, nos termos da lei,
XVI - instabilidade do SNGPC: problema de natureza incumbido de promover assistência técnica à farmácia
operacional caracterizado como falha, interrupção ou ou drogaria;
ausência de comunicação na transmissão e acesso de XXVII - saída: movimentação representada pela venda,
dados ou informações; perda, transferência e/ou transformação de
XVII - integridade: garantia de não violação dos ativos medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos
de informação, na origem, no trânsito ou no destino; manipulados acabados;
XVIII - interoperabilidade: possibilidade de ser operado XXVIII - senha: código eletrônico pessoal, sigiloso e
de forma integrada ou conjunta; intransferível cadastrado nos sistemas da Anvisa para
XIX - inventário inicial: declaração de todo o estoque fins de identificação e obtenção de acesso às transações
de medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a e operações em ambiente Internet;
esta Resolução, a ser informado por meio de envio de XXIX - sigilo: condição inerente aos dados e
arquivo XML; informações que necessitam de medidas especiais de
XX - monitoramento farmacoepidemiológico: proteção contra revelação não autorizada;
acompanhamento sistemático de indicadores XXX - sistema informatizado: aplicativo elaborado
farmacoepidemiológicos relacionados com o consumo para servir como ferramenta tecnológica necessária à
de medicamentos em populações, com a finalidade de realização dos atos, procedimentos e operações
subsidiar medidas de intervenção em saúde pública, relacionados com o SNGPC;
incluindo educação sanitária, e alterações na legislação XXXI - transferência: movimentação de medicamentos,
específica vigente; insumos farmacêuticos e produtos manipulados
XXI - monitoramento sanitário: acompanhamento acabados entre estabelecimentos da mesma rede ou
sistemático de indicadores operacionais relativos ao empresa, identificados pelo mesmo número de raiz
credenciamento de empresas no sistema, retenção de referente ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas –
receitas, escrituração, envio de arquivos eletrônicos e CNPJ.
eficiência do sistema de gerenciamento de dados, com a
finalidade de subsidiar, entre outros instrumentos de CAPÍTULO III
vigilância sanitária, a fiscalização sanitária, DO ACESSO E DO CREDENCIAMENTO
compreendendo três componentes básicos: Art. 6º O acesso ao SNGPC pressupõe a realização e
a) coleta de dados; atualização dos cadastros do estabelecimento, do gestor
b) análise regular dos dados; e de segurança, do farmacêutico responsável técnico e do
c) ampla e periódica disseminação dos dados; responsável legal junto à Anvisa.
XXII - movimentação: todas as atividades do Art. 7º O acesso ao SNGPC é feito por meio de senha
estabelecimento relacionadas com a entrada (compra ou pessoal, sigilosa e intransferível.
transferência) e a saída (venda/dispensação, Parágrafo único. O uso indevido da senha e os prejuízos
transformação, transferência ou perda) de decorrentes da eventual quebra de seu sigilo serão de
medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a esta responsabilidade do farmacêutico responsável técnico e
Resolução; do responsável legal do estabelecimento.
XXIII - padrão de transmissão: documento XML Art. 8º O credenciamento do estabelecimento no
adequado ao Esquema XML do SNGPC; SNGPC efetivar-se-á com a realização do inventário
XXIV - perda: movimentação representada pelos inicial pelo farmacêutico responsável técnico, mediante
seguintes casos: acesso ao SNGPC e envio do arquivo XML.
a) vencimento do prazo de validade;

438
Art. 9º. Efetivado o credenciamento no SNGPC, o seu inventário antes de iniciar suas atividades e
Certificado de Escrituração Digital deve ser impresso e informar a autoridade sanitária local.
permanecer à disposição para fins de fiscalização. Art. 13. A transferência de estoque de medicamentos e
Parágrafo único. Sempre que for realizada a insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução fica
substituição do farmacêutico responsável pela permitida nos casos de encerramento, alteração das
transmissão de dados ao SNGPC, poderá ser impresso atividades ou junção de estabelecimentos, e deve ser
um novo Certificado de Escrituração Digital com os escriturada no SNGPC.
dados atualizados. Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o
estabelecimento que receber os medicamentos e
CAPÍTULO IV insumos farmacêuticos deve escriturar a movimentação
DA ESCRITURAÇÃO E DO CONTROLE DO de entrada através de nota fiscal emitida pelo
ESTOQUE estabelecimento que encerrou suas atividades.
Art. 10. Os estabelecimentos devem realizar a Art. 14. O farmacêutico responsável técnico deve
escrituração de toda e qualquer movimentação e o notificar qualquer inconsistência relacionada a
controle do estoque de medicamentos e insumos medicamentos e insumos farmacêuticos por meio de
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução por meio de funcionalidade disponível no ambiente do SNGPC.
sistema informatizado compatível com as § 1º Quando houver inconsistências que impeçam o
especificações e padrão de transmissão estabelecidos envio de arquivo XML, as movimentações desta
pela Anvisa, de modo a garantir a interoperabilidade inconsistência devem ser escrituradas no sistema
entre os sistemas. informatizado do estabelecimento para controle e
§ 1º A escrituração é de responsabilidade do fiscalização pela autoridade sanitária.
farmacêutico responsável técnico ou seu substituto § 2º Corrigida a inconsistência que impede o envio de
legal devidamente cadastrado e associado no SNGPC. arquivo XML, as movimentações devem voltar a ser
§ 2º Devem ser escriturados os dados exigidos escrituradas no SNGPC.
conforme normas específicas vigentes para os Art. 15. O estoque físico dos medicamentos e
medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a esta substâncias sujeitas a controle especial deve ser
Resolução. qualitativa e quantitativamente idêntico ao escriturado
§ 3º Os dados da escrituração sanitária devem ser no SNGPC, bem como no sistema informatizado do
transmitidos eletronicamente em arquivos no intervalo estabelecimento, observando-se o prazo de escrituração.
de, no mínimo, 1 (um) e, no máximo, 7 (sete) dias Art. 16. Todo o estoque movimentado pelo
consecutivos, ainda que nenhuma movimentação no estabelecimento deve estar devidamente escriturado,
estoque do estabelecimento tenha ocorrido no sendo este comercializável ou não.
respectivo período.
§ 4º A transmissão eletrônica deve ser realizada e CAPÍTULO V
atualizada, no mínimo, uma vez por semana. DO SISTEMA INFORMATIZADO E DO PADRÃO
§ 5º Para os insumos farmacêuticos, deve ser SNGPC
escriturado o número do lote do fabricante. Art. 17. O sistema informatizado utilizado pelo
§ 6º A escrituração deve ser mantida no sistema estabelecimento deve ser desenvolvido ou adaptado
informatizado do estabelecimento, para controle e segundo os requisitos e as especificações estabelecidos
fiscalização pela autoridade sanitária. pela Anvisa.
Art. 11. Na falta de farmacêutico substituto, a Art. 18. O sistema informatizado do estabelecimento,
escrituração deve ser obrigatoriamente transmitida ao que gera os arquivos XML para envio ao SNGPC, deve
final dos períodos de ausências do farmacêutico ter acesso restrito ao farmacêutico responsável técnico
responsável técnico, por meio do envio de arquivos sem ou seu substituto legal devidamente cadastrado e
movimentação de medicamentos sujeitos a controle associado no SNGPC.
especial, conforme Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, § 1º O farmacêutico responsável técnico pode delegar a
ou a que vier a substituí-la. terceiros, sob sua responsabilidade, o acesso parcial ao
Art. 12. A substituição definitiva ou eventual do sistema informatizado para fins de inserção dos dados.
farmacêutico responsável técnico no SNGPC deve ser § 2º É função do farmacêutico responsável técnico a
precedida de finalização do inventário, de modo que as geração e envio dos arquivos XML ao SNGPC.
transmissões da escrituração possam ter continuidade Art. 19. O sistema informatizado do estabelecimento
pelo substituto ou pelo novo farmacêutico responsável deve garantir:
técnico. I - a realização periódica de cópia de segurança dos
§ 1º Na hipótese do caput deste artigo, o novo dados de escrituração, que deve permanecer arquivada
farmacêutico responsável técnico ou o substituto deve no estabelecimento por 2 (dois) anos; e
conferir o inventário previamente finalizado. II - a geração de relatórios atualizados dos estoques e
§ 2º Nos casos em que houver divergência entre os movimentações de medicamentos e insumos
dados do inventário finalizado anteriormente e o farmacêuticos sujeitos a esta Resolução, com
estoque existente no estabelecimento, o substituto ou o informações necessárias para sua conferência e
novo farmacêutico responsável técnico deve corrigir rastreabilidade.

439
Art. 20. O desenvolvimento, aquisição e manutenção do I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do
sistema informatizado para fins desta Resolução são de cadastro e liberação do acesso ao sistema para os
responsabilidade de cada estabelecimento. profissionais de vigilância sanitária no âmbito do
Art. 21. O sistema informatizado utilizado pelo respectivo Estado, Regional ou do Distrito Federal;
estabelecimento deve assegurar o sigilo, a integridade, a II - a atribuição de acesso com perfil de gestor
autenticidade e a disponibilidade dos dados e municipal do SNGPC no âmbito dos Municípios ou
informações, de modo a viabilizar a execução de ações áreas administrativas do respectivo Estado, Regional e
de fiscalização, monitoramento, gerenciamento e Distrito Federal, conforme indicação e escolha da
controle de riscos pela autoridade sanitária competente, autoridade competente de cada município ou área
bem como garantir a proteção da imagem, da honra e da administrativa; e
privacidade das pessoas. III - cooperar com a orientação e capacitação de
Parágrafo único. É vedado disponibilizar a terceiros não profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado
autorizados dados ou informações relacionadas à dos municípios ou áreas administrativas sob sua
comercialização e uso de medicamentos e insumos jurisdição acerca dos procedimentos para
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução, capazes de operacionalização do SNGPC e do uso de informação
identificar e individualizar padrões ou hábitos de para a tomada de decisão e ação.
prescrição, dispensação ou consumo desses produtos, Art. 28. Ao gestor municipal do SNGPC cabe, entre
salvo nos casos permitidos pela legislação vigente. outras atribuições:
Art. 22. Os requisitos e as especificações dos Padrões I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do
SNGPC, bem como suas eventuais alterações, são cadastro e liberação do acesso ao sistema para os
aprovados em ato próprio e permanecerão disponíveis profissionais de vigilância sanitária no âmbito do
no sítio eletrônico da Anvisa para viabilizar o município; e
desenvolvimento ou a atualização dos sistemas II - cooperar com a orientação e capacitação de
informatizados utilizados pelos estabelecimentos. profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado
Art. 23. A Anvisa disponibiliza ambientes de testes acerca dos procedimentos para operacionalização do
para validação de arquivos enviados ao SNGPC em seu SNGPC e do uso de informação para a tomada de
sítio eletrônico na internet, de modo a viabilizar o decisão e ação.
desenvolvimento ou a adaptação dos sistemas Art. 29. A responsabilidade pela atualização dos dados
informatizados de que trata esta Resolução. referentes aos gestores do SNGPC, no âmbito nacional,
estadual, regional, do Distrito Federal ou municipal,
CAPÍTULO VI junto às instâncias responsáveis pela atribuição de
DA GESTÃO DO SNGPC E DA FISCALIZAÇÃO acesso ao sistema com perfil de gestor fica a cargo das
PELO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA respectivas autoridades sanitárias.
SANITÁRIA Art. 30. O acesso ao SNGPC pelos profissionais de
Art. 24. As autoridades sanitárias da União, dos vigilância sanitária dar-se-á mediante liberação de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios terão acesso pelo gestor do SNGPC do respectivo Estado,
acesso a dados e informações por meio do SNGPC, em Regional, Distrito Federal ou Município e abrange os
seus diversos detalhamentos, acerca da produção, dados e informações relativos ao seu âmbito de atuação.
manipulação, distribuição, prescrição, dispensação e Art. 31. Os dados e informações técnicas e operacionais
consumo de medicamentos e insumos farmacêuticos obtidos por meio do SNGPC devem receber tratamento
sujeitos a esta Resolução, no âmbito de suas respectivas sigiloso, salvo para impossibilitar a ocorrência de
atribuições legais. circunstâncias de risco à saúde da população.
Art. 25. A gestão do SNGPC, em âmbito nacional, é Art. 32. Compete à autoridade sanitária dos Estados, do
exercida pela Anvisa. Distrito Federal e dos Municípios a fiscalização dos
Art. 26. Ao gestor nacional do SNGPC cabe, entre estabelecimentos quanto ao cumprimento desta
outras atribuições: Resolução.
I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do Parágrafo único. A Anvisa poderá prestar cooperação
cadastro e liberação do acesso ao sistema para os técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e
profissionais de vigilância sanitária no âmbito federal; aos Municípios, bem como atuar em circunstâncias
II - a atribuição de acesso com perfil de gestor estadual especiais de risco à saúde, observada a autonomia
do SNGPC no âmbito dos Estados e do Distrito federativa e a diretriz constitucional da descentralização
Federal, conforme indicação e escolha da autoridade das ações no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
competente da respectiva Unidade da Federação; eIII - Art. 33. Não deverá ser objeto de autuação a falta de
cooperar com a orientação e capacitação de regularidade na transmissão das movimentações e
profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado emissão de relatórios quando o motivo for estritamente
acerca dos procedimentos para operacionalização do instabilidade operacional do próprio SNGPC.
SNGPC e do uso de informação para a tomada de Art. 34. Configurada infração por inobservância de
decisão e ação. preceitos legais, a autoridade sanitária deve tomar
Art. 27. Ao gestor estadual, distrital e regional do medidas necessárias dentro de sua competência e
SNGPC cabe, entre outras atribuições:

440
poderá comunicar o fato ao Conselho Profissional LISTA DE ANTIMICROBIANOS REGISTRADOS
competente e acompanhar seu desdobramento. NA ANVISA - Redação dada pela Resolução – RDC nº
174, de 15 de setembro de 2017.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. A escrituração de medicamentos e insumos
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução substitui a
escrituração realizada por meio de livro de registro ou
sistema informatizado previamente autorizado pela
autoridade sanitária competente, estabelecidos na
Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria
SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999, ou as que
vierem substituí-las.
§ 1º Fica excepcionalmente admitida a adoção de
rotinas não informatizadas pelo SNGPC, mediante
manutenção do livro de registro, em municípios
desprovidos de acesso à internet, condicionada à
autorização pela autoridade sanitária local.
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, cabe à autoridade
sanitária local comunicar o fato à área técnica da
Anvisa responsável pela gestão do SNGPC.
§ 3º Fica excepcionalmente admitida a adoção de
rotinas não informatizadas pelo SNGPC, mantendo-se a
escrituração no sistema informatizado do
estabelecimento, nos casos de apresentações comerciais
fracionáveis e para os medicamentos ou insumos
farmacêuticos com inconsistência.
Art. 36. Os estabelecimentos deverão manter a
escrituração sanitária atualizada conforme os prazos
estabelecidos nesta Resolução, para o fim de obtenção
do Certificado de Transmissão Regular.
Parágrafo único. Durante a inspeção sanitária local,
caso seja verificada divergência entre o estoque físico e
o estoque no SNGPC, deverá ser considerada a
existência de arquivos não enviados e/ou não validados
no prazo previsto pelo § 4º do art. 10.
Art. 37. Fica estabelecida a interface entre o SNGPC e
o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos –
SNCM para os medicamentos sujeitos a esta Resolução.
Art. 38. A área técnica competente da Anvisa adotará
medidas ou procedimentos para os casos não previstos
nesta Resolução.
Art. 39. Sem prejuízo de outras cominações legais,
inclusive penais, de que sejam passíveis os
responsáveis técnicos e legais, a empresa responderá
administrativa e civilmente por infração sanitária
resultante da inobservância desta Resolução e demais
normas complementares, nos termos da Lei nº 6.437, de
20 de agosto de 1977.
Art. 40. Ficam revogadas a Resolução de Diretoria
Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, a Instrução
Normativa nº 7, de 24 de abril de 2007, e a Instrução
Normativa nº 11,de 31 de outubro de 2007.
Art. 41. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.

DIRCEU BRAS APARECIDO BARBANO


ANEXO I

441
RDC N° 26 DE 13/05/2014 sua composição substâncias ativas isoladas ou
(D.O.U 14.05.14) altamente purificadas, sejam elas sintéticas,
semissintéticas ou naturais e nem as associações dessas
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos com outros extratos, sejam eles vegetais ou de outras
e o registro e a notificação de produtos tradicionais fontes, como a animal.
fitoterápicos. § 5º Os medicamentos fitoterápicos são passíveis de
registro e os produtos tradicionais fitoterápicos são
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de passíveis de registro ou notificação.
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe § 6º Os medicamentos e produtos obtidos de fungos
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, multicelulares e algas deverão ser avaliados conforme
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. esta Resolução até que tenham regulamentação
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do específica.
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de § 7º Conforme previsto no Art. 22 do Decreto no 8.077,
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 14 de agosto de 2013, as plantas medicinais sob a
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto forma de droga vegetal, doravante denominadas chás
nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º medicinais, serão dispensadas de registro, devendo ser
9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo notificadas de acordo com o descrito nesta Resolução
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da na categoria de produto tradicional fitoterápico.
Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião § 8º Os chás medicinais notificados não podem conter
realizada em 8 de maio de 2014, adota a seguinte excipientes em suas formulações, sendo constituídos
Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor- apenas de drogas vegetais.
Presidente , determino a sua publicação: § 9º Não são objeto de registro ou notificação as
preparações elaboradas pelos povos e comunidades
CAPÍTULO I tradicionais do país sem fins lucrativos e não
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS industrializadas.
Seção I
Objetivo Seção III
Art. 1º Esta Resolução define as categorias de Definições
medicamento fitoterápico e produto tradicional Art. 3º Para efeito desta Resolução, são adotadas as
fitoterápico e estabelece os requisitos mínimos para o seguintes definições:
registro e renovação de registro de medicamento I - algas: seres vivos eucarióticos autotróficos que
fitoterápico, e para o registro, renovação de registro e sintetizam clorofila;
notificação de produto tradicional fitoterápico. II - chá medicinal: droga vegetal com fins medicinais a
Seção II ser preparada por meio de infusão, decocção ou
Abrangência maceração em água pelo consumidor;
Art. 2º Esta Resolução se aplica a produtos III - controle biológico: método alternativo à análise
industrializados que se enquadram nas categorias de quantitativa dos marcadores da matéria-prima vegetal e
medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais do produto acabado, baseado na avaliação da atividade
fitoterápicos. biológica proposta para o fitocomplexo;
§ 1º São considerados medicamentos fitoterápicos os IV - decocção: preparação, destinada a ser feita pelo
obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas consumidor, que consiste na ebulição da droga vegetal
ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em água potável por tempo determinado. Método
em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela indicado para partes de drogas vegetais com
constância de sua qualidade. consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas,
§ 2º São considerados produtos tradicionais caules, sementes e folhas coriáceas ou que contenham
fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de substâncias de interesse com baixa solubilidade em
matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e água;
efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e V - derivado vegetal: produto da extração da planta
efetivo publicados na literatura técnico-científica e que medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as
sejam concebidos para serem utilizados sem a substâncias responsáveis pela ação terapêutica,
vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil,
prescrição ou de monitorização. cera, exsudato e outros;
§ 3º Os produtos tradicionais fitoterápicos não podem VI - documentação técnico-científica: documentação
se referir a doenças, distúrbios, condições ou ações baseada em referências bibliográficas, publicação
consideradas graves, não podem conter matérias-primas científica indexada, brasileira ou internacional, e
em concentração de risco tóxico conhecido e não publicação técnica, como as expedidas pelas
devem ser administrados pelas vias injetável e autoridades sanitárias e governamentais, a exemplo das
oftálmica. farmacopeias reconhecidas pela Anvisa;
§ 4º Não se considera medicamento fitoterápico ou
produto tradicional fitoterápico aquele que inclua na

442
VII - doença de baixa gravidade: doença auto-limitante, XVIII - matéria-prima vegetal: compreende a planta
de evolução benigna, que pode ser tratada sem medicinal, a droga vegetal ou o derivado vegetal;
acompanhamento médico; XIX - nomenclatura botânica: espécie (gênero + epíteto
VIII - droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, específico);
que contenham as substâncias responsáveis pela ação XX - nomenclatura botânica completa: espécie, autor
terapêutica, após processos de coleta/colheita, do binômio, variedade, quando aplicável, e família;XXI
estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo - notificação: prévia comunicação à Anvisa informando
estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou que se pretende fabricar, importar e/ou comercializar
pulverizada; produtos tradicionais fitoterápicos;
IX - efetividade: capacidade de promover resultado XXII - perfil cromatográfico: padrão cromatográfico de
biológico observado durante utilização no ser humano; constituintes característicos, obtido em condições
X - fitocomplexo: conjunto de todas as substâncias, definidas, que possibilite a identificação da espécie
originadas do metabolismo primário ou secundário, vegetal em estudo e a diferenciação de outras espécies;
responsáveis, em conjunto, pelos efeitos biológicos de XXIII - planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou
uma planta medicinal ou de seus derivados; não, utilizada com propósitos terapêuticos;
XI - fitoterápico: produto obtido de matéria-prima ativa XXIV - planta medicinal fresca: a planta medicinal
vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade usada logo após a colheita/coleta sem passar por
profilática, curativa ou paliativa, incluindo qualquer processo de secagem;
medicamento fitoterápico e produto tradicional XXV - registro: instrumento por meio do qual o
fitoterápico, podendo ser simples, quando o ativo é Ministério da Saúde, no uso de sua atribuição
proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou específica, determina a inscrição prévia no órgão ou na
composto, quando o ativo é proveniente de mais de entidade competente, pela avaliação do cumprimento de
uma espécie vegetal; caráter jurídico-administrativo e técnico-científico
XII - folheto informativo: folheto que acompanha os relacionada com a eficácia, segurança e qualidade
produtos tradicionais fitoterápicos contendo destes produtos, para sua introdução no mercado e sua
informações de composição e uso do produto para comercialização ou consumo;
instruir o consumidor; XXVI - relação "droga vegetal : derivado vegetal":
XIII - fungos multicelulares: seres vivos eucarióticos expressão que define a relação entre uma quantidade de
multinucleados que não sintetizam clorofila, não droga vegetal e a respectiva quantidade de derivado
armazenam amido como substância de reserva e, em vegetal obtida. O valor é dado como um primeiro
sua maioria, não possuem celulose na parede celular; número, fixo ou na forma de um intervalo,
XIV - infusão: preparação, destinada a ser feita pelo correspondente à quantidade de droga utilizada, seguido
consumidor, que consiste em verter água potável de dois pontos (:) e, depois desses, o número
fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou correspondente à quantidade obtida de derivado
abafar o recipiente por um período de tempo vegetal;
determinado. Método indicado para partes de drogas XXVII - relatório de estudo de estabilidade: documento
vegetais de consistência menos rígida, tais como folhas, por meio do qual se apresentam os resultados do plano
flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias de estudo de estabilidade, incluindo as provas e
ativas voláteis ou ainda com boa solubilidade em água; critérios de aceitação, características do lote que foi
XV - insumo farmacêutico ativo vegetal (IFAV): submetido ao estudo, quantidade das amostras,
matéria-prima ativa vegetal, ou seja, droga ou derivado condições do estudo, métodos analíticos e material de
vegetal, utilizada no processo de fabricação de um acondicionamento;
fitoterápico; XXVIII - relatório técnico: documento apresentado pela
XVI - maceração com água: preparação, destinada a ser empresa, descrevendo os elementos que compõem e
feita pelo consumidor, que consiste no contato da droga caracterizam o produto, e que esclareça as suas
vegetal com água potável, a temperatura ambiente, por peculiaridades, finalidades, modo de usar, as indicações
tempo determinado, específico para cada droga vegetal. e contraindicações e outras informações que
Método indicado para drogas vegetais que possuam possibilitem à autoridade sanitária proferir decisão
substâncias que se degradem com o aquecimento; sobre o pedido de registro; e
XVII - marcador: substância ou classe de substâncias XXIX - uso tradicional: aquele alicerçado no longo
(ex.: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos, etc.) histórico de utilização no ser humano demonstrado em
utilizada como referência no controle da qualidade da documentação técnico-científica, sem evidências
matéria-prima vegetal e do fitoterápico, conhecidas ou informadas de risco à saúde do usuário.
preferencialmente tendo correlação com o efeito
terapêutico. O marcador pode ser do tipo ativo, quando CAPÍTULO II
relacionado com a atividade terapêutica do DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS
fitocomplexo, ou analítico, quando não demonstrada, FITOTERÁPICOS E PRODUTOS
até o momento, sua relação com a atividade terapêutica TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS NACIONAIS
do fitocomplexo; Seção I
Das medidas antecedentes ao registro

443
Art. 4º O solicitante do registro deverá requerer à apresentados, os quais devem ser juntados à petição na
Farmacopeia Brasileira a inclusão dos constituintes do ordem disposta nesta Resolução.
fitoterápico na lista da Denominação Comum Brasileira § 3º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão
(DCB) caso esses ainda não estejam presentes nessa do pedido de registro, mas impedirá sua aprovação.
lista.
Seção III
Seção II Relatório técnico
Documentação Art. 8º O relatório técnico deve conter as seguintes
Art. 5º Todos os documentos deverão ser encaminhados informações:
em via impressa numerada, com assinatura do I - dados das matérias-primas vegetais, incluindo:
responsável técnico nos Formulários de Petição (FP), a) nomenclatura botânica completa; e
laudos, relatórios, declarações e na folha final do b) parte da planta utilizada;
processo. II - layout dos rótulos das embalagens primária e
§ 1º O solicitante do registro deverá adicionar à secundária;
documentação impressa CD-ROM ou DVD contendo III - layout de bula para medicamento fitoterápico ou
arquivo eletrônico em formato pdf. folheto informativo para produto tradicional
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos fitoterápico;
casos de submissão dos documentos em meio IV - documentação referente a cada local de fabricação,
eletrônico. caso a empresa solicite o registro em mais de um local
Art. 6º Toda documentação expedida por autoridades de fabricação;
sanitárias ou governamentais em idioma estrangeiro V - relatório do estudo de estabilidade;
usada para fins de registro deverá ser acompanhada de VI - relatório de produção;
tradução juramentada. VII - relatório de controle da qualidade;
Art. 7º A empresa deverá protocolar um processo para VIII - relatório de segurança e eficácia/efetividade,
cada medicamento fitoterápico ou produto tradicional quando aplicável;
fitoterápico, apresentando os seguintes documentos: IX - descrição de sistema de farmacovigilância,
I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente conforme RDC nº 4, de 10 de fevereiro de 2009, que
preenchidos, carimbados e assinados; dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os
II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização detentores de registro de medicamentos de uso humano,
de Vigilância Sanitária - TFVS e respectiva Guia de ou suas atualizações; e
Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o X - laudo de controle da qualidade de um lote do
caso; fitoterápico para cada um dos fornecedores
III - cópia da autorização de funcionamento, emitida qualificados, sendo aceitos, no máximo, três
pela Anvisa para a empresa solicitante do registro do fornecedores de IFAV por forma farmacêutica a ser
medicamento; registrada.
IV - cópia do Certificado de Boas Práticas de § 1º No caso de existência de mais de um fornecedor,
Fabricação e Controle (CBPFC), válido, emitido pela deverá ser apresentado laudo de controle da qualidade
Anvisa, para a linha de produção na qual o fitoterápico de três lotes para o primeiro fornecedor e de um lote
será fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de para cada um dos fornecedores adicionais.
solicitação de inspeção para fins de emissão do § 2º Para cada forma farmacêutica, os fornecedores
certificado de BPFC; devem apresentar especificações semelhantes quanto ao
V - relatório técnico separado para cada forma marcador, teor, tipo de solvente, extrato utilizado e
farmacêutica; e relação droga : derivado vegetal a fim de garantir a
VI - cópia do Certificado de Responsabilidade Técnica manutenção das especificações do produto acabado.
(CRT), atualizado, emitido pelo Conselho Regional de
Farmácia. Seção IV
§ 1º As empresas fabricantes de medicamentos Relatório do estudo de estabilidade
fitoterápicos devem possuir CBPF para medicamentos, Art. 9º A empresa solicitante do registro ou notificação
conforme RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, que deverá apresentar relatório do estudo de estabilidade
dispõe sobre as boas práticas de fabricação de acelerado concluído acompanhado do estudo de
medicamentos, ou suas atualizações; enquanto as estabilidade de longa duração em andamento de três
empresas fabricantes de produtos tradicionais lotes-piloto, ou estudos de estabilidade de longa
fitoterápicos devem possuir CBPF para medicamentos duração já concluídos, todos de acordo com a
ou CBPF para produtos tradicionais fitoterápicos, Resolução - RE nº 1, de 29 de julho de 2005, que
conforme RDC nº 13, de 14 de março de 2013, que publicou o Guia para a realização de estudos de
dispõe sobre as boas práticas de fabricação de produtos estabilidade, ou suas atualizações.
tradicionais fitoterápicos, ou suas atualizações. Parágrafo único. Decorrido o prazo de validade
§ 2º Logo após a folha de rosto do peticionamento, declarado para o medicamento ou para o produto
deve ser inserido um índice dos documentos a serem tradicional fitoterápico, a empresa deverá protocolar, na
forma de complementação de informações ao processo,

444
relatório do estudo de estabilidade de longa duração dos fitoterápico por método estabelecido em farmacopeia
três lotes de um fornecedor e um lote para cada reconhecida.
fornecedor adicional, apresentados no pedido de Na hipótese de o método não ser estabelecido em
registro, de acordo com o cronograma previamente farmacopeia reconhecida pela Anvisa, deve-se
apresentado, assim como a declaração do prazo de descrever detalhadamente todas as metodologias
validade e dos cuidados de conservação definitivos. utilizadas no controle da qualidade.
Parágrafo único. Quando não forem utilizadas
Seção V referências farmacopeicas reconhecidas pela Anvisa,
Relatório de produção e controle da qualidade deve ser apresentada descrição detalhada de todas as
Art. 10. O relatório de produção deve conter as metodologias utilizadas no controle da qualidade e ser
seguintes informações: enviada cópia de toda a documentação técnico-
I - forma farmacêutica; científica utilizada para embasar o método analítico
II - descrição detalhada da fórmula conforme a aplicado, os métodos analíticos devem ser validados de
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em sua acordo com o Guia de validação de métodos analíticos
ausência, a Denominação Comum Internacional (DCI) e bioanalíticos, publicado pela Anvisa na RE nº 899, de
ou a denominação utilizada no Chemical Abstracts 29 de maio de 2003, ou suas atualizações.
Service (CAS), nessa ordem de prioridade; Art. 12. (Revogado pela Resolução – RDC nº 235, de
III - descrição da quantidade de cada componente 20 de junho de 2018)
expressa no Sistema Internacional de unidades (SI) por
unidade farmacotécnica, indicando sua função na Subseção I
fórmula; Da droga vegetal
IV - definição dos tamanhos mínimo e máximo dos Art. 13. Deve ser apresentado laudo de análise da droga
lotes industriais a serem produzidos; vegetal, indicando o método utilizado, especificação e
V - descrição de todas as etapas do processo de resultados obtidos para um lote dos ensaios abaixo
produção, por meio de fluxograma, contemplando os descritos:
equipamentos utilizados e o detalhamento da I - caracterização (cor);
capacidade máxima individual; II - identificação macroscópica e microscópica;
VI - metodologia do controle em processo; e III - descrição da droga vegetal em farmacopeias
VII - descrição dos critérios de identificação do lote reconhecidas pela Anvisa, ou, em sua ausência, em
industrial. outra documentação técnico-científica, ou laudo de
Art. 11. O relatório de controle da qualidade deve identificação emitido por profissional habilitado;
apresentar as seguintes informações: IV - grau de cominuição, quando se tratar de chás
I - dados sobre o controle da Encefalopatia medicinais ou drogas vegetais utilizadas como produto
Espongiforme Transmissível (EET), conforme RDC nº final ao consumidor;
305, de 14 de novembro de 2002, que proibiu, em todo V - testes de pureza e integridade, incluindo:
o território nacional, enquanto persistirem as condições a) determinação de matérias estranhas;
que configurem risco à saúde, o ingresso e a b) determinação de água;
comercialização de matéria-prima e produtos acabados, c) determinação de cinzas totais;
semielaborados ou a granel para uso em seres humanos, d) determinação de cinzas insolúveis em ácido
cujo material de partida seja obtido a partir de clorídrico, a ser realizada quando citada, em
tecidos/fluidos de animais ruminantes, relacionados às documentação técnico-científica, a necessidade dessa
classes de medicamentos, cosméticos e produtos para a avaliação;
saúde, conforme discriminado, e RDC nº 68, de 28 de e) determinação de metais pesados;
março de 2003, que estabelece as condições para f) determinação de resíduos de agrotóxicos e afins;
importação, comercialização, exposição ao consumo g) determinação de radioatividade, quando aplicável;
dos produtos incluídos na RDC nº 305, de 14 de h) determinação de contaminantes microbiológicos;
novembro de 2002, ou suas atualizações, quando i) determinação de micotoxinas, a ser realizada quando
cabível; citados, em documentação técnico-científica, a
II - laudo de análise de todas as matérias-primas necessidade dessa avaliação ou relatos da contaminação
utilizadas e do produto acabado, contendo o método da espécie por micotoxinas;VI - detalhes da
utilizado, especificação e resultados obtidos; coleta/colheita e das condições de cultivo, quando
III - referências farmacopeicas consultadas e cultivada;
reconhecidas pela Anvisa para o controle dos IFAV e VII - métodos de estabilização, quando empregado,
produto acabado, conforme RDC nº 37, de 6 de julho secagem e conservação utilizados, com seus devidos
de 2009, que trata da admissibilidade das farmacopeias controles, quando aplicável;
estrangeiras, ou suas atualizações; VIII - método para eliminação de contaminantes,
IV - especificações do material de embalagem primária; quando empregado, e a pesquisa de eventuais
e alterações;
V - controle dos excipientes utilizados na produção do IX - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva
medicamento fitoterápico ou do produto tradicional imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela

445
Anvisa, com comparação que possa garantir a Art. 14. Quando a droga vegetal for adquirida de
identidade da droga vegetal; e fornecedores, o fabricante do fitoterápico deverá enviar
X - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle laudo do fornecedor, contendo obrigatoriamente as
biológico. informações constantes no art. 8º, inciso I, e art. 13,
§ 1º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve incisos IV, VI, VII e VIII, e laudo de análise da droga
ser tecnicamente justificada. vegetal realizado pelo fabricante do fitoterápico,
§ 2º Os chás medicinais notificados estão isentos da contendo os demais requisitos do art. 13.
exigência descrita no inciso X deste artigo. § 1º Quando a droga vegetal for utilizada para obtenção
§ 3º Quando o fitoterápico acabado tiver como IFAV do derivado pelo fabricante do fitoterápico, e se o laudo
um derivado vegetal, o laudo de análise da droga do fornecedor da droga vegetal informar o método
vegetal que originou o derivado fica isento das utilizado, especificação e resultados referentes aos
exigências descritas no inciso V, alíneas “e”, “f”, “g” e testes de pureza e integridade descritos no art. 13,
“i”. inciso V desta Resolução, os mesmos testes não
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da precisam ser realizados pelo fabricante do fitoterápico,
publicação desta Resolução para que as empresas bastando apresentar os constantes no laudo do
apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas e fornecedor.
tricotecenos. Fixa, ainda, como prazo final o dia 1º de § 2º Quando a droga vegetal for utilizada diretamente
janeiro de 2018, para apresentação de avaliações de como o produto acabado, mesmo que o laudo do
resíduos de agrotóxicos e afins.” fornecedor da droga vegetal informe o método
Observação: As empresas devem apresentar as utilizado, especificação e resultados referentes a algum
análises de ocratoxinas, fumonisinas, tricotecenos e dos testes de pureza e integridade descritos no art. 13,
resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos em até no inciso V desta Resolução, os mesmos testes precisam
máximo 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias da data ser realizados pelo fabricante do fitoterápico, devendo
de publicação da Resolução – RDC nº 235, de 20 de ser apresentados no laudo da droga vegetal.
junho de 2018
§ 5º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser Subseção II
apresentada, por meio de petição específica, para os Do derivado vegetal
fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles Art. 15. Quando a empresa fabricante do fitoterápico
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais utilizar derivados vegetais no seu processo de
oriundas da agricultura orgânica. (Incluído pela fabricação, deve ser apresentado laudo de análise do
Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016) derivado vegetal, indicando o método utilizado,
§ 6º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de especificação e resultados obtidos para um lote dos
resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada em todas ensaios abaixo descritos:
as petições de registro e pós-registro em que seja I - solventes e excipientes utilizados na extração do
solicitado laudo de controle de qualidade, à exceção da derivado;
isenção prevista no parágrafo anterior. II - relação aproximada droga vegetal: derivado vegetal;
Observação: As empresas devem apresentar as análises III - testes de pureza e integridade, incluindo:
de ocratoxinas, fumonisinas, tricotecenos e resíduos de a) determinação de metais pesados;
agrotóxicos em fitoterápicos em até no máximo 365 b) determinação de resíduos de agrotóxicos e afins;
(trezentos e sessenta e cinco) dias da data de publicação c) determinação de resíduos de solventes (para extratos
da Resolução – RDC nº 235, de 20 de junho de 2018. que não sejam obtidos com etanol e/ou água);
§ 7º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no d) determinação de contaminantes microbiológicos;
Brasil que não comprovarem o sistema orgânico de e) determinação de micotoxinas, a ser realizada quando
obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise citados, em documentação técnico-científica, a
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme necessidade dessa avaliação ou relatos da contaminação
previsto em Farmacopeia oficial, além dos constantes da espécie por micotoxinas;
da “Lista de agrotóxicos selecionados para análise”. IV - método para eliminação de contaminantes, quando
(Incluído pela Resolução – RDC nº 105/16) empregado, e a pesquisa de eventuais alterações;
§ 8º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá V - caracterização físico-química do derivado vegetal,
apresentar, adicionalmente, a análise de outros resíduos incluindo:
de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região a) para extratos fluidos: caracterização, resíduo seco,
de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante pH, teor alcoólico e densidade relativa;
ou fornecedor, nas mesmas situações previstas nos b) para extratos secos: determinação de água,
parágrafos 5º e 6º . (Incluído pela Resolução – RDC nº solubilidade e densidade aparente;
105, de 31 de agosto de 2016) c) para óleos essenciais: determinação da densidade,
§ 9º Para os casos em que for detectada a presença de índice de refração e rotação óptica;
resíduos de agrotóxicos, deverá ser demonstrada sua d) para óleos fixos: determinação do índice de acidez,
inocuidade. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de de ésteres e de iodo;
31 de agosto de 2016) VI - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva
imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela

446
Anvisa, com comparação que possa garantir a I - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva
identidade do derivado vegetal; e imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela
VII - análise quantitativa dos marcadores ou controle Anvisa, com comparação que possa garantir a
biológico. identidade das matérias primas vegetais;
§ 1º Outros testes podem ser adicionados ou substituir II - análise quantitativa dos marcadores específicos de
os descritos no inciso V de acordo com monografia cada espécie ou controle biológico; e
farmacopeica reconhecida. III - resultados de todos os testes realizados no controle
§ 2º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve da qualidade para um lote do fitoterápico, de acordo
ser tecnicamente justificada. com a forma farmacêutica solicitada.
§ 3º Quando a empresa não for a produtora do derivado § 1º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve
vegetal, não é necessário constar em seu laudo os ser tecnicamente justificada.
ensaios descritos nos incisos I, II e IV do art. 15, sendo § 2º Para associações de espécies vegetais em que a
necessário enviar laudo de fornecedor, contendo as determinação quantitativa de um marcador por espécie
informações constantes do art. 8º, inciso I, e art. 15, não é possível, poderão ser apresentados os perfis
incisos I, II e IV. cromatográficos que contemplem a presença de ao
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da menos um marcador específico para cada espécie na
publicação desta Resolução para que as empresas associação, complementado pela determinação
apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas e quantitativa do maior número possível de marcadores
tricotecenos. Fixa, ainda, como prazo final o dia 1º de específicos para cada espécie.
janeiro de 2018, para apresentação de avaliações de § 3º Para associações de espécies vegetais em que a
resíduos de agrotóxicos e afins.” (NR) (Redação dada identificação de marcadores não seja possível para
pela RDC 93/16) alguma espécie no produto acabado, devem ser
§ 5º A empresa fabricante do fitoterápico deve apresentados:
apresentar laudo da droga vegetal, emitido pelo a - a justificativa da impossibilidade técnica de
fornecedor do derivado vegetal, com as informações identificação na associação de um marcador específico
descritas no art. 14 desta Resolução. de determinada espécie;
§ 6º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser b - a documentação comprobatória de que os métodos
apresentada, por meio de petição específica, para os analíticos normalmente aplicados em diferentes
fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles comprimentos de onda para a identificação na
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais associação foram investigados;
oriundas da agricultura orgânica. c - a identificação dos marcadores nas espécies
§ 7º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de vegetais, durante o controle em processo, quando a
resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada em todas identificação ainda for possível;
as petições de registro e pós-registro em que seja d - a identificação realizada imediatamente antes da
solicitado laudo de controle de qualidade, à exceção da introdução do IFAV no produto acabado;
isenção prevista no parágrafo anterior. e - os estudos de desenvolvimento do produto e dos
§ 8º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no lotes piloto, incluindo os perfis analíticos durante a
Brasil que não comprovarem o sistema orgânico de adição gradual dos IFAV; e
obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise f - o controle do registro dos lotes (histórico dos lotes).
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme
previsto em Farmacopeia oficial além dos constantes Seção VI
da “Lista de agrotóxicos selecionados para análise”. Relatório de segurança e eficácia/efetividade
§ 9º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá Subseção I
apresentar, adicionalmente, a análise de outros resíduos Dos medicamentos fitoterápicos
de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região Art. 17. A segurança e a eficácia dos medicamentos
de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante fitoterápicos devem ser comprovadas por uma das
ou fornecedor, nas mesmas situações previstas nos opções seguintes:
parágrafos 6º e 7º. I - ensaios não clínicos e clínicos de segurança e
§ 10 Para os casos em que for detectada a presença de eficácia; ou
resíduos de agrotóxicos, deverá ser demonstrada sua II - registro simplificado, que deverá ser comprovado
inocuidade. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de por:
31 de agosto de 2016) a) presença na Lista de medicamentos fitoterápicos de
registro simplificado, conforme Instrução Normativa-
Subseção III IN n° 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações;
Do produto acabado ou
Art. 16. Deve ser apresentado laudo de análise do b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso
produto acabado, indicando o método utilizado, bem estabelecido da Comunidade Europeia
especificação e resultados obtidos para um lote dos (Community herbal monographs with well-established
ensaios abaixo descritos: use) elaboradas pelo Comitê de Produtos Medicinais

447
Fitoterápicos (Committe on Herbal Medicinal Products comprovação da segurança e eficácia for efetuada por
- HMPC) da European Medicines Agency (EMA). meio da Lista de medicamentos fitoterápicos de registro
§ 1º Os medicamentos fitoterápicos que forem simplificado, conforme IN n° 2, de 13 de maio de 2014,
originados de matéria-prima vegetal listada no Anexo II ou suas atualizações, o solicitante deve seguir
desta Resolução devem obrigatoriamente cumprir as integralmente as especificações ali definidas.
especificações ali dispostas. Art. 20. Quando a comprovação da segurança e eficácia
§ 2º Quando a droga vegetal ou o derivado que se for efetuada por meio das monografias de fitoterápicos
pretende registrar constar tanto da Lista de de uso bem estabelecido da Comunidade Europeia, o
medicamentos fitoterápicos de registro simplificado solicitante deve seguir integralmente todas as
brasileira, quanto de monografias de fitoterápicos de informações constantes nessas monografias.
uso bem estabelecido da Comunidade Europeia, devem Art. 21. Para o registro de associações, todos os dados
ser seguidas as especificações da Lista de de segurança e eficácia deverão ser apresentados para a
medicamentos fitoterápicos de registro simplificado associação que se pretende registrar.
brasileira. Parágrafo único. As documentações técnico-científicas
Art. 18. Os ensaios não clínicos e clínicos de segurança podem ser apresentadas para as espécies vegetais em
e eficácia deverão seguir os parâmetros: separado de forma complementar aos dados de
I - quando não existirem ensaios não clínicos que segurança e eficácia.
comprovem a segurança, esses deverão ser realizados
seguindo, como parâmetro mínimo, a última versão Subseção II
publicada pela Anvisa do Guia para a condução de Dos produtos tradicionais fitoterápicos
estudos não clínicos de toxicologia e segurança Art. 22. A segurança e a efetividade dos produtos
farmacológica necessários ao desenvolvimento de tradicionais fitoterápicos devem ser comprovadas por
medicamentos, no que for aplicável a medicamentos uma das opções seguintes:
fitoterápicos; e I - comprovação de uso seguro e efetivo para um
II - quando não existirem ensaios clínicos que período mínimo de 30 anos; ou
comprovem a segurança e eficácia, esses deverão ser II - registro simplificado, que deverá ser comprovado
realizados seguindo as Boas Práticas Clínicas (BPC), a por:
norma vigente para realização de pesquisa clínica, a a) presença na Lista de produtos tradicionais
RDC nº 39, de 5 de junho de 2008, que aprova o fitoterápicos de registro simplificado, conforme IN n°
regulamento para a realização de pesquisa clínica, o 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações; ou
guia de “Instruções operacionais: b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso
Informações necessárias para a condução de ensaios tradicional da Comunidade Europeia (Community
clínicos com fitoterápicos”, publicado pela OMS/MS, herbal monographs with traditional use) elaboradas
em 2008, e as determinações do Conselho Nacional de pelo HMPC do EMA.
Saúde (CNS), estabelecidas por meio da Resolução nº § 1º Não podem constar na composição dos produtos
446, de 11 de agosto de 2011, e da Resolução nº 251, tradicionais fitoterápicos as espécies descritas no
de 7 de agosto de 1997, ou suas atualizações. Anexo I desta Resolução.
§ 1º Quando existirem em documentação técnico- § 2º Os produtos tradicionais fitoterápicos que forem
científica ensaios não clínicos e clínicos publicados, originados de matéria-prima vegetal listada no Anexo II
esses devem ser apresentados à Anvisa para avaliação desta Resolução devem obrigatoriamente cumprir as
individual quanto à qualidade e à representatividade do especificações ali dispostas.
estudo. Sendo válidos, não precisam ser realizados § 3º Quando a droga vegetal ou o derivado que se
novos estudos pelo solicitante do registro, devendo ser pretende registrar constar tanto da Lista de produtos
apresentada à Anvisa a cópia de toda a documentação tradicionais fitoterápicos de registro simplificado
técnico-científica a eles correspondente. brasileira, quanto de monografias de fitoterápicos de
§ 2º Os ensaios apresentados devem ter sido realizados uso tradicional da Comunidade Europeia, devem ser
com a mesma droga vegetal (quando essa for o produto seguidas as especificações da Lista de produtos
acabado) ou derivado vegetal, indicação terapêutica e tradicionais fitoterápicos de registro simplificado
posologia que se pretende registrar. brasileira.
§ 3º Todos os estudos clínicos conduzidos em território § 4º O tempo de uso tradicional deverá ser comprovado
nacional devem ser submetidos à anuência prévia da para o IFAV na formulação, podendo haver alterações
Anvisa, segundo a RDC nº 39, de 5 de junho de 2008, de excipientes, desde que se comprove que essas
ou suas atualizações. alterações não promoveram mudanças significativas no
§ 4º A aprovação prévia dos estudos conduzidos em perfil cromatográfico do produto.
território nacional é obrigatória para a utilização dos Art. 23. O uso tradicional deverá ser comprovado por
resultados desses estudos para fins de registro. meio de documentações técnico-científicas, que serão
§ 5º Os ensaios clínicos previamente publicados em avaliadas conforme os seguintes critérios:
documentação técnico científica devem apresentar I - o produto seja concebido para ser utilizado sem a
resultados positivos estatisticamente significativos para vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de
a indicação terapêutica proposta.Art. 19. Quando a prescrição ou de monitorização;

448
II - alegação que não envolva via de administração
injetável e oftálmica; CAPÍTULO III
III - alegação que não se refira a parâmetros clínicos e DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS
ações amplas; FITOTERÁPICOS E PRODUTOS TRADICIONAIS
IV - coerência das informações de uso propostas com as FITOTERÁPICOS IMPORTADOS
relatadas nas documentações técnico-científicas; Art. 30. Os fabricantes ou seus representantes que
V - ausência de IFAV de risco tóxico conhecido ou pretenderem comercializar fitoterápicos produzidos em
grupos ou substâncias químicas tóxicas em território estrangeiro, além de cumprir os requisitos
concentração superior aos limites comprovadamente desta Resolução referentes à fabricação nacional, terão
seguros; e que apresentar:
VI - comprovação de continuidade de uso seguro por I - autorização da empresa fabricante para o registro,
período igual ou superior a 30 (trinta) anos para as representação comercial e uso da marca no Brasil,
alegações de uso propostas. quando aplicável;
Art. 24. A alegação de uso do produto tradicional II - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa para a
fitoterápico deverá ser comprovada por meio das empresa fabricante, atualizado, por linha de produção;
documentações técnico-científicas listadas no Anexo III III - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa ou do
desta Resolução, ou suas atualizações, e em pelo menos protocolo do pedido de inspeção para esse fim, para a
três delas deverão constar as seguintes informações: linha de produção da empresa requerente do registro,
I - nomenclatura botânica e parte da planta utilizada; quando se tratar de importação de produto a granel ou
II - droga ou derivado vegetal utilizado; e em sua embalagem primária;
III - alegações de uso e via de administração. IV - laudo de análise com metodologia, especificação e
Parágrafo único. A referência não pode citar outra resultados de controle da qualidade que o importador
referência utilizada na comprovação como fonte realizará, de acordo com a forma farmacêutica e
primária. apresentação, com o produto acabado, a granel ou na
Art. 25. As seguintes informações devem ser embalagem primária; e
apresentadas para a droga ou derivado vegetal que se V - comprovação do registro do produto, emitida pelo
pretende registrar: órgão responsável pela vigilância sanitária do país de
I - modo de preparo; e origem.
II - concentração da droga vegetal ou relação § 1º Na impossibilidade de apresentação do documento
droga:derivado, quando se tratar de derivado. solicitado no inciso V, deverá ser apresentada
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo comprovação de registro em vigor, emitida pela
devem ser referenciadas em pelo menos uma autoridade sanitária do país em que seja comercializado
documentação técnico-científica listada no Anexo III, ou autoridade sanitária internacional e aprovado em ato
ou suas atualizações, desta Resolução. próprio da Anvisa.
Art. 26. A posologia a ser pleiteada para o produto § 2º No caso de a Anvisa ainda não ter realizado
tradicional fitoterápico deve ser baseada em extensa inspeção na empresa fabricante, será aceito
revisão nas documentações técnico-científicas dispostas comprovante do pedido de inspeção sanitária à Anvisa,
no Anexo III desta Resolução, ou suas atualizações, acompanhado de cópia do CBPFC, por linha de
devendo ser selecionada a informação mais frequente produção, emitido pelo órgão responsável pela
dentre as referências encontradas. vigilância sanitária do país fabricante.
Parágrafo único. As documentações técnico-científicas § 3º A Anvisa poderá efetuar a inspeção da empresa
utilizadas devem obrigatoriamente relatar a fabricante no país ou bloco de origem.
nomenclatura botânica e não apenas o nome popular da Art. 31. Deve ser enviada à Anvisa cópia dos resultados
espécie vegetal. e da avaliação do teste de estabilidade na embalagem
Art. 27. Quando a comprovação da segurança e primária de comercialização seguindo o "Guia para a
efetividade for efetuada por registro simplificado pela realização de estudos de estabilidade” publicado pela
presença na Lista de produtos tradicionais fitoterápicos Anvisa na RE nº 1, de 29 de julho de 2005, ou suas
de registro simplificado, conforme IN 2, de 13 de maio atualizações.
de 2014, ou suas atualizações, o solicitante deve seguir Art. 32. O prazo de validade do produto importado a
integralmente as especificações ali definidas. granel deve ser contado a partir da data de fabricação
Art. 28. Quando a comprovação da segurança e do produto no exterior e não da data de embalagem no
efetividade for efetuada por meio do registro Brasil, respeitando o prazo de validade registrado na
simplificado, utilizando-se as monografias de uso Anvisa.
tradicional do EMA, deverão ser seguidas todas as Art. 33. Todo o material relativo ao produto, tais como
informações constantes nessas monografias. os relatórios de produção e controle da qualidade e as
Art. 29. Não existindo documentação técnico-científica informações contidas em rótulos, bulas, folhetos e
para um produto tradicional fitoterápico em associação, embalagens devem estar em idioma português.
devem ser apresentados dados das espécies em Art. 34. Havendo necessidade de importar amostras,
separado e a justificativa da racionalidade da deve-se solicitar à Anvisa a devida autorização prévia
associação. para a importação.

449
§ 4º No momento da notificação, o solicitante deve
CAPÍTULO IV apresentar os estudos de estabilidade dispostos no art.
DA RENOVAÇÃO DO REGISTRO 9º desta Resolução.
Art. 35. Todas as empresas, com antecedência máxima § 5º A relação de produtos tradicionais fitoterápicos
de doze meses e mínima de seis meses da data de notificados e de fabricantes cadastrados será
vencimento do registro já concedido, deverão disponibilizada para consulta no sítio eletrônico da
apresentar à Anvisa os seguintes documentos para Anvisa imediatamente após a realização da notificação.
efeito de renovação: (Revogado pela Resolução – RDC Art. 38-A. Os produtos tradicionais fitoterápicos isentos
nº 317, de 22 de outubro de 2019) de registros e regularizados mediante notificação ficam
sujeitos ao pagamento da Taxa de Fiscalização de
Art. 36. As alterações na bula, no folheto informativo e Vigilância Sanitária instituída pela Lei nº 9.782, de 26
nas rotulagens devem ser solicitadas por notificação de janeiro de 1999.” (Redação dada pela RDC 106/16)
específica, não podendo ser inseridas em bula, folheto Art. 39. Quando se tratar de um chá medicinal, deixa de
informativo e rotulagens informações não aprovadas ser obrigatória a exigência constante no inciso II do art.
pela Anvisa no momento do registro ou em petições de 16, exceto nos casos em que for solicitado um prazo de
alterações pós-registro, sujeitando-se os infratores às validade superior a 1 (um) ano.
medidas sanitárias cabíveis. Art. 40. O fabricante deve adotar, integral e
Art. 37. (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de exclusivamente, os modelos de embalagem e folheto
22 de outubro de 2019) informativo dispostos no Capítulo VIII e Anexo IV
desta Resolução.
CAPÍTULO V Art. 41. O fabricante deve adotar, integral e
DA NOTIFICAÇÃO DE PRODUTOS exclusivamente, as informações padronizadas na última
TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS edição do FFFB.
Art. 38. Somente será permitida a notificação como Art. 42. As informações apresentadas na notificação são
produto tradicional fitoterápico daqueles IFAV que se de responsabilidade do fabricante e objeto de controle
encontram listados na última edição do Formulário de sanitário pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (FFFB) e que Art. 43. O fabricante deve realizar todos os testes
possuam monografia específica de controle da descritos na monografia farmacopeica específica
qualidade publicada em farmacopeia reconhecida pela reconhecida.
Anvisa, de acordo com os seguintes critérios: Art. 44. Apenas as empresas fabricantes que possuam
I - deve ser realizada uma notificação individual por Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle
produto, conforme esta Resolução, por meio do sítio (CBPFC) para medicamentos ou produtos tradicionais
eletrônico da Anvisa; fitoterápicos podem notificar e fabricar os produtos
II - A empresa deverá proceder com nova notificação abrangidos por esta Resolução.
sempre que houver inclusões ou alterações em
quaisquer informações prestadas por meio da CAPÍTULO VI
notificação eletrônica.; e (Redação dada pela RDC DA RENOVAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO
106/16) Art. 45. (Revogado pela Resolução – RDC nº 317, de
III - para a notificação será considerada a concentração, 22 de outubro de 2019)
a droga ou o derivado vegetal e a alegação de uso
específica descrita no FFFB, podendo haver alterações CAPÍTULO VII
nos excipientes desde que justificadas. DAS EMBALAGENS, BULA E DO FOLHETO
§ 1º Quando o produto tradicional fitoterápico a ser INFORMATIVO
notificado for um chá medicinal, fica esse produto Art. 46. Os medicamentos fitoterápicos devem
isento da apresentação de testes de estabilidade, desde obrigatoriamente ser acompanhados de bula, conforme
que o prazo de validade estabelecido para o produto RDC nº 47, de 8 de setembro de 2009, que “Estabelece
seja de até 1 (um) ano. regras para elaboração, harmonização, atualização,
§ 2º Pode ser aceito um prazo de validade maior para publicação e disponibilização de bulas de
um chá medicinal, desde que o fabricante apresente medicamentos para pacientes e profissionais de saúde”,
estudos de estabilidade, conforme definido no art. 9º ou suas atualizações; e os produtos tradicionais
desta Resolução, que garantam a manutenção das fitoterápicos devem ser acompanhados de folheto
características do produto no período proposto, informativo, conforme o Capítulo VIII e Anexo IV
conforme o Guia para realização de estudos de desta Resolução.
estabilidade, publicado pela Anvisa na RE nº 1, de 29 Art. 47. Os layouts dos rótulos das embalagens primária
de julho de 2005, ou suas atualizações. e secundária de medicamentos fitoterápicos devem
§ 3º No momento da notificação, o solicitante deve seguir a RDC nº 71, de 22 de dezembro de 2009, que
apresentar o método utilizado, especificação e Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos,
resultados obtidos dos testes dispostos nos artigos 13, ou suas atualizações; e os dos produtos tradicionais
14, 15 e 16 dessa Resolução, devendo esses dados estar fitoterápicos devem seguir o disposto no Capítulo VIII
disponíveis para fins de inspeção ou de auditoria. desta Resolução.

