Você está na página 1de 475

Manual de Legislação

Versão 2019
Vol. I
Obs:atualizado em 05/06/2019.

1
2
Aprovar Norma Técnica que determina aos
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias
LEIS ESTADUAIS 5 hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a
LEI Nº16.322 DE 18/12/2009 ............................. 5 obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de
Dispõe que é de responsabilidade das indústrias Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle
farmacêuticas, das empresas de distribuição de Especial (BMPO). .......................................................... 78
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores,
RESOLUÇÃO Nº 166 DE 06/07/2011 .................... 80
darem destinação final e adequada aos produtos que Trata da proibição da comercialização de medicamentos
estejam com prazos de validade vencidos ou fora de de saúde destinados exclusivamente ao Sistema Único de
condições de uso. .............................................................. 5 Saúde .............................................................................. 80
LEI Nº 17.211 DE 03/07/2012 ............................ 7 RESOLUÇÃO Nº 062 DE 31/01/2013 ................... 81
Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos Define a forma e modelo do conteúdo das Bulas
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus Magistrais....................................................................... 81
procedimentos. .................................................................. 7
RESOLUÇÃO Nº 590 DE 05/09/2014 .................... 90
LEI Nº 17.733 DE 29/10/2013 ............................ 9 Estabelece a Norma Técnica para abertura,
Súmula: Dispõe sobre o comércio de artigos de funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias de
conveniência. .................................................................... 9 farmácias e drogarias no Paraná................................... 90
LEI Nº 18.925 DE 15/12/2016 .......................... 10 RESOLUÇÃO N° 203 DE 30/05/2016 ............. 115
Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e consultórios Dispõe sobre a individualização (fracionamento) e
de estética. ...................................................................... 10 comercialização de cápsulas moles de alimentos para fins
DECRETOS ESTADUAIS ................................11 especiais pelas farmácias com manipulação no âmbito do
Estado do Paraná. ........................................................ 115
DECRETO Nº 4.154 DE 28/12/2004 .................... 11 RESOLUÇÃO N° 473 DE 28/11/2016 ............. 122
Súmula: Aprova o Regulamento Técnico para Produção e Estabelece Norma Técnica referente as condições físicas,
Comercialização de Mátérias-Primas Vegetais ............. 11 técnicas e sanitárias para guarda, comercialização e
DECRETO Nº 9.213 DE 23/10/2013 .................... 17 administração de vacinas em estabelecimentos
Regulamenta a Lei no 17.211, de 03 de julho de 2012, que farmacêuticos privados no Estado Paraná. ................. 122
dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos RESOLUÇÃO SESA N° 444 DE 15/06/2018 ..... 128
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus Dispõe sobre a revogação da Resolução Estadual n°
procedimentos, e dá outras providências. - SEMA. ........ 17 226/1999 e dá outras disposições sobre a Resolução
PORTARIAS ......................................................21 Estadual 590/2014........................................................ 128
RESOLUÇÃO Nº 956 DE 21/12/2018 .................. 129
PORTARIA N.º 344 DE 12/05/1998 ..................... 21 Estabelece as ações de vigilância em saúde para
Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e normatizar, padronizar e controlar o funcionamento dos
medicamentos sujeitos a controle especial ..................... 21 estabelecimentos públicos e privados que ofereçam serviço
PORTARIA Nº 802 DE 08/10/1998 ...................... 53 de vacinação EXTRAMURO em todo Estado do Paraná.
Institui o Sistema de controle e fiscalização em toda cadeia ...................................................................................... 129
de produtos farmacêuticos .............................................. 53 RESOLUÇÕES DA ANVISA................................... 134
PORTARIA Nº 2.814 DE 28/05/1998 ................... 58 RDC Nº 320 DE 22/11/2002 ........................... 134
Estabelece procedimentos a serem observados pelas Procedimentos para Distribuidores de Produtos
empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e do Farmacêuticos .............................................................. 134
comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, em RDC N° 199, DE 01/07/2005 .......................... 135
caráter de urgência, da identidade e qualidade de Terceirização da atividade de armazenamento para fins
medicamento, objeto de denúncia sobre possível exclusivos de exportação .............................................. 135
falsificação, adulteração e fraude. ................................. 58 RDC Nº. 302 DE 13/10/2005. ........................ 138
PORTARIA Nº 06 DE 29/01/1999 ........................ 60 Dispoe sobre regulamento técnico para funcionamento de
Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS n.º 344 Laboratórios Clínicos................................................... 138
de 12 de maio de 1998 que instituiu o Regulamento RDC N° 80, DE 11/05/2006 ............................ 146
Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a Dispões sobre o fracionamento de medicamentos........ 146
controle especial. ............................................................ 60
RDC Nº 199, DE 26/10/ 2006 ........................ 157
RESOLUÇÕES ESTADUAIS ............................74 Dispões sobre a notificação simplificada de medicamentos
...................................................................................... 157
RESOLUÇÃO Nº 21 DE 1992 .................................. 74 RDC Nº. 204 DE 14/11/2006. ......................... 226
Norma Técnica Especial para abertura de postos de Dispõe sobre o cumprimento das Boas Práticas de
medicamentos no Estado do Paraná............................... 74 Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos
RESOLUÇÃO Nº 81, DE 01/09/1992 ..................... 77 ...................................................................................... 226
Produtos farmacêuticos e correlatos que poderão ser RDC Nº 16, DE 02/03/2007 ............................ 243
comercializados pelos estabelecimentos em supermercados Regulamento técnico para medicamento genérico ....... 243
e similares. ...................................................................... 77
RDC Nº. 17, DE 02/03/2007. .......................... 244
RESOLUÇÃO Nº 225 DE 15/04/1999 .................... 78
3
Dispõe sobre o registro de medicamento similar e dá sibutramina, seus sais e isômeros, bem como
outras providências. ..................................................... 244 intermediários e dá outras providências. ..................... 426
RDC Nº 58 DE 05/09/2007 ............................. 245 RDC Nº 58, DE 10/10/2014 ........................... 430
Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e fiscalização Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto à Anvisa
de substâncias psicotrópicas anorexígenas e dá outras pelos titulares de registro de medicamentos para a
providências.................................................................. 245 intercambialidade de medicamentos similares com o
NOTA TÉCNICA Nº. 038 – CPCON / GGFIS / medicamento de referência........................................... 430
SUCOM / ANVISA .......................................... 247 RDC N°98, DE 01/08/2016 ........................... 431
Assunto: Esclarecimentos sobre os efeitos do Decreto Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o
Legislativo que susta a Resolução da Diretoria Colegiada enquadramento de medicamentos como isentos de
nº 52, de 6 de outubro de 2011 ..................................... 247 prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob
RDC Nº. 67, DE 8/10/2007 ............................. 248 prescrição, e dá outras providências. .......................... 431
Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de RDC Nº 133, DE 15/12/2016 ......................... 434
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
farmácias. ..................................................................... 248 50/14, que dispõe sobre as medidas de controle de
RDC Nº 96, DE 17/12/2008 ............................ 280 comercialização, prescrição e dispensação de
Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e medicamentos que contenham as substâncias
outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus
promoção comercial de medicamentos. ........................ 280 sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras
RDC Nº 44, DE 17/08/2009 ............................ 290 providências. ................................................................ 434
Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o RDC Nº 145, DE 21/03/2017 ......................... 435
controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da Proíbe em todo o território nacional a fabricação,
comercialização de produtos e da prestação de serviços importação e comercialização, assim como o uso em
farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras serviços de saúde, dos termômetros e esfigmomanômetros
providências.................................................................. 290 com coluna de mercúrio. .............................................. 435
RDC N° 60 DE 26/11/2009 ............................. 301 RDC Nº 197, DE 26/12/2017 ......................... 436
Dispõe sobre a distribuição de Amostra Grátis no país301 Dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento
RDC Nº 71, DE 22/12/2009 ............................ 304 dos serviços de vacinação humana. ............................. 436
Dispões sobre os rótulos de todos os medicamentos RDC Nº 200, DE 26/12/2017. ........................ 439
registrados e comercializados no Brasil....................... 304 Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação do
RDC Nº 17 DE 16/04/2010 ............................ 317 registro de medicamentos com princípios ativos sintéticos
Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de e semissintéticos, classificados como novos, genéricos e
Medicamentos. .............................................................. 317 similares, e dá outras providências. ............................. 439
RDC Nº 10, DE 21/03/2011 ........................... 373 RDC Nº 222, DE 28/03/2018 .......................... 450
Dispõe sobre a garantia da qualidade de medicamentos Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos
importados e dá outras providências. ........................... 373 Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
RDC Nº 20, DE 05/05/2011 ........................... 375 ...................................................................................... 450
Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de RDC Nº 275, DE 09/04/2019 ......................... 464
substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso Dispõe sobre procedimentos para a concessão, alteração e
sob prescrição, isoladas ou em associação. ................. 375 cancelamento da Autorização de Funcionamento (AFE) e
RDC Nº 24, DE 14/06/2011 ........................... 380 de Autorização Especial (AE) de farmácias e drogarias.
Dispõe sobre o registro de medicamentos específicos.. 380 ...................................................................................... 464
RDC Nº 16, DE 01/04/2014 ........................... 393 OUTROS 468
Dispõe sobre os Critérios para Peticionamento de INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Nº 9, DE
Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização 17/08/2009. 468
Especial (AE) de Empresas........................................... 393 Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para
RDC Nº 22, DE 29/04/2014 ........................... 399 dispensação e comercialização em farmácias e drogarias.
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de ...................................................................................... 468
Produtos Controlados –SNGPC, revoga a Resolução de INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN N° 11, DE
Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, e dá 29/09/2016 470
outras providências. ..................................................... 399 Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de
RDC N° 26 DE 13/05/2014 ............................ 404 prescrição. .................................................................... 470
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o
registro e a notificação de produtos tradicionais
fitoterápicos. ................................................................. 404
RDC N° 50, DE 25/09/2014 ........................... 426
Dispõe sobre as medidas de controle de comercialização,
prescrição e dispensação de medicamentos que contenham
as substâncias anfepramona, femproporex, mazindol e

4
Leis Estaduais drogarias e drugstores, ocorrerá através de seus
fornecedores diretos, especialmente as distribuidoras de
medicamentos, que serão responsáveis solidários pela
Lei nº16.322 de 18/12/2009 substituição ou ressarcimento dos medicamentos vencidos.
(D.I.O.E de 18/12/ 2009)
Art. 5º. A destinação, substituição ou ressarcimento dos
Dispõe que é de responsabilidade das indústrias medicamentos vencidos é obrigatória para todos os
farmacêuticas, das empresas de distribuição de fabricantes de medicamentos, independente do seu
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores, domicílio.
darem destinação final e adequada aos produtos que
estejam com prazos de validade vencidos ou fora de Art. 6º. A partir do dia que expirar o prazo de validade dos
condições de uso. medicamentos, as farmácias/drogarias/drugstores e
distribuídoras informarão ao seu fornecedor direto, por
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e meio eletrônico, fax símile, carta registrada ou qualquer
eu sanciono a seguinte lei: outro meio formalmente comprovável, a lista de
medicamentos que tenham seus prazos de validade
Art. 1º. É de responsabilidade das indústrias vencidos a fim de que sejam tomadas as medidas
farmacêuticas, das empresas de distribuição de determinadas por esta lei.
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores § 1º. No prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar do
darem destinação final e adequada aos produtos que recebimento das informações de que trata o “caput” deste
estiverem sendo comercializados nestes estabelecimentos artigo, os fabricantes ou as empresas de distribuição de
no Estado do Paraná, que estejam com seus prazos de medicamentos providenciarão o recolhimento dos produtos
validade vencidos ou fora de condições de uso. para a destinação legalmente aplicável a cada caso.
§ 1º. Para efeito desta lei, considera-se farmácia o § 2º. Os medicamentos serão devolvidos pelas
estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e farmácias/drogarias/drugstores ao seu fornecedor direto
oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos (distribuidor ou industria de medicamentos) mediante a
farmacêuticos e correlatos. emissão de nota fiscal de devolução, discriminados um a
§ 2º. Para efeito desta lei, considera-se drogaria o um, onde constará a relação dos medicamentos devolvidos,
estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, com protocolo de recebimento, para posterior substituição
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas ou ressarcimento.
embalagens originais. § 3º. A substituição a que se refere o artigo 3º pelas
§ 3º. Para efeito desta lei, considera-se drugstore o indústrias farmacêuticas dos medicamentos cujos prazos de
estabelecimento que, mediante auto-serviço ou não, validade expirem em poder das farmácias e das empresas
comercializa diversas mercadorias, com ênfase para de distribuição dar-se-á no prazo máximo de 15 (quinze)
aquelas de primeira necessidade, dentre as quais alimentos dias, a partir da notificação do detentor do estoque.
em geral, produtos de higiene e limpeza e apetrechos § 4º. Caso o medicamento cuja devolução seja devida não
domésticos, podendo funcionar em qualquer período do dia seja mais fabricado, fica a indústria farmacêutica obrigada
e da noite, inclusive nos domingos e feriados. a restituir a farmácia/drogaria/drugstore ou ao distribuidor,
§ 4º. Para efeito desta lei, considera-se empresa de as quantias pagas, monetariamente corrigidas.
distribuição aquela que fornecer insumos e medicamentos
às farmácias, drogarias e drugstores. Art. 7º. Considera-se antecipadamente vencido o
§ 5º. Para efeito desta lei, considera-se indústria medicamento cuja posologia não possa ser inteiramente
farmacêutica o fabricante de medicamentos e insumos efetivada no prazo de validade ainda remanescente.
necessários à sua manipulação.
Art. 8º. A inobservância dos dispositivos constantes na
Art. 2º. Os medicamentos cujos prazos de validade presente lei, sujeitará os infratores as penalidades previstas
venham a expirar em poder das farmácias e das empresas na Legislação Sanitária e Ambiental vigentes.
de distribuição de medicamentos serão imediatamente
recolhidos pelo fornecedor direto do medicamento Art. 9º. A atividade que tenha por objetivo a destinação
(distribuidor ou indústria). final dos medicamentos vencidos ou fora de condições de
uso, a ser exercida no território do Estado do Paraná, deve
Art. 3º. É assegurado às farmácias/drogarias/drugstores e ser submetida a prévia análise e licenciamento ambiental
distribuidoras a substituição do medicamento vencido do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, de conformidade
recolhido, por parte do seu fabricante, ficando o custo a com as normas ambientais vigente.
cargo único e exclusivo da indústria farmacêutica.
Parágrafo único. exclui-se do caput desse artigo os Art. 10. A fiscalização da presente lei fica a cargo dos
medicamentos vencidos que ultrapassarem o prazo de 60 órgãos que compõem o Sistema de Vigilância Estadual e
(sessenta) dias do seu vencimento. Municipal do Estado do Paraná.
Art. 11. Esta lei entrará em vigor na data de sua
Art. 4º. A substituição dos medicamentos vencidos, a
publicação, ficando revogada a Lei nº 13.039/01.
cargo da indústria farmacêutica, no caso das farmácias,
5
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 18 de
dezembro de 2009.

Roberto Requião
Governador do Estado
Gilberto Berguio Martin
Secretário de Estado da Saúde
Rafael Iatauro
Chefe da Casa Civil
Nelson Justus
Deputado Estadual

6
Lei nº 17.211 de 03/07/2012 encaminhamento dessas embalagens aos distribuidores,
fabricantes ou importadores responsáveis pela coleta e
Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos transporte para o correto tratamento final.
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus § 1º É proibido o esvaziamento ou reembalagem dos
procedimentos. produtos coletados durante todas as fases do processo,
desde a coleta e transporte interno e externo até o
A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e tratamento e/ou destino final estabelecido pelas empresas
eu sanciono a seguinte lei: responsáveis por essas etapas do processo.
Art. 1º Todo o resíduo de medicamentos contendo § 2º Os estabelecimentos relacionados no art. 2º podem
produtos hormonais, antimicrobianos citostáticos, optar pelo encaminhamento dos resíduos coletados
antineoplásicos, imunossupressores, digitálicos, diretamente para as unidades de tratamento ou disposição
imunomoduladores, antirretrovirais, anti-inflamatórios, final devidamente licenciadas na forma da Lei.
corticoides e seus derivados, em especial, e todos os Art. 5º Os estabelecimentos responsáveis pelo recebimento
demais medicamentos de uso humano ou veterinário, dos produtos relacionados na presente Lei procederão às
deverá ter seu descarte e destinação final conforme a alterações nos respectivos Planos de Gerenciamento de
presente Lei. Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, incorporando as
Art. 2º As empresas fabricantes, importadoras, etapas necessárias para o correto atendimento do disposto
distribuidoras e revendedoras dos produtos descritos no art. nesta Lei.
1º da presente Lei ficam responsáveis por dar a destinação Parágrafo único. O Responsável Técnico pelo PGRSS
adequada a esses produtos, mediante procedimentos de será o RT do estabelecimento em questão.
coleta, reciclagem (embalagens), tratamento e disposição Art. 6º Após a entrega, pelos usuários, dos medicamentos
final. aos pontos de coleta, estes informarão às empresas
§ 1º As empresas descritas no caput deste artigo ainda distribuidoras, revendedoras ou fabricantes e importadoras
devem prestar assistência aos estabelecimentos que as quantidades (em kg) dos produtos recebidos juntamente
comercializam ou distribuem esses produtos. com cópia da respectiva nota de recebimento emitida pela
§ 2º É vedado o reuso de medicamentos descartados na empresa responsável pela coleta, a fim de que sejam
forma desta Lei para uso humano e veterinário. tomadas as medidas determinadas pela presente Lei.
Art. 3º Os estabelecimentos que comercializam ou § 1º No prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a partir
distribuem os produtos mencionados no art. 1º desta Lei, da publicação da presente Lei, os responsáveis pelos
incluindo nesse rol as drogarias, farmácias, farmácias de estabelecimentos definidos nos termos desta Lei,
manipulação, farmácias veterinárias e lojas de produtos providenciarão o recolhimento dos produtos para a
animais, serviços públicos de saúde, os hospitais, as destinação final aplicável a cada caso.
clínicas e os consultórios médicos ou odontológicos que § 2º Todos os estabelecimentos abrangidos pela presente
comercializarem ou distribuírem medicamentos ou Lei manterão registros escritos dos volumes e massas
produtos relacionados no art. 1º, os hospitais, clínicas e coletadas, notas de transporte e de tratamento e/ou
consultórios veterinários que comercializarem ou destinação final para verificação das autoridades
distribuírem medicamentos ou produtos relacionados no responsáveis pela fiscalização sanitária e ambiental.
art.1º, os laboratórios de exames clínicos e qualquer outro Art. 7º Os recipientes com sua carga volumétrica completa
estabelecimento que comercialize ou distribua serão fechados e lacrados, devendo ser armazenados até a
medicamentos, mesmo que seja de forma gratuita, como a coleta em local específico e identificados em conformidade
distribuição de amostras grátis, ficam obrigados a aceitar a com os dispositivos vigentes para Abrigo de Resíduos
devolução das unidades usadas, vencidas ou inservíveis, Sólidos de Resíduos de Saúde.
cujas características sejam similares àquelas Art. 8º Os estabelecimentos responsáveis em dar a
comercializadas ou distribuídas por estes estabelecimentos. destinação adequada aos produtos recolhidos processarão
Art. 4º Os medicamentos ou produtos recebidos na forma as alterações necessárias para ajustar as obrigações
do artigo anterior serão acondicionados em embalagens decorrentes do cumprimento do disposto nesta Lei nos
invioláveis, estanques, resistentes a impactos ou ruptura, respectivos PGRSS ou Planos de Gestão de Resíduos
com acesso inviolável para a retirada dos produtos nelas Sólidos – PGRS, conforme for o caso, incorporando nos
depositados, identificadas conforme a NBR 7500, mesmos as etapas sob suas responsabilidades.
acrescidas da indicação “medicamentos vencidos”, que Art. 9º Todas as etapas de transporte externo, tratamento e
serão localizadas nos salões de comercialização ou destino final deverão ser executados em conformidade com
recepção dos estabelecimentos relacionados na presente a legislação ambiental e sanitária aplicáveis às empresas,
Lei, de forma segregada e claramente identificada como veículos e equipamentos devidamente licenciados para tal
“recepção de medicamentos vencidos”; obedecendo as fim.
recomendações definidas pelos fabricantes ou § 1º Os veículos coletores de medicamentos vencidos terão
importadores quanto aos identificação em conformidade com a NBR 7500 e
mecanismos operacionais para a coleta, transporte e legislação cabível, devendo ser exclusivos para tal
armazenamento, bem como as demais normas ambientais e finalidade.
de saúde pertinentes, devendo ser processadas de forma
tecnicamente segura e adequada até que seja feito o
7
§ 2º Os veículos de entrega e distribuição de produtos
relacionados na presente Lei não poderão proceder a coleta
dos produtos recolhidos.
Art. 10. Ficam proibidas as seguintes formas de destinação
final dos produtos que trata a presente Lei:
I – lançamento in natura a céu aberto, tanto em áreas
urbanas quanto rurais;
II – queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou
equipamentos não adequados, não
licenciados, conforme legislação vigente;
III – lançamento em corpos d’água, manguezais, praias,
terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades
subterrâneas naturais ou artificiais, em redes de drenagem
de águas pluviais,
esgotos, eletricidade, telefone, gás natural ou de televisão a
cabo, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas a
inundações;
IV – em aterros sanitários que não sejam de classe I (aterro
de resíduos perigosos);
V – lançamento na rede de esgoto.
Art. 11. A desobediência ou a inobservância de quaisquer
dispositivos desta Lei sujeitará o infrator às seguintes
penalidades:
I – advertência por escrito notificando o infrator para sanar
a irregularidade no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
contados da notificação, sob pena de multa;
II – não sanada a irregularidade, será aplicada multa no
valor de 100(cem) a 1000 (mil) Unidades de Padrão Fiscal
do Paraná – UFIR/PR;
III – em caso de reincidência, a multa prevista no inciso
anterior será aplicada em dobro.
Art. 12. Compete à vigilância sanitária, a fiscalização ao
que se refere o art. 4º e seus respectivos parágrafos e art. 7º
desta Lei.
Art. 13. Compete ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP
a fiscalização do disposto no art. 9º e seus parágrafos e art.
10 desta Lei, nos termos do inciso XIV do art. 1º da Lei nº
11.352, de 13 de fevereiro de 1996.
Art. 14. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei
em até 180 (cento e oitenta) dias.
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 03 de


julho de 2012.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
Jonel Nazareno Iurk
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos
Luiz Eduardo Sebastiani
Chefe da Casa Civil
Luiz Eduardo Cheida
Deputado Estadual

8
Lei nº 17.733 de 29/10/2013
Súmula: Dispõe sobre o comércio de artigos de
conveniência.

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e


eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º O comércio de artigos de conveniência poderá ser


realizado em farmácias e drogarias com a observância das
normas de segurança e higiene expedidas pelo órgão
responsável pelo licenciamento.
Parágrafo único. Os artigos de conveniência serão
expostos em suas embalagens originais e devidamente
lacrados, em balcões, estantes ou gôndolas e separados dos
medicamentos.
Art. 2º As lojas de conveniência e drugstores poderão
funcionar no mesmo estabelecimento das farmácias e
drogarias, desde que as atividades nelas desenvolvidas
façam parte do objeto social da sociedade e mediante a
expedição, pelo órgão responsável pelo licenciamento, de
alvarás sanitários específicos, atendido o disposto no
parágrafo único do art. 1º desta Lei.
Art. 3º É proibida a comercialização, em farmácias e
drogarias, de bebida alcoólicas, cigarros e alimentos não
industrializados.
Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o
infrator, no que couber, às penalidades previstas nos art. 56
a 60 da Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
(Código de Defesa do Consumidor).
Art. 5º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no que
entender necessário.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio do Governo, em 29 de outubro de 2013.


Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo
Reinhold Stephanes
Chefe da Casa Civil
Alexandre Curi
Deputado Estadual

9
Lei Nº 18.925 de 15/12/2016
(DOE em 16.12.2016)

Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e consultórios


de estética.

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná aprovou e


eu promulgo, nos termos do § 7º do art. 71 da Constituição
Estadual, os seguintes dispositivos do Projeto de Lei nº
264/2016:

Art. 1º Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e


consultórios de estética.
Art. 2º As clínicas e consultórios de estética deverão contar
com um responsável técnico durante os tratamentos e/ou
procedimentos realizados com uso de aparelhos de
eletrofototermoterapia.
§ 1º Nos estabelecimentos que desempenham atividades
não privativas da profissão de médico, não haverá
necessidade de permanência de médico responsável.
§ 2º O profissional graduado em ensino superior na área de
estética (tecnólogo) é habilitado para responder
tecnicamente por clínicas ou consultórios de estética.
§ 3º O técnico em estética é legalmente habilitado para
responder pelos trabalhos por ele desempenhados.
Art. 3º Os órgãos públicos de fiscalização não poderão
exigir que o responsável técnico da clínica ou consultório
esteja associado a entidade, conselho ou órgão de classe
diverso de sua profissão.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Curitiba, em 15 de dezembro de 2016.

Deputado

ADEMAR LUIZ TRAIANO


Presidente

10
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do
Decretos Estaduais Estado nº 6882 de 28/12/2004

ANEXO A QUE SE REFERE O DECRETO Nº


Decreto nº 4.154 de 28/12/2004 4.154/2004
(DIOE de 28/12/2004)
REGULAMENTO TÉCNICO PARA PRODUÇÃO E
Súmula: Aprova o Regulamento Técnico para Produção e COMERCIALIZAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
Comercialização de Mátérias-Primas Vegetais... VEGETAIS ÍNTEGRAS, RASURADAS,
. TRITURADAS OU PULVERIZADAS
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso APRESENTADAS DE FORMA ISOLADA, NÃO
das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V, da ASSOCIADA COM OUTRAS MATÉRIAS-PRIMAS
Constituição Estadual e tendo em vista o disposto nos arts. VEGETAIS.
167 a 172 da mesma Carta, combinados com os arts. 23, 24
e 225 da Constituição Federal; 1 ALCANCE
considerando o Código de Saúde do Paraná, com base na 1.1 OBJETIVO
Lei n° 13.331, de 23 de novembro de 2001 e no Decreto n° Padronizar os procedimentos a serem adotados para a
5.711, de 23 de maio de 2002; produção, o controle sanitário, dispensa de registro,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento segurança e a comercialização de matérias-primas vegetais,
das ações de prevenção e controle sanitário na área de em todo território do Estado do Paraná.
plantas medicinais visando à saúde da população; 1.2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO
considerando a necessidade de estabelecer condições para O presente Regulamento Técnico não se aplica a
produção, comercialização e avaliação da segurança de medicamentos fitoterápicos, os quais são regulamentados
plantasmedicinais, por legislação especifica da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde.
DECRETA: 1.3 ABRANGÊNCIA
Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento Técnico para De acordo com Resolução RDC n.° 48 de 16 de março de
Produção e Comercialização de Matérias-Primas Vegetais 2004, que estabelece a normatização do registro de
íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas apresentadas medicamentos fitoterápicos, as plantas medicinais não são
de forma isolada, não associada com outras matérias- objeto de registro ou cadastro como medicamentos
primas vegetais. fitoterápicos.
Art. 2º. As empresas têm o prazo de 90 (noventa) dias a
contar da data da publicação deste Regulamento para se 2 DEFINIÇÕES
adequarem ao mesmo. 2.1 MATÉRIA PRIMA VEGETAL - planta medicinal
Art. 3º. O descumprimento aos termos deste Decreto fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal.
constitui infração sanitária sujeita aos dispositivos da Lei 2.2 DROGA VEGETAL - plantas medicinais ou suas
Estadual nº 13.331, de 23 de novembro de 2001 e demais partes (folhas, sementes, frutos, flores, caule, casca, raiz)
disposições aplicáveis. após os processos de coleta e/ou colheita, estabilização e
Art. 4º. Este Decreto entra em vigor na data de sua secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou
publicação. pulverizada.
2.3 INSUMO FARMACÊUTICO - droga ou matéria-prima
Curitiba, em 28 de dezembro de 2004, 183º da aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada a
Independência e 116º da República. emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus
recipientes.
2.4 MEDICAMENTO FITOTERÁPICO - produto
ROBERTO REQUIÃO, farmacêutico obtido por processos tecnologicamente
Governador do Estado adequados, empregando-se exclusivamente matérias-
primas vegetais, com finalidades profiláticas, curativas,
LUIZ EDUARDO CHEIDA, paliativas ou para fins de diagnóstico. É caracterizado pelo
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim
Hídricos como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade.
Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na
CLAUDIO MURILO XAVIER, sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de
Secretário de Estado da Saúde qualquer origem, nem as associações destas com extratos
vegetais.
ORLANDO PESSUTI, 2.5 EMBALAGEM - Compreende-se por embalagem ou
Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento material de acondicionamento o recipiente, envoltório,
invólucro ou qualquer outra forma de proteção, destinado a
CAÍTO QUINTANA, envasar, proteger, manter, cobrir ou empacotar
Chefe da Casa Civil especificamente os produtos que trata este Regulamento.
11
2.6 ROTULO - é a identificação impressa ou litografada, os medicamentos, as drogas, os insumos sobre a vigilância
bem como dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros
decalque aplicados diretamente sobre recipientes, produtos, e dá outras providências. Diário Oficial da
vasilhames, invólucros, envoltórios ou qualquer outro União. Brasília, 24 de setembro de 1976.
material de acondicionamento. Os rótulos terão dimensões BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei nº 5.991, de 17
necessárias à fácil leitura e serão redigidos de modo a de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do
facilitar o entendimento ao consumidor. A confecção dos comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos
rótulos deverá obedecer às normas vigentes do órgão e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da
federal de vigilância sanitária. União. Brasília, 21 de dezembro de 1973.
2.7 FARMÁCIA - estabelecimento de manipulação de BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Decreto nº 79.094,
fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, de 5 de janeiro de 1977. Regulamenta a Lei no 6.360, de
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de
compreendendo o de dispensação e o de atendimento vigilância sanitária os medicamentos, insumos
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de
equivalente de assistência médica. higiene, saneantes e outros. Diário Oficial da União.
2.8 DROGARIA - estabelecimento de dispensação e Brasília, 05 de janeiro de 1977.
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n º 519, de
e correlatos em suas embalagens originais. 26 de junho de 1998. Aprovar o regulamento técnico para
2.9 ERVANARIA - estabelecimento que realize fixação de identidade e qualidade de "chás - plantas
dispensação de plantas medicinais. destinadas à preparação de infusões ou decocções. Diário
2.10 DISPENSAÇÃO - ato de fornecimento ao Oficial da União. Brasília, 29 de junho de 1998.
consumidor de drogas, medicamentos, insumos BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC nº
farmacêuticos, plantas medicinais e correlatos, a título 134 de 13 de julho de 2001. Determinar a todos os
remunerado ou não. estabelecimentos fabricantes de medicamentos, os
2.11 FORMAS FARMACÊUTICAS cumprimentos das diretrizes estabelecidas no regulamento
ELABORADAS - As Formas Farmacêuticas representam técnico das boas práticas para a fabricação de
as disposições externas que se dão aos medicamentos para medicamentos. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de
facilitar a administração e dosificação de agentes julho de 2001.
terapêuticos. As formas farmacêuticas são caracterizadas BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria SVS/MS nº
normalmente pelo seu estado físico de apresentação, 326, de 30 de julho de 1997. Aprovar o regulamento
constituída de componentes farmacologicamente ativos e técnico; “condições higiênicos-sanitárias e de boas práticas
de adjuvantes de tecnologia. O objetivo das formas de fabricação para estabelecimentos
farmacêuticas é manter eficácia, qualidade e segurança; produtores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial
permitir a administração de dose efetiva do componente da União. Brasília, 01 de agosto de 1997”.
ativo; contornar problemas de estabilidade por meio da BRASIL. REPUBLICA FEDERAL DO BRASIL. Lei n°
adição de adjuvantes de tecnologia; cedência de principio 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de protecão e
ativo nos locais de melhor absorção. defesa do consumidor. Diário Oficial da União.Brasília,
11 de setembro de 1990.
3 REFERÊNCIAS BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC n.°
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução - RDC 79 de 11 de abril de 2003.
n.º 48, de 16 de março de 2004. Regulamento Técnico Na ausência de monografia oficial de matéria-prima,
sobre Registro de Medicamentos Fitoterápicos. Diário formas farmacêuticas, correlatos e métodos gerais inscritos
Oficial da União. Brasília, 16 de março de 2004 na Farmacopéia Brasileira. Diário Oficial da União.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE.Resolução RDC Brasília, 14 de abril de 2003.
nº102 de 30 de novembro de 2000.. Regulamento sobre ANJOS, O.P.; ANJOS, A.C. Lições de farmacotécnica. 2.
propagandas, mensagens publicitárias e promocionais e ed. Curitiba: UFPR, 1964. 251 p.
outras práticas. Diário Oficial da União. Brasília 30 de CFF. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA.
novembro de 2000. Resolução n.° 357 de 20 de abril de 2001. Aprova o
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n.º 42 de 14 regulamento técnico das boas práticas de farmácia.
de janeiro de 1998. Aprovar o regulamento técnico para CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO
rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial da BRASIL - 1988.
União. Brasília 14 de janeiro de 1998. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução nº 23, de CÓGIDO DE SAÚDE DO PARANÁ. Paraná. Leis,
15 de março de 2000. Regulamento técnico sobre o manual Decretos, etc. Código de Saúde do Paraná/ Secretaria de
de procedimentos básicos para registro e dispensa da Estado da Saúde. - Curitiba: SESA, 2002. 245 p.
obrigatoriedade de registro de produtos pertinentes à área Conteúdo: Lei nº 13331, de 23 de maio de 2002; Decreto
de alimentos. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de nº 5.711, de 05 de maio de 2002.
março de 2000. PHARMACOPOEIA DOS ESTADOS UNIDOS DO
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei nº 6.360, de 23 BRASIL. 1. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
de setembro de 1976. Dispõe sanitária a que ficam sujeitos 1926.
12
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 2. ed., V. I e V. II. São 4.3 DA AUTORIZAÇÃO E LICENCIAMENTO DAS
Paulo: Industria Gráfica Siqueira, 1959. EMPRESAS
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 3. ed. São Paulo: 4.3.1 As empresas que exerçam atividades relacionadas
Organização Andrei, 1977. a matérias-primas vegetais, submetidas ao sistema de
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte I. São vigilância sanitária, somente poderão produzir, embalar,
Paulo: Atheneu, 1988. reembalar, armazenar, expedir e distribuir mediante
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte II. licenciamento sanitário à vista do preenchimento dos
Fascículo 1. São Paulo: Atheneu, 1996. seguintes requisitos:
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte II. 4.3.1.1 Alvará de Licença expedido pela Prefeitura do
Fascículo 2. São Paulo: Atheneu, 2000. município;
NEWALL, C.A.; ANSERSON, L.A.; PHILLIPSON, J.D. 4.3.1.2 Licença Sanitária expedida pelo Órgão de
Herbal medicines: A guide for health-care vigilância sanitária do município;
professionals. 1. ed. London: The Pharmaceutical Press, 4.3.1.4 Licença de operação ambiental de funcionamento
1996. expedido pelo Órgão de Inspeção Ambiental;
PDR FOR HERBAL MEDICINES. 2. ed. Montvale: 4.3.1.5 Técnico Responsável inscrito no Conselho
Medical Economics company, 2000. Regional de Farmácia.
SIMÕES, C.A.M.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.;
MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.; PETROVICK, P.R. 4.4 DA ROTULAGEM E PUBLICIDADE
Farmacognosia da planta ao medicamento. 3. ed. Porto 4.4.1 Os rótulos, embalagens, impressos, etiquetas,
Alegre/Florianópolis: Editora da UFRGS/Editora da dizeres e prospectos mencionados neste artigo, deverão
UFSC, 2001. 833 p. conter obrigatoriamente:
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Quality 4.4.1.1 A razão social da Empresa, CNPJ e endereço
control methods for medicinal plant materials. Geneva, desta;
1998. 4.4.1.2 Numero da Licença Sanitária da empresa;
4.4.1.3 Nome popular da planta, nomenclatura botânica
4 PRINCÍPIOS GERAIS oficial (gênero, espécie, variedade, autor do binômio), data
4.1 DO PRODUTO de fabricação, prazo de validade e número do lote;
4.1.1 As matérias-primas vegetais devem estar 4.4.1.4 Peso, volume líquido ou quantidade de unidades,
presentes ou inscritas na Farmacopéia Brasileira, no Codex conforme o caso, em sistema métrico decimal ou unidades
e/ou outros Formulários aceitos pela Comissão de Revisão internacionais;
da Farmacopéia do Ministério da Saúde ou mediante 4.4.1.5 Modo de preparo do produto e uso (interno e/ou
publicações bibliográficas etnofarmacológicas da externo);
utilização, documentações técnico-científicas ou 4.4.1.6 Precauções, cuidados especiais na armazenagem,
publicações em revistas indexadas. quando for o caso;
4.1.2 As matérias-primas vegetais devem ser 4.4.1.7 Nome do responsável técnico, número de
comercializadas isoladamente, não associadas ou inscrição e sigla do Conselho Regional de Farmácia.
misturadas com outras plantas medicinais, respeitando 4.4.1.8 A palavra “chá” não deve ser veiculada nas
sempre a parte usada e critérios sanitários preconizados nas embalagens, pois este termo não se aplica a este
Farmacopéias, Formulários e legislações vigentes. Regulamento.
4.1.3 É vetado o uso de quaisquer aditivos e/ou 4.4.2 É vedado constar no rótulo ou embalagem
adjuvantes de tecnologia. indicação terapêutica ou medicamentosa, qualquer que seja
4.1.4 As matérias-primas vegetais não devem apresentar a forma de apresentação ou o modo como é ministrado.
histórico ou relatos de toxicidade. 4.4.3 É vedado sugerir ausência de efeitos colaterais ou
4.1.5 Os rótulos e embalagens devem, obrigatoriamente, adversos ou utilizar expressões tais como: “Inócuo”, “Não
seguir os critérios estabelecidos no item 4.4 desta tóxico”, “Inofensivo” e “Produto Natural”.
legislação. 4.4.4 É vedado constar da rotulagem ou da propaganda dos
4.1.6 As plantas e ervas entorpecentes e as matérias- produtos nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos
primas vegetais constantes do anexo I, não são objeto de ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação
regulamentação por este regulamento técnico. falsa, erro ou confusão quanto a origem, procedência,
natureza, composição ou qualidade, que atribuam ao
4.2 DO COMÉRCIO produto finalidade ou características diferentes daquelas
4.2.1 A dispensação de matérias-primas vegetais é que realmente possuam.
privativa das farmácias, drogarias, postos de saúde e 4.4.5 As advertências de uso devem ser impressas em
ervanarias, observados o acondicionamento adequado e linguagem acessível ao público.
classificação botânica. 4.4.6 É vedada a disponibilização de folhetos com
4.2.2 Os estabelecimentos definidos no item 4.2.1, indicações terapêuticas e alegações farmacológicas aos
obrigatoriamente, devem possuir assistência de técnico consumidores pelos estabelecimentos definidos neste
responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, Regulamento.
na forma da Lei.
4.5 DA DISPENSA DE REGISTRO
13
4.5.1 São dispensadas da obrigatoriedade de registro e
de isenção de registro no Estado do Paraná as matérias- 4.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
primas vegetais de que trata o presente regulamento. 4.8.1 As empresas que pretendem comercializar
4.5.2 As empresas devem informar a relação de matérias-primas vegetais no Estado do Paraná devem se
produto(s) a ser(em) produzido(s) bem como o início da adequar a esta legislação.
fabricação do(s) produto(s) à autoridade sanitária do ANEXO I A QUE SE REFERE O
Estado, da Regional de Saúde ou do Município, conforme REGULAMENTO APROVADO PELO DECRETO Nº
modelo Anexo II, podendo dar início à comercialização a 4.154/2004
partir da liberação da Licença Sanitária .
4.5.2.1 A empresa deve manter atualizada junto à TABELA DE PLANTAS TÓXICAS DE
autoridade sanitária a relação de matérias-primas vegetais COMERCIALIZAÇÃO PROIBIDA.
fabricadas.
4.5.3 As empresas produtoras de matérias-primas
vegetais ficam sujeitas a inspeção sanitária anualmente ou Nome Científico Família Nome Vulgar
sempre que se fizer necessário. Aconitum napellus Linné Ranunculacea Acônito
4.5.4 A realização da inspeção dependerá isoladamente e
ou em conjunto, da natureza do produto, da data da última Atropa belladonna Linné Solanaceae Beladona
inspeção e do histórico da empresa. Claviceps purpurea - Ergot
4.5.5 No caso da empresa não ser aprovada na inspeção, Colchicum autumnale Liliaceae Cólchico
a mesma fica sujeita a aplicação de sanções previstas no Linné
Código de Saúde do Paraná Conium maculatum Linné Umbelliferae Cicuta
Datura arborea Linné Solanaceae Trombeteira
4.6 DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E DO
Datura stramonium Linné Solanaceae Estramônio
CONTROLE DE QUALIDADE
As matérias-primas vegetais devem ser preparadas, Digitalis purpurea Linné Scrofulariace Digital ou
manipuladas, processadas, acondicionadas, conservadas, ae Dedaleira
transportadas e expedidas conforme as Boas Práticas de Lonchocarpus peckelti Leguminosae Timbó Boticário
Fabricação (BPF) e atender aos padrões organolépticos, Wawra
microbiológicos, microscópicos e físico-químicos Ruta graveolens Linné Rutaceae Arruda
estabelecidos por legislação específica vigente, devendo Strophantus gratus Apocynaceae Estrofanto
ainda seguir os seguintes parâmetros de qualidade: (Wallich e Hooker)
4.6.1 Matéria orgânica estranha Franchet
Devem obedecer aos limites estabelecidos pelas Strychnos nux vomica Lagariaceae Noz Vômica
monografias oficiais. Quando não constarem das mesmas, Linné
será permitido um limite máximo de até 5%. Veratum viride Ailton Liliaceae Veratro verde ou
4.6.2 Padrões microbiológicos Heléboro Verde
Contagem padrão de bactérias mesófilas - Máximo 107/g
Bolores e leveduras - Máximo 104/g Nota: outras plantas podem vir a compor esta tabela
Escherichia coli - Máximo 10²/g conforme observação de uso e seus efeitos tóxicos.
Salmonella - Ausência.
ANEXO II A QUE SE REFERE O
4.7 DAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO REGULAMENTO APROVADO PELO DECRETO Nº
4.7.1 A matéria-prima vegetal não pode ser apresentada 4.154/2004
à venda em formas farmacêuticas elaboradas, como
cápsulas, tinturas e comprimidos. FORMULÁRIO PARA COMUNICAÇÃO DO ÍNICIODE
4.7.2 A matéria-prima vegetal deve ser acondicionada PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA VEGETAL.
em embalagem adequada à manutenção de suas
características até o final do prazo de validade. O prazo de
validade deve ser estabelecido em função dos padrões
organolépticos e microbiológicos.
4.7.3 As matérias-primas vegetais somente podem ser
vendidas em unidades pré-embaladas, não sendo permitida
a venda à granel. A venda fracionada somente será
permitida em farmácias de manipulação e ervanarias.

A RECEBIMENTO VISA / DATA

14
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ

COMUNICAÇÃO DO INÍCIO DE FABRICAÇÃO DE INSUMOS –


PLANTAS MEDICINAIS DISPENSADOS DE REGISTRO

B DADOS DA EMPRESA DETENTORA DO PRODUTO(S)/MARCA(S)

/ AF . -
CNPJ

RAZÃO
SOCIAL

RUA NÚMER
O

BAIRRO

CEP

UF

E-MAIL
C DADOS DA UNIDADE FABRIL

TERCEIRIZAD
CNPJ /
A

RAZÃO
SOCIAL

NÚMER
RUA
O

BAIRRO

CEP

UF

E-MAIL
D TERMO DE RESPONSABILIDADE

, esta empresa, devidamente licenciada para a produção de planta medicinais e deu início à fabricação do(s) produto(s)
Informo que a partir de relacionado no verso
e / ou no(s) anexo(s), que estarão sendo comercializados no prazo dias, e declaro que estou ciente: a) das legislações específicas do(s) produto(s) que fabrico,
de inclusive
Rotulagem e outros pertinentes; e a) de que a unidade fabril pode ser inspecionada por as de sanitária, conforme prevê a legislação
essa autoridade

Local / data ------------------------------------------------------------, ---------- / ---------- / ----------


-------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------
------ Nome legível do responsável Técnico e inscrição Assinatura
DADOS DA INSPEÇÃO DA INDÚSTRIA (Uso exclusivo da VISA)

ÚLTIMA INSPEÇÃO
LOCAL/DATA --------------------------------------------------------, ---------- / ----------/ ---------- -------------------------------------------------------------------------------------------------
Assinatura e identificação do Responsável
PRODUTOS DISPENSADOS DE REGISTRO COM FABRICAÇÃO INICIADA
EMPRESA DETENTORA DE REGISTRO CONTROLE DE ANEXOS

15
CNPJ /

UNIDADE FABRIL FOLHA DE


CNPJ /
PRODUTO>01 PARTE UTILIZADA

VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)


NOME DO

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL

01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05
PRODUTO>02 PARTE UTILIZADA

NOME DO VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL

01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05
PRODUTO>03 PARTE UTILIZADA

NOME DO VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL


01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05

16
Decreto nº 9.213 de 23/10/2013 uso humano ou veterinário ou outro princípio
(D.O.E 23/10/13) ativo com finalidade terapêutica, independente
da forma farmacêutica e suas embalagens
Regulamenta a Lei no 17.211, de 03 de julho de primárias;
2012, que dispõe sobre a responsabilidade da III- embalagem primária: recipiente destinado
destinação dos medicamentos em desuso no ao acondicionamento e envase de Insumos
Estado do Paraná e seus procedimentos, e dá Farmacêuticos que mantém contato direto com
outras providências. - SEMA. os mesmos;
IV- embalagem secundária: recipiente destinado
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ao acondicionamento de Insumos Farmacêuticos
PARANÁ, no uso das atribuições que lhe além da sua embalagem primária, não mantendo
confere o art. 87, incisos V e VI, da contato com os mesmos, passível de reciclagem,
Constituição Estadual e, tendo em vista o quando não contaminado;
contido no protocolado sob nº 11.778.238-7, V- destinação final ambientalmente adequada:
destinação de resíduos que observem as normas
DECRETA: legais e operacionais específicas de modo a
evitar danos ou riscos à saúde pública e à
CAPÍTULO I segurança e a minimizar os impactos ambientais
DO OBJETO E DO CAMPO DE adversos;
APLICAÇÃO VI- ponto de coleta: local designado para
Art. 1º Este Decreto estabelece normas para recebimento dos medicamentos em desuso
execução da Lei Estadual nº 17.211, de 03 de localizado no interior dos estabelecimentos que
julho de 2012, que dispõe sobre a comercializam ou distribuem medicamentos
responsabilidade de descarte e destinação dos referenciados no artigo 3º da Lei nº 17.211, de
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e 03 de julho de 2012;
seus procedimentos. VII- reciclagem: processo de transformação dos
§ 1º Os medicamentos em desuso objeto da Lei resíduos sólidos que envolvem a alteração de
Estadual nº 17.211, de 03 de julho de 2012, são suas propriedades físicas, físico-químicas ou
aqueles oriundos dos domicílios e que atendam biológicas, com vista à transformação em
as definições deste decreto. insumos ou novos produtos, nos termos da Lei
§ 2º Resíduos de medicamentos provenientes de Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 e no
outros geradores são objetos de regulamentação caso deste Decreto, aplicável às embalagens
específica – RDC ANVISA nº 306/2004 e secundárias e bulas não contaminadas;
Resolução CONAMA nº 358/2005. VIII- termos de Compromisso: atos de natureza
Art. 2º A Lei Estadual nº 17.211 de 03 de julho contratual, firma dos entre o poder público
de 2012, alinha-se com a Política Nacional de estadual e os fabricantes, importadores,
Resíduos Sólidos, nos termos da Lei Federal nº distribuidores ou comerciantes, visando a
12.305, de 02 de agosto de 2010, com a Política implantação da responsabilidade compartilhada
Nacional de Saneamento Básico, nos termos da pelo ciclo de vida do produto.
Lei Federal no 11.445, de 05 de janeiro de 2007,
e com a Política Nacional de Educação CAPÍTULO III
Ambiental, regulada pela Lei Federal nº 9.795, DAS RESPONSABILIDADES
de 27 de abril de 1999. Art. 4º O Poder Público, o setor empresarial e a
coletividade são responsáveis pela efetividade
CAPÍTULO II das ações voltadas para assegurar a observância
DAS DEFINIÇÕES das diretrizes e determinações da Lei Estadual
Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, entende-se nº 17.211/2012 e deste Decreto.
por: Art. 5º Os estabelecimentos que comercializam
I- medicamentos em desuso: medicamentos ou distribuem os produtos mencionados no art.
oriundos dos domicílios, vencidos ou sobras, 1º da Lei nº 17.211/2012, incluindo nesse rol as
ainda que dentro do prazo de validade e drogarias, farmácias, farmácias de manipulação,
embalagens primárias que possam conter farmácias veterinárias e lojas de produtos
resíduos de medicamentos; animais, serviços públicos de saúde, os
II- resíduo de medicamento: todo produto hospitais, as clínicas e os consultórios médicos
(medicamento) contendo produtos hormonais, ou odontológicos, os hospitais, clínicas e
antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos, consultórios veterinários, bem como os
imunossupressores, digitálicos, laboratórios de exames clínicos e qualquer
imunomoduladores, antirretrovirais, anti- outro estabelecimento que comercialize ou
inflamatórios, corticoides e seus derivados, em distribua medicamentos, mesmo que de forma
especial, e todos os demais medicamentos de gratuita, como a distribuição de amostras grátis,

17
ficam obrigados a aceitar a devolução das segurança e operacionais que devem ser
unidades usadas, vencidas ou inservíveis, cujas adotadas e implementadas para todas as etapas
características sejam similares àquelas de recebimento, embalagem/acondicionamento,
comercializadas ou distribuídas por estes identificação, armazenamento e coleta externa
estabelecimentos. pelos estabelecimentos responsáveis pelo
Art. 6º As empresas fabricantes, importadoras, recebimento de medicamentos em desuso nos
distribuidoras, revendedoras e farmácias – pontos de coleta;
incluindo aquelas com manipulação – dos II- assistência operacional: compreende o
produtos hormonais, antimicrobianos, fornecimento aos estabelecimentos com pontos
citostáticos, antineoplásicos, imunossupressores, de coleta de embalagens/recipientes adequados
digitálicos, imunomoduladores, antirretrovirais, para a coleta de medicamentos em desuso,
anti-inflamatórios, corticoides e seus derivados, responsabilizando-se diretamente pelas etapas
em especial, e todos os demais medicamentos de coleta externa, transporte, tratamento e
de uso humano ou eterinário compartilham a disposição final.
responsabilidade sobre a destinação adequada Art. 9º Os consumidores serão orientados e
desses produtos, mediante procedimentos estimulados através de programas específicos a
ambientalmente adequados de recebimento, realizar a entrega voluntária dos medicamentos
acondicionamento, identificação, coleta, em desuso nos pontos de coleta a serem
reciclagem das embalagens secundárias, elaborados e divulgados, de forma permanente,
tratamento e disposição final, incluindo a sob a responsabilidade técnica e financeira das
manutenção de registros das etapas sob sua empresas fabricantes, importadoras e
responsabilidade para demonstração aos órgãos distribuidoras.
fiscalizadores. Art. 10º As empresas fabricantes, importadoras
Art. 7º A responsabilidade compartilhada a que e distribuidoras, responsáveis em dar a
se refere o art. 6º deste decreto será destinação adequada aos medicamentos em
implementada de forma individualizada e desuso recolhidos, processarão as alterações
encadeada da seguinte forma: necessárias para ajustar as obrigações
I- a entrega voluntária dos medicamentos em decorrentes do cumprimento disposto na Lei nº
desuso nos pontos de coleta caberá aos 17.211/2012, nos respectivos Planos de
consumidores, e será estimulada de modo Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, ou
permanente por meio de processos de equivalentes, aprovados no Licenciamento
divulgação sobre danos decorrentes do Ambiental, incorporando nos mesmos, as
lançamento indevido no meio ambiente sem etapas sob suas responsabilidades.
tratamento e de orientação pós-consumo; Parágrafo Único: Os estabelecimentos
II- o recebimento dos resíduos dos domicílios, o relacionados no art. 2º da Lei Estadual nº
acondicionamento adequado, a identificação, o 17.211/2012 podem optar pelo encaminhamento
armazenamento temporário e a manutenção dos dos medicamentos em desuso coletados
registros do gerenciamento caberão aos diretamente para as unidades de destinação final
estabelecimentos que comercializam ou devidamente licenciadas na forma da Lei.
distribuem medicamentos ao consumidor final, Art. 11º Todas as etapas de transporte externo,
através da instalação de pontos de coleta no tratamento e destino final deverão ser
interior dos mesmos; executados em conformidade com a legislação
III- a coleta externa, o transporte, o tratamento ambiental e sanitária aplicáveis às empresas,
e a destinação final caberão às distribuidoras, veículos e equipamentos devidamente
transportadoras, fabricantes e importadoras. licenciados para tal fim.
Parágrafo Único: As empresas referenciadas Parágrafo Único: Os veículos coletores de
no inciso III poderão celebrar Termos de medicamentos em desuso terão identificação em
Compromisso no âmbito estadual a fim de conformidade com a NBR 7500 e legislação
gerenciar sua responsabilidade de forma cabível, devendo ser exclusivos para tal
coletiva. finalidade.
Art. 8º As empresas fabricantes, importadoras, Art. 12º Os novos estabelecimentos deverão
distribuidoras e transportadoras devem prestar apresentar comprovação de destinação de
assistência aos estabelecimentos que medicamentos em desuso, individualizada,
comercializam ou distribuem os produtos contemplada em seu Plano de Gerenciamento de
definidos na Lei Estadual nº 17.211/2012, para Resíduos Sólidos (PGRS) junto à autoridade
o desenvolvimento e implantação dos pontos de local responsável pela emissão do alvará de
coleta de medicamentos em desuso, da seguinte funcionamento. Alternativamente os referidos
forma: estabelecimentos poderão comprovar a sua
I- assistência técnica: compreende o adesão a um Termo de Compromisso ou Acordo
fornecimento das condições técnicas, de Setorial previstos neste decreto regulamentador,

18
devidamente certificado pelo Coordenador 17.211 de 03 de julho de 2012 e do presente
Técnico do Termo ou Acordo em questão. decreto, inclusive seus prazos.
§ 4º Os PGRS alterados devem ser apresentados
CAPÍTULO IV para avaliação pelo Instituto Ambiental do
DA COLETA Paraná - IAP.
Art. 13º Os estabelecimentos com pontos de § 5º. Os PGRS, Termos de Compromisso e
coleta deverão disponibilizar para os Acordos Setoriais devem conter:
consumidores embalagens invioláveis, I- identificação dos estabelecimentos
estanques, resistentes a impactos ou ruptura, participantes;
com acesso inviolável para a retirada dos II- descrição das responsabilidades exercidas
produtos nelas depositados, identificadas em cada etapa do gerenciamento por cada um
conforme a NBR 7500, acrescidas da dos participantes, incluindo detalhamento das
indicação: “medicamentos em desuso”, que soluções consorciadas/ compartilhadas,
serão localizadas nos espaços de indicando o coordenador responsável pelo
comercialização ou recepção dos monitoramento das ações previstas no
estabelecimentos referenciados no Art. 3º da Lei programa;
Estadual nº 17.211/2012, de forma segregada e III- diagnósticos dos resíduos farmacêuticos
claramente identificada como: “recepção de recolhidos: caracterização e massa;
medicamentos vencidos e em desuso”. IV- definição dos procedimentos operacionais
§ 1º Os mecanismos operacionais para a coleta, relativos às etapas do gerenciamento:
acondicionamento, identificação e Recebimento; Acondicionamento/Identificação;
armazenamento obedecerão às recomendações Armazenamento; Coleta Externa (incluindo
definidas pelos fabricantes ou importadores, periodicidade); Transporte; Reciclagem (quando
bem como às demais normas ambientais e de couber); Tratamento e Destinação Final
saúde pertinentes, devendo estas etapas serem Ambientalmente Adequada;
processadas de forma tecnicamente segura e V- ações preventivas e corretivas a serem
adequada até que seja feito o encaminhamento executadas em situações de não
dessas embalagens aos distribuidores, conformidade/acidentes.
fabricantes ou importadores responsáveis pela Art. 15º O Responsável Técnico pelo PGRS de
coleta e transporte para a correta destinação cada estabelecimento será o Responsável pelas
final. etapas executadas no âmbito dos respectivos
§ 2º É proibido o esvaziamento ou reembalagem planos.
dos produtos coletados durante todas as fases do Art. 16º Deverão ser mantidos por todos os
processo, desde a coleta até a destinação final. estabelecimentos abrangidos pela Lei Estadual
nº 17.211/2012 os registros escritos para
CAPÍTULO V verificação das autoridades responsáveis pela
DO GERENCIAMENTO fiscalização sanitária e ambiental, incluindo
Art. 14º Os Planos de Gerenciamento de minimamente para cada transporte ou coleta
Resíduos Sólidos (PGRS) já implantados nos externa realizada:
estabelecimentos existentes quando da I- identificação do estabelecimento com ponto
publicação deste Decreto, sofrerão as de coleta e da quantidade (em quilogramas) de
incorporações decorrentes da implementação da medicamentos em desuso coletados e
coleta de medicamentos em desuso. encaminhados para destinação final;
§ 1º Os PGRS devem conter a identificação de II- identificação da empresa coletora e
todos os participantes do programa de coleta de transportadora com cópia da nota de transporte
medicamentos em desuso, com as contendo nome, números de Cadastro de Pessoa
responsabilidades de cada empresa/instituição Física (CPF), da Carteira Nacional de
participante do processo desde a coleta até a Habilitação (CNH) e do certificado de ca
disposição final. pacitação para Movimentação de Produtos
§ 2º As empresas fabricantes, importadoras e Perigosos (MOPP) do motorista; placa do
distribuidoras que celebrarem Termos de veículo coletor; Licença Ambiental de Operação
Compromisso devem indicar um Coordenador (LO) da empresa coletora e transportadora;
Técnico legalmente habilitado para responder III- cópia do certificado de tratamento e
pela sua elaboração e monitoramento. destinação final referenciando a numeração da
§ 3º Os Termos de Compromisso previstos neste nota de transporte.
Decreto poderão ser substituídos por Acordos Art. 17º Os recipientes com sua carga
Setoriais, definidos conforme a Lei Federal nº volumétrica completa serão fechados e lacrados,
12.305 de 02 de agosto de 2010, desde que devendo ser armazenados até a coleta em local
cumpram todas as exigências da Lei Estadual nº específico, identificado em conformidade com
os dispositivos vigentes para Abrigo de

19
Resíduos Sólidos de Resíduos de Saúde, artigos 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74 e 75
conforme RDC ANVISA nº 306/2004 e da Lei nº 13.331, de 23/11/2001 e as disposições
Resolução CONAMA nº 358/2005, ou outras do Decreto nº 5.711, de 23/05/02, que a
que vierem a substituí-las ou complementá-las. regulamenta, independentemente dos demais
dispositivos legais vigentes.
CAPÍTULO VI Art. 22º Cabe ao órgão ambiental competente a
DAS PROIBIÇÕES fiscalização do disposto no art. 9º e seus
Art. 18º É vedada a reutilização de parágrafos, bem como o art. 10 da Lei Estadual
medicamentos em desuso, descartados na forma nº 17.211/2012, nos termos do inciso XIV do
da Lei Estadual nº 17.211/2012, para uso art. 1º da Lei nº 11.352, de 13 de fevereiro de
humano e veterinário. 1996.
Art. 19º São proibidas as seguintes formas de Art. 23º Este Decreto entra em vigor na data da
destinação final dos produtos que trata a Lei nº sua publicação, e o prazo para implantação do
17.211/2012: descarte e destinação dos medicamentos em
I- lançamento in natura a céu aberto, tanto em desuso pelos estabelecimentos referenciados na
áreas urbanas quanto rurais; Lei nº 17.211/2012 será de 180 (cento e oitenta)
II- queima a céu aberto ou em recipientes, dias, a contar da publicação deste Decreto.
instalações ou equipamentos não adequados, Curitiba, em 23 de outubro de 2013, 192º da
não licenciados, conforme legislação vigente; Independência e 125º da República.
III- lançamento em corpos d’água, manguezais,
praias, terrenos baldios, poços ou cacimbas, Carlos Alberto Richa
cavidades subterrâneas naturais ou artificiais, Governador do Estado
em redes de drenagem de águas pluviais, Cezar Silvestri
esgotos, eletricidade, telefone, gás natural ou de Secretário de Estado de Governo
televisão a cabo, mesmo que abandonadas, ou Luiz Eduardo Cheida
em áreas sujeitas a inundações; Secretário de Estado do Meio Ambiente e
IV- em aterros sanitários que não sejam de Recursos Hídricos
classe I (aterro de resíduos perigosos)
V- lançamento na rede de esgoto. Este texto não substitui o publicado no Diário
Oficial do Estado
CAPÍTULO VII
DAS PENALIDADES
Art. 20º A desobediência ou a inobservância de
quaisquer dispositivos da Lei Estadual nº
17.211/2012 sujeitará o infrator às seguintes
penalidades:
I- advertência por escrito notificando o infrator
para sanar a irregularidade no prazo máximo de
30 (trinta) dias, contados da notificação, sob
pena de multa;
II- não sanada a irregularidade, será aplicada
multa no valor de 100 (cem) a 1000 (mil)
Unidades de Padrão Fiscal do Paraná –
UFIR/PR;
III- em caso de reincidência, a multa prevista no
inciso anterior será aplicada em dobro.

CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 21º Compete à vigilância sanitária, a
fiscalização ao que se refere o art. 4º e seus
respectivos parágrafos e art. 7º da Lei Estadual
nº 17.211/2012.
Parágrafo Único: A inobservância da Lei
Estadual nº 17.211/2012 e das normas
aprovadas neste regulamento constitui infração
sanitária, conforme o disposto nos artigos 45,
47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 59, 60,
61, 62, artigo 63 - incisos XVII, XXXV,
XXXVII, XXXIX, XLII, XLIV, XLVII e

20
da importação ou exportação não está sob controle
PORTARIAS especial neste país.
CID - Classificação Internacional de Doenças.
Portaria n.º 344 de 12/05/1998 Cota Anual de Importação - Quantidade de substância
(D.O.U de 31/12/1998) constante das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
"B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" (imunossupressores) e
Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e "D1" (precursoras) deste Regulamento Técnico ou de suas
medicamentos sujeitos a controle especial atualizações que a empresa é autorizada a importar até o 1º
(primeiro) trimestre do ano seguinte à sua concessão.
O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Cota Suplementar de Importação - Quantidade de
Saúde, no uso de suas atribuições e considerando a substância constante das listas "A1" e "A2"
Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 (Decreto (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3"
n.º 54.216/64), a Convenção sobre Substâncias (imunossupressores) e "D1" (precursoras) deste
Psicotrópicas, de 1971 (Decreto n.º 79.388/77), a Regulamento Técnico ou de suas atualizações, que a
Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e empresa é autorizada a importar, em caráter suplementar
Substâncias Psicotrópicas, de 1988 (Decreto n.º 154/91), à cota anual, nos casos em que ficar caracterizada sua
o Decreto-Lei n.º 891/38, o Decreto-Lei n.º 157/67, a Lei necessidade adicional, para o atendimento da demanda
n.º 5.991/73, a Lei n.º 6.360/76, a Lei n.º 6.368/76, a Lei interna dos serviços de saúde, ou para fins de exportação.
n.º 6.437/77, o Decreto n.º 74.170/74, o Decreto n.º Cota Total Anual de Importação - Somatório das Cotas
79.094/77, o Decreto n.º 78.992/76 e as Resoluções Anual e Suplementar autorizadas para cada empresa, no
GMC n.º 24/98 e n.º 27/98, resolve: ano em curso.
DCB - Denominação Comum Brasileira.
CAPÍTULO I DCI - Denominação Comum Internacional.
DAS DEFINIÇÕES Droga - Substância ou matéria-prima que tenha
Art. 1º Para os efeitos deste Regulamento Técnico e para finalidade medicamentosa ou sanitária.
a sua adequada aplicação, são adotadas as seguintes Entorpecente - Substância que pode determinar
definições: dependência física ou psíquica relacionada, como tal, nas
Autorização Especial - Licença concedida pela listas aprovadas pela Convenção Única sobre
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde Entorpecentes, reproduzidas nos anexos deste
(SVS/MS), a empresas, instituições e órgãos, para o Regulamento Técnico.
exercício de atividades de extração, produção, Licença de Funcionamento – Permissão concedida pelo
transformação, fabricação, fracionamento, manipulação, órgão de saúde competente dos Estados, Municípios e
embalagem, distribuição, transporte, reembalagem, Distrito Federal, para o funcionamento de
importação e exportação das substâncias constantes das estabelecimento vinculado a empresa que desenvolva
listas anexas a este Regulamento Técnico, bem como os qualquer das atividades enunciadas no artigo 2º deste
medicamentos que as contenham. Regulamento Técnico.
Autorização de Exportação - Documento expedido pela Livro de Registro Específico - Livro destinado à
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde anotação, em ordem cronológica, de estoques, de
(SVS/MS), que consubstancia a exportação de entradas (por aquisição ou produção), de saídas (por
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" venda, processamento, uso) e de perdas de medicamentos
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" sujeitos ao controle especial.
(imunossupressores) e "D1" (precursores) deste Livro de Receituário Geral – Livro destinado ao
Regulamento Técnico ou de suas atualizações, bem como registro de todas as preparações magistrais manipuladas
os medicamentos que as contenham. em farmácias.
Autorização de Importação - Documento expedido pela Medicamento - Produto farmacêutico, tecnicamente
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa,
(SVS/MS), que consubstancia a importação de paliativa ou para fins de diagnóstico.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" Notificação de Receita - Documento padronizado
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" destinado à notificação da prescrição de medicamentos:
(imunossupressores) e "D1" (precursores) deste a) entorpecentes (cor amarela), b) psicotrópicos (cor
Regulamento Técnico ou de suas atualizações, bem como azul) e c) retinóides de uso sistêmico e
os medicamentos que as contenham. imunossupressores (cor branca). A Notificação
Certificado de Autorização Especial - Documento concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser
expedido pela Secretaria de Vigilância Sanitária do firmada por profissional devidamente inscrito no
Ministério da Saúde (SVS/MS), que consubstancia a Conselho Regional de Medicina, no Conselho Regional
concessão da Autorização Especial. de Medicina Veterinária ou no Conselho Regional de
Certificado de Não Objeção – Documento expedido Odontologia; a concernente ao terceiro grupo (c),
pelo órgão competente do Ministério da Saúde do Brasil, exclusivamente por profissional devidamente inscrito no
certificando que as substâncias ou medicamentos objeto Conselho Regional de Medicina.

21
Precursores - Substâncias utilizadas para a obtenção de manipulação por farmácias magistrais das substâncias e
entorpecentes ou psicotrópicos e constantes das listas medicamentos de que trata o caput deste artigo, ficam
aprovadas pela Convenção Contra o Tráfico Ilícito de sujeitas a autorização especial do Ministério da Saúde e a
Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, licença de funcionamento concedida pela Autoridade
reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico. Sanitária local.
Preparação Magistral - Medicamento preparado § 7º A Autorização Especial deve ser solicitada para cada
mediante manipulação em farmácia, a partir de fórmula estabelecimento que exerça qualquer uma das atividades
constante de prescrição médica previstas no caput deste artigo .
Psicotrópico - Substância que pode determinar Art. 3º (REVOGADO PELA RDC 16/14)
dependência física ou psíquica e relacionada, como tal, Art. 4º Ficam proibidas a produção, fabricação,
nas listas aprovadas pela Convenção sobre Substâncias importação, exportação, comércio e uso de substâncias e
Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste medicamentos proscritos.
Regulamento Técnico. Parágrafo único. Excetuam-se da proibição de que trata o
Receita - Prescrição escrita de medicamento, contendo caput deste artigo, as atividades exercidas por Órgãos e
orientação de uso para o paciente, efetuada por Instituições autorizados pela Secretaria de Vigilância
profissional legalmente habilitado, quer seja de Sanitária do Ministério da Saúde com a estrita finalidade
formulação magistral ou de produto industrializado. de desenvolver pesquisas e trabalhos médicos e
Substância Proscrita - Substância cujo uso está proibido científicos.
no Brasil. Art. 4º-A. Fica permitida, a estabelecimentos
devidamente autorizados pela Anvisa, a formação de
CAPITULO II estoque de padrões analíticos de substâncias sujeitas a
DA AUTORIZAÇÃO controle especial, para fins de distribuição a
Art. 2º Para extrair, produzir, fabricar, beneficiar, estabelecimentos que realizem análises laboratoriais
distribuir, transportar, preparar, manipular, fracionar, e atividades de ensino e pesquisa, desde que tal estoque
importar, exportar, transformar, embalar, reembalar, para seja compatível com a rotina da empresa".
qualquer fim, as substâncias constantes das listas deste (Redação dada pela RDC 231/18)
Regulamento Técnico (ANEXO I) e de suas atualizações, Art. 5º (REVOGADOS PELA RDC 16/14)
ou os medicamentos que as contenham, é obrigatória a Art. 6º (REVOGADOS PELA RDC 16/14)
obtenção de Autorização Especial concedida pela Art. 7º A concessão de Autorização Especial para os
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da estabelecimentos de ensino, pesquisas e trabalhos
Saúde. médicos e científicos, será destinada à cada plano de aula
§ 1º A petição de Autorização Especial será ou projeto de pesquisa e trabalho, respectivamente. A
protocolizada pelos responsáveis dos estabelecimentos da referida Autorização Especial, deverá ser requerida pelo
empresa junto à Autoridade Sanitária local. seu dirigente ao Órgão competente do Ministério da
§ 2º A Autoridade Sanitária local procederá a inspeção Saúde, mediante petição instruída com os seguintes
do(a) estabelecimento(s) vinculado(s) à empresa documentos:
postulante de Autorização Especial de acordo com os a) cópia do R.G. e C.I.C. do dirigente do
roteiros oficiais pré-estabelecidos, para avaliação das estabelecimento;
respectivas condições técnicas e sanitárias, emitindo b) documento firmado pelo dirigente do estabelecimento
parecer sobre a petição e encaminhando o respectivo identificando o profissional responsável pelo controle e
relatório à Secretaria de Vigilância Sanitária do guarda das substâncias e medicamentos utilizados e os
Ministério da Saúde. pesquisadores participantes;
§ 3º No caso de deferimento da petição, a Secretaria de c) cópia do R.G. e C.I.C. das pessoas mencionadas no
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde enviará o item b;
competente Certificado de Autorização Especial a d) cópia do plano integral do curso ou pesquisa técno-
empresa requerente e informará a decisão à Autoridade científico;
Sanitária local competente. e) relação dos nomes das substâncias ou medicamentos
§ 4º As atividades mencionadas no caput deste artigo com indicação das quantidades respectivas a serem
somente poderão ser iniciadas após a publicação da utilizadas na pesquisa ou trabalho.
respectiva Autorização Especial no Diário Oficial da § 1º O Órgão competente do Ministério da Saúde
União. encaminhará a aprovação da concessão da Autorização
§ 5º As eventuais alterações de nomes de dirigentes, Especial através de ofício ao dirigente do
inclusive de responsável técnico bem como de atividades estabelecimento e à Autoridade Sanitária local.
constantes do Certificado de Autorização Especial serão § 2º Deverá ser comunicada ao Órgão competente do
solicitadas mediante o preenchimento de formulário Ministério da Saúde qualquer alteração nas alíneas
específico à Autoridade Sanitária local, que o referidas neste artigo, a qual deverá ser encaminhada ao
encaminhará à Secretaria de Vigilância Sanitária do órgão competente do Ministério da Saúde.
Ministério da Saúde. Art. 8º Ficam isentos de Autorização Especial as
§ 6º As atividades realizadas pelo comércio atacadista, empresas, instituições e órgãos na execução das seguintes
como armazenar, distribuir, transportar, bem como, a de atividades e categorias a eles vinculadas:
22
I - Farmácias, Drogarias e Unidades de Saúde que Sanitária competente do Estado ou Distrito Federal em
somente dispensem medicamentos objeto deste que estiver sediado o estabelecimento.
Regulamento Técnico, em suas embalagens originais, Art. 14 A importação de substâncias constantes das listas
adquiridos no mercado nacional; "A1" e "A2" (entorpecentes), das listas "A3", "B1" e
II - Órgãos de Repressão a Entorpecentes; "B2" (psicotrópicas) incluídas neste Regulamento
III - Laboratórios de Análises Clínicas que utilizem Técnico e nas suas atualizações, e os medicamentos que
substâncias objeto deste Regulamento Técnico as contenham, dependerá da emissão de Autorização de
unicamente com finalidade diagnóstica; Importação (ANEXO II) da Secretaria de Vigilância
IV - Laboratórios de Referência que utilizem substâncias Sanitária do Ministério da Saúde.
objeto deste Regulamento Técnico na realização de § 1º Independem da emissão de Autorização de
provas analíticas para identificação de drogas. Importação as substâncias das listas "C1", "C2", "C4" e
Art. 9° (REVOGADO PELA RDC 16/14) "C5" (outras substâncias sujeitas a controle especial,
Art. 10 (REVOGADO PELA RDC 16/14) retinóicos, antirretrovirais e anabolizantes,
respectivamente) bem como os medicamentos que as
CAPÍTULO III contenham.
DO COMÉRCIO § 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Art. 11 A empresa importadora fica obrigada a solicitar à Saúde emitirá o Certificado de Não Objeção (ANEXO
Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério III) quando a substância ou medicamento objeto da
da Saúde, a fixação da Cota Anual de Importação de importação não está sob controle especial no Brasil.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" § 3º No caso de importação parcelada, para cada parcela
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" da cota anual será emitida uma Autorização de
(imunossupressoras) e "D1" (precursoras) deste Importação.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, requeridas § 4º O documento da Autorização de Importação para as
até 31 (trinta e um) de dezembro de cada ano, para uso no substâncias da lista "D1" (percursoras), constantes deste
ano seguinte. (Redação dada pela Resolução Nº 229/01) Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como
§ 1º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do os medicamentos que as contenham, será estabelecido na
Ministério da Saúde deverá pronunciar-se sobre a Instrução Normativa deste Regulamento Técnico.
liberação da cota anual até no máximo 30 (trinta) de abril Art. 15 Deferida a cota anual de importação, a empresa
do ano seguinte. (Redação dada pela Resolução Nº interessada deverá requerer a Autorização de Importação,
229/01) até no máximo 31 (trinta e um) de agosto de cada
§ 2º A cota de importação autorizada poderá ser ano(Redação dada pela Resolução Nº 229/01)
importada de uma só vez, ou parceladamente. (Redação Art. 16 A Autorização de Importação e o Certificado de
dada pela Resolução Nº 229/01) Não Objeção, ambos de caráter intransferível, serão
Art. 12 Excepcionalmente a empresa, quando expedidos em 6 (seis) e 5 (cinco) vias, respectivamente,
devidamente justificado, poderá solicitar Cota podendo os mesmos serem emitidos por processo
Suplementar, das substâncias constantes das listas citadas informatizado, ou não, os quais terão a seguinte
no artigo anterior, até no máximo 30 (trinta) de setembro destinação:
de cada ano. (Redação dada pela Resolução Nº 229/01) 1ª via - Órgão competente do Ministério da Saúde;
§ 1º Deferida a Cota Suplementar de Importação, a 2ª via - Importador;
empresa interessada deverá requerer a Autorização de 3ª via - Exportador;
Importação, até no máximo 31 (trinta e um) de outubro 4ª via - Autoridade competente do país exportador;
do ano de sua concessão. (Redação dada pela Resolução 5ª via - Delegacia de Repressão a Entorpecentes do
Nº 229/01) Departamento de Polícia Federal do Estado do Rio de
§ 2º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto o Certificado de
Ministério da Saúde enviará às unidades federadas e à Não Objeção;
Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e Fronteiras, 6ª via - Autoridade Sanitária competente do Estado e
para conhecimento, relação das cotas e das eventuais Distrito Federal, onde estiver sediada a empresa
alterações concedidas. (Redação dada pela Resolução Nº autorizada.
229/01) Parágrafo único. A empresa se incumbirá do
Art. 13 Para importar e exportar substâncias constantes encaminhamento das vias aos órgãos competentes.
das listas deste Regulamento Técnico e de suas Art. 17 A Autorização de Importação da Cota Anual e da
atualizações bem como os medicamentos que as Cota Suplementar terá validade até 31 (trinta e um) de
contenham, a empresa dependerá de anuência prévia da dezembro do ano da sua emissão. (Redação dada pela
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Resolução Nº 229/01)
Saúde, na L.I. - Licenciamento de Importação ou R.O.E. Art. 18 Para exportar substâncias constantes das listas
- Registro de Operações de Exportação, emitida em "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2"
formulário próprio ou por procedimento informatizado. (psicotrópicas) e da lista "D1" (precursoras), incluídas
Parágrafo único. A Secretaria de Vigilância Sanitária do neste Regulamento Técnico e nas suas atualizações, e os
Ministério da Saúde deverá remeter uma via do medicamentos que as contenham, o interessado
documento de Importação e/ou Exportação à Autoridade devidamente habilitado perante a Secretaria de Vigilância
23
Sanitária do Ministério da Saúde, e ao Órgão equivalente padrões de referência. (Redação dada pela Resolução –
do Estado e Distrito Federal deverá requerer a RDC Nº 17, de 23 de janeiro de 2003)
Autorização de Exportação (ANEXO IV), devendo ainda § 2º Os documentos exigidos para petição da Autorização
apresentar a Autorização expedida pelo órgão de Importação são: a) formulário de petição preenchido,
competente do país importador. no que couber, em 2 (duas) vias (original e cópia)
§ 1º O documento da Autorização de Importação para as (ANEXO II da Portaria SVS/MS n.º 6/99); b)
substâncias da lista "D1" (precursoras), constantes deste justificativa técnica do pedido; e c) nota pró-forma
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como emitida pela empresa exportadora, constando o
os medicamentos que as contenham, será estabelecido na quantitativo a ser efetivamente importado. (Redação dada
Instrução Normativa deste Regulamento Técnico. pela Resolução - RDC Nº 17, de 23 de janeiro de 2003)
§ 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da § 3º A documentação deve ser assinada pelo
Saúde emitirá o Certificado de Não Objeção (ANEXO Representante Legal e Responsável Técnico e
III), quando a substância ou medicamento objeto da protocolizada junto a Agência Nacional de Vigilância
exportação não está sob controle especial no Brasil. Sanitária. (Redação dada pela Resolução - RDC Nº 17,
§ 3º Para fabricar medicamentos, a base de substâncias de 23 de janeiro de 2003)
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de Art. 24 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11/2011
suas atualizações, com fim exclusivo de exportação a Art. 25 A compra, venda, transferência ou devolução das
empresa deve atender as disposições legais impostas na substâncias constantes das listas "A1", "A2"
Instrução Normativa deste Regulamento Técnico. (entorpecentes), "A3" , "B1" e "B2" (psicotrópicas), C1"
Art. 19 A Autorização de Exportação, e o Certificado de (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
Não Objeção, ambos de caráter intransferível, serão (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes)
expedidos em 6 (seis) e 5 (cinco) vias, respectivamente, e "D1" (precursoras) deste Regulamento Técnico e de
podendo os mesmos serem emitidos por processo suas atualizações, bem como os medicamentos que as
informatizado, ou não, os quais terão a seguinte contenham, devem estar acompanhadas de Nota Fiscal ou
destinação: Nota Fiscal Fatura, isentos de visto da Autoridade
1ª via - Órgão competente do Ministério da Saúde; Sanitária local do domicílio do remetente.
2ª via - Importador; Parágrafo único. As vendas de medicamentos a base da
3ª via - Exportador; substância Misoprostol constante da lista "C1" (outras
4ª via - Autoridade competente do país importador; substâncias sujeitas a controle especial) deste
5ª via - Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Regulamento Técnico, ficarão restritas a
Departamento de Polícia Federal do Estado do Rio de estabelecimentos hospitalares devidamente cadastrados e
Janeiro, exceto o Certificado de Não Objeção; credenciados junto a Autoridade Sanitária competente.
6ª via - Autoridade Sanitária competente do Estado ou Art. 26 A Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura de venda ou
Distrito Federal, onde estiver sediada a empresa transferência de substâncias constantes das listas deste
autorizada. Regulamento Técnico de suas atualizações, bem como os
Parágrafo único. A empresa se incumbirá do medicamentos que as contenham, deverá distingui-los,
encaminhamento das vias aos órgãos competentes. após o nome respectivo, através de colocação entre
Art. 20 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 parênteses, da letra indicativa da lista a que se refere.
de março de 2011. Parágrafo único. Revogado pela Resolução - RDC Nº 11,
Art. 21 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 62, de 11 de 22 de março de 2011
de fevereiro de 2016. Art. 27 O estoque de substâncias e medicamentos de que
Art. 22 Revogado pela Resolução - RDC Nº 201, de trata este Regulamento Técnico não poderá ser superior
18 de julho de 2002 as quantidades previstas para atender as necessidades de
Art. 23 A importação das substâncias constantes das 6 (seis) meses de consumo.
Listas "A1" e "A2" (entorpecentes de uso permitido), § 1º O estoque de medicamentos destinados aos
"A3", "B1" e "B2" (psicotrópicos de uso permitido), Programas Especiais do Sistema Único de Saúde não está
"D1" (precursores de uso permitido), "F1" (entorpecentes sujeito as exigências previstas no caput deste artigo.
de uso proscrito), "F2" (psicotrópicos de uso proscrito) e § 2º Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 de
"F3" (precursores de uso proscrito) da Portaria SVS/MS março de 2011
nº 344/98, e de suas atualizações, destinadas Art. 28 As farmácias e drogarias para dispensar
exclusivamente para fins de ensino e/ou pesquisa, medicamentos de uso sistêmico a base de substâncias
análises e utilizadas como padrão de referência, constantes da lista "C2" (retinóicas), somente poderá ser
dependerá da emissão de Autorização de Importação pela realizada mediante o credenciamento prévio efetuado
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e terá validade pela Autoridade Sanitária Estadual.
de 1 (um) ano contados a partir da data de sua emissão. Parágrafo único. As empresas titulares de registros de
(Redação dada pela Resolução - RDC Nº 17, de 23 de produtos ficam obrigadas a manter um cadastro
janeiro de 2003) atualizado dos seus revendedores, previamente
§ 1º Independerá da fixação de Cota a importação de que credenciados junto a Autoridade Sanitária Estadual.
trata o caput deste artigo, especialmente destinada a Art. 29 Fica proibida a manipulação em farmácias das
substâncias constantes da lista "C2" (retinóicas), na
24
preparação de medicamentos de uso sistêmico, e de §1° Excetua-se do disposto no caput deste artigo a
medicamentos a base das substâncias constantes da lista compra no mercado externo de medicamentos a base de
"C3" (imunossupressoras) deste Regulamento Técnico e substâncias da lista "C1" deste Regulamento Técnico e
de suas atualizações.(Revogado, unicamente no que se de suas atualizações, em apresentações não registradas
refere à substância talidomida, pela Resolução - RDC Nº e/ou comercializadas no Brasil, quando adquiridos por
11, de 22 de março de 2011). pessoas físicas, para uso próprio. Para a aquisição em
Art. 30 A manipulação de substâncias retinóicas (lista questão é obrigatória a apresentação da receita médica e
"C2" deste Regulamento Técnico e de suas atualizações), do documento fiscal comprobatório da aquisição em
na preparação de medicamentos de uso tópico, somente, quantidade para uso individual, sendo proibida sua venda
será realizada por farmácias que sejam certificadas em ou comércio. (Redação dada pela Resolução - RDC Nº
Boas Práticas de Manipulação (BPM). 63/2008.
Parágrafo único. Fica proibida a manipulação da §2° Excetua-se do disposto no caput deste artigo, os
substância isotretinoína (lista "C2" – retinóides) na medicamentos a base de substâncias constantes da lista
preparação de medicamentos de uso tópico. "C4" (antiretrovirais) e de suas atualizações. (Redação
dada pela Resolução - RDC Nº 63/2008.
CAPÍTULO IV
DO TRANSPORTE CAPÍTULO V
Art. 31 A transportadora de substâncias constantes das DA PRESCRIÇÃO
listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações e DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA
os medicamentos que as contenham, deverá estar Art. 35 A Notificação de Receita é o documento que
devidamente legalizada junto aos órgãos competentes. acompanhado de receita autoriza a dispensação de
Parágrafo único. As Empresas que exercem, medicamentos a base de substâncias constantes das listas
exclusivamente, a atividade de transporte de substâncias "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2"
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de (psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso sistêmico) e
suas atualizações e os medicamentos que as contenham, "C3" (imunossupressoras), deste Regulamento Técnico e
devem solicitar a concessão da Autorização Especial de de suas atualizações. (Revogado, unicamente no que se
que trata o Capítulo II deste Regulamento Técnico. refere à substância talidomida pela Resolução RDC
Art. 32 O transporte de substâncias constantes das listas Nº 11, de 22 de março de 2011)
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações ou os § 1º Caberá à Autoridade Sanitária, fornecer ao
medicamentos que as contenham ficará sob a profissional ou instituição devidamente cadastrados, o
responsabilidade solidária das empresas remetente e talonário de Notificação de Receita "A", e a numeração
transportadora, para todos os efeitos legais. para confecção dos demais talonários, bem como avaliar
§ 1º A transportadora deverá manter, em seu arquivo, e controlar esta numeração.
cópia autenticada da Autorização Especial das empresas § 2º A reposição do talonário da Notificação de Receita
para as quais presta serviços. "A" ou a solicitação da numeração subsequente para as
§ 2º É vedado o transporte de medicamentos a base de demais Notificações de Receita, se fará mediante
substâncias, constantes das listas deste Regulamento requisição (ANEXO VI), devidamente preenchida e
Técnico e de suas atualizações, por pessoa física, quando assinada pelo profissional.
de sua chegada ou saída no país, em viagem § 3º A Notificação de Receita deverá estar preenchida de
internacional, sem a devida cópia da prescrição médica forma legível, sendo a quantidade em algarismos
Art. 33 As substâncias constantes das listas deste arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como § 4º A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou
os medicamentos que as contenham, quando em estoque dispensar quando todos os itens da receita e da respectiva
ou transportadas sem documento hábil, serão Notificação de Receita estiverem devidamente
apreendidas, incorrendo os portadores e mandatários nas preenchidos.
sanções administrativas previstas na legislação sanitária, § 5º A Notificação de Receita será retida pela farmácia
sem prejuízo das sanções civis e penais. ou drogaria e a receitadevolvida ao paciente devidamente
Parágrafo único. Após o trâmite administrativo, a carimbada, como comprovante do aviamento ou da
Autoridade Sanitária local deverá encaminhar cópia do dispensação.
processo à Autoridade Policial competente, quando se § 6º A Notificação de Receita não será exigida para
tratar de substâncias constantes das listas "A1", "A2" pacientes internados nos estabelecimentos hospitalares,
(entorpecentes) , "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas) e médico ou veterinário, oficiais ou particulares, porém a
"D1" (precursoras) e os medicamentos que as contenham dispensação se fará mediante receita ou outro documento
Art. 34 É vedada a compra e venda no mercado interno e equivalente (prescrição diária de medicamento), subscrita
externo de substâncias constantes das listas deste em papel privativo do estabelecimento.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como § 7º A Notificação de Receita é personalizada e
os seus respectivos medicamentos, por sistemas de intransferível, devendo conter somente uma substância
reembolso, através de qualquer meio de comunicação, das listas "A1" e "A2" (entorpecentes) e "A3", "B1" e
incluindo as vias postal e eletrônica. (Redação dada pela "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóides de uso sistêmico) e
Resolução - RDC Nº 63/2008. "C3" (imunossupressoras) deste Regulamento Técnico e
25
de suas atualizações, ou um medicamento que as m) identificação do registro: anotação da quantidade
contenham. (Revogado, unicamente no que se refere à aviada, no verso, e quando tratar-se de formulações
substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11, de magistrais, o número de registro da receita no livro de
22 de março de 2011) receituário.
§ 8º - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 de § 1º A distribuição e controle do talão de Notificação de
março de 2011. Receita "A" e a sequência numérica da Notificação de
Art. 36 A Notificação de Receita conforme o anexo IX Receita "B" (psicotrópicos) e a Notificação de Receita
(modelo de talonário oficial "A", para as listas "A1", Especial (retinóides e talidomida), obedecerão ao
"A2" e "A3"), anexo X (modelo de talonário - "B", para disposto na Instrução Norm ativa deste Regulamento
as listas "B1" e "B2"), anexo XI (modelo de talonário - Técnico.
"B" uso veterinário para as listas "B1" e "B2"), anexo XII § 2º Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita
(modelo para os retinóides de uso sistêmico, lista "C2") e de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita a base
anexo XIII (modelo para a Talidomida, lista "C3") deverá de substâncias constante das listas deste Regulamento
conter os itens referentes as alíneas a, b e c devidamente Técnico e de suas atualizações, em papel não oficial,
impressos e apresentando as seguintes características: devendo conter obrigatoriamente: o diagnóstico ou CID,
(Revogado, unicamente no que se refere à substância a justificativa do caráter emergencial do atendimento,
talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011) data, inscrição no Conselho Regional e assinatura
a) sigla da Unidade da Federação; devidamente identificada. O estabelecimento que aviar
b) identificação Numérica: - a seqüência numérica será a referida receita deverá anotar a identificação do
fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local
Estados, Municípios e Distrito Federal; dentro de 72 (setenta e duas) horas, para "visto".
c) identificação do emitente: - nome do profissional com Art. 37 Será suspenso o fornecimento do talonário da
sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da Notificação de Receita "A" (listas "A1" e "A2" -
respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, entorpecentes e "A3" - psicotrópicas) e/ou seqüência
endereço completo e telefone; numérica da Notificação de Receita "B" (listas "B1" e
d) identificação do usuário: nome e endereço completo "B2" –psicotrópicas) e da Notificação de Receita
do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e Especial (listas: "C2" - retinóicas de uso sistêmico e "C3"
endereço completo do proprietário e identificação do - imunossupressoras), quando for apurado seu uso
animal; indevido pelo profissional ou pela instituição, devendo o
e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob fato ser comunicado ao órgão de classe e as demais
a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), autoridades competentes. (Revogado, unicamente no que
dosagem ou concentração, forma farmacêutica, se refere à substância talidomida pela Resolução - RDC
quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e Nº 11, de 22 de março de 2011)
posologia; Art. 38 As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos
f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso
deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, odontológico e veterinário, respectivamente.
recortada ao meio, com a seguinte advertência: "Risco de Art. 39 Nos casos de roubo, furto ou extravio de parte ou
graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no de todo o talonário da Notificação de Receita, fica
sistema nervoso do feto"; obrigado o responsável a informar, imediatamente, à
g) data da emissão; Autoridade Sanitária local, apresentando o respectivo
h) assinatura do prescritor: quando os dados do Boletim de Ocorrência Policial (B.O.).
profissional estiverem devidamente impressos no campo Art. 40 A Notificação de Receita "A", para a prescrição
do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de dos medicamentos e substâncias das listas "A1" e "A2"
Receita. No caso de o profissional pertencer a uma (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicos), de cor amarela,
instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá será impressa, as expensas da Autoridade Sanitária
identificar a assinatura com carimbo, constando a Estadual ou do Distrito Federal, conforme modelo anexo
inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de IX, contendo 20 (vinte) folhas em cada talonário. Será
forma legível; fornecida gratuitamente pela Autoridade Sanitária
i) identificação do comprador: nome completo, número competente do Estado, Município ou Distrito Federal,
do documento de identificação, endereço completo e aos profissionais e instituições devidamente cadastrados.
telefone; § 1º Na solicitação do primeiro talonário de Notificação
j) identificação do fornecedor: nome e endereço de Receita "A" o profissional ou o portador poderá
completo, nome do responsável pela dispensação e data dirigir-se, pessoalmente, ao Serviço de Vigilância
do atendimento; Sanitária para o cadastramento ou encaminhar ficha
l) identificação da gráfica: nome, endereço e cadastral devidamente preenchida com sua assinatura
C.N.P.J./C.G.C. impressos no rodapé de cada folha do reconhecida em cartório.
talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e § 2º Para o recebimento do talonário, o profissional ou o
final concedidas ao profissional ou instituição e o número portador deverá estar munido do respectivo carimbo, que
da Autorização para confecção de talonários emitida pela será aposto na presença da Autoridade Sanitária, em
Vigilância Sanitária local;
26
todas as folhas do talonário no campo "Identificação do contendo o CID (Classificação Internacional de Doença)
Emitente". ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando
Art. 41 A Notificação de Receita "A" será válida por 30 juntamente com a Notificação de Receita "B" ao paciente
(trinta) dias a contar da data de sua emissão em todo o para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria.
Território Nacional, sendo necessário que seja § 2º No caso de formulações magistrais, as formas
acompanhada da receita médica com justificativa do uso, farmacêuticas deverão conter, no máximo, as
quando para aquisição em outra Unidade Federativa. concentrações que constam de Literaturas Nacional e
Parágrafo único. As farmácias ou drogarias ficarão Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV).
obrigadas a apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e Art. 47 Ficam proibidas a prescrição e o aviamento de
duas) horas, à Autoridade Sanitária local, as Notificações fórmulas contendo associação medicamentosa das
de Receita "A" procedentes de outras Unidades substâncias anorexígenas constantes das listas deste
Federativas, para averiguação e visto. Regulamento Técnico e de suas atualizações, quando
Art. 42 As Notificações de Receitas "A" que contiverem associadas entre si ou com ansiolíticos, diuréticos,
medicamentos a base das substâncias constantes das hormônios ou extratos hormonais e laxantes, bem como
listas "A1" e "A2" (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicas) quaisquer outras substâncias com ação medicamentosa.
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações Art. 48 Ficam proibidas a prescrição e o aviamento de
deverão ser remetidas até o dia 15 (quinze) do mês fórmulas contendo associação medicamentosa de
subseqüente às Autoridades Sanitárias Estaduais ou substâncias ansiolíticas, constantes das listas deste
Municipais e do Distrito Federal, através de relação em Regulamento Técnico e de suas atualizações, associadas
duplicata, que será recebida pela Autoridade Sanitária a substâncias simpatolíticas ou parassimpatolíticas.
competente mediante recibo, as quais, após conferência, Art. 49 Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22
serão devolvidas no prazo de 30 (trinta) dias. de março de 2011.
Art. 43 A Notificação de Receita "A" poderá conter no Art. 50 A Notificação de Receita Especial, de cor branca,
máximo de 5 (cinco) ampolas e para as demais formas para prescrição de medicamentos a base de substâncias
farmacêuticas de apresentação, poderá conter a constantes da lista "C2" (retinóides de uso sistêmico)
quantidade correspondente no máximo a 30 (trinta) dias deste Regulamento Técnico e de suas atualizações será
de tratamento. impressa às expensas do médico prescritor ou pela
§ 1º Acima das quantidades previstas neste Regulamento instituição a qual esteja filiado, terá validade por um
Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua
contendo o CID (Classificação Internacional de Doença) emissão e somente dentro da Unidade Federativa que
ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando concedeu a numeração.
juntamente com a Notificação de Receita "A" ao paciente § 1º A Notificação de Receita Especial de Retinóides,
para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria. para preparações farmacêuticas de uso sistêmico, poderá
§ 2º No momento do envio da Relação Mensal de conter no máximo 5 (cinco) ampolas, e, para as demais
Notificações de Receita "A" – RMNRA (ANEXO XXIV) formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento
à Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou do Distrito correspondente no máximo a 30 (trinta) dias, contados a
Federal, os estabelecimentos deverá enviar a Notificação partir de sua emissão e somente dentro da Unidade
de Receita "A" acompanhada da justificativa. Federativa que concedeu a numeração.
§ 3º No caso de formulações magistrais, as formas § 2º A Notificação de Receita Especial para dispensação
farmacêuticas deverão conter, no máximo, as de medicamentos de uso sistêmico que contenham
concentrações que constam de Literaturas Nacional e substâncias constantes da lista "C2" (retinóicas) deste
Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV). Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá estar
Art. 44 Quando, por qualquer motivo, for interrompida a acompanhada de "Termo de Consentimento Pós-
administração de medicamentos a base de substâncias Informação" (ANEXO XV e ANEXO XVI), fornecido
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de pelos profissionais aos pacientes alertando-os que o
suas atualizações, a Autoridade Sanitária local deverá medicamento é pessoal e intransferível, e das suas
orientar o paciente ou seu responsável, sobre a destinação reações e restrições de uso.
do medicamento remanescente. Art. 51 Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas
Art. 45 A Notificação de Receita "B", de cor azul, médicas e clínicas veterinárias (no que couber), oficiais
impressa as expensas do profissional ou da instituição, ou particulares, os medicamentos a base de substâncias
conforme modelos anexos (X e XI) a este Regulamento constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
Técnico, terá validade por um período de 30 (trinta) dias "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóicas de uso
contados a partir de sua emissão e somente dentro da sistêmico), "C3" (imunossupressoras), deste
Unidade Federativa que concedeu a numeração. Regulamento Técnico e de suas atualizações, poderão ser
Art. 46 A Notificação de Receita "B" poderá conter no dispensados ou aviados a pacientes internados ou em
máximo 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas regime de semi-internato, mediante receita privativa do
farmacêuticas, a quantidade para o tratamento estabelecimento, subscrita por profissional em exercício
correspondente no máximo a 60 (sessenta) dias. no mesmo. (Revogado, unicamente no que se refere à
§ 1º Acima das quantidades previstas neste Regulamento substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011.
Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa
27
Parágrafo único. Para pacientes em tratamento suas atualizações, por médico veterinário ou cirurgiões
ambulatorial será exigida a Notificação de Receita, dentistas.
obedecendo ao disposto no artigo 36 deste Regulamento Art. 55 As receitas que incluam medicamentos a base de
Técnico. (Revogado, unicamente no que se refere à substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias
substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011. sujeitas a controle especial) , "C5" (anabolizantes) e os
adendos das listas "A1" (entorpecentes), "A2" e "B1"
DA RECEITA (psicotrópicos) deste Regulamento Técnico e de suas
Art. 52 O formulário da Receita de Controle Especial atualizações, somente poderão ser aviadas quando
(ANEXO XVII), válido em todo o Território Nacional, prescritas por profissionais devidamente habilitados e
deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito, com os campos descritos abaixo devidamente
datilografado ou informatizado, apresentando, preenchidos:
obrigatoriamente, em destaque em cada uma das vias os a) identificação do emitente: impresso em formulário do
dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria" e profissional ou da instituição, contendo o nome e
"2ª via - Orientação ao Paciente". endereço do consultório e/ ou da residência do
§ 1º A Receita de Controle Especial deverá estar escrita profissional, n.º da inscrição no Conselho Regional e no
de forma legível, a quantidade em algarismos arábicos e caso da instituição, nome e endereço da mesma;
por extenso, sem emenda ou rasura e terá validade de 30 b) identificação do usuário: nome e endereço completo
(trinta) dias contados a partir da data de sua emissão para do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e
medicamentos a base de substâncias constantes das listas endereço completo do proprietário e identificação do
"C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e animal;
"C5" (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de c) nome do medicamento ou da substância prescrita sob a
suas atualizações. forma de Denominação Comum Brasileira (DCB),
§ 2º A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dosagem ou concentração, forma farmacêutica,
dispensar a receitaquando todos os itens estiverem quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e
devidamente preenchidos. posologia;
§ 3º As farmácias ou drogarias ficarão obrigadas a d) data da emissão;
apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, à e) assinatura do prescritor: quando os dados do
Autoridade Sanitária local, as Receitas de Controle profissional estiverem devidamente impressos no
Especial procedentes de outras Unidades Federativas, cabeçalho da receitaeste poderá apenas assiná-la. No caso
para averiguação e visto. de o profissional pertencer a uma instituição ou
§ 4º Somente será permitido a aplicação do fator de estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua
equivalência entre as substâncias e seus respectivos assinatura, manualmente de forma legível ou com
derivados (Base/Sal), em prescrições contendo carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional;
formulações magistrais, sendo necessário que as f) identificação do registro: na receitaretida, deverá ser
quantidades correspondentes estejam devidamente anotado no verso, a quantidade aviada e, quando tratar-se
identificadas nos rótulos da embalagem primária do de formulações magistrais, também o número do registro
medicamento. da receita no livro correspondente.
Art. 53 O aviamento ou dispensação de Receitas de § 1º As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos
Controle Especial, contendo medicamentos a base de veterinários só poderão ser feitas quando para uso
substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias odontológico e veterinário, respectivamente.
sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste § 2º Em caso de emergência, poderá ser aviada ou
Regulamento Técnico e de suas atualizações, em dispensada a receita de medicamento a base de
qualquer forma farmacêutica ou apresentação, é privativo substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias
de farmácia ou drogaria e somente poderá ser efetuado sujeitas a controle especial) deste Regulamento Técnico e
mediante receitasendo a "1ª via - Retida no de suas atualizações, em papel não privativo do
estabelecimento farmacêutico" e a "2ª via - Devolvida ao profissional ou da instituição, contendo obrigatoriamente:
Paciente", com o carimbo comprovando o atendimento. o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter
Art. 54 A prescrição de medicamentos a base de emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho
substâncias anti-retrovirais (lista "C4"), só poderá ser Regional e assinatura devidamente identificada. O
feita por médico e será aviada ou dispensada nas estabelecimento que aviar ou dispensar a referida receita
farmácias do Sistema Único de Saúde , em formulário deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la
próprio estabelecido pelo programa de DST/AIDS, onde à Autoridade Sanitária do Estado, Município ou Distrito
a receita ficará retida. Ao paciente, deverá ser entregue Federal, dentro de 72 (setenta e duas) horas, para visto.
um receituário médico com informações sobre seu Art. 56 Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas
tratamento. No caso do medicamento adquirido em médicas e clínicas veterinárias, oficiais ou particulares,
farmácias ou drogarias será considerado o previsto no os medicamentos a base de substâncias constantes das
artigo anterior. listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle
Parágrafo único. Fica vedada a prescrição de especial) e "C5" (anabolizantes) deste Regulamento
medicamentos a base de substâncias constantes da lista Técnico e de suas atualizações, poderão ser aviados ou
"C4" (anti-retrovirais), deste Regulamento Técnico e de dispensados a pacientes internados ou em regime de
28
semi-internato, mediante receita privativa do CAPÍTULO VI
estabelecimento, subscrita por profissional em exercício DA ESCRITURAÇÃO
no mesmo. Art. 62 Todo estabelecimento, entidade ou órgão oficial
Parágrafo único. Para pacientes em tratamento que produzir, comercializar, distribuir, beneficiar,
ambulatorial será exigida a Receita de Controle Especial preparar, fracionar, dispensar, utilizar, extrair, fabricar,
em 2 (duas) vias, obedecendo ao disposto no artigo 55 transformar, embalar, reembalar, vender, comprar,
deste Regulamento Técnico. armazenar ou manipular substância ou medicamento de
Art. 57 A prescrição poderá conter em cada receita, no que trata este Regulamento Técnico e de suas
máximo 3 (três) substâncias constantes da lista "C1" atualizações, com qualquer finalidade deverá escriturar e
(outras substâncias sujeitas a controle especial) deste manter no estabelecimento para efeito de fiscalização e
Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou controle, livros de escrituração conforme a seguir
medicamentos que as contenham. discriminado:
Art. 58 A prescrição de anti-retrovirais poderá conter em § 1º Livro de Registro Específico (ANEXO XVIII) –
cada receitano máximo 5 (cinco) substâncias constantes para indústria farmoquímica, laboratórios farmacêuticos,
da lista "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento distribuidoras, drogarias e farmácias.
Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as § 2º Livro de Receituário Geral – para farmácias
contenham. magistrais.
Art. 59 A quantidade prescrita de cada substância § 3º Excetua-se da obrigação da escrituração de que trata
constante da lista "C1" (outras substâncias sujeitas a este capítulo, as empresas que exercem exclusivamente a
controle especial) e "C5" (anabolizantes), deste atividade de transportar.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou Art. 63 Os Livros de Receituário Geral e de Registro
medicamentos que as contenham, ficará limitada a 5 Específico deverão conter Termos de Abertura e de
(cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas, a Encerramento (ANEXO XIX), lavrados pela Autoridade
quantidade para o tratamento correspondente a no Sanitária do Estado, Município ou Distrito Federal.
máximo 60 (sessenta) dias. § 1º Os livros a que se refere o caput deste artigo,
Parágrafo único. No caso de prescrição de substâncias ou poderão ser elaborados através de sistema informatizado
medicamentos antiparkinsonianos e anticonvulsivantes, a previamente avaliado e aprovado pela Autoridade
quantidade ficará limitada até 6 (seis) meses de Sanitária do Estado, Município ou Distrito Federal.
tratamento. § 2º No caso do Livro de Registro Específico, deverá ser
Art. 60 Acima das quantidades previstas nos artigos 57 e mantido um livro para registro de substâncias e
59, o prescritor deverá apresentar justificativa com o CID medicamentos entorpecentes (listas "A1" e "A2"), um
ou diagnóstico e posologia, datando e assinando as duas livro para registro de substâncias e medicamentos
vias. psicotrópicos (listas "A3", "B1" e "B2"), um livro para as
Parágrafo único. No caso de formulações magistrais, as substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial
formas farmacêuticas deverão conter, no máximo, as (listas "C1", "C2", "C4" e "C5") e um livro para a
concentrações que constam de Literaturas Nacional e substância e/ou medicamento da lista "C3"
Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV). (imunossupressoras).(Revogado, unicamente no que se
Art. 61 As plantas da lista "E" (plantas que podem refere à substância talidomida pela Resolução - RDC Nº
originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas) e 11, de 22 de março de 2011)
as substâncias da lista "F" (substâncias de uso proscrito § 3º Cada página do Livro de Registro Específico
no Brasil), deste Regulamento Técnico e de suas destina-se a escrituração de uma só substância ou
atualizações, não poderão ser objeto de prescrição e medicamento, devendo ser efetuado o registro através da
manipulação de medicamentos alopáticos e denominação genérica (DCB), combinado com o nome
homeopáticos. (Redação dada pela Resolução – RDC nº comercial.
66, de 18 de março de 2016) Art. 64 Os Livros, Balanços e demais documentos
§1º Excetuam-se do disposto no caput: comprovantes de movimentação de estoque, deverão ser
I - a prescrição de medicamentos registrados na Anvisa arquivados no estabelecimento pelo prazo de 2 (dois)
que contenham em sua composição a planta Cannabis anos, findo o qual poderão ser destruídos.
sp., suas partes ou substâncias obtidas a partir dela, § 1º A escrituração de todas as operações relacionadas
incluindo o tetrahidrocannabinol (THC). com substâncias constantes nas listas deste Regulamento
II - a prescrição de produtos que possuam as substâncias Técnico e de suas atualizações, bem como os
canabidiol e/ou tetrahidrocannabinol (THC), a serem medicamentos que as contenham, será feita de modo
importados em caráter de excepcionalidade por pessoa legível e sem rasuras ou emendas, devendo ser atualizada
física, para uso próprio, para tratamento de saúde, semanalmente.
mediante prescrição médica. § 2º Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
§2º Para a importação prevista no inciso II do parágrafo § 3º Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
anterior se aplicam os mesmos requisitos estabelecidos Art. 65 Os Livros de Registros Específicos destinam-se a
pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 17, de 6 anotação, em ordem cronológica, de estoque, entradas
de maio de 2015. (por aquisição ou produção), saídas (por vendas,
processamento, beneficiamento, uso) e perdas.
29
Art. 66 Quando, por motivo de natureza fiscal ou ao registro de vendas de medicamentos a base de
processual, o Livro de Registro Específico for apreendido substâncias constantes das listas "A1", "A2"
pela Autoridade Sanitária ou Policial, ficarão suspensas (entorpecentes), "A3" e "B2" (psicotrópicos) e "C4"
todas as atividades relacionadas a substâncias e/ou (anti-retrovirais) deste Regulamento Técnico e de suas
medicamentos nele registrados até que o referido livro atualizações, por farmácias e drogarias conforme modelo
seja liberado ou substituído. (ANEXO XXI) , em 2 (duas) vias, e remetido à
Autoridade Sanitária pelo Farmacêutico Responsável
CAPÍTULO VII trimestralmente até o dia 15 (quinze) dos meses de abril,
DA GUARDA julho, outubro e janeiro.
Art. 67 As substâncias constantes das listas deste § 1º O Balanço Anual deverá ser entregue até o dia 31
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como (trinta e um) de janeiro do ano seguinte.
os medicamentos que as contenham, existentes nos § 2º Após o visto da Autoridade Sanitária, o destino das
estabelecimentos, deverão ser obrigatoriamente vias será:
guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça 1a via - retida pela Autoridade Sanitária.
segurança, em local exclusivo para este fim, sob a 2a via - retida pela farmácia ou drogaria.
responsabilidade do farmacêutico ou químico § 3º As farmácias de unidades hospitalares, clínicas
responsável, quando se tratar de indústria farmoquímica. médicas e veterinárias, ficam dispensadas da
apresentação do Balanço de Medicamentos Psicoativos e
CAPITULO VIII de outros Sujeitos a Controle Especial (BMPO).
DOS BALANÇOS Art. 70 Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
Art. 68 O Balanço de Substâncias Psicoativas e Outras Art. 71 A Relação Mensal de Venda de Medicamentos
Substâncias Sujeitas a Controle Especial - BSPO Sujeitos a Controle Especial - RMV (ANEXO XXIII),
(ANEXO XX), será preenchido com a movimentação do destina-se ao registro das vendas de medicamentos a base
estoque das substâncias constantes das listas "A1" e "A2" de substâncias constantes das listas deste Regulamento
(entorpecentes), "A3","B1" e "B2" (psicotrópicas), Técnico e de suas atualizações, excetuando-se as
"C1"(outras substâncias sujeitas a controle especial), substâncias constantes da lista "D1" (precursoras),
"C2" (retinóicas), "C3" (imunossupressoras), "C4" (anti- efetuadas no mês anterior, por indústria ou laboratório
retrovirais), "C5" (anabolizantes) e "D1" (precursoras), farmacêutico e distribuidor, e serão encaminhadas à
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em 3 Autoridade Sanitária, pelo Farmacêutico Responsável ,
(três) vias, e remetido à Autoridade Sanitária pelo até o dia 15 (quinze) de cada mês, em 2 (duas) vias,
farmacêutico/químico responsável trimestralmente até o sendo uma das vias retida pela Autoridade Sanitária e a
dia 15 (quinze) dos meses de abril, julho, outubro e outra devolvida ao estabelecimento depois de visada.
janeiro. Art. 72 A Relação Mensal de Notificações de Receita
§ 1º O Balanço Anual deverá ser entregue até o dia 31 "A" - RMNRA (ANEXO XXIV), destina-se ao registro
(trinta e um) de janeiro do ano seguinte. das Notificações de Receita "A" retidas em farmácias e
§ 2º Após o visto da Autoridade Sanitária, o destino das drogarias quando da dispensação de medicamentos a
vias será: base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
1a via - a empresa ou estabelecimento deverá remeter à (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicas) deste
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Regulamento Técnico e de suas atualizações, a qual será
Saúde. encaminhada junto com as respectivas notificações à
2a via - retida pela Autoridade Sanitária. Autoridade Sanitária, pelo farmacêutico responsável , até
3a via - retida na empresa ou instituição. o dia 15 (quinze) de cada mês, em 2 (duas) vias, sendo
§ 3º As 1ª e 2ª vias deverão ser acompanhadas dos uma das vias retida pela Autoridade Sanitária e a outra
respectivos disquetes quando informatizado. devolvida ao estabelecimento depois de visada.
§ 4º O Balanço de Substâncias Psicoativas e Outras Parágrafo único. A devolução das notificações de receitas
Substâncias Sujeitas a Controle Especial - BSPO, deverá a que se refere o caput deste artigo se dará no prazo de 30
ser a cópia fiel e exata da movimentação das substâncias (trinta) dias a contar da data de entrega.
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de Art. 73 A falta de remessa da documentação mencionada
suas atualizações, registrada nos Livros a que se refere o nos artigos 68, 69, 70, 71 e 72, nos prazos estipulados
Capítulo VI deste Regulamento Técnico. por este Regulamento Técnico, sujeitará o infrator as
§ 5º É vedado a utilização de ajustes, utilizando o fator penalidades previstas na legislação sanitária em vigor.
de correção, de substâncias constantes das listas deste Art. 74 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Regulamento Técnico e de suas atualizações, quando do Ministério da Saúde e o Órgão de Repressão a
preenchimento do BSPO. Entorpecentes da Polícia Federal, trocarão, anualmente,
§ 6º A aplicação de ajustes de substâncias constantes das relatórios sobre as informações dos Balanços envolvendo
listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, substâncias e medicamentos entorpecentes, psicotrópicos
que compõem os dados do BSPO será privativa da e precursoras.
Autoridade Sanitária competente do Ministério da Saúde. Art. 75 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Art. 69 O Balanço de Medicamentos Psicoativos e de Ministério da Saúde encaminhará relatórios estatísticos,
outros Sujeitos a Controle Especial - BMPO, destina-se trimestral e anualmente ao órgão Internacional de
30
Fiscalização de Drogas das Nações Unidas com a Art. 83 Os rótulos de embalagens dos medicamentos a
movimentação relativa às substâncias entorpecentes, base de substâncias constantes das listas "C1" (outras
psicotrópicos e precursoras. substâncias sujeitas a controle especial), "C2" (retinóides
Parágrafo único. Os prazos para o envio dos relatórios de uso tópico) "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
estatísticos de que trata o caput desse artigo obedecerão (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de suas
aqueles previstos nas Convenções Internacionais de atualizações, deverão ter uma faixa horizontal de cor
Entorpecentes, Psicotrópicos e Precursoras. vermelha abrangendo todos os seus lados, na altura do
Art. 76 É permitido o preenchimento dos dados em terço médio e com largura não inferior a um terço da
formulários ou por sistema informatizado, da largura do maior lado da face maior.
documentação a que se refere este Regulamento Técnico, § 1º Nas bulas e rótulos dos medicamentos a que se
providenciando a remessa do disquete à Autoridade refere o caput deste artigo para as listas "C1" (outras
Sanitária do Ministério da Saúde, obedecendo aos substâncias sujeitas a controle especial), "C4" (anti-
modelos e prazos estipulados neste capítulo. retrovirais) e "C5" (anabolizantes), deverá constar,
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo
CAPÍTULO IX maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição
DA EMBALAGEM Médica"- "Só Pode ser Vendido com Retenção da
Art. 77 É atribuição da Secretaria de Vigilância Sanitária Receita".
do Ministério da Saúde a padronização de bulas, rótulos e § 2º Nas bulas e rótulos dos medicamentos que contêm
embalagens dos medicamentos que contenham substâncias anti-retrovirais, constantes da lista "C4" deste
substâncias constantes das listas deste Regulamento Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá
Técnico e de suas atualizações. constar, obrigatoriamente, em destaque e em letras de
Art. 78 Os medicamentos a base de substâncias corpo maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de Prescrição Médica" - "Atenção - O Uso Incorreto Causa
suas atualizações deverão ser comercializados em Resistência do Vírus da AIDS e Falha no Tratamento".
embalagens invioláveis e de fácil identificação. § 3º Nas bulas e rótulos dos medicamentos de uso tópico,
Art. 79 É vedado às drogarias o fracionamento da manipulados ou fabricados, que contêm substâncias
embalagem original de medicamentos a base de retinóicas, constantes da lista "C2" deste Regulamento
substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá constar,
Técnico. obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo
Art. 80 Os rótulos de embalagens de medicamentos a maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição
base de substâncias constantes das listas "A1"e "A2" Médica" - "Atenção - Não Use este Medicamento sem
(entorpecentes) e "A3" (psicotrópicos), deverão ter uma Consultar o seu Médico, caso esteja Grávida. Ele pode
faixa horizontal de cor preta abrangendo todos os lados, causar Problemas ao Feto".
na altura do terço médio e com largura não inferior a um § 4º Na face anterior e posterior da embalagem dos
terço da largura do maior lado da face maior, contendo os medicamentos a base da substância misoprostol constante
dizeres: "Venda sob Prescrição Médica" - "Atenção: da lista C1 (outras substâncias sujeitas a controle
Pode Causar Dependência Física ou Psíquica". especial) deste Regulamento Técnico deverá constar
Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se obrigatoriamente, em destaque um símbolo de uma
refere o caput deste artigo deverá constar mulher grávida dentro do círculo cortado ao meio e as
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo seguintes expressões inseridas na tarja vermelha:
maior de que o texto, a expressão: "Atenção: Pode "Atenção: Uso sob Prescrição Médica" – "Só pode ser
Causar Dependência Física ou Psíquica". utilizado com Retenção de Receita" – "Atenção: Risco
Art. 81 Os rótulos de embalagens de medicamentos a para Mulheres Grávidas" – "Venda e uso Restrito a
base de substâncias constantes das listas "B1" e "B2" Hospital".
(psicotrópicos), deverão ter uma faixa horizontal de cor § 5º Nas bulas e rótulos do medicamento que contem
preta abrangendo todos seus lados, na altura do terço misoprostol deve constar obrigatoriamente ao expressão:
médio e com largura não inferior a um terço da largura "Atenção: Risco para Mulheres Grávidas" – "Venda e
do maior lado da face maior, contendo os dizeres: uso Restrito a Hospital".
"Venda sob Prescrição Médica" - "O Abuso deste Art. 84 Os rótulos de embalagens dos medicamentos de
Medicamento pode causar Dependência". uso sistêmico, a base de substâncias constantes das listas
Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se "C2" (retinóicas) deste Regulamento Técnico e de suas
refere o caput deste artigo, deverá constar, atualizações, deverão ter uma faixa horizontal de cor
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo vermelha abrangendo todos os seus lados, na altura do
maior de que o texto, a expressão: "O Abuso deste terço médio e com largura não inferior a um terço da
Medicamento pode causar Dependência". largura do maior lado da face maior, contendo os dizeres
Art. 82 Nos casos dos medicamentos contendo a "Venda Sob Prescrição Médica" - "Atenção: Risco para
substância Anfepramona (lista "B2", psicotrópicos- Mulheres Grávidas, Causa Graves Defeitos na Face, nas
anorexígenos) deverá constar, em destaque, no rótulo e Orelhas, no Coração e no Sistema Nervoso do Feto".
bula, a frase: "Atenção: Este Medicamento pode causar Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se
Hipertensão Pulmonar". refere o caput deste artigo, deverá constar,
31
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo (dois) anos, ficando a disposição da Autoridade Sanitária
maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição para fins de fiscalização.
Médica" - "Atenção: Risco para Mulheres Grávidas, § 4º É vedada a distribuição de amostras-grátis de
Causa Graves Defeitos na Face, nas Orelhas, no Coração medicamentos a base de Misoprostol.
e no Sistema Nervoso do Feto". Art. 90 Revogado pela Resolução - RDC Nº 96, de 17
Art. 85 Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011 de dezembro de 2008.
Art. 86 As formulações magistrais contendo substâncias Art. 91 Somente as farmácias poderão receber receitas de
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de medicamentos magistrais ou oficinais para aviamento,
suas atualizações deverão conter no rótulo os dizeres vedada a intermediação sob qualquer natureza.
equivalentes aos das embalagens comerciais dos Art. 92 As indústrias veterinárias e distribuidoras,
respectivos medicamentos. deverão atender as exigências contidas neste
Regulamento Técnico que refere-se a Autorização
CAPÍTULO X Especial, ao comércio internacional e nacional,
DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO prescrição, guarda, escrituração, balanços e registro em
Art. 87 As Autoridades Sanitárias do Ministério da livros específicos.
Saúde, Estados, Municípios e Distrito Federal Art. 93 Os medicamentos destinados a uso veterinário,
inspecionarão periodicamente as empresas ou serão regulamentados em legislação específica.
estabelecimentos que exerçam quaisquer atividades Art. 94 Os profissionais, serviços médicos e/ou
relacionadas às substâncias e medicamentos de que trata ambulatoriais poderão possuir, na maleta de emergência,
este Regulamento Técnico e de suas atualizações, para até 3 (três) ampolas de medicamentos entorpecentes e até
averiguar o cumprimento dos dispositivos legais. 5 (cinco) ampolas de medicamentos psicotrópicos, para
Parágrafo único. O controle e a fiscalização da produção, aplicação em caso de emergência, ficando sob sua guarda
comércio, manipulação ou uso das substâncias e e responsabilidade.
medicamentos de que trata este Regulamento Técnico e Parágrafo único. A reposição das ampolas se fará com a
de suas atualizações serão executadas, quando Notificação de Receita devidamente preenchida com o
necessário, em conjunto com o órgão competente do nome e endereço completo do paciente ao qual tenha sido
Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça e seus administrado o medicamento.
congêneres nos Estados, Municípios e Distrito Federal. Art. 95 Quando houver apreensão policial, de plantas,
Art. 88 As empresas, estabelecimentos, instituições ou substâncias e/ou medicamentos, de uso proscrito no
entidades que exerçam atividades correlacionadas com Brasil - Lista - "E" (plantas que podem originar
substâncias constantes das listas deste Regulamento substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas) e lista "F"
Técnico e de suas atualizações ou seus respectivos (substâncias proscritas), a guarda dos mesmos será de
medicamentos, quando solicitadas pelas Autoridades responsabilidade da Autoridade Policial competente, que
Sanitárias competentes, deverão prestar as informações solicitará a incineração à Autoridade Judiciária.
ou proceder a entrega de documentos, nos prazos fixados, § 1º Se houver determinação do judicial, uma amostra
a fim de não obstarem a ação de vigilância sanitária e deverá ser resguardada, para efeito de análise de contra
correspondentes medidas que se fizerem necessárias. perícia.
§ 2º A Autoridade Policial, em conjunto com a
CAPÍTULO XI Autoridade Sanitária providenciará a incineração da
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS quantidade restante, mediante autorização expressa do
Art. 89 É proibido distribuir amostras grátis de judicial. As Autoridades Sanitárias e Policiais lavrarão o
substâncias e/ou medicamentos constantes deste termo e auto de incineração, remetendo uma via à
Regulamento Técnico e de suas atualizações. autoridade judicial para instrução do processo.
§ 1º Será permitida a distribuição de amostras grátis de Art. 96 Quando houver apreensão policial, de substâncias
medicamentos que contenham substâncias constantes das das listas constantes deste Regulamento Técnico e de
listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle suas atualizações, bem como os medicamentos que as
especial) e "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento contenham, dentro do prazo de validade, a sua guarda
Técnico e de suas atualizações, em suas embalagens ficará sob a responsabilidade da Autoridade Policial
originais, exclusivamente aos profissionais médicos, que competente. O juiz determinará a destinação das
assinarão o comprovante de distribuição emitido pelo substâncias ou medicamentos apreendidos.
fabricante. Art. 97 A Autoridade Sanitária local regulamentará, os
§ 2º Em caso de o profissional doar medicamentos procedimentos e rotinas em cada esfera de governo, bem
amostras-grátis à instituição a que pertence, deverá como cumprirá e fará cumprir as determinações
fornecer o respectivo comprovante de distribuição constantes deste Regulamento Técnico.
devidamente assinado. A instituição deverá dar entrada Art. 98 O não cumprimento das exigências deste
em Livro de Registro da quantidade recebida. Regulamento Técnico, constituirá infração sanitária,
§ 3º O comprovante a que se refere o caput deste artigo, ficando o infrator sujeito as penalidades previstas na
deverá ser retido pelo fabricante ou pela instituição que legislação sanitária vigente, sem prejuízo das demais
recebeu a amostra-grátis do médico, pelo período de 2 sanções de natureza civil ou penal cabíveis.

32
Art. 99 Os casos omissos serão submetidos à apreciação submetidas ao controle e fiscalização do Ministério da
da Autoridade Sanitária competente do Ministério da Justiça conforme Lei n.º 9.017/95.
Saúde, Estados, Municípios e Distrito Federal. Art. 109 Ficam revogadas as Portarias n.º 54/74, n.º
Art. 100 As Autoridades Sanitárias e Policiais auxiliar- 12/80, n.º 15/81, n.º 02/85, n.º 01/86, n.º 27/86-DIMED,
se-ão mutuamente nas diligências que se fizerem n.º 28/86-DIMED, n.º 11/88, n.º 08/89, n.º 17/91, n.º
necessárias ao fiel cumprimento deste Regulamento 59/91, n.º 61/91, n.º 101/91, n.º 59/92, n.º 66/93, n.º
Técnico. 81/93, n.º 98/93, n.º 101/93, n.º 87/94, n.º 21/95, n.º
Art. 101 As listas de substâncias constantes deste 82/95, n.º 97/95, n.º 110/95, n.º 118/96, n.º 120/96, n.º
Regulamento Técnico serão atualizadas através de 122/96, n.º. 132/96, n.º 151/96, n.º 189/96, n.º 91/97, n.º.
publicações em Diário Oficial da União sempre que 97/97, n.º 103/97, e n.º 124/97, além dos artigos 2º., 3º.,
ocorrer concessão de registro de produtos novos, 4º, 13,14, 15, 18, 19, 21, 22, 23, 24, 28, 26, 27 31, 35 e
alteração de fórmulas, cancelamento de registro de 36 da Portaria SVS/MS n.º 354 de 15/8/97.
produto e alteração de classificação de lista para registro Art. 110 Este Regulamento Técnico entrará em vigor na
anteriormente publicado. data de sua publicação, revogando as disposições em
Art. 102 Somente poderá manipular ou fabricar contrário.
substâncias constantes das listas deste Regulamento GONZALO VECINA NETO
Técnico e de suas atualizações bem como os Este texto não substitui o publicado no D.O.U de
medicamentos que as contenham, os estabelecimentos 31/12/1998
sujeitos a este Regulamento Técnico, quando atendidas (*) Republicada por ter saído com incorreções do original
as Boas Práticas de Manipulação (BPM) e Boas Práticas republicado no Diário Oficial da União de 31 de
de Fabricação (BPF), respectivamente para farmácias e dezembro de 1998, Seção I.
indústrias.
Art. 103 As empresas importadoras, qualquer que seja a
natureza ou a etapa de processamento do medicamento ATENÇÃO:
importado a base de substancias constantes das listas
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, Obs: Para consultar as atualizações das listas de
deverão comprovar, perante a SVS/MS, no momento da substâncias acessar:
entrada da mercadoria no país, o cumprimento das Boas <http://portal.anvisa.gov.br/lista-de-substancias-
Práticas de Fabricação (BPF) pelas respectivas unidades sujeitas-a-controle-especial
fabris de origem, mediante a apresentação do competente
Certificado, emitido a menos de 2 (dois) anos, pela ou acessar: www.anvisa.gov.br, no link medicamentos –
Autoridade Sanitária do país de procedência. em serviços e profissionais de saúde – em lista de
Art. 104 A Secretaria de Vigilância Sanitária do substâncias.
Ministério da Saúde no prazo de 60 (sessenta) dias
harmonizará e regulamentará a Boas Práticas de
Manipulação (BPM), no âmbito nacional. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA -
Parágrafo único. O Certificado de BPM do que trata o RDC Nº 277, DE 16 DE ABRIL DE 2019
caput deste artigo será concedido pela Autoridade (Publicada no DOU em 17/04/2019.
Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito Dispõe sobre a atualização do Anexo I (Listas de
Federal. Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e
Art. 105 A revisão e atualização deste Regulamento Outras sob Controle Especial) da Portaria SVS/MS nº
Técnico deverão ocorrer no prazo de 2 (dois) anos. 344, de 12 de maio de 1998.
Art. 106 O Órgão de Vigilância Sanitária do Ministério
da Saúde baixará instruções normativas de caráter geral ANEXO I
ou específico sobre a aplicação do presente Regulamento ATUALIZAÇÃO N. 66
Técnico, bem como estabelecerá documentação,
formulários e periodicidades de informações. LISTA - A1
Art. 107 Compete aos Estados, Municípios e o Distrito LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES
Federal, exercer a fiscalização e o controle dos atos (Sujeitas a Notificação de Receita “A”)
relacionados a produção, comercialização e uso de 1. ACETILMETADOL
substâncias constantes das listas deste Regulamento 2. ALFACETILMETADOL
Técnico e de suas atualizações, bem como os 3. ALFAMEPRODINA
medicamentos que as contenham, no âmbito de seus 4. ALFAMETADOL
territórios bem como fará cumprir as determinações da 5. ALFAPRODINA
legislação federal pertinente e deste Regulamento 6. ALFENTANILA
Técnico. 7. ALILPRODINA
Art. 108 Excetuam-se das disposições legais deste 8. ANILERIDINA
Regulamento Técnico as substâncias constantes da lista 9. BEZITRAMIDA
"D2" (insumos químicos) as quais encontram-se 10. BENZETIDINA
11. BENZILMORFINA
33
12. BENZOILMORFINA 65. MORFINA
13. BETACETILMETADOL 66. MORINAMIDA
14. BETAMEPRODINA 67. NICOMORFINA
15. BETAMETADOL 68. NORACIMETADOL
16. BETAPRODINA 69. NORLEVORFANOL
17. BUPRENORFINA 70. NORMETADONA
18. BUTORFANOL 71. NORMORFINA
19. CLONITAZENO 72. NORPIPANONA
20. CODOXIMA 73. N-OXICODEÍNA
21. CONCENTRADO DE PALHA DE DORMIDEIRA 74. N-OXIMORFINA
22. DEXTROMORAMIDA 75. ÓPIO
23. DIAMPROMIDA 76.ORIPAVINA
24. DIETILTIAMBUTENO 77. OXICODONA
25. DIFENOXILATO 78. OXIMORFONA
26. DIFENOXINA 79. PETIDINA
27. DIIDROMORFINA 80. PIMINODINA
28. DIMEFEPTANOL (METADOL) 81. PIRITRAMIDA
29. DIMENOXADOL 82. PROEPTAZINA
30. DIMETILTIAMBUTENO 83. PROPERIDINA
31. DIOXAFETILA 84. RACEMETORFANO
32. DIPIPANONA 85. RACEMORAMIDA
33. DROTEBANOL 86. RACEMORFANO
34. ETILMETILTIAMBUTENO 87. REMIFENTANILA
35. ETONITAZENO 88. SUFENTANILA
36. ETOXERIDINA 89.TAPENTADOL
37. FENADOXONA 90. TEBACONA
38. FENAMPROMIDA 91. TEBAÍNA
39. FENAZOCINA 92. TILIDINA
40. FENOMORFANO 93. TRIMEPERIDINA
41. FENOPERIDINA ADENDO:
42. FENTANILA 1) ficam também sob controle:
43. FURETIDINA 1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros (exceto os
44. HIDROCODONA isômeros dextrometorfano, (+)3-metoxi-N-
45. HIDROMORFINOL metilmorfinan, e o Dextrorfano, (+) 3-hidroxi-
46. HIDROMORFONA Nmetilmorfinan), das substâncias enumeradas acima,
47. HIDROXIPETIDINA sempre que seja possível a sua existência;
48. INTERMEDIÁRIO DA METADONA (4-CIANO-2- 1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros (exceto os
DIMETILAMINA-4,4-DIFENILBUTANO) isômeros dextrometorfano, (+)3-metoxi-N-
49.INTERMEDIÁRIO DA MORAMIDA (ÁCIDO 2- metilmorfinan, e o Dextrorfano, (+) 3-hidroxi-N-
METIL-3-MORFOLINA1,1-DIFENILPROPANO etilmorfinan), das substâncias enumeradas acima, sempre
CARBOXÍLICO) que seja possível a sua existência.
50. INTERMEDIÁRIO “A” DA PETIDINA (4 CIANO- 2) preparações à base de DIFENOXILATO, contendo
1-METIL-4-FENILPIPERIDINA) por unidade posológica, não mais que 2,5 miligramas de
51.INTERMEDIÁRIO “B” DA PETIDINA (ÉSTER DIFENOXILATO calculado como base, e uma
ETÍLICO DO ÁCIDO 4-FENILPIPERIDINA-4- quantidade de Sulfato de Atropina equivalente a, pelo
CARBOXILÍCO) menos, 1,0% da quantidade de DIFENOXILATO, ficam
52.INTERMEDIÁRIO “C” DA PETIDINA (ÁCIDO-1- sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em
METIL-4-FENILPIPERIDINA-4-CARBOXÍLICO) 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem
53. ISOMETADONA apresentar a seguinte frase: “VENDA SOB
54. LEVOFENACILMORFANO PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO
55. LEVOMETORFANO COM
56. LEVOMORAMIDA RETENÇÃO DA RECEITA“.
57. LEVORFANOL 3) preparações à base de ÓPIO, contendo até 5
58. METADONA miligramas de morfina anidra por mililitros, ou seja, até
59. METAZOCINA 50 miligramas de ÓPIO, ficam sujeitas a prescrição da
60. METILDESORFINA RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL, em 2 (duas)
61. METILDIIDROMORFINA vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a
62. METOPONA seguinte frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
63. MIROFINA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
64. MORFERIDINA RECEITA“.
34
4) fica proibida a comercialização e manipulação de 7. NALBUFINA
todos os medicamentos que contenham ÓPIO e seus 8. NALORFINA
derivados sintéticos e CLORIDRATO DE 9. NICOCODINA
DIFENOXILATO e suas associações, nas formas 10. NICODICODINA
farmacêuticas líquidas ou em xarope para uso pediátrico 11. NORCODEÍNA
(Portaria SVS/MS n.º 106 de 14 de setembro de 1994 – 12. PROPIRAM
DOU 19/9/94). 13. TRAMADOL
5) preparações medicamentosas na forma farmacêutica ADENDO:
de comprimidos de liberação controlada à base de 1)ficam também sob controle:
OXICODONA, contendo não mais que 40 miligramas 1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias
dessa substância, por unidade posológica, ficam sujeitas enumeradas acima, sempre que seja possível a sua
a prescrição em RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL, existência;
em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem 1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias
apresentar a seguinte frase: “VENDA SOB enumeradas acima, sempre que seja possível a sua
PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO existência.
COM RETENÇÃO DA RECEITA”. 2) preparações à base de ACETILDIIDROCODEÍNA,
6) excetua-se dos controles referentes a esta Lista o CODEÍNA, DIIDROCODEÍNA, ETILMORFINA,
isômero proscrito alfa-PVP, que está relacionado na Lista FOLCODINA, NICODICODINA, NORCODEÍNA,
“F2” deste regulamento. inclusive as misturadas a um ou mais componentes, em
7) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os que a quantidade de entorpecentes não exceda 100
isômeros relacionados nominalmente em outra Lista miligramas por unidade posológica, e em que a
deste regulamento. concentração não ultrapasse a 2,5% nas preparações de
8) preparações medicamentosas na forma farmacêutica formas indivisíveis ficam sujeitas prescrição da Receita
adesivos transdérmicos contendo BUPRENORFINA em de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de
matriz polimérica adesiva, ou seja, sem reservatório de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase:
substância ativa, ficam sujeitas a prescrição em “VENDA SOB PRESCRIÇÃO
RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL em 2 (duas) MÉDICA –SÓ PODE SER VENDIDO COM
vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a RETENÇÃO DA RECEITA “.
seguinte frase: 3) preparações à base de TRAMADOL, inclusive as
“VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE misturadas a um ou mais componentes, em que a
SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA”. quantidade não exceda 100 miligramas de TRAMADOL
9) A importação e a exportação de padrões analíticos à por unidade posológica ficam sujeitas a prescrição da
base das substâncias BUTORFANOL, MORINAMIDA e Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os
TAPENTADOL, em que a quantidade do ativo sujeito a dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte
controle especial não exceda 500 mg por unidade, não frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ
requer Autorização de Importação e Autorização de PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
Exportação, respectivamente. O disposto neste adendo RECEITA “.
também se aplica aos padrões analíticos à base dos sais, 4) preparações à base de DEXTROPROPOXIFENO,
éteres, ésteres e isômeros, assim como dos sais de éteres, inclusive as misturadas a um ou mais componentes, em
de ésteres e de isômeros, das substâncias citadas, a que a quantidade de entorpecente não exceda 100
menos que sejam explicitamente excetuados ou miligramas por unidade posológica e em que a
constantes de listas de controle mais restrito e desde que concentração não ultrapasse 2,5% nas preparações
a quantidade do ativo sujeito a controle especial não indivisíveis, ficam sujeitas a prescrição da Receita de
ultrapasse o limite especificado. Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de
10) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase:
isômeros não listados nominalmente e que sejam “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE
componentes de medicamentos registrados na Anvisa, SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA “.
bem como os medicamentos que os contenham. 5) preparações à base de NALBUFINA, inclusive as
misturadas a um ou mais componentes, em que a
LISTA – A2 quantidade não exceda 10 miligramas de CLORIDRATO
LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES DE NALBUFINA por unidade posológica ficam sujeitas
DE USO PERMITIDO SOMENTE EM a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas)
CONCENTRAÇÕES ESPECIAIS vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a
(Sujeitas a Notificação de Receita “A”) seguinte frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
1. ACETILDIIDROCODEINA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
2. CODEÍNA RECEITA “.
3. DEXTROPROPOXIFENO 6) preparações à base de PROPIRAM, inclusive as
4. DIIDROCODEÍNA misturadas a um ou mais componentes, contendo não
5. ETILMORFINA mais que 100 miligramas de PROPIRAM por unidade
6. FOLCODINA posológica e associados, no mínimo, a igual quantidade
35
de metilcelulose, ficam sujeitas a prescrição da Receita 3) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os
de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de isômeros relacionados nominalmente em outra Lista
rotulagem e bula deverão apresentar a seguinte frase: deste regulamento.
“VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE 4) A importação e a exportação de padrões analíticos à
SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA “. base das substâncias ATOMOXETINA,
7) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os CLOBENZOREX, CLORFENTERMINA,
isômeros relacionados nominalmente em outra Lista LISDEXANFETAMINA, MODAFINILA,
deste regulamento. METILSINEFRINA e TANFETAMINA, em que a
8) A importação e a exportação de padrões analíticos à quantidade do ativo sujeito a controle especial não
base das substâncias NALBUFINA e TRAMADOL, em exceda 500 mg por unidade, não requer Autorização de
que a quantidade do ativo sujeito a controle especial não Importação e Autorização de Exportação,
exceda 500 mg por unidade, não requer Autorização de respectivamente. O disposto neste adendo também se
Importação e Autorização de Exportação, aplica aos padrões analíticos à base dos sais, éteres,
respectivamente. O disposto neste adendo também se ésteres e isômeros, assim como dos sais de éteres, de
aplica aos padrões analíticos à base dos sais, éteres, ésteres e de isômeros, das substâncias citadas, a menos
ésteres e isômeros, assim como dos sais de éteres, de que sejam explicitamente excetuados ou constantes de
ésteres e de isômeros, das substâncias citadas, a menos listas de controle mais restrito e desde que a quantidade
que sejam explicitamente excetuados ou constantes de do ativo sujeito a controle especial não ultrapasse o
listas de controle mais restrito e desde que a quantidade limite especificado.
do ativo sujeito a controle especial não ultrapasse o 5) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os
limite especificado. isômeros não listados nominalmente e que sejam
9) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os componentes de medicamentos registrados na Anvisa,
isômeros não listados nominalmente e que sejam bem como os medicamentos que os contenham.
componentes de medicamentos registrados na Anvisa,
bem como os medicamentos que os contenham. LISTA – B1
LISTA - A3 LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS
LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS (Sujeitas a Notificação de Receita “B”)
(Sujeita a Notificação de Receita “A”) 1. ALOBARBITAL
1. ANFETAMINA 2. ALPRAZOLAM
2. ATOMOXETINA 3. AMINEPTINA
3. CATINA 4. AMOBARBITAL
4. CLOBENZOREX 5. APROBARBITAL
5. CLORFENTERMINA 6. BARBEXACLONA
6. DEXANFETAMINA 7. BARBITAL
7. DRONABINOL 8. BROMAZEPAM
8. FEMETRAZINA 9. BROTIZOLAM
9. FENCICLIDINA 10. BUTABARBITAL
10. FENETILINA 11. BUTALBITAL
11. LEVANFETAMINA 12. CAMAZEPAM
12. LEVOMETANFETAMINA 13. CETAZOLAM
13. LISDEXANFETAMINA 14. CICLOBARBITAL
14. METILFENIDATO 15. CLOBAZAM
15. METILSINEFRINA 16. CLONAZEPAM
16.MODAFINILA 17. CLORAZEPAM
17. TANFETAMINA 18. CLORAZEPATO
ADENDO: 19. CLORDIAZEPÓXIDO
1) ficam também sob controle: 20. CLORETO DE ETILA
1.1 os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias 21. CLORETO DE METILENO/DICLOROMETANO
enumeradas acima, sempre que seja possível a sua 22. CLOTIAZEPAM
existência; 23. CLOXAZOLAM
1.2 os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias 24. DELORAZEPAM
enumeradas acima, sempre que seja possível a sua 25. DIAZEPAM
existência. 26. ESTAZOLAM
2) ficam sujeitos aos controles referentes a esta Lista os 27. ETCLORVINOL
medicamentos registrados na Anvisa que possuam em 28. ETILANFETAMINA (N-ETILANFETAMINA)
sua formulação derivados de Cannabis sativa, em 29. ETINAMATO
concentração de no máximo 30 mg de 30. FENAZEPAM
tetrahidrocannabinol (THC) por mililitro e 30 mg de 31. FENOBARBITAL
canabidiol por mililitro. 32. FLUDIAZEPAM
33. FLUNITRAZEPAM
36
34. FLURAZEPAM PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
35. GHB - (ÁCIDO GAMA – HIDROXIBUTÍRICO) RECEITA”.
36. GLUTETIMIDA 3) em relação ao controle do CLORETO DE ETILA:
37. HALAZEPAM 3.1. fica proibido o uso do CLORETO DE ETILA para
38. HALOXAZOLAM fins médicos, bem como a sua utilização sob a forma de
39. LEFETAMINA aerosol, aromatizador de ambiente ou de qualquer outra
40. LOFLAZEPATO DE ETILA forma que possibilite o seu uso indevido.
41. LOPRAZOLAM 3.2. o controle e a fiscalização da substância CLORETO
42. LORAZEPAM DE ETILA, ficam submetidos ao Órgão competente do
43. LORMETAZEPAM Ministério da Justiça e Segurança Pública, de acordo com
44. MEDAZEPAM a Lei nº 10.357 de 27/12/2001, Decreto nº 4.262 de
45. MEPROBAMATO 10/06/2002 e Portaria MJ nº 1.274 de 25/08/2003.
46. MESOCARBO 4) preparações a base de ZOLPIDEM e de
47. METILFENOBARBITAL (PROMINAL) ZALEPLONA, em que a quantidade dos princípios
48. METIPRILONA ativos ZOLPIDEM e ZALEPLONA respectivamente,
49. MIDAZOLAM não excedam 10 miligramas por unidade posológica,
50. NIMETAZEPAM ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle
51. NITRAZEPAM Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e
52. NORCANFANO (FENCANFAMINA) bula devem apresentar a seguinte
53. NORDAZEPAM frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ
54. OXAZEPAM PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
55. OXAZOLAM RECEITA“.
56. PEMOLINA 5) preparações a base de ZOPICLONA em que a
57. PENTAZOCINA quantidade do princípio ativo ZOPICLONA não exceda
58. PENTOBARBITAL 7,5 miligramas por unidade posológica, ficam sujeitas a
59. PERAMPANEL prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas)
60. PINAZEPAM vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a
61. PIPRADROL seguinte frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
62. PIROVALERONA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
63. PRAZEPAM RECEITA“.
64. PROLINTANO 6) fica proibido o uso humano de CLORETO DE
65. PROPILEXEDRINA METILENO/DICLOROMETANO e de
66. SECBUTABARBITAL TRICLOROETILENO, por via oral ou inalação.
67. SECOBARBITAL 7) quando utilizadas exclusivamente para fins industriais
68. TEMAZEPAM legítimos, as substâncias CLORETO DE
69. TETRAZEPAM METILENO/DICLOROMETANO e
70. TIAMILAL TRICLOROETILENO estão excluídas dos controles
71. TIOPENTAL referentes a esta Lista, estando submetidas apenas aos
72. TRIAZOLAM controles impostos pela Lista D2 deste Regulamento
73. TRICLOROETILENO (controle do Ministério da Justiça).
74. TRIEXIFENIDIL 8) excetua-se dos controles referentes a esta Lista, o
75. VINILBITAL isômero proscrito TH-PVP, que está relacionado na Lista
76. ZALEPLONA "F2" deste regulamento.
77. ZOLPIDEM 9) os medicamentos que contenham PERAMPANEL
78. ZOPICLONA ficam sujeitos à prescrição em Receita de Controle
ADENDO: Especial, em 2 (duas) vias, e os dizeres de rotulagem e
1) ficam também sob controle: bula devem apresentar a seguinte frase: “VENDA SOB
1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO
enumeradas acima, sempre que seja possível a sua COM RETENÇÃO DA RECEITA”.
existência; 10) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os
1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias isômeros relacionados nominalmente em outra Lista
enumeradas acima, sempre que seja possível a sua deste regulamento.
existência. 11) A importação e a exportação de padrões analíticos à
2) os medicamentos que contenham FENOBARBITAL, base das substâncias APROBARBITAL,
METILFENOBARBITAL (PROMINAL), BARBITAL e BARBEXACLONA, CLORAZEPAM, PERAMPANEL,
BARBEXACLONA, ficam sujeitos a prescrição da PROLINTANO, PROPILEXEDRINA, TIAMILAL,
Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os TIOPENTAL, TRIEXIFENIDIL, ZALEPLONA e
dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte ZOPICLONA, em que a quantidade do ativo sujeito a
frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ controle especial não exceda 500 mg por unidade, não
requer Autorização de Importação e Autorização de
37
Exportação, respectivamente. O disposto neste adendo LISTA – C1
também se aplica aos padrões analíticos à base dos sais, LISTA DAS OUTRAS SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A
éteres, ésteres e isômeros, assim como dos sais de éteres, CONTROLE ESPECIAL
de ésteres e de isômeros, das substâncias citadas, a (Sujeitas a Receita de Controle Especial em duas vias)
menos que sejam explicitamente excetuados ou 1. ACEPROMAZINA
constantes de listas de controle mais restrito e desde que 2. ÁCIDO VALPRÓICO
a quantidade do ativo sujeito a controle especial não 3. AGOMELATINA
ultrapasse o limite especificado. 4. AMANTADINA
12) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os 5. AMISSULPRIDA
isômeros não listados nominalmente e que sejam 6. AMITRIPTILINA
componentes de medicamentos registrados na Anvisa, 7. AMOXAPINA
bem como os medicamentos que os contenham. 8. ARIPIPRAZOL
LISTA - B2 9. ASENAPINA
LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS 10. AZACICLONOL
ANOREXÍGENAS 11. BECLAMIDA
(Sujeitas a Notificação de Receita “B2”) 12. BENACTIZINA
1. AMINOREX 13. BENFLUOREX
2. ANFEPRAMONA 14. BENZIDAMINA
3. FEMPROPOREX 15. BENZOCTAMINA
4. FENDIMETRAZINA 16. BENZOQUINAMIDA
5. FENTERMINA 17. BIPERIDENO
6. MAZINDOL 18. BRIVARACETAM
7. MEFENOREX 19. BUPROPIONA
8. SIBUTRAMINA 20. BUSPIRONA
ADENDO: 21. BUTAPERAZINA
1) ficam também sob controle: 22. BUTRIPTILINA
1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias 23. CANABIDIOL (CBD)
enumeradas acima, sempre que seja possível a sua 24. CAPTODIAMO
existência; 25. CARBAMAZEPINA
1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias 26. CAROXAZONA
enumeradas acima, sempre que seja possível a sua 27. CELECOXIBE
existência. 28. CETAMINA
2) excetua-se dos controles referentes a esta Lista, o 29. CICLARBAMATO
isômero proscrito metanfetamina que está relacionado na 30. CICLEXEDRINA
Lista “F2” deste regulamento. 31. CICLOPENTOLATO
3) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista, os 32. CISAPRIDA
isômeros proscritos 4- MEC, 5-MAPDB e pentedrona, 33. CITALOPRAM
que estão relacionados na Lista "F2" deste regulamento. 34. CLOMACRANO
4) excetua-se das disposições legais deste Regulamento 35. CLOMETIAZOL
Técnico a substância DEET (N,N-dietil-3- 36. CLOMIPRAMINA
metilbenzamida). 37. CLOREXADOL
5) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os 38. CLORPROMAZINA
isômeros relacionados nominalmente em outra Lista 39. CLORPROTIXENO
deste regulamento. 40. CLOTIAPINA
6) A importação e a exportação de padrões analíticos à 41. CLOZAPINA
base de SIBUTRAMINA, em que a quantidade do ativo 42. DAPOXETINA
sujeito a controle especial não exceda 500 mg por 43. DESFLURANO
unidade, não requer Autorização de Importação e 44. DESIPRAMINA
Autorização de Exportação, respectivamente. O disposto 45. DESVENLAFAXINA
neste adendo também se aplica aos padrões analíticos à 46. DEXETIMIDA
base dos sais, éteres, ésteres e isômeros, assim como dos 47. DEXMEDETOMIDINA
sais de éteres, de ésteres e de isômeros, da substância 48. DIBENZEPINA
citada, a menos que sejam explicitamente excetuados ou 49. DIMETRACRINA
constantes de listas de controle mais restrito e desde que 50. DISOPIRAMIDA
a quantidade do ativo sujeito a controle especial não 51. DISSULFIRAM
ultrapasse o limite especificado. 52. DIVALPROATO DE SÓDIO
7) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os 53. DIXIRAZINA
isômeros não listados nominalmente e que sejam 54. DONEPEZILA
componentes de medicamentos registrados na Anvisa, 55. DOXEPINA
bem como os medicamentos que os contenham. 56. DROPERIDOL
38
57. DULOXETINA 117. MILNACIPRANA
58. ECTILURÉIA 118. MINAPRINA
59. EMILCAMATO 119. MIRTAZAPINA
60. ENFLURANO 120. MISOPROSTOL
61. ENTACAPONA 121. MOCLOBEMIDA
62. ESCITALOPRAM 122. MOPERONA
63. ETOMIDATO 123. NALOXONA
64. ETORICOXIBE 124. NALTREXONA
65. ETOSSUXIMIDA 125. NEFAZODONA
66. FACETOPERANO 126. NIALAMIDA
67. FEMPROBAMATO 127. NITRITO DE ISOBUTILA
68. FENAGLICODOL 128. NOMIFENSINA
69. FENELZINA 129. NORTRIPTILINA
70. FENIPRAZINA 130. NOXIPTILINA
71. FENITOINA 131. OLANZAPINA
72. FLUFENAZINA 132. OPIPRAMOL
73. FLUMAZENIL 133. OXCARBAZEPINA
74. FLUOXETINA 134. OXIBUPROCAÍNA (BENOXINATO)
75. FLUPENTIXOL 135. OXIFENAMATO
76. FLUVOXAMINA 136. OXIPERTINA
77. GABAPENTINA 137. PALIPERIDONA
78. GALANTAMINA 138. PARECOXIBE
79. HALOPERIDOL 139. PAROXETINA
80. HALOTANO 140. PENFLURIDOL
81. HIDRATO DE CLORAL 141. PERFENAZINA
82. HIDROCLORBEZETILAMINA 142. PERGOLIDA
83. HIDROXIDIONA 143. PERICIAZINA (PROPERICIAZINA)
84. HOMOFENAZINA 144. PIMOZIDA
85. IMICLOPRAZINA 145. PIPAMPERONA
86. IMIPRAMINA 146. PIPOTIAZINA
87. IMIPRAMINÓXIDO 147. PRAMIPEXOL
88. IPROCLOZIDA 148. PREGABALINA
89. ISOCARBOXAZIDA 149. PRIMIDONA
90. ISOFLURANO 150. PROCLORPERAZINA
91. ISOPROPIL-CROTONIL-URÉIA 151. PROMAZINA
92. LACOSAMIDA 152. PROPANIDINA
93. LAMOTRIGINA 153. PROPIOMAZINA
94. LEFLUNOMIDA 154. PROPOFOL
95. LEVETIRACETAM 155. PROTIPENDIL
96. LEVOMEPROMAZINA 156. PROTRIPTILINA
97. LISURIDA 157. PROXIMETACAINA
98. LITIO 158. QUETIAPINA
99. LOPERAMIDA 159. RAMELTEONA
100. LOXAPINA 160. RASAGILINA
101. LUMIRACOXIBE 161. REBOXETINA
102. LURASIDONA 162. RIBAVIRINA
103. MAPROTILINA 163. RIMONABANTO
104. MECLOFENOXATO 164. RISPERIDONA
105. MEFENOXALONA 165. RIVASTIGMINA
106. MEFEXAMIDA 166. ROFECOXIBE
107. MEMANTINA 167. ROPINIROL
108. MEPAZINA 168. ROTIGOTINA
109. MESORIDAZINA 169. RUFINAMIDA
110. METILNALTREXONA 170. SELEGILINA
111. METILPENTINOL 171. SERTRALINA
112. METISERGIDA 172. SEVOFLURANO
113. METIXENO 173. SULPIRIDA
114. METOPROMAZINA 174. SULTOPRIDA
115. METOXIFLURANO 175. TACRINA
116. MIANSERINA 176. TERIFLUNOMIDA
39
177. TETRABENAZINA VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA COM
178. TETRACAÍNA RETENÇÃO DE RECEITA - quando tratar-se de
179. TIAGABINA preparações farmacêuticas de uso tópico oftalmológico.
180. TIANEPTINA 6) excetuam-se das disposições legais deste Regulamento
181. TIAPRIDA Técnico as substâncias DISSULFIRAM, LÍTIO
182. TIOPROPERAZINA (metálico e seus sais) e HIDRATO DE CLORAL,
183. TIORIDAZINA quando, comprovadamente, forem utilizadas para outros
184. TIOTIXENO fins, que não as formulações medicamentosas, e, portanto
185. TOLCAPONA não estão sujeitos ao controle e fiscalização previstos nas
186. TOPIRAMATO Portarias SVS/MS n.º 344/98 e nº. 6/99.
187. TRANILCIPROMINA 7) excetuam-se das disposições legais deste Regulamento
188. TRAZODONA Técnico os medicamentos a base de BENZIDAMINA
189. TRICLOFÓS cujas formas farmacêuticas sejam: pó para preparação
190. TRIFLUOPERAZINA extemporânea, solução ginecológica, spray, pastilha
191. TRIFLUPERIDOL drops, colutório, pasta dentifrícia e gel.
192. TRIMIPRAMINA 8) fica proibido o uso de NITRITO DE ISOBUTILA
193. TROGLITAZONA para fins médicos, bem como a sua utilização como
194. VALDECOXIBE aromatizador de ambiente ou de qualquer outra forma
195. VALPROATO SÓDICO que possibilite o seu uso indevido.
196. VENLAFAXINA 9) excetua-se das disposições legais deste Regulamento
197. VERALIPRIDA Técnico, o NITRITO DE ISOBUTILA, quando utilizado
198. VIGABATRINA exclusivamente para fins industriais legítimos.
199. VILAZODONA 10) excetua-se das disposições legais deste Regulamento
200. VORTIOXETINA Técnico a substância prometazina.
201. ZIPRAZIDONA 11) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os
202. ZOTEPINA isômeros relacionados nominalmente em outra Lista
203. ZUCLOPENTIXOL deste regulamento.
ADENDO: 12) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os
1) ficam também sob controle: isômeros não listados nominalmente e que sejam
1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias componentes de medicamentos registrados na Anvisa,
enumeradas acima, sempre que seja possível a sua bem como os medicamentos que os contenham.
existência;
1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias LISTA - C2
enumeradas acima, sempre que seja possível a sua LISTA DE SUBSTÂNCIAS RETINÓICAS
existência. (Sujeitas a Notificação de Receita Especial)
1.3 o disposto nos itens 1.1 e 1.2 não se aplica a 1. ACITRETINA
substância canabidiol. 2. ADAPALENO
2) os medicamentos à base da substância 3. BEXAROTENO
LOPERAMIDA ficam sujeitos a VENDA SOB 4. ISOTRETINOÍNA
PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE 5. TRETINOÍNA
RECEITA ADENDO:
3) fica proibido a comercialização e manipulação de 1) ficam também sob controle:
todos os medicamentos que contenham LOPERAMIDA 1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias
ou em associações, nas formas farmacêuticas líquidas ou enumeradas acima, sempre que seja possível a sua
em xarope para uso pediátrico (Portaria SVS/MS n.º 106 existência;
de 14 de setembro de 1994 – DOU 19/9/94). 1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias
4) só será permitida a compra e uso do medicamento enumeradas acima, sempre que seja possível a sua
contendo a substância MISOPROSTOL em existência.
estabelecimentos hospitalares devidamente cadastrados 2) os medicamentos de uso tópico contendo as
junto a Autoridade Sanitária para este fim; substâncias desta lista ficam sujeitos a VENDA SOB
5) os medicamentos à base da substância PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE
TETRACAÍNA ficam sujeitos a: (a) VENDA SEM RECEITA.
PRESCRIÇÃO MÉDICA - quando tratar-se de 3) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os
preparações farmacêuticas de uso tópico odontológico, isômeros relacionados nominalmente em outra Lista
não associadas a qualquer outro princípio ativo; (b) deste regulamento.
VENDA COM PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM A 4) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os
RETENÇÃO DE RECEITA - quando tratar-se de isômeros não listados nominalmente e que sejam
preparações farmacêuticas de uso tópico componentes de medicamentos registrados na Anvisa,
otorrinolaringológico, especificamente para Colutórios e bem como os medicamentos que os contenham.
Soluções utilizadas no tratamento de Otite Externa e (c)
40
LISTA – C3 1.1 os sais, éteres, ésteres e isômeros das substâncias
LISTA DE SUBSTÂNCIAS enumeradas acima, sempre que seja possível a sua
IMUNOSSUPRESSORAS existência;
(Sujeita a Notificação de Receita Especial) 1.2 os sais de éteres, ésteres e isômeros das substâncias
1. FTALIMIDOGLUTARIMIDA (TALIDOMIDA) enumeradas acima, sempre que seja possível a sua
2. LENALIDOMIDA existência.
ADENDO: 2) os medicamentos de uso tópico contendo as
1) ficam também sob controle, todos os sais e isômeros substâncias desta lista ficam sujeitos a VENDA SOB
das substâncias enumeradas acima, sempre que seja PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO DE
possível a sua existência. RECEITA.
2) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os 3) excetuam-se dos controles referentes a esta Lista os
isômeros relacionados nominalmente em outra Lista isômeros relacionados nominalmente em outra Lista
deste regulamento. deste regulamento.
3) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os 4) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os
isômeros não listados nominalmente e que sejam isômeros não listados nominalmente e que sejam
componentes de medicamentos registrados na Anvisa, componentes de medicamentos registrados na Anvisa,
bem como os medicamentos que os contenham. bem como os medicamentos que os contenham.
4) o controle da substância lenalidomida e do
medicamento que a contenha deve ser realizado mediante LISTA - D1
o atendimento dos requisitos constantes da RDC nº 191, LISTA DE SUBSTÂNCIAS PRECURSORAS DE
de 11 de dezembro de 2017. ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICOS
(Sujeitas a Receita Médica sem Retenção)
LISTA - C5 1. 1-FENIL-2-PROPANONA
LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ANABOLIZANTES 2. 3,4 - METILENDIOXIFENIL-2-PROPANONA
(Sujeitas a Receita de Controle Especial em duas vias) 3. ACIDO ANTRANÍLICO
1. ANDROSTANOLONA 4. ÁCIDO FENILACETICO
2. BOLASTERONA 5. ÁCIDO LISÉRGICO
3. BOLDENONA 6. ÁCIDO N-ACETILANTRANÍLICO
4. CLOROXOMESTERONA 7. ALFA-FENILACETOACETONITRILO (APAAN)
5. CLOSTEBOL 8. ANPP ou (1-FENETIL-N-FENILPIPERIDIN-4-
6. DEIDROCLORMETILTESTOSTERONA AMINA)
7. DROSTANOLONA 9. DIIDROERGOTAMINA
8. ESTANOLONA 10. DIIDROERGOMETRINA
9. ESTANOZOLOL 11. EFEDRINA
10. ETILESTRENOL 12. ERGOMETRINA
11. FLUOXIMESTERONA OU 13. ERGOTAMINA
FLUOXIMETILTESTOSTERONA 14. ETAFEDRINA
12. FORMEBOLONA 15. ISOSAFROL
13. MESTEROLONA 16. ÓLEO DE SASSAFRÁS
14. METANDIENONA 17. ÓLEO DA PIMENTA LONGA
15. METANDRANONA 18. PIPERIDINA
16. METANDRIOL 19. PIPERONAL
17. METENOLONA 20. PSEUDOEFEDRINA
18. METILTESTOSTERONA 21. NPP ou (N-FENETIL-4-PIPERIDINONA)
19. MIBOLERONA 22. SAFROL
20. NANDROLONA ADENDO:
21. NORETANDROLONA 1) ficam também sob controle, todos os sais das
22. OXANDROLONA substâncias enumeradas acima, sempre que seja possível
23. OXIMESTERONA a sua existência;
24. OXIMETOLONA 2) ficam também sob controle as substâncias:
25. PRASTERONA (DEIDROEPIANDROSTERONA – MESILATO DE DIIDROERGOTAMINA,
DHEA) TARTARATO DE DIIDROERGOTAMINA,
26. SOMATROPINA (HORMÔNIO DO MALEATO DE ERGOMETRINA, TARTARATO DE
CRESCIMENTO HUMANO) ERGOMETRINA E TARTARATO DE
27. TESTOSTERONA ERGOTAMINA.
28. TREMBOLONA 3) excetua-se do controle estabelecido nas Portarias
ADENDO: SVS/MS n.º344/98 e 6/99, as formulações não
1) ficam também sob controle: medicamentosas, que contém as substâncias desta lista
quando se destinarem a outros seguimentos industriais.

