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Código de

Defesa
do Consumidor
Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990
ACOMPANHADO DE LEGISLAÇÃO ESTADUAL

2º Edição - Revista e Atualizada


2014

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Governo do Estado do Paraná

Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos

PROCON-PR - Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor

Pesquisa, Elaboração, Texto e Revisão:


Divisão de Estudos e Pesquisa - DEP

Claudia Francisca Silvano


Marcia Izabel Godoy Marks
Maria do Belém Virmond Rauen
Arthur Nogueira de Almeida Godoy
Mariana Apaz
Victor Polato Bites Costa

Projeto Gráfico:
Hector Slomp

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Índice
Legislação Federal

Lei Federal nº 8.078, de 11 de Setembro de 1990


Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.................................................26

Decreto Federal nº 2.181, de 20 de Março de 1997


Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor - SNDC, estabelece as nor-
mas gerais de aplicação das sanções administrativas previstas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de
1990, revoga o Decreto Nº 861, de 9 julho de 1993, e dá outras providências...............................49

Decreto Federal nº 7.962, de 15 de Março de 2013


Regulamenta a Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre a contratação no comércio
eletrônico.............................................................................................................................65

Decreto Federal nº 7.963, de 15 de Março de 2013


Institui o Plano Nacional de Consumo e Cidadania e cria a Câmara Nacional das Relações de Consu-
mo......................................................................................................................................67

Legislação Estadual

Agências Reguladoras Estaduais

Lei Complementar nº 94, de 23 de Julho de 2002


Cria a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infra-Estrutura do Paraná...................76

Lei nº 17.026, de 20 de Dezembro de 2011


Cria a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná - ADAPAR.........................................................86

Decreto nº 6.432, de 20 de Novembro de 2012


Regulamenta a Lei Complementar nº 94, de 23/07/2002.............................................................90

Alimentos

Lei nº 14.855. de 20 de Outubro de 2005


Dispõe sobre padrões técnicos de qualidade nutricional, a serem seguidos pelas lanchonetes e simi-
lares, instaladas nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e da rede pública.....90

Lei nº 16.085, de 17 de Abril de 2009


Dispõe que os estabelecimentos que especifica, que funcionam dentro das escolas da rede particular de
ensino, ficam obrigados a divulgarem informações que menciona, referentes à presença e à discrimina-
ção de quantidades em suas tabelas nutricionais dos alimentos comercializados............................92

Lei nº 16.401, de 10 de Fevereiro de 2010


Dispõe que rótulos das embalagens de óleo comestível, comercializados no Estado do Paraná, deverão
conter as informações que especifica e adota outras providências..................................................93

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Índice
Antifumo

Lei nº 16.239, de 29 de Setembro de 2009


Estabelece normas de proteção à saúde e de responsabilidade por dano ao consumidor, nos termos dos
incisos V, VIII e XII do artigo 24, da Constituição Federal, para criação de ambientes de uso coletivo
livres de produtos fumígenos, conforme especifica e adota outras providências..............................93

Decreto nº 6.352, de 26 de Fevereiro de 2010


Institui a Política Estadual para o Controle do Tabaco e regulamenta a Lei nº 16.239, de 2009, que trata
da proibição do uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer produto derivado do ta-
baco que produza fumaça, em recinto coletivo, privado ou público e dá providências correlatas ........96

Assuntos Financeiros

Lei nº 14.430, de 07 de Junho de 2004


Veda aos estabelecimentos comerciais a exigência de tempo mínimo de abertura de conta corrente para
aceitação de cheques como forma de pagamento................................................................101

Lei nº 17.352, de 09 de Novembro de 2012


Estabelece critérios de transparência para a cobrança de dívidas dos consumidores paranaenses..101

Lei nº 17.365, de 27 de Novembro de 2012


Obriga as instituições financeiras a informarem ao consumidor acerca do desconto em caso de antecipa-
ção do adimplemento de dívidas...........................................................................................102

Lei nº 17.437, de 21 de Dezembro de 2012


Dispõe sobre o prazo para envio de cobrança por parte das empresas públicas e privadas situadas no Es-
tado do Paraná...................................................................................................................102

Lei nº 17.678, de 10 de Setembro de 2013


Estabelece a proibição da emissão de boleto de oferta, sem solicitação prévia, para contratação de
produtos e serviços.............................................................................................................103

Banco De Dados

Lei nº 15.967, de 08 de Outubro de 2008


Obriga o Serviço de Proteção ao Crédito - SPC, a Centralização de Banco S/A - SERASA e quaisquer
outros órgãos de bancos de dados, a retirar o nome do cidadão da relação de cadastro negativo, no pra-
zo máximo de 48 horas, após a confirmação do pagamento do débito.......................................103

Bebidas

Lei nº 13.463, de 11 de Janeiro de 2002


Proíbe a distribuição, fornecimento, oferta e comercialização de bebidas alcoólicas em estabelecimentos
revendedores de combustíveis (Postos de Gasolina) localizados em perímetros urbanos..................104

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Índice
Lei nº 14.525, de 26 de Outubro de 2004
Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso de lacre higiênico na parte de fora das latas que contém bebida
de toda a espécie, oferecidas ao consumo da população..............................................................104

Lei nº 15.227, de 25 de Julho de 2006


Dispõe que garrafões de água reutilizáveis, poderão ser usados por empresas concorrentes, in-
dependentemente da marca gravada pela empresa titular do recipiente e adota outras providên-
cias...................................................................................................................................105

Lei nº 15.443, de 15 de Janeiro de 2007


Dispõe sobre a afixação de cartazes em estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas e cigarros no
Estado do Paraná e dá outras providencias............................................................................106

Lei nº 15.543, de 26 de Junho de 2007


Obriga o uso de lacres higiênicos na parte de fora das latas que contêm bebidas de toda espécie ofereci-
das ao consumo da população.................................................................................................106

Lei nº 15.744, de 18 de Dezembro de 2007


Torna obrigatório, aos estabelecimentos que envasem, industrializem e comercializem águas minerais e
potáveis de mesa em vasilhames plásticos retornáveis, no âmbito do Estado do Paraná, o cumprimento
das disposições que especifica e adota outras providências..........................................................106

Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing

Lei nº 16.135, de 24 de Junho de 2009


Institui, no âmbito do Estado Paraná, o Cadastro Para o Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarke-
ting, conforme especifica.......................................................................................................108

Portaria Procon nº 01, de 25 de Agosto de 2009


Dispõe sobre a regulamentação do Cadastro para o Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarke-
ting, instituído pela Lei nº 16.135, de 24 de junho de 2009.........................................................109

Cartão de Crédito

Lei nº 16.487, de 12 de Maio de 2010


Dispõe que as administradoras de cartões de crédito que atuam no Estado ficam obrigadas a incluir os
dados que especifica, de forma destacada, na correspondência enviada aos consumidores e na sua pági-
na na Internet ...................................................................................................................112

Combustíveis

Lei nº 10.536, de 30 de Novembro de 1993


Dispõe que o consumidor de Gás Liquefeito de Petróleo - GLP - terá direito a receber abatimento, con-
forme especifica, na falta de equipamento para pesagem.......................................................112

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Índice
Lei nº 11.372, de 13 de Maio de 1996
Dispõe sobre a fiscalização referente ao envasilhamento, comercialização e distribuição fraciona-
da do Gás Liquefeito de Petróleo - GLP, no Estado do Paraná, conforme especifica e adota outras
providências................................................................................................................113

Lei nº 11.540, de 27 de Setembro de 1996


Dispõe sobre a fixação, em locais visíveis nos postos de gasolina, dos preços dos combustíveis cobrados
pelo estabelecimento e adota outras providências .....................................................................115

Lei nº 12.420, de 13 de Janeiro de 1999


Assegura ao consumidor o direito de obter informações sobre natureza, procedência e qualidade dos
produtos combustíveis comercializados nos postos revendedores situados no Estado do Paraná.......116

Lei nº 14.983, de 28 de Dezembro de 2005


Estabelece sanções administrativas a quem adquirir, transportar, estocar, distribuir ou revender produ-
tos combustíveis em desconformidade com normas do órgão regulador.....................................117

Lei nº 15.636, de 01 de Outubro de 2007


Proíbe, no Estado do Paraná, a instalação de postos de venda de combustíveis, derivados de petróleo e
produtos inflamáveis, em shopping-centers, hipermercados, supermercados e estabelecimentos congê-
neres, que se utilizem do mesmo CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, ou da mesma Inscrição Es-
tadual, conforme especifica..................................................................................................120

Lei nº 16.756, de 29 de Dezembro de 2010


Dispõe que os proprietários de postos de combustível ficam obrigados a afixar, nesses estabeleci-
mentos, cartaz informando aos consumidores a diferença entre os preços da gasolina e do álcool
(etanol)..........................................................................................................................120

Comércio Eletrônico

Lei nº 17.106, de 10 de Abril de 2012


Disciplina a venda eletrônica de produtos e serviços através de sítios de compra coletiva pela inter-
net e estabelece critérios de funcionamento para essas empresas no Estado do Paraná...............121

Lei nº 17.454, de 02 de Janeiro de 2013


Dispõe sobre a obrigatoriedade de empresas que utilizam o ECommerce, com hospedagens em sites na
internet e que tenham matriz ou filiais no Estado do Paraná, inserirem em seus sites os respectivos en-
dereços, telefones e dados cadastrais completos....................................................................122

Copa do Mundo

Lei nº 17.551, de 30 de Abril de 2013


Dispõe sobre as medidas relativas à Copa das Confederações FIFA 2013 e à Copa do Mundo FIFA
2014...................................................................................................................123

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Índice
Estacionamento

Lei nº 15.333, de 18 de Dezembro de 2006


Dispõe sobre a gratuidade aos alunos usuários de estacionamentos disponibilizados pelas universida-
des, faculdades e centros universitários instalados no Estado do Paraná...................................127

Lei nº 16.785, de 11 de Janeiro de 2011


Dispõe sobre a cobrança proporcional ao tempo efetivamente utilizado pelos serviços de estaciona-
mento de veículos em estabelecimentos destinados ao aluguel de vagas......................................127

Lei nº 17.556, de 30 de Abril de 2013


Obriga o prestador de serviços de estacionamento de veículos automotores a fornecer ao consumidor,
ao término da prestação de serviço, comprovante discriminado..................................................128

Lei nº 18.047, de 16 de Abril de 2014


Dispõe sobre a reserva de vagas de estacionamento especial para gestantes e pessoas acompanhadas
de crianças de colo no âmbito do Estado do Paraná..................................................................129

Farmácias e Drogarias

Lei nº 12.888, de 06 de Junho de 2000


Dispõe sobre normas de atuação de empresas, distribuidoras de medicamentos, insumos farmacêuticos
e correlatos, farmácias e drogarias, no território do Estado do Paraná..........................................130

Lei nº 16.086, de 17 de Abril de 2009


Dispõe que os responsáveis pelas farmácias e drogarias estabelecidas no Estado deverão afi-
xar placa, em local visível ao público, contendo nome e número de inscrição no Conselho Regio-
nal de Farmácia - CRF, do técnico (farmacêutico) responsável, bem como o seu horário de traba-
lho........................................................................................................................132

Lei nº 16.322, de 18 de Dezembro de 2009


Dispõe que é de responsabilidade das indústrias farmacêuticas, das empresas de distribuição de me-
dicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores, darem destinação final e adequada aos produtos
que estejam com prazos de validade vencidos ou fora de condições de uso..................................132

Lei nº 17.051, de 23 de Janeiro de 2012


Estabelece a obrigatoriedade de as farmácias incluírem bula magistral em medicamentos mani-
pulados......................................................................................................................134

Lei nº 17.390, de 10 de Dezembro de 2012


Torna obrigatória a colocação de cartazes nas farmácias e drogarias com indicação dos hospitais, postos
de saúde e atendimentos emergenciais mais próximos das respectivas farmácias.....................136

Fila em Bancos e Supermercados

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Índice
Lei nº 13.400, de 21 de Dezembro de 2001
Dispõe que as instituições bancárias e outras especificadas, deverão providenciar medidas para efe-
tivar, em tempo razoável, atendimento a seus usuários..........................................................136

Fundo Estadual de Defesa do Consumidor

Lei nº 14.975, de 28 de Dezembro de 2005


Cria o Fundo Estadual de Defesa do Consumidor – FECON, conforme especifica e adota outras pro-
vidências..............................................................................................................138

Decreto nº 1.308, de 15 de Agosto de 2007


Aprovado o Regulamento do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor - FECON.....................140

Habitação

Lei nº 12.978, de 24 de Novembro de 2000


Dispõe sobre o não comprometimento de mais de 20% da renda do mutuário em novos contratos
habitacionais, através da Companhia de Habitação do Paraná – COHAPAR e das COHABs, conforme
especifica........................................................................................................................145

Lei nº 18.007, de 07 de Abril de 2014


Destina às mulheres vítimas de violência doméstica, que atendam aos requisitos que especifica, quatro
por cento das unidades de programas de loteamentos sociais e de habitação popular....................145

Idoso

Lei nº 13.424, de 07 de Janeiro de 2002


Garante o processamento preferencial aos procedimentos administrativos que tramitam junto a qual-
quer dos Poderes do Estado, nos quais figure como parte pessoa idosa..............................146

Lei nº 13.455, de 11 de Janeiro de 2002


Dispõe sobre isenção do pagamento de taxa para confecção de segunda via de documentos de pes-
soas idosas, que tenham sido roubados ou furtados.........................................................146

Lei nº 14.193, de 05 de Novembro de 2003


Dispõe sobre atendimento prioritário às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, conforme es-
pecifica............................................................................................................................147

Lei nº 15.138, de 31 de Maio de 2006


Assegura prioridade na tramitação dos processos e procedimentos administrativos e na execução dos
atos e diligências em que figure pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.....................147

Lei nº 16.397, de 10 de Fevereiro de 2010


Dispõe que serão destinados preferencialmente às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, às
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, às gestantes e lactantes e às pessoas

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Índice
acompanhadas por crianças de colo 10% dos assentos nas áreas de embarque e desembarque dos ter-
minais rodoviários localizados no Estado..................................................................................148

Lei nº 16.402, de 10 de Fevereiro de 2010


Dispõe que os estabelecimentos que promovem eventos culturais, artísticos, esportivos e de lazer,
públicos e privados, no âmbito do Estado, ficam obrigados a afixar placa em local visível e próxi-
mo das bilheterias informando o direito do idoso, conforme especifica.....................................149

Lei nº 17.364, de 27 de Novembro de 2012


Dispõe sobre a garantia de informação ao idoso acerca de seu direito de manter acompanhante no
período em que estiver internado ou em observação em hospitais...............................................149

Ver também: Lei nº 14.043, de 28 de Abril de 2003 (Meia Entrada)...........................................160


Lei nº 14.271, de 24 de Dezembro de 2003 (Pessoas com Deficiência)...................169
Lei nº 16.048, de 19 de Fevereiro de 2009 (Pessoas com Deficiência)....................179
Lei nº 15.441, de 15 de Janeiro de 2007 (Serviços - Banco).................................224

Medicamentos

Lei nº 13.380, de 12 de Dezembro de 2001


Assegura a distribuição gratuita de medicamentos e insumos destinados ao tratamento e controle de dia-
betes, aos diabéticos residentes no Estado do Paraná..............................................................150

Lei nº 16.107, de 18 de Maio de 2009


Prevê a entrega voluntária, por pessoas físicas ou jurídicas, de medicamentos fora do prazo de vali-
dade, conforme especifíca....................................................................................................150

Lei nº 17.211, de 3 de Julho de 2012


Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus
procedimentos...............................................................................................................151

Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013


Regulamenta a Lei no 17.211, de 03 de julho de 2012, que dispõe sobre a responsabilidade da destinação
dos medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus procedimentos, e dá outras providências...153

Meia Entrada

Lei nº 11.182, de 23 de Outubro de 1995


Assegura o pagamento de metade do valor efetivamente cobrado para ingresso em casas de diversões,
espetáculos, praças esportivas e similares, aos estudantes regularmente matriculados em estabeleci-
mentos de ensino, conforme especifica.....................................................................................159

Lei nº 13.964, de 20 de Dezembro de 2002


Desconto de 50% (cinquenta por cento) em Eventos Culturais Artísticos para doadores de san-
gue...............................................................................................................160

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Índice
Lei nº 14.043, de 28 de Abril de 2003
Institui meia-entrada para idosos em locais que menciona e dá outras providências........................160

Lei nº 15.876, de 07 de Julho de 2008


Assegura, aos professores da rede de ensino público e particular de todo o território do Esta-
do do Paraná que estejam exercendo suas funções, o pagamento de 50% do valor realmen-
te cobrado para o ingresso em estabelecimentos e/ou casas de diversões, praças esportivas e
similares, que promovam espetáculos de lazer, entretenimento e difusão cultural, conforme especifi-
ca......................................................................................................................................161

Lei nº 16.675, de 20 de Dezembro de 2010


Institui a meia entrada para deficientes físicos nos eventos teatrais realizados em todos os locais
públicos de cultura, em casa de diversões, espetáculos, praças esportivas e similares do Estado do
Paraná......................................................................................................................162

Meio ambiente

Lei nº 15.632, de 27 de Setembro de 2007


Dispõe sobre instalação de coletores de lixo reciclável nas universidades, faculdades, centros universitá-
rios, escolas, colégios, estádios de futebol, supermercados, shoppings centers e eventos onde haja con-
centração pública, conforme especifica................................................................................162

Lei nº 15.851, de 10 de Junho de 2008


Dispõe que as empresas produtoras, distribuidoras e que comercializam equipamentos de informáti-
ca, instaladas no Estado do Paraná, ficam obrigadas a criar e manter o Programa de Recolhimento,
Reciclagem ou Destruição de Equipamentos de Informática, sem causar poluição ambiental, conforme
especifica.........................................................................................................................163

Lei nº 16.075, de 01 de Abril de 2009


Proíbe o descarte de pilhas, lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que
contenham mercúrio metálico em lixo doméstico ou comercial, conforme especifica e adota outras pro-
vidências.........................................................................................................................163

Pessoa com Deficiência

Lei nº 11.911, de 01 de Dezembro de 1997


Assegura transporte gratuito em linhas de transporte intermunicipal, aos portadores de deficiência,
quando estiverem se submetendo a processo de reabilitação e/ ou de capacitação profissional...........165

Lei nº 13.450, de 11 de Janeiro de 2002


Dispõe que os deficientes visuais acompanhados por cães guias, especialmente treinados para este fim,
têm direito ao acesso e permanência em qualquer local aberto ao público, conforme especifica........168

Lei nº 14.165, de 29 de Outubro de 2003


Dispõe sobre atendimento prioritário aos portadores de deficiência nas condições que especifica......169

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Índice
Lei nº 14.271, de 24 de Dezembro de 2003
Dispõe sobre fornecimento de cadeira de rodas para deficientes físicos e idosos, nos estabelecimentos que
especifica.......................................................................................................................169

Lei nº 15.267, de 18 de Setembro de 2006


Assegura à pessoa com deficiência física, mental e sensorial, prioridade de vaga em Escola Pública próxi-
ma da residência, conforme especifica. (Nova redação dada pela Lei n° 16.904 de 14/09/2011)......170

Lei nº 15.427, de 15 de Janeiro de 2007


Fica obrigatório para as empresas de energia elétrica, água e esgoto, telefone fixo e telefonia celular a
utilização de informações básicas no sistema braille conforme especifica.......................................170

Lei nº 15.430, de 15 de Janeiro de 2007


Obrigatoriedade das embalagens de produtos industrializados terem inscrição em Braille................171

Lei nº 15.432, de 15 de Janeiro de 2007


Dispõe sobre a obrigatoriedade do cardápio em linguagem braille em hotéis, restaurantes e si-
milares.............................................................................................................172

Lei nº 15.984, de 27 de Novembro de 2008


Dispõe que os hospitais e maternidades estaduais prestarão assistência especial às parturientes
cujos filhos recém-nascidos apresentem qualquer tipo de deficiência crônica que implique tratamen-
to continuado, constatado durante o período de internação para o parto, conforme especifica...172

Lei nº 16.005, de 02 de Dezembro de 2008


Dispõe sobre a obrigatoriedade de empresas que mantém guichês em terminais rodoviários e aeropor-
tos, bem como os estabelecimentos bancários de disponibilizarem cadeira de rodas e dá outras providên-
cias................................................................................................................................173

Lei nº 16.048, de 19 de Fevereiro de 2009


Obriga o fornecimento de cadeiras de rodas para deficientes físicos e idosos, pelos centros comer-
ciais, shopping-centers ou estabelecimentos similares, em todo Estado do Paraná, conforme especifi-
ca......................................................................................................................................173

Lei nº 16.087, de 23 de Abril de 2009


Dispõe sobre adequação dos guichês de atendimento no Estado do Paraná às pessoas portadoras de de-
ficiência que utilizem cadeiras de roda..................................................................................174

Lei nº 16.502, de 19 de Maio de 2010


Assegura a matrícula para o aluno portador de deficiência locomotora em escola pública próxima de
sua residência, independente de vaga, conforme especifica........................................................174

Lei nº 16.629, de 22 de Novembro de 2010


Torna obrigatório caixa eletrônico em braille e áudio para deficientes visuais em todas as agências
bancárias do Estado do Paraná............................................................................................175

11
Índice
Lei nº 16.638, de 25 de Novembro de 2010
Obriga as farmácias e drogarias situadas no Estado do Paraná a manter à disposição do público, para
consulta, lista de medicamentos genéricos, em braille..........................................................175

Lei nº 16.725, de 23 de Dezembro de 2010


Dispõe que os estabelecimentos da rede estadual pública e da rede privada ficam obrigados a dispo-
nibilizar, tantas quantas forem necessárias, cadeiras especiais para os alunos portadores de deficiên-
cia...................................................................................................................................176

Lei nº 17.677, de 10 de Setembro de 2013


Proíbe a cobrança de valores adicionais – sobretaxas para matrícula ou mensalidade de estudantes
portadores de Síndrome de Down, autismo, transtorno invasivo do desenvolvimento ou outras síndro-
mes..................................................................................................................................176

Lei nº 17.802, de 05 de Dezembro de 2013


Dispõe sobre a obrigatoriedade de reserva de assento ao acompanhante da pessoa com deficiência em
teatros, cinemas, casa de shows e espetáculos em geral no Estado do Paraná...........................177

Lei nº 17.854, de 19 de Dezembro de 2013


Torna obrigatória a afixação de cartazes em todos os estabelecimentos de comercialização de passa-
gens aéreas localizados no Estado do Paraná, em locais visíveis aos funcionários e aos consumidores,
informando que na hipótese da empresa aérea exigir a presença de um acompanhante para o passagei-
ro portador de deficiência, deverá oferecer para o seu acompanhante, desconto de, no mínimo, oitenta
por cento da tarifa cobrada do passageiro portador da deficiência..............................................178

Decreto nº 4.742, de 15 de Maio de 2009


Regulamenta a Lei nº 11.911/97, com as alterações das Leis nº 13.120/2001 e nº 15.051/2006, que
assegura transporte gratuito nas linhas comuns do transporte intermunicipal de passageiros aos por-
tadores de deficiência comprovadamente carentes..................................................................178

Ver também: Lei nº 16.675, de 20 de Dezembro de 2012 (Meia Entrada)...............................162


Lei nº 16.397, de 10 de Fevereiro de 2010 (Idoso)...........................................148
Lei nº 13.409, de 21 de Dezembro de 2001 (Serviços - Bancos).........................223
Lei nº 15.441, de 15 de Janeiro de 2007 (Serviços - Bancos).............................224

Preços

Lei nº 16.721, de 23 de Dezembro de 2010


Dispõe que é direito de o consumidor saber, antes, durante a negociação e depois da compra, o valor
dos impostos embutidos no preço do produto ou do serviço, conforme especifica............................181

Lei nº 16.723, de 23 de Dezembro de 2010


Dispõe que os estabelecimentos que especifica, onde o consumidor tenha acesso direto ao produto, sem
intervenção do comerciante, ficam obrigados a expor o preço por unidade de medida.....................182

12
Índice
Lei nº 17.127, de 17 de Abril de 2012
Determina a aplicação prática do conteúdo do § 5º, do art. 150, da Constituição Federal em todo Estado do
Paraná.............................................................................................................................182

Lei nº 17.179, de 05 de Junho de 2012


Obriga a informação correta, clara e precisa dos preços dos produtos comercializados no Estado do Para-
ná....................................................................................................................................183

Produtos

Lei nº 11.097, de 25 de Maio de 1995


Proíbe, em todo o território paranaense, a comercialização de brinquedos que disparem projéteis através
de pressão, bem como aqueles com características de armas verdadeiras e adota outras providências..183

Lei nº 12.550, de 07 de Abril de 1999


Obriga as empresas que comercializem Óxido de Cálcio, a fazerem constar nas embalagens destinadas
ao varejo, inscrições de advertência e cuidados que o usuário deve ter com o manuseio do produto...184

Lei nº 14.894, de 09 de Novembro de 2005


Proíbe a comercialização de peças de veículos sinistrados que sejam desmontados e adota outras
providências.................................................................................................................184

Lei nº 16.754, de 29 de Dezembro de 2010


Proíbe a fabricação e a comercialização de mamadeiras, chupetas e outros produtos utilizados para
acondicionar alimentos destinados ao consumo de crianças, que contenham, na sua composição o
produto químico Bisfenol A (BPA)............................................................................................185

Lei nº 17.053, de 17 de Abril de 2012


Obriga a exposição de cartaz de advertência sobre acidentes pelos estabelecimentos que comercializam ál-
cool líquido.........................................................................................................................186

Lei nº 17.526, de 26 de Março de 2013


Dispõe sobre a fabricação e comercialização de tanques de concreto para lavagem de roupas, no âmbi-
to do Estado do Paraná........................................................................................................187

Saúde

Lei nº 8.627, de 09 de Dezembro de 1987


Dispõe sobre a obrigatoriedade dos diagnósticos que especifica, nas crianças nascidas nas maternida-
des e casas hospitalares mantidas pelo Estado do Paraná.......................................................187

Lei nº 12.970, de 25 de Outubro de 2000


Proíbe a exigência de depósito prévio para possibilitar internação hospitalar, de doente em situação
de emergência, que resulte em estado de sofrimento intenso e/ou risco de vida ao paciente........188

13
Índice
Lei nº 13.556, de 14 de Maio de 2002
Dispõe sobre obrigatoriedade de expedição de receitas médicas e odontológicas digitadas em compu-
tador, datilografadas ou escritas manualmente em letra de imprensa........................................188

Lei nº 14.254, de 04 de Dezembro de 2003


Prestação de serviço e ações de saúde de qualquer natureza aos usuários do Sistema Único de Saúde –
SUS e dá outras providências................................................................................................189

Lei nº 14.427, de 07 de Junho de 2004


Obriga, conforme especifica, sejam mantidos aparelhos desfibriladores em eventos de grande concen-
tração de pessoas.............................................................................................................193

Lei nº 14.523, de 26 de Outubro de 2004


Determina o direito da gestante, atendida pelo Sistema Único de Saúde, no Paraná, a exames de de-
tecção do HIV e/ou parto e dá outras providências................................................................194

Lei nº 14.588, de 22 de Dezembro de 2004


Dispõe que as maternidades e os estabelecimentos hospitalares públicos e privados do Estado do Pa-
raná ficam obrigados a realizar, gratuitamente, o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (Tes-
te da Orelhinha) para o diagnóstico precoce de surdez nos bebês nascidos nestes estabelecimen-
tos.....................................................................................................................................195

Lei nº 14.922, de 23 de Novembro de 2005


Permite a presença de acompanhantes nas dependências das enfermarias e das unidades de terapia in-
tensiva (UTI) dos hospitais, conforme especifica......................................................................196

Lei nº 15.442, de 15 de Janeiro de 2007


Dispõe sobre a proteção da saúde dos consumidores nos estabelecimentos comerciais que ofertam a lo-
cação e respectivo acesso a jogos de computador em rede local, conhecidos como Lan House – local de
área network, e seus correlatos, e dá outras providências...........................................................196

Lei nº 15.458, de 15 de Janeiro de 2007


Dispõe sobre a fixação de orientação sobre o DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos causados por veí-
culos automotores de vias terrestres) em estabelecimentos de serviço de saúde pública ou privada e
serviços funerários e dá outras providencias............................................................................198

Lei nº 16.491, de 12 de Maio de 2010


Proíbe a utilização de jalecos, aventais, e outros equipamentos de proteção individual, utilizados por
servidores, funcionários e profissionais da área da saúde, ao frequentarem estabelecimentos comerciais
que especifica......................................................................................................................198

Lei nº 16.724, de 23 de Dezembro de 2010


Obriga a colocação de cartazes à Súmula: vista da população nas dependências dos hospitais, mater-
nidades e postos de saúde da rede oficial, particular e conveniados, informando que é direito do pai,
mãe ou responsável legal permanecer com seus filhos em caso de internação, conforme especifica..199

14
Índice
Lei nº 16.760, de 29 de Dezembro de 2010
Dispõe que as Unidades de Saúde credenciadas no Sistema Único de Saúde do Estado do Paraná
- SUS ficam obrigadas a informar o número de leitos credenciados, ocupados e livres, conforme es-
pecifica.......................................................................................................................199

Lei nº 17.085, de 20 de Março de 2012


Estabelece a obrigatoriedade dos Hospitais do Estado do Paraná de afixar, em lugar visível, a lista dos
médicos plantonistas e do responsável pelo plantão...................................................................200

Lei nº 17.299, de 14 de Setembro de 2012


Dispõe sobre a obrigatoriedade de afixação de cartazes sobre as doenças sexualmente transmissí-
veis nos locais que especifica...............................................................................................200

Lei nº 17.598, de 12 de Junho de 2013


Dispõe sobre a permanência de equipe de paramédicos e ambulância nos locais de realização de pro-
vas para vestibulares, seleções, concursos públicos ou privados, shows e demais eventos similares, no
âmbito do Estado do Paraná...............................................................................................201

Lei nº 17.651, de 07 de Agosto de 2013


Cria uma rede previamente definida para o parto que vincule cada unidade prénatal do SUS à garantia
de acesso automático a uma dada maternidade.........................................................................202

Serviços

Lei nº 13.132, de 16 de Abril de 2001


Dispõe sobre reserva de assentos em salas de projeções, teatros, espaços culturais e transporte coletivo
para pessoas especiais no Estado do Paraná..........................................................................202

Lei nº 15.627, de 18 de Setembro de 2007


Dispõe que os prestadores de serviços continuados ficam obrigados a assegurar aos consumidores a fa-
culdade de solicitar o cancelamento do serviço pelos mesmos meios com os quais foi solicitada a aquisi-
ção, conforme especifica......................................................................................................203

Lei nº 15.852, de 10 de Junho de 2008


Proíbe a cobrança prévia de taxa para cadastramento de curriculum vitae em agências de empregos, in-
clusive as virtuais, no âmbito do Estado, conforme especifica....................................................204

Lei nº 15.952, de 24 de Setembro de 2008


Obriga os restaurantes, bares, lanchonetes, quiosques, ambulantes e similares a utilizarem guardanapos
e canudos de plástico individualmente e hermeticamente embalados em todo o Estado do Paraná..204

Lei nº 15.979, de 19 de Novembro de 2008


Dispõe que os fornecedores de serviços de qualquer natureza, no âmbito do Estado do Paraná, ficam
obrigados a disponibilizarem nas faturas ou boletos mensais de cobrança, o endereço completo de suas
instalações comerciais, conforme especifica..............................................................................205

15
Índice
Lei nº 16.018, de 19 de Dezembro de 2008
Dispõe que as academias de ginástica, centros ou clubes esportivos e outros estabelecimentos congê-
neres, ficam obrigados a fixarem, em suas dependências, placas alusivas sobre o uso inadequado de
anabolizantes em seres humanos, com os dizeres que especifica.................................................205

Lei nº 16.036, de 29 de Dezembro de 2008


Dispõe que as aulas práticas de direção veicular, para a obtenção da primeira CNH, destinarão um
mínimo de três horas/aulas para o aprendizado nas rodovias fora do perímetro urbano, conforme
especifica.....................................................................................................................206

Lei nº 16.088, de 23 de Abril de 2009


Dispõe sobre a divulgação da advertência “Se beber, não dirija” em cardápios e panfletos de propagan-
da de bares, restaurantes e casas de evento.............................................................................206

Lei nº 16.136, de 24 de Junho de 2009


Dispõe que os estabelecimentos comerciais situados no Estado manterão, conforme especifica, exem-
plar do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/1990, disponível para consul-
ta..................................................................................................................................207

Lei nº 16.400, de 10 de Fevereiro de 2010


Dispõe que, no âmbito do Estado do Paraná, as empresas prestadoras de serviço de acesso à internet
via banda larga, ficam proibidas de exigir a contratação de provedor de conteúdo como condição ao
acesso à internet.................................................................................................................207

Lei nº 16.486, de 12 de Maio de 2010


Proíbe a venda a menores de 18 anos e a exposição pública de Revistas, DVD’s, CD’s e cartazes em
bancas, livrarias, locadoras de filmes por qualquer meio ou congêneres, com conteúdo erótico ou porno-
gráfico..............................................................................................................................208

Lei nº 16.503, de 19 de Maio de 2010


Proíbe no âmbito do Estado do Paraná a emissão de quaisquer comprovantes de operações feitos em papéis
termossensíveis.............................................................................................................208

Lei nº 16.651, de 08 de Dezembro de 2010


Dispõe sobre a proibição de cobrança de consumação mínima em bares, danceterias, restaurantes e ca-
sas noturnas no Estado do Paraná e dá outras providências......................................................209

Lei nº 16.671, de 20 de Dezembro de 2010


Dispõe que as empresas que especifica têm responsabilidade direta e objetiva por descumprimento
contratual, prática abusiva e qualquer dano causado ao consumidor...........................................209

Lei nº 16.685, de 20 de Dezembro de 2010


Dispõe que todas as empresas atuantes no Estado do Paraná ficam obrigadas a encaminhar por escrito
aos contratantes, contratos firmados, verbalmente, por meio de call center ou outras formas de vendas a
distância............................................................................................................................210

16
Índice
Lei nº 17.055, de 23 de Janeiro de 2012
Assegura o acesso gratuito, aos menores de 12 anos acompanhados de responsável, às atividades
desportivas realizadas em Estádios e Ginásios localizados no Estado do Paraná..............................211

Lei nº 17.098, de 28 de Março de 2012


Determina que sejam mantidas placas informativas visíveis com dados referentes à manutenção, visto-
ria técnica e riscos na utilização de brinquedos e atrações existentes em parques de diversão........211

Lei nº 17.107, de 17 de Abril de 2012


Dispõe sobre penalidades ao responsável pelo acionamento indevido dos serviços telefônicos de aten-
dimento a emergências envolvendo remoções ou resgates, combate a incêndios, ocorrências policiais
ou atendimento de desastres (trote telefônico).........................................................................212

Lei nº 17.147, de 09 de Maio de 2012


Obriga os hotéis, motéis, pensões e estabelecimentos congêneres a afixarem cartazes com as exigên-
cias legais para hospedagem de crianças e adolescentes............................................................213

Lei nº 17.300, de 14 de Setembro de 2012


Dispõe sobre a obrigatoriedade do envio da cópia do contrato de adesão aos consumidores por carta
registrada na modalidade de aviso de recebimento...................................................................213

Lei nº 17.301, de 14 de Setembro de 2012


Dispõe sobre a oferta de “couvert” por restaurantes,lanchonetes, bares e demais estabelecimentos
de gênero similar no Estado do Paraná....................................................................................214

Lei nº 17.350, de 09 de Novembro de 2012


Determina a obrigatoriedade de instalação de anteparo de vidro ou material similar, acima dos balcões de
buffets em restaurantes.....................................................................................................215

Lei nº 17.483, de 10 de Janeiro de 2013


Obriga a inserção de mensagens educativas sobre o uso de drogas nos ingressos de shows culturais e
esportivos voltados ao público infanto-juvenil e nos locais dos eventos.........................................215

Lei nº 17.604, de 19 de Junho de 2013


Dispõe sobre a obrigatoriedade da especificação e divulgação da quantidade de calorias, presença de
glúten e lactose nos cardápios de bares, restaurantes, hotéis, fastfoods e similares........................216

Lei nº 17.663, de 27 de Agosto de 2013


Dispõe medidas para que as empresas prestadoras de serviços de TV por assinatura situadas no Estado
do Paraná mantenham escritórios regionais nas microrregiões para atendimento pessoal............217

Lei nº 17.699, de 02 de Outubro de 2013


Disciplina a identificação dos profissionais de educação física contratados por estabelecimentos que
exerçam atividades ligadas às áreas de atividades físicas e do desporto, conforme critérios estabele-
cidos pelos arts. 2º, I, II, III e 3º da Lei Federal nº 9.696, de 1998 e da Resolução nº 52, de 2002 do
17
17
Índice
Conselho Federal de Educação Física.....................................................................................217

Lei nº 17.774, de 29 de novembro de 2013


Estabelece a utilização de material informativo na forma de vídeo sobre medidas de segurança em
boates, casas noturnas e shows...........................................................................................218

Lei nº 17.898, de 27 de Dezembro de 2013


Obriga os fornecedores de bens e prestadores de serviços localizados no Estado do Paraná a fixarem
data e hora para entrega dos produtos ou realização dos serviços aos consumidores.......................219

Lei nº 17.949, de 10 de Janeiro de 2014


Dispõe sobre os serviços comerciais de tosa e banho em animais domésticos de pequeno e grande
porte no Estado do Paraná....................................................................................................220

Lei nº 17.951, de 10 de Janeiro de 2014


Dispõe sobre a obrigatoriedade da identificação dos torcedores nos estádios de futebol no Estado do
Paraná.............................................................................................................................221

Serviços - Bancos

Lei nº 9.997, de 16 de Junho de 1992


Que dispõe sobre o atendimento prioritário, preferencial e especial das pessoas que especifi-
ca, em agências e postos bancários, estabelecimentos financeiros e similares, e dá outras pro-
vidências..........................................................................................................222

Lei nº 11.571, de 5 de Novembro de 1996


Torna obrigatória a Instalação de Porta de Segurança nas Agências Bancárias do Estado do Paraná e dá ou-
tras providências...............................................................................................................222

Lei nº 13.409, de 21 de Dezembro de 2001


Dispõe que as agências e os postos bancários estabelecidos no Estado ficam obrigados a emitir documen-
tos em braille e a instalar equipamentos de informática adequados ao atendimento dos portadores de
deficiência visual...............................................................................................................223

Lei nº 14.856, de 19 de Outubro de 2005


Dispõe que as agências bancárias do Estado do Paraná devem ter sanitários em suas instalações, confor-
me especifica....................................................................................................................224

Lei nº 15.136, de 31 de Maio de 2006


Obriga os estabelecimentos bancários em que estejam em operações equipamentos “detectores de
metais”, a colocar avisos alertando as pessoas portadoras de “marcapasso cardíaco”...........224

Lei nº 15.441, de 15 de Janeiro de 2007


Torna obrigatória, no âmbito do Estado do Paraná, a disponibilidade de cadeiras de rodas para deficien-
tes físicos e idosos nas agências bancárias.............................................................................224

18
Índice
Lei nº 15.453, de 15 de Janeiro de 2007
Dispõe sobre a obrigatoriedade das instituições bancárias instalarem biombos, tapumes ou estruturas
similares nos locais de atendimento ao público no Estado do Paraná, como forma de preservar a segu-
rança dos clientes destas instituições.......................................................................................225

Lei nº 16.392, de 02 de Fevereiro de 2010


Dispõe que as instituições financeiras que especifica, manterão afixados em seu interior, placas ou
cartazes informando que “a Lei Federal n° 8.078/1990, em seu art. 52, § 2°, garante a quem efe-
tuar a liquidação antecipada do débito, total ou parcial, a redução proporcional de juros e demais
acréscimos”.....................................................................................................................225

Lei nº 16.752, de 29 de Dezembro de 2010


Dispõe que as instituições financeiras no âmbito do Estado do Paraná deverão informar a todos os
consumidores, anteriormente a prestação dos serviços tarifados, em caixas eletrônicos, telefone ou in-
ternet, o valor da cobrança..................................................................................................226

Lei nº 17.141, de 04 de Maio de 2012


Dispõe sobre a proibição de cobrança de despesas por emissão de carnê ou boleto bancário............226

Lei nº 17.897, de 27 de Dezembro de 2013


Dispõe sobre o atendimento reservado para clientes das agências e postos de atendimento bancário do
Estado do Paraná.................................................................................................................227

Ver também: Lei nº 13.409, de 11 de Janeiro de 2001 (Serviços - Bancos).................................223


Lei nº 16.629, de 22 de Novembro de 2010 (Pessoas com Deficiência)....................175
Lei nº 17.365, de 27 de Novembro de 2012 (Assuntos Financeiros).........................102

Serviços Educacionais

Lei nº 15.537, de 12 de Junho de 2007.


Dispõe sobre o fornecimento, na Rede de Ensino, de merenda, diferenciada, para estudantes clinicamen-
te considerados diabéticos, hipoglicêmicos e celíacos............................................................228

Lei nº 17.049, de 23 de Janeiro de 2012


Dispõe sobre a obrigatoriedade de instituições de educação superior privadas, que ofertarem bol-
sas de estudos, publicarem os critérios de concessão das referidas bolsas, bem como os nomes dos
beneficiados...............................................................................................................228

Lei nº 17.322, de 05 de Outubro de 2012


Fica vedada, pelas instituições de ensino privadas sediadas no Estado do Paraná, a cobrança de taxa de
material de ensino de uso coletivo..........................................................................................228

Lei nº 17.482, de 10 de Janeiro de 2013


Dispõe sobre o peso bruto máximo do material escolar dos alunos de estabelecimentos de ensino pú-
blicos e privados do Estado do Paraná.....................................................................................229

19
Índice
Lei nº 17.484, de 10 de Janeiro de 2013
Torna obrigatório afixar em local visível aos alunos das instituições de ensino superior, informações
sobre a gratuidade na emissão de diplomas e histórico escolar final na forma que menciona...........229

Lei nº 17.485, de 10 de Janeiro de 2013


Dispõe sobre a devolução do valor da matrícula nos estabelecimentos de ensino superior, nas situações
em que especifica.................................................................................................................230

Ver também: Lei nº 17.677, de 10 de Setembro de 2013 (Pessoas com Deficiência)..................176

Serviços Essenciais

Lei nº 10.238, de 05 de Janeiro de 1993


Fica estabelecida a suspensão do pagamento de água, esgoto e luz aos trabalhadores desempregados,
nos termos desta lei.............................................................................................................230

Lei nº 13.755, de 09 de Setembro de 2002


Veda a cobrança de tarifa mínima pelas concessionárias de serviços públicos no Estado do Pa-
raná..................................................................................................................232

Lei nº 13.802, de 20 de Setembro de 2002


Dispõe sobre a proibição de cobrança de taxa pelos serviços de religação dos serviços públicos de sanea-
mento e de energia elétrica, e dá outras providências................................................................232

Lei nº 14.040, de 28 de Abril de 2003


Proíbe que as empresas de concessão de serviços públicos de água, luz e telefonia façam o corte
do fornecimento residencial de seus serviços por falta de pagamento de contas em dias específicos
e dá outras providências......................................................................................................232

Lei nº 17.460, de 20 de Janeiro de 2013


Assegura ao cônjuge do consumidor de prestadora de serviços públicos o direito de solicitar a inclusão
do seu nome na fatura mensal de consumo.............................................................................233

Ver também: Lei nº 15.427, de 15 de Janeiro de 2007 (Pessoas com Deficiência).....................161

Serviços Esseciais: Água e Esgoto

Lei nº 13.962, de 20 de Dezembro de 2002


Estabelece, para as concessionárias de abastecimento de água, a obrigatoriedade de instalação de dis-
positivo que elimine o ar na medição do consumo de água, e dá outras providências.....................233

Lei nº 14.471, de 26 de Julho de 2004


Proíbe a SANEPAR de interromper a continuidade dos serviços aos consumidores residenciais inadim-
plentes, conforme especifica..................................................................................................234

20
Índice
Decreto nº 953, de 12 de Junho de 2007
Regulamenta a Lei 13.962, de 20/12/2002, que autoriza a empresa concessionária do serviço de
abastecimento de água no Estado do Paraná, a instalar equipamento eliminador de ar........234

Decreto nº 2.460, de 08 de Janeiro de 2004


Fica autorizada a Companhia de Saneamento do Paraná, a manter o benefício da tarifa social para
familias de baixa renda.........................................................................................................236

Decreto nº 5.099, de 14 de Julho de 2009


Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR, só poderá instituir cobrança pela prestação de
serviços públicos de abastecimento de água, de saneamento e de resíduos sólidos, se efetivamen-
te executar tais serviços, ficando vedada a contratação de cobrança por serviços prestados por
terceiros..................................................................................................................236

Serviços Essenciais: Energia Elétrica

Lei nº 14.773, de 05 de Julho de 2005


Dispõe que, nos casos de contratação de demanda de potência, o ICMS somente incidirá sobre a quan-
tidade de energia elétrica efetivamente consumida...................................................................237

Lei nº 14.959, de 21 de Dezembro de 2005


Concede isenção do ICMS sobre a parcela da subvenção de tarifa de energia elétrica estabelecida pelas
Leis Federais nº 10.438/02 e nº 10.604/02..........................................................................237

Lei nº 15.008, de 26 de Janeiro de 2006


Dispõe sobre a proibição da interrupção no fornecimento de energia elétrica aos consumidores residen-
ciais em inadimplência no Estado do Paraná nas datas que especifica e normatiza a suspensão nas seguin-
tes condições......................................................................................................................238

Lei nº 17.639, de 31 de Julho de 2013


Dispõe sobre o Programa “Luz Fraterna” e revoga as Leis Estaduais nº 14.087, de 11 de setembro de
2003 e nº 15.922, de 12 de agosto de 2008............................................................................238

Serviços Essenciais: Funerária - Cemitério

Lei nº 14.164, de 29 de Outubro de 2003


Dispõe sobre serviços funerários, conforme especifica...............................................................240

Serviços Essenciais: Telefonia Celular

Lei nº 15.850, de 10 de Junho de 2008


Proíbe o envio, aos usuários do serviço de telefonia celular, de mensagens promocionais de texto ou de
correio de voz, pelas operadoras de serviço de telefonia celular no Estado do Paraná, conforme especifi-
ca......................................................................................................................................241

21
Índice
Lei nº 17.054, de 23 de Janeiro de 2012
Estabelece que as operadoras de telefonia celular e os fabricantes de aparelhos celulares e
acessórios, no âmbito do Estado do Paraná, deverão alertar seus usuários sobre a possibilida-
de de danos à saúde....................................................................................................241

Serviços Essenciais: Telefonia Fixa

Lei nº 13.051, de 16 de Janeiro de 2001


Dispõe sobre dados obrigatórios nas faturas telefônicas e adota outras providências.....................242

Lei nº 15.511, de 31 de Maio de 2007


Obriga as empresas prestadoras de serviço de telefonia fixa a discriminarem nas faturas de cobrança, os
dados que especifica.............................................................................................................242

Serviços Essenciais: Transporte Rodoviário de Passageiros

Lei nº 9.889, de 27 de Dezembro de 1991


Torna obrigatória a identificação dos passageiros em transporte rodoviário no Estado do Paraná, con-
forme especifica..................................................................................................................243

Lei nº 17.334, de 08 de Outubro de 2012


Proíbe o uso de aparelho sonoro ou musical no interior de veículos de transporte coletivo..............244

Decreto nº 1.145, de 14 de Fevereiro de 1992


Obrigatoriedade de identificação dos passageiros das empresas de transporte rodoviário................244

Decreto nº 4.977, de 15 de Junho de 2005


Todas as empresas que prestam serviços de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros, ficam
obrigadas a informar aos usuários, quando houver embarque de novos passageiros......................246

Supermercados

Lei nº 9.427, de 07 de Novembro de 1990


Dispõe sobre a obrigatoriedade nos supermercados estabelecidos no território paranaense, de uma ba-
lança de precisão na saída de caixas.......................................................................................248

Lei nº 16.496, de 12 de Maio de 2010


Dispõe que os estabelecimentos que especifica deverão acomodar, para exibição em espaço único,
específico e de destaque, produtos alimentícios recomendados para pessoas com diabetes, intolerantes
à lactose e com doença celíaca...............................................................................................248

Lei nº 16.649, de 08 de Dezembro de 2010


Determina que os hipermercados e supermercados estabelecidos no Estado do Paraná, coloquem à
disposição do consumidor um empacotador para cada caixa e dá providência correlatas.................249

22
Índice
Lei nº 17.115, de 17 de Abril de 2012
Obriga açougues e supermercados a fornecerem informações sobre seus produtos e respectivos for-
necedores...........................................................................................................................249

Lei nº 17.459, de 02 de Janeiro de 2013


Determina que os hipermercados e supermercados estabelecidos no Estado do Paraná coloquem os
preços dos produtos armazenados nas prateleiras inferiores voltados para cima............................249

Lei nº 17.477, de 03 de Janeiro de 2013


Determina aos hipermercados e aos supermercados que disponham de local destacado para a venda de
produtos orgânicos...............................................................................................................250

Lei nº 17.478, de 03 de Janeiro de 2013


Obriga os supermercados e demais estabelecimentos similares a divulgarem em destaque a
data de vencimento dos produtos incluídos em todas as promoções especiais feitas em suas de-
pendências.......................................................................................................251

Transparência

Lei nº 16.595, de 26 de Outubro de 2010


Dispõe que todos atos oficiais dos órgãos que especifica, que impliquem na realização de despesas públi-
cas deverão ser publicados no Diário Oficial do Estado..............................................................251

Decreto nº 4.531, de 15 de Maio de 2012


Regulamenta o acesso a informações prevista no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no
§ 2º do art. 216 da Constituição Federal e na Lei Estadual nº 16.595/2010 e dá outras providências...254

Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013


Dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela Administração Direta do Poder Executivo.259

PROCON-PR

Lei nº 10.835, de 26 de Junho de 1994


Autoriza o Poder Executivo a baixar, por decreto, as normas necessárias à execução da proteção e de-
fesa do consumidor neste Estado..........................................................................................276

Lei nº 15.614, de 04 de Setembro de 2007


Dispõe sobre a inclusão do endereço www.pr.gov.br/proconpr - 0800-41-1512 - Rua Alameda Cabral,
184 – Centro, Curitiba/PR – CEP 80410-210 – Fax: (41) 3219-7400, nos documentos fiscais emitidos
pelos estabelecimentos comerciais no Estado do Paraná............................................................276

Lei nº 17.005, de 14 de Dezembro de 2011


Dispõe sobre a fixação de placas informativas nos estabelecimentos comerciais contendo o número
telefônico de atendimento do PROCON-PR................................................................................276

23
24
LEGISLAÇÃO
FEDERAL

25
Código de Defesa do Consumidor
Lei nº 8.078, diante remuneração, inclusive as de
de 11 de Setembro de 1990 natureza bancária, financeira, de cré-
dito e securitária, salvo as decorrentes
Dispõe sobre a proteção do consumi- das relações de caráter trabalhista.
dor e dá outras providências.

O Presidente da República, faço saber CAPÍTULO II


que o congresso nacional decreta e eu Da Política Nacional de Relações
sanciono a seguinte lei: de Consumo

Art. 4º. A Política Nacional das Rela-


TÍTULO I ções de Consumo tem por objetivo o
Dos Direitos do Consumidor atendimento das necessidades dos
consumidores, o respeito à sua digni-
CAPÍTULO I dade, saúde e segurança, a proteção
Disposições Gerais de seus interesses econômicos, a me-
lhoria da sua qualidade de vida, bem
Art. 1º. O presente código estabelece como a transparência e harmonia das
normas de proteção e defesa do con- relações de consumo, atendidos os se-
sumidor, de ordem pública e interesse guintes princípios: (Nova redação dada
social, nos termos dos arts. 5º., inciso pela Lei nº 9.008, de 21/03/95).
XXXII, 170, inciso V, da Constituição
Federal e art. 48 de suas Disposições I - reconhecimento da vulnerabilidade
Transitórias. do consumidor no mercado de consu-
mo;
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa fí-
sica ou jurídica que adquire ou utiliza II - ação governamental no sentido de
produto ou serviço como destinatário proteger efetivamente o consumidor:
final.
a) por iniciativa direta;
Parágrafo único. Equipara-se a con-
sumidor a coletividade de pessoas, b) por incentivos à criação e desenvol-
ainda que indetermináveis, que haja vimento de associações representati-
intervindo nas relações de consumo. vas;

Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa fí- c) pela presença do Estado no mercado
sica ou jurídica, pública ou privada, de consumo;
nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que de- d) pela garantia dos produtos e servi-
senvolvem atividade de produção, ços com padrões adequados de qua-
montagem, criação, construção, trans- lidade, segurança, durabilidade e de-
formação, importação, exportação, sempenho.
distribuição ou comercialização de pro-
dutos ou prestação de serviços. III - harmonização dos interesses dos
participantes das relações de consu-
§ 1º. Produto é qualquer bem, móvel mo e compatibilização da proteção do
ou imóvel, material ou imaterial. consumidor com a necessidade de de-
senvolvimento econômico e tecnológi-
§ 2º. Serviço é qualquer atividade for- co, de modo a viabilizar os princípios
necida no mercado de consumo, me- nos quais se funda a ordem econômi-

26
Código de Defesa do Consumidor
ca (art. 170, da Constituição Federal), IV - criação de Juizados Especiais de
sempre com base na boa-fé e equilí- Pequenas Causas e Varas Especializa-
brio nas relações entre consumidores das para a solução de litígios de con-
e fornecedores; sumo;

IV - educação e informação de forne- V - concessão de estímulos à criação


cedores e consumidores, quanto aos e desenvolvimento das Associações de
seus direitos e deveres, com vistas à Defesa do Consumidor.
melhoria do mercado de consumo;
§ 1º. (Vetado).
V - incentivo à criação pelos fornece-
dores de meios eficientes de controle § 2º. (Vetado).
de qualidade e segurança de produtos
e serviços, assim como de mecanismos CAPÍTULO III
alternativos de solução de conflitos de Dos Direitos Básicos do Consumidor
consumo;
Art. 6º. São direitos básicos do con-
VI - coibição e repressão eficientes de sumidor:
todos os abusos praticados no mercado
de consumo, inclusive a concorrência I - a proteção da vida, saúde e segu-
desleal e utilização indevida de inven- rança contra os riscos provocados por
tos e criações industriais das marcas e práticas no fornecimento de produtos
nomes comerciais e signos distintivos, e serviços considerados perigosos ou
que possam causar prejuízos aos con- nocivos;
sumidores;
II - a educação e divulgação sobre o
VII - racionalização e melhoria dos ser- consumo adequado dos produtos e
viços públicos; serviços, asseguradas a liberdade de
escolha e a igualdade nas contrata-
VIII - estudo constante das modifica- ções;
ções do mercado de consumo.
III - a informação adequada e clara so-
Art. 5º. Para a execução da Política bre os diferentes produtos e serviços,
Nacional das Relações de Consumo, com especificação correta de quan-
contará o poder público com os seguin- tidade, características, composição,
tes instrumentos, entre outros: qualidade, tributos incidentes e preço,
bem como sobre os riscos que apre-
I - manutenção de assistência jurídica, sentem; (Nova redação dada pela Lei
integral e gratuita para o consumidor nº 12.741, de 08/12/12).
carente;
IV - a proteção contra a publicidade
II - instituição de Promotorias de Justi- enganosa e abusiva, métodos comer-
ça de Defesa do Consumidor, no âmbi- ciais coercitivos ou desleais, bem como
to do Ministério Público; contra práticas e cláusulas abusivas ou
impostas no fornecimento de produtos
III - criação de delegacias de polícia e serviços;
especializadas no atendimento de con-
sumidores vítimas de infrações penais V - a modificação das cláusulas contra-
de consumo; tuais que estabeleçam prestações des-
proporcionais ou sua revisão em razão
27
Código de Defesa do Consumidor
de fatos supervenientes que as tornem Seção I
excessivamente onerosas; Da Proteção à Saúde e Segurança

VI - a efetiva prevenção e reparação Art. 8º. Os produtos e serviços co-


de danos patrimoniais e morais, indivi- locados no mercado de consumo não
duais, coletivos e difusos; acarretarão riscos à saúde ou segu-
rança dos consumidores, exceto os
VII - o acesso aos órgãos judiciários considerados normais e previsíveis em
e administrativos com vistas à preven- decorrência de sua natureza e frui-
ção ou reparação de danos patrimo- ção, obrigando-se os fornecedores, em
niais e morais, individuais, coletivos ou qualquer hipótese, a dar as informa-
difusos, assegurada a proteção Jurídi- ções necessárias e adequadas a seu
ca, administrativa e técnica aos neces- respeito.
sitados;
Parágrafo único. Em se tratando de
VIII - a facilitação da defesa de seus produto industrial, ao fabricante cabe
direitos, inclusive com a inversão do prestar as informações a que se refe-
ônus da prova, a seu favor, no proces- re este artigo, através de impressos
so civil, quando, a critério do juiz, for apropriados que devam acompanhar o
verossímil a alegação ou quando for produto.
ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências; Art. 9º. O fornecedor de produtos e
serviços potencialmente nocivos ou
IX - (Vetado); perigosos à saúde ou segurança de-
verá informar, de maneira ostensiva e
X - a adequada e eficaz prestação dos adequada, a respeito da sua nocivida-
serviços públicos em geral. de ou periculosidade, sem prejuízo da
adoção de outras medidas cabíveis em
cada caso concreto.
Art. 7º. Os direitos previstos neste có-
digo não excluem outros decorrentes
Art. 10º. O fornecedor não poderá co-
de tratados ou convenções internacio-
locar no mercado de consumo produto
nais de que o Brasil seja signatário,
ou serviço que sabe ou deveria saber
da legislação interna ordinária, de re-
apresentar alto grau de nocividade ou
gulamentos expedidos pelas autorida-
periculosidade à saúde ou segurança.
des administrativas competentes, bem
como dos que derivem dos princípios
§ 1º. O fornecedor de produtos e ser-
gerais do direito, analogia, costumes e
viços que, posteriormente à sua intro-
equidade.
dução no mercado de consumo, tiver
conhecimento da periculosidade que
Parágrafo único. Tendo mais de um
apresentem, deverá comunicar o fato
autor a ofensa, todos responderão so-
imediatamente às autoridades compe-
lidariamente pela reparação dos danos
tentes e aos consumidores, mediante
previstos nas normas de consumo.
anúncios publicitários.

CAPÍTULO IV § 2º. Os anúncios publicitários a que


Da Qualidade de Produtos e Serviços, se refere o parágrafo anterior serão
da Prevenção e da Reparação dos Danos veiculados na imprensa, rádio e tele-
visão, às expensas do fornecedor do
produto ou serviço.
28
Código de Defesa do Consumidor
§ 3º. Sempre que tiverem conheci- I - que não colocou o produto no mer-
mento de periculosidade de produtos cado;
ou serviços à saúde ou segurança dos
consumidores, a União, os Estados, o II - que, embora haja colocado o pro-
Distrito Federal e os Municípios deve- duto no mercado, o defeito inexiste;
rão informá-los a respeito.
III - a culpa exclusiva do consumidor
Art. 11º. (Vetado). ou de terceiro.

Seção II Art. 13º. O comerciante é igualmente


Da Responsabilidade pelo Fato responsável, nos termos do artigo an-
do Produto e do Serviço
terior, quando:

I - o fabricante, o construtor, o produ-


Art. 12º. O fabricante, o produtor, o tor ou o importador não puderem ser
construtor, nacional ou estrangeiro, e o identificados;
importador respondem, independente-
mente da existência de culpa, pela re- II - o produto for fornecido sem identi-
paração dos danos causados aos con- ficação clara do seu fabricante, produ-
sumidores por defeitos decorrentes de tor, construtor ou importador;
projeto, fabricação, construção, mon-
tagem, fórmulas, manipulação, apre- III - não conservar adequadamente os
sentação ou acondicionamento de seus produtos perecíveis.
produtos, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua Parágrafo único. Aquele que efetivar
utilização e riscos. o pagamento ao prejudicado poderá
exercer o direito de regresso contra
§ 1º. O produto é defeituoso quando os demais responsáveis, segundo sua
não oferece a segurança que dele le- participação na causação do evento
gitimamente se espera, levando-se em danoso.
consideração as circunstâncias rele-
vantes, entre as quais: Art. 14º. O fornecedor de serviços
responde, independentemente da
I - sua apresentação; existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por
II - o uso e os riscos que razoavelmen- defeitos relativos à prestação dos ser-
te dele se esperam; viços, bem como por informações in-
suficientes ou inadequadas sobre sua
III - a época em que foi colocado em fruição e riscos.
circulação.
§ 1º. O serviço é defeituoso quando
§ 2º. O produto não é considerado de- não fornece a segurança que o consu-
feituoso pelo fato de outro de melhor midor dele pode esperar, levando-se
qualidade ter sido colocado no merca- em consideração as circunstâncias re-
do. levantes, entre as quais:

§ 3º. O fabricante, o construtor, o pro- I - o modo de seu fornecimento;


dutor ou importador só não será res-
ponsabilizado quando provar: II - o resultado e os riscos que razoa-
velmente dele se esperam;
29
Código de Defesa do Consumidor
III - a época em que foi fornecido. I - a substituição do produto por outro
da mesma espécie, em perfeitas con-
§ 2º. O serviço não é considerado de- dições de uso;
feituoso pela adoção de novas técni-
cas. II - a restituição imediata da quantia
paga, monetariamente atualizada, sem
§ 3º. O fornecedor de serviços só não prejuízo de eventuais perdas e danos;
será responsabilizado quando provar:
III - o abatimento proporcional do pre-
I - que, tendo prestado o serviço, o de- ço.
feito inexiste;
§ 2º. Poderão as partes convencionar
II - a culpa exclusiva do consumidor ou a redução ou ampliação do prazo pre-
de terceiro. visto no parágrafo anterior, não poden-
do ser inferior a sete nem superior a
§ 4º. A responsabilidade pessoal dos cento e oitenta dias. Nos contratos de
profissionais liberais será apurada me- adesão, a cláusula de prazo deverá ser
diante a verificação de culpa. convencionada em separado, por meio
de manifestação expressa do consumi-
Art. 15º. (Vetado). dor.
Art. 16º. (Vetado). § 3º. O consumidor poderá fazer uso
imediato das alternativas do § 1º. des-
Art. 17º. Para os efeitos desta Seção, te artigo sempre que, em razão da
equiparam-se aos consumidores todas extensão do vício, a substituição das
as vítimas do evento. partes viciadas puder comprometer a
qualidade ou características do produ-
Seção III to, diminuir-lhe o valor ou se tratar de
Da Responsabilidade por Vício produto essencial.
do Produto e do Serviço
§ 4º. Tendo o consumidor optado pela
Art. 18º. Os fornecedores de produtos alternativa do inciso I do § 1º. deste
de consumo duráveis ou não duráveis artigo, e não sendo possível a substi-
respondem solidariamente pelos vícios tuição do bem, poderá haver substi-
de qualidade ou quantidade que os tuição por outro de espécie, marca ou
tornem impróprios ou inadequados ao modelo diversos, mediante comple-
consumo a que se destinam ou lhes di- mentação ou restituição de eventual
minuam o valor, assim como por aque- diferença de preço, sem prejuízo do
les decorrentes da disparidade, com as disposto nos incisos II e III do § 1º.
indicações constantes do recipiente, da deste artigo.
embalagem, rotulagem ou mensagem
publicitária, respeitadas as variações § 5º. No caso de fornecimento de
decorrentes de sua natureza, podendo produtos in natura, será responsável
o consumidor exigir a substituição das perante o consumidor o fornecedor
partes viciadas. imediato, exceto quando identificado
claramente seu produtor.
§ 1º. Não sendo o vício sanado no pra-
zo máximo de trinta dias, pode o con- § 6º. São impróprios ao uso e consu-
sumidor exigir, alternativamente e à mo:
sua escolha:
30
Código de Defesa do Consumidor
I - os produtos cujos prazos de valida- Art. 20º. O fornecedor de serviços
de estejam vencidos; responde pelos vícios de qualidade que
os tornem impróprios ao consumo ou
II - os produtos deteriorados, altera- lhes diminuam o valor, assim como por
dos, adulterados, avariados, falsifica- aqueles decorrentes da disparidade
dos, corrompidos, fraudados, nocivos com as indicações constantes da ofer-
à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, ta ou mensagem publicitária, podendo
aqueles em desacordo com as normas o consumidor exigir, alternativamente
regulamentares de fabricação, distri- e à sua escolha:
buição ou apresentação;
I - a reexecução dos serviços, sem
III - os produtos que, por qualquer custo adicional e quando cabível;
motivo, se revelem inadequados ao
fim a que se destinam. II - a restituição imediata da quantia
paga, monetariamente atualizada, sem
Art. 19º. Os fornecedores respondem prejuízo de eventuais perdas e danos;
solidariamente pelos vícios de quanti-
dade do produto sempre que, respei- III - o abatimento proporcional do pre-
tadas as variações decorrentes de sua ço.
natureza, seu conteúdo líquido for in-
ferior às indicações constantes do re- § 1º. A reexecução dos serviços po-
cipiente, da embalagem, rotulagem ou derá ser confiada a terceiros devida-
de mensagem publicitária, podendo o mente capacitados, por conta e risco
consumidor exigir, alternativamente e do fornecedor.
à sua escolha:
§ 2º. São impróprios os serviços que
I - o abatimento proporcional do pre- se mostrem inadequados para os fins
ço; que razoavelmente deles se esperam,
bem como aqueles que não atendam
II - complementação do peso ou me- as normas regulamentares de presta-
dida; bilidade.

III - a substituição do produto por ou- Art. 21º. No fornecimento de serviços


tro da mesma espécie, marca ou mo- que tenham por objetivo a reparação
delo, sem os aludidos vícios; de qualquer produto considerar-se-á
implícita a obrigação do fornecedor de
IV - a restituição imediata da quantia empregar componentes de reposição
paga, monetariamente atualizada, sem originais adequados e novos, ou que
prejuízo de eventuais perdas e danos. mantenham as especificações técnicas
do fabricante, salvo, quanto a estes
§ 1º. Aplica-se a este artigo o disposto últimos, autorização em contrário do
no § 4º. do artigo anterior. consumidor.

§ 2º. O fornecedor imediato será res- Art. 22º. Os órgãos públicos, por si
ponsável quando fizer a pesagem ou a ou suas empresas, concessionárias,
medição e o instrumento utilizado não permissionárias ou sob qualquer outra
estiver aferido segundo os padrões ofi- forma de empreendimento, são obri-
ciais. gados a fornecer serviços adequados,
eficientes, seguros e, quanto aos es-
senciais, contínuos.
31
Código de Defesa do Consumidor
Parágrafo único. Nos casos de des- § 1º. Inicia-se a contagem do prazo
cumprimento, total ou parcial, das decadencial a partir da entrega efetiva
obrigações referidas neste artigo, se- do produto ou do término da execução
rão as pessoas jurídicas compelidas a dos serviços.
cumpri-las e a reparar os danos cau-
sados, na forma prevista neste código. § 2º. Obstam a decadência:

Art. 23º. A ignorância do fornecedor I - a reclamação comprovadamente


sobre os vícios de qualidade por inade- formulada pelo consumidor perante o
quação dos produtos e serviços não o fornecedor de produtos e serviços até
exime de responsabilidade. a resposta negativa correspondente,
que deve ser transmitida de forma ine-
Art. 24º. A garantia legal de adequa- quívoca;
ção do produto ou serviço independe
de termo expresso, vedada a exonera- II - (Vetado);
ção contratual do fornecedor.
III - a instauração de inquérito civil,
Art. 25º. É vedada a estipulação con- até seu encerramento.
tratual de cláusula que impossibilite,
exonere ou atenue a obrigação de in- § 3º. Tratando-se de vício oculto, o
denizar prevista nesta e nas seções prazo decadencial inicia-se no momen-
anteriores. to em que ficar evidenciado o defeito.

§ 1º. Havendo mais de um responsável Art. 27º. Prescreve em cinco anos a


pela causação do dano, todos respon- pretensão à reparação pelos danos
derão solidariamente pela reparação causados por fato do produto ou do
prevista nesta e nas seções anteriores. serviço prevista na Seção II deste Ca-
pítulo, iniciando-se a contagem do pra-
§ 2º. Sendo o dano causado por com- zo a partir do conhecimento do dano e
ponente ou peça incorporada ao pro- de sua autoria.
duto ou serviço, são responsáveis so-
lidários seu fabricante, construtor ou Parágrafo único. (Vetado).
importador e o que realizou a incorpo-
ração. Seção V
Da Desconsideração da
Seção IV Personalidade Jurídica
Da Decadência e da Prescrição
Art. 28º. O juiz poderá desconsiderar
Art. 26º. O direito de reclamar pelos a personalidade jurídica da sociedade
vícios aparentes ou de fácil constata- quando, em detrimento do consumi-
ção caduca em: dor, houver abuso de direito, exces-
so de poder, infração da lei, fato ou
I - trinta dias, tratando-se de forne- ato ilícito ou violação dos estatutos
cimento de serviço e de produtos não ou contrato social. A desconsideração
duráveis; também será efetivada quando houver
falência, estado de insolvência, encer-
II - noventa dias, tratando-se de for- ramento ou inatividade da pessoa jurí-
necimento de serviço e de produtos dica provocados por má administração.
duráveis.
§ 1º. (Vetado).
32
Código de Defesa do Consumidor
§ 2º. As sociedades integrantes dos tia, prazos de validade e origem, entre
grupos societários e as sociedades outros dados, bem como sobre os ris-
controladas, são subsidiariamente res- cos que apresentam à saúde e segu-
ponsáveis pelas obrigações decorren- rança dos consumidores.
tes deste código.
Parágrafo único. As informações
§ 3º. As sociedades consorciadas são de que trata este artigo, nos produtos
solidariamente responsáveis pelas refrigerados oferecidos ao consumi-
obrigações decorrentes deste código. dor, serão gravadas de forma indelé-
vel. (Incluído pela Lei nº 11.989, de
§ 4º. As sociedades coligadas só res- 27/07/09).
ponderão por culpa.
Art. 32º. Os fabricantes e importa-
§ 5º. Também poderá ser desconside- dores deverão assegurar a oferta de
rada a pessoa jurídica sempre que sua componentes e peças de reposição
personalidade for, de alguma forma, enquanto não cessar a fabricação ou
obstáculo ao ressarcimento de prejuí- importação do produto.
zos causados aos consumidores.
Parágrafo único. Cessadas a produ-
CAPÍTULO V ção ou importação, a oferta deverá ser
Das Práticas Comerciais mantida por período razoável de tem-
po, na forma da lei.

Seção I Art. 33º. Em caso de oferta ou venda


Das Disposições Gerais por telefone ou reembolso postal, deve
constar o nome do fabricante e ende-
Art. 29º. Para os fins deste Capítulo e reço na embalagem, publicidade e em
do seguinte, equiparam-se aos consu- todos os impressos utilizados na tran-
midores todas as pessoas determiná- sação comercial.
veis ou não, expostas às práticas nele
previstas. Parágrafo único. É proibida a publi-
cidade de bens e serviços por telefone,
Seção II quando a chamada for onerosa ao con-
Da Oferta sumidor que a origina. (Incluído pela
Lei nº 11.800, de 29/10/08).
Art. 30º. Toda informação ou publici-
dade, suficientemente precisa, veicu- Art. 34º. O fornecedor do produto ou
lada por qualquer forma ou meio de serviço é solidariamente responsável
comunicação com relação a produtos pelos atos de seus prepostos ou repre-
e serviços oferecidos ou apresentados, sentantes autônomos.
obriga o fornecedor que a fizer veicular
ou dela se utilizar e integra o contrato Art. 35º. Se o fornecedor de produ-
que vier a ser celebrado. tos ou serviços recusar cumprimento à
oferta, apresentação ou publicidade, o
Art. 31º. A oferta e apresentação de consumidor poderá, alternativamente
produtos ou serviços devem assegurar e à sua livre escolha:
informações corretas, claras, precisas,
ostensivas e em língua portuguesa so- I - exigir o cumprimento forçado da
bre suas características, qualidades, obrigação, nos termos da oferta, apre-
quantidade, composição, preço, garan- sentação ou publicidade;
33
Código de Defesa do Consumidor
II - aceitar outro produto ou prestação quando deixar de informar sobre dado
de serviço equivalente; essencial do produto ou serviço.

III - rescindir o contrato, com direito § 4º. (Vetado).


à restituição de quantia eventualmente
antecipada, monetariamente atualiza- Art. 38º. O ônus da prova da veraci-
da, e a perdas e danos. dade e correção da informação ou co-
municação publicitária cabe a quem as
Seção III patrocina.
Da Publicidade
Seção IV
Art. 36º. A publicidade deve ser vei- Das Práticas Abusivas
culada de tal forma que o consumidor,
fácil e imediatamente, a identifique Art. 39º. É vedado ao fornecedor de
como tal. produtos ou serviços, dentre outras
práticas abusivas: (Nova redação dada
Parágrafo único. O fornecedor, na pela Lei nº 8.884, de 11/06/94).
publicidade de seus produtos ou ser-
viços, manterá, em seu poder, para I - condicionar o fornecimento de pro-
informação dos legítimos interessados, duto ou de serviço ao fornecimento de
os dados fáticos, técnicos e científicos outro produto ou serviço, bem como,
que dão sustentação à mensagem. sem justa causa, a limites quantitati-
vos;
Art. 37º. É proibida toda publicidade
enganosa ou abusiva. II - recusar atendimento às demandas
dos consumidores, na exata medida de
§ 1º. É enganosa qualquer modalida- suas disponibilidades de estoque, e,
de de informação ou comunicação de ainda, de conformidade com os usos e
caráter publicitário, inteira ou parcial- costumes;
mente falsa, ou, por qualquer outro
modo, mesmo por omissão, capaz de III - enviar ou entregar ao consumidor,
induzir em erro o consumidor a respei- sem solicitação prévia, qualquer pro-
to da natureza, características, quali- duto, ou fornecer qualquer serviço;
dade, quantidade, propriedades, ori-
gem, preço e quaisquer outros dados IV - prevalecer-se da fraqueza ou ig-
sobre produtos e serviços. norância do consumidor, tendo em vis-
ta sua idade, saúde, conhecimento ou
§ 2º. É abusiva, dentre outras a publi- condição social, para impingir-lhe seus
cidade discriminatória de qualquer na- produtos ou serviços;
tureza, a que incite à violência, explore
o medo ou a superstição, se aproveite V - exigir do consumidor vantagem
da deficiência de julgamento e expe- manifestamente excessiva;
riência da criança, desrespeita valo-
res ambientais, ou que seja capaz de VI - executar serviços sem a prévia
induzir o consumidor a se comportar elaboração de orçamento e autoriza-
de forma prejudicial ou perigosa à sua ção expressa do consumidor, ressalva-
saúde ou segurança. das as decorrentes de práticas anterio-
res entre as partes;
§ 3º. Para os efeitos deste código, a
publicidade é enganosa por omissão VII - repassar informação depreciativa,
34
Código de Defesa do Consumidor
referente a ato praticado pelo consu- Art. 40º. O fornecedor de serviço será
midor no exercício de seus direitos; obrigado a entregar ao consumidor or-
çamento prévio discriminando o valor
VIII - colocar, no mercado de consu- da mão-de-obra, dos materiais e equi-
mo, qualquer produto ou serviço em pamentos a serem empregados, as
desacordo com as normas expedidas condições de pagamento, bem como
pelos órgãos oficiais competentes ou, as datas de início e término dos ser-
se normas específicas não existirem, viços.
pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas ou outra entidade credencia- § 1º. Salvo estipulação em contrário,
da pelo Conselho Nacional de Metrolo- o valor orçado terá validade pelo pra-
gia, Normalização e Qualidade Indus- zo de dez dias, contado de seu recebi-
trial (Conmetro); mento pelo consumidor.

IX - recusar a venda de bens ou a § 2º. Uma vez aprovado pelo consumi-


prestação de serviços, diretamente a dor, o orçamento obriga os contraentes
quem se disponha a adquiri-los me- e somente pode ser alterado mediante
diante pronto pagamento, ressalvados livre negociação das partes.
os casos de intermediação regulados
em leis especiais; (Nova redação dada § 3º. O consumidor não responde por
pela Lei nº 8.884, de 11/06/94). quaisquer ônus ou acréscimos decor-
rentes da contratação de serviços de
X - elevar sem justa causa o preço de terceiros não previstos no orçamento
produtos ou serviços; (Nova redação prévio.
dada pela Lei nº 8.884, de 11/06/94).
Art. 41º. No caso de fornecimento de
XI - dispositivo incluído pela Medida produtos ou de serviços sujeitos ao
Provisória nº 1.890/67, de 22/10/1999 regime de controle ou de tabelamen-
e transformada em inciso XIII, quando to de preços, os fornecedores deverão
de sua conversão pela Lei nº 9.870, de respeitar os limites oficiais sob pena
23/11/1999; de não o fazendo, responderem pela
restituição da quantia recebida em
XII - deixar de estipular prazo para o excesso, monetariamente atualizada,
cumprimento de sua obrigação ou dei- podendo o consumidor exigir à sua es-
xar a fixação de seu termo inicial a seu colha, o desfazimento do negócio, sem
exclusivo critério; (Nova redação dada prejuízo de outras sanções cabíveis.
pela Lei nº 9.008, de 21/03/95).
Seção V
XIII - aplicar fórmula ou índice de re- Da Cobrança de Dívidas
ajuste diverso do legal ou contratual-
mente estabelecido. (Nova redação Art. 42º. Na cobrança de débitos, o
dada pela Lei nº 9.870, de 23/11/99). consumidor inadimplente não será ex-
posto a ridículo, nem será submetido
Parágrafo único. Os serviços pres- a qualquer tipo de constrangimento ou
tados e os produtos remetidos ou en- ameaça.
tregues ao consumidor, na hipótese
prevista no inciso III, equiparam-se às Parágrafo único. O consumidor co-
amostras grátis, inexistindo obrigação brado em quantia indevida tem direito
de pagamento. à repetição do indébito, por valor igual
ao dobro do que pagou em excesso,
35
Código de Defesa do Consumidor
acrescido de correção monetária e ju- são considerados entidades de caráter
ros legais, salvo hipótese de engano público.
justificável.
§ 5º. Consumada a prescrição relativa
Art. 42º-A. Em todos os documentos à cobrança de débitos do consumidor,
de cobrança de débitos apresenta- não serão fornecidas, pelos respecti-
dos ao consumidor, deverão constar o vos Sistemas de Proteção ao Crédito,
nome, o endereço e o número de ins- quaisquer informações que possam
crição no Cadastro de Pessoas Físicas – impedir ou dificultar novo acesso ao
CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa crédito junto aos fornecedores.
Jurídica – CNPJ do fornecedor do pro-
duto ou serviço correspondente. (Nova Art. 44º. Os órgãos públicos de defe-
redação dada pela Lei nº 12.039, de sa do consumidor manterão cadastros
01/10/09). atualizados de reclamações fundamen-
tadas contra fornecedores de produtos
Seção VI e serviços, devendo divulgá-lo pública
Dos Bancos de Dados e e anualmente. A divulgação indicará se
Cadastros de Consumidores a reclamação foi atendida ou não pelo
fornecedor.
Art. 43º. O consumidor, sem prejuízo
do disposto no art. 86, terá acesso às § 1º. É facultado o acesso às informa-
informações existentes em cadastros, ções lá constantes para orientação e
fichas, registros e dados pessoais e de consulta por qualquer interessado.
consumo arquivados sobre ele, bem
como sobre as suas respectivas fontes. § 2º. Aplicam-se a este artigo, no que
couber, as mesmas regras enunciadas
§ 1º. Os cadastros e dados de consu- no artigo anterior e as do parágrafo
midores devem ser objetivos, claros, único do art. 22 deste código.
verdadeiros e em linguagem de fácil
compreensão, não podendo conter in- Art. 45º. (Vetado).
formações negativas referentes a perí-
odo superior a cinco anos. CAPÍTULO VI
Da Proteção Contratual
§ 2º. A abertura de cadastro, ficha, re-
gistro e dados pessoais e de consumo
deverá ser comunicada por escrito ao Seção I
consumidor, quando não solicitada por Disposições Gerais
ele.
Art. 46º. Os contratos que regulam as
§ 3º. O consumidor, sempre que en- relações de consumo não obrigarão os
contrar inexatidão nos seus dados e consumidores, se não lhes for dada a
cadastros, poderá exigir sua imedia- oportunidade de tomar conhecimento
ta correção, devendo o arquivista, no prévio de seu conteúdo, ou se os res-
prazo de cinco dias úteis, comunicar a pectivos instrumentos forem redigidos
alteração aos eventuais destinatários de modo a dificultar a compreensão de
das informações incorretas. seu sentido e alcance.

§ 4º. Os bancos de dados e cadastros Art. 47º. As cláusulas contratuais se-


relativos a consumidores, os serviços rão interpretadas de maneira mais fa-
de proteção ao crédito e congêneres vorável ao consumidor.
36
Código de Defesa do Consumidor
Art. 48º. As declarações de vontade Seção II
constantes de escritos particulares, Das Cláusulas Abusivas
recibos e pré-contratos relativos às
relações de consumo vinculam o for- Art. 51º. São nulas de pleno direito,
necedor, ensejando inclusive execução entre outras, as cláusulas contratuais
específica, nos termos do art. 84 e pa- relativas ao fornecimento de produtos
rágrafos. e serviços que:
Art. 49º. O consumidor pode desistir I - impossibilitem, exonerem ou ate-
do contrato, no prazo de sete dias a nuem a responsabilidade do fornece-
contar de sua assinatura ou do ato de dor por vícios de qualquer natureza
recebimento do produto ou serviço, dos produtos e serviços ou impliquem
sempre que a contratação de forneci- renúncia ou disposição de direitos. Nas
mento de produtos e serviços ocorrer relações de consumo entre o fornece-
fora do estabelecimento comercial, es- dor e o consumidor pessoa jurídica, a
pecialmente por telefone ou a domicí- indenização poderá ser limitada, em
lio. situações justificáveis;

Parágrafo único. Se o consumidor II - subtraiam ao consumidor a opção


exercitar o direito de arrependimento de reembolso da quantia já paga, nos
previsto neste artigo, os valores even- casos previstos neste código;
tualmente pagos, a qualquer título, du-
rante o prazo de reflexão, serão devol- III - transfiram responsabilidades a
vidos, de imediato, monetariamente terceiros;
atualizados.
IV - estabeleçam obrigações conside-
Art. 50º. Quando o processo trami- radas iníquas, abusivas, que coloquem
tar no âmbito do Departamento de o consumidor em desvantagem exa-
Proteção e Defesa do Consumidor, o gerada, ou sejam incompatíveis com a
julgamento do feito será de respon- boa-fé ou a equidade;
sabilidade do Diretor daquele órgão,
cabendo recurso ao titular da Secre- V - (Vetado);
taria Nacional do Consumidor, no pra-
zo de dez dias, contado da data da VI - estabeleçam inversão do ônus da
intimação da decisão, como segunda prova em prejuízo do consumidor;
e última instância recursal.(Redação
dada pelo Decreto nº 7.738, de 2012) VII - determinem a utilização compul-
sória de arbitragem;
Parágrafo único. O termo de garantia
ou equivalente deve ser padronizado e VIII - imponham representante para
esclarecer, de maneira adequada em concluir ou realizar outro negócio jurí-
que consiste a mesma garantia, bem dico pelo consumidor;
como a forma, o prazo e o lugar em
que pode ser exercitada e os ônus a IX - deixem ao fornecedor a opção de
cargo do consumidor, devendo ser-lhe concluir ou não o contrato, embora
entregue, devidamente preenchido obrigando o consumidor;
pelo fornecedor, no ato do fornecimen-
to, acompanhado de manual de instru- X - permitam ao fornecedor, direta ou
ção, de instalação e uso do produto em indiretamente, variação do preço de
linguagem didática, com ilustrações. maneira unilateral;
37
Código de Defesa do Consumidor
XI - autorizem o fornecedor a cancelar § 4º. É facultado a qualquer consumi-
o contrato unilateralmente, sem que dor ou entidade que o represente re-
igual direito seja conferido ao consu- querer ao Ministério Público que ajuíze
midor; a competente ação para ser declarada
a nulidade de cláusula contratual que
XII - obriguem o consumidor a ressar- contrarie o disposto neste código ou de
cir os custos de cobrança de sua obri- qualquer forma não assegure o justo
gação, sem que igual direito lhe seja equilíbrio entre direitos e obrigações
conferido contra o fornecedor; das partes.

XIII - autorizem o fornecedor a modi- Art. 52º. No fornecimento de produ-


ficar unilateralmente o conteúdo ou a tos ou serviços que envolva outorga de
qualidade do contrato, após sua cele- crédito ou concessão de financiamen-
bração; to ao consumidor, o fornecedor deve-
rá, entre outros requisitos, informá-lo
XIV - infrinjam ou possibilitem a viola- prévia e adequadamente sobre:
ção de normas ambientais;
I - preço do produto ou serviço em mo-
XV - estejam em desacordo com o sis- eda corrente nacional;
tema de proteção ao consumidor;
II - montante dos juros de mora e da
XVI - possibilitem a renúncia do direito taxa efetiva anual de juros;
de indenização por benfeitorias neces-
sárias. III - acréscimos legalmente previstos;

§ 1º. Presume-se exagerada, entre ou- IV - número e periodicidade das pres-


tros casos, a vontade que: tações;

I - ofende os princípios fundamentais V - soma total a pagar, com e sem fi-


do sistema jurídico a que pertence; nanciamento.

II - restringe direitos ou obrigações § 1º. As multas de mora decorrentes


fundamentais inerentes à natureza do do inadimplemento de obrigações no
contrato, de tal modo a ameaçar seu seu termo não poderão ser superiores
objeto ou equilíbrio contratual; a dois por cento do valor da prestação.
(Nova redação dada pela Lei nº 9.298,
III - se mostra excessivamente onero- de 01/08/96).
sa para o consumidor, considerando-se
a natureza e conteúdo do contrato, o § 2º. É assegurado ao consumidor a
interesse das partes e outras circuns- liquidação antecipada do débito, total
tâncias peculiares ao caso. ou parcialmente, mediante redução
proporcional dos juros e demais acrés-
§ 2º. A nulidade de uma cláusula con- cimos.
tratual abusiva não invalida o contrato,
exceto quando de sua ausência, apesar § 3º. (Vetado).
dos esforços de integração, decorrer
ônus excessivo a qualquer das partes. Art. 53º. Nos contratos de compra e
venda de móveis ou imóveis mediante
§ 3º. (Vetado). pagamento em prestações, bem como
nas alienações fiduciárias em garan-
38
Código de Defesa do Consumidor
tia, consideram-se nulas de pleno di- compreensão pelo consumidor. (Nova
reito as cláusulas que estabeleçam a redação dada pela Lei nº 11.785, de
perda total das prestações pagas em 22/09/08).
benefício do credor que, em razão do
inadimplemento, pleitear a resolução § 4º. As cláusulas que implicarem limi-
do contrato e a retomada do produto tação de direito do consumidor deverão
alienado. ser redigidas com destaque, permitin-
do sua imediata e fácil compreensão.
§ 1º. (Vetado).
§ 5º. (Vetado).
§ 2º. Nos contratos do sistema de con-
sórcio de produtos duráveis, a com- CAPÍTULO VII
pensação ou a restituição das parcelas Das Sanções Administrativas
quitadas, na forma deste artigo, terá
descontada, além da vantagem econô- Art. 55º. A União, os Estados e o Dis-
mica auferida com a fruição, os preju- trito Federal, em caráter concorrente
ízos que o desistente ou inadimplente e nas suas respectivas áreas de atu-
causar ao grupo. ação administrativa, baixarão normas
relativas à produção, industrialização,
§ 3º. Os contratos de que trata o caput distribuição e consumo de produtos e
deste artigo serão expressos em moe- serviços.
da corrente nacional.
§ 1º. A União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios fiscalizarão e
Seção III controlarão a produção, industriali-
Dos Contratos de Adesão zação, distribuição, a publicidade de
produtos e serviços e o mercado de
Art. 54º. Contrato de adesão é aquele consumo, no interesse da preservação
cujas cláusulas tenham sido aprovadas da vida, da saúde, da segurança, da
pela autoridade competente ou estabe- informação e do bem-estar do consu-
lecidas unilateralmente pelo fornece- midor, baixando as normas que se fize-
dor de produtos ou serviços, sem que o rem necessárias.
consumidor possa discutir ou modificar
substancialmente seu conteúdo. § 2º. (Vetado).

§ 1º. A inserção de cláusula no formu- § 3º. Os órgãos federais, estaduais,


lário não desfigura a natureza de ade- do Distrito Federal e municipais com
são do contrato. atribuições para fiscalizar e controlar
o mercado de consumo manterão co-
§ 2º. Nos contratos de adesão admite- missões permanentes para elaboração,
-se cláusula resolutória, desde que a revisão e atualização das normas re-
alternativa, cabendo a escolha ao con- feridas no § 1º., sendo obrigatória a
sumidor, ressalvando-se o disposto no participação dos consumidores e for-
§ 2º. do artigo anterior. necedores.

§ 3º. Os contratos de adesão escritos § 4º. Os órgãos oficiais poderão expe-


serão redigidos em termos claros e dir notificações aos fornecedores para
com caracteres ostensivos e legíveis, que, sob pena de desobediência, pres-
cujo tamanho da fonte não será inferior tem informações sobre questões de in-
ao corpo doze, de modo a facilitar sua teresse do consumidor, resguardado o
segredo industrial.
39
Código de Defesa do Consumidor
Art. 56º. As infrações das normas de tivo, revertendo para o Fundo de que
defesa do consumidor ficam sujeitas, trata a Lei nº 7.347, de 24/07/1985,
conforme o caso, às seguintes sanções os valores cabíveis à União, ou para
administrativas, sem prejuízo das de os Fundos estaduais ou municipais de
natureza civil, penal e das definidas proteção ao consumidor nos demais
em normas específicas: casos. (Nova redação dada pela Lei nº
8.656, de 21/05/93).
I - multa;
Parágrafo único. A multa será em
II - apreensão do produto; montante não inferior a duzentas e
não superior a três milhões de vezes o
III - inutilização do produto; valor da Unidade Fiscal de Referência
(UFIR’s), ou índice equivalente que ve-
IV - cassação do registro do produto nha a substituí-lo. (Incluído pela Lei nº
junto ao órgão competente; 8.703, de 06/09/93).

V - proibição de fabricação do produto; Art. 58º. As penas de apreensão, de


inutilização de produtos, de proibição
VI - suspensão de fornecimento de de fabricação de produtos, de sus-
produtos ou serviço; pensão do fornecimento de produto
ou serviço, de cassação do registro do
VII - suspensão temporária de ativida- produto e revogação da concessão ou
de; permissão de uso serão aplicadas pela
administração, mediante procedimen-
VIII - revogação de concessão ou per- to administrativo, assegurada ampla
missão de uso; defesa, quando forem constatados ví-
cios de quantidade ou de qualidade por
IX - cassação de licença do estabeleci- inadequação ou insegurança do produ-
mento ou de atividade; to ou serviço.

Art. 59º. As penas de cassação de al-


X - interdição, total ou parcial, de esta-
vará de licença, de interdição e de sus-
belecimento, de obra ou de atividade;
pensão temporária da atividade, bem
como a de intervenção administrativa,
XI - intervenção administrativa;
serão aplicadas mediante procedimen-
to administrativo, assegurada ampla
XII - imposição de contrapropaganda.
defesa, quando o fornecedor reincidir
na prática das infrações de maior gra-
Parágrafo único. As sanções previs-
vidade previstas neste código e na le-
tas neste artigo serão aplicadas pela
gislação de consumo.
autoridade administrativa, no âmbito
de sua atribuição, podendo ser apli- § 1º. A pena de cassação da concessão
cadas cumulativamente, inclusive por será aplicada à concessionária de ser-
medida cautelar, antecedente ou inci- viço público, quando violar obrigação
dente de procedimento administrativo. legal ou contratual.

Art. 57º. A pena de multa, graduada § 2º. A pena de intervenção adminis-


de acordo com a gravidade da infra- trativa será aplicada sempre que as
ção, a vantagem auferida e a condição circunstâncias de fato desaconselha-
econômica do fornecedor, será aplica- rem a cassação de licença, a interdição
da mediante procedimento administra- ou suspensão da atividade.
40
Código de Defesa do Consumidor
§ 3º. Pendendo ação judicial na qual se § 2º. Se o crime é culposo:
discuta a imposição de penalidade ad-
ministrativa, não haverá reincidência Pena - Detenção de um a seis meses
até o trânsito em julgado da sentença. ou multa.

Art. 60º. A imposição de contrapropa- Art. 64º. Deixar de comunicar à auto-


ganda será cominada quando o forne- ridade competente e aos consumidores
cedor incorrer na prática de publicida- a nocividade ou periculosidade de pro-
de enganosa ou abusiva, nos termos dutos cujo conhecimento seja poste-
do art. 36 e seus parágrafos, sempre rior à sua colocação no mercado:
às expensas do infrator.
Pena - Detenção de seis meses a dois
§ 1º. A contrapropaganda será divul- anos e multa.
gada pelo responsável da mesma for-
ma, frequência e dimensão e, prefe- Parágrafo único. Incorrerá nas mes-
rencialmente no mesmo veículo, local, mas penas quem deixar de retirar do
espaço e horário, de forma capaz de mercado, imediatamente quando de-
desfazer o malefício da publicidade en- terminado pela autoridade competen-
ganosa ou abusiva. te, os produtos nocivos ou perigosos,
na forma deste artigo.
§ 2º. (Vetado).
Art. 65º. Executar serviço de alto grau
§ 3º. (Vetado). de periculosidade, contrariando deter-
minação de autoridade competente:
TÍTULO II
Das Infrações Penais Pena - Detenção de seis meses a dois
anos e multa.
Art. 61º. Constituem crimes contra as
relações de consumo previstas neste Parágrafo único. As penas deste ar-
código, sem prejuízo do disposto no tigo são aplicáveis sem prejuízo das
Código Penal e leis especiais, as con- correspondentes à lesão corporal e à
dutas tipificadas nos artigos seguintes. morte.