450
empresas titulares do registro ou notificação,
CAPÍTULO VIII fabricantes e responsáveis pela embalagem, elas devem
DA EMBALAGEM E DO FOLHETO ter dimensão máxima de 50% (cinquenta por cento) do
INFORMATIVO DE PRODUTOS tamanho do nome comercial e não prejudicar a
TRADICIONAIS presença das informações obrigatórias.
FITOTERÁPICOS Seção I
Art. 48. Deve ser utilizada fonte Times New Roman, Da embalagem
com tamanho mínimo de 10 pt (dez pontos) e Art. 52. As embalagens devem garantir a proteção do
espaçamento simples entre as letras no folheto produto contra contaminações e efeitos da luz e
informativo. umidade e apresentar lacre ou selo de segurança que
Art. 49. As letras utilizadas nas embalagens dos garanta a inviolabilidade do produto.
produtos tradicionais fitoterápicos devem ser de fácil Art. 53. Os produtos tradicionais fitoterápicos deverão
leitura. possuir embalagens primária e secundária.
Art. 50. Não poderão constar nas embalagens e folheto Parágrafo único. Na hipótese de a empresa fazer constar
informativo de produtos tradicionais fitoterápicos, em uma embalagem única todas as informações
designações, nomes geográficos, símbolos, figuras, previstas nas Subseções I e II desta Seção, de forma
desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem legível, o produto tradicional fitoterápico poderá ter
interpretação falsa, erro e confusão quanto à origem, apenas a embalagem primária.Art. 54. Nos chás
procedência, natureza, forma de uso, finalidade de uso, medicinais, recomenda-se que a embalagem contenha
composição ou qualidade, que atribuam ao produto doses individualizadas ou um medidor apropriado à
finalidades diferentes daquelas propostas no registro ou dose a ser utilizada.
notificação. Art. 55. As embalagens devem conter mecanismos de
§ 1° É proibido: identificação e segurança que possibilitem o
I - incluir imagens de pessoas fazendo uso do produto rastreamento do produto desde a fabricação até o
tradicional fitoterápico; momento da dispensação.
II - incluir selos, marcas nominativas, figurativas ou Art. 56. É facultativo incluir nas embalagens
mistas de instituições governamentais, entidades secundárias ou, na sua ausência, nas embalagens
filantrópicas, fundações, associações e sociedades primárias, a tinta reativa e sob a mesma a palavra
médicas, organizações não governamentais, associações "Qualidade" e a logomarca da empresa titular do
que representem os interesses dos consumidores ou dos registro, caso elas contenham mecanismos de
profissionais de saúde e selos de certificação de identificação e segurança que possibilitem o
qualidade, exceto se exigidos em normas específicas; rastreamento do produto desde a fabricação até o
III - incluir imagens ou figuras que remetam à momento da dispensação.
indicação do sabor do produto tradicional fitoterápico; § 1° Os medicamentos fitoterápicos sem exigência de
IV - usar expressões ou imagens que possam sugerir prescrição médica e os produtos tradicionais
que a saúde de uma pessoa poderá ser afetada por não fitoterápicos devem colocar a tinta reativa na altura do
usar o produto tradicional fitoterápico; local que corresponde à faixa de restrição de uso.
V - usar expressões ou imagens que possam sugerir que § 2° Qualquer outro local da face externa da
o produto possua um efeito potencialmente mais embalagem pode ser utilizado, desde que seja
intenso que a de um outro medicamento fitoterápico ou justificado tecnicamente, não afete as demais
de um produto tradicional fitoterápico registrado ou exigências legais e seja colocada uma indicação ao
notificado; consumidor do local onde se deve raspar.
VI - utilizar rótulos com layout semelhante ao de um
medicamento fitoterápico ou de um produto tradicional Subseção I
fitoterápico registrado ou notificado anteriormente por Das informações para embalagem secundária
outra empresa; Art. 57. Nos rótulos das embalagens secundárias dos
VII - utilizar rótulos com layout semelhante para produtos tradicionais fitoterápicos, devem ser inseridas
medicamento fitoterápico e produto tradicional exclusivamente as seguintes informações:
fitoterápico registrado ou notificado pela mesma I - nome comercial do produto tradicional fitoterápico;
empresa; II - nomenclatura popular, seguida da nomenclatura
VIII - utilizar rótulos com o termo medicamento ou botânica;
algum outro que tenha sinonímia com esse; e III - concentração do IFAV, conforme o caso:
IX - utilizar o termo produto natural ou congêneres que a) quando o produto tradicional fitoterápico tiver como
transmitam a ideia de que o produto é inócuo. IFAV um derivado vegetal, a concentração de cada
§ 2° É permitido: princípio ativo deve ser expressa pela quantidade de
I - utilizar figuras anatômicas a fim de orientar o cada derivado vegetal, em peso ou volume, a
consumidor sobre a correta utilização do produto; e correspondência em marcadores e a descrição do
II - informar o sabor do produto tradicional fitoterápico. derivado;
Art. 51. No caso de serem incluídas na embalagem do b) quando o produto tradicional fitoterápico tiver como
produto tradicional fitoterápico as logomarcas das IFAV uma droga vegetal que será utilizada em forma

451
farmacêutica, a concentração de cada princípio ativo “Importado por:”, conforme o caso, antes dos dados da
deve ser expressa pela quantidade de cada droga empresa titular do registro ou da notificação;
vegetal, em peso, da droga utilizada e a XVIII - número do Cadastro Nacional de Pessoa
correspondência em marcadores; ou Jurídica (CNPJ) da empresa titular do registro ou da
c) quando o produto tradicional fitoterápico for notificação;
constituído de droga vegetal que será utilizada como XIX - a expressão "Indústria Brasileira", quando
chá medicinal, a concentração de cada droga vegetal aplicável;
será dada pela quantidade expressa como dose XX - nome do responsável técnico e respectivo número
individual da droga vegetal; de Conselho Regional de Farmácia (CRF);
IV - a via de administração; XXI - o telefone do Serviço de Atendimento ao
V - a quantidade total de peso líquido, volume e Consumidor (SAC) da empresa titular do registro ou da
unidades farmacotécnicas, conforme o caso; notificação;
VI - a quantidade total de acessórios dosadores que XXII - número do lote;
acompanham as apresentações, XXIII - data de fabricação;
quando aplicável; XXIV - prazo de validade;XXV - código de barras;
VII - a forma farmacêutica;VIII - a restrição de uso por XXVI - o nome comercial do medicamento ou, na sua
faixa etária, na face principal, incluindo a frase, em falta, a denominação genérica de cada princípio ativo
caixa alta, "USO ADULTO", "USO ADULTO E pela Denominação Comum Brasileira (DCB) em
PEDIÁTRICO ACIMA DE___", "USO PEDIÁTRICO sistema Braille; e
ACIMA DE ____", indicando a idade mínima, em XXVII - a frase em caixa alta e negrito: PRODUTO
meses ou anos, para qual foi aprovada no registro ou TRADICIONAL FITOTERÁPICO.
notificação o uso do produto tradicional fitoterápico, ou § 1º Poderá ser adicionada uma imagem da parte das
"USO ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de produto espécies vegetais utilizadas no produto tradicional
tradicional fitoterápico sem restrição de uso por idade, fitoterápico.
conforme aprovado no registro ou notificação; § 2º Quando se tratar de produto tradicional fitoterápico
IX - a frase: “Produto registrado com base no uso registrado, deve ser inserida a sigla "MS" adicionada ao
tradicional, não sendo recomendado seu uso por número de registro no Ministério da Saúde, conforme
período prolongado.”; publicado em Diário Oficial da União (DOU), sendo
X - a frase: "Utilizado como", complementado pela necessários os treze dígitos.
respectiva alegação de uso, conforme aprovado no § 3º Quando se tratar de produto tradicional fitoterápico
registro ou notificação; notificado, deve ser inserida a frase: "PRODUTO
XI - a frase: "Se os sintomas persistirem, procure NOTIFICADO NA ANVISA nos termos da RDC nº
orientação de um profissional de saúde."; XX/XXXX", completando com o número desta
XII - as contraindicações do produto; Resolução, sucedido pelo ano de sua publicação.
XIII - os cuidados de conservação, indicando a faixa de § 4º Para os chás medicinais para os quais não seja
temperatura e condições de armazenamento, conforme necessária a realização dos estudos de estabilidade, os
estudo de estabilidade do produto tradicional cuidados de conservação a serem informados devem
fitoterápico; ser: conservar em temperatura ambiente (de 15 a 30º C)
XIV - nome e endereço completo da empresa titular do e proteger da luz e umidade.
registro ou da notificação no Brasil; Art. 58. Nos rótulos das embalagens secundárias dos
XV - o nome e endereço da empresa fabricante, quando produtos tradicionais fitoterápicos devem ser inseridas
ela diferir da empresa titular do registro ou da as seguintes frases de advertência:
notificação, citando a cidade e o estado, precedidos pela I - "MANTER FORA DO ALCANCE DAS
frase “Fabricado por:” e inserindo a frase ”Registrado CRIANÇAS", em caixa alta; e
por:” antes dos dados da empresa titular do registro ou II - "Informações ao paciente, posologia, modo de usar
“Notificado por:” antes dos dados da empresa titular da e efeitos indesejáveis: vide folheto informativo".
notificação; Parágrafo único. No caso de contraindicação, precaução
XVI - o nome e endereço da empresa fabricante, ou advertência para o uso de princípios ativos, classe
quando o produto tradicional fitoterápico for terapêutica e excipientes, deve-se incluir, em negrito, as
importado, citando a cidade e o país precedidos pela frases de advertências previstas na RDC nº 137, de 20
frase “Fabricado por:” e de maio de 2003, ou suas atualizações.
inserindo a frase “Importado por:” antes dos dados da Subseção II
empresa titular do registro ou da notificação; Das informações para embalagem primária
XVII - o nome e endereço da empresa responsável pela Art. 59. Os rótulos das embalagens primárias de
embalagem do produto tradicional fitoterápico, quando produto tradicional fitoterápico devem conter as
ela diferir da empresa titular do registro ou da seguintes informações:
notificação ou fabricante, citando a cidade e o estado I - nome comercial do produto tradicional fitoterápico;
ou, se estrangeira, a cidade e o país, precedidos pela II - nomenclatura popular, seguida da nomenclatura
frase “Embalado por:” e inserindo a frase “Registrado botânica;
por:” ou “Notificado por:”, conforme o caso, ou

452
III - concentração do IFAV, conforme o inciso III do padronizadas no Anexo IV, seguindo a ordem
art. 57; estabelecida no Anexo.
IV - a via de administração; Art. 62. Nenhuma informação além das dispostas nesta
V - o nome do titular do registro ou sua logomarca, Resolução pode estar presente no folheto informativo.
desde que essa contenha o nome da empresa;
VI - o telefone do Serviço de Atendimento ao CAPÍTULO IX
Consumidor (SAC) da empresa titular do registro ou da DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
notificação; Art. 63. Os produtos que, até a vigência da presente
VII – número do lote; e norma, eram classificados como medicamentos
VIII – prazo de validade. fitoterápicos, que não possuam comprovação de
§ 1º É permitido incluir o nome ou as logomarcas das segurança e eficácia por meio de estudos não clínicos e
empresas responsáveis pela fabricação e embalagem clínicos, e que passarem a se enquadrar na categoria de
dos medicamentos, desde que essa contenha o nome da produtos tradicionais fitoterápicos, nos termos do art. 2º
empresa e seja informada a etapa da cadeia de sua desta Resolução, deverão ser reclassificados como
responsabilidade, incluindo as frases: "Fabricado por:", produtos tradicionais fitoterápicos no momento da
"Embalado por:", e que não se prejudique a legibilidade primeira renovação após a publicação desta Resolução.
das informações exigidas para a embalagem primária. Parágrafo único. A adequação prevista no caput deste
§ 2º É permitido incluir as demais informações artigo será obrigatória, devendo a empresa, para tanto,
previstas para a embalagem secundária na embalagem adequar a embalagem e o folheto informativo conforme
primária, desde que sejam inseridas integralmente e não disposto nesta Resolução, e disponibilizá-los no
prejudiquem a legibilidade das informações período máximo de seis meses após a aprovação da
obrigatórias. adequação, não sendo exigidas informações adicionais
§ 3º É facultativo incluir a data de fabricação do de segurança e eficácia/efetividade.
produto tradicional fitoterápico. Art. 64. Os medicamentos fitoterápicos registrados que
não possuam comprovação de segurança e eficácia por
Seção II meio de estudos não clínicos e clínicos e que não
Do folheto informativo passarem a se enquadrar na categoria de produtos
Art. 60. Quanto à forma, o folheto informativo do tradicionais fitoterápicos, nos termos do art. 2º desta
produto tradicional fitoterápico deve, além do disposto Resolução, deverão apresentar os estudos não clínicos e
no art. 48: clínicos até o momento da segunda renovação a partir
I - apresentar colunas de texto com, no mínimo, 50 mm da data de publicação desta Resolução para que possam
(cinquenta milímetros) de largura e ter o texto alinhado permanecer na categoria de medicamentos
à esquerda ou justificado, hifenizado ou não; fitoterápicos, sob pena de terem seus registros
II - quando houver necessidade, o limite de redução do cancelados.
espaçamento entre letras será de -10% (menos dez por Art. 65. Em relação aos produtos que até a vigência da
cento); presente norma eram enquadrados como medicamentos
III - utilizar caixa alta e negrito para destacar os itens fitoterápicos e que a partir da publicação desta
padrões do folheto informativo, descritos nos incisos I, Resolução se enquadrem na categoria de produtos
II e III, bem como para as perguntas padrão dispostas tradicionais fitoterápicos e forem passíveis de
no Anexo IV; notificação, nos termos do art. 38º, deve-se solicitar o
IV - possuir texto itálico apenas para nomes científicos; cancelamento do registro do medicamento no prazo
e legal estabelecido, com antecedência mínima de 180
V - ser impresso na cor preta em papel branco de forma dias, e posteriormente proceder à notificação do
que, quando o folheto informativo estiver sobre uma produto até o momento da primeira
superfície, a visualização da impressão na outra face renovação de registro após a publicação desta
não interfira na leitura. Resolução.
§ 1° Para a impressão de folheto informativo em Parágrafo único. Caso todas as informações
formato especial, com fonte ampliada, deve ser apresentadas na notificação estejam corretas, a Anvisa
utilizada a fonte Verdana com tamanho mínimo de 24 procederá ao cancelamento do registro
pt (vinte e quatro pontos), com o texto corrido, não concomitantemente à liberação da notificação do
devendo apresentar colunas. produto.
§ 2° Para a impressão de folheto informativo em Art. 66. Os produtos que se encontrarem regularmente
formato especial, em Braille, o arranjo dos pontos e o notificados no momento da publicação desta Resolução
espaçamento entre as celas Braille devem atender às deverão se ajustar ao estabelecido nesta Resolução até o
diretrizes da Comissão Brasileira de Braille (CBB) e momento da sua primeira renovação.
das Normas Brasileiras de Acessibilidade editadas pela Art. 67. Para as petições que já estejam protocoladas na
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Anvisa, será concedido o prazo de 6 (seis) meses para
Art. 61. Quanto ao conteúdo, o folheto informativo protocolo das adequações necessárias, contados a partir
deve conter integral e exclusivamente as informações da data de publicação desta Resolução.

453
Art. 68. A Anvisa poderá realizar auditorias e solicitar § 2º - Ao fim do período descrito nos Incisos I e II, caso
análise fiscal para monitoramento da qualidade e da a alteração não tenha sido implementada, será
conformidade do medicamento fitoterápico e do publicado o indeferimento do registro do produto.
produto tradicional fitoterápico com as informações § 3º - A adequação prevista nos Incisos I e II pode
apresentadas no registro/renovação/notificação. ocorrer antes desse prazo a critério da empresa.
Art. 69. O disposto na presente Resolução não § 4º - Nos casos particulares em que for detectado risco
prejudica a aplicação de disposições mais estritas a que sanitário os prazos poderão ser alterados por decisão da
estejam sujeitas as substâncias entorpecentes, Anvisa.
psicotrópicas e precursores ou qualquer outro produto Art. 73. Ficam revogadas as Resoluções de Diretoria
submetido a controle especial, conforme o disposto na Colegiada da Anvisa - RDC nº 14, de 31 de março de
RDC nº 39, de 9 de julho de 2012, que “Dispõe sobre a 2010, e RDC nº 10, de 9 de março de 2010, a
atualização do Anexo I, Listas de substâncias Resolução - RE nº 90, de 16 de março de 2004, e a
entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob Instrução Normativa - IN nº 5, de 31 de março de 2010.
controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de Art. 74. Esta Resolução entra em vigor na data da sua
maio de 1998 e dá outras providências”, ou suas publicação.
atualizações.
Art. 70. No momento da primeira renovação após a DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
publicação desta Resolução, será aceita a adequação de ANEXO I
formulações com supressão de espécies vegetais ativas,
desde que comprovadas a segurança, LISTA DE ESPÉCIES QUE NÃO PODEM SER
eficácia/efetividade e qualidade para a nova UTILIZADAS NA COMPOSIÇÃO DE PRODUTOS
formulação, nos termos desta Resolução. TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS
Art. 71. Se um produto for registrado por registro Abrus precatorius Heliotropium spp.
simplificado com base na Lista de registro simplificado (sementes e raízes)
brasileira ou nas monografias de uso bem estabelecido Acorus calamus Ipomoea carnea subsp.
ou de uso tradicional do EMA e a espécie vegetal tida Fistulosa(folhas)
como ativo deixar de constar na lista de registro Ageratum conyzoides Ipomoea burmanni
simplificado brasileira ou a monografia do EMA vier a (Rivea corymbosa)
ser revogada, o detentor do registro terá três meses, a Aleurites fordii (folhas, Ipomoea hederacea
partir da revogação, para apresentar dados adicionais de frutos e sementes)
segurança e eficácia/efetividade, conforme determina Aleurites moluccanus Ipomoea violacea
esta Resolução, e manter o registro. (sementes e frutos (Ipomoea tricolor)
Parágrafo único. As modificações implementadas Allamanda catártica Jatropha curcas
conforme adequação prevista no caput devem estar Amanita spp Lantana camara (frutos e
disponíveis ao consumidor no período máximo de seis folhas)
meses após a sua aprovação pela Anvisa. Anadenanthera peregrina Lithraea brasiliensis
Art. 72. Quando da atualização das listas de registro Anadenanthera Lithraea molleoides
simplificado de medicamentos fitoterápicos e produtos macrocarpa(sementes e
tradicionais fitoterápicos, empresas que possuam folhas)
fitoterápicos registrados contendo espécies que
Argemone mexicana Lobelia inflata
sofreram modificações que impliquem necessidade de
(folhas, flores e sementes)
novo desenvolvimento de produto e/ou nova
Argyreia nervosa Argyreia nervosa
metodologia analítica e/ou nova validação e/ou novo
Aristolochia spp. Manihot esculenta
estudo de estabilidade terão um prazo de até três anos
Asarum spp. Melia azedarach (parte
para adequação, prazo esse contado a partir da data de
aérea e frutos)
publicação da alteração dessas listas, nas seguintes
condições: Asclepias curassavica Microsporum audouinni
I – para as petições já protocoladas na Anvisa ou que Aspergillus fumigates Microsporum canis
venham a ser protocoladas em até um ano da Aspergillus nidulans Nerium oleander
publicação das listas de registro simplificado; Aspergillus niger Nicotiana glauca
II – para produtos já registrados que venham a ter Aspergillus sydowi Nicotiana tabacum
renovações a ser peticionadas em até três anos de Aspergillus terréus Opuntia cylindrica
publicação das listas de registro simplificado, nos Baccharis coridifolia Palicourea marcgravii
termos do Parágrafo 2º do art. 8º do Decreto nº Banisteriopsis caapi Papaver bracteatum
8.077/2013; Brugmansia arbórea Pedilanthus
§ 1º - As demais petições não citadas nos Incisos I e II tithymaloides
devem ser protocoladas adequadas ao disposto nas Brugmansia suaveolens Peganum harmala
listas de registro simplificado de medicamentos Brunfelsia uniflora Petasites spp
fitoterápicos e produtos tradicionais fitoterápicos Calotropis procera Petiveria alliacea
atualizadas. Cannabis spp. Piptadenia macrocarpa

454
Catha edulis Piptadenia peregrina Deve-se verificar as sinonímias botânicas das espécies
Claviceps paspali Plumbago scandens citadas as quais também terão restrições.
(folhas e raízes)
Combretum glaucocarpum Prestonia amazonica ANEXO III
(folhas)
Conocybe spp. Psylocybe spp. LISTA DE REFERÊNCIAS PARA A
Consolida ajacis Pteridium aquilinum COMPROVAÇÃO DA TRADICIONALIDADE DE
Cnidoscolus phyllacanthus Rhizopus oligosporus USO
(folhas e espinhos) 1-AMARAL, A.C.F.; SIMÕES, E.V.; FERREIRA, J.L.P.
Coletânea científica de plantas de uso medicinal. FIOCRUZ.
Crotalaria spp. Salvia divinorum Rio de Janeiro, Brasil: Abifito, 2005.
Cryptostegia grandiflora Senecio spp. 2-AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEA. American
Cynoglossum officinale Sida acuta herbal pharmacopoea and therapeutic compendium –
Datura spp. (folhas, frutos e Sophora secundiflora Monografias.
sementes) 3-ANFARMAG. Associação Nacional de Farmacêuticos
Dieffenbachia seguinte Spartium junceum Magistrais. Fitoterapia magistral. Um guia prático para a
manipulação de fitoterápicos. Publicações Anfarmag. 2005.
Epidermophyton floccosum Spigelia anthelmia
4-ARGENTINA. Listado de drogas vegetales que se incluyen
Erythroxylum coca Stropharia cubensis en el registro de medicamentos fitoterapicos de larga
Euphorbia tirucalli (látex) Strychnos gaulthieriana tradición. ANMAT, 2009.
Ficus pumila (folhas e Strychnos ignatii 5-BARBOSA, WLR et al. Etnofarmácia. Fitoterapia popular e
látex) (Ignatia amara) ciência farmacêutica. Belém: Editora CRV. 2011.
Geotrichum candidum Thevetia peruviana 6-BARRET, M. The handbook of clinically tested herbal
Gloriosa superba Gloriosa superba Medicines. Vol. 1 e 2, 2004.
7-BLUMENTHAL, M.; GOLDBERG, A.; BRINCKMANN,
Gymnopilus spp. Tussilago farfara
J. Herbal medicine - Expanded commission E monographs.
Haemadictyon spp. Virola sebifera 1.ed. Newton, MA, EUA: American Botanical Council. 2000.
8-BLUMENTHAL, M. The ABC clinical guide to herbs.
spp. - todas ou quaisquer espécies do gênero. Austin, USA: The American Botanical Council, 2003.
Deve-se verificar as sinonímias botânicas das espécies 9-BIESKI, IGC, MARI GEMMA, C. Quintais medicinais.
citadas as quais também estão proibidas. Mais saúde, menos hospitais - Governo do Estado de Mato
Grosso. Cuiabá. 2005.
ANEXO II 10-BORRÁS, M.R.L. Plantas da Amazônia: medicinais ou
mágicas. Plantas comercializadas no Mercado Municipal
LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS COM
Adolpho Lisboa. Valer Editora. 2003.
RESTRIÇÕES PARA O REGISTRO/NOTIFICAÇÃO 11-BRADLEY, P.R. British herbal compendium: a handbook
DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS E of scientific information on widely used plant drugs.
PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS Bournemouth, UK: British Herbal Medicine Association,
Arnica spp. O IFAV só pode ser 1992. v.1.
utilizado para uso 12-BRADLEY, P.R. British herbal compendium: a handbook
externo of scientific information on widely used plant drugs.
Espécies com alcaloides A exposição diária de Bournemouth, UK: British Herbal Medicine Association,
2006. v.2.
pirrolizidínicos alcaloides pirrolizidínicos
13-BRANDÃO, M.G.L.; ZANETI, N.N.S. Plantas
não pode ser superior a 1 Medicinais da Estrada Real. Belo Horizonte: Editora O
Lutador, 2008.
Mentha pulegium Só pode ser utilizado se a 14-Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência,
posologia proposta para o Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
produto não exceder uma Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o Programa
dosagem diária de tujona de pesquisa de plantas medicinais da Central de
de 3 a 6 mg Medicamentos. Brasília, 2006.
15-CÁCERES, A. Vademécum nacional de plantas
medicinales. Guatemala: Editorial Universitaria USAC,
Ricinus communis Só pode ser utilizado o MSPAS, 2009.
IFAV óleo fixo obtido 16-CARDOSO, CMZ. Manual de controle de qualidade de
exclusivamente das matérias – primas vegetais para farmácia magistral.
sementes Pharmabooks. 2009.
Solanum (quaisquer Se o IFAV é para qualquer 17-CARVALHO, J.C.T. Fitoterápicos anti-inflamatórios:
espécies) uso que não o externo, não aspectos químicos, farmacológicos e aplicações terapêuticas.
pode conter mais que 10 Ribeirão Preto, Brasil: Tecmedd Editora, 2004.
mg (dez miligramas) de 18-CARVALHO, J.C.T. Formulário Médico- Farmacêutico
de Fitoterapia. 2º Edição, Pharmabooks, 2005.
alcaloides esteroidais
19-COLETTO, L. M. M. et al. Plantas medicinais: nativas dos
Symphytum officinale O IFAV só pode ser remanescentes florestais do oeste do Paraná. Coordenação:
utilizado para uso externo Assessoria de Comunicação Social. Foz de Iguaçu: Itaipu
Binacional, 2009.

455
20-DERMARDEROSIAN, A. (coed.) et al. The Review of teses aprovadas em instituições de ensino superior nacionais
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Prescripcion, 4ª ed. Elsevier, 2003. 1998.
38-MATOS, F.J.A. As plantas das Farmácias Vivas. 64-SOUSA, M.P. et al. Constituintes químicos ativos e
Fortaleza. 1997a. propriedades biológicas de plantas medicinais brasileiras. 2
39-MATOS, F.J.A. O formulário fitoterápico do professor ed. Fortaleza, Brasil: Editora UFC, 2004.
Dias da Rocha. 2 ed. UFC Edições. 1997b. 65-TRAMIL. Hacia una farmacopea caribeña (TRAMIL 7).
40-MATOS, F.J.A. Farmácias vivas. UFC Edições. 4ª ed. Santo Domingo: Editora Lionel Germonsén Robineau, 1995.
Fortaleza. 2002. 66-VIANA, G.; LEAL, L. K.; VASCONCELOS, S. Plantas
41-MATOS, F.J.A. Plantas medicinais. Guia de seleção e medicinais da Caatinga: atividades biológicas e potencial
emprego de plantas usadas em fitoterapia no Nordeste terapêutico. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2013.
Brasileiro. 3ª ed. Editora UFC. Fortaleza, 2007. 67-WITCHL, M et al. Herbal drugs and
42-MATOS, F.J.A.; VIANA, G.S.B.; BANDEIRA, M.A.M. phytopharmaceuticals. A handbook for practice on a scientific
Guia fitoterápico. Fortaleza. 2001. basis. 3 ed. Medpharm. CRC Press. Washington. 2004.
43-MCKENNA, D. J. et al. Botanical medicines - The desk
reference for major herbal supplements. New York, USA: ANEXO IV
Haworth Herbal Press, 2002
INFORMAÇÕES A SEREM DISPONIBILIZADAS
44-MELO-DINIZ et al. Memento de plantas medicinais. As
plantas como alternativa terapêutica. Aspectos populares e
NO FOLHETO INFORMATIVO DO PRODUTO
científicos. Ed. UFPB. 2006. 45-Monografias, dissertações ou TRADICIONAL FITOTERÁPICO

456
I -identificação do produto tradicional fitoterápico: negrito, as frases de alerta previstas na RDC no 137, de
a) nome comercial; 20 de maio de 2003, ou suas atualizações.
b) nomenclatura popular, seguida da nomenclatura 4.O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE
botânica completa; PRODUTO?
c) parte da planta utilizada; e Descrever as advertências e precauções para o uso
d) a frase em negrito: adequado do produto, conforme aprovado no registro
Produto registrado com base no uso tradicional, não ou notificação.
sendo recomendado seu uso por período prolongado. Incluir alterações de condições fisiológicas, informando
II - informações quanto às apresentações e composição: aquelas que possam afetar a capacidade de dirigir
a) a forma farmacêutica; veículos e operar máquinas. Mesmo quando não há
b) a composição qualitativa e quantitativa, por unidade relatos, é necessário incluir a frase em negrito: "
de medida ou unidade farmacotécnica, sendo que a Não há casos relatados que o uso deste produto interfira
concentração deve seguir o disposto no inciso III do art. na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas".
57; No caso de advertências e precauções para o uso de
c) para os excipientes, descrever a composição princípios ativos, classe terapêutica e excipientes,
qualitativa, conforme DCB; incluir, em negrito, as frases de alerta previstas na RDC
d) a quantidade total de peso, volume líquido e 137 de 20 de maio de 2003, ou suas atualizações.
unidades farmacotécnicas, conforme o caso; Incluir interações relatadas na literatura científica com
e) a quantidade total de acessórios dosadores que outros produtos, como plantas, medicamentos e
acompanham as apresentações, quando aplicável; alimentos. Mesmo quando não há relatos, é necessário
f) a via de administração, em caixa alta e negrito; incluir a frase em negrito: "
g) a frase, em caixa alta e negrito, " Não há casos relatados que o uso deste produto interaja
USO ADULTO" ou "USO ADULTO E PEDIÁTRICO com outros produtos, como plantas, medicamentos e
ACIMA DE___" ou "USO PEDIÁTRICO ACIMA DE alimentos".
____", indicando a idade mínima, em meses ou anos, Incluir as frases:
para qual foi aprovada no registro ou na notificação o "Caso os sintomas persistam ou piorem, ou apareçam
uso do produto tradicional fitoterápico, ou "USO reações indesejadas não descritas na embalagem ou no
ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de produto folheto informativo, interrompa seu uso e procure
tradicional fitoterápico sem restrição de uso por idade, orientação do profissional de saúde";
conforme aprovado no registro ou notificação; "Se você utiliza medicamentos de uso contínuo, busque
h) para a forma farmacêutica líquida, quando o solvente orientação de profissional de saúde antes de utilizar este
for alcoólico, mencionar a graduação alcoólica do produto"; e
produto final; e "Este produto não deve ser utilizado por período
i) para produtos com forma farmacêutica líquida e em superior ao indicado, ou continuamente, a não ser por
gotas, informar a equivalência de gotas para cada orientação de profissionais de saúde".
mililitro (gotas/mL) e massa por gota (mg/gota); “Informe ao seu profissional de saúde todas as plantas
III -informações ao paciente: medicinais e fitoterápicos que estiver tomando.
1.PARA QUÊ ESTE PRODUTO É INDICADO? Interações podem ocorrer entre produtos e plantas
Descrever as alegações de uso devidamente registradas medicinais e mesmo entre duas plantas medicinais
na Anvisa. quando administradas ao mesmo tempo.
2.COMO ESTE PRODUTO FUNCIONA? "Este produto contém álcool no teor de _____."
Descrever, sumarizadamente, as ações do produto em (informando o teor alcoólico).
linguagem acessível à população. 5.ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
Informar o tempo médio estimado para início da ação GUARDAR ESTE PRODUTO?
farmacológica do produto, quando aplicável. Descrever os cuidados específicos de conservação,
3.QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE PRODUTO? indicando a faixa de temperatura e condições de
Incluir as contraindicações relatadas na documentação armazenamento do produto, conforme estudo de
técnico-científica. estabilidade.
Incluir as seguintes frases em negrito: "Este produto é Informar o prazo de validade do produto a partir da data
contraindicado para uso por (informando a populaçã de fabricação, aprovada no registro ou notificação,
o especial conforme aprovado no registro ou citando o número de meses.
notificação). Incluir as seguintes frases em negrito:
"Este produto é contraindicado para menores de _____" “Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
(citando a idade em meses ou anos)._______", embalagem.”;
"Mulheres grávidas ou amamentando não devem “Não use produto com prazo de validade vencido.”
utilizar este produto, já que não há estudos que possam “Para sua segurança, guarde o produto na embalagem
garantir a segurança nessas situações". original.”;
No caso de contraindicação para o uso de princípios Incluir os cuidados específicos de conservação do
ativos, classe terapêutica e excipientes, incluir, em produto tradicional fitoterápico uma vez abertos ou
preparados para uso, quando sofram redução do prazo

457
de validade original ou alteração do cuidado de 2. se utilizada por decocção, deverá constar a seguinte
conservação original. frase: "colocar (o número de)g ou (o número de)
Para os chás medicinais para os quais não seja medida do produto em (o número de) quantidade de
necessária a realização dos estudos de estabilidade, os água fria e ferver por cerca de 3 a 5 minutos, deixar em
cuidados de conservação a serem informados devem contato por aproximadamente 15 minutos, coar, se
ser: conservar em temperatura ambiente (de 15 a 30º C) necessário, e utilizar"; ou
e proteger da luz e umidade. 3. se utilizada por maceração com água, deverá constar
Incluir a frase em negrito: a seguinte frase: "cobrir (o número de) g ou (o número
“Após aberto, válido por_____” (indicando o tempo de de) medida do produto com (o número de) mL ou (o
validade após aberto, conforme estudo de estabilidade número de) medida de água e deixar em temperatura
do produto tradicional fitoterápico). ambiente por (o número de) horas; agitar
Descrever as características físicas e organolépticas do ocasionalmente, coar, se necessário, e utilizar";
produto e outras características do produto, conforme 4. incluir a frase: "Preparar imediatamente antes do uso
aprovado no registro ou notificação. ". Essa frase é dispensada para algumas espécies
Incluir as frases em negrito: vegetais em que há a orientação de preparo para mais
"Antes de usar, observe o aspecto do produto. Caso ele de uma dose a ser utilizada no mesmo dia.
esteja no prazo de validade e você observe alguma 5. incluir a frase: "Siga corretamente o modo de usar.
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para Em caso de dúvidas sobre este produto, procure
saber se poderá utilizá-lo”; e orientação com seu farmacêutico ou profissional de
"Este produto deve ser mantido fora do alcance das saúde. Não desaparecendo os sintomas, procure
crianças." orientação de seu profissional de saúde.".
6.COMO DEVO USAR ESTE PRODUTO? Para soluções para diluição ou pós ou granulados para
Descrever as principais orientações sobre o modo solução, suspensão ou emulsão de uso oral, incluir:
correto de preparo, manuseio e aplicação do produto. - o procedimento detalhado para reconstituição e/ou
Inserir a frase: Os produtos tradicionais fitoterápicos diluição antes da administração;
não devem ser administrados pelas vias injetável e - o(s) diluente(s) a ser(em) utilizado(s);
oftálmica. - o volume final do produto preparado; e
Descrever a posologia, incluindo as seguintes - concentração do produto preparado.
informações; 7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME
-dose para forma farmacêutica e concentração, ESQUECER DE USAR ESTE PRODUTO?
expressas, quando aplicável, em unidades de medida ou Descrever a conduta necessária, caso haja esquecimento
unidade farmacotécnica correspondente em função ao de administração (dose omitida), quando for o caso.
tempo; Incluir a seguinte frase, em negrito:
- a dose inicial e de manutenção, quando aplicável; "Em caso de dúvidas, procure orientação de
- intervalos de administração (em minutos ou horas); profissional de saúde."
- vias de administração; 8.QUAIS OS MALES QUE ESTE PRODUTO PODE
- orientações para cada alegação de uso nos casos de ME CAUSAR?
posologias distintas; Informar as reações adversas, explicitando os sinais e
- orientações para uso adulto e/ou uso pediátrico, de sintomas relacionados a cada uma. Quando não se
acordo com o aprovado no registro ou notificação; e conhece a frequência delas, deve-se incluir a frase em
- orientações sobre o monitoramento e ajuste de dose negrito: “A frequência de ocorrência dos efeitos
para populações especiais. indesejáveis não é conhecida .”; e
Incluir o risco de uso por via de administração não Incluir as frases:
recomendada, quando aplicável. “Informe ao seu profissional de saúde o aparecimento
Conforme a característica da forma farmacêutica, de reações indesejáveis pelo uso do produto. Informe
incluir as frases em negrito: também à empresa através do seu Serviço de
"Este produto não deve ser partido, aberto ou Atendimento ao Consumidor (SAC).”
mastigado.", no caso de comprimidos revestidos, "Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
cápsulas e compridos de liberação modificada e outras Notificações em Vigilância Sanitária
formas farmacêuticas que couber, ou "Este produto não - NOTIVISA, disponível em www.____________, ou
deve ser cortado.", no caso de adesivos e outras que para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal."
couber. (incluindo no espaço o endereço eletrônico atualizado
Quando se tratar de chá medicinal, incluir as frases, do NOTIVISA).
conforme o caso: 9.O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA
1. se utilizada por infusão, deverá constar a seguinte QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA
frase: "colocar (o número de) mL ou (o número de) DESTE PRODUTO?
medida de água fervente sobre (o número de) g ou (o nú Descrever os sintomas que caracterizam a superdose e
mero de) medida do produto em um recipiente orientar quanto às medidas preventivas que amenizam o
apropriado. Abafar por cerca de 15 minutos, coar, se dano até a obtenção de socorro, quando aplicável.
necessário, e utilizar"; Inserir as frases em negrito:

458
"Em caso de uso de grande quantidade deste produto, como das em presas fabricantes e responsáveis pela
procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem e comercialização do produto, desde que
embalagem ou folheto informativo, se possível." não prejudiquem a presença das informações
"Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se obrigatórias e estas empresas estejam devidamente
você precisar de mais orientações sobre como identificadas nos dizeres legais.
proceder." Incluir as seguinte frases, quando for o caso:
Quando não se têm relatos de casos de superdose, deve- “Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo
se incluir a frase em negrito: “ os sintomas procure orientação médica.”
Não há casos de superdose relatados”. “Venda proibida ao comércio. (para os produtos com
IV – dizeres legais: Informara sigla "MS" mais o destinação institucional).”
número de registro no Ministério da Saú Incluir, exceto nos textos de bula a serem submetidos
de, quando se tratar de produto tradicional fitoterápico eletronicamente à Anvisa, uma das seguintes frases,
registrado, conforme publicado em Diário Oficial da conforme o caso, em negrito:
União (DOU), sendo necessários os 9 (nove) dígitos “Este folheto informativo foi aprovado pela Anvisa em
iniciais. (dia/mês/ano)” (informando a data de publicação do
Inserir, quando se tratar de produto tradicional folheto no Bulário Eletrônico).
fitoterápico notificado, a seguinte frase: “Este folheto informativo foi atualizado conforme
"PRODUTO NOTIFICADO NA ANVISA nos termos Folheto Informativo Padrão aprovado pela Anvisa em
da RDC nº XX/XXXX", completando com o número da (dia/mês/ano)”
Resolução vigente, sucedido pelo ano de sua (informando a data de publicação do respectivo Folheto
publicação. Informativo na área de bulas do sítio eletrônico da
Informar o nome, número de inscrição e sigla do Anvisa com o qual o folheto foi harmonizado e/ou
Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico atualizado).
da empresa titular do registro ou notificação. Incluir símbolo da reciclagem de papel.
Informar o nome e endereço da empresa titular do Redação dada pela RDC 66/14
registro ou notificação no Brasil.
Informar o número do Cadastro Nacional de Pessoa Anexo V (Incluido pela RDC 105/16)
Jurídica (CNPJ) do titular do registro ou notificação. Lista de agrotóxicos selecionados para análise
Inserir a expressão “Indústria Brasileira”, quando
aplicável. 1 2,4-D
Informar o telefone do Serviço de Atendimento ao
Consumidor (SAC), de responsabilidade da empresa 2 Abamectina
titular do registro ou notificação. 3 Acefato
Informar o nome e endereço da empresa fabricante, 4 Acetamiprido
quando ela diferir da empresa titular do registro ou
notificação, citando a cidade e o estado precedidos pela 5 Acrinatrina
frase “Fabricado por:” e inserindo a frase “Registrado 6 Alacloro
por: ou Notificado por:” antes dos dados da detentora 7 Aldicarbe
do registro.
Informar o nome e endereço da empresa fabricante, 8 Aldrin
quando o produto for importado, citando a cidade e o 9 Aletrina
país precedidos pela frase “Fabricado por” e inserindo a 10 Ametrina
frase “Importado por:” antes dos dados da empresa
titular do registro ou notificação. 11 Atrazina
Informar o nome e endereço da empresa responsável 12 Azaconazole
pela embalagem do produto, quando ela diferir da
13 Azinfós-Etílico
empresa titular do registro ou notificação, ou fabricante,
citando a cidade e o estado ou, se estrangeira, a cidade e 14 Azinfós-metílico
o país, precedidos pela frase “Embalado por:” e 15 Azoxistrobina
inserindo a frase “Registrado por: ou Notificado por:”
16 Benalaxil
ou “Importado por:”, conforme o caso, antes dos dados
da empresa titular do registro ou notificação; 17 Benfuracarbe
Informar, se descrito na embalagem do produto, o nome 18 Bentazona
e endereço da empresa responsável pela
19 Bifentrina
comercialização do produto, citando a cidade e o estado
precedidos pela frase “Comercializado por” e incluindo 20 Bitertanol
a frase “Registrado por: ou Notificado por:” antes dos 21 Boscalida
dados da detentora do registro ou notificação.
É facultativo incluir a logomarca da empresa 22 Bromacila
farmacêutica titular do registro ou notificação, bem 23 Bromopropilato

459
24 Bromuconazol 69 Diclorvós
25 Bupirimate 70 Dicofol
26 Buprofenzina 71 Dicrotofos
27 Cadusafós 72 Dieldrin
28 Captana 73 Difenoconazol
29 Carbaril 74 Diflubenzurom
30 Carbendazim 75 Dimetoato
31 Carbofenotiona 76 Dimetomorfe
32 Carbofurano 77 Dinocape
33 Carbosulfano 78 Dinoseb
34 Carboxina 79 Dissulfotom
35 Cianazina 80 Ditianona
36 Ciazofamida 81 Ditiocarbamatos (CS2)
37 Ciflutrina 82 Diurom
38 Cimoxanil 83 Dodemorfe
39 Cipermetrina 84 Dodina
40 Ciproconazol 85 Endossulfam
41 Ciprodinil 86 Endrin
42 Ciromazina 87 Epoxiconazol
43 Cletodim 88 Esfenvalerato
44 Clofentezina 89 Espinosade
45 Clomazona 90 Espirodiclofeno
46 Clorantraniliprole 91 Espiromesifeno
47 Clordano 92 Etefom
48 Clorfenapir 93 Etiofencarb
49 Clorfenvinfós 94 Etiona
50 Clorfluazurom 95 Etofenproxi
51 Clorimurom-etílico 96 Etoprofós
52 Clormequate 97 Etoxissulfurom
53 Clorotalonil 98 Etrinfos
54 Clorpirifós 99 Famoxadona
55 Clorpirifós-metílico 100 Fembuconazol
56 Clorprofan 101 Fenamidona
57 Clortal-dimetílico 102 Fenamifós
58 Clortiofós 103 Fenarimol
59 Clotianidina 104 Fenazaquina
60 Cresoxim-metílico 105 Fenhexamide
61 DDT 106 Fenitrotiona
62 Deltametrina 107 Fenotrina
63 Diafentiurom 108 Fenpiroximato
64 Dialate 109 Fenpropatrina
65 Diazinona 110 Fenpropimorfe
66 Diclofluanide 111 Fentiona
67 Diclofope 112 Fentoato
68 Diclorana 113 Fenvalerato

460
114 Fipronil 159 Mandipropamida
115 Flonicamida 160 Mepiquate
116 Fluasifope-p 161 Metalaxil-m
117 Fludioxonil 162 Metamidofós
118 Flufenoxurom 163 Metamitrona
119 Flumetralina 164 Metconazol
120 Fluquinconazol 165 Metidationa
121 Fluroxipir-meptílico 166 Metiocarbe
122 Flusilazol 167 Metolacloro
123 Flutriafol 168 Metomil
124 Folpete 169 Metoxicloro
125 Fomesafem 170 Metoxifenozida
126 Foransulfurom 171 Metribuzim
127 Forato 172 Metsulfurom
128 Formetanato 173 Mevinfós
129 Fosalona 174 Miclobutanil
130 Fosfamidona 175 Mirex
131 Fosmete 176 Monocrotofós
132 Fostiazato 177 Neburon
133 Furatiocarbe 178 Nuarimol
134 Glifosato 179 Oxadixil
135 Halossulfurom-metílico 180 Oxamil
136 Haloxifope-metílico 181 Oxassulfurom
137 Haloxifope-p-metílico 182 Óxido de fembutatina
138 HCH (alfa+beta+delta) 183 Oxifluorfem
139 Heptacloro 184 Paclobutrazol
140 Heptenofós 185 Paration
141 Hexaclorobenzeno 186 Parationa-metílica
142 Hexaconazol 187 Pencicurom
143 Hexazinona 188 Penconazol
144 Hexitiazoxi 189 Pendimetalina
145 Imazalil 190 Permetrina
146 Imazetapir 191 Picoxistrobina
147 Imibenconazol 192 Piraclostrobina
148 Imidacloprido 193 Pirazofós
149 Indoxacarbe 194 Piridabem
150 Iprodiona 195 Piridafentiona
151 Iprovalicarbe 196 Piridato
152 Isoxaflutol 197 Pirifenoxi
153 Lactofem 198 Pirimetanil
154 Lambda-cialotrina 199 Pirimicarbe
155 Lindano 200 Pirimifós-etílico
156 Linurom 201 Pirimifós-metílico
157 Lufenurom 202 Piriproxifem
158 Malationa 203 Procimidona

461
204 Procloraz 249 Vinclozolina
205 Profenofós 250 Zoxamida
206 Profoxidim
207 Prometrina Alterações:
RDC 93/2016
208 Propamocarbe
209 Propanil
210 Propargito
211 Propiconazol
212 Propoxur
213 Protioconazol
214 Protiofós
215 Quinalfos
216 Quintozeno
217 Quizalofope-p-etílico
218 Quizalofope-p-tefurílico
219 Simazina
220 Sulfentrazona
221 Sulfluramida
222 Sulfometurom-metílico
223 Tebuconazol
224 Tebufempirada
225 Tebufenozida
226 Tebutiurom
227 Teflubenzurom
228 Terbufós
229 Tetraconazol
230 Tetradifona
231 Tiabendazol
232 Tiacloprido
233 Tiametoxam
234 Tiobencarbe
235 Tiodicarbe
236 Tiofanato-metílico
237 Tolifluanida
238 Triadimefom
239 Triadimenol
240 Triazofós
241 Triciclazol
242 Triclorfom
243 Tridemorfe
244 Trifloxistrobina
245 Triflumizol
246 Trifluralina
247 Triforina
248 Vamidotiona

462
RDC N° 50, DE 25/09/2014 2007, ou aquela que vier substituí-la, ficando
(D.O.U 26/09/14) condicionados às medidas de controle definidas nesta
Resolução.
Dispõe sobre as medidas de controle de § 1º A Notificação de Receita "B2" pode conter a
comercialização, prescrição e dispensação de quantidade de medicamento correspondente a, no
medicamentos que contenham as substâncias máximo, 30 (trinta) dias de tratamento.
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, § 2º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a No-
seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá tificação de Receita "B2" contendo medicamento à base
outras providências. de sibutramina, que poderá conter a quantidade de
medicamento correspondente a, no máximo, 60
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de (sessenta) dias de tratamento." (NR) (Redação dada
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe pela RDC 133/16)
confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Art. 6º As prescrições de medicamentos que contenham
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovado as substâncias tratadas nesta norma deverão ser
pelo Decreto No- 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo acompanhadas de Termo de Responsabilidade do
em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. Prescritor, conforme modelos constantes dos Anexo I e
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo II desta Resolução, a ser preenchido em três
Anexo I da Portaria No- 354 da ANVISA, de 11 de vias.
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto § 1° As vias preenchidas deverão ter a seguinte
de 2006, em reunião realizada em 23 de setembro de destinação:
2014, Adota a seguinte Resolução da Diretoria I - arquivada no prontuário do paciente;
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino sua II - arquivada na farmácia ou drogaria dispensadora;
publicação: III - em poder do paciente.
§ 2° O Termo de Responsabilidade a que se refere o
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico para o caput deverá ser assinado pelo paciente, e será o
controle de comercialização, prescrição e dispensação documento comprobatório de que recebeu as
de medicamentos que contenham as substâncias informações prestadas pelo prescritor.
anfepramona, femproporex, mazindol e Art. 7º Todo e qualquer evento adverso relacionado ao
sibutramina, seus sais e isômeros, bem como seus uso de medicamento que contenha as substâncias
intermediários. tratadas nesta norma, bem como intermediários, são de
Art. 2° O registro de medicamentos que contenham as notificação compulsória ao Sistema Nacional de
substâncias tratadas nesta norma somente poderá ser Vigilância Sanitária.
concedido mediante a apresentação de dados que Parágrafo único. A responsabilidade pela notificação
comprovem a eficácia e segurança, de acordo com as caberá:
normas sanitárias vigentes. I - aos profissionais de saúde;
Art. 3º Fica vedada a prescrição e a dispensação de II - aos detentores do registro de medicamentos;
medicamentos que contenham as substâncias tratadas III - aos estabelecimentos que dispensem esses
nesta norma acima das Doses Diárias Recomendadas medicamentos.
(DDR), conforme a seguir especificado: Art. 8° As empresas detentoras do registro dos
I - Femproporex: 50,0 mg/dia; medicamentos à base das substâncias tratadas nesta
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia; norma deverão apresentar à ANVISA os Relatórios
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia; Periódicos referentes aos produtos a cada 6 (seis)
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e meses.
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR) (Redação dada pela Parágrafo único. A elaboração dos relatórios deve
RDC 133/16) respeitar as orientações contidas na Resolução de
Art. 4º Somente será permitido o aviamento de Diretoria Colegiada – RDC Nº 04, de 10 de fevereiro de
fórmulas magistrais de medicamentos que contenham 2009, que dispõe sobre as normas de farmacovigilância
as substâncias tratadas nesta norma nos casos em que o para os detentores de registro de medicamentos de uso
prescritor tenha indicado que o medicamento deve ser humano, e na Instrução Normativa Nº 14, de 27 de
manipulado, em receituário próprio, na forma do item outubro de 2009, que aprovou os guias técnicos para a
5.17 do Anexo da Resolução de Diretoria Colegiada – elaboração de Planos de Farmacovigilância, de Planos
RDC Nº 67, de 08 de outubro de 2007, que dispõe de Minimização de Riscos e do Relatório Periódico.
sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Art. 9º A manipulação de fórmulas que contenham
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias, substâncias tratadas nesta norma está vedada, com
que deve acompanhar a Notificação de Receita "B2". exceção daquelas presentes em medicamentos
Art. 5º A prescrição, dispensação e o aviamento de me- registrados com prova de eficácia e segurança nos
dicamentos que contenham as substâncias tratadas nesta termos do art. 2°.
norma deverão ser realizados por meio da Notificação Art. 10. As farmácias que manipularem formulações
de Receita "B2", de acordo com a Resolução de contendo as substâncias tratadas nesta norma deverão
Diretoria Colegiada - RDC Nº 58, de 05 de setembro de apresentar à área de farmacovigilância da ANVISA

463
relatório semestral sobre as notificações de suspeitas de e quarenta e quatro) pacientes com sobrepeso ou
eventos adversos. obesos, com 55 (cinqüenta e cinco) anos de idade ou
§ 1º A ausência de notificações no período definido no mais, com alto risco cardiovascular, tratados com
caput não desobriga a apresentação do relatório, que sibutramina e observou-se um aumento de 16%
deverá conter as justificativas de ausência de (dezesseis por cento) no risco de infarto do miocárdio
notificações. não fatal, acidente vascular cerebral não fatal, parada
§ 2º Para o cumprimento no disposto no caput o cardíaca ou morte cardiovascular comparados com os
responsável técnico pela farmácia deverá cadastrar-se pacientes que não usaram o medicamento; e
no Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância b. Portanto, a utilização do medicamento está restrita às
Sanitária - NOTIVISA, disponível no sítio eletrônico da indicações e eficácia descritas no item 2, e respeitando-
Anvisa na internet, ou no sistema que venha a substituí- se rigorosamente as contraindicações descritas no item
lo. 3 e as precauções descritas no item 4.
Art. 11. A farmácia deverá preencher os campos
específicos do Termo de Responsabilidade do 2. As indicações e eficácia dos medicamentos contendo
Prescritor que acompanha a notificação de receita sibutramina estão sujeitas às seguintes restrições:
definida no art. 6º desta Resolução, reter uma via e a. A eficácia do tratamento da obesidade deve ser
entregar a outra via para o paciente. medida pela perda de peso de pelo menos de 5% (cinco
Art.12. O monitoramento de todo e qualquer evento por cento) a 10% (dez por cento) do peso corporal
adverso relacionado ao uso de medicamento que inicial acompanhado da diminuição de parâmetros
contenha as substâncias tratadas nesta norma, bem metabólicos considerados fatores de risco da obesidade;
como intermediários, será realizado por meio do e
Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância b. o medicamento deve ser utilizado como terapia
Sanitária NOTIVISA disponível no sítio eletrônico da adjuvante, como parte de um programa de
ANVISA na internet, ou o sistema que venha a gerenciamento de peso para pacientes obesos com
substituí-lo. índice de massa corpórea (IMC) > ou = a 30 kg/m2
Parágrafo único. Deverão ser cadastrados no sistema (maior ou igual a trinta quilogramas por metro
NOTIVISA: quadrado), num prazo máximo de 2 (dois) anos,
I - o responsável técnico pela farmácia ou drogaria que devendo ser acompanhado por um programa de
dispense apenas medicamentos industrializados e reeducação alimentar e atividade física compatível com
manipulados; as condições do usuário.
II - os profissionais prescritores." (NR) (Redação dada
pela RDC 133/16) 3. O uso da sibutramina está contra-indicado em
Art. 13. O descumprimento das disposições contidas pacientes:
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos a. Com índice de massa corpórea (IMC) menor que 30
da Lei Nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo kg/m2 (trinta quilogramas por metro quadrado);
das responsabilidades civil, administrativa e penal b. Com histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo
cabíveis. menos outro fator de risco (i.e., hipertensão controlada
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua por medicação, dislipidemia, prática atual de
publicação. tabagismo, nefropatia diabética com evidência
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO de microalbuminúria);
c. Com histórico de doença arterial coronariana (angina,
ANEXO I história de infarto do miocárdio), insuficiência cardíaca
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO congestiva, taquicardia, doença arterial obstrutiva
PRESCRITOR PARA USO DO MEDICAMENTO periférica, arritmia ou doença cerebrovascular (acidente
CONTENDO A SUBSTÂNCIA SIBUTRAMINA vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório);
Eu, Dr.(a) d. Hipertensão controlada inadequadamente, > 145/90
____________________________________, mmHg (maior que cento e quarenta e cinco por noventa
registrado no Conselho Regional de Medicina do milímetros de mercúrio);
Estado sob o número ___________________, sou o e. Com idade acima de 65 (sessenta e cinco) anos,
responsável pelo tratamento e acompanhamento do(a) crianças e adolescentes;
paciente _____________________________, do sexo f. Com histórico ou presença de transtornos
_________________, com idade de ______ anos alimentares, como bulimia e anorexia; ou
completos, com diagnóstico de g. Em uso de outros medicamentos de ação central para
________________________________, para quem redução de peso ou tratamento de transtornos
estou indicando o medicamento à base de psiquiátricos.
SIBUTRAMINA.
Informei ao paciente que: 4. As precauções com o uso dos medicamentos à base
1. O medicamento contendo a substância sibutramina: de sibutramina exigem que:
a. Foi submetido a um estudo realizado após a a. Ocorra a descontinuidade do tratamento em pacientes
aprovação do produto, com 10.744 (dez mil, setecentos que não responderem à perda de peso após 4 (quatro)

464
semanas de tratamento com dose diária máxima de 15 2. É responsabilidade do responsável técnico da
mg/dia (quinze miligramas por dia), considerando-se Farmácia notificar ao Sistema Nacional de Vigilância
que esta perda deve ser de, pelo menos, 2 kg (dois Sanitária, por meio do sistema NOTIVISA, as suspeitas
quilogramas), durante estas 4 (quatro) primeiras de eventos adversos de que tome conhecimento.
semanas; e 3. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao
b. Haja a monitorização da pressão arterial e da paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro
frequência cardíaca durante todo o tratamento, pois o sistema de contato:
uso da sibutramina tem como efeito colateral o ______________________________
aumento, de forma relevante, da pressão arterial e da Assinatura e carimbo do(a) farmacêutico(a):
frequência cardíaca, o que pode determinar a _____________________________ C.R.F.: _________
descontinuidade do tratamento. Data: ____/____/_____
Assinatura do (a) paciente:______________________
5. O uso da sibutramina no Brasil está em período de Data: ____/____/_____
monitoramento do seu perfil de segurança, conforme
RDC/ANVISA Nº XX/20XX. ANEXO II
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO
6. O paciente deve informar ao médico prescritor toda e PRESCRITOR PARA USO DE MEDICAMENTO
qualquer intercorrência clínica durante o uso do CONTENDO AS SUBSTÂNCIAS
medicamento. ANFEPRAMONA, FEMPROPOREX, MAZINDOL
Eu, Dr.(a)
7. É responsabilidade de o médico prescritor notificar ____________________________________,
ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, por meio registrado no Conselho Regional de Medicina do
do sistema NOTIVISA, as suspeitas de eventos Estado sob o número ___________________, sou o
adversos de que tome conhecimento. responsável pelo tratamento e acompanhamento do(a)
paciente _____________________________, do sexo
8. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao ___________________, com idade de ______ anos
paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro completos, com diagnóstico de
sistema de contato:____________________.Assinatura ____________________,
e carimbo do(a) médico(a):__________C.R.M.: ______ para quem estou indicando o medicamento à base de
Data: ____/____/_____ _________________.
A ser preenchido pelo(a) paciente: Informei ao paciente que:
Eu, _______________________________________, 1. Não há dados técnicos e científicos que demontrem a
Carteira de Identidade Nº: ____________, Órgão eficácia e a segurança do uso desse medicamento no
Expedidor_________________, residente na rua controle da obesidade.
______________________, Cidade 2. O uso desse medicamento no Brasil foi autorizado e
________________________, Estado _________, é monitorado pela RDC/ANVISA Nº 50 de 25 de
telefone ___________________, recebi pessoalmente setembro de 2014.
as informações sobre o tratamento que vou fazer. 3. O paciente deve informar ao médico prescritor toda e
Entendo que este remédio é só meu e que não devo qualquer intercorrência clínica durante o uso do
passá-lo para ninguém. medicamento.
Assinatura: ___________________________________ 4. É responsabilidade de o médico prescritor notificar
Data: ____/____/_____ ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, por meio
A ser preenchido pela Farmácia de manipulação no do sistema NOTIVISA, as suspeitas de eventos
caso de o medicamento ter sido prescrito com indicação adversos de que tome conhecimento.
de ser manipulado: 5. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao
Eu, Dr.(a) paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro
____________________________________, sistema de
registrado(a) no Conselho Regional de Farmácia do contato:_____________________________________.
Estado sob o número ___________________, sendo o ____________________________________________.
responsável técnico da Assinatura e carimbo do(a) médico(a):
Farmácia_______________________________, ____________________________ C.R.M.: _________
situada no endereço Data: ____/____/_____
______________________________, sou responsável A ser preenchido pelo(a) paciente:
pelo aviamento e dispensação do medicamento Eu, _______________________________________,
contendo sibutramina para o paciente Carteira de Identidade Nº: ____________, Órgão
___________________________. Expedidor _________________, residente na rua
Informei ao paciente que: ________________________,Cidade
1. Deve informar à farmácia responsável pela _______________, Estado _________, telefone
manipulação do medicamento relatos de eventos ___________________, recebi pessoalmente as
adversos durante o uso do medicamento; e

465
informações sobre o tratamento que vou fazer. Entendo
que este remédio é só meu e que
não devo passá-lo para ninguém.
Assinatura:
_____________________________________
Data: ____/____/_____

466
RDC Nº 58, DE 10/10/2014 § 1º As empresas detentoras de registros de
(D.O.U 13/10/14) medicamentos similares intercambiáveis, terão o prazo
de 1 (um) ano a contar de sua inclusão na relação a que
Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto à se refere o art. 2º para notificar à ANVISA a adaptação
Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos da bula, nos termos do caput deste artigo.
para a intercambialidade de medicamentos similares § 2º A adaptação prevista no parágrafo anterior é de
com o medicamento de referência. implementação imediata e não depende de
manifestação da ANVISA.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de § 3º Os medicamentos similares intercambiáveis que
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe não tiverem suas bulas alteradas no prazo definido no §
confere os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, 1º deste artigo não poderão ser comercializados no país.
de 26 de janeiro de 1999, o inciso V, e §§ 1° e 3° do art. § 4º Os medicamentos produzidos até a notificação da
5 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo alteração de bula poderão ser comercializados até o
I da Portaria nº 650 da ANVISA, de 29 de maio de término de sua validade.
2014, tendo em vista os incisos III, do art. 2º, III e IV,
do art. 7º da Lei nº 9.782, de 1999, o Programa de Art. 5º Para efeito de avaliação das petições de
Melhoria do Processo de Regulamentação da Agência, renovação de registro de medicamentos similares cujos
instituído por meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de estudos de equivalência farmacêutica,
2008, em reunião realizada em 09 de outubro de 2014, biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, bioisenção ainda não tenham sido analisados, a
Diretor-Presidente, determino a sua publicação: ANVISA publicará Instrução Normativa definindo os
critérios e ordem de sua avaliação.
Art. 1º Esta Resolução determina as medidas a serem
adotadas junto à Anvisa pelos titulares de registro de Art. 6º O Anexo I da RDC nº 47/2009 fica acrescido da
medicamentos para a intercambialidade de seguinte redação:
medicamentos similares com os respectivos I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
medicamentos de referência. ...
§ 1º A adoção das medidas previstas nesta Resolução é "Para medicamentos constantes da relação a que se
obrigatória para todos os titulares de registro de refere o art. 2º da RDC n° 58, de 10 de outubro de
medicamentos cujos estudos mencionados no art. 2º 2014, incluir a frase: MEDICAMENTO SIMILAR
tenham sido aprovados pela Anvisa. EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição não são REFERÊNCIA"
objeto desta Resolução.
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro
Art. 2º Será considerado intercambiável o medicamento de 2015.
similar cujos estudos de equivalência farmacêutica,
biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
bioisenção tenham sido apresentados, analisados e Diretor-Presidente
aprovados pela ANVISA.
Parágrafo único. A ANVISA publicará em seu sítio
eletrônico a relação dos medicamentos similares
indicando os medicamentos de referência com os quais
são intercambiáveis.

Art. 3º A informação a respeito da intercambialidade a


que se refere o art. 2º constará na bula do medicamento
similar.

Art. 4º O peticionamento da notificação de alteração de


texto de bula deverá ser eletrônico, conforme código de
assunto específico e seguir o guia de submissão
eletrônica de texto de bula.

467
RDC N°98, DE 01/08/2016 a) Reações adversas com causalidades conhecidas e
(D.O.U 03/08/16) reversíveis após suspensão de uso do medicamento;
b) Baixo potencial de toxicidade, quando reações graves
Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o ocorrem apenas com a administração de grande
enquadramento de medicamentos como isentos de quantidade do produto, além de apresentar janela
prescrição e o reenquadramento como medicamentos terapêutica segura;
sob prescrição, e dá outras providências. c) Baixo potencial de interação medicamentosa e alimen
tar, clinicamente significante.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de III-Indicação parao tratamento, prevenção ou alívio de
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe sinais e sintomas de doenças não graves e com evolução
conferem o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da inexistente ou muito lenta, sendo que os sinais e
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o art. 53, V, §§ sintomas devem ser facilmente detectáveis pelo
1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do paciente, seu cuidador ou pelo farmacêutico, sem
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada-RDC nº necessidade de monitoramento laboratorial ou consulta
61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte com o prescritor;
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado IV-Utilização por curto período de tempoou por tempo
em reunião realizada em 19 de julho de 2016, e eu, previsto em bula, exceto para os de uso preventivo, bem
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. como para os medicamentos específicos e fitoterápicos
indicados para doenças de baixa gravidade;
DISPOSIÇÕES INICIAIS V – Ser manejável pelo paciente, seu cuidador, ou
Art. 1º Esta Resolução estabelece os critérios e mediante orientação pelo farmacêutico;
procedimentos para o enquadramento de medicamentos VI - Baixo potencial de risco ao paciente, nas seguintes
como isentos de prescrição (MIPs), o reenquadramento condições:
desses medicamentos como sob prescrição, e para a a) Mau uso com a utilização do medicamento para
devida adequação do registro. finalidade diferente da preconizada em bula;
Art. 2º Para efeito desta Resolução são adotadas as b) Abuso com a utilização do medicamento em
seguintes definições: quantidade superior ao preconizado ou por período supe
I - Medicamentos isentos de prescrição – são os rior ao recomendado;e
medicamentos que podem ser dispensados sem c) Intoxicação.
exigência de prescrição; VII-Não apresentar potencial dependência, ainda que
II - Medicamentos sob prescrição – são os seja utilizado conforme preconizado em bula.
medicamentos cuja dispensação é restrita à apresentação Parágrafo Único.
de prescrição, inclusive os sujeitos a controle especial. Para fitoterápicos, o tempo de uso conforme previsto no
III - Lista de medicamentos isentos de prescrição Inciso I, poderá ser demonstrado para a droga ou
(LMIP) – relação dos medicamentos enquadrados pela derivado vegetal específico que se pretende registrar.
Anvisa como isentos de prescrição nos termos desta Art. 4º Não são passíveis de enquadramento como
Resolução. medicamentos isentos de prescrição:
I-As a presentações do medicamento cuja via de
CRITÉRIOS PARA O ENQUADRAMENTO administração seja a parenteral;
Art.3º Para um medicamento ser enquadrado como II - As apresentações que tenham indicação sob
isento de prescrição, é necessário que comprove os prescrição.
critérios estabelecidos a seguir: Art. 5º É permitido que em um mesmo processo de
I-Tempo mínimo de comercialização do princípio ativo registro coexistam apresentações isentas e sob
ou da associação de princípios ativos, com as mesmas prescrição, desde que diferenciadas por concentração ou
indicações, via de administração e faixa terapêutica forma farmacêutica ou unidades farmacotécnicas.
de: Parágrafo Único.
a) 10 (Dez) anos sendo, no mínimo, 5 (cinco) anos Para as apresentações isentas de prescrição médica, o
Brasil como medicamento sob prescrição ou; texto e o layout de bula e rotulagem deverão conter,
b) 5 (cinco) anos no exterior como medicamento isento obrigatoriamente, as informações estabelecidas em
de prescrição cujos critérios para seu enquadramento resolução específica.
sejam compatíveis com os estabelecidos nesta Art. 6º O enquadramento como MIP para medicamentos
Resolução. dinamizados segue a regulamentação específica.
II-Segurança, segundo avaliação da causalidade,
gravidade e frequência de eventos adversos e DA SOLICITAÇÃO DO ENQUADRAMENTO
intoxicação, baixo potencial de causar dano à saúde Art.7º Atendidos os critérios estabelecidos nos arts. 3º a
quando obtido sem orientação de um prescritor, o 5º desta Resolução, os detentores de registro de
considerando sua forma farmacêutica, princípio ativo, medicamentos na ANVISA poderão, a qualquer
concentração do princípio ativo, via de administração e momento, solicitar o enquadramento como
Posologia, devendo o produto apresentar: Medicamento Isento de Prescrição.
Parágrafo Único.