41
4) óleo de pimenta longa é obtido da extração das folhas 8. Salvia Divinorum
e dos talos finos da Piper hispidinervum C.DC., planta ADENDO:
nativa da Região Norte do Brasil. 1) ficam proibidas a importação, a exportação, o
5) ficam também sob controle todos os isômeros ópticos comércio, a manipulação e o uso das plantas enumeradas
da substância APAAN, sempre que seja possível sua acima.
existência. 2) ficam também sob controle, todas as substâncias
6) A importação e a exportação de padrões analíticos à obtidas a partir das plantas elencadas acima, bem como
base de DIIDROERGOMETRINA, os sais, isômeros, ésteres e éteres destas substâncias.
DIIDROERGOTAMINA e ETAFEDRINA, em que a 3) a planta Lophophora williamsii Coult. é comumente
quantidade do ativo sujeito a controle especial não conhecida como cacto peyote.
exceda 500 mg por unidade, não requer Autorização de 4) excetua-se do controle estabelecido nas Portarias
Importação e Autorização de Exportação, SVS/MS n.º 344/98 e 6/99, a importação de semente de
respectivamente. O disposto neste adendo também se dormideira (Papaver Somniferum L.) quando,
aplica aos padrões analíticos à base dos sais das comprovadamente, for utilizada com finalidade
substâncias citadas, a menos que sejam explicitamente alimentícia, devendo, portanto, atender legislação
excetuados ou constantes de listas de controle mais sanitária específica.
restrito e desde que a quantidade do ativo sujeito a 5) excetua-se dos controles referentes a esta lista a
controle especial não ultrapasse o limite especificado. substância canabidiol, que está relacionada na lista “C1”
deste regulamento.
LISTA - D2 6) excetua-se das disposições legais deste Regulamento
LISTA DE INSUMOS QUÍMICOS UTILIZADOS Técnico a substância papaverina, bem como as
PARA FABRICAÇÃO E SÍNTESE DE formulações que a contenham, desde que estas não
ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICOS possuam outras substâncias sujeitas ao controle especial
(Sujeitos a Controle do Ministério da Justiça) da Portaria SVS/MS nº 344/98.
1. ACETONA 7) fica permitida, excepcionalmente, a importação de
2. ÁCIDO CLORÍDRICO produtos que possuam as substâncias canabidiol e/ou
3. ÁCIDO SULFÚRICO tetrahidrocannabinol (THC), quando realizada por pessoa
4. ANIDRIDO ACÉTICO física, para uso próprio, para tratamento de saúde,
5. CLORETO DE ETILA mediante prescrição médica, aplicando-se os mesmos
6. CLORETO DE METILENO/DICLOROMETANO requisitos estabelecidos pela Resolução da Diretoria
7. CLOROFÓRMIO Colegiada - RDC nº 17, de 6 de maio de 2015.
8. ÉTER ETÍLICO 8) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os
9. METIL ETIL CETONA medicamentos registrados na Anvisa que possuam em
10. PERMANGANATO DE POTÁSSIO sua formulação derivados de Cannabis sativa, em
11. SULFATO DE SÓDIO concentração de no máximo 30 mg de
12. TOLUENO tetrahidrocannabinol (THC) por mililitro e 30 mg de
13. TRICLOROETILENO canabidiol por mililitro, desde que sejam atendidas as
ADENDO: exigências desta Resolução.
1) os produtos e insumos químicos desta Lista estão 9) excetuam-se dos controles referentes a esta lista os
sujeitos a controle da Polícia Federal, de acordo com a isômeros das substâncias obtidas a partir das plantas
Lei nº 10.357 de 27/12/2001, Decreto nº 4.262 de elencadas acima não listados nominalmente e que sejam
10/06/2002 e Portaria MJ nº 1.274 de 25/08/2003. componentes de medicamentos registrados na Anvisa,
2) o insumo químico ou substância CLOROFÓRMIO bem como os medicamentos que os contenham.
está proibido para uso em medicamentos.
3) quando os insumos desta lista forem utilizados para LISTA – F LISTA DAS SUBSTÂNCIAS DE USO
fins de fabricação de produtos sujeitos a vigilância PROSCRITO NO BRASIL
sanitária, as empresas devem atender a legislação (ATENÇÃO:Não disponibilizado)
sanitária específica.
LISTA - C4 - LISTA DAS SUBSTÂNCIAS ANTI-
LISTA – E RETROVIRAIS (Sujeitas a Receituário do Programa da
LISTA DE PLANTAS PROSCRITAS QUE PODEM DST/AIDS ou Sujeitas a Receita de Controle Especial
ORIGINAR SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES em duas vias) - (Lista excluída pela Resolução – RDC
E/OU PSICOTRÓPICAS nº 103, de 31 de agosto de 2016).
1. Cannabis sativa L..
2. Claviceps paspali Stevens & Hall. Art. 1° Os medicamentos à base de substâncias
3. Datura suaveolens Willd. antirretrovirais estarão sujeitos à prescrição médica.
4. Erythroxylum coca Lam. Art. 2° Fica estabelecido o prazo de 18 (dezoito) meses
5. Lophophora williamsii Coult. para o esgotamento do estoque remanescente do material
6. Papaver Somniferum L.. de bula e rotulagem dos medicamentos antirretrovirais.
7. Prestonia amazonica J. F. Macbr.
42
Parágrafo único. Os materiais de bula e rotulagem de que
trata o caput deverão ser adequados conforme as
Resoluções - RDC nº 47/2009, RDC nº 71/2009 e RDC
nº57/2014.
Art. 4° Ficam revogadas as disposições aplicáveis à Lista
"C4", às substâncias e aos medicamentos antirretrovirais,
contidas na Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de
1998, na Portaria nº 6, de 29 de janeiro de 1999, na
Resolução - RDC nº 63, de 9 de setembro de 2008, na
Resolução - RDC nº 81, de 5 de novembro de 2008, na
Resolução - RDC nº 99, de 30 de dezembro de 2008, na
Resolução - RDC nº 11, de 6 de março de 2013 e na
Resolução - RDC n° 96 de 29 de julho de 2016.

ATENÇÃO:
-ANEXOS DE II A V NÃO FORAM
DISPONIBILIZADOS.

43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
§ 1º Os estabelecimentos de distribuição, comércio
Portaria nº 802 de 08/10/1998 atacadista e de dispensação, comércio varejista, devem
(D.O.U de 9/10/1998) garantir a permanência das informações de cada produto,
na forma especificada no caput deste artigo.
Institui o Sistema de controle e fiscalização em toda § 2º Os estabelecimentos de distribuição e de
cadeia de produtos farmacêuticos dispensação, não poderão aceitar a entrada de produtos
farmacêuticos com especificações incompatíveis com as
O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da constantes do caput deste artigo.
Saúde no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos § 3º Nas bulas deverão constar todos os itens constantes
dispositivos legais vigentes: neste artigo, exceto os itens "e, f, e g". Os itens de "a a g"
a Lei Federal 5991 de 17 de dezembro de 1973 e seu deverão constar obrigatoriamente na embalagem.
regulamento o Decreto 74.170 de 10 de junho de 1974; Art. 4º (REVOGADO PELA RDC 71/2009)
a Lei Federal 6.360 de 23 de setembro de 1976 e seu Art. 5º (REVOGADO PELA RDC 71/2009)
regulamento o Decreto 79.094 de 5 de janeiro de 1977; Art. 6º As embalagens primárias e/ou secundárias
considerando a necessidade de garantir maior (cartucho) de todos os medicamentos destinados e
controle sanitário na produção, distribuição, transporte e comercializados no varejo devem, como mais um fator
armazenagem dos produtos farmacêuticos; para coibir o comércio de produtos falsificados, conter
considerando que todo o segmento envolvido na lacre ou selo de segurança.
produção, distribuição, transporte e armazenagem de
medicamentos é responsável solidário pela identidade, § 1º Este lacre ou selo, deve ter as características de
eficácia, qualidade e segurança dos produtos rompimento irrecuperável e detectável, personalizado e
farmacêuticos, resolve: auto-adesivo.
§ 2º As indústrias farmacêuticas terão o prazo até o dia
Art. 1º Instituir o Sistema de Controle e Fiscalização em 08 de outubro de 1999 para implementar o disposto no
toda a cadeia dos produtos farmacêuticos. caput deste artigo.

Parágrafo único. O Sistema será operacionalizado pelas Art. 7º As empresas produtoras devem identificar os lotes
Vigilâncias Sanitárias Federal, Estaduais e Municipais dos seus produtos segundo os seguintes condicionantes:
sob a coordenação do Órgão de Vigilância Sanitária do a. entende-se por lote, a quantidade de um produto
Ministério da Saúde. farmacêutico que se produz em um ciclo de fabricação,
Art. 2º A cadeia dos produtos farmacêuticos abrange as cuja característica essencial é a homogeneidade.
etapas da produção, distribuição, transporte e b. a quantidade de unidades identificadas com o mesmo
dispensação. número de lote deverá permitir rever todas as fases do
processo de fabricação.
Parágrafo único. As empresas responsáveis por cada uma c. as embalagens primárias e secundárias deverão ter o
destas etapas são solidariamente responsáveis pela mesmo número de lote e prazo de validade.
qualidade e segurança dos produtos farmacêuticos Parágrafo único. Para os produtos que contenham duas
objetos de suas atividades específicas. unidades em sua embalagem (geralmente produto e
Art. 3º As empresas produtoras ficam obrigadas a diluente), deverão optar pela identificação do número de
informar, em cada unidade produzida para a venda final: lote do produto e desprezar o número do lote do diluente,
para informação na embalagem externa.
a. o nome do produto farmacêutico - nome genérico e
comercial; Art. 8º As empresas detentoras de registro dos produtos,
devem manter arquivo informatizado com o registro de
b. nome e endereço completo do fabricante/telefone do todas as suas transações comerciais, especificando:
Serviço de Atendimento ao Consumidor; a) designação da nota fiscal;
c. nome do responsável técnico, número de inscrição e b) data;
sigla do Conselho Regional de Farmácia; c) designação dos produtos farmacêuticos - nome
d. número de registro no Ministério da Saúde conforme genérico e/ou comercial;
publicado em D.O.U., sendo necessário somente os nove d) número do lote;
primeiros dígitos; e) quantidade fornecida;
e. data de fabricação; f) nome e endereço do destinatário;
f. data de validade; g) número da autorização de funcionamento e da licença
g. número de lote a que a unidade pertence; estadual;
h. composição dos produtos farmacêuticos; h) número do registro do produto.
i. peso, volume líquido ou quantidade de unidades, Parágrafo único. Estes arquivos devem estar à disposição
conforme o caso; da autoridade sanitária para efeitos de inspeção por um
j. finalidade, uso e aplicação; período de 5 (cinco) anos.
k. precauções, cuidados especiais.

53
Art. 9º As empresas detentoras de registro dos produtos, V - de qualquer outro produto sujeito a controle especial.
deverão informar em suas notas fiscais de venda, os Art. 15 O sistema de controle e fiscalização realizará o
números dos lotes dos produtos nelas constantes. recadastramento dos estabelecimentos comerciais de
Art. 10 Para seu funcionamento, o distribuidor de distribuição.
produtos farmacêuticos deve obter prévia autorização de § 1º As vigilâncias estaduais procederão ao
funcionamento junto à Secretaria de Vigilância recadastramento, em conformidade com a orientação da
Sanitária/MS. Secretaria de Vigilância Sanitária/MS.
Parágrafo único. A documentação para a solicitação da § 2º O prazo de recadastramento será até o dia 31 de
autorização indicada neste artigo, consta no Anexo I maio de 1999.
deste regulamento. (REVOGADO PELA RDC 16/14) § 3º A partir do prazo fixado no parágrafo anterior,
nenhum estabelecimento poderá realizar compra, venda
Art. 11 A atividade de distribuição por atacado de ou armazenamento de produtos farmacêuticos, sem ter
produtos farmacêuticos tem o caráter de relevância sido recadastrado.
pública ficando os distribuidores responsáveis pelo § 4º Para o recadastramento, as distribuidoras devem
fornecimento destes produtos em uma área geográfica cumprir todos os artigos anteriores citados nesta Portaria.
determinada e pelo recolhimento dos mesmos quando Art. 16 O descumprimento dos dispositivos deste
este for determinado pela autoridade sanitária e/ou pelo regulamento implica na suspensão ou revogação da
titular do registro do produto. autorização de funcionamento sem prejuízo das demais
penalidades previstas na legislação vigente.
Art. 12 Para obter autorização como distribuidor o Art. 17 Esta Portaria entra em vigor na data de sua
requerente deve satisfazer as seguintes condições: publicação, revogadas as disposições em contrário.
(REVOGADO PELA RDC 16/14) GONZALO VECINA NETO

Art. 13 As empresas autorizadas como distribuidoras tem ANEXO I (REVOGADO PELA RDC 16/14)
o dever de:
I - somente distribuir produtos farmacêuticos legalmente ANEXO II
registrados no País; Boas Práticas de Distribuição de Produtos
II - abastecer-se exclusivamente em empresas titulares do Farmacêuticos
registro dos produtos;
III - fornecer produtos farmacêuticos apenas a empresas Dos Princípios
autorizadas/licenciadas a dispensar estes produtos no 1) A garantia da qualidade, eficácia e segurança dos
País; produtos farmacêuticos tem um marco de referência nas
IV - manter Manual de Boas Práticas de Distribuição e diretrizes de Boas Práticas de Fabricação e Controle para
Armazenagem de produtos e os respectivos a Indústria Farmacêutica, em vigência no País.
procedimentos operacionais adotados pela empresa à 2) Entretanto, o controle sanitário somente é eficaz se
disposição das autoridades sanitárias para efeitos de abranger toda a cadeia do medicamento, desde sua
inspeção; fabricação até a dispensação ao público, de forma a
V - garantir a todo tempo aos agentes responsáveis pelas garantir que estes estejam conservados, transportados e
inspeções o acesso aos documentos, locais, instalações e manuseados em condições adequadas à preservação da
equipamentos; sua qualidade, eficácia e segurança.
VI - manter a qualidade dos produtos que distribui 3) Nesse sentido, os produtos farmacêuticos registrados e
durante todas as fases da distribuição, sendo responsável produzidos segundo os requisitos de boas práticas devem
por quaisquer problemas conseqüentes ao chegar ao consumo do público sem que sofram quaisquer
desenvolvimento de suas atividades; alterações de suas propriedades nas etapas da
VII - REVOGADO PELA RDC 320/02 distribuição.
VIII - identificar e devolver, ao titular do registro, os 4) A adoção de diretrizes de gestão da qualidade pelos
produtos com prazo de validade vencido, mediante distribuidores atacadistas tem o objetivo de garantir que
operação com nota fiscal, ou, na impossibilidade desta os produtos farmacêuticos disponham de:
devolução, solicitar orientação à autoridade sanitária a) registro no Ministério da Saúde;
competente da sua região; b) sistema de gestão da qualidade que permita a
IX - utilizar serviços de transporte legalmente rastreabilidade e reconstituição da sua trajetória de modo
autorizados pela autoridade sanitária; a ser possível sua localização visando a um processo
X - REVOGADO PELA RDC 320/02 eficaz de interdição, recolhimento ou devolução;
Art. 14 O disposto no presente regulamento não c) condições adequadas de armazenamento, transporte e
prejudica a aplicação de disposições mais estritas a que movimentação da carga;
estejam sujeitas à distribuição por atacado: d) rotatividade adequada; e
I - de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas; e) certeza de que os produtos certos sejam fornecidos aos
II - de hemoderivados; destinatários certos.
III - de imunobiológicos; 5) As diretrizes de Boas Práticas de Distribuição de
IV - de radiofármacos; Produtos Farmacêuticos tem ainda a função de combater
54
mais eficazmente a distribuição de produtos falsificados, II - armazenamento;
adulterados ou roubados, à população. Daí a necessidade III - limpeza e manutenção das instalações incluindo
da manutenção do registro de todas as transações e sistema de controle de insetos e roedores;
operações de entrada e saída de produtos farmacêuticos IV - registro das condições de armazenamento;
no comércio atacadista e a responsabilização dos V - segurança dos produtos estocados e instruções para
distribuidores - como um dos agentes da cadeia do seu transporte;
medicamento - pela segurança e pela saúde da população. VI - movimentação dos estoques para venda;
6) A dimensão da relevância pública dos distribuidores é VII - controle dos pedidos dos clientes;
dada por esta implicação na saúde e segurança pública e VIII - produtos devolvidos e planos de recolhimento;
pela função de permanente abastecimento dos produtos IX - segurança patrimonial e incêndio.
farmacêuticos em todo o território nacional. § 1º Estes procedimentos escritos devem ser aprovados,
assinados e datados pelo responsável técnico.
Dos objetivos, âmbito e definições § 2º Esta documentação deve ser de amplo conhecimento
Art. 1º O objetivo do presente regulamento é definir as e fácil acesso a todos os funcionários envolvidos em cada
condições e procedimentos para as empresas que atuam tipo de operação e disponível, a qualquer momento, às
como distribuidores com vistas a manter a qualidade dos autoridades sanitárias.
produtos e a proteção à saúde pública.
Art. 2º Este regulamento aplica-se a todas as atividades Da Recepção
de distribuição de produtos farmacêuticos. Art. 8º Os distribuidores devem possuir áreas de recepção
Art. 3º Para efeitos do presente regulamento entende-se localizadas de forma a proteger as remessas de produtos -
por: de qualquer risco - no momento do recebimento dos
I - distribuidor: qualquer estabelecimento que realize produtos farmacêuticos.
distribuição por atacado. § 1º A área de recepção deve ser separada da área de
II - distribuição por atacado: qualquer atividade de posse armazenamento.
e abastecimento, armazenamento e expedição de § 2º As remessas devem ser examinadas no recebimento
produtos farmacêuticos excluída a de fornecimento ao para verificar se as embalagens não estão danificadas e
público; também se a remessa corresponde à encomenda.
Art. 4º Os distribuidores deverão possuir autorização de
funcionamento concedida pela autoridade sanitária Da Armazenagem
competente e somente poderão adquirir produtos Art. 9º Os distribuidores de produtos farmacêuticos
farmacêuticos dos titulares dos registros destes. devem obedecer o previsto nas "Boas Práticas de
Parágrafo único. Os distribuidores devem manter um Fabricação e Controle de Produtos Farmacêuticos e
cadastro atualizado de seus fornecedores, que indique o Farmoquímicos", bem como as indicações especificadas
quantitativo e número dos lotes dos medicamentos que pelo fabricante.
distribui. Art. 10 Os medicamentos sujeitos a medidas de
Art. 5º Os distribuidores de produtos farmacêuticos armazenamento especiais, tais como os psicotrópicos e
devem manter um cadastro atualizado dos entorpecentes, e os produtos que exigem condições de
estabelecimentos farmacêuticos e dos serviços de saúde armazenamento especiais, devem ser imediatamente
que com eles transacionam, especificando os lotes e identificados e armazenados de acordo com instruções
respectivos quantitativos a eles correspondentes, a fim de específicas do fabricante e com as demais exigências da
permitir um adequado controle e a pronta localização dos legislação vigente.
produtos identificados como impróprios ou nocivos à Art. 11 Os medicamentos com embalagem violada ou
saúde. suspeitos de qualquer contaminação devem ser retirados
Art. 6º Os distribuidores devem contar com: dos estoques comercializáveis, identificados e segregados
I - farmacêutico responsável técnico; em área totalmente separada de forma a não serem
II - pessoal capacitado; vendidos por engano, nem contaminarem outras
III - instalações e área física adequadas, em quantidade mercadorias.
suficiente para o desenvolvimento das atividades de Parágrafo único. Todas essas operações devem ser
armazenamento e distribuição de produtos farmacêuticos. devidamente registradas em documentos específicos.
Assim como a segurança dos produtos quanto a sinistros
ou desvios. Do Fornecimento
IV - equipamentos de controle e de registro de Art. 12 O fornecimento aos estabelecimentos licenciados
temperatura ou umidade, ou qualquer outro dispositivo a dispensar produtos farmacêuticos ao público, deve ter
necessário à boa conservação dos produtos, devidamente suas operações devidamente registradas em documento
calibrados. próprio e disponíveis à autoridade sanitária competente.
Art. 7º Devem existir procedimentos operacionais Art. 13 A ação de distribuição de produtos farmacêuticos
escritos para as todas as operações susceptíveis de afetar deve ser orientada por procedimentos escritos que
a qualidade dos produtos ou da atividade de distribuição, incluam instruções específicas para cada etapa e para
principalmente: cada produto, conforme as recomendações dos
I - recepção e inspeção das remessas; fabricantes e deste regulamento.
55
Art. 14 Antes de proceder o fornecimento dos produtos e devolvidos ao produtor, por meio de operação com nota
farmacêuticos, os distribuidores devem: fiscal, visando o objetivo de descarte.
I - certificar a identidade do produto; Parágrafo único. Caso não haja condições para a
II - identificar o número de registro do produto, o número execução deste procedimento, o distribuidor deve dirigir-
do lote, sua data de vencimento e data de fabricação; se à autoridade sanitária competente para receber
III - transportar o material de forma adequada, evitando orientações quanto ao descarte dos produtos de que trata
comprometer a embalagem e sem retirar a sua proteção este artigo.
externa; Art. 21 Os distribuidores devem manter procedimento
IV - criar um registro de distribuição por lote e área escrito relativo ao plano de emergência para necessidades
geográfica de abrangência. urgentes e não urgentes de recolhimento, devendo ser
Art. 15 Os distribuidores, em acordo com os fabricantes, designado um responsável pela execução e coordenação
deverão estar em condições de fornecer rapidamente aos destes recolhimentos.
estabelecimentos licenciados a dispensar produtos § 1º Todas as ordens de recolhimento devem ser
farmacêuticos ao público, os produtos que regularmente imediatamente registradas e estes registros devem estar à
distribuem. disposição das Autoridades Sanitárias considerando os
locais em que os produtos tenham sido distribuídos.
Do Transporte § 2º De forma a assegurar a eficácia do plano de
Art. 16 Os distribuidores devem garantir que o transporte emergência, o sistema de registro das transações deve
dos produtos farmacêuticos seja realizado conforme o possibilitar a imediata identificação de todos os
que determina as "Boas Práticas de Fabricação e Controle destinatários dos produtos envolvidos.
de Produtos Farmacêuticos e Farmoquímicos", bem § 3º Em caso de recolhimento de um lote, todos os
como as indicações especificadas pelo fabricante. clientes - drogarias, farmácias, hospitais e entidades
Art. 17 Os produtos farmacêuticos que necessitem de habilitadas a dispensar produtos farmacêuticos ao público
controle específicos de temperatura de armazenamento - a quem o lote tenha sido distribuído, devem ser
devem ser transportados em condições especiais informados com a urgência necessária inclusive os
adequadas. clientes dos demais Estados-Partes do Mercosul.
§ 4º O recolhimento, decidido pelo titular do registro do
Das Devoluções e do Plano de Emergência produto, fabricante ou importador, ou determinada pelas
Art. 18 Os produtos interditados, devolvidos ou autoridades competentes, deve abranger também os
recolhidos devem ser identificados e separados dos estabelecimentos dispensadores, públicos, privados e
estoques comercializáveis para evitar a redistribuição até filantrópicos.
que seja adotada uma decisão quanto ao seu destino. § 5º Na ação de recolhimento, o distribuidor deve
§ 1º Os produtos que tenham sido devolvidos ao identificar os produtos a serem devolvidos, retirá-los
distribuidor apenas poderão regressar aos estoques imediatamente dos depósitos de produtos
comercializáveis se: comercializáveis e segregá-los numa área separada
I - os medicamentos estiverem nas respectivas própria, até que sejam devolvidos de acordo com as
embalagens originais e estas não tiverem sido abertas e instruções do titular do registro ou da autoridade
se encontrarem em boas condições; sanitária. Este procedimento deve estar devidamente
II - os medicamentos estiveram armazenados ou se foram registrado em documento específico.
manuseados de modo adequado, conforme suas
especificações; Dos Produtos Adulterados e Falsificados
III - o período remanescente até o fim do prazo de Art. 22 Caso sejam identificados produtos farmacêuticos
validade for aceitável para que o produto percorra as adulterados, falsificados ou com suspeita de falsificação
outras etapas da cadeia, até o consumo mantidas a sua na rede de distribuição, estes devem ser imediatamente
validade; separados dos demais produtos, para evitar confusões,
IV - os produtos forem examinados pelo farmacêutico devendo a sua identificação indicar claramente que não
responsável com avaliação que atenda à natureza do se destinam a comercialização.
produto, às eventuais condições de armazenamento que § 1º O distribuidor deve notificar imediatamente à
necessita e ao tempo decorrido desde que foi enviado. autoridade sanitária competente, indicando o número do
§ 2º Deverá prestar-se especial atenção aos produtos que lote, de forma a permitir as ações, por parte das
requeiram condições especiais de armazenamento. Autoridade Sanitária, de alerta sanitário a fim de:
§ 3º Se necessário, deve-se consultar o titular do registro I - apreender o lote do produto em questão, em todo o
do produto. território nacional, proceder à sua análise e inutilização,
Art. 19 Devem ser mantidos registros das devoluções e o quando for o caso; e
farmacêutico responsável deve aprovar formalmente a II - orientar aos usuários do lote do produto adulterado ou
reintegração dos medicamentos se for o caso nos falsificado a interromper seu uso e buscar
estoques não devendo essa reintegração comprometer o acompanhamento médico imediato.
funcionamento eficaz do sistema de distribuição. § 2º O distribuidor deve, também, fornecer às autoridades
Art. 20 Os produtos com prazo de validade vencidos policiais as informações sobre o produto e sobre toda a
devem ser identificados e segregados em área específica movimentação no mercado dos lotes em questão.
56
Dos produtos classificados como não comercializáveis
Art. 23 Qualquer operação de devolução, recolhimento e
recepção de produtos classificados como não
comercializáveis deve ser devidamente registrada e
imediatamente comunicada à autoridade sanitária.
Parágrafo único. O responsável pelo sistema da qualidade
da distribuidora e, se for o caso, o titular do registro do
produto no País devem participar do processo de tomada
de decisão e alerta.

Da Auto-inspeção
Art. 24 Todos os distribuidores devem ter procedimentos
de auto-inspeção, efetuar e registrar para monitorar a
implementação e observância do estabelecido no presente
regulamento e nas demais exigências da legislação
vigente.

Das reclamações e das reações adversas


Art. 25 Em caso de haver reclamações, observações de
reações adversas ou outras, os distribuidores devem
separar o lote e comunicar imediatamente, por escrito, ao
titular do registro e à autoridade sanitária.
§ 1º Os distribuidores devem, ainda, registrar as
informações obtidas de farmácias, hospitais e
consumidores, e as providências adotadas.
§ 2º Estes registros devem ser fornecidos à autoridade
sanitária e ao titular do registro do produto e arquivados
nas empresas.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U de


9/10/1998
(*) Republicada em 31.12.1998 –Pg 23, em 04.02.1999 –
Pg 07 e 07.04.1999 – Pg 15.

Histórico do norma: vigente com alterações:


Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
92 de 23/10/2000

Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº


71 de 22/12/2009

Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº


16 de 01/04/2014

57
identificação dos possíveis locais clandestinos de
Portaria nº 2.814 de 28/05/1998 produção e sua interdição e conseqüente
(D.O.U DE 01.06.1998) responsabilização dos infratores, na forma da legislação
penal civil e sanitária.
Estabelece procedimentos a serem observados pelas Art. 2º As empresas titulares de registro no Ministério da
empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e do Saúde deverão elaborar e manter atualizado cadastro dos
comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, em seus distribuidores, atacadistas e varejistas, credenciados
caráter de urgência, da identidade e qualidade de para a comercialização dos seus produtos
medicamento, objeto de denúncia sobre possível compreendendo o controle da movimentação de seus
falsificação, adulteração e fraude. produtos no mercado.
Parágrafo único. As empresas, de que trata o caput deste
O Ministro de Estado da Saúde, no uso das suas Artigo, deverão indicar os locais onde estejam sendo
atribuições que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, comercializados os lotes de seus medicamentos, sempre
item II, da Constituição, e o artigo 87 da Lei nº 6.360, de que solicitado pelos órgãos de vigilância sanitária e
23 de setembro de 1976; autoridades policiais.
Art. 3º Os distribuidores, farmácias e drogarias somente
considerando que a produção e comercialização de poderão adquirir medicamentos do titular do registro no
medicamentos falsificados, adulterados e fraudados, além Ministério da Saúde ou daquele que detiver autorização
de constituir infração de natureza sanitária, prevista na legal específica desse mesmo titular, para
Lei nº 6.437/77, configura, também, crime previsto no comercialização de determinados lotes do produto.
Código Penal, a ser apurado, na forma da lei, para Art. 4º Os distribuidores de medicamentos, licenciados
punição dos culpados, exigindo ação conjunta das pelo órgão sanitário competente devem manter cadastro
autoridades sanitárias, nos três níveis de governo, das dos estabelecimentos farmacêuticos e dos serviços de
empresas titulares de registro de medicamentos no saúde, que com eles transacionam, especificando os lotes
Ministério da Saúde e das autoridades policiais e respectivos quantitativos a eles correspondentes, a fim
competentes para coibir tais práticas delituosas; de permitir a pronta localização de medicamentos
considerando que às empresas titulares de registro de identificados como impróprios e nocivos à saúde.
medicamentos no Ministério da Saúde, incumbe garantir Art. 5º Nas compras e licitações públicas de
a qualidade e zelar pela manutenção das características medicamentos, realizadas pelos serviços próprios, e
de composição, acondicionamento, embalagem e conveniados pelo SUS, devem ser observadas as
rotulagem dos seus produtos até a sua dispensação final seguintes exigências:
ao consumidor, a fim de evitar riscos e efeitos adversos à I - Apresentação da Licença Sanitária Estadual ou
saúde; Municipal;
considerando a necessidade de facilitar as ações de II - Comprovação da Autorização de Funcionamentoda
controle sanitário que visem a imediata retirada do empresa participante da licitação;
consumo dos produtos suspeitos de alteração, adulteração III - Certificado de Boas Práticas de Fabricação e
fraudeou falsificaçãocom risco comprovado à saúde Controle por linha de produção/produtos, emitido pela
resolve: Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde;
Art. 1º Estabelecer procedimentos a serem observados IV - Certificado de Registro de Produtos emitido pela
pelas empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e Secretaria de Vigilância Sanitária, ou cópia da publicação
do comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, no D.O.U.
em caráter de urgência, da identidade e qualidade de § 1º No caso de produto importado é também necessária
medicamento, objeto de denúncia sobre possível a apresentação do certificado de Boas Práticas de
falsificação, adulteração e fraude, mediante: Fabricação e Controle, emitido pela autoridade sanitária
I - Pronta notificação de casos de falsificação ou suspeita do país de origem, ou laudo de inspeção emitido pela
de falsificação de medicamento, com a indicação do nº autoridade sanitária brasileira, bem como laudo de
do lote objetivando a expedição pela Secretaria de análise do(s) lote(s) a ser(em) fornecido(s), emitido(s) no
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde de Alerta Brasil.
Sanitário: a) aos órgãos que integram o Sistema Nacional § 2º No caso de produtos importados, que dependam de
de Vigilância Sanitária para apreensão do produto, em alta tecnologia e que porventura não exista tecnologia
todo o território nacional, análise e inutilização, quando nacional para os testes de controle de qualidade
for o caso; b) aos possíveis usuários do medicamento necessários, poderão ser aceitos laudos analíticos do
falsificado para orientá-los na interrupção do seu uso e fabricante, desde que comprovada a certificação de
acompanhamento médico imediato. origem dos produtos, certificação de Boas Práticas de
II – Fornecimento às autoridades policiais de Fabricação bem como as Boas Práticas de Laboratório,
informações sobre o respectivo registro no Ministério da todos traduzidos para o idioma Português.
Saúde e sobre a movimentação no mercado dos lotes dos § 3º Às empresas distribuidoras, além dos documentos
produtos em questão, a fim de facilitar a investigação e previstos no caput deste artigo, será exigida a
apresentação de declaração do seu credenciamento como
58
distribuidora junto à empresa detentora do registro dos
produtos, bem como Termo de Responsabilidade emitido
pela distribuidora, garantindo a entrega dos mesmos
no(s) prazo(s) e quantidades estabelecidos na licitação.
Art. 6º As distribuidoras devem apresentar, no caso de
vencerem a licitação, certificado de procedência dos
produtos, lote a lote, a serem entregues de acordo com o
estabelecido na licitação.
Art. 7º Os produtos a serem fornecidos pelas empresas
vencedoras da(s) licitação(ões), devem apresentar em
suas embalagens secundárias e/ou primárias a expressão
"PROIBIDO A VENDA NO COMÉRCIO"
Parágrafo Único - Fica estabelecido prazo de 90
(noventa) dias, contados da publicação desta Portaria,
para o cumprimento integral ao disposto neste artigo.
Art. 8º Fica estabelecido período de transição de 6 (seis)
meses, contados da publicação desta Portaria, em que a
exigência constante do art. 5º inciso III, poderá ser
suprida pela apresentação do Certificado de Boas Práticas
de Fabricação e Controle outorgado anteriormente pela
Autoridade Sanitária
Art. 9º A inobservância do disposto nesta Portaria,
configura infração de natureza sanitária, sujeitando o
infrator às penalidades de cancelamento da autorização
de funcionamento da empresa, cassação de todos os seus
registros pelo Ministério da Saúde e da Licença do
respectivo estabelecimento, pela autoridade sanitária
estadual, municipal ou do Distrito Federal, na forma da
Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo de
outras sanções civil e penal.
Art. 10 Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

JOSÉ SERRA

Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE


01.06.1998
(*) Republicada em 18.06.1998 por ter saído com
incorreção do original, no D.O. de 1-6-98, Seção 1, pág
13.

59
Portaria nº 06 de 29/01/1999 medicamentos sujeitos a controle especial, e institui
(D.O.U DE 01.02.1999) documentos, formulários e dá outras providências.

Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS n.º CAPÍTULO I


344 de 12 de maio de 1998 que instituiu o Regulamento DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL
Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a Art. 1º A Autorização Especial será concedida aos
controle especial. estabelecimentos que irão exercer atividades relacionadas
às substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS
(Revogadas as disposições aplicáveis à Lista "C4", às n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os
substâncias e aos medicamentos antirretrovirais pela medicamentos que as contenham.
Resolução – RDC nº 103, de 31 de agosto de 2016) Art. 2º (REVOGADO PELA RDC 16/14)

O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da DA CONCESSÃO DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL


Saúde no uso de suas atribuições, de acordo com o artigo Art. 3º Os estabelecimentos abaixo relacionados, que
106 do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria exercerem atividades de extrair, produzir, fabricar,
SVS/MS n.º 344/98 e considerando a necessidade de: beneficiar, preparar, manipular, fracionar, distribuir,
a) estabelecer, aprimorar e atualizar as ações de armazenar, importar, exportar, transformar, embalar,
vigilância sanitária com vistas ao aperfeiçoamento do reembalar e transportar, para qualquer fim substâncias
controle e fiscalização das substâncias constantes das constantes das listas do Regulamento Técnico aprovado
listas do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria pela Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações,
SVS/MS n.º 344/98 e suas atualizações, bem como os bem como os medicamentos que as contenham, devem
medicamentos que as contenham; solicitar a Autorização Especial (A.E.)
b) estabelecer mecanismos para evitar o comércio e o uso a) indústrias farmacêuticas, veterinárias e farmoquímicas;
indevido de substâncias e/ou medicamentos objeto do b) farmácias públicas, privadas, inclusive veterinária;
Regulamento Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS c) importadoras/distribuidoras que comercializam
n.º 344/98; medicamentos e/ou substâncias;
c) estabelecer procedimentos para o atendimento da d) empresas que desenvolvem atividades de plantio,
legislação vigente. cultivo e colheita de plantas das quais possam ser
resolve: extraídas substâncias objeto do Regulamento Técnico;
Art. 1º Aprovar a Instrução Normativa, de caráter geral e estabelecimentos de ensino e pesquisa;
específico, para estabelecer documentos, formulários e transportadoras de substâncias e/ou medicamentos.
procedimentos na aplicação do Regulamento Técnico § 1º Cada estabelecimento que desenvolver as atividades
aprovado pela Portaria SVS/MS n.º 344/98. mencionadas no caput deste artigo deve possuir
Art. 2º Estabelecer e coordenar programas de capacitação Autorização Especial (A . E.).
das Autoridades Sanitárias Estaduais, Municipais e do § 2º O responsável pelo estabelecimento deve
Distrito Federal objetivando o cumprimento da Portaria protocolizar a solicitação, instruindo o processo com a
mencionada no artigo 1º desta Instrução Normativa. documentação constante desta Instrução Normativa junto
Art. 3º Estabelecer que as Autoridades Sanitárias à Autoridade Sanitária, onde se encontra sediado.
Estaduais promovam programas de capacitação para as § 3º O Relatório Técnico elaborado pela Autoridade
Autoridades Municipais, e cada uma estabeleça as rotinas Sanitária local após inspeção, é o documento que
para o fiel cumprimento do Regulamento Técnico e da subsidiará o Ministério da Saúde para concessão ou não
presente Instrução Normativa. das atividades requeridas.
Art. 4º Revogar os itens 003A, 003B, 003C, 004 A, § 4º O Relatório de que trata o parágrafo anterior deve
004B, 004C, 005A, 005B, da Instrução Normativa ser fundamentado e conclusivo no que se refere à
SVS/MS n.º 1, de 30/9/94. capacidade técnica, operacional e ao cumprimento das
Art. 5º Comunicar que esta Instrução Normativa entra em Boas Práticas de Fabricação, Manipulação, Distribuição e
vigor na data de sua publicação, revogando-se as Transporte (BPF, BPM, BPD e BPT).
disposições em contrário. § 5º Os estabelecimentos que possuem Autorização
Especial concedida anteriormente a data da publicação da
GONZALO VECINA NETO Portaria SVS/MS n.º 344/98, não necessitam solicitar
Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE uma nova Autorização.
01.02.1999 § 6º Será cancelada automaticamente toda Autorização
Específica, anteriormente concedida pela Portaria
INSTRUÇÃO NORMATIVA SVS/MS n.º 82/95, para os estabelecimentos que já
DA PORTARIA N.º 344 DE 12 DE MAIO DE 1998 possuem a Autorização Especial.
Estabelece procedimentos para a aplicação da Portaria § 7º Os estabelecimentos que possuem a Autorização
SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998, que aprovou o Específica, estabelecida pela Portaria SVS/MS n.º 82/95,
Regulamento Técnico sobre as substâncias e devem informar através de ofício à Autoridade Sanitária
local que encaminhará à SVS/MS, para a substituição

60
formulário de petição preenchido no que couber, em 2 farmácia, drogaria e unidade de saúde que dispensem
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO I); medicamentos em suas embalagens originais adquiridos
cópia da publicação da Autorização de Funcionamento da no comércio nacional; Órgãos de Repressão a
empresa concedida pela SVS/MS; da numeração Entorpecentes; Laboratórios de Análises Clínicas ou de
anteriormente concedida e a publicação em Diário Oficial Referência, que utilizam substâncias constantes das listas
da União como Autorização Especial. da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações,
DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA AS com finalidade diagnóstica, realização de provas
INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS, VETERINÁRIAS analíticas e para identificação de drogas.
E FARMOQUÍMICAS
Art. 4º (REVOGADO PELA RDC 16/14) 1.3. DO CANCELAMENTO DA AUTORIZAÇÃO
1.1.2. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA ESPECIAL
FARMÁCIAS Art. 11 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
Art. 5º (REVOGADO PELA RDC 16/14) Art. 12 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
1.1.3. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA Art. 13 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
IMPORTADORAS/DISTRIBUIDORAS
Art. 6º (REVOGADO PELA RDC 16/14) CAPÍTULO II
1.1.4. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA DO COMÉRCIO
EMPRESA COM ATIVIDADES DE PLANTIO, 2.1. INTERNACIONAL
CULTIVO E COLHEITA DE PLANTAS DAS QUAIS 2.1.1. DA IMPORTAÇÃO
POSSAM SER EXTRAÍDAS SUBSTÂNCIAS DO 2.1.1.1. DA COTA ANUAL
REGULAMENTO TÉCNICO Art. 14 Os procedimentos para a importação de todas as
Art. 7º (REVOGADO PELA RDC 16/14) substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3"
1.1.5. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Portaria
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E PESQUISA E SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como
PARA TRABALHOS MÉDICOS CIENTÍFICOS dos medicamentos que as contenham ficam sujeitos ao
Art. 8º Documentos exigidos para formação do processo: tratamento administrativo obrigatório do Sistema
formulário de petição preenchido, no que couber, em 2 Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO I); Art. 15 A empresa deve solicitar à Agência Nacional de
cópia de Licença de Funcionamento da Empresa, Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, através do
atualizada, emitida pela Autoridade Sanitária do Estado, formulário próprio de petição (ANEXO II) para o ano,
Município ou do Distrito Federal; seguinte, afixação de sua Cota Anual de Importação de
comprovante de pagamento de Preço Público (DARF - substâncias das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
Cód. 6470), em 2 (duas) vias (original e cópia, "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" (imunossupressoras) e
devidamente autenticadas e/ou carimbadas) ou "D1" (precursoras) constantes da Portaria SVS/MS n.°
comprovante de isenção, quando for o caso; cópia do 344/98 e de suas atualizações, até no máximo 31 (trinta e
R.G. e C.I.C. do dirigente do estabelecimento; um) de dezembro de cada ano, para uso no ano seguinte.
documento firmado pelo dirigente do estabelecimento (Redação dada pela Resolução –RDC nº 229, de 11 de
indicando o farmacêutico responsável pelo controle e dezembro de 2001)
guarda das substâncias/medicamentos utilizados e os § 1º A cota pode ter sua importação efetuada na
professores e pesquisadores participantes; totalidade ou parceladamente.
cópia do R.G. e C.I.C. das pessoas mencionadas no item § 2º A fixação de Cota Anual para importação de
e; cópia do plano integral do curso ou da pesquisa técno- medicamento deve ser solicitada no quantitativo
científica; relação das substâncias ou medicamentos e equivalente à substância ativa.
das quantidades a serem utilizadas. Art. 16 Estão isentas de Concessão de Cota Anual para
§ 1º O Órgão competente do Ministério da Saúde, após a Importação as substâncias das listas "C1" (outras
avaliação prévia da Autoridades Sanitária local, substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
encaminhará a aprovação da concessão da Autorização (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
Especial através de ofício ao dirigente do (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
estabelecimento e à Autoridade Sanitária local. 344/98 e de suas atualizações.
§ 2º A concessão da Autorização Especial de que trata o Art. 17 Documentos exigidos para formação do processo
caput deste artigo será destinada à cada plano de aula ou de Concessão da Cota Anual:
projeto de pesquisa e trabalho. a) formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
1.1.6. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
TRANSPORTADORA b) comprovante de pagamento de Preço Público (DARF -
Art. 9º (REVOGADO PELA RDC 16/14) Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
1.2. DA ISENÇÃO DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL c) justificativa técnica do pedido;
Art. 10 São considerados isentos de Autorização Especial
os seguintes estabelecimentos:
61
d) estimativa da utilização e distribuição da substância ou (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
medicamentos quando se tratar da primeira concessão de 344/98 e de suas atualizações.
cota; 2.1.1.3. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
e) quadro demonstrativo da utilização/distribuição da IMPORTAÇÃO E DO CERTIFICADO DE NÃO
substância até a data da petição. OBJEÇÃO
§ 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo Art. 22 Documentos exigidos para a solicitação da
Representante Legal da Empresa e protocolizada junto ao emissão da Autorização de Importação (ANEXO II
Órgão competente do Ministério da Saúde. constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98) e do
§ 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser Certificado de Não Objeção (ANEXO III constante da
assinada pelo Responsável Técnico. Portaria SVS/MS n.º 344/98):
§ 3º O resultado da análise da petição de Cota Anual de formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
Importação, será informado pelo Órgão competente do (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
Ministério da Saúde ao Responsável Técnico ou Legal do comprovante de pagamento de Preço Público (DARF –
estabelecimento solicitante e à Autoridade Sanitária onde Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
está sediada a empresa. devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
§ 4º A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou do justificativa técnica;
Distrito Federal deve juntar o documento constante do § nota pró-forma emitida pela empresa exportadora
3º deste artigo, aos demais documentos relativos a constando o quantitativo a ser efetivamente importado.
importação da cota anual ou suplementar. § 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo
Representante Legal da Empresa e protocolizada no
2.1.1.2. DA CONCESSÃO DA COTA SUPLEMENTAR Órgão competente do Ministério da Saúde.
DE IMPORTAÇÃO § 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser
Art. 18 Os procedimentos para importação de todas as assinada pelo Responsável Técnico.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" Art. 23 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Importação
(imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Portaria e o Certificado de não Objeção, em 6 (seis) e 5 (cinco)
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como vias, respectivamente, que terão a seguinte destinação:
dos medicamentos que as contenham ficam sujeitos ao 1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde;
tratamento administrativo obrigatório do Sistema 2ª via: importador;
Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX. 3ª via: exportador;
Art. 19 A empresa deve solicitar, através do formulário 4ª via: autoridade competente do país exportador;
próprio de petição (ANEXO II), a Cota Suplementar de 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
importação de substâncias constantes, das listas "A1" e Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de
"A2" (entorpecentes), "A3", "B1", e "B2" (psicotrópicas), Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para o
"C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Certificado de Não Objeção;
Portaria SVS/MS n.° 344/98 e de suas atualizações, à 6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou
Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa
da Saúde até no máximo 30 (trinta) de setembro de cada autorizada.
ano. (Redação dada pela Resolução – RDC nº 229, de Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão
11 de dezembro de 2001) competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa
Parágrafo único. A fixação de Cota Suplementar para se incumbir do envio das demais vias aos respectivos
importação de medicamento deve ser solicitada no órgãos.
quantitativo equivalente à substância ativa. Art. 24 Para a importação das substâncias constantes da
Art. 20 Documentos exigidos para a concessão de Cota lista "D1" (precursoras), que fazem parte da Convenção
Suplementar: das Nações Unidas Contra Tráfico Ilícito de
a) formulário de petição preenchido, no que Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, de 1988,
couber, em 2 (duas) vias (original e cópia) constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
(ANEXO II); atualizações, bem como os medicamentos que as
b) comprovante de pagamento de Preço Público contenham, será emitida uma Autorização de Importação,
(DARF - Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original conforme ANEXO III.
e cópia) devidamente autenticadas e/ou Parágrafo único. Quando solicitado pelo país exportador,
carimbadas; a autorização de que trata o caput deste artigo será
c) justificativa técnica; emitida, pela Secretaria de Vigilância Sanitária do
d) quadro demonstrativo da utilização/distribuição Ministério da Saúde, para as substâncias das listas "C1"
da substância até a data da petição. (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
Art. 21 Estão isentas de solicitação da Cota Suplementar (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
para Importação as substâncias das listas "C1" (outras (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
substâncias sujeitas a controle especial), "C2" 344/98 e de suas atualizações, bem como os
(retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5" medicamentos que as contenham.

62
Art. 25 A Secretaria de Vigilância Sanitária do Inspetorias da Receita Federal do Porto ou Aeroporto
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Importação Internacional do Rio de Janeiro ou de outros Estados que
de que trata o artigo 24 desta Instrução Normativa, em 6 venham a ser autorizados pelo Ministério da Saúde, em
(seis) vias que terão a seguinte destinação: conjunto com outros órgãos envolvidos.
1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde; 2.1.2. DA EXPORTAÇÃO
2ª via: importador; 2.1.2.1. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
3ª via: exportador; EXPORTAÇÃO
4ª via: autoridade competente do país exportador; Art. 30 Para exportar as substâncias constantes das listas
5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2"
Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de (psicotrópicas), "C3" (imunossupressoras) e "D1"
Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para as (precursoras) e suas atualizações e os medicamentos que
substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a as contenham, a empresa deve solicitar junto à Secretaria
controle especial), "C2" (retinóicas), "C4" (anti- de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, a
retrovirais) e "C5" (anabolizantes) constantes da Portaria Autorização de Exportação.
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os Art. 31 Documentos exigidos para formação do processo
medicamentos que as contenham. de Autorização de Exportação e do Certificado de Não
6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou Objeção (ANEXO III constante da Portaria SVS/MS n.º
Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa 344/98):
autorizada. a) formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa b) comprovante de pagamento de Preço Público (DARF -
se incumbir do envio das demais vias aos respectivos Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
órgãos. devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
Art. 26 É vedado à empresa promover alteração nos c) original da autorização de importação emitida pela
dados constantes das Autorizações de Importação de que Autoridade Competente do país importador;
trata o item 2.1.1.3. desta Instrução Normativa sem a § 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo
prévia aprovação da Autoridade Sanitária do país Representante Legal da Empresa e protocolizada junto ao
exportador. Órgão competente do Ministério da Saúde.
§ 1º Fica a empresa obrigada a apresentar à Secretaria de § 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde o documento assinada pelo Responsável Técnico.
que comprove a aprovação da eventual alteração da Art. 32 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Autoridade Sanitária do país exportador. Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Exportação
§ 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da (ANEXO IV constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98)
Saúde emitirá, mediante solicitação da empresa, uma em 6 (seis) vias que terão o seguinte destino:
Autorização para fins de desembaraço junto á Autoridade 1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde;
Sanitária competente. 2ª via: importador;
§ 3 º A Autorização de que trata o parágrafo anterior 3ª via: exportador;
deve ser solicitada mediante pagamento de preço público 4ª via: autoridade competente do país importador;
(DARF – Cód. 6470). 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
2.1.1.4. DA ANUÊNCIA PRÉVIA DA IMPORTAÇÃO Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro;
Art. 27 Dependem de anuência prévia da Secretaria de 6ª via: autoridade Sanitária competente do Estado ou
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, na Licença Distrito Federal onde estiver sediada a empresa
de Importação (L.I.), através do SISCOMEX, as autorizada.
substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS n º Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão
344/98 e de suas atualizações e os medicamentos que as competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa
contenham. se incumbir do envio das demais vias aos órgãos
Art. 28 Para a anuência prévia na Licença de Importação competentes.
(L.I.) - SISCOMEX das substâncias das listas da Portaria Art. 33 Para a exportação das substâncias constantes da
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os lista "D1" (precursoras), que fazem parte da Convenção
medicamentos que as contenham, a empresa deve prestar das Nações Unidas Contra Tráfico Ilícito de
à Autoridade Sanitária do Ministério da Saúde as Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, de 1988,
informações apontadas no formulário para tratamento constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
administrativo, ANEXO IV, devidamente assinado pelo atualizações, bem como os medicamentos que as
seu Responsável Técnico. contenham, será emitida uma Autorização de Exportação,
Art. 29 As importações das substâncias das listas "A1", conforme ANEXO V.
"A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), Parágrafo único. Quando solicitado pelo país importador,
"C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) a autorização de que trata o caput deste artigo será
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas emitida, pela Secretaria de Vigilância Sanitária do
atualizações e os medicamentos que as contenham, Ministério da Saúde, para as substâncias das listas "C1"
somente podem ser efetuadas através das respectivas (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
63
(retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5" 4ª via: autoridade competente do país importador;
(anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
344/98 e de suas atualizações, bem como os Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro, se
medicamentos que as contenham. for o caso;
Art. 34 A Secretaria de Vigilância Sanitária do 6ª via: autoridade Sanitária competente do Estado ou
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Exportação Distrito Federal em que estiver sediada a empresa
de que trata o artigo 33 desta Instrução Normativa, em 6 autorizada.
(seis) vias e o Certificado de não Objeção, em 5 (cinco) Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão
vias, , que terão a seguinte destinação: competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa
1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde; se incumbir do envio das demais vias aos órgãos
2ª via: importador; competentes.
3ª via: exportador; Art. 38 É vedado a empresa promover alteração nos
4ª via: autoridade competente do país importador; dados constantes das Autorizações de Exportação e
5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do Autorizações de Fabricação para fim Exclusivo de
Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de Exportação de que tratam , respectivamente, os itens
Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para as 2.1.2.1. e 2.1.2.2. desta Instrução Normativa sem a prévia
substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a aprovação da Autoridade Sanitária do país importador.
controle especial), "C2" (retinóicas), "C4" (anti- § 1º Fica a empresa obrigada a apresentar à Secretaria de
retrovirais) e "C5" (anabolizantes) constantes da Portaria Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde o documento
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os que comprove a aprovação da eventual alteração efetuada
medicamentos que as contenham e para o Certificado de pela Autoridade Sanitária do país importador, quando
Não Objeção. couber.
6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou § 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa Saúde emitirá, mediante solicitação da empresa, uma
autorizada. Autorização para fins de desembaraço junto á Autoridade
Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão Sanitária competente.
competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa § 3 º A Autorização de que trata o parágrafo anterior
se incumbir do envio das demais vias aos respectivos deve ser solicitada mediante pagamento de preço público
órgãos. (DARF- Cód. 6470).
2.1.2.2. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE 2.1.2.3. DA ANUÊNCIA PRÉVIA DA EXPORTAÇÃO
FABRICAÇÃO PARA FIM EXCLUSIVO DE Art. 39 A exportação das substâncias constantes das
EXPORTAÇÃO listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
Art. 35 A Secretaria de Vigilância Sanitária do atualizações, bem como os medicamentos que as
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Fabricação contenham, dependerá de Anuência Prévia da Secretaria
para fim Exclusivo de Exportação (ANEXO VI) para os de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no
medicamentos e apresentações não registrados, no Brasil, Registro de Operações de Exportações (R.O.E.) através
a base de substâncias constantes das listas da Portaria do Sistema Integrado de Comércio Exterior -
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações. SISCOMEX.
Parágrafo único. Fica proibida a comercialização do Art. 40 Para a anuência prévia no Registro de Operações
medicamento de que trata o caput deste artigo em todo de Exportações (R.O.E.) - SISCOMEX das substâncias
Território Nacional. das listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
Art. 36 Documentos exigidos para a formação do atualizações, bem como os medicamentos que as
processo da Autorização de Fabricação para fim contenham, a empresa deve comunicar à Autoridade
Exclusivo de Exportação: Sanitária do Ministério da Saúde as informações
formulário de petição preenchido, no que couber, em 2 apontadas no formulário para tratamento administrativo,
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO II); ANEXO VII, devidamente assinado pelo seu
comprovante de pagamento de Preço Público (DARF - Responsável Técnico.
Cód. 6470), em 2 (duas) vias (original e cópia, Art. 41 As exportações das substâncias das listas "A1",
devidamente autenticadas e/ou carimbadas); "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas),
cópia do Certificado de Registro do Medicamento ou "C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras)
documento similar emitido pela Autoridade Sanitária do constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
país importador, onde deve constar o número do registro atualizações e os medicamentos que as contenham
e a fórmula completa. somente podem ser efetuadas através das respectivas
Art. 37 A Secretaria de Vigilância Sanitária do Inspetorias da Receita Federal do Porto ou Aeroporto
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Fabricação Internacional do Rio de Janeiro ou de outros Estados que
para fim Exclusivo de Exportação em 6 (seis) vias que venham a ser autorizados pelo Ministério da Saúde em
terão o seguinte destino: conjunto com outros órgãos envolvidos.
1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde; 2.1.3. DO DESEMBARAÇO ADUANEIRO
2ª via: importador; 2.1.3.1. DA IMPORTAÇÃO
3ª via: exportador; Art. 42 (REVOGADO PELA RDC 62/2016)
64
Art. 43 (REVOGADO PELA RDC 62/2016) Art. 52 (REVOGADO PELA RDC 11/2011)
Art. 44 (REVOGADO PELA RDC 62/2016) Art. 53 A Autoridade Sanitária deve possuir um livro ou
Art. 45 (REVOGADO PELA RDC 62/2016) ficha para cadastrar os estabelecimentos, para
Art. 46 (REVOGADO PELA RDC 62/2016) conferência, registro e controle da concessão do visto,
Art. 47 Para liberação da carga a ser importada de podendo ser manuscrito ou informatizado.
substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a Art. 54 No registro do livro ou ficha devem constar:
controle especial), "C2" (retinóides), "C4" (anti- a) dados dos estabelecimento fornecedor:
retrovirais) e "C5" (anabolizantes), constantes da Portaria C.N.P.J./C.G.C., Razão Social, nome fantasia, endereço
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, e completo;
medicamentos que as contenham a serem b) dados do estabelecimento comprador:
desembaraçadas, nos terminais alfandegários, a empresa C.N.P.J./C.G.C., Razão Social, nome fantasia, endereço
deve solicitar a inspeção sanitária ao Serviço de completo
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no Porto ou c) data do visto;
Aeroporto Internacional, onde deve apresentar os d) n.º seqüencial do visto;
seguintes documentos: e) nome e quantidade da substância ou medicamento,
anuência prévia na Licença de Importação (L.I.), através concentração e apresentação autorizado e n.º de lote;
do SISCOMEX (original e cópia); f) n.º da Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura;
autorização de exportação (original e cópia) emitida pela g) observação (cancelamento da Nota Fiscal, ou outras
Autoridade Sanitária competente do país exportador; ocorrências de interesse).
c) lista de especificação de carga; Art. 55 O visto será aplicado através de carimbo próprio
d) certificado de controle de qualidade por lote ou partida ou de etiqueta, no anverso da Nota Fiscal ou Nota Fiscal
(original e cópia) emitido pelo fabricante. Fatura, fazendo constar a data, número de ordem
2.1.3.2. DA EXPORTAÇÃO seqüencial, assinatura da Autoridade Sanitária local,
Art. 48 Para liberação da carga a ser exportada de nome completo da Autoridade Sanitária (pode ser em
substâncias das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", forma de carimbo ou letra de forma).
"B1" e "B2" (psicotrópicas) e "D1" (precursoras) Art. 56 A Autoridade Sanitária local devolverá ao
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 de suas fornecedor a Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura visada,
atualizações, bem como medicamentos que as contenham dentro de 48 (quarenta e oito) a 72 (setenta e duas) horas.
a serem desembaraçados, com exceção dos que contém Art. 57 Para o visto, além das vias normais, a empresa ou
as substâncias da lista "D1" (precursores), nos terminais estabelecimento deve apresentar uma cópia da Nota
alfandegários, a empresa deverá solicitar a inspeção Fiscal, que será a via do arquivo da Autoridade Sanitária
sanitária juntamente ao Serviço de Vigilância Sanitária local.
do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, onde deverá Art. 58 A empresa que não atender uma Nota Fiscal
apresentar os seguintes documentos: visada, deve solicitar o cancelamento do visto, através do
a) autorização de exportação (cópia autenticada) ou requerimento ou ofício, devendo anexar todas as vias da
Certificado de Não Objeção emitidos pela Secretaria de Nota Fiscal.
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde; Art. 59 A Autoridade Sanitária local deve efetuar o
b) autorização de importação (cópia autenticada) emitida cancelamento também na via de seus arquivos e anotação
pela Autoridade Sanitária competente do país no livro de registro dos vistos.
importador; Art. 60 A Autoridade Sanitária local deve solicitar
c) fatura comercial; informações, quando necessário, a outras Autoridades
d) lista de especificação de cargas; Sanitárias em caso de dúvida quanto a veracidade dos
e) certificado de controle de qualidade por lote ou partida dados constantes do documento do estabelecimento
(original e cópia) emitido pelo fabricante. comprador.
2.1.4. DA DEVOLUÇÃO E RETORNO Art. 61 A compra, venda, transferência e devolução das
Art. 49 Quando não ocorrer a efetivação do desembaraço substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
aduaneiro as substâncias constantes das listas da Portaria (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C1"
SVS/MS n.º 344/98 de suas atualizações, bem como os (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
medicamentos que as contenham, serão devolvidos ou (retinóides), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes),
retornados ao país de origem após verificação da e "D1" (precursores) da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de
Autoridade Sanitária do Porto e Aeroporto do Rio de suas atualizações, bem como os medicamentos que as
Janeiro ou dos demais Estados. contenham, devem estar acompanhadas de nota fiscal ou
§ 1º A empresa deverá solicitar o cancelamento da nota fiscal fatura, isentos do visto da Autoridade
documentação relativa ao que consta no caput deste Sanitária local de domicílio do remetente.
artigo. Parágrafo único. Ficam igualmente isentos do visto os
§ 2º A empresa deve cumprir as disposições do item medicamentos que contenham as substâncias, referidas
2.1.2. desta Instrução Normativa, no que couber. no caput do artigo, constantes dos adendos das listas,
2.2. DO COMÉRCIO NACIONAL onde estabelece que a prescrição seja em Receita de
Art. 50 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) Controle Especial em 2 (duas) vias contendo tarja
Art. 51 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) vermelha em sua embalagem.
65
CAPÍTULO III 4.1.1. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "A"
DO TRANSPORTE 4.1.1.1. DA DISTRIBUIÇÃO DA NOTIFICAÇÃO DE
3.1. DA PESSOA JURÍDICA RECEITA "A"
Art. 62 A transportadora de substâncias e medicamentos PARA PROFISSIONAIS
objeto da Portaria SVS/MS n.º 344/98 deve ser Art. 69 A Autoridade Sanitária deve organizar um
autorizada e licenciada pela Autoridade Sanitária sistema de controle de distribuição de blocos de
competente, onde estiver situada a empresa. Notificação de Receita "A" que pode ser em forma de
Parágrafo único. Os locais de armazenamento das livro de escrituração, ficha manuscrita ou informatizada,
empresas e seus veículos devem assegurar as condições bem como fornecer informação aos profissionais da
de segurança, limpeza e higiene necessárias à documentação que será necessária para retirar o
preservação e eficácia do medicamento. talonário.
Art. 63 Cabe à Autoridade Sanitária dos Estados, § 1º Para preencher a Ficha Cadastral, assinará com pelo
Municípios ou do Distrito Federal em conjunto com as menos 3 (três) autógrafos, e receber o primeiro talonário,
Autoridades Policiais e Fazendária fiscalizar o transporte o profissional deve ir pessoalmente a Autoridade
de substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS Sanitária local, munido de:
n.º 344/98 e de suas atualizações e dos medicamentos carteira do Conselho Regional de Medicina (CRM) ou
que as contenham, em qualquer via, tomando medidas Conselho Regional de Odontologia (CRO) ou Conselho
legais cabíveis e procedendo apreensão, quando Regional de Medicina Veterinária (CRMV);
necessário. Comprovante de endereço residencial ou do consultório,
3.2 DA PESSOA FÍSICA podendo ser uma conta de luz ou telefone e carimbo com
Art. 64 Em viagem internacional, quando da saída ou os dados: nome e endereço completo do profissional e o
chegada, somente podem transportar medicamentos a Conselho Regional correspondente;
base de substâncias constantes das listas da Portaria § 2º A Autoridade Sanitária deve anotar na Ficha
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, as pessoas Cadastral (ANEXO VIII) o número de talonários e a
que estiverem de posse de receita médica na quantidade numeração correspondente concedida. O profissional
suficiente para o seu uso individual. deve assinar no verso o recebimento.
Art. 70 Na hipótese de o profissional não poder
CAPÍTULO IV comparecer pessoalmente à autoridade Sanitária local,
DA PRESCRIÇÃO poderá solicitar por escrito, o seu cadastramento e os
4.1. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA talonários necessários, através de um portador
Art. 65 A Notificação de Receita é o documento que autorizado.
acompanhado de receita autoriza a dispensação ou Parágrafo único. O procedimento para o portador retirar o
aviamento de medicamentos a base de substancias talão da Notificação de Receita "A" será:
constantes das listas “A1" e "A2” (entorpecentes), "A3", a) o profissional, por escrito, indicará a pessoa que
“B1" e “B2" (psicotrópicos), "C2" (retinóides para uso retirará a ficha cadastral e o talão;
sistêmico) e "C3" (imunossupressores), do Regulamento b) a Autoridade Sanitária fornecerá a Ficha Cadastral do
Técnico aprovado pela Portada SVS/MS n.º 344/98 e de profissional para o portador, que deverá ser identificado
suas atualizações. (Revogado, unicamente no que se pela sua Carteira de Identidade (R.G.) ou outro
refere à substância Talidomida, pela Resolução – RDC nº documento equivalente;
11/2011. c) a referida ficha deve ser preenchida e assinada pelo
Art. 66 Os profissionais médicos, médicos-veterinários e profissional, reconhecida a assinatura em cartório;
cirurgiões-dentistas que forem utilizar Notificações de d) portador deve devolver a Ficha acompanhada da cópia
Receitas, devem procurar a Autoridade Sanitária da dos seguintes documentos: Carteira do CRM, CRO ou
localidade do consultório ou da instituição, para CRMV, comprovante de endereço residencial ou do
preencher a ficha cadastral. consultório podendo ser uma conta de luz ou telefone e
Art. 67 O talonário de Notificação de Receita "A" carimbo, com os dados: nome e endereço completo do
(ANEXO IX constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98 profissional;
será fornecido gratuitamente aos profissionais e e) portador deve assinar o recebimento no verso da Ficha
instituição ou unidade hospitalar, para a prescrição de Cadastral.
medicamentos a base de substâncias constantes das listas 4.1.1.2. DA DISTRIBUIÇÃO DO TALONÁRIO "A"
"A1" e "A2" (entorpecentes), "A3" (psicotrópicas) PARA INSTITUIÇÃO OU UNIDADE HOSPITALAR
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas Art. 71 O talonário de Notificação de Receita "A", para
atualizações. instituição ou hospitais, clínicas, pode ser retirado pelo
Art. 68 No ato da entrega do talonário de Notificação de diretor clínico ou por pessoa indicada por ele, para
Receita "A", o profissional ou diretor clínico ou a pessoa prescrição de pacientes em tratamento ambulatorial ou
por eles autorizada deve estar de posse do carimbo de em alta hospitalar.
identificação do profissional ou instituição. A Autoridade Art. 72 O talonário de Notificação de Receita "A" da
Sanitária deve em todas as folhas do talonário apor o instituição somente pode ser utilizado por médicos do
carimbo no campo "Identificação do Emitente".
66
corpo clínico da instituição ou hospital e somente neste a) os dois primeiros dígitos representarão o código da
local. Autoridade Sanitária Estadual;
Art. 73 A guarda do talonário da Notificação de Receita b) os seis dígitos subsequentes, correspondem à
"A" e a distribuição aos profissionais do hospital ou numeração seqüencial fornecida ao profissional ou à
instituição deve ficar sob a responsabilidade do diretor instituição.
clínico ou de quem ele indicar, podendo ser o Art. 79 As anotações de mudança de endereço, suspensão
farmacêutico da farmácia da instituição. da entrega de talonários, ou ocorrência de roubo ou furto
Art. 74 O procedimento da Autoridade Sanitária para a (neste caso deverá ser registrado Boletim de Ocorrência
entrega dos talonários para hospitais ou instituições deve Policial -B.O.) devem ser anotadas no campo de
ser o mesmo estabelecido para os profissionais. observação da Ficha Cadastral.
4.1.2.2. DA ENTREGA, PARA TERCEIROS, DA
4.1.2. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" E DA NUMERAÇÃO PARA CONFECÇÃO DA
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" E/O
4.1.2.1. DA DISTRIBUIÇÃO DA NUMERAÇÃO NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL
PARA CONFECCIONAR NOTIFICAÇÃO DE Art. 80 A cada solicitação o portador deve:
RECEITA "B" E NOTIFICAÇÃO DE RECEITA a) estar devidamente autorizado por escrito, pelo
ESPECIAL. profissional prescritor;
Art. 75 O profissional deve retirar a numeração para a b) estar munido do documento de identificação pessoal
confecção do talonário de Notificação de Receita "B" (R.G./C.I.C.);
(ANEXO XI constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98) e c) portar o carimbo do profissional prescritor;
da Notificação de Receita Especial (Retinóides e d) assinar , na presença da Autoridade Sanitária, no
Imunossupressores - ANEXOS XII e XIII constantes da campo específico da Ficha Cadastral do profissional ou
Portaria SVS/MS n.º 344/98) junto a Autoridade da instituição ou do hospital o recebimento do talonário
Sanitária da localidade do consultório ou da instituição, ou da numeração concedida.
para a prescrição de medicamentos a base de substâncias
constantes das listas "B1" e "B2" (psicotrópicos), "C2" 4.1.3. DO PREENCHIMENTO DAS NOTIFICAÇÕES
(retinóides de uso sistêmico) e da lista "C3" DE RECEITAS
(imunossupressores) da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de Art. 81 Campos de preenchimento exclusivos do
suas atualizações. prescritor:
Parágrafo único. A numeração do talonário da a) identificação do emitente: no local correspondente à
Notificação de Receita Especial (Lista "C3" - identificação do emitente deve constar devidamente
imunossupressoras da Portaria SVS/MS n.º 344/98) para impressos, o nome, endereço e inscrição do profissional
Talidomida, será distribuída pela Autoridade Sanitária no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade
local e confeccionado as expensas do serviço público. da Federação ou o nome do estabelecimento ou da
Art. 76 A Autoridade Sanitária deve organizar um instituição com o endereço completo;
sistema de controle de distribuição da numeração para os b) assinatura do médico, cirurgião-dentista ou médico-
talonários de Notificação de Receita "B" e Notificação de veterinário: neste espaço deverá conter a assinatura do
Receita Especial para Retinóides, que pode ser em forma profissional prescritor. Quando os dados do profissional
de livro de escrituração, ficha manuscrita ou estiverem devidamente impressos no campo do emitente,
informatizada. este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No
Art. 77 Cabe à Autoridade Sanitária: caso de o profissional pertencer a uma instituição ou
controlar e distribuir a numeração para confecção do estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura
talonário de Notificação de Receita "B" e Notificação de com carimbo, constando a inscrição no Conselho
Receita Especial (Retinóides e Talidomida); Regional ou manuscrita, de forma legível;
fornecer modelo das Notificações para o profissional ou c) paciente: nome e endereço completo do paciente e, no
instituição; caso de uso veterinário, nome e endereço completo do
completar os campos que competem à Autoridade proprietário e identificação do animal;
Sanitária da Requisição da Notificação de Receita em 2 d) numeração: deverá ser numerada em ordem
(duas) vias, (ANEXO VI constante da Portaria SVS/MS cronológica devidamente impressa conforme numeração
n.º 344/98) e arquivar a 2ª via; concedida pela Autoridade Sanitária.
anotar no livro ou ficha de registro da Autoridade Art. 82 Campos de preenchimento exclusivos do
Sanitária, a numeração concedida; Fornecedor:
orientar o profissional ou a pessoa responsável pela a) identificação do comprador: nome e endereço
retirada da numeração que a 1ª via da Requisição que completo do comprador, número do R.G., órgão
deve ser encaminhada à gráfica para confecção do expedidor e telefone quando houver;
talonário de Notificação de Receita e devolvida ao b) identificação do fornecedor: o responsável pelo
profissional juntamente com os talonários atendimento, deve utilizar o carimbo de identificação do
confeccionados. estabelecimento contendo o C.N.P.J./C.G.C., nome e
Art. 78 A numeração de todas as Notificações deve ser endereço completo, datar e colocar seu nome de forma
composta de oito dígitos assim constituídos:
67
legível abaixo do carimbo de identificação do Art. 86 Fica proibida a dispensação das receitas com
estabelecimento; substâncias ou medicamentos constantes da lista "C4"
c) identificação da quantidade aviada ou número de (anti-retrovirais) quando prescritas por médico-
registro: a farmácia ou drogaria deve ter um carimbo veterinário ou cirurgiões-dentistas.
próprio (ANEXO IX) e anotar no verso da Notificação de Art. 87 A Receita contendo substâncias das listas "C1"
Receita a quantidade dispensada e quando tratar-se de (outras substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5"
formulações magistrais, o número de registro da receita (anabolizantes) conterá a quantidade para tratamento de
no livro de receituário. no máximo de 60 (sessenta) dias ou, no máximo, 3 (três)
Art. 83 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) substâncias constantes das listas mencionadas "C1"
Art. 84 O profissional médico, médico-veterinário e (outras substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5"
cirurgião-dentista prescreverá em Receita de Controle (anabolizantes) ou 3 (três) medicamentos que contenham
Especial em 2 (duas) vias ou receita comum (ANEXO substâncias constantes das listas; "C1" (outras
XVII constante da Portaria n.º 344/98 – SVS/MS), em substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5"
duas vias, sendo a 1ª via retida pela farmácia ou drogaria (anabolizantes); 5 (cinco) substâncias constantes da lista
e a 2ª via do paciente, substâncias constantes das listas "C4" (anti-retrovirais) ou medicamentos que as
"C1" (outras substâncias sujeitas ao controle especial), contenham.
"C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes), da Portaria § 1º Cada Receita pode conter a quantidade máxima para
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, e referentes um tratamento de 60 (sessenta) dias.
adendos : § 2º A quantidade dos medicamentos com a ação
1) da lista "A1" (entorpecentes); antiparkinsoniana e anticonvulsivante pode ser prescrita
2) da lista "A2" (entorpecentes); para até 6 (seis) meses de tratamento.
3) da lista "B1" (psicotrópicas);
4) ou medicamentos que as contenham, desde que sejam 4.3. DO PREENCHIMENTO DOS TERMOS DE
observadas as dosagens, cor e dizeres da tarja apostos nas CONSENTIMENTO DE IMUNOSSUPRESSORES
embalagens, rótulos e bulas. (TALIDOMIDA) E RETINÓIDES
Art. 85 A Receita de Controle Especial ou receita Art. 88 (REVOGADO PELA RDC 11/2011)
comum, válida em todo território nacional, pode ser
manuscrita, datilografada ou por sistema informatizado 4.4. DA FARMACOVIGILÂNCIA
ou impressa, devendo conter os dizeres abaixo: Art. 89 A Autoridade Sanitária local, deve estabelecer
mecanismos para efetuar a farmacovigilância dos
a) identificação do emitente – não necessita que seja medicamentos a base das substâncias constantes das
colocado em um quadrado: listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
1) nome completo do profissional ou nome da instituição; atualizações, quando forem considerados de risco
2) n.º - número da inscrição do profissional no Conselho aumentado para a saúde individual ou coletiva.
Regional respectivo; Parágrafo único. Fica instituído o modelo de ficha de
3) UF – Unidades Federativa; farmacovigilância para os medicamentos retinóides de
4) endereço completo – rua, bairro, número, telefone uso sistêmico (ANEXO X) e a Autoridade Sanitária
(opcional) do consultório ou da residência do profissional poderá adotar o formulário de notificações de Reações
ou da clínica, hospital, outro quando for caso; Adversas (ANEXO XI).
5) cidade – nome completo da cidade;
4.5. DA DESTINAÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO
b) prescrição: UTILIZADOS
1. paciente – nome completo do paciente; Art. 90 Quando, por qualquer motivo, for interrompida a
2. endereço – nome da rua, bairro, n.º , cidade, unidade administração de medicamentos a base de substâncias
federativa; constantes das listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de
3. prescrição – uso, fórmula ou nome do medicamento, suas atualizações, o prescritor e/ou a Autoridade
dosagem, quantidade, posologia ou modo de usar; Sanitária local devem recomendar ao paciente ou seu
4. data – dia, mês e ano; responsável que façam a entrega destes medicamentos no
5. assinatura – o profissional deve usar sua rubrica usual. Órgão competente de Vigilância Sanitária. A Autoridade
Sanitária emitirá um documento comprobatório do
c) identificação do comprador e do fornecedor : os dados recebimento e, posteriormente, dará o destino
constantes destes campos podem ser apostos mediante conveniente (inutilização ou doação).
carimbo e devidamente preenchidos pela farmácia ou
drogaria. CAPÍTULO V
§ 1º A validade da receita é de 30 (trinta) dias, a partir da DA ESCRITURAÇÃO
data do preenchimento. 5.1. DOS LIVROS
§ 2º Fica dispensada o uso do carimbo contendo o nome Art. 91 Todo estabelecimento que exercer quaisquer das
do profissional e de sua inscrição no respectivo Conselho atividades descritas no artigo 62 da Portaria SVS/MS n.º
Regional, para identificar a assinatura, quando estes 344/98, deve escriturar e manter para efeito de
dados estiverem constando do campo do emitente. fiscalização e controle, os livros conforme descritos
68
abaixo, sendo necessário Termo de Abertura e b) nome, idade e sexo do paciente;
Encerramento realizado pela Autoridade Sanitária local. c) nome do médico e número do CRM;
Parágrafo único. Excetua-se da obrigação da escrituração d) nome do técnico responsável pela dispensação;
de que trata este capítulo, as empresas que exercem e) CID da doença;
exclusivamente a atividade de transportar. f) quantidade de comprimidos.
Art. 92 Livro de Receituário Geral: é o livro que se II. Este livro deve permanecer na unidade de dispensação
destina ao registro de todas as receitas aviadas em do medicamento Talidomida pelo período de 10 (dez)
farmácias. anos, após o seu encerramento.
§ 1º O registro no livro obedecerá a ordem seqüencial de III. Livro de Registro Específico da Talidomida: destina-
recebimento da receita. A farmácia ao receber a receita se a anotação em ordem cronológica de estoque de
médica, numerará a mesma através de carimbo ou entradas (por aquisição ou produção) e saída (por venda,
etiqueta. processamento ou uso) e perdas. Este livro e demais
§ 2º O registro deve conter os seguintes dados: documentos (Notas Fiscais, Guias de Remessa ou
a) n.º de ordem da receita; Notificações de Receitas) devem ser mantidos pelo
b) data do aviamento; período de 5 (cinco) anos, findo o qual poderão ser
c) nome e endereço do paciente; inutilizados.
d) nome do médico e número do CRM; § 6º Para efetuar a autenticação dos livros de registros, a
e) descrição da formulação contendo todos os Autoridade Sanitária deverá verificar se:
componentes e concentrações; a) o estabelecimento está devidamente licenciado;
f) visto do Responsável Técnico, ou de seu substituto; b) se houve recolhimento da taxa correspondente, se for o
g) data da dispensação. caso.
Art. 93 Livros de Registro Específico (ANEXO XVIII 5.2. DO TERMO DE ABERTURA E
constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98): é o livro ENCERRAMENTO DOS LIVROS
destinado ao registro da movimentação de estoque de Art. 94 Os livros de registros específicos devem ser
substâncias e medicamentos entorpecentes, psicotrópicos escriturados manuscritos ou por sistema informatizado,
e outras de controle especial que fazem parte das listas desde que atendam aos dados estabelecidos no modelo do
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas ANEXO XVIII da Portaria SVS/MS n.º 344/98,
atualizações. Serão necessários os seguintes livros de previamente submetido à análise e aprovação da
registros específicos: Autoridade Sanitária a quem compete, também,
§ 1º Livro para as substâncias constantes das listas "A1" estabelecer os critérios para controle e verificação por
e "A2" (entorpecentes) e dos medicamentos que as ocasião das inspeções.
contenham. § 1º Semanalmente deve ser atualizada a escrituração dos
§ 2º Livro para as substâncias constantes das listas "A3", livros de registros específicos.
"B1" e "B2" (psicotrópicas) e dos medicamentos que as § 2º A Autoridade Sanitária deve preencher e assinar o
contenham. Termo de Abertura, com as seguintes informações:
§ 3º Livro para as substâncias constantes das listas "C1" razão social;
(outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2" denominação comercial;
(retinóicas), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes) endereço completo do estabelecimento;
e dos medicamentos que as contenham. Também será finalidade a que se destina o livro de registro;
escriturado neste livro os medicamentos constantes dos número do C.N.P.J./C.G.C.;
adendos das listas "A1", "A2" (entorpecentes) e "B1" § 3º O Termo de Encerramento lavrado no verso da
(psicotrópicos), cuja prescrição se dá com retenção da última folha numerada, deve conter os mesmos dados §
Receita de Controle Especial em 2 (duas) vias. 2º do artigo 94 e a quantidade de folhas escrituradas.
§ 4º Os documentos abaixo descritos são documentos § 4º O Termo de Encerramento só pode ser preenchido
hábeis para a escrituração: após o uso ou finalização do livro.
a) entrada: Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura, ou Art. 95 Em caso de estabelecimentos que possuem matriz
documento equivalente da Instituição Pública; e filiais, cada um de seus estabelecimentos deve possuir
b) saída: Receitas, Notificações de Receitas "A", "B" e livros para a devida escrituração.
Especial, Prescrição Diária de Medicamentos ou Receitas Art. 96 No caso de um estabelecimento optar pelo
privativas da Unidade Hospitalar; registro informatizado, os responsáveis devem criar um
c) perdas: justificativa da perda - (vencidos, quebra, programa e solicitar por escrito à Autoridade Sanitária
extravio (Boletim de Ocorrência Policial), perda no local, substituição do livro oficial pelo sistema
processo, requisição para amostra do Controle de informatizado. O formulário contínuo deve seguir a
Qualidade, Termo de Inutilização expedido pelo Órgão ordem numérica consecutiva, reiniciando a cada
competente de Vigilância Sanitária. encerramento.
§ 5º (REVOGADO PELA RDC 11/2011) Art. 97 Quando da solicitação por parte do
I. O Livro de Registro de Notificação de Receita Especial estabelecimento da abertura dos livros por sistema
da Talidomida deve conter os seguintes dados, informatizado, a autoridade sanitária deve avaliar as
registrados em ordem cronológica: informações nele contidas e deferir ou não a solicitação.
a) data da dispensação;
69
Art. 98 Na escrituração, manuscrita ou informatizada o momento da inspeção. Sempre que necessário, e
campo "Histórico" dos livros de registros específicos devidamente justificado, a Autoridade Sanitária pode
(entorpecentes, psicotrópicos e outras substâncias sujeitas requisitar cópia dos relatórios previstos no artigo
a controle especial) deve ser preenchido, no mínimo, com anterior.
os seguintes dados:
a) farmácias - com a numeração seqüencial do livro de CAPÍTULO VI
registro geral; número da Nota Fiscal; número da DO BALANÇO
requisição de amostras de análise de controle de Art. 103 As farmácias, inclusive a hospitalar, indústria
qualidade; farmoquímica, importador, distribuidor e indústria ou
b) drogaria - com o número da Notificação de Receita; laboratório farmacêutico que manipule, produzam,
nome e endereço do paciente; ou numeração interna fabriquem e/ou distribua substâncias entorpecentes (listas
definida pelo estabelecimento; número da Nota Fiscal; "A1" e "A2"), psicotrópicas (listas "A3", "B1" e "B2"),
c) unidade de saúde/hospitalar – receita com a numeração precursoras ("D1") e outras sujeitas a controle especial
definida pelo estabelecimento ou número do prontuário ("C1", "C2", "C3", "C4" e "C5"), excetuando-se insumos
e/ou da prescrição médica; número da Nota Fiscal ou químicos constantes da lista "D2", devem entregar os
equivalente. Balanços Trimestrais e Anuais de Substâncias
d) indústria - número da Nota Fiscal; número da ordem Psicoativas e Outras Sujeitas
de fabricação ou produção; número da requisição de a Controle Especial -BSPO (ANEXO XX constante da
amostras destinadas ao controle de qualidade e amostra Portaria SVS/MS Nº 344/98).
de retenção; (Redação dada pela Resolução – ( REDAÇÃO DADA
e) distribuidor/importador - número da Nota Fiscal; PELA RDC 13/2009)
número da ordem de fracionamento; número da § 1º Os balanços trimestrais devem ser manuscritos de
requisição de amostra para análise de controle de forma legível ou preenchidos por sistema informatizado,
qualidade e amostra de retenção. conforme modelo do BSPO, e deverão ser entregues até o
Art. 99 O estabelecimento pode optar por suprimir a dia 15 (quinze) dos meses de janeiro, abril, julho e
coluna "Observação", desde que as eventuais outubro. Os balanços anuais devem ser entregues até o
observações sejam impressas logo após o registro dos dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada ano. ( REDAÇÃO
dados, no final de cada folha (rodapé). O estabelecimento DADA PELA RDC 13/2009)
pode optar em manter a coluna "Observação" para inserir § 2º Os Balanços trimestrais e anuais deverão ser
(manuscrita ou não) informações após a emissão do entregues no Órgão competente de Vigilância Sanitária
formulário contínuo, com a devida autenticação pelo em 3 (três) vias, conforme a seguinte destinação:
farmacêutico ou responsável técnico do estabelecimento. ( REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
Art. 100 Deve ser efetuada a autenticação prévia no 1ª via: a empresa ou estabelecimento deve remeter à
"Termo de Abertura" para os livros dos produtos Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA;
controlados em formulário contínuo, recolhendo as taxas ( REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
correspondentes ao número de folhas autorizadas. Ao 2ª via: retida pela Autoridade Sanitária Estadual;
término do preenchimento da quantidade de folhas ( REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
autorizadas no "Termo de Abertura", o responsável 3ª via: retida na empresa como comprovante da entrega. (
técnico deve providenciar o encaminhamento à REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
autoridade sanitária local assinaturas no "Termo de § 3º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior as
Encerramento". As folhas devem estar numeradas. farmácias de manipulação as quais deverão entregar o
Art. 101 O programa informatizado da BSPO em apenas 2 vias, sendo a 1ª via retida pela
empresa/estabelecimento deve permitir a Visualização / Autoridade Sanitária Estadual e a 2ª via deverá ser retida
Impressão de Relatórios, para: na empresa como comprovante da entrega. ( REDAÇÃO
a) livro de registro geral; DADA PELA RDC 13/2009)
b) livro de registro específico de substâncias e § 4º Quando as ações de vigilância sanitária estiverem
medicamentos entorpecentes; descentralizadas, a 2ª via deverá ser entregue somente à
c) livro de registro específico de substâncias e Autoridade Sanitária local. ( REDAÇÃO DADA PELA
medicamentos psicotrópicos; RDC 13/2009)
d) livro de registro específico de substâncias e Art. 104 Balanços Trimestral e Anual de Medicamentos
medicamentos sujeitos a controle especial; Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle Especial –
e) cadastro dos compradores e dos fornecedores; BMPO (ANEXO XXI constante da Portaria SVS/MS n.º
f) cadastro dos prescritores e dos pacientes; 344/98) – os estabelecimentos devem preencher o BMPO
g) cadastro das substâncias e/ ou medicamentos; trimestralmente e anualmente. As farmácias e drogarias
h) controle de estoque. que comercializam medicamentos à base de substâncias
Art. 102 Esse programa deve fazer parte do sistema constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3" e
dotado de outros recursos, tais como opções de consulta, "B2" (psicotrópicos) e "C4" (anti-retrovirais),
emissão de relatórios, produção de cópia de segurança e manuscritos de forma legível, datilografados ou por
restauração de dados. Todos os dados devem estar sistema informatizado.
disponíveis para a Autoridade Sanitária competente no
70
§ 1º O balanço trimestral deve ser apresentado à § 1º Não será permitido em drogarias o fracionamento
Autoridade Sanitária local (quando as ações de das embalagens dos medicamentos de que trata o caput
Vigilância Sanitária estiverem descentralizadas) ou deste artigo.
Estadual ou do Distrito Federal até o dia 15 (quinze) dos § 2º No caso dos medicamentos na forma farmacêutica
meses de janeiro, abril, julho e outubro em 2 (duas) vias. injetável, a dispensação poderá ser feita de acordo com o
§ 2º O balanço anual deve ser apresentado até o dia 31 número de unidades constante da prescrição.
(trinta e um) de janeiro do ano subsequente, em 2 (duas) Art. 110 O fracionamento somente será permitido em
vias. Após o carimbo da Autoridade Sanitária, o destino farmácias, inclusive as hospitalares ou de dispensação
das vias do balanço BMPO será: pública, quando realizado por farmacêutico e obedecidas
1ª via: retida pela Autoridade Sanitária; as disposições da legislação específica.
2ª via: retida na farmácia ou drogaria. Art. 111 A rotulagem dos medicamentos industrializados
Art. 105 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) que contêm substâncias das listas do Regulamento
Art. 106 A Relação Mensal das Notificações de Receitas Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS n.º 344/98,
"A" - RMNRA (ANEXO XXIV constante da Portaria devem obedecer às cores da tarja e às advertências
SVS/MS n.º 344/98), deve ser encaminhada pelas estabelecidas no referido Regulamento Técnico, sem
farmácias e drogarias em 2 (duas) vias às Autoridades prejuízo do disposto na Lei n.º 6.360/76, Decreto n.º
Sanitárias Estaduais, Municipais ou do Distrito Federal, 79.094/77, obedecendo também, a aprovação dos dizeres
acompanhadas das Notificações de Receitas "A" e da pelo Órgão competente do Ministério da Saúde, quando
justificativa quando as quantidades estiverem acima do tratar de medicamentos de "Uso restrito Hospitalar" e
previsto na Portaria SVS/MS n.º 344/98 ou quando for de demais normas legais vigentes.
outra Unidade Federativa. Parágrafo único. No caso de medicamentos destinados, a
§ 1º A Autoridade Sanitária carimbará as vias da Relação amostra grátis, a embalagem além do disposto no caput
Mensal das NRA, retendo a 1ª via. A 2ª via ficará no deste artigo deve constar a expressão em destaque
estabelecimento como comprovante da entrega. A "Amostra Grátis" - "Tributada".
devolução das Notificações de Receitas se dará no prazo Art. 112 As farmácias que manipulam substâncias
de 30 (trinta) dias com a apresentação da 2ª via. constantes das listas do Regulamento Técnico devem
§ 2º Recebida a Notificação de Receita "A", a Autoridade possuir etiquetas para utilização nas embalagens das
Sanitária procederá a investigação e averiguação formulações magistrais contendo as mesmas cores e
pertinentes ao preenchimento, ao uso e venda corretos do dizeres de advertência estabelecidos no Regulamento
medicamento, visando um diagnóstico da incidência da Técnico para os medicamentos industrializados.
prescrição dos medicamentos.
§ 3º Em caso de desvio ou uso irregular de medicamentos CAPÍTULO VIII
ou talonário, a Autoridade Sanitária elaborará relatório DA RESPONSABILIDADE
contendo informações precisas e claras sobre o 8.1. DA BAIXA DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
levantamento das Notificações de Receitas, informando Art. 113 Para se desligar da Responsabilidade Técnica, o
inclusive o nome das farmácias ou drogarias envolvidas. farmacêutico deve apresentar à Autoridade Sanitária
§ 4º Este relatório, de caráter sigiloso, deve ser local um levantamento de estoque das substâncias e dos
protocolizado no Órgão competente de Vigilância medicamentos que as contenham constantes das listas da
Sanitária e encaminhado cópia para os órgãos de classe Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações até
dos profissionais envolvidos e aos órgãos dos Ministérios seu último dia de trabalho naquele estabelecimento.
da Saúde e da Justiça, para que sejam tomadas as 8.2. DA ADMISSÃO DE NOVO RESPONSÁVEL
medidas cabíveis conforme legislação vigente. TÉCNICO
Art. 108 Este mapa deve ser apresentado até o dia 15 Art. 114 No caso de admissão de novo responsável
(quinze) dos meses de janeiro, abril, julho e outubro, em técnico, o mesmo após estar de posse do Termo de
3 (três) vias. Após o visto da Autoridade Sanitária, o Responsabilidade, assinado junto à Autoridade Sanitária
destino das vias será: local, deve assinar o livro de registro específico, logo
1ª via: retida pela Autoridade Sanitária; abaixo da assinatura do responsável técnico anterior,
2ª via: a farmácia da unidade de saúde encaminhará para identificando-a e datando.
a Coordenação Estadual dos Parágrafo único. O novo responsável técnico deve
respectivos programas; apresentar o Balanço das substâncias e dos
3ª via: retida na unidade de saúde. medicamentos que as contenham objeto da Portaria
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações , quando for
CAPÍTULO VII solicitado pela Autoridade Sanitária local.
DA EMBALAGEM 8.3. DO ENCERRAMENTO DE ATIVIDADES
Art. 109 A comercialização por drogaria dos Art. 115 No caso de encerramento de atividades dos
medicamentos à base de substâncias constantes das listas estabelecimentos, objeto desta Instrução Normativa, deve
da Portaria SVS/MS n.º 344/98, e de suas atualizações, ser adotado um dos seguintes procedimentos, no que se
deve ser feita em suas embalagens originais, intactas e refere às listas das substâncias e medicamentos que as
invioláveis. contenham, constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98e
de suas atualizações:
71
§ 1º Entrega das substâncias e/ou medicamentos ao para retirar 1 (um) bloco de Notificação de Receita "A" e
Órgão competente de Vigilância Sanitária: o a seqüência numérica para impressão da Notificação de
estabelecimento elaborará um documento em 2 (duas) Receita "B". No ato da retirada de talonário de
vias que contenha informações cadastrais do mesmo, Notificação de Receita "A", o profissional deve portar o
relação das substâncias e/ou medicamentos com as seu carimbo identificador, que será aposto no campo de
respectivas quantidades, apresentações, lotes e prazo de identificação do emitente da Notificação de Receita "A".
validade. A primeira via deverá ficar retida no Órgão 9.1.3. DA PRIMEIRA AQUISIÇÃO
competente de Vigilância Sanitária e a segunda via Art. 122 O profissional ou dirigente do serviço médico
carimbada devolvida ao estabelecimento como deve preencher a Notificação de Receita para cada
comprovação de recebimento; medicamento entorpecente e/ou psicotrópico, constando
§ 2º Transferência das substâncias e/ou medicamentos no campo destinado ao nome do paciente, "Maleta de
para outro estabelecimento: deve ser feita através de Nota Emergência", e no campo destinado ao endereço do
Fiscal, devidamente visada pela Autoridade Sanitária paciente, o "Endereço Profissional", bem como nome do
local do remetente. Não será permitida a transferência medicamento, sua concentração, data, carimbo e
através de Nota Fiscal ao consumidor. assinatura do profissional e a quantidade a ser
Art. 116 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou inicialmente adquirida.
do Distrito Federal que receber as substâncias e/ou Parágrafo único. A Autoridade Sanitária local deve
medicamentos de que trata o § 1º do artigo 115 desta avaliar a solicitação e, verificada a pertinência, autorizar
Instrução Normativa, poderá doar os mesmos aos a aquisição em farmácia ou drogaria através do visto no
estabelecimentos da rede pública de saúde, seguindo os verso de cada Notificação de Receita.
ritos estabelecidos pela legislação sanitária em vigor. A
referida doação deve ser escriturada nos livros de 9.1.4. DA REPOSIÇÃO
registros correspondentes. Art.123 A reposição dos medicamentos da "Maleta de
CAPÍTULO IX Emergência" se fará através de aquisição em farmácia ou
DA MALETA DE EMERGÊNCIA drogaria, mediante apresentação de Notificação de
Art. 117 Maleta de Emergência é o utensílio destinado à Receita devidamente preenchida com a quantidade
guarda, com segurança, de medicamentos psicotrópicos administrada na emergência, contendo o nome e
e/ou entorpecentes para aplicação em casos específicos endereço completos do paciente ou nome e endereço
e/ou de emergência, destinados aos profissionais completos do proprietário e identificação do animal, no
médicos, médicos-veterinários e cirurgiões-dentistas não caso de médico-veterinário.
vinculados a clínicas ou unidades hospitalares, serviços Parágrafo único. Somente será autorizada a aquisição de
médicos e/ou ambulatoriais que não possuam medicamentos para a "Maleta de Emergência" aos
Dispensário de Medicamentos; ou ainda, ambulância, profissionais cadastrados pelo Órgão competente de
embarcações e aeronaves. Vigilância Sanitária.
Art. 118 Cabe a Autoridade Sanitária Estadual, CAPÍTULO X
Municipal ou do Distrito Federal autorizar e controlar o DO CADASTRO DE ESTABELECIMENTOS
estoque inicial e os suprimentos posteriores da maleta de Art. 124 Deverão requerer o cadastro junto da Autoridade
emergência. Sanitária local, com os documentos abaixo relacionados,
Art. 119 A quantidade de medicamentos permitidos na os estabelecimentos hospitalares que utilizam
maleta de emergência será definida pela Autoridade medicamentos a base de misoprostol (lista "C1" - outras
Sanitária local mediante prévia solicitação do substâncias sujeitas a controle especial da Portaria
interessado. SVS/MS n.º 344/98) e as farmácias e drogaria que
Art. 120 Aplica-se às aeronaves e embarcações de dispensam medicamentos de uso sistêmico a base de
passageiros e de cargas, ambas nacionais, o disposto no substâncias da lista "C2" (retinóides) da Portaria
artigo anterior, ficando o comandante responsável por SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações.
registrar no diário de bordo, o consumo da quantidade e a) petição em forma de ofício, subscrita pelo responsável
providenciar junto à Autoridade Sanitária local a sua técnico;
reposição, respeitando a legislação especifica. b) documento de identidade do farmacêutico ou diretor
§ 1º Para as embarcações e aeronaves militares, o estoque clínico do estabelecimento;
deve ser estabelecido e controlado pelo Estado Maior das c) cópia da licença de funcionamento ou equivalente,
Forças Armadas. quando trata-se de órgãos públicos;
§ 2º Em aeronaves e embarcações estrangeiras, a d) cópia do C.N.P.J./C.G.C.;
reposição do estoque, quando necessária, será feita e) relação dos medicamentos, quantidades estimadas e a
mediante autorização da Autoridade Sanitária do justificativa do uso ou a venda, quando for o caso.
Ministério da Saúde de Portos, Aeroportos e Fronteiras. Parágrafo único. A Autoridade Sanitária Estadual,
9.1. DA AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA Municipal ou do Distrito Federal após aprovação do
MALETA DE EMERGÊNCIA cadastro, deve preencher a Ficha Cadastral (ANEXO
9.1.2. DA SOLICITAÇÃO VIII), manuscrita ou por sistema informatizado, e
Art. 121O profissional deve dirigir-se a Autoridade publicar a aprovação do referido cadastro, em Diário
Sanitária Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, Oficial ou em jornal local.
72
Art. 125 O Cadastro estabelecido no artigo 124 poderá correspondente da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e os
ser utilizado também para os estabelecimentos comprovantes assinados pelos profissionais, arquivados à
veterinários com finalidade de fornecer informação em disposição da Autoridade Sanitária por 2 (dois) anos.
atendimento as legislações específicas.
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XI DA DISPOSIÇÃO FINAL
DA DISTRIBUIÇÃO DE AMOSTRA GRÁTIS Art. 130 Excetua-se do caput deste artigo, os
Art. 126 Fica proibida a distribuição de amostras grátis estabelecimentos que exercem, exclusivamente,
de medicamentos a base de substâncias constantes das atividades com as substâncias constantes da lista "D2"
listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e B2 (insumos químicos) sujeitas ao controle e fiscalização do
(psicotrópicos), "C2" (retinóides de uso sistêmico), "C3" Ministério da Justiça conforme Lei n.º 9.017/95.
(imunossupressores), "C5" (anabolizantes) e o Art. 131 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou
misoprostol constante das listas "C1" da Portaria do Distrito Federal deve informar ao órgão competente
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações. do Ministério da Saúde as irregularidades encontradas
Parágrafo único. Fica igualmente proibida a distribuição nas inspeções ou em laudo de análise, sem prejuízo das
dos medicamentos constantes nos adendos das listas demais sanções penais ou do processo administrativo em
citadas no caput deste artigo. sua esfera.
Art. 127 Fica proibida a distribuição de amostras grátis Art. 132 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou
de substâncias para qualquer fim, constantes das listas do Distrito Federal poderá estabelecer procedimento
"A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" complementar de rotina em cada esfera de governo para
(psicotrópicas), "C1" (outras substâncias sujeitas a cumprir e fazer cumprir ao disposto nesta Instrução
controle especial), "C2" (retinóides de uso sistêmico), Normativa e no Regulamento Técnico estabelecido pela
"C3" (imunossupressoras), "C4" (anti-retrovirais), "C5" Portaria SVS/MS n.º 344/98.
(anabolizantes) e "D1" (precursoras) da Portaria SVS/MS
n.º 344/98 e de suas atualizações, quando não seguir as Atenção: os anexos da Portaria não foram
disposições legais do Comércio Internacional ou disponibilizados. Acessar site da ANVISA
Nacional e ao tratamento administrativo do SISCOMEX.
Art. 128 A produção anual de medicamentos constantes Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE
das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle 01.02.1999
especial) e "C4" (anti-retrovirais) destinada para
"amostra grátis" deve corresponder, no máximo, a 5 % do Revogadas as disposições aplicáveis à Lista "C4", às
total das unidades originais vendidas no comércio, substâncias e aos medicamentos antirretrovirais pela
durante o ano fiscal anterior contendo na embalagem e no Resolução – RDC nº 103, de 31 de agosto de 2016.
rótulo a expressão "tributada", em caracteres impressos
com destaque.
Art. 129 É permitida a distribuição de amostra grátis de
medicamentos contendo substâncias constantes da lista
"C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial), nas
embalagens originais, exclusivamente a médicos,
cirurgiões-dentistas e médicos-veterinários, mediante
comprovante da distribuição (ANEXO XII) devidamente
assinado pelos referidos profissionais.
§ 1º É vedada ao médico-veterinário e cirurgiões-
dentistas a distribuição de amostra grátis de
medicamentos contendo substâncias constantes da lista
"C4" (anti-retrovirais).
§ 2º As amostras grátis, de que trata o caput deste artigo,
devem corresponder, em quantidade ao número de
unidades necessárias a um tratamento do paciente, o
número de unidades da menor embalagem da
apresentação comercial do mesmo produto para venda ao
consumidor, conforme registrado no Ministério da Saúde.
§ 3º As amostras grátis, de que trata o caput deste artigo,
só podem sair da empresa fabricante ou produtora,
mediante Nota fiscal tendo como destinatários seus
funcionários que exercem a atividade de propagandista
junto aos profissionais médicos, cirurgiões-dentistas e
médicos-veterinários.
§ 4º As Notas Fiscais de distribuição de amostras grátis
devem ser registrados no livro de registro específico
73
- Comprovação de 5 (cinco) anos de exercício de
atividades em farmácia ou drogaria, com registro na
RESOLUÇÕES ESTADUAIS carteira de trabalho e previdência social (CTPS);
- Ter freqüentado curso técnico em saúde pública e
Resolução nº 21 de 1992 higiene social e/ou similar;
(DIOE de 09.04.1992) - Comprovação de residência na própria localidade do
posto de medicamento.
Norma Técnica Especial para abertura de postos de Art.5º - Não será autorizado o licenciamento de postos de
medicamentos no Estado do Paraná. medicamentos no perímetro urbano, ou metropolitano, ou
suburbano das cidades com existência de farmácia ou
O Secretário de Estado da Saúde no Paraná, no uso de drogaria , Centro de Saúde Municipal ou Estadual
suas atribuições que lhe conferem o Art. 45, inciso XIV instalados.
da Lei Estadual nº 2270 de 11 de janeiro de 1988, Art.6º - A necessidade da existência de postos de
CONSIDERANDO o disposto no Artigo nº 29 da Lei medicamentos em localidades desprovidas de
nº 5991 de 17 de janeiro de 1973, no Parágrafo Único do atendimento farmacêutico será avaliada tecnicamente
Artigo nº 17 do Decreto-Lei nº 74170 de 10 de junho de pelo serviço de Vigilância Sanitária Municipal
1974, e, juntamente com a seção de Ação sobre o Meio da
CONSIDERANDO a necessidade de constante Regional de Saúde a que pertence, atendendo os
aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de seguintes critérios:
preservação da saúde, mormente no que concerne ao I – população local - deverá ser inferior a 3.000
controle da abertura de postos de medicamentos e habitantes comprovada através de documento hábil da
controle de dispensação e uso de especialidades Prefeitura Municipal contemplando a abrangência da
farmacêuticas em geral: farmácia/drogaria ou posto de medicamentos em
municípios vizinhos.
RESOLVE: II – existência de serviços de saúde – em caso de
existência de serviços de saúde como postos de saúde
Art.1º - Aprovar a Norma Técnica Especial, relativa ao Municipal ou Estadual com serviço de assistência
controle de abertura dos postos de medicamentos no farmacêutica e médica, não poderá ser licenciado.
Estado do Paraná. III – Distância e localização – distância num raio de 10
Art.2º - O cumprimento desta Norma Técnica Especial Km de farmácia, ou drogaria, ou posto de medicamentos,
será verificado pelos Serviços Estaduais e Municipais de observado o artigo 3º.
Vigilância Sanitária. IV – Existência de outro posto de medicamentos na
Art.3º - Definição de posto de medicamentos: localidade – Não será permitida a instalação de posto de
Estabelecimento destinado exclusivamente a venda de medicamentos, em localidade onde já existe outro posto.
medicamentos industrializados em suas embalagens Art.7º - A área física mínima do estabelecimento será de
originais registrados no Ministério da Saúde e constantes 30 metros quadrados, destinada a guarda, mostruário e
da relação elaborada pelo Órgão Sanitário Federal e ou comercialização de medicamentos.
Estadual, publicada na imprensa oficial para atendimento Parágrafo 1º - As paredes deverão ser de material
a localidades desprovidas de farmácias, drogarias. resistente, impermeável, de fácil limpeza, com altura de
Art.4º - Fixar para licenciamento de postos de até 2m no mínimo, piso revestido de material resistente,
medicamentos as seguintes orientações e exigências: impermeável de fácil limpeza e desinfecção.
I – O pedido de licença deve ser requerido e subscrito Parágrafo 2º - Iluminação e ventilação adequada ao
pelo responsável, que indicará a localidade e endereço ambiente.
completo do posto de medicamento. Art.8º - Nas placas e anúncios somente será permitida a
II – Declaração de firma individual, contrato ou estatuto inserção de designação “Posto de Medicamentos”,
social designando a pessoa física responsável legalmente acrescido do nome fantasia, sendo proibida a utilização
pelo estabelecimento. de termo farmácia, drogaria ou termo similar que induza
III – Termo de Responsabilidade subscrito pelo a confusão com outros estabelecimentos.
responsável e requerente atestando que cumprirá com os Art.9º - Após instalação legal de estabelecimento
dispositivos que regem o funcionamento de postos de farmacêutico (farmácia ou drogaria), na mesma
medicamentos. localidade do posto de medicamentos ou no raio de ação
IV – Apresentar fotocópia do título de eleitor do deste, o responsável ou proprietário do posto de
responsável e proprietário, fotocópia do CPF e Carteira medicamentos terá um przo de seis (6) meses para mudar
de Identidade. de ramo comercial, extingui-lo, ou transforma-lo em
V – Apresentar fotocópia autenticada de documentos que farmácia ou drogaria, adequando-se ao disposto na Lei nº
comprove a conclusão de escolaridade – 2º grau 5991/73.
completo em escola ou instituto oficial de ensino. Art.10 – O posto de medicamentos que mudar de ramo,
VI – Comprovação de capacidade mínima necessária fechar ou se transformar em farmácia/drogaria, fica
para promover a dispensação de medicamentos: impedido de retornar à antiga estrutura.

74
Art.11 – Das atividades e comercialização dos produtos e
medicamentos: MEDICAMENTOS DE VENDA EM POSTOS DE
a) Somente poderão ser comercializados medicamentos MEDICAMENTOS
industrializados em suas embalagens originais.
b) Não será permitida a comercialização de I - Profiláticos da cárie
medicamentos injetáveis. II – Antiinfecciosos para tratamento local na boca.
c) Não poderão fazer uso de aparelhos médicos para Preparados bucais demulcentes, Antiinfecciosos e
fins de diagnóstico como esfingnomanômetro, antissépticos orais (exceto sulfas e antibióticos) para a
estetoscópio, aparelho de inalação, termômetro. garganta
d) Servir como posto de coleta de sangue ou outro III – solução isosmóticas, de cloreto de sáodio,para uso
material biológico. nasal tópico
e) É proibida a comercialização de medicamentos IV – Produtos para uso no oftálmico, com ação emoliente
psicotrópicos e entorpecentes, Portaria nº 27/86 e 28/82 – ou protetora. Soluções isosmópticas de cloreto de sódio
DIMED/MS, ou outra que vier a substituí-la. V – Produtos para uso no confuto auditivo externo, com
f) É proibida a comercializaçãom de ervas e plantas ação protetora ou anestésica, não antibióticos
medicinais por serem de comercialização privativa de VI – antiácidos simples. Antiácidos com antifiséticos ou
farmácias e ervanárias, conforme a Lei nº 5991/73. carminativos, antifiséticos simples e carminativos
g) A dispensação de medicamentos homeopáticos é VII – Hepatoprotetores
privativa de farmácias e drogarias, não sendo permitida a VIII – Laxantes suavizantes e emolientes. Laxantes
comercialização em postos de medicamentos. incrementadores do bolo intestinal
h) É proibida a presença e a comercialização de IX – Absorventes intestinais
medicamentos amostra-gratis. X – Digestivos contendo exclusivamente enzimas
Art.12 – O licenciamento será concedido em caráter XI – Suplementos dietéticos com vitaminas. Suplementos
precário e cessará desde que: dietéticos protéicos.
a) Pore motivo de ordem técnica e legal, devidamente XII – Tônico e reconstituintes
comprovado, indique a necessidade de cassação da XIII – Vitamina B1, Vitamina B6, Vitamina C,
licença; Associações de Vitaminas com sais minerais e
b) O posto de medicamentos não esteja adequado aos oligoelementos
itens contidos no artigo 4º desta Resolução. XIV – Hidratantes eletrolíticos orais
c) O posto de medicamentos deixar de funcionar por XV – Preparações de ferro. Extrato hepáticos simples
mais de 30 (trinta) dias. XVI – Produtos para terapia varicosa tópica. Anti-
Art.13 – A licença especial para posto de medicamentos Hemorroidários, tópicos sem corticosteróides
seta renovada anualmente em caráter precário, devendo XVII – Emolientes e protetores da pele e mucosas.
ser requerida nos primeiros 30 dias de cada exercício e Ceratolíticos e ceratoplásticos. Agentes cicatrizantes,
concedida desde que verificadas as condições técnicas, adstringentes e rubefacientes. Antissépticos e
sanitárias do estabelecimento, através de inspeção. desinfetantes, curativos medicamentosos.
Art.14 – A alteração de endereço, razão social ou nome XVIII – Antissépticos tópicos ginecológicos
fantasia depende da autorização prévia e expressa do XIX – Antissépticos urinários simples, exceção à base de
Órgão Sanitário competente do município em conjunto sulfas
com o Estado. XX – Anti-helminticos de trato gastrintestinal
Art.15 – Os casos omissos serão liberados pelo setor XXI – Analgésicos e antitérmicos com sais e derivados
competente da Secretaria de Estado da Saúde. do Ácido Acetil Salicílico e do Para-Aminofenol
Art.16 – O posto de medicamentos que tenha a sua (Paracetamol)
licença sanitária expedida até a data de publicação desta XXII – Balsâmicos e mucolíticos. Ungüentos percutânes.
Norma Técnica, terá seus direitos garantidos desde que: Inalantes tradicionais, não associados a antibióticos.
a) Cumpram o disposto tipificado neste documento XXIII – Anti-inflamatórios e anti-reumáticos tópicos
legal, no que se refere ao comércio farmacêutico, XXIV – Antiespasmódios – contendo Papaverina,
instalação de farmácia dentro da área de abrangência do Atropa, Beladona, Metropina, Metil-Brometo de
Posto bem como outras determinações. Homatropina, exceção os produtos associados à dipirona
Art.17 – Os postos de medicamentos por sua XXV – antibióticos tópicos cutâneos contendo
característica singular, terão uma lista básica de Bacitracina, Neomicina
medicamentos permitidos à comercialização, conforme XXVI – Colírios descongestionantes, Antissépticos
Art. 29 e Art. 30 da Lei nº 5991/73, Anexo I. contendo Ácido Zinco, Azul de Metileno, Cloridrato de
Art.18 – Os postos de medicamentos existentes até a data Tetracaína, Colírio Anestésico
de edição e publicação desta Resolução terão um prazo XXVII – Produtos de Higiene Pessoal e de Beleza
de 12 (doze) meses, para atualização frente as novas XXIII – Correlatos como fita-crepe, gaze, esparadrapo,
determinações contidas nesta Norma Técnica. cotonetes, seringas e agulhas descartáveis e
Art.19 – Revogam-se os dispositivos em contrário. preservativos.

ANEXO Nº 01 DA RESOLUÇÃO Nº 21/92.


75
Este texto não subtitui o publicado do DIOE de
09.04.1992

76
Resolução nº 81, de 01/09/1992

Produtos farmacêuticos e correlatos que poderão ser


comercializados pelos estabelecimentos em
supermercados e similares.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, no


uso de suas atribuições que lhe conferem o artigo 45,
inciso XIV, da Lei Estadual nº 8485, de 03 de junho de
1987 e o artigo 9º, inciso XVI, do Decreto Estadual nº
2270, de 11 de janeiro de 1988.

CONSIDERANDO a necessidade constante do


aperfeiçoamento das ações de preservação da Saúde
Pública, tendo em vista a comercialização indiscriminada
de medicamentos para uso humano e veterinário em
estabelecimentos que comercializam alimentos:
Supermercados e Similares, e atendendo ao artigo 6º da
Lei nº 5991/73, que dispõe sobre o controle sanitário do
comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos,

RESOLVE:

1. Definir a relação de produtos farmacêuticos e


correlatos que poderão ser comercializados naqueles
estabelecimentos citados, objetivando orientar as
Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal. São os
seguintes:

- Água Oxigenada;
- Algodão;
- Ataduras;
- Bandagens;
- Compressas;
- Cotonetes;
- Curativos Protetores;
- Esparadrapos;
- Gazes;
- Herbromina (solução);
- Merthiolate (solução); e,
- Vaselina.

2. Proibir a comercialização dos demais


medicamentos e correlatos, nos estabelecimentos acima
citados.
3. As pessoas físicas e jurídicas que extrapolares a
relação aqui definida serão enquadrados na Lei nº
6437/77.
4. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE, em


CURITIBA, 01 de setembro de 1992.

Nizan Pereira
SECRETÁRIO DA SAÚDE DO PARANÁ

Este texto não subtitui o publicado do DIOE de XXXX


77
Resolução nº 225 de 15/04/1999 NORMA TÉCNICA QUE ESTABELECE A
(D.O.E de 11.05.99) OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO DE
BALANÇOS DE SUBSTÂNCIAS E
Aprovar Norma Técnica que determina aos MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias ESPECIAL CONSTANTES DAS LISTAS DA
hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a PORTARIA 344/98 (NORMA TÉCNICA) SVS/MS E
obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de DAS SUAS ATUALIZAÇÕES
Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle
Especial (BMPO). Artigo 1º - Os estabelecimentos farmacêuticos:
farmácias, drogarias (retirado pela Resolução 590/14),
O Secretário de Estado da Saúde, no uso de suas farmácias hospitalares, clínicas médicas e veterinárias,
atribuições conferidas pelo artigo 45, inciso XIV da Lei ficam obrigados a apresentar o Balanço de Medicamentos
Estadual nº 8485 de 3 de junho de 1987 e o artigo 9, Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle Especial -
inciso XV e XVI do Decreto Estadual nº 2270, de 11 de BMPO - conforme modelo (ANEXO I).
janeiro de 1988, considerando o disposto: Obs: farmácias e drogarias deverão atender ao
Na Lei nº 6368 de 21/10/76; preconizado em legislação vigente no que se refere ao
na Portaria 344/98 SVS/MS, de 12/05/98, publicada no cadastro e regularização junto ao Sistema Nacional de
DOU de 15/05/98 e republicada nos DOU de 19/05/98, Gerenciamento de Produtos Controlados
31/12/98 e 01/02/99; nos artigos 88 e 97 da Portaria (SNGPC)/ANVISA.
344/98 SVS/MS.
Artigo 2º - Devem fazer parte do BMPO os
RESOLVE: medicamentos que contenham substâncias das listas
“A1” e “A2” (entorpecentes), “A3”, “B1” e “B2”
Artigo 1º - Aprovar Norma Técnica que determina aos (psicotrópicos), “C1” (Outras Substâncias Sujeitas a
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias Controle Especial), “C2” (retinóides de uso sistêmico),
hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a “C4” (anti-retrovirais) e “C5” (anabolizantes).
obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de Parágrafo 1º - A entrega dos balanços trimestrais deve
Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle ocorrer até os dias 15 dos meses de abril, julho, outubro e
Especial (BMPO). janeiro (correspondente ao 1º, 2º, 3º e 4º trimestres
Artigo 2º - Esta Norma Técnica define a periodicidade, a respectivamente). A entrega do balanço anual deve
data de apresentação, o número de vias e as listas da ocorrer até o dia 31 de janeiro do ano subsequente.
Portaria 344/98 SVS/MS cujos medicamentos Parágrafo 2º - Ao receber o BMPO trimestral ou anual a
obrigatoriamente devem compor o BMPO. Autoridade Sanitária local deve preencher o campo
Artigo 3º - Esta Norma Técnica esclarece também sobre “recebido por”, datando e assinando. Posteriormente,
a apresentação do Balanço de Substâncias Psicoativas e quando da conferência, deve preencher o campo
Outras Sujeitas a Controle Especial (BSPO) e a Relação “conferido por” datando e assinando.
Mensal de Vendas (RMV) - documentos de apresentação Parágrafo 3º - O BMPO deve ser apresentado em 2
obrigatória conforme os artigos 68 e 71 da Portaria (duas) vias à Autoridade Sanitária local nas datas
344/98 SVS/MS. previstas no Parágrafo 1º. Após o carimbo e assinatura da
Artigo 4º - A execução da presente Norma Técnica será Autoridade Sanitária local, a 1ª via fica retida e a 2ª via é
competência do SUS/PR. Através de seus órgãos devolvida ao estabelecimento como comprovante da
Estaduais e Municipais de Vigilância Sanitária entrega. Caso a Regional de Saúde deseje manter cópia
Artigo 5º - O não cumprimento dos dispositivos desta dos BMPO dos estabelecimentos poderá ser exigida uma
Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades 3ª via.
da Lei 6437, de 20 de agosto de 1977, artigo 10, inciso Parágrafo 4º - Quando da entrega dos balanços BMPO,
XXXI e/ou legislação específica Estadual ou Municipal. o estabelecimento farmacêutico deve estar de posse do
Artigo 6º - Esta Resolução entrará em vigor na data de Certificado de Regularidade para Substâncias e
sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Medicamentos Psicotrópicos, Entorpecentes e Outros
Artigo 7º - Fica revogada a Resolução Estadual nº 45/94 Sujeitos a Controle Especial (ANEXO II) que recebe o
SESA/ISEP, de 15 de março de 1994. carimbo e visto no campo do trimestre ou do ano
correspondente.
Curitiba, 15 de abril de 1999. Artigo 3º - O BSPO deve ser entregue trimestralmente e
anualmente conforme datas
Armando Raggio estabelecidas no Artigo 2º, Parágrafo 1º, conforme
SECRETÁRIO DE ESTADO modelo (ANEXO III), devendo compor este documento
as substâncias utilizadas pelo estabelecimento que fazem
PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO EM parte das listas “A1” e “A2” (entorpecentes, “A3”, ” B1”
11/05/99 Páginas 28, 29 e 30. e “B2” (psicotrópicas), “C1” (outras substâncias sujeitas
a controle especial), “C2” (retinóides), “C3”
78
(imunossupresores), “C4” (anti-retrovirais), “C5”
(anabolizantes) e “D1” (precursores).
Parágrafo 1º - O BSPO deve ser entregue em 4 (quatro)
vias que após o carimbo e visto da
Autoridade Sanitária local terá o seguinte destino:
1ª via: o estabelecimento encaminha à Secretaria de
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, em 1 (um)
disquete no seguinte endereço: Serviço de Produtos sob
Controle Especial/Divisão de Medicamentos da
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde, Esplanada dos Ministérios –Bloco G, 9º andar,
sala 958 - CEP 70.058-900 - Brasília/DF.
2ª via: retida na Vigilância Sanitária local;
3ª via: enviada ao Departamento da qualidade em Saúde -
Divisão de Vigilância Sanitária deProdutos
(DQS/DVSP). Quando o BSPO estiver informatizado
com a versão Estado será necessário o disquete;
4ª via: retida no estabelecimento como comprovante da
entrega.
Parágrafo 2º - Os estabelecimentos que apresentam o
BSPO devem estar de posse do
Certificado de Regularidade para Substâncias e
Medicamentos Psicotrópicos, Entorpecentes e Outros
Sujeitos a Controle Especial (ANEXO II).
Artigo 4º - As Distribuidoras de Medicamentos e
Indústrias que comercializam medicamentos objeto da
Portaria 344/98 SVS/MS ficam obrigadas a apresentar
mensalmente, até dia 15 do mês subseqüente, a Relação
Mensal de Vendas - RMV - (ANEXO IV) em 2 (duas)
vias. Após o carimbo e vistoda Autoridade Sanitária local
a 1ª via fica retida e a 2ª via é a via do estabelecimento.
Parágrafo 1º - A via do estabelecimento (Distribuidora
ou Indústria) pode ser em disquete.
Parágrafo 2º - A Distribuidora de Medicamentos ou
Indústria, quando apresentar a RMV, deve estar de posse
do respectivo Certificado de Regularidade para
Substâncias e Medicamentos Psicotrópicos,
Entorpecentes e Outros Sujeitos a Controle Especial.
(ANEXO V).
Artigo 5º - O BMPO e o RMV podem ser realizados
através de sistema informatizado, desde que sejam
respeitados os modelos e dados exigidos na Portaria
344/98 SVS/MS e autorização prévia da Autoridade
Sanitária local.
Artigo 6º - Em caso de padronização de um programa
único a nível Estadual ou a nível Federal, todos os
estabelecimentos sujeitos a apresentação dos documentos
definidos nesta Norma Técnica ficam obrigados a
adequar-se a ele.
Artigo 7º - A falta de remessa da documentação
mencionada nos Artigos 2º, 3º e 4º nos prazos estipulados
sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei
6437/77, art. 10º, inciso XXXI.

Este texto não subtitui o publicado do DIOE de


11.05.1999

79
Pública, Ministério Público do Estado do Paraná e da
Resolução nº 166 de 06/07/2011 Receita Estadual para a apuração dos ilícitos, sob a
(D.O.E de 08.07.2011) responsabilidade dessas instituições.

Trata da proibição da comercialização de medicamentos Curitiba, 06 de julho de 2011.


de saúde destinados exclusivamente ao Sistema Único de
Saúde Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do
suas atribuições, conferidas Estado nº 8503, de 08/07/2011

pelo artigo 45, inciso XIV, da Lei Estadual nº 8.485/87,


de 03 de junho de 1987, e com base
no disposto no artigo 12, Inciso XIX, da Lei 13.331, de
23 de novembro de 2001, e o artigo 543 do Decreto
5711, de 23 de maio de 2002, Considerando o disposto
no artigo 7o da Portaria GM 2814 de 29 de maio de
1998, sobre a obrigatoriedade dos medicamentos
adquiridos mediante licitações públicas, realizadas por
serviços próprios ou conveniados pelo Sistema Único de
Saúde, que devem trazer a expressão “PROIBIDA A
VENDA NO COMÉRCIO”;
Considerando que é proibida a comercialização de
medicamentos de saúde destinados exclusivamente ao
Sistema Único de Saúde com a expressão “PROIBIDA A
VENDA NO COMÉRCIO” em suas embalagens
secundárias e/ou primárias;
Considerando que estes produtos somente podem ser
dispensados em serviços públicos de saúde;
Considerando que têm sido encontrados tais produtos em
estabelecimentos de saúde de natureza comercial, de
interesse ou de prestadores de serviços, incluindo
farmácias, distribuidoras e hospitais;
Considerando a necessidade de estabelecer normas
suplementares para uniformização das ações de
Vigilância Sanitária em relação à dispensação irregular
de tais produtos,

RESOLVE:

Artigo 1º Determinar que as vigilâncias sanitárias


regionais e municipais em suas inspeções de rotina nos
estabelecimentos de saúde e nos estabelecimentos
comerciais de interesse da saúde verifiquem a existência
destes medicamentos e que, ao comprovarem tal
condição, adotem as providências cabíveis,
infracionando, apreendendo os produtos e interditando o
estabelecimento até a conclusão da investigação
pertinente.

Parágrafo Único: Sendo comprovada a responsabilidade


do estabelecimento autuado, deverá ser imposta a
penalidade de cassação da licença sanitária em definitivo.

Artigo 2º Além da instauração do processo


administrativo sanitário, as autoridades de Vigilância
Sanitária deverão encaminhar denúncia às autoridades da
Polícia Federal, Secretaria de Estado da Segurança
80
Resolução nº 062 DE 31/01/2013 ANEXO I DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
(D.O.U 01/02/13) NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA AS
BULAS MAGISTRAIS DE ESTABELECIMENTOS
Define a forma e modelo do conteúdo das Bulas FARMACÊUTICOS
Magistrais
CAPITULO I
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando DAS DEFINIÇÕES
da atribuição que lhe confere o Art. 45, Inciso XIV, da Artigo 1º. Para efeitos da presente Norma Técnica, são
Lei Estadual nº 8.485 de 03 de junho de 1987 e o artigo adotadas as seguintes definições:
9º, Inciso I. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: conjunto de
XV e XVI, do Decreto Estadual nº 2.270 de 11 de janeiro ações e serviços relacionados com o medicamento,
de 1988 e, destinado a apoiar as ações de saúde demandadas por
• considerando o disposto nos artigos 4, 6, 15, 17, 21, 24, uma comunidade.
33, 44, 55 e 56 da Lei nº 5.991de 17 de dezembro de Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e
1973; em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação
• considerando o disposto nos artigos 14, 15, 16, 27 e 58 e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia
do Decreto nº 74.170 de 10 de junho de 1974; terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a
• considerando o disposto na Lei Estadual nº 13.331 de avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de
23 de novembro de 2001, em especial o contido nos informação sobre medicamentos e a educação
artigos 12 (Incisos IX, XII, XIII) e 38; permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da
• considerando o disposto no Decreto Estadual nº 5.711 comunidade para assegurar o uso racional de
de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos artigos medicamentos.
10, 445 (Inciso I), 457, 458, 459, 460 e 577; II. BULA MAGISTRAL: conjunto de orientações
• considerando o disposto na Lei Estadual nº 17.051 de farmacêuticas impressas, de forma separada, que devem
23 de janeiro de 2012, em especial o contido no acompanhar o medicamento manipulado, observado o
parágrafo único do artigo 2º; disposto na Lei nº 17.051/2012.
• considerando a necessidade de constante III. DISPENSAÇÃO: ato profissional farmacêutico de
aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente,
prevenção à saúde da população, geralmente como resposta a apresentação de uma receita
elaborada por um profissional autorizado. Neste ato, o
RESOLVE: farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso
Artigo 1º Aprovar Norma Técnica conforme Anexo I, adequado do medicamento. São elementos importantes
para definir a forma e o conteúdo das bulas magistrais da orientação, entre outros, a ênfase ao cumprimento da
conforme determinado no parágrafo único do artigo 2º da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com
Lei 17.051/2012, bem como os modelos de Bulas outros medicamentos, o reconhecimento de reações
Magistrais constantes nos Anexos II, III, IV, V e as adversas potenciais e as condições de conservação dos
Orientações sobre as formatações do Anexo VI. produtos.
Artigo 2º As abrangências desta resolução são os IV. DISPONIBILIZAÇÃO: ato de fornecer a bula
estabelecimentos farmacêuticos – farmácia que magistral quando da dispensação de medicamentos
manipulam medicamentos para uso humano. manipulados, em papel ou por meio eletrônico. Quando a
Artigo 3º A execução da presente Norma Técnica será disponibilização for por meio eletrônico deve-se ter a
competência dos órgãos Estaduais e Municipais de comprovação da opção eletrônica por parte do paciente
Vigilância Sanitária do Sistema Único Saúde no Paraná. ou seu responsável ou do estabelecimento hospitalar ou
Artigo 4º A farmácia tem 180 (cento e oitenta) dias para congênere solicitante.
atender a presente Resolução. O arquivamento da comprovação da autorização pode ser
Artigo 5º O não cumprimento dos dispositivos desta também por arquivos eletrônicos, não havendo
Resolução e sua Norma Técnica implicará na aplicação necessidade de impressão destes arquivos. O
das penalidades previstas na Lei Estadual nº 13.331 de 23 armazenamento deve ser pelo período mínimo de dois
de novembro de 2001, Decreto Estadual nº 5.711 de 23 anos.
de maio de 2002 e/ou legislação específica Estadual ou V. FARMACÊUTICO: principal responsável pelo
Municipal que venha a substituí-las. funcionamento do estabelecimento farmacêutico, como
Artigo 6º Esta resolução entrará em vigor na data de sua determina a Lei Federal nº 5.991/73 e legislação
publicação, revogadas as disposições em contrário. específica do Conselho Federal de Farmácia. Estará
obrigatoriamente sob sua responsabilidade a supervisão e
Curitiba, 31 de janeiro de 2013. coordenação de todos os serviços técnicos do
Michele Caputo Neto estabelecimento que a ele fiquem hierarquicamente
Secretário de Estado da Saúde subordinados. Sua função compreende o gerenciamento
* Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da disponibilidade do medicamento, atendimento ao
usuário, promoção da economia, eficiência e cooperação
com a equipe de saúde.
81
relacionado a referências estabelecidas, geralmente a
VI. FRASES DE ALERTA: frases que visam dar padrões nacionais ou internacionais, através de uma
destaque a advertências, precauções e contraindicações cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas
críticas para prevenir agravos à saúde. estabelecidas.
VII. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: resposta XVI. REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS:
farmacológica ou clínica, causada pela interação de qualquer resposta a um medicamento que seja
medicamento-medicamento, medicamento-alimento, prejudicial, não intencional e que ocorra nas doses
medicamento substância química, medicamento-exame normalmente utilizadas,
laboratorial e não laboratorial, medicamentoplanta em seres humanos, para profilaxia, diagnóstico e
medicinal e/ou medicamento-doença, cujo resultado final tratamento de doenças ou para a modificação de uma
pode ser a alteração dos efeitos desejados ou a ocorrência função fisiológica.
de eventos adversos. XVII. RECEITA: prescrição escrita de medicamento,
VIII. MEDICAMENTO: produto farmacêutico, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profissional legalmente habilitado, quer seja de
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. formulação magistral ou de produto industrializado.
IX. MEDICAMENTO MAGISTRAL: todo XVIII. RESTRIÇÃO DE USO: limitação de uso de um
medicamento cuja prescrição pormenoriza a composição, medicamento quanto à população
a forma farmacêutica e a posologia. É preparado na alvo, podendo ser para uso pediátrico, para uso adulto ou
farmácia, por um profissional farmacêutico habilitado ou para uso adulto e pediátrico.
sob sua supervisão direta em que está estabelecida a XIX. RÓTULO: é a identificação impressa ou
relação prescritor-farmacêutico-usuário e destinado a um litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a
usuário individualizado. fogo, pressão ou decalque, aplicados diretamente sobre
X. PREPARAÇÃO: procedimento farmacotécnico para recipientes, vasilhames, invólucros, envoltórios ou
obtenção do produto manipulado, compreendendo a qualquer outro material de acondicionamento.
avaliação farmacêutica da prescrição, manipulação, Os rótulos possuem dimensões apropriadas e devem ser
fracionamento de substâncias ou produtos redigidos de modo a facilitar o entendimento do
industrializados, envase, rotulagem e conservação das consumidor. A confecção dos rótulos deve obedecer aos
preparações. padrões determinados pela Agência Nacional de
XI. PREPARAÇÃO OFICINAL: é aquela preparada na Vigilância Sanitária.
farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário XX. USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS:
Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos processo que compreende a prescrição apropriada; a
pela ANVISA. disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a
XII. PRESCRIÇÃO: ato de definir o medicamento a ser dispensação em condições adequadas; e o consumo nas
consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de
duração do tratamento. Em geral, esse ato é expresso tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de
mediante a elaboração de uma receita. qualidade.
XIII. PRESCRITOR: profissional de saúde habilitado XXI. USUÁRIO: aquele que fará uso do produto
para definir o medicamento a ser usado. magistral.
XIV. PRODUTO MAGISTRAL1: é aquele obtido em
Farmácias aplicando-se as Boas Práticas de Manipulação CAPÍTULO II
(BPM), a partir de: prescrições de profissionais
habilitados ou indicação pelo Formulário Nacional da DA FORMA E CONTEÚDO DAS BULAS
Farmacopeia Brasileira, 2ª edição, pelo farmacêutico2 e Artigo 2º. Quanto à forma, as bulas magistrais devem:
solicitação de compra3, dispensados ao usuário ou a seu I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
responsável e que estabelece uma relação prescritor- Times New Roman, Georgia, Arial, Verdana e/ou
farmacêutico-usuário. Trebuchet no corpo do texto, com tamanho mínimo de 10
1. Medicamentos, cosméticos, produtos de higiene, pt (dez pontos), não-condensada e não expandida;
dietéticos e nutricionais, para diagnóstico ou uso em II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
procedimentos médicos, odontológicos e outros pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
manipulados pela Farmácia, até a sua dispensação. assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos);
2. Indicação feita pelo farmacêutico, para produtos III. Apresentar colunas de texto com no mínimo 80 mm
magistrais sem necessidade de prescrição médica. (oitenta milímetros) de largura, com espaço entre as
3. Solicitação de compra (assinada pelo responsável colunas de 10 mm (dez milímetros);
técnico do estabelecimento solicitante) – feita para IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
produtos magistrais usados em clínicas, centros mínimo 07 pt (sete pontos);
cirúrgicos, hospitais, ambulatórios, laboratórios, entre V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
outros, em conformidade com a RDC nº 67/2007 e suas com margens esquerda e direita de no mínimo 20 mm;
respectivas atualizações. VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
XV. RASTREABILIDADE: propriedade do resultado em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
de uma medição ou do valor de um padrão estar deixando os títulos sempre juntos aos seus textos;
82
VII. Deixar 01 (uma) linha em branco entre o texto e um usar de barra horizontal abaixo desta seção de texto ou
título, aumentando assim a entrelinha para melhor caixa circundando os itens para separá-los das instruções
visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no ao usuário.
início da coluna; §4º. Para os dados de “Identificação do Medicamento”,
VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para exclusivamente, as fontes utilizadas podem ser com
nomes científicos; tamanho entre 08 pt (oito pontos) e 10 pt (dez pontos),
IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não igualmente não condensada e não expandida.
permita a visualização da impressão no verso da página §5º. Incluir as seguintes frases em negrito no item 8 “O
quando a bula estiver sobre uma superfície. QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
§1º. Para a impressão de bulas magistrais alopáticas e/ou MEDICAMENTO” da bula magistral, quando for o caso:
homeopáticas para usuários com limitações visuais, estas “Uso restrito a hospitais”;
devem atender aos itens acima, diferenciando-se em: “Uso profissional”;
I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman, “Venda sob prescrição médica”;
Georgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo Incluir em negrito as frases de restrições de venda, uso e
recomendado o tamanho mínimo de 18 pt (dezoito dispensação previstas na norma específica para produtos
pontos); controlados.
II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no §6º. Não é facultada a colocação por qualquer motivo e
mínimo de 04 pt (quatro pontos) a mais que o tamanho de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de
da fonte, sendo assim o mínimo de 22 pt (vinte e dois propagandas ou publicidade nas bulas magistrais.
pontos); Artigo 4º. O item 8 “O QUE MAIS DEVO SABER
exceto para o item de Identificação do Produto que deve SOBRE ESTE MEDICAMENTO” deve conter apenas as
ter o tamanho da fonte de 14 pt (quatorze pontos). informações relativas à forma farmacêutica dispensada.
III. Apresentar o texto corrido sem colunas, conforme Estas informações devem:
anexos III e/ou IV. I. Ser claras e objetivas, sem a repetição de informações;
§2º. Para a disponibilização da bula em meio eletrônico, II. Ser escritas em linguagem acessível, com redação
o arquivo digital deve ser em formato fechado, sendo clara e concisa, de forma a facilitar a compreensão do
recomendado o formato “pdf” para que não haja prejuízo conteúdo pelo usuário;
à formatação aqui especificada. III. Possuir termos explicativos incluídos para leigos,
§3º. Este Capítulo está exemplificado no Anexo VI desta após os termos técnicos.
Resolução. Artigo 5º. As frases de advertências a serem inseridas
Artigo 3º. Quanto ao conteúdo, os textos das bulas nos textos das bulas devem:
devem contemplar as informações preconizadas no I. Seguir a redação definida em norma específica;
Anexo I e/ou II, para medicamento alopático ou II. Ser destacadas do corpo do texto através do uso de
homeopático conforme o caso, desta Resolução, seguindo negrito e/ou caixa alta, e/ou linhas ou caixas circundando
a ordem das partes e itens de bulas estabelecidos. as frases, como recursos de atenção visual;
§1º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens III. Usar palavras para sinalizar a advertência no texto.
no início da bula, conforme anexo: Recomenda-se o uso das palavras em caixa alta e em
I. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE negrito: Atenção ou Cuidado ou Perigo.
Nome completo do paciente. Artigo 6º. É facultada a presença do logotipo/logomarca
II. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO da farmácia e o símbolo de reciclagem de papel.
De acordo com a prescrição e rotulagem do produto. Artigo 7º. As frases de alerta descritas no artigo 3º da
III. NOME DO ESTABELECIMENTO E DADOS DO Lei Estadual nº 17.051/2012, já estão dispostas nas bulas
SAC magistrais dos Anexos, não sendo necessário repeti-las.
O nome do estabelecimento pode ser substituído pelo Artigo 8º. É facultada a inclusão na bula de ilustrações
logotipo/logomarca. como instruções visuais sobre o uso do produto. Caso
Informar com destaque em negrito e caixa alta o telefone sejam incluídas na bula, as ilustrações devem:
para contato ou do Serviço de Atendimento ao I. Ser alinhadas de acordo com a ordem de leitura do
Consumidor (SAC), de responsabilidade da farmácia. texto: da esquerda para direita na disposição horizontal
Recomenda-se que seja utilizado um pictograma de das instruções; ou de cima para baixo na disposição
telefone para promover a atenção visual do usuário. vertical das instruções;
§2º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens II. Utilizar letras ou números para ordenar a leitura das
no final da bula, conforme anexo: imagens;
I. DIZERES LEGAIS III. Ser separadas entre si de forma clara e consistente
Informar o nome, número de inscrição e sigla do para evitar ambiguidade na ordem de leitura da instrução
Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico visual. Deve-se usar bordas circundando as ilustrações e
da farmácia. espaço entre as linhas maior que o espaço entre colunas
Informar o número do Cadastro Nacional de pessoa para a disposição horizontal das ilustrações, ou espaço
Jurídica (CNPJ) da farmácia. entre colunas maior que o espaço entre linhas para a
§3º. Os itens acima devem vir de forma destacada para disposição vertical das ilustrações;
facilitar seu reconhecimento pelo usuário. Recomenda-se
83
IV. Representar ação ou movimento de forma clara para 1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO?
mostrar o uso do medicamento. Recomenda-se utilizar Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu
setas nas ilustrações; farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as
V. Evitar excesso de detalhes para facilitar a percepção doses e a duração do tratamento. Observe também as
dos elementos principais da imagem. Deve-se usar de informações da prescrição e do rótulo do medicamento
desenhos ou fotografias com fundo neutro; manipulado.
VI. Apresentar os textos explicativos como legenda para Verifique atentamente se o medicamento é para uso oral
facilitar a percepção da associação texto-imagem. ou outra forma de administração. Medicamentos para uso
oral devem ser preferencialmente tomados com um copo
CAPÍTULO III de água. Evite partir, abrir ou mastigar as cápsulas ou
DA DISPONIBILIZAÇÃO DAS BULAS comprimidos, a menos que receba orientação específica
MAGISTRAIS para isso. A ingestão de medicamentos com alimentos
Artigo 9º. A bula magistral deve ser parte integrante de deve seguir a orientação de seu farmacêutico ou
todos os medicamentos manipulados a serem prescritor. Sempre manuseie o medicamento com as
dispensados. mãos limpas e secas e procure retirar uma cápsula da
§ 1º. É facultada à farmácia a disponibilização da bula embalagem de cada vez. Não interrompa ou prolongue o
magistral em meio eletrônico. tratamento por conta própria.
§ 2º. A bula magistral somente será disponibilizada em 2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ
meio eletrônico a pedido do usuário. Para a emissão da Antes de utilizar o medicamento comunique seu
bula magistral eletrônica, a respectiva autorização do farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar
usuário deve ser mantida arquivada em meio físico ou grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser
eletrônico na farmácia. comunicadas o mais breve possível. Alguns
§ 3º. A autorização concedida pelo paciente para medicamentos não são recomendados durante a gravidez.
encaminhamento por meio eletrônico não possuirá prazo 3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO
de validade desde que a comprovação seja devidamente Se estiver amamentando comunique seu farmacêutico
arquivada. e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns
§ 4º. Aos portadores de necessidades especiais, além da medicamentos não são recomendados durante a
bula magistral, deve ser realizada a orientação amamentação.
farmacêutica de forma a atender a necessidade 4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO,
individual. O QUE DEVO FAZER?
Artigo 10º. Os medicamentos dispensados para uso em Se você não utilizou o medicamento no horário correto
hospitais, clínicas e congêneres deverão ser não altere a quantidade na próxima tomada. Procure
acompanhados por ao menos uma bula magistral para respeitar o intervalo entre as doses do medicamento.
cada conjunto de um mesmo tipo de medicamento. Converse com seu farmacêutico ou prescritor para obter a
Artigo 11º. Para as preparações magistrais de orientação correta sobre como regularizar os horários.
medicamentos homeopáticos é facultada a 5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE
disponibilização de uma única bula magistral por receita, QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA
independente do número e do tipo de medicamentos SÓ VEZ?
prescritos na mesma receita. Não provoque vômito e não beba água, leite ou qualquer
outro líquido ou alimento. Procure rapidamente socorro
CAPÍTULO IV médico levando a embalagem do medicamento ou entre
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS em contato com o Disque Intoxicação: 0800 722 6001.
Artigo 12º. Compete à autoridade de vigilância sanitária 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
verificar nas inspeções rotineiras a disponibilização da Informe seu farmacêutico ou prescritor sobre o
bula magistral para os medicamentos manipulados a aparecimento de reações indesejáveis pelo uso deste
serem dispensados. medicamento. LOGO Comunique também se já
Artigo 13º. A presente Norma Técnica não se aplica às apresentou reações anteriores com outros medicamentos,
farmácias hospitalares, dispensários de unidades como alergias ou outros problemas. Antes de usar o
hospitalares ou equivalentes, postos de medicamentos e medicamento, informe seu farmacêutico ou prescritor se
unidades volantes. Estes estabelecimentos estão sujeitos é portador de doenças crônicas como diabetes,
a regulamentação específica. intolerância a lactose ou glúten.
7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
ANEXO II DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
BULA MAGISTRAL ALOPÁTICA Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Paciente fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
Nome Completo do Paciente calor excessivos. O sol, o calor ea umidade podem alterar
Produto o medicamento, mesmo dentro do prazo de validade.
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do Medicamentos não devem ficar dentro de automóveis,
produto pois a temperatura do veiculo pode se elevar muito.
SAC: Número de telefone ATENÇÃO
84
Não guarde os medicamentos no banheiro ou perto de 2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ
pias, lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade Antes de utilizar o medicamento comunique seu
e calor. Não retire o algodão nem os dessecantes dos farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar
frascos, pois eles servem para evitar a umidade e grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser
preservar o medicamento. Não misture diferentes comunicadas o mais breve possível. Alguns
medicamentos numa mesma embalagem. Não utilize medicamentos não são recomendados durante a gravidez.
medicamentos com data de validade vencida. 3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO
Medicamentos com a indicação “Manter em geladeira” Se estiver amamentando, comunique seu farmacêutico
não devem ser armazenados na porta e devem ficar longe e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns
do congelador e do contato direto com alimentos. medicamentos não são recomendados durante a
Alterações de cor, odor e/ou consistência podem indicar amamentação.
que o medicamento está impróprio para uso. Se isto 4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, O QUE
ocorrer, consulte o seu farmacêutico. Todo DEVO FAZER?
medicamento deve ser mantido fora do alcance das No caso de interrupção acidental da administração
crianças e animais domésticos. retome o tratamento assim que lembrar e siga a
O medicamento pode ser armazenado pelo período de prescrição inicial.
tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite 5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE
descartar o medicamento informe-se com o seu QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA
farmacêutico sobre como proceder. SÓ VEZ?
8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE Medicamentos homeopáticos não causam intoxicação.
MEDICAMENTO? Converse com seu farmacêutico ou prescritor.
Utilize o medicamento somente após ter esclarecido 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o Na ocorrência do aparecimento de sinais e/ou sintomas
prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja decorrentes da resposta do usuário ao uso do
usando, pois um pode alterar o efeito do outro. Não medicamento, o prescritor deve ser comunicado.
utilize bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois elas 7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
podem alterar o efeito do medicamento. GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
ATENÇÃO Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
que foi prescrito para você. Pode ser perigoso. calor excessivos. O sol, o calor e LOGO a umidade
Identificação do estabelecimento podem alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de
Farm. Resp.: Nome do responsável técnico | CRF-XX n. validade.
00.000 ATENÇÃO
Razão social da farmácia Não deixe medicamentos dentro de automóveis, pois a
Endereço (Rua, Número) | Cidade - UF – CEP 00000- temperatura do veículo pode se elevar muito. Não guarde
000 os medicamentos no banheiro ou perto de pias,
CNPJ: 00.000.000/0000-00 lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade e
ANEXO III DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 calor. Não misture diferentes medicamentos numa
BULA MAGISTRAL HOMEOPÁTICA mesma embalagem. Não utilize medicamentos com data
Paciente de validade vencida. Alterações de cor, odor e/ou
Nome Completo do Paciente consistência podem indicar que o medicamento está
Produto impróprio para uso. Se isto ocorrer, consulte o seu
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do farmacêutico. Recomenda-se que os medicamentos sejam
produto mantidos longe de aparelhos que emitam radiação
SAC: Número de telefone e fontes eletromagnéticas. Todo medicamento deve ser
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? mantido fora do alcance das crianças e animais
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu domésticos.
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as O medicamento pode ser armazenado pelo período de
doses e a duração do tratamento. As formas líquidas em tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
gotas ou as sólidas em glóbulos ou tabletes, de uso descartar o medicamento informe-se com o seu
interno, devem ser administradas por via sublingual com farmacêutico sobre como proceder.
a mucosa livre de resíduos alimentares e sabores 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
intensos. As demais formas farmacêuticas devem seguir a MEDICAMENTO?
orientação do prescritor quanto ao uso. A posologia Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
indicada pelo prescritor deve ser seguida e apenas todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
interrompida durante o sono do paciente ou conforme prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
orientação do prescritor. O uso de cânfora durante o usando, pois um pode alterar o efeito do outro.
tratamento homeopático deve ser interrompido por ATENÇÃO
inativar, em alguns casos, a ação do medicamento. Não Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
interrompa ou prolongue o tratamento por conta própria. que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
85
Identificação do estabelecimento 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
Farm. Resp.: Nome do responsável técnico | CRF-XX n. Informe seu farmacêutico ou prescritor sobre o
00.000 aparecimento de reações indesejáveis pelo uso deste
Razão social da farmácia medicamento. Comunique também se já apresentou
Endereço (Rua, Número) | Cidade - UF – CEP 00000- reações anteriores com outros medicamentos, como
000 alergias ou outros problemas. Antes de usar o
CNPJ: 00.000.000/0000-00 medicamento, informe seu farmacêutico ou prescritor se
ANEXO IV DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 é portador de doenças crônicas como diabetes,
BULA MAGISTRAL ALOPÁTICA PARA intolerância a lactose ou glúten.
USUÁRIOS 7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
COM LIMITAÇÕES VISUAIS GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Paciente Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Nome Completo do Paciente fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
Produto calor excessivos. O sol, o calor e a umidade podem
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de
produto validade. Medicamentos não devem ficar dentro de
SAC: Número de telefone automóveis, pois a temperatura do veiculo pode se elevar
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? muito.
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu ATENÇÃO
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as Não guarde os medicamentos no banheiro ou perto de
doses e a duração do tratamento. Observe também as pias, lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade
informações da prescrição e do rótulo do medicamento e calor. Não retire o algodão nem os dessecantes dos
manipulado. Verifique atentamente se o medicamento é frascos, pois eles servem para evitar a umidade e
para uso oral ou outra forma de administração. preservar o medicamento. Não misture diferentes
Medicamentos para uso oral devem ser preferencialmente medicamentos numa mesma embalagem. Não utilize
tomados com um copo de água. LOGO Evite partir, abrir medicamentos com data de validade vencida.
ou mastigar as cápsulas ou comprimidos, a menos que Medicamentos com a indicação “Manter em geladeira”
receba orientação específica para isso. A ingestão de não devem ser armazenados na porta e devem ficar longe
medicamentos com alimentos deve seguir a orientação de do congelador e do contato direto com alimentos.
seu farmacêutico ou prescritor. Sempre manuseie o Alterações de cor, odor e/ou consistência podem indicar
medicamento com as mãos limpas e secas e procure que o medicamento está impróprio para uso. Se isto
retirar uma cápsula da embalagem de cada vez. Não ocorrer, consulte o seu farmacêutico.
interrompa ou prolongue o tratamento por conta própria. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance
2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ das crianças e animais domésticos.
Antes de utilizar o medicamento comunique seu O medicamento pode ser armazenado pelo período de
farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser descartar o medicamento informe-se com o seu
comunicadas o mais breve possível. Alguns farmacêutico sobre como proceder.
medicamentos não são recomendados durante a 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
MEDICAMENTO?
gravidez. Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
Se estiver amamentando comunique seu farmacêutico prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns usando, pois um pode alterar o efeito do outro. Não
medicamentos não são recomendados durante a utilize bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois elas
amamentação. podem alterar o efeito do medicamento.
4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, ATENÇÃO
O QUE DEVO FAZER? Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
Se você não utilizou o medicamento no horário correto que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
não altere a quantidade na próxima tomada. Procure Identificação do estabelecimento
respeitar o intervalo entre as doses do medicamento. Farm. Resp.: Nome do responsável técnico
Converse com seu farmacêutico ou prescritor para obter a CRF-XX n. 00.000
orientação correta sobre como regularizar os horários. Razão social da farmácia
5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE Endereço (Rua, Número)
QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA Cidade - UF – CEP 00000-000
SÓ VEZ? CNPJ: 00.000.000/0000-00
Não provoque vômito e não beba água, leite ou qualquer ANEXO V DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
outro líquido ou alimento. Procure rapidamente socorro BULA MAGISTRAL HOMEOPÁTICA PARA
médico levando a embalagem do medicamento ou entre USUÁRIOS COM LIMITAÇÕES VISUAIS
em contato com o Disque Intoxicação: 0800 722 6001. Paciente
86
Nome Completo do Paciente calor. Não misture diferentes medicamentos numa
Produto mesma embalagem. Não utilize medicamentos com data
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do de validade vencida. Alterações de cor, odor e/ou
produto consistência podem indicar que o medicamento está
SAC: Número de telefone impróprio para uso. Se isto ocorrer, consulte o seu
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? farmacêutico. Recomenda-se que os medicamentos sejam
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu mantidos longe de aparelhos que emitam radiação e
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as fontes eletromagnéticas.
doses e a duração do tratamento. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance
As formas líquidas em gotas ou as sólidas em glóbulos das crianças e animais domésticos.
ou tabletes, de uso interno, devem ser administradas por O medicamento pode ser armazenado pelo período de
via sublingual com a mucosa livre de resíduos tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
alimentares e sabores intensos. As demais formas descartar o medicamento informe-se com o seu
farmacêuticas devem seguir a orientação do prescritor farmacêutico sobre como proceder.
quanto ao uso. 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
LOGO MEDICAMENTO?
A posologia indicada pelo prescritor deve ser seguida e Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
apenas interrompida durante o sono do paciente ou todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
conforme orientação do prescritor. O uso de cânfora prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
durante o tratamento homeopático deve ser interrompido usando, pois um pode alterar o efeito do outro.
por inativar, em alguns casos, a ação do medicamento. ATENÇÃO
Não interrompa ou prolongue o tratamento por conta Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
própria. que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ Identificação do estabelecimento
Antes de utilizar o medicamento comunique seu Farm. Resp.: Nome do responsável técnico
farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar CRF-XX n. 00.000
grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser Razão social da farmácia
comunicadas o mais breve possível. Alguns Endereço (Rua, Número)
medicamentos não são recomendados durante a gravidez. Cidade - UF – CEP 00000-000
3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO CNPJ: 00.000.000/0000-00
Se estiver amamentando, comunique seu farmacêutico 29
e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns ANEXO VI DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
medicamentos não são recomendados durante a ORIENTAÇÕES PARA FORMATAÇÃO DAS
amamentação. BULAS MAGISTRAIS
4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, O QUE CAPÍTULO II
DEVO FAZER? DA FORMA E CONTEÚDO DAS BULAS
No caso de interrupção acidental da administração Artigo 2º. Quanto à forma, as bulas magistrais devem:
retome o tratamento assim que lembrar e siga a I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
prescrição inicial. Times New Roman, Georgia, Arial,
5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE Verdana e/ou Trebuchet no corpo do texto, com tamanho
QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA mínimo de 10 pt (dez pontos), não-condensada e não
SÓ VEZ? expandida;
Medicamentos homeopáticos não causam intoxicação. II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
Converse com seu farmacêutico ou prescritor. pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos);
Na ocorrência do aparecimento de sinais e/ou sintomas III. Apresentar colunas de texto com no mínimo 80 mm
decorrentes da resposta do usuário ao uso do (oitenta milímetros) de largura, com espaço entre as
medicamento, o prescritor deve ser comunicado. colunas de 10 mm (dez milímetros);
7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
GUARDAR ESTE MEDICAMENTO? mínimo 07 pt (sete pontos);
Mantenha o medicamento em sua embalagem original, V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do com margens esquerda e direita de no mínimo 20 mm;
calor excessivos. O sol, o calor e a umidade podem VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
validade. deixando os títulos sempre juntos aos seus textos;
ATENÇÃO VII. Deixar 01 (uma) linha em branco entre o texto e um
Não deixe medicamentos dentro de automóveis, pois a título, aumentando assim a entrelinha para melhor
temperatura do veículo pode se elevar muito. Não guarde visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no
os medicamentos no banheiro ou perto de pias, início da coluna;
lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade e
87
VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para §5º. Incluir as seguintes frases em negrito no item 8 “O
nomes científicos; QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não MEDICAMENTO” da bula magistral, quando for o caso:
permita a visualização da impressão no verso da página “Uso restrito a hospitais”;
quando a bula estiver sobre uma superfície. “Uso profissional”;
§1º. Para a impressão de bulas magistrais alopáticas e/ou “Venda sob prescrição médica”;
homeopáticas para usuários com limitações visuais, estas Incluir em negrito as frases de restrições de venda, uso e
devem atender aos itens acima, diferenciando-se em: dispensação previstas na norma específica para produtos
I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman, controlados.
Georgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo §6º. Não é facultada a colocação por qualquer motivo e
recomendado o tamanho mínimo de 18 pt (dezoito de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de
pontos); propagandas ou publicidade nas bulas magistrais.
II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no Artigo 4º. O item 8 “O QUE MAIS DEVO SABER
mínimo de 04 pt (quatro pontos) a mais que o tamanho SOBRE ESTE MEDICAMENTO” deve conter apenas as
da fonte, sendo assim o mínimo de 22 pt (vinte e dois informações relativas à forma farmacêutica dispensada.
pontos); exceto para o item de Identificação do Produto Estas informações devem:
que deve ter o tamanho da fonte de 14 pt (quatorze I. Ser claras e objetivas, sem a repetição de informações;
pontos). II. Ser escritas em linguagem acessível, com redação
III. Apresentar o texto corrido sem colunas, conforme clara e concisa, de forma a facilitar a compreensão do
anexos III e/ou IV. conteúdo pelo usuário;
§2º. Para a disponibilização da bula em meio eletrônico, III. Possuir termos explicativos incluídos para leigos,
o arquivo digital deve ser em formato fechado, sendo após os termos técnicos.
recomendado o formato “pdf” para que não haja prejuízo Artigo 5º. As frases de advertências a serem inseridas
à formatação aqui especificada. nos textos das bulas devem:
Artigo 3º. Quanto ao conteúdo, os textos das bulas I. Seguir a redação definida em norma específica;
devem contemplar as informações preconizadas no II. Ser destacadas do corpo do texto através do uso de
Anexo I e/ou II, para medicamento alopático ou negrito e/ou caixa alta, e/ou linhas ou caixas circundando
homeopático conforme o caso, desta Resolução, seguindo as frases, como recursos de atenção visual;
a ordem das partes e itens de bulas estabelecidos. III. Usar palavras para sinalizar a advertência no texto.
§1º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens Recomenda-se o uso das palavras em caixa alta e em
no início da bula, conforme anexo: negrito: Atenção ou Cuidado ou Perigo.
I. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Artigo 6º. É facultada a presença do logotipo/logomarca
Nome completo do paciente. da farmácia e o símbolo de reciclagem de papel.
II. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Artigo 7º. As frases de alerta descritas no artigo 3º da
De acordo com a prescrição e rotulagem do produto. Lei Estadual nº 17.051/2012, já estão dispostas nas bulas
III. NOME DO ESTABELECIMENTO E DADOS DO magistrais dos Anexos, não sendo necessário repeti-las.
SAC Artigo 8º. É facultada a inclusão na bula de ilustrações
O nome do estabelecimento pode ser substituído pelo como instruções visuais sobre o uso do produto. Caso
logotipo/logomarca. Informar com destaque em negrito e sejam incluídas na bula, as ilustrações devem:
caixa alta o telefone para contato ou do Serviço de I. Ser alinhadas de acordo com a ordem de leitura do
Atendimento ao Consumidor (SAC), de responsabilidade texto: da esquerda para direita na disposição horizontal
da farmácia. Recomenda-se que seja utilizado um das instruções; ou de cima para baixo na disposição
pictograma de telefone para promover a atenção visual vertical das instruções;
do usuário. II. Utilizar letras ou números para ordenar a leitura das
§2º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens imagens;
no final da bula, conforme anexo: III. Ser separadas entre si de forma clara e consistente
I. DIZERES LEGAIS para evitar ambiguidade na ordem de leitura da instrução
Informar o nome, número de inscrição e sigla do visual. Deve-se usar bordas circundando as ilustrações e
Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico espaço entre as linhas maior que o espaço entre colunas
da farmácia. Informar o número do Cadastro Nacional de para a disposição horizontal das ilustrações, ou espaço
pessoa Jurídica (CNPJ) da farmácia. entre colunas maior que o espaço entre linhas para a
§3º. Os itens acima devem vir de forma destacada para disposição vertical das ilustrações;
facilitar seu reconhecimento pelo IV. Representar ação ou movimento de forma clara para
usuário. Recomenda-se usar de barra horizontal abaixo mostrar o uso do medicamento.
desta seção de texto ou caixa circundando os itens para Recomenda-se utilizar setas nas ilustrações;
separá-los das instruções ao usuário. V. Evitar excesso de detalhes para facilitar a percepção
§4º. Para os dados de “Identificação do Medicamento”, dos elementos principais da imagem. Deve-se usar de
exclusivamente, as fontes utilizadas podem ser com desenhos ou fotografias com fundo neutro;
tamanho entre 08 pt (oito pontos) e 10 pt (dez pontos), VI. Apresentar os textos explicativos como legenda para
igualmente não condensada e não expandida. facilitar a percepção da associação texto-imagem.
88
89
Resolução nº 590 de 05/09/2014 dispensação e o de atendimento privativo de unidade
(Publicada no Diário Oficial do Estado nº 9287, de hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
10/09/14) médica.
Art. 4º - A execução da presente Norma Técnica será
Estabelece a Norma Técnica para abertura, competência do Sistema Único de Saúde no Paraná,
funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias através dos seus órgãos Estadual e Municipais de
de farmácias e drogarias no Paraná. Vigilância Sanitária.
Art. 5º - O não cumprimento dos dispositivos desta
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades
da atribuição que lhe confere o artigo 45, inciso XIV, da previstas na Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro
Lei Estadual nº 8.485, de 03 de junho de 1987 e o artigo de 2001, Decreto Estadual nº 5.711, de 23 de maio de
9º, incisos XV e XVI, do Decreto Estadual nº 2.270, de 2002 e/ou legislação específica Estadual ou Municipal.
11 de janeiro de 1988 e, Art. 6º - Ficam revogadas a Resolução Estadual
considerando o disposto nos artigos 4º, 6º, 15, 17, 21, SESA/PR nº 54, de 09 de junho de 1996 e a Resolução
24, 33, 44, 55, 56 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de Estadual SESA/PR nº 69, de 01 de abril de 1997.
1973; Art. 7º - As disposições contidas na presente Norma
considerando o disposto nos artigos 14, 15, 16 e 58 tornam sem efeito o disposto na Resolução Estadual nº
do Decreto nº 74.170, de 10 de junho de 1974; 225, de 15 de abril de 1999, no tocante aos
considerando o disposto na Lei Estadual nº 13.331, estabelecimentos farmacêuticos (farmácias e drogarias),
de 23 de novembro de 2001, em especial o contido no que deverão atender ao preconizado em legislação
artigo 12, incisos IX, XII, XIII e artigo 38; vigente no que se refere ao cadastro e regularização junto
considerando o disposto no Decreto Estadual nº ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos
5.711, de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos Controlados (SNGPC)/ANVISA, ou outro que vier a
artigos 10, 445, inciso I, 457, 458, 459, 460, 577; substituí-lo, conforme legislação vigente.
considerando o Lei Federal nº 13.021, de 08 de Art. 8º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
fiscalização das atividades farmacêuticas no Brasil; Curitiba, 05 de setembro de 2014.
considerando o Lei Estadual nº 18.169, de 28 de Michele Caputo Neto
julho de 2014, que estabelece normas de identificação de Secretário de Estado da Saúde
profissionais em farmácias e drogarias no Paraná; * Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial
considerando o necessidade de constante
aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de ANEXO I - RESOLUÇÃO SESA Nº 590/2014
prevenção à saúde da população;
NORMA TÉCNICA DE ESTABELECIMENTOS
RESOLVE: FARMACÊUTICOS
Art. 1º - Aprovar a Norma Técnica conforme Anexo I, CAPÍTULO I
para orientar abertura, funcionamento, condições físicas, DAS DEFINIÇÕES
técnicas e sanitárias, dispensação de medicamentos e Art. 1º - Para efeitos da presente norma técnica, são
prestação de serviços, comércio de plantas medicinais, adotadas as seguintes definições:
drogas vegetais em farmácias e drogarias. I. ACREDITAÇÃO: É o reconhecimento formal por um
Art. 2º - A abrangência desta resolução são os organismo de acreditação, de que um Organismo de
estabelecimentos farmacêuticos – drogarias efarmácias Avaliação da Conformidade - OAC (laboratório,
com e sem manipulação de fórmulas – no Paraná. organismo de certificação ou organismos de inspeção),
Art. 3º - Para fins desta resolução define-se: atende a requisitos previamente definidos e demonstra
I. Farmácia: é uma unidade de prestação de serviços ser competente para realizar suas atividades com
destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à confiança.
saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual II. ASSEPSIA: Conjunto de medidas que permitem
se processe a manipulação e/ou dispensação de manter um ser vivo ou, um meio inerte, isento de
medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou bactérias.
industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, III. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: É um grupo
produtos farmacêuticos e correlatos; de atividades relacionadas com o medicamento,
II. Farmácia sem manipulação ou Drogaria: destinadas a apoiar as ações de saúde requeridas por uma
estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a
suas embalagens originais; conservação e controle de qualidade, a segurança e
III. Farmácia com manipulação: estabelecimento de eficácia terapêutica dos medicamentos, o
manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de acompanhamento e avaliação da utilização, a obtenção e
comércio de drogas, medicamentos, insumos a difusão de informação sobre medicamentos e a
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de educação permanente dos profissionais de saúde, do