Art. 62º. (Vetado). Art. 66º. Fazer afirmação falsa ou


enganosa, ou omitir informação rele-
Art. 63º. Omitir dizeres ou sinais os- vante sobre a natureza, característica,
tensivos sobre a nocividade ou pericu- qualidade, quantidade, segurança, de-
losidade de produtos, nas embalagens, sempenho, durabilidade, preço ou ga-
nos invólucros, recipientes ou publici- rantia de produtos ou serviços:
dade:
Pena - Detenção de três meses a um
Pena - Detenção de seis meses a dois ano e multa.
anos e multa.
§ 1º. Incorrerá nas mesmas penas
§ 1º. Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.
quem deixar de alertar, mediante re-
comendações escritas ostensivas, so- § 2º. Se o crime é culposo:
bre a periculosidade do serviço a ser
prestado. Pena - Detenção de um a seis meses
ou multa.
41
Código de Defesa do Consumidor
Art. 67º. Fazer ou promover publici- Pena - Detenção de seis meses a um
dade que sabe ou deveria saber ser ano ou multa.
enganosa ou abusiva:
Art. 73º. Deixar de corrigir imediata-
Pena - Detenção de três meses a um mente informação sobre consumidor
ano e multa. constante de cadastro, banco de da-
dos, fichas ou registros que sabe ou
Parágrafo único. (Vetado). deveria saber ser inexata:

Art. 68º. Fazer ou promover publici- Pena - Detenção de um a seis meses


dade que sabe ou deveria saber ser ca- ou multa.
paz de induzir o consumidor a se com-
portar de forma prejudicial ou perigosa Art. 74º. Deixar de entregar ao con-
a sua saúde ou segurança: sumidor o termo de garantia adequa-
damente preenchido e com especifica-
Pena - Detenção de seis meses a dois ção clara de seu conteúdo:
anos e multa:
Pena - Detenção de um a seis meses
Parágrafo único. (Vetado). ou multa.
Art. 69º. Deixar de organizar dados
Art. 75º. Quem, de qualquer forma,
fáticos, técnicos e científicos que dão
concorrer para os crimes referidos
base à publicidade:
neste código, incide as penas a esses
cominadas na medida de sua culpabili-
Pena - Detenção de um a seis meses
dade, bem como o diretor, administra-
ou multa.
dor ou gerente da pessoa jurídica que
Art. 70º. Empregar na reparação de promover, permitir ou por qualquer
produtos, peça ou componentes de modo aprovar o fornecimento, ofer-
reposição usados, sem autorização do ta, exposição à venda ou manutenção
consumidor: em depósito de produtos ou a oferta
e prestação de serviços nas condições
Pena - Detenção de três meses a um por ele proibidas.
ano e multa.
Art. 76º. São circunstâncias agravan-
Art. 71º. Utilizar, na cobrança de dí- tes dos crimes tipificados neste código:
vidas, de ameaça, coação, constran-
gimento físico ou moral, afirmações I - serem cometidos em época de gra-
falsas incorretas ou enganosas ou de ve crise econômica ou por ocasião de
qualquer outro procedimento que ex- calamidade;
ponha o consumidor, injustificadamen-
te, a ridículo ou interfira com seu tra- II - ocasionarem grave dano individual
balho, descanso ou lazer: ou coletivo;

Pena - Detenção de três meses a um III - dissimular-se a natureza ilícita do


ano e multa. procedimento;

Art. 72º. Impedir ou dificultar o aces- IV - quando cometidos:


so do consumidor às informações que
sobre ele constem em cadastros, ban- a) por servidor público, ou por pessoa
co de dados, fichas e registros: cuja condição econômico-social seja
42
Código de Defesa do Consumidor
manifestamente superior à da vítima; a) reduzida até a metade do seu valor
mínimo;
b) em detrimento de operário ou rurí-
cola; de menor de dezoito ou maior de b) aumentada pelo juiz até vinte ve-
sessenta anos ou de pessoas portado- zes.
ras de deficiência mental interditadas
ou não. Art. 80º. No processo penal atinente
aos crimes previstos neste código, bem
V - serem praticados em operações como a outros crimes e contravenções
que envolvam alimentos, medicamen- que envolvam relações de consumo,
tos ou quaisquer outros produtos ou poderão intervir, como assistentes do
serviços essenciais. Ministério Público, os legitimados indi-
cados no art. 82, inciso III e IV, aos
Art. 77º. A pena pecuniária prevista quais também é facultado propor ação
nesta Seção será fixada em dias-mul- penal subsidiária, se a denúncia não
ta, correspondente ao mínimo e ao for oferecida no prazo legal.
máximo de dias de duração da pena
privativa da liberdade cominada ao cri- TÍTULO III
me. Na individualização desta multa, o Da Defesa do Consumidor em Juízo
juiz observará o disposto no art. 60, §
1º. do Código Penal.
CAPÍTULO I
Art. 78º. Além das penas privativas de Disposições Gerais
liberdade e de multa, podem ser im-
postas, cumulativa ou alternadamen- Art. 81º. A defesa dos interesses e di-
te, observado odisposto nos arts. 44 a reitos dos consumidores e das vítimas
47, do Código Penal: poderá ser exercida em juízo individu-
almente, ou a título coletivo.
I - a interdição temporária de direitos;
Parágrafo único. A defesa coletiva
II - a publicação em órgãos de comu- será exercida quando se tratar de:
nicação de grande circulação ou audi-
ência, às expensas do condenado, de I - interesses ou direitos difusos, assim
notícia sobre os fatos e a condenação; entendidos, para efeitos deste Código,
os transindividuais, de natureza indivi-
III - a prestação de serviços à comu- sível, de que sejam titulares pessoas
nidade. indeterminadas e ligadas por circuns-
tâncias de fato;
Art. 79º. O valor da fiança, nas in-
frações de que trata este código, será II - interesses ou direitos coletivos,
fixado pelo juiz, ou pela autoridade assim entendidos, para efeitos deste
que presidir o inquérito, entre cem e Código, os transindividuais de nature-
duzentas mil vezes o valor do Bônus za indivisível de que seja titular grupo,
do Tesouro Nacional (BTN), ou índice categoria ou classe de pessoas ligadas
equivalente que venha a substituí-lo. entre si ou com a parte contrária por
uma relação jurídica base;
Parágrafo único. Se assim recomen-
dar a situação econômica do indiciado III - interesses ou direitos individuais
ou réu, a fiança poderá ser: homogêneos, assim entendidos os de-
correntes de origem comum.
43
Código de Defesa do Consumidor
Art. 82º. Para os fins do art. 81, pa- § 1º. A conversão da obrigação em
rágrafo único, são legitimados concor- perdas e danos somente será admis-
rentemente: (Nova redação dada pela sível se por elas optar o autor ou se
Lei nº 9.008, de 21/03/95). impossível a tutela específica ou a ob-
tenção do resultado prático correspon-
I - o Ministério Público; dente.

II - a União, os Estados, os Municípios § 2º. A indenização por perdas e da-


e o Distrito Federal; nos se fará sem prejuízo da multa (art.
287, do Código de Processo Civil).
III - as entidades e órgãos da Admi-
nistração Pública, direta ou indireta, § 3º. Sendo relevante o fundamento
ainda que sem personalidade jurídica, da demanda e havendo justificado re-
especificamente destinados à defesa ceio de ineficácia do provimento final,
dos interesses e direitos protegidos é lícito ao juiz conceder a tutela limi-
por este Código; narmente ou após justificação prévia,
citado o réu.
IV - as associações legalmente cons-
tituídas há pelo menos um ano e que § 4º. O juiz poderá, na hipótese do §
incluam entre seus fins institucionais 3º ou na sentença, impor multa diária
a defesa dos interesses e direitos pro- ao réu, independentemente de pedido
tegidos por este Código, dispensada a do autor, se for suficiente ou compa-
autorização assemblear. tível com a obrigação, fixando prazo
razoável para o cumprimento do pre-
§ 1º. O requisito da pré-constituição ceito.
pode ser dispensado pelo juiz, nas
ações previstas no art. 91 e seguintes, § 5º. Para a tutela específica ou para
quando haja manifesto interesse social a obtenção do resultado prático equi-
evidenciado pela dimensão ou caracte- valente, poderá o juiz determinar as
rística do dano, ou pela relevância do medidas necessárias, tais como bus-
bem jurídico a ser protegido. ca e apreensão, remoção de coisas e
pessoas, desfazimento de obra, impe-
§ 2º. (Vetado).
dimento de atividade nociva, além de
requisição de força policial.
§ 3º. (Vetado).

Art. 83º. Para a defesa dos direitos e Art. 85º. (Vetado).


interesses protegidos por este Código
são admissíveis todas as espécies de Art. 86º. (Vetado).
ações capazes de propiciar sua ade-
quada e efetiva tutela. Art. 87º. Nas ações coletivas de que
trata este Código não haverá adianta-
Parágrafo único. (Vetado). mento de custas, emolumentos, hono-
rários periciais e quaisquer outras des-
Art. 84º. Na ação que tenha por ob- pesas, nem condenação da associação
jeto o cumprimento da obrigação de autora, salvo comprovada má-fé, em
fazer ou não fazer, o juiz concederá a honorários de advogados, custas e
tutela específica da obrigação ou de- despesas processuais.
terminará providências que assegurem
o resultado prático equivalente ao do Parágrafo único. Em caso de litigân-
adimplemento. cia de má-fé, a associação autora e os
44
Código de Defesa do Consumidor
diretores responsáveis pela propositu- Distrito Federal, para os danos de âm-
ra da ação serão solidariamente con- bito nacional ou regional, aplicando-se
denados em honorários advocatícios e as regras do Código de Processo Civil
ao décuplo das custas, sem prejuízo da aos casos de competência concorrente.
responsabilidade por perdas e danos.
Art. 94º. Proposta a ação, será publi-
Art. 88º. Na hipótese do art. 13, pa- cado edital no órgão oficial, a fim de
rágrafo único deste Código, a ação de que os interessados possam intervir no
regresso poderá ser ajuizada em pro- processo como litisconsortes, sem pre-
cesso autônomo, facultada a possibi- juízo de ampla divulgação pelos meios
lidade de prosseguir-se nos mesmos de comunicação social por parte dos
autos, vedada a denunciação da lide. órgãos de defesa do consumidor.

Art. 89º. (Vetado). Art. 95º. Em caso de procedência do


pedido, a condenação será genérica,
Art. 90º. Aplicam-se às ações previs- fixando a responsabilidade do réu pe-
tas neste Título as normas do Código los danos causados.
de Processo Civil e da Lei nº 7.347, de
24 de julho de 1985, inclusive no que Art. 96º. (Vetado).
respeita ao inquérito civil, naquilo que
não contrariar suas disposições. Art. 97º. A liquidação e a execução de
sentença poderão ser promovidas pela
CAPÍTULO II vítima e seus sucessores, assim como
Das Ações Coletivas para a Defesa de pelos legitimados de que trata o art.
Interesses Individuais Homogêneos 82.

Art. 91º. Os legitimados de que tra- Parágrafo único. (Vetado).


ta o art. 82 poderão propor, em nome
próprio e no interesse das vítimas Art. 98º. A execução poderá ser cole-
ou seus sucessores, ação civil coleti- tiva, sendo promovida pelos legitima-
va de responsabilidade pelos danos dos de que trata o art. 82, abrangendo
individualmente sofridos, de acordo as vítimas cujas indenizações já tive-
com disposto nos artigos seguintes. rem sido fixadas em sentença de liqui-
(Nova redação dada Lei nº 9.008, de dação sem prejuízo do ajuizamento de
21/03/95). outras execuções. (Nova redação dada
pela Lei nº 9.008, de 21/03/95).
Art. 92º. O Ministério Público, se não
ajuizar a ação, atuará sempre como § 1º. A execução coletiva far-se-á com
fiscal da lei. base em certidão das sentenças de li-
quidação, da qual deverá constar a
Parágrafo único. (Vetado). ocorrência ou não do trânsito em jul-
gado.
Art. 93º. Ressalvada a competência
da Justiça Federal, é competente para § 2º. É competente para a execução
a causa a justiça local: o juízo:

I - no foro do lugar onde ocorreu ou I - da liquidação da sentença ou da


deva ocorrer o dano, quando de âm- ação condenatória, no caso de execu-
bito local; ção individual;
II - no foro da Capital do Estado ou no
45
Código de Defesa do Consumidor
II - da ação condenatória, quando co- ao processo o segurador, vedada a in-
letiva a execução. tegração do contraditório pelo Instituto
de Resseguros do Brasil. Nesta hipóte-
Art. 99º. Em caso de concurso de cré- se, a sentença que julgar procedente o
ditos decorrentes de condenação pre- pedido condenará o réu nos termos do
vista na Lei nº 7.347, de 24 de julho de art. 80 do Código de Processo Civil. Se
1985, e de indenizações pelos prejuí- o réu houver sido declarado falido, o
zos individuais resultantes do mesmo síndico será intimado a informar a exis-
evento danoso, estas terão preferência tência de seguro de responsabilidade,
no pagamento. facultando-se, em caso afirmativo, o
ajuizamento de ação de indenização
Parágrafo único. Para efeito do dis- diretamente contra o segurador, veda-
posto neste artigo, a destinação da da a denunciação da lide ao Instituto
importância recolhida ao fundo criado de Resseguros do Brasil e dispensado o
pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de litisconsórcio obrigatório com este.
1985, ficará sustada enquanto pen-
dentes de decisão de segundo grau as Art. 102º. Os legitimados a agir na
ações de indenização pelos danos in- forma deste Código poderão propor
dividuais, salvo na hipótese de o patri- ação visando compelir o Poder Púbico
mônio do devedor ser manifestamente competente a proibir, em todo o terri-
suficiente para responder pela integra- tório nacional, a produção, divulgação,
lidade das dívidas. distribuição ou venda, ou a determinar
alteração na composição, estrutura,
Art. 100º. Decorrido o prazo de um fórmula ou acondicionamento de pro-
ano sem habilitação de interessados duto, cujo uso ou consumo regular se
em número compatível com a gravida- revele nocivo ou perigoso à saúde pú-
de do dano, poderão os legitimados do blica e à incolumidade pessoal.
art. 82 promover a liquidação e execu-
ção da indenização devida. § 1º. (Vetado).

Parágrafo único. O produto da inde- § 2º. (Vetado).


nização devida reverterá para o fundo
criado pela Lei nº 7.347, de 24 de julho CAPÍTULO IV
de 1985. Da Coisa Julgada

CAPÍTULO III Art. 103º. Nas ações coletivas de que


Das Ações de Responsabilidade do trata este Código, a sentença fará coi-
Fornecedor de Produtos e Serviços sa julgada:

Art. 101º. Na ação de responsabili- I - erga omnes, exceto se o pedido for


dade civil do fornecedor de produtos e julgado improcedente por insuficiência
serviços, sem prejuízo do disposto nos de provas, hipótese em que qualquer
Capítulos I e II deste Título, serão ob- legitimado poderá intentar outra ação,
servadas as seguintes normas: com idêntico fundamento, valendo-se
de nova prova, na hipótese do inciso I
I - a ação pode ser proposta no domi- do parágrafo único do art. 81;
cílio do autor;
II - ultra partes, mas limitadamen-
II - o réu que houver contratado segu- te ao grupo, categoria ou classe, sal-
ro de responsabilidade poderá chamar vo improcedência por insuficiência de
46
Código de Defesa do Consumidor
provas, nos termos do inciso anterior, cia nos autos do ajuizamento da ação
quando se tratar da hipótese prevista coletiva.
no inciso II do parágrafo único do art.
81; TÍTULO IV
Do Sistema Nacional de Defesa
III - erga omnes, apenas no caso de do Consumidor
procedência do pedido, para beneficiar
todas as vítimas e seus sucessores, na
Art. 105º. Integram o Sistema Nacio-
hipótese do inciso III do parágrafo úni-
nal de Defesa do Consumidor (SNDC),
co do art. 81.
os órgãos federais, estaduais, do Dis-
trito Federal e municipais e as entida-
§ 1º. Os efeitos da coisa julgada pre-
des privadas de defesa do consumidor.
vistos nos incisos I e II não prejudica-
rão interesses e direitos individuais dos
Art. 106º. O Departamento Nacional
integrantes da coletividade, do grupo,
de Defesa do Consumidor, da Secreta-
categoria ou classe.
ria Nacional de Direito Econômico (MJ),
ou órgão federal que venha substituí-
§ 2º. Na hipótese prevista no inciso III,
-lo, é organismo de coordenação da
em caso de improcedência do pedido,
política do Sistema Nacional de Defesa
os interessados que não tiverem inter-
do Consumidor, cabendo-lhe:
vindo no processo como litisconsortes
poderão propor ação de indenização a
I - planejar, elaborar, propor, coorde-
título individual.
nar e executar a política nacional de
proteção ao consumidor;
§ 3º. Os efeitos da coisa julgada de
que cuida o art. 16, combinado com o
II - receber, analisar, avaliar e enca-
art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho
minhar consultas, denúncias ou suges-
de 1985, não prejudicarão as ações de
tões apresentadas por entidades re-
indenização por danos pessoalmente
presentativas ou pessoas jurídicas de
sofridos, propostas individualmente ou
direito público ou privado;
na forma prevista neste Código, mas,
se procedente o pedido, beneficiarão
III - prestar aos consumidores orien-
as vítimas e seus sucessores, que po-
tação permanente sobre seus direitos
derão proceder à liquidação e à execu-
e garantias;
ção, nos termos dos arts. 96 a 99.
IV - informar, conscientizar e motivar
§ 4º. Aplica-se o disposto no parágrafo
o consumidor através dos diferentes
anterior à sentença penal condenató-
meios de comunicação;
ria.
V - solicitar à polícia judiciária a instau-
Art. 104º. As ações coletivas, previs-
ração de inquérito policial para a apre-
tas nos incisos I e II do parágrafo único
ciação de delito contra os consumido-
do art. 81, não induzem litispendência
res, nos termos da legislação vigente;
para as ações individuais, mas os efei-
tos da coisa julgada erga omnes ou ul-
VI - representar ao Ministério Públi-
tra partes a que aludem os incisos II
co competente para fins de adoção
e III do artigo anterior não beneficia-
de medidas processuais no âmbito de
rão os autores das ações individuais,
suas atribuições;
se não for requerida sua suspensão no
prazo de trinta dias, a contar da ciên-
47
Código de Defesa do Consumidor
VII - levar ao conhecimento dos órgãos § 1º. A convenção tornar-se-á obriga-
competentes as infrações de ordem tória a partir do registro do instrumen-
administrativa que violarem os inte- to no cartório de títulos e documentos.
resses difusos, coletivos, ou individu-
ais dos consumidores; § 2º. A convenção somente obrigará os
filiados às entidades signatárias.
VIII - solicitar o concurso de órgãos e
entidades da União, Estados, do Dis- § 3º. Não se exime de cumprir a con-
trito Federal e Municípios, bem como venção o fornecedor que se desligar da
auxiliar a fiscalização de preços, abas- entidade em data posterior ao registro
tecimento, quantidade e segurança de do instrumento.
bens e serviços;
Art. 108º. (Vetado).
IX - incentivar, inclusive com recursos
financeiros e outros programas espe- TÍTULO VI
ciais, a formação de entidades de de- Disposições Finais
fesa do consumidor pela população e
pelos órgãos públicos estaduais e mu- Art. 109º. (Vetado).
nicipais;
Art. 110º. Acrescente-se o seguinte
X - (Vetado); inciso IV ao art. 1º da Lei nº 7.347, de
24 de julho de 1985:
XI - (Vetado);
“V - a qualquer outro interesse difuso
XII - (Vetado); ou coletivo.”

XIII - desenvolver outras atividades Art. 111º. O inciso II do art. 5º da


compatíveis com suas finalidades. Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985,
passa a ter a seguinte redação:
Parágrafo único. Para a consecução
de seus objetivos, o Departamento “II - inclua, entre suas finalidades ins-
Nacional de Defesa do Consumidor titucionais, a proteção ao meio am-
poderá solicitar o concurso de órgãos biente, ao consumidor, ao patrimônio
e entidades de notória especialização artístico, estético, histórico, turístico e
técnico-científica. paisagístico, ou a qualquer outro inte-
resse difuso ou coletivo.”
TÍTULO V
Da Convenção Coletiva de Consumo Art. 112º. O § 3º do art. 5º da Lei nº
7.347, de 24 de julho de 1985, passa a
Art. 107º. As entidades civis de con- ter a seguinte redação:
sumidores e as associações de for-
necedores ou sindicatos de categoria “§ 3º. Em caso de desistência infunda-
econômica podem regular, por conven- da ou abandono da ação por associa-
ção escrita, relações de consumo que ção legitimada, o Ministério Público ou
tenham por objeto estabelecer condi- outro legitimado assumirá a titularida-
ções relativas ao preço, à qualidade, à de ativa.”
quantidade, à garantia e característi-
cas de produtos e serviços, bem como Art. 113º. Acrescente-se os seguin-
à reclamação e composição do conflito tes § 4º, 5º e 6º ao art. 5º da Lei nº
de consumo. 7.347, de 24 de julho de 1985.
48
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
“§ 4º. O requisito da pré-constituição “Art. 18. Nas ações de que trata esta
poderá ser dispensado pelo juiz, quan- Lei, não haverá adiantamento de cus-
do haja manifesto interesse social evi- tas, emolumentos, honorários periciais
denciado pela dimensão ou caracte- e quaisquer outras despesas, nem con-
rística do dano, ou pela relevância do denação da associação autora, salvo
bem jurídico a ser protegido.” comprovada má-fé, em honorários de
advogado, custas e despesas proces-
“§ 5º. Admitir-se-á o litisconsórcio fa- suais.”
cultativo entre os Ministérios Públicos
da União, do Distrito Federal e dos Es- Art. 117º. Acrescente-se à Lei nº
tados na defesa dos interesses e direi- 7.347, de 24 de julho de 1985, o se-
tos de que cuida esta Lei.” guinte dispositivo, renumerando-se os
seguintes:
“§ 6º. Os órgãos públicos legitimados
poderão tomar dos interessados com- “Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direi-
promisso de ajustamento de sua con- tos e interesses difusos, coletivos e in-
duta às exigências legais, mediante dividuais, no que for cabível, os dispo-
cominações, que terá eficácia de título sitivos do Título III da Lei que instituiu
executivo extrajudicial.” o Código de Defesa do Consumidor.”

Art. 114º. O art. 15 da Lei nº 7.347, Art. 118º. Este Código entrará em vi-
de 24 de julho de 1985, passa a ter a gor dentro de cento e oitenta dias a
seguinte redação: contar de sua publicação.

“Art. 15. Decorridos sessenta dias do Art. 119º. Revogam-se as disposições


trânsito em julgado da sentença con- em contrário.
denatória, sem que a associação au-
tora lhe promova a execução, deverá Brasília, em 11 de setembro de 1990,
fazê-lo o Ministério Público, facultada 169º da Independência e 102º da Re-
igual iniciativa aos demais legitima- pública.
dos.” Fernando Collor
Presidente da República
Art. 115º. Suprima-se o caput do art.
17 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de Decreto nº 2.181,
1985, passando o parágrafo único a de 20 de Março de 1997
constituir o caput, com a seguinte re-
dação: Dispõe sobre a organização do Sis-
tema Nacional de Defesa do Consu-
midor - SNDC, estabelece as normas
“Art. 17. Em caso de litigância de má- gerais de aplicação das sanções admi-
fé, a associação autora e os diretores nistrativas previstas na Lei nº 8.078,
responsáveis pela propositura da ação de 11 de setembro de 1990, revoga o
Decreto Nº 861, de 9 julho de 1993, e
serão solidariamente condenados em
dá outras providências.
honorários advocatícios e ao décuplo
das custas, sem prejuízo da responsa-
O Presidente da República, no uso da
bilidade por perdas e danos.”
atribuição que lhe confere o art. 84,
inciso IV, da Constituição, e tendo em
Art. 116º. Dê-se a seguinte redação
vista o disposto na Lei nº 8.078, de 11
ao art. 18 da Lei nº 7.347, de 24 de
de setembro de 1990,
julho de 1985:

49
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
Decreta: V - solicitar à polícia judiciária a instau-
ração de inquérito para apuração de
Art. 1º. Fica organizado o Sistema delito contra o consumidor, nos termos
Nacional de Defesa do Consumidor - da legislação vigente;
SNDC e estabelecidas as normas ge-
rais de aplicação das sanções adminis- VI - representar ao Ministério Público
trativas, nos termos da Lei nº 8.078, competente, para fins de adoção de
de 11 de setembro de 1990. medidas processuais, penais e civis, no
âmbito de suas atribuições;
CAPÍTULO I
Do Sistema Nacional de Defesa do
VII - levar ao conhecimento dos órgãos
Consumidor competentes as infrações de ordem
administrativa que violarem os inte-
Art. 2°. Integram o SNDC a Secretaria resses difusos, coletivos ou individuais
Nacional do Consumidor do Ministério dos consumidores;
da Justiça e os demais órgãos federais,
VIII - solicitar o concurso de órgãos e
estaduais, do Distrito Federal, munici-
entidades da União, dos Estados, do
pais e as entidades civis de defesa do
Distrito Federal e dos Municípios, bem
consumidor. (Redação dada pelo De-
como auxiliar na fiscalização de pre-
creto nº 7.738, de 28/05/2012).
ços, abastecimento, quantidade e se-
gurança de produtos e serviços;
CAPÍTULO II
Da Competência dos Órgãos Integrantes IX - incentivar, inclusive com recursos
do SNDC financeiros e outros programas es-
peciais, a criação de órgãos públicos
Art. 3°. Compete à Secretaria Nacional estaduais e municipais de defesa do
do Consumidor do Ministério da Justi- consumidor e a formação, pelos cida-
ça, a coordenação da política do Siste- dãos, de entidades com esse mesmo
ma Nacional de Defesa do Consumidor, objetivo;
cabendo-lhe: (Redação dada pelo De-
creto nº 7.738, de 28/05/2012). X - fiscalizar e aplicar as sanções admi-
nistrativas previstas na Lei nº 8.078,
I - planejar, elaborar, propor, coorde- de 1990, e em outras normas perti-
nar e executar a política nacional de nentes à defesa do consumidor;
proteção e defesa do consumidor;
XI - solicitar o concurso de órgãos e
II - receber, analisar, avaliar e apurar entidades de notória especialização
consultas e denúncias apresentadas técnico-científica para a consecução de
por entidades representativas ou pes- seus objetivos;
soas jurídicas de direito público ou pri-
vado ou por consumidores individuais; XII - celebrar convênios e termos de
ajustamento de conduta, na forma do
III - prestar aos consumidores orien- § 6o do art. 5o da Lei no 7.347, de 24
tação permanente sobre seus direitos de julho de 1985; (Redação dada pelo
e garantias; Decreto nº 7.738, de 28/05/2012).

IV - informar, conscientizar e motivar XIII - elaborar e divulgar o cadastro


o consumidor, por intermédio dos dife- nacional de reclamações fundamenta-
rentes meios de comunicação; das contra fornecedores de produtos e

50
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
serviços, a que se refere o art. 44 da dos interesses e direitos do consumi-
Lei nº 8.078, de 1990; dor, tem, no âmbito de suas respec-
tivas competências, atribuição para
XIV - desenvolver outras atividades apurar e punir infrações a este Decreto
compatíveis com suas finalidades. e à legislação das relações de consu-
mo.
Art. 4º. No âmbito de sua jurisdição e
competência, caberá ao órgão estadu- Parágrafo único. Se instaurado mais
al, do Distrito Federal e municipal de de um processo administrativo por
proteção e defesa do consumidor, cria- pessoas jurídicas de direito público
do, na forma da lei, especificamente distintas, para apuração de infração
para este fim, exercitar as atividades decorrente de um mesmo fato impu-
contidas nos incisos II a XII do art. 3º tado ao mesmo fornecedor, eventual
deste Decreto e, ainda: conflito de competência será dirimido
pela Secretaria Nacional do Consumi-
I - planejar, elaborar, propor, coorde- dor, que poderá ouvir a Comissão Na-
nar e executar a política estadual, do cional Permanente de Defesa do Con-
Distrito Federal e municipal de prote- sumidor - CNPDC, levando sempre em
ção e defesa do consumidor, nas suas consideração a competência federativa
respectivas áreas de atuação; para legislar sobre a respectiva ativi-
dade econômica. (Redação dada pelo
II - dar atendimento aos consumido- Decreto nº 7.738, de 28/05/2012).
res, processando, regularmente, as re-
clamações fundamentadas; Art. 6º. As entidades e órgãos da Ad-
ministração Pública destinados à defe-
III - fiscalizar as relações de consumo; sa dos interesses e direitos protegidos
pelo Código de Defesa do Consumidor
IV - funcionar, no processo adminis- poderão celebrar compromissos de
trativo, como instância de instrução e ajustamento de conduta às exigências
julgamento, no âmbito de sua compe- legais, nos termos do § 6º do art. 5º
tência, dentro das regras fixadas pela da Lei nº 7.347, de 1985, na órbita de
Lei nº 8.078, de 1990, pela legislação suas respectivas competências.
complementar e por este Decreto;
§ 1º. A celebração de termo de ajus-
V - elaborar e divulgar anualmente, no tamento de conduta não impede que
âmbito de sua competência, o cadastro outro, desde que mais vantajoso para
de reclamações fundamentadas contra o consumidor, seja lavrado por quais-
fornecedores de produtos e serviços, quer das pessoas jurídicas de direito
de que trata o art. 44 da Lei no 8.078, público integrantes do SNDC.
de 1990 e remeter cópia à Secretaria
Nacional do Consumidor do Ministério § 2º. A qualquer tempo, o órgão subs-
da Justiça; (Redação dada pelo Decre- critor poderá, diante de novas informa-
to nº 7.738, de 28/05/2012). ções ou se assim as circunstâncias o
exigirem, retificar ou complementar o
VI - desenvolver outras atividades acordo firmado, determinando outras
compatíveis com suas finalidades. providências que se fizerem necessá-
rias, sob pena de invalidade imediata
Art. 5º. Qualquer entidade ou órgão do ato, dando-se seguimento ao pro-
da Administração Pública, federal, es- cedimento administrativo eventual-
tadual e municipal, destinado à defesa mente arquivado.
51
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
§ 3º. O compromisso de ajustamento II - representar o consumidor em juí-
conterá, entre outras, cláusulas que zo, observado o disposto no inciso IV
estipulem condições sobre: do art. 82 da Lei nº 8.078, de 1990;

I - obrigação do fornecedor de adequar III - exercer outras atividades corre-


sua conduta às exigências legais, no latas.
prazo ajustado
CAPÍTULO III
II - pena pecuniária, diária, pelo des- Da Fiscalização, das Práticas
cumprimento do ajustado, levando-se Infrativas e das Penalidades
em conta os seguintes critérios: Administrativas

a) o valor global da operação investi-


Seção I
gada;
Da Fiscalização
b) o valor do produto ou serviço em
Art. 9°. A fiscalização das relações de
questão;
consumo de que tratam a Lei no 8.078,
de 1990, este Decreto e as demais
c) os antecedentes do infrator;
normas de defesa do consumidor será
exercida em todo o território nacional
d) a situação econômica do infrator;
pela Secretaria Nacional do Consumi-
dor do Ministério da Justiça, pelos ór-
III - ressarcimento das despesas de in-
gãos federais integrantes do Sistema
vestigação da infração e instrução do
Nacional de Defesa do Consumidor, pe-
procedimento administrativo.
los órgãos conveniados com a Secreta-
ria e pelos órgãos de proteção e defesa
§ 4º. A celebração do compromisso de
do consumidor criados pelos Estados,
ajustamento suspenderá o curso do
Distrito Federal e Municípios, em suas
processo administrativo, se instaura-
respectivas áreas de atuação e compe-
do, que somente será arquivado após
tência. (Redação dada pelo Decreto nº
atendidas todas as condições estabele-
7.738, de 28/05/2012).
cidas no respectivo termo.
Art. 10º. A fiscalização de que trata
Art. 7º. Compete aos demais órgãos
este Decreto será efetuada por agen-
públicos federais, estaduais, do Distri-
tes fiscais, oficialmente designados,
to Federal e municipais que passarem
vinculados aos respectivos órgãos de
a integrar o SNDC fiscalizar as relações
proteção e defesa do consumidor, no
de consumo, no âmbito de sua compe-
âmbito federal, estadual, do Distrito
tência, e autuar, na forma da legisla-
Federal e municipal, devidamente cre-
ção, os responsáveis por práticas que
denciados mediante Cédula de Iden-
violem os direitos do consumidor.
tificação Fiscal, admitida a delegação
mediante convênio.
Art. 8º. As entidades civis de proteção
e defesa do consumidor, legalmente
Art. 11º. Sem exclusão da responsa-
constituídas, poderão:
bilidade dos órgãos que compõem o
SNDC, os agentes de que trata o artigo
I - encaminhar denúncias aos órgãos
anterior responderão pelos atos que
públicos de proteção e defesa do con-
praticarem quando investidos da ação
sumidor, para as providências legais
fiscalizadora.
cabíveis;
52
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
Seção II de Normas Técnicas - ABNT ou outra
Das Práticas Infrativas entidade credenciada pelo Conselho
Nacional de Metrologia, Normalização
Art. 12º. São consideradas práticas e Qualidade Industrial - CONMETRO;
infrativas:
b) que acarrete riscos à saúde ou à se-
I - condicionar o fornecimento de pro- gurança dos consumidores e sem in-
duto ou serviço ao fornecimento de ou- formações ostensivas e adequadas;
tro produto ou serviço, bem como, sem
justa causa, a limites quantitativos; c) em desacordo com as indicações
constantes do recipiente, da embala-
II - recusar atendimento às demandas gem, da rotulagem ou mensagem pu-
dos consumidores na exata medida de blicitária, respeitadas as variações de-
sua disponibilidade de estoque e, ain- correntes de sua natureza;
da, de conformidade com os usos e
costumes; d) impróprio ou inadequado ao consu-
mo a que se destina ou que lhe dimi-
III - recusar, sem motivo justificado, nua o valor;
atendimento à demanda dos consumi-
dores de serviços; X - deixar de reexecutar os serviços,
quando cabível, sem custo adicional;
IV - enviar ou entregar ao consumidor
qualquer produto ou fornecer qualquer XI - deixar de estipular prazo para o
serviço, sem solicitação prévia; cumprimento de sua obrigação ou dei-
xar a fixação ou variação de seu termo
V - prevalecer-se da fraqueza ou igno- inicial a seu exclusivo critério.
rância do consumidor, tendo em vista
sua idade, saúde, conhecimento ou Art. 13º. Serão consideradas, ainda,
condição social, para impingir-lhe seus práticas infrativas, na forma dos dispo-
produtos ou serviços; sitivos da Lei nº 8.078, de 1990:

VI - exigir do consumidor vantagem I - ofertar produtos ou serviços sem as


manifestamente excessiva; informações corretas, claras, precisa
e ostensivas, em língua portuguesa,
VII - executar serviços sem a prévia sobre suas características, qualidade,
elaboração de orçamento e auto con- quantidade, composição, preço, condi-
sumidor, ressalvadas as decorrentes ções de pagamento, juros, encargos,
de práticas anteriores entre as partes; garantia, prazos de validade e origem,
entre outros dados relevantes;
VIII - repassar informação depreciati-
va referente a ato praticado pelo con- II - deixar de comunicar à autoridade
sumidor no exercício de seus direitos; competente a periculosidade do produ-
to ou serviço, quando do lançamento
IX - colocar, no mercado de consumo, dos mesmos no mercado de consumo,
qualquer produto ou serviço: ou quando da verificação posterior da
existência do risco;
a) em desacordo com as normas ex-
pedidas pelos órgãos oficiais compe- III - deixar de comunicar aos consu-
tentes, ou, se normas específicas não midores, por meio de anúncios publi-
existirem, pela Associação Brasileira citários, a periculosidade do produto
53
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
ou serviço, quando do lançamento dos X - impedir ou dificultar o acesso gra-
mesmos no mercado de consumo, ou tuito do consumidor às informações
quando da verificação posterior da existentes em cadastros, fichas, regis-
existência do risco; tros de dados pessoais e de consumo,
arquivados sobre ele, bem como sobre
IV - deixar de reparar os danos cau- as respectivas fontes;
sados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projetos, fabricação, XI - elaborar cadastros de consumo
construção, montagem, manipulação, com dados irreais ou imprecisos;
apresentação ou acondicionamento de
seus produtos ou serviços, ou por in- XII - manter cadastros e dados de con-
formações insuficientes ou inadequa- sumidores com informações negativas,
das sobre a sua utilização e risco; divergentes da proteção legal;

V - deixar de empregar componentes XIII - deixar de comunicar, por escrito,


de reposição originais, adequados e ao consumidor a abertura de cadastro,
novos, ou que mantenham as especi- ficha, registro de dados pessoais e de
ficações técnicas do fabricante, salvo consumo, quando não solicitada por
se existir autorização em contrário do ele;
consumidor;
XIV - deixar de corrigir, imediata e gra-
tuitamente, a inexatidão de dados e
VI - deixar de cumprir a oferta, publi-
cadastros, quando solicitado pelo con-
citária ou não, suficientemente preci-
sumidor;
sa, ressalvada a incorreção retificada
em tempo hábil ou exclusivamente
XV - deixar de comunicar ao consumi-
atribuível ao veículo de comunicação,
dor, no prazo de cinco dias úteis, as
sem prejuízo, inclusive nessas duas
correções cadastrais por ele solicita-
hipóteses, do cumprimento forçado
das;
do anunciado ou do ressarcimento de
perdas e danos sofridos pelo consumi- XVI - impedir, dificultar ou negar, sem
dor, assegurado o direito de regresso justa causa, o cumprimento das decla-
do anunciante contra seu segurador ou rações constantes de escritos particu-
responsável direto; lares, recibos e pré-contratos concer-
nentes às relações de consumo;
VII - omitir, nas ofertas ou vendas ele-
trônicas, por telefone ou reembolso XVII - omitir em impressos, catálogos
postal, o nome e endereço do fabrican- ou comunicações, impedir, dificultar
te ou do importador na embalagem, na ou negar a desistência contratual, no
publicidade e nos impressos utilizados prazo de até sete dias a contar da assi-
na transação comercial; natura do contrato ou do ato de recebi-
mento do produto ou serviço, sempre
VIII - deixar de cumprir, no caso de que a contratação ocorrer fora do esta-
fornecimento de produtos e serviços, o belecimento comercial, especialmente
regime de preços tabelados, congela- por telefone ou a domicílio;
dos, administrados, fixados ou contro-
lados pelo Poder Público; XVIII - impedir, dificultar ou negar a
devolução dos valores pagos, moneta-
IX - submeter o consumidor inadim- riamente atualizados, durante o prazo
plente a ridículo ou a qualquer tipo de de reflexão, em caso de desistência do
constrangimento ou ameaça; contrato pelo consumidor;
54
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
XIX - deixar de entregar o termo de Art. 14º. É enganosa qualquer moda-
garantia, devidamente preenchido com lidade de informação ou comunicação
as informações previstas no parágrafo de caráter publicitário inteira ou par-
único do art. 50 da Lei nº 8.078, de cialmente falsa, ou, por qualquer outro
1990; modo, mesmo por omissão, capaz de
induzir a erro o consumidor a respeito
XX - deixar, em contratos que envol- da natureza, características, qualida-
vam vendas a prazo ou com cartão de de, quantidade, propriedade, origem,
crédito, de informar por escrito ao con- preço e de quaisquer outros dados so-
sumidor, prévia e adequadamente, in- bre produtos ou serviços.
clusive nas comunicações publicitárias,
o preço do produto ou do serviço em § 1º. É enganosa, por omissão, a pu-
moeda corrente nacional, o montante blicidade que deixar de informar sobre
dos juros de mora e da taxa efetiva dado essencial do produto ou serviço
anual de juros, os acréscimos legal e a ser colocado à disposição dos consu-
contratualmente previstos, o número e midores.
a periodicidade das prestações e, com
igual destaque, a soma total a pagar, § 2º. É abusiva, entre outras, a publi-
com ou sem financiamento; cidade discriminatória de qualquer na-
tureza, que incite à violência, explore
XXI - deixar de assegurar a oferta de o medo ou a superstição, se aproveite
componentes e peças de reposição, da deficiência de julgamento e da inex-
enquanto não cessar a fabricação ou periência da criança, desrespeite valo-
importação do produto, e, caso cessa- res ambientais, seja capaz de induzir o
das, de manter a oferta de componen- consumidor a se comportar de forma
tes e peças de reposição por período prejudicial ou perigosa à sua saúde ou
razoável de tempo, nunca inferior à segurança, ou que viole normas legais
vida útil do produto ou serviço; ou regulamentares de controle da pu-
blicidade.
XXII - propor ou aplicar índices ou
formas de reajuste alternativos, bem § 3º. O ônus da prova da veracida-
como fazê-lo em desacordo com aque- de (não-enganosidade) e da correção
le que seja legal ou contratualmente (não-abusividade) da informação ou
permitido; comunicação publicitária cabe a quem
as patrocina.
XXIII - recusar a venda de produto ou
a prestação de serviços, publicamen- Art. 15º. Estando a mesma empresa
te ofertados, diretamente a quem se sendo acionada em mais de um Estado
dispõe a adquiri-los mediante pronto federado pelo mesmo fato gerador de
pagamento, ressalvados os casos re- prática infrativa, a autoridade máxima
gulados em leis especiais; do sistema estadual poderá remeter
o processo ao órgão coordenador do
XXIV - deixar de trocar o produto im- SNDC, que apurará o fato e aplicará as
próprio, inadequado, ou de valor di- sanções respectivas.
minuído, por outro da mesma espé-
cie, em perfeitas condições de uso, ou Art. 16º. Nos casos de processos ad-
de restituir imediatamente a quantia ministrativos em trâmite em mais de
paga, devidamente corrigida, ou fazer um Estado, que envolvam interesses
abatimento proporcional do preço, a difusos ou coletivos, a Secretaria Na-
critério do consumidor. cional do Consumidor poderá avocá-

55
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
-los, ouvida a Comissão Nacional Per- IX - cassação de licença do estabeleci-
manente de Defesa do Consumidor, e mento ou de atividade;
as autoridades máximas dos sistemas
estaduais. (Redação dada pelo Decreto X - interdição, total ou parcial, de esta-
nº 7.738, de 28/05/2012). belecimento, de obra ou de atividade;

Art. 17º. As práticas infrativas classi- XI - intervenção administrativa;


ficam-se em:
XII - imposição de contrapropaganda.
I - leves: aquelas em que forem veri-
ficadas somente circunstâncias atenu- § 1º. Responderá pela prática infrati-
antes; va, sujeitando-se às sanções adminis-
trativas previstas neste Decreto, quem
II - graves: aquelas em que forem ve- por ação ou omissão lhe der causa,
rificadas circunstâncias agravantes. concorrer para sua prática ou dela se
beneficiar.
Seção III
Das Penalidades Administrativas § 2º. As penalidades previstas neste
artigo serão aplicadas pelos órgãos ofi-
Art. 18º. A inobservância das normas ciais integrantes do SNDC, sem prejuí-
contidas na Lei nº 8.078, de 1990, e zo das atribuições do órgão normativo
das demais normas de defesa do con- ou regulador da atividade, na forma da
sumidor constituirá prática infrativa e legislação vigente.
sujeitará o fornecedor às seguintes pe-
nalidades, que poderão ser aplicadas § 3º. As penalidades previstas nos in-
isolada ou cumulativamente, inclusive cisos III a XI deste artigo sujeitam-se
de forma cautelar, antecedente ou inci- a posterior confirmação pelo órgão
dente no processo administrativo, sem normativo ou regulador da atividade,
prejuízo das de natureza cível, penal e nos limites de sua competência.
das definidas em normas específicas:
Art. 19º. Toda pessoa física ou jurídi-
I - multa; ca que fizer ou promover publicidade
enganosa ou abusiva ficará sujeita à
II - apreensão do produto; pena de multa, cumulada com aquelas
previstas no artigo anterior, sem pre-
III - inutilização do produto;
juízo da competência de outros órgãos
IV - cassação do registro do produto administrativos.
junto ao órgão competente;
Parágrafo único. Incide também nas
V - proibição de fabricação do produto; penas deste artigo o fornecedor que:

VI - suspensão de fornecimento de a) deixar de organizar ou negar aos le-


produtos ou serviços; gítimos interessados os dados fáticos,
técnicos e científicos que dão sustenta-
VII - suspensão temporária de ativida- ção à mensagem publicitária;
de;
b) veicular publicidade de forma que o
VIII - revogação de concessão ou per- consumidor não possa, fácil e imedia-
missão de uso; tamente, identificá-la como tal.

56
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
Art. 20º. Sujeitam-se à pena de multa II - deixar de reembolsar ao consumi-
os órgãos públicos que, por si ou suas dor a quantia já paga, nos casos pre-
empresas concessionárias, permissio- vistos na Lei nº 8.078, de 1990;
nárias ou sob qualquer outra forma de
empreendimento, deixarem de forne- III - transferir responsabilidades a ter-
cer serviços adequados, eficientes, se- ceiros;
guros e, quanto aos essenciais, contí-
nuos. IV - estabelecer obrigações considera-
das iníquas ou abusivas, que coloquem
Art. 21º. A aplicação da sanção pre- o consumidor em desvantagem exage-
vista no inciso II do art. 18 terá lugar rada, incompatíveis com a boa-fé ou a
quando os produtos forem comerciali- equidade;
zados em desacordo com as especifi-
cações técnicas estabelecidas em le- V - estabelecer inversão do ônus da
gislação própria, na Lei nº 8.078, de prova em prejuízo do consumidor;
1990, e neste Decreto.
VI - determinar a utilização compulsó-
§ 1º. Os bens apreendidos, a crité- ria de arbitragem;
rio da autoridade, poderão ficar sob a
guarda do proprietário, responsável, VII - impuser representante para con-
preposto ou empregado que responda cluir ou realizar outro negócio jurídico
pelo gerenciamento do negócio, nome- pelo consumidor;
ado fiel depositário, mediante termo
próprio, proibida a venda, utilização, VIII - deixar ao fornecedor a opção
substituição, subtração ou remoção, de concluir ou não o contrato, embora
total ou parcial, dos referidos bens. obrigando o consumidor;

§ 2º. A retirada de produto por parte IX - permitir ao fornecedor, direta ou


da autoridade fiscalizadora não pode- indiretamente, variação unilateral do
rá incidir sobre quantidade superior preço, juros, encargos, forma de paga-
àquela necessária à realização da aná- mento ou atualização monetária;
lise pericial.
X - autorizar o fornecedor a cancelar
Art. 22º. Será aplicada multa ao for- o contrato unilateralmente, sem que
necedor de produtos ou serviços que, igual direito seja conferido ao consu-
direta ou indiretamente, inserir, fizer midor, ou permitir, nos contratos de
circular ou utilizar-se de cláusula abu- longa duração ou de trato sucessivo, o
siva, qualquer que seja a modalidade cancelamento sem justa causa e moti-
do contrato de consumo, inclusive nas vação, mesmo que dada ao consumi-
operações securitárias, bancárias, de dor a mesma opção;
crédito direto ao consumidor, depósito,
poupança, mútuo ou financiamento, e XI - obrigar o consumidor a ressarcir
especialmente quando: os custos de cobrança de sua obriga-
ção, sem que igual direito lhe seja con-
I - impossibilitar, exonerar ou atenuar ferido contra o fornecedor;
a responsabilidade do fornecedor por
vícios de qualquer natureza dos produ- XII - autorizar o fornecedor a modificar
tos e serviços ou implicar renúncia ou unilateralmente o conteúdo ou a quali-
disposição de direito do consumidor; dade do contrato após sua celebração;

57
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
XIII - infringir normas ambientais ou XXII - elaborar contrato, inclusive o
possibilitar sua violação; de adesão, sem utilizar termos claros,
caracteres ostensivos e legíveis, que
XIV - possibilitar a renúncia ao direito permitam sua imediata e fácil compre-
de indenização por benfeitorias neces- ensão, destacando-se as cláusulas que
sárias; impliquem obrigação ou limitação dos
direitos contratuais do consumidor, in-
XV - restringir direitos ou obrigações clusive com a utilização de tipos de le-
fundamentais à natureza do contrato, tra e cores diferenciados, entre outros
de tal modo a ameaçar o seu objeto ou recursos gráficos e visuais;
o equilíbrio contratual;
XXIII - que impeça a troca de produ-
XVI - onerar excessivamente o consu- to impróprio, inadequado, ou de valor
midor, considerando-se a natureza e o diminuído, por outro da mesma espé-
conteúdo do contrato, o interesse das cie, em perfeitas condições de uso, ou
partes e outras circunstâncias peculia- a restituição imediata da quantia paga,
res à espécie; devidamente corrigido, ou fazer abati-
mento proporcional do preço, a critério
XVII - determinar, nos contratos de
do consumidor.
compra e venda mediante pagamento
em prestações, ou nas alienações fidu-
Parágrafo único. Dependendo da
ciárias em garantia, a perda total das
gravidade da infração prevista nos in-
prestações pagas, em beneficio do cre-
cisos dos arts. 12, 13 e deste artigo,
dor que, em razão do inadimplemen-
a pena de multa poderá ser cumulada
to, pleitear a resilição do contrato e a
com as demais previstas no art. 18,
retomada do produto alienado, ressal-
sem prejuízo da competência de outros
vada a cobrança judicial de perdas e
órgãos administrativos.
danos comprovadamente sofridos;
Art. 23º. Os serviços prestados e os
XVIII - anunciar, oferecer ou estipu-
produtos remetidos ou entregues ao
lar pagamento em moeda estrangeira,
consumidor, na hipótese prevista no
salvo nos casos previstos em lei;
inciso IV do art. 12 deste Decreto,
XIX - cobrar multas de mora superio- equiparam-se às amostras grátis, ine-
res a dois por cento, decorrentes do xistindo obrigação de pagamento.
inadimplemento de obrigação no seu
termo, conforme o disposto no § 1º do Art. 24º. Para a imposição da pena e
art. 52 da Lei nº 8.078, de 1990, com sua gradação, serão considerados:
a redação dada pela Lei nº 9.298, de
1º de agosto de 1996; I - as circunstâncias atenuantes e
agravantes;
XX - impedir, dificultar ou negar ao
consumidor a liquidação antecipada do II - os antecedentes do infrator, nos
débito, total ou parcialmente, median- termos do art. 28 deste Decreto.
te redução proporcional dos juros, en-
cargos e demais acréscimos, inclusive Art. 25º. Consideram-se circunstân-
seguro; cias atenuantes:

XXI - fizer constar do contrato alguma I - a ação do infrator não ter sido fun-
das cláusulas abusivas a que se refere damental para a consecução do fato;
o art. 56 deste Decreto;
58
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
II - ser o infrator primário; Parágrafo único. Para efeito de rein-
cidência, não prevalece a sanção ante-
III - ter o infrator adotado as provi- rior, se entre a data da decisão admi-
dências pertinentes para minimizar ou nistrativa definitiva e aquela da prática
de imediato reparar os efeitos do ato posterior houver decorrido período de
lesivo. tempo superior a cinco anos.

Art. 26º. Consideram-se circunstân- Art. 28º. Observado o disposto no art.


cias agravantes: 24 deste Decreto pela autoridade com-
petente, a pena de multa será fixada
I - ser o infrator reincidente; considerando-se a gravidade da práti-
ca infrativa, a extensão do dano causa-
II - ter o infrator, comprovadamente, do aos consumidores, a vantagem au-
cometido a prática infrativa para obter ferida com o ato infrativo e a condição
vantagens indevidas; econômica do infrator, respeitados os
parâmetros estabelecidos no parágrafo
III - trazer a prática infrativa conse- único do art. 57 da Lei nº 8.078, de
quências danosas à saúde ou à segu- 1990.
rança do consumidor;
CAPÍTULO IV
IV - deixar o infrator, tendo conheci- Da Destinação da Multa e da
mento do ato lesivo, de tomar as pro- Administração dos Recursos
vidências para evitar ou mitigar suas
consequências; Art. 29º. A multa de que trata o in-
ciso I do art. 56 e caput do art. 57 da
V - ter o infrator agido com dolo; Lei nº 8.078, de 1990, reverterá para o
Fundo pertinente à pessoa jurídica de
VI - ocasionar a prática infrativa dano direito público que impuser a sanção,
coletivo ou ter caráter repetitivo; gerido pelo respectivo Conselho Ges-
tor.
VII - ter a prática infrativa ocorrido em
detrimento de menor de dezoito ou Parágrafo único. As multas arreca-
maior de sessenta anos ou de pessoas dadas pela União e órgãos federais re-
portadoras de deficiência física, mental verterão para o Fundo de Direitos Di-
ou sensorial, interditadas ou não; fusos de que tratam a Lei nº 7.347, de
1985, e Lei nº 9.008, de 21 de março
VIII - dissimular-se a natureza ilícita de 1995, gerido pelo Conselho Federal
do ato ou atividade; Gestor do Fundo de Defesa dos Direi-
tos Difusos - CFDD.
IX - ser a conduta infrativa praticada
aproveitando-se o infrator de grave Art. 30º. As multas arrecadadas serão
crise econômica ou da condição cultu- destinadas ao financiamento de proje-
ral, social ou econômica da vítima, ou, tos relacionados com os objetivos da
ainda, por ocasião de calamidade. Política Nacional de Relações de Con-
sumo, com a defesa dos direitos bási-
Art. 27º. Considera-se reincidência a cos do consumidor e com a moderniza-
repetição de prática infrativa, de qual- ção administrativa dos órgãos públicos
quer natureza, às normas de defesa do de defesa do consumidor, após apro-
consumidor, punida por decisão admi- vação pelo respectivo Conselho Gestor,
nistrativa irrecorrível. em cada unidade federativa.
59
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
Art. 31º. Na ausência de Fundos mu- § 2º. A recusa à prestação das infor-
nicipais, os recursos serão depositados mações ou o desrespeito às determi-
no Fundo do respectivo Estado e, fal- nações e convocações dos órgãos do
tando este, no Fundo federal. SNDC caracterizam desobediência, na
forma do art. 330 do Código Penal, fi-
Parágrafo único. O Conselho Federal cando a autoridade administrativa com
Gestor do Fundo de Defesa dos Direi- poderes para determinar a imediata
tos, Difusos poderá apreciar e autori- cessação da prática, além da imposi-
zar recursos para projetos especiais de ção das sanções administrativas e civis
órgãos e entidades federais, estaduais cabíveis.
e municipais de defesa do consumidor.
Seção II
Art. 32º. Na hipótese de multa apli- Da Reclamação
cada pelo órgão coordenador do SNDC
nos casos previstos pelo art. 15 deste Art. 34º. O consumidor poderá apre-
Decreto, o Conselho Federal Gestor do sentar sua reclamação pessoalmente,
FDD restituirá aos fundos dos Estados ou por telegrama carta, telex, fac-sími-
envolvidos o percentual de até oitenta le ou qualquer outro meio de comuni-
por cento do valor arrecadado. cação, a quaisquer dos órgãos oficiais
de proteção e defesa do consumidor.
CAPÍTULO V
Do Processo Administrativo Seção III
Dos Autos deInfração, de Apreensão e do
Termo de Depósito
Seção I
Das Disposições Gerais Art. 35º. Os Autos de infração, de
Apreensão e o Termo de Depósito de-
Art. 33º. As práticas infrativas às nor- verão ser impressos, numerados em
mas de proteção e defesa do consumi- série e preenchidos de forma clara e
dor serão apuradas em processo ad- precisa, sem entrelinhas, rasuras ou
ministrativo, que terá início mediante: emendas, mencionando:

I - ato, por escrito, da autoridade com- I - o Auto de Infração:


petente;
a) o local, a data e a hora da lavratura;
II - lavratura de auto de infração;
b) o nome, o endereço e a qualificação
III - reclamação. do autuado;

§ 1º. Antecedendo à instauração do c) a descrição do fato ou do ato consti-


processo administrativo, poderá a au- tutivo da infração;
toridade competente abrir investigação
preliminar, cabendo, para tanto, requi- d) o dispositivo legal infringido;
sitar dos fornecedores informações so-
bre as questões investigados, resguar- e) a determinação da exigência e a in-
dado o segredo industrial, na forma do timação para cumpri-la ou impugná-la
disposto no § 4º do art. 55 da Lei nº no prazo de dez dias;
8.078, de 1990.
f) a identificação do agente autuante,
sua assinatura, a indicação do seu car-
60
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
go ou função e o número de sua ma- § 1º. Quando necessário, para com-
trícula; provação de infração, os Autos serão
acompanhados de laudo pericial.
g) a designação do órgão julgador e o
respectivo endereço; § 2º. Quando a verificação do defeito
ou vício relativo à qualidade, oferta e
h) a assinatura do autuado; apresentação de produtos não depen-
der de perícia, o agente competente
II - o Auto de Apreensão e o Termo de consignará o fato no respectivo Auto.
Depósito:
Art. 38º. A assinatura nos Autos de
a) o local, a data e a hora da lavratura; Infração, de Apreensão e no Termo de
Depósito, por parte do autuado, ao re-
b) o nome, o endereço e a qualificação ceber cópias dos mesmos, constitui no-
do depositário; tificação, sem implicar confissão, para
os fins do art. 44 do presente Decreto.
c) a descrição e a quantidade dos pro-
dutos apreendidos; Parágrafo único. Em caso de recu-
sa do autuado em assinar os Autos de
d) as razões e os fundamentos da Infração, de Apreensão e o Termo de
apreensão; Depósito, o Agente competente con-
signará o fato nos Autos e no Termo,
e) o local onde o produto ficará arma- remetendo-os ao autuado por via pos-
zenado; tal, com Aviso de Recebimento (AR) ou
outro procedimento equivalente, tendo
f) a quantidade de amostra colhida os mesmos efeitos do caput deste ar-
para análise; tigo.
Seção IV
g) a identificação do agente autuante, Da Instauração do Processo
sua assinatura, a indicação do seu car- Administrativo por Ato de
go ou função e o número de sua ma- Autoridade Competente
trícula;
Art. 39º. O processo administrativo de
h) a assinatura do depositário; que trata o art. 33 deste Decreto pode-
rá ser instaurado mediante reclamação
i) as proibições contidas no § 1º do art. do interessado ou por iniciativa da pró-
21 deste Decreto. pria autoridade competente.

Art. 36º. Os Autos de Infração, de Parágrafo único. Na hipótese de a in-


Apreensão e o Termo de Depósito se- vestigação preliminar não resultar em
rão lavrados pelo agente autuante que processo administrativo com base em
houver verificado a prática infrativa, reclamação apresentada por consumi-
preferencialmente no local onde foi dor, deverá este ser informado sobre
comprovada a irregularidade. as razões do arquivamento pela auto-
ridade competente.
Art. 37º. Os Autos de Infração, de
Apreensão e o Termo de Depósito se- Art. 40º. O processo administrativo,
rão lavrados em impresso próprio, na forma deste Decreto, deverá, obri-
composto de três vias, numeradas ti- gatoriamente, conter:
pograficamente.
61
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
I - a identificação do infrator; Art. 43º. O processo administrativo
decorrente de Auto de Infração, de ato
II - a descrição do fato ou ato constitu- de oficio de autoridade competente, ou
tivo da infração; de reclamação será instruído e julgado
na esfera de atribuição do órgão que o
III - os dispositivos legais infringidos; tiver instaurado.

IV - a assinatura da autoridade com- Art. 44º. O infrator poderá impugnar


petente. o processo administrativo, no prazo de
dez dias, contados processualmente
Art. 41º. A autoridade administra- de sua notificação, indicando em sua
tiva poderá determinar, na forma de defesa:
ato próprio, constatação preliminar da
ocorrência de prática presumida. I - a autoridade julgadora a quem é
dirigida;
Seção V
Da Notificação II - a qualificação do impugnante;

Art. 42º. A autoridade competente ex- III - as razões de fato e de direito que
pedirá notificação ao infrator, fixando fundamentam a impugnação;
o prazo de dez dias, a contar da data
de seu recebimento, para apresentar IV - as provas que lhe dão suporte.
defesa, na forma do art. 44 deste De-
creto. Art. 45º. Decorrido o prazo da im-
pugnação, o órgão julgador determi-
§ 1º. A notificação, acompanhada de nará as diligências cabíveis, podendo
cópia da inicial do processo adminis- dispensar as meramente protelatórias
trativo a que se refere o art. 40, far- ou irrelevantes, sendo-lhe facultado
-se-á: requisitar do infrator, de quaisquer
pessoas físicas ou jurídicas, órgãos
I - pessoalmente ao infrator, seu man- ou entidades públicas as necessárias
datário ou preposto; informações, esclarecimentos ou do-
cumentos, a serem apresentados no
II - por carta registrada ao infrator, seu prazo estabelecido.
mandatário ou preposto, com Aviso de
Recebimento (AR). Art. 46º. A decisão administrativa
conterá relatório dos fatos, o respec-
§ 2º. Quando o infrator, seu manda- tivo enquadramento legal e, se con-
tário ou preposto não puder ser notifi- denatória, a natureza e gradação da
cado, pessoalmente ou por via postal, pena.
será feita a notificação por edital, a
ser afixado nas dependências do ór- § 1º. A autoridade administrativa com-
gão respectivo, em lugar público, pelo petente, antes de julgar o feito, apre-
prazo de dez dias, ou divulgado, pelo ciará a defesa e as provas produzidas
menos uma vez, na imprensa oficial ou pelas partes, não estando vinculada ao
em jornal de circulação local. relatório de sua consultoria jurídica ou
órgão similar, se houver.
Seção VI
Da Impugnação e do Julgamento do
§ 2º. Julgado o processo e fixada a
Processo Administrativo
62
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
multa, será o infrator notificado para Art. 50º. Quando o processo trami-
efetuar seu recolhimento no prazo de tar no âmbito do Departamento de
dez dias ou apresentar recurso. Proteção e Defesa do Consumidor, o
julgamento do feito será de responsa-
§ 3º. Em caso de provimento do recur- bilidade do Diretor daquele órgão, ca-
so, os valores recolhidos serão devol- bendo recurso ao titular da Secretaria
vidos ao recorrente na forma estabe- Nacional do Consumidor, no prazo de
lecida pelo Conselho Gestor do Fundo. dez dias, contado da data da intima-
ção da decisão, como segunda e última
Art. 47º. Quando a cominação previs- instância recursal. (Redação dada pelo
ta for a contrapropaganda, o processo Decreto nº 7.738, de 28/05/2012).
poderá ser instruído com indicações
técnico-publicitárias, das quais se in- Art. 51º. Não será conhecido o recur-
timará o autuado, obedecidas, na exe- so interposto fora dos prazos e condi-
cução da respectiva decisão, as condi- ções estabelecidos neste Decreto.
ções constantes do § 1º do art. 60 da
Lei nº 8.078, de 1990. Art. 52º. Sendo julgada insubsisten-
te a infração, a autoridade julgadora
Seção VII recorrerá à autoridade imediatamen-
Das Nulidades te superior, nos termos fixados nesta
Seção, mediante declaração na própria
Art. 48º. A inobservância de forma decisão.
não acarretará a nulidade do ato, se
não houver prejuízo para a defesa. Art. 53º. A decisão é definitiva quando
não mais couber recurso, seja de or-
Parágrafo único. A nulidade preju- dem formal ou material.
dica somente os atos posteriores ao
ato declarado nulo e dele diretamente Art. 54º. Todos os prazos referidos
dependentes ou de que sejam conse- nesta Seção são preclusivos.
quência, cabendo à autoridade que a
declarar indicar tais atos e determinar Seção IX
o adequado procedimento saneador, se Da Inscrição na Dívida Ativa
for o caso.
Art. 55º. Não sendo recolhido o valor
Seção VIII da multa em trinta dias, será o débito
Dos Recursos Administrativos inscrito em dívida ativa do órgão que
houver aplicado a sanção, para subse-
Art. 49º. Das decisões da autoridade quente cobrança executiva.
competente do órgão público que apli-
cou a sanção caberá recurso, sem efei- CAPÍTULO VI
to suspensivo, no prazo de dez dias, Do Elenco de Cláusulas Abusivas e do
contados da data da intimação da de- Cadastro de Fornecedores
cisão, a seu superior hierárquico, que
proferirá decisão definitiva. Seção I
Do Elenco deCláusulas Abusivas
Parágrafo único. No caso de aplica-
ção de multas, o recurso será recebi- Art. 56º. Na forma do art. 51 da Lei
do, com efeito suspensivo, pela autori- no 8.078, de 1990, e com o objetivo de
dade superior. orientar o Sistema Nacional de Defesa
63
Decreto 2.181 de 20 de Março de 1997
do Consumidor, a Secretaria Nacional I - cadastro: o resultado dos registros
do Consumidor divulgará, anualmen- feitos pelos órgãos públicos de defesa
te, elenco complementar de cláusulas do consumidor de todas as reclama-
contratuais consideradas abusivas, ções fundamentadas contra fornece-
notadamente para o fim de aplicação dores;
do disposto no inciso IV do caput do
art. 22. (Redação dada pelo Decreto nº II - reclamação fundamentada: a no-
7.738, de 28/05/2012). tícia de lesão ou ameaça a direito de
consumidor analisada por órgão públi-
co de defesa do consumidor, a requeri-
§ 1º. Na elaboração do elenco referi-
mento ou de ofício, considerada proce-
do no caput e posteriores inclusões, a
dente, por decisão definitiva.
consideração sobre a abusividade de
cláusulas contratuais se dará de forma
Art. 59º. Os órgãos públicos de defe-
genérica e abstrata.
sa do consumidor devem providenciar
a divulgação periódica dos cadastros
§ 2º. O elenco de cláusulas conside- atualizados de reclamações fundamen-
radas abusivas tem natureza mera- tadas contra fornecedores.
mente exemplificativa, não impedindo
que outras, também, possam vir a ser § 1º. O cadastro referido no caput des-
assim consideradas pelos órgãos da te artigo será publicado, obrigatoria-
Administração Pública incumbidos da mente, no órgão de imprensa oficial
defesa dos interesses e direitos prote- local, devendo a entidade responsável
gidos pelo Código de Defesa do Consu- dar-lhe a maior publicidade possível
midor e legislação correlata. por meio dos órgãos de comunicação,
inclusive eletrônica.
§ 3º. A apreciação sobre a abusividade
de cláusulas contratuais, para fins de § 2º. O cadastro será divulgado anual-
sua inclusão no elenco a que se refere mente, podendo o órgão responsável
o caput deste artigo, se dará de ofício fazê-lo em período menor, sempre que
ou por provocação dos legitimados re- julgue necessário, e conterá informa-
feridos no art. 82 da Lei nº 8.078, de ções objetivas, claras e verdadeiras
1990. sobre o objeto da reclamação, a identi-
ficação do fornecedor e o atendimento
Seção II ou não da reclamação pelo fornecedor.
Do Cadastro de Fornecedores
§ 3º. Os cadastros deverão ser atuali-
zados permanentemente, por meio das
Art. 57º. Os cadastros de reclamações devidas anotações, não podendo con-
fundamentadas contra fornecedores ter informações negativas sobre forne-
constituem instrumento essencial de cedores, referentes a período superior
defesa e orientação dos consumidores, a cinco anos, contado da data da inti-
devendo os órgãos públicos competen- mação da decisão definitiva.
tes assegurar sua publicidade, conta-
bilidade e continuidade, nos termos do Art. 60º. Os cadastros de reclamações
art. 44 da Lei nº 8.078, de 1990. fundamentadas contra fornecedores
são considerados arquivos públicos,
Art. 58º. Para os fins deste Decreto, sendo informações e fontes a todos
considera-se: acessíveis, gratuitamente, vedada a
utilização abusiva ou, por qualquer ou-
64
Decreto 7.962 de 15 de Março de 2013
tro modo, estranha à defesa e orien- as autoridades competentes autoriza-
tação dos consumidores, ressalvada a das a requisitar o emprego de força
hipótese de publicidade comparativa. policial.

Art. 61º. O consumidor ou fornecedor Art. 66º. Este Decreto entra em vigor
poderá requerer em cinco dias a contar na data de sua publicação.
da divulgação do cadastro e mediante
petição fundamentada, a retificação de Art. 67º. Fica revogado o Decreto nº
informação inexata que nele conste, 861, de 9 de julho de 1993.
bem como a inclusão de informação
omitida, devendo a autoridade compe- Brasília, 20 de março de 1997; 176º
tente, no prazo de dez dias úteis, pro- da Independência e 109º da República.
nunciar-se, motivadamente, pela pro-
cedência ou improcedência do pedido. Fernando Henrique Cardoso
Presidente da República
Parágrafo único. No caso de acolhi-
mento do pedido, a autoridade com- Decreto nº 7.962,
petente providenciará, no prazo deste de 15 de Março de 2013
artigo, a retificação ou inclusão de in-
formação e sua divulgação, nos termos Regulamenta a Lei no 8.078, de 11 de
do § 1º do art. 59 deste Decreto. setembro de 1990, para dispor sobre a
contratação no comércio eletrônico.

Art. 62º. Os cadastros específicos de


cada órgão público de defesa do con- A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso
sumidor serão consolidados em cadas- da atribuição que lhe confere o art. 84,
tros gerais, nos âmbitos federal e esta- caput, inciso IV, da Constituição, e ten-
dual, aos quais se aplica o disposto nos do em vista o disposto na Lei no 8.078,
artigos desta Seção. de 11 de setembro de 1990, DECRETA:

Art. 1º. Este Decreto regulamenta a


CAPÍTULO VII
Lei no 8.078, de 11 de setembro de
Das Disposições Gerais
1990, para dispor sobre a contratação
no comércio eletrônico, abrangendo os
Art. 63º. Com base na Lei no 8.078,
seguintes aspectos:
de 1990, e legislação complementar,
a Secretaria Nacional do Consumidor
I - informações claras a respeito do
poderá expedir atos administrativos,
produto, serviço e do fornecedor;
visando à fiel observância das normas
de proteção e defesa do consumidor.
II - atendimento facilitado ao consu-
(Redação dada pelo Decreto nº 7.738,
midor; e
de 2012).
III - respeito ao direito de arrependi-
Art. 64º. Poderão ser lavrados Au-
mento.
tos de Comprovação ou Constatação,
a fim de estabelecer a situação real
Art. 2º. Os sítios eletrônicos ou de-
de mercado, em determinado lugar e
mais meios eletrônicos utilizados para
momento, obedecido o procedimento
oferta ou conclusão de contrato de
adequado.
consumo devem disponibilizar, em lo-
cal de destaque e de fácil visualização,
Art. 65º. Em caso de impedimento à
as seguintes informações:
aplicação do presente Decreto, ficam
65
Decreto 7.962 de 15 de Março de 2013
I - nome empresarial e número de in- Art. 4º. Para garantir o atendimento
scrição do fornecedor, quando houver, facilitado ao consumidor no comércio
no Cadastro Nacional de Pessoas Físi- eletrônico, o fornecedor deverá:
cas ou no Cadastro Nacional de Pes-
soas Jurídicas do Ministério da Fazen- I - apresentar sumário do contrato an-
da; tes da contratação, com as informa-
ções necessárias ao pleno exercício
II - endereço físico e eletrônico, e de- do direito de escolha do consumidor,
mais informações necessárias para sua enfatizadas as cláusulas que limitem
localização e contato; direitos;

III - características essenciais do pro- II - fornecer ferramentas eficazes ao


duto ou do serviço, incluídos os riscos consumidor para identificação e cor-
à saúde e à segurança dos consumi- reção imediata de erros ocorridos nas
dores; etapas anteriores à finalização da con-
tratação;
IV - discriminação, no preço, de quais-
III - confirmar imediatamente o rece-
quer despesas adicionais ou acessó-
bimento da aceitação da oferta;
rias, tais como as de entrega ou se-
guros;
IV - disponibilizar o contrato ao consu-
midor em meio que permita sua con-
V - condições integrais da oferta, in-
servação e reprodução, imediatamente
cluídas modalidades de pagamento,
após a contratação;
disponibilidade, forma e prazo da exe-
cução do serviço ou da entrega ou dis- V - manter serviço adequado e eficaz
ponibilização do produto; e de atendimento em meio eletrônico,
que possibilite ao consumidor a reso-
VI - informações claras e ostensivas a lução de demandas referentes a infor-
respeito de quaisquer restrições à frui- mação, dúvida, reclamação, suspen-
ção da oferta. são ou cancelamento do contrato;
Art. 3º. Os sítios eletrônicos ou demais VI - confirmar imediatamente o rece-
meios eletrônicos utilizados para ofer- bimento das demandas do consumidor
tas de compras coletivas ou modalida- referidas no inciso, pelo mesmo meio
des análogas de contratação deverão empregado pelo consumidor; e
conter, além das informações previstas
no art. 2o, as seguintes: VII - utilizar mecanismos de segurança
eficazes para pagamento e para trata-
I - quantidade mínima de consumido- mento de dados do consumidor.
res para a efetivação do contrato;
Parágrafo único. A manifestação do
II - prazo para utilização da oferta pelo fornecedor às demandas previstas no
consumidor; e inciso V do caput será encaminhada
em até cinco dias ao consumidor.
III - identificação do fornecedor res-
ponsável pelo sítio eletrônico e do for- Art. 5º. O fornecedor deve informar,
necedor do produto ou serviço oferta- de forma clara e ostensiva, os meios
do, nos termos dos incisos I e II do adequados e eficazes para o exercício
art. 2o. do direito de arrependimento pelo con-
sumidor.
66
Decreto 7.963 de 15 de Março de 2013
§ 1º. O consumidor poderá exercer seu contratações no comércio eletrônico.”
direito de arrependimento pela mesma (NR)
ferramenta utilizada para a contrata-
ção, sem prejuízo de outros meios dis- Art. 9º. Este Decreto entra em vigor
ponibilizados. sessenta dias após a data de sua pu-
blicação.
§ 2º. O exercício do direito de arrepen-
dimento implica a rescisão dos con- Brasília, 15 de março de 2013; 192º
tratos acessórios, sem qualquer ônus da Independência e 125º da República.
para o consumidor. DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
§ 3º. O exercício do direito de arrepen-
dimento será comunicado imediata- Decreto nº 7.963,
mente pelo fornecedor à instituição fi- de 15 de Março de 2013
nanceira ou à administradora do cartão
Institui o Plano Nacional de Consumo
de crédito ou similar, para que:
e Cidadania e cria a Câmara Nacional
as Relações de Consumo.
I - a transação não seja lançada na fa-
tura do consumidor; ou A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso
da atribuição que lhe confere o art. 84,
II - seja efetivado o estorno do valor, caput, inciso VI, alínea “a”, da Consti-
caso o lançamento na fatura já tenha tuição,
sido realizado.
DECRETA:
§ 4º. O fornecedor deve enviar ao con-
sumidor confirmação imediata do rece- Art. 1º. Fica instituído o Plano Nacio-
bimento da manifestação de arrepen- nal de Consumo e Cidadania, com a
dimento. finalidade de promover a proteção e
defesa do consumidor em todo o terri-
Art. 6º. As contratações no comércio tório nacional, por meio da integração
eletrônico deverão observar o cumpri- e articulação de políticas, programas e
mento das condições da oferta, com a ações.
entrega dos produtos e serviços con-
tratados, observados prazos, quanti- Parágrafo único. O Plano Nacional de
dade, qualidade e adequação. Consumo e Cidadania será executado
pela União em colaboração com Esta-
Art. 7º. A inobservância das condutas dos, Distrito Federal, Municípios e com
descritas neste Decreto ensejará apli- a sociedade.
cação das sanções previstas no art. 56
da Lei no 8.078, de 1990. Art. 2º. São diretrizes do Plano Nacio-
nal de Consumo e Cidadania:
Art. 8º. O Decreto no 5.903, de 20
de setembro de 2006, passa a vigorar I - educação para o consumo;
com as seguintes alterações:
II - adequada e eficaz prestação dos
“Art. 10. ......................................... serviços públicos;
...............................
III - garantia do acesso do consumidor
Parágrafo único. O disposto nos arts. à justiça;
2o, 3o e 9o deste Decreto aplica-se às
67
Decreto 7.963 de 15 de Março de 2013
IV - garantia de produtos e serviços Art. 5º. O eixo de prevenção e redu-
com padrões adequados de qualidade, ção de conflitos será composto, den-
segurança, durabilidade e desempe- tre outras, pelas seguintes políticas e
nho; ações:

V - fortalecimento da participação so- I - aprimoramento dos procedimentos


cial na defesa dos consumidores; de atendimento ao consumidor no pós-
-venda de produtos e serviços;
VI - prevenção e repressão de condu-
tas que violem direitos do consumidor; II - criação de indicadores e índices de
e qualidade das relações de consumo; e

VII - autodeterminação, privacidade, III - promoção da educação para o


confidencialidade e segurança das in- consumo, incluída a qualificação e ca-
formações e dados pessoais prestados pacitação profissional em defesa do
ou coletados, inclusive por meio ele- consumidor.
trônico.
Art. 6º. O eixo regulação e fiscalização
Art. 3º. São objetivos do Plano Nacio- será composto, dentre outras, pelas
nal de Consumo e Cidadania: seguintes políticas e ações:

I - garantir o atendimento das necessi- I - instituição de avaliação de impacto


dades dos consumidores; regulatório sob a perspectiva dos direi-
tos do consumidor;
II - assegurar o respeito à dignidade,
saúde e segurança do consumidor; II - promoção da inclusão, nos contra-
tos de concessão de serviços públicos,
III - estimular a melhoria da qualida- de mecanismos de garantia dos direi-
de de produtos e serviços colocados no tos do consumidor;
mercado de consumo;
III - ampliação e aperfeiçoamento dos
IV - assegurar a prevenção e a repres- processos fiscalizatórios quanto à efe-
são de condutas que violem direitos do tivação de direitos do consumidor;
consumidor;
IV - garantia de autodeterminação,
V - promover o acesso a padrões de privacidade, confidencialidade e segu-
produção e consumo sustentáveis; e rança das informações e dados pesso-
ais prestados ou coletados, inclusive
VI - promover a transparência e har- por meio eletrônico;
monia das relações de consumo.
V - garantia da efetividade da execu-
Art. 4º. São eixos de atuação do Plano ção das multas; e
Nacional de Consumo e Cidadania:
VI - implementação de outras medidas
I - prevenção e redução de conflitos; sancionatórias relativas à regulação de
serviços.
II - regulação e fiscalização; e
Art. 7º. O eixo de fortalecimento do
III - fortalecimento do Sistema Nacio- Sistema Nacional de Defesa do Consu-
nal de Defesa do Consumidor. midor será composto, dentre outras,
68
Decreto 7.963 de 15 de Março de 2013
pelas seguintes políticas e ações: ções de Consumo do Plano Nacional de
Consumo e Cidadania orientar a for-
I - estimulo à interiorização e amplia- mulação, a implementação, o monito-
ção do atendimento ao consumidor, ramento e a avaliação do Plano.
por meio de parcerias com Estados e
Municípios; § 1º. O Conselho de Ministros do Plano
Nacional de Consumo e Cidadania será
II - promoção da participação social integrado por:
junto ao Sistema Nacional de Defesa
do Consumidor; e I - Ministro de Estado da Justiça, que
o presidirá;
III - fortalecimento da atuação dos
Procons na proteção dos direitos dos II - Ministro Chefe da Casa Civil da Pre-
consumidores. sidência da República;

Art. 8º. Dados e informações de aten- III - Ministro de Estado da Fazenda;


dimento ao consumidor registrados no
Sistema Nacional de Informações de IV - Ministro de Estado do Desenvolvi-
Defesa do Consumidor - SINDEC, que mento, Indústria e Comércio Exterior;
integra os órgãos de proteção e defe- e
sa do consumidor em todo o território
nacional, subsidiarão a definição das V - Ministro de Estado do Planejamen-
Políticas e ações do Plano Nacional de to, Orçamento e Gestão.
Consumo e Cidadania.
§ 2º. Os membros do Conselho de Mi-
Parágrafo único. Compete ao Minis- nistros do Plano Nacional de Consumo
tério da Justiça coordenar, gerenciar e e Cidadania indicarão seus respectivos
ampliar o SINDEC, garantindo o acesso suplentes.
às suas informações.
§ 3º. Poderão ser convidados para as
Art. 9º. Fica criada a Câmara Nacio- reuniões do Conselho de Ministros re-
nal das Relações de Consumo, no Con- presentantes de órgãos da adminis-
selho de Governo de que trata o art. tração pública federal, dos Estados,
7º da Lei no 10.683, de 28 de maio Distrito Federal e Municípios, e de enti-
de 2003, com as seguintes instâncias dades privadas.
para a gestão do Plano Nacional de
Consumo e Cidadania: § 4º. O Conselho de Ministros da Câ-
mara Nacional das Relações de Consu-
I - Conselho de Ministros; e mo do Plano Nacional de Consumo e
Cidadania poderá criar comitês técni-
II - Observatório Nacional das Rela- cos destinados ao estudo e elaboração
ções de Consumo. de propostas sobre temas específicos
relacionados ao Plano.
Parágrafo único. O apoio administra-
tivo necessário ao funcionamento das Art. 11º. Compete ao Observatório
instâncias instituídas no caput será Nacional das Relações de Consumo:
prestado pelo Ministério da Justiça.
I - promover estudos e formular pro-
Art. 10º. Compete ao Conselho de Mi- postas para consecução dos objetivos
nistros da Câmara Nacional das Rela- do Plano Nacional de Consumo e Cida-
69
Decreto 7.963 de 15 de Março de 2013
dania; e i) Agência Nacional de Saúde Suple-
mentar;
II - acompanhar a execução das polí-
ticas, programas e ações do Plano Na- j) Agência Nacional de Aviação Civil; e
cional de Consumo e Cidadania.
k) Banco Central do Brasil;
§ 1º. O Observatório Nacional das Re-
lações de Consumo terá a seguinte es- III - no Comitê Técnico de Consumo e
trutura: Turismo:

I - Secretaria Executiva, a) Ministério da Justiça, que o presi-


dirá;
II - Comitê Técnico de Consumo e Re-
gulação; b) Ministério do Turismo;

III - Comitê Técnico de Consumo e Tu- c) Secretaria de Aviação Civil;


rismo; e
d) Ministério da Saúde;
IV - Comitê Técnico de Consumo e
Pós-Venda. e) Ministério dos Transportes;

§ 2º. O Observatório Nacional das Re- f) Instituto Brasileiro de Turismo - EM-


lações de Consumo será composto por BRATUR;
representantes dos seguintes órgãos:
g) Empresa Brasileira de Infraestrutura
I - na Secretaria-Executiva: Secretaria Aeronáutica - INFRAERO;
Nacional do Consumidor do Ministério
da Justiça; h) Agência Nacional de Aviação Civil;

II - no Comitê Técnico de Consumo e i) Agência Nacional de Vigilância Sani-


Regulação: tária; e

a) Ministério da Justiça, que o presi- j) Agência Nacional de Transportes Ter-


dirá; restres; e

b) Ministério da Fazenda; IV - no Comitê Técnico de Consumo e


Pós-Venda:
c) Ministério das Comunicações
a) Ministério da Justiça, que o presi-
d) Ministério de Minas e Energia; dirá;

e) Ministério da Saúde; b) Ministério da Fazenda;

f) Secretaria de Aviação Civil; c) Ministério da Educação,

g) Agência Nacional de Telecomunica- d) Ministério do Meio Ambiente;


ções;
e) Ministério do Desenvolvimento, In-
h) Agência Nacional de Energia Elétri- dústria e Comércio Exterior; e
ca;
70
Decreto 7.963 de 15 de Março de 2013
f) Instituto Nacional de Metrologia, II - recursos oriundos dos órgãos par-
Normalização e Tecnologia. ticipantes do Plano Nacional de Con-
sumo e Cidadania e que não estejam
§ 3º. A designação do Secretário-Exe- consignados nos Orçamentos Fiscal e
cutivo e dos membros dos Comitês da Seguridade Social da União; e
Técnicos do Observatório Nacional de
Relações de Consumo será feita pelo III - outras fontes de recursos desti-
Ministro de Estado da Justiça, com res- nadas por Estados, Distrito Federal e
pectivos suplentes, a partir da indica- Municípios, bem como por outras enti-
ção dos órgãos representados. dades públicas.

§ 4º. Poderão ser convidados para Art. 15º. O Ministro de Estado do Pla-
participar das reuniões dos Comitês nejamento, Orçamento e Gestão pode-
Técnicos representantes de órgãos da rá, nos termos do § 7º do art. 93 da Lei
administração pública federal, dos Es- nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
tados, Distrito Federal e Municípios, e determinar o exercício temporário de
de entidades privadas. servidores ou empregados dos órgãos
integrantes do Observatório Nacional
§ 5º. Os Comitês Técnicos apresenta- das Relações de Consumo da adminis-
rão à Secretaria-Executiva relatórios tração pública federal direta e indire-
periódicos com propostas, resultados ta para desempenho de atividades no
de estudos e registros do acompanha- âmbito do Ministério da Justiça, com
mento do Plano Nacional de Consumo objetivo de auxiliar a gestão do Plano
e Cidadania de sua esfera temática. Nacional de Consumo e Cidadania.

Art. 12º. A participação nas instâncias § 1º. A determinação de exercício tem-


colegiadas instituídas neste Decreto porário referido no caput observará os
será considerada prestação de serviço seguintes procedimentos:
público relevante, não remunerada.
I - requisição do Ministro de Estado da
Art. 13º. Para a execução do Plano Justiça ao Ministro de Estado ou auto-
Nacional de Consumo e Cidadania po- ridade competente de órgão integrante
derão ser firmados convênios, acordos da Presidência da República a que per-
de cooperação, ajustes ou instrumen- tencer o servidor;
tos congêneres, com órgãos e entida-
des da administração pública federal, II - o órgão ou entidade cedente ins-
dos Estados, do Distrito Federal e dos truirá o processo de requisição no pra-
Municípios, com consórcios públicos, zo máximo de dez dias, encaminhan-
bem como com entidades privadas, na do-o ao Ministério do Planejamento,
forma da legislação pertinente. Orçamento e Gestão; e

Art. 14º. O Plano Nacional de Consu- III - examinada a adequação da re-


mo e Cidadania será custeado por: quisição ao disposto neste Decreto, o
Ministro de Estado do Planejamento,
I - dotações orçamentárias da União Orçamento e Gestão editará, no prazo
consignadas anualmente nos orça- de até dez dias, ato determinando o
mentos dos órgãos e entidades envol- exercício temporário do servidor requi-
vidos no Plano, observados os limites sitado.
de movimentação, de empenho e de
pagamento fixados anualmente; § 2º. O prazo do exercício temporá-
71
Decreto 7.963 de 15 de Março de 2013
rio não poderá ser superior a um ano,
admitindo-se prorrogações sucessivas,
de acordo com as necessidades do pro-
jeto.

§ 3º. Os servidores de que trata o ca-


put deverão, preferencialmente, ser
ocupantes de cargos efetivos de Es-
pecialista em Regulação de Serviços
Públicos de Telecomunicações, de Es-
pecialista em Regulação de Serviços
Públicos de Energia, de Especialista em
Regulação de Saúde Suplementar, e de
Especialista em Regulação de Aviação
Civil, integrantes das carreiras de que
trata a Lei nº 10.871, de 20 de maio de
2004, e de Analista em Tecnologia da
Informação e de economista, do Plano
Geral de Cargos do Poder Executivo -
PGPE.

Art. 16º. O Conselho de Ministros


da Câmara Nacional das Relações de
Consumo elaborará, em prazo definido
por seus membros e formalizado em
ato do Ministro de Estado da Justiça,
proposta de regulamentação do § 3º
do art. 18 da Lei nº 8.078, de 1990,
para especificar produtos de consumo
considerados essenciais e dispor sobre
procedimentos para uso imediato das
alternativas previstas no § 1º do art.
18 da referida Lei. (Nova Redação dada
pelo Decreto nº7.986, de 15/04/13)

Art. 17º. Este Decreto entra em vigor


na data de sua publicação.

Brasília, 15 de março de 2013; 192º


da Independência e 125º da República.

DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo

72
73
LEGISLAÇÃO
ESTADUAL

74
75
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
Art. 2º. Para fins desta Lei, aplicam-se
AGENCIAS REGULADORAS as seguintes definições:
ESTADUAIS
I - poder concedente: a União, o Es-
tado do Paraná ou os Municípios, em
Lei Complementar nº 94, cuja competência se encontre o servi-
de 23 de Julho de 2002 ço público;

Cria a Agência Reguladora de Servi- II - entidade regulada: pessoa jurídica


ços Públicos Delegados de Infra-Es- de direito público ou privado ou con-
trutura do Paraná. sórcio de empresas ao qual foi dele-
gada a prestação de serviço público,
CAPÍTULO I mediante procedimento próprio;
DA AUTARQUIA
III - serviço público delegado: aquele
Art. 1º. Fica criada a AGÊNCIA RE- cuja prestação foi delegada pelo po-
GULADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS der concedente, através de conces-
DELEGADOS DE INFRA-ESTRUTURA são, permissão, autorização, convênio,
DO PARANÁ, autarquia sob regime es- contrato de gestão ou qualquer outra
pecial, com personalidade jurídica de modalidade de transferência de exe-
direito público, com sede e foro na Ca- cução de serviço público, inclusive as
pital do Estado, prazo de duração inde- decorrentes de normas legais ou re-
terminado e atuação em todo território gulamentares, atos administrativos ou
do Estado do Paraná, podendo esta- disposições contratuais, abrangendo
belecer unidades regionais, vinculada também sub-rogação, subcontratação
ao Governador do Estado do Paraná e e cessão contratual, as últimas desde
orçamentariamente à Secretaria dos que devidamente autorizadas pelo po-
Transportes. der concedente;

§ 1º. A natureza de autarquia especial IV - instrumento de delegação: ato


conferida à AGÊNCIA REGULADORA que transfere a delegação da realiza-
DE SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS ção da prestação do serviço público
DE INFRA-ESTRUTURA DO PARANÁ é abrangendo as previstas no inciso III
caracterizada por independência de- deste artigo;
cisória, autonomia administrativa e
autonomia financeira, mandato fixo e V - serviços de INFRA-ESTRUTURA,
estabilidade de seus dirigentes. que compreendem:

§ 2º. A AGÊNCIA REGULADORA DE a) rodovias concedidas;


SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS DE
b) ferrovias concedidas;
INFRAESTRUTURA DO PARANÁ atuará
como autoridade administrativa inde- c) terminais de transportes:
pendente, assegurando-se-lhe, nos
termos desta Lei, as prerrogativas e c.1) rodoviários;
os meios necessários ao exercício ade-
quado de sua competência. c.2) ferroviários;
§ 3º. Equivalem-se, para fins desta c.3) aeroviários;
Lei, as expressões: AGÊNCIA REGU-
LADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE- c.4) marítimos e fluviais;
LEGADOS DE INFRA-ESTRUTURA DO
PARANÁ, AGÊNCIA REGULADORA e d) transporte rodoviário coletivo inter-
AGÊNCIA. municipal de passageiros;

76
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
e) exploração da faixa de domínio da das e usuários;
malha viária;
VI - ampla proteção aos usuários e
f) inspeção de segurança veicular; promoção de soluções céleres e con-
sensuais de conflitos de interesse en-
g) outros serviços de INFRA-ESTRUTU- tre poder concedente, prestadores de
RA de transportes delegados. serviço e usuários;
VI - Outros serviços de INFRA-ESTRU-
TURA que vierem a ser definidos por lei VII - estímulo à eficiência, produtivi-
específica. dade e competitividade dos serviços
públicos regulados, repartindo, quando
CAPÍTULO II a AGÊNCIA tiver outorga para tal, be-
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS nefícios entre a entidade regulada e os
usuários, respeitadas a saúde pública e
Art. 3º. A AGÊNCIA terá por finalidade a salubridade ambiental.
institucional exercer o poder de regula-
ção, normatização, controle, mediação CAPÍTULO III
e fiscalização sobre os serviços públi- DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUI-
cos submetidos à sua competência. ÇÕES
Art. 4º. A AGÊNCIA obedecerá as se- Art. 5º. À AGÊNCIA compete regular,
guintes diretrizes gerais de ação, res- fiscalizar e controlar, nos termos des-
peitados os princípios insertos no Art. ta Lei, os serviços públicos de INFRA-
37, caput, da Constituição Federal: -ESTRUTURA do Paraná, conforme de-
finidos no Art. 2º., incisos V e VI desta
I - exercício eficiente do poder de re- Lei.
gulação, respeitadas as determinações
legais e os respectivos documentos de Parágrafo único. A competência da
delegação da prestação dos serviços AGÊNCIA, nos termos desta Lei, dar-
públicos; -se-á por delegação prévia e expressa,
através de convênio específico a ser
II - prestação, pelas entidades regu- firmado com o ente titular do serviço
ladas, de serviço adequado ao pleno público, de qualquer nível federativo.
atendimento dos usuários, nos ter-
mos da competente legislação, demais Art. 6º. Compete à AGÊNCIA, respei-
prescrições contratuais e normas per- tados os planos e políticas instituídos
tinentes; pelo poder concedente:

III - transparência das regras de es- I - zelar pelo fiel cumprimento da legis-
tipulação de tarifas, asseguradas a lação e dos instrumentos de delegação
modicidade tarifária, a qualidade dos cujo objeto envolva a prestação dos
serviços e a manutenção do equilíbrio serviços públicos sob sua competência
econômico-financeiro dos instrumen- regulatória;
tos de delegação firmados contratual-
mente; II - implementar as diretrizes estabe-
lecidas pelo poder concedente em rela-
ção às delegações de serviços sujeitos
IV - observância dos conceitos econô-
à competência da AGÊNCIA;
micos de eficiência nos custos e equi-
dade no acesso aos serviços;
III - efetuar a regulação econômica
dos serviços públicos sob sua compe-
V - estabilidade nas relações com o po- tência, de modo a, concomitantemen-
der concedente das esferas municipal, te, incentivar os investimentos e propi-
estadual e federal, entidades regula-
77
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
ciar a razoabilidade e modicidade das parâmetros definidos nos instrumentos
tarifas aos usuários; de delegação e seus respectivos con-
tratos;
IV - proceder a fiscalização e a regula-
ção técnica, fazendo cumprir os instru- XII - assegurar o cumprimento de suas
mentos de delegação, as normas e os decisões administrativas, aplicando as
regulamentos da exploração do serviço sanções e compensações cabíveis, res-
público, visando assegurar a quantida- peitado o princípio do devido processo
de, qualidade, segurança, adequação, legal e em conformidade com a regula-
finalidade e continuidade; mentação desta Lei;

V - oferecer sistemáticas e indicar me- XIII - expedir resoluções e instruções,


todologias para o estabelecimento de no âmbito de sua competência, sendo-
parâmetros regulatórios relativos ao -lhe permitida a fixação de prazos para
serviço, cálculos de custos, certifica- cumprimento de obrigações por parte
ções e planos de investimento atuais dos prestadores dos serviços públicos
e futuros; regulados, voluntariamente ou quando
instada por conflitos de interesse;
VI - dirimir, em âmbito administrati-
vo e em decisão final, respeitada sua XIV - determinar ou efetuar diligências
competência, os conflitos entre o po- junto ao poder concedente, entidades
der concedente, entidades reguladas e reguladas e usuários, sendo-lhe garan-
usuários e, quando for o caso, arbitrar; tido amplo acesso aos dados e infor-
mações relativos aos serviços sob sua
VII - classificar, avaliar e definir, quan- competência regulatória e fiscalizató-
do necessário, com base nos instru- ria;
mentos de delegação e em informa-
ções prestadas pelo poder concedente XV - contratar e celebrar convênios
e pelas entidades reguladas, direta- com entes públicos ou privados, ser-
mente ou com auxílio de peritos, a ti-
viços técnicos, vistorias, estudos, au-
tularidade do patrimônio reversível;
ditorias ou exames necessários ao
VIII - decidir e homologar os pedidos exercício das atividades de sua com-
de revisão e reajuste de tarifas dos petência;
serviços públicos regulados, na forma
da lei, dos instrumentos de delega- XVI - criar sistemas de informações,
ção e das normas e instruções que a com vistas ao controle dos aspectos
AGÊNCIA expedir; pertinentes aos serviços da AGÊNCIA,
em articulação com os demais siste-
IX - subsidiar tecnicamente, o poder mas federais, estaduais e municipais
concedente, na delegação dos servi- correlatos aos serviços públicos dele-
ços sob titularidade estadual, devendo gados;
os editais ser submetidos previamen-
te para aprovação da agência; e, an- XVII - elaborar o seu regimento inter-
tes da efetiva homologação pelo poder no, estabelecendo procedimentos para
concedente, emitir parecer; a realização de audiências públicas,
encaminhamento de reclamações, res-
X - subsidiar tecnicamente, quando
postas a consultas, emissão de deci-
solicitado, outras esferas de governo
na delegação das atividades por elas sões administrativas e respectivos pro-
tituladas; cedimentos recursais;

XI - aferir a qualidade da prestação XVIII - elaborar proposta orçamentá-


dos serviços regulados, respeitados os ria, a ser incluída no orçamento geral
78
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
do Poder Executivo Estadual; regulados;

XIX - contratar pessoal mediante con- VI - zelar pela boa qualidade do servi-
curso público; ço, receber, apurar e solucionar recla-
mações dos usuários;
XX - disciplinar a forma de atuação e
conduta ética dos seus agentes, inde- VII - exigir, diante de condições anô-
pendentemente do regime de contra- malas do serviço, ou do seu presta-
tação; dor, capazes de causar danos à saúde,
meio ambiente, segurança e ordem
XXI - atender ao usuário, mediante o públicas, um plano de ação imediata,
recebimento, processamento e pro- definindo prazo para sua elaboração e
vimento de reclamações e sugestões implantação;
relacionadas com a prestação de ser-
viços públicos delegados, conforme a VIII - aplicar penalidades regulamen-
regulamentação desta Lei, através da tares e contratuais às prestadoras dos
Ouvidoria da AGÊNCIA e em articula- serviços nos termos da regulamen-
ção com o Sistema Estadual de Defesa tação desta Lei e demais disposições
do Consumidor e com a Ouvidoria do legais e regulamentares aplicáveis;
Estado do Paraná;
IX - intervir na prestação dos serviços
XXII - praticar todas as demais ações públicos regulados, nos casos previs-
necessárias à consecução das finalida- tos em lei ou em contrato, com objeti-
des da AGÊNCIA, inclusive a represen- vo de garantir a continuidade do servi-
tação judicial e extrajudicial. ço adequado e eficiente;

Art. 7º. No cumprimento de seus ob- X - requerer ao poder concedente a in-


jetivos e no âmbito de sua competên- tervenção na prestação de serviço de
cia, cabem à AGÊNCIA as seguintes titularidade federal ou municipal, nos
atribuições: termos dos respectivos instrumentos
de convênio, com objetivo de garantir
I - regular os serviços públicos dele- a sua continuidade de forma adequada
gados e proceder a sua permanente e eficiente;
fiscalização e controle, especialmente
nos casos de monopólios naturais; XI - assegurar aos usuários ampla in-
formação sobre os serviços públicos
II - fazer cumprir as disposições regu- regulados, além de prévia divulgação
lamentares e contratuais do serviço; sobre reajustes e revisões de tarifa;

III - realizar audiências públicas perió- XII - elaborar relatório anual de suas
dicas precedidas de ampla divulgação, ações, nele destacando o cumprimento
com objetivo de imprimir publicidade à das diretrizes estabelecidas pelo po-
avaliação da atuação da AGÊNCIA e da der concedente e dos planos e políti-
qualidade dos serviços prestados pelas cas setoriais que repercutam sobre as
entidades reguladas; delegações reguladas, para envio ao
Chefe do Poder Executivo Estadual e à
IV - analisar e emitir parecer sobre Assembléia Legislativa do Estado, no
os planos de investimento em obras e prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a
serviços que repercutam sobre as de- contar do término do exercício relata-
legações reguladas pela AGÊNCIA; do, ou quando solicitados pelos referi-
dos poderes;
V - receber relatórios sobre a execução
de obras e serviços que tenham reper- XIII - realizar estudos, para propor
cussão sobre a prestação dos serviços maior eficiência nas atividades públi-
79
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
cas reguladas. Art. 10º. Os Diretores e Conselheiros
somente perderão seus mandatos nas
§ 1º. No exercício da atividade regu- seguintes hipóteses, constatadas, de
latória e fiscalizatória, a AGÊNCIA terá forma isolada ou cumulativa:
amplo acesso aos dados relativos à
administração, contabilidade, recursos I - renúncia;
técnicos, econômicos e financeiros das
prestadoras dos serviços públicos re- II - condenação judicial transitada em
gulados. julgado;

§ 2º. As decisões da AGÊNCIA são III - decisão terminativa em processo


dotadas de auto-executoriedade e a administrativo disciplinar;
eventual obstrução ou desobediência,
importará em caducidade da delega- IV - ausência a 3 (três) reuniões con-
ção, assegurado o princípio do devido secutivas ou a 5 (cinco) reuniões alter-
processo legal, sem prejuízo da apura- nadas por ano, independente da justi-
ção de responsabilidade civil e crimi- ficativa apresentada.
nal.
V - demais hipóteses previstas nesta
Art. 8º. A AGÊNCIA poderá assumir,
Lei.
parcial ou integralmente, mediante
convênio celebrado com órgãos ou en-
Art. 11º. Sob pena de perda de man-
tidades de qualquer nível federativo,
dato, é vedado aos Diretores:
a outorga de atribuições compatíveis
com a sua competência legal, para
I - exercer qualquer cargo ou função
exercer o poder regulatório e fiscaliza-
de controlador, diretor, administrador,
tório sobre empresas prestadoras de
gerente, preposto, mandatário, con-
serviços públicos de titularidade fede-
sultor ou empregado de qualquer en-
ral ou municipal, independentemente
tidade regulada;
da época ou da natureza do vínculo le-
gal ou consensual originário.
II - receber, a qualquer título, quan-
tias, descontos, vantagens ou benefí-
Parágrafo único. A outorga deverá
cios de qualquer entidade regulada;
ser objeto de convênio celebrado com
órgãos ou entidades de qualquer nível
III - tornar-se sócio, quotista ou acio-
federativo que, uma vez firmado, sub-
nista de qualquer entidade regulada;
mete a respectiva prestadora do servi-
ço público ao disposto nesta Lei, sendo
IV - externar opinião publicamente,
deferido à AGÊNCIA o exercício de sua
salvo nas sessões dos respectivos ór-
atividade fora dos limites territoriais do
gãos de direção superior, sobre qual-
Estado do Paraná.
quer assunto submetido à AGÊNCIA,
ou que, pela natureza, possa vir a ser
CAPÍTULO IV objeto de apreciação da mesma.
DA ORGANIZAÇÃO
§ 1º. Constatadas as condutas referi-
SEÇÃO I das neste artigo, caberá ao Chefe do
DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO SUPERIOR Poder Executivo Estadual determinar a
apuração das irregularidades, através
Art. 9º. A Diretoria e o Conselho De- da Procuradoria Geral do Estado.
liberativo cuja composição atenderá
aos critérios definidos nesta Lei, são os § 2º. A infringência do disposto nes-
órgãos administrativos superiores da te artigo, além da perda de mandato,
AGÊNCIA. sujeitará o Diretor infrator à multa co-

80
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
brável pela AGÊNCIA, por via executi- § 1º. A Diretoria submeterá relatório
va, conforme definida no Art. 321 do anual ao Chefe do Poder Executivo do
Código Penal, sem prejuízo de outras Estado, à Assembléia Legislativa do
sanções administrativas, cíveis ou pe- Estado e ao Tribunal de Contas do Es-
nais aplicáveis. tado, nos termos da regulamentação
desta Lei.
§ 3º. Os membros da Diretoria deve-
rão, previamente ao provimento no § 2º. A Diretoria da AGÊNCIA, por seu
cargo, assinar termo de compromis- Diretor Presidente ou Diretor por este
so, cujo conteúdo espelhará o previsto designado, anualmente, juntamente
neste artigo e na regulamentação des- com Presidente do Conselho Delibera-
ta Lei. tivo farão, perante a Assembléia Legis-
lativa do Paraná, relato das atividades
Art. 12º. No início de seus mandatos e da AGÊNCIA.
anualmente, até o seu termo final, os
Diretores e Conselheiros deverão apre- Art. 16º. A Diretoria da AGÊNCIA será
sentar declaração de bens, na forma composta por 5 (cinco) Diretores, a sa-
prevista na regulamentação desta Lei. ber:

Art. 13º. Até um ano após deixar o I - Diretor Presidente;


cargo, é vedado aos ex-Diretores e
ex-Conselheiros representar qualquer II - Diretor de Relações Institucionais e
pessoa ou interesse perante a AGÊN- de Ouvidoria;
CIA.
III - Diretor de Tarifas e Estudos Eco-
Parágrafo único. É vedado, ainda, ao nômicos e Financeiros;
ex-Diretor e ao ex-Conselheiro, utili-
zar informações privilegiadas obtidas IV - Diretor Jurídico;
em decorrência do cargo exercido, sob
pena de incorrer em improbidade ad- V - Diretor de Fiscalização e Qualidade
ministrativa. dos Serviços.