468
Os detentores de registro de medicamentos classificados Nenhuma mudança além das decorrentes da alteração
como novos , específicos e fitoterápicos poderão da categoria de venda poderá ser realizada nas
requerer o enquadramento desde o momento da sol informações constantes no texto de bula.
icitação de registro nesta ANVISA. Art.13. Os medicamentos enquadrados como isentos de
Art. 8º O enquadramento de princípios ativos isolados prescrição só poderão ser disponibilizados em
como medicamentos isentos de prescrição não garante autosserviço após adequação do material de bula e
que a associação em dose fixa ou razão fixa de dose seja rotulagem.
enquadrada como MIP, devendo essas, cumprir com os
critérios estabelecidos no art. 3º desta Resolução. DISPOSIÇÕES FINAIS
Parágrafo único. Art.14. Os medicamentos atualmente registrados como
Excetua-se do disposto no caput os prazos estabelecidos isentos de prescrição permanecerão assim enquadrados.
no inciso I do art.3º desta Resolução. Art. 15. A revisão do enquadramento de um
Art. 9º A petição de solicitação de enquadramento de medicamento como isento de prescrição poderá ocorrer
medicamentos como isento de prescrição deverá estar a qualquer momento.
acompanhada dos seguintes documentos: § 1º A ANVISA poderá exigir provas adicionais
I – Comprovante de pagamento, ou de isenção, da Taxa relativas às condições de enquadramento para os
de Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS), medicamentos já enquadrados como isentos de
mediante Guia de Recolhimento da União (GRU); prescrição.
II – Racional técnico para o enquadramento, abordando § 2º As empresas detentoras de medicamentos
os critérios estabelecidos no art. 3º desta Resolução; reenquadrados como sob prescrição deverão proceder à
III – Relatório Periódico de Farmacovigilância com adequação de seus registros, observando os
dados cumulativos de acordo com o tempo mínimo de procedimentos, prazos e condições dispostos nos arts.
comercialização estabelecido no inciso I do art. 3º desta 11 e 12 desta Resolução.
Resolução; Art. 16. O tempo previsto para o esgotamento de
IV – Plano de Minimização de Risco, quando aplicável, estoque seguirá os prazos estabelecidos em
e; regulamentação específica.
V – Formulário de avaliação de enquadramento do Art. 17.
medicamento devidamente preenchido e acompanhado O descumprimento das disposições contidas nesta
da documentação comprobatória, conforme Anexo I. Resolução constitui infração sanitária, nos termos da
Art. 10. A decisão da ANVISA quanto à avaliação das Lei nº 6437/1977, sem prejuízo das responsabilidades
solicitações de enquadramento de medicamentos como civil, administrativa e penal cabíveis.
isentos de prescrição será objeto de publicação no Art. 18. Ficam revogadas a Resolução de Diretoria
Diário Oficial da União, por meio de instrução Colegiada RDC nº 138, de 29 de maio de 2003 e o art.
normativa específica. 15 da Resolução de Diretoria Colegiada RDC nº 134, de
§1º A relação dos medicamentos enquadrados como 29 de maio de 2003.
isentos de prescrição será disponibilizada na página Art. 19. Esta Resolução entra em vigor 30 dias a contar
eletrônica da ANVISA, por meio da LMIP. da data de sua publicação.
§ 2º A LMIP será atualizada após a publicação da JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.
instrução normativa citada no caput deste artigo.
DA ADEQUAÇÃO ANEXO I FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO
Art. 11. A cada publicação da decisão de ENQUADRAMENTO DOS MEDICAMENTOS
enquadramento efetuada pela ANVISA, todas as COMO ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
empresas detentoras de registro de medicamentos a (preenchimento em língua portuguesa)
serem enquadrados como MIP deverão submeter, via IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA SOLICITANTE
peticionamento exclusivamente eletrônico, em até 180 Razão social:
(cento e oitenta) dias após a publicação, a “solicitação CNPJ:
de alteração da categoria de venda”, que deverá estar Número do telefone (com DDD):
acompanhada dos seguintes documentos: Número do fax (com DDD):
I – Comprovante de pagamento, ou de isenção, da Endereço eletrônico:
TFVS, mediante GRU; REPRESENTANTE LEGAL
II – Formulários de petição devidamente preenchidos e Nome:
assinados; CPF:
III - Justificativada petição e, RESPONSÁVEL TÉCNICO
IV – Novo layout de bula e rotulagem. Nome:
Art. 12. A empresa deverá submeter uma “notificação Profissão:
de alteração de texto de bula” em até 30 (trinta) dias Conselho Regional de:
após aprovação da solicitação de alteração da categoria Inscrição:
de venda. UF:
Parágrafo Único. Local e data Representante Legal
Responsável Técnico

469
Responsável Clínico c) Anos de comercialização como isento de prescrição e
comprovante de enquadramento como isentos de
1) AVALIAÇÃO DO ENQUADRAMENTO DOS prescrição no país onde o produto é comercializado:
MEDICAMENTOS COMO ISENTOS DE d) Dados de farmacovigilância (análise global das
PRESCRIÇÃO notificações; avaliação de causalidade dos casos
Referente a: (indicar aqui todos os assuntos aos quais se
requer avaliação): 6) PLANO DE MINIMIZAÇÃO DE RISCO: (quando
classe terapêutica aplicável)
princípio ativo a) Perfil de segurança do produto (riscos identificáveis e
indicação potenciais, além de uma discussão
concentração máxima específica de riscos associados a mudança).
b) Medidas de minimização de risco (como será
2) CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO realizado o monitoramento pela empresa?)
Composição do Produto [princípio(s) ativo(s)]:
Classe terapêutica:
Indicação
terapêutica:
Concentração:
Forma farmacêutica:
Vias de administração:
Modo de usar:
Posologia:
Duração de tratamento:
Apresentação comercial:

3) COMPROVAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS


CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO COMO
MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
a)Segurança (considerando os prazos estabelecidos no
art 3º, item I. ):
RESUMO:
DOCUMENTOS:
b) Sinal ou sintoma identificável pelo paciente:
RESUMO:
DOCUMENTOS:
c) Período de utilização e facilidade de uso pelo
paciente:
RESUMO:
DOCUMENTOS:
d) Potencial de risco ao paciente (mau
uso/abuso/intoxicação)
RESUMO:
DOCUMENTOS :
e) Potencial de risco ao paciente (dependência)
RESUMO:
DOCUMENTOS:
f) Via de Administração

4) HISTÓRICO DE USO NO BRASIL (caso haja):


a) Anos de comercialização
b) Estimativa de unidades comercializadas
c) Dados de farmacovigilância no Brasil (análise global
das notificações; avaliação de causalidade dos casos
ocorridos no Brasil; avaliação do perfil benefício/risco
do medicamento como MIP)

5) HISTÓRICO DE USO EM OUTROS PAÍSES:


a) País:
b) Anos de comercialização:

470
RDC Nº 133, DE 15/12/2016
§ 2º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a
Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº Notificação de Receita "B2" contendo
50/14, que dispõe sobre as medidas de controle de medicamento à base de sibutramina, que poderá
comercialização, prescrição e dispensação de conter a quantidade de medicamento
medicamentos que contenham as substâncias correspondente a, no máximo, 60 (sessenta) dias
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, de tratamento.” (NR)
seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá
outras providências.
Art. 3° O art. 12 da Resolução da Diretoria
Colegiada – RDC n° 50, de 2014, passa a vigorar
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de com as seguintes alterações:
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, “Art.12. O monitoramento de todo e qualquer
da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. evento adverso relacionado ao uso de
53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado medicamento que contenha as substâncias tratadas
nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria nesta norma, bem como intermediários, será
Colegiada – RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, realizado por meio do Sistema Nacional de
resolve adotar a seguinte Resolução da Diretoria Notificações para a Vigilância Sanitária-
Colegiada, conforme deliberado em reunião NOTIVISA disponível no sítio eletrônico da
realizada em 30 de novembro de 2016, adota a ANVISA na internet, ou o sistema que venha a
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, substituí-lo. Parágrafo único. Deverão ser
Diretor-Presidente Substituto, determino a sua cadastrados no sistema NOTIVISA:
publicação. I - o responsável técnico pela farmácia ou drogaria
que dispense apenas medicamentos
Art. 1º O art. 3º da Resolução de Diretoria industrializados e manipulados;
Colegiada – RDC nº 50 de 25 de setembro de II - os profissionais prescritores.” (NR)
2014, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 4º Fica revogado o art. 2º da Resolução da
"Art. 3º Fica vedada a prescrição e a dispensação Diretoria Colegiada - RDC nº 58, de 2007.
de medicamentos que contenham as substâncias
tratadas nesta norma acima das Doses Diárias Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de
Recomendadas (DDR), conforme a seguir sua publicação.
especificado:
I - Femproporex: 50,0 mg/dia; FERNANDO MENDES GARCIA NETO Diretor-
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia; Presidente Substituto
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia;
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR)

Art. 2º O art. 5º da Resolução de Diretoria


Colegiada – RDC nº 50, de 2014, passa a vigorar
com as seguintes alterações:

“Art. 5º A prescrição, dispensação e o aviamento


de medicamentos que contenham as substâncias
tratadas nesta norma deverão ser realizados por
meio da Notificação de Receita "B2", de acordo
com a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº
58, de 05 de setembro de 2007, ou aquela que vier
substituí- la, ficando condicionados às medidas de
controle definidas nesta Resolução.

§ 1º A Notificação de Receita "B2" pode conter a


quantidade de medicamento correspondente a, no
máximo, 30 (trinta) dias de tratamento.

471
RDC Nº 145, DE 21/03/2017

(D.O.U. 22/03/2017)

Proíbe em todo o território nacional a fabricação,


importação e comercialização, assim como o uso em
serviços de saúde, dos termômetros e
esfigmomanômetros com coluna de mercúrio.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V,
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme
deliberado em reunião realizada em 07 de março de
2017, adota a seguinte Resolução da Diretoria
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
publicação:

Art. 1º Ficam proibidos em todo o território nacional a


fabricação, a importação e a comercialização, assim
como o uso em serviços de saúde, dos termômetros e
esfigmomanômetros com coluna de mercúrio.
§ 1º Os termômetros e esfigmomanômetros com coluna
de mercúrio abrangidos por esta Resolução são os
produtos que possuem uma coluna transparente,
contendo mercúrio no seu interior, com a finalidade de
aferir valores de temperatura corporal (no caso do
termômetro) e pressão arterial (no caso do
esfigmomanômetro), indicados para uso em diagnóstico
em saúde.
§ 2º A proibição estabelecida no caput deste artigo não
se aplica aos produtos para pesquisa, para calibração de
instrumentos ou para uso como padrão de referência.
Art. 2° Os produtos relacionados no §1º do art. 1º desta
Resolução, que forem retirados de uso, deverão seguir a
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 306, de
2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, ou
outra que vier a substituí-la.
Art. 3º Os cadastros na Anvisa de produtos relacionados
no §1º do art. 1º, vigentes na data de entrada em vigor
desta Resolução, serão automaticamente cancelados.
Art. 4º O descumprimento das disposições contidas
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
das responsabilidades civil, administrativa e penal
cabíveis.
Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor em 1º de
janeiro de 2019.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JÚNIOR
Diretor-Presidente

472
RDC Nº 197, DE 26/12/2017 profissional e procedimentos, com possibilidade de
acontecer se as normas e técnicas não forem cumpridas;
Dispõe sobre os requisitos mínimos para o VII- Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV): Qualquer
funcionamento dos serviços de vacinação humana. ocorrência após à aplicação da vacina e que, não
necessariamente, possui uma relação causal com o
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de produto;
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe VIII- profissional legalmente habilitado: profissional
conferem o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da com formação superior ou técnica com suas
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o art. 53, V, §§ competências atribuídas por lei;
1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do IX- responsável Legal ou Representante Legal: Pessoa
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° física investida de poderes legais para praticar atos em
61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte nome da pessoa jurídica;
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado X- responsável Técnico (RT): Profissional legalmente
em reunião realizada em 12 dezembro de 2017, e eu, habilitado, formalmente designado pelo Responsável
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. Legal para manter as rotinas e os procedimentos de um
serviço;
CAPÍTULO I XI- sala de Vacinação: ambiente envolto por paredes
Das disposições iniciais em todo seu perímetro e pelo menos uma porta,
Seção I destinada à administração das vacinas;
Do objetivo XII- vacinação Extramuros de Serviços Privados:
Art. 1º Esta Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) atividade vinculada a um serviço de vacinação
tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para licenciado, que ocorre de forma esporádica, isto é,
o funcionamento dos serviços que realizam a atividade através de sazonalidade ou programa de saúde
de vacinação humana. ocupacional, praticada fora do estabelecimento,
destinada a uma população específica em um ambiente
Seção II determinado e autorizada pelos órgãos sanitários
Da abrangência competentes das secretarias estaduais ou municipais de
Art. 2º Esta Resolução se aplica a todos os serviços que saúde;
realizam a atividade de vacinação no país, sejam eles XIII- vacinas: medicamentos imunobiológicos que
públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares. contêm uma ou mais substâncias antigênicas que,
quando inoculadas, são capazes de induzir imunidade
Seção III específica ativa, a fim de proteger contra, reduzir a
Das definições severidade ou combater a(s) doença(s) causada(s) pelo
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as agente que originou o(s) antígeno(s).
seguintes definições:
I- alvará de licenciamento ou equivalente: documento CAPÍTULO II
emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Dos requisitos para o funcionamento do serviço de
Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão vacinação
para a prestação do serviço sob regime de vigilância Seção I
sanitária; Das condições organizacionais
II- ambiente: espaço fisicamente determinado e Art. 4º O estabelecimento que realiza o serviço de
especializado para o desenvolvimento de vacinação deve estar devidamente licenciado para esta
determinada(s) atividade(s), caracterizado por atividade pela autoridade sanitária competente.
dimensões e instalações diferenciadas, podendo Art. 5º O estabelecimento que realiza serviço de
constituir-se de uma sala ou de uma área; vacinação deve estar inscrito e manter seus dados
III- área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos
de uma das faces; de Saúde –CNES.
IV- campanha de Vacinação Pública: constitui Art. 6º O estabelecimento que realiza serviço de
estratégia de vacinação de um determinado número de vacinação deve afixar, em local visível ao usuário, o
pessoas em curto espaço de tempo, com o objetivo do Calendário Nacional de Vacinação do SUS, com a
controle de uma doença de forma intensiva ou a indicação das vacinas disponibilizadas neste calendário.
ampliação das coberturas vacinais para
complementação do trabalho da rotina, promovida por Seção II
órgãos públicos de saúde; Dos recursos humanos
V- Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia Art. 7º O estabelecimento que realiza o serviço de
(CIVP): documento reconhecido internacionalmente, vacinação deve ter um Responsável Técnico e um
que comprova a realização de vacinação ou profilaxia. substituto.
VI- erro de Vacinação: qualquer evento evitável que Art. 8º O serviço de vacinação deve contar com
pode levar ao uso inapropriado de vacinas ou causar profissional legalmente habilitado para desenvolver as
dano a um paciente. Pode estar relacionado à prática

473
atividades de vacinação durante todo o período em que Art. 11 O serviço de vacinação deve realizar o
o serviço for oferecido. gerenciamento de suas tecnologias e processos
Art. 9º Os profissionais envolvidos nos processos de conforme as atividades desenvolvidas e que contemple,
vacinação devem ser periodicamente capacitados pelo minimamente:
serviço nos seguintes temas relacionados à vacina: I- meios eficazes para o armazenamento das vacinas,
I- conceitos básicos de vacinação; garantindo sua conservação, eficácia e segurança,
II- conservação, armazenamento e transporte; mesmo diante de falha no fornecimento de energia
III- preparo e administração segura; elétrica;
IV- gerenciamento de resíduos; II- registro diário da temperatura máxima e da
V- registros relacionados à vacinação; temperatura mínima dos equipamentos destinados à
VI- processo para investigação e notificação de eventos conservação das vacinas, utilizando-se de instrumentos
adversos pós-vacinação e erros de vacinação; devidamente calibrados que possibilitem
VII- Calendário Nacional de Vacinação do SUS monitoramento contínuo da temperatura;
vigente; III- utilização somente de vacinas registradas ou
VIII- a higienização das mãos; e autorizadas pela Anvisa; e
IX- conduta a ser adotada frente às possíveis IV- demais requisitos da gestão de tecnologias e
intercorrências relacionadas à vacinação. processos conforme normas sanitárias aplicáveis aos
Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas serviços de saúde.
contendo data, horário, carga horária, conteúdo Art. 12 O serviço de vacinação deve adotar
ministrado, nome e a formação ou capacitação procedimentos para preservar a qualidade e a
profissional do instrutor e dos profissionais envolvidos integridade das vacinas quando houver necessidade de
nos processos de vacinação. transportá-las.
§ 1º As vacinas deverão ser transportadas em caixas
Seção III térmicas que mantenham as condições de conservação
Da infraestrutura indicadas pelo fabricante.
Art. 10 O estabelecimento que realiza o serviço de § 2º A temperatura ao longo de todo o transporte deve
vacinação deve dispor de instalações físicas adequadas ser monitorada com o registro das temperaturas mínima
para as atividades de vacinação de acordo com a e máxima.
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 50, de 21 Art. 13 Os serviços de vacinação devem garantir
de fevereiro de 2002, ou regulamentação que venha a atendimento imediato às possíveis intercorrências
substituí-la, e devendo ser dotado, no mínimo, dos relacionadas à vacinação.
seguintes itens obrigatórios: Parágrafo único. O serviço de vacinação deve garantir o
I- área de recepção dimensionada de acordo com a encaminhamento ao serviço de maior complexidade
demanda e separada da sala de vacinação; para a continuidade da atenção, caso necessário.
II- sanitário; e Art. 14 A administração de vacinas em
III - sala de vacinação, que deve conter, no mínimo: estabelecimentos privados e que não estejam
a) pia de lavagem; contempladas no Calendário Nacional de Vacinação do
b) bancada; SUS somente serão realizadas mediante prescrição
c) mesa; médica.
d) cadeira; Parágrafo único. A dispensação deve necessariamente
e) caixa térmica de fácil higienização; estar vinculada a administração da vacina.
f) equipamento de refrigeração exclusivo para guarda e
conservação de vacinas, com termômetro de momento Seção V
com máxima e mínima; Dos Registros e Notificações das Vacinações
g) local para a guarda dos materiais para administração Art. 15 Compete aos serviços de vacinação:
das vacinas; I- registrar as informações referentes às vacinas
h) recipientes para descarte de materiais aplicadas no cartão de vacinação e no sistema de
perfurocortantes e de resíduos biológicos; informação definido pelo Ministério da Saúde;
i) maca; e II- manter prontuário individual, com registro de todas
j) termômetro de momento, com máxima e mínima, as vacinas aplicadas, acessível aos usuários e
com cabos extensores para as caixas térmicas. autoridades sanitárias;
§ 1º Em situações de urgência, emergência e em caso de III- manter no serviço, acessíveis à autoridade sanitária,
necessidade, a aplicação de vacinas pode ser realizada documentos que comprovem a origem das vacinas
no ponto de assistência ao paciente. utilizadas;
§ 2º O equipamento de refrigeração para guarda e IV- notificar a ocorrência de eventos adversos pós-
conservação de vacinas deve estar Regularizado perante vacinação (EAPV) conforme determinações do
a Anvisa. Ministério da Saúde;
V- notificar a ocorrência de erros de vacinação no
Seção IV sistema de notificação da Anvisa; e
Do gerenciamento de tecnologias e dos processos

474
VI- investigar incidentes e falhas em seus processos que adequações necessárias para o cumprimento dos
podem ter contribuído para a ocorrência de erros de requisitos estabelecidos nesta norma.
vacinação. Parágrafo único. O prazo para adequação ao requisito
Art. 16 – No cartão de vacinação deverão constar, de disposto no § 2º, art. 10 será de 02 (dois anos), contados
forma legível, no mínimo as seguintes informações: a partir da data de publicação desta Resolução.
I- dados do vacinado (nome completo, documento de
Art. 23 Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em
identificação, data de nascimento);
vigor na data de sua publicação.
II- nome da vacina;
III- dose aplicada;
IV- data da vacinação; JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.
V- número do lote da vacina;
VI- nome do fabricante;
VII- identificação do estabelecimento;
VIII- identificação do vacinador; e
IX- data da próxima dose, quando aplicável.

Seção VI
Da realização de Vacinação Extramuros por Serviços
Privados
Art. 17 Os serviços de vacinação privados podem
realizar vacinação extramuros mediante autorização da
autoridade sanitária competente.
§ 1º A atividade de vacinação extramuros deve observar
todas as diretrizes desta Resolução relacionadas aos
recursos humanos, ao gerenciamento de tecnologias e
processos, e aos registros e notificações.
§ 2º A atividade de vacinação extramuros deve ser
realizada somente por estabelecimento de vacinação
licenciado.

Seção VI
Da Emissão de Certificado Internacional de Vacinação
ou Profilaxia (CIVP)
Art 18 O serviço de vacinação poderá emitir o CIVP.
Parágrafo único. O serviço de vacinação deverá ser
credenciado pela Anvisa para a emissão do CIVP.
Art. 19 A emissão do CIVP deverá seguir os padrões
definidos pela ANVISA.
§ 1º A emissão do CIVP deverá ser realizada de forma
gratuita.
§ 2º A emissão do CIVP deverá ser registrada em
sistema de informação estabelecido pela ANVISA.

CAPÍTULO III
Das Disposições Finais ou Transitórias
Art. 20 As vacinações realizadas pelos serviços de
vacinação serão consideradas válidas para fins legais
em todo o território nacional.
Art. 21 O descumprimento das disposições contidas
nesta resolução e no regulamento por ela aprovado
constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437,
de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 22 Os serviços de vacinação que se encontram, no
momento da publicação desta Resolução da Diretoria
Colegiada, com licença vigente para esta atividade terão
o prazo de 06 (seis) meses, contados a partir da data de
publicação desta Resolução, para promover as

475
RDC Nº 200, DE 26/12/2017. II - biodisponibilidade - indica a velocidade e a
extensão de absorção de um
Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação princípio ativo proveniente de uma forma farmacêutica,
do registro de medicamentos com princípios ativos a partir de sua curva concentração/tempo na circulação
sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, sistêmica ou sua excreção na urina, medida com base no
genéricos e similares, e dá outras providências. pico de exposição e na magnitude de exposição ou
exposição parcial;
(Publicada no DOU nº 248, de 28 de dezembro de 2017) III - biodisponibilidade relativa - comparação da
(Republicada no DOU nº 20, de 29 de janeiro de 2018) biodisponibilidade de dois produtos sob um mesmo
Alterada pela RDC Nº 361, de 27 de março de 2020, desenho experimental;
vigência a partir de 03.08.2020 IV - bioequivalência - consiste na demonstração de
biodisponibilidades equivalentes entre produtos, quando
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de estudados sob um mesmo desenho experimental;
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe V - biolote - lote utilizado para comprovação de
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da equivalência farmacêutica e bioequivalência;
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, V-A - Carta de Adequação de Dossiê de Insumo
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos Farmacêutico Ativo (CADIFA): instrumento
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC administrativo que atesta a adequação do Dossiê de
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a Insumo Farmacêutico Ativo (DIFA) – Redação dada
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme pela RDC 361/2020
deliberado em reunião realizada em 12 de dezembro de VI - Certificado de boas práticas de fabricação (CBPF) -
2017, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua documento emitido pela Anvisa atestando que
publicação: determinado estabelecimento cumpre com as Boas
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que Práticas de Fabricação dispostas na legislação sanitária
estabelece os requisitos mínimos para a concessão e em vigor (Resolução RDC nº 39, de 14/08/2013);
renovação do registro de medicamentos com princípios VII - Código ATC (Anatomical Therapeutic Chemical)
ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como - sigla utilizada para a classificação Anatômica
novos, genéricos e similares, nos termos desta Terapêutica Química dos fármacos em diferentes grupos
Resolução. e subgrupos, de acordo com o órgão ou sistema sobre o
qual atuam e segundo as suas propriedades químicas,
CAPÍTULO I farmacológicas e terapêuticas (OMS, 2013);
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS VIII - controle de qualidade - conjunto de medidas
destinadas a garantir, a qualquer momento, a produção
Seção I Objetivo de lotes de medicamentos que satisfaçam às normas de
Art. 2º Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer atividade, pureza, eficácia e inocuidade;
os critérios e a documentação mínima necessária para a IX - Denominação Comum Brasileira (DCB) -
concessão e renovação do registro de medicamentos nomenclatura genérica atribuída aos insumos
com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, farmacêuticos, de acordo com a relação estabelecida
classificados como novos, genéricos e similares, pela Farmacopéia Brasileira;
visando garantir a qualidade, segurança e eficácia destes IX-A - Dossiê de Insumo Farmacêutico Ativo (DIFA):
medicamentos. conjunto de documentos
Seção II administrativos e técnicos de um insumo farmacêutico
Abrangência ativo; – Redação dada pela RDC 361/2020
Art. 3º Este Regulamento se aplica a todos os X - embalagem - invólucro, recipiente ou qualquer
medicamentos com princípios ativos sintéticos e forma de acondicionamento,
semissintéticos, classificados como novos, genéricos e removível ou não, destinada a cobrir, empacotar,
similares, com exceção dos regidos por legislação envasar, proteger ou manter, especificamente ou não,
específica vigente. medicamentos (Lei nº 6.360, de 23/09/1976, e
Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009);
Seção III XI - embalagem primária - embalagem que mantém
Definições contato direto com o medicamento (Resolução RDC nº
Art. 4º Para efeito desta Resolução são adotadas as 71, de 22/12/2009);
seguintes definições: XII - embalagem secundária - embalagem externa do
I - acessório - complemento destinado a dosar, conduzir produto, que está em contato
ou executar a administração da forma farmacêutica ao com a embalagem primária ou envoltório intermediário,
paciente, comercializado dentro da embalagem podendo conter uma ou mais embalagens primárias
secundária, junto com o medicamento e sem o contato (Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009);
direto com a forma farmacêutica (Resolução RDC nº XIII - embalagem secundária funcional - aquela que
31, de 11/08/2010); oferece proteção adicional ou
serve para liberar a dose do produto;

476
XIV - envoltório intermediário - embalagem opcional definida da produção, caracterizada pela
que está em contato com a embalagem primária e homogeneidade (Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010);
constitui um envoltório ou qualquer outra forma de XXII - lote piloto - lote de produto farmacêutico
proteção removível, podendo conter uma ou mais produzido por um processo representativo e reprodutivo
embalagens primárias, conforme aprovação da Anvisa de um lote de produção em escala industrial (Instrução
(Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009); Normativa IN nº 02, de 30/03/2009);
XV - Estudo de Equivalência Farmacêutica - conjunto XXIII - matérias-primas - substâncias ativas ou inativas
de ensaios físico-químicos, quando aplicáveis, que se empregam na
microbiológicos e biológicos, que comprovam que dois fabricação de medicamentos, tanto as que permanecem
medicamentos são equivalentes farmacêuticos inalteradas quanto as passíveis de sofrer modificações
(Resolução RDC nº 31, de 11/08/2010); (Lei nº 6.360, de 23/09/1976);
XVI - equivalentes farmacêuticos - medicamentos que XXIV - medicamento - produto farmacêutico,
possuem mesma forma tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
farmacêutica, mesma via de administração e mesma profilática, curativa, paliativa ou para fins de
quantidade da mesma substância diagnóstico (Lei nº 5.991,
ativa, isto é, mesmo sal ou éster da molécula de 17/12/1973);
terapêutica, podendo ou não conter excipientes XXV - medicamento de referência - produto inovador
idênticos, desde que bem estabelecidos para a função registrado no órgão federal responsável pela vigilância
destinada; Devem cumprir com os mesmos requisitos da sanitária e comercializado no País, cuja eficácia,
monografia individual da Farmacopeia Brasileira, segurança e qualidade foram comprovadas
preferencialmente, ou com os de outros compêndios cientificamente junto ao órgão federal competente, por
oficiais, normas ou regulamentos específicos ocasião do registro (Lei nº 9.787, de 10/02/1999);
aprovados/referendados pela Anvisa ou, na ausência XXVI - medicamento genérico - medicamento similar a
desses, com outros padrões de qualidade e desempenho. um produto de referência ou inovador, que se pretende
Formas farmacêuticas de liberação modificada que ser com este intercambiável, geralmente produzido após
requerem reservatório ou excesso podem conter ou não a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de
a mesma quantidade da substância ativa, desde que outros direitos de exclusividade, comprovada a sua
liberem quantidades idênticas da mesma substância eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB
ativa em um mesmo intervalo posológico (Resolução ou, na sua ausência, pela DCI (Lei nº 9.787, de
RDC nº 31, de 11/08/2010); 10/02/1999);
XVII - formulações proporcionais - formulações de XXVII - medicamento similar - aquele que contém o
medicamentos em que todos os componentes da mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a
formulação estão exatamente na mesma proporção em mesma concentração, forma farmacêutica, via de
todas as diferentes administração, posologia e indicação terapêutica, e que
dosagens ou a razão entre os excipientes e o peso total é equivalente ao medicamento registrado no órgão
da formulação estiver dentro dos limites para alteração federal responsável pela vigilância sanitária, podendo
moderada de excipientes, estabelecidos na legislação diferir somente em características relativas ao tamanho
específica vigente para o pós-registro de medicamentos; e forma do produto, prazo de validade, embalagem,
XVIII - inovação radical - desenvolvimento de nova rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser
molécula não registrada no país; identificado por nome comercial ou marca; (Medida
XIX - inovação incremental - desenvolvimento de Provisória nº 2.190-34, de 2001);
melhorias em relação a um medicamento já registrado XXVIII - medicamento novo - medicamento com
no país; Insumo Farmacêutico Ativo - IFA novo no país;
XX - insumo farmacêutico ativo (IFA) - qualquer XXIX - medicamento inovador - medicamento com
substância introduzida na formulação de uma forma inovação incremental, com desenvolvimento de
farmacêutica que, quando administrada em um paciente, melhorias em relação a um medicamento já registrado
atua como ingrediente ativo. Tais substâncias podem no país, incluindo novos sais, isômeros ou mistura de
exercer atividade farmacológica ou outro efeito direto isômeros, ésteres ou éteres de moléculas anteriormente
no diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de uma registradas;
doença, podendo ainda afetar a estrutura e XXX - nome de medicamento - é a designação do
funcionamento do organismo humano; (Resolução RDC produto farmacêutico tecnicamente elaborado, para
nº 17, de 16/04/2010 e Resolução RDC nº 45, de distingui-lo de outros, ainda que do mesmo detentor do
09/08/2012); registro;
XXI - lote - quantidade definida de matéria-prima, XXXI - número do lote - designação impressa na
material de embalagem ou produto processado em um etiqueta de um medicamento e de produtos abrangidos
ou mais processos, cuja característica essencial é a pela Lei nº 6.360, de 23/09/1976, que permita
homogeneidade. Às vezes pode ser necessário dividir identificar o lote ou a partida a que pertençam e, em
um lote em sub-lotes, que serão depois agrupados para caso de necessidade, localizar e rever todas as
formar um lote final homogêneo. Em fabricação operações de fabricação e inspeção praticadas durante a
contínua, o lote deve corresponder a uma fração produção (Lei nº 6.360, de 23/09/1976);

477
XXXII - produto a granel - qualquer produto que tenha aquele referente ao tamanho de lote utilizado para
passado por todas as etapas comprovação de segurança e eficácia. A Anvisa poderá
de produção, sem incluir o processo de embalagem. Os considerar, para aprovação do registro, um tamanho de
produtos estéreis em sua lote diferente do descrito no caput deste artigo, desde
embalagem primária são considerados produto a granel que seja apresentado o histórico de alterações de
(Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010); formulações, processos produtivos, tamanhos de lotes e
XXXIII - produto terminado - produto que tenha locais de fabricação realizadas ao longo do
passado por todas as etapas de desenvolvimento clínico e os resultados dos estudos de
produção, incluindo rotulagem e embalagem final comparabilidade realizados com o medicamento que se
(Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010); pretende registrar.
XXXIV - produto intermediário - produto parcialmente Art. 9º Caso a empresa solicite concomitantemente ao
processado contendo o IFA registro a inclusão de mais de um local de fabricação do
e que deve ser submetido a etapas subsequentes de medicamento ou mais de um local de fabricação do
fabricação antes de se tornar um produto a granel insumo farmacêutico ativo (IFA), deverá apresentar
(Adaptado da Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010). toda a documentação e provas adicionais exigidas na
legislação específica vigente de alterações pós-registro.
CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Parágrafo único. Para os casos em que a legislação
Art. 5º Todos os documentos deverão ser encaminhados específica vigente de alterações pós-registro solicitar a
por via impressa numerada e rubricada em todas as apresentação de protocolo de estudos de estabilidade,
folhas. para o registro deverá ser apresentado o estudo
§ 1º A documentação deverá ser apresentada de acordo acelerado completo e o de longa duração em
com a ordem disposta nesta Resolução, acompanhada andamento.
de índice com numeração das respectivas páginas das Art. 10. Os medicamentos novos e similares deverão
documentações. adotar obrigatoriamente nome de medicamento,
§ 2º O solicitante do registro deverá adicionar à conforme legislação específica vigente. Art. 11. As
documentação impressa, mídia eletrônica contendo apresentações do medicamento a serem registradas
arquivo em formato PDF, que permita a realização de deverão estar de acordo com o regime posológico e a
busca textual e cópia, com todos os requisitos do caput indicação terapêutica do medicamento.
deste artigo. Art. 12. A Anvisa poderá, a seu critério e mediante
§ 3º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos justificativa técnica, exigir provas adicionais de
casos de submissão em meio eletrônico. qualidade de medicamentos e requerer novos estudos
Art. 6º Os documentos oficiais em idioma estrangeiro para comprovação de qualidade, segurança e eficácia.
usados para fins de registro, expedidos pelas § 1º A Anvisa poderá solicitar à empresa os dados
autoridades sanitárias, deverão ser acompanhados de brutos dos ensaios clínicos e não clínicos, assim como
tradução juramentada na forma da lei. os dados de qualidade do medicamento.
Art. 7º Para efeito do disposto neste Regulamento, § 2º A exigência de provas adicionais poderá ocorrer
existindo legislação ou guias específicos, estes deverão mesmo após a concessão do registro.
ser atendidos e as respectivas provas deverão ser Art. 13. Nos casos dispostos na norma em que for
apresentadas. solicitada a apresentação de Plano ou Relatório de
Parágrafo único. A Anvisa poderá requerer, a seu Farmacovigilância, ou Plano de Minimização de Risco,
critério e mediante justificativa técnica, testes e ou o Sumário Executivo referente ao período de cinco
documentos que deverão ser apresentados nos casos não anos do Relatório Periódico de Farmacovigilância, a
previstos nesta Resolução, ou que não satisfaçam a documentação deverá ser protocolada por meio de
algum dos quesitos especificados. expediente direcionado à área da Anvisa responsável
Art. 8º O tamanho de lote a ser registrado será referente pela farmacovigilância de medicamentos, após o
ao lote utilizado para a comprovação de segurança e peticionamento da solicitação de registro ou renovação.
eficácia demonstradas através de equivalência Art. 14. O relatório de ensaios clínicos, quando
farmacêutica, bioequivalência e estudos clínicos, solicitado, deverá conter, além do disposto nos
conforme o caso. requisitos específicos, as seguintes informações:
§ 1º O tamanho de lote a ser considerado para I - referências bibliográficas, quando disponíveis;
aprovação do registro dos medicamentos genéricos e II - todas as informações clínicas disponíveis,
similares deverá ter como referência o tamanho de lote favoráveis e desfavoráveis ao medicamento em estudo.
utilizado para comprovação de equivalência Art. 14-A. O solicitante do registro é responsável pela
farmacêutica e bioequivalência. Será permitida a qualidade do IFA utilizado na fabricação do
aprovação de uma faixa para tamanho de lote industrial, medicamento – Redação dada pela RDC 361/2020
desde que toda a documentação e provas exigidas sejam
apresentadas conforme legislação específica vigente de CAPÍTULO III
alterações pós-registro. DOS REQUISITOS GERAIS PARA O REGISTRO
§ 2º O tamanho de lote a ser considerado para Seção I
aprovação do registro de medicamento novo deverá ser

478
Das Medidas Antecedentes ao Registro de Art. 21. O pedido de registro de medicamento nos
Medicamento Novo termos desta Resolução deverá ser individualizado por
Art 15. Todos os estudos clínicos conduzidos em forma farmacêutica.
território nacional para fins de registro devem seguir a Parágrafo único. Para os medicamentos genéricos e
legislação específica vigente para pesquisa clínica. similares em que as diferentes concentrações para a
Parágrafo único. A aprovação prévia do mesma forma farmacêutica tiverem diferentes
desenvolvimento clínico conduzido em território medicamentos de referência eleitos o processo deverá
nacional é obrigatória para a utilização dos resultados ser o mesmo.
para fins de registro. Art. 22. Todas as petições protocoladas deverão estar
Art. 16. O solicitante do registro deverá solicitar para a acompanhadas dos seguintes documentos:
Farmacopéia Brasileira a inclusão do IFA e excipiente I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente
na lista da Denominação Comum Brasileira (DCB) caso preenchidos e assinados;
esse ainda não esteja presente na lista. Seção II Das II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização
Medidas Antecedentes ao Registro de Medicamento de Vigilância Sanitária - TFVS e respectiva Guia de
Inovador Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o
Art 17. Todos os estudos clínicos conduzidos em caso;
território nacional para fins de registro devem seguir a III - modelo de texto de bula;
legislação específica vigente para pesquisa clínica. IV - layout das embalagens primária e secundária de
Parágrafo único. A aprovação prévia do cada apresentação do medicamento, referente a cada
desenvolvimento clínico conduzido em território local de fabricação;
nacional é obrigatória para a utilização dos resultados V - cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação
para fins de registro. (CBPF) válido emitido pela Anvisa, para a linha de
Art. 18. Todos os registros a serem peticionados por produção na qual o medicamento, objeto de registro,
meio das categorias descritas na Seção VII e VIII do será fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de
Capítulo V deverão encaminhar o Protocolo contendo o solicitação de inspeção para fins de emissão do
Racional Clínico para Provas de Segurança e Eficácia certificado de BPFC; e
para avaliação prévia da Anvisa. § 1º No caso de existir mais de um local de fabricação
ou de etapas de produção, deverá ser apresentado a
Seção III documentação descrita no inciso V para cada empresa
Das Medidas Antecedentes ao Registro de envolvida na cadeia produtiva do medicamento.
Medicamento Genérico e Similar § 2º Para os casos em que a Anvisa e a autoridade
Art. 19. O solicitante do registro deverá consultar a lista reguladora competente do país fabricante do
de medicamentos de referência disponível no portal da medicamento em questão concluírem pela equivalência
Anvisa, para verificar se há medicamento de referência das medidas e controles aplicados para a comprovação
eleito na concentração e forma farmacêutica para o de boas práticas de fabricação, poderá ser apresentado
medicamento que se pretende registrar. documento de comprovação de boas práticas emitido
Parágrafo único. Na ausência de medicamento de pelo órgão responsável pela Vigilância Sanitária do país
referência eleito, deve ser protocolada junto à Anvisa fabricante.
solicitação de eleição de medicamento de referência, § 3º Para os produtos intermediários poderá ser
conforme legislação específica vigente. apresentado documento de comprovação de boas
Art. 20. Não serão admitidos para fins de registro como práticas de fabricação emitido pelo órgão responsável
medicamento genérico ou similar: pela Vigilância Sanitária do país fabricante.
I - produtos biológicos, imunoterápicos, derivados do § 4º No caso de produtos importados a cópia do
plasma e sangue humano; protocolo de solicitação de inspeção para fins de
II - medicamentos fitoterápicos; emissão do certificado de BPFC deverá ser
III - medicamentos específicos; acompanhada de cópia de documento de comprovação
IV - medicamentos dinamizados; de boas práticas de fabricação de produtos
V - medicamentos de notificação simplificada; farmacêuticos por linha de produção válido, emitido
VI - antissépticos de uso hospitalar; pelo órgão responsável pela Vigilância Sanitária do país
VII - produtos com fins diagnósticos e contrastes fabricante.
radiológicos; § 5º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão
VIII- radiofármacos; do pedido de registro, mas impedirá sua aprovação.
IX - gases medicinais; e Art. 23. Além do rol de documentos contidos no art. 22,
X - outras classes de medicamentos que venham a para os medicamentos importados, deverá ser informada
possuir legislação específica para a fase do medicamento a importar como produto
seu registro. terminado, produto a granel ou na embalagem primária.
Parágrafo único. Para medicamento novo, deverão ser
Seção IV Da Documentação Administrativa apresentadas, quando disponíveis, as informações sobre
eventuais compromissos assumidos junto a outras
agências quanto à realização de estudos

479
complementares de segurança clínica, eficácia clínica, Subseção II
farmacologia clínica ou toxicologia não-clínica. A não Do Medicamento
apresentação destas informações não impedirá a – Redação dada pela RDC 361/2020
submissão do pedido de registro.
Art. 24. No ato do protocolo de pedido de registro de
Seção V um medicamento, o solicitante do registro deverá
Da Documentação Técnica da Qualidade apresentar relatório técnico contendo as seguintes
Subseção I informações:
Do Insumo Farmacêutico Ativo I - sobre o desenvolvimento da formulação:
– Redação dada pela RDC 361/2020 a) resumo sobre o desenvolvimento da formulação,
Art. 23-A No ato do protocolo de pedido de registro do levando em consideração a via de administração e
medicamento, o solicitante do registro deverá apresentar utilização, assim como o sistema de embalagem; b)
as seguintes informações referentes ao IFA: informações sobre a compatibilidade do IFA com os
I - carta do detentor do DIFA, em nome do solicitante excipientes, características físico-químicas principais do
do registro de medicamento e com o número de IFA que possam influenciar na performance do produto
referência do DIFA, autorizando o uso do DIFA como terminado; c) documentos com os detalhes de
parte da análise do medicamento objeto da petição de fabricação, caracterização e controles com referência
registro; bibliográfica para suportar os dados de segurança para
II - declaração assinada pelo responsável técnico ou excipientes usados pela primeira vez em um
pessoa por ele designada atestando que a fabricação do medicamento ou em uma nova via de administração; d)
IFA é conduzida de acordo as boas práticas de dados e discussão sobre a avaliação de eficácia do
fabricação de IFA, a partir da introdução dos materiais sistema conservante utilizado na formulação; e e)
de partida. A declaração deve ser baseada em auditoria justificativa no caso de excesso de ativo.
de boas práticas de fabricação conduzida nos termos da II - sobre o produto terminado: a) descrição detalhada
Resolução de Diretoria Colegiada - RDC que dispõe sobre a fórmula completa, designando os componentes
sobre as diretrizes gerais de boas práticas de fabricação conforme a Denominação Comum Brasileira (DCB); b)
de medicamentos; informação sobre a quantidade de cada componente da
III - número do expediente do pedido de CBPF de IFA, fórmula e suas respectivas funções, incluindo os
conforme Resolução de Diretoria Colegiada - RDC que componentes da cápsula, e indicação das respectivas
dispõe sobre a certificação de boas práticas de referências de especificações de qualidade descritas na
fabricação de IFA; Farmacopeia Brasileira ou em outros códigos oficiais
IV - quando houver restrição de confidencialidade do autorizados pela legislação específica vigente; c)
DIFA, declaração do responsável técnico do solicitante descrição detalhada sobre a proporção qualitativa e
de registro ou pessoa por ele designada de que o quantitativa dos produtos intermediários utilizados na
solicitante do registro tem posse da parte aberta; fórmula do produto terminado; e d) justificativa quanto
V - para IFA estéril, descrição e validação do processo à presença de sulco no comprimido com os devidos
de esterilização do IFA, quando não realizadas sob testes.
responsabilidade do detentor do DIFA; e III - sobre a produção do produto terminado: a) dossiê
VI - descrição das etapas físicas (micronização, de produção referente a 1 (um) lote; b) nome e
moagem, tamização, liofilização), quando não responsabilidade de cada fabricante incluindo
realizadas sob responsabilidade do detentor do DIFA. terceirizados e cada local de fabricação proposto
§ 1º Cabe ao solicitante de registro avaliar a envolvido na produção e nos testes a serem realizados,
adequabilidade da especificação do IFA à dose máxima incluindo controle de qualidade e estudos de
diária, via de administração e forma farmacêutica do estabilidade acelerado e de longa duração; c)
medicamento objeto do registro. fluxograma com as etapas do processo de fabricação
§ 2º A concessão de registro do medicamento será mostrando onde os materiais entram no processo,
condicionada a CBPF de IFA e CADIFA válidos. identificando os pontos críticos do processo e os pontos
§ 3º Caso o detentor do DIFA já disponha de CADIFA, de controle, testes intermediários e controle do produto
o solicitante de registro deverá apresentar, em final; d) informação sobre tamanhos de lotes do produto
substituição à documentação do inciso I, cópia da terminado, descrição das etapas do processo de
CADIFA, com a declaração de acesso preenchida pelo fabricação, incluindo todos os parâmetros utilizados, do
detentor do DIFA em nome do solicitante do registro controle em processo e dos produtos intermediários; e)
do medicamento. lista dos equipamentos envolvidos na produção,
§ 4º Para IFA que não se enquadra no escopo da identificados por princípio de funcionamento (classe) e
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC que institui o desenho (subclasse) com suas respectivas capacidades;
DIFA e a CADIFA, em substituição aos documentos f) controle das etapas críticas com a informação sobre
solicitados no caput, deverá ser apresentada os testes e critérios de aceitação realizados nos pontos
documentação requerida em norma específica, críticos identificados no processo de fabricação, além
conforme aplicável. dos controles em processo; e g) relatório sumário da
validação do processo de fabricação, incluindo lotes,

480
definição das etapas críticas de fabricação com as apresentado para a maior e menor concentração, desde
respectivas justificativas, parâmetros avaliados, e que as formulações sejam qualitativamente iguais,
indicação dos resultados obtidos e conclusão. sejam proporcionais e sejam fabricadas no mesmo local
IV - sobre o controle de qualidade das matérias-primas: e com mesmo processo produtivo.
a) especificações, métodos analíticos e laudo analítico § 6º Em cumprimento à alínea "c" do inciso IV, deve
para os excipientes, acompanhados de referência ser enviada justificativa das especificações e dos
bibliográfica, feitos pelo fabricante do medicamento; b) métodos analíticos com as respectivas validações para
informações adicionais para os excipientes de origem IFA não farmacopeico.
animal de acordo com a legislação específica vigente § 7º Em cumprimento ao inciso V, além dos
sobre controle da Encefalopatia Espongiforme dispositivos anteriores, as empresas que pretendam
Transmissível; e c) especificações, métodos analíticos e importar medicamentos terão que apresentar
laudo analítico para o insumo farmacêutico ativo, metodologia e laudo analítico de controle de qualidade
acompanhados de referência bibliográfica, realizados físico-química, química, microbiológica e biológica e
pelo fabricante do medicamento. respectivas validações, realizados pelo importador, de
V - sobre o controle de qualidade do produto terminado: acordo com a forma farmacêutica do produto acabado,
a) especificações, métodos analíticos e laudo de análise, granel ou na embalagem primária.
acompanhados de referência bibliográfica, incluindo § 8º Em cumprimento ao inciso VIII, deve ser
relatórios de validação de método analítico; e b) gráfico apresentado o respectivo número de registro para
do perfil de dissolução, quando aplicável. VI - sobre a solução diluente/reconstituinte que acompanhar o
embalagem primária e embalagem secundária medicamento a ser registrado.
funcional: a) descrição do material de embalagem; e b) § 9º Em cumprimento ao inciso VIII, na hipótese de a
relatório com especificações, método analítico e solução diluente/reconstituinte não ter sido registrada na
resultados do controle de qualidade de embalagem. VII Anvisa, a empresa deverá apresentar documentação
- sobre o envoltório intermediário: descrição do material conforme legislação específica vigente.
de constituição do envoltório intermediário e suas § 10. Em cumprimento ao inciso VIII, o acessório
especificações; VIII - sobre os acessórios que deverá obrigatoriamente estar em quantidade e
acompanham o medicamento em sua embalagem graduação adequadas considerando sua posologia,
comercial: descrição do material de constituição do quando aplicável.
acessório e suas especificações; e § 11. Com relação ao prazo de validade disposto na
IX - sobre os estudos de estabilidade do produto alínea "a" do inciso IX, no caso do produto a granel
terminado: a) relatório com os resultados dos estudos de importado, o prazo deverá ser contado a partir da data
estabilidade acelerada e de longa duração conduzidos de sua fabricação no exterior e não da data de
com 3 (três) lotes, protocolos usados, incluindo embalagem aqui no Brasil, respeitando-se o prazo de
conclusões com relação aos cuidados de conservação e validade registrado na Anvisa." (NR- RDC 361/2020)
prazo de validade; b) resultados de estudos de
estabilidade para medicamentos que, após abertos ou
preparados, possam sofrer alteração no seu prazo de CAPÍTULO IV
validade original ou cuidado de conservação original; e DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA O
c) resultados do estudo de fotoestabilidade ou REGISTRO DE MEDICAMENTO
justificativa técnica para a isenção do estudo; NOVO
§ 1º Em cumprimento à alínea b do inciso I, na hipótese Seção I
de associações, deve-se apresentar discussão sobre a Do Registro de Medicamento Novo
compatibilidade entre os ativos e entre estes e os Art. 25. Esta seção se refere ao registro de medicamento
excipientes. com Insumo Farmacêutica
§ 2º Em cumprimento ao inciso I, para os medicamentos Ativo novo - IFA.
genéricos e similares deve ser enviado o relatório de Art. 26. A petição de registro descrita nesta seção, além
desenvolvimento do método de dissolução, conforme da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
legislação específica vigente. III, deverá estar acompanhada de:
§ 3º Em cumprimento à alínea "a" do inciso II, na I - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
ausência da DCB para algum excipiente utilizado na específico, contendo: a) relatório de ensaios não-
formulação, apresentar o protocolo de solicitação de clínicos; e b) relatório de ensaios clínicos fase I, II e III.
inclusão na lista da DCB ou a justificativa de ausência II - plano de Farmacovigilância, de acordo com a
emitida pela Farmacopeia Brasileira. legislação específica vigente.
§ 4º As informações explicitadas nos incisos II e III e § 1º Em situações específicas relacionadas à segurança,
suas alíneas devem ser apresentadas conforme disposto um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
no Anexo I. (não disponibilizado, consultar norma no de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância
site da ANVISA) disposto no inciso II.
§ 5º Em cumprimento à alínea "a" do inciso III, nos § 2º No caso de medicamentos comercializados em
casos em que a solicitação de registro se referir a mais outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
de uma concentração, o dossiê de produção deverá ser

481
registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do 1. associações com as mesmas doses dos IFAs tenham
medicamento. um efeito aditivo ou sinérgico sem aumento dos riscos
Art. 27. A empresa poderá apresentar, quando comparados com cada IFA isoladamente ou
excepcionalmente, o relatório de ensaios clínicos com combinações entre eles com um número menor de
contendo estudos de fase II concluídos e estudos de fase IFAs; ou
III iniciados com vistas a requerer o registro de 2. a associação com dose menor de pelo menos um dos
medicamento novo destinado à prevenção ou tratamento IFAs obtenha o mesmo benefício com riscos iguais ou
de doenças de grave ameaça à vida ou altamente menores quando comparados com uma associação com
debilitantes, desde que seja demonstrada para ambos os doses conhecidas.
casos como necessidade médica não atendida Parágrafo III - Plano de Farmacovigilância adequado à nova
único. Em casos específicos nos quais os estudos de associação em dose fixa, de acordo com a legislação
fase III não sejam aplicáveis e os estudos de fase II específica vigente.
sejam suficientes para comprovação da eficácia e §1º O relatório de eficácia e segurança deve incluir
segurança do medicamento, a empresa poderá submeter informações acerca das interações farmacocinéticas e
o pedido de registro após a conclusão dos estudos de farmacodinâmicas entre os IFAs que compõem a
fase II. associação.
CAPÍTULO V DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS § 2º Em situações específicas relacionadas à segurança,
PARA O REGISTRO DE MEDICAMENTO um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
INOVADOR de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância
Seção I Do Registro de Nova Associação Art. 28. Esta disposto no inciso III.
seção se refere ao registro de medicamento composto § 3º No caso de medicamentos comercializados em
por uma nova combinação de dois ou mais IFAs já outros países, deverá ser apresentado Relatório de
registrados no país em: Farmacovigilância atualizado do medicamento.
I - uma razão fixa de doses em uma mesma unidade
farmacotécnica doravante denominada associação em Seção III Do Registro de Nova Forma Farmacêutica
dose fixa; ou Art. 31. Esta seção se refere ao registro de nova forma
II - uma razão fixa de doses em diferentes unidades farmacêutica no país, para um medicamento já
farmacotécnicas em uma mesma embalagem, para uso registrado.
concomitante ou sequencial, doravante denominada kit. Art. 32. A petição de registro descrita nesta seção, além
Parágrafo único. Nos casos em que um ou mais IFAs, da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
ou novos sais, isômeros ou mistura de isômeros, ésteres, III, deverá estar acompanhada de:
éteres, complexos ou derivados deste(s) IFA(s) que I - justificativa técnica;
compõem a associação não for(em) registrada(s) no II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
país, a petição de registro dessa associação deverá específico, contendo os resultados de estudos clínicos
cumprir os mesmos requisitos previstos para o registro de fase III e fase I e II, se aplicável; e
de medicamento novo. III - plano de Farmacovigilância adequado à nova forma
Art. 29. O registro de novas associações na forma de kit farmacêutica, de acordo com a legislação específica
será permitido apenas quando: vigente.
I - for farmacotecnicamente justificada a § 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos
impossibilidade de se registrar uma associação em dose de fase II e III podem ser substituídos por prova de
fixa em qualquer forma farmacêutica e houver claro biodisponibilidade relativa quando o medicamento
benefício do kit para saúde pública ou proposto estiver dentro da faixa terapêutica aprovada.
II - for farmacotecnicamente justificada a § 2º Em situações específicas relacionadas à segurança,
impossibilidade de se registrar uma associação em dose um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
fixa em qualquer forma farmacêutica e o kit demonstre de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
aumento de adesão ao tratamento e a relevância clínica § 3º No caso de medicamentos comercializados em
desse aumento tenha sido adequadamente investigada e outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
comprovada para a população alvo. registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do
Seção II Do Registro de Nova Associação em Dose medicamento.
Fixa Seção IV Do Registro de Nova Concentração
Art. 30. A petição de registro descrita nesta seção, além Art 33. Esta seção se refere ao registro de nova
da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo concentração no país para um medicamento registrado
III, deverá estar acompanhada de: na mesma forma farmacêutica.
I - justificativa técnica da racionalidade da associação; e Art. 34. A petição de registro descrita nesta seção, além
II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia da documentação citada
específico, contendo: a) ensaios não-clínicos, quando nas Seções IV e V do Capítulo III, deverá estar
aplicável; b) ensaios clínicos de fase I e II, quando acompanhada de:
aplicável, e estudos de fase III para cada indicação I - justificativa técnica;
terapêutica, provando que: II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
específico, contendo os

482
resultados de estudos clínicos de fase III e fase I e II, se II - relatório de segurança e eficácia de acordo com o
aplicável; e guia específico, contendo os resultados de estudos
III - plano de Farmacovigilância adequado à nova clínicos de fase III e fase I e II, se aplicável; e.
concentração, de acordo com a III - plano de Farmacovigilância adequado à nova
legislação específica vigente. indicação terapêutica, de acordo com a legislação
§ 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos específica vigente.
de fase II e III podem ser substituídos por prova de § 1º Em situações específicas relacionadas à segurança,
biodisponibilidade relativa quando o medicamento um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
proposto estiver dentro da faixa terapêutica aprovada. de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
§ 2º Em situações específicas relacionadas à segurança, § 2º No caso de medicamentos comercializados em
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância. registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do
§ 3º No caso de medicamentos comercializados em medicamento.
outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do Seção VII Do Registro de Medicamento com
medicamento. Mesmo(s) IFA(s) de Medicamento Novo já
Registrado
Seção V Art. 39. Esta seção se refere ao registro de um
Do Registro de Nova Via de Administração medicamento no caso em que já exista medicamento
Art. 35. Esta seção se refere ao registro de nova via de novo registrado com o(s) mesmo(s) IFA(s).
administração no país para Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se
um medicamento já registrado na mesma forma aplica aos medicamentos enquadrados como genéricos e
farmacêutica, mesma concentração e similares para os quais haja viabilidade técnica para a
mesma indicação terapêutica. realização de equivalência farmacêutica e estudo de
Art. 36. A petição de registro descrita nesta seção, além biodisponibilidade relativa (bioequivalência) para
da documentação citada comprovação de eficácia e segurança do medicamento.
nas Seções IV e V do Capítulo III, deverá estar Art. 40. A petição de registro descrita nesta seção, além
acompanhada de: da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
I - justificativa técnica; III, deverá estar acompanhada de:
II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia I - justificativa técnica;
específico, contendo os II - racional clínico do desenvolvimento do
resultados de estudos clínicos de fase III e fase I e II, se medicamento;
aplicável; e. III - relatório de Segurança e Eficácia de acordo com
III - plano de Farmacovigilância adequado à nova via de guia específico, contendo: a) dados de literatura
administração, de acordo científica obtidos de revistas internacionais indexadas
com a legislação específica vigente. com apresentação do artigo completo, se aplicável; b)
§ 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos relatório de ensaios não-clínicos, se aplicável; e c)
de fase II e III podem ser relatório de ensaios clínicos de fase I, II e III, se
substituídos por prova de biodisponibilidade relativa aplicável.
quando o medicamento proposto IV - plano de Farmacovigilância, de acordo com a
estiver dentro da faixa terapêutica aprovada. legislação específica vigente.
§ 2º Em situações específicas relacionadas à segurança, § 1º Em situações específicas relacionadas à segurança,
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância. de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
§ 3º No caso de medicamentos comercializados em § 2º No caso de medicamentos comercializados em
outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de outros países, Relatório de Farmacovigilância
registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do atualizado do medicamento.
medicamento.
Seção VIII Do Registro de Medicamento com
Seção VI Do registro de Nova Indicação Terapêutica Inovação Diversa
Art. 37. Esta seção se refere ao registro de nova Art. 41. Esta seção se refere ao registro de um
indicação terapêutica no país, para um medicamento já medicamento no caso em que há uma inovação no
registrado na mesma forma farmacêutica e mesma medicamento já registrado no país que não se
concentração. correlacione a nenhuma das categorias de registro
Art. 38. A petição de registro descrita nesta seção, além anteriormente propostas.
da documentação citada na Seção IV do Capítulo III, Art. 42. A petição de registro descrita nesta seção, além
deverá estar acompanhada de: da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
I - justificativa técnica; III, deverá estar acompanhada de:
I - justificativa técnica;

483
II - racional clínico do desenvolvimento do Art. 47. Para efeito de renovação do registro do
medicamento; medicamento na Anvisa, todas as empresas, no primeiro
II - relatório de Segurança e Eficácia de acordo com semestre do último ano do quinquênio de validade do
guia específico, contendo: a) dados de literatura registro já concedido, deverão apresentar:
científica obtidos de revistas internacionais indexadas I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente
com apresentação do artigo completo, se aplicável; b) preenchidos e assinados;
relatório de ensaios não-clínicos, se aplicável; e c) II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização
relatório de ensaios clínicos de fase I, II e III, se de Vigilância SanitáriaTFVS e respectiva Guia de
aplicável. Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o
IV - plano de Farmacovigilância, de acordo com a caso;
legislação específica vigente. III - sumário executivo em português referente ao
§ 1º Em situações específicas relacionadas à segurança, período de cinco anos do Relatório Periódico de
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido Farmacovigilância do mesmo período; e
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância. IV - documento comprobatório de venda no último
§ 2º No caso de medicamentos comercializados em quinquênio de vigência do registro, contendo os
outros países, Relatório de Farmacovigilância números das notas fiscais emitidas no Brasil e a relação
atualizado do medicamento. de estabelecimentos compradores em um mínimo de 1
(uma) nota fiscal emitida no País, por forma
Seção IX Dos Estudos de Biodisponibilidade farmacêutica e concentração. Parágrafo único. No caso
Relativa de laboratórios oficiais, deverá ser apresentada
Art. 43. Para a petição de medicamento novo ou justificativa de não comercialização quando não houver
inovador para a qual for necessária a apresentação dos a produção do medicamento no período referido no
estudos de biodisponibilidade relativa nos termos desta inciso IV.
Resolução deverão ser protocolados os estudos de
acordo com as orientações disponíveis na página CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
eletrônica da ANVISA. TRANSITÓRIAS
Art. 48. A empresa detentora ou fabricante do
CAPÍTULO V medicamento poderá ser inspecionada para verificação
DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA O in loco de dados e informações da petição de concessão
REGISTRO DE MEDICAMENTO GENÉRICO E e renovação do registro, a critério da Anvisa.
SIMILAR Art. 49. Será divulgada informação na página eletrônica
da Anvisa com a decisão final da análise técnica da
Seção I Dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e solicitação do registro do medicamento.
Perfil de Dissolução Art. 50. A Anvisa poderá emitir orientação técnica
Art. 44. A petição de solicitação de registro de sobre a aplicabilidade desta Resolução para os casos
medicamentos similares e genéricos, além da específicos de registro de medicamento, tal como a
documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo III, apresentação de dados para a comprovação de
deverá estar acompanhada de certificado de segurança e eficácia para as inovações incrementais, nas
equivalência farmacêutica e certificado de perfil de hipóteses que se fizerem necessárias.
dissolução e relatório de desenvolvimento do método de Art. 51. O descumprimento das disposições contidas
dissolução, conforme legislação específica vigente. nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
Parágrafo único. Este artigo não se aplica caso a da Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
fabricação do medicamento genérico ou similar e do das responsabilidades civil, administrativas e penal
medicamento de referência for realizada em um mesmo cabíveis.
local de fabricação, com formulação, processo de Art. 52. Ficam revogadas a Resolução RDC nº 60, de 10
produção e equipamentos idênticos. de outubro de 2014, e a Resolução RDC nº 20, de 13 de
maio de 2015.
Seção II Dos Estudos de Bioequivalência Art. 53. As petições de concessão de registro de
Art. 45. Para a petição de solicitação de registro de medicamentos novos, genéricos e similares
medicamentos similares e genéricos, além da protocoladas antes da data de vigência desta Resolução,
documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo III, ou que já se encontram em análise na Gerência-Geral de
deverão ser protocolados os estudos de bioequivalência Medicamentos, serão analisadas conforme as
de acordo com as orientações disponíveis na página Resoluções vigentes à época do protocolo.
eletrônica da ANVISA. Art. 53-A. Para as petições de concessão de registro de
Art. 46. O estudo de bioequivalência ou testes para a medicamentos novos, genéricos e similares
bioisenção deverão ser realizados, obrigatoriamente, protocoladas após a data de vigência desta Resolução e
com o mesmo lote utilizado no estudo de equivalência com lotes fabricados antes de 12/01/2015 em
farmacêutica. substituição ao relatório sumário de validação poderá
ser apresentado:
CAPÍTULO VI DA RENOVAÇÃO DE REGISTRO

484
I - a avaliação das etapas críticas do processo Art. 54. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
produtivo; e publicação.
II - justificativa técnica da ausência das demais
informações constantes no relatório sumário de JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.
validação de processo.

485
ANEXO I - RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
ANEXO I

RELATÓRIO DE PRODUÇÃO

Cabeçalho
Princípio Ativo (DCB)
Nome de medicamento
Complemento diferencial
Forma Farmacêutica
Concentração
Classe Terapêutica e código ATC

Nome e endereço da empresa


fabricante do IFA

Fórmula Mestra
Substância Número Quantidade % p/p da forma Função na Referências de
DCB farmacêuti ca Fórmula especificação do
controle de
qualidade

Informações do lote
Tamanho do lote
piloto/biolote
Tamanho de lote
1
industrial
Números dos lotes Lote 1 (Biolote) Lote 2 Lote 3
pilotos ou industriais
1
fabricados

Número de lote do
IFA utilizado na
produção dos lotes

2
Dossiê de produção

Processo produtivo
Nome e Endereço completo
3
(incluindo cidade, país e CNPJ)
Lista de equipamentos (incluindo
identificação por tipo, automação,
capacidade de trabalho, desenho e princípio
de funcionamento)
Descrição do processo
4
farmacotécnico
Metodologias de controle em processo
(incluindo referência bibliográfica –
Validação)

486
Fluxograma de produção
5
Etapa Substância Operação Parâmetros da Equipamento Controle em
6 7 8
Unitária operação unitária processo

1. Tamanho de lote industrial a ser aprovado no registro, conforme Parágrafos do Art. 8º.
2. Enviar uma cópia do dossiê produção referente ao lote/biolote. E para os outros dois lotes enviar
apenas as cópias dos laudos de análise do controle de qualidade do medicamento, das fichas de
pesagens e das fichas de cálculo de rendimento das etapas de manipulação, embalagem e final.
3. Nome e responsabilidade de cada fabricante, incluindo terceirizados e cada local de fabricação
proposto envolvido na produção, incluindo o controle de qualidade;
4. Descrever o processo na forma de tópicos numerando cada uma das etapas;
5. De acordo com a numeração da descrição do processo farmacotécnico;
6. Indicar a ordem de adição das substâncias na etapa em que esta ocorrer;
7. Informações referentes a velocidade, temperatura, tempo, etc... Valores numéricos associados
podem ser apresentados como faixas esperadas. Faixas numéricas para etapas críticas devem
ser justificadas. Em certos casos condições ambientais (ex.: baixa umidade para produtos
efervescentes) devem ser listados;
8. Informar quais os testes que serão realizados e em qual etapa ocorrerão.