90
paciente e da comunidade para assegurar o uso racional XII. CHÁ MEDICINAL: Droga vegetal com fins
de medicamentos. medicinais a ser preparada por meio de infusão, decocção
IV. ATENÇÃO FARMACÊUTICA (OU CUIDADO ou maceração em água pelo consumidor.
FARMACÊUTICO): É um modelo de prática XIII. CONTROLE OU MANEJO INTEGRADO DE
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência VETORES E PRAGAS: Conjunto de ações preventivas
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, e corretivas e/ou, quando necessário, aplicação de
comportamentos, habilidades, compromissos e produtos visando impedir que vetores e pragas urbanas se
corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção instalem/infestem ou se reproduzam no ambiente. A
e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de periodicidade da aplicação do(s) produto(s) será
saúde. É a interação direta do farmacêutico com o determinada em função deste(s) e/ou do laudo emitido
usuário do serviço, visando uma terapêutica racional e a pela empresa contratada e/ou pelo monitoramento mensal
obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados realizado.
para a melhoria da qualidade de vida, sob a ótica da XIV. DISPENSAÇÃO: É o ato do profissional
integralidade das ações de saúde. farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos
V. ANTISSEPSIA: Conjunto de medidas propostas para a um paciente, geralmente como resposta a apresentação
inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de uma receitaelaborada por um profissional autorizado.
de um determinado meio, podendo ou não destruí-los e, Neste ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente
para tal fim, utilizamos antissépticos ou desinfetantes. A sobre o uso adequado do medicamento. São elementos
antissepsia refere-se à desinfecção de tecidos vivos com importantes da orientação, entre outros, a ênfase ao
antissépticos. cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a
VI. ARMAZENAMENTO: Ação que possibilita o interação com outros medicamentos, o reconhecimento
estoque ordenado e racional de várias categorias de de reações adversas potenciais e as condições de
materiais e produtos, garantindo a sua adequada conservação dos produtos.
conservação. XV. DISPENSÁRIO DE MEDICAMENTOS: Setor de
VII. BARREIRA TÉCNICA: Corresponde a adoção de fornecimento de medicamentos industrializados privativo
procedimentos padronizados que visam minimizar o risco de pequena unidade hospitalar ou equivalente.
de contaminação cruzada e que deve ser adotada quando XVI. EMBALAGEM: Invólucro, recipiente ou qualquer
inexistirem barreiras físicas, em especial a realização de forma de acondicionamento,
procedimentos distintos em horários diferenciados. removível ou não, destinado a cobrir, empacotar, envasar,
VIII. BOAS PRÁTICAS EM FARMÁCIAS E proteger ou manter, especificamente ou não, os produtos
DROGARIAS: Conjunto de técnicas e de que trata esta resolução.
medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade XVII. EMBALAGEM HOSPITALAR: Embalagem
e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços secundaria ou primaria utilizada para o
prestados em farmácias e drogarias, com o fim contribuir acondicionamento de medicamentos com destinação
para o uso racional desses produtos e a melhoria da hospitalar ou ambulatorial.
qualidade de vida dos usuários. XVIII. EMBALAGEM MÚLTIPLA: Embalagem
IX. CALIBRAÇÃO: Operação que estabelece, numa secundaria de medicamentos sem exigência de prescrição
primeira etapa e sob condições especificadas, uma médica, dispensados exclusivamente em embalagem
relação entre os valores e as incertezas de medição primaria.
fornecidas por padrões e as indicações correspondentes XIX. EMBALAGEM ORIGINAL: Acondicionamento
com as incertezas associadas; numa segunda etapa, aprovado para fins de registro pelo órgão competente do
utiliza esta informação para estabelecer uma relação Ministério da Saúde, destinado à proteção e manutenção
visando à obtenção de um resultado de medição a partir das características de qualidade, segurança e eficácia do
de uma indicação. produto, compreendendo as embalagens destinadas ao
X. CERTIDÃO DE REGULARIDADE: Documento fracionamento.
de habilitação legal expedida pelo Conselho Regional de XX. EMBALAGEM ORIGINAL PARA
Farmácia (CRF) para autorizar ao farmacêutico o FRACIONÁVEIS: Acondicionamento que contém
exercício da Responsabilidade Técnica para um embalagens primárias fracionáveis ou embalagens
estabelecimento. A certidão terá validade pelo período primárias fracionadas.
descrito. XXI. EMBALAGEM PRIMÁRIA: Acondicionamento
XI. CHÁ: Produto constituído de uma ou mais partes de que está em contato direto com o produto e que pode se
espécie(s) vegetal(is) inteira(s), fragmentada(s) ou constituir de recipiente, envoltório ou qualquer outra
moída(s), com ou sem fermentação, tostada(s) ou não, forma de proteção, removível ou não, destinado a envasar
constantes do Regulamento Técnico de Espécies ou manter, cobrir ou empacotar matérias primas,
Vegetais da Resolução RDC nº 267, de 22 de setembro produtos semielaborados ou produtos acabados.
de 2005, ou outra que venha a substituí-la, para o preparo XXII. EMBALAGEM PRIMÁRIA FRACIONADA:
de chás. O produto pode ser adicionado de aroma e ou Menor fração da embalagem primária fracionável que
especiaria para conferir aroma e ou sabor. mantenha os requisitos de qualidade, segurança e eficácia
do medicamento, os dados de identificação e as

91
características da unidade farmacotécnica que a compõe, dispensação e o de atendimento privativo de unidade
sem o rompimento da embalagem primária. hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
XXIII. EMBALAGEM PRIMÁRIA médica;
FRACIONÁVEL: Acondicionamento adequado à XXX. FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU
subdivisão mediante a existência de mecanismos que DROGARIA: Estabelecimento de dispensação e
assegurem a presença dos dados de identificação e as comércio de drogas, medicamentos, insumos
mesmas características de qualidade, segurança e eficácia farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais;
do medicamento em cada unidade da embalagem XXXI. FARMACÊUTICO ASSISTENTE:
primária fracionada. Farmacêutico subordinado hierarquicamente ao diretor
XXIV. EMBALAGEM SECUNDÁRIA: técnico ou responsável técnico que, requerendo a
Acondicionamento que está em contato com a assunção de farmacêutico assistente técnico de uma
embalagem primária e que constitui envoltório ou empresa e/ou de um estabelecimento, por meio dos
qualquer outra forma de proteção, removível ou não, formulários próprios do Conselho Regional de Farmácia
podendo conter uma ou mais embalagens primárias. (CRF), seja designado para complementar carga horária
XXV. EMBALAGEM SECUNDÁRIA PARA ou auxiliar o titular na prestação da assistência
FRACIONADOS: Acondicionamento para dispensação farmacêutica.
de medicamentos fracionados ao usuário, que está em XXXII.FARMACÊUTICO
contato com a embalagem primária fracionada, e que RESPONSÁVEL/DIRETOR-TÉCNICO:
constitui envoltório ou qualquer forma de proteção para o Farmacêutico titular que assume a direção técnica ou
produto. responsabilidade técnica da empresa e/ou
XXVI. ERVA/PLANTA MEDICINAL: É a espécie estabelecimento perante o respectivo Conselho Regional
vegetal íntegra, cultivada ou não, utilizada com de Farmácia (CRF) e os órgãos de vigilância sanitária,
propósitos terapêuticos. nos termos da legislação vigente, ficando sob sua
XXVII. ESTABILIDADE DE PREPARAÇÔES responsabilidade a realização, supervisão e coordenação
FARMACÊUTICAS: Período no qual se mantém, de todos os serviços técnicocientíficos da empresa e/ou
dentro dos limites especificados e nas condições de estabelecimento, respeitado, ainda, o preconizado pela
armazenamento e uso, as mesmas características e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou acordo
propriedades que apresentava ao final de sua produção. trabalhista.
As Boas Práticas de Manipulação ou Fabricação devem XXXIII. FARMACÊUTICO SUBSTITUTO:
ser atendidas. Assim, o produto obtido deve satisfazer Farmacêutico designado perante o Conselho Regional de
aos critérios de: Farmácia (CRF) para prestar assistência e responder
1. Estabilidade química: cada fármaco contido no tecnicamente nos casos de impedimentos ou ausências do
produto deve manter integridade farmacêutico diretor técnico ou farmacêutico responsável
química e potência declarada, dentro dos limites técnico, ou ainda do farmacêutico assistente técnico da
especificados. empresa e/ou estabelecimento, respeitado o preconizado
2. Estabilidade física: o produto deve apresentar as pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou acordo
propriedades físicas originais incluindo, quando trabalhista.
aplicável, aparência, palatabilidade, uniformidade, XXXIV. FARMACOPÊICO: É o medicamento, planta
dissolução e suspendibilidade. ou método cujo modo de preparação ou elaboração ou
3. Estabilidade microbiológica: o produto deve manter, monografia está indicado nas Farmacopéias ou
quando aplicável, sua esterilidade ou resistência ao Formulários Farmacopêicos. A expressão farmacopêico
crescimento microbiano, assim como os agentes substitui as expressões oficial e oficinal, utilizadas em
antimicrobianos adicionados devem manter sua eficácia edições anteriores da Farmacopéia Brasileira,
como conservantes, dentro dos limites especificados. equivalendo-se a essas expressões para todos os efeitos.
4. Estabilidade terapêutica: o(s) efeito(s) terapêutico(s) XXXV. FITOTERÁPICO: Medicamentos obtidos a
do(s) fármaco(s) deve(m) permanecer inalterado(s). partir de ervas/plantas medicinais empregando-se
5. Estabilidade toxicológica: não deve haver aumento exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato,
significativo na(s) característica(s)toxicológica(s) do(s) tintura, óleo, cera, exsudado, suco e outros).
fármaco(s). XXXVI. FORMA FARMACÊUTICA: É o estado final
XXVIII. FARMÁCIA: É uma unidade de prestação de de apresentação dos princípios ativos farmacêuticos após
serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, uma ou mais operações farmacêuticas executadas com a
assistência à saúde e orientação sanitária individual e adição ou não de excipientes apropriados, a fim de
coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou facilitar a sua utilização e obter o efeito terapêutico
dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, desejado, com características apropriadas a uma
farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos determinada via de administração.
farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos; XXXVII. FORMA FARMACÊUTICA
XXIX. FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO: ELABORADA: É a aparência externa de um
Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais medicamento, caracterizada por seu estado físico de
e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, apresentação e constituída por componentes
insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de farmacologicamente ativos e adjuvantes tecnológicos,
92
com objetivo de facilitar sua administração, contornar XLVIII. MEDICAMENTOS QUE NECESSITAM
problemas de estabilidade e dosificar os agentes CONDIÇÕES ESPECIAIS DE
terapêuticos, cedendo-os aos locais de melhor absorção. ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO-MCEA:
XXXVIII. FRACIONAMENTO: Procedimento que Para fins desta Norma, são os medicamentos termolábeis
integra a dispensação de medicamentos na forma que necessitam obrigatoriamente de condições restritas
fracionada, efetuado sob a supervisão e responsabilidade de armazenamento e conservação, conforme orientação
de profissional farmacêutico habilitado, para atender à do fabricante, sendo normalmente entre 2º e 8º C e
prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de referenciado na presente Norma pela sigla MCEA.
medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela XLIX. MONITORAMENTO DE PRAGAS E
subdivisão de um medicamento em frações VETORES: Consiste em um procedimento formado por
individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem um grupo de medidas de vigilância e fiscalização para
rompimento da embalagem primária, mantendo seus impedir o ingresso e/ou a disseminação de pragas e
dados de identificação. (retificado pela Resolução 592/14 vetores. O monitoramento prevê a fiscalização de
SEA) certificados e atestados, inspeções preventivas, coleta de
XXXIX. IN NATURA: Que está no estado natural, sem amostras e definição de normas que impeçam a
processamento industrial. disseminação e a entrada destes animais.
XL. INSUMO FARMACÊUTICO ATIVO: Qualquer L. PÉRFUROCORTANTE: Instrumento(s) ou
substância introduzida na formulação de uma forma objeto(s), contendo cantos, bordas, pontas ou
farmacêutica que, quando administrada a um paciente, protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou
atua como ingrediente ativo podendo exercer atividade perfurar.
farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, LI . PREPARAÇÕES FICINAIS/FARMACOPEI-
tratamento ou prevenção de uma doença, podendo ainda CAS:
afetar a estrutura e funcionamento do organismo humano. É aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja
XLI. MATÉRIA PRIMA: Substância(s) ativa(s) ou inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários
inativa(s) que se emprega(m) na Internacionais reconhecidos pela Agência Nacional de
fabricação de medicamentos e de outros produtos, tanto Vigilância Sanitária (ANVISA).
as que permanecem inalteradas quanto as passíveis de LII. PRODUTO PARA SAÚDE: Produto que se
sofrerem modificações. enquadra em pelo menos uma das duas categorias
XLII. MATÉRIA PRIMA VEGETAL/DROGA descritas a seguir:
VEGETAL: Planta ou suas partes, após processos de a. Produto Médico: produto para a saúde tal como,
coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, equipamento, aparelho, material, artigo ou sistema de uso
rasurada, triturada ou pulverizada. ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial,
XLIII. MANUTENÇÃO: Conjunto de atividades e destinado a prevenção, diagnóstico, tratamento,
recursos aplicados aos sistemas e equipamentos, visando reabilitação ou anticoncepção e que não utiliza meio
garantir a continuidade de sua função dentro de farmacológico, imunológico ou metabólico para realizar
parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, de sua principal função em seres humanos, podendo,
custos e de vida útil adequados. A autorização de entretanto, ser auxiliado em suas funções por tais meios.
empresas de manutenção preventiva ou corretiva de b. Produto Para Diagnostico de Uso In Vitro: reagentes,
equipamentos de medição é fornecida pelo Instituto padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e
Nacional de Metrologia (INMETRO)/Instituto de Pesos e instrumentos, junto com as instruções para seu uso que
Medidas (IPEM). contribuem para realizar uma determinação qualitativa,
XLIV. MANUTENÇÃO PREVENTIVA: Realizada quantitativa ou semiquantitativa de uma amostra
em intervalos predeterminados e visa eliminar ou reduzir proveniente do corpo humano e que não estejam
as probabilidades de um equipamento vir a ter um destinados a cumprir alguma função anatômica, física ou
desempenho abaixo de sua especificação, da ocorrência terapêutica, que não sejam ingeridos, injetados ou
de uma falha ou uma parada do equipamento por quebra. inoculados em seres humanos e que são utilizados
XLV. MANUTENÇÃO CORRETIVA: Realizada unicamente para prover informação sobre amostras
quando o equipamento já está quebrado ou apresenta obtidas do organismo humano.
algum tipo de falha. É o trabalho de restaurar (quando LIII. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
possível) o equipamento para um padrão de desempenho (POP): Descrição escrita, pormenorizada de técnicas e
aceitável. operações a serem utilizadas na farmácia ou drogaria,
XLVI. MEDICAMENTO: Produto farmacêutico, visando proteger, garantir a preservação da qualidade dos
tecnicamente obtido ou elaborado, que contém um ou produtos, a uniformidade dos serviços e a segurança dos
mais fármacos e outras substâncias, com finalidade profissionais.
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. LIV. PRODUTO DE SAÚDE DE USO
XLVII. MEDICAMENTOS TERMOLÁBEIS: ÚNICO/DESCARTÁVEL: Qualquer produto
Medicamentos sensíveis, destruídos ou modificados pelo destinado a ser usado na prevenção, diagnóstico, terapia
calor, que não podem sofrer variações excessivas de de reabilitação ou concepção utilizável somente uma vez,
temperatura e devem ser mantidos a uma temperatura segundo especificado pelo fabricante.
constante, ao redor de 20ºC (± 2º).
93
LV. PRODUTO MÉDICO ESTÉRIL: Produto livre de qualquer outro material de acondicionamento. Os rótulos
toda contaminação microbiana. possuem dimensões apropriadas e devem ser redigidos de
LVI. PRODUTO PARA AUTOTESTE: Teste modo a facilitar o entendimento do consumidor. A
destinado a ser utilizado por leigos profissionais da área confecção dos rótulos deve obedecer aos padrões
da saúde ou pelo laboratório clínico, permitindo o determinados pela Agência Nacional de Vigilância
acompanhamento das condições de uma doença, detecção Sanitária/ANVISA.
de condições específicas, com a intenção de auxiliar o LXV. SANITÁRIO: Ambiente dotado de bacia(s)
paciente, porém não sendo considerado conclusivo para o sanitária(s) e lavatório(s).
diagnóstico. LXVI. SANITIZAÇÃO: Conjunto de procedimentos
LVII. PRODUTO DE HIGIENE PESSOAL, que visam à manutenção das condições de higiene.
COSMÉTICO E PERFUME: São preparações LXVII. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS: Serviços de
constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso atenção à saúde prestados pelo farmacêutico.
externo, nas diversas partes do corpo humano, pele, LXVIII. SUPERVISÃO DIRETA: Constitui a
sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, supervisão efetuada pelo farmacêutico
dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o responsável ou farmacêutico substituto, sobre os demais
objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá- funcionários do estabelecimento.
los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais LXIX. TEMPERATURA DE CONSERVAÇÃO:
e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. São Condições de temperatura na qual o fármaco deve ser
classificados em grau 1 e grau 2 conforme norma conservado. São utilizados os seguintes termos:
específica. a. Em congelador - temperatura entre –20° e 0°C.
LVIII. PROPAGANDA/PUBLICIDADE: b. Em refrigerador - temperatura entre 2° e 8°C.
Conjunto de técnicas e atividades de informação e c. Local frio - temperatura que não exceda 8°C.
persuasão com o objetivo de divulgar conhecimentos, d. Local fresco - temperatura entre 8° e 15°C.
tornar mais conhecido e/ou prestigiado determinado e. Temperatura ambiente - temperatura entre 15° e
produto ou marca, visando exercer influência sobre o 30°C.
público por meio de ações que objetivem promover e/ou f. Local quente - temperatura entre 30° e 40°C.
induzir à prescrição, dispensação, aquisição e utilização g. Calor excessivo - temperatura acima de 40°C.
de medicamento. LXX. TESTE LABORATORIAL REMOTO-TLR:
LIX. PROJETO ARQUITETÔNICO: Desenho em Teste realizado por meio de um equipamento laboratorial
escala 1:50 (um para cinquenta) que apresenta a situado fisicamente fora da área de um laboratório
disposição dos ambientes que compõem o clínico.
estabelecimento, especificando os mobiliários fixos e Também chamado Teste Laboratorial Portátil - TLP, do
móveis e as dimensões dos cômodos. inglês Point-of-Care testing - POCT.
LX. RASTREABILIDADE DE EQUIPAMENTOS E LXXI. VERIFICAÇÃO METROLÓGICA: É o
APARELHOS: procedimento que compreende o exame, a marcação e/ou
Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de a emissão de um certificado de verificação e que constata
um padrão estar relacionado a referências estabelecidas, e confirma que o instrumento de medição satisfaz as
geralmente a padrões nacionais ou internacionais, através exigências regulamentares.
de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo
incertezas estabelecidas. CAPÍTULO II
LXI. RASTREABILIDADE/RASTREAMENTO DE DA AUTORIZAÇÃO PARA INSTALAÇÃO
MEDICAMENTOS: Conjunto de procedimentos que Art. 2º - A instalação de estabelecimentos farmacêuticos
permitem traçar o histórico, a aplicação ou localização de (farmácias e drogarias) será permitida observando a
medicamentos, através de informações previamente existência da lei de zoneamento de cada município.
registradas, mediante sistema de identificação exclusivo Art. 3º - Os estabelecimentos farmacêuticos que se
dos produtos, prestadores de serviço e usuários, a ser caracterizem como pertencentes a uma empresa com
aplicado no controle de toda e qualquer unidade de objetivo mercantil diverso ao comércio farmacêutico terá
medicamento produzido, dispensado ou vendido no a Licença Sanitária para farmácia ou drogaria deferida
território nacional. separadamente, contendo a descrição somente das
LXII. RATIFICAÇÃO: Ato de confirmar, aprovar, atividades autorizadas e concernentes aos
legalizar, revalidar, sancionar ou estabelecimentos farmacêuticos definidas na Lei nº
autenticar um ato ou compromisso. 5.991/1973, na Resolução RDC nº 44/2009 e nesta
LXIII. RECEITA: Prescrição escrita de medicamento, Resolução, ou outras que vierem a substituí-las.
contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por § único: Para os demais objetivos mercantis desta
profissional legalmente habilitado, quer seja de empresa que sejam passíveis de fiscalização pela
formulação magistral ou de produto industrializado. vigilância sanitária, deverá haver outras licenças
LXIV. RÓTULO: É a identificação impressa ou sanitárias, tantas quantas necessárias, para atender todas
litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a as demais atividades desenvolvidas pela empresa.
fogo, pressão ou decalque, aplicados diretamente sobre
recipientes, vasilhames, invólucros, envoltórios ou CAPÍTULO III
94
DA ESTRUTURA FÍSICA XI. Os sanitários devem ser em número suficiente para
Art. 4º - São condições para a instalação e atender todos os funcionários obedecendo às Normas
funcionamento de farmácia ou drogaria: Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Código
I. Edifício de alvenaria, com ventilação e iluminação que Estadual e/ou Código Municipal de Saúde, vigentes.
atenda as normas técnicas, em todas as salas, da XII. Às farmácias e drogarias é facultado manter também
Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT e as seguintes áreas:
Normas Regulamentadoras/NR do Ministério do a) Área ou sala para armazenamento de medicamentos
Trabalho. sujeitos a regime de controle especial (sala fechada ou
II. Piso, paredes, teto e mobiliários de material liso, armário com chave).
resistente, impermeável, de fácil limpeza e desinfecção. b) Sala para depósito de medicamentos e produtos além
III. Acesso independente às instalações das farmácias e da área de mostruário.
drogarias, de forma a não permitir a comunicação com c) Salas para atividades administrativas.
residências ou qualquer outro local distinto do XIII. Às farmácias e drogarias é facultado também
estabelecimento farmacêutico e deve possuir manter Sala(s) de Prestação de Serviços Farmacêuticos
acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades (Atenção Farmacêutica, Administração de Medicamentos
especiais. e Perfuração de Lóbulo Auricular) conforme detalhados
IV. Para mostruário e dispensação de produtos e nos Artigos 60 e 61 da presente Norma, bem como
medicamentos industrializados, a área física mínima será legislação relacionada.
de 30m², em acordo com as atividades desenvolvidas, de Art. 5º - Somente as farmácias com manipulação,
forma a garantir seu bom funcionamento e fluxo mediante autorização da Vigilância Sanitária Municipal
adequado. ou Estadual, obedecendo ao previsto nesta Norma
V. Os demais compartimentos obrigatórios da edificação Técnica e em outras legislações específicas, podem
são: sanitários, depósito de material de limpeza e manter laboratório de manipulação de medicamentos,
sanitização do estabelecimento (DML) com tanque e com área de acordo com a sua demanda, porém não
água corrente, sala ou área para a guarda de pertences inferior a 10m², para cada atividade a ser desenvolvida.
pessoais, sala ou área administrativa (escrituração de §1°: Para salas dedicadas para manipulação de
substâncias ou medicamentos sujeitos a controle especial, hormônios, antibióticos, citostáticos e/ou outros
armazenamento de material bibliográfico, fichas de definidos por legislação específica, deve haver área
pacientes, notas fiscais e outros materiais afins). mínima de 3m2 para cada sala e, no mínimo, de 1,5m2
a) O estabelecimento de manipulação de fórmulas deve para a antecâmara, quando couber.
possuir as demais áreas obrigatórias compatíveis com o §2°: Além das exigências sanitárias previstas nesta
que for manipulado, de acordo com a Resolução RDC Norma Técnica, as farmácias com manipulação devem
Anvisa/MS n° 67/2007, ou outra que venha a substituí-la. atender as demais exigências sanitárias previstas na
VI. Deve possuir as dimensões compatíveis com o Resolução RDC Anvisa/MS nº 67/2007, ou outra que
mobiliário e equipamentos mínimos necessários ao uso vier a substituí-la e normas complementares que vierem a
projetado e permitam a circulação segura para os seus ser publicadas no âmbito estadual ou municipal.
ocupantes. Art. 6º - Somente será permitida a instalação de farmácia
VII. Para as demais áreas não obrigatórias como ou drogaria no interior de galerias de shoppings,
ambiente para prestação dos serviços que demandam empórios, lojas de conveniência, drugstore e/ou
atendimento individualizado, deve haver garantia da supermercado, cujo acesso deve ser feito através de
privacidade e do conforto dos usuários, possuindo corredor de circulação e de acesso comum à farmácia ou
dimensões, mobiliário e equipamentos mínimos drogaria e aos demais estabelecimentos.
necessários ao uso projetado, e permitam a circulação Art. 7º - As farmácias e drogarias localizadas no interior
segura para os seus ocupantes devendo ser compatíveis de galerias definidas no artigo anterior podem
com as atividades e serviços a serem oferecidos. compartilhar as áreas destinadas a sanitários, depósito de
VIII. A adequação da estrutura física deve obedecer ao material de limpeza e local para guarda dos pertences dos
Código Estadual ou Código Municipal de Saúde e o funcionários, em conjunto com estes estabelecimentos.
Código de Postura Municipal, se for o caso. Art. 8º - É vedado utilizar qualquer dependência da
VIX. O depósito de material de limpeza deve ser dotado farmácia ou da drogaria para desenvolver atividades de
de ventilação natural ou mecânica, provido de tanque consultórios médico ou odontológico, ou outro fim
fixo com água corrente para higienização de panos, diverso do licenciamento.
armário para guarda de produtos e utensílios de limpeza.
X. A critério do estabelecimento poderá ser mantido área CAPÍTULO IV
de copa ou refeitório para funcionários desde que DA ASSISTÊNCIA, RESPONSABILIDADES E
separada fisicamente dos demais ambientes do ATRIBUIÇÕES
estabelecimento, dotada de ventilação mecânica ou Art. 9º - A presença e atuação do profissional
natural, pia fixa com água corrente para higienização, farmacêutico é requisito essencial para a manipulação e
mesa e cadeiras, equipamento para aquecimento de dispensação de medicamentos ao público.
refeições, refrigerador para guarda de alimentos dos Art. 10 - Os estabelecimentos devem possuir tantos
funcionários e armário. farmacêuticos quantos forem necessários para garantir
95
uma assistência farmacêutica de qualidade durante todo o Art. 17 - O estabelecimento farmacêutico deve ter um
horário de funcionamento do estabelecimento, inclusive organograma que demonstre a estrutura organizacional e
plantões e conforme estabelecido pela Lei Federal nº pessoal suficiente para garantir que o produto dispensado
5.991/1973, ou outra que vier a substituí-la. esteja de acordo com os requisitos desta Norma Técnica.
Art. 11 - As atribuições e responsabilidades individuais § único: As atribuições e responsabilidades individuais
devem estar descritas no Manual de Boas Práticas devem estar formalmente descritas e perfeitamente
Farmacêuticas do estabelecimento e ser compreensíveis e compreensíveis a todos os empregados, investidos de
disponíveis a todos os funcionários. autoridade suficiente para desempenhá-las, não podendo
Art. 12 - As atribuições do profissional farmacêutico são existir sobreposição de atribuições e responsabilidades na
aquelas estabelecidas pelo Conselho Federal e Conselho aplicação das Boas Práticas.
Regional de Farmácia, observadas as legislações Art. 18 - Somente será permitido o funcionamento do
sanitárias vigentes para farmácias e drogarias. estabelecimento sem assistência ou impedimentos
Art. 13 - A prestação de serviço farmacêutico deve ser eventuais do responsável técnico ou seu substituto (férias
realizada por profissional devidamente capacitado, e licenças) pelo prazo de 30 dias, ficando o
respeitando-se as determinações estabelecidas pelo estabelecimento, acima deste prazo, sujeito às
Conselho Federal e Conselho Regional de Farmácia. penalidades previstas na legislação sanitária vigente.
Art. 14 - As atividades que não são privativas de § único: Fica vedada no período em que o
farmacêutico, quando realizadas pelos demais estabelecimento farmacêutico se encontrar sem
funcionários, somente devem ser realizadas respeitando- farmacêutico responsável técnico, farmacêutico assistente
se os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) do técnico ou farmacêutico substituto a manipulação de
estabelecimento, o limite de atribuições e competências fórmulas magistrais e/ou oficinais, a aquisição e a
estabelecidas pela legislação vigente e sob a supervisão dispensação de substâncias e medicamentos sujeitos a
do farmacêutico diretor técnico/substituto ou assistente. regime especial de controle, a realização de serviços
Art. 15 - São atribuições do responsável legal do farmacêuticos e outras atividades que requeiram a
estabelecimento dentre outras: supervisão direta ou que sejam privativas do profissional
I. Prever e prover os recursos financeiros, humanos e farmacêutico.
materiais necessários ao funcionamento do
estabelecimento. CAPÍTULO V
II. Assegurar condições para o cumprimento das DA SAÚDE, HIGIENE E VESTUÁRIO
atribuições gerais de todos os envolvidos, visando Art. 19 - O estabelecimento farmacêutico deve assegurar
prioritariamente à qualidade, eficácia, segurança do a todos os seus trabalhadores a promoção da saúde e
produto e a ética profissional. prevenção de acidentes, agravos e doenças ocupacionais,
III. Estar comprometido com as atividades de Boas priorizando as medidas promocionais e preventivas, em
Práticas, garantindo a melhoria contínua e a garantia da nível coletivo, de acordo com as características do
qualidade. estabelecimento e seus fatores de risco, cumprindo
IV. Favorecer e incentivar programa de educação Normas Regulamentadoras sobre Segurança e Medicina
permanente para todos os envolvidos nas atividades do Trabalho.
realizadas na farmácia. §1°: A admissão dos funcionários deve ser precedida de
V. Gerenciar aspectos técnicos e administrativos das exames médicos, sendo obrigatória a realização de
atividades de dispensação. avaliações médicas periódicas de todos os funcionários
VI. Zelar para o cumprimento das diretrizes de qualidade da farmácia ou drogaria, atendendo ao Programa de
estabelecidas nesta Norma Técnica. Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
VII. Assegurar a atualização dos conhecimentos técnicos, §2°: Em caso de lesão exposta, suspeita ou confirmação
científicos e administrativos relacionados com a de enfermidade que possa comprometer a qualidade da
dispensação e a sua aplicação. atividade farmacêutica, o funcionário deve ser afastado
VIII. Garantir a qualidade dos procedimentos de temporária ou definitivamente de suas atividades,
dispensação. obedecendo à legislação específica.
IX. Prover as condições necessárias para o cumprimento §3°: Não é permitido comer, beber, manter plantas,
desta resolução, assim como das demais normas alimentos, bebidas, produtos fumígenos, medicamentos e
sanitárias, federal, estadual e municipal vigentes, objetos pessoais e outros fora das salas específicas ou
aplicáveis às farmácias e drogarias. previamente definidas para estes fins.
X. Assegurar as condições necessárias à promoção do §4°: Todos os empregados devem ser instruídos e
uso racional de medicamentos. incentivados a reportar aos seus superiores imediatos
Art. 16 - É de responsabilidade da Administração qualquer condição de risco relativa ao produto, ambiente,
Pública ou Privada, responsável pela farmácia ou equipamento ou pessoal.
drogaria, prever e prover os recursos humanos, §5°: Os estabelecimentos farmacêuticos são responsáveis
infraestrutura física, equipamentos e procedimentos pelo fornecimento e a distribuição dos Equipamentos de
operacionais necessários à operacionalização das suas Proteção Individual (EPI) de forma gratuita, em
atividades e que atendam às recomendações desta quantidade suficiente e com reposição periódica, além da
Norma.
96
orientação quanto ao uso, manutenção, conservação e RDC nº 20/2011 (SNGPC), ou outra que vier a substituí-
descarte. la, até o último dia de trabalho, e finalização do
§6°: Os funcionários envolvidos na prestação de serviços inventário com o motivo “encerramento das atividades”.
farmacêuticos devem estar adequadamente IV. Se não houve dispensação de medicamentos sujeitos
paramentados, utilizando EPI, para assegurar a sua a controle especial, declaração que não os comprou e/ou
proteção e a do produto contra contaminação, devendo não os dispensou.
ser feita a colocação e troca do EPI sempre que V. Comprovante de recolhimento da taxa de serviço, se
necessário, sendo a lavagem deste, de responsabilidade aplicável.
do estabelecimento farmacêutico. VI. Declaração de ciência assinada pelo responsável
§7º: Deve ser definido o que é uniforme e o que é EPI legal, referente à paralisação das atividades exclusivas do
pelo estabelecimento. profissional farmacêutico, descritas no Artigo 18,
§8°: A paramentação, bem como a higiene das mãos e parágrafo único desta Norma Técnica.
antebraços, deve ser realizada antes do início da § único: Quando atendido os requisitos acima, a
prestação de serviços. Vigilância Sanitária competente deve emitir a Declaração
§9°: A farmácia com manipulação deve dispor de sala de Baixa de Responsabilidade Técnica.
para vestiário onde deve ocorrer a guarda dos pertences Art. 22 - Após a apresentação da documentação de baixa
dos funcionários e a colocação de uniformes se for o de responsabilidade técnica, o responsável legal do
caso. estabelecimento deve lacrar o armário ou sala de
substâncias e/ou medicamentos sujeitos a controle
CAPÍTULO VI especial e cessar:
DO INGRESSO E BAIXA DE RESPONSÁVEL I. A manipulação de fórmulas magistrais e/ou oficinais.
TÉCNICO II. A venda de medicamentos sujeitos a controle especial.
Art. 20 - Para ingresso do responsável técnico junto ao III. A compra e a dispensação de substâncias e
órgão de Vigilância Sanitária competente, será exigida a medicamentos sujeitos a controle especial.
documentação abaixo relacionada: IV. A realização de serviços farmacêuticos e,
I. Requerimento padrão preenchido e assinado pelo V. Outras atividades que requeiram a supervisão direta
farmacêutico requerente, conforme modelo do serviço de ou que sejam privativas do profissional farmacêutico até
Vigilância Sanitária competente. regularização de outro profissional junto à Vigilância
II. Fotocópia do contrato de trabalho do profissional Sanitária.
(CTPS) ou cópia do contrato social que comprove a
propriedade ou sociedade do farmacêutico responsável CAPÍTULO VII
técnico com indicação desta responsabilidade técnica. DO ENCERRAMENTO DO ESTABELECIMENTO
III. — Comprovação de habilitação legal perante o OU DE ATIVIDADES
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná Art. 23 - No caso de encerramento de atividades do
(Redação dada pela Resolução 444/2018 SESA-PR) estabelecimento, além da documentação solicitada no
IV. Quando não dispensar medicamentos controlados, Artigo 21, serão exigidos para:
apresentar declaração de que o estabelecimento não I. Encerramento de filial: nota fiscal de transferência
realiza esta atividade, assinada pelo responsável técnico e das substâncias ou medicamentos sob controle especial.
pelo proprietário. II. Compra/fusão e/ou incorporação do
V. Comprovante de recolhimento da taxa de serviço, se estabelecimento com encerramento das atividades de
aplicável. uma das empresas ou absorção por outro
Art. 21 - Para a baixa de responsabilidade técnica junto estabelecimento: deve ser emitida nota fiscal de venda
ao órgão de Vigilância Sanitária competente, será exigida entre pessoas jurídicas dos medicamentos/substâncias
a seguinte documentação: sob controle especial, mantendo mecanismos que
I. Requerimento padrão preenchido e assinado pelo possibilitem a rastreabilidade dos produtos. Não serão
farmacêutico requerente, conforme modelo do Serviço de aceitos nota fiscal ao consumidor ou cupom fiscal.
Vigilância Sanitária competente. III. Quando do encerramento definitivo do
II. Fotocópia da rescisão do contrato de trabalho ou estabelecimento (matriz e filiais que houver), que não
alteração do contrato social comprovando que o se enquadre nos itens anteriores: poderá ser feita
requerente deixou a sociedade ou declaração de que não doação apenas dos medicamentos não sujeitos a controle
será mais o responsável técnico, porém continua como especial ou deverá ser realizado o descarte dos
sócio. medicamentos conforme Plano de Gerenciamento de
III. Caso dispense medicamentos sob regime de controle Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). No caso de
especial e/ou antimicrobianos, apresentar: doação deve ser apresentada para visto da Vigilância
a) Balanços (BMPO e/ou BSPO) e Relação Mensal de Sanitária, a relação dos medicamentos a serem doados e
NRA e de NRB2 (RMNRA, RMNRB2), conforme o cópia da licença sanitária atualizada do estabelecimento
caso, e a comprovação de transmissão dos dados de que receberá a doação.
movimentação dos medicamentos sujeitos a controle IV. Para os medicamentos e substâncias sujeitas a
especial pela Portaria n° 344/1998, ou outra que vier a controle especial: deve ser realizado o descarte
substituí-la, e dos antimicrobianos conforme Resolução conforme Plano de Gerenciamento de Resíduos de
97
Serviços de Saúde/PGRSS ou doação, conforme Portaria II. As instalações devem possuir superfícies internas
nº 344/1998, ou outra que vier a substituí-la. (piso, paredes, teto) lisas e impermeáveis, em perfeitas
§ único: A aceitação dos medicamentos e substâncias condições, resistentes aos agentes sanitizantes e
será decisão do farmacêutico responsável técnico pelo facilmente laváveis.
estabelecimento adquirente, mediante utilização de III. Os ambientes devem ser mantidos em boas condições
mecanismos que garantam a qualidade destes. de higiene e limpeza e protegidos contra a entrada de
insetos, roedores ou outros animais.
CAPÍTULO VIII IV. As condições de ventilação e iluminação devem ser
DAS CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO compatíveis com as atividades desenvolvidas em cada
SEÇÃO I ambiente e atender as Normas Técnicas da ABNT e
DAS CONDIÇÕES GERAIS Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
Art. 24 - Os estabelecimentos de que trata a presente V. Sanitários com vaso sanitário e/ou mictório, pia com
norma devem possuir os seguintes documentos em cada água corrente, toalhas de uso individual e descartável,
estabelecimento: sabonete líquido, lixeira sem tampa ou com acionamento
I. Licença Sanitária atualizada, expedida pela Autoridade da tampa por pedal, e sem comunicação direta com a sala
Sanitária competente. de serviços farmacêuticos, de manipulação ou outras
II. Certidão de Regularidade atualizada, expedida pelo salas que exijam circulação restrita.
Conselho Regional de Farmácia. VI. Mobiliários revestidos interna e externamente de
III. Autorização de Funcionamento de Empresa material liso e impermeável, em perfeitas condições,
atualizada, expedida pela ANVISA. resistente aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis.
IV. Autorização Especial de Funcionamento para as VII. Todos os funcionários que realizam atendimento ao
farmácias que manipulam substâncias sujeitas a controle público, devem fazer uso de identificação, especificando
especial, expedida pela ANVISA. o nome e função que exerçam.
V. Manual de Boas Práticas em Farmácia ou Drogaria VIII. Para os serviços farmacêuticos deve ser fornecido
e/ou Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos pelo estabelecimento EPI de acordo com a atividade
para uso Humano de acordo com as especificidades de desenvolvida, em quantidade suficiente e com reposição
cada estabelecimento e de fácil acesso aos técnicos. periódica.
VI. Procedimentos escritos para todas as atividades Caso o EPI não seja descartável a responsabilidade de
desenvolvidas no estabelecimento, inclusive para as lavagem do material é do estabelecimento.
atividades de limpeza e sanitização dos ambientes, IX. Possuir água potável tratada, com limpeza no mínimo
mobiliários e equipamentos. a cada seis meses dos reservatórios e cisternas,
VII. Lista com números atualizados de telefone do comprovados através de registros.
Conselho Regional de Farmácia, do órgão Estadual e X. O estabelecimento deve seguir a legislação sanitária
Municipal de Vigilância Sanitária, órgãos de defesa do vigente, para o processamento de limpeza e desinfecção
consumidor, devidamente afixada em local visível ao de artigos e superfícies, utilizando-se para este fim,
público. produtos devidamente regularizados pela ANVISA, para
VIII. Licença Sanitária e a Certidão de Regularidade do a finalidade a que se destina.
CRF-PR, devidamente afixada em local visível ao XI. Não será permitida a coleta de material biológico nas
público. dependências dos estabelecimentos farmacêuticos, exceto
IX. Nome e identidade dos responsáveis para aplicação em estabelecimentos que manipulem medicamentos
de injetáveis, afixada em local visível ao público, dentro homeopáticos que estejam autorizados e possuam sala
da sala de prestação de serviços farmacêuticos. exclusiva para coleta do material a ser utilizado,
X. Placa, afixada em local visível ao público, contendo o exclusivamente na manipulação de medicamentos auto-
nome, foto, número e inscrição no Conselho Regional de isoterápico.
Farmácia do Paraná – CRF/PR do responsável técnico XII. Deve ser instituído e mantido um Controle e/ou
farmacêutico, dos farmacêuticos substitutos e assistentes, Manejo Integrado de Vetores e Pragas Urbanas que, se
bem como o seu horário de trabalho. executado por terceiros, deve ser por empresa licenciada
§1º: A Autoridade Sanitária competente expedirá a para este fim perante os órgãos competentes, com os
Licença Sanitária após a inspeção no estabelecimento, registros da execução das atividades mantidos no
observando o cumprimento do disposto na presente estabelecimento.
norma e demais legislações sanitárias vigentes.
§2º: A Licença Sanitária deverá ser renovada SEÇÃO II
periodicamente, de acordo com Norma Estadual ou DAS CONDIÇÕES TÉCNICAS E HIGIÊNICAS
Municipal vigente. ESPECÍFICAS
Art. 25 - São condições essenciais para o funcionamento Art. 26 - Os materiais de limpeza e germicidas devem ser
dos estabelecimentos de que trata a presente Norma: armazenados em área ou locais identificados e
I. As áreas internas e externas devem permanecer em especificamente designado para este fim.
boas condições físicas e estruturais, de modo a permitir a Art. 27 - Deve ser definido local específico para guarda
higiene e a não oferecer risco ao usuário e aos dos pertences dos funcionários podendo ser na área de
funcionários. atividades administrativas.
98
Art. 28 - As salas de descanso e copa ou refeitório, uma distância mínima das paredes, evitando a umidade e
quando existentes, devem estar separados fisicamente o acúmulo de sujidades.
dos demais ambientes. V. É vedada a colocação de etiquetas sobre prazos de
§ único: O consumo de alimentos somente é permitido validade e número de lote, bem como a dispensação ao
em salas de descanso/copa ou refeitório. público de produtos e medicamentos com o prazo de
Art. 29 - O estabelecimento deve ser abastecido com validade expirado.
água potável, preferencialmente possuir caixa d'água VI. Todos os produtos e medicamentos que apresentem
própria, e esta deve estar devidamente protegida para problemas e/ou irregularidades devem ser retirados da
evitar a entrada de animais de qualquer porte, sujidades área de venda, armazenados em área ou local próprios,
ou quaisquer outros contaminantes. A limpeza dos devidamente identificados quanto à proibição de seu uso.
reservatórios de água potável deve ser feita de acordo VII. Os produtos violados, vencidos, com suspeita de
com procedimentos escritos para a limpeza e falsificação, corrupção, adulteração ou alteração devem
higienização da caixa d'água, mantendo-se os registros ser segregados em ambiente seguro e diverso da área de
que comprovem sua realização. dispensação e identificados quanto a sua condição e
§ único: A limpeza dos reservatórios de água potável destino, de modo a evitar sua entrega ao consumo.
pode ser executada por empresa terceirizada contratada, VIII. Os produtos a quem se refere o inciso VII, não
com licença sanitária expedida pela Autoridade Sanitária podem ser comercializados ou utilizados e a sua
local, devidamente atualizada, mantendo-se os registros destinação final deve observar legislação específica
da execução do serviço. federal, estadual ou municipal.
IX. A inutilização e o descarte dos produtos a que se
SEÇÃO III refere o inciso VII devem obedecer às exigências de
DA AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, legislação específica para Gerenciamento de Resíduos de
ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E Serviços de Saúde, assim como norma estadual ou
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS E municipal complementares.
PRODUTOS X. Quando o impedimento de uso for determinado por
Art. 30 - Na aquisição e recebimento de medicamentos e ato da Autoridade Sanitária ou por iniciativa do
produtos, deve ser verificado: fabricante, importador ou distribuidor, o recolhimento
I. Se o fornecedor possui Licença Sanitária atualizada, destes produtos deve seguir regulamentação específica.
expedida pela Autoridade Sanitária local. XI. A empresa deve determinar procedimentos com
II. Notas fiscais de aquisição de medicamentos constando relação aos produtos com o prazo de validade próximo ao
o número de lotes, quando aplicável. vencimento, inclusive dos insumos farmacêuticos
III. Possuir na embalagem informações referente ao utilizados na manipulação de produtos/medicamentos.
registro, notificação, cadastro ou isenção de registro no XII. O armazenamento de produtos corrosivos,
Ministério da Saúde/ANVISA ou do Ministério da inflamáveis ou explosivos deve ser justificado em
Agricultura, o número de lote, data de validade e demais Procedimento Operacional Padrão (POP), o qual deve
itens de rotulagem, conforme legislação vigente. determinar sua guarda longe de fontes de calor e de
IV. As embalagens, rótulos e bulas (quando aplicável) materiais que provoquem faíscas e de acordo com a
devem estar íntegros. legislação específica.
V. Se as condições de transporte foram compatíveis com XIII. Os produtos de dispensação e comercialização,
as exigidas pelos medicamentos e produtos e não permitidos em farmácias e drogarias nos termos da
afetaram a integridade e segurança do produto. legislação vigente devem ser organizados em área de
Art. 31 - Quanto ao armazenamento de medicamentos e circulação comum ou em área de circulação restrita aos
produtos: funcionários, conforme o tipo e categoria do produto.
I. Devem ser mantidos espaços reservados, prateleiras XIV. Os medicamentos devem permanecer em área de
e/ou estrados em número adequado ao volume de circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida
estoque, constituído de material liso, lavável e sua exposição direta ao alcance dos usuários do
impermeável. estabelecimento.
II. Devem estar em boas condições sanitárias quanto à XV. Os demais produtos podem permanecer expostos em
conservação, limpeza e higiene. área de circulação comum.
III. Devem ser observados no armazenamento os Art. 32 - Os medicamentos isentos de prescrição poderão
procedimentos relativos as Boas Práticas de Estocagem permanecer ao alcance dos usuários para obtenção por
de produtos seguindo as especificações do fabricante e meio de autosserviço no estabelecimento. (NR)
sob condições que garantam a manutenção de sua 1°§ - Na área destinada ao autosserviço de
identidade, integridade, qualidade segurança, eficácia e medicamentos, deve estar exposto cartaz, em local visível
rastreabilidade. As embalagens e rótulos devem estar ao público, contendo a seguinte orientação, de forma
íntegros. legível e ostensiva, permitindo a fácil leitura a partir da
IV. Os medicamentos e produtos devem estar área de circulação comum: "MEDICAMENTOS
armazenados ao abrigo da luz solar direta, em PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE
temperatura e umidade conforme especificação do A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O
fabricante, em prateleiras ou sobre estrados, respeitando FARMACÊUTICO. O cartaz deve ficar pendurado
99
imediatamente sobre a área dos medicamentos, de modo reconhecimento de reações adversas potenciais e as
a permitir a leitura de ambos os lados. condições de conservação do produto.
2° § - Os medicamentos isentos de prescrição e de Art. 34 - No aviamento e dispensação de todas as
mesmo princípio ativo ou de mesmos princípios ativos receitas devem ser obedecidos os seguintes critérios:
(no caso de associações) devem permanecer organizados I. Não poderão ser aviadas receitas ilegíveis e/ou que
em um mesmo local e serem identificados, de forma possam induzir a erro ou troca na dispensação dos
visível e ostensiva ao usuário, com a Denominação medicamentos.
Comum Brasileira (DCB) do(s) princípio(s) ativo(s) ou, II. Não poderão ser aviadas em farmácias e drogarias
em sua falta, da Denominação Comum Internacional receitas em código, siglas e/ou números.
(DCI), de modo a permitir a fácil identifica produtos pelo III. Só poderão ser aviadas receitas que contiverem:
usuário. a) O nome do paciente, denominação genérica,
3° § - Os medicamentos isentos de prescrição devem ser Denominação Comum Brasileira (DCB), Denominação
dispostos de forma separada dos demais produtos Comum Internacional (DCI), e ou classificação botânica,
comercializados na área de autosserviço, em um único (se aplicável), podendo ser indicado o nome comercial,
espaço específico, delimitado, de forma a permitir o expressamente o modo de usar, forma de apresentação do
controle da dispensação pelo farmacêutico. Somente fica medicamento, duração de tratamento, quantidades e
permitida uma única área/local de autosserviço dentro do respectivas unidades.
estabelecimento." b) Local e data da emissão, assinatura e identificação do
(Redação dada pela Resolução 444/2018 SESA-PR) prescritor, com numero de registro no seu Conselho
Art. 33 - Na dispensação de medicamentos e produtos Profissional.
deve ser observado: IV. Na dispensação de medicamentos genéricos:
I. É vedada a dispensação ao público de medicamentos a) Será permitida ao profissional farmacêutico a
tarjados e/ou sujeitos a controle especial, sem a devida substituição do medicamento prescrito, exclusivamente
prescrição de profissional habilitado. pelo medicamento genérico correspondente, salvo
II. É vedado às farmácias e drogarias privadas restrições de próprio punho pelo prescritor.
distribuição sem valor pecuniário ou venda de b) A substituição realizada na prescrição deve ser
medicamentos amostra grátis, medicamentos de indicada com aposição de carimbo do profissional
distribuição gratuita, medicamentos com a inscrição de farmacêutico com o seu respectivo número do CRF-PR,
“PROIBIDA A VENDA NO COMÉRCIO”, datada e assinada.
medicamentos em embalagem hospitalar, ou o c) Nos casos de prescrição utilizando o nome genérico,
fracionamento destes, e medicamentos de uso exclusivo somente será permitida a dispensação do medicamento
hospitalar. de referência ou de um genérico correspondente.
III. A farmácia ou drogaria poderá comercializar d) Quando a dosagem ou posologia dos medicamentos
medicamento fora de sua embalagem secundária somente prescritos encontrarem-se fora dos limites
se forem oriundos de embalagens múltiplas ou farmacológicos, e/ou a prescrição apresentar
fracionáveis, conforme definição dessa norma e incompatibilidade e/ou houver interação potencialmente
legislação sanitária vigente, cujas embalagens primárias perigosa com demais medicamentos prescritos ou já em
devem conter as informações obrigatórias de rotulagem uso pelo paciente, o farmacêutico deve solicitar
constantes na embalagem primária. confirmação expressa ao profissional que prescreveu.
IV. A exceção às restrições contidas nos incisos II e III e) Na ausência ou negativa de confirmação é facultado ao
deste Artigo cabe aos medicamentos em embalagem farmacêutico não dispensar o medicamento, expondo os
hospitalar injetáveis, desde que não possuam no rótulo a seus motivos por escrito, os quais serão entregues ao
inscrição ”PROIBIDA A VENDA NO COMERCIO” ou paciente.
a inscrição “USO RESTRITO HOSPITALAR”, os quais V. O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao
podem ser comercializados fora de sua embalagem usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso
original, de forma fracionada, para uso exclusivamente de medicamentos.
na administração do medicamento no local, no âmbito da VI. O estabelecimento deve manter a disposição dos
prestação dos serviços farmacêuticos, desde que esses usuários, em local de fácil visualização e de modo a
medicamentos não estejam disponíveis no mercado em permitir a imediata identificação, lista atualizada dos
embalagens unitárias. Todavia, os medicamentos medicamentos genéricos comercializados no país,
injetáveis fracionados devem ser mantidos armazenados conforme relação divulgada pela ANVISA e
dentro da sua embalagem secundária original, mantendo- disponibilizada no seu sítio eletrônico no endereço http:
se a integridade das informações contidas no rótulo da //www.anvisa.gov. br.
embalagem. VII. É vedada a captação de receitas contendo
V. Os medicamentos e produtos devem possuir todos os prescrições magistrais e oficinais em drogarias,
itens de rotulagem previstos em legislação vigente. ervanarias e postos de medicamentos, ainda que entre
VI. Os elementos importantes de orientação entre outros, filiais da mesma empresa, bem como a intermediação
a ênfase no cumprimento da posologia, a influência dos entre empresas.
alimentos, a interação com outros medicamentos, o

100
§1º: O usuário deve ser alertado quando for dispensado § único: As recomendações devem ser seguidas para o
produto com prazo de validade próximo ao seu armazenamento de insumos farmacêuticos termolábeis
vencimento. em farmácias com manipulação, no que couber.
§2º: É vedado dispensar produtos e/ou medicamentos Art. 41 - As recomendações mínimas para organização
cuja posologia para o tratamento não possa ser concluída da geladeira são as seguintes:
dentro do prazo de validade vigente. I. No evaporador (congelador) colocar gelo reciclável
Art. 35 - Na dispensação de medicamentos sujeitos a (gelox ou bobinas com água) na posição vertical, o que
controle especial, quando houver redução na quantidade contribui para a variação lenta da temperatura,
de medicamentos dispensados, devem ser fornecidas oferecendo proteção aos medicamentos na falta de
declarações pertinentes, podendo ser utilizados carimbos, energia elétrica ou defeito do equipamento.
quando couber. II. Na primeira prateleira devem ser colocados os
Art. 36 - Quanto à dispensação e guarda de medicamentos que podem ser submetidos à temperatura
medicamentos e produtos sujeitos a controle especial negativa, dispostas em bandejas perfuradas para permitir
regulados pela Portaria nº 344/1998, ou outra que vier a a circulação de ar.
substituí-la, além do descrito nesta Resolução, devem ser III. Na segunda e terceira prateleiras devem ser colocados
seguidas as demais normas vigentes. os medicamentos que não podem ser submetidos à
§ único: No momento da dispensação dos medicamentos temperatura negativa, também em bandejas perfuradas ou
deve ser realizada inspeção visual para verificar, no nas próprias embalagens do laboratório produtor,
mínimo, a identificação do medicamento, o prazo de separadas entre si, permitindo a circulação do ar.
validade e a integridade da embalagem. IV. O sensor do termômetro digital, de máxima e
Art. 37 - O comércio e dispensação de medicamentos mínima, deve ficar suspenso no centro da segunda
fitoterápicos e homeopáticos são privativos dos prateleira na posição vertical, em pé.
estabelecimentos farmacêuticos, observando-se as V. Retirar todas as gavetas plásticas e suportes que
legislações vigentes. existam na parte interna da porta, manter a porta do
Art. 38 - O fracionamento de medicamentos deve ser evaporador (congelador), a bandeja de degelo coletora
realizado obedecendo a Resolução RDC nº 80/2006, ou sob este e a gaveta de legumes sem tampas.
outra que vier a substituí-la. VI. Preencher a gaveta de legumes com um número
suficiente de garrafas com água e corante (tampadas)
SEÇÃO IV para que a temperatura se mantenha o mais estável
DA GUARDA E CONDIÇÕES ESPECIAIS DE possível. Recomenda-se que as garrafas estejam com
ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS identificação “impróprio para o consumo” e sejam
TERMOLÁBEIS E MEDICAMENTOS QUE colocadas em pé, lado a lado, até completarem totalmente
NECESSITAM DE CONDIÇÕES ESPECIAIS DE o espaço da gaveta. Não devem ser usadas bobinas de
ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO – MCEA gelo reciclável como substitutos das garrafas.
Art. 39 - É permitida às farmácias e drogarias a VII. Os insumos farmacêuticos devem ser conservados
comercialização de medicamentos termolábeis e em condições tais que evitem sua contaminação ou
Medicamentos que Necessitam de Condições Especiais deterioração. As condições de conservação das
de Armazenamento - MCEA, obedecendo às condições substancias devem obedecer aos compêndios oficiais e
exigidas nesta Norma Técnica e demais legislações ou o determinado pelo fabricante.
vigentes. Art. 42 - Os cuidados básicos para o armazenamento dos
Art. 40 - Para a guarda de MCEA e medicamentos produtos de que trata esta sessão são:
termolábeis, devem ser atendidas as seguintes condições: I. É vedada a guarda de alimentos, bebidas e outros
I. Para os MCEA deve-se possuir geladeira apropriada materiais na geladeira destinada a medicamentos.
com baixa variação de temperatura interna, entre 2º a II. Fazer a leitura da temperatura, diariamente, no
8ºC, sendo vedado o uso de geladeira tipo “duplex”, mínimo duas vezes ao dia (no início e no final da jornada
“frost-free” ou frigobar. de trabalho), por meio de termômetro digital de máxima
II. É recomendado o uso de geladeiras domésticas com e mínima, e anotar os valores no formulário de controle
capacidade a partir de 280 litros, que devem ser diário de temperatura.
organizadas tendo como referencia o Manual da Rede de III. Manter afixado na porta aviso para que esta não seja
Frio da FUNASA, de 2001, ou outra que vier a substituí- aberta fora do horário de retirada e/ou guarda dos
lo. medicamentos.
III. Os medicamentos termolábeis não podem ficar IV. Usar tomada exclusiva para cada geladeira, se houver
expostos ao sol ou em temperaturas elevadas, mesmo que mais de uma. A tomada deve estar a 1,20 m da altura do
liofilizados. piso para evitar desligamento durante a limpeza do
IV. No armazenamento de estoque de medicamentos ambiente.
termolábeis e MCEA, o responsável pelo controle de V. Instalá-la em local arejado, distante de fonte de calor,
distribuição/dispensação deve observar o sistema PVPS sem incidência de luz solar direta, bem nivelada e
(primeiro a vencer, primeiro a sair). afastada 20 cm da parede.
VI. Colocar na base da geladeira suporte com rodas.

101
VII. Não permitir o armazenamento de outros materiais I. Deve ser orientado ao paciente quanto à forma de
(alimentos, bebidas). conservação dos medicamentos, preferencialmente por
VIII. Não armazenar absolutamente nada na porta. escrito.
IX. Certificar-se de que a porta está vedando II. Havendo necessidade de conservação em temperatura
adequadamente. controlada o estabelecimento farmacêutico, mesmo que
X. Fazer o degelo a cada 15 dias ou quando a camada de público deve fornecer embalagem adequada para o
gelo for superior a 0,5cm. transporte.
XI. Não colocar qualquer elemento na geladeira que Art. 47 - Para a comercialização de vacinas, os
dificulte a circulação de ar. estabelecimentos farmacêuticos devem obrigatoriamente
XII. Não utilizar a serpentina para fins diversos como dispor de um sistema de geração de energia de
secagem de panos e outros. emergência, que garanta o fornecimento em caso de
Art. 43 - Os diferentes tipos de insulinas devem ser interrupção por parte de companhia de distribuição de
armazenados de modo a facilitar a sua identificação no energia elétrica.
momento da dispensação, evitando a troca de tipos de § único: É permitido às farmácias e drogarias a
insulinas entre si, devendo ainda ser assegurada sua participação em campanhas e programas de saúde e
conservação em temperatura de 2º a 8ºC, ou de acordo educação sanitária promovidas pelo poder público.
com o estabelecido pelo fabricante, não podendo ser
congeladas. SEÇÃO V
Art. 44 - Nas limpezas rotineiras da geladeira para a DA AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO,
guarda de MCEA deve ser observado o seguinte: ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E
I. Os MCEA devem ser transferidos para outra geladeira DISPENSAÇÃO DE ERVAS/PLANTAS
ou caixa térmica com controle de temperatura MEDICINAIS - CHÁS MEDICINAIS
previamente à sua guarda. Art. 48 - É permitida a comercialização nos
II. A caixa térmica, quando da transferência, deve ser estabelecimentos farmacêuticos definidos nesta Norma
organizada com gelo reciclável contornando todos os Técnica, de produto constituído por ervas/plantas
seus lados, sem deixar espaço entre os blocos de gelo. A medicinais - chás medicinais - notificadas junto a
temperatura da caixa deve ser monitorada e os ANVISA, de acordo com a Resolução RDC
medicamentos só podem ser transferidos quando a ANVISA/MS nº 26/2014, ou outra que vier a substituí-la.
temperatura for igual a 2°C. §1º: A rotulagem de produto constituído por
III. Na transferência, os medicamentos podem ser ervas/plantas medicinais – chás medicinais – deve
mantidos na caixa térmica enquanto a temperatura for atender a legislação sanitária vigente.
mantida entre 2° e 8°C. §2º: As ervas/plantas medicinais – chás medicinais - de
IV. Antes do retorno para a geladeira de guarda de que trata o caput do artigo, são as que se enquadram no
MCEA, a geladeira deverá estar na temperatura entre 2° e conceito de ervas/plantas medicinais constantes da última
8°C. edição do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia
Art. 45 - Para o recebimento de medicamentos Brasileira.
termolábeis e MCEA devem ser observados: §3º: Deve ser respeitado o acondicionamento para
I. Se o medicamento chegou à temperatura adequada ao ervas/plantas medicinais – chás medicinais -
produto conforme orientação do fabricante. estabelecidos em legislação específica.
II. No momento do recebimento dos MCEA recomenda- Art. 49 - É permitida às farmácias e drogarias a
se a utilização de termômetro digital para verificar se os comercialização de erva/planta medicinal a granel. A
mesmos estão com a temperatura entre 2° e 8°C. pesagem deve ocorrer no momento do pedido e o
III. Se o transporte ocorreu em veículos com isolamento estabelecimento farmacêutico responde pela sua
térmico ou caixas térmicas, com controle e registro de identificação, qualidade e segurança, devendo realizar
temperatura de saída e chegada. análise de controle de qualidade próprias ou
IV. É vedado o uso de gelo in natura para a manutenção terceirizadas, de acordo com as especificações e
da temperatura interna em caixas térmicas. metodologias descritas na Farmacopéia Brasileira ou
V. É vedado o uso de gelo seco para transporte dos outros compêndios oficiais reconhecidos.
MCEA que não podem sofrer §1º: É aceitável o laudo de controle de qualidade do
congelamento, como por exemplo, insulinas. fornecedor que ateste a identidade, qualidade e segurança
VI. Ao receber o medicamento termolábil e/ou MCEA, o das ervas/plantas medicinais a granel adquiridas, de
estabelecimento deve, de imediato, colocá-lo em acordo com metodologias e parâmetros descritos na
geladeira ou temperatura indicada pelo fabricante. Farmacopéia Brasileira ou outros compêndios oficiais
VII. Não devem ser aceitos os medicamentos termolábeis reconhecidos.
e/ou MCEA, fora das especificações expostas acima, §2º: As ervas/plantas medicinais a granel somente podem
devendo o estabelecimento prontamente denunciar o fato ser comercializadas em
ao serviço de Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual. estabelecimentos farmacêuticos que possuam sala
Art. 46 - Quando da dispensação dos medicamentos específica e equipamentos que permitam a pesagem e
termolábeis e/ou MCEA devem ser observados os armazenamento correto das ervas/plantas medicinais.
seguintes itens:
102
§3º: As ervas/plantas medicinais devem ser §3º: O local onde se encontram armazenados os estoques
comercializadas isoladamente, respeitando a de medicamentos para dispensação solicitada por meio
identificação da parte usada, com critérios sanitários remoto deve, necessariamente, ser uma farmácia ou
preconizados em bibliografia farmacopêica, peso, volume drogaria aberta ao público nos termos da legislação
líquido ou quantidade de unidades, conforme o caso, em vigente.
sistema métrico decimal ou unidades internacionais, Art. 52 - O pedido pela internet deve ser feito por meio
modo de preparo do produto e uso, se externo ou interno, do sítio eletrônico do estabelecimento ou da respectiva
precauções especiais de armazenagem, quando for o rede de farmácia ou drogaria.
caso. §1º: O sítio eletrônico deve utilizar apenas domínio de
§4º: É proibido o uso de quaisquer aditivos ou adjuvantes sítios sediados no Brasil e deve conter, na página
de tecnologia. principal, os seguintes dados e informações:
§5º: A palavra “chá”, termo que se aplica a alimentos, I. Razão social e nome fantasia da farmácia ou drogaria
não deve estar veiculada nas embalagens das responsável pela dispensação, CNPJ, endereço
ervas/plantas medicinais, bem como é expressamente geográfico completo, horário de funcionamento e
proibida sua indicação terapêutica, qualquer que seja a telefone.
forma de apresentação ou modo como é ministrado. II. Nome e número de inscrição no Conselho do
§6º: É vedado sugerir ausência de efeitos colaterais ou Farmacêutico Responsável Técnico.
adversos ou utilizar expressões tais como “inócuo”, “não III. Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão
tóxico”, “inofensivo” e “produto natural”. Estadual ou Municipal de Vigilância
§7º: Nos rótulos das ervas/plantas medicinais a granel Sanitária, segundo legislação vigente.
embaladas deve constar a identificação da razão social do IV. Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE)
estabelecimento farmacêutico responsável pela expedida pela ANVISA.
dispensação, CNPJ, endereço, nome da planta, V. Autorização Especial de Funcionamento (AE) para
classificação farmacopêica (gênero, espécie, variedade, farmácias, quando aplicável; e
autor do binômio), nome do responsável técnico e VI. Link direto para informações sobre:
número do CRF do responsável técnico. É vedado a) Nome e número de inscrição do farmacêutico no
constar da rotulagem ou propaganda do produto, nomes Conselho de Farmácia, no momento do atendimento.
geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer b) Mensagens de alerta e recomendações sanitárias
indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou determinadas pela ANVISA.
confusão quanto à origem, procedência, natureza, c) Condição de que os medicamentos sujeitos a
composição ou qualidade que atribuam finalidade ou prescrição só serão dispensados mediante a apresentação
características diferentes daquelas que o produto da receita e o meio pelo qual deve ser apresentada ao
realmente possua. estabelecimento (facsímile, e-mail ou outros).
§8º: É vedada a distribuição de folhetos com indicações §2º: É vedada a oferta de medicamentos na internet em
terapêuticas e alegações farmacológicas aos sítio eletrônico que não pertença a farmácias ou drogarias
consumidores dos estabelecimentos definidos neste autorizadas e licenciadas pelos órgãos de vigilância
regulamento. sanitária competentes.
§9º: É proibido o comércio de ervas/plantas medicinais Art. 53 - É vedada a utilização de imagens, propaganda,
conhecidamente entorpecentes ou tóxicas. publicidade e promoção de medicamentos de venda
sujeita a prescrição médica em qualquer parte do sítio
SEÇÃO VI eletrônico.
DA SOLICITAÇÃO PARA DISPENSAÇÃO §1º: A divulgação dos preços dos medicamentos
REMOTA DE MEDICAMENTOS disponíveis para compra na farmácia ou drogaria deve ser
Art. 50 - É permitida às farmácias e drogarias a entrega feita por meio de listas nas quais devem constar somente:
de medicamentos por via postal, desde que atendidas às I. O nome comercial do produto.
condições sanitárias que assegurem a integridade e a II. O(s) princípio(s) ativo(s), conforme Denominação
qualidade dos produtos, conforme legislação vigente. Comum Brasileira.
Art. 51 - Somente farmácias e drogarias abertas ao III. A apresentação do medicamento, incluindo a
público, com farmacêutico responsável presente durante concentração, forma farmacêutica e a quantidade.
todo o horário de funcionamento, podem realizar a IV. O número de registro na ANVISA.
dispensação de medicamentos solicitados por meio V. O nome do detentor do registro; e
remoto, como telefone, fac-símile (fax) e internet. VI. O preço do medicamento.
§1º: É imprescindível a apresentação e a avaliação da §2º: As listas de preços não podem utilizar designações,
receita pelo farmacêutico para a dispensação de símbolos, figuras, imagens, desenhos, marcas figurativas
medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por meio ou mistas, slogans e quaisquer argumentos de cunho
remoto. publicitário em relação aos medicamentos.
§2º: É vedada a comercialização de medicamentos §3º: As propagandas de medicamentos e materiais que
sujeitos a controle especial, regulados pela Portaria nº divulgam descontos de preços devem atender
344/1998, ou outra que vier a substituí-la, solicitados por integralmente ao disposto na legislação específica.
meio remoto.
103
§4º: As frases de advertências exigidas para os
medicamentos devem ser apresentadas em destaque, CAPÍTULO IX
conforme legislação específica. DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Art. 54 - As farmácias e drogarias que realizarem a Art. 57 - Além da dispensação, poderá ser permitida às
dispensação de medicamentos solicitados por meio da farmácias e drogarias a prestação de serviços
internet devem informar o endereço do seu sítio farmacêuticos, conforme requisitos e condições
eletrônico na AFE expedida pela ANVISA. estabelecidos nesta Norma Técnica.
Art. 55 - O transporte do medicamento para dispensação Art. 58 - São considerados serviços farmacêuticos
solicitada por meio remoto é responsabilidade do passíveis de serem prestados em farmácias e drogarias:
estabelecimento farmacêutico e deve assegurar condições a) A atenção farmacêutica; e,
que preservem a integridade e qualidade do produto, b) A perfuração de lóbulo auricular para colocação de
respeitando as restrições de temperatura e umidade brincos.
descritas na embalagem do medicamento pelo detentor Art. 59 - A prestação de serviço de atenção farmacêutica
do registro, além de atender as Boas Práticas de compreende:
Transporte previstas na legislação específica. a) A atenção farmacêutica domiciliar.
§1º: Os produtos termolábeis devem ser transportados b) A aferição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos.
em embalagens especiais que mantenham a temperatura c) A administração de medicamentos.
compatível com sua conservação, sendo que a farmácia d) Inalação.
ou drogaria deverá validar o processo de transporte e) Perfuração do lóbulo auricular.
destes medicamentos, de forma a comprovar a Art. 60 - A atividade de prestação de serviços
manutenção da temperatura do medicamento, conforme farmacêuticos deve ser realizada em sala exclusiva para
especificação do fabricante, até o recebimento do mesmo tal, atendendo as seguintes condições:
pelo paciente. I. A(s) sala(s) destinada(s) à Prestação de Serviços
§2º: Os medicamentos não devem ser transportados Farmacêuticos deve(m) possuir área mínima de 3m²,
juntamente com produtos ou substâncias que possam dotada de cadeira ou poltrona, lavatório para as mãos,
afetar suas características de qualidade, segurança e toalhas descartáveis e sabão líquido, garantir a
eficácia. privacidade e o conforto dos usuários e possuir
§3º: O estabelecimento deve manter Procedimentos dimensões, mobiliários e infraestrutura compatíveis com
Operacionais Padrão (POP) contendo as condições para o as atividades e serviços a serem oferecidos, não podendo
transporte e criar mecanismos que garantam a sua servir de passagem de pessoal para outros ambientes.
inclusão na rotina de trabalho de maneira sistemática. II. Caso o estabelecimento realize a Prestação de
§4º: Somente dentro dos limites do município será Serviços Farmacêuticos de administração de
permitido o uso de transporte próprio do estabelecimento medicamentos, inalação e perfuração do lóbulo auricular,
farmacêutico. estas atividades devem, preferencialmente, serem
§5º: Para o transporte além dos limites do município executadas em salas separadas para cada atividade. Caso
onde está localizado o estabelecimento farmacêutico a execução dessas atividades se realize em sala única,
dispensador, deve obrigatoriamente ser utilizado o deve ser prevista barreira técnica com procedimentos
serviço de transporte terceirizado. Este deve ser feito por específicos.
empresa devidamente regularizada conforme legislação III. Para a atividade de aplicação de medicamentos
vigente. A cópia do contrato deve ser mantida no injetáveis via endovenosa, a sala destinada à Prestação de
estabelecimento farmacêutico, inclusive com os correios, Serviços Farmacêuticos deve possuir ainda uma maca.
à disposição da Autoridade Sanitária. IV. Caso o estabelecimento realize a Prestação de
Art. 56 - O estabelecimento farmacêutico deve assegurar Serviços Farmacêuticos de perfuração de lóbulo auricular
ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao para colocação de brincos poderá ser utilizada a sala de
uso de medicamentos solicitados por meio remoto. aplicação de injetáveis e/ou inalação, desde que haja
§1º: Para os fins deste artigo, deve ser garantido aos barreira técnica e no momento do procedimento a sala
usuários meios para comunicação direta e imediata com o não esteja sendo utilizada para outros fins. Devem existir
Farmacêutico Responsável Técnico, ou seu substituto, procedimentos operacionais padrão para organizar as
presente no estabelecimento. atividades desenvolvidas na mesma sala, com
§2º: Junto ao medicamento solicitado deve ser entregue agendamento de horários, se for o caso.
cartão, ou material impresso equivalente, com o nome do Art. 61 - A sala de Prestação de Serviços Farmacêuticos
farmacêutico, telefone e endereço do estabelecimento, deve possuir os seguintes equipamentos e condições
contendo recomendação ao usuário para que entre em técnicas e higiênico-sanitárias básicas:
contato com o farmacêutico em caso de dúvidas ou para I. Pia e/ou lavatório fixo com água corrente, dotado de
receber orientações relativas ao uso do medicamento. toalhas de uso individual e descartáveis e sabonete
§3º: O cartão ou material descrito no parágrafo anterior líquido degermante.
não poderá utilizar designações, símbolos, figuras, II. Cadeira e suporte para braço.
imagens, marcas figurativas ou mistas, slogans e III. Lixeira sem tampa ou com acionamento da tampa por
quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação a pedal, com saco plástico de lixo padrão ABNT de acordo
medicamentos.
104
com o tipo de resíduo a ser segregado, para o devido § único: A prestação de serviços farmacêuticos em
descarte. farmácias e drogarias deve ser realizada pelo profissional
IV. Coletor rígido para pérfurocortantes instalado de farmacêutico ou por outro profissional capacitado, sob
forma a preservar sua integridade. sua supervisão direta.
V. Uso exclusivo de materiais pérfurocortantes de acordo Art. 64 - O estabelecimento deve possuir lista/relação
com a Portaria MTE n° 485/2005 que dispõe sobre a NR onde constem os EPI, equipamentos e/ou instrumentos
n° 32, ou outra que vier a substituí-la. específicos a serem utilizados para cada serviço
VI. Lista contendo telefones e endereços de serviços de farmacêutico.
atendimento médico de emergência ou do convênio com Art. 65 - É vedado às farmácias e drogarias prestarem
serviço de atendimento de emergência, afixada em local serviços não abrangidos por esta Resolução, tais como:
de fácil visualização. a) Recebimento de contas de qualquer natureza.
VII. As farmácias com manipulação poderão manipular e b) Venda de títulos de capitalização.
fracionar seus respectivos antissépticos conforme c) Jogos de loterias, entre outros jogos.
procedimento elaborado e específico para esta atividade d) Recebimento de depósitos bancários, saques
desde que, somente para uso próprio/interno. bancários, assim como abertura de contas.
VIII. Algodão seco e antissépticos devidamente (Revogada pela Resolução 444/2018 SESA-PR).
regularizados junto a ANVISA, em recipiente
apropriado, identificado e armazenado em local que evite SEÇÃO I
a sua contaminação. DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA
IX. Com relação aos antissépticos, se houver Art. 66 - A atenção farmacêutica deve ter como objetivo
fracionamento com o rompimento da embalagem a prevenção, detecção e resolução de problemas
primária, o prazo de validade será de no máximo 25% do relacionados a medicamentos, promover o seu uso
tempo remanescente constante na embalagem original, racional, a fim de melhorar a saúde e a qualidade de vida
quando não houver recomendação específica do dos usuários.
fabricante, desde que preservadas a segurança, qualidade §1º: Para subsidiar informações quanto ao estado de
e eficácia do medicamento. No caso de solução alcoólica saúde do usuário e situações de risco, assim como
para higienização das mãos, a validade máxima do permitir o acompanhamento ou a avaliação da eficácia do
produto fracionado deve ser de 7 dias. tratamento prescrito por profissional habilitado, fica
X. No rótulo dos antissépticos/produtos fracionados deve permitida a aferição de determinados parâmetros
constar no mínimo a identificação com o nome do fisiológicos e bioquímicos do usuário, nos termos e
produto, numero do lote e validade original, data do condições desta Resolução, conforme Sessão II, do
fracionamento, nome do responsável pela execução da Capítulo IX.
atividade, além da data de envase e de validade da §2º: Nos termos e condições desta Resolução, é
solução fracionada. permitida a administração de medicamentos.
XI. A validade dos produtos fracionáveis destinados à Art. 67 - Devem ser elaborados protocolos para as
limpeza do estabelecimento, fora da embalagem do atividades relacionadas à atenção farmacêutica, incluídas
fabricante, deve ser definida por meio de estudos, referências bibliográficas e indicadores para avaliação
devendo ser menor do que aquela definida pelo dos resultados.
fabricante, uma vez que o produto já foi manipulado e a §1º: As atividades devem ser documentadas de forma
embalagem primária rompida. Recomenda-se que essa sistemática e contínua, com o consentimento expresso do
validade seja monitorada minimamente pela verificação usuário.
de pH, concentração da solução e presença de matéria §2º: Os registros devem conter, no mínimo, informações
orgânica, com periodicidade a ser definida pelo referentes ao usuário (nome, endereço e telefone), as
farmacêutico responsável por essa atividade. orientações e intervenções farmacêuticas realizadas e os
XII. O estabelecimento deve possuir procedimentos e resultados delas decorrentes, bem como informações do
registros do monitoramento realizado para garantir a profissional responsável pela execução do serviço (nome
qualidade dos produtos fracionados. e número de inscrição no Conselho Regional de
Art. 62 - Somente serão considerados regulares os Farmácia).
serviços farmacêuticos devidamente indicados no Art. 68 - As ações relacionadas à atenção farmacêutica
licenciamento de cada estabelecimento, sendo vedado devem ser registradas de modo a permitir a avaliação de
utilizar qualquer dependência da farmácia ou drogaria seus resultados. Este registro pode ser através de sistema
como consultório ou outro fim diverso do licenciamento, informatizado ou manual.
nos termos da Lei. § único: A metodologia de avaliação dos resultados deve
Art. 63 - A prestação de serviços farmacêuticos em estar definido em Procedimento Operacional Padrão.
farmácias e drogarias deve ser permitida pela Autoridade Art. 69 - O farmacêutico deve orientar o usuário a buscar
Sanitária mediante prévia inspeção para verificação do assistência de outros profissionais de saúde, quando
atendimento aos requisitos mínimos dispostos nesta julgar necessário, considerando as informações ou
Resolução, sem prejuízo das disposições contidas em resultados decorrentes das ações de atenção farmacêutica.
normas sanitárias complementares estadual e municipais. Art. 70 - A prestação do serviço farmacêutico deve ser
realizada por profissional devidamente capacitado,
105
respeitando-se as determinações estabelecidas pelo §2º: A manutenção periódica e corretiva dos
Conselho Federal e Conselho Regional de Farmácia. aparelhos/equipamentos deve atender as instruções do
Art. 71 - A atenção farmacêutica domiciliar consiste no fabricante do equipamento.
serviço de atenção farmacêutica disponibilizado pelo §3º: A calibração dos aparelhos/equipamentos deve ser
estabelecimento farmacêutico no domicílio do usuário, no mínimo anual ou em função da freqüência de uso
nos termos desta Norma Técnica. destes.
§ único: A prestação de atenção farmacêutica domiciliar Art. 75 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP)
deve ser realizada por profissional devidamente relacionados aos procedimentos de verificação de
capacitado, respeitando-se as determinações parâmetros fisiológicos e bioquímicos devem indicar
estabelecidas pelos conselhos profissionais, sob a claramente os equipamentos e as técnicas ou
responsabilidade do farmacêutico. metodologias utilizadas, parâmetros de interpretação de
resultados e as referências bibliográficas utilizadas.
SEÇÃO II § único: O POP deve incluir os equipamentos de
DA VERIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS proteção individual a serem utilizados para a medição de
FISIOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS PERMITIDOS parâmetros fisiológicos e bioquímicos, assim como trazer
Art. 72 - A aferição de parâmetros fisiológicos ou orientações sobre seu uso e descarte.
bioquímicos oferecida na farmácia ou drogaria deve ter Art. 76 - Os procedimentos que gerem resíduos de saúde,
como finalidade fornecer subsídios para a atenção como materiais perfurocortantes, gaze ou algodão sujos
farmacêutica e o monitoramento da terapia com sangue, devem ser descartados conforme as
medicamentosa, visando à melhoria da qualidade de vida, exigências de legislação específica para Gerenciamento
não possuindo, em nenhuma hipótese, o objetivo de de Resíduos de Serviços de Saúde.
diagnóstico.
§1º: Os parâmetros fisiológicos cuja aferição é permitida SEÇÃO III
nos termos desta Resolução são: DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
a) Pressão arterial e Art. 77 - Fica permitida a administração de
b) Temperatura corporal. medicamentos nas farmácias no contexto do
§2º: Os parâmetros bioquímicos cuja aferição é permitida acompanhamento farmacoterapêutico, entre eles, por via
nos termos desta Resolução são: inalatória.
a) Glicemia capilar. Art. 78 - Os medicamentos para os quais é exigida a
b) Colesterol. prescrição de profissionais prescritores habilitados
c) Triglicéride. devem ser administrados mediante apresentação de
d) Outros que possam ser realizados como receita e somente após avaliação pelo farmacêutico.
automonitoramento com equipamentos de autoteste. §1º: A administração de medicamentos deve ser
§3º: Verificada a discrepância entre os valores executada por profissional farmacêutico habilitado, ou
encontrados e os valores de referência constantes em outro devidamente capacitado, sob supervisão direta do
literatura técnico-científica idônea, o usuário deverá ser farmacêutico, seguindo técnicas adequadas de
orientado a procurar assistência médica. antissepsia.
§4º: Ainda que seja verificada discrepância entre os §2º: O farmacêutico deve entrar em contato com o
valores encontrados e os valores de referência, não profissional prescritor para esclarecer eventuais
poderão ser indicados medicamentos ou alterados os problemas ou dúvidas que tenha detectado no momento
medicamentos em uso pelo paciente quando estes da avaliação da receita.
possuam restrição de “venda sob prescrição médica”. §3º: Deve ser realizada avaliação prévia quando da
Art. 73 - As medições dos parâmetros bioquímicos administração de medicamentos. Quando forem
devem ser realizadas por meio de equipamentos de detectadas patologias crônicas como doenças
autoteste. cardiovasculares, doenças pulmonares, histórico anterior
§ único: A verificação de parâmetros bioquímicos em de reações alérgicas, diabetes, distúrbios de coagulação,
farmácias realizados por meio de equipamentos de gravidez não informada ao prescritor, ou outras em que
autoteste, no contexto da atenção farmacêutica, não é houver risco iminente de vida, orientar o paciente para
considerada um Teste Laboratorial Remoto – TLR, nos procurar um serviço de pronto atendimento médico ou de
termos da Resolução RDC ANVISA/MS nº 302/2005, ou emergência para receber a aplicação.
outra que vier a substituí-la. §4º: A data de validade do medicamento deve ser
Art. 74 - Para a medição de parâmetros fisiológicos e verificada antes da administração.
bioquímicos permitidos devem ser utilizados materiais, Art. 79 - É vedado o armazenamento ou guarda em
aparelhos/equipamentos e acessórios que possuam farmácias de medicamentos de terceiros ou já
registro, notificação, cadastro ou que sejam legalmente dispensados.
dispensados de tais requisitos junto a ANVISA. § único: O usuário deve ser orientado quanto às
§1°: Devem ser realizadas manutenções e calibrações condições de armazenamento necessárias à preservação
periódicas dos aparelhos e mantidos seus respectivos da qualidade do produto.
registros. Art. 80 - Para a administração de medicamentos devem
ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios que
106
possuam registro, notificação, cadastro ou que sejam especializadas para a remoção dos pacientes para
legalmente dispensados de tais requisitos junto a serviços de urgência/emergência.
ANVISA.
Art. 81 - Para a administração de medicamentos por via SEÇÃO IV
inalatória devem ser observados os seguintes itens: DA PERFURAÇÃO DE LÓBULO AURICULAR
I. Para cada inalação deve haver um conjunto de máscara PARA COLOCAÇÃO DE BRINCOS
e cachimbo vaporizador devidamente desinfetado. Art. 84 - A perfuração do lóbulo auricular deve ser feita
II. O estabelecimento deve possuir número suficiente de com aparelho específico para este fim e que utilize o
conjunto de máscara e cachimbo vaporizador, a fim de brinco como material perfurante.
atender a demanda do serviço. § único+ É vedada a utilização de agulhas de aplicação
III. Após cada inalação, o conjunto deve ser de injeção, agulhas de sutura e outros objetos que
rigorosamente lavado, seco e colocado para desinfecção possibilitem a realização da perfuração.
por meio de método ou substância apropriada Art. 85 - Os brincos e a pistola a serem oferecidos aos
(Hipoclorito de Sódio 1,0% - 30 min.) ou outros usuários devem estar regularizados junto a ANVISA,
permitidos pela legislação vigente, no tempo mínimo conforme legislação vigente.
necessário de acordo com cada produto e orientação do §1º: Os brincos devem ser conservados em condições
fabricante. Após a desinfecção, estes acessórios devem que permitam a manutenção da sua esterilidade.
ser enxaguados com água corrente para a total retirada de §2º: Sua embalagem deve ser aberta apenas no ambiente
resíduos do produto desinfetante, secados, guardados em destinado à perfuração, sob a observação do usuário e
local seco e protegidos. Os procedimentos aqui citados após todos os procedimentos de assepsia e antissepsia
devem ser registrados e o conjunto de máscara e necessários para evitar a contaminação do brinco e uma
cachimbo, identificado quanto a sua situação. possível infecção do usuário.
IV. As soluções desinfetantes devem ser trocadas a cada Art. 86 - Os procedimentos relacionados à antissepsia do
12 horas, devendo ser registrado o nome do produto, a lóbulo auricular do usuário e das mãos do aplicador, bem
diluição, o horário da diluição e a validade da mesma. como ao uso e assepsia do aparelho utilizado para a
V. As soluções utilizadas para inalação devem ser perfuração, devem estar descritos em Procedimentos
individualizadas para cada inalação (ampolas de 5 a Operacionais Padrão (POP).
10mL), sendo vedada a guarda de sobras de soros para §1º: Deve estar descrita no POP, a referência
inalações consecutivas. bibliográfica utilizada pelo estabelecimento sobre os
Art. 82 - Para aplicação de medicamentos por via procedimentos e materiais de antissepsia e assepsia.
injetável (subcutânea, intradérmica, intramuscular e §2º: O POP deve especificar os equipamentos de
endovenosa) deve ser observado: proteção individual a serem utilizados, assim como
I. Técnica adequada de aplicação de acordo com o apresentar instruções para seu uso e descarte.
medicamento a ser administrado e via de administração.
II. Se o nome do paciente confere com a prescrição, se o SEÇÃO V
medicamento prescrito é o que será administrado, se a via DA DECLARAÇÃO DE SERVIÇO
de administração prescrita é a recomendada pelo FARMACÊUTICO
fabricante do medicamento, se a quantidade administrada Art. 87 - Após a prestação dos serviços farmacêuticos
(volume e concentração) está de acordo com a prescrição deve ser entregue ao usuário a Declaração de Serviço
e recomendação do fabricante em relação ao paciente Farmacêutico.
(idade, sexo, peso, altura), se está sendo observado o § 1º: Quanto à forma, a Declaração farmacêutica deve:
horário de administração do medicamento pela prescrição I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
ou recomendação do fabricante. Times New Roman, Geórgia, Arial, Verdana e/ou
III. Se forem utilizados materiais passíveis de Trebuchet no corpo do texto, com tamanho mínimo de 10
processamento, devem ser realizadas, obrigatoriamente, pt (dez pontos),
as ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, não-condensada e não expandida.
secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
distribuição para as unidades consumidoras, utilizando-se assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos).
procedimentos aprovados bem como o registro das III. Apresentar o texto corrido sem colunas.
atividades desenvolvidas. IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
Art. 83 - Se o estabelecimento optar por realizar mínimo 07 pt (sete pontos).
administração de medicamento por via endovenosa deve V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
atender aos seguintes critérios: com margem esquerda e margem direita de, no mínimo,
I. A aplicação deve ocorrer em maca, com o paciente 20 mm.
deitado. VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
II. Observar a técnica adequada de aplicação. em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
§ único: O estabelecimento deve manter lista de fácil deixando os títulos sempre juntos aos seus textos.
acesso com telefones de serviços de pronto atendimento VII. Deixar uma linha em branco entre o texto e um
disponíveis e possuir contrato com empresas título, aumentando assim a entrelinha para melhor
107
visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no 1. Nome e CNPJ do fabricante.
início da coluna. 2. Número do lote.
VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para c) Data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho
nomes científicos. Regional de Farmácia (CRF) do farmacêutico
IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não responsável pelo serviço.
permita a visualização da impressão § 5°: Não é facultada a colocação por qualquer motivo e
no verso da página quando a Declaração estiver sobre de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de
uma superfície. propagandas ou publicidade nas Declarações de Serviços
§ 2°: Para a impressão da Declaração para usuários com Farmacêuticos ou para indicar o uso de medicamentos
limitações visuais, estas devem atender aos itens acima, para os quais é exigida prescrição médica ou de outro
diferenciando-se em: profissional legalmente habilitado.
I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman, § 6°: É facultada a presença de logotipo/logomarca da
Geórgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo farmácia ou drogaria e o símbolo de reciclagem de papel.
recomendado o tamanho mínimo de 18 pt. Art. 88 - A Declaração de Serviços Farmacêuticos deve
II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no ser parte integrante de todos os serviços farmacêuticos
mínimo de 04 pt mais que o tamanho da fonte, sendo prestados.
assim o mínimo de 22 pt, exceto para o item de § 1°: A Declaração somente será disponibilizada em
Identificação do Produto que deve ter o tamanho da fonte meio eletrônico a pedido do usuário. Para a emissão da
de 14 pt. Declaração de Serviços Farmacêuticos por meio
III. Apresentar o texto corrido sem colunas. eletrônico, a respectiva autorização do usuário deve ser
§ 3º: Para a disponibilização da Declaração em meio mantida arquivada em meio físico ou eletrônico na
eletrônico, o arquivo digital deve ser em formato farmácia ou drogaria.
fechado, sendo recomendado o formato pdf para que não § 2°: A autorização concedida pelo paciente para
haja prejuízo à formatação aqui especificada. encaminhamento por meio eletrônico não possuirá prazo
§ 4º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter, de validade desde que a comprovação seja devidamente
conforme o serviço farmacêutico prestado, no mínimo, as arquivada.
seguintes informações para: § 3º: A cada prestação de Serviço Farmacêutico, deve ser
I. Atenção farmacêutica (domiciliar ou institucional): emitida uma nova Declaração.
a) Medicamentos prescritos e dados do prescritor (nome § 4º: Para mais de um serviço prestado ao mesmo
e inscrição no conselho paciente no mesmo dia, poderá ser disponibilizada uma
profissional), quando houver. única Declaração especificando todos os serviços
b) Prescrição farmacêutica de medicamento isento de prestados.
prescrição e a respectiva posologia, quando houver. § 5°: Aos portadores de necessidades especiais, além da
c) Valores dos parâmetros fisiológicos e bioquímicos, Declaração de Serviços Farmacêuticos, deve ser realizada
quando houver, seguidos dos respectivos valores a orientação farmacêutica de forma a atender a
considerados normais. necessidade individual.
d) Frase de alerta, quando houver medição de parâmetros § 6º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser
fisiológicos e bioquímicos: emitida em duas vias, sendo que a primeira deve ser
“ESTE PROCEDIMENTO NÃO TEM entregue ao usuário e a segunda permanecer arquivada no
FINALIDADE DE DIAGNÓSTICO E NÃO estabelecimento, por no mínimo 2 (dois) anos.
SUBSTITUI A CONSULTA MÉDICA OU A § 7°: A Declaração disponibilizada em meio digital, deve
REALIZAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS”. ser arquivada com a comprovação do envio ao paciente e
e) Dados do medicamento administrado, quando houver. arquivada por no mínimo 2 (dois) anos.
f) Nome comercial, exceto para genéricos. § 8º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter
g) Denominação comum brasileira. nome, endereço, telefone e CNPJ, assim como a
h) Concentração e forma farmacêutica. identificação do usuário ou de seu responsável legal,
i) Via de administração. quando for o caso.
j) Número do lote. Art. 89 - Os dados e informações obtidos em decorrência
k) Número de registro na ANVISA. da prestação de serviços farmacêuticos devem receber
l) Orientação farmacêutica. tratamento sigiloso, sendo vedada sua utilização para
m) Plano de intervenção, quando houver. finalidade diversa à prestação dos referidos serviços.
n) Data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho Art. 90 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP)
Regional de Farmácia (CRF) do relacionados devem conter instruções sobre limpeza dos
farmacêutico responsável pelo serviço. ambientes, uso e assepsia dos aparelhos e acessórios, uso
II. Perfuração do lóbulo auricular para colocação de e descarte dos materiais perfurocortantes e antissepsia
brincos: aplicada ao profissional e ao usuário.
a) Dados do brinco: Art. 91 - A execução de serviços farmacêuticos deve ser
1. Nome e CNPJ do fabricante. precedida da antissepsia das mãos do profissional,
2. Número do lote. independente do uso de EPI.
b) Dados da pistola:
108
CAPÍTULO X com as pessoas treinadas e autorizadas a realizarem estas
DOS EQUIPAMENTOS, INSTRUMENTOS E verificações/checagem.
APARELHOS Art. 95 - Deve ser instituído um Programa de
Art. 92 - Os instrumentos de medição, quando aplicável, Manutenção Periódica e Corretiva dos
devem ser calibrados no mínimo uma vez ao ano ou, com equipamentos, instrumentos e aparelhos e mantidos
periodicidade de calibração em função da frequência de registros destas manutenções, segundo instruções do
uso destes, desde que sejam apresentados estudos, com fabricante do equipamento. A manutenção dos
base nas últimas calibrações do instrumento que instrumentos deve ser realizada por empresas que
comprove efetivamente a estabilidade do instrumento no possuam autorização do INMETRO/IPEM para a
período proposto. Este estudo deve estar acompanhado manutenção (que é específica e por tipo de medição,
de certificados de calibração, gráficos e outros faixa de medição e instrumento).
documentos necessários. §1°: O programa deve ser formulado de forma clara,
§ 1°: As calibrações devem ser executadas por entendido por todos os envolvidos e incorporado à rotina
laboratórios acreditados pela Coordenação Geral de do estabelecimento farmacêutico de modo que as
Acreditação/CGCRE do INMETRO, especificamente manutenções internas e externas sejam executadas nos
para a grandeza requerida. Devem ser mantidos registros prazos estipulados, ou antes, mediante detecção de
das calibrações realizadas. Instrumentos não passíveis de possíveis desvios ou evidências de falhas nos
calibração, como por exemplo, esfigmomanômetros, equipamentos de medição.
devem ser verificados metrologicamente pelo INMETRO §2°: A estruturação do programa de manutenção deve
ou órgão delegado pelo INMETRO, de acordo com a considerar os seguintes aspectos básicos:
legislação/norma vigente para o instrumento em questão. I. Identificação e localização dos equipamentos
§2°: A acreditação pode ser evidenciada por meio da (Inventário).
apresentação de certificados de calibração com o logotipo II. Definição dos critérios de aceitação.
de acreditação, emitidos somente por laboratórios III. Procedimentos operacionais padrão.
acreditados pelo CGCRE. IV. Cronograma de manutenções preventivas.
§3°: O certificado de calibração deve apresentar V. Calibrações.
minimamente as seguintes informações e/ou as VI. Verificações.
informações constantes nos itens 5.10.2, 5.10.3 e 5.10.4 VII. Registros e guarda dos documentos.
da Norma ISO/ IEC 17025/2005, ou outra que vier a VIII. Qualificação do pessoal envolvido.
substituí-la:
I. Identificação do método utilizado. CAPÍTULO XI
II. Uma descrição, condição e identificação clara, do(s) DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO E
item(s) ensaiado(s). PLANTÃO
III. Resultado da calibração ou ensaio, com as unidades Art. 96 - Quanto ao horário de funcionamento dos
de medida, onde apropriado. estabelecimentos farmacêuticos:
IV. As condições, por exemplo, ambientais, sob as quais I. O horário normal de funcionamento dos
as calibrações foram feitas, que tenham influência sobre estabelecimentos deve ser regulado conforme legislação
os resultados da medição. municipal.
V. A incerteza de medição e/ou uma declaração de II. Deve ser garantido um sistema ininterrupto de
conformidade com uma especificação metrológica assistência farmacêutica (sistema de rodízio de plantão
identificada ou seção desta. e/ou atendimento 24 horas) no âmbito do município para
Art. 93 - Nos equipamentos, aparelhos e instrumentos atendimento ao público.
não passíveis de calibração, mas que são passiveis de III. Cabe à Autoridade Sanitária competente municipal
verificação metrológica, como por exemplo, intervir nos casos onde não houver estabelecimentos
esfigmomanômetros, devem ser funcionando em regime de plantão.
verificados metrologicamente pelo INMETRO ou órgão IV. O município pode exigir dos estabelecimentos que
delegado pelo INMETRO, de acordo com a compõe a escala, uma lista de medicamentos essenciais,
legislação/norma vigente para o instrumento em questão. conforme perfil farmacoepidemiolológico local, a fim de
Art. 94 - A verificação/checagem diária dos atender as necessidades da população.
equipamentos, instrumentos e aparelhos deve ser feita § único: Não poderão participar do rodízio de plantão, os
por pessoal do próprio estabelecimento, treinado e estabelecimentos farmacêuticos que se encontram sem
autorizado a realizar o procedimento, antes do início das responsável técnico nos períodos previstos nos artigos 15
atividades diárias, empregando procedimentos escritos, e 17, da Lei nº 5.991/1973.
aprovados pelo responsável técnico, e padrões de
referência, com orientação específica, mantidos os CAPITULO XII
respectivos registros. DOS PROCEDIMENTOS
§ único: O estabelecimento farmacêutico deve possuir Art. 97 - O estabelecimento deve possuir Manual de
listas que especifiquem em quais equipamentos, Boas Práticas Farmacêuticas e/ou Manual de Boas
instrumentos e aparelhos deve ser realizada a Práticas de Manipulação em Farmácias, quando for o
verificação/checagem diária. Estas listas devem estar caso, visando ao atendimento disposto nesta Resolução e
109
demais legislações vigentes, de acordo com as atividades § 1º: Somente é permitida a propaganda ou publicidade
a serem realizadas. de estabelecimento farmacêutico regularizado perante o
Art. 98 - O estabelecimento deve manter Procedimentos órgão sanitário competente, ainda que a peça publicitária
Operacionais Padrão (POP), de acordo com o previsto no esteja de acordo com a Resolução RDC ANVISA/MS nº
Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, no mínimo, 96/2008, ou outra que venha a substituí-la.
referentes às atividades relacionadas a: § 2º: Todas as alegações presentes na peça publicitária e
I. Manutenção das condições higiênicas e sanitárias referentes à ação do medicamento, indicações, posologia,
adequadas a cada ambiente da farmácia ou drogaria. modo de usar, reações adversas, eficácia, segurança,
II. Aquisição, recebimento, armazenamento, exposição, qualidade e demais características do medicamento
organização e dispensação dos produtos de devem ser compatíveis com as informações registradas
comercialização permitida e medicamentos. na ANVISA.
III. Destino dos produtos com prazos de validade §3º: O conteúdo das referências bibliográficas citadas na
vencidos. propaganda ou publicidade de medicamentos isentos de
IV. Destinação dos produtos próximos ao vencimento. prescrição deve ser disponibilizado pela empresa no
V. Prestação de serviços farmacêuticos permitidos, Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e no
quando houver. serviço de atendimento aos profissionais prescritores e
VI. Utilização de materiais descartáveis e sua destinação dispensadores de medicamentos.
após o uso. §4º: Os conteúdos das referências bibliográficas citadas
VII. Outros já exigidos nesta Resolução e nas demais na propaganda ou publicidade de medicamentos de venda
normas específicas. sob prescrição devem estar disponíveis no serviço de
Art. 99 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) atendimento aos profissionais prescritores e
devem ser aprovados, assinados individualmente e dispensadores de medicamentos.
datados pelo profissional farmacêutico. Art. 103 - Não é permitida a propaganda ou publicidade
§1º: Qualquer alteração introduzida no POP deve enganosa, abusiva e/ou indireta.
permitir o conhecimento de seu conteúdo original e, § único: Fica vedado utilizar técnicas de comunicação
conforme o caso, ser justificado o motivo da alteração. que permitam a veiculação de imagem e/ou menção de
§2º: Devem estar previstas as formas de divulgação aos qualquer substância ativa ou marca de medicamentos, de
funcionários envolvidos com as atividades por eles forma não declaradamente publicitária, de maneira direta
realizadas. ou indireta, em espaços editoriais na televisão, contexto
§3º: Deve estar prevista revisão periódica dos cênico de telenovelas, espetáculos teatrais, filmes,
Procedimentos Operacionais Padrão para fins de mensagens ou programas radiofônicos entre outros tipos
atualizações ou correções que se façam necessários. de mídia eletrônica ou impressa.
§4°: Quando da alteração de Responsável Técnico, o Art. 104 - Os estabelecimentos farmacêuticos não podem
novo profissional deverá revisar os procedimentos outorgar, oferecer, prometer ou distribuir brindes,
existentes ratificando-os ou não, e providenciando sua benefícios e vantagens aos profissionais prescritores ou
atualização quando couber. aos seus funcionários dispensadores, que exerçam
Art. 100 - O estabelecimento deve manter registros, no atividade de venda direta ao consumidor, bem como ao
mínimo, referentes à: público em geral.
I. Treinamento de pessoal. §1º: Não estão abrangidos pelo artigo acima:
II. Serviço farmacêutico prestado, quando houver. I. Os brindes institucionais, ou seja, que não veiculem
III. Divulgação do conteúdo dos Procedimentos propaganda de medicamentos.
Operacionais Padrão (POP) aos funcionários, II. Artigos científicos, livros técnicos publicados, revistas
de acordo com as atividades por eles realizadas. científicas e publicações utilizadas para atualização
IV. Execução de Programa de Controle e/ou Manejo profissional.
Integrado de Vetores e Pragas Urbanas. §2º: As informações sobre medicamentos devem ser
V. Manutenção e calibração de aparelhos ou comprovadas cientificamente.
equipamentos. Art. 105 - É vedado na propaganda ou publicidade de
VI. Outros já exigidos nesta Resolução. medicamentos:
Art. 101 - Toda documentação referida nesta Resolução I. Estimular e/ou induzir o uso indiscriminado de
deve ser mantida no estabelecimento por no mínimo 5 medicamentos.
anos, exceto as que já possuem outras datas determinadas II. Sugerir ou estimular diagnósticos ao público em geral.
nesta Resolução, permanecendo nesse período, à III. Incluir imagens de pessoas fazendo uso do
disposição do órgão de Vigilância Sanitária competente medicamento.
para fiscalização. IV. Empregar imperativos que induzam diretamente ao
consumo de medicamentos, tais como: “tenha”, “tome”,
CAPÍTULO XIII “use”, “experimente”.
DA PROPAGANDA E PUBLICIDADE V. Fazer propaganda ou publicidade de medicamentos
Art. 102 - Somente é permitida a propaganda ou e/ou empresas em qualquer parte do bloco de receituários
publicidade de medicamentos regularizados na ANVISA. médicos.

110
Art. 106 - É permitido na propaganda ou publicidade de III. Exigir as documentações específicas de cada órgão,
medicamentos: inclusive quando do ingresso e baixa de profissionais
I. Utilizar expressões tais como, “seguro”, “eficaz” e farmacêuticos, abertura e encerramento de
“qualidade”, em combinação ou isoladamente, desde que estabelecimentos.
complementadas por frases que justifiquem a veracidade Art. 112 - Em inspeção da equipe de vigilância, havendo
da informação, as quais devem ser extraídas de estudos constatação de infração sanitária no estabelecimento
veiculados em publicações científicas e devem estar farmacêutico que se caracterize como risco ou dano à
devidamente referenciadas. saúde individual e/ou coletiva da população, a equipe de
Art. 107 - Os programas de fidelização realizados em inspeção procederá à interdição cautelar ou parcial do
farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, não estabelecimento ou área/armários destinados ao
podem ter medicamentos como objeto de pontuação, armazenamento de medicamentos sujeitos a controle, nos
troca, sorteios ou prêmios. moldes do artigo 59 da Lei nº 13.331/2001, ou outra que
Art. 108 - Os preços dos medicamentos, quando vier a substituí-la.
informados ao público em geral, devem ser indicados por
meio de listas nas quais devem constar: CAPITULO XV
I. Somente o nome comercial do produto. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
II. A substância ativa, segundo a DCB/DCI. Art. 113 - A dispensação de medicamentos ao público é
III. A apresentação, incluindo a concentração, forma privativa de farmácias, drogarias e postos de
farmacêutica e a quantidade. medicamentos, conforme prevê o artigo 6º da Lei nº
IV. O número de registro na Agência Nacional de 5.991/1973.
Vigilância Sanitária e o nome do detentor do registro. Art. 114 - Na ocorrência de emergências, onde se fizer
V. O preço dos medicamentos listados. necessária a realização de primeiros socorros no
§1º: Não estão abrangidos neste artigo as listas de Preços estabelecimento farmacêutico, deverá haver o pronto
Fábrica - PF e Preços Máximos ao Consumidor - PMC, atendimento com o consequente encaminhamento do
com todas as suas alíquotas de ICMS, reguladas pela Lei paciente aos serviços de atendimento de emergência
n° 10.742, de 6 de outubro de 2003, publicadas, de forma médica.
impressa ou eletrônica, por pessoas jurídicas de direito Art. 115 - O acondicionamento e disposição final do lixo
privado prestadoras de serviço às empresas produtoras de e resíduos produzidos devem obedecer ao disposto na
medicamentos. Resolução RDC ANVISA/MS nº 306/2004, ou outra que
§2º: No caso dos medicamentos isentos de prescrição vier a substituí-la, bem como os regulamentos constantes
médica, ficam permitidas outras formas de comunicação, nas normas da ABNT e o disposto na Legislação
que não sejam as listas, desde que incluam as demais Sanitária e Ambiental vigente.
informações exigidas pela Resolução RDC ANVISA/MS Art. 116 - Somente será permitida a instalação e
nº 96/2008, suas atualizações, ou outras que vierem a licenciamento de farmácia ou drogaria sob
substituí-las. responsabilidade técnica de Oficial de Farmácia, Prático
Art. 109 - Demais requisitos gerais e específicos para de Farmácia ou outro igualmente inscrito no Conselho
propaganda ou publicidade de medicamentos Regional de Farmácia do Estado do Paraná, conforme
industrializados isentos de prescrição, propaganda ou prevê o inciso I, do artigo 28, do Decreto nº 74.170/
publicidade de medicamentos industrializados de venda 1974, quando não houver estabelecimentos farmacêuticos
sob prescrição, distribuição de amostras grátis, material (farmácias e drogarias) no município, bairro ou
informativo de medicamentos manipulados, visita de localidade na proporção de um estabelecimento para cada
propagandista, propaganda ou publicidade de eventos 10.000 habitantes num raio de 10 quilômetros.
científicos e campanhas sociais estão contidos na § único: Os parâmetros estabelecidos no caput do artigo
Resolução RDC ANVISA/MS nº serão considerados como necessidade local satisfatória,
96/2008, suas atualizações, ou outras que vierem a levando em consideração a população conforme os dados
substituí-las. atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE.
CAPÍTULO XIV Art. 117 - A presente norma técnica não se aplica às
DA FISCALIZAÇÃO farmácias hospitalares, dispensários de unidades
Art. 110 - Compete aos Serviços Municipais e/ou hospitalares ou equivalentes, postos de medicamentos,
Estadual de Vigilância Sanitária, a fiscalização dos unidades volantes. Estes estabelecimentos estão sujeitos
estabelecimentos farmacêuticos. à regulamentação específica.
Art. 111 - Os Serviços Municipais e/ou Estadual de § único: Drogarias, ervanarias e postos de medicamentos
Vigilância Sanitária poderão: não podem captar receitas com prescrições magistrais e
I. Agir em cooperação mútua com o Conselho Regional oficinais.
de Farmácia do Paraná, Promotoria Pública, Delegacia Art. 118 - É vedado utilizar qualquer dependência da
do Consumidor e outros órgãos afins executando, farmácia ou da drogaria para outro fim diverso do
eventual ou regularmente, ações conjuntas. licenciamento, conforme disposto na legislação vigente.
II. Comunicar as irregularidades observadas durante as § único: É vedado às farmácias e drogarias
suas inspeções aos órgãos afins. comercializar, expor à venda, ter em depósito para
111
vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar ao saneantes e outros produtos, e dá outras providências.
consumo produtos não permitidos por esta Norma e em Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 1976.
legislação federal, estadual ou municipal. 3. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 6.437, de 20 de
agosto de 1977. Configura
SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE DO infrações à legislação sanitária federal, estabelece as
PARANÁ sanções respectivas, e dá outras
MICHELE CAPUTO NETO providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24
SUPERINTENDENTE DE VIGILÂNCIA EM ago. 1977.
SAÚDE 4. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 8.078, de 11 de
SEZIFREDO PAZ setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do
CHEFE DO CENTRO ESTADUAL DE consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da
VIGILÂNCIA SANITÁRIA União, Brasília, DF, 12 set. 1990.
PAULO COSTA SANTANA 5. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 8.080 de 19 de
Equipe de Elaboração: setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para
- Benvenuto Juliano Gazzi, Farmacêutico, 8ª promoção, proteção e recuperação da saúde, a
RS/SESA/SCVSAT organização e o funcionamento dos serviços
- Jaqueline Shinnae de Justi, Farmacêutica, correspondentes, e dá outras providências. Diário Oficial
SESA/SVS/CEVS/DVVSP da União, Brasília, DF, 20 set. 1990.
- Kelly Cristiane Gusso Braga, Farmacêutica, 02ª 6. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 11.343, de 23 de
RS/SESA/SCVSAT agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas
- Lina Mara Prado Caixeta Correa, Farmacêutica, Públicas sobre Drogas - SISNAD; prescreve medidas
SESA/SVS/CEVS/DVVSP para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção
- Márcia Regina Olavo, Farmacêutica, 17ª social de usuários e dependentes de drogas; estabelece
RS/SESA/SCVSAT normas para repressão à produção não autorizada e ao
- Márcio Adriano Porfírio da Silva, Advogado, tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras
COSEMS/ GTPVS providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24
- Miryan Rocco Stainsack, Farmacêutica, SMS Curitiba ago. 2007.
(In Memorian) 7. PARANÁ. Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro
- Paulo Costa Santana, Farmacêutico, SESA/SVS/CEVS de 2001. Dispõe sobre a organização, regulamentação,
Entidades Colaboradoras: fiscalização e controle das ações dos serviços de saúde
- ANFARMAG: Associação Nacional dos Farmacêuticos no Estado do Paraná. Diário Oficial do Estado, Curitiba,
Magistrais – Seccional Paraná. PR, 26 nov. 2001.
- COSEMS: Conselho de Secretários Municipais de 8. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº
Saúde do Estado do Paraná. 74.170, de 10 de junho de 1974.
- CRF: Conselho Regional de Farmácia do Paraná. Regulamenta a Lei nº 5.991, de 17/12/1973, que dispõe
- REDE HIPERFARMA. sobre o controle sanitário do comércio de drogas,
- Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/Vigilância medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.
Sanitária. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jun. 1974.
- Secretaria Municipal de Saúde de Londrina/Vigilância 9. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº
Sanitária. 79.094, de 5 de janeiro de 1977.
- Secretaria Municipal de Saúde de Maringá/Vigilância Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976,
Sanitária. que submete a sistema de vigilância sanitária os
- SINDIFARMA: Sindicato do Comércio Varejista do medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas,
Estado do Paraná. correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e
- SINFARLON: Sindicato dos Estabelecimentos outros. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 jan.
Farmacêuticos de Londrina e Região. 1977.
- SINDIFAR: Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do 10. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 5.912
Paraná. de 27 de setembro de 2006.
Regulamenta a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006,
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: que trata das políticas públicas sobre drogas e da
1. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 5.991, de 17 de instituição do Sistema Nacional de Políticas Públicas
dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do sobre Drogas - SISNAD, e dá outras providências.
comércio de drogas, medicamentos, correlatos e dos Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 set. 2006.
outrosestabelecimentos farmacêuticos, e dá outras 11. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 3.181
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 de 23 de setembro de 1999.
dez. 1973. Dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em
2. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 6.360, de 23 de produtos farmacêuticos. Diário Oficial da União,
setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a Brasília, DF, 24 set. 1999.
que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os 12. PARANÁ. Decreto nº 5.711 de 23 de maio de 2002.
insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, Regulamenta o Código de Saúde do Paraná, Lei nº
112
13.331 de 23/11/01. Diário Oficial do Estado, Curitiba, 1999. Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS
PR, 24 mai. 2002. nº 344, de
13. PARANÁ. Decreto nº 4.154 de 28 de dezembro de 12/05/1998 que institui o Regulamento Técnico das
2004. Aprova o Regulamento Técnico para a Produção e substâncias e medicamentos
Comercialização de Matérias Primas Vegetais. Diário sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União,
Oficial do Estado, Curitiba, PR, de 28 dez. 2004. Brasília, DF, 01 fev. 1999.
14. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de 24. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Vigilância Sanitária. Portaria nº 32, de 13 de janeiro de Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Aprova o
1998. Aprova o Regulamento Técnico para suplementos Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas
vitamínicos e ou de minerais. Diário Oficial da União, para análise e comprovação de propriedades funcionais e
Poder Executivo, Brasília, DF, 15 jan. 1998. ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Diário
15. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 mai.
Vigilância Sanitária. Portaria nº 30, de 13 de janeiro de 1999.
1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a 25. PARANÁ. Resolução nº 225, de 15 de abril de 1999.
alimentos para controle de peso. Diário Oficial da Aprova Norma Técnica que
União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 jan. 1998. determina aos estabelecimentos farmácias, drogarias,
16. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de farmácias hospitalares, clínicas
Vigilância Sanitária. Portaria nº 31, de 13 de janeiro de médicas e veterinárias, a obrigatoriedade da apresentação
1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a de balanços de medicamentos psicoativos e outros
alimentos adicionados de nutrientes essenciais. Diário sujeitos a controle especial (BMPO). Diário Oficial
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 jan. do Estado, Curitiba, PR, 11 mai. 1999.
1998. 26. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
17. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Resolução nº 449, de 09 de setembro de 1999. Aprova o
Vigilância Sanitária. Portaria nº 222, de 24 de março de Regulamento Técnico referente a alimentos para nutrição
1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a enteral. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
alimentos para Brasília, DF, 13 set. 1999.
praticantes de atividade física. Diário Oficial da União, 27. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Poder Executivo, Brasília, DF, Comércio Exterior. Portaria INMETRO nº 319, de 23 de
15 mar. 1998. outubro de 2009. Adotar, no Brasil, a nova versão do
18. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos
Vigilância Sanitária. Portaria nº 223, de 24 de março de fundamentais e gerais e termos associados. Diário
1998. Aprova o Regulamento Técnico para fixação e Oficial da União, Brasília, DF, 09 nov. 2009.
qualidade 28. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
complementos alimentares para gestantes ou nutrizes. Resolução nº 16, de 30 de abril de l999. Aprova o
Diário Oficial da União, Poder Regulamento Técnico de procedimentos para registro de
Executivo, Brasília, DF, 25 mar. 1998. alimentos e/ou novos ingredientes. Diário Oficial da
19. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de União, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 dez. 1999.
Vigilância Sanitária. Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 29. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual da CEME –
1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a Manual de Rede de Frio. Brasília. Fundação Nacional de
alimentos para fins Saúde, 3ª ed. 2001. 80p.
especiais. Diário Oficial da União, Poder Executivo, 30. PARANÁ. Resolução nº 259, de 20 de setembro de
Brasília, DF, 30 mar. 1998. 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico sobre
20. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial do
Vigilância Sanitária. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de Estado, Curitiba, PR, 23 nov. 2002.
1998. Dispõe sobre controle de infecção hospitalar. 31. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 mai. 2005. Resolução RDC nº 135 de 29 de maio de 2003. Dispõe
21. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de sobre o regulamento técnico para medicamentos
Vigilância Sanitária. Portaria nº 344, de 12 de maio de genéricos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12
1998. Dispõe sobre o regulamento técnico de substâncias ago. 2003.
e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário 32. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Oficial da União, Brasília, DF, 15 mai. 1998. Resolução RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005.
22. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
Vigilância Sanitária. Portaria nº 977, de 05 de dezembro funcionamento de laboratórios clínicos. Diário Oficial
de 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente às da União, Brasília, DF, 14 out. 2005.
formulas infantis para lactentes e às formulas infantis 33. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria
para seguimento. Diário Oficial da União, Poder n° 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma
Executivo, Brasília, DF, 29 dez. 1998. Regulamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho
23. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de em Estabelecimentos de Saúde). Diário Oficial da
Vigilância Sanitária. Portaria nº 6, de 29 de janeiro de União, Brasília, DF, 16 nov. 2005.

113
34. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 44. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC n° 80, de 11 de maio de 2006. Dispõe Resolução RDC nº 20, de 05 de maio de 2011. Dispõe
sobre o fracionamento de medicamentos. Diário Oficial sobre o controle de medicamentos à base de substâncias
da União, Brasília, DF, 12 mai. 2006. classificadas como antimicrobianos, de uso sob
35. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. prescrição médica, isoladas ou em associação. Diário
Resolução RDC nº 183, de 5 de Oficial da União, Brasília, DF, 09 mai. 2011.
outubro de 2006. Aprova o Regulamento Técnico 45. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Dispõe
“Autorização de Funcionamento/Habilitação de sobre a direção técnica ou responsabilidade técnica de
Empresas de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e empresas e/ou estabelecimentos que dispensam,
Perfumes, suas Alterações e Cancelamento”. Diário comercializam, fornecem e distribuem produtos
Oficial da União, Brasília, DF, 9 out. 2006. farmacêuticos, cosméticos e produtos
36. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. para a saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15
Resolução RDC nº 206, de 17 de novembro de 2006. dez. 2011.
Estabelece Regulamento Técnico de Produtos para 46. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Diagnóstico de uso in vitro e seu registro, cadastramento, Resolução RDC nº 15, de 15 de
e suas alterações, revalidações e cancelamento. Diário março de 2012. Dispõe sobre requisitos de Boas Práticas
Oficial da União, Brasília, DF, 20 nov. 2006. para o processamento de produtos para saúde e dá outras
37. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instrução providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19
Normativa nº 141, de 19 de dezembro de 2006. mar. 2012.
Regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna 47. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
sinantrópica nociva. Diário Oficial da União, Brasília, Resolução RDC nº 45, de 9 de agosto de 2012. Dispõe
DF, 20 dez. 2006. sobre a realização de estudos de estabilidade de insumos
38. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. farmacêuticos ativos. Diário Oficial da União, Brasília,
Resolução RDC nº 96, de 17 de DF, 10 ago. 2012.
dezembro de 2008. Dispõe sobre a propaganda,
publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo
seja a divulgação ou promoção comercial de
medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
18 dez. 2008.
39. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Instrução Normativa nº5, de 20 de maio 2009. Dispõe
sobre a legislação de propaganda de medicamentos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 mai. 2009.
40. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Instrução Normativa nº 9, de 17 de agosto de 2009.
Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para
dispensação e
comercialização em farmácias e drogarias. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 18
ago. 2009.
41. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 44, de 17 de
agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas
Farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da comercialização de
produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em
farmácias e drogarias. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 18 ago. 2009.
42. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 67, de 21 de
dezembro de 2009. Dispõe sobre normas de
tecnovigilância aplicáveis aos detentores de registro de
produtos para saúde no Brasil. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 23 dez.2009.
43. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 10, de 9 de março de 2010. Dispõe
sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10
mar. 2010.
114
RESOLUÇÃO N° 203 de 30/05/2016 forma específica sob as quais estes produtos devem ser
(D.O.E 01.06.2016) comercializados;
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da
Dispõe sobre a individualização (fracionamento) e ANVISA - RDC n° 27 de 06 de agosto de
comercialização de cápsulas moles de alimentos para 2010, a qual dispõe a respeito das categorias de alimentos
fins especiais pelas farmácias com manipulação no dispensados e obrigados à necessidade de obtenção de
âmbito do Estado do Paraná. registro perante a ANVISA;
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAUDE, no uso ANVISA - RDC n° 23, de 15 de março de 2000, a qual
da atribuição que lhe confere o art.45, XIV da Lei 8.485 dispõe sobre o Manual de Procedimentos Básicos para
de 03.06.1987 e, Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de
• considerando a Lei n° 6.360 de 23 de setembro de 1976, Produtos Pertinentes à Área de Alimentos e traz os
a qual dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam requisitos para as hipóteses de concessão/extensão de
sujeitos os Medicamentos, as Drogas, os Insumos registro único relacionadas à área;
Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e • considerando a Lei Estadual n° 13.331/2001 (Código de
Outros Produtos, e dá outras Providências, assim como Saúde do Estado do Paraná), regulamentado pelo Decreto
Decreto n° 8.077, de 14 de agosto de 2013, que a n° 5.711, de 23 de maio de 2002;
regulamenta;
• considerando a Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de RESOLVE:
1973, a qual dispõe sobre o Controle Sanitário do Art. 1° - Autorizar, no âmbito do Estado do Paraná, a
Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos individualização (fracionamento) e comercialização de
Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências, cápsulas moles de alimentos para fins especiais (cápsulas
bem como o Decreto n° 74.170, de 10 de junho de 1974, oleaginosas) pelas farmácias com manipulação,
que a regulamenta; possibilitando-se que tais produtos sejam dispensados em
• considerando a Lei n° 13.021, de 8 de agosto de 2014, a quantidades individualizadas, para atender às
qual reconhece a farmácia com manipulação como um necessidades nutricionais dos consumidores e usuários
estabelecimento de saúde, uma vez que se trata de desses produtos.
unidade de prestação de serviços destinada à assistência Art. 2° - Somente as farmácias com manipulação
farmacêutica e orientação sanitária individual e coletiva; devidamente regularizadas junto aos órgãos de vigilância
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da sanitária competentes poderão realizar o fracionamento
ANVISA — RDC n° 44, de 17 de agosto de 2009, a qual de produtos descrito nesta
dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas e traz em Resolução.
seu artigo 29 que "além de medicamentos, o comércio e Parágrafo Único - Para o atendimento do previsto no
dispensação de determinados correlatos poderá ser caput deste artigo, as farmácias com manipulação
extensivo às farmácias e drogarias em todo território deverão possuir Licença Sanitária atualizada, cumprido
nacional, conforme relação, requisitos e condições os requisitos das Boas Práticas de Manipulação,
estabelecidos em legislação sanitária especifica"; conforme a legislação sanitária vigente.
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da Art. 3° - O fracionamento deve ser realizado sob a
ANVISA — RDC n° 67, de 9 de outubro de 2007, a qual supervisão e responsabilidade do farmacêutico
trata das Boas Práticas de Manipulação em Farmácias e tecnicamente responsável pelo estabelecimento,
estabelece requisitos mínimos para o exercício das observando-se as Boas Práticas de preparações magistrais
atividades de manipulação de preparações magistrais e e oficinais, estabelecidas na legislação especifica, desde
oficinais, desde suas instalações, equipamentos e suas instalações, equipamentos e recursos humanos,
recursos humanos, aquisição e controle da qualidade da aquisição e controle da qualidade das cápsulas,
matéria-prima, armazenamento, avaliação farmacêutica armazenamento, manipulação, fracionamento,
da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação, conservação, transporte, dispensação das preparações,
transporte, dispensação das preparações, além da atenção além da atenção farmacêutica aos usuários ou seus
farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando responsáveis, visando à garantia de sua qualidade,
à garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e
promoção do seu uso seguro e racional; racional.
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da Art. 4° - O fracionamento de produtos descrito nesta
ANVISA — RDC n° 16, de 30 de abril de 1999, a qual Resolução deve observar as exigências técnicas
estabelece o Regulamento Técnico de Procedimentos estabelecidas no Anexo I da presente Resolução.
para registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes; Art. 5° - O fracionamento de cápsulas moles para
• considerando a Instrução Normativa ANVISA n° 09, de dispensação deve ocorrer unicamente mediante
17 de agosto de 2009, a qual estabeleceu permissão às prescrição de profissional habilitado, no âmbito da
farmácias para comercializar e dispensar produtos preparação magistral, conforme conceito de farmácia
classificados como alimentos, bem como dispôs sobre a com manipulação estabelecido na legislação sanitária
vigente.

115
Art. 6° - A partir da publicação desta Resolução, fica Área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de
concedido prazo de 180 (cento e oitenta) dias para os uma das faces.
estabelecimentos se adequarem às exigências Barreira Técnica: bloqueio funcional estabelecido
relacionadas às auditorias realizadas nos através de procedimentos técnicos, com a finalidade de
estabelecimentos fornecedores, e 1 (um) ano para os evitar a contaminação cruzada.
estabelecimentos se adequarem às exigências Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF):
relacionadas às auditorias realizadas nos conjunto de medidas que visam assegurar que os
estabelecimentos de fabricantes. produtos manipulados sejam consistentemente
Art. 7° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua manipulados e controlados, com padrões de qualidade
publicação. apropriados para o uso pretendido e requerido na
prescrição.
Curitiba, 30 de maio de 2016. Cápsulas: são receptáculos (formas) obtidas por
Michele Caputo Neto moldagem, utilizadas para ingestão de doses
estabelecidas;
Anexo I da Resolução SESA n° 203/2016 Cápsulas gelatinosas: são elaboradas a partir de gelatina
(obtida através da hidrólise do
REGULAMENTO TÉCNICO PARA colágeno), cuja consistência pode ser dura ou mole.
FRACIONAMENTO DE CÁPSULAS MOLES Cápsula Mole: cápsula constituída de um invólucro de
DE ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS EM gelatina, de vários formatos, mais
FARMÁCIAS COM MANIPULAÇÃO maleável do que o das cápsulas duras. Normalmente são
1. DEFINIÇÕES preenchidas com conteúdos líquidos ou semissólidos,
Para efeitos da presente norma técnica, são adotadas as mas podem ser preenchidas também com pós e outros
seguintes definições: sólidos secos.
Alimento: toda substância ou mistura de substâncias, no Contaminação cruzada: contaminação de determinada
estado sólido, líquido, pastoso ou matéria-prima, produto intermediário ou produto acabado
qualquer outra forma adequada, destinadas a fornecer ao com outra matéria-prima ou produto, durante o processo
organismo humano os elementos de manipulação.
normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento. Controle de qualidade: conjunto de operações
Alimento industrializado: todo alimento, de origem (programação, coordenação e execução) com o objetivo
vegetal ou animal, que passou por algum tipo de de verificar a conformidade das matérias primas,
processamento industrial, por exemplo: extrusão, materiais de embalagem e do produto acabado, com as
liofilização, dessecação e moagem, etc. especificações estabelecidas.
Alimento industrializado com registro obrigatório: Data de validade: data impressa no recipiente ou no
todo alimento processado, cuja categoria esteja prevista rótulo do produto, informando o tempo durante o qual se
no Anexo II, da Resolução RDC n° 27/2010: Alimentos e espera que o mesmo mantenha as especificações
Embalagens com Obrigatoriedade de Registro Sanitário; estabelecidas, desde que estocado nas condições
Alimento com dispensa de registro: todo alimento, cuja recomendadas.
categoria esteja prevista no Anexo I da Resolução RDC Desvio de qualidade: não atendimento dos parâmetros
n° 27/2010: Alimentos e Embalagens Isentos da de qualidade estabelecidos para um
Obrigatoriedade de Registro Sanitário; produto ou processo.
Alimento com alegação de propriedade funcional: é o Dispensa da obrigatoriedade de registro: é o ato,
alimento que possui alegação relativa ao papel fundamentado na legislação vigente, pelo qual se
metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não desobriga o registro de produtos na Agência Nacional de
nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, Vigilância Sanitária, desde que cumpridos os
manutenção e outras funções normais do organismo; procedimentos estabelecidos na legislação vigente.
Alimento com alegação de propriedade de saúde: é o Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de
alimento que possui alegação que afirma, sugere ou drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
implica a existência da relação entre o alimento ou correlatos, a título remunerado ou não.
ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde; Embalagem primária: acondicionamento que está em
Alimentos para fins especiais: são os alimentos contato direto com o produto e que pode se constituir em
especialmente formulados ou processados, nos quais se recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de
introduzem modificações no conteúdo de nutrientes, proteção, removível ou não, destinado a envasar ou
adequados à utilização em dietas, diferenciadas e ou manter, cobrir ou empacotar matérias primas, produtos
opcionais, atendendo às necessidades de pessoas em semielaborados ou produtos acabados.
condições metabólicas e fisiológicas específicas. Embalagem secundária: a que protege a embalagem
Ambiente: espaço fisicamente determinado e primária para o transporte, armazenamento, distribuição e
especializado para o desenvolvimento de determinada(s) dispensação.
atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações Envase individual: consiste no enchimento da
diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma embalagem com cápsulas moles, lacre e rotulagem da
sala ou de uma área. mesma com o objetivo de atender às necessidades
116
nutricionais dos consumidores e usuários desses não convencional na área de alimentos, como as
produtos. cápsulas, comprimidos, tabletes e similares.
Farmácia com manipulação: estabelecimento de Número de lote: designação impressa em cada unidade
manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de do recipiente, constituída de combinações de letras,
comércio de drogas, medicamentos, insumos números ou símbolos, que permite identificar o lote e, em
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de caso de necessidade, localizar e revisar todas as
dispensação e o de atendimento privativo de unidade operações praticadas durante todas as etapas de
hospitalar ou de manipulação;
qualquer outra equivalente de assistência médica. Ordem de manipulação: documento destinado a
Forma farmacêutica: estado final de apresentação que acompanhar todas as etapas de manipulação;
os princípios ativos farmacêuticos Ordem de Fracionamento: documento que determina e
possuem após uma ou mais operações farmacêuticas registra o procedimento caracterizado pela subdivisão de
executadas com ou sem a adição de excipientes um medicamento em frações individualizadas, a partir de
apropriados, a fim de facilitar a sua utilização e obter o sua embalagem original, sem rompimento da embalagem
efeito terapêutico desejado, com características primária, mantendo seus dados de identificação;
apropriadas a uma determinada via de administração. Prazo de validade: período de tempo durante o qual o
Fracionamento: Conjunto de operações que visam a produto se mantém dentro dos limites especificados de
divisão em quantidades menores dos pureza, qualidade e identidade, na embalagem adotada e
produtos, preservando as especificações de qualidade e estocado nas condições recomendadas no rótulo;
dados de identificação de rotulagem Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia,
originais, efetuado sob a supervisão e responsabilidade a partir de uma prescrição de profissional habilitado,
de profissional farmacêutico habilitado. É a destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça
individualização da embalagem contendo cápsulas moles em detalhes sua composição, forma farmacêutica,
para viabilizar a dispensação do referido produto ao posologia e modo de usar;
usuário na quantidade estabelecida pela prescrição de Procedimento operacional padrão (POP): descrição
profissional habilitado. pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas
Fracionamento individualizado: processo que visa à na farmácia, visando proteger e garantir a preservação da
divisão em quantidades menores das qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos
cápsulas moles, preservando as especificações da manipuladores;
qualidade e dados de identificação e rotulagem dos Quarentena: retenção temporária de insumos,
fornecedores/fabricantes com o objetivo de atender às preparações básicas ou preparações manipuladas,
necessidades nutricionais dos consumidores e usuários isolados fisicamente ou por outros meios que impeçam a
desses produtos. sua utilização, enquanto esperam decisão quanto à sua
Fracionamento interno: processo que visa à divisão em liberação ou rejeição;
quantidades menores das cápsulas Rastreabilidade: é o conjunto de informações que
moles, preservando as especificações da qualidade e permite o acompanhamento e revisão de todo o processo
dados de identificação e rotulagem dos da preparação manipulada;
fornecedores/fabricantes. Recipiente: embalagem primária destinada ao
Local: espaço fisicamente definido dentro de uma área ou acondicionamento, de vidro ou plástico, que atenda aos
sala para o desenvolvimento de requisitos estabelecidos em legislação vigente;
determinada atividade. Registro: é o ato legal que, cumpridos os procedimentos
Lote ou partida: quantidade definida de matéria prima, descritos em regulamento, reconhece a adequação de um
material de embalagem ou produto, produto à legislação vigente, formalizado por meio de
obtidos em um único processo, cuja característica publicação no Diário Oficial da União;
essencial é a homogeneidade. Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como
Material de embalagem: recipientes, rótulos e caixas os dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou
para acondicionamento das preparações manipuladas. decalco, aplicado diretamente sobre a embalagem
Matéria-prima: substância ativa ou inativa com primária e secundária do produto;
especificação definida, que se emprega na Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu
preparação dos medicamentos e demais produtos. perímetro e com porta(s).
Novo alimento: é o alimento que deve ser registrado na 2. AQUISIÇÃO
categoria de "Novos alimentos ou novos ingredientes", 2.1. Para fins de fracionamento, as farmácias com
atendendo aos requisitos previstos na Resolução n.° manipulação poderão adquirir apenas cápsulas moles, de
16/99, que considera as seguintes situações: alimentos forma a granel, e estas devem possuir registro ou
sem tradição de consumo no país; alimentos que dispensa de registro junto à Agência Nacional de
contenham novos ingredientes, alimentos contendo Vigilância Sanitária como alimento, conforme o caso
substâncias já consumidas, mas que possam vir a ser específico, determinado pela legislação vigente.
adicionados ou utilizados em níveis muito superiores aos 2.2. As cápsulas gelatinosas moles consistem em
atualmente aceitos; alimentos em forma de apresentação produtos a granel, adquiridos pelas farmácias de
manipulação, da mesma forma que adquirem suas
117
matérias primas, por meio de fornecedores qualificados, e) Orientações sobre amostragem, ensaios de qualidade,
devidamente licenciados pela autoridade sanitária como metodologias de análise e referência utilizada nos
fabricantes de alimentos, importadores ou distribuidores procedimentos de controle;
de alimentos. f) Condições de armazenamento e precauções.
2.3. Compete ao farmacêutico o estabelecimento de
critérios e a supervisão do processo de aquisição. 3. RECEBIMENTO
2.4. Deve ser observada a qualificação do fornecedor, 3.1. As cápsulas moles devem ser recebidas por pessoa
conforme Procedimento Operacional Padrão - POP treinada, identificadas, armazenadas,
estabelecido para este fim, de modo que a documentação colocadas em quarentena, amostradas, analisadas
relacionada seja registrada/arquivada no Sistema de conforme especificações e rotuladas quanto à sua
Garantia da Qualidade (SGQ) da farmácia. situação, de acordo com procedimentos escritos.
2.4.1. A qualificação do fabricante/fornecedor deve ser 3.2. Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção
realizada abrangendo no mínimo, os seguintes critérios: de recebimento, para verificar se estão adequadamente
a) Comprovação de regularidade perante as autoridades identificados, a integridade e condições de limpeza da
sanitárias competentes; embalagem, a correspondência entre o pedido, a nota de
b) Avaliação dos laudos analíticos apresentados pelo entrega e os rótulos do material recebido que deverão
fabricante/fornecedor, verificando o atendimento às conter, no mínimo, as informações listadas a seguir,
especificações estabelecidas pelo farmacêutico e efetuando-se o registro dos dados avaliados:
acordadas entre as partes; a) nome do fornecedor/fabricante;
c) Auditorias para verificação do cumprimento das b) endereço;
normas de Boas Práticas de Fabricação ou de c) telefone;
Fracionamento e Distribuição de insumos; d) C.N.P.J.;
d) Avaliação do histórico dos fornecimentos anteriores. e) nome do produto;
2.4.2. A avaliação do cumprimento das Boas Práticas de f) quantidade e sua respectiva unidade de medida;
Fabricação ou de Fracionamento e g) número do lote;
Distribuição de insumos pelo fabricante/fornecedor, h) data de fabricação;
prevista no item "c" do item 2.2.1. poderá ser realizada i) prazo de validade;
por farmácia individual, por grupo de farmácias ou por j) condições especiais de armazenamento e observações
associações de classes, utilizando legislação específica pertinentes, quando aplicável;
em vigor. k) nome do Responsável Técnico e seu registro no
2.4.3. A farmácia deve manter cópia do relatório da Conselho Profissional correspondente;
auditoria. 1) origem, com indicação do fabricante, caso adquirido
2.5. Devem ser definidas pelo farmacêutico de fornecedores.
especificações técnicas no processo de aquisição das 3.3. Qualquer divergência ou qualquer outro problema
cápsulas moles, tomando como base as especificações do que possa afetar a qualidade do produto deve ser
fornecedor/fabricante. analisada pelo farmacêutico para a adoção de
2.6. As especificações técnicas de todas as cápsulas providências.
moles a serem utilizados no envase dos produtos 3.4. Cada lote de cápsula oleaginosa deve ser
fracionados devem ser autorizadas, atualizadas e datadas acompanhado do respectivo Certificado de Análise do
pelos responsáveis. fornecedor/fabricante, que deve permanecer arquivado,
2.7. As especificações das cápsulas moles adquiridas no mínimo, durante 6 (seis) meses após o término do
para fracionamento individual devem constar de no prazo de validade do último quantitativo de cápsulas
mínimo: moles fracionadas.
a) Descrição do suplemento alimentar em forma de 3.5. Os Certificados de Análise devem ter informações
cápsula mole, com o nome dos seus ingredientes, por claras e conclusivas, com todas as especificações
DCB, DCI ou CAS, quando couber; estabelecidas pelo farmacêutico. Devem ser datados,
b) Nome e código interno de referência, quando houver; assinados e com a identificação do nome do
c) No caso de ingredientes que tradicionalmente são fabricante/fornecedor e do seu responsável técnico com
utilizados também como medicamentos, a depender da respectivo registro no conselho de classe.
concentração (insumos farmacêuticos ativos e 3.6. As cápsulas moles devem ser analisadas, no seu
adjuvantes): referência de monografia da Farmacopeia recebimento, efetuando-se no mínimo os testes abaixo,
Brasileira; ou de outros compêndios nacionais e/ou respeitando-se as suas características físicas e mantendo
internacionais reconhecidos pela ANVISA, conforme os resultados por escrito:
legislação vigente. Na ausência de monografia oficial, a) caracteres organolépticos;
pode ser utilizada como referência a especificação b) peso médio para cápsulas moles;
estabelecida pelo fabricante. c) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor
d) Requisitos quantitativos e qualitativos com os quanto às especificações estabelecidas.
respectivos limites de aceitação; 3.7. Na ausência de monografia farmacopeica deverá ser
utilizada, como referência, literatura científica pertinente.