Art. 14º. O Regimento Interno da Parágrafo único. As respectivas fun-


AGÊNCIA disciplinará a substituição ções de cada Diretor serão definidas
dos Diretores e dos Conselheiros em através de Regimento Interno, ca-
seus impedimentos ou afastamentos bendo ao Diretor Presidente, além de
legais ou, ainda, no período de vacân- outras atribuições, a representação
cia que anteceder a nomeação de novo judicial e extrajudicial da AGÊNCIA, o
Diretor ou Conselheiro. comando hierárquico sobre o pessoal e
o serviço, bem como a presidência das
sessões da Diretoria da AGÊNCIA.
SEÇÃO II
DA DIRETORIA
Art. 17º. Os Diretores da AGÊNCIA
deverão satisfazer, simultaneamente,
Art. 15º. A Diretoria da AGÊNCIA é o às seguintes condições:
órgão colegiado de caráter deliberativo
superior, responsável por implementar I - ser brasileiro;
as diretrizes estabelecidas nesta Lei e
demais normas aplicáveis, incumbin- II - residir no Estado do Paraná duran-
do-lhe exercer competências executiva te o período de mandato;
e de direção, sem prejuízo de outras
atribuições que lhe reserve a regula- III - possuir reputação ilibada e insus-
mentação desta Lei. peita idoneidade moral;

81
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
IV - possuir formação universitária e executiva de qualquer das entidades
elevado conceito no campo de especia- reguladas;
lidade do cargo para o qual será no-
meado. III - controlador, diretor, administra-
dor, gerente, preposto ou mandatário
§ 1º. Além das condições gerais defi- de qualquer das entidades reguladas;
nidas pelos incisos I a IV deste artigo,
cada Diretor deverá satisfazer requisi- IV - membro do conselho ou da direto-
tos técnicos vinculados às funções res- ria de associação regional ou nacional,
pectivas, a serem definidos através da representativa de interesses de qual-
regulamentação desta Lei. quer das entidades vinculadas aos ser-
viços sob regulação da AGÊNCIA, de
§ 2º. Os membros da Diretoria serão categoria profissional de empregados
indicados pelo Chefe do Poder Execu- dessas entidades, bem como do con-
tivo do Estado e por ele nomeados, junto ou classe de entidades represen-
após arguição pública e aprovação por tativas de usuários dos serviços públi-
voto secreto promovidas por Comissão cos referidos no art. 2º., incisos V e VI,
Permanente de Obras Públicas, Trans- desta Lei.
portes e Comunicação da Assembléia
Legislativa. V - empregado, mesmo com contrato
de trabalho suspenso, das entidades
§ 3º. O mandato dos Diretores será reguladas, respectivas empresas con-
de 3 (três) anos, admitida uma única troladoras ou controladas e fundações
recondução, obedecida à forma previs- de previdência de que sejam patroci-
ta no parágrafo anterior, sendo que o nadoras.
Diretor permanecerá no exercício de
suas funções após o término de seu Parágrafo único. Os impedimentos
mandato, até que seu sucessor seja de que trata este artigo estendem-se
nomeado e empossado. às pessoas que mantenham vínculo de
parentesco até o segundo grau, em li-
§ 4º. Os cargos de Diretor serão de nha reta ou colateral, por consanguini-
tempo integral e dedicação exclusiva dade ou afinidade, com os ocupantes
e os mandatos serão não coincidentes. dos cargos descritos nos incisos I a V,
deste artigo.
§ 5º. O Diretor de Relações Institucio-
nais e Ouvidoria terá acesso a todos os Art. 19º. Os ex-ocupantes dos car-
assuntos e contará com o apoio admi- gos de Diretoria ficarão impedidos, por
nistrativo de que necessitar, assegura- um período de seis meses, contados
da autonomia de atuação e condição da data de desligamento do cargo, de
plena para desempenho de suas ativi- prestar qualquer tipo de serviço nas
dades, inclusive no que respeitar à ar- entidades reguladas ou na Administra-
ticulação com outros órgãos da Admi- ção Pública Estadual em qualquer dos
nistração Pública Estadual, conforme setores regulados pela AGÊNCIA.
dispõe o Art. 6º., inc. XXI, desta Lei.
§ 1º. Incluem-se no período a que se
Art. 18º. Estarão impedidos de exer- refere o caput eventuais períodos de
cer cargos de Direção da AGÊNCIA: férias não usufruídos.

I - acionista com direito a voto ou sócio § 2º. Durante o impedimento, o ex-


com participação no capital social de -ocupante de cargo de Diretoria fica-
qualquer das entidades reguladas; rá vinculado à AGÊNCIA ou a qualquer
outro órgão da Administração Pública
II - membro de conselho de admi- Direta, em área atinente à sua quali-
nistração, conselho fiscal ou diretoria ficação profissional, fazendo jus à re-

82
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
muneração equivalente à do cargo de V - analisar a declaração de bens dos
direção que exerceu, sendo assegura- membros da Diretoria;
dos, no caso de servidor público, todos
os direitos do efetivo exercício das atri- VI - produzir, em periodicidade anual,
buições do cargo. apreciações críticas sobre a atuação da
AGÊNCIA, encaminhando o relatório à
§ 3º. Aplica-se o disposto neste artigo Diretoria, à Assembléia Legislativa e
ao ex-ocupante de cargo de Diretoria ao Chefe do Poder Executivo.
exonerado a pedido, se este já tiver
cumprido, no mínimo, 6 (seis) meses Art. 22º. O Conselho Deliberativo será
do seu mandato. assim composto:

§ 4º. Incorre na prática de advocacia I - Diretor-Presidente da Agência;


administrativa, sujeitando-se às penas
da lei, o ex-dirigente que violar o im- II - um Deputado Estadual de livre in-
pedimento previsto neste artigo, sem dicação da Assembléia Legislativa do
prejuízo de outras sanções administra- Estado;
tivas, cíveis ou penais aplicáveis;
III - um membro do Conselho Regional
SEÇÃO III de Engenharia, Agronomia e Arquite-
DO CONSELHO DELIBERATIVO tura do Paraná – CREA/PR;

Art. 20º. O Conselho Deliberativo é IV - dois membros indicados pelo Che-


órgão colegiado de representação e fe do Poder Executivo Estadual;
participação institucionais da socie-
dade na AGÊNCIA e será integrado V - três representantes das entidades
por 11 (onze) conselheiros. (Reda- reguladas pela AGÊNCIA, com adequa-
ção dada conforme Republicação em da qualificação técnica;
13/08/2002)
VIII - três representantes dos Conse-
Art. 21º. Os Conselheiros serão de- lhos de Usuários das entidades regu-
signados por Decreto do Chefe do Po- ladas, com adequada qualificação téc-
der Executivo, para um mandato de 3 nica.
(três) anos, sem direito à recondução
e cujas funções não serão remunera- § 1º. O representante referido no inci-
das, respeitada a legislação vigente, so III será escolhido pelo Chefe do Po-
competindo-lhes: der Executivo de lista tríplice, enviada
pela respectiva entidade.
I - aprovar o plano geral de metas da
AGÊNCIA para universalização dos ser- § 2º. O Conselho será renovado anual-
viços prestados pelas entidades regu- mente em um terço.
ladas, antes do seu encaminhamento
ao Chefe do Poder Executivo. Art. 23º. O Regimento Interno da
AGÊNCIA disporá sobre o funciona-
II - aprovar os relatórios anuais da Di- mento do Conselho Deliberativo.
retoria;
CAPÍTULO V
III - aprovar a metodologia a ser utili- DO PROCESSO DECISÓRIO
zada na fixação, revisão, ajuste e ho-
mologação de tarifas; Art. 24º. O processo decisório da
AGÊNCIA obedecerá aos princípios da
IV - requerer informações relativas às legalidade, impessoalidade, moralida-
decisões da Diretoria; de, publicidade e economia processual,
de acordo com os procedimentos a se-
83
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
rem definidos na regulamentação des- contratos, será garantida previamente
ta Lei, assegurados aos interessados o a manifestação dos interessados.
devido processo legal, com os meios e
recursos inerentes. Art. 32º. Qualquer pessoa terá o di-
reito de peticionar ou de recorrer con-
Art. 25º. As decisões da Diretoria da tra ato da AGÊNCIA, no prazo máximo
AGÊNCIA serão tomadas por maioria de trinta dias, devendo a decisão da
simples de votos, cabendo ao Diretor- AGÊNCIA ser conhecida em até noven-
-Presidente o voto de qualidade. ta dias.

Art. 26º. O processo decisório que im- CAPÍTULO VII


plicar afetação de direitos dos agentes DAS RECEITAS E DO PATRIMÔNIO
econômicos dos setores regulados ou
dos usuários será precedido de audiên- Art. 33º. Constituem receitas da
cia pública convocada pela AGÊNCIA. AGÊNCIA, dentre outras fontes de re-
cursos:
CAPÍTULO VI
DA ATIVIDADE E DO CONTROLE I - recursos oriundos da cobrança da
taxa de regulação, sobre os serviços
Art. 27º. A atividade da AGÊNCIA será públicos delegados;
juridicamente condicionada pelos prin-
cípios da legalidade, celeridade, fina- II - recursos originários do Tesouro Es-
lidade, razoabilidade, proporcionalida- tadual consignados no Orçamento do
de, impessoalidade, igualdade, devido Estado;
processo legal, publicidade, moralida-
de e eficiência. III - produto da venda de publicações,
material técnico, dados e informações,
Parágrafo único. Serão publicadas as inclusive para fins de licitação pública e
deliberações do Conselho e decisões de emolumentos administrativos;
do Presidente, em órgão Oficial do Go-
verno e em veículo de comunicação de IV - rendimentos de operações finan-
grande circulação, excetuadas as que ceiras que realizar;
se refiram às disposições do art. 38
desta Lei. V - recursos provenientes de convê-
nios, acordos ou contratos celebrados
Art. 28º. A AGÊNCIA deverá garantir com entidades, organismos ou empre-
o tratamento confidencial das informa- sas, públicos ou privados, nacionais ou
ções técnicas, operacionais, econômi- internacionais;
co-financeiras e contábeis que solicitar
VI - doações, legados, subvenções e
às entidades reguladas, nos termos da outros recursos que lhe forem destina-
regulamentação desta Lei. dos;
Art. 29º. Os atos da AGÊNCIA deverão VII - recursos advindos da aplicação de
ser sempre acompanhados da exposi- penalidades;
ção formal dos motivos que os justifi-
quem. VIII - outras receitas correlatas.

Art. 30º. Os atos normativos somente Art. 34º. Fica instituída a Taxa de Re-
produzirão efeito após publicação no gulação de Serviços Públicos Delega-
Diário Oficial do Estado, e aqueles de dos de INFRAESTRUTURA, a ser reco-
alcance particular, após a correspon- lhida mensalmente pelos prestadores
dente notificação. do serviço público de INFRAESTRUTU-
RA, como receita privativa da AGÊN-
Art. 31º. Na invalidação de atos e CIA, mediante aplicação da alíquota
84
Lei Com. nº 94, de 23 de Julho de 2002
de 0,5% (cinco décimos por cento), da tivos termos de posse e fixados nos
receita operacional bruta do concessio- respectivos atos de nomeação, confor-
nário e/ou permissionário. me vier a ser definido pelo Chefe do
Poder Executivo Estadual.
Parágrafo único. A Taxa de Regula-
ção de Serviços Públicos Delegados de Art. 39º. O Poder Executivo Estadual,
INFRAESTRUTURA terá implantação no prazo de até 180 (cento e oitenta)
gradativa sendo 0,25% nos primeiros dias, enviará à Assembléia Legislativa,
12 (doze) meses e 0,50%, a partir do projeto de lei dispondo sobre os cargos
décimo terceiro mês. de provimento em comissão e sobre
o quadro de pessoal permanente da
Art. 35º. A Taxa de Regulação, a que
se refere o artigo anterior, será devi- AGÊNCIA.
da pela entidade regulada, a partir da
data de publicação desta Lei, devendo Art. 40º. Até a realização do concurso
ser recolhida diretamente à AGÊNCIA, público previsto no Art. 6º. inc. XIX,
em duodécimos, na forma em que dis- desta Lei, a AGÊNCIA será instalada
puser a regulamentação desta Lei. através da requisição de servidores da
Administração Pública Direta e Indireta
§ 1º. O não recolhimento da taxa, no da esfera estadual e, por cessão, nas
prazo fixado implicará em multa de 2% esferas federal e municipal, se neces-
(dois por cento) e juros moratórios de sários.
1% (um por cento) a cada 30 (trinta)
dias de atraso calculados pro rata die, Parágrafo único. O Diretor Presiden-
sobre o valor principal atualizado mo- te da AGÊNCIA elaborará e submeterá
netariamente, na forma da legislação à Diretoria, para aprovação, a relação
em vigor, a contar do dia seguinte ao dos servidores públicos a serem requi-
do vencimento. sitados para servir à AGÊNCIA.

Art. 36º. A remuneração da AGÊNCIA Art. 41º. Enquanto não se efetivar


pela prestação dos serviços no setor de o disposto no artigo 39, desta Lei, fi-
INFRAESTRUTURA deverá respeitar os cam criados, no âmbito da AGÊNCIA,
termos dos Convênios firmados entre temporariamente, os seguintes cargos
esta AGÊNCIA DE REGULAÇÃO e o po- de provimento em comissão: 5 (cin-
der concedente. co) cargos de Diretor, símbolo AE-1;
1 (um) cargo de Assessor Jurídico,
símbolo DAS-1; 1 (um) cargo de Ge-
CAPÍTULO VIII
rente Administrativo, símbolo DAS-1 e
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSI-
1 (um) cargo de Gerente de Informa-
TÓRIAS
ções, símbolo DAS-1.

Art. 37º. Durante a primeira instala- Parágrafo único. Os cargos de provi-


ção regular da Diretoria da Agência, o mento em comissão, ora criados, fica-
Diretor-Presidente terá mandato de 2 rão automaticamente extintos quando
(dois) anos e serão definidos pelo Che- da aprovação do projeto de lei, de que
fe do Poder Executivo Estadual os Di- trata o Art. 39, desta Lei.
retores que terão mandatos de 1 (um),
3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, Art. 42º. Os instrumentos de delega-
respectivamente. ção da prestação dos serviços públicos
de competência da AGÊNCIA, em vigor
Art. 38º. Durante a primeira instala- na data de publicação desta Lei, per-
ção regular do Conselho Deliberativo, manecem vigentes e submetem-se,
os Conselheiros terão mandatos dife- para todos os fins, ao poder de regu-
renciados de 5 (cinco), 4 (quatro) e 3 lação e fiscalização da AGÊNCIA. (vide
(três) anos, de acordo com os respec- ADIN 3521-5)
85
Lei nº 17.026, de 20 de Dezembro de 2011
Art. 43º. As empresas que, na data Lei nº 17.026,
da instalação da AGÊNCIA, detentoras de 20 de Dezembro de 2011
de outorgas vencidas e/ou com caráter
precário ou que estiver em vigor com Cria a Agência de Defesa Agropecuá-
prazo indeterminado, terão as mesmas ria do Paraná - ADAPAR.
mantidas, sem caráter de exclusivida-
de, pelo prazo previsto no art. 98 do A Assembleia Legislativa do Estado do
Decreto Federal nº. 2.521, de 20 de Paraná decretou e eu sanciono a se-
março de 1998, em atendimento ao guinte lei:
disposto no art. 42, § 2º., da Lei Fede-
ral 8997, de 13 de fevereiro de 1995, Art. 1º. É criada a Agência de Defesa
e adaptados aos princípios norteadores Agropecuária do Paraná - ADAPAR, en-
da AGÊNCIA. (Dispositivo promulgado tidade autárquica dotada de persona-
pela Assembléia Legislativa e publi- lidade jurídica de direito público, com
cado em 16/09/2002 pela Lei Com- patrimônio e receitas próprios e auto-
plementar 95 de 09/09/2002) (vide nomia administrativa, técnica e finan-
ADIN3521) ceira, nos termos do artigo 7º, inciso
I, da Lei nº 8.485, de 3 de junho de
Art. 44º. O orçamento anual da 1987, vinculada à Secretaria de Esta-
AGÊNCIA, que integrará a Lei Orça- do da Agricultura e do Abastecimento
mentária do Estado do Paraná, nos – SEAB.
termos do Art. 133, § 6º., inc. I, da
Constituição Estadual, deverá consi- § 1º. A Agência de Defesa Agropecu-
derar as receitas previstas no artigo ária do Paraná terá sede e foro na ci-
33, inciso I desta Lei, de forma a dis-
dade de Curitiba e atuará no território
pensar, no prazo máximo de 3 (três)
do Estado do Paraná, podendo instalar
anos, os recursos do Tesouro Estadual.
unidades administrativas descentrali-
Art. 45º. Para os fins previstos no zadas.
Art. 33 desta Lei, fica o Poder Execu-
tivo Estadual autorizado a abrir um § 2º. A Agência de Defesa Agropecuá-
crédito especial no montante de R$ ria do Paraná gozará dos privilégios e
2.000.000,00 (dois milhões de reais), das isenções próprias da Fazenda Pú-
servindo como fonte de recursos quais- blica do Estado e de imunidade de im-
quer das formas previstas no § 1º., do postos sobre seu patrimônio, receitas e
art. 43, da Lei Federal nº. 4.320, de 17 serviços vinculados às suas finalidades
de março de 1964. essenciais ou delas decorrentes.

Art. 46º. O Poder Executivo adotará as Art. 2º. A Agência de Defesa Agrope-
medidas necessárias à implementação cuária do Paraná tem por finalidade a
da AGÊNCIA, aprovando a regulamen- promoção da defesa agropecuária e da
tação da presente Lei no prazo máximo inspeção sanitária dos produtos de ori-
de 90 (noventa) dias, prorrogáveis por gem animal, a prevenção, o controle e
igual período, após a instalação da Di- a erradicação de doenças dos animais
retoria. e de pragas dos vegetais de interesse
econômico ou de importância à saúde
Art. 47º. Esta Lei entra em vigor na
da população e assegurar a seguran-
data de sua publicação.
ça, a regularidade e a qualidade dos
Art. 48º. Revogam-se as disposições insumos de uso na agricultura e na pe-
em contrário. cuária.

Palácio do Governo em Curitiba, em 23 Parágrafo único. Constitui, também,


de julho de 2002. finalidade da Agência de Defesa Agro-
Jaime Lerner pecuária do Paraná, o exercício das
Governador do Estado funções de entidade que estabelecerá

86
Lei nº 17.026, de 20 de Dezembro de 2011
e fiscalizará o cumprimento das ações, VI - credenciar, fiscalizar e auditar la-
dos procedimentos, das proibições e boratórios de análise de produtos e
das imposições que importem à defesa insumos agropecuários e de entidades
sanitária animal e vegetal, à inspeção certificadoras de produtos e serviços
de produtos e subprodutos de origem de defesa agropecuária;
animal e vegetal e à qualidade dos in-
sumos destinados à produção e uso VII - implantar, coordenar e manter a
agropecuários, a critério das autorida- Rede Estadual de Informação de De-
des técnicas. fesa Agropecuária – REIDA, para inte-
grar as ações de entidades promoto-
Art. 3º. Compete à Agência de Defesa ras da defesa, inspeção e certificação
Agropecuária do Paraná: agropecuárias;

I - propor, planejar, coordenar, super- VIII - acompanhar e disciplinar, em


visionar, promover e fiscalizar políticas, caráter normativo e em sua esfera de
programas, ações e procedimentos de competências, o Sistema Estadual de
defesa agropecuária que importem à Defesa Agropecuária – SEDA;
saúde humana e ao bem-estar animal,
à sanidade animal e vegetal, à quali- IX - celebrar, nas condições que es-
dade higiênico-sanitária dos produtos tabelecer, termos de compromissos e
e subprodutos de origem animal ou ve- ajustes de conduta e fiscalizar o cum-
getal, comestíveis ou não comestíveis, primento;
ao comércio e à qualidade intrínseca e
extrínseca dos insumos utilizados nas X - promover a educação conserva-
explorações agropecuárias e dos pro- cionista e sanitária e a divulgação da
dutos destinados à alimentação ani- legislação e serviços de defesa agro-
mal; pecuária;

II - promover e fiscalizar a preservação XI - apurar e punir infrações à legisla-


e o uso do solo agrícola; ção das relações de consumo no âmbi-
to de suas finalidades.
III - fiscalizar a certificação sanitária
animal e vegetal e o trânsito de ani- Parágrafo único. As ações e os pro-
mais e vegetais e de produtos e insu- cedimentos de defesa agropecuária, de
mos agropecuários; inspeção sanitária dos produtos e sub-
produtos de origem animal e vegetal e
IV - estabelecer normas, padrões, de garantia da qualidade dos insumos
critérios e procedimentos técnicos de agropecuários são considerados de in-
defesa agropecuária, de inspeção sani- teresse público.
tária, de rastreabilidade, de classifica-
ção, de credenciamento e descreden- Art. 4º. Para cumprir suas competên-
ciamento de prestadoras de serviços cias, a Agência de Defesa Agropecuária
afins à defesa agropecuária e de certi- do Paraná poderá:
ficação de estabelecimentos, matérias
primas, insumos agropecuários de pro- I - celebrar convênios, acordos ou con-
dutos e subprodutos de origem animal tratos e congêneres com pessoas físi-
e vegetal; cas ou jurídicas de direito privado ou
público, nacionais, internacionais e es-
V - instituir e manter o cadastro de trangeiras;
propriedades, estabelecimentos co-
merciais de insumos agropecuários, II - prestar serviços a órgãos e entida-
de empresas prestadoras de serviços des dos setores privado e público e a
afins à defesa agropecuária; pessoas físicas e jurídicas, nacionais,
internacionais e estrangeiras;
87
Lei nº 17.026, de 20 de Dezembro de 2011
III - cobrar emolumentos correspon- do Tesouro do Estado;
dentes à prestação de serviços a pes-
soas físicas e jurídicas, órgãos e en- II - as transferências de recursos con-
tidades, dos setores privado e público signados nos orçamentos da União, do
nacionais, internacionais e estrangei- Estado e dos Municípios;
ros, cujos valores serão propostos pela
Agência de Defesa Agropecuária do Pa- III - as receitas provenientes ou de-
raná, e afixados por Decreto do Poder correntes da prestação de serviços, na
Executivo Estadual; forma prevista em decreto;

IV - promover a inscrição de seus cré- IV - os recursos provenientes de acor-


ditos em dívida ativa e efetuar a sua dos, convênios, ajustes ou contratos
cobrança judicial; com pessoas físicas ou jurídicas, de
direito público ou privado, nacionais,
V - contratar a aquisição de bens, estrangeiras ou internacionais;
obras e serviços comuns.
V - as subvenções, as doações, os le-
Art. 5º. A organização básica da Agên- gados e as contribuições de pessoas
cia de Defesa Agropecuária do Paraná de direito público ou privado nacionais,
é constituída por: estrangeiras ou internacionais;

I - Conselho de Administração; VI - as receitas da aplicação de recur-


sos financeiros;
II - Diretor Presidente;
VII - o produto da venda de publica-
III - Diretores Auxiliares. ções técnicas;

Art. 6º. O patrimônio da Agência de VIII - as rendas patrimoniais, inclusive


Defesa Agropecuária do Paraná é cons- juros e dividendos;
tituído por:
IX - os recursos oriundos da explora-
I - bens e direitos que lhe forem con- ção e alienação de bens patrimoniais;
feridos pelo Estado ou que venha a ad-
quirir ou incorporar; X - as taxas e multas provenientes do
exercício do poder de polícia adminis-
II - doações e legados de pessoas físi- trativa;
cas e jurídicas, nacionais, internacio-
nais e estrangeiras; XI - o produto da alienação de bens
utilizados na prática de infrações à le-
III - outros bens, não expressamente gislação de defesa agropecuária e ins-
referidos, vinculados ao exercício de peção sanitária;
suas atividades.
XII - os bens apreendidos nas fiscaliza-
Parágrafo único. No caso de extin- ções e incorporados ao patrimônio por
ção da autarquia, seus bens, direitos decisão judicial;
e acervo técnicocientífico passarão a
integrar o patrimônio da Secretaria de XIII - os créditos da cobrança judicial
Estado da Agricultura e do Abasteci- de sua dívida ativa;
mento ou da entidade que a suceder.
XIV - outras rendas de qualquer na-
Art. 7º. Constituem receitas da Agên- tureza.
cia de Defesa Agropecuária do Paraná:
Art. 8º. A Agência de Defesa Agro-
I - as dotações orçamentárias e os cré- pecuária do Paraná disporá de quadro
ditos especiais adicionais originários próprio de pessoal, constituído de car-
88
Lei nº 17.026, de 20 de Dezembro de 2011
gos de provimento efetivo de Fiscal de sam, em qualquer fase, a produção,
Defesa Agropecuária e de Assistente a industrialização, o beneficiamento,
Agropecuário e cargos de provimento o comércio, a guarda, o depósito, o
em comissão. uso, o transporte de animais e vege-
tais, seus produtos e subprodutos, de
Art. 9º. São criados 600 (seiscentos) insumos agropecuários e de quaisquer
cargos de provimento efetivo de Fiscal outros bens capazes de expor a risco a
de Defesa Agropecuária e 600 (seis- sanidade agropecuária.
centos) cargos de Assistente Agrope-
cuário. Art. 13º. Ficam instituídas as seguin-
tes vantagens, com aplicação exclusiva
Art. 10º. São criados os seguintes aos servidores integrantes do Quadro
cargos de provimento em comissão da Próprio do Poder Executivo do Estado
Agência de Defesa Agropecuária do Pa- do Paraná – QPPE, no cargo de Agen-
raná: te Profissional e Agente de Execução,
lotados no Departamento de Fiscaliza-
I - 1 (um) cargo de Diretor Presidente, ção de Defesa Agropecuária – DEFIS,
símbolo DAS–1; da Secretaria de Estado da Agricultura
e do Abastecimento – SEAB, conforme
II - 2 (dois) cargos de Diretor, símbolo o Anexo II desta Lei:
DAS–2;
I - Adicional de Atividade de Fiscaliza-
III - 1 (um) cargo de Assessor, símbolo
ção Agropecuária – AAFA: retribuição
DAS–4
financeira, fixada em valor absoluto, de
natureza permanente, exclusiva para o
IV - 3 (três) cargos de Assessor, sím-
cargo de Agente Profissional, relativa
bolo DAS–5;
ao caráter penoso, perigoso, insalu-
bre e com risco de vida, incorporável
V - 1 (um) cargo de Chefe de Gabinete,
na forma da legislação previdenciária
símbolo DAS–5;
vigente, sendo vedado o percebimen-
to de qualquer outra vantagem com a
VI - 12 (doze) cargos de Gerente, sím-
mesma natureza;
bolo 1 C.

Art. 11º. É criada a Função Comissio- II - Adicional de Atividade Auxiliar de


nada de Confiança - FCC, de valor ab- Fiscalização Agropecuária – AAFM: re-
soluto reajustável nos termos da lei de tribuição financeira, fixada em valor
revisão geral anual, exclusiva a servi- absoluto, de natureza permanente,
dores que desempenham suas ativida- exclusiva para o cargo de Agente de
des na Agência de Defesa Agropecuá- Execução, funções de Técnico de Ma-
ria do Paraná e que, cumulativamente, nejo e Meio Ambiente e Técnico de La-
exerçam as atribuições de Coordena- boratório, relativa ao caráter penoso,
ção de Área ou de Supervisão Regio- perigo, insalubre e com risco de vida,
nal, conforme Anexo I desta Lei. incorporável na forma da legislação
previdenciária vigente, sendo vedado
Art. 12º. O servidor da Carreira de o percebimento de qualquer outra van-
Fiscalização da Defesa Agropecuária e tagem com a mesma natureza.
o Agente Profissional do Quadro Pró-
prio do Poder Executivo, distinguidos Parágrafo único. Os adicionais de
Fiscais de Defesa Agropecuária, no de- Atividade de Fiscalização Agropecuá-
sempenho de suas atividades na Agên- ria e Atividade Auxiliar de Fiscalização
cia de Defesa Agropecuária do Paraná, Agropecuária sofrerão reajuste ou au-
têm assegurado livre acesso à docu- mento no mesmo percentual previsto
mentação e aos locais onde se proces- na Lei de revisão Geral Anual.

89
Decreto nº 6.432, de 20 de Novembro de 2012
Art. 14º. Os recursos financeiros pro-
venientes das ações de que trata a ALIMENTOS
presente Lei recolhidos ao Fundo de
Equipamento Agropecuário – FEAP, Lei n° 14.855,
instituído pela Lei nº 823, de 30 de de 20 de Outubro de 2005.
novembro de 1951, serão anualmente
revertidos à Agência de Defesa Agro- Dispõe sobre padrões técnicos de
pecuária do Paraná. qualidade nutricional, a serem se-
guidos pelas lanchonetes e similares,
Art. 15º. O Poder Executivo é autori- instaladas nas escolas de ensino fun-
damental e médio, particulares e da
zado a abrir um crédito adicional, em rede pública.
conformidade com a Lei nº 4.320, de
17 de março de 1964, para implemen- A Assembléia Legislativa do Estado do
tar a presente Lei.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Art. 16º. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
Art. 1°. As lanchonetes e similares,
Palácio do Governo de Curitiba, em 20 instaladas nas escolas de ensino fun-
de dezembro de 2011. damental e médio, particulares e da
rede pública, deverão seguir padrões
Carlos Alberto Richa técnicos de qualidade nutricional que
Governador do Estado assegurem a saúde dos consumidores,
de modo a prevenir a obesidade, dia-
Decreto nº 6.432, betes, hipertensão, problemas do apa-
de 20 de Novembro de 2012. relho digestivo e outros.

Regulamenta a Lei Complementar nº Art. 2°. É vedada a comercialização


94, de 23/07/2002. de alimentos e bebidas de alto teor de
gordura e açucares, ou contendo em
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PA- suas composições substâncias quími-
RANÁ, no uso das atribuições que lhe cas sintéticas ou naturais, que possam
confere o art. 87, incisos V e VI, da ser inconvenientes à boa saúde, se-
Constituição Estadual e tendo em vista gundo critérios técnicos, tais como os
o disposto na Lei Estadual nº 8.485, de seguintes produtos:
3 de junho de 1987, e na Lei Comple-
mentar n° 94, de 23 de julho de 2002, I - balas, pirulitos e gomas de mascar;
DECRETA:
II - chocolates, doces à base de goma,
Art. 1°. Fica aprovada a Regulamenta- caramelos;
ção da Lei Complementar nº 94, de 23
de julho de 2002, que cria a Agência III - refrigerantes, sucos artificiais, re-
Reguladora de Serviços Públicos Dele- frescos a base de pó industrializado;
gados de Infra-Estrutura do Paraná, na
forma do anexo que integra o presente IV - salgadinhos industrializados, bis-
Decreto. coitos recheados;

Art. 2°. Este Decreto entra em vigor V - salgados e doces fritos;


na data de sua publicação.
VI - pipocas industrializadas;
Curitiba, em 20 de novembro de 2012,
191º da Independência e 124º da Re- VII - alimentos com mais de 3 g. (três
pública. gramas) de gordura em 100 kcal (cem
Carlos Alberto Richa kilocalorias) do produto;
Governador do Estado
90
Lei nº 14.855, de 20 de Outubro de 2005
VIII - alimentos com mais de 160 mg 16. suco de frutas naturais;
(cento e sessenta miligramas) de sódio
e 100 kcal (cem kilocalorias) do pro- 17. bebidas lácteas, leite fermentado,
duto; achocolatados;

IX - alimentos que contenham coran- 18. iogurte;


tes e antioxidantes artificiais;
19. água de coco;
X - alimentos sem a indicação de ori-
gem, composição nutricional e prazo 20. chá, mate, café.
de validade.
Art. 3º. As lanchonetes e similares
Paráfrafo único. Ficam liberados para instaladas em escolas deverão garantir
o consumo, dentre outros, observadas a qualidade, higiene e o equilíbrio nu-
as restrições desta lei, nos estabele- tricional dos produtos comercializados.
cimentos de que trata, os seguintes
itens: Art. 4º. Um mural de 1 m² (um metro
quadrado) deverá ser fixado em local
1. pães em geral, pão de batata, pão visível, nos estabelecimentos de que
de queijo, pão de mel, pão doce reche- trata esta lei, para divulgar informa-
ado com frutas ou geléia; ções sobre a qualidade nutricional dos
alimentos e demais aspectos de uma
2. bolacha “Maria”; biscoito de mai- alimentação equilibrada e saudável.
sena, “cream cracker”, água e sal, de
polvilho, biscoito doce sem recheio; Art. 5°. Os estabelecimentos de que
trata esta lei funcionarão mediante a
3. bolos de massa simples com recheio expedição de alvarás específicos da
de frutas, geléias e legumes; Vigilância Sanitária e da Secretaria da
Educação.
4. cereais integrais em flocos ou em
barras; Art. 6º. Os estabelecimentos já exis-
tentes terão prazo de 60 (sessenta)
5. pipoca natural sem gordura; dias para se adequarem aos critérios
dispostos nesta lei.
6. frutas “in natura” ou secas;
Art. 7°. O desrespeito a esta lei acar-
7. picolé de frutas; retará ao estabelecimento infrator e a
seus responsáveis legais, obrigando-os
8. queijo branco, ricota; solidariamente, as seguintes penalida-
des:
9. frango, peito de peru;
I - advertência e intimação para ade-
10. atum, ovo cozido, requeijão; quar-se aos dispositivos desta lei, no
prazo de 5 (cinco) dias;
11. pasta de soja;
II - multa será no valor de R$ 2.000,00
12. legumes e verduras;
(dois mil reais), na hipótese de não ser
atendida a intimação de que trata o in-
13. manteiga, margarina;
ciso I, a ser recolhida no prazo de 5
(cinco) dias;
14. creme vegetal;

15. salgadinhos assados, com pouco III - fechamento do estabelecimento, e


teor de gordura; proibição de seus responsáveis legais

91
Lei nº 16.085, de 17 de Abril de 2009
ao exercício do mesmo ramo de ativi- IV - a concentração de triglicérides, co-
dade, na hipótese de reincidência. lesterol, fibras, sais minerais como só-
dio, cálcio, ferro, potássio e vitaminas.
Art. 8º. O Poder Executivo regulamen-
tará esta lei, quanto a sua aplicação, Art. 2º. Os estabelecimentos no artigo
inclusive aperfeiçoamento a lista de deverão adaptar seus cardápios para
alimentos liberados para o consumo que os mesmos contenham as infor-
constante do parágrafo único do art.
mações instituídas pela presente lei.
2º, de acordo com os critérios técnicos
que a fundamentam.
Parágrafo único. Os estabeleci-
mentos que não possuam cardápios
Art. 9º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação. deverão atender aos dispositivos da
presente lei por meio de fixação de
impressos, cartazes ou placas, desde
Palácio do Governo em Curitiba, em 19
de outubro de 2005. que fiquem visíveis e legíveis a todos
Roberto Requião os consumidores.
Governador do Estado
Art. 3º. As escolas da rede pública
poderão implementar as tabelas nu-
Lei nº 16.085,
tricionais de que trata a presente lei,
de 17 de Abril de 2009 conforme o disposto nos incisos I a IV
do artigo 1º desta lei.
Dispõe que os estabelecimentos que
especifica, que funcionam dentro das
escolas da rede particular de ensino, Art. 4º. O descumprimento desta lei
ficam obrigados a divulgarem infor- sujeita o infrator à multa de R$ 500,00
mações que menciona, referentes à (quinhentos reais), acrescido de duas
presença e à discriminação de quan-
tidades em suas tabelas nutricionais vezes o valor do item mais caro do car-
dos alimentos comercializados. dápio ou similar do estabelecimento.

A Assembléia Legislativa do Estado do Parágrafo único. A cada reincidência


Paraná decretou e eu sanciono a se- o valor da multa será aplicado em do-
guinte lei: bro, triplo, quádruplo e assim sucessi-
vamente.
Art. 1º. Fica obrigatório que bares,
lanchonetes, restaurantes e estabele- Art. 5º. Fica estabelecido o prazo de
cimentos similares, bem como canti- noventa (90) dias para que os estabe-
nas e quiosques que funcionam dentro lecimentos se adaptem às disposições
das escolas da rede particular de en- desta lei.
sino, divulguem as seguintes informa-
Art. 6º. A fiscalização do cumprimento
ções referentes à presença e à dis-
das disposições desta lei será feita pela
criminação de quantidades em suas
Secretaria de Estado da Saúde do Pa-
tabelas nutricionais dos alimentos co- raná, que deverá observá-la no ato de
mercializados em seus estabelecimen-
suas inspeções.
tos:
Art. 7º. Esta Lei entrará em vigor na
I - calorias; data de sua publicação.
II - a presença de glúten; Palácio do Governo em Curitiba, em 17
de abril de 2009.
III - a concentração de carboidratos, Roberto Requião
incluindo-se a lactose; Governador do Estado
92
Lei nº 16.401, de 10 de Fevereiro de 2010
Lei nº 16.401, § 3º. O cancelamento da inscrição es-
de 10 de Fevereiro de 2010 tadual se dará em caso de ocorrência
de nova reincidência após levantamen-
Dispõe que rótulos das embalagens to da suspensão de que trata o pará-
de óleo comestível, comercializados grafo 2º.
no Estado do Paraná, deverão conter
as informações que especifica e adota
outras providências. Art. 3º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Palácio do Governo em Curitiba, em 10
guinte lei: de fevereiro de 2010.
Roberto Requião
Art. 1º. Os rótulos das embalagens Governador do Estado
de óleo comestível, comercializados no
Estado do Paraná, deverão conter in- ANTIFUMO
formações claras e precisas acerca da
obrigatoriedade do acondicionamento Lei nº 16.239,
adequado do produto, após seu uso, de 29 de Setembro de 2009
destinando-o aos responsáveis por sua
coleta, indicados por órgão competen- Estabelece normas de proteção à saú-
te do Poder Executivo. de e de responsabilidade por dano ao
consumidor, nos termos dos incisos
V, VIII e XII do artigo 24, da Cons-
Art. 2º. Os fabricantes, importadores, tituição Federal, para criação de am-
atacadistas e os grandes varejistas, bientes de uso coletivo livres de pro-
que comercializarem produtos sem a dutos fumígenos, conforme especifica
e adota outras providências.
observância ao que prescreve a pre-
sente lei estarão sujeitos, após regu-
A Assembléia Legislativa do Estado do
lamentação dos procedimentos admi-
Paraná decretou e eu sanciono a se-
nistrativos no qual se observará ampla
guinte lei:
oportunidade de defesa, à multa, sus-
pensão ou cancelamento da inscrição
Art. 1º. Esta lei estabelece normas de
estadual, sem prejuízo da apreensão
proteção à saúde e de responsabilida-
da mercadoria.
de por dano ao consumidor, nos ter-
mos dos incisos V, VIII e XII do artigo
§ 1º. A multa de que trata o caput e
que deverá ser revertida em partes 24, da Constituição Federal, para cria-
iguais ao Conselho Gestor do Fundo ção de ambientes de uso coletivo livres
Estadual de Defesa do Consumidor - de produtos fumígenos.
CONFECON, será de 1 (uma) UFIR/PR
por embalagem, aumentada em 50% Art. 2º. Fica proibido no território do
em casos de reincidência, não podendo Estado do Paraná, em ambientes de
ultrapassar 100.000 (cem mil) UFIRs/ uso coletivo, públicos ou privados, o
PR. consumo de cigarros, cigarrilhas, cha-
rutos, cachimbos ou de qualquer outro
§ 2º. A suspensão da inscrição esta- produto fumígeno, derivado ou não do
dual ocorrerá em caso de mais de uma tabaco, que produza fumaça e o uso de
reincidência e permanecerá até que o cigarro eletrônico.
inscrito demonstre possuir estoque de
embalagens que atenda ao disposto no § 1°. Aplica-se o disposto no caput
artigo 1º. deste artigo aos recintos de uso coleti-
93
Lei nº 16.239, de 29 de Setembro de 2009
vo, total ou parcialmente fechados em Art. 3º. O responsável pelos recintos
qualquer dos seus lados por parede, de que trata esta lei deverá advertir os
divisória, teto ou telhado, ainda que eventuais infratores sobre a proibição
provisórios, onde haja permanência ou nela contida, bem como sobre a obri-
circulação de pessoas. gatoriedade, caso persista na conduta
coibida, de imediata retirada do local,
§ 2º. Para os fins desta lei, a expres- se necessário mediante o auxílio de
são recintos de uso coletivo compre- força policial.
ende, dentre outros, os ambientes de
trabalho, de estudo, de cultura, de Art. 4º. Tratando-se de fornecimento
culto religioso, de lazer, de esporte ou de produtos e serviços, o empresário
de entretenimento, áreas comuns de deverá cuidar, proteger e vigiar para
condomínios, casas de espetáculos, que no local de funcionamento de sua
teatros, cinemas, bares, lanchonetes, empresa não seja praticada infração
boates, restaurantes, praças de ali- ao disposto nesta lei.
mentação, hotéis, pousadas, centros
comerciais, bancos e similares, super- Art. 5º. Qualquer pessoa poderá rela-
mercados, açougues, padarias, farmá- tar ao órgão de vigilância sanitária ou
cias e drogarias, repartições públicas, de defesa do consumidor da respectiva
instituições de saúde, escolas, mu- área de atuação, fato que tenha pre-
seus, bibliotecas, espaços de exposi- senciado em desacordo com o disposto
ções, veículos públicos ou privados de nesta lei.
transporte coletivo, viaturas oficiais de
qualquer espécie e táxis. § 1º. O relato de que trata o caput des-
te artigo conterá:
§ 3°. Nos locais previstos nos parágra-
fos 1° e 2° deste artigo deverá ser afi- 1. a exposição do fato e suas circuns-
xado aviso da proibição, em pontos de tâncias;
ampla visibilidade, com indicação de
telefone e endereço dos órgãos esta- 2. a declaração, sob as penas da lei, de
duais responsáveis pela vigilância sa- que o relato corresponde à verdade;
nitária e pela defesa do consumidor.
3. a identificação do autor, com nome,
§ 4º. Fica proibido, também, fumar em prenome, número da cédula de identi-
veículos que estejam transportando dade, seu endereço e assinatura.
crianças e/ou gestantes.
§ 2°. A critério do interessado, o re-
§ 5º. Será cassada a eficácia da inscri- lato poderá ser apresentado por meio
ção, junto ao Cadastro de Contribuinte eletrônico, no sítio de rede mundial de
do Imposto sobre Operações Relativas computadores - internet dos órgãos
à Circulação de Mercadorias e sobre referidos no caput deste artigo, deven-
Prestações de Serviços de Transpor- do ser ratificado, para atendimento de
tes Interestadual e Intermunicipal e todos os requisitos previstos nesta lei.
de Comunicação (ICMS), dos estabe-
lecimentos comerciais que forem fla- § 3º. O relato feito nos termos des-
grados vendendo cigarros a menores te artigo constitui prova idônea para o
de 18 (dezoito) anos de idade. (Nova procedimento sancionatório.
redação dada pela Lei nº 16.388, de
26/01/10). Art. 6º. Esta lei não se aplica:

94
Lei nº 16.239 de 29 de Setembro de 2009
I - aos locais de culto religioso em que auxílio de força policial, e sem prejuízo
o uso de produto fumígeno faça parte das sanções previstas nesta lei.
do ritual;
§ 3°. A infração ao disposto nesta Lei
II - às instituições de tratamento da acarretará a aplicação de multa, ao
saúde que tenham pacientes autoriza- infrator definido no § 1º deste artigo,
dos a fumar pelo médico que os as- equivalente a 100 UFIR’s - Unidade
sista; Padrão Fiscal do Paraná ou outro ín-
dice oficial que, eventualmente, venha
III - às vias públicas; substituí-la.

IV - às residências; § 4º. A penalidade será aplicada em


dobro em caso de reincidência.
V - aos estabelecimentos específica
e exclusivamente destinados ao con- Art. 8º. O início da aplicação das pe-
sumo no próprio local de cigarros, ci- nalidades será precedido de ampla
garrilhas, charutos, cachimbos ou de campanha educativa, realizada pelo
qualquer outro produto fumígeno, de- Governo do Estado, para esclareci-
rivado ou não do tabaco, desde que mentos sobre os deveres, proibições e
essa condição esteja anunciada, de sanções impostos por esta lei, além da
forma clara, na respectiva entrada. nocividade do fumo à saúde.

Parágrafo único. Nos locais indicados Art. 9º. Caberá ao Poder Executivo
nos incisos I, II e V deste artigo de- disponibilizar em toda a rede de saúde
verão ser adotadas condições de iso- pública do Estado, assistência terapêu-
lamento, ventilação ou exaustão do ar tica e medicamentos antitabagismo
que impeçam a contaminação de am- para os fumantes que queiram parar
bientes protegidos por esta lei. de fumar.

Art. 7º. Compete ao órgão estadual Art. 10º. O Governo do Estado promo-
de vigilância sanitária a fiscalização do verá em todos os níveis de ensino, dar
cumprimento desta lei, pelos estabele- incentivo às ações educativas especí-
cimentos aqui referidos, se aplicando ficas que visem abordar os malefícios
as sanções previstas nesta lei, sem pre- provenientes do tabagismo.
juízo daquelas previstas na Lei Federal
nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Parágrafo único. Para tanto, o Go-
verno do Estado promoverá através
§ 1°. Considera-se infrator, para os de atividades extracurriculares estabe-
efeitos do art. 2º, toda e qualquer pes- lecer uma carga horária a ser preen-
soa natural ou jurídica, de direito pú- chida com vídeos institucionais, pales-
blico ou privado que, de forma direta tras, debates e seminários propiciando
ou indireta, permita, tolere o consumo a discussão, bem como a ciência aos
ou consuma tabaco em desconformi- alunos do mal que o tabagismo causa
dade com esta Lei. à vida e à saúde.

§ 2°. O usuário dos produtos mencio- Art. 11º. Os agricultores que se com-
nados no art. 2º que infringir o dispos- prometam mudar o cultivo de fumo por
to nesta Lei está sujeito à advertência outra cultura de plantação terão prio-
e, em caso de recalcitrância, sua reti- ridade ou preferência no atendimento
rada do recinto pelo responsável pelo dos programas da Secretaria de Agri-
mesmo, sendo possível ser solicitado o cultura e do Abastecimento – SEAB.
95
Decreto nº 6.352, de 26 de Fevereiro de 2010
Art. 12º. Ficam revogadas as Leis Es- Seção I
taduais nºs 14.743, de 15 de junho Objetivos e Diretrizes da Política
de 2005 e 15.492, de 09 de maio de Estadual para o Controle do Tabaco
2007.
Art. 2º. A Política Estadual para o Con-
Art. 13º. Esta Lei entrará em vigor trole do Tabaco tem por objetivos:
no prazo de 60 (sessenta) dias após a
data de sua publicação. I – a redução do risco de doenças pro-
vocadas pela exposição à fumaça do
Palácio do Governo em Curitiba, em 29
tabaco e outros produtos fumígenos; e
de setembro de 2009.
Roberto Requião
Governador do Estado II – a criação de ambientes coletivos
livres do tabaco.
Decreto nº 6.352, Art. 3º. A Política Estadual para o
de 26 de Fevereiro de 2010 Controle do Tabaco será implementada
com a integração de providências:
Institui a Política Estadual para o
Controle do Tabaco e regulamenta a
Lei nº 16.239, de 2009, que trata da I – do Poder Público;
proibição do uso de cigarros, cigar-
rilhas, charutos, cachimbos ou qual-
quer produto derivado do tabaco que II – dos empresários e demais respon-
produza fumaça, em recinto coletivo, sáveis por ambientes de uso coletivo,
privado ou público e dá providências inclusive entidades de representação
correlatas.
patronal e profissional; e
O Governador do Estado do Paraná, no III – da comunidade.
uso das atribuições que lhe confere o
art. 87, incisos V e VI, da Constituição § 1º. Caberá ao Estado fornecer in-
Estadual, formações, exercer a fiscalização e
prestar assistência terapêutica e me-
Decreta: dicamentos antitabagismo, conforme
o disposto no artigo 7º deste Decreto.
CAPÍTULO I
Disposição Preliminar § 2º. Caberá aos empresários e demais
responsáveis pelos ambientes de uso
Art. 1º. Fica instituída a Política Esta- coletivo, públicos ou privados, adotar
dual para o Controle do Tabaco e regu- as medidas previstas no artigo 8º des-
lamentada a Lei Estadual nº 16.239, te Decreto.
de 29 de setembro de 2009, que trata
da proibição do uso de cigarros, cigar- § 3º. Entende-se por derivado do ta-
rilhas, charutos, cachimbos ou qual- baco:
quer produto derivado do tabaco que
produza fumaça, em recinto coletivo, a) cigarros;
privado ou público.
b) cigarros eletrônicos;
CAPÍTULO II
Política Estadual para o Controle do c) cigarrilhas;
Tabaco
d) charutos;

96
Decreto nº 6.352, de 26 de Fevereiro de 2010
e) cachimbos; Art. 5º. O Comitê de que trata o ar-
tigo 4º deste Decreto, observadas as
f) narguilé; e áreas de atuação das entidades que o
integram:
g) outros que produzam fumaça, em
recinto coletivo, privado ou público. I – estimulará a realização de campa-
nhas de saúde pública e divulgação, de
§ 4º. Entende-se por recinto coletivo, cunho educativo, nos meios de comu-
o local total ou parcialmente fechado nicação, como jornais, revistas, rádio,
em qualquer de seus lados por pare- televisão para amplo conhecimento
de, divisória, teto ou telhado, de forma quanto à nocividade do tabaco e es-
permanente ou provisória, onde haja clarecimentos sobre os deveres, proi-
o exercício de atividades laborativas, bições e sanções da Lei Estadual nº
permanência e trânsito de pessoas. 16.239, de 29 de setembro de 2009;

Art. 4º. Fica constituído o Comitê de II – estimulará o desempenho de


Fiscalização e de Controle do Taba- ações educativas e de esclarecimentos
co, conforme tratou a Lei Estadual nº em hospitais, postos de saúde, escolas
16.239 de 29 de setembro de 2009 públicas e privadas, em prédios pú-
com os seguintes membros: blicos, universidades, associações de
proprietários de bares e restaurantes
I – dois representantes da Secretaria e demais entidades que se mostrarem
de Estado da Saúde - SESA – (Supe- interessadas, com o intuito de multi-
rintendência de Vigilância em Saúde e plicar as informações sobre os males
Superintendência de Atenção Primária causados pelo tabaco; e
em Saúde);
III – estimulará a divulgação das medi-
II – um representante da Secretaria das administrativas adotadas para efe-
de Estado da Justiça e da Cidadania – tivo cumprimento da Lei Estadual nº
SEJU; 16.239, de 29 de setembro de 2009, e
os estudos relevantes sobre o tabagis-
III – um representante da Secreta- mo, com a manutenção de sítio especí-
ria de Estado da Segurança Pública – fico na rede mundial de computadores.
SESP;
Art. 6º. O cumprimento da Lei Esta-
IV – um representante da Secretaria
dual nº 16.239, de 29 de setembro
de Indústria, do Comércio e Assuntos
de 2009 será fiscalizado no âmbito de
do Mercosul – SEIM;
suas respectivas atribuições pelas Vigi-
V – um representante da Secretaria de lâncias Sanitárias estadual e/ou muni-
Estado da Educação – SEED; cipal, assegurada as competências na
execução das ações, as formas de ges-
VI – um representante do Conselho Es- tão vigentes, bem como na existência
tadual de Saúde – CES; e de legislações específicas.

VII – um representante do Conselho § 1º. No exercício da fiscalização de


de Secretários Municipais – COSEMS. que trata o “caput” deste artigo, orien-
tado precipuamente para a proteção
Seção II ao fumante passivo, observar-se-á o
Informação Oficia, Fiscalização e seguinte:
Assitência terapêutica
97
Decreto nº 6.352, de 26 de Fevereiro de 2010
a) os estabelecimentos prisionais e empregados, prepostos, terceirizados
unidades de cumprimento de medidas e prestadores de serviço para que, nos
socioeducativas se sujeitarão as nor- ambientes de uso coletivo, públicos ou
mas próprias de execução penal e de privados, conforme determina a lei:
proteção à criança e ao adolescente; e
a) não consumam produtos fumíge-
b) a Vigilância Sanitária coordenará as nos;
respectivas atuações de fiscalização.
b) informem ao público, clientes e fre-
§ 2º. As Secretarias de Estado da Saú- quentadores para que não sejam con-
de e da Justiça e da Cidadania divul- sumidos produtos fumígenos;
garão, periodicamente, relatório tendo
c) informem ao responsável pelo es-
por objeto os resultados da fiscalização
tabelecimento o eventual descumpri-
de que trata este artigo.
mento da Lei Estadual nº 16.239, de
29 de setembro de 2009.
Art. 7º. A Secretaria de Estado da
Saúde organizará a rede estadual de
IV – determinação ao público, clientes
prestação de abordagem cognitiva
e frequentadores que não consumam
comportamental e assistência terapêu-
produtos fumígenos;
tica aos dependentes do tabaco, in-
cluindo o fornecimento de medicamen-
V – comunicação à Polícia Militar para
tos prescritos por médicos integrantes
que providencie o auxílio necessário à
do Sistema Único de Saúde – SUS,
imediata retirada do fumante que não
qualificados para tal de acordo com a
atender à determinação constante do
Portaria 1035/04-GM e Protocolo.
Inciso III e IV deste artigo.
Seção III § 1º. Os avisos de proibição serão afi-
Medidas de Cuidado, Proteção e xados em número suficiente para ga-
Vigilância nos Ambientes de Uso rantir a sua visibilidade na totalidade
Coletivo e Sanções Aplicáveis dos respectivos ambientes.

Art. 8º. A obrigação de cuidado e vi- § 2º. Nos veículos de transporte coleti-
gilância para impedir a prática das in- vo, viaturas oficiais e táxis admitir-se-
frações previstas na Lei Estadual nº -á a redução das dimensões do aviso,
16.239, de 29 de setembro de 2009, desde que assegurada a sua visibilida-
compreende a adoção, por empresá- de.
rios e responsáveis, das seguintes me-
didas: § 3º. Nos meios de transporte sobre
trilhos afixar-se-á o número suficiente
I – afixação de avisos de proibição em de avisos para garantir a sua visibilida-
locais visíveis; de em cada vagão.
II – não permitir a presença de cinzei- Art. 9º. A adoção, no âmbito das re-
ros, caixas de areia e isqueiros (dis- partições públicas, das medidas rela-
poníveis para uso do cliente), que in- cionadas no artigo 8º do presente De-
centive ou promova o uso/consumo de creto constituirá atribuição da chefia
tabaco; de cada órgão.
III – Determinação às pessoas sujei- Parágrafo único. O descumprimento,
tas ao seu poder de direção, inclusive por servidor público estadual, efetivo
98
Decreto nº 6.352, de 26 de Fevereiro de 2010
ou comissionado, do disposto na Lei § 1º. O empresário, proprietário, sócio
Estadual nº 16.239, de 29 de setembro ou responsável pelo estabelecimento a
de 2009 e neste Decreto acarretará as que se refere o artigo 10 deste Decreto
sanções disciplinares previstas no Es- deverá manter disponível e em local vi-
tatuto dos Servidores Públicos. sível bem como fornecer gratuitamen-
te a qualquer interessado o formulário
a que se refere o “caput” deste artigo.
Art. 10º. O empresário, proprietário,
sócio ou responsável pelo estabele- § 2º. O PROCON-PR e a Vigilância Sani-
cimento que se omitir na adoção das tária disponibilizarão nos sítios da rede
medidas a que se refere o artigo 8º mundial de computadores – internet –
deste Decreto ficará sujeito às sanções a que se refere o Inciso III do artigo
previstas no Código Sanitário do Esta- 5º, formulário para oferecimento de
do do Paraná e/ou dos municípios do denúncias de descumprimento da Lei
Estado do Paraná e legislações espe- 16.239, de 29 de setembro de 2009.
cíficas.
Art. 14º. O Comitê de que trata o ar-
Parágrafo único. Considera-se em- tigo 4º incentivará a atuação das en-
tidades de classe, de empregados e
presário, nos termos do artigo 966 do empregadores, e de entidades da so-
Código Civil, quem exerce profissional- ciedade civil organizada de defesa do
mente atividade econômica organiza- consumidor ou proteção da saúde, no-
da para a produção ou a circulação de tadamente à celebração de convênios
bens ou serviços. tendo por objeto:

Art. 11º. Os órgãos encarregados da I – o compartilhamento de informações


fiscalização de que trata o artigo 6º acerca do cumprimento da Lei 16.239,
deste Decreto, na imposição de san- de 29 de setembro de 2009;
ções, levarão em conta a reincidência,
respeitadas as normas próprias sobre II – a adoção de ações destinadas a
a matéria. auxiliar o fumante a abandonar o con-
sumo de produtos fumígenos;
Art. 12º. A Vigilância Sanitária, obser-
vada a legislação pertinente, pactuará III – o estímulo a iniciativas que pro-
as medidas não previstas no presente movam os direitos assegurados pela
Lei 16.239, de 29 de setembro de
decreto, junto aos fóruns de gestão do
2009.
SUS - Comissão Intergestores Biparti-
CAPÍTULO III
te (CIB) – por meio de deliberação. Disposições Finais
Seção IV Art. 15º. Os Secretários de Estado da
Participação da Comunidade Saúde e da Justiça e da Cidadania po-
derão editar normas complementares
Art. 13º. Os relatos de fatos que pos- para o cumprimento deste Decreto.
sam configurar infração à Lei Estadu-
al nº 16.239, de 29 de setembro de Art. 16º. Este Decreto entrará em vi-
2009, serão feitos mediante o preen- gor na data de sua publicação, ficando
chimento de formulário, nos moldes revogado o Decreto nº 5.821, de 26 de
do anexo deste Decreto, o qual poderá novembro de 2009.
ser remetido pelo correio, entregue di-
retamente aos postos de atendimento Curitiba, em 26 de fevereiro de 2010,
189º da Independência e 122º da Re-
do PROCON-PR, nas Ouvidorias Muni-
pública.
cipais, Estadual (SESA) e Geral do Es- Roberto Requião,
tado. Governador do Estado
99
Decreto nº 6.352, de 26 de Fevereiro de 2010
( ) não estava afixado aviso de proibi-
Anexo a que se Refere o ção de consumo de produtos fumíge-
Decreto nº 6.352/2010 nos, em pontos de ampla visibilidade,
com indicação de telefone e endereço
Relato de Infração dos órgãos responsáveis pela fiscaliza-
À Lei Antifumo ção.
(Lei nº 16.239, de 29 de Setembro de 2009)
( ) havia pessoa(s) consumindo pro-
DADOS DO ESTABELECIMENTO dutos fumígenos – cigarro, cigarrilha,
charuto, narguilé, ou similares – sem
Nome do Estabelecimento: que o responsável pelo estabelecimen-
______________________________ to advertisse o(s) infrator(es) ou, na
persistência da conduta proibida, pro-
Razão Social(*): _________________ videnciasse meios (auxílio da força po-
CNPJ(*): _______________________ licial, por exemplo) para cessação do
Inscrição Estadual (*): ____________ ato ou retirada do(s) fumante(s).
Tipo:__________________________
(casa de espetáculo, teatro, cinema, Outras observações consideradas im-
bar, lanchonete, restaurante, shop- portantes:
ping, hotel, pousada, banco ou simi- ______________________________
lares, hospitais, açougue, padaria, ______________________________
farmácia, drogaria, repartição pública,
instituição de saúde, escola, museu, DADOS DO AUTOR(*)
biblioteca, espaço de exposições, veí- Nome:_________________________
culo público ou privado de transporte
coletivo, viatura oficial, táxi, área co- Endereço: ______________________
mum de condomínio, local de trabalho,
______________________________
estudo, cultura, entretenimento, lazer,
Cidade:________________________
esporte)
CEP: __________________________
Endereço: (Rua, Avenida, etc)______
RG:___________________________
______________________________
CPF: __________________________
Bairro:_________________________
Email: _________________________
Cidade: ________________________
Telefone: _______________________
(*) Embora de preenchimento opcio- (*) O correto preenchimento de todos
nal, as informações contidas nestes os campos relativos aos “dados do au-
campos são importantes, pois facilitam tor” é imprescindível para a validação
e agilizam as ações de fiscalização e da denúncia.
aplicação das sanções. Se houver con-
sumo no estabelecimento peça nota Declaro, sob as penas da lei, em espe-
fiscal, onde constarão as informações cial aquelas estipuladas no artigo 299
acima. do Código Penal, que as informações
constantes do presente são a expres-
Declaro que no dia ____/____/____, são da verdade.
às _____h_____ min, observei no es- Local e Data
tabelecimento acima identificado, as Assinatura
seguintes situações que contrariam
a Lei 16.239, de 29 de setembro de
2009(*):
100
Lei nº 14.430, de 07 de Junho de 2004
Lei nº 17.352,
ASSUNTOS FINANCEIROS de 09 de Novembro de 2012

Estabelece critérios de transparência


Lei nº 14.430, para a cobrança de dívidas dos con-
de 07 de Junho de 2004 sumidores paranaenses.

Veda aos estabelecimentos comer-


A Assembleia Legislativa do Estado do
ciais a exigência de tempo mínimo
de abertura de conta corrente para Paraná decretou e eu sanciono a se-
aceitação de cheques como forma de guinte lei:
pagamento.
Art. 1º. Toda cobrança de dívida,
A Assembléia Legislativa do Estado do
oriunda de relação de consumo nos
Paraná decretou e eu sanciono a se-
termos do art. 2º da Lei Federal 8.078,
guinte lei:
de 11 de setembro de 1990 (Código
de Defesa do Consumidor), deverá
Art. 1º. É vedado aos estabelecimen-
seguir os critérios da presente Lei, no
tos comerciais a exigência de tempo
que tange à transparência dos valores
mínimo de abertura de conta corrente
cobrados bem como visando a não ex-
para aceitação de cheques como forma
posição do consumidor ao constrangi-
de pagamento.
mento e/ou ameaça.
Art. 2º. O descumprimento do dispos-
Art. 2º. Os valores apresentados ao
to no artigo anterior sujeitará o infra-
consumidor quando da cobrança da dí-
tor, progressivamente, às seguintes
vida, deverão ter clareza a o que efe-
penalidades:
tivamente correspondem, destacando-
I – advertência; -se o valor originário bem como o de
cada item adicional ao valor originário,
II – pagamento de multa no valor de sejam juros, multas, taxas, custas, ho-
10 (dez) salários mínimos, aplicando- norários e outros que, somados, cor-
-se o dobro nos casos de reincidência; respondem ao valor total cobrado do
consumidor, nomeando-se cada item.
III – suspensão das atividades do esta-
belecimento comercial. Parágrafo único. A apresentação ao
consumidor da cobrança impressa, por
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na meio eletrônico ou falada, deve aten-
data de sua publicação. der aos requisitos do caput.

Palácio do Governo em Curitiba, em 07 Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na


de junho de 2004. data de sua publicação.
Roberto Requião
Governador do Estado Palácio do Governo em Curitiba, em 09
de novembro de 2012.
Luiz Guilherme Gomes Mussi Flávio Arns
Secretário de Estado da Indústria, do Governador do Estado, em exercício
Comércio e Assuntos do Mercosul
Luiz Eduardo Sebastiani
Caíto Quintana Chefe da Casa Civil
Chefe da Casa Civil
Pedro Lupion
Deputado Estadual
101
Lei nº 17.365, de 27 de Novembro de 2012
Lei nº 17.365, Art. 4º. Esta Lei entra em vigor noven-
de 27 de Novembro de 2012 ta dias após a data de sua publicação.

Obriga as instituições financeiras a Palácio do Governo, em 27 de novem-


informarem ao consumidor acerca do bro de 2012.
desconto em caso de antecipação do
adimplemento de dívidas.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Maria Tereza Uille Gomes
guinte lei: Secretária de Estado da Justiça, Cida-
dania e Direitos Humanos
Art. 1º. Ficam as instituições finan-
ceiras e demais estabelecimentos que Luiz Eduardo Sebastiani
operam com financiamento, crediário, Chefe da Casa Civil
empréstimos e/ou outras operações
congêneres, obrigadas a afixar no in- Pedro Lupion
terior de seus estabelecimentos, placa Deputado Estadual
ou cartaz informativo sobre o direito do
consumidor que, ao antecipar a quita- Lei nº 17.437,
ção de débito, ter redução proporcional de 21 de Dezembro de 2012
dos juros e demais acréscimos.
Dispõe sobre o prazo para envio de
Parágrafo único. A placa ou cartaz cobrança por parte das empresas pú-
deverá conter os seguintes dizeres: blicas e privadas situadas no Estado
“Nos termos do art. 52, § 2º, da Lei do Paraná.
Federal nº 8.078, de 11 de setembro
de 1990 (Código de Defesa do Consu- A Assembleia Legislativa do Estado do
midor), fica assegurado ao consumidor Paraná decretou e eu sanciono a se-
a liquidação antecipada do débito, to- guinte lei:
tal ou parcialmente, mediante redução
proporcional dos juros e demais acrés- Art. 1º. As empresas públicas e priva-
cimos”. das situadas no Estado do Paraná que
efetuem cobrança originadas de rela-
Art. 2º. As informações de que trata ção de consumo e por via postal, ficam
ao artigo anterior deverão estar tam- obrigadas a efetuar sua postagem com
bém inseridas em todos os contratos antecedência mínima de dez dias da
firmados e boletos resultantes das data de seu vencimento, bem como de
operações de crédito. enviar a cobrança por outro meio, caso
disponha de tal informação.
Art. 3º. As placas ou cartazes de que
trata o art. 1º deverão ser afixados Art. 2º. As penalidades aplicáveis em
dentro das instituições financeiras e caso de infração ao disposto nesta Lei
demais estabelecimentos que operam serão aquelas previstas no Código de
com financiamento, crédito, emprés- Defesa do Consumidor.
timos e/ou outras operações em local
visível ao público, para que possa ser Art. 3º. Caso julgue necessário, o Po-
lido à distância, ficando obrigadas as
der Executivo poderá regulamentar a
referidas instituições a confeccionarem
presente Lei.
a placa ou cartaz.

102
Lei nº 17.678, de 10 de Setembro de 2013
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na tembro de 1990 – Código de Defesa do
data de sua publicação. Consumidor, aplicáveis na forma de
seus arts. 57 a 60.
Palácio do Governo, em 21 de dezem-
bro de 2012. Art. 3°. Esta Lei entra em vigor na
Carlos Alberto Richa data de sua publicação.
Governador do Estado
Palácio do Governo, em 10 de setem-
Maria Tereza Uille Gomes bro de 2013.
Secretária de Estado da Justiça, Cida- Carlos Alberto Richa
dania e Direitos Humanos Governador do Estado

Loriane Leisli Azeredo Maria Tereza Uille Gomes


Chefe da Casa Civil, em exercício Secretária de Estado da Justiça, Cida-
dania e Direitos Humanos
Antonio Anibelli Neto
Deputado Estadual Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo
Lei 17.678,
Reinhold Stephanes
de 10 deSetembro de 2013 Chefe da Casa Civil
Estabelece a proibição da emissão de
boleto de oferta, sem solicitação pré-
Pedro Lupion
via, para contratação de produtos e Deputado Estadual
serviços.

A Assembleia Legislativa do Estado do


BANCO DE DADOS
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: Lei nº 15.967,
de 08 de Outubro de 2008
Art. 1°. Fica vedado ao fornecedor
emitir, sem solicitação prévia, boleto Obriga o Serviço de Proteção ao Cré-
dito - SPC, a Centralização de Ban-
de oferta para a contratação de pro- co S/A - SERASA e quaisquer outros
dutos ou serviços previstos na Circular órgãos de bancos de dados, a retirar
nº 3.598, de 6 de junho de 2012, do o nome do cidadão da relação de ca-
Banco Central do Brasil. dastro negativo, no prazo máximo de
48 horas, após a confirmação do pa-
gamento do débito.
Parágrafo único. Entende-se como
boleto de oferta todo instrumento pa-
dronizado por meio do qual o fornece- A Assembléia Legislativa do Estado do
dor apresenta uma oferta de produtos Paraná decretou e eu sanciono a se-
ou serviços ao mesmo tempo em que o guinte lei:
próprio instrumento representa a for-
ma de pagamento da referida propos- Art. 1º. Ficam obrigados o Serviço
ta. de Proteção ao Crédito - SPC, a Cen-
tralização de Banco S/A - SERASA e
Art. 2°. A violação às disposições da quaisquer outros órgãos de bancos de
presente Lei acarretará ao responsável dados, a retirar o nome do cidadão da
infrator as sanções previstas no art. 56 relação de cadastro negativo, no prazo
da Lei Federal nº 8.078, de 11 de se- máximo de 48 horas, após a confirma-

103
Lei nº 13.463, de 11 de Janeiro de 2002
ção do pagamento do débito. Art. 3º. A inobservância do disposto
nesta lei sujeitará ao infrator as se-
Art. 2º. As lojas ou empresas, que não guintes penalidades: (Renumerado
informarem ao órgão de bancos de da- pela Lei 14.259, de 12/12/2003)
dos sobre o pagamento da dívida efe-
I - multa;
tuado pelo cliente, deverão pagar mul-
ta de 30% (trinta por cento) referente II - suspensão do estabelecimento por
ao valor da dívida. 30 (trinta) dias.

Parágrafo único. A multa deverá ser § 1°. Havendo reincidência, a multa


paga ao cliente que não teve seu nome de que trata o caput deste artigo será
retirado, dentro do prazo, da relação aplicada em dobro, e as atividades do
de cadastro negativo. estabelecimento serão suspensas por
60 (sessenta) dias.
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na
§ 2°. Caso o infrator prossiga na prá-
data de sua publicação. tica de reincidência, ocorrerá o fecha-
mento definitivo do estabelecimento.
Palácio do Governo em Curitiba, em 08
de outubro de 2008. Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
Roberto Requião
data de sua publicação. (Renumerado
Governador do Estado pela Lei 14.259, de 12/12/2003)

BEBIDAS Palácio do Governo em Curitiba, em 11


de janeiro de 2002.
Jaime Lerner
Lei nº 13.463, Governador do Estado
de 11 de Janeiro de 2002
Eduardo Francisco Sciarra
Proíbe a distribuição, fornecimento, Secretário de Estado da Indústria,
oferta e comercialização de bebidas Comércio e do Turismo
alcoólicas em estabelecimentos re-
vendedores de combustíveis (Postos
de Gasolina) localizados em períme- José Cid Campêlo Filho
tros urbanos. Secretário de Estado do Governo

A Assembléia Legislativa do Estado do


Paraná decretou e eu sanciono a se- Lei nº 14.525,
guinte lei: de 26 de Outubro de 2004

Art. 1º. Fica proibido o consumo de Dispõe sobre a obrigatoriedade do


bebidas alcoólicas nas dependências uso de lacre higiênico na parte de fora
das latas que contém bebida de toda
dos estabelecimentos revendedores a espécie, oferecidas ao consumo da
de combustível (Postos de Gasolina) população.
localizados em perímetros urbanos.
(Redação dada pela Lei 14.259, de A assembléia Legislativa do Estado do
12/12/2003) Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do § 7º do Artigo 71 da Cons-
Art. 2º. Os estabelecimentos de que tituição Estadual, a seguinte Lei: (Pro-
trata esta lei deverão afixar em suas jeto de Lei nº 138/2004, vetado e as
dependências de forma ostensiva e le- razões de veto não mantidas pela As-
gível a proibição de que trata o pre- sembléia Legislativa)
sente dispositivo. (Incluído pela Lei
14.259, de 12/12/2003)
104
Lei nº 15.227, de 25 de Julho de 2006
Art. 1º. Fica obrigado o uso de lacres quirido por consumidores, revendedo-
higiênicos na parte de fora das latas e res ou produtores;
garrafas que contém bebidas de toda
espécie oferecidas ao consumo da po- II – seja o garrafão de água efetiva-
pulação. mente reutilizável e do tipo padrão uti-
lizado por todos os produtores.
Parágrafo único. O não cumprimen-
to do caput deste artigo, por parte de Art. 2º. O produtor que, observando
empresas, acarretará multa no valor as regras estabelecidas nesta lei, reu-
de 10.000 UFIR’s bem como o recolhi- tilizar o garrafão de água, deverá nele
mento das latas e garrafas. colocar em destaque o rótulo com sua
marca, através de rótulo comercial
Art. 2º. Ficam os fabricantes e for- próprio, nos termos e prazos determi-
necedores de bebidas obrigados a se nados pelas autoridades administrati-
adaptar às disposições desta lei, no vas, de maneira a não causar confusão
prazo de 180 dias a contar da publi- ao consumidor.
cação.
Art. 3º. Fica vedada a inscrição da
Art. 3º. Esta lei entrará em vigor na marca da empresa nos garrafões de
data de sua publicação. água reutilizáveis produzidos e distri-
buídos a partir da vigência desta lei.
Palácio Dezenove de Dezembro, em 26
de outubro de 2004. Art. 4º. O não cumprimento desta lei
Hermas Brandão sujeitará o infrator às seguintes pena-
Presidente lidades:

Lei nº 15.227, I – advertência por escrito;


de 25 de Julho de 2006
II – multa de R$ 1.000,00 (mil reais);
Dispõe que garrafões de água reu-
tilizáveis, poderão ser usados por III – multa de R$ 2.000,00 (dois mil
empresas concorrentes, indepen- reais) a cada reincidência.
dentemente da marca gravada pela
empresa titular do recipiente e adota Art. 5º. O Poder Executivo regulamen-
outras providências. tará esta lei para sua fiel execução, de-
terminando o órgão competente para
A Assembléia Legislativa do Estado do a fiscalização e o respectivo procedi-
Paraná Decretou e eu sanciono a se- mento.
guinte lei:
Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na
Art. 1º. A empresa titular da marca data de sua publicação.
inscrita em garrafão de água reutili-
zável não poderá impedir a livre cir- Palácio do Governo em Curitiba, em 25
culação do produto ou reutilização do de julho de 2006.
recipiente ainda que por empresa con- ROBERTO REQUIÃO
corrente, ou criar, por meio de marca, Governador do Estado
vínculo artificial com o consumidor de
maneira a impedir a ele a plena liber- VIRGÍLIO MOREIRA FILHO
dade em adquirir o produto de quem Secretário de Estado da Indústria, Do
lhe aprouver, desde que sejam obser- Comércio e Assuntos do Mercosul
vadas as seguintes regras:
RAFAEL IATAURO
I – o garrafão de água tenha sido re- Chefe da Casa Civil
gularmente colocado no mercado e ad-

105
Lei nº 15.443, de 15 de Janeiro de 2007
Lei nº 15.443, Lei nº 15.543,
de 15 de Janeiro de 2007 de 26 de Junho de 2007

Dispõe sobre a afixação de cartazes Obriga o uso de lacres higiênicos na


em estabelecimentos que vendam be- parte de fora das latas que contêm
bidas alcoólicas e cigarros no Estado bebidas de toda espécie oferecidas ao
do Paraná e dá outras dá outras pro- consumo da população.
vidências.
A Assembléia Legislativa do Estado do
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a se-
Paraná aprovou e eu promulgo, nos guinte lei:
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
Art. 1º. Fica obrigado o uso de lacres
tuição Estadual, os seguintes dispositi-
higiênicos na parte de fora das latas
vos do Projeto de Lei nº 274/06:
que contêm bebidas de toda espécie
oferecidas ao consumo da população.
Art. 1º. Todos os estabelecimentos
que vendam bebidas alcoólicas e ci- Parágrafo único. O não cumprimen-
garros deverão ter afixados em seus to do caput deste artigo, por parte das
interiores e em locais visíveis cartazes empresas acarretará em multa no va-
com advertência de proibição de venda lor de 10.000 UFIR’s, bem como reco-
para menores de 18 anos; lhimento das latas.

Parágrafo único. Do cartaz deverão Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na
constar as expressões: data de sua publicação.

a) “É PROIBIDO A VENDA E O CONSU- Palácio do Governo em Curitiba, em 26


MO DE BEBIDA ALCOÓLICA E CIGAR- de junho de 2007.
ROS A MENORES DE 18 ANOS”, Roberto Requião
Governador do Estado
b) O número do telefone do Disk De- Virgilio Moreira Filho
núncia da Polícia Militar. Secretário de Estado da Indústria, do
Comércio e Assuntos do Mercosul
Art. 2º. A falta da afixação de cartazes
Rafael Iatauro
previsto no art. 1º implicará em multa
Chefe da Casa Civil
de 300 UFIR (Unidade Fiscal de Refe-
rência) ao estabelecimento infrator.
Lei nº 15.744,
Art. 3º. Esta lei será regulamentada de 18 de Dezembro de 2007

pelo Executivo no prazo de 120 (cen-


Torna obrigatório, aos estabelecimen-
to e vinte) dias e entrará em vigor na tos que envasem, industrializem e
data de sua publicação. comercializem águas minerais e potá-
veis de mesa em vasilhames plásticos
retornáveis, no âmbito do Estado do
Palácio Dezenove de Dezembro, em 15 Paraná, o cumprimento das dispo-
de janeiro de 2007. sições que especifica e adota outras
providências.

HERMAS BRANDÃO
Presidente A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
106
Lei nº 15.744, de 18 de Dezembro de 2007
Art. 1º. Torna obrigatório aos estabe- dispõe sobre Embalagem Plástica para
lecimentos que envasem, industriali- Água Mineral e de Mesa - garrafão re-
zem e comercializem águas minerais e tornável - requisitos para lavagem,
potáveis de mesa em vasilhames plás- enchimento e fecha-mento, além das
ticos retornáveis, no âmbito do Estado normas emanadas dos órgãos federais
do Paraná, o cumprimento do disposto competentes;
nesta lei, observando o seguinte:
V - os vasilhames com amassamentos,
I - os vasilhames devem ser tampona- rachaduras, ranhuras, remendos, de-
dos por meio de sistema de comprova- formações de gargalo e/ou com alte-
da eficácia de vedação, para impedir rações de odor, cor e forma devem ser
o vazamento da água e sua possível rejeitados pelos estabelecimentos que
contaminação; comercializem o produto;

II - somente é permitida a reutilização VI - em sendo verificado, no momento


de vasilhames plásticos retornáveis em do envase, alguns dos vícios indicados
volumes superiores a 5 litros de capa- no inciso V deste artigo, deverá o esta-
cidade nominal; belecimento proceder à imediata des-
truição do vasilhame defeituoso;
III - a fabricação dos vasilhames plás-
ticos retornáveis e de suas tampas de- VII - ...Vetado...;
vem cumprir, respectivamente, as nor-
mas constantes da ABNT nº 14.222, VIII - o processo de desinfecção dos
que dispõe sobre a Embalagem Plásti- referidos vasilhames deve ser estendi-
ca para Água Mineral e de Mesa - Gar- do à superfície externa dos mesmos,
rafão retornável - Requisitos e méto- na etapa de pré-lavagem ou na própria
dos de ensaio e da ABNT nº 14.328, operação de lavagem;
que dispõe sobre Embalagem Plástica
IX - os fabricantes de vasilhame retor-
para Água Mineral e de Mesa - Tampa
nável ficam obrigados a fornecer aos
para garrafão retornável - Requisitos e
engarrafadores cópia de certificado do
métodos de ensaio, objetivando atingir
instituto técnico reconhecido de que
padronizações de dimensões de altura,
seu produto atende às citadas normas
diâmetros, inclusive de gargalos, cor,
técnicas.
rigidez da tampa e do recipiente, pos-
sibilitar operações eficientes de tampo- Art. 2º. As indústrias fabricantes de
namento e evitar riscos de deformação garrafão terão um ano após a data de
e vazamentos, quando do transporte e publicação desta lei para se adequa-
armazenamento e da colocação nos rem às suas normas, passando a ofe-
suportes e bebedouros; recer apenas garrafões certificados.

IV - os vasilhames a serem utilizados, Art. 3º. As empresas de água mine-


novos ou retornados para um novo ci- ral terão três anos para substituição de
clo de uso, devem ser submetidos à todos os vasilhames em circulação no
avaliação individual onde serão ana- mercado por vasilhames certificados.
lisadas as condições e possibilidades
para a reutilização e, em seguida, Art. 4º. O descumprimento das obri-
submetidos ao processo industrial de gações instituídas nesta lei acarretará
lavagem, desinfecção e enchimento, ao infrator as seguintes penalidades:
seguindo integralmente as normas
constantes da ABNT nº 14.637, que I - advertência;
107
Lei nº 16.135, de 24 de Junho de 2009
II - multa de R$ 2.000,00 (dois mil re-
ais) por infração, cabendo o dobro em BLOQUEIO DO
caso de reincidência;
RECEBIMENTO DE
III- suspensão das atividades até a re- LIGAÇÕES DE
gularização da infração. TELEMARKETING
Parágrafo Único. Caso a infração
seja de contaminação da água, a con- Lei nº 16.135,
tra-prova deixada na empresa pela de 24 de Junho de 2009
Vigilância Sanitária será analisada por
Institui, no âmbito do Estado do Pa-
laboratório credenciado pelo Estado. raná, o Cadastro para o Bloqueio do
Recebimento de Ligações de Telemar-
Art. 5º. O Poder Executivo deverá dar keting, conforme especifica.
ampla divulgação da presente lei, de
modo a permitir a todos os usuários A Assembléia Legislativa do Estado do
o acesso ao seu teor, através de sua Paraná decretou e eu sanciono a se-
publicação oficial, afixação obrigatória guinte lei:
nos locais onde o produto é industriali-
zado, envasado e comercializado e ou- Art. 1º. Fica instituído no âmbito do
tros meios cabíveis. Estado do Paraná, o Cadastro Para o
Bloqueio do Recebimento de Ligações
Art. 6º. O Poder Executivo regula- de Telemarketing.
mentará esta lei, definindo o órgão e
autoridades competentes pela orienta- Parágrafo único. O Cadastro tem por
ção, fiscalização e prática dos demais objetivo impedir que as empresas de
atos necessários ao seu cumprimento, telemarketing ou estabelecimentos
objetivando a proteção do consumidor que se utilizem deste serviço, efetuem
e a responsabilidade do envasador, in- ligações telefônicas não autorizadas
dustrial de águas minerais e potáveis para os usuários nele inscritos.
de mesa, nos termos do Código de De-
fesa do Consumidor. Art. 2º. Compete ao PROCON-PR im-
plantar, gerenciar e divulgar aos inte-
Art. 7º. Esta Lei entrará em vigor na ressados o cadastro, a partir da pu-
data de sua publicação, ficando revo- blicação desta lei, bem como criar os
gada a Lei nº 15.227, de 25 de julho mecanismos necessários à sua imple-
de 2006. mentação.

Palácio do Governo em Curitiba, em 18 Art. 3º. O titular de linha telefônica


de dezembro de 2007. que não deseje receber ligações de
Roberto Requião telemarketing poderá inscrever o res-
Governador do Estado pectivo número no cadastro que obser-
vará o disposto nesta lei.
Virgilio Moreira Filho
Secretário de Estado da Indústria, do Parágrafo único. O cadastro tem por
Comércio e Assuntos do Mercosul objetivo impedir que as empresas de
telemarketing ou estabelecimentos
Rafael Iatauro
que se utilizem deste serviço, inclusi-
Chefe da Casa Civil ve os institutos de pesquisa, efetuem
ligações telefônicas, não autorizadas,
para os usuários nele inscritos.
108
Portaria Procon nº 01, de 25 de Agosto de 2009
Art. 4º. A partir de 30° (trigésimo) § 3°. A qualquer momento o usuário
dia da inscrição, as empresas de tele- poderá solicitar o seu desligamento do
marketing, os estabelecimentos que se cadastro.
utilizarem desse serviço ou as pessoas
físicas contratadas com tal propósito § 4°. O usuário que receber ligações
não poderão efetuar ligações telefô- após os 30 (trinta) dias da data do
nicas direcionadas ao correspondente ingresso no cadastro deverá registrar
número, salvo se comprovarem a exis- ocorrência do fato, junto ao PROCON-
tência de prévia autorização do titular PR, informando o dia, horário, nome
da linha. do atendente e da empresa prestadora
do serviço, a fim de que sejam toma-
Art. 5º. O PROCON-PR disponibilizará das as medidas cabíveis.
às empresas a lista de usuários do ca-
dastro a que se refere o texto, discri- Art. 8º. Não se aplicam os dispositivos
minando o nome, número do telefone da presente lei às entidades filantró-
picas que utilizem telemarketing para
e data da inscrição.
angariar recursos próprios.
Art. 6º. O cadastro será feito pesso-
Art. 9º. O descumprimento das obri-
almente, via internet, ou por telefone
gações estabelecidas na presente lei
disponibilizado pelo PROCON-PR que
sujeitará o infrator às sanções admi-
regulamentará as formas de inscrição. nistrativas previstas no artigo 56 da
Lei Federal n° 8.078, de 11 de setem-
Art. 7º. A inscrição no cadastro será bro de 1990.
realizada mediante os meios descritos
no artigo anterior. No ato da inscrição Art. 10º. Esta Lei entrará em vigor na
o usuário deverá fornecer as seguintes data de sua publicação.
informações:
Palácio do Governo em Curitiba, em 24
I - nome; de junho de 2009.
Roberto Requião
II - número do RG; Governador do Estado

III - CPF; Portaria Procon nº 01,


de 25 de Agosto de 2009
IV - endereço;
Dispõe sobre a regulamentação do
Cadastro para o Bloqueio do Recebi-
V - CEP;
mento de Ligações de Telemarketing,
instituído pela Lei nº 16.135, de 24 de
VI - telefone a ser cadastrado; junho de 2009.

VII - e-mail. A Coordenadora do PROCON-PR, no


uso de suas atribuições legais e em
§ 1°. O usuário poderá cadastrar so- cumprimento ao estabelecido no Art.2º
mente linhas telefônicas registradas da Lei Estadual nº 16.135, de 24 de
em seu nome. junho de 2009, que criou o Cadastro
para o Bloqueio do Recebimento de Li-
gações de Telemarketing.
§ 2°. Incluem-se, nas disposições des-
ta lei, os telefones fixos e os aparelhos
de telefonia móvel em geral. Resolve:

109
Portaria Procon nº 01, de 25 de Agosto de 2009
Art. 1º. Fica regulamentado o Cadas- seu procurador devidamente represen-
tro para o Bloqueio do Recebimento de tado em documento próprio, por tele-
Ligações de Telemarketing, instituído fone, pessoalmente, na sede do órgão,
pela Lei nº 16.135, de 24 de junho de mediante preenchimento de formulário
2009, nos termos desta Portaria. próprio, ou pelo acesso a campo espe-
cífico no portal mantido pelo PROCON-
Parágrafo único. Para os efeitos des- PR na rede mundial de computadores
ta Portaria, considera-se telemarketing internet -, com o fornecimento dos se-
a modalidade de oferta ou publicidade, guintes dados:
comercial ou institucional, de produtos
ou serviços, mediante ligações telefô- I - nome ou razão social;
nicas.
II - número do RG;
Art. 2º. Compete à Coordenadoria
de Proteção e Defesa do Consumidor III - número de inscrição no Cadastro
PROCON-PR - implantar, manter e dis- de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadas-
ponibilizar o cadastro de que trata o tro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;
artigo anterior, bem como fiscalizar o
cumprimento da Lei nº 16.135/09. IV - endereço, incluído o código de en-
dereçamento postal - CEP;
Art. 3º. O titular de linha telefônica
que não deseje receber ligações de V – número(s) da(s) linha(s) telefôni-
telemarketing poderá inscrever o res- ca (s) a ser(em) cadastrada(s);
pectivo número no cadastro a que alu-
de o artigo 1º, observado o disposto VI - endereço eletrônico (e-mail),
nesta Portaria. quando existente.

§ 1º. A partir do 30º (trigésimo) dia § 1º. Concluído o registro dos dados,
da inscrição mencionada no “caput”, as o titular da(s) linha(s) receberá senha
empresas de telemarketing, os esta- para consulta e eventuais alterações
belecimentos que se utilizarem desse do cadastro:
serviço ou as pessoas físicas contra-
tadas com tal propósito não poderão I – se o cadastro for realizado por te-
efetuar ligações telefônicas direciona- lefone ou pessoalmente, a senha será
das ao correspondente número, salvo informada pelo atendente do PROCON-
se comprovarem a existência de prévia PR;
autorização do titular da linha.
II – se o cadastro for realizado pela in-
§ 2º. A autorização a que se refere o ternet, a senha será encaminhada ao
parágrafo anterior deverá ser escrita endereço eletrônico (e-mail) cadastra-
e individualizada, com prazo definido, do.
observado modelo a ser disponibilizado
pelo PROCON-PR, cumprindo à empre- § 2º. Sobrevindo alteração na titula-
sa, estabelecimento ou pessoa física ridade da(s) linha(s), o usuário ca-
contratada com tal propósito, a guarda dastrado deverá descadastrar o(s)
do documento durante sua vigência. número(s) e o novo titular poderá rea-
lizar o seu cadastro.
Art. 4º. A inscrição referida no artigo
anterior será efetuada exclusivamente
§ 3º. O cadastro realizado por meio do
pelo titular da linha telefônica ou por
portal eletrônico ou formulário para a

110
Portaria Procon nº 01, de 25 de Agosto de 2009
inscrição de que trata este artigo in- o “caput” deste artigo antes de realizar
cluirá advertência de que a inexatidão ligação telefônica dessa natureza aos
no fornecimento dos dados poderá consumidores nele inscritos.
acarretar a responsabilização civil e
penal de quem lhe der causa. § 2º. A consulta ao cadastro, pelos
fornecedores, de que trata o parágra-
§ 4º. Havendo interesse do consumi- fo anterior dar-se-á mediante prévia
dor em receber o tipo de ligações alu- inscrição em campo próprio, exclusiva-
didas nesta Portaria, deve o mesmo mente, no portal mantido na internet
desbloquear no portal do PROCON-PR pelo PROCON-PR, contendo os seguin-
os números de telefones indicados no tes dados:
cadastro.
I - nome ou razão social;
Art. 5º. O titular de linha telefônica
que receber ligação de telemarketing II - número de inscrição no Cadastro
após o transcurso do prazo a que alu- de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadas-
de o § 1º do artigo 3º desta Portaria tro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;
poderá formular reclamação, pesso-
almente, no Procon de seu município III - nome e qualificação do represen-
ou na sede do PROCON-PR, Presidente tante legal da pessoa jurídica, quando
Faria, 431, em Curitiba, informando o cabível;
dia, horário, nome do atendente e da
empresa, estabelecimento ou pessoa IV - relação das empresas para as
física infratora. quais presta serviços de telemarke-
ting, se houver.
Parágrafo único. Em caso de recla-
mação do consumidor, caberá ao for- § 3º. Concluído o registro dos dados,
necedor apresentar ao PROCON-PR o interessado receberá senha corpo-
ou Procons Municipais a existência de rativa, via endereço eletrônico, para
prévia autorização do titular da linha e consulta e eventuais alterações do ca-
a relação das chamadas efetuadas no dastro.
dia da ocorrência.
Art. 7º. O Titular da linha(s)
Art. 6º. O PROCON-PR disponibilizará telefônica(s) cadastrada(s) nos termos
às empresas de telemarketing, aos es- desta Portaria poderá, a qualquer tem-
tabelecimentos que se utilizem desse po, solicitar a exclusão do cadastro,
serviço ou às pessoas físicas contrata- utilizando-se dos mesmos meios dis-
das com tal propósito, em seu portal poníveis para a realização do bloqueio,
na internet, relação das linhas telefôni- nos termos do artigo 4º desta Portaria.
cas inscritas no cadastro a que se refe-
Art. 8º. Considerar-se-á prática abu-
re o artigo 1º desta Portaria, incluindo
siva, nos termos da legislação de pro-
nome, número do telefone e data da
teção e defesa do consumidor, condi-
inclusão.
cionar o fornecimento de produto ou
serviço:
§ 1º. As empresas de telemarketing, os
estabelecimentos que se utilizem des-
I - à exclusão ou não inserção do nú-
se serviço ou as pessoas físicas con-
mero de linha(s) telefônica(s) no ca-
tratadas com tal propósito, com sede
dastro a que alude o artigo 1º desta
no Estado do Paraná ou fora dele, de-
Portaria;
verão consultar a relação a que alude
111
Lei nº 16.487, de 12 de Maio de 2010
II - à outorga da autorização de que IV - número do Cadastro Nacional de
tratam os parágrafos 1º e 2º do artigo Pessoas Jurídicas - CNPJ.
3º desta Portaria.
Art. 2°. O descumprimento do dispos-
Art. 9º. O descumprimento das obri- to nesta lei sujeita o infrator ás pe-
gações estabelecidas na presente Por- nalidades previstas na Lei Federal nº
taria sujeitará o infrator às sanções ad- 8078, de 11/09/90.
ministrativas previstas no artigo 56 da
Lei Federal nº 8.078, de 11 de setem- Art. 3°. Esta Lei entrará em vigor na
bro de 1990. data de sua publicação.