487
RDC Nº 222, de 28/03/2018 I. abrigo externo: ambiente no qual ocorre o
armazenamento externo dos coletores de resíduos;
Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos II. abrigo temporário: ambiente no qual ocorre o
Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras armazenamento temporário dos coletores de resíduos;
providências. III. acondicionamento: ato de embalar os resíduos
segregados em sacos ou recipientes que evitem
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da adequados física e quimicamente ao conteúdo
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, acondicionado;
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos IV. agentes biológicos: microrganismos capazes ou não
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC de originar algum tipo de infecção, alergia ou
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a toxicidade no corpo humano, tais como: bactérias,
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme fungos, vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas,
deliberado em reunião realizada em 20 de março de parasitas e outros agentes, linhagens celulares, príons e
2018, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua toxinas;
publicação. V. armazenamento externo: guarda dos coletores de
resíduos em ambiente exclusivo, com acesso facilitado
CAPÍTULO I para a coleta externa;
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS VI. armazenamento interno: guarda do resíduo contendo
produto químico ou rejeito radioativo na área de
Seção I Objetivo trabalho, em condições definidas pela legislação e
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os requisitos de normas aplicáveis a essa atividade;
Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de VII. armazenamento temporário: guarda temporária dos
Serviços de Saúde. coletores de resíduos de serviços de saúde, em ambiente
próximo aos pontos de geração, visando agilizar a
Seção II Abrangência coleta no interior das instalações e otimizar o
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos geradores de deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
resíduos de serviços de saúde RSS cujas atividades destinado à apresentação para coleta externa;
envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS, VIII. aterro de resíduos perigosos - Classe I: local de
sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou disposição final de resíduos perigosos no solo, sem
militares, incluindo aqueles que exercem ações de causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os
ensino e pesquisa. impactos ambientais e utilizando procedimentos
§ 1º Para efeito desta resolução, definem-se como específicos de engenharia para o confinamento destes;
geradores de RSS todos os serviços cujas atividades IX. carcaça de animal: produto de retalhação de animal;
estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou X. cadáver de animal: corpo animal após a morte;
animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; XI. classe de risco 1 (baixo risco individual e para a
laboratórios analíticos de produtos para saúde; comunidade): agentes biológicos conhecidos por não
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem causarem doenças no homem ou nos animais adultos
atividades de embalsamamento (tanatopraxia e sadios;
somatoconservação); serviços de medicina legal; XII. classe de risco 2 (moderado risco individual e
drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; limitado risco para a comunidade): inclui os agentes
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; biológicos que provocam infecções no homem ou nos
centros de controle de zoonoses; distribuidores de animais, cujo potencial de propagação na comunidade e
produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os
materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades quais existem medidas terapêuticas e profiláticas
móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; eficazes;
serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e XIII. classe de risco 3 (alto risco individual e moderado
estética, dentre outros afins. risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos
§ 2º Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas que possuem capacidade de transmissão por via
seladas, que devem seguir as determinações da respiratória e que causam patologias humanas ou
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às animais, potencialmente letais, para as quais existem
indústrias de produtos sob vigilância sanitária, que usualmente medidas de tratamento ou de prevenção.
devem observar as condições específicas do seu Representam risco se disseminados na comunidade e no
licenciamento ambiental. meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a
Seção III pessoa;
Definições XIV. classe de risco 4 (elevado risco individual e
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as elevado risco para a comunidade): classificação do
seguintes definições: Ministério da Saúde que inclui agentes biológicos que
representam grande ameaça para o ser humano e para os

488
animais, implicando grande risco a quem os manipula, possa produzir gotejamento, vazamento ou
com grande poder de transmissibilidade de um derramamento espontaneamente ou sob compressão
indivíduo a outro, não existindo medidas preventivas e mínima;
de tratamento para esses agentes XXVII. gerenciamento dos resíduos de serviços de
XV. coleta e transporte externos: remoção dos resíduos saúde: conjunto de procedimentos de gestão, planejados
de serviços de saúde do abrigo externo até a unidade de e implementados a partir de bases científicas, técnicas,
tratamento ou outra destinação, ou disposição final normativas e legais, com o objetivo de minimizar a
ambientalmente adequada, utilizando-se de técnicas que geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento
garantam a preservação das condições de seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos
acondicionamento; trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos
XVI. coletor: recipiente utilizado para acondicionar os recursos naturais e do meio ambiente;
sacos com resíduos; XXVIII. hemoderivados: produtos oriundos do sangue
XVII. coletor com rodas ou carro de coleta: recipiente total ou do plasma, obtidos por meio de processamento
com rodas utilizado para acondicionar e transportar físico-químico ou biotecnológico;
internamente os sacos com resíduos; XXIX. identificação dos resíduos de serviços de saúde:
XVIII. compostagem: processo biológico que acelera a conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos
decomposição do material orgânico, tendo como riscos presentes nos resíduos acondicionados, de forma
produto final o composto orgânico; clara e legível em tamanho proporcional aos sacos,
XIX. decaimento radioativo: desintegração natural de coletores e seus ambientes de armazenamento,
um núcleo atômico por meio da emissão de energia em conforme disposto no Anexo II desta Resolução;
forma de radiação; XXX. instalação radiativa: unidade ou serviço no qual
XX. destinação final ambientalmente adequada: se produzam, processam, manuseiam, utilizam,
destinação de resíduos que inclui a reutilização, a transportam ou armazenam fontes de radiação,
reciclagem, a compostagem, a recuperação e o excetuando-se as Instalações Nucleares definidas em
aproveitamento energético ou outras destinações norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear
admitidas pelos órgãos competentes do Sistema (CNEN);
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema XXXI. licença ambiental: ato administrativo pelo qual o
Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema órgão ambiental competente estabelece as condições,
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), restrições e medidas de controle ambiental que devem
entre elas a disposição final ambientalmente adequada, ser obedecidas para localizar, instalar, ampliar e operar
observando normas operacionais específicas de modo a empreendimentos ou atividades utilizadores dos
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a recursos ambientais considerados efetiva ou
minimizar os impactos ambientais adversos; potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer
XXI. disposição final ambientalmente adequada: forma, possam causar degradação ambiental;
distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando XXXII. licença sanitária: documento emitido pelo órgão
normas operacionais específicas de modo a evitar danos sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou
ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os dos Municípios, contendo permissão para o
impactos ambientais adversos; funcionamento dos estabelecimentos que exerçam
XXII. equipamento de proteção individual (EPI): atividades sob regime de vigilância sanitária;
dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo XXXIII. líquidos corpóreos: líquidos originados no
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis corpo humano, limitados para fins desta resolução, em
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho; líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural,
XXIII. equipamento de proteção coletiva (EPC): articular, ascítico e amniótico;
dispositivos ou produtos de uso coletivo utilizados pelo XXXIV. logística reversa: instrumento de
trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis desenvolvimento econômico e social caracterizado por
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho e de um conjunto de ações, procedimentos e meios
terceiros; destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
XXIV. ficha de informações de segurança de produtos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
químicos (FISPQ): ficha que contém informações reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
essenciais detalhadas dos produtos químicos, produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
especialmente sua identificação, seu fornecedor, sua adequada;
classificação, sua periculosidade, as medidas de XXXV. Manejo dos resíduos de serviços de saúde:
precaução e os procedimentos em caso de emergência; atividade de manuseio dos resíduos de serviços de
XXV. fonte radioativa selada: fonte radioativa saúde, cujas etapas são a segregação,
encerrada hermeticamente em uma cápsula, ou ligada acondicionamento, identificação, transporte interno,
totalmente a material inativo envolvente, de forma que armazenamento temporário, armazenamento externo,
não possa haver dispersão de substância radioativa em coleta interna, transporte externo, destinação e
condições normais e severas de uso; disposição final ambientalmente adequada dos resíduos
XXVI. forma livre: saturação de um líquido em um de serviços de saúde;
resíduo que o absorva ou o contenha, de forma que

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XXXVI. metal pesado: qualquer substância ou propriedades físicas, físicoquímicas ou biológicas, com
composto contendo antimônio, cádmio, cromo (IV), vistas à transformação em insumos ou novos produtos;
chumbo, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio, XLVII. recipiente vazio de medicamento: embalagem
telúrio e tálio; primária de medicamentos usada em sua preparação ou
XXXVII. nível de dispensa: valor estabelecido por administração, que tenha sido esvaziado em decorrência
norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear da total utilização ou transferência de seu conteúdo
(CNEN), tal que fontes de radiação com concentração deste para outro recipiente;
de atividade ou atividade total igual ou inferior a esse XLVIII. redução de carga microbiana: aplicação de
valor podem ser dispensadas de controle regulatório e processo que visa à inativação microbiana das cargas
ser liberado pelas vias convencionais, sob os aspectos biológicas contidas nos resíduos;
de proteção radiológica; XLIX. rejeitos: resíduos sólidos que, depois de
XXXVIII. nível III de inativação microbiana: processo esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
físico ou outros processos para a redução ou eliminação recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
da carga microbiana, tendo como resultado a inativação economicamente viáveis, não apresente outra
de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e possibilidade que não a disposição final ambientalmente
hidrofílicos, parasitas e micobactérias com redução adequada;
igual ou maior que 6Log10, e inativação de esporos do L. rejeito radioativo: material que contenha
B. stearothermophilus ou de esporos do B. subtilis com radionuclídeo em quantidade superior aos limites de
redução igual ou maior que 4Log10; dispensa especificados nas normas da Comissão
XXXIX. patogenicidade: é a capacidade que tem o Nacional de Energia Nuclear (CNEN), para o qual a
agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo reutilização é imprópria ou não prevista;
do homem e dos animais, produzir sintomas em maior LI. resíduos de serviços de saúde (RSS): todos os
ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados; resíduos resultantes das atividades exercidas pelos
XL. periculosidade: qualidade ou estado de ser geradores de resíduos de serviços de saúde, definidos
perigoso; nesta Resolução;
XLI. plano de gerenciamento dos resíduos de serviços LII. resíduo perigoso: aquele que, em razão de suas
de saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve características de inflamabilidade, corrosividade,
todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos reatividade, toxicidade, patogenicidade,
de serviços de saúde, observadas suas características e carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,
riscos, contemplando os aspectos referentes à geração, apresenta significativo risco à saúde pública ou à
identificação, segregação, acondicionamento, coleta, qualidade ambiental ou à saúde do trabalhador, de
armazenamento, transporte, destinação e disposição acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
final ambientalmente adequada, bem como as ações de LIII. resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem
proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio descartado, resultante de atividades humanas em
ambiente; sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se
XLII. plano de proteção radiológica (PPR): documento está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
exigido para fins de licenciamento de instalações semissólido, bem como gases contidos em recipientes e
radiativas, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
(CNEN); lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
XLIII. príon: estrutura proteica alterada relacionada d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou
como agente etiológico das diversas formas de economicamente inviáveis em face da melhor
encefalite espongiforme; tecnologia disponível;
XLIV. produto para diagnóstico de uso in vitro: LIV. resíduos de serviços de saúde do Grupo A:
reagentes, padrões, calibradores, controles, materiais, resíduos com a possível presença de agentes biológicos
artigos e instrumentos, junto com as instruções para seu que, por suas características, podem apresentar risco de
uso, que contribuem para realizar uma determinação infecção, elencados no Anexo I desta Resolução;
qualitativa, quantitativa ou semiquantitativa de uma LV. resíduos de serviços de saúde do Grupo B: resíduos
amostra biológica e que não estejam destinados a contendo produtos químicos que podem apresentar risco
cumprir função anatômica, física ou terapêutica alguma, à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de
que não sejam ingeridos, injetados ou inoculados em suas características de inflamabilidade, corrosividade,
seres humanos e que são utilizados unicamente para reatividade e toxicidade, elencados no Anexo I desta
provar informação sobre amostras obtidas do organismo Resolução;
humano; LVI. resíduos de serviços de saúde do Grupo C: rejeitos
XLV. quimioterápicos antineoplásicos: produtos radioativos, elencados no Anexo I desta Resolução;
químicos que atuam ao nível celular com potencial de LVII. resíduos de serviços de saúde do Grupo D:
produzirem genotoxicidade, citotoxicidade, resíduos que não apresentam risco biológico, químico
mutagenicidade, carcinogenicidade e teratogenicidade; ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo
XLVI. reciclagem: processo de transformação dos ser equiparados aos resíduos domiciliares, elencados no
resíduos sólidos que envolve a alteração de suas Anexo I desta Resolução;

490
LVIII. resíduos de serviços de saúde do Grupo E: II - descrever os procedimentos relacionados ao
resíduos perfurocortantes ou escarificantes, tais como: gerenciamento dos RSS quanto à geração, à segregação,
lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao
brocas, limas endodônticas, fios ortodônticos cortados, armazenamento, ao transporte, ao tratamento e à
próteses bucais metálicas inutilizadas, pontas disposição final ambientalmente adequada;
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos III - estar em conformidade com as ações de proteção à
capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente;
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório IV - estar em conformidade com a regulamentação
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri), sanitária e ambiental, bem como com as normas de
elencados no Anexo I desta Resolução; coleta e transporte dos serviços locais de limpeza
LIX. reutilização: processo de aproveitamento dos urbana;
resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física V - quando aplicável, contemplar os procedimentos
ou físico-química; locais definidos pelo processo de logística reversa para
LX. sala de utilidades: ambiente destinado à limpeza, os diversos RSS;
desinfecção e guarda dos materiais e roupas utilizados VI - estar em conformidade com as rotinas e processos
na assistência ao usuário do serviço e guarda temporária de higienização e limpeza vigentes no serviço gerador
de resíduos; de RSS;
LXI. segregação: separação dos resíduos, conforme a VII - descrever as ações a serem adotadas em situações
classificação dos Grupos estabelecida no Anexo I desta de emergência e acidentes decorrentes do
Resolução, no momento e local de sua geração, de gerenciamento dos RSS;
acordo com as características físicas, químicas, VIII - descrever as medidas preventivas e corretivas de
biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos; controle integrado de vetores e pragas urbanas,
LXII. transporte interno: traslado dos resíduos dos incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua
pontos de geração até o abrigo temporário ou o abrigo implantação;
externo. IX - descrever os programas de capacitação
LXIII. tratamento: Etapa da destinação que consiste na desenvolvidos e implantados pelo serviço gerador
aplicação de processo que modifique as características abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o
físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo setor de limpeza e conservação;
ou eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à X - apresentar documento comprobatório da capacitação
saúde pública; e treinamento dos funcionários envolvidos na prestação
LXIV. unidade geradora de resíduos de serviço de de serviço de limpeza e conservação que atuem no
saúde: unidade funcional dentro do serviço no qual é serviço, próprios ou terceiros de todas as unidades
gerado o resíduo. geradoras;
XI - apresentar cópia do contrato de prestação de
CAPÍTULO II serviços e da licença ambiental das empresas
DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE prestadoras de serviços para a destinação dos RSS; e
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE XII - apresentar documento comprobatório de operação
Art. 4º O gerenciamento dos RSS deve abranger todas de venda ou de doação dos RSS destinados à
as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística
recursos materiais e da capacitação dos recursos reversa.
humanos envolvidos. Parágrafo único. Os documentos referidos nos incisos X
Art. 5º Todo serviço gerador deve dispor de um Plano e XII devem ser mantidos arquivados, em meio físico
de Gerenciamento de RSS (PGRSS), observando as ou eletrônico, por no mínimo cinco anos, para fins de
regulamentações federais, estaduais, municipais ou do inspeção sanitária, a critério da autoridade sanitária
Distrito Federal. competente.
§ 1º Para obtenção da licença sanitária, caso o serviço Art. 7º O PGRSS deve ser monitorado e mantido
gere exclusivamente resíduos do Grupo D, o PGRSS atualizado, conforme periodicidade definida pelo
pode ser substituído por uma notificação desta condição responsável por sua elaboração e implantação.
ao órgão de vigilância sanitária competente, seguindo as Art. 8º O estabelecimento que possua serviços
orientações locais. geradores de RSS com licenças sanitárias
§ 2º Caso o serviço gerador possua instalação radiativa, individualizadas deve ter PGRSS único que contemple
adicionalmente, deve atender às regulamentações todos os serviços existentes. Parágrafo único. Nas
específicas da CNEN. edificações não hospitalares nas quais houver serviços
§ 3º Os novos geradores de resíduos terão prazo de 180 individualizados, os respectivos RSS dos Grupos A e E
(cento e oitenta) dias, a partir do início do podem ter o armazenamento externo de forma
funcionamento, para apresentar o PGRSS. compartilhada.
Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve: Art. 9º O serviço gerador de RSS deve manter cópia do
I - estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos, PGRSS disponível para consulta dos órgãos de
conforme a classificação do Anexo I desta resolução; vigilância sanitária ou ambientais, dos funcionários, dos
pacientes ou do público em geral.

491
Art. 10 O serviço gerador de RSS é responsável pela provida de sistema de abertura sem contato manual,
elaboração, implantação, implementação e com cantos arredondados.
monitoramento do PGRSS. § 1º O coletor não necessitará de tampa para
Parágrafo único. A elaboração, a implantação e o fechamento sempre que ocorrer a substituição imediata
monitoramento do PGRSS pode ser terceirizada. do saco para acondicionamento após a realização de
cada procedimento.
CAPÍTULO III § 2ºApós sua substituição, o saco para
DAS ETAPAS DO MANEJO acondicionamento usado deve ser fechado e transferido
para o carro de coleta.
Seção I Segregação, acondicionamento e Art. 18 Os RSS líquidos devem ser acondicionados em
identificação recipientes constituídos de material compatível com o
Art. 11 Os RSS devem ser segregados no momento de líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques,
sua geração, conforme classificação por Grupos com tampa que garanta a contenção do RSS e
constante no Anexo I desta Resolução, em função do identificação conforme o Anexo II desta resolução.
risco presente. Art. 19 Os recipientes de acondicionamento para RSS
Art. 12 Quando, no momento da geração de RSS, não químicos no estado sólido devem ser constituídos de
for possível a segregação de acordo com os diferentes material rígido, resistente, compatível com as
grupos, os coletores e os sacos devem ter seu manejo características do produto químico acondicionado e
com observância das regras relativas à classificação do identificados conforme o Anexo II desta Resolução.
Anexo I desta Resolução. Art. 20 Os rejeitos radioativos devem ser
Art. 13 Os RSS no estado sólido, quando não houver acondicionados conforme procedimentos definidos pelo
orientação específica, devem ser acondicionados em supervisor de proteção radiológica, com certificado de
saco constituído de material resistente a ruptura, qualificação emitido pela CNEN, ou equivalente de
vazamento e impermeável. acordo com normas da CNEN, na área de atuação
§ 1º Devem ser respeitados os limites de peso de cada correspondente.
saco, assim como o limite de 2/3 (dois terços) de sua Art. 21 Os RSS do Grupo D devem ser acondicionados
capacidade, garantindo-se sua integridade e fechamento. de acordo com as orientações dos órgãos locais
§ 2º É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento responsáveis pelo serviço de limpeza urbana.
dos sacos. Art. 22 A identificação dos RSS deve estar afixada nos
Art. 14 Os sacos para acondicionamento de RSS do carros de coleta, nos locais de armazenamento e nos
grupo A devem ser substituídos ao atingirem o limite de sacos que acondicionam os resíduos.
2/3 (dois terços) de sua capacidade ou então a cada 48 § 1º Os sacos que acondicionam os RSS do Grupo D
(quarenta e oito) horas, independentemente do volume, não precisam ser identificados.
visando o conforto ambiental e a segurança dos usuários § 2º A identificação de que trata este artigo deve estar
e profissionais. afixada em local de fácil visualização, de forma clara e
Parágrafo único. Os sacos contendo RSS do grupo A de legível, utilizando-se símbolos e expressões descritos no
fácil putrefação devem ser substituídos no máximo a Anexo II, cores e frases, e outras exigências
cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do relacionadas à identificação de conteúdo e à
volume. periculosidade específica de cada grupo de RSS.
Art. 15 Os RSS do Grupo A que não precisam ser § 3º A identificação dos sacos para acondicionamento
obrigatoriamente tratados e os RSS após o tratamento deve estar impressa, sendo vedado o uso de adesivo.
são considerados rejeitos e devem ser acondicionados Art. 23 Os RSS gerados pelos serviços de atenção
em saco branco leitoso. domiciliar, devem ser acondicionados e recolhidos
Parágrafo único. Os rejeitos, tratados ou não, pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa
acondicionados em sacos brancos leitosos devem ser treinada para a atividade e encaminhados à destinação
encaminhados para disposição final ambientalmente final ambientalmente adequada.
adequada. Parágrafo único. O transporte destes RSS pode ser feito
Art. 16 Quando houver a obrigação do tratamento dos no próprio veículo utilizado para o atendimento e deve
RSS do Grupo A, estes devem ser acondicionados em ser realizado em coletores de material resistente, rígido,
sacos vermelhos. identificados e com sistema de fechamento dotado de
Parágrafo único. O saco vermelho pode ser substituído dispositivo de vedação, garantindo a estanqueidade e o
pelo saco branco leitoso sempre que as regulamentações não tombamento.
estaduais, municipais ou do Distrito Federal exigirem o Art. 24 O descarte de produtos para saúde oriundos de
tratamento indiscriminado de todos os RSS do Grupo A, explante deve seguir o disposto na Resolução da
exceto para acondicionamento dos RSS do subgrupo Diretoria Colegiada - RDC nº 15, de 2012, ou outra que
A5. vier a substituí-la. Seção II Coleta e transporte interno
Art. 17 O coletor do saco para acondicionamento dos Art. 25 O transporte interno dos RSS deve ser realizado
RSS deve ser de material liso, lavável, resistente à atendendo a rota e a horários previamente definidos, em
punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa coletor identificado de acordo com o Anexo II desta
Resolução.

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Art. 26 O coletor utilizado para transporte interno deve obedecendo à frequência de coleta de cada grupo de
ser constituído de material liso, rígido, lavável, RSS;
impermeável, provido de tampa articulada ao próprio IV - ser construído com piso, paredes e teto de material
corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados. resistente, lavável e de fácil higienização, com aberturas
Parágrafo Único. Os coletores com mais de para ventilação e com tela de proteção contra acesso de
quatrocentos litros de capacidade devem possuir válvula vetores;
de dreno no fundo. V - ser identificado conforme os Grupos de RSS
armazenados;
Seção III Armazenamento interno, temporário e VI - ser de acesso restrito às pessoas envolvidas no
externo manejo de RSS;
Art. 27 No armazenamento temporário e externo de VII - possuir porta com abertura para fora, provida de
RSS é obrigatório manter os sacos acondicionados proteção inferior contra roedores e vetores, com
dentro de coletores com a tampa fechada. dimensões compatíveis com as dos coletores utilizados;
Art. 28 Os procedimentos para o armazenamento VIII - ter ponto de iluminação;
interno devem ser descritos e incorporados ao PGRSS IX - possuir canaletas para o escoamento dos efluentes
do serviço. Parágrafo único. A coleta e o transporte de lavagem, direcionadas para a rede de esgoto, com
externo dos RSS devem ser compatíveis com os Planos ralo sifonado com tampa;
Municipais e do Distrito Federal de Gestão Integrada de X - possuir área coberta para pesagem dos RSS, quando
Resíduos Sólidos e com as demais normativas couber;
aplicáveis. XI - possuir área coberta, com ponto de saída de água,
Art. 29 O abrigo temporário de RSS deve: para higienização e limpeza dos coletores utilizados.
I - ser provido de pisos e paredes revestidos de material Art. 36 O abrigo externo dos RSS do Grupo B deve,
resistente, lavável e impermeável; ainda:
II - possuir ponto de iluminação artificial e de água, I - respeitar a segregação das categorias de RSS
tomada elétrica alta e ralo sifonado com tampa; químicos e incompatibilidade química, conforme os
III - quando provido de área de ventilação, esta deve ser Anexos III e IV desta Resolução;
dotada de tela de proteção contra roedores e vetores; II - estar identificado com a simbologia de risco
IV - ter porta de largura compatível com as dimensões associado à periculosidade do RSS químico, conforme
dos coletores; e Anexo II desta Resolução;
V - estar identificado como "ABRIGO TEMPORÁRIO III - possuir caixa de retenção a montante das canaletas
DE RESÍDUOS". para o armazenamento de RSS líquidos ou outra forma
Art. 30 O armazenamento temporário pode ser de contenção validada;
dispensado no caso em que o fluxo de recolhimento e IV - possuir sistema elétrico e de combate a incêndio,
transporte justifique. que atendam os requisitos de proteção estabelecidos
Art. 31 A sala de utilidades ou expurgo pode ser pelos órgãos competentes.
compartilhada para o armazenamento temporário dos Art. 37 É proibido o armazenamento dos coletores em
RSS dos Grupos A, E e D, devendo ser compatível com uso fora de abrigos.
a área a ser ocupada pelos coletores em uso. Parágrafo Único. O armazenamento interno de RSS
Parágrafo único. Na hipótese descrita no caput, a sala de químico ou rejeito radioativo pode ser feito no local de
utilidades ou expurgo deve conter também a trabalho onde foram gerados.
identificação com a inscrição "ABRIGO
TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS". Seção IV Coleta e transporte externos
Art. 32 RSS de fácil putrefação devem ser submetidos a Art. 38 Os veículos de transporte externo dos RSS não
método de conservação em caso de armazenamento por podem ser dotados de sistema de compactação ou outro
período superior a vinte e quatro horas. sistema que danifique os sacos contendo os RSS, exceto
Art. 33 O gerenciamento de rejeitos radioativos, grupo para os RSS do Grupo D.
C, deve obedecer ao Plano de Proteção Radiológica do Art. 39 O transporte externo de rejeitos radioativos,
Serviço, as Normas da CNEN e demais normas deve seguir normas específicas, caso existam e as
aplicáveis. normas da CNEN.
Art. 34 O abrigo externo deve ter, no mínimo, um
ambiente para armazenar os coletores dos RSS do Seção V
Grupo A, podendo também conter os RSS do grupo E, e Destinação
outro ambiente exclusivo para armazenar os coletores Art. 40 Os RSS que não apresentam risco biológico,
de RSS do grupo D. químico ou radiológico podem ser encaminhados para
Art. 35 O abrigo externo deve: reciclagem, recuperação, reutilização, compostagem,
I - permitir fácil acesso às operações do transporte aproveitamento energético ou logística reversa.
interno; Art. 41 Os rejeitos que não apresentam risco biológico,
II - permitir fácil acesso aos veículos de coleta externa; químico ou radiológico devem ser encaminhados para
III - ser dimensionado com capacidade de armazenagem disposição final ambientalmente adequada.
mínima equivalente à ausência de uma coleta regular,

493
Art. 42 As embalagens primárias vazias de § 4º Estes RSS devem ser acondicionados de maneira
medicamentos cujas classes farmacêuticas constem no compatível com o processo de tratamento.
Art. 59 desta Resolução devem ser descartadas como § 5º Após o tratamento, os rejeitos devem ser
rejeitos e não precisam de tratamento prévio à sua encaminhados para disposição final ambientalmente
destinação. adequada.
Art. 43 Sempre que não houver indicação específica, o Art. 47 Os RSS resultantes de atividades de vacinação
tratamento do RSS pode ser realizado dentro ou fora da com microrganismos vivos, atenuados ou inativados
unidade geradora. Parágrafo único. Os RSS tratados incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de
devem ser considerados como rejeitos. validade, com conteúdo inutilizado ou com restos do
Art. 44 O tratamento dos RSS que apresentem múltiplos produto e seringas, quando desconectadas, devem ser
riscos deve obedecer à seguinte sequência: tratados antes da disposição final ambientalmente
I - na presença de risco radiológico associado, adequada.
armazenar para decaimento da atividade do Parágrafo Único. As agulhas e o conjunto seringa-
radionuclídeo até que o nível de dispensa seja atingido; agulha utilizadas na aplicação de vacinas, quando não
II - na presença de risco biológico associado contendo desconectadas, devem atender às regras de manejo dos
agente biológico classe de risco 4, encaminhar para resíduos perfurocortantes.
tratamento; e Art. 48 Os RSS resultantes da atenção à saúde de
III - na presença de riscos químico e biológico, o indivíduos ou animais com suspeita ou certeza de
tratamento deve ser compatível com ambos os riscos contaminação biológica por agentes classe de risco 4,
associados. Parágrafo único. Após o tratamento, o por microrganismos com relevância epidemiológica e
símbolo de identificação relativo ao risco do resíduo risco de disseminação, causadores de doença emergente
tratado deve ser retirado. que se tornem epidemiologicamente importantes, ou
Art. 45 A destinação dos medicamentos recolhidos ou cujos mecanismos de transmissão sejam desconhecidos,
apreendidos, objetos de ações de fiscalização sanitária, devem ser tratados antes da disposição final
deve seguir a determinação prevista no art. 59 desta ambientalmente adequada.
Resolução. Art. 49 As bolsas de sangue e de hemocomponentes
Parágrafo Único. É responsabilidade do serviço rejeitadas por contaminação, por má conservação, com
providenciar o tratamento previsto no Art. 59 desta prazo de validade vencido e oriundas de coleta
resolução. incompleta; as sobras de amostras de laboratório
contendo sangue ou líquidos corpóreos; bem como os
CAPÍTULO IV - DO GERENCIAMENTO DOS recipientes e materiais resultantes do processo de
GRUPOS DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
SAÚDE corpóreos na forma livre, devem ser tratados antes da
disposição final ambientalmente adequada.
Seção I Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - § 1º As sobras de amostras de laboratório contendo
Subgrupo A1 sangue ou líquidos corpóreos podem ser descartadas
Art. 46 As culturas e os estoques de microrganismos; os diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que
resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os atendam respectivamente as regras estabelecidas pelos
de medicamentos hemoderivados; os meios de cultura e órgãos ambientais e pelos serviços de saneamento
os instrumentais utilizados para transferência, competentes.
inoculação ou mistura de culturas; e os resíduos de § 2º Caso o tratamento venha a ser realizado fora da
laboratórios de manipulação genética devem ser unidade geradora ou do serviço, estes RSS devem ser
tratados. acondicionados em saco vermelho e transportados em
§ 1º Devem ser submetidos a tratamento, utilizando recipiente rígido, impermeável, resistente à punctura,
processos que vierem a ser validados para a obtenção de ruptura, vazamento, com tampa provida de controle de
redução ou eliminação da carga microbiana, em fechamento e identificado.
equipamento compatível com Nível III de inativação
microbiana. Seção II Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A
§ 2º As culturas e os estoques de microrganismos, bem - Subgrupo A2
como os meios de cultura e os instrumentais utilizados Art. 50 Os RSS do Subgrupo A2 devem ser tratados
para transferência, inoculação ou mistura de culturas antes da disposição final ambientalmente adequada.
contendo microrganismos das classes de risco 1 e 2 § 1º Os RSS referidos no caput devem ser
podem ser tratados fora da unidade geradora, desde que acondicionados de maneira compatível com o processo
este tratamento ocorra nas dependências do serviço de de tratamento.
saúde. § 2º O tratamento pode ser realizado fora da unidade
§ 3º As culturas e os estoques de microrganismos, bem geradora, desde que ocorra nas dependências do
como os meios de cultura e os instrumentais utilizados serviço.
para transferência, inoculação ou mistura de culturas § 3º Quando houver necessidade de outra solução, em
contendo microrganismos das classes de risco 3 e 4 função do porte do animal, deve haver autorização
devem ser tratados na unidade geradora. prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes.

494
§ 4º Após o tratamento, os rejeitos devem ser Art. 58 Os RSS do Grupo B com características de
acondicionados em saco branco leitoso e identificados periculosidade, no estado líquido, devem ser submetidos
com a inscrição "PEÇAS ANATÔMICAS DE a tratamento antes da disposição final ambientalmente
ANIMAIS". adequada.
Art. 51 Os RSS do Subgrupo A2 contendo § 1º Quando submetidos a processo de solidificação
microrganismos com alto risco de transmissibilidade, devem ser destinados conforme o risco presente.
alto potencial de letalidade ou que representem risco § 2º É vedado o encaminhamento de RSS na forma
caso sejam disseminados no meio ambiente, devem ser líquida para disposição final em aterros sanitários.
submetidos, na unidade geradora, a tratamento que Art. 59 Os resíduos de medicamentos contendo
atenda ao Nível III de Inativação Microbiana. Parágrafo produtos hormonais e produtos antimicrobianos;
único. Quando houver necessidade de outra solução, em citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores;
função do porte do animal, deve haver autorização digitálicos, imunomoduladores; anti-retrovirais, quando
prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes. descartados por serviços assistenciais de saúde,
farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos
Seção III Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A ou apreendidos, devem ser submetidos a tratamento ou
- Subgrupo A3 dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I.
Art. 52 Os RSS do Subgrupo A3 devem ser destinados Art. 60 Para o acondicionamento dos RSS do Grupo B
para sepultamento, cremação, incineração ou outra devem ser observadas as incompatibilidades químicas
destinação licenciada pelo órgão ambiental competente. descritas no Anexos IV e V desta Resolução. Parágrafo
Parágrafo único. Quando forem encaminhados para único. Os RSS do Grupo B destinados à recuperação ou
incineração, os RSS devem ser acondicionados em reutilização devem ser acondicionados em recipientes
sacos vermelhos e identificados com a inscrição individualizados, observados os requisitos de segurança
"PEÇAS ANATÔMICAS". e compatibilidade.
Art. 61 As embalagens e os materiais contaminados por
Seção IV Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A produtos químicos, exceto as embalagens primárias
- Subgrupo A4 vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas
Art. 53 Os RSS do Subgrupo A4 não necessitam de constem no Art. 59 desta Resolução, devem ser
tratamento prévio. Parágrafo único. Os RSS do submetidos ao mesmo manejo do produto químico que
Subgrupo A4 devem ser acondicionados em saco os contaminou.
branco leitoso e encaminhados para a disposição final § 1º As embalagens primárias vazias podem ser
ambientalmente adequada. utilizadas para acondicionamento de RSS do Grupo B,
Art. 54 Os cadáveres e as carcaças de animais podem observada a compatibilidade química, conforme Anexo
ter acondicionamento e transporte diferenciados, IV desta Resolução.
conforme o porte do animal, de acordo com a § 2º As embalagens primárias vazias de produtos
regulamentação definida pelos órgãos ambientais e químicos com algum tipo de periculosidade, submetidas
sanitários. à limpeza com técnicas validadas ou reconhecidas, são
consideradas rejeitos e devem ser encaminhadas para
Seção V Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A disposição final ambientalmente adequada.
- Subgrupo A5 § 3º Somente as embalagens vazias de produtos
Art. 55 Os RSS do Subgrupo A5 devem ser químicos sem periculosidade podem ser encaminhadas
encaminhados para tratamento por incineração. para processos de reciclagem.
Parágrafo único. Os RSS referidos no caput devem ser Art. 62 As embalagens secundárias de medicamentos
segregados e acondicionados em saco vermelho duplo, não contaminadas devem ser descaracterizadas quanto
como barreira de proteção, e contidos em recipiente às informações de rotulagem, podendo ser
exclusivo devidamente identificado. encaminhadas para reciclagem.
Art. 63 As excretas de pacientes tratados com
Seção VI Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo B quimioterápicos antineoplásicos podem ser lançadas em
Art. 56 O gerenciamento dos RSS do Grupo B deve rede coletora de esgotos sanitários, conectada à estação
observar a periculosidade das substâncias presentes, de tratamento, desde que atendam às normas e diretrizes
decorrentes das características de inflamabilidade, da concessionária do sistema de coleta e tratamento de
corrosividade, reatividade e toxicidade. Parágrafo único. esgotos sanitários ou lançadas diretamente em corpos
As características dos produtos químicos estão hídricos após tratamento próprio no serviço.
identificadas nas Fichas de Informações de Segurança Art. 64 Os medicamentos hemoderivados devem ter
de Produtos Químicos (FISPQ), não se aplicando aos seu manejo como resíduo do Grupo B sem
produtos farmacêuticos e cosméticos. periculosidade.
Art. 57 Os RSS do Grupo B, no estado sólido e com Art. 65 Os resíduos de produtos e insumos
características de periculosidade, sempre que farmacêuticos sujeitos a controle especial devem
considerados rejeitos, devem ser dispostos em aterro de atender à regulamentação sanitária em vigor.
resíduos perigosos - Classe I. Art. 66 Os reveladores utilizados em radiologia devem
ser tratados, podendo ser submetidos a processo de

495
neutralização para alcançarem pH entre 7 e 9 e serem feito sobre bacia de contenção, bandeja, recipiente ou
posteriormente lançados na rede coletora de esgoto com material absorvente com capacidade de conter ou
tratamento, atendendo às determinações dos órgãos de absorver o dobro do volume do líquido presente na
meio ambiente e do serviço de saneamento. embalagem.
Art. 67 Os fixadores usados em radiologia, quando não Art. 77 Os RSS de fácil putrefação contaminados com
submetidos a processo de recuperação da prata, devem radionuclídeos, depois de acondicionados e
ser encaminhados para tratamento antes da disposição identificados como rejeito radioativo, devem ser
final ambientalmente adequada. mantidos sob refrigeração ou por outro processo que
Art. 68 Os RSS sólidos contendo metais pesados, evite a decomposição, durante o período de
quando não submetidos a tratamento devem ser armazenamento para decaimento.
dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I, Art. 78 As sobras de alimentos provenientes de
conforme orientação do órgão ambiental competente. pacientes submetidos à terapia com iodo 131, depois de
Parágrafo único. O descarte de pilhas, baterias, acondicionadas, devem ter seu nível de radiação
acumuladores de carga e lâmpadas fluorescentes deve medido.
ser feito de acordo com as normas ambientais vigentes. §1º Quando os valores de atividade ou de concentração
Art. 69 A destinação dos RSS líquidos contendo metais de atividade forem superiores aos níveis de dispensa, o
pesados acima dos limites de descarte deve obedecer as RSS deve ser considerado como rejeito radioativo e
orientações dos órgãos ambientais competentes. deve observar as condições de conservação de RSS de
Parágrafo único. Os RSS contendo mercúrio (Hg) na fácil putrefação.
forma líquida devem ser acondicionados em recipientes §2ºComo alternativa ao disposto no §1º, as sobras
sob selo d'água e encaminhados para recuperação ou destes alimentos podem ser trituradas na sala de
para outra destinação que esteja de acordo com as decaimento ou nas instalações sanitárias do quarto
regras definidas pelo órgão ambiental competente. terapêutico, e posteriormente direcionadas para a rede
Art. 70 Os RSS do Grupo B que não apresentem coletora de esgotos com tratamento.
periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente não § 3º Quando os valores de atividade ou de concentração
necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a de atividade forem inferiores ou iguais aos níveis de
processo de recuperação ou reutilização. dispensa, os resíduos sólidos podem ser descartados
Art. 71 A destinação dos resíduos dos equipamentos como resíduos do Grupo D e os resíduos líquidos na
automatizados e dos reagentes de laboratórios clínicos, rede coletora de esgotos com tratamento.
incluindo os produtos para diagnóstico de uso in vitro Art. 79 Quando o processo de decaimento do elemento
deve considerar todos os riscos presentes, conforme radioativo atingir o nível do limite de dispensa
normas ambientais vigentes. estabelecido pelas normas vigentes, o rótulo de
"REJEITO RADIOATIVO" deve ser retirado,
Seção VII Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo permanecendo a identificação dos demais riscos
C - Rejeitos Radioativos presentes.
Art. 72 Os rejeitos radioativos devem ser segregados de Parágrafo único. A retirada da identificação de risco
acordo com o radionuclídeo ou natureza da radiação, radiológico deve ser precedida de medição da radiação.
estado físico, concentração e taxa de exposição.
Art. 73 Os recipientes de acondicionamento de rejeitos Seção VIII - Resíduos de Serviços de Saúde do
radioativos devem ser adequados às características Grupo D
físicas, químicas, biológicas e radiológicas dos rejeitos, Art. 80 Os RSS do Grupo D, quando não encaminhados
possuir vedação e ter o seu conteúdo identificado, para reutilização, recuperação, reciclagem,
conforme especificado nas normas vigentes. compostagem, logística reversa ou aproveitamento
Art. 74 Os RSS químicos radioativos devem ser energético, devem ser classificados como rejeitos.
acondicionados em coletores próprios, identificados § 1º Os rejeitos sólidos devem ser dispostos conforme
quanto aos riscos radiológico e químico presentes, e as normas ambientais vigentes.
armazenados no local de decaimento até atingir o limite § 2º Os efluentes líquidos podem ser lançados em rede
de dispensa. coletora de esgotos.
Art. 75 Os RSS perfurocortantes radioativos devem ser Art. 81 O lançamento de rejeitos líquidos em rede
transportados do local de geração até o local de coletora de esgotos, conectada à estação de tratamento,
armazenamento para decaimento em recipiente deve atender às normas ambientais e às diretrizes do
blindado. Parágrafo único. É vedada a separação do serviço de saneamento. Parágrafo único. Quando não
conjunto seringa agulha contendo radionuclídeos, assim houver acesso à sistema de coleta e tratamento de
como reencape manual de agulhas. esgoto por empresa de saneamento, estes efluentes
Art. 76 Os rejeitos radioativos devem ser armazenados devem ser tratados em sistema ambientalmente
em condições adequadas, para o decaimento do licenciado antes do lançamento em corpo receptor.
elemento radioativo, podendo ser realizado na própria Art. 82 Artigos e materiais utilizados na área de
sala de manipulação ou em sala específica, identificada trabalho, incluindo vestimentas e Equipamento de
como "SALA DE DECAIMENTO". Parágrafo único. O Proteção Individual (EPI), desde que não apresentem
armazenamento de rejeitos radioativos líquidos deve ser sinais ou suspeita de contaminação química, biológica

496
ou radiológica, podem ter seu manejo realizado como resíduos, mesmo os que atuam temporariamente, que
RSS do Grupo D. contemplem os seguintes temas:
Art. 83 Os procedimentos de segregação, I - sistema adotado para o gerenciamento dos RSS;
acondicionamento e identificação dos coletores dos II - prática de segregação dos RSS;
resíduos do Grupo D, para fins de reciclagem, devem III - símbolos, expressões, padrões de cores adotadas
estar descritos no PGRSS. para o gerenciamento de RSS;
Art. 84 Só podem ser destinados para compostagem IV - localização dos ambientes de armazenamento e dos
forrações de animais de biotérios que não tenham risco abrigos de RSS;
biológico associado, os resíduos de flores, podas de V - ciclo de vida dos materiais;
árvores, jardinagem, sobras de alimentos e de seu pré- VI - regulamentação ambiental, de limpeza pública e de
preparo, restos alimentares de refeitórios e restos vigilância sanitária, relativas aos RSS;
alimentares de pacientes que não estejam em VII - definições, tipo, classificação e risco no manejo
isolamento. dos RSS;
Art. 85 Os restos e sobras de alimentos só podem ser VIII - formas de reduzir a geração de RSS e reutilização
utilizados como ração animal, se forem submetidos a de materiais;
processo que garanta a inocuidade do composto, com a IX - responsabilidades e tarefas;
concordância do órgão competente do Ministério da X - identificação dos grupos de RSS;
Agricultura e de Vigilância Sanitária. XI - utilização dos coletores dos RSS;
XII - uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Seção IX Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo E e Coletiva (EPC);
Art. 86 Os materiais perfurocortantes devem ser XIII - biossegurança;
descartados em recipientes identificados, rígidos, XIV - orientações quanto à higiene pessoal e dos
providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e ambientes;
vazamento. XV - orientações especiais e treinamento em proteção
Art. 87 Os recipientes de acondicionamento dos RSS do radiológica quando houver rejeitos radioativos;
Grupo E devem ser substituídos de acordo com a XVI - providências a serem tomadas em caso de
demanda ou quando o nível de preenchimento atingir acidentes e de situações emergenciais;
3/4 (três quartos) da capacidade ou de acordo com as XVII - visão básica do gerenciamento dos resíduos
instruções do fabricante, sendo proibidos seu sólidos no município ou Distrito Federal;
esvaziamento manual e seu reaproveitamento. XVIII - noções básicas de controle de infecção e de
Parágrafo único. Admite-se o emprego de tecnologia contaminação química; e
que promova o esvaziamento automatizado de XIX - conhecimento dos instrumentos de avaliação e
recipientes plásticos específicos com posterior controle do PGRSS.
descontaminação, possibilitando sua reutilização.
Art. 88 Os RSS do Grupo E, quando contaminados por CAPÍTULO VI
agentes biológicos, químicos e substâncias radioativas, DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
devem ter seu manejo de acordo com cada classe de Art. 92 Fica revogada a Resolução da Diretoria
risco associada. Parágrafo único. O recipiente de Colegiada RDC Anvisa nº 306, de 7 de dezembro de
acondicionamento deve conter a identificação de todos 2004, a partir da entrada em vigor desta Resolução.
os riscos presentes. Art. 93 Fica revogado o item 7 do Anexo 2 da
Art. 89 As seringas e agulhas, inclusive as usadas na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 305, de 14
coleta laboratorial de amostra de doadores e de de novembro de 2002.
pacientes, e os demais materiais perfurocortantes que Art. 94 O descumprimento das disposições contidas
não apresentem risco químico, biológico ou radiológico nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
não necessitam de tratamento prévio à disposição final da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
ambientalmente adequada. das responsabilidades civil, administrativa e penal
Parágrafo único. É permitida a separação do conjunto cabíveis.
seringa agulha com auxílio de dispositivos de Art. 95 Esta Resolução entra em vigor 180 (cento e
segurança, sendo vedada a desconexão e o reencape oitenta) dias a partir da data da sua publicação.
manual de agulhas. JARBAS BARBOSA DA SILVA JR

CAPÍTULO V (Publicada no DOU nº 61, de 29 de março de 2018.


DA SEGURANÇA OCUPACIONAL Vigência a partir de 25/09/2018)
Art. 90 O serviço deve garantir que os trabalhadores
sejam avaliados periodicamente, seguindo a legislação
específica, em relação à saúde ocupacional, mantendo
registros desta avaliação.
Art. 91 O serviço deve manter um programa de
educação continuada para os trabalhadores e todos os
envolvidos nas atividades de gerenciamento de

497
ANEXO I - CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

GRUPO A
-Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de
infecção.

Subgrupo A1
- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os medicamentos
hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais
utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco
de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido.
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou
com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do
processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

Subgrupo A2
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de
serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos
ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.

Subgrupo A3
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas
ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou
legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.

Subgrupo A4
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de
pesquisa, entre outros similares.
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que
não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e
risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante
ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que
gere este tipo de resíduo.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos
na forma livre.
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos
ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos
de experimentação com inoculação de microrganismos.
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual póstransfusão.

Subgrupo A5
-Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos ou confirmados, bem como
quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram
contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons.
- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais pelos órgãos sanitários
competentes.
Referência: World Health Organization, 2010. WHO Tables on Tissue Infectivity Distribution in Transmissible
Spongiform Encephalopathies.

GRUPO B

498
- Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
- Produtos farmacêuticos
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório,
inclusive os recipientes contaminados por estes.
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.

GRUPO C
- Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma
da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
– Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área da saúde,
laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de
Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa.

GRUPO D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares.
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, gorros e máscaras descartáveis,
resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não
entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares não
classificados como A1.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
- Resto alimentar de refeitório.
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. - Forrações de animais de biotérios sem risco biológico
associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.
- Pelos de animais.

GRUPO E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de
vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de
micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

ANEXO II IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

O grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos
pretos, acrescido da expressão RESÍDUO INFECTANTE.

O grupo B é identificado por meio de símbolo e frase de risco associado à periculosidade do resíduo químico.
Observação - outros símbolos e frases do GHS também podem ser utilizados.

499
O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta ou
púrpura) em rótulo de fundo amarelo, acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO, REJEITO RADIOATIVO
ou RADIOATIVO.

O grupo D deve ser identificado conforme definido pelo órgão de limpeza urbana.
O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contorno preto,
acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE.

ANEXO III - SUBSTÂNCIAS QUE DEVEM SER SEGREGADAS, ACONDICIONADAS EM IDENTIFICADAS


SEPARADAMENTE
- Ácidos
- Asfixiantes
- Bases
- Brometo de etídio
- Carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas
- Compostos orgânicos halogenados
- Compostos orgânicos não halogenados
- Corrosivas
- Criogênicas
- De combustão espontânea
- Ecotóxicas
- Explosivas
- Formalina ou formaldeído
- Gases comprimidos
- Líquidos inflamáveis

500
- Materiais reativos com a água
- Materiais reativos com o ar
- Mercúrio e compostos de mercúrio
- Metais pesados
- Mistura sulfocrômica
- Óleos
- Oxidantes
- Resíduo fotográfico
- Sensíveis ao choque
- Soluções aquosas
- Venenos
Fonte: Chemical Waste Management Guide. University of Florida - Division of
Environmental Health & Safety - abril de 2001

ANEXO IV - INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA ENTRE AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS


PELOS GERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Anexo não disponibilizado. Acesso no site da ANVISA

ANEXO V LISTA DAS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS EM SERVIÇOS DE SAÚDE QUE


REAGEM COM EMBALAGENS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD)
Anexo não disponibilizado. Acesso no site da ANVISA

501
RDC Nº 275, DE 09/04/2019 relativamente ao comércio ou dispensação de
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.
V. Farmácia com manipulação: estabelecimento de
Dispõe sobre procedimentos para a concessão, manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de
alteração e cancelamento da Autorização de comércio de drogas, medicamentos, insumos
Funcionamento (AFE) e de Autorização Especial (AE) farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de
de farmácias e drogarias. dispensação e o de atendimento privativo de unidade
hospitalar ou de qualquer outra equivalente de
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de assistência médica;
Vigilância Sanitária – Anvisa, no uso das atribuições VI. Farmácia sem manipulação ou drogaria:
que lhe confere o art.15, III e IV aliado ao art.7º, III, e estabelecimento de dispensação e comércio de
IV, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em
53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela suas embalagens originais;
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 255, de 10 VII. Matriz: estabelecimento da empresa juridicamente
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte constituído e inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado Jurídica (CNPJ) que representa sua sede e tem primazia
em reunião realizada em 9 de abril de 2019, e eu, de gestão e controle sobre eventuais filiais ou sucursais
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. a ela vinculadas;
VIII. Filial ou sucursal: qualquer estabelecimento
CAPÍTULO I juridicamente constituído e inscrito no Cadastro
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) que faz parte do
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que acervo patrimonial de outra pessoa jurídica a quem está
estabelece os procedimentos para a concessão, alteração submetido seu controle;
e cancelamento da Autorização de Funcionamento IX. Formulário de petição (FP): instrumento para
(AFE) e de Autorização Especial (AE) de farmácias e inserção de dados que permitam identificar o solicitante
drogarias. e o objeto solicitado, disponível durante o
Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as peticionamento, realizado no portal eletrônico da
seguintes definições: Anvisa (http://www.anvisa.gov.br);
I. Autorização de Funcionamento (AFE): ato de X. Guia de Recolhimento da União (GRU): guia
competência privativa da Agência Nacional da instituída pela Secretaria do Tesouro Nacional e
Vigilância Sanitária (Anvisa) que autoriza o utilizada no âmbito da Anvisa como forma de
funcionamento de farmácias e drogarias, mediante a recolhimento da Taxa de Fiscalização de Vigilância
solicitação de cadastramento da sua atividade, do Sanitária;
pagamento da respectiva Taxa de Fiscalização de XI. Insumo farmacêutico: droga ou substância aditiva
Vigilância Sanitária e de outros requisitos definidos em ou complementar de qualquer natureza, destinada a
regulamentação específica da Anvisa; emprego em medicamento;
II. Autorização Especial (AE): ato de competência XII. Insumos sujeitos a controle especial: substâncias
privativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária constantes das listas anexas à Portaria nº 344, de 12 de
(Anvisa) que autoriza farmácia de manipulação a maio de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do
desenvolver atividades relativas à manipulação de Ministério da Saúde ou de outro ato normativo que
substâncias sujeitas a controle especial constantes nas venha a substituí-la;
listas anexas à Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, XIII. Licença: ato de competência privativa do órgão de
da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da saúde dos Estados, Distrito Federal e municípios que
Saúde ou de outro ato normativo que venha a substituí- outorga ao estabelecimento o consentimento para o
la, mediante a solicitação de Autorização para o exercício de atividades sujeitas à vigilância sanitária
exercício de suas atividades, do pagamento da liberadas para exploração comercial;
respectiva Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária XIV. Órgão sanitário competente: Agência Nacional de
e de outros requisitos definidos em regulamentação Vigilância Sanitária e órgãos de vigilância sanitária dos
específica da Anvisa; Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III. Empresa: é a atividade econômica organizada pela XV. Petição eletrônica: tipo de petição selecionada
união de fatores de produção com escopo de realização durante o peticionamento eletrônico, realizada em
de bens ou serviços sujeitos a vigilância sanitária, ambiente exclusivamente virtual - Internet, sem
exercida por pessoas jurídicas de direito público ou necessidade de envio à Agência dos documentos físicos.
privado; O formulário de petição é preenchido em ambiente
IV. Estabelecimento: é o conjunto de bens utilizados Internet, e seus dados são diretamente enviados ao
pelo empresário ou agente público no desenvolvimento sistema de informações da Anvisa;
de uma atividade comercial ou assistencial XVI. Peticionamento eletrônico: pedido realizado em
ambiente Internet, por meio do formulário de petição,

502
identificado por um número de transação, cujo assunto é § 1º A ausência de manifestação da Anvisa no prazo
objeto de controle e fiscalização da Anvisa e que possui previsto no caput, implicará na concessão automática da
uma única modalidade; Autorização de Funcionamento (AFE) e da Autorização
XVII. Protocolo: ato de entrada do peticionamento na Especial (AE);
Anvisa e que possui uma única modalidade; § 2º A concessão automática da Autorização de
XVIII. Protocolo eletrônico (on line): recebimento da Funcionamento (AFE) ou de Autorização Especial (AE)
petição pela Anvisa em ambiente exclusivamente virtual não impede a Anvisa de proceder a análise do pedido a
- Internet, sem necessidade de remeter à Anvisa a qualquer momento e, caso seja comprovado que o
documentação física; XIX. Representante legal: pessoa estabelecimento não cumpre a regulamentação sanitária,
física ou jurídica legalmente investida de poderes para proceder o cancelamento das referidas autorizações.
representar a empresa junto aos órgãos sanitários; Art. 6º A responsabilidade pelo atesto da conformidade
XX. Responsável técnico: profissional legalmente com as normas e padrões sanitários do estabelecimento
habilitado pelo órgão ou conselho de classe competente da farmácia ou drogaria requerente de Autorização de
para o exercício das atividades que a empresa realiza na Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) é
área de produtos e serviços abrangidos por este do competente órgão sanitário das unidades federativas.
Regulamento; Art. 7º O exercício das atividades de prestação de
XXI. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária serviços em drogarias e farmácias, bem como o
(TFVS): tributo instituído pela Lei nº 9.782, de 26 de comércio de alimentos devem atender aos requisitos e
janeiro de 1999, devido em razão do exercício regular condições estabelecidos na Resolução de Diretoria
do poder de polícia pela Anvisa, cujos fatos geradores Colegiada RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009, e
estão descritos no Anexo II da mencionada Lei. Instrução Normativa nº 09, de 17 de agosto de 2009 e
Art. 3º A Autorização de Funcionamento (AFE) e a suas atualizações.
Autorização Especial (AE) de que trata esta Resolução Art. 8º Para a manipulação de insumos sujeitos a
serão concedidas ao estabelecimento por meio de controle especial, é obrigatória que a licença ou outro
processo distinto. documento, emitido pelo competente órgão de
Art. 4º O ato de concessão, de alteração ou de vigilância sanitária local ateste a capacidade do
cancelamento da Autorização de Funcionamento (AFE) estabelecimento para a manipulação dessas substâncias.
ou da Autorização Especial (AE) produzirá efeitos a § 1º Para manipulação de insumos sujeitos a controle
partir da data de publicação no Diário Oficial da União especial, a licença emitida pelo órgão sanitário
(DOU). competente deve atestar que o estabelecimento cumpre
§1º Na publicação no Diário Oficial da União (DOU) os requisitos para manipulação dessas substâncias, nos
constará o número de Autorização de Funcionamento de termos da Resolução RDC nº 67, de 17 de agosto de
Empresa (AFE) ou da Autorização Especial (AE). 2007, da Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998 e suas
§ 2º Excetuam-se da obrigatoriedade de publicação atualizações.
prevista no caput deste artigo as alterações § 2º Caso a licença não descreva a capacidade do
relativamente à mudança por redução de atividades, da estabelecimento para a manipulação de insumos sujeitos
razão social do estabelecimento, do responsável técnico a controle especial, torna-se obrigatório que o
ou do representante legal. estabelecimento possua declaração, relatório de
§ 3º As atividades informadas nas petições de inspeção, auto de vistoria ou outro documento, emitido
Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) ou pelo órgão de vigilância sanitária local, que ateste sua
de Autorização Especial (AE) constarão na base de capacidade para a manipulação dessas substâncias.
dados da Anvisa e serão publicadas no portal eletrônico Seção I - Dos pedidos
da Agência. Art. 9º O pedido para concessão, cancelamento,
§ 4º A concessão da Autorização de Funcionamento de alteração, retificação de publicação e reconsideração de
Empresa (AFE) ou da Autorização Especial (AE) não indeferimento de Autorização de Funcionamento de
permite a execução de atividades não autorizadas na Empresa (AFE) e de Autorização Especial (AE) de
licença emitida pelo competente órgão sanitário das farmácias e drogarias dar-se-á exclusivamente por meio
unidades federativas. § 5º A execução das atividades do peticionamento eletrônico, selecionada a modalidade
constantes da Autorização de Funcionamento de de petição e submissão eletrônicos, sendo dispensado o
Empresa (AFE) ou da Autorização Especial (AE) fica envio dos documentos físicos à sede da ANVISA em
condicionada a estarem também liberadas e incluídas na Brasília.
licença de funcionamento emitida pelo competente Art. 10. As mesmas atividades pleiteadas no pedido de
órgão sanitário local, em conformidade com as concessão de Autorização de Funcionamento (AFE) ou
exigências previstas na Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de ampliação de atividades devem constar do pedido de
de 1973. licenciamento junto ao competente órgão sanitário das
Art. 5º A Anvisa terá prazo de 30 (trinta) dias corridos, unidades federativas.
contado a partir da data do recebimento, para apreciação § 1º Na licença emitida pelo competente órgão sanitário
da petição de concessão de Autorização de das unidades federativas constará as atividades
Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) de autorizadas para execução pelo estabelecimento
farmácias e drogarias. requerente, desde que atestada a conformidade deste

503
com as normas e padrões sanitários exigidos para § 1º. As alterações previstas nos incisos de I a V são de
farmácias e drogarias. implementação imediata, independentemente de
§ 2º Na petição de concessão de Autorização de manifestação da Anvisa.
Funcionamento de Empresa (AFE) E DE Autorização § 2º. Para a alteração prevista no inciso VI, caso não
Especial (AE), no que couber, de farmácias e drogarias haja manifestação contrária da Anvisa, em até 60
pela Anvisa podem ser informadas as seguintes (sessenta) dias após a data de protocolização da petição,
atividades a serem executadas, mediante licenciamento o estabelecimento requerente poderá implementar as
emitido pelo competente órgão sanitário local: referidas alterações, desde que o exercício das
I. dispensação de medicamentos sujeitos a controle atividades esteja contemplado na licença emitida pelo
especial; competente órgão sanitário das unidades federativas.
II. dispensação de medicamentos não sujeitos a controle § 3º A concessão automática de alterações ou mudanças
especial; na AFE ou AE não impede a Anvisa de proceder a
III. comércio de cosméticos, de perfumes, de produtos análise do pedido a qualquer momento e, caso seja
de higiene, de correlatos, de alimentos e de plantas comprovado que o estabelecimento não cumpre a
medicinais; regulamentação sanitária, proceder o cancelamento das
IV. prestação de serviços farmacêuticos; autorizações.
V. manipulação de produtos oficinais; Art. 14. No caso de indeferimento de pedidos relativos à
VI. manipulação de produtos magistrais; Autorização de Funcionamento (AFE) ou à Autorização
VII. manipulação de insumos farmacêuticos sujeitos a Especial (AE), caberá recurso administrativo nos termos
controle especial; ou da RDC nº 266, de 8 de fevereiro de 2019.
VIII. manipulação de medicamentos estéreis. Seção II -Do acompanhamento
Art. 11. As petições de concessão e alteração de Art. 15. A área da Anvisa responsável pela Autorização
Autorização de Funcionamento (AFE) e concessão de de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE)
Autorização Especial (AE) devem ser instruídas com os deverá propor e implementar:
seguintes documentos: I - programa da qualidade para as licenças emitida pelos
I. Guia de Recolhimento da União relativa à Taxa de órgãos sanitários competente das unidades federativa;
Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS) II - estratégias e procedimentos de análise técnica das
acompanhada do respectivo comprovante de pagamento concessões e alterações da AFE, baseados na avaliação
ou GRU isenta, quando for o caso; do risco sanitário;
II. formulários de Petição devidamente preenchidos; Parágrafo único. O programa da qualidade para emissão
III. declaração conforme Anexo I desta Resolução; e de licença/alvará sanitário será coordenado pela Anvisa
IV. declaração conforme Anexo II desta Resolução, nos devendo este ter procedimentos pactuados e
casos de solicitação de Autorização Especial. § 1º Para harmonizados no Sistema Nacional de Vigilância
os casos de cancelamento de Autorização de Sanitária – SNVS, obedecendo os seguintes prazos:
Funcionamento (AFE) ou da Autorização Especial a. até um ano, para que a Anvisa e demais entes do
(AE), além dos documentos previstos nos incisos I e II, SNVS, elaborem o programa de qualidade de farmácias
o estabelecimento deve apresentar justificativa concisa de manipulação;
sobre a solicitação. b. até dois anos, para início de fase experimental do
§ 2º A declaração prevista no inciso IV, se aplica apenas programa e validação de dados;
a farmácia com manipulação que solicita Autorização c. até três anos para implementação completa do
Especial para fins de manipular insumos farmacêuticos programa de qualidade de farmácias de manipulação no
sujeitos a controle especial. SNVS.
Art. 12. Se a empresa solicitar a Autorização de Seção IV Das medidas administrativas
Funcionamento (AFE) com mais atividades que as Art. 16. As condições para a manutenção da
consentidas na licença posteriormente emitida pelo Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização
órgão sanitário competente das Unidades Federativa, Especial (AE) podem ser verificadas in loco, podendo
deve protocolar na Anvisa a atualização cadastral da resultar em alteração da decisão, solicitação de
petição da sua AFE. documentos adicionais, suspensão ou cancelamento das
Parágrafo único. A atualização cadastral prevista no autorizações, bem como outras medidas legais cabíveis.
caput deve ser protocolada pela empresa em até 30 Art. 17. As medidas administrativas citadas nesta
(trintas) dias após a emissão da licença. Resolução poderão ser aplicadas nas seguintes
Art. 13. A alteração da Autorização de Funcionamento situações:
(AFE) ou da Autorização Especial (AE) caberá nas I - descumprimento dos regulamentos sanitários;
seguintes hipóteses: II – execução de atividade não autorizada na licença
I - mudança de razão social; emitida pelo órgão sanitário competente das Unidades
II - mudança de endereço; Federativa; ou
III - mudança de responsável técnico; III - falsificação, adulteração ou alteração injustificada
IV - mudança de representante legal; da informação prestada; Art. 18. A concessão ou
V - alteração por redução de atividades, ou alteração da Autorização de Funcionamento (AFE) e
VI - alteração por ampliação de atividades. Autorização Especial (AE), nos termos desta Resolução,

504
não impede a aplicação das penalidades previstas na Lei § 2º Para as petições protocoladas cujos prazos de
nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 à empresa, caso se análise extrapolaram os prazos previstos neste
verifique o cometimento de infrações sanitárias regulamento, a área responsável pela autorização de
relacionadas às autorizações e ao exercício das funcionamento deve publicar Resolução com a
atividades autorizadas. concessão automática da AFE ou AE.
§ 3 º A execução das atividades contidas nas
CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E autorizações automáticas da AFE e AE dependerá da
TRANSITÓRIAS emissão da licença pelo órgão sanitário competente das
Art. 19. As petições de concessão e alterações de AFE e unidades federativa.
AE de farmácias e drogarias contempladas no escopo Art. 20. Fica revogada a Resolução da Diretoria
deste regulamento, protocoladas antes da vigência desta Colegiada- RDC nº 17, de 28 de março de 2013,
Resolução e que aguardam manifestação da Anvisa publicada no D.O.U. nº 61, de 1º de abril de 2013,
serão analisadas conforme esta Resolução. Seção 1, pág. 79.
§ 1º Para as petições já protocoladas na Anvisa não é Art. 21. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
necessária a apresentação da declaração prevista nos publicação oficial.
Anexo I e II desta Resolução. WILLIAM DIB - Diretor-Presidente
(Publicada no DOU nº 69, de 10 de abril de 2019)
Declaro estar ciente que o descumprimento das
ANEXO I DECLARAÇÃO disposições contidas nesta Resolução constitui infração
sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto
Considerando o disposto na Resolução da Diretoria de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
Colegiada - RDC nº ___, de ___ de abril de 2019 a administrativa e penal cabíveis.
empresa _____________________________________,
REPRESENTANTE LEGAL RESPONSÁVEL
CNPJ __________________, declara cumprir o
TÉCNICO
disposto nas normas sanitárias vigentes para as
atividades pleiteadas no peticionamento da ampliação
de atividades ou concessão de Autorização de
Funcionamento (AFE). ANEXO II

Considerando o disposto na Resolução da Diretoria DECLARAÇÃO


Colegiada - RDC nº ___ , de ___de abril de 2019 a (APLICÁVEL PARA SOLICITAÇÃO DE
empresa _____________________________________, AUTORIZAÇÃO ESPECIAL)
CNPJ __________________, declara cumprir o
disposto nas na Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006 e Considerando o disposto na Resolução da Diretoria
demais normas sanitárias vigentes para fins de Colegiada - RDC nº ___, de ___de abril de 2019, a
concessão da autorização especial. Vigilância Sanitária_______________________ declara
que a empresa __________________________, CNPJ
A empresa declara estar ciente de que somente poderá _________________ possui condições para
iniciar as suas atividades após a concessão da manipulação de substâncias sujeitas a controle especial
autorização de funcionamento, conforme o escopo das constantes nas listas anexas à Portaria nº 344, de 12 de
atividades autorizadas na licença emitida pelo órgão maio de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do
sanitário competente da Unidades Federativa. Ministério da Saúde ou de outro ato normativo que
venha a substituí-la.
A empresa declara que possui capacidade para a
manipulação de substâncias sujeitas a controle especial ___________________________________________
e que somente executará as atividades da autorização
especial após a licença sanitária, relatório de inspeção, Cargo - Órgão Sanitário Competente
auto de vistoria ou outro documento, emitido órgão
sanitário competente da Unidade Federativa, que ateste
sua capacidade para a manipulação dessas substâncias.
A empresa declara estar ciente que a autorização de
funcionamento ou autorização especial, isoladamente,
não assegura o início das suas atividades da farmácia ou
drogaria e da farmácia de manipulação.
A empresa, nas pessoas de seus responsáveis legal e
técnico, se responsabiliza pela veracidade e
fidedignidade das informações aqui prestadas e declara
que está ciente de que é responsável pela qualidade dos
serviços a serem prestados, bem como assegura que
estes estão adequados aos fins a que se destinam e
cumprem os requisitos legais e sanitários.