118
3.8. Somente na inexistência da literatura prevista no g) situação interna do produto (em quarentena, em
item anterior, poderá ser utilizada a especificação análise, aprovado, reprovado).
fornecida pelo fabricante. 4.8. A farmácia deverá realizar o controle de estoque das
3.9. Podem ser aceitos os demais ensaios farmacopeicos cápsulas moles registrando as entradas e saídas de cada
realizados pelos fabricantes/fornecedores desde que estes uma delas:
estejam qualificados pela farmácia. a) O registro de entrada deve conter, no mínimo, nome
3.9.1. No caso do fornecedor/fabricante não ser do produto, código interno, lote, número da nota fiscal e
qualificado pela farmácia, todos os ensaios previstos na nome do fabricante/fornecedor.
monografia famacopeica ou na metodologia do fabricante b) O registro de saída deve ser efetuado por meio da
devem ser executados pela farmácia ou por laboratório de ordem de fracionamento do produto.
controle de qualidade terceirizado, sob responsabilidade 5. FRACIONAMENTO INDIVIDUALIZADO
da farmácia. 5.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos
3.10. Qualquer divergência que possa afetar a qualidade operacionais escritos para o fracionamento das cápsulas
da matéria-prima deve ser analisada pelo farmacêutico moles.
para a adoção de providências cabíveis. 5.2. A farmácia deve garantir que todas as cápsulas
3.11. A reprovação das cápsulas moles deve ser moles fracionadas sejam rastreáveis.
notificada à Autoridade Sanitária competente. 5.3. A farmácia deve registrar as informações referentes à
3.12. A amostragem da cápsula mole deve ser executada prescrição de cada cápsula mole em Livro de Receituário,
sob condições ambientais adequadas, obedecendo aos informatizado ou não.
procedimentos operacionais que impeçam a 5.5. O fracionamento de cápsulas moles deve ser
contaminação cruzada. realizado na sala de manipulação com barreira técnica, de
3.13. Todos os utensílios utilizados no processo de escolha do farmacêutico.
amostragem que entrarem em contato com os materiais 5.6. Todas as superfícies de trabalho e os equipamentos
devem estar limpos, sanitizados e guardados em locais da área devem ser limpos e desinfetados antes e após
apropriados. cada fracionamento.
5.7. Devem existir procedimentos operacionais escritos
4. ARMAZENAMENTO para a prevenção de contaminação cruzada.
4.1. As cápsulas moles devem ser armazenadas e 5.8. A sala onde ocorre o fracionamento deve ser mantida
manuseadas sob as condições apropriadas e de forma com temperatura e umidade compatíveis com as cápsulas
ordenada, de modo a preservar sua identidade e moles armazenadas/fracionadas. As condições de
integridade química, física e microbiológica, garantindo- temperatura e umidade devem ser monitoradas e
se a qualidade e segurança dos produtos. registradas.
4.2. As condições ideais de armazenamento
recomendadas são: recipientes fechados em temperatura 6. ORDEM DE FRACIONAMENTO (OF) INTERNO
ambiente de 15 ° C a 30 °C e umidade relativa do ar entre 6.1. O fracionamento de cápsulas moles deve ser
35% a 65%, ou ainda de acordo com as orientações do registrado na Ordem de Fracionamento, constando os
fornecedor/fabricante. seguintes registros:
4.3. As cápsulas devem ser armazenadas ao abrigo da luz a) Número do Livro de Receituário;
solar direta e longe de locais úmidos. b) Descrição das cápsulas moles e concentração da
4.4. Devem ser mantidas afastadas do piso, paredes e substância;
teto, com espaçamento apropriado para permitir a c) Lote, nome do fornecedor/fabricante e data de
limpeza e inspeção. validade;
4.5. Devem ser estocadas em locais identificados, de d) Tamanho e cor da referida cápsula individualizada, se
modo a facilitar a sua localização, sem riscos de troca. houver;
4.6. Para as cápsulas moles que exigem condições e) Quantidades pesadas ou contadas;
especiais de temperatura, devem existir registros e f) Nome e assinatura dos responsáveis pela pesagem e
controles que comprovem o atendimento a essas individualização;
especificações. g) Visto do farmacêutico;
4.7. Os rótulos das cápsulas moles armazenadas devem h) Data da individualização/fracionamento interno;
apresentar, no mínimo: i) Data de validade do produto estabelecida pela
a) denominação do produto e código de referência farmácia.
interno, quando aplicável; 6.2. Os registros do fracionamento acima poderão constar
b) identificação do fornecedor/fabricante; na Ordem de Manipulação da farmácia,
c) número do lote atribuído pelo fornecedor/fabricante e desde que contenham todas as informações descritas nas
o número dado no recebimento, caso haja algum; alíneas "a" a "i" do item 6.1.
d) concentração, teor e/ou potência, quando couber; 6.3. Todo pessoal envolvido na
e) data de fabricação, prazo de validade; individualização/fracionamento das referidas cápsulas
f) condições de armazenamento e advertência, quando devem ser treinados e paramentados adequadamente.
necessário; 6.4. Devem existir procedimentos operacionais (POP)
escritos para a prevenção de contaminação cruzada.
119
6.5. A farmácia deve garantir que todos os produtos 8.1.2. Os resultados dos ensaios devem ser registrados no
individualizados/fracionados sejam rastreáveis. Laudo interno da farmácia, junto com as demais
7. ROTULAGEM E EMBALAGEM informações do produto. O farmacêutico deve avaliar os
7.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos resultados, aprovando ou não a preparação para
operacionais escritos para rotulagem e embalagem das dispensação.
cápsulas moles fracionadas. Os rótulos devem ser 8.1.3. No caso de resultado insatisfatório, o lote inteiro
armazenados de forma segura e com acesso restrito. do produto referente à amostra deve ser interditado
7.2. Toda cápsula oleaginosa mole fracionada deve ser cautelarmente e armazenado em área separada,
rotulada com: devidamente identificado como tal. Na persistência do
a) nome do prescritor; resultado insatisfatório por meio de uma nova análise, o
b) nome do paciente; lote analisado deverá ser devolvido ao fabricante ou
c) número de registro do fracionamento no Livro de encaminhado para descarte.
Receituário; 8.1.4. A farmácia deverá registrar e notificar a Vigilância
d) data da individualização/fracionamento; Sanitária local sobre o resultado insatisfatório.
e) prazo de validade;
f) componentes do produto fracionado com respectivas 9. CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE
quantidades; 9.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos
g) número de unidades; escritos sobre a conservação e transporte dos produtos
h) peso ou volume contidos; fracionados, desde o recebimento até a dispensação, que
i) posologia; garantam a manutenção das suas especificações e
j) identificação da farmácia; integridade.
k) C.N.P.J; 9.2. As cápsulas moles não devem ser armazenadas ou
1) endereço completo; transportadas com:
m) nome do farmacêutico responsável técnico com o a) alimentos e materiais perecíveis;
respectivo número no Conselho Regional de Farmácia; b) animais;
o) Frases orientativas que sejam previstas em legislação c) solventes orgânicos;
específica e que venham a auxiliar o uso correto do d) gases;
produto. e) substâncias corrosivas ou tóxicas;
7.2.1. As frases orientativas previstas no item 7.2, alínea f) pesticidas e agrotóxicos;
"o", poderão ser adotadas: g) materiais radioativos;
a) na forma de etiqueta adesiva para ser aposta no frasco h) outros produtos que possam afetar a qualidade,
contendo as cápsulas moles fracionadas individualmente; segurança e eficácia dos produtos manipulados.
b) como folheto impresso a ser entregue ao usuário no
ato da dispensação onde deverá constar o nome do 10. TREINAMENTO
farmacêutico, telefone e endereço do estabelecimento, 10.1. Todos os envolvidos nas atividades da farmácia
contendo condições de conservação do produto e devem estar incluídos em programa de treinamento,
recomendação ao usuário para que entre em contato com elaborado com base no levantamento de necessidades da
o farmacêutico em caso de dúvidas; farmácia, de modo que os respectivos registros devem
c) mensagem com orientações encaminhada pelo e-mail dispor, no mínimo, das seguintes informações:
do cliente, quando solicitado, devendo ser anotado na a) documentação sobre as atividades de capacitação
Ordem de Manipulação. realizadas;
7.3. Os recipientes utilizados no envase dos produtos b) data da realização e carga horária;
fracionados devem garantir a estabilidade físico-química c) conteúdo ministrado;
e microbiológica do produto. d) colaboradores treinados e suas respectivas assinaturas;
e) identificação da equipe que os treinou em cada
8. CONTROLE DE QUALIDADE atividade específica;
8.1. Controle de Qualidade das Cápsulas Moles: f) avaliação da efetividade do treinamento.
8.1.1. Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes
ensaios, de acordo com a Farmacopéia Brasileira ou 11. DISPENSAÇÃO
outro Compêndio Oficial reconhecido pela ANVISA, em 11.1. O farmacêutico deve prestar orientação
todas as preparações de cápsulas moles fracionadas farmacêutica necessária aos pacientes, objetivando o uso
internamente: correto das cápsulas moles fracionadas individualmente.
a) caracteres organolépticos; 11.2. Todas as receitas aviadas devem ser carimbadas
b) peso médio para cápsulas moles; pela farmácia, com identificação do estabelecimento,
c) cálculo do teor médio por unidade posológica, data da dispensação e número de registro da
utilizando para efeito de cálculo o teor do conteúdo manipulação, de forma a comprovar o aviamento.
fornecido pelo fornecedor e ou fabricante, quando 11.3. A repetição de atendimento de uma mesma receita
qualificado; somente é permitida se houver indicação expressa do
d) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor prescritor quanto à duração do tratamento.
quanto às especificações estabelecidas.
120
11.3.1. Na ausência de indicação na prescrição sobre a prazo de validade deverá estar vinculado
duração de tratamento, o farmacêutico só poderá efetuar preferencialmente ao período de tratamento do paciente,
a repetição da receita após confirmação expressa do mas nunca superior ao prazo de validade definido pelo
prescritor, devendo manter também os registros destas fabricante ou estabelecido pela farmácia.
confirmações, datados e assinados pelo farmacêutico
responsável. 13. DOCUMENTAÇÃO
12. PRAZO DE VALIDADE 13.1. Os documentos referentes à manipulação de
12.1. No caso de fracionamento interno das cápsulas fórmulas devem ser arquivados durante 6(seis) meses
oleaginosas, quando há o rompimento da embalagem após o vencimento do prazo de validade do produto
original a granel, o prazo de validade será igual ao do manipulado, podendo ser utilizado sistema de registro
fabricante/fornecedor, constante da embalagem original, eletrônico de dados ou outros meios confiáveis e legais.
desde que preservadas a segurança, qualidade e eficácia 13.2. A documentação e registros devem possibilitar a
do produto. rastreabilidade destes produtos.
12.1.1. Para fins do disposto no item 12.1, a farmácia 13.3. A documentação deve ficar à disposição da
deverá efetuar monitoramento do prazo de validade das autoridade sanitária fiscalizadora.
cápsulas moles por determinação de índice de peróxido,
cuja periodicidade deverá ser estabelecida em protocolo, 14. ATENDIMENTO A RECLAMAÇÕES
juntamente com as condições de armazenamento e 14.1. Toda reclamação deve ser registrada com o nome e
acondicionamento das mesmas. dados pessoais do reclamante, do prescritor, descrição do
12.1.2. O processo ou protocolo de monitoramento produto, número de registro no Livro de Receituário e
previsto no item 12.1 poderá ser realizado pela farmácia, natureza da reclamação, ficando o farmacêutico
por um grupo de farmácia reunido para este fim ou responsável pela investigação, tomada de medidas
associações de classes, conforme estabelecido em corretivas e esclarecimentos ao reclamante, efetuando
protocolo. também os registros das providências tomadas.
12.1.3. O monitoramento do
armazenamento/acondicionamento de cápsulas moles SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE DO
deverá ser realizado durante o período de 2 (dois) anos, PARANÁ
contados da data do início do estudo. Findo o período do MICHELE CAPUTO NETO
estudo e, caso todos os resultados sejam satisfatórios, DIRETOR GERAL
tendo o monitoramento concluído como aprovado, cessa SEZIFREDO ALVES PAULO PAZ
a exigência do item 12.1.1, prevalecendo a determinação SUPERINTENDENTE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
do item 12.1. CLEIDE APARECIDA DE OLIVEIRA
12.1.4. Em caso de algum resultado insatisfatório durante DIRETOR DO CENTRO ESTADUAL DE
o período de 2 (dois) anos, o prazo de validade das VIGILÂNCIA SANITÁRIA
cápsulas oleaginosas ficará reduzido para a validade PAULO COSTA SANTANA
determinada desse resultado insatisfatório. CHEFE DA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
12.1.5. Deverá ser elaborado protocolo para o DE PRODUTOS
monitoramento, com justificativa técnica para a escolha ÉRIKA FELLER
do produto, com a descrição do plano de amostragem,
periodicidade de análise, metodologia para análise do EQUIPE DE ELABORAÇÃO:
índice de peróxido, critérios de aceitação e rejeição, bem Kelly Cristina Marochi Kosloski
como a conclusão do estudo, com a consideração sobre o Luciane Otaviano de Lima
prazo de validade estabelecido, com base nos resultados Paulo Costa Santana
obtidos, e assinatura dos responsáveis pela execução do INSTITUIÇÕES COLABORADORAS:
estudo. Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais —
12.1.5.1. O protocolo para monitoramento do prazo de ANFARMAG —Nacional
validade das cápsulas oleaginosas, de que trata o item Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais —
12.1.5, deverá ser elaborado no prazo de 12 (doze) ANFARMAG — Seção Paraná
meses, a contar da data da publicação da presente Conselho Regional de Farmácia do Paraná — CRF/PR
Resolução. Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba —
12.1.6. O estudo de monitoramento a que se refere o item Coordenação de Vigilância Sanitária
12.1.1 deverá ser realizado para cápsula mole a ser Secretaria Municipal de Saúde de Maringá — Gerência
definida no respectivo protocolo, com justificativa de Vigilância Sanitária
técnica para a escolha do produto, conforme disposto no Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Paraná —
item 12.1.5. SINDIFAR/PR
12.2. A farmácia deverá estabelecer e manter
procedimentos que definam a política da empresa quanto
às cápsulas oleaginosas próximas ao vencimento.
12.3. Para as cápsulas moles fracionadas individualmente
para dispensação (fracionamento individualizado), o
121
RESOLUÇÃO N° 473 de 28/11/2016 Regulamento Técnico de Registro, Alterações Pós-
(D.O.E 30.11.16) Registro e Revalidação de Registro dos Produtos
Biológicos Terminados;
Estabelece Norma Técnica referente as condições físicas, • considerando a Resolução RDC da Anvisa n° 44, de
técnicas e sanitárias para guarda, comercialização e 17 de agosto de 2009, que dispõe sobre o cumprimento
administração de vacinas em estabelecimentos das Boas Práticas Farmacêuticas em farmácias e
farmacêuticos privados no Estado Paraná. drogarias e que estabelece em seu artigo 92 que as
farmácias e drogarias podem participar de campanhas e
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando da programas de promoção da saúde e educação sanitária
atribuição que lhe confere o artigo 45, inciso XIV, da Lei promovidos pelo Poder Público;
Estadual n° 8.485, de 03 de junho de 1987 e o artigo 9°, • considerando a Resolução — RDC n° 96, de 17 de
incisos XV e XVI, do Decreto Estadual n° 2.270, de 11 dezembro 2008 que dispõe sobre a propaganda,
de janeiro de 1988 e, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo
• considerando o disposto nos artigos 4°, 6°, 15, 17, seja a divulgação ou promoção comercial de
21, 24, 33, 44, 55, 56 da Lei n° 5.991, de 17 de dezembro medicamentos;
de 1973; • considerando a Resolução RDC N° 306, de 07 de
• considerando o disposto nos artigos 14, 15, 16 e 58 dezembro de 2004 que dispõe sobre o Regulamento
do Decreto n° 74.170, de 10 de junho de 1974; Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços
• considerando o disposto na Lei Estadual n° 13.331, de Saúde;
de 23 de novembro de 2001, em especial o contido no • considerando a Portaria MS n° 1.533, de 18 de
artigo 12, incisos IX, XII, XIII e artigo 38; agosto 2016 que redefine o Calendário Nacional de
• considerando o disposto no Decreto Estadual n° Vacinação, o Calendário Nacional de Vacinação dos
5.711, de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de
artigos 10, 445, inciso I, 457, 458, 459, 460, 577; Vacinação, no âmbito do Programa Nacional de
• considerando a Lei Estadual n° 18.169 de 28 de Imunizações (PNI), em todo o território nacional;
julho de 2014 que estabelece normas de identificação de • considerando a Resolução Estadual n° 590, de 10 de
profissionais em farmácias e drogarias no Paraná. setembro de 2014, que estabelece a Norma Técnica para
• considerando a Lei Federal n° 13.021 de 08 de abertura, funcionamento, condições físicas, técnicas e
agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a sanitárias de farmácias e drogarias no Paraná,
fiscalização das atividades farmacêuticas no Brasil; RESOLVE:
• considerando Manual de Procedimentos para
Vacinação da Funasa; Art. 1° - Aprovar Norma Técnica para regulamentar o
• considerando o Manual de Rede de Frio do funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias,
Programa Nacional de Imunizações; armazenamento, dispensação, aplicação e descarte de
• considerando a Resolução do Conselho Federal de vacinas em farmácias privadas no âmbito do Estado do
Farmácia n° 585/2013, que regulamenta as atribuições Paraná.
clínicas do farmacêutico e dá outras providências; Art. 2° - A abrangência desta resolução são os
• considerando a Resolução do Conselho Federal de estabelecimentos farmacêuticos privados, com e sem
Farmácia n° 586/2013, que regula a prescrição manipulação de fórmulas, que pretendam armazenar,
farmacêutica e dá outras providências; dispensar e aplicar vacinas.
• considerando a Resolução do Conselho Federal de Art. 3° - As farmácias privadas, para estarem aptas a
Farmácia n° 574/2013 que define, regulamenta e realizar o serviço de aquisição, armazenamento,
estabelece atribuições e competências do dispensação e aplicação de vacinas, devem atender a
farmacêutico na dispensação e aplicação de vacinas, em todos os requisitos constantes no Anexo I desta
farmácias e drogarias; Resolução.
• considerando a Resolução do Conselho Federal de Art. 4° - A fiscalização e controle da presente Norma
Farmácia n° 499, de 17 de dezembro de 2008, que dispõe Técnica é de competência do Sistema Único de Saúde no
sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias Paraná, através dos seus órgãos Estadual e Municipais de
e drogarias, e dá outras providências, alterada pela Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
Resolução/CFF n° 505, de 23 de junho de 2009; Art. 5° - O não cumprimento dos dispositivos desta
• considerando a Resolução do Conselho Federal de Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades
Farmácia n° 357, de 20 de abril de 2004, que aprova o previstas na Lei Estadual n° 13.331, de 23 de novembro
regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia; de 2001, Decreto Estadual n° 5.711, de 23 de maio de
• considerando o Decreto n° 85.878, de 7 de abril de 2002 ou outra que venha a substituí-la, e/ou legislação
1981, que estabelece as normas para execução da Lei n° específica Municipal.
3820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da Parágrafo Único. Configurada infração por inobservância
profissão de farmacêutico, e dá outras providências; de preceitos ético-profissionais, os órgãos Estaduais ou
• considerando a Resolução RDC da Anvisa n° 315, Municipais comunicarão o fato ao Conselho Regional de
de 26 de outubro de 2005, que dispõe sobre o Farmácia do Estado do Paraná.

122
Art. 6° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua farmacêutico responsável técnico, podendo ser delegada,
publicação. sob supervisão, ao seu substituto ou assistente,
Curitiba, 28 de novembro de 2016. devidamente treinado presente no estabelecimento.
Michele Caputo Neto Art. 3° - As farmácias privadas que comercializem
Secretário de Estado da Saúde vacinas devem, obrigatoriamente, realizar a aplicação da
mesma no estabelecimento farmacêutico. (Revogado pela
ANEXO I DA RESOLUÇÃO SESA N° 473/2016 Resolução 956/2018)
Art. 4° - Compete aos estabelecimentos farmacêuticos
NORMA TÉCNICA PARA REGULAMENTAR O que comercializam e administram vacinas,
ARMAZENAMENTO, DISPENSAÇÃO, obrigatoriamente:
FUNCIONAMENTO, CONDIÇÕES FÍSICAS, I - Utilizar somente vacinas registradas no Ministério da
TÉCNICAS, SANITÁRIAS E APLICAÇÃO DE Saúde;
VACINAS EM FARMÁCIAS PRIVADAS II - Adquirir as vacinas somente de fornecedor
Art. 1° - Para fins desta resolução define-se: regularizado junto aos órgãos competentes;
I - Autoridade Sanitária: são aquelas identificadas na III - Realizar as atividades de vacinação, obedecendo às
organização das Secretarias de Saúde ou em órgãos diretrizes desta Resolução e as normas técnicas do
equivalentes e nos atos regulamentares de fiscalização e Programa Nacional de Imunizações ou outro instrumento
controle de ações e serviços de saúde. legal que vier a substituí-lo;
II - Autoridades Profissionais: fiscais do Conselho da IV - Manter registro de cada paciente/cliente/usuário,
Classe Farmacêutica; com seus dados cadastrais e dados de todas as vacinas
III - Assistência Farmacêutica: conjunto de ações e de aplicadas, acessível aos usuários, autoridades sanitárias e
serviços que visem assegurar a assistência terapêutica autoridades profissionais;
integral e a promoção, a proteção e a recuperação da V - Informar mensalmente à Secretaria de Saúde do
saúde nos estabelecimentos públicos e privados que município onde a farmácia está localizada, as doses
desempenhem atividades farmacêuticas, tendo o aplicadas, segundo os modelos padronizados no SIPNI -
medicamento como insumo essencial e visando ao seu Sistema de Informação do Programa Nacional de
acesso e ao seu uso racional; Imunização ou outro que vier a substituí-lo;
IV - Farmácia: é uma unidade de prestação de serviços VI - Notificar o laboratório fabricante e os órgãos
destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à competentes por meio do sistema NOTIVISA, bem como
saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual o profissional prescritor sempre que possível, dos efeitos
se processe a manipulação e/ou colaterais e reações adversas observadas, conforme
dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, legislação vigente;
farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos VII - Monitorar e registrar diariamente a temperatura dos
farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos; equipamentos destinados ao armazenamento de vacinas,
V - Medicamento Biológico: medicamento que contém de acordo com as normas técnicas do Programa Nacional
molécula com atividade biológica conhecida, que tenha de Imunizações;
passado por todas as etapas de fabricação (formulação, VIII - Afixar, em local visível ao usuário na sala de
envase, liofilização, rotulagem, embalagem, aplicação, o Calendário de Vacinação Oficial, com a
armazenamento, controle de qualidade e liberação do lote informação em destaque de que as vacinas nele
de produto biológico para uso); constantes são administradas gratuitamente nos serviços
VI - Produto Biológico Terminado: produto públicos de saúde;
farmacêutico, de origem biológica, tecnicamente obtido IX - Realizar a vacinação exclusivamente no endereço
ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, constante da licença sanitária;
paliativa ou para fins de diagnóstico "in vivo"; X - Efetuar treinamento e manter acessíveis a todos os
VII - Sala de Serviços Farmacêutica: sala onde se realiza funcionários, cópias atualizadas das normas técnicas do
exclusivamente a atenção farmacêutica aos pacientes, Programa Nacional de Imunizações, manual e
familiares e/ou cuidadores, com privacidade e garantindo procedimentos operacionais específicos do
a acessibilidade aos portadores de deficiência. estabelecimento;
VIII - Vacina: produto biológico que contêm uma ou XI - Manter em arquivo no estabelecimento, documentos
mais substâncias antigênicas que, quando inoculados, são que comprovem a origem e possibilitem o rastreamento
capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger das vacinas disponíveis e aplicadas, acessíveis à
contra a doença causada pelo agente infeccioso que autoridade sanitária e autoridade profissional.
originou o antígeno. XII - Realizar o descarte seguro de agulhas, seringas e
Art. 2° - É atribuição do farmacêutico, na farmácia, o demais produtos utilizados nas atividades de vacinação,
recebimento, o armazenamento, o controle, o preparo, a de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos
dispensação de vacinas, a prestação do serviço de em Serviços de Saúde do estabelecimento, que deve
aplicação da mesma, orientação e registro da aplicação abranger os procedimentos de tratamento/segregação e
desses medicamentos. descarte de resíduos infectantes incluindo a prévia
Parágrafo Único - A dispensação e a aplicação das inativação.
vacinas devem ser executadas obrigatoriamente pelo
123
XIII - O processo físico a que devem ser submetidos os a) Medicamento/vacina prescrito(s) e dados do prescritor
resíduos do grupo A, onde se enquadram as vacinas, é a (nome e inscrição no conselho profissional), quando
autoclavação ficando sob a responsabilidade dos serviços houver;
que as possuírem, a garantia da eficácia dos b) Dados do medicamento/vacina administrado:
equipamentos mediante controles químicos e biológicos - Nome comercial;
periódicos devidamente registrados. - Denominação Comum Brasileira (quando houver);
XIV - Desenvolver todas as ações no que se refere ao - Concentração e forma farmacêutica;
manejo, segregação, acondicionamento antes e pós- - Via de administração;
tratamento, identificação, transporte interno, - Número do lote;
armazenamento temporário até destinação final e - Número de registro na ANVISA.
segurança ocupacional do pessoal envolvido diretamente § 5° - A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser
com os processos de higienização, coleta, transporte, emitida em duas vias, sendo a primeira entregue ao
tratamento, e armazenamento de resíduos, conforme paciente/usuário e, a segunda, arquivada no
determinado pela RDC 306 de 2004 estabelecimento.
ou outra que venha a substituí-la. Art. 8° - O estabelecimento responderá administrativa,
Art. 5° - As vacinas não constantes do Calendário de civil e criminalmente (quando couber) pela qualidade e
Vacinação Oficial podem ser administradas somente segurança das imunizações realizadas sob sua
mediante prescrição médica. responsabilidade e deve prestar todas as informações e
Art. 6° - A farmácia deve realizar sua inclusão junto ao acompanhamento nos possíveis eventos adversos delas
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde decorrentes.
(CNES) nas Secretarias Municipais de Saúde, antes de Art. 9° - É vedado às Secretarias de Saúde Estadual e
iniciar a atividade de aplicação de vacinas. Municipais o fornecimento de vacinas e/ou materiais e
Parágrafo Único: É responsabilidade do estabelecimento equipamentos relacionados à vacinação, aos
farmacêutico manter os dados cadastrais atualizados estabelecimentos privados.
junto a Vigilância Sanitária, Conselho Regional de Parágrafo Único: Na hipótese de relevante interesse para
Farmácia e CNES. a saúde pública, as Secretarias de Saúde (estadual ou
Art. 7° - Após a aplicação da vacina, o farmacêutico deve municipal, conforme o caso) poderão fornecer vacinas do
fornecer ao paciente/usuário a Declaração de Serviços Calendário de Vacinação Oficial e/ou insumos e/ou
Farmacêuticos da Seção V — Da Declaração de Serviços materiais e equipamentos relacionados à vacinação às
Farmacêuticos, do capítulo XI —Dos Serviços farmácias, comunicando essa situação e sua justificativa
Farmacêuticos da Resolução Estadual n° 590/2014 ou ao órgão competente (estado e/ou Ministério da Saúde —
outra que vier a substituí-la, além da Carteira de PNI). Esse fornecimento será conferido em caráter
Vacinação (própria do estabelecimento) caso essa não excepcional e temporário, assegurando-se a manutenção
seja apresentada no momento da aplicação da vacina. da gratuidade da vacinação ao usuário com as vacinas
§ 1° - Em sendo apresentada a carteira de vacinação pelo fornecidas.
paciente, o farmacêutico deverá fazer o registro na Art. 10 - É proibido o comércio de medicamentos e/ou
carteira, que deve ser preenchida de todos os itens vacinas destinados exclusivamente ao Sistema
obrigatórios, conforme modelo padrão do Ministério da Único de Saúde e que tenha a expressão "PROIBIDA A
Saúde, sendo minimamente os seguintes: VENDA NO COMÉRCIO" em suas embalagens
I - tipo de vacina, primárias e/ou secundárias.
II- data, Art. 11 - Aplicação de vacinas somente poderá ser
III - lote, iniciada após a inspeção da vigilância sanitária e com a
IV - rubrica do farmacêutico responsável pela aplicação. devida liberação e emissão da Licença e da publicação da
§ 2° - Quando o paciente não apresentar Carteira de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) da
Vacinação, o estabelecimento farmacêutico deve fornecer farmácia;
sua própria carteira de vacina para os pacientes atendidos Art. 12 - A Licença Sanitária deve ser renovada dentro
na farmácia, e esta deve ser em papel rígido, de qualidade dos prazos legais determinados em legislação sanitária
igual ou melhor ao da Carteira do Programa Nacional ou estadual ou municipal vigente para a manutenção da
Estadual de Imunização, e deve conter, no mínimo, os atividade de vacinação. A não renovação e emissão da
mesmos dados da Carteira do Programa Nacional ou licença por qualquer motivo, implica na suspensão
Estadual de Imunização. imediata da aplicação das vacinas.
§ 3° - A Declaração de Serviço Farmacêutico e a Carteira
de Vacinação própria do estabelecimento, devem conter a SEÇÃO I - DA ESTRUTURA FÍSICA
identificação do estabelecimento (nome, endereço, Art. 13 - As farmácias que desejarem realizar o serviço
telefone e CNPJ), além da identificação do de armazenamento, dispensação e aplicação de vacinas
paciente/usuário e de seu responsável legal, quando for o deverão cumprir ainda os seguintes requisitos:
caso. I - Dispor de sala de serviço/atenção farmacêutica que
§ 4° - A Declaração de Serviço Farmacêutico de que trata garanta a privacidade e o conforto dos usuários e que
o §1° deve conter, ainda, as seguintes informações: possua dimensões, mobiliário e infraestrutura
compatíveis com as atividades desenvolvidas, devendo
124
esta possuir metragem mínima de 3 m2 e pia para Art. 16 - No armazenamento das vacinas, devem ser
lavagem de mão com sabonete líquido e água corrente atendidas as seguintes condições:
obrigatoriamente e demais itens conforme disposto nos I - É vedada a guarda de alimentos, bebidas, outros
art. 60 a 64 da Resolução Estadual n° 590/2016. Esta sala medicamentos ou qualquer outro material na câmara
preferencialmente deve ser anexa à sala de vacinas. refrigerada destinada ao armazenamento de vacinas.
II - Dispor de sala exclusiva para armazenamento e II - Cada câmara refrigerada deve estar ligada a uma
administração de vacinas com metragem mínima de 6 m2 tomada exclusiva, que deve estar situada a uma altura de
(seis metros quadrados), não podendo a mesma sala ser 1,20 m (um metro e vinte centímetros) em relação ao
compartilhada com outros serviços farmacêuticos. piso.
III - A sala de vacinas deve possuir climatizador na III - A câmara refrigerada deve ser instalada em local
versão quente/frio, com informação da temperatura arejado, distante de fontes de calor, sem incidência de luz
digital, compatível com o tamanho da sala de vacina, solar direta, nivelada e afastada 20 cm (vinte centímetros)
para manter a temperatura da sala entre 18 e 20°C. da parede.
IV - A sala de vacinas deve estar de acordo com os arts. IV - Não deve ser colocado na câmara refrigerada
60 a 64 do capítulo IX — Dos Serviços Farmacêuticos, qualquer elemento que dificulte a circulação do ar.
da Resolução SESA-PR n° 590/2014 ou outra que venha Parágrafo Único: As vacinas devem ser organizadas sem
a substituí-la, quanto aos demais requisitos sanitários. que haja necessidade de diferenciá-las por tipo ou
V - O estabelecimento farmacêutico deve dispor de compartimento, uma vez que a temperatura se distribui
câmara refrigerada regularizada junto à ANVISA uniformemente no interior do equipamento. Os produtos
específica para o armazenamento de vacinas e deve ser com prazo de validade mais curto devem ser dispostos na
usada exclusivamente para esta finalidade — frente dos demais facilitando o acesso e a otimização da
armazenamento de vacinas. sua utilização.
VI - Elaborar e manter acessíveis Procedimentos Art. 17 - Na limpeza de rotina da câmara refrigerada, as
Operacionais relativos a todas as atividades eferentes às vacinas devem ser acondicionadas em outra câmara
vacinas, entre eles: recebimento, armazenamento, refrigerada ou refrigerador específico de armazenamento
administração, dispensação e inutilização de vacinas, de outros medicamentos com o devido controle de
conforme especificado no Capítulo XII — Dos temperatura conforme determinado nesta resolução,
Procedimentos, da Resolução SESA-PR n° 590/2014 ou exclusivamente durante o tempo da limpeza da câmara
outra que vier a substituí-la. refrigerada ou se for utilizado caixas térmicas, devem
VII - Possuir registro da inutilização de vacinas onde atender as seguintes condições:
constem, obrigatoriamente, as seguintes informações: I - Retirar as bobinas reutilizáveis de gelo do freezer e
data, nome comercial, lote, quantidade e motivo do colocá-las sobre pia ou bancada até que desapareça a
descarte, mantendo estes registros por pelo menos 2 anos "névoa" que normalmente cobre a superfície externa da
no estabelecimento. bobina congelada.
VIII - Luz interna com acionamento externo, mesmo com II - Simultaneamente, colocar sob uma das bobinas o
porta fechada ou por tempo programável e com sensor de um termômetro de cabo extensor, para
acionamento automático na abertura da porta. indicação de quando elas terão alcançado a temperatura
IX - Discador telefônico para até três números. mínima de 0°C (zero graus Celsius).
X - Sistema de emergência integrado que mantenha a III - Após o desaparecimento da "névoa" e a confirmação
temperatura ideal do equipamento ou gerador de da temperatura (aproximadamente +1°C —um grau
emergência para a câmara fria, para manutenção por um Celsius positivo), colocar as bobinas nas caixas térmicas.
período mínimo de 48 h (quarenta e oito IV - Mensure a temperatura interna da caixa por meio do
horas) sem energia elétrica. termômetro de cabo extensor, esta deve estar entre +2° C
Art. 15 - Após a instalação da câmara refrigerada, deve- (dois graus Celsius positivos) e +8° C (oito graus Celsius
se proceder a sua limpeza interna e ao ajuste positivos), sendo ideal +5° C (cinco graus Celsius
da temperatura em + 5° C (cinco graus Celsius positivos) positivos) antes de colocar as vacinas em seu interior.
com o equipamento sem carga até a sua estabilização. V - As caixas térmicas a serem utilizadas para o
§ 1° - No caso de equipamentos novos ou submetidos à acondicionamento de vacinas devem ser de poliuretano e
manutenção deve-se verificar e registrar a temperatura a capacidade em litros deve, obrigatoriamente, ser
em intervalos de 2 (duas) horas por 7 (sete) dias. Nesse adequada à quantidade de vacinas que serão
intervalo não podem ser acondicionar vacinas no acondicionadas, assim como à quantidade de bobinas de
equipamento. Somente após comprovação da estabilidade gelo utilizadas para a conservação.
da temperatura em + 5° C (cinco graus Celsius positivos), VI - O estabelecimento farmacêutico deve possuir,
é que as vacinas devem ser armazenadas. obrigatoriamente, freezer para armazenamento das
§ 2° - Ajustar o alarme visual e sonoro da câmara bobinas congeladas, neste caso de utilização das caixas
refrigerada com mínimo de +3° C (três graus Celsius térmicas.
positivos) e o máximo de +7° C (sete graus Celsius VII - A limpeza deve ser realizada, minimamente uma
positivos) para possibilitar a adoção de condutas vez ao mês ou quando receber as vacinas e sempre que se
apropriadas. fizer necessário, com água e sabão neutro e com a câmara
refrigerada não ligada na tomada.
125
VIII - As bobinas de gelo reutilizáveis devem ser III - Realizar a higienização as mãos com água e sabão,
trocadas quando do vencimento do prazo de validade das conforme orientação dada no Manual de Normas e
mesmas, obrigatoriamente. Procedimentos para Vacinação de 2014 ou outro que
Art. 18 - No recebimento das vacinas, devem ser venha a substituí-lo - Parte III - tópico
realizados os seguintes itens: 6, item 6.1.
I - Verificar se a temperatura encontra-se entre +2° C IV - Calçar luvas antes de iniciar a limpeza.
(dois graus Celsius positivos) e +8° C (oito graus Celsius V - Preparar a solução desinfetante para a limpeza,
positivo) através da utilização de termômetro digital a colocando 10 mL de desinfetante para cada litro de água.
laser. O produto usado para a desinfecção da sala de vacinação
II - Se o transporte ocorreu em veículos com isolamento é, de preferência, o hipoclorito de sódio a 1%.
térmico ou caixas térmicas, com controle e VI - Umedecer um pano na solução desinfetante,
registro de temperatura de saída e chegada. envolvê-lo em um rodo (pode-se também utilizar o
III - Se foi utilizado o uso de gelo in natura e/ou gelo esfregão) e proceder à limpeza da sala do fundo para a
seco para a manutenção da temperatura interna saída, em sentido único.
em caixas térmicas, as vacinas não devem ser recebidas, VII - Recolher o lixo do chão com a pá, utilizando
pois o uso de gelo in natura e/ou gelo seco é vedado. esfregão ou rodo envolvido em pano úmido, fechando o
IV - Ao receber as vacinas, o estabelecimento deve, de saco corretamente.
imediato, colocá-las em câmara refrigerada na Art. 21 - Para a limpeza terminal, o funcionário deve:
temperatura de +2° C (dois graus Celsius positivos) a +8° I - Usar roupa apropriada e calçado fechado.
C (oito graus Celsius positivo). II - Organizar os materiais necessários (balde, solução
V - Não devem ser aceitos/recebidos produtos fora das desinfetante, sabão líquido, esponja, rodo e pano de chão
especificações expostas acima, devendo o ou esfregão, luvas para limpeza, pá).
estabelecimento prontamente denunciar o fato (pretensão III - Higienizar as mãos com água e sabão, conforme
de entrega de vacinas fora das condições necessárias) ao orientação dada na Parte III do Manual de Normas e
serviço de Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual, Procedimentos para Vacinação de 2014 ou outro que
devendo informar o nome do produto, lote, quantidade, venha a substituí-lo (tópico 6.1.1).
fabricante/distribuidor/transportador, preferencialmente IV - Calçar luvas antes de iniciar a limpeza.
informando o veículo onde estava o produto (se possível V - Preparar a solução desinfetante para a limpeza,
placa do veículo). colocando 10 mL de desinfetante para cada litro de água.
VI - Lavar os cestos de lixo com solução desinfetante.
SEÇÃO III - DA LIMPEZA DA SALA DE VII - Iniciar a limpeza pelo teto, usando pano seco
VACINAÇÃO envolvido no rodo.
Art. 19 - A limpeza de superfícies em serviços de saúde VIII - Retirar e limpar os bojos das luminárias, lavando-
devem ser concorrente (diária) e terminal. os com água e sabão e secando-os em seguida.
I - A limpeza concorrente da sala de vacinação deve ser IX - Limpar janelas, vidros e esquadrias com pano úmido
realizada pelo menos duas vezes ao dia em horários em solução desinfetante, finalizando a limpeza com pano
preestabelecidos ou sempre que ela for necessária. seco.
II - A limpeza terminal é mais completa e inclui todas as X - Lavar externamente janelas, vidros e esquadrias com
superfícies horizontais e verticais, internas e externas da escova e solução desinfetante, enxaguando-os em
sala e dos equipamentos. A limpeza terminal da sala de seguida.
vacinação deve ser realizada a cada 15 dias, XI - Limpar as paredes com pano umedecido em solução
contemplando a limpeza de piso, teto, paredes, portas e desinfetante e completar a limpeza com pano
janelas, mobiliário, luminárias, lâmpadas e filtros de XII - Limpar os interruptores de luz com pano úmido.
condicionadores de ar. XIII - Lavar a(s) pia(s) e a(s) torneira(s) com esponja,
III - Quanto aos equipamentos de refrigeração, a equipe água e sabão.
responsável pela sala deverá programar e executar o XIV - Enxaguar a(s) pia(s) e passar um pano umedecido
procedimento de limpeza conforme as orientações em solução desinfetante.
contidas no Manual de Rede de Frio. XV - Limpar o chão com esfregão ou rodo envolvidos
IV - A limpeza da sala de vacinação deve ser realizada em pano umedecido em solução desinfetante e, em
por profissionais devidamente treinados e, embora o seguida, passar pano seco. Não se devendo o chão ser
trabalhador da sala de vacinação não execute varrido para evitar a dispersão do pó e a contaminação do
propriamente tal procedimento, é importante que ele ambiente.
saiba como a limpeza deve ser realizada.
Art. 20 - Para a limpeza concorrente da sala de SEÇÃO IV - DO TRATAMENTO PRÉVIO PARA
vacinação, o funcionário deve: DESCARTE DAS VACINAS
I - Usar roupa apropriada e calçado fechado. Art. 22 - Conforme determina a RDC 306 de 2004, os
II - Organizar todos os materiais necessários antes de estabelecimentos farmacêuticos, quando do manejo dos
iniciar a limpeza propriamente dita (balde, solução Resíduos de Serviços de Saúde do grupo A I , onde são
desinfetante, rodo e pano de chão ou esfregão, luvas para classificadas as vacinas (item 5.2 da resolução acima
limpeza, pá). citada), estas devem ser submetidas a tratamento,
126
utilizando-se processo físico ou outros processos que
vierem a ser validados para a obtenção de redução ou
eliminação da carga de micro-organismos, em
equipamento compatível com Nível III de Inativação
Microbiana (Apêndice IV) conforme determina o item
5.2.3 da RDC 306 de 2004 ou outra que venha a
substituí-la, podendo a destinação final do produto ser
terceirizada.
Art. 23 - Esta autoclavação, quando ocorrer no
estabelecimento, deve ser realizada em uma sala
específica denominada de Central de Material (CM).
Art. 24 - O processo de autoclavagem deve ser
documentado de forma a garantir a rastreabilidade de
cada lote processado.
Art. 25 - Deve ser realizada qualificação de instalação,
qualificação de operação e qualificação de desempenho,
para os equipamentos utilizados na redução ou
eliminação da carga microbiana com periodicidade
mínima anual.
I - Área de recepção e limpeza (setor sujo);
II - Área de monitoramento do processo de redução ou
eliminação da carga microbiana;
III - Essas áreas devem dispor de pelo menos uma
bancada com dimensões que permitam a conferência dos
materiais de forma a garantir a segurança do processo.
Art. 26 - O dimensionamento desta sala e se for o caso
das áreas subsequentes da CM deve ser determinada em
função da demanda e do método de processamento
utilizado.

HISTÓRICO
Revogação do art. 3° pela Resolução 956/2018,
permitindo que as farmácias privadas que comercializam
vacinas possam realizar a atividade extramuro)

127
SESA n° 590, de 05 de setembro de 2014 e a Resolução
RESOLUÇÃO SESA n° 444 de 15/06/2018 SESA n° 226 de 15 de abril de 1999.

Curitiba, 15 de junho ele 2018.


Dispõe sobre a revogação da Resolução Estadual n° Antônio Cárlos F. Nardi
226/1999 e dá outras disposições sobre a Resolução Secretário de Estado da Saúde
Estadual 590/2014.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando da


atribuição que lhe confere o artigo 45, inciso XIV, da Lei
Estadual n° 8.485, de 03 de junho de 1987 e o artigo 9",
incisos XV e XVI, do Decreto Estadual n° 2.270, de 11
de janeiro de 1988, RESOLVE:

Art. 1° - Alterar o inciso III do art. 20 da Resolução


SESA n° 590, de 05 de setembro de 2014 passando a
vigorar com a seguinte redação:
"III — Comprovação de habilitação legal perante o
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná."

Art. 2° - Alterar o art. 32 da Resolução SESA n" 590, de


05 de setembro de 2014 passando a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 32 - Os medicamentos isentos de prescrição
poderão permanecer ao alcance dos usuários para
obtenção por meio de autosserviço no estabelecimento.
(NR)
1° § - Na área destinada ao autosserviço de
medicamentos, deve estar exposto cartaz, em local visível
ao público, contendo a seguinte orientação, de forma
legível e ostensiva, permitindo a fácil leitura a partir da
área de circulação comum: "MEDICAMENTOS
PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE
A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O
FARMACÊUTICO. O cartaz deve ficar pendurado
imediatamente sobre a área dos medicamentos, de modo
a permitir a leitura de ambos os lados.
2° § - Os medicamentos isentos de prescrição e de
mesmo princípio ativo ou de mesmos princípios ativos
(no caso de associações) devem permanecer organizados
em um mesmo local e serem identificados, de forma
visível e ostensiva ao usuário, com a Denominação
Comum Brasileira (DCB) do(s) princípio(s) ativo(s) ou,
em sua falta, da Denominação Comum Internacional
(DCI), de modo a permitir a fácil identifica produtos pelo
usuário.
3° § - Os medicamentos isentos de prescrição devem
ser dispostos de forma separada dos demais produtos
comercializados na área de autosserviço, em um único
espaço específico, delimitado, de forma a permitir o
controle da dispensação pelo farmacêutico. Somente fica
permitida uma única área/local de autosserviço dentro do
estabelecimento.

Art. 3° - As demais cláusulas da Resolução SESA n°


590/2014, ficam ratificadas.

Art. 4° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua


publicação, ficando revogados o art. 65, da Resolução

128
Resolução nº 956 de 21/12/2018 Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território
nacional;
Estabelece as ações de vigilância em saúde para - Considerando a Resolução da ANVISA nº 197, de 26
normatizar, padronizar e controlar o funcionamento dos de dezembro 2017, que dispõe sobre os requisitos
estabelecimentos públicos e privados que ofereçam mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação
serviço de vacinação EXTRAMURO em todo Estado do humana;
Paraná. - Considerando a Resolução SESA nº 473, de 28 de
novembro de 2016, que estabelece Norma Técnica
Publicado no DOE em 27 dez 2018 referente as condições físicas, técnicas e sanitárias para
guarda, comercialização e administração de vacinas em
O Secretário de Estado da Saúde, no uso de suas estabelecimentos farmacêuticos privados no Estado
atribuições conferidas pelo artigo 45, inciso XIV, da Lei Paraná.
Estadual nº 8.485/1987, de 03 de junho de 1987, Decreto
Estadual nº 777 de 09 de maio de 2007 e, Resolve:
- Considerando as disposições constitucionais e da Lei Art. 1º Aprovar a Norma Técnica conforme Anexo I,
Federal nº 8080, de 19 de setembro de 1990, que tratam para orientar a abertura, funcionamento, condições
das condições para promoção, proteção e recuperação da físicas, técnicas e sanitárias dos serviços de vacinação
saúde, como direito fundamental do ser humano; EXTRAMURO oferecidos por estabelecimentos Públicos
- Considerando que a Lei Federal nº 8.078, de 11 de e Privados no Estado do Paraná.
setembro de 1990 (Código de Proteção e Defesa do Art. 2º A abrangência desta resolução são os
Consumidor), estabelece que um dos direitos básicos do estabelecimentos de saúde públicos e privados, que
consumidor seja a proteção da vida, saúde e segurança realizam a atividade de vacinação extramuro.
contra os riscos provocados por práticas no fornecimento
de produtos e serviços; Art. 3º Os estabelecimentos públicos e privados para
estarem aptos a realizar o serviço de vacinação
- Considerando a Resolução da ANVISA nº 63 de 25 de extramuros devem atender a todos os requisitos
novembro de 2011, que dispõe sobre os requisitos de constantes nesta Resolução.
Boas Práticas para os Serviços de Saúde ou outra que
venha substituí-la. Art. 4º Fica revogado o Art. 3º da Resolução SESA nº
473, de 28 de novembro de 2016, permitindo que as
- Considerando a Resolução da ANVISA nº 222 de 28 de farmácias privadas que comercializam vacinas possam
março de 2018, que dispõe sobre o regulamento técnico realizar a atividade extramuro.
para o gerenciamento de resíduos em serviços de saúde
ou outra que venha substituí-la; Art. 5º A fiscalização e controle da presente Resolução e
seu Anexo I são de competência do Sistema Único de
- Considerando a Portaria Estadual nº 12 de 05 de janeiro Saúde no Paraná, através dos seus órgãos Estaduais e
de 2012, que estabelece normas técnicas para o Municipais de Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
credenciamento e funcionamento das salas de vacinação;
Art. 6º O não cumprimento dos dispositivos desta
- Considerando Manual de Procedimentos para Resolução e seu Anexo I e sua implicará em penalidades
Vacinação da FUNASA; previstas na Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro
- Considerando o Manual de Rede de Frio do Programa de 2001, Decreto Estadual nº 5.711, de 23 de maio de
Nacional de Imunizações - Ministério da Saúde - 2017 - 2002 ou outras que venham a substituí-las, e/ou
5ª edição; legislação específica Municipal.
- Considerando o Manual de Vigilância Epidemiológica Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
de Eventos Adversos Pós-Vacinação - Ministério da publicação.
Saúde - 2014 - 3a edição. Curitiba, 21 de dezembro de 2018.
- Considerando a Resolução da ANVISA nº 315, de 26 Antônio Carlos F. Nardi - Secretário de Estado da Saúde
de outubro de 2005, que dispõe sobre o Regulamento
Técnico de Registro, Alterações Pós-Registro e ANEXO I - Da Resolução nº 956/2018 NORMA
Revalidação de Registro dos Produtos Biológicos TÉCNICA
Terminados; de promoção da saúde e educação sanitária
promovidos pelo Poder Público; Seção I - Objetivo
Art. 1º Este Regulamento tem o objetivo de estabelecer
- Considerando a Portaria Ministério da Saúde nº 1.533, os requisitos de boas práticas para os serviços de
de 18 de agosto 2016, que redefine o Calendário vacinação que realizam a atividade extramuro, visando à
Nacional de Vacinação, o Calendário Nacional de segurança do produto, do paciente e dos profissionais
Vacinação dos Povos Indígenas e as Campanhas envolvidos.
Nacionais de Vacinação, no âmbito do Programa
129
Art. 2º Para efeito deste Regulamento Técnico são ocupacional, praticada fora do estabelecimento, destinada
adotadas as seguintes definições: a uma população específica em um ambiente
Aprazamento: é a data do retorno do usuário para receber determinado e autorizada pelos órgãos sanitários
a dose subsequente da vacina quando for o caso. competentes das Secretarias Estaduais ou Municipais de
Autoridade Sanitária: são aquelas identificadas na Saúde.
organização das Secretarias de Saúde, nos atos
regulamentares de fiscalização e controle de ações e Seção II - Condições Organizacionais
serviços de saúde. Art. 3º O Serviço de vacinação é responsável pela
Cadeia de Frio: É o processo logístico da Rede de Frio segurança do processo.
para conservação dos vacinas, desde o laboratório § 1º O serviço de vacinação responde por danos causados
produtor até o usuário, incluindo as etapas de ao paciente, no que se refere às atividades relacionadas à
recebimento, armazenamento, distribuição e transporte, vacinação.
de forma oportuna e eficiente, assegurando a preservação § 2º O estabelecimento/serviço contratante é co-
de suas características originais. responsável pela segurança do processo.
Comprovante de vacinação: é um documento pessoal que Art. 4º O estabelecimento que prestar serviço de
legitima e comprova a ação de vacinação. É vacinação extramuro, deve garantir o atendimento às
responsabilidade de serviços públicos e privados emiti-lo possíveis intercorrências relacionadas as vacinas,
ou atualizá-lo por ocasião da administração de qualquer conforme Manual de Vigilância Epidemiológica de
vacina Credenciamento de sala de vacinas: é a Eventos Adversos Pós-Vacinação do Ministério da Saúde
habilitação concedida pela vigilância epidemiológica por ou outro que vier a substituí-lo.
meio do registro no CNES da sala de vacinas junto ao Art. 5º O serviço de vacinação responderá administrativa,
Ministério da Saúde Eventos adversos pós-vacinação civil e criminalmente (quando couber) pela qualidade e
(EAPV): é qualquer ocorrência médica indesejada após a segurança das vacinações realizadas sob sua
vacinação e que, não necessariamente, possui uma responsabilidade e deve prestar todas as informações e
relação causal com o uso de uma vacina. acompanhamento nos possíveis eventos adversos delas
NOTIVISA: é um sistema informatizado desenvolvido decorrentes.
pela Anvisa para receber notificações de incidentes, Art. 6º A Licença Sanitária deve ser renovada dentro dos
eventos adversos (EA) e queixas técnicas (QT) prazos legais determinados em legislação sanitária
relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob estadual ou municipal vigente para a manutenção da
vigilância sanitária. atividade de vacinação. A não renovação e/ou não
Queixa técnica Notificação feita pelo profissional de emissão da licença por qualquer motivo implicam na
saúde quando observado um afastamento dos parâmetros suspensão imediata da aplicação das vacinas.
de qualidade exigidos para a comercialização ou Art. 7º Para a realização das atividades de vacinação, o
aprovação no processo de registro de um produto serviço de vacinação deve obedecer às diretrizes desta
farmacêutico. Resolução e as normas técnicas do Programa Nacional de
Responsável técnico: profissional de nível superior Imunizações ou outro instrumento legal que vier a
legalmente habilitado, que assume perante a vigilância substituí-lo.
sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de Art. 8º A oferta de serviço de vacinação extramuro é
saúde, conforme legislação vigente. privativa das salas de vacinas licenciadas pela Vigilância
Representante legal: pessoa física investida de poderes Sanitária e credenciadas pela Vigilância Epidemiológica.
legais para praticar atos em nome da pessoa jurídica;
Rede de Frio: É um sistema amplo, inclui uma estrutura Seção III - Recursos Humanos
técnico-administrativa orientada pelo Programa Nacional Art. 9º Todos os procedimentos relacionados às
de Imunização (PNI), por meio de normatização, atividades de vacinação devem ser realizados por
planejamento, avaliação e financiamento que visa à profissionais devidamente habilitados pelos seus
manutenção adequada da Cadeia de Frio. respectivos conselhos de classe.
Segregação: é a separação dos resíduos no momento e no Art. 10. A Responsabilidade Técnica pelo
local de sua geração de acordo com suas características estabelecimento/serviço de vacinação é exercida pelo
físicas, químicas, biológicas e os riscos envolvidos. profissional legalmente habilitado para exercer a função
SIPNI: Sistema de Informação do Programa Nacional de conforme determina a legislação vigente.
Imunizações SI-EAPV: Sistema de Informação de Art. 11. Cabe ao Responsável Técnico responsabilizar-se
Eventos Adversos Pós Vacinação Vacina: produto pela:
biológico que contêm uma ou mais substâncias I - atividade de vacinação;
antigênicas que, quando inoculados, são capazes de II - equipe de funcionários;
induzir imunidade específica ativa e proteger contra a III - transporte, manejo, armazenamento, conservação,
doença causada pelo agente infeccioso que originou o qualidade e segurança das vacinas;
antígeno. IV - destinação final dos resíduos;
Vacinação Extramuro: atividade vinculada a um serviço V - atendimento às intercorrências.
de vacinação licenciado, que ocorre de forma esporádica,
isto é, através de sazonalidade ou programa de saúde
130
Art. 12. Os profissionais que executam atividades de mensal dos dados; comprovante de vacinação para cada
vacinação extramuro devem receber capacitação usuário e outros;
específica e periódica nos seguintes temas: Art. 18. O estabelecimento/serviço de vacinação que
I - conceitos básicos de vacinação; administra vacinas extramuro devem manter arquivos de
II - conservação, armazenamento, transporte e comprovantes de vacinação dos usuários (2ª via)
rastreabilidade; minimamente por 10 (dez) a 20 (vinte) anos;
III - preparo e administração segura; Art. 19. Os eventos adversos pós-vacinação ocorridos na
IV - gerenciamento de resíduos; atividade extramuro devem ser registrados no sistema de
V - registros relacionados à vacinação; informação do Ministério da Saúde - SI-EAPV e
VI - processos para notificação e investigação de eventos NOTIVISA ou outro que vier a substituí-los, de acordo
adversos pós vacinação e erros de vacinação; com as normas vigentes;
VII - calendário básico de vacinação; Art. 20. As queixas técnicas relacionadas às vacinas
VIII - higienização das mãos e noções básicas de devem ser registradas no sistema de informação do
microbiologia; Ministério da Saúde NOTIVISA ou outro que vier a
IX - conduta a ser adotada frente as intercorrências substituí-lo, de acordo com as normas vigentes;
relacionadas a vacinação. Art. 21. O estabelecimento que prestar serviço de
vacinação extramuro deve comunicar previamente a
Seção IV - Da Segurança e Saúde no Trabalho Autoridade Sanitária competente com o prazo mínimo de
Art. 13. Os trabalhadores devem ser orientados e 15 (quinze) dias antes da realização da vacinação
verificados quando da utilização correta dos extramuro. Deve informar minimamente: local/endereço,
equipamentos de proteção individual em suas atividades. data, responsável técnico pela sala de vacina, quais
vacinas serão administradas e público-alvo.
Seção V - Documentos Art. 22. O estabelecimento/serviço de vacinação que
Art. 14. Quando da apresentação da Carteira de realizar atividade de extramuro deve:
Vacinação pelo paciente, o vacinador deverá fazer o I - em campanhas de vacinação: registrar as doses
registro na carteira conforme legislação vigente sendo aplicadas em instrumentos padronizados por órgãos
obrigatório os seguintes: oficiais de imunização (boletim diário de doses
I - nome/tipo da vacina aplicadas);
II - dose II - em vacinação de rotina, de intensificação e na saúde
III - data da aplicação ocupacional: registrar de forma nominal as doses
IV - lote aplicadas de acordo com o cadastro do SIPNI;
V - fabricante III - manter arquivado o formulário de registro/controle
VI - identificação do serviço de vacinação responsável da temperatura interna dos equipamentos (temperatura
pela atividade extramuro máxima, de momento e mínima), conforme orientação
VII - nome legível do profissional responsável pela das autoridades;
aplicação. IV - manter documentos referentes à calibração periódica
VIII - data da próxima dose quando aplicável. dos equipamentos (termômetros entre outros que se
Art. 15. Quando o paciente não apresentar Carteira de fizerem necessários);
Vacinação, o estabelecimento/serviço de vacinação deve
fornecer uma carteira ou comprovante. A carteira deve Seção VI - DISPOSIÇÕES GERAIS
ser em papel rígido, de qualidade igual, ou melhor, a do Art. 23. É vedado às Secretarias de Saúde Estadual e
Programa Nacional ou Estadual de Imunização, devendo Municipais o fornecimento de vacinas, insumos e
conter os mesmos itens do Art. 14. equipamentos relacionados à vacinação, aos
..... estabelecimentos/serviços de vacinação privados.
Parágrafo único. A Carteira de Vacinação própria do Parágrafo único. Na hipótese de relevante interesse para a
estabelecimento/serviço de vacinação deve conter a saúde pública, as Secretarias de Saúde (estadual ou
identificação deste (nome, endereço, telefone e CNPJ), municipal, conforme o caso) poderão fornecer vacinas do
além da identificação do paciente/usuário e de seu Calendário de Vacinação Oficial e/ou insumos e/ou
responsável legal, quando for o caso. materiais e/ou equipamentos relacionados à vacinação,
Art. 16. Para os serviços de vacinação extramuro comunicando essa situação e sua justificativa ao órgão
realizados por farmácias no que se refere à Declaração de competente (estado e/ou Ministério da Saúde - PNI).
Serviços Farmacêuticos deverá ser obedecido o que Esse fornecimento será concedido em caráter excepcional
consta na Resolução Estadual nº 473/2016 ou outra que e temporário, assegurando-se a manutenção da gratuidade
vier substituí-la. da vacinação ao usuário com as vacinas fornecidas.
Art. 17. Para a realização de vacinação extramuro o Art. 24. É proibido o comércio de medicamentos e/ou
estabelecimento/serviço de vacinação responsável deve vacinas destinados exclusivamente ao Sistema Único de
dispor de documentos de registros padronizados pelo Saúde e/ou que contenha a expressão "PROIBIDA A
Programa Nacional de Imunizações como: mapas diários VENDA NO COMÉRCIO" em suas embalagens
de dose; boletins; formulários e fichas diversas para primárias e/ou secundárias.
registro diário da vacina administrada; consolidação Seção VII - Requisitos Mínimos
131
Art. 25. Para a realização da atividade de vacinação refrigerados, que mantenham temperaturas entre +2ºC a
extramuro são necessários: +8ºC;
I - vacinas registradas no Ministério da Saúde/ANVISA; III - para o transporte das vacinas a temperatura deve ser
II - área específica e exclusiva para a vacinação monitorada através de termômetro que registre
extramuro, possuindo condições higiênicas sanitárias temperatura máxima/mínima e de momento;
para aplicação de vacinas; IV - as temperaturas de máxima/mínima e momento
III - local com dimensionamento compatível com a devem ser registradas no boletim de controle de
atividade realizada; temperatura minimamente, na saída e chegada ao destino;
IV - área arejada e iluminada; V - as caixas térmicas devem ser acondicionadas de
V - pia/lavatório com água potável corrente provida de forma que evitem o deslocamento das mesmas no interior
sabonete líquido e papel toalha e/ou dispensador de do veículo.
solução alcoólica; Art. 29. Só é permitida a aquisição das vacinas de
VI - caixas térmicas de poliuretano de fácil higienização empresas licenciadas e autorizadas para esse fim.
e bom estado de conservação para acondicionamento e Art. 30. O descarte de agulhas, seringas e demais
transporte de vacinas, garantindo sua conservação, de produtos utilizados nas atividades de vacinação deve ser
acordo com especificações do fabricante e do Manual de realizado de forma segura de acordo com o Plano de
Normas e Procedimentos do Programa Nacional de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde, que
Imunizações, com volume de acordo com a quantidade deve abranger os procedimentos de
de vacinas a serem utilizadas, sendo no mínimo: tratamento/segregação, coleta, transporte interno e
a) uma (01) caixa térmica para acondicionar os frascos de externo (do local da campanha extramuro até o
vacinas abertos e em uso; estabelecimento de origem) e descarte de resíduos
b) uma (01) caixa térmica para acondicionar os frascos de infectantes incluindo a prévia inativação.
vacinas fechados e em estoque; Art. 31. O estabelecimento/serviço de saúde deve
c) uma (01) caixa térmica para acondicionar o estoque de desenvolver todas as ações no que se refere ao manejo,
gelo reciclável; segregação, acondicionamento antes e pós-tratamento,
VII - termômetro de cabo extensor para o controle de identificação, transporte interno, armazenamento
temperatura interna das caixas térmicas, com temperatura temporário até destinação final e segurança ocupacional
máxima, mínima e de momento; do pessoal envolvido diretamente com os processos de
VIII - monitoramento da temperatura interna das caixas higienização, coleta, transporte, tratamento e
térmicas de acordo com o Manual de Rede de Frio do armazenamento de resíduos, conforme determinado pela
Ministério da Saúde. A vacina deverá ser mantida a uma RDC 222 ANVISA de 28 de março de 2018, ou outra
temperatura entre +2ºC a +8ºC; que venha a substituí-la.
IX - bobina de gelo reciclável em quantidade suficiente
para abastecer todas as caixas de vacinas conforme SECRETÁRIO DE SAÚDE
determinado pelo Manual de Rede de Frio do Ministério ANTÔNIO CARLOS F. NARDI
da Saúde; SUPERINDENTE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Art. 26. O serviço de vacinação deve ter Procedimentos JULIA VALÉRIA FERREIRA CORDELLINI
Operacionais Padrão - POP específicos para a vacinação DIRETOR DO CENTRO DE VIGILÂNCIA
extramuro, minimamente referente à: SANITÁRIA
I - higiene de mãos; PAULO COSTA SANTANA
II - limpeza de caixa térmica; DIRETOR DO CENTRO DE VIGILÂNCIA
III - de ambientação das bobinas de gelo reciclável antes EPIDEMIOLÓGICA
de colocá-los na caixa térmica; JOAO LUIS GALLEGO CRIVELLARO
IV - controle e registro de temperatura conforme Manual CHEFE DE DIVISÃO DO PROGRAMA DE
de Rede de Frio/MS; IMUNIZAÇÃO
V - aplicação de vacinas. JANINE TROMPCZYSKI
VI - manejo, segregação, acondicionamento, CHEFE DA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
identificação, armazenamento e transporte até a DE SERVIÇOS
destinação final dos resíduos. RENATA PAVESE
Art. 27. As vacinas não constantes do Calendário de CHEFE DA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Vacinação Oficial do Ministério da Saúde devem ser DE PRODUTOS
administradas somente mediante prescrição médica. LUCIANE OTAVIANO DE LIMA
Art. 28. O estabelecimento/serviço de vacinação que Equipe de Elaboração:
realizar atividade de extramuro deverá manter as vacinas ALESSANDRA SIMÕES C. FERNANDES -
em condições que garantam a qualidade e integridade até ASSISTENTE SOCIAL CEPI/DVVPI/SESA/PR
o seu destino, devendo: ANA MARIA PERITO MANZOCHI -
I - o transporte ser realizado com os cuidados para a FARMACÊUTICA - CEVS/DVVSS/SESA
manutenção da qualidade das vacinas; CLAUDIA RIBEIRO REIS - ENFERMEIRA -
II - o transporte deve ser realizado em caixas térmicas, CEVS/DVVSS/SESA-PR.
com termômetro cabo extensor ou em veículos
132
FERNANDA CROSEWSKI - ENFERMEIRA
CEPI/DVVPI/SESA/PR
LINA MARA PRADO CAIXETA CORREA -
FARMACÊUTICA - CEVS/DVVSP/SESA
VERA RITA DA MAIA - ENFERMEIRA -
CEPI/DVVPI/SESA/PR
VIRGINIA DOBKOWSKI F. DOS SANTOS -
FARMACÊUTICA - CEVS/DVVSS/SESA

133
Resoluções da ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA
SANITÁRIA

RDC nº 320 de 22/11/2002 Art. 3º As empresas distribuidoras de produtos


(D.O.U de 25.11.2002) farmacêuticos, terão prazo de 60 (sessenta) dias para
atender as exigências desta resolução, contadas da data de
Procedimentos para Distribuidores de Produtos sua publicação. (Prazo prorrogado por 60 dias pela
Farmacêuticos Resolução – RDC nº 16, de 22 de janeiro de 2003)

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Art. 4º A inobservância ou desobediência ao disposto


Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art.11, nesta Resolução configura infração de natureza sanitária,
inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977,
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c § 1º do art. sujeitando o infrator às penalidades nela previstas, bem
111 do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593, como as sanções de natureza civil e penal cabíveis.
de 25 de agosto de 2000, republicada em 22 de dezembro Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
de 2000, em reunião realizada em 21 de novembro de publicação.
2002, GONZALO VECINA NETO
considerando a Lei 6.360, de 23 de setembro de 1976;
considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
1977; 25.11.2002
considerando, a necessidade de garantir o Sistema de
Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos
farmacêuticos;
considerando a necessidade de acompanhar e monitorar
nas distribuidoras, o cumprimento das normas sanitárias
para a distribuição de medicamentos, com vistas à
detecção de medicamentos irregulares, os falsificados e os
provenientes de cargas roubadas assegurando as ações
preventivas do Sistema de Controle e Fiscalização;
considerando a necessidade de avaliar o fluxo de
medicamentos dentro da cadeia de distribuição legalmente
estabelecida,
Adotou a seguinte Resolução e eu, Diretor-Presidente,
determino sua publicação.

Art. 1º As empresas distribuidoras de produtos


farmacêuticos devem:
I - somente efetuar transações comerciais e operações de
circulação a qualquer titulo, de produtos farmacêuticos,
por meio de notas fiscais que contenham obrigatoriamente
os números dos lotes dos produtos nelas constantes:
a) as transações comerciais e operações de circulação a
qualquer titulo a que se refere este inciso, somente
poderão ser realizadas com empresas com autorização e
licença de funcionamento;
b) excetuam-se da obrigatoriedade do item acima, os
hospitais privados ou públicos, desde que em situação
sanitária regular, além de órgãos de governo.
II - notificar a autoridade sanitária competente, de
imediato, quaisquer suspeitas de alteração, adulteração,
fraude, falsificação ou roubo dos produtos que distribui,
com a indicação do número dos lotes, para averiguação da
denúncia, sob pena de responsabilização nos termos da
legislação penal, civil e sanitária.

Art. 2º Ficam revogados os incisos VII, X e seus


respectivos parágrafos, do art. 13 da Portaria SVS/MS nº
802, de 8 de outubro de 1998.

134
Art. 2º Para os fins desta Resolução são adotada as
RDC n° 199, de 01/07/2005 seguintes definições:
(D.O.U de 05.07.2005) I - armazenagem: procedimento que possibilita o estoque
ordenado e racional de várias classes de produtos e de
Terceirização da atividade de armazenamento para fins matérias-primas;
exclusivos de exportação II - autorização de funcionamento de empresa: ato
privativo do órgão competente do Ministério da Saúde,
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância incumbido da vigilância sanitária dos produtos que de
Sanitária, no uso de sua atribuição que lhe confere o art. trata esta Resolução, contendo permissão para que as
11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado empresas exerçam as atividades sob regime de vigilância
pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. sanitária, instituído pela Lei nº 6.360 de 1976;
111, inciso I, alínea "b", § 1°, do Regimento Interno III - droga: substância ou matéria-prima que tenha
aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, finalidade medicamentosa ou sanitária;
republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em IV - empresa: pessoa jurídica que exerça como atividade
reunião realizada em 20 de junho de 2005, principal ou subsidiária o comércio atacadista de drogas,
considerando que somente podem extrair, produzir, medicamentos ou insumos farmacêuticos para fins
fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, exclusivos de exportação;
embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar ou V - contratada: empresa que realiza o serviço de
expedir os produtos de que trata o art. 1º da Lei n.º 6.360, terceirização, co-responsável pelos aspectos técnicos e
de 23 de setembro de 1976, as empresas para tal fim legais inerentes à atividade objeto da terceirização de que
autorizadas pela autoridade sanitária competente; trata esta Resolução;
considerando que a finalidade institucional da ANVISA é VI - contratante: empresa que contrata serviços de
promover a proteção da saúde da população por terceiros, responsável por todos os aspectos legais e
intermédio do controle sanitário da produção e da técnicos vinculados com o produto ou processo objeto da
comercialização de produtos e serviços submetidos à terceirização;
vigilância sanitária, conforme estabelecido por meio da VI - exportador: empresa que exerça direta ou
Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999; indiretamente o comércio atacadista de drogas,
considerando que o comércio atacadista de medicamentos medicamentos em suas embalagens originais, e insumos
ou insumos farmacêuticos para fins exclusivos de farmacêuticos;
exportação ocasiona risco diferenciado em relação ao VIII - insumo farmacêutico: droga ou matéria-prima
comércio de produtos voltados para o consumo no país; aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada
considerando a necessidade de compatibilizar o a emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus
conhecimento técnico e científico inerente à defesa e recipientes;
proteção da saúde da população com as políticas de IX - medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente
incentivo à produção nacional e às políticas de geração de obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa,
emprego e renda no país; paliativa ou para fins de diagnóstico;
considerando a necessidade de viabilizar e estabelecer X - representante legal: pessoa física investida de poderes
normas para a terceirização da atividade de legais para praticar atos em nome da empresa, preposta de
armazenamento no caso das empresas que realizam o gerir ou administrar seus negócios perante terceiros por
comércio atacadista de medicamentos ou insumos meio de procuração;
farmacêuticos para fins exclusivos de exportação, e XI - responsável legal: pessoa física designada em
considerando a necessidade de garantir o controle e a estatuto, contrato social ou ata, incumbida de responder
fiscalização sanitária de medicamentos ou insumos pela empresa, ativa e passivamente, nos atos judiciais e
farmacêuticos armazenados em regime de terceirização extrajudiciais em geral;
para fins exclusivos de exportação, XII - responsável técnico: profissional legalmente
adotou a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, habilitado, com inscrição em autarquia profissional,
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. reconhecido pela autoridade sanitária para a atividade que
a empresa realiza na área de produtos ou insumos
Art. 1º É permitida a terceirização da atividade de abrangidos por esta Resolução, e
armazenamento no caso de empresas que realizam o XIII - terceirização: é a contratação de serviços de
comércio atacadista de medicamentos ou insumos terceiros para a armazenagem de medicamentos ou
farmacêuticos para fins exclusivos de exportação, desde insumos farmacêuticos.
que respeitadas os termos e condições estabelecidos nesta Art. 3º O contrato de terceirização e suas posteriores
Resolução. modificações deverão ser previamente apresentados à
Parágrafo único. O comércio atacadista de que trata este autoridade sanitária para a competente deliberação.
artigo não se confunde com a atividade de produção para Parágrafo único. Em nenhum caso a autorização pela
exportação ou com a representação comercial autoridade sanitária competente para a terceirização
internacional. exime a contratante da responsabilidade legal pela
qualidade e segurança dos produtos envolvidos em suas
atividades.
135
Art. 4º O contrato de terceirização deve indicar com com a contratante, pelos aspectos técnicos, operacionais e
clareza os produtos e as operações envolvidas, assim legais inerentes à atividade objeto da terceirização.
como qualquer aspecto técnico e operacional acordado a Art. 11. A contratante deve fornecer à contratada todas as
respeito do objeto contratado. informações necessárias para que realize as operações
§ 1º O contrato deve conter a identificação completa e os contratadas de acordo com o registro junto a autoridade
endereços das empresas envolvidas, definir as obrigações sanitária competente e a autorização de funcionamento,
específicas da contratante e contratada e deve ser assinado bem como qualquer outra exigência legal.
pelos respectivos responsáveis técnicos e legais ou, nesse Art. 12. A contratante deve assegurar que a contratada
último caso, pelos respectivos representantes. seja informada de qualquer problema associado ao
§ 2º No contrato deve ainda constar a forma pela qual o produto, serviços ou ensaios, que possam pôr em risco a
responsável técnico da contratante vai exercer sua qualidade do produto bem como as instalações da
responsabilidade e a garantia de cumprimento das Boas contratada, seus equipamentos, seu pessoal, demais
Práticas correspondentes por ambas as partes durante a materiais, ou outros produtos.
execução do contrato. Art. 13. A contratante deve garantir que todos os produtos
§ 3º O contrato também deve indicar o prazo de validade entregues pela contratada cumpram com suas
e cláusulas de rescisão. especificações e que o produto tenha sido liberado pelo
Art. 5º A autoridade sanitária competente deve ser responsável técnico da contratada.
informada pela contratante quando o contrato for Art. 14. A contratante só poderá requerer da contratada o
rescindido, no prazo máximo de trinta dias contados da armazenamento de produtos para fins de exportação,
rescisão. desde que legalmente registrados no país ou dispensados
Art. 6º A capacidade técnica e operacional da contratante, de registro pelo órgão ou entidade competentes.
apropriada ao exercício de suas atividades, deve ser Art. 15. A inobservância do disposto nesta Resolução
mantida durante todo o prazo de validade da Autorização configura infração de natureza sanitária, sujeitando os
de Funcionamento correspondente, inclusive no caso de infratores às penalidades previstas na Lei nº 6.437, de 20
término do prazo ou rescisão do contrato de terceirização de agosto de 1977, sem prejuízo de outras sanções de
de que trata esta Resolução. natureza civil, administrativa ou penal cabíveis.
§ 1º Para os fins deste artigo, a contratante deve dispor de Art. 16. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
instalações, materiais e equipamentos adequados ao publicação.
exercício de suas atividades e manter atualizada a relação DIRCEU RAPOSO DE MELLO
contratual com terceiros no caso da armazenagem, para
evitar solução de continuidade. ANEXO
§ 2º A inobservância do disposto neste artigo poderá INFORMAÇÕES E RELAÇÃO DA
ensejar o cancelamento da Autorização de DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIAS À SOLICITAÇÃO
Funcionamento, nos termos da legislação vigente. DA TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE
Art. 7º As informações e a relação da documentação ARMAZENAMENTO
necessárias à solicitação da terceirização da atividade de 1. As empresas que realizam o comércio atacadista de
armazenamento no caso das empresas que realizam o medicamentos ou insumos farmacêuticos para fins
comércio atacadista de medicamentos ou insumos exclusivos de exportação podem terceirizar a atividade de
farmacêuticos com finalidade exclusiva de exportação armazenamento dos produtos envolvidos em suas
encontram-se no Anexo desta Resolução. atividades mediante prévia autorização da autoridade
Art. 8º A contratada deve possuir autorização de sanitária federal competente, por meio de pedido formal
funcionamento expedida pela autoridade sanitária acompanhado das seguintes informações e documentação:
competente para as atividades objeto do contrato e atender 2. Informações e dados da contratante:
às Boas Práticas de Fabricação e especificações do 2.1. Nome fantasia ou razão social.
fabricante ou detentor do registro e cumprir com as Boas 2.2. Endereço (Matriz e Filiais).
Práticas de Distribuição e Armazenagem. 2.3. Farmacêutico responsável.
Parágrafo único. A contratada não pode subcontratar, no 2.4. Responsável legal.
todo ou em parte, os serviços previstos no contrato. 2.5. Endereço dos estabelecimentos, incluindo depósito
Art. 9º A contratada deve possuir instalações, (próprio ou de terceiro) - telefone - FAX.
equipamentos, conhecimento adequado, além de 2.6. CNPJ.
experiência e pessoal competente para desempenhar 2.7. Área geográfica de localização e atuação.
satisfatoriamente o serviço solicitado pela contratante, 2.8. Tipos de Produtos / condições específicas de
atendendo aos requisitos das Boas Práticas Controle.
correspondentes. 2.9. Distribuição - condições específicas de acordo com as
Parágrafo único. A contratada está sujeita, a qualquer Boas Práticas de Distribuição.
momento, à inspeção pela autoridade sanitária 2.10. Armazenagem - condições específicas de acordo
competente. com as Boas Práticas de Armazenagem.
Art. 10. Em todos os casos a contratada, seu responsável 2.11. Transporte - condições específicas de acordo com as
técnico e seu responsável legal são solidariamente Boas Práticas de Transporte.
responsáveis perante as autoridades sanitárias, juntamente 3. Informações e dados da contratada:
136
3.1. Nome fantasia ou razão social.
3.2. Endereço (Matriz e Filiais).
3.3. Farmacêutico responsável.
3.4. Responsável legal.
3.5. Endereço dos estabelecimentos, incluindo depósito -
telefone - FAX.
3.6. CNPJ.
3.7. Área geográfica de localização e atuação.
3.8. Tipos de Produtos / condições específicas de
Controle.
3.9. Distribuição - condições específicas de acordo com as
Boas Práticas de Distribuição.
3.10. Armazenagem - condições específicas de acordo
com as Boas Práticas de Armazenagem.
3.11. Transporte - condições específicas de acordo com as
Boas Práticas de Transporte.
4. Documentação:
4.1. Formulário de Petição.
4.2. Via original do comprovante de pagamento da Taxa
de Fiscalização de Vigilância Sanitária ou Guia de
Vigilância Sanitária (GRU) Isenta.
4.3. Comprovante de enquadramento de porte da empresa
de acordo com a legislação vigente, exceto para as
empresas enquadradas como Grande Grupo I.
4.4. Cópia do documento de inscrição no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ da contratante e da
contratada.
4.5. Cópia do Contrato Social ou Ata de Constituição da
contratante e da contratada, Registrada na Junta
Comercial e suas Alterações, se houver, devendo estar
explicitado a classe de produtos e as atividades
autorizadas.
4.6. Cópia da Autorização de Funcionamento da
contratante, publicada no Diário Oficial da União, quando
já autorizada e não se tratar de pedido de Autorização;
4.7. Cópia da Autorização de Funcionamento da
contratada, publicada no Diário Oficial da União.
4.6. Cópia do contrato de terceirização contendo as
informações e especificações estabelecidas nesta
Resolução.
4.7. Relatório de Inspeção com parecer técnico
conclusivo, original ou cópia autenticada, emitido pela
Vigilância Sanitária local, atualizado.
4.8. Relação sucinta da natureza e espécie dos produtos
ou substâncias envolvidos na terceirização (classe
terapêutica/forma farmacêutica, condições especiais de
controle/conservação).
4.9. Cópia do Certificado de Regularidade ou Termo de
Responsabilidade, atualizado, emitido pelo Conselho
Regional respectivo, referente à empresa contratante e
contratada.
4.10. Manual de Boas Práticas de Distribuição e
Armazenagem da empresa contratada.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


05.07.2005
Republicado na página 44 do DOU nº 144 de 28/07/2005

137
1 HISTÓRICO
RDC nº. 302 de 13/10/2005. O Regulamento Técnico de Funcionamento do
(D.O.U de 14.10.2005) Laboratório Clínico foi elaborado a partir de trabalho
conjunto de técnicos da ANVISA, com o Grupo de
Dispoe sobre regulamento técnico para funcionamento de Trabalho instituído pela Portaria nº. 864, de 30 de
Laboratórios Clínicos setembro 2003. Este Grupo de Trabalho foi composto por
técnicos da ANVISA, Secretaria de Atenção a Saúde
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de (SAS/MS), Secretaria de Vigilância a Saúde (SVS/MS),
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere Vigilâncias Sanitárias Estaduais, Laboratório de Saúde
o art.11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA Pública, Sociedade Brasileira de Patologia
aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c Clínica/Medicina Laboratorial, Sociedade Brasileira de
o § 1º do art.111 do Regimento Interno aprovado pela Análises Clínicas, Provedores de Ensaio de Proficiência e
Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no um Consultor Técnico com experiência na área.
DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada A proposta de Regulamento Técnico elaborada pelo
em 10 de outubro de 2005; Grupo de Trabalho foi publicada como Consulta Pública
considerando as disposições constitucionais e a Lei nº. 50 em 6 agosto de 2004 e ficou aberta para receber
Federal nº. 8080 de 19 de setembro de 1990 que trata das sugestões por um prazo de 60 (sessenta) dias, os quais
condições para a promoção, proteção e recuperação da foram prorrogados por mais 30 (trinta) dias.
saúde, como direito fundamental do ser humano; As sugestões recebidas foram consolidadas pelos
considerando a necessidade de normalização do técnicos da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de
funcionamento do Laboratório Clínico e Posto de Coleta Saúde - GGTES/ANVISA, pelos componentes do Grupo
Laboratorial; de Trabalho juntamente com o Consultor. Após
considerando a relevância da qualidade dos exames discussões, as sugestões pertinentes foram incorporadas
laboratoriais para apoio ao diagnóstico eficaz, adota a ao texto do Regulamento Técnico, sendo produzido o
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor- documento final consensual sobre o assunto.
Presidente substituto, determino a sua publicação: O presente documento é o resultado das discussões
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para que definiram os requisitos necessários ao funcionamento
funcionamento dos serviços que realizam atividades do Laboratório Clínico e Posto de Coleta Laboratorial.
laboratoriais, tais como Laboratório Clinico, e Posto de
Coleta Laboratorial, em anexo. 2 OBJETIVO
Art. 2º Estabelecer que a construção, reforma ou Definir os requisitos para o funcionamento dos
adaptação na estrutura física do laboratório clínico e posto laboratórios clínicos e postos de coleta laboratorial
de coleta laboratorial deve ser precedida de aprovação do públicos ou privados que realizam atividades na área de
projeto junto à autoridade sanitária local em análises clínicas, patologia clínica e citologia.
conformidade com a RDC/ANVISA nº. 50, de 21 de
fevereiro de 2002, e RDC/ANVISA nº. 189, de 18 de 3 ABRANGÊNCIA
julho de 2003 suas atualizações ou instrumento legal que Esta Resolução de Diretoria Colegiada é aplicável a todos
venha a substituí-las. os serviços públicos ou privados, que realizam atividades
Art. 3º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e laboratoriais na área de análises clínicas, patologia clínica
do Distrito Federal devem implementar os procedimentos e citologia.
para adoção do Regulamento Técnico estabelecido por
esta RDC, podendo adotar normas de caráter suplementar, 4 DEFINIÇÕES
com a finalidade de adequá-lo às especificidades locais. 4.1 Alvará sanitário/Licença de funcionamento/Licença
Art. 4º O descumprimento das determinações deste sanitária: Documento expedido pelo órgão sanitário
Regulamento Técnico constitui infração de natureza competente Estadual, Municipal ou do Distrito Federal,
sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades que libera o funcionamento dos estabelecimentos que
previstas na Lei nº. 6437, de 20 de agosto de 1977, suas exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária.
atualizações, ou instrumento legal que venha a substituí- 4.2 Amostra do paciente: Parte do material biológico de
la, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil origem humana utilizada para análises laboratoriais.
cabíveis. 4.3 Amostra laboratorial com restrição: Amostra do
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua paciente fora das especificações, mas que ainda pode ser
publicação. utilizada para algumas análises laboratoriais.
FRANKLIN RUBINSTEIN 4.4 Amostra controle: Material usado com a finalidade
principal de monitorar a estabilidade e a reprodutibilidade
ANEXO de um sistema analítico nas condições de uso na rotina.
REGULAMENTO TÉCNICO PARA 4.5 Analito: Componente ou constituinte de material
FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS biológico ou amostra de paciente, passível de pesquisa ou
CLÍNICOS análise por meio de sistema analítico de laboratório
clínico.

138
4.6 Biossegurança: Condição de segurança alcançada por 4.23Instrução escrita: Toda e qualquer forma escrita de
um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, documentar as atividades realizadas pelo estabelecimento
reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que e ou serviço.
possam comprometer a saúde humana, animal e o meio 4.24Instrumento laboratorial: Designação genérica para
ambiente. dispositivos empregados pelo laboratório clínico que
4.7 Calibração: Conjunto de operações que estabelece, auxiliam na execução de uma tarefa analítica.
sob condições especificadas, a correspondência entre 4.25 Insumo: Designação genérica do conjunto dos meios
valores indicados por um instrumento, sistema de ou materiais utilizados em um processo para geração de
medição ou material de referência, e os valores um produto ou serviço.
correspondentes estabelecidos por padrões. 4.26 Laboratório clínico: Serviço destinado à análise de
4.8 Coleta laboratorial domiciliar: Realização da coleta de amostras de paciente, com a finalidade de oferecer apoio
amostra de paciente em sua residência. ao diagnóstico e terapêutico, compreendendo as fases pré-
4.9 Coleta laboratorial em empresa: Realização da coleta analítica, analítica e pós-analítica.
de amostra de paciente no âmbito de uma empresa. 4.27 Laboratório de apoio: Laboratório clínico que realiza
4.10 Coleta laboratorial em unidade móvel: Realização da análises em amostras enviadas por outros laboratórios
coleta de amostra de paciente em unidade móvel. clínicos.
4.11 Controle da qualidade: Técnicas e atividades 4.28Laudo laboratorial: Documento que contém os
operacionais utilizadas para monitorar o cumprimento dos resultados das análises laboratoriais, validados e
requisitos da qualidade especificados. autorizados pelo responsável técnico do laboratório ou
4.12 Controle externo da qualidade - CEQ: Atividade de seu substituto.
avaliação do desempenho de sistemas analíticos através 4.29 Limpeza: Processo sistemático e contínuo para a
de ensaios de proficiência, análise de padrões certificados manutenção do asseio ou, quando necessário, para a
e comparações interlaboratoriais.Também chamada retirada de sujidade de uma superfície.
Avaliação Externa da Qualidade. 4.30 Material biológico humano: Tecido ou fluido
4.13 Controle interno da qualidade - CIQ: Procedimentos constituinte do organismo humano.
conduzidos em associação com o exame de amostras de 4.31 Metodologia própria em laboratório clínico (in
pacientes para avaliar se o sistema analítico está operando house): Reagentes ou sistemas analíticos produzidos e
dentro dos limites de tolerância pré-definidos. validados pelo próprio laboratório clínico, exclusivamente
4.14 Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói para uso próprio, em pesquisa ou em apoio diagnóstico.
ou inativa a maioria dos microrganismos patogênicos de 4.32 Paciente de laboratório: Pessoa da qual é coletado o
objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos material ou amostra biológica para ser submetida à análise
bacterianos. laboratorial.
4.15 Ensaio de proficiência: Determinação do 4.33 Posto de coleta laboratorial: Serviço vinculado a um
desempenho analítico por meio de comparações laboratório clínico, que realiza atividade laboratorial, mas
interlaboratoriais conduzidas por provedores de ensaio de não executa a fase analítica dos processos operacionais,
proficiência. exceto os exames presenciais, cuja realização ocorre no
4.16 Equipamento laboratorial: Designação genérica para ato da coleta.
um dispositivo empregado pelo laboratório clínico como 4.34 Produto para diagnóstico de uso in vitro: Reagentes,
parte integrante do processo de realização de análises padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e
laboratoriais. instrumentos, junto com as instruções para seu uso, que
4.17 Esterilização: Processo físico ou químico que destrói contribuem para realizar uma determinação qualitativa,
todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas quantitativa ou semi-quantitativa de uma amostra
formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. biológica e que não estejam destinados a cumprir função
4.18 Fase pré-analítica: Fase que se inicia com a anatômica, física ou terapêutica alguma, que não sejam
solicitação da análise, passando pela obtenção da amostra ingeridos, injetados ou inoculados em seres humanos e
e finda ao se iniciar a análise propriamente dita. que são utilizados unicamente para provar informação
4.19 Fase analítica: Conjunto de operações, com sobre amostras obtidas do organismo humano.
descrição especifica, utilizada na realização das análises 4.35 Profissional legalmente habilitado: Profissional com
de acordo com determinado método. formação superior inscrito no respectivo Conselho de
4.20 Fase pós-analítica: Fase que se inicia após a Classe, com suas competências atribuídas por Lei.
obtenção de resultados válidos das análises e finda com a 4.36 Rastreabilidade: Capacidade de recuperação do
emissão do laudo, para a interpretação pelo solicitante. histórico, da aplicação ou da localização daquilo que está
4.21 Garantia da qualidade: Conjunto de atividades sendo considerado, por meio de identificações registradas.
planejadas, sistematizadas e implementadas com o 4.37 Responsável Técnico - RT: Profissional legalmente
objetivo de cumprir os requisitos da qualidade habilitado que assume perante a Vigilância Sanitária a
especificados. Responsabilidade Técnica do laboratório clínico ou do
4.22 Inspeção sanitária: Conjunto de procedimentos posto de coleta laboratorial.
técnicos e administrativos, de competência da autoridade 4.38 Saneante: Substância ou preparação destinada à
sanitária local, que previnem e controlam o risco sanitário higienização, desinfecção, esterilização ou desinfestação
em estabelecimentos sujeitos a este controle.
139
domiciliar, em ambientes coletivos, públicos e privados, 5.1.6 O posto de coleta laboratorial deve possuir vínculo
em lugares de uso comum e no tratamento da água. com apenas um laboratório clínico.
4.39 Supervisão: Atividade realizada com a finalidade de 5.1.6.1 Os postos de coleta laboratorial localizados em
verificar o cumprimento das especificações estabelecidas unidades públicas de saúde devem ter seu vínculo
nos processos operacionais. definido formalmente pelo gestor local.
4.40 Teste Laboratorial Remoto-TLR: Teste realizado por 5.1.7 O laboratório clínico deve possuir estrutura
meio de um equipamento laboratorial situado fisicamente organizacional documentada.
fora da área de um laboratório clínico. Também chamado 5.1.8 As atividades de coleta domiciliar, em empresa ou
Teste Laboratorial Portátil -TLP, do inglês Point-of-care em unidade móvel devem estar vinculadas a um
testing -POCT. laboratório clínico e devem seguir os requisitos aplicáveis
4.41 Validação: Procedimento que fornece evidências de definidos neste Regulamento Técnico.
que um sistema apresenta desempenho dentro das 5.2.Recursos Humanos
especificações da qualidade, de maneira a fornecer 5.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
resultados válidos. devem manter disponíveis registros de formação e
4.42 Verificação da calibração: Ato de demonstrar que qualificação de seus profissionais compatíveis com as
um equipamento de medição apresenta desempenho funções desempenhadas.
dentro dos limites de aceitabilidade, em situação de uso. 5.2.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
devem promover treinamento e educação permanente aos
5 CONDIÇÕES GERAIS seus funcionários mantendo disponíveis os registros dos
5.1 Organização mesmos.
5.1.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 5.2.3 Todos os profissionais do laboratório clínico e do
devem possuir alvará atualizado, expedido pelo órgão posto de coleta laboratorial devem ser vacinados em
sanitário competente. conformidade com a legislação vigente.
5.1.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 5.2.4 A admissão de funcionários deve ser precedida de
devem possuir um profissional legalmente habilitado exames médicos em conformidade com o PCMSO da NR-
como responsável técnico. 7 da Portaria MTE nº 3214 de 08/06/1978 e Lei nº 6514
5.1.2.1 O profissional legalmente habilitado pode assumir, de 22/12/1977, suas atualizações ou outro instrumento
perante a vigilância sanitária, a responsabilidade técnica legal que venha substituí-la.
por no máximo: 02 (dois) laboratórios clínicos ou 02 5.3 Infra-Estrutura
(dois) postos de coleta laboratorial ou 01 (um) laboratório 5.3.1 A infra-estrutura física do laboratório clínico e do
clínico e 01 (um) posto de coleta laboratorial. posto de coleta devem atender aos requisitos da
5.1.2.2 Em caso de impedimento do responsável técnico, RDC/ANVISA nº. 50 de 21/02/2002, suas atualizações,
o laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
devem contar com um profissional legalmente habilitado 5.4 Equipamentos e Instrumentos Laboratoriais
para substituí-lo. 5.4.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
5.1.3 Todo laboratório clínico e o posto de coleta devem:
laboratorial, público e privado devem estar inscritos no a) possuir equipamentos e instrumentos de acordo com a
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES. complexidade do serviço e necessários ao atendimento de
5.1.4 A direção e o responsável técnico do laboratório sua demanda;
clínico e do posto de coleta laboratorial têm a b) manter instruções escritas referentes a equipamento ou
responsabilidade de planejar, implementar e garantir a instrumento, as quais podem ser substituídas ou
qualidade dos processos, incluindo: complementadas por manuais do fabricante em língua
a) a equipe técnica e os recursos necessários para o portuguesa;
desempenho de suas atribuições; c) realizar e manter registros das manutenções preventivas
b) a proteção das informações confidenciais dos e corretivas;
pacientes; d) verificar ou calibrar os instrumentos a intervalos
c) a supervisão do pessoal técnico por profissional de regulares, em conformidade com o uso, mantendo os
nível superior legalmente habilitado durante o seu período registros dos mesmos;
de funcionamento; e) verificar a calibração de equipamentos de medição
d) os equipamentos, reagentes, insumos e produtos mantendo registro das mesmas.
utilizados para diagnóstico de uso “in vitro”, em 5.4.2 Os equipamentos e instrumentos utilizados,
conformidade com a legislação vigente; nacionais e importados, devem estar regularizados junto a
e) a utilização de técnicas conforme recomendações do ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.
fabricante (equipamentos e produtos) ou com base 5.4.3 Os equipamentos que necessitam funcionar com
científica comprovada; temperatura controlada devem possuir registro da
f) a rastreabilidade de todos os seus processos. verificação da mesma.
5.1.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 5.5 Produtos para diagnóstico de uso in vitro
devem dispor de instruções escritas e atualizadas das 5.5.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
rotinas técnicas implantadas. devem registrar a aquisição dos produtos para diagnóstico

140
de uso in vitro, reagentes e insumos, de forma a garantir a 5.8.2 Os saneantes e os produtos usados nos processos de
rastreabilidade. limpeza e desinfecção devem ser utilizados segundo as
5.5.2 Os produtos para diagnóstico de uso in vitro, especificações do fabricante e estarem regularizados junto
reagentes e insumos adquiridos devem estar regularizados a ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.
junto a ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente.
5.5.3 O reagente ou insumo preparado ou aliquotado pelo 6 PROCESSOS OPERACIONAIS
próprio laboratório deve ser identificado com rótulo 6.1 Fase pré-analítica
contendo: nome, concentração, número do lote (se 6.1.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
aplicável), data de preparação, identificação de quem devem disponibilizar ao paciente ou responsável,
preparou (quando aplicável), data de validade, condições instruções escritas e ou verbais, em linguagem acessível,
de armazenamento, além de informações referentes a orientando sobre o preparo e coleta de amostras tendo
riscos potenciais. como objetivo o entendimento do paciente.
5.5.3.1 Devem ser mantidos registros dos processos de 6.1.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
preparo e do controle da qualidade dos reagentes e devem solicitar ao paciente documento que comprove a
insumos preparados. sua identificação para o cadastro.
5.5.4 A utilização dos reagentes e insumos deve respeitar 6.1.2.1 Para pacientes em atendimento de urgência ou
as recomendações de uso do fabricante, condições de submetidos a regime de internação, a comprovação dos
preservação, armazenamento e os prazos de validade, não dados de identificação também poderá ser obtida no
sendo permitida a sua revalidação depois de expirada a prontuário médico.
validade. 6.1.3 Os critérios de aceitação e rejeição de amostras,
5.5.5 O laboratório clínico que utilizar metodologias assim como a realização de exames em amostras com
próprias - In House, deve documentá-las incluindo, no restrições devem estar definidos em instruções escritas.
mínimo: 6.1.4 O cadastro do paciente deve incluir as seguintes
a) descrição das etapas do processo; informações:
b) especificação e sistemática de aprovação de insumos, a) número de registro de identificação do paciente gerado
reagentes e equipamentos e instrumentos. pelo laboratório;
c) sistemática de validação. b) nome do paciente;
5.5.5.1 O laboratório clínico deve manter registro de todo c) idade, sexo e procedência do paciente;
o processo e especificar no laudo que o teste é preparado d) telefone e/ou endereço do paciente, quando aplicável;
e validado pelo próprio laboratório. e) nome e contato do responsável em caso de menor de
5.6 Descarte de Resíduos e Rejeitos idade ou incapacitado;
5.6.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial f) nome do solicitante;
devem implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos g) data e hora do atendimento;
de Serviços de Saúde (PGRSS) atendendo aos requisitos h) horário da coleta, quando aplicável;
da RDC/ANVISA n° 306 de 07/12/2004, suas i) exames solicitados e tipo de amostra;
atualizações, ou outro instrumento legal que venha j) quando necessário: informações adicionais, em
substituí-la. conformidade com o exame (medicamento em uso, dados
5.7 Biossegurança do ciclo menstrual, indicação/observação clínica, dentre
5.7.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial outros de relevância);
devem manter atualizados e disponibilizar, a todos os k) data prevista para a entrega do laudo;
funcionários, instruções escritas de biossegurança, l) indicação de urgência, quando aplicável.
contemplando no mínimo os seguintes itens: 6.1.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
a) normas e condutas de segurança biológica, química, devem fornecer ao paciente ambulatorial ou ao seu
física, ocupacional e ambiental; responsável, um comprovante de atendimento com:
b) instruções de uso para os equipamentos de proteção número de registro, nome do paciente, data do
individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC); atendimento, data prevista de entrega do laudo, relação de
c) procedimentos em caso de acidentes; exames solicitados e dados para contato com o
d) manuseio e transporte de material e amostra biológica. laboratório.
5.7.2 O Responsável Técnico pelo laboratório clínico e 6.1.6. O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
pelo posto de coleta laboratorial deve documentar o nível devem dispor de meios que permitam a rastreabilidade da
de biossegurança dos ambientes e/ou áreas, baseado nos hora do recebimento e/ou coleta da amostra.
procedimentos realizados, equipamentos e 6.1.7 A amostra deve ser identificada no momento da
microorganismos envolvidos, adotando as medidas de coleta ou da sua entrega quando coletada pelo paciente.
segurança compatíveis. 6.1.7.1 Deve ser identificado o nome do funcionário que
5.8 Limpeza, Desinfecção e Esterilização efetuou a coleta ou que recebeu a amostra de forma a
5.8.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial garantir a rastreabilidade.
devem possuir instruções de limpeza, desinfecção e 6.1.8 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
esterilização, quando aplicável, das superfícies, devem dispor de instruções escritas que orientem o
instalações, equipamentos, artigos e materiais. recebimento, coleta e identificação de amostra.

141
6.1.9 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial a) manter um cadastro atualizado dos laboratórios de
devem possuir instruções escritas para o transporte da apoio;
amostra de paciente, estabelecendo prazo, condições de b) possuir contrato formal de prestação destes serviços;
temperatura e padrão técnico para garantir a sua c) avaliar a qualidade dos serviços prestados pelo
integridade e estabilidade. laboratório de apoio.
6.1.10 A amostra de paciente deve ser transportada e 6.2.10 O laudo emitido pelo laboratório de apoio deve
preservada em recipiente isotérmico, quando requerido, estar disponível e arquivado pelo prazo de 5 (cinco) anos.
higienizável, impermeável, garantindo a sua estabilidade 6.2.11 Os serviços que realizam testes laboratoriais para
desde a coleta até a realização do exame, identificado com detecção de anticorpos anti-HIV devem seguir, o disposto
a simbologia de risco biológico, com os dizeres neste Regulamento Técnico, além do disposto na Portaria
“Espécimes para Diagnóstico” e com nome do laboratório MS nº. 59 de 28 de janeiro de 2003 e na Portaria SVS nº.
responsável pelo envio. 34 de 28 de julho de 2005, suas atualizações ou outro
6.1.11 O transporte da amostra de paciente, em áreas instrumento legal que venha substituí-la.
comuns a outros serviços ou de circulação de pessoas, 6.2.12 Os resultados laboratoriais que indiquem suspeita
deve ser feito em condições de segurança conforme item de doença de notificação compulsória devem ser
5.7. notificados conforme o estabelecido no Decreto no
6.1.12 Quando da terceirização do transporte da amostra, 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961, e na Portaria no
deve existir contrato formal obedecendo aos critérios 2325, de 08 de dezembro de 2003, suas atualizações, ou
estabelecidos neste Regulamento. outro instrumento legal que venha a substituí-la.
6.1.13 Quando da importação ou exportação de 6.2.13 A execução dos Testes Laboratoriais Remotos -
?Espécimes para Diagnóstico?, devem ser seguidas a TLR (Point-of-care) e de testes rápidos, deve estar
RDC/ANVISA nº 01, de 06 de dezembro de 2002 e a vinculada a um laboratório clínico, posto de coleta ou
Portaria MS nº 1985, de 25 de outubro de 2001, suas serviço de saúde pública ambulatorial ou hospitalar.
atualizações ou outro instrumento legal que venha 6.2.14 O Responsável Técnico pelo laboratório clínico é
substituí-las. responsável por todos os TLR realizados dentro da
6.2. Fase Analítica instituição, ou em qualquer local, incluindo, entre outros,
6.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial atendimentos em hospital-dia, domicílios e coleta
devem dispor de instruções escritas, disponíveis e laboratorial em unidade móvel.
atualizadas para todos os processos analíticos, podendo 6.2.15 A relação dos TLR que o laboratório clínico
ser utilizadas as instruções do fabricante. executa deve estar disponível para a autoridade sanitária
6.2.2 O processo analítico deve ser o referenciado nas local.
instruções de uso do fabricante, em referências 6.2.15.1 O laboratório clínico deve disponibilizar nos
bibliográficas ou em pesquisa cientificamente válida locais de realização de TLR procedimentos documentados
conduzida pelo laboratório. orientando com relação às suas fases pré-analítica,
6.2.3 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial analítica e pós-analítica, incluindo:
devem disponibilizar por escrito, uma relação que a) sistemática de registro e liberação de resultados
identifique os exames realizados no local, em outras provisórios;
unidades do próprio laboratório e os que são terceirizados. b) procedimento para resultados potencialmente críticos;
6.2.4 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial c) sistemática de revisão de resultados e liberação de
devem definir mecanismos que possibilitem a agilização laudos por profissional habilitado.
da liberação dos resultados em situações de urgência. 6.2.15.2 A realização de TRL e dos testes rápidos está
6.2.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial condicionada a emissão de laudos que determine suas
devem definir limites de risco, valores críticos ou de limitações diagnósticas e demais indicações estabelecidos
alerta, para os analitos com resultado que necessita no item 6.3.
tomada imediata de decisão. 6.2.15.3 O laboratório clínico deve manter registros dos
6.2.5.1 O laboratório e o posto de coleta laboratorial controles da qualidade, bem como procedimentos para a
devem definir o fluxo de comunicação ao médico, realização dos mesmos.
responsável ou paciente quando houver necessidade de 6.2.15.4 O laboratório clínico deve promover e manter
decisão imediata. registros de seu processo de educação permanente para os
6.2.6 O laboratório clínico deve monitorar a fase analítica usuários dos equipamentos de TLR.
por meio de controle interno e externo da qualidade. 6.3 Fase pós-analítica
6.2.7 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 6.3.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
devem definir o grau de pureza da água reagente utilizada devem possuir instruções escritas para emissão de laudos,
nas suas análises, a forma de obtenção, o controle da que contemplem as situações de rotina, plantões e
qualidade. urgências.
6.2.8 O laboratório clínico pode contar com laboratórios 6.3.2 O laudo deve ser legível, sem rasuras de transcrição,
de apoio para realização de exames. escrito em língua portuguesa, datado e assinado por
6.2.8.1 O laboratório de apoio deve seguir o estabelecido profissional de nível superior legalmente habilitado.
neste regulamento técnico. 6.3.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta
6.2.9 O laboratório clínico deve: laboratorial devem garantir a autenticidade e a integridade
142
do laudo emitido, para tanto a assinatura do profissional 8.1 O laboratório clínico deve assegurar a confiabilidade
que o liberou deve ser manuscrita ou em formato digital, dos serviços laboratoriais prestados, por meio de, no
com utilização de processo de certificação na forma mínimo:
disciplinada pela Medida Provisória n.º 2.200-2/2001." a) controle interno da qualidade;
(NR) (Redação incluída pela RDC 30/15) b)controle externo da qualidade (ensaios de proficiência).
6.3.3 O laudo deve conter no mínimo os seguintes itens:
a) identificação do laboratório; 9 CONTROLE DA QUALIDADE
b) endereço e telefone do laboratório; 9.1 Os programas de Controle Interno da Qualidade (CIQ)
c) identificação do Responsável Técnico (RT); e Controle Externo da Qualidade (CEQ) devem ser
d) nº. de registro do RT no respectivo conselho de classe documentados, contemplando:
profissional; a) lista de analitos;
e) identificação do profissional que liberou o exame; b) forma de controle e freqüência de utilização;
f) nº. registro do profissional que liberou o exame no c) limites e critérios de aceitabilidade para os resultados
respectivo conselho de classe do profissional dos controles;
g) nº. de registro do Laboratório Clínico no respectivo d) avaliação e registro dos resultados dos controles.
conselho de classe profissional; 9.2 Controle Interno da Qualidade - CIQ
h) nome e registro de identificação do cliente no 9.2.1 O laboratório clínico deve realizar Controle Interno
laboratório; da Qualidade contemplando:
i) data da coleta da amostra; a) monitoramento do processo analítico pela análise das
j) data de emissão do laudo; amostras controle, com registro dos resultados obtidos e
k) nome do exame, tipo de amostra e método analítico; análise dos dados;
l) resultado do exame e unidade de medição; b) definição dos critérios de aceitação dos resultados por
m) valores de referência, limitações técnicas da tipo de analito e de acordo com a metodologia utilizada;
metodologia e dados para interpretação; c) liberação ou rejeição das análises após avaliação dos
n) observações pertinentes. resultados das amostras controle.
6.3.4 Quando for aceita amostra de paciente com 9.2.2 Para o CIQ, o laboratório clínico deve utilizar
restrição, esta condição deve constar no laudo. amostras controle comerciais, regularizados junto a
6.3.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente.
que optarem pela transcrição do laudo emitido pelo 9.2.2.1 Formas alternativas descritas na literatura podem
laboratório de apoio, devem garantir a fidedignidade do ser utilizadas desde que permitam a avaliação da precisão
mesmo, sem alterações que possam comprometer a do sistema analítico.
interpretação clínica. 9.2.3 O laboratório clínico deve registrar as ações
6.3.6 O responsável pela liberação do laudo pode adotadas decorrentes de rejeições de resultados de
adicionar comentários de interpretação ao texto do amostras controle.
laboratório de apoio, considerando o estado do paciente e 9.2.4 As amostras controle devem ser analisadas da
o contexto global dos exames do mesmo. mesma forma que amostras dos pacientes.
6.3.7 O laudo de análise do diagnóstico sorológico de 9.3 Controle Externo da Qualidade - CEQ
Anticorpos Anti-HIV deve estar de acordo com a Portaria 9.3.1 O laboratório clínico deve participar de Ensaios de
MS nº 59/2003, suas atualizações ou outro instrumento Proficiência para todos os exames realizados na sua
legal que venha a substituí-la. rotina.
6.3.8 As cópias dos laudos de análise bem como dados 9.3.1.1 Para os exames não contemplados por programas
brutos devem ser arquivados pelo prazo de 5 (cinco) anos, de Ensaios de Proficiência, o laboratório clínico deve
facilmente recuperáveis e de forma a garantir a sua adotar formas alternativas de Controle Externo da
rastreabilidade. Qualidade descritas em literatura científica.
6.3.8.1 Caso haja necessidade de retificação em qualquer 9.3.2 A participação em Ensaios de Proficiência deve ser
dado constante do laudo já emitido, a mesma dever ser individual para cada unidade do laboratório clínico que
feita em um novo laudo onde fica clara a retificação realiza as análises.
realizada. 9.3.3 A normalização sobre o funcionamento dos
Provedores de Ensaios de Proficiência será definida em
7 REGISTROS resolução específica, desta ANVISA .
7.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 9.3.4 O laboratório clínico deve registrar os resultados do
devem garantir a recuperação e disponibilidade de seus Controle Externo da Qualidade, inadequações,
registros críticos, de modo a permitir a rastreabilidade do investigação de causas e ações tomadas para os resultados
laudo liberado. rejeitados ou nos quais a proficiência não foi obtida.
7.2 As alterações feitas nos registros críticos devem 9.3.5 As amostras controle devem ser analisadas da
conter data, nome ou assinatura legível do responsável mesma forma que as amostras dos pacientes.
pela alteração, preservando o dado original.
10 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
8 GARANTIA DA QUALIDADE 10.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para se
143
adequarem ao estabelecido neste Regulamento Técnico a 11.13 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 787, de 23 de
partir da data de sua publicação. outubro de 2002 - parte 1. Manual de Apoio aos Gestores do
SUS - Organização da Rede de Laboratórios Clínicos. Diário
11 REFERÊNCIAS NORMATIVAS Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 24
out. 2002.
BIBLIOGRÁFICAS 11.14 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 788, de 23 de
11.1 BRASIL. Presidência da República. Decreto nº. 49.974-A,
outubro de 2002. Manual de Apoio aos Gestores do Sistema
de 21 de janeiro de 1961. Regulamenta, sob a denominação de
Único de Saúde - SUS para a Organização dos Postos de Coleta
Código Nacional de Saúde, a Lei nº. 2.321, de 3 de setembro de
da Rede de Laboratórios Clínicos. Diário Oficial da União da
1954, de "Normas Gerais sobre Defesa e Proteção da Saúde".
República Federativa do Brasil, Brasília, 24 out. 2002.
Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil,
11.15 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 59, de 28 de
Brasília, 6 fev.1961.
janeiro de 2003. Dispõe sobre a sub-rede de laboratórios do
11.2 BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº. 6360 de 23 de
Programa Nacional de DST e Aids. Diário Oficial da União da
setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que
República Federativa do Brasil, Brasília, Edição Extra, 30 jan.
ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos
2003.
farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros
11.16 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº.34 de 28 de
produtos, e dá outras providências. Diário Oficial da União da
julho de 2005 Regulamenta o uso de testes rápidos para
República Federativa do Brasil, Brasília, 24 set. 1976.
diagnóstico da infecção pelo HIV em situações especiais. Diário
11.3 BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº. 6437 de 20 de
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília,
agosto de 1977. Configura infrações à legislação sanitária
Edição de 29 jul. 2005.
federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras
11.17 BRASIL. Ministério do Trabalho. Gabinete do Ministro.
providências. Diário Oficial da União da República Federativa
Portaria nº. 3.214, de 08 de junho de 1978. Dispõe sobre a
do Brasil, Brasília, 24 ago. 1977.
Aprovação das Normas Regulamentadoras -NR- do Capítulo V,
11.4 BRASIL. Congresso Nacional. Lei n 8078, de 11 de
Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à
setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Diário
Segurança e Medicina do TrabaIho. Diário Oficial da República
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, v.
Federativa do Brasil, Brasília, 06 jul. 1978.
128, n. 176, supl. p. 1, 12 de set. 1990.
11.18 BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº. 8, de 08 de
11.5 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Processamento
maio de 1996- NR 07. Altera Norma Regulamentadora NR-7-
de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. 2ª
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Diário
edição. Brasília, Centro de Documentação. 1994
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Brasília, v.
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/processamento_
134, nº. 91, p. 8202, 13 mai. 1996.
artigos.pdf
11.19 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
11.6 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Conduta -
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 185, de 22 de outubro
Exposição Ocupacional a Material Biológico: Hepatite e HIV /
de 2001. Aprova o Regulamento Técnico que consta no anexo
Coordenação Nacional de DST e AIDS - Brasília: Ministério da
desta Resolução, que trata do registro, alteração, revalidação e
Saúde 1999. 20p.
cancelamento do registro de produtos médicos na Agência
http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_condutas_h
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Diário Oficial da
epatite_hiv.pdf
União da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 out. 2001.
11.7 BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de
11.20 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Saúde. Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 50, de 21 de fevereiro
Microbiologia. 4ª edição. Brasília. 2000.
de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
http://dtr2001.saude.gov.br/svs/pub/pub22.htm
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos
11.8 BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria Executiva.
físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial
Subsecretaria de Assuntos Administrativos.Vocabulário da
da União da República Federativa do Brasil. Brasília, 20 mar.
Saúde em Qualidade e Melhoria da Gestão / Secretaria
2002.
Executiva, Subsecretaria de Assuntos Administrativos;
12.20 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
elaboração de Jeová Dias Martins. -Brasília: Ministério da
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 260, de 23 de setembro
Saúde, 2002. 98 p. (Série F. Comunicação e Educação em
de 2002. Regula os produtos para a saúde. Diário Oficial da
Saúde).
União da República Federativa do Brasil, Brasília, 03 out. 2002.
11.9 BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário do Ministério da
11.21 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
Saúde: projeto terminologia em saúde / Ministério da Saúde -
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 01, de 06 dezembro de
Brasília. Ministério da Saúde, 2004.
2002. Aprovar, conforme Anexo, o Regulamento Técnico para
11.10 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
fins de vigilância sanitária de mercadorias importadas.
Sanitária. Portaria nº. 8, de 23 de janeiro de 1996. Dispõe sobre
Retificação - Diário Oficial da União da República Federativa
o registro de produtos para diagnóstico de uso in vitro na
do Brasil, Brasília, 10 jan. 2003 - Prorrogada pela Resolução
Secretaria de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União da
RDC nº. 20, de 30 de janeiro de 2003.
República Federativa do Brasil, Brasília, 24 jan. 1996.
11.22 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
11.11 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1985, de 25 de
Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 33, de 25 de fevereiro
outubro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico MERCOSUL
de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
para Transporte no MERCOSUL de Substâncias Infecciosas e
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde Diário Oficial
Amostras para Diagnóstico, no MERCOSUL que consta como
da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 05 mar.
Anexo e faz parte da presente Portaria. Diário Oficial da União
2003.
da República Federativa do Brasil, Brasília, 06 nov. 2001.
11.23 IATA - Dangerous Good Regulations (DGR) 44ª. Edicion,
11.12. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1.943, de 18
2003.
de outubro de 2001 Define a relação de doenças de notificação
compulsória para todo território nacional. Diário Oficial da
União da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 out. 2001.
144
11.24 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Gestão da qualidade no laboratório clínico - NBR 14500 - jun
2000.
11.25 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Glossário de termos para uso no laboratório clínico e no
diagnóstico in vitro - NBR - 14501 - mar 2001.
11.26 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Diagnóstico in vitro - Recomendações e critérios para aquisição,
recepção, transporte e armazenamento de produtos - NBR 14711
- jun 2001.
11.27 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Laboratório Clínico - NBR 14785 - dez de 2001.
11.28 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -
Laboratório Clínico - Requisitos de segurança - NBR 14785 -
dez 2001.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


14.10.2005

145
RDC n° 80, de 11/05/2006 considerando a Resolução RDC n.º 135, de 29 de maio
(D.O.U de 12.05.2006) de 2003, que aprova o Regulamento Técnico para
Medicamentos Genéricos;
Dispões sobre o fracionamento de medicamentos considerando a Resolução RDC nº. 140, de 29 de maio
de 2003, republicada em 24 de setembro de 2003, que
O Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional dispõe sobre os textos de bula dos medicamentos;
de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe considerando a Resolução RDC n.º 333, de 19 de
confere o inciso IV do art 13 do Regulamento da novembro de 2003, que dispõe sobre a rotulagem de
ANVISA aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de abril medicamentos;
de 1999, (Retificado pelo DOU nº 91, de 15 de maio de considerando a Resolução n.º 328, de 22 de julho de
2006). 1999, da ANVISA, que institui Regulamento Técnico das
considerando que as ações e serviços de saúde são de Boas Práticas de Dispensação para Farmácias e
relevância pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos Drogarias;
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e considerando a Resolução RE nº. 893, de 29 de maio
controle, conforme estabelecido no art. 197 da de 2003, republicada em 02 de junho de 2003, que aprova
Constituição Federal de 1988; o Guia para a Realização de Alterações, Inclusões,
considerando as diretrizes, as prioridades e as Notificações e Cancelamentos Pós-Registro de
responsabilidades estabelecidas na Política Nacional de Medicamentos, bem como os acréscimos da Resolução -
Medicamentos instituída pela Portaria n° 3.916/MS/GM, RE nº. 2.328, de 20 de setembro de 2005;
de 30 de outubro de 1998, que busca garantir condições considerando a Resolução n.º 357, de 20 de abril de
para segurança e qualidade dos medicamentos 2001, do Conselho Federal de Farmácia, que aprova o
consumidos no país, promover o uso racional e o acesso regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia, e
da população àqueles considerados essenciais; considerando a necessidade de ajustar as condições
considerando as disposições contidas na Resolução n.º técnicas e operacionais necessárias à dispensação de
338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de medicamentos na forma fracionada em farmácias e
Saúde, que aprova a Política Nacional de Assistência drogarias,
Farmacêutica do Ministério da Saúde; adota, “ad referendum”, a seguinte Resolução de
considerando as disposições contidas na Lei n.º 5.991, Diretoria Colegiada e determina a sua publicação:
de 17 de dezembro de 1973, e no Decreto n.º 74.170, de
10 de junho de 1974, acerca do controle sanitário do CAPÍTULO I
comércio de medicamentos; DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
considerando as disposições contidas na Lei n.º 6.360, Art. 1º As farmácias e drogarias poderão fracionar
de 23 de setembro de 1976, e no Decreto n.º 79.094, de 5 medicamentos a partir de embalagens especialmente
de janeiro de 1977, acerca do sistema de vigilância desenvolvidas para essa finalidade de modo que possam
sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos; ser dispensados em quantidades individualizadas para
considerando a Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de atender às necessidades terapêuticas dos consumidores e
1999, que estabelece as bases legais para a instituição dos usuários desses produtos, desde que garantidas as
medicamentos genéricos no país; características asseguradas no produto original registrado
considerando a Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, e observadas as condições técnicas e operacionais
que dispõe sobre as infrações à legislação sanitária federal estabelecidas nesta resolução.
e estabelece as respectivas penalidades; Parágrafo único. O fracionamento de que trata esta
considerando a Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de resolução não se aplica aos medicamentos sujeitos ao
1990, que dispõe sobre a proteção e a defesa do controle especial.
consumidor;
considerando a finalidade institucional da Agência CAPÍTULO II
Nacional de Vigilância Sanitária de promover a proteção DAS DEFINIÇÕES
da saúde da população por intermédio do controle Art. 2º Para efeito desta resolução são adotadas as
sanitário da produção e da comercialização de produtos e seguintes definições:
serviços submetidos à vigilância sanitária, conforme I - área de fracionamento: área identificada e visível para
estabelecido pela Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999; o consumidor e usuário de medicamentos, que se destina
considerando o Decreto n.º 5.775, de 10 de maio de às operações relacionadas ao fracionamento das unidades
2006, que dispõe sobre o fracionamento de medicamentos farmacêuticas, para atender à prescrição ou ao tratamento
para dispensação em farmácias e drogarias, revoga o correspondente nos casos de medicamentos isentos de
Decreto n.º 974, de 4 de outubro de 1993, e o Decreto n.º prescrição;
5.348, de 19 de janeiro de 2005, e dá outras providências; II - assistência farmacêutica: conjunto de ações voltadas à
considerando a Resolução RDC n.º 33, de 19 de abril promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto
de 2000, que estabelece os requisitos para a manipulação individual como coletivo, tendo o medicamento como
de medicamentos; insumo essencial, visando o acesso e o seu uso racional,
envolvendo aquelas referentes à atenção farmacêutica;

146
III - atenção farmacêutica: modelo de prática XV - embalagem original para fracionáveis:
farmacêutica, desenvolvida no contexto da assistência acondicionamento que contém embalagens primárias
farmacêutica, que compreende atitudes, valores éticos, fracionáveis ou embalagens primárias fracionadas;
comportamentos, habilidades, compromissos e co- XVI - farmacêutico: profissional com título universitário
responsabilidades na prevenção de doenças, na promoção de nível superior habilitado pelo Conselho Regional de
e na recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de Farmácia, para o exercício das atribuições legais e
saúde, mediante interação direta do farmacêutico com o técnicas inerentes à profissão farmacêutica;
usuário, visando uma farmacoterapia racional e a XVII - farmácia: estabelecimento de manipulação de
obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas,
para a melhoria da qualidade de vida. medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
IV - dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de compreendendo o de dispensação e o de atendimento
droga, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
a título remunerado ou não; equivalente de assistência médica;
V - dose unitária: subdivisão da forma farmacêutica na XVIII - fracionamento: procedimento que integra a
quantidade correspondente a dose posológica, preservadas dispensação de medicamentos na forma fracionada
suas características de qualidade e rastreamento; efetuado sob a supervisão e responsabilidade de
VI - droga: substância ou matéria-prima que tenha profissional farmacêutico habilitado, para atender à
finalidade medicamentosa ou sanitária; prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de
VII - drogaria: estabelecimento de dispensação e medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela
comércio de drogas, medicamentos, insumos subdivisão de um medicamento em frações
farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem
VIII - embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer rompimento da embalagem primária, mantendo seus
forma de acondicionamento, removível ou não, destinado dados de identificação;
a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, XIX - medicamento: produto farmacêutico tecnicamente
especificamente ou não, os produtos de que trata esta obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa,
resolução; paliativa ou para fins de diagnósticos;
IX - embalagem original: acondicionamento aprovado XX - prescrição: ato de indicar o medicamento a ser
para fins de registro pelo órgão competente do Ministério utilizado pelo paciente, de acordo com proposta de
da Saúde, destinado à proteção e manutenção das tratamento farmacoterapêutico, que é privativo de
características de qualidade, segurança e eficácia do profissional habilitado e se traduz pela emissão de uma
produto, compreendendo as embalagens destinadas ao receita, e
fracionamento; XXI - problema relacionado ao medicamento: situação de
X - embalagem primária: acondicionamento que está em risco potencial ou real na vigência de um tratamento
contato direto com o produto e que pode se constituir de medicamentoso.
recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de
proteção, removível ou não, destinado a envasar ou CAPÍTULO III
manter, cobrir ou empacotar matérias-primas, produtos DAS RESPONSABILIDADES
semi-elaborados ou produtos acabados; Art. 3º Toda farmácia e drogaria terá, obrigatoriamente, a
XI - embalagem primária fracionada: menor fração da assistência de farmacêutico responsável ou de seu
embalagem primária fracionável que mantenha os substituto, inscritos no Conselho Regional de Farmácia,
requisitos de qualidade, segurança e eficácia do durante todo o horário de funcionamento do
medicamento, os dados de identificação e as estabelecimento, na forma da lei.
características da unidade farmacotécnica que a compõe, Art. 4º A farmácia e a drogaria devem identificar o
sem o rompimento da embalagem primária; farmacêutico de modo que o consumidor e usuário de
XII - embalagem primária fracionável: acondicionamento medicamentos possa distingui-lo dos demais funcionários
adequado à subdivisão mediante a existência de e profissionais do estabelecimento.
mecanismos que assegurem a presença dos dados de Art. 5º O fracionamento é responsabilidade do
identificação e as mesmas características de qualidade, farmacêutico.
segurança e eficácia do medicamento em cada unidade da Art. 6º O farmacêutico deve exercer assistência
embalagem primária fracionada; farmacêutica e notificar as suspeitas de reações adversas
XIII - embalagem secundária: acondicionamento que está ou quaisquer problemas relacionados ao medicamento ou
em contato com a embalagem primária e que constitui tratamento medicamentoso à Vigilância Sanitária
envoltório ou qualquer outra forma de proteção, municipal, estadual ou à ANVISA, por meio de
removível ou não, podendo conter uma ou mais formulário destinado a esse fim, conforme especificado
embalagens primárias; no Anexo I desta resolução.
XIV - embalagem secundária para fracionados: Art. 7º As empresas titulares de registro, fabricantes ou
acondicionamento para dispensação de medicamentos importadoras, têm a responsabilidade de garantir e zelar
fracionados ao usuário, que está em contato com a pela manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos
embalagem primária fracionada, e que constitui produtos objeto desta resolução em todas as etapas do
envoltório ou qualquer forma de proteção para o produto;
147
processo até o consumidor final, a fim de evitar riscos e Art. 12. O fracionamento e a dispensação devem ser
efeitos nocivos à saúde. realizados no mesmo estabelecimento.
Parágrafo único. A responsabilidade solidária de zelar § 1º É vedada a captação de prescrições oriundas de
pela qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos, qualquer outro estabelecimento, ainda que da mesma
bem como pelo seu uso racional, inclui as farmácias, empresa.
drogarias e os demais agentes que atuam desde a §2° No caso de empresas com filiais, o fracionamento
produção até o consumo do produto. deve ser executado em cada estabelecimento.
Art. 13. O fracionamento dos medicamentos deve ser
CAPÍTULO IV efetuado na área destinada ao fracionamento, de acordo
DA PRESCRIÇÃO com as Boas Práticas para Fracionamento de
Art. 8º A apresentação da prescrição é condição essencial Medicamentos estabelecidas no Anexo I desta resolução.
para o fracionamento. Parágrafo único. É proibido manter substâncias, produtos,
§ 1º A condição de que trata o caput deste artigo não se equipamentos ou utensílios na área de fracionamento que
aplica aos medicamentos isentos de prescrição. possam violar, alterar, adulterar ou avariar os
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição poderão ser medicamentos a serem fracionados.
fracionados e dispensados em quantidade que atenda às Art. 14. O fracionamento somente será efetuado após a
necessidades terapêuticas do consumidor e usuário de apresentação da prescrição pelo consumidor e usuário de
medicamentos, sob orientação e responsabilidade do medicamentos, na quantidade exata de unidades
farmacêutico. farmacotécnicas prescritas, seguido da dispensação
Art. 9º A avaliação da prescrição deve observar os imediata do medicamento, sendo vedado realizá-lo
seguintes itens: previamente.
I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas; Parágrafo único. Os medicamentos isentos de prescrição
II - identificação do prescritor, com o número de registro destinados ao fracionamento somente serão fracionados
no respectivo conselho profissional, endereço completo no momento da dispensação, observada a condição
do seu consultório ou da instituição de saúde a que estabelecida no § 2º do art. 8º desta resolução, sendo
pertence; vedada a exposição direta desses produtos aos
III - nome do paciente; consumidores e usuários de medicamentos.
IV - nome comercial do medicamento, quando não se Art. 15. Apenas pode ser fracionada a apresentação do
tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos medicamento, a partir de sua embalagem original para
isentos de registro e imunoterápicos; fracionáveis, para possibilitar um atendimento exato da
V - Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua prescrição ou das necessidades terapêuticas dos
falta, Denominação Comum Internacional (DCI), em consumidores e usuários de medicamentos no caso dos
letras minúsculas, ou nomenclatura botânica (gênero e medicamentos isentos de prescrição, mediante
espécie), no caso de fitoterápicos; dispensação de bisnaga monodose, frasco-ampola,
VI - concentração, forma farmacêutica, quantidades e ampola, seringa preenchida, flaconete, sachê, envelope,
respectivas unidades e posologia, com a duração do blister, strip, que contenha comprimidos, cápsulas, óvulos
tratamento; vaginais, drágeas, adesivos transdérmicos ou supositórios,
VII - modo de usar; sem rompimento da embalagem primária.
VIII - local e data de emissão, e Parágrafo único. É proibido fracionar as apresentações ou
IX - assinatura e carimbo do prescritor. formas farmacêuticas não identificadas no caput deste
Parágrafo único. Caso a prescrição esteja de acordo com a artigo.
DCB ou, na sua falta, com a DCI, e não haja manifestação Art. 16. Após o fracionamento, a embalagem primária
do profissional prescritor pela manipulação do fracionada deve ser acondicionada na embalagem
medicamento, a farmácia deve dispensar o medicamento secundária para fracionados, adequada à manutenção de
industrializado. suas características específicas, na qual deve conter rótulo
referente ao medicamento fracionado.
CAPÍTULO V Parágrafo único. A embalagem primária fracionável e a
DO FRACIONAMENTO embalagem primária fracionada remanescentes devem
Art. 10. O procedimento de fracionamento de permanecer acondicionadas em sua embalagem original
medicamentos de que trata esta resolução é privativo de para fracionáveis.
farmácias e drogarias devidamente regularizadas junto aos Art. 17. Cada embalagem secundária para fracionados
órgãos de vigilância sanitária competentes, segundo a deve acondicionar apenas um item da prescrição e conter
legislação vigente. uma bula do respectivo medicamento.
Art. 11. O fracionamento deve ser realizado sob a § 1º É vedado dispensar medicamentos diferentes para
supervisão e responsabilidade do farmacêutico cada item da prescrição, ainda que do mesmo princípio
tecnicamente responsável pelo estabelecimento, ativo e fabricante.
observando-se as Boas Práticas para Fracionamento de § 2º É responsabilidade do titular do respectivo registro
Medicamentos, conforme estabelecido no Anexo I desta do medicamento disponibilizar ao estabelecimento
resolução. farmacêutico a quantidade de bulas suficientes para

148
atender às necessidades do consumidor e usuário de § 1º As apresentações comerciais fracionáveis devem
medicamentos, nos termos desta resolução. representar o melhor custo-benefício para o consumidor e
§ 3º O estabelecimento farmacêutico é responsável por usuário de medicamentos.
disponibilizar a bula ao consumidor e usuário do § 2º Para fins de registro, inclusão ou alteração pós-
medicamento de modo a lhe assegurar o acesso à registro, a embalagem primária fracionável e a
informação adequada, independente das orientações e embalagem primária fracionada deverão viabilizar a
recomendações inerentes à atenção farmacêutica. dispensação por meio de frações compostas por apenas
CAPÍTULO VI uma unidade farmacotécnica e atender às especificações
DA DISPENSAÇÃO contidas nesta resolução, sem prejuízo de outras
Art. 18. É vedada a substituição de medicamentos disposições contidas na legislação vigente
fracionáveis por medicamentos manipulados. Art. 22. Cada embalagem original para fracionáveis deve
Art. 19. A prescrição deve ser restituída ao consumidor e ser acompanhada de um número mínimo de bulas que
usuário de medicamentos devidamente carimbada em atenda à menor posologia relativa ao menor período de
cada item dispensado e assinada pelo farmacêutico. tratamento.
Parágrafo único. O carimbo indicativo da dispensação Parágrafo único. Quando o menor período de tratamento
deve conter: não puder ser definido ou no caso de indicação de
I - data da dispensação; medicamentos para tratamento agudo, deve-se utilizar
II - nome do farmacêutico responsável pelo como referência sua posologia mínima diária.
fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho Art. 23. Todos os medicamentos destinados ao
Regional de Farmácia; fracionamento devem ostentar no terço médio da face
III - razão social da farmácia ou drogaria. principal da embalagem original para fracionáveis, logo
Art. 20. A farmácia e a drogaria devem manter registro de acima da faixa de restrição de venda, ou posição
todas as operações relacionadas com a dispensação de equivalente no caso de inexistência dessa, a expressão
medicamentos na forma fracionada de modo a garantir o "EMBALAGEM FRACIONÁVEL", em caixa alta, cor
rastreamento do produto, contendo no mínimo as vermelha, PANTONE 485C, impressa sobre fundo com
seguintes informações: tonalidade contrastante, de modo a garantir perfeita
I - data da dispensação; legibilidade, com caracteres nunca inferiores a cinqüenta
II - nome completo e endereço do consumidor e usuário por cento do tamanho do nome comercial ou, na sua falta,
do medicamento; da DCB ou, na sua falta, da DCI.
III - medicamento, posologia e quantidade prescritos de § 1º A modificação dos dizeres de embalagem ou
acordo com sistema de pesos e medidas oficiais; rotulagem para adequar as apresentações já registradas ao
IV - nome do titular do registro do medicamento; fracionamento de que trata esta resolução, deve ser
V - número do registro no órgão competente da vigilância requerida pelo titular do registro, conforme legislação
sanitária, contendo os treze dígitos, número(s) do(s) vigente.
lote(s), data(s) de validade(s) e data(s) de fabricação do §2° A rotulagem de medicamentos a serem adquiridos
medicamento a ser dispensado na forma fracionada; pelo Ministério da Saúde deve obedecer identificação
VI - data da prescrição; padronizada conforme legislação específica, sem prejuízo
VII - nome do prescritor e número de inscrição no do disposto nesta resolução.
respectivo conselho profissional. § 3º No caso de medicamentos genéricos, os dizeres de
§ 1°A forma de escrituração de todas as operações rotulagem descritos no caput deste artigo deverão ser
relacionadas com o fracionamento de medicamentos indicados logo acima da faixa amarela que contém o
ficará à critério do próprio estabelecimento, podendo ser logotipo definido pela legislação específica e deverão
manual ou eletrônica, observando-se a ordem cronológica atender ao disposto nesta resolução, sem prejuízo das
das operações. demais normas vigentes.
§ 2° Os registros deverão ser legíveis, sem rasuras ou Art. 24. Cada embalagem primária fracionada deve conter
emendas, devendo ser mantidos atualizados e permanecer no mínimo as seguintes informações:
à disposição das autoridades sanitárias por um período de I - nome comercial do medicamento, quando não se tratar
cinco anos. de genérico, isentos de registro, homeopáticos isentos de
§ 3º O registro das informações indicadas neste artigo, registro e imunoterápicos;
relacionadas com a prescrição, não se aplicam aos II - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou
medicamentos isentos de prescrição. nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de
CAPÍTULO VII fitoterápicos;
DA EMBALAGEM E ROTULAGEM III - concentração da substância ativa por unidade
Art. 21. Somente os medicamentos registrados e posológica, com exceção de medicamentos com mais de
aprovados pelo órgão ou entidade competente segundo as quatro fármacos;
especificações contidas nesta resolução, com embalagem IV - nome do titular do registro ou logomarca, desde que
e rotulagem adequadas ao fracionamento, poderão ser esta contenha o nome da empresa;
fracionados e dispensados na forma fracionada. V - número do registro, número do lote e data de validade
(mês/ano);
VI - via de administração, quando restritiva.
149
§ 1º As informações exigidas neste artigo devem permitir desde que atendidas as condições técnicas e operacionais
fácil leitura e identificação. estabelecidas nesta resolução e seus anexos.
§ 2º No caso do inciso V deste artigo é facultada a Art. 28. A farmácia e a drogaria devem dispor dos
descrição apenas dos nove primeiros dígitos do número de seguintes requisitos para realizar o fracionamento, sem
registro. prejuízo das demais normas vigentes:
§ 3º Quando tratar-se de medicamento genérico, cada I - área de fracionamento, identificada e visível para o
embalagem primária fracionada deve conter a expressão usuário;
"Medicamento genérico Lei n.º 9.787, de 1999" ou o II - placa contendo o nome completo do farmacêutico e
logotipo caracterizado pela letra "G" estilizada e as horário de sua atuação, em local visível para o público,
palavras "Medicamento" e "Genérico", conforme com informações legíveis e ostensivas;
legislação específica. III - indicação, em local visível para o público, contendo
§ 4º Além das informações indicadas neste artigo, cada informações legíveis e ostensivas de que o fracionamento
embalagem primária fracionada deve conter a expressão deve ser realizado sob a responsabilidade do
"Exija a bula". farmacêutico;
Art. 25. As embalagens originais para fracionáveis devem IV - documentos comprobatórios quanto à regularidade de
ser armazenadas de forma ordenada, em local adequado e funcionamento do estabelecimento, expedidos pelos
identificado, a fim de separá-las das apresentações não órgãos sanitários competentes, e Certificado de
fracionáveis. Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de
Parágrafo único. Após a ruptura do lacre ou do selo de Farmácia, em local visível para o público, e
segurança, as embalagens originais para fracionáveis V - instalações físicas, equipamentos adequados e
devem ser armazenadas em local distinto das demais. condições técnico-operacionais para realizar a
Art. 26. Toda embalagem secundária para fracionados dispensação de medicamentos na forma fracionada.
deve conter rótulo com os seguintes itens: Parágrafo único. As farmácias que disponham de área de
I - razão social e endereço da farmácia ou drogaria onde manipulação poderão utilizá-la como área de
foi realizado o fracionamento e a dispensação; fracionamento para os fins desta resolução, desde que as
II - nome do farmacêutico responsável pelo instalações sejam adequadas às operações
fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e
Regional de Farmácia; materiais de forma organizada, objetivando evitar os
III - nome comercial do medicamento, quando não se riscos de contaminação, misturas ou trocas de
tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos medicamentos, sem prejuízo das demais normas sanitárias
isentos de registro e imunoterápicos; vigentes.
IV - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou CAPÍTULO IX
nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
fitoterápicos; Art. 29. Ficam instituídas as Boas Práticas para
V - concentração, posologia e via de administração do Fracionamento de Medicamentos, conforme Anexo I
medicamento; desta resolução.
VI - número(s) do(s) lote(s) ou partida(s) com a(s) data(s) Art. 30. Fica instituído o Roteiro de Inspeção para Fins de
de fabricação e data(s) de validade (mês/ano) do Verificação das Boas Práticas para Fracionamento de
medicamento; Medicamentos, conforme Anexo II desta resolução.
VII - advertências complementares presentes na Art. 31. Ficam estabelecidos a Classificação e os Critérios
embalagem original para fracionáveis; de Avaliação para os Itens do Roteiro de Inspeção para o
VIII - nome da empresa titular do registro e respectivo Fracionamento de Medicamentos em Farmácias e
número de telefone do Serviço de Atendimento ao Drogarias, conforme Anexo III desta resolução.
Consumidor (SAC). Art. 32. As questões relacionadas ao preço dos
Parágrafo único. Quando tratar-se de medicamento medicamentos objeto desta resolução devem atender às
genérico, a embalagem secundária para fracionados deve disposições do órgão competente, segundo o disposto no
conter a expressão "Medicamento genérico Lei n.º 9.787, § 1º do art. 21 desta resolução.
de 1999". Art. 33. As petições de registro ou de alteração ou
CAPÍTULO VIII inclusão pós-registro para fins exclusivos de
DO LICENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO DE fracionamento, protocolizadas antes do dia 21 de
FUNCIONAMENTO setembro de 2005, poderão conter, em caráter
Art. 27. O fracionamento de que trata esta resolução é excepcional, apresentações comerciais com embalagens
privativo de farmácias e drogarias devidamente primárias fracionáveis compostas por frações com mais
regularizadas junto aos órgãos de vigilância sanitária de uma unidade farmacotécnica.
competentes, nos termos da legislação vigente. § 1º Para os fins deste artigo, a descrição de rotulagem
Parágrafo único. O procedimento de fracionamento estabelecida pelo art. 23 deverá ser acrescida da indicação
integra a dispensação de medicamentos, sendo da quantidade de unidades farmacotécnicas contidas em
desnecessária a expedição de nova licença ou autorização cada embalagem primária fracionada, conforme exemplo
de funcionamento para a execução desse procedimento, a seguir: "Fracionável a cada 2 comprimidos".

150
§ 2º As apresentações com embalagens primárias 2.1.10.- As embalagens originais para fracionáveis devem
fracionáveis compostas por frações com mais de uma ostentar a expressão "EMBALAGEM FRACIONÁVEL"
unidade farmacotécnica deverão ser ajustadas à fração no terço médio da face principal, logo acima da faixa de
unitária até a ocasião do requerimento de revalidação do restrição de venda, ou posição equivalente no caso de
respectivo registro. inexistência dessa, em caixa alta, cor vermelha,
§ 3º Quando se tratar de alteração ou inclusão pós- PANTONE 485C, impressa sobre fundo com tonalidade
registro, a adequação de que trata o parágrafo anterior contrastante, de modo a garantir perfeita legibilidade, com
deverá ser providenciada pelo titular do registro no prazo caracteres nunca inferiores a cinqüenta por cento do
máximo de doze meses contados da data de publicação do tamanho do nome comercial ou, na sua falta, da DCB ou,
respectivo deferimento ou até a ocasião do requerimento na sua falta, da DCI.
de revalidação do registro correspondente, prevalecendo o 2.1.10.1.- No caso de medicamentos genéricos, os dizeres
que ocorrer primeiro. de rotulagem descritos no subitem anterior deverão ser
Art. 34. As restrições desta resolução não se aplicam: indicados logo acima da faixa amarela que contém o
I - aos estabelecimentos de atendimento privativo de logotipo definido pela legislação específica.
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de 2.1.10.2.- No caso das apresentações comerciais com
assistência médica, desde que os medicamentos embalagens primárias fracionáveis compostas por frações
fracionados se destinem à elaboração de doses unitárias com mais de uma unidade farmacotécnica, quando
para uso exclusivo de pacientes internados ou em admitida pela legislação específica, a descrição de
atendimento de urgência ou emergência; rotulagem referente ao fracionamento deverá ser acrescida
II - às farmácias com manipulação quando realizam o da indicação da quantidade de unidades farmacotécnicas
fracionamento de medicamentos registrados junto ao contidas em cada embalagem primária fracionada,
órgão de vigilância sanitária competente, provenientes de conforme o exemplo a seguir: "Fracionável a cada 2
laboratórios de análises clínicas, hospitais, clínicas e comprimidos".
consultórios, para atender solicitações de profissionais ........................................................................................
habilitados para uso exclusivo em pacientes na atividade 2.2.1.9. - No caso de apresentações fracionáveis, além das
clínica ou auxiliar de diagnóstico, do próprio informações listadas anteriormente, com exceção ao item
estabelecimento, desde que observado o disposto no 2.2.1.8, cada embalagem primária fracionada deve conter
Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de a expressão "Exija a bula" e a indicação do respectivo
Manipulação de Medicamentos em farmácias; e número de registro, facultando-se a descrição apenas dos
III - ao serviço de atendimento ao público para aplicação nove primeiros dígitos.
de injetáveis, a cargo de técnico habilitado, .........................................................................................
disponibilizado pelas farmácias e drogarias devidamente 5.2.1. - No caso de apresentações fracionáveis, cada
licenciadas e autorizadas para essa atividade, desde que embalagem primária fracionada deve conter a expressão
cumpridos os preceitos sanitários e legais vigentes. "Medicamento genérico Lei n.º 9.787, de 1999" ou o
Art. 35. O descumprimento das disposições contidas nesta logotipo caracterizado pela letra "G" estilizada e as
resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei palavras "Medicamento" e "Genérico".
n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo da Art. 39. Ficam revogadas as Resoluções da Diretoria
responsabilidade civil, administrativa e penal cabíveis. Colegiada - RDC n.º 135, de 18 de maio de 2005, e RDC
Art. 36. Cabe ao Sistema Nacional de Vigilância n.º 260, de 20 de setembro de 2005.
Sanitária, além de garantir a fiscalização do cumprimento Art. 40. Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em
desta norma, zelar pela uniformidade das ações segundo vigor na data de sua publicação.
os princípios e normas de regionalização e hierarquização FRANKLIN RUBINSTEIN
do Sistema Único de Saúde. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
Art. 37. O item 5.4.1, do Regulamento Técnico das Boas 12.05.2006
Práticas de Dispensação para Farmácias e Drogarias
contido no Anexo da Resolução n.º 328, de 22 de julho de ANEXO I
1999, passa a vigorar com a seguinte redação: PARTE I
........................................................................................ REGULAMENTO TÉCNICO QUE INSTITUI AS
5.4.1. O fracionamento de medicamentos e a dispensação BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
de medicamentos de forma fracionada em desacordo com MEDICAMENTOS EM FARMÁCIAS E DROGARIAS
a legislação específica. (NR) 1 - OBJETIVO
Art. 38. O Anexo da Resolução da Diretoria Colegiada - Fixar os requisitos mínimos exigidos para a avaliação do
RDC n.º 333, de 19 de novembro de 2003, passa a vigorar cumprimento das Boas Práticas para Fracionamento de
com os seguintes acréscimos e alterações: Medicamentos e o seu respectivo roteiro de inspeção, com
1.4. - EMBALAGEM FRACIONÁVEL - Expressão o propósito de implementar o fracionamento como
utilizada para indicar que a embalagem é adequada ao medida integrante da política nacional de medicamentos,
fracionamento para dispensação do medicamento de a qual racionaliza o uso de medicamentos, ajustando-o às
forma fracionada. necessidades terapêuticas do consumidor e usuário desses
......................................................................................... produtos.
2 - ABRANGÊNCIA
151
2.1 - O fracionamento de medicamentos é procedimento Boas Práticas para Fracionamento de Medicamentos, com
privativo de farmácias e drogarias devidamente base nas exigências deste Regulamento Técnico, sem
regularizadas junto aos órgãos de vigilância sanitária prejuízo do disposto nas demais legislações vigentes.
competentes, segundo a legislação vigente. 3.4.2 - As inspeções sanitárias devem ser realizadas com
2.2 - Este Regulamento Técnico não se aplica: base no Anexo II deste Regulamento Técnico.
2.2.1 - aos estabelecimentos de atendimento privativo de PARTE II
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
assistência médica, desde que os produtos fracionados se MEDICAMENTOS
destinem à elaboração de doses unitárias para uso 1 - OBJETIVO
exclusivo de pacientes internados ou em atendimento de Estabelecer os requisitos de Boas Práticas para
urgência/emergência. Fracionamento de Medicamentos, visando garantir a
2.2.2 - às farmácias com manipulação quando realizam o rastreabilidade e a manutenção da qualidade, segurança e
fracionamento de medicamentos registrados junto ao eficácia dos medicamentos dispensados na forma
órgão de vigilância sanitária competente, provenientes de fracionada.
laboratórios de análises clínicas, hospitais, clínicas e 2 - RESPONSABILIDADES
consultórios, para atender solicitações de profissionais 2.1 - Responsabilidades e Atribuições do Farmacêutico:
habilitados para uso exclusivo em pacientes na atividade 2.1.1 - Conhecer, interpretar e estabelecer condições para
clínica ou auxiliar de diagnóstico, do próprio o cumprimento da legislação sanitária.
estabelecimento, desde que observado o disposto no 2.1.2 - Estabelecer critérios e supervisionar o processo de
Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de aquisição de medicamentos.
Manipulação de Medicamentos em farmácias; e 2.1.3 - Organizar e operacionalizar as áreas e atividades
2.2.3 - ao serviço de atendimento ao público para da farmácia ou drogaria assegurando as condições
aplicação de injetáveis, a cargo de técnico habilitado, adequadas para a conservação e dispensação de
disponibilizado pelas farmácias e drogarias devidamente medicamentos.
licenciadas e autorizadas para essa atividade, desde que 2.1.4 - Prestar a atenção farmacêutica, garantindo que na
cumpridos os preceitos sanitários e legais vigentes. dispensação o usuário receba informações necessárias e
3 - CONDIÇÕES suficientes sobre o uso racional do medicamento
3.1 - O fracionamento é responsabilidade do (freqüência de uso, dose, via de administração, cuidados
farmacêutico,. de conservação, horário de uso, interação medicamentosa,
3.2 - As farmácias e drogarias devem possuir recursos interação com alimentos e outras informações), de forma
humanos, infra-estrutura física, equipamentos e a contribuir para a efetividade do tratamento prescrito.
procedimentos operacionais que atendam às 2.1.5 - Manter registro de todas as operações relacionadas
recomendações deste Regulamento Técnico. com a dispensação de medicamentos na forma fracionada,
3.2.1 - Devem ter localização e estrutura que permitam a manual ou eletrônico, devidamente atualizado, de forma
visualização, pelo consumidor e usuário e medicamentos, legível, sem rasuras ou emendas.
das operações realizadas com relação ao fracionamento, 2.1.6 - Assegurar que os rótulos das embalagens
salvo no caso das farmácias que utilizam a área de secundárias para fracionados apresentem todas as
manipulação para o desempenho dessa atividade. informações exigidas no artigo 26 da presente resolução,
3.3 - Documentação de maneira clara e precisa.
3.3.1 - A farmácia e a drogaria devem manter registro de 2.1.7 - Investigar, analisar e registrar toda reclamação
todas as operações relacionadas com a dispensação de referente ao desvio de qualidade dos medicamentos e
medicamentos na forma fracionada de modo a garantir a definir, implementar e registrar as ações corretivas, as
rastreabilidade do produto. quais devem ser encaminhadas ao órgão de vigilância
3.3.2 - A forma de escrituração de todas as operações sanitária local.
relacionadas com o fracionamento de medicamentos 2.1.7.1 - Os registros de reclamação dos medicamentos
ficará à critério do próprio estabelecimento, podendo ser devem incluir nome e dados pessoais do paciente, do
manual ou eletrônica, observando-se a ordem cronológica prescritor, descrição do medicamento, número
das operações. correspondente de registro do fracionamento no livro de
3.3.3 - Os registros deverão ser legíveis, sem rasuras o registro de receituário, natureza da reclamação e
emendas, devendo ser mantidos atualizados e permanecer responsável pela reclamação.
à disposição das autoridades sanitárias por um período de 2.1.7.2 - Prestar esclarecimentos ao reclamante com base
cinco anos. nas conclusões.
3.3.3 - Quando solicitadas pelos órgãos de vigilância 2.1.8 - Participar de estudos de farmacovigilância e
sanitária competentes, os estabelecimentos devem prestar notificar à vigilância sanitária municipal, estadual ou à
as informações e proceder à entrega de documentos, nos ANVISA as suspeitas de reações adversas ou quaisquer
prazos fixados, a fim de não obstarem a ação de vigilância problemas relacionados ao medicamento com resultado
e as medidas que se fizerem necessárias. negativo ao usuário, por meio de formulário disponível
3.4 - Inspeções nas vigilâncias sanitárias locais ou no sítio
3.4.1 - As farmácias e drogarias estão sujeitas às http://www.anvisa.gov.br .
inspeções sanitárias para verificação do cumprimento das
152
2.1.9 - Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes segura e distinta das demais embalagens, a fim de evitar
e os procedimentos relativos aos aspectos operacionais trocas, misturas e contaminação.
para o fracionamento de medicamentos. 3.2.2 - Área de Fracionamento
2.1.10 - Informar à autoridade sanitária a ocorrência de 3.2.2.1 - Deve estar devidamente identificada de forma
suspeita de fraude ou de falsificação de medicamentos. legível e ostensiva.
2.2 - Responsabilidades e Atribuições do Representante 3.2.2.2 - Deve ter localização e estrutura que permitam a
Legal da Farmácia ou Drogaria: visualização, pelo usuário, das operações realizadas com
2.2.1 - Prever e prover os recursos financeiros, humanos e relação ao fracionamento.
materiais necessários ao funcionamento da farmácia ou 3.2.2.2.1As farmácias que disponham de área de
drogaria. manipulação poderão utilizá-la como área de
2.2.2 - Estar comprometido com as Boas Práticas para fracionamento para os fins desta resolução, ainda que não
Fracionamento de Medicamentos, a melhoria contínua e a permitam a visualização das operações pelo usuário,
garantia da qualidade. desde que as instalações sejam adequadas às operações
2.2.3 - Assegurar condições para o cumprimento das correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e
atribuições gerais de todos os envolvidos, visando materiais de forma organizada, objetivando evitar os
prioritariamente a rastreabilidade, a qualidade, a eficácia e riscos de contaminação, misturas ou trocas de
a segurança dos medicamentos. medicamentos, sem prejuízo das demais normas sanitárias
2.2.4 - Favorecer e incentivar programas de educação vigentes.
continuada para todos os profissionais envolvidos nas 3.2.2.3 - Suas dimensões devem estar adequadas ao
atividades da farmácia ou drogaria. volume das operações relacionadas com o fracionamento,
2.2.5 - Informar à autoridade sanitária a ocorrência de devendo possuir no mínimo:
suspeita de fraude ou de falsificação de medicamentos. a) Bancada revestida de material liso, resistente e de fácil
2.2.6 - A farmácia ou drogaria deve dispor de: limpeza;
2.2.6.1 - Placa contendo o nome completo do b) Instrumento cortante para uso exclusivo no
farmacêutico e horário de sua atuação, em local visível fracionamento e que permita sua limpeza e sanitização, e
para o público, com informações legíveis e ostensivas. c) Lixeira com tampa, pedal e saco plástico, devidamente
2.2.6.2 - Indicação, em local visível para o público, identificada.
contendo informações legíveis e ostensivas, de que o 3.2.2.4 - Os equipamentos e os utensílios, em quantidade
fracionamento dever ser realizado sob a responsabilidade suficiente para atender à demanda das operações
do farmacêutico. realizadas, devem estar localizados, instalados e mantidos
2.2.6.3 - Documentos comprobatórios quanto à de forma a facilitar seu uso e limpeza.
regularidade de funcionamento do estabelecimento, 3.2.2.5 - Não deve haver comunicação direta com
expedidos pelos órgãos sanitários competentes, e lavatórios e os sanitários.
Certificado de Regularidade Técnica emitido pelo 4 - FRACIONAMENTO
Conselho Regional de Farmácia, em local visível ao 4.1 - O fracionamento somente será efetuado após a
público. apresentação da prescrição pelo usuário, na quantidade
3 - INFRA-ESTRUTURA exata de unidades posológicas prescritas, seguido da
3.1 - CONDIÇÕES GERAIS dispensação imediata do medicamento, sendo vedado
Para exercer o fracionamento de medicamentos, a realizá-lo previamente.
farmácia ou drogaria deve ser localizada, projetada, 4.1.1 - Os medicamentos isentos de prescrição poderão
construída ou adaptada com infra-estrutura adequada às ser fracionados e dispensados em quantidade que atenda
operações correspondentes, dispondo de todos os às necessidades terapêuticas do consumidor e usuário de
equipamentos e materiais de forma organizada, medicamentos, sob orientação e responsabilidade do
objetivando evitar os riscos de contaminação, misturas ou farmacêutico.
trocas de medicamentos, sem prejuízo das demais normas 4.1.2 - Os medicamentos isentos de prescrição destinados
sanitárias vigentes. ao fracionamento não poderão permanecer disponíveis
3.2 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS diretamente ao alcance dos consumidores e usuários de
3.2.1 - Local de Armazenamento medicamentos.
3.2.1.1 - O acesso ao local de armazenamento deve ser 4.2 - As bancadas de trabalho devem ser mantidas limpas
restrito às pessoas autorizadas. e sanitizadas, assim como os equipamentos e os
3.2.1.2 - Deve estar identificado de forma legível e utensílios, que devem ser guardados em local apropriado.
ostensiva permitindo a fácil localização. 4.3 - Apenas pode ser fracionado o medicamento a partir
3.2.1.3 - Deve ter capacidade suficiente para assegurar a da embalagem original fracionável.
estocagem ordenada e adequada dos medicamentos 4.4 - O fracionamento deve ser efetuado de forma a
fracionáveis, de modo a preservar a identidade, preservar a integridade da embalagem primária e a
integridade, qualidade e segurança dos mesmos. rastreabilidade do medicamento dispensado na forma
3.2.1.4 - O armazenamento das embalagens originais fracionada.
fracionáveis após a ruptura do lacre ou selo de segurança 4.5 - Previamente à dispensação, deve ser providenciado o
deve ser feito em local ordenado, que permita a guarda registro das operações correspondentes, escriturando as
informações referentes à dispensação de cada
153
medicamento fracionado, de modo a facilitar o seu medicamentos fracionados, os quais deverão ser
rastreamento. obedecidos.
4.5.1 - O registro deve conter, no mínimo, os seguintes 4.8.3 - Os equipamentos e materiais de rotulagem devem
itens: ser armazenados em local seguro, com acesso restrito às
I - data da dispensação (dd/mm/aaaa); pessoas autorizadas.
II - nome completo e endereço do paciente; 4.8.4 - Toda embalagem secundária para fracionados deve
III - medicamento, posologia e a quantidade prescrita de conter rótulo com os seguintes itens:
acordo com sistema de pesos e medidas oficiais; I - razão social e endereço da farmácia ou drogaria onde
IV - nome do titular do registro do medicamento; foi realizado o fracionamento e a dispensação;
V - nome do prescritor e número de inscrição no II - nome do farmacêutico responsável pelo
respectivo conselho profissional; fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho
VI - data da prescrição (dd/mm/aaaa); Regional de Farmácia;
VII - número do registro junto ao órgão de vigilância III - nome comercial do medicamento, quando não se
sanitária competente, contendo os treze dígitos, número(s) tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos
do(s) lote(s), data(s) de validade(s) e data(s) de isentos de registro e imunoterápicos;
fabricação. IV - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas ou
4.6 - Devem existir procedimentos operacionais escritos nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de
para a prevenção de trocas ou misturas de medicamentos, fitoterápicos;
sendo, portanto, vedado o fracionamento concomitante de V - concentração, posologia e via de administração do
mais de um medicamento. medicamento;
4.7. Após o fracionamento do medicamento, a embalagem VI - número(s) do(s) lote(s) ou partida(s) com a(s) data(s)
primária fracionável e a embalagem primária fracionada de fabricação e data(s) de validade (mês/ano) do
remanescentes devem permanecer acondicionadas em sua medicamento;
respectiva embalagem original para fracionáveis. VII - advertências complementares presentes na
4.8 -Embalagem e Rotulagem embalagem original para fracionáveis; e
4.8.1 - As embalagens secundárias para fracionados, VIII - nome da empresa titular do registro e respectivo
disponibilizadas pela farmácia ou drogaria, devem número de telefone do Serviço de Atendimento ao
garantir a manutenção da qualidade dos medicamentos Consumidor (SAC);
fracionados após a dispensação. 4.8.5 - O lixo e os resíduos do fracionamento devem ser
4.8.2 - Devem existir procedimentos operacionais escritos depositados em recipientes tampados e identificados, e
para as operações de rotulagem e embalagem de seu descarte dever ser realizado fora da área de
fracionamento, de acordo com a legislação vigente

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


12.05.2006
Republicado no DOU nº 91 de 15/05/2006

154
ANEXO II
ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA FINS DE VERIFICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
MEDICAMENTOS

1 - ADMINISTRAÇÃO E INFORMAÇÕES GERAIS:


1.1 I O estabelecimento está devidamente regularizado perante os órgãos de vigilância sanitária S N N/A
competentes para realizar a dispensação de medicamentos?
1.2 I Possui Farmacêutico Responsável Técnico?