Art. 10º. Esta Portaria entra em vigor Palácio do Governo em Curitiba, em 12


na data de sua publicação. de maio de 2010.

Curitiba, 25 de agosto de 2009. Orlando Pessuti


Governador do Estado
Ivanira Tereza Gavião Pinheiro
Coordenadora do PROCON-PR
COMBUSTÍVEIS
CARTÃO DE CRÉDITO
Lei nº 10.536,
Lei nº 16.487, de 30 de Novembro de 1993

de 12 de Maio de 2010
Dispõe que o consumidor de Gás Li-
quefeito de Petróleo - GLP - terá di-
Dispõe que as administradoras de reito a receber abatimento, conforme
cartões de crédito que atuam no especifica, na falta de equipamento
Estado ficam obrigadas a incluir os para pesagem conforme determina a
dados que especifica, de forma des- Lei Estadual n° 10.248, de 14.01.93.
tacada, na correspondência enviada
aos consumidores e na sua página na
Internet.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Art. 1°. Na falta de equipamento para
guinte lei:
pesagem do Gás Liquefeito de Petróleo
- G.L.P. - prevista na Lei Estadual nº
Art. 1°. Ficam as administradores de
10.248, de 14 de janeiro de 1993, o
cartões de crédito que atuam no Esta-
consumidor terá direito a receber, no
do obrigadas a incluir, de forma desta-
ato do pagamento, abatimento pro-
cada, na correspondência enviada aos
porcional à sobra do produto adquiri-
consumidores e na sua página na in-
do, em percentual nunca inferior a 3%
ternet, os seguintes dados:
(três por cento) sobre o preço cobrado
pelo botijão de 13 quilogramas (P-13),
I - razão social;
e, de 10% (dez por cento) sobre o pre-
ço cobrado pelos cilindros de 45 qui-
II - endereço completo da sede ou fi-
logramas (P-45) e de 90 quilogramas
lial;
(P-90), respectivamente, independen-
te de pesagem ou qualquer outra for-
III - telefone de atendimento ao con-
malidade.
sumidor;

112
Lei nº 11.372, de 13 de Maio de 1996
Art. 2º. Fica facultado ao consumidor Lei nº 11.372,
o uso de balanças apropriadas para pe- de 13 de Maio de 1996
sagem do Gás, quando houver falta de
equipamento pelo distribuidor do pro- Dispõe sobre a fiscalização referente
duto ou nos caminhões de entrega. ao envasilhamento, comercialização e
distribuição fracionada do Gás Lique-
feito de Petróleo - GLP, no Estado do
Art. 3º. O Poder Executivo fica auto- Paraná, conforme especifica e adota
rizado a aplicar aos infratores da Lei outras providências.
nº 10.248/93, e desta Lei, as sanções
administrativas previstas no Capítulo A Assembléia Legislativa do Estado do
VII da Lei Federal nº 8.078, de 11 de Paraná decretou e eu sanciono a se-
setembro de 1990 (Código de Defesa guinte lei:
do Consumidor).
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 1º. Os valores das multas serão
transformados em UFIR ou outro ín- Art. 1º. A fiscalização referente ao en-
dice correlato à B.T.N., com aplicação vasilhamento, comercialização e distri-
progressiva nos casos de reincidência, buição fracionada do Gás Liquefeito de
sempre que se constate a falta de ba- Petróleo - GLP, no Estado do Paraná,
lanças nas Distribuidoras ou nos cami- visando assegurar o cumprimento do
nhões, ou quando se negarem a proce- Código de Defesa do Consumidor (Lei
der a pesagem ou efetuar o desconto Federal nº 8.078/90) e demais disposi-
padrão previstos em Lei. ções análogas, reger-se-á por esta lei.

§ 2º. O Poder Executivo indicará os Art. 2º. A fiscalização de que trata


organismos encarregados de efetuar esta lei será efetuada pelo Instituto
a fiscalização e imposição de sanções, de Pesos e Medidas (IPEM/PR) e Co-
revendo os recursos cabíveis e a inscri- ordenadoria de Proteção e Defesa do
ção das multas em dívida ativa, obser- Consumidor (PROCOM/PR), órgãos da
vando o devido processo legal. Secretaria de Estado da Justiça e Ci-
dadania, e compreenderá a verificação
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na dos seguintes aspectos:
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário. I - Identificação, de maneira ostensi-
va e adequada nos cilindros e botijões
Art. 5º. Esta Lei será regulamentada acondicionadores do GLP, bem como
no prazo de 30 (trinta) dias, aplican- nos respectivos veículos que os trans-
do-se de imediato o disposto no seu portam, das empresas distribuidoras e
artigo primeiro, nos percentuais ali ex- dos revendedores;
pressos.
II - condições de segurança dos cilin-
Palácio do Governo em Curitiba, em 30 dros e botijões acondicionadores de
de novembro de 1993. GLP;
Roberto Requião
Governador do Estado III - condições de segurança dos ve-
ículos e de seus equipamentos, des-
Jorge Aloysio Weber tinados a transportar o GLP na forma
Secretário Especial da Indústria e do fracionada de distribuição;
Comércio
IV - indicação ostensiva e adequada do

113
Lei nº 11.372, de 13 de Maio de 1996
peso do produto nos cilindros e boti- midor cilindros e botijões que atendam
jões acondicionadores de GLP, e con- ás prescrições dos regulamentos técni-
dições de sua aferição nos postos de cos específicos.
revenda através de balanças apropria-
das; § 1º. Sempre que posteriormente a
introdução dos cilindros e botijões no
V - condições de segurança para co- mercado tiverem conhecimento de que
mercialização nos postos fixos de re- não atendem às prescrições técnicas
venda de GLP. específicas ou apresentem falhas ca-
pazes de comprometer suas condições
DA IDENTIFICAÇÃO de segurança, as empresas distribui-
doras deverão comunicar as autorida-
Art. 3º. As empresas distribuidoras e des e aos consumidores, promovendo
os revendedores de GLP, na forma de a sua imediata retirada.
distribuição fracionada ao consumidor,
somente comercializarão cilindros e § 2º. As empresas distribuidoras sub-
botijões que tenham a mesma marca. meterão os cilindros e botijões a ma-
nutenção periódicas, devendo com-
§ 1º. A marca a que se refere o “ca- prová-las devidamente sempre que
put” deste artigo deverá ser estampa- solicitadas.
da, de maneira ostensiva e adequada,
no vasilhame, no rótulo de instrução Art. 7º. Os veículos rodoviários e seus
ao consumidor e no lacre de vedação equipamentos, destinados ao trans-
da válvula. porte do GLP na forma fracionada, de-
verão atender às prescrições dos res-
§ 2º. O rótulo com as instruções ao pectivos regulamentos técnicos.
consumidor deverá obedecer ao mode-
lo aprovado pelo IPEM/PR, estabeleci- Parágrafo único. É vedado o trans-
do no ato próprio. porte do GLP por meio de veículo que
não possua certificado de inspeção e
Art. 4º. As empresas distribuidoras capacitação, passado por organismo
e os revendedores ficam obrigados a credenciado no Estado.
identificar e caracterizar adequada-
mente cada um dos veículos que trans- Art. 8º. Na reposição de vasilhames
portam o GLP na forma fracionada. inutilizados, as empresas somente
poderão colocar no mercado cilindros
Parágrafo único. É vedado o trans- e botijões novos, identificados com a
porte e comercialização de vasilhame marca da distribuidora estampada de
cheio, contendo marca diversa daquela forma ostensiva e adequada, devida-
identificada e caracterizada no veículo mente certificados.
transportador.
Parágrafo único. Os cilindros e bo-
Art. 5º. Os postos fixos de venda são tijões atualmente no mercado serão
obrigados a apresentar identificação submetidos a requalificação pelas em-
visual, contendo de maneira ostensiva presas distribuidoras e revendedoras
e adequada a logomarca da empresa de GLP.
que represente.
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
DA SEGURANÇA
Art. 9º. O descumprimento das obri-
Art. 6º. As empresas distribuidoras gações de que trata esta lei sujeitará
somente colocarão no mercado consu- o infrator às sanções administrativas
114
Lei nº 11.540, de 20 de Setembro de 1996
previstas na Lei Federal nº 8.078/90
(Código de Defesa do Consumidor) e Lei nº 11.540,
na Lei Federal nº 5.966/73. de 20 de Setembro de 1996

DISPOSIÇÕES GERAIS
Dispõe sobre a fixação, em locais
visíveis nos postos de gasolina, dos
Art. 10º. Os agentes fiscalizadores, preços dos combustíveis cobrados
devidamente credenciados e identi- pelo estabelecimento e adota outras
ficados, terão livre acesso às depen- providências.
dências onde sejam acondicionados,
distribuídos, transportados, expostos A Assembléia Legislativa do Estado do
à venda e comercializados os produtos Paraná decretou e eu sanciono a se-
e serviços nela referidos, bem como à guinte lei:
documentação pertinente.

Art. 11º. A Secretaria de Estado da Art. 1º. Ficam os Postos revendedo-


Justiça e da Cidadania, por intermédio res de combustíveis no varejo de todo
do Coordenador do PROCON/PR, e do o Estado do Paraná obrigados a fixar,
Diretor-Presidente do IPEM/PR, pode- em locais visíveis e de fácil leitura,
rão baixar atos complementares nor- abaixo do logotipo de identificação em
mativos para o regular cumprimento e suas principais entradas, os preços dos
operacionalização desta lei. combustíveis cobrados pelo estabeleci-
mento.
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 12º. Fica o Poder Executivo Es- Art. 2º. Ficam os postos revendedo-
tadual autorizado a celebrar Convênio res de combustível no varejo de todo
com a União, Municípios e outras enti- o Estado do Paraná obrigados a terem
dades ligadas à administração pública reservatório e bomba próprios para o
direta e indireta visando realizar a fis- fornecimento de gasolina comum.
calização de que trata a presente lei.
Parágrafo único. Na falta de gasolina
Art. 13º. O Poder Executivo dentro de comum, o estabelecimento deverá co-
120 (cento e vinte) dias expedirá todos
brar pela gasolina aditivada o mesmo
os atos necessários para o cumprimen-
preço da gasolina comum.
to da presente lei.

Art. 14º. Esta Lei entrará em vigor na Art. 3º. A fiscalização do disposto nes-
data de sua publicação. ta lei, será exercida pelo PROCON e
outros órgãos fiscalizadores afins.
Palácio do Governo em Curitiba, em 13
de maio de 1996. Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
Jaime Lerner data de sua publicação, revogadas as
Governador do Estado
disposições em contrário.
Edson Luiz Vidal Pinto
Secretário de Estado da Justiça e da Palácio do Governo em Curitiba, em 20
Cidadania de setembro de 1996.
Cassio Taniguchi Jaime Lerner
Secretário de Estado da Indústria, Governador do Estado
do Comércio e do Desenvolvimento
Econômico
115
Lei nº 12.420, de 13 de Janeiro de 1999
Lei nº 12.420, da marca e da identificação visual da
de 13 de Janeiro de 1999 distribuidora a que estava vinculado.

Assegura ao consumidor o direito de Art. 3º. As empresas distribuidoras


obter informações sobre natureza, não poderão fornecer produtos com-
procedência e qualidade dos produ-
tos combustíveis comercializados nos
bustíveis a postos revendedores que
postos revendedores situados no Es- exibam a marca e a identificação visual
tado do Paraná. de outra distribuidora.

A Assembléia Legislativa do Estado do Art. 4º. A comercialização de produ-


Paraná decretou e eu sanciono a se- tos combustíveis em desacordo com os
guinte lei: termos da presente lei conduz em erro
o consumidor, importando em publici-
Art. 1º. Fica assegurado ao consumi- dade enganosa, ficando os infratores
dor o direito de obter informações cor- sujeitos às penalidades abaixo estabe-
retas, claras, precisas e ostensivas so- lecidas, sem prejuízo das demais san-
bre natureza, procedência e qualidade ções cíveis e criminais aplicáveis.
dos produtos combustíveis comerciali-
zados nos postos revendedores situa- Art. 5º. A fiscalização quanto ao exa-
dos no Estado do Paraná. to cumprimento desta lei deverá ser
realizada pela Secretaria de Proteção
Parágrafo único. É obrigatória a ex- e Defesa do Consumidor, através da
posição em local de ampla visualização Coordenadoria Estadual de Proteção e
para os consumidores, nos postos re- Defesa do Consumidor - PROCON e pe-
vendedores, dos telefones do PROCON, los demais órgãos de proteção e defe-
da Secretaria de Estado da Fazenda e sa do consumidor, devendo os valores
do Comitê Sul Brasileiro de Qualidade arrecadados serem revertidos ao Fun-
de Combustíveis. (Incluído pela Lei nº do Estadual de Defesa dos Interesses
14.768, de 29/06/05). Difusos, criado pela Lei nº 11.987, de
05/01/98.
Art. 2º. Os postos revendedores que
exibirem a marca ou a identificação Art. 6º. Os postos revendedores que
visual de determinada empresa dis- induzirem o consumidor a erro, ven-
tribuidora somente poderão comer- dendo, expondo a venda, ocultando ou
cializar combustíveis adquiridos dessa recebendo para o fim de ser vendido,
distribuidora, de modo a assegurar ao produto combustível de distribuidora
consumidor o perfeito conhecimento distinta daquela cuja marca ou identi-
sobre a origem e a qualidade do pro- ficação visual ostenta, ficarão sujeitos
duto adquirido. ao pagamento de multa, nos termos
do art. 57, parágrafo único, do Código
§ 1º. Fica assegurado aos postos re- de Proteção e Defesa do Consumidor
vendedores a opção de vincularem-se - CPDC.
ou não a empresa(s) distribuidora(s)
de combustíveis, conforme dispõe a le- § 1º. A apuração dos valores de que
gislação em vigor. trata o parágrafo único do art. 57 do
Código de Proteção e Defesa do Con-
§ 2º. O posto revendedor ficará dispen- sumidor - CPDC, será fixado com base
sado de atender o disposto no “caput” no movimento de venda de combustí-
dessa cláusula caso retire de seu esta- veis no período de 30 (trinta) dias que
belecimento todos os sinais indicativos anteceder a constatação da infração.
116
Lei nº 14.983, de 28 de Dezembro de 2005
§ 2º. O PROCON-PR, fica autorizado regulador competente ficará sujeito às
a requisitar do estabelecimento autu- seguintes sanções administrativas:
ado, todos os documentos necessá-
rios à comprovação da movimentação I - multa;
de compra e venda no período acima
mencionado. II - apreensão do produto;

Art. 7º. As distribuidoras que forne- III - perdimento do produto;


cerem produtos combustíveis a postos
IV - interdição parcial ou total do esta-
revendedores que exibam a marca ou
belecimento.
a identificação visual de outra distri-
buidora ficarão sujeitas ao pagamento
§ 1º. A desconformidade referida no
de uma multa cujo critério de fixação
“caput” deste artigo será comprovada
será o contido no artigo anterior.
por laudo elaborado pela Agência Na-
cional do Petróleo - ANP ou por entida-
Art. 8º. O posto revendedor e/ou a
des ou órgãos por ela credenciados ou
distribuidora de combustíveis que rein-
com ela conveniados.
cidirem na prática de infrações previs-
tas na presente lei, insistindo em indu-
§ 2º. Caberá à Coordenadoria Estadual
zir o consumidor ao erro, terá cassada
de Proteção e Defesa do Consumidor
sua inscrição estadual junto a Secre-
PROCON aplicar as sanções adminis-
taria da Fazenda que, para aplicação
trativas, respeitado o direito ao con-
da pena, deverá ser oficialmente co-
traditório e a ampla defesa.
municada.

Art. 9º. Esta Lei entrará em vigor na § 3º. As sanções administrativas pre-
data de sua publicação, revogadas as vistas nesta lei poderão ser aplicadas
disposições em contrário. cumulativamente, sem prejuízo de ou-
tras sanções cabíveis.
Palácio do Governo em Curitiba, em 13
de janeiro de 1999. § 4º. A imposição das penas de multa
Jaime Lerner deverá observar o art. 3º da Lei Fede-
Governador do Estado ral nº 9847/99, que trata da fiscaliza-
ção das atividades relativas a abaste-
Lei n° 14.983, cimento nacional de combustíveis, de
que trata a Lei nº 9.478, de 6 de agos-
de 28 de Dezembro de 2005
to de 1997, estabelece sanções admi-
Estabelece sanções administrativas a nistrativas e dá outras providencias.
quem adquirir, transportar, estocar,
distribuir ou revender produtos com- § 5º. Aplicada à pena de perdimento,
bustíveis em desconformidade com
normas do órgão regulador.
o produto apreendido será incorporado
ao patrimônio do Estado.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- § 6º. A interdição poderá ser temporá-
guinte lei: ria ou definitiva na forma estabelecida
por esta lei.
Art. 1º. Quem adquirir, transportar,
estocar, distribuir ou revender produto § 7º. O interessado poderá interpor
combustível em desconformidade com recurso para o Secretário de Estado
as especificações fixadas pelo órgão da Justiça, no prazo de 5 (cinco) dias,

117
Lei nº 14.983, de 28 de Dezembro de 2005
contado da ciência da decisão que apli- dação de Proteção e Defesa do Consu-
car a sanção administrativa. midor – PROCON.

Art. 2º. Sempre que testes prelimi- Art. 4º. Comprovada a desconformi-
nares realizados imediatamente após dade do produto, na forma estabele-
a coleta de amostras do combustí- cida no parágrafo 1º. do artigo 1º.,
vel revelarem indícios ou evidências o interessado será notificado, por via
de desconformidade com as especi- postal, para apresentar defesa admi-
ficações fixadas pelo órgão regulador nistrativa à Fundação de Proteção e
competente serão de pronto adotadas Defesa do Consumidor – PROCON, no
as seguintes providências, pelo agente prazo de 5 (cinco) dias.
fiscal, mediante termo próprio:
§ 1º. Se, ao teor da defesa prévia for
I - apreensão do combustível; requerida nova análise do combustível,
a ser precedida na amostra nº 2 (“tes-
II - lacração e interdição do respectivo temunha”), a lacração e interdição de
tanque ou bomba. tanque ou bomba serão mantidas pelo
tempo necessário para a realização do
§ 1º. A lacração e a interdição de tan- ensaio.
que ou bomba de combustível não po-
derão exceder o período de 30 (trinta) § 2º. Fica facultada a transferência do
dias, sem prejuízo do disposto nos pa- combustível para depósito de terceiro,
rágrafos 1º e 2º do artigo 4º. a requerimento do interessado, local
onde permanecerá até o desfecho da
discussão administrativa.
§ 2º. Na hipótese de resistência do
proprietário ou de empregados do es-
§ 3º. A nova análise do combustível
tabelecimento, será requisitado o auxi-
será efetuada pela Agência Nacional
lio de força policial.
de Petróleo – ANP ou por entidades por
ela credenciada ou com ela convenia-
Art. 3º. Serão coletadas 3 (três)
da, e ocorrerá a expensas do interes-
amostras de cada compartimento do
sado.
tanque que contenha o combustível a
ser analisado, classificadas como: § 4º. Na hipótese de resultado diver-
gente na amostra nº. 2 (“testemu-
I - amostra nº 1, denominada “prova”, nha”), que ateste a conformidade do
para ser encaminhada à Agência Na- combustível com as especificações
cional de Petróleo –ANP ou a entidade estabelecidas pelo órgão regulador
por ela credenciada ou com ela conve- competente, a Fundação de Proteção
niada para realização de ensaios rela- e Defesa do Consumidor-PROCON en-
tivos à qualidade do combustível con- caminhará a Amostra nº 3 (“contra-
forme as especificações estabelecidas prova”) à Agência Nacional do Petró-
pelo órgão regulador competente; leo – ANP ou a outra entidade por ela
conveniada, para realização de novo
II - amostra nº 2, denominada “teste- ensaio.
munha”, para ser entregue ao estabe-
lecimento ou ao detentor do combus- § 5º. Se a defesa for acolhida haverá a
tível; imediata restituição do produto.

III - amostra nº 3, denominada “con- Art. 5º. Não apresentando a defesa ou


traprova”, para ser conservada na Fun- corroborada, na conclusão do proces-
118
Lei nº 14.983, de 28 de Dezembro de 2005
so administrativo, a desconformidade § 2º. O rompimento do lacre a que se
do combustível com as especificações refere o inciso II deste artigo será do-
estabelecidas pelo órgão regulador cumentado por termo circunstanciado.
competente, será imposta a pena de
perdomento. § 3º. Cassada a eficácia da inscrição
do estabelecimento, a Secretaria da
§ 1º. Se não houver condições técni- Fazenda comunitária o fato, no prazo
cas para o reprocessamento, o produto de 5 (cinco) dias, à Fundação de Pro-
será retirado de circulação e inutiliza- teção e Defesa do Consumidor – PRO-
do. CON, para a decretação da interdição a
que se refere o inciso IV do artigo 1º
§ 2º. O Poder Executivo adotará as desta lei.
providências necessárias à remoção,
transporte e reprocessamento do pro- Art. 7º. Poderá ser desconsiderada a
duto, podendo para tanto firmar acor- personalidade jurídica da sociedade
dos ou promover contratações com ór- quando societário do estabelecimento
gãos públicos e empresas. for integrado por pessoas interpostas.

Art. 6º. Será decretada a interdição Parágrafo único. Na hipótese do ca-


do estabelecimento na ocorrência iso- put deste artigo, serão notificadas e
lada ou cumulativa das seguintes hi- responsabilizadas as pessoas que, in-
póteses: dividualmente ou conluiadas em so-
ciedade de fato, tiverem dado causa à
I - reincidência na prática da infração infração descrita no artigo 1º ou con-
descrita no artigo 1º desta lei;
tribuído para a prática de ato infracio-
nal.
II - rompimento do lacre assegurador
da inviolabilidade de bomba ou tanque
colocado pela Agência Nacional do Pe- Art. 8º. Presume-se ocorrido dano ou
tróleo – ANP, pela Fundação de Prote- prejuízo ao consumidor que comprovar
ção e Defesa do Consumidor - PRO- haver adquirido, do estabelecimento
CON, pelo Instituto de Pesos e Medidas varejista, combustível em desconfor-
do Estado do Paraná – IPEM/PR ou por midade com as especificações fixadas
órgãos conveniados; pelo órgão regulador competente.

III - cassação da eficácia da inscrição Art. 9º. Sempre no interesse de incre-


do estabelecimento no Cadastro de mentar a eficiência e a amplitude de
Contribuintes do Imposto sobre Opera- sua ação em defesa dos consumidores
ções Relativas à Circulação de Merca- de combustíveis do Estado o Paraná,
dorias e sobre Prestações de Serviços
poderá a Secretaria da Justiça e da
de Transporte Interestadual e Intermu-
Cidadania, mediante convênio com a
nicipal e de Comunicação – ICMS, jun-
to a Secretaria da Fazenda que, para Secretaria da Fazenda, delegar à ad-
proceder a aplicação da pena, deverá ministração tributária as incumbências
ser oficialmente comunicada. de apuração da infração referida no ar-
tigo 1º e de imposição das penalidades
§ 1º. A reincidência referida no inciso previstas nesta lei, sem prejuízo do
I deste artigo pressupõe a prolação de desempenho das atribuições que lhe
prévia decisão administrativa definiti- são próprias.
va, confirmatória da infração em causa.
119
Lei nº 15.636, de 01 de Outubro de 2007
Parágrafo único. Na hipótese do ca- § 1º. Na forma da normatização da
put deste artigo, correrão no âmbito Agência Nacional do Petróleo – ANP, o
da Secretaria de Estado da Justiça os posto revendedor poderá manter em
procedimentos administrativos instau- seu estabelecimento outras atividades
rados em consequência das sanções comerciais acessórias, sem contudo,
aplicadas pelos agentes da fiscalização descaracterizar sua atividade principal
tributária. de revendedor varejista de combustí-
veis e lubrificantes.
Art. 10º. Esta lei entrará em vigor na
data da sua publicação. § 2º. A prova de atividade especializa-
da de revenda de combustíveis e lubri-
Palácio do Governo em Curitiba, em 28 ficantes automotivos far-se-á por meio
de dezembro de 2005. de declaração de atividade individual,
Roberto Requião
bem como o cadastro dessa atividade
Governador do Estado
de revenda varejista de combustíveis
automotivos na Inscrição Estadual,
Lei n° 15.636, conforme Lei nº 14.701 de 25 de maio
de 01 de Outubro de 2007 de 2005 e no Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas.
Proíbe, no Estado do Paraná, a insta-
lação de postos de venda de combus-
Art. 3°. A concessão de alvará de fun-
tíveis, derivados de petróleo e produ-
tos inflamáveis, em shopping centers, cionamento nos Municípios do Paraná
hipermercados, supermercados e es- fica obrigatoriamente condicionada à
tabelecimentos congêneres, que se existência de razão social específica
utilizem do mesmo CNPJ – Cadastro para comercialização de combustíveis,
Nacional de Pessoa Jurídica, ou da
mesma Inscrição Estadual, conforme
derivados de petróleo e produtos infla-
especifica. máveis junto às Secretarias da Fazen-
da Estadual e Federal.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Art. 4°. Esta Lei entrará em vigor na
guinte lei: data de sua publicação.

Art. 1°. Fica proibido no Estado do Pa- Palácio do Governo em Curitiba, em 01


raná a instalação de postos de venda de outubro de 2007.
Roberto Requião
de combustíveis, derivados de petróleo Governador do Estado
e produtos inflamáveis em shopping-
centers, hipermercados, supermerca-
dos e estabelecimentos congêneres, Lei nº 16.756
que se utilizem do mesmo CNPJ – Ca- de 29 de Dezembro de 2010
dastro Nacional de Pessoa Jurídica, ou
da mesma Inscrição Estadual, na for- Dispõe que os proprietários e postos
de combústivel ficam obrigados a afi-
ma e nas razões que especifica. xar, nesses estabelecimentos, cartaz
informando aos consumidores a dife-
Art. 2°. Os shopping-centers, hiper- rença entre os preços da gasolina e
mercados, supermercados e estabele- do álcool (etanol).
cimentos congêneres que já possuem
no Estado do Paraná postos de venda A Assembléia Legislativa do Estado do
de combustíveis, derivados de petróleo Paraná decretou e eu sanciono a se-
e produtos inflamáveis terão prazo de guinte lei:
180 (cento e oitenta) dias, a contar da
data da publicação desta lei, para re- Art. 1°. Ficam os proprietários de pos-
gularizar sua situação. tos de combústivel obrigados a afixar
120
Lei nº 17.106, de 10 de Abril de 2012
nesses estabelecimentos cartaz infor- vas através da Internet deverão man-
mando aos consumidores a diferença ter serviço telefônico de atendimento
entre os preços da gasolina e do álcool ao consumidor, gratuito e de acordo
(etanol). com as normas de funcionamento dos
chamados call centers.
Parágrafo único. A informação de
que trata o caput deste artigo refere- Art. 2º. A hospedagem dos sítios de
-se à diferença percentual entre o va- venda coletiva eletrônica deverá ser de
lor do litro da gasolina e o valor do litro responsabilidade de empresa com sede
do álcool (etanol). ou filial em território nacional, sendo
obrigatória a identificação, na primeira
Art. 2°. Esta lei entrará em vigor na tela do sítio, a informação acerca da
data de sua publicação. empresa responsável pela hospeda-
gem da página eletrônica.
Palácio do Governo em Curitiba, em 29
de dezembro de 2010. Art. 3º. As informações sobre a locali-
Orlando Pessuti
Governador do Estado zação da sede física do sítio de vendas
coletivas deverão aparecer, nos moldes
Virgilio Moreira Filho do artigo anterior, na página principal
Secretário de Estado da Indústria, do do endereço da empresa na internet.
Comércio e Assuntos do Mercosul

José Moacir Favetti Art. 4º. As ofertas deverão conter, no


Secretário de Estado da Justiça e da mínimo, as seguintes informações, em
Cidadania tamanho não inferior a vinte por cento
da letra da chamada, para venda:
Ney Caldas,
Chefe da Casa Civil
I – quantidade mínima de comprado-
Marcelo Rangel res para liberação da oferta;
Deputado Estadual
II – prazo para a utilização da oferta
COMÉRCIO ELETRÔNICO por parte do comprador, que deverá
ser de, no mínimo, 06 (seis) meses;

Lei nº 17.106, III – endereço, telefone e sítio ele-


de 10 de abril de 2012 trônico da empresa responsável pela
oferta;
Disciplina a venda eletrônica de pro-
dutos e serviços através de sítios de
compra coletiva pela internet e es- IV – em se tratando de alimentos, de-
tabelece critérios de funcionamento verá constar da oferta informações
para essas empresas no Estado do
Paraná. acerca de eventuais complicações alér-
gicas e outras complicações que o pro-
A Assembleia Legislativa do Estado do duto pode causar;
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti- V – a informação acerca da quanti-
tuição Estadual, os seguintes dispositi- dade de clientes que serão atendidos
vos do Projeto de Lei nº 389/11: por dia e a forma de agendamento
para utilização da oferta por parte dos
Art. 1º. As empresas que exploram o compradores;e
comércio eletrônico de vendas coleti-
121
Lei nº 17.454, de 02 de Janeiro de 2013
VI – a quantidade máxima de cupons Lei nº 17.454,
que poderão ser adquiridos por cliente, de 02 de Janeiro de 2013
bem como os dias da semana e horá-
rios em que o cupom da oferta poderá Dispõe sobre a obrigatoriedade de
ser utilizado. empresas que utilizam o ECommerce,
com hospedagens em sites na inter-
net e que tenham matriz ou filiais no
Art. 5º. Caso o número mínimo de Estado do Paraná, inserirem em seus
participantes para a liberação da ofer- sites os respectivos endereços, tele-
fones e dados cadastrais completos.
ta não seja atingido, a devolução dos
valores pagos deverá ser realizada até
A Assembleia Legislativa do Estado do
em 72 (setenta e duas) horas.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Art. 6º. As informações sobre ofer-
tas e promoções somente poderão ser Art. 1º. Toda empresa que tenha ma-
enviadas a clientes pré-cadastrados triz ou filial no âmbito do Estado do
através do sítio, contendo expressa Paraná e que mantenha hospedagem
autorização para o recebimento das em sites, visando o E-Commerce ou
informações em sua conta de correio propaganda de autodivulgação, deve-
eletrônico. rá manter de forma legível e de fácil
acesso, endereço, telefone, CNPJ, Ins-
crição Estadual, assim como seus en-
Art. 7º. Os impostos de competência dereços eletrônicos.
Estadual e Municipal serão recolhidos
na sede das empresas responsáveis Parágrafo único. Deverá constar em
pelo fornecimento do produto ou servi- seus sites se hospedagens um link es-
ço, independentemente da localização pecífico para as informações de que
da sede do sítio responsável pela sua trata esse artigo.
veiculação.
Art. 2º. O descumprimento desta Lei
acarretará em infração administrativa
Art. 8º. Serão responsáveis pela ve-
passível de aplicação de multa, e em
racidade das informações publicadas a caso de reincidência, penalidade em
empresa proprietária do sítio de ven- dobro, garantido o contraditório e a
das coletivas e o estabelecimento ofer- ampla defesa.
tante, respondendo solidariamente por
eventuais danos causados ao consumi- Art. 3º. O Poder Executivo regulamen-
dor. tará a presente Lei.

Art. 9º. Aplica-se ao comércio coletivo Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
eletrônico, no que couber, o disposto
no Código de Defesa do Consumidor. Palácio do Governo, em 02 de janeiro
de 2013.
Art. 10. Esta Lei entra em vigor na Carlos Alberto Richa
data de sua publicação. Governador do Estado
Maria Tereza Uille Gomes
Palácio Dezenove de Dezembro, em 10 Secretária de Estado da Justiça, Cida-
de abril de 2012. dania e Direitos Humanos
Valdir Rossoni
Presidente Loriane Leisli Azeredo
Chefe da Casa Civil, em exercício
Hermas Brandão Jr
Deputado Estadual
122
Lei nº 17.551, de 30 de Abril de 2013
de futebol no Brasil;
COPA DO MUNDO
V - Competições: a Copa das Confede-
rações FIFA 2013 e a Copa do Mundo
Lei nº 17.551, FIFA 2014; VI - Eventos: as Compe-
de 30 de Abril de 2013 tições e as seguintes atividades rela-
cionadas, oficialmente organizadas,
Dispõe sobre as medidas relativas à chanceladas, patrocinadas ou apoiadas
Copa das Confederações FIFA 2013 e
à Copa do Mundo FIFA 2014. pela FIFA, Subsidiárias FIFA no Brasil,
COL ou CBF:
A Assembleia Legislativa do Estado do
a) os congressos da FIFA, cerimônias
Paraná decretou e eu sanciono a se-
de abertura, encerramento, premiação
guinte lei:
e outras cerimônias, sorteio preliminar,
CAPÍTULO I final e quaisquer outros sorteios, lan-
DISPOSIÇÕES GERAIS çamentos de mascote e outras ativida-
des de lançamento;
Art. 1°. Esta Lei dispõe sobre as me-
didas relativas à Copa das Confedera- b) seminários, reuniões, conferências,
ções FIFA 2013, à Copa do Mundo FIFA workshops e coletivas de imprensa;
2014 e aos Eventos relacionados que
serão realizados no Estado do Paraná. c) atividades culturais, concertos, exi-
bições, apresentações, espetáculos ou
Art. 2°. Para os fins desta Lei serão outras expressões culturais, bem como
observadas as seguintes definições: os projetos Futebol pela Esperança
(Football for Hope) ou projetos bene-
I - Fédération Internationale de Foot- ficentes similares;
ball Association – FIFA: associação suí-
ça de direito privado, entidade mundial d) Partidas de futebol e sessões de
que regula o esporte de futebol de as- treino;
sociação e suas subsidiárias não domi-
ciliadas no Brasil; e) outras atividades consideradas rele-
vantes para a realização, organização,
II - Subsidiária FIFA no Brasil: pessoa preparação, marketing, divulgação,
jurídica de direito privado, domiciliada promoção ou encerramento das Com-
no Brasil, cujo capital social total per- petições.
tence à FIFA;
VII - Períodos de Competição: espaço
III - Copa do Mundo FIFA 2014 – Comi- de tempo compreendido entre o 20º
tê Organizador Brasileiro Ltda. - COL: (vigésimo) dia anterior à realização
pessoa jurídica de direito privado, re- da primeira Partida e o 5º (quinto) dia
conhecida pela FIFA, constituída sob após a realização da última Partida de
leis brasileiras com o objetivo de pro- cada uma das Competições;
mover a Copa das Confederações FIFA
2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014, VIII - Prestadores de Serviços da FIFA:
bem como os Eventos relacionados; pessoas jurídicas licenciadas ou autori-
zadas, com base em relação contratu-
IV - Confederação Brasileira de Futebol al, para prestar serviços relacionados à
- CBF: associação brasileira de direito organização e à produção dos Eventos,
privado, sendo a associação nacional tais como:
123
Lei nº 17.551, de 30 de Abril de 2013
a) coordenadores da FIFA na gestão de te os Períodos de Competição serão
acomodações, de serviços de transpor- restritos às pessoas autorizadas pela
te, de programação de operadores de FIFA.
turismo e dos estoques de Ingressos;
§ 1°. A FIFA tornará públicas, até 3
b) fornecedores da FIFA de serviços de (três) meses antes do início de cada
hospitalidade e de soluções de tecnolo- Evento, todas as restrições e condições
gia da informação; que definir, nos termos do caput, com
respeito ao controle de entrada e per-
c) outros prestadores licenciados ou manência de pessoas nos Locais Ofi-
autorizados pela FIFA para a prestação ciais de Competição.
de serviços ou fornecimento de bens.
§ 2°. Não se aplicam aos Eventos
IX - Parceiros Comerciais da FIFA: pes- quaisquer normas estaduais que dis-
soas jurídicas licenciadas ou autori- ponham sobre o controle de entrada
zadas com base em qualquer relação e permanência de pessoas nos Locais
contratual, em relação aos Eventos, Oficiais de Competição, inclusive aque-
bem como os seus subcontratados, las que disponham sobre acesso prefe-
com atividades relacionadas aos Even- rencial e outros benefícios atribuídos a
tos, excluídas as entidades referidas grupos especiais de pessoas.
nos incisos III, IV e VII a X;
CAPÍTULO III
X - Locais Oficiais de Competição: lo- DAS CONDIÇÕES DE OFERTA E CO-
cais oficialmente relacionados às Com- MERCIALIZAÇÃO DE INGRESSOS
petições, tais como estádios, centros
Art. 4°. Não se aplicam aos Eventos
de treinamentos, centros de mídia,
quaisquer normas estaduais que dis-
centros de credenciamento, áreas de
ponham sobre produção, distribuição
estacionamento, áreas para a trans-
e comercialização dos Ingressos, bem
missão de Partidas, áreas oficialmen-
como as informações que devam ne-
te designadas para atividades de lazer
les constar e as medidas de segurança
destinadas aos fãs, bem como qual-
para fins de combate à falsificação.
quer local no qual o acesso seja restri-
to aos portadores de credenciais emiti-
Art. 5°. Nenhuma norma estadual que
das pela FIFA ou de Ingressos;
conceda gratuidade, redução de preço,
meia-entrada ou qualquer outra for-
XI - Partida: jogo de futebol realizado
ma de subvenção a consumidores será
como parte das Competições; aplicável sobre os preços dos Ingres-
sos.
XII - Ingressos: documentos ou produ-
tos emitidos pela FIFA que possibilitem Parágrafo único. Inclui-se no dis-
a entrada em um Evento, inclusive pa- posto no caput qualquer norma esta-
cotes de hospitalidade e similares. dual que disponha sobre a reserva de
quantidade absoluta ou percentual de
CAPÍTULO II Ingressos para quaisquer categorias
DO CONTROLE DE ENTRADA E DA de pessoas, seja para distribuição gra-
PERMANÊNCIA NOS LOCAIS OFICIAIS tuita, venda preferencial ou a preço
DE COMPETIÇÃO reduzido.

Art. 3°. O acesso e a permanência nos Art. 6°. Nenhum direito relacionado
Locais Oficiais de Competição duran- a cadeiras cativas, cabines, camaro-
124
Lei nº 17.551, de 30 de Abril de 2013
tes, tribunas ou outras instalações se- e para o COL, pelos poderes públicos
melhantes que tenham sido objeto de competentes, não sendo aplicáveis aos
concessão, permissão ou autorização Eventos quaisquer normas estaduais
pelo Poder Público, será aplicável aos que disponham em sentido diverso, in-
Eventos. clusive as que exijam a contratação de
seguros de quaisquer espécies.
§ 1°. Durante os Períodos de Competi-
ção, os Locais Oficiais de Competição, § 1°. O plano de segurança, a ser acor-
em especial os estádios onde sejam dado entre a FIFA e os poderes públi-
realizados os Eventos, deverão estar cos competentes, poderá contemplar o
totalmente disponíveis, livres e de- uso de segurança privada, a ser paga
sembaraçados, inclusive quanto ao uso pela FIFA ou pelo COL, nos estádios
de seus assentos. onde se realizam os Eventos.

§ 2°. A FIFA poderá vender Ingressos § 2°. O caput deste artigo aplica-se
para os locais mencionados no caput igualmente a normas estaduais que
sem prévia autorização do Poder Pú- disponham sobre o dever de manter,
blico ou do concessionário, permissio- nos Locais Oficiais de Competição,
nário ou autorizatário, e sem que lhes ambulância, médicos, equipes e equi-
sejam devidas qualquer remuneração pamentos de socorro a emergências,
ou indenização. cabendo à FIFA e às autoridades com-
petentes decidirem sobre o tema.
§ 3°. Exceto pelos torcedores que, em
decorrência de lei ou de decisão de CAPÍTULO V
autoridade competente, sejam impe- DO CONSUMO E COMERCIALIZAÇÃO
didos de comparecer a Eventos espor- DE ALIMENTOS, BEBIDAS E PRODU-
tivos, o Poder Público e o concessio- TOS NOS LOCAIS
nário, permissionário ou autorizatário OFICIAIS DE COMPETIÇÃO
não poderão impedir ou de qualquer
forma obstaculizar o acesso aos Locais Art. 8°. Não se aplicam aos Eventos
Oficiais de Competição aos torcedores quaisquer normas estaduais que dis-
que detenham os Ingressos a que se ponham sobre a divulgação de mar-
refere o § 2º deste artigo, sob pena cas, distribuição, venda, publicidade,
de responderem por perdas e danos ou propaganda de produtos e serviços,
ao detentor do Ingresso e à FIFA, bem bem como outras atividades promocio-
como ao Poder Público, se for o caso. nais ou de comércio de rua, consumo
de mercadorias, alimentos e bebidas
CAPÍTULO IV no interior dos Locais Oficiais de Com-
DA SEGURANÇA NOS LOCAIS OFI- petição, nas suas imediações e princi-
CIAIS DE COMPETIÇÃO pais vias de acesso, inclusive as que
proíbem o consumo de bebidas alco-
Art. 7°. A segurança nos Locais Oficiais ólicas.
de Competição, nas suas imediações e
principais vias de acesso, nos aeropor- CAPÍTULO VI
tos, hotéis e centros de treinamento DA PUBLICIDADE NOS LOCAIS OFI-
localizados no Estado do Paraná e as CIAIS DE COMPETIÇÃO E DEMAIS
medidas de prevenção de acidentes ESTABELECIMENTOS
ou incidentes de segurança de qual-
quer tipo, inclusive nos dias de Partida, Art. 9°. Não se aplicam aos Eventos
será realizada, sem custos para a FIFA quaisquer normas estaduais que dis-
125
Lei nº 17.551, de 30 de Abril de 2013
ponham sobre veiculação de propa- violação.
ganda, dever de informar, campanhas
de conscientização ou publicidade, de Art. 11º. O Poder Público, no âmbito
caráter institucional ou não, nos Locais de sua competência, cooperará com a
Oficiais de Competição, imediações, FIFA, investigando e combatendo as
inclusive as zonas de restrição e prin- práticas publicitárias e comerciais que,
cipais vias de acesso a tais locais. sem a prévia aprovação da FIFA, visem
tirar proveito econômico, mercadológi-
§ 1°. O disposto no caput aplica-se co ou de imagem sobre os Eventos.
igualmente às regras referentes à vei-
culação de publicidade, a todo e qual- CAPÍTULO VII
quer bem público ou a qualquer bem DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
privado que venha a ser cedido, loca-
do ou de qualquer forma utilizado pela Art. 12º. Para os fins previstos nes-
FIFA, pela imprensa ou por qualquer ta Lei a FIFA fornecerá à Secretaria de
pessoa física ou jurídica relacionada às Estado para Assuntos da Copa do Mun-
Competições. do 2014 lista contemplando os Presta-
dores de Serviços da FIFA, os Parceiros
§ 2°. Permanecem aplicáveis as regras Comerciais da FIFA e as Subsidiárias
estaduais que vedem a colocação de FIFA no Brasil.
qualquer forma de publicidade ou pro-
paganda que possa colocar em risco a Art. 13º. Durante os Períodos de
segurança do trânsito nas vias públi- Competição, as entidades públicas ou
cas, estradas e rodovias, ou que pro- privadas que administram os estádios
mova ou incite qualquer forma de dis- onde serão realizadas Partidas deve-
criminação racial, sexual ou religiosa. rão, caso a FIFA solicite, alterar tem-
porariamente os nomes de tais está-
Art. 10º. O Poder Público coopera- dios, adotando os nomes indicados
rá com a FIFA no combate a qualquer pela FIFA.
ilícito ou tentativa de violação ao dis-
posto nos arts. 8º ou 9º, bem como § 1°. Os nomes temporários adotados
aos direitos da propriedade intelectual para os Estádios na forma do caput de-
relacionados aos Eventos, tais como verão ser utilizados para quaisquer fins
marcas, símbolos, expressões e mas- relacionados aos Eventos.
cotes que caracterizem a FIFA ou os
Eventos. § 2°. Durante os Períodos de Competi-
ção fica vedado o uso dos nomes tem-
§ 1°. O Poder Público criará, a pedido porários adotados para os estádios na
da FIFA, um comitê estadual, compos- forma do caput pelas entidades públi-
to por membros dos departamentos e cas ou privadas a quem pertençam tais
agências relevantes do Estado, que se estádios ou por aquelas que os admi-
reunirá a cada seis meses, ou em pe- nistram, pelos clubes a eles associados
riodicidade menor, se necessário, para e por pessoas por eles licenciadas.
fins de revisar a implementação de
aperfeiçoamentos e iniciativas, visan- § 3°. O disposto no parágrafo anterior
do proteger os direitos mencionados aplica-se também aos nomes originais
no caput. dos estádios quando usados para fins
associados aos Eventos com o objetivo
§ 2°. As autoridades competentes do de obter vantagem econômica, comer-
Estado ficam autorizadas, no exercício cial ou de imagem.
do poder de polícia, a tomar medidas
para garantir a proteção dos direitos Art. 14º. Antes de cada Partida será
mencionados no caput podendo, inclu- executado o hino nacional das duas
sive, confiscar materiais relacionados à seleções participantes, que também
126
Lei nº 15.333, de 18 de Dezembro de 2006
terão suas bandeiras nacionais has- sitivos do Projeto de Lei nº 174/05:
teadas no respectivo Local Oficial de (Projeto de Lei nº 174/2005, vetado e
Competição. as razões de veto não mantidas pela
Assembléia Legislativa)
Parágrafo único. Não serão aplicá-
veis às Competições normas estaduais Art. 1°. Ficam os usuários dispensa-
que disponham sobre formalidades a dos de pagamentos das taxas, referen-
serem seguidas antes de Eventos des- tes ao uso de estacionamento cobrado
portivos, inclusive aquelas prevendo a pelas universidades, faculdades, hos-
obrigatoriedade de execução de outros pitais e órgãos públicos do Estado do
hinos.
Paraná.
Art. 15º. Aplicam-se, no que couber,
às Subsidiárias FIFA no Brasil as dispo- Art. 2°. Em sendo terceirizado o es-
sições relativas à FIFA previstas nesta tacionamento, a responsabilidade pelo
Lei. custo de tal serviço será da universida-
de, centros universitários, faculdades,
Art. 16º. O Governador do Estado hospitais ou órgãos públicos contra-
poderá declarar feriados os dias que tantes.
ocorrerem os Eventos em seu territó-
rio. Art. 3°. Ficam as universidades, facul-
dades, centros universitários, hospitais
Art. 17º. Esta Lei entra em vigor na e órgãos públicos obrigados a divulgar
data de sua publicação e vigorará até o conteúdo desta lei em suas depen-
31 de dezembro de 2014. dências, através de cartazes.

Palácio do Governo, em 30 de abril de Art. 4°. Esta lei entrará em vigor na


2013. data da sua publicação.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Palácio Dezenove de Dezembro, em 18
Mario Celso Cunha de dezembro de 2006.
Secretário Especial para Assuntos da  Hermas Brandão
Copa do Mundo de Futebol de 2014 Presidente
Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo Lei nº 16.785,
de 11 de Janeiro de 2011

ESTACIONAMENTO Dispõe sobre a cobrança proporcional


ao tempo efetivamente utilizado pelos
serviços de estacionamento de veícu-
los em estabelecimentos destinados
Lei nº 15.333, ao aluguel de vagas.
de 18 de Dezembro de 2006

Dispõe sobre a gratuidade aos alunos A Assembléia Legislativa do Estado do


usuários de estacionamentos disponi- Paraná aprovou e eu promulgo, nos
bilizados pelas universidades, facul-
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
dades e centros universitários insta-
lados no Estado do Paraná. tuição Estadual, os seguintes dispositi-
vos do Projeto de Lei nº 252/08:
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná aprovou e eu promulgo, nos Art. 1°. Fica assegurada aos consumi-
termos do § 7º do Artigo 71 da Cons- dores usuários de estacionamento de
tituição Estadual, os seguintes dispo- veículos localizados no âmbito do es-

127
Lei nº 17.556, de 30 de Abril de 2013
tado do Paraná, a cobrança proporcio- multa a ser aplicada e o órgão respon-
nal ao tempo de serviço efetivamente sável pela sua aplicação.
prestado para a guarda do veículo, de-
vendo a proporcionalidade ser calcu- Art. 4°. Esta lei entrará em vigor na
lada de acordo com a fração de hora data de sua publi­cação.
utilizada, sem prejuízo dos demais di-
reitos em face aos prestadores do ser- Palácio Dezenove de Dezembro, em 11
viço. de janeiro de 2011. 
Nelson Justus
Presidente 
Art. 2º. O cálculo do serviço de esta-
cionamento deverá ser feito de acor-
do com os seguintes critérios: (Nova Lei nº 17.556,
Redação dada pela Lei nº 17.507, de de 30 de Abril de 2013
11/01/13)
Obriga o prestador de serviços de
estacionamento de veículos auto-
I – para a primeira hora de estadia, motores a fornecer ao consumidor,
fração para o cálculo do valor do servi- ao término da prestação de serviço,
comprovante discriminado.
ço será de 30 (trinta) minutos; (Inclu-
ído pela Lei nº 17.507, de 11/01/13)
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
II – para as horas subsequentes, fra-
guinte lei:
ção para o cálculo do valor do serviço
será de 15 (quinze) minutos. (Incluído Art. 1°. Fica o prestador de serviços
pela Lei nº 17.507, de 11/01/13) de estacionamento de veículos auto-
motores obrigado a fornecer ao consu-
Parágrafo único. Para o caso de es- midor, no ato do término da prestação
tadia para determinado período do dia, de serviços, comprovante que discri-
bem como diárias e mensalidades, po- mine o nome da empresa responsável
derá ser fixado o valor aleatoriamente, e seu CNPJ, data e horário de entrada
independente da fração base para os e saída, modelo, cor e placa do veículo.
demais cálculos. (Incluído pela Lei nº
17.507, de 11/01/13) Parágrafo único. Entende-se por
prestador de serviços de estaciona-
Art. 3°. O descumprimento desta lei mento de veículos automotores as
acarretará em aplicação de multa di- empresas que efetuam cobrança para
ária contada da data da autuação, po- o estacionamento e guarda de veícu-
dendo resultar na cassação do alvará los, em área própria, de terceiro ou em
de funcionamento em caso de reinci- área pública.
dência.
Art. 2°. O prestador de serviço de es-
tacionamento de veículos automoto-
§ 1º. A multa que trata o caput deste
res deverá manter em seus arquivos,
artigo deverá ser destinada ao Fundo
pelo prazo de cento e vinte dias, cópia
Estadual do Consumidor, observadas
do comprovante descrito no caput do
as disposições do § 2º do art. 4º, da
art. 1º, permitindo ao consumidor ou
Lei Estadual nº 14.975, de 28 de de-
órgãos públicos, em caso de necessi-
zembro de 2005.
dade, a garantia de consulta e nova
cópia.
§ 2º. O Poder Executivo poderá regu-
lamentar a presente lei, estipulando a
128
Lei nº 18.047, de 16 de Abril de 2014
Art. 3°. O descumprimento da presen- § 1º. As vagas a que se refere o caput
te Lei acarretará ao infrator multa no deste artigo deverão ser em número
valor de 20 UPF/PR (Unidade Padrão equivalente a dois por cento do total,
Fiscal do Paraná), aplicada em dobro garantida, no mínimo, uma vaga, devi-
em caso de reincidência. damente sinalizada e com as especifi-
cações técnicas de desenho e traçado
Art. 4°. As empresas terão o prazo de de acordo com as normas técnicas vi-
cento e vinte dias para se adaptarem gentes.
aos termos da Lei.
§ 2º. A utilização das vagas será feita
Art. 5°. Caberá ao Poder Executivo mediante o uso de adesivo de identi-
disciplinar sobre a fiscalização da Lei. ficação, afixado no veículo, fornecido
pela autoridade de trânsito local.
Art. 6°. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação. § 3º. A obtenção do adesivo de identi-
ficação se dará exclusivamente através
Palácio do Governo, em 30 de abril de de comprovação de uma das condições
2013. previstas no caput deste artigo junto à
Carlos Alberto Richa autoridade de trânsito.
Governador do Estado
§ 4º. O adesivo de identificação a que
Maria Tereza Uille Gomes se refere este artigo terá validade pelo
Secretária de Estado da Justiça, Cida- período de 24 (vinte e quatro) meses,
dania e Direitos Humanos compreendendo todo o período ges-
Cezar Silvestri tacional, bem como os primeiros me-
Secretário de Estado de Governo ses de vida do infante, iniciando-se da
data da constatação da gestação.
Hermas Brandão Jr
Deputado Estadual
§ 5º. O período de validade deve cons-
tar de forma visível na parte frontal do
Lei nº 18.047, adesivo, indicando o início e o fim da
de 16 de Abril de 2014 vigência do benefício, com destaque
para o mês e ano da concessão e do
Dispõe sobre a reserva de vagas de
estacionamento especial para ges- vencimento.
tantes e pessoas acompanhadas de
crianças de colo no âmbito do Estado Art. 2º. As vagas a que se refere o ca-
do Paraná. put do art. 1º desta Lei devem possuir
maior dimensão em relação às vagas
A Assembleia Legislativa do Estado do normais de estacionamento, exceto
Paraná decretou e eu sanciono a se- quando o local destinado ao estaciona-
guinte lei: mento não possuir área que possibilite
a fixação de vaga em tamanho maior.
Art. 1º. É assegurada a reserva, para
gestantes durante todo o período ges- § 1º. As vagas especiais de estaciona-
tacional e pessoas acompanhadas de mento devem possuir, no mínimo, um
crianças de colo com até dois anos de terço a mais de área em relação às va-
idade, de vagas preferenciais nos es- gas normais de estacionamento.
tacionamentos públicos e privados,
as quais deverão ser posicionadas de § 2º. A localização das vagas especiais
forma a garantir a melhor comodidade de estacionamento deve ser escolhida
aos beneficiários. tendo em conta a facilidade de acesso,

129
Lei nº 12.888, de 06 de Junho de 2000
a proximidade com as áreas de maior Art. 1º. As empresas distribuidoras de
interesse na localidade e a localização medicamentos, insumos farmacêuti-
dos meios de circulação de pedestres. cos e correlatos, farmácias e drogarias
poderão atuar no território do Estado
Art. 3º. O uso de vagas destinadas às do Paraná, obedecidas às disposições
gestantes em desacordo com o dispos- desta lei.
to nesta Lei caracteriza infração pre-
vista no inciso XVII do art. 181 do Có- Art. 2º. O comércio, a dispensa, a
digo de Trânsito Brasileiro. representação ou distribuição e a im-
portação ou exportação de drogas,
Art. 4º. O descumprimento desta Lei medicamentos, insumos farmacêuti-
sujeitará o responsável legal pelo esta- cos e correlatos, assim como produtos
cionamento à multa de dez a cem UPF/ dietéticos e vitaminas serão exercidos
PR (Unidade Padrão Fiscal do Paraná) somente por empresas e estabeleci-
por infração, fixando-se a multa no mentos licenciados e cadastrados pe-
mínimo em caso de primariedade e no los órgãos sanitários e de defesa do
máximo em caso de reincidência. consumidor do Estado do Paraná e dos
Municípios.
Art. 5º. Esta Lei entra em vigor 120
(cento e vinte) dias após a data de sua § 1º. Os estabelecimentos farmacêu-
publicação.
ticos, e outros previstos na legislação,
que adquirirem os produtos menciona-
Palácio do Governo, em 16 de abril de
dos no caput deste artigo, de empresas
2014.
Carlos Alberto Richa distribuidoras com sede fora do Estado
Governador do Estado do Paraná deverão, necessariamente,
exigir destas comprovantes de registro
Leon Grupenmacher cadastral junto aos órgãos sanitários e
Secretário de Estado da Segurança de defesa do consumidor do Estado do
Pública
Paraná.
Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo § 2º. Os estabelecimentos comerciais,
previstos nesta lei, deverão conservar
Bernardo Ribas Carli as notas fiscais e outros documentos
Deputado Estadual referentes à transação comercial para
todos os efeitos de fiscalização dos
FARMÁCIAS E DROGARIAS órgãos de defesa do consumidor e de
vigilância sanitária e encaminharão a
Lei nº 12.888, cada 03 (três) meses relatório conten-
de 06 de Junho de 2000 do o nome dos distribuidores de quem
adquiriram produtos.
Dispõe sobre normas de atuação de
empresas, distribuidoras de medi-
camentos, insumos farmacêuticos e
Art. 3º. Para a obtenção inicial e re-
correlatos, farmácias e drogarias, no novação de Alvará Sanitário e Registro
território do Estado do Paraná. Cadastral junto à autoridade de Defesa
do Consumidor serão exigidos, entre
A Assembléia Legislativa do Estado do outros, os seguintes documentos:
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: a) requerimento dirigido aos órgãos de
vigilância sanitária estadual ou munici-
130
Lei nº 12.888, de 06 de Junho de 2000
pal, e de defesa do consumidor, solici- cença Inicial, bem como a renovação,
tando licença inicial contendo os dados somente serão concedidas após a veri-
completos das empresas, inclusive o ficação do cumprimento das condições
CGC, assinado pelo responsável técni- sanitárias e de qualidades exigidas
co e pelo representante legal; pelo Estado e pelos municípios.

b) Contrato Social ou Declaração de Art. 6°. O Registro Cadastral e o Alva-


firma individual, registrado na Junta rá Sanitário poderão ser suspensos ou
Comercial e visado pelo Conselho Re- cassados no interesse da saúde públi-
gional de Farmácia do Estado do Pa- ca, mediante despacho da autoridade
raná; sanitária ou de defesa do consumidor,
observados os preceitos do processo
c) Livros ou Fichas de Registro de Con- administrativo.
trole de psicotrópicos e outros medica-
mentos nos termos da legislação em § 1º. A suspensão ou cassação definiti-
vigor; va do registro não exime a ação policial
e/ou judicial correspondente nos casos
d) Contrato de Trabalho com farmacêu- de ilícito contra a saúde e a economia
tico na função de responsável técnico e popular.
visado pelo Conselho de Farmácia do
Estado do Paraná; § 2°. As empresas, distribuidoras e/
ou representantes comerciais, consi-
e) Livro de Receituário; deradas inaptos, temporariamente ou
de forma definitiva, serão cadastradas
f) Termo de Vistoria da autoridade sa- em registro próprio e o seu inteiro teor
nitária e de defesa do consumidor. encaminhado aos Ministérios da Saúde
e da Fazenda, bem como para as auto-
Art. 4º. Nenhum representante ou dis- ridades policiais e ao Ministério Público
tribuidor de medicamentos, produtos e para as providências necessárias.
insumos farmacêuticos, suplementos
alimentares e de vitaminas poderá atu- § 3º. O Ministério Público deverá ser
ar no âmbito do Estado do Paraná sem comunicado em qualquer circunstância
o correspondente Certificado de Auto- acerca de eventuais ilícitos praticados
rização para Venda, contendo prazo de contra a saúde e economia popular.
validade, fornecido pelo fabricante do
produto. Art. 7°. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as
Parágrafo único. Cópia do Certificado disposições em contrário.
de autorização para venda deverá ser
arquivado na empresa e permanecer à Palácio do Governo do Paraná, em 06
disposição das autoridades sanitárias e de junho de 2000.
de defesa do consumidor. Jaime Lerner
Governador do Estado
Art. 5°. O Registro Cadastral e o Alva-
Armando Martinho Raggio
rá Sanitário deverá ser renovado anu-
Secretário de Estado da Saúde
almente, nos termos de regulamenta-
ção própria. José Cid Campêlo Filho
Secretário de Estado do Governo
Parágrafo único. A concessão de Li-
131
Lei nº 16.086, de 17 de Abril de 2009
Lei nº 16.086, Lei nº 16.322,
de 17 de Abril de 2009 de 18 de Dezembro de 2009

Dispõe que os responsáveis pelas far- Dispõe que é de responsabilidade das


mácias e drogarias estabelecidas no indústrias farmacêuticas, das empre-
Estado deverão afixar placa, em local sas de distribuição de medicamentos
visível ao público, contendo nome e e das farmácias, drogarias e drugs-
número de inscrição no Conselho Re- tores, darem destinação final e ade-
gional de Farmácia - CRF, do técni- quada aos produtos que estejam com
co (farmacêutico) responsável, bem prazos de validade vencidos ou fora
como o seu horário de trabalho. de condições de uso.

A Assembléia Legislativa do Estado do


Paraná decretou e eu sanciono a se- A Assembléia Legislativa do Estado do
guinte lei: Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Art. 1º. Os responsáveis pelas far-
mácias e drogarias estabelecidas no Art. 1º. É de responsabilidade das in-
Estado deverão afixar placa, em local dústrias farmacêuticas, das empresas
visível ao público, contendo nome e de distribuição de medicamentos e das
número de inscrição no Conselho Re-
farmácias, drogarias e drugstores da-
gional de Farmácia - CRF, do técnico
(farmacêutico) responsável, bem como rem destinação final e adequada aos
o seu horário de trabalho. produtos que estiverem sendo comer-
cializados nestes estabelecimentos no
Art. 2º. O descumprimento do dispos Estado do Paraná, que estejam com
to nesta lei sujeitará os responsáveis seus prazos de validade vencidos ou
ao pagamento de multa, correspon- fora de condições de uso.
dente a 500 (quinhentas) UFIR’s, não
os desobrigando da afixação da refe-
§ 1º. Para efeito desta lei, considera-se
rida placa.
farmácia o estabelecimento de manipu-
§ 1º. Em caso de reincidência, o valor lação de fórmulas magistrais e oficinais,
da multa aplicada será em dobro. de comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos.
§ 2º. Independentemente da sanção
prevista no caput deste artigo, os res- § 2º. Para efeito desta lei, considera-se
ponsáveis pelos estabelecimentos de
drogaria o estabelecimento de dispen-
que trata esta lei terão o prazo de 30
(trinta) dias para procederem a afixa- sação e comércio de drogas, medica-
ção da placa, sob pena de receberem mentos, insumos farmacêuticos e cor-
novas multas. relatos em suas embalagens originais.

Art. 3º. Para seu fiel cumprimento, § 3º. Para efeito desta lei, considera-
esta lei poderá ser regulamentada pelo -se drugstore o estabelecimento que,
Poder Executivo. mediante auto-serviço ou não, comer-
cializa diversas mercadorias, com ên-
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor depois
fase para aquelas de primeira neces-
de contados 30 dias da data de sua pu-
sidade, dentre as quais alimentos em
blicação, ficando tal período destinado
à adaptação dos estabelecimentos ao geral, produtos de higiene e limpeza e
cumprimento desta Lei. apetrechos domésticos, podendo fun-
cionar em qualquer período do dia e
Palácio do Governo em Curitiba, em 17 da noite, inclusive nos domingos e fe-
de abril de 2009. riados.
Roberto Requião
Governador do Estado
132
Lei nº 16.322, de 18 de Dezembro de 2009
§ 4º. Para efeito desta lei, considera- necedor direto, por meio eletrônico,
-se empresa de distribuição aquela que fax símile, carta registrada ou qualquer
fornecer insumos e medicamentos às outro meio formalmente comprovável,
farmácias, drogarias e drugstores. a lista de medicamentos que tenham
seus prazos de validade vencidos a fim
§ 5º. Para efeito desta lei, considera-se de que sejam tomadas as medidas de-
indústria farmacêutica o fabricante de terminadas por esta lei.
medicamentos e insumos necessários
à sua manipulação. § 1º. No prazo máximo de 15 (quinze)
dias a contar do recebimento das in-
Art. 2º. Os medicamentos cujos pra- formações de que trata o “caput” deste
zos de validade venham a expirar em artigo, os fabricantes ou as empresas
poder das farmácias e das empresas de distribuição de medicamentos pro-
de distribuição de medicamentos serão videnciarão o recolhimento dos produ-
imediatamente recolhidos pelo forne- tos para a destinação legalmente apli-
cedor direto do medicamento (distri- cável a cada caso.
buidor ou indústria).
§ 2º. Os medicamentos serão devolvi-
Art. 3º. É assegurado às farmácias/ dos pelas farmácias/drogarias/drugs-
drogarias/drugstores e distribuidoras a tores ao seu fornecedor direto (distri-
substituição do medicamento vencido buidor ou industria de medicamentos)
recolhido, por parte do seu fabricante, mediante a emissão de nota fiscal de
ficando o custo a cargo único e exclusi- devolução, discriminados um a um,
vo da indústria farmacêutica. onde constará a relação dos medica-
mentos devolvidos, com protocolo de
Parágrafo único. exclui-se do caput recebimento, para posterior substitui-
desse artigo os medicamentos venci- ção ou ressarcimento.
dos que ultrapassarem o prazo de 60
(sessenta) dias do seu vencimento. § 3º. A substituição a que se refere o
artigo 3º pelas indústrias farmacêu-
Art. 4º. A substituição dos medica- ticas dos medicamentos cujos prazos
mentos vencidos, a cargo da indústria de validade expirem em poder das far-
farmacêutica, no caso das farmácias, mácias e das empresas de distribui-
drogarias e drugstores, ocorrerá atra- ção dar-se-á no prazo máximo de 15
vés de seus fornecedores diretos, es- (quinze) dias, a partir da notificação do
pecialmente as distribuidoras de me- detentor do estoque.
dicamentos, que serão responsáveis
solidários pela substituição ou ressar- § 4º. Caso o medicamento cuja de-
cimento dos medicamentos vencidos. volução seja devida não seja mais fa-
bricado, fica a indústria farmacêutica
Art. 5º. A destinação, substituição ou obrigada a restituir a farmácia/dro-
ressarcimento dos medicamentos ven- garia/drugstore ou ao distribuidor, as
cidos é obrigatória para todos os fabri- quantias pagas, monetariamente cor-
cantes de medicamentos, independen- rigidas.
te do seu domicílio.
Art. 7º. Considera-se antecipada-
Art. 6º. A partir do dia que expirar o mente vencido o medicamento cuja
prazo de validade dos medicamentos, posologia não possa ser inteiramente
as farmácias/drogarias/drugstores e efetivada no prazo de validade ainda
distribuídoras informarão ao seu for- remanescente.

133
Lei nº 17.051, de 23 de Janeiro de 2012
Art. 8º. A inobservância dos dispositi- devem acompanhar o medicamento
vos constantes na presente lei, sujeita- manipulado, observado o disposto no
rá os infratores as penalidades previs- parágrafo único do artigo 2º.
tas na Legislação Sanitária e Ambiental
vigentes. Art. 2º. Atendidas às especificações
impostas pela legislação federal, além
Art. 9º. A atividade que tenha por ob- das informações contidas na rotulagem
jetivo a destinação final dos medica- do medicamento, a bula magistral de
mentos vencidos ou fora de condições que trata o artigo anterior deverá con-
de uso, a ser exercida no território do ter, ainda, as seguintes informações ao
Estado do Paraná, deve ser submetida paciente consumidor, que devem ser
a prévia análise e licenciamento am- apresentadas de maneira clara, preci-
biental do Instituto Ambiental do Pa- sa, ostensiva e em língua portuguesa:
raná - IAP, de conformidade com as
normas ambientais vigente. I – Como devo usar este medicamen-
to?;
Art. 10º. A fiscalização da presente lei
fica a cargo dos órgãos que compõem II – Cuidados na gravidez;
o Sistema de Vigilância Estadual e Mu-
nicipal do Estado do Paraná. III – Cuidados na amamentação;

Art. 11º. Esta lei entrará em vigor na IV – Esqueci de usar medicamento, o


data de sua publicação, ficando revo- que devo fazer?;
gada a Lei nº 13.039/01.
V - O que fazer se for usada uma gran-
Palácio do Governo em Curitiba, em 18 de quantidade deste medicamento de
de dezembro de 2009. uma só vez?;
Roberto Requião
Governador do Estado VI – Reações indesejáveis;

Lei n° 17.051, VII – Onde, como e por quanto tempo


de 23 de Janeiro de 2012 posso guardar este medicamento?;

Estabelece a obrigatoriedade de as VIII – O que mais devo saber sobre


farmácias incluírem bula magistral este medicamento?.
em medicamentos manipulados.

Parágrafo único. Cabe ao órgão de


A Assembleia Legislativa do Estado do
Vigilância Sanitária da Secretaria de
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Estado da Saúde do Paraná, no prazo
guinte lei:
de 180 (cento e oitenta) dias, definir a
forma e o conteúdo das bulas magis-
Art. 1º. Esta Lei estabelece a obriga-
trais nos limites do que dispõe esta Lei.
toriedade de as farmácias incluírem
bula magistral em medicamentos ma-
Art. 3º. Além das especificações cons-
nipulados.
tantes do artigo anterior, a bula ma-
gistral deverá conter, no mínimo, as
Parágrafo único. Para os fins desta
seguintes frases de alerta:
Lei, considera-se “Bula Magistral” o
conjunto de orientações farmacêuticas
I - manter o medicamento em emba-
impressas, de forma separada, que
lagem original, fechado e guardado
134
Lei nº 17.051, de 23 de Janeiro de 2012
longe da luz, do calor e da umidade do profissional que indicou o medica-
excessivos; mento, nome do paciente, número de
registro da formulação no livro de re-
II - não guardar o medicamento em ceituário, data da manipulação, prazo
armários de banheiro ou perto de pias de validade, componente da formula-
e lavatórios, ou próximo a material de ção com as respectivas quantidades,
limpeza; número de unidades, peso ou volume
contido, posologia, nome e endereço
III - manter este medicamento sempre completo do estabelecimento, registro
fora do alcance de crianças e animais no Cadastro Nacional de Pessoa Ju-
domésticos; rídica – CNPJ, nome do farmacêutico
responsável técnico da farmácia com
IV - não usar medicamentos sem o respectivo número de inscrição jun-
orientação profissional; to ao Conselho Regional de Farmácia,
observada, ainda, a legislação federal
V - em caso de reações indesejáveis, sobre o tema.
suspender o uso do medicamento e
procurar orientação profissional; Art. 5º. Para os efeitos desta Lei consi-
dera-se que toda a farmácia deva estar
VI - não utilizar o medicamento com sob a responsabilidade técnica direta
data de validade vencida; de um profissional farmacêutico, le-
galmente habilitado, com responsabi-
VII - não é recomendado o uso de me- lidade pelas informações contidas nas
dicamentos durante a gravidez e lacta- bulas magistrais, no que lhe couber.
ção, sem orientação profissional;
Art. 6º. As farmácias de manipulação
VIII - não ingerir bebida alcoólica du- terão o prazo de 180 (cento e oitenta)
rante o tratamento; dias a contar da data da publicação da
regulamentação, prevista no parágrafo
IX - em caso de alteração da cor, chei- único do artigo 2º, para se adequarem
ro, consistência ou sabor, procure seu às disposições desta Lei.
farmacêutico para esclarecimentos;
Art. 7º. O descumprimento des-
X - nunca dê seu medicamento para ta Lei o infrator às penas cominadas
outra pessoa e vice-versa, apesar de nas Leis Federais nº 8.078/90 e nº
alguns sintomas serem parecidos, 6.437/77, bem como na Lei Estadual
o tipo de medicamento e a dose que nº 13.331/2001, que regulamentada
cada pessoa necessita podem ser di- pelo Decreto Estadual nº 5.711/2002,
ferentes; e demais legislações pertinentes.

XI - use seu medicamento corretamen- Art. 8º. Fica revogada a Lei nº 16.815,
te, conforme a indicação, a falha no de 20 de maio de 2011.
uso do medicamento poderá acarretar
problemas e pôr em risco a sua saúde; Art. 9º. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
XII - o uso deste medicamento com
outros medicamentos e alimentos deve Palácio do Governo em Curitiba, em 23
seguir orientação profissional. de janeiro de 2012.
Carlos Alberto Richa
Art. 4º. Todo o medicamento mani- Governador do Estado
pulado deve ser rotulado com: nome
135
Lei nº 17.390, de 10 de Dezembro de 2012

Lei nº 17.390, FILA EM BANCOS E


de 10 de Dezembro de 2012 SUPERMERCADOS
Torna obrigatória a colocação de car- Lei nº 13.400,
tazes nas farmácias e drogarias com
indicação dos hospitais, postos de de 21 de Dezembro de 2001
saúde e atendimentos emergenciais
mais próximos das respectivas far- Dispõe que as instituições bancárias
mácias. e outras especificadas, deverão pro-
videnciar medidas para efetivar, em
tempo razoável, atendimento a seus
A Assembleia Legislativa do Estado do usuários.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Art. 1º. Torna obrigatória a colocação guinte lei:
nas farmácias e drogarias de cartazes
contendo informações sobre os hospi- Art. 1º. Fica determinado que as ins-
tituições bancárias, financeiras e de
tais, postos de saúde e atendimentos
crédito, bem como os supermercados,
emergenciais mais próximos das res-
deverão colocar a disposição dos seus
pectivas farmácias.
usuários, pessoal suficiente e neces-
sário, no setor de caixa, para que o
§ 1º. Os cartazes deverão conter:
atendimento seja efetivado em tempo
nome dos hospitais, postos de saúde e
razoável.
atendimentos de emergência, com os
respectivos endereços e telefones. § 1º. Entende-se atendimento em
tempo razoável, como mencionado no
§ 2º. Os cartazes deverão ser afixados “caput”, o prazo máximo de 20 (vin-
nas farmácias e drogarias em locais te) minutos em dias normais e de 30
bem visíveis. (trinta) minutos em véspera ou após
feriados prolongados.
Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação. § 2º. Os prestadores de serviços indi-
cados no “caput” deste artigo deverão
Palácio do Governo, em 10 de dezem- informar aos consumidores, em cartaz
bro de 2012. fixado na sua entrada, a escala de tra-
Carlos Alberto Richa balho no setor de caixas colocados à
Governador do Estado disposição.

Michele Caputo Neto § 3º. O cartaz mencionado no parágra-


Secretário de Estado da Saúde fo anterior deverá respeitar os diâme-
tros de 50 cm de comprimento por 30
Luiz Eduardo Sebastiani cm de altura e conter, ainda, informa-
Chefe da Casa Civil ções aos clientes sobre o prazo para
atendimento previsto no § 1º deste ar-
Cantora Mara Lima tigo. (Nova redação dada pela Lei nº
Deputada Estadual 17.798, de 05/03/13).

§ 4º. A quantidade de cartazes deverá


obedecer ao seguinte critério: (Nova
136
Lei nº 13.400, de 21 de Dezembro de 2001
redação dada pela Lei nº 17.798, de direito público que impuser a sanção,
05/03/13). bem como a inclusão no cadastro de
reclamações fundamentadas. (Nova
I – ao menos quatro para estabeleci- redação dada pela Lei nº 14.956, de
mentos que possuam mais de 4.000 19/12/05).
m²; (Nova redação dada pela Lei nº
17.798, de 05/03/13). I - a multa será em montante não
inferior a duzentas e não superior a
II – ao menos dois para aqueles que três milhões de vezes o valor da Uni-
possuam entre 1.000 m² e 3.000 m². dade Fiscal de Referência (UFIR’s),
(Nova redação dada pela Lei nº 17.798, ou índice equivalente que venha
de 05/03/13). substituí-lo; (Nova redação dada
pela Lei nº 14.956, de 19/12/05).
Art. 2º. O atendimento preferencial
e exclusivo dos caixas destinados aos II - a inclusão no cadastro de recla-
maiores de 60 (sessenta) anos, ges- mações fundamentadas e o processo
tantes, pessoas portadoras de defici- administrativo de que trata o caput
ência física e pessoas com crianças no deverão seguir as normas previstas no
colo, será realizado através de senha Decreto nº 2181/97 e na Lei nº 8.078,
numérica e oferta de, no mínimo, 15 de 11/09/90.
(quinze) assentos com encosto. (Nova
redação dada pela Lei nº 14.956, de Art. 5º. As denúncias dos usuários dos
19/12/05). serviços abrangidos por esta lei deve-
rão ser encaminhadas ao PROCON-PR,
Parágrafo único. O atendimento a que é o órgão encarregado da fiscaliza-
todos os usuários bancários deverá ção e da punição dos infratores.
ser realizado mediante o sistema de
uso de senha numérica, a qual deve- Parágrafo único. O Poder Executivo
rá indicar, obrigatoriamente, a data do disponibilizará meios eficazes para o
atendimento, bem como o horário de recebimento das denúncias e sua ave-
chegada do cliente na agência. (Inclu- riguação e controle.
ído pela Lei nº 14.956, de 19/12/05).
Art. 6º. As instituições bancárias, de
Art. 3º. Na prestação de serviços financiamento e de crédito, bem como
oriundos da celebração de convênios, os supermercados, terão o prazo má-
não poderá haver discriminação entre ximo de 90 (noventa) dias, a contar
clientes e não clientes, nem serem es- da data da publicação desta lei, para
tabelecidos, nas dependências, local e adaptarem-se as suas disposições.
horário de atendimento diversos da-
queles previstos para as demais ativi- Art. 7º. Esta Lei entrará em vigor na
dades. data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Art. 4º. O não cumprimento dos dis-
positivos desta lei sujeitará o infrator Palácio do Governo em Curitiba, em 21
a pena de multa, graduada de acordo de dezembro de 2001.
com a gravidade da infração, a vanta-
gem auferida e a condição econômica Jaime Lerner
do fornecedor, aplicada mediante pro- Governador do Estado
cesso administrativo, revertendo para
o fundo pertinente à pessoa jurídica de
137
Lei nº 14.975, de 28 de Dezembro de 2005
II – das condenações judiciais de que
FUNDO ESTADUAL DE tratam os arts. 11 e 13 da Lei Federal
nº 7.347, de 24 de julho de 1985;
DEFESA DO CONSUMIDOR
III – das multas e indenizações decor-
Lei nº 14.975, rentes da aplicação da Lei Federal nº
de 28 de Dezembro de 2005 7.853, de 24 de outubro de 1989, des-
de que não destinadas à reparação de
Cria o Fundo Estadual de Defesa do danos e interesses individuais;
Consumidor – FECON, conforme es-
pecifica e adota outras providências. IV – das condenações judiciais de que
trata o § 2º, do art. 2º, da Lei Federal
A Assembléia Legislativa do Estado do nº 7.913, de 07 de dezembro de 1989;
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: V – de multas provenientes do des-
cumprimento de obrigação assumida
Art. 1º. Fica criado, no âmbito de atu- em compromisso de ajustamento de
conduta, firmado perante órgãos pú-
ação da Secretaria de Estado da Jus-
blicos legitimados do Estado;
tiça e da Cidadania – SEJU, o Fundo
Estadual de Defesa do Consumidor – VI – dos valores de indenizações de
FECON, previsto no art. 57 e parágrafo que trata o art. 100, parágrafo único,
único da Lei Federal nº 8.078, de 11 da Lei Federal nº 8.078, de 11 de se-
de setembro de 1990 e no Decreto nº tembro de 1990;
2.181, de 20 de março de 1997, com
aplicação no âmbito do território do VII – dos rendimentos auferidos com
Estado do Paraná. a aplicação dos recursos deste Fundo;

Parágrafo único. São equivalentes VIII – de outras receitas que vierem a


para fins desta lei as expressões Fun- ser destinadas ao FECON;
do Estadual de Defesa do Consumidor,
IX – de doações de pessoas físicas ou
Fundo do Consumidor e a sigla FECON.
jurídicas, públicas ou privadas, nacio-
nais ou estrangeiras;
Art. 2º. O FECON, instrumento de na-
tureza contábil com escrituração pró- X – de recursos oriundos de convênios
pria, tem por finalidade concentrar re- firmados com órgãos e entidades de
cursos destinados ao financiamento de direito público e privado, nacionais ou
planos, programas ou projetos que ob- estrangeiras;
jetivem a informação, orientação, pro-
teção, defesa e/ou reparação de danos XI – da transferência do Fundo Fede-
causados ao consumidor. ral de Defesa de Direitos Difusos e dos
Fundos Municipais de Defesa do Con-
Art. 3º. Constituem recursos do FE- sumidor, no Estado do Paraná;
CON o produto da arrecadação, quando
XII – de recursos através de taxas des-
proveniente de relação de consumo: tinadas para este fim; e
I – dos valores destinados ao Esta- XIII – do saldo financeiro de exercícios
do em virtude da aplicação de multas anteriores.
previstas no art. 56, inciso I e no art.
57, parágrafo único da Lei Federal nº § 1º. Os recursos a que se refere este
8.078, de 11 de setembro de 1990; artigo, serão depositados em institui-
ção financeira credenciada pelo Esta-
138
Lei nº 14.975, de 28 de Dezembro de 2005
do, em conta específica para tal fim, cadados com a aplicação de multa, a
que será movimentada pelo titular da que se refere o inciso I do art. 56 e
SEJU em conjunto com o dirigente do o caput do art. 57 da Lei Federal nº
PROCON-PR, na qualidade, respectiva- 8.078/90, dar-se-á conforme o critério
mente, de Presidente e Secretário Exe- abaixo, com fundamento nos arts. 29 e
cutivo do Conselho Gestor do Fundo, 32 do Decreto Federal nº 2.181, de 20
criado pelo art. 6º desta lei. de março de 1997:

§ 2º. É autorizada a aplicação das dis- I – 100% (cem por cento) para o Fun-
ponibilidades do Fundo em operações do Estadual de Defesa do Consumidor,
ativas, de modo a preservá-las contra sempre que as multas forem aplica-
eventual perda do poder aquisitivo da das pelo PROCON-PR, exceto quando
moeda. existir o Fundo Municipal de Defesa do
Consumidor onde ocorrer o fato gera-
Art. 4º. Os recursos arrecadados pelo dor; ou
Fundo estadual de Defesa do Consumi-
dor – FECON, após aprovação pelo seu II – 100% (cento por cento) ao mu-
Conselho Gestor, serão aplicados: nicípio onde ocorrer o fato gerador da
infração, revertido para o Fundo Muni-
I – na defesa dos direitos básicos do cipal de Defesa do Consumidor, cons-
consumidor; tituído por Lei Municipal e gerido pelo
respectivo Conselho Gestor.
II – na promoção de eventos educati-
vos e edição de material informativo; § 3º. Na hipótese de multa aplicada
pelo PROCON-PR a uma empresa que
III – na modernização administrati- estiver sendo acionada em mais de um
va dos órgãos públicos integrantes do município do Estado, pelo mesmo fato
Sistema Estadual de Defesa do Consu- gerador de prática de infração ao apli-
midor, responsáveis pela execução das cativo da lei, e cujos processos tenham
políticas relativas à área; sido remetidos pelos PROCONs munici-
pais ao PROCON estadual, o Conselho
IV – na aquisição de material perma- Estadual Gestor do FECON restituirá
nente ou de consumo e na estrutura- aos Fundos dos municípios envolvidos
ção e instrumentalização da Coordena- o percentual de até 80% (oitenta por
doria Estadual de Proteção e Defesa do cento) do valor arrecadado, nos mol-
Consumidor – PROCON-PR, objetivan- des do que dispõe o Decreto Federal
do a melhoria dos serviços prestados nº 2.181/97.
aos consumidores e aos órgãos por ele
coordenados; e Art. 5º. Os valores arrecadados nas
condenações judiciais, bem como com
V – na reconstituição de bens lesados, a aplicação das multas, de que tra-
desde que tenham sido depositados tam os arts. 11 e 13 da Lei Federal nº
recursos provenientes de condenações 7.347, de 24 de julho de 1985, serão
judiciais, a que se refere o art. 13, da destinados e assegurados com priori-
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985. dade, aos órgãos oficiais legitimados
do Estado que promoveram a ação ou
§ 1º. Os recursos provenientes das aplicaram a multa.
condenações de indenização, a que se
refere o art. 13, da Lei nº 7.347/85, Art. 6º. Fica criado, no âmbito de atu-
somente poderão ter outra destinação ação da Secretaria de Estado da Justi-
quando da impossibilidade de reconsti- ça e da Cidadania – SEJU, o Conselho
tuição dos bens lesados. Gestor do Fundo Estadual de Defesa
do Consumidor – CONFECON, ao qual
§ 2º. A destinação dos valores arre- compete:
139
Decreto nº 1.308, de 15 de Agosto de 2007
I – zelar pela utilização dos recursos do Art. 9º. Os valores depositados na
FECON, na consecução das metas pre- conta DAC 4012/14784 – do Banco
vistas nas Leis Federais nºs 8.078/90 Itaú S/A, de titularidade do FEID, e que
e nº 7.347/85, bem como no Decreto foram depositados a título de multas
Federal nº 2.181/97; aplicadas pelo PROCON-PR, em razão
do disposto no art. 57 da Lei Federal nº
II – aprovar e firmar convênios e con- 8.078/90, regulamentada pelo Decreto
tratos objetivando atender às finalida- Federal nº 2.181/97, ficam transferi-
des do Fundo do Consumidor; das para o FECON.

III – examinar e aprovar planos, pro- Art. 10º. O Chefe do Poder Executivo
gramas e projetos, de forma a dar aprovará por Decreto a regulamenta-
atendimento ao estabelecido no art. 4º ção do Fundo estadual de Defesa do
desta lei; Consumidor – FECON, no prazo de 90
(noventa) dias a contar da publicação
IV – promover atividades e eventos desta lei.
que contribuam para a informação,
orientação, proteção, defesa e/ou re- Art. 11º. Esta Lei entrará em vigor na
paração de danos causados ao consu- data de sua publicação.
midor, bem como à ordem econômica e
a outros interesses difusos e coletivos; Art. 12º. Revogam-se as disposições
em contrário.
V – prestar contas aos órgãos compe-
tentes, na forma da lei. Palácio do Governo em Curitiba, em 28
de dezembro de 2005.
Art. 7º. A composição do CONFECON Roberto Requião
será estabelecida por ato do Chefe do Governador do Estado
Poder Executivo Estadual e o seu fun-
cionamento será disciplinado em Regi- Decreto nº 1.308,
mento Interno a ser aprovado por ato de 15 de Agosto de 2007
próprio do CONFECON.
Aprovado o Regulamento do Fundo
§ 1º. O CONFECON será presidido Estadual de Defesa do Consumidor -
FECON.
pelo titular da Secretaria de Estado da
Justiça e da Cidadania, e o dirigente
do PROCON-PR integrará o colegiado O Governador do Estado do Paraná, no
como seu Secretário Executivo. uso das atribuições que lhe confere o
art. 87, incisos V e VI, da Constituição
§ 2º. A participação do CONFECON é Estadual e tendo em vista o disposto
considerada serviço público relevan- na Lei Estadual nº 14.975, de 28 de
te, sendo vedada sua remuneração a dezembro de 2005.
qualquer título.
Decreta:
Art. 8º. Da aplicação dos recursos do
Fundo Estadual de Defesa do Consu- Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento
midor será realizada a prestação de do Fundo Estadual de Defesa do Con-
contas aos órgãos competentes, nos sumidor – FECON, na forma do Anexo
prazos e na forma da legislação per- que integra o presente Decreto.
tinente.

140
Decreto nº 1.308, de 15 de Agosto de 2007
Art. 2º. Este Decreto entrará em vigor CAPÍTULO II
na data de sua publicação. Dos Recursos e da Aplicação do FECON

Art. 3º. Revogam-se as disposições Art. 2º. Constituem-se recursos do


em contrário. FECON o produto da arrecadação,
quando proveniente de relação de con-
Curitiba, em 15 de agosto de 2007, sumo:
186º da Independência e 119º da Re-
pública. I - dos valores destinados ao Estado
em virtude da aplicação de multas
Roberto Requião, previstas no art. 56, inciso I e no art.
Governador do Estado 57, Parágrafo único da Lei Federal nº
8.078, de 11 de setembro de 1990;
Anexo a que se Refere o
Decreto nº 1.308/2007 II - das condenações judiciais de que
tratam os arts. 11 e 13 da Lei Federal
Fundo Estadual de Defesa do nº 7.347, de 24 de julho de 1985;
Consumidor - FECON
III - das multas e indenizações decor-
CAPÍTULO I rentes da aplicação da Lei Federal nº
Da Caracterização e dos 7.853, de 24 de outubro de 1989, des-
Objetivos do FECON de que não destinadas à reparação de
danos e interesses individuais;
Art. 1º. O Fundo Estadual de Defesa IV - das condenações judiciais de que
do Consumidor - FECON criado pela trata o § 2º, do art. 2º, da Lei Federal
Lei Estadual nº 14.975, de 28 de de- nº 7.913, de 07 de dezembro de 1989;
zembro de 2.005, com base no art.
57 e Parágrafo único da Lei Federal nº V - de multas provenientes do descum-
8.078, de 11 de setembro de 1.990 e primento de obrigação assumida em
no Decreto Federal nº 2.181, de 20 de compromisso de ajustamento de con-
março de 1997, é instrumento de na- duta, firmado perante órgãos públicos
tureza contábil, tendo por finalidade a legitimados do Estado;
concentração de recursos destinados
ao financiamento de planos, progra- VI - dos valores de indenizações de
mas ou projetos que objetivem a infor- que trata o art. 100, Parágrafo único,
mação, orientação, proteção, defesa da Lei Federal nº 8.078, de 11 de se-
e/ou reparação de danos causados ao tembro de 1990;
consumidor.
VII - dos rendimentos auferidos com a
Parágrafo único. São equivalentes aplicação dos recursos do FECON;
para fins deste regulamento, nos ter-
mos do Parágrafo único do art. 1º da VIII - de outras receitas que vierem a
Lei nº 14.975, de 28 de dezembro de ser destinadas ao FECON;
2005, as expressões Fundo Estadual
de Defesa do Consumidor, Fundo do IX - de doações de pessoas físicas ou
Consumidor e a sigla FECON. jurídicas, públicas ou privadas, nacio-
nais ou estrangeiras;

141
Decreto nº 1.308, de 15 de Agosto de 2007
X - de recursos oriundos de convênios IV – na aquisição de material perma-
firmados com órgãos e entidades de nente ou de consumo e na estrutura-
direito público e privado, nacionais ou ção e instrumentalização da Coordena-
estrangeiras; doria Estadual de Proteção e Defesa do
Consumidor – PROCON-PR, objetivan-
XI - da transferência do Fundo Fede- do a melhoria dos serviços prestados
ral de Defesa de Direitos Difusos e dos aos consumidores e aos órgãos por ele
Fundos Municipais de Defesa do Con- coordenados;
sumidor, no Estado do Paraná;
V – na reconstituição de bens lesados,
XII - de recursos através de taxas des- desde que tenham sido depositados
tinadas para este fim; e recursos provenientes de condena-
ções judiciais, a que se refere o art.
XIII - do saldo financeiro de exercícios 13, da Lei nº 7.347, de 24 de julho de
anteriores. 1985.

§ 1º. Os recursos a que se refere § 1º. Os recursos provenientes das


este artigo serão depositados em insti- condenações de indenização, a que se
tuição financeira credenciada pelo Es- refere o art. 13, da Lei nº 7.347/85,
tado, em conta específica para tal fim, somente poderão ter outra destinação
que será movimentada pelo titular da quando da impossibilidade de reconsti-
SEJU em conjunto com o dirigente do tuição dos bens lesados.
PROCON-PR, na qualidade, respectiva-
mente, de Presidente e de Secretário § 2º. A destinação dos valores arre-
Executivo do Conselho Gestor do Fun- cadados com a aplicação de multa, a
do Estadual de Defesa do Consumidor que se refere o inciso I do art. 56 e
CONFECON, criado pelo art. 6º, da o caput do art. 57 da Lei Federal nº
Lei nº 14.975, de 28 de dezembro de 8.078/90, dar-se-á conforme estabe-
2005. lecido no art. 29 caput e no art. 32 do
Decreto Federal nº 2.181, de 20 de
§ 2º. É autorizada a aplicação das março de 1997.
disponibilidades do FECON em opera-
ções ativas, de modo a preservá-las § 3º. Na hipótese de multa aplicada
contra eventual perda do poder aquisi- pelo PROCON-PR a uma empresa que
tivo da moeda. estiver sendo acionada em mais de um
município do Estado, pelo mesmo fato
Art. 3º. Os recursos arrecadados pelo gerador de prática de infração ao apli-
FECON, após aprovação pelo seu Con- cativo da lei, em cujos processos te-
selho Gestor, serão aplicados: nham sido remetidos pelos PROCON’s
municipais ao PROCON estadual, o
I – na defesa dos direitos básicos do
Conselho Gestor do FECON restituirá
consumidor;
aos Fundos dos municípios envolvidos
II – na promoção de eventos educati- o percentual de até 80% (oitenta por
vos e edição de material informativo; cento) do valor arrecadado, nos mol-
des do que estabelece o Decreto Fede-
III – na modernização administrati- ral nº 2.181/97.
va dos órgãos públicos integrantes do
Sistema Estadual de Defesa do Consu- § 4º. Os gastos e repasses de recur-
midor, responsáveis pela execução das sos do FECON só poderão ser efetiva-
políticas relativas à área; dos após a aprovação de projetos pelo
142
Decreto nº 1.308, de 15 de Agosto de 2007
CONFECON, na forma do disposto no III – examinar e aprovar planos, pro-
seu Regimento Interno. gramas e projetos, de forma a dar
atendimento ao estabelecido no art. 4º
Art. 4º. Os valores arrecadados nas da Lei nº 14.975, de 28 de dezembro
condenações judiciais, bem como com de 2005 e neste Decreto;
a aplicação das multas, de que tra-
tam os arts. 11 e 13 da Lei Federal nº IV – promover atividades e eventos que
7.347, de 24 de julho de 1985, serão contribuam para a informação, orien-
destinados e assegurados, com priori- tação, proteção, defesa e/ou repara-
dade, aos órgãos oficiais legitimados ção de danos causados ao consumidor,
do Estado, que promoveram a ação ou bem como à ordem econômica e a ou-
aplicaram a multa. tros interesses difusos e coletivos; e

Art. 5º. Da aplicação dos recursos do V – prestar contas aos órgãos compe-
Fundo Estadual de Defesa do Consu- tentes, na forma da lei.
midor será realizada a prestação de
contas aos órgãos competentes, nos Art. 8º. O CONFECON é composto pe-
prazos e na forma da legislação per- los seguintes membros:
tinente.
I – o Secretário de Estado da Justiça
Art. 6º. Os valores depositados na e da Cidadania, na qualidade de Pre-
conta DAC 4012/14784 – do Banco sidente;
Itaú S/A, de titularidade do FEID, e que
II – o Titular do PROCON-PR, acumu-
foram depositados a título de multas
lando a função de Secretário Executi-
aplicadas pelo PROCON-PR, em razão
vo;
do disposto no art. 57 da Lei Federal nº
8.078/90, regulamentada pelo Decreto
III – um representante do Ministério
Federal nº 2.181/97, ficam transferi-
Público do Estado do Paraná, da Pro-
das para o FECON.
motoria de Justiça de Defesa do Con-
sumidor;
CAPÍTULO III
Da Administração do FECON IV – (2) dois representantes de enti-
dades não governamentais, sem fins
Art. 7º. O Fundo Estadual de Defesa lucrativos, legalmente constituídas há
do Consumidor - FECON será gerido mais de 2 (dois) anos e em plena ati-
pelo Conselho Gestor do Fundo Esta- vidade, que tenham dentre seus obje-
dual de Defesa do Consumidor – CON- tivos a orientação, educação, proteção
FECON, a quem compete: e/ou defesa do consumidor, com repre-
sentação e atuação no âmbito do Esta-
I – zelar pela utilização dos recursos do do do Paraná e cuja idoneidade possa
FECON, na consecução das metas pre- ser atestada por sua história e prática
vistas nas Leis Federais nº 8.078/90 institucional;
e nº 7.347/85, bem como no Decreto
Federal nº 2.181/97; V – um representante da Comissão de
Defesa do Consumidor da Ordem dos
II – aprovar e firmar convênios e con- Advogados do Brasil, Seção Paraná.
tratos objetivando atender às finalida-
des do Fundo Estadual de Defesa do § 1º. As entidades, a que se refere o
Consumidor; inciso IV deste artigo serão convidadas
e indicadas pelo Secretário de Estado
143
Decreto nº 1.308, de 15 de Agosto de 2007
da Justiça e da Cidadania para um pri- Art. 10º. As deliberações do CONFE-
meiro mandato de dois anos, permitida CON deverão ser aprovadas pela maio-
a recondução. ria dos membros do colegiado.