505
RDC Nº 301, DE 21/08/2019 VI - arquivo mestre da planta: documento que descreve
as atividades relacionadas às boas práticas de fabricação
Dispõe sobre as Diretrizes Gerais de Boas Práticas de do fabricante;
Fabricação de Medicamentos. VII - calibração: conjunto de operações que estabelece,
sob condições especificadas, a relação entre os valores
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de indicados por um instrumento ou sistema de medição,
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe ou valores representados por uma medida materializada,
confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º, III e IV da e os valores correspondentes conhecidos de um padrão
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, de referência;
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela VIII - certificado de análise: documento que fornece um
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 255, de 10 resumo dos resultados dos testes em amostras de
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte produtos ou de materiais juntamente com a avaliação de
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado sua conformidade com a especificação declarada.
em reunião realizada em 20 de agosto de 2019, e eu, Alternativamente, a certificação pode basear-se, em
Diretor-Presidente Substituto, determino a sua todo ou em parte, na avalição de dados em tempo real
publicação. (resumos e relatórios de exceção) da tecnologia
analítica de processo lote-relacionada, parâmetros ou
CAPÍTULO I métricas, conforme a autorização de
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS comercialização/registro do produto;
Seção I Do objetivo IX - contaminação: a introdução não desejada de
Art. 1º Esta Resolução possui o objetivo de adotar as impurezas de natureza química ou microbiológica, ou
diretrizes gerais de Boas Práticas de Fabricação de de matéria estranha, em matéria-prima, produto
Medicamentos do Esquema de Cooperação em Inspeção intermediário e/ou produto terminado durante as etapas
Farmacêutica, PIC/S, como requisitos mínimos a serem de amostragem, pesagem, formulação, produção (re)
seguidos na fabricação de medicamentos. embalagem, armazenamento ou transporte;
Seção II Da abrangência X - contaminação cruzada: contaminação de
Art. 2º Esta Resolução se aplica às empresas que determinada matéria-prima, produto intermediário,
realizam as operações envolvidas na fabricação de produto a granel ou produto terminado por outra
medicamentos, incluindo os medicamentos matéria-prima, produto intermediário, produto a granel
experimentais. ou produto terminado durante as etapas de amostragem,
Seção III Das definições pesagem, formulação, produção (re) embalagem e
Art. 3º Para fins desta Resolução e das instruções armazenamento;
normativas vinculadas a ela, aplicam-se as seguintes XI - contenção: ação de confinar um agente biológico
definições: ou outra substância dentro de um espaço definido;
I - acordo técnico: documento que define XII - controle em processo: verificações realizadas
responsabilidades, atribuições, direitos e deveres durante a produção para monitorar e, se necessário,
de/entre contratante e contratado em relação às ajustar o processo para garantir que o produto esteja em
atividades terceirizadas; conformidade com sua especificação. O controle do
I - ação corretiva: medidas adotadas para tratar e ambiente ou dos equipamentos também pode ser
eliminar a causa raiz de desvio ou não conformidade já considerado como parte do controle em processo;
ocorrida. Na sua essência, a ação corretiva remete à XIII - data de validade de matéria-prima/insumo: data
uma contenção reativa; definida pelo fabricante de tais materiais, a qual
III - ação preventiva: medidas adotadas para se evitar estabelece o tempo (com base em estudos de
que um desvio ou não conformidade venha a ocorrer. estabilidade específicos) durante o qual os materiais em
Na sua essência, a ação preventiva remete à mitigação comento permanecem dentro das especificações de
proativa de riscos. Em última instância, a ação prazo de validade estabelecidas (caracterizado como o
preventiva busca eliminar a causa de um potencial período de vida útil), se armazenados sob condições
desvio ou não conformidade; definidas e após o qual não devem ser usados;
IV - antecâmara: espaço fechado com duas ou mais XIV - data de validade de produto: data estabelecida nas
portas, que é interposto entre duas ou mais salas, como, embalagens de medicamentos (usualmente em rótulos)
por exemplo, de diferentes classes de limpeza, com a até a qual se espera que o produto permaneça dentro das
finalidade de controlar o fluxo de ar entre essas salas especificações, desde que armazenados corretamente.
quando precisam ser adentradas. Uma antecâmara é Esta data é estabelecida por lote, somando-se o prazo de
projetada de forma a ser utilizada para pessoas, validade à data de fabricação;
materiais ou equipamentos; XV - data de reteste: data estabelecida pelo fabricante
V - área limpa: área com controle ambiental definido de da matéria-prima/insumo, baseada em estudos de
contaminação particulada e microbiana, construída e estabilidade, após a qual o material deve ser reanalisado
utilizada de forma a reduzir a introdução, geração e para garantir que ainda está adequado para uso,
retenção de contaminantes dentro da área; conforme testes indicativos de estabilidade definidos
pelo fabricante da matéria-prima/insumo e mantidas as

506
condições de armazenamento preestabelecidas. A data XXVIII - lote: quantidade definida de matéria-prima,
de reteste somente é aplicável quando o prazo de material de embalagem ou produto processado em um
validade não foi estabelecido pelo fabricante da ou mais processos, cuja característica essencial é a
matéria-prima/insumo; homogeneidade. Para completar determinados estágios
XVI - desvio: não cumprimento de requisitos de fabricação, pode ser necessário dividir um lote em
determinados pelo sistema de gestão da qualidade vários sublotes, que depois são reunidos para formar um
farmacêutica ou necessários para a manutenção da lote final homogêneo. No caso da fabricação contínua, o
qualidade, segurança e eficácia dos produtos; lote deverá corresponder a uma fração definida da
XVII - devolução: envio de medicamentos ao produção, caracterizada pela homogeneidade
fabricante, após sias expedições por aquele, que pretendida. Para o controle do produto acabado, um lote
poderão ou não apresentar um defeito de qualidade; de medicamento inclui todas as unidades da forma
XVIII - embalagem: todas as operações, incluindo farmacêutica, que são feitas a partir da mesma massa
envase e rotulagem, pelas quais o produto a granel deve inicial de material e foram submetidas a uma única série
passar para se tornar um produto acabado. O envase de de operações de fabricação ou a uma única operação de
produtos estéreis não é considerado parte do processo esterilização ou, no caso de um processo de produção
de embalagem, sendo esses considerados produtos a contínuo, todas as unidades fabricadas em um
granel quando em sua embalagem primária; determinado período de tempo;
XIX - especificação: documento que descreve em XXIX - material de embalagem: qualquer material
detalhes os requisitos com os quais produtos ou empregado na embalagem de medicamentos, excluindo
materiais usados ou obtidos durante a fabricação devem qualquer embalagem externa usada para transporte ou
atender. Servem de base para a avaliação da qualidade; embarque. Os materiais de embalagem são classificados
XX - esterilidade: é a ausência de organismos vivos. As como primários ou secundários, de acordo com o grau
condições dos testes de esterilidade são estabelecidas de contato com o produto;
pela Farmacopeia Brasileira ou outra oficialmente XXX - matéria-prima: qualquer substância utilizada na
reconhecida pela Anvisa; produção de medicamentos, excluindo os materiais de
XXI - fabricação: todas as operações envolvidas no embalagem;
preparo de determinado medicamento, incluindo a XXXI - medicamento: produto farmacêutico,
aquisição de materiais, produção, controle de qualidade, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
liberação, armazenamento, expedição de produtos profilática, curativa, paliativa ou para fins de
acabados e os controles relacionados; diagnóstico;
XXII - fabricante: detentor de autorização para a XXXII - não conformidade: o não atendimento de um
fabricação de medicamentos, de acordo com o requisito preestabelecido. Tais requisitos poder variar
regramento sanitário do país em que se localiza; entre fatores externos e internos. Como exemplos de
XXIII - fórmulas (de fabricação; de processamento; de uma lista não exaustiva, as não conformidades podem
embalagem) e instruções (de testes): documentos que relacionar-se com: procedimentos, normas, legislações,
fornecem detalhes de todas as matérias-primas, instalações, equipamentos, sistemas, processos,
equipamentos e sistemas computadorizados a serem produtos, fornecedores, materiais, serviços, métodos
utilizados e especificam todas as instruções dos etc.;
processos (de embalagem; de amostragens) e de testes; XXXIII - número do lote: combinação distintiva de
XXIV - Instruções de processos: documentos que números e/ou letras que identifica especificamente um
especificam, de forma detalhada, ainda que com uma lote;
linguagem simples, como realizar uma das etapas dos XXXIV - patrocinador: pessoa, empresa, instituição ou
processos. Ao contrário dos procedimentos, que organização responsável por iniciar, administrar,
geralmente abrigam informações e diretrizes mais controlar ou financiar um estudo clínico;
detalhadas acerca do gerenciamento do sistema de XXXV - procedimento: descrição das operações a
qualidade farmacêutica, as instruções de processos serem realizadas, das precauções a serem tomadas e das
visam facilitar a execução das tarefas de rotina (do medidas a serem aplicadas, direta ou indiretamente
ponto de vista técnico-operacional) pelos operadores e relacionadas com a fabricação de um medicamento;
analistas; XXXVI - produção: todas as operações envolvidas na
XXV - insumo farmacêutico ativo atípico: Excipiente, preparação de um medicamento, desde o recebimento
insumo da indústria alimentícia ou cosmética utilizado dos materiais, passando pelo processamento e
na indústria farmacêutica como insumo farmacêutico embalagem, até a sua conclusão como um produto
ativo; acabado;
XXVI - limite de ação: critério estabelecido, exigindo XXXVII - produto acabado: produto que tenha passado
acompanhamento imediato e ação corretiva se excedido; por todas as etapas de produção, incluindo rotulagem e
XXVII - limite de alerta: critérios estabelecidos que dão embalagem final;
o alerta antecipado do desvio potencial de condições XXXVIII - produto a granel: qualquer produto que
normais que não são necessariamente motivos para uma tenha completado todos os estágios de processamento
ação corretiva definitiva, mas que requerem ações de até, mas não incluindo, a embalagem primária. Os
acompanhamento;

507
produtos estéreis em sua embalagem primária são um meio de crescimento microbiano. Enchimento de
considerados produto a granel; meios são sinônimos de enchimentos de produtos
XXXIX - produto intermediário: produto parcialmente simulados, testes do meio, testes de enchimento etc.;
processado que deve ser submetido a etapas LII - sistema de Ação Corretiva e Ação Preventiva
subsequentes de fabricação antes de se tornar um (CAPA): processo de trabalho, na qual podem ser
produto a granel; utilizadas diversas ferramentas tanto de gestão
XL - protocolo: documento que fornece instruções de qualidade quanto do gerenciamento de risco, que se
como executar e registrar certas operações discretas; aplica à identificação; à avaliação e à investigação de
XLI - qualificação: ação de provar que quaisquer eventos (desvios, não conformidades, etc.) passados; se
instalações, equipamentos, utilidades e sistemas aplica à definição do plano de ação; se aplica à
funcionam corretamente e realmente levam aos implementação das ações definidas no plano de ação e,
resultados esperados; por último, se aplica à verificação da efetividade das
XLII - quarentena: estado das matérias-primas ou do ações (corretivas e preventivas) implementadas, ou para
material de embalagem, produtos intermediários, a cessar a causa raiz de eventos passados (desvios, não
granel ou acabados, separados fisicamente, não conformidades, etc.), evitando-se reincidências, ou para
necessariamente em ambientes distintos, ou por outros prevenir a ocorrência de eventos futuros (desvios, não
meios eficazes, enquanto se aguarda uma decisão sobre conformidades, etc.). Dito de outra forma, um Sistema
a sua liberação ou recusa; de CAPA refere-se a um componente do sistema da
XLIII - reanálise: análise realizada em matéria- qualidade que, conduzido de maneira consistente e
prima/insumo, previamente analisada e aprovada, para eficaz pela empresa, tem o poder de auxiliar na
confirmar a manutenção das especificações promoção da melhoria contínua do sistema da qualidade
estabelecidas pelo fabricante, dentro do prazo de farmacêutica;
validade; LIII - sistema informatizado: sistema que inclui a
XLIV - reconciliação: comparação, considerando a entrada de dados, o processamento eletrônico e a saída
variação normal, entre a quantidade teórica e real de de informações a serem utilizadas para relatórios ou
produto ou materiais produzidos ou utilizados; controle automático;
XLV - recuperação: introdução de todos ou parte dos LIV - Solução Parenteral de Grande Volume (SPGV):
lotes anteriores de qualidade exigida em outro lote em solução estéril e apirogênica, destinada à aplicação
um estágio definido de fabricação; parenteral em dose única, cujo volume é de 100mL ou
XLVI - registro: documento que fornece evidências das superior. Estão incluídas nesta definição as soluções
ações adotadas para demonstrar a conformidade com as para irrigação e soluções para diálise peritoneal;
instruções, por exemplo, atividades, eventos, LV - validação: ação de provar, de acordo com os
investigações e, no caso de lotes fabricados, um princípios das Boas Práticas de Fabricação, que
histórico de cada lote do produto, incluindo sua qualquer procedimento, processo, equipamento,
distribuição. Os registros incluem os dados brutos material, atividade ou sistema realmente leva aos
utilizados para gerar outros registros. No mínimo, todos resultados esperados.
os dados sobre os quais as decisões da qualidade são CAPÍTULO II
baseadas devem ser considerados como dados brutos; DO SISTEMA DA QUALIDADE
XLVII - relatório: documentação que registra a FARMACÊUTICA
condução de exercícios, de projetos e de investigações Seção I Da introdução
específicas, juntamente com os resultados, conclusões e Art. 4º O detentor de uma autorização para fabricação
recomendações; deve fabricar medicamentos, de forma a garantir que
XLVIII - reprocesso: operação de todo ou parte de um correspondam à finalidade pretendida, satisfaçam os
lote de produto, de qualidade inaceitável, a partir de um requisitos do registro ou da autorização para uso em
estágio de produção definido, para que sua qualidade ensaio clínico, conforme apropriado, de forma a não
possa ser aceita após a realização de uma ou mais colocar os pacientes em risco devido à segurança,
operações adicionais; qualidade ou eficácia inadequadas.
XLIX - Responsável Técnico: profissional reconhecido § 1º O cumprimento deste objetivo de qualidade é
pela autoridade regulatória nacional como tendo a responsabilidade da administração superior da empresa
responsabilidade de garantir que cada lote de produto e exige a participação e o comprometimento da equipe
terminado tenha sido fabricado, testado e aprovado para em todos os níveis da organização, bem como de seus
liberação em consonância com as leis e normas em fornecedores e distribuidores.
vigor no país; § 2º Para alcançar este objetivo de qualidade de forma
L - rótulo: identificação impressa ou litografada, bem confiável, deve haver um Sistema da Qualidade
como dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou Farmacêutica abrangente e corretamente implementado,
decalco, aplicados diretamente sobre recipientes, incorporando as Boas Práticas de Fabricação e
vasilhames, invólucros, envoltórios ou qualquer outro Gerenciamento dos Riscos de Qualidade.
protetor de embalagem; § 3º O Sistema da Qualidade Farmacêutica deve ser
LI - simulação do processo asséptico: método de totalmente documentado e ter sua efetividade
avaliação de um processo asséptico por intermédio de

508
monitorada, por meio de revisão gerencial, de forma a fornecedores e verificação da conformidade de cada
promover a melhoria contínua da qualidade. recebimento com o fornecedor aprovado;
§ 4º Todos os componentes do Sistema da Qualidade VII - existam processos para assegurar a gestão de
Farmacêutica devem dispor de recursos adequados e atividades terceirizadas;
pessoal competente, além de instalações e equipamentos VIII - um estado de controle seja estabelecido e mantido
apropriados e suficientes. por meio do desenvolvimento e uso de sistemas eficazes
Art. 5º O Gerenciamento da Qualidade é um conceito de monitoramento e controle para o desempenho do
abrangente, que cobre todas as questões que processo e para a qualidade do produto;
determinam, isolada ou conjuntamente, a qualidade de IX - os resultados do monitoramento de produtos e
um produto. processos sejam levados em consideração na liberação
§ 1º O Gerenciamento da Qualidade corresponde à do lote, na investigação de desvios e com o objetivo de
soma dos arranjos organizados com o objetivo de tomar ações preventivas para evitar desvios potenciais
garantir que os medicamentos tenham a qualidade que possam ocorrer no futuro;
exigida para o uso pretendido. X - todos os controles necessários em produtos
§ 2º O gerenciamento da Qualidade incorpora as Boas intermediários e quaisquer outros controles em processo
Práticas de Fabricação. e validações sejam realizados;
Art. 6º As Boas Práticas de Fabricação se aplicam a XI - a melhoria contínua seja facilitada por meio da
todas as etapas do ciclo de vida do produto, desde a implementação de melhorias da qualidade apropriadas
fabricação de medicamentos experimentais, ao nível de conhecimento do processo e do produto;
transferência de tecnologia, fabricação comercial até a XII - estejam implementados procedimentos para a
descontinuação do produto. avaliação prospectiva de mudanças planejadas e sua
Parágrafo único. O Sistema da Qualidade Farmacêutica aprovação antes da implementação, levando-se em
pode se estender ao estágio do desenvolvimento consideração as notificações e aprovações regulatórias,
farmacêutico, de forma a facilitar a inovação e a quando necessário;
melhoria contínua, e fortalecer o vínculo entre o XIII - após a implementação de qualquer mudança, uma
desenvolvimento farmacêutico e as atividades de avaliação seja realizada para confirmar que os objetivos
fabricação. de qualidade foram alcançados e que não houve impacto
Art. 7º O tamanho e a complexidade das atividades da prejudicial não intencional na qualidade do produto;
empresa devem ser levados em consideração ao se XIV - um nível apropriado de análise da causa raiz seja
desenvolver um novo Sistema de Qualidade aplicado durante a investigação de desvios, suspeitas de
Farmacêutica ou modificar um já existente. defeitos no produto e outros problemas:
§ 1º O projeto do sistema deve incorporar princípios a) o nível apropriado pode ser determinado pelo
apropriados do gerenciamento de risco, incluindo o uso estabelecimento por meio da aplicação dos princípios de
de ferramentas apropriadas. Gerenciamento de Risco na Qualidade;
§ 2º Embora alguns aspectos do sistema possam ser b) nos casos em que a(s) verdadeira(s) causa(s) raiz(es)
coorporativos de toda a empresa e outros se aplicarem do problema não puder(em) ser determinada(s), deve-se
em estabelecimentos específicos, a eficácia do sistema é considerar a identificação da(s) causa(s) raiz(es) mais
normalmente demonstrada no nível do estabelecimento provável(eis) e abordá-la(s);
específico. c) quando se suspeitar ou identificar erro humano como
Art. 8º Um Sistema da Qualidade Farmacêutica causa, isso deve ser justificado, tendo-se o cuidado de
adequado à fabricação de medicamentos deve garantir garantir que erros ou problemas de processo, de
que: procedimento ou de sistema não tenham sido
I - a concepção do produto seja alcançada por meio do negligenciados, se for o caso;
projeto, planejamento, implementação, manutenção e d) ações corretivas e/ou ações preventivas (CAPAs)
melhoria contínua de um sistema que permita a apropriadas devem ser identificadas e implementadas
fabricação consistente de produtos com atributos de em resposta às investigações. A eficácia dessas ações
qualidade apropriados; deve ser monitorada e avaliada, de acordo com os
II - o conhecimento de produtos e processos seja princípios do Gerenciamento de Riscos da Qualidade.
gerenciado em todas as etapas do ciclo de vida; XV - os medicamentos não sejam comercializados ou
III - os medicamentos sejam concebidos e distribuídos antes da Pessoa Delegada pelo Sistema de
desenvolvidos de forma a se levar em consideração os Gestão da Qualidade Farmacêutica ter certificado que
requerimentos das Boas Práticas de Fabricação; cada lote do produto foi produzido e controlado de
IV - as operações de produção e controle sejam acordo com os requerimentos de registro e quaisquer
claramente especificadas, e sejam adotadas as Boas outras normas relevantes à produção, ao controle e à
Práticas de Fabricação; liberação de medicamentos;
V - as responsabilidades gerenciais sejam claramente XVI - existam mecanismos para garantir que os
especificadas; medicamentos sejam armazenados, distribuídos e
VI - sejam tomadas providências para a fabricação, posteriormente manuseados de modo que a qualidade
fornecimento e uso das matérias-primas e materiais de seja mantida ao longo do seu período de vida útil;
embalagem corretos, a seleção e monitoramento dos

509
XVII - exista um processo de auto inspeção e/ou V - os procedimentos devem ser seguidos corretamente
auditoria da qualidade, que avalie regularmente a e os operadores devem ser treinados para tal;
efetividade e a aplicabilidade do Sistema da Qualidade VI - os registros, que demonstrem que todas as etapas
Farmacêutica. exigidas pelos procedimentos e instruções definidos
Art. 9º A gestão superior da empresa tem a foram consideradas e que a quantidade e qualidade do
responsabilidade final de garantir que um Sistema da produto estão conforme o previsto, devem ser realizados
Qualidade Farmacêutica eficaz esteja implementado, durante a fabricação, manualmente e/ou através de
disponha de recursos adequados e que as instrumentos de registro automático;
responsabilidades e autoridades sejam definidas, VII - quaisquer desvios significativos devem ser
comunicadas e implementadas em toda a organização. integralmente registrados e investigados com o objetivo
§ 1º A liderança da administração superior da empresa e de determinar a causa raiz e implementar as ações
sua participação ativa no Sistema da Qualidade corretivas e preventivas apropriadas;
Farmacêutica é essencial. VIII - registros de fabricação, incluindo a distribuição,
§ 2º Essa liderança deve garantir o apoio e o que permitam o rastreamento do histórico completo de
comprometimento da equipe em todos os níveis da um lote devem ser mantidos de forma compreensível e
organização ao Sistema da Qualidade Farmacêutica. acessível;
Art. 10. Deve haver revisão gerencial periódica, com o IX - a distribuição dos produtos deve minimizar
envolvimento da administração superior da empresa, do qualquer risco a sua qualidade e levar em consideração
desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade as boas práticas de distribuição;
Farmacêutica de forma que se identifiquem X - um sistema deve estar disponível para recolher
oportunidades de melhoria contínua de produtos, qualquer lote de produto, em comercialização ou
processos e do próprio sistema. distribuição;
Art. 11. O Sistema da Qualidade Farmacêutica deve ser XI - as reclamações sobre os produtos devem ser
definido e documentado. examinadas, as causas dos desvios de qualidade
Parágrafo Único. Um Manual da Qualidade ou investigadas e medidas apropriadas adotadas em relação
documentação equivalente deve estar estabelecido e aos produtos com desvio e em relação à prevenção da
deve conter uma descrição do sistema de gestão da recorrência.
qualidade, incluindo as responsabilidades de gestão. Seção III - Do controle de qualidade
Seção II Das Boas Práticas de Fabricação de Art. 13. O Controle de Qualidade é a parte das BPF
Medicamentos referente à coleta de amostras, às especificações e à
Art. 12. Boas Práticas de Fabricação (BPF) é a parte do execução de testes, bem como à organização, à
Gerenciamento da Qualidade que assegura que os documentação e aos procedimentos de liberação que
produtos são consistentemente produzidos e asseguram que os testes relevantes e necessários sejam
controlados, de acordo com os padrões de qualidade executados, e que os materiais não sejam liberados para
apropriados para o uso pretendido e requerido pelo uso, ou que produtos não sejam liberados para
registro sanitário, autorização para uso em ensaio comercialização ou distribuição, até que a sua qualidade
clínico ou especificações do produto. tenha sido considerada satisfatória.
§ 1º As Boas Práticas de Fabricação dizem respeito Art. 14. Os requerimentos básicos do Controle de
tanto à produção como ao controle de qualidade. Qualidade são:
§ 2º Os requisitos básicos das BPF são: I - instalações adequadas, pessoal treinado e
I - todos os processos de fabricação devem estar procedimentos aprovados devem estar disponíveis para
claramente definidos, sistematicamente revisados à luz amostragem e teste de matérias-primas, materiais de
da experiência, e demonstrar serem capazes de produzir embalagem, produtos intermediários, a granel e
medicamentos com a qualidade exigida e em terminados e, onde apropriado, para monitoramento das
conformidade com as suas especificações; condições ambientais para fins de BPF;
II - as etapas críticas dos processos de fabricação, bem II - amostras de matérias-primas, materiais de
como quaisquer mudanças significativas, devem estar embalagem, produtos intermediários, produtos a granel
validadas; e produtos acabados devem ser coletadas por pessoal
III - sejam fornecidos todos os recursos necessários, autorizado e por meio de métodos aprovados;
incluindo: III - os métodos analíticos devem ser validados;
a) pessoal qualificado e adequadamente treinado; IV - devem ser feitos registros (manual ou por meio
b) instalações e áreas adequadas; eletrônico) demonstrando que todos os procedimentos
c) equipamento e serviços apropriados; de amostragem, inspeção e testes foram de fato
d) materiais, recipientes e rótulos corretos; realizados e que quaisquer desvios foram devidamente
e) procedimentos e instruções aprovadas, de acordo com registrados e investigados;
o Sistema da Qualidade Farmacêutica; V - os produtos acabados devem possuir a composição
f) armazenagem e transporte adequados. qualitativa e quantitativa em conformidade com o
IV - as instruções e procedimentos devem ser escritos descrito no registro ou na autorização para uso em
de forma instrutiva, em linguagem clara e inequívoca, ensaio clínico; os componentes devem ter a pureza
especificamente aplicáveis aos recursos fornecidos;

510
exigida, devem estar em recipientes apropriados e IX - revisão da adequação de quaisquer ações corretivas
devidamente rotulados; prévias relacionadas ao processo ou equipamento do
VI - devem ser registrados os resultados da inspeção e produto;
dos testes realizados nos materiais, produtos X - para novos registros e alterações pós-registro, deve
intermediários, a granel e terminados, demonstrando ser realizada uma revisão dos compromissos pós-
que foram formalmente avaliados em relação à aprovação;
especificação, que deve incluir a revisão e avaliação da XI - revisão da situação da qualificação de
documentação relevante de produção e uma avaliação equipamentos e utilidades relevantes, como por
dos desvios dos procedimentos especificados; exemplo: sistema de ventilação, aquecimento e ar
VII - nenhum lote de produto deve ser liberado para condicionado (HVAC), água, sistemas de gás
comercialização ou distribuição antes da certificação, comprimido, etc; e
por uma Pessoa Delegada pelo Sistema de Gestão da XII - revisão de quaisquer disposições contratuais,
Qualidade Farmacêutica, de que este está em definidas na seção desta norma referente às atividades
conformidade com os requerimentos das autorizações terceirizadas, para assegurar que estejam atualizadas.
relevantes; Art. 18. O fabricante e, eventualmente, o detentor do
VIII - amostras de referência suficientes de matérias- registro do medicamento, devem avaliar os resultados
primas e produtos devem ser mantidas de acordo com a da revisão e decidir se uma ação corretiva e preventiva
instrução normativa específica para permitir a futura ou qualquer revalidação precisam ser realizadas, no
análise do produto, se necessário. âmbito do Sistema da Qualidade Farmacêutica.
Seção IV Da revisão da qualidade do produto Parágrafo único. Devem existir procedimentos de
Art. 15. Revisões periódicas da qualidade de todos os gerenciamento para a revisão e gestão permanente
medicamentos autorizados, incluindo produtos dessas ações, e a efetividade desses procedimentos deve
exclusivos de exportação, devem ser conduzidas com o ser verificada durante a auto inspeção.
objetivo de verificar a consistência do processo Art. 19. Revisões de qualidade podem ser agrupadas por
existente, a adequação das especificações aplicadas tipo de produto, quando justificado cientificamente.
tanto para matéria-prima quanto para produto acabado, Art. 20. Se o detentor do registro não for o fabricante do
evidenciar quaisquer tendências e identificar melhorias medicamento, deve existir um acordo técnico
em produtos e processos. implementado entre as partes que defina as respectivas
Art. 16. As revisões da qualidade do produto devem, responsabilidades na elaboração da revisão de qualidade
normalmente, ser conduzidas e documentadas do produto.
anualmente, levando em consideração as revisões Parágrafo único. A Pessoa Delegada pelo Sistema de
anteriores. Gestão da Qualidade Farmacêutica responsável pela
Art. 17. A Revisão da Qualidade do Produto deve certificação final do lote, juntamente com o detentor do
incluir pelo menos: registro, deve assegurar que a revisão de qualidade seja
I - revisão das matérias-primas, incluindo os materiais precisa e efetuada dentro do prazo estabelecido.
de embalagem utilizados no produto, especialmente Seção V
aqueles provenientes de novas fontes e, em especial, a Do Gerenciamento de Risco da Qualidade
análise da rastreabilidade da cadeia de fornecimento das Art. 21. O Gerenciamento de Risco da Qualidade
substâncias ativas; (GRQ) é um processo sistemático de avaliação,
II - revisão dos controles em processos críticos e dos controle, comunicação e revisão de riscos para a
resultados de controle de qualidade dos produtos qualidade do medicamento.
acabados; Parágrafo único. O Gerenciamento de Risco da
III - revisão de todos os lotes que não cumpriram com Qualidade pode ser aplicado de forma proativa e
as especificações estabelecidas e suas investigações; retrospectiva.
IV - revisão de todos os desvios significativos ou não- Art. 22. Os princípios do Gerenciamento de Riscos da
conformidades, suas investigações relacionadas e a Qualidade são:
efetividade das ações corretivas e preventivas I - a avaliação do risco à qualidade é baseada em
resultantes; conhecimento científico, experiência com o processo e,
V - revisão de todas as mudanças realizadas nos em última instância, vincula-se à proteção do paciente;
processos ou métodos analíticos; II - o nível de esforço, formalidade e documentação do
VI - revisão das alterações pós-registro submetidas, processo de Gerenciamento de Risco da Qualidade é
autorizadas ou indeferidas, incluindo aquelas relativas a compatível com o nível de risco.
produtos registrados em outros países (apenas para CAPÍTULO III
exportação); DO PESSOAL
VII - revisão dos resultados do programa de estabilidade Seção I Da introdução
de acompanhamento e quaisquer tendências adversas; Art. 23. Deve haver pessoal qualificado em quantidade
VIII - revisão de todas as devoluções, reclamações e suficiente para desempenhar corretamente todas as
recolhimentos relacionados à qualidade do produto e às atividades pelas quais o fabricante é responsável.
investigações realizadas na ocasião;

511
Art. 24. As responsabilidades individuais devem estar pelo Sistema de Gestão da Qualidade Farmacêutica
claramente definidas, compreendidas e registradas por designada(s) para as liberações dos produtos.
todos os envolvidos. Art. 34. As posições-chave, normalmente, devem ser
Art. 25. Todo o pessoal deve estar ciente dos princípios ocupadas por pessoal em tempo integral.
das Boas Práticas de Fabricação que os afetam e receber Art. 35. Os Responsáveis pela Produção e Controle de
treinamento inicial e contínuo, incluindo instruções de Qualidade devem ser independentes entre si.
higiene, relevantes para suas necessidades. § 1º Em grandes organizações, pode ser necessário
Seção II Das disposições gerais delegar algumas das funções do Pessoal-Chave.
Art. 26. O fabricante deve dispor de pessoal em número § 2º Um responsável pela unidade da qualidade ou
adequado e com as qualificações e experiência prática responsável pela garantia da qualidade pode ser
necessárias. nomeado, dependendo do tamanho e estrutura
Art. 27. A administração superior da empresa deve organizacional da empresa.
determinar e fornecer recursos adequados e apropriados § 3º Quando a separação prevista no parágrafo anterior
(humanos, financeiros, de materiais, instalações e ocorrer, algumas das responsabilidades descritas a
equipamentos) para implementar e manter o Sistema da seguir são compartilhadas com o Responsável pelo
Qualidade Farmacêutica e melhorar sua efetividade Controle de Qualidade e com o Responsável pela
continuamente. Produção, e a administração superior deve, portanto,
Art. 28. As responsabilidades atribuídas a qualquer providenciar a definição das funções, responsabilidades
indivíduo não devem ser tão extensas a ponto de e autoridades.
apresentar qualquer risco para a qualidade. Art. 36. O Responsável pela Produção tem as seguintes
Art. 29. O fabricante deve possuir um organograma em responsabilidades:
que as relações entre os Responsáveis pela Produção, I - garantir que os produtos sejam produzidos e
Controle de Qualidade e, quando aplicável, o armazenados de acordo com a documentação
Responsável pela Garantia da Qualidade ou Unidade da apropriada, a fim de se obter a qualidade requerida;
Qualidade, e a posição do Responsável Técnico sejam II - aprovar as instruções relativas às operações de
claramente apresentados na hierarquia gerencial. produção e assegurar sua estrita implementação;
Art. 30. As pessoas que ocupam cargos de III - assegurar que os registros de produção sejam
responsabilidade devem ter as suas funções específicas avaliados e assinados por uma pessoa designada;
registradas em descrições de cargo e a autoridade IV - garantir a qualificação e manutenção do seu
adequada para execução das suas responsabilidades. departamento, instalações e equipamentos;
§ 1º As funções de responsabilidade podem ser V - garantir que as validações apropriadas sejam
delegadas para pessoas designadas com um nível executadas;
satisfatório de qualificação. VI - assegurar que os treinamentos iniciais e contínuos
§ 2º Não deve haver lacunas ou sobreposições de necessários ao pessoal do seu departamento sejam
responsabilidade injustificadas no que diga respeito ao realizados e adaptados de acordo com as necessidades.
pessoal envolvido na aplicação das Boas Práticas de Art. 37. O Responsável pelo Controle de Qualidade
Fabricação. geralmente tem as seguintes responsabilidades:
Art. 31. A administração superior da empresa tem a I - aprovar ou rejeitar, conforme julgar apropriado,
responsabilidade final de garantir que um Sistema da matérias-primas, materiais de embalagem, produtos
Qualidade Farmacêutica efetivo esteja implementado intermediários, a granel e terminados;
para atingir os objetivos da qualidade; e que as II - garantir que todos os testes necessários sejam
atribuições, responsabilidades e autoridades sejam realizados e os registros associados avaliados;
definidas, comunicadas e implementadas em toda a III - aprovar especificações, instruções de amostragem,
organização. métodos de análise e outros procedimentos do Controle
Art. 32. A administração superior da empresa deve de Qualidade;
estabelecer uma política da qualidade que descreva as IV - aprovar e monitorar quaisquer análises contratadas;
definições e intenções gerais da empresa em relação à V - assegurar a qualificação e manutenção do seu
qualidade e deve, ainda, garantir adequação e departamento, instalações e equipamentos;
efetividade contínuas do Sistema da Qualidade VI - garantir que as validações apropriadas sejam
Farmacêutica e da conformidade com as BPF, por meio realizadas;
da participação na revisão do gerenciamento. VII - assegurar que os treinamentos iniciais e contínuos
Seção III Do pessoal-chave do pessoal do seu departamento sejam realizados e
Art. 33. A administração superior deve designar o adaptados, conforme as necessidades.
Pessoal-Chave da Gestão, incluindo o Responsável pela Art. 38. Os Responsáveis pela Produção, Controle de
Produção, o Responsável pelo Controle de Qualidade, Qualidade e, quando relevante, o Responsável pela
Pessoa(s) Delegada(s) pelo Sistema de Gestão da Garantia de Qualidade ou Responsável pela Unidade da
Qualidade Farmacêutica para a liberação dos produtos. Qualidade, geralmente tem algumas responsabilidades
Parágrafo único. Deve haver independência entre o compartilhadas, ou exercidas conjuntamente,
Responsável pela Produção e as Pessoa(s) Delegada(s) relacionadas à qualidade, incluindo a concepção, a

512
efetiva implementação, o monitoramento e a Art. 45. Os visitantes ou pessoal não treinado,
manutenção do Sistema da Qualidade Farmacêutica. preferencialmente, não devem ser conduzidos pelas
Parágrafo único. Essas responsabilidades podem incluir: áreas de produção e de controle de qualidade.
I - a autorização de procedimentos por escrito e outros Parágrafo único. Se for inevitável, eles devem ser
documentos, incluindo alterações; cuidadosamente supervisionados e receber informações
II - o monitoramento e o controle dos ambientes de com antecedência, especialmente sobre higiene pessoal
fabricação; e roupas protetoras necessárias.
III - a higiene das instalações; Art. 46. O Sistema da Qualidade Farmacêutica e todas
IV - a validação de processo; as medidas capazes de melhorar sua compreensão e
V - treinamento; implementação devem ser amplamente discutidos
VI - a aprovação e o monitoramento de fornecedores de durante as sessões de treinamento.
materiais; Seção V - Da higiene pessoal
VII - a aprovação e o monitoramento dos fabricantes Art. 47. Devem ser estabelecidos programas de higiene
contratados e prestadores de outros serviços detalhados e adaptados às várias necessidades da
terceirizados relacionadas às BPF; fábrica.
VIII - o estabelecimento e monitoramento das Art. 48. Os programas de higiene devem incluir
condições de armazenamento de materiais e produtos; procedimentos relativos à saúde, práticas de higiene e
IX - a retenção de registros; paramentação.
X - o monitoramento do cumprimento dos requisitos das Parágrafo único. Esses procedimentos devem ser
BPF; compreendidos e seguidos rigorosamente por todas as
XI - a inspeção, a investigação e amostragem, com o pessoas cujas funções impliquem na presença nas áreas
objetivo de monitorar os fatores que possam afetar a de produção e controle.
qualidade do produto; Art. 49. A gestão deve promover os programas de
XII - a participação em revisões gerenciais de higiene que devem ser amplamente discutidos durante
desempenho do processo, qualidade do produto e do as sessões de treinamento.
Sistema da Qualidade Farmacêutica em busca da Art. 50. Todo o pessoal deve passar por exame médico
melhoria contínua; no momento da contratação.
XIII - garantir que exista um processo de comunicação Art. 51. Após o primeiro exame médico, outros exames
e escalonamento temporal e efetivo de forma que devem ser realizados quando necessário para assegurar
problemas de qualidade sejam tratados nos níveis o trabalho e a saúde pessoal.
apropriados de gestão. Art. 52. É de responsabilidade do fabricante prover
Seção IV - Do treinamento instruções escritas para garantir que as condições de
Art. 39. O fabricante deve fornecer treinamento para saúde de seus colaboradores que possam impactar na
todo o pessoal cujas funções sejam exercidas nas áreas qualidade dos produtos sejam imediatamente
de produção e armazenamento ou laboratórios de informadas.
controle (incluindo o pessoal técnico, de manutenção e Art. 53. Devem ser adotadas medidas para garantir que
limpeza) e para outras pessoas cujas atividades possam nenhuma pessoa afetada por uma doença infecciosa ou
afetar a qualidade do produto. que tenha lesões abertas na superfície exposta do corpo
Art. 40. Além do treinamento básico sobre a teoria e a seja envolvida na fabricação de medicamentos.
prática do Sistema da Qualidade Farmacêutica e das Art. 54. Toda pessoa que entrar nas áreas de fabricação
BPF, o pessoal recém-contratado deve receber deve usar roupas protetoras adequadas às operações a
treinamento adequado às tarefas que lhe são atribuídas. serem executadas.
Art. 41. Deve ser fornecido treinamento continuado, e Art. 55. É proibido comer, beber, mascar, fumar, ou
sua efetividade prática deve ser periodicamente armazenar alimentos, bebidas, materiais derivados do
avaliada. tabaco ou medicamentos de uso pessoal nas áreas de
Art. 42. Os programas de treinamento devem estar produção e armazenamento.
disponíveis, aprovados pelo Responsável pela Produção Art. 56. Qualquer prática que não seja higiênica dentro
ou pelo Responsável pelo Controle de Qualidade, das áreas de fabricação ou em qualquer outra área em
conforme apropriado. que o produto possa ser adversamente afetado deve ser
Art. 43. Os registros de treinamento devem ser proibida.
mantidos. Art. 57. Deve ser evitado contato direto entre as mãos
Art. 44. O pessoal que trabalha em áreas com risco de do operador e o produto exposto, assim como com
contaminação microbiológica dos produtos, por qualquer parte do equipamento que entre em contato
exemplo, em áreas limpas, ou o pessoal que trabalha em com os produtos.
áreas com risco de contaminação do operador e cruzada Art. 58. O pessoal deve ser instruído sobre a utilização
entre produtos, como as áreas onde materiais altamente das instalações para lavagem das mãos.
ativos, tóxicos, infecciosos ou sensibilizantes são Art. 59. Quaisquer requerimentos específicos para a
manuseados, devem receber treinamento específico. fabricação de grupos especiais de produtos, por
exemplo preparações estéreis, estão estabelecidos nas
instruções normativas específicas.

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Seção VI - Dos consultores fabricação e/ou embalagem de forma a controlar o risco
Art. 60. Os consultores devem ter instrução, apresentado por alguns medicamentos.
treinamento e experiência adequados, para que estejam § 4º Instalações dedicadas são necessárias para
aptos a orientarem sobre o assunto para o qual foram fabricação, quando:
selecionados. I - o risco não pode ser adequadamente controlado por
Art. 61. Os registros devem ser mantidos com medidas operacionais e/ou técnicas;
informações sobre nome, endereço, qualificações e tipo II - os dados científicos da avaliação toxicológica não
de serviço prestado por consultores. dão suporte a um risco controlável, como potencial
CAPÍTULO IV alergênico de materiais altamente sensibilizantes,
DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS incluindo os beta-lactâmicos;
Seção I - Da introdução III - os limites de resíduos relevantes, derivados da
Art. 62. As instalações e os equipamentos devem estar avaliação toxicológica, não podem ser satisfatoriamente
localizados, projetados, construídos, adaptados e determinados por um método analítico validado.
mantidos de acordo com as operações a serem Art. 72. As instalações devem, preferencialmente, ser
executadas. planejadas de uma maneira que permita que a produção
Art. 63. O desenho e o projeto devem minimizar risco seja conduzida em áreas interligadas de acordo com
de erros e permitir limpeza e manutenção efetiva, de uma ordem lógica, que corresponda à sequência das
modo a evitar a contaminação cruzada, o acúmulo de pó operações e aos níveis de limpeza requeridos.
ou sujeira ou quaisquer prejuízos para a qualidade dos Art. 73. O espaço de trabalho e de armazenamento
produtos. durante o processamento deve permitir a disposição
Seção II - Das instalações ordenada e lógica dos equipamentos e materiais, a fim
Subseção I - Das disposições gerais de minimizar o risco de mistura entre os diversos
Art. 64. As instalações devem estar situadas em um produtos farmacêuticos, ou os seus componentes, evitar
local que, quando considerado juntamente com as a contaminação cruzada e minimizar o risco de omissão
medidas para proteger o processo de fabricação, ou de aplicação incorreta de qualquer uma das etapas de
apresente risco mínimo de causar qualquer fabricação ou controle.
contaminação de materiais ou produtos. Art. 74. Nas áreas onde matérias-primas, materiais de
Art. 65. As instalações devem ser cuidadosamente embalagem primária, produtos intermediários ou a
mantidas, garantindo que as operações de reparo e granel estiverem expostos ao ambiente, as superfícies
manutenção não apresentem quaisquer riscos para a internas (paredes, pisos e tetos) devem ser lisas, livres
qualidade dos produtos. de rachaduras e juntas abertas, e não devem liberar
Art. 66. As instalações devem ser limpas e, quando for material particulado, permitindo limpeza fácil e efetiva
o caso, desinfetadas de acordo com procedimentos e, se necessário, desinfecção.
detalhados e escritos. Art. 75. As tubulações, luminárias, pontos de ventilação
Art. 67. A iluminação, temperatura, umidade e e outras instalações devem ser projetados e instaladas de
ventilação devem ser adequadas, não devendo forma a evitar a criação de reentrâncias e facilitar a
prejudicar, direta ou indiretamente, os medicamentos limpeza.
durante a sua fabricação e armazenamento, ou o Art. 76. Sempre que possível, o acesso para manutenção
funcionamento preciso dos equipamentos. deve estar localizado externamente às áreas de
Art. 68. As instalações devem ser projetadas e fabricação.
equipadas de forma a garantir máxima proteção contra a Art. 77. Os ralos devem ser sifonados e ter dimensões
entrada de insetos ou outros animais. adequadas.
Art. 69. Devem ser tomadas medidas para impedir a Art. 78. Canaletas abertas devem ser evitadas,
entrada de pessoas não autorizadas nas instalações em entretanto, se necessárias, essas devem ser rasas para
geral. facilitar a limpeza e a desinfecção.
Art. 70. As áreas de produção, armazenamento e Art. 79. As áreas de produção devem ser efetivamente
controle de qualidade não devem ser utilizadas como ventiladas, com instalações de tratamento do ar
passagem por pessoal que não trabalhe nessas áreas. apropriadas aos produtos manipulados, incluindo
Subseção II - Das áreas de produção temperatura e, onde necessário, umidade e filtração, às
Art. 71. A contaminação cruzada deve ser prevenida operações realizadas e ao ambiente externo.
para todos os produtos por meio de um projeto Art. 80. A pesagem de matérias-primas usualmente
adequado e da operação apropriada das instalações de deve ser realizada em uma sala separada, projetada para
fabricação. tal uso.
§ 1º As medidas para prevenir a contaminação cruzada Art. 81. Nos casos em que é gerado pó, como durante as
devem ser proporcionais aos riscos. operações de amostragem, pesagem, mistura e
§ 2º Os princípios do Gerenciamento de Riscos da processamento, ou na embalagem de produtos sólidos,
Qualidade devem ser utilizados para avaliar e controlar devem ser tomadas medidas específicas para evitar a
os riscos. contaminação cruzada e facilitar a limpeza.
§ 3º Dependendo do nível de risco, pode ser necessário
dedicar instalações e equipamentos para operações de

514
Art. 82. As instalações de embalagem de medicamentos Art. 95. Os laboratórios de controle devem ser
devem ser especificamente projetadas e construídas para projetados para as operações realizadas.
que misturas ou contaminação cruzada sejam evitadas. Parágrafo único. Deve existir espaço suficiente para
Art. 83. As áreas de produção devem ser bem evitar misturas e contaminação cruzada e para o
iluminadas, particularmente onde se realizam controles armazenamento adequado de amostras e registros.
visuais em linha. Art. 96. Salas separadas podem ser necessárias para
Art. 84. Os controles em processo podem ser proteger instrumentos sensíveis à vibração, interferência
executados na área de produção, desde que não elétrica, umidade etc.
representem nenhum risco para esta atividade. Art. 97. Requerimentos especiais são necessários nos
Subseção III - Das áreas de armazenamento laboratórios que manuseiam substâncias particulares,
Art. 85. As áreas de armazenamento devem ter tais como amostras biológicas ou radioativas.
capacidade suficiente para permitir o estoque ordenado Subseção V - Das áreas auxiliares
das várias categorias de materiais e produtos, tais como Art. 98. As salas de descanso e refeitórios devem ser
matérias-primas, materiais de embalagem, produtos separadas de outras áreas.
intermediários, a granel e terminados, em sua condição Art. 99. Os vestiários e sanitários devem ser facilmente
de quarentena, liberados, rejeitados, devolvidos ou acessíveis e apropriados ao número de usuários.
recolhidos. Art. 100. Os sanitários não devem se comunicar
Art. 86. As áreas de armazenamento devem ser diretamente com as áreas de produção ou
projetadas ou adaptadas para assegurar as condições armazenamento.
ideais de estocagem; devem ser limpas, secas e Art. 101. As áreas de manutenção devem estar situadas
mantidas dentro de limites aceitáveis de temperatura. em locais separados das áreas de produção.
Parágrafo único. Nos casos em que forem necessárias Parágrafo único. Se for necessário armazenar peças e
condições especiais de armazenamento, tais como ferramentas na área de produção, estas devem ser
temperatura e umidade, essas devem ser providenciadas, mantidas em salas ou armários reservados para esse fim.
verificadas e monitoradas. Art. 102. Instalações para animais devem ser isoladas de
Art. 87. As áreas de recebimento e expedição devem outras áreas, possuir entrada separada para os animais e
proteger os materiais e os produtos das variações sistema de ventilação exclusivo.
climáticas. Seção III - Dos equipamentos
Art. 88. As áreas de recebimento devem ser projetadas e Art. 103. Os equipamentos utilizados na fabricação
equipadas para permitir que os recipientes sejam devem ser projetados, localizados e mantidos de acordo
limpos, se necessário, antes do armazenamento. com a finalidade pretendida.
Art. 89. Se a quarentena for assegurada por meio da Art. 104. As operações de reparo e manutenção não
armazenagem em áreas separadas, estas áreas devem ser devem apresentar qualquer perigo à qualidade dos
claramente identificadas e o seu acesso, restrito ao produtos.
pessoal autorizado. Art. 105. Os equipamentos de fabricação devem ser
Parágrafo único. Qualquer sistema que substitua a projetados de modo a permitir a limpeza fácil e
quarentena física deve proporcionar um grau de completa.
segurança equivalente. Parágrafo único. Devem ser limpos, em conformidade
Art. 90. Normalmente, deve existir uma área separada com procedimentos detalhados por escrito, e somente
para a amostragem de matérias-primas. devem ser armazenados se estiverem limpos e secos.
Parágrafo único. Caso a amostragem seja realizada na Art. 106. A lavagem e a limpeza dos equipamentos
área de armazenamento, deve ser conduzida de forma a devem ser selecionadas e realizadas de forma a não
evitar contaminação ou contaminação cruzada. constituírem fonte de contaminação.
Art. 91. Devem existir locais segregados destinados ao Art. 107. Os equipamentos devem ser instalados de
armazenamento de materiais ou produtos rejeitados, forma a evitar qualquer risco de erro ou de
recolhidos ou devolvidos. contaminação.
Art. 92. Materiais ou produtos altamente ativos devem Art. 108. Os equipamentos de produção não devem
ser armazenados em áreas seguras e protegidas. apresentar qualquer perigo aos produtos.
Art. 93. Os materiais impressos de embalagem são Parágrafo único. As partes destes equipamentos que
considerados críticos para a conformidade do entram em contato com os produtos não devem ser
medicamento, devendo ser dada especial atenção ao reativas, aditivas ou absortivas a tal ponto que afetem a
armazenamento seguro destes materiais. qualidade do produto e, dessa forma, representem um
Subseção IV - Das áreas de controle de qualidade perigo.
Art. 94. Normalmente, os laboratórios de Controle de Art. 109. As balanças e equipamentos de medição, com
Qualidade devem ser separados das áreas de produção. precisão e escala apropriadas, devem estar disponíveis
Parágrafo único. Os laboratórios de controle de para operações de produção e controle.
produtos biológicos, microbiológicos e radioisótopos Art. 110. Os equipamentos de medição, pesagem,
também devem estar separados não somente entre si, registro e controle devem ser calibrados e verificados
mas também das áreas de produção. em intervalos definidos e por métodos apropriados.

515
Parágrafo único. Registros adequados destes testes § 1º Os requisitos devem ser igualmente aplicados a
devem ser mantidos. todos os tipos de mídia de documento.
Art. 111. A tubulação fixa deve ser claramente § 2º Sistemas complexos precisam ser compreendidos,
identificada para indicar o seu conteúdo e, quando bem documentados, validados e controles adequados
aplicável, a direção do fluxo. devem estar presentes.
Art. 112. A tubulação de água purificada e água para § 3º Muitos documentos (instruções e registros) podem
injetáveis e, se for o caso, de qualquer outro tipo de existir de forma híbrida, ou seja, alguns elementos
água, deve ser sanitizada de acordo com procedimentos eletrônicos e outros em papel.
escritos § 4º Medidas de controle e de relação para documentos
que contenham detalhes sobre os limites de mestres, cópias oficiais, manuseio de dados e registros
contaminação microbiológica, bem como as medidas a precisam ser definidos para sistemas híbridos e
serem adotadas. homogêneos.
Art. 113. Os equipamentos com defeitos devem, se § 5º Devem ser implementados controles apropriados
possível, ser removidos das áreas de produção e de para documentos eletrônicos, como modelos,
controle de qualidade, ou, pelo menos devem ser formulários e documentos mestre.
claramente identificados como tal. § 6º Devem existir controles apropriados para garantir a
CAPÍTULO V integridade do registro durante todo o período de
DA DOCUMENTAÇÃO retenção.
Seção I - Da introdução Art. 118. Os documentos devem ser projetados,
Art. 114. A documentação constitui parte essencial do preparados, revisados e distribuídos com cuidado.
Sistema de Gestão da Qualidade Farmacêutica, sendo § 1º Devem estar em conformidade com as partes
fundamental para operar em conformidade com os relevantes dos arquivos de Especificação do Produto, de
requisitos das Boas Práticas de Fabricação. Fabricação e dos dossiês de registro, conforme
§ 1º Os vários tipos de documentos e mídias utilizados apropriado.
devem ser totalmente definidos no Sistema de Gestão da § 2º A reprodução de documentos de trabalho a partir de
Qualidade do fabricante. documentos mestres não deve permitir a introdução de
§ 2º A documentação pode existir em uma variedade de erros.
formas, incluindo mídia impressa, eletrônica ou Art. 119. Os documentos contendo instruções devem ser
fotográfica. aprovados, assinados e datados por pessoas apropriadas
§ 3º O principal objetivo do sistema de documentação e autorizadas.
utilizado deve ser estabelecer, controlar, monitorar e § 1º Os documentos devem ter conteúdo não ambíguo e
registrar todas as atividades que, direta ou identificação única.
indiretamente, afetam todos os aspectos da qualidade § 2º A data de efetividade deve ser definida.
dos medicamentos. Art. 120. Os documentos contendo instruções devem ser
§ 4º O Sistema de Gestão da Qualidade deve incluir dispostos de forma ordenada, e serem fáceis de
detalhes instrutivos suficientes para facilitar o verificar.
entendimento comum dos requerimentos, além de § 1º O estilo e o idioma dos documentos devem se
permitir o registro satisfatório dos vários processos e a adequar ao uso pretendido.
avaliação de quaisquer observações, para que a § 2º Os Procedimentos Operacionais Padrão, as
aplicação contínua dos requisitos possa ser Instruções de Trabalho e os Métodos devem ser escritos
demonstrada. preferencialmente no modo imperativo.
Art. 115. Existem dois tipos principais de Art. 121. Os documentos relacionados ao Sistema de
documentação utilizados para gerenciar e registrar a Gestão da Qualidade devem ser revisados regularmente
conformidade com as Boas Práticas de Fabricação, as e mantidos atualizados.
instruções (orientações, requerimentos) e os Parágrafo único. Quando um documento for revisado,
registros/relatórios. os sistemas devem operar de forma a impedir o uso
Parágrafo único. As boas práticas de documentação inadvertido de documentos obsoletos.
devem ser aplicadas de acordo com o tipo de Art. 122. Os documentos não devem ser escritos à mão;
documento. no entanto, se houver a necessidade de inserção de
Art. 116. Devem ser implementados controles dados, deve haver espaço suficiente para tais inserções.
adequados para garantir a precisão, integridade, Seção III - Das boas práticas de documentação
disponibilidade e legibilidade dos documentos. Art. 123. As entradas manuscritas devem ser feitas de
§ 1º Os documentos de instrução devem estar livres de maneira clara, legível e indelével.
erros e disponíveis por escrito. Art. 124. Os registros devem ser realizados ou
§ 2º O termo "escrito" significa registrado ou completados sempre que uma ação for realizada e de
documentado em mídia a partir da qual os dados podem modo a permitir que todas as atividades significativas
ser processados em um formato legível. relativas à fabricação de medicamentos sejam
Seção II - Da geração e controle de documentação rastreáveis.
Art. 117. Todos os tipos de documentos devem ser
definidos e cumpridos.