1.3 N O farmacêutico está identificado de modo distinto dos demais funcionários?

1.4 INF Possui farmacêutico substituto ou co-responsável?

1.5 I O Responsável Técnico, seu substituto ou co-responsável está presente?

1.6 N As instalações mantêm boas condições higiênico-sanitárias para o fracionamento?

1.7 N Os locais estão limpos, sem poeira ou sujeira aparente?

1.8 N Possui placa contendo o nome completo do farmacêutico e horário de sua atuação, em local visível
para o público, com informações legíveis e ostensivas?
1.9 N Possui indicação, em local visível para o público, contendo informações legíveis e ostensivas de
que o fracionamento deve ser realizado sob a responsabilidade do farmacêutico?
2 - ARMAZENAMENTO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS:
2.1 N Existe local para o armazenamento de medicamentos? S N N/A
2.2 N O acesso ao local de armazenamento é restrito às pessoas autorizadas?
2.3 N O local de armazenamento está identificado de forma legível e ostensiva, permitindo a fácil
localização dos medicamentos acondicionados em embalagens fracionáveis?
2.4 N Os medicamentos estão devidamente armazenados?
2.5 N Existem procedimentos escritos (rotinas) quanto a estocagem/armazenamento, fracionamento e
dispensação de medicamentos?
2.5.1 N Estes procedimentos estão disponíveis aos funcionários?
2.5.2 N São cumpridos?
2.6 INF Possui medicamentos que necessitam de armazenamento em baixa temperatura?
2.7 N Possui geladeira com termômetro para controle e registro de temperatura?
3 - FRACIONAMENTO:
3.1 I Existe área identificada, de forma legível e ostensiva, para o fracionamento de medicamentos? S N N/A
3.1.1 I Essa área é visível ao consumidor ou usuário de medicamentos?
3.2 N As instalações possuem condições higiênico-sanitárias satisfatórias e estão em bom estado de
conservação?
3.3 N Possui os equipamentos e utensílios necessários para os procedimentos realizados?
3.4 N Existem procedimentos escritos para as atividades de fracionamento de medicamentos?
3.5 I Todos os medicamentos fracionados são dispensados mediante prescrição segundo a legislação
vigente?
3.6 N A conferência das prescrições é efetuada pelo farmacêutico?
3.7 N O estabelecimento dispõe de mecanismo e procedimento de registro com relação à dispensação de
medicamentos fracionados?
3.8 N Os registros estão com escrituração atualizada, legível e sem rasuras?
3. 9 N Os equipamentos e os materiais de rotulagem destinados às embalagens contendo os
medicamentos fracionados estão guardados em local seguro, com acesso restrito às pessoas
autorizadas?
3.10 I Os dizeres de rotulagem da embalagem secundária para fracionados contemplam todas as
informações especificadas nas normas vigentes?

155
156
RDC Nº 199, DE 26/10/ 2006 §2º Os produtos no Anexo I são de venda isenta de
(D.O.U 30.10.2006) prescrição médica
§3º É vedada a comercialização dos produtos do
Dispões sobre a notificação simplificada de Anexo I na forma farmacêutica injetável.
medicamentos §4º Todos os produtos a base de cânfora são
passíveis de registro como Medicamentos Específicos.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de § 5° As inclusões, alterações e exclusões do Anexo
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere I serão publicadas periodicamente pela ANVISA, em
o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo resolução especifica, após avaliação, pela Subcomissão do
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira das
o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do informações apresentadas pelas empresas através do
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da REQUERIMENTO presente no anexo III IV deste
Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, regulamento.
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião Art. 4° Apenas as empresas fabricantes, que
realizada em 23 de outubro de 2006, e cumprem as Boas Práticas de Fabricação e Controle, de
Considerando o disposto no Art. 41 §2º da Lei acordo com a legislação vigente, e que estão devidamente
9782 de 1999, alterada pela Medida Provisória 2190-34 autorizadas/licenciadas pela Autoridade Sanitária
de 2001. competente, podem notificar e fabricar os produtos
Considerando a definição de medicamento abrangidos por esta resolução mediante o certificado de
presente no Art. 4º inciso II da Lei 5991 de 1973. Boas Praticas de Fabricação ou protocolo de solicitação
Considerando o art. 2 inciso III da Lei n° 9279/96, do pedido de BPF com status satisfatório no Banco de
que regula os direitos e obrigações relativos à propriedade dados de Inspeção da ANVISA.
industrial adota a seguinte Resolução de Diretoria Art. 5° Os estudos de estabilidade devem ser
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua realizados conforme GUIA DE ESTABILIDADE.
publicação: Quando houver inviabilidade técnica para realização dos
Art. 1º Para efeito desta Resolução consideram-se testes requeridos a empresa deverá apresentar justificativa
as seguintes definições: arrazoando os motivos técnicos.
MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO Art. 6º A notificação dos produtos listados no
SIMPLIFICADA -produto farmacêutico, tecnicamente Anexo I deve ser precedida pela produção de lotes-piloto
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa de acordo com o GUIA PARA PRODUÇÃO DE LOTES-
ou paliativa na qual existe baixo risco de que seu uso ou PILOTO DE MEDICAMENTOS, devendo a
exposição possa causar conseqüências e ou agravos à documentação ser arquivada na empresa para fins de
saúde quando observadas todas as características de uso e controle sanitário, exceto para produtos que possuem
de qualidade descritas no Anexo I desta Resolução. cadastro ou registro vigente junto à Anvisa. (N.R)
NOTIFICAÇÃO - comunicação à autoridade Redação dada pela RDC 4/2015
sanitária federal (ANVISA) referente à fabricação, § 1º Os lotes piloto poderão ser comercializados, a
importação e comercialização dos medicamentos de critério do fabricante, após a realização do estudo de
notificação simplificada relacionados no Anexo I deste estabilidade acelerado e a devida notificação do produto,
regulamento. conforme estabelecido neste regulamento.
AFE - AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO Art. 7° A notificação deve seguir os seguintes
- Ato privativo do órgão ou da entidade competente do critérios:
Ministério da Saúde, incumbido da vigilância sanitária § 1º A notificação deve ser realizada,
dos produtos de que trata este Regulamento, contendo exclusivamente, pela empresa com autorização de
permissão para que as empresas exerçam as atividades funcionamento para fabricar e/ou importar medicamentos.
sob regime de vigilância sanitária, instituído pela Lei no § 2º A empresa deverá realizar uma notificação
6.360, de 1976, mediante comprovação de requisitos individual para cada produto, conforme este regulamento.
técnicos e administrativos específicos. § 3º A empresa dever á proceder com nova
Art. 2° Fica instituída a notificação simplificada de notificação sempre que houver inclusões ou alterações em
medicamentos mediante peticionamento eletrônico. quaisquer informações prestadas por meio da notificação
§1º Para efeito deste regulamento são considerados letrônica”. (NR) (Redação dada pela RDC 107/16)
medicamentos de notificação simplificada aqueles § 4º Todas as notificações devem ser renovadas a
constantes no Anexo I Art 3º A notificação não exime as cada 5 (cinco) anos, respeitando os prazos estabelecidos
empresas das obrigações do cumprimento das Boas no Art. 12 da Lei nº 6.360/76”. (NR) (Redação dada pela
Práticas de Fabricação e Controle e das demais RDC 107/16)
regulamentações sanitárias. § 5º Todas as notificações devem ser renovadas a
§1º Os produtos mencionados no caput deste artigo cada 5 (cinco) anos, mediante nova notificação de cada
devem adotar, integralmente, as informações produto, respeitando os prazos estabelecidos no Art. 12 da
padronizadas no Anexo I deste regulamento. Lei nº 6.360/76
§ 6º Os medicamentos de baixo risco isentos de
registros e regularizados mediante notificação ficam
157
sujeitos ao pagamento da Taxa de Fiscalização de §3º O cadastro de medicamentos, cujo princípio
Vigilância Sanitária instituída pela Lei nº 9.782, de 26 de ativo, concentração e/ou forma farmacêutica não estão
janeiro de 1999”. (NR) (Redação dada pela RDC 107/16) relacionados no Anexo I deste regulamento, são válidos
§ 7º As notificações de que trata o caput deste até o término de sua vigência, devendo posteriormente
artigo estão isentas do pagamento de taxa. enquadrar-se a essa Resolução ou nos regulamentos para
§ 8º Será disponibilizada, para consulta no site da registro de medicamentos junto a Anvisa.
ANVISA, a relação de empresas e produtos notificados, Art.10. As informações apresentadas na
imediatamente após a realização da notificação. Notificação são de responsabilidade da empresa e serão
Art. 8° Os produtos especificados no Artigo 1º objeto de controle sanitário pela ANVISA.
devem citar, em sua rotulagem, o enquadramento nesta Art. 11. Ficam revogados art. 3° e art. 8º da
Resolução, adotando a frase: “MEDICAMENTO DE Resolução RDC n° 132, de 29 de maio de 2003, e os itens
NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC ANVISA 2.1.1.12.1 ; 3.7 e 7.1 do anexo da Resolução RDC n° 333,
Nº......../2006. AFE nº:..........................”. de 19 de novembro de 2003.
§ 1º A rotulagem dos produtos objeto deste Art 12. Esta Resolução entrará em vigor 15 dias da
regulamento deve seguir o estabelecido no Anexo I e no publicação.
Anexo II III, ficando dispensados de apresentação de bula DIRCEU RAPOSO DE MELLO
§ 2º Fica facultada a utilização de embalagem
secundária, caso constem na embalagem primária todas as ANEXO I (Redação dada pela RDC 107/16)
informações exigidas no Anexo I e Anexo II deste LISTA DE MEDICAMENTOS DE BAIXO RISCO
regulamento. As informações sobre especificações SUJEITOS A NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA
analíticas mínimas e referência não devem constar na I - As especificações analíticas adotadas pelos fabricantes
rotulagem do produto. para os medicamentos de baixo risco sujeitos a otificação
§ 3º Fica dispensada a utilização de tinta reativa na simplificada devem seguir monografia inscrita na
rotulagem de produtos desta categoria, porém as Farmacopeia Brasileira ou em compêndio oficialmente
embalagens devem apresentar lacre ou selo de segurança, reconhecido pela Anvisa de acordo com norma específica.
para garantia da inviolabilidade do produto. II - Na ausência de monografia oficial, deverão ser
§ 4º Estes produtos devem adotar para sua realizados os testes descritos nos métodos gerais da
identificação, o nome do produto ou sinônimo presentes Farmacopeia Brasileira, e demais testes necessários,
no Anexo I deste regulamento, sendo facultada a adoção desenvolvidos pelo fabricante, para garantir a qualidade
de marca ou nome comercial. do medicamento.
Art. 9º A adequação a este regulamento de III - Todo laudo de análise de controle da qualidade do
medicamentos cadastrados ou registrados na ANVISA produto acabado, independente da forma farmacêutica,
deve ser realizada respeitando as seguintes disposições: deve apresentar, no mínimo, as seguintes informações ou
I -Todos os produtos cadastrados na ANVISA justificativa técnica de ausência:
como isentos de registro devem se adequar a a) Características organolépticas/aparência;
este regulamento no momento de sua renovação. b) Identificação e teor do(s) princípio(s) ativo(s);
A critério da empresa, a adequação a esta c) Limites microbianos: contagem de bactérias e fungos
Resolução poderá ser realizada antes do período totais e pesquisa de patógenos;
de renovação. 1 - Para as formas farmacêuticas sólidas, a empresa deve
II - Os produtos listados no Anexo I, porém acrescentar as seguintes informações ou justificativa
atualmente registrados em outras categorias de técnica de ausência:
medicamentos, devem se adequar a este a) desintegração;
regulamento no momento de sua renovação. A b) dissolução;
critério da empresa, a adequação a esta c) dureza;
Resolução poderá ser realizada antes do período d) peso médio; e
de renovação e) umidade;
§1º As petições referentes a cadastro de 2 - Para as formas farmacêuticas líquidas e semissólidas, a
medicamentos isentos de registro em análise ou em empresa deve acrescentar as seguintes informações ou
arquivamento temporário serão encerradas a partir da justificativa técnica de ausência:
vigência deste regulamento. No caso de petições de a) pH;
renovação de cadastro de medicamentos, protocoladas b) densidade;
antes da publicação deste regulamento, a adequação deve c) viscosidade; e
ocorrer em até 180 dias. d) volume ou peso médio.
§2º Caso haja produtos registrados ou cadastrados
com indicações diferentes, a empresa deverá adequar-se ANEXO I
as informações existentes no Anexo I e posteriormente, LISTA DE MEDICAMENTOS DE BAIXO RISCO
providenciar protocolo do requerimento de inclusão, SUJEITOS A NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA
alteração ou exclusão presente no Anexo III deste (Conforme RDC 107/2016, alterada pela RDC 242/2018)
regulamento e aguardar a publicação conforme o § 4º do
art. 3
158
PRODUTO CONCENTRAÇÃO DO SINÔNIMOS FORMA INDICAÇÃO MODO DE ADVERTÊNCIA LINHA DE PRODUÇÃO
PRINCÍPIO ATIVO FARMACÊUTICA USAR
Ácido bórico 3% de ácido bórico Água boricada Solução Antisséptico, Aplicar duas a Não pode ser aplicado Líquido
bacteriostátic o três vezes ao dia, em grandes áreas do
e fungicida. com auxílio de corpo, quando
Utilizado em compressas de existirem lesões de
processos gaze ou algodão. qualquer tipo, feridas
infecciosos ou queimaduras.
tópicos Produto de uso
exclusivo em adultos.
O uso
em crianças
representa risco à
saúde. Não ingerir.

Ácido fólico 0,2 mg/mL Vitamina B9 Solução Oral Prevenção e Uso adulto: Este medicamento é Líquido
Redação dada tratamento da Prevenção de contraindicado para
pela RDC carência de ocorrência de pacientes que
242/2018 folatos e malformações apresentam
redução fetais: Tomar 2 hipersensibilidade ao
da ocorrência mL ao dia. ácido fólico. A
de Prevenção de presença de ácido
malformações deficiência de fólico nas
fetais. ácido fólico: preparações líquidas,
Tomar 2 mL ao pode aumentar a
dia. Para absorção do ferro
gestantes e alimentar, o que pode
lactantes tomar 4 ser prejudicial aos
mL ao dia. pacientes
Tratamento de talassêmicos que
deficiência de apresentam acúmulo
ácido fólico: deste elemento nos
Tomar até 5 mL tecidos. Logo, o
ao dia. Uso medicamento não
pediátrico: deve ser administrado
Prevenção de antes ou logo após as
deficiência de refeições. Doses
ácido fólico: muito altas de ácido
LACTENTES (0 fólico podem
a 11 MESES): ocasionar convulsões
Tomar 0,5 mL em pacientes
ao dia. epilépticos tratados

159
CRIANÇAS (1 a com fenitoína.
10 ANOS): Doses de ácido fólico
Tomar 1,5 mL acima de 0,1mg/dia
ao dia. podem mascarar
casos de anemia
perniciosa, pois as
características
hematológicas são
normalizadas,
enquanto os danos
neurológicos
progridem.
Ácido 2% de ácido salicílico Pomada de Pomada Queratoplástica Aplicar nas áreas Pode ocorrer a Semissólido
salicílico ácido salicílico afetadas, à noite, absorção e salicilismo
2%. e retirar pela em uso prolongado.
Vaselina manhã.
Salicilada 2%.
Ácido 10% de ácido Pomada de Pomada Queratolítica Uso externo. Contraindicação: Semissólido
salicílico salicílico ácido Aplicar nas pacientes com
salicílico áreas hipersensibilidade ao
10%. afetadas, ácido salicílico,
Vaselina à noite, e durante a gravidez e
salicilada retirar pela lactação. Diabéticos
10%. manhã. devem usar com
cautela. Evitar
Apresenta contato com os
propriedade olhos, a face, os
queratolítica
órgãos genitais e as
forte e sua
aplicação deve ser mucosas.
efetuada com Lavar as mãos após
muita precaução, a aplicação.
sendo Reações adversas:
recomendável a pode ocorrer
utilização de absorção e salicilismo
espátulas ou luvas em uso prolongado.
de proteção.
Ácido 20% de ácido salicílico Pomada de Pomada Queratolítica Em aplicações Contraindicação: Semissólido
salicílico ácido Nas locais. No caso de pacientes com
Salicílico 20%. hiperqueratoses, rachaduras de pés, hipersensibilidade ao
Vaselina como cravos e duas vezes ao dia; ácido salicílico,
Salicilada 20%. Rachaduras nos no caso de calos durante a gravidez e
pés,calos secos secos e verrugas, lactação.
e verrugas. aplicar à noite Diabéticos devem
160
e cobrir com usar com cautela.
esparadrapo, Evitar contato com os
retirando-o no dia olhos, a face, os
seguinte. órgãos genitais e as
Apresenta mucosas.
propriedade Lavar as mãos após
queratolítica forte a aplicação.
e sua aplicação Interações com
deve ser efetuada medicamento s:
com muita usado com sabões
precaução, sendo abrasivos,
recomendável a preparações para
utilização de acne, preparações
espátulas ou luvas contendo álcool,
de proteção. cosméticos ou sabões
com forte efeito
secante podem causar
efeito irritante ou
secante cumulativo,
resultando em
irritação excessiva da
pele.
Reações adversas:
pode ocorrer
absorção e salicilismo
em uso prolongado.
Água Água destilada, Líquido Lavagem de Uso externo. Não deve ser usado Líquido ou soluções
purificada Água ferimentos Aplicar para injetáveis. A estéreis
deionizada, diretamente no ingestão pode causar
Água por local afetado. diarréia, devido à
osmose reversa, ausência de íons na
Água por água.
ultrafiltração.
(OBS: o
sinônimo para
água purificada
deve ser
utilizado
conforme o
processo de
obtenção)
Álcool Cânfora 10% (p/v) Álcool Solução Solução Tratamento Uso externo. Manter fora do Líquido
canforado Etílico Q.S. alcoólica de sintomático de Aplicar alcance de crianças.
161
cânfora mialgias e diretamente no Não deve ser
artralgias. local afetado, utilizado em crianças
Também pode previamente menores de dois
ser utilizado limpo, com o anos.
para aliviar auxílio de gaze Manter distante de
pruridos. ou algodão, três a fontes de calor.
quatro vezes ao Conservar em
dia, mediante temperatura inferior
fricção. a 25ºC.
OBS:
Embalagem máxima
de 50mL p/ venda
ao
público.
Devem-se adicionar
as advertências
contidas na
NBR5991/97
e RDC 46 de
20/02/02.

OBS: Produto exige


embalagem primária
de vidro âmbar
(Formulário
Nacional, 1ª Ed.).
Álcool etílico Álcool etílico 70% (p/p). Álcool 70 Solução Antisséptico Uso externo. Manter distante de Líquido
Álcool etílico 77° GL Aplicar fontes de calor.
diretamente no
local afetado, OBS:
previamente li Embalagem máxima
mpo, com o de 50mL p/ venda
auxílio, se desejar, ao público.
de algodão ou Devem-se adicionar
gaze. as advertências
contidas na NBR
5991/97 e RDC 46 de
20/02/02.
Álcool etílico Álcool etílico 70% (p/p). Álcool gel Gel Antisséptico de Uso externo. (OBS: Semissólido
mãos. Aplicar Devem-se adicionar
diretamente n o as advertências
local afetado, contidas na NBR
previamente 5991/97
162
limpo, com o e RDC 46 de
auxílio, se 20/02/02).
desejar, de
algodão ou gaze.
Amônia 10% de hidróxido de Amônia Solução Neutralizar Uso tópico. Evitar contato com Líquido
amônio diluída picadas de Aplicar no os olhos. Não inalar.
inseto. local da Em contato com
picada. pele e olhos produz
bolhas e vesículas.
Queimadura de
amônia provoca
sensação na pele
como ensaboada.

Após a utilização não


cobrir a picada com
compressas.
Manusear em local
arejado e não agitar.
Se ingerido, procurar
auxílio médico.
Qualquer acidente
lavar com bastante
água.
Não usar na pele sem
antes fazer o teste de
sensibilidade. Não
reaproveitar a
embalagem
Azul de 1% de azul de metileno Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o O produto pode Liquido
metileno azul de local, com o manchar a pele.
metileno. auxílio de gaze, Nesse caso, pode ser
algodão ou utilizada uma
espátula. Uso solução de
tópico. hipoclorito de sódio
para clarear.
Benjoin 20% benjoim, Sumatra, Tintura de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Uso externo. Proteger Líquido
Benzoin benjoin local, com o da luz. Informações
auxílio de gaze, de segurança: podem
algodão ou ocorrer reações
espátula. de hipersensibilidade
e dermatite de
contato.
163
Bicarbonato Mínimo 99% de Sal de vick Pó Antiácido Dissolver 2,5 g (1 Não usar juntamente Sólido
de sódio bicarbonato de sódio colher de café) em com dieta Láctea (a
um copo de água base de leite) devido
filtrada e tomar 30 a possibilidade de
minutos antes das ocorrência de
refeições para síndrome alcalino-
neutralizar o láctea.
excesso de Reações adversas:
secreção pode ocorrer efeito
gástrica no rebote ácido, devido
estômago. à estimulação da
gastrina. No uso
prolongado exige
acompanhamento
médico
Carbonato de Mínimo de 98% de Carbonato de Pó Antiácido 1 a 2 g ao dia. Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio cálcio pode ocorrer efeito
rebote, ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de carbonato de Carbonato de Cápsula Antiácido 2a4 Reações adversas: Sólido
cálcio cálcio cálcio cápsulas ao pode ocorrer efeito
dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de Carbonato de Comprimido Antiácido 2a4 Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio comprimidos pode ocorrer efeito
cálcio ao dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de Carbonato de Comprimido Antiácido Adulto: 2 a 4 Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio mastigável comprimidos pode ocorrer efeito
cálcio ao dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 1250 mg de carbonato Carbonato de Comprimido ou Prevenção do Adulto: tomar Contraindicações: Sólidos
cálcio + de cálcio (equivalente cálcio + Comprimido raquitismo e 1a3 hipercalcemia,
colecalciferol a 500 mg de cálcio vitamina D3 revestido prevenção ou comprimidos
elementar) + 200 UI tratamento via oral ao dia. hipervitaminose
Redação dada de colecalciferol auxiliar na Ingerir após as D,
pela RDC desmineraliza refeições. hipersensibilidade
242/2018. ção óssea pré Crianças: ao colecalciferol,
e tomar 1 ergocalciferol ou
pósmenopaus comprimido ao
164
al. dia durante as metabólitos da
refeições vitamina D.
Reações adversas:
alterações
lipídicas,
hipervitaminose
D, distúrbios
gastrointestinais,
bradicardia e
arritmias.
Superdosagem:
anorexia,
cansaço, náusea e
vômito, diarreia,
perda de peso,
poliúria,
transpiração,
cefaleia, sede,
vertigem e
aumento da
concentração de
cálcio e fosfato
no plasma e urina,
hipercalcemia,
insuficiência
renal, calcificação
de tecidos moles,
hipercalciúria e
cálculo renal.
Carbonato de 1250 mg de carbonato Carbonato de Comprimido ou Prevenção do Adulto: tomar Contraindicações: Sólidos
cálcio + de cálcio (equivalente a cálcio + Comprimido raquitismo e 1a2 hipercalcemia,
colecalciferol 500 mg de cálcio vitamina D3 revestido prevenção ou
elementar) + 400 UI de tratamento comprimidos hipervitaminose
Redação dada colecalciferol auxiliar na via oral ao dia. D,
pela RDC desmineraliza Ingerir após as hipersensibilidade
242/2018. ção óssea pré refeições. ao colecalciferol,
e ergocalciferol ou
Crianças:
165
pósmenopaus tomar 1 metabólitos da
al. comprimido ao vitamina D.
dia durante as Reações adversas:
refeições. alterações
lipídicas,
hipervitaminose
D, distúrbios
gastrointestinais,
bradicardia e
arritmias.
Superdosagem:
anorexia,
cansaço, náusea e
vômito, diarreia,
perda de peso,
poliúria,
transpiração,
cefaleia, sede,
vertigem e
aumento da
concentração de
cálcio e fosfato
no plasma e urina,
hipercalcemia,
insuficiência
renal, calcificação
de tecidos moles,
hipercalciúria e
cálculo renal.
Carvão 250 mg de Carvão Cápsula Redução do Ingerir 4 Contraindicad Sólido
vegetal carvão ativado acúmulo cápsulas ao o durante a gravidez,
ativado vegetal excessivo de menos 30 e para os casos
ativado gases minutos antes de obstrução
intestinais das refeições intestinal e alterações
e 4 cápsulas anatômicas do trato
após as refeições gastrointestinal. Deve
ser utilizado com

166
precaução em
crianças, uma vez que
o carvão ativado pode
interferir na absorção
de nutrientes.
Não é recomendável
o uso por crianças
menores de 12 anos
de idade. Pode haver
adsorção de outros
medicamento s
utilizados
concomitante mente
ao carvão ativado.
Portanto, este deve
ser administrado duas
horas antes ou uma
hora após outras
medicações. Não é
recomendado utilizar
o carvão ativado por
longo período.
Cloreto de 33 g de cloreto de magnésio Pó Laxante suave Uso Interno. Após aberto, guardar Sólido
magnésio Dissolver o o produto bem
conteúdo da fechado em
embalagem em 1 geladeira. Quando
litro de água ocorrer maior
filtrada; frequência de
armazenar em evacuações, diminuir
recipiente de a dose. Em caso de
vidro na geladeira diarreia suspender o
e tomar 60 mL/dia uso. Precauções:
desta solução (um Quando a funções
cálice ou uma renal estiver
xícara de chá), deficiente, a
preferencialmente reposição do
pela manhã em magnésio deve ser
jejum. Pode ser acompanhada de
misturado a sucos cuidados especiais e
cítricos para de onitorização dos
mascarar o sabor níveis séricos. Deve
amargo da ser evitado o uso em
solução. Após mulheres grávidas,
diluição o uma vez que o
167
medicamento magnésio ultrapassa
deverá ser a placenta podendo
consumido interferir nos níveis
em até X dias. séricos do feto.
Obs.: substituir o Contraindicação: O
X pelo número uso do cloreto de
de dias magnésio é
comprovados
no estudo de contraindicado em
estabilidade após pacientes com
diluição insuficiência renal
severa.
Colódio lacto 20,0% (g/mL) de ácido Calicida Solução Verrugas Uso externo. Não usar próximo aos Líquido
salicilado Salicílico equivalente a comuns, plantar Proteger as áreas olhos. Evitar o
16,5% (p/p) + 15,0 % ácido e calosidades. ao redor da lesão contato com as
láctico com vaselina mucosas e a pele
sólida. íntegra. O uso é
Aplicar, uma contraindicado em
vez ao dia, até diabéticos e em
eliminação da pacientes com
verruga ou déficits circulatórios
calosidade, quatro em membros.
camadas de
colódio,
esperando cada
camada secar
antes da
reaplicação.
Colódio 12,0% (g/mL) Calicida Solução Verrugas Uso externo. Não usar próximo Liquido
salicilado de ácido salicílico comuns, plantar Proteger as áreas aos olhos. Evitar o
e calosidades. ao redor da lesão contato com as
Queratoplástico. com vaselina mucosas e a pele
sólida. íntegra. O uso é
Aplicar, uma vez contraindicado em
ao dia, até diabéticos e em
eliminação da pacientes com
verruga ou déficits circulatórios
calosidade, quatro em membros.
camadas de
colódio,
esperando cada
camada secar
antes da
reaplicação.

168
Enxofre 10% de enxofre Enxofre Creme Escabiose e Uso tópico. A aplicação de Semissólido
acne. Aplicar no local enxofre em uso
afetado. tópico pode causar
irritação na pele. Não
ingerir.
Manter fora do
alcance das crianças.
Contato com olhos,
boca e outras
membranas mucosas
deve ser evitado.
Contraindicações:
hipersensibili dade ao
enxofre.
Reações adversas:
irritação na pele,
vermelhidão ou
escamação da pele.
Éter 35% de éter etílico (v/v) + Licor de Solução Utilizado para Uso externo. Pode ocorrer Líquido
alcoolizado Álcool etílico 96% (v/v). Hoffman desengordurar a Aplicar nas áreas irritação local e
pele e como afetadas, com fotossensibilidade.
veículo em auxílio de algodão.
formulações
para acne,
alopecia e
antimicóticos
tópicos, bem
como, para
remoção de
fitas adesivas.
Extrato fluído 10% de extrato de rosas Mel rosado Solução Adstringente Aplicar puro ou Contraindicações: Líquido
de rosas rubras em mel. nas estomatites, diluído em água, pode ocorrer
rubras principalmente na boca ou hipersensibilidade.
infantil garganta, com Precauções e
(sapinho). haste flexível de advertências: não
algodão, chupeta ingerir.
ou gargarejo.
Glicerina Mínimo 95% de glicerina Glicerina Solução Demulcente, A glicerina Contraindicações: Líquido
emoliente, farmacêutica é pode ocorrer
umectante e um produto com hipersensibilidade.
hidratante. excelente Precauções e
atividade sobre a advertências: não
pele, exercendo o ingerir.
169
efeito
demulcente, isto
é, quando
aplicada sobre
locais irritados
ou lesados, tende
a formar uma
película protetora
contra estímulos
resultantes do
contato com o ar
ou irritantes
ambientais.
Espalhar o
produto
friccionando s
obre toda a área
de uso.
Gliconato de 0,5% de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o olhos, ouvidos e
digliconato de produto em boca. Para os casos
clorexidina quantidade de contaminação
suficiente para destas partes, lavar
umedecer abundantemente com
toda a área, água.
esfregando Contraindicado para
com gaze pessoas com história
estéril. Deixar de hipersensibilidade
secar à clorexidina.
completamente,
e, se necessário,
repetir o
procedimento
. Pode ser
utilizado em
mucosas.
Gliconato de 0,5% de Gliconato de Solução Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina gliconato de clorexidina clorexidina e alcoólica tópico. Para Aplicar o com olhos, ouvidos e
antissepsia produto em boca. Para os casos
digliconato de de pele antes de quantidade de contaminação
clorexidina procedimento suficiente para destas partes, lavar
s invasivos umedecer abundantemente com
(como toda a área a água. Não deve ser
inserção de ser tratada, utilizada para
170
cateteres) e esfregando irrigação de
antissepsia com gaze cavidade corpórea,
do campo estéril. Deixar curativo da ferida
operatório secar cirúrgica ou de lesões
após completamen de pele e mucosa.
degermação; te e, se Não utilizar em
para necessário, mucosas.
realização de repetir o Contraindicado para
curativo de procedimento. pessoas com história
local de Aguarde o de hipersensibilidade
inserção de produto secar à clorexidina.
cateteres completamen
vasculares. te antes de
qualquer
punção ou
inserção na
pele. Para
antissepsia da pele
em
procedimentos
cirúrgicos,
realizar antes
a degermação
da pele com
solução de
clorexidina com
tensoativo.
Gliconato de 1,0% de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico Aplicar o com olhos, ouvidos e
digliconato de produto em boca. Para os casos
clorexidina quantidade de contaminação
suficiente para destas partes, lavar
umedecer toda a abundantemente com
área a ser água.
tratada, Contraindicado para
esfregando com pessoas com história
gaze estéril. de hipersensibili dade
Deixar secar à clorexidina.
completamente, e
se necessário,
repetir o
procedimento
. Pode ser
utilizado em
mucosas.

171
Gliconato de 1,0% de Gliconato de Solução alcoólica Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina gliconato de clorexidina e tópico para Para a antissepsia com olhos, ouvidos e
clorexidina digliconato de desinfecção das mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina das mãos antes técnica de de contaminação
de contato com higienização das destas partes, lavar
pacientes e mãos com abundantemente com
preparo preparações água.
cirúrgico das alcoólicas Contraindicado para
mãos. (fricção pessoas com história
antisséptica) de hipersensibilidade
preconizada pela à clorexidina.
Anvisa e Não utilizar em
disponível para mucosas.
consulta em seu Não usar em
endereço combinação
eletrônico com sabão
<http://www.a degermante.
nvisa.gov.br/h
otsite/higieniz
acao_maos/in
dex.htm>.
Gliconato de 2,0% de gliconato de Gliconato de Solução com Antisséptico Uso externo. Para Evitar contato Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tensoativos tópico; a antissepsia das com olhos, ouvidos e
digliconato de degermação mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina da pele do técnica de preparo de contaminação
paciente, pré- operatório destas partes, lavar
antes de preconizada pela abundantemente com
procedimento Anvisa e água.
s invasivos
disponível para Não usar para
(p.ex, cirurgia,
Cateter venoso consulta em seu curativos.
central, entre endereço
eletrônico Não usar em
outros); mucosas.
banho pré- <http://www.a
nvisa.gov.br/h Contraindicado para
operatório de pessoas com história
pacientes; otsite/higieniz de hipersensibilidade
preparo das acao_maos/in à clorexidina.
mãos do dex.htm>.
profissional
de saúde, antes Antissepsia do
da realização de campo
procedimentos operatório:
invasivos e após umedecer a pele e
cuidado do aplicar o produto
paciente friccionando
172
colonizado ou suavemente.
infectado por Enxaguar e secar
patógenos a área com
multiresistentes. compressas
estéreis.
Banho pré-
operatório:
umedecer o corpo
e aplicar o
produto. Com o
auxílio das mãos
ou esponjas,
friccionar
suavemente até
obtenção de
espuma.
Enxaguar e secar.
Gliconato de 2,0 % de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o produto olhos, ouvidos e
Preparo de em quantidade boca. Para os casos
digliconato de mucosas para a suficiente para de contaminação
clorexidina realização de umedecer toda a destas partes, lavar
procedimentos área a ser tratada, abundanteme nte
cirúrgicos, esfregando com com água.
preparo gaze estéril.
da região Deixar secar
Não deve ser
genital pré- completamen te e,
se necessário, utilizada para
sondagem irrigação de cavidade
repetir o
vesical, procedimento. corpórea.
antissepsia Pode ser utilizado Não usar para preparo
extrabucal em em mucosas. de pele do paciente
procedimento s cirúrgico. Não usar
odontológicos para degermação/
antissepsia das mãos
de profissionais de
saúde.
Não usar para
curativo da ferida
cirúrgica ou de
lesões de pele e
mucosa.

Contraindicado para
173
pessoas com história
de hipersensibilidade
à clorexidina.
Gliconato de 2,0 % de gliconato de Gliconato de Solução alcoólica Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o olhos, ouvidos e
Antissepsia do produto em boca. Para os casos
digliconato de campo quantidade de contaminação
clorexidina operatório; suficiente para destas partes, lavar
antissepsia da umedecer toda a abundantemente com
pele antes área a ser tratada, água.
De esfregando com Não deve ser
procedimentos gaze estéril. utilizada para
invasivos. Deixar secar e, se irrigação de cavidade
Antissepsia no necessário, repetir corpórea.
sítio de inserção o procedimento.
de catéteres Não usar para
Aguarde o curativo na ferida
vasculares produto secar cirúrgica ou de lesões
centrais e completamente de pele e mucosa .
periféricos. antes de qualquer Contraindicado para
punção ou
pessoa com história
inserção na pele. de hipersensibilidade
à clorexidina.
Gliconato de 4,0 % de gliconato de Gliconato de Solução com Antisséptico Uso externo. Para Evitar contato com os Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tensoativos tópico; a antissepsia das olhos, ouvidos e
digliconato de degermação da mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina pele do paciente, técnica de de contaminação
antes de Preparo pré- destas partes, lavar
procedimentos operatório abundantemente com
invasivos (por preconizada pela água. Não usar para
ex. cirurgia, ANVISA e curativos. Não usar
cateter venoso disponível para em mucosas .
central ); banho consulta em seu Contraindicado para
pré- operatório endereço pessoas com história
de pacientes; eletrônico de hipersensibilidade
preparo das www.anvisa.gov. á clorexidina.
mãos do br/hotsite/higieniz
profissional de açãomaos/index.h
saúde, antes da tml.
realização de Antissepsia do
procedimentos campo operatório:
invasivos e após umedecer a pele e
cuidado do aplicar o produto
paciente friccionando
suavemente.
174
colonizado ou Enxaguar e secar
infectado por a área com
patógenos compressas
multirresistentes estéreis. Banho
e em situações pré- operatório:
de surto. umedecer o corpo
e aplicar o
produto. Com o
auxílio das mãos
ou esponjas,
friccionar
suavemente até
obtenção de
espuma. Enxaguar
e secar.
Hidróxido de Hidróxido de alumínio 6% Suspensão de Suspensão Antiácido, Uso interno. Agitar antes de usar. Líquido
alumínio hidróxido de coadjuvante no Tomar de 5 a 10 Obstipante (causa
alumínio tratamento de mL, constipação, prisão de
úlceras gástricas quatro vezes ao ventre)
e duodenais e dia, 15 minutos
esofagite de antes das
refluxo. refeições, e antes
de deitar, ou a
critério médico.
Hidróxido de 8% (p/v) de hidróxido de Leite de Suspensão Antiácido, Uso interno. Agitar antes de usar. Líquido
magnésio magnésio magnésia; laxante suave. Antiácido: 5 a 15 Precauções: não
magma de mL (1colher de ingerir na gravidez
magnésio; chá a 1 colher de ou se estiver
magnésia sopa), duas a três amamentando sem
hidratada; vezes ao dia. orientação médica.
óxido de Laxante: No caso de
magnésio superdosagem,
hidratado 30 mL a 60 procure orientação
mL (2 a 4 médica.
colheres de
sopa). Precauções como
Crianças: de um laxativo: não usar
quarto a metade em presença de dor
da dose para abdominal, náuseas,
adultos, de acordo vômitos, alteração
com a idade. nos hábitos
intestinais por mais
de 2 semanas, san
175
gramento retal e
doença renal.
Precauções como
antiácido: pode haver
efeito laxativo.
Hidróxido de Hidróxido de bmagnésio Comprimido Tratamento dos Uso oral. Não deve ser Sólido
magnésio e 200mg + Hidróxido de sintomas da Crianças utilizado em
alumínio Alumínio 200mg acidez acima de 6 anos pacientes
estomacal, de idade: 1 a 2 com
azia, comprimidos, hipersensibilidade
desconforto de acordo com a aos componentes
estomacal, idade, 2 vezes ao da fórmula,
dor de dia. insuficiência
estômago, Adultos: 2 a 3 renal severa, com
dispepsia comprimidos, hipofosfatemia ou
(indigestão), 4 vezes ao dia. obstrução intestinal.
queimação, Limite máximo Não deve ser
esofagite de administração: utilizado na gravidez
péptica para crianças, 2 e na amamentação.
(inflamação vezes ao dia; para Contraindicações:
do esôfago, adultos, 4 vezes contraindicado para
causada pelo ao dia. pacientes com
refluxo insuficiência renal
Cuidados de
gástrico) e severa.
administração: os
hérnia de hiato. Precauções:
comprimidos Administrar com
devem ser cautela: -em
mastigados, pacientes com
não degluti-los porfiria que estejam
porinteiro. Deve fazendo
ser administrado hemodiálise;
meia hora após as
refeições e ao - na vigência
deitar. de dietas pobres em
fósforo . Não se deve
ultrapassar a dose
diária ou prolongar o
tratamento por mais
de 14 dias (com dose
máxima). O uso
prolongado de
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatê micos
pode resultar em
176
hipofosfatemi a se a
quantidade de
fosfato ingerida não
for adequada. Em
pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
supervisão médica,
pois o hidróxido de
magnésio pode
causar depressão do
sistema nervoso
central na presença
desse distúrbio. Em
pacientes com
insuficiência renal,
os níveis plasmáticos
de alumínio e
magnésio aumentam
e por isso, a
exposição
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode
causar encefalopatia,
demência, anemia
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
Interações
medicamento sas: O
uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina, levando a
sua superdose.
Antiácidos contendo
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de:
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
177
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
glicocorticoid es,
isoniazida, levodopa,
difosfonatos,
fluoreto de sódio,
poliestirenoss
ulfonato de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos,
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofuratoína e sais
de ferro. Devido à
possibilidade de
diminuição da
absorção
gastrintestinal dessas
substâncias, são
associações que
merecem
precauções. Deve ser
administrado2 horas
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos . Para
fluorquinolonas,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
Reações adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação
Hidróxido de Hidróxido de Magnésio 400 Comprimido Tratamento dos Uso Oral . Uso Não deve ser Sólido
magnésio e mg + Hidróxido de sintomas da Adulto. utilizado em
alumínio Alumínio 400 mg acidez Tratamento pacientes com
estomacal , Sintomático: 1 a 2 hipersensibilidade
azia,
178
desconforto comprimidos aos componentes da
estomacal, dor mastigáveis por fórmula, insuficiência
de estômago, dia. renal severa,
dispepsia Limite máximo de hipofosfatemia ou
(indigestão), administração: 6 obstrução intestinal.
queimação, comprimidos Não deve ser
esofagite Cuidados de utilizado na gravidez
péptica administração: os e na amamentação.
(inflamação do comprimidos Contraindicações:
esôfago devem ser contraindicado para
causada pelo mastigados, não pacientes com
refluxo gástrico degluti-los por insuficiência renal
) e hérnia de inteiro. Deve ser severa.
hiato (quando a administrado meia Precauções:
porção do hora após as administrar com
estômago refeições e ao cautela: em pacientes
desliza para deitar.
dentro do tórax, com porfiria que
através de uma estejam fazendo
passagem Hemodiálise.
naturalmente - na vigência de
fechada do dietas pobres em
diafragma, fósforo;
músculo Não se deve
responsável ultrapassar a dose
pela respiração) diária ou prolongar o
tratamento por
mais de 14 dias (com
dose máxima).
O uso prolongado de
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatêmicos
pode resultar em
hipofosfatemia se a
quantidade de fosfato
ingerida não for
adequada. Em
pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
179
supervisão médica,
pois o hidróxido de
magnésio pode causar
depressão do sistema
nervoso central na
presença desse
distúrbio. Em
pacientes com
insuficiência renal, os
níveis plasmáticos de
alumínio e magnésio
aumentam e, por isso,
a exposição
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode causar
encefalopatia,
demência, anemia
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
Interações
medicamentosas: O
uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina levando a
sua superdose.
Antiácidos contendo
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de:
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
180
glicocorticoid es,
isoniazida, levodopa,
difosfonaos, fluoreto
de sódio,
poliestirenoss
ulfonato de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos,
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofuratoína e sais
de ferro. Devido à
possibilidade de
diminuição da
absorção
gastrintestinal dessas
substâncias, são
associações que
merecem precauções.
Deve ser
administrado 2 horas
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos. Para
fluorquinolon as,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
Reações adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação.

Hidróxido de Hidróxido de alumínio (37 Suspensão Tratamento Uso oral. Esse medicamento Líquido
mg/mL) + Hidróxido de Crianças: tomar 1 não deve ser utilizado
alumínio, dos sintomas da
magnésio(40mg/mL) + colher de chá(5 nos casos de
Hidróxido de acidez
Simeticona(5mg/mL) mL), 1 a 2 vezes hipersensibilidade
magnésio e estomacal, azia,
desconforto, ao dia. Adultos: aoscomponentes da
Simeticona
estomacal, tomar 1 a 2 fórmula, insuficiência
dor de colheres de renal severa,
181
estômago, sobremesa (10 hipofosfatemi a,
dispepsia mL a 20 gravidez,
(indigestão), mL), 4 vezes ao amamentação e
queimação, dia obstrução intestinal.
esofagite péptica Esse medicamento é
(inflamação do contraindicado para
esôfago, causada uso por pacientes
pelo refluxo com insuficiência
gástrico) e hérnia renal severa. Esse
de hiato (quando medicamento pode
a porção do reduzir a absorção de
estômago desliza certos medicamento s
para dentro do como: fenitoína,
tórax, através de digoxina e agentes
uma passagem hipoglicemiantes. Por
naturalmente esse motivo,
fechada do deve ser administrado
diafragma,
2 horas antes ou
músculo
depois do uso desses
responsável pela
respiração). medicamentos.
Também é
utilizado como Precauções: A
antiflatulento administração deve ser
(antigases) para realizada com cautela:
alívio dos - em pacientes com
sintomas do porfiria que estejam
excesso de gases, fazendo hemodiálise;
inclusive nos na vigência de dietas
quadros pós- pobres em fósforo,
operatórios. pois o hidróxido de
alumínio pode
provocar deficiência
de fósforo no
organismo
(hipofosfatemia).
Não é aconselhável
ultrapassar as doses
recomendada s ou
prolongar o
tratamento por mais
de 14 dias (com a
dose máxima).
O uso prolongado de
182
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatêmicos
pode resultar em
hipofosfatemia se a
quantidade de fosfato
ingerida não for
adequada.
Gravidez e lactação
A paciente deve
informar a seu
médico a ocorrência
de gravidez na
vigência do
tratamento ou após o
seu término. Informar
ao médico se está
amamentando.
Este medicamento
não deve ser utilizado
por mulheres
grávidas sem
orientação médica.
Em pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
supervisão médica,
uma vez que o
hidróxido de
magnésio pode causar
depressão do sistema
nervoso central na
presença desse
distúrbio.
Em pacientes com
insuficiência renal, os
níveis plasmáticos de
alumínio e magnésio
aumentam e, por isso,
a exposição
183
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode causar
encefalopatia,
demência, anemia
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
Interações
medicamentosas:
- Uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina,
contraindicando a
associação;
- Antiácidos contendo
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
glicocorticoides,
isoniazida, levodopa,
difosfonatos, fluoreto
de sódio,
poliestirenossulfonato
de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofurantoína e sais
184
de ferro.
Recomenda- se que
esse produto seja
administrado 2 horas
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos. Para
fluorquinolonas,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
- Uso concomitante
com citratos provoca
aumento dos níveis
de alumínio,
especialmente em
pacientes com
insuficiência renal;
- Salicilatos: ocorre
aumento da excreção
renal dos salicilatos
por alcalinização da
urina. Já o lactitol por
reduzir a acidificação
das fezes, não deve
ser associado com
esse produto em
virtude do risco de
encefalopatia s
hepáticas.
Reações Adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Reações
adversas são
incomuns nas doses
recomendada
s. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação, caso
sejam administradas
doses excessivas
Hipoclorito de Hipoclorito de sódio, Líquido de Solução Antisséptico Uso externo. Não ingerir, Líquido
sódio volume correspondente a 0,5 Dakin. local, para Aplicar nas não inalar. Produto
185
g de cloro ativo. Líquido curativo de áreas afetadas, fortemente oxidante.
Antisséptico de feridas e puro ou diluído Evitar contato com
Dakin. úlceras. em água. os olhos e mucosas.
Solução diluída Utilizado em
de hipoclorito odontologia na
de sódio irrigação de
canais
desvitalizados.
Hipossulfito Hipossulfito de sódio a Solução de Solução Tratamento Uso externo. Não ingerir. Líquido
de sódio 40% hipossulfito da ptiríase Aplicar na
de sódio. versicolor. área afetada.
Tiossulfato de Mucolítico e Uso adulto e
sódio. expectorante pediátrico.
Iodeto de Iodeto de Xarope de Xarope Uso interno. Restrição: Líquido
potássio potássio a iodeto de 15 mL (1 uso em gestantes,
2% potássio colher de crianças e portadores
sopa), duas de distúrbios da
vezes ao dia, tireoide. Não
ou a critério administrar em
médico. portadores de
diabetes mellitus. Se
houver descoloração
do produto, este
deverá ser
descartado.
Iodo Iodo 0,1% + álcool etílico Álcool iodado Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
50% (v/v) Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibilidade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas Precauções e
principalmente advertência s: ao
para irrigações de aplicar o produto na
feridas pele não cobrir o
local com tecido
oclusivo.
Reações adversas: a
hipersensibili dade,
geralmente, manifesta-
se por erupções
papulares e vesiculares
eritematosas na área
aplicada. Se ingerido
acidentalment e pode
186
afetar a mucosa
gastrintestinal.
Iodo Iodo 2% Tintura de iodo Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
fraca Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibilidade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas. Precauções e
advertências: ao
aplicar a tintura de
iodo na pele não
cobrir o local com
tecido oclusivo. O
produto não deve ser
usado em casos de
feridas abertas (pode
resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos
Restrição de uso:
neonatos e gestantes,
pois pode causar
intoxicação pelo iodo.
Evitar uso prolongado
Iodo Iodo 5% Tintura de Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
iodo forte Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibili dade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas.
Precauções e
advertências: ao
aplicar a tintura
de iodo na pele não
cobrir o local com
tecido oclusivo. O
produto não deve ser
usado em casos de
feridas abertas (pode
resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos.
Restrição de uso:
187
neonatos e
gestantes, pois pode
causar intoxicação
pelo iodo.
Evitar uso
prolongado.
Iodopolividon 10% iodopolividon a que Iodopolividona Solução aquosa Antisséptico Uso externo. O produto não deve Líquido
a equivale a 1% iodo ativo para uso tópico Aplicar ser usado em casos
topicamente nas de alergia ao iodo,
áreas afetadas ou feridas abertas (pode
a resultar em absorção
critério médico. do iodo) e em
Ação: é um curativos oclusivos.
produto a base de
polivinil Restrição de uso:
pirrolidona iodo neonatos e
em solução gestantes, pois pode
aquosa, um causar intoxicação
complexo estável pelo iodo.
e ativo que libera Evitar uso
o iodo prolongado. Em caso
progressivamente. de ingestão
É ativo contra acidental, tomar
todas as formas de bastante leite ou
bactérias não clara de ovos batidas
esporuladas, em água.
fungos e vírus,
sem irritar nem
sensibilizar a
pele, sendo
facilmente
removível em
agua.
Iodopolividon 10% iodopolividon Iodopolividona Solução Demarcação Uso externo. O produto Líquido
a a que hidroalcoólica do campo É indicado na não deve ser
equivale a operatório e demarcação usado em casos de
1% iodo preparação do campo alergia ao iodo,
ativo pré- operatório e feridas abertas (pode
operatória na resultar em
(antissepsia preparação absorção do iodo) e
da pele). pré- em curativos
Antisséptico operatória da oclusivos.
para uso pele do Restrição de uso:
188
tópico. paciente e da neonatos e
equipe gestantes, pois pode
cirúrgica. causar intoxicação
Aconselha-se pelo iodo.
espalhar na pele Evitar uso
e massagear por prolongado. Se
2 minutos. ingerido, beber
Deixar evaporar o grande quantidade
álcool de leite ou claras de
normalmente. Se ovos batidas em
necessário, repetir água. Em contato
a operação. Ação: com os olhos, lavá-
é um produto a los com água
base de corrente. Em
polivinilpirrolidon qualquer um dos
a iodo em solução casos procure
alcoólica, um orientação médica.
complexo estável
e ativo que libera
o iodo progress
ivamente. É ativo
contra todas as
formas de
bactérias não
esporuladas,
fungos e vírus. O
emprego do
produto para
prevenção e
tratamento de
infecções
cutâneas não
apresenta o
inconveniente de
irritações da pele
e por ser
hidrossolúvel não
mancha
acentuadamente a
pele, sendo
facilmente
removível em
agua.
189
Iodopolvidona 10% iodopolvidona que Iodopolvidona Solução com Antissepsia da Uso externo. O produto não deve Liquido
equivale a 1% iodo ativo tensoativos pele, mãos e É indicado na ser usado em casos
antebraços degermação das de alergia ao iodo,
mãos e braços da feridas abertas (pode
equipe cirúrgica e resultar em absorção
na preparação pré- do iodo) e em
operatória da pele curativos oclusivos.
de pacientes.
Aconselha-se Restrição de uso:
espalhar na pele e neonatos e gestantes,
massagear por 2 pois pode causar
minutos. Enxaguar intoxicação pelo iodo.
com água corrente Evitar uso
e repetir a
aplicação, se prolongado. Se
necessário, ingerido, beber grande
secando a pele quantidade de leite ou
com gaze ou claras de ovos batidas
toalha em água. Em contato
esterilizada. com os olhos, lavá-los
Ação: é um com água corrente. Em
produto a base de qualquer um dos casos
polivinilpirrolidona procure orientação
iodo em solução médica.
degermante um
complexo estável e
ativo que libera o
iodo
progressivamente. É
ativo contra todas
as formas de
bactérias não
esporuladas, fungos
e vírus. O emprego
do produto para
prevenção e
tratamento de
infecções cutâneas
não apresenta o
inconveniente de
irritações da pele e
por ser
hidrossolúvel
não mancha
190
acentuadamente a
pele,sendo
facilmente
removível em
água.
Loção de 4% Emulsão de Emulsão Tratamento Aplicar o MEDICAMENTO Líquido
dimeticona dimeticona capilar de infestação produto no DE USO
por piolhos e couro cabeludo, ESCLUSIVAMENT
lêndeas. deixando agir por E POR VIA
pelo menos 8 TÓPICA.
horas ou durante
a noite. USO ADULTO E
Após este PEDIÁTRICO
período, lavar os
cabelos e remover ACIMA DE SEIS
o produto. MESES.
Reaplicar o
produto Este produto pode
novamente causar irritação no
após sete dias. couro cabeludo e nos
olhos.
Caso haja irritação,
coceiras, vermelhidão
ou desconforto,
suspender o uso do
medicamento,
lavar o local com
água abundante e
procurar orientação
médica. Após a
aplicação, manter-se
afastado de qualquer
chama, fogo, objeto
que emita facilmente
chama, como cigarro
aceso ou chama de
fogão, pois o produto
aplicado pode
incendiar facilmente
o cabelo e o couro
cabeludo.
Contraindicado para
crianças menores de

191
seis meses. OBS: As
advertências devem,
obrigatoriame nte,
estar contidas na
rotulagem do
medicamento

Manteiga de Mínimo de 70% de Manteiga de Bastão Emoliente Aplicar sobre Não há. Sólido
cacau manteiga de cacau cacau para os lábios
rachaduras várias vezes
nos lábios. ao dia.
Nitrato de Mínimo Nitrato de Bastão Ceratolíticos Uso externo. Não usar nos olhos. Sólido
prata 89,5% nitrato prata lápis e Aplicar uma Evitar atingir pele
de prata ceratoplástico vez ao dia. sadia. Uso não
s. Cáustico aconselhável em
para verrugas pacientes diabéticos
ou outros ou com problemas
pequenos circulatórios.
crescimentos
da pele.
Óleo de 100% óleo de amêndoas Óleo de Óleo Emoliente Aplicar o óleo Contraindicações: Liquido
amêndoas amêndoas sobre a pele pessoas alérgicas ao
puro seca ou molhada produto.
ou após o banho. Precauções e
advertências:
não há.
Óleo de 100% óleo de rícino Óleo de Óleo Laxante Doses de 15 Precauções e Liquido
rícino mamona ml (1 colher de advertências:
sopa) promove a em grandes doses
evacuação pode causar
aquosa entre 1 e náusea, vômito,
3 horas, ação cólica e severo
rápida. efeito purgativo.
Contraindicações:
contraindicado nos
casos de obstrução
intestinal crônica,
doença de Crohn,
colite ulcerativa e
qualquer outro
episódio de
inflamação no
intestino.
Óleo mineral 100% óleo mineral Petrolato Óleo Laxante e No tratamento da Contraindicações: Líquido
líquido terapia em prisão de ventre, deve-se evitar o uso
192
uso tópico 15 ml (1 colher de na presença
para pele sopa) à noite de náuseas, vômitos,
ressecada e e outra dosagem dor abdominal,
áspera. no dia seguinte gravidez, dificuldade
ao despertar. de deglutição,
Caso não obtenha refluxo
êxito, aumente a gastroesofágico e em
dosagem para 30 pacientes
ml (2 colheres de acamados.
sopa) à noite e 15 Esse medicamento
ml pela manhã. É contraindicado para
Crianças maiores Crianças menores de 6
de 6 anos: (1-2ml) anos.
por kg de peso a Precauções e
noite ou pela advertências:
manhã).
Administração a laxantes não devem ser
crianças menores utilizados por mais de
de 6 anos, 1 semana a menos que
consulte o seu indicado por um
médico. médico. Não
administrar junto com
alimentos ou
quando
houver
presença de
hemorragia retal. Se
notar alteração
repentina dos hábitos
intestinais durante
duas semanas, consulte
um médico antes de
fazer uso de laxantes.
Desaconselh ável após
cirurgia anorretal, pois
poderá causar prurido
anal. A exposição ao
sol após aplicação do
produto na pele pode
provocar queimaduras.
O produto não contém
protetor solar e não
protege contra os raios
solares. Há risco de
toxicidade por

193
aspiração.
Uso durante a gravidez
e lactação: o uso
crônico durante a
gravidez pode causar
hipoprotrombinemia e
doenças hemorrágicas
do recém-nascido. Não
deve ser utilizado
durante a gravidez e
amamentaçã o exceto
sob a orientação
médica.
Interações
medicamento sas: o
uso prolongado pode
reduzir a absorção das
vitaminas lipossolúveis
(a, d, e, k), cálcio,
fosfatos e alguns
medicamentos
administrador por via
oral, como
anticoagulantes,
cumarínicos, ou
indandiônicos,
anticoncepcio nais e
glicosídeos cardíacos.
Reações adversas:
efeitos metabólicos,
redução do nível sérico
de beta- caroteno,
efeito gastrintestinais.
Dosagem oral
excessiva pode resultar
em incontinência e
prurido anal. Efeitos
respiratórios:
“Atenção: O uso oral
de óleo mineral
aumenta o risco de
desenvolvime nto de
pneumonia lipoídica.
Pacientes co m
194
disfagia, desordens
neuromuscul ares que
afetam a deglutição e o
reflexo do vômito,
além de alterações
estruturais da faringe e
esôfago apresentam
risco aumentado de
desenvolvime nto de
pneumonia lipoídica.
Esta predisposição é
potencializad a em
neonatos e idosos.
Óxido de 10% óxido de zinco Pomada de óxido Pomada Secativo e Uso externo. Não há. Semissólido
zinco de zinco antieczematoso Aplicar no local
duas ou mais
vezes ao dia.
Óxido de 25% óxido de zinco Pasta d'água Pasta Antisséptico, Uso externo. Agitar antes de usar. Semissólido
zinco secativo e Aplicar nas áreas
cicatrizante. afetadas, duas a
três vezes ao dia,
exceto em zonas
pilosas.
Óxido de 25% óxido de zinco e 10% Pasta d'água Pasta Antisséptico e Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + de calamina. Calamina com calamina secativo. Aplicar nas áreas
calamina (EUA) = óxido de zinco com Adstringente e afetadas, duas a
pequena quantidade de óxido antipruriginos o três vezes ao dia,
de ferro. BF 2001 - leve. exceto nas zonas
carbonato básico de zinco + pilosas.
óxido de ferro.
Óxido de 25% óxido de zinco e 10% Pasta d’água Pasta Escabiose, Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + de enxofre. com enxofre principalment Aplicar nas áreas
enxofre e, quando afetadas, duas a
houver infecção três vezes ao dia,
secundária. exceto nas zonas
pilosas.
Óxido de 25% óxido de zinco e 0,5% Pasta d’água Pasta Antisséptico, Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + mentol. mentolada secativo e Aplicar nas áreas
mentol cicatrizante. afetadas, duas a
Ação três vezes ao dia,
refrescante. exceto em zonas
pilosas.

195
Parafina 100% parafina sólida Parafina sólida Barra Uso em Uso externo. Uso Contraindicações e Sólido
sólida fisioterapia em em fisioterapia precauções: não há
forma de em forma de relatos de efeitos
banho de cera banho de cera adversos ou
para aliviar a parafínica para contraindicações.
dor de aliviar a dor de
articulações articulações
inflamadas. inflamadas.
Pedra hume Mínimo 99,5% de Alúmen de Pó Adstringente e Aplicar sobre os Soluções acima da Sólido
pedra hume potássio hemostático ferimentos ou concentração
tópico. fissuras. Uso indicada podem
limitado a causar efeito
pequenos cortes irritante ou
na pele. Utilizar corrosivo. A
na forma sólida ingestão accidental
ou em solução a pode causar
1% de pedra hemorragia
hume em 100 ml gastrointestinal.
de água filtrada Neste casso procurer
ou fervida. imediatamente
auxílio médico
Permanganato 100 mg de Permanganat Comprimido Dermatites Diluir O permanganato de Sólido
de potássio permanganate de o de potássio exudativas, comprimido no potássio é um
potássio como momento do uso, potente oxidante que
adstringente em um a quatro se decompõe em
bactericida. litros de água e contato com a
usar na forma de matéria orgânica,
compressas ou pela liberação do
banho ou a oxigênio . Exerce
critério médico. função antisséptica.
“Não deve ser
ingerido” - o uso de
pós- concentrados e
soluções
concentradas pode
ser cáustico e em
algumas vezes o uso
de soluções
frequentemen te
podem ser irritantes
ao tecido cutâneo,
além de tingir a pele
de marrom. No caso
196
de ingestão
acidental, procurar
auxílio médico. O
produto é destinado
somente para uso
externo (uso tópico).
O uso excessivo na
mucosa vaginal pode
alterar o ph: vaginal
(4,5 a 5), acelerando
a descamação do
epitélio e eliminando
os bacilos de
Döederlein. As
duchas vaginais
devem ser usadas,
exclusivamente, em
casos de infecções
purulentas.
Permanganato Mínimo de 97% de Permanganat Pó Dermatites Diluir o pó no O permanganato de Sólido
de potássio permanganato de o de exsudativas, momento do uso , potássio é um
potássio . OBS: potássio. como em um a quatro potente oxidante que
envelope contendo 100 adstringente e litros de água e se decompõe em
mg de permanganato de bactericida. usar na forma de contato com a
potássio em pó. compressas ou no matéria orgânica,
banho ou a pela liberação do
critério o médico oxigênio . Exerce
função antisséptica.
“Não deve ser
ingerido” - o uso de
pós- concentrados e
soluções
concentradas pode
ser cáustico e em
algumas vezes o uso
de soluções
frequentemen te
podem ser irritantes
ao tecido cutâneo,
além de tingir a pele
de marrom. No caso
de ingestão acidental,
procurar auxílio
197
médico. O produto é
destinado somente
para uso externo (uso
tópico). O uso
excessivo na mucosa
vaginal pode alterar
o ph: vaginal (4,5 a
5), acelerando a
descamação do
epitélio e eliminando
os bacilos de
Döederlein. As
duchas vaginais
devem ser usadas,
exclusivamen te, em
casos de infecções
purulentas.
Peróxido de 2,5% de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla peróxido de peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla benzoíla camada de tratamento devido a
gel nas áreas possibilidade de
afetadas, uma a manchas na pele.
duas vezes ao dia. Contraindicad
Recomendável o para menores de
uso de bloqueador 12 anos.
solar não O peróxido de
alcoólico benzoíla pode
durante o dia descolorir os
cabelos e manchar
roupas. Pode ocorrer
sensibilização
de contato em alguns
pacientes,
além de vermelhidão
e descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de
benzoíla. Reações
Adversas:
198
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão
e descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade
Peróxido de 2,5% de peróxido de Sabonete de Sabonete líquido Tratamento Uso externo. No caso de Líquido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Umedeça a desenvolvimento de
benzoíla pele, passe o irritações, suspender
sabonete o uso e procurar um
cobrindo com médico. Cuidado
espuma toda a aoaplicar o produto
área afetada. próximo aos olhos, à
Deixe alguns boca e às
minutos e mucosas.
enxágue com Caso entre em
água. Use 2 a 3 contato com os olhos
vezes ao ou mucosas,
dia, ou conforme lavar
indicado. abundantemente
com água.
Evitar exposição
desnecessária da área
tratada ao sol.
Contraindicado para
menores de 12 anos.
Mantenha longe do
alcance das crianças.
Armazene em
Temperatura
ambiente.
Peróxido de 3% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
ao dia. Contraindicado
Recomendáv el para menores de 12
uso de bloqueador anos.
solar não O peróxido de
alcóolico durante benzoíla pode
o dia. descolorir os cabelos
199
e manchar roupas.
Pode ocorrer
Sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 4% de peróxido de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
ao dia. Contraindicado
Recomendáv el para menores de 12
uso de bloqueador anos.
solar não O peróxido de
alcoólico durante benzoíla pode
o dia. descolorir os cabelos
e manchar roupas.
Pode ocorrer
Sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
ocasiona dermatite.

200
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibili dade ao
peróxido de benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla camada de tratamento devido a
gel nas áreas possibilidade de
afetadas, uma a manchas na pele.
duas vezes ao Contraindicad o para
dia. menores de 12 anos.
Recomendáv el O peróxido de benzoíla
uso de bloqueador pode descolorir os
solar não cabelos e manchar
alcoólico durante roupas. Pode ocorrer
o dia. sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação. Em uso
prolongado ocasiona
dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade
ao peróxido de
benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
201
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Loção de Emulsão Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Líquido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla camada da tratamento devido a
loção nas áreas possibilidade de
afetadas, uma manchas na pele.
a duas vezes ao Contraindicado para
dia. menores de 12 anosO
Recomendável peróxido de benzoíla
uso de pode descolorir os
bloqueador solar cabelos e manchar
não alcóolico roupas. Pode ocorrer
durante o dia sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de benzoíla.

Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Sabonete de Sabonete Tratamento Uso externo. No caso de Sólido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da Umedeça a desenvolvimento de
benzoíla acne. pele, passe o irritações,
sabonete suspender o uso e
cobrindo com procurar um médico.
espuma toda a Cuidado ao aplicar o

202
área afetada. produto próximo aos
Deixe alguns olhos, à boca e às
minutos e mucosas.
enxágue com Caso entre em
água. Use 2 a 3 contato com os olhos
vezes ao ou mucosas,
dia, ou lavar abundanteme
conforme nte com água. Evitar
indicado. exposição
desnecessária da área
tratada ao sol.
Contraindicado para
menores de 12 anos.
Mantenha longe do
alcance das crianças.
Armazene em
temperatura
ambiente.
Peróxido de 8% de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla peróxido de peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
ao dia. Contraindicado para
Recomendável menores de 12 anos.
uso de bloqueador O peróxido de
solar não benzoíla pode
alcoólico durante descolorir os cabelos
o dia. e manchar roupas.
Pode ocorrer
sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicad o:
Indivíduos com
hipersensibili dade
ao peróxido de
benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:

203
dermatite de
contato, eritema,
ardor, vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 10% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. À noite antes sol durante o
benzoíla de deitar aplique tratamento devido a
o gel sobre as possibilidade de
áreas afetadas. manchas na pele.
Durante 1 Contraindicad o para
semana menores de 12 anos.
mantenha o O peróxido de
produto na benzoíla pode
descolorir os cabelos
superfície
e manchar roupas.
afetada por Pode ocorrer
apenas 1 hora e sensibilização em
enxágue. alguns pacientes,
Após esse além de vermelhidão
período se não e descamação.
ocorrer Em uso
irritação prolongado
aplique na ocasiona dermatite.
superfície Medicamento
afetada e contraindicado a
mantenha a indivíduos com
noite toda, hipersensibilidade
lavando na ao peróxido
manhã de benzoíla.
Reações Adversas:
seguinte.
Dermatológicas:
Recomendável dermatite de
uso de contato, eritema,
bloqueador ardor, vermelhidão
solar não e descamação.
alcoólico Imunológicas:
durante o dia. hipersensibilidade.
Peróxido de 3% de peróxido de Água Solução Antisséptico Uso tópico: Cuidado com os Líquido
hidrogênio hidrogênio oxigenada 10 aplicar sobre olhos e mucosas,
volumes o local, Produto fortemente
previamente oxidante. Em regiões
limpo para a pilosas do corpo ou
assepsia de couro cabeludo
ferimentos. pode clarear
204
Gargarejos os pelos ou cabelos.
ou O uso
bochechos: prolongado deve ser
diluir 1 colher evitado. O uso desta
de sopa do solução como
produto em enxaguante bucal
1/2 copo de pode causar
água filtrada lacerações ou inchaço
ou fervida. na boca.
Polietileno- 17g Macrogol Pó para solução oral Constipação Dissolver 17g em Esse medicamento Sólido
glicol 3350 3350 ocasional um copo com pode causar diarreias,
água (200 mL) e flatulências, náuseas,
PEG 3350 tomar uma vez cólicas abdominais
ao dia. ou inchaços. Não
deve ser utilizado por
mais de 2 semanas, a
não ser que o
paciente seja
acompanhado por um
profissional de saúde.
Não deve ser
utilizado por
mulheres grávidas ou
que estejam
amamentando sem
orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Esse medicamento é
contraindicado para
pacientes com
quadro conhecido ou
suspeito de obstrução
(náusea, vômito, dor
abdominal),
perfuração intestinal,
apendicite e
sangramento retal.
Pomada para Vitamina A 100.000 Pomada para Pomada Pomada Uso externo. Não há. Semissólido
assadura UI/100g; assadura secativa, Aplicar nas áreas
vitamina D 40.000 cicatrizante afetadas, após
UI/100g; utilizada na limpeza, quando
óxido de zinco 10% prevenção e necessário.
tratamento de

205
assaduras e
brotoejas.
Pomada para Acetato de hidrocortison Pomada para Pomada Dor e Uso externo. Não utilizar no caso Semissólido
fissuras de a 0,5%; lidocaína fissuras de sangramento de Aplicar na de hipersensibili
períneo base 2,0%; subgalato de períneo hemorroidas área afetada, dade aos
bismuto 2,0%; óxido internas ou duas a três componentes
de zinco 10,0% externas, vezes ao dia.
pruridos anais, Com a
eczema diminuição da fórmula. Não
perianal, dos sintomas, foram estabelecidas a
uma aplicação ao
proctite branda, segurança e eficácia
dia por dois a três
fissuras, pré e deste produto em
dias ou a critério
pós- operatório médico. crianças, gestantes e
em cirurgias mulheres no período
anorretais. da amamentaçã o.
Sais para Cloreto sódio Sais para Pó Indicado para Uso interno. Contraindicado para Sólido
reidratação 3,5g; cloreto Reidratação reposição das Dissolver o pacientes com íleo
oral de potássio oral perdas envelope em paralítico, obstrução
1,5g; citrato acumuladas um litro de ou perfuração
de sódio di- de água e água filtrada intestinal e nos
hidratado eletrólitos ou fervida. vômitos incoercíveis
2,9g; glicose (reidratação), Administrar (não contidos).
20g. ou para 100 a 150 Não interagem
OBS: fórmula manutenção mL/kg de Com alimentos e
por envelope, da hidratação peso corporal nem com outros
conforme (após a fase em período fármacos.
Portaria de de 4 a 6 Não se observa
108/91: sódio reidratação), horas. Se nas Reação adversa com
90 mEq/L + em caso de primeiras a posologia
potássio 20 a diarreia duas horas recomendada.
25 mEq/L + aguda. de tratamento Precauções: usar com
cloreto 80 os cautela em pacientes
mEq/L + vômitos com função renal
citrato 30 a continuarem comprometida.
35 mEq/L + impedindo Advertência:
glicose 111 que o deve-se seguir
mmol/L paciente atenção no preparo,
administre a usando aquantidade
solução, procurar de água recomendada
imediatamente o e, previamente
médico fervida. Após o
preparo da solução
o que não for
consumido em 24

206
horas deve ser
desprezado.
.
Sais para Cloreto de sódio 2,6g - Sais para Pó Indicado para Uso interno. Contraindicado para Sólido
reidratação 45 mEq/L; Reidratação oral reposição das Dissolver o pacientes com íleo
oral cloreto de potássio 1,5g perdas envelope em paralítico, obstrução
- 20mEq/L; citrato de sódio acumuladas um litro de água ou perfuração
Diidratado 2,9g - de água e filtrada ou intestinal e nos
10mEq/L; glicose 13,5g eletrólitos fervida. vômitos incoercíveis
- 75 mEq/L (reidratação), Administrar (não contidos).
ou para 100 a 150 mL/kg Não interagem
manutenção de peso corporal com alimentos e
da hidratação em período nem com outros
(após a fase de 4 a 6 horas. Se fármacos.
de nas primeiras Não se observa
reidratação), duas horas Reação adversa com
em caso de de tratamento a posologia
diarreia os vômitos recomendada.
aguda continuarem Precauções: usar com
impedindo cautela em pacientes
que o paciente com função renal
administre a comprometida.
solução, procurar Advertência: deve-se
imediatamente o Seguir atenção no
médico preparo, usando a
quantidade de água
recomendada e,
previamente
fervida. Após o
preparo da solução
o que não for
consumido em 24
horas deve ser
desprezado.

Simeticona 75 mg/mL Simeticona Emulsão oral Alívio dos CRIANÇAS MEDICAMENTOS Líquido
sintomas COM ATÉ 2 DE USO
relacionados ao ANOS: tomar 5 EXCLUSIVO POR
excesso de gases gotas de 6 em 6 VIA ORAL.
no aparelho horas. Não NÃO
digestivo, que ultrapassar a dose ULTRAPASSAR A
geram de 60 gotas/dia. DOSE MÁXIMA
flatulência, CRIANÇAS DE 2 INDICADA A
desconforto A 12 ANOS: MENOS QUE SOB
abdominal, tomar 10 gotas de ORIENTAÇÃO
207
aumento de 6 em 6 horas. Não MÉDICA.
volume ultrapassar a dose CONTRAINDICAÇÕ
abdominal, dor de 60 gotas/dia. ES: Distensão
ou cólicas no ADULTOS: abdominal grave;
abdômen. tomar 10 - 30 Cólica grave; Dor
Preparo do gotas de 6 em 6 persistente (mais que
paciente a ser horas. Não 36 horas); Massa
submetido a ultrapassar a dose palpável na região do
endoscopia de 120 gotas/dia abdômen; alergia a
digestiva e/ou simeticona e a seus
colonoscopia derivados; perfuração
ou obstrução intestinal
suspeita ou conhecida.
Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.
Simeticona 150 mg/mL Simeticona Emulsão oral Alívio do CRIANÇAS MEDICAMENTOS Líquido
sintomas COM ATÉ 2 DE USO
relacionados ao ANOS: tomar 2 EXCLUSIVO POR
excesso de gotas de 6 em 6 VIA ORAL.
gases no horas. Não NÃO
aparelho ultrapassar a dose ULTRAPASSAR A
digestivo, que de 30 gotas/dia. DOSE MÁXIMA
geram CRIANÇAS DE 2 INDICADA A
flatulência, A 12 ANOS: MENOS QUE SOB
desconforto tomar 5 gotas de 6 ORIENTAÇÃO
abdominal, em 6 horas. Não MÉDICA.
aumento de ultrapassar a dose CONTRAINDICAÇ
volume de 30 gotas/dia. ÕES: Distensão
abdominal, dor ADULTOS: abdominal grave;
ou cólicas no tomar 5 - 15 gotas Cólica grave; Dor
abdômen. de 6 em 6 horas. persistente (mais que
Preparo do Não ultrapassar a 36 horas); Massa
paciente a ser dose de 120 palpável na região do
submetido a gotas/dia abdômen; alergia a
endoscopia simeticona e a seus
digestiva e/ou derivados; perfuração
colonoscopia ou obstrução
intestinal suspeita ou
conhecida.
Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e
vômito.
208
Simeticona 40 mg Simeticona Comprimido Alívio do CRIANÇAS DE 2 NÃO Sólido
sintomas A 12 ANOS: ULTRAPASSAR A
relacionados ao tomar 1 DOSE MÁXIMA
excesso de gases comprimido de 6 INDICADA A
no aparelho em 6 horas. Não MENOS QUE SOB
digestivo, que ultrapassar a dose ORIENTAÇÃO
geram de 6 MÉDICA.
flatulência, comprimidos/dia CONTRAINDICAÇ
desconforto ADULTOS: ÕES: Distensão
abdominal, tomar 1 - 3 abdominal grave;
aumento de comprimidos de 6 Cólica grave; Dor
volume em 6 horas. Não persistente (mais que
abdominal, dor ultrapassar a dose 36 horas); Massa
ou cólicas no de 12 palpável na região do
abdômen. comprimidos/dia abdômen; alergia a
Preparo do simeticona e a seus
paciente a ser derivados; perfuração
submetido a ou obstrução
endoscopia intestinal suspeita ou
digestiva e/ou conhecida.
colonoscopia Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e
vômito.
Simeticona 80 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO Sólido
sintomas tomar 1-2 ULTRAPASSAR A
relacionados ao comprimidos de 6 DOSE MÁXIMA
excesso de em 6 horas. Não INDICADA, A
gases no ultrapassar a dose MENOS QUE SOB
aparelho de 6 ORIENTAÇÃ O
digestivo, que MÉDICA.
geram
flatulência, comprimidos/ dia. CONTRAINDI
desconforto CAÇÕES:
abdominal, Distensão abdominal
aumento de grave; Cólica grave;
volume Dor persistente (mais
abdominal, dor que 36 horas); Massa
ou cólicas no palpável na região do
abdômen. abdômen; alergia a
simeticona e a
Preparo do seus derivados;
paciente a ser perfuração ou

209
submetido a obstrução intestinal
endoscopia suspeita ou conhecida.
digestiva e/ou EFEITOS
colonoscopia. ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.
Simeticona 150 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO ULTRAPASS Sólido
sintomas tomar 1 AR A DOSE
relacionados ao comprimidos 8 MÁXIMA
excesso de em 8 horas. Não INDICADA, A
gases no ultrapassar a dose MENOS QUE SOB
aparelho de 3 ORIENTAÇÃO
digestivo, que comprimidos/ dia. MÉDICA.
geram CONTRAINDICAÇÕ
flatulência, ES:
desconforto Distensão abdominal
abdominal, grave; Cólica grave;
aumento de Dor persistente (mais
volume que 36 horas); Massa
abdominal, dor palpável na região do
ou cólicas no abdômen; alergia a
simeticona e a seus
abdômen.
derivados; perfuração
Preparo do ou obstrução intestinal
paciente a ser suspeita ou conhecida.
submetido a
endoscopia EFEITOS
digestiva e/ou ADVERSOS:
colonoscopia. diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.

Simeticona 125 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO ENGOLIR O Sólido
sintomas ingeri 1 COMPRIMID O
relacionados ao comprimidos de 6 INTEIRO.
excesso de em 6 horas. Não MASTIGAR
gases no ultrapassar a dose COMPLETAMENTE
aparelho de 4 O COMPRIMIDO
digestivo, que comprimidos/ dia. ANTES DE
geram ENGOLIR.
flatulência, NÃO ULTRAPASS
desconforto AR A DOSE
abdominal, MÁXIMA
aumento de INDICADA, A
volume MENOS QUE SOB

210
abdominal, dor ORIENTAÇÃO
ou cólicas no MÉDICA.
abdômen.
Preparo do CONTRAINDICAÇÕ
paciente a ser ES:
submetido a Distensão abdominal
endoscopia grave; Cólica grave;
digestiva e/ou Dor persistente (mais
que 36 horas); Massa
colonoscopia
palpável na região do
abdômen; alergia a
simeticona e a seus
derivados; perfuração
ou obstrução intestinal
suspeita ou conhecida.
EFEITOS
ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito
Simeticona 125 mg Simeticona Cápsula gelatinosa Alívio dos ADULTOS: AR A DOSE Sólido
mole sintomas ingerir 1 MÁXIMA
relacionados ao cápsula de 6 INDICADA, A
excesso de em 6 horas. Não MENOS QUE SOB
gases no ultrapassar a dose ORIENTAÇÃO
aparelho de 4 MÉDICA.
digestivo, que comprimidos/dia
geram CONTRAINDICAÇÕ
flatulência, ES:
desconforto Distensão abdominal
abdominal, grave; Cólica grave;
aumento de Dor persistente (mais
volume que 36 horas); Massa
abdominal, dor palpável na região do
ou cólicas no abdômen; alergia a
abdômen. simeticona e a
Preparo do seus derivados;
paciente a ser perfuração ou
submetido a obstrução intestinal
endoscopia suspeita ou conhecida.
digestiva e/ou EFEITOS
colonoscopia ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.

211
Solução 0,5 % de iodo; 1,0 % Solução Solução Antimicótico Uso externo. O produto não deve Líquido
antimicótica iodeto de potássio; 2,0 antimicótica Aplicar nas áreas ser usado em casos
com iodo % de ácido salicílico; com iodo afetadas, duas a de alergia ao iodo,
três vezes ao dia. feridas abertas (pode
2,0 % ácido benzoico; 5,0
% tintura de benjoim resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos.
Restrição de uso:
neonatos e gestantes,
pois podecausar
intoxicação pelo
iodo.
Evitar uso
prolongado.
Suspender o uso se
Houver mudança de
coloração ou odor da
solução.
Solução de 0,9% de cloreto de sódio Solução Solução Para Para Não utilizar se o Líquido ou soluções
cloreto de fisiológica de nebulização, nebulização, líquido não estiver estéreis
sódio cloreto de sódio lavagens de lavagens de límpido, incolor,
0,9% lentes de lentes de contato, transparente e
contato, lavagem de inodoro. Uso
lavagem de ferimentos e externo. Não contém
ferimentos e hidratação da pele conservante.
hidratação da
pele.
Solução de 0,9% de cloreto de sódio Solução nasal Solução Fluidificante e Aplique a Contraindicação: Soluções Estéreis
cloreto de de cloreto de descongestio solução nas pacientes com
sódio - estéril sódio 0,9% nante nasal. narinas,conforme Antecedentes de
necessidade. Hipersensibilidade aos
componentes da
fórmula
OBS: A solução deve
ser estéril, envasada
em frasco spray com
dispensador que
garanta a esterilidade
do produto durante
todo o período de
utilização.
Solução de 0,9% de cloreto de Solução nasal Solução Fluidificante e Aplique a Contraindicação: Líquido
cloreto de sódio + cloreto de de cloreto de descongestio solução nas pacientes com
sódio benzalcônio até a sódio 0,9% nante nasal. narinas, conforme Antecedentes de
212
concentração máxima de com necessidade. hipersensibilidade
0,01%, como conservante conservante aos componentes
da fórmula.
Não deve ser
utilizado por
Pacientes com
hipersensibilidade ao
cloreto de
Solução para Cloreto de sódio 2,05 Solução para Solução oral Prevenção da Uso interno. Contraindicações: Líquido
prevenção da mg/mL; prevenção da Desidratação e Adultos: Pacientes com íleo
desidratação citrato de potássio desidratação manutenção da administrar 750 paralítico, obstrução
oral monoidratado 2,16 mg/mL; oral hidratação após mL de solução ou perfuração do
citrato de sódio diidratado a fase de por hora até o intestino e nos
0,98 mg/mL; reidratação. limite de 4L/dia. vômitos persistentes.
Glicose monoidradata 25,00 Lactentes e Precauções: usar com
mg/mL (equivalente a 22,5 Crianças: cautela em pacientes
mg/mL de glicose administrar 20 com função renal
anidra)
mL de solução/kg comprometida.
por hora até o Advertências e
limite de 75 precauções:
mL/kg/dia.
Podem ocorrer
vômitos,
Se nas duas
principalmente se
primeiras horas
de tratamento os a solução for ingerida
vômitos muito rapidamente.
continuarem
impedindo que o
paciente
administre a
solução, procurar
imediatamente o
médico
Solução para Cloreto de sódio 4,68 Solução para Solução oral Reidratação Uso interno. Contraindicações: Líquido
reidratação mg/mL; Reidratação oral. Adultos: pacientes com íleo
oral citrato de potássio oral administrar 750 paralítico, obstrução
monoidratado mL de solução ou perfuração do
2,16 mg/mL; por hora até o intestino e nos
citrato de sódio limite de 4L/dia. vômitos persistentes.
diidratado 0,98 mg/mL; Precauções: usar com
Lactentes e
glicose anidra 20,00 mg/mL cautela em pacientes
OBS: A formulação Crianças:
com função renal
deste produto não deve administrar
comprometida.
conter nenhuma 20 mL de
213
outra substância além dos solução/kg Advertências e
ativos citados, na por hora até o precauções: Podem
concentração indicada, e limite de 75 Ocorrer vômitos,
água. mL/kg/dia. principalmente se a
Se nas duas solução for
primeiras horas ingerida
de muito
tratamento os rapidamente.
vômitos
continuarem
impedindo
que o
paciente
administre a
solução,
procurar
imediatament
e o médico.
Solução retal Fosfato de sódio dibasico Enema de Solução retal Laxante Uso adulto. Medicamento Líquido
de fosfatos de (0,06g/mL) + fosfato de fosfato de sódio Uso retal. contraindicado para
sódio sódio monobásico Apresentação de pacientes com
(0,16g/mL) dose única. insuficiência cardíaca
OBS: O volume da Antes de usar, congestiva,
apresentação deverá estar insuficiência renal,
retire a capa
entre 100-133mL. A insuficiência
protetora da cânula
embalagem primária do hepática, hipertensão
retal.
medicamento deve ser, arterial, apendicite,
Com o frasco para obstrução intestinal,
obrigatoriamente, em cima, segure com
formato tubular, com um colite ulcerativa e
os dedos a tampa hipersensibilidade a
gargalo estreito, de fundo sulcada. Com a
plano e com dispositivo para qualquer componente
outra mão, segure a da formulação.
administração retal. Deve ser capa protetora, Não deve ser usado
controlado o tamanho e a retirando- a na presença de
espessura do dispositivo de suavemente. náusea, vômito ou
aplicação a fim de garantir a Escolher a posição dor abdominal.
via de administração do mais conveniente, Reações Adversas:
medicamento entre as descritas hiperfosfatem ia,
abaixo: hipernatremia,
LADO hipocalemia, acidose
ESQUERDO metabólica e tetania.
Deitar sobre o Em pacientes
lado esquerdo, desidratados ou
com os joelhos em debilitados, o volume
da solução
214
flexão e braços dministrada deve ser
relaxados. cuidadosame nte
JOELHO- determinado; por
TORAX tratar-se de uma
Ajoelhar- se e, solução hipertônica, o
em seguida, seu uso pode levar ao
baixar a cabeça e agravamento dessa
o tórax para condição. Deve-se
frente, até que o assegurar que o
lado esquerdo da conteúdo do intestino
face repouse na seja evacuado após a
superfície, administração desse
deixando os medicamento. Caso
não ocorra, procurar
braços em posição
assistência médica.
confortável.
Seu uso repetido em
AUTOADMINIS
intervalos curtos deve
TRAÇÃO ser evitado.
O processo mais
simples é assumir
a posição deitado
sobre uma toalha.
Com pressão
firme, inserir
suavemente a
cânula no reto,
comprimindo o
frasco até ser
expelido quase
todo o líquido.
Retire a cânula do
reto.
É necessário
esvaziar o frasco.
Manter a posição
até sentir forte
vontade de
evacuar
(geralmente 2 a 5
minutos).
OBS: É
obrigatória a
inserção na
rotulagem ou na
215
bula de figuras
que ilustrem cada
uma das posições
para
administração do
medicamento
descritas acima.
Soluto Sulfato de cobre 1%; Água Solução Antisséptico no Pura ou diluída Precauções: Líquido
cuprozíncico sulfato de zinco 3,5% d'alibour tratamento de em água, em conservar o frasco
feridas de pele. aplicações locais. bem fechado, ao
abrigo da luz.
Cuidado com olhos e
mucosas; em caso de
ingestão acidental
procurar socorro
médico. Não ingerir.
Sulfato de Mínimo 99% de sulfato de Sal amargo Pó Purgativo salino De 5 a 30g (1 Contraindicaç ões: Sólido
magnésio magnésio colher de chá a 2 em pacientes com
colheres de sopa) disfunção renal e
para adultos, crianças com
crianças doenças parasitárias
recomenda- se 0,1 no intestino.
a 0,25 g por kg de Contraindicad o nos
peso corporal. casos de obstrução
intestinal crônica,
Preferencialm
doença de Crohn,
ente, ingerir a colite ulcerativa e
quantidade qualquer outro
recomendada com episódio de
250 mL inflamação no
de água intestino. O
filtrada antes
uso contínuo
do café da
manhã em pode causar diarreia
jejum crônica e
consequente
desequilíbrio
eletrolítico.
Não utilizar em
crianças menores de
2 anos. Não passar da
dose recomendada
por dia e não
utilizar por mais de 2

216
semanas.

Sulfato de 17,5% de sulfato de Limonada Solução Purgativo Uso interno. Contraindicações: Líquido
sódio sódio purgativa de salino Ingerir, em Contraindicado nos
sulfato de jejum, pura casos de obstrução
sódio ou diluída em intestinal crônica,
água fervida doença de Crohn,
ou filtrada em colite ulcerativa e
doses individuais qualquer outro
de 100 mL ou a episódio de inflamação
critério médico. no intestino.
Caso não utilizar Precauções e
a dose única, após advertências: após uma
aberto, conservar evacuação completa do
cólon(parte do
o frasco bem
intestino), pelo uso de
fechado em
um catártico, pode
geladeira. haver um intervalo de
alguns dias até a
recuperação do
movimento normal do
intestino, o que não
deve ser confundido
com constipação
intestinal. O uso
excessivo de catárticos
e laxantes pode trazer
efeitos indesejáveis
como desidratação,
perda de eletrólitos e
ulcerações no
intestino.
Sulfato de Mínimo 98% Sal de Pó Laxante Doses usuais Contraindicações: em Sólido
sódio de sulfato de Glauber salino de 15 g/dia (1 pacientes
sódio colher de com disfunção
sopa) em água renal e crianças com
fervida doenças parasitárias
ou filtrada no intestino.
Contraindicado nos
casos de obstrução
Intestinal crônica,
doença de Crohn,
colite ulcerativa e
qualquer outro
episódio de
217
inflamação no
intestino. O uso
contínuo pode causar
diarreia crônica e
consequente
desequilíbrio
eletrolítico.
Não utilizar em
crianças menores de
2 anos. Não passar da
dose recomendada
por dia e não utilizar
por mais de 2
semanas.
Sulfato 40 mg de ferro elementar Sulfato ferroso, Comprimido ou Auxiliar nas USO Advertências e Sólido
ferrosol ferro Comprimido anemias ADULTO precauções:
Redação dada revestido carenciais. 1 comprimido pacientes
pela RDC ao dia por via portadores de
242/2018. oral e em doenças
hepáticas, úlcera
jejum. péptica, gástrica
ou duodenal,
alcoolismo,
insuficiência
renal, indivíduos
com
hipersensibilidad
e. Administração
de ferro por
períodos maiores
que 6 meses deve
ser evitada. A
suplementação de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de
anemia
hemolítica em
pacientes
recebendo
transfusão
sanguínea, em
uso de ferro por
via parenteral.
Reações
218
adversas:
constipação,
diarreia, fezes
escuras, náuseas,
dor epigástrica,
vômito, pirose,
sangramento nas
fezes,
escurecimento
dos dentes,
irritação na
garganta, urina
escura e
hemossiderose
Sulfato 60 mg de Sulfato Comprimido Auxiliar nas USO Advertências e Sólido
Ferroso ferro ferroso, ferro ou anemias ADULTO precauções:
Redação dada elementar Comprimido carenciais. 1 comprimido pacientes
pela RDC revestido ao dia por via portadores de
242/2018. oral e em doenças
hepáticas, úlcera
jejum. péptica, gástrica
ou duodenal,
alcoolismo,
insuficiência
renal, indivíduos
com
hipersensibilidad
e. Administração
de ferro por
períodos maiores
que 6 meses deve
ser evitada. A
suplementação de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de
anemia
hemolítica em
pacientes
recebendo
transfusão
sanguínea, em
uso de ferro por
via parenteral.
219
Reações
adversas:
constipação,
diarreia, fezes
escuras, náuseas,
dor epigástrica,
vômito, pirose,
sangramento nas
fezes,
escurecimento
dos dentes,
irritação na
garganta, urina
escura e
hemossiderose.
Sulfato 25 mg/mL de ferro Sulfato ferroso, Solução Oral Auxiliar nas USO EM Advertências e Líquido
ferrosol elementar ferro anemias CRIANÇAS DE 6 precauções: pacientes
carenciais. A 18 MESES portadores de
1 mL uma vez por doenças hepáticas,
semana em jejum úlcera péptica,
gástrica ou duodenal,
alcoolismo,
insuficiência renal,
indivíduos com
hipersensibili dade.
Administraçã o de
ferro por períodos
maiores que 6 meses
deve ser evitada A
suplementaçã o de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de anemia
hemolítica em
pacientes recebendo
transfusão sanguínea,
em uso de ferro por
via parenteral.
Reações adversas:
constipação, diarreia,
fezes escuras,
náuseas, dor
epigástrica, vômito,
pirose, sangramento

220
nas fezes,
escurecimento dos
dentes, irritação na
garganta, urina
escura,
hemossiderose.

Supositório OBS: Supositório Supositório Laxante Uso externo. O supositório pode ser Sólido
de glicerina quantidade de glicerina é de glicerina Adultos e crianças: umedecido com água
dependente da faixa etária: introduzir o antes da inserção, para
Supositório para lactentes: supositório no reto, reduzir a tendência
molde de 1 g; até que advenha a inicial da base de
Supositório para crianças: vontade de evacuar retirar água das
molde de 1,5 a 2,0 g; Bebês: mucosas,
Supositório para adultos: introduzir o irritando os
molde de 2,5 a 3 g. supositório por via tecidos.
retal, pela parte
mais afilada.
Pode-se deixar o
supositório de
glicerina atuar de
15 a 30 minutos.
Não é necessário
que o produto se
dissolva
completamente
para que produza o
efeito
desejado.
Talco 100% de talco Silicato de Pó Secativo. Uso Uso externo, Cuidado no Sólido
magnésio em massagens, sobre a pele. manuseio, evitar
alívio de Como adjuvante inalação, pois pode
irritação em formulações desencadear desde
cutânea, farmacêuticas ou quadros de irritação
prevenção de cosméticas. até lesões
assaduras; pulmonares mais
agente graves.
esclerosante em
derrames
malignos e no
pneumotórax
recidivante.

221
Talco 1% de mentol Talco Pó Dermatoses Uso externo. Cuidado no Sólido
mentolado mentolado pruriginosas. Aplicar nas manuseio, evitar
áreas inalação, pode
afetadas, desencadear
duas a três desde quadros de
vezes ao dia. irritação até lesões
pulmonares mais
graves.
Vaselina 100% de vaselina Parafina Líquido Emoliente Uso externo: Contraindicações e Líquido
líquida (grau líquida líquida (grau para a pele, Aplicar produto precauções:
farmacêutico) farmacêutico) remoção de sobre a pele seca não há relatos de
. crostas e de ou molhada efeitos adversos ou
pomadas, com as mãos contraindicações.
pastas e ou com o Não ingerir.
utilizados na auxílio de gaze ou
pele (limpeza algodão.
da pele),
lubrificante,
puro ou como
base (veículo)
de preparações
farmacêuticas e
cosméticas
outros produtos
previamente
Vaselina 100% de Vaselina Pomada Uso como Uso tópico. O principal Semissólido
sólida (grau vaselina branca; emoliente. Aplicar com efeito
farmacêutico) sólida petrolato gaze ou algodão adverso é a irritação.
sólido sobre a pele Caso ocorra com
(grau farmacê ressecada. peles sensíveis,
utico). suspenda o uso.
Violeta 1% de violeta Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Precauções e Líquido
genciana genciana violeta tópico. local, previamente advertências:
genciana; limpo. A violeta Não usar em lesões
solução de genciana é um ulcerativas da face,
cloreto de corante com pode resultar em
hexametil atividade pigmentação
p-rosa-nilina antisséptica. É permanente da pele.
bacteriostática Não ingerir.
(inibe o
crescimento) e
bactericida (destrói
a bactéria) contra
muitos micro-
organismos,
222
inclusive alguns
fungos, que causam
doenças na pele e
nas mucosas.
Seu uso é
tradicional nos
casos de candidíase
(sapinho),
impetigo, infecções
superficiais, lesões
crônicas e
irritativas e nas
dermatites.
Também
empregada
em alguns tipos de
micoses, como nos
casos de frieiras e

de atleta. O uso
continuado pode
levar à irritação,
devendo ser
empregada
em períodos
curtos de 3-4
dias e não deve ser
empregada em
lesões no
rosto, pois podem
causar manchas
permanentes.
Violeta 2% de violeta genciana Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Precauções e Líquido
genciana Violeta genciana; tópico. local, advertências:
solução de previamente Não usar em lesões
cloreto de limpo. A violeta ulcerativas da face,
hexametilp- genciana é um pode resultar em
rosanilina corante com pigmentação
atividade permanente da pele.
antisséptica. Não ingerir.
É bacteriostática
(inibe o
crescimento)

223
e bactericida
(destrói a bactéria)
contra muitos
micro-organismos,
inclusive alguns
fungos, que
causam doenças na
pele e mucosas.
Seu uso é
tradicional
nos casos de
candidíase
(sapinho),
impetigo, infecções
superficiais, lesões
crônicas e
irritativas e nas
dermatites.
Também
empregada em
alguns tipos de
micoses, como nos
casos de frieiras e
pé de atleta. O uso
continuado é
irritante, devendo
ser empregado em
períodos curtos de
3-4 dias e não deve
ser empregada em
lesões no rosto,
pois podem causar
manchas
permanentes.

224
ANEXO II ( ) produto
MODELO DE ROTULAGEM DE MEDICAMENTOS Preencher todos os campos:
DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA Referência
Nome comercial (FACULTATIVO) Sinônimo
bibliográfica
Nome do produto ou sinônimo (conforme Anexo I)
Concentração do princípio ativo (conforme Anexo I) Referência
Forma farmacêutica (conforme Anexo I) Indicação
bibliográfica
Via de administração Uso (adulto, pediátrico, adulto e
pediátrico) Referência
Modo de Usar
Conteúdo da embalagem Composição: bibliográfica
Nome do princípio ativo...................concentração
Referência
Excipientes (relacionar sem mencionar concentração na Advertência
bibliográfica
fórmula)
É facultado a inclusão de informações adicionais voltadas Especificações analíticas Referência
para características organolépticas. mínimas bibliográfica
Indicação (conforme Anexo I)
Modo de Usar (conforme Anexo I) ( ) informações sobre produto já existente no Anexo I
Advertência (conforme Anexo I) Preencher somente o campo pertinente:
Advertências específicas do produto conforme legislação Referência
Sinônimo
vigente bibliográfica
Cuidados de Conservação Frase "TODO
MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO Referência
Indicação
ALCANCE DE CRIANÇAS" bibliográfica
Frase "Para correta utilização deste medicamento, solicite
Referência
orientação do farmacêutico." Modo de Usar
bibliográfica
Frase "MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO
SIMPLIFICADA RDC Nº ....... de 2006. AFE nº Referência
:..........................". Advertência
bibliográfica
Frase "AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO
DEVERÁ SER CONSULTADO" Especificações analítica Referência
Nome do Farmacêutico Responsável e respectivo número mínimas bibliográfica
de CRF ( ) EXCLUSÃO
Nome da empresa notificadora ( ) produto
Número de CNPJ da empresa notificadora ( ) infomações sobre produto já existente no Anexo I
Endereço completo da empresa notificadora ( )sinônimo
Fabricado por: (quando for o caso) ( )Indicação
Nome da empresa fabricante ( )modo de usar
Número de CNPJ da empresa fabricante ( )advertência
Endereço completo da empresa fabricante ( )especificações analíticas mínimas Justificativa
Número do SAC da empresa notificadora Referência Bibliográfica
Número de Lote ( ) ALTERAÇÃO
Data de Fabricação ( ) nome do produto
Prazo de Validade ( )princípio ativo
Código de barras ( )concentração
( )forma farmacêutica
ANEXO III ( )sinônimo
REQUERIMENTO PARA INCLUSÃO, ALTERAÇÃO ( )Indicação
OU EXCLUSÃO DE MEDICAMENTOS OU ( )modo de usar
INFORMAÇÕES PRESENTES NO ANEXO I ( )advertência
Dados do solicitante: ( )especificações analíticas mínimas Justificativa
Nome do solicitante (jurídica ou física): Referência Bibliográfica
Endereço: (*) Republicada por ter saído no DOU nº 208, de
FAX: 30.10.2006, Seção 1, pág. 167, com incorreção no
e-mail: original.
Telefone:
Dados do produto:
Princípio Ativo:
Concentração:
Forma farmacêutica:
( )INCLUSÃO
225
RDC nº. 204 de 14/11/2006. Parágrafo único. Excetuar do disposto no caput deste
(D.O.U de 16.11.2006) artigo a utilização com a estrita finalidade de pesquisas e
trabalhos médicos e científicos.
Dispõe sobre o cumprimento das Boas Práticas de Art. 6º - Fica instituído que as empresas terão um prazo
Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos de 180 dias para cumprir os itens do capítulo de validação
do anexo I desta Resolução.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Parágrafo único. Excetua-se do disposto no caput deste
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere artigo o item 13.3.1 do anexo desta Resolução.
o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Art. 7º - A inobservância ou desobediência ao disposto na
Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em presente Resolução configura infração de natureza
vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do sanitária, na forma da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da 1977, sujeitando o infrator às penalidades previstas nesse
Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, diploma legal.
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião Art. 8º - Ficam revogadas a RDC nº. 35 de 25 de fevereiro
realizada em 6 de novembro de 2006, e de 2003 (DOU 07/03/2003) e a RDC Nº 47, de 2 de Junho
considerando o disposto na Lei nº. 6.360, de 23 de de 2000.
setembro de 1976 e no seu Regulamento, o Decreto nº. Art. 9º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
79.094, de 5 de janeiro de 1977; publicação.
considerando a Resolução RDC nº. 196, de 29 de DIRCEU RAPOSO DE MELLO
junho de 2005;
considerando a Lei nº. 9.782, de 26 de janeiro de ANEXO
1999; REGULAMENTO TÉCNICO DAS BOAS
considerando a necessidade de padronizar as ações da PRÁTICAS DE DISTRIBUIÇÃO E
Vigilância Sanitária referente aos Insumos Farmacêuticos FRACIONAMENTO DE INSUMOS
a serem utilizados na fabricação de medicamentos e na FARMACÊUTICOS
manipulação de medicamentos;
considerando ainda que todo o segmento envolvido na GLOSSÁRIO
distribuição e fracionamento é responsável solidário pela Ajuste - Operação destinada a fazer com que um
identidade, eficácia, qualidade e segurança dos Insumos instrumento de medida tenha desempenho compatível
Farmacêuticos; com o seu uso, utilizando-se como referência um padrão
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e de trabalho (padrão de controle).
eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação: Ambiente - Espaço fisicamente determinado e específico
para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s),
Art. 1º - Determinar a todos os estabelecimentos que caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas.
exerçam as atividades de importar, exportar, distribuir, Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma
expedir, armazenar, fracionar e embalar insumos área.
farmacêuticos o cumprimento das diretrizes estabelecidas Amostra de Referência ou Amostra de Retenção -
no Regulamento Técnico de Boas Práticas de Distribuição Amostra de Insumo Farmacêutico, conservada pelo
e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos, conforme distribuidor, devidamente identificada.
Anexo da presente Resolução. Antecâmara - Espaço fechado com duas ou mais portas,
Art. 2º - Instituir como norma de inspeção para os órgãos interposto entre duas ou mais áreas de classes de limpeza
de vigilância sanitária do SUS o Anexo - Regulamento distintas, com o objetivo de controlar o fluxo de ar entre
técnico das Boas Práticas de Distribuição e ambas, quando precisarem ser adentradas. A antecâmara é
Fracionamento de Insumos Farmacêuticos. projetada de forma a ser utilizada por pessoas ou
Parágrafo único Fica a empresa fracionadora responsável materiais.
pela qualidade dos Insumos Farmacêuticos fracionados. Área - Espaço físico delimitado, onde são realizadas
Art. 3º - Os insumos farmacêuticos estéreis não podem ser operações sob condições ambientais específicas.
fracionados. Áreas Operacionais - Áreas cujas operações têm contato
Art. 4º - As empresas de que trata esta norma somente direto com os Insumos Farmacêuticos.
podem comercializar com empresas autorizadas pela Armazenamento - Procedimento que possibilita o estoque
autoridade sanitária federal e licenciadas pela autoridade ordenado e racional de materiais.
sanitária das unidades federadas em que se localizam Amostra representativa - Quantidade de amostra
Art. 5º - Ficam proibidas a importação e comercialização estatisticamente calculada, representativa do universo
de insumos farmacêuticos destinados à fabricação de amostrado, tomada para fins de análise.
medicamentos que ainda não tiverem a sua eficácia BPDF - Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de
terapêutica avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Insumos Farmacêuticos.
Sanitária. Calibração - Conjunto de operações que estabelecem, sob
condições especificadas, a relação entre os valores
indicados por um instrumento de medição, sistema, ou
valores apresentados por um material de medida,
226
comparados àqueles obtidos com um padrão de referência relativas à qualidade, formalmente expressa e autorizada
correspondente. pela administração superior da empresa.
CAS - “Chemical Abstracts Service” - Referência Gerenciamento de resíduos - Atividade que engloba as
Internacional de Substâncias Químicas. etapas desde a formação dos resíduos até o destino final.
Contaminação - Introdução indesejada de impurezas de Impureza - Qualquer componente não desejável, presente
natureza química, microbiológica ou material estranho na no insumo farmacêutico.
matéria-prima ou insumo farmacêutico durante o Insumo farmacêutico - Droga ou substância aditiva ou
fracionamento, amostragem, embalagem, armazenamento complementar de qualquer natureza, destinada ao
ou transporte. emprego em medicamento.
Contaminação-cruzada - Contaminação de determinado Insumo farmacêutico ativo - Droga ou substância ativa
insumo farmacêutico por outro Insumo Farmacêutico, destinada a emprego em medicamentos.
durante as operações. Insumo farmacêutico altamente ativo - Toda substância
DCB - Denominação Comum Brasileira - Denominação (fármaco) cuja dose terapêutica possa ser inferior a 5
do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo (cinco) mg, por exemplo: prostaglandinas,
aprovado pelo Órgão Federal responsável pela Vigilância imunossupressores, alguns psicotrópicos e alguns
Sanitária. entorpecentes.
DCI - Denominação Comum Internacional - Insumo farmacêutico altamente sensibilizante - Toda
Denominação do fármaco ou princípio substância capaz de desenvolver uma reação
farmacologicamente ativo aprovado pela Organização sensibilizante em pequenas doses ou em doses
Mundial de Saúde. cumulativas (penicilinas, cefalosporinas e respectivos
Depósito de material de limpeza - Sala destinada à derivados).
guarda de aparelhos, utensílios e materiais utilizados na Insumo farmacêutico crítico - Insumo que tem maior
limpeza. probabilidade de ter sua especificação afetada em virtude
Devolução - Retorno ao fabricante ou ao distribuidor de das condições do fracionamento.
insumos farmacêutico, por estar em desacordo com as Instalação - Espaço físico delimitado acrescido das
especificações dos compêndios oficiais ou outros máquinas, aparelhos, equipamentos e sistemas auxiliares
motivos, excluindo exigências comerciais. utilizados para executar os processos.
Desvio da qualidade - Não atendimento aos requisitos da Limpeza - Remoção de sujidades de qualquer superfície,
qualidade estabelecidos para Insumos Farmacêuticos. por fricção manual ou auxílio de máquina.
Distribuição - Qualquer atividade de armazenamento, Lote - Quantidade definida de Insumos Farmacêuticos,
fornecimento e expedição dos Insumos Farmacêuticos obtidos em um único processo/operação, cuja
excluindo-se a de fornecimento ao público. característica essencial é a homogeneidade.
Documentação - Conjunto de documentos que definem e Material - Termo usado para denotar materiais de
registram as especificações e as operações dos Insumos laboratório (ex: filtros, vidrarias, reagentes), insumo
Farmacêuticos farmacêutico, material de embalagem e material impresso.
Embalagem Primária - Recipiente destinado ao Material de embalagem - Invólucro, recipiente ou
acondicionamento e envase de Insumos Farmacêuticos qualquer forma de acondicionamento, removível ou não,
que mantém contato direto com os mesmos. destinado a cobrir, empacotar, envasar, proteger e manter
Embalagem Secundária - Recipiente destinado ao os insumos farmacêuticos.
acondicionamento de Insumos Farmacêuticos em sua Monitoramento ambiental - Procedimentos estabelecidos
embalagem primária, não mantendo contato com os que tenham como objetivo a verificação do cumprimento
mesmos. dos parâmetros de limpeza, temperatura, umidade e
Empresa - Pessoa Jurídica que segundo as leis vigentes de microbiológico com seus respectivos registros.
comércio, explore a atividade econômica com Insumos Número de lote - Combinação definida de números e/ou
Farmacêuticos abrangidos por este Regulamento. letras que identificam um determinado lote, visando
Especificação - Parâmetros, seus limites documentados e assegurar a rastreabilidade do mesmo.
respectivas metodologias a que devem atender os Insumos Operações - Conjunto de atividades executadas visando
Farmacêuticos. atender as BPDF para Insumos Farmacêuticos.
Estabelecimento - Unidade da empresa destinada ao Ordem de fracionamento - Documento de referência para
comércio atacadista de Insumos Farmacêuticos. o fracionamento de um ou parte de lote de insumo
Fabricante - Empresa que realiza as operações e processos farmacêutico, que contemple as informações
necessários para a obtenção de Insumos Farmacêuticos. preestabelecidas.
Fracionamento - Processo que visa à divisão em Origem - País de produção ou industrialização dos
quantidades menores dos Insumos Farmacêuticos, Insumos Farmacêuticos.
preservando as especificações da qualidade e dados de Padrão de referência primário - Uma substância cujo
identificação e rotulagem originais englobando as elevado grau de pureza e autenticidade foram
operações de pesagem/medida, embalagem e rotulagem. demonstrados por meio de testes analíticos.
Gerenciamento da qualidade - O Gerenciamento da Padrão de referência secundário - Substância da qualidade
Qualidade determina e implementa a "Política da e de pureza estabelecidas, comparada a um padrão de
Qualidade”, ou seja, as intenções e direções globais referência primário.
227
Prazo de validade - Tempo durante o qual o insumo 1.2. Este regulamento estabelece os procedimentos e as
farmacêutico poderá ser usado, caracterizado como práticas que as empresas devem aplicar para assegurar
período de vida útil definido pelo fabricante, que as instalações, métodos, processos, sistemas e
fundamentado nos estudos de estabilidade específicos, controles usados para importar, exportar, armazenar,
desde que mantidas as condições de armazenamento e distribuir, fracionar e embalar insumos farmacêuticos
transporte estabelecidas. sejam adequados para garantir qualidade e permitir seu
Procedimento Operacional Padrão (POP) - Descrição uso na elaboração de medicamentos.
pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas 1.3. As empresas devem garantir que os insumos
nas atividades abrangidas por este Regulamento. farmacêuticos sejam adequados para o uso pretendido e
Procedência - País de embarque dos Insumos que mantenham as características e especificações do
Farmacêuticos. fabricante, prevenindo desvios, adotando cuidados na
Qualificação - Ação de provar e de documentar que os aplicação dos seus procedimentos, em todos os setores.
equipamentos ou os sistemas subordinados estão 1.4. A política da Qualidade e os conceitos de Boas
devidamente instalados e operam corretamente e Práticas de Distribuição e Fracionamento estão inter-
conduzem aos resultados previstos. A qualificação é parte relacionados, e estão descritos com a finalidade de
da validação, mas as etapas individuais da qualificação enfatizar suas relações e suas importâncias fundamentais
não constituem a validação do processo. para a distribuição e fracionamento dos insumos
Quarentena - Retenção temporária dos Insumos farmacêuticos.
Farmacêuticos e materiais de embalagens, isolados 1.5. As empresas devem possuir recursos humanos, infra-
fisicamente ou por outros meios que impeçam a sua estrutura física, equipamentos e procedimentos escritos
utilização, enquanto esperam decisão quanto à aprovação que atendam às recomendações deste regulamento.
ou reprovação. 1.6. É de responsabilidade da administração da empresa
Rastreabilidade - Conjunto de informações que permitem prever e prover recursos humanos e materiais necessários
o acompanhamento e a revisão das operações efetuadas à operacionalização das atividades.
para cada lote dos Insumos Farmacêuticos. 2. GERENCIAMENTO DA QUALIDADE
Reconciliação - Procedimento que tem como objetivo 2.1. Princípios
fazer uma comparação nas diferentes etapas de 2.1.1. A qualidade deve ser de responsabilidade de todos
fracionamento de um lote de insumo farmacêutico, entre a os colaboradores da empresa.
quantidade real de materiais e a quantidade teórica 2.1.2. A empresa deve estabelecer, documentar,
estabelecida. implementar e manter um sistema eficaz para o
Responsável Técnico - Profissional legalmente habilitado, gerenciamento da qualidade, com a participação ativa da
com inscrição em autarquia profissional, reconhecido pela gerência e de todo pessoal envolvido nas atividades
Autoridade Sanitária para a atividade que a empresa contempladas nesta norma.
realiza na área de insumos abrangidos por este 2.1.3. O sistema para o gerenciamento da qualidade deve
Regulamento. abranger a estrutura organizacional, os Procedimentos, o
Rótulo - Identificação impressa, litografada, pintada, fracionamento, os recursos e as atividades necessárias
gravada a fogo, a pressão ou auto-adesiva, aplicada para assegurar que o insumo farmacêutico esteja em
diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros ou conformidade com as especificações pretendidas da
qualquer protetor de embalagem externo ou interno, não qualidade. Todas as atividades relacionadas devem ser
podendo ser removida ou alterada durante o uso do definidas e documentadas.
insumo farmacêutico e durante o seu transporte ou 2.1.4. Deve existir uma Unidade da Qualidade que seja
armazenamento. responsável por assegurar que os insumos farmacêuticos
Sala - Ambiente envolto por paredes em todo seu estejam dentro dos padrões da qualidade exigidos e que
perímetro e uma porta. possam ser utilizados para os fins propostos.
Sistema - Disposição das partes ou dos elementos de um 2.1.5. A Unidade da Qualidade deve ser independente do
todo, coordenados entre si, e que funcionam como fracionamento compreendendo as responsabilidades da
estrutura organizada. Garantia da Qualidade (GQ) e do Controle da Qualidade
Utensílios - Objetos que servem de meios ou instrumentos (CQ), que faça cumprir as responsabilidades da
para as operações, adequados para os fins a que se distribuição e do fracionamento. A Unidade da Qualidade
destinam. pode ser constituída por um único indivíduo ou grupo ou
Validação - Ato documentado que atesta que qualquer departamento, dependendo do tamanho e da estrutura da
procedimento, processo, equipamento, material, operação organização.
ou sistema realmente conduza aos resultados esperados. 2.1.5.1. A unidade da qualidade das empresas que
exercem as atividades de distribuição e armazenamento
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS de insumos farmacêuticos compreende as
1.1. As empresas de que trata esta norma devem ser responsabilidades da Garantia da Qualidade (GQ) e do
detentoras de autorização de funcionamento e licença Controle da Qualidade (CQ), quando este for realizado
sanitária devidamente atualizada, e suas atividades pela empresa.
regularmente inspecionadas pelas autoridades sanitárias
competentes.
228
2.1.6. Os insumos farmacêuticos apenas podem ser 2.2.2.1. A Unidade da Qualidade deve gerenciar todas as
liberados por funcionários definidos e autorizados pela atividades relacionadas à qualidade.
Unidade da Qualidade. 2.2.2.2. As responsabilidades principais da Unidade da
2.1.7. Todas as atividades relacionadas à qualidade devem Qualidade não devem ser delegadas. Estas
ser registradas. responsabilidades devem ser definidas e documentadas
2.1.8. Todos os desvios da qualidade devem ser contemplando as seguintes atividades:
investigados, documentados e justificados. a) Liberar ou rejeitar todos os insumos farmacêuticos;
2.1.9. Todas as decisões e medidas tomadas resultantes de b) Estabelecer e monitorar um sistema para liberar ou
um desvio da qualidade devem ser registradas, assinadas, rejeitar insumos farmacêuticos, materiais de embalagem e
datadas e anexadas aos correspondentes registros do lote. rotulagem;
2.1.10. Nenhum material deve ser utilizado antes da c) Revisar a documentação dos registros de insumos
conclusão satisfatória da avaliação pela Unidade da farmacêuticos antes de sua liberação para a expedição;
Qualidade. d) Certificar-se de que os desvios da qualidade sejam
2.1.11. Devem existir procedimentos para notificar a investigados e as ações corretivas implementadas;
Unidade da Qualidade, sempre que ocorrer desvios da e) Gerenciar as atividades para a guarda, armazenamento
qualidade incluindo as ações relacionadas. e documentação das amostras de retenção;
2.2. Responsabilidades f) Aprovar todos os procedimentos, especificações e
2.2.1. Introdução instruções que impactam na qualidade do insumo
2.2.1.1. Os postos principais do Fracionamento, do farmacêutico;
Controle da Qualidade e da Unidade da Qualidade devem g) Aprovar o Programa de auto-inspeção e certificar-se de
ser ocupados por pessoas que trabalhem em período que é executado;
integral na empresa. Pode haver necessidade de delegar h) Aprovar as especificações técnicas para contratação de
algumas funções, entretanto, a responsabilidade não pode serviços de terceirização;
ser delegada. i) Aprovar qualquer alteração nas instalações, nos
2.2.1.2. Os responsáveis pelos setores de Fracionamento, equipamentos, procedimentos e processos;
Controle da Qualidade e Unidade da Qualidade devem j) Elaborar plano mestre, protocolos e relatórios de
estar habilitados conforme legislação vigente do validação e assegurar que sejam feitas as validações
respectivo conselho de classe. necessárias;
2.2.1.3. Devem existir responsáveis distintos para as k) Certificar-se que as reclamações e devoluções
atividades de Fracionamento, Controle da Qualidade e relacionadas à qualidade devem ser registradas,
Unidade da Qualidade. investigadas e documentadas. Quando necessário, as
2.2.1.4. Os responsáveis pelo setor de Fracionamento e ações corretivas devem ser implementadas;
Unidade da Qualidade devem exercer em conjunto l) Executar revisões da qualidade do insumo
determinadas atividades relativas à qualidade, tais como: farmacêutico, conforme descrito item 2.3 desta norma;
a) Elaboração e atualização dos procedimentos m) Aprovar o programa de monitoramento ambiental e
operacionais padrão e demais documentos; certificar-se de que é executado;
b) Monitoramento e o controle do ambiente de n) Aprovar e promover o Programa de Treinamento e
fracionamento; certificar-se que sejam realizados treinamentos iniciais e
c) Implementação e monitoramento dos programas de contínuos do pessoal;
saúde, que devem contemplar higiene, vestuário e o) Determinar e acompanhar o recolhimento de insumo
conduta; farmacêutico;
d) Calibração e qualificação de equipamentos e p) Aprovar o programa de calibração, manutenção
instrumentos envolvidos no processo; preventiva e corretiva, e garantir sua correta execução;
e) Treinamento, incluindo a aplicação dos princípios das q) Certificar-se de que existe um sistema eficaz de
BPDF; manutenção e calibração de equipamentos;
f) Qualificação de fornecedores; r) Autorizar a emissão da Ordem de Fracionamento;
g) Aprovação e o monitoramento de empresas prestadoras s) Garantir que instalações e equipamentos estejam
de serviço; qualificados;
h) Elaboração de especificações e monitoramento das t) Aprovar os procedimentos relacionados aos sistemas
condições de armazenamento dos materiais; computadorizados;
i) Arquivamento de documentos e registros; u) Definir as análises a serem realizadas nos insumos
j) Monitoramento do cumprimento das Boas Práticas de farmacêuticos fracionados para assegurar que suas
Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos; especificações não sejam alteradas durante o
k) Inspeção, investigação e amostragem de modo a fracionamento.
monitorar os fatores que possam afetar a qualidade do 2.2.3. Responsabilidades do Controle da Qualidade
insumo farmacêutico; 2.2.3.1. As responsabilidades principais do Controle da
l) Validação de limpeza e processo de fracionamento de Qualidade não podem ser delegadas. Estas
insumos farmacêuticos. responsabilidades devem ser definidas e documentadas
2.2.2. Responsabilidades da Unidade da Qualidade descrevendo claramente estas atividades:
a) Elaborar, atualizar e revisar:
229
I Especificações e métodos analíticos para insumos d) Distribuir os lotes de insumos farmacêuticos
farmacêuticos e materiais de embalagem; obedecendo preferencialmente à regra: primeiro que
II Procedimentos de amostragem; expira é o primeiro que sai;
III Procedimentos para monitoramento ambiental; e) Garantir que todos os desvios sejam registrados e
IV Procedimentos relativos aos padrões de referência; encaminhados à Unidade da Qualidade;
V Procedimentos relativos às amostras de referência f) Propor e avaliar mudanças nas operações de
futura. distribuição.
b) Executar análises para aprovação ou reprovação de 2.2.6. Responsabilidades do Setor de Armazenamento
insumos farmacêuticos e materiais de embalagem; a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão do
c) Emitir laudo analítico de cada lote de material armazenamento e assegurar que sejam implementados;
analisado; b) Assegurar que os insumos farmacêuticos sejam
d) Aprovar e monitorar as análises realizadas ou as armazenados de acordo com procedimentos apropriados e
previstas em contrato de terceirização, conforme em locais adequados;
legislação vigente; c) Garantir que as instalações encontrem-se limpas e,
e) Participar da investigação das reclamações e quando necessário, higienizadas;
devoluções dos insumos farmacêuticos; d) Garantir que todos os desvios sejam registrados e
f) Assegurar a correta identificação dos materiais, encaminhados à Unidade da Qualidade;
instrumentos e equipamentos de laboratório; e) Propor e avaliar mudanças nas operações de
g) Validar as metodologias analíticas não farmacopêicas; armazenamento;
h) Investigar os resultados fora de especificação, de f) Manter registro de monitoramento ambiental.
acordo com procedimentos; 2.3. Revisão da Qualidade do Insumo Farmacêutico
i) Executar a verificação dos equipamentos e instrumentos 2.3.1. Revisões regulares da qualidade dos insumos
do laboratório; farmacêuticos devem ser conduzidas com o objetivo de
j) Executar as análises de monitoramento ambiental. verificar a consistência das operações. Tais revisões
2.2.4. Responsabilidades do Setor de Fracionamento devem ser conduzidas e documentadas anualmente
2.2.4.1. As responsabilidades do setor de fracionamento incluindo:
devem ser definidas e documentadas contemplando as a) Revisão de todos os lotes que não se encontram como
seguintes atividades: estabelecido na especificação;
a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão do b) Revisão de todos os desvios e investigações
fracionamento e assegurar que sejam implementados; relacionadas;
b) Participar da elaboração e revisão do modelo da ordem c) Revisão de mudanças realizadas nas operações de
de fracionamento dos insumos farmacêuticos e dos fracionamento ou métodos analíticos validados;
procedimentos relacionados; d) Revisão de todas as devoluções, reclamações e
c) Assegurar que o processo de fracionamento recolhimentos relacionados à qualidade;
(pesagem/medida, embalagem, fechamento e rotulagem) e) Revisão de ações corretivas.
seja executado de acordo com procedimentos apropriados; 2.3.2. Os resultados devem ser analisados e, se necessário,
d) Revisar todos os registros do fracionamento e assegurar ações corretivas devem ser tomadas, registradas,
de que estejam completos e assinados; acompanhadas e concluídas.
e) Garantir que todos os desvios do processo de 2.4. Auto-inspeções da Qualidade
fracionamento sejam registrados e encaminhados à 2.4.1. Tem como finalidade verificar a conformidade das
Unidade da Qualidade; empresas com os princípios de BPDF, desde a aquisição
f) Garantir que as instalações e equipamentos encontrem- de materiais até a expedição do insumo farmacêutico. As
se limpos, higienizados e devidamente identificados; auto-inspeções devem ser realizadas, no mínimo,
g) Garantir que as calibrações e os controles de anualmente.
equipamentos necessários sejam executados e registrados 2.4.2. Deve ser elaborado procedimento escrito sobre
e que os registros estejam disponíveis; auto-inspeções. A auto-inspeção deve englobar:
h) Propor e avaliar mudanças no processo de a) Pessoal;
fracionamento ou nos equipamentos; b) Instalações;
i) Executar a verificação dos equipamentos e instrumentos c) Manutenção de prédios e equipamentos;
e manter os registros; d) Armazenamento de materiais;
j) Controlar e manter registros de monitoramento e) Distribuição de insumos farmacêuticos;
ambiental. f) Equipamentos;
2.2.5. Responsabilidades do Setor de Distribuição g) Fracionamento e controles do fracionamento;
a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão da h) Controle da Qualidade;
distribuição e assegurar que sejam implementados; i) Documentação;
b) Manter atualizados os dados de distribuição de forma a j) Higienização e limpeza;
garantir a rastreabilidade dos insumos farmacêuticos; k) Programas de validação e revalidação;
c) Distribuir os insumos farmacêuticos de acordo com os l) Calibração e qualificação de instrumentos e
procedimentos apropriados; equipamentos;
m) Recolhimento de insumo farmacêutico do mercado;
230
n) Gerenciamento das Reclamações; 3.2.4. O pessoal que trabalha em áreas onde há risco de
o) Controle de rótulos; contaminação e em áreas onde são manuseados os
p) Gerenciamento dos resíduos; insumos farmacêuticos altamente ativos, tóxicos,
q) Resultados das auto-inspeções anteriores e ações infecciosos e altamente sensibilizantes deve receber
corretivas adotadas. treinamento específico.
2.4.3. O responsável pela Unidade da Qualidade deve 3.3. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
nomear uma equipe para conduzir a auto-inspeção, equipe 3.3.1. Todos os funcionários devem ser submetidos a
esta que deve ser formada por profissionais qualificados exames de saúde para admissão e posteriormente a
em suas áreas de atuação e familiarizados com as BPDF. exames periódicos necessários às atividades
Os membros da equipe podem ser profissionais da própria desempenhadas, de acordo com legislação específica em
empresa ou especialistas externos. vigor.
2.4.4. A auto-inspeção deve ser documentada e os 3.3.2. Todos os funcionários devem ser treinados nas
registros devem conter: práticas de higiene pessoal e segurança e cumprir as
a) Resultado da auto-inspeção; normas estabelecidas. O treinamento deve incluir
b) Avaliações e conclusões; situações de conduta em caso de doenças contagiosas ou
c) Não conformidades detectadas; lesão exposta.
d) Ações corretivas recomendadas e prazos estabelecidos 3.3.3. Todas as pessoas com suspeita ou confirmação de
para o atendimento. doença infecciosa ou lesão exposta não podem executar
2.4.5. Ações corretivas para as não-conformidades atividades que comprometam a qualidade dos insumos
observadas no relatório de auto-inspeção devem ser farmacêuticos. Devem ser excluídas das atividades até
implementadas e concluídas no prazo determinado. que a condição de saúde não represente risco à qualidade
3. PESSOAL e a segurança do insumo farmacêutico.
3.1. Generalidades 3.3.4. Todos os funcionários devem ser instruídos e
3.1.1. O estabelecimento e a manutenção da qualidade do incentivados a relatar a seu supervisor imediato quaisquer
insumo farmacêutico dependem dos funcionários que condições fora dos procedimentos estabelecidos que
realizam as atividades de que trata esta norma. Deve possam interferir na qualidade dos insumos
haver um número adequado de pessoal qualificado pela farmacêuticos.
instrução, pelo treinamento, e/ou pela experiência, para 3.3.5. Para minimizar o risco de contaminação, os
executar, supervisionar e gerenciar as atividades funcionários devem vestir uniforme limpo e apropriado
realizadas com insumos farmacêuticos. As para cada área.
responsabilidades e autoridades individuais devem estar 3.3.6. Todos os uniformes devem estar limpos,
estabelecidas em procedimentos escritos, compreendidas higienizados e serem compatíveis com as atividades.
e aplicadas por todos os envolvidos. 3.3.7. O fornecimento e higienização dos uniformes são
3.1.2. A empresa deve possuir um organograma. Os de responsabilidade da empresa.
funcionários não devem acumular responsabilidades a fim 3.3.8. Para que seja assegurada a proteção dos
de evitar que a qualidade dos insumos farmacêuticos seja funcionários, a empresa deve disponibilizar Equipamento
colocada em risco. Suas atribuições podem ser delegadas de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamento de Proteção
a substitutos designados, desde que possuam nível de Individual (EPI) de acordo com as atividades
qualificação satisfatório. Não pode haver ausência ou desenvolvidas.
acúmulo nas responsabilidades do pessoal no que se 3.3.9. É proibido fumar, comer, beber, mascar ou manter
refere à aplicação das BPDF. plantas, animais, alimentos, bebidas, fumo e
3.1.3. Todo o pessoal deve conhecer os princípios das medicamentos nas áreas operacionais.
BPDF e receber treinamento inicial e contínuo. 3.3.10. O acesso às áreas operacionais deve ser restrito a
3.2. Treinamento pessoas autorizadas.
3.2.1. A empresa deve, mediante um programa escrito e 3.3.11. Os visitantes devem ser previamente autorizados,
definido, promover treinamento de todo pessoal cujas orientados e acompanhados na área por profissional
atividades possam interferir na qualidade do insumo designado.
farmacêutico. Atenção especial deve ser dada ao 3.3.12. Os procedimentos de higiene pessoal, inclusive o
treinamento das pessoas envolvidas nas atividades de uso de vestimentas apropriadas, devem ser cumpridos por
fracionamento e do controle da qualidade. todas as pessoas que entrarem nas áreas operacionais.
3.2.2. Além de treinamento sobre a teoria e a prática das 4. EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES
BPDF, o pessoal recém contratado deve participar do 4.1. Generalidades
programa de integração e receber treinamento apropriado 4.1.1. O projeto dos edifícios e instalações deve
quanto às suas atribuições e ser treinado e avaliado minimizar o risco de erros e possibilitar a limpeza e
continuamente. manutenção adequada a fim de evitar a contaminação que
3.2.3. Os programas de treinamento devem contemplar possa afetar a qualidade dos insumos farmacêuticos, a
todo pessoal, serem implementados pelos responsáveis e preservação do meio ambiente e segurança dos
avaliados periodicamente. Os registros devem ser funcionários.
mantidos.