§ 2º. Para poderem participar de ou- Parágrafo único. Caberá ao Presiden-


tros mandatos as entidades, a que se te do CONFECON o voto de desempate.
refere o inciso IV, deverão estar devi-
damente inscritas no Cadastro de Enti-
CAPÍTULO IV
dades Não-Governamentais de Defesa
do Consumidor – CEDC, regulamenta- Das Disposições Finais
do e mantido pelo PROCON-PR.
Art. 11º. Fica o Conselho Estadual
§ 3º. Os representantes das institui- Gestor do FECON autorizado a firmar
ções a que se referem os incisos III e convênios com os Municípios que não
V deste artigo serão indicados pelos tiverem seus respectivos Fundos de
respectivos titulares e nomeados pelo Proteção ao Consumidor, na forma da
Secretário de Estado da Justiça e da Lei.
Cidadania para um mandato de dois
anos, permitida a recondução. Art. 12º. O CONFECON, mediante en-
tendimento a ser mantido com os ór-
§ 4º. Os representantes do CONFE- gãos e entidades legitimados pelo art.
CON, a que se referem os incisos III 5º da Lei nº 7.347/85, será informado
a V deste artigo, deverão contar com sobre a propositura de toda a ação civil
seus respectivos suplentes, que os pública, da existência de depósito judi-
substituirão em suas ausências e im- cial, de sua natureza e do trânsito em
pedimentos legais. julgado da decisão.

§ 5º. O presidente do CONFECON será Art. 13º. A Secretaria de Estado da


substituído em suas ausências e impe- Justiça e da Cidadania prestará ao
dimentos pelo Diretor Geral da Secre- Conselho Estadual Gestor do FECON o
taria de Estado da Justiça e da Cidada- necessário apoio técnico-administrati-
nia – SEJU. vo para o seu pleno funcionamento.

§ 6º. O suplente do titular do PRO- Art. 14º. Os bens móveis e imóveis


CON-PR será por este indicado. adquiridos com recursos do FECON se-
rão incorporados ao patrimônio público
§ 7º. A função de membro do CONFE- estadual, patrimoniado aos órgãos ou
CON não será remunerada a qualquer entidades desta administração públi-
título, sendo considerada como rele- ca responsáveis pelas atividades de
vante serviço prestado ao Estado. que trata o art. 1º deste Regulamen-
to, como dispuser o Conselho Estadual
§ 8º. Os critérios de reunião e de con- Gestor do FECON.
vocação do CONFECON serão definidos
em seu Regimento Interno. Art. 15º. O CONFECON estabelecerá
sua forma de funcionamento por meio
Art. 9º. Os membros do CONFECON a
de Regimento Interno, que será elabo-
que se referem os inciso III a V que
rado dentro de 60 dias a partir de sua
faltarem a duas reuniões de forma in-
instalação, a ser aprovado por ato pró-
justificada ou a três justificadamente,
prio do CONFECON.
no período de um ano, perderão seus
mandatos, devendo ser substituídos.
144
Lei nº 12.978, de 24 de Novembro de 2000
Art. 16º. Os recursos destinados ao Art. 3º. Expirando o prazo do financia-
FECON provenientes de condenações mento e restando saldo devedor, este
judiciais deverão receber identificação poderá ser refinanciado pelo agente fi-
contábil própria, a ser disciplinada pelo nanceiro, respeitadas as condições es-
Regimento Interno do CONFECON, de tipuladas nos artigos precedentes.
modo a possibilitar a concretização do
disposto no inciso V do art. 3º deste Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
Regulamento. data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Palácio do Governo em Curitiba, em 24


HABITAÇÃO de novembro de 2000.
Jaime Lerner
Lei nº 12.978, Governador do Estado
de 24 de Novembro de 2000
Lei nº 18.007,
Dispõe sobre o não comprometimento
de mais de 20% da renda do mutuá- de 07 de Abril de 2014
rio em novos contratos habitacionais,
através da Companhia de Habitação Destina às mulheres vítimas de vio-
do Paraná – COHAPAR e das COHABs, lência doméstica, que atendam aos
conforme especifica. requisitos que especifica, quatro por
cento das unidades de programas de
loteamentos sociais e de habitação
A Assembléia Legislativa do Estado do
popular.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
Art. 1º. Para formalização de novos
termos do § 7º do artigo 71 da Consti-
contratos habitacionais custeados ex-
clusivamente com recursos estaduais, tuição Estadual, os seguintes dispositi-
através da COHAPAR e das COHABs, vos do Projeto de Lei nº 6/2013:
fica o Poder Executivo autorizado a não
comprometer mais de 20% (vinte por Art. 1º. Todos os programas de lotea-
cento), da renda familiar do mutuário. mentos sociais e de habitação popular
do Estado do Paraná deverão designar
Parágrafo único. Em se tratando de no mínimo quatro por cento de suas
mutuários aposentados, o percentual unidades para as mulheres vítimas de
despendido com encargos não compro- violência doméstica que preencham os
meterá mais de 20% (vinte por cento) demais requisitos estabelecidos para
dos proventos de inatividade. concessão pelos órgãos competentes.

Art. 2º. Para os efeitos desta lei, o en- § 1º. Para os efeitos desta Lei são con-
cargo mensal não poderá ser inferior a sideradas mulheres vítimas de violên-
20% (vinte por cento) do salário mí- cia doméstica aquelas que se enqua-
nimo compreendidos neste percentual dram nas hipóteses elencadas na Lei
a parcela de amortização destinada ao Federal nº 11.340, de 7 de agosto de
resgate do financiamento concedido e 2006 (Lei Maria da Penha).
os juros devidos, excluídos os valores
correspondentes aos seguros estipula-
Art. 2º. A comprovação da condição
dos em contrato.
estabelecida no art. 1º desta legislação
far-se-á mediante:
145
Lei nº 13.424, de 07 de Janeiro de 2002
I - a apresentação do competente Bo-
letim de Ocorrência, expedido pelo IDOSO
Distrito Policial;
Lei nº 13.424,
II - havendo ação penal instaurada em de 07 de Janeiro de 2002
face do agressor, deverá ser apresen-
tada a competente certidão, emitida Garante o processamento preferencial
aos procedimentos administrativos
pelo Poder Judiciário; que tramitam junto a qualquer dos
Poderes do Estado, nos quais figure
como parte pessoa idosa.
III - relatório elaborado por assistente
social; A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
IV - comprovação de tramitação do in- guinte lei:
quérito policial instaurado ou certidão
de tramitação de ação penal instaura- Art. 1º. Fica garantido o processa-
mento preferencial aos procedimentos
da.
administrativos que tramitam junto a
qualquer dos Poderes do Estado, nos
§ 1º. A documentação exigida nesta le- quais figure como parte pessoa idosa.
gislação deverá ser entregue no ato da
inscrição da mulher vítima de violência Parágrafo único. Para efeito desta
doméstica no programa de loteamento lei, considera-se idosa a pessoa a par-
social e/ou de habitação popular. tir de 65 (sessenta e cinco) anos de
idade.
Art. 3º. Não fará jus aos benefícios Art. 2º. O benefício desta lei será apli-
previstos nesta legislação a mulher cado independente de requerimento
que se utilizar do direito de renunciar a da parte interessada.
representação, conforme estabelecido
no art. 16 da Lei Federal nº 11.340, Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na
de 2006. data de sua publicação.

Palácio do Governo em Curitiba, em 07


Art. 4º. A presente Lei será regula- de janeiro de 2002.
mentada pelo Poder Executivo no pra- Jaime Lerner
zo de sessenta dias contados da data Governador do Estado
da sua publicação.
Lei nº 13.455,
Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na de 11 de Janeiro de 2002
data de sua publicação. Dispõe sobre isenção do pagamento
de taxa para confecção de segunda
Palácio Dezenove de Dezembro, em 7 via de documentos de pessoas ido-
sas, que tenham sido roubados ou
de abril de 2014. furtados.

Deputado VALDIR ROSSONI A Assembléia Legislativa do Estado do


Presidente Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:

Art. 1º. A pessoa idosa cujos docu-


mentos tenham sido roubados ou fur-
tados fica isenta do pagamento de taxa
146
Lei nº 14.193, de 05 de Novembro de 2003
para a confecção da segunda via. gãos públicos e pelos estabelecimentos
comerciais em geral, tais como, hos-
§ 1°. Considera-se idosa, para efeito pitais, postos de saúde, repartições
desta lei, a pessoa com mais de ses- nas áreas de educação, energia, habi-
senta e cinco anos de idade. tação, saneamento, saúde, comunica-
ção, farmácias, restaurantes, cinemas,
§ 2°. Será cobrado das pessoas que livrarias, teatros, estádios de futebol,
não se encontrem na situação previs- tratamento prioritário no atendimento
ta no § 1º deste artigo, pela emissão e na consecução de todas as diligên-
da segunda via da cédula de identida- cias ou atos que se fizerem necessários
de roubada ou furtada, o mesmo valor para a observância de seus legítimos
cobrado pela emissão da primeira via. interesses.

Art. 2º. A concessão do benefício de Parágrafo único. O interessado na


que trata esta lei condiciona-se: obtenção do benefício previsto nesta
lei deverá requerê-lo de forma escrita
I - a apresentação de documento que ou verbal ao responsável ou atendente
comprove a idade de sessenta e cinco respectivo, comprovando desde logo,
anos (certidão de nascimento ou casa- com documento hábil, que possui ida-
mento); de igual ou superior a 60 (sessenta)
anos.
II - a apresentação de cópia da ocor-
rência policial, autenticada pela autori- Art. 2º. (Vetado).
dade que a emitiu, contendo o registro
dos documentos roubados ou furtados; Art. 3º. Serão afixados nas sedes dos
órgãos públicos e dos estabelecimen-
III - a requisição da segunda via de do- tos comerciais em geral, informativos
cumento no prazo de 30 (trinta) dias que destaquem benefício estabelecido
contados do registro policial do roubo nesta lei.
ou do furto.
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário. Palácio do Governo em Curitiba, em 05
de novembro de 2003.
Palácio do Governo em Curitiba, em 11 Roberto Requião
de janeiro de 2002. Governador do Estado
Jaime Lerner
Governador do Estado
Lei nº 15.138,
de 31 de Maio de 2006
Lei nº 14.193,
de 05 de Novembro de 2003 Assegura prioridade na tramitação
dos processos e procedimentos admi-
Dispõe sobre atendimento prioritário nistrativos e na execução dos atos e
às pessoas com idade igual ou supe- diligencias em que figure pessoa com
rior a 60 anos, conforme especifica. idade igual ou superior a 60 anos.

A Assembléia Legislativa do Estado do A Assembléia Legislativa do Estado do


Paraná decretou e eu sanciono a se- Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: guinte lei:

Art. 1º. As pessoas físicas com idade Art. 1°. É assegurada prioridade na
igual ou superior a 60 (sessenta) anos tramitação dos processos e procedi-
perceberão, dos responsáveis pelos ór- mentos administrativos e na execução
147
Lei nº 16.397, de 10 de Fevereiro de 2010
dos atos e diligências em que figure Lei n° 16.397,
como requerente ou interveniente pes- de 10 de Fevereiro de 2010
soa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, em qualquer instân- Dispõe que serão destinados prefe-
rencialmente às pessoas com idade
cia.
igual ou superior a 60 anos, às pesso-
as portadoras de deficiência ou com
Art. 2°. O interessado na obtenção da mobilidade reduzida, às gestantes e
prioridade prevista no artigo anterior, lactantes e às pessoas acompanhadas
por crianças de colo 10% dos assen-
fazendo prova de sua idade, requererá tos nas áreas de embarque e desem-
o beneficio à autoridade competente barque dos terminais rodoviários lo-
para decidir o feito, que determinará calizados no Estado.
as providências a serem cumpridas.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
§ 1°. Os autos dos processos e diligên-
guinte lei:
cias tratados por esta lei serão identifi-
cados com etiquetas afixadas na capa, Art. 1º. Serão destinados preferen-
de cor avermelhada, nas quais cons- cialmente às pessoas com idade igual
tará a seguinte frase : “Prioridade na ou superior a 60 anos, às pessoas por-
tramitação. Processo de interesse de tadoras de deficiência ou com mobili-
idoso”. dade reduzida, às gestantes e lactan-
tes e às pessoas acompanhadas por
§ 2°. A prova da idade será realizada crianças de colo 10% (dez por cento)
dos assentos nas áreas de embarque
mediante a juntada de cópia simples
e desembarque dos terminais rodoviá-
de qualquer documento de identifica- rios localizados no Estado.
ção expedido por órgão oficial.
§ 1º. Considera-se pessoa portadora
Art. 3°. A prioridade não cessará com de deficiência aquela que se enquadra
a morte do beneficiado, estendendo-se nas condições previstas na Legislação
em favor do cônjuge supérstite, com- Estadual.
panheiro ou companheira, com união
§ 2º. Considera-se pessoa com mo-
estável, desde que também seja maior
bilidade reduzida aquela que, não se
de 60 (sessenta) anos. enquadrando no conceito de pessoa
com deficiência estabelecido pela Le-
Art. 4°. Para o atendimento prioritário gislação Estadual, tenha, por qualquer
será garantido ao idoso o fácil acesso motivo, dificuldade de movimentar-se,
aos assentos e postos de atendimentos permanente ou temporariamente, ge-
de sua necessidade, identificados com rando redução efetiva da mobilidade,
a destinação a idosos em local visível e flexibilidade, coordenação motora e
caracteres legíveis. percepção.

Art. 2º. Os assentos de que trata o ar-


Art. 5°. Esta lei entra em vigor na data tigo 1° terão identificação específica,
de sua publicação. que informe a sua destinação.

Palácio do Governo em Curitiba, em 31 Art. 3º. Esta lei entrará em vigor na


de maio de 2006. data de sua publicação.

Palácio do Governo em Curitiba, em 10


Roberto Requião
de fevereiro de 2010.
Governador do Estado Roberto Requião
Governador do Estado
148
Lei nº 16.402, de 10 de Fevereiro de 2010
Lei nº 16.402, Lei nº 17.364,
de 10 de Fevereiro de 2010 de 27 de Novembro de 2012

Dispõe que os estabelecimentos que Dispõe sobre a garantia de informa-


promovem eventos culturais, artísti- ção ao idoso acerca de seu direito de
cos, esportivos e de lazer, públicos e manter acompanhante no período em
privados, no âmbito do Estado, ficam que estiver internado ou em observa-
obrigados a afixar placa em local ví- ção em hospitais.
sivel e próximo das bilheterias infor-
mando o direito do idoso, conforme
especifica. A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
A Assembléia Legislativa do Estado do guinte lei:
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: Art. 1º. Os hospitais da rede pública e
privada, no âmbito do Paraná, deverão
Art. 1º. Os estabelecimentos que pro- afixar cartaz ou placa em local visível,
movem eventos culturais, artísticos, informando sobre o direito dos idosos
esportivos e de lazer, públicos e priva- de serem acompanhados em caso de
internação ou observação.
dos, no âmbito do Estado, ficam obri-
gados a afixar placa em local vísivel e
Parágrafo único. O cartaz ou placa
próximo das bilheterias informando o
de que trata o caput deste artigo deve-
direito do idoso, conforme o artigo 23
rá conter obrigatoriamente a seguinte
da Lei Federal nº 10.741, de 1º de outu-
informação:
bro de 2003, com os seguintes dizeres:
“AO IDOSO INTERNADO OU EM OB-
“Art. 23. A participação dos idosos em SERVAÇÃO É ASSEGURADO O DIREI-
atividades culturais e de lazer será TO A ACOMPANHANTE”.
proporcionada mediante descontos
de pelo menos 50% (cinquenta por Art. 2º. Pelo descumprimento do dis-
cento) nos ingressos para eventos posto na presente Lei aplicar-se-ão às
artísticos, culturais, esportivos e de instituições as seguintes penalidades.
lazer, bem como o acesso preferen-
cial aos respectivos locais. Estatuto I - notificação por escrito;
do Idoso - Lei Federal nº 10.741/03.”
II - multa de cem UFEPRs - (Unidades
Art. 2º. O estabelecimento infrator às Fiscais do Estado do Paraná);
prescrições desta lei fica sujeito a mul-
ta que deverá ser revertida em prol do III - multa de trezentas UFEPRs - (Uni-
Conselho Estadual do Idoso - CEDI/PR, dades Fiscais do Estado do Paraná),
conforme regulamentação a ser imple- em caso de reincidência.
mentada pelo Poder Executivo.
§ 1º. Contra a instituição que for im-
Art. 3º. Esta lei entra em vigor 60 dias posta a penalidade será assegurada a
após a data de sua publicação. ampla defesa e o contraditório, poden-
do ser aplicada a multa somente após
Palácio do Governo em Curitiba, em 10 a comprovação da não afixação do car-
de fevereiro de 2010. taz ou placa informativa de que trata
esta Lei, a ser apurada em processo
Roberto Requião administrativo.
Governador do Estado

149
Lei nº 13.380, de 12 de Dezembro de 2001
§ 2º. Os valores das multas poderão Art. 4º. O Poder Executivo regulamen-
ser elevados em até dez vezes quando tará esta lei no prazo de 120 (cento e
for verificado que, em razão da condi- vinte) dias, contados da sua publica-
ção econômica do(a) ofensor(a), resul- ção.
tarão inócuas.
Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na
Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
data de sua publicação.
Palácio do Governo em Curitiba, em 12
Palácio do Governo, em 27 de novem- de dezembro de 2001.
bro de 2012. Jaime Lerner
Carlos Alberto Richa Governador do Estado
Governador do Estado
Lei n° 16.107,
de 18 de Maio de 2009
MEDICAMENTOS
Prevê a entrega voluntária, por pes-
soas físicas ou jurídicas, de medica-
Lei n° 13.380, mentos fora do prazo de validade,
conforme especifíca.
de 12 de Dezembro de 2001

Assegura a distribuição gratuita de A Assembléia Legislativa do Estado do


medicamentos e insumos destinados Paraná decretou e eu sanciono a se-
ao tratamento e controle de diabetes,
aos diabéticos residentes no Estado guinte lei:
do Paraná.
Art. 1º. Fica prevista a entrega volun-
A Assembléia Legislativa do Estado do tária, por pessoas físicas ou jurídicas,
Paraná decretou e eu sanciono a se- de medicamentos fora do prazo de va-
guinte lei: lidade, observando no que couber a
Lei Federal nº. 6.437, de 20 de agosto
Art. 1º. Fica assegurado a distribuição de 1977 e Resolução ANVISA nº. RDC
gratuita de medicamentos e insumos 306, de 07 de dezembro de 2004.
destinados ao tratamento e controle de
diabetes, aos diabéticos residentes no § 1º. As pessoas físicas ou jurídicas in-
Estado do Paraná. teressadas e que possuam em suas re-
sidências ou empresas, medicamentos
Art. 2º. Para os efeitos desta, a “cesta fora do prazo de validade, poderão en-
básica” dos medicamentos e insumos, tregar, voluntariamente, os remédios
a serem distribuídos nas unidades de em qualquer posto de saúde estadual
saúde, compreende os seguintes itens: ou municipal, próximo ao domicílio.

I - insulina; § 2º. As entregas serão acondiciona-


das em embalagens/urnas lacradas.
II - antidiabéticos orais;

III - seringas para a aplicação. Art. 2°. O Poder Executivo realizará


convênios com órgãos e entidades da
Art. 3º. Fica autorizado o Estado do sociedade civil para solicitação de re-
Paraná a celebrar convênios para aten- colhimento e destinação final destes
der o disposto na presente lei. produtos.

150
Lei nº 17.211, de 03 de Julho de 2012
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na Art. 3º. Os estabelecimentos que co-
data de sua publicação. mercializam ou distribuem os produtos
mencionados no art. 1º desta Lei, in-
Palácio do Governo em Curitiba, em 18 cluindo nesse rol as drogarias, farmá-
de maio de 2009. cias, farmácias de manipulação, far-
Roberto Requião mácias veterinárias e lojas de produtos
Governador do Estado animais, serviços públicos de saúde, os
hospitais, as clínicas e os consultórios
Lei nº17.211 médicos ou odontológicos que comer-
de 03 de Julho de 2012 cializarem ou distribuírem medicamen-
tos ou produtos relacionados no art.
Dispõe sobre a responsabilidade da 1º, os hospitais, clínicas e consultórios
destinação dos medicamentos em
desuso no Estado do Paraná e seus veterinários que comercializarem ou
procedimentos. distribuírem medicamentos ou produ-
tos relacionados no art.1º, os labora-
A Assembleia Legislativa do Estado do tórios de exames clínicos e qualquer
Paraná decretou e eu sanciono a se- outro estabelecimento que comercia-
guinte lei: lize ou distribua medicamentos, mes-
mo que seja de forma gratuita, como a
Art. 1º. Todo o resíduo de medica- distribuição de amostras grátis, ficam
mentos contendo produtos hormonais, obrigados a aceitar a devolução das
antimicrobianos, citostáticos, antineo- unidades usadas, vencidas ou inserví-
plásicos, imunossupressores, digitáli- veis, cujas características sejam simi-
cos, imunomoduladores, antirretrovi- lares àquelas comercializadas ou dis-
rais, anti-inflamatórios, corticoides e tribuídas por estes estabelecimentos.
seus derivados, em especial, e todos
Art. 4°. Os medicamentos ou produtos
os demais medicamentos de uso hu-
recebidos na forma do artigo anterior
mano ou veterinário, deverá ter seu
serão acondicionados em embalagens
descarte e destinação final conforme a
invioláveis, estanques, resistentes a
presente Lei.
impactos ou ruptura, com acesso in-
violável para a retirada dos produtos
Art. 2º. As empresas fabricantes, im- nelas depositados, identificadas con-
portadoras, distribuidoras e revende- forme a NBR 7500, acrescidas da in-
doras dos produtos descritos no art. dicação “medicamentos vencidos”,
1º da presente Lei ficam responsáveis que serão localizadas nos salões de
por dar a destinação adequada a esses comercialização ou recepção dos esta-
produtos, mediante procedimentos de belecimentos relacionados na presente
coleta, reciclagem (embalagens), tra- Lei, de forma segregada e claramente
tamento e disposição final. identificada como “recepção de medi-
camentos vencidos”; obedecendo as
§ 1º. As empresas descritas no caput recomendações definidas pelos fabri-
deste artigo ainda devem prestar as- cantes ou importadores quanto aos
sistência aos estabelecimentos que co- mecanismos operacionais para a cole-
mercializam ou distribuem esses pro- ta, transporte e armazenamento, bem
dutos. como as demais normas ambientais
e de saúde pertinentes, devendo ser
§ 2º. É vedado o reuso de medicamen- processadas de forma tecnicamente
tos descartados na forma desta Lei segura e adequada até que seja feito o
para uso humano e veterinário. encaminhamento dessas embalagens
aos distribuidores, fabricantes ou im-

151
Lei nº 17.211, de 03 de Julho de 2012
portadores responsáveis pela coleta e mento dos produtos para a destinação
transporte para o correto tratamento final aplicável a cada caso.
final.
§ 2º. Todos os estabelecimentos
§ 1º. É proibido o esvaziamento ou abrangidos pela presente Lei manterão
reembalagem dos produtos coletados registros escritos dos volumes e mas-
durante todas as fases do processo, sas coletadas, notas de transporte e de
desde a coleta e transporte interno e tratamento e/ou destinação final para
externo até o tratamento e/ou destino verificação das autoridades responsá-
final estabelecido pelas empresas res- veis pela fiscalização sanitária e am-
ponsáveis por essas etapas do proces- biental.
so.
Art. 7°. Os recipientes com sua carga
§ 2º. Os estabelecimentos relaciona- volumétrica completa serão fechados
dos no art. 2º podem optar pelo en- e lacrados, devendo ser armazenados
caminhamento dos resíduos coletados até a coleta em local específico e iden-
diretamente para as unidades de trata- tificados em conformidade com os dis-
mento ou disposição final devidamente positivos vigentes para Abrigo de Re-
licenciadas na forma da Lei. síduos Sólidos de Resíduos de Saúde.

Art. 5°. Os estabelecimentos respon- Art. 8°. Os estabelecimentos respon-


sáveis pelo recebimento dos produtos sáveis em dar a destinação adequada
relacionados na presente Lei proce- aos produtos recolhidos processarão
derão às alterações nos respectivos as alterações necessárias para ajustar
Planos de Gerenciamento de Resíduos as obrigações decorrentes do cumpri-
de Serviços de Saúde - PGRSS, incor- mento do disposto nesta Lei nos res-
porando as etapas necessárias para o pectivos PGRSS ou Planos de Gestão
correto atendimento do disposto nesta de Resíduos Sólidos – PGRS, conforme
Lei. for o caso, incorporando nos mesmos
as etapas sob suas responsabilidades.
Parágrafo único. O Responsável Téc-
nico pelo PGRSS será o RT do estabe- Art. 9°. Todas as etapas de transporte
lecimento em questão. externo, tratamento e destino final de-
verão ser executados em conformida-
Art. 6°. Após a entrega, pelos usuá- de com a legislação ambiental e sani-
rios, dos medicamentos aos pontos de tária aplicáveis às empresas, veículos
coleta, estes informarão às empresas e equipamentos devidamente licencia-
distribuidoras, revendedoras ou fabri- dos para tal fim.
cantes e importadoras as quantidades
(em kg) dos produtos recebidos jun- § 1º. Os veículos coletores de medi-
tamente com cópia da respectiva nota camentos vencidos terão identificação
de recebimento emitida pela empresa em conformidade com a NBR 7500 e
responsável pela coleta, a fim de que legislação cabível, devendo ser exclu-
sejam tomadas as medidas determina- sivos para tal finalidade.
das pela presente Lei.
§ 2º. Os veículos de entrega e distri-
§ 1º. No prazo máximo de 180 (cento buição de produtos relacionados na
e oitenta) dias a partir da publicação presente Lei não poderão proceder a
da presente Lei, os responsáveis pelos coleta dos produtos recolhidos.
estabelecimentos definidos nos termos
desta Lei, providenciarão o recolhi- Art. 10º. Ficam proibidas as seguintes

152
Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013
formas de destinação final dos produ- Art. 13º. Compete ao Instituto Am-
tos que trata a presente Lei: biental do Paraná – IAP a fiscalização
do disposto no art. 9º e seus parágra-
I - lançamento in natura a céu aberto, fos e art. 10 desta Lei, nos termos do
tanto em áreas urbanas quanto rurais; inciso XIV do art. 1º da Lei nº 11.352,
de 13 de fevereiro de 1996.
II - queima a céu aberto ou em reci-
Art. 14º. O Poder Executivo regula-
pientes, instalações ou equipamentos mentará a presente Lei em até 180
não adequados, não licenciados, con- (cento e oitenta) dias.
forme legislação vigente;
Art. 15º. Esta Lei entra em vigor na
III - lançamento em corpos d’água, data de sua publicação.
manguezais, praias, terrenos baldios,
poços ou cacimbas, cavidades subter- Palácio do Governo em Curitiba, em 03
râneas naturais ou artificiais, em redes de julho de 2012.
de drenagem de águas pluviais, esgo- Carlos Alberto Richa
tos, eletricidade, telefone, gás natural Governador do Estado
ou de televisão a cabo, mesmo que
abandonadas, ou em áreas sujeitas a Decreto nº 9.213,
inundações; 23 de Outubro de 2013
Regulamenta a Lei no 17.211, de 03
IV - em aterros sanitários que não se- de julho de 2012, que dispõe sobre
a responsabilidade da destinação dos
jam de classe I (aterro de resíduos pe- medicamentos em desuso no Estado
rigosos); do Paraná e seus procedimentos, e dá
outras providências. - SEMA.
V - lançamento na rede de esgoto.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PA-
RANÁ, no uso das atribuições que lhe
Art. 11º. A desobediência ou a ino- confere o art. 87, incisos V e VI, da
bservância de quaisquer dispositivos Constituição Estadual e, tendo em
desta Lei sujeitará o infrator às seguin- vista o contido no protocolado sob nº
tes penalidades: 11.778.238-7, DECRETA:

I - advertência por escrito notificando CAPÍTULO I


o infrator para sanar a irregularidade DO OBJETO E DO CAMPO DE APLICA-
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, ÇÃO
contados da notificação, sob pena de
multa; Art. 1º. Este Decreto estabelece nor-
mas para execução da Lei Estadual nº
II - não sanada a irregularidade, será 17.211, de 03 de julho de 2012, que
aplicada multa no valor de 100(cem) a dispõe sobre a responsabilidade de
1000 (mil) Unidades de Padrão Fiscal descarte e destinação dos medicamen-
do Paraná – UFIR/PR; tos em desuso no Estado do Paraná e
seus procedimentos.
III - em caso de reincidência, a multa
prevista no inciso anterior será aplica- § 1º. Os medicamentos em desuso ob-
da em dobro. jeto da Lei Estadual nº 17.211, de 03
de julho de 2012, são aqueles oriundos
Art. 12º. Compete à vigilância sani- dos domicílios e que atendam as defi-
tária, a fiscalização ao que se refere o nições deste decreto.
art. 4º e seus respectivos parágrafos e
art. 7º desta Lei. § 2º. Resíduos de medicamentos pro-

153
Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013
venientes de outros geradores são ob- contato com os mesmos, passível de
jetos de regulamentação específica – reciclagem, quando não contaminado;
RDC ANVISA nº 306/2004 e Resolução
CONAMA nº358/2005. V- destinação final ambientalmente
adequada: destinação de resíduos que
Art. 2º. A Lei Estadual nº 17.211 de observem as normas legais e opera-
03 de julho de 2012, alinha-se com a cionais específicas de modo a evitar
Política Nacional de Resíduos Sólidos, danos ou riscos à saúde pública e à
nos termos da Lei Federal nº 12.305, segurança e a minimizar os impactos
de 02 de agosto de 2010, com a Po- ambientais adversos;
lítica Nacional de Saneamento Básico,
nos termos da Lei Federal no 11.445, VI- ponto de coleta: local designado
de 05 de janeiro de 2007, e com a Po- para recebimento dos medicamentos
lítica Nacional de Educação Ambiental, em desuso localizado no interior dos
regulada pela Lei Federal nº 9.795, de estabelecimentos que comercializam
27 de abril de 1999. ou distribuem medicamentos referen-
ciados no artigo 3º da Lei nº 17.211,
CAPÍTULO II de 03 de julho de 2012;
DAS DEFINIÇÕES
VII- reciclagem: processo de transfor-
Art. 3º. Para os efeitos deste Decreto, mação dos resíduos sólidos que envol-
entende-se por: vem a alteração de suas propriedades
físicas, físico-químicas ou biológicas,
I- medicamentos em desuso: medica- com vista à transformação em insumos
mentos oriundos dos domicílios, ven- ou novos produtos, nos termos da Lei
cidos ou sobras, ainda que dentro do Federal nº 12.305 de 02 de agosto de
prazo de validade e embalagens pri- 2010 e no caso deste Decreto, aplicá-
márias que possam conter resíduos de vel às embalagens secundárias e bulas
medicamentos; não contaminadas;

II- resíduo de medicamento: todo pro- VIII- termos de Compromisso: atos de


duto (medicamento) contendo pro- natureza contratual, firma dos entre o
dutos hormonais, antimicrobianos, poder público estadual e os fabrican-
citostáticos, antineoplásicos, imunos- tes, importadores, distribuidores ou
supressores, digitálicos, imunomodu- comerciantes, visando a implantação
ladores, antirretrovirais, anti-inflama- da responsabilidade compartilhada
tórios, corticoides e seus derivados, pelo ciclo de vida do produto.
em especial, e todos os demais me-
dicamentos de uso humano ou veteri- CAPÍTULO III
nário ou outro princípio ativo com fi- DAS RESPONSABILIDADES
nalidade terapêutica, independente da
forma farmacêutica e suas embalagens Art. 4º. O Poder Público, o setor em-
primárias; presarial e a coletividade são respon-
sáveis pela efetividade das ações vol-
III- embalagem primária: recipiente tadas para assegurar a observância
destinado ao acondicionamento e en- das diretrizes e determinações da Lei
vase de Insumos Farmacêuticos que Estadual nº 17.211/2012 e deste De-
mantém contato direto com os mes- creto.
mos;
Art. 5º. Os estabelecimentos que
IV- embalagem secundária: recipien- comercializam ou distribuem os pro-
te destinado ao acondicionamento de dutos mencionados no art. 1º da Lei
Insumos Farmacêuticos além da sua nº 17.211/2012, incluindo nesse rol
embalagem primária, não mantendo as drogarias, farmácias, farmácias de
154
Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013
manipulação, farmácias veterinárias II- o recebimento dos resíduos dos do-
e lojas de produtos animais, serviços micílios, o acondicionamento adequa-
públicos de saúde, os hospitais, as do, a identificação, o armazenamento
clínicas e os consultórios médicos ou temporário e a manutenção dos regis-
odontológicos, os hospitais, clínicas e tros do gerenciamento caberão aos es-
consultórios veterinários, bem como os tabelecimentos que comercializam ou
laboratórios de exames clínicos e qual- distribuem medicamentos ao consumi-
quer outro estabelecimento que co- dor final, através da instalação de pon-
mercialize ou distribua medicamentos, tos de coleta no interior dos mesmos;
mesmo que de forma gratuita, como a
distribuição de amostras grátis, ficam III- a coleta externa, o transporte, o
obrigados a aceitar a devolução das tratamento e a destinação final cabe-
unidades usadas, vencidas ou inserví- rão às distribuidoras, transportadoras,
veis, cujas características sejam simi- fabricantes e importadoras.
lares àquelas comercializadas ou dis-
tribuídas por estes estabelecimentos. Parágrafo Único: As empresas refe-
renciadas no inciso III poderão cele-
Art. 6º. As empresas fabricantes, im- brar Termos de Compromisso no âm-
portadoras, distribuidoras, revende- bito estadual a fim de gerenciar sua
doras e farmácias – incluindo aquelas responsabilidade de forma coletiva.
com manipulação – dos produtos hor-
monais, antimicrobianos, citostáticos, Art. 8º. As empresas fabricantes, im-
antineoplásicos, imunossupressores, portadoras, distribuidoras e transpor-
digitálicos, imunomoduladores, antir- tadoras devem prestar assistência aos
retrovirais, anti-inflamatórios, corticoi- estabelecimentos que comercializam
des e seus derivados, em especial, e ou distribuem os produtos definidos
todos os demais medicamentos de uso na Lei Estadual nº 17.211/2012, para
humano ou eterinário compartilham a o desenvolvimento e implantação dos
responsabilidade sobre a destinação pontos de coleta de medicamentos em
adequada desses produtos, mediante desuso, da seguinte forma:
procedimentos ambientalmente ade-
quados de recebimento, acondicio- I- assistência técnica: compreende o
namento, identificação, coleta, reci- fornecimento das condições técnicas,
clagem das embalagens secundárias, de segurança e operacionais que de-
tratamento e disposição final, incluin- vem ser adotadas e implementadas
do a manutenção de registros das eta- para todas as etapas de recebimento,
pas sob sua responsabilidade para de- embalagem/acondicionamento, iden-
monstração aos órgãos fiscalizadores. tificação, armazenamento e coleta
externa pelos estabelecimentos res-
Art. 7º. A responsabilidade comparti- ponsáveis pelo recebimento de medi-
lhada a que se refere o art. 6º deste camentos em desuso nos pontos de
decreto será implementada de forma coleta;
individualizada e encadeada da se-
guinte forma: II- assistência operacional: compre-
ende o fornecimento aos estabeleci-
I- a entrega voluntária dos medica- mentos com pontos de coleta de em-
mentos em desuso nos pontos de co- balagens/recipientes adequados para
leta caberá aos consumidores, e será a coleta de medicamentos em desuso,
estimulada de modo permanente por responsabilizando-se diretamente pe-
meio de processos de divulgação so- las etapas de coleta externa, transpor-
bre danos decorrentes do lançamento te, tratamento e disposição final.
indevido no meio ambiente sem trata-
mento e de orientação pós-consumo; Art. 9º. Os consumidores serão orien-
tados e estimulados através de pro-
155
Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013
gramas específicos a realizar a entre- um Termo de Compromisso ou Acordo
ga voluntária dos medicamentos em Setorial previstos neste decreto regu-
desuso nos pontos de coleta a serem lamentador, devidamente certificado
elaborados e divulgados, de forma per- pelo Coordenador Técnico do Termo ou
manente, sob a responsabilidade téc- Acordo em questão.
nica e financeira das empresas fabri-
cantes, importadoras e distribuidoras. CAPÍTULO IV
DA COLETA
Art. 10º. As empresas fabricantes, im-
portadoras e distribuidoras, responsá- Art. 13º. Os estabelecimentos com
veis em dar a destinação adequada aos pontos de coleta deverão disponibili-
medicamentos em desuso recolhidos, zar para os consumidores embalagens
processarão as alterações necessárias invioláveis, estanques, resistentes a
para ajustar as obrigações decorren- impactos ou ruptura, com acesso in-
tes do cumprimento disposto na Lei nº violável para a retirada dos produtos
17.211/2012, nos respectivos Planos nelas depositados, identificadas con-
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos forme a NBR 7500, acrescidas da in-
– PGRS, ou equivalentes, aprovados dicação: “medicamentos em desuso”,
no Licenciamento Ambiental, incorpo- que serão localizadas nos espaços de
rando nos mesmos, as etapas sob suas comercialização ou recepção dos es-
responsabilidades. tabelecimentos referenciados no Art.
3º da Lei Estadual nº 17.211/2012, de
Parágrafo Único: Os estabelecimen- forma segregada e claramente identifi-
tos relacionados no art. 2º da Lei Esta- cada como: “recepção de medicamen-
dual nº 17.211/2012 podem optar pelo tos vencidos e em desuso”.
encaminhamento dos medicamentos
em desuso coletados diretamente para § 1º. Os mecanismos operacionais para
as unidades de destinação final devi- a coleta, acondicionamento, identifica-
damente licenciadas na forma da Lei. ção e armazenamento obedecerão às
recomendações definidas pelos fabri-
Art. 11º. Todas as etapas de transpor- cantes ou importadores, bem como às
te externo, tratamento e destino final demais normas ambientais e de saú-
deverão ser executados em confor- de pertinentes, devendo estas etapas
midade com a legislação ambiental e serem processadas de forma tecnica-
sanitária aplicáveis às empresas, veí- mente segura e adequada até que seja
culos e equipamentos devidamente li- feito o encaminhamento dessas emba-
cenciados para tal fim. lagens aos distribuidores, fabricantes
ou importadores responsáveis pela co-
Parágrafo Único: Os veículos coleto- leta e transporte para a correta desti-
res de medicamentos em desuso terão nação final.
identificação em conformidade com a
NBR 7500 e legislação cabível, deven- § 2º. É proibido o esvaziamento ou
do ser exclusivos para tal finalidade. reembalagem dos produtos coletados
durante todas as fases do processo,
Art. 12º. Os novos estabelecimentos desde a coleta até a destinação final.
deverão apresentar comprovação de
destinação de medicamentos em de- CAPÍTULO V
suso, individualizada, contemplada em DO GERENCIAMENTO
seu Plano de Gerenciamento de Resí-
duos Sólidos (PGRS) junto à autorida- Art. 14º. Os Planos de Gerenciamento
de local responsável pela emissão do de Resíduos Sólidos (PGRS) já implan-
alvará de funcionamento. Alternativa- tados nos estabelecimentos existentes
mente os referidos estabelecimentos quando da publicação deste Decreto,
poderão comprovar a sua adesão a sofrerão as incorporações decorrentes

156
Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013
da implementação da coleta de medi- mento/Identificação; Armazenamento;
camentos em desuso. Coleta Externa (incluindo periodicida-
de); Transporte; Reciclagem (quando
§ 1º. Os PGRS devem conter a iden- couber); Tratamento e Destinação Fi-
tificação de todos os participantes do nal Ambientalmente Adequada;
programa de coleta de medicamentos
em desuso, com as responsabilidades V- ações preventivas e corretivas a se-
de cada empresa/instituição partici- rem executadas em situações de não
pante do processo desde a coleta até a conformidade/acidentes.
disposição final.
Art. 15º. O Responsável Técnico pelo
§ 2º. As empresas fabricantes, impor- PGRS de cada estabelecimento será o
tadoras e distribuidoras que celebra- Responsável pelas etapas executadas
rem Termos de Compromisso devem no âmbito dos respectivos planos.
indicar um Coordenador Técnico legal-
mente habilitado para responder pela Art. 16º. Deverão ser mantidos por
sua elaboração e monitoramento. todos os estabelecimentos abrangidos
pela Lei Estadual nº 17.211/2012 os
§ 3º. Os Termos de Compromisso pre- registros escritos para verificação das
vistos neste Decreto poderão ser subs- autoridades responsáveis pela fiscali-
tituídos por Acordos Setoriais, defini- zação sanitária e ambiental, incluindo
dos conforme a Lei Federal nº 12.305 minimamente para cada transporte ou
de 02 de agosto de 2010, desde que coleta externa realizada:
cumpram todas as exigências da Lei
Estadual nº 17.211 de 03 de julho de I- identificação do estabelecimento
2012 e do presente decreto, inclusive com ponto de coleta e da quantidade
seus prazos. (em quilogramas) de medicamentos
em desuso coletados e encaminhados
§ 4º. Os PGRS alterados devem ser para destinação final;
apresentados para avaliação pelo Ins-
tituto Ambiental do Paraná - IAP. II- identificação da empresa coletora e
transportadora com cópia da nota de
§ 5º. Os PGRS, Termos de Compromis- transporte contendo nome, números
so e Acordos Setoriais devem conter: de Cadastro de Pessoa Física (CPF), da
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
I- identificação dos estabelecimentos e do certificado de ca pacitação para
participantes; Movimentação de Produtos Perigosos
(MOPP) do motorista; placa do veículo
II- descrição das responsabilidades coletor; Licença Ambiental de Opera-
exercidas em cada etapa do gerencia- ção (LO) da empresa coletora e trans-
mento por cada um dos participantes, portadora;
incluindo detalhamento das soluções
consorciadas/ compartilhadas, indi- III- cópia do certificado de tratamento
cando o coordenador responsável pelo e destinação final referenciando a nu-
monitoramento das ações previstas no meração da nota de transporte.
programa;
Art. 17º. Os recipientes com sua carga
III- diagnósticos dos resíduos farma- volumétrica completa serão fechados
cêuticos recolhidos: caracterização e e lacrados, devendo ser armazenados
massa; até a coleta em local específico, iden-
tificado em conformidade com os dis-
IV- definição dos procedimentos ope- positivos vigentes para Abrigo de Re-
racionais relativos às etapas do geren- síduos Sólidos de Resíduos de Saúde,
ciamento: Recebimento; Acondiciona- conforme RDC ANVISA nº 306/2004 e

157
Decreto nº 9.213, de 23 de Outubro de 2013
Resolução CONAMA nº 358/2005, ou II- não sanada a irregularidade, será
outras que vierem a substituí-las ou aplicada multa no valor de 100 (cem)
complementá-las. a 1000 (mil) Unidades de Padrão Fiscal
do Paraná – UFIR/PR;
CAPÍTULO VI
DAS PROIBIÇÕES III- em caso de reincidência, a multa
prevista no inciso anterior será aplica-
Art. 18º. É vedada a reutilização de da em dobro.
medicamentos em desuso, descar-
tados na forma da Lei Estadual nº CAPÍTULO VIII
17.211/2012, para uso humano e ve- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
terinário.
Art. 21º. Compete à vigilância sani-
Art. 19º. São proibidas as seguintes tária, a fiscalização ao que se refere o
formas de destinação final dos produ- art. 4º e seus respectivos parágrafos e
tos que trata a Lei nº 17.211/2012: art. 7º da Lei Estadual nº 17.211/2012.

I- lançamento in natura a céu aberto, Parágrafo Único: A inobservância


tanto em áreas urbanas quanto rurais; da Lei Estadual nº 17.211/2012 e das
normas aprovadas neste regulamen-
II- queima a céu aberto ou em reci- to constitui infração sanitária, confor-
pientes, instalações ou equipamentos me o disposto nos artigos 45, 47, 48,
não adequados, não licenciados, con- 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 59,
forme legislação vigente; 60, 61, 62, artigo 63 - incisos XVII,
XXXV, XXXVII, XXXIX, XLII, XLIV, XL-
III- lançamento em corpos d’água, VII e artigos 65, 66, 67, 68, 69, 70,
manguezais, praias, terrenos baldios, 71, 72, 73, 74 e 75 da Lei nº 13.331,
poços ou cacimbas, cavidades subter- de 23/11/2001 e as disposições do
râneas naturais ou artificiais, em redes Decreto nº 5.711, de 23/05/02, que a
de drenagem de águas pluviais, esgo- regulamenta, independentemente dos
tos, eletricidade, telefone, gás natural demais dispositivos legais vigentes.
ou de televisão a cabo, mesmo que
abandonadas, ou em áreas sujeitas a Art. 22º. Cabe ao órgão ambiental
inundações; competente a fiscalização do dispos-
to no art. 9º e seus parágrafos, bem
IV- em aterros sanitários que não se- como o art. 10 da Lei Estadual nº
jam de classe I (aterro de resíduos pe- 17.211/2012, nos termos do inciso XIV
rigosos) do art. 1º da Lei nº 11.352, de 13 de
fevereiro de 1996.
V- lançamento na rede de esgoto.
Art. 23º. Este Decreto entra em vigor
CAPÍTULO VII na data da sua publicação, e o prazo
DAS PENALIDADES para implantação do descarte e desti-
nação dos medicamentos em desuso
Art. 20º. A desobediência ou a inob- pelos estabelecimentos referenciados
servância de quaisquer dispositivos da na Lei nº 17.211/2012 será de 180
Lei Estadual nº 17.211/2012 sujeitará (cento e oitenta) dias, a contar da pu-
o infrator às seguintes penalidades: blicação deste Decreto.
I- advertência por escrito notificando Curitiba, em 23 de outubro de 2013,
o infrator para sanar a irregularidade 192º da Independência e 125º da Re-
no prazo máximo de 30 (trinta) dias, pública.
contados da notificação, sob pena de Carlos Alberto Richa
multa; Governador do Estado

158
Lei nº 11.182, de 23 de Outubro de 1995
Art. 2º. Para usufruir o benefício, o es-
MEIA ENTRADA tudante deverá comprovar a condição
referida no artigo anterior através de
identidade estudantil, expedida pela
Lei nº 11.182, União Brasileira de Estudantes de 1º
de 23 de Outubro de 1995 e 2º Graus – UBES, União Paranaense
dos Estudantes Secundaristas – UPES,
Assegura o pagamento de metade
do valor efetivamente cobrado para
União Nacional dos Estudantes – UNE,
ingresso em casas de diversões, es- União Paranaense dos Estudantes –
petáculos, praças esportivas e simi- UPE ou União Municipal dos Estudantes
lares, aos estudantes regularmente UMES. (Nova redação dada pela Lei nº
matriculados em estabelecimentos de
ensino, conforme especifica.
13.723, de 09/07/02).

§ 1º. A autenticação e expedição das


A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- carteiras referidas no “caput” deste
artigo deverão se dar como base em
guinte lei:
listagem de alunos regularmente ma-
Art. 1º. Fica assegurado o pagamento triculados, fornecida pela direção de
cada estabelecimento de ensino, até
de metade do valor efetivamente co-
um mês após o encerramento das ma-
brado para ingresso em casas de diver-
trículas.
sões, espetáculos, praças esportivas e
similares, ao estudante regularmente
§ 2º. A carteira de identidade estudan-
matriculado em estabelecimento de
ensino público ou particular, de 1º e 3º til, terá validade por um ano. (Nova
graus, no Estado do Paraná, na confor- redação dada pela Lei nº 17.458, de
midade da presente Lei. 02/01/13)

§ 1º. Para os efeitos desta Lei, consi- § 3º. A carteira de identidade estudan-
derar-se-á como casa de diversões ou til, feita em modelo padronizado pelas
estabelecimentos que realizarem espe- entidades estudantis competentes
táculos musicais, artísticos, circenses, para emiti-la, deverá: (Incluído pela
teatrais, cinematográficos, atividades Lei nº 17.458 de 02/01/13)
sociais, recreativas, culturais, esporti-
vas, e quaisquer outras que proporcio- I – Ser impressa em material de PVC
nem lazer, cultura e entretenimento. (policloreto de vinila) tipo cartão, ca-
racterizando uma identidade estudantil
§ 2º. Serão beneficiados por esta Lei os eletrônica contendo a denominação do
estudantes matriculados em estabele- órgão expedidor; (Incluído pela Lei nº
cimentos de ensino público ou particu- 17.458 de 02/01/13)
lar, de 1º, 2º e 3º graus, cujo funciona-
mento esteja devidamente autorizado II – constar a fotografia do aluno,
pelo órgão público competente. com o logotipo da entidade estudantil
aposto sobre ela; (Incluído pela Lei nº
§ 3º. O mesmo benefício instituído
17.458 de 02/01/13)
nesta lei será estendido aos estudan-
tes com necessidades especiais, devi-
damente matriculados em escolas es- III – constar o nome, a data de nas-
pecializadas assim reconhecidas legal- cimento e o número de matrícula do
mente. (Incluído pela Lei nº 16.250, aluno; (Incluído pela Lei nº 17.458 de
de 28/10/09). 02/01/13)

159
Lei nº 13.964, de 20 de Dezembro de 2002
IV – constar a identificação completa do Estado do Paraná.
da Instituição à qual o aluno esteja
matriculado, devendo obrigatoriamen- Parágrafo único. Para efetivos desta
te constar o endereço e o telefone da lei, considerar-se-á como casa de di-
mesma; (Incluído pela Lei nº 17.458 versões ou estabelecimentos que rea-
de 02/01/13) lizem espetáculos musicais, artístico,
circense, teatrais, cinematográficos,
V – constar a assinatura do presidente feiras, exposições zoológicas, pontos
da entidade estudantil (Incluído pela turísticos, estádios, atividades sociais,
Lei nº 17.458 de 02/01/13) recreativas, culturais, esportivas e
quaisquer outras que proporcionem la-
Art. 3º. Caberá às Prefeituras Munici- zer, cultura e entretenimento.
pais, através dos órgãos responsáveis
pela cultura, esporte e lazer, e aos ór- Art. 2º. A meia entrada corresponde
gãos de defesa do consumidor, a fis- a 50% (cinquenta por cento) do valor
calização do cumprimento desta lei, do ingresso cobrado, sem restrição de
autuando os estabelecimentos que a data e horário.
descumprirem, cominando-lhes san-
ções administrativas cabíveis, inclusi- Art. 3º. Para efeito desta lei, são consi-
ve a suspensão do alvará de funcio- derados doadores regulares de sangue
namento do estabelecimento. (Nova aqueles registrados no homocentro e
redação dada pela Lei nº 13.723, de nos bancos de sangue dos hospitais do
09/07/02). Estado, identificados por documento
oficial expedido pela Secretaria de Es-
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na tado da Saúde.
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário. Art. 4º. O Poder Executivo regula-
mentará a presente lei no prazo de 60
Palácio do Governo em Curitiba, em 23 (sessenta) dias a contar da data de sua
de outubro de 1995. publicação.
Jaime Lerner
Governador do Estado Art. 5º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Lei nº 13.964,
de 20 de Dezembro de 2002 Palácio Dezenove de Dezembro, em 20
de dezembro de 2002.
Concede desconto de 50% (cinquenta
por cento) em Eventos Culturais Ar- Hermas Brandão
tísticos para doadores de sangue. Presidente

A Assembléia Legislativa do Estado do Lei nº 14.043,


Paraná aprovou e eu promulgo, nos de 28 de Abril de 2003
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
tuição Estadual, a seguinte Lei: Institui meia-entrada para idosos em
locais que menciona e dá outras pro-
vidências.
Art. 1º. Fica o Poder Executivo auto-
rizado a instituir a meia entrada para
doadores regulares de sangue em to- A Assembléia Legislativa do Estado do
dos os locais públicos de cultura, em Paraná aprovou e eu promulgo, nos
casa de diversões, espetáculos, praças termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
esportivas e similares, esporte e lazer tuição Estadual, a seguinte Lei:
160
Lei nº 15.876, de 07 de Julho de 2008
Art. 1º. Fica assegurado aos idosos o
pagamento de meia-entrada referen- Lei nº 15.876,
te o valor efetivamente cobrado para de 07 de Julho de 2008
ingresso em casa de diversão, de es-
petáculos teatrais, musicais, circenses, Assegura, aos professores da rede de
ensino público e particular de todo o
em casa de exibição cinematográfica, território do Estado do Paraná que es-
parques, estádios, praças esportivas e tejam exercendo suas funções, o pa-
similares das áreas de esporte, cultura gamento de 50% do valor realmente
cobrado para o ingresso em estabe-
e lazer no Estado do Paraná. lecimentos e/ou casas de diversões,
praças esportivas e similares, que
§ 1º. Para efeitos desta lei, conside- promovam espetáculos de lazer, en-
tretenimento e difusão cultural, con-
ram-se casas de diversão, como pre- forme especifica.
visto no caput deste artigo, os locais
que, por suas atividades propiciem la-
A Assembléia Legislativa do Estado do
zer e entretenimento.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
§ 2º. Considera-se idoso, para efeitos
desta lei, a pessoa com mais de 60
Art. 1º. Fica assegurada, aos profes-
(sessenta) anos de idade.
sores da rede de ensino público e par-
ticular de todo o território do Estado do
Art. 2º. A meia-entrada corresponden-
Paraná, que estejam exercendo suas
te a 50% (cinquenta por cento) do va-
funções, o pagamento de 50% (cin-
lor do ingresso cobrado, sem restrição
quenta por cento) do valor realmente
de data e horário.
cobrado para o ingresso em estabe-
lecimentos e/ou casas de diversões,
Parágrafo único. Caso os promotores
praças esportivas e similares, que pro-
dos espetáculos ofereçam descontos
movam espetáculos de lazer, entrete-
no preço dos ingressos, os idosos pa-
nimento e difusão cultural.
garão a metade deste preço.
Parágrafo único. A meia-entrada
Art. 3º. O documento hábil para a
corresponderá sempre à metade do
concessão do benefício, constante
valor do ingresso cobrado, ainda que
no art.1º desta lei, será a carteira de
sobre o seu preço incidam descontos
identidade expedida pelo órgão com-
ou atividades promocionais.
petente.
Art. 2º. Consideram-se casas de di-
Art. 4º. Esta lei entrará em vigor na
versões, para efeitos desta lei, os es-
data de sua publicação.
tabelecimentos que realizarem espe-
táculos musicais, artísticos, circenses,
Palácio Dezenove de Dezembro em 28
teatrais, cinematográficos, atividades
de abril de 2003.
sociais recreativas, de artes plásticas
e quaisquer outros que proporcionem
Hermas Brandão
lazer e entretenimento.
Presidente
Art. 3º. A condição prevista no artigo
1º, para o recebimento do benefício,

161
Lei nº 16.675, de 20 de Dezembro de 2010
deverá ser feita mediante apresenta-
ção do comprovante de vínculo empre- MEIO AMBIENTE
gatício com a instituição de ensino e
documento oficial de identificação. Lei n° 15.632,
de 27 de Setembro de 2007
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação. Dispõe sobre instalação de coletores
de lixo reciclável nas universidades,
faculdades, centros universitários,
Palácio do Governo em Curitiba, em 07 escolas, colégios, estádios de futebol,
de julho de 2008. supermercados, shoppings centers e
eventos onde haja concentração pú-
blica, conforme especifica.
Roberto Requião
Governador do Estado
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Lei nº 16.675, guinte lei:
de 20 de Dezembro de 2010
Art. 1°. Ficam as universidades, facul-
Institui a meia entrada para deficien- dades, centros universitários, escolas,
tes físicos nos eventos teatrais reali- colégios, estádios de futebol, super-
zados em todos os locais públicos de mercados, shoppings centers e even-
cultura, em casa de diversões, espe- tos onde haja concentração pública
táculos, praças esportivas e similares
obrigados a instalar coletores de lixo
do Estado do Paraná.
reciclável.

A Assembléia Legislativa do Estado do Art. 2°. Os coletores de lixo reciclá-


Paraná decretou e eu sanciono a se- vel devem ter separação detalhada dos
guinte lei: materiais recicláveis nas categorias
plástico, papel, metal e vidro.
Art. 1°. Fica instituída a meia entra- Art. 3°. Sua instalação deve ser feita
da para deficientes físicos nos eventos em local visível e providenciado divul-
teatrais realizados em todos os locais gação dos mesmos, com informações
públicos de cultura, em casa de diver- sobre sua utilização, tempo de decom-
sões, espetáculos, praças esportivas e posição do lixo e benefícios da recicla-
similares do Estado do Paraná. gem.

Art. 4°. O descumprimento das dispo-


Art. 2°. A meia entrada corresponde sições contidas nesta lei implicará em
a 50% (cinquenta por cento) do valor multa de 300 (trezentas) UFIRs – Uni-
do ingresso cobrado, sem restrição de dade Fiscal de Referência.
data e horário.
Art. 5º. O Poder Executivo regulamen-
Art. 3°. Esta lei entrará em vigor na tará a presente lei.
data de sua publicação. Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Palácio do Governo em Curitiba, em 20
de dezembro de 2010. Palácio do Governo em Curitba, em 27
de setembro de 2007.
Orlando Pessuti Roberto Requião
Governador do Estado Governador do Estado
162
Lei nº 15.851, de 10 de Junho de 2008
Lei nº 15.851, veicular propaganda esclarecendo os
de 10 de Junho de 2008 usuários sobre os riscos para o meio
ambiente de se jogarem os equipa-
Dispõe que as empresas produtoras, mentos em locais não apropriados e os
distribuidoras e que comercializam
equipamentos de informática, instala- benefícios de se recolhê-los para pos-
das no Estado do Paraná, ficam obri- terior destruição.
gadas a criar e manter o Programa
de Recolhimento, Reciclagem ou Des-
truição de Equipamentos de Informá- Parágrafo único. Entende-se por lo-
tica, sem causar poluição ambiental,
conforme especifica.
cais apropriados as urnas que armaze-
narão os equipamentos.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Art. 4º. O descumprimento desta lei
guinte lei: implicará em multa no valor de 1.000
(um mil) UFIR’s para o estabelecimen-
Art. 1º. As empresas produtoras, dis- to.
tribuidoras e que comercializam equi-
pamentos de informática instaladas Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na
no Estado do Paraná ficam obrigadas data de sua publicação.
a criar e manter o Programa de Reco-
lhimento, Reciclagem ou Destruição Palácio do Governo em Curitiba, em 10
de Equipamentos de Informática, sem de junho de 2008.
causar poluição ambiental.
Roberto Requião
Art. 2º. As empresas produtoras, Governador do Estado
distribuidoras ou que comercializam
os equipamentos deverão colocar em Lei n° 16.075,
seus estabelecimentos, à disposição de 01 de Abril de 2009
do público, serviço de coleta de produ- Proíbe o descarte de pilhas, lâmpadas
tos usados ou danificados destinados à fluorescentes, baterias de telefone
destruição. celular e demais artefatos que conte-
nham mercúrio metálico em lixo do-
méstico ou comercial, conforme espe-
§ 1º. Ao receber o produto, a empresa cifica e adota outras providências.
deverá expedir nota de entrada, e uma
das vias deverá ser encaminhada à Se- A Assembléia Legislativa do Estado do
cretaria de Estado do Meio Ambiente, Paraná decretou e eu sanciono a se-
para efeito de controle e fiscalização. guinte lei:

§ 2º. O material recolhido deverá ser Art. 1º. Fica proibido o descarte de pi-
repassado à distribuidora ou ao fabri- lhas, lâmpadas fluorescentes, baterias
cante, que deverá emitir nota de reco- de telefone celular e demais artefatos
lhimento do produto. que contenham mercúrio metálico em
lixo doméstico ou comercial.
Art. 3º. As empresas produtoras de-
verão promover campanhas, fazendo § 1º. Os produtos a que se refere o

163
Lei nº 16.075, de 01 de Abril de 2009
caput deste artigo deverão ser sepa- próprio estabelecimento, com a indica-
rados e acondicionados em recipientes ção de que é destinado para recolher
adequados para destinação específica, produtos que contenham metais pesa-
ficando proibida a disposição em depó- dos.
sitos públicos de resíduos sólidos e a
sua incineração. Art. 3º. Os fabricantes de produtos de
que trata a presente Lei, e seus res-
§ 2°. Os produtos descartados deve- pectivos representantes comerciais,
rão ser mantidos intactos como forma estabelecidos no Estado do Paraná, se-
de evitar o vazamento de substâncias rão responsabilizados pela adoção de
tóxicas, até a sua desativação ou reci- mecanismos adequados à reciclagem
clagem. ou destinação final de seus produtos
descartados pelos consumidores, sem
Art. 2º. Os estabelecimentos que re- causar prejuízo ambiental, ficando
vendem os produtos a que se refere o obrigados a procederem ao recolhi-
caput do artigo anterior ficam obriga- mento do material descartado nos es-
dos a disponibilizar aos consumidores tabelecimentos de revenda.
o serviço de recolhimento dos referidos
produtos. Parágrafo único. O descumprimento
do estabelecido no caput deste artigo
§ 1º. O serviço deve ser disponibiliza- sujeitará o infrator à seguinte sanção:
do através de manutenção de um reci- (Incluído pela Lei 17.073 de 23/01/12)
piente, em local visível, no próprio es-
tabelecimento, com a indicação de que I – multa no valor de 16 (dezesseis)
é destinado a recolher produtos que UPF/PR – Unidade Padrão Fiscal do Pa-
contenham metais pesados. (Renume- raná, aplicada em dobro nos casos de
rado pela Lei n° 17.073 de 23/01/12) reincidência. (Nova redação dada pela
Lei n° 17.073 de 23/01/12)
§ 2º. O descumprimento do estabeleci-
do no caput deste artigo sujeitará o in- Art. 4º. Para seu fiel cumprimento,
frator às seguintes sanções: (Incluído esta lei poderá ser regulamentada pelo
pela Lei n° 17.073 de 23/01/12) Poder Executivo. (Renumerado pela Lei
n° 17.073 de 23/01/12)
I – advertência por escrito na primeira
infração; (Incluído pela Lei n° 17.073 Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na
de 23/01/12) data de sua publicação. (Renumerado
pela Lei n° 17.073 de 23/01/12)
II – multa no valor de 08 (oito) UPF/
PR – Unidade Padrão Fiscal do Para- Palácio do Governo em Curitiba, em 01
ná. (Incluído pela Lei n° 17.073 de de abril de 2009.
23/01/12)
Roberto Requião
Parágrafo único. O serviço deve ser Governador do Estado
disponibilizado através da manutenção
de um recipiente, em local visível, no
164
Lei nº 11.911, de 01 de Dezembro de 1997
Art. 2°. As empresas que exploram,
PORTADORES DE através de concessão, permissão ou
autorização do Estado, o transpor-
DEFICIÊNCIA te coletivo intermunicipal no Estado
do Paraná, ficam obrigadas a adaptar
Lei nº 11.911, no mínimo 5% (cinco por cento) dos
de 01 de Dezembro de 1997 veículos das respectivas frotas atuais
para uso de passageiros portadores de
Assegura, conforme especifica, trans- deficiência.
porte gratuito em linhas de transpor-
te intermunicipal, aos portadores de
deficiência, quando estiverem se sub- § 1°. A partir do primeiro ano, contado
metendo a processo de reabilitação e/ da data da publicação desta lei, ficam
ou de capacitação profissional.
as empresas que exploram o transpor-
te coletivo intermunicipal no Estado do
A Assembléia Legislativa do Paraná de- Paraná, obrigadas a adaptar 5% (cinco
cretou e eu sanciono a seguinte lei: por cento) dos veículos das respectivas
frotas a cada ano, excluídos para efeito
Art. 1°. Fica assegurado o transporte dessa contagem os ônibus adaptados
gratuito aos portadores de deficiência no ano anterior.
em linhas de transporte intermunici-
pal, mediante a apresentação de ates- § 2°. Entende-se por adaptação toda
tado expedido pelos Conselhos Munici- alteração interna e externa do veículo
pais de Assistência Social ou entidades destinada a facilitar o acesso e a loco-
de portadores de deficiência. (Nova moção de pessoas portadoras de de-
redação dada pela Lei nº 15.051, de ficiência, especialmente a adequação
17/04/06). das dimensões das portas para o aces-
so de usuários de cadeiras de rodas.
§ 1º. As linhas de ônibus que compõem
as redes integradas de transporte cole- § 3°. No final do segundo ano de vigên-
tivo de regiões metropolitanas também cia desta lei, todas as linhas de trans-
são abrangidas pela previsão do caput porte coletivo intermunicipal contarão
desse artigo. (Nova redação dada pela com pelo menos um ônibus adaptado.
Lei nº 15.051, de 17/04/06).
§ 4°. As empresas que exploram o
§ 2º. Nos casos de deficiência apa- transporte coletivo rodoviário inter-
rente fica dispensada a apresentação municipal fornecerão tabelas indican-
do atestado expedido pelas institui- do o horário de circulação dos veículos
ções mencionadas no caput desse ar- adaptados ao Conselho Municipal de
tigo. (Incluído pela Lei nº 15.051, de Assistência Social e às associações re-
17/04/06). presentativas dos deficientes físicos de
cada região.
§ 3º. Os interessados no benefício
desta lei deverão promover a reserva Art. 3°. Para os efeitos desta lei, con-
da passagem com antecedência míni- sideram-se:
ma de vinte quatro horas, nos casos
de linhas de transporte coletivo que I - portadores de deficiência física
atendam municípios além das regiões aqueles que apresentem qualquer re-
metropolitanas. (Incluído pela Lei nº dução ou ausência de membro ou fun-
15.051, de 17/04/06). ção física;

165
Lei nº 11.911, de 01 de Dezembro de 1997
II - portadores de deficiência nos ór- va média entre 30db e 80db (trinta e
gãos sensoriais aqueles que apresen- oitenta decibéis), nas frequências 500
tem deficiência visual ou deficiência (quinhentos), 1000 (mil), 2000 (dois
auditiva; mil) e 4000 (quatro mil) hz (Hertz) ou
em outras frequências, má discrimina-
III - portadores de deficiência mental ção vocálica (igual ou inferior a 30%)
aqueles que apresentem coeficiente e consequente inadaptação ao uso de
intelectual (QI) abaixo da média; prótese auditiva, tomando-se como re-
ferência o ouvido melhor.
IV - portadores da doença de Crohn,
que é crônica e consiste em inflamação § 3°. A deficiência mental será classi-
intestinal comprometedora do trato di- ficada em:
gestivo. (Incluído pela Lei nº 15.423,
de 15/01/07). I - leve/educável, àqueles que apre-
sentem, em teste formal para mensu-
§ 1°. A deficiência visual será classifi- ração de coeficiente intelectual, resul-
cada em: tados de QI entre 55 e 69;

I - cegueira, para aqueles que apresen- II - moderado e treinável, àqueles


tam ausência total de visão ou acuida- que apresentem, em teste formal para
de visual não excedentes a 1/10 (um mensuração de coeficiente intelectual,
décimo) pelos optótipos de Snellen, no resultados de QI entre 40 e 54.
melhor olho, após correção ótica, ou
aquele cujo campo visual seja menor § 4º. Em todas as linhas intermunici-
ou igual a 20% (vinte por cento), no pais, além do estabelecido nos pará-
melhor olho, desde que sem auxílio de grafos anteriores, que especificam as
aparelhos que aumentem este campo características das deficiências passí-
visual; veis de receber isenção tarifária, ficam
incluídos os portadores das seguintes
II - ambliopia, para aqueles que apre- patologias crônicas, como beneficiá-
sentam deficiência de acuidade visual, rio do programa: (Incluído pela Lei nº
de forma irreversível, considerando-se 15.051, de 17/04/06).
incapacitados aqueles cuja visão se si-
tue entre 1/10 e 3/10 (um décimo e I - insuficiência renal crônica, em te-
três décimos) pelos optótipos de Snel- rapia renal substitutiva; (Incluído pela
len, após correção. Lei nº 15.051, de 17/04/06).

§ 2°. A deficiência auditiva será classi- II - câncer, em tratamento de quimio-


ficada em: terapia ou radioterapia; (Incluído pela
Lei nº 15.051, de 17/04/06).
I - surdez, para aqueles que apresen-
tem ausência total de audição ou per- III - transtornos mentais graves, em
da auditiva média igual ou superior a tratamento continuado, em serviços-
80db (oitenta decibéis), nas frequên- -dia (Hospital-dia, Núcleo de Atenção
cias de 500 (quinhentos), 1000 (mil), Psicossocial, Centros de Atenção Psi-
2000 (dois mil) e 4000 (quatro mil) hz cossocial, Escolas de Educação Es-
(Hertz); pecial que atendem condutas típicas,
Serviços Residenciais Terapêuticos e
Oficinas Terapêuticas); (Incluído pela
II - baixa acuidade auditiva, para
Lei nº 15.051, de 17/04/06).
aqueles que apresentem perda auditi-
166
Lei nº 11.911, de 01 de Dezembro de 1997
IV - portadores de HIV, em tratamento serviço de transporte intermunicipal,
continuado em serviço-dia; (Incluído as alterações que se fizerem necessá-
pela Lei nº 15.051, de 17/04/06). rias.

V - mucoviscidose, em atendimen- Art. 7°. (Vetado).


to continuado; (Incluído pela Lei nº
15.051, de 17/04/06). Parágrafo único. (Vetado).

VI - hemofilia, em tratamento; (Inclu- Art. 8°. As empresas que exploram o


ído pela Lei nº 15.051, de 17/04/06). transporte coletivo intermunicipal co-
municarão aos estabelecimentos co-
VII - esclerose múltipla, em tratamen-
merciais, onde são efetuadas as pa-
to. (Incluído pela Lei nº 15.051, de
radas para refeições, que passarão a
17/04/06).
operar com ônibus adaptados para o
Art. 4°. As empresas que exploram transporte de pessoas portadoras de
o transporte coletivo intermunicipal deficiências, bem como que esses es-
terão prazo de 180 (cento e oitenta) tabelecimentos deverão contar com
dias, contado da data da publicação banheiros e demais instalações adap-
desta lei, para adaptar os ônibus das tados para receber esses usuários.
suas frotas na forma especificada no
artigo 2º. (Dispositivo promulgado Parágrafo único. Os estabelecimen-
pela Assembléia Legislativa e publica- tos comerciais de que trata este artigo
do em 10/04/01 pela Lei nº 13.120, de que não atenderem ao pedido de adap-
21/03/01). tação serão substituídos por outros
que apresentem condições de receber
Parágrafo único. O descumprimen- usuários portadores de deficiência.
to do disposto neste artigo implica na
rescisão, pelo Poder Executivo Estadu- Art. 9º. Somente poderão se benefi-
al, do Contrato de Conscessão do Ser- ciar desta lei usuários do transporte
viço público de transporte intermunici- coletivo cuja renda familiar per capita
pal, bem como a imposição de multa não seja superior a 1.5 salário-mínimo
a ser fixada na regulamentação des- nacional. (Incluído pela Lei nº 15.051,
ta lei. (Incluído pela Lei n° 13.120 de de 17/04/06).
21/03/2001)
Art. 10º. O Chefe do Poder Executivo
Art. 5°. A isenção do pagamento da regulamentará a presente lei no pra-
tarifa do transporte coletivo inter-
zo de sessenta (60) dias, contado da
municipal será válida também para o
publicação. (Renumerado pela Lei nº
acompanhante, desde que atestado
15.051, de 17/04/06).
por instituição especializada ou pelas
Secretarias Municipais de Saúde, que
Art. 11º. Esta Lei entrará em vigor na
o deficiente não pode se deslocar sem
acompanhante. Neste caso, além da data de sua publicação, revogadas as
carteira do deficiente será emitida uma disposições em contrário. (Renumera-
exclusiva para o acompanhante vincu- do pela Lei nº 15.051, de 17/04/06).
lando o nome do titular. (Nova redação
dada pela Lei nº 15.051, de 17/04/06). Palácio do Governo em Curitiba, em 01
de dezembro de 1997.
Art. 6°. Face ao que dispõe esta lei, a Jaime Lerner
Secretaria de Estado dos Transportes Governador do Estado
aditará, nos contratos de concessão do
167
Lei nº 13.450, de 11 de Janeiro de 2002
Lei nº 13.450, VII - estabelecimento de ensino pú-
de 11 de Janeiro de 2002 blico ou privado de qualquer curso ou
grau;
Dispõe que os deficientes visuais
acompanhados por cães guias, es- VIII - clubes sociais abertos ao públi-
pecialmente treinados para este fim,
têm direito ao acesso e permanência
co;
em qualquer local aberto ao público,
conforme especifica. IX - salões de cabeleireiros, barbearias
ou estabelecimentos similares;
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- X - entradas sociais em edifícios públi-
guinte lei: cos ou residenciais, elevadores e esca-
das de acesso aos mesmos, bem como
Art. 1º. Os deficientes visuais acom- áreas comuns de condomínios;
panhados por cães guias, especial-
mente treinados para este fim, têm XI - meios de transportes públicos ou
direito ao acesso e permanência em concedidos;
qualquer local aberto ao público ou uti-
lizado pelo público, gratuitamente ou XII - estabelecimentos religiosos de
mediante pagamento de ingresso, no qualquer natureza.
Estado do Paraná.
§ 2°. Nos locais onde haja cobrança de
§ 1°. Para efeito do disposto no “ca- ingresso é vedada a cobrança de qual-
put” deste artigo, consideram-se locais quer taxa ou contribuição extra pelo
abertos ao público, utilizados pelo pú- ingresso e permanência do cão-guia.
blico:
Art. 2º. Os deficientes visuais quando
I - próprios estaduais de uso comum acompanhados do cão-guia deverão
do povo e de uso especial; portar documentos que comprovem
que o animal recebeu treinamento.
II - edifícios de órgãos públicos em ge-
ral; Art. 3º. Os estabelecimentos e pesso-
as que impedirem o acesso e perma-
III - hotéis, pensões, estalagens ou es- nência de deficientes visuais acompa-
tabelecimentos similares; nhados do cão-guia estão sujeitos às
seguintes penalidades:
IV - lojas de qualquer gênero, restau-
rantes, bares, confeitarias, ou locais I - advertência e multa de 2.000 (dois
semelhantes; mil) FACs – Fator de Atualização e
Conversão Monetária, na primeira in-
V - cinemas, teatros, estádios, ginásios fração;
ou qualquer estabelecimento público
de diversão ou esporte; II - multa de 4.000 (quatro mil) FACs-
Fator de Atualização e Conversão Mo-
VI - supermercados, “shopping cen- netária, na primeira reincidência;
ters”, ou qualquer tipo de estabeleci-
mento comercial ou de prestação de III - multa de 6.000 (seis mil) FACs -
serviços; Fator de Atualização e Conversão Mo-
netária, na segunda reincidência.

168
Lei nº 14.165, de 29 de Outubro de 2003
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na Art. 3º. Serão afixados nas sedes dos
data de sua publicação. órgãos públicos e dos estabelecimen-
tos comerciais em geral, informativos
Palácio do Governo em Curitiba, em 11 que destaquem benefício estabelecido
de janeiro de 2002. nesta lei.
Jaime Lerner
Governador do Estado Art. 4º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Lei n° 14.165,
de 29 de Outubro de 2003 Palácio Dezenove de Dezembro, em 29
de outubro de 2003.
Dispõe sobre atendimento prioritá- Hermas Brandão
rio aos portadores de deficiência nas Presidente
condições que especifica.

A Assembléia Legislativa do Estado do Lei nº 14.271,


Paraná aprovou e eu promulgo, nos de 24 de Dezembro de 2003
termos do § 7º do Artigo 71 da Cons-
tituição Estadual, a seguinte Lei: (Pro- Dispõe sobre fornecimento de cadei-
jeto de Lei n° 188/2003, vetado e as ra de rodas para deficientes físicos e
idosos, nos estabelecimentos que es-
razões de veto não mantida pela As- pecifica.
sembléia Legislativa)

Art. 1º. As pessoas físicas portado- A Assembléia Legislativa do Estado do


ras de deficiência perceberão, dos Paraná decretou e eu sanciono a se-
responsáveis pelos órgãos públicos e guinte lei:
pelos estabelecimentos comerciais em
geral, tais como, hospitais, postos de Art. 1º. Ficam os estabelecimentos
saúde, repartição nas áreas de educa- centrais de compras e “shopping cen-
ção, energia, habitação, saneamento, ters” obrigados a fornecer, gratuita-
saúde, comunicação, farmácias, res- mente, cadeira de rodas para deficien-
taurantes, cinemas, livrarias, teatros, tes físicos e idosos.
estádios de futebol, tratamento priori-
tário no atendimento e na consecução Art. 2º. A utilização de cadeira de ro-
de todas as diligencias ou atos que se das a que se refere o art. 1º desta lei
fizerem necessários para a observân- será restrita à área do estabelecimento
cia de seus legítimos interesses. comercial, ao qual compete manter o
equipamento em perfeita condição de
Parágrafo único. O interessado na uso.
obtenção do benefício previsto nesta
lei deverá requere-lo de forma escrita Art. 3º. O estabelecimento comercial
ou verbal ao responsável ou atendente de que trata o art. 1º desta lei afixará
respectivo, no instante em que se fizer em suas dependências interna e ex-
presente no estabelecimento. terna, em local de grande visibilidade,
placas indicativas dos postos de retira-
Art. 2º. A prioridade estabelecida nes- da de cadeira de rodas.
ta lei deverá ser efetiva, devendo o
responsável pelo estabelecimento, me- Art. 4º. A inobservância do disposto
diante o requerimento do interessado, nesta lei sujeitará os estabelecimentos
demonstrar a preferência em certidão infratores a multa diária de 500 Unida-
circunstanciada. des Fiscais de Referência – UFIR’s.
169
Lei nº 15.267, de 18 de Setembro de 2006
Art. 5º. O Poder Executivo regulamen- lei isentos de realização do mesmo.
tará esta lei no prazo de (60) sessenta
dias da data de sua publicação. Art. 3°. Ficam excluídos da prioridade
de que trata o art. 1º, os estabeleci-
Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na mentos de ensino que não possuam
data de sua publicação, revogadas as as condições necessárias para educa-
disposições em contrário. ção de portadores de deficiência física,
mental e sensorial.(Nova redação dada
Palácio do Governo em Curitiba, em 24 pela Lei n° 16.904 de 14/09/2011)
de dezembro de 2003.
Roberto Requião Art. 4°. A prioridade de vaga de que
trata esta lei abrange as creches pú-
Governador do Estado
blicas.

Lei n° 15.267, Parágrafo único. Ficam excluídas da


de 18 de Setembro de 2006 prioridade de que trata esta lei as cre-
ches que não possuam as condições
Assegura à pessoa com deficiência necessárias para o atendimento de
física, mental e sensorial, prioridade portadores de deficiência física, mental
de vaga em Escola Pública próxima da e sensorial.
residência, conforme especifica.

Art. 5°. O Poder Executivo regulamen-


A Assembléia Legislativa do Estado do tará a presente lei no prazo de 60 dias
Paraná decretou e eu sanciono a se- a contar da sua publicação.
guinte lei:
Art. 6°. Esta Lei entrará em vigor na
Art. 1°. Fica Assegurado à pessoa por- data de sua publicação.
tadora de deficiência física, mental, ou
sensorial, prioridade de vaga em Es- Palácio do Governo em Curitiba, em 18
cola Pública que seja localizada mais de setembro de 2006.
próxima a sua residência. Hermas Brandão
Governador do Estado, em exercício
§ 1°. Para efeito desta lei, estabeleci-
mento mais próximo será considera-
Lei nº 15.427,
do aquele cuja distância da residência
seja menor ou que seja mais fácil seu de 15 de Janeiro de 2007
acesso por meio de transporte coletivo.
Fica obrigatório para as empresas de
energia elétrica, água e esgoto, tele-
§ 2°. Havendo dois estabelecimentos fone fixo e telefonia celular a utiliza-
de ensino considerados próximos, po- ção de informações básicas no siste-
derá o portador de deficiência optar ma braille conforme especifica.
por qualquer instituição.
A Assembléia Legislativa do Estado do
§ 3°. Para a obtenção da prioridade de Paraná aprovou e eu promulgo, nos
que trata o art. 1º, deverão os porta- termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
dores de deficiência apresentar junto à tuição Estadual, os seguintes dispositi-
instituição de ensino comprovante de vos do Projeto de Lei nº 684/05:
residência.
Art. 1º. As empresas de energia elé-
Art. 2°. Nos estabelecimentos de en-
trica, água e esgoto, telefonia fixa e
sino cujo ingresso dependa de teste
telefonia celular no Estado do Paraná
seletivo, ficarão os abrangidos por esta
170
Lei nº 15.430, de 15 de Janeiro de 2007
deverão, no prazo e modo que esta- larização.
belecerem o presente diploma legal,
fornecer nas faturas e documentos de Art. 5º. Esta lei entrará em vigor na
cobrança informações básicas no siste- data de sua publicação.
ma Braille.
Palácio Dezenove de Dezembro, em 15
Parágrafo único. A impressão em de janeiro de 2007.
Braille será, obrigatoriamente, na par- Hermas Brandão
te superior do documento. Presidente

Art. 2º. As empresas concessionárias Lei nº 15.430,


poderão optar pela impressão em to-
de 15 de Janeiro de 2007
dos os documentos, ou realizar o ca-
dastramento dos portadores de defici- Obrigatoriedade das embalagens de
ência visual. produtos industrializados terem ins-
crição em Braille.
Parágrafo único. Caso a empresa
opte pelo cadastramento dos portado- A Assembléia Legislativa do Estado do
res de deficiência visual deverá promo- Paraná aprovou e eu promulgo, nos
ver publicidade da forma e dos prazos termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
desse cadastramento, dentro do prazo tuição Estadual, os seguintes dispositi-
estabelecido no artigo 4º da presente vos do Projeto de Lei nº 140/05:
lei.
Art. 1º. É obrigatório que os produtos
Art. 3º. A impressão em Braille deverá industrializados no Estado do Paraná
conter, no mínimo, as seguintes infor- tenham inscrições em Braille.
mações:
§ 1º. Os produtos industrializados que
I – data de vencimento;
o Art. 1º se refere são:
II – valor;
- produtos de beleza;
III – valor dos juros, multa por atraso; e
- produtos alimentícios;
IV – nome da empresa.
- eletrodomésticos (manual e painel de
Parágrafo único. Em caso de reavi- controle), e
so de vencimento a palavra REAVISO
também será impressa em Braille. - medicamentos.

Art. 4º. As empresas de que trata a § 2º. As inscrições nas embalagens de-
presente lei deverão providenciar a im- verão conter informações e caracterís-
pressão no sistema Braille em até 180 ticas dos produtos tais como:
dias contados da publicação da pre-
sente lei. - valor calórico;

Parágrafo único. As empresas que - o que é o produto;


não cumprirem quaisquer dos disposi-
tivos desse instrumento sofrerão mul- - composição química;
ta de R$150.000,00 (cento e cinquenta
mil reais) por mês, até a devida regu- - funcionamento;
171
Lei nº 15.432, de 15 de Janeiro de 2007
- contra indicações. Art. 4º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Art. 2º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação. Palácio do Governo em Curitiba, em 15
de janeiro de 2007.
Palácio do Governo em Curitiba, em 15 Hermas Brandão
de janeiro de 2007. Presidente
Hermas Brandão
Presidente Lei n° 15.984,
de 27 de Novembro de 2008

Lei nº 15.432, Dispõe que os hospitais e maternida-


de 15 de Janeiro de 2007 des estaduais prestarão assistência
especial às parturientes cujos filhos
recém-nascidos apresentem qualquer
Dispõe sobre a obrigatoriedade do
tipo de deficiência crônica que impli-
cardápio em linguagem braille em ho-
que tratamento continuado, consta-
téis, restaurantes e similares.
tado durante o período de internação
para o parto, conforme especifica.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná aprovou e eu promulgo, nos A Assembléia Legislativa do Estado do
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti- Paraná decretou e eu sanciono a se-
tuição Estadual, os seguintes dispositi- guinte lei:
vos do Projeto de Lei nº 536/05:
Art. 1°. Os hospitais e maternidades
Art. 1º. Ficam os hotéis, restaurantes estaduais prestarão assistência espe-
e similares, que possuam cardápios cial às parturientes cujos filhos recém-
como meios informativos de seus pro- nascidos apresentem qualquer tipo de
dutos aos clientes, obrigados a produ- deficiência crônica que implique trata-
zir e dispor de exemplar na linguagem mento continuado, constatado durante
braille, para atendimento às necessi- o período de internação para o parto.
dades dos deficientes visuais.
Parágrafo único. A assitência espe-
cial de que trata esta lei consistirá:
Parágrafo único. Para efeitos desta
lei, considera-se cardápio como sendo
I - na prestação de informações por
o encarte portfólio informativo do rol
escrito à parturiente, ou a quem a re-
de produtos e serviços oferecidos ha-
presente, sobre os cuidados a serem
bitualmente aos consumidores clientes tomados com o recém-nascido por
dos estabelecimentos comerciais refe- conta de sua deficiência ou patologia;
ridos no caput deste artigo.
II - no fornecimento de listagem das
Art. 2º. Os estabelecimentos públicos instituições, públicas e privadas, espe-
ou privados, atingidos pela obrigação cializadas na assistência a portadores
imposta por esta norma, terão o pra- da deficiência ou patologia específica.
zo máximo de 120 (cento e vinte) dias
para adequação ao preceito nela conti- Art. 2°. Esta Lei entrará em vigor na
do, a contar da publicação da lei. data de sua publicação.

Art. 3º. O Poder Executivo regulamen- Palácio do Governo em Curitiba, em


tará a presente lei em 60 (sessenta) 27 de novembro de 2008.
dias. Roberto Requião
Governador do Estado
172
Lei nº 16.005, de 02 de Dezembro de 2008
Lei nº 16.005, ta, a ser prevista no regulamento, sem
de 02 de Dezembro de 2008 prejuízo de outras cominações legais.

Dispõe sobre a obrigatoriedade de Art. 4°. Esta lei entrará em vigor na


empresas que mantém guichês em data de sua publicação.
terminais rodoviários e aeroportos,
bem como os estabelecimentos ban-
cários de disponibilizarem cadeira de Palácio do Governo em Curitiba, em 02
rodas e dá outras providências. de dezembro de 2008.
Nelson Justus
A Assembléia Legislativa do Estado do Presidente
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do §7° do Artigo 71 da Consti- Lei nº 16.048,
tuição Estadual, os seguintes dispositi- de 19 de Fevereiro de 2009
vos do Projeto de Lei n° 336/08:
Obriga o fornecimento de cadeiras de
Art. 1°. Ficam os estabelecimentos rodas para deficientes físicos e ido-
bancários, as empresas que mantém sos, pelos centros comerciais, sho-
pping-centers ou estabelecimentos
guichês em terminais rodoviários e ae- similares, em todo Estado do Paraná,
roportos no Estado do Paraná, obriga- conforme especifica.
das a manter, no mínimo, uma cadeira
de rodas à disposição de portadores A Assembléia Legislativa do Estado do
de necessidade especiais, idosos ou de Paraná decretou e eu sanciono a se-
pessoas necessitadas, circunstancial- guinte lei:
mente, do uso do equipamento, quan-
do em trânsito. Art. 1º. Fica obrigatório o forneci-
mento de cadeiras de rodas para de-
§ 1º. A utilização do equipamento a ficientes físicos e idosos, pelos centros
que se refere o caput deste artigo será comerciais, shopping-centers ou esta-
gratuita. belecimentos similares, em todo Esta-
do do Paraná.
§ 2°. O equipamento a ser mantido e Paragrafo único. O número de cadei-
utilizado deverá estar de acordo com ras de rodas a ser disponibilizada deve
as recomendações da Associação Bra- ser proporcional ao número de esta-
sileira de Normas Técnicas - ABNT. belecimentos pertencentes ao centro
comercial, na proporção mínima de 01
§ 3°. As empresas e estabelecimentos (uma) cadeira para cada 20 estabele-
bancários deverão providenciar a ca- cimentos.
deira de rodas a que se refere o caput
deste artigo no prazo de 30 (trinta) Art. 2º. O fornecimento das cadeiras
dias a contar da publicação desta lei. de rodas referido no artigo 1º será
gratuito, sem qualquer ônus para o
Art. 2°. As empresas deverão afixar usuário, cabendo, exclusivamente aos
estabelecimentos comerciais mencio-
placas ou cartazes, em locais visíveis,
nados, o fornecimento e a manutenção
indicando a disponibilidade e o local das mesmas, em perfeitas condições
que abriga o equipamento para ofere- de uso.
cimento e utilização pelo usuário ne-
cessitado. Art. 3º. Os centros comerciais deve-
rão afixar em suas dependências inter-
Art. 3°. O descumprimento desta lei nas, inclusive nas garagens, cartazes
sujeita ao infrator a aplicação de mul- ou placas indicativas dos locais onde as

173
Lei nº 16.087, de 23 de Abril de 2009
cadeiras de rodas encontram-se dispo- § 1º. Em caso de reincidência, após
níveis aos usuários. decorrido o prazo de 30 (trinta) dias,
contados a partir da aplicação da pri-
Art. 4º. O estabelecimento que violar meira multa, o valor da multa a que
o previsto nesta lei incorrerá em multa se refere o caput deste artigo será do-
diária no valor de 100 (cem) UFIR’s. brado.

Art. 5º. Para seu fiel cumprimento, § 2°. Os valores arrecadados com as
esta lei poderá ser regulamentada pelo multas deverão ser destinados ao Fun-
Poder Executivo. do Estadual de Defesa do Consumidor,
nos termos da Lei nº 14975/05.
Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação. Art. 3º. Para seu fiel cumprimento,
esta lei poderá ser regulamentada pelo
Palácio do Governo em Curitiba, em 19 Poder Executivo.
de fevereiro de 2009.
Roberto Requião Art. 4º. Esta lei entrará em vigor de-
Governador do Estado pois de contados 60 (sessenta) dias da
data de sua publicação.
Lei nº 16.087,
de 23 de Abril de 2009 Parágrafo único. O período compre-
endido entre a data da publicação e da
Dispõe sobre adequação dos guichês
entrada em vigor da lei ficará destina-
de atendimento no Estado do Paraná do para os estabelecimentos se ade-
às pessoas portadoras de deficiência quarem.
que utilizem cadeiras de roda.
Palácio do Governo em Curitiba, em 23
A Assembléia Legislativa do Estado do de abril de 2009.
Paraná aprovou e eu promulgo, nos Nelson Justus
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti- Presidente
tuição Estadual, os seguintes dispositi-
vos do Projeto de Lei nº 271/08:
Lei n° 16.502,
Art. 1º. Os terminais rodoviários, es- de 19 de Maio de 2010
tações de transporte, cinemas, tea-
Assegura a matrícula para o aluno
tros, casa de shows, agências bancá-
portador de deficiência locomotora
rias, dos correios ou lotéricas ou todo em escola pública próxima de sua re-
e qualquer outro estabelecimento que sidência, independente de vaga, con-
utilize guichês de atendimento, no Es- forme especifica.
tado do Paraná, deverão manter ao
menos um de seus guichês adequado A Assembléia Legislativa do Estado do
à altura e condizentes às necessidades Paraná decretou e eu sanciono a se-
das pessoas portadoras de deficiência, guinte lei:
que utilizam cadeiras de roda, para
que os mesmos tenham um melhor
Art. 1º. Fica assegurada a matrícula
contato visual e de comunicação com
o funcionário. para o aluno portador de deficiência
locomotora em escola pública próxima
Art. 2º. O descumprimento do dispos- de sua residência, independente de
to nesta lei sujeitará os responsáveis vaga.
ao pagamento de multa, correspon-
dente a 500 (quinhentos) UFIR’s, não Art. 2º. O aluno portador de defici-
os desobrigando de seu posterior cum- ência locomotora deverá apresentar
primento.
174
Lei nº 16.629, de 22 de Novembro de 2010
comprovante de residência, quando fi- § 2º. As instruções e orientações ao
zer a solicitação de matrícula. usuário do sistema deverão ser feitas
através do dispositivo de áudio.
Art. 3º. A direção da escola pública
poderá solicitar, quando da matrícula, § 3º. O áudio, a que se refere o caput
atestado médico comprobatório da de- deste artigo, deverá ser feito por meio
ficiência locomotora. de fones de ouvido.

Art. 4º. As escolas deverão oportuni- Art. 2º. O acesso do deficiente visu-
zar que os alunos com deficiência lo- al ao caixa eletrônico de que trata o
comotora façam parte de turmas cujas artigo 1º desta lei deverá ser através
salas de aula estejam localizadas em de piso tátil, emborrachado e com sa-
espaços físicos de fácil acesso. liências.

Parágrafo único. As escolas farão as Art. 3º. A fiscalização do cumprimento


adaptações necessárias para o cumpri- desta lei ficará sob a responsabilidade
mento do estabelecido no caput deste do PROCON.
artigo.
Art. 4º. O descumprimento desta lei
ficará o infrator sujeito à advertência e
Art. 5º. As despesas decorrentes da
em caso de reincidência será aplicada
ampliação desta lei correrão por conta
multa estipulada pelo órgão fiscaliza-
de dotações orçamentárias próprias.
dor.
Art. 6°. Esta lei entra em vigor na data
Art. 5º. Esta lei entrará em vigor na
de sua publicação.
data de sua publicação.
Palácio do Governo em Curitiba, em 19 Palácio do Governo em Curitiba, em 22
de maio de 2010. de novembro de 2010.
Orlando Pessuti Orlando Pessuti
Governador do Estado Governador do Estado

Lei nº 16.629, Lei nº 16.638,


de 22 de Novembro de 2010 de 25 de Novembro de 2010

Torna obrigatório caixa eletrônico em Obriga as farmácias e drogarias situ-


braille e áudio para deficientes visuais adas no Estado do Paraná a manter à
em todas as agências bancárias do disposição do público, para consulta,
Estado do Paraná. lista de medicamentos genéricos, em
braille.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- A Assembléia Legislativa do Estado do
guinte lei: Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
Art. 1º. Torna obrigatório caixa eletrô-
tuição Estadual, os seguintes dispositi-
nico em braille e áudio para deficientes
vos do Projeto de Lei nº 089/10:
visuais em todas as agências bancárias
do Estado do Paraná.
Art. 1º. Ficam obrigadas as farmácias
§ 1º. As disposições de que trata este e drogarias situadas no Estado do Pa-
artigo se aplicam em todo e qualquer raná a manter à disposição do público,
tipo de rede bancária. para consulta, lista de medicamentos
175
Lei nº 16.725, de 23 de Dezembro de 2010
genéricos, em Braille. Art. 2°. Os estabelecimentos de en-
sino discriminados no artigo 1º desta
Art. 2º. O descumprimento do dispos- lei terão o prazo de 12 meses para to-
to nesta lei sujeitará ao infrator, as se- marem as devidas providências para
guintes sanções: disponibilização das referidas cadeiras.

I - advertência; Art. 3°. Esta lei entrará em vigor na


data de sua publicação.
II - multa de R$ 5.000,00 (cinco mil Palácio do Governo em Curitiba, em 23
reais); de dezembro de 2010.

III - cassação da Inscrição Estadual. Orlando Pessuti


Governador do Estado
Art. 3º. Os estabelecimentos terão um
prazo de 180 (cento e oitenta) dias a
Lei nº 17.677,
contar da data de publicação desta lei,
de 10 de Setembro de 2013
para se adequarem a presente lei.

Art. 4º. O Poder Executivo regulamen- Proíbe a cobrança de valores adicio-


tará esta lei no prazo de 90 (noventa) nais – sobretaxas para matrícula ou
dias de sua publicação. mensalidade de estudantes portado-
res de Síndrome de Down, autismo,
transtorno invasivo do desenvolvi-
Art. 5º. Esta lei entrará em vigor na mento ou outras síndromes.
data de sua publicação.
A Assembleia Legislativa do Estado do
Palácio do Governo em Curitiba, em 25 Paraná decretou e eu sanciono a se-
de novembro de 2010. guinte lei:
Nelson Justus
Art. 1°. Fica proibida a cobrança de
Presidente
taxa de reserva ou sobretaxa ou a co-
brança de quaisquer valores adicionais
Lei n° 16.725, para matrícula, renovação de matrícula
de 23 de Dezembro de 2010 ou mensalidade de estudantes porta-
dores de Síndrome de Down, autismo,
Dispõe que os estabelecimentos da
transtorno invasivo do desenvolvimen-
rede estadual pública e da rede pri-
vada ficam obrigados a disponibilizar, to ou outras síndromes, com vistas a
tantas quantas forem necessárias, ca- garantir o ingresso do estudante em
deiras especiais para os alunos porta- instituição de ensino.
dores de deficiência.