516
Art. 125. Toda a alteração feita no registro de um III - requisitos qualitativos e quantitativos com limites
documento deve ser assinada e datada; a alteração deve de aceitação;
permitir a leitura da informação original. IV - condições de armazenamento e precauções;
Parágrafo único. Quando apropriado, o motivo da V - o período máximo de armazenamento antes de uma
alteração deve ser registrado. reanálise.
Seção IV - Da retenção de documentos Subseção II - Das especificações para produtos
Art. 126. Deve ser claramente definido com qual intermediários e a granel
registro cada atividade de fabricação está relacionada e Art. 131. As especificações para produtos
onde este registro está localizado. intermediários e a granel devem estar disponíveis para
Parágrafo único. Devem existir controles seguros e, se etapas críticas ou se esses produtos forem adquiridos ou
necessário, validados, de forma a garantir a integridade expedidos.
do registro durante todo o período de retenção. Parágrafo único. As especificações devem ser
Art. 127. A documentação de lote deve ser mantida por semelhantes às especificações para matérias-primas ou
um ano após a expiração do lote a que se refere ou por para produtos acabados, conforme o caso.
pelo menos, cinco anos, após a certificação do lote por Subseção III - Das especificações para produtos
Pessoa Delegada pelo Sistema de Gestão da Qualidade acabados
Farmacêutica, o que for mais longo. Art. 132. As especificações para produtos acabados
§ 1º No caso de medicamentos experimentais, a devem incluir ou fazer referência a(o):
documentação de lote deve ser mantida por, pelo I - nome do produto e o código de referência, quando
menos, cinco anos após a conclusão ou descontinuação aplicável;
formal do último estudo clínico em que o lote tiver sido II - fórmula;
utilizado. III - descrição da forma farmacêutica e detalhes da
§ 2º Outros requisitos para a retenção de documentação embalagem;
podem estar descritos na legislação em relação a tipos IV - instruções para amostragem e análises;
específicos de produto (por exemplo, Medicamentos de V - requisitos qualitativos e quantitativos, com limites
Terapia Avançada) e podem especificar sobre a de aceitação;
necessidade de períodos de retenção mais longos a VI - condições de armazenamento e quaisquer
determinados documentos. precauções especiais de manuseio,
Art. 128. O período de retenção de outros tipos de quando aplicável;
documentos deve ser definido de acordo com a VII - prazo de validade.
necessidade destes para com o que fornecem suporte. Seção VI - Da fórmula de fabricação e instruções de
§ 1º A documentação crítica, incluindo dados brutos processo
(por exemplo, relacionados com validação ou Art. 133. Devem existir fórmulas de fabricação e
estabilidade), a qual suporta informações de registro, instruções de processo aprovadas e por escrito para cada
deve ser mantida enquanto a autorização permanecer produto e tamanho de lote a ser fabricado.
em vigor. Art. 134. A fórmula de fabricação deve incluir:
§ 2º A obsolescência e a posterior não retenção de I - o nome e o código de referência do produto
dados, como por exemplo estudos de validação e relacionado à sua especificação;
estabilidade, que tenham sido substituídos por um II - descrição da forma farmacêutica, concentração do
conjunto completo de novos dados é aceitável desde que produto e tamanho do lote;
a documentação não tenha determinação temporal de III - lista de todas as matérias-primas a serem utilizadas,
retenção em vigor por força de estar relacionada a um com a quantidade descrita de cada uma; deve ser feita
lote comercial. menção a qualquer substância que possa desaparecer
Seção V - Das especificações durante o processo;
Art. 129. Deve haver especificações devidamente IV - declaração do rendimento final esperado com os
autorizadas e datadas para matérias-primas, material de limites aceitáveis e dos rendimentos intermediários
embalagem e produtos acabados. relevantes, quando aplicável.
Subseção I - Das especificações para matérias- Art. 135. As instruções de processo devem incluir:
primas e materiais de embalagem I - uma declaração do local de processo e do
Art. 130. As especificações de matérias-primas e equipamento principal a ser utilizado;
materiais de embalagem primários ou impressos devem II - os métodos, ou referência aos métodos, a serem
incluir ou fazer referência aos itens abaixo, se aplicável: utilizados para preparar os equipamentos críticos (por
I - uma descrição dos materiais, incluindo: exemplo, limpeza, montagem, calibração, esterilização);
a) o nome e a referência do código interno; III - verificações para confirmar que o equipamento e a
b) a referência, se houver, a uma monografia estação de trabalho estão livres de produtos anteriores,
farmacopeica; documentos ou materiais não necessários para o
c) os fornecedores aprovados e, se for pertinente, o processo planejado, e que o equipamento esteja limpo e
fabricante original do material; adequado para uso;
d) um modelo ou arte dos materiais impressos. IV - instruções de processo detalhadas por etapa por
II - instruções para amostragem e análise; exemplo verificações de materiais, pré-tratamentos,

517
sequência de adição de materiais, parâmetros críticos do IV - número do lote e/ou número do controle analítico,
processo (tempo, temperatura etc.); bem como as quantidades de cada matéria-prima
V - as instruções para qualquer controle em processo e efetivamente pesada, incluindo o número do lote e a
seus limites; quantidade de qualquer material recuperado ou
VI - quando necessário, os requisitos para o reprocessado adicionado;
armazenamento dos produtos a granel; incluindo o V - qualquer operação de fabricação ou evento relevante
recipiente, rotulagem e condições especiais de e equipamento principal usado;
armazenamento, quando aplicável; VI - registro dos controles em processo e as iniciais
VII - quaisquer precauções especiais a serem da(s) pessoa(s) que os executaram e os resultados
observadas. obtidos;.
Subseção I - Das instruções para embalagem VII - o rendimento obtido do produto em diferentes e
Art. 136. Deve haver instruções aprovadas para a relevantes etapas de fabricação;
operação de embalagem de cada produto, tamanho e VIII - observações sobre quaisquer problemas incluindo
tipo de embalagem. os detalhes, com autorização assinada para qualquer
Parágrafo único. As instruções de que trata o caput desvio da Fórmula de Fabricação e Instruções de
devem incluir, ou fazer referência a(o): Processo;
I - nome do produto, incluindo o número do lote de IX - aprovação das operações de fabricação pela pessoa
produto a granel e terminado; responsável.
II - descrição de sua forma farmacêutica e concentração, § 2º Nos casos de processos validados, continuamente
quando aplicável; controlados e monitorados, os relatórios gerados
III - o tamanho da embalagem expresso em número, automaticamente podem ser limitados a resumos de
peso ou volume do produto no recipiente final; conformidade e relatórios de dados de
IV - uma lista completa de todos os materiais de exceção/resultados fora de especificações.
embalagem necessários, incluindo quantidades, Subseção III Registro de embalagem de lote
tamanhos e tipos, com o código ou número de Art. 138. Deve ser mantido Registro de Embalagem do
referência relativo às especificações de cada material de Lote para cada lote ou parte de lote processado.
embalagem; Parágrafo único. Este registro deve ser baseado nas
V - quando apropriado, um exemplo ou reprodução dos partes relevantes das Instruções de Embalagem.
materiais de embalagem impressos relevantes e Art. 139. O registro de embalagem do lote deve conter
instruções que indiquem onde aplicar as referências aos as seguintes informações:
números de lote e prazo de validade do produto; I - nome e número do lote do produto;
VI - verificações para confirmar que o equipamento e a II - a(s) data(s) e horários das operações de embalagem;
estação de trabalho estão livres de produtos anteriores, III - identificação (iniciais ou rubrica) do(s)
documentos ou materiais não necessários às operações operador(es) que realizou(aram) cada etapa significativa
de embalagem planejadas (liberação da linha), e que o do processo e, quando apropriado, o nome da pessoa
equipamento esteja limpo e adequado para uso; que verificou essas operações;
VII - precauções especiais a serem observadas, IV - registros para verificações de identidade e
incluindo um exame cuidadoso da área e do conformidade com as instruções de embalagem,
equipamento, a fim de assegurar a liberação da linha incluindo os resultados dos controles em processo;
antes do início das operações; V - detalhes das operações de embalagem realizadas,
VIII - uma descrição da operação de embalagem, incluindo referências a equipamentos e linhas de
incluindo quaisquer operações subsidiárias embalagem utilizadas;
significativas, e do equipamento a ser usado; VI - sempre que possível, amostras de materiais de
IX - detalhes dos controles em processo com instruções embalagem impressos utilizados, incluindo exemplos da
para amostragem e limites de aceitação. codificação de lote, data de validade e qualquer
Subseção II Do registro de processamento de lote sobreimpressão adicional;
Art. 137. Um registro de processamento de lote deve ser VII - observações sobre quaisquer problemas ou
mantido para cada lote processado. eventos incomuns, incluindo detalhes, com autorização
§ 1º Este registro deve ser baseado nas partes relevantes assinada para qualquer desvio das Instruções de
da Fórmula de Fabricação e nas Instruções de Processo Embalagem;
atualmente aprovadas, e deve conter as seguintes VIII - as quantidades e número de referência ou
informações: identificação de todos os materiais de embalagem
I - nome e o número do lote do produto; impressos e produto a granel emitidos, utilizados,
II - datas e horários de início de fases intermediárias destruídos ou devolvidos ao estoque e as quantidades de
significativas e de conclusão da produção; produto obtido, a fim de proporcionar uma
III - identificação (iniciais ou rubricas) do(s) reconciliação adequada. Caso haja controles eletrônicos
operador(es) que realizou(aram) cada etapa significativa robustos implementados durante a embalagem, pode
do processo e, quando apropriado, o nome de qualquer haver justificativa para não incluir essa informação;
pessoa que verificou essas operações; IX - aprovação pela pessoa responsável das operações
de embalagem.

518
Seção VII - Dos procedimentos e registros V - questões de pessoal, incluindo listas de assinaturas,
Subseção I - Do recebimento treinamento em Boas Práticas de Fabricação e temas
Art. 140. Devem existir procedimentos escritos e técnicos, vestuário e higiene e verificação da efetividade
registros para o recebimento de cada entrega de matéria- do treinamento;
prima (incluindo produtos a granel, intermediários ou VI - monitoramento ambiental;
acabados), materiais de embalagem primária, VII - controle de pragas;
secundária e impressos. VIII - reclamações;
Art. 141. Os registros de recebimento devem incluir: IX - recolhimento;
I - o nome do material e o número de recipientes na nota X - devoluções;
de entrega; XI - controle de mudança;
II - o nome e/ou código interno do material (se diferente XII - investigações sobre desvios e não conformidades;
do item I); XIII - auditorias internas de qualidade / Boas Práticas
III - data do recebimento; de Fabricação;
IV - nome do fornecedor e nome do fabricante; XIV - resumos de registros, quando apropriado (por
V - número de lote ou número de referência do exemplo, revisão da
fabricante; qualidade do produto);
VI - quantidade total e número de recipientes recebidos; XV - auditorias em fornecedores.
VII - número do lote atribuído após o recebimento; Art. 149. Devem estar disponíveis procedimentos de
VIII - qualquer comentário relevante. operação claros para os principais equipamentos de
Art. 142. Deve haver procedimentos escritos relativos à fabricação e testes.
rotulagem interna, à quarentena e armazenamento de Art. 150. Devem ser mantidos livros de registros para
matérias-primas, materiais de embalagem e outros testes analíticos importantes ou críticos, equipamentos
materiais, conforme apropriado. de produção e áreas onde o produto foi processado.
Subseção II - Da amostragem Parágrafo único. Os livros de registro devem ser
Art. 143. Deve haver procedimentos escritos para utilizados para registrar em ordem cronológica,
amostragem, que incluam os métodos e equipamentos a conforme apropriado, qualquer uso da área,
serem utilizados, as quantidades a serem amostradas e equipamento/método, calibrações, manutenção, limpeza
quaisquer precauções a serem observadas para evitar a ou operações de reparo, incluindo as datas e a
contaminação do material ou qualquer deterioração em identificação das pessoas que realizaram essas
sua qualidade. operações.
Subseção III - Das análises Art. 151. Deve ser mantido um inventário de
Art. 144. Deve haver procedimentos escritos para documentos dentro do Sistema de Gestão da Qualidade.
analisar materiais e produtos em diferentes estágios de CAPÍTULO VI
fabricação, descrevendo os métodos e equipamentos a DA PRODUÇÃO
serem utilizados. Seção I - Da introdução
Art. 145. Os testes realizados devem ser registrados. Art. 152. As operações de produção devem respeitar
Subseção IV-Outros procedimentos claramente definidos, devem satisfazer
Art. 146. Os procedimentos escritos de liberação e os princípios das Boas Práticas de Fabricação a fim de
rejeição devem estar disponíveis para materiais e que sejam obtidos produtos com a qualidade exigida e
produtos e, em particular, para a certificação do produto em conformidade com as respectivas autorizações de
acabado para a venda por Pessoa Delegada pelo Sistema fabricação e com o registro.
de Gestão da Qualidade Farmacêutica. Seção II - Das disposições gerais
§ 1º Todos os registros devem estar disponíveis para a Art. 153. A produção deve ser realizada e
Pessoa Delegada pelo Sistema de Gestão da Qualidade supervisionada por pessoas competentes.
Farmacêutica. Art. 154. Todo o manuseio de materiais e produtos,
§ 2º Um sistema deve estar implementado para indicar como recebimento e quarentena, amostragem,
observações especiais e quaisquer alterações nos dados armazenamento, rotulagem, dispensação,
críticos. processamento, embalagem e distribuição deve ser feito
Art. 147. Devem ser mantidos registros para a em conformidade com procedimentos ou instruções
distribuição de cada lote de um produto a fim de escritas e, se necessário, ser registrado.
facilitar o recolhimento, caso necessário. Art. 155. Todos os materiais recebidos devem ser
Art. 148. Deve haver políticas, procedimentos, verificados para garantir que a remessa corresponda ao
protocolos, relatórios e registros de ações tomadas ou pedido.
conclusões alcançadas, quando apropriado, para os Parágrafo único. Os recipientes devem ser limpos
seguintes exemplos: sempre que necessário e rotulados de modo que incluam
I - validação e qualificação de processos, equipamentos os dados requeridos pelo sistema de qualidade da
e sistemas; empresa receptora.
II - montagem e calibração de equipamentos; Art. 156. Danos aos recipientes e qualquer outro
III - transferência de tecnologia; problema que possa afetar adversamente a qualidade do
IV - manutenção, limpeza e sanitização;

519
material devem ser investigados, registrados e relatados Seção III - Da prevenção da contaminação cruzada
à Unidade de Qualidade. na produção
Art. 157. Os materiais recebidos e os produtos acabados Art. 169. A fabricação de produtos não medicinais deve
devem ser fisicamente ou administrativamente ser evitada em áreas e equipamentos destinados à
colocados em quarentena imediatamente após o produção de medicamentos, porém desde que
recebimento ou processamento, até que sejam liberados justificada, pode ser autorizada desde que as medidas de
para uso ou distribuição. prevenção à contaminação cruzada descritas nesta seção
Art. 158. Produtos intermediários e a granel, adquiridos e no Capítulo IV forem aplicadas.
como tal, devem ser manuseados no recebimento como Parágrafo único. A produção e/ou armazenamento de
se fossem matérias-primas. agrotóxicos, tais como pesticidas (exceto quando
Art. 159. Todos os materiais e produtos devem ser utilizados para a fabricação de medicamentos) e
armazenados em condições adequadas, definidas pelo herbicidas, não podem ser autorizados em áreas
fabricante de forma a tornar possível, a segregação dos utilizadas para a fabricação e/ou armazenamento de
lotes e a rotação do estoque. medicamentos.
Art. 160. As verificações do rendimento e a Art. 170. A contaminação de uma matéria-prima ou de
reconciliação das quantidades devem ser realizadas um produto por outra matéria-prima ou produto deve ser
sempre que necessário para garantir que não haja evitada.
discrepâncias fora dos limites aceitáveis. § 1º O risco de contaminação cruzada acidental
Art. 161. Operações que envolvam produtos diferentes resultante da liberação descontrolada de pó, gases,
não devem ser realizadas simultaneamente ou vapores, aerossóis, material genético ou organismos de
consecutivamente na mesma sala, a menos que não haja substâncias ativas, outros materiais (de partida ou em
risco de mistura ou de contaminação cruzada. processo) e produtos em processo, de resíduos em
Art. 162. Em todas as fases do processo, os materiais e equipamentos e das roupas dos operadores deve ser
produtos devem ser protegidos contra contaminação avaliado.
microbiana e outras contaminações. § 2º A significância deste risco varia com a natureza do
Art. 163. Devem ser tomadas precauções especiais contaminante e a do produto que está sendo
quando se trabalhar com materiais ou produtos secos, a contaminado.
fim de evitar a geração e a disseminação de pó. § 3º A contaminação cruzada é provavelmente a mais
Parágrafo único. O conceito acima se aplica significativa nos produtos administrados por injeção ou
particularmente ao manuseio de materiais altamente por um longo período de tempo.
perigosos, incluindo materiais altamente sensibilizantes. § 4º A contaminação de todos os produtos representa
Art. 164. Em todos os momentos durante o processo, um risco para a segurança do paciente, dependendo da
todos os materiais, recipientes de granel, itens principais natureza e extensão da contaminação.
de equipamentos e, quando necessário, as salas Art. 171. A contaminação cruzada deve ser evitada por
utilizadas devem ser rotuladas e identificadas com uma meio da atenção ao projeto das instalações e
indicação do produto ou material que está sendo equipamentos, conforme descrito no Capítulo IV.
processado, sua concentração, quando aplicável, e Parágrafo único. A prevenção da contaminação cruzada
número do lote. deve contemplar atenção ao desenho do processo e
Parágrafo único. Quando for o caso, essa indicação implementação de quaisquer medidas técnicas ou
também deve mencionar o estágio de produção. organizacionais pertinentes, incluindo processos de
Art. 165. As etiquetas aplicadas em recipientes, limpeza eficazes e reprodutíveis, com vistas a controlar
equipamentos ou instalações devem ser claras, não o risco de contaminação cruzada.
ambíguas e no formato acordado pela empresa. Art. 172. Um processo de Gerenciamento de Risco da
Parágrafo único. É recomendável e útil que, em adição Qualidade, que inclua avaliação toxicológica e de
ao texto nas etiquetas, se utilizem cores para indicar o potência, deve ser utilizado para avaliar e controlar os
status (por exemplo, em quarentena, aprovado, riscos de contaminação cruzada apresentados pelos
reprovado, limpo). produtos fabricados.
Art. 166. Devem ser realizadas verificações para § 1º Fatores incluindo o projeto e uso da
garantir que os dutos e outras partes de equipamentos instalação/equipamento, fluxo de pessoal e material,
usados para o transporte de materiais e produtos de uma controles microbiológicos, características físico-
área para outra estejam conectados de maneira correta. químicas da substância ativa, características do
Art. 167. Qualquer desvio de instruções ou processo, processos de limpeza e capacidades analíticas
procedimentos deve ser evitado. referentes aos limites relativos estabelecidos a partir da
Parágrafo único. Caso ocorra um desvio, ele deve ser avaliação dos produtos também devem ser
aprovado formalmente por uma pessoa competente, considerados.
com o envolvimento da Unidade da Qualidade, quando § 2º O resultado do processo de Gerenciamento de
apropriado. Risco da Qualidade deve ser a base para determinar a
Art. 168. O acesso às instalações de produção deve ser necessidade e a extensão de quais instalações e
restrito ao pessoal autorizado. equipamentos devem ser dedicados a um determinado
produto ou família de produtos.

520
§ 3º O resultado pode incluir a dedicação de partes detecção para apoiar a eficácia da abordagem de
específicas de contato com o produto ou a dedicação de Gerenciamento de Risco da Qualidade para produtos
toda a instalação de fabricação. considerados de maior risco;
§ 4º Pode ser aceitável que se restrinjam as atividades d) dependendo do risco de contaminação, verificação da
de fabricação a uma área de produção segregada e limpeza de superfícies que não tiveram contato com o
autocontida dentro de uma instalação multiproduto, produto e monitoramento do ar dentro da área de
quando houver necessidade. fabricação e/ou áreas adjacentes, a fim de demonstrar a
Art. 173. O resultado do processo de Gerenciamento de eficácia das medidas de controle para contaminação
Risco da Qualidade deve ser a base para se determinar a pelo ar ou contaminação por transferência mecânica;
extensão das medidas técnicas e organizacionais e) medidas específicas para manuseio de resíduos, água
necessárias para o controle dos riscos de contaminação de rinsagem contaminada e vestimentas sujas;
cruzada. f) registro de derramamentos, eventos acidentais ou
Parágrafo único. As medidas técnicas e organizacionais desvios de procedimentos;
citadas no caput podem incluir, mas não se limitam, aos g) desenho dos processos de limpeza para instalações e
seguintes: equipamentos, de tal forma que os processos de limpeza
I - medidas técnicas: não apresentem em si um risco de contaminação
a) instalação de fabricação dedicada (instalações e cruzada;
equipamentos); h) instruções detalhadas para os registros de processos
b) áreas de produção autocontidas com equipamentos de de limpeza para garantir a conclusão da limpeza de
produção e sistemas de aquecimento, ventilação e ar acordo com os procedimentos aprovados e uso de
condicionado separados. Também pode ser desejável etiquetas de status de limpeza em equipamentos e áreas
isolar certas utilidades de outras usadas em outras áreas; de fabricação;
c) desenho do processo de fabricação, instalações e i) uso em campanha de áreas comuns de lavagem;
equipamentos para minimizar o risco de contaminação j) supervisão do comportamento durante o trabalho para
cruzada durante o processo, manutenção e limpeza; garantir a eficácia do treinamento e a conformidade com
d) uso de “sistemas fechados” para produção e os controles em processos relevantes.
transferência de material/produto entre equipamentos; Art. 174. Medidas para prevenir a contaminação
e) uso de sistemas de barreira física, incluindo cruzada e sua eficácia devem ser revistas
isoladores, como medidas de contenção; periodicamente de acordo com os procedimentos
f) remoção controlada de pó próximo à fonte do estabelecidos.
contaminante, por exemplo, por meio de exaustão Seção IV Da validação
localizada; Art. 175. Os estudos de validação devem reforçar as
g) dedicação de equipamentos, de partes que entram em Boas Práticas de Fabricação e serem conduzidos de
contato com o produto ou de partes selecionadas que acordo com procedimentos definidos.
sejam mais difíceis de limpar (por exemplo, filtros), e Parágrafo único. Os resultados e conclusões devem ser
dedicação de ferramentas de manutenção; registradas.
h) uso de tecnologia de descartáveis de uso único; Art. 176. Quando qualquer nova fórmula de fabricação
i) uso de equipamentos projetados para facilitar a ou método de preparação for adotado, devem ser
limpeza; tomadas medidas para demonstrar sua adequação ao
j) uso apropriado de antecâmaras e cascata de pressão processo da rotina.
para confinar um potencial contaminante derivado do ar Parágrafo único. O processo definido, que usa os
em uma área específica; materiais e equipamentos estabelecidos, deve
k) minimização do risco de contaminação causado pela demonstrar que produz o produto de acordo com a
recirculação ou reentrada de ar não tratado ou qualidade exigida de forma consistente.
insuficientemente tratado; Art. 177. Alterações significativas no processo de
l) uso de sistemas de limpeza automáticos locais (Clean fabricação, incluindo qualquer mudança no
in place) de eficácia validada; equipamento ou materiais, que possam afetar a
m) para áreas comuns de lavagem, separação das áreas qualidade do produto e/ou a reprodutibilidade do
de lavagem, secagem e armazenamento de processo, devem ser validadas.
equipamentos. Art. 178. Processos e procedimentos podem passar por
II - medidas organizacionais: uma revalidação crítica periódica com a finalidade de
a) dedicação de toda a instalação de produção ou o uso garantir que eles permaneçam capazes de alcançar os
de uma área de produção autocontida em campanha resultados pretendidos.
organizada por tempo, seguida por um processo de Seção V Das matérias-primas
limpeza de eficácia validada; Art. 179. A seleção, qualificação, aprovação e
b) manutenção de roupas de proteção específicas dentro manutenção de fornecedores de matérias-primas,
de áreas onde produtos com alto risco de contaminação juntamente com o seu processo de compra e aceitação,
cruzada são processados; devem ser documentados como parte do sistema de
c) a verificação de limpeza após cada campanha de qualidade farmacêutica.
produto deve ser considerada como uma ferramenta de

521
§ 1º O nível de supervisão deve ser proporcional aos padrões e o uso contínuo da cadeia de suprimentos
riscos apresentados pelos materiais individuais, aprovada. (Incluído pela RDC nº 388/2020)
levando-se em conta a sua origem, o processo de Art. 182. Os excipientes e fornecedores de excipientes
fabricação, a complexidade da cadeia de suprimento e a devem ser controlados apropriadamente com base nos
utilização final a que o material é colocado no resultados de uma avaliação formalizada do risco de
medicamento. qualidade.
§ 2º A evidência da aprovação de cada Art. 183. Para cada entrega de matéria-prima, os
fornecedor/material deve estar disponível. recipientes devem ser verificados quanto à integridade
§ 3º A equipe envolvida nessas atividades deve possuir da embalagem, incluindo o selo de evidência de
um conhecimento atualizado sobre os fornecedores, da violação quando pertinente; e para correspondência
cadeia de suprimento e dos riscos associados entre a nota de entrega, o pedido de compra, as etiquetas
envolvidos. do fornecedor e as informações aprovadas pelo
§ 4º Sempre que possível, as matérias-primas devem ser fabricante do medicamento para o fabricante e
adquiridas diretamente do seu fabricante. fornecedor dos excipientes.
Art. 180. Os requisitos de qualidade estabelecidos pelo Parágrafo único. As verificações durante o recebimento
fabricante para as matérias-primas devem ser discutidos de cada entrega devem ser documentadas.
e acordados com os fornecedores. Art. 184. Se uma entrega de material for composta de
Parágrafo único. Aspectos apropriados da produção, diferentes lotes, cada lote deve ser considerado em
teste e controle, incluindo os separado para amostragem, análise e liberação.
requisitos de manuseio, rotulagem, embalagem e Art. 185. As matérias-primas da área de armazenamento
procedimentos de distribuição, devem ser adequadamente etiquetadas.
reclamações, recolhimento e reprovação devem estar Parágrafo único. As etiquetas devem, minimamente,
documentados como parte de um conter as seguintes informações:
acordo formal de qualidade ou especificação. I - nome do produto e a referência do código interno,
Art. 181. Para a aprovação e manutenção de insumos quando aplicável;
farmacêuticos ativos os itens II - número de lote dado no recebimento;
seguintes são necessários: III - status do conteúdo (por exemplo, em quarentena,
§ 1º A rastreabilidade da cadeia de suprimento deve ser em análise, aprovado, reprovado), quando aplicável;
estabelecida e os riscos IV - data de validade ou data de reteste, indicando a
associados devem ser formalmente avaliados e necessidade de um novo teste, quando aplicável.
verificados periodicamente, desde as Art. 186. Quando sistemas de armazenamento
matérias-primas até o medicamento acabado, devendo totalmente computadorizados forem usados, as
ser tomadas medidas adequadas para reduzir os riscos à informações de que trata o art. 184 não precisam
qualidade do insumo farmacêutico ativo. necessariamente estar em forma escrita na etiqueta.
§ 2º Os registos da cadeia de suprimento e da Art. 187. Devem existir procedimentos ou medidas
rastreabilidade de cada insumo farmacêutico ativo, apropriadas para assegurar a identidade do conteúdo de
incluindo seus materiais de partida, devem ser mantidos cada recipiente de matéria-prima.
e estar plenamente disponíveis no fabricante do Art. 188. Os recipientes de onde foram retiradas as
medicamento. amostras para o teste de identidade, devem ser
§ 3º Auditorias devem ser realizadas junto aos identificados.
fabricantes e distribuidores de insumos farmacêuticos Art. 189. Somente matérias-primas que tiverem sido
ativos a fim de confirmar que estes estejam cumprindo liberadas pelo departamento de Controle de Qualidade e
com as boas práticas de fabricação e os requisitos das que estiverem dentro de sua data de reteste devem ser
boas práticas de distribuição. utilizadas.
§ 4º As auditorias de que trata o parágrafo anterior Art. 190. Os fabricantes de produtos acabados são
podem ser realizadas pela própria empresa ou por meio responsáveis por quaisquer testes de matérias-primas
de uma entidade que atue em seu nome, nos termos de conforme descrito no dossiê de registro.
um contrato. Parágrafo único. Podem ser utilizados resultados
§ 5º As auditorias devem ter duração e escopo parciais ou totais do fabricante de matéria-prima
adequados para assegurar que seja feita uma avaliação aprovado, porém, em cada lote, minimamente, deve ser
completa e clara das BPF; deve-se dar atenção especial realizado o teste de identificação.
ao potencial de contaminação cruzada de outros Art. 191. Quando da utilização de resultados parciais ou
materiais no local. totais do fabricante de matéria-prima aprovado no
§ 6º O relatório deve refletir totalmente o que foi feito e certificado de análise do fabricante do produto
visto na auditoria, sendo quaisquer deficiências acabados, os seguintes itens devem ser avaliados:
claramente identificadas e as ações corretivas e I - deve ser dada atenção especial ao controle da cadeia
preventivas necessárias implementadas. de distribuição, em suas etapas de transporte,
§ 7º Auditorias subsequentes devem ser realizadas em distribuição, armazenamento e recebimento, visando
intervalos definidos pelo processo de Gerenciamento de manter as características de qualidade das matérias-
Riscos de Qualidade, para garantir a manutenção dos

522
primas e garantir que os resultados dos testes Art. 199. Qualquer desvio significativo do rendimento
permaneçam aplicáveis ao material entregue; esperado deve ser registrado e investigado.
II - o fabricante do medicamento deve realizar Seção VII Do material de embalagem
auditorias por conta própria ou por meio de terceiros, Art. 200. A seleção, qualificação, aprovação e
em intervalos apropriados, com base no risco do(s) manutenção de fornecedores de materiais de embalagem
local(is) de teste (incluindo amostragem) das matérias- primária e materiais impressos deve receber atenção
primas, a fim de assegurar a conformidade com as Boas semelhante àquela dada às matérias-primas.
Práticas de Fabricação e com as especificações e Art. 201. Os materiais impressos devem ser
métodos de análise descritos no dossiê de registro; armazenados em condições adequadamente seguras,
III - o certificado de análise fornecido pelo visando impedir o acesso não autorizado.
fabricante/fornecedor da matéria prima deve ser Parágrafo único. As etiquetas cortadas e outros
assinado por uma pessoa designada com qualificação e materiais impressos soltos devem ser armazenados e
experiência apropriadas. A assinatura garante que cada transportados em recipientes fechados e separados para
lote tenha sido verificado quanto à conformidade com a evitar misturas.
especificação do produto acordada, a menos que essa Art. 202. Os materiais de embalagem devem ser
garantia seja fornecida separadamente; separados para uso somente por pessoal autorizado,
IV - o fabricante do medicamento deve ter uma seguindo um procedimento aprovado e documentado.
experiência adequada ao lidar com o fabricante da Art. 203. Cada entrega ou lote de material de
matéria-prima (incluindo a experiência com possíveis embalagem primária ou material impresso deve receber
intermediários), o que inclui a avaliação de lotes um número de referência específico ou uma marca de
previamente recebidos e o histórico de conformidade identificação.
antes de se reduzirem os testes internos. Qualquer Art. 204. O material de embalagem primária ou material
mudança significativa nos processos de fabricação ou impresso desatualizado ou obsoleto deve ser destruído e
testes deve ser considerada; esta disposição deve ser registrada.
V - o fabricante do medicamento também deve realizar Seção VIII Das operações de embalagem
uma análise completa (por sua conta ou por meio de um Art. 205. Ao configurar um programa para as operações
laboratório contratualmente aprovado) em intervalos de embalagem, deve ser dada especial atenção à
apropriados, com base no risco, e comparar os minimização do risco de contaminação cruzada,
resultados com o certificado de análise do fabricante ou misturas ou substituições.
fornecedor para verificar sua confiabilidade: Parágrafo único. Diferentes produtos não devem ser
a) caso este teste identifique qualquer discrepância, uma embalados em proximidade, a menos que haja
investigação deve ser realizada e medidas apropriadas segregação física.
devem ser tomadas; Art. 206. Antes do início das operações de embalagem,
b) a aceitação de certificados de análise do fabricante ou devem ser tomadas medidas para assegurar que a área
fornecedor de materiais deve ser descontinuada até que de trabalho, linhas de embalagem, máquinas de
essas medidas sejam concluídas. impressão e outros equipamentos estejam limpos e
Art. 192. As matérias-primas somente podem ser livres de quaisquer produtos, materiais ou documentos
pesadas por pessoas designadas, seguindo um usados anteriormente, caso não sejam necessários para a
procedimento escrito, para assegurar que os materiais operação atual.
corretos sejam precisamente pesados ou medidos em Parágrafo único. A liberação da linha deve ser realizada
recipientes limpos e adequadamente etiquetados. de acordo com uma lista de verificação apropriada.
Art. 193. Cada material pesado e seu peso ou volume Art. 207. O nome e o número de lote do produto que
devem ser verificados independentemente, sendo a está sendo manipulado devem ser exibidos em cada
verificação registrada. estação ou linha de embalagem.
Art. 194. Os materiais pesados para cada lote devem ser Art. 208. Todos os produtos e materiais de embalagem a
mantidos juntos e visivelmente etiquetados como tal. serem utilizados devem ser verificados na entrega ao
Seção VI - Das operações de fabricação: produtos departamento de embalagem, no que diz respeito à
intermediários e a granel quantidade, identidade e conformidade com as
Art. 195. Antes que qualquer operação de processo seja Instruções de Embalagem.
iniciada, devem ser tomadas medidas para assegurar que Art. 209. Os recipientes para envase devem estar limpos
a área de trabalho e o equipamento estejam limpos e antes de serem envasados.
livres de quaisquer matérias-primas, produtos, resíduos Parágrafo único. Atenção deve ser dada para evitar e
de produtos ou documentos não necessários para a remover quaisquer contaminantes, como fragmentos de
operação atual. vidro e partículas de metal.
Art. 196. Produtos intermediários e a granel devem ser Art. 210. O enchimento e a selagem devem ser seguidos
mantidos sob condições apropriadas. o mais rápido possível pela rotulagem.
Art. 197. Processos críticos devem ser validados. Parágrafo único. Se não for o caso, devem ser aplicados
Art. 198. Quaisquer controles necessários em processo e procedimentos adequados para garantir que não
controles ambientais devem ser realizados e registrados. ocorram misturas ou erros de rotulagem.

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Art. 211. O desempenho correto de qualquer operação Art. 222. Após a liberação, os produtos acabados devem
de impressão (por exemplo, números de código, datas ser armazenados como estoque utilizável sob as
de validade) a ser feito separadamente ou no decorrer da condições estabelecidas pelo fabricante.
embalagem deve ser verificado e registrado. Seção X Dos materiais rejeitados, recuperados e
Parágrafo único. Deve-se redobrar a atenção com a devolvidos
impressão manual, a qual terá de ser reavaliada em Art. 223. Os materiais e produtos rejeitados devem ser
intervalos regulares. claramente identificados como tal e armazenados
Art. 212. Cuidados especiais devem ser tomados ao se separadamente em áreas restritas.
usar rótulos cortados e quando a sobre impressão for § 1º Eles devem, ser devolvidos aos fornecedores ou,
realizada fora da linha de produção. quando apropriado, reprocessados ou destruídos.
Parágrafo único. Rótulos acondicionados em rolo são § 2º Qualquer ação tomada deve ser aprovada e
mais indicados do que unidades cortadas e soltas. registrada por pessoal autorizado.
Art. 213. Verificações devem ser feitas para garantir Art. 224. O reprocessamento de produtos rejeitados
que qualquer leitor de código eletrônico, contadores de deve ser um fato excepcional.
etiquetas ou dispositivos similares estejam operando § 1º Deve ser realizado somente se a qualidade do
corretamente. produto final não for afetada, se as especificações forem
Art. 214. Informações impressas ou em relevo sobre atendidas e se for feita de acordo com um procedimento
materiais de embalagem devem ser distintas e definido e autorizado, após a avaliação dos riscos
resistentes ao desbotamento ou apagamento. envolvidos.
Art. 215. O controle on-line do produto durante a § 2º O registro do reprocessamento deve ser mantido.
embalagem deve incluir, pelo menos, a verificação dos Art. 225. A recuperação total ou parcial de lotes
seguintes itens: anteriores que estejam em conformidade com a
I - aparência geral das embalagens; qualidade requerida para a incorporação em um lote do
II - se as embalagens estão completas; mesmo produto, em um estágio definido de fabricação,
III - se os produtos e materiais de embalagem corretos deve ser autorizada antecipadamente.
foram usados; § 1º Esta recuperação deve ser realizada de acordo com
IV - se impressões aplicadas durante o processo de um procedimento definido após a avaliação dos riscos
embalagem estão corretas; envolvidos, incluindo qualquer possível efeito no prazo
V - funcionamento correto dos monitores de linha. de validade.
Art. 216. Amostras retiradas da linha de embalagem não § 2º A recuperação deve ser registrada.
podem ser devolvidas. Art. 226. A necessidade de testes adicionais de qualquer
Art. 217. Os produtos que estiveram envolvidos em um produto acabado que tenha sido reprocessado, ou na
evento incomum só podem ser reintroduzidos no qual um produto recuperado tiver sido incorporado,
processo após inspeção especial, investigação e deve ser levada em consideração pelo Sistema de
aprovação da parte de pessoal autorizado. Gestão da Qualidade Farmacêutica.
Parágrafo único. Um registro detalhado desta operação Art. 227. Os produtos devolvidos pelo mercado e que
deve ser mantido. deixaram o controle do fabricante devem ser destruídos,
Art. 218. Qualquer discrepância significativa ou a menos que sua qualidade seja satisfatória; eles podem
incomum, observada durante a reconciliação da ser considerados para revenda, reembalagem ou
quantidade de produto a granel e materiais de recuperação em um lote subsequente, somente após
embalagem impressos e o número de unidades terem sido avaliados criticamente pelo Sistema de
produzidas, deve ser investigada e satisfatoriamente Gestão da Qualidade Farmacêutica, conforme um
contabilizada, antes da liberação. procedimento escrito.
Art. 219. Após a conclusão de uma operação de § 1º A natureza do produto, quaisquer condições
embalagem, quaisquer materiais de embalagem especiais de armazenamento requeridas, sua condição e
codificados não utilizados devem ser destruídos, sendo histórico, e o tempo decorrido desde a sua emissão,
sua destruição registrada. devem ser todos levados em consideração nesta
Parágrafo único. Caso materiais impressos não avaliação.
codificados retornem ao estoque, um procedimento § 2º Quando surgir alguma dúvida sobre a qualidade do
documentado deve ser seguido. produto, este não deve ser considerado adequado para
Seção IX Dos produtos acabados reutilização ou recuperação, embora o reprocesso
Art. 220. Os produtos acabados devem ser mantidos em químico básico para recuperar o ingrediente ativo possa
quarentena até a sua liberação final, sob as condições ser possível.
estabelecidas pelo fabricante. § 3º Qualquer ação tomada deve ser apropriadamente
Art. 221. A avaliação de produtos acabados e a registrada.
documentação necessária antes da liberação do produto Seção XI Da escassez de produtos devido às
para venda está descrita no Capítulo de Controle de restrições de fabricação
Qualidade. Art. 228. O fabricante deve comunicar ao detentor do
registro quaisquer restrições nas operações de

524
fabricação que possam resultar em uma restrição III - revisão da documentação de fabricação (incluindo
anormal no suprimento. embalagem);
Parágrafo único. Isto deve ser feito oportunamente, para IV - conformidade com a especificação do produto
facilitar a comunicação da restrição de fornecimento acabado em sua embalagem primária;
pelo detentor do registro às autoridades competentes, de V - avaliação do produto em sua embalagem final.
acordo com Resolução de Diretoria Colegiada, RDC nº Art. 238. O pessoal de Controle de Qualidade deve ter
18, de 4 de abril de 2014 e suas atualizações. acesso às áreas de produção para amostragem e
CAPÍTULO VII investigação, conforme apropriado.
DO CONTROLE DE QUALIDADE Seção III Das boas práticas de laboratório e de
Seção I Da introdução controle de qualidade
Art. 229. O Controle de Qualidade é responsável pela Art. 239. Os equipamentos de laboratório não podem
amostragem, especificações e testes, bem como na ser rotineiramente movimentados entre áreas de alto
organização, documentação e procedimentos de risco, visando evitar a contaminação cruzada acidental.
liberação que asseguram que os testes necessários e Art. 240. O laboratório de microbiologia deve ser
relevantes sejam realizados, que os materiais não sejam organizado de forma a minimizar o risco de
liberados para uso, nem produtos liberados para venda contaminação cruzada.
ou fornecimento, até que sua qualidade tenha sido Art. 241. O pessoal, instalações e equipamentos dos
considerada satisfatória. laboratórios devem ser apropriados às tarefas impostas
Art. 230. O Controle de Qualidade não se limita às pela natureza e escala das operações de fabricação.
operações de laboratório, mas deve estar envolvido em Art. 242. O uso de laboratórios externos, em
todas as decisões que possam afetar a qualidade do conformidade com os princípios detalhados no restante
produto. desta norma, pode ser aceito por motivos particulares;
Art. 231. A independência do Controle de Qualidade da isto, porém, deve ser declarado nos registros de
Produção é considerada fundamental para o bom Controle de Qualidade.
funcionamento do Controle de Qualidade. Subseção I - Da documentação
Seção II Das disposições gerais Art. 243. Os seguintes documentos devem estar
Art. 232. Cada titular de uma autorização de fabricação prontamente disponíveis para o Departamento de
deve ter um Departamento de Controle de Qualidade. Controle de Qualidade:
Art. 233. O Departamento de Controle de Qualidade I - especificações;
deve ser independente dos demais departamentos. II - procedimentos descrevendo a amostragem, testes,
Art. 234. O Departamento de Controle de Qualidade registros (incluindo planilhas de teste e/ou livros de
deve estar sob a autoridade de uma pessoa com registro do laboratório), e sua respectiva verificação;
qualificações e experiência adequadas, que tenha um ou III - procedimentos e registros de
vários laboratórios de controle à sua disposição. calibração/qualificação de instrumentos e manutenção
Art. 235. Os recursos adequados devem ser de equipamentos;
disponibilizados com o fim de garantir que todas as IV - procedimento para a investigação de resultados
atividades do Controle de Qualidade sejam executadas fora de especificação e fora de tendência;
de forma efetiva e confiável. V - relatórios de testes e/ou certificados de análise;
Art. 236. O Departamento de Controle de Qualidade VI - dados de monitoramento ambiental (ar, água e
tem as seguintes responsabilidades: outras utilidades), quando necessário;
I - estabelecer, validar e implementar todos os VII - registros de validação de métodos de análise,
procedimentos de controle de qualidade; quando aplicável.
II - supervisionar o controle da referência e/ou retenção Art. 244. Qualquer documentação de Controle de
de amostras de materiais e Qualidade relativa a um registro de lote deve ser
produtos quando aplicável; mantida de acordo com os requisitos de retenção de
III - garantir a correta etiquetagem de recipientes de documentos deste regulamento.
materiais e produtos; Art. 245. Alguns tipos de dados, tais como resultados de
IV - garantir o monitoramento da estabilidade dos testes, rendimentos, controles ambientais, devem ser
produtos; registrados de maneira a permitir a avaliação de
V - participar da investigação de reclamações tendência.
relacionadas à qualidade do produto. Parágrafo único. Quaisquer dados fora da tendência ou
Parágrafo único. As operações mencionadas neste artigo da especificação devem ser abordados e sujeitos a
devem ser realizadas de acordo com procedimentos investigação.
escritos e, quando necessário, registrados. Art. 246. Além das informações que fazem parte da
Art. 237. A avaliação do produto acabado deve abranger documentação do lote, outros dados brutos, como livros
todos os fatores relevantes, incluindo, mas não e ou registros de laboratório, devem ser mantidos e
limitados a: prontamente disponibilizados.
I - condições de produção; Subseção II Da amostragem
II - resultados de testes em processo;

525
Art. 247. A amostragem deve ser realizada e registrada V - datas dos testes;
de acordo com procedimentos escritos e aprovados, VI - iniciais ou rubricas das pessoas que realizaram o
contendo: teste;
I - o método de amostragem; VII - iniciais das pessoas que verificaram os testes e os
II - o equipamento a ser utilizado; cálculos, quando apropriado;
III - a quantidade da amostra a ser colhida; VIII - declaração clara de aprovação ou reprovação (ou
IV - instruções para qualquer subdivisão necessária da outra decisão de status) e a assinatura datada da pessoa
amostra; responsável designada;
V - o tipo e condição do recipiente de amostra a ser IX - referência aos equipamentos utilizados.
usado; Art. 259. Todos os controles em processo, incluindo
VI - a identificação dos recipientes amostrados; aqueles feitos na área de produção pelo pessoal de
VII - quaisquer precauções especiais a serem produção, devem ser executados de acordo com os
observadas, especialmente no que diz respeito à métodos aprovados pelo Controle de Qualidade e os
amostragem de materiais estéreis ou nocivos; resultados registrados.
VIII - as condições de armazenamento; Art. 260. A qualidade dos reagentes de laboratório,
IX - instruções para a limpeza e armazenamento de soluções, vidrarias, padrões de referência e meios de
equipamentos de amostragem. cultura deve ser especificada.
Art. 248. As amostras devem ser representativas do lote § 1º Os materiais de que trata o caput deste artigo
de materiais ou produtos do qual são retiradas. devem ser preparados e controlados de acordo com
Art. 249. Outras amostras também podem ser coletadas procedimentos escritos.
para monitorar a parte mais estressada de um processo, § 2º As verificações e testes realizados nos materiais de
tais como o início ou fim de um processo. que trata o caput deste artigo devem ser proporcionais
Art. 250. O plano de amostragem utilizado deve ser ao seu uso e aos dados de estabilidade disponíveis.
adequadamente justificado e baseado em uma Art. 261. As substâncias químicas de referência devem
abordagem de gerenciamento de risco. ser adequadas para o uso pretendido.
Art. 251. Os recipientes das amostras devem ser § 1º As substâncias químicas de referência devem ser
rotulados indicando o conteúdo, com o número do lote, preparadas e controladas de acordo com procedimentos
a data de amostragem e os recipientes dos quais as escritos.
amostras foram retiradas. § 2º As verificações e testes realizados devem ser
Art. 252. Os recipientes devem ser gerenciados de proporcionais ao seu uso e aos dados de estabilidade
maneira a minimizar o risco de mistura e proteger as disponíveis.
amostras de condições adversas de armazenamento. § 3º Sua qualificação e certificação devem ser
Subseção III Das análises claramente declaradas e documentadas.
Art. 253. Os métodos analíticos devem ser validados. Art. 262. Sempre que existirem substâncias químicas de
Art. 254. Um laboratório que estiver usando um método referência farmacopeicas de uma fonte oficialmente
analítico e que não realizou a validação original, deve reconhecida, estas devem, preferencialmente, ser usadas
verificar a adequabilidade do método. como substâncias químicas de referência primária, a
Art. 255. Todos os testes descritos no registro ou na menos que tecnicamente justificado.
especificação devem ser realizados de acordo com os § 1º O uso de substâncias químicas de trabalho é
métodos aprovados. permitido, desde que sua rastreabilidade até as
Parágrafo único. Os resultados obtidos devem ser substâncias químicas de referência tenha sido
registrados. demonstrada e documentada.
Art. 256. Os resultados dos parâmetros identificados § 2º As substâncias químicas de referência
como atributos críticos de qualidade devem ser farmacopeicas compendiais devem ser usadas para o
analisados quanto a tendências e verificados, visando propósito descrito na monografia apropriada.
garantir que sejam consistentes entre si. Art. 263. Os reagentes de laboratório, soluções,
Art. 257. Quaisquer cálculos devem ser examinados substâncias químicas de referência e meios de cultura
criticamente. devem ser identificados com a data de preparação e
Art. 258. Os testes realizados devem ser registrados, e abertura e a assinatura da pessoa que os preparou.
os registros devem conter, minimamente, os seguintes § 1º A data de validade dos reagentes e meios de cultura
dados: deve ser indicada no rótulo, juntamente com as
I - nome do material ou produto e, quando aplicável, condições de armazenamento específicas.
forma farmacêutica; § 2º Para soluções volumétricas, a última data de
II - número do lote e, se for caso, fabricante e/ou padronização e o último fator de correção devem ser
fornecedor; indicados.
III - referências às especificações relevantes e Art. 264. Quando necessário, a data de recebimento de
procedimentos de teste; qualquer substância usada para testes, como reagentes,
IV - resultados de testes, incluindo observações e soluções, substâncias químicas de referências e padrões,
cálculos, e referência a quaisquer certificados de deve ser indicada no recipiente.
análise;

526
Parágrafo único. Instruções de uso e armazenamento mantidos de acordo com os requisitos deste
devem ser seguidas. regulamento.
Art. 265. Pode ser necessária a realização de um teste de Art. 277. O protocolo para um programa de estabilidade
identificação e outros testes em reagentes antes de seu de acompanhamento deve se estender até o final do
uso. período de validade, devendo incluir, mas não se
Art. 266. O meio de cultura deve ser preparado de limitando, aos seguintes parâmetros:
acordo com os requisitos do fabricante do meio, a I - número de lote(s) por concentração e tamanhos de
menos que tecnicamente justificado. lotes diferentes, se aplicável;
Art. 267. O desempenho de todos os meios de cultura II - métodos de ensaio físico, químico, microbiológico e
deve ser verificado antes do uso. biológico pertinentes;
Art. 268. Os meios de cultura e as cepas III - critérios de aceitação;
microbiológicas usadas devem ser descontaminados, IV - referência a métodos de análise;
segundo um procedimento padrão, e descartados de V - descrição do(s) sistema(s) de fechamento de
maneira a evitar a contaminação cruzada e a retenção de embalagem;
resíduos. VI - intervalos de teste (pontos de análise);
Art. 269. A validade dos meios microbiológicos em uso VII - descrição das condições de armazenamento, sendo
deve ser estabelecida, documentada e tecnicamente que devem ser utilizadas as condições padronizadas no
justificada. regulamento específico vigente;
Art. 270. Os animais utilizados em testes, quando VIII - outros parâmetros aplicáveis específicos do
apropriado, devem ser colocados em quarentena antes medicamento.
de serem utilizados. Art. 278. O conjunto de parâmetros avaliados no
§ 1º Estes devem ser mantidos e controlados de maneira protocolo para o programa de estabilidade de
a garantir sua adequação para o uso pretendido. acompanhamento pode ser diferente do estudo inicial de
§ 2º Estes devem ser identificados, e os registros estabilidade de longa duração, conforme apresentado no
adequados devem ser mantidos, mostrando o histórico dossiê de registro, desde que devidamente justificado e
de seu uso. documentado no protocolo.
Seção IV Do programa de estabilidade de Art. 279. O número de lotes e a frequência de testes
acompanhamento devem fornecer uma quantidade suficiente de dados a
Art. 271. Após a comercialização, a estabilidade do fim de permitir a análise de tendências.
medicamento deve ser monitorada de acordo com um Art. 280. Ao menos um lote por ano de produtos
programa contínuo e adequado que permita a detecção fabricados em todas as concentrações e em todos os
de qualquer questão de estabilidade associada à tipos de embalagens primárias, deve ser incluído no
formulação. programa de estabilidade, a menos que se justifique o
Art. 272. O objetivo do programa de estabilidade de contrário.
acompanhamento é monitorar o produto durante sua Art. 281. A frequência dos testes pode ser alterada,
vida útil e determinar se o produto permanece dentro considerando uma relação de risco-benefício, para os
das especificações sob as condições de armazenamento produtos em que a estabilidade de acompanhamento
presentes no rótulo. exija a realização de testes em animais e não existam
Art. 273. O programa de estabilidade de métodos alternativos adequados.
acompanhamento aplica-se, principalmente, ao Art. 282. Os princípios de agrupamento e matrização
medicamento na embalagem em que é vendido, mas podem ser aplicados aos estudos de estabilidade, caso
também deve ser considerada a inclusão de produtos a seja cientificamente justificado no protocolo.
granel no programa. Art. 283. Situações específicas podem requerer a
Art. 274. O impacto sobre a estabilidade do produto inclusão de lotes adicionais no programa de estabilidade
embalado deve ser avaliado e estudado sob as condições de acompanhamento, dentre elas:
de estabilidade de longa duração quando o produto a I - na ocorrência de alterações ou desvios significativos
granel é armazenado por um longo período antes de ser relacionados ao processo ou à embalagem;
embalado e/ou expedido de um local de fabricação para II - na ocorrência de operações de reprocesso ou
um local de embalagem. recuperação.
§ 1º Deve ser avaliada a estabilidade dos intermediários Art. 284. Os resultados dos estudos de estabilidade de
que são armazenados e utilizados durante períodos acompanhamento devem ser disponibilizados ao
prolongados. pessoal-chave e, em particular, o Responsável Técnico.
§ 2º Deve ser avaliada a estabilidade do produto Art. 285. Quando os estudos de estabilidade de
reconstituído caso esta seja impactada pelas condições acompanhamento forem realizados em um local
de armazenamento de produto a granel. diferente do local de fabricação do produto a granel ou
Art. 275. O programa de estabilidade de terminado, deve haver um acordo por escrito entre as
acompanhamento deve ser descrito em um protocolo. partes envolvidas.
Art. 276. Os equipamentos utilizados para o programa Art. 286. Os resultados dos estudos de estabilidade de
de estabilidade de acompanhamento, câmaras de acompanhamento devem ser disponibilizados no local
estabilidade, entre outros, devem ser qualificados e

527
de fabricação, para análise por parte da autoridade que possam resultar em um produto ou operação de
competente. qualidade insatisfatória.
Art. 287. Devem ser investigadas as tendências atípicas Art. 299. Deve haver um contrato escrito entre o
significativas ou os resultados fora de especificação. Contratante e o Contratado, que estabeleça claramente
Art. 288. Qualquer resultado confirmado fora de as funções e responsabilidades de cada parte.
especificação, ou com tendência negativa significativa, Art. 300. O Sistema da Qualidade do Contratante deve
que afete os lotes de produtos liberados para o mercado, descrever claramente a forma como a pessoa delegada
deve ser comunicado às autoridades competentes. pelo sistema de gestão da qualidade farmacêutica exerce
Art. 289. O possível impacto nos lotes no mercado deve sua autoridade na liberação de cada lote de produto.
ser considerado em consulta com as autoridades Seção II - Das disposições gerais
competentes. Art. 301. Deve haver um contrato escrito que englobe as
Art. 290. Deve ser escrito e mantido um resumo de atividades terceirizadas, os produtos ou operações a que
todos os dados gerados, incluindo quaisquer conclusões estão relacionados e quaisquer acordos técnicos
intermediárias sobre o programa de estabilidade de firmados em relação a eles.
acompanhamento. Parágrafo único. Todos os preparativos para as
Parágrafo único. O resumo de que trata o caput deste atividades terceirizadas, incluindo quaisquer alterações
artigo deve ser submetido a revisões periódicas. propostas nos dispositivos técnicos ou outros, devem
Seção V - Da transferência técnica de métodos estar de acordo com as regulamentações em vigor e com
analíticos o registro do produto.
Art. 291. Antes de ser iniciada a transferência de um Art. 302. Quando o detentor de registro do produto e o
método analítico, deve ser verificado se este está em fabricante do produto não forem a mesma pessoa
conformidade com o aprovado no registro do produto jurídica, devem ser firmados acordos apropriados,
ou dossiê técnico pertinente. seguindo o disposto neste capítulo.
Art. 292. A validação original do(s) método(s) de Seção III Do contratante
análise deve ser revista para garantir a conformidade Art. 303. O Sistema da Qualidade do Contratante deve
com o regulamento específico. incluir o controle e revisão de quaisquer atividades
Art. 293. Antes de ser iniciado o processo de terceirizadas.
transferência técnica de um método analítico, deve ser Art. 304. O contratante é responsável por garantir que
realizada e documentada uma análise de falhas para sejam implementados processos para assegurar o
identificar qualquer necessidade de validação controle das atividades terceirizadas.
suplementar. Parágrafo único. Os processos de que trata o caput
Art. 294. A transferência de métodos analíticos de um devem incorporar princípios de Gerenciamento de Risco
laboratório para outro deve ser descrita em um da Qualidade e contemplar os seguintes aspectos:
protocolo detalhado. I - antes de terceirizar as atividades, o Contratante é
Art. 295. O protocolo de transferência deve incluir, mas responsável por avaliar a legalidade, a adequação e a
não se limitar, aos seguintes parâmetros: competência do Contratado para realizar com sucesso as
I - identificação dos ensaios a serem realizados e do(s) atividades terceirizadas;
método(s) de ensaio pertinente(s) sendo transferidos; II - o Contratante é responsável por assegurar por meio
II - identificação dos requisitos adicionais de do contrato que os princípios e diretrizes de BPF,
treinamento; conforme interpretados nesta norma, sejam seguidos;
III - identificação de padrões e amostras a serem III - o Contratante deve fornecer ao Contratado todas as
testadas; informações e conhecimentos necessários para realizar
IV - identificação de quaisquer condições especiais de as operações contratadas corretamente de acordo com as
transporte e armazenamento dos itens de teste; normas vigentes e com o registro do produto em
V - os critérios de aceitação que devem ser baseados no questão;
atual estudo de validação da metodologia e sua relação IV - o Contratante deve garantir que o Contratado seja
com o regulamento específico vigente. comunicado de quaisquer problemas associados ao
Art. 296. Os desvios do protocolo devem ser produto ou ao trabalho, que possam representar um
investigados antes do encerramento do processo de risco para suas instalações, equipamentos, pessoal,
transferência de metodologia. outros materiais ou outros produtos;
Art. 297. O relatório de transferência deve documentar V - o Contratante deve monitorar e revisar o
o resultado comparativo do processo e deve identificar desempenho do Contratado e a identificação e
os pontos que requeiram qualquer necessidade de implementação de qualquer melhoria necessária.
revalidação original. Art. 305. O Contratante é responsável por revisar e
CAPÍTULO VIII avaliar os registros e os resultados relacionados às
ATIVIDADES TERCEIRIZADAS atividades terceirizadas.
Seção I -Da introdução Art. 306. O Contratante deve assegurar, por conta
Art. 298. Qualquer atividade terceirizada, cujo escopo própria ou com base na confirmação da Unidade de
esteja sujeito às BPF, deve ser adequadamente definida, Qualidade do Contratado, que todos os produtos e
acordada e controlada, a fim de evitar mal-entendidos materiais entregues a ele pelo Contratado foram

528
processados de acordo com as BPF e segundo o registro Art. 318. O contrato deve permitir que o Contratante
do produto. audite atividades terceirizadas executadas pelo
Seção IV Do contratado Contratado, ou seus subcontratados mutuamente
Art. 307. O Contratado deve possuir as condições acordados.
necessárias para executar satisfatoriamente o trabalho CAPÍTULO IX
solicitado pelo Contratante, por meio de instalações DAS RECLAMAÇÕES E RECOLHIMENTO DO
adequadas, equipamentos, conhecimento, experiência e PRODUTO
pessoal competentes. Seção I Da introdução
Art. 308. O Contratado deve assegurar que todos os Art. 319. Deve haver um sistema e procedimentos
produtos, materiais e conhecimentos a ele entregues apropriados para registrar, avaliar, investigar e revisar
sejam adequados para o propósito a que se destinam. reclamações, incluindo possíveis desvios de qualidade;
Art. 309. O Contratado não deve repassar a terceiros e, se necessário, para recolhimento dos medicamentos
qualquer trabalho confiado a ele sob o contrato, sem a destinados a uso humano, incluindo os experimentais,
prévia avaliação e aprovação do Contratante. de forma efetiva e imediata, da rede de distribuição.
Parágrafo único. Acordos firmados entre o Contratado e Art. 320. Os princípios de Gerenciamento de Risco da
qualquer terceiro devem assegurar que a informação e o Qualidade devem ser aplicados à investigação e
conhecimento, incluindo aqueles oriundos da avaliação avaliação de desvios de qualidade, e ao processo de
da adequação do terceiro, sejam disponibilizados da tomada de decisão para ações corretivas, preventivas e
mesma forma que entre o Contratado e o Contratante. outras ações de redução de riscos em relação ao
Art. 310. É vedado ao contratado a realização de produto.
alterações não autorizadas, fora dos termos do Contrato, Art. 321. Quando evidenciado desvio de qualidade de
que possam afetar adversamente a qualidade das medicamento, a autoridade sanitária deve ser informada,
atividades terceirizadas para o Contratante. conforme legislação específica, quando do desvio possa
Art. 311. O Contratado deve estar ciente que as decorrer recolhimento do produto ou redução na oferta
atividades terceirizadas, inclusive a análise de contratos, deste ao mercado.
podem estar sujeitas a inspeção pelas autoridades Art. 322. No caso de atividades terceirizadas, deve
competentes. haver contrato no qual estão descritos o papel e as
Seção V Do contrato responsabilidades do fabricante, do detentor do registro
Art. 312. Deve ser elaborado contrato entre o e/ou do patrocinador e de quaisquer outros terceiros
Contratante e o Contratado, no qual estejam pertinentes em relação à avaliação, tomada de decisões,
especificadas suas respectivas responsabilidades e disseminação de informações e implementação de ações
processos de comunicação relacionados às atividades de redução de riscos relativos a um produto defeituoso.
terceirizadas. Parágrafo único. O contrato de que trata o caput deve
Art. 313. Os aspectos técnicos do contrato devem ser abordar a maneira de se contatar os responsáveis em
elaborados por pessoas competentes e adequadamente cada parte para a gestão de desvios de qualidade e de
informadas sobre atividades terceirizadas relacionadas e questões de recolhimento.
acerca das Boas Práticas de Fabricação. Seção II Do pessoal e organização
Art. 314. Todos os acordos firmados para atividades Art. 323. Pessoal adequadamente treinado e experiente
terceirizadas devem atender às regulamentações em deve ser responsável por gerenciar investigações de
vigor, ao registro do produto em questão e deve haver reclamações e defeitos de qualidade e por decidir as
concordância dos termos por ambas as partes. medidas a serem tomadas, a fim de gerir qualquer risco
Art. 315. O contrato deve descrever claramente qual das potencial apresentado por essas questões, incluindo
partes é responsável pela condução de cada etapa da recolhimentos.
atividade terceirizada, por exemplo, da gestão do § 1º O pessoal de que trata o caput deve ser
conhecimento, transferência de tecnologia, cadeia de independente da organização de vendas e marketing, a
suprimentos, subcontratação, qualidade e compra de menos que haja uma justificativa plausível para outro
materiais, teste e liberação de materiais, bem como a procedimento.
realização de controles de produção e qualidade, § 2º Se o Responsável Técnico pela certificação para
incluindo controles em processo, amostragem e análise. liberação do lote ou lotes em questão não fizer parte da
Art. 316. Todos os registros relacionados às atividades equipe responsável pelas ações de que trata o caput
terceirizadas, tais como a fabricação, os registros deste artigo, ele deve ser formalmente informado sobre
analíticos e de distribuição, bem como as amostras de quaisquer investigações, ações de redução de risco e
referência, devem ser mantidos ou estar disponíveis operações de recolhimento, em tempo hábil.
para o Contratante. Art. 324. Devem ser disponibilizados pessoal treinado e
Art. 317. Quaisquer registros pertinentes para a avalição recursos suficientes para o manuseio, avaliação,
da qualidade de um produto no caso de reclamações, investigação e revisão de reclamações e desvios de
suspeitas de desvios, ou informações para a qualidade, visando implementar quaisquer ações de
investigação de suspeita de falsificação devem estar redução de riscos.
acessíveis e especificados em procedimentos Parágrafo único. Deve ser disponibilizado pessoal
específicos do Contratante. treinado e recursos suficientes para a gestão de

529
interações com as autoridades sanitárias dos países com e a necessidade de se notificar as autoridades
as quais a empresa tenha relações comerciais. competentes sobre esse impacto;
Art. 325. O uso de equipes interdisciplinares deve ser VIII - comunicações internas e externas que devem ser
considerado, incluindo pessoal adequadamente treinado realizadas em relação a um desvio de qualidade e sua
em Gerenciamento da Qualidade. investigação;
Art. 326. Nas situações em que o tratamento de IX - identificação da(s) potencial(ais) causa(s) raiz(es)
reclamações e desvios de qualidade for gerenciado de do desvio de qualidade;
forma centralizada dentro de uma organização, as X - necessidade de Ações Corretivas e Preventivas
funções e responsabilidades relativas das partes (CAPAs) apropriadas a serem identificadas e
envolvidas devem ser documentadas. implementadas para a questão, bem como para a
Parágrafo único. O gerenciamento centralizado não avaliação da eficácia dessas CAPAs.
deve, no entanto, resultar em atrasos na investigação e Seção IV Da investigação e tomada de decisão
no gerenciamento da problemática. Art. 333. As informações relatadas em relação a
Seção III Dos procedimentos para tratamento e possíveis desvios de qualidade devem ser registradas,
investigação de reclamações, incluindo incluindo todos os detalhes originais.
possíveis desvios de qualidade Art. 334. A validade e a extensão de todos os desvios de
Art. 327. Deve haver procedimentos escritos qualidade relatados devem ser documentadas e
descrevendo as ações a serem tomadas após o avaliadas de acordo com os princípios do
recebimento de uma reclamação. Gerenciamento de Riscos da Qualidade, a fim de apoiar
Art. 328. Todas as reclamações devem ser decisões relativas ao nível das investigação e ações
documentadas e avaliadas visando a identificação se adotadas.
representam um possível desvio de qualidade ou outro Art. 335. Se um desvio de qualidade for identificado em
problema. um lote, deve-se considerar a verificação de outros lotes
Art. 329. Deve-se dar atenção especial ao recebimento e, em alguns casos, de outros produtos, a fim de
de uma reclamação ou suspeita de desvio de qualidade determinar se eles também foram afetados.
relacionado à falsificação. Parágrafo único. Outros lotes que possam conter partes
Art. 330. As reclamações que não indicarem um desvio ou componentes do lote com desvio devem ser
de qualidade, mas que representarem um possível efeito investigados.
adverso, devem ser documentadas e comunicadas ao Art. 336. As investigações sobre desvios de qualidade
grupo ou pessoa responsável pela investigação e devem incluir revisão de registros de desvios de
gerenciamento de reclamações dessa natureza. qualidade anteriores ou qualquer outra informação
Art. 331. Devem existir procedimentos para facilitar um relevante para qualquer indicativo de problemas
pedido de investigação da qualidade de um lote de um específicos ou recorrentes que exijam atenção e,
medicamento, a fim de apoiar uma investigação sobre a possivelmente, outras ações regulamentares.
notificação de um evento adverso suspeito. Art. 337. As decisões tomadas durante e após as
Art. 332. Quando uma investigação de desvio de investigações sobre desvios de qualidade devem refletir
qualidade for iniciada, devem ser implementados o nível de risco apresentado pelo desvio, bem como a
procedimentos para abordar, minimamente, os seguintes gravidade de qualquer não conformidade encontrada em
itens: relação ao registro, às especificações do produto ou às
I - descrição do desvio de qualidade relatado; Boas Práticas de Fabricação.
II - determinação da extensão do desvio de qualidade; § 1º A temporalidade das ações de que trata o caput
III - verificação ou teste de amostras de referência e/ou deve ser apropriada e correlacionada com o nível de
de retenção e, em certos casos, uma revisão do registro risco do desvio para assegurar que a segurança dos
de produção do lote, o registro de certificação do lote e pacientes é mantida.
os registros de distribuição do lote (especialmente para § 2º Ações para redução do risco devem fazer parte do
produtos sensíveis à temperatura); processo de tomada de decisão, dentro de um período
IV - necessidade de se solicitar uma amostra ou apropriado, mesmo que as informações necessárias para
devolução do produto defeituoso do reclamante e, a compreensão da natureza e extensão do desvio não
quando uma amostra for fornecida, deve ser realizada estejam presentes no início da investigação.
avaliação apropriada; § 3º Todas as decisões e medidas tomadas como
V - avaliação do(s) risco(s) apresentado(s) pelo desvio resultado de um desvio de qualidade devem ser
de qualidade, com base em sua gravidade e extensão; documentadas.
VI - processo de tomada de decisão a ser adotado, com Art. 338. Os desvios de qualidade devem ser
relação à necessidade potencial de ações de redução de comunicados oportunamente pelo fabricante ao detentor
risco a serem tomadas na rede de distribuição, como do registro/ patrocinador e a todas as autoridades
recolhimentos de lote ou de produto ou outras ações; sanitárias pertinentes, nos casos em que o desvio de
VII - avaliação do impacto que qualquer ação de qualidade puder vir a resultar no recolhimento do
recolhimento pode ter sobre a disponibilização do produto ou em desabastecimento de mercado.
medicamento a pacientes em qualquer mercado afetado, Seção V Da análise da causa raiz e ações corretivas e
preventivas

530
Art. 339. A análise da causa raiz deve ser aplicada § 2º O patrocinador deve implementar um procedimento
durante a investigação de desvios de qualidade. para a rápida revelação dos produtos submetidos a
Parágrafo único. Nos casos em que a(s) causa(s) raiz(es) estudos randomizados cegos, quando isso for necessário
verdadeira(s) do desvio de qualidade não puder(em) ser para um recolhimento efetivo.
determinada(s), deve-se considerar a possibilidade de § 3º O patrocinador deve garantir que o procedimento
identificar a(s) causa(s) raiz(es) mais provável(is) e divulgue a identidade do produto em teste no estudo
abordá-la(s). randomizado cego à medida em que isto for
Art. 340. Quando houver suspeita de erro humano ou estritamente necessário ao recolhimento.
este for identificado como a causa de um desvio de Art. 349. Deve ser realizada uma análise sobre a
qualidade, este deve ser formalmente justificado para extensão da ação de recolhimento na rede de
garantir que causas reais relacionadas aos processos, distribuição do produto, que considere os riscos ao
procedimentos ou sistemas não sejam mascaradas e paciente, após consulta à autoridade sanitária.
negligenciadas. Art. 350. A autoridade sanitária deve ser informada nos
Art. 341. Ações corretivas e preventivas apropriadas casos em que uma ação de recolhimento proposta não
devem ser elaboradas e adotadas em resposta aos seja executada pelo fato de o prazo de validade do
desvios de qualidade. medicamento estar expirado.
Parágrafo único. A efetividade das ações corretivas e Art. 351. Todas as autoridades sanitárias competentes
preventivas deve ser monitorada e avaliada. interessadas devem ser informadas com antecedência
Art. 342. Os registros de desvios de qualidade devem nos casos em que exista a intenção do recolhimento.
ser regularmente revisados e análises de tendência § 1º Em situações muito graves, isto é, naquelas com o
devem ser regularmente aplicadas para a indicação de potencial de causar sérios impactos à saúde do paciente,
desvios recorrentes que requeiram atenção adicional. pode ser necessário tomar medidas rápidas de redução
Seção VI Do recolhimento de produtos e outras ações de risco antes de se notificar as Autoridades
para a redução dos riscos Competentes.
Art. 343. Devem existir procedimentos escritos, que § 2º Sempre que possível, deve-se acordar as medidas
sejam regularmente revistos e atualizados, para a com as Autoridades Competentes, antes da sua
determinação das atividades de recolhimento e de outras execução.
ações de mitigação de riscos. Art. 352. Deve-se considerar se a ação de recolhimento
Art. 344. Após um produto ter sido distribuído ao proposta pode afetar diferentes mercados de diferentes
mercado, qualquer retirada da rede de distribuição em maneiras, e, se este for o caso, devem ser desenvolvidas
decorrência de desvio de qualidade deve ser e discutidas as ações apropriadas de redução de risco
considerada e gerenciada como um recolhimento. específicas do mercado com as autoridades sanitárias
Parágrafo único. O recolhimento não se aplica à competentes.
recuperação ou devolução de amostras do produto da Art. 353. Deve ser considerado o risco de
rede de distribuição para facilitar uma investigação desabastecimento de um medicamento que não tenha
sobre um problema ou desvio de qualidade. uma alternativa registrada levando em conta o seu uso
Art. 345. Deve haver a capacidade de realização das terapêutico, antes de se decidir sobre uma medida de
operações de recolhimento a qualquer momento. redução do risco como um recolhimento.
Parágrafo único. Em certos casos, pode ser necessário Parágrafo único. Qualquer decisão de não se executar
iniciar as operações de recolhimento, visando proteger uma ação de redução de risco que de outra forma seria
os pacientes, antes da determinação das causas raízes e necessária deve ser previamente acordada com a
compreensão da extensão do desvio. Autoridade Competente.
Art. 346. Os registros de distribuição de lote/produto Art. 354. Os produtos recolhidos devem ser
devem estar prontamente disponíveis para as pessoas identificados e armazenados separadamente em um
responsáveis pelo recolhimento. local seguro enquanto aguardam uma decisão sobre seu
Art. 347. Os registros de distribuição devem conter destino.
informações suficientes sobre atacadistas e clientes Parágrafo único. Deve-se emitir e documentar uma
diretamente abastecidos, mesmo quando se trate de disposição formal de todos os lotes recolhidos.
produtos exportados e amostras médicas. Art. 355. A justificativa para qualquer decisão de
Art. 348. No caso de medicamentos destinados a reprocesso dos produtos recolhidos deve ser
ensaios clínicos, todos os locais de ensaio devem ser documentada e discutida com a autoridade sanitária.
identificados e os países de destino devem ser Art. 356. A extensão do prazo de validade remanescente
indicados. para qualquer lote reprocessado que possa vir a ser
§ 1º No caso de medicamentos destinados a ensaios recolocado no mercado deve ser considerada junto à
clínicos para o qual tenha sido emitido um registro Autoridade Sanitária.
sanitário, o fabricante do medicamento deve, em Art. 357. O progresso do processo de recolhimento deve
cooperação com o patrocinador do estudo, informar o ser registrado até o encerramento.
detentor do registro de qualquer defeito de qualidade Art. 358. Deve ser emitido um relatório final sobre o
que possa estar relacionado com o medicamento recolhimento, incluindo uma reconciliação entre as
autorizado.