231
4.1.2. Os edifícios e as instalações devem ser localizados, 4.2.9. Os materiais inflamáveis, explosivos ou outras
construídos, adaptados e mantidos de forma que sejam substâncias perigosas devem ser estocados em áreas
adequados às operações a serem executadas. seguras e protegidas, devidamente segregados e
4.1.3. Os edifícios e as instalações devem ter espaço identificados, de acordo com legislação específica
adequado para a disposição ordenada de equipamentos e vigente.
materiais de modo a evitar a contaminação e facilitar a 4.2.10. O estabelecimento deve dispor de armário
limpeza. resistente e/ou área própria identificada, fechada com
4.1.4. As instalações devem ser mantidas em bom estado chave ou outro dispositivo que ofereça segurança na
de conservação, higiene e limpeza. Devem ser guarda dos Insumos Farmacêuticos sujeitos ao controle
asseguradas que as operações de manutenção e reparo não especial, bem como suas amostras de referência e
representem qualquer risco à qualidade dos insumos insumos devolvidos, reprovados ou recolhidos.
farmacêuticos. 4.2.11. O armazenamento de materiais impressos deve ser
4.1.5. Os sistemas de energia elétrica, iluminação, ar, efetuado de forma segura, com acesso restrito, evitando
ventilação e exaustão, bem como o controle e misturas e desvios; devendo ser manuseado por pessoal
monitoramento de temperatura e umidade devem ser designado, seguindo procedimentos definidos e escritos.
adequados ao armazenamento e fracionamento dos 4.2.12. Materiais promocionais não devem ser
insumos farmacêuticos e ao funcionamento dos armazenados na mesma área de armazenamento dos
equipamentos. insumos farmacêuticos.
4.1.6. As tubulações fixas, destinadas à condução de 4.3. Área de Fracionamento
fluídos, devem ser devidamente identificadas, conforme 4.3.1. O estabelecimento deve possuir salas separadas
legislação vigente, devendo ser empregados conexões ou para o fracionamento dos Insumos Farmacêuticos sólidos,
adaptadores que não sejam trocados entre si. semi-sólidos e líquidos.
4.1.7. As instalações devem ser projetadas e equipadas de 4.3.1.1. O acesso para materiais e pessoal deve ser por
forma a impedir a entrada de insetos e outros animais. antecâmaras independentes.
4.2. Áreas de Armazenamento 4.3.2. As áreas de fracionamento devem ser compatíveis
4.2.1. As áreas de armazenamento devem ter capacidade ao volume das operações e projetadas em espaço
suficiente para possibilitar o estoque ordenado dos segregado.
insumos farmacêuticos e materiais de embalagem, em 4.3.3. As áreas de fracionamento devem permitir o
suas condições de quarentena, aprovado, reprovado, posicionamento lógico e ordenado dos equipamentos e
devolvido e recolhido. dos materiais, de forma a evitar a ocorrência de
4.2.2. As áreas de armazenamento devem assegurar contaminação e erros no processo de fracionamento.
condições ideais de estocagem. Devem ser limpas, secas e 4.3.4. As salas de fracionamento dos insumos
mantidas em temperatura e umidade compatível com os farmacêuticos devem ter suas instalações com sistema de
materiais armazenados, não permitindo a contaminação iluminação, ventilação, exaustão, temperatura e umidade
cruzada e ambiental. Estas condições devem ser adequadas. Devem ser regularmente monitoradas durante
monitoradas e registradas e, quando necessário o período de fracionamento e em repouso, a fim de
controladas. assegurar o cumprimento das especificações da área.
4.2.3. Nas áreas de recebimento e expedição os materiais 4.3.5. O fracionamento de substâncias cáusticas, ácidas e
devem ser protegidos das variações climáticas. irritantes deve ser realizado em capelas com exaustão
4.2.4. As áreas de recebimento devem ser projetadas e adequadas para este fim.
equipadas de forma a permitir que os recipientes de 4.3.6. Nas áreas onde os insumos farmacêuticos e os
materiais recebidos sejam limpos antes de serem materiais de embalagem primária estiverem expostos ao
estocados. ambiente, as superfícies interiores devem ser lisas,
4.2.5. As áreas de armazenamento de insumos impermeáveis, laváveis, resistentes, livres de rachaduras e
farmacêuticos fracionados devem ser identificadas e de fácil limpeza, permitindo a higienização e não devendo
segregadas. liberar partículas.
4.2.6. Os insumos farmacêuticos e materiais de 4.3.7. As tubulações, luminárias, pontos de ventilação e
embalagem em quarentena devem estar em área restrita e outras instalações devem ser projetados e instalados de
separada na área de armazenamento. Essa área deve ser modo a facilitar a limpeza. Sempre que possível o acesso
claramente demarcada e o acesso somente pode ser para manutenção deve estar localizado externamente.
efetuado por pessoas autorizadas. Qualquer outro sistema 4.3.8. Os ralos, quando necessários, devem ser de
que substitua a quarentena física deve oferecer a mesma tamanho adequado, sifonados e tampados, para evitar os
segurança, garantindo a não liberação para uso ou refluxos de líquidos ou gás e mantidos fechados.
comercialização. 4.3.9. Nas salas de fracionamento não pode haver ralos.
4.2.7. Os insumos farmacêuticos devem ser identificados 4.3.10. Os resíduos do fracionamento devem ser
individualmente quanto ao seu status a fim de impedir acondicionados e descartados apropriadamente, conforme
trocas acidentais. legislação vigente.
4.2.8. O armazenamento de materiais devolvidos, 4.3.11. O fracionamento de insumos farmacêuticos
reprovados ou recolhidos deve ser efetuado em área altamente ativos, antibióticos, hormônios, substâncias
segregada e identificada. citotóxicas e altamente sensibilizantes deve ser realizado
232
em salas dedicadas e segregadas, com sistemas de fluxo 4.6.2. Vestiários, lavatórios e sanitários devem ser de fácil
de ar completamente independentes, projetados acesso e apropriados para o número de usuários. Os
especificamente para este fim, de modo a evitar sanitários não devem ter comunicação direta com as áreas
contaminação cruzada. operacionais. Devem estar sempre limpos e sanitizados.
4.3.13. Procedimentos adequados devem ser estabelecidos 4.6.3. As áreas de manutenção devem estar situadas em
para evitar a contaminação cruzada decorrente da locais separados das áreas operacionais e de controle da
circulação de pessoas e de materiais. qualidade.
4.3.14. As atividades de fracionamento de quaisquer 4.6.4. Deve existir um local específico para lavagem dos
materiais não farmacêuticos não devem ser realizadas nas utensílios do fracionamento e da amostragem.
mesmas salas e equipamentos usados para fracionamento 4.7. Água
do insumo farmacêutico. 4.7.1. As empresas devem ser abastecidas com água
4.3.15. Os insumos farmacêuticos que forem utilizados potável.
em outras classes de produtos poderão ser fracionados na 4.7.2. Quando a empresa possuir caixa d’água esta deve
mesma sala de fracionamento, desde que obedecidos os estar devidamente protegida para evitar a entrada de
mesmos critérios do fracionamento de insumos insetos, aves, roedores ou outros contaminantes.
farmacêuticos e observada a validação de limpeza. 4.7.3. Deve haver procedimento escrito para a limpeza
4.4. Área de Controle da Qualidade periódica da caixa d’água, mantendo-se os registros que
4.4.1. Os laboratórios de Controle da Qualidade devem comprovem sua realização.
ser projetados de forma a facilitar as operações neles 4.7.4. Devem ser feitos periodicamente testes físico-
realizadas. Devem dispor de espaço suficiente para evitar químicos e microbiológicos, para monitorar a qualidade
a ocorrência de misturas e de contaminação cruzada. da água de abastecimento, mantendo-se seus respectivos
4.4.2. O laboratório deve ser projetado considerando a registros.
utilização de materiais de construção adequados e deve 4.7.5.Quando os resultados dos testes analíticos da água
possuir conjunto de dispositivos que assegurem as potável estiverem fora dos limites estabelecidos pela
condições ambientais para a realização das análises e a legislação vigente, as causas devem ser apuradas e ações
proteção da saúde do pessoal. corretivas identificadas e registradas.
4.4.3. Devem existir salas separadas para proteger 4.7.6. Deve existir água apropriada para as análises
determinados instrumentos de interferências elétricas, realizadas no laboratório de controle da qualidade.
vibrações, contato excessivo com umidade e outros 4.8. Sanitização
fatores externos. 4.8.1. As instalações devem ser mantidas em condições de
4.4.4. Os laboratórios de Controle da Qualidade devem limpeza e sanitização adequadas.
estar separados das demais áreas operacionais. As áreas 4.8.2. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos,
onde forem realizados os ensaios físico-químicos e contendo as responsabilidades, as programações de
microbiológicos devem ser separadas e contar com limpeza e sanitização, os métodos, os equipamentos,
instalações independentes. utensílios e os materiais a serem usados na limpeza das
4.4.5. A amostra de referência do insumo farmacêutico instalações.
fracionado deve ser armazenada em área adequada, sob a 4.8.2.1. Deve existir depósito de material de limpeza.
responsabilidade e guarda do Controle da Qualidade, 4.8.3. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos
obedecendo às condições de armazenamento para o uso de raticidas, inseticidas, fungicidas,
estabelecidas pelo fabricante. fumegantes, sanitizantes e agentes de limpeza utilizados
4.5. Áreas de amostragem para prevenir a contaminação de equipamentos, utensílios,
4.5.1. Toda amostragem deve ser feita em local adequado. material de embalagem e rotulagem e insumos
4.5.2. As áreas destinadas à amostragem dos insumos farmacêuticos.
farmacêuticos, quando localizadas em áreas distintas do 4.9. Gerenciamento de Resíduos
fracionamento, devem ser projetadas e separadas para 4.9.1. Devem existir procedimentos escritos para o
esse fim, possuindo sistema de exaustão independente e gerenciamento dos resíduos, conforme legislação vigente,
adequado, que evite a ocorrência de contaminação devendo ser de conhecimento prévio de todos os
cruzada. funcionários. Devem ser registrados os controles
4.5.2.1. O acesso para materiais e pessoal deve ser por realizados e sua freqüência.
antecâmaras independentes. 4.9.2. Os resíduos devem estar armazenados de maneira
4.5.3. A amostragem de insumos farmacêuticos altamente segura até a sua destinação. Os recipientes para o material
ativos, antibióticos, hormônios, substâncias citotóxicas e de descarte devem estar identificados. As substâncias
altamente sensibilizantes deve ser realizada em salas tóxicas e os materiais inflamáveis devem ser guardados
dedicadas e segregadas, com sistemas de fluxo de ar em locais conforme exigido pela Legislação vigente.
completamente independentes de modo a evitar
contaminação cruzada. 5. EQUIPAMENTOS
4.6. Áreas Auxiliares 5.1. Generalidades
4.6.1. As salas de descanso e refeitório devem ser 5.1.1. Os equipamentos devem ser projetados, instalados e
separadas das demais áreas. mantidos de forma que:
sejam apropriados ao uso para o qual se destinam;
233
facilitem sua manutenção e limpeza; 5.3. Calibração e verificação dos equipamentos e
minimizem o risco de contaminação. instrumentos de medição e ensaio
5.1.2. Os equipamentos devem ser identificados de modo 5.3.1. Os equipamentos e instrumentos utilizados nas
a permitir a sua rastreabilidade quanto ao seu uso, limpeza operações de pesagem, medida, registros e controles,
e manutenção. devem ser submetidos à manutenção e calibração de
5.1.3. Os equipamentos devem ser qualificados, quando acordo com procedimentos escritos.
aplicável. 5.3.2. As calibrações devem ser executadas por pessoal
5.1.4. Equipamentos e/ou instrumentos com defeito, em capacitado, utilizando padrões rastreáveis e certificados,
desuso ou inadequados ao uso devem ser imediatamente com procedimentos reconhecidos oficialmente, em função
identificados, consertados ou retirados das áreas. A da freqüência de uso do equipamento e dos registros das
manutenção e os consertos devem ser documentados. verificações dos mesmos.
5.1.5. Os sistemas de controle e monitoramento de 5.3.2.1. os equipamentos e os instrumentos devem ser
temperatura e umidade das áreas operacionais devem ser verificados diariamente, ou antes, de serem utilizados e
mantidos em condições adequadas de limpeza, mantidos seus respectivos registros.
conservação, manutenção e operação. 5.3.3. A etiqueta com data referente à última calibração
5.2. Manutenção e Limpeza de Equipamentos deve estar afixada no equipamento.
5.2.1. Deve ser estabelecido um Programa de Manutenção 5.4. Sistemas Computadorizados
de Equipamentos. 5.4.1. Os sistemas computadorizados devem ter controles
5.2.2. As programações e os procedimentos para a suficientes para impedir o acesso, mudanças não
manutenção preventiva e corretiva devem se basear nas autorizadas e omissões de dados.
especificações dos fabricantes. A manutenção deve ser 5.4.2. Devem existir registros de todas as alterações
registrada. evidenciando os responsáveis.
5.2.3. Serviços de manutenção preventiva e/ou corretiva 5.4.3. Devem ser estabelecidos procedimentos que
podem ser terceirizados. previnam a inserção de dados incorretos no sistema
5.2.4. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos de computadorizado.
limpeza e sanitização de equipamentos. Os procedimentos 5.4.4. Os procedimentos escritos devem estar disponíveis
devem conter instruções que permitam limpeza de aos responsáveis pela operação e pela manutenção de
maneira reprodutível e eficaz. Devem estar incluídos nos sistemas computadorizados.
procedimentos: 5.4.5. Os incidentes relacionados aos sistemas
a) Atribuição da responsabilidade para a limpeza e computadorizados que podem afetar a confiabilidade dos
sanitização do equipamento; registros ou dos resultados de teste devem ser registrados
b) Programações da limpeza, incluindo, quando e investigados.
apropriado, sanitização; 5.4.6. As mudanças nos sistemas computadorizados
c) Descrição completa dos métodos e dos materiais, devem ser feitas de acordo com procedimentos para
incluindo a diluição dos agentes de limpeza utilizados; alterações e devem ser formalmente autorizadas,
d) Quando apropriadas, instruções para desmontar e documentadas e testadas. Os registros de todas as
remontar cada peça do equipamento para assegurar a mudanças devem ser mantidos, incluindo as modificações
limpeza e sanitização; e as melhorias realizadas no sistema.
e) Instruções para a liberação de limpeza do equipamento 5.4.7. Deve haver um sistema alternativo para
após o fracionamento de um lote; recuperação de dados no caso de falhas que resultem na
f) Instruções para a proteção do equipamento após a perda dos registros.
limpeza; 5.4.8. Devem ser estabelecidos para todos os sistemas
g) Verificação e liberação do equipamento antes do uso; computadorizados meios de assegurar a proteção dos
h) Estabelecimento do tempo máximo entre a conclusão dados.
do processo e a limpeza do equipamento desde que este 5.4.9. Deve existir uma forma segura e atualizada de
seja significativo para o procedimento de limpeza; armazenamento de dados, em meio eletrônico, compatível
i) Estabelecimento do tempo máximo entre a limpeza do com tecnologias disponíveis.
equipamento e o próximo uso assim como quais os 6. DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS
parâmetros devem ser reavaliados. 6.1. Generalidades
5.2.5. Os utensílios devem ser limpos, armazenados, 6.1.1. A documentação constitui parte essencial do
sanitizados, identificados quanto à condição de limpeza e, sistema da qualidade e deve estar relacionada com todos
quando apropriado, esterilizados para prevenir a os aspectos das BPDF. Todos os documentos devem estar
contaminação. facilmente disponíveis.
5.2.6. Os equipamentos devem ser limpos entre o 6.1.2. Os dados devem ser registrados de modo confiável.
fracionamento de insumos farmacêuticos para impedir a 6.2. Sistema de Documentação
contaminação cruzada. 6.2.1. Toda documentação relacionada às BPDF deve ser
5.2.7. Devem ser estabelecidos critérios de aceitação para elaborada, revisada, aprovada, atualizada e distribuída
limites de resíduos e seleção de agentes de limpeza. pelos respectivos responsáveis, de acordo com
5.2.8. O equipamento deve ser identificado de acordo com procedimentos escritos.
a sua condição de limpeza.
234
6.2.2. Os documentos devem estar disponíveis em meio e) Estrutura química e fórmula molecular, quando
eletrônico, impresso ou em outras formas adequadas. aplicáveis.
6.2.3. Documentos impressos não devem ter rasuras. 6.4.3. Os materiais de embalagem devem atender às
Registros alterados, autorizados pelos responsáveis, especificações dando ênfase à compatibilidade dos
devem possibilitar a identificação do dado anterior e estar mesmos com o insumo farmacêutico.
assinados e datados. 6.5. Registros dos Insumos Farmacêuticos Fracionados
6.2.4. O preenchimento dos registros deve ser realizado 6.5.1. A documentação de cada fracionamento deve
imediatamente após a execução das atividades conter registros de todas as operações realizadas para
identificando o responsável pela execução. permitir a rastreabilidade das informações geradas,
6.2.5. A emissão, revisão, substituição, retirada e incluindo as de controle da qualidade.
distribuição dos documentos devem ser controladas. 6.5.2. A cada fracionamento deve ser atribuído um código
6.2.6. Os documentos originais devem ser revisados e de identificação único e este deverá constar em todos os
atualizados conforme procedimentos estabelecidos, registros do insumo farmacêutico fracionado.
mantendo o histórico das revisões. 6.5.3. A ordem de fracionamento deve incluir:
6.2.7. Deve haver um sistema que impeça o uso a) Nome do Insumo Farmacêutico;
inadvertido da versão anterior. b) Quantidade a ser fracionada e efetivamente fracionada;
6.2.8. Documentos e registros devem ser retidos e o c) Data do fracionamento;
período de retenção deve ser estabelecido em d) Início e término do fracionamento;
procedimentos. e) Prazo de validade;
6.2.9. Documentos e registros referentes às operações f) Código de identificação do fracionamento;
com insumos farmacêuticos devem ser arquivados por 1 g) Nome do fracionador;
(um) ano após o vencimento da validade do lote. h) Nome do conferente;
6.2.10. Documentos e registros dos insumos i) Quantidade de todos os materiais de embalagem
farmacêuticos sujeitos a controle especial devem ser impressos utilizados, destruídos ou devolvidos ao estoque,
arquivados conforme legislação vigente. a fim de que possa ser feita correta reconciliação;
6.2.11. Quando as assinaturas eletrônicas forem utilizadas j) Número do lote original do fabricante ou número
em documentos, essas devem ser autênticas e seguras. atribuído pela empresa, no recebimento.
6.3. Registros de Limpeza, Sanitização, Manutenção e k) Registro das condições de temperatura e umidade;
Uso dos Equipamentos, Salas e Áreas. l) Amostragem executada no fracionamento;
6.3.1. Os registros de uso, limpeza, sanitização e m) Rótulo representativo do insumo farmacêutico
manutenção dos equipamentos, salas e áreas devem conter fracionado;
a data, hora, o insumo farmacêutico anterior, insumo n) Qualquer ocorrência relevante observada no
farmacêutico atual (quando aplicável) e o número do lote fracionamento;
de cada insumo farmacêutico fracionado, bem como a o) Identificação da sala de fracionamento.
identificação da pessoa que executou a limpeza e a 6.6. Registros de Controle da Qualidade
manutenção. Os registros devem ser rastreáveis e estarem 6.6.1. Os registros do Controle da Qualidade devem
prontamente disponíveis. incluir:
6.3.2. Os registros de limpeza e sanitização devem estar a) Registros das amostras recebidas para teste;
disponíveis ou anexados à ordem de fracionamento. b) Referência de cada método do teste utilizado;
6.4. Especificações de Insumos farmacêuticos, Materiais c) Todos os dados gerados durante cada teste;
de Embalagem e de Rotulagem d) Limites de aceitação estabelecidos;
6.4.1. A especificação dos materiais de embalagem e) Identificação do analista e data de execução da análise;
primária e dos materiais impressos deve possuir uma f) Data e identificação do responsável pela revisão dos
descrição, incluindo: registros das análises.
a) Nome e/ou código de referência; 6.6.2. Os registros de fracionamento e controle da
b) Requisitos quantitativos e qualitativos com os Qualidade devem ser revisados. Qualquer desvio deve ser
respectivos limites de aceitação; documentado e investigado. A investigação e suas
c) Modelo do material impresso e conclusões devem ser documentadas, devendo ser
d) Condições de armazenamento. estendida a outros lotes do mesmo produto e outros
6.4.2. A especificação dos insumos farmacêuticos deve produtos que possam estar associados ao desvio, quando
possuir: necessário.
a) Nome do insumo farmacêutico de acordo com a DCB, 6.6.3. Deve ser feito um registro sobre o resultado da
DCI ou CAS (obrigatoriamente nesta ordem), quando investigação, sendo que o mesmo deve incluir as
aplicável e seu respectivo código de identificação; conclusões e as providências tomadas.
b) Referência das especificações e metodologias do 7. CONTROLE DE MATERIAIS
fabricante; 7.1. Controles Gerais
c) Requisitos quantitativos e qualitativos com os 7.1.1. Devem existir procedimentos escritos que
respectivos limites de aceitação; descrevam o recebimento, identificação, armazenamento,
d) Condições de armazenamento; quarentena, amostragem, testes, aprovação, reprovação,
liberação, descarte e o manuseio de materiais.
235
7.2. Qualificação de Fornecedores i) Quantidade e sua respectiva unidade de medida;
7.2.1. A empresa deve implantar um sistema de j) Condições de armazenamento;
qualificação de fornecedores que contemple critérios para k) Advertências de segurança, quando aplicável.
a avaliação de parâmetros de qualidade dos insumos 7.3.9. Após inspeção de recebimento, a empresa deve
farmacêuticos, materiais de embalagem e rotulagem. identificar os insumos farmacêuticos com as seguintes
7.2.2. O sistema de qualificação de fornecedores deve informações:
contemplar: a) Nome do Insumo Farmacêutico;
a) Toda a cadeia dos insumos farmacêuticos, desde a b) Número do lote atribuído pelo fabricante e quando
fabricação até a distribuição; houver também o número do lote do fornecedor;
b) Comprovação de regularidade de funcionamento c) Código de identificação interna da empresa, quando
perante o órgão sanitário competente; houver;
c) Comprovação do cumprimento das Boas Práticas pelo d) Data de fabricação e o prazo de validade;
órgão sanitário competente; e) Condições de armazenamento e advertência, quando
d) Critérios para qualificação, desqualificação, aplicável;
requalificação, definidos em procedimentos; f) Identificação do fabricante/origem;
e) Níveis de qualificação. g) Identificação do fornecedor/procedência;
7.2.3. Os insumos farmacêuticos somente devem ser h) Situação de cada lote (em quarentena, aprovado ou
adquiridos de fornecedores aprovados conforme sistema reprovado, devolvido, recolhido).
de qualificação da empresa. 7.3.10. Cada lote dos Insumos Farmacêuticos deve ser
7.2.4. A qualificação de fornecedores deve ser acompanhado do respectivo Certificado de Análise
documentada e registrada. emitido pelo fabricante e, quando houver, também o do
7.3. Recebimento e Quarentena fornecedor, e deve permanecer arquivado durante 1 (um)
7.3.1. Todos os materiais recebidos devem ser submetidos ano após o término do prazo de validade.
à inspeção de recebimento, para se verificar: 7.3.11. Os Certificados de Análise devem ter informações
a) A integridade física da embalagem; claras e conclusivas, com as respectivas especificações e
b) As informações de identificação; referências analíticas.
c) A correspondência entre o pedido e o documento de 7.3.12. Os Insumos Farmacêuticos, com desvios
entrada. detectados na inspeção de recebimento, devem ser
7.3.2. Todos os materiais devem ser mantidos em identificados e segregados enquanto aguardam as
quarentena, imediatamente após o recebimento, até que providências cabíveis, conforme procedimento aprovado.
sejam aprovados. 7.3.13. Para os Insumos farmacêuticos transportados em
7.3.3. As avarias nos recipientes ou quaisquer outros carros tanque, deve ser apresentado certificado de limpeza
problemas que ocorrerem que possam afetar a qualidade e/ou sanitização incluindo os testes de impurezas e
do material devem ser registrados e investigados. resíduos, emitido pela empresa fornecedora.
7.3.4. Se uma única remessa de um mesmo material 7.3.14. Grandes recipientes de armazenamento e local de
contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado em descarga devem ser apropriadamente identificados.
consideração, separadamente, para inspeção de 7.4. Amostragem de Insumos Farmacêuticos, Materiais de
recebimento. Embalagem e de Rotulagem
7.3.5. O recebimento dos Insumos Farmacêuticos deve ser 7.4.1. As amostras devem ser representativas do lote do
realizado por profissional capacitado e de acordo com material.
procedimentos estabelecidos. 7.4.2. Para insumos farmacêuticos fracionados, a amostra
7.3.6. A inspeção de recebimento dos insumos deve ser representativa do lote de fracionamento.
farmacêuticos deve ser documentada. 7.4.3. O número dos recipientes amostrados e o tamanho
7.3.7. Os insumos farmacêuticos e materiais de de amostra devem ser baseados em um plano de
embalagem devem ser adquiridos de acordo com suas amostragem. Os planos de amostragem devem ser escritos
respectivas especificações. e referenciados em metodologias cientÍficas.
7.3.8. Os insumos farmacêuticos adquiridos do fabricante 7.4.4. A amostragem deve ser conduzida em locais
e/ou fornecedor devem conter as seguintes informações, definidos de forma a impedir a contaminação do material
preferencialmente no rótulo: amostrado e assegurar a integridade das amostras após a
a) Razão Social e C.N.P.J. (quando aplicável) do coleta.
fabricante; 7.4.5. A amostragem deve ser feita sob condições
b) Razão Social, C.N.P.J. (quando aplicável), endereço e ambientais adequadas e obedecendo a procedimentos
telefone do fornecedor; aprovados.
c) Nome do insumo farmacêutico; 7.4.6. Todos os equipamentos utilizados no processo de
d) Código DCB, DCI ou CAS (obrigatoriamente nesta amostragem e que entrarem em contato com os materiais
ordem), quando aplicável; devem estar limpos, e, se necessário, sanitizados,
e) Número do lote do fabricante; esterilizados e guardados em locais apropriados.
f) Número do lote do fornecedor, quando aplicável; 7.4.7. Cada recipiente contendo amostra deve ser
g) Data de fabricação; identificado e conter as seguintes informações:
h) Data de validade; a) Nome do material amostrado;
236
b) Número do lote do fabricante e/ou de recebimento 8.6. A ordem de fracionamento deve possuir registros que
c) Código de identificação do fracionamento, quando evidenciem o atendimento aos parâmetros estabelecidos
houver; nos procedimentos escritos.
d) Identificação da pessoa que coletou a amostra; 8.7. As operações de pesagem/medida, embalagem e
e) Data em que a amostra foi coletada; rotulagem devem ser realizadas seguindo um fluxo
f) Data de fabricação e validade. operacional contínuo para cada ordem de fracionamento.
7.5. Armazenamento 8.8. Devem ser monitoradas, registradas e controladas as
7.5.1. Todos os Insumos Farmacêuticos devem ser condições ambientais na área de fracionamento, em
armazenados sob condições apropriadas, de forma conformidade com as especificações do insumo
ordenada e preservando a identidade e integridade dos farmacêutico.
mesmos, de acordo com as condições estabelecidas pelo 8.9. Durante as atividades de fracionamento, todos os
fabricante ou compêndios oficiais. funcionários envolvidos devem utilizar EPI’s conforme
7.5.2. A identificação atribuída ao insumo no estabelecido nos procedimentos específicos.
recebimento, conforme item 7.3.9 deve ser mantida 8.10. As salas de fracionamento devem estar identificadas
durante o armazenamento. com o nome e número do lote do insumo em
7.5.3. Os Insumos Farmacêuticos devem ser estocados em fracionamento.
locais identificados, de modo a facilitar a sua localização. 8.11. Deve existir um registro de utilização da sala.
7.5.4. A rotatividade do estoque deve obedecer 8.12. As superfícies de trabalho, os equipamentos e os
preferencialmente à regra: primeiro que expira, primeiro utensílios da área de fracionamento devem ser limpos e,
que sai. quando aplicável, sanitizados antes e após cada
7.5.5. Para os Insumos Farmacêuticos que exigirem fracionamento. Estas atividades devem ser devidamente
condições especiais de armazenamento, devem existir registradas.
registros e controles que comprovem o atendimento a 8.13. O fracionamento de Insumos Farmacêuticos sólidos
estas exigências. deve ser realizado tomando as precauções de modo a
7.5.6. Os materiais de limpeza devem ser armazenados evitar sua dispersão no ambiente conforme procedimento.
em áreas ou locais diferentes daquelas reservadas aos 8.14. Após o fracionamento dos Insumos Farmacêuticos,
Insumos Farmacêuticos. as embalagens devem ser fechadas, de modo a manter os
7.5.7. Os materiais devem ser manuseados e armazenados parâmetros da qualidade dos Insumos Farmacêuticos.
de forma a prevenir a degradação e a contaminação. 8.15. As embalagens utilizadas para o acondicionamento
7.5.8. Os materiais devem ser armazenados afastados do dos Insumos Farmacêuticos fracionados, devem estar
piso e das paredes e com espaçamento apropriado para limpas e secas, devendo atender aos parâmetros
permitir a limpeza e inspeção. estabelecidos nos procedimentos escritos específicos.
7.5.9. Os materiais sujeitos a controle especial, os que 8.16. Não é permitida a reutilização de embalagens para
apresentam risco de incêndio ou explosão e outras acondicionamento dos Insumos Farmacêuticos
substâncias perigosas devem ser estocados em áreas fracionados.
seguras e protegidas, devidamente segregados e 8.17. As reconciliações de insumos farmacêuticos,
identificados, de acordo com legislação específica materiais de embalagem e rotulagem devem ser feitas e
vigente. registradas. Qualquer desvio deve ser investigado e
7.5.10. Os materiais reprovados devem ser identificados, registrado.
segregados e controlados de forma a impedir seu uso. 8.18. Os Insumos Farmacêuticos fracionados devem ser
8. FRACIONAMENTO E CONTROLES DE analisados após cada fracionamento, e só podem ser
OPERAÇÃO comercializados após a liberação pela Unidade da
8.1. As operações de fracionamento dos Insumos Qualidade.
Farmacêuticos devem ser executadas conforme 8.19. Após fracionamento os Insumos Farmacêuticos
procedimentos escritos e por pessoal qualificado e devem ser armazenados conforme requisitos específicos
treinado, a fim de assegurar as condições necessárias para deste Regulamento.
o correto fracionamento. 8.20. O acesso às salas de fracionamento deve ser restrito
8.2. As embalagens dos Insumos Farmacêuticos devem a pessoas autorizadas.
ser limpas antes de entrar na área de fracionamento. 8.21. Todo o desvio deve ser documentado e investigado.
8.3. Devem existir procedimentos escritos para a As ações corretivas devem ser implementadas e
prevenção de contaminação. registradas.
8.4. O fracionamento deve ser conduzido de acordo com 9. EMBALAGEM E ROTULAGEM
as Ordens de Fracionamento. 9.1. Os materiais de embalagem e rotulagem devem estar
8.5. As Ordens de Fracionamento devem possuir registros conforme as especificações estabelecidas.
das operações realizadas, dos controles efetuados, das 9.2. Deve haver registros para cada lote de material de
precauções adotadas e das ocorrências durante as embalagem e rotulagem contendo informações que
operações de fracionamento que possam afetar a comprovem recebimento, inspeção, análise e aprovação
qualidade dos insumos farmacêuticos. ou reprovação.
9.3. As embalagens primárias utilizadas para os Insumos
Farmacêuticos fracionados devem possuir mesma
237
especificação do material utilizado pelo fabricante ou do identificação do insumo e material de embalagem. Deve
material indicado pelo mesmo, de forma a manter as haver registros.
características físico-químicas e microbiológicas dos 9.16. Um rótulo utilizado para identificar o insumo
Insumos Farmacêuticos. fracionado deve ser anexado na Ordem de Fracionamento.
9.4. Os materiais de rotulagem e embalagem secundária 10. EXPEDIÇÃO
não devem interferir na qualidade do insumo 10.1. Os insumos farmacêuticos distribuídos não
farmacêutico fracionado e devem assegurar proteção fracionados devem ser expedidos com os rótulos e
adequada contra influências externas e eventuais embalagens originais.
contaminações. 10.1.1. Os insumos farmacêuticos expedidos devem
9.5. Deve existir um sistema de controle e conferência de possuir rótulo contendo as seguintes informações:
rótulos, para evitar mistura/troca. Quando este for a) Nome do insumo farmacêutico e DCB, DCI ou CAS,
realizado por meios eletrônicos, deve ser assegurado seu respectivamente nesta ordem, quando aplicável;
perfeito funcionamento. b) Prazo de validade e data de fabricação;
9.6. Todo Insumo Farmacêutico fracionado deve possuir c) Quantidade e sua respectiva unidade de medida;
rótulo contendo as seguintes informações: d) Condições de armazenamento;
a) Nome do insumo farmacêutico e) Advertências de segurança, quando aplicável;
b) Código DCB, DCI ou CAS, obrigatoriamente nesta f) Nome do fabricante e País de Origem;
ordem, quando aplicável; g) Procedência;
c) Prazo de validade e data de fabricação; h) Nome, C.N.P. J, endereço e telefone do distribuidor;
d) Data de fracionamento; i) Nome do responsável técnico e inscrição no conselho
e) Quantidade e sua respectiva unidade de medida; profissional;
f) Condições de armazenamento; j) Número do lote atribuído pelo fabricante e o número do
g) Advertências de segurança, quando aplicável; lote dado pela empresa." (NR) "12.3.3. (Redação dada
h) Nome do Fabricante e País de origem; pela RDC 32/10)
i) Procedência; 10.3. Nas áreas de expedição os materiais devem ser
j) Nome, C.N.P. J, endereço e telefone do distribuidor mantidos sob as mesmas condições de armazenagem
/fracionador; especificadas no rótulo.
k) Nome do responsável técnico e inscrição no conselho 10.4. Os insumos farmacêuticos devem ser expedidos
profissional; somente após liberação pela Unidade da Qualidade.
l) Número de ordem de fracionamento; 10.5. Deve haver um sistema de rastreabilidade
m) Número do lote atribuído pelo fabricante e número do implantado que permita a pronta identificação e
lote dado pela empresa." (NR) "10.1.1(Redação dada pela localização de cada lote do insumo farmacêutico
RDC 32/10) expedido, de forma a assegurar seu pronto recolhimento.
9.7. Em caso de utilização de embalagem secundária, 10.6. Deve haver procedimento para conferir os dados de
identificada de acordo com o item 9.6, a embalagem expedição com a identificação dos insumos farmacêuticos
primária deve ser identificada no mínimo com o nome do a serem expedidos.
insumo farmacêutico, data de validade, e número de lote. 11. TRANSPORTE DE INSUMOS
9.8. Material de embalagem primário ou secundário fora 11.1. Os insumos farmacêuticos devem ser transportados
de uso deve ser identificado, retirado do estoque e de acordo com a legislação específica em vigor.
registrado o seu destino. 11.2. Os Insumos Farmacêuticos devem ser transportados
9.9. Os materiais impressos devem ser armazenados em em condições adequadas que garantam a manutenção das
condições seguras com acesso restrito. suas especificações e integridade.
9.10. Os rótulos obsoletos devem ser destruídos e esse 11.3. As empresas que realizam transporte de insumos
procedimento deverá ser registrado. farmacêuticos devem possuir autorização de
9.11. Devem existir procedimentos para assegurar que funcionamento e especial, quando for o caso, e licença
toda impressão esteja em conformidade com as sanitária para esta atividade.
especificações. 11.4. No caso de transporte realizado por terceiros deve
9.12. Os rótulos emitidos para um lote devem ser ser firmado contrato estabelecendo as condições de
conferidos quanto à identidade e a conformidade. A transporte dos insumos farmacêuticos.
conferência deve ser registrada. 11.5. Deve haver programa de qualificação de
9.13. Deve haver procedimentos escritos para promover o transportadores.
uso correto de materiais de embalagem e rotulagem. 11.6. A empresa distribuidora/fracionadora deve fornecer
9.14. Devem existir procedimentos de reconciliação entre à transportadora informação sobre as condições de
as quantidades dos rótulos emitidos, usados e inutilizados. transporte dos insumos farmacêuticos.
Os desvios devem ser registrados, investigados e, quando 11.7. Deve haver procedimento para conferir e avaliar se
necessário, as ações corretivas e preventivas as condições do veículo atendem às especificações
implementadas. estabelecidas para o transporte dos insumos
9.15. As embalagens dos insumos farmacêuticos farmacêuticos, mantendo-se registros.
fracionados devem ser inspecionadas quanto à 12. LABORATÓRIO DE CONTROLE DA
QUALIDADE
238
12.1. Generalidades 12.1.9. Os reagentes e as soluções padrão devem ser
12.1.1. Os procedimentos dos ensaios devem ser preparados e identificados de acordo com procedimentos
aprovados pela Unidade da Qualidade e estar disponíveis escritos e a validade de uso determinada.
nos laboratórios responsáveis pela execução dos ensaios. 12.1.10. Os padrões primários de referência devem ter sua
12.1.2. As especificações, metodologias de análise, origem documentada e serem mantidos nas condições de
farmacopéias, literaturas, manuais dos equipamentos, armazenamento recomendadas pelo fabricante.
padrões de referência e outros materiais necessários 12.1.11. Os padrões secundários de referência devem ser
devem estar à disposição no laboratório de Controle da corretamente preparados, identificados, analisados,
Qualidade. aprovados e armazenados.
12.1.3. A empresa fracionadora deve possuir laboratório 12.1.12. Deve haver água apropriada para as análises
de Controle da Qualidade próprio e capacitado para a realizadas no laboratório de controle da qualidade.
realização das análises físico-químicas e microbiológicas. 12.2. Análises dos Insumos farmacêuticos
12.1.4. A empresa distribuidora, que possuir laboratório 12.2.1. Devem ser realizadas as análises previstas na
de controle da qualidade, deve atender às exigências de farmacopéia para verificar a especificação e a qualidade
instalações, equipamentos, procedimentos e pessoal do insumo farmacêutico.
adequados às análises que realizar. 12.2.1.1. A empresa deverá realizar as análises no insumo
12.1.5. As instalações do Laboratório de Controle da farmacêutico destinado ao fracionamento, no
Qualidade físico-químico e do microbiológico devem ser recebimento.
em salas separadas. 12.2.1.2. Após cada fracionamento, a empresa deverá
12.1.6. Os requisitos mínimos para o Controle da realizar as análises estabelecidas pela Unidade da
Qualidade são os seguintes: Qualidade para verificar que a especificação do insumo
a) Os testes devem ser executados de acordo com farmacêutico não foi alterada durante o fracionamento.
procedimentos escritos, seguindo especificações e 12.2.2. As análises devem ser realizadas conforme
metodologias adotadas como referência; especificação do fabricante do insumo farmacêutico,
b) As metodologias devem ser validadas; devendo ser utilizada como referência, preferencialmente,
c) Os instrumentos devem ser calibrados em intervalos a Farmacopéia Brasileira sendo aceitos compêndios
definidos; internacionais reconhecidos pela autoridade sanitária,
d) Possuir equipamentos e instalações adequadas para a conforme legislação vigente.
realização dos ensaios; 12.2.2.1. Na ausência de monografia oficial e métodos
e) Pessoal qualificado e treinado; gerais inscritos nos compêndios reconhecidos pela
f) Procedimentos disponíveis na área para execução das autoridade sanitária, conforme legislação vigente, as
atividades desenvolvidas; análises devem ser executadas segundo especificações e
g) Devem existir registros de modo a demonstrar que metodologias fornecidas pelo fabricante, desde que
todos os procedimentos tenham sido realmente devidamente validadas.
executados e que quaisquer desvios tenham sido 12.2.3. É permitida a terceirização do controle da
totalmente investigados e documentados. qualidade apenas nas situações previstas pela legislação
12.1.7. As amostras de retenção devem: vigente.
a) Possuir rótulo contendo identificação do insumo de 12.3. Certificado de Análise
forma a garantir a rastreabilidade; 12.3.1. A empresa deve obrigatoriamente fornecer o
b) Serem armazenadas de acordo com as especificações certificado de análise emitido pelo laboratório de controle
do insumo farmacêutico. da qualidade, quando aplicável, e quando solicitado cópia
12.1.7.1. Amostra de retenção de Insumo Farmacêutico do certificado de análise da empresa fabricante do insumo
deve ser conservada pelo por no mínimo 12 (doze) meses farmacêutico.
após a data de vencimento do seu prazo de validade. 12.3.1.1. A empresa distribuidora sem fracionamento que
12.1.7.2. A quantidade de amostra deve ter pelo menos o não realiza análise deverá fornecer certificado de análise
dobro da requerida para efetuar todas as análises previstas do fabricante.
em códigos oficiais. 12.3.2. A empresa fracionadora de insumos deve
12.1.8. O Controle da Qualidade deve ter disponível no especificar claramente em seu certificado de análise os
setor, no mínimo: testes que foram efetivamente feitos pela empresa
a) Especificações; fracionadora e os testes que foram transcritos do
b) Procedimentos de amostragem; certificado de análise terceirizado.
c) Métodos de análise e registros (incluindo folhas 12.3.3. No certificado de análise do insumo farmacêutico
analíticas e/ou caderno de anotações); a ser comercializado devem constar de forma clara e
d) Boletins e/ou certificados analíticos; conclusiva:
e) Registros de monitoramento ambiental, onde a) Nome do insumo farmacêutico e DCB, DCI ou CAS,
especificado; obrigatoriamente nesta ordem, quando aplicável;
f) Registros de validação de métodos; b) Nome do fabricante, quando solicitado pelo cliente;
g) Procedimentos e registros de calibração de c) Número do lote atribuído pelo fabricante e número do
instrumentos e manutenção de equipamentos. lote dado pela empresa; (Redação dada pela RDC 32/10)

239
d) Número da ordem de fracionamento, quando especiais, por exemplo, quando os requisitos de validação
fracionado; são estabelecidos pela primeira vez dentro da empresa.
e) Data de fabricação; Neste caso a validação retrospectiva pode ser útil para
f) Data de validade; estabelecer as prioridades do programa de validação. Caso
g) Cada teste executado, com os limites de aceitação e os os resultados da validação retrospectiva sejam positivos,
resultados obtidos, e referências da metodologia analítica isto indica que o processo não tem necessidade de atenção
utilizada; imediata e pode ser validado de acordo com a
h) Data da emissão do certificado; programação normal.
i) Identificação e assinatura por pessoa autorizada da As empresas fracionadoras deverão efetuar:
Unidade da Qualidade. a) Validação do processo de fracionamento dos insumos
13. VALIDAÇÃO farmacêuticos críticos (por exemplo: higroscópicos,
13.1. Generalidades termolábeis, fotossensíveis) em função do tempo de
Validação é uma evidência documentada de que o exposição ao ambiente;
processo, operado através de parâmetros estabelecidos, b) Validação do processo de limpeza;
pode efetivamente e reprodutivelmente fracionar um c) Qualificação de sistemas de ar;
insumo farmacêutico reunindo especificações d) Qualificação de equipamentos;
predeterminadas e atribuições de qualidade. e) Qualificação de áreas de fracionamento.
Existem três tipos de validação: validações concorrentes 13.2. Política de Validação
ou simultâneas, prospectivas e retrospectivas. A política de validação deve definir as operações que são
13.1.1. Validação concorrente ou simultânea críticas para assegurar a qualidade do insumo
A validação concorrente é realizada durante as operações farmacêutico.
de rotina. Todos os processos devem ser monitorados de 13.3. Documentação
forma mais abrangente possível. A natureza e as 13.3.1. Plano Mestre de Validação
especificações dos testes subseqüentes às operações estão 13.3.1.1. Deve existir um plano mestre de validação que
baseadas na avaliação dos resultados do referido contenha os seguintes tópicos:
monitoramento. a) Objetivo (e os requisitos prévios);
13.1.2. Validação prospectiva b) Apresentação da totalidade das operações, diagrama de
A validação prospectiva é um ato documentado, baseado blocos ou descritivo destacando operações críticas;
na execução do protocolo de validação previamente c) Estrutura organizacional das atividades de validação,
definido, que demonstre que um novo sistema, operação, evidenciando as responsabilidades;
equipamento ou instrumento, ainda não operacionalizado, d) Motivo para inclusão ou exclusão de determinada
satisfaz as especificações funcionais e expectativas de validação;
desempenho. e) Sistema de rastreabilidade para referências e revisões;
13.1.2.1. Se ao final do processo de validação os f) Indicação de treinamentos necessários para o programa
resultados forem aceitáveis, o processo é satisfatório. Se de validação;
os resultados forem insatisfatórios deve-se buscar g) Planejamento e cronograma das atividades a serem
modificação no processo até que o mesmo apresente realizadas;
resultados aceitáveis. Esta forma de validação é essencial h) Referência cruzada a outros documentos;
para limitar o risco de erros. i) Periodicidade e critérios para Revalidação;
13.1.3. Validação retrospectiva j) Relação de equipamentos e instalações que devem ser
A validação retrospectiva é um ato documentado, baseado qualificados;
na revisão e análise de registros históricos, atestando que k) Previsão de elaboração de relatórios de validação.
um sistema, operação, equipamento ou instrumento, já em
uso, satisfaz as especificações funcionais e expectativas 13.3.2. Protocolo de Validação
de desempenho. 13.3.2.1. Deve ser estabelecido um protocolo de validação
13.1.3.1. A validação retrospectiva envolve a verificação que especifique como o processo de validação será
da experiência passada da operação, assumindo-se que a conduzido. O protocolo deve ser aprovado pela Unidade
característica, procedimentos e equipamentos da Qualidade.
permanecem inalterados; a referida experiência e os 13.3.2.2. O protocolo de validação deve especificar:
resultados dos testes de controle das operações são a) Descrição da operação;
avaliados. As dificuldades e os defeitos registrados na b) Descrição dos equipamentos e instalações;
operação são analisados para determinar os limites dos c) Variáveis a serem monitoradas;
parâmetros da mesma. Pode ser realizada uma análise de d) Amostras a serem coletadas (local, freqüência,
tendência para determinar a extensão na quais os quantidade e procedimento de amostragem);
parâmetros da operação se encontram dentro da faixa e) Características/atributos e desempenho a serem
permissível. monitorados, especificando os métodos analíticos;
13.1.3.2. A qualificação retrospectiva não é uma medição f) Limites aceitáveis;
da Garantia da Qualidade em si própria, e nunca deve ser g) Definição de responsabilidades;
aplicada a novas operações ou insumos farmacêuticos. h) Descrição dos métodos utilizados para registro e
Somente pode ser considerada em circunstâncias avaliação dos resultados, incluindo análise estatística;
240
i) Pontos críticos da operação; 13.6.3. O protocolo de validação da limpeza deve
j) Critérios de aceitação; contemplar:
k) Tipo de validação a ser conduzida; a) Os equipamentos e utensílios a serem limpos;
l) Treinamentos necessários para o programa de b) Procedimentos, materiais e agentes utilizados para
validação. limpeza;
13.3.3. Relatório de Validação c) Critérios de escolha e limite residual aceitável dos
13.3.3.1. O relatório de validação deve fazer referência ao agentes de limpeza, quando aplicável;
protocolo e ser elaborado contemplando resultados d) Critérios de aceitação;
obtidos (incluindo a comparação com os critérios de e) Parâmetros monitorados e controlados;
aceitação), desvios, conclusões, mudanças e f) Validação de métodos analíticos, incluindo os limites
recomendações. de detecção e quantificação;
13.3.3.2. Qualquer desvio do protocolo de validação deve g) Procedimentos de amostragem, incluindo os tipos de
ser documentado, investigado e justificado. amostras a serem obtidas e como devem ser coletadas e
13.3.3.3. O processo de validação é satisfatório quando os identificadas;
resultados são aceitáveis. Caso contrário deve-se analisar h) Dados de estudos de recuperação, quando aplicável;
a origem dos desvios encontrados e determinar as I) Número mínimo de três ciclos de limpeza a serem
alterações necessárias, até que o mesmo apresente realizadas consecutivamente;
resultados aceitáveis. j) Critérios microbiológicos quando aplicável.
13.4. Qualificação 13.6.4. Deve ser definido o método de amostragem para
13.4.1. A qualificação deve ser realizada conduzindo as detectar resíduos insolúveis e solúveis. O método de
atividades de: amostragem deve ser adequado para a obtenção de
a) Qualificação de Projeto (QP): avaliação da proposta do amostra representativa de resíduos encontrados nas
projeto de instalações, equipamentos ou sistemas de superfícies dos equipamentos e utensílios, que entrem em
acordo com a finalidade pretendida. contato com o insumo farmacêutico, após a limpeza.
b) Qualificação de Instalação (QI): avaliação da 13.6.5. Os processos de limpeza devem ser monitorados
conformidade dos equipamentos, sistemas e utilidades, em intervalos apropriados depois da validação para
instalada ou modificada, com o projeto aprovado, com as assegurar sua efetividade.
recomendações e/ou com os requerimentos do fabricante 13.6.6. A limpeza dos equipamentos e utensílios deve ser
do equipamento. monitorada por testes analíticos.
c) Qualificação de Operação (QO): conjunto de operações 13.6.7. Deve haver procedimentos para determinação do
que estabelece que equipamentos, sistemas e utilidades tempo máximo da operação contínua de fracionamento,
apresentam desempenho conforme previsto em todas as intervalo entre o final de uma operação de fracionamento
faixas operacionais consideradas. Todos os equipamentos e o início do procedimento de limpeza e determinação da
utilizados na execução dos testes devem ser identificados validade da limpeza.
e calibrados. 13.7. Validação das operações do fracionamento
d) Qualificação de Performance/Desempenho (QD): 13.7.1. Para a validação prospectiva e
verificar que os equipamentos, sistemas e utilidades, concorrente/simultânea, três lotes consecutivos do
quando operando em conjunto são capazes de executar fracionamento devem ser utilizados como referência, mas
com eficácia a reprodutibilidade, os métodos e as pode haver situações onde lotes adicionais são requeridos
especificações definidas no protocolo. para provar a consistência do fracionamento, dependendo
13.5. Validação de Métodos Analíticos da característica do insumo.
13.5.1. A validação de métodos analíticos deve seguir as 13.7.2. Os parâmetros críticos do fracionamento devem
diretrizes da legislação vigente. ser controlados e monitorados durante os estudos do
13.5.2. A validação de métodos analíticos deve ser processo de validação.
realizada com equipamentos qualificados e instrumentos 13.7.3. A validação do fracionamento deve confirmar que
calibrados. as características do insumo farmacêutico não se
13.5.3. Métodos analíticos diferentes daqueles existentes alteraram.
nos compêndios oficiais reconhecidos pela autoridade 13.8. Revalidação
sanitária competente só poderão ser utilizados se Repetição do processo de validação, periódica ou que
estiverem devidamente validados. contemple mudanças aprovadas, de modo a garantir que
13.5.4. No caso de transferência de metodologias do estas não afetem adversamente as características das
fabricante para empresas distribuidoras/fracionadoras a operações nem a qualidade do insumo farmacêutico.
metodologia será considerada validada desde que sejam 13.8.1. Revalidação por mudança
avaliados os parâmetros previstos em legislação vigente. 13.8.1.1. A revalidação deve ser realizada por ocasião da
13.6. Validação de Limpeza introdução de quaisquer mudanças, intencionais ou não,
13.6.1. Os processos de limpeza devem ser validados. que afetem a qualidade do insumo farmacêutico.
13.6.2. A validação de limpeza deve ser direcionada para 13.8.1.2. A revalidação após as mudanças deve ser
situações ou operações do fracionamento onde a realizada de acordo com o controle de mudanças.
contaminação ou a exposição de materiais coloca em risco 13.8.2. Revalidação Periódica
a qualidade do insumo farmacêutico.
241
13.8.2.1. A revalidação periódica deve ser baseada na 16.5. Deve haver um procedimento escrito que defina as
revisão dos dados históricos gerados durante as operações situações em que o insumo farmacêutico deva ser
previstas neste regulamento, tendo por objetivo verificar recolhido.
se o processo se encontra consistente com a última 16.6. Deve ser designada uma pessoa responsável pelas
validação. medidas a serem adotadas e pela coordenação do
13.8.2.2. O intervalo da revalidação periódica deve ser recolhimento no mercado.
definido e documentado. 16.7. A empresa deve dispor de um sistema capaz de
14. CONTROLE DE MUDANÇA recolher, pronta e eficientemente, do mercado insumos
14.1. Um sistema de controle de mudanças deve ser farmacêuticos com desvios da qualidade comprovados.
estabelecido para avaliar todas as mudanças que poderiam 16.8. Os insumos farmacêuticos recolhidos devem ser
afetar o fracionamento e o controle dos insumos identificados e segregados de forma segura, enquanto
farmacêuticos. aguardam decisão sobre seu destino.
14.1.1. Qualquer proposta de mudança deve ser aprovada 16.9. A autoridade sanitária competente deve ser
pela unidade da qualidade. imediatamente informada do desvio da qualidade
14.1.2. O sistema de controle de mudanças deve assegurar comprovado dos insumos farmacêuticos, do mapa de
que todas as mudanças sejam formalmente propostas e distribuição do insumo e planos de recolhimento dos
avaliadas quanto ao impacto sobre a qualidade do mesmos.
produto, justificadas, documentadas e 16.10. Qualquer desvio da qualidade comprovado deve
aprovadas/autorizadas. ser comunicado ao fornecedor do insumo farmacêutico.
14.2. O Controle de Mudança deve contemplar as ações a 16.11. Deve haver procedimentos escritos para o
serem adotadas caso seja proposta uma mudança de recebimento, armazenamento e investigação das causas de
métodos analíticos, utilidades, equipamentos do devolução dos insumos farmacêuticos.
fracionamento ou ainda de qualquer outra mudança que 16.12. Os insumos farmacêuticos devolvidos devem ser
possa afetar a qualidade do insumo farmacêutico. identificados e segregados de forma segura, enquanto
15. REPROVAÇÃO aguardam decisão sobre seu destino.
15.1. Insumos farmacêuticos, materiais de embalagem e 16.13. Os insumos farmacêuticos devolvidos somente
rotulagem, que não se encontram em conformidade com podem ser disponibilizados para venda, após terem sido
as especificações, devem ser identificados como tal e analisados e liberados pela Unidade da Qualidade, de
armazenados de forma a evitar a sua utilização enquanto acordo com procedimentos escritos.
aguardam destruição ou devolução aos fornecedores, 16.14. Os registros dos insumos farmacêuticos devolvidos
conforme procedimentos escritos. devem ser mantidos.
15.2. No caso de lotes de insumos farmacêuticos com 16.15. Todas as decisões e medidas tomadas, resultantes
desvio de qualidade comprovado, baseado em resultados de um de desvio de qualidade originado de uma
de ensaios realizados pela própria devolução, devem ser registradas, assinadas e datadas.
empresa/estabelecimento ou terceiro contratado, com a 16.16. Os registros da devolução devem incluir:
observância dos compêndios oficiais e da legislação a) Nome do cliente;
vigente, a empresa deve comunicar às autoridades b) Nome do insumo, número do lote;
sanitárias competentes, conforme a legislação vigente. c) Quantidade devolvida;
16. RECLAMAÇÃO, RECOLHIMENTO E d) Motivo da devolução;
DEVOLUÇÃO e) Data do recebimento da devolução;
16.1. Todas as reclamações relacionadas ao sistema da f) Destino do insumo devolvido.
qualidade, recebidas verbalmente ou escritas referentes a
insumos farmacêuticos, devem ser registradas. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
16.2. As causas dos possíveis desvios da qualidade devem 16.11.2006
ser registradas, investigadas e avaliadas de acordo com
procedimentos escritos.
16.3. Os registros da reclamação devem incluir:
a) Nome do reclamante;
b) Nome do insumo e número do lote;
c) Descrição da reclamação;
d) Data do recebimento da reclamação;
e) Relato das ações tomadas, assinadas e datadas;
f) Conclusão com ações corretivas tomadas, se necessário;
g) Resposta ao reclamante.
16.4. Os registros das reclamações devem ser mantidos e
periodicamente analisados criticamente para avaliar
tendências e freqüências, a fim de que sejam realizadas as
ações corretivas cabíveis.

242
RDC nº 16, de 02/03/2007 2.3.1 O medicamento de referência poderá ser dispensado
(D.O.U de 05.03.2007) quando prescrito pelo seu nome de marca ou pela
respectiva Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na
Regulamento técnico para medicamento genérico sua falta, pela Denominação Comum Internacional (DCI),
podendo ser intercambiável com o medicamento genérico
Revogada pela Resolução – RDC nº 60, de 10 de outubro correspondente. (Redação dada pela RDC 51/07)
de 2014, com exceção dos itens 1 e 2, VI, do Anexo I 2.4. É dever do profissional farmacêutico explicar,
detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou
ANEXO I usuário bem como fornecer toda a orientação necessária
REGULAMENTO TÉCNICO PARA ao consumo racional do medicamento genérico;
MEDICAMENTOS GENÉRICOS 2.5. A substituição do genérico deverá pautar-se na
relação de medicamentos genéricos registrados pela
Este Regulamento tem a finalidade de estabelecer ANVISA;
preceitos e procedimentos técnicos para
registro de medicamento genérico no Brasil, descritos nos 2.6. A relação de medicamentos genéricos deverá ser
itens seguintes. divulgada pela ANVISA por intermédio dos meios de
I. Definições utilizadas para registro de medicamentos comunicação.
genéricos.
II. Medidas antecedentes ao registro. ANEXO II *REVOGADO pela RDC 60/14.
III. Documentação para registro.
IV. Medicamentos que não serão aceitos como genéricos. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
V. Medidas pós-registro. 05.03.2007
VI. Critérios para prescrição e dispensação de
medicamentos genéricos. HISTÓRICO DA NORMA:

1. Prescrição Alterado por RDC nº 51 de 15/08/2007


1.1. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as
prescrições pelo profissional responsável adotarão,
Alterado por RDC nº 47 de 08/09/2009
obrigatoriamente, a Denominação Comum Brasileira
(DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI); Alterado RDC nº 16 de 13/04/2010
1.2. Nos serviços privados de saúde, a prescrição ficará a Alterado RDC nº 60 de 10/10/2014
critério do profissional responsável, podendo ser realizada
sob a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua
falta, sob a Denominação Comum Internacional (DCI) ou
sob o nome comercial;
1.3. No caso de o profissional prescritor decidir pela não-
intercambialidade de sua prescrição, a manifestação
deverá ser efetuada por item prescrito, de forma clara,
legível e inequívoca, devendo ser feita de próprio punho,
não sendo permitidas outras formas de impressão.

2. Dispensação
2.1. Será permitida ao profissional farmacêutico a
substituição do medicamento prescrito pelo medicamento
genérico correspondente, salvo restrições expressas pelo
profissional prescritor;
2.2. Nesses casos, o profissional farmacêutico deverá
indicar a substituição realizada na prescrição, apor seu
carimbo a seu nome e número de inscrição do Conselho
Regional de Farmácia, datar e assinar;
2.3 O medicamento genérico somente será dispensado se
prescrito pela Denominação Comum Brasileira (DCB) ou,
na sua falta, pela Denominação Comum Internacional
(DCI), podendo ser intercambiável com o respectivo
medicamento referência; (Redação dada pela RDC 51/07)

243
RDC nº. 17, de 02/03/2007. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
(D.O.U de 05.03.2007) 05.03.2007

Dispõe sobre o registro de medicamento similar e dá HISTÓRICO DA NORMA:


outras providências. Alterado por RDC nº 51 de 15/08/2007
(Revogada pela Resolução – RDC nº 60, de 10 Alterado por RDC nº 53 de 30/08/2007
de outubro de 2014, com exceção dos itens 1 e
2, VI, do Anexo) Alterado por RDC nº 47 de 08/09/2009

ANEXO Alterado por RDC nº 16 de 13/04/2010


REGULAMENTO TÉCNICO PARA MEDICAMENTO
SIMILAR Alterado por RDC nº 37 de 03/08/2011
ABRANGÊNCIA Alterado por RDC nº 60 de 10/10/2014
Este Regulamento estabelece os critérios para o registro
de Medicamento Similar.
COMPOSIÇÃO
Este Regulamento é composto por cinco partes:
I - Das Medidas Antecedentes ao Registro de
Medicamento Similar -
II - Do Registro
III - Das Medidas do Pós-Registro
IV - Da Renovação de Registro de Medicamento Similar
V - Medicamentos que não serão aceitos como similares

VI. - CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO E


DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
SIMILARES.

1. Prescrição
1.1. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as
prescrições pelo profissional responsável adotarão,
obrigatoriamente, a Denominação Comum Brasileira
(DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI); (Item e Redação incluída pela RDC
51/07)
1.2. As aquisições de medicamentos, sob qualquer
modalidade de compra, assim como as prescrições
médicas e odontológicas de medicamentos, no âmbito do
Sistema Único de Saúde - SUS, adotarão
obrigatoriamente a Denominação Comum Brasileira
(DCB) ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI). (Redação dada pela RDC 53/07)

2. Dispensação
2.1. A dispensação de medicamentos no âmbito do SUS
será feita mediante a apresentação de receituário emitido
em conformidade com o disposto na Lei n.º 9.787, de
1999, e observará a disponibilidade de produtos no
serviço farmacêutico das unidades de saúde. (Redação
dada pela RDC 53/07)
2.2. É dever do profissional farmacêutico explicar,
detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou
usuário bem como fornecer toda a orientação necessária
ao consumo racional do medicamento similar. (Item e
Redação incluída pela RDC 51/07)

244
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
RDC nº 58 de 05/09/2007 usuários e dependentes de drogas; das normas para
(D.O.U em 06.09.2007) repressão à produção não autorizada e do tráfico ilícito de
drogas;
Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e considerando as diretrizes, as prioridades e as
fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas e responsabilidades estabelecidas na Política Nacional de
dá outras providências. Medicamentos, instituída pela Portaria n° 3.916/MS/GM,
de 30 de outubro de 1998, que busca garantir condições
Observação: A RESOLUÇÃO DA DIRETORIA para segurança e qualidade dos medicamentos
COLEGIADA - RDC N° 50, DE 25 DE SETEMBRO DE consumidos no país, promover o uso racional e o acesso
2014 dispõe sobre as medidas de controle de da população àqueles considerados essenciais;
comercialização, prescrição e dispensação de Considerando a Resolução MERCOSUL/GMC/RES nº.
medicamentos que contenham as substâncias 39/99, que dispõe sobre as associações de drogas em
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus medicamentos e preparações magistrais que contenham
sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras anorexígenos;
providências. Considerando a Resolução n° 273, de 30 de agosto de
1995, do Conselho Federal de Farmácia, que veda ao
Observação: A Lei nº 13.454, de 23 de junho de 2017, farmacêutico por tempo indeterminado a formulação de
publicada no DOU de 26 de junho de 2017, autoriza a produto magistral contendo associações medicamentosas,
produção, a comercialização e o consumo, sob prescrição que tenham em sua formulação as substâncias:
médica no modelo B2, dos anorexígenos sibutramina, dietilpropiona ou anfepramona, d-fenfluramina, l-
anfepramona, femproporex e mazindol. fenfluramina, fenproporex, manzidol, quando associadas
entre si e/ou a outras substâncias de ação no sistema
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância nervoso central (inclusive as benzodiazepinas) e/ou
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV substâncias de ação no sistema endócrino;
do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº considerando a Resolução nº 1477, de 11 de julho de
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto 1997, do Conselho Federal de Medicina, que veda aos
no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento médicos a prescrição simultânea de drogas tipo
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº anfetaminas, com um ou mais dos seguintes fármacos:
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no benzodiazepínicos, diuréticos, hormônios ou extratos
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 4 hormonais e laxantes, com finalidade de tratamento da
de setembro de 2007, e obesidade ou emagrecimento;
considerando que a saúde é direito de todos e dever do Considerando o Consenso Latino-Americano de
Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas Obesidade, cuja finalidade é direcionar as recomendações
que visem à redução do risco de doença e de outros sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e na América Latina;
serviços para sua promoção, proteção e recuperação, nos Considerando o elevado risco sanitário relacionado ao
termos do art. 196 da Constituição da República consumo indiscriminado de substâncias psicotrópicas
Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988; anorexígenas e a necessidade de efetivação de medidas
considerando as disposições contidas na Lei n.º 5.991, de regulatórias que possibilitem o uso seguro de tais
17 de dezembro de 1973, e no Decreto n.º 74.170, de 10 substâncias, e
de junho de 1974, acerca do controle sanitário do Considerando a necessidade de aprimorar o regime de
comércio de drogas, medicamentos, insumos controle e fiscalização das substâncias e medicamentos
farmacêuticos e correlatos; sujeitos a controle especial, constantes das listas do
considerando as disposições contidas na Lei n.º 6.360, de Regulamento Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS n.º
23 de setembro de 1976, e no Decreto n.º 79.094, de 5 de 344, de 12 de maio de 1998, e suas posteriores
janeiro de 1977, acerca do sistema de vigilância sanitária atualizações, bem como pela Portaria SVS/MS n. º 6, de
a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas os 29 de janeiro de 1999; resolve:
insumos farmacêuticos, correlatos e outros produtos; adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu,
considerando a finalidade institucional da Anvisa de Diretor-Presidente, determino a sua publicação:
promover a proteção da saúde da população, bem como
suas atribuições legais, conforme estabelecido no art. 6º e Art.1º A prescrição, o aviamento ou a dispensação de
nos incisos I, III, XVIII e XX do art. 7º, da Lei n.º 9.782, medicamentos ou fórmulas medicamentosas que
de 1999; contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas ficam
considerando as disposições contidas na Lei n.º 11.343, de sujeitas à Notificação de Receita “B2”, conforme modelo
23 de agosto de 2006, e no Decreto n.º 5.912, de 27 de de talonário instituído nos termos do Anexo I desta
setembro de 2006, acerca das políticas públicas sobre Resolução.
drogas e da instituição do Sistema Nacional de Políticas §1º São consideradas substâncias psicotrópicas
Públicas sobre Drogas – SISNAD; das medidas para anorexígenas todas aquelas constantes da lista “B2” e seu

245
adendo, assim elencadas na Portaria SVS/MS nº. 344, de
12 de maio de 1998, e suas atualizações.
§2º A Notificação de Receita “B2”, de cor azul, impressa
às expensas do profissional ou instituição, terá validade
de 30 (trinta) dias contados a partir da sua emissão e
somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a
numeração.
§3º Além do estabelecido nesta Resolução, aplicam-se em
relação à Notificação de Receita “B2” todas as
disposições vigentes relativas ao preenchimento da
Notificação de Receita “B”, assim como a respectiva
concessão e entrega e demais competências da autoridade
sanitária.
§4º As substâncias psicotrópicas anorexígenas também
ficam sujeitas a todas às exigências estabelecidas na
legislação em vigor, relativas a escrituração e Balanços
Anuais e Trimestrais, assim como no que se refere à
Relação Mensal de Notificações de Receita “B2” –
RMNRB2, conforme modelo instituído no Anexo II desta ANEXO II
Resolução.

Art. 2° Revogado pela RDC 133/16)


(Observar a Nota Técnica da Anvisa para a Sibutramina)

Art. 3° Fica vedada a prescrição, a dispensação e o


aviamento de fórmulas de dois ou mais medicamentos,
seja em preparação separada ou em uma mesma
preparação, com finalidade exclusiva de tratamento da
obesidade, que contenham substâncias psicotrópicas
anorexígenas associadas entre si ou com as seguintes
substâncias:
I –ansiolíticas, antidepressivas, diuréticas, hormônios ou
extratos hormonais e laxantes;
II – simpatolíticas ou parassimpatolíticas.

Art. 4º Configurada infração por inobservância de


preceitos ético-profissionais, o órgão fiscalizador
comunicará o fato ao Conselho Regional da jurisdição
competente, sem prejuízo das demais cominações penais e
administrativas.

Art. 5° O descumprimento das disposições contidas nesta


Resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei
nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 6° Esta Resolução entra em vigor 120 dias após a
data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


06.09.2007

ANEXO I MODELO DE TALONÁRIO “B2” PARA


SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS
ANOREXÍGENAS

246
Após análise jurídica da Procuradoria Federal
junto à ANVISA em relação às determinações relativas à
prescrição, à dispensação e ao aviamento de
medicamentos que contenham as substâncias
anorexígenas, esclarecemos que:
Nota Técnica nº. 038 – CPCON / GGFIS / • A revogação ou sustação de uma RDC não afeta
atos regularmente praticados durante a vigência
SUCOM / ANVISA
desta, todos os efeitos da normativa produzidos
anteriormente à data da revogação/sustação são
Brasília, 8 de junho 2015.
válidos, salvo disposição em contrário.
Assunto: Esclarecimentos sobre os efeitos do Decreto • Seguindo a prerrogativa exposta acima, a RDC
Legislativo que susta a Resolução da Diretoria Colegiada 25/2010 na data de sua publicação alterou a
redação do artigo 2° da RDC 58/2007, sendo
nº 52, de 6 de outubro de 2011
assim, a alteração foi efetivada anteriormente à
Com o objetivo de esclarecer questionamentos data de revogação da RDC 25/2010. Uma vez
recorrentes sobre os efeitos do Decreto Legislativo que que uma revogação não retroage à data da edição
susta a Resolução da Diretoria Colegiada nº 52, de 6 de da norma revogada, informamos que a redação
outubro de 2011 informamos o que se segue: atual da RDC 58/2007 é válida com as alterações
O Decreto Legislativo nº 273, de 4 de setembro estabelecidas pela RDC 25/2010.
de 2014, determinou a sustação da Resolução da Diretoria • Portanto, a Notificação de Receita B2 contendo
Colegiada nº 52, de 6 de outubro de 2011. medicamento à base da substância sibutramina
A RDC 52/2011 trazia disposições sobre a deve ser utilizada para tratamento igual ou
proibição do uso das substâncias anfepramona, inferior a 60 (sessenta) dias e para as demais
femproporex e mazindol, seus sais e isômeros, bem como substâncias para o tempo de tratamento igual ou
intermediários e medidas de controle da prescrição e inferior a 30 (trinta) dias.
dispensação de medicamentos que contenham a
substância sibutramina, seus sais e isômeros, bem como Atenciosamente,
intermediários.
Em 26 de setembro de 2014, foi publicada no
Diário Oficial da União a RDC 50/2014, que estabelece Coordenação de Produtos Controlados
que a prescrição, a dispensação e o aviamento de CPCON/GGFIS/SUCOM/ANVISA
medicamentos que contenham as substâncias
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus Observação: A Resolução – RDC nº 52, de 10 de outubro
sais e isômeros bem como intermediários, devem ser de 2011 (sustada pelo Decreto Legislativo nº 273, de 4 de
realizados de acordo com a RDC 58/2007 ou a que vier setembro de 2014, publicado no DOU de 5 de setembro
substituí-la (art. 5º). de 2014), revogou a Resolução – RDC nº 25, de 30 de
Ocorre que a RDC 58/2007 teve seu artigo 2° junho de 2010, e os incisos I, III e IV do parágrafo único
alterado pela RDC 25/2010, que passou a vigorar da do artigo 2º da Resolução - RDC Nº 58, de 05 de
seguinte forma: setembro de 2007. Ocorre que a RDC nº 25, de 2010, já
“Art. 2º tinha conferido nova redação ao artigo 2º da Resolução –
§ 1º A Notificação de Receita B2 contendo RDC nº 58, de 2007, que voltou a viger com a sustação da
medicamento à base da substância sibutramina deve ser RDC nº 52/2011 pelo Decreto Legislativo nº 273, de
utilizada para tratamento igual ou inferior a 60 (sessenta) 2014. A Resolução – RDC nº 133, de 15 de dezembro de
dias. 2016 revogou o artigo 2º da RDC nº 58, de 2007.
§ 2º Fica vedada a prescrição, a dispensação e o
aviamento de medicamentos ou fórmulas medicamentosas
que contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas
com finalidade exclusiva de tratamento da obesidade
acima das Doses Diárias Recomendadas (DDR),
conforme a seguir especificado:
I - Femproporex: 50,0 mg/dia;
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia;
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia;
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR)”
A RDC 52, de 6 de outubro de 2011, revogou a
RDC 25/2010 e os incisos I, III e IV do parágrafo único
do artigo 2º da RDC 58/2007.

247
sanitária vigente, sem prejuízo da responsabilidade civil e
RDC nº. 67, de 8/10/2007 criminal cabíveis.
(D.O.U de 09.10.2007) Art. 4º Em caso de danos causados aos consumidores,
comprovadamente decorrentes de desvios da qualidade na
Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de manipulação de preparações magistrais e oficinais, as
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano farmácias estão sujeitas às penalidades previstas na
em farmácias. legislação sanitária vigente, sem prejuízo das
responsabilidades civil e criminal cabíveis dos
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de responsáveis.
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere Art. 5º Fica concedido um prazo de 360 (trezentos e
o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo sessenta) dias, a partir da data de publicação desta
Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em Resolução de Diretoria Colegiada, para o atendimento dos
vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do itens 2.7 e 2.8. do Anexo III e 180 (cento e oitenta) dias
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da para atendimento dos demais itens do Anexo III; dos itens
Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, 7.1.3, 7.1.7 (letra “c”), 7.3.13, 9.2 do Anexo I e dos itens
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião 2.13 e 2.14 do Anexo II.
realizada em 1º de outubro de 2007, e Art. 6° A partir da data de vigência desta Resolução,
considerando a Portaria nº. 438, de 17 de junho de ficam revogadas a Resolução RDC nº 33, de 19 de abril
2004 que criou o Grupo de Trabalho - GT responsável de 2000, a Resolução-RDC nº 354, de 18 de dezembro de
pela revisão dos procedimentos instituídos para o 2003 e a Resolução - RDC nº 214, de 12 de dezembro de
atendimento das Boas Práticas de Manipulação, incluindo 2006.
as substâncias de baixo índice terapêutico, medicamentos Art. 7° A partir da publicação desta Resolução, os novos
estéreis, substâncias altamente sensibilizantes, prescrição estabelecimentos devem atender na íntegra às exigências
de medicamentos com indicações terapêuticas não nela contidas, previamente ao seu funcionamento.
registradas na Anvisa, qualificação de matéria prima e Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
fornecedores, garantia da qualidade de medicamentos; publicação.
considerando a Portaria nº. 582, de 28 de setembro de DIRCEU RAPOSO DE MELLO
2004, que alterou a composição do GT;
considerando a realização da Consulta Pública ANEXO
aprovada pela DICOL e publicada no DOU do dia 20 de REGULAMENTO TÉCNICO QUE INSTITUI AS
abril de 2004 e BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM
considerando a Audiência Pública realizada no dia 24 FARMÁCIAS (BPMF).
de agosto de 2006, 1. OBJETIVOS
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos
eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação: exigidos para o exercício das atividades de manipulação
de preparações magistrais e oficinais das farmácias, desde
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico sobre Boas suas instalações, equipamentos e recursos humanos,
Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e aquisição e controle da qualidade da matéria-prima,
Oficinais para Uso Humano em farmácias e seus Anexos. armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição,
Art. 2º A farmácia é classificada conforme os 6 (seis) manipulação, fracionamento, conservação, transporte,
grupos de atividades estabelecidos no Regulamento dispensação das preparações, além da atenção
Técnico desta Resolução, de acordo com a complexidade farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando à
do processo de manipulação e das características dos garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e
insumos utilizados, para fins do atendimento aos critérios promoção do seu uso seguro e racional.
de Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF). 2. ABRANGÊNCIA
Art. 3º O descumprimento das disposições deste As disposições deste Regulamento Técnico se aplicam a
Regulamento Técnico e seus anexos sujeita os todas as Farmácias que realizam qualquer das atividades
responsáveis às penalidades previstas na legislação nele previstas, excluídas as farmácias que manipulam
Soluções para Nutrição Parenteral, Enteral e Concentrado
Polieletrolítico para Hemodiálise (CPHD).

248
3.GRUPOS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA FARMÁCIA

GRUPOS ATIVIDADES/NATUREZA DOS DISPOSIÇÕES A SEREM ATENDIDAS


INSUMOS MANIPULADOS
GRUPO I Manipulação de medicamentos a partir de Regulamento Técnico e Anexo I
insumos/matérias primas, inclusive de
origem vegetal.
GRUPO II Manipulação de substâncias de baixo índice Regulamento Técnico e Anexos I e II
terapêutico
GRUPO III Manipulação de antibióticos, hormônios, Regulamento Técnico e Anexos I e III
citostáticos e substâncias sujeitas a controle
especial.
GRUPO IV Manipulação de produtos estéreis Regulamento Técnico e Anexos I e IV
GRUPO V Manipulação de medicamentos Regulamento Técnico e Anexos I (quando
homeopáticos aplicável) e V
GRUPO VI Manipulação de doses unitárias e Regulamento Técnico, Anexos I (no que couber),
unitarização de dose de medicamentos em Anexo IV (quando couber) e Anexo VI
serviços de saúde

ANEXOS

ANEXO I Boas Práticas de Manipulação em Farmácias


ANEXO II Boas Práticas de Manipulação de Substâncias de Baixo Índice
Terapêutico
ANEXO III Boas Práticas de Manipulação de Antibióticos, Hormônios, Citostáticos e
Substâncias Sujeitas a Controle Especial
ANEXO IV Boas Práticas de Manipulação de Produtos Estéreis
ANEXO V Boas Práticas de Manipulação de Preparações Homeopáticas
ANEXO VI Boas Práticas para Preparação de Dose Unitária e Unitarização de Doses
de Medicamento em Serviços de Saúde
ANEXO VII Roteiro de Inspeção para Farmácia
ANEXO VIII Padrão Mínimo para Informações ao Paciente, Usuários de Fármacos de
Baixo Índice Terapêutico

249
4. DEFINIÇÕES quimicamente indefinidos: secreções, excreções, tecidos e
Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as órgãos, patológicos ou não, produtos de origem microbiana
seguintes definições: e alérgenos.
Água para produtos estéreis: é aquela que atende às Bioterápico de estoque: Produto cujo insumo ativo é
especificações farmacopéicas para "água para injetáveis”. constituído por amostras preparadas e fornecidas por
Água purificada: é aquela que atende às especificações laboratórios especializados.
farmacopéicas para este tipo de água. Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF):
Ajuste: operação destinada a fazer com que um conjunto de medidas que visam assegurar que os produtos
instrumento de medida tenha desempenho compatível com manipulados sejam consistentemente manipulados e
o seu uso, utilizando-se como referência um padrão de controlados, com padrões de qualidade apropriados para o
trabalho (padrão de controle). uso pretendido e requerido na prescrição.
Ambiente - espaço fisicamente determinado e Calibração: conjunto de operações que estabelecem, sob
especializado para o desenvolvimento de determinada(s) condições especificadas, a relação entre os valores
atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações indicados por um instrumento de medição, sistema ou
diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma sala valores apresentados por um material de medida,
ou de uma área. comparados àqueles obtidos com um padrão de referência
Antecâmara: espaço fechado com duas ou mais portas, correspondente.
interposto entre duas ou mais áreas, com o objetivo de Chemical Abstracts Service (CAS): Referência
controlar o fluxo de ar entre ambas, quando precisarem ser internacional de substâncias químicas.
adentradas. Colírio: solução ou suspensão estéril, aquosa ou oleosa,
Área - ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de contendo uma ou várias substâncias medicamentosas
uma das faces. destinadas à instilação ocular.
Área de dispensação: área de atendimento ao usuário Contaminação cruzada: contaminação de determinada
destinada especificamente para a entrega dos produtos e matéria-prima, produto intermediário ou produto acabado
orientação farmacêutica. com outra matéria-prima ou produto, durante o processo de
Assistência farmacêutica: conjunto de ações e serviços manipulação.
relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as Controle de qualidade: conjunto de operações
ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve (programação, coordenação e execução) com o objetivo de
o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma verificar a conformidade das matérias primas, materiais de
de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de embalagem e do produto acabado, com as especificações
qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos estabelecidas.
medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da Controle em processo: verificações realizadas durante a
utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre manipulação de forma a assegurar que o produto esteja em
medicamentos e a educação permanente dos profissionais conformidade com as suas especificações.
de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso Data de validade: data impressa no recipiente ou no
racional de medicamentos. rótulo do produto, informando o tempo durante o qual se
Atenção farmacêutica: é um modelo de prática espera que o mesmo mantenha as especificações
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência estabelecidas, desde que estocado nas condições
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, recomendadas.
comportamentos, habilidades, compromissos e co- Denominação Comum Brasileira (DCB): nome do
responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovado
recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária.
saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, Denominação Comum Internacional (DCI): nome do
visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovado
resultados definidos e mensuráveis, voltados para a pela Organização Mundial da Saúde.
melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve Desinfetante: saneante domissanitário destinado a
envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as destruir, indiscriminada ou seletivamente,
suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da microorganismos, quando aplicado em objetos inanimados
integralidade das ações de saúde. ou ambientes.
Auto-isoterápico: bioterápico cujo insumo ativo é Desvio de qualidade: não atendimento dos parâmetros
obtido do próprio paciente (cálculos, fezes, sangue, de qualidade estabelecidos para um produto ou processo.
secreções, urina e outros) e só a ele destinado. Dinamização: resultado do processo de diluição seguida
Base galênica: preparação composta de uma ou mais de sucussões e/ou triturações sucessivas do fármaco em
matérias-primas, com fórmula definida, destinada a ser insumo inerte adequado, com a finalidade de
utilizada como veículo/excipiente de preparações desenvolvimento do poder medicamentoso.
farmacêuticas. Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de
Bioterápico: preparação medicamentosa de uso drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
homeopático obtida a partir de produtos biológicos, a título remunerado ou não.
250
Documentação normativa: procedimentos escritos que manipulação de determinada quantidade (lote) de um
definem a especificidade das operações para permitir o produto.
rastreamento dos produtos manipulados nos casos de Fracionamento: procedimento que integra a dispensação
desvios da qualidade. de medicamentos na forma fracionada efetuado sob a
Droga: substância ou matéria-prima que tenha supervisão e responsabilidade de profissional farmacêutico
finalidade medicamentosa ou sanitária. habilitado, para atender à prescrição ou ao tratamento
Embalagem primária: Acondicionamento que está em correspondente nos casos de medicamentos isentos de
contato direto com o produto e que pode se constituir em prescrição, caracterizado pela subdivisão de um
recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de proteção, medicamento em frações individualizadas, a partir de sua
removível ou não, destinado a envasar ou manter, cobrir ou embalagem original, sem rompimento da embalagem
empacotar matérias primas, produtos semi-elaborados ou primária, mantendo seus dados de identificação.
produtos acabados. Franquia: é um contrato onde uma empresa, mediante
Embalagem secundária: a que protege a embalagem pagamento, permite a outra explorar sua marca e seus
primária para o transporte, armazenamento, distribuição e produtos, prestando-lhe contínuo auxilio técnico.
dispensação. Garantia da qualidade: esforço organizado e
Equipamentos de proteção individual (EPIs): documentado dentro de uma empresa no sentido de
equipamentos ou vestimentas apropriadas para proteção das assegurar as características do produto, de modo que cada
mãos (luvas), dos olhos (óculos), da cabeça (toucas), do unidade do mesmo esteja de acordo com suas
corpo (aventais com mangas longas), dos pés (sapatos especificações.
próprios para a atividade ou protetores de calçados) e Germicida: produto que destrói microorganismos,
respiratória (máscaras). especialmente os patogênicos.
Especialidade farmacêutica: produto oriundo da Heteroisoterápico: Bioterápico cujos insumos ativos são
indústria farmacêutica com registro na Agência Nacional de externos ao paciente e que, de alguma forma, o
Vigilância Sanitária e disponível no mercado. sensibilizam (alérgenos, poeira, pólen, solvente e outros).
Estabelecimento de saúde: nome genérico dado a Inativação: processo pelo qual se elimina, por meio de
qualquer local ou ambiente físico destinado à prestação de calor, a energia medicamentosa impregnada nos utensílios e
assistência sanitária à população em regime de internação embalagem primária para sua utilização.
e/ou não internação, qualquer que seja o nível de Inativação microbiana: eliminação da patogenicidade
categorização. dos auto-isoterápicos e bioterápicos pela ação de agentes
Farmácia de atendimento privativo de unidade físicos e/ou químicos.
Hospitalar: unidade clínica de assistência técnica e Injetável: preparação para uso parenteral, estéril e
administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada apirogênica, destinada a ser injetada no corpo humano.
funcional e hierarquicamente às atividades hospitalares. Insumo ativo homeopático: droga, fármaco ou forma
Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas farmacêutica básica ou derivada que constitui insumo ativo
magistrais e oficinais, de comércio de drogas, para o prosseguimento das dinamizações.
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, Insumo: Matéria-prima e materiais de embalagem
compreendendo o de dispensação e o de atendimento empregados na manipulação e acondicionamento de
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra preparações magistrais e oficinais.
equivalente de assistência médica. Insumo inerte: substância complementar, de natureza
Filtro HEPA: filtro para ar de alta eficiência com a definida, desprovida de propriedades farmacológicas ou
capacidade de reter 99,97% das partículas maiores de terapêuticas, nas concentrações utilizadas, e empregada
0,3µm de diâmetro. como veículo ou excipiente, na composição do produto
Forma Farmacêutica: estado final de apresentação que final.
os princípios ativos farmacêuticos possuem após uma ou Isoterápico: bioterápico cujo insumo ativo pode ser de
mais operações farmacêuticas executadas com ou sem a origem endógena ou exógena (alérgenos, alimentos,
adição de excipientes apropriados, a fim de facilitar a sua cosméticos, medicamentos, toxinas e outros).
utilização e obter o efeito terapêutico desejado, com Laboratório Industrial Homeopático: é aquele que
características apropriadas a uma determinada via de fabrica produtos oficinais e outros, de uso em homeopatia,
administração. para venda a terceiros devidamente legalizados perante as
Forma Farmacêutica Básica: preparação que constitui o autoridades competentes.
ponto inicial para a obtenção das formas farmacêuticas Local: espaço fisicamente definido dentro de uma área
derivadas. ou sala para o desenvolvimento de determinada atividade.
Forma Farmacêutica Derivada: preparação oriunda da Lote ou partida: quantidade definida de matéria prima,
forma farmacêutica básica ou da própria droga e obtida material de embalagem ou produto, obtidos em um único
pelo processo de dinamização. processo, cuja característica essencial é a homogeneidade.
Fórmula padrão: documento ou grupo de documentos Manipulação: conjunto de operações farmacotécnicas,
que especificam as matérias-primas com respectivas com a finalidade de elaborar preparações magistrais e
quantidades e os materiais de embalagem, juntamente com oficinais e fracionar especialidades farmacêuticas para uso
a descrição dos procedimentos, incluindo instruções sobre o humano.
controle em processo e precauções necessárias para a
251
Material de embalagem: recipientes, rótulos e caixas na farmácia, visando proteger e garantir a preservação da
para acondicionamento das preparações manipuladas. qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos
Matéria-prima: substância ativa ou inativa com manipuladores.
especificação definida, que se emprega na preparação dos Produto estéril: aquele utilizado para aplicação
medicamentos e demais produtos. parenteral ou ocular, contido em recipiente apropriado.
Matriz: forma farmacêutica derivada, preparada Produto de higiene: produto para uso externo, anti-
segundo os compêndios homeopáticos reconhecidos séptico ou não, destinado ao asseio ou à desinfecção
internacionalmente, que constitui estoque para as corporal, compreendendo os sabonetes, xampus,
preparações homeopáticas. dentifrícios, enxaguatórios bucais, antiperspirantes,
Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente desodorantes, produtos para barbear e após o barbear,
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, estípticos e outros.
paliativa ou para fins de diagnóstico. Quarentena: retenção temporária de insumos,
Medicamento homeopático: toda preparação preparações básicas ou preparações manipuladas, isolados
farmacêutica preparada segundo os compêndios fisicamente ou por outros meios que impeçam a sua
homeopáticos reconhecidos internacionalmente, obtida pelo utilização, enquanto esperam decisão quanto à sua liberação
método de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações ou rejeição.
sucessivas, para ser usada segundo a lei dos semelhantes de Rastreamento: é o conjunto de informações que permite
forma preventiva e/ou terapêutica. o acompanhamento e revisão de todo o processo da
Nomenclatura: nome científico, de acordo com as regras preparação manipulada.
dos códigos internacionais de nomenclatura botânica, Reanálise: análise realizada em matéria-prima
zoológica, biológica, química e farmacêutica, assim como previamente analisada e aprovada, para confirmar a
Nomes Homeopáticos consagrados pelo uso e os existentes manutenção das especificações estabelecidas pelo
em Farmacopéias, Códices, Matérias Médicas e obras fabricante, dentro do seu prazo de validade.
científicas reconhecidas, para designação das preparações Recipiente: embalagem primária destinada ao
homeopáticas. acondicionamento, de vidro ou plástico, que atenda aos
Número de lote: designação impressa em cada unidade requisitos estabelecidos em legislação vigente.
do recipiente constituída de combinações de letras, números Risco químico: potencial mutagênico, carcinogênico
ou símbolos, que permite identificar o lote e, em caso de e/ou teratogênico.
necessidade, localizar e revisar todas as operações Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem
praticadas durante todas as etapas de manipulação. como os dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou
Ordem de manipulação: documento destinado a decalco, aplicado diretamente sobre a embalagem primária
acompanhar todas as etapas de manipulação. e secundária do produto.
Perfil de dissolução: representação gráfica ou numérica Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu
de vários pontos resultantes da quantificação do fármaco, perímetro e com porta(s).
ou componente de interesse, em períodos determinados, Sala classificada ou sala limpa: sala com controle
associado à desintegração dos elementos constituintes de ambiental definido em termos de contaminação por
um medicamento ou produto, em um meio definido e em partículas viáveis e não viáveis, projetada e utilizada de
condições específicas. forma a reduzir a introdução, a geração e a retenção de
Prazo de validade: período de tempo durante o qual o contaminantes em seu interior.
produto se mantém dentro dos limites especificados de Sala de manipulação: Sala destinada à manipulação de
pureza, qualidade e identidade, na embalagem adotada e fórmulas.
estocado nas condições recomendadas no rótulo. Sala de manipulação homeopática: sala destinada à
Preparação: procedimento farmacotécnico para manipulação exclusiva de preparações homeopáticas.
obtenção do produto manipulado, compreendendo a Sala de paramentação: sala de colocação de EPI’s que
avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação, serve de barreira física para o acesso às salas de
fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, manipulação.
envase, rotulagem e conservação das preparações. Saneante domissanitário: substância ou preparação
Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a destinada à higienização, desinfecção ou desinfestação de
partir de uma prescrição de profissional habilitado, ambientes e superfícies.
destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça Sessão de manipulação: tempo decorrido para uma ou
em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia mais manipulações sob as mesmas condições de trabalho,
e modo de usar. por um mesmo manipulador, sem qualquer interrupção do
Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, processo.
cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em Soluções Parenterais de Grande Volume (SPGV):
Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. solução em base aquosa, estéril, apirogênica, acondicionada
Procedimento asséptico: operação realizada com a em recipiente único de 100mL ou mais, com esterilização
finalidade de preparar produtos para uso parenteral e ocular final.
com a garantia de sua esterilidade. Substância de baixo índice terapêutico: é aquela que
Procedimento operacional padrão (POP): descrição apresenta estreita margem de segurança, cuja dose
pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas terapêutica é próxima da tóxica.
252
Tintura-mãe: é a preparação líquida, resultante da ação 5.6. A manipulação e a dispensação de medicamentos
dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte sobre uma contendo substâncias sujeitas a controle especial devem
determinada droga, considerada uma forma farmacêutica atender à legislação específica em vigor.
básica. 5.7. É de responsabilidade da Administração Pública ou
Unidade formadora de colônia (UFC): colônias isoladas Privada, responsável pela Farmácia, prever e prover os
de microrganismos viáveis, passíveis de contagem e obtidas recursos humanos, infra-estrutura física, equipamentos e
a partir da semeadura, em meio de cultura específico. procedimentos operacionais necessários à
Utensílio: objeto que serve de meio ou instrumento para operacionalização das suas atividades e que atendam às
as operações da manipulação farmacêutica. recomendações deste Regulamento Técnico e seus Anexos.
Validação: ato documentado que ateste que qualquer 5.8. A licença de funcionamento, expedida pelo órgão de
procedimento, processo, material, atividade ou sistema Vigilância Sanitária local, deve explicitar os grupos de
esteja realmente conduzindo aos resultados esperados. atividades para os quais a farmácia está habilitada. Quando
Verificação: operação documentada para avaliar o o titular da licença de funcionamento for uma unidade
desempenho de um instrumento, comparando um parâmetro hospitalar ou qualquer equivalente de assistência médica, a
com determinado padrão. inspeção para a concessão da licença deve levar em conta
Vestiário: área para guarda de pertences pessoais, troca o(s) grupo(s) de atividade(s) para os quais a farmácia deste
e colocação de uniformes. estabelecimento pode ser habilitada.
5.9. A Farmácia pode se habilitar para executar atividades
5. CONDIÇÕES GERAIS de um ou mais grupos referidos no item 3 deste
5.1. As BPMF estabelecem para as farmácias os requisitos Regulamento, devendo, cumprir todas suas disposições
mínimos para a aquisição e controle de qualidade da gerais bem como as disposições estabelecidas no(s)
matéria-prima, armazenamento, manipulação, anexo(s) específicos(s).
fracionamento, conservação, transporte e dispensação de 5.9.1. No caso de um medicamento se enquadrar nas
preparações magistrais e oficinais, obrigatórios à características de mais de um grupo de atividades, devem
habilitação de farmácias públicas ou privadas ao exercício ser atendidas as disposições constantes de todos os anexos
dessas atividades, devendo preencher os requisitos abaixo envolvidos.
descritos e ser previamente aprovadas em inspeções 5.10. Em caráter excepcional, considerado o interesse
sanitárias locais: público, desde que comprovada a inexistência do produto
a) estar regularizada nos órgãos de Vigilância Sanitária no mercado e justificada tecnicamente a necessidade da
competente, conforme legislação vigente; manipulação, poderá a farmácia:
b) atender às disposições deste Regulamento Técnico e dos 5.10.1. Ser contratada, conforme legislação em vigor, para
anexos que forem aplicáveis; o atendimento de preparações magistrais e oficinais,
c) possuir o Manual de Boas Práticas de Manipulação; requeridas por estabelecimentos hospitalares e congêneres.
d) possuir Autorização de Funcionamento de Empresa 5.10.2. Atender requisições escritas de profissionais
(AFE) expedida pela ANVISA, conforme legislação habilitados, de preparações utilizadas na atividade clínica
vigente; ou auxiliar de diagnóstico para uso exclusivamente no
e) possuir Autorização Especial, quando manipular estabelecimento do requerente.
substâncias sujeitas a controle especial. 5.10.3. As preparações de que tratam os itens 5.10.1 e
5.2. As farmácias devem seguir as exigências da legislação 5.10.2 deverão ser rotulados conforme descrito nos itens
sobre gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, em 12.1 e 12.2 do Anexo I deste Regulamento.
especial a RDC/ANVISA n° 306, de 07 de dezembro de 5.10.3.1. Quando se tratar de atendimento não
2004, ou outra que venha atualizá-la ou substituí-la, bem individualizado no lugar do nome do paciente deverá
como os demais dispositivos e regulamentos sanitários, constar do rótulo o nome e endereço da instituição
ambientais ou de limpeza urbana, federais, estaduais, requerente.
municipais ou do Distrito Federal. 5.10.4. As justificativas técnicas, os contratos e as
5.3. As farmácias que mantêm filiais devem possuir requisições devem permanecer arquivadas na farmácia pelo
laboratórios de manipulação funcionando em todas elas, prazo de um ano, à disposição das autoridades sanitárias.
não sendo permitidas filiais ou postos exclusivamente para 5.11. Medicamentos manipulados em farmácia de
coleta de receitas, podendo porém, a farmácia centralizar a atendimento privativo de unidade hospitalar ou qualquer
manipulação de determinados grupos de atividades em sua equivalente de assistência médica, somente podem ser
matriz ou qualquer de suas filiais, desde que atenda às utilizados em pacientes internados ou sob os cuidados da
exigências desta Resolução. própria instituição, sendo vedada a comercialização dos
5.4. Drogarias, ervanárias e postos de medicamentos não mesmos.
podem captar receitas com prescrições magistrais e 5.12. A farmácia pode transformar especialidade
oficinais, bem como não é permitida a intermediação entre farmacêutica, em caráter excepcional quando da
farmácias de diferentes empresas. indisponibilidade da matéria prima no mercado e ausência
5.5. É facultado à farmácia centralizar, em um de seus da especialidade na dose e concentração e ou forma
estabelecimentos, as atividades do controle de qualidade, farmacêutica compatíveis com as condições clínicas do
sem prejuízo dos controles em processo necessários para paciente, de forma a adequá-la à prescrição.
avaliação das preparações manipuladas.
253
5.12.1. O procedimento descrito no item 5.12. deve ser 5.18. Responsabilidade Técnica.
realizado somente quando seja justificado tecnicamente ou 5.18.1. O Responsável pela manipulação, inclusive pela
com base em literatura científic. avaliação das prescrições é o farmacêutico, com registro no
5.12.2. O medicamento obtido deve ter seu prazo de seu respectivo Conselho Regional de Farmácia.
validade estabelecido conforme as disposições do item 15.4 5.18.1.1. A avaliação farmacêutica das prescrições, quanto
do Anexo I. à concentração, viabilidade e compatibilidade físico-
5.13. Não é permitida à farmácia a dispensação de química e farmacológica dos componentes, dose e via de
medicamentos manipulados em substituição a administração, deve ser feita antes do início da
medicamentos industrializados, sejam de referência, manipulação.
genéricos ou similares. 5.18.2. Quando a dose ou posologia dos produtos prescritos
5.14. Não é permitida a exposição ao público de produtos ultrapassar os limites farmacológicos ou a prescrição
manipulados, com o objetivo de propaganda, publicidade apresentar incompatibilidade ou interações potencialmente
ou promoção. perigosas, o farmacêutico deve solicitar confirmação
5.16. Franquia em farmácias. expressa do profissional prescritor. Na ausência ou negativa
5.16.1. Nos casos de franquia, as empresas franqueadoras de confirmação, a farmácia não pode aviar e/ou dispensar o
são solidariamente responsáveis pela garantia dos padrões produto.
de qualidade dos produtos das franqueadas. 5.18.3. Não é permitido fazer alterações nas prescrições de
5.16.2. As farmácias de empresas franqueadoras e empresas medicamentos à base de substâncias incluídas nas listas
franqueadas devem atender os requisitos deste constantes do Regulamento Técnico sobre substâncias e
Regulamento Técnico e os anexos que forem aplicáveis. medicamentos sujeitos a controle especial e nas suas
5.16.3. Deve ser firmado contrato escrito entre atualizações.
franqueadora e franqueada que estabeleça claramente as 5.18.4. A avaliação da prescrição deve observar os
atribuições e responsabilidades de cada uma das partes. seguintes itens:
5.16.4. As análises de controle de qualidade passíveis de a) legibilidade e ausência de rasuras e emendas;
terceirização poderão ser realizadas pela franqueadora para b) identificação da instituição ou do profissional prescritor
as franqueadas mediante estabelecimento de contrato entre com o número de registro no respectivo Conselho
as partes. Profissional, endereço do seu consultório ou da instituição a
5.17. Prescrição de medicamentos manipulados. que pertence;
5.17.1. Os profissionais legalmente habilitados, respeitando c) identificação do paciente;
os códigos de seus respectivos conselhos profissionais, são d) endereço residencial do paciente ou a localização do
os responsáveis pela prescrição das preparações magistrais leito hospitalar para os casos de internação;
de que trata este Regulamento Técnico e seus Anexos. e) identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI,
(Redação dada pela RDC 87/08 ) concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e
5.17.2. A prescrição ou indicação, quando realizada pelo respectivas unidades;
farmacêutico responsável, também deve obedecer aos f) modo de usar ou posologia;
critérios éticos e legais previstos."(NR) (Redação dada pela g) duração do tratamento;
RDC 87/08) i) local e data da emissão;
5.17.3. Para a dispensação de preparações magistrais h) assinatura e identificação do prescritor.
contendo substâncias sujeitas a controle especial devem ser 5.18.5. A ausência de qualquer um dos itens do 5.18.4 pode
atendidas todas as demais exigências da legislação acarretar o não atendimento da prescrição.
específica. 5.18.6. Com base nos dados da prescrição, devem ser
5.17.4. Em respeito à legislação e códigos de ética vigentes, realizados e registrados os cálculos necessários para a
os profissionais prescritores são impedidos de prescrever manipulação da formulação, observando a aplicação dos
fórmulas magistrais contendo código, símbolo, nome da fatores de conversão, correção e equivalência, quando
fórmula ou nome de fantasia, cobrar ou receber qualquer aplicável.
vantagem pecuniária ou em produtos que o obrigue a fazer 5.18.7. Quando a prescrição contiver substâncias sujeitas a
indicação de estabelecimento farmacêutico, motivo pelo controle especial, deve atender também a legislação
qual o receituário usado não pode conter qualquer tipo de específica.
identificação ou propaganda de estabelecimento 5.19. Todo o processo de manipulação deve ser
farmacêutico. documentado, com procedimentos escritos que definam a
5.17.5. No caso de haver necessidade de continuidade do especificidade das operações e permitam o rastreamento
tratamento, com manipulação do medicamento constante de dos produtos.
uma prescrição por mais de uma vez, o prescritor deve 5.19.1. Os documentos normativos e os registros das
indicar na receita a duração do tratamento. preparações magistrais e oficinais são de propriedade
5.17.5.1 Na ausência de indicação na prescrição sobre a exclusiva da farmácia e devem ser apresentados à
duração de tratamento, o farmacêutico só poderá efetuar a autoridade sanitária, quando solicitados.
repetição da receita, após confirmação expressa do 5.19.2. Quando solicitado pelos órgãos de vigilância
profissional prescritor. Manter os registros destas sanitária competentes, devem os estabelecimentos prestar
confirmações, datados e assinados pelo farmacêutico as informações e/ou proceder à entrega de documentos, nos
responsável." (Inclusão dada pela RDC 87/08)
254
prazos fixados a fim de não obstarem a ação de vigilância e autorizada pela Organização Mundial de Saúde OMS.
as medidas que se fizerem necessárias. Brasília, p. 146; 1994.
5.20. Inspeções. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
5.20.1. As farmácias estão sujeitas a inspeções sanitárias Resolução nº 328, de 22 de julho de 1999. Dispõe sobre os
para verificação do cumprimento das Boas Práticas de requisitos exigidos para a dispensação de produtos de
Manipulação em Farmácias, com base nas exigências deste interesse à saúde em farmácias e drogarias. Diário Oficial
Regulamento, devendo a fiscalização ser realizada por da República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
equipe integrada, no mínimo, por um profissional Brasília, DF, 26 de julho de 1999, Seção 1.
farmacêutico. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.2. As inspeções sanitárias devem ser realizadas com Nº 33, de 19 de abril de 2000. Aprova o Regulamento
base nas disposições da norma e do Roteiro de Inspeção do Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de
Anexo VII. Medicamentos em Farmácias e seus Anexos. Diário Oficial
5.20.3. Os critérios para a avaliação do cumprimento dos da República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
itens do Roteiro de Inspeção, visando à qualidade do Brasília, DF, republicação de 08 de janeiro de 2001, Seção
medicamento manipulado, baseiam-se no risco potencial 1.
inerente a cada item. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.4. Considera-se item IMPRESCINDÍVEL (I) aquele Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o
que pode influir em grau crítico na qualidade, segurança e Regulamento Técnico para o planejamento, programação,
eficácia das preparações magistrais ou oficinais e na elaboração e avaliação de projetos físicos de
segurança dos trabalhadores em sua interação com os estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da
produtos e processos durante a manipulação. República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília,
5.20.5. Considera-se item NECESSÁRIO (N) aquele que DF, 20 de março de 2002, Seção 1.
pode influir em grau menos crítico na qualidade, segurança BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
e eficácia das preparações magistrais ou oficinais e na Nº 79 de 11 de abril de 2003. Compêndios internacionais
segurança dos trabalhadores em sua interação com os reconhecidos, na ausência de monografia oficial de
produtos e processos durante a manipulação. matérias-primas, formas farmacêuticas, correlatos e
5.20.6. Considera-se RECOMENDÁVEL (R) aquele item métodos gerais inscritos na Farmacopéia Brasileira.
que pode influir em grau não crítico na qualidade, BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
segurança e eficácia das preparações magistrais ou oficinais Nº 173, de 8 de julho de 2003 - republicada no DOU de
e na segurança dos trabalhadores em sua interação com os 10/7/03 - Modifica a RDC 328/99. Altera o item 5 do
produtos e processos durante a manipulação. Anexo da Resolução - RDC n.º 328, de 22 de julho de
5.20.7. Considera-se item INFORMATIVO (INF) aquele 1999, que dispõe sobre os requisitos exigidos para a
que oferece subsídios para melhor interpretação dos demais dispensação de produtos de interesse à saúde em farmácias
itens. e drogarias. Diário Oficial da República Federativa do
5.20.8. O item (N) não cumprido após a primeira inspeção Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 9 de julho de 2003,
passa a ser tratado automaticamente como (I) na inspeção Seção 1.
subseqüente. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.9. O item (R) não cumprido após a primeira inspeção Nº 354 de 18 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico
passa a ser tratado automaticamente como (N) na inspeção que trata sobre a manipulação de produtos farmacêuticos,
subseqüente, mas nunca passa a (I). em todas as formas farmacêuticas de uso interno, que
5.20.10. Os itens (I), (N) e (R) devem ser respondidos com contenham substâncias de baixo índice terapêutico, aos
SIM ou NÃO. estabelecimentos farmacêuticos que cumprirem as
5.20.11. São passíveis de sanções aplicadas pelo órgão de condições especificadas. Diário Oficial da República
Vigilância Sanitária competente, as infrações que derivam Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 22 de
do não cumprimento deste Regulamento Técnico e seus dezembro de 2003, Seção 1.
anexos e dos itens do Roteiro de Inspeção, constante do BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
Anexo VII, considerando o risco potencial à saúde inerente Nº 45 de 12 de março de 2003. Regulamento Técnico de
a cada item, sem prejuízo de outras ações legais que Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP)
possam corresponder em cada caso. em Serviços de Saúde. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, de 13
6. REFERÊNCIAS. de março de 2003, Seção 1.
ASHP technical assistance bulletin on quality assurance for BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
pharmacy: prepared sterile products. Am. J. Hosp. Pharm. Nº 220 de 21 de setembro de 2004. Regulamento Técnico
N. 50, p. 2386-2398, 1993. de Funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder
HOMEOPATAS. Manual de normas técnicas para farmácia Executivo, Brasília, DF, 23 de setembro de 2004, Seção 1.
homeopática. 3a ed. Ampliação dos aspectos técnicos e BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
práticos das preparações homeopáticas. São Paulo, 2003. Nº 306 de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos
FARMACÊUTICOS: Tradução pelo Ministério da Saúde, de Serviços de Saúde. Diário Oficial da República
255
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 de uso indevido de substâncias entorpecentes ou que
dezembro de 2004, Seção 1. determinem dependência física ou psíquica, e dá outras
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC providências. Diário Oficial da República Federativa do
Nº 111 de 29 de abril de 2005. Aprova as instruções para Brasil, Brasília, 29 out. 1976.
utilização da lista das Denominações Comuns Brasileiras. BRASIL. Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Configura
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder infrações à legislação sanitária federal, estabelece as
Executivo, Brasília, DF, 16 de junho de 2005, Seção 1. sanções respectivas, e dá outras providências. Diário
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 ago.
Nº 80 de 11 de maio de 2006. Dispõe sobre o 1977.
fracionamento de medicamentos em farmácias e drogarias. BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Defesa do Consumidor. Diário Oficial da República
Executivo, Brasília, DF, 12 de maio de 2006, Seção 1. Federativa do Brasil, Brasília, v. 128, nº 176, supl., p. 1, 12
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC set. 1990. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS
Nº 83 de 16 de maio de 2006. Dispõe sobre a revisão e nº3523 de 26 ago. 1998 - Diário Oficial da União 31 ago.
atualização das Denominações Comuns Brasileiras (DCB) 1998 Regulamento Técnico referentes às medidas
para substâncias farmacêuticas. Diário Oficial da República específicas de qualidade do ar em ambientes climatizados.
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 17 de BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.814,
maio de 2006, Seção 1. de 29 de maio de 1998. Trata de procedimentos a serem
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC observados pelas empresas produtoras, importadoras,
Nº 169 de 21 de agosto de 2006. Inclui a Farmacopéia distribuidoras e do comércio farmacêutico,objetivando a
Portuguesa na relação de compêndios oficiais reconhecidos comprovação da identidade e qualidade de medicamentos.
pela ANVISA. Diário Oficial da República Federativa do Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil.
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 04 de setembro de Brasília, 18 nov. de 1998.
2006, Seção 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 116, de
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas - 22 de novembro de 1995. Trata da admissibilidade de
ABNT - NBR ISO 9000 2: Normas de gestão da qualidade códigos farmacêuticos estrangeiros como referência no
e garantia da qualidade - diretrizes gerais para a aplicação preparo de produtos oficinais. Diário Oficial da União da
das normas ISO 9001, 9002 e 9003.(S.I.) : (s. n.), 2000. República Federativa do Brasil, Brasília, 23 nov. 1995.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 300, BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 344, de
de 30 de Janeiro de 1997. Regulamenta o exercício 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre
profissional em Farmácia ou unidade hospitalar. substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
BRASIL. Decreto n° 2181, de 20 de março de 1997. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil,
Regulamenta o Código de Defesa do Consumidor.Diário Brasília, p. 37, 19 maio. 1998. Republicada no Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, v. 135, Oficial da União da República Federativa do Brasil.
n. 55, p. 5644, 21 mar. 1997. Brasília, 1º de fev. de 1999.
BRASIL. Decreto nº 74.170, de 10 de junho de 1974. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 272, de
Regulamenta a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. 8 de abril de 1998. Aprova o regulamento técnico para fixar
Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, os requisitos mínimos exigidos para Terapia de Nutrição
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá Parenteral. Diário Oficial da União da República Federativa
outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 de abril de
do Brasil, Brasília, 11 jun. 1974. 1998, Seção 1.
BRASIL. Decreto nº 78.992, de 21 de dezembro de 1976. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
Regulamenta a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976. Sanitária. Portaria n° 500, de 09 de outubro de 1997.
Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico Regulamento Técnico de Soluções Parenterais de Grande
ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que Volume. Diário Oficial da União da República Federativa
determinem dependência física ou psíquica, e dá outras do Brasil, Brasília, v. 135, n. 197, p. 22996, 13 out. 1997.
providências. Diário Oficial da República Federativa do BRASIL. Ministério do Trabalho, Portaria nº 3214, de 08
Brasil, Brasília, 22 dez. 1976. de junho de 1978 - NR 26 : Sinalização de Segurança.
BRASIL. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe Diário Oficial da República Federativa do Brasil , Brasília,
sobre o controle sanitário do comércio de drogas, v. 116, n. 127, p.10423, 06 jul. 1978.
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dar BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 8, de 08 de
outras providências. Diário Oficial da República Federativa maio de 1996- NR 07. Altera Norma Regulamentadora NR-
do Brasil, Brasília, 19 dez. 1973. 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
BRASIL. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília,
sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os v. 134, n. 91, p. 8202.
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São
correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá Paulo. Resolução SS n° 17, de 02 de março de 2005. Diário
outras providências. Oficial do Estado, São Paulo, 03 mar. 2005.
BRASIL. Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976. Dispõe CFF Resolução nº 357, de 20 de abril de 2001 Aprova o
sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e Regulamento Técnico de Boas Práticas de Farmácia.
256
CYTRYNBAUM,H.M. Relato Prático da qualificação de A farmácia deve ter um organograma que demonstre
uma área limpa : apostila. [S.I] : Sociedade Brasileira de possuir estrutura organizacional e de pessoal suficiente para
Controle de contaminação, 1997. garantir que o produto por ela preparado esteja de acordo
BRASIL. Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977. com os requisitos deste Regulamento Técnico.
Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. 3.1 Responsabilidades e Atribuições
Que submete a sistema de vigilância os medicamentos, As atribuições e responsabilidades individuais devem estar
insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, formalmente descritas e perfeitamente compreensíveis a
produtos de higiene, saneantes e outros. todos os empregados, investidos de autoridade suficiente
BRASIL. Farmacopéia Brasileira. 2ª Edição 1959. para desempenhá-las, não podendo existir sobreposição de
BRASIL. Farmacopéia Brasileira, 4ª edição, Editora Andrei atribuições e responsabilidades na aplicação das BPMF.
- São Paulo Brasil. 3.1.1. Do Farmacêutico.
FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. 2a ed. O farmacêutico, responsável pela supervisão da
Ateneu, São Paulo: 1997. manipulação e pela aplicação das normas de Boas Práticas,
GALENICA 16 Médicaments Homéopathiques - Paris - deve possuir conhecimentos científicos sobre as atividades
Techinique et Documentation - 1980. desenvolvidas pelo estabelecimento, previstas nesta
GENNARO, A.R. Remington Farmacia. 17a ed. Editorial Resolução, sendo suas atribuições:
Medica Panamericana, Buenos Aires, vol. 1 e 2, 1987. a) organizar e operacionalizar as áreas e atividades técnicas
HOMEOPATHIC PHARMACOPOEIA OF INDIA (HPI) da farmácia e conhecer, interpretar, cumprir e fazer cumprir
Delhi: Government of India. V. 1, 1971 (Reprint 1989). a legislação pertinente;
MARTINDALE - The Complete Drug Reference. 32a ed. b) especificar, selecionar, inspecionar, adquirir, armazenar
Kathleen Parfitt, Pharmaceutical Press, Taunton as matérias-primas e materiais de embalagem necessários
Massachusetts, USA, 1999. ao processo de manipulação;
Pharmacopée Française e Suplementos. c) estabelecer critérios e supervisionar o processo de
PHARMACOTECHNIE et Monographies de Médicaments aquisição, qualificando fabricantes e fornecedores e
Courants, Lyon: Syndicat des Pharmacies et Laboratoires assegurando que a entrega dos produtos seja acompanhada
Homéopathiques, 1979, vol. I. de certificado de análise emitido pelo fabricante /
PHARMACOTECHNIE et Monographies de Médicaments fornecedor;
Courants, Lyon: Syndicat des Pharmacies et Laboratoires d) notificar à autoridade sanitária quaisquer desvios de
Homéopathiques, 1982, vol. II. qualidade de insumos farmacêuticos, conforme legislação
THE HOMEOPATHIC PHARMACOPOEIA OF THE em vigor;
UNITED STATES (HPUS). 9a ed. Boston: American e) avaliar a prescrição quanto à concentração e
Institute of Homeopathy, 1999. compatibilidade físico-química dos componentes, dose e
USP DI Información de Medicamentos Washington - via de administração, forma farmacêutica e o grau de risco;
OPAS f) assegurar todas as condições necessárias ao cumprimento
das normas técnicas de manipulação, conservação,
ANEXO I transporte, dispensação e avaliação final do produto
BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM manipulado;
FARMÁCIAS g) garantir que somente pessoal autorizado e devidamente
paramentado entre na área de manipulação;
1.OBJETIVOS h) manter arquivo, informatizado ou não, de toda a
Estabelecer os requisitos mínimos de Boas Práticas de documentação correspondente à preparação;
Manipulação em Farmácias (BPMF) a serem observados na i) manipular a formulação de acordo com a prescrição e/ou
manipulação, conservação e dispensação de preparações supervisionar os procedimentos para que seja garantida a
magistrais, oficinais, bem como para aquisição de matérias- qualidade exigida;
primas e materiais de embalagem. j) determinar o prazo de validade para cada produto
manipulado;
2. CONDIÇÕES GERAIS. k) aprovar os procedimentos relativos às operações de
2.1. A farmácia é responsável pela qualidade das manipulação, garantindo a correta implementação dos
preparações magistrais e oficinais que manipula, conserva, mesmos;
dispensa e transporta. l) assegurar que os rótulos dos produtos manipulados
2.2. A farmácia deve assegurar a qualidade físico-química e apresentem, de maneira clara e precisa, todas as
microbiológica (quando aplicável) de todos os produtos informações exigidas no item 12 deste Anexo;
reembalados, reconstituídos, diluídos, adicionados, m) garantir que a validação dos processos e a qualificação
misturados ou de alguma maneira manuseados antes da sua dos equipamentos, quando aplicáveis, sejam executadas e
dispensação. registradas e que os relatórios sejam colocados à disposição
2.3. É indispensável o acompanhamento e o controle de das autoridades sanitárias;
todo o processo de manipulação, de modo a garantir ao n) participar de estudos de farmacovigilância e os
paciente um produto com qualidade, seguro e eficaz. destinados ao desenvolvimento de novas preparações;

3. RECURSOS HUMANOS E ORGANIZAÇÃO.


257
o) informar às autoridades sanitárias a ocorrência de higiene pessoal e uso de vestimentas protetoras, além de
reações adversas e/ou interações medicamentosas, não acompanhadas obrigatoriamente por pessoal autorizado.
previstas; 3.2.3. Devem ser feitos treinamentos específicos quando a
p) participar, promover e registrar as atividades de farmácia desenvolver atividades constantes dos diferentes
treinamento operacional e de educação continuada; anexos desta Resolução.
q) manter atualizada a escrituração dos livros de receituário 3.2.4. Nos treinamentos devem ser incluídos:
geral e específicos, podendo ser informatizada; procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou
r) desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e incidente; informações quanto à existência de riscos no
procedimentos relativos aos aspectos operacionais da desenvolvimento das atividades, suas causas e medidas
manipulação; preventivas apropriadas.
s) guardar as substâncias sujeitas a controle especial e 3.2.5. Todo o pessoal, durante os treinamentos, deve
medicamentos que as contenham, de acordo com a conhecer e discutir amplamente os princípios das Boas
legislação em vigor; Práticas de Manipulação em Farmácias, no sentido de
t) prestar assistência e atenção farmacêutica necessárias aos melhorar a compreensão de Garantia da Qualidade por toda
pacientes, objetivando o uso correto dos produtos; a equipe.
u) supervisionar e promover auto-inspeções periódicas. 3.2.6. Os treinamentos realizados devem ter sua efetividade
3.1.2. Da Gerência Superior. avaliada.
São atribuições da gerência superior do estabelecimento: 3.3. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
a) prever e prover os recursos financeiros, humanos e A farmácia deve assegurar a todos os seus trabalhadores a
materiais necessários ao funcionamento do promoção da saúde e prevenção de acidentes, agravos e
estabelecimento; doenças ocupacionais, priorizando as medidas
b) assegurar condições para o cumprimento das atribuições promocionais e preventivas, em nível coletivo, de acordo
gerais de todos os envolvidos, visando prioritariamente a com as características do estabelecimento e seus fatores de
qualidade, eficácia e segurança do produto manipulado; risco, cumprindo Normas Regulamentares (NR) sobre
c) estar comprometido com as atividades de BPMF, Segurança e Medicina do Trabalho.
garantindo a melhoria contínua e a garantia da qualidade; 3.3.1. A admissão dos funcionários deve ser precedida de
d) favorecer e incentivar programa de educação permanente exames médicos, sendo obrigatória a realização de
para todos os envolvidos nas atividades realizadas na avaliações médicas periódicas de todos os funcionários da
farmácia; farmácia, atendendo ao Programa de Controle Médico de
e) gerenciar aspectos técnico-administrativos das atividades Saúde Ocupacional (PCMSO).
de manipulação; 3.3.2. Em caso de lesão exposta, suspeita ou confirmação
f) zelar para o cumprimento das diretrizes de qualidade de enfermidade que possa comprometer a qualidade da
estabelecidas neste Regulamento; preparação magistral, o funcionário deve ser afastado
g) assegurar a atualização dos conhecimentos técnico- temporária ou definitivamente de suas atividades,
científicos relacionados com a manipulação e a sua obedecendo à legislação específica.
aplicação; 3.3.3. Na área de pesagem e salas de manipulação não é
h) garantir a qualidade dos procedimentos de manipulação. permitido o uso de cosméticos, jóias ou quaisquer objetos
3.2. Capacitação dos Recursos Humanos. de adorno de uso pessoal.
Todo o pessoal envolvido nas atividades da farmácia deve 3.3.4. Não é permitido conversar, fumar, comer, beber,
estar incluído em um programa de treinamento, elaborado mascar, manter plantas, alimentos, bebidas, produtos
com base em um levantamento de necessidades e os fumígenos, medicamentos e objetos pessoais nas salas de
registros devem dispor no mínimo das seguintes pesagem e manipulação.
informações: 3.3.5. Todos os empregados devem ser instruídos e
a) documentação sobre as atividades de capacitação incentivados a reportar aos seus superiores imediatos
realizadas; qualquer condição de risco relativa ao produto, ambiente,
b) data da realização e carga horária; equipamento ou pessoal.
c) conteúdo ministrado; 3.3.6. As farmácias são responsáveis pela distribuição dos
d) trabalhadores treinados e suas respectivas assinaturas; Equipamentos de Proteção Individual de forma gratuita, em
e) identificação da equipe que os treinou em cada atividade quantidade suficiente e com reposição periódica, além da
específica. orientação quanto ao uso, manutenção, conservação e
3.2.1. Todo o pessoal, inclusive de limpeza e manutenção, descarte.
deve ser motivado e receber treinamento inicial e 3.3.7. Os funcionários envolvidos na manipulação devem
continuado, incluindo instruções de higiene, saúde, conduta estar adequadamente paramentados, utilizando
e elementos básicos em microbiologia, relevantes para a equipamentos de proteção individual (EPIs), para assegurar
manutenção dos padrões de limpeza ambiental e qualidade a sua proteção e a do produto contra contaminação,
dos produtos. devendo ser feita a colocação e troca dos EPIs sempre que
3.2.2. Visitantes e pessoas não treinadas somente devem ter necessária, sendo a lavagem de responsabilidade da
acesso às salas de manipulação quando estritamente farmácia.
necessário e se previamente informadas sobre a conduta,

258
3.3.8. A paramentação, bem como a higiene das mãos e claramente identificadas como tais sendo a guarda de
antebraços, devem ser realizadas antes do início da responsabilidade do farmacêutico.
manipulação. 4.2.7. Deve dispor de local e equipamentos seguros e
3.3.9. Nas salas de manipulação os procedimentos de protegidos para o armazenamento de produtos inflamáveis,
higiene pessoal e paramentação devem ser exigidos a todas cáusticos, corrosivos e explosivos, seguindo normas
as pessoas, sejam elas funcionários, visitantes, técnicas federais, estaduais, municipais e do Distrito
administradores ou autoridades. Federal.
3.3.10. A farmácia deve dispor de vestiário para a guarda 4.3. Área ou sala de controle de qualidade: A farmácia deve
dos pertences dos funcionários e colocação de uniformes. dispor de área ou sala para as atividades de controle de
qualidade.
4. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA. 4.4. Sala ou local de pesagem de matérias-primas: A
A farmácia deve ser localizada, projetada, construída ou farmácia deve dispor de sala ou local específico para a
adaptada, com uma infra-estrutura adequada às atividades a pesagem das matérias-primas, dotada de sistema de
serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo: exaustão, com dimensões e instalações compatíveis com o
a) área ou sala para as atividades administrativas; volume de matérias-primas a serem pesadas, podendo estar
b) área ou sala de armazenamento; localizado dentro de cada sala de manipulação.
c) área ou sala de controle de qualidade; 4.4.1. As embalagens das matérias-primas devem sofrer
d) sala ou local de pesagem de matérias-primas; limpeza prévia antes da pesagem.
e) sala (s) de manipulação; 4.5. Sala(s) de manipulação: Devem existir sala(s) de
f) área de dispensação; manipulação, com dimensões que facilitem ao máximo a
g) vestiário; limpeza, manutenção e outras operações a serem
h) sala de paramentação; executadas e totalmente segregados quando houver
i) sanitários; manipulação de:
j) área ou local para lavagem de utensílios e materiais de -Sólidos;
embalagem; -Semi-sólidos e líquidos;
k) depósito de material de limpeza. 4.5.1. A manipulação de substâncias voláteis, tóxicas,
4.1. Área ou sala para as atividades administrativas: A corrosivas, cáusticas e irritantes deve ser realizada em
farmácia deve dispor de área ou sala para as atividades capelas com exaustão.
administrativas e arquivos de documentação. 4.6. Área de dispensação: A farmácia deve possuir área de
4.2. Área ou sala de armazenamento: deve ter acesso dispensação com local de guarda de produtos manipulados
restrito somente a pessoas autorizadas e ter capacidade e/ou fracionados racionalmente organizado, protegido do
suficiente para assegurar a estocagem ordenada das calor, da umidade e da ação direta dos raios solares.
diversas categorias de matérias-primas, materiais de 4.6.1. Os produtos manipulados que contenham substâncias
embalagem e de produtos manipulados, quando for o caso. sujeitas a controle especial devem ser mantidos nas
4.2.1. A área ou sala de armazenamento deve ser mantida condições previstas no item 4.2.5. deste anexo.
limpa, seca e em temperatura e umidade compatíveis com 4.7. Sala de Paramentação: A farmácia deve dispor de sala
os produtos armazenados. Estas condições de temperatura e destinada à paramentação, ventilada, preferencialmente
umidade devem ser definidas, monitoradas e registradas. com dois ambientes (barreira sujo/limpo) e servindo como
4.2.2. As matérias-primas, materiais de embalagem e acesso às áreas de pesagem e manipulação. Na sala de
produtos manipulados devem ser armazenados sob paramentação ou junto a ela deve haver lavatório com
condições apropriadas de modo a preservar a identidade, provisão de sabonete líquido e anti-séptico, além de recurso
integridade, qualidade e segurança dos mesmos. para secagem das mãos. Este lavatório deve ser de uso
4.2.3. Deve dispor de área ou local segregado e identificado exclusivo para o processo de paramentação.
ou sistema que permita a estocagem de matérias primas, 4.8. Sanitários: Os sanitários e os vestiários devem ser de
materiais de embalagem e produtos manipulados, quando fácil acesso e não devem ter comunicação direta com as
for o caso, em quarentena, em condições de segurança. áreas de armazenamento, manipulação e controle da
4.2.4. Deve dispor de área ou local segregado e identificado qualidade. Os sanitários devem dispor de toalha de uso
ou sistema para estocagem de matérias-primas, materiais de individual (descartável), detergente líquido, lixeira
embalagem e produtos manipulados, reprovados, identificada com pedal e tampa.
devolvidos ou com prazo de validade vencido, em 4.9. Área ou local para lavagem de utensílios e materiais de
condições de segurança. embalagem: A farmácia deve dispor de área específica para
4.2.5. Deve dispor de armário resistente e/ou sala própria, lavagem de materiais de embalagem e de utensílios
fechados com chave ou outro dispositivo que ofereça utilizados na manipulação, sendo permitida a lavagem em
segurança para a guarda de substâncias e medicamentos local dentro do próprio laboratório de manipulação, desde
sujeitos a regime de controle especial. que estabelecida por procedimento escrito e em horário
4.2.6. As substâncias de baixo índice terapêutico, além de distinto do das atividades de manipulação.
qualquer outra matéria-prima que venha a sofrer processo 4.10. Depósito de Material de Limpeza (DML): Os
de diluição, com especificação de cuidados especiais, materiais de limpeza e germicidas em estoque devem ser
devem ser armazenadas em local distinto, de acesso restrito, armazenados em área ou local especificamente designado e

259
identificado, podendo a lavagem deste material ser feita 5.1.3. A farmácia deve possuir pelo menos uma balança em
neste local. cada laboratório com capacidade/sensibilidade compatíveis
4.11. Os ambientes de armazenamento, manipulação e do com as quantidades a serem pesadas ou possuir uma central
controle de qualidade devem ser protegidos contra a entrada de pesagem onde as balanças estarão instaladas, devendo
de aves, insetos, roedores ou outros animais e poeira. ser adotados procedimentos que impeçam a contaminação
4.12. A farmácia deve dispor de “Programa de Controle cruzada e microbiana.
Integrado de Pragas e Vetores”, com os respectivos 5.1.4. Os equipamentos de segurança para combater
registros, devendo a aplicação dos produtos ser realizada incêndios devem atender à legislação específica.
por empresa licenciada para este fim perante os órgãos 5.2. Calibração e Verificação dos Equipamentos
competentes. 5.2.1. As calibrações dos equipamentos e instrumentos de
4.13. Os ambientes devem possuir superfícies internas medição devem ser executadas por empresa certificada,
(pisos, paredes e teto) lisas e impermeáveis, sem utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de
rachaduras, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função da
laváveis. freqüência de uso do equipamento. Deve ser mantido
4.14. As áreas e instalações devem ser adequadas e registro das calibrações realizadas dos equipamentos,
suficientes ao desenvolvimento das operações, dispondo de instrumentos e padrões.
todos os equipamentos e materiais de forma organizada e 5.2.2. A verificação dos equipamentos deve ser feita por
racional, evitando os riscos de contaminação, misturas de pessoal treinado do próprio estabelecimento, antes do início
componentes e garantindo a seqüência das operações. das atividades diárias, empregando procedimentos escritos
4.15. Os ralos devem ser sifonados e com tampas e padrões de referência, com orientação específica,
escamoteáveis. mantidos os registros.
4.16. A iluminação e ventilação devem ser compatíveis 5.3. Manutenção dos Equipamentos.
com as operações e com os materiais manuseados. Todos os equipamentos devem ser submetidos à
4.17. As salas de descanso e refeitório, quando existentes, manutenção preventiva, de acordo com um programa
devem estar separadas dos demais ambientes. formal e, quando necessário, corretiva, obedecendo a
4.18. Devem existir sistemas / equipamentos para combate procedimentos operacionais escritos, com base nas
a incêndio, conforme legislação específica. especificações dos manuais dos fabricantes.
5.3.1. Todos os sistemas de climatização de ambientes
5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS devem ser mantidos em condições adequadas de limpeza,
A farmácia deve ser dotada dos seguintes materiais, conservação, manutenção, operação e controle, de acordo
equipamentos e utensílios básicos: com norma específica.
a) balança (s) de precisão, devidamente calibrada, com 5.4. Utensílios.
registros e instalada em local que ofereça segurança e 5.4.1. Os utensílios utilizados na manipulação de
estabilidade; preparações para uso interno devem ser diferenciados
b) pesos padrão rastreáveis; daqueles utilizados para preparações de uso externo.
c) vidraria verificada contra um padrão calibrado ou 5.4.2. A farmácia deve identificar os utensílios para uso
adquirida de fornecedores credenciados pelos Laboratórios interno e externo.
da Rede Brasileira de Calibração, quando for o caso; 5.5. Mobiliário
d) sistema de purificação de água; O mobiliário deve ser o estritamente necessário ao trabalho
e) refrigerador para a conservação de produtos termolábeis; de cada área, de material liso, impermeável, resistente e de
f) termômetros e higrômetros; fácil limpeza.
g) bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil 6. Limpeza e Sanitização.
limpeza; Os procedimentos operacionais de limpeza e sanitização
h) lixeiras com tampa, pedal e saco plástico, devidamente das áreas, instalações, equipamentos e materiais devem
identificadas; estar disponíveis e de fácil acesso ao pessoal responsável e
i) armário fechado, de material liso, resistente e de fácil operacional.
limpeza, ou outro dispositivo equivalente para guarda de 6.1. Os equipamentos e utensílios devem ser mantidos
matérias-primas e produtos fotolábeis e/ou sensíveis à limpos, desinfetados e guardados em local apropriado.
umidade. 6.2. O lixo e resíduos da manipulação devem ser
5.1. Localização e instalação dos equipamentos. depositados em recipientes tampados, identificados e ser
Os equipamentos devem ser instalados e localizados de esvaziados fora da área de manipulação, com descarte
forma a facilitar a manutenção, e mantidos de forma apropriado, de acordo com a legislação vigente.
adequada às suas operações. 6.3. Os produtos usados na limpeza e sanitização não
5.1.1. A farmácia deve dispor de equipamentos, utensílios e devem contaminar, com substâncias tóxicas, químicas,
vidraria em quantidade suficiente para atender à demanda voláteis e corrosivas as instalações e os equipamentos de
do estabelecimento e garantir material limpo, desinfetado preparação.
ou esterilizado. 6.4. É permitido à farmácia a manipulação de saneantes
5.1.2. As tubulações expostas devem estar identificadas, de domissanitários para consumo próprio, em sala apropriada,
acordo com norma específica. levando em consideração o risco de cada matéria-prima
utilizada e desde que atendidas as disposições deste Anexo.
260
6.4.1. Nos serviços de saúde, a manipulação de saneantes, 7.1.8. A avaliação do cumprimento das Boas Práticas de
inclusive diluição e fracionamento, deve ser realizada sob Fabricação ou de Fracionamento e Distribuição de insumos
responsabilidade da farmácia, atendidas as disposições do pelo fabricante/fornecedor, prevista no item “c” do item
item 6.4. 7.1.7. poderá ser realizada por farmácia individual, por
grupo de farmácias ou por associações de classes,
7. MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE utilizando legislação específica em vigor.
EMBALAGEM 7.1.8.1. A farmácia deve manter cópia do relatório da
7.1. Aquisição de matéria-prima e materiais de auditoria.
embalagem. 7.1.9. Os recipientes adquiridos e destinados ao envase dos
7.1.1. Compete ao farmacêutico o estabelecimento de produtos manipulados devem ser atóxicos, compatíveis
critérios e a supervisão do processo de aquisição. físico-quimicamente com a composição do seu conteúdo e
7.1.2. As especificações técnicas de todas as matérias- devem manter a qualidade e estabilidade dos mesmos
primas e dos materiais de embalagem a serem utilizados na durante o seu armazenamento e transporte.
manipulação devem ser autorizadas, atualizadas e datadas 7.2. Recebimento de matéria-prima e materiais de
pelos responsáveis. embalagem.
7.1.3. As especificações das matérias-primas devem constar As matérias-primas devem ser recebidas por pessoa
de no mínimo: treinada, identificadas, armazenadas, colocadas em
a) Nome da matéria-prima, DCB, DCI ou CAS, quando quarentena, amostradas, analisadas conforme
couber; especificações e rotuladas quanto à sua situação, de acordo
b) No caso de matéria-prima vegetal - nome popular, nome com procedimentos escritos.
científico, parte da planta utilizada; 7.2.1. Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção
c) Nome e código interno de referência, quando houver; de recebimento, para verificar se estão adequadamente
d) No caso dos insumos farmacêuticos ativos e adjuvantes - identificados, a integridade e condições de limpeza da
referência de monografia da Farmacopéia Brasileira; embalagem, a correspondência entre o pedido, a nota de
ou de outros compêndios internacionais reconhecidos pela entrega e os rótulos do material recebido que deverão
ANVISA, conforme legislação vigente. Na ausência de conter, no mínimo, as informações listadas a seguir,
monografia oficial pode ser utilizada como referência a efetuando-se o registro dos dados.
especificação estabelecida pelo fabricante. a) nome do fornecedor;
e) Requisitos quantitativos e qualitativos com os b) endereço;
respectivos limites de aceitação; c) telefone;
f) Orientações sobre amostragem, ensaios de qualidade, d) C.N.P.J.;
metodologias de análise e referência utilizada nos e) nome do Insumo Farmacêutico (DCB, DCI e CAS),
procedimentos de controle. nesta ordem, quando possível;
g) Condições de armazenamento e precauções. f) no caso de matéria-prima vegetal - nome popular, nome
h) Periodicidade, quando couber, com que devem ser feitos científico, parte da planta utilizada;
novos ensaios de cada matéria-prima para confirmação das g) quantidade e sua respectiva unidade de medida;
especificações farmacopéicas. h) número do lote;
7.1.4. A farmácia deve manter cadastro do(s) fornecedor i) data de fabricação;
(es) dos materiais. j) prazo de validade;
7.1.5. As matérias-primas devem ser adquiridas de k) condições especiais de armazenamento e observações
fabricantes/fornecedores qualificados quanto aos critérios pertinentes, quando aplicável;
de qualidade, de acordo com as especificações l) data de fracionamento do insumo, quando couber;
determinadas neste Regulamento. m) nome do Responsável Técnico e seu registro no
7.1.6. Deve haver procedimento operacional escrito, Conselho Profissional correspondente;
detalhando todas as etapas do processo de qualificação dos n) origem, com indicação do fabricante.
fornecedores, mantidos os registros e os documentos 7.2.2. Qualquer divergência ou qualquer outro problema
apresentados por cada fornecedor /fabricante. que possa afetar a qualidade da matéria-prima deve ser
7.1.7. A qualificação do fabricante/fornecedor deve ser feita analisada pelo farmacêutico para a adoção de providências.
abrangendo no mínimo, os seguintes critérios: 7.2.3. Se uma única remessa de material contiver lotes
a) Comprovação de regularidade perante às autoridades distintos, cada lote deve ser levado em consideração,
sanitárias competentes; separadamente, para inspeção, análise e liberação.
b) Avaliação do fabricante/fornecedor, por meio de análises 7.2.4. Cada lote da matéria-prima deve ser acompanhado do
de controle de qualidade realizadas pela farmácia e da respectivo Certificado de Análise do fornecedor, que deve
avaliação dos laudos analíticos apresentados, verificando o permanecer arquivado, no mínimo, durante 6 (seis) meses
atendimento às especificações estabelecidas pelo após o término do prazo de validade do último produto com
farmacêutico e acertadas entre as partes. ela manipulado.
c) Auditorias para verificação do cumprimento das normas 7.2.5. Quando se tratar de matéria-prima sujeita a controle
de Boas Práticas de Fabricação ou de Fracionamento e especial, o Certificado de Análise deve ser arquivado, pelo
Distribuição de insumos. período de, no mínimo, 2 (dois) anos após o término do
d) Avaliação do histórico dos fornecimentos anteriores. prazo de validade do último produto com ela manipulado.
261
7.2.6. Os Certificados de Análise devem ter informações a) caracteres organolépticos;
claras e conclusivas, com todas as especificações acordadas b) solubilidade;
com o farmacêutico, conforme item 7.1.3. Devem ser c) pH;
datados, assinados e com a identificação do nome do d) peso;
fabricante/fornecedor e do seu responsável técnico com e) volume;
respectivo registro no conselho de classe. f) ponto de fusão;
7.2.7. Todos os materiais devem ser mantidos em g) densidade;
quarentena, imediatamente após o recebimento, até que h) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor.
sejam liberados pelo controle de qualidade. 7.3.10.1. Na ausência de monografia farmacopéica deverá
7.2.8. Os materiais reprovados na inspeção de recebimento ser utilizada, como referência, literatura científica
devem ser segregados e devolvidos ao fornecedor, pertinente.
atendendo a legislação em vigor. 7.3.10.1.1. Somente na inexistência da literatura prevista no
7.2.9. Caso a farmácia fracione matérias-primas para uso item anterior, poderá ser utilizada a especificação fornecida
próprio, deve garantir as mesmas condições de embalagem pelo fornecedor.
do produto original. 7.3.11. Podem ser aceitos os demais ensaios farmacopéicos
7.2.10. Os rótulos das matérias-primas fracionadas devem realizados pelos fabricantes/fornecedores desde que estes
conter identificação que permita a rastreabilidade desde a estejam qualificados pela farmácia.
sua origem. 7.3.11.1. No caso do fornecedor não ser qualificado pela
7.3. Controle de Qualidade da Matéria-Prima e Materiais de farmácia, os ensaios previstos no item 7.3.11. poderão ser
Embalagem. executados por laboratórios de controle de qualidade
7.3.1. A área ou sala destinada ao Controle da Qualidade terceirizados, sob responsabilidade da farmácia.
deve dispor de pessoal suficiente e estar equipada para 7.3.12. Na ausência de monografia oficial e métodos gerais
realizar as análises legalmente estabelecidas. inscritos nos compêndios reconhecidos pela ANVISA,
7.3.2. Deve haver instalações, instrumentos e equipamentos conforme RDC n° 79/03 e suas atualizações, os ensaios de
adequados, procedimentos operacionais padrão aprovados que trata o item 7.3.11 devem ser realizados com base nas
para a realização de amostragem, inspeção e ensaios dos especificações e metodologias fornecidas pelo fabricante,
insumos farmacêuticos e dos materiais de embalagem, além desde que devidamente validadas.
do monitoramento das condições ambientais das áreas 7.3.12.1. Deve ser realizada a transferência da metodologia
envolvidas no processo. analítica validada pelo fabricante para o laboratório
7.3.3. Os aspectos relativos à qualidade, conservação e responsável pela realização das análises.
armazenamento das matérias-primas e materiais de 7.3.13. Devem ser realizados, nas matérias-primas de
embalagem, devem ser mantidos sempre de acordo com o origem vegetal, os testes para determinação dos caracteres
estabelecido neste Regulamento. organolépticos, determinação de materiais estranhos,
7.3.4. As especificações e as respectivas referências pesquisas de contaminação microbiológica (contagem total,
farmacopéicas, Codex ou outras fontes de consultas, fungos e leveduras), umidade e determinação de cinzas
oficialmente reconhecidas, devem estar disponíveis no totais. E ainda, quando aplicáveis, avaliação dos caracteres
estabelecimento. macroscópicos para plantas íntegras ou grosseiramente
7.3.5. A farmácia deve contar com profissional capacitado e rasuradas; caracteres microscópicos para materiais
habilitado para as atividades de controle de qualidade e fragmentados ou pó. Para as matérias-primas líquidas de
dispor de recursos adequados que assegurem confiabilidade origem vegetal, além dos testes mencionados (quando
e efetividade de todas as providências relativas à qualidade aplicáveis), deve ser realizada a determinação da
dos produtos. densidade." (NR) (Redação dada pela RDC 87/08)
7.3.6. As matérias-primas devem ser inspecionadas no 7.3.13.1. Podem ser aceitos os testes de umidade,
recebimento para verificar a integridade física da determinação de cinzas totais, pesquisas de contaminação
embalagem e as informações dos rótulos. microbiológica e caracteres microscópicos para materiais
7.3.7. Os diferentes lotes de matérias-primas devem vir fragmentados ou pós realizados pelos
acompanhados dos respectivos Certificados de Análise fabricantes/fornecedores, desde que estes estejam
encaminhados pelo fornecedor. qualificados pela farmácia.
7.3.8. Os certificados de análise devem conter informações 7.3.13.1.1. No caso do fornecedor não ser qualificado pela
claras e conclusivas com todas as especificações farmácia, os ensaios previstos no item 7.3.13.1. poderão ser
estabelecidas entre o farmacêutico e o executados por laboratórios de controle de qualidade
fornecedor/fabricante. Devem ser datados, assinados com a terceirizados, sob responsabilidade da farmácia.
identificação do Responsável Técnico e o respectivo 7.3.14. A reprovação de insumos deve ser notificada à
número de inscrição no seu Conselho Profissional. Autoridade Sanitária, segundo legislação vigente.
7.3.9. Os certificados de análise devem ser avaliados para 7.3.15. Em caso de terceirização de análises de controle de
verificar o atendimento às especificações. qualidade, o contrato deve ser mutuamente acordado e
7.3.10. As matérias-primas devem ser analisadas, no seu controlado entre as partes, de modo a evitar equívocos na
recebimento, efetuando-se no mínimo os testes abaixo, análise de qualidade. Deve ser firmado um contrato escrito
respeitando-se as suas características físicas e mantendo os entre o contratante e o contratado, que estabeleça
resultados por escrito: claramente as atribuições de cada parte.
262
7.3.15.1. O contrato escrito firmado deve estabelecer os 7.4.3. Para as matérias-primas que exigem condições
métodos de análise utilizados. especiais de temperatura, devem existir registros e controles
7.3.15.2. O contrato deve estabelecer que o contratante que comprovem o atendimento a essas especificações.
pode fazer auditoria nas instalações do contratado. 7.4.4. Os produtos corrosivos, inflamáveis e explosivos
7.3.15.3. O contratante é responsável pela avaliação da devem ser armazenados longe de fontes de calor e de
qualificação do contratado para realizar os serviços materiais que provoquem faíscas, de acordo com a
contratados. Além disso, deve ser assegurado, por meio do legislação em vigor.
contrato firmado, que os princípios das Boas Práticas de 7.4.5. Os rótulos das matérias-primas armazenadas devem
Laboratório sejam cumpridos. apresentar, no mínimo:
7.3.15.4. O contratado deve possuir instalações, a) denominação do produto (em DCB, DCI ou CAS) e
equipamentos e conhecimentos adequados, além de código de referência interno, quando aplicável;
experiência e pessoal qualificado para as atividades b) identificação do fornecedor;
estabelecidas em contrato. c) número do lote atribuído pelo fornecedor e o número
7.3.15.5. O contrato deve prever as ações a serem adotadas dado no recebimento, caso haja algum;
quando houver reprovação do material. d) teor e/ou potência, quando couber;
7.3.16. Os Certificados de Análise emitidos pela farmácia e) data de fabricação, prazo de validade e data de reanálise
ou por empresa contratada devem ser avaliados para (quando for o caso);
verificar o atendimento às especificações e conter f) condições de armazenamento e advertência, quando
informações claras e conclusivas, com todas as necessário;
especificações, definição dos resultados; datados, assinados g) a situação interna da matéria-prima (em quarentena, em
e com identificação do responsável técnico e respectivo análise, aprovado, reprovado).
número de inscrição no seu Conselho Profissional. 7.4.6. As substâncias submetidas a processo de diluição
7.3.17. Os equipamentos e instrumentos de medição e devem estar claramente identificadas com os alertas:
ensaios devem ser periodicamente verificados e calibrados, a) concentrado: “ATENÇÃO! ESTA SUBSTÂNCIA
de acordo com o item 5.2 deste Anexo. SOMENTE DEVE SER UTILIZADA QUANDO
7.3.18. Os equipamentos utilizados no laboratório de DILUÍDA”.
controle de qualidade devem ser submetidos à manutenção b) diluído: “SUBSTÂNCIA DILUÍDA” - nome da
preventiva e corretiva, quando necessário, de acordo com substância + fator de diluição.
um programa documentado e obedecendo aos 7.4.7. A farmácia deverá realizar o controle de estoque das
procedimentos operacionais escritos. matérias-primas registrando as entradas e saídas de cada
7.3.19. Os registros referentes às calibrações e manutenções uma delas.
preventivas e corretivas devem ser mantidos por no mínimo 7.4.8. O registro de entrada deve conter, no mínimo, nome
2 (dois) anos. da matéria-prima, código interno, lote, número da nota
7.3.20. A amostragem dos materiais deve ser executada em fiscal e nome do fabricante/fornecedor.
local específico e sob condições ambientais adequadas, 7.4.9. O registro de saída deve ser efetuado por meio da
obedecendo a procedimentos operacionais que impeçam a ordem de manipulação do produto no qual a matéria-prima
contaminação cruzada. será utilizada.
7.3.21. Todos os utensílios utilizados no processo de 7.5. Água.
amostragem que entrarem em contato com os materiais A água utilizada na manipulação de produtos é considerada
devem estar limpos, sanitizados e guardados em locais matéria-prima produzida pela própria farmácia por
apropriados. purificação da água potável, devendo as instalações e
7.3.22 A reanálise das matérias-primas, quando realizada, reservatórios serem devidamente protegidos para evitar
deve ocorrer dentro de seus prazos de validade, contaminação.
contemplando todos os itens que comprovem sua 7.5.1. Água Potável: A farmácia deve ser abastecida com
especificação e que garantem o seu teor, pureza e água potável e, quando possuir caixa d'água própria, ela
integridade. deve estar devidamente protegida para evitar a entrada de
7.4. Armazenamento. animais de qualquer porte ou quaisquer outros
Todos os materiais devem ser armazenados e manuseados contaminantes, devendo definir procedimentos escritos para
sob condições apropriadas e de forma ordenada, de modo a a limpeza e manter os registros que comprovem sua
preservar a identidade e integridade química, física e realização.
microbiológica, garantindo a qualidade e segurança dos 7.5.1.1. Caso se trate de caixa d’água de uso coletivo, a
mesmos. farmácia deve ter acesso aos documentos referentes à
7.4.1. Os materiais armazenados devem ser mantidos limpeza dos reservatórios, mantendo cópia dos mesmos.
afastados do piso, paredes e teto, com espaçamento 7.5.1.2. A farmácia deve possuir procedimentos escritos
apropriado para permitir a limpeza e inspeção. para realizar amostragem da água e periodicidade das
7.4.2. Os materiais devem ser estocados em locais análises.
identificados, de modo a facilitar a sua localização, sem 7.5.1.3. Devem ser feitos testes físico-químicos e
riscos de troca. microbiológicos, no mínimo a cada seis meses, para
monitorar a qualidade da água de abastecimento, mantendo-
se os respectivos registros. As especificações para água
263
potável devem ser estabelecidas com base na legislação 8.3.1. O Livro de Receituário, informatizado ou não, deve
vigente. conter Termos de Abertura e de Encerramento lavrados
7.5.1.4. Devem ser realizadas, no mínimo, as seguintes pela Autoridade Sanitária local.
análises: 8.3.2. - O registro deve conter, no mínimo, os seguintes
a) pH itens:
b) cor aparente a) Número de ordem do Livro de Receituário;
c) turbidez b) Nome e endereço do paciente ou a localização do leito
d) cloro residual livre hospitalar para os casos de internação;
e) sólidos totais dissolvidos c) Nome do prescritor e n° de registro no respectivo
f) contagem total de bactérias conselho de classe;
g) coliformes totais d) Descrição da formulação contendo todos os
h) presença de E. coli. componentes e concentrações;
i) coliformes termorresistentes e) Data do aviamento.
7.5.1.5. É facultado à farmácia terceirizar os testes de que 8.4. A farmácia deve manter ainda os seguintes registros na
trata o item anterior, devendo estabelecer para o laboratório ordem de manipulação:
contratado as especificações para água potável, de acordo a) Número de ordem do Livro de Receituário;
com a legislação vigente. b) Descrição da formulação contendo todos os
7.5.1.6. A farmácia deve estabelecer e registrar as medidas componentes (inclusive os excipientes) e concentrações;
adotadas em caso de laudo insatisfatório da água de c) Lote de cada matéria-prima, fornecedor e quantidade
abastecimento. pesada;
7.5.2. Água Purificada: A água utilizada na manipulação d) Nome e assinatura dos responsáveis pela pesagem e
deve ser obtida a partir da água potável, tratada em um manipulação;
sistema que assegure a obtenção da água com e) Visto do farmacêutico;
especificações farmacopéicas para água purificada, ou de f) Data da manipulação;
outros compêndios internacionais reconhecidos pela g) No caso da forma farmacêutica “cápsulas” deve constar,
ANVISA, conforme legislação vigente. ainda, o tamanho e a cor da cápsula utilizada.
7.5.2.1. Deve haver procedimentos escritos para a limpeza e 8.5. Todas as superfícies de trabalho e os equipamentos da
manutenção do sistema de purificação da água com os área de manipulação devem ser limpos e desinfetados antes
devidos registros. e após cada manipulação.
7.5.2.2. Devem ser feitos testes físico-químicos e 8.6. Devem existir procedimentos operacionais escritos
microbiológicos da água purificada, no mínimo para a prevenção de contaminação cruzada.
mensalmente, com o objetivo de monitorar o processo de 8.7. Nas etapas do processo de manipulação, quando forem
obtenção de água, podendo a farmácia terceirizá-los. utilizadas matérias-primas sob a forma de pó, devem-se
7.5.2.3. A farmácia deve possuir procedimento escrito para tomar precauções especiais, com a instalação de sistema de
a coleta e amostragem da água. Um dos pontos de exaustão de ar, devidamente qualificado, de modo a evitar a
amostragem deve ser o local usado para armazenamento. sua dispersão no ambiente.
7.5.2.4. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a 8.8. As salas de manipulação devem ser mantidas com
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova temperatura e umidade compatíveis com as
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório da substâncias/matérias-primas armazenadas/manipuladas. As
água purificada. condições de temperatura e umidade devem ser definidas,
7.5.2.5. A água purificada deve ser armazenada por um monitoradas e registradas.
período inferior a 24 horas e em condições que garantam a
manutenção da qualidade da mesma, incluindo a 9. DOS CONTROLES.
sanitização dos recipientes a cada troca de água. 9.1. Controle de Qualidade das Preparações Magistrais e
Oficinais.
8. MANIPULAÇÃO. 9.1.1. Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes
Devem existir procedimentos operacionais escritos para ensaios, de acordo com a Farmacopéia Brasileira ou outro
manipulação das diferentes formas farmacêuticas Compêndio Oficial reconhecido pela ANVISA, em todas as
preparadas na farmácia. preparações magistrais e oficinais: (Redação dada pela
8.1. A farmácia deve garantir que todos os produtos RDC 87/08)
manipulados sejam rastreáveis.
8.2. Os excipientes utilizados na manipulação de Preparações Ensaios
medicamentos devem ser padronizados pela farmácia de
acordo com embasamento técnico."(NR) (Redação dada Sólidas Descrição, aspecto,
pela RDC 87/08) caracteres organolépticos,
8.3. A farmácia deve possuir Livro de Receituário, peso médio.
informatizado ou não, e registrar as informações referentes
à prescrição de cada medicamento manipulado. Semi-sólidas Descrição, aspecto,
caracteres organolépticos,

264
pH (quando aplicável), Nacional, devidamente identificadas e de bases galênicas,
peso. de acordo com as necessidades técnicas e gerenciais do
estabelecimento, desde que garanta a qualidade e
Líquidas não-estéreis Descrição, aspecto, estabilidade das preparações.
caracteres organolépticos, 10.2. A farmácia de atendimento privativo de unidade
pH(quando aplicável), peso hospitalar pode manipular e manter estoque mínimo de
ou volume antes do envase. bases galênicas e de preparações magistrais e oficinais,
devidamente identificadas, em quantidades que atendam
uma demanda previamente estimada pelo estabelecimento,
9.1.2. Os resultados dos ensaios devem ser registrados na de acordo com suas necessidades técnicas e gerenciais, e
ordem de manipulação, junto com as demais informações desde que garanta a qualidade e estabilidade das
da preparação manipulada. O farmacêutico deve avaliar os preparações.
resultados, aprovando ou não a preparação para 10.3. As preparações para compor estoque mínimo devem
dispensação. atender a uma ordem de manipulação específica para cada
9.1.3. Quando realizado o ensaio de peso médio, devem ser lote, seguindo uma formulação padrão. A ordem de
calculados também, o desvio padrão e o coeficiente de manipulação deve conter, no mínimo, as seguintes
variação em relação ao peso médio. informações:
9.2. Monitoramento do Processo Magistral. a) nome e a forma farmacêutica;
9.2.1. O estabelecimento que manipular formas b) relação das substâncias que entram na composição da
farmacêuticas sólidas deve monitorar o processo de preparação e suas respectivas quantidades;
manipulação. c) tamanho do lote;
9.2.2. (Revogado pela RDC 87/08) d) data da preparação;
9.2.2.1. (Revogado pela RDC 87/08) e) prazo de validade;
9.2.3. Devem ser realizadas análises de teor e uniformidade f) número de identificação do lote;
de conteúdo do princípio ativo, de fórmulas cuja unidade g) número do lote de cada componente utilizado na
farmacotécnica contenha fármaco(s) em quantidade igual formulação;
ou inferior a vinte e cinco miligramas, dando prioridade h) registro devidamente assinado de todas as operações
àquelas que contenham fármacos em quantidade igual ou realizadas;
inferior a cinco miligramas. i) registro dos controles realizados durante o processo;
9.2.3.1. A farmácia deve realizar a análise de no mínimo j) registro das precauções adotadas;
uma fórmula a cada dois meses. O número de unidades para k) registro das observações especiais feitas durante a
compor a amostra deve ser suficiente para a realização das preparação do lote;
análises de que trata o item 9.2.3." (NR) (Redação dada l) avaliação do produto manipulado.
pela RDC 87/08) 10.4. Os rótulos das preparações de estoque mínimo, antes
9.2.4. As análises das fórmulas devem ser realizadas em da dispensação, devem conter: identificação do produto,
laboratório analítico próprio ou terceirizado data da manipulação, número do lote e prazo de validade.
(preferencialmente da Rede Brasileira de Laboratórios em 10.5. Os rótulos das preparações do estoque mínimo,
Saúde - REBLAS)." (NR) (Redação dada pela RDC 87/08) devem apresentar, no momento da dispensação, as
9.2.4. As análises, tanto do diluído quanto da fórmula, informações estabelecidas no item 12 deste Anexo ,
devem ser realizadas em laboratório analítico próprio ou acrescidas do nº de lote da preparação.
terceirizado (preferencialmente da Rede Brasileira de 10.6. Após a manipulação, o produto deve ser submetido à
Laboratórios em Saúde - REBLAS). inspeção visual e conferência de todas as etapas do
9.2.5. As amostras de que tratam os itens 9.2.2. e 9.2.3. processo de manipulação, verificando a clareza e a exatidão
devem contemplar diferentes manipuladores, fármacos e das informações do rótulo.
dosagens/concentrações, sendo adotado sistema de rodízio.
9.2.6. Deve ser estabelecido em procedimento operacional 11. CONTROLE DE QUALIDADE DO ESTOQUE
toda a metodologia para a execução do monitoramento do MÍNIMO.
processo magistral. 11.1. Na manipulação do estoque mínimo, deve ser
9.2.7. Os resultados de todas as análises devem ser realizado o controle em processo, devidamente
registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da documentado, para garantir o atendimento às especificações
Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos. estabelecidas para o produto, não sendo permitida sua
9.2.8. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a terceirização.
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova 11.2. A farmácia deve possuir procedimentos operacionais
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório. escritos e estar devidamente equipada para realizar análise
9.3. Ficam excluídos dos controles de que trata o item 9 os lote a lote dos produtos de estoque mínimo, conforme os
medicamentos homeopáticos. itens abaixo relacionados, quando aplicáveis, mantendo os
10. Manipulação do Estoque Mínimo. registros dos resultados:
10.1. A farmácia pode manipular e manter estoque mínimo a) caracteres organolépticos;
de preparações oficinais constantes do Formulário b) pH;
c) peso médio;
265
d) viscosidade; g) identificação da farmácia;
e) grau ou teor alcoólico; h) C.N.P.J.;
f) densidade; i) endereço completo do estabelecimento;
g) volume; j) nome do farmacêutico responsável técnico com o
h) teor do princípio ativo; respectivo número de inscrição no Conselho Regional de
i) dissolução; Farmácia.
j) pureza microbiológica. 12.3. Para algumas preparações magistrais ou oficinais são
11.2.1. As análises descritas no item 11.2 devem ser necessários rótulos ou etiquetas com advertências
realizadas conforme metodologia oficial e em amostragem complementares impressas, tais como: "Agite antes de
estatisticamente representativa do tamanho do lote. usar", "Conservar em geladeira", "Uso interno", "Uso
11.2.2. A farmácia deve dispor de laboratório de controle Externo", "Não deixe ao alcance de crianças", "Veneno";
de qualidade capacitado para realização de controle em Diluir antes de usar; e outras que sejam previstas em
processo e análise da preparação manipulada do estoque legislação específica e que venham auxiliar o uso correto
mínimo, referidos nas letras “a” a “g” do item 11.2. do produto.
11.2.3. É facultado à farmácia terceirizar o controle de 12.4 Os recipientes utilizados no envase dos produtos
qualidade de preparações manipuladas do estoque mínimo, manipulados devem garantir a estabilidade físico-química e
em laboratórios tecnicamente capacitados para este fim, microbiológica da preparação.
mediante contrato formal, para a realização dos itens 12.5. As substâncias que compõem as preparações
“h”,“i” e “j” acima referidos. magistrais e oficinais devem ser denominadas de acordo
11.2.4. No caso das bases galênicas, a avaliação da pureza com a DCB ou, na sua ausência, a DCI ou o CAS vigentes,
microbiológica (letra "j" do item 11.2) poderá ser realizada quando houver.
por meio de monitoramento. Este monitoramento consiste 12.6. Rótulos de preparações magistrais contendo
na realização de análise mensal de pelo menos uma base ou substâncias sujeitas a controle especial devem conter ainda
produto acabado que fora feito a partir de base galênica, informações previstas em legislação sanitária específica.
devendo ser adotado sistema de rodízio considerando o tipo
de base, produto e manipulador."(NR) (Redação dada pela 13. CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE.
RDC 87/08) A empresa deve manter procedimentos escritos sobre a
11.3. (Revogado pela RDC 87/08) conservação e transporte, até a dispensação dos produtos
manipulados que garantam a manutenção das suas
12. ROTULAGEM E EMBALAGEM. especificações e integridade.
Devem existir procedimentos operacionais escritos para 13.1. Os medicamentos termossensíveis devem ser
rotulagem e embalagem de produtos manipulados. Os mantidos em condições de temperatura compatíveis com
rótulos devem ser armazenados de forma segura e com sua conservação, mantendo-se os respectivos registros e
acesso restrito. controles.
12.1. Toda preparação magistral deve ser rotulada com: 13.2. Os produtos manipulados não devem ser armazenados
a) nome do prescritor; ou transportados com os seguintes materiais:
b) nome do paciente; a) alimentos e materiais perecíveis;
c) número de registro da formulação no Livro de b) animais;
Receituário; c) solventes orgânicos;
d) data da manipulação; d) gases;
e) prazo de validade; e) substâncias corrosivas ou tóxicas;
f) componentes da formulação com respectivas f) pesticidas e agrotóxicos;
quantidades; g) materiais radioativos;
g) número de unidades; h) outros produtos que possam afetar a qualidade,
h) peso ou volume contidos; segurança e eficácia dos produtos manipulados.
i) posologia;
j) identificação da farmácia; 14. DISPENSAÇÃO.
k) C.N.P.J; 14.1. O farmacêutico deve prestar orientação farmacêutica
l) endereço completo; necessárias aos pacientes, objetivando o uso correto dos
m) nome do farmacêutico responsável técnico com o produtos.
respectivo número no Conselho Regional de Farmácia. 14.2. Todas as receitas aviadas devem ser carimbadas pela
12.2. Toda preparação oficinal deve conter os seguintes farmácia, com identificação do estabelecimento, data da
dados em seu rótulo: dispensação e número de registro da manipulação, de forma
a) denominação farmacopéica do produto; a comprovar o aviamento.
b) componentes da formulação com respectivas 14.3. (Revogado pela RDC 87/08)
quantidades;
c) indicações do Formulário Oficial de referência; 15. GARANTIA DA QUALIDADE.
d) data de manipulação e prazo de validade; A Garantia da Qualidade tem como objetivo assegurar que
e) número de unidades ou peso ou volume contidos os produtos e serviços estejam dentro dos padrões de
f) posologia; qualidade exigidos.
266
15.1. Para assegurar a qualidade das fórmulas manipuladas, 15.5. Documentação.
a farmácia deve possuir um Sistema de Garantia da A documentação constitui parte essencial do Sistema de
Qualidade (SGQ) que incorpore as Boas Práticas de Garantia da Qualidade.
Manipulação em Farmácias (BPMF), totalmente 15.5.1. A licença de funcionamento expedida pela
documentado e monitorado. autoridade sanitária local, a Autorização de Funcionamento
15.2. O Sistema de Garantia da Qualidade para a e, quando for o caso, a Autorização Especial expedida pela
manipulação de fórmulas deve assegurar que: ANVISA, devem estar afixadas em local visível, e a
a) as operações de manipulação sejam claramente inspeção para concessão da licença deve levar em conta
especificadas por escrito e que as exigências de BPMF o(s) grupo(s) de atividades para os quais a farmácia pode
sejam cumpridas; ser habilitada.
b) a aceitação de demanda de manipulações seja compatível 15.5.2. Os Livros de Receituário, Livros de Registro
com a capacidade instalada da farmácia; Específico, os balanços, as receitas, as notificações de
c) os controles necessários para avaliar as matérias-primas receitas e as notas fiscais devem ser mantidos no
sejam realizados de acordo com procedimentos escritos e estabelecimento, de forma organizada, informatizada ou
devidamente registrados; não.
d) os equipamentos sejam calibrados, com documentação 15.5.3. Devem ser mantidos em arquivo os documentos
comprobatória; comprobatórios de: especificações dos materiais utilizados,
e) sejam elaborados procedimentos escritos relativos a análise das matérias-primas, procedimentos operacionais e
todas as operações de manipulação, controle de qualidade e respectivos registros, e relatórios de auto-inspeção.
demais operações relacionadas ao cumprimento das 15.5.4. A documentação deve possibilitar o rastreamento de
BPMF; informações para investigação de qualquer suspeita de
f) a preparação seja corretamente manipulada, segundo desvio de qualidade.
procedimentos apropriados; 15.5.5. Os documentos devem ser aprovados, assinados e
g) a preparação seja manipulada e conservada de forma que datados pelo Responsável Técnico ou pessoa por ele
a qualidade da mesma seja mantida; autorizada. Qualquer alteração introduzida deve permitir o
h) todos os procedimentos escritos sejam cumpridos; conhecimento de seu conteúdo original e, conforme o caso,
i) sejam realizadas auditorias internas de modo a assegurar ser justificado o motivo da alteração.
um processo de melhoria contínua; 15.5.6. Os dados inseridos nos documentos durante a
j) exista um programa de treinamento inicial e contínuo; manipulação devem ser claros, legíveis e sem rasuras.
k) exista a proibição de uso de cosméticos, jóias e 15.5.7. Os documentos referentes à manipulação de
acessórios para o pessoal nas salas de pesagem e fórmulas devem ser arquivados durante 6 (seis) meses após
manipulação; o vencimento do prazo de validade do produto manipulado,
l) a padronização dos excipientes das formulações seja ou durante 2 (dois) anos quando o produto contiver
embasada em critérios técnico-científicos; substâncias sob controle especial, podendo ser utilizado
m) exista um sistema controlado, informatizado ou não, sistema de registro eletrônico de dados ou outros meios
para arquivamento dos documentos exigidos para confiáveis e legais.
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial; 15.5.8. Os demais registros para os quais não foram
n) sejam estabelecidos prazos de validade, assim como as estipulados prazos de arquivamento devem ser mantidos
instruções de uso e de armazenamento das fórmulas pelo período de 1(um) ano.
manipuladas. 15.6. Auto - Inspeção.
15.3. O estabelecimento deve possuir Manual de Boas A auto-inspeção é um recurso apropriado para a
Práticas de Manipulação apresentando as diretrizes constatação e avaliação do cumprimento das BPMF,
empregadas pela empresa para o gerenciamento da realizada pela farmácia. Devem ser realizadas, no mínimo
qualidade. uma vez ao ano e suas conclusões devidamente
15.4. Prazo de validade. documentadas e arquivadas.
15.4.1. A determinação do prazo de validade deve ser 15.6.1. Com base nas conclusões das auto-inspeções devem
baseada na avaliação físico-química das drogas e ser estabelecidas as ações corretivas necessárias para
considerações sobre a sua estabilidade. Preferencialmente, assegurar o cumprimento das BPMF.
o prazo de validade deve ser vinculado ao período do 15.7. Atendimento a reclamações.
tratamento. Toda reclamação referente a desvio de qualidade dos
15.4.2. Fontes de informações sobre a estabilidade físico- produtos manipulados deve ser registrada com o nome e
química das drogas devem incluir referências de dados pessoais do paciente, do prescritor, descrição do
compêndios oficiais, recomendações dos produtores das produto, número de registro da formulação no Livro de
mesmas e publicações em revistas indexadas. Receituário, natureza da reclamação e responsável pela
15.4.3. Na interpretação das informações sobre estabilidade reclamação, ficando o farmacêutico responsável pela
das drogas devem ser consideradas todas as condições de investigação, tomada de medidas corretivas e
armazenamento e conservação. esclarecimentos ao reclamante, efetuando também os
15.4.4. Devem ser instituídos procedimentos que definam a registros das providências tomadas.
política da empresa quanto às matérias-primas próximas ao
vencimento.
267
15.7.1. No caso de produtos devolvidos por motivo de deste regulamento, são definidas como fármacos de baixo
desvios de qualidade comprovados, a farmácia deve índice terapêutico, alta dosagem e baixa potência.
comunicar à autoridade sanitária competente. 2.6. Para manipulação das substâncias de baixo índice
15.7.2. A farmácia deverá afixar, de modo visível, no terapêutico, em todas as formas farmacêuticas de uso
principal local de atendimento ao público, placa interno devem ser observadas as seguintes condições:
informativa contendo endereço e telefones da autoridade a) observância aos padrões técnicos mínimos referentes às
sanitária local, orientando os consumidores que desejarem, Boas Práticas de Manipulação de Substâncias de Baixo
encaminhar reclamações sobre produtos manipulados. Índice Terapêutico, em complementação aos requisitos do
Regulamento Técnico e Anexo I;
ANEXO II b) dispensação acompanhada pela bula simplificada
BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE contendo os padrões mínimos de informações ao paciente
SUBSTÂNCIAS DE BAIXO ÍNDICE TERAPÊUTICO disposto no anexo VIII desta Resolução;
1. OBJETIVO. c) dispensação mediante atenção farmacêutica.
Este anexo fixa os requisitos mínimos para a manipulação 2.7. A farmácia que pretenda manipular substâncias de
de substâncias de baixo índice terapêutico, baixo índice terapêutico, em qualquer uma das formas
complementando os requisitos estabelecidos no farmacêuticas de uso interno, deve solicitar inspeção à
Regulamento Técnico e no ANEXO I. Vigilância Sanitária local. A manipulação destas
2. CONDIÇÕES. substâncias somente poderá ser iniciada após aprovação da
2.1. A manipulação de produtos farmacêuticos, em todas as Vigilância Sanitária local.
formas farmacêuticas de uso interno, que contenham 2.8. A Autoridade Sanitária deve avaliar na inspeção para
substâncias de baixo índice terapêutico somente será concessão de Licença Sanitária, na sua renovação e nas
permitida às farmácias que cumprirem as condições demais ações de fiscalização, se a farmácia atende aos
estabelecidas neste anexo, no Regulamento Técnico e no requisitos das Boas Práticas de Manipulação de Substâncias
Anexo I. de Baixo Índice Terapêutico, conforme estabelecido neste
2.2. Para prescrição de substância sujeita a controle Anexo.
especial, devem ser atendidas as disposições da Portaria 2.9. Considera-se que as disposições constantes deste
SVS/MS 344/98 e suas atualizações. Anexo são requisitos sanitários IMPRESCINDÍVEIS para o
2.3. São consideradas substâncias de baixo índice cumprimento das Boas Práticas de Manipulação de
terapêutico: medicamentos contendo substâncias de baixo índice
ácido valpróico; terapêutico.
aminofilina; 2.10. As farmácias devem apresentar comprovação da
carbamazepina; formulação para os produtos sólidos manipulados, quando
ciclosporina; da utilização de cada substância de baixo índice
clindamicina; terapêutico, por meio de perfil de dissolução.
clonidina; 2.10.1. Os excipientes devem ser padronizados de acordo
clozapina; com a compatibilidade das formulações descrita em
colchicina; compêndios oficiais/farmacopéias/publicações científicas
digitoxina; indexadas.
digoxina; 2.10.2. Este estudo pode ser realizado por empresas
disopiramida; individuais, por grupos de empresas ou associações de
fenitoína; classe, devendo ser garantida a reprodutibilidade dos
lítio; mesmos.
minoxidil; 2.11. Devem ser adotados e registrados os procedimentos
oxcarbazepina; operacionais relativos às etapas descritas a seguir.
prazosina; 2.11.1. A aquisição deve ser precedida da qualificação de
primidona; fornecedores baseada em critérios pré-definidos. Somente
procainamida; podem ser adquiridas matérias-primas que estejam em
quinidina; conformidade com as especificações descritas no Anexo I.
teofilina; 2.11.2. A farmácia deve fixar uma identificação especial na
varfarina; rotulagem das matérias-primas no momento do
verapamil (Cloridrato). recebimento, alertando de que se trata de substância de
2.4. As substâncias clonidina, colchicina, digitoxina, baixo índice terapêutico.
digoxina, minoxidil, prazosina e varfarina são definidas 2.11.3. O armazenamento deve ser realizado em local
para fins deste regulamento como fármacos de baixo índice distinto, de acesso restrito, sob guarda do farmacêutico,
terapêutico, baixa dosagem e alta potência. com especificação de cuidados especiais de armazenamento
2.5. As substâncias ácido valpróico, aminofilina, que garantam a manutenção das suas especificações e
carbamazepina, ciclosporina, clindamicina, clozapina, integridade.
disopiramida, fenitoína, lítio, oxcarbazepina, primidona, 2.11.4. Na pesagem para manipulação deve haver dupla
procainamida, quinidina, teofilina e verapamil, para fins checagem, sendo uma realizada pelo farmacêutico, com
registro dessa operação.
268
2.11.5. Na homogeneização do produto em processo de ANEXO III
manipulação devem ser empregados os mesmos excipientes BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE
e a mesma metodologia utilizada para obtenção do produto HORMÔNIOS, ANTIBIÓTICOS, CITOSTÁTICOS E
objeto do perfil de dissolução. SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A CONTROLE
2.11.6. No processo de encapsulamento devem ser ESPECIAL
utilizadas cápsulas com o menor tamanho, de acordo com a 1. OBJETIVO
dosagem. Este anexo fixa os requisitos mínimos exigidos para a
2.11.7. O envase e a rotulagem devem seguir as disposições manipulação de medicamentos à base de hormônios,
constantes do Anexo I desta Resolução. antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a controle
2.11.8. Dispensação mediante atenção farmacêutica com especial, complementando os requisitos estabelecidos no
acompanhamento do paciente, que consiste na avaliação e Regulamento Técnico de Boas Práticas de Manipulação em
monitorização do uso correto do medicamento; Farmácias e no ANEXO I.
acompanhamento este realizado pelo farmacêutico e por 2 . CONDIÇÕES GERAIS
outros profissionais de saúde. 2.1. A prescrição de substância sujeita a controle especial
2.12. Quando se tratar especificamente de substância de deve obedecer a Portaria SVS/MS 344/98, suas atualizações
baixo índice terapêutico, baixa dosagem e alta potência, ou outra norma que a complemente ou substitua. Caso se
devem ainda ser adotados e registrados os procedimentos trate de substância de baixo índice terapêutico deve
relativos às etapas descritas a seguir. obedecer ainda às disposições do Anexo II.
2.12.1. Na pesagem para diluição deve haver dupla 2.2. Para a manipulação de hormônios, antibióticos,
checagem - operador e farmacêutico, com registro dessa citostáticos e substâncias sujeitas a controle especial, em
operação. todas as formas farmacêuticas de uso interno devem ser
2.12.2. No processo de diluição e homogeneização deve ser observadas as seguintes condições:
utilizada a metodologia de diluição geométrica com escolha a) observância aos padrões técnicos mínimos de Boas
e padronização de excipientes, de acordo com o que foi Práticas de Manipulação de Hormônios, Antibióticos,
utilizado para realização do estudo de perfil de dissolução. Citostáticos e Substâncias Sujeitas a Controle Especial, em
2.12.3. Devem ser realizadas análises de teor de cada complementação aos requisitos estabelecidos no
diluído logo após o preparo e monitoramento trimestral do Regulamento Técnico e no Anexo I.
armazenado, podendo haver diminuição do tempo de b) atendimento à legislação específica no caso de
monitoramento dependendo do tipo do diluído. manipulação de substâncias sujeitas a controle especial;
2.12.3.1. - As amostras para análise de teor devem ser c) dispensação mediante orientação farmacêutica;
coletadas em pelo menos três pontos do diluído e analisadas d) No caso de dispensação de antibióticos, deve ser
separadamente, para fins de avaliação da sua salientada a necessidade de uso do medicamento pelo
homogeneidade. período mínimo de tratamento preconizado pelo prescritor,
2.13. Para o monitoramento do processo de manipulação de mesmo que os sintomas tenham desaparecido.
formas farmacêuticas de uso interno, a farmácia deve 2.3. A farmácia que pretenda manipular hormônios,
realizar uma análise completa de formulação manipulada antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a controle
contendo substância de baixo índice terapêutico. especial, deve notificar a Vigilância Sanitária local de que
2.13.1. O monitoramento deve ser realizado por se encontra apta a realizar esta atividade.
estabelecimento, de forma a serem analisadas no mínimo 2.3.1. As farmácias que já desenvolvem as atividades de
uma amostra a cada três meses de formulação contendo que trata este item devem notificar a vigilância sanitária
substância de baixo índice terapêutico. local que manipulam tais substâncias, dentro do prazo de
2.13.2. As amostras devem contemplar diferentes até 60 (sessenta) dias a partir da vigência da norma.
manipuladores, fármacos e dosagens, formas farmacêuticas, 2.3.2. A Autoridade Sanitária deve observar na inspeção
podendo ser adotado sistema de rodízio. para concessão de Licença Sanitária, na sua renovação e
2.14. Deve estar estabelecida em procedimento operacional nas demais ações de fiscalização, se a farmácia que
toda a metodologia para a execução do monitoramento de apresentou a Notificação disposta nos itens 2.3 e 2.3.1.,
que trata o item 2.13 e seus sub-itens. atende aos requisitos das Boas Práticas de Manipulação de
2.15. Os resultados de todas as análises devem ser hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a
registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da controle especial.
Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos. 2.4. Somente poderá ser iniciada a manipulação de
2.16. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a substâncias sujeitas a controle especial após a publicação
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova em Diário Oficial da Autorização Especial emitida pela
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório. ANVISA.
3. PADRÃO MÍNIMO PARA INFORMAÇÕES AO 2.5. Para a manipulação de preparações estéreis contendo
PACIENTE. substâncias de que trata este anexo, devem ser atendidas,
3.1. Os padrões mínimos para informações ao paciente ainda, as disposições do Anexo IV.
usuário de medicamentos a base de substâncias de baixo 2.6. Considera-se que as disposições constantes deste
índice terapêutico são os relacionados no Anexo VIII desta Anexo são requisitos sanitários IMPRESCINDÍVEIS para o
Resolução. cumprimento das Boas Práticas de Manipulação de