Art. 2°. As instituições de ensino de-


A Assembléia Legislativa do Estado do
vem estar preparadas para receber
Paraná decretou e eu sanciono a se-
o aluno especial, dispondo de corpo
guinte lei:
docente qualificado para tal, a fim de
atender todas as necessidades desse
Art. 1°. Os estabelecimentos da rede
aluno, sem que isso implique gastos
estadual pública e da rede privada fi-
extras.
cam obrigados a disponibilizar, tantas
quantas forem necessárias, cadeiras
Art. 3°. O descumprimento do precei-
especiais para os alunos portadores de
tuado nesta Lei sujeitará a instituição
deficiência.
infratora ao pagamento de multa no
176
Lei nº 17.802, de 05 de Dezembro de 2013
valor equivalente a 60 (sessenta) UPF/ e espetáculos em geral no Estado do
PR (Unidade Padrão Fiscal do Paraná) Paraná.
por aluno portador de qualquer síndro-
me. Art. 2°. Os estabelecimentos do seg-
mento cultural terão o prazo de cento e
Parágrafo único. O valor estabeleci- oitenta dias, a partir de regulamenta-
do no caput deste artigo será revertido ção da presente Lei, para promoverem
para a Secretaria de Educação do Es- as adequações necessárias.
tado do Paraná.
Art. 3°. O não cumprimento da pre-
Art. 4°. O Poder Executivo Estadual sente Lei acarretará nas seguintes pe-
poderá regulamentar esta Lei no que nalidades, de forma sucessiva, no caso
for necessário. de sua inobservância:

Art. 5°. Esta Lei entra em vigor na I - notificação;


data de sua publicação.
II - advertência;
Palácio do Governo, em 10 de setem-
bro de 2013. III - multa, no valor de 200 UPFs-PR
Carlos Alberto Richa (Unidade Padrão Fiscal do Estado do
Governador do Estado Paraná);

Flavio Arns IV - interdição, se não sanada a irregu-


Secretário de Estado da Educação laridade no prazo de trinta dias após a
notificação.
Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo Art. 4°. O Poder Executivo regulamen-
tará a presente Lei no prazo de ses-
Reinhold Stephanes senta dias, contados da data de sua
Chefe da Casa Civil publicação.

Pedro Lupion Art. 5°. Esta Lei entra em vigor na


Deputado Estadual data de sua publicação.

Lei nº 17.802, Palácio do Governo, em 05 de dezem-


de 05 de Dezembro de 2013 bro de 2013.
Carlos Alberto Richa
Dispõe sobre a obrigatoriedade de Governador do Estado
reserva de assento ao acompanhante
da pessoa com deficiência em teatros, Paulino Viapiana
cinemas, casa de shows e espetáculos Secretário de Estado da Cultura
em geral no Estado do Paraná.

Cezar Silvestri
A Assembleia Legislativa do Estado do Secretário de Estado de Governo
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte Lei: Reinhold Stephanes
Chefe da Casa Civil
Art. 1°. Fica obrigatória a destina-
ção de reserva de assento ao acom- Gilson de Souza
panhante da pessoa com deficiência Deputado Estadual
em teatros, cinemas, casas de shows
177
Lei nº 17.854, de 19 de Dezembro de 2013
Lei nº 17.854, Art. 3°. Esta Lei entra em vigor na
de 19 de Dezembro de 2013 data de sua publicação.

Palácio do Governo, em 19 de dezem-


Torna obrigatória a afixação de carta- bro de 2013.
zes em todos os estabelecimentos de
Carlos Alberto Richa
comercialização de passagens aéreas
localizados no Estado do Paraná, em Governador do Estado
locais visíveis aos funcionários e aos
consumidores, informando que na Maria Tereza Uille Gomes
hipótese da empresa aérea exigir a
presença de um acompanhante para
Secretária de Estado da Justiça, Cida-
o passageiro portador de deficiência, dania e Direitos Humanos
deverá oferecer para o seu acompa-
nhante, desconto de, no mínimo, oi-
Cezar Silvestri
tenta por cento da tarifa cobrada do
passageiro portador da deficiência. Secretário de Estado de Governo

A Assembleia Legislativa do Estado do Reinhold Stephanes


Chefe da Casa Civil
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Pedro Lupion
Deputado Estadual
Art. 1°. Ficam todos os estabelecimen-
tos de comercialização de passagens
aéreas localizados no Estado do Paraná
Decreto nº 4.742,
obrigados a afixar cartazes em locais de 15 de Maio de 2009
visíveis aos funcionários e aos consu- Regulamenta a Lei nº 11.911/97, com
midores informando que na hipótese as alterações das Leis nº 13.120/2001
da empresa aérea exigir a presença de e nº 15.051/2006, que assegura
transporte gratuito nas linhas comuns
um acompanhante para o passageiro do transporte intermunicipal de pas-
portador de deficiência, deverá ofere- sageiros aos portadores de deficiência
comprovadamente carentes.
cer para o seu acompanhante descon-
to de, no mínimo, oitenta por cento da
O Governador do Estado do Paraná, no
tarifa cobrada do passageiro portador
uso das atribuições que lhe confere o
da deficiência. art. 87, incisos V e VI da Constituição
Estadual, tendo em vista o disposto
Parágrafo único. Os cartazes a que se nas Lei nº 11.911/97, nº 13.120/2001
refere o caput deste artigo serão afixa- e nº 15.051/2006,
dos em local visível e deverão ser con-
feccionados no formato A3 (297mm de Decreta:
largura e 420mm de altura), com texto
impresso com letras proporcionais às Art. 1º. Fica regulamentado pelo pre-
dimensões da área do local e do cartaz sente Decreto o transporte gratuito
nas linhas comuns do transporte inter-
e de fácil visualização.
municipal de passageiros aos portado-
res de deficiência, de que trata a Lei
Art. 2°. a inobservância ao disposto Estadual nº 11.911/97.
nesta Lei sujeitará o infrator às pena-
lidades previstas no Código de Defesa Parágrafo único. A gratuidade aqui
do Consumidor, instituído pela Lei nº regulamentada se estende também às
8.078, de 11 de setembro de 1990. linhas de ônibus que compõem as re-

178
Decreto nº 4.742, de 15 de Maio de 2009
des integradas de transporte coletivo a que se refere o artigo anterior, são
de regiões metropolitanas. necessários:

Art. 2º. O benefício da gratuidade aqui I - requerimento em formulário dirigi-


regulado é garantido, nos termos da do ao Conselho ou entidade pelo inte-
Lei 15.051/2006, aos portadores das ressado, procurador ou representante
seguintes patologias crônicas: legal (pai, mãe, tutor ou curador);

I - insuficiência renal crônica, em tera- II - laudo de avaliação fornecido por


pia renal substitutiva; profissional habilitado do Sistema Úni-
co de Saúde, da Secretaria de Estado
II - câncer, em tratamento de quimio- da Saúde ou do Município, com iden-
terapia ou radioterapia; tificação, informação sobre a defici-
ência ou patologia, informação sobre
III - transtornos mentais graves, em a necessidade de acompanhante e de
tratamento continuado, em serviços- eventual nova avaliação;
dia (Hospital-dia, Núcleo de Atenção
Psicossocial, Escolas de Educação Es- III - declaração de carência de recur-
pecial que atendem condutas típicas, sos financeiros pelo interessado, pro-
Serviços Residenciais Terapêuticos e curador ou representante legal, no
Oficinas Terapêuticas); sentido da renda mensal per capita ser
igual ou inferior a 1,5 salário mínimo
IV - portadores de HIV, em tratamento nacional, juntando comprovante de
continuado em serviço-dia; rendimentos e avaliação sócio-econô-
mica fornecida pelo serviço social do
V - hemofilia, em tratamento; município de domicílio.

VI - esclerose múltipla, em tratamen- § 1º. Nos casos de deficiência aparen-


to. te, fica dispensado o laudo previsto no
inciso II deste artigo.
Art. 3º. A concessão da isenção à pes-
soa com deficiência ou com patologia § 2º. Na hipótese do interessado não
crônica, mediante expedição de car- ser alfabetizado ou estar impossibilita-
teira específica, será concedida pelo do de assinar, será admitida a impres-
Conselho Estadual dos Direitos da Pes- são digital na presença do funcionário
soa com Deficiência, após análise do do órgão autorizador que fará a identi-
órgão gestor de políticas de assistên- ficação, ou a assinatura a rogo, na pre-
cia social do município, e da avaliação sença de duas testemunhas.
médica realizada na unidade de saúde
do domicílio do interessado. (Nova re- § 3º. A falsa declaração ou comprova-
dação dada pelo Decreto nº 6.179, de ção de renda mensal sujeitará o infra-
02/02/10). tor às penas da Lei, bem como a perda
do benefício.
Parágrafo único. A Secretaria de Es-
tado dos Transportes confeccionará a § 4º. A carteira que dará direito à gra-
Carteira de Isenção, mediante solicita- tuidade terá validade mínima de doze
ção do Conselho Estadual dos Direitos meses.
da Pessoa com Deficiência. (Incluído
pelo Decreto nº 6.179, de 02/02/10). Art. 5º. Na carteira concedida ao be-
neficiário deverá constar:
Art. 4º. Para a expedição da carteira

179
Decreto nº 4.742, de 15 de Maio de 2009
I - dados de identificação e foto do por- Art. 11º. As empresas concessioná-
tador; rias ou permissionárias deverão emitir
o bilhete de passagem no ato da apre-
II - informação sobre a deficiência; sentação da carteira e documento de
identificação.
III - necessidade ou não de acompa-
nhante; § 1º. Na emissão do bilhete de pas-
sagem para o transporte gratuito não
IV - data de expedição e data de va- poderão ser cobradas taxas referentes
lidade. ao uso de balsas, ferry-boats, de em-
barque ou de pedágio e não será co-
Art. 6º. A isenção de tarifa de que tra- missionado.
ta este Decreto é válida também para o
acompanhante, desde que comprova- § 2º. As empresas prestadoras dos
da a necessidade. (Nova redação dada serviços deverão reservar no mínimo 2
pelo Decreto nº 6.179, de 02/02/10). (dois) assentos em cada viagem, pre-
ferencialmente na primeira fila de pol-
Art. 7º. A Secretaria de Estado dos tronas para conferir acessibilidade aos
Transportes se encarregará de enviar portadores de deficiência até uma hora
a respectiva carteira ao endereço do antes do embarque.
beneficiário, na medida que a mesma
for confeccionada. (Nova redação dada § 3º. Na hipótese de nenhum benefi-
pelo Decreto nº 6.179, de 02/02/10). ciário demonstrar interesse em viajar,
após o prazo previsto no artigo 10, as
Art. 8º. O Secretário de Estado da empresas prestadoras dos serviços po-
Saúde, mediante Resolução, definirá derão colocar à venda os bilhetes de
as unidades médicas da Pasta capaci- referidos assentos reservados.
tadas a realizar avaliação e o modelo
do laudo a ser expedido. § 4º. Os funcionários das empresas
transportadoras deverão auxiliar no
Parágrafo único. Todas as unidades embarque e desembarque dos benefi-
médicas que realizarem a avaliação no ciários, tantos nos terminais das linhas
âmbito estadual ou municipal deverão como nos pontos de parada e apoio ao
adotar o modelo do laudo de que trata longo do itinerário.
o caput deste artigo.
§ 5º. As empresas transportadoras
Art. 9º. As Secretarias de Saúde do providenciarão a capacitação de seu
Estado e dos Municípios deverão dar quadro funcional para prestar o aten-
ampla divulgação dos locais para ava- dimento adequado aos beneficiários.
liação e os Conselhos Municipais e en-
tidades a que se refere o artigo 3º des- § 6º. Os equipamentos indispensáveis
te Decreto deverão também divulgar à locomoção e à vida da pessoa por-
os locais para expedição das carteiras tadora de deficiência serão transpor-
e procedimentos adotados para tal fim. tados de forma adequada, acessível e
gratuitamente pela empresa, além de
Art. 10º. Os interessados no benefí- sua bagagem.
cio de que trata este Decreto deverão
promover a reserva da passagem com § 7º. No embarque deverá o benefici-
antecedência mínima de vinte e qua- ário apresentar a carteira de isenção
tro horas do embarque, nos casos de acompanhada de documento de iden-
linhas de transporte coletivo intermu- tificação.
nicipal.
180
Lei nº 16.721, de 23 de Dezembro de 2010
Art. 12º. O uso indevido da isenção § 1°. A divulgação dos preços deve ser
de que trata este Decreto acarretará feita de forma destacada e acessível,
em cancelamento do benefício, sem permitindo que o consumidor diferen-
prejuízo das sanções penais e cíveis cie imediatamente o valor do produto
cabíveis. do valor dos impostos embutidos no
preço final.
Art. 13º. Compete ao DER/PR e à CO-
MEC a fiscalização da operacionaliza- § 2°. O disposto neste artigo aplica-se
ção do benefício. a toda e qualquer exposição pública
para a venda, inclusive em vitrines e
Art. 14º. O Secretário de Estado dos similares.
Transportes, no prazo de 90 (noven-
ta) dias da edição deste Decreto, edi- § 3°. O disposto neste artigo é ina-
tará normas complementares defini- plicável à propaganda comercial, que
doras das adaptações a serem feitas deve observar a legislação federal per-
nos veículos das frotas das empresas tinente.
concessionárias ou permissionárias do
transporte rodoviário coletivo intermu- § 4°. Esta lei somente é aplicável às
nicipal de passageiros. empresas que se enquadrem no con-
ceito de fornecedor, nos termos do
Art. 15º. Fica estabelecido o prazo de artigo 3º da Lei Federal nº 8078, de
60 (sessenta) dias para a conclusão 11/09/90 - Código de Defesa do Con-
das medidas operacionais e adminis- sumidor.
trativas que se fizerem necessárias à
efetiva implantação da isenção de que Art. 2°. O Poder Executivo pode re-
trata este Decreto. gulamentar a presente lei e dispensar
categorias econômicas de seu cumpri-
Art. 16º. Este Decreto entrará em vi- mento, quando esse for inviável.
gor na data de sua publicação.
Parágrafo único. A ausência de re-
Curitiba, em 15 de maio de 2009. gulamentação não impede a eficácia
Roberto Requião
imediata da presente lei.
Governador do Estado
Art. 3°. Qualquer cidadão tem legiti-
PREÇOS midade para representar ao Ministério
Público ou aos órgãos de defesa do
consumidor informando sobre o des-
Lei nº 16.721, cumprimento desta lei.
de 23 de Dezembro de 2010
Art. 4°. O descumprimento das dispo-
Dispõe que é direito de o consumidor
saber, antes, durante a negociação e
sições contidas na presente lei, sujei-
depois da compra, o valor dos impos- tará ao infrator a multa no montante
tos embutidos no preço do produto ou equivalente a 30 UFIR’s - Unidade Fis-
do serviço, conforme especifica. cal Padrão do Estado do Paraná, a ser
aplicada pelo PROCON-PR.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Art. 5°. Esta lei entrará em vigor na
guinte lei: data de sua publicação.

Art. 1°. É direito de o consumidor sa- Palácio do Governo em Curitiba, em 23


ber, antes, durante a negociação e de- de dezembro de 2010.
pois da compra, o valor dos impostos Orlando Pessuti
embutidos no preço do produto ou do Governador do Estado
serviço.
181
Lei nº 16.723, de 23 de Dezembro de 2010
Lei n° 17.127,
Lei nº 16.723, de 17 de Abril de 2012
de 23 de Dezembro de 2010
Determina a aplicação prática do con-
Dispõe que os estabelecimentos que teúdo do § 5º, do art. 150, da Cons-
especifica, onde o consumidor tenha tituição Federal em todo Estado do
acesso direto ao produto, sem inter- Paraná.
venção do comerciante, ficam obriga-
dos a expor o preço por unidade de A Assembleia Legislativa do Estado do
medida. Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Art. 1º. Determina a obrigatoriedade,
guinte lei: em todo o Estado do Paraná, da discri-
minação na nota fiscal dos tributos in-
Art. 1°. Os supermercados, hipermer- cidentes sobre os produtos e serviços.
cados, autosserviços e mercearias,
Art. 2º. Os estabelecimentos que
onde o consumidor tenha acesso dire-
prestem serviços ou forneçam produ-
to ao produto, sem intervenção do co- tos, deverão indicar os valores do que
merciante, ficam obrigados a expor o se oferece discriminados com o apon-
preço por unidade de medida. tamento dos tributos incidentes.

Parágrafo único. Considera-se preço § 1º. A informação deverá abranger


por unidade de medida, reais por quilo, o Imposto Sobre Operações Relativas
litro, metro ou outra unidade conforme à Circulação de Mercadorias e Sobre
o caso. Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual, Intermunicipal e de Co-
municação (ICMS), o Imposto Sobre
Art. 2°. O preço por unidade de me-
Produtos Industrializados (IPI) e o Im-
dida deve ser exposto onde esteja re- posto Sobre Serviços de Qualquer Na-
gistrado o valor do produto, e ocupar tureza (ISS).
espaço não inferior a 50% (cinquenta
por cento). § 2º. As empresas ficam desobrigadas
da indicação dos tributos que não inci-
Art. 3°. A receita arrecadada pela apli- dam na operação ou que não tenham
cação das multas previstas nesta lei impacto sobre o preço da mercadoria
será revertida ao PROCON-PR. ou do serviço.

Art. 3º. ...Vetado...


Art. 4°. O Poder Executivo regulamen-
tará esta lei no prazo de 90 (noventa) Parágrafo único. ...Vetado...
dias após a sua vigência.
Art. 4º. Os estabelecimentos terão o
Art. 5°. Esta lei entrará em vigor na prazo de 180 (cento e oitenta) dias
data de sua publicação. para se adequar a presente Lei.

Palácio do Governo em Curitiba, em 23 Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na


de dezembro de 2010. data de sua publicação.

Palácio do Governo em Curitiba, em


Orlando Pessuti
de abril de 2012.
Governador do Estado Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
182
Lei nº 17.179, de 05 de Junho de 2012
Lei nº17.179,
de 05 de Junho de 2012
PRODUTOS
Obriga a informação correta, clara e
precisa dos preços dos produtos co- Lei nº 11.097,
mercializados no Estado do Paraná. de 25 de Maio de 1995

A Assembleia Legislativa do Estado do Proíbe, em todo o território parana-


Paraná decretou e eu sanciono a se- ense, a comercialização de brinque-
dos que disparem projéteis através
guinte lei: de pressão, bem como aqueles com
características de armas verdadeiras
Art. 1º. Os estabelecimentos comer- e adota outras providências.
ciais do Estado do Paraná ficam obri-
gados a prestar informação correta, A Assembléia Legislativa do Estado do
clara e precisa sobre o preço de seus Paraná decretou e eu sanciono a se-
produtos ou serviços quando pagos à guinte lei:
vista ou, no caso de pagamento parce-
lado, sobre a quantidade e os valores Art. 1º. È proibido a fabricação, trans-
das parcelas, além dos juros aplicados. porte e comercialização, em todo ter-
ritório paranaense, de brinquedos de
Parágrafo único. A informação de armas de fogo que disparem projéteis
que trata o caput deste artigo deverá através de pressão, bem como aqueles
ser de fácil leitura e compreensão e ex- com característica de armas verdadei-
posta em local de fácil acesso ao públi- ras. (Redação dada pela Lei 15.165, de
co consumidor, sendo que esta obriga- 14/06/2006)
toriedade também se aplica nos casos
Art. 2º. O não cumprimento desta lei,
de anúncios em jornais, revistas, pe-
sujeitará os estabelecimentos comer-
riódicos, canais de televisão ou outros
ciais e vendedores autônomos à mul-
meios de divulgação. (Nova redação
ta, apreensão do produto e interdição
dada pela Lei 17.545, de 17/04/13)
do estabelecimento ou atividade sem
prejuízo das sanções de natureza civil
Art. 2º. O não cumprimento desta Lei
e penal.
acarretará na aplicação das sanções
previstas no art. 56 da Lei 8.078/90 e Art. 3º. As sanções administrativas
na forma do art. 57 do mesmo diploma previstas no artigo anterior, poderão
legal. ser aplicadas cumulativamente.
Parágrafo único. ...Vetado... Art. 4º. O Poder Executivo regula-
mentará a presente lei, no prazo de 60
Art. 3º. O Poder Executivo poderá re- (sessenta) dias, a partir de sua publi-
gulamentar a presente Lei. cação.

Art. 4º. Esta Lei entra em vigor após Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na
decorridos 120 (cento e vinte) dias da data de sua publicação, revogadas as
data de sua publicação oficial. disposições em contrário.

Palácio do Governo em Curitiba, em 05 Palácio do Governo em Curitiba, em 25


de junho de 2012. de maio de 1995.
Carlos Alberto Richa Jaime Lerner
Governador do Estado Governador do Estado

183
Lei nº 12.550, de 07 de Abril de 1999
Lei nº 12.550, Art. 3º. Deve constar ainda das instru-
de 07 de Abril de 1999 ções de utilização os riscos que o pro-
duto pode oferecer quando misturado
Obriga as empresas que comerciali- em água ou em solução aquosa, por
zem Óxido de Cálcio, a fazerem cons- ser esta mistura, reação exotérmica.
tar nas embalagens destinadas ao
varejo, inscrições de advertência e Art. 4º. Fica o Poder Executivo in-
cuidados que o usuário deve ter com cumbido de fiscalizar e aplicar a nor-
o manuseio do produto.
matização da presente lei, através da
Secretaria de Estado da Justiça e Cida-
A Assembléia Legislativa do Estado do dania - SEJU e do Instituto de Pesos e
Paraná decretou e eu sanciono a se- Medidas do Estado do Paraná - IPEM,
guinte lei: no prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
contados a partir da data de publicação
Art. 1º. Torna-se obrigatório, em todo desta lei.
o território do Estado do Paraná, a to-
Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na
das as empresas que comercializem
data de sua publicação, revogadas as
Óxido de Cálcio em sua forma bruta ou disposições em contrário.
em composição com outros elementos,
que façam constar em suas embala- Palácio do Governo em Curitiba, em 07
gens de comercialização destinadas de abril de 1999.
ao varejo, inscrições de advertência e Jaime Lerner
cuidados que o usuário deve ter com o Governador do Estado
manuseio do produto.
Eduardo Francisco Sciarra
Parágrafo único. A medida se es- Secretário de Estado da Indústria,
tende a todas as mineradoras, bene- Comércio e do Desenvolvimento
ficiadoras, refinadoras, embaladoras e Econômico
todas as demais empresas que se uti-
Sérgio Spada
lizem do produto para comercialização
Secretário Especial para a Proteção e
no varejo, na forma bruta do Calcário Defesa do Consumidor
Dolomítico (Óxido de Cálcio e Óxido
de Magnésio e outros compostos as- José Cid Campêlo Filho
sociados) ou Calcário Cítico (Óxido de Secretário de Estado do Governo
Cálcio), na sua forma virgem ou em
composição com outros produtos, para
qualquer fim de emprego ou utilização. Lei nº 14.894,
de 09 de Novembro de 2005
Art. 2º. Nas inscrições destinadas á
Proíbe a comercialização de peças de
advertência e cuidados do manuseio veículos sinistrados que sejam des-
deve ser incluído, além das instru- montados e adota outras providên-
ções de uso, explicações com relação cias.
ao poder cáustico e/ou agressivo que
o produto pode oferecer ao usuário, A Assembléia Legislativa do Estado do
devendo, obrigatoriamente, constar Paraná decretou e eu sanciono a se-
as seguintes expressões: PRODUTO guinte lei:
CÁUSTICO, Proteger os olhos durante
a utilização e Manter afastado de crian- Art. 1º. Fica proibida a comercializa-
ças e animais domésticos, em inscri- ção de peças de veículos sinistrados
ções com caracteres da cor vermelha. que sejam desmontados e suas peças
colocadas nas prateleiras.
184
Lei nº 16.754, de 29 de Dezembro de 2010
Parágrafo único. Os veículos devem Art. 7º. As disposições desta lei apli-
permanecer em sua forma original e as cam-se aos veículos sinistrados adqui-
peças que serão comercializadas reti- ridos em outros Estados para serem
radas, no ato da venda. objeto de comercialização no Paraná.

Art. 2º. Todos os veículos sinistrados, Art. 8º. Esta Lei entrará em vigor na
deverão possuir procedência, de onde data de sua publicação, ficando revo-
foram comprados, com suas respecti- gadas as disposições contidas na Lei nº
vas notas fiscais. 13.022, de 22 de dezembro de 2000.

§ 1º. Os veículos sinistrados antes de Palácio do Governo de Curitiba, em 09


serem levados às Auto-Peças, deverão de novembro de 2005.
ser fotografados no local da compra.
Roberto Requião
§ 2º. Esses veículos adquiridos devem Governador do Estado
estar obrigatoriamente baixados pelo
DETRAN – Departamento de Trânsito Luiz Fernando Ferreira Delazari
do Paraná. Secretário de Estado da Segurança
Pública
Art. 3º. Todas as Auto-Peças que tra-
balham na venda de peças usadas, de- Virgílio Moreira Filho
verão possuir um fichário de controle Secretário de Estado da Indústria, do
de cada veículo sinistrado, com as res- Comércio e Assuntos do Mercosul
pectivas fotos e notas fiscais de com-
pra, conforme Art. 2º. Caíto Quintana
Chefe da Casa Civil
Art. 4º. Ao serem vendidas as peças
ao consumidor, deverão ser obrigato- Lei nº 16.754,
riamente emitidas as respectivas no- de 29 de Dezembro de 2010
tas fiscais, devendo uma fotocópia da
mesma, permanecer no fichário de Proíbe a fabricação e a comerciali-
controle de cada veículo sinistrado. zação de mamadeiras, chupetas e
outros produtos utilizados para acon-
dicionar alimentos destinados ao con-
Art. 5º. As peças que forem encontra- sumo de crianças, que contenham,
das nas prateleiras das Auto-Peças e na sua composição o produto químico
não acopladas nos veículos sinistrados Bisfenol A (BPA).
serão apreendidas.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Parágrafo único. Não sendo compro-
guinte lei:
vada a origem das peças menciona-
das no caput deste artigo, o estabe-
Art. 1°. Fica proibida em todo o Es-
lecimento autuado será imediatamente
tado do Paraná, a fabricação e a co-
excluído do cadastro estadual de con-
mercialização de mamadeiras, chupe-
tribuintes do ICMS.
tas e outros produtos utilizados para
acondicionar alimentos destinados ao
Art. 6º. Antes e depois da venda das
consumo de crianças, que contenham,
peças, é obrigado que seja tirada a fo-
na sua composição o produto químico
tografia as quais ficarão no fichário de
Bisfenol A (BPA).
controle de cada veículo.

185
Lei nº 17.053, de 23 de Janeiro de 2012
Art. 2°. Os fabricantes e as empresas Lei nº 17.053,
que comercializam os produtos descri- de 23 de Janeiro de 2012
tos no artigo 1º, ficam também obriga-
dos a informar, nas embalagens e nos Obriga a exposição de cartaz de ad-
locais de venda, de forma clara, quais vertência sobre acidentes pelos es-
tabelecimentos que comercializam
substâncias compõem o produto. álcool líquido.

Art. 3°. O descumprimento desta lei


levará o infrator às sanções impostas A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
pelo Poder Executivo que regulamen-
guinte lei:
tará no prazo de 90 (noventa) dias a
contar da data de sua publicação. Art. 1º. Fica obrigado o estabeleci-
mento que comercializar álcool líquido
Art. 4°. Os fabricantes e os comer- a afixar cartaz de advertência sobre os
ciantes terão um prazo de 120 (cento acidentes que o produto pode provo-
e vinte) dias a contar da data de publi- car.
cação desta lei, para se adequarem a
presente lei. Art. 2º. O cartaz a que se refere o art.
1º conterá:
Art. 5°. Poder Executivo regulamenta-
rá a presente em lei em 90 (noventa) I - imagem de acidente provocado por
álcool líquido;
dias, contar da data de sua publicação.
II - advertência, por escrito, sobre o
Art. 6°. Esta lei entrará em vigor na risco de acidentes decorrentes do uso
data de sua publicação. de álcool líquido.

Palácio do Governo em Curitiba, em 29 Art. 3º. O cartaz a que se refere o art.


de dezembro de 2010. 1º será afixado a não mais que 01 (um
metro) de distância do local de exposi-
Orlando Pessuti ção do álcool líquido.
Governador do Estado
Art. 4º. As despesas de confecção e
instalação do cartaz correrão por conta
Virgilio Moreira Filho
da empresa comercializadora.
Secretário de Estado da Indústria, do
Comércio e Assuntos do Mercosul Art. 5º. Aplicam-se às infrações dis-
postas nesta Lei as sanções previstas
Carlos Augusto Moreira Junior na Lei Federal nº 8.078, de 11 de se-
Secretário de Estado da Saúde tembro de 1990.

José Moacir Favetti Art. 6º. O Poder Executivo regulamen-


Secretário de Estado da Justiça e da tará esta lei.
Cidadania
Art. 7º. Esta Lei entra em vigor 120
Ney Caldas, (cento e vinte) dias após sua publica-
ção.
Chefe da Casa Civil
Palácio do Governo em Curitiba, em 23
Wilson Quinteiro de janeiro de 2012.
Deputado Estadual Carlos Alberto Richa
Governador do Estado

186
Lei nº 17.526, de 26 de Março de 2013
Lei nº 17.526,
de 26 de Março de 2013 SAÚDE
Dispõe sobre a fabricação e comercia-
lização de tanques de concreto para Lei nº 8.627,
lavagem de roupas, no âmbito do Es- de 09 deDezembro de 1987
tado do Paraná.
Dispõe sobre a obrigatoriedade dos
A Assembleia Legislativa do Estado do diagnósticos que especifica, nas
Paraná decretou e eu sanciono a se- crianças nascidas nas maternidades e
guinte lei: casas hospitalares mantidas pelo Es-
tado do Paraná.

Art. 1°. A fabricação e a comercializa-


ção de tanques de concreto para lava- A Assembléia Legislativa do Estado do
gem de roupas, no âmbito do Estado Paraná decretou e eu sanciono a se-
do Paraná, devem atender aos requisi- guinte lei:
tos dispostos nesta Lei.
Art. 1º. É obrigatória a realização de
Art. 2°. Fica estabelecido que, no âm- provas para o diagnóstico precoce da
bito do Estado do Paraná, a fabricação fenilcetonúria (FNC), do hipotireoidis-
de tanque de concreto para a lavagem mo congênito (HC), do mongolismo,
de roupas deve obedecer ao disposto
da cardiopatia congênita e outras mal-
nas figuras dos Anexos I e II desta Lei.
formações genéticas e cromossômicas,
Art. 3°. Os fabricantes de tanques de em todas as crianças nascidas nas ma-
concreto para a lavagem de roupas, ao ternidades e casas hospitalares manti-
comercializarem o produto, devem das pelo Estado do Paraná. (Redação
disponibilizar para o consumidor final dada pela Lei 17.231 de 16/07/2012)
o respectivo manual de instalação,
acrescido de regras de segurança. Parágrafo único. Aplica-se o disposto
neste artigo às maternidades e casas
Art. 4°. A fiscalização do cumprimento hospitalares particulares subvenciona-
desta Lei ficará a cargo do PROCON/ das pelo Estado, ou conveniadas com
PR, conforme dispõe o Decreto nº 609, o IPE (Instituto de Previdência e As-
de 23 de julho de 1991, inciso II do
sistência aos Servidores do Estado do
art. 23.
Paraná).
Art. 5°. As penalidades aplicáveis em
caso de infração ao disposto nesta Lei Art. 2º. A estrutura hospitalar que se
serão aquelas previstas no Código de propõe a atender gestante e recém
Defesa do Consumidor. nascidos deve ter instalações e equi-
pamentos mínimo necessário para
Art. 6°. Esta Lei entra em vigor após prestar assistência à gestante e recém
cento e oitenta dias de sua publicação nato normais e em situações de emer-
oficial. gência.

Art. 7°. ...Vetado... § 1°. A estrutura hospitalar que se


Palácio do Governo, em 26 de março propõe a atender um número igual ou
de 2013.
Carlos Alberto Richa superior a 100 (cem) nascimentos ao
Governador do Estado mês, deve ter condições de instala-
ções, pessoal e equipamento necessá-
Maria Tereza Uille Gomes
Secretária de Estado da Justiça, Cida- rio para prestar assistência à gestante
dania e Direitos Humanos e recém nato normal e de médio risco.

187
Lei nº 12.970, de 25 de Outubro de 2000
§ 2°. A estrutura hospitalar que se pro- Art. 3º. Fica a Secretaria de Estado
põe a atender um número igual ou su- da Saúde responsável pela confecção
perior a 300 (trezentos) nascimentos e fixação de cartazes em todos os hos-
por mês, deve ter condições de instala- pitais da rede pública ou privada, com
ções, pessoal e equipamento necessá- os seguintes dizeres:
rio para prestar assistência à gestante
e recém nato normal, de médio e de
“Lei nº 12.970 – É proibida a exigên-
alto risco, incluindo uma Unidade de
cia de depósito prévio para internação
Terapia Intensiva Neonatal.
de emergência, de doentes em estado
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na de risco de vida e/ou sofrimento inten-
data de sua publicação, revogadas as so.” (Incluído pela Lei nº 13.674, de
disposições em contrário. 09/07/02).

Palácio do Governo em Curitiba, em 09 Parágrafo único. O PROCON-PR atu-


de dezembro de 1987. ará como órgão fiscalizador para o
Álvaro Dias cumprimento dos preceitos desta lei,
Governador do Estado aplicando as sanções e penalidades
Delcino Tavares da Silva constantes do Código de Defesa do
Secretário de Estado da Saúde Consumidor e demais legislações per-
tinentes. (Incluído pela Lei nº 13.674,
Lei nº 12.970, de 09/07/02).
de 25 de Outubro de 2000
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
Proíbe a exigência de depósito prévio data de sua publicação, revogadas as
para possibilitar internação hospita- disposições em contrário. (Renumera-
lar, de doente em situação de emer-
gência, que resulte em estado de so- do pela Lei nº 13.674, de 09/07/02).
frimento intenso e/ou risco de vida ao
paciente. Palácio do Governo em Curitiba, em 25
de outubro de 2000.
A Assembléia Legislativa do Estado do Jaime Lerner
Paraná decretou e eu sanciono a se- Governador do Estado
guinte lei:
Lei nº 13.556,
Art. 1º. Fica proibida a exigência de de 14 de Maio de 2002
depósito prévio de qualquer natureza,
para possibilitar internação de doente Dispõe sobre obrigatoriedade de ex-
em situação de emergência, que resul- pedição de receitas médicas e odon-
tológicas digitadas em computador,
te em estado de sofrimento intenso e/ datilografadas ou escritas manual-
ou risco de vida ao paciente, em hospi- mente em letra de imprensa.
tais da rede pública ou privada.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Art. 2º. Comprovada a infração ao dis- Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
posto no artigo 1º desta lei, o hospital
será obrigado a devolver em dobro o Art. 1º. Fica obrigatória a expedição
valor cobrado a título de caução, ao de receitas médicas e odontológicas
paciente ou aos respectivos herdeiros. digitadas em computador, datilografa-
das ou escritas manualmente em letra
188
Lei nº 14.254, de 04 de Dezembro de 2003
de imprensa, forma ou caixa alta nos II - ser identificado e tratado pelo seu
postos de saúde da rede pública e nos nome e sobrenome;
consultórios médicos e odontológicos
particulares. III - não ser identificado ou tratado
pelo nome da doença ou do agravo à
Parágrafo único. Fica obrigatório na saúde, ou ainda de forma genérica ou
expedição de receitas médicas e odon- quaisquer outras forma impróprias,
tológicas, de acordo com o disposto desrespeitosas ou preconceituosas
no caput deste artigo, a indicação do
(exemplo de portadores de HIV/AIDS,
nome do medicamento genérico ao re-
ou doenças infecto-contagiosas), ou
ceitado.
por números ou códigos;
Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as IV - ter um local higienizado, digno e
disposições em contrário. adequado para seu atendimento, bem
como ter preservada sua segurança e
Palácio do Governo em Curitiba, em 14 integridade física nos estabelecimentos
de maio de 2002. de saúde, públicos ou privados;
Jaime Lerner
Governador do Estado V - receber do funcionário adequado,
presente no local, auxilio imediato e
Lei nº 14.254, oportuno para a melhoria de seu con-
de 04 de Dezembro de 2003
forto, bem-estar e saúde;

Prestação de serviço e ações de saúde VI - poder identificar as pessoas res-


de qualquer natureza aos usuários do ponsáveis direta e indiretamente por
Sistema Único de Saúde – SUS e dá
sua assistência, através de crachás vi-
outras providências.
síveis, legíveis e que contenham:
A Assembléia Legislativa do Estado do
a) nome completo;
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do § 7º do Artigo 71 da Cons-
b) função;
tituição Estadual, a seguinte Lei: (Pro-
jeto de Lei nº 176/2003, vetado e as
c) cargo; e
razões de veto não mantidas pela As-
sembléia Legislativa).
d) nome da instituição.
Art. 1º. A prestação dos serviços e
VII - ter resguardado o segredo so-
ações de saúde de qualquer natureza
bre os seus dados pessoais, através
ou condição aos usuários do Sistema
da manutenção do sigilo profissional,
Único de Saúde – SUS – no Estado do
desde que não acarrete riscos a tercei-
Paraná será universal e igualitária, nos
ros ou à saúde pública, sendo que os
termos da Constituição Federal.
segredos do paciente correspondem a
tudo aquilo que, mesmo desconhecido
Art. 2º. São direitos dos usuários dos
pelo próprio paciente, possa o profis-
serviços de saúde no Estado do Para-
sional de saúde ter acesso e compre-
ná:
ender através das informações;
I - ter um atendimento humano, dig-
VIII - ter acesso a qualquer momen-
no, atencioso e respeitoso, por parte
to ao seu prontuário medico ou outro
de todos os profissionais de saúde;
prontuário, que deve ser elaborado
189
Lei nº 14.254, de 04 de Dezembro de 2003
de forma legível e que deve conter o j) a finalidade dos materiais coletados
conjunto de documentos padronizados para exames;
do histórico do paciente, princípio e
evolução da doença, raciocínio clínico, k) alternativas de diagnósticos e tera-
exames, conduta terapêutica, demais pêuticas existentes no serviço de aten-
relatórios e anotações clínicas e, prin- dimento ou em outros serviços;
cipalmente, constando todas as medi-
cações com suas dosagens utilizadas, l) o que lugar necessário.
se inconsciente durante o tratamento
ou parte dele; XI - ser esclarecido se o tratamento
ou o diagnostico é experimental ou faz
IX - ter seu diagnóstico e tratamento parte da pesquisa, se os benefícios a
por escrito, identificado com o nome serem obtidos são proporcionais aos
do profissional de saúde e seu registro riscos, se existe probabilidade de alte-
no respectivo Conselho Profissional, de ração das condições de dor, sofrimento
forma clara e legível; e desenvolvimento da sua doença;

X - receber informações claras, objeti- XII - consentir ou recusar procedimen-


vas e compreensíveis sobre: tos diagnósticos ou terapêuticos a se-
rem nele realizados e deve consentir
a) hipótese diagnosticas; de forma livre, voluntária, esclarecida
com adequada informação e, quando
b) diagnósticos realizados; ocorrerem alterações significantes no
estado de saúde inicial ou da causa
c) exames solicitados; pela qual o consentimento foi dado,
este deverá ser renovado, com exce-
d) ações terapêuticas; ção dos casos de emergência médica;

e) riscos, benefícios e inconvenientes XIII - consentir ou recusar a ser sub-


provenientes das medidas diagnosticas metido a experimentação ou a pesqui-
e terapêuticas propostas; sas e, no caso de impossibilidade de
expressar sua vontade, o consenti-
f) duração prevista do tratamento pro- mento deve ser dado por escrito por
posto; seus familiares ou por seus responsá-
veis;
g) no caso de procedimentos de diag-
nósticos terapêuticos invasivos, a ne- XIV - revogar o consentimento ante-
cessidade ou não de anestesia, o tipo rior, a qualquer instante, por decisão li-
de anestesia a ser aplicada, o instru- vre, consciente e esclarecida, sem que
mental a ser utilizado, as partes do lhe sejam imputadas sanções morais
corpo afetadas pelos procedimentos, ou legais;
os efeitos colaterais, os riscos e con-
sequências indesejáveis e a duração XV - ter assegurado, durante as con-
esperada do procedimento; sultas, internações ou no aguardo de
internações, procedimentos diagnósti-
cos e terapêuticos e na satisfação de
h) a localização da doença;
suas necessidades fisiológicas inclusi-
ve quando atendido no leito ou no am-
i) exames e condutas a que será sub- biente onde está internado:
metido;

190
Lei nº 14.254, de 04 de Dezembro de 2003
a) a sua integridade física; XX - receber as receitas:

b) a sua privacidade; a) com o nome genérico das substan-


cias, seguido do nome de referencia;
c) a sua individualidade;
b) digitadas, datilografadas, em letra
d) o respeito aos seus valores éticos, de forma ou caixa alta ou com caligra-
religiosos e culturais; fia realmente legível;

e) a confidencialidade de toda e qual- c) sem a utilização de códigos ou abre-


quer informação pessoal; viaturas;
f) a segurança do procedimento;
d) com orientação quanto ao uso e de
possíveis efeitos colaterais dos remé-
g) a exigência de que todo material
dios;
utilizado seja rigorosamente esteriliza-
do e, se possível, descartável, e mani-
pulado segundo normas de higiene e e) com o nome do profissional e seu
prevenção; número de registro no órgão de con-
trole e regulamentação da profissão
h) o uso de todo e qualquer medica- (Conselho); e
mento, material ou instrumental forne-
cido pelo SUS, sem discriminação; f) com a assinatura do profissional.

i) a alimentação adequada e higiênica. XXI - receber os medicamentos com


data de fabricação e prazo de validade,
XVI - ser acompanhado, se assim o acompanhados de bula impressa de
desejar nas consultas, exames e in- forma compreensível e clara;
ternações de crianças, adolescentes,
gestantes, parturientes, idosos, de- XXII - receber medicamentos básicos e
ficientes físicos, pacientes terminais, também medicamentos e equipamen-
por pessoa indicada por ele ou por seu tos de alto custo e de qualidade, que
responsável; mantenham a vida e a saúde;

XVII - ter consultas marcadas anteci- XXIII - receber a anestesia em todas


padamente, com tempo de espera que as situações indicadas, principalmente
não ultrapasse a uma hora, para inicio as necessárias para o parto;
das mesmas;
XXIV - ter garantidas todas as ações
XVIII - saber, sempre que possível e referentes ao parto humanizado, prin-
antecipadamente, se é portador de al- cipalmente a presença do(a) acompa-
guma condição clinica (doença ou aler- nhante no pré-parto, parto e pós-parto
gia) que impeça a administração de imediato;
medicamentos ou realização de proce-
dimentos; XXV - ter a gestante direito à assistên-
cia do pediatra, além dos profissionais
XIX - conhecer a procedência do san- comumente necessários, por ocasião
gue e dos hemoderivados e poder veri- do parto, e que tenha direito a aloja-
ficar, antes de recebê-los, os carimbos mento conjunto possibilitando ao neo-
que atestaram a origem, sorologias nato a permanência junto à mãe;
efetuadas e prazos de validade;

191
Lei nº 14.254, de 04 de Dezembro de 2003
XXVI - exigir que o hospital realize o XXXVII - ter direito ao atendimento
“teste do pezinho” para detectar deter- ambulatorial sem cobrança alguma
minadas doenças nos recém-nascidos; para consultas, aplicações de injeções,
curativos, nebulizações, quaisquer
XXVII - a assistência adequada, mes- exames, etc;
mo em períodos noturnos, festivos,
feriados ou durante greves profissio- XXXVIII - ter direito obrigatoriamente
nais; a acomodações hospitalares diferen-
ciadas ou especiais (apartamento) até
XXVIII - receber ou recusar assistência que ocorra a liberação do leito em en-
moral, psicológica, social ou religiosa; fermaria, sem nada cobrar, quando em
situações de urgência ou emergência
XXIX - recusar tratamento doloroso ou e o hospital conveniado não tiver leito
extraordinário para tentar prolongar a disponível em enfermaria;
vida;
XXXIX - ter prioridade sobre qualquer
XXX - a ter uma morte digna e serena, outro paciente particular ou de qual-
podendo ele próprio (desde que lúcido) quer outro convenio com procedimen-
ou a família ou o responsável, optar to eletivo, quando se tratar de caso de
pelo local de morte; emergência ou urgência nas áreas de
traumatologia, ortopedia ou de qual-
XXXI - a ser tratado com dignidade e quer área cirúrgica;
respeito, mesmo após a morte, sendo
que os familiares ou responsáveis de- XL - ter direito, sem custo algum, a
vem ser avisados com prioridade após todo e qualquer tipo de atestado mé-
o óbito; dico que diga respeito ao ato ou trata-
mento médico (declaração de compa-
XXXII - não ter nenhum órgão retirado recimento, atestado para afastamento
do seu corpo sem previa autorização; ao trabalho, atestado para licença –
tratamento de saúde, atestado para
XXXIII - a ter direito a pós-consulta, fins de perícias ou outros).
com orientações diversas;
Art. 3º. A fiscalização do cumprimento
XXXIV - a receber material ou aparelho da disposição dos Direitos dos Usuá-
de órtese e prótese de qualidade; rios será feita pelos Conselhos de Saú-
de criados com base na Lei Federal nº
8142/90, pelos Conselhos-Gestores de
XXXV - a ter facilitado o acesso aos ór-
cada unidade de saúde e pelos serviços
gãos de defesa do consumidor: Con-
de vigilância sanitária em nível estadu-
selho Municipal de Saúde, Secretaria
al e municipal.
Municipal de Saúde, Regional de Saú-
de, Secretaria Estadual de Saúde/Ou-
Art. 4º. A Secretaria Estadual de Saú-
vidoria, Conselho Estadual de Saúde,
de deverá dar ampla divulgação dos
PROCON, Promotoria Pública, Ministé-
Direitos dos Usuários do Sistema Único
rio de Saúde;
de Saúde (SUS) do Estado do Paraná,
de modo a permitir a todos os usuários
XXXVI - todo e qualquer procedimen- o acesso ao seu teor, através de sua
to do SUS ou pelo SUS são totalmen- publicação oficial e através da afixação
te gratuitos, sem complementação a obrigatória nos locais onde os serviços
qualquer titulo; são prestados e através da distribuição

192
Lei nº 14.427, de 07 de Junho de 2004
de folders dos Direitos dos Usuários do Lei nº 14.427,
SUS. de 07 de Junho de 2004

Art. 5º. São responsabilidades sociais Obriga, conforme especifica, sejam


mantidos aparelhos desfibriladores
dos usuários frente ao Sistema Único em eventos de grande concentração
de Saúde: de pessoas.

I - enganjar-se na causa da defesa do A Assembléia Legislativa do Estado do


meio ambiente, da educação, da habi- Paraná decretou e eu sanciono a se-
tação e dos demais determinantes das guinte lei:
condições de saúde da população em
geral; Art. 1º. Ficam obrigados os estabeleci-
mentos públicos ou privados e eventos
II - mobilizar-se e promover a mobi- de grande concentração de pessoas a
lização de indivíduos e grupos sociais manterem, permanentemente, em lo-
cal de fácil acesso, no mínimo um (01)
para a participação nas conferências e
aparelho desfibrilador automático ex-
Conselhos de Saúde em todos os ní-
terno (DAE) e uma pessoa qualificada
veis; a ofertar suporte básico de vida e ma-
nuseio técnico do referido aparelho, de
III - adotar, divulgar e zelar para que possibilitarem atendimento emergen-
seja adotado estilo de vida saudável cial na ocorrência de parada cardíaca.
por indivíduos e comunidades; (Nova redação dada pela Lei nº 16.103,
de 07/05/09).
IV - participar ativamente no forneci-
mento e busca de informações, escla- Art. 2º. Para efeitos desta lei, consi-
recimentos e propostas junto às ins- deram-se estabelecimentos públicos
tancias reguladoras, fiscalizadoras e de ou privados de grande concentração e
atendimento; circulação de pessoas, os seguintes:

V - mobilizar e promover a mobilização I – os aeroportos;


da participação cidadã em trabalhos vo-
II – os shopping centers;
luntários em beneficio da comunidade;
III – os hipermercados;
VI - zelar pelo direito de todos os tra-
balhadores da saúde a um relaciona- IV – os estádios de futebol e ginásio
mento digno e respeitoso; de esportes, com capacidade superior
a 2.000 (duas mil) pessoas; (Nova
VII - participar de seus tratamentos redação dada pela Lei nº 14.649, de
de saúde e dos seus familiares, re- 23/02/05).
gistrando reações e duvidas e, por-
tanto, todos os documentos médicos V – as instituições de ensino superior
que possam auxiliar dos diagnósticos e com concentração superior a 2.000
acompanhantes. (duas mil) pessoas, por sede e por
turno; (Nova redação dada pela Lei nº
Art. 6º. Esta lei entrará em vigor na 14.649, de 23/02/05).
data de sua publicação.
VI – os clubes sociais e esportivos ou
Palácio Dezenove de Dezembro, em 04 academias de ginásticas com concen-
de dezembro de 2003. tração superior a 2.000 (duas mil) pes-
Hermas Brandão soas/dia; (Nova redação dada pela Lei
Presidente nº 14.649, de 23/02/05).
193
Lei nº 14.523, de 26 de Outubro de 2004
VII – os centros de eventos e expo- Art. 1º. Toda gestante deve ter asse-
sições com concentração ou circulação gurado o direito de realização de exa-
superior a 2.000 (duas mil) pessoas/ mes de detecção do HIV durante a rea-
dia; (Nova redação dada pela Lei nº lização do pré-natal e/ou parto.
14.649, de 23/02/05).
Parágrafo único. A realização dos
VIII – as igrejas, templos religiosos,
exames referidos no caput do artigo 1º
assembléia de cultos, etc.; e (Revoga-
desta lei será acompanhada de acon-
do pela Lei nº 14.649, de 23/02/05).
selhamento pré e pós-exames.
IX – os teatros, casas de espetáculo,
cinemas, com concentração superior a Art. 2º. Quando os exames detecta-
1.000 (mil) pessoas/dia. rem a condição da gestante de porta-
dora do vírus HIV, a mesma terá direito
Art. 3º. Os estabelecimentos públicos a acompanhamento especializado que
ou privados, atingidos por esta norma, inclua:
deverão adequar-se aos mandamentos
impostos no prazo de 180 dias, a con- I - uso correto de terapêutica anti-
tar da publicação desta lei. retroviral na gestação, no parto e no
pós-parto, quando houver indicação
Parágrafo único. Na hipótese de des-
médica;
cumprimento desta lei, poderá o Poder
Público Estadual ou Municipal, mani-
festando-se no âmbito de sua compe- II - realização de cesariana eletiva
tência, cassar a autorização de funcio- quando indicada.
namento do estabelecimento infrator.
Art. 3º. Crianças recém-nascidas de
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na mães portadoras de HIV terão direito à
data de sua publicação. assistência adequada que inclua:

Palácio do Governo em Curitiba, em 07 I - investigação diagnóstica e monito-


de junho de 2004. ramento para HIV até o segundo ano
Roberto Requião
de vida;
Governador do Estado
II - garantia de fornecimento de fór-
Lei nº 14.523, mula infantil para alimentação até o
de 26 de Outubro de 2004 sexto mês de vida;
Determina o direito da gestante,
atendida pelo Sistema Único de Saú-
III - uso correto de terapêutica anti-
de, no Paraná, a exames de detecção retroviral conforme indicação médica.
do HIV e/ou parto e dá outras provi-
dências. Art. 4º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná aprovou e eu promulgo, nos Palácio Dezenove de Dezembro, em 26
termos do § 7º do Artigo 71 da Cons- de outubro de 2004.
tituição Estadual, a seguinte Lei: (Pro-
jeto de Lei nº 112/2004, vetado e as Hermas Brandão
razões de veto não mantidas pela As- Presidente
sembléia Legislativa).

194
Lei nº 14.588, de 22 de Dezembro de 2004
Lei nº 14.588, habilitação, adaptando-se o aparelho
de 22 de Dezembro de 2004 auditivo até o 6º mês de vida.

Dispõe que as maternidades e os es- Art. 5º. Os estabelecimentos hospita-


tabelecimentos hospitalares públicos lares fornecerão aos pais, juntamente
e privados do Estado do Paraná ficam com o protocolo para vacinação, um
obrigados a realizar, gratuitamente, cartão contendo o dia que os pais de-
o exame de Emissões Otoacústicas
verão comparecer ao estabelecimento
Evocadas (Teste da Orelhinha) para
o diagnóstico precoce de surdez nos hospitalar ou nos serviços de fonoau-
bebês nascidos nestes estabeleci- diologia conveniados para realizar o
mentos. exame.

A Assembléia Legislativa do Estado do Parágrafo único. No cartão referido


Paraná decretou e eu sanciono a se- neste artigo, a ser confeccionado e
guinte lei: distribuído pelo órgão competente, na
forma da regulamentação, ainda deve-
Art. 1º. Ficam as maternidades e os rá constar:
estabelecimentos hospitalares públicos
e privados do Estado do Paraná obriga- I – o nome dos pais;
dos a realizar, gratuitamente, o exame
de Emissões Otoacústicas Evocadas II – dia, hora e local que o exame será
(Teste da Orelhinha) para o diagnósti- realizado;
co precoce de surdez nos bebês nasci-
dos nestes estabelecimentos. III – dia e hora que o exame foi reali-
zado, e o nome e registro do profissio-
Art. 2º. O exame deverá ser realizado nal que o realizou;
preferencialmente nas dependências
dos respectivos estabelecimentos até a IV – dia e hora da realização do reteste
alta do recém-nascido, ou nos serviços quando necessário, e o nome e regis-
de fonoaudiologia conveniados. tro do profissional que o realizou.

Parágrafo único. Não possuindo o Art. 6º. O cartão é documento obri-


estabelecimento hospitalar condições gatório e deve ser anexado ao cartão
técnicas de realizar o exame, ficará de vacinação da criança quando da sua
este responsável pelo agendamento do realização.
mesmo junto a hospital apto a realizá-
lo ou junto aos serviços de fonoaudio- Art. 7º. Quando da realização da vaci-
logia conveniados. nação da criança, verificando o funcio-
nário da saúde que a criança não possui
Art. 3º. A criança cujo teste apresen- o cartão ou que não consta no mesmo
tar falha deverá ser submetida a re- a realização do exame de emissões
teste, devendo ser agendado pelos otoacústicas evocadas, este anotará o
estabelecimentos hospitalares prefe- fato no cartão e advertirá aos pais a
rencialmente até o 30º dia de vida. necessidade de comparecerem no es-
Confirmada a alteração auditiva a tabelecimento hospitalar onde nasceu
criança deverá ser encaminhada para a criança para agendarem a realização
a realização de exames complementa- do exame, podendo o mesmo ser re-
res. alizado no próprio estabelecimento ou
nos serviços de fonoaudiologia conve-
Art. 4º. Após os exames complemen- niados.
tares, estabelecido o topodiagnóstico
(local da lesão) e o grau de perda au- Art. 8º. Verificada pelo funcionário da
ditiva, a criança deverá ser submeti- saúde a não realização do exame por
da, quando necessário, ao processo de ocasião de nova vacinação este deverá
195
Lei nº 14.922, de 23 de Novembro de 2005
notificar o órgão competente, na forma de cadeiras e colchonetes que permi-
da regulamentação, a qual determi- tam a presença do acompanhante em
nará a visita domiciliar de um Agente
tempo integral, observado o disposto
Comunitário de Saúde que ficará en-
carregado de marcar o exame junto ao na parte final do dispositivo.
estabelecimento de saúde, certifican-
do-se da sua realização. Art. 2º. As instituições referidas no ar-
tigo 1º, deverão adequar-se à presen-
Art. 9º. O Poder Executivo regulamen-
te lei no prazo de 90 (noventa) dias.
tará a presente lei no prazo de 60 dias
a contar da data de sua publicação.
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na
Art. 10º. As despesas para a execu- data de sua publicação.
ção da presente lei correrão por conta
das dotações orçamentárias próprias,
Palácio do Governo em Curitiba, em 23
suplementadas se necessário.
de novembro de 2005.
Art. 11º. A presente Lei entrará em Roberto Requião
vigor na data de sua publicação e fica Governador do Estado
revogada a Lei nº 13.272, de 22 de
agosto de 2001.
Lei nº 15.442,
Palácio do Governo em Curitiba, em 22 de 15 de Janeiro de 2007
de dezembro de 2004.
Roberto Requião Dispõe sobre a proteção da saúde dos
consumidores nos estabelecimentos
Governador do Estado comerciais que ofertam a locação e
respectivo acesso a jogos de compu-
Lei nº 14.922, tador em rede local, conhecidos como
Lan House – local de área network,
de 23 de Novembro de 2005 e seus correlatos, e dá outras provi-
dências.
Permite a presença de acompanhan-
tes nas dependências das enfermarias
e das unidades de terapia intensiva A Assembléia Legislativa do Estado do
(UTI) dos hospitais, conforme espe- Paraná aprovou e eu promulgo, nos
cifica.
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
A Assembléia Legislativa do Estado do tuição Estadual, os seguintes dispositi-
Paraná decretou e eu sanciono a se- vos do Projeto de Lei nº 337/06:
guinte lei:
Art. 1º. Ficam regidos por esta lei to-
Art. 1º. É permitida a presença de dos os estabelecimentos comerciais
acompanhantes aos enfermos nas de- instalados no Estado do Paraná que
pendências das enfermarias e das uni- ofertam a locação de uso e acesso a
dades de terapia intensiva (UTI) dos programas e jogos de computador, in-
hospitais, casas de saúde e maternida- terligados em rede local ou conecta-
des públicas e privadas, resguardando dos à rede mundial de computadores
o tempo de 3 (três) horas por dia onde (Internet), as chamadas “lan house” e
são realizados os procedimentos de hi- seus correlatos.
gienização tanto do local como dos pa-
cientes, além dos exames de maiores Art. 2º. Os estabelecimentos especi-
complexidades. ficados no artigo anterior devem, para
o zelo e proteção à saúde da criança e
Parágrafo único. Para a consecução do adolescente, bem como dos demais
da norma necessário se faz a presença
196
Lei nº 15.442, de 15 de Janeiro de 2007
consumidores, obedecer as seguintes IV – endereço;
normas:
V – telefone;
I – acesso de menores de 18 (dezoito)
anos após as 22:00h (vinte e duas ho- VI – carteira de identidade.
ras) somente será permitido com auto-
Art. 3º. Os estabelecimentos mencio-
rização escrita dos pais ou responsável
nados no art. 1º desta lei ficarão obri-
que deverá indicar o horário de sua
gados a tomar as medidas necessárias
permanência;
a fim de impedir que o menor de idade
utilize contínua e ininterruptamente os
II – a venda e o consumo de cigarros e
equipamentos por um período superior
congêneres é proibida;
a três horas, devendo haver um inter-
valo de 30 (trinta) minutos entre os
III – a venda e o consumo de bebidas
períodos de uso.
alcoólicas é proibida;
Parágrafo único. Deverá ser fixa-
IV – a iluminação do local deve ser
do, em local visível, aviso informando
adequada e instalada de forma a não
sobre o limite de horas, bem como o
prejudicar a acuidade visual dos usu-
tempo de intervalo entre os períodos
ários, conforme normas estabelecidas
de uso, de acordo com o caput deste
por órgão competente;
artigo.
V – o volume dos equipamentos utili-
Art. 4º. A utilização de jogos que en-
zados deve ser programado de forma a
volvam prêmios em dinheiro fica ter-
se adequar às características peculia-
minantemente proibida.
res e em desenvolvimento da audição
dos consumidores; Art. 5º. O não cumprimento dos dis-
positivos desta lei implicará em sanção
VI – a lista de todos os serviços e jogos determinada pelo órgão competente,
colocados à disposição do consumidor sem prejuízo da responsabilidade do
deve ficar exposta em local visível e proprietário e demais agentes do es-
conter um breve relato sobre as carac- tabelecimento , em virtude da infração
terísticas de cada um deles, bem como ao disposto nos arts. 5º, 17, 18 e 258,
respectiva classificação etária. da Lei Federal nº 8.069, de 13 de Ju-
lho de 1990 (Estatuto da Criança e do
§ 1º. O modelo da autorização referi- Adolescente).
da do inciso I deverá ser emitido pelo
estabelecimento e nele ficar arquivado Art. 6º. O Poder Executivo regulamen-
para fins de fiscalização. tará a presente lei.
§ 2º. O estabelecimento deverá man- Art. 7º. Esta lei entrará em vigor na
ter um cadastro dos menores de 18 data de sua publicação.
anos que frequentam o local, com os
seguintes dados: Palácio Dezenove de Dezembro, em 15
de janeiro de 2007.
I – nome do usuário;

II – data de nascimento; Hermas Brandão


Presidente
III – filiação;

197
Lei nº 15.458, de 15 de Janeiro de 2007
Lei nº 15.458, Lei nº 16.491,
de 15 de Janeiro de 2007 de 12 de Maio de 2010

Dispõe sobre a fixação de orientação


Proíbe a utilização de jalecos, aven-
sobre o DPVAT (Seguro Obrigatório
tais, e outros equipamentos de pro-
de Danos causados por veículos auto-
teção individual, utilizados por ser-
motores de vias terrestres) em esta-
vidores, funcionários e profissionais
belecimentos de serviço de saúde pú-
da área da saúde, ao frequentarem
blica ou privada e serviços funerários
estabelecimentos comerciais que es-
e dá outras providências.
pecifica.

A Assembléia Legislativa do Estado do


Paraná aprovou e eu promulgo, nos A Assembléia Legislativa do Estado do
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti- Paraná decretou e eu sanciono a se-
tuição Estadual, os seguintes dispositi- guinte lei:
vos do Projeto de Lei nº 273/06:
Art. 1°. Fica proibido a utilização de ja-
Art. 1º. Ficam os hospitais, postos de lecos, aventais, e outros equipamentos
saúde, unidades básicas e estabeleci- de proteção individual, utilizados por
mentos de serviços funerários, públi- servidores, funcionários e profissionais
cos ou privados, do Estado do Paraná, da área da saúde, ao frequentarem es-
obrigados a afixar, em local bem visível tabelecimentos comerciais destinados
e de fácil acesso, orientações sobre o a servir refeições, tais como bares,
Seguro DPVAT (Seguro Obrigatório de restaurantes e similares.
Danos Causados por Veículos Automo-
tores de Vias Terrestres), criado pela Parágrafo único. Executa-se desta
Lei nº 6.194, de 1974, que tem como restrição a permanência em estabele-
objetivo amparar as vítimas de aciden- cimentos no interior de hospitais e clí-
tes envolvendo veículos em todo o ter- nicas médicas, assim identificados.
ritório nacional.
Art. 2°. Para efeitos desta legislação
§ 1º. As orientações devem conter os compreendem-se como equipamentos
itens constantes dos Anexos I e II des- individuais de segurança da área da
ta lei e, ainda, de forma destacada, os saúde, todos os demais descritos na
seguintes dizeres: “A indenização do NR - 32, publicada pela portaria GM nº
Seguro DPVAT poderá ser requerida 939, de 18/11/08.
pela própria vítima do acidente ou por
seus beneficiários”. Art. 3°. Estipula-se uma multa no va-
lor de 100 UFIRs, cobrada em dobro
§ 2º. A placa ou cartaz contendo as in- caso de reincidência, sucessivamente,
formações deverá atender a metragem a ser aplicada pela Secretaria de Es-
mínima de 30 cm X 21 cm. tado da Saúde que ficará responsável
pela fiscalização da presente lei.
Art. 2º. A falta da fixação implicará
em multa de 300 UFIR’s (Unidade Fis- Art. 4°. Esta lei entrará em vigor 30
cal de Referência) ao infrator. dias após a data de sua publicação.

Art. 3º. Esta lei será regulamentada Palácio do Governo em Curitiba, em 12


pelo Executivo no prazo de 120 (cen- de maio de 2010.
to e vinte) dias e entrará em vigor na ORLANDO PESSUTI
Governador do Estado
data de sua publicação.
CARLOS AUGUSTO MOREIRA JÚNIOR
Palácio Dezenove de Dezembro, em 15 Secretário de Estado da Saúde
de janeiro de 2007.
Hermas Brandão NEY CALDAS
Presidente Chefe da Casa Civil
198
Lei nº 16.724, de 23 de Dezembro de 2010
Lei nº 16.724, I - porta de entrada;
de 23 de Dezembro de 2010
II - recepção;
Obriga a colocação de cartazes à Sú-
mula: vista da população nas depen- III - pronto-socorro;
dências dos hospitais, maternidades e
postos de saúde da rede oficial, parti- IV - pediatria.
cular e conveniados, informando que
é direito do pai, mãe ou responsável
legal permanecer com seus filhos em Art. 3º. O descumprimento ao dispos-
caso de internação, conforme especi- to na presente Lei sujeitará em multa
fica. diária no valor de R$ 1.000,00 (um mil
reais), havendo cobrança em dobro no
A Assembléia Legislativa do Estado do caso de reincidência, e perda da inscri-
Paraná decretou e eu sanciono a se- ção estadual. (Nova redação dada pela
guinte lei: Lei 17.381, de 06/12/12)

Art. 1°. Fica obrigatória a colocação Art. 4°. Esta lei poderá ser regula-
de cartazes à vista da população nas mentada para garantir sua execução.
dependências dos hospitais, materni- (Renumerado pela Lei 17.381, de
06/12/12)
dades e postos de saúde da rede ofi-
cial, particular e conveniados, infor- Art. 5°. Esta lei entrará em vigor na
mando que, de acordo com o Estatuto data de sua publicação. (Renumerado
da Criança e do Adolescente, é direito pela Lei 17.381, de 06/12/12)
do pai, mãe ou responsável legal per-
manecer com seus filhos em caso de Palácio do Governo em Curitiba, em 23
internação. de dezembro de 2010.
Orlando Pessuti
Governador do Estado
Parágrafo único. A permanência dos
pais poderá ser proibida pelo médico
de plantão, quando estes ou os res- Lei nº 16.760,
ponsáveis não apresentarem condi- de 29 de Dezembro de 2010
ções físicas ou psicológicas para acom-
panhar o filho ou tutelado, ou ainda, Dispõe que as Unidades de Saúde
se estiverem sob o efeito de álcool ou credenciadas no Sistema Único de
qualquer outro tipo de drogas. Saúde do Estado do Paraná - SUS fi-
cam obrigadas a informar o número
de leitos credenciados, ocupados e
Art. 2°. O aviso de que trata o arti- livres, conforme especifica.
go anterior deverá conter o timbre do
hospital e ser fixado em local estraté-
gico que facilite sua visualização pelo A Assembléia Legislativa do Estado do
público, com o seguinte teor: Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
“De acordo com o artigo 12 da Lei n°
8069, de 13/07/90 - Estatuto da Crian- Art. 1°. As Unidades de Saúde creden-
ça e do Adolescente, é direito do pai, ciadas no Sistema Único de Saúde do
mãe ou responsável permanecer em Estado do Paraná - SUS ficam obriga-
tempo integral nos casos de internação das a, diariamente, informar, de forma
de sua criança ou adolescente, e de-
visível e acessível à população, o nú-
ver do hospital proporcionar condições
para esta permanência”. mero de leitos credenciados, ocupados
e livres.
Parágrafo único. Deverão ser fixados
cartazes nos seguintes locais: Parágrafo único. Para efeito do dis-
199
Lei nº 17.085, de 20 de Março de 2012
posto no caput deste artigo, entende- médicos responsáveis pela chefia de
-se por Unidade de Saúde: clínicas, plantão, além dos dias e horários dos
hospitais, prontoatendimento, emer- plantões médicos.
gências e quaisquer outras que cons-
tem dos registros do SUS como deten- Art. 2º. O descumprimento das obri-
tora de leitos credenciados. gações estabelecidas na presente Lei
sujeitará o infrator às mesmas san-
Art. 2°. O Poder Executivo regulamen- ções administrativas previstas no art.
tará esta lei. 56, da Lei Federal nº 8.078, de 11 de
setembro de 1990.
Art. 3°. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação. Art. 3º. O Poder Executivo regulamen-
tará a presente Lei.
Palácio do Governo em Curitiba, em 29
de dezembro de 2010. Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na
Orlando Pessuti data de sua publicação.
Governador do Estado

Carlos Augusto Moreira Junior Palácio Dezenove de Dezembro, em 20


Secretário de Estado da Saúde de março de 2012.
Valdir Rossoni
Ney Caldas, Presidente da Assembléia Legislativa
Chefe da Casa Civil

Marcelo Rangel Lei nº 17.299,


Deputado Estadual de 14 de Setembro de 2012

Dispõe sobre a obrigatoriedade de afi-


Lei n° 17.085, xação de cartazes sobre as doenças
sexualmente transmissíveis nos locais
de 20 de Março de 2012 que especifica.

Estabelece a obrigatoriedade dos


Hospitais do Estado do Paraná de afi-
A Assembleia Legislativa do Estado do
xar, em lugar visível, a lista dos mé- Paraná decretou e eu sanciono a se-
dicos plantonistas e do responsável guinte lei:
pelo plantão.
Art. 1º. Fica obrigatória a afixação de
cartazes educativos nos sanitários de
A Assembleia Legislativa do Estado do uso público, cinemas, teatros, lojas de
Paraná aprovou e eu promulgo, nos artigos eróticos, casas de massagem,
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti- saunas, hotéis, motéis e estabeleci-
tuição Estadual, os seguintes dispositi- mentos do gênero, em local de fácil
vos do Projeto de Lei nº 291/11: visualização e leitura, contendo infor-
mações básicas sobre as Doenças Se-
xualmente Transmissíveis – DSTs, bem
Art. 1º. Ficam os hospitais, casas de como sobre as formas de evitá-las.
saúde, prontos-socorros e ambulató-
rios localizados no Estado do Paraná Parágrafo único. Consideram-se,
obrigados a divulgar em local visível, para efeito desta Lei, sanitários de uso
nas entradas principais e de acesso ao público aqueles colocados à disposição
público, o nome completo do médico, da população em prédios públicos, es-
tabelecimentos comerciais e eventos
número do registro profissional, es- públicos ou privados.
pecialidade, bem como os nomes dos
responsáveis administrativos e dos Art. 2º. Os cartazes de que trata o ca-
200
Lei nº 17.598, de 12 de Junho de 2013
put do art. 1º, serão afixados no es- Art. 2º. Os profissionais da equipe
paço interno dos locais e deverão con- paramédica deverão estar habilitados
ter número telefônico dos serviços de e inscritos nos órgãos profissionais
saúde e órgãos governamentais para competentes, na forma da legislação
atendimento e esclarecimento de dú-
vigente.
vidas do cidadão.

Art. 3º. O Poder Executivo, regula- Art. 3º. A ambulância e a equipe de


mentará a presente Lei no prazo de paramédicos deverão permanecer no
120 (cento e vinte) dias, contados da local da realização do evento em todo
data de sua publicação. o seu período de duração, estando pre-
sentes com antecedência de uma hora
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação. à abertura dos portões e trinta minutos
após o encerramento, posicionando-se
Palácio do Governo em Curitiba, em 14 em local estratégico, com facilidade de
de setembro de 2012. acesso e locomoção.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado Art. 4º. O descumprimento dos dispo-
sitivos desta Lei acarretará ao infrator
René José Moreira dos Santos
a imposição de multa no valor de trinta
Secretário de Estado da Saúde
Unidades de Padrão Fiscal do Paraná -
Luiz Eduardo Sebastiani UPF/PR.
Chefe da Casa Civil
Art. 5º. ...Vetado...
Gilberto Ribeiro
Deputado Estadual
Art. 6º. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
Lei nº 17.598,
de 12 de Junho de 2013 Palácio do Governo, em 12 de junho
de 2013.
Dispõe sobre a permanência de equi- Carlos Alberto Richa
pe de paramédicos e ambulância nos Governador do Estado
locais de realização de provas para
vestibulares, seleções, concursos pú- Alípio Leal Neto
blicos ou privados, shows e demais
eventos similares, no âmbito do Esta-
Secretário de Estado da Ciência, Tec-
do do Paraná. nologia e Ensino Superior

Dinorah Botto Portugal Nogara


A Assembleia Legislativa do Estado do Secretária de Estado da Administração
Paraná decretou e eu sanciono a se- e da Previdência
guinte lei:
Paulino Viapiana
Art. 1º. As entidades responsáveis Secretário de Estado da Cultura
pela organização e/ou realização de Cid Marcus Vasques
vestibulares, seleções, concursos pú- Secretário de Estado da Segurança
blicos ou privados, shows e demais Pública
eventos similares que aglutinem no
mesmo local duas mil pessoas ou mais Cezar Silvestri
deverão manter no local da realização, Secretário de Estado de Governo
às suas expensas, equipe de paramé- Nelson Luersen
dicos e ambulância para atendimento Deputado Estadual
de primeiros socorros.
201
Lei nº 17.651, de 07 de Agosto de 2013
Lei nº 17.651, Art. 4°. A retaguarda dos hospitais e
de 07 de Agosto de 2013 maternidades de Risco Habitual ou Ris-
co Intermediário deverá ser garantida
Cria uma rede previamente definida pelos serviços de saúde de Alto Risco,
para o parto que vincule cada unidade da abrangência territorial definida e
prénatal do SUS à garantia de acesso pactuada nas Comissões Intergestores
automático a uma dada maternidade.
Bipartites Regionais.
A Assembleia Legislativa do Estado do
Art. 5°. A Secretaria de Estado da
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Saúde, em noventa dias a partir da
guinte lei:
publicação desta Lei, por meio de re-
solução, regulamentará critérios que
Art. 1°. Toda gestante do território pa-
atendam ao objeto da presente Lei, vi-
ranaense deve ter garantido o acesso e
sando à universalidade e a integralida-
a atenção à saúde no pré-natal, parto
de do atendimento à gestante.
e puerpério na Rede Materna Infantil
do Sistema Único de Saúde - SUS. Art. 6°. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
Art. 2°. O atendimento de pré-natal
no SUS deverá ser realizado nas Uni- Palácio do Governo, em 07 de agosto
dades de Atenção Primária à Saúde, de 2013.
nas Unidades de Saúde da Família, nos Carlos Alberto Richa
Ambulatórios Especializados de mater- Governador do Estado
nidades, hospitais, consórcios ou de Michele Caputo Neto
outros equipamentos de saúde, con- Secretário de Estado da Saúde
forme estratificação de risco realizada
na Atenção Primária. Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo
Parágrafo único. Toda gestante aten-
dida no pré-natal da rede SUS deve, Reinhold Stephanes
obrigatoriamente, ser vinculada a Chefe da Casa Civil
um hospital para realização do par- Gilberto Martin
to conforme estratificação de risco. Deputado Estadual
Art. 3°. Os serviços de saúde de média
e alta complexidade (hospitais gerais e SERVIÇOS
maternidades), credenciados e/ou con-
tratualizados para realização do parto Lei n° 13.132,
no SUS, devem garantir a vinculação de 16 de Abril de 2001
do parto para as gestantes usuárias do
SUS, em concordância com os fluxos Dispõe sobre reserva de assentos em
de vinculação/estratificação de risco salas de projeções, teatros, espaços
culturais e transporte coletivo no Es-
da Rede Materno Infantil.
tado do Paraná.

Parágrafo único. Os hospitais e A Assembléia Legislativa do Estado do


maternidades contratualizados para
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
a realização do parto de gestantes
atendidas no SUS devem estar enqua- termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
drados na tipologia do Risco Habitual tuição Estadual, a seguinte Lei:
ou Risco Intermediário ou Alto Risco,
definida pela Área Técnica da Secre- Art. 1º. As salas de projeções, tea-
taria de Estado da Saúde, pactuada tros e os espaços culturais no Estado
na Comissão Intergestores Bipartite. do Paraná que utilizam assentos para
platéia, deverão reservar 3% (três por

202
Lei nº 15.627, de 18 de Setembro de 2007
cento) desses lugares para utilização Art. 1°. Os prestadores de serviços
por pessoas obesas. continuados ficam obrigados a assegu-
rar aos consumidores a faculdade de
Art. 2º. As empresas concessionárias solicitar o cancelamento do serviços
de transporte coletivo municipal e in- pelos mesmos meios com os quais foi
termunicipal com sede no Estado do solicitada a aquisição.
Paraná, deverão reservar no mínimo
02 (dois) lugares em cada veículo, para Art. 2°. Obrigam-se, ainda, a facilitar
atendimento do disposto nesta lei. o cancelamento do serviço por meio do
telefone, da Rede Mundial de Compu-
Art. 3º. Os lugares reservados de que tadores – Internet ou do correio.
tratam os artigos anteriores, consisti-
rão em assentos especiais, de forma Art. 3°. Considera-se, para os efeitos
a garantir o conforto físico compatível desta lei, como prestação de serviços
para as pessoas objeto desta lei. continuados, sem prejuízos de outros
similares:
Art. 4º. Os responsáveis pelos decre-
tos abrangidos pelas obrigações im- I - assinaturas de jornais e revistas e
postas por esta lei terão o prazo de outros periódicos;
120 (cento e vinte) dias, contados de
sua publicação, para adequarem-se II - televisão por assinatura, provedo-
aos preceitos nela contida. res de Internet, linha telefônica fixa ou
móvel, transmissão de dados e servi-
Art. 5º. O Poder Executivo regula- ços acrescidos;
mentará a presente lei no prazo de 90
(noventa) dias, contados de sua publi- III - academias de ginástica e cursos
cação. livres;

Art. 6º. Esta lei entrará em vigor na IV - títulos de capitalização e seguros;


data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário. V - cartões de crédito e cartões de des-
conto.
Palácio Dezenove de Dezembro, em 16
de abril de 2001. Art. 4°. Os infratores ficam sujeitos às
Hermas Brandão penalidades previstas no artigo 56 da
Presidente Lei Federal nº 8078, de 11 de setem-
bro de 1990.
Lei nº 15.627,
de 18 de Setembro de 2007 Art. 5°. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Dispõe que os prestadores de serviços
continuados ficam obrigados a asse-
gurar aos consumidores a faculdade Palácio do Governo em Curitiba, em 18
de solicitar o cancelamento do serviço de setembro de 2007.
pelos mesmos meios com os quais foi
solicitada a aquisição, conforme es-
pecifica. Roberto Requião
Governador do Estado
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
203
Lei nº 15.852, de 10 de Junho de 2008
Lei nº 15.852, Lei nº 15.952,
de 10 de Junho de 2008 de 24 de Setembro de 2008

Proíbe a cobrança prévia de taxa para Obriga os restaurantes, bares, lan-


cadastramento de curriculum vitae chonetes, quiosques, ambulantes e
em agências de empregos, inclusive similares a utilizarem guardanapos e
as virtuais, no âmbito do Estado, con- canudos de plástico individualmente e
forme especifica. hermeticamente embalados em todo
o Estado do Paraná.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- A Assembléia Legislativa do Estado do
guinte lei: Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Art. 1º. Fica proibida a cobrança pré-
via de taxa para cadastramento de Art. 1º. Obriga os restaurantes, bares,
curriculum vitae em agências de em- lanchonetes, quiosques, ambulantes e
pregos, inclusive as virtuais, no âmbito similares a utilizarem guardanapos e
do Estado. canudos de plástico individualmente e
hermeticamente embalados em todo o
Art. 2º. A empresa agenciadora de Estado do Paraná.
mão-de-obra que não cumprir esta
norma estará sujeita às seguintes pe- Parágrafo Único. O material a ser
nalidades:
empregado nas embalagens herméti-
cas, deverá ser oxibiodegradável, obri-
I - advertência, na primeira ocorrên-
cia; gatoriamente.

II - multa, no valor de R$ 1.000,00 Art. 2º. O descumprimento ao dispos-


(mil reais), na segunda ocorrência; to na presente lei sujeitará os infrato-
res às seguintes penas:
III - multa equivalente ao dobro da
prevista no inciso II, nas ocorrências a) 60 (sessenta) UPF/PR - Unidade Pa-
subsequentes, e suspensão temporária drão Fiscal do Paraná, na 1ª infração;
das atividades do infrator pelo prazo
máximo de trinta dias; b) 120 (cento e vinte) UPF/PR - Unida-
de Padrão Fiscal do Paraná, na reinci-
IV - cassação do alvará de funciona- dência;
mento.
c) 200 (duzentas) UPF/PR - Unidade
Art. 3º. As agências de emprego terão
o prazo de 30 dias contados da data da Padrão Fiscal do Paraná, suspensão do
regulamentação desta lei para se ade- alvará de funcionamento e fechamento
quarem a suas determinações. do estabelecimento até o cumprimento
dos dispositivos legais, na 3ª infração.
Art. 4º. O Poder Executivo regulamen-
tará esta lei no prazo de 60 dias conta- Art. 3º. O Poder Executivo regulamen-
dos da data de sua publicação. tará a presente lei.

Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação. data de sua publicação.
Palácio do Governo em Curitiba, em 10 Palácio do Governo em Curitiba, em 24
de junho de 2008.
de setembro de 2008.
Roberto Requião
Roberto Requião
Governador do Estado
Governador do Estado
204
Lei nº 15.979, de 19 de Novembro de 2008
Lei nº 15.979, Art. 4º. O fornecedor ficará responsá-
de 19 de Novembro de 2008 vel pela multa referida no artigo ante-
rior, até que insira na fatura ou boleto
Dispõe que os fornecedores de servi- o determinado no artigo 2º.
ços de qualquer natureza, no âmbito
do Estado do Paraná, ficam obrigados Art. 5º. Cabe ao consumidor destina-
a disponibilizarem nas faturas ou bo-
tário da fatura encaminhada em desa-
letos mensais de cobrança, o endere-
ço completo de suas instalações co- cordo com os ditames desta lei, para
merciais, conforme especifica. lhe dar cumprimento, informar os se-
guintes órgãos:
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- I - PROCON;
guinte lei:
II - Ministério Público do Estado do Pa-
Art. 1º. Ficam os fornecedores de ser- raná;
viços de qualquer natureza, no âmbi-
III - Secretaria Especial de Ouvidoria
to do Estado do Paraná, obrigados a
e Corregedoria Geral do Estado do Pa-
disponibilizarem nas faturas ou boletos
raná.
mensais de cobrança, o endereço com-
pleto de suas instalações comerciais. Art. 6º. Por tratar-se de questão de
ordem pública que envolve interesses
Art. 2º. Para os efeitos desta lei consi- difusos e coletivos, o valor pago pelo
dera-se endereço completo: fornecedor a título da multa prevista
no artigo anterior, será revertido para
I - nome da rua, ou avenida; o reequipamento dos órgãos de prote-
ção e defesa ao consumidor.
II - número do imóvel;
Art. 7º. Esta Lei entra em vigor 30
III - andar e sala ou conjunto se for o dias após a data de sua publicação.
caso;
Palácio do Governo em Curitiba, em 19
IV - bairro e cidade; de novembro de 2008.
Roberto Requião
V - código de endereçamento postal. Governador do Estado

§ 1º. Não será considerado endereço


completo o número da caixa postal.
Lei n° 16.018,
de 19 de Dezembro de 2008
§ 2º. O e-mail ou o site são conside- Dispõe que as academias de ginás-
rados endereços suplementares, não tica, centros ou clubes esportivos e
substituindo os descritos nos incisos I outros estabelecimentos congêneres,
a V deste artigo. ficam obrigados a fixarem, em suas
dependências, placas alusivas sobre o
uso inadequado de anabolizantes em
Art. 3º. O fornecedor que encaminhar
seres humanos, com os dizeres que
fatura ou boleto, em desacordo com especifica.
o determinado nesta lei, incorrerá em
multa diária correspondente ao valor
A Assembléia Legislativa do Estado do
da cobrança inserto na fatura ou boleto
Paraná decretou e eu sanciono a se-
endereçado ao consumidor.
guinte lei:
Parágrafo único. Considera-se o ter-
mo inicial da multa diária incidente, a Art. 1°. As academias de ginástica,
data do vencimento constante da fatu- centro ou clubes esportivos e outros
ra ou boleto. estabelecimentos congêneres ficam
205
Lei nº 16.036, de 29 de Dezembro de 2008
obrigados a fixarem em suas depen- para a obtenção da primeira CNH, além
dências, nos locais de trânsito e per- das noções de funcionamento do veí-
manência de alunos e frequentadores, culo e convivência real dos demais ele-
placas alusivas sobre o uso inadequa- mentos do processo de circulação, no
do de anabolizantes em seres huma- período destinado à prática de direção
nos, com os seguintes dizeres: na via pública, destinarão um mínimo
de três horas/aulas para o aprendizado
nas rodovias fora do perímetro urbano.
“O USO DE ANABOLIZANTES PREJU-
DICA O SISTEMA CARDIOVASCULAR, Parágrafo único. Constará no com-
CAUSA LESÕES NOS RINS E FÍGADO, provante da conclusão de aulas práti-
DEGRADA A ATIVIDADE CEREBRAL E cas, o relatório das horas aulas reali-
AUMENTA O RISCO DE CÂNCER.” zadas nas rodovias fora do perímetro
urbano.
Art. 2°. A não observância do exposto
no artigo anterior, sujeitará o respon- Art. 2°. Esta Lei entrará em vigor na
sável pelo estabelecimento esportivo data de sua publicação.
às seguintes penalidades:
Palácio do Governo em Curitiba, em 29
I - multa diária de R$ 150,00 (cento e de dezembro de 2008.
cinquenta reais). Roberto Requião
Governador do Estado
Art. 3°. A fiscalização desta lei ficará
a cargo do órgão competente do Poder Lei nº 16.088,
Executivo. de 23 de Abril de 2009
Art. 4°. Esta Lei entrará em vigor na Dispõe sobre a divulgação da adver-
data de sua publicação. tência “Se beber, não dirija” em car-
dápios e panfletos de propaganda de
bares, restaurantes e casas de even-
Palácio do Governo em Curitiba, em 19 to.
de dezembro de 2008.
Roberto Requião A Assembléia Legislativa do Estado do
Governador do Estado Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
tuição Estadual, os seguintes dispositi-
Lei n° 16.036, vos do Projeto de Lei nº 509/08:
de 29 de Dezembro de 2008
Art. 1º. Os cardápios e panfletos de
Dispõe que as aulas práticas de dire- propaganda utilizados por bares, lan-
ção veicular, para a obtenção da pri- chonetes, restaurantes e casas de
meira CNH, destinarão um mínimo de
três horas/aulas para o aprendizado
evento, instalados no estado do Pa-
nas rodovias fora do perímetro urba- raná, devem conter, em local visível e
no, conforme especifica. com destaque, a divulgação da frase
de advertência “Se beber, não dirija”.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Art. 2º. A cada constatação de des-
guinte lei: cumprimento da presente lei será apli-
cada penalidade pecuniária de 100
Art. 1°. As aulas práticas de direção UPF/PR (cem unidades padrão fiscal).
veicular, constituídas de um mínimo de
15 horas/aulas para cada categoria de Art. 3º. Fica concedido aos estabeleci-
habilitação, ministradas pelas auto-es- mentos de que trata o artigo 1º desta
colas localizadas no Estado do Paraná, lei, o prazo de 180 dias, contados, a
206
Lei nº 16.136, de 24 de Junho de 2009
partir da data de sua publicação, para I - notificação de advertência para sa-
se adequarem. nar a irregularidade no prazo de 15
dias, na primeira infração;
Art. 4º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação. II - multa de R$ 500 (quinhentos reais)
se, decorrido o prazo previsto no inciso
Palácio Dezenove de Dezembro, em 23 I, persistir a irregularidade;
de abril de 2009.
Nelson Justus III - multa prevista no inciso II cobra-
Presidente da em dobro, nas reincidências subse-
quentes.
Lei nº 16.136,
de 24 de Junho de 2009 Parágrafo único. Para os efeitos do
disposto no caput, considera-se reinci-
Dispõe que os estabelecimentos co-
merciais situados no Estado mante- dência o cometimento da mesma infra-
rão, conforme especifica exemplar do ção e cada período de 30 dias após a
Código de Proteção e Defesa do Con- aplicação da multa prevista no inciso II.
sumidor, Lei nº 8.078/1990, disponí-
vel para consulta. Art. 4º. O Poder Executivo regulamen-
tará esta lei no prazo de 30 dias conta-
A Assembléia Legislativa do Estado do dos da data de sua publicação.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Art. 1º. Os estabelecimentos comer-
ciais situados no Estado, manterão Palácio do Governo de Curitiba, em 24
exemplar do Código de Proteção e De- de junho de 2009.
fesa do Consumidor, Lei nº 8.078, de Roberto Requião
11 de setembro de 1990, disponível Governador do Estado
para consulta. Jair Ramos Braga
Secretário de Estado da Justiça e da
§ 1°. Para os efeitos desta lei, conside- Cidadania
ra-se estabelecimento comercial aque-
le que desenvolva atividade de distri- Virgílio Moreira Filho
buição ou comercialização de produto Secretário de Estado da Indústria, do
Comércio e Assuntos do Mercosul
ou prestação de serviços.
Rafael Iatauro
§ 2°. O exemplar a que se refere o ca- Chefe da Casa Civil
put poderá ser solicitado pelo cliente
Luiz Cláudio Romanelli
ao funcionário encarregado do atendi- Deputado Estadual
mento.

Art. 2º. É obrigatória, nos estabeleci- Lei nº 16.400,


mentos a que se refere o parágrafo 1º de 10 de Fevereiro de 2010
do artigo 1º, a afixação de placa junto
ao caixa, em local visível e de fácil lei- Dispõe que, no âmbito do Estado do
tura, com os seguintes dizeres: “Este Paraná, as empresas prestadoras de
serviço de acesso à internet via ban-
estabelecimento possui exemplar do
da larga, ficam proibidas de exigir a
Código de Proteção e Defesa do Con- contratação de provedor de conteúdo
sumidor, Lei nº 8.078, de 11 de setem- como condição ao acesso à internet.
bro de 1990, disponível para consulta.”
A Assembléia Legislativa do Estado do
Art. 3º. O descumprimento do dispos- Paraná decretou e eu sanciono a se-
to nesta lei sujeita o estabelecimento
guinte lei:
infrator às seguintes penalidades:
207
Lei nº 16.486, de 12 de Maio de 2010
Art. 1º. No âmbito do Estado do Pa- III - cassação da Inscrição Estadual.
raná, as empresas prestadoras de ser-
viço de acesso à internet via banda Art. 3º. O Poder Executivo regulamen-
larga ficam terminantemente proibidas tará a presente lei em 60 (sessenta)
de exigir a contratação de provedor de dias.
conteúdo como condição ao acesso à
internet. Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Parágrafo único. As empresas a que
se refere o caput deste artigo deverão Palácio do Governo em Curitiba, em 12
informar aos consumidores sobre o ca- de maio de 2010.
ráter opcional da contratação do servi- Orlando Pessuti
ço de provedor de conteúdo. Governador do Estado
Art. 2º. Esta lei entrará em vigor da
data de sua publicação. Lei nº 16.503,
de 19 de Maio de 2010
Palácio do Governo em Curitiba, em 10
de fevereiro de 2010. Proíbe no âmbito do Estado do Para-
Roberto Requião ná a emissão de quaisquer compro-
vantes de operações feitos em papéis
Governador do Estado termossensíveis.

Lei nº 16.486, A Assembléia Legislativa do Estado do


de 12 de Maio de 2010 Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Proíbe a venda a menores de 18 anos
e a exposição pública de Revistas,
DVD’s, CD’s e cartazes em bancas, Art. 1º. Fica proibida no âmbito do Es-
livrarias, locadoras de filmes por tado do Paraná a emissão de quaisquer
qualquer meio ou congêneres, com
conteúdo erótico ou pornográfico. comprovantes de operações feitos em
papéis termossensíveis.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Parágrafo único. A proibição, que
guinte lei: trata o art. 1º desta lei, abrange aos
estabelecimentos comerciais e as ins-
Art. 1º. Em consonância com a Lei Fe- tituições bancárias.
deral nº 8.069, de 1993, Estatuto da
Criança e do Adolescente, fica proibi- Art. 2º. Esta lei aplica-se apenas aos
do a venda a menores de 18 anos e a recibos, notas fiscais, cupons fiscais e
exposição pública de Revistas, DVD’s, outros documentos que necessitem da
CD’s e cartazes em bancas, livrarias, guarda do consumidor por um período
locadoras de filmes por qualquer meio superior a um ano.
ou congêneres, com conteúdo erótico
ou pornográfico. Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Art. 2º. O não cumprimento desta lei
fica sujeito às seguintes sanções: Palácio do Governo em Curitiba, em 19
de maio de 2010.
I - advertência por escrito; Orlando Pessuti
Governador do Estado
II - multa de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais);
208
Lei nº 16.651, de 08 de Dezembro de 2010
Lei nº 16.651, Art. 4º. O Poder Executivo designará o
de 08 de dezembro de 2010 órgão municipal competente que será
o responsável pela fiscalização nos es-
Dispõe sobre a proibição de cobran- tabelecimentos comerciais, como ba-
ça de consumação mínima em bares,
danceterias, restaurantes e casas no- res, restaurantes, danceterias, casas
turnas no Estado do Paraná e dá ou- noturnas e afins.
tras providências.
Art. 5º. Fica revogada a Lei nº 14.684,
A Assembléia Legislativa do Estado do de 04 de maio de 2005.
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti- Art. 6º. Esta lei entrará em vigor na
tuição Estadual, os seguintes dispositi- data de sua publicação.
vos do Projeto de Lei nº 449/07:
Palácio Dezenove de Dezembro, em 08
Art. 1º. Fica proibida a cobrança de de dezembro de 2010.
consumação mínima em bares, dan- Antonio Anibelli
ceterias, restaurantes, casas noturnas Presidente em exercício
e afins no Estado do Paraná, salvo se
disponibilizada ao cliente a opção pelo
Lei nº 16.671,
pagamento de ingresso.
de 20 de dezembro de 2010
§ 1º. O valor da consumação mínima
Dispõe que as empresas que espe-
será integralmente deduzido da conta cifica têm responsabilidade direta e
oriunda de despesas realizadas pelo objetiva por descumprimento contra-
cliente, na data do pagamento da con- tual, prática abusiva e qualquer dano
causado ao consumidor.
sumação.