531
quantidades entregues e recuperadas dos produtos/lotes art. 172 constante nesta Resolução, estão estabelecidos
em questão. os seguintes prazos, a contar da vigência da norma:
Art. 359. A eficácia do sistema de recolhimento deve (Retificado no DOU nº 88, de 11 de maio de 2020)
ser periodicamente avaliada para a confirmação de que I - em até 06 (seis) meses da vigência da Resolução, as
este permanece robusto e adequado ao uso. empresas já deverão ter concluído as (re)
§ 1º As avaliações de que trata o caput devem ser estruturações/integrações de seus Sistemas de
realizadas durante as horas úteis e não úteis de Qualidade Farmacêutica e de Gerenciamento de Risco;
funcionamento. terem capacitado e treinado seus colaboradores (de
§ 2º Ações simuladas de recolhimento devem dispor de diversos departamentos caso se envolvam nas atividades
avaliação documentada e justificada sobre quando de operações produtivas, incluindo principalmente o
devem ser empregadas. gerenciamento/controle de risco de contaminação
Art. 360. Em adição aos recolhimentos, outras ações de cruzada); identificado e contratado
mitigação de riscos podem ser consideradas para se serviços/profissionais qualificados (profissional
gerenciar os riscos apresentados pelos desvios de toxicologista capacitado; treinamento; com perícia e
qualidade. experiência prática) para as determinações dos valores
§ 1º As ações de que trata o caput podem incluir a de Exposição Diária Permitida dos produtos, de forma a
emissão de comunicações preventivas aos profissionais subsidiar as reavaliações dos limites residuais máximos
de saúde em relação ao uso de um lote potencialmente permitidos carreados entre produtos, no que tange às
com desvios. validações dos procedimentos de limpeza de superfícies
§ 2º As ações devem ser consideradas caso a caso e de equipamentos em contato com os produtos;
devem ser discutidas com as autoridades sanitárias II - em até 12 (doze) meses de vigência da norma,
competentes em questão. quando da introdução de quaisquer produtos
CAPÍTULO X (comerciais e experimentais) nas linhas de produção, as
AUTOINSPEÇÃO empresas já deverão atender, na íntegra, o novo
Art. 361. Devem ser realizadas autoinspeções a fim de requisito normativo;
monitorar a implementação e a conformidade com os III - (Revogado pela RDC nº 388/2020)
princípios das Boas Práticas de Fabricação, e propor as IV - em até 24 (vinte e quatro) meses da vigência da
medidas corretivas necessárias. Resolução, as empresas já deverão cumprir, na íntegra,
Art. 362. As questões relacionadas com pessoal, o novo requisito normativo para 30% de todos os
instalações, equipamento, documentação, produção, produtos do portfólio (comercial e experimentais);
controle de qualidade, distribuição dos medicamentos, V - em até 36 (trinta e seis) meses da vigência da
procedimentos para gerenciamento de reclamações e Resolução, as empresas já deverão cumprir, na íntegra,
recolhimentos, bem como a autoinspeção, devem ser o novo requisito normativo para 60% de todos os
examinadas em intervalos regulares, seguindo um produtos do portfólio (comercial e experimentais);
programa pré-estabelecido com o fim de verificar sua VI - em até 48 (quarenta e oito) meses da vigência da
conformidade com os princípios de Garantia Resolução, as empresas já deverão cumprir, na íntegra,
da Qualidade. o novo requisito normativo para 100% de todos os
Art. 363. As autoinspeções devem ser conduzidas de produtos do portfólio (comercial e experimentais).
forma independente e detalhada por pessoa(s) Art. 371. Os requisitos do art. 179 passam a vigorar
competente designada pela empresa. para produtos legados 1 (um) ano após a vigência desta
Parágrafo único. Auditorias independentes, realizadas Resolução. (Retificação no DOU nº 56, de 23 de março
por especialistas externos, podem ser utilizadas. de 2020, republicada no DOU nº 91, de 14 de maio de
Art. 364. Todas as autoinspeções devem ser registradas. 2020)
Art. 365. Os relatórios devem conter todas as Parágrafo único. Entende-se por produtos legados
observações feitas durante as inspeções e, quando aqueles já registrados.
aplicável, as propostas com medidas corretivas. Art. 372. O art. 215 passa a vigorar 4 (quatro) anos após
Art. 366. As declarações sobre as ações tomadas a vigência desta norma. (Retificação no DOU nº 56, de
posteriormente também devem ser registradas. 23 de março de 2020, republicada no DOU nº 91, de 14
CAPÍTULO XI de maio de 2020)
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS § 1º As ações descritas abaixo devem dispor de
Art. 367. O inciso VII, do art. 8º, passa a vigorar 06 comprovação de execução, de acordo com os prazos
(seis) meses após a vigência da norma. apresentados, entre a vigência da norma e a vigência do
Art. 368. O art. 10 passa a vigorar após 03 (três) meses artigo:
após a vigência da norma. I - em até 12 (doze) meses da vigência da norma, deve
Art. 369. Os requisitos normativos dos dispositivos art. ser realizada a Elaboração dos Requisitos do Usuário
74; art. 75 e seu parágrafo único; art. 76 e seu parágrafo (ERU) e prospecção de fabricantes;
único; art. 77 contidos nesta Resolução não se aplicam II - em até 18 (dezoito) meses da vigência da norma,
às empresas de gases medicinais. deve ser realizada a seleção do fabricante e a
Art. 370. De forma que as empresas se adéquem e Qualificação do Desenho;
atendam aos requerimentos normativos constantes do

532
III - em até 24 (vinte e quatro) meses da vigência da § 1º A premissa da possibilidade de uso dos insumos
norma, deve ser confirmada a compra; citados no caput recai na sua indisponibilidade no
IV - em até 36 (trinta e seis) meses da vigência da mercado como um insumo farmacêutico.
norma, deve ser realizada a instalação do equipamento; § 2º Como justificativa para o não cumprimento integral
V - em até 48 (quarenta e oito) meses da vigência da das boas práticas pertinentes, deve constar a
norma, devem ser realizadas comprovação de que o referido insumo é na prática
as demais etapas de qualificação dos equipamentos encontrado apenas como, por exemplo, um insumo da
necessários à operacionalização do art. 214 e seu início indústria alimentícia ou cosmética.
de operação na rotina. § 3º A avaliação de risco da utilização deste insumo
§ 2º Não devem ser interpretadas como não necessárias farmacêutico atípico na fabricação de medicamentos
as etapas de qualificação não citadas na transitoriedade deve considerar até que ponto as Boas Práticas de
acima estipulada. Fabricação aplicáveis foram seguidas pelo fabricante e,
Art. 373. As normas gerais previstas nesta Resolução consequentemente, a aceitabilidade dos riscos
são complementadas pelas diretrizes específicas associados aos pontos não seguidos.
publicadas pelas Instruções Normativas vinculadas a § 4º A ausência de informação, a dificuldade de acesso
esta Resolução. ao fabricante do insumo farmacêutico ativo atípico ou
Art. 374. Fica autorizada a elaboração pela Gerência- questões comerciais não justificam a utilização dos
Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) do referidos insumos sem o devido Gerenciamento do
documento Perguntas & Respostas Dinâmico das Risco.
Diretrizes de Boas Práticas de Fabricação de Art. 378. O descumprimento das disposições contidas
Medicamentos, a ser publicado no sítio eletrônico da nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
ANVISA, com a interpretação e orientação técnica, a da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
serem utilizadas durante as inspeções, referente às das responsabilidades civil, administrativa e penal
disposições contidas nesta Resolução e nas Instruções cabíveis.
Normativas a ela vinculadas. Art. 379. Revogam-se:
Parágrafo único. A primeira versão e posteriores I - Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 46, de 18
alterações do documento especificado no caput deste de maio de 2000, publicada no Diário Oficial da União
artigo devem ser apresentadas e aprovadas em Reunião de 19 de maio de 2000;
Pública da Diretoria Colegiada da ANVISA. II - Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 69, de
Art. 375. A classificação dos estabelecimentos 1º de outubro de 2008, publicada no Diário Oficial da
fabricantes de medicamentos e insumos farmacêuticos União de 2 de outubro de 2008;
quanto ao cumprimento das Boas Práticas é estabelecida III- Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 63, de
pelos respectivos Procedimentos Operacionais Padrão 18 de dezembro de 2009, publicada no Diário Oficial da
do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária União de 23 de dezembro de 2009;
harmonizados em nível tripartite e publicados no sítio IV - Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 17, de
eletrônico da Anvisa. 16 de abril de 2010, publicada no Diário Oficial da
Art. 376. A Certificação de Boas Práticas de Fabricação União de 19 de abril de 2010;
de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos, conforme V - Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 13, de
requisitos desta Resolução, das Instruções Normativas a 14 de março de 2013, publicada no Diário Oficial da
esta vinculadas e da Resolução da Diretoria Colegiada – União de 15 de março de 2013;
RDC nº 69, de 8 de dezembro de 2014, tem os critérios VI - Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 33, de
de concessão ditados pelos respectivos Procedimentos 4 de agosto de 2015, publicada no Diário Oficial da
Operacionais Padrão do Sistema Nacional de Vigilância União de 5 de agosto de 2015; e
Sanitária harmonizados em nível tripartite e publicados VII - Instrução Normativa - IN nº 2, de 4 de agosto de
no sítio eletrônico da Anvisa. 2015, publicada no Diário Oficial da União de 5 de
Parágrafo único. As linhas de produção que devem agosto de 2015.
constar no certificado são Art. 380. Esta Resolução entra em vigor 45 (quarenta e
estabelecidas por Procedimentos Operacionais Padrão cinco) dias após sua publicação.
da Gerência-Geral de Inspeção e ANTONIO BARRA TORRES
Fiscalização Sanitária e publicados no sítio eletrônico Diretor-Presidente Substituto
da Anvisa. Republicada por ter saído, no DOU nº 49, de 12-3-2020,
Art. 377. No que se refere aos insumos farmacêuticos Seção 1, págs.
ativos denominados como atípicos, a falta de 198 a 208, com erro de montagem.
comprovação da conformidade com as Boas Práticas de
Fabricação deve ser justificada observando os princípios
do Gerenciamento de Risco na Qualidade, afim de (Publicada no DOU nº 162, de 22 de agosto de 2019)
possibilitar o uso do material na fabricação de (Republicada no DOU nº 49, de 12 de março de 2020)
medicamentos. (Republicada no DOU nº 78, de 24 de abril de 2020)

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RDC Nº 304, DE 17/09/2019 reprovados, ilegalmente importados, roubados,
(Publicada no DOU nº 181, de 18 de setembro de avariados e/ou adulterados;
2019) V - Boas Práticas de Transporte (BPT): conjunto de
ações que asseguram a qualidade de um medicamento
A entrar em vigor por meio do controle adequado durante o transporte e
armazenagem em trânsito, bem como fornecem
Dispõe sobre as Boas Práticas de Distribuição, ferramentas para proteger o sistema de transporte contra
Armazenagem e de Transporte de Medicamentos. medicamentos roubados, avariados e/ou adulterados;
VI - cadeia de frio ou rede de frio: processo englobado
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de pelas atividades de armazenagem, conservação,
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe manuseio, distribuição e transporte dos produtos
confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º, III, e IV, da sensíveis à temperatura;
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, VII - contaminação: introdução não desejada de
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela impurezas de natureza química ou microbiológica, ou
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 255, de 10 de matéria estranha, em produto a granel ou produto
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte terminado durante as etapas de armazenagem ou
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado transporte;
em reunião realizada em 12 de setembro de 2019, e eu, VIII - contêiner: ambiente utilizado para
Diretor-Presidente, determino a sua publicação: armazenamento ou transporte de produtos, podendo ser
refrigerado e com a temperatura controlada;
CAPÍTULO I IX - contrato de terceirização: documento mutuamente
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS acordado e controlado entre as partes, estabelecendo as
SEÇÃO I OBJETIVO atribuições e responsabilidades das empresas
Art. 1º Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer contratante e contratada;
os requisitos de Boas Práticas de Distribuição e X - data de validade: data limite para a utilização de um
Armazenagem e de Boas Práticas de Transporte de medicamento definida pelo fabricante, com base nos
Medicamentos. seus respectivos testes de estabilidade, mantidas as
SEÇÃO II ABRANGÊNCIA condições de armazenamento e transporte estabelecidos;
Art. 2º Esta Resolução se aplica às empresas que XI - distribuição: conjunto de atividades relacionadas à
realizam as atividades de distribuição, armazenagem ou movimentação de cargas que inclui o abastecimento,
transporte de medicamentos e, no que couber, à armazenamento e expedição de medicamentos, excluída
armazenagem e ao transporte de produtos a granel. a de fornecimento direto ao público;
Parágrafo único. Esta resolução não se aplica às XII - distribuidor ou comércio atacadista: compreende o
atividades de distribuição, armazenagem e transporte de comércio de medicamentos, em quaisquer quantidades,
matérias-primas, de gases medicinais ou de rótulos e realizadas entre pessoas jurídicas ou a profissionais para
embalagens. o exercício de suas atividades;
SEÇÃO III DEFINIÇÕES XIII - expedição: conjunto de procedimentos
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as relacionados ao embarque para fins de transporte de
seguintes definições: medicamentos;
I - armazenagem: guarda, manuseio e conservação XIV - lote: quantidade definida de produto processado
segura de medicamentos; em um ou mais processos, cuja característica essencial é
II - armazenagem em trânsito: conjunto de a homogeneidade;
procedimentos, de caráter temporário, relacionados ao XV - manifesto de carga: documento que contém lista
trânsito de carga, que envolvem as atividades de de mercadorias que constituem o carregamento do
recebimento, guarda temporária, conservação e navio, aeronave e demais veículos de transporte;
segurança de medicamentos; XVI - medicamento termolábil: medicamento cuja
III - Boas Práticas de Armazenagem (BPA): conjunto de especificação de temperatura máxima seja igual ou
ações que asseguram a qualidade de um medicamento inferior a 8°C;
por meio do controle adequado durante o processo de XVII - número de lote: combinação definida de
armazenagem, bem como fornecem ferramentas para números e/ ou letras que identifica de forma única um
proteger o sistema de armazenagem contra lote em seus rótulos, documentação de lote, certificados
medicamentos falsificados, reprovados, ilegalmente de análise correspondentes, entre outros;
importados, roubados, avariados e/ou adulterados; XVIII - operador logístico (OL): empresa detentora de
IV - Boas Práticas de Distribuição e Armazenagem Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização
(BPDA): conjunto de ações que asseguram a qualidade Especial (AE), quando aplicável, capacitada a prestar os
de um medicamento por meio do controle adequado serviços de transporte e/ou armazenamento;
durante o processo de distribuição e armazenagem, bem XIX - procedimento operacional padrão (POP):
como fornecem ferramentas para proteger o sistema de procedimento escrito e autorizado que fornece
distribuição contra medicamentos falsificados, instruções para a realização de operações não
necessariamente específicas a um dado produto ou

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material, mas de natureza geral (por exemplo, operação, XXXI - devolução: retorno ao fornecedor dos
manutenção e limpeza de equipamentos, qualificação, medicamentos incorporados, fiscalmente, ao estoque do
limpeza de instalações e controle ambiental, cliente e, que desta forma, entraram na cadeia de
amostragem e inspeção); custódia deste. Estes medicamentos, quando devolvidos
XX - produto devolvido: produto terminado, expedido e à origem, o são com documento fiscal ou
comercializado, devolvido ao detentor do registro ou ao correspondente, distinto do documento de envio.
distribuidor; (Incluído pela Resolução – RDC nº 360, de 27 de março
XXI - produto a granel: qualquer produto que tenha de 2020)
passado por todas as etapas de produção, sem incluir o
processo de embalagem; os produtos estéreis em sua CAPÍTULO II
embalagem primária são considerados produto a granel; DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
XXII - qualificação: conjunto de ações realizadas para Art. 4º Todas as partes envolvidas na produção,
atestar e documentar que quaisquer instalações, armazenagem, distribuição e transporte devem se
sistemas e equipamentos estão propriamente instalados responsabilizar pela qualidade e segurança dos
e/ou funcionam corretamente e levam aos resultados medicamentos.
esperados; Parágrafo único. A responsabilidade compartilhada
XXIII - qualificação térmica: verificação documentada abrange ações de recolhimento, independentemente de
de que o equipamento ou a área de temperatura este ter sido motivado pela autoridade sanitária, pelo
controlada garantem homogeneidade térmica em seu detentor do registro, pelo distribuidor ou pelo operador
interior; logístico.
XXIV - quarentena: retenção temporária de produtos Art. 5º Os princípios de BPA, BPDA e BPT devem ser
terminados, isolados fisicamente ou por outros meios observados também na logística reversa, quando os
que impeçam a sua utilização, enquanto aguardam uma medicamentos estiverem sendo devolvidos ou
decisão sobre sua liberação, rejeição ou recolhidos do mercado.
reprocessamento; Art. 6º As empresas distribuidoras devem fornecer
XXV - recebimento: conjunto de atividades medicamentos somente às empresas licenciadas e
relacionadas à chegada, conferência e internalização em autorizadas pela autoridade sanitária competente para as
estoque de medicamentos; atividades de distribuição ou dispensação de
XXVI - recolhimento: ação que visa a imediata e eficaz medicamentos.
retirada do mercado, de determinado(s) lote(s) de Parágrafo único. O fornecimento de medicamentos
medicamento, com indícios suficientes ou comprovação radiofármacos deve ser realizado por Instituições
de desvio de qualidade, que possa representar risco à licenciadas pela Autoridade Sanitária, pela Comissão
saúde, ou por ocasião de cancelamento de registro, Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e demais
relacionado com a segurança e eficácia do produto, a ser autoridades competentes.
implementada pelo detentor do registro e seus Art. 7º É permitida a aquisição de medicamentos a
distribuidores; partir de empresas distribuidoras que não sejam as
XXVII - remessa ou entrega: quantidade de um detentoras do registro desde que se garanta a
determinado medicamento fornecida em resposta a uma rastreabilidade da carga por meio do Sistema Nacional
ordem de compra, podendo uma única remessa incluir de Controle de Medicamentos – SNCM.
um ou mais volumes e materiais pertencentes a mais de Parágrafo único. Na inaplicabilidade do SNCM, a
um lote; rastreabilidade deve ser garantida mediante a
XXVIII - sistema ativo de controle: são aqueles com comprovação documental pela distribuidora fornecedora
controle ativo de temperatura e/ ou umidade, capazes de que a origem é lícita e autêntica.
se auto ajustar às variações da temperatura externa, Art. 8º Os estabelecimentos que exerçam as atividades
como por exemplo, os contêineres refrigerados para de distribuição, armazenagem ou transporte de
transporte aéreo e marítimo e os caminhões medicamentos devem dispor de sistema de gestão da
refrigerados. XXIX - sistema passivo de controle: são qualidade capaz de documentar, verificar e assegurar os
aqueles sem controle ativo de temperatura e/ou requisitos específicos a cada operação com impacto na
umidade, como por exemplo, contêineres termicamente qualidade executada.
isolados, feitos de poliestireno ou poliuretano, com
material refrigerante. Não são capazes de se auto ajustar CAPÍTULO III
às variações de temperatura externa, sendo sua DA DISTRIBUIÇÃO, ARMAZENAGEM E
capacidade determinada por meio de estudos e TRANSPORTE
previsões de temperatura e umidade para a rota em Seção I Da Organização e Administração
questão. Art. 9º A estrutura organizacional da empresa deve estar
XXX - transportador: empresa que realiza o transporte descrita em organograma.
de medicamentos, do remetente para determinado Parágrafo único. As responsabilidades de todo o pessoal
destinatário, podendo executar adicionalmente a devem estar indicadas nas descrições dos cargos.
armazenagem em trânsito. Seção II Do Pessoal

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Art. 10. A empresa deve possuir número apropriado de VII - receber e investigar as reclamações;
funcionários com qualificações adequadas garantindo VIII - gerenciar os produtos devolvidos;
que as responsabilidades atribuídas individualmente não IX - implementar um sistema para controle e
sejam tão extensas a ponto de apresentar riscos à gerenciamento de mudanças;
qualidade do produto. X - qualificar os integrantes da cadeia de distribuição de
Art. 11. Devem ser estabelecidos requisitos medicamentos com os quais interaja comercialmente e
relacionados à saúde, higiene e vestuário do pessoal, os prestadores de serviços que impactem na qualidade
conforme as atividades a serem realizadas. do produto;
Art. 12. A sistemática para o treinamento dos X - verificar e garantir os requisitos legais de licença
funcionários cujas atribuições possuam impacto no sanitária e autorização de funcionamento dos
Sistema de Gestão da Qualidade deve estar descrita. integrantes da cadeia de distribuição de medicamentos
§ 1º Os funcionários referidos no caput devem receber quando do exercício da atividade de distribuição;
treinamento inicial e periódico, de acordo com a (Redação dada pela Resolução – RDC nº 360, de 27 de
complexidade da atividade e compatível com a ação de março de 2020)
treinamento realizada. XI - gerenciar a qualificação e calibração de
§ 2º Os registros que permitam identificar o treinando, a equipamentos e instrumentos;
data de execução e a carga horária, bem como a XII - registrar, investigar e adotar ações corretivas e
estratégia utilizada, os assuntos abordados e a avaliação preventivas para as não conformidades identificadas;
da eficácia devem ser mantidos. XIII - gerenciar resíduos;
§ 3º Os requisitos de treinamento relevantes a cada XIV - garantir a integridade e rastreabilidade dos
posição de trabalho, expressos pelas políticas, medicamentos e dos dados relativos às transações
programas, procedimentos e formulários, devem estar comerciais;
definidos. XV - implementar um programa de manejo de pragas
Art. 13. É proibido fumar, comer, beber (com exceção com agentes seguros, regularizados junto aos órgãos
de água potável, que deve estar disponível em um setor competentes e que não ofereçam risco de contaminação
específico), mascar, manter plantas, alimentos, aos produtos armazenados;
medicamentos pessoais, objetos pessoais ou qualquer XVI - realizar as comunicações previstas aos órgãos
objeto estranho ao setor, nas áreas de armazenagem, sanitários conforme modelos estabelecidos e divulgados
armazenagem em trânsito, recebimento e expedição. por estes e comunicar aos parceiros comerciais e
Seção III Do Sistema de Gestão da Qualidade autoridades policiais competentes quando do roubo e da
Art. 14. O Sistema de Gestão da Qualidade deve cobrir identificação de produtos falsificados ou adulterados; e
todos os aspectos que influenciam a qualidade dos XVII - garantir a destinação adequada a produtos
medicamentos ou dos serviços prestados. falsificados.
Art. 15. Os processos que impactam na qualidade dos Subseção I Da Documentação
medicamentos ou dos serviços prestados devem ser Art. 19. A gestão e controle de documentos da
mapeados. qualidade deve dispor as orientações para elaboração,
Parágrafo único. Os processos identificados no revisão, aprovação, distribuição e controle, treinamento,
mapeamento devem ser precedidos e governados por codificação, guarda e obsolescência dos documentos em
procedimentos operacionais padrão, com a devida formato físico ou eletrônico.
geração de registros. Art. 20. Os procedimentos operacionais padrão devem
Art. 16. As ações do Sistema de Gestão da Qualidade ser seguidos e estar disponíveis em seus respectivos
são de responsabilidade de toda a empresa e devem ser locais de trabalho.
exercidas por todos os seus membros. Art. 21. Os procedimentos operacionais padrão devem
Art. 17. As divergências em relação aos requisitos ser mantidos atualizados para que correspondam à
expressos pelo Sistema de Gestão da Qualidade devem prática rotineira.
ser interpretadas e tratadas como não conformidades. Art. 22. Os procedimentos operacionais padrão devem
Art. 18. A área responsável pelo Sistema de Gestão da ser compreensíveis aos funcionários e não devem
Qualidade deve possuir autonomia hierárquica e apresentar ambiguidades.
recursos necessários para o exercício das seguintes Art. 23. Os registros, manuais ou eletrônicos, devem ser
funções: prontamente recuperáveis, e devem ser armazenados
I - garantir a implementação e manutenção de um usando medidas de segurança contra qualquer
sistema da qualidade; modificação não autorizada, danos, deterioração ou
II - coordenar a gestão documental; perda.
III - elaborar, revisar e aprovar formalmente os § 1º A correção de um dado registrado deve ser
procedimentos operacionais padrão; realizada mediante justificativa da necessidade de
IV - adotar e manter programa de auto inspeções; alteração, preservando-se a possibilidade de leitura do
V - adotar e manter programas de treinamento iniciais e dado originalmente gravado.
periódicos; § 2º Devem ser mantidos backups para os registros
VI - supervisionar as atividades de recolhimento, gerados ou armazenados em formato eletrônico.
incluindo simulações de recolhimento;

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Art. 24. Os procedimentos operacionais padrão bem § 2º Deve ser realizada simulação de reconciliação entre
como os registros manuais ou eletrônicos devem ser as unidades distribuídas e localizadas nos clientes, uma
mantidos por no mínimo 5 (cinco) anos após sua vez ao ano para o pior caso da rede de distribuição, com
obsolescência. o intuito de testar a efetividade do recolhimento e
Parágrafo único. O acesso a estes documentos deve ser corrigir possíveis falhas.
restrito às pessoas delegadas pelo Sistema de Gestão da Art. 31. O detentor do registro deve ser consultado
Qualidade. previamente sobre o recolhimento quando este for
Subseção II Das Reclamações realizado por outra empresa da cadeia de distribuição.
Art. 25. Deve ser estabelecido e divulgado aos clientes Art. 32. Ao fim do recolhimento, deve ser registrado em
um serviço de atendimento para o recebimento das relatório a avaliação da eficácia das comunicações
reclamações. emitidas e do grau de recuperação das unidades
Art. 26. As reclamações relacionadas com a qualidade, distribuídas.
autenticidade, legalidade ou integridade dos Art. 33. Todos os clientes e as autoridades sanitárias
medicamentos ou aquelas relacionadas a eventos competentes, de todos os países a que determinado
adversos devem ser registradas e investigadas. medicamento tenha sido distribuído, devem ser
§ 1º A responsabilidade pela investigação estende-se notificados imediatamente quando da constatação da
proporcionalmente à participação de cada ente da cadeia necessidade do recolhimento de determinado lote.
na causa ao desvio. Parágrafo único. O responsável pelo recolhimento deve
§ 2º A investigação deve classificar as reclamações em manter registros das notificações e seus comprovantes
procedentes ou não procedentes, confirmando ou de recebimento.
descartando as não conformidades relacionadas. Subseção IV Das Devoluções
§ 3º Cabe à investigação definir a causa raiz do Art. 34. Antes que um medicamento devolvido seja
problema, avaliar os impactos aos clientes e sugerir, se reintegrado ao estoque comercializável, no mínimo os
necessário, ao fabricante ou ao detentor do registro, o seguintes fatores devem ser registrados e ponderados
recolhimento. pelo sistema de gestão da qualidade:
§ 4º A investigação deve considerar a possibilidade de I - o motivo da devolução;
que outros lotes do medicamento tenham sido afetados II - as condições de armazenagem e transporte
pela mesma causa raiz. empregadas pelo comprador;
§ 5º Ações corretivas devem ser definidas, III - a integridade da embalagem secundária original; e
implementadas e monitoradas para as situações onde a IV - o prazo de validade.
reincidência da não conformidade represente risco ao Art. 35. A incapacidade em garantir que o medicamento
paciente. devolvido se mantém dentro de seus padrões de
Art. 27. As reclamações relacionadas aos desvios de qualidade deve resultar na rejeição da reintegração.
qualidade devem ser registradas separadamente Art. 36. Os medicamentos objetos de furto, roubo ou
daquelas relacionadas às atividades de distribuição, outras apropriações indevidas, ainda que tenham sido
armazenagem ou transporte. recuperados, devem ser rejeitados.
Parágrafo único. As reclamações relacionadas aos §1º Os medicamentos descritos no caput que tiverem a
desvios de qualidade devem ser repassadas ao cadeia de custódia interrompida por roubo, furto ou
fabricante ou ao detentor do registro para investigação, outra apropriação indevida e que não apresentarem dano
e os resultados desta devem ser aditados ao registro ou violação da caixa de embarque e dos dispositivos de
inicial. segurança presentes no momento do evento e que
Subseção III Do Recolhimento puderem ser concluídos como adequados do ponto de
Art. 28. O recolhimento deve atender às disposições vista da qualidade, segurança e eficácia por meio de
desta Resolução, sem prejuízo das disposições dadas na uma análise de risco executada sob a responsabilidade
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 55, de 17 de do distribuidor, podem ser reintegrados ao estoque
março de 2005 e suas atualizações. comercial. (Incluído pela Resolução – RDC nº 360, de
Art. 29. Cabe ao detentor do registro a coordenação do 27 de março de 2020)
recolhimento. Parágrafo único. A participação no §2º O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos
recolhimento pela distribuidora, armazenadora ou medicamentos termolábeis. (Incluído pela Resolução –
operador logístico estende-se proporcionalmente à RDC nº 360, de 27 de março de 2020)
contribuição de cada um no mapa de distribuição e à Subseção V Das Auto inspeções
causa raiz do recolhimento. Art. 30. Os mapas de Art. 37. Os processos com impacto na Qualidade devem
distribuição devem ser prontamente recuperáveis ser auto inspecionados conforme frequência
durante tempo condizente com a validade dos estabelecida e justificada pela empresa.
medicamentos distribuídos. Art. 38. As auto inspeções devem ser conduzidas por
§ 1º Os dados cadastrais relativos às empresas profissional(ais) não vinculado(s) hierarquicamente ao
constantes no mapa de distribuição devem estar processo ou ao departamento inspecionado.
atualizados e conter informações mínimas necessárias Parágrafo único. Os profissionais a que se refere o
ao contato postal, telefônico e por correio eletrônico. caput devem ser capacitados especificamente para a
atividade de auto inspeção.

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Art. 39. As auto inspeções devem ser compiladas em § 4º As áreas mencionadas devem proteger os produtos
relatórios com as seguintes informações mínimas: das intempéries e de animais.
I - identificação da equipe de inspetores; Art. 43. As áreas de armazenagem devem ser dotadas de
II - período; equipamentos e instrumentos necessários ao controle e
III - não conformidades identificadas; ao monitoramento da temperatura e umidade requeridas.
IV - ações corretivas e preventivas elencadas e seus § 1º O monitoramento deve ser realizado por
respectivos prazos de conclusão e implementação; instrumentos posicionados de acordo com o estudo de
V - ações de acompanhamento da adoção e qualificação térmica da área.
monitoramento da eficácia das ações corretivas e § 2º A leitura dos instrumentos, caso realizada de
preventivas; e maneira intermitente, deve corresponder aos períodos
VI - avaliação e concordância das chefias de cada de maior criticidade.
departamento afetado e da posição hierárquica máxima § 3º O monitoramento deve ser registrado, e os registros
da empresa. devem ser mantidos, por, pelo menos, dois anos após
Subseção VI Das Qualificações e Validações sua geração.
Art. 40. Equipamentos e sistemas informatizados devem § 4º Os instrumentos devem ser calibrados antes de seu
ser qualificados e validados antes do seu uso ou depois primeiro uso e em intervalos definidos e justificados
de qualquer mudança considerada significativa. pelo desempenho do instrumento e sensibilidade da
Parágrafo único. A análise de risco pode ser utilizada medida.
como ferramenta para dispensa da necessidade de Art. 44. As instalações devem ter dimensão compatível
qualificação e validação dos equipamentos que não com o volume das operações realizadas.
possuam contribuição significativa para com a Art. 45. As instalações devem apresentar superfícies
qualidade. lisas, sem rachaduras e sem desprendimento de pó, para
Art. 41. Deve existir um programa de manutenção facilitar a limpeza e evitar contaminantes.
preventiva para os equipamentos com impacto na Art. 46. As instalações devem ser limpas com o auxílio
qualidade. de equipamentos e agentes de limpeza aprovados para
Seção IV Das Instalações de armazenagem tal finalidade.
Art. 42. O exercício da atividade de armazenagem de Parágrafo único. As operações de limpeza a que se
medicamentos requer, no mínimo: refere o caput devem ser registradas.
I - área de recebimento e expedição de medicamentos Art. 47. As instalações devem ser dotadas de iluminação
separadas entre si; adequada para permitir que todas as operações sejam
II - área de armazenagem geral de medicamentos; realizadas com precisão e segurança.
III - área ou local de armazenagem de medicamentos Art. 48. As áreas destinadas à manutenção, quando
devolvidos; existentes, devem ser separadas das áreas de
IV - área ou local de armazenagem de medicamentos armazenagem.
reprovados, vencidos, recolhidos, suspeitos de Parágrafo único. Reparos, manutenções e calibrações
falsificação ou falsificados; efetuados não devem comprometer a qualidade dos
V - área ou local de armazenagem de medicamentos medicamentos.
sujeitos ao regime especial de controle, quando Seção V Da Armazenagem
aplicável; Art. 49. Os medicamentos avariados devem ser
VI - área ou local de armazenagem de medicamentos retirados dos estoques utilizáveis e armazenados
em quarentena, quando aplicável; separadamente como reprovados.
VII - área de armazenagem de medicamentos com Art. 50. As condições de armazenagem dos
radionuclídeos, quando aplicável; medicamentos devem seguir as especificações do
VIII - área de depósito de materiais de limpeza; detentor do registro.
IX - área de administração; e Art. 51. Os medicamentos não devem ser posicionados
X - área de cantinas ou refeitórios, quando existentes, e diretamente no chão ou encostados nas paredes, devem
de vestiários, sanitários e lavatórios, sem comunicação guardar distância mínima do telhado e não devem estar
direta com as áreas de armazenagem. em locais de incidência direta da luz solar.
§ 1º Deve ser adotada a alternância de horários, a Art. 52. Os paletes devem ser de material que permita a
delimitação da área comum, a codificação por cores ou limpeza e não constitua fonte de contaminação, tais
outros procedimentos para a diminuição do risco de como madeira tratada, alumínio ou materiais plásticos.
trocas quando não for possível a separação requerida no Art. 53. A armazenagem deve obedecer a um
inciso I. endereçamento lógico que evite trocas e forneça a
§ 2º Quaisquer áreas de armazenagem devem ter acesso localização inequívoca dos quantitativos armazenados.
restrito, no entanto, as áreas ou locais indicados pelos Art. 54. A armazenagem deve obedecer à configuração
incisos III, IV, V e VII devem ser separadas das demais de carga estabelecida para o medicamento. Parágrafo
e devem possuir controle de acesso diferenciado. único. O disposto também se aplica durante o
§ 3º A substituição da quarentena física descrita no transporte, armazenagem em transporte ou quando da
inciso VI por sistema informatizado qualificado é guarda por operadores logísticos.
possível.

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Art. 55. Devem ser realizados inventários periódicos do Seção VII Do Transporte e Armazenagem em
estoque. Trânsito
Parágrafo único. As discrepâncias no inventário devem Art. 63. São obrigações dos contratantes dos serviços
ser registradas e investigadas para assegurar que não de transporte de medicamentos:
tenham ocorrido misturas, faturamentos incorretos ou I - qualificar os transportadores;
furtos. II - prestar orientação e assistência técnica para os casos
Seção VI Do Recebimento e da Expedição de acidentes envolvendo os medicamentos sob
Art. 56. Cada operação de recebimento deve verificar e transporte, juntamente com o Responsável Técnico da
registrar: empresa contratada.
I - as condições de transporte e armazenagem Art. 64. São obrigações das empresas que realizam o
aplicáveis, incluindo requerimentos especiais de transporte de medicamentos:
temperatura, umidade ou exposição a luz; I - dispor do manifesto de carga transportada com a
II - os números de lote, data de validade, e quantidades previsão de desembarque a bordo do veículo
recebidas frente aos pedidos efetuados e notas fiscais transportador;
recebidas; e II - monitorar as condições de transporte relacionadas às
III - a integridade da carga. especificações de temperatura, acondicionamento,
Art. 57. As cargas que não cumpram com os armazenagem e umidade do medicamento utilizando
requerimentos do recebimento devem ser devolvidas no instrumentos calibrados;
ato do recebimento ou devem ser postas em quarentena III - aplicar os sistemas passivos ou ativos de controle
enquanto aguardam sua disposição pela garantia da de temperatura e umidade que sejam necessários à
qualidade. manutenção das condições requeridas pelo registro
Art. 58. O fracionamento de medicamentos a partir de sanitário ou outras especificações aplicáveis;
suas embalagens de transporte não deve violar a IV - fornecer ao contratante todos os dados relativos às
embalagem secundária. condições de conservação durante o transporte, bem
Parágrafo único. A operação de fracionamento deve ser como durante a armazenagem em trânsito;
realizada de acordo com ordens de separação V - prover acesso restrito aos medicamentos; e
específicas à quantidade a ser fracionada e deve dispor VI - receber e entregar medicamentos somente às
de registro específico com conferência ao final. empresas devidamente autorizadas e licenciadas para as
Art. 59. Os arquivos eletrônicos relacionados à atividades relacionadas.
expedição devem incluir, pelo menos, as seguintes § 1º O controle previsto no inciso III pode ser eliminado
informações: quando da utilização de condições de transporte
I - data da expedição ou recebimento; qualificadas para a rota.
II - razão social, endereço e CNPJ do transportador; § 2º A obrigatoriedade do monitoramento de
III - nome completo e documento de identificação do temperatura e umidade prevista no inciso II pode ser
motorista; isentada, quando o tempo máximo de transporte for
IV - razão social, endereço e CNPJ do destinatário; comprovado nos registros como inferior a 4 (quatro)
V - descrição dos medicamentos, incluindo nome e horas, este for realizado ao ponto final de dispensação
apresentação; do medicamento ao paciente e forem utilizadas
VI - quantidade, números de lote e data de validade; embalagens térmicas qualificadas.
VII - condições de transporte e armazenagem §2º A obrigatoriedade do monitoramento de
aplicáveis, incluindo a identificação do veículo temperatura e umidade prevista no inciso II pode ser
responsável pelo transporte e número de série do isentada, quando o tempo máximo de transporte for
instrumento utilizado para monitoramento das comprovado nos registros como inferior a 8 (oito)
condições ambientais, quando aplicável; horas, este for realizado ao ponto final de dispensação
VIII - número único para permitir a identificação da do medicamento e forem utilizadas embalagens
ordem de entrega; e térmicas que disponham de qualificação condizente com
IX - número da nota fiscal. o tempo e as condições do transporte. (Redação dada
Art. 60. As notas fiscais emitidas devem conter os pela Resolução – RDC nº 360, de 27 de março de 2020)
números de lote e dados da origem dos medicamentos Art. 65. Os sistemas de transporte utilizados devem
transacionados. dispor de mecanismos que forneçam evidências de
Art. 61. O ordenamento da carga nos veículos ou acessos não autorizados.
contêineres deve ser realizado de forma a evitar danos Parágrafo único. É vedada às empresas transportadoras
aos medicamentos. ou operador logístico, quando na atividade de
Parágrafo único. Os veículos e contêineres devem ser transportador, a violação da carga transportada.
carregados cuidadosamente e sistematicamente e, Art. 66. As diretrizes referentes às instalações de
quando aplicável, seguir a sequência primeiro que entra, armazenagem, à armazenagem e ao recebimento e
último que sai. expedição previstos nesta norma, se aplicam também a
Art. 62. Os cronogramas de entrega e as rotas devem ser armazenagem em trânsito.
estabelecidos de acordo com as necessidades e Art. 67. Os veículos, equipamentos e contêineres não
condições locais. devem expor os medicamentos a condições que possam

540
afetar sua estabilidade e a integridade de sua Art. 79. Os equipamentos envolvidos na armazenagem
embalagem ou gerar contaminações de qualquer de medicamentos termolábeis devem possuir, além da
natureza. fonte primária de energia elétrica, uma fonte alternativa
Art. 68. Os veículos e contêineres devem dispor de capaz de efetuar o suprimento imediato de energia, no
manutenção e limpeza adequadas. caso de falhas da fonte primária.
Art. 69. Os medicamentos recolhidos ou devolvidos, Art. 80. Devem ser elaborados planos de contingência
bem como aqueles suspeitos de falsificação, devem ser para proteger os medicamentos termolábeis em caso de
identificados de forma clara e segura e, quando falha de energia elétrica ou dos equipamentos de
possível, devem ser utilizados mecanismos que armazenamento.
permitam a segregação durante o transporte. Art. 81. Alternativas emergenciais de resfriamento, tais
Art. 70. O transporte compartilhado com outras como nitrogênio líquido ou gelo seco, podem ser
categorias de produtos somente é possível quando os aceitáveis, desde que as condições de conservação
riscos forem analisados, mitigados e concluídos como estabelecidas pelo detentor do registro sejam mantidas.
aceitáveis. Parágrafo único. Quando da adoção destas alternativas,
Art. 71. Em caso de sinistro, roubo ou furto de precauções para que não ocorram excursões de
medicamentos radiofármacos a CNEN deve ser temperatura para valores abaixo do mínimo
comunicada. especificado devem ser adotadas.
Seção VIII Da Terceirização Art. 82. Na impossibilidade de adoção de sistema de
Art. 72. A terceirização das atividades reguladas nesta barreira para os locais de armazenamento de
norma deve ser precedida pela aprovação do contrato medicamentos termolábeis, a movimentação de estoque
pelo sistema de gestão da qualidade. deve ser planejada antecipadamente para diminuir ao
§ 1º A aprovação referida no caput resulta da máximo as variações de temperatura.
qualificação do prestador do serviço contratado. § 2º A Art. 83. O transporte de medicamentos termolábeis deve
qualificação do fornecedor deve ser pautada pela ser feito em meio qualificável do ponto de vista térmico.
verificação de requisitos específicos e deve ser Art. 84. O monitoramento e o controle da temperatura
registrada. durante a armazenagem e o transporte devem ser
§ 3º A manutenção do status do prestador como realizados de maneira contínua.
qualificado deve ser periodicamente reavaliada por Art. 84. O monitoramento e o controle da temperatura
meio de indicadores estabelecidos para tal. durante a armazenagem e o transporte devem ser
Art. 73. O contrato entre o contratante e o contratado realizados. (Redação dada pela Resolução – RDC nº
deve estabelecer as responsabilidades de cada parte. 360, de 27 de março de 2020)
Parágrafo único. O contrato a que se refere o caput deve § 1º O monitoramento e controle de temperatura deve
prever que as subcontratações dependem de avaliação e ser realizado preferencialmente por meio de sistemas de
aprovação prévias pelo contratante original. supervisão informatizados.
Art. 74. O contratante deve fornecer ao contratado todas § 2º A posição dos instrumentos de medida de
as informações necessárias para a realização das temperatura deve estar subsidiada por estudos de
operações contratadas de forma correta, de acordo com qualificação térmica.
o registro do medicamento e quaisquer outras § 3º Os dispositivos utilizados no monitoramento de
exigências legais. transporte de cargas termolábeis devem permitir a
Art. 75. O contratado deve ser capaz de atender aos rastreabilidade ao medicamento, número de lote, data e
requisitos legais e regulamentares que lhe sejam horário de início e término do monitoramento.
aplicáveis. § 4º É recomendável que os instrumentos utilizados no
Art. 76. O contratado deve possuir instalações monitoramento e controle de temperatura disponham de
adequadas e pessoal qualificado, para desempenhar alarmes visuais e/ou sonoros capazes de sinalizar
satisfatoriamente o serviço solicitado pelo contratante. excursões fora das faixas de aceitação.
Seção IX Dos Medicamentos Termolábeis § 5º A obrigatoriedade do controle de temperatura pode
Art. 77. Deve-se minimizar a exposição à temperatura ser isentada nas situações em que estudos de
ambiente durante o recebimento e a expedição de qualificação térmica tenham sido conduzidos para a
medicamentos termolábeis, incluindo, se necessário, a configuração da carga em questão em condições de pior
adoção de áreas refrigeradas junto aos espaços de caso para o perfil térmico da rota utilizada.
recebimento e expedição. § 6º A obrigatoriedade do monitoramento de
Parágrafo único. O tempo total de exposição dos temperatura pode ser isentada nas situações do § 5º,
medicamentos termolábeis à temperatura ambiente, quando o tempo máximo de transporte for comprovado
durante as operações a que se refere o caput, deve ser nos registros como inferior a 4(quatro) horas e este for
registrado. realizado ao ponto final de dispensação do
Art. 78. A armazenagem de medicamentos termolábeis medicamento ao paciente.
deve ser feita de acordo com as recomendações do Art. 85. A disposição e a montagem das cargas para o
detentor do registro em meio que seja qualificável transporte devem ser orientadas pelo detentor do
termicamente. registro aos distribuidores, transportadores e operadores

541
logísticos e devem ser fundamentadas nos estudos de Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput
qualificação da cadeia de frio. deste artigo, o art. 7º que tem vigência imediata com a
Parágrafo único. A disposição das cargas deve evitar a publicação. (Redação dada pela Resolução – RDC nº
exposição direta dos medicamentos aos agentes 360, de 27 de março de 2020)
refrigerantes utilizados para a conservação da WILLIAM DIB Diretor-Presidente
temperatura.
Histórico da norma:
CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Alterada pela RDC Nº 360, DE 27/03/2020
Art. 86. O descumprimento das disposições contidas
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos (Publicada no DOU nº 62, de 31 de março de 2020)
da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
das responsabilidades civil, administrativa e penal Altera a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n°
cabíveis. 304, de 17 de setembro de 2019, que dispõe sobre as
Art. 87. Ficam revogadas: Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de
I - Portaria nº 802, de 8 de outubro de 1998, Transporte de Medicamentos.
publicada no Diário Oficial da União de 9 de
outubro de 1998; e *ver RDC 304/2019. Alterações já inseridas no corpo
II - Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 320, da norma.
de 22 de novembro de 2002, publicada no Diário
Oficial da União de 25 de novembro de 2002.
Art. 88. Fica estabelecido o prazo de 1(hum) ano após a
vigência da norma, para a aplicação do conjunto de
ações corretivas que serão necessárias à implementação
do requerido no inciso III do art. 64.
Art. 88. Fica estabelecido o prazo de 1(hum) ano após a
vigência da norma, para a aplicação do conjunto de
ações que serão necessárias à implementação do
requerido nos incisos II e III do art. 64. (Redação dada
pela Resolução – RDC nº 360, de 27 de março de 2020)
Parágrafo único. Durante o prazo estabelecido no caput
deste artigo, as empresas devem demonstrar, sempre
que requerido pela autoridade sanitária, o progresso de
suas ações corretivas para o alcance do requerido no
inciso III do art. 64.
§1º Durante o prazo disposto no caput as empresas
integrantes da cadeia de distribuição devem gerar
estudos de mapeamento de temperatura e umidade que
subsidiarão as medidas de controle ativo ou passivo que
serão aplicadas aos sistemas de transporte. (Incluído
pela Resolução – RDC nº 360, de 27 de março de 2020)
§2º Durante o prazo disposto no caput todos os dados
produzidos não geram, devido à transitoriedade dada,
obrigações adicionais às empresas no que se refere ao
controle das condições de temperatura e umidade e,
portanto, não são considerados, mesmo quando fora de
sua faixa de aceitação, infrações aos requerimentos
desta norma. (Incluído pela Resolução – RDC nº 360,
de 27 de março de 2020)
§3º A transitoriedade disposta no Caput deste artigo
também se aplica à armazenagem em trânsito, por ser
esta atividade intrínseca e indissociável do transporte.
(Incluído pela Resolução – RDC nº 360, de 27 de março
de 2020)
Art. 89. Esta Resolução entra em vigor cento e oitenta
dias após sua publicação. Parágrafo único. Excetua-se
do disposto no caput deste artigo, o art. 7º que tem
vigência imediata com a publicação.
Art. 89. Esta Resolução entra em vigor dezoito meses
após sua publicação.

542
publicado no Diário Oficial da União (DOU), mediante
RDC Nº 327, DE 9/12/2019 deferimento de solicitação da empresa que pretende
Dispõe sobre os procedimentos para a concessão da fabricar, importar e comercializar Produto de Cannabis
Autorização Sanitária para a fabricação e a para fins medicinais;
importação, bem como estabelece requisitos para a II – Autoridade Sanitária de país reconhecido pela
comercialização, prescrição, a dispensação, o
Anvisa: autoridades internacionais que sejam membros
monitoramento e a fiscalização de produtos de
Cannabis para fins medicinais, e dá outras do PIC/S - Esquema de Cooperação em Inspeção
providências. Farmacêutica;
III – Canabidiol (CBD): fitocanabinoide de nome
químico: 2-[(1R,6R)-3-metil-6- (1-metiletenil)-2-
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de ciclohexen-1-il]-5-pentil-1,3-Benzenodiol, número
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe CAS: 13956-29-1 e fórmula molecular: C21H30O2;
confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º, III e IV, da IV – Cuidados paliativos: a assistência ativa e integral a
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, pacientes cuja doença não mais responde ao tratamento
§§ 1º e 3º do Regimento interno aprovado pela curativo, visando em especial a garantia da melhor
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 255, de 10 qualidade de vida, tanto para o paciente como para seus
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte familiares;
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado V – Excipiente: substância adicionada ao produto como
em reunião realizada em 3 de dezembro de 2019, e eu, veículo ou com finalidade de prevenir alterações,
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. corrigir e/ou melhorar as características organolépticas e
tecnológicas;
VI – Folheto informativo: material impresso que
CAPÍTULO I acompanha os produtos de Cannabis, contendo
informações de composição e uso do produto, dentre
DISPOSIÇÕES INICIAIS outras, para instruir o usuário;
VII – Médico assistente: profissional médico que tem
Seção I Objetivos compromisso com o paciente, sua atuação visa
Art. 1° Esta Resolução define as condições e restabelecer a saúde, o bem estar ou prevenir a doença;
procedimentos para a concessão da Autorização VIII – Procedimento simplificado: rito de
Sanitária para a fabricação e a importação, bem como peticionamento que requer a submissão dos documentos
estabelece requisitos para a comercialização, prescrição, da qualidade e informações estabelecidas nesta
a dispensação, o monitoramento e a fiscalização de Regulamentação;
produtos de Cannabis para fins medicinais de uso IX – Produto de Cannabis: produto industrializado,
humano, e dá outras providências. objeto de Autorização Sanitária pela Anvisa, destinado
Seção II Da Abrangência à finalidade medicinal, contendo como ativos,
Art. 2° O procedimento estabelecido no disposto nesta exclusivamente, derivados vegetais ou fitofármacos da
Resolução se aplica à fabricação, importação, Cannabis sativa; e
comercialização, monitoramento, fiscalização X – Tetrahidrocanabinol (THC): fitocanabinoide de
prescrição e dispensação de produtos industrializados nome químico: (6AR,10aR)- 6,6,9-trimetil-3- pentil-
contendo como ativos derivados vegetais ou 6a,7,8,10a-tetrahidro-6H-benzo[c]chromen-1-ol, CAS:
fitofármacos da Cannabis sativa, aqui denominados 1972-08- 3 e fórmula molecular: C21H30O20.
como produtos de Cannabis. CAPÍTULO II
Seção III Definições DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 3° Para efeito desta Resolução, além das definições Art. 4° Os produtos de Cannabis contendo como ativos
já dispostas na legislação sanitária para fitoterápicos e exclusivamente derivados vegetais ou fitofármacos da
fitofármacos, especificamente na Resolução da Cannabis sativa, devem possuir predominantemente,
Diretoria Colegiada - RDC nº 26, de 13 de maio de canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de
2014, e na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° tetrahidrocanabinol (THC).
24, de 14 de junho de 2011 e suas atualizações, são Parágrafo único. Os produtos de Cannabis poderão
adotadas as seguintes definições: conter teor de THC acima de 0,2%, desde que sejam
I – Autorização Sanitária (AS): ato autorizador para o destinados a cuidados paliativos exclusivamente para
exercício das atividades definidas nesta Resolução, pacientes sem outras alternativas terapêuticas e em
emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e situações clínicas irreversíveis ou terminais.