269
hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a 2.14. Os excipientes devem ser padronizados de acordo
controle especial. com a compatibilidade das formulações descrita em
2.7. As farmácias devem possuir salas de manipulação compêndios oficiais/farmacopéias/publicações científicas
dedicadas, dotadas cada uma com antecâmara, para a indexadas.
manipulação de cada uma das três classes terapêuticas a 2.15. Os procedimentos operacionais relativos às etapas
seguir - hormônios, antibióticos e citostáticos, com sistemas descritas a seguir devem ser adotados e registrados.
de ar independentes e de eficiência comprovada. 2.15.1. A aquisição deve ser precedida da qualificação de
2.7.1. Para fins de atendimento às disposições deste Anexo, fornecedores baseada em critérios pré-definidos, podendo
é permitida a manipulação de medicamentos à base de ser adquiridas somente matérias-primas que estejam em
hormônios, antibióticos e citostáticos, em formas líquidas conformidade com as especificações descritas no Anexo I.
de uso interno, nas salas correspondentes de que trata o 2.15.2 O armazenamento das matérias-primas
item 2.7. contempladas neste anexo, deve ser realizado em local
2.7.2. Tais salas devem possuir pressão negativa em relação distinto, de acesso restrito, sob guarda do farmacêutico,
às áreas adjacentes, sendo projetadas de forma a impedir o com especificação de cuidados especiais de armazenamento
lançamento de pós no laboratório ou no meio ambiente, que garantam suas especificações e integridade. O
evitando contaminação cruzada, protegendo o manipulador armazenamento de substâncias sujeitas a controle especial
e o meio ambiente. deve seguir as disposições da regulamentação específica.
2.7.3. As farmácias que adotarem as condições abaixo 2.15.3. Na pesagem para diluição, quando for o caso, deve
especificadas estão isentas da utilização das antecâmaras de haver dupla checagem - operador e farmacêutico, com
que trata o item 2.7. registro dessa operação.
2.7.3.1. Salas dedicadas com cabine sem recirculação com 2.15.4. No processo de diluição e homogeneização deve ser
exaustão de 100% em área externa à sala, sendo que esta utilizada a metodologia de diluição geométrica com escolha
deve possuir filtração que elimine partículas e gases e padronização de excipientes.
provenientes da manipulação, considerando pressão 2.15.5. O armazenamento de diluídos de substâncias
negativa no interior da cabine. A sala onde esta instalada a sujeitas a controle especial deve seguir as disposições da
cabine deve ter pressão negativa em relação à área regulamentação específica.
adjacente a ela. .15.6. Na pesagem para manipulação deve haver dupla
2.7.3.2. Salas dedicadas com cabine de contenção máxima checagem, sendo uma realizada pelo farmacêutico, com
(isolador), totalmente fechada, com ventilação própria, à registro dessa operação.
prova de escape de ar operando com pressão negativa. O 2.15.7. No processo de encapsulamento devem ser
trabalho se efetua com luvas de borracha pressas a cabine. utilizadas cápsulas com o menor tamanho, de acordo com a
Para purificar o ar devem ser instalados filtros HEPA em dosagem.
série ou um filtro HEPA e um incinerador. ( Itens 2.7; 2.7.1 2.15.8. O envase e a rotulagem devem seguir as disposições
;2.7.2; 2.7.3; 2.7.3.1 e 2.7.3.2 tem Redação dada pela RDC constantes do Anexo I.
21/09) 2.16. Para o monitoramento do processo de manipulação de
2.8. A pesagem dos hormônios, citostáticos e antibióticos formas farmacêuticas de uso interno, a farmácia deve
deve ser efetuada na respectiva sala de manipulação. realizar uma análise completa de formulação manipulada de
2.8.1. Devem ser adotados procedimentos para evitar cada uma das classes terapêuticas - antibióticos, hormônios
contaminação cruzada. e citostáticos.
2.9. As balanças e bancada devem ser submetidas a 2.16.1. O monitoramento deve ser realizado por
processo rigoroso de limpeza antes e após cada pesagem. estabelecimento, de forma a serem analisadas no mínimo
2.10.Todos os utensílios utilizados na manipulação de uma amostra a cada três meses de cada uma das classes
substâncias constantes deste anexo devem ser separados e terapêuticas elencadas no item 2.16.(NR) (Redação dada
identificados por classe terapêutica. pela RDC 87/08)
2.11. Deve ser assegurado o uso de equipamentos de 2.16.2. As amostras devem contemplar diferentes
proteção individual apropriados, condizentes com os riscos, manipuladores, fármacos e dosagens e formas
os controles e o volume de trabalho, visando proteção e farmacêuticas, podendo ser adotado sistema de rodízio.
segurança dos manipuladores. 2.17. Deve estar estabelecida em procedimento operacional
2.12. Os funcionários diretamente envolvidos na toda a metodologia para a execução do monitoramento de
manipulação de substâncias e produtos de que trata este que trata o item 2.16 e seus sub-itens.
anexo devem ser submetidos a exames médicos específicos, 2.18. Os resultados de todas as análises devem ser
atendendo ao Programa de Controle Médico de Saúde registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da
Ocupacional (PCMSO), recomendando-se ainda que seja Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos.
adotado sistema de rodízio no trabalho. 2.19. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a
2.12.1.Os responsáveis pela elaboração do PCMSO devem efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova
ser comunicados sobre a manipulação de substâncias análise, em caso de resultado de análise insatisfatório.
constantes deste anexo.
2.13. Deve haver procedimento operacional específico para ANEXO IV
evitar contaminação cruzada. BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE
PRODUTOS ESTÉREIS (BPMPE) EM FARMÁCIAS
270
1. OBJETIVO cada sessão de manipulação para garantir a higiene
Este Anexo fixa os requisitos mínimos relativos à apropriada.
manipulação de preparações estéreis em farmácias, 3.3.2. A colocação dos uniformes e calçados, bem como a
complementando os requisitos estabelecidos no higiene preparatória para entrada nas áreas classificadas,
Regulamento Técnico de Boas Práticas de Manipulação em devem ser realizadas em sala especificamente destinada
Farmácias e no Anexo I. para paramentação e seguir procedimento estabelecido para
Este anexo destina-se ainda à reconstituição, transferência, evitar contaminação microbiana e por partículas.
incorporação e fracionamento de qualquer medicamento 3.3.3. Os uniformes e calçados utilizados nas áreas
estéril destinado à utilização em serviços de saúde. classificadas devem cobrir completamente o corpo,
Caso a farmácia pretenda manipular Soluções Parenterais constituindo barreira à liberação de partículas provenientes
de Grande Volume (SPGV) e estéreis a partir de matérias- da respiração, tosse, espirro, suor, pele e cabelo.
primas estéreis deverá seguir regulamentação de boas 3.3.4. O tecido dos uniformes utilizados nas áreas
práticas de fabricação, aplicada à indústria farmacêutica, no classificadas não deve liberar partículas ou fibras e deve
que couber. proteger quanto à liberação de partículas naturais do corpo.
3.3.5. Os uniformes usados na sala de manipulação,
2. CONDIÇÕES GERAIS. inclusive máscaras e luvas, devem ser estéreis e
2.1. A farmácia é responsável pela qualidade das substituídos a cada sessão de manipulação.
preparações estéreis em todas as etapas. 3.3.6. Deve ser assegurado que as luvas estéreis sejam
2.2. É indispensável o efetivo monitoramento de todo o trocadas a cada duas horas de trabalho de manipulação, e
processo de preparação, de modo a garantir ao paciente a sempre que sua integridade estiver comprometida.
qualidade da preparação a ser administrada. 3.3.7. Os uniformes reutilizáveis devem ser mantidos
2.3. Para a manipulação de produtos utilizados em Terapia separados, em ambiente fechado, até que sejam
de Nutrição Parenteral devem ser obedecidas as disposições apropriadamente lavados e esterilizados, sob a
da Portaria SVS/MS n° 272, de 08 de abril de 1998 ou responsabilidade da empresa.
qualquer outra que venha complementá-la, alterá-la ou 3.3.7.1. A lavagem e esterilização dos uniformes podem ser
substituí-la. realizadas por empresa terceirizada, por meio de contrato
2.4. Para a manipulação de produtos usados em terapia formal.
antineoplásica devem ser obedecidas as disposições da 3.3.8. O processo de lavagem e esterilização dos uniformes
RDC no 220 de setembro de 2004, contempladas neste deve ser validado e seguir procedimentos escritos.
Anexo, ou qualquer outra que venha alterá-la ou substituí-
la. 4. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA.
2.5. A manipulação de antineoplásicos e outras substâncias 4.1. A farmácia destinada à manipulação de preparações
com reconhecido risco químico deve seguir critérios rígidos estéreis deve ser localizada, projetada e construída ou
de utilização de equipamentos de proteção coletiva (Cabine adaptada segundo padrões técnicos, contando com uma
de Segurança Biológica) e individual, procedimentos de infra-estrutura adequada às operações desenvolvidas, para
conservação e transporte, prevenção e tratamento em caso assegurar a qualidade das preparações.
de acidentes, de acordo com legislação específica. 4.2. A farmácia deve possuir, além das áreas comuns
referidas no Anexo I, no mínimo, as seguintes áreas/salas:
3. ORGANIZAÇÃO E PESSOAL. a) sala de limpeza, higienização e esterilização;
3.1. Treinamento. b) sala ou local de pesagem;
Além de atender aos requisitos descritos no item 3.2 do c) sala de manipulação e envase exclusiva;
Anexo I, todo pessoal deve conhecer os princípios das d) área para revisão;
BPMPE. e) área para quarentena, rotulagem e embalagem;
3.2. Saúde, Higiene e Conduta. f) sala de paramentação específica (antecâmara).
3.2.1. O acesso de pessoas às áreas de preparação de 4.3. As farmácias que somente realizam reconstituição,
formulações estéreis deve ser restrito aos operadores transferência, incorporação ou fracionamento de
diretamente envolvidos. especialidades farmacêuticas, devem atender às disposições
3.2.2. Os manipuladores de produtos estéreis devem atender do item 4.2., no que couber.
a um alto nível de higiene e particularmente devem ser 4.4. Nas salas de pesagem, manipulação e envase, todas as
instruídos a lavar corretamente às mãos e antebraços, com superfícies devem ser revestidas de material resistente aos
escovação das unhas, utilizando anti-séptico padronizado, agentes sanitizantes, lisas e impermeáveis para evitar
antes de entrar na área de manipulação. acúmulo de partículas e microorganismos, possuindo cantos
3.2.3. Os operadores que fazem a inspeção visual devem ser arredondados.
submetidos a exames oftalmológicos periódicos e ter 4.5. As salas de pesagem, manipulação e envase devem ser
intervalos de descanso freqüentes no período de trabalho. projetadas de modo a evitar superfícies de difícil limpeza e
3.3. Vestuário não podem ser usadas portas corrediças.
3.3.1. Os funcionários envolvidos na manipulação de 4.6. Os tetos rebaixados devem ser completamente vedados
preparações estéreis devem estar adequadamente para evitar a contaminação proveniente do espaço entre o
uniformizados para assegurar a proteção da preparação teto original e o teto de rebaixamento.
contra a contaminação e os uniformes devem ser trocados a
271
4.7. As tubulações instaladas nas salas de pesagem, 4.18.1. A sala de paramentação deve possuir câmaras
manipulação e envase devem ser embutidas na parede. fechadas, preferencialmente com dois ambientes (barreira
4.8. Sistematicamente deve-se proceder ao controle do sujo/limpo) para troca de roupa.
nível de contaminação ambiental do ar e das superfícies, 4.18.2. As portas de acesso à sala de paramentação e salas
através de parâmetros estabelecidos, seguindo classificadas devem possuir dispositivos de segurança que
procedimento escrito e com registros dos resultados. impeçam a abertura simultânea das mesmas.
4.9. A sanitização das áreas classificadas constitui aspecto 4.18.3. A sala de paramentação deve ser ventilada, com ar
particularmente importante e por isso devem ser utilizados filtrado, com pressão inferior à da sala de manipulação e
mais de um tipo de desinfetante, com alternância periódica. superior à área externa.
4.10. Deve ser procedido monitoramento periódico, através 4.18.4. O lavatório deve possuir torneira ou comando que
de parâmetros estabelecidos, do processo de sanitização dispense o contato das mãos para o fechamento. Junto ao
para detectar o surgimento de microorganismos persistentes lavatório deve existir provisão de sabonete líquido ou anti-
ou resistentes. séptico e recurso para secagem das mãos.
4.11. Na sala de pesagem, e sala de manipulação e envase
não é permitido o uso de pia e ralo, mesmo sifonados. 5. EQUIPAMENTOS, MOBILIÁRIOS E
4.12. O acesso às salas de limpeza, higienização e UTENSÍLIOS.
esterilização; pesagem; manipulação e envase deve ser 5.1. Os equipamentos devem ser localizados, projetados,
realizado por meio de antecâmara. instalados, adaptados e mantidos de forma a estarem
4.13. Sala de limpeza, higienização e esterilização. adequados às operações a serem realizadas.
4.13.1. A sala destinada à lavagem, esterilização e 5.2. A estrutura dos equipamentos deve visar a
despirogenização dos recipientes vazios deve ser separada e minimização dos riscos de erro e permitir que os mesmos
possuir classificação ISO 8 (100.000 partículas/ pé cúbico sejam efetivamente limpos e assim mantidos para que seja
ar). evitada a contaminação cruzada, o acúmulo de poeiras e
4.13.2. A limpeza e higienização de medicamentos, sujeira e, de modo geral, qualquer efeito negativo sobre a
produtos farmacêuticos e produtos para saúde utilizados na qualidade da manipulação.
manipulação de produtos estéreis também deve ser 5.3. Os equipamentos utilizados na manipulação de
realizada em área classe ISO 8. preparações estéreis devem ser escolhidos de forma que
4.13.3. A sala deve ser contígua à área de manipulação e possam ser efetivamente esterilizados por vapor, por
dotada de passagem de dupla porta para a entrada de aquecimento a seco ou outro método.
material em condição de segurança. 5.4. Os equipamentos de lavagem e limpeza devem ser
4.13.4. Deve dispor de meios e equipamentos para limpeza escolhidos e utilizados de forma que não constituam fontes
e esterilização dos materiais antes de sua entrada na sala de de contaminação.
manipulação. 5.5. Os produtos usados na limpeza e desinfecção não
4.13.5. No caso do produto manipulado necessitar de devem contaminar os equipamentos de manipulação com
esterilização final por calor, o processo de esterilização substâncias tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas.
poderá ser realizado nesta sala, desde que obedecidos 5.6. Os desinfetantes e detergentes devem ser monitorados
procedimentos previamente estabelecidos e em horário quanto à contaminação microbiana.
distinto das demais atividades realizadas nesta sala. 5.7. Após o término do trabalho de manipulação, os
4.14. Sala de pesagem. equipamentos devem ser limpos, desinfetados e
4.14.1. A sala onde é realizada a pesagem deve possuir identificados quanto à sua condição, efetuando-se os
Classe ISO 7 (10.000 partículas/ pé cúbico de ar) para registros desses procedimentos.
garantir baixa contagem microbiana e de partículas. 5.8. É recomendável que o sistema de filtração de ar do
4.15. Sala de manipulação e envase. fluxo laminar não seja desligado ao término do trabalho, a
4.15.1. A sala destinada à manipulação e envase de menos que, após a sua parada, seja providenciada a limpeza
preparações estéreis deve ser independente e exclusiva, e desinfecção do gabinete.
dotada de filtros de ar para retenção de partículas e 5.9. O sistema de ar filtrado deve assegurar que o fluxo de
microorganismos, garantindo os níveis recomendados - ar não espalhe partículas no ambiente.
Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar) ou sob fluxo 5.10. O ar injetado nas áreas classificadas deve ser filtrado
laminar, Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar), em por filtros HEPA.
área Classe ISO 7 e possuir pressão positiva em relação às 5.11. Quando a manutenção dos equipamentos for
salas adjacentes. executada dentro das áreas classificadas, devem ser
4.16. Área para revisão. utilizados instrumentos e ferramentas também limpos.
4.16.1. Deve existir área específica para revisão, com 5.12. Todos os equipamentos devem ser submetidos à
condições de iluminação e contraste adequadas à realização manutenção preventiva, de acordo com um programa
da inspeção dos produtos envasados. formal, e corretiva, quando necessário, obedecendo a
4.17. Área para quarentena, rotulagem e embalagem. procedimentos operacionais escritos com base nas
4.17.1. A área destinada à quarentena, rotulagem e especificações dos manuais dos fabricantes.
embalagem das preparações deve ser suficiente para 5.12.1. Devem existir registros das manutenções
garantir as operações de forma racional e ordenada. preventivas e corretivas realizadas.
4.18. Sala de Paramentação (antecâmara).
272
5.13. O equipamento utilizado no tratamento de água deve monitorar o processo de obtenção da água para injetáveis,
ser projetado e mantido de forma a assegurar a produção da com base em procedimentos escritos.
água com a especificação exigida. 7.2.7. A farmácia deve monitorar a água para preparação de
5.14. Deve ser realizada a sanitização do sistema de estéreis, quanto à condutividade e presença de endotoxinas
produção de água, de acordo com procedimentos escritos, bacterianas imediatamente antes de ser usada na
mantendo-se os devidos registros. manipulação.
5.15. O sistema de distribuição da água deve garantir que 7.2.7.1. No caso da água se destinar a produtos oftálmicos,
não haja contaminação microbiana. não será requerido o teste de endotoxinas bacterianas.
5.16. Sendo necessário o armazenamento da água, devem 7.2.8. Devem ser estabelecidas e registradas as medidas
ser usados recipientes de aço inoxidável, herméticos e corretivas e preventivas que serão adotadas em caso de
munidos de filtro de ar esterilizante. laudo insatisfatório da água. Deve ser avaliada a efetividade
5.17. O mobiliário deve ser construído de material liso, das medidas adotadas, por meio de uma nova análise.
impermeável, facilmente lavável e que não libere 7.2.9. O processo de obtenção da água utilizada na
partículas, e que seja passível de desinfecção pelos agentes preparação de estéreis deve ser validado.
normalmente utilizados.
8. CONTROLE DO PROCESSO DE
6. MATERIAIS. MANIPULAÇÃO.
6.1. Aquisição, recebimento e armazenamento. 8.1. Devem ser tomadas precauções no sentido de
6.1.1. As matérias primas adquiridas devem ser analisadas minimizar a contaminação durante todos os estágios da
para a verificação do cumprimento de todas as manipulação.
especificações estabelecidas nos compêndios oficiais 8.2. A manipulação deve ser realizada com técnica
incluindo a determinação da biocarga. asséptica, seguindo procedimentos escritos e validados.
6.1.2. Especialidades farmacêuticas e produtos para a saúde 8.3. Deve existir um programa de monitoramento
utilizados no preparo de estéreis devem seguir ambiental, para garantir a qualidade microbiológica da sala
especificação técnica detalhada pelo farmacêutico e estar de manipulação, com seus respectivos registros.
regularizados junto à ANVISA/MS, conforme legislação 8.4. Deve ser verificado, sistematicamente, o cumprimento
vigente. do procedimento de lavagem das mãos e antebraços dos
6.1.3. Cada lote deve estar acompanhado do Certificado de manipuladores.
Análise emitido pelo fabricante, garantindo a sua pureza 8.5. Deve ser verificado o cumprimento dos procedimentos
físico-química e microbiológica, bem como o atendimento de limpeza e desinfecção das áreas, instalações,
às especificações estabelecidas. equipamentos e materiais empregados na manipulação das
preparações estéreis.
7. ÁGUA. 8.6. Especialidades farmacêuticas, produtos para a saúde e
7.1. A água de abastecimento, o sistema de tratamento de recipientes devem ser limpos e desinfetados antes da
água e a água tratada devem ser monitorados regularmente entrada na área de manipulação.
e mantidos os registros desses resultados. 8.7. Especialidades farmacêuticas utilizadas para
7.2 Água para Preparação de Estéreis. preparação de estéreis devem ser previamente tratadas para
7.2.1. A água utilizada na preparação de estéreis deve ser garantir a sua assepsia externa e inspecionadas visualmente
obtida no próprio estabelecimento, por destilação ou por quanto à presença de partículas.
osmose reversa, obedecendo às características 8.8. Deve ser efetuado, na ordem de manipulação, o
farmacopéicas de água para injetáveis. registro do número de lote de cada uma das especialidades
7.2.2. Em casos excepcionais, quando o consumo de água farmacêuticas e produtos para a saúde, ou de cada matéria-
não justificar a instalação de sistema de produção de água prima, utilizados na manipulação de preparações estéreis,
para injetáveis, a farmácia pode utilizar-se de água para indicando inclusive os seus fabricantes / fornecedores.
injetáveis produzida por indústria farmacêutica, sendo neste 8.9. As embalagens primárias estéreis devem ser
caso desnecessária a realização dos testes previstos nos transportadas de modo a garantir a manutenção da sua
itens 7.2.6. e 7.2.7 deste anexo. esterilidade até o envase.
7.2.3. A água para enxágüe de ampolas e recipientes de 8.10. Todas as superfícies de trabalho, inclusive as internas
envase, deve ter qualidade de água para injetáveis. da capela de fluxo laminar, devem ser limpas e desinfetadas
7.2.4. O armazenamento da água não é recomendado, a não antes e depois de cada sessão de manipulação efetuando os
ser que ela seja mantida em recirculação a uma temperatura respectivos registros.
igual ou superior a 80º C. Caso contrário, ela deve ser 8.11. Devem existir registros das operações de limpeza e
descartada a cada 24 (vinte e quatro) horas. desinfecção dos equipamentos empregados na
7.2.5. Deve haver procedimentos escritos para a limpeza e manipulação.
manutenção do sistema de obtenção de água para injetáveis, 8.12. O envase das preparações estéreis deve ser feito em
com os devidos registros. recipiente que atenda aos requisitos deste Regulamento e
7.2.6. Devem ser feitos os testes físico-químicos e garanta a estabilidade físico-química e microbiológica
microbiológicos previstos para água purificada, além de dessas preparações.
teste de endotoxinas bacterianas, com o objetivo de

273
8.12.1. O recipiente deve manter a esterilidade e
apirogenicidade do seu conteúdo durante a conservação, 9. CONTROLE DE QUALIDADE.
transporte e administração. 9.1. As matérias-primas utilizadas na preparação de estéreis
8.12.2. Especialidades farmacêuticas, frascos e equipos, devem ser submetidas aos ensaios farmacopéicos
quando utilizados na reconstituição, transferência, completos, incluindo identificação, quantificação (teor),
incorporação e fracionamento, devem atender às impurezas e determinação da biocarga.
recomendações da RDC/ANVISA n° 45, de 12/03/2003 9.2. Os testes de quantificação (teor), impurezas e
suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha a determinação da biocarga podem ser executados por
substituí-la, observando critérios específicos de laboratórios de controle de qualidade terceirizados.
fotossensibilidade dos produtos. 9.3. O produto estéril pronto para o uso deve ser submetido,
8.12.3. O envase de preparações esterilizadas por filtração além dos previstos no Anexo I, aos seguintes controles:
deve ser procedido sob fluxo laminar classe ISO 5, em sala a) inspeção visual de 100% das amostras, para verificar a
classe ISO 7. integridade física da embalagem, ausência de partículas
8.13. Deve ser efetuado teste de integridade no filtro estranhas, precipitações e separações de fases;
esterilizante antes e após o processo de filtração. b) verificação da exatidão das informações do rótulo;
8.14. Todas as soluções devem passar por filtração em c) teste de esterilidade;
membrana compatível com o método de esterilização final d) teste de endotoxinas bacterianas, exceto para os produtos
utilizado. Deverão ser efetuados testes para verificação da oftálmicos.
integridade da membrana filtrante antes e após a filtração. 9.3.1. As amostras para o teste de esterilidade devem ser
8.15. Todos os processos de esterilização devem ser retiradas, segundo técnicas de amostragem que assegurem a
validados e sistematicamente monitorados com base em representatividade da amostra, a cada ciclo de
procedimentos escritos. Os resultados devem ser esterilização.
registrados e arquivados. 9.4. Todas as análises realizadas devem ser registradas.
8.15.1. Devem ser definidos procedimentos claros para 9.5. Ficam dispensadas dos testes de esterilidade e de
diferenciação das preparações esterilizadas, das não endotoxinas bacterianas toda preparação estéril, obtida por
esterilizadas. reconstituição, transferência, incorporação ou
8.16. Os indicadores biológicos devem ser considerados fracionamento de especialidades farmacêuticas estéreis,
somente como método adicional para monitoramento da com prazo de utilização de 48 horas e nos casos de
esterilização. administração prolongada (dispositivos de infusão
8.17. No caso de injetáveis, deve ser realizado o portáteis), desde que a infusão inicie até 30 horas após o
monitoramento dos produtos intermediários quanto à preparo, em serviços de saúde.
presença de endotoxinas.
8.18. O tempo entre o início da manipulação de 10.GARANTIA DA QUALIDADE.
determinada solução e sua esterilização ou filtração 10.1. Validação.
esterilizante deve ser o menor possível e estabelecido para 10.1.1. Os equipamentos e as salas classificadas devem ser
cada produto, levando-se em conta a sua composição. qualificados/certificados e os ciclos de esterilização e
8.19. A eficácia de qualquer procedimento novo deve ser despirogenização, assim como o sistema de obtenção de
validada em intervalos regulares ou quando forem feitas água para preparação de estéreis devem ser validados.
modificações significativas no processo ou nos 10.1.2. O procedimento de preparações estéreis deve ser
equipamentos. validado para garantir a obtenção do medicamento estéril.
8.20. É obrigatória a revisão e inspeção de todas as 10.1.2.1. A validação deve seguir protocolo escrito que
unidades de produtos estéreis. inclua a avaliação da técnica adotada, por meio de um
8.21. Deve ser efetuado teste para verificação da procedimento simulado.
hermeticidade dos produtos estéreis. 10.1.2.2. A validação deve abranger a metodologia
8.22. Deve existir um sistema de identificação que garanta empregada, o manipulador, as condições da área e dos
a segurança da separação das preparações antes e depois da equipamentos.
revisão. 10.1.2.3. A validação do procedimento de manipulação
8.23. Todo produto estéril, obtido por reconstituição, deve ser realizada antes do efetivo início das atividades da
transferência, incorporação ou fracionamento de farmácia.
especialidades farmacêuticas estéreis destinado à utilização 10.1.3. Devem ser realizadas revalidações periódicas, no
em serviços de saúde, deve conter rótulo com as seguintes mínimo uma vez ao ano.
informações: nome completo do paciente, quarto/leito e 10.1.4. Sempre que houver qualquer alteração nas
registro hospitalar (se for o caso), composição qualitativa e condições validadas, o procedimento deve ser revalidado.
quantitativa dos produtos e ou nomes das especialidades 10.1.5. As validações e revalidações devem ser
farmacêuticas que compõem a manipulação, volume total, documentadas e os documentos arquivados por dois anos.
velocidade da infusão, via de acesso, data e hora da 10.2. Documentação.
manipulação, número seqüencial de controle e condições de 10.2.1. A documentação e o registro de preparações estéreis
temperatura para conservação e transporte, nome e CRF do devem ser arquivados durante dois anos a partir da data da
farmacêutico responsável e identificação de quem preparou manipulação.
a manipulação.
274
11. REQUISITOS ADICIONAIS PARA 11.9.2.1. O Kit de Derramamento deve conter, no mínimo,
MANIPULAÇÃO/FRACIONAMENTO DE luvas de procedimentos, avental de baixa permeabilidade,
PREPARAÇÕES ESTÉREIS CONTENDO compressas absorventes, proteção respiratória, proteção
CITOSTÁTICOS DEVEM SEGUIR AS SEGUINTES ocular, sabão, descrição do procedimento, formulário para o
DISPOSIÇÕES, ESTABELECIDAS NA RDC No 220 registro do acidente e recipiente identificado para
DE 21 DE SETEMBRO DE 2004 OU OUTRA NORMA recolhimento dos resíduos de acordo com RDC/ANVISA nº
QUE VENHA A SUBSTITUÍ-LA. 306, de 07/12/2004, suas atualizações ou outro instrumento
11.1. Todos os medicamentos Citostáticos devem ser legal que venha substituí-la.
armazenados em local exclusivo, sob condições 11.9.3. Devem existir normas e rotinas escritas, revisadas
apropriadas, de modo a preservar a identidade e integridade anualmente, para a utilização da Cabine de Segurança
dos mesmos. Biológica e dos Equipamentos de Proteção Individual.
11.2. A farmácia deve possuir sala exclusiva para 11.9.4. Em caso de acidente.
manipulação e fracionamento de citostáticos. Todos os acidentes devem ser registrados em formulário
11.3. A pressurização da sala de manipulação deve ser específico.
negativa em relação ao ambiente adjacente. 11.9.4.1. Pessoal.
11.4. Todas as operações devem ser realizadas em Cabine 11.9.4.1.1. O vestuário deve ser removido imediatamente
de Segurança Biológica (CSB) Classe II B2, que deve ser quando houver contaminação.
instalada seguindo orientações contidas em legislação 11.9.4.1.2. As áreas da pele atingidas devem ser lavadas
específica. com água e sabão.
11.5. A CSB deve ser validada com periodicidade semestral 11.9.4.1.3. Quando da contaminação dos olhos ou outras
e sempre que houver deslocamento e/ou reparos, por mucosas, lavar com água ou solução isotônica em
pessoal treinado, mantendo-se os registros. abundância e providenciar acompanhamento médico.
11.6. Qualquer interrupção do funcionamento da CSB 11.9.4.2. Na Cabine.
implica na paralisação imediata das atividades de 11.9.4.2.1. Promover a descontaminação de toda a
manipulação dos medicamentos citostáticos. superfície interna da cabine.
11.7. Equipamentos de Proteção Individual. 11.9.4.2.2. Em caso de contaminação direta da superfície
11.7.1. Durante a manipulação devem ser usados: do filtro HEPA, a cabine deverá ser isolada até a
a) dois pares de luvas (tipo cirúrgica) de látex estéreis com substituição do filtro.
punho longo e sem talco, trocados a cada hora ou sempre 11.9.4.3. Ambiental.
que sua integridade estiver comprometida; 11.9.4.3.1. O responsável pela descontaminação deve
b) avental longo ou macacão de uso restrito à sala de paramentar-se antes de iniciar o procedimento.
manipulação, com baixa permeabilidade, frente fechada, 11.9.4.3.2. A área do derramamento, após identificação e
com mangas longas e punho elástico. restrição de acesso, deve ser limitada com compressas
11.7.2. A paramentação, quando reutilizável, deve ser absorventes.
guardada separadamente, em ambiente fechado, até que 11.9.4.3.3. Os pós devem ser recolhidos com compressas
seja lavada. O processo de lavagem deve ser exclusivo a absorventes umedecidas.
este vestuário. 11.9.4.3.4. Os líquidos devem ser recolhidos com
11.7.3. Deve ser feita a inspeção visual do produto final, compressas absorventes secas.
observando a existência de perfurações e/ou vazamentos, 11.9.4.3.5. A área deve ser limpa com água e sabão, em
corpos estranhos ou precipitações na solução. abundância.
11.8. Conservação e Transporte. 11.9.4.3.6. Quando da existência de fragmentos, estes
11.8.1. O transporte do medicamento citostático deve ser devem ser recolhidos e descartados conforme
feito em recipientes isotérmicos exclusivos, protegido de RDC/ANVISA nº. 306, de 07/12/2004, suas atualizações ou
intempéries e da incidência direta da luz solar. outro instrumento que venha substituí-la.
11.8.2. O responsável pelo transporte de medicamentos
citostáticos deve receber treinamento específico de ANEXO V
biossegurança em caso de acidentes e emergências. BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE
11.8.3. Para casos de contaminação acidental no transporte PREPARAÇÕES HOMEOPÁTICAS (BPMH) EM
de medicamentos citostáticos, é compulsória a notificação FARMÁCIAS
do ocorrido ao responsável pela manipulação, assim como 1. OBJETIVO.
as providências de descontaminação e limpeza, adotadas de Este Anexo fixa os requisitos mínimos relativos à
acordo com os protocolos estabelecidos. manipulação de preparações homeopáticas em Farmácias,
11.9. Biossegurança. complementando os requisitos estabelecidos no
11.9.1. A farmácia deve dispor de Programa de Regulamento Técnico e no Anexo I.
Biossegurança, devidamente implantado, de acordo com 2. ORGANIZAÇÃO E PESSOAL.
legislação específica. 2.1. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
11.9.2. A farmácia deve manter um “Kit” de Derramamento 2.1.1. Os funcionários envolvidos no processo de
identificado e disponível em todas as áreas onde são manipulação devem estar devidamente higienizados e não
realizadas atividades de manipulação, armazenamento e odorizados.
transporte. 3. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA
275
3.1. A farmácia para executar a manipulação de resíduos ou possuam odores, sendo indicado o uso de
preparações homeopáticas deve possuir, além das áreas sabão, água e soluções sanitizantes.
comuns referidas no Anexo I, as seguintes áreas: 4.2. Bancadas de trabalho devem ser limpas com solução
a) sala exclusiva para a manipulação de preparações hidroalcoólica a 70% (p/p).
homeopáticas; 5. MATERIAIS.
b) área ou local de lavagem e inativação; 5.1. Os materiais destinados às preparações homeopáticas
c) sala exclusiva para coleta de material para o preparo de devem ser armazenados em área ou local apropriado, ao
auto-isoterápicos, quando aplicável. abrigo de odores.
3.2. Armazenamento. 5.2. A água utilizada para preparações homeopáticas deve
3.2.1. As matrizes, os insumos ativos e os insumos inertes atender aos requisitos farmacopéicos estabelecidos para
podem ser armazenados na sala da manipulação água purificada.
homeopática ou em área exclusiva. 6. MANIPULAÇÃO
3.3. Sala de Manipulação. 6.1. A identificação do medicamento homeopático prescrito
3.3.1. A sala de manipulação deve ter dimensões adequadas deve ser realizada conforme nomenclatura específica e
ao número de funcionários que trabalhem na mesma, e ainda apresentar potência, escala, método, forma
móveis em número e disposição que facilitem o trabalho farmacêutica, quantidades e unidades.
desenvolvido, bem como sua limpeza e manutenção. A sala 6.2. A preparação de heteroisoterápicos provenientes de
deve estar localizada em área de baixa incidência de especialidades farmacêuticas sujeitas à prescrição deve
radiações e de odores fortes. estar acompanhada da respectiva receita.
3.3.2. A sala de manipulação, além dos equipamentos 6.3 A preparação de heteroisoterápicos utilizando
básicos descritos no Anexo I, quando aplicável, deve ser especialidades farmacêuticas que contenham substâncias
dotada dos seguintes equipamentos específicos: sujeitas a controle especial, deve ser realizada a partir do
a) alcoômetro de Gay-Lussac; estoque do estabelecimento ou proveniente do próprio
b) balança de uso exclusivo. paciente, obedecidas às exigências da legislação específica
3.3.3. A farmácia que realizar preparo de auto-isoterápico vigente.
deve possuir sala específica para coleta e manipulação até 6.4 A preparação de heteroisoterápicos utilizando
12CH ou 24DH, seguindo os preceitos da Farmacopéia substâncias sujeitas a controle especial deve ser realizada
Homeopática Brasileira, edição em vigor. obedecendo às exigências da legislação específica vigente,
3.3.3.1. Para garantir a efetiva inativação microbiana, deve necessitando neste caso da Autorização Especial emitida
ser realizado monitoramento periódico do processo de pela ANVISA.
inativação, mantendo-se os registros. 6.4.1. A preparação e dispensação de heteroisoterápicos de
3.3.4. Devem existir procedimentos escritos de potências igual ou acima de 6CH ou 12DH com matrizes
biossegurança, de forma a garantir a segurança obtidas de laboratórios industriais homeopáticos não
microbiológica da sala de coleta e manipulação de material necessitam da Autorização Especial emitida pela ANVISA.
para preparo de auto-isoterápico, contemplando os 6.5. O local de trabalho e os equipamentos devem ser
seguintes itens: limpos periodicamente, de forma a garantir a higiene da
a) normas e condutas de segurança biológica, ocupacional e área de manipulação.
ambiental; 6.6. Os utensílios, acessórios e recipientes utilizados nas
b) instruções de uso dos equipamentos de proteção preparações homeopáticas devem ser descartados. Na
individual (EPI); possibilidade de sua reutilização, os mesmos devem ser
c) procedimentos em caso de acidentes; submetidos a procedimentos adequados de higienização e
d) manuseio do material. inativação, atendendo às recomendações técnicas nacionais
3.4. Área ou local de lavagem e inativação. e / ou internacionais.
3.4.1. Deve existir área ou local para limpeza e 6.7. Após a inativação e higienização dos utensílios,
higienização dos utensílios, acessórios e recipientes recipientes e acessórios, estes devem ser guardados ao
utilizados nas preparações homeopáticas, dotados de abrigo de sujidades e odores.
sistema de lavagem e inativação. 6.8. Devem existir procedimentos operacionais padrão para
3.4.2. No caso da existência de uma área específica de todas as etapas do processo de preparações homeopáticas.
lavagem, esta pode ser compartilhada em momentos 7. ROTULAGEM E EMBALAGEM.
distintos para lavagem de outros recipientes, utensílios e 7.1. A rotulagem e a embalagem devem atender requisitos
acessórios utilizados na manipulação de preparações não estabelecidos no Anexo I, com a seguinte
homeopáticas, obedecendo a procedimentos escritos. complementação:
3.4.3. A área ou local de lavagem e inativação deve ser 7.1.1. Insumo ativo.
dotada de estufa para secagem e inativação de materiais, 7.1.1.1. A Tintura-mãe deve ser identificada por meio do
com termômetro, mantendo-se os respectivos registros de rótulo interno ou do fornecedor, de acordo com normas
temperatura e tempo do processo de inativação. internacionais de nomenclatura e legislação específica,
4. LIMPEZA E SANITIZAÇÃO. contendo os seguintes dados:
4.1. Para a limpeza e sanitização de piso, parede e a) nome científico da droga;
mobiliário da sala de manipulação de preparações b) data de fabricação;
homeopáticas devem ser usados produtos que não deixem c) prazo de validade;
276
d) parte usada; BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE
e) conservação; UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE
f) grau alcoólico; MEDICAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
g) classificação toxicológica, quando for o caso; 1. OBJETIVOS.
h) número de lote. Estabelecer os requisitos de Boas Práticas para Preparo de
7.1.1.2. A Matriz deve ser identificada por meio do rótulo Dose Unitária e Unitarização de Dose de Medicamento,
interno ou do fornecedor, de acordo com normas realizada exclusivamente em farmácia privativa de unidade
internacionais de nomenclatura e legislação específica, hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
contendo os seguintes dados: médica com a finalidade de ajustar às necessidades
a) dinamização, escala e método; terapêuticas do paciente e racionalizar o uso dos
b) insumo inerte e grau alcoólico, quando for o caso; medicamentos.
c) data da manipulação; Este anexo é uma complementação dos requisitos
d) prazo de validade (mês/ano); estabelecidos no Regulamento Técnico de Boas Práticas de
e) origem. Manipulação e no ANEXO I, com exceção dos itens 7.3,
7.1.1.2.1 O teor alcoólico das matrizes estocadas deve 8.3, 8.4, 9, 10, 11, 12, 14, 15.4. e respectivos sub-itens, e
seguir as recomendações da Farmacopéia Homeopática aqueles relacionados a matérias-primas.
Brasileira. 2. DEFINIÇÕES.
7.1.2. Formas Farmacêuticas de Dispensação. Para efeito deste Anexo, são adotadas as seguintes
7.1.2.1 Preparação para ser dispensada deve ser identificada definições:
por meio de rótulo contendo: Dose unitária: adequação da forma farmacêutica à
a) nome da preparação; quantidade correspondente à dose prescrita, preservadas
b) dinamização, escala e método; suas características de qualidade e rastreamento.
c) forma farmacêutica; Dose unitarizada: adequação da forma farmacêutica em
d) quantidade e unidade; doses previamente selecionadas para atendimento a
e) data da manipulação; prescrições nos serviços de saúde.
f) prazo de validade (mês/ano); Embalagem original para fracionáveis: acondicionamento
g) identificação da farmácia com o Cadastro Nacional de que contém embalagem primária fracionável.
Pessoa Jurídica - C.N.P.J., endereço completo, nome do Embalagem original: embalagem aprovada junto ao órgão
farmacêutico responsável com o respectivo número no competente.
Conselho Regional de Farmácia; Embalagem primária fracionada: menor fração da
h) nas preparações homeopáticas magistrais deve constar embalagem primária fracionável que mantenha a qualidade
no rótulo o nome do paciente e do prescritor. e segurança do medicamento, os dados de identificação e as
8. PRAZO DE VALIDADE. características da unidade posológica que a compõem, sem
8.1. Toda preparação homeopática deve apresentar no o rompimento da embalagem primária.
rótulo o prazo de validade e, quando necessário, a indicação Embalagem primária fracionável: acondicionamento
das condições para sua conservação. adequado à subdivisão mediante a existência de
8.2. O prazo de validade das matrizes e das preparações mecanismos que assegurem a presença dos dados de
dispensadas deve ser estabelecido caso a caso, conforme a identificação e as mesmas características de qualidade e
Farmacopéia Homeopática Brasileira. segurança do medicamento em cada embalagem primária
9. CONTROLE DE QUALIDADE. fracionada.
9.1. A farmácia deve avaliar os insumos inertes conforme o Fracionamento em serviços de saúde: procedimento
item 7.3.10. do Anexo I. realizado sob responsabilidade e orientação do
9.2. O controle de qualidade dos insumos ativos será farmacêutico, que consiste na subdivisão da embalagem
estabelecido, respeitadas as peculiaridades das preparações primária do medicamento em frações menores, a partir da
homeopáticas. sua embalagem original, mantendo os seus dados de
9.3. Os insumos ativos para os quais existem métodos de identificação e qualidade.
controle de qualidade devem ser adquiridos acompanhados Preparação de dose unitária de medicamento: procedimento
dos respectivos certificados de análise. efetuado sob responsabilidade e orientação do
9.4. Os insumos ativos para os quais não existem métodos farmacêutico, incluindo, fracionamento em serviços de
de controle de qualidade, devem ser adquiridos saúde, subdivisão de forma farmacêutica ou
acompanhados da respectiva descrição de preparo. transformação/derivação, desde que se destinem à
9.5. Devem ser realizadas análises microbiológicas das elaboração de doses unitárias visando atender às
matrizes do estoque existente, por amostragem necessidades terapêuticas exclusivas de pacientes em
representativa, mantendo-se os registros. atendimento nos serviços de saúde.
9.5.1. A farmácia pode, por meio de processos controlados Preparação extemporânea: Toda preparação para uso em até
e registrados, estipular a periodicidade adequada para as 48 h após sua manipulação, sob prescrição médica, com
análises de forma a garantir a qualidade de suas matrizes. formulação individualizada.
Prescrição: ato de indicar o medicamento a ser utilizado
ANEXO VI pelo paciente, de acordo com proposta de tratamento

277
farmacoterapêutico, que é privativo de profissional a) DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas. No
habilitado e se traduz pela emissão de uma receita. caso de fitoterápicos, nomenclatura botânica (gênero e
Sala para preparo de doses unitárias e unitarização de doses espécie);
de medicamentos: sala identificada, que se destina às b) Data da submissão do medicamento ao preparo de doses
operações relacionadas à preparação de doses unitárias, unitárias ou a unitarização de doses (dd/mm/aaaa);
para atender às necessidades dos pacientes em atendimento c) Nome comercial do medicamento ou genérico e nome do
nos serviços de saúde. fabricante;
Subdivisão de formas farmacêuticas: clivagem ou partilha d) Número do lote e data de validade original (mês/ano);
de forma farmacêutica. e) Código, número ou outra forma de identificação criada
Transformação/derivação: manipulação de especialidade pelo serviço de saúde (número seqüencial correspondente à
farmacêutica visando ao preparo de uma forma escrituração do medicamento no Livro de Registro de
farmacêutica a partir de outra. Receituário) e data de validade após a submissão do
Unitarização de doses de medicamento: procedimento medicamento ao preparo de doses unitárias ou a
efetuado sob responsabilidade e orientação do unitarização de doses;
farmacêutico, incluindo, fracionamento em serviços de f) Forma farmacêutica, concentração da substância ativa
saúde, subdivisão de forma farmacêutica ou por unidade posológica e quantidade de unidades, antes e
transformação/derivação em doses previamente após a submissão do medicamento ao preparo de doses
selecionadas, desde que se destinem à elaboração de doses unitárias ou a unitarização de doses;
unitarizadas e estáveis por período e condições definidas, g) Identificação do profissional que efetuou a atividade de
visando atender às necessidades terapêuticas exclusivas de preparação de doses unitárias ou a unitarização de doses do
pacientes em atendimento nos serviços de saúde. medicamento;
3. CONDIÇÕES. h) Tipo de operação realizada na preparação de doses
3.1. O preparo de doses unitárias e a unitarização de doses unitárias ou a unitarização de doses
de medicamentos, desde que preservadas suas (transformação/adequação, subdivisão da forma
características de qualidade e rastreabilidade, é permitido farmacêutica ou fracionamento em serviços de saúde).
exclusivamente às farmácias de atendimento privativo de 3.4. Devem existir procedimentos operacionais escritos
unidade hospitalar ou qualquer equivalente de assistência para a prevenção de trocas ou misturas de medicamentos,
médica. sendo portanto, vedada a realização de procedimentos de
3.1.1. As farmácias de atendimento privativo de unidade preparação concomitante, de doses unitárias ou unitarização
hospitalar ou equivalente de assistência médica que realizar de doses de mais de um medicamento.
transformação/derivação de medicamentos devem atender 3.5. A escrituração de todas as operações relacionadas com
além das disposições deste anexo, os requisitos abaixo: os procedimentos de preparação de dose unitária ou
a) Que o procedimento seja exclusivo para elaboração de unitarização de doses do medicamento deve ser legível,
doses unitárias e unitarização de doses, visando atender às sem rasuras ou emendas, além de observar a ordem
necessidades terapêuticas exclusivas de pacientes em cronológica e ser mantida devidamente atualizada, podendo
atendimento nos serviços de saúde; ser informatizada ou não.
b) Seja justificado tecnicamente ou com base em literatura 3.6. A farmácia deve assegurar a qualidade microbiológica,
científica; química e física de todos os medicamentos submetidos à
c) Seja efetuado em caráter excepcional ou quando da preparação de dose unitária ou unitarização de doses.
indisponibilidade da matéria-prima no mercado e ausência 3.7. Para a preparação de dose unitária ou a unitarização de
da especialidade farmacêutica na dose e concentração e ou doses de especialidades farmacêuticas estéreis devem ser
forma farmacêutica compatíveis com as necessidades atendidas ainda as disposições do Anexo IV, no que
terapêuticas do paciente; couber.
d) Que o medicamento obtido seja para uso extemporâneo. 3.8. Os procedimentos para a preparação de dose unitária
3.2. A preparação de doses unitárias e a unitarização de ou a unitarização de doses de medicamento devem seguir
doses de medicamentos deve ser realizada sob preceitos farmacotécnicos, de forma a preservar a
responsabilidade e orientação do farmacêutico que deve segurança, eficácia e qualidade do medicamento.
efetuar os respectivos registros de forma a garantir a 3.9. O prazo de validade dos produtos submetidos à
rastreabilidade dos produtos e procedimentos realizados. preparação de dose unitária ou a unitarização de doses varia
3.3. A preparação de doses unitárias e a unitarização de em função do tipo de operação realizada:
dose do medicamento, deve ser registrada em Livro de a) No caso de fracionamento em serviços de saúde sem o
Registro de Receituário, ou seu equivalente eletrônico, rompimento da embalagem primária o prazo de validade
escriturando as informações referentes a cada será o determinado pelo fabricante;
medicamento, de modo a facilitar o seu rastreamento. b) No caso de fracionamento em serviços de saúde onde há
3.3.1. O Livro de Registro de Receituário, informatizado ou o rompimento da embalagem primária, o prazo de validade
não, deve estar disponível às autoridades sanitárias, quando será, quando não houver recomendação específica do
solicitado. fabricante, de no máximo 25% do tempo remanescente
3.3.2. O registro deve conter, no mínimo, os seguintes constante na embalagem original, desde que preservadas a
itens: segurança, qualidade e eficácia do medicamento;

278
c) No caso de preparação de doses unitárias ou a f) Número, código ou outra forma de identificação que
unitarização de doses por transformação/adequação ou garanta a rastreabilidade do produto submetido à
subdivisão da forma farmacêutica, quando não houver preparação de dose unitária ou unitarizada e dos
recomendação específica do fabricante, o período de uso procedimentos realizados conforme previsto no item 3.2.
deve ser o mesmo das preparações extemporâneas. 3.13. Os medicamentos sujeitos a controle especial devem
3.9.1. Para os casos descritos na alínea “a” do item 3.9., a seguir legislação específica.
farmácia deve preferencialmente adquirir medicamentos 3.14. Para exercer as atividades de preparação de dose
disponíveis no mercado em embalagem primária unitária ou unitarizada de medicamento, o serviço de saúde
fracionável. deve possuir infra-estrutura adequada às operações
3.10 O prazo máximo para estoque dos medicamentos já correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e
submetidos à preparação de dose unitarizada é de 60 dias, materiais de forma organizada, objetivando evitar os riscos
respeitada a forma farmacêutica e o prazo de validade de contaminação, misturas ou trocas de medicamentos, sem
estabelecido no item 3.9. prejuízo das demais normas sanitárias vigentes.
3.11. A embalagem primária do produto submetido à 3.15. A sala destinada às atividades de preparação de dose
preparação de doses unitárias ou a unitarização de doses unitária ou unitarizada de medicamento deve estar
deve garantir que as características do medicamento não devidamente identificada e suas dimensões devem estar
sejam alteradas, preservando a qualidade, eficácia e compatíveis com o volume das operações, devendo possuir
segurança do mesmo. no mínimo:
3.11.1. Devem existir procedimentos operacionais escritos a) Bancada revestida de material liso, resistente e de fácil
para as operações de rotulagem e embalagem de limpeza;
medicamentos submetidos ao preparo de dose unitária ou b) Pia com água corrente;
unitarizada. c) Instrumento cortante, equipamentos, utensílios, vidrarias
3.12. A rotulagem deve garantir a rastreabilidade do e demais materiais para uso exclusivo nas atividades de
medicamento submetido a preparação de dose unitária ou preparação de dose unitária ou unitarizada de medicamento
unitarizada, contendo, no mínimo, as seguintes e que permita sua limpeza e sanitização;
informações: d) Lixeira com tampa, pedal e saco plástico, devidamente
a) DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou identificada.
nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de 3.16. Em caráter excepcional, nos casos de baixa demanda
fitoterápicos; ou que envolvam alta tecnologia não disponível na farmácia
b) Concentração da substância ativa por unidade de atendimento privativo de unidade hospitalar ou
posológica, com exceção de medicamentos com mais de equivalente de assistência médica, podem ser contratados
quatro fármacos; serviços de farmácias para o preparo de dose unitária e
c) Data de validade após submissão do produto ao preparo unitarização de dose do medicamento, desde que atendidas
de dose unitária ou a unitarização de doses conforme item as disposições desta Resolução de Diretoria Colegiada.
3.9. (mês/ano); 3.16.1. As farmácias somente poderão realizar as atividades
d) Nome do farmacêutico responsável pela atividade de previstas neste anexo para atender ao disposto no item
preparação de dose unitária ou unitarizada ou respectivo anterior, devendo ser formalizado contrato escrito entre as
CRF; partes.
e) Via de administração, quando restritiva;

7. clozapina.
ANEXO VII - ROTEIRO DE INSPEÇÃO 8. colchicina.
PARA FARMÁCIA 9. Digitoxina.
(ATENÇÃO O ANEXO NÃO FOI AQUI 10. digoxina.
DISPONIBILIZADO. CONSULTE O SITE DA 11. disopiramida.
ANVISA) 12. fenitoina.
13. lítio.
ANEXO VIII 14 .minoxidil.
PADRÃO MÍNIMO PARA INFORMAÇÕES AO 15. oxcarbazepina.
PACIENTE 16. prazosin.
(ATENÇÃO O ANEXO NÃO FOI AQUI 17. primidona.
DISPONIBILIZADO EM SUA INTEGRALIDADE. 18. procainamida.
CONSULTE O SITE DA ANVISA) 19. quinidina.
O anexo traz modelos para seguintes fármacos: 20. teofilina.
1. ácido valpróico. 21. varfarina.
2. aminofilina 22. verapamil (cloridrato).
3. carbamazepina. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
4. ciclosporina. 09.10.2007
5. clindamicina.
6. clonidina (cloridrato).
279
Art. 2º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em
RDC nº 96, de 17/12/2008 vigor 180 (cento e oitenta) dias após a sua publicação.
(D.O.U de 18.12.2008) DIRCEU RAPOSO DE MELLO
ANEXO
Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e REGULAMENTO
outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou Art. 1º Este Regulamento se aplica à propaganda,
promoção comercial de medicamentos. publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja
a divulgação ou promoção comercial de medicamentos de
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância produção nacional ou estrangeira, quaisquer que sejam as
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 11, formas e meios de sua veiculação, incluindo as transmitidas
inciso IV, do Regulamento da Agência Nacional de no decorrer da programação normal das emissoras de rádio
Vigilância Sanitária aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 e televisão.
de abril de 1999, e conforme artigo 11, inciso IV, do
Regimento Interno, aprovado nos termos do Anexo I da TÍTULO I
Portaria nº 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, REQUISITOS GERAIS
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião Art. 2º Para efeito deste Regulamento são adotadas as
realizada em 21 de novembro de 2008; seguintes definições:
Considerando a Constituição Federal de 1988; DENOMINAÇÃO COMUM BRASILEIRA/DCB -
Considerando a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976; Denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
Considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977, ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela
que regulamenta a Lei nº 6.360, de 24 de setembro de vigilância sanitária.
1976; DENOMINAÇÃO COMUM INTERNACIONAL/DCI -
Considerando a Lei nº 9.782, de 26, de janeiro de 1999; Denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
Considerando a Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999; ativo recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
Considerando a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006; EMPRESA - Pessoa jurídica, de direito público ou privado,
Considerando o Decreto nº 78.992, de 21 de dezembro de que exerça como atividade principal ou subsidiária a
1976, que regulamenta a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de produção, manipulação, comércio, fornecimento,
1976; distribuição e divulgação de medicamentos, insumos
Considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, farmacêuticos e outros produtos que sejam anunciados
sobre infrações sanitárias, como medicamento.
Considerando a Lei nº 9.294 de 15 de julho de 1996; MARCA NOMINATIVA - É aquela constituída por uma
Considerando o Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996, ou mais palavras no sentido amplo do alfabeto romano,
que regulamenta a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996; compreendendo, também, os neologismos e as combinações
Considerando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990; de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos.
Considerando o Decreto nº. 2.181, de 20 de março de MARCA FIGURATIVA - É aquela constituída por
1997; desenho, figura ou qualquer forma estilizada de letra e
Considerando a Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990; número, isoladamente.
Considerando a Lei nº. 10.742, de 6 de outubro de 2003; MARCA MISTA - É aquela constituída pela combinação
Considerando a RDC nº. 26, de 30 de março de 2007; de elementos nominativos e figurativos ou de elementos
Considerando a Portaria nº. 3.916, de 30 de outubro de nominativos com grafia apresentada de forma estilizada.
1998, que define a Política Nacional de Medicamentos; MATERIAL CIENTÍFICO - Artigos científicos publicados
Considerando a publicação do Ministério da Saúde e da e livros técnicos.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária intitulada Estudo MATERIAL DE AJUDA VISUAL - peça publicitária
Comparado - Regulamentação da PROPAGANDA DE utilizada exclusivamente pelos propagandistas com o
MEDICAMENTOS; objetivo de apresentar aos profissionais prescritores e
Considerando a necessidade de atualização do Regulamento dispensadores os medicamentos com informações e
Técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e linguagem uniformizadas pela empresa.
Informação de Medicamentos; MEDICAMENTO BIOLÓGICO - Medicamento biológico
Adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu que contém molécula com atividade biológica conhecida, e
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. que tenha passado por todas as etapas de fabricação
(formulação, envase, liofilização, rotulagem, embalagem,
Art. 1º O Regulamento anexo a esta Resolução se aplica à armazenamento, controle de qualidade e liberação do lote
propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo de produto biológico para uso).
objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de MENSAGEM RETIFICADORA - É aquela elaborada para
medicamentos, de produção nacional ou estrangeira, esclarecer e corrigir erros e equívocos causados pela
quaisquer que sejam as formas e meios de sua veiculação, veiculação de propagandas enganosas e/ou abusivas, e/ou
incluindo as transmitidas no decorrer da programação que apresentem informações incorretas e incompletas
normal das emissoras de rádio e televisão. sendo, portanto, capazes de induzir, direta ou indiretamente,
o consumidor a erro e a se comportar de forma prejudicial à
sua saúde e segurança.
280
MONOGRAFIA - Material elaborado mediante uma PROPAGANDA/PUBLICIDADE ABUSIVA - É aquela
compilação de informações técnico-científicas provenientes que incita a discriminação de qualquer natureza, a
de estudos publicados, livros técnicos e informações violência, explora o medo ou superstições, se aproveita da
contidas na documentação de registro submetida à Anvisa, deficiência de julgamento e de experiência da criança,
visando munir o profissional de saúde com variadas desrespeita valores ambientais ou que seja capaz de induzir
informações sobre determinado medicamento, apresentando o usuário a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à
resumos com informações equilibradas, ou seja, resultados sua saúde ou segurança.
satisfatórios e não satisfatórios, e conclusões fiéis à PROPAGANDA/PUBLICIDADE ENGANOSA - É
original. qualquer modalidade de informação ou comunicação de
NIVEL DE EVIDÊNCIA I - Nível de estudo I: Ensaios caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou que,
clínicos randomizados, com desfecho e magnitude de por qualquer outro modo, mesmo por omissão de dado
efeitos clinicamente relevantes, correspondentes à hipótese essencial do produto, seja capaz de induzir o consumidor a
principal em tese, com adequado poder e mínima erro, a respeito da natureza, características, qualidade,
possibilidade de erro alfa. Meta-análises de ensaios clínicos quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros
de nível II, comparáveis e com validade interna, com dados sobre produtos e serviços.
adequado poder final e mínima possibilidade de erro alfa. PROPAGANDA/PUBLICIDADE INDIRETA - É aquela
NIVEL DE EVIDÊNCIA II - Nível de estudo II: Ensaio que, sem mencionar o nome dos produtos, utiliza marcas,
clínico randomizado que não preenche os critérios do nível símbolos, designações e/ou indicações capaz de identificá-
I. Análise de hipóteses secundárias de estudos nível I. los e/ou que cita a existência de algum tipo de tratamento
PATROCÍNIO - Custeio total ou parcial da produção de para uma condição específica de saúde.
material, programa de rádio ou televisão, evento, projeto REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA - Conjunto padronizado
comunitário, atividade cultural, artística, esportiva, de de elementos descritivos que permite a identificação de
pesquisa ou de atualização científica, concedido como documentos utilizados, possibilitando sua localização e
estratégia de marketing, bem como custeio dos obtenção direta por um leitor interessado.
participantes das atividades citadas. SUBSTÂNCIA ATIVA - Qualquer substância que
PEÇA PUBLICITÁRIA - Cada um dos elementos apresente atividade farmacológica ou outro efeito direto no
produzidos para uma campanha publicitária ou de diagnóstico, tais como: cura, alívio, tratamento ou
promoção de vendas, com funções e características prevenção de doenças; ou afete qualquer função do
próprias, que seguem a especificidade e a linguagem de organismo humano.
cada veículo. Exemplos: anúncio, encarte, filmete, spot, VACINAS - Produtos biológicos que contêm uma ou mais
jingle, cartaz, cartazete, painel, letreiro, display, folder, substâncias antigênicas que, quando inoculados, são
banner, móbile, outdoor, busdoor, visual aid etc. capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger
PESSOA FÍSICA - aquela que, de forma direta ou indireta, contra a doença causada pelo agente infeccioso que
seja responsável por atividades relacionadas à produção, originou o antígeno.
manipulação, comércio, fornecimento, distribuição e Art. 3º Somente é permitida a propaganda ou publicidade
divulgação de medicamentos, insumos farmacêuticos e de medicamentos regularizados na Anvisa.
outros produtos que sejam anunciados como medicamento. § 1º A propaganda ou publicidade deve ser procedente de
PREPARAÇÃO MAGISTRAL - É aquela preparada na empresas regularizadas perante o órgão sanitário
farmácia, de forma individualizada, para ser dispensada competente, quando assim a legislação o exigir, ainda que a
atendendo a uma prescrição de um profissional habilitado, peça publicitária esteja de acordo com este Regulamento.
respeitada a legislação vigente, que estabelece sua § 2º Todas as alegações presentes na peça publicitária
composição, forma farmacêutica, posologia e modo de referentes à ação do medicamento, indicações, posologia,
usar. modo de usar, reações adversas, eficácia, segurança,
PREPARAÇÃO OFICINAL - É aquela preparada na qualidade e demais características do medicamento devem
farmácia, cuja fórmula esteja inscrita nas farmacopéias, ser compatíveis com as informações registradas na Anvisa.
compêndios ou formulários reconhecidos pelo Ministério
da Saúde. §3º O conteúdo das referências bibliográficas citadas na
PROGRAMAS DE FIDELIZAÇÃO - São aqueles propaganda ou publicidade de medicamentos isentos de
realizados por farmácias e drogarias, as quais, na intenção prescrição devem estar disponíveis pela empresa no Serviço
de fidelizar o consumidor, possibilitam aos clientes, em de Atendimento ao Consumidor (SAC) e no serviço de
troca da compra de produtos, a participação em sorteios, atendimento aos profissionais prescritores e dispensadores
ganho de prêmios ou descontos na compra de produtos, de medicamentos. (Redação dada pela RDC 23/09)
entre outros benefícios. §4º O conteúdo das referências bibliográficas citadas na
PROPAGANDA/PUBLICIDADE - Conjunto de técnicas e propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob
atividades de informação e persuasão com o objetivo de prescrição devem estar disponíveis no serviço de
divulgar conhecimentos, tornar mais conhecido e/ou atendimento aos profissionais prescritores e dispensadores
prestigiado determinado produto ou marca, visando exercer de medicamentos. (Redação dada pela RDC 23/09)
influência sobre o público por meio de ações que objetivem
promover e/ou induzir à prescrição, dispensação, aquisição Art. 4º Não é permitida a propaganda ou publicidade
e utilização de medicamento. enganosa, abusiva e/ou indireta.
281
Parágrafo único - Fica vedado utilizar técnicas de XI - usar expressões ou imagens que possam sugerir que a
comunicação que permitam a veiculação de imagem e/ou saúde de uma pessoa poderá ser afetada por não usar o
menção de qualquer substância ativa ou marca de medicamento.
medicamentos, de forma não declaradamente publicitária, Art. 9º É permitido na propaganda ou publicidade de
de maneira direta ou indireta, em espaços editoriais na medicamentos:
televisão; contexto cênico de telenovelas; espetáculos I - utilizar figuras anatômicas, a fim de orientar o
teatrais; filmes; mensagens ou programas radiofônicos; profissional de saúde ou o paciente sobre a correta
entre outros tipos de mídia eletrônica ou impressa. utilização do produto;
Art. 5º As empresas não podem outorgar, oferecer, II - informar o sabor do medicamento;
prometer ou distribuir brindes, benefícios e vantagens aos III - utilizar expressões tais como: "seguro", “eficaz”; e
profissionais prescritores ou dispensadores, aos que “qualidade”, em combinação ou isoladamente, desde que
exerçam atividade de venda direta ao consumidor, bem complementadas por frases que justifiquem a veracidade da
como ao público em geral. informação, as quais devem ser extraídas de estudos
Art. 6º As informações exigidas neste Regulamento, veiculados em publicações científicas e devem estar
quando exibidas em linguagem escrita, devem ser devidamente referenciadas;
apresentadas em cores que contrastem com o fundo do IV - utilizar expressões tais como: ?absoluta?, “excelente”,
anúncio, devem estar dispostas no sentido predominante da “máxima”, “ótima”, “perfeita”, “total” relacionadas à
leitura da peça publicitária e devem permitir a sua imediata eficácia e à segurança do medicamento, quando fielmente
visualização, guardando entre si as devidas proporções de reproduzidas de estudos veiculados em publicações
distância, indispensáveis à legibilidade e destaque. científicas e devidamente referenciadas;
Parágrafo único: No caso de propaganda ou publicidade V - quando constar das propriedades aprovadas no registro
veiculada na televisão, quando as informações escritas não do medicamento na Anvisa, informar que o medicamento
forem locucionadas, elas deverão ser exibidas pelo tempo pode ser utilizado por qualquer faixa etária, inclusive por
suficiente à leitura. intermédio de imagens; (Redação dada pela RDC 23/09)
Art. 7º As informações sobre medicamentos devem ser VI - quando determinado pela Anvisa, publicar mensagens
comprovadas cientificamente. tais como: "Aprovado", "Recomendado por especialista", "o
Art. 8º É vedado na propaganda ou publicidade de mais freqüentemente recomendado" ou "Publicidade
medicamentos: Aprovada pela Vigilância Sanitária'', pelo ''Ministério da
I - estimular e/ou induzir o uso indiscriminado de Saúde", ou mensagem similar referente a órgão congênere
medicamentos; Estadual, Municipal e do Distrito Federal;
II - sugerir ou estimular diagnósticos ao público em geral; VII - fazer menção à quantidade de países onde o
III - incluir imagens de pessoas fazendo uso do medicamento é comercializado e/ou fabricado, desde que os
medicamento; países sejam identificados na peça publicitária.
IV - anunciar um medicamento como novo, depois de Art. 10 Os programas de fidelização realizados em
transcorridos dois anos da data de início de sua farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, não podem
comercialização no Brasil; ter medicamentos como objeto de pontuação, troca, sorteios
V - incluir selos, marcas nominativas, figurativas ou mistas ou prêmios.
de instituições governamentais, entidades filantrópicas, Parágrafo único - Todo o material publicitário de
fundações, associações e/ou sociedades médicas, divulgação e o regulamento dos programas de fidelização
organizações não-governamentais, associações que devem informar sobre a restrição prevista no caput deste
representem os interesses dos consumidores ou dos artigo.
profissionais de saúde e/ou selos de certificação de Art. 11 A comparação de preços dirigida aos consumidores
qualidade; somente poder feita entre medicamentos que sejam
VI - sugerir que o medicamento possua características intercambiáveis nos termos da Lei nº 9.787/99.
organolépticas agradáveis, tais como: "saboroso", §1º Somente aos profissionais prescritores é permitida a
"gostoso", "delicioso" ou expressões equivalentes; bem comparação de preço entre medicamentos que não sejam
como a inclusão de imagens ou figuras que remetam à intercambiáveis, com base em informações mercadológicas,
indicação do sabor do medicamento; desde que tenham o mesmo princípio ativo.
VII - empregar imperativos que induzam diretamente ao §2º A comparação deve ser feita entre os custos de
consumo de medicamentos, tais como: “tenha”, “tome”, tratamento ou, no caso de medicamentos de uso contínuo,
“use”, “experimente”; entre as doses diárias definidas.
VIII - fazer propaganda ou publicidade de medicamentos e §3º A propaganda ou publicidade de medicamentos
(ou) empresas em qualquer parte do bloco de receituários biológicos, assim classificados conforme regulamento
médicos; específico, não pode apresentar comparação de preços,
IX - criar expectativa de venda; mesmo que elas tenham a mesma indicação.
X - divulgar como genéricos os medicamentos manipulados §4º Quando informado um valor porcentual do desconto
ou industrializados que não sejam genéricos, nos termos da e/ou o preço promocional do medicamento, o preço integral
Lei nº 9.787/99; praticado pela farmácia ou drogaria também deve ser
informado.

282
§5º Quando as farmácias e drogarias anunciarem descontos Parágrafo único. A advertência a que se refere o caput desse
para medicamentos, seja por intermédio de anúncios artigo deverá obedecer aos critérios do artigo 24.
veiculados na televisão, rádio, impressos, faixas ou Art. 18 Os preços dos medicamentos, quando informados
qualquer outro meio, devem ter disponível, em local visível ao público em geral, devem ser indicados por meio de listas
ao público, lista dos medicamentos anunciados com o preço nas quais devem constar somente o nome comercial do
reduzido conforme artigo 18 deste Regulamento. produto; a substância ativa, segundo a DCB/DCI; a
Art. 12 É permitido oferecer, aos prescritores e apresentação, incluindo a concentração, forma farmacêutica
dispensadores, material com a relação de medicamentos e a quantidade; o número de registro na Agência Nacional
genéricos em lista que contemple o número de registro na de Vigilância Sanitária; o nome do detentor do registro; e o
Anvisa, o nome do detentor do registro, a apresentação, preço dos medicamentos listados.
incluindo a concentração, a forma farmacêutica e a Parágrafo único. No caso dos medicamentos isentos de
quantidade, o nome do medicamento de referência e o prescrição médica, ficam permitidas outras formas de
respectivo detentor do registro, ficando dispensadas as comunicação, que não sejam as listas, desde que incluam as
informações dos artigos 17, 22, 23 e 27 deste demais informações exigidas por este Regulamento.
Regulamento."(NR). (Redação dada pela RDC 23/09) Art. 19 Quando as farmácias e drogarias utilizarem frases
Art. 13 É permitido somente às distribuidoras de para informar a redução de preços para grupos de
medicamentos, farmácias e drogarias receberem catálogo de medicamentos, tais como: desconto para anticoncepcionais,
produtos contendo as seguintes informações: nome ?genéricos com 30% de desconto?, não podem ser
comercial dos medicamentos, incluindo àqueles sujeitos à utilizados outros argumentos de cunho publicitário.
retenção de receita; a substância ativa de acordo com a Art. 20 Na propaganda ou publicidade dirigida aos
DCB/DCI; a apresentação, incluindo a concentração, forma profissionais habilitados a dispensar ou prescrever
farmacêutica e quantidade; o número de registro medicamentos, as informações referentes ao preço máximo
na Agência Nacional de Vigilância Sanitária; e o respectivo ao consumidor devem mencionar a respectiva fonte, bem
preço, ficando dispensadas as informações dos artigos 17, como informar apresentação, incluindo concentração, forma
22, 23 e 27." (NR) (Redação dada pela RDC 23/09) farmacêutica e quantidade do medicamento.
Art. 14 A propaganda ou publicidade de medicamentos não Art. 21 No caso específico de ser apresentado o nome e/ou
pode utilizar designações, símbolos, figuras ou outras imagem de profissional de saúde, como respaldo das
representações gráficas, ou quaisquer indicações que propriedades anunciadas do medicamento, é obrigatório
possam tornar a informação falsa, incorreta, ou que constar, de maneira clara, na mensagem publicitária, o
possibilitem interpretação falsa, equívoco, erro e/ou nome do profissional interveniente e seu número de
confusão em relação à verdadeira natureza, composição, inscrição no respectivo Conselho ou outro órgão de registro
procedência, qualidade, forma de uso, finalidade e/ou profissional.
características do produto.
Art. 15 As comparações realizadas de forma direta ou TÍTULO II
indireta entre quaisquer medicamentos, isentos de REQUISITOS PARA A PROPAGANDA OU
prescrição ou não, devem estar baseadas em informações PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS
extraídas de estudos comparativos, veiculados em INDUSTRIALIZADOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
publicações científicas, preferencialmente com níveis de Art. 22 A propaganda ou publicidade de medicamentos
evidência I ou II, e especificar a referência bibliográfica isentos de prescrição médica deve cumprir os requisitos
completa. gerais, sem prejuízo do que, particularmente, se estabeleça
Parágrafo único - As comparações relacionadas à para determinados tipos de medicamentos, sendo exigido
biodisponibilidade e à bioequivalência de princípios ativos constar as seguintes informações:
poderão ser feitas com base em estudos aprovados pela I - nome comercial do medicamento, quando houver;
Anvisa emitidos por laboratórios certificados, desde que II - nome da substância ativa de acordo com a DCB e, na
devidamente referenciados." (NR) (Redação dada pela RDC sua falta, a DCI ou nomenclatura botânica, que deverá ter,
23/09) no mínimo, 50% do tamanho do nome comercial;
Art. 16 Quando se tratar de medicamento genérico, de III - número de registro na Anvisa, contemplando, no
acordo com a Lei nº 9.787/99 e suas regulamentações, a mínimo, nove dígitos, com exceção das peças publicitárias
propaganda ou publicidade deve incluir a frase: veiculadas em rádio;
"Medicamento Genérico - Lei nº 9.787/99”;. IV - no caso dos medicamentos de notificação simplificada,
Art. 17 A propaganda ou publicidade de medicamentos que a seguinte frase: ?MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO
apresentem efeitos de sedação e/ou sonolência, conforme a SIMPLIFICADA RDC Anvisa Nº......../2006. AFE
bula do medicamento registrada na Anvisa, deve apresentar nº:..........................?, com exceção das peças publicitárias
a advertência: ?(nome comercial do medicamento ou, no veiculadas em rádio;
caso dos medicamentos genéricos, a substância ativa) é um V - as indicações;
medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere VI - data de impressão das peças publicitárias;
máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar VII - a advertência: "SE PERSISTIREM OS SINTOMAS,
prejudicadas.?, ficando dispensada a advertência do artigo O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO", que deve
23 deste Regulamento. observar o artigo 6º.

283
a) Os requisitos dos incisos II, V, VI e VII aplicam-se às a) após o término da mensagem publicitária, a advertência
formulações oficinais, tendo como embasamento técnico- será exibida em cartela única, com fundo azul, em letras
científico a literatura nacional e internacional, oficialmente brancas, de forma a permitir a perfeita legibilidade e
reconhecida e relacionada no anexo II deste Regulamento. visibilidade, permanecendo imóvel no vídeo;
b) A emissora de rádio, a partir da venda do espaço b) a locução deve ser diferenciada, cadenciada, pausada e
promocional, deve ter à disposição do consumidor e da perfeitamente audível;
autoridade sanitária, a informação sobre o número de c) a cartela obedecerá ao gabarito RTV de filmagem no
registro ou, no caso dos medicamentos de notificação tamanho padrão de 36,5cmx27cm (trinta e seis e meio
simplificada, a Resolução que autoriza a fabricação, centímetros por vinte e sete centímetros);
importação e/ou comercialização do medicamento. d) as letras apostas na cartela serão da família tipográfica
c) Quando direcionada ao público em geral, os termos Humanist 777 Bold ou Frutiger 55 Bold, corpo 38, caixa
técnicos da propaganda ou publicidade de medicamentos alta.
isentos de prescrição médica deverão ser escritos de III - Na internet, a advertência deve ser exibida
maneira a facilitar a compreensão do público. permanentemente e de forma visível, inserida em retângulo
d) No caso de medicamentos com mais que dois e até de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de
quatro substâncias ativas, a veiculação dos nomes das cor preta, padrão Humanist 777 Bold ou Frutiger 55 Bold,
substâncias ativas na propaganda ou publicidade pode ser caixa alta, respeitando a proporção de dois décimos do total
feita com, no mínimo, 30% do tamanho do nome do espaço da propaganda.
comercial.(Redação dada pela RDC 23/09) Art. 25 Fica proibida a veiculação, na televisão, de
e) No caso de medicamentos com mais de quatro fármacos propaganda ou publicidade de medicamentos nos intervalos
que tenham algum impedimento técnico de cumprir o dos programas destinados a crianças, conforme
disposto no item imediatamente anterior, pode ser utilizado classificação do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem
na propaganda ou publicidade o nome genérico do fármaco/ como em revistas de conteúdo dedicado a este público."
substância ativa que justifique a indicação terapêutica do (NR) (Redação dada pela RDC 23/09)
produto seguida da expressão "+ ASSOCIAÇÃO", em Art. 26 Na propaganda ou publicidade de medicamentos
tamanho correspondente a 50% do tamanho do nome isentos de prescrição é vedado:
comercial." (NR) (Redação dada pela RDC 23/09) I - usar expressões tais como: "Demonstrado em ensaios
f) No caso de complexos vitamínicos e ou minerais, e ou de clínicos", "Comprovado cientificamente";
aminoácidos pode ser utilizado na propaganda ou II - sugerir que o medicamento é a única alternativa de
publicidade as expressões Polivitamínico e ou, Poliminerais tratamento e/ou fazer crer que são supérfluos os hábitos de
e ou Poliaminoácidos, como designação genérica, vida saudáveis e/ou a consulta ao médico; (Redação dada
correspondendo a 50% do tamanho do nome comercial do pela RDC 23/09)
produto. (Redação dada pela RDC 23/09) III - apresentar nome, imagem e/ou voz de pessoa leiga em
Art. 23 A propaganda ou publicidade de medicamentos medicina ou farmácia, cujas características sejam
isentos de prescrição médica deve, também, veicular facilmente reconhecidas pelo público em razão de sua
advertência relacionada à substância ativa do medicamento, celebridade, afirmando ou sugerindo que utiliza o
conforme tabela do anexo III. medicamento ou recomendando o seu uso;
Parágrafo único. No caso de não ser contemplada alguma IV - usar de linguagem direta ou indireta relacionando o
substância ativa ou associação na tabela do anexo III, a uso de medicamento a excessos etílicos ou gastronômicos;
propaganda ou publicidade deve veicular a seguinte V - usar de linguagem direta ou indireta relacionando o uso
advertência: ?(nome comercial do medicamento ou, no caso de medicamento ao desempenho físico, intelectual,
dos medicamentos genéricos, a substância ativa) É UM emocional, sexual ou à beleza de uma pessoa, exceto
MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. quando forem propriedades aprovadas pela Anvisa;
PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A VI - apresentar de forma abusiva, enganosa ou assustadora
BULA?. representações visuais das alterações do corpo humano
Art. 24 A advertência a que se refere o artigo 23 deve ser causadas por doenças ou lesões;
contextualizada na peça publicitária, de maneira que seja VII - incluir mensagens, símbolos e imagens de qualquer
pronunciada pelo personagem principal, quando veiculada natureza dirigidas a crianças ou adolescentes, conforme
na televisão; proferida pelo mesmo locutor, quando classificação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
veiculada em rádio; e, quando impressa, deve causar o
mesmo impacto visual que as demais informações presentes TÍTULO III
na peça publicitária, apresentando-se com, no mínimo, 35% REQUISITOS PARA PROPAGANDA OU
do tamanho da maior fonte utilizada. PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS
I - A locução das advertências de que trata o caput deste INDUSTRIALIZADOS DE VENDA SOB PRESCRIÇÃO
artigo deve ser cadenciada, pausada e perfeitamente Art. 27 A propaganda ou publicidade de medicamentos de
audível. venda sob prescrição deve cumprir os requisitos gerais, sem
II - Se a propaganda ou publicidade de televisão não prejuízo do que, particularmente, se estabeleça para
apresentar personagem principal, as advertências devem determinados tipos de medicamentos, e fica restrita aos
observar os seguintes requisitos: meios de comunicação destinados exclusivamente aos

284
profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar completos, não tendenciosos, bem como não podem ser
tais produtos, devendo incluir informações essenciais apresentados de forma que possibilitem erro ou confusão
referentes: quanto às características do medicamento através do
I - ao nome comercial do medicamento, quando houver; impacto visual.
II - ao nome da substância ativa de acordo com a DCB e, na Art. 31 As afirmações relacionadas à biodisponibilidade e à
sua falta, a DCI ou nomenclatura botânica, que deverá ter, bioequivalência de princípios ativos poderão ser feitas com
no mínimo, 50% do tamanho do nome comercial; base em estudos aprovados pela Anvisa emitidos por
III - ao número de registro na Anvisa, contemplando no laboratórios certificados, desde que devidamente
mínimo os nove dígitos; referenciados" (NR). (Redação dada pela RDC 23/09)
IV - às indicações; Art. 32 A propaganda ou publicidade de medicamentos sob
V - às contra-indicações; controle especial, sujeitos à venda sob prescrição médica,
VI - aos cuidados e advertências (contemplando as reações com notificação de receita ou retenção de receita, além de
adversas e interações com medicamentos, alimentos e observar as disposições deste regulamento técnico, somente
álcool); pode ser efetuada em revistas de conteúdo exclusivamente
VII - à posologia; técnico, referentes a patologias e medicamentos, dirigidas
VIII - à classificação do medicamento em relação à direta e unicamente a profissionais de saúde habilitados a
prescrição e dispensação; prescrever e/ou dispensar medicamentos.
IX - à data de impressão das peças publicitárias impressas. §1° Ficam excluídas das revistas mencionadas no caput
§1º As informações exigidas por este artigo devem se deste artigo, aquelas que possuam matérias de cunho
apresentar com fonte de, no mínimo, dois milímetros. sociocultural e outras que não sejam técnico-científicas.
§2º Na propaganda ou publicidade de vacinas, deverá §2° É permitida a veiculação de propaganda ou publicidade
constar, ainda, a informação sobre o número de doses dos medicamentos citados no caput deste artigo, em cópia
necessárias para uma completa imunização. fiel de artigo técnico-científico referente à substância ativa
Art. 28 Na propaganda ou publicidade de medicamentos de do medicamento divulgado e publicado em revistas
venda sob prescrição, quando forem destacados os mencionadas no caput, especificando a referência
benefícios do medicamento no texto da peça publicitária, bibliográfica completa, bem como em material de ajuda
devem ser destacadas, pelo menos, uma contra-indicação e visual de uso exclusivo do propagandista e monografias do
uma interação medicamentosa mais freqüente, dentre medicamento.
aquelas exigidas no artigo 27, incisos, V e VI, causando
impacto visual ao leitor e obedecendo à proporcionalidade TÍTULO IV
de 20% do tamanho da maior fonte utilizada. REQUISITOS PARA AMOSTRAS GRÁTIS
Art. 29 A propaganda ou publicidade de medicamentos de Art. 33 A distribuição de amostras grátis de medicamentos
venda sob prescrição veiculada na internet deve ser somente pode ser feita pelas empresas aos profissionais
acessível, exclusivamente, aos profissionais habilitados a prescritores em ambulatórios, hospitais, consultórios
prescrever ou dispensar medicamentos, por meio de sistema médicos e odontológicos.
de cadastramento eletrônico, devendo ser apresentado um § 1º É vedado distribuição de amostras grátis de
termo de responsabilidade informando sobre a restrição vacinas. (Redação dada pela RDC 23/09)
legal do acesso. § 2º É vedada a distribuição de amostras grátis de
Parágrafo único. As bulas dos medicamentos de venda sob preparações magistrais.
prescrição médica veiculadas na internet, sem acesso § 3º É vedada a distribuição de amostras grátis de
restrito, devem ser atualizadas, reproduzir fielmente as medicamentos isentos de prescrição.
aprovadas pela Anvisa e não podem apresentar Art. 34 As amostras grátis de medicamentos de venda sob
designações, símbolos, figuras, desenhos, imagens, slogans prescrição médica devem conter 50% do conteúdo da
e quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação apresentação original registrada na Anvisa e comercializada
aos medicamentos. pela empresa, com exceção dos antibióticos, que deverão
Art. 30 Quaisquer afirmações, citações, tabelas ou ter a quantidade suficiente para o tratamento de um
ilustrações relacionadas a informações científicas devem paciente, e dos anticoncepcionais e medicamentos de uso
ser extraídas de estudos clínicos, veiculados em publicações contínuo, que deverão ter a quantidade de 100% do
científicas, preferencialmente com níveis de evidência I ou conteúdo da apresentação original registrada na Anvisa e
II. comercializada pela empresa.
§1º As afirmações, citações, tabelas ou outras ilustrações a Art. 35 As embalagens das amostras grátis devem conter a
que se refere o caput do artigo devem ser fielmente expressão ''AMOSTRA GRÁTIS'' não removível.
reproduzidas e especificar a referência bibliográfica. § 1º As embalagens secundárias das amostras grátis não
§ 2º A criação de gráficos, quadros, tabelas e ilustrações de podem veicular designações, símbolos, figuras, imagens,
mecanismos de ação para transmitir informações, que não desenhos, slogans e quaisquer argumentos de cunho
estejam assim representadas nos estudos científicos, deve publicitário, exceto quando aprovado pela Anvisa, para
expressar com rigor a veracidade das informações e constar na embalagem original.
especificar a referência bibliográfica completa. § 2º Os dizeres de rotulagem e o layout das amostras grátis
§3º Os gráficos, tabelas e ilustrações de mecanismos de não contemplados neste artigo, bem como as bulas,
ação de que trata este artigo devem ser verdadeiros, exatos,
285
etiquetas e prospectos, devem se apresentar idênticos aos REQUISITOS PARA PROPAGANDA OU
aprovados para constar na embalagem original. PUBLICIDADE EM EVENTOS CIENTÍFICOS
§3º O número de registro constante na amostra grátis deve Art. 39 Nos eventos científicos pode ser distribuído aos
conter os treze dígitos correspondentes à embalagem profissionais de saúde não habilitados a prescrever ou
original, registrada e comercializada, da qual se fez a dispensar medicamentos e aos estudantes da área de saúde
amostra. material científico contendo o nome comercial do
§ 4° Deve constar da rotulagem da amostra grátis o número medicamento, a substância ativa e o nome da empresa.
de lote, e a empresa deve manter atualizado e disponível à Art. 40 O material de propaganda ou publicidade de
Agência Nacional de Vigilância Sanitária o quadro de medicamentos deve ser distribuído aos participantes dos
distribuição de amostras por um período mínimo de dois eventos que estiverem com a identificação de sua categoria
anos. profissional claramente visível nos crachás.
§ 5° A distribuição de amostras grátis de medicamentos à Art. 41 A identificação dos espaços na área de exposição e
base de substâncias sujeitas a controle especial dar-se-á no interior dos auditórios e similares pode apresentar o
também mediante os dispositivos regulamentados na nome comercial do medicamento, quando for o caso,
legislação sanitária vigente. juntamente com a respectiva substância ativa e/ou o nome
da empresa, podendo ser utilizada a marca figurativa ou
TÍTULO V mista do produto presente na embalagem aprovada pela
REQUISITOS PARA MATERIAL INFORMATIVO DE Anvisa.
MEDICAMENTOS MANIPULADOS Parágrafo único - Fica proibido a utilização de designações,
Art. 36 - Para a divulgação de informações sobre símbolos, figuras, imagens, desenhos, slogans e quaisquer
medicamentos manipulados é facultado às farmácias o argumentos de cunho publicitário em relação aos
direito de fornecer, exclusivamente aos profissionais medicamentos. (NR) (Redação dada pela RDC 23/09)
habilitados a prescrever medicamentos, material Art. 42 Qualquer apoio ou patrocínio, total ou parcial, aos
informativo que contenha somente os nomes das profissionais de saúde para participação em eventos
substâncias ativas utilizadas na manipulação de fórmulas científicos, nacionais ou internacionais, não deve estar
magistrais, segundo a sua Denominação Comum Brasileira condicionado à prescrição, dispensação e/ou propaganda ou
ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional ou a publicidade de algum tipo de medicamento.
nomenclatura botânica, bem como as respectivas indicações §1º O patrocínio por uma ou mais empresas, de quaisquer
terapêuticas, fielmente extraídas de literatura especializada eventos, simpósios, congressos, reuniões, conferências e
e publicações científicas, devidamente referenciadas. assemelhados, públicos ou privados, seja ele parcial ou
Parágrafo único. O material informativo a que se refere o total, deve ser exposto com clareza no ato da inscrição dos
caput desse artigo não pode veicular nome comercial, participantes e nos anais, quando estes existirem.
preço, designações, símbolos, figuras, imagens, desenhos, §2º Os palestrantes de qualquer sessão científica que
slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em estabeleçam relações com laboratórios farmacêuticos ou
relação à substância ativa. tenham qualquer outro interesse financeiro ou comercial
Art. 37 É vedado fazer propaganda ou publicidade de devem informar potencial conflito de interesses aos
empresas em blocos de receituários médicos. organizadores dos congressos, com a devida indicação na
programação oficial do evento e no início de sua palestra,
TÍTULO VI bem como, nos anais, quando estes existirem.
REQUISITOS PARA A VISITA DE Art. 43 Os organizadores de eventos científicos que
PROPAGANDISTAS permitam a propaganda ou publicidade de medicamentos
Art. 38 Quando as informações técnicas sobre os devem informar a Anvisa, com antecedência de três meses,
medicamentos industrializados e manipulados forem a realização de quaisquer eventos científicos regionais,
levadas aos profissionais prescritores ou dispensadores por nacionais e internacionais, contemplando local e data de
intermédio de propagandistas das empresas, elas deverão realização, bem como as categorias de profissionais
ser transmitidas com intuito de promover a prescrição e participantes.
dispensação do medicamento de forma adequada e
condizente com a Política Nacional de Medicamentos. TÍTULO VIII
§1º Nas suas ações de propaganda ou publicidade, os REQUISITOS PARA CAMPANHAS SOCIAIS
propagandistas devem limitar-se às informações científicas Art. 44 A divulgação de campanha social deve ter como
e características do medicamento registradas na Anvisa. único objetivo informar ações de responsabilidade social da
§2º A visita do propagandista não pode interferir na empresa, não podendo haver menção a nomes de
assistência farmacêutica, nem na atenção aos pacientes, medicamentos, nem publicidade destes produtos, da mesma
bem como não pode ser realizada na presença de pacientes forma que nenhuma propaganda ou publicidade de
e seus respectivos acompanhantes, ficando a critério das medicamentos pode se referir às ações de campanhas
instituições de saúde a regulamentação das visitas dos sociais da empresa.
propagandistas.
TÍTULO IX
TÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS

286
Art. 45 Fica estabelecido o prazo de 180 (cento e oitenta) Art. 49 A veiculação da mensagem retificadora deve
dias, a contar da data de publicação deste regulamento, para observar os seguintes requisitos:
as empresas e pessoas físicas responsáveis pela propaganda, I - Na televisão, a mensagem retificadora deve ser
publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja veiculada em texto escrito sobre fundo verde, sem imagens,
a divulgação, promoção ou comercialização de com letras brancas, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55,
medicamentos se adequarem às novas disposições deste subindo em rol de caracteres, com locução em ?off?,
regulamento. cadenciada, sem fundo musical e perfeitamente audível.
Parágrafo único. Excetuam-se do prazo disposto no caput as II - Em rádio, a mensagem retificadora deve ser lida sem
amostras grátis, que deverão se adequar no prazo de 360 fundo musical e com locução cadenciada e perfeitamente
(trezentos e sessenta) dias, a contar da data de publicação audível.
deste regulamento. III - Nos jornais, revistas, mídia exterior e congêneres, a
Art. 46 A concessão de redução no preço de medicamento, mensagem retificadora deve ser publicada em fundo
bem como a sua aquisição de forma gratuita condicionada branco, emoldurado por filete interno e com letras de cor
ao envio de cupons, cartões ou qualquer outro meio ou preta, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55.
material, ou ao fornecimento de quaisquer dados que IV - Na Internet, a mensagem retificadora deve ser inserida
permitam identificar o paciente, o profissional prescritor, a em fundo branco, emoldurado por filete interno, com letras
instituição à qual o profissional está vinculado ou o local da de cor preta, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55.
prescrição, fica sob regulamentação da Câmara de V - Caso o espaço publicitário seja suficiente, a mensagem
Regulação de Medicamentos. deve ser veiculada em cartela única, com as letras em
Art. 47 Os materiais citados nos artigos 12, 13, caput do tamanho legível. Caso não seja suficiente, a mensagem
artigo 18 e 39 não poderão utilizar designações, símbolos, deve ser exibida seqüencialmente e de forma perfeitamente
figuras, imagens, desenhos, marcas figurativas ou mistas, legível.
slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em VI - O responsável pode ser notificado para apresentar, no
relação aos medicamentos." (NR) (Redação dada pela RDC prazo de dez dias contados do recebimento da notificação,
23/09) prorrogável uma única vez por igual período, modificações
Art. 48 Após a publicação da decisão condenatória que na mensagem retificadora e no plano de mídia apresentados
aplicar a sanção de mensagem retificadora, o responsável para adequá-los aos requisitos impostos de acordo com as
será notificado para apresentar o plano de mídia da normas estabelecidas nesta Resolução.
propaganda ou publicidade veiculada de forma irregular e Art. 50 Cumpridos todos os requisitos, o responsável será
uma proposta de mensagem retificadora com o respectivo notificado para proceder à divulgação da mensagem
plano de mídia provisório. retificadora nos meios de comunicação, devendo, em
§ 1º A mensagem retificadora deve contemplar: seguida, comprovar a execução completa do plano de mídia
I - declaração de que a empresa ou pessoa física foi da seguinte forma:
condenada em processo administrativo sanitário, instaurado I - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
pela Anvisa e/ou autoridade sanitária local, a divulgar televisão e no rádio, deve ser juntada aos autos a nota fiscal
mensagem de retificação e esclarecimento para compensar discriminada, comprovando que a mensagem foi divulgada
propaganda ou publicidade de produto sujeito à vigilância nos veículos, horários e freqüências previstos no plano de
sanitária veiculada em desconformidade com a legislação mídia, bem como a gravação da mensagem veiculada;
sanitária federal; II - em relação às mensagens retificadoras veiculadas em
II - listar as irregularidades, identificadas na propaganda e jornais e revistas, deve ser juntado aos autos um exemplar
analisadas no processo administrativo sanitário, que de cada publicação na qual a mensagem foi divulgada;
culminaram na aplicação da mensagem retificadora, III - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
esclarecendo os erros, equívocos e enganos causados e mídia exterior e congêneres, devem ser juntadas aos autos,
prestando as informações corretas e completas sobre o além da nota fiscal discriminada, comprovando que a
produto divulgado; mensagem foi divulgada conforme previsto no plano de
III - No caso de medicamentos isentos de prescrição, mídia, fotos com os negativos da mensagem inserida nos
veicular a seguinte advertência: ?Todo medicamento respectivos meios;
também oferece riscos. Para evitar danos à sua saúde, IV - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
informe-se.? Internet, deve ser juntado aos autos documento
IV - No caso de medicamentos de venda sob prescrição, comprovando que a mensagem foi divulgada nos sítios
informar as contra-indicações, cuidados, advertências, eletrônicos especificados no plano de mídia, bem como a
reações adversas e interações medicamentosas do impressão da página contendo a data.
medicamento, bem como veicular a seguinte advertência: §1º Após a divulgação da mensagem retificadora, seguida
?Informações equilibradas e avaliadas criteriosamente são da comprovação da execução completa do plano de mídia,
essenciais para a prescrição e o uso racional de será expedido um despacho atestando o regular
medicamentos.? cumprimento da sanção, com a conseqüente extinção do
§2º O plano de mídia provisório poderá ser modificado e/ou processo administrativo sanitário.
adaptado, assim como poderão ser impostos outros §2º No caso de não cumprimento da sanção de mensagem
requisitos que levarão em consideração o tipo de produto retificadora, o responsável ficará sujeito às conseqüências e
divulgado, o risco sanitário e o público atingido. penalidades previstas na legislação sanitária.
287
Art. 51 Durante a apuração do ilícito, quando se tratar de
propaganda, publicidade ou informação que representem
risco sanitário iminente à saúde pública, pode a entidade Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
sanitária, como medida cautelar, determinar a suspensão da 18.12.2008
veiculação do material publicitário ou informativo, com a
duração necessária para a realização de análises ou outras
providências requeridas.
Art. 52 As empresas devem informar a todo seu pessoal de
comercialização e divulgação de medicamentos, incluindo
as agências de publicidade, sobre este Regulamento
Técnico e as responsabilidades no seu cumprimento.
Art. 53 A Anvisa, a qualquer tempo, poderá expedir atos
regulamentares relativos à matéria, com o propósito de
atualizar a regulamentação sobre a propaganda,
publicidade, promoção e informação de produtos sujeitos à
vigilância sanitária.
Art. 54 Ficam expressamente revogadas a RDC 102/2000,
RDC 199/2004, RDC 197/2004 e demais Resoluções que
dispõem de forma contrária.

288
ANEXO II (TABELA)

PRINCÍPIO ATIVO ALERTAS PARA USO EM PROPAGANDA


1. Ácido acetilsalicílico Não use este medicamento em caso de gravidez,
gastrite ou úlcera do estômago e suspeita de dengue ou
catapora.
2. Ácido ascórbico (vitamina C) Não use este medicamento em caso de doença grave
dos rins.
3. Bicarbonato de sódio Não use este medicamento se você tem restrição ao
consumo de sal, insuficiência dos rins, do coração ou
do fígado.
4. Bisacodil Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
5. Cânfora Não use este medicamento em crianças menores de
dois anos de idade.
6. Carbonato de Cálcio Não use este medicamento em caso de doença dos rins.

7. Carvão vegetal Não use este medicamento em crianças com diarréia


aguda e persistente.
8. Cloridrato de ambroxol Não use este medicamento em crianças menores de
dois anos de idade.
9. Cloridrato de fenilefrina Não use este medicamento em caso de doenças do
coração, pressão alta e glaucoma.

10. Dipirona sódica Não use este medicamento durante a gravidez e em


crianças menores de três meses de idade.
11. Dropropizina Não use este medicamento em caso de tosse com
secreção e em crianças menores de dois anos de idade.
12. Hidróxido de alumínio Não use este medicamento em caso de doença dos rins
e dor abdominal aguda.
13. Hidróxido de magnésio Não use este medicamento em caso de doença dos
rins.
14. Ibuprofeno Não use este medicamento em casos de úlcera, gastrite,
doença dos rins ou se você já teve reação alérgica a
antiinflamatórios.
15. Mebendazol Não use este medicamento em crianças menores de um
ano de idade.
16. Naproxeno. Não use este medicamento em casos de úlcera, gastrite,
doença dos rins ou se você já teve reação alérgica a
antiinflamatórios.
17. Nicotina Não use este medicamento se você é fumante com
problemas cardíacos.
18. Paracetamol Não use junto com outros medicamentos que
contenham paracetamol, com álcool, ou em caso de
doença grave do fígado.
19. Picossulfato de sódio Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
20. Plantago ovata Forsk Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
21. Sulfato ferroso Não use este medicamento se você tem problemas
gastrointestinais.

289
RDC nº 44, de 17/08/2009 I - Autorização de Funcionamento de Empresa
(D.O.U de 18.08.2009) (AFE) expedida pela Anvisa;
II - Autorização Especial de Funcionamento
Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas (AE) para farmácias, quando aplicável;
para o controle sanitário do funcionamento, da III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo
dispensação e da comercialização de produtos e órgão Estadual ou Municipal de Vigilância
da prestação de serviços farmacêuticos em Sanitária, segundo legislação vigente;
farmácias e drogarias e dá outras providências. IV - Certidão de Regularidade Técnica, emitido
pelo Conselho Regional de Farmácia da
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de respectiva jurisdição; e
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas,
lhe confere o inciso IV do art. 11 do conforme a legislação vigente e as
Regulamento da ANVISA aprovado pelo especificidades de cada estabelecimento.
Decreto Nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e §1º - O estabelecimento deve manter a Licença
tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ ou Alvará Sanitário e a Certidão de
1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno Regularidade Técnica afixados em local visível
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº ao público.
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, §2º - Adicionalmente, quando as informações a
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e seguir indicadas não constarem dos documentos
a Consulta Pública Nº 69, de 11 de julho de mencionados no parágrafo anterior, o
2007, publicada no Diário Oficial da União Nº estabelecimento deverá manter afixado, em
134, de 13 de julho de 2007, seção 1, pág. 86, local visível ao público, cartaz informativo
em reunião realizada em 14 de julho de 2009, contendo:
resolve: I - razão social;
II - número de inscrição no Cadastro Nacional
CAPÍTULO I de Pessoa Jurídica;
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS III - número da Autorização de Funcionamento
de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa;
Art. 1º - Esta Resolução estabelece os critérios IV - número da Autorização Especial de
e condições mínimas para o cumprimento das Funcionamento (AE) para farmácias, quando
Boas Práticas Farmacêuticas para o controle aplicável;
sanitário do funcionamento, da dispensação e da V - nome do Farmacêutico Responsável
comercialização de produtos e da prestação de Técnico, e de seu(s) substituto(s), seguido do
serviços farmacêuticos em farmácias e número de inscrição no Conselho Regional de
drogarias. Farmácia;
§1º - Para fins desta Resolução, entende-se por VI - horário de trabalho de cada farmacêutico; e
Boas Práticas Farmacêuticas o conjunto de VII - números atualizados de telefone do
técnicas e medidas que visam assegurar a Conselho Regional de Farmácia e do órgão
manutenção da qualidade e segurança dos Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária.
produtos disponibilizados e dos serviços
prestados em farmácias e drogarias, com o fim Art. 3º - As farmácias e as drogarias devem ter,
de contribuir para o uso racional desses obrigatoriamente, a assistência de farmacêutico
produtos e a melhoria da qualidade de vida dos responsável técnico ou de seu substituto,
usuários. durante todo o horário de funcionamento do
§2º - O disposto nesta Resolução se aplica às estabelecimento, nos termos da legislação
farmácias e drogarias em todo território vigente.
nacional e, no que couber, às farmácias Art. 4º - Esses estabelecimentos têm a
públicas, aos postos de medicamentos e às responsabilidade de garantir e zelar pela
unidades volantes. manutenção da qualidade e segurança dos
§3º - Os estabelecimentos de atendimento produtos objeto desta Resolução, bem como
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer pelo uso racional de medicamentos, a fim de
outra equivalente de assistência médica ficam evitar riscos e efeitos nocivos à saúde.
sujeitos às disposições contidas em legislação Parágrafo único - As empresas responsáveis
específica. pelas etapas de produção, importação,
distribuição, transporte e dispensação são
CAPÍTULO II solidariamente responsáveis pela qualidade e
DAS CONDIÇÕES GERAIS segurança dos produtos farmacêuticos objetos
Art. 2º - As farmácias e drogarias devem de suas atividades específicas.
possuir os seguintes documentos no
estabelecimento: CAPÍTULO III

290
DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA qualquer porte, sujidades ou quaisquer outros
Seção I contaminantes, devendo definir procedimentos
Das Condições Gerais escritos para a limpeza da caixa d'água e manter
Art. 5º - As farmácias e drogarias devem ser os registros que comprovem sua realização.Ser
localizadas, projetadas, dimensionadas, independente de forma a não permitir a
construídas ou adaptadas com infraestrutura comunicação com residências ou qualquer outro
compatível com as atividades a serem local distinto do estabelecimento.
desenvolvidas, possuindo, no mínimo, §1º - Tal comunicação somente é permitida
ambientes para atividades administrativas, quando a farmácia ou drogaria estiverem
recebimento e armazenamento dos produtos, localizadas no interior de galerias de shoppings
dispensação de medicamentos, depósito de e supermercados.
material de limpeza e sanitário. §2º - As farmácias e drogarias localizadas no
Art. 6º - As áreas internas e externas devem interior de galerias de shoppings e
permanecer em boas condições físicas e supermercados podem compartilhar as áreas
estruturais, de modo a permitir a higiene e a não comuns destes estabelecimentos destinadas para
oferecer risco ao usuário e aos funcionários. sanitário, depósito de material de limpeza e
§1º - As instalações devem possuir superfícies local para guarda dos pertences dos
internas (piso, paredes e teto) lisas e funcionários.
impermeáveis, em perfeitas condições, Art. 14º - As farmácias magistrais devem
resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente observar as exigências relacionadas à
laváveis. infraestrutura física estabelecidas na legislação
§2º - Os ambientes devem ser mantidos em boas específica de Boas Práticas de Manipulação de
condições de higiene e protegidos contra a Preparações Magistrais e Oficinais para Uso
entrada de insetos, roedores ou outros animais. Humano.
§3º - As condições de ventilação e iluminação
devem ser compatíveis com as atividades Seção II
desenvolvidas em cada ambiente. Do Ambiente Destinado aos Serviços
§4º - O estabelecimento deve possuir Farmacêuticos
equipamentos de combate a incêndio em Art. 15º - O ambiente destinado aos serviços
quantidade suficiente, conforme legislação farmacêuticos deve ser diverso daquele
específica. destinado à dispensação e à circulação de
Art. 7º - O programa de sanitização, incluindo pessoas em geral, devendo o estabelecimento
desratização e desinsetização, deve ser dispor de espaço específico para esse fim.
executado por empresa licenciada para este fim §1º - O ambiente para prestação dos serviços
perante os órgãos competentes. que demandam atendimento individualizado
Parágrafo único - Deve ser mantido, no deve garantir a privacidade e o conforto dos
estabelecimento, os registros da execução das usuários, possuindo dimensões, mobiliário e
atividades relativas ao programa de que trata infra-estrutura compatíveis com as atividades e
este artigo. serviços a serem oferecidos.
Art. 8º - Os materiais de limpeza e germicidas §2º - O ambiente deve ser provido de lavatório
em estoque devem estar regularizados junto a contendo água corrente e dispor de toalha de
Anvisa e serem armazenados em área ou local uso individual e descartável, sabonete líquido,
especificamente designado e identificado. gel bactericida e lixeira com pedal e tampa.
Art. 9º - O sanitário deve ser de fácil acesso, §3º - O acesso ao sanitário, caso exista, não
possuir pia com água corrente e dispor de toalha deve se dar através do ambiente destinado aos
de uso individual e descartável, sabonete serviços farmacêuticos.
líquido, lixeira com pedal e tampa. §4º - O conjunto de materiais para primeiros-
Parágrafo único - O local deve permanecer em socorros deve estar identificado e de fácil acesso
boas condições de higiene e limpeza. nesse ambiente.
Art. 10º - Deve ser definido local específico
para guarda dos pertences dos funcionários no Art. 16º - O procedimento de limpeza do espaço
ambiente destinado às atividades para a prestação de serviços farmacêuticos deve
administrativas. ser registrado e realizado diariamente no início e
Art. 11º - As salas de descanso e refeitório, ao término do horário de funcionamento.
quando existentes, devem estar separadas dos §1º - O ambiente deve estar limpo antes de
demais ambientes. todos os atendimentos nele realizados, a fim de
Art. 12º - O estabelecimento deve ser minimizar riscos à saúde dos usuários e dos
abastecido com água potável e, quando possuir funcionários do estabelecimento.
caixa d'água própria, ela deve estar devidamente §2º - Após a prestação de cada serviço deve ser
protegida para evitar a entrada de animais de verificada a necessidade de realizar novo

291
procedimento de limpeza, a fim de garantir o II - prover as condições necessárias para o
cumprimento ao parágrafo anterior. cumprimento desta Resolução, assim como das
demais normas sanitárias federais, estaduais e
CAPÍTULO IV municipais vigentes e aplicáveis às farmácias e
DOS RECURSOS HUMANOS drogarias;
Seção I III - assegurar as condições necessárias à
Das Condições Gerais promoção do uso racional de medicamentos no
Art. 17º - Os funcionários devem permanecer estabelecimento; e
identificados e com uniformes limpos e em boas IV - prover as condições necessárias para
condições de uso. capacitação e treinamento de todos os
Parágrafo único - O uniforme ou a profissionais envolvidos nas atividades do
identificação usada pelo farmacêutico deve estabelecimento.
distingui-lo dos demais funcionários de modo a
facilitar sua identificação pelos usuários da Seção III
farmácia ou drogaria. Da Capacitação dos Funcionários
Art. 18º - Para assegurar a proteção do Art. 24º - Todos os funcionários devem ser
funcionário, do usuário e do produto contra capacitados quanto ao cumprimento da
contaminação ou danos à saúde, devem ser legislação sanitária vigente e aplicável às
disponibilizados aos funcionários envolvidos na farmácias e drogarias, bem como dos
prestação de serviços farmacêuticos Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) do
equipamentos de proteção individual (EPI’s). estabelecimento.
Art. 25º - Todo o pessoal, inclusive de limpeza
Seção II e manutenção, deve receber treinamento inicial
Das Responsabilidades e Atribuições e continuado com relação à importância do
Art. 19º - As atribuições e responsabilidades autocuidado, incluídas instruções de higiene
individuais devem estar descritas no Manual de pessoal e de ambiente, saúde, conduta e
Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento elementos básicos em microbiologia, relevantes
e ser compreensíveis a todos os funcionários. para a qualidade dos produtos e serviços
Art. 20º - As atribuições do farmacêutico oferecidos aos usuários.
responsável técnico são aquelas estabelecidas Art. 26º - Deve ser fornecido treinamento
pelos conselhos federal e regional de farmácia, inicial e contínuo quanto ao uso e descarte de
observadas a legislação sanitária vigente para EPI’s, de acordo com o Plano de Gerenciamento
farmácias e drogarias. de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS,
Parágrafo único - O farmacêutico responsável conforme legislação específica.
técnico pode delegar algumas das atribuições Art. 27º - Nos treinamentos, os funcionários
para outro farmacêutico, com exceção das devem ser instruídos sobre procedimentos a
relacionadas à supervisão e responsabilidade serem adotados em caso de acidente e episódios
pela assistência técnica do estabelecimento, bem envolvendo riscos à saúde dos funcionários ou
como daquelas consideradas indelegáveis pela dos usuários das farmácias e drogarias.
legislação específica dos conselhos federal e Art. 28º - Devem ser mantidos registros de
regional de farmácia. cursos e treinamentos dos funcionários
Art. 21º - A prestação de serviço farmacêutico contendo, no mínimo, as seguintes informações:
deve ser realizada por profissional devidamente I - descrição das atividades de capacitação
capacitado, respeitando-se as determinações realizadas;
estabelecidas pelos conselhos federal e regional II - data da realização e carga horária;
de farmácia. III - conteúdo ministrado;
Art. 22º - Os técnicos auxiliares devem realizar IV - trabalhadores treinados e suas respectivas
as atividades que não são privativas de assinaturas;
farmacêutico respeitando os Procedimentos V - identificação e assinatura do profissional,
Operacionais Padrão (POP’s) do equipe ou empresa que executou o curso ou
estabelecimento e o limite de atribuições e treinamento; e
competências estabelecidos pela legislação VI - resultado da avaliação.
vigente, sob supervisão do farmacêutico
responsável técnico ou do farmacêutico CAPÍTULO V
substituto. DA COMERCIALIZAÇÃO E
Art. 23º - São atribuições do responsável legal DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS
do estabelecimento: Seção I
I - prover os recursos financeiros, humanos e Dos Produtos com Dispensação ou
materiais necessários ao funcionamento do Comercialização Permitidas
estabelecimento;

292
Art. 29º - Além de medicamentos, o comércio e da área de dispensação, devendo a sua
dispensação de determinados correlatos poderá identificação indicar claramente que não se
ser extensivo às farmácias e drogarias em todo destinam ao uso ou comercialização.
território nacional, conforme relação, requisitos §2º - No caso do parágrafo anterior, o
e condições estabelecidos em legislação farmacêutico deve notificar imediatamente a
sanitária específica. autoridade sanitária competente, informando os
dados de identificação do produto, de forma a
Seção II permitir as ações sanitárias pertinentes.
Da Aquisição e Recebimento
Art. 30º - Somente podem ser adquiridos Seção III
produtos regularizados junto a Anvisa, Das Condições de Armazenamento
conforme legislação vigente. Art. 35º - Todos os produtos devem ser
§1º - A regularidade dos produtos consiste no armazenados de forma ordenada, seguindo as
registro, notificação ou cadastro, conforme a especificações do fabricante e sob condições
exigência determinada em legislação sanitária que garantam a manutenção de sua identidade,
específica para cada categoria de produto. integridade, qualidade, segurança, eficácia e
§2º - A legislação sanitária pode estabelecer, rastreabilidade.
ainda, a isenção do registro, notificação ou §1º - O ambiente destinado ao armazenamento
cadastro de determinados produtos junto a deve ter capacidade suficiente para assegurar o
Anvisa. armazenamento ordenado das diversas
Art. 31º - As farmácias e drogarias devem categorias de produtos.
estabelecer, documentar e implementar critérios §2º - O ambiente deve ser mantido limpo,
para garantir a origem e qualidade dos produtos protegido da ação direta da luz solar, umidade e
adquiridos. calor, de modo a preservar a identidade e
§1º - A aquisição de produtos deve ser feita por integridade química, física e microbiológica,
meio de distribuidores legalmente autorizados e garantindo a qualidade e segurança dos mesmos.
licenciados conforme legislação sanitária §3º - Para aqueles produtos que exigem
vigente. armazenamento em temperatura abaixo da
§2º - O nome, o número do lote e o fabricante temperatura ambiente, devem ser obedecidas às
dos produtos adquiridos devem estar especificações declaradas na respectiva
discriminados na nota fiscal de compra e serem embalagem, devendo a temperatura do local ser
conferidos no momento do recebimento. medida e registrada diariamente.
Art. 32º - O recebimento dos produtos deve ser §4º - Deve ser definida em Procedimento
realizado em área específica e por pessoa Operacional Padrão (POP) a metodologia de
treinada e em conformidade com Procedimento verificação da temperatura e umidade,
Operacional Padrão (POP) e com as disposições especificando faixa de horário para medida
desta Resolução. considerando aquela na qual há maior
Art. 33º - Somente é permitido o recebimento probabilidade de se encontrar a maior
de produtos que atendam aos critérios definidos temperatura e umidade do dia.
para a aquisição e que tenham sido §5º - O Procedimento Operacional Padrão
transportados conforme especificações do (POP) deverá definir medidas a serem tomadas
fabricante e condições estabelecidas na quando forem verificadas condições
legislação sanitária específica. inadequadas para o armazenamento,
Art. 34º - No momento do recebimento deverá considerando o disposto nesta
ser verificado o bom estado de conservação, a Resolução.
legibilidade do número de lote e prazo de Art. 36º - Os produtos devem ser armazenados
validade e a presença de mecanismo de em gavetas, prateleiras ou suporte equivalente,
conferência da autenticidade e origem do afastados do piso, parede e teto, a fim de
produto, além de observadas outras permitir sua fácil limpeza e inspeção.
especificidades legais e regulamentares vigentes Art. 37º - O estabelecimento que realizar
sobre rótulo e embalagem, a fim de evitar a dispensação de medicamentos sujeitos a
exposição dos usuários a produtos falsificados, controle especial deve dispor de sistema
corrompidos, adulterados, alterados ou segregado (armário resistente ou sala própria)
impróprios para o uso. com chave para o seu armazenamento, sob a
§1º - Caso haja suspeita de que os produtos guarda do farmacêutico, observando as demais
sujeitos às normas de vigilância sanitária condições estabelecidas em legislação
tenham sido falsificados, corrompidos, específica.
adulterados, alterados ou impróprios para o uso, Art. 38º - Os produtos violados, vencidos, sob
estes devem ser imediatamente separados dos suspeita de falsificação, corrupção, adulteração
demais produtos, em ambiente seguro e diverso ou alteração devem ser segregados em ambiente

293
seguro e diverso da área de dispensação e FARMACÊUTICO. ) (Art. 41 Redação dada
identificados quanto a sua condição e destino, pela RDC 41/12)
de modo a evitar sua entrega ao consumo. § 1°. Os medicamentos isentos de prescrição e
§1º - Esses produtos não podem ser de mesmo princípio ativo ou de mesmos
comercializados ou utilizados e seu destino deve princípios ativos (no caso de associações)
observar legislação específica federal, estadual devem permanecer organizados em um mesmo
ou municipal. local e serem identificados, de forma visível e
§2º - A inutilização e o descarte desses produtos ostensiva ao usuário, com a Denominação
deve obedecer às exigências de legislação Comum Brasileira (DCB) do(s) princípio(s)
específica para Gerenciamento de Resíduos de ativo(s) ou, em sua falta, da Denominação
Serviços de Saúde, assim como normas Comum Internacional (DCI), de modo a
estaduais ou municipais complementares. permitir a fácil identificação dos produtos pelo
§3º - Quando o impedimento de uso for usuário.
determinado por ato da autoridade de vigilância § 2°. Os medicamentos isentos de prescrição
sanitária ou por iniciativa do fabricante, devem ser dispostos de forma separada dos
importador ou distribuidor, o recolhimento demais produtos comercializados na área de
destes produtos deve seguir regulamentação autosserviço. (NR)
específica.
§4º - A política da empresa em relação aos Seção V
produtos com o prazo de validade próximo ao Da Dispensação de Medicamentos
vencimento deve estar clara a todos os Art. 42º - O estabelecimento farmacêutico deve
funcionários e descrita no Manual de Boas assegurar ao usuário o direito à informação e
Práticas Farmacêuticas do estabelecimento. orientação quanto ao uso de medicamentos.
Art. 39º - O armazenamento de produtos §1º - O estabelecimento deve manter a
corrosivos, inflamáveis ou explosivos deve ser disposição dos usuários, em local de fácil
justificado em Procedimento Operacional visualização e de modo a permitir a imediata
Padrão (POP), o qual deve determinar sua identificação, lista atualizada dos medicamentos
guarda longe de fontes de calor e de materiais genéricos comercializados no país, conforme
que provoquem faíscas e de acordo com a relação divulgada pela Anvisa e disponibilizada
legislação específica. no seu sítio eletrônico no endereço http:
//www.anvisa.gov. br.
Seção IV §2º - São elementos importantes da orientação,
Da Organização e Exposição dos Produtos entre outros, a ênfase no cumprimento da
Art. 40º - Os produtos de dispensação e posologia, a influência dos alimentos, a
comercialização permitidas em farmácias e interação com outros medicamentos, o
drogarias nos termos da legislação vigente reconhecimento de reações adversas potenciais
devem ser organizados em área de circulação e as condições de conservação do produto.
comum ou em área de circulação restrita aos Art. 43º - Os medicamentos sujeitos à
funcionários, conforme o tipo e categoria do prescrição somente podem ser dispensados
produto. mediante apresentação da respectiva receita.
§1º - Os medicamentos deverão permanecer em Art. 44º - O farmacêutico deverá avaliar as
área de circulação restrita aos funcionários, não receitas observando os seguintes itens:
sendo permitida sua exposição direta ao alcance I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas;
dos usuários do estabelecimento. II - identificação do usuário;
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição III - identificação do medicamento,
poderão permanecer ao alcance dos usuários concentração, dosagem, forma farmacêutica e
para obtenção por meio de autosserviço no quantidade;
estabelecimento." (NR) (Redação dada pela IV - modo de usar ou posologia;
RDC 41/12) V - duração do tratamento;
§3º - Os demais produtos poderão permanecer VI - local e data da emissão; e
expostos em área de circulação comum. VII - assinatura e identificação do prescritor
Art. 41. Na área destinada aos medicamentos, com o número de registro no respectivo
deve estar exposto cartaz, em local visível ao conselho profissional.Esclarecer eventuais
público, contendo a seguinte orientação, de problemas ou dúvidas detectadas no momento
forma legível e ostensiva, permitindo a fácil da avaliação da receita.
leitura a partir da área de circulação comum: Art. 45º - Não podem ser dispensados
"MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis
EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A ou que possam induzir a erro ou confusão.
AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O Art. 46º - No momento da dispensação dos
medicamentos deve ser feita à inspeção visual

294
para verificar, no mínimo, a identificação do §1º - O sítio eletrônico deve utilizar apenas o
medicamento, o prazo de validade e a domínio ".com.br", e deve conter, na página
integridade da embalagem. principal, os seguintes dados e informações:
Art. 47º - A dispensação de medicamentos I - razão social e nome fantasia da farmácia ou
genéricos, no que tange a intercambialidade, drogaria responsável pela dispensação, CNPJ,
deve ser feita de acordo com o disposto na endereço geográfico completo, horário de
legislação específica. funcionamento e telefone;
Art. 48º - Para o fracionamento de II - nome e número de inscrição no Conselho do
medicamentos devem ser cumpridos os critérios Farmacêutico Responsável Técnico;
e condições estabelecidos na legislação III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo
específica. órgão Estadual ou Municipal de Vigilância
Art. 49º - A dispensação de medicamentos Sanitária, segundo legislação vigente;
sujeitos a controle especial deve atender às IV - Autorização de Funcionamento de Empresa
disposições contidas na legislação específica. (AFE) expedida pela Anvisa;
Art. 50º - É vedada a captação de receitas V - Autorização Especial de Funcionamento
contendo prescrições magistrais e oficinais em (AE) para farmácias, quando aplicável; e
drogarias, ervanárias e postos de medicamentos, VI - link direto para informações sobre:
ainda que em filiais da mesma empresa, bem a) nome e número de inscrição no Conselho do
como a intermediação entre empresas. Farmacêutico, no momento do atendimento;
Art. 51º - A política da empresa em relação aos b) mensagens de alerta e recomendações
produtos com o prazo de validade próximo ao sanitárias determinadas pela Anvisa;
vencimento deve estar clara a todos os c) condição de que os medicamentos sob
funcionários e descrita no Procedimento prescrição só serão dispensados mediante a
Operacional Padrão (POP) e prevista no Manual apresentação da receita e o meio pelo qual deve
de Boas Práticas Farmacêuticas do ser apresentada ao estabelecimento (fac-símile;
estabelecimento. e-mail ou outros).
§1º - O usuário deve ser alertado quando for §2º - É vedada a oferta de medicamentos na
dispensado produto com prazo de validade Internet em sítio eletrônico que não pertença a
próximo ao seu vencimento. farmácias ou drogarias autorizadas e licenciadas
§2º - É vedado dispensar medicamentos cuja pelos órgãos de vigilância sanitária
posologia para o tratamento não possa ser competentes.
concluída no prazo de validade. Art. 54º - É vedada a utilização de imagens,
propaganda, publicidade e promoção de
Subseção I medicamentos de venda sob prescrição médica
Da solicitação remota para dispensação de em qualquer parte do sítio eletrônico.
medicamentos §1º - A divulgação dos preços dos
Art. 52º - Somente farmácias e drogarias medicamentos disponíveis para compra na
abertas ao público, com farmacêutico farmácia ou drogaria deve ser feita por meio de
responsável presente durante todo o horário de listas nas quais devem constar somente:
funcionamento, podem realizar a dispensação de I - o nome comercial do produto;
medicamentos solicitados por meio remoto, II - o(s) princípio(s) ativo(s), conforme
como telefone, fac-símile (fax) e Internet. Denominação Comum Brasileira;
§1º - É imprescindível a apresentação e a III - a apresentação do medicamento, incluindo
avaliação da receita pelo farmacêutico para a a concentração, forma farmacêutica e a
dispensação de medicamentos sujeitos à quantidade;
prescrição, solicitados por meio remoto. IV - o número de registro na Anvisa;
§2º - É vedada a comercialização de V - o nome do detentor do registro; e
medicamentos sujeitos a controle especial VI - o preço do medicamento.
solicitados por meio remoto. §2º - As listas de preços não poderão utilizar
§3º - O local onde se encontram armazenados os designações, símbolos, figuras, imagens,
estoques de medicamentos para dispensação desenhos, marcas figurativas ou mistas, slogans
solicitada por meio remoto deverá e quaisquer argumentos de cunho publicitário
necessariamente ser uma farmácia ou drogaria em relação aos medicamentos.
aberta ao público nos termos da legislação §3º - As propagandas de medicamentos isentos
vigente. de prescrição e as propagandas e materiais que
Art. 53º - O pedido pela Internet deve ser feito divulgam descontos de preços devem atender
por meio do sítio eletrônico do estabelecimento integralmente ao disposto na legislação
ou da respectiva rede de farmácia ou drogaria. específica.
§4º - As frases de advertências exigidas para os
medicamentos isentos de prescrição devem ser

295
apresentadas em destaque, conforme legislação símbolos, figuras, imagens, marcas figurativas
específica. ou mistas, slogans e quaisquer argumentos de
Art. 55º - As farmácias e drogarias que cunho publicitário em relação a medicamentos.
realizarem a dispensação de medicamentos Art. 59º - É responsabilidade do
solicitados por meio da Internet devem informar estabelecimento farmacêutico detentor do sítio
o endereço do seu sítio eletrônico na eletrônico, ou da respectiva rede de farmácia ou
Autorização de Funcionamento (AFE) expedida drogaria, quando for o caso, assegurar a
pela Anvisa. confidencialidade dos dados, a privacidade do
Art. 56º - O transporte do medicamento para usuário e a garantia de que acessos indevidos ou
dispensação solicitada por meio remoto é não autorizados a estes dados sejam evitados e
responsabilidade do estabelecimento que seu sigilo seja garantido.
farmacêutico e deve assegurar condições que Parágrafo único - Os dados dos usuários não
preservem a integridade e qualidade do produto, podem ser utilizados para qualquer forma de
respeitando as restrições de temperatura e promoção, publicidade, propaganda ou outra
umidade descritas na embalagem do forma de indução de consumo de
medicamento pelo detentor do registro, além de medicamentos.
atender as Boas Práticas de Transporte previstas
na legislação específica. Seção VI
§1º - Os produtos termossensíveis devem ser Da dispensação de outros produtos
transportados em embalagens especiais que Art. 60º - O usuário dos produtos
mantenham temperatura compatível com sua comercializados em farmácias e drogarias,
conservação. conforme legislação vigente, tem o direito a
§2º - Os medicamentos não devem ser obter informações acerca do uso correto e
transportados juntamente com produtos ou seguro, assim como orientações sobre as
substâncias que possam afetar suas condições ideais de armazenamento.
características de qualidade, segurança e
eficácia. CAPÍTULO VI
§3º - O estabelecimento deve manter DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) Art. 61º - Além da dispensação, poderá ser
contendo as condições para o transporte e criar permitida às farmácias e drogarias a prestação
mecanismos que garantam a sua inclusão na de serviços farmacêuticos conforme requisitos e
rotina de trabalho de maneira sistemática. condições estabelecidos nesta Resolução.
§4º - No caso de terceirização do serviço de §1º - São considerados serviços farmacêuticos
transporte, este deve ser feito por empresa passíveis de serem prestados em farmácias ou
devidamente regularizada conforme a legislação drogarias a atenção farmacêutica e a perfuração
vigente. de lóbulo auricular para colocação de brincos.
Art. 57º - É permitida às farmácias e drogarias a §2º - A prestação de serviço de atenção
entrega de medicamentos por via postal desde farmacêutica compreende a atenção
que atendidas as condições sanitárias que farmacêutica domiciliar, a aferição de
assegurem a integridade e a qualidade dos parâmetros fisiológicos e bioquímico e a
produtos, conforme legislação vigente. administração de medicamentos.
Art. 58º - O estabelecimento farmacêutico deve §3º - Somente serão considerados regulares os
assegurar ao usuário o direito à informação e serviços farmacêuticos devidamente indicados
orientação quanto ao uso de medicamentos no licenciamento de cada estabelecimento,
solicitados por meio remoto. sendo vedado utilizar qualquer dependência da
§1º - Para os fins deste artigo, deve ser farmácia ou drogaria como consultório ou outro
garantido aos usuários meios para comunicação fim diverso do licenciamento, nos termos da lei.
direta e imediata com o Farmacêutico §4º - A prestação de serviços farmacêuticos em
Responsável Técnico, ou seu substituto, farmácias e drogarias deve ser permitida por
presente no estabelecimento. autoridade sanitária mediante prévia inspeção
§2º - Junto ao medicamento solicitado deve ser para verificação do atendimento aos requisitos
entregue cartão, ou material impresso mínimos dispostos nesta Resolução, sem
equivalente, com o nome do farmacêutico, prejuízo das disposições contidas em normas
telefone e endereço do estabelecimento, sanitárias complementares estaduais e
contendo recomendação ao usuário para que municipais.
entre em contato com o farmacêutico em caso §5º - É vedado à farmácia e drogaria prestar
de dúvidas ou para receber orientações relativas serviços não abrangidos por esta Resolução.
ao uso do medicamento. Art. 62º - O estabelecimento deve manter
§3 - O cartão ou material descrito no parágrafo disponível, para informar ao usuário, lista
anterior não poderá utilizar designações, atualizada com a identificação dos

296
estabelecimentos públicos de saúde mais disponibilizado pelo estabelecimento
próximos, contendo a indicação de endereço e farmacêutico no domicílio do usuário, nos
telefone. termos desta Resolução.
Parágrafo único - A prestação de atenção
Seção I farmacêutica domiciliar por farmácias e
Da Atenção Farmacêutica drogarias somente é permitida a
Art. 63º - A atenção farmacêutica deve ter estabelecimentos devidamente licenciados e
como objetivos a prevenção, detecção e autorizados pelos órgãos sanitários competentes.
resolução de problemas relacionados a
medicamentos, promover o uso racional dos Subseção II
medicamentos, a fim de melhorar a saúde e Da Aferição Dos Parâmetros Fisiológicos e
qualidade de vida dos usuários. Bioquímico Permitidos
§1º - Para subsidiar informações quanto ao Art. 69º - A aferição de parâmetros fisiológicos
estado de saúde do usuário e situações de risco, ou bioquímico oferecida na farmácia e drogaria
assim como permitir o acompanhamento ou a deve ter como finalidade fornecer subsídios para
avaliação da eficácia do tratamento prescrito por a atenção farmacêutica e o monitoramento da
profissional habilitado, fica permitida a aferição terapia medicamentosa, visando à melhoria da
de determinados parâmetros fisiológicos e sua qualidade de vida, não possuindo, em
bioquímico do usuário, nos termos e condições nenhuma hipótese, o objetivo de diagnóstico.
desta Resolução. §1º - Os parâmetros fisiológicos cuja aferição é
§2º - Também fica permitida a administração de permitida nos termos desta Resolução são
medicamentos, nos termos e condições desta pressão arterial e temperatura corporal.
Resolução. §2º - O parâmetro bioquímico cuja aferição é
Art. 64 - Devem ser elaborados protocolos para permitida nos termos desta Resolução é a
as atividades relacionadas à atenção glicemia capilar.
farmacêutica, incluídas referências §3º - Verificada discrepância entre os valores
bibliográficas e indicadores para avaliação dos encontrados e os valores de referência
resultados. constantes em literatura técnico-científica
§1º - As atividades devem ser documentadas de idônea, o usuário deverá ser orientado a
forma sistemática e contínua, com o procurar assistência médica.
consentimento expresso do usuário. §4º - Ainda que seja verificada discrepância
§2º - Os registros devem conter, no mínimo, entre os valores encontrados e os valores de
informações referentes ao usuário (nome, referência, não poderão ser indicados
endereço e telefone), às orientações e medicamentos ou alterados os medicamentos
intervenções farmacêuticas realizadas e aos em uso pelo paciente quando estes possuam
resultados delas decorrentes, bem como restrição de "venda sob prescrição médica".
informações do profissional responsável pela Art. 70° - As medições do parâmetro
execução do serviço (nome e número de bioquímico de glicemia capilar devem ser
inscrição no Conselho Regional de Farmácia). realizadas por meio de equipamentos de
Art. 65º - As ações relacionadas à atenção autoteste.
farmacêutica devem ser registradas de modo a Parágrafo único - A aferição de glicemia
permitir a avaliação de seus resultados. capilar em farmácias e drogarias realizadas por
Parágrafo único - Procedimento Operacional meio de equipamentos de autoteste no contexto
Padrão deverá dispor sobre a metodologia de da atenção farmacêutica não é considerada um
avaliação dos resultados. Teste Laboratorial Remoto - TLR, nos termos
Art. 66º - O farmacêutico deve orientar o da legislação específica.
usuário a buscar assistência de outros Art. 71º - Para a medição de parâmetros
profissionais de saúde, quando julgar fisiológicos e bioquímico permitidos deverão
necessário, considerando as informações ou ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios
resultados decorrentes das ações de atenção que possuam registro, notificação, cadastro ou
farmacêutica. que sejam legalmente dispensados de tais
Art. 67º - O farmacêutico deve contribuir para a requisitos junto a Anvisa.
farmacovigilância, notificando a ocorrência ou Parágrafo único - Devem ser mantidos
suspeita de evento adverso ou queixa técnica às registros das manutenções e calibrações
autoridades sanitárias. periódicas dos aparelhos, segundo
regulamentação específica do órgão competente
Subseção I e instruções do fabricante do equipamento.
Da Atenção Farmacêutica Domiciliar Art. 72º - Os Procedimentos Operacionais
Art. 68º - A atenção farmacêutica domiciliar Padrão (POP’s) relacionados aos procedimentos
consiste no serviço de atenção farmacêutica de aferição de parâmetros fisiológicos e

297
bioquímico devem indicar claramente os Da Perfuração do Lóbulo Auricular para
equipamentos e as técnicas ou metodologias Colocação de Brincos
utilizadas, parâmetros de interpretação de Art. 78º - A perfuração do lóbulo auricular
resultados e as referências bibliográficas deverá ser feita com aparelho específico para
utilizadas. esse fim e que utilize o brinco como material
Parágrafo único - O Procedimento Operacional perfurante.
Padrão (POP) deve incluir os equipamentos de Parágrafo único - É vedada a utilização de
proteção individual (EPI’s) a serem utilizados agulhas de aplicação de injeção, agulhas de
para a medição de parâmetros fisiológicos e suturas e outros objetos para a realização da
bioquímico, assim como trazer orientações perfuração.
sobre seu uso e descarte. Art. 79º - Os brincos e a pistola a serem
Art. 73º - Os procedimentos que gerem resíduos oferecidos aos usuários devem estar
de saúde, como materiais perfurocortantes, gaze regularizados junto à Anvisa, conforme
ou algodão sujos com sangue, deverão ser legislação vigente.
descartados conforme as exigências de §1º - Os brincos deverão ser conservados em
legislação específica para Gerenciamento de condições que permitam a manutenção da sua
Resíduos de Serviços de Saúde. esterilidade.
§2º - Sua embalagem deve ser aberta apenas no
Da Administração de Medicamentos ambiente destinado à perfuração, sob a
Art. 74º - Fica permitida a administração de observação do usuário e após todos os
medicamentos nas farmácias e drogarias no procedimentos de assepsia e anti-sepsia
contexto do acompanhamento necessários para evitar a contaminação do
farmacoterapêutico. brinco e uma possível infecção do usuário.
Parágrafo único - É vedada a administração de
medicamentos de uso exclusivo hospitalar. Art. 80º - Os procedimentos relacionados à
Art. 75º - Os medicamentos para os quais é anti-sepsia do lóbulo auricular do usuário e das
exigida a prescrição médica devem ser mãos do aplicador, bem como ao uso e assepsia
administrados mediante apresentação de receita do aparelho utilizado para a perfuração deverão
e após sua avaliação pelo farmacêutico. estar descritos em Procedimentos Operacionais
§1º - O farmacêutico deve entrar em contato Padrão (POP’s).
com o profissional prescritor para esclarecer §1º - Deve estar descrita a referência
eventuais problemas ou dúvidas que tenha bibliográfica utilizada para o estabelecimento
detectado no momento da avaliação da receita. dos procedimentos e materiais de anti-sepsia e
§2º - A data de validade do medicamento deve assepsia.
ser verificada antes da administração. §2º - Procedimento Operacional Padrão (POP)
Art. 76º - Os medicamentos adquiridos no deverá especificar os equipamentos de proteção
estabelecimento, a serem utilizados na prestação individual a serem utilizados, assim como
de serviços de que trata esta seção, cujas apresentar instruções para seu uso e descarte.
embalagens permitam múltiplas doses, devem
ser entregues ao usuário após a administração, Seção III
no caso de sobra. Da Declaração de Serviço Farmacêutico
§1º - O usuário deve ser orientado quanto às Art. 81º - Após a prestação do serviço
condições de armazenamento necessárias à farmacêutico deve ser entregue ao usuário a
preservação da qualidade do produto. Declaração de Serviço Farmacêutico.
§2º - É vedado o armazenamento em farmácias §1º - A Declaração de Serviço Farmacêutico
e drogarias de medicamentos cuja embalagem deve ser elaborada em papel com identificação
primária tenha sido violada. do estabelecimento, contendo nome, endereço,
Art. 77º - Para a administração de telefone e CNPJ, assim como a identificação do
medicamentos deverão ser utilizados materiais, usuário ou de seu responsável legal, quando for
aparelhos e acessórios que possuam registro, o caso.
notificação, cadastro ou que sejam legalmente §2º - A Declaração de Serviço Farmacêutico
dispensados de tais requisitos junto a Anvisa. deve conter, conforme o serviço farmacêutico
Parágrafo único - Devem ser mantidos prestado, no mínimo, as seguintes informações:
registros das manutenções e calibrações I - atenção farmacêutica:
periódicas dos aparelhos, segundo a) medicamento prescrito e dados do prescritor
regulamentação específica do órgão competente (nome e inscrição no conselho profissional),
e instruções do fabricante do equipamento. quando houver;
b) indicação de medicamento isento de
Seção II prescrição e a respectiva posologia, quando
houver;

298
c) valores dos parâmetros fisiológicos e
bioquímico, quando houver, seguidos dos CAPÍTULO VII
respectivos valores considerados normais; DA DOCUMENTAÇÃO
d) frase de alerta, quando houver medição de Art. 85º - Deve ser elaborado Manual de Boas
parâmetros fisiológicos e bioquímico: "ESTE Práticas Farmacêuticas, específico para o
PROCEDIMENTO NÃO TEM FINALIDADE estabelecimento, visando ao atendimento ao
DE DIAGNÓSTICO E NÃO SUBSTITUI A disposto nesta Resolução, de acordo com as
CONSULTA MÉDICA OU A REALIZAÇÃO atividades a serem realizadas.
DE EXAMES LABORATORIAIS “; Art. 86º - O estabelecimento deve manter
e) dados do medicamento administrado, quando Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s), de
houver: acordo com o previsto no Manual de Boas
1. nome comercial, exceto para genéricos; Práticas Farmacêuticas, no mínimo, referentes
2. denominação comum brasileira; às atividades relacionadas a:
3. concentração e forma farmacêutica; I - manutenção das condições higiênicas e
4. via de administração; sanitárias adequadas a cada ambiente da
5. número do lote; e farmácia ou drogaria;
6. número de registro na Anvisa. II - aquisição, recebimento e armazenamento
f) orientação farmacêutica; dos produtos de comercialização permitida;
g) plano de intervenção, quando houver; e III - exposição e organização dos produtos para
h) data, assinatura e carimbo com inscrição no comercialização;
Conselho Regional de Farmácia (CRF) do IV - dispensação de medicamentos;
farmacêutico responsável pelo serviço. V - destino dos produtos com prazos de
II - perfuração do lóbulo auricular para validade vencidos;
colocação de brincos: VI - destinação dos produtos próximos ao
a) dados do brinco: vencimento;
1. nome e CNPJ do fabricante; e VII - prestação de serviços farmacêuticos
2. número do lote. permitidos, quando houver;
b) dados da pistola: VIII - utilização de materiais descartáveis e sua
1. nome e CNPJ do fabricante; e destinação após o uso; e
2. número do lote. IX - outros já exigidos nesta Resolução.
c) data, assinatura e carimbo com inscrição no Art. 87º - Os Procedimentos Operacionais
Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Padrão (POP) devem ser aprovados, assinados e
farmacêutico responsável pelo serviço. datados pelo farmacêutico responsável técnico.
§3º - É proibido utilizar a Declaração de Serviço §1º - Qualquer alteração introduzida deve
Farmacêutico com finalidade de propaganda ou permitir o conhecimento de seu conteúdo
publicidade ou para indicar o uso de original e, conforme o caso, ser justificado o
medicamentos para os quais é exigida motivo da alteração.
prescrição médica ou de outro profissional §2º - Devem estar previstas as formas de
legalmente habilitado. divulgação aos funcionários envolvidos com as
§4º - A Declaração de Serviço Farmacêutico atividades por eles realizadas.
deve ser emitida em duas vias, sendo que a §3º - Deve estar prevista revisão periódica dos
primeira deve ser entregue ao usuário e a Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para
segunda permanecer arquivada no fins de atualização ou correções que se façam
estabelecimento. necessárias.
Art. 82º - Os dados e informações obtidos em Art. 88º - O estabelecimento deve manter
decorrência da prestação de serviços registros, no mínimo, referentes a:
farmacêuticos devem receber tratamento I - treinamento de pessoal;
sigiloso, sendo vedada sua utilização para II - serviço farmacêutico prestado, quando
finalidade diversa à prestação dos referidos houver;
serviços. III - divulgação do conteúdo dos Procedimentos
Art. 83º - Os Procedimentos Operacionais Operacionais Padrão (POP’s) aos funcionários,
Padrão (POP’s) relacionados devem conter de acordo com as atividades por eles realizadas;
instruções sobre limpeza dos ambientes, uso e IV - execução de programa de combate a
assepsia dos aparelhos e acessórios, uso e insetos e roedores;
descarte dos materiais perfurocortantes e anti- V - manutenção e calibração de aparelhos ou
sepsia aplicada ao profissional e ao usuário. equipamentos, quando exigido; e
Art. 84º - A execução de qualquer serviço VI - outros já exigidos nesta Resolução.
farmacêutico deve ser precedida da anti-sepsia Art. 89º - Toda documentação deve ser mantida
das mãos do profissional, independente do uso no estabelecimento por no mínimo 5 (cinco)
de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). anos, permanecendo, nesse período, à

299
disposição do órgão de vigilância sanitária Art. 97º - As farmácias e drogarias devem
competente para fiscalização. possuir Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde - PGRSS, conforme
CAPÍTULO VIII legislação específica.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E Art. 98º - Os estabelecimentos abrangidos por
TRANSITÓRIAS esta Resolução terão o prazo de seis meses para
Art. 90º - É vedado utilizar qualquer promover as adequações necessárias ao
dependência da farmácia ou da drogaria como cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas
consultório ou outro fim diverso do para o controle sanitário do funcionamento, da
licenciamento. dispensação e da comercialização de produtos e
Parágrafo único - É vedada a oferta de outros da prestação de serviços farmacêuticos.
serviços que não estejam relacionados com a Art. 99º - O descumprimento das disposições
dispensação de medicamentos, a atenção contidas nesta Resolução constitui infração
farmacêutica e a perfuração de lóbulo auricular, sanitária, nos termos da Lei Nº 6.437, de 20 de
nos termos desta Resolução. agosto de 1977, sem prejuízo das
Art. 91º - A promoção e a propaganda de responsabilidades civil, administrativa e penal
produtos sujeitos às normas de vigilância cabíveis.
sanitária realizadas em farmácias e drogarias Art. 100º - Cabe ao Sistema Nacional de
devem obedecer às disposições normativas Vigilância Sanitária, além de garantir a
descritas em legislação específica. fiscalização do cumprimento desta norma, zelar
Parágrafo único - O mesmo regulamento pela uniformidade das ações segundo os
deverá ser observado quanto às regras para princípios e normas de regionalização e
programas de fidelização realizados em hierarquização do Sistema Único de Saúde.
farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, Art. 101º - Ficam revogadas as Resoluções da
e anúncios de descontos para medicamentos. Diretoria Colegiada - RDC Nº 328, de 22 de
Art. 92º - As farmácias e drogarias podem julho de 1999, RDC Nº 149, de 11 de junho de
participar de campanhas e programas de 2003, a RDC Nº 159, de 20 de junho de 2003,
promoção da saúde e educação sanitária RDC Nº 173, de 8 de julho de 2003 e RDC Nº
promovidos pelo Poder Público. 123, de 12 de maio de 2005.
Art. 93º - Fica permitido às farmácias e Art. 102º - Esta Resolução entra em vigor na
drogarias participar de programa de coleta de data de sua publicação.
medicamentos a serem descartados pela DIRCEU RAPOSO DE MELLO
comunidade, com vistas a preservar a saúde Diretor-Presidente
pública e a qualidade do meio ambiente,
considerando os princípios da biossegurança de Este texto não substitui o publicado no D.O.U
empregar medidas técnicas, administrativas e em 18.08.2009
normativas para prevenir acidentes, preservando
a saúde pública e o meio ambiente.
Parágrafo único - As condições técnicas e
operacionais para coleta de medicamentos
descartados devem atender ao disposto na
legislação vigente.
Art. 94º - As farmácias que possuírem atividade
de manipulação de medicamentos para uso
humano, além dos requisitos estabelecidos nesta
Resolução, devem atender às Boas Práticas de
Manipulação de Medicamentos para Uso
Humano, conforme legislação específica.
Art. 95º - As farmácias e drogarias que
realizarem a manipulação ou dispensação de
produtos sujeitos ao controle especial devem
atender, complementarmente, as disposições de
legislação específica vigente sobre o tema.
Art. 96º - Os estabelecimentos que realizem a
dispensação de medicamentos na forma
fracionada, a partir de suas embalagens
originais, além dos requisitos estabelecidos
nesta Resolução, devem atender às Boas
Práticas para Fracionamento de Medicamentos,
conforme legislação específica.

300
distribuição de amostras grátis de medicamentos
RDC n° 60 de 26/11/2009 no Brasil.

(DOU de 27.11.2009) Art. 2º Para efeito deste Regulamento são


adotadas as seguintes definições:
Dispõe sobre a distribuição de Amostra Grátis I - AMOSTRA GRÁTIS - medicamento com a
no país quantidade total ou específica da apresentação
registrada na Anvisa destinado à distribuição
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de gratuita aos profissionais prescritores como
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que ferramenta de publicidade.
lhe confere o inciso IV do art. 11 do II - EMPRESA - Pessoa física ou jurídica, de
Regulamento da ANVISA aprovado pelo direito público ou privado, que exerça como
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e atividade principal ou subsidiária o comércio,
tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ venda, fornecimento e distribuição de drogas,
1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno medicamentos, insumos farmacêuticos e
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº correlatos, equiparando-se à mesma, para os
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, efeitos deste regulamento, as unidades dos
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, órgãos da Administração direta ou indireta,
em reunião realizada em 24 de novembro de federal, estadual, do Distrito Federal, dos
2009; Territórios, dos Municípios e entidades
considerando a Constituição Federal de 1988; paraestatais, incumbidas de serviços
considerando a Lei nº 6.360, de 23 de setembro correspondentes;
de 1976; III - MEDICAMENTO - Produto farmacêutico,
considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de tecnicamente obtido ou elaborado, com
janeiro de 1977, que regulamenta a Lei nº 6.360, finalidade profilática, curativa, paliativa ou para
de 24 de setembro de 1976; fins de diagnóstico;
considerando a Lei nº 9.782, de 26, de janeiro IV - MEDICAMENTO BIOLÓGICO -
de 1999; Medicamento que contém molécula com
considerando a Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro atividade biológica conhecida, já registrada no
de 1999; Brasil e que tenha passado por todas as etapas
considerando a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de de fabricação formulação, envase, liofilização,
2006; rotulagem, embalagem, armazenamento,
considerando o Decreto nº 5.912, de 27 de controle de qualidade e liberação do lote de
setembro de 2006, que regulamenta a Lei no produto biológico para uso);
11.343, de 23 de agosto de 2006; V - PREPARAÇÃO MAGISTRAL DE
considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de MEDICAMENTO - É aquela preparada na
1977; farmácia, de forma individualizada, para ser
considerando a Lei nº 9.294, de 15 de julho de dispensada atendendo a uma prescrição de um
1996; profissional habilitado, respeitada a legislação
considerando o Decreto nº 2.018, de 1º de vigente, que estabelece sua composição, forma
outubro de 1996, que regulamenta a Lei nº farmacêutica, posologia e modo de usar;
9.294, de 15 de julho de 1996; VI - PRESCRITORES - Profissionais de saúde
considerando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro autorizados legalmente para a prescrição de
de 1990; medicamentos no país.
considerando o Decreto nº 2.181, de 20 de
março de 1997; Art. 3º A distribuição de amostras grátis de
considerando a Portaria nº 3.916, de 30 de medicamentos somente pode ser feita pelas
outubro de 1998, que define a Política Nacional empresas aos profissionais prescritores,
de Medicamentos; mediante aceitação documentada, em
considerando a Portaria Anvisa nº 640, de 10 de ambulatórios, hospitais, consultórios médicos e
Junho de 2009, que instituiu Grupo de Trabalho odontológicos.
para elaboração de regulamento sobre amostra § 1º É vedada a distribuição de amostras grátis
grátis de medicamentos; de produtos biológicos que necessitem de
Adota a seguinte Resolução de Diretoria cuidados especiais de conservação e transporte,
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a conforme registro na Anvisa.
sua publicação. § 2º É vedada a distribuição de amostras grátis
CARLOS GABRIEL SURJUS de preparações magistrais de medicamentos.

Art. 1º Esta Resolução se aplica a todas as Art. 4º Somente é permitida a distribuição de


empresas que realizam a produção e/ou amostras grátis de medicamentos registrados na

301
Anvisa e de apresentações comercializadas pela embalagem secundária e ao longo da
empresa. embalagem primária;
IV - As embalagens secundárias das amostras
Art. 5º As amostras grátis de medicamentos grátis devem conter a expressão "VENDA
devem conter no mínimo 50% da quantidade PROIBIDA", não removível, de forma clara,
total de peso, volume líquido ou unidades ostensiva e precisa;
farmacotécnicas da apresentação registrada na V - As embalagens secundárias das amostras
Anvisa e comercializada pela empresa. grátis de medicamentos de venda sob prescrição
§1º- As amostras grátis de anticoncepcionais médica devem conter a expressão "USO SOB
deverão apresentar 100% da quantidade de peso, PRESCRIÇÃO MÉDICA'', não removível, em
volume líquido ou unidades farmacotécnicas da substituição à expressão "VENDA SOB
apresentação registrada na Anvisa e PRESCRIÇÃO MÉDICA", exigida em norma
comercializada pela empresa. específica.
§2º - A empresa titular de registro do
medicamento deverá entregar ao prescritor uma Art. 8º As Comissões de Farmácia e Terapêutica
quantidade de amostras grátis de antibióticos dos hospitais devem estabelecer os critérios para
suficientes para o tratamento completo do o recebimento e dispensação das amostras grátis
paciente. prescritas pelo médico, designando responsável
para o cumprimento desses critérios, além do
Art. 6º A fabricação das amostras grátis de armazenamento e controle do prazo de validade
medicamentos deve seguir fielmente as das amostras.
condições aprovadas no registro do § 1º Na ausência da Comissão de Farmácia e
medicamento, respeitando as diretrizes de Boas Terapêutica, o profissional farmacêutico e ou
Práticas de Fabricação de medicamentos. profissional prescritor deve garantir nos
§ 1º As amostras grátis de medicamentos devem ambulatórios e hospitais a adequada
apresentar os mesmos mecanismos de conservação das amostras grátis, sendo o
rastreabilidade e autenticidade definidos pela responsável pelo seu armazenamento, controle
autoridade sanitária para os medicamentos do prazo de validade e dispensação.
originais. § 2º Nos consultórios, os profissionais
§ 2º As embalagens das amostras grátis de prescritores devem garantir a adequada
medicamentos podem diferir apenas quanto ao conservação das amostras grátis, sendo os
seu tamanho ou volume, sendo expressamente responsáveis pelo seu armazenamento e controle
proibido alterar o material de embalagem do prazo de validade.
aprovado no registro. §3º Os prescritores devem entregar a quantidade
de amostras grátis de antibióticos suficientes
Art. 7° A rotulagem e a bula das amostras grátis para o tratamento completo do paciente.
de medicamentos devem se apresentar idênticas
às aprovadas no registro para a respectiva Art. 9º A distribuição de amostras grátis de
apresentação do medicamento, observando os medicamentos à base de substâncias sujeitas a
seguintes aspectos: controle especial deverá observar também os
I - As embalagens das amostras grátis não dispositivos constantes da Portaria 344/98, de
podem veicular designações, símbolos, figuras, 12 de maio de 1998 e da Portaria nº 06 de 29 de
imagens, desenhos, slogans e quaisquer janeiro de 1999, e suas atualizações.
argumentos de cunho publicitário, exceto
quando aprovado pela Anvisa para constar na Art. 10 A entrega da amostra grátis pelo
embalagem do medicamento registrado e profissional prescritor ao paciente deve ser
comercializado; realizada de forma a garantir o uso racional do
II - O número de registro constante na amostra medicamento.
grátis deve conter os treze (13) dígitos
correspondentes à apresentação do Art. 11 A empresa titular de registro do
medicamento, registrada e comercializada, da medicamento tem a responsabilidade de
qual se originou amostra. arquivar por, no mínimo, 02 (dois) anos após a
III - As embalagens das amostras grátis devem expiração da validade do lote da amostra grátis
conter a expressão ''AMOSTRA GRÁTIS'' não todos os documentos relacionados à produção,
removível, em caixa alta, com caracteres nunca distribuição e farmacovigilância da amostra
inferiores a 70% (setenta por cento) do tamanho grátis, contendo, no mínimo, as seguintes
do nome comercial ou, na sua falta, do nome do informações:
princípio ativo, em tonalidades contrastantes ao I - Registro das solicitações de amostras grátis
padrão daquelas, inseridas no terço médio da realizadas pelos profissionais prescritores;

302
II - Número do lote das amostras grátis § 2º As empresas deverão observar o disposto
distribuídas, acompanhado da identificação no art. 170 do Decreto 79.094/1977.
nominal e número de registro nos respectivos Art. 19 Ficam revogadas as disposições
conselhos dos profissionais prescritores que constantes dos artigos 33 a 35 e do parágrafo
receberam as amostras grátis; único do artigo 45 da RDC 96/2008 a partir da
III - Nota fiscal com a descrição da apresentação publicação desta Resolução.
da amostra grátis, incluindo o número do lote; Art. 20 Esta Resolução entra em vigor na data
de sua publicação.
Art. 12 As empresas titulares de registro de DIRCEU RAPOSO DE MELLO
medicamentos devem encaminhar anualmente a
Anvisa informações de produção e distribuição Este texto não substitui o publicado no D.O.U
de amostras grátis juntamente com o relatório de em 27.11.2009
comercialização apresentado a Anvisa.
RDC nº 23, de 17 de junho de 2010 – alterou os
Art. 13 As empresas devem estabelecer prazos para adequação a norma, prorrogandodo
mecanismos para o transporte adequado das até 30 de novembro de 2010
amostras grátis, incluindo aquele realizado pelos
representantes que distribuem as amostras aos
profissionais prescritores, garantindo a
manutenção da qualidade, segurança e eficácia
dos medicamentos.

Art. 14 Os procedimentos adotados para


notificações de eventos adversos de
medicamentos devem ser os mesmos para
amostras grátis.
Parágrafo único. As notificações de eventos
adversos devem especificar de forma clara
quando se tratar de medicamentos registrados e
comercializados ou de amostras grátis.

Art. 15 Os procedimentos de recolhimento


adotados para os medicamentos devem ser os
mesmos para amostras grátis.
Parágrafo único. Os procedimentos referentes à
solicitação de anuência prévia para mensagens
de recolhimento adotados para o medicamentos
devem ser os mesmos para amostras grátis,
incluindo o valor da taxa.

Art. 16 A Anvisa, sempre que necessário,


exigirá informações sobre a produção,
distribuição e uso das amostras grátis.

Art. 17 A inobservância ou desobediência ao


disposto neste regulamento configura infração
de natureza sanitária sujeitando o infrator ao
processo, penalidades e sanções previstas na Lei
6.437, de 20 de agosto de 1977, e em outros
específicos.
Art. 18 Fica estabelecido o prazo de 90
(noventa) dias, a contar da data de sua
publicação, para as empresas se adequarem às
novas disposições desta Resolução.
§ 1º Fica restabelecida a vigência dos itens
2.1.8.1.1, 2.1.8.1.2, 17.1, 17.2 e 17.3 do Anexo
da Resolução - RDC 333/2003 durante o
período de transição de 90 dias de que trata o
caput deste artigo.