§ 2º. O estabelecimento não poderá A Assembléia Legislativa do Estado do


impor limites quantitativos para con- Paraná decretou e eu sanciono a se-
sumo nos produtos ofertados ao clien- guinte lei:
te, para efeito da dedução prevista no
parágrafo anterior. Art. 1°. As empresas prestadoras de
serviços privados essenciais ou con-
Art. 2º. O valor pago pelo ingresso tínuos e por concessionárias ou per-
não gera direito a dedução nas despe- missionárias de serviços públicos, têm
sas realizadas pelo cliente. responsabilidade direta e objetiva por
descumprimento contratual, prática
Art. 3º. O estabelecimento comercial abusiva e qualquer dano causado ao
só poderá exigir a consumação míni- consumidor no Estado do Paraná.
ma, como forma de acesso ao local, se
o cliente não optar pelo pagamento de Art. 2°. Para fins desta lei são con-
ingresso. siderados essenciais ou contínuos, os
serviços de limpeza urbana; telefôni-
Parágrafo único. O estabelecimen- cos, postais e telegráficos; televisivos
to deverá fixar na parte externa e/ou por assinatura, à cabo e/ou por sinal
de acesso de fácil visibilidade para os de antena ou por instrumento similar;
clientes, os valores referentes ao in- prestados por empresas de segurança
gresso e à consumação mínima, como particular; educacionais e de ensino; e
também, os valores dos produtos co- planos de saúde.
mercializados.
209
Lei nº 16.685, de 20 de Dezembro de 2010
Art. 3°. Os serviços prestados deve- I - serviço próprio de atendimento aos
rão seguir as normas gerais estabele- usuários para recebimento de reclama-
cidas pelo Código de Proteção e Defesa ções, de encaminhamento e de solu-
do Consumidor, Lei Federal n° 8078, ções de possíveis irregularidades; e
de 1990, especificamente no que diz
respeito aos prazos de prestação e pa- II - banco de dados que trate das con-
gamento e acerca do impedimento ao dições reais, de informações e do perfil
fornecedor em estabelecer cláusulas de fornecimento de seus serviços.
contratuais abusivas, mesmo se tra-
tando de contratos de adesão. § 1º. As informações contidas no refe-
rido banco de dados poderão ser au-
Art. 4°. Quando do pagamento efetu- ditadas e conferidas pelas autoridades
ado pelo usuário dos serviços, ou em competentes.
caso de falta de pagamento a contar
da data de vencimento estabelecida no § 2º. As informações contidas no refe-
contrato, o fornecedor deverá aguar- rido banco de dados deverão ser pu-
dar pelo menos sete dias úteis para blicadas resumidamente em veículos
efetivar qualquer procedimento de de comunicação de grande circulação
suspensão ou interrupção na prestação na região de sua prestação, pelas em-
de seus serviços, causada por inadim- presas prestadoras de serviços essen-
plemento contratual do usuário. ciais ou contínuos de que trata esta
lei, como garantia dos princípios da
Art. 5°. Na ocorrência de qualquer ir- transparência da disponibilidade e da
regularidade na prestação dos serviços eficiência.
de que trata esta lei, e mediante pré-
via solicitação do usuário, o fornecedor Art. 8°. Esta lei entrará em vigor na
deverá restabelecer em até quarenta e data de sua publicação.
oito horas a devida prestação de seus
serviços, sob pena de responsabiliza- Palácio do Governo em Curitiba, em 20
ção por danos causados aos consumi- de dezembro de 2010.
dores. Orlando Pessuti
Governador do Estado
Art. 6°. Qualquer vício ou defeito apa-
rente ou oculto, originário ou posterior,
dos serviços prestados deverá ser sa-
Lei nº 16.685,
nado pelo fornecedor nos prazos esta- de 20 de Dezembro de 2010

belecidos pelas normas gerais em vi-


Dispõe que todas as empresas atuan-
gor que regem a defesa e a proteção tes no Estado do Paraná ficam obri-
do consumidor, sem a interrupção dos gadas a encaminhar por escrito aos
serviços. contratantes, contratos firmados, ver-
balmente, por meio de call center ou
outras formas de vendas a distância.
Parágrafo único. Os consumidores
poderão ser onerados pelos procedi- A Assembléia Legislativa do Estado do
mentos citados no caput deste artigo Paraná decretou e eu sanciono a se-
desde que tenham interferido ou parti- guinte lei:
cipado na causa dos vícios ou defeitos
apontados. Art. 1°. Todas as empresas atuantes
no Estado do Paraná ficam obrigadas a
Art. 7°. As empresas e fornecedores
encaminhar por escrito aos contratan-
tratados nesta lei deverão manter:
210
Lei nº 17.055, de 23 de Janeiro de 2012
tes, contratos firmados, verbalmente, Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na
por meio de call center ou outras for- data de sua publicação.
mas de vendas a distância.
Palácio do Governo em Curitiba, em 23
§ 1º. Encaminhamento de que trata o de janeiro de 2012.
caput deste artigo dar-se-á até o trigé- Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
si cebimento do contrato, para rescin-
di-lo, de forma unilateral.
Lei n° 17.098,
Art. 2°. O não cumprimento da pre- de 28 de Março de 2012
sente lei fica sujeito às seguintes san-
Determina que sejam mantidas pla-
ções: cas informativas visíveis com dados
referentes à manutenção, vistoria
I - advertência por escrito; técnica e riscos na utilização de brin-
quedos e atrações existentes em par-
ques de diversão.
II - multa de R$ 5.000,00;
A Assembleia Legislativa do Estado do
III - cassação da Inscrição Estadual.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Art. 3°. Fica o Poder Executivo res-
ponsável pela regulamentação da pre-
Art. 1º. A administração dos parques
sente lei em 90 (noventa) dias de sua
de diversão existentes no Estado do
publicação.
Paraná manterá, em cada um dos brin-
quedos e atrações existentes, placas
Art. 4°. Esta lei entrará em vigor na
informativas, fixadas na entrada de
data de sua publicação.
cada brinquedo ou atração, com letras
bem visíveis para o público, com da-
Palácio do Governo em Curitiba, em 20
dos referentes à manutenção e vistoria
de dezembro de 2010.
técnica daquela diversão, bem como
Orlando Pessuti
dos eventuais riscos inerentes à sua
Governador do Estado utilização.

Lei n° 17.055, § 1º. Para efeito do disposto no caput,


de 23 de Janeiro de 2012 entendem-se como dados referentes à
manutenção, a data em que a mesma
Assegura o acesso gratuito, aos me-
nores de 12 anos acompanhados de
foi realizada, bem como quando deve-
responsável, às atividades desporti- rá ser feita a próxima manutenção e o
vas realizadas em Estádios e Ginásios número do laudo de vistoria, emitido
localizados no Estado do Paraná. pelas autoridades públicas competen-
tes.
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
§ 2º. Para efeito do disposto no caput,
guinte lei:
entendem-se como informações rela-
Art. 1º. Fica assegurado o acesso gra- tivas aos eventuais riscos inerentes à
tuito, aos menores de 12 (doze) anos utilização do brinquedo ou da atração,
que estejam acompanhados de res- informações que indiquem riscos para
ponsável, às atividades desportivas os eventuais usuários portadores de
realizadas em estádios e ginásios loca- doenças.
lizados no Estado do Paraná.

211
Lei nº 17.107, de 17 de Abril de 2012
Art. 2º. A não observância do dispos- cas, responsáveis pela prestação dos
to no artigo anterior e seus parágra- serviços de emergência aqui tratados,
fos acarretará aos parques de diver- deverão anotar o número telefônico de
são multa de 200 (duzentas) Unidades onde se originou o trote e enviar ofício
Padrão Fiscal (UPF/PR), dobrando em às empresas prestadoras de serviços
caso de reincidência. telefônicos para que essas informem
os dados do proprietário.
Art. 3º. O Poder Executivo regulamen-
tará a presente Lei. § 1º. As empresas prestadoras de ser-
viços telefônicos terão o prazo de 30
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na (trinta) dias para fornecer as informa-
data de sua publicação. ções, sob pena de multa de 20 UPF/
PR (Unidade Padrão Fiscal do Paraná),
Palácio do Governo em Curitiba, em 28 duplicando-se tal valor em caso de
de março de 2012. reincidência.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado § 2º. As ligações originadas de telefo-
nes públicos serão anotadas em relató-
Lei n° 17.107, rio separado para futuro levantamento
de 17 de Abril de 2012 de incidência geográfica e posterior
identificação pelo órgão competente,
Dispõe sobre penalidades ao respon- podendo ser adotadas medidas pre-
sável pelo acionamento indevido dos ventivas.
serviços telefônicos de atendimento
a emergências envolvendo remoções
ou resgates, combate a incêndios, § 3º. Havendo possibilidade da identi-
ocorrências policiais ou atendimento ficação do autor do acionamento inde-
de desastres (trote telefônico). vido por telefones públicos, esse será
responsabilizado e deverá ser penali-
A Assembleia Legislativa do Estado do zado na forma desta Lei.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: § 4º. Após o recebimento do Auto de
Infração, os proprietários da linha te-
Art. 1º. Fica instituída a aplicação de lefônica ou os responsáveis pelo acio-
multa ao proprietário de linha telefôni- namento indevido terão o prazo de 30
ca responsável pelo acionamento inde- (trinta) dias para apresentar defesa
vido dos serviços telefônicos de aten- por escrito junto ao órgão competente,
dimento a emergências envolvendo que poderá acatar o pedido cancelando
remoções ou resgates, combate a in- a aplicação da multa.
cêndios, ocorrências policiais ou aten-
dimento de desastres. Art. 3º. Identificados os proprietários
da linha telefônica ou os responsáveis
Parágrafo único. Entende-se por pelo acionamento indevido, na forma
acionamento indevido aquele origina- prevista no artigo anterior, serão en-
do de má-fé ou que não tenha como viados os relatórios ao órgão estadual
objeto o atendimento a emergência ou competente que adotará as medidas
situação real que venha a justificar o cabíveis, inclusive a lavratura do Auto
acionamento, salvo nos casos de erro de Infração e o envio da multa ao en-
justificável. dereço do infrator.

Art. 2º. Os órgãos e instituições públi- Parágrafo único. Após o recebimento


212
Lei nº 17.147, de 09 de Maio de 2012
do Auto de Infração, os proprietários gados a afixarem em suas portarias,
da linha telefônica ou os responsáveis em locais de fácil visibilidade, cartazes
pelo acionamento indevido terão o pra- com advertência sobre a hospedagem
zo de 30 (trinta) dias para apresentar de crianças ou adolescentes.
defesa por escrito junto ao órgão com-
petente, que poderá acatar o pedido Art. 2º. Os cartazes, com dimensões
cancelando a aplicação da multa. mínimas de quarenta centímetros de
comprimento por trinta centímetros de
Art. 4º. A multa a que se refere o art. largura, deverão conter a seguinte ins-
1º desta Lei será de 02 (duas) UPF/ crição:
PR (Unidade Padrão Fiscal do Paraná)
é cobrada em dobro no caso de rein- “É proibida a hospedagem de criança
cidência. ou adolescente em hotel, motel, pen-
são ou estabelecimento congênere,
Art. 5º. Não havendo o pagamento da salvo se autorizado ou acompanha-
multa pela via administrativa, o Esta- do pelos pais ou responsável. (art.
do poderá realizar a cobrança pela via 82 da Lei nº 8.069, de 13 de julho
judicial. de 1990 – Estatuto da Criança e do
Adolescente).”
Art. 6º. Todo o valor arrecadado com
as multas estabelecidas nesta Lei será Art. 3º. O descumprimento desta Lei
repassado ao FUNESP/PR (Fundo Espe- sujeitará o estabelecimento infrator à
cial de Segurança Pública do Paraná). multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais), aplicada em dobro nas rein-
Art. 7º. O Poder Executivo deverá re- cidências.
gulamentar a presente Lei.
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na
Art. 8º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
data de sua publicação.
Palácio do Governo em Curitiba, em 09
Palácio do Governo em Curitiba, em 17
de maio de 2012.
de abril de 2012.
Carlos Alberto Richa
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Governador do Estado

Lei n° 17.147, Lei n° 17.300,


de 09 de Maio de 2012 de 14 de Setembro de 2012

Dispõe sobre a obrigatoriedade do


Obriga os hotéis, motéis, pensões e envio da cópia do contrato de adesão
estabelecimentos congêneres a afixa- aos consumidores por carta registra-
rem cartazes com as exigências legais da na modalidade de aviso de recebi-
para hospedagem de crianças e ado- mento-AR.
lescentes.

A Assembleia Legislativa do Estado do A Assembléia Legislativa do Estado do


Paraná decretou e eu sanciono a se- Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: guinte lei:

Art. 1º. Ficam as operadoras de ser-


Art. 1º. Os hotéis, motéis, pensões e
viços de telefonia móvel, fixa e de
estabelecimentos congêneres, instala-
transmissão de dados via banda larga,
dos no Estado do Paraná, ficam obri-
assim como as de TV por assinatura,
213
Lei nº 17.301, de 14 de Setembro de 2012
obrigadas a enviar aos clientes, no midor a descrição clara do preço e da
prazo de 7 (sete) dias corridos, cópia composição do serviço.
dos contratos de adesão e do termo
aditamento de aviso de recebimento– Parágrafo único. Para os fins desta
AR. Lei entende-se como “couvert” o servi-
ço caracterizado pelo fornecimento de
Art. 2º. Aplicar-se-ão as disposições aperitivos sólidos e líquidos, assim de-
contidas nesta Lei, aos contratos de finidos pelo estabelecimento, servidos
adesão formalizados pela internet ou antes do início da refeição propriamen-
pelo serviço de telemarketing. te dita.

Art. 3º. A inobservância das disposi- Art. 2º. Fica vedado aos estabeleci-
ções contidas na presente Lei impor- mentos descritos no art. 1º o forneci-
tará, no que couber, a aplicação das mento do serviço de “couvert” ao con-
penalidades contidas no art. 56 da lei sumidor sem solicitação prévia, salvo
nº 8078, de 11 de setembro de 1990
se oferecido gratuitamente.
(CDC).
Parágrafo único. O serviço prestado
Art. 4º. Aos órgãos de defesa do con-
em desconformidade com o previsto
sumidor do Poder Executivo e do Poder
no “caput” não gerará qualquer obri-
Legislativo, dentro de suas competên-
cias legais, cabe a adoção das medidas gação ao pagamento.
necessárias para o fiel cumprimento
das disposições contidas na presente Art. 3º. A infração das disposições
Lei. desta Lei acarretará ao responsável in-
frator as sansões previstas no art. 56
Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na da Lei Federal nº 8.078, de 11 de se-
data de sua publicação. tembro de 1990 – Código de Defesa do
Consumidor, aplicáveis na forma de
Palácio do Governo em Curitiba, em 14 seus arts. 57 a 60.
de setembro de 2012.
Carlos Alberto Richa Art. 4º. Ulterior disposição regula-
Governador do Estado mentar desta Lei definirá os detalhes
técnicos de sua execução.
Lei n°17.301
de 14 deSetembro de 2012 Art. 5º. As despesas decorrentes da
execução desta Lei correrão a conta de
Dispõe sobre a oferta de “couvert” dotações orçamentárias próprias.
por restaurantes, lanchonetes, bares
e demais estabelecimentos de gênero
similar no Estado do Paraná.
Art. 6º. Esta Lei entra em vigor no
prazo de 30 (trinta) dias, contados a
partir da data de sua publicação.
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Palácio do Governo em Curitiba, em 14
guinte lei:
de setembro de 2012.
Art. 1º. Os restaurantes, lanchonetes,
Carlos Alberto Richa
bares e demais estabelecimentos de
Governador do Estado
gênero similar que adotam o sistema
de “couvert” disponibilizarão ao consu-

214
Lei nº 17.350, de 09 de Novembro de 2012
Lei nº 17.350, Lei nº 17.483,
de 09 de Novembro de 2012 de 10 de Janeiro de 2013
Determina a obrigatoriedade de ins- Obriga a inserção de mensagens edu-
talação de anteparo de vidro ou ma- cativas sobre o uso de drogas nos
terial similar, acima dos balcões de ingressos de shows culturais e es-
buffets em restaurantes. portivos voltados ao público infanto-
-juvenil e nos locais dos eventos.
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- A Assembleia Legislativa do Estado do
guinte lei: Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Art. 1º. Os restaurantes e demais es-
tabelecimentos comerciais que prepa- Art. 1º. Os promotores de shows e de
ram e/ou servem refeições na forma entretenimentos culturais e esportivos
de buffet, onde o cliente serve seu pró- voltados para o público infanto-juvenil
prio prato, ficam obrigados a instalar no Estado do Paraná deverão fazer
anteparos de vidro ou proteção similar constar nos ingressos e nos locais da
que garanta segurança e higiene aos realização do evento mensagens edu-
clientes, acima dos balcões onde os cativas sobre os malefícios das drogas
alimentos ficam dispostos. e informações sobre as penalidades
aplicáveis aos traficantes e usuários.
Parágrafo único. O anteparo a que se
refere este artigo não poderá estar em Parágrafo único. As mensagens
altura superior a cinquenta centíme- constantes no caput deverão estar
tros e deverá ter largura suficiente a expostas, durante a realização dos
cobrir todos os pratos e alimentos dis- eventos em painéis, faixas, cartazes
postos no balcão. ou meios audiosvisuais, bem como ser
impressas nos respectivos ingressos.
Art. 2º. Os estabelecimentos previs-
tos no art. 1º terão o prazo de noven- Art. 2º. As mensagens descritas no
ta dias para se adequarem às normas art. 1º desta Lei, constantes no local
aqui previstas. da realização do evento, deverão ser
afixadas em locais de fácil visibilidade
Art. 3º. O descumprimento desta Lei obedecendo às seguintes determina-
acarretará a aplicação de multa equi- ções:
valente cinco salários mínimos regio-
nais, podendo esta ser aplicada em I – os cartazes deverão ter dimensões
dobro em caso de reincidência levando mínimas de 40 cm (quarenta centíme-
à suspensão das atividades do estabe- tros) de comprimento por 30 cm (trin-
lecimento e até mesmo à cassação da ta centímetros) de largura;
licença para funcionamento.
II – os recintos com área superior a
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na 50 m² (cinquenta metros quadrados)
data de sua publicação. deverão conter os avisos na proporção
de 1 (um) para cada 50 m² (cinquenta
Palácio do Governo em Curitiba, em 09 metros quadrados).
de novembro de 2012.
Flávio Arns Art. 3º. Nos locais do evento, bem
Governador do Estado, em exercício como nos seus respectivos ingressos,
Michele Caputo Neto deverá conter uma mensagem educa-
Secretário de Estado da Saúde tiva juntamente com a penalidade apli-
cada aos traficantes e usuários de dro-
Luiz Eduardo Sebastiani
Chefe da Casa Civil gas, ficando a critério dos responsáveis

215
Lei nº 17.604, de 19 de Junho de 2013
pelo entretenimento a sua criação. respectiva quantidade de calorias a se-
rem adquiridas na ingestão dos produ-
Art. 4º. ...Vetado... tos, bem como a presença de lactose e
glúten nos alimentos.
Art. 5º. Fica a critério do Poder Execu-
tivo estabelecer as normas para viabi- § 1º. A relação de que trata o art. 1º
lizar as denúncias quanto ao não cum-
deverá ser elaborada e assinada por
primento desta Lei.
nutricionista, com o respectivo número
Art. 6º. Caso julgue necessário, o Po- de sua inscrição no Conselho Regional
der Executivo poderá regulamentar a de Nutricionistas.
presente Lei para seu fiel cumprimen-
to. § 2º. A quantidade de calorias e a
presença de lactose e glúten deverão
Art. 7º. Esta Lei entra em vigor após constar ao lado de cada produto nos
decorridos sessenta dias de sua publi- cardápios disponibilizados nos referi-
cação oficial. dos estabelecimentos.
Palácio do Governo, em 10 de janeiro
de 2013. Art. 2º. Para os itens de consumo já
Carlos Alberto Richa comercializados em quantidade por-
Governador do Estado cionada, assim compreendidos como:
doces, sorvetes, salgados, bebidas ela-
Maria Tereza Uille Gomes
Secretária de Estado da Justiça, Cida- boradas e similares, como também nos
dania e Direitos Humanos casos de itens de consumo de quanti-
dade variável, a critério do consumidor,
Loriane Leisli Azeredo
Chefe da Casa Civil, em exercício como restaurante de comida a quilo e
outros, a quantidade de calorias e a
Evandro Junior presença de lactose e glúten que trata
Deputado Estadual o art. 1º deverão ser especificadas a
partir da porção e da medida caseira
Lei nº 17.604, definida pela Resolução da ANVISA nº
de 19 de Junho de 2013 359 de 23 de dezembro de 2003.

Dispõe sobre a obrigatoriedade da Art. 3º. ...Vetado...


especificação e divulgação da quanti-
dade de calorias, presença de glúten
e lactose nos cardápios de bares, res- Art. 4º. Os estabelecimentos dos
taurantes, hotéis, fastfoods e simila- quais trata a presente Lei terão o prazo
res. de cento e oitenta dias, a partir de sua
entrada em vigor, para se adequarem
A Assembleia Legislativa do Estado do ao seu cumprimento.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: Art. 5º. O não cumprimento da pre-
sente Lei sujeita o infrator às seguintes
Art. 1º. Ficam os bares, hotéis, res- sanções:
taurantes, fast-foods, sorveterias, do-
cerias, delicatesses e outros estabele- I - advertência por escrito;
cimentos que comercializem produtos
prontos para consumo imediato, obri- II - multa de 80 UPF-PR;
gados a manter à disposição do consu-
midor cardápio contendo todos o itens III - cassação da Inscrição Estadual.
comercializados pelos mesmos, com a

216
Lei nº 17.663, de 27 de Agosto de 2013
Art. 6º. Esta Lei entra em vigor na Lei nº 17.699,
data de sua publicação. de 02 de Outubro de 2013
Palácio do Governo, em 19 de junho Disciplina a identificação dos profis-
de 2013. sionais de educação física contratados
Carlos Alberto Richa por estabelecimentos que exerçam
Governador do Estado atividades ligadas às áreas de ativi-
dades físicas e do desporto, conforme
Lei nº 17.663, critérios estabelecidos pelos arts. 2º,
I, II, III e 3º da Lei Federal nº 9.696,
de 27 de Agosto de 2013 de 1998 e da Resolução nº 52, de
2002 do Conselho Federal de Educa-
Dispõe medidas para que as empre- ção Física – CONFEF.
sas prestadoras de serviços de TV por
assinatura situadas no Estado do Pa-
raná mantenham escritórios regionais A Assembleia Legislativa do Estado do
nas microrregiões para atendimento Paraná decretou e eu sanciono a se-
pessoal. guinte lei:

A Assembleia Legislativa do Estado do Art. 1°. Ficam disciplinados, obrigato-


Paraná aprovou e eu promulgo, nos riamente, todos os estabelecimento s
termos do § 7º do artigo 71 da Cons- que exerçam atividades ligadas às áre-
tituição Estadual, os seguintes dispo- as de atividades físicas e do desporto a
sitivos do Projeto de Lei nº 344/2012: fixarem quadro informativo contendo:
nome, função que exerce e número do
Art. 1°. As empresas prestadoras de registro junto ao Conselho Regional de
serviços de TV por assinatura situadas Educação Física - CREF dos profissio-
no Estado do Paraná deverão instituir nais responsáveis pelas modalidades
um escritório regional para atendimen-
ali desenvolvidas, em conformidade
to pessoal nas microrregiões para cada
com os arts. 2º, I, II e III e 3º da Lei
grupo de cem mil habitantes.
Federal nº 9.696, de 1º de setembro
de 1998 e da Resolução nº 52, de 10
Art. 2°. O referido escritório deverá
de dezembro de 2002, do Conselho Fe-
disponibilizar funcionários para efetuar
atendimento pessoal aos clientes. deral de Educação Física -CONFEF.

Art. 3°. O descumprimento do dispos- § 1°. A fixação e exposição do determi-


to nesta Lei implicará nas sanções pre- nado pelo caput deste artigo deverão
vistas no art. 56 do Código de Defesa ser feitas em local visível ao público,
do Consumidor, Lei Federal nº 8.078, bem como conter o número do telefo-
de 11 de setembro de 1990. ne do estabelecimento e do Conselho
Regional de Educação Física da 9ª Re-
Art. 4°. O Poder Executivo regulamen- gião – Estado do Paraná - CREF9/PR.
tará a forma de fiscalização.
§ 2°. As dimensões do quadro informa-
Art. 5°. Esta Lei entra em vigor no tivo não serão inferiores a um metro de
prazo de cento e vinte dias a partir de comprimento, por oitenta centímetros
sua publicação. de altura, ou oitenta centímetros de
comprimento por um metro de altura.
Palácio Dezenove de Dezembro, em 27
de agosto de 2013. § 3°. As informações constantes do
Deputado Valdir Rossoni quadro informativo, nome do profis-
Presidente da Assembleia Legislativa sional, função que exerce e número
do Estado

217
Lei nº 17.774, de 29 de Novembro de 2013
do registro no Conselho Regional de Art. 7°. Esta Lei entra em vigor na
Educação Física - CREF devem estar data de sua publicação.
prestadas de forma clara, com letras
e números legíveis e em tamanho que Palácio do Governo, em 02 de outubro
permita a fácil leitura e entendimento de 2013.
dos cidadãos. Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Art. 2°. São considerados estabeleci-
mentos ligados às áreas da atividade Evandro Rogério Roman
física e do desporto: Secretário de Estado do Esporte

I - academias de atividades físicas e Cezar Silvestri


desportivas; Secretário de Estado de Governo

II - clubes desportivos, recreativos e Reinhold Stephanes


de lazer; Chefe da Casa Civil

III - escolas de iniciação desportiva; Rasca Rodrigues


Deputado Estadual
IV - outros estabelecimentos que mi-
nistrem, ou venham a ministrar, ativi- Lei nº 17.774,
dades físicas e desportivas, ou simila- de 29 de Novembro de 2013
res, em funcionamento no Estado do
Paraná. Estabelece a utilização de material
informativo na forma de vídeo sobre
medidas de segurança em boates, ca-
Art. 3°. Não estarão sujeitos à obriga- sas noturnas e shows.
toriedade tratada pelo art. 1º da pre-
sente Lei os estabelecimentos mencio- A Assembleia Legislativa do Estado do
nados no parágrafo único do art. 1º Paraná decretou e eu sanciono a se-
da Lei nº 14.035, de 20 de março de guinte lei:
2003, desde que não tenham firmado
convênio de livre e espontânea vonta- Art. 1°. Fica instituída no âmbito do
de com o Sistema CONFEF/CREFs. Estado do Paraná, a utiliz ação de ma-
terial educativo em vídeo sobre pro-
Art. 4°. As despesas decorrentes da cedimentos detalhados de segurança,
confecção, fixação e manutenção da combate deincêndio e rotas de saída,
atualização das informações dos qua- seguindo as normas estabelecidas pelo
dros informativos dos quais trata o art. Corpo de Bombeiros, em boates, casas
1º correrão por conta dos respectivos noturnas e similares.
estabelecimentos.
Art. 2°. São os proprietários destes
Art. 5°. Sem prejuízo de outras san- estabelecimentos, responsáveis pela
ções cíveis e penais cabíveis, as pesso- produção e veiculação deste material,
as físicas e jurídicas que descumprirem antes do início do primeiro show ou
o disposto nesta Lei ficam sujeitas a apresentação agendada.
multas e outras implicações dispostas
em regulamento. Art. 3°. O material a ser produzido de-
verá priorizar a linguagem simples, de
Art. 6°. ...Vetado... fácil compreensão e o mesmo deverá

218
Lei nº 17.898, de 27 de Dezembro de 2013
ser exibido no local de maior fluxo de I - das 7h às 12h o turno da manhã;
pessoas.
II - das 12h às 18h o turno da tarde;
Art. 4°. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação. III - das 18h às 23h o turno da noite.

Palácio do Governo, em 29 de novem- § 2º. Os fornecedores deverão infor-


bro de 2013. mar, prévia e adequadamente, as da-
Carlos Alberto Richa tas e os respectivos períodos dispo-
Governador do Estado níveis para a entrega de produtos ou
prestação de serviços, sendo assegu-
Cid Marcus Vasques rado ao consumidor o direito de esco-
Secretário de Estado da Segurança lher entre as opões oferecidas.
Pública
§ 3º. Mediante convenção especial en-
Cezar Silvestri tre as partes, em separado e de forma
Secretário de Estado de Governo destacada, será possível a contratação
da efetivação da entrega de qualquer
Reinhold Stephanes mercadoria ou serviço no período após
Chefe da Casa Civil as 23h até as 7h.

Ney Leprevost Art. 3º. No ato da finalização da con-


Deputado Estadual tratação de fornecimento de bens ou
da realização de serviços, o fornecedor
Lei nº 17.898, entregará ao consumidor, por escrito,
de 27 de Dezembro de 2013 documento com as seguintes informa-
ções:
Obriga os fornecedores de bens e
prestadores de serviços localizados I - identificação do estabelecimento
no Estado do Paraná a fixarem data
e hora para entrega dos produtos ou
comercial, na qual conste a razão so-
realização dos serviços aos consumi- cial, o nome fantasia, o número de ins-
dores. crição do CNPJ, o endereço e o número
do telefone para contato;
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- II - descrição do produto a ser entre-
guinte lei: gue ou do serviço a ser prestado;

Art. 1º. ...Vetado... III - data e período em que o produ-


to deverá ser entregue ou prestado o
Parágrafo Único. ...Vetado... serviço;

Art. 2º. Os fornecedores de bens ou IV - endereço onde deverá ser entre-


serviços poderão estipular, no ato da gue o produto ou realizado o serviço.
contratação o cumprimento das suas
obrigações nos turnos da manhã, tar- Parágrafo Único. No caso do comér-
de ou noite. cio a distância ou não presencial, o do-
cumento a que se refere o caput deste
§ 1º. Os turnos referidos no caput des- artigo deverá ser enviado ao consumi-
te artigo serão assim divididos: dor, previamente à efetiva entrega do
produto ou realização do serviço, por
219
Lei nº 17.949, de 10 de Janeiro de 2014
meio de mensagem eletrônica, fax, grande porte, para os fins da presente
correio ou outro meio indicado. Lei, os cães e os gatos.

Art. 4º. O não cumprimento do dis- Art. 2°. A tosa e o banho somente
posto nesta Lei implicará nas sanções poderão ser realizados em locais que
previstas no art. 56 e seguintes do Có- possibilitem aos clientes e visitantes
digo de Defesa do Consumidor – Lei nº do estabelecimento a visão total dos
8.078, de 11 de setembro de 1990. serviços.

Art. 5º. Esta Lei entra em vigor após Art. 3°. No prazo de dois anos, a con-
noventa dias de sua publicação. tar da publicação desta Lei, todos os
estabelecimentos comerciais que pres-
Palácio do Governo, em 27 de dezem- tem os serviços de tosa e banho em
bro de 2013. cães e gatos domésticos, independen-
Carlos Alberto Richa te do normatizado pelo art. 2º desta
Governador do Estado Lei, deverão instalar sistema de câme-
ras que filmem os serviços prestados e
Maria Tereza Uille Gomes que permitam o acompanhamento dos
Secretária de Estado da Justiça, Cida- serviços pelos clientes através da Rede
dania e Direitos Humanos Mundial de Computadores (internet).

Cezar Silvestri Parágrafo único. As gravações (fil-


Secretário de Estado de Governo mes) deverão ser armazenadas e guar-
dadas adequadamente por seis meses
Reinhold Stephanes após a realização das mesmas.
Chefe da Casa Civil
Art. 4°. O estabelecimento que não
Douglas Fabrício cumprir as normas estabelecidas pela
Deputado Estadual presente Lei será multado na quantia
de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Lei nº 17.949,
de 10 de Janeiro de 2014 Art. 5°. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
Dispõe sobre os serviços comerciais
de tosa e banho em animais domés- Palácio do Governo, em 10 de janeiro
ticos de pequeno e grande porte no
Estado do Paraná.
de 2014.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Luiz Eduardo Cheida
guinte lei: Secretário de Estado do Meio Ambien-
te e Recursos Hídricos
Art. 1°. Os serviços de tosa e banho
em animais domésticos de pequeno a Cezar Silvestri
grande porte, ocorridos em estabele- Secretário de Estado de Governo
cimentos comerciais no Estado do Pa-
raná, são regulados pela presente Lei. Reinhold Stephanes
Chefe da Casa Civil
Parágrafo único. São considerados
animais domésticos de pequeno a Rasca Rodrigues
Deputado Estadual
220
Lei nº 17.951, de 10 de Janeiro de 2014
Lei nº 17.951, o disposto nesta Lei ficam sujeitos às
de 10 de Janeiro de 2014 seguintes penalidades, sem prejuízos,
conforme o caso, das sanções de na-
Dispõe sobre a obrigatoriedade da turezas civil, penal e das definidas em
identificação dos torcedores nos está- normas específicas:
dios de futebol no Estado do Paraná.
I - advertência por escrito da autorida-
A Assembleia Legislativa do Estado do de competente esclarecendo que, em
Paraná decretou e eu sanciono a se- caso de reincidência, o infrator estará
guinte lei: sujeito à multa;
Art. 1°. Os clubes, entidades mante- II - multa de R$ 5.000,00 (cinco mil
nedoras, entidades gestoras dos es- reais) na segunda infração;
tádios de futebol e estabelecimentos
que realizarem a venda de ingressos III - multa de R$ 10.000,00 (dez mil
para partidas oficiais de futebol dispu- reais) na terceira infração;
tadas em local com capacidade para
mais de quinze mil espectadores, loca- IV - cassação do alvará de localização
lizados no Estado do Paraná, deverão e funcionamento do estádio de futebol,
realizar a identificação dos respectivos na hipótese de inobservância desta
compradores de ingressos, nos termos Lei, mesmo após a aplicação das pena-
desta Lei. lidades anteriores.
Art. 2°. Os responsáveis pela realiza- Art. 6°. O frequentador de competi-
ção do evento manterão à disposição ção oficial de futebol identificado como
das autoridades, pelo prazo mínimo de participante ou incitador de distúrbios,
doze meses, contados a partir da com- nos estádios e fora deles, estará sujei-
petição, banco de dados com a identi- to às seguintes penalidades:
ficação dos compradores e frequenta-
dores das partidas de futebol. I - impedimento de adquirir ingressos
ou frequentar partida oficial de futebol
Art. 3°. Os torcedores e frequentado- pelo prazo de três meses a cinco anos;
res dos estádios serão cadastrados no
ato da compra dos ingressos mediante II - pagamento de multa no valor cor-
a apresentação de um documento ofi- respondente entre 10 até 100 UPF-PR
cial de identidade, com a vinculação de (Unidade Padrão Fiscal do Estado do
seus dados ao número do registro do Paraná).
ingresso emitido.
Art. 7°. Esta Lei entra em vigor no
Parágrafo único. Não será permitida prazo de noventa dias após a data de
a venda de ingressos a pessoas que sua publicação.
não apresentarem a documentação
mencionada no caput deste artigo. Palácio do Governo, em 10 de janeiro
de 2014.
Art. 4°. Todos os funcionários dos clu- Carlos Alberto Richa
bes, das entidades mantenedoras e Governador do Estado
entidades gestoras, próprios ou tercei-
rizados, que desempenharem alguma EVANDRO ROGÉRIO ROMAN
atividade nos estádios, deverão portar Secretário de Estado do Esporte e do
identificação que permita a visualiza- Turismo
ção do seu nome, função e foto. Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo
Art. 5°. Os clubes, entidades mante-
nedoras e entidades gestoras dos es- Reinhold Stephanes
Chefe da Casa Civil
tádios de futebol que descumprirem
221
Lei nº 9.997, de 16 de Junho de 1992
Art. 4º. Compete também às entida-
SERVIÇOS - BANCOS des previstas a competência de afixar,
interna e externamente, em locais vi-
síveis ao público em geral, a critério
Lei n° 9.997, de cada uma, a custo próprio, placas
de 16 de Junho de 1992 e cartazes informativos contendo cita-
ções de lei e respectivo número, espe-
Que dispõe sobre o atendimento prio- cificando a prioridade de atendimento
ritário, preferencial e especial das
pessoas que especifica, em agências
às pessoas beneficiadas e enquadra-
e postos bancários, estabelecimentos das.
financeiros e similares, e dá outras
providências. Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as
A Assembléia Legislativa do Estado do disposições em contrário.
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do § 7° do artigo 71 da Consti- Palácio Dezenove de Dezembro, em 16
tuição Estadual, a seguinte Lei: de junho de 1992.

Art. 1º. Todas as agências e postos Anibal Khury


bancários, estabelecimentos de crédi- Presidente
to financeiro e instituições similares,
devidamente estabelecidos no Esta-
Lei n° 11.571,
do do Paraná, ficam obrigados a dar
atendimento prioritário e especial às de 05 de Novembro de 1996
seguintes pessoas, que, por sua vez,
Torna obrigatória a Instalação de Por-
ficam desobrigadas, a qualquer tem- ta de Segurança nas Agências Bancá-
po, a aguardar a vez em filas, mesmo rias do Estado do Paraná e dá outras
aquelas externas de aguardo ao horá- providências.
rio de abertura e início de expediente,
quando também terão, preferência, A Assembléia Legislativa do Estado do
sempre, e em todas as circunstâncias.
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
I - Idosos a partir de 65 anos de idade; termos do § 7º. do Artigo 71 da Cons-
tituição Estadual, a seguinte Lei:
II - Portadores de deficiência física que
impliquem em dificuldade de locomo- Art. 1º. É obrigatória a instalação de
ção ou permanência em pé; porta eletrônica de segurança indivi-
dualizada e de câmeras de filmagem,
III - Mulheres grávidas; gravação e fotografia, nas agências e
postos de serviços bancários e em to-
IV - Mães com crianças de colo ou lac- dos os acessos destinados ao público.
tentes;

V - Doentes graves. § 1º. A porta a que se refere este ar-


tigo deverá, entre outras, obedecer as
Art. 2º. O direito assegurado pela pre- seguintes características técnicas:
sente lei aplica-se indistintamente a
clientes ou não de serviços das insti- a) equipada com detector de metais;
tuições mencionadas.
b) travamento e retorno automático;
Art. 3º. Às administrações ou gerências
dos estabelecimentos em pauta fica ins- c) abertura ou janela para entrega ao
tituída a competência de fazer respeitar
vigilante do metal detectado;
os incisos I a V do artigo 1º desta lei.
222
Lei nº 13.409, de 21 de Dezembro de 2001
d) vidros laminados e resistentes ao Art. 3º. Os estabelecimentos ban-
impacto de projéteis oriundos de arma cários terão um prazo de 120 (cento
de fogo, até calibre 45. e vinte) dias, a contar da publicação
desta Lei, para instalação dos equipa-
§ 2º. Poderá ser dispensada a exigên- mentos exigidos no Art 1º desta Lei.
cia contida neste artigo, para uma ou
mais agências ou postos de serviços, Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
por meio de acordo coletivo de traba- data de sua publicação, revogadas as
lho celebrado entre as empresas e o disposições em contrário.
Sindicato dos Empregados em Esta-
belecimentos Bancários do Estado do Palácio Dezenove de Dezembro, em 05
Paraná. de novembro de 1996.

Art. 2º. O estabelecimento bancário Anibal Khury


que infringir o disposto nesta Lei, fi- Presidente
cará sujeito às seguintes penalidades:
Lei nº 13.409,
I - Advertência: Para a primeira autu-
ação, devendo o banco ser notificado, de 21 de Dezembro de 2001

para que efetue a www da pendência Dispõe que as agências e os postos


até 10 (dez) dias úteis; bancários estabelecidos no Estado fi-
cam obrigados a emitir documentos
II - Multa: Será aplicada multa de em braille e a instalar equipamentos
de informática adequados ao atendi-
10.000 (dez mil) UFIR’s por atraso de mento dos portadores de deficiência
até trinta dias para a implantação de visual.
sistema objeto da presente ou quando
não houver a regularização do plano A Assembléia Legislativa do Estado do
previsto de pendência já punida com Paraná decretou e eu sanciono a se-
advertência, ou em caso de terceira guinte lei:
advertência, no periódo de janeiro a
dezembro; Art. 1º. As agências e os postos ban-
cários estabelecidos no Estado ficam
III - Interdição: Dar-se-à a interdição obrigados a emitir documentos em
do estabelecimento, após 30 (trinta) braille e a instalar equipamentos de in-
dias terminado o prazo, determinado formática adequados ao atendimento
no Artigo 3º desta, bem como pelo não dos portadores de deficiência visual.
pagamento de multa legalmente exigí-
vel no prazo de 48 (quarenta e oito) Art. 2º. O Poder Executivo regulamen-
horas úteis após registrada decisão fi- tará esta lei no prazo máximo de 90
nal. (noventa) dias.

Parágrafo único. O Sindicato dos Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na
Empregados em Estabelecimentos data de sua publicação.
Bancários do Estado do Paraná, poderá
representar junto à Secretaria de Es- Palácio do Governo em Curitiba, em 21
tado de Segurança Pública, o (os) in- de dezembro de 2001.
frator (es) desta Lei, que em caso do
item II fará encaminhar a infração à Jaime Lerner
receita Estadual que aplicará a sanção Governador do Estado
correspondente.
223
Lei nº 14.856, de 19 de Outubro de 2005
Lei nº 14.856, Lei nº 15.136,
de 19 de Outubro de 2005 de 31 de Maio de 2006
Dispõe que as agências bancárias do Obriga os estabelecimentos bancários
Estado do Paraná devem ter sanitá- em que estejam em operações equi-
rios em suas instalações, conforme pamentos “detectores de metais”, a
especifica. colocar avisos alertando as pessoas
portadoras de “marcapasso cardíaco”.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- A Assembléia Legislativa do Estado do
guinte lei: Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Art. 1º. As agências bancárias do Es-
tado do Paraná devem obrigatoriamen-
Art. 1°. Ficam obrigados os estabele-
te ter sanitários em suas instalações,
com acesso livre e sinalizado para uti- cimentos bancários, e em todos os lo-
lização pelos seus clientes, e dotados cais onde estejam em operações equi-
de equipamentos adequados para pes- pamentos “detectores de metais”, no
soas portadoras de deficiências físicas. âmbito do Estado do Paraná, a colocar
avisos as pessoas portadoras de “mar-
Parágrafo único. Entende-se por capasso cardíaco”.
cliente aquela pessoa que possua al-
gum vínculo contratual com o banco, Art. 2°. O Poder Executivo regulamen-
ou que esteja aguardando atendimen- tará esta lei no prazo de 90 (noventa)
to em razão de qualquer serviço pres- dias contados de sua publicação.
tado no estabelecimento.
Art. 3°. Esta lei entra em vigor na data
Art. 2º. Esta lei aplicar-se-á aos muni- de sua publicação.
cípios com mais de 50.000 (cinquenta
mil) habitantes. Palácio do Governo em Curitiba, em 31
de maio de 2006.
Art. 3º. O prazo para o cumprimento Roberto Requião
do disposto no art. 1º desta lei será de Governador do Estado
180 (cento e oitenta) dias, contados da
sua publicação.
Lei nº 15.441,
Art. 4º. O não cumprimento desta lei de 15 de janeiro de 2007
sujeitará o infrator ao pagamento de
multa no valor de R$ 1.000,00 (mil re- Torna obrigatória, no âmbito do Es-
tado do Paraná, a disponibilidade de
ais) por dia. cadeiras de rodas para deficientes fí-
sicos e idosos nas agências bancarias.
Art. 5º. As denúncias referentes ao
descumprimento desta lei deverão ser
A Assembléia Legislativa do Estado do
encaminhadas ao PROCON-PR, que é
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
o órgão encarregado da fiscalização e
punição dos infratores. termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
tuição Estadual, os seguintes dispositi-
Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na vos do Projeto de Lei nº 400/06:
data de sua publicação.
Art. 1°. Torna obrigatória, no âmbi-
Palácio do Governo em Curitiba, em 19 to do Estado do Paraná, a permanên-
de outubro de 2005. cia de 1 (uma) cadeira de rodas, nas
Roberto Requião agências bancárias, para o transporte
Governador do Estado de pessoas com deficiências físicas ou
224
Lei nº 15.453, de 15 de Janeiro de 2007
maiores de 65 (sessenta e cinco) anos Art. 1°. Ficam as instituições bancárias
que apresentem alguma dificuldade de obrigadas a instalar, em suas agências
locomoção. e postos de atendimento ao público:
tapumes, biombos ou estruturas simi-
Art. 2º. As agências bancárias deve- lares; localizados de forma a impedir a
rão efetuar o atendimento das pessoas visualização pelos demais clientes das
mencionadas no artigo 1º, em locais operações financeiras realizadas pelos
de fácil acesso à utilização das cadeiras clientes que estão nos caixas de aten-
de rodas, bem como fixar na entrada dimento pessoal situados no interior
das agências, avisos sobre a existência das agências e postos, isolando-os e
dessa facilidade. preservando a intimidade e a seguran-
ça destes clientes após terem realizado
Art. 3º. O descumprimento das dispo- suas operações bancárias.
sições contidas nesta lei, acarretará ao
infrator o pagamento de multa no valor Art. 2º. Para o cumprimento do dis-
de 300 (trezentas) UFIR’s – Unidade posto nesta lei a instalação dos biom-
Fiscal de Referência. bos, tapumes ou estruturas similares
deverá ser efetivada no prazo máximo
Art. 4º. O Poder Executivo regulamen- de 60 (sessenta) dias da entrada em
tará esta lei no prazo de 90 (noventa) vigor desta lei, sob pena de multa diá-
dias, a contar de sua publicação, indi- ria de 50 (cinquenta) UFIR’s por agên-
cando os órgãos responsáveis para o cia bancária ou posto de atendimento
seu fiel cumprimento. em que não houver sido instalado o
equipamento, até o efetivo cumpri-
Art. 5º. As despesas decorrentes da mento da obrigação.
execução desta lei correrão por conta
de dotações orçamentárias próprias, Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na
suplementadas se necessário. data de sua publicação.

Art. 6º. Esta lei entrará em vigor na Palácio Dezenove de Dezembro, em 15


data de sua publicação. de janeiro de 2007.
Hermas Brandão
Palácio Dezenove de Dezembro, em 15 Presidente
de janeiro de 2007.
Hermas Brandão
Presidente Lei nº 16.392,
de 02 de Fevereiro de 2010

Lei nº 15.453, Dispõe que as instituições financeiras


que especifica, manterão afixados
de 15 de Janeiro de 2007 em seu interior, placas ou cartazes
informando que “a Lei Federal n°
Dispõe sobre a obrigatoriedade das 8.078/1990, em seu art. 52, § 2°,
instituições bancárias instalarem garante a quem efetuar a liquidação
biombos, tapumes ou estruturas si- antecipada do débito, total ou parcial,
milares nos locais de atendimento ao a redução proporcional de juros e de-
público no Estado do Paraná, como mais acréscimos”.
forma de preservar a segurança dos
clientes destas instituições.
A Assembléia Legislativa do Estado do
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a se-
Paraná aprovou e eu promulgo, nos guinte lei:
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
tuição Estadual, os seguintes dispositi- Art. 1º. As instituições financeiras e
vos do Projeto de Lei nº 036/06: outros estabelecimentos que operem
225
Lei nº 16.752, de 29 de Dezembro de 2010
com financiamento, crediário, emprés- Lei nº 16.752,
timos ou outras operações financeiras de 29 de Dezembro de 2010
do gênero manterão afixados perma-
nentemente em seu interior placas ou Dispõe que as instituições financeiras
no âmbito do Estado do Paraná de-
cartazes informando que: “A Lei Fe- verão informar a todos os consumi-
deral n° 8.078, de 11 de setembro de dores, anteriormente a prestação dos
1990, em seu art. 52, § 2°, garante a serviços tarifados, em caixas eletrô-
nicos, telefone ou internet, o valor da
quem efetuar a liquidação antecipada cobrança.
do débito, total ou parcial, a redução
proporcional de juros e demais acrés- A Assembléia Legislativa do Estado do
cimos”. Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Art. 2º. As placas ou cartazes de que
Art. 1°. As instituições financeiras no
trata o artigo anterior terão dimen-
âmbito do Estado do Paraná deverão
sões suficientes para que as informa- informar a todos os consumidores, an-
ções possam ser lidas a boa distância teriormente a prestação dos serviços
e serão afixadas em locais de ampla tarifados, em caixas eletrônicos, tele-
e perfeita visualização por parte dos fone ou internet, o valor da cobrança.
clientes em geral.
Art. 2°. A instituição financeira deve-
Art. 3º. O descumprimento desta lei rá, de forma clara, propiciar meios ao
sujeitará o infrator às seguintes san- consumidor para que desista do servi-
ções: ço após a informação do seu valor.

Art. 3°. Esta lei poderá ser regula-


I - advertência por escrito; mentada para garantir sua execução.

II - multa de 1 mil a 5 mil UFIR’s a par- Art. 4°. As instituições de que trata
tir da segunda infração. esta lei no art. 1º, terão o prazo de 30
dias para se adaptarem ao disposto.
Art. 4º. A fiscalização do cumprimento
desta lei e a aplicação das penalidades Art. 5°. Esta lei entrará em vigor na
referidas no artigo anterior serão exer- data de sua publicação.
cidas pelas autoridades competentes e
Palácio do Governo em Curitiba, em 29
de órgãos de defesa do consumidor. de dezembro de 2010.
Orlando Pessuti
Art. 5º. As instituições terão o prazo Governador do Estado
de 60 (sessenta) dias para adequar-se
às determinações do art. 1° desta lei. Lei n° 17.141,
de 04 de Maio de 2012
Art. 6º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação. Dispõe sobre a proibição de cobrança
de despesas por emissão de carnê ou
Palácio do Governo em Curitiba, em 02 boleto bancário.

de fevereiro de 2010.
A Assembleia Legislativa do Estado do
Roberto Requião Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei:
Governador do Estado
Art. 1º. Fica proibida a cobrança de
valor extra por produto ou serviço
226
Lei nº 17.897, de 27 de Dezembro de 2013
bancário, que não aquela inerente ao aguardam atendimento, proporcionado
próprio produto ou serviço, tais como privacidade às operações financeiras.
emissão de carnê ou boleto bancário,
abertura de crédito, aprovação de ca- Parágrafo único. As divisórias as que
dastro, serviços de terceiros e registro se refere o caput deste artigo deverão
de contrato. ter a altura mínima de um metro e oi-
tenta centímetros e ser confeccionadas
Parágrafo único. Os documentos
relacionados no caput deverão fazer em material opaco que impeça a visi-
constar em seus instrumentos o se- bilidade.
guinte texto com remissão à presen-
te Lei: “É proibida a cobrança de valor Art. 2°. Às instituições bancárias cabe-
extra na emissão de carnê ou boleto rá, em caso do descumprimento desta,
bancário – Lei Estadual nº 17.041/12.” multa diária no valor de R$ 10.000,00
(dez mil reais) por agência ou posto
Art. 2º. ...Vetado... infrator.
Art. 3º. ...Vetado... Parágrafo único. Havendo reincidên-
cia, a multa importará em dobro até o
Parágrafo único. ...Vetado...
limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil
Art. 4º. O consumidor cobrado em reais).
quantia indevida tem direito à repeti-
ção do indébito, por valor igual ao do- Art. 3°. As instituições bancárias e
bro do que pagou em excesso, acres- postos de atendimentos terão o prazo
cido de correção monetária e juros máximo de noventa dias para adequa-
legais, salvo hipótese de engano jus- rem suas instalações aos dispositivos
tificável. desta Lei, contados de sua publicação.
Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na Art. 4°. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação.
data da sua publicação.
Palácio do Governo em Curitiba, em 04
de maio de 2012. Palácio do Governo, em 27 de dezem-
Carlos Alberto Richa bro de 2013.
Governador do Estado
Carlos Alberto Richa
Lei nº 17.897, Governador do Estado
de 27 de Dezembro de 2013
Cid Marcus Vasques
Dispõe sobre o atendimento reserva- Secretário de Estado da Segurança
do para clientes das agências e postos Pública
de atendimento bancário do Estado
do Paraná.
Cezar Silvestri
A Assembleia Legislativa do Estado do Secretário de Estado de Governo
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: Reinhold Stephanes
Chefe da Casa Civil
Art. 1°. Ficam as agências e postos de
serviços bancários obrigados a instalar Ney Leprevost
divisórias entre os caixas e o respecti- Deputado Estadual
vo espaço reservado para clientes que
227
Lei nº 15.537, de 12 de Junho de 2007
rem bolsas de estudos, obrigadas a
SERVIÇOS EDUCACIONAIS publicar, anualmente, via mural, pági-
nas oficiais da internet e demais meios
de comunicação apropriados, os crité-
Lei n° 15.537,
rios de concessão das referidas bolsas,
de 12 de Junho de 2007 bem como os nomes dos beneficiados
Dispõe sobre o fornecimento, na Rede
e percentuais de valores das mesmas.
de Ensino, de merenda, diferenciada,
para estudantes clinicamente consi- Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na
derados diabéticos, hipoglicêmicos e
data de sua publicação.
celíacos.

A Assembléia Legislativa do Estado do Palácio do Governo em Curitiba, em 23


Paraná decretou e eu sanciono a se- de janeiro de 2012.
guinte lei:
Carlos Alberto Richa
Art. 1º. Ficam as instituições da Rede Governador do Estado
Pública de Ensino Estadual, obrigadas
a fornecer merenda, diferenciada, para Lei nº 17.322,
estudantes clinicamente considerados de 05 de Outubro de 2012
diabéticos, hipoglicêmicos e celíacos.
Fica vedada, pelas instituições de en-
sino privadas sediadas no Estado do
Art. 2º. As despesas decorrentes da Paraná, a cobrança de taxa de mate-
aplicação desta lei correrão por conta rial de ensino de uso coletivo.
de dotação orçamentária própria da
Secretaria de Estado da Educação. A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na guinte lei:
data de sua publicação.
Art. 1º. Ficam as instituições de en-
Palácio do Governo em Curitiba, em 12 sino privadas, sediadas no Estado do
de junho de 2007. Paraná, proibidas de cobrar de seus
Roberto Requião alunos qualquer taxa ou outro tipo de
Governador do Estado valor para aquisição de material de en-
sino de uso coletivo.
Lei n° 17.049,
de 23 de Janeiro de 2012 Art. 2º. As penalidades aplicáveis em
caso de infração ao disposto nesta Lei
Dispõe sobre a obrigatoriedade de serão aquelas previstas no Código de
instituições de educação superior
privadas, que ofertarem bolsas de
Defesa do Consumidor.
estudos, publicarem os critérios de
concessão das referidas bolsas, bem Art. 3º. Esta Lei entra em vigor a par-
como os nomes dos beneficiados.
tir de 1º de janeiro de 2013.
A Assembleia Legislativa do Estado do Palácio do Governo em Curitiba, em 05
Paraná decretou e eu sanciono a se- de Outubro de 2012.
guinte lei:
Carlos Alberto Richa
Art. 1º. Ficam as instituições de edu- Governador do Estado
cação superior privadas, que oferta-

228
Lei nº 17.482, de 10 de Janeiro de 2013
Lei nº 17.482, I – na primeira ocorrência, lavratura de
de 10 de Janeiro de 2013 auto de advertência dirigido ao diretor
do estabelecimento;
Dispõe sobre o peso bruto máximo
do material escolar dos alunos de es- II - na segunda ocorrência, lavratura
tabelecimentos de ensino públicos e
de auto de infração dirigido ao diretor
privados do Estado do Paraná.
do estabelecimento, e multa no valor
A Assembleia Legislativa do Estado do de dez Unidades Padrão Fiscal do Esta-
Paraná decretou e eu sanciono a se- do do Paraná – UPF/PR a cada excesso
guinte lei: de peso constatado, aplicando-se co-
brança em dobro nos casos de reinci-
Art. 1º. O peso bruto máximo do ma- dência.
terial escolar em bolsas, mochilas ou
similares, a ser transportado por alu- Parágrafo único. As lavraturas dos
nos do pré-escolar e do ensino funda- autos de infração a que se referem os
mental de estabelecimentos de ensino incisos I e II deste artigo dar-se-ão
públicos e privados do Estado do Para- respeitados os princípios constitucio-
ná não poderá ultrapassar os seguintes nais da ampla defesa e do contraditó-
percentuais: rio.

I – 5% (cinco por cento) do peso do Art. 6º. Esta Lei entra em vigor na
aluno com até dez anos de idade; data da sua publicação, sendo que a
aplicação de sanções e seus efeitos
II – 10% (dez por cento) do peso do dar-se-ão doze meses contados da sua
aluno com mais de dez anos de idade. publicação oficial.

Art. 2º. Ficará a cargo da coordenação Palácio do Governo, em 10 de janeiro


de 2013.
dos estabelecimentos de ensino públi- Carlos Alberto Richa
cos e privados, a defi nição do material Governador do Estado
escolar a ser transportado diariamen-
te. Flávio Arns
Secretário de Estado da Educação
§ 1º. O material que exceder o peso Michele Caputo Neto
bruto máximo permitido deverá fi car Secretário de Estado da Saúde
guardado no estabelecimento de ensi-
Loriane Leisli Azeredo
no, em armários individuais ou coleti- Chefe da Casa Civil, em exercício
vos.
Luiz Eduardo Cheida
§ 2º. Fica vedada a cobrança de taxa Deputado Estadual
por parte dos estabelecimentos de en-
sino públicos e privados pela guarda do Lei nº 17.484,
material a que se refere o § 1º deste de 10 de Janeiro de 2013
artigo.
Torna obrigatório afixar em local vi-
Art. 3º. ...Vetado... sível aos alunos das instituições de
ensino superior, informações sobre
Parágrafo único. ...Vetado... a gratuidade na emissão de diplomas
e histórico escolar final na forma que
menciona.
Art. 4º. ...Vetado...
A Assembleia Legislativa do Estado do
Art. 5º. O descumprimento do conti- Paraná decretou e eu sanciono a se-
do nesta Lei pelos estabelecimentos
guinte lei:
de ensino públicos e privados resultará
em:
229
Lei nº 17.485, de 10 de Janeiro de 2012
Art. 1º. As Instituições de Ensino Su- valor integral da matrícula, desconta-
perior, em observância ao estabelecido da apenas a taxa de administração que
pelo Ministério da Educação - MEC, fi- não pode ser superior a 10 % (dez por
carão obrigadas a afixar em local vi- cento) do valor da matrícula.
sível aos alunos informações sobre o
conteúdo do art. 32, § 4º da Portaria § 1º. A desistência deve ocorrer em
Normativa nº 40, de 12 de dezembro até sete dias antes do início das aulas.
de 2007, com o seguinte texto:
§ 2º. A devolução da matrícula ocorre-
“A expedição do diploma e histórico rá no prazo máximo de sete dias após
escolar final considera-se incluída nos a solicitação de reembolso.
serviços educacionais prestados pela
instituição, não ensejando a cobrança Art. 2º. Em caso de descumprimento
de qualquer valor, ressalvada a hipóte- desta Lei, o aluno que houver desistido
se de apresentação decorativa, com a do curso na forma preconizada no § 1º
utilização de papel ou tratamento grá- do art. 1º, tem direito à repetição do
fico especiais, por opção do aluno”. indébito, por valor igual ao dobro do
que pagou, acrescido de correção mo-
Art. 2º. O não cumprimento desta Lei netária e juros legais.
acarretará em pena de multa de 300
UPF/PR (Unidade Padrão Fiscal do Es- Art. 3º. Esta Lei entra em vigor a par-
tado do Paraná). tir da data de sua publicação.

Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na Palácio do Governo, em 10 de janeiro


data de sua publicação. de 2013.
Carlos Alberto Richa
Palácio do Governo, em 10 de janeiro Governador do Estado
de 2013.
Carlos Alberto Richa Alípio Santos Leal Neto
Governador do Estado Secretário de Estado da Ciência, Tec-
nologia e Ensino Superior
Alípio Santos Leal Neto
Secretário de Estado da Ciência, Tec- Loriane Leisli Azeredo
nologia e Ensino Superior Chefe da Casa Civil, em exercício
Loriane Leisli Azeredo Nelson Luersen
Chefe da Casa Civil, em exercício
Deputado Estadual
Pedro Lupion
Deputado Estadual
SERVIÇOS ESSENCIAIS
Lei nº 17.485,
de 10 de Janeiro de 2012
Lei nº 10.238,
Dispõe sobre a devolução do valor da de 05 de Janeiro de 1993
matrícula nos estabelecimentos de
ensino superior, nas situações em que Fica estabelecida a suspensão do pa-
especifica. gamento de água, esgoto e luz aos
trabalhadores desempregados, nos
A Assembleia Legislativa do Estado do termos desta lei.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
Art. 1º. Os estabelecimentos de ensi- termos do § 7º do artigo 71 da Consti-
no superior ficam obrigados a devolver tuição Estadual, a seguinte Lei:
aos alunos que desistam do curso o
230
Lei nº 10.238, de 05 de Janeiro de 1993
Art. 1º. Fica estabelecida a suspen- Art. 5º. Para aquisição do benefício o
são do pagamento de água, esgoto e interessado deverá procurar o escritó-
luz aos trabalhadores desempregados, rio mais próximo de uma das empresas
nos termos desta lei. fornecedoras, as quais deverão manter
um cadastro social unificado, apresen-
Art. 2º. Serão beneficiários desta lei tando a respectiva Carteira de Traba-
os trabalhadores residentes no Estado lho (CTPS), cópia da última rescisão do
do Paraná, na condição de desempre- contrato de trabalho, comprovante de
gados involuntários ou cuja a renda fa- inscrição perante o Sistema Nacional
miliar não ultrapasse a 1 (um) salário de Empregos (SINE), bem como fir-
mínimo, que comprovem a impossibili- mando termo declarando não possuir
dade de pagamento das citadas tarifas outras fontes de renda, quer informais,
ou ainda, quando o referido pagamen- desde que não ultrapassem à 1 (um)
to implicar na dificuldade da família em salário mínimo.
manter outros gastos essenciais.
§ 1º. Caso seja comprovada fraude
Art. 3º. O benefício da suspensão do documental ou nas informações que
pagamento das tarifas será concedido possibilitaram a concessão do benefí-
pela prazo máximo de 6 (seis) me- cio, as contas suspensas serão cobra-
ses, sendo que, após este prazo ou, das imediatamente, de uma única vez,
quando o beneficiário firmar contrato acrescidas de atualização monetária,
de trabalho, bem como quando a sua juros de mora e multa de 100%, sem
renda familiar ultrapassar a um salá- prejuízo das sanções penais cabíveis à
rio mínimo mensal, será cobrado nas
espécie;
contas de água e luz, a partir do mês
subsequente à causa da cessação do
§ 2º. O beneficiário deverá compare-
benefício, em 6 (seis) parcelas de igual
cer a cada três meses no local onde
valor, devidamente corrigidas.
realizou-se o cadastro para ratificar a
inexistência de renda, apresentando os
§ 1º. O prazo concedido para o bene-
documentos comprobatórios, se exigi-
fício da suspensão do pagamento das
dos, bem como comunicar, no prazo de
tarifas, poderá ser renovado por mais
15 dias, caso tenha firmado contrato
6 (seis) meses, a cada período de 36
de trabalho ou obtido outra fonte de
(trinta e seis) meses.
renda, sob pena do imediato cancela-
mento do benefício.
§ 2º. Caso o beneficiário opte em pa-
gar as contas suspensas em 3 (três)
vezes, as mesmas não sofrerão qual- Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na
quer atualização monetária. data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Art. 4º. A suspensão do pagamento
das tarifas fica limitada aos domicílios Palácio Dezenove de Dezembro, em 05
que não ultrapassem o consumo men- de janeiro de 1993.
sal de 15 metros cúbicos de água e de
90 Kws/hora de energia elétrica, sendo Anibal Khury
que, ultrapassando o consumo de um Presidente
deles, não implica na cessação do be-
nefício de outra.
231
Lei nº 13.755, de 09 de Setembro de 2002
Lei nº 13.755, para efetuar a religação de que trata o
de 09 de Setembro de 2002 artigo anterior.

Veda a cobrança de tarifa mínima pe- Art. 3º. Esta lei entrará em vigor na
las concessionárias de serviços públi- data de sua publicação, revogadas as
cos no Estado do Paraná.
disposições em contrário.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná aprovou e eu promulgo, nos Palácio Dezenove de Dezembro, em 20
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti- de setembro de 2002.
tuição Estadual, a seguinte Lei: Hermas Brandão
Presidente
Art. 1º. Fica vedada a cobrança de ta-
rifa mínima pelas concessionárias de Lei nº 14.040,
serviços públicos (água, luz e telefone)
sem a correspondente prestação de de 28 de Abril de 2003
serviços objetivamente medidos.
Proíbe que as empresas de concessão
de serviços públicos de água, luz e te-
Art. 2º. Esta lei entrará em vigor na lefonia façam o corte do fornecimento
data de sua publicação. residencial de seus serviços por falta
de pagamento de contas em dias es-
Palácio Dezenove de Dezembro, em 09 pecíficos e dá outras providências.
de setembro de 2002.
Hermas Brandão A Assembléia Legislativa do Estado do
Presidente Paraná aprovou e eu promulgo, nos
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
Lei nº 13.802, tuição Estadual, a seguinte Lei:
de 20 de Setembro de 2002
Art. 1º. Ficam, as empresas de con-
Dispõe sobre a proibição de cobran- cessão de serviços públicos de água e
ça de taxa pelos serviços de religação luz, proibidas de cortar o fornecimento
dos serviços públicos de saneamento
e de energia elétrica, e dá outras pro-
residencial de seus serviços, por fal-
vidências. ta de pagamento de suas respectivas
contas, às sextas-feiras, sábados, do-
A Assembléia Legislativa do Estado do mingos, feriados e no último dia útil
Paraná aprovou e eu promulgo, nos anterior a feriado.
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
tuição Estadual, a seguinte Lei: Art. 2º. Ao consumidor que tiver sus-
penso o fornecimento nos dias especí-
Art. 1º. Fica proibida a cobrança de ficos no artigo anterior, fica assegura-
religação cobrada pelas empresas do o direito de acionar juridicamente
prestadoras de serviços públicos e sa- a empresa concessionária por perdas
neamento e de energia elétrica (SA- e danos, além de ficar desobrigado do
NEPAR e COPEL), nos casos em que a pagamento do débito que originou o
suspensão no fornecimento do serviço referido corte.
for motivada pela falta de pagamento
da fatura. Art. 3º. Esta lei entrará em vigor na
data de sua publicação.
Art. 2º. Após o pagamento do débito
Palácio Dezenove de Dezembro, em 28
que originou a suspensão no forneci- de abril de 2003.
mento do serviço, a empresa presta- Hermas Brandão
dora terá prazo de 4 (quatro) horas Presidente
232
Lei nº 17.460, de 02 de Janeiro de 2013
Lei nº 17.460,
de 02 de Janeiro de 2013 SERVIÇOS ESSENCIAIS:
ÁGUA E ESGOTO
Assegura ao cônjuge do consumidor
de prestadora de serviços públicos o
direito de solicitar a inclusão do seu Lei nº 13.962,
nome na fatura mensal de consumo.
de 20 de Dezembro de 2002

A Assembleia Legislativa do Estado do Estabelece, para as concessionárias


Paraná decretou e eu sanciono a se- de abastecimento de água, a obriga-
guinte lei: toriedade de instalação de dispositivo
que elimine o ar na medição do con-
sumo de água, e dá outras providên-
Art. 1º. Fica assegurado ao cônjuge cias.
do consumidor de prestadora de ser-
viços públicos o direito de solicitar às A Assembléia Legislativa do Estado do
empresas concessionárias a inclusão Paraná aprovou e eu promulgo, nos
do seu nome como adicional na fatura termos do § 7º do Artigo 71 da Cons-
mensal de consumo, a fim de atestar tituição Estadual, a seguinte Lei: (Pro-
residência. jeto de Lei nº 568/2001, vetado e as
razões de veto não mantidas pela As-
Parágrafo único. O direito previsto sembléia Legislativa).
neste artigo será estendido àqueles
que vivem em união estável, conforme Art. 1º. Fica a empresa concessionária
dispõe o art. 1.723, do Código Civil. do serviço de abastecimento de água
no Estado do Paraná autorizada a ins-
Art. 2º. O direito de que trata esta Lei talar, por solicitação do consumidor,
aplica-se aos cônjuges de consumido- equipamento eliminador de ar na tu-
res de empresas que prestam serviços bulação que antecede o hidrômetro do
de abastecimento de água, esgota- seu imóvel.
mento sanitário, telefonia, distribuição
Parágrafo único. As despesas decor-
de energia elétrica e gás.
rentes da aquisição de equipamento e
sua instalação correrão a expensas do
Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na
consumidor.
data de sua publicação.
Art. 2º. O teor desta lei será divulgado
Palácio do Governo, em 02 de janeiro ao consumidor por meio de informação
de 2013. impressa na conta mensal de água,
Carlos Alberto Richa emitida pela empresa concessionária,
Governador do Estado nos três meses subsequentes à publi-
cação da mesma.
Maria Tereza Uille Gomes
Secretária de Estado da Justiça, Cida- Art. 3º. Esta lei entrará em vigor na
dania e Direitos Humanos data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Loriane Leisli Azeredo
Palácio Dezenove de Dezembro, em 20
Chefe da Casa Civil, em exercício
de dezembro de 2002.
Hermas Brandão Jr
Hermas Brandão
Deputado Estadual
Presidente

233
Lei nº 14.471, de 26 de Julho de 2004
Lei nº 14.471, Art. 5º. O Poder Executivo regulamen-
de 26 de Julho de 2004 tará a presente lei no prazo de 60 (ses-
senta) dias.
Proíbe a SANEPAR de interromper a
continuidade dos serviços aos consu- Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na
midores residenciais inadimplentes, data de sua publicação.
conforme especifica.
Palácio do Governo em Curitiba, em 26
A Assembléia Legislativa do Estado do de julho de 2004.
Paraná decretou e eu sanciono a se- Roberto Requião
guinte lei: Governador do Estado

Art. 1º. Fica proibida a Companhia


Decreto nº 953
de Saneamento do Estado do Paraná
SANEPAR, de interromper a continui- de 12 de junho de 2007
dade dos serviços aos consumidores Regulamenta a Lei 13.962, de
residenciais, inadimplentes, as sextas- 20/12/2002, que autoriza a empresa
feiras, sábados, domingos e nas datas concessionária do serviço de abaste-
que por determinação civil ou religiosa cimento de água no Estado do Para-
forem suspensos os serviços bancários ná, a instalar equipamento eliminador
de ar.
e em suas vésperas.

Art. 2º. Fica proibido a Companhia O Governador do Estado do Paraná, no


de Saneamento do Estado do Paraná uso das atribuições que lhe confere o
SANEPAR, quando da suspensão do artigo 87, inciso V, da Constituição Es-
fornecimento de água a consumidores tadual e tendo em vista o disposto no
inadimplentes, de retirar o Cavalete e artigo 10 da Lei Estadual nº 11.066,
Hidrômetros na respectiva suspensão de 01 de fevereiro de 1995, combina-
de serviço. do com os artigos 7º da Lei Estadual
nº 4.684, de 23 de janeiro de 1963 e
Art. 3º. A Companhia de Saneamen- com os artigos 2º; 5º; 9º e parágrafo
to do Estado do Paraná – SANEPAR, primeiro; 19; 21, alíneas “d” e “f”; 27;
deverá, através de Campanha de Uti- 29; 38, alíneas “b” e “d”; 50 do anexo
lidade Pública, informar com clareza,
ao Decreto Estadual n º 3926, de 17 de
as normas de suspensão do serviço de
abastecimento de água para o consu- outubro de 1988.
midor em inadimplência, determinando
quantas são as parcelas e por quanto Decreta:
tempo podem permanecer em atraso
de pagamento; bem como, determinar, Art. 1º. A Companhia de Saneamento
após observados os prazos estipula- do Paraná – SANEPAR está autorizada
dos, em quanto tempo o serviço será a instalar, por solicitação do consumi-
suspenso. dor, equipamento eliminador de ar na
tubulação que antecede o hidrômetro
Art. 4º. Fica proibido também, que a do seu imóvel.
Companhia de Saneamento do Estado
do Paraná – SANEPAR, aplique como § 1º. A providência prevista no “caput”
multa punitiva, taxa de religação do deste artigo somente será adotada,
serviço suspenso por falta de paga-
havendo apuração técnica da existên-
mento para posterior fornecimento do
cia de ar na rede, em quantidade capaz
mesmo, exceto por um prazo igual ou
superior a 90 dias transcorridos de sua de produzir distorções na medição in-
suspensão. dividual do usuário.

234
Decreto nº 953, de 12 de Junho de 2007
§ 2º. A instalação dos eliminadores de na medição do imóvel do usuário e da
ar só poderá ocorrer na rede de distri- solução para os casos de constatação
buição global, ficando vedada qualquer do evento, tudo acompanhado do res-
instalação deste aparelho na ligação e pectivo orçamento.
instalação predial de água, formadas
pelo ramal predial, cavalete, hidrôme- § 2º. O resultado do parecer técnico
tro e demais conexões e tubulações lo- deverá ser informado ao cliente, que,
calizadas no imóvel dos usuários. caso seja constatado o problema, dis-
porá acerca do efetivo interesse na
§ 3º. Somente a SANEPAR poderá exe- instalação de eliminador de ar na rede
cutar a instalação dos eliminadores de distribuição, a fim de prevenir algu-
de ar, sendo que poderá fazê-lo dire- ma possível alteração da medição do
tamente ou através de terceiros, me- consumo de seu imóvel, isto mediante
diante processo licitatório e sob sua aprovação do respectivo orçamento e
fiscalização. pagamento do serviço através da fatu-
ra referente a sua matrícula.
Art. 2º. Fica proibida toda e qualquer
manipulação da rede de abastecimento § 3º. Nos casos em que ficar consta-
de água para a instalação de elimina- tado no parecer técnico que não exis-
dores de ar por terceiros, sem autori- te a interferência de ar na medição do
zação da SANEPAR, cuja atividade será usuário, este deverá reembolsar a SA-
considerada lesiva à saúde pública e NEPAR dos custos referentes à perícia
punível com as penas dos artigos 265 realizada.
e 278 do Código Penal Brasileiro, sem
prejuízo de multa administrativa equi- Art. 4º. Os usuários que na data da
valente a um salário mínimo vigente publicação deste Decreto já possuírem
na época da infração que deverá ser o aparelho instalado terão que retira-lo
paga à SANEPAR. num prazo de cinco dias úteis após a
notificação da SANEPAR.
Parágrafo único. O usuário que per-
mitir a instalação de eliminador de ar § 1º. Nestes casos, após a retirada
sem aprovação da SANEPAR incorrerá do aparelho e se houver interesse do
nas penas do “caput” deste artigo e usuário, será instaurado processo ad-
poderá, após prévia notificação, sofrer ministrativo, nos termos do artigo 3º,
a interrupção de seu abastecimento de “caput” e parágrafos deste Decreto;
água.
§ 2º. Caso o usuário não retire o apa-
Art. 3º. O usuário que suspeitar da in- relho ou não permita sua retirada pela
fluência de ar na medição de seu con- SANEPAR, incorrerá nas penas do pa-
sumo de água poderá solicitar junto a rágrafo único do artigo 2º deste De-
SANEPAR a instalação de eliminador, creto.
mediante protocolo de abertura de pe-
Art. 5º. A SANEPAR deverá dar ampla
dido administrativo.
publicidade, através de mensagem em
§ 1º. A solicitação do usuário será co- conta de água por três vezes conse-
lhida a termo e provocará a instauração cutivas, da existência da Lei Estadual
de processo administrativo, no qual a nº 13.962/02 e deste Decreto, a fim
SANEPAR, após pesquisa em campo, de que ele passe a integrar o contrato
deverá emitir parecer técnico acerca de Adesão que vige entre a SANEPAR e
da possibilidade de interferência de ar os usuários dos serviços por ela pres-
tados.
235
Decreto nº 2.460, de 08 de Janeiro de 2004
Art. 6º. Este Decreto entrará em vigor § 2º. A Companhia de Saneamento do
na data de sua publicação, revogadas Paraná - SANEPAR, dará ampla divul-
as disposições em contrário. gação do benefício da tarifa social, e
disponibilizará aos interessados que
Palácio do Governo em Curitiba, em 12 preencham os requisitos para a con-
de junho de 2007. cessão, formulários próprios para soli-
Roberto Requião citação do aludido benefício.
Governador do Estado
Art. 2º. A Companhia de Saneamen-
Decreto nº 2.460,
to do Paraná - SANEPAR, deverá im-
de 08 de Janeiro de 2004
plantar mecanismos de controle de
Fica autorizada a Companhia de Sa- concessão do benefício da tarifa social,
neamento do Paraná, a manter o be- adotando como parâmetro o número
nefício da tarifa social para familias de máximo de famílias cadastradas vali-
baixa renda. damente no Cadastro Social dos Muni-
cípios, conforme estudo elaborado pelo
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PA- IPARDES, sempre conciliando esse nú-
RANÁ, no uso de suas atribuições e mero com a política social e a capaci-
tendo em vista o disposto no parágrafo dade financeira da Companhia.
único do art. 8° da Lei n° 4.684, de 23
de janeiro de 1963, combinado com o Art. 3º. Este Decreto entrará em vigor
disposto no art. 10 da Lei n° 11.066, na data de sua publicação.
de 01 de fevereiro de 1995,
Art. 4º. Revogam-se as disposições
Decreta: em contrário.

Art. 1º. Fica autorizada a Companhia Curitiba, em 8 de janeiro de 2004,


de Saneamento do Paraná - SANEPAR, 183º da Independência e 116º da Re-
a manter o benefício da tarifa social pública.
para famílias de baixa renda, usuárias Roberto Requião
dos serviços de água e esgotos, desde Governador do Estado
que preenchidos os seguintes requi-
sitos: a) a renda familiar “per capita” Caíto Quintana
Chefe da Casa Civil
não poderá ser superior a 1/2 (meio)
salário mínimo vigente na data da soli-
citação do benefício; b) a área constru- Decreto nº 5.099,
ída da moradia não poderá ser superior de 14 de Julho de 2009
a 70 m² (setenta metros quadrados);
c) o consumo mensal de água deve- Companhia de Saneamento do Pa-
raná – SANEPAR, só poderá instituir
rá ser de 10 (dez) metros cúbicos. O
cobrança pela prestação de serviços
volume excedente será cobrado pelo públicos de abastecimento de água,
valor do metro cúbico da tarifa social de saneamento e de resíduos sólidos,
vigente, que passa a ser denominada se efetivamente executar tais servi-
Tarifa Social Homero Oguido. ços, ficando vedada a contratação de
cobrança por serviços prestados por
terceiros.
§ 1º. A concessão do benefício da ta-
rifa social será mediante solicitação do
O Governador do Estado do Paraná, no
interessado à Companhia de Sanea-
uso das atribuições que lhe confere o
mento do Paraná - SANEPAR, devendo
art. 87, incisos V e VI, da Constituição
o mesmo apresentar os documentos
Estadual,
comprobatórios de que atende os re-
quisitos exigidos e assinar um termo Decreta:
de compromisso.
Art. 1º. A Companhia de Saneamen-
236
Lei nº 14.773, de 05 de Julho de 2005
to do Paraná – SANEPAR, só poderá Art. 2º. O Poder Executivo regulamen-
instituir cobrança pela prestação de tará esta lei no prazo de sessenta dias,
serviços públicos de abastecimento de contados da data de sua publicação,
água, de saneamento e de resíduos inclusive no que tange à atuação da
sólidos, se efetivamente executar tais
empresa concessionária estadual de
serviços, ficando vedada a contratação
de cobrança por serviços prestados por energia elétrica.
terceiros.
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na
Art. 2º. Os serviços de coleta de resí- data de sua publicação, ficando revo-
duos sólidos deverão ser cobrados em gadas as disposições em contrário.
faturas separadas.
Palácio do Governo em Curitiba, em 05
Art. 3º. Os contratos de cobrança de
de julho de 2005.
serviços de coleta de resíduos sólidos
prestados por terceiros, em vigor, de- ROBERTO REQUIÃO
vem ser rescindidos até o dia 31 de de- Governador do Estado
zembro de 2009.
HERON ARZUA
Art. 4º. Este Decreto entrará em vigor Secretário de Estado da Fazenda
na data de sua publicação.
CAÍTO QUINTANA
Palácio do Governo em Curitiba, em 14
Chefe da Casa Civil
de julho de 2009.
Roberto Requião,
Governador do Estado Lei nº 14.959,
de 21 de Dezembro de 2005

SERVIÇOS ESSENCIAIS: Concede isenção do ICMS sobre a


ENERGIA ELÉTRICA parcela da subvenção de tarifa de
energia elétrica estabelecida pe-
las Leis Federais nº 10.438/02 e nº
Lei nº 14.773, 10.604/02.
de 05 de Julho de 2005
A Assembléia Legislativa do Estado do
Dispõe que, nos casos de contratação
de demanda de potência, o ICMS so- Paraná decretou e eu sanciono a se-
mente incidirá sobre a quantidade de guinte lei:
energia elétrica efetivamente consu-
mida.
Art. 1º. Fica concedida a isenção do
ICMS incidente sobre a parcela da
A Assembléia Legislativa do Estado do subvenção de tarifa de energia elétri-
Paraná decretou e eu sanciono a se- ca estabelecida pelas Leis Federais nº
guinte lei: 10.438, de 26 de abril de 2002 e nº
10.604, de 17 de dezembro de 2002.
Art. 1º. Nos casos de contratação de
demanda de potência não incidirá o Parágrafo único. Para a aplicação do
Imposto de Circulação de Mercadorias
benefício de que trata o “caput”, con-
e Serviços – ICMS, sob nenhum título.
sideram-se operações de fornecimen-
to de energia elétrica a consumidores
§ 1º. O tributo tratado no caput so-
enquadrados na “subclasse residencial
mente incidirá sobre a quantidade de
baixa renda” àquelas que atendam as
energia elétrica efetivamente consu-
condições fixadas nas Resoluções nº
mida.
237
Lei nº 15.008, de 26 de Janeiro de 2006
246, de 30 de abril de 2002 e nº 485, aos consumidores residenciais para
de 29 de agosto de 2002, da Agência efeito de reativação do fornecimento
Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. de energia suspenso em virtude de
inadimplência, exceto por prazo igual
Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na ou superior a 90 (noventa) dias trans-
data de sua publicação. corridos de sua suspensão.

Palácio do Governo em Curitiba, em 21 Art. 3°. A Companhia Paranaense de


de dezembro de 2005. Energia Elétrica – COPEL, deverá, atra-
ROBERTO REQUIÃO vés da campanha de utilidade pública,
Governador do Estado informar com clareza, as normas de
suspensão do fornecimento de energia
HERON ARZUA elétrica aos consumidores em inadim-
Secretário de Estado da Fazenda plência.

Art. 4°. O Poder Executivo regulamen-


ROGÉRIO HELIAS CARBONI
tará a presente lei no prazo de 60 (ses-
Chefe da Casa Civil, em exercício
senta) dias.
Lei nº 15.008,
Art. 5°. Esta lei entrará em vigor na
de 26 de Janeiro de 2006 data de sua publicação.
Dispõe sobre a proibição da interrup-
ção no fornecimento de energia elétri- Palácio Dezenove de Dezembro, em 26
ca aos consumidores residenciais em de janeiro de 2006.
inadimplência no Estado do Paraná
nas datas que especifica e normatiza
Hermas Brandão
a suspensão nas seguintes condições. Presidente

A Assembléia Legislativa do Estado do Lei nº 17.639,


Paraná aprovou e eu promulgo, nos de 31 de Julho de 2013
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
tuição Estadual, a seguinte Lei: Dispõe sobre o Programa “Luz Fra-
terna” e revoga as Leis Estaduais nº
14.087, de 11 de setembro de 2003 e
Art. 1°. Fica proibida a Companhia Pa- nº 15.922, de 12 de agosto de 2008.
ranaense de Energia Elétrica – COPEL,
quando da suspensão do fornecimen- A Assembleia Legislativa do Estado do
to de energia elétrica a consumidores Paraná decretou e eu sanciono a se-
residenciais inadimplentes, de retirar guinte lei:
o relógio/medidor, bem como efetuar
o corte do respectivo serviço na rede Art. 1º. O Programa “Luz Fraterna”
externa (calçada, poste, via pública) estabelece o pagamento do consumo
devendo o mesmo acontecer somen- de energia elétrica para beneficiar fa-
te no próprio medidor, exceto quando mílias de baixa renda, residentes no
houver ocorrido fraude. Estado do Paraná, cujos imóveis – uni-
dades consumidoras – sejam utilizados
Art. 2°. Fica proibido, também, que exclusivamente para fins residenciais,
a Companhia Paranaense de Energia seja em área urbana ou rural, e pre-
Elétrica - COPEL, aplique cobrança de encham os requisitos estabelecidos
multa punitiva, taxa de religação do nos artigos 3º e 4º desta lei.
serviço ou quaisquer outros valores
238
Lei nº 17.639, de 31 de Julho de 2013
Art. 2º. O Poder Executivo fica autori- sal igual ou inferior a 400 (quatrocen-
zado a fazer o pagamento dos valores tos) kWh (quilowatt-hora), habitada
decorrentes do consumo de energia por família inscrita no Cadastro Único,
elétrica e dos encargos e tributos fede- com renda familiar mensal de até 3
rais decorrentes das situações abran- (três) salários mínimos nacional e que
gidas pelo Programa. tenha entre seus membros residentes
pessoa com patologia cujo tratamen-
Art. 3º. Para ser beneficiário do Pro- to médico requer o uso continuado de
grama “Luz Fraterna”, o consumidor aparelhos, equipamentos ou instru-
deve preencher cumulativamente os mentos que, para seu funcionamento,
seguintes requisitos: demandam consumo de energia elétri-
ca.
I - sua unidade consumidora deve per-
tencer à classe de consumo “residen- Parágrafo único. O benefício está li-
cial”; mitado a apenas uma unidade consu-
midora por pessoa usuária dos referi-
II - ser beneficiário do Programa Tarifa dos equipamentos.
Social de Energia Elétrica do Governo
Federal; Art. 5º. Ficam excluídas do benefício
as unidades consumidoras:
III - estar inscrito no Cadastro Único
de Programas Sociais, com o cadastro I - em que o consumidor beneficiário
ativo e atualizado; não reside no imóvel;

IV - ter renda familiar mensal per capi- II - que não se enquadram nos crité-
ta igual ou menor a meio salário míni- rios dos artigos 3º ou 4º.
mo nacional;
III - que não se caracterizam como do-
V - o consumo de energia elétrica do micílio particular permanente;
ciclo de faturamento mensal deve ser
igual ou inferior a 120 (cento e vinte) IV - em que o consumo mensal seja
kWh (quilowatt-hora), observada a pe- igual a zero.
riodicidade de leitura prevista pelo ór-
gão regulador; Art. 6º. Os valores pagos às empresas
concessionárias, permissionárias ou
VI - não possuir mais de uma unidade autorizadas de distribuição de energia
de consumo de energia elétrica cadas- elétrica consistem na diferença entre o
trada em seu nome, mediante identi- valor do consumo calculado com a ta-
ficação pelo Cadastro de Pessoa Física rifa residencial e os descontos do pro-
- CPF. grama Tarifa Social de Energia Elétrica
do Governo Federal.
Parágrafo único. O benefício está li-
mitado a apenas um dos membros de Parágrafo único. Não são cobertos os
um domicílio com o mesmo Código Fa- valores referentes à contribuição para
miliar, registrado pelo Cadastro Único custeio do serviço de iluminação públi-
de Programas Sociais. ca, valores de multas, juros e correção
monetária devidas em razão de atra-
Art. 4º. Tem direito ao benefício, nos so de pagamento, bem como outras
termos de sua regulamentação, a uni- despesas autorizadas pelo consumidor
dade consumidora com consumo men- junto às concessionárias, permissio-
239
Lei nº 14.164, de 29 de Outubro de 2003
nárias ou autorizadas de distribuição
de energia elétrica. SERVIÇOS ESSENCIAIS:
Art. 7º. Os valores serão pagos às FUNERÁRIA - CEMITÉRIO
empresas de acordo com normas esta-
belecidas em Decreto e mediante dota- Lei nº 14.164,
ção orçamentária própria. de 29 de Outubro de 2003

Art. 8º. As atuais unidades consumi- Dispõe sobre serviços funerários,


conforme especifica.
doras beneficiadas pelo Programa Luz
Fraterna e as empresas concessioná-
rias, permissionárias e autorizadas de A Assembléia Legislativa do Estado do
distribuição de energia elétrica devem Paraná decretou e eu sanciono a se-
se adequar aos requisitos previstos guinte lei:
nesta Lei até 31 de dezembro de 2014,
sob pena da perda do benefício. (Nova Art. 1º. O serviço funerário, incluindo a
redação dada pela Lei nº 18.058, de fabricação e o fornecimento de caixões
30/04/14). mortuários, o transporte de mortos, a
instalação e manutenção de velórios e
Parágrafo único. Os atuais consu- outros serviços complementares, são
midores ainda não inscritos no Cadas- livres à iniciativa privada, assegurada
tro Único de Programas Sociais, mas a livre vontade dos familiares do fale-
que recebem o Benefício de Prestação cido.
Continuada - BPC da União Federal,
terão dilação do prazo de adequação Parágrafo único. É vedada a garantia
até 31 de dezembro de 2014, desde de exclusividade à empresa prestadora
que indiquem às concessionárias, per- de serviços funerários no âmbito dos
missionárias e autorizadas o Núme- Institutos Médicos Legais do Paraná.
ro do Benefício - NB consignado pelo
Instituto Nacional do Seguro Social, Art. 2º. O disposto nesta lei não se
INSS. (Incluído pela Lei nº 18.058, de aplica aos municípios que, em face de
30/04/14). sua competência para legislar e regu-
lamentar os serviços funerários locais,
Art. 9º. Esta Lei entra em vigor na administram com exclusividade esses
data de sua publicação, com efeitos a serviços.
partir de 01 de setembro de 2013, fi-
cando revogadas as Leis nº 14.087, de Art. 3º. Em casos de cremação, as fu-
11 de setembro de 2003 e nº 15.922,
nerárias deverão prestar serviços de
de 12 de agosto de 2008.
locação de urna funerária para o trans-
porte féretro.
Palácio do Governo, em 31de julho de
2013.
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
Carlos Alberto Richa
data de sua publicação, revogando-se
Governador do Estado
as disposições em contrário.
Cezar Silvestri
Palácio do Governo em Curitiba, em 29
Secretário de Estado de Governo
de outubro de 2003.
Reinhold Stephanes Roberto Requião
Governador do Estado
Chefe da Casa Civil
240
Lei nº 15.850, de 10 de Junho de 2008
Lei n° 17.054,
SERVIÇOS ESSENCIAIS: de 23 de Janeiro de 2012
TELEFONIA CELULAR Estabelece que as operadoras de te-
lefonia celular e os fabricantes de
aparelhos celulares e acessórios, no
Lei nº 15.850, âmbito do Estado do Paraná, deverão
de 10 de Junho de 2008 alertar seus usuários sobre a possibi-
lidade de danos à saúde.
Proíbe o envio, aos usuários do servi-
ço de telefonia celular, de mensagens A Assembleia Legislativa do Estado do
promocionais de texto ou de correio Paraná decretou e eu sanciono a se-
de voz, pelas operadoras de serviço
de telefonia celular no Estado do Pa-
guinte lei:
raná, conforme especifica.
Art. 1º. Esta Lei estabelece que as
operadoras de telefonia celular e os
A Assembléia Legislativa do Estado do fabricantes de aparelhos celulares e
Paraná decretou e eu sanciono a se- acessórios, no âmbito do Estado do
guinte lei: Paraná, deverão alertar seus usuários
de que o uso excessivo desses equipa-
Art. 1º. Fica proibido o envio aos usu- mentos pode causar câncer.
ários do serviço de telefonia celular, de
§ 1º. A propaganda desses equipa-
mensagens promocionais de texto ou
mentos nos meios de comunicação
de correio de voz pelas operadoras de deverá conter advertência escrita e,
serviço de telefonia celular no Estado quando se tratar de rádio e televisão,
do Paraná, salvo prévia autorização escrita e falada, com o seguinte conte-
expressa do usuário. údo: “ADVERTÊNCIA: O uso excessivo
de aparelhos de telefonia celular pode
Parágrafo único. Serão permitidas causar câncer.”
somente mensagens promocionais de § 2º. As embalagens, os pôsteres, os
cunho beneficente que repasse, inte- painéis e os cartazes que façam difu-
gralmente, os recursos para entidades são ou propaganda de aparelhos, pla-
assistenciais nominadas, inclusive o nos e promoções vinculados à telefonia
custo das operadoras. celular deverão conter a advertência
mencionada no parágrafo anterior.
Art. 2º. Em caso de descumprimento
§ 3º. O texto da advertência referido
do disposto no Artigo 1º, o usuário do no § 1º deverá estar afixado em local
serviço fica isento do pagamento da de fácil visualização e com tamanho
conta referente ao mês da infração. compatível com as dimensões do ob-
jeto.
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação. Art. 2º. O não cumprimento do dis-
posto no art. 1º acarretará aplicação
das sanções previstas na forma dos
Palácio do Governo em Curitiba, em 10 arts. 56 e 57, da Lei Federal nº 8.078
de junho de 2008. de 11 de setembro de 1990 – Código
de Defesa do Consumidor.
Roberto Requião
Governador do Estado Parágrafo único. O PROCON/PR e os
PROCONs Municipais farão fiscalização
do cumprimento do disposto nesta Lei

241
Lei nº 13.051, de 16 de Janeiro de 2001
e o valor da multa arrecadada será re- fica obrigada a colocar a quantidade de
vertido para o Fundo pertinente à pes- pulsos efetuados no mês atual de co-
soa jurídica de direito público que im- brança e quantidade dos últimos doze
puser a sanção, gerido pelo respectivo meses.
Conselho Gestor, nos moldes do dis-
posto no Decreto Federal nº 2.181/97. Art. 2º. A empresa concessionária de
serviço público de telefonia fixa no Es-
Art. 3º. O Poder Executivo regulamen- tado do Paraná, não poderá alterar o
tará o disposto nesta Lei no prazo de valor da tarifa telefônica ou cobrar de
90 (noventa) dias. qualquer outra forma, esta mudança
no sistema de informações da fatura.
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na
data de sua publicação. Art. 3º. A empresa concessionária
de serviço público de telefonia fixa no
Palácio do Governo em Curitiba, em 23 Estado do Paraná, terá 60 (sessenta)
de janeiro de 2012. dias para se adequar à presente lei.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado Art. 4º. Caberá ao Poder Executivo Es-
tadual fiscalizar e impor as seguintes
penas, no caso de descumprimento da
SERVIÇOS ESSENCIAIS: presente lei:
TELEFONIA FIXA
a) advertência na primeira notificação;
Lei nº 13.051,
b) multa diária de 5.000 (cinco mil)
de 16 de Janeiro de 2001 UFIR’s na segunda notificação, até que
a empresa cumpra esta lei.
Dispõe sobre dados obrigatórios nas
faturas telefônicas e adota outras
providências. Art. 5º. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as
A Assembléia Legislativa do Estado do disposições em contrário.
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: Palácio do Governo em Curitiba, em 16
de janeiro de 2001.
Art. 1º. Fica a empresa concessioná- Jaime Lerner
ria de serviço público de telefonia fixa Governador do Estado
no Estado do Paraná, responsável pela
emissão da fatura telefônica, obrigada Lei nº 15.511,
a individualizar cada ligação local reali- de 31 de Maio de 2007
zada pelo consumidor, fazendo constar
na fatura as seguintes informações: Obriga as empresas prestadoras de
serviço de telefonia fixa a discrimina-
a) data da ligação; rem nas faturas de cobrança, os da-
dos que especifica.
b) horário da ligação.
A Assembléia Legislativa do Estado do
§ 1º. Entende-se por ligação local, Paraná decretou e eu sanciono a se-
aquelas denominadas genericamente guinte lei:
por pulsos pelas empresas concessio-
nárias de serviço público de telefonia Art. 1°. Ficam as empresas prestado-
fixa. ras de serviço de telefonia fixa obriga-
das a discriminar, de modo detalhado
§ 2º. A empresa concessionária de ser- todas as ligações efetuadas, nas suas
viço público de telefonia fixa, também faturas de cobrança, enviadas ao con-
242
Lei nº 9.889, de 27 de Dezembro de 1991
sumidor: o horário, a duração, a data Art. 2°. A identificação se dará no ato
e o destino das ligações efetuadas pelo da compra da passagem ou do paco-
consumidor, no mês referente à co- te turístico mediante apresentação de
brança. documento de identidade emitido por
órgão público estadual ou federal.
Art. 2º. As empresas que não cumpri-
rem esta lei pagarão multa no importe § 1°. Os dados do documento de identi-
de 50 (cinquenta) Unidades Fiscais do dade deverão ser anotados em formu-
Estado do Paraná (UFIR), por fatura lário próprio, em 3 (três) vias, ficando
emitida. a primeira com a empresa ou agência
de turismo ou viagens, a segunda com
Art. 3º. Esta Lei entrará em vigor na a autoridade competente, e a terceira
data de sua publicação. para ser utilizada na conferência quan-
do do embarque do passageiro no ôni-
Palácio do Governo em Curitiba, em 31 bus, momento em que também será
de maio de 2007. obrigatória a apresentação do docu-
Roberto Requião
mento de identidade correspondente.
Governador do Estado
§ 2°. A via utilizada para conferência
SERVIÇOS ESSENCIAIS: seguirá com o ônibus até o seu destino
TRANSPORTE RODOVIÁRIO final.
DE PASSAGEIROS
Art. 3°. A Secretaria de Segurança
Pública do Estado do Paraná deverá
Lei nº 9.889, regulamentar a presente lei no prazo
de 27 deDezembro de 1991 máximo de 60 (sessenta) dias conta-
dos da data da sua publicação no Di-
Torna obrigatória a identificação dos
passageiros em transporte rodoviário ário Oficial do Estado, obedecendo os
no Estado do Paraná, conforme espe- seguintes requisitos:
cifica.
I - Será estabelecido o modelo do
A Assembléia Legislativa do Estado do formulário e determinada a autorida-
Paraná decretou e eu sanciono a se- de competente a qual deverá ser ele
guinte lei: encaminhado imediatamente após ser
preenchido pela empresa de transpor-
Art. 1°. É obrigatória a identificação te ou agência de turismo ou viagens.
dos passageiros em transporte rodovi-
ário no Estado do Paraná, estando in- II - Estabelecimento de multa a ser co-
cluídas nesta lei as empresas de trans- brada da empresa ou agência de tu-
porte rodoviário que possuem linhas rismo ou viagens que descumprir as
regulares e as agências de viagens ou determinações contidas nesta lei.
turismo que operem excursões e/ou
fretem ônibus a particulares. Art. 4°. Os postos da Polícia Rodoviá-
ria Estadual ficam incumbidos de fisca-
Parágrafo único. A exigência contida lizar o cumprimento desta lei, devendo
neste artigo se aplicará às linhas de a razão social de seus infratores ser
transporte coletivo rodoviário determi- remetida imediatamente à autoridade
nadas pelo órgão competente da Se- competente, sujeitando-os às penali-
cretaria de Segurança Pública do Es- dades cabíveis.
tado.