543
Art. 5° Os produtos de Cannabis podem ser prescritos rasurada, triturada ou pulverizada, ainda que
quando estiverem esgotadas outras opções terapêuticas disponibilizada em qualquer forma farmacêutica.
disponíveis no mercado brasileiro. Art. 11. Os produtos de Cannabis importados devem
Art. 6° O registro de medicamentos à base de Cannabis estar devidamente regularizados pelas autoridades
spp. e seus derivados e fitofármacos deve seguir a competentes em seus países de origem.
legislação específica vigente. Art.12. É proibida qualquer publicidade dos produtos de
Art. 7° A Anvisa concederá Autorização Sanitária para Cannabis.
a fabricação e a importação de produtos de Cannabis. Art.13. A prescrição dos produtos de Cannabis é restrita
Art. 8° A Autorização Sanitária dos produtos de aos profissionais médicos legalmente habilitados pelo
Cannabis terá prazo improrrogável de 5 (cinco) anos, Conselho Federal de Medicina.
contados após a data da publicação da autorização no Art.14. Não é permitida “Amostra Grátis" para os
Diário Oficial da União - DOU. produtos de Cannabis.
§ 1° A empresa responsável pelo produto para o qual foi Art. 15. É vedada a manipulação de fórmulas magistrais
concedida a Autorização Sanitária poderá, dentro do contendo derivados ou fitofármacos à base de Cannabis
prazo de vigência da autorização, pleitear a spp.
regularização do produto pelas vias de registro de CAPÍTULO III
medicamento, seguindo a legislação específica vigente. DA AUTORIZAÇÃO SANITÁRIA
§ 2° Até o vencimento da Autorização Sanitária, a Seção I Dos requisitos gerais
empresa que pretenda fabricar, importar e comercializar Art. 16. O procedimento de concessão da Autorização
no Brasil produto de Cannabis deve solicitar a Sanitária dos produtos de Cannabis terá rito
regularização pela via de registro de medicamentos. simplificado, a partir de requerimento específico
Art. 9° Os produtos de Cannabis não podem ostentar peticionado pela empresa interessada, previamente à
nomes comerciais, devendo ser designados pelo nome fabricação, importação ou comercialização do produto,
do derivado vegetal ou fitofármaco acompanhado do com a juntada dos documentos exigidos nesta
nome da empresa responsável. Resolução.
Parágrafo único. Quando a empresa pretender solicitar § 1° Será concedido número da Autorização Sanitária
Autorização Sanitária para mais de um produto de para cada apresentação comercial dos produtos de
Cannabis com composição qualitativa semelhante, Cannabis, por meio de publicação no Diário Oficial da
variando apenas as concentrações de THC e CBD, a União -DOU desde que preenchidos todos os requisitos
concentração desses canabinoides deve fazer parte do solicitados nesta Resolução.
nome do produto. § 2°A comercialização do produto de Cannabis somente
Art. 10. Os produtos de Cannabis serão autorizados para está autorizada após a publicação da concessão da
utilização apenas por via oral ou nasal. Autorização Sanitária.
§ 1° Os produtos de Cannabis devem possuir qualidade § 3° Findo o prazo de validade da concessão de
farmacêutica para uso humano. Autorização Sanitária, o produto não poderá ser
§ 2° Não podem ser adicionados aos produtos de fabricado e importado para fins de comercialização no
Cannabis substâncias isoladas de origem sintética ou Brasil.
semissintética, excetuando-se aquelas com função de § 4° Os produtos de Cannabis comercializados devem,
excipiente. obrigatoriamente, corresponder ao que foi submetido no
§ 3° Os produtos de Cannabis não podem conter processo de autorização protocolado na Anvisa.
substâncias que sejam potencialmente tóxicas nas § 5° A empresa solicitante da Autorização Sanitária é a
dosagens utilizadas. responsável pela qualidade e segurança dos Produtos de
§ 4° Os produtos de Cannabis não podem ser de Cannabis.
liberação modificada, nanotecnológicos e peguilhados. § 6° A documentação técnica da qualidade que sustenta
§ 5° Não são considerados produtos de Cannabis para o pedido de autorização deve ser mantida por um ano
fins medicinais os cosméticos, produtos fumígenos, após expirada a validade do lote a que se refere ou por
produtos para a saúde ou alimentos à base de Cannabis pelo menos, cinco anos, após a liberação à venda, o que
spp. e seus derivados. for mais longo.
§ 6° Não é permitido que os produtos de Cannabis § 7° Caso a documentação solicitada nesta norma não
sejam comercializados sob a forma de droga vegetal da seja apresentada de forma adequada, a Anvisa poderá
planta Cannabis spp. ou suas partes, mesmo após fazer exigências, inclusive após a concessão da
processo de estabilização e secagem, ou na sua forma Autorização Sanitária, ao responsável pelo produto de

544
Cannabis, nos termos já estabelecidos para o Art. 20. Os documentos descritos no art. 19 serão objeto
procedimento de petições submetidas da Anvisa. de controle sanitário pela Anvisa, inclusive, em
Art. 17. O processo administrativo para fins da inspeções sanitárias.
Autorização Sanitária dos produtos da Cannabis seguirá Seção II Das Medidas Antecedentes à Submissão da
procedimento de submissão e publicação da área Autorização Sanitária
responsável pelo registro de medicamento da Anvisa. Art. 21. A empresa responsável pela submissão da
§ 1° Para fins da concessão da Autorização Sanitária Autorização Sanitária do produto de Cannabis deve
não é necessária a avaliação prévia da documentação possuir:
submetida pela empresa. I – autorização de Funcionamento de Empresa (AFE)
§ 2° As autorizações Sanitárias concedidas nos termos emitida pela Anvisa com atividade de fabricar ou
desta Resolução poderão ser avaliadas pela Anvisa a importar medicamento; II – autorização Especial (AE);
qualquer tempo ou verificadas in loco, podendo resultar III – certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF)
em alteração da decisão, solicitação de provas de Medicamentos para a empresa fabricante do produto;
adicionais, recolhimento de lotes, suspensão de IV – boas Práticas de Distribuição e Armazenamento de
fabricação e/ou comercialização e o cancelamento da medicamento; V – racional técnico e científico que
Autorização Sanitária do produto de Cannabis, sem justifique a formulação do Produto de Cannabis e a via
prejuízo às demais medidas legais cabíveis. de administração;
§ 3° As medidas administrativas citadas no parágrafo VI – documentação técnica da qualidade do produto;
anterior serão aplicadas de forma unilateral pela Anvisa. VII – condições operacionais para realizar as análises
Art. 18. Para fins da fabricação e comercialização de do controle de qualidade em território brasileiro;
produto de Cannabis, em território nacional, a empresa VIII – capacidade para receber e tratar as notificações
deve importar o insumo farmacêutico nas formas de de efeitos adversos e queixas técnicas sobre o produto; e
derivado vegetal, fitofármaco, a granel, ou produto IX – conhecimento da concentração dos principais
industrializado. Parágrafo único. Não é permitida a canabinoides presentes na formulação, dentre eles,
importação da planta ou partes da planta de Cannabis minimamente, CBD e THC e, ser capaz de justificar o
spp. desenvolvimento do produto de Cannabis, seja ele
Art. 19. A empresa responsável pela solicitação da fitoterápico ou fitofármaco.
Autorização Sanitária do produto de Cannabis deve Parágrafo único. Para o racional técnico e científico, a
possuir as seguintes informações documentadas: empresa deve considerar a formulação, a dose, a
I – informações apresentadas na solicitação da duração do uso e a população alvo.
Autorização Sanitária no produto, bem como o Art. 22. Apenas as empresas fabricantes que possuam
conteúdo de toda a documentação técnica da qualidade, Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) de
produzida durante o processo de fabricação ou medicamentos emitido pela Anvisa ou as empresas
importação desses produtos; importadoras que cumprem com as Boas Práticas de
II – lista de lotes fabricados ou importados durante o Distribuição e Armazenamento de medicamentos,
ano, destinados exclusivamente à comercialização no podem solicitar a Autorização Sanitária e fabricar os
mercado brasileiro, incluindo data de fabricação, produtos de Cannabis.
número e tamanho do lote (massa/volume e unidades); § 1° No período de 3 (três) anos a contar da data de
III – racional técnico de todas as mudanças efetuadas publicação desta Resolução, será aceito documento
no produto após Autorização Sanitária de equivalente, emitido por autoridade sanitária de país
implementação imediata, com ou sem protocolo na reconhecido pela Anvisa, com relação às medidas e
Anvisa; controles aplicados para a comprovação de BPF de
IV – última versão do(s) documento(s) contendo testes, medicamentos.
limites de especificação e métodos analíticos de § 2° Durante o período de 3 (três) anos a contar da data
controle de qualidade do produto, conforme aprovado de publicação desta Resolução, a empresa deverá
pela empresa; protocolar pedido de CBPF para Medicamentos na
V – relatórios de estudos de estabilidade; Anvisa, conforme estabelecido em legislação específica
VI – racional técnico e científico que justifique a vigente.
formulação do produto de Cannabis e a via de § 3° A ausência do protocolo do pedido de CBPF para
administração; e Medicamentos no prazo estabelecido resultará no
VII – Relatório Periódico de Avaliação Benefício-Risco cancelamento da Autorização Sanitária.
para o produto de Cannabis. Seção III Das Medidas para Submissão da Autorização
Sanitária

545
Art. 23. O pedido de Autorização Sanitária dos produtos 37, de 6 de julho de 2009, que trata da admissibilidade
de Cannabis deverá ser individualizado por forma das Farmacopeias estrangeiras, para a matéria-prima ou
farmacêutica. produto acabado, essa monografia passa a ser de
Art. 24. Todas as petições de solicitação de Autorização cumprimento obrigatório.
Sanitária dos produtos de Cannabis devem ser instruídas Art. 30. O controle de qualidade do produto acabado
com os seguintes documentos: deve ser realizado em território nacional para todos os
I – formulário de petição dos produtos de Cannabis, lotes importados.
disponível no portal da Anvisa; § 1° É permitida a terceirização total ou parcial, em
II – formulário para o pedido de Autorização Sanitária território nacional, do controle de qualidade do produto
de produtos de Cannabis devidamente preenchido, acabado e dos estudos de estabilidade com laboratório
conforme modelo disponível no Anexo I; credenciado pela Rede Brasileira de Laboratórios
III – justificativa contendo o resumo do racional Analíticos em Saúde (REBLAS) ou com empresas
técnico-científico sobre a formulação do produto de fabricantes que tenham CBPF para fabricar
Cannabis e a via de administração; medicamentos.
IV – justificativa contendo o resumo do racional de § 2° Os testes de controle das matérias-primas podem
desenvolvimento do produto de Cannabis fitoterápico ser terceirizados conforme preceitos estabelecidos na
ou fitofármaco e as concentrações dos principais Resolução da Diretoria Colegiada - RDC no 234, de 20
canabinoides, dentre eles, minimamente, o CBD e THC; de junho de 2018.
V – layout de embalagem e rotulagem; Art. 31. Caso o produto de Cannabis, ou as matérias-
VI – layout de folheto informativo; primas que lhe originam, sejam fabricadas em mais de
VII – declaração de conformidade, conforme Anexo II; um local, deve ser apresentada documentação referente
VIII – relatório de controle de qualidade das matérias a cada local de fabricação.
primas e produto acabado; IX – última versão do(s) Seção V Da Rotulagem, Embalagem e Folheto
documento(s) contendo os limites de especificação e Informativo dos Produtos de Cannabis
métodos analíticos de controle de qualidade do produto; Art. 32. Não podem constar na rotulagem, embalagem e
X – relatório dos estudos de estabilidade; folheto informativo dos produtos de Cannabis:
XI – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido I – designações, nomes geográficos, símbolos, figuras,
(TCLE) a ser assinado pelo paciente, conforme Anexo desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem
III, o qual deve estar preenchido com os dados interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem,
específicos do produto de Cannabis que se pretende procedência, natureza, composição ou qualidade, que
autorizar; e atribuam aos produtos finalidades ou características
XII – plano de monitoramento do uso do produto de diferentes daquelas que realmente possuam;
Cannabis. II – os termos medicamento, remédio, fitoterápico,
Art. 25. Para a solicitação da Autorização Sanitária suplemento, natural, ou qualquer outro que tenha
bem como suas modificações, a empresa solicitante semelhança com estes;
deverá efetuar o peticionamento e o protocolo dos III – qualquer indicação quanto à destinação de uso,
documentos necessários, exclusivamente, pela via especialmente incluindo alegações terapêuticas ou
eletrônica. medicinais de forma direta ou indireta;
Seção IV Do controle de qualidade dos produtos de IV – imagens de pessoas fazendo uso do produto de
Cannabis Cannabis;
Art. 26. O controle de qualidade dos produtos de V – selos, marcas nominativas, figurativas ou mistas de
Cannabis contendo fitofármaco como ativo deve ser instituições governamentais, entidades filantrópicas,
realizado conforme o disposto nas normas de fundações, associações e sociedades médicas,
medicamentos Específicos. organizações não-governamentais, associações que
Art. 27. O controle de qualidade dos produtos de representem os interesses dos consumidores ou dos
Cannabis contendo derivados vegetais como ativo deve profissionais de saúde e selos de certificação de
ser realizado conforme o disposto nas normas para qualidade, exceto se exigidos em normas específicas;
medicamentos Fitoterápicos. VI – imagens ou figuras que remetam à indicação do
Art. 28. Todos os excipientes utilizados no produto de sabor do produto;
Cannabis devem ser aprovados para uso farmacêutico. VII – expressões ou imagens que possam sugerir que a
Art. 29. Quando existir monografia na Farmacopeia saúde de uma pessoa poderá ser afetada por não usar o
Brasileira ou em outra farmacopeia oficial, conforme produto;
disposto na Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº

546
VIII – rótulos com layout semelhante ao de um XVII – a data de fabricação, número de lote e o prazo
medicamento registrado pela Anvisa ou por outra de validade;
autoridade sanitária internacional; e XVIII – os cuidados de conservação, indicando a faixa
IX – cores que possam causar confusão ou erro na de temperatura e condições de armazenamento,
identificação da faixa preta. conforme estudo de estabilidade;
Art. 33. Podem constar na rotulagem, embalagem e XIX – a quantidade total de peso líquido, volume e
folheto informativo dos produtos de Cannabis: unidades, conforme o caso; e
I – figuras anatômicas, a fim de orientar o profissional XX – a expressão "Indústria Brasileira", quando
de saúde ou o paciente sobre a correta utilização do aplicável.
produto; e § 1° As informações descritas no caput devem estar
II – o sabor do produto. escritas em formato de fácil leitura e devem ser de fácil
Art. 34. As embalagens e rotulagens de produtos de compreensão.
Cannabis devem possuir características que inibam § 2° Quando todas as informações dispostas no caput
erros de dispensação e de administração, trocas ou uso não couberem na embalagem interna do produto, devem
equivocado. ser disponibilizadas, minimamente, o disposto nos
Art. 35. As embalagens, rotulagens e folhetos incisos I a VI, IX, XI, XIII, XV a XVII e XIX.
informativos devem ser escritos em Língua Portuguesa. § 3° Quando o espaço na embalagem interna for
Art. 36. Devem ser disponibilizadas na embalagem dos insuficiente, as demais informações dispostas no caput
produtos de Cannabis, as seguintes informações: devem ser disponibilizadas na embalagem externa.
I – o nome do produto; § 4° No folheto informativo do produto de Cannabis
II – a informação se o produto é constituído pelo deve constar em negrito, minimamente, as seguintes
derivado vegetal ou fitofármacos derivados de advertências:
Cannabis; I – “Venda sob Prescrição Médica”;
III – a composição qualitativa e quantitativa dos II – “Só Pode ser Vendido com Retenção de Receita”;
marcadores ou fitofármacos estabelecidos para o III – “Uso desse produto pode causar dependência física
produto; ou psíquica”;
IV – a frase: “Produto à base de Cannabis”; IV – “Este produto não deve ser utilizado em crianças
V – a frase, em negrito: “Este produto não possui menores de 2 (dois) anos de idade";
eficácia e segurança avaliada pela Anvisa”; V – “Este produto não substitui o uso de medicamentos
VI – a frase: “Este produto deve ser usado somente registrados”;
conforme orientação médica”; VI – “Este produto não possui os estudos clínicos
VII – as características físicas e organolépticas do completos que comprovam a sua eficácia e segurança”;
produto, inclusive após a reconstituição e/ou diluição; VII – “Há incertezas quanto à segurança à longo prazo
VIII – o modo de uso; do uso dos produtos de Cannabis como terapia médica”;
IX – a via de administração; VIII – “O uso do produto de Cannabis é admitido
X – as advertências quanto ao uso do produto, as quais quando há uma condição clínica definida em que outras
devem incluir os efeitos adversos, potenciais interações opções de tratamentos estiverem esgotadas e que dados
alimentares, medicamentosas ou com exames científicos sugerem que a Cannabis pode ser eficaz”;
laboratoriais, quando conhecidas; IX – “Durante o uso do produto, o paciente não deve
XI – a frase, em negrito: “Mantenha fora do alcance de dirigir veículos ou operar máquinas ou realizar
crianças”; atividades que impliquem em riscos para si e para
XII – a frase: “Não exceda o uso indicado pelo terceiros, pois sua habilidade e atenção podem estar
prescritor”; prejudicadas”;
XIII – o nome e endereço da empresa titular da X – “Atenção : Risco para Mulheres Grávidas e
Autorização Sanitária no Brasil; Lactantes”; e
XIV – o nome do profissional responsável técnico, XI – “Este produto é de uso individual, é proibido
número de inscrição e sigla do conselho de classe do passar para outra pessoa”.
profissional; § 5° No folheto informativo do Produto de Cannabis
XV – o telefone do serviço de atendimento ao deve constar informações sobre:
consumidor da empresa titular da Autorização Sanitária; I – os cuidados na utilização; e
XVI – o número da Autorização Sanitária conforme II – o descarte seguro, conforme os procedimentos
publicado em Diário Oficial da União; definidos em acordo setorial ou termo de compromisso
destinado à implantação de sistemas de logística

547
reversa, previsto na Lei nº 12.305, de 2 de agosto de § 4° Quando o produto for disponibilizado
2010. exclusivamente em embalagem primária e for passível
Art. 37. Os rótulos das embalagens de produtos de de abertura, ela deverá conter lacre ou selo de
Cannabis devem ter uma faixa horizontal de cor preta segurança, conforme características do caput deste
abrangendo todos os seus lados, na altura do terço artigo.
médio e com largura não inferior a um terço da largura Art. 41. As embalagens dos produtos de Cannabis
do maior lado da face maior. devem conter mecanismos de identificação e segurança
§ 1° No interior da faixa preta dos produtos de Cannabis que possibilitem o rastreamento do produto desde a
contendo até 0,2% de THC devem ser incluídas apenas fabricação ou importação até o momento da
as frases, em caixa alta, "VENDA SOB PRESCRIÇÃO dispensação, conforme dispostos em normas
MÉDICA" e “SÓ PODE SER VENDIDO COM específicas.
RETENÇÃO DE RECEITA”. Art. 42. A embalagem secundária ou, na sua ausência, a
§ 2° No interior da faixa preta dos produtos de Cannabis embalagem primária, deve possuir o código de barras
contendo acima de 0,2% de THC devem ser incluídas GTIN de identificação e segurança que possibilite o
apenas as frases, em caixa alta, "VENDA SOB rastreamento do produto desde a fabricação ou
PRESCRIÇÃO MÉDICA" e o “ATENÇÃO: USO importação até o momento da dispensação.
DESSE PRODUTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA Parágrafo único. É permitido colocar o Código de
FÍSICA OU PSÍQUICA”. Barras GTIN na face lateral da embalagem, sobre a
Art. 38. Na faixa preta deve ser utilizada a mesma faixa de restrição de prescrição, estruturando uma
referência de cor preta usada para medicamentos. abertura na mesma.
Seção VI Das informações e dispositivos para Art. 43. É facultativo incluir nas embalagens
rastreabilidade do produto de Cannabis secundárias do produto ou, na sua ausência, nas
Art. 39. O número do lote, data de fabricação (mês/ano) embalagens primárias, a tinta reativa e sob a mesma a
e data de validade (mês/ano), devem ser impressos nas palavra "Qualidade" e a logomarca da empresa titular da
embalagens do produto de forma facilmente autorização sanitária, caso elas contenham mecanismos
compreensível, legível e indelével, utilizando letras com de identificação e segurança que possibilitem o
a maior dimensão possível para a sua fácil leitura e rastreamento do produto desde a fabricação ou
identificação. importação até o momento da dispensação.
§ 1° A legibilidade dessas informações deve ser § 1° A tinta reativa deve ser disposta em uma das
garantida sem a utilização de instrumentos ópticos, laterais, na altura da faixa preta, sendo para isto
exceto para aquelas pessoas que necessitem de correção permitido abrir uma janela nas referidas faixas que
visual. permita a fixação da tinta.
§ 2° Nas embalagens secundárias é proibido usar § 2° Qualquer outro local da face externa da embalagem
exclusivamente de relevo negativo ou positivo, sem cor pode ser utilizado desde que não afete as demais
ou com cor que não mantenha nítido e permanente o exigências legais e seja colocada uma indicação ao
contraste com a cor do suporte para a impressão das consumidor do local onde se deve raspar.
informações exigidas no caput deste artigo. Seção VII Das informações para as caixas de
Art. 40. As embalagens secundárias devem conter lacre transporte
ou selo de segurança que seja irrecuperável após seu Art. 44. Os rótulos das caixas de transporte de produtos
rompimento e permita detectar qualquer tentativa de de Cannabis devem conter, impressas ou etiquetadas, as
rompimento, para garantir sua inviolabilidade. seguintes informações:
§ 1° Quando utilizada a colagem de abas, a empresa I – o nome do titular da Autorização Sanitária ou sua
deve garantir os requisitos descritos no caput deste logomarca, desde que ela contenha o nome da empresa;
artigo para ser considerada um lacre de segurança. II – os cuidados de conservação, indicando a faixa de
§ 2° Quando utilizado selos de segurança, além das temperatura e condições de armazenamento, conforme
características descritas no caput deste artigo, eles não estudo de estabilidade do medicamento.
podem permitir a recolagem e devem conter a CAPÍTULO IV DAS ALTERAÇÕES NA
identificação personalizada do laboratório. AUTORIZAÇÃO SANITÁRIA
§ 3° No caso de embalagens que permitam o acesso às Art. 45. As mudanças no produto de Cannabis após a
embalagens primárias por mais de uma extremidade, concessão da autorização sanitária são de
ambas devem atender aos requisitos contidos no caput responsabilidade da empresa detentora da autorização.
deste artigo.

548
§ 1° A empresa deve garantir a qualidade, a estabilidade § 1° Os requisitos para a prescrição do produto de
e a segurança do produto da Cannabis após a realização Cannabis não devem incluir razões de custo,
da mudança pós Autorização sanitária. conveniência ou necessidades operacionais.
§ 2° A empresa detentora da Autorização Sanitária § 2° Os produtos de Cannabis podem ser prescritos
deverá protocolar novo formulário de petição, conforme quando o médico prescritor for o médico assistente
disponível no Anexo I, atualizando apenas a informação diretamente responsável pelo paciente.
que foi modificada, dentre as permitidas nessa norma, § 3° O médico prescritor deve apoiar-se em dados
anexando justificativa, descrevendo a modificação e os técnicos capazes de sugerir que essa alternativa pode ser
documentos que sofreram atualização. eficaz e segura.
§ 3° Para o caso de mudança de método, deve ser Art. 49. A indicação e forma de uso dos produtos de
enviado relatório completo contendo o método Cannabis são de responsabilidade do médico assistente.
modificado e a informação sobre a referência Art. 50. Os pacientes devem ser informados sobre o uso
farmacopeica ou relatório de validação analítica. de produto da Cannabis, devendo ser fornecidas,
Art. 46. As alterações no produto de Cannabis pós minimamente, as seguintes informações:
Autorização Sanitária de implementação imediata, após I – os riscos à saúde envolvidos;
prévio protocolo na Anvisa, são as estabelecidas a II – condição regulatória do produto quanto à
seguir: comprovação de segurança e eficácia, informando que o
I – alteração de layout da rotulagem e embalagem; produto de Cannabis não é medicamento;
II – alteração do local de fabricação do derivado vegetal III – os possíveis efeitos adversos, tomando como
ou fitofármaco; exemplo, mas não restrito à: sedação e
III – alteração de local de uma ou mais etapas de comprometimento cognitivo, que podem impactar no
fabricação do produto acabado; trabalho, dirigir, operar máquinas ou outras atividades
IV – as relacionadas aos testes, limites de que impliquem riscos para si ou terceiros; e
especificações e métodos analíticos do controle de IV – os cuidados na utilização.
qualidade do produto acabado; § 1° O paciente ou, na sua impossibilidade, o seu
V – prazo de validade e cuidados de conservação; representante legal, deve assinar Termo de
VI – excipientes; e Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), o qual deve
VII – suspensão de fabricação. Parágrafo único. As estar complementado com os dados específicos do
alterações no produto de Cannabis pós Autorização produto de Cannabis.
sanitárias, protocoladas na Anvisa e previstas nos § 2° Deve ser utilizado o TCLE, conforme modelo
incisos de I a VI, não necessitam de publicação no estabelecido Anexo III desta Resolução ou outro
Diário Oficial da União. estabelecido pelos respectivos Conselhos de Classe.
Art. 47. As alterações no produto de Cannabis pós § 3° O TCLE deve ser assinado em duas vias, sendo
Autorização Sanitária que devem aguardar autorização uma retida pelo paciente ou seu representante legal e
da Anvisa e requerem prévio protocolo são as definidas outra arquivada pelo médico assistente.
a seguir: Art. 51. A prescrição do produto de Cannabis com THC
I – inclusão de nova apresentação comercial; até 0,2% deve ser acompanhada da Notificação de
II – inclusão de novo acondicionamento da embalagem Receita “B”, nos termos da Portaria SVS/MS nº 344, de
primária; 12 de maio de 1998 e suas atualizações.
III – inclusão de concentração; Art. 52. A prescrição do produto de Cannabis com THC
IV – cancelamento da Autorização Sanitária da acima de 0,2% deve ser acompanhada da Notificação de
apresentação; e Receita “A”, nos termos da Portaria SVS/MS nº 344, de
V – cancelamento da Autorização Sanitária do produto. 1998 e suas atualizações.
Parágrafo único. Todas as modificações pós Seção II Da Dispensação dos Produtos de Cannabis
Autorização Sanitárias previstas no caput deste artigo Art. 53. Os produtos de Cannabis devem ser
necessitam de publicação no DOU. dispensados exclusivamente por farmácias sem
CAPÍTULO V manipulação ou drogarias, mediante apresentação de
DOS CONTROLES prescrição por profissional médico, legalmente
Seção I Da Prescrição dos Produtos de Cannabis habilitado.
Art. 48. Os produtos de Cannabis podem ser prescritos §1° A dispensação dos produtos de Cannabis deve ser
em condições clínicas de ausência de alternativas feita, exclusivamente, por profissional farmacêutico.
terapêuticas, em conformidade com os princípios da §2° A dispensação dos produtos de Cannabis deve ser
ética médica. realizada mediante a apresentação de Notificação de

549
Receita específica, emitida exclusivamente por Art. 61. A empresa detentora da Autorização Sanitária
profissional médico, seguindo as demais determinações deve possuir banco de dados para o registro sistemático,
da Portaria SVS/MS nº 344, de 1998 e suas atualizado e rotineiro das atividades e informações
atualizações. relacionadas às notificações de eventos adversos e de
Art. 54. A escrituração da movimentação dos produtos desvios de qualidade recebidas.
de Cannabis em farmácias sem manipulação ou § 1° A empresa detentora da Autorização Sanitária
drogarias deverá ser realizada por meio do Sistema deverá elaborar, anualmente, Relatório Periódico de
Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados Avaliação Benefício-Risco para o produto de Cannabis.
(SNGPC), nos termos da Resolução da Diretoria § 2° O Relatório Periódico de Avaliação Benefício-
Colegiada - RDC nº 22, de 29 de abril de 2014, e suas Risco poderá ser solicitado pela Anvisa, a qualquer
atualizações. momento, a fim de avaliar os benefícios dos produtos de
Seção III Da Importação de Produtos de Cannabis Cannabis em relação aos riscos.
Art. 55. A importação e a exportação de produtos de Art. 62. Devem ser comunicadas à Anvisa quaisquer
Cannabis devem seguir o disposto na Resolução da informações relevantes relacionadas à segurança de
Diretoria Colegiada - RDC n° 11, de 6 de março de produtos de Cannabis. Parágrafo único. As situações de
2013, na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº urgência relacionadas à utilização desses produtos que
99, de 24 de dezembro de 2008, na Resolução da afetem a segurança do usuário devem ser informadas à
Diretoria Colegiada - RDC n˚ 81, de 5 de novembro de Anvisa em até 72 (setenta e duas) horas.
2008, na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº Art. 63. As empresas detentoras da Autorização
201, de 18 de julho de 2002, e na Resolução da Sanitária, fabricante ou importadora podem receber, a
Diretoria Colegiada - RDC nº 62, de 11 de fevereiro de qualquer tempo, inspeções focadas no monitoramento
2016, e suas atualizações pós mercado desses produtos, conduzidas pelo Sistema
Art. 56. Os procedimentos de importação dos produtos Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), anunciadas
de Cannabis devem seguir o estabelecido na Resolução ou não, sempre que houver necessidade de avaliação do
da Diretoria Colegiada - RDC nº 81, de 5 de novembro cumprimento da legislação vigente.
de 2008 e suas atualizações, em especial o Parágrafo único. As empresas detentoras da
procedimento I para “Bens e Produtos Sujeitos ao Autorização Sanitária, fabricação ou importação devem
Controle Especial de que trata a Portaria SVS/MS n.º apresentar prontamente toda a documentação solicitada
344, de 1998 e suas atualizações, em suas listas “A1”, pelos agentes do SNVS, bem como disponibilizar seu
“A2”, “A3”, “B1”, “B2” E “D1”. pessoal para entrevistas e permitir o acesso ao seu
Seção IV Do Monitoramento dos Produtos de banco de dados, para fins de verificação do
Cannabis cumprimento das exigências legais.
Art. 57. Aplicam-se aos produtos de Cannabis todas as Seção V Do Monitoramento Analítico dos Produtos
normativas relacionadas às ações de monitoramento de Cannabis
aplicáveis a medicamentos. Art. 64. A Gerência de Laboratórios de Saúde Pública
Art. 58. Os profissionais legalmente habilitados à da Anvisa – GELAS, deve estabelecer e coordenar um
prescrição, demais profissionais de saúde e as empresas programa especial de monitoramento dos produtos de
responsáveis pela autorização deverão notificar os Cannabis.
eventos adversos referentes à utilização de produtos de Art. 65. Os ensaios analíticos em programas de
Cannabis, nos termos da Resolução da Diretoria monitoramento devem ser realizados nas modalidades
Colegiada - RDC nº 36, de 25 de julho de 2013, ou suas de análises de orientação ou fiscais por laboratórios
atualizações. oficiais ou credenciados.
Art. 59. A empresa detentora da Autorização Sanitária Art. 66. Os resultados dos ensaios analíticos obtidos em
deve executar as ações de pós-comercialização dos programas de monitoramento de mercado e em
produtos de Cannabis, que permitam a adoção, quando atividades de monitoramento e fiscalização de rotina
necessário, de medidas relativas aos produtos sob sua devem ser tornados públicos pela autoridade sanitária
responsabilidade. responsável.
Art. 60. A empresa detentora da Autorização Sanitária e Parágrafo único. Os resultados analíticos insatisfatórios
o fabricante devem apresentar toda e qualquer devem ser divulgados depois de concluído o processo
informação solicitada, para fins de vigilância de pós de investigação da suspeita de ilícito, sem prejuízo às
comercialização dos produtos de Cannabis, dentro do demais medidas preventivas e cautelares previstas em
prazo estabelecido pela autoridade sanitária. lei.

550
Art. 67. Os laboratórios analíticos das importadoras, § 2° As empresas devem seguir as suas estratégias de
fabricantes ou empresas responsáveis por garantir e pesquisas para comprovação de eficácia e segurança das
zelar pela manutenção da qualidade dos produtos de suas formulações.
Cannabis até o consumidor final, que realizam ensaios Art. 75. Todos os estabelecimentos que exercerem
de controle de qualidade nos produtos acabados devem quaisquer atividades com produtos de Cannabis devem
estar habilitados na REBLAS e devem disponibilizar os cumprir todos os requisitos aplicáveis constantes na
respectivos dados analíticos à Anvisa Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria
Seção VI Da Fiscalização dos Produtos de Cannabis SVS/MS n˚ 6, de 29 de janeiro de 1999, ou as que
Art. 68. Aplicam-se aos produtos de Cannabis todas as vierem a substituí-las.
normativas relacionadas às ações de inspeção para fins Parágrafo único. Os estabelecimentos de que trata o
de certificação de boas práticas de fabricação e controle, caput deverão ainda realizar o controle e manter
armazenamento, distribuição, transporte e fiscalização registros de toda a cadeia de distribuição, devendo
sanitária aplicáveis a medicamentos. proporcionar informações claras, rápidas e de fácil
Art. 69. A Vigilância Sanitária poderá, a qualquer acesso à autoridade sanitária, quando solicitadas.
momento, fazer inspeções em todos os estabelecimentos Art. 76. O descumprimento das disposições contidas
da cadeia de produção, distribuição e comercialização, nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
bem como apreender amostras para realização de da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
análises fiscais dos produtos de Cannabis. das responsabilidades civil, administrativa e penal
Art. 70. Quando solicitado pelos órgãos de vigilância cabíveis.
sanitária, os responsáveis pelos produtos deverão Art. 77. As diretrizes estabelecidas nesta Resolução
prestar as informações ou entregar documentos nos para a Autorização Sanitária são transitórias. Parágrafo
prazos fixados. único. Esta Resolução deverá ser revista em até 3 (três)
Art. 71. A comprovação ou evidência de que anos após a sua publicação.
determinado produto de Cannabis é nocivo à saúde ou Art. 78. Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa)
não preenche requisitos estabelecidos na dias a partir da data de sua publicação.
regulamentação sanitária implica na exigência de WILLIAM DIB
modificação do produto, no cancelamento da Diretor-Presidente
Autorização Sanitária e/ou no seu recolhimento pela (Publicada no DOU nº 239, de 11 de dezembro de 2019)
empresa responsável em todo o território nacional e
demais penalidades nos termos da Lei nº 6.437, de 20 ANEXO I - Formulário para o pedido de
de agosto de 1977 e suas atualizações, sem prejuízo de Autorização Sanitária de produtos de Cannabis
outras penalidades previstas em Lei. Não disponibilizado. Consultar sitio eletrônico da
CAPÍTULO VI ANVISA
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ANEXO II DECLARAÇÃO
Art. 72. As áreas da Anvisa responsáveis pela Não disponibilizado. Consultar sitio eletrônico da
autorização, inspeção, fiscalização e monitoramento de ANVISA
medicamentos, devem estabelecer programa de ANEXO III TERMO DE CONSENTIMENTO
acompanhamento pósmercado do produto de Cannabis. LIVRE E ESCLARECIDO
Art. 73. Os produtos de Cannabis autorizados conforme Não disponibilizado. Consultar sitio eletrônico da
critérios desta Resolução terão prazo de até 365 ANVISA
(trezentos e sessenta e cinco) dias para serem
comercializados, contados a partir da data de publicação
da concessão da autorização.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no
caput implicará no cancelamento da Autorização
Sanitária.
Art. 74. Os produtos de Cannabis que não se adequarem
à categoria de medicamentos no prazo estipulado nesta
Resolução terão a Autorização Sanitária cancelada.
§ 1° O cancelamento da Autorização Sanitária dos
produtos de Cannabis pode ser simultâneo à decisão
sobre a adequação à categoria de medicamentos.

551
Diretor-Presidente Substituto

RDC Nº 347, DE 17/03/2020 (Publicada no DOU nº 53, de 18 de março de 2020)


Define os critérios e os procedimentos extraordinários (Republicada no DOU nº 62, de 31 de março de 2020) -
e temporários para a exposição à venda de preparações Republicada para atualização e correção no art. 3°,
antissépticas ou sanitizantes oficinais, em virtude da publicada no Diário Oficial da União N° 53, de 18 de
emergência de saúde pública internacional relacionada março de 2020, Seção 1, pág. 59.
ao SARS-CoV-2.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe RDC Nº 360, DE 27/03/2020
confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º, III, e IV da (Publicada no DOU nº 62, de 31 de março de 2020)
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, Altera a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n°
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela 304, de 17 de setembro de 2019, que dispõe sobre as
Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n° 255, de 10 Boas Práticas de Distribuição, Armazenagem e de
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte Transporte de Medicamentos.
Resolução, conforme deliberado em reunião realizada
em 17 de março de 2020, e eu, Diretor-Presidente *ver RDC 304/2019. Alterações já inseridas no corpo
Substituto, determino a sua publicação. da norma.

Art. 1° Esta Resolução define os critérios e os


procedimentos extraordinários e temporários para a
exposição à venda de preparações antissépticas ou
sanitizantes oficinais por Farmácias Magistrais, em
virtude da emergência de saúde pública internacional
relacionada ao SARS-CoV-2.
Parágrafo único. Esta Resolução não se aplica as
farmácias hospitalares de manipulação.
Art. 2° Fica permitida de forma temporária e
emergencial a exposição ao público para venda de
preparações antissépticas ou sanitizantes oficinais
manipuladas de acordo com as diretrizes da Resolução
de Diretoria Colegiada - RDC nº 67, de 8 de outubro de
2007, nas Farmácias Magistrais.
Art. 3° Para o fim do art. 2° são permitidas
exclusivamente as seguintes preparações oficinais:
I - álcool etílico 70% (p/p);
II - álcool etílico glicerinado 80%;
III - álcool gel;
IV - álcool isopropílico glicerinado 75%;
V - água oxigenada 10 volumes, ou
VI - digliconato de clorexidina 0,5%.
Art. 4° A preparação magistral dos antissépticos ou
sanitizantes oficinais deve seguir as diretrizes da 2ª
Edição, Revisão 2, do Formulário Nacional da
Farmacopeia Brasileira.
Parágrafo único. Na ausência de veículos, excipientes
ou substâncias adjuvantes preconizadas pelo Formulário
Nacional, é permitido ao Farmacêutico Responsável
Técnico a substituição por insumos que tenham a
mesma função farmacotécnica e garantam a mesma
eficácia e estabilidade ao produto.
Art. 5°. Esta Resolução tem validade de 180 (cento e
oitenta) dias, podendo ser renovada por iguais e
sucessivos períodos, enquanto reconhecida pelo
Ministério da Saúde emergência de saúde pública
relacionada ao SARS-CoV-2.
Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
ANTONIO BARRA TORRES

552
Controlados (SNGPC), previstos pela Resolução de
Diretoria Colegiada - RDC nº 22, de 29 de abril de
RDC Nº 357, DE 24/03/2020 2014.
(Publicada no DOU nº 57-C, de 24 de março de 2020)
Art. 4º É permitida a entrega remota definida por
Estende, temporariamente, as quantidades máximas de programa público específico, bem como a entrega em
medicamentos sujeitos a controle especial permitidas domicílio de medicamentos sujeitos a controle especial
em Notificações de Receita e Receitas de Controle realizada por estabelecimento dispensador, as quais
Especial e permite, temporariamente, a entrega remota devem ser realizadas por meio da retenção da
definida por programa público específico e a entrega Notificação de Receita ou da Receita de Controle
em domicílio de medicamentos sujeitos a controle Especial e do atendimento aos requisitos e
especial, em virtude da Emergência de Saúde Pública procedimentos previstos nos incisos abaixo:
de Importância Internacional (ESPII) relacionada ao I - o estabelecimento dispensador deve prestar atenção
novo Coronavírus (SARS-CoV-2). farmacêutica, a qual pode ser realizada por meio
remoto;
O Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional de II - cabe ao estabelecimento dispensador realizar o
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe controle e o monitoramento das dispensações de
confere o art. 47, IV, aliado ao art. 53, V do Regimento medicamentos entregues remotamente, que deverão ser
Interno aprovado pela Resolução de Diretoria Colegiada registrados para cada paciente no Formulário de
- RDC n° 255, de 10 de dezembro de 2018, resolve, ad Registro de Entrega em Domicílio, conforme modelo
referendum, adotar a seguinte Resolução de Diretoria constante no Anexo II desta Resolução;
Colegiada e determinar a sua publicação. III - o estabelecimento dispensador deve inicialmente
buscar a Notificação de Receita ou a Receita de
Art. 1º Esta Resolução estabelece, temporariamente, a Controle Especial no local onde se encontra o paciente
extensão das quantidades máximas de medicamentos e, somente após a conferência do farmacêutico da
sujeitos a controle especial permitidas em Notificações regularidade da prescrição, proceder à entrega do
de Receita e Receitas de Controle Especial, as quais medicamento e coletar as informações e assinaturas
estão previstas na Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de necessárias, inclusive no Formulário de Registro de
maio de 1998 e nas Resoluções de Diretoria Colegiada - Entrega em Domicílio;
RDCs nº 58, de 5 de setembro de 2007, nº 11, de 22 de IV - os registros devem ficar disponíveis no
março de 2011, e nº 191, de 11 de dezembro de 2017, e estabelecimento dispensador para fins de
permite, temporariamente, a entrega remota definida por acompanhamento do paciente e fiscalização pela
programa público específico e a entrega em domicílio autoridade sanitária competente.
de medicamentos sujeitos a controle especial, em § 1º É vedada a compra e a venda dos medicamentos a
virtude da Emergência de Saúde Pública de Importância serem entregues remotamente através da internet.
Internacional (ESPII) relacionada ao novo Coronavírus § 2º Os critérios e procedimentos dispostos neste artigo
(SARS-CoV-2). não excluem a obrigação de atendimento aos demais
requisitos estabelecidos pela Portaria SVS/MS nº
Art. 2º São definidas no Anexo I desta Resolução as 344/1998, Portaria SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de
quantidades máximas de medicamentos sujeitos a 1999, Resoluções de Diretoria Colegiada - RDCs nº
controle especial permitidas em Notificações de Receita 58/2007, nº 11/2011, n° 50/2014, nº 11/2011 e nº
e Receitas de Controle Especial. 191/2017, bem como os critérios adicionais definidos
Parágrafo único. As quantidades de medicamento por programas governamentais.
constantes em Notificações de Receita e Receitas de
Controle Especial emitidas antes da entrada em vigor Art. 5º Esta Resolução tem validade de 6 (seis) meses,
desta Resolução que estiverem dentro dos prazos de podendo ser renovada sucessivamente por iguais
validade definidos pela Portaria SVS/MS nº 344/1998 e períodos ou não, enquanto reconhecida pelo Ministério
pelas Resoluções de Diretoria Colegiada - RDCs nº da Saúde emergência de saúde pública relacionada ao
58/2007, nº 11/2011 e nº 191/2017 podem ser SARS-CoV-2.
dispensadas em quantidade superior àquela prescrita,
para no máximo mais 30 dias de tratamento. Art. 6º Findo o prazo de vigência desta Resolução, serão
retomadas as quantidades máximas permitidas por
Art. 3º Além do atendimento ao disposto no Anexo I, Notificação de Receita e Receita de Controle Especial
devem ser atendidos os demais requisitos e previstas na Portaria SVS/MS nº 344/1998, Resoluções
procedimentos estabelecidos pela Portaria SVS/MS nº de Diretoria Colegiada - RDCs nº 58/2007, nº 50/2014,
344/1998, pelas Resoluções de Diretoria Colegiada - nº 11/2011 e nº 191/2017, bem como o disposto na
RDCs nº 58/2007, nº 11/2011, nº 191/2017 e Resolução Portaria SVS/MS nº 344/1998 e na Resolução de
de Diretoria Colegiada - RDC n° 50, de 25 de setembro Diretoria Colegiada - RDC nº 44, de 17 de agosto de
de 2014, bem como os procedimentos de escrituração 2009, no que se refere à vedação da entrega remota
no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos definida por programa público específico e da entrega

553
em domicílio de medicamentos sujeitos a controle
especial.
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
ANTÔNIO BARRA TORRES

ANEXO I

(Redação dada pela Resolução – RDC nº 387, de 26 de


maio de 2020)

Tabela disponibilizada a seguir.

ANEXO II
FORMULÁRIO DE REGISTRO DE ENTREGA
EM DOMICÍLIO

*Modelo não disponibilizado.


Acessar norma.

RDC Nº 387, DE 26/05/2020

Altera o Anexo I da Resolução de Diretoria Colegiada -


RDC nº 357, de 24 de março de 2020, que estende,
temporariamente, as quantidades máximas de
medicamentos sujeitos a controle especial permitidas
em Notificações de Receita e Receitas de Controle
Especial e permite, temporariamente, a entrega remota
definida por programa público específico e a entrega
em domicílio de medicamentos sujeitos a controle
especial, em virtude da Emergência de Saúde Pública
de Importância Internacional (ESPII) relacionada ao
novo Coronavírus (SARS-CoV-2).

Publicada no DOU nº 101, de 28 de maio de 2020 )

554
Tipo de Receituário Quantidade máxima por prescrição

Notificação de Receita 18 unidades (no caso de ampolas) ou


A (NRA) Quantidade de medicamento correspondente a, no máximo, 3 (três) meses de tratamento (no
caso das demais formas farmacêuticas de apresentação)
Notificação de Receita 18 unidades (no caso de ampolas) ou
B (NRB) Quantidade de medicamento correspondente a, no máximo, 6 (seis) meses de tratamento
(no caso das demais formas farmacêuticas de apresentação)
Notificação de Receita Quantidade de medicamento correspondente a, no máximo, 3 (três) meses de tratamento,
B2 (NRB2) exceto para NRB2 contendo medicamento à base de sibutramina, que poderá conter a
quantidade de medicamento correspondente a, no máximo, 6 (seis) meses de tratamento
Notificação de Receita 18 unidades (no caso de ampolas) ou
Especial para Prescrição de quantidade de medicamento correspondente a, no máximo, 3 (três) meses de
Retinoides de Uso tratamento (no caso das demais formas farmacêuticas de apresentação)
Sistêmico (NRR)

Notificação de Receita Prescrição de quantidade de medicamento correspondente a,no máximo, 3 (três) meses de
Especial para tratamento.
Talidomida (NRT) Para mulheres em idade fértil deve ser seguido o estabelecido na RDC nº 11, de 22 de
março de 2011.
Notificação de Receita Prescrição de quantidade para 3 (três) ciclos de tratamento, não podendo ultrapassar o
da Lista C3 - suficiente para 3 (três) meses de tratamento.
Lenalidomida (NRC3) Para mulheres com potencial de engravidar deve ser seguido o estabelecido na RDC nº
191, de 11, de dezembro de 2017.
Receita de Controle 18 unidades (no caso de ampolas) ou
Especial (RCE) Prescrição de quantidade de medicamento correspondente a, no máximo, 6 (seis) meses de
tratamento (no caso das demais formas farmacêuticas de apresentação).
No caso de prescrição de substâncias ou medicamentos antiparkinsonianos e
anticonvulsivantes, a quantidade ficará limitada a até 6 (seis) meses de tratamento.

555
RDC Nº 377, DE 27/04/2020 Art. 4º A realização do teste para a COVID-19 deve
seguir as diretrizes, os protocolos e as condições
Autoriza, em caráter temporário e excepcional, a estabelecidas pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde e:
utilização de "testes rápidos" (ensaios I - seguir as Boas Práticas Farmacêuticas, nos termos da
imunocromatográficos) para a COVID-19 em Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 44, de 17 de
farmácias, suspende os efeitos do § 2º do art. 69 e do agosto de 2009;
art. 70 da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº II - ser realizada por Farmacêutico;
44, de 17 de agosto de 2009. III - utilizar os dispositivos devidamente regularizados
junto à Anvisa;
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de IV - garantir registro e rastreabilidade dos resultados.
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 15, III e IV, aliado ao art. 7º, III, e IV da Art. 5º Os resultados dos testes realizados pelas
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, farmácias, sejam positivos ou negativos, devem ser
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela informados às autoridades de saúde competentes, por
Resolução de Diretoria Colegiada - RDC n° 255, de 10 meio de canais oficiais estabelecidos.
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte
Resolução, conforme deliberado em reunião realizada Art. 6º A ocorrência de queixas técnicas associadas aos
em 28 de abril de 2020, e eu, Diretor-Presidente Testes Laboratoriais Remotos- TLR deve ser notificada
Substituto, determino a sua publicação. pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária
(Notivisa) disponível no site da Anvisa, em até cinco
Art. 1º Em virtude da emergência de saúde pública dias de seu conhecimento.
internacional relacionada ao novo coronavírus SARS-
CoV-2, fica autorizada, em caráter temporário e Art. 7º O descumprimento das disposições contidas
excepcional, a utilização de "testes rápidos" (ensaios nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
imunocromatográficos) para a pesquisa de anticorpos ou da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
antígeno do novo coronavírus, sem fins de diagnóstico das responsabilidades civil, administrativa e penal
confirmatório, em farmácias com licença sanitária e cabíveis.
autorização de funcionamento.
Art. 8º A vigência desta Resolução cessará
Parágrafo único. Os testes rápidos (ensaios automaticamente a partir do reconhecimento pelo
imunocromatográficos) para a pesquisa de anticorpos ou Ministério da Saúde de que não mais se configura a
antígeno do novo coronavírus devem possuir registro na situação de Emergência em Saúde Pública de
Anvisa. Importância Nacional declarada pela Portaria nº
188/GM/MS, em 4 de fevereiro de 2020. (Retificado no
Art. 2º Para fins do disposto no art. 1° ficam suspensos DOU nº 82, de 30 de abril de 2020)
o § 2° do art. 69 e o art. 70 da Resolução de Diretoria
Colegiada - RDC n° 44, de 17 de agosto de 2009. Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
Parágrafo único. As farmácias devem atender aos
requisitos técnicos de segurança para a testagem ANTONIO BARRA TORRES
constantes nas diretrizes estabelecidas pelas autoridades Diretor-Presidente Substituto
de saúde e na Resolução de Diretora Colegiada - RDC (Publicada no DOU nº 81, de 29 de abril de 2020)
n° 302, de 13 de outubro de 2005, quando aplicável.

Art. 3º Cabe ao Farmacêutico Responsável Técnico


entrevistar o solicitante do teste rápido em consonância
com a instrução de uso do teste e a sua respectiva janela
imunológica, visando evidenciar a viabilidade da
aplicação do teste específico disponível no
estabelecimento ao paciente.

§ 1° O registro deste serviço deve constar na Declaração


de Serviço Farmacêutico.

§ 2° O registro de que trata o parágrafo anterior deve ser


arquivado pela farmácia como comprovante de que a
aplicação do teste ocorreu em consonância com a sua
instrução de uso e a respectiva janela imunológica.

556
OUTROS §3º - Entre os produtos para diagnóstico in vitro, é
INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Nº 9, DE permitida a comercialização apenas dos produtos para
autoteste, destinado a utilização por leigos.
17/08/2009. §4º - Os produtos permitidos no caput somente podem
ser comercializados se estiverem regularizados junto a
Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para Anvisa, nos termos da legislação vigente.
dispensação e comercialização em farmácias e
drogarias. Art. 4º - Além do disposto nos artigos anteriores, fica
permitida a comercialização dos seguintes produtos em
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de farmácias e drogarias:
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe I - mamadeiras, chupetas, bicos e protetores de
confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Anvisa, mamilos, observando-se a Lei Nº 11.265, de 3 de
aprovado pelo Decreto Nº 3.029, de 16 de abril de 1999, janeiro de 2006 e os regulamentos que compõem a
e tendo em vista o disposto nos parágrafos 1° e 3° do Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos
art. 54 e no inciso II do art. 55 do Regimento Interno para Lactentes e Crianças de 1º Infância, Bicos,
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº 354 da Chupetas e Mamadeiras (NBCAL);
ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no II - lixas de unha, alicates, cortadores de unhas, palitos
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em de unha, afastadores de cutícula, pentes, escovas, toucas
14 de julho de 2009, resolve: para banho, lâminas para barbear e barbeadores;
III - brincos estéreis, desde que o estabelecimento preste
CAPÍTULO I o serviço de perfuração de lóbulo auricular, conforme
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS disposto em legislação específica; e
IV - essências florais, empregadas na floralterapia.
Art. 1º - Fica aprovada a relação de produtos permitidos §1º - Não é permitida a venda de piercings e brincos
para dispensação e comercialização em farmácias e comuns não utilizados no serviço de perfuração de
drogarias, nos termos da legislação vigente. lóbulo auricular.
§1º - O disposto nesta Resolução se aplica às farmácias §2º - A comercialização de essências florais,
e drogarias em todo território nacional e, no que couber, empregadas na floralterapia, somente é permitida em
às farmácias públicas, aos postos de medicamentos e às farmácias.
unidades volantes. Art. 5º - É vedado o comércio de lentes de grau, exceto
§2º - Os estabelecimentos de atendimento privativo de quando não houver no município estabelecimento
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de específico para esse fim, conforme legislação vigente.
assistência médica ficam sujeitos às disposições
contidas em legislação específica. Seção II
Dos Alimentos
CAPÍTULO II
DA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS Art. 6º - Também fica permitida a venda dos seguintes
PERMITIDOS alimentos para fins especiais:
I. alimentos para dietas com restrição de nutrientes:
Seção I a) alimentos para dietas com restrição de carboidratos:
Dos Produtos e Correlatos 1. Alimentos para dietas com restrição de sacarose,
Art. 2º - Além de medicamentos, a dispensação e o frutose e/ou glicose (dextrose);
comércio de determinados correlatos fica extensivo às 2. Alimentos para dietas com restrição de outros mono
farmácias e drogarias em todo território nacional, nos e/ou dissacarídios;
termos e condições sanitárias estabelecidas nesta 3. Adoçantes com restrição de sacarose, frutose e/ou
Instrução Normativa. glicose - adoçante dietético.
Art. 3º - É permitida às farmácias e drogarias a b) alimentos para dietas com restrição de gorduras;
comercialização de medicamentos, plantas medicinais, c) alimentos para dietas com restrição de proteínas;
drogas vegetais, cosméticos, perfumes, produtos de d) alimentos para dietas com restrição de sódio;
higiene pessoal, produtos médicos e para diagnóstico in II - alimentos para ingestão controlada de nutrientes:
vitro. a) alimentos para controle de peso:
§1º - A dispensação de plantas medicinais é privativa de 1. alimentos para redução ou manutenção de peso por
farmácias e ervanarias, observados o acondicionamento substituição parcial das refeições ou para ganho de peso
adequado e a classificação botânica. por acréscimo às refeições;
§2º - Entre os produtos médicos, é permitida a 2. alimentos para redução de peso por substituição total
comercialização dos produtos que tenham como das refeições;
possibilidade de uso a utilização por leigos em b) alimentos para praticantes de atividades físicas:
ambientes domésticos, conforme especificação definida 1. repositores hidroeletrolíticos para praticantes de
em concordância com o registro do produto junto a atividade física;
Anvisa. 2. repositores energéticos para atletas;

557
3. alimentos protéicos para atletas; Art. 11º - Além dos alimentos citados nos artigos
4. alimentos compensadores para praticantes de anteriores, fica permitida a venda de mel, própolis e
atividade física; geléia real.
5. aminoácidos de cadeia ramificada para atletas; §1º - Os produtos mencionados no caput devem estar
c) alimentos para dietas para nutrição enteral: regularizados no Ministério da Agricultura, Pecuária e
1. alimentos nutricionalmente completos para nutrição Abastecimento.
enteral; §2º - Quando esses produtos estiverem registrados junto
2. alimentos para suplementação de nutrição enteral; a Anvisa como opoterápicos, deverão ser obedecidos os
3. alimentos para situações metabólicas especiais para critérios e condições estabelecidas para medicamentos.
nutrição enteral; Art. 12º - Não é permitida indicação ou referência do
4. módulos de nutrientes para nutrição enteral; uso dos alimentos permitido por esta norma com
d) alimentos para dietas de ingestão controlada de finalidade terapêutica, seja para prevenção ou
açúcares; tratamento de sintomas ou doenças.
III - alimentos para grupos populacionais específicos:
a) alimentos de transição para lactentes e crianças de CAPÍTULO III
primeira infância; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
b) alimentos à base de cereais para alimentação infantil;
c) complementos alimentares para gestantes ou nutrizes; Art. 13º - É vedado utilizar qualquer dependência da
d) alimentos para idosos; farmácia ou da drogaria para outro fim diverso do
e) fórmulas infantis; licenciamento, conforme disposto na legislação vigente.
Parágrafo único - Caso o estabelecimento farmacêutico Parágrafo único - É vedado às farmácias e drogarias
opte pela comercialização de alimentos destinados a comercializar, expor à venda, ter em depósito para
pacientes com diabetes mellitus, citados no inciso I do vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar ao
art. 6º, estes devem ficar em local destinado unicamente consumo produtos não permitidos por esta Instrução
a estes produtos, de maneira separada de outros Normativa.
produtos e alimentos. Art. 14º - Os estabelecimentos abrangidos por esta
Art. 7º - Fica permitida a venda dos seguintes Instrução Normativa terão o prazo de seis meses para
suplementos vitamínicos e/ou minerais: promover as adequações necessárias ao cumprimento do
I - vitaminas isoladas ou associadas entre si; disposto nesta Instrução Normativa.
II - minerais isolados ou associados entre si; Art. 15º - O descumprimento das disposições contidas
III - associações de vitaminas com minerais; e nesta Instrução Normativa constitui infração sanitária,
IV - produtos fontes naturais de vitaminas e ou nos termos da Lei Nº 6.437, de 20 de agosto de 1977,
minerais, legalmente regulamentados por Padrão de sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa
Identidade Qualidade (PIQ) de conformidade com a e penal cabíveis.
legislação pertinente; Art. 16º - Cabe ao Sistema Nacional de Vigilância
Art. 8º - Fica permitida a venda das seguintes categorias Sanitária, além de garantir a fiscalização do
de alimentos: cumprimento desta norma, zelar pela uniformidade das
I - substâncias bioativas com alegações de propriedades ações segundo os princípios e normas de regionalização
funcionais e/ou de saúde; e hierarquização do Sistema Único de Saúde.
II - probióticos com alegações de propriedades Art. 17º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na
funcionais e/ou de saúde; data de sua publicação.
III - alimentos com alegações de propriedade funcional
e/ou de saúde; e DIRCEU RAPOSO DE MELLO
IV - novos alimentos.
Parágrafo único - Os alimentos citados acima somente Publicação – DOU nº 157, de 18 de agosto de 2009,
podem ser comercializados quando em formas de Seção 1, p.82 e 83
apresentação não convencionais de alimentos, tais como
comprimidos, tabletes, drágeas, cápsulas, saches ou IN 10/09 – REVOGADA PELA RDC 41/12
similares. Ementa: Aprova a relação dos medicamentos isentos de
Art. 9º - Fica permitida a venda de chás. prescrição que poderão permanecer ao alcance dos
Art. 10º - Os alimentos permitidos nos artigos anteriores usuários para obtenção por meio de auto-serviço em
desta seção somente podem ser comercializados se farmácias e drogarias
estiverem regularizados Junto a Anvisa.
Parágrafo único - A identificação dos alimentos cuja
comercialização é permitida nos termos dos artigos
anteriores pode ser baseada nas informações contidas
em sua rotulagem, quanto à finalidade a que se
destinam, conforme legislação específica.

558
INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN N° 11,
DE 29/09/2016

(Publicada em DOU nº 189, de 30 de setembro


de 2016)

Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de


prescrição.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso das atribuições
que lhe conferem o art.15, III e IV aliado ao
art. 7º, III e IV, da Lei n.º 9.782, de 26 de
janeiro de 1999, o art. 53, VI, §§ 1º e 3º do
Regimento Interno aprovado nos termos do
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada
– RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, em
reunião realizada em 20 de setembro de 2016,
resolve:

Art. 1º. Fica instituída a lista de medicamentos


isentos de prescrição – LMIP nos termos do
art. 10 da Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC N° 98, de 1º de agosto de 2016.

Art. 2º.Esta Instrução Normativa entra em


vigor na data de sua publicação.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.

ANEXO – LISTA DE MEDICAMENTOS


ISENTOS DE PRESCRIÇÃO

559
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 29/09/2016 – ANEXO - LISTA DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO

Grupos Terapêuticos Indicações Terapêuticas: Observações


Antiacneicos e tópicos
Acne, acne vulgar, rosácea, espinhas Restrição: Retinóides
adstringentes
Antiácidos, Antieméticos, Acidez
Acidez estomacal, dor de estômago, dispepsia, enjôo, náusea, Restrições: Metoclopramida,
estomacal. azia, desconforto
vômito, epigastralgia, má digestão, queimação, pirose, esofagite Bromoprida, Mebeverina, Inibidor da
Eupépticos, Enzimas digestivas
péptica, distensão abdominal, cinetose, hérnia de hiato Bomba de Proton
Antibacterianos tópicos Infecções bacterianas da pele Permitidos: bacitracina e neomicina
Restrições: Loperamida infantil,
Antidiarreicos Diarréia, disenteria
Opiáceos
Cólica, cólica menstrual, dismenoréia, desconforto pré-
Antiespasmódicos Restrição: Mebeverina
menstrual, cólica biliar/renal/intestinal
Alergia, coceira, prurido, coriza, rinite alérgica, urticária, picada de
Anti-histamínicos Anti- inseto, ardência, ardor, conjuntivite alérgica, prurido senil, prurido Restrições: Adrenérgicos, Corticóides
seborréicos nasal, prurido ocular alérgico, febre do feno, dermatite atópica, (exceto hidrocortisona de uso tópico)
eczemas Caspa, dermatite seborreica, seborréia, oleosidade
Anti-sépticos orais, Anti- sépticos
Aftas, dor de garganta, profilaxia das cáries
buco-faríngeos
Anti-sépticos nasais,
fluidificantes nasais, Anti-sépticos nasais, fluidificantes nasais umectantes nasais
umectantes nasais
Restrições: Adrenérgicos, (exceto
Anti-sépticos oculares Anti-sépticos oculares nafazolina com concentração <0,1%),
Corticóides
Anti-sépticos da pele e mucosas Assaduras, dermatite de fraldas, dermatite de contato,
dermatite amoniacal, intertrigo mamário/ perianal/
Anti-sépticos urinários interdigital/ axilar, odores dos pés
Disúria, dor/ardor/desconforto e axilas
para urinar
Anti-sépticos vaginais tópicos
Higiene íntima, desodorizante

560
suplemento vitamínico e/ou mineral pós-cirúrgico/cicatrizante, Revogado pela RDC 242/2018
suplemento vitamínico e/ou mineral como auxiliar nas anemias
carenciais suplemento vitamínico e/ou mineral em dietas restritivas
e inadequadas, suplemento vitamínico e/ou mineral em doenças
crônicas/convalescença, suplemento vitamínico e/ou mineral em
idosos, suplemento vitamínico e/ou mineral em períodos de
Aminoácidos, Vitaminas, Minerais crescimento acelerado, suplemento vitamínico e/ou mineral na
gestação e aleitamento, suplemento vitamínico e/ou mineral para
recém-nascidos, lactentes e crianças em fase de crescimento,
suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção do raquitismo,
suplemento vitamínico e/ou mineral para a prevenção/tratamento
auxiliar na desmineralização óssea pré e pós menopausal,
suplemento vitamínico e minerais antioxidantes, suplemento
vitamínico e/ou mineral para prevenção de cegueira
noturna/xeroftalmia, suplemento vitamínico como auxiliar do
sistema imunológico
Lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular, artralgia, Inflamação da
garganta, dor muscular, dor na perna, dor varicosa, contusão,
Permitidos: Naproxeno, ibuprofeno,
Antiinflamatórios hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, lumbago,
cetoprofeno. Tópicos não esteroidais
dor pós-traumática, dor ciática, bursite, distensões, flebites
superficiais, inflamações varicosas, quadros dolorosos da coluna
vertebral, lesões leves oriundas da prática esportiva
Dor nas pernas, dor varicosa, sintomas de varizes, dores das
Antiflebites
pernas relacionadas a varizes, dores após escleroterapia venosa

Antifisticos, Antiflatulentos,
Eructação, flatulência, empachamento, estufamento, aerofagia
Carminativos
pós-operatória, gases, meteorismo
Micoses de pele, frieira, micoses de unha, pano branco, infecções
fúngicas das unhas, onicomicoses, dermatomicoses, pitiríase
Antifúngicos, Antimicóticos versicolor, tínea das mãos, tínea dos pés, pé de atleta, tínea do Permitidos: Tópicos
corpo, micose de praia, tínea da virilha,candidíase cutânea,
monilíase cutânea, dermatite seborreica, dermatomicoses
superficiais, vulvovaginites, dermatiteperianal, balanopostite,
candidíase vaginal,candidíase oral

561
Anti-hemorroidários Sintomas de hemorróidas Permitidos: Tópicos
Antiparasitários orais, Anti-
Verminoses Permitidos: Mebendazol, Levamizol.
helmínticos

Antiparasitários tópicos,
Escabicidas, Ectoparasiticidas Piolhos, sarna, escabiose, carrapatos, pediculose, lêndea

Alívio dos sintomas decorrente do abandono do hábito de


Antitabágicos Restrição: Bupropiona
fumar, alívio dos sintomas da síndrome de abstinência

Dor, dor de dente, dor de cabeça, dor abdominal e pélvica,


enxaqueca, sintomas da gripe, sintomas do resfriados, febre,
Analgésicos, Antitérmicos, Permitidos: analgésicos (exceto
cefaléia, dores reumáticas, nevralgias, lombalgia, mialgia, torcicolo,
Antipiréticos narcóticos)
dor articular, artralgia, inflamação da garganta, dor muscular,
contusão, hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista,
lumbago, dor pós-traumática, dor ciática, bursite, distensões

Ceratolíticos Descamação, esfoliação da pele, calos, verrugas, verruga plantar,


verruga vulgar

Cicatrizantes Feridas, escaras, fissuras de pele e mucosas, rachaduras


Colagogos, Coleréticos Distúrbios digestivos, distúrbios hepáticos

Descongestionantes nasais tópicos


Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido Restrições: vasoconstritores

Descongestionantes nasais sistêmicos


Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido Permitido: fenilefrina

Hidratante, dermatoses hiperqueratóticas, dermatoses secas,


Emolientes e lubrificantes cutâneos e
pele seca e áspera, ictiose vulgar, hiperqueratose palmar e
de mucosas
plantar, ressecamento da pele, substituto artificial da saliva,
saliva artificial para tratamento da xerostomia

562
Emolientes, lubrificantes e
Secura nos olhos, falta de lacrimejamento, irritação ocular
adstringentes oculares

Expectorantes, balsâmicos,
Tosse, tosse seca, tosse produtiva, tosse irritativa,
mucolíticos. Sedativos da tosse
tosse com catarro, mucofluidificante

Laxantes, Catárticos Prisão de ventre, obstipação intestinal, constipação intestinal,


intestino preso

Rehidratante oral Hidratação oral, reidratação oral

Relaxantes musculares Torcicolo, contratura muscular, dor muscular, lumbago, entorses

Rubefacientes Vermelhidão, rubor


Tônicos orais Estimulante do apetite, astenia Revogado pela RDC 242/2018

563
564

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