243
Lei nº 17.334, de 08 de Outubro de 2012
Art. 5°. Esta Lei entrará em vigor na fone de ouvido”.
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário. Art. 3º. A inobservância do preceitua-
do no art. 1º sujeitará os infratores às
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, seguintes penalidades:
em 27 de dezembro de 1991.
a) serão alertados a desligar o apare-
Roberto Requião
lho especificado nesta Lei;
Governador do Estado
José Moacir Favetti b) caso se neguem a observar tal re-
Secretário de Estado da Segurança comendação será solicitada a retirada
Pública do infrator do veículo, mesmo que sob
intervenção policial.
Lei nº 17.334 Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na
de 08 de Outubro de 2012 data de sua publicação.
Proíbe o uso de aparelho sonoro ou
musical no interior de veículos de
Palácio do Governo em Curitiba, em 08
transporte coletivo. de outubro de 2012.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
A Assembleia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: Decreto nº 1.145,
de 14 de Fevereiro de 1992
Art. 1º. Fica proibido o uso de apa-
Obrigatoriedade de identificação dos
relhos sonoros ou musicais por parte passageiros das empresas de trans-
dos usuários, no interior de veículos de porte rodoviário.
transporte coletivo intermunicipal, sal-
vo mediante aparelho auditivo pessoal. O GOVERNADOR DO ESTADO DO PA-
RANÁ, no uso de suas atribuições e
§ 1º. Para fins desta Lei a expressão tendo em vista a Lei nº 9.889, de 27
de dezembro de 1991,
“aparelhos sonoros ou musicais”, com-
preende, dentre outros, os tocadores DECRETA:
pessoais de música em formato digital,
incluindo telefones celulares e simila- Art. 1º. É obrigatória a identificação
res. dos passageiros de empresa de trans-
porte rodoviário, agências de viagens
§ 2º. A expressão “veículos de trans- e turismo ou em excursões em ônibus
porte coletivo intermunicipal” compre- fretados.
ende, dentre outros, os de transporte
rodoviário como ônibus e transporte Art. 2º. No ato da compra da passa-
ferroviário. gem ou do pacote turístico o passagei-
ro apresentará identificação pessoal,
Art. 2º. É obrigatória a afixação de emitida por órgão público estadual ou
avisos proibitivos nos locais abrangi- federal.
dos pela presente Lei, com indicação
do número e data da mesma, em le- Art. 3º. O formulário para as anota-
tras legíveis e de fácil visualização, ções concernentes ao documento de
contendo os seguintes dizeres: identidade do passageiro terá 3 (três)
vias, destinando-se a primeira para o
“É proibido o uso de aparelhos sonoros emitente, a segunda à autoridade poli-
ou musicais sem a devida utilização de cial local e a terceira para a conferên-
244
Decreto nº 1.145, de 14 de Fevereiro de 1992
cia no momento do embarque, com o com omissão de dados identificadores
mesmo documento de identidade que do passageiro e de 4 (quatro) UPFPR
deverá ser obrigatoriamente exibido. quando ocorrer a retenção do veículo.

§ 1º. A via destinada para conferência § 1º. A retenção do veículo ocorrerá


deverá permanecer no interior do ve- quando constatada a ausência do for-
ículo para ser exibida às autoridades mulário próprio de identificação.
policiais, quando solicitada.
§ 2º. A continuidade da viagem poderá
§ 2º. O formulário de que trata este ar- se efetivar quando sanada a irregulari-
tigo terá as características constantes dade pelo infrator.
do Anexo que é parte integrante deste
Decreto. Art. 8º. A cassação de concessão ou
permissão poderá ser aplicada em
Art. 4º. Os postos da Polícia Rodoviá- caso de reiterado descumprimento das
ria Estadual manterão diuturna fiscali- presentes normas, observado, no que
zação sobre o cumprimento do previs- couber, o contido no § 2º do artigo 5º
to neste Decreto. deste Decreto.

Art. 5º. As irregularidades constata- Art. 9º. O procedimento para aplica-


das deverão ser registradas em auto ção de penalidades terá inicio com o
de infração próprio do Departamento auto de infração, no qual constará:
de Estradas de Rodagem, para a apli-
cação das penalidades cabíveis. I - nome do transportador;

§ 1º. No caso de reincidência, o infra- II - local, data e hora da infração;


tor ficará sujeito à fiscalização espe-
cial, inclusive sobre as atividades de III - infração cometida; e
embarque de passageiros, ou outra
providência mais consentânea consi- IV - dados do autuante.
derada aplicável, na forma deste ato.
§ 1º. O auto de infração será lavrado
§ 2º. O DER encaminhará a autuação à em duas vias, devendo o infrator con-
autoridade competente, se também for signar o “ciente”, apondo a sua assina-
constatada a infringência do contido tura na 2ª. via.
em normas regulamentares editadas
pelo Governo Federal, sem prejuízo do § 2º. Se houver recusa na aposição do
disposto neste artigo. ciente, o autuante mencionará o fato
no auto.
Art. 6º. As infrações às normas con-
tidas neste Decreto, sujeitarão o in- Art. 10º. O infrator será notificado do
frator, conforme a gravidade da trans- auto de infração, sendo-lhe assegura-
gressão, às seguintes penalidades: do o direito de defesa a ser exercitado
dentro do prazo de 15 (quinze) dias
I - multa; contados da data do recebimento da
notificação, com decisão pela Divisão
II - retenção do veículo; e dos Serviços de Transporte Comercial
do DER.
III - cassação de concessão ou permis-
são. Art. 11º. Esgotado o prazo para a apre-
sentação de defesa, o infrator deverá
Art. 7º. A multa no valor de 2 (duas) pagar a multa, após o que poderá apre-
UPFPR será aplicada nos casos de pre- sentar recurso ao Diretor do DER, com
enchimento incorreto do formulário, prazo de apreciação de 10 (dez) dias.
245
Decreto nº 4.977, de 15 de Junho de 2005
Parágrafo único. A instância admi- Decreto nº 4.977,
nistrativa para fins de recurso, esgota- de 15 de Junho de 2005
-se com o procedimento estabelecido
neste artigo. Todas as empresas que prestam
serviços de transporte rodoviário in-
Art. 12º. A multa não recolhida na te- termunicipal de passageiros, ficam
obrigadas a informar aos usuários,
souraria do DER, no prazo estipulado quando houver embarque de novos
no artigo anterior, poderá ser cobra- passageiros.
da por via judicial, com os acréscimos
previstos em Lei. O GOVERNADOR DO ESTADO DO PA-
RANÁ, no uso das atribuições que lhe
Art. 13º. Para a perfeita exeqüibilida- confere o art. 87, incisos V e VI, da
de deste Decreto, a Secretaria de Esta- Constituição Estadual e tendo em vista
do da Segurança Pública de verá baixar
a Lei nº 14.652, de 23 de fevereiro de
Resolução no prazo de 30 (trinta) dias
2005,
da publicação deste Decreto, indicando
as linhas de transporte coletivo rodovi-
DECRETA:
ário cujas características recomendam
se torne facultativa a identificação dos
passageiros respectivos. Art. 1º. Todas as empresas que pres-
tam serviços de transporte rodoviário
Art. 14º. O embarque de passageiro intermunicipal de passageiros, ficam
menor deverá obedecer o prescrito nas obrigadas a informar aos usuários, por
disposições legais específicas, como exposição oral, antes do início da via-
ainda, os pais deverão apresentar Cer- gem, nos pontos iniciais e nos inter-
tidão de Nascimento e, se o menor mediários, quando houver embarque
viajar sozinho ou em companhia de de novos passageiros, os seguintes
terceiros, a autorização da autoridade procedimentos:
judiciária competente.
I - uso do cinto de segurança, obser-
Art. 15º. As presentes normas deverão vados os casos previstos em legislação
ser afixadas em local visível ao público. específica;

Art. 16º. Este Decreto entrará em vi- II - localização das saídas de emergên-
gor na data de sua publicação, revoga- cia e os procedimentos para sua utili-
das as disposições em contrário. zação; e

Curitiba, em 14 de fevereiro de 1992, III - proibição do uso de cigarro, ci-


171º da Independência e 104º da Re- garrilhas, charutos, cachimbos ou
pública. qualquer outro produto fumígero no
Roberto Requião interior do veículo, nos temos da Lei
Governador do Estado nº 9.294, de 15 de julho de 1996, alte-
rada pela Lei nº 10.167, de 27 de de-
Caíto Quintana zembro de 2000.
Chefe da Casa Civil
Parágrafo único. Podem ser usados
José Moacir Favetti meios audiovisuais para auxiliar ou
Secretário de Estado da Segurança
substituir a exposição oral do preposto
Pública
da empresa.
Mário Pereira
Art. 2º. Além da explicação oral ou
Secretário de Estado dos Transportes
audiovisual, a transportadora deverá

246
Decreto nº 4.977, de 15 de Junho de 2005
fornecer aos seus passageiros folhe- obrigações.
tos explicativos, contendo todas as in-
formações apresentadas no artigo 1º Art. 7º. As empresas que prestam ser-
deste Decreto, desenhos esquemáti- viços de transporte intermunicipal de
cos do veículo indicando as saídas de passageiros providenciarão treinamen-
emergência e demais aspectos julga- to adequado a seus prepostos, de for-
dos necessários para a complementa- ma a atender a esta regulamentação.
ção das referidas instruções.
Art. 8º. As multas a serem aplicadas
Art. 3º. As saídas de emergência de- por infração às normas deste Decreto,
verão ser identificadas com a transcri- obedecerão aos parâmetros estabele-
ção “Saída de Emergência”, além de cidos pelo Decreto Estadual nº 1.821,
serem disponibilizadas as devidas ins- de 2000, acrescidas as seguintes pe-
truções de manuseio. nalidades:

§ 1º. As cortinas das janelas destina- Grupo II


das à saída de emergência deverão ser Letra “J” – deixar de efetuar treina-
na cor vermelha, com a transcrição mento periódico de seus prepostos vi-
“Saída de Emergência” na cor branca. sando a prestação de esclarecimentos
relativos a localização e utilização de
§ 2º. Nos casos de veículos em que as equipamentos de emergência aos pas-
cortinas já são na cor vermelha, as ja- sageiros.
nelas destinadas à saída de emergên-
cia deverão ter cortinas na cor branca, Grupo III
com a transcrição “Saída de Emergên- Letra “H” - deixar de prestas aos pas-
cia”, na cor vermelha. sageiros informações referentes a lo-
calização e correto manuseio dos me-
Art. 4º. Nos pontos de seções inter- canismos de saída de emergência do
mediários, ficam dispensadas as ex- veículo em serviço.
posições orais ou audiovisuais, per-
manecendo a obrigatoriedade de Letra “I” - deixar de entregar ao pas-
distribuição dos folhetos explicativos, sageiro folheto explicativo com instru-
citados no artigo 2º deste Decreto, a ções sobre manuseio de equipamentos
todos os passageiros embarcados nes- de segurança e de correto procedimen-
tes pontos. to em caso de emergência.

Art. 5º. Os serviços de transporte in- Art. 9º. Este Decreto entrará em vigor
termunicipal metropolitano, ficam dis- decorridos 90 (noventa) dias da sua
pensados das obrigações de que trata publicação.
este Decreto, com exceção das iden-
tificações relativas as das saídas de Curitiba, em 15 de junho de 2005,
emergência. 184º da Independência e 117º da Re-
pública
Art. 6º. No serviço de transporte in- Roberto Requião
termunicipal especial, de que trata o Governador do Estado
Capítulo XII do Regulamento de Trans-
porte Intermunicipal vigente, quan- Waldyr Pugliesi
do executado por veículos de até 17 Secretário de Estado dos Transportes
(dezessete) passageiros, ficam dis-
pensadas as obrigações referentes às Caíto Quintana
cortinas, permanecendo as demais Chefe da Casa Civil

247
Lei nº 9.427, de 07 de Novembro de 1990
cífico e de destaque, produtos alimen-
SUPERMERCADOS tícios recomendados para pessoas com
diabetes, intolerantes à lactose e com
doença celíaca.
Lei nº 9.427,
de 07 de Novembro de 1990 Parágrafo único. Apesar de acomo-
dados no mesmo ambiente, os pro-
Dispõe sobre a obrigatoriedade nos
supermercados estabelecidos no ter-
dutos light e diet devem ser dispostos
ritório paranaense, de uma balança de forma totalmente separada, com
de precisão na saída de caixas. indicação clara e destacada em cada
tipo de produto. (Incluído pela Lei nº
A Assembléia Legislativa do Estado do 17.094, de 28/03/12)
Paraná decretou e eu sanciono a se-
guinte lei: Art. 2º. A infração à disposições da
presente lei acarretará ao responsável
Art. 1º. É assegurada a obrigatorie- infrator a imposição de pena de multa
dade em todos os supermercados es- no valor de R$ 500,00 (quinhentos re-
tabelecidos no território paranaense, ais) a R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil
uma balança de precisão na saída dos reais), dobrada em caso de reincidên-
caixas, para aferição rápida das mer- cia, observadas a gravidade da infra-
cadorias adquiridas no estabelecimen- ção, o porte econômico do infrator, a
to. sua conduta e o resultado produzido,
de acordo com o critério da proporcio-
Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na nalidade e razoabilidade.
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário. Parágrafo único. A multa de que tra-
ta o “caput” deste artigo será atualiza-
Palácio do Governo em Curitiba, em 07 da anualmente pela variação do Índice
de novembro de 1990. de Preços ao Consumidor Amplo IPCA,
Álvaro Dias apurado pelo Instituto Brasileiro de
Governador do Estado Geografia e Estatística – IBGE, acumu-
lada no exercício anterior, sendo que,
Lei nº 16.496, no caso de extinção deste índice, será
adotado outro índice criado pela legis-
de 12 de Maio de 2010
lação federal e que reflita a perda do
Dispõe que os estabelecimentos que es- poder aquisitivo da moeda.
pecifica deverão acomodar, para exibição
em espaço único, específico e de desta- Art. 3º. O Poder Executivo regulará a
que, produtos alimentícios recomenda- presente lei.
dos para pessoas com diabetes, intole-
rantes à lactose e com doença celíaca.
Art. 4º. As despesas decorrentes da
A Assembléia Legislativa do Estado do execução desta lei correrão à conta de
Paraná decretou e eu sanciono a se- dotação próprias.
guinte lei:
Art. 5º. Esta lei entrará em vigor na
Art. 1º. Os mercados, supermercados, data de sua publicação.
hipermercados ou estabelecimentos si-
milares que mantenham mais de três Palácio do Governo em Curitiba, em 12
caixas registradoras para atendimento de maio de 2010.
aos consumidores deverão acomodar, Orlando Pessuti
para exibição em espaço único, espe- Governo do Estado

248
Lei nº 16.649, de 08 de Dezembro de 2010
Lei nº 16.649, Art. 2º. O não cumprimento do dis-
de 08 de Dezembro de 2010 posto no art. 1º desta Lei acarretará
aplicação das sanções previstas na for-
Determina que os hipermercados e ma dos arts. 56 e 57, da Lei Federal
supermercados estabelecidos no Es- nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
tado do Paraná, coloquem à disposi- Código de Defesa do Consumidor.
ção do consumidor um empacotador
para cada caixa e dá providências
correlatas.
Parágrafo único. O PROCON/PR (Co-
ordenadoria Estadual de Proteção e
Defesa do Consumidor) e os PROCONs
A Assembléia Legislativa do Estado do
municipais farão a fiscalização do cum-
Paraná aprovou e eu promulgo, nos
primento do disposto nesta Lei, sendo
termos do § 7º do Artigo 71 da Consti-
que o valor da multa arrecadada será
tuição Estadual, os seguintes dispositi-
revertido para o Fundo pertinente à
vos do Projeto de Lei nº 344/09:
pessoa jurídica de direito público que
impuser a sanção, gerido pelo respec-
Art. 1º. Os hipermercados e super-
tivo Conselho Gestor, nos moldes do
mercados, com mais de 12 (doze)
disposto no Decreto Federal nº 2.181,
caixas, estabelecidos no Estado do
de 20 de março de 1997.
Paraná, devem colocar à disposição
do consumidor um empacotador para
Art. 3º. A presente Lei será regula-
cada caixa em funcionamento no esta-
mentada pelo Poder Executivo.
belecimento comercial.
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na
Art. 2º. A violação ao previsto nesta
data de sua publicação.
lei importará ao infrator a multa no
mesmo valor do salário mínimo regio- Palácio do Governo em Curitiba, em 17
nal, sem prejuízo de outras sanções. de abril de 2012.
Carlos Alberto Richa
Art. 3º. Esta lei entrará em vigor na Governador do Estado
data de sua publicação.
Lei nº 17.459,
Palácio Dezenove de Dezembro, em 08
de dezembro de 2010. de 02 de Janeiro de 2013
Antonio Anibelli
Determina que os hipermercados e
Presidente, em exercício supermercados estabelecidos no Es-
tado do Paraná coloquem os preços
Lei n° 17.115, dos produtos armazenados nas pra-
teleiras inferiores voltados para cima.
de 17 de Abril de 2012
Obriga açougues e supermercados a A Assembleia Legislativa do Estado do
fornecerem informações sobre seus Paraná decretou e eu sanciono a se-
produtos e respectivos fornecedores. guinte lei:

A Assembleia Legislativa do Estado do Art. 1º. Os hipermercados e super-


Paraná decretou e eu sanciono a se- mercados estabelecidos no Estado
guinte lei: do Paraná ficam obrigados a fixar os
preços dos produtos armazenados nas
Art. 1º. Os açougues, supermercados prateleiras inferiores voltados para
ou comerciantes de carnes em geral fi- cima, com letra visível e perceptível,
cam obrigados a expor, em local visível visando à melhor observação pelas
aos consumidores, o nome, o telefone pessoas portadoras de necessidades
e o endereço do frigorífico fornecedor especiais e pelos idosos.
do produto colocado à venda, bem
como o prazo de validade do produto. Art. 2º. No caso de infração à dispo-

249
Lei nº 17.477, de 03 de Janeiro de 2013
sição da presente Lei, as penalidades tos cultivados com agrotóxico.
aplicáveis serão àquelas previstas no
Código de Defesa do Consumidor. § 2º. Considera-se, para efeito desta
Art. 3º. O Poder Executivo regulamen- Lei, produto orgânico in natura aquele
tará esta Lei no que couber. que foi produzido segundo a Instrução
Normativa Conjunta nº 18, do Ministro
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na de Estado da Agricultura, Pecuária e
data de sua publicação.
Abastecimento e do Ministro da Saú-
Palácio do Governo, em 02 de janeiro de, de 28 de maio de 2009, que cria o
de 2013. Regulamento Técnico para o Processa-
Carlos Alberto Richa mento, Armazenamento e Transporte
Governador do Estado de Produtos Orgânicos, e identificado
e certificado por empresa certificado-
Ricardo Barros
Secretário de Estado da Indústria, do ra de orgânicos de acordo com as leis
Comércio e Assuntos do Mercosul vigentes.

Maria Tereza Uille Gomes Art. 2º. O local de venda deverá ser
Secretária de Estado da Justiça, Cida- identificado pela expressão “Produto
dania e Direitos Humanos
Orgânico – sem agrotóxico”, em letras
Loriane Leisli Azeredo de fácil visualização pelo consumidor.
Chefe da Casa Civil, em exercício
Art. 3º. ...Vetado...
Gilson de Souza
Deputado Estadual Art. 4º. ...Vetado...

Lei nº 17.477, Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na


de 03 de Janeiro de 2013 data de sua publicação.
Determina aos hipermercados e aos
supermercados que disponham de lo-
Palácio do Governo, em 03 de janeiro
cal destacado para a venda de produ- de 2013.
tos orgânicos. Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
A Assembleia Legislativa do Estado do
Norberto Anacleto Ortigara
Paraná decretou e eu sanciono a se- Secretário de Estado da Agricultura e
guinte lei: do Abastecimento

Art. 1º. Os hipermercados e super- Ricardo Barros


mercados deverão dispor, no interior Secretário de Estado da Indústria, do
Comércio e Assuntos do Mercosul
de suas lojas ou no local da comerciali-
zação, espaço destacado para a venda Maria Tereza Uille Gomes
de produtos orgânicos in natura. Secretária de Estado da Justiça, Cida-
dania e Direitos Humanos
§ 1º. O espaço destacado para a venda
a que se refere o caput deste artigo, Loriane Leisli Azeredo
Chefe da Casa Civil, em exercício
deve ser instalado no mesmo local ou
seção em que são expostos os produ-

250
Lei nº 17.478, de 03 de Janeiro de 2013
Lei nº 17.478, Parágrafo único. ...Vetado...
de 03 de Janeiro de 2013
Art. 4º. Caso o Poder Executivo julgue
Obriga os supermercados e demais necessário poderá regulamentar esta
estabelecimentos similares a divul-
garem em destaque a data de ven- Lei através de Decreto.
cimento dos produtos incluídos em
todas as promoções especiais feitas Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na
em suas dependências.
data de sua publicação.

A Assembleia Legislativa do Estado do Palácio do Governo, em 03 de janeiro


Paraná decretou e eu sanciono a se- de 2013.
guinte lei:
Carlos Alberto Richa
Art. 1º. Os estabelecimentos comer- Governador do Estado
ciais ficam obrigados a expor de forma
destacada, através de cartaz afixado Ricardo Barros
Secretário de Estado da Indústria, do
em local visível, a data de validade Comércio e Assuntos do Mercosul
dos produtos não perecíveis que fize-
rem parte de promoções especiais e/ Maria Tereza Uille Gomes
ou relâmpagos feitas em suas depen- Secretária de Estado da Justiça, Cida-
dências. dania e Direitos Humanos

Loriane Leisli Azeredo


§ 1º. Essa exposição em cartaz é obri- Chefe da Casa Civil, em exercício
gatória para produtos que venham a
vencer dentro do prazo de dez dias. André Bueno
Deputado Estadual
§ 2º. Quando os produtos anunciados
apresentarem mais de um prazo de TRANSPARÊNCIA
validade, todos deverão ser divulgados
de igual maneira.
Lei nº 16.595,
Art. 2º. O destaque dos cartazes com de 26 de Outubro de 2010
as datas de vencimento deverão res-
peitar a mesma proporção daqueles Dispõe que todos atos oficiais dos Po-
deres Executivo, Legislativo e Judiciá-
que destacarem os preços promocio- rio, do Ministério Público e do Tribunal
nais. de Contas, e dos órgãos que especi-
fica, que impliquem na realização de
despesas públicas deverão ser publi-
Parágrafo único. Caso a divulgação cados no Diário Oficial do Estado.
da promoção seja feita oralmente,
A Assembléia Legislativa do Estado do
através de etiquetas marcadas, ou por
Paraná decretou e eu sanciono a se-
qualquer outro meio, o prazo de vali- guinte lei:
dade deverá ser anunciado pelo mes-
mo método, simultaneamente. Art. 1º. Todos os atos oficiais dos Po-
deres Executivo, Legislativo e Judiciá-
Art. 3º. ...Vetado... rio, do Ministério Público e do Tribunal
de Contas, das autarquias, sociedades
de economia mista, empresas públi-

251
Lei nº 16.595, de 26 de Outubro de 2010
cas, fundações públicas e entidades tratos firmados, bem como seus adi-
paraestatais que impliquem na realiza- tivos, que importem em realização de
ção de despesas públicas deverão ser despesas públicas, nos termos do § 1º
publicados no Diário Oficial do Estado, do artigo 1º desta lei.
inclusive na versão eletrônica, ficando
extintas quaisquer outras formas de § 2º. Deverão ser publicados, ainda,
publicação oficial, ressalvadas as pu- todos os atos de ingresso, exonera-
blicações disciplinadas pelas leis fede- ção e aposentadoria de membros dos
rais em vigor. Poderes Executivo, Legislativo, Judici-
ário, do Ministério Público e Tribunal
§ 1º. Todos os atos administrativos re- de Contas e a admissão, exoneração
alizados e contratos  firmados pelos en- e aposentadoria, de servidores e fun-
tes discriminados no caput do art. 1º, cionários, inclusive os comissionados,
que importem em despesas públicas, contratação, demissão e aposentado-
inclusive a aquisição de bens móveis ria de empregados públicos e contra-
e imóveis, doações, cessões, opera- tação de prestadores de serviços, com
ções financeiras de qualquer natureza, a discriminação do nome, subsídio,
ingresso, exoneração e aposentadoria vencimento ou provento e lotação do
de membros dos Poderes Executivo, mesmo, bem como os contratos firma-
Legislativo, Judiciário, do Ministério dos para prestação de serviços por ter-
Público e Tribunal de Contas, e a ad- ceirizados.
missão, exoneração e aposentadoria
servidores e funcionários, inclusive os § 3º. Todos os atos realizados e con-
comissionados, contratação, demissão tratos firmados deverão ser publicados
e aposentadoria de empregados pú- com links de acesso aos editais que os
blicos, contratação de prestadores de antecederam, em especial os procedi-
serviços e pagamento de diárias, deve- mentos licitatórios ou  as justificativas
rão ser encaminhados ao Departamen- para as contratações diretas.
to de Imprensa Oficial do Estado, para
sua devida publicação. § 4º. Todos os atos realizados e con-
tratos firmados deverão ser publicados
§ 2º. Serão considerados ineficazes, em até 30 (trinta) dias da respectiva
nos termos do art. 61 da Lei Federal assinatura, respeitando-se os prazos
nº 8.666/93, os atos e contratos quan- estabelecidos em leis federais em vi-
do não publicados no prazo de 30 dias gor.
após a realização, devendo eventuais
valores despendidos serem ressarcidos § 5º. Deverão ser publicados todos os
aos cofres públicos. extratos das contas e operações finan-
ceiras realizadas, assim como as fatu-
Art. 2°. Os entes descritos no caput do ras dos cartões corporativos, no mês
art. 1º deverão, ainda, gerir e manter subsequente ao pagamento.
uma página na rede mundial de com-
putadores (internet), sob a denomi- § 6º. Em se tratando de valores reem-
nação de Portal da Transparência, que bolsáveis despendidos pelos agentes
poderá ser acessado por qualquer pes- estatais, deverão ser publicadas as no-
soa, mediante atalho eletrônico (link), tas fiscais e cópias da guia de depó-
representado por imagem (banner), na sito, transferências ou cheques utiliza-
página inicial do respectivo sítio (site), dos no reembolso, discriminados pelo
contendo a nomenclatura do portal. nome, cargo e lotação de cada agente.

§ 1º. Deverão ser publicados integral- § 7º. O Portal da Transparência agrupará


mente nos Portais da Transparência, as informações, preferencialmente em
a partir da vigência desta lei todos os ordem cronológica, divididas por mês e
atos administrativos realizados e con- ano, a partir das seguintes categorias:
252
Lei nº 16.595, de 26 de Outubro de 2010
I - membros dos Poderes Executivo, publicados apenas os respectivos valo-
Legislativo e Judiciário, do Ministério res nominais.
Público e Tribunal de Contas, servi-
dores e funcionários, inclusive os co- Parágrafo único. Os atos e contra-
missionados, empregados públicos, e tos não publicados de acordo com o
prestadores de serviços; caput deste artigo deverão ser obri-
gatoriamente publicados na categoria
II - pagamentos de diárias; “Publicação Extemporânea”, 12 (doze)
meses após a publicação dos valores
III - valores referentes às verbas de nominais.
representação, verbas de gabinete e
reembolsáveis de qualquer natureza; Art. 4°. A omissão na publicação dos
atos e contratos deverá ser imediata-
IV - gastos com cartões corporativos; mente comunicado ao Tribunal de Con-
tas e ao Ministério Público Estaduais,
V - operações financeiras de qualquer para apuração das responsabilidades,
natureza; inclusive no que diz respeito à configu-
ração de atos definidos na Lei Federal
VI - extrato da conta única de cada Po- de Improbidade Administrativa.
der ou entidade;
Art. 5°. Os Poderes Executivo, Legis-
VII - licitações em andamento; lativo e Judiciário, o Ministério Público
e o Tribunal de Contas, assim como as
VIII - controle de estoque: listas de autarquias, sociedades de economia
entradas e saídas de mercadorias; mista, empresas públicas, fundações
públicas e as entidades paraestatais,
IX - contratos referentes a obras, ser- deverão se adequar ao disposto na
viços, aluguéis e congêneres; presente lei no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, contados da data da pu-
X - cessões, permutas e doações de blicação desta lei, ressalvados os pra-
bens; zos previstos na Lei Complementar nº
101/00.
XI - perdão de dívidas, moratórias, Art. 6°. Fica revogado o parágrafo
concessões de isenções, benefícios fis- único do artigo 2º da Lei nº 14.603, de
cais e subvenções; 29/12/2004.
XII - orçamento de cada Poder do Es- Art. 7°. Esta lei entrará em vigor na
tado, do Ministério Público e do Tribu- data de sua publicação.
nal de Contas;
Palácio do Governo em Curitiba, em 26
XIII - publicação extemporânea. de outubro de 2010.
Orlando Pessuti
§ 8º. A critério dos responsáveis por Governador do Estado
cada um dos entes descritos no caput Ney Caldas
do art. 1º, poderão ser criadas novas Chefe da Casa Civil
categorias e subcategorias que facili-
tem a pesquisa por parte dos interes- Ney Leprevost
sados. Deputado Estadual
Tadeu Veneri
Art. 3°. Nenhum ato ou contrato dei- Deputado Estadual
xará de ser publicado no prazo estabe-
lecido, exceto os que impliquem risco à Marcelo Rangel
segurança pública, casos em que serão Deputado Estadual
253
Decreto nº 4.531, de 15 de Maio de 2012
Decreto nº 4.531, DO ACESSO À INFORMAÇÃO E SUA
de 15 de Maio de 2012 DIVULGAÇÃO

Regulamenta o acesso a informações Art. 2º. Caberá ao gestor de cada ór-


prevista no inciso XXXIII do art. 5º, gão ou entidade citados no artigo 1º
no inciso II do § 3º do art. 37 e no § manter a estrutura necessária para
2º do art. 216 da Constituição Federal
e na Lei Estadual nº 16.595/2010 e que as informações de interesse pú-
dá outras providências. blico sejam disponibilizadas em sítio
eletrônico oficial respectivo, devendo
zelar pela sua atualização periódica.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PA-
RANÁ, no uso das atribuições que lhe
Parágrafo único. Deverão ser pro-
confere o art. 87, inciso V, da Cons-
piciados meios adequados para que o
tituição Estadual e tendo em vista o cidadão consulte documentos que, por
disposto na Lei nº 16.595, de 26 de sua natureza, não possam ser disponi-
outubro de 2010, e considerando que bilizados por meios virtuais.
a publicidade é princípio norteador de
todos os atos da administração públi- Art. 3º. Os sítios eletrônicos oficiais de
ca; e considerando que as exceções ao que trata o artigo 2º deverão atender,
princípio constitucional da publicidade entre outros, aos seguintes requisitos:
somente se legitimam para tutelar a
segurança da sociedade e do Estado, a I - conter ferramenta de pesquisa de
intimidade ou o interesse social, conteúdo que permita o acesso à in-
formação de forma objetiva, transpa-
DECRETA: rente, clara e em linguagem de fácil
compreensão;
Art. 1º. Este Decreto estabelece nor-
mas para execução de procedimentos II - possibilitar a gravação de relató-
a serem adotados a fim de viabilizar o rios em diversos formatos eletrônicos,
acesso do cidadão às informações da inclusive abertos e não proprietários,
tais como planilhas e texto, de modo a
administração pública estadual.
facilitar a análise das informações;
Parágrafo único. Ficam subordinados
III - possibilitar o acesso automatiza-
ao regime deste Decreto:
do por sistemas externos em formatos
abertos, estruturados e legíveis por
I - os órgãos públicos integrantes da máquina;
administração direta, as autarquias,
as fundações públicas, as empresas IV - divulgar em detalhes os formatos
públicas, as sociedades de economia utilizados para estruturação da infor-
mista e demais entidades controladas mação;
direta ou indiretamente pelo Estado;
V - garantir a autenticidade e a integri-
II - entidades privadas que recebam dade das informações disponíveis para
recursos públicos mediante subven- acesso;
ções, contrato de gestão, termo de
parceria, convênios, acordo, ajustes VI - manter atualizadas as informações
ou outros instrumentos congêneres, disponíveis para acesso;
no âmbito do Poder Executivo do Esta-
do do Paraná. VII - indicar local e instruções que per-
mitam ao interessado comunicar-se,

254
Decreto nº 4.531, de 15 de Maio de 2012
por via eletrônica ou telefônica, com o lebração e por objeto, observadas as
órgão ou entidade detentora do sítio; e categorias “aquisição de bens”, “servi-
ços”, “obras” e “locação”;
VIII - adotar as medidas necessárias
para garantir a acessibilidade de con- X - atos de instauração de procedi-
teúdo para pessoas com deficiência mentos que visem apurar possíveis
nos termos da legislação própria. irregularidades no cumprimento das
obrigações dos contratos, e respecti-
Art. 4º. Deverão ser disponibilizados vas decisões finais;
nos sítios eletrônicos oficiais respec-
tivos dos órgãos que compõem o Po- XI - íntegra dos Convênios, Termos de
der Executivo Estadual, independen- Parcerias e congêneres firmados, inclu-
temente de solicitações, as seguintes sive com o plano de aplicação, a espe-
informações de interesse público: cificação das etapas de cumprimento
das obrigações, repasses e atingimen-
I - registro das competências, estrutu- to das metas estipuladas, listados por
ra organizacional, endereço e telefones ano de celebração;
das unidades, horário de atendimento
ao público; XII - despesas relativas a viagens e
adiantamentos, propiciando-se a pes-
II - relação de servidores, cargo e local quisa por motivação, espécie, servidor,
de exercício; órgão concedente e período com tota-
lizador;
III - relação de patrimônio móvel e
imóvel; DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À
INFORMAÇÃO
IV - programas, projetos, ações, metas
e indicadores propostos; Art. 5º. No prazo de 60 (sessenta)
dias, a contar da publicação deste
V - relação dos repasses ou transferên- Decreto, o dirigente máximo de cada
cias de recursos e despesas efetuados; órgão ou entidade da administração
direta e indireta do Poder Executivo
VI - Resoluções e Portarias; designará servidor que lhe seja dire-
tamente subordinado para, no âmbito
VII - editais de licitações em andamen- do respectivo órgão ou entidade, asse-
to, especificando a fase de tramitação, gurar o cumprimento das normas rela-
bem como aqueles cujos procedimen- tivas ao acesso à informação, de for-
tos já foram encerrados e possuem ma eficiente e adequada aos objetivos
contratação vigente, incluem-se tam- deste ato, devendo para tanto:
bém os editais que tenham sido anu-
lados, tornados sem efeito, revogados, I - atender e orientar o público quanto
desertos, desde 1º de janeiro de 2012; ao acesso a informações;

VIII - decisões de dispensas de licita- II - informar sobre a tramitação de do-


ção, inclusive com a justificativa para a cumentos nas suas respectivas unida-
contratação direta; des;

IX - íntegra dos contratos firmados, III - protocolizar documentos e reque-


com a especificação das etapas de rimentos de acesso a informações; e
cumprimento das obrigações, paga-
mentos e sua quitação, por ano de ce- IV - incentivar a participação popular

255
Decreto nº 4.531, de 15 de Maio de 2012
estimulando o exercício do controle so- Art. 10º. As informações pleiteadas
cial. deverão ser prestadas logo após o seu
requerimento.
Art. 6º. Incumbe à Secretaria Especial
de Corregedoria e Ouvidoria Geral ze- § 1º. Não sendo possível conceder o
lar pelo estrito cumprimento dos de- acesso imediato, na forma disposta no
veres mencionados no artigo anterior, caput, o órgão ou entidade que rece-
especialmente quanto ao atendimento ber o pedido deverá, em prazo não su-
dos prazos assinalados neste Decreto. perior a 20 (vinte) dias:

Art. 7º. Nas hipóteses em que a so- I - comunicar a data, local e modo para
licitação de acesso a informações re- se realizar a consulta, efetuar a repro-
lativas a outros órgãos ou entidades dução ou obter a certidão;
lhe forem endereçadas diretamente, a
Secretaria Especial de Corregedoria e II - indicar as razões de fato ou de
Ouvidoria Geral encaminhará o pedido direito da recusa, total ou parcial, do
ao servidor designado na forma do ar- acesso pretendido; ou
tigo 5º, caput.
III - comunicar que não possui a infor-
Art. 8º. A fim de dar cumprimento aos mação, indicando, se for do seu conhe-
objetivos deste Decreto, a Secretaria cimento, o órgão ou a entidade que a
Especial de Corregedoria e Ouvidoria detém, ou, ainda, remetendo o pedido
Geral, obedecido ao disposto nos inci- a esse órgão ou entidade, cientificando
sos I a IV do artigo 5º, deverá tam- o interessado da remessa de seu pedi-
bém: do de informação.

I - disponibilizar ao público atendimen- § 2º. O prazo referido no § 1º pode-


to telefônico, postal, eletrônico ou pre- rá ser prorrogado por mais 10 (dez)
sencial; dias, mediante justificativa expressa,
da qual será cientificado o requerente.
II - receber pedidos de acesso a infor-
mações e orientar o interessado quan- § 3º. Sem prejuízo da segurança e da
to ao seu respectivo trâmite. proteção das informações e do cum-
primento da legislação aplicável, o ór-
Art. 9º. Qualquer interessado, devida- gão ou entidade poderá oferecer meios
mente identificado, poderá apresentar para que o próprio requerente possa
pedido de acesso a informações aos pesquisar a informação de que neces-
órgãos ou entidades aludidas no artigo sitar.
1º deste Decreto, preferencialmente
nos respectivos sítios eletrônicos ofi- § 4º. Quando não for autorizado o
ciais e, na impossibilidade da utilização acesso por se tratar de informação to-
desse meio, o requerimento deverá tal ou parcialmente sigilosa, o reque-
ser entregue em qualquer serviço de
rente deverá ser informado sobre a
protocolo da administração pública es-
possibilidade de recurso, prazos e con-
tadual, contendo a especificação da in-
dições para sua interposição, devendo,
formação pleiteada.
ainda, ser-lhe indicada a autoridade
competente para sua apreciação.
Parágrafo único. A identificação re-
ferida no caput deste artigo consiste
§ 5º. A informação armazenada em
em nome completo, número de docu-
formato digital será assim fornecida,
mento oficial e dados do endereço para
caso haja anuência do requerente.
aviso da disponibilização da resposta.
256
Decreto nº 4.531, de 15 de Maio de 2012
§ 6º. Caso a informação solicitada es- DA COMISSÃO MISTA DE REAVALIA-
teja disponível ao público em formato ÇÃO DE INFORMAÇÕES
impresso, eletrônico ou em qualquer
outro meio de acesso universal, serão Art. 13º. A Comissão Mista de Reava-
informados ao requerente, por escrito, liação de Informações será composta
o lugar e a forma pela qual se poderá por representantes indicados pelos ti-
consultar, obter ou reproduzir a referi- tulares dos seguintes órgãos:
da informação, procedimento esse que
desonerará o órgão ou entidade públi- I - Chefia da Casa Civil;
ca da obrigação de seu fornecimento
direto, salvo se o requerente declarar II - Coordenadoria de Controle Inter-
não dispor de meios para realizar por no;
si mesmo tais procedimentos.
III - Procuradoria-Geral do Estado;
Art. 11º. O serviço de busca e forne-
cimento da informação será gratuito, IV - Secretaria Especial de Corregedo-
salvo nas hipóteses de reprodução de ria e Ouvidoria Geral; e
documentos, caso em será cobrado o
valor necessário para o ressarcimento V - Secretaria de Estado da Adminis-
dos custos dos serviços e materiais uti- tração e da Previdência;
lizados.
§ 1º. A designação para a função de
Parágrafo único. Caso seja requerida membro da Comissão Mista de Reava-
justificadamente a concessão da cópia liação de Informações far-se-á por De-
de documento, com autenticação, po- creto e recairá sobre servidor público
derá ser designado um servidor para efetivo.
certificar que confere com o original
ou, na impossibilidade, permitir que a § 2º. Será de 2 (dois) anos a duração
autenticação da cópia seja feita por ta- do mandato dos membros da Comis-
belionato. são Mista de Reavaliação de Informa-
ções, permitida a recondução.
DOS RECURSOS
§ 3º. O membro da Comissão Mista de
Art. 12º. No caso de indeferimento de Reavaliação de Informações poderá ser
acesso a informações ou às razões da exonerado da função nos seguintes ca-
negativa do acesso, poderá o interes- sos:
sado interpor recurso contra a decisão
no prazo de 10 (dez) dias a contar da I - morte;
sua ciência.
II - renúncia;
§ 1º. O recurso será dirigido à autori-
dade hierarquicamente superior à que III - falta injustificada a três reuniões
exarou a decisão impugnada, que de- consecutivas;
verá se manifestar no prazo de 5 (cin-
co) dias. IV - demissão do serviço público.

§ 2º. Mantida novamente a negativa, o § 4º. A Comissão Mista de Reavaliação


recurso será encaminhado à Comissão de Informações, ora instituída, será
Mista de Reavaliação de Informações. presidida por um de seus integrantes,
com mandato de um ano, coincidente
257
Decreto nº 4.531, de 15 de Maio de 2012
com o ano civil, podendo ser recondu- vas sessões;
zido.
III - dirigir as discussões, concedendo,
§ 5º. A escolha do presidente será por a palavra aos demais membros, coor-
voto direto dos membros da Comissão, denado os debates e nele interferindo
na primeira reunião do ano e no caso para esclarecimentos;
de empate será declarado Presidente
o que fizer parte da Comissão há mais IV - designar o membro secretário,
tempo. Persistindo o empate será de- para lavratura das atas de reunião;
clarado presidente o que tiver maior
tempo de serviço ao Estado. V - convocar reuniões extraordinárias
e as respectivas sessões; e
Art. 14º. A Comissão Mista de Rea-
valiação de Informações reunir-se-á VI - remeter ao Governador a ata com
ordinariamente a cada dois meses e as decisões tomadas na reunião.
extraordinariamente sempre que con-
vocada. Art. 17º. A Secretaria Especial da
Corregedoria e Ouvidoria Geral, em
Art. 15º. A Comissão Mista de Reava- conjunto com a Secretaria de Estado
liação de Informações é competente da Administração e da Previdência e a
para, no âmbito da Administração Es- Coordenação de Controle Interno, com
tadual: o apoio da Secretaria de Estado da Co-
municação Social, desenvolverá ativi-
I - manter registro atualizado dos ser- dades para:
vidores indicados pelo dirigente máxi-
mo de cada órgão ou entidade da ad- I - promoção de campanha de abran-
ministração direta e indireta do Poder gência estadual de fomento à cultura
Executivo para acesso aos dados sigi- da transparência na administração pú-
losos de cada Pasta. blica e conscientização do direito fun-
damental de acesso à informação;
II - requisitar da autoridade que clas-
sificar informação como ultrassecreta e II - treinamento de agentes públicos
secreta esclarecimentos ou acesso ao no que se refere ao desenvolvimento
conteúdo, parcial ou integral da infor- de práticas relacionadas à transparên-
mação; cia na administração pública;

III - rever a classificação de informa- III - o monitoramento dos procedi-


ções ultrassecretas ou secretas, de ofí- mentos de acesso à informação.
cio ou mediante provocação de pessoa
interessada, observado o disposto na Art. 18º. Este Decreto entrará em vi-
Legislação Federal. gor na de sua publicação, revogando-
-se as disposições em contrário.
Art. 16º. Caberá ao Presidente da Co-
missão Mista de Reavaliação de Infor- Curitiba, em 15 de maio de 2012, 191°
mações: da Independência e 124° da República.
Carlos Alberto Richa
I - presidir os trabalhos da Comissão; Governador do Estado
Durval Amaral
II - aprovar a pauta das reuniões ordi-
Chefe da Casa Civil
nárias e as ordens do dia das respecti-
258
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
Decreto nº 7.351, Art. 2°. Os órgãos e as entidades do
de 21 de Fevereiro de 2013 Poder Executivo Estadual assegurarão,
às pessoas naturais e jurídicas, o di-
Dispõe sobre os procedimentos a se- reito de acesso à informação, que será
rem observados pela Administração proporcionado mediante procedimen-
Direta do Poder Executivo. tos objetivos e ágeis, de forma trans-
parente, clara e em linguagem de fácil
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PA- compreensão, observados os princípios
RANÁ, no uso das atribuições que lhe da Administração Pública e as diretri-
conferem o inciso V do art. 87, da Cons- zes previstas na legislação vigente.
tituição do Estado, e tendo em vista o
disposto na Lei Estadual n° 16.595 de § 1°. Submetem-se, no que couber,
26 de outubro de 2010, bem como o à determinação prevista no caput as
inciso XXXIII do art. 5º, e o inciso II entidades privadas sem fins lucrati-
do § 3º do art. 37, parágrafo 2º, do vos que recebam, para realização de
art. 216 da Constituição da República e ações de interesse público, recursos
na Lei Federal nº 12.527, de 18 de no- públicos diretamente do orçamento ou
vembro de 2011, e considerando que: mediante subvenção social, termo de
a publicidade é princípio norteador de parceria, convênio, acordo, contrato
todos os atos da administração públi- de gestão, ajuste ou outro instrumento
ca, e, as exceções ao princípio cons- congênere, no âmbito do Poder Execu-
titucional da publicidade somente se tivo do Estado do Paraná.
legitimam para tutelar a segurança da
sociedade e do Estado, a intimidade ou § 2°. A prestação da informação pelas
o interesse social, e, a necessidade de entidades previstas no § 1º referese
imediata adequação dos mecanismos à parcela e à destinação dos recursos
internos às normas auto-aplicáveis da públicos recebidos.
Lei Federal nº 12.527/2011 e Lei Esta-
dual n° 16.595/2010 que todo cidadão § 3°. Somente se submetem aos pra-
tem direito a receber informações so- zos previstos neste Decreto os pedidos
bre a Administração Pública, ressalva- de informações abrangidos pela Lei nº
das as hipóteses de sigilo previstas na 12.527/2011.
Constituição e em legislação específica,
  Art. 3°. O acesso à informação nos
DECRETA: termos deste Decreto orienta-se pelos
princípios da Administração Pública,
Capítulo I - observadas as seguintes diretrizes:
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - respeito à publicidade como precei-
Art. 1°. Este Decreto dispõe sobre os to geral e do sigilo como exceção;
procedimentos a serem observados
pela Administração Direta do Poder II - divulgação de informação de inte-
Executivo, suas autarquias, fundações resse público, independente de solici-
públicas, empresas públicas, socieda- tação;
des de economia mista e suas subsidi-
árias e empresas controladas direta ou III - utilização de meios de comunica-
indiretamente, com vistas a garantir o ção oferecidos pela tecnologia da infor-
acesso à informação, nos termos da le- mação;
gislação vigente.
IV - promoção da cultura de transpa-
rência na Administração Pública;e
259
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
V - incentivo ao controle social da Ad- VIII - o valor da remuneração e subsí-
ministração Pública. dio recebidos por ocupantes de cargo,
posto, graduação, função e emprego
Art. 4°. Ficam assegurados ao cida- público, incluindo auxílios, ajudas de
dão, entre outros, os direitos de obter: custo, jetons e quaisquer outras vanta-
gens pecuniárias, bem como proventos
I - orientação sobre os procedimen- de aposentadoria e pensões.
tos para a consecução de acesso, bem
como sobre o local onde poderá ser § 1°. O acesso à informação previsto no
encontrada ou obtida à informação al- caput não compreende as informações
mejada; referentes a projetos de pesquisa e de-
senvolvimento científicos ou tecnológi-
II - informação contida em registros ou cos cujo sigilo seja imprescindível à se-
documentos, produzidos ou acumula- gurança da sociedade e/ou do Estado.
dos por seus órgãos ou entidades, re-
colhidos ou não a arquivos públicos; § 2°. Quando não for autorizado aces-
so integral à informação por ser ela
III - informação produzida ou custo- parcialmente sigilosa, é assegurado o
diada por pessoa natural ou entidade acesso à parte não sigilosa por meio de
privada decorrente de qualquer vínculo certidão, extrato ou cópia com oculta-
com seus órgãos ou entidades, mesmo ção da parte sob sigilo.
que esse vínculo já tenha cessado;
§ 3°. A negativa de acesso às informa-
IV - informação primária, íntegra, au- ções objeto de pedido formulado aos
têntica e atualizada; órgãos e entidades referidas no art.
1º, quando não fundamentada, sujei-
V - informação sobre atividades exerci- tará o responsável a medidas discipli-
das pelos órgãos e entidades, inclusive nares, nos termos da lei.
as relativas à sua política, organização
e serviços; Art. 5°. Para os efeitos deste Decreto
consideram-se as seguintes definições:
VI - informação pertinente à admi-
nistração do patrimônio público, utili- I - arquivos públicos: conjuntos de
zação de recursos públicos, licitação, documentos produzidos, recebidos e
contratos administrativos; e acumulados por órgãos públicos, au-
tarquias, fundações instituídas ou
VII - informação relativa: mantidas pelo Poder Público, empresas
públicas, sociedades de economia mis-
a) à implementação, acompanhamen- ta, entidades privadas encarregadas
to e resultados dos programas, proje- da gestão de serviços públicos e orga-
tos e ações dos órgãos e entidades pú- nizações sociais, no exercício de suas
blicas, bem como metas e indicadores funções e atividades;
propostos; e
II - autenticidade: qualidade da in-
b) ao resultado de inspeções, audito- formação que tenha sido produzida,
rias, prestações e tomadas de contas expedida, recebida ou modificada por
realizadas pelos órgãos de controle in- determinado indivíduo, equipamento
terno e externo, incluindo prestações ou sistema;
de contas relativas a exercícios ante-
riores. III - classificação de sigilo: atribuição,
260
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
pela autoridade competente, de grau referentes à sua produção, classifica-
de sigilo a documentos, dados e infor- ção, avaliação, tramitação, uso, arqui-
mações; vamento e reprodução, que assegura
a racionalização e a eficiência dos ar-
IV - credencial de segurança: autoriza- quivos;
ção por escrito concedida por autorida-
de competente, que habilita o agente XII - informação: dados, processados
público estadual no efetivo exercício ou não, que podem ser utilizados para
de cargo, função, emprego ou ativida- produção e transmissão de conheci-
de pública a ter acesso a documentos, mento, contidos em qualquer meio,
dados e informações sigilosas; suporte ou formato;

V - custódia: responsabilidade pela XIII- informação pessoal: aquela rela-


guarda de documentos, dados e infor- cionada à pessoa natural identificada
mações; ou identificável;

VI - dado público: sequência de sím- XIV - informação sigilosa: aquela sub-


bolos ou valores, representada em al- metida temporariamente à restrição
gum meio, produzida ou sob a guarda de acesso público em razão de sua im-
governamental, em decorrência de um prescindibilidade para a segurança da
processo natural ou artificial, que não sociedade e do Estado;
tenha seu acesso restrito por legisla-
ção específica; XV - integridade: qualidade da infor-
mação não modificada, inclusive quan-
VII - desclassificação: supressão da to à origem, trânsito e destino;
classificação de sigilo por ato da au-
toridade competente ou decurso de XVI - marcação: aposição de marca
prazo, tornando irrestrito o acesso a assinalando o grau de sigilo de docu-
documentos, dados e informações si- mentos, dados ou informações, ou sua
gilosas; condição de acesso irrestrito, após sua
desclassificação;
VIII - documentos de arquivo: todos
os registros de informação, em qual- XVII - primariedade: qualidade da in-
quer suporte, inclusive o magnético formação coletada na fonte, com  o
ou óptico, produzidos, recebidos ou máximo de detalhamento possível,
acumulados por órgãos e entidades sem modificações;
da Administração Pública Estadual, no
exercício de suas funções e atividades; XVIII - reclassificação: alteração, pela
autoridade competente, da classifica-
IX - disponibilidade: qualidade da in- ção de sigilo de documentos, dados e
formação que pode ser conhecida e informações;
utilizada por indivíduos, equipamentos
ou sistemas autorizados; XIX - rol de documentos, dados e in-
formações sigilosas e pessoais: relação
X - documento: unidade de registro de anual, a ser publicada pelas autorida-
informações, qualquer que seja o su- des máximas de órgãos e entidades,
porte ou formato; de documentos, dados e informações
classificadas, no período, como sigi-
XI - gestão de documentos: conjunto losas ou pessoais, com identificação
de procedimentos e operações técnicas para referência futura;

261
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
XX - serviço ou atendimento presen- Art. 7°. Os entes descritos no caput do
cial: aquele prestado na presença físi- art. 1º deverão, ainda, gerir e manter
ca do cidadão; uma página na rede mundial de com-
putadores (internet), sob a denomi-
XXI- serviço ou atendimento eletrôni- nação de Portal da Transparência, que
co: aquele prestado remotamente ou à poderá ser acessado por qualquer pes-
distância, utilizando meios eletrônicos soa, mediante atalho eletrônico (link),
de comunicação; representado por imagem (banner), na
página inicial do respectivo sítio (site),
XXII - tabela de documentos, dados e contendo a nomenclatura do portal.
informações sigilosas e pessoais: rela-
ção exaustiva de documentos, dados § 1°. Deverão ser publicados integral-
e informações com qualquer restrição mente nos Portais da Transparência,
de acesso, com a indicação do grau de a partir da vigência deste Decreto to-
sigilo, decorrente de estudos e pesqui- dos os atos administrativos realizados
sas promovidos pela Comissão Mista e contratos firmados, bem como seus
de Reavaliação de Informação, e pu- aditivos, que importem em realização
blicada pelas autoridades máximas dos de despesas públicas.
órgãos e entidades; e
§ 2°. Deverão ser publicados, ainda,
XXIII - tratamento da informação: todos os atos de ingresso, exoneração
conjunto de ações referentes à produ- e aposentadoria de membros dos Poder
ção, recepção, classificação, utilização, Executivo, e a admissão, exoneração
acesso, reprodução, transporte, trans- e aposentadoria, de servidores e fun-
missão, distribuição, arquivamento, cionários, inclusive os comissionados,
armazenamento, eliminação, avalia- contratação, demissão e aposentado-
ção, destinação ou controle da infor- ria de empregados públicos e contrata-
mação. ção de prestadores de serviços, com a
discriminação do nome, subsídio, ven-
Capítulo II- cimento ou provento e lotação do mes-
DO ACESSO A INFORMAÇÃO E SUA mo, resguardado o caráter sigiloso da
DIVULGAÇÃO informação, quando puder comprome-
ter a segurança do servidor ou da ação
Art. 6°. É dever do órgão ou entida- administrativa, nas atividades de inte-
de promover, independentemente de ligência, investigação ou fiscalização,
requerimento, a divulgação, em local todas relacionadas com a prevenção
de fácil acesso, no âmbito de sua com- e repressão de infrações bem como os
petência, de informação geral de in- contratos firmados para prestação de
serviços por terceirizados.
teresse coletivo por ele produzida ou
custodiada.
§ 3°. Todos os atos realizados e con-
tratos firmados deverão ser publicados
Parágrafo único. Quando uma uni-
com links de acesso aos editais que os
dade administrativa não oferecer es-
antecederam, em especial os procedi-
trutura de atendimento ao cidadão,
mentos licitatórios ou as justificativas
este deverá ser orientado a procurador
para as contratações diretas .
atendimento presencial ou qualquer
dos meios de atendimento não presen-
§ 4°. Todos os atos realizados e con-
cial. tratos firmados deverão ser publicados
em até 30 (trinta) dias da respectiva
262
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
assinatura, respeitando-se os prazos VII - editais de licitações em andamen-
estabelecidos na legislação vigente. to, especificando a fase de tramitação,
bem como aqueles cujos procedimen-
§ 5°. Deverão ser publicados todos os tos já foram encerrados e possuem
extratos das contas e operações finan- contratação vigente, incluem-se tam-
ceiras realizadas, assim como as fatu- bém os editais e licitações que tenham
ras dos cartões corporativos, no mês sido anulados, tornados sem efeito,
subsequente ao pagamento. revogados e desertos;

§ 6°. Em se tratando de valores reem- VIII - decisões de dispensas de licita-


bolsáveis despendidos pelos agentes ção, inclusive com a justificativa para a
estatais, deverão ser publicadas as no- contratação direta;
tas fiscais e cópias da guia de depó-
sito, transferências ou cheques utiliza- IX - íntegra dos contratos firmados e
dos no reembolso, discriminados pelo seus instrumentos a fins, com a espe-
nome, cargo e lotação de cada agente. cificação das etapas de cumprimento
das obrigações, pagamentos e sua qui-
Art. 8°. Deverão ser disponibilizadas tação, por ano de celebração e por ob-
no Portal da Transparência - www.por- jeto, observadas as categorias “aqui-
taldatransparencia.pr.gov.br e nos sí- sição de bens”, “serviços”, “obras” e
tios eletrônicos oficiais dos respectivos “locação”;
órgãos que compõem o Poder Execu-
tivo Estadual, independentemente de X - atos de instauração de procedimen-
solicitações, as seguintes informações tos administrativos que visem apurar
de interesse público: possíveis irregularidades no cumpri-
mento das obrigações dos contratos, e
I - registro das competências, estrutu- respectivas decisões finais;
ra organizacional, endereço e telefones
das unidades, horário de atendimento XI - íntegra dos convênios, termos de
ao público; parcerias e congêneres firmados, in-
clusive com o plano de aplicação, a es-
II - relação de servidores, cargo e lo- pecificação das etapas de cumprimento
cal de exercício, resguardado o caráter das obrigações, repasses e atingimen-
sigiloso da informação, quando puder to das metas estipuladas, listados por
comprometer a segurança do servidor ano de celebração;
ou da ação administrativa, nas ativi-
dades de inteligência, investigação ou XII - despesas relativas a viagens e
fiscalização, todas relacionadas com a adiantamentos;
prevenção e repressão de infrações;
XIII - respostas a perguntas mais fre-
III - relação de patrimônio móvel e quentes da sociedade.
imóvel do Estado;
§ 2°. Para cumprimento do disposto
IV - programas, projetos, ações, metas no caput, os órgãos e entidades públi-
e indicadores propostos; cas deverão utilizar todos os meios e
instrumentos legítimos de que dispu-
V - relação dos repasses ou transferên- serem, sendo obrigatória a divulgação
cias de recursos e despesas efetuados; em sítios oficiais da rede mundial de
computadores (internet).
VI - resoluções e portarias;
263
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
§ 3°. Os sítios de que trata o § 2o deve- Administração e da Previdência e a Co-
rão, na forma de regulamento, atender, ordenação de Controle Interno, com o
entre outros, aos seguintes requisitos: apoio da Secretaria de Estado da Co-
municação Social, desenvolverá ativi-
I - conter ferramenta de pesquisa de dades para sob a coordenação da Casa
conteúdo que permita o acesso à in- Civil.
formação de forma objetiva, transpa-
rente, clara e em linguagem de fácil I - promoção de campanha de abran-
compreensão; gência estadual de fomento à cultura
da transparência na administração pú-
II - possibilitar a gravação de relató- blica e conscientização do direito fun-
rios em diversos formatos eletrônicos, damental de acesso à informação;
inclusive abertos e não proprietários,
tais como planilhas e texto, de modo a II - treinamento de agentes públicos
facilitar a análise das informações; no que se refere ao desenvolvimento
de práticas relacionadas à transparên-
III - possibilitar o acesso automatiza- cia na administração pública;
do por sistemas externos em formatos
abertos, estruturados e legíveis por III - o monitoramento dos procedi-
máquina; mentos de acesso à informação.

IV - divulgar em detalhes os formatos IV - elaboração e manutenção atuali-


utilizados para estruturação da infor- zada de manual para a consolidação
mação; da normalização e procedimentos de
acesso à informação.
V - garantir a autenticidade e a integri-
dade das informações disponíveis para Capítulo III
acesso; DO PROCEDIMENTO DE ACESSO A
INFORMAÇÃO
VI - manter atualizadas as informações
disponíveis para acesso; Seção I
Do Pedido de Acesso
VII - indicar local e instruções que per-
mitam ao interessado comunicar-se, Art. 10º. Para fins do disposto no art.
por via eletrônica ou telefônica, com o 9º da Lei Federal nº 12.527, de 2011,
órgão ou entidade detentora do sítio; deverão ser propiciados em todos os
órgãos, meios adequados para que o
VIII - adotar as medidas necessárias cidadão consulte documentos que, por
para garantir a acessibilidade de con- sua natureza, não possam ser disponi-
teúdo para pessoas com deficiência, bilizados por meios virtuais.
nos termos da legislação vigente.
Parágrafo único. Caberá ao gestor de
IX - os entes relacionados no Art.1º cada órgão ou entidade citados no ar-
são responsáveis pelas informações tigo 1º, manter a estrutura necessária
disponibilizadas nos sítios eletrônicos, para que as informações de interesse
devendo atualizá-las periodicamente. público sejam disponibilizadas em sítio
eletrônico oficial respectivo, devendo
Art. 9º. A Secretaria Especial da Cor- zelar pela sua atualização periódica.
regedoria e Ouvidoria Geral, em con-
junto com a Secretaria de Estado da Art. 11º. Cabe aos órgãos e entidades

264
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
do poder público, observadas as nor- neste Decreto e a manutenção e ge-
mas e procedimentos específicos apli- renciamento do Sistema Integrado de
cáveis, assegurar a: Gerenciamento de Ouvidorias - SIGO.

I - gestão transparente da informação, Art. 14º. Nas hipóteses em que a so-


propiciando amplo acesso a ela e sua licitação de acesso a informações rela-
divulgação; tivas a outros órgãos ou entidades lhe
for endereçadas diretamente, a Secre-
II - proteção da informação, garantin- taria Especial de Corregedoria e Ouvi-
do-se sua disponibilidade,autenticidade doria Geral encaminhará o pedido ao
e integridade; servidor designado na forma do artigo
12, caput.
III - proteção da informação sigilosa
e da informação pessoal,observada a Art. 15º. A fim de dar cumprimento
sua disponibilidade, autenticidade, in- aos objetivos deste Decreto, a Secre-
tegridade e eventual restrição de aces- taria Especial de Corregedoria e Ouvi-
so. doria Geral obedecido ao disposto nos
incisos I a IV do artigo 4º deverá:
Art. 12º. No prazo de 60 (sessen-
ta) dias, a contar da publicação deste I - disponibilizar ao público atendimen-
Decreto, o dirigente máximo de cada to telefônico, postal, eletrônico ou pre-
Secretaria, órgão ou entidade da ad- sencial;
ministração direta e indireta do Poder
Executivo, designará servidor que lhe II - receber pedidos de acesso a infor-
seja diretamente subordinado para as-
mações e orientar o interessado quan-
segurar o cumprimento das normas re-
to ao seu respectivo trâmite.
lativas ao acesso à informação, de for-
ma efi ciente e adequada aos objetivos
III - encaminhar ao Secretário de Con-
deste ato, devendo para tanto:
trole Interno relatório mensal das con-
sultas formuladas e sua tramitação.
I - atender e orientar o público quanto
ao acesso a informações;
Art. 16º. Qualquer interessado, devi-
damente identificado, poderá apresen-
II - informar sobre a tramitação de do-
cumentos nas suas respectivas unida- tar pedido de acesso a informações aos
des; órgãos ou entidades aludidas no artigo
1º deste Decreto, preferencialmente
III - protocolizar documentos e reque- nos respectivos sítios eletrônicos ofi-
rimentos de acesso a informações; ciais e, na impossibilidade da utilização
desse meio, o requerimento deverá
IV - incentivar a participação popular ser entregue em qualquer serviço de
estimulando o exercício do controle so- protocolo da administração pública es-
cial. tadual, contendo a especificação da in-
formação pleiteada.
Art. 13º. Incumbe à Secretaria Espe-
cial de Corregedoria e Ouvidoria Geral § 1°. A identificação referida no ca-
- SEOG, zelar pelo estrito cumprimen- put deste artigo consiste em nome
to dos deveres mencionados no arti- completo, número de documento de
go anterior, especialmente quanto ao identidade com valor legal, e o ende-
atendimento dos prazos assinalados reço físico ou eletrônico do requerente,

265
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
para recebimento de comunicações ou Art. 18º. Cabe ao órgão ou entidade
da informação requerida para aviso da competente para tratamento da ma-
disponibilização da resposta. téria conceder o acesso à informação
disponível.
§ 2°. A pessoa jurídica deverá apre-
sentar os documentos comprobatórios § 1°. Não estando disponível a infor-
da sua existência e também do repre- mação, o órgão ou entidade deverá,
sentante legal que apresentou o pedi- em prazo não superior a 20 (vinte)
do, comprovando os seus respectivos dias, informar ao requerente:
poderes.
I - a data, local e modo para se re-
§ 3°. O pedido de acesso deverá conter alizar a consulta, efetuar a re-
especificação, de forma clara e precisa, produção ou obter a certidão; e
da informação requerida.  
II - as razões de fato ou de direito da
§ 4°. O pedido a que se refere o ca- recusa, total ou parcial, ao acesso re-
put será apresentado por formulário querido;
padrão disponibilizado por meio ele-
trônico e no sitio eletrônico do Portal III - que não possui a informação, in-
da Transparência, através do Sistema dicando, se for do seu conhecimento,
Integrado de Gerenciamento de Ouvi- o órgão ou a entidade que a detém,
dorias – SIGO. ou, ainda, remetendo o pedido a esse
órgão ou entidade, cientificando o inte-
§ 5°. O atendimento presencial será ressado da remessa de seu pedido de
oportunizado nos espaços cidadão informação.
e nos Serviços de Informação ao Ci-
dadão - SIC, defi nido pelo gestor de § 2°. No caso de que trata o § 1º, o
cada órgão. prazo de 20 (vinte) dias será contado a
partir do recebimento do requerimen-
§ 6°. Se a informação ou documento to pelo órgão ou entidade responsável
for disponibilizado por cópia, esta fi- pela informação.
cará disponível para consulta pelo re-
querente pelo prazo de até 30 (trinta) § 3°. O prazo de 20 (vinte) dias poderá
dias, após o que será encaminhado ser prorrogado por mais 10 (dez) dias,
para o arquivo. mediante justificativa expressa, que
será comunicada ao interessado.
Art. 17º. O serviço de busca e forneci-
mento da informação é gratuito, salvo § 4°. Caso a informação solicitada es-
nas hipóteses de reprodução de docu-
teja disponível ao público em formato
mentos pelo órgão ou entidade pública
impresso, eletrônico ou em qualquer
consultada, situação em que poderá
outro meio de acesso universal, serão
ser cobrado exclusivamente o valor
necessário ao ressarcimento do custo informados ao requerente, por escrito,
dos serviços e dos materiais utilizados. o lugar e a forma pela qual se poderá
Parágrafo único. Estará isento de res- consultar, obter ou reproduzir a referi-
sarcir os custos previstos no caput da informação, procedimento esse que
todo aquele cuja situação econômica desonerará o órgão ou entidade públi-
não lhe permita fazê-lo sem prejuí- ca da obrigação de seu fornecimento
zo do sustento próprio ou da família, direto, salvo se o requerente declarar
declarada nos termos da Lei Federal não dispor de meios para realizar por
7.115, de 29 de agosto de 1983. si mesmo tais procedimentos.

266
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
§ 5°. Sem prejuízo da segurança e da ridas junto à unidade do órgão com-
proteção das informações e do cum- petente.
primento da legislação aplicável, o ór-
gão ou entidade poderá oferecer meios § 3°. São vedadas quaisquer exigên-
para que o próprio requerente possa cias relativas aos motivos determinan-
pesquisar a informação de que neces- tes da solicitação de informação de in-
sitar. teresse público.

§ 6°. Quando não for autorizado o § 4°. As cópias de documentos so-


acesso por se tratar de informação to- mente serão autenticadas, recebendo
tal ou parcialmente sigilosa, o reque- o carimbo de “confere com o original”,
rente deverá ser informado sobre a caso haja pedido expresso do reque-
possibilidade de recurso, prazos e con- rente neste sentido, no momento do
dições para sua interposição, devendo, requerimento inicial.
ainda, ser-lhe indicada a autoridade
competente para sua apreciação. Seção II
Dos Recursos
§ 7°. Se o pedido de acesso à informa-
ção for reconhecido, incidentalmente, Art. 20º. Negado o pedido de acesso à
como informação sigilosa, o requeri- informação, será enviada ao requeren-
mento deverá ser encaminhado ao ór- te, no prazo de resposta, comunicação
gão ou autoridade competente para, indicando:
no prazo legal, confi rmar o caráter
sigiloso da informação, classificando-o. I - razões de negativa de acesso e seu
fundamento legal;
Art. 19º. Não serão atendidos pedidos
de acesso à informação: II - recursos cabíveis e autoridades
competentes
I - genéricos;
Art. 21º. No caso de negativa de aces-
II - desproporcionais ou desarrazoa- so à informação ou de não fornecimen-
dos; ou to das razões da negativa do acesso,
poderá o requerente apresentar recur-
III - que exijam trabalhos adicionais de so no prazo de 10 (dez) dias, conta-
análise, interpretação ou consolidação do da ciência da decisão, à autoridade
de dados e informações, ou serviço de máxima do Órgão que adotou a deci-
produção ou tratamento de dados que são, que deverá apreciá-lo no mesmo
não seja de competência do órgão ou prazo, contado da sua apresentação.
entidade.
Art. 22º. No caso de omissão de res-
§ 1°. Na hipótese do inciso III o órgão posta ao pedido de acesso à informa-
ou entidade deverá, caso tenha conhe- ção, nos ternos do artigo 18 e seus
cimento, indicar o local onde se encon- parágrafos, o requerente poderá apre-
tram as informações a partir das quais sentar reclamação, no prazo de 20
o requerente poderá realizar a inter- (vinte) dias, à autoridade máxima do
pretação, consolidação ou tratamento órgão ou entidade, que deverá mani-
de dados. festar-se no mesmo prazo, contado do
recebimento da reclamação.
§ 2°. As informações que estejam con-
tidas em processos deverão ser reque- Parágrafo único. A autoridade máxi-
267
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
ma do órgão ou entidade poderá de- Capítulo IV
signar outra autoridade que lhe seja DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À IN-
diretamente subordinada como res- FORMAÇÃO
ponsável pelo recebimento e aprecia-
ção da reclamação. Seção I
Disposições Gerais
Art. 23º. Desprovido o recurso de que
trata o art. 21, ou infrutífera a recla- Art. 26º. Não poderá ser negado aces-
mação de que trata o art. 22, poderá o so às informações necessárias à tutela
requerente apresentar recurso no pra- judicial ou administrativa de direitos
zo de 10 (dez) dias, contado da ciência fundamentais.
da decisão, à Comissão Mista de Rea-
valiação. Parágrafo único. O requerente deve-
rá apresentar razões que demonstrem
§ 1°. A Comissão Mista de Reavaliação, a existência de nexo entre as informa-
poderá determinar que o órgão ou en- ções requeridas e o direito que se pre-
tidade preste esclarecimentos, visando tende proteger.
o melhor entendimento sobre os argu-
mentos que embasaram a negativa do Art. 27º. O disposto neste Decreto
pedido. não exclui as demais hipóteses legais
de sigilo e de segredo de justiça nem
§ 2°. Provido o recurso, a Comissão as hipóteses de segredo industrial  de-
Mista de Reavaliação fixará prazo para correntes da exploração direta de ati-
o cumprimento da sua decisão pelo ór- vidade econômica pelo Estado ou por
gão ou entidade. pessoa física ou jurídica que tenha
qualquer vínculo com o poder público.
Art. 24º. O pedido de desclassificação
ou de reavaliação da classificação po-
Seção II
derá ser apresentado aos órgãos e en-
Dos procedimentos de Classificação,
tidades independentemente de existir
Reclassificação e Desclassificação
prévio pedido de acesso à informação.
Parágrafo único. O pedido de que trata
Art. 28º. A informação em poder dos
o caput será endereçado à autoridade
órgãos e entidades, observado o seu
classificadora, que decidirá no prazo de
teor e em razão de sua imprescindibi-
trinta dias.
lidade à segurança da sociedade ou do
Estado, poderá ser classificada no grau
Art. 25º. Negado o pedido de des- ultrassecreto, secreto ou reservado.
classificação ou de reavaliação pela
autoridade classificadora, o requeren- Art. 29º. Para a classificação da in-
te poderá apresentar recurso no prazo formação em grau de sigilo deverá ser
de dez dias, contado da ciência da ne- observado o interesse público da infor-
gativa, à autoridade máxima do órgão mação e utilizado o critério menos res-
ou entidade, que decidirá no prazo de tritivo possível, considerados:
trinta dias.
I - a gravidade do risco ou dano à se-
Parágrafo único. Desprovido o re- gurança da sociedade e do Estado; e
curso de que trata o caput, poderá o
requerente apresentar recurso à Co- II - o prazo máximo de classificação
missão Mista de Reavaliação de Infor- em grau de sigilo ou o evento que de-
mações, no prazo de dez dias, contado fina seu termo final.
da ciência da decisão.
268
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
III - grau reservado: cinco anos. des referidas nos incisos I e II e das
que exerçam funções de direção, co-
Art. 30º. Os prazos máximos de clas- mando ou chefia.
sificação são os seguintes:
§ 1°. É vedada a delegação da compe-
I - grau ultrassecreto: vinte e cinco tência prevista nos incisos I e II.
anos;
§ 2°. O dirigente do órgão ou enti-
II - grau secreto: quinze anos; e dade poderá delegar a competência
para classificação no grau reservado a
III - grau reservado: cinco anos. agente público que exerça função de
direção, comando ou chefia, vedada a
Parágrafo único. Poderá ser estabe- subdelegação.
lecida como termo final de restrição de
acesso a ocorrência de determinado § 3°. Os agentes referidos no § 2º da-
evento, observados os prazos máxi- rão ciência do ato de classificação à
mos de classificação. autoridade delegante, no prazo de no-
venta dias.
Art. 31º. As informações que puderem
colocar em risco a segurança do Go- Art. 33º. A decisão que classificar a
vernador do Estado, Vice-Governador informação em qualquer grau de sigi-
e seus cônjuges, filhos e ascendentes lo deverá ser formalizada no Termo de
serão classificadas no grau reservado Classificação de Informação - TCI, con-
e ficarão sob sigilo até o término do forme modelo contido no Anexo.
mandato em exercício ou do último
mandato, em caso de reeleição. Art. 34º. A autoridade que classificar
informação no grau ultrassecreto ou
Art. 32º. A classificação do sigilo da secreto deverá encaminhar cópia do
informação é de competência: TCI à Comissão Mista de Reavaliação
de Informações no prazo de trinta dias,
I - no grau ultrassecreto, das seguintes contado da decisão de classificação.
autoridades:
Art. 35º. Na hipótese de documento
a) Governador do Estado; que contenha informações classifica-
das em diferentes graus de sigilo, será
b) Vice-Governador do Estado; atribuído ao documento tratamento
do grau de sigilo mais elevado, fican-
c) Secretários de Estado e autoridades do assegurado o acesso às partes não
com as mesmas prerrogativas; e classificadas por meio de certidão, ex-
trato ou cópia, com ocultação da parte
d) Delegado Geral da Polícia Civil, Co- sob sigilo.
mandante da Polícia Militar e Coman-
dante do Corpo de Bombeiros; Art. 36º. As Secretarias de Estado da
Fazenda, e do Planejamento e Coor-
II - no grau secreto, das autoridades denação Geral, classificarão os docu-
referidas no inciso I, dos dirigentes de mentos que embasarem decisões de
autarquias, fundações, empresas pú- política econômica, fiscal, tributária e
blicas e sociedades de economia mis- regulatória.
ta; e
Parágrafo único. Na hipótese de re-
III - no grau reservado, das autorida- gulação que se insira no âmbito de
269
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
competência especifica de órgão ou de Art. 39º. A publicação de atos admi-
entidade vinculada, não referida no ca- nistrativos referentes a documentos,
put, caberá à respectiva Secretaria de dados e informações sigilosos poderá
Estado a classificação dos documentos ser efetuada mediante extratos, com 
que embasarem as decisões. autorização da autoridade classificado-
ra ou hierarquicamente superior.
Art. 37º. O Secretário de Controle In-
terno atuará de modo articulado com § 1°. Os extratos referidos no caput li-
os órgãos responsáveis por informa- mitar-se-ão ao seu respectivo número,
ções, notadamente com a SEOG, para  ao ano de edição e à sua ementa, redi-
compatibilização dos procedimentos gidos por agente público credenciado,
internos e exercício das competências de modo a não comprometer o sigilo.
específicas.
§ 2°. A publicação de atos administra-
Parágrafo único. Em cada órgão ou tivos que trate de documentos, dados
entidade da administração pública di- e informações sigilosos para sua divul-
reta e indireta, será designado respon- gação ou execução dependerá de au-
sável ocupante de cargo de nível es- torização da autoridade classificadora
tratégico, subordinado diretamente ao ou autoridade competente hierarquica-
titular, para receber solicitações feitas mente superior.
pela SEOG, e por tramitar e encami-
nhar resposta no prazo de 20 (vinte) Art. 40º. A autoridade máxima de
dias pelo Sistema de SIGO. cada órgão ou entidade publicará anu-
almente, observado o disposto no art.
Art. 38º. A classificação das informa- 39 da Lei Federal nº 12.527 de 2011,
ções será reavaliada pela autoridade até o dia 1º de junho de cada ano, em
classificadora ou por autoridade hie- sítio na internet:
rarquicamente superior, mediante pro-
vocação ou de ofício, para desclassifi- I - rol das informações desclassificadas
cação ou redução do prazo de sigilo. nos últimos doze meses;

Parágrafo único. Para o cumprimen- II - rol das informações classificadas


to do disposto no caput, além do dis- em cada grau de sigilo, que deverá
posto no art. 30 deverá ser observado: conter:

I - o prazo máximo de restrição de a) código de indexação de documento;


acesso à informação, previsto no art.
30; b) categoria na qual se enquadra a in-
formação;
II - o prazo máximo de quatro anos
para revisão de ofício das informações c) indicação de dispositivo legal que
classificadas no grau ultrassecreto ou fundamenta a classificação; e
secreto, previsto no inciso I do art. 30;
d) data da produção, data da classifi-
III - a permanência das razões da clas- cação e prazo da classificação;
sificação;
III - relatório estatístico com a quanti-
IV - a possibilidade de danos ou riscos dade de pedidos de acesso à informação
decorrentes da divulgação ou acesso recebidos, atendidos e indeferidos; e
irrestrito da informação.
IV - informações estatísticas agrega-
270
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
das dos requerentes. as seguintes sanções administrativas:

Parágrafo único. Os órgãos e entida- I - Advertência;


des deverão manter em meio físico as
informações previstas no caput, para II - multa;
consulta pública em suas sedes.
III - rescisão do vínculo com o Poder
Público;
Seção III
Da Proteção e Controle de Informa- IV - suspensão temporária de partici-
ções Sigilosas pação em licitação e impedimento de
contratar com a Administração Pública
Art. 41º. O acesso, a divulgação e o por prazo não superior a 2 (dois) anos;
tratamento de informação classifica-
da em qualquer grau de sigilo ficarão V - declaração de inidoneidade para li-
restritos a pessoas que tenham ne- citar ou contratar com a Administração
cessidade de conhecê-la e que sejam Pública, até que seja promovida a re-
credenciadas, sem prejuízo das atri- abilitação perante a própria autoridade
buições de agentes públicos autoriza- que aplicou a penalidade.
dos por lei.
§ 2°. As sanções previstas nos incisos
Parágrafo único. O Agente público I, III e IV poderão ser aplicadas junta-
que tenha acesso às informações clas- mente com a do inciso II, assegurado
sificadas no Art. 31 desde Decreto de- o direito de defesa do interessado, no
verá manter o sigilo, constituindo falta respectivo processo, no prazo de 10
grave a sua divulgação, no termos do (dez) dias.
Art. 293, inciso V alínea “g” da Lei nº
6.174/1970. § 3°. A reabilitação referida no inciso
V será autorizada somente quando o
Art. 42º. As autoridades do Poder interessado efetivar o ressarcimento
Executivo estadual adotarão as provi- do órgão ou entidade dos prejuízos re-
dências necessárias para que o pessoal sultantes e após decorrido o prazo da
a elas subordinado conheça as normas sanção aplicada com base no inciso IV.
e observe as medidas e procedimen-
tos de segurança para tratamento de § 4°. A aplicação da sanção prevista
informações classificadas em qualquer no inciso V é de competência exclusiva
grau de sigilo. do Governador do Estado, facultada a
defesa do interessado, no respectivo
§ 1°. A pessoa natural ou entidade pri- processo, no prazo de 10 (dez) dias da
vada que, em razão de qualquer vín- abertura de vista.
culo com o Poder Público, executar ati-
vidades de tratamento de informações Seção IV
classificadas, adotará as providências Das Informações Pessoais
necessárias para que seus emprega-
dos, prepostos ou representantes ob-
Art. 43º. O tratamento da informa-
servem as medidas e  procedimentos
ção pessoal será feito de forma trans-
de segurança das informações, inclusi-
parente e com respeito às liberdades
ve mediante a assinatura de termo de
e garantias individuais, à intimidade,
ciência de obrigação de manutenção de
vida privada, honra e imagem da pes-
sigilo, sob pena de responsabilização
soa.
civil e criminal, além de estar sujeita
271
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
§ 1°. No tratamento da informação des em que o detentor da informação
pessoal relativa à intimidade, vida pri- estiver envolvido, e em ações voltadas
vada, honra e imagem serão observa- para a recuperação de fatos históricos
dos os seguintes preceitos: de relevância reconhecida.

I - acesso restrito à autoridade ou Art. 44º. O pedido de acesso às in-


agente público legalmente autorizado formações pessoais observará os pro-
e à pessoa a que se referir, indepen- cedimentos previstos no Capítulo III e
dentemente de classificação de sigilo e estará condicionado à comprovação da
pelo prazo máximo de 100 (cem) anos identidade do requerente.
a contar da data de sua produção; e
Parágrafo único. O pedido de acesso
II - autorização de divulgação ou aces- a informações pessoais por terceiros
so por terceiro mediante previsão legal deverá ainda estar acompanhado al-
ou consentimento expresso da pessoa ternativamente de:
a que se referir.
I - comprovação do consentimento ex-
§ 2°. O interessado que obtiver acesso presso da pessoa a que se referirem,
à informação de que trata este artigo por meio de procuração;
será responsabilizado por seu uso in-
devido. II - comprovação de que se trata de
processo de apuração de irregularida-
§ 3°. O consentimento previsto no inci- des conduzido pelo Poder Público em
so II do § 1º não será exigido quando que o titular das informações é parte
a informação for necessária: ou interessado;

I - à prevenção e diagnóstico médico, III - comprovação de que as informa-


da pessoa que estiver física ou legal- ções pessoais não classificadas estão
mente incapaz, e para utilização exclu- contidas em conjuntos de documen-
siva a tratamento médico; tos necessários à recuperação de fatos
históricos de relevância reconhecida;
II - à realização de estatística e pes-
quisa científica de interesse público ou IV - demonstração do interesse pela
geral, prevista em lei, vedada a identi- recuperação de fatos históricos de re-
ficação da pessoa a que a informação levância reconhecida, observados os
se referir; procedimentos previstos no art. 46; ou

III - ao cumprimento de ordem judi- V - demonstração da necessidade do


cial; acesso à informação requerida para a
defesa dos direitos humanos ou para a
IV - à defesa de direito humano; ou proteção do interesse público e geral
preponderante.
V - à proteção do interesse público e
geral preponderante. Art. 45º. A restrição de acesso às in-
formações pessoais não poderá ser
§ 4°. A restrição de acesso à infor- invocada quando, não classificadas,
mação relativa à vida privada, honra estejam contidas em conjuntos de do-
e imagem de pessoa não poderá ser cumentos necessários à recuperação
invocada com o intuito de prejudicar de fato histórico relevante e reconhe-
processo de apuração de irregularida- cido.
272
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
§ 1°. O dirigente máximo do órgão ou Capítulo VI
entidade poderá, de ofício ou median- DA COMISSÃO
te provocação, reconhecer a incidência
da hipótese do caput, de forma funda- Art. 47º. Fica instituída a Co-
mentada, sobre documentos que te- missão Mista de Reavaliação de
nham produzido ou acumulado, e que Informações,que decidirá, no âmbito
estejam sob sua guarda. do Poder Executivo, sobre o tratamen-
to e a classificação de informações si-
§ 2°. A decisão de reconhecimento de gilosas e terá competência para:
que trata o § 1º será precedida de pu-
blicação de extrato da informação, com I - requisitar da autoridade que classi-
descrição resumida do assunto, origem ficar informação como ultrassecreta e
e período do conjunto de documentos secreta, esclarecimento ou conteúdo,
a serem considerados de acesso irres-
parcial ou integral da informação; e
trito, com antecedência de no mínimo
trinta dias.
II - rever a classificação de informa-
ções ultrassecretas ou secretas, de ofí-
§ 3°. Após a decisão de reconhecimen-
to de que trata o § 1º, os documentos cio ou mediante provocação de pessoa
serão considerados de acesso irrestrito interessada nos termos deste Decreto.
ao público.
III - estabelecer orientações norma-
§ 4°. Na hipótese de documentos de tivas de caráter geral a fim de suprir
elevado valor histórico destinados à eventuais lacunas na aplicação da Lei
guarda permanente, caberá ao diri- Federal nº 12.527, de 2011, no âmbito
gente máximo do Arquivo Público, ou do Poder Executivo Estadual.
à autoridade responsável pelo arquivo
do órgão ou entidade pública que os IV - Elaborar, aprovar e alterar o seu
receber, decidir, após seu recolhimen- Regimento Interno.
to, sobre o reconhecimento, observado
o procedimento previsto neste artigo, V - manter registro atualizado dos ser-
sem prejuízo da legislação específica. vidores indicados pelo dirigente máxi-
mo de cada órgão ou entidade da ad-
Art. 46º. O acesso à informação pes- ministração direta e indireta do Poder
soal por terceiros será condicionado à Executivo para acesso aos dados sigi-
assinatura de um termo de responsa- losos de cada Pasta.
bilidade, que disporá sobre a finalida-
de e a destinação que fundamentaram Art. 48º. A Comissão Mista de Reava-
sua autorização, sobre as obrigações a liação de Informações deste Decreto
que se submeterá o requerente. será integrada pelos representantes
dos seguintes órgãos:
§ 1°. A utilização de informação pesso-
al por terceiros vincula-se à finalidade
I - Secretaria de Estado de Casa Civil ;
e à destinação que fundamentaram a
autorização do acesso, vedada sua uti-
lização de maneira diversa. II - Procuradoria Geral do Estado;

§ 2°. Aquele que obtiver acesso às in- III - Secretaria de Estado da Adminis-
formações pessoais de terceiros será tração e da Previdência;
responsabilizado por seu uso indevido,
na forma da lei. IV - Secretário de Controle Interno:
273
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
V - Secretaria Especial de Ouvidora- § 6°. A Comissão Mista de Reavaliação
-geral do Estado de Informações reunir-se-á ordinaria-
mente a cada dois meses e extraordi-
Parágrafo único. Cada integrante in- nariamente sempre que convocada.
dicará seu respectivo suplente.
Art. 49º. Caberá ao Presidente da Co-
§ 1°. A designação para a função de missão Mista de Reavaliação de Infor-
membro da Comissão Mista de Reava- mações:
liação de Informações far-se-á por De-
creto e recairá sobre servidor público I - presidir os trabalhos da Comissão;
efetivo.
II - aprovar a pauta das reuniões ordi-
§ 2°. Será de 2 (dois) anos a duração nárias e as ordens do dia das respecti-
do mandato dos membros da Comis- vas sessões;
são Mista de Reavaliação de Informa-
ções, permitida a recondução. III - dirigir as discussões, concedendo,
a palavra aos demais membros, coor-
§ 3°. O membro da Comissão Mista denado os debates e nele interferindo
de Reavaliação de Informações poderá para esclarecimentos;
ser exonerado da função nos seguintes
casos: IV - designar o membro secretário,
para lavratura das atas de reunião;
I - morte;
V - convocar reuniões extraordinárias
II - renúncia; e as respectivas sessões; e

III - falta injustificada a três reuniões VI - remeter ao Governador a ata com


consecutivas ou cinco alternadas; as decisões tomadas na reunião.

IV - demissão do serviço público. Art. 50º. Os órgãos e entidades ade-


quarão suas políticas de gestão da
V - realocação. informação, promovendo os ajustes
necessários aos processos de registro,
§ 4°. A Comissão Mista de Reavaliação processamento, trâmite e arquivamen-
de Informações, ora instituída, será to de documentos e informações.
presidida por um de seus integrantes,
com mandato de (01) um ano, coin- Art. 51º. O credenciamento e a ne-
cidente com o ano civil, podendo ser cessidade de conhecer são condições
reconduzido. indispensáveis para que o agente pú-
blico no efetivo exercício de cargo,
§ 5°. A escolha do presidente será por função,emprego ou atividade tenha
voto direto dos membros da Comissão, acesso a documentos, dados e infor-
na primeira reunião do ano e no caso mações classificados como sigilosos
de empate será declarado Presidente equivalentes ou inferiores ao de sua
o que fizer parte da Comissão há mais credencial de segurança.
tempo. Persistindo o empate será de-
clarado presidente o que tiver maior Parágrafo único. O credenciamento a
tempo de serviço ao Estado. que se refere o caput será efetuado no
âmbito da Casa Militar.
274
Decreto nº 7.351, de 21 de Fevereiro de 2013
Art. 52º. As credenciais de segurança prazo máximo de 2 (dois) anos, con-
referentes aos graus de sigilo previstos tado do termo inicial de vigência deste
neste Decreto serão classificadas nos Decreto.
graus de sigilo ultrassecreto, secreto
ou reservado. Art. 56º. A Coordenação de Contro-
le Interno promoverá a divulgação e
Art. 53º. A credencial de segurança orientação para os órgãos e entidades
referente à informação pessoal, pre- quanto às modificações a serem reali-
vista neste Decreto, será identificada zadas nos sítios institucionais e coor-
como personalíssima. denará a política de transparência pú-
blica previstas neste Decreto.
Art. 54º. A emissão da credencial de
segurança compete às autoridades Art. 57º. A Comissão Mista de Reava-
máximas de órgãos e entidades da Ad- liação de Informações contará com o
ministração Pública Estadual, podendo apoio de pessoal, espaço físico, mate-
rial, técnico, operacional e financeiro
ser objeto de delegação, desde que es-
da Casa Civil.
pecífica, expressa e formal.

§ 1°. A credencial de segurança será Art. 58º. O Poder Executivo promo-


concedida mediante termo de compro- verá a capacitação de servidores para
misso de preservação de sigilo, pelo atender aos objetivos deste Decreto.
qual os agentes públicos responsa-
bilizam -se por não revelarem ou di- Art. 59º. Este Decreto entra em vigor
vulgarem documentos, dados ou in- na data de sua publicação, revogando-
formações sigilosos dos quais tiverem -se as disposições em contrário.
conhecimento direta ou indiretamente
no exercício de cargo, função ou em- Curitiba, em 21 de fevereiro de 2013,
prego público. 192º da Independência e 125º da Re-
pública.
§ 2°. Para a concessão de credencial
de segurança serão avaliados, por CARLOS ALBERTO RICHA
meio de investigação, os requisitos Governador do Estado
profissionais, funcionais e pessoais dos
indicados. REINHOLD STEPHANES
Chefe da Casa Civil
§ 3°. A validade da credencial de se-
gurança deverá ser limitada no tempo JULIO CEZAR ZEM CARDOZO
e no objeto. Procurador Geral do Estado

§ 4°. O compromisso referido no caput DINORAH BOTTO PORTUGAL NOGARA


persistirá enquanto durar o sigilo dos Secretária de Estado da Administração
documentos a que tiveram acesso. e da Previdência

REINALDO DE ALMEIDA CEZAR


Capítulo VII
Secretário Especial de Corregedoria e
DISPOSIÇÕES FINAIS
Ouvidoria Geral

Art. 55º. Os órgãos e entidades deve- CARLOS EDUARDO DE MOURA


rão reavaliar as informações classifica- Secretário de Controle Interno
das no grau ultrassecreto e secreto no

275
Lei nº 10.835, de 26 de Junho de 1994
Art. 1º. É obrigada a inclusão de te-
PROCON-PR lefone e endereço do órgão de fiscali-
zação do Estado do Paraná em defesa
Lei nº 10.835, do consumidor – PROCON-PR – www.
pr.gov.br/proconpr - 0800-41-1512
de 26 de Junho de 1994
Rua alameda Cabral, 184 – Centro,
Autoriza o Poder Executivo a baixar, Curitiba/PR – CEP 80410-210 – Fax:
por decreto, as normas necessárias à (41) 3219-7400, nos documentos fis-
execução da proteção e defesa do cais emitidos pelos estabelecimentos
consumidor neste Estado.
comerciais no Estado do Paraná.
A Assembléia Legislativa do Estado do
Paraná decretou e eu sanciono a se- Art. 2º. Os infratores do disposto nes-
guinte lei: ta lei ficam sujeitos a multa de 100
UFIR (Unidade Padrão Fiscal do Para-
Art. 1°. Fica o Poder Executivo autori- ná), na forma de regulamentação.
zado a baixar, por decreto, as normas
necessárias à execução da proteção e Art. 3º. O Poder Executivo regulamen-
defesa do consumidor neste Estado,
regulamentando a aplicação das san- tará esta lei no prazo de 60 (sessenta)
ções administrativas previstas no art. dias a contar da data da sua publicação.
56 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro
de 1990 e nos arts. 11 e 12 da Lei De- Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na
legada nº 04, de 26 de setembro de data de sua publicação.
1962, com a alteração resultante da
Lei nº 7.784, de 28 de junho de 1989 e Palácio do Governo em Curitiba, em 04
demais legislação pertinente.
de setembro de 2007.
Roberto Requião
Art. 2°. Esta Lei entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as Governador do Estado
disposições em contrário.
Lei n° 17.005,
Palácio do Governo em Curitiba, em 29 de 14 de Dezembro de 2011
de junho de 1994.
Mário Pereira Dispõe sobre a fixação de placas in-
Governador do Estado formativas nos estabelecimentos co-
Ronaldo Antonio Botelho merciais contendo o número telefô-
Secretário de Estado da Justiça e da nico de atendimento do PROCON-PR.

Cidadania
A Assembléia Legislativa do Estado do
Lei nº 15.614, Paraná decretou e eu sanciono a se-
de 04 de Setembro de 2007
guinte lei:

Dispõe sobre a inclusão do endere- Art. 1º. Os estabelecimentos comer-


ço www.pr.gov.br/proconpr - 0800- ciais e de prestação de serviços, ins-
41-1512 - Rua Alameda Cabral, 184 talados no Estado do Paraná deverão
Centro, Curitiba/PR – CEP 80410-210
Fax: (41) 3219-7400, nos documen-
afixar placas informativas contendo o
tos fiscais emitidos pelos estabeleci- número telefônico de atendimento da
mentos comerciais no Estado do Pa- Coordenadoria Estadual de Proteção
raná. e Defesa do Consumidor – PROCON-
-PR, bem como disponibilizar no local
A Assembléia Legislativa do Estado do
um exemplar do Código de Defesa do
Paraná decretou e eu sanciono a se-
Consumidor.
guinte lei:
276
Lei nº 17.005, de 14 de Dezembro de 2011
Art. 2º. As placas deverão ser afixa-
das adequadamente, de modo a ga-
rantir ao consumidor clareza, precisão,
ostensividade e legibilidade da infor-
mação apresentada, contendo:

I - o nome “PROCON-PR”;

II - a mensagem “Proteção e Defesa ao


Consumidor”; e

III - o número telefônico de atendi-


mento do PROCON-PR.

Parágrafo único. O regulamento des-


ta Lei definirá o tipo, a forma e o ta-
manho das placas a serem confeccio-
nadas, bem como a área máxima que
deverá ser atendida por cada placa.

Art. 3º. Os estabelecimentos comer-


ciais que não se adequarem às normas
estabelecidas por esta Lei, estarão
sujeitos à penalidade pecuniária, de
acordo com seu potencial econômico,
aplicada em dobro nos casos de rein-
cidência.

Parágrafo único. Caso haja alteração


de número telefônico do PROCON-PR,
os estabelecimentos comerciais terão
o prazo de 30 (trinta) dias para se ade-
quarem.

Art. 4º. Esta Lei entra em vigor 90


(noventa) dias decorridos da data de
sua publicação.

Palácio do Governo em Curitiba, em 14


de dezembro de 2011.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado

277

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