303
RDC nº 71, de 22/12/2009 garantia das pessoas portadoras de deficiência,
(D.O.U de 23.12.2009) nos termos do inciso II do art. 23 da
Constituição;
Dispões sobre os rótulos de todos os considerando as disposições previstas pela Lei
medicamentos registrados e comercializados no n°. 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá
Brasil prioridade de atendimento às pessoas que
especifica, e dá outras providências;
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de considerando as disposições previstas pela Lei
Vigilância Sanitária - Anvisa, no uso da n°. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 estabelece normas gerais e critérios básicos para
do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. a promoção da acessibilidade das pessoas
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o portadoras de deficiência ou com mobilidade
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 reduzida, e dá outras providências;
do Regimento Interno aprovado nos termos do considerando as disposições previstas pelo
Anexo I da Portaria nº. 354 da Anvisa, de 11 de Decreto nº. 5.296, de 02 de dezembro de 2004,
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de que Regulamenta a Lei n°. 10.048, de 8 de
agosto de 2006, em reunião realizada 16 em novembro de 2000, que dá prioridade de
dezembro de 2009; atendimento às pessoas que especifica, e a Lei
considerando que a saúde é direito de todos e n°. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
dever do Estado, garantido mediante políticas estabelece normas gerais e critérios básicos para
sociais e econômicas que visem à redução do a promoção da acessibilidade das pessoas
risco de doença e de outros agravos e ao acesso portadoras de deficiência ou com mobilidade
universal e igualitário às ações e serviços para reduzida, e dá outras providências;
sua promoção, proteção e recuperação, nos considerando as diretrizes estabelecidas pela
termos do art. 196 da Constituição da República Comissão Brasileira de Braille - CBB, e pela
Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988; Associação Brasileira de Normas Técnicas -
considerando a Lei nº. 6.360, de 23 de ABNT, quanto a utilização do sistema Braille;
setembro de 1976, e o Decreto nº. 79.094, de 5 considerando o documento Standard Rules on
de janeiro de 1977, que dispõe sobre o sistema the Equalization of opportunities for person
de vigilância sanitária a que ficam sujeitos os with disabilities adotado pela Assembléia Geral
medicamentos; considerando a Lei nº. 9.787, de das Organizações das Nações Unidas;
10 de fevereiro de 1999, que altera a Lei nº. considerando as diretrizes, as prioridades e as
6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe responsabilidades estabelecidas na Política
sobre o medicamento genérico e sobre a Nacional de Medicamentos, instituída pela
utilização de nomes genéricos em produtos Portaria n°. 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de
farmacêuticos; 1998, e aprovada pelo CNS pela Resolução n°.
considerando a Lei nº. 5.991, de 17 de 338, de 20 maio de 2004, que busca garantir
dezembro de 1973, e o Decreto nº. 74.170, de condições para segurança e qualidade dos
10 de junho de 1974 que dispõe sobre o controle medicamentos utilizados no país, promover o
sanitário do comércio de drogas, medicamentos, uso racional e o acesso da população àqueles
insumos farmacêuticos e correlatos; considerados essenciais;
considerando a Lei nº. 6.437, de 20 de agosto considerando a importância do acesso à
de 1977, que dispõe sobre as infrações à informação imparcial e de qualidade para
legislação sanitária federal e estabelece as orientar o autocuidado e a automedicação
respectivas penalidades; disposta no Report of the 4th WHO -
considerando o direito à informação, às Consultative Group on the Role of the
pessoas assistidas, sobre sua saúde conforme Pharmacist;
previsto nos termos do inciso V do art. 7º da Lei considerando que as informações sobre
Orgânica da Saúde (LOS), Lei nº. 8.080, de 19 medicamentos devem orientar pacientes e
de setembro de 1990; profissionais de saúde, favorecendo o uso
considerando o direito à informação adequada racional, os rótulos de medicamentos devem
e clara sobre os diferentes produtos e serviços, conter informações que permitam identificá-lo,
com especificação correta de quantidade, armazená-lo e rastreá-lo adequadamente, além
características, composição, qualidade e preço, de informar sobre riscos sanitários para algumas
bem como sobre os riscos que apresentem, populações especiais e dispor que outras
conforme o previsto pelo inciso III do art. 6° do informações para o uso seguro do medicamento
Código de Defesa do Consumidor, Lei nº. 8078, estarão dispostas na sua bula;
de 11 de setembro de 1990; considerando as disposições específicas da
considerando que compete à União cuidar da Resolução - RDC n°. 59, de 24 de novembro de
saúde e assistência pública, da proteção e 2009 que dispõe sobre a implantação do Sistema

304
Nacional de Controle de Medicamentos e VIII - embalagem hospitalar: embalagem
definição dos mecanismos para rastreamento de secundária de medicamentos de venda com ou
medicamentos, por meio de tecnologia de sem exigência de prescrição médica, utilizada
captura, armazenamento e transmissão para o acondicionamento de medicamentos com
eletrônica de dados e dá outras providências; destinação hospitalar;
considerando a competência da Anvisa, no IX - embalagem múltipla: embalagem
cumprimento de suas atribuições secundária de medicamentos de venda sem
regulamentares, quanto a implementação de exigência de prescrição médica dispensados
ações para agilizar a operacionalização de suas exclusivamente nas embalagens primárias;
atividades administrativas quanto ao registro, X - embalagem primária: embalagem que
atualização e revalidação de produtos; mantém contato direto com o medicamento;
considerando a Medida Provisória no. 2.190- XI - embalagem secundária: embalagem externa
34, de 23 de agosto de 2001 que instituiu a do produto, que está em contato com a
isenção do recolhimento de taxa para acréscimo embalagem primária ou envoltório
ou alteração de registro, referente aos rótulos de intermediário, podendo conter uma ou mais
medicamentos; adota a seguinte Resolução da embalagens primárias;
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, XII - envoltório intermediário: embalagem
determino a sua publicação: opcional que está em contato com a embalagem
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico primária e constitui um envoltório ou qualquer
que estabelece as diretrizes para a rotulagem outra forma de proteção removível, podendo
de medicamentos. conter uma ou mais embalagens primárias,
conforme aprovação da Anvisa;
CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES INICIAIS XIII - restrição de uso: limitação de uso de um
Seção I - Objetivo medicamento quanto à população alvo, podendo
Art. 2º Este Regulamento possui o objetivo de ser para uso pediátrico, para uso adulto ou para
aprimorar a forma e o conteúdo dos rótulos de uso adulto e pediátrico;
todos os medicamentos registrados e XIV - restrição de prescrição: limitação de
comercializados no Brasil, visando garantir o prescrição de um medicamento de acordo com a
acesso à informação segura e adequada em prol sua categoria de venda, podendo ser de venda
do uso racional de medicamentos. sem exigência de prescrição médica, venda sob
Seção II - Abrangência prescrição médica, com ou sem retenção de
Art. 3º Este Regulamento se aplica a todos os receita, de acordo com norma específica;
medicamentos registrados na Anvisa. V - restrição de destinação: limitação do
Seção III - Definições estabelecimento alvo para a venda do
Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico medicamento, sendo que uma mesma
são adotadas as seguintes definições: apresentação pode ter mais de uma destinação,
I - bula: documento legal sanitário que contém podendo ser comercial, hospitalar, institucional
informações técnico-científicas e orientadoras e profissional/ empresa especializada;
sobre os medicamentos para o seu uso racional; XVI - rótulo: identificação impressa ou
II - destinação comercial: venda permitida para litografada, bem como dizeres pintados ou
farmácias e drogarias; gravados a fogo, pressão ou decalco, aplicados
III - destinação hospitalar: venda permitida para diretamente sobre recipientes, vasilhames,
hospitais, clínicas e ambulatórios; invólucros, envoltórios ou qualquer outro
IV - destinação institucional: venda permitida protetor de embalagem;
para os programas governamentais com destino XVII - Sistema Braille: processo de leitura e
aos postos de dispensação de medicamentos escrita em relevo, com base em 64 (sessenta e
vinculados ao Sistema Único de Saúde; quatro) símbolos resultantes da combinação de
V - destinação profissional/ empresa 6 (seis) pontos, dispostos em duas colunas de 3
especializada: venda permitida para (três) pontos; e,
profissionais ou empresa especializada; XVIII - Uso restrito a hospitais: medicamentos
VI - embalagem: invólucro, recipiente ou cuja administração é permitida apenas em
qualquer forma de acondicionamento removível, ambiente hospitalar, independentemente da
ou não, destinado a cobrir, empacotar, envasar, restrição de destinação, definidos em norma
proteger ou manter, especificamente ou não, específica.
medicamentos; CAPÍTULO IIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS
VII - embalagem de transporte: embalagem PARA OS RÓTULOS DE MEDICAMENTOS
utilizada para transporte de medicamentos Seção I - Das informações para as embalagens
acondicionados em suas embalagens primárias secundárias
ou secundárias;

305
Art. 5° Os rótulos das embalagens secundárias XVI - a expressão "Indústria Brasileira", quando
de medicamentos devem conter as seguintes aplicável;
informações: XVII - o nome do responsável técnico, número
I - o nome comercial do medicamento; de inscrição e sigla do Conselho Regional de
II - a denominação genérica de cada princípio Farmácia da empresa titular do registro;
ativo, em letras minúsculas, utilizando a XVIII - telefone do Serviço de Atendimento ao
Denominação Comum Brasileira (DCB); Consumidor (SAC) da empresa titular do
III - a concentração de cada princípio ativo, por registro ou de sua responsabilidade; e,
unidade de medida ou unidade farmacotécnica, XIX - a sigla "MS" adicionada ao número de
conforme o caso; registro no Ministério da Saúde conforme
IV - a via de administração; publicado em Diário Oficial da União (DOU),
V - a quantidade total de peso líquido, volume e sendo necessários os treze dígitos.
unidades farmacotécnicas, conforme o caso; § 1° No caso de medicamento genérico e
VI - a quantidade total de acessórios dosadores imunoterápico, é proibido usar nome comercial,
que acompanha as apresentações, quando devendo ser adotada apenas a denominação
aplicável; genérica.
VII - a forma farmacêutica; § 2° No caso de medicamentos injetáveis
VIII - a restrição de uso por faixa etária, na face classificados como Soluções Parenterais de
principal, incluindo a frase, em caixa alta, "USO Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de
ADULTO", "USO ADULTO E PEDIÁTRICO cloreto de sódio, água para injeção, solução de
ACIMA DE___", "USO PEDIÁTRICO glicose e outros açúcares e eletrólitos, é
ACIMA DE ____", indicando a idade mínima, facultativo usar nome comercial, podendo ser
em meses ou anos, para qual foi aprovada no adotada apenas a denominação genérica.
registro o uso do medicamento, ou "USO § 3° No caso de medicamentos fitoterápicos,
ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
medicamentos sem restrição de uso por idade, indicando espécie (Gênero + epíteto específico)
conforme aprovado no registro; para sua a denominação genérica; a
IX - a composição qualitativa, conforme concentração de cada princípio ativo deve ser
Denominação Comum Brasileira (DCB), e expressa pela concentração de cada derivado
quantitativa de cada princípio ativo, incluindo, vegetal e a composição do medicamento deve
quando aplicável, a equivalência sal base; indicar a relação real, em peso ou volume, do
X - os cuidados de conservação, indicando a derivado vegetal utilizado a correspondência em
faixa de temperatura e condições de marcadores e a descrição do derivado.
armazenamento, conforme estudo de § 4° No caso de medicamentos dinamizados,
estabilidade do medicamento; deve-se descrever os insumos utilizando a
XI - o nome e endereço da empresa titular do nomenclatura das farmacopéias e compêndios
registro no Brasil; reconhecidos pela Anvisa para sua a
XII - o nome e endereço da empresa fabricante, denominação genérica e a concentração de cada
quando ela diferir da empresa titular do registro, principio ativo deve ser expressa pela potência e
citando a cidade e o estado, precedidos pela escala de cada insumo ativo.
frase "Fabricado por:" e inserindo a frase § 5° É facultativo incluir a composição
"Registrado por:" antes dos dados da empresa qualitativa dos excipientes, conforme
titular do registro; Denominação Comum Brasileira (DCB), ou dos
XIII - o nome e endereço da empresa fabricante, insumos inertes, no caso dos medicamentos
quando o medicamento for importado, citando a dinamizados.
cidade e o país precedidos pela frase "Fabricado § 6° É facultativo incluir informações sobre a
por" e inserindo a frase "Importado por:" antes empresa responsável pela comercialização do
dos dados da empresa titular do registro; medicamento, informando o seu nome e
XIV - o nome e endereço da empresa endereço, citando a cidade e o estado precedidos
responsável pela embalagem do medicamento, pela frase "Comercializado por" e incluindo a
quando ela diferir da empresa titular do registro frase "Registrado por:" antes dos dados da
ou fabricante, citando a cidade e o estado ou, se detentora do registro e informar
estrangeira, a cidade e o país, precedidos pela § 7° É permitido incluir a logomarca da empresa
frase "Embalado por:" e inserindo a frase farmacêutica titular do registro, bem como das
"Registrado por:" ou "Importando por:", empresas fabricantes e responsáveis pela
conforme o caso, antes dos dados da empresa embalagem e comercialização do medicamento,
titular do registro; desde que não prejudiquem a presença das
XV - o número do Cadastro Nacional de Pessoa informações obrigatórias.
Jurídica (CNPJ) do titular do registro;

306
Art. 6° Nos rótulos das embalagens secundárias principio ativo deve ser expressa pela potência e
de medicamentos devem ser inseridas as escala de cada insumo ativo.
seguintes frases de advertência: § 5º É permitido incluir o nome ou as
I - "TODO MEDICAMENTO DEVE SER logomarcas das empresas responsáveis pela
MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS fabricação, embalagem e comercialização dos
CRIANÇAS", em caixa alta; e, medicamentos, desde que a mesma contenha o
II - "Informações ao paciente, indicações, nome da empresa
contra-indicações e precauções: vide bula" ou e seja informada a etapa da cadeia de sua
"Informações ao profissional de saúde, responsabilidade, incluindo as frases:
indicações, contra-indicações e precauções: vide "Fabricado por:", "Comercializado por";
bula", conforme o tipo de bula disponibilizada "Embalado por", e não se prejudique a
na embalagem do medicamento, de acordo com legibilidade das informações exigidas para a
norma específica. embalagem primária.
Art. 7° No caso de contra-indicação, precaução § 6º É permitido incluir as demais informações
ou advertência para o uso de princípios ativos, previstas para a embalagem secundária na
classe terapêutica e excipientes, devem-se embalagem primária, desde que não
incluir, em negrito, as frases de advertências prejudiquem a legibilidade das informações
previstas em norma específica. obrigatórias.
Seção II - Das informações para as embalagens Art. 9° A impossibilidade de fazer constar na
primárias embalagem primária todas as informações
Art. 8° Os rótulos das embalagens primárias de exigidas nesta Resolução, deve ser justificada à
medicamentos devem conter as seguintes Anvisa no momento da notificação, do registro
informações: ou pósregistro.
I - o nome comercial do medicamento; Seção III - Das informações para as caixas de
II - a denominação genérica de cada princípio transporte
ativo, em letras minúsculas, utilizando a Art. 10. Os rótulos das caixas de transporte de
Denominação Comum Brasileira (DCB); medicamentos devem conter, impressas ou
III - a concentração de cada princípio ativo, por etiquetadas, as seguintes informações mínimas:
unidade de medida ou unidade farmacotécnica, I - o nome comercial do medicamento;
conforme o caso; II - a denominação genérica de cada princípio
IV - a via de administração; ativo, em letras minúsculas, utilizando a
V - o nome da titular do registro ou sua Denominação Comum Brasileira (DCB);
logomarca desde que a mesma contenha o nome III - a concentração de cada princípio ativo, por
da empresa; e, unidade de medida ou unidade farmacotécnica,
VI - o telefone do Serviço de Atendimento ao conforme o caso;
Consumidor (SAC), da empresa titular do IV - a forma farmacêutica;
registro ou de sua responsabilidade. V - o nome da titular do registro ou sua
§ 1° No caso de medicamento genérico e logomarca desde que a mesma contenha o nome
imunoterápico, é proibido usar nome comercial, da empresa;
devendo ser adotada apenas a denominação VI - os cuidados de conservação, indicando a
genérica. faixa de temperatura e condições de
§ 2° No caso de medicamentos injetáveis armazenamento, conforme estudo de
classificados como Soluções Parenterais de estabilidade do medicamento.
Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de § 1° No caso de medicamento genérico e
cloreto de sódio, água para injeção, solução de imunoterápico, é proibido usar nome comercial,
glicose e outros açúcares e eletrólitos, é devendo ser adotada apenas a denominação
facultativo usar nome comercial, podendo ser genérica.
adotada apenas a denominação genérica. § 2° No caso de medicamentos injetáveis
§ 3° No caso de medicamentos fitoterápicos, classificados como Soluções Parenterais de
deve-se utilizar a nomenclatura botânica, Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de
indicando espécie (Gênero + epíteto específico) cloreto de sódio, água para injeção, solução de
para sua a denominação genérica e a glicose e outros açúcares e eletrólitos, é
concentração de cada princípio ativo deve ser facultativo usar nome comercial, podendo ser
expressa pela concentração de cada derivado adotada apenas a denominação genérica.
vegetal. § 3° No caso de medicamentos fitoterápicos,
§ 4° No caso de medicamentos dinamizados, deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
deve-se descrever os insumos utilizando a indicando espécie (Gênero + epíteto específico)
nomenclatura das farmacopéias e compêndios para sua a denominação genérica e a
reconhecidos pela Anvisa para sua a concentração de cada princípio ativo deve ser
denominação genérica e a concentração de cada

307
expressa pela concentração de cada derivado composição do medicamento, qualitativa e
vegetal. quantitativa de todos os princípios ativos deve
§ 4° No caso de medicamentos dinamizados, estar disposta no rótulo, em uma das faces da
deve-se descrever os insumos utilizando a embalagem secundária ou, na sua ausência, na
nomenclatura das farmacopéias e compêndios embalagem primária.
reconhecidos pela Anvisa para sua a § 4° No caso de limitação no campo de
denominação genérica e a concentração de cada impressão para utilizar a denominação genérica
principio ativo deve ser expressa pela potência e do princípio ativo de produtos biológicos, ela
escala de cada insumo ativo. pode ser abreviada conforme aprovado no
Seção IV - Da disposição das informações nos registro.
rótulos Art. 13. A concentração por unidade de medida
Art. 11. As letras utilizadas nos rótulos para ou unidade farmacotécnica de cada princípio
identificação do nome comercial do ativo que for disposto na identificação do
medicamento e para a denominação genérica medicamento, deve estar no mesmo campo de
dos princípios ativos, devem ser de fácil leitura impressão, abaixo ou ao lado, do nome
e ostentar o mesmo destaque. comercial ou da denominação genérica dos
Art. 12. A denominação genérica de cada princípios ativos, com tamanho mínimo de 50%
princípio ativo deve ser disposta nos rótulos da altura do maior caractere do nome comercial.
imediatamente abaixo do nome comercial, Parágrafo único. Para medicamentos genéricos,
respeitando as seguintes regras de a concentração deve estar disposta abaixo da
proporcionalidade: denominação genérica dos princípios ativos com
I - para os medicamentos com até dois tamanho mínimo de 50% da altura do maior
princípios ativos, o nome genérico de cada um caractere da denominação genérica.
deve ser disposto com tamanho mínimo de 50% Art. 14. A descrição da forma farmacêutica
da altura do maior caractere do nome comercial; pode ser disposta com a quantidade total de
II - para os medicamentos com três ou mais peso líquido, volume ou unidades
princípios ativos, o nome genérico de cada um farmacotécnicas do medicamento.
deve ser disposto com tamanho mínimo de 30% Art. 15. As impressões do nome comercial,
da altura do maior caractere do nome comercial. denominação genérica de cada princípio ativo e
§ 1° No caso de limitação no campo de respectivas concentrações, devem ser repetidas
impressão para descrever os princípios ativos nos rótulos das embalagens primárias
conforme Denominação Comum Brasileira destrutíveis, com mais de uma dose, visando
(DCB), englobando o nome do sal e da base, permitir a identificação do medicamento durante
deve constar no rótulo o nome da substância todo o tratamento.
base com tamanho mínimo de 50% da altura do Art. 16. No caso de serem incluídas as
maior caractere do nome comercial e, logomarcas das empresas farmacêuticas: titular
imediatamente após, o nome do sal, com do registro, fabricante e responsáveis pela
tamanho mínimo de 30% da altura do maior comercialização e embalagem do medicamento,
caractere da base. elas devem ter dimensão máxima de 50% do
§ 2° No caso de limitação no campo de tamanho do nome comercial ou, na sua
impressão para descrever os três ou mais ausência, da denominação genérica dos
princípios ativos, deve constar no rótulo a princípios ativos.
denominação genérica do princípio ativo que Art. 17. Não podem constar nos rótulos dos
melhor justifique a indicação terapêutica do medicamentos, designações, símbolos, figuras,
produto seguida da frase "+ ASSOCIAÇÃO", representações gráficas ou quaisquer indicações
com tamanho mínimo de 50% da altura do que possam tornar a informação falsa e
maior caractere do nome comercial e a incorreta, que possibilitem interpretação falsa,
composição do medicamento, qualitativa e equívoco, erro e confusão em relação à
quantitativa de todos os princípios ativos deve verdadeira natureza, composição, procedência,
estar disposta no rótulo, em uma das faces da qualidade, forma de uso, finalidade e
embalagem secundária ou, na sua ausência, na características do medicamento.
embalagem primária. § 1° É proibido:
§ 3° No caso de limitação no campo de I - incluir imagens de pessoas fazendo uso do
impressão para descrever todos os princípios medicamento;
ativos dos polivitamínicos, poliminerais e II - incluir selos, marcas nominativas,
poliaminoácidos, podem ser adotadas as figurativas ou mistas de instituições
palavras: Polivitamínico, Polimineral e governamentais, entidades filantrópicas,
Poliaminoácido, como denominação genérica, fundações, associações e sociedades médicas,
com tamanho mínimo de 50% da altura do organizações não-governamentais, associações
maior caractere do nome comercial, e a que representem os interesses dos consumidores

308
ou dos profissionais de saúde e selos de uma extremidade, ambas devem atender aos
certificação de qualidade, exceto se exigidos em requisitos contidos no caput deste artigo.
normas específicas; § 4° Quando o medicamento for disponibilizado
III - inclusão de imagens ou figuras que exclusivamente em embalagem primária e for
remetam à indicação do sabor do medicamento; passível de abertura, ela deverá conter lacre ou
IV - usar expressões ou imagens que possam selo de segurança, conforme características do
sugerir que a saúde de uma pessoa poderá ser caput deste artigo.
afetada por não usar o medicamento; e, Art. 21. As embalagens de medicamentos
V - utilizar rótulos com layout semelhante ao de devem conter mecanismos de identificação e
um medicamento com o mesmo princípio ativo, segurança que possibilitem o rastreamento do
forma farmacêutica e concentração, registrado produto desde a fabricação até o momento da
anteriormente por outra empresa. dispensação, conforme dispostos em normas
§ 2° É permitido: específicas.
I - utilizar figuras anatômicas, a fim de orientar Art. 22. É facultativo incluir nas embalagens
o profissional de saúde ou o paciente sobre a secundárias de medicamentos ou, na sua
correta utilização do produto; e, ausência, nas embalagens primárias, o código de
II - informar o sabor do medicamento. barras GTIN de identificação do produto, caso
Art. 18. É permitido incluir em outro idioma as elas contenham mecanismos de identificação e
mesmas informações exigidas para os rótulos de segurança que possibilitem o rastreamento do
medicamentos, desde que não prejudiquem a produto desde a fabricação até o momento da
legibilidade das informações obrigatórias e dispensação.
estejam de acordo com as informações Parágrafo único. É permitido colocar o Código
constantes do registro do medicamento. de Barras GTIN na face lateral da embalagem,
Seção V - Das informações e dispositivos para sobre a faixa de restrição de prescrição,
rastreabilidade do medicamento estruturando uma abertura na mesma.
Art. 19. O número do lote, data de fabricação Art. 23. É facultativo incluir nas embalagens
(mês/ano) e data de validade (mês/ano), devem secundárias de medicamentos ou, na sua
ser impressos nas embalagens de medicamentos ausência, nas embalagens primárias, a tinta
de forma facilmente compreensível, legível e reativa e sob a mesma a palavra "Qualidade" e a
indelével, utilizando letras com a maior logomarca da empresa titular do registro caso
dimensão possível para a sua fácil leitura e elas contenham mecanismos de identificação e
identificação. segurança que possibilitem o rastreamento do
§ 1° A legibilidade destas informações deve ser produto desde a fabricação até o momento da
garantida sem a utilização de instrumentos dispensação.
ópticos, a não ser para aquelas pessoas que § 1° A tinta reativa deve ser disposta em uma
necessitem de correção visual. das laterais, na altura da faixa vermelha ou
§ 2° Nas embalagens secundárias é proibido preta, sendo para isto permitido abrir uma janela
usar exclusivamente de relevo negativo ou nas referidas faixas que permita a fixação da
positivo, sem cor ou com cor que não mantenha tinta.
nítido e permanente o contraste com a cor do § 2° Os medicamentos sem exigência de
suporte para a impressão das informações prescrição médica devem colocar a tinta reativa
exigidas no caput deste artigo. na altura do local que corresponde à faixa de
§ 3° É facultativo imprimir nas embalagens restrição de uso.
primárias a data de fabricação (mês/ano). § 3° Qualquer outro local da face externa da
Art. 20. As embalagens secundárias devem embalagem pode ser utilizado desde que seja
conter lacre ou selo de segurança que seja justificado tecnicamente, não afete as demais
irrecuperável após seu rompimento e permita exigências legais e seja colocada uma indicação
detectar qualquer tentativa de rompimento, para ao consumidor do local onde se deve raspar.
garantir a inviolabilidade das embalagens. Seção VI - Das informações para as pessoas
§ 1º Quando utilizado a colagem de abas, ela portadoras de deficiência visual
deve garantir os requisitos descritos no caput Art. 24. As embalagens secundárias de
deste artigo para ser considerada um lacre de medicamentos que são dispensados para o
segurança. paciente devem conter em sistema Braille, sem
§ 2º Quando utilizado selos de segurança, além afetar a legibilidade das informações, o nome
das características descritas no caput deste comercial do medicamento ou, na sua falta, a
artigo, eles não podem permitir a recolagem e denominação genérica de cada princípio ativo
devem conter a identificação personalizada do pela Denominação Comum Brasileira (DCB).
laboratório. § 1° No caso de medicamentos fitoterápicos,
§ 3º No caso de embalagens que permitam o deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
acesso às embalagens primárias por mais de indicando espécie (Gênero + epíteto específico).

309
§ 2° No caso de medicamentos dinamizados, Art. 28. Os rótulos das embalagens primárias
deve-se descrever cada insumo ativo utilizando dos medicamentos com venda sob prescrição
a nomenclatura das farmacopéias e compêndios médica devem possuir a frase, em caixa alta,
reconhecidos pela Anvisa. "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA".
§ 3° No caso de medicamentos com mais de Seção II - Dos medicamentos de venda sem
quatro princípios ativos, pode-se informar o exigência de prescrição médica
nome do princípio ativo que justifique a Art. 29. Os rótulos das embalagens secundárias
indicação terapêutica do produto seguida da dos medicamentos com venda sem exigência de
expressão "+ associação". prescrição médica, além das informações
§ 4° No caso de medicamentos identificados mínimas exigidas nesta Resolução, devem
pela denominação genérica de cada princípio conter:
ativo, em que haja limitação no campo de I - a frase, em negrito: "Siga corretamente o
impressão para o sistema Braille, pode-se modo de usar, não desaparecendo os sintomas
utilizar apenas o nome da base do princípio procure orientação médica";
ativo. II - a indicação do medicamento, conforme
CAPÍTULO III disposto para o princípio ativo e classe
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA OS terapêutica em norma específica; e,
RÓTULOS DE MEDICAMENTOS III - as contra-indicações de uso do
Seção I - Dos medicamentos de venda sob medicamento.
prescrição médica Art. 30. Os rótulos das embalagens primárias
Art. 25. Os rótulos das embalagens secundárias dos medicamentos sem exigência de prescrição
dos medicamentos com venda sob prescrição médica, disponibilizados exclusivamente em
médica devem possuir faixa vermelha, em toda embalagem primária, além das informações
a sua extensão, no seu terço médio inferior e exigidas nesta Resolução, devem possuir:
com largura não inferior a um quinto da maior I - a frase "EXIJA A BULA", em caixa alta,
face. com tamanho mínimo de 30% da altura do
Parágrafo único. É proibido colocar as faixas no maior caractere do nome comercial ou, na sua
rodapé das embalagens, devendo-se respeitar o ausência, da denominação genérica;
limite mínimo de 10 mm nas bases das II - a sigla "MS" adicionada ao número de
embalagens ou na extremidade contrária a sua registro no Ministério da Saúde, conforme
abertura. publicado em Diário Oficial da União (DOU),
Art. 26. Na faixa vermelha deve ser utilizada a sendo necessários os treze dígitos; e,
referência de cor vermelha PANTONE 485C, III - a restrição de uso por faixa etária, incluindo
que pode ser obtida através da mistura de a frase, em caixa alta, "USO ADULTO", "USO
pigmentos de qualquer fabricante de tintas, com ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE___",
variações máximas e mínimas aceitáveis para "USO PEDIÁTRICO ACIMA DE ____",
este tom, e ser aplicado um verniz sobre ela. indicando a idade mínima, em meses ou anos,
§ 1° É proibida a utilização de cores nos rótulos para qual foi aprovada no registro o uso do
de medicamentos que possam causar confusão medicamento, ou "USO ADULTO e
ou erro na identificação da faixa vermelha. PEDIÁTRICO", no caso de medicamentos sem
§ 2° É permitido utilizar o PANTONE 485C restrição de uso por idade, conforme aprovado
fora da faixa vermelha apenas na: no registro.
I - descrição da concentração; Seção III - Dos medicamentos à base de
II - descrição da quantidade do medicamento; substâncias sujeitas a controle especial
III - descrição da via de administração; Art. 31. Os rótulos das embalagens secundárias
IV - frase "Amostra Grátis", seja nas letras ou dos medicamentos à base de substâncias sujeitas
em fundo vermelho; a controle especial devem possuir uma faixa em
V - frase "Nova Fórmula"; e, toda sua extensão, no seu terço médio inferior e
VI - frase "Agite antes de usar". na cor vermelha ou preta, conforme definido em
Art. 27. No interior da faixa vermelha dos norma específica e suas atualizações, para a
medicamentos de venda sob prescrição médica substância ou lista à qual pertence.
deve ser incluída apenas a frase, em caixa alta, Parágrafo único. É proibida a colocação das
"VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA". faixas no rodapé das embalagens, devendo-se
Parágrafo único. É permitida a inscrição respeitar o limite mínimo de 10 mm nas bases
qualitativa de todos os excipientes na face das embalagens ou na extremidade contrária sua
lateral da embalagem, sobre a faixa vermelha, abertura.
estruturando uma abertura na mesma, utilizando Art. 32. Na faixa preta, deve ser utilizada a
letras com a maior dimensão possível para a sua referência de cor preta PANTONE PROCESSO
fácil leitura e identificação. BLACK C, que pode ser obtida através da
mistura de pigmentos de qualquer fabricante de

310
tintas, com variações máximas e mínimas das embalagens secundárias, por "Informações
aceitáveis para este tom, e ser aplicado um ao profissional de saúde, indicações, contra-
verniz sobre ela. indicações e precauções: vide Memento
§ 1° A faixa preta deve ter largura não inferior a Terapêutico".
um terço da maior face e exclui a exigência de Seção VII - Dos medicamentos com destinação
faixa vermelha. institucional
§ 2° É proibida a utilização de cores nos rótulos Art. 39. Os rótulos das embalagens primárias e
que possam causar confusão ou erro na secundárias de todos os medicamentos com
identificação da faixa preta. destinação institucional, independente da
Art. 33. Na faixa vermelha devem ser utilizadas restrição de prescrição, devem possuir a frase,
as especificações definidas nesta Resolução para em caixa alta, "PROIBIDA VENDA AO
os medicamentos com venda sob prescrição COMÉRCIO", com tamanho mínimo de 30% da
médica. altura do maior caractere do nome comercial ou,
Art. 34. No interior da faixa dos medicamentos na sua ausência, da denominação genérica.
à base de substâncias sujeitas a controle Parágrafo único. Nos rótulos das embalagens
especial, devem ser incluídas, em caixa alta, as secundárias, a frase deve ser disposta logo
frases definidas em norma específica e suas acima da faixa de restrição de prescrição, ou em
atualizações, para posicionamento equivalente no caso de
a substância ou lista à qual pertence. inexistência da mesma, em sua face principal.
Art. 35. Os rótulos das embalagens primárias Art. 40. Os medicamentos com destinação
dos medicamentos a base de substâncias sujeitas institucional e de venda sob prescrição médica,
a controle especial devem possuir as frases com ou sem retenção de receita, podem
definidas em norma específica e suas substituir a palavra "VENDA" por "USO" nas
atualizações, para a substância ou lista a qual frases exigidas para os rótulos das embalagens
pertence. primárias e secundárias.
Seção IV - Dos medicamentos com destinação Seção VIII - Dos medicamentos destinados ao
hospitalar Ministério da Saúde
Art. 36. Os rótulos das embalagens secundárias Art. 41. Os rótulos das embalagens dos
dos medicamentos com destinação medicamentos com destinação institucional
exclusivamente hospitalar devem possuir a destinados ao Ministério da Saúde, para
frase, em caixa alta, "EMBALAGEM distribuição através de programas de saúde
HOSPITALAR", com tamanho mínimo de 30% pública, devem obedecer à identificação
da altura do maior caractere do nome comercial padronizada e descrita no Manual de
ou, na sua ausência, da denominação genérica. Identificação Visual para Embalagens de
Seção V - Dos medicamentos de uso restrito a Medicamentos, instituído por norma específica.
hospitais Seção IX - Dos medicamentos genéricos
Art. 37. Os rótulos das embalagens secundárias Art. 42. Para os medicamentos genéricos, deve
de todos os medicamentos com uso restrito a ser adotada para sua identificação, a
hospitais, definidos em norma específica, devem denominação genérica de cada princípio ativo,
possuir a frase, em caixa alta, "USO RESTRITO em letras minúsculas, utilizando a Denominação
A HOSPITAIS", com tamanho mínimo de 30% Comum Brasileira (DCB), sendo expressamente
da altura do maior caractere do nome comercial proibido o uso de nome comercial.
ou, na sua ausência, da denominação genérica. Art. 43. Os rótulos de todas as embalagens dos
§ 1° A frase deve ser disposta logo acima da medicamentos genéricos devem possuir, com
faixa de restrição de prescrição, na face tamanho de 30% da altura do maior caractere da
principal da embalagem. denominação genérica, localizada
§ 2° No caso de medicamentos com destinação imediatamente abaixo desta e com o mesmo
hospitalar, a frase "USO RESTRITO A destaque, a frase "Medicamento genérico Lei nº.
HOSPITAIS" dispensa a inclusão da frase 9.787, de 1999".
"EMBALAGEM HOSPITALAR". Art. 44. Os rótulos das embalagens secundárias
Seção VI - Dos medicamentos oriundos dos dos medicamentos genéricos devem possuir o
Laboratórios Oficiais logotipo que os identifica, impresso dentro de
Art. 38. No caso de medicamentos oriundos de uma faixa amarela disposta em sua face
Laboratórios Oficiais para os quais são principal e faces laterais, no seu terço médio
disponibilizados Mementos Terapêuticos ao inferior e com largura não inferior a um quinto
invés de bulas para os profissionais de saúde, da maior face.
seguindo o estabelecido em norma específica, § 1° É proibido colocar a faixa no rodapé das
substituir a frase "Informações ao profissional embalagens, devendo-se respeitar o limite
de saúde, indicações, contra-indicações e mínimo de 10 mm nas bases das embalagens ou
precauções: vide bula" exigida para os rótulos na extremidade contrária a sua abertura.

311
§ 2° Nas embalagens secundárias de Art. 48. O tamanho do logotipo de medicamento
medicamentos de venda sob prescrição médica, genérico é variável conforme o tamanho da face
com ou sem retenção de receita, a faixa amarela principal da embalagem secundária do
deve ficar justaposta logo acima da faixa medicamento, entretanto, todas as proporções
vermelha. estabelecidas no logotipo devem ser
§ 3° Nas embalagens secundárias de rigorosamente mantidas, conforme Anexo I
medicamentos à base de substâncias sujeitas a desta Resolução.
controle especial para as quais é exigida a faixa § 1° Para embalagens de orientação horizontal
preta, constantes na norma específica e suas deve ser utilizada a versão vertical do logotipo
atualizações, a faixa amarela deve ficar com as seguintes características:
justaposta logo abaixo da faixa preta. I - a largura (w) deve ser igual a um quinto da
§ 4° Nas embalagens secundárias de largura da maior face; e
medicamentos que podem ser vendidos sem II - a altura (h) deve ser igual a 1,25 w.
exigência de prescrição médica, a faixa amarela § 2° Para embalagens de orientação vertical
deve estar no local correspondente ao que seria deve ser utilizada a versão horizontal do
o da faixa vermelha. logotipo, onde o retângulo tem as seguintes
Art. 45. Nas embalagens primárias dos dimensões:
medicamentos sem exigência de prescrição I - a altura (h) deve ser um quinto da altura da
médica, que sejam disponibilizados em maior face; e
embalagens múltiplas e comercializados II - a largura (w) deve ser igual a 2,5 h.
exclusivamente em embalagem primária, deve Art. 49. É permitido imprimir informações
ser incluída a faixa amarela com o logotipo do exigidas para os rótulos nas laterais da faixa
medicamento genérico. amarela, caso necessário.
Art. 46. Na faixa amarela, deve ser utilizada a Seção X - Dos medicamentos dinamizados
referência de cor amarela PANTONE 116C, que Art. 50. Os rótulos das embalagens dos
pode ser obtida através da mistura de pigmentos medicamentos dinamizados devem conter a
de qualquer fabricante de tintas, com variações frase, conforme a categoria do medicamento,
máximas e mínimas aceitáveis para este tom, e em negrito: "Medicamento Homeopático",
ser aplicado um verniz sobre ela. "Medicamento Antroposófico" ou
§ 1° É proibida a utilização da cor amarela "Medicamento Anti-homotóxico".
PANTONE 116C fora da faixa amarela e em Art. 51. Os rótulos das embalagens dos
embalagens de medicamentos que não sejam medicamentos dinamizados devem atender ao
genéricos. disposto em normas específicas sobre o registro
§ 2° É proibida a utilização de cores nos rótulos e notificação de medicamentos dinamizados,
que possam causar confusão ou erro na além do disposto nesta Resolução.
identificação da faixa amarela. Seção XI - Dos medicamentos fitoterápicos
Art. 47. O logotipo do medicamento genérico Art. 52. Os rótulos das embalagens de
consiste em uma letra "G" estilizada e as medicamentos fitoterápicos devem conter a
palavras "Medicamento Genérico" escritas na frase "MEDICAMENTO FITOTERÁPICO",
cor azul PANTONE 276C, inseridas em um em caixa alta e com tamanho mínimo de 30% da
retângulo amarelo altura do
PANTONE 116C. maior caractere do nome comercial.
§ 1° As palavras "Medicamento Genérico" Art. 53. Os medicamentos fitoterápicos que
devem ser escritas com a letra tipo "Frutiger utilizarem como princípios ativos derivados
Bold Condensed". vegetais, como extrato, suco e óleo, podem
§ 2° A palavra "Medicamento" deve ter o especificá-los logo após ou abaixo do nome
mesmo comprimento da palavra "Genérico", ou botânico.
seja, a letra "M" deve iniciar no mesmo ponto Seção XII - Dos medicamentos para
da letra "G" e as letras "o" devem terminar nos reconstituição e uso oral
mesmos pontos. Art. 54. No caso de medicamentos nas formas
§ 3° O logotipo pode ser disposto na versão farmacêuticas pó ou granulado, para suspensão
horizontal e deve ser composto pelas palavras ou solução, de uso oral, deve-se:
"Medicamento" escrito logo acima da palavra I - indicar na embalagem primária a posição
"Genérico", precedido pela letra "G", conforme precisa, de forma clara e de fácil leitura, até
modelo no Anexo I desta Resolução. onde o usuário deve acrescentar o diluente;
§ 4° O logotipo pode ser disposto na versão II - inserir a frase "Modo de preparar: vide
vertical e deve ser composto pela letra "G", pela bula", no rótulo da embalagem secundária e
palavra "Medicamento", escrita logo abaixo e primária;
pela palavra "Genérico" logo abaixo desta, III - inserir a frase: "Após preparo, manter
conforme modelo no Anexo I desta Resolução. _____ por ____", indicando o cuidado de

312
conservação e prazo de validade da solução ou Art. 59. Para a rotulagem das embalagens
suspensão reconstituída, no rótulo da primárias das SPPV contendo as substâncias
embalagem primária ou da secundária, no caso definidas em instrução normativa específica,
de limitação no campo de impressão da deve ser respeitada a padronização de cores para
embalagem primária, caso o cuidado de a gravação dos dizeres estabelecida na norma
conservação do medicamento depois de específica.
preparado diferir do cuidado de conservação Art. 60. As ampolas de vidro dos
antes de aberto. medicamentos, definidos em instrução
Seção XIII - Dos medicamentos com prazo de normativa específica, devem ser identificadas
validade alterado após aberto por dois anéis de cor estabelecida na norma
Art. 55. No caso de medicamentos cujo prazo de específica, impressos na haste, com largura
validade original reduzir após aberto, inserir a mínima de 0,6 mm.
frase: "Após aberto, valido por ____", indicando § 1° Quando o medicamento for constituído por
após de validade após aberto, no rótulo da apenas um princípio ativo, os dois anéis devem
embalagem primária ou da secundária, no caso ser da mesma cor indicada para a família.
de limitação no campo de impressão da § 2° Quando se tratar de associação com no
embalagem primária. máximo dois princípios ativos, cada anel deve
Seção XIV - Dos medicamentos para Terapia corresponder à cor indicada para a respectiva
de Reidratação Oral (TRO) família.
Art. 56. Nos rótulos das embalagens dos § 3° No caso do princípio ativo ser um
medicamentos para Terapia de Reidratação Oral antagonista, um dos anéis deve ser branco e o
(TRO) deve ser expressa a quantidade dos outro da cor indicada para a família do princípio
princípios ativos em unidades de massa ou ativo a ser antagonizado.
massa/volume, e na forma de mEq/L. Art. 61. As embalagens de SPPV que não
§ 1° Em caso de concentração de sódio entre 40 permitam a identificação por anéis devem ser
e 60 mEq/L, deve-se incluir a frase "Para diferenciados pelos critérios de cores de
prevenção da desidratação e manutenção da impressão no rótulo e colocação de faixa com
hidratação após a fase de reidratação".§ 2° largura mínima de 3mm na parte superior do
Quando o teor de sódio for igual a 90 mEq/L, rótulo, com a cor correspondente a do anel de
deve-se incluir a frase "Para reidratação e ruptura, definida em instrução normativa
manutenção da hidratação". específica.
Seção XV - Das Soluções Parenterais de Seção XVI - Das Soluções Parenterais de
Pequeno Volume (SPPV) Grande Volume (SPGV)
Art. 57. Os rótulos das embalagens primárias Art. 62. Os rótulos das embalagens das SPGV,
das SPPV devem apresentar dimensões de modo além das informações mínimas exigidas nesta
a envolver, no máximo, 3/4 da área total do Resolução, devem conter:
corpo do recipiente e o espaço livre para I - a composição qualitativa e quantitativa,
permitir a visualização do conteúdo do percentual;
recipiente deve ser no sentido longitudinal do II - conteúdo eletrolítico em mEq/L ou mmol/L;
mesmo e ocupar a maior área possível, e,
conforme figura 1 do Anexo II. III - osmolaridade; e
Art. 58. As informações impressas no rótulo da IV - volume total.
embalagem primária das SPPV devem estar Art. 63. No caso da SPGV, de sistema fechado,
dispostas paralelamente ao maior eixo do que possuam apenas um sítio destinado a
recipiente, com a margem esquerda do rótulo colocação do equipo, deve-se incluir a frase
começando o mais próximo possível da base, e "Não é indicada a adição de outro
devem permitir a leitura integral do texto medicamento."
quando o recipiente for seguro pela haste ou Seção XVII - Dos Concentrados
gargalo, conforme figura 2 do Anexo II. Polieletrolíticos para Hemodiálise (CPHD)
§ 1° Quando o nome comercial, a denominação Art. 64. Os rótulos das embalagens dos CPHD
genérica do princípio ativo, a concentração e devem apresentar:
volume total puderem ser impressos dentro de I - faixa vermelha, com a cor vermelha
180º da circunferência do recipiente, a PANTONE VERMELHO 485 C e largura
impressão pode ser feita de forma perpendicular correspondente a um quinto da maior face do
ao seu maior eixo, de acordo com a figura 3 do rótulo, com os dizeres "Uso sob prescrição
Anexo II. médica";
§ 2° Para seringas preenchidas, o texto deve ser II - faixa no cabeçalho, com largura
orientado no sentido "agulha - êmbolo" e de correspondente a um quinto da menor face do
forma a não comprometer a visualização da sua rótulo, de cor azul PANTONE BLUE 072C.
graduação.

313
Parágrafo único. Deve ser respeitado o limite conjunto das apresentações para uso
mínimo de 10 mm nas bases das rotulagens, concomitante ou seqüencial.
como caracterização daquilo que se entende § 2° A data de fabricação do conjunto das
como rodapé. apresentações deve ser a data da montagem do
Art. 65. Para a denominação genérica dos conjunto das apresentações para uso
CPHD, utilizar o nome de dois sais da concomitante ou seqüencial.
formulação seguidos da expressão: "+ § 3° A data de validade da apresentação final
ASSOCIAÇÃO". Parágrafo único. A seqüência deve ser a data da primeira apresentação a
de sais a ser utilizada deve seguir a ordem: vencer.
sódio, potássio e cálcio. Art. 71. Os rótulos das embalagens primárias
Art. 66. Os rótulos das embalagens dos CPHD, das formas farmacêuticas sólidas ou outras
além das informações mínimas exigidas nesta previamente fracionadas para uso concomitante
Resolução, devem conter: ou seqüencial devem possuir na parte frontal um
I - composição qualitativa, de acordo com a retângulo, ou outra marcação divisória, em
Denominação Comum Brasileira (DCB), e destaque, incluindo e indicando as unidades
quantitativa dos sais expressas em p/v (g/L) ou farmacotécnicas a serem administradas por dose
p/p (g/g) no concentrado e mEq/L dos íons ou e, no verso, devem constar a denominação
mMol/L das moléculas, após diluição, genérica de cada princípio ativo e concentrações
atendendo aos limites estabelecidos no correspondentes àquela unidade farmacotécnica.
AnexoIII; Seção XXI - Dos medicamentos com
II - o modo de preparo, incluindo a proporção dessecantes desprendidos em sua embalagem
de diluição a ser empregada. Art. 72. Quando na embalagem do medicamento
Art. 67. Nos rótulos das embalagens dos CPHD houver dessecantes desprendidos em seu
deve ser incluída, em negrito, a frase "USO interior, na própria unidade do dessecante
RESTRITO EM HEMODIÁLISE". devem constar:
Seção XVIII - Dos polivitamínicos, I - os dizeres, em caixa alta: "PERIGO. NÃO
poliminerais e poliaminoácidos COMER";
Art. 68. Nos rótulos das embalagens dos II - a frase "Conteúdo: ____.", indicando a
polivitamínicos, poliminerais e substância que constitui o dessecante.
poliaminoácidos, deve constar a formulação Art. 73. É facultativo usar imagem, com no
qualitativa e quantitativa por unidade mínimo 10 mm de diâmetro, de um rosto de
farmacotécnica e o teor percentual de cada boca aberta ingerindo um sólido dentro de um
princípio ativo na dose/posologia diária máxima círculo com uma faixa diagonal, ambos na cor
preconizada, expresso claramente em índices vermelha, ou, de uma caveira, com ossos
percentuais, relativos à Ingestão Diária cruzados atrás ou abaixo do crânio da caveira,
Recomendada (IDR). Revogado RDC 242/2018 ambos de cor preta, conforme figuras do Anexo
Seção XIX - Dos medicamentos com IV, informando sobre a proibição de ingestão do
envoltórios intermediários dessecante.
Art. 69. Os envoltórios intermediários devem CAPÍTULO IV
possuir todas as informações mínimas exigidas DAS ALTERAÇÕES DE ROTULAGEM DE
para as embalagens primárias, quando ele MEDICAMENTOS
impedir a visualização das informações Seção I - Das notificações de alterações de
dispostas nas embalagens primárias. rotulagem
Parágrafo único. Quando o envoltório Art. 74. São passíveis de notificação de
intermediário é utilizado para garantir a alteração de rotulagem, com implementação
estabilidade do medicamento, conforme imediata sem manifestação prévia da Anvisa, as
demonstrado em estudo de estabilidade, ele atualizações de informações nos rótulos a seguir
deve possuir a frase: "Apenas remover o relacionadas:
envoltório para o uso". I - à Lista de Denominação Comum Brasileira
Seção XX - Dos medicamentos com duas ou (DCB);
mais apresentações para uso concomitante ou II - ao Vocabulário Controlado;
seqüencial III - ao novo enquadramento dos medicamentos
Art. 70. As embalagens secundárias e primárias quanto à restrição de uso e prescrição que venha
dos medicamentos com duas ou mais a ser exigida em norma específica;
apresentações para uso concomitante ou IV - à incorporação de frases de alerta que
seqüencial devem conter as suas datas de venha a ser exigida em norma específica;
fabricação, validade e número de lote. V - aos Dizeres Legais, quanto ao Telefone do
§ 1° O numero do lote da apresentação final Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC),
deve ser correspondente ao da montagem do e ao nome do responsável técnico, número de

314
inscrição e sigla do Conselho Regional de Art. 79. Para incluir novo rótulo para
Farmácia; apresentação de medicamento anteriormente
VI - aos Dizeres Legais, quanto à razão social registrada que contemplará nova destinação,
das empresas internacionais; e deve ser peticionada a inclusão de rotulagem.
VII - aos Dizeres Legais, quanto à razão social Parágrafo único. O novo rótulo poderá diferir do
das empresas nacionais, após aprovação da rótulo aprovado anteriormente apenas no que se
Anvisa da alteração de razão social. refere às informações específicas exigidas para a
Art. 75. Após qualquer alteração de rotulagem, nova destinação.
relacionada à notificação de alteração de
rotulagem, as empresas terão um prazo máximo CAPÍTULO V
de 180 (cento e oitenta) dias para começarem a DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
fabricar medicamentos com os novos rótulos a TRANSITORIAS
partir da data da notificação, sendo este o tempo Art. 80. As empresas devem notificar a
previsto para esgotamento de estoque. adequação da rotulagem, atendendo ao disposto
Seção II - Das alterações de rotulagem nesta Resolução, e disponibilizar os novos
relacionadas ao pós-registro e renovação rótulos nas embalagens dos medicamentos
Art. 76. As alterações das informações dispostas fabricados ou importados para venda no
na rotulagem de correntes de uma mudança pós- mercado nacional em até 540 (quinhentos e
registro devem ser disponibilizadas quarenta) dias a partir da publicação desta
concomitantemente à implementação da Resolução.
mudança. § 1° Os novos rótulos deverão contemplar
Parágrafo único. Os novos modelos de informações em conformidade com as
rotulagem deverão ser submetidos por meio de aprovadas no registro, pós-registro ou
notificação de rotulagem via peticionamento renovação dos medicamentos.
eletrônico em até 30 dias da aprovação, § 2° Os novos rótulos deverão ser
contendo o modelo mais recente de rotulagem já disponibilizados no prazo previsto no caput
peticionado e a alteração das informações deste artigo independentemente de manifestação
aprovadas nesta petição.” (NR) (Redação dada prévia da Anvisa.§ 3° As notificações de
pela RDC 73/16) adequação das rotulagens serão verificadas
Art. 77. No caso de alterações qualitativas durante a análise de pós-registro e renovações
excipientes aprovadas pela Anvisa, em que a de registro, momento no qual poderão ser feitas
empresa desejar manter o nome comercial e a exigências caso a rotulagem não se enquadre no
mesma indicação terapêutica, os rótulos das estabelecido nesta Resolução.
embalagens secundárias e, na sua ausência, da Art. 81. Compete à autoridade sanitária
primária, devem conter a frase "Nova Fórmula" estadual, municipal e federal proceder, nas
próxima ao nome comercial ou, na sua ausência, inspeções rotineiras nas indústrias farmacêuticas
da denominação genérica, com tamanho mínimo ou importadoras de medicamentos, à verificação
de 30% da altura do seu maior caractere. dos rótulos dos medicamentos, conforme o
Parágrafo único. Esta frase é obrigatória por no disposto nesta Resolução e aprovado no
mínimo um ano depois de aprovada a alteração. registro, pós-registro e renovação dos
Seção III- Da inclusão de informações não medicamentos, respeitando-se o prazo de
previstas nos rótulos de medicamentos adequação.
Art. 78. Caso seja identificada a necessidade de Art. 82. O descumprimento das disposições
incluir alguma informação não prevista nesta contidas nesta Resolução e no regulamento por
Resolução nos rótulos de medicamentos, as ela aprovado constituem infração sanitária, nos
empresas deverão peticionar uma alteração de termos da Lei n° 6.437, de 20 de agosto de
rotulagem acompanhada de justificativa técnica. 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
§ 1° A inclusão de informações somente poderá administrativa e penal cabíveis.
ser implementada com a aprovação expressa da Art. 83. Ficam revogados os artigos 4° e 5° da
Anvisa, que será publicada em Diário Oficial da Portaria nº. 802, de 8 de outubro de 1998; a
União (DOU). Resolução - RDC n°. 9, de 2 de janeiro de 2001;
§ 2° As empresas terão um prazo máximo de e a Resolução - RDC nº. 333, de 19 de
180 (cento e oitenta) dias para começarem a novembro de 2003, com exceção do item 3 do
fabricar medicamentos com os novos rótulos a Anexo, referente à regulamentação de nomes
partir da aprovação da petição pela Anvisa, comerciais, e do item 17 do Anexo, cuja
sendo este o tempo previsto para esgotamento vigência foi restabelecida pela Resolução - RDC
de estoque. nº. 60 de 26 de novembro de 2009 durante o
Seção IV- Da inclusão de rótulo para período de transição de 90 dias.
apresentações com nova destinação Art. 84. Esta Resolução entra em vigor na data
de sua publicação.

315
DIRCEU RAPOSO DE MELLO. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação
Este texto não substitui o publicado no D.O.U DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
em 23.12.2009 Diretor-Presidente

Observação: suspensão do prazo para adequação


às regras de rotulagem de medicamentos
estabelecidas pela RDC nº 71, de 22 de
dezembro de 2009 no artigo 80.

RDC Nº 26, DE 16/06/2011


(D.O.U de 17.06.2011)

Dispõe sobre a suspensão do prazo para


adequação às regras de rotulagem de
medicamentos estabelecidas pela RDC nº 71, de
22 de dezembro de 2009.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que
lhe confere o inciso IV do art. 11 do
Regulamento aprovado pelo Decreto Nº 3.029,
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54
do Regimento Interno aprovado nos termos do
Anexo I da Portaria Nº 354 da Anvisa, de 11 de
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de
agosto de 2006, em reunião realizada em
14/06/2011 e considerando a Lei Nº. 6.360, de
23 de setembro de 1976, e o Decreto Nº. 79.094,
de 5 de janeiro de 1977, que dispõe sobre o
sistema de vigilância sanitária a que ficam
sujeitos os medicamentos;
considerando a Lei Nº. 5.991, de 17 de
dezembro de 1973, e o Decreto Nº. 74.170, de
10 de junho de 1974 que dispõe sobre o controle
sanitário do comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos;
considerando a Lei Nº. 6.437, de 20 de agosto
de 1977, que dispõe sobre as infrações à
legislação sanitária federal e estabelece as
respectivas penalidades;
considerando a Medida Provisória no. 2.190-34,
de 23 de agosto de 2001 que instituiu a isenção
do recolhimento de taxa para acréscimo ou
alteração de registro, referente aos rótulos de
medicamentos;
considerando o elevado número de
questionamentos oriundos de entidades
representativas dos diferentes segmentos
produtivos farmacêuticos, bem como as
sugestões de adequações resultantes da análise
do corpo técnico da Anvisa, adota a seguinte
Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-
Presidente, determino a sua publicação:
Art. 1º Fica sobrestado o prazo para a
adequação das embalagens de medicamentos
disposto no Art. 80 da Resolução da Diretoria
Colegiada nº 71, de 22 de dezembro de 2009.

316
RDC Nº 17 DE 16/04/2010 Art. 3º Os medicamentos registrados somente
(D.O.U de 19.04.2010) devem ser fabricados por empresas devidamente
licenciadas e autorizadas para esta atividade,
Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação que devem ser regularmente inspecionadas pelas
de Medicamentos. autoridades nacionais competentes.
Art. 4º Esta resolução não abrange todos os
A Diretoria Colegiada da Agência aspectos de segurança ocupacional ou proteção
Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da ambiental, os quais são regulamentados por
atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 legislação específica.
do regulamento aprovado pelo Decreto No- Parágrafo único. O fabricante deve garantir a
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o segurança dos trabalhadores e tomar as medidas
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. necessárias para a proteção do meio ambiente.
54 do Regimento Interno aprovado nos termos
do Anexo I da Portaria Nº 354 da ANVISA, de CAPÍTULO III
11 de agosto de 2006, republicada no DOU de DEFINIÇÕES
21 de agosto de 2006, em reunião realizada em Art. 5° Para efeito desta resolução, são adotadas
12 de abril de 2010, as seguintes definições:
Adota a seguinte Resolução da Diretoria I - ação corretiva: ação adotada para eliminar a
Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, causa de uma não conformidade detectada ou
determino a sua publicação: outra situação indesejável;
II - ação preventiva: ação adotada para eliminar
TÍTULO I a causa de uma potencial não conformidade ou
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS outra potencial situação indesejável;
CAPÍTULO I III - ajuste: operação destinada a fazer com que
OBJETIVO um instrumento de medição tenha desempenho
Art. 1º Esta resolução possui o objetivo de compatível com o seu uso;
estabelecer os requisitos mínimos a serem IV - amostras de referência: amostras de
seguidos na fabricação de medicamentos para matérias-primas e de produtos terminados
padronizar a verificação do cumprimento das mantidas pelo fabricante, devidamente
Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos identificadas, por um período definido. A
(BPF) de uso humano durante as inspeções quantidade de amostra deve ter pelo menos o
sanitárias. dobro da quantidade necessária para efetuar
§ 1º Fica internalizada a Resolução GMC n° todas as análises previstas;
15/09 - "Boas Práticas de Fabricação de V - amostra representativa: quantidade de
Produtos Farmacêuticos e Mecanismo de amostra estatisticamente calculada,
Implementação no âmbito do MERCOSUL", representativa do universo amostrado, tomada
que estabeleceu a adoção do Relatório n° 37 da para fins de análise para liberação do lote de
OMS (WHO Technical Report Series 908), material ou produto;
publicado em 2003. VI - antecâmara: espaço fechado com duas ou
§ 2º Podem ser adotadas ações alternativas às mais portas, interposto entre duas ou mais áreas
descritas nesta resolução de forma a de classes de limpeza distintas, com o objetivo
acompanhar o avanço tecnológico ou atender a de controlar o fluxo de ar entre ambas, quando
necessidades específicas de determinado precisarem ser adentradas. A antecâmara é
medicamento, desde que essas sejam validadas projetada de forma a ser utilizada para pessoas,
pelo fabricante e que a qualidade do materiais ou equipamentos;
medicamento seja assegurada. VII - área: espaço físico delimitado, onde são
realizadas operações sobre condições
CAPÍTULO II ambientais específicas;
ABRANGÊNCIA VIII - área limpa: área com controle ambiental
Art. 2º Os estabelecimentos fabricantes de definido em termos de contaminação por
medicamentos devem cumprir as diretrizes desta partículas viáveis e não viáveis, projetada,
resolução em todas as operações envolvidas na construída e utilizada de forma a reduzir a
fabricação de medicamentos, incluindo os introdução, geração e retenção de contaminantes
medicamentos em desenvolvimento destinados em seu interior;
a ensaios clínicos. IX - área segregada: instalações que oferecem
Parágrafo único. As atividades relacionadas às separação completa e total de todos os aspectos
substâncias sujeitas ao controle especial, ou de uma operação, incluindo movimentação de
medicamentos que as contenham, deverão pessoal e equipamentos, com procedimentos,
obedecer ao disposto em legislação específica, controles e monitoramento bem estabelecidos.
além dos requisitos contidos nesta resolução. Pode incluir barreiras físicas bem como

317
sistemas de ar separados, mas não XIX - documentação de lote: todos os
necessariamente implica em prédios distintos; documentos associados à fabricação de um lote
X - calibração: conjunto de operações que de produto a granel ou produto terminado.
estabelece, sob condições especificadas, a Fornecem um histórico de cada lote de produto
relação entre os valores indicados por um e de todas as circunstâncias pertinentes à
instrumento ou sistema de medição ou valores qualidade do produto final;
representados por uma medida materializada ou XX - droga vegetal: planta medicinal, ou suas
um material de referência, e os valores partes, que contenham as substâncias, ou classes
correspondentes das grandezas estabelecidos de substâncias, responsáveis pela ação
por padrões; terapêutica, após processos de coleta,
XI - contaminação: a introdução não desejada estabilização e/ou secagem, podendo ser íntegra,
de impurezas de natureza química ou rasurada, triturada ou pulverizada;
microbiológica, ou de matéria estranha, em XXI - embalagem: todas as operações, incluindo
matéria-prima, produto intermediário e/ou o envase e a rotulagem, pelas quais o produto a
produto terminado durante as etapas de granel deve passar, a fim de tornar-se produto
amostragem, produção, embalagem ou terminado. Normalmente, o envase de produtos
reembalagem, armazenamento ou transporte; estéreis não é considerado parte do processo de
XII - contaminação cruzada: contaminação de embalagem, visto que esses em sua embalagem
determinada matéria-prima, produto primária são considerados produtos a granel;
intermediário, produto a granel ou produto XXII - especificação: documento que descreve
terminado por outra matéria-prima, produto em detalhes os requisitos que os materiais
intermediário, produto a granel ou produto utilizados durante a fabricação, produtos
terminado, durante o processo de produção; intermediários ou produtos terminados devem
XIII - controle em processo: verificações cumprir. As especificações servem como base
realizadas durante a produção de forma a para a avaliação da qualidade;
monitorar e, se necessário, ajustar o processo XXIII - fabricação: todas as operações
para garantir que o produto se mantenha envolvidas no preparo de determinado
conforme suas especificações. O controle do medicamento, incluindo a aquisição de
ambiente ou dos equipamentos também pode ser materiais, produção, controle de qualidade,
considerado como parte do controle em liberação, estocagem, expedição de produtos
processo; terminados e os controles relacionados;
XIV - critério de aceitação: critério que XXIV - fabricante: detentor da Autorização de
estabelece os limites de aceitação de Funcionamento para fabricação de
especificações de matérias-primas, produtos ou medicamentos, expedida pelo órgão competente
processos/ sistemas; do Ministério da Saúde, conforme previsto na
XV - data de validade: data estabelecida nas legislação sanitária vigente;
embalagens de medicamentos (usualmente em XXV - fórmula-mestra/fórmula-padrão:
rótulos) até a qual se espera que o produto documento ou grupo de documentos que
permaneça dentro das especificações, desde que especificam as matérias-primas e os materiais
armazenado corretamente. Essa data é de embalagem com as suas respectivas
estabelecida por lote, somando-se o prazo de quantidades, juntamente com a descrição dos
validade à data de fabricação; procedimentos e precauções necessárias para a
XVI - data de reteste: data estabelecida pelo produção de determinada quantidade de produto
fabricante do insumo, baseada em estudos de terminado. Além disso, fornece instruções sobre
estabilidade, após a qual o material deve ser o processamento, inclusive sobre os controles
reanalisado para garantir que ainda está em processo;
adequado para uso imediato, conforme testes XXVI - insumo farmacêutico ativo: qualquer
indicativos de estabilidade definidos pelo substância introduzida na formulação de uma
fabricante do insumo e mantidas as condições forma farmacêutica que, quando administrada
de armazenamento préestabelecidas. A data de em um paciente, atua como ingrediente ativo.
reteste somente é aplicável quando o prazo de Tais substâncias podem exercer atividade
validade não foi estabelecido pelo fabricante do farmacológica ou outro efeito direto no
insumo; diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de
XVII - derivado de droga vegetal: produtos de uma doença, podendo ainda afetar a estrutura e
extração da droga vegetal: extrato, tintura, óleo, funcionamento do organismo humano;
cera, exsudado e outros; XXVII - instalação: espaço físico delimitado
XVIII - desvio de qualidade: afastamento dos acrescido das máquinas, aparelhos,
parâmetros de qualidade estabelecidos para um equipamentos e sistemas auxiliares utilizados
produto ou processo: para executar os processos;

318
XXVIII - lote: quantidade definida de matéria- lote, certificados de análise correspondentes,
prima, material de embalagem ou produto entre outros;
processado em um ou mais processos, cuja XXXVIII - operação crítica: operação no
característica essencial é a homogeneidade. Às processo de fabricação que pode afetar a
vezes pode ser necessário dividir um lote em qualidade do medicamento;
sub-lotes, que serão depois agrupados para XXXIX - ordem de produção: documento ou
formar um lote final homogêneo. Em fabricação conjunto de documentos que servem como base
contínua, o lote deve corresponder a uma fração para a documentação do lote. Devem ser
definida da produção, caracterizada pela preenchidos com os dados obtidos durante a
homogeneidade; produção e que contemple as informações da
XXIX - marcador: composto ou classe de fórmula mestra/fórmula padrão;
compostos químicos (ex: alcalóides, XL - pessoa designada: profissional capacitado
flavonóides, ácidos graxos etc.) presentes na designado pela empresa para a execução de uma
matéria-prima vegetal, preferencialmente tendo determinada atividade;
correlação com o efeito terapêutico, que é XLI - pior caso: uma ou mais condições que
utilizado como referência no controle de apresentem as maiores possibilidades de defeito
qualidade da matéria-prima vegetal e dos do produto ou do processo, quando comparadas
medicamentos fitoterápicos; com as condições ideais. Tais condições não
XXX - material de embalagem: qualquer necessariamente implicam em desvios no
material, incluindo material impresso, produto ou processo;
empregado na embalagem de um medicamento. XLII - Plano Mestre de Validação (PMV):
Exclui-se dessa definição outra embalagem documento geral que estabelece as estratégias e
utilizada para transporte ou expedição. Os diretrizes de validação adotadas pelo fabricante.
materiais de embalagem são classificados como Ele provê informação sobre o programa de
primários ou secundários, de acordo com o grau trabalho de validação, define detalhes,
de contato com o produto; responsabilidades e cronograma para o trabalho
XXXI - matéria-prima: qualquer substância, a ser realizado;
seja ela ativa ou inativa, com especificação XLIII - padrão de referência: são exemplares de
definida, utilizada na produção de fármacos, impurezas, produtos de degradação,
medicamentos. Exclui-se dessa definição os reagentes, dentre outros, altamente
materiais de embalagem; caracterizados e da mais elevada pureza, cujo
XXXII - matéria-prima vegetal: planta valor é aceito sem referência a outros padrões;
medicinal fresca, droga vegetal ou derivado de XLIV - padrão secundário (padrão de trabalho):
droga vegetal; padrão utilizado na rotina laboratorial, cujo
XXXIII - medicamento: produto farmacêutico, valor é estabelecido por comparação a um
tecnicamente obtido ou elaborado, com padrão de referência;
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para XLV - Procedimento Operacional Padrão
fins de diagnóstico; (POP): procedimento escrito e autorizado que
XXXIV - medicamento fitoterápico: fornece instruções para a realização de
medicamento obtido empregando-se operações não necessariamente específicas a um
exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. dado produto ou material, mas de natureza geral
É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e (por exemplo, operação, manutenção e limpeza
dos riscos de seu uso, assim como pela de equipamentos; validação; limpeza de
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. instalações e controle ambiental; amostragem e
Sua eficácia e segurança são validadas por meio inspeção). Certos procedimentos podem ser
de levantamentos etnofarmacológicos, de usados para suplementar a documentação mestre
utilização, documentações tecnocientíficas ou de produção de lote de um produto específico;
evidências clínicas. Não se considera XLVI - produção: todas as operações
medicamento fitoterápico aquele que, na sua envolvidas no preparo de determinado
composição, inclua substâncias ativas isoladas, medicamento, desde o recebimento dos
de qualquer origem, nem as associações destas materiais do almoxarifado, passando pelo
com extratos vegetais; processamento e embalagem, até a obtenção do
XXXV - nomenclatura botânica: gênero e produto terminado;
espécie; XLVII - produto a granel: qualquer produto que
XXXVI - nomenclatura botânica oficial tenha passado por todas as etapas de produção,
completa: gênero, espécie, variedade, autor do sem incluir o processo de embalagem. Os
binômio e família; produtos estéreis em sua embalagem primária
XXXVII - número de lote: combinação definida são considerados produto a granel;
de números e/ ou letras que identifica de forma
única um lote em seus rótulos, documentação de

319
XLVIII - produto devolvido: produto terminado, produtos intermediários, a granel ou terminados.
expedido e comercializado, devolvido ao Esses devem ser mantidos isolados fisicamente
fabricante; ou por outros meios eficazes, enquanto
XLIX - produto intermediário: produto aguardam uma decisão sobre sua liberação,
parcialmente processado que deve ser rejeição ou reprocessamento;
submetido a etapas subseqüentes de fabricação LVIII - reanálise: análise realizada em matéria-
antes de se tornar um produto a granel; prima, previamente analisada e aprovada, para
L - produto terminado: produto que tenha confirmar a manutenção das especificações
passado por todas as etapas de produção, estabelecidas pelo fabricante, dentro do seu
incluindo rotulagem e embalagem final; prazo de validade;
LI - Protocolo (ou Plano) de Validação (PV): LIX - reconciliação: comparação entre a
documento que descreve as atividades a serem quantidade teórica e real nas diferentes etapas
realizadas na validação de um projeto de produção de um lote de produto;
específico, incluindo o cronograma, LX - recuperação: incorporação total ou parcial
responsabilidades e os critérios de aceitação de lotes anteriores de qualidade comprovada a
para a aprovação de um processo produtivo, outro lote, em uma etapa definida da produção;
procedimento de limpeza, método analítico, LXI - Relatório de Validação (RV): documento
sistema computadorizado ou parte destes para no qual os registros, resultados e avaliação de
uso na rotina; um programa de validação são consolidados e
LII - qualificação: conjunto de ações realizadas sumarizados. Pode também conter propostas de
para atestar e documentar que quaisquer melhorias;
instalações, sistemas e equipamentos estão LXII - remessa ou entrega: a quantidade de um
propriamente instalados e/ou funcionam determinado material fornecida em resposta a
corretamente e levam aos resultados esperados. uma ordem de compra. Uma única remessa
A qualificação é freqüentemente uma parte da pode incluir um ou mais volumes e materiais
validação, mas as etapas individuais de pertencentes a mais de um lote;
qualificação não constituem, sozinhas, uma LXIII - reprocesso: repetição de uma ou mais
validação de processo; etapas que já fazem parte do processo de
LIII - Qualificação de Desempenho (QD): fabricação estabelecido em um lote que não
verificação documentada que o equipamento ou atende às especificações;
sistema apresenta desempenho consistente e LXIV - responsável técnico: a pessoa
reprodutível, de acordo com parâmetros e reconhecida pela autoridade regulatória nacional
especificações definidas, por períodos como tendo a responsabilidade de garantir que
prolongados. Em determinados casos, o cada lote de produto terminado tenha sido
termo"validação de processo" também pode ser fabricado, testado e aprovado para liberação em
utilizado; consonância com as leis e normas em vigor no
LIV - Qualificação de Instalação (QI): conjunto país;
de operações realizadas para assegurar que as LXV - revalidação: repetição parcial ou total
instalações (tais como equipamentos, infra- das validações de processo, de limpeza ou de
estrutura, instrumentos de medição, utilidades e método analítico para assegurar que esses
áreas de fabricação) utilizadas nos processos continuam cumprindo com os requisitos
produtivos e ou em sistemas computadorizados estabelecidos;
estão selecionados apropriadamente e LXVI - sistemas computadorizados: ampla
corretamente instalados de acordo com as escala de sistemas incluindo, mas não limitados
especificações estabelecidas; a equipamento de fabricação automatizado,
LV - Qualificação de Operação (QO): conjunto equipamento de laboratório automatizado,
de operações que estabelece, sob condições controle de processo, processo analítico,
especificadas, que o sistema ou subsistema execução de fabricação, gerenciamento das
opera conforme previsto, em todas as faixas informações de laboratório, planejamento dos
operacionais consideradas. Todos os recursos de fabricação e sistemas de
equipamentos utilizados na execução dos testes gerenciamento de documentos e monitoramento.
devem ser identificados e calibrados antes de Um sistema computadorizado é formado por
serem usados; hardware, software e componentes de rede,
LVI - Qualificação de Projeto (QP): evidência somados às funções controladas e
documentada que as instalações, sistemas de documentação relacionada;
suporte, utilidades, equipamentos e processos LXVII - Solução Parenteral de Grande Volume
foram desenhados de acordo com os requisitos (SPGV): solução estéril e apirogênica, destinada
de BPF; à aplicação parenteral em dose única, cujo
LVII - quarentena: retenção temporária de volume é de 100mL ou superior. Estão incluídas
matérias-primas, materiais de embalagem,

320
nesta definição as soluções para irrigação e II - ações sistemáticas necessárias para
soluções para diálise peritoneal; assegurar com confiança adequada que um
LXVIII - validação: ato documentado que atesta produto (ou serviço) cumpre seus requisitos de
que qualquer procedimento, processo, qualidade. A totalidade dessas ações é chamada
equipamento, material, atividade ou sistema de "garantia da qualidade".
realmente e consistentemente leva aos Art. 8º Dentro de uma organização, a garantia
resultados esperados; da qualidade é utilizada como ferramenta de
LXIX - validação concorrente: validação gerenciamento. Em situações contratuais, a
realizada durante a rotina de produção de garantia da qualidade também serve para gerar
produtos destinados à venda; confiança em seus fornecedores.
LXX - validação de limpeza: evidência Art. 9º Os conceitos de garantia da qualidade,
documentada que demonstre que os BPF e controle de qualidade estão inter-
procedimentos de limpeza removem resíduos a relacionados e contemplados no gerenciamento
níveis pré-determinados de aceitação, levando da qualidade. Eles estão descritos nesta
em consideração fatores tais como tamanho do resolução de forma que sejam enfatizadas as
lote, dosagem, dados toxicológicos, solubilidade suas relações e sua importância para a
e área de contato do equipamento com o fabricação de medicamentos.
produto;
LXXI - validação de processo (VP): evidência CAPÍTULO I
documentada que atesta com um alto grau de GARANTIA DA QUALIDADE
segurança que um processo específico produzirá Art. 10. A "Garantia da qualidade" é um
um produto de forma consistente, que cumpra conceito muito amplo e deve cobrir todos os
com as especificações pré-definidas e aspectos que influenciam individual ou
características de qualidade; coletivamente a qualidade de um produto.
LXXII - validação de sistemas § 1º Abrange a totalidade das providências
computadorizados: evidência documentada que adotadas com o objetivo de garantir que os
atesta com um alto grau de segurança que uma medicamentos estejam dentro dos padrões de
análise de sistema computadorizado, controles e qualidade exigidos, para que possam ser
registros são realizados corretamente e que o utilizados para os fins propostos.
processamento dos dados cumpre com § 2º A Garantia da Qualidade incorpora as BPF
especificações pré-determinadas; e outros fatores, incluindo o projeto e o
LXXIII - validação prospectiva: validação desenvolvimento de um produto, que não estão
realizada durante o estágio de desenvolvimento contemplados no objetivo desta resolução.
do produto, com base em uma análise de risco Art. 11. O sistema de garantia da qualidade
do processo produtivo, o qual é detalhado em apropriado à fabricação de medicamentos deve
passos individuais; estes por sua vez, são assegurar que:
avaliados com base em experiências I - os medicamentos sejam planejados e
para determinar se podem ocasionar situações desenvolvidos de forma que sejam consideradas
críticas; e as exigências de BPF e outros requisitos, tais
LXXIV - validação retrospectiva: envolve a como os de boas práticas de laboratório (BPL) e
avaliação da experiência passada de produção, boas práticas clínicas (BPC);
sob a condição de que a composição, II - as operações de produção e controle sejam
procedimentos e equipamentos permanecem claramente especificadas em documento
inalterados. formalmente aprovado e as exigências de BPF
cumpridas;
TÍTULO II III - as responsabilidades de gestão sejam
GERENCIAMENTO DA QUALIDADE NA claramente especificadas nas descrições dos
INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS: cargos;
FILOSOFIA E ELEMENTOS ESSENCIAIS IV - sejam tomadas providências para a
Art. 6º O gerenciamento da qualidade determina fabricação, distribuição e uso correto de
a implementação da "Política da Qualidade", ou matérias-primas e materiais de embalagem;
seja, as intenções e diretrizes globais relativas à V - sejam realizados todos os controles
qualidade, formalmente expressa e autorizada necessários nas matérias- primas, produtos
pela administração superior da empresa. intermediários e produtos a granel, bem como
Art. 7º Os elementos básicos do gerenciamento outros controles em processo, calibrações e
da qualidade devem ser: validações;
I - infra-estrutura apropriada ou "sistema de VI - o produto terminado seja corretamente
qualidade", englobando instalações, processado e conferido em consonância com os
procedimentos, processos e recursos procedimentos definidos;
organizacionais; e

321
VII - os medicamentos não sejam apropriados para o uso pretendido e requerido
comercializados ou distribuídos antes que os pelo registro.
responsáveis tenham se certificado de que cada § 1º O cumprimento das BPF está orientado
lote de produção tenha sido produzido e primeiramente à diminuição dos riscos inerentes
controlado de acordo com os requisitos do a qualquer produção farmacêutica, os quais não
registro e quaisquer outras normas relevantes à podem ser detectados somente pela realização
produção, ao controle e à liberação de de ensaios nos produtos terminados.
medicamentos; § 2º Os riscos são constituídos essencialmente
VIII - sejam fornecidas instruções e tomadas as por contaminação- cruzada, contaminação por
providências necessárias para garantir que os partículas, troca ou mistura de produto.
medicamentos sejam armazenados pelo § 3º As BPF determinam que:
fabricante, distribuídos e subseqüentemente I - todos os processos de fabricação devam ser
manuseados, de forma que a qualidade seja claramente definidos e sistematicamente
mantida por todo o prazo de validade; revisados em função da experiência adquirida.
IX - haja um procedimento de auto-inspeção e/ Além disso, devem ser capazes de fabricar
ou auditoria interna de qualidade que avalie medicamentos dentro dos padrões de qualidade
regularmente a efetividade e aplicabilidade do exigidos, atendendo às respectivas
sistema de garantia da qualidade; especificações;
X - os desvios sejam relatados, investigados e II - sejam realizadas as qualificações e
registrados; validações necessárias;
XI - haja um sistema de controle de mudanças; e III - sejam fornecidos todos os recursos
XII - sejam conduzidas avaliações regulares da necessários, incluindo:
qualidade de medicamentos, com o objetivo de a)pessoal qualificado e devidamente treinado;
verificar a consistência do processo e assegurar b) instalações e espaço adequados e
sua melhoria contínua. identificados;
Art. 12. O fabricante é responsável pela c) equipamentos, sistemas computadorizados e
qualidade dos medicamentos por ele fabricados, serviços adequados;
assegurando que sejam adequados aos fins a que d) materiais, recipientes e rótulos apropriados;
se destinam, cumpram com os requisitos e) procedimentos e instruções aprovados e
estabelecidos em seu registro e não coloquem os vigentes;
pacientes em risco por apresentarem segurança, f) armazenamento e transporte adequados; e
qualidade ou eficácia inadequada. g) instalações, equipamentos e pessoal
§ 1º O cumprimento deste objetivo é qualificado para controle em processo.
responsabilidade da administração superior da IV - as instruções e os procedimentos devam ser
empresa e exige a participação e o compromisso escritos em linguagem clara, inequívoca e serem
dos funcionários em todos os níveis da aplicáveis de forma específica às instalações
organização, das empresas fornecedoras e dos utilizadas;
distribuidores. V - os funcionários devam ser treinados para
§ 2º Para que o objetivo seja atingido de desempenharem corretamente os
forma confiável, deve haver um sistema da procedimentos;
Garantia da Qualidade totalmente estruturado e VI - devam ser feitos registros (manualmente
corretamente implementado, que incorpore as e/ou por meio de instrumentos de registro)
BPF. durante a produção para demonstrar que todas
§ 3º O sistema da Garantia da Qualidade as etapas constantes nos procedimentos e
deve estar totalmente documentado e ter sua instruções foram seguidas e que a quantidade e
efetividade monitorada. a qualidade do produto obtido estejam em
§ 4º Todas as partes do sistema de conformidade com o esperado. Quaisquer
Garantia da Qualidade devem contar com desvios significativos devem ser registrados e
pessoal competente e habilitado, além de investigados;
possuir espaço, equipamentos e instalações VII - os registros referentes à fabricação e
suficientes e adequadas. distribuição, que possibilitam o rastreamento
completo de um lote, sejam arquivados de
CAPÍTULO II maneira organizada e de fácil acesso;
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA VIII - o armazenamento seja adequado e a
MEDICAMENTOS (BPF) distribuição dos produtos minimize qualquer
Art. 13. Boas Práticas de Fabricação é a parte da risco à sua qualidade;
Garantia da Qualidade que assegura que os IX - esteja implantado um sistema capaz de
produtos são consistentemente produzidos e recolher qualquer lote, após sua comercialização
controlados, com padrões de qualidade ou distribuição; e

322
X - as reclamações sobre produtos equipamentos ou processos, que possa afetar a
comercializados devam ser examinadas, qualidade do produto, direta ou indiretamente,
registradas e as causas dos desvios da qualidade, deve ser qualificado e/ou validado.
investigadas e documentadas. Devem ser Art. 19. A qualificação e a validação não devem
tomadas medidas com relação aos produtos com ser consideradas exercícios únicos. Após a
desvio da qualidade e adotadas as providências aprovação do relatório de qualificação e/ou
no sentido de prevenir reincidências. validação deve haver um programa contínuo de
monitoramento, o qual deve ser embasado em
CAPÍTULO III uma revisão periódica.
SANITIZAÇÃO E HIGIENE Art. 20. O compromisso da manutenção da
Art. 14. A fabricação de medicamentos exige situação de qualificação/ validação deve estar
um alto nível de sanitização e higiene que descrito nos documentos relevantes da empresa,
devem ser observados em todas as suas etapas. como o manual da qualidade ou plano mestre de
§ 1º As atividades de sanitização e higiene validação.
devem abranger pessoal, instalações, Art. 21. A responsabilidade pela realização da
equipamentos e utensílios, materiais de validação deve ser claramente definida.
produção e recipientes, produtos para limpeza e Art. 22. Os estudos de validação são uma parte
desinfecção e qualquer outro aspecto que possa essencial das BPF e devem ser conduzidos de
constituir fonte de contaminação para o produto. acordo com protocolos pré-definidos e
§ 2º As fontes potenciais de contaminação aprovados.
devem ser eliminadas por meio de um amplo Art. 23. Relatórios de qualificação e validação
programa de sanitização e higiene. contendo resultados e conclusões devem ser
preparados e arquivados.
CAPÍTULO IV Art. 24. Os processos e procedimentos devem
QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO ser estabelecidos com base nos resultados da
Art. 15. Em consonância com as BPF, a validação realizada.
empresa deve identificar quais os trabalhos de Art. 25. Devem ser validados também os
qualificação e validação são necessários para procedimentos de limpeza, os métodos
comprovar que todos os aspectos críticos de analíticos e os sistemas computadorizados.
operação estejam sob controle.
Art. 16. Os elementos chave de um programa de CAPÍTULO V
qualificação e validação de uma empresa devem RECLAMAÇÕES
ser claramente definidos e documentados em Art. 26. Todas as reclamações e demais
um plano mestre de validação. informações referentes a produtos com possíveis
Art. 17. A qualificação e a validação devem desvios da qualidade devem ser cuidadosamente
estabelecer e fornecer evidências documentadas investigadas e registradas de acordo com
de que: procedimentos escritos.
I - as instalações, utilidades, sistemas Parágrafo único. Devem ser adotadas as ações
computadorizados, equipamentos e processos preventivas e corretivas, quando o desvio de
foram projetados em consonância com as qualidade for comprovado.
exigências de BPF (qualificação de projeto ou Art. 27. Deve ser designada pessoa responsável
QP); pelo recebimento das reclamações e pelas
II - as instalações, utilidades, sistemas medidas a serem adotadas.
computadorizados e equipamentos foram § 1º Essa pessoa deve dispor de pessoal de
construídos e instalados de acordo com as suas apoio suficiente para auxiliá-la em sua função.
especificações de projeto (qualificação de § 2º Se a pessoa designada não for o
instalação ou QI); responsável técnico, este deve estar ciente de
III - as instalações, utilidades, sistemas qualquer reclamação, investigação ou
computadorizados e equipamentos operam de recolhimento.
acordo com suas especificações planejadas Art. 28. Deve haver procedimentos escritos que
(qualificação de operação ou QO); e descrevam as ações a serem adotadas em caso
IV - um processo específico produzirá de reclamação relacionada a possíveis desvios
consistentemente um produto que atenda suas de qualidade de um produto, incluindo a
especificações e atributos de qualidade necessidade de realizar um possível
(validação de processo ou VP, também chamada recolhimento.
em alguns casos de qualificação de desempenho Art. 29. Deve ser dada atenção especial a
ou QD). reclamações decorrentes de possíveis
Art. 18. Qualquer aspecto da operação, falsificações ou cargas roubadas.
incluindo mudanças significativas nas Parágrafo único. Deve haver procedimentos
instalações, local, sistemas computadorizados, escritos que descrevam as ações a serem

323
adotadas, incluindo a comunicação às Parágrafo único. A empresa deve ser capaz de
autoridades sanitárias competentes. iniciar um recolhimento de forma imediata em
Art. 30. Qualquer reclamação referente a desvio toda a cadeia de distribuição.
da qualidade deve ser registrada, conter os Art. 38. Deve existir procedimento escrito que
detalhes originais fornecidos pelo reclamante e descreva a armazenagem de produtos recolhidos
ser completamente investigada. em uma área segura e separada, enquanto se
Parágrafo único. A pessoa designada pela decide sobre seu destino.
Garantia da Qualidade deve ser envolvida na Art. 39. Todas as autoridades sanitárias
investigação do desvio em questão. competentes dos países para os quais o produto
Art. 31. Se for detectado um desvio da tenha sido enviado, devem ser imediatamente
qualidade em algum lote do produto, ou se informadas sobre qualquer intenção de
houver suspeita de desvio em determinado lote, recolhimento de produto que apresente ou esteja
deve ser levada em consideração a possibilidade sob suspeita de desvio da qualidade.
de que outros lotes apresentem o mesmo Art. 40. Os registros de distribuição de lotes
problema e, portanto, esses devem ser devem estar prontamente disponíveis e devem
verificados. conter informações suficientes sobre
Parágrafo único. Se outros lotes contiverem distribuidores e clientes diretos, incluindo os
produto reincorporado do lote com desvio, esses produtos exportados, as amostras para ensaios
devem ser especialmente investigados. clínicos e as amostras médicas, de forma a
Art. 32. Todas as decisões e medidas tomadas permitir um recolhimento efetivo.
como resultado de determinada reclamação Art. 41. O progresso do processo de
devem ser registradas e referenciadas nos recolhimento deve ser monitorado e registrado.
registros do lote correspondente. § 1º Os registros devem incluir a disposição do
Art. 33. Os registros de reclamações devem ser produto.
regularmente revisados com a finalidade de § 2º Deve ser emitido um relatório final,
detectar quaisquer indícios de problemas incluindo uma reconciliação entre as
específicos ou recorrentes, que exijam maior quantidades distribuídas e recolhidas dos
atenção e possam justificar o recolhimento dos produtos, de acordo com a legislação sanitária
produtos comercializados. vigente.
Art. 34. As autoridades sanitárias competentes Art. 42. A efetividade das providências de
devem ser informadas pelo fabricante ou recolhimento deve ser testada e avaliada
detentor do registro quando for detectado periodicamente.
qualquer desvio significativo de qualidade no CAPÍTULO VII
processo de fabricação, deterioração de produto, CONTRATO DE PRODUÇÃO E/OU
roubo de carga ou quando estiver sendo ANÁLISE
investigado qualquer outro problema que tenha Art. 43. Os contratos de produção e/ou análise
impacto na qualidade do produto. devem ser claramente definidos, acordados e
controlados, de forma a evitar interpretações
CAPÍTULO VI errôneas que possam resultar em um produto,
RECOLHIMENTO DE PRODUTOS processo ou análise de qualidade insatisfatória.
Art. 35. Deve haver um sistema que retire
imediata e efetivamente do mercado os produtos Seção I
que apresentem desvios da qualidade ou que Geral
estejam sob suspeita, de acordo com legislação Art. 44. Todas as condições estabelecidas no
sanitária específica vigente. contrato de produção e/ou análise, incluindo
Art. 36. Deve ser designada uma pessoa quaisquer propostas de mudança em condições
responsável pelas medidas a serem adotadas e técnicas ou de outra natureza, devem estar de
pela coordenação do recolhimento do produto acordo com o registro do produto.
no mercado. Art. 45. O contrato deve permitir ao contratante
§ 1º Essa pessoa deve dispor de pessoal de auditar as instalações do contratado.
apoio suficiente para auxiliá-la em todos os Art. 46. No caso de contrato de análise, a
aspectos do recolhimento e com o grau de aprovação final para liberação do produto para
urgência necessário. comercialização deve ser realizada pela pessoa
§ 2º Normalmente, essa pessoa não deve designada da Garantia da Qualidade da empresa
pertencer ao departamento de vendas e, caso contratante.
não seja o responsável técnico, esse deve ser Art. 47. As diretrizes relativas à terceirização de
informado de qualquer ação efetuada. etapas de produção e de análises de controle de
Art. 37. Devem ser estabelecidos procedimentos qualidade contidas nesta resolução não excluem
para a organização de qualquer atividade de o cumprimento de determinações estabelecidas
recolhimento. em legislação específica vigente.

324
e verificado de acordo com as exigências do
Seção II registro.
Do Contratante Art. 56. Os aspectos técnicos do contrato devem
Art. 48. O contratante é responsável por avaliar ser estabelecidos por pessoas competentes, com
a competência do contratado em realizar conhecimento adequado em tecnologia
corretamente os processos ou testes contratados, farmacêutica, controle de qualidade e BPF.
pela aprovação das atividades do contrato, bem Art. 57. Todos os procedimentos de produção e
como por assegurar em contrato que os controle de qualidade devem estar de acordo
princípios de BPF descritos nesta resolução com o registro do produto envolvido e devem
sejam seguidos. ser acordados por ambas as partes.
Art. 49. O contratante deve fornecer ao Art. 58. O contrato deve descrever claramente
contratado todas as informações necessárias as responsabilidades pela aquisição, ensaios de
para a realização das operações contratadas de controle e liberação dos materiais, pela
forma correta, de acordo com o registro do produção e pela realização dos controles de
produto e quaisquer outras exigências legais. qualidade, incluindo os controles em processo,
Parágrafo único. O contratante deve assegurar assim como a responsabilidade pela
que o contratado seja informado de quaisquer amostragem.
problemas associados ao produto, processo ou Art. 59. Os registros de produção, de análise e
ensaios que possam colocar em risco as de distribuição, bem como as amostras de
instalações, os equipamentos, o pessoal, os referência, devem ser mantidos pelo contratante
materiais ou outros produtos. ou estarem disponíveis.
Art. 50. O contratante deve assegurar que todos Parágrafo único. Quaisquer registros relevantes
os produtos processados e materiais entregues para avaliação da qualidade de um produto
pelo contratado cumpram com suas objeto de reclamações ou de suspeita de desvios
especificações e que esses sejam liberados pela devem estar acessíveis e especificados nos
pessoa designada da Garantia da Qualidade. procedimentos sobre desvios/recolhimento do
contratante.
Seção III Art. 60. O contrato deve descrever o
Do Contratado gerenciamento de matérias- primas, produtos
Art. 51. O contratado deve possuir instalações, intermediários, a granel e terminados, caso
equipamentos e conhecimentos adequados, além sejam reprovados.
de experiência e pessoal qualificado, para Parágrafo único. O contrato deve descrever
desempenhar satisfatoriamente o serviço também o procedimento a ser seguido caso a
solicitado pelo contratante. análise contratada demonstre que o produto
§ 1º A contratação de fabricação somente pode testado deva ser reprovado.
ser efetuada por fabricantes que detenham
Autorização de Funcionamento e Licença CAPÍTULO VIII
Sanitária para a atividade de fabricar. AUTO-INSPEÇÃO E AUDITORIAS DE
§ 2º As partes devem cumprir as regras QUALIDADE
instituídas em legislação específica. Art. 61. A auto-inspeção deve avaliar o
Art. 52. É vedado ao contratado terceirizar cumprimento das BPF por parte do fabricante
qualquer parte do trabalho confiado a ele no em todos os seus aspectos.
contrato.Revogado pela RDC 234/2018 § 1º O programa de auto-inspeção deve ser
Art. 53. O contratado deve abster-se de qualquer planejado para detectar qualquer desvio na
atividade que possa afetar de forma negativa a implementação das BPF e para recomendar as
qualidade do produto fabricado e/ ou analisado ações corretivas necessárias.
para o contratante. § 2º As auto-inspeções devem ser realizadas de
forma rotineira e, além disso, podem ser
Seção IV realizadas em ocasiões especiais, como por
Do Contrato exemplo, no caso de recolhimentos, rejeições
Art. 54. Deve haver um contrato escrito entre o repetidas de produtos ou antes de uma inspeção
contratante e o contratado que estabeleça a ser realizada por uma autoridade sanitária.
claramente as responsabilidades de cada parte. § 3º O pessoal responsável pela auto-inspeção
Art. 55. O contrato deve estabelecer claramente deve ser capaz de avaliar a implementação das
como a pessoa designada da Garantia da BPF de forma objetiva.
Qualidade, ao liberar cada lote do produto para § 4º Todas as recomendações de ações
venda ou emitir o certificado de análise, exerce corretivas devem ser implementadas.
sua plena responsabilidade e assegura que cada § 5º O procedimento de auto-inspeção deve ser
lote tenha sido fabricado documentado e deve haver um programa eficaz
de acompanhamento.

325
III - ações corretivas recomendadas.
Seção I
Itens para Auto-Inspeção Seção V
Ações de Acompanhamento
Art. 62. Deve ser estabelecido procedimento Art. 66. Deve haver um programa eficaz de
escrito para a auto-inspeção. acompanhamento das atividades de auto-
Parágrafo único. O procedimento pode incluir inspeção pela Garantia da Qualidade.
questionários sobre requisitos de BPF Parágrafo único. A administração da
abrangendo pelo menos os seguintes aspectos: empresa deve avaliar tanto os relatórios de auto-
I - pessoal; inspeção como as ações corretivas
II - instalações, incluindo vestiários; recomendadas, se necessárias.
III - manutenção de prédios e equipamentos;
IV - armazenamento de matérias-primas, Seção VI
materiais de embalagem, produtos Auditoria da Qualidade
intermediários e produtos terminados; Art. 67. A complementação da auto-inspeção
V - equipamentos; com auditorias da qualidade pode ser necessária.
VI - produção e controles em processo; § 1º A auditoria da qualidade consiste no exame
VII - controle de qualidade; e na avaliação de todo ou parte de determinado
VIII - documentação; sistema da qualidade, com o objetivo específico
IX - sanitização e higiene; de aperfeiçoá-lo.
X - programas de validação e revalidação; § 2º Em geral, é realizada por especialistas
XI - calibração de instrumentos ou sistemas de externos, independentes, ou por equipe
medição; designada pela gerência para tal finalidade.
XII - procedimentos de recolhimento; § 3º As auditorias podem ser estendidas aos
XIII - gerenciamento de reclamações; fornecedores e aos contratados.
XIV - controle de rótulos; Seção VII
XV - resultados de auto-inspeções anteriores e Auditorias e Qualificação dos Fornecedores
quaisquer medidas corretivas tomadas; Art. 68. A pessoa designada pela Garantia da
XVI - sistemas computadorizados relevantes às Qualidade deve ter responsabilidade conjunta
Boas Práticas de Fabricação; com outros departamentos relevantes para
XVII - transporte de medicamentos e aprovar fornecedores confiáveis de matérias-
intermediários; e primas e de materiais de embalagem que
XVIII - gerenciamento de resíduos. cumpram as especificações estabelecidas.
Art. 69. Antes dos fornecedores serem incluídos
Seção II na lista de fornecedores qualificados, esses
Equipe de Auto-Inspeção devem ser avaliados seguindo procedimento ou
Art. 63. A Garantia da Qualidade deve nomear programa previamente definido.
uma equipe para conduzir a auto-inspeção, § 1º A avaliação deve incluir o atendimento aos
formada por profissionais qualificados, requisitos legais, bem como considerar o
especialistas em suas próprias áreas de atuação e histórico do fornecedor e a natureza dos
familiarizados com as BPF. materiais a serem fornecidos.
Parágrafo único. Os membros da equipe podem § 2º Quando necessária a realização de
ser profissionais da própria empresa ou auditorias, essas devem comprovar a capacidade
especialistas externos. do fornecedor em atender aos padrões das BPF.

Seção III
Freqüência da Auto-Inspeção CAPÍTULO IX
Art. 64. A freqüência com que as auto-inspeções PESSOAL
são conduzidas deve estar estabelecida em Art. 70. O estabelecimento e a manutenção de
procedimento. um sistema de Garantia da Qualidade e a
Parágrafo único. A freqüência pode depender fabricação de medicamentos dependem das
das características da empresa, devendo ser pessoas que os realizam.
preferencialmente anual. § 1º Deve haver pessoal qualificado em
quantidade suficiente para desempenhar todas as
Seção IV atividades pelas quais o fabricante é
Relatório de Auto-Inspeção responsável.
Art. 65. Deve ser elaborado um relatório após o § 2º Todas as responsabilidades individuais
término de uma auto-inspeção, que deve incluir: devem estar estabelecidas em documentos
I - resultados da auto-inspeção; formalmente aprovados e devem ser claramente
II - avaliação e conclusões; e compreendidas por todos os envolvidos.

326
II - microbiologia;
Seção I III - tecnologia e ciências farmacêuticas;
Geral IV - farmacologia e toxicologia;
V - fisiologia; e
Art. 71. O fabricante deve possuir um número VI - outras ciências afins.
adequado de funcionários com as qualificações Art. 77. Os responsáveis pela Produção,
necessárias e experiência prática. Controle e Garantia da Qualidade devem
Parágrafo único. As responsabilidades exercer em conjunto, determinadas atividades
atribuídas a qualquer funcionário não devem ser relativas à qualidade, tais como:
tão extensas a ponto de apresentar riscos à I - autorização dos procedimentos e
qualidade do produto. documentos, inclusive suas atualizações;
Art. 72. A empresa deve possuir um II - monitoramento e controle do ambiente de
organograma. fabricação;
§ 1º Todos os funcionários em cargos de III - estabelecimento e monitoramento das
responsabilidade devem ter suas atribuições condições de higiene;
específicas escritas e autoridade suficiente para IV - validação de processo e calibração de
desempenhá-las. instrumentos analíticos;
§ 2º Suas atribuições podem ser delegadas a V - treinamento, incluindo a aplicação dos
substitutos designados, que possuam o nível de princípios de garantia da qualidade;
qualificação satisfatório. VI - aprovação e monitoramento de
§ 3º Não deve haver faltas ou sobreposições não fornecedores de materiais;
justificáveis nas responsabilidades do pessoal no VII - aprovação e monitoramento dos
que se refere à aplicação das BPF. fabricantes contratados;
Art. 73. Todo o pessoal deve conhecer os VIII - especificações e monitoramento das
princípios das BPF e receber treinamento inicial condições de armazenamento de materiais e
e contínuo, incluindo instruções de higiene, de produtos;
acordo com as necessidades. IX - controles em processo;
Parágrafo único. Todo o pessoal deve ser X - arquivo de documentos/ registros;
motivado a apoiar a empresa na manutenção dos XI - monitoramento do cumprimento das BPF; e
padrões de qualidade. XII - inspeção, investigação e amostragem, de
Art. 74. Devem ser tomadas medidas para evitar modo a monitorar fatores que possam afetar a
que pessoas não autorizadas entrem nas áreas de qualidade do produto.
produção, armazenamento e controle de Art. 78. O responsável pela produção detém as
qualidade. seguintes responsabilidades:
Parágrafo único. O pessoal que não trabalha I - assegurar que os produtos sejam produzidos
nessas áreas não deve usá-las como passagem e armazenados de acordo com procedimentos
para outras áreas. apropriados, com o objetivo de alcançar a
qualidade exigida;
Seção II II - aprovar as instruções relativas às operações
Pessoal Chave de produção, inclusive os controles em
Art. 75. O pessoal chave inclui os responsáveis processo, e assegurar a estrita implementação
por produção, garantia da qualidade, controle de das mesmas;
qualidade e o responsável técnico. III - assegurar que os registros de produção
§ 1º Os cargos chave devem ser ocupados por sejam avaliados e assinados por uma pessoa
pessoas que trabalham em tempo integral. designada;
§ 2º Os responsáveis pela produção e controle IV - verificar a manutenção das instalações e
de qualidade devem ser independentes entre si. dos equipamentos;
§ 3º Em algumas empresas pode ser necessário V - assegurar que as validações dos processos,
delegar algumas das funções; no entanto, a as calibraçõese controle dos equipamentos
responsabilidade não pode ser delegada. sejam executados e registrados e que
Art. 76. O pessoal chave responsável pela osrelatórios estejam disponíveis; e
produção, garantia da qualidade e controle de VI - assegurar que seja realizado treinamento
qualidade de medicamentos deve possuir inicial e contínuo adequados às necessidades do
experiência prática e a qualificação exigida pela pessoal da área de produção.
legislação. Art. 79. O responsável pelo Controle de
Parágrafo único. Seu nível de instrução deve Qualidade detém as seguintes
incluir os estudos de uma combinação dos responsabilidades:
seguintes campos de conhecimento: I - aprovar ou rejeitar as matérias-primas, os
I - química (analítica ou orgânica) ou materiais de embalagem e os produtos
bioquímica;

327
intermediários, a granel e terminados em relação IV - todas as verificações e testes necessários
à sua especificação; foram realizados, consideradas as condições e
II - avaliar os registros analíticos dos lotes; registros de fabricação;
III - assegurar que sejam realizados todos os V - quaisquer mudanças planejadas, desvios na
ensaios necessários; fabricação ou no controle de qualidade foram
IV - participar da elaboração das instruções para notificados e investigados antes da liberação.
amostragem, as especificações, os métodos de Tais mudanças podem precisar de notificação e
ensaio e os procedimentos de controle de aprovação da autoridade regulatória.
qualidade; VI - quaisquer medidas adicionais de
V - aprovar e monitorar as análises realizadas, amostragem, inspeção, testes e verificações
sob contrato; foram realizadas ou iniciadas, para atender às
VI - verificar a manutenção das instalações e mudanças planejadas ou aos desvios
dos equipamentos do controle de qualidade; encontrados;
VII - assegurar que sejam feitas as validações VII - toda documentação necessária de
necessárias, inclusive a validação dos métodos produção e controle de qualidade foi concluída e
analíticos e calibração dos equipamentos de aprovada pelos respectivos responsáveis;
controle; e VIII - auditorias, auto-inspeções e verificações
VIII - assegurar que sejam realizados pontuais apropriadas foram realizadas por
treinamentos iniciais e contínuos do pessoal da equipes experientes e treinadas;
área de Controle de Qualidade, de acordo com IX - que o controle de qualidade atestou o
as necessidades do setor. cumprimento integral das especificações; e
Art. 80. O responsável pela Garantia da X - todos os fatores relevantes foram
Qualidade detém as seguintes considerados, incluindo quaisquer outros não
responsabilidades: especificamente associados ao lote de produção
I - revisar a documentação dos lotes produzidos; sob revisão.
II - aprovar ou rejeitar os produtos terminados Art. 83. Se determinado lote não atender às
para comercialização; especificações ou apresentar qualquer
III - aprovar em caráter final todos os divergência, esse deve ser investigado.
documentos relacionados às Boas Práticas de § 1º Se necessário, a investigação deve ser
Fabricação; estendida aos demais lotes do mesmo produto
IV - assegurar o correto cumprimento das ou de outros produtos que possam ter
atividades de validação; vinculação com o desvio detectado.
V - coordenar as atividades relacionadas à § 2º Deve haver registro da investigação, que
investigação de desvios e adoção de medidas deve conter a conclusão e as ações de
preventivas e corretivas; acompanhamento necessárias.
VI - investigar apropriadamente as reclamações Art. 84. O Responsável Técnico deve assegurar
recebidas; o cumprimento das exigências técnicas e
VII - coordenar o sistema de controle de regulatórias relativas à qualidade dos produtos
mudanças; terminados.
VIII - coordenar e participar do programa de Art. 85. O Responsável Técnico deve ainda
auto-inspeções e auditorias; assegurar a realização de outras atividades,
IX - assegurar a execução de um programa incluindo as seguintes:
contínuo de treinamento; e I - implementação e estabelecimento do sistema
X - coordenar as ações de recolhimento. da qualidade;
Art. 81. A liberação de um lote ou produto II - desenvolvimento do manual de qualidade da
terminado pode ser delegada a uma pessoa com empresa;
qualificação e experiência apropriadas, a qual III - auto-inspeções;
irá liberar o produto de acordo com os IV - auditorias externas (auditorias de
procedimentos aprovados, por meio da revisão fornecedores); e
da documentação do lote. V - programas de validação.
Art. 82. A pessoa designada para aprovação e
liberação de um lote deve sempre assegurar que CAPÍTULO X
os seguintes requisitos foram cumpridos: TREINAMENTO
I - o lote foi fabricado de acordo com o registro Art. 86. O fabricante deve treinar as pessoas
do produto; envolvidas com as atividades de garantia da
II - os princípios e diretrizes de Boas Práticas de qualidade, produção, controle de qualidade, bem
Fabricação foram seguidos; como todo pessoal cujas atividades possam
III - os processos de fabricação e controle foram interferir na qualidade do produto, mediante um
validados; programa escrito e definido.

328
Art. 87. O pessoal recém contratado deve terminados até que sua condição de saúde não
receber treinamento específico à sua posição de represente risco ao produto.
trabalho, além de treinamento básico sobre a Art. 95. Todos os funcionários devem ser
teoria e prática de BPF. instruídos e incentivados a relatar a seu
§ 1º Também deve ser dado treinamento supervisor imediato quaisquer condições
contínuo e a sua efetividade prática deve ser relativas à produção, ao equipamento ou ao
avaliada periodicamente. pessoal, que considerem que possam interferir
§ 2º Devem estar disponíveis os programas adversamente nos produtos.
aprovados de treinamento e devem ser mantidos Art. 96. Deve ser evitado o contato direto entre
os registros de treinamento. as mãos do operador e as matérias-primas,
Art. 88. O pessoal que trabalha em áreas limpas, materiais de embalagem primária, produtos
em áreas onde há risco de contaminação e ainda intermediários ou a granel.
áreas de manipulação de materiais altamente Art. 97. Os funcionários devem usar
ativos, tóxicos, infecciosos ou sensibilizantes, vestimentas limpas e apropriadas a cada área de
deve receber treinamento específico. produção para que seja assegurada a proteção do
Art. 89. O conceito de garantia da qualidade e produto contra contaminação.
todas as medidas que auxiliam seu Parágrafo único. Os uniformes, caso sejam
entendimento e implementação devem ser reutilizáveis, devem ser guardados em
totalmente discutidos durante as sessões de ambientes fechados até que sejam lavados e
treinamento. quando for o caso, desinfetados ou esterilizados.
Art. 90. Visitantes ou pessoal não treinado Art. 98. Os uniformes devem ser fornecidos
preferencialmente não devem adentrar as áreas pelo fabricante conforme procedimentos
de produção e controle de qualidade. escritos.
Parágrafo único. Caso a entrada seja inevitável, Parágrafo único. A lavagem dos uniformes é de
os visitantes ou pessoal não treinado devem responsabilidade da empresa.
receber informações relevantes previamente, em Art. 99. Para que seja assegurada a proteção dos
particular sobre higiene pessoal, bem como funcionários, o fabricante deve disponibilizar
sobre a utilização de vestimenta de proteção Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e
apropriada, devendo ser acompanhados por Equipamento de Proteção Individual (EPI) de
profissional designado. acordo com as atividades desenvolvidas.
Art. 91. As equipes de consultores e de Art. 100. É proibido fumar, comer, beber,
contratados devem ser qualificadas para os mascar ou manter plantas, alimentos, bebidas,
serviços de treinamento que prestam. Devem ser fumo e medicamentos pessoais no laboratório
incluídas evidências da qualificação nos de controle de qualidade, nas áreas de produção
registros de treinamento. e armazenamento, ou em quaisquer outras áreas
em que tais ações possam influir adversamente
CAPÍTULO XI na qualidade do produto.
HIGIENE PESSOAL Art. 101. Procedimentos de higiene pessoal,
Art. 92. Todo o pessoal deve ser submetido a incluindo o uso das vestimentas apropriadas,
exames periódicos de saúde, incluindo os de devem ser aplicados a todos que entrarem nas
admissão e de demissão. áreas de produção.
Parágrafo único. Os funcionários que conduzem
inspeções visuais também devem ser CAPÍTULO XII
submetidos a exames de acuidade visual INSTALAÇÕES
periodicamente. Art. 102. As instalações devem ser localizadas,
Art. 93. Todo o pessoal deve ser treinado nas planejadas, construídas, adaptadas e mantidas de
práticas de higiene pessoal. forma que sejam adequadas às operações a
§ 1º Todas as pessoas envolvidas nos processos serem realizadas.
de fabricação devem cumprir com as normas de
higiene e, particularmente, devem ser instruídas Seção I
a lavarem suas mãos adequadamente antes de Geral
entrarem nas áreas de produção. Art. 103. O projeto deve minimizar o risco de
§ 2º Devem ser afixados e observados sinais erros e possibilitar a limpeza e manutenção, de
instrutivos para a lavagem de mãos. modo a evitar a contaminação cruzada, o
Art. 94. As pessoas com suspeita ou acúmulo de poeira e sujeira ou qualquer efeito
confirmação de enfermidade ou lesão exposta adverso que possa afetar a qualidade dos
que possa afetar de forma adversa a qualidade produtos.
dos produtos não devem manusear matérias- Art. 104. Devem ser tomadas medidas para
primas, materiais de embalagem, produtos evitar a contaminação cruzada e facilitar a
intermediários e a granel ou produtos limpeza quando houver dispersão de pós, como

329
durante as operações de amostragem, pesagem, Art. 115. O biotério deve ser isolado das demais
mistura, processamento e embalagem de pós. áreas, possuir entrada separada e sistema de
Art. 105. As instalações devem estar situadas ventilação exclusivo.
em um local que, quando considerado
juntamente com as medidas para proteger o Seção III
processo de fabricação, apresente risco mínimo Áreas de Armazenamento
de causar qualquer contaminação de materiais Art. 116. As áreas de armazenamento devem ter
ou produtos. capacidade suficiente para possibilitar o estoque
Art. 106. As instalações utilizadas na fabricação ordenado de materiais e produtos: matérias-
de medicamentos devem ser projetadas e primas, materiais de embalagem, produtos
construídas de forma a possibilitar a limpeza intermediários, a granel e terminados, em sua
adequada. condição de quarentena, aprovado, reprovado,
Art. 107. As instalações devem ser mantidas em devolvido ou recolhido, com a separação
bom estado de conservação, higiene e limpeza. apropriada.
Parágrafo único. Deve ser assegurado que as Art. 117. As áreas de armazenamento devem ser
operações de manutenção e reparo não projetadas ou adaptadas para assegurar as
representem qualquer risco à qualidade dos condições ideais de estocagem; devem ser
produtos. limpas, secas, organizadas e mantidas dentro de
Art. 108. As instalações devem ser limpas e, limites de temperatura compatíveis com os
quando aplicável, desinfetadas de acordo com materiais armazenados.
procedimentos escritos detalhados. Parágrafo único. Nos casos em que forem
Parágrafo único. Devem ser mantidos registros necessárias condições especiais de
das limpezas. armazenamento, tais como temperatura e
Art. 109. O fornecimento de energia elétrica, a umidade, essas devem ser providenciadas,
iluminação, a temperatura, a umidade e a controladas, monitoradas e registradas.
ventilação das instalações devem ser Art. 118. As áreas de recebimento e expedição
apropriados, de modo a não afetar direta ou devem ser separadas e devem proteger os
indiretamente a qualidade dos medicamentos materiais e produtos das variações climáticas.
durante os processos de fabricação ou o § 1º Na impossibilidade de separação,
funcionamento adequado dos equipamentos. procedimentos apropriados devem ser adotados
Art. 110. As instalações devem ser planejadas e para evitar misturas.
equipadas de forma a oferecer a máxima § 2º As áreas de recebimento devem ser
proteção contra a entrada de insetos, pássaros ou projetadas e equipadas para permitir que os
outros animais. recipientes sejam limpos, se necessário, antes do
Parágrafo único. Deve haver um procedimento armazenamento.
para controle de pragas e roedores. Art. 119. Os produtos em quarentena devem
Art. 111. As instalações devem ser planejadas estar em área restrita e separada na área de
para garantir o fluxo lógico de materiais e armazenamento.
pessoal. § 1º A área deve ser claramente demarcada e o
acesso à mesma somente pode ser efetuado por
Seção II pessoas autorizadas.
Áreas Auxiliares § 2º Qualquer outro sistema que substitua a
quarentena física deve oferecer níveis de
Art. 112. As salas de descanso e refeitórios segurança equivalentes.
devem ser separados das áreas de fabricação e Art. 120. O armazenamento de materiais ou
controle. produtos devolvidos, reprovados ou recolhidos
Art. 113. As instalações dos vestiários e deve ser efetuado em área identificada e isolada
sanitários devem ser facilmente acessíveis e fisicamente.
apropriadas para o número de usuários. Art. 121. Materiais altamente ativos e
Parágrafo único. Os sanitários não devem ter radioativos, narcóticos, outros medicamentos
comunicação direta com as áreas de produção perigosos e substâncias que apresentam riscos
ou armazenamento. especiais de abuso, incêndio ou explosão devem
Art. 114. As áreas de manutenção devem estar ser armazenados em áreas seguras e protegidas,
situadas em locais separados das áreas de identificadas e quando apropriado devidamente
produção. segregadas, de acordo com legislação específica
Parágrafo único. Se as ferramentas e peças de vigente.
reposição forem mantidas nas áreas de Art. 122. Deve ser dada atenção especial à
produção, essas devem estar em salas ou amostragem e ao armazenamento seguro dos
armários reservados para este fim. materiais de embalagem impressos, por serem

330
considerados críticos à qualidade dos errônea de qualquer etapa de fabricação ou
medicamentos quanto a sua rotulagem. controle.
Art. 123. Deve haver uma área específica para Art. 129. Nas áreas onde as matérias-primas, os
amostragem de matérias-primas. materiais de embalagem primários, os produtos
Parágrafo único. A amostragem deve ser intermediários ou a granel estiverem expostos
conduzida de forma a evitar contaminação ou ao ambiente, as superfícies interiores (paredes,
contaminação cruzada. piso e teto) devem ser revestidas de material
liso, impermeável, lavável e resistente, livres de
Seção IV juntas e rachaduras, de fácil limpeza, que
Área de Pesagem permita a desinfecção e não libere partículas.
Art. 124. As áreas destinadas à pesagem das Art. 130. As tubulações, luminárias, pontos de
matérias-primas podem estar localizadas no ventilação e outras instalações devem ser
almoxarifado ou na área de produção, devendo projetadas e instaladas de modo a facilitar a
ser específicas e projetadas para esse fim, limpeza.
possuindo sistema de exaustão independente e Parágrafo único. Sempre que possível, o acesso
adequado que evite a ocorrência de para manutenção deve estar localizado
contaminação cruzada. externamente às áreas de prodção.
Art. 131. Os ralos devem ser de tamanho
Seção V adequado, instalados de forma a evitar os
Áreas de Produção refluxos de líquidos ou gases e mantidos
Art. 125. Devem ser utilizadas instalações fechados quando não estiverem em uso.
segregadas e dedicadas para a produção de Parágrafo único. Deve ser evitada a instalação
determinados medicamentos, tais como certas de canaletas abertas; se necessárias, essas
preparações biológicas (ex. microorganismos devem ser rasas para facilitar a limpeza e a
vivos) e os materiais altamente sensibilizantes desinfecção.
(ex. penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos Art. 132. As áreas de produção devem possuir
e demais derivados beta-lactâmicos), de forma a sistema de tratamento de ar adequado aos
minimizar o risco de danos graves à saúde produtos manipulados, às operações realizadas e
devido à contaminação cruzada. ao ambiente externo.
§ 1º Em alguns casos, tais como materiais § 1º O sistema de tratamento deve incluir
altamente sensibilizantes, a segregação deve filtração de ar adequada para evitar
também ocorrer entre eles. contaminação e contaminação cruzada, controle
§ 2º A produção de certos produtos altamente de temperatura e, quando necessário, de
ativos como alguns antibióticos, certos umidade e de diferenciais de pressão.
hormônios, substâncias citotóxicas deve ser § 2º As áreas de produção devem ser
realizada em áreas segregadas. regularmente monitoradas a fim de assegurar o
§ 3º Em casos excepcionais, como sinistros cumprimento das especificações.
(incêndio, inundação etc.) ou situações de Art. 133. As instalações para a embalagem de
emergência (guerra etc.) o princípio do trabalho medicamentos devem ser especificamente
em campanha nas mesmas instalações pode ser planejadas e construídas de forma a evitar
aceito, desde que sejam tomadas precauções misturas ou contaminação cruzada.
específicas e sejam feitas as validações Art. 134. As áreas de produção devem ser bem
necessárias (incluindo validação de limpeza). iluminadas, particularmente onde se realizam
Art. 126. Quando forem produzidos controles visuais.
medicamentos altamente ativos ou altamente
sensibilizantes devem ser utilizados sistemas Seção VI
adequados de tratamento do ar na exaustão. Áreas de Controle de Qualidade
Art. 127. As instalações físicas devem estar Art. 135. Os laboratórios de controle de
dispostas, segundo o fluxo operacional qualidade devem ser separados das áreas de
contínuo, de forma a permitir que a produção produção.
corresponda à seqüência das operações de Parágrafo único. As áreas em que são
produção e aos níveis exigidos de limpeza. empregados ensaios biológicos, microbiológicos
Art. 128. As áreas de produção, incluindo as de ou de radioisótopos devem ser separadas umas
armazenamento de materiais em processo, das outras.
devem permitir o posicionamento lógico e Art. 136. Os laboratórios de controle de
ordenado dos equipamentos e dos materiais, de qualidade devem ser adequados às operações
forma a minimizar o risco de mistura entre que se destinam.
diferentes medicamentos ou seus componentes, § 1º Deve existir espaço suficiente para evitar
evitar a ocorrência de contaminação cruzada e misturas e contaminação cruzada.
diminuir o risco de omissão ou aplicação

331
§ 2º Deve haver espaço para armazenamento reativas, aditivas ou absortivas de forma a
adequado de amostras, padrões de referência (se interferir na qualidade do produto.
necessário, com refrigeração), solventes, Art. 148. Todo equipamento em desuso ou com
reagentes e registros. defeito deve ser retirado das áreas de produção e
Art. 137. As áreas onde forem realizados os do controle de qualidade.
ensaios microbiológicos, biológicos ou com Parágrafo único. Quando não for possível, o
radioisótopos devem ser independentes e equipamento em desuso ou com defeito deve
separadas e contar com instalações estar devidamente identificado para evitar seu
independentes, especialmente o sistema de ar. uso.
Art. 138. Pode ser necessária a utilização de Art. 149. Equipamentos fechados devem ser
salas separadas para proteger determinados utilizados sempre que apropriado.
instrumentos de interferências elétricas, Parágrafo único. Quando são utilizados
vibrações, contato excessivo com umidade e equipamentos abertos, ou quando são abertos
outros fatores externos durante qualquer operação, devem ser tomadas
. precauções para minimizar a contaminação.
CAPÍTULO XIII Art. 150. Os equipamentos não dedicados
EQUIPAMENTOS devem ser limpos de acordo com procedimentos
Art. 139. Os equipamentos devem ser de limpeza validados para evitar a contaminação
projetados, construídos, adaptados, instalados, cruzada.
localizados e mantidos de forma que sejam Art. 151. No caso de equipamentos dedicados,
compatíveis com as operações a serem devem ser utilizados procedimentos de limpeza
realizadas. validados, considerando resíduos de agentes de
Parágrafo único. O projeto e a localização dos limpeza, contaminação microbiológica e
equipamentos devem minimizar os riscos de produtos de degradação, quando aplicável.
erros, permitirem limpeza e manutenção Art. 152. Devem ser mantidos os desenhos
adequadas, de maneira a evitar a contaminação atualizados dos equipamentos e dos sistemas de
cruzada, acúmulo de poeira, sujeira e evitar suporte críticos.
efeito negativo na qualidade dos produtos.
Art. 140. Os equipamentos devem ser instalados CAPÍTULO XIV
de forma a minimizar qualquer risco de erro ou MATERIAIS
contaminação. Art. 153. Estão incluídos no conceito de
Art. 141. A tubulação fixa deve ser claramente materiais as matérias- primas, os materiais de
identificada, conforme legislação vigente, para embalagem, os gases, os solventes, os materiais
indicar o conteúdo e, quando aplicável, a auxiliares ao processo, os reagentes e os
direção do fluxo. materiais de rotulagem.
Art. 142. Todas as tubulações e dispositivos
devem ser adequadamente identificados e deve- Seção I
se dar preferência ao uso de conexões ou Geral
adaptadores não-intercambiáveis para gases e Art. 154. Nenhum material utilizado em
líquidos perigosos. operações tais como limpeza, lubrificação de
Art. 143. As balanças e instrumentos de medida equipamentos e controle de pragas deve entrar
das áreas de produção e de controle de em contato direto com o produto.
qualidade devem possuir a faixa de trabalho e a Parágrafo único. Os materiais devem ser de
precisão requeridas, devendo ser periodicamente qualidade apropriada a fim de minimizar os
calibrados. riscos à saúde.
Art. 144. Os equipamentos de produção devem Art. 155. Todos os materiais de entrada e os
ser limpos, conforme procedimentos de limpeza produtos terminados devem ser colocados em
aprovados e validados, quando couber. quarentena imediatamente após o recebimento
Art. 145. Os equipamentos e instrumentos ou produção, até que sejam liberados para uso
analíticos devem ser adequados aos métodos ou comercialização.
realizados. Art. 156. Todos os materiais e produtos devem
Art. 146. Os equipamentos de lavagem, limpeza ser armazenados nas condições apropriadas
e secagem devem ser escolhidos e utilizados de estabelecidas pelo fabricante, de forma ordenada
forma a não representar uma fonte de para permitir a segregação de lotes e rotação do
contaminação. estoque, obedecendo à regra primeiro que
Art. 147. Os equipamentos utilizados na expira, primeiro que sai.
produção não devem apresentar quaisquer riscos Art. 157. A água utilizada na fabricação de
para os produtos. produtos farmacêuticos deve ser adequada para
Parágrafo único. As partes destes equipamentos o uso a que se pretende.
em contato direto com o produto não devem ser

332
Seção II V - data de fabricação, data de reteste ou prazo
Matérias-Primas de validade e quando aplicável, a data de
Art. 158. A aquisição de matérias-primas deve reanálise.
ser realizada por uma equipe qualificada e § 2º É permitida a identificação por sistema
treinada. eletrônico validado. Neste caso, não é
Art. 159. As matérias-primas devem ser necessário constar no rótulo todas as
adquiridas somente de fornecedores aprovados informações acima descritas.
pela empresa, preferencialmente, diretamente do Art. 165. Deve haver procedimentos ou medidas
produtor. adequadas para assegurar a identidade do
§ 1º As especificações estabelecidas pelo conteúdo de cada recipiente de matéria- prima.
fabricante relativas às matérias-primas devem Parágrafo único. Os recipientes dos quais
ser discutidas com os fornecedores. tenham sido retiradas amostras devem ser
§ 2º Todos os aspectos da produção e do identificados.
controle das matérias- primas, o processo de Art. 166. Somente as matérias-primas liberadas
aquisição, o manuseio, a rotulagem e as pelo departamento de controle de qualidade e
exigências referentes à embalagem, assim como que estejam dentro do prazo previsto para sua
os procedimentos de reclamação e reprovação, utilização devem ser utilizadas.
devem ser discutidos entre o fabricante e os Art. 167. As matérias-primas devem ser
fornecedores. manuseadas somente por funcionários
Art. 160. Para cada entrega, os recipientes designados, de acordo com procedimentos
devem ser verificados no mínimo quanto à escritos.
integridade da embalagem e do lacre, bem como Parágrafo único. As matérias-primas devem ser
quanto à correspondência entre o pedido, a nota cuidadosamente pesadas ou medidas, em
de entrega e os rótulos dos fornecedores. recipientes limpos e corretamente identificados.
Art. 161. Todos os materiais recebidos devem Art. 168. As matérias-primas pesadas ou
ser verificados de forma que seja assegurado medidas, assim como seus respectivos pesos ou
que a entrega esteja em conformidade com o volumes, devem ser conferidas por outro
pedido. funcionário ou sistema automatizado de
§ 1º Os recipientes devem ser limpos e rotulados conferência, devendo ser mantidos os registros.
com as informações necessárias. Art. 169. As matérias-primas pesadas ou
§ 2º Quando forem utilizados rótulos de medidas para cada lote de produção devem ser
identificação interna, esses devem ser anexados mantidas juntas e visivelmente identificadas
aos recipientes de forma que as informações como tal.
originais sejam mantidas.
Art. 162. As avarias nos recipientes ou Seção III
quaisquer outros problemas que possam afetar a Material de Embalagem
qualidade da matéria-prima devem ser
registrados, relatados ao departamento de Art. 170. A aquisição, o manuseio e o controle
controle de qualidade e investigados. de qualidade dos materiais de embalagem
Art. 163. Se uma entrega de material contiver primários, secundários e de materiais impressos
diferentes lotes, cada lote deve ser devem ser realizados da mesma forma que para
individualmente amostrado, analisado e as matérias- primas.
liberado. Art. 171. Os materiais de embalagem impressos
Art. 164. As matérias-primas colocadas na área devem ser armazenados em condições seguras
de armazenamento devem estar adequadamente de modo a excluir a possibilidade de acesso não
identificadas. autorizado.
§ 1º Os rótulos devem conter, pelo menos, as § 1º Rótulos em bobinas devem ser utilizados
seguintes informações: sempre que possível.
I - nome da matéria-prima e o respectivo código § 2º Rótulos fracionados e outros materiais
interno de referência, quando aplicável; impressos soltos devem ser armazenados e
II - nome do fabricante e respectivo número de transportados em recipientes fechados e
lote; separados de forma a evitar misturas.
III - quando aplicável, número do lote atribuído § 3º Os materiais de embalagem devem ser
pelo fornecedor e o número do lote dado pela enviados para produção apenas por pessoal
empresa no momento do recebimento; designado, seguindo procedimento aprovado e
IV - situação da matéria-prima no documentado.
armazenamento (em quarentena, em análise, Art. 172. Cada lote de material de embalagem,
aprovado, reprovado, devolvido); e incluindo material impresso, deve receber um
número específico de referência ou marca de
identificação.

333
Art. 173. Os materiais impressos, embalagens § 1º Essa recuperação deve ser feita de acordo
primárias ou secundárias desatualizados e com um procedimento definido, após a
obsoletos devem ser destruídos e esse avaliação dos riscos envolvidos, incluindo
procedimento deve ser registrado. qualquer efeito possível sobre o prazo de
Art. 174. Todos os produtos e materiais de validade.
embalagem a serem utilizados devem ser § 2º A recuperação deve ser registrada.
verificados no ato da entrega ao departamento Art. 181. A necessidade de testes adicionais de
de embalagem em relação à quantidade, qualquer produto terminado que tenha sido
identidade e conformidade com as instruções de reprocessado, ou que tenha sofrido
embalagem. incorporação, deve ser considerada pelo
Controle de Qualidade.
Seção IV
Produtos Intermediários e a Granel Seção VII
Art. 175. Os produtos intermediários e os Produtos Recolhidos
produtos a granel devem ser mantidos sob Art. 182. Os produtos recolhidos devem ser
condições especificas determinadas para cada identificados e armazenados separadamente em
produto. uma área segura até que haja uma decisão sobre
Art. 176. Os produtos intermediários e os seu destino.
produtos a granel adquiridos, devem ser Parágrafo único. A decisão deve ser tomada o
manuseados no recebimento como se fossem mais rápido possível e em conformidade com a
matérias-primas. legislação específica sobre recolhimento de
medicamentos.
Seção V
Produtos Terminados Seção VIII
Art. 177. Os produtos terminados devem ser Produtos Devolvidos
mantidos em quarentena até sua liberação final. Art. 183. Os produtos devolvidos devem ser
Parágrafo único. Após a liberação, os produtos destruídos, a menos que seja possível assegurar
terminados devem ser armazenados como que sua qualidade continua satisfatória; nesses
estoque disponível, de acordo com as condições casos, podem ser considerados para revenda,
estabelecidas pelo fabricante. nova rotulagem, ou medidas alternativas
somente após avaliação crítica realizada pela
Seção VI área da qualidade, conforme procedimento
Materiais Reprovados, Recuperados e escrito.
Reprocessados § 1º Devem ser considerados na avaliação, a
Art. 178. Os materiais e os produtos reprovados natureza do produto, quaisquer condições
devem ser identificados como tal e armazenados especiais de armazenamento, sua condição e
separadamente, em áreas restritas. histórico, bem como o tempo decorrido desde
Parágrafo único. Tais materiais e produtos sua expedição.
podem ser devolvidos aos fornecedores ou, § 2º Em caso de dúvida sobre a qualidade, os
quando aplicável, reprocessados ou destruídos produtos devolvidos não devem ser
dentro de um prazo justificável e a ação adotada considerados adequados para nova expedição ou
deve ser aprovada por pessoa designada. reutilização.
Art. 179. O reprocesso ou recuperação de § 3º Qualquer medida tomada deve ser
produtos reprovados deve ser excepcional. registrada.
§ 1º O reprocesso ou recuperação é permitido
apenas se a qualidade do produto final não for Seção IX
afetada, as suas especificações forem atendidas Reagentes e Meios de Cultura
e ainda se for realizado em consonância com um Art. 184. Deve haver registros para o
procedimento definido e autorizado após recebimento e a preparação de reagentes e
avaliação dos riscos envolvidos. meios de cultura.
§ 2º Deve ser mantido registro do reprocesso ou Art. 185. Os reagentes preparados devem ser
da recuperação. elaborados de acordo com procedimentos
§ 3º Um lote reprocessado ou recuperado deve escritos, apropriadamente rotulados e mantidos
receber um novo número de lote. os registros da preparação.
Art. 180. A introdução de lotes anteriores ou § 1º O rótulo deve indicar a concentração, a data
parte desses, em conformidade com a qualidade de preparo, o fator de padronização, o prazo de
exigida, em um lote do mesmo produto em uma validade, a data da próxima padronização e as
etapa definida da fabricação deve ser autorizada condições de armazenamento.
previamente. § 2º O rótulo deve ser assinado e datado pela
pessoa que preparou o reagente.

334
Art. 186. Devem ser feitos controles positivos, Parágrafo único. As substâncias tóxicas e
assim como negativos, para que seja verificada materiais inflamáveis devem ser guardados em
a adequação dos meios de cultura. locais de acesso restrito, conforme exigido pela
Parágrafo único. O tamanho do inóculo legislação vigente.
utilizado nos controles positivos deve ser Art. 195. O material residual deve ser coletado
apropriado à sensibilidade exigida. em recipientes adequados, mantido em local
especifico e eliminado de forma segura em
Seção X intervalos regulares e freqüentes, de acordo com
Padrões de Referência as normas sanitárias.
Art. 187. Devem ser utilizados padrões de Parágrafo único. O material residual não deve
referência oficiais, sempre que existirem. ser acumulado.
Parágrafo único. Na ausência desses, devem ser
utilizados padrões de referência devidamente Seção XII
caracterizados. Materiais Diversos
Art. 188. Um padrão de referência não Art. 196. Não deve ser permitido que os
adquirido de uma farmacopéia reconhecida deve produtos raticidas, inseticidas, agentes
ser do mais elevado grau de pureza possível de fumigantes e materiais sanitizantes contaminem
ser obtido e cuidadosamente caracterizado a fim os equipamentos, as matérias-primas, os
de garantir sua identidade, teor, qualidade, materiais de embalagem, os materiais em
pureza e potência. processo ou os produtos terminados.
§ 1º Os procedimentos analíticos qualitativos e
quantitativos empregados para caracterizar um CAPÍTULO XV
padrão de referência devem ser mais extensos DOCUMENTAÇÃO
do que os utilizados para controlar a identidade, Art. 197. A documentação constitui parte
teor, qualidade, pureza e potência do fármaco ou essencial do sistema de Garantia da Qualidade e
medicamento. deve estar relacionada com todos os aspectos
§ 2º Os procedimentos analíticos utilizados para das BPF.
caracterizar um padrão de referência não devem § 1º A documentação tem como objetivo definir
se basear apenas em testes de comparação a um as especificações de todos os materiais e os
padrão de referência anteriormente métodos de fabricação e controle, a fim de
caracterizado. assegurar que todo pessoal envolvido na
§ 3º A documentação de caracterização deve fabricação saiba decidir o que fazer e quando
estar disponível e ser mantida sob a fazê-lo.
responsabilidade de uma pessoa designada. § 2º A documentação tem a finalidade de
Art. 189. Os padrões de referência oficiais garantir que a pessoa designada tenha todas as
devem ser utilizados somente para o propósito informações necessárias para decidir acerca da
descrito na respectiva monografia. liberação de determinado lote de medicamento
Art. 190. Os padrões de referência devem ser para venda, possibilitar um rastreamento que
armazenados de acordo com as recomendações permita a investigação da história de qualquer
do fabricante. lote sob suspeita de desvio da qualidade e
Parágrafo único. Devem ser seguidas as assegurar a disponibilidade dos dados
recomendações do fabricante quanto à correta necessários para validação, revisão e análise
utilização, incluindo o pré-tratamento estatística.
(dessecação, correção de teor etc.) dessas § 3º Todos os documentos devem estar
substâncias. facilmente disponíveis, reunidos em uma única
Art. 191. Todos os padrões secundários ou de pasta ou separados.
trabalho devem ser padronizados em relação a
um padrão de referência. Seção I
Art. 192. Caso necessário, devem ser realizadas Geral
verificações apropriadas em intervalos regulares Art. 198. Os documentos devem ser redigidos,
com a finalidade de assegurar a padronização revisados, aprovados e distribuídos somente a
dos padrões secundários. pessoas designadas.
Art. 193. Todos os padrões de referência devem Parágrafo único. Devem atender a todas as
ser armazenados e utilizados de forma que não etapas de fabricação autorizadas pelo registro.
afetem negativamente a sua qualidade. Art. 199. Os documentos devem ser aprovados,
Seção XI assinados e datados pela pessoa designada.
Materiais Residuais Parágrafo único. Nenhum documento deve ser
Art. 194. Devem ser tomadas providências modificado sem autorização e aprovação
quanto à guarda apropriada e segura dos prévias.
materiais residuais a serem eliminados.

335
Art. 200. O conteúdo dos documentos não pode § 7º Durante o período de retenção, os dados
ser ambíguo. devem estar prontamente disponíveis.
§ 1º O título, a natureza e o seu objetivo devem
ser apresentados de forma clara, precisa e Seção II
correta. Rótulos
§ 2º Deve ser disposto de forma ordenada e ser Art. 206. A identificação afixada nos
de fácil verificação. recipientes, nos equipamentos, nas instalações e
§ 3º Os documentos reproduzidos devem ser nos produtos deve ser clara, sem ambigüidade e
legíveis e ter garantida a sua fidelidade em em formato aprovado pela empresa, contendo os
relação ao original. dados necessários.
Art. 201. Os documentos devem ser Parágrafo único. Podem ser utilizadas além do
regularmente revisados e atualizados. texto, cores diferenciadas que indiquem sua
§ 1º Quando determinado documento for condição (em quarentena, aprovado, reprovado,
revisado, deve haver um sistema que impeça o limpo, dentre outras).
uso inadvertido da versão obsoleto. Art. 207. Todos os produtos terminados devem
§ 2º Os documentos obsoletos devem ser ser identificados, conforme legislação vigente.
mantidos por um período específico de tempo Art. 208. Os rótulos dos padrões de referência e
definido em procedimento. documentos que os acompanham devem indicar
Art. 202. Quando os documentos exigirem a a concentração, a data de fabricação, a data em
entrada de dados, estes devem ser claros, que o lacre foi aberto, as condições de
legíveis e indeléveis. armazenamento e, quando aplicável, o prazo de
Parágrafo único. Deve ser deixado espaço validade e o número de controle.
suficiente para cada entrada de dados.
Art. 203. Toda alteração efetuada em qualquer Seção III
documento deve ser assinada, datada e Especificações e Ensaios de Controle de
possibilitar a leitura da informação original. Qualidade
Parágrafo único. Quando for o caso, deve ser Art. 209. Os métodos de controle de qualidade
registrado o motivo da alteração. devem ser validados antes de serem adotados na
Art. 204. Deve ser mantido registro de todas as rotina, levando-se em consideração as
ações efetuadas de tal forma que todas as instalações e os equipamentos disponíveis.
atividades significativas referentes à fabricação Parágrafo único. Os métodos analíticos
de medicamentos possam ser rastreadas. compendiais não requerem validação, entretanto
Parágrafo único. Todos os registros devem ser antes de sua implementação, devem existir
retidos por, pelo menos, um ano após o evidências documentadas de sua adequabilidade
vencimento do prazo de validade do produto nas condições operacionais do laboratório.
terminado. Art. 210. Todas as especificações de matérias-
Art. 205. Os dados podem ser registrados por primas, materiais de embalagem e produtos
meio de sistema de processamento eletrônico, terminados devem estar devidamente
por meios fotográficos ou outros meios autorizadas, assinadas e datadas, bem como
confiáveis. mantidas pelo Controle de Qualidade ou
§ 1º As fórmulas mestras/fórmulas padrão e os Garantia da Qualidade.
Procedimentos Operacionais Padrão relativos ao Art. 211. Devem ser realizados ensaios nos
sistema em uso devem estar disponíveis e a produtos intermediários e no produto a granel,
exatidão dos dados registrados deve ser quando couber.
verificada. Parágrafo único. Devem também existir
§ 2º Se o registro dos dados for feito por meio especificações relacionadas à água, aos
de processamento eletrônico, somente pessoas solventes e aos reagentes (ácidos e bases)
designadas podem modificar os dados contidos utilizados na produção.
nos computadores. Art. 212. Devem ser realizadas revisões
§ 3º Deve haver registro das alterações periódicas das especificações para que sejam
realizadas. atualizadas conforme as novas edições da
§ 4º O acesso aos computadores deve ser restrito farmacopéia nacional ou outros compêndios
por senhas ou outros meios. oficiais.
§ 5º A entrada de dados considerados críticos, Art. 213. As farmacopéias, os padrões de
quando inserida manualmente em um sistema, referência, as referências de espectrometria e
deve ser conferida por outra pessoa designada. outros materiais de referência necessários
§ 6º Os registros eletrônicos dos dados dos lotes devem estar à disposição no laboratório de
devem ser protegidos por meio de cópias em fita controle de qualidade.
magnética, microfilme, impressão em papel ou
outros meios. Seção IV

336
Especificações para Matérias-Primas e IV - forma farmacêutica e detalhes de
Materiais de Embalagem embalagem;
Art. 214. As especificações das matérias- V - referências utilizadas na amostragem e nos
primas, dos materiais de embalagem primária e ensaios de controle;
dos materiais impressos devem possuir uma VI - requisitos qualitativos e quantitativos, com
descrição, incluindo no mínimo: os respectivos limites de aceitação;
I - código interno de referência e nome VII - condições e precauções a serem tomadas
conforme DCB, se houver; no armazenamento, quando for o caso; e
II - referência da monografia farmacopéica, se VIII - prazo de validade.
houver; e
III - requisitos quantitativos e qualitativos com Seção VII
os respectivos limites de aceitação. Fórmula Mestra/Padrão
§ 1º Dependendo da prática adotada pela Art. 218. Deve existir uma fórmula
empresa, podem ser adicionados outros dados às mestra/padrão autorizada para cada produto e
especificações, tais como: tamanho de lote a ser fabricado.
I - identificação do fornecedor e do produtor Art. 219. A fórmula mestra/padrão deve incluir:
original dos materiais; I - o nome do produto com o código de
II - amostra do material impresso; referência relativo à sua especificação;
III - orientações sobre a amostragem, os testes II - descrição da forma farmacêutica,
de qualidade e as referências utilizada nos concentração do produto e tamanho do lote;
procedimentos de controle; III - lista de todas as matérias-primas a serem
IV - condições de armazenamento e as utilizadas (com suas respectivas DCB); com a
precauções; e quantidade utilizada de cada uma, usando o
V - período máximo de armazenamento antes nome genérico e referência que são exclusivos
que seja realizada nova análise. para cada material. Deve ser feita menção a
§ 2º Os materiais de embalagem devem atender qualquer substância que possa desaparecer no
às especificações dando ênfase a sua decorrer do processo;
compatibilidade com os medicamentos. IV - declaração do rendimento final esperado,
§ 3º O material deve ser examinado em relação com os limites aceitáveis, e dos rendimentos
à presença de defeitos e marcas de identificação intermediários, quando for o caso;
corretas. V - indicação do local de processamento e dos
Art. 215. Os documentos com a descrição dos equipamentos a serem utilizados;
procedimentos de ensaio de controle devem VI - os métodos (ou referência a eles) a serem
indicar a freqüência de execução de ensaios de utilizados no preparo dos principais
cada matéria-prima, conforme determinado por equipamentos, como limpeza (especialmente
sua estabilidade. após mudança de produto), montagem,
calibração e esterilização;
Seção V VII - instruções detalhadas das etapas a serem
Especificações para Produtos Intermediários e a seguidas na produção (verificação dos materiais,
Granel pré-tratamentos, a seqüência da adição de
Art. 216. As especificações dos produtos materiais, tempos de mistura, temperaturas etc.);
intermediários e a granel devem estar VIII - instruções relativas a quaisquer controles
disponíveis sempre que estes materiais forem em processo com seus limites de aceitação;
adquiridos ou expedidos, ou se os dados sobre IX - exigências relativas ao acondicionamento
os produtos intermediários forem utilizados na dos produtos, inclusive sobre o recipiente, a
avaliação do produto final. rotulagem e quaisquer condições especiais de
Parágrafo único. Essas especificações devem ser armazenamento; e
compatíveis com as especificações relativas às X - quaisquer precauções especiais a serem
matérias-primas ou aos produtos terminados. observadas.

Seção VI Seção VIII


Especificações para Produtos Terminados Instruções de Embalagem
Art. 217. As especificações para produtos Art. 220. Deve haver instruções autorizadas
terminados devem incluir: quanto ao processo de embalagem, relativas a
I - nome genérico do produto e marca ou cada produto e ao tamanho e tipo de
denominação comercial, quando for o caso; embalagem.
II - nome(s) do(s) princípio(s) ativo(s) com suas § 1º As instruções devem incluir os seguintes
respectivas DCB; dados:
III - fórmula ou referência à mesma; I - nome do produto;

337
II - descrição de sua forma farmacêutica, sua V - identificação do(s) operador(es) das
concentração e via de administração, quando for diferentes etapas de produção e, quando
o caso; apropriado, da (s) pessoa (s) que verifica (m)
III - tamanho da embalagem, expresso em cada uma dessas operações;
número, peso ou volume do produto contido no VI - número dos lotes e/ou o número de controle
recipiente final; analítico e a quantidade de cada matéria-prima
IV - listagem completa de todo material de utilizada, incluindo o número de lote e a
embalagem necessário para um tamanho de lote quantidade de qualquer material recuperado ou
padrão, incluindo as quantidades, os tamanhos e reprocessado que tenha sido adicionado;
os tipos, com o código ou número de referência VII - qualquer operação ou evento relevante
relativo às especificações de cada material; observado na produção e os principais
V - amostra ou reprodução dos materiais equipamentos utilizados;
utilizados no processo de embalagem, indicando VIII - controles em processo realizados, a
o local onde o número do lote do produto e sua identificação da (s) pessoa (s) que os tenha (m)
data de vencimento devem ser impressos ou executado e os resultados obtidos;
gravados; IX - quantidades obtidas de produto nas
VI - precauções especiais, tais como a diferentes etapas da produção (rendimento),
verificação dos equipamentos e da área onde se juntamente com os comentários ou explicações
realizará a embalagem, a fim de garantir a sobre qualquer desvio significativo do
ausência de materiais impressos de produtos rendimento esperado; e
anteriores nas linhas de embalagem; X - observações sobre problemas especiais,
VII - descrição das operações de embalagem e incluindo detalhes como a autorização assinada
dos equipamentos a serem utilizados; e para cada alteração da fórmula de fabricação ou
VIII - detalhes dos controles em processo, instruções de produção.
juntamente com as instruções para a
amostragem e os critérios de aceitação. Seção X
Registros de Embalagem de Lotes
Seção IX Art. 224. Devem ser mantidos registros da
Registros de Produção de Lotes embalagem de cada lote ou parte de lote, de
Art. 221. Devem ser mantidos registros da acordo com as instruções de embalagem.
produção de cada lote. Parágrafo único. Os registros devem ser
Parágrafo único. Os registros devem se basear preparados de forma a evitar erros de
na fórmula mestra/padrão aprovada e em uso, transcrição.
evitando erros de transcrição. Art. 225. Antes do início de qualquer operação
Art. 222. Antes de iniciar um processo de de embalagem, deve ser verificado se os
produção, deve ser verificado se os equipamentos e a estação de trabalho estão
equipamentos e o local de trabalho estão livres livres de produtos anteriores, documentos ou
de produtos anteriormente produzidos, assim materiais não exigidos para as operações de
como se os documentos e materiais necessários embalagem planejadas, e que o equipamento
para o processo planejado estão disponíveis. está limpo e adequado para uso.
§ 1º Deve ser verificado se os equipamentos Parágrafo único. Tais verificações devem ser
estão limpos e adequados para uso. registradas.
§ 2º Tais verificações devem ser registradas. Art. 226. Durante o processo de embalagem,
Art. 223. Durante o processo de produção, todas todas as etapas desenvolvidas devem ser
as etapas desenvolvidas devem ser registradas, registradas, contemplando o tempo inicial e o
contemplando o tempo inicial e o final de final de execução de cada operação.
execução de cada operação. § 1º Os registros da execução de cada etapa
§ 1º Os registros da execução de tais etapas devem ser datados pelos executores, claramente
devem ser devidamente datados pelos identificados por assinatura ou senha eletrônica
executores, claramente identificados por e ratificados pelo supervisor da área.
assinatura ou senha eletrônica e ratificados pelo § 2º Os registros dos lotes de produção devem
supervisor da área. conter pelo menos as seguintes informações:
§ 2º Os registros dos lotes de produção devem I - o nome do produto, o número do lote e a
conter pelo menos as seguintes informações: quantidade de produto a granel a ser embalado,
I - nome do produto; bem como o número do lote e a quantidade
II - número do lote que estiver sendo fabricado; planejada de produto terminado que será obtida,
III - datas e horários de início e término das a quantidade realmente obtida e a reconciliação;
principais etapas intermediárias de produção; II - a(s) data(s) e o(s) horário(s) das operações
IV - nome da pessoa responsável por cada etapa de embalagem;
da produção;

338
III - o nome da pessoa responsável pela I - nome do material descrito na nota de
realização da operação de embalagem; entrega e nos recipientes;
IV - a identificação dos operadores nas etapas II - denominação interna e/ou código do
principais; material;
V - verificações feitas quanto à identificação e à III - a data do recebimento;
conformidade com as instruções para IV - o nome do fornecedor e do nome do
embalagem, incluindo os resultados dos fabricante;
controles em processo; V - o lote ou número de referência do
VI - detalhes das operações de embalagem fabricante;
realizadas, incluindo referências aos VI - a quantidade total e o número de
equipamentos, às linhas de embalagem recipientes recebidos;
utilizadas e, quando necessário, as instruções e VII - o número atribuído ao lote após o
registros relativos ao armazenamento de recebimento; e
produtos não embalados; VIII - qualquer comentário relevante (por
VII - amostras dos materiais de embalagem exemplo, o estado dos recipientes).
impressos utilizados, incluindo amostras Art. 230. Deve haver Procedimento Operacional
contendo a aprovação para a impressão e Padrão para a identificação interna dos produtos
verificação regular (quando apropriado), armazenados em quarentena e liberados
contendo o número de lote, a data de fabricação, (matérias-primas, materiais de embalagem e
o prazo de validade e qualquer impressão outros materiais).
adicional; Art. 231. Os Procedimentos Operacionais
VIII - observações sobre quaisquer problemas Padrão devem estar disponíveis para cada
especiais, incluindo detalhes acerca de qualquer instrumento e equipamento (por exemplo,
desvio das instruções de embalagem, com utilização, calibração, limpeza, manutenção) e
autorização por escrito da pessoa designada; colocados próximos aos equipamentos.
IX - as quantidades de todos os materiais de Art. 232. Deve haver Procedimento Operacional
embalagem impressos com o número de Padrão para amostragem e ser definida a área
referência ou identificação, e produtos a granel responsável e as pessoas designadas pela coleta
entregues para serem embalados; e de amostras.
X - as quantidades de todos os materiais Art. 233. As instruções de amostragem devem
utilizados, destruídos ou devolvidos ao estoque incluir
e a quantidade obtida do produto, a fim de que I - o método e o plano de amostragem;
possa ser feita uma reconciliação correta. II - os equipamentos a serem utilizados;
III - quaisquer precauções a serem observadas
Seção XI para evitar contaminação do material ou
Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) e qualquer comprometimento em sua qualidade;
Registros IV - a(s) quantidade(s) da(s) amostra(s) a ser
Art. 227. Os Procedimentos (em) coletadas(s);
Operacionais Padrão e os registros associados a V - instruções para qualquer subdivisão
possíveis ações adotadas, quando apropriado, necessária da amostra;
relacionadas aos resultados obtidos devem estar VI - tipo de recipiente a ser utilizado no
disponíveis quanto a: acondicionamento das amostras, rotulagem,
I - montagem e qualificação de bem como se o procedimento de amostragem
equipamentos; deve ser realizado em condições assépticas ou
II - aparato analítico e calibração; não; e
III - manutenção, limpeza e sanitização; VII - quaisquer precauções a serem observadas,
IV - pessoal, incluindo qualificação, principalmente quanto à amostragem de
treinamento, uniformes e higiene; material estéril ou nocivo.
V - monitoramento ambiental; Art. 234. Deve haver um Procedimento
VI - controle de pragas; Operacional Padrão descrevendo os detalhes do
VII - reclamações; sistema de numeração dos lotes, com o objetivo
VIII - recolhimentos; e de assegurar que cada lote de produto
IX - devoluções. intermediário, a granel ou terminado seja
Art. 228. Deve haver Procedimentos identificado com um número de lote específico.
Operacionais Padrão e registros para o Art. 235. O Procedimento Operacional Padrão
recebimento de matéria-prima e de materiais de que trata da numeração de lotes deve assegurar
embalagem primário e material impresso. a rastreabilidade durante todas as etapas de
Art. 229. Os registros dos recebimentos produção, incluindo embalagem.
devem incluir, no mínimo: Art. 236. O Procedimento Operacional Padrão
para numeração de lotes deve assegurar que os

339
números de lotes não serão usados de forma informática, gerenciamento de desvios em
repetida, o que também se aplica ao tecnologia da informação, recuperação de dados
reprocessamento. e backup.
Parágrafo único. A atribuição de um número de
lote deve ser imediatamente registrada. CAPÍTULO XVI
Art. 237. Deve haver procedimentos escritos BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO
relativos aos ensaios de controle realizados nos Art. 245. As operações de produção devem
materiais e nos produtos, nas diferentes etapas seguir Procedimentos Operacionais Padrão
de fabricação, descrevendo os métodos e os escritos, claramente definidos, aprovados e em
equipamentos a serem utilizados. conformidade com o registro aprovado, com o
Parágrafo único. Os ensaios realizados devem objetivo de obter produtos que estejam dentro
ser regisrados. dos padrões de qualidade exigidos.
Art. 238. Os registros de análises devem incluir
ao menos os seguintes dados: Seção I
I - o nome do material ou produto e, quando Geral
aplicável, a forma farmacêutica; Art. 246. Todo o manuseio de materiais e
II - o número do lote e, quando apropriado, o produtos, tais como recebimento e limpeza,
fabricante e/ ou fornecedor; quarentena, amostragem, armazenagem,
III - referências às especificações relevantes e rotulagem, dispensação, processamento,
procedimentos de testes; embalagem e distribuição, deve ser feito de
IV - os resultados dos ensaios, incluindo acordo com procedimentos ou instruções
observações e cálculos, bem como referência a escritas e, quando necessário, registrado.
quaisquer especificações (limites); Art. 247. Qualquer desvio das instruções ou dos
V - data(s) e número(s) de referência do(s) procedimentos deve ser evitado.
ensaio(s); Parágrafo único. Caso ocorram, os desvios
VI - identificação das pessoas que tenham devem ser autorizados e aprovados por escrito
realizado os ensaios; por pessoa designada pela Garantia da
VII - identificação das pessoas que tenham Qualidade, com a participação do Controle de
conferido os ensaios e os cálculos; e Qualidade, quando aplicável.
VIII - declaração de aprovação ou reprovação Art. 248. Devem ser realizadas verificações
(ou outra decisão), datada e assinada por pessoa sobre rendimentos e reconciliação de
designada. quantidades para assegurar que não haja
Art. 239. Devem estar disponíveis discrepâncias fora dos limites aceitáveis.
procedimentos escritos quanto à aprovação ou Art. 249. As operações com produtos distintos
reprovação de materiais e produtos e, não devem ser realizadas simultaneamente ou
particularmente, quanto à liberação para venda consecutivamente na mesma sala ou área, a
do produto terminado por pessoa designada. menos que não haja risco de mistura ou
Art. 240. Devem ser mantidos registros da contaminação cruzada.
distribuição de cada lote de um produto de Art. 250. Durante o processamento, todos os
forma a, por exemplo, facilitar o recolhimento materiais, recipientes com granel, equipamentos
do lote, se necessário. e as salas e linhas de embalagem utilizadas
Art. 241. Devem ser mantidos registros para devem ser identificadas com a indicação do
equipamentos principais e críticos, tais como produto ou material processado, sua
qualificação, calibração, manutenção, limpeza concentração (quando aplicável) e o número do
ou reparos, incluindo data e identificação das lote.
pessoas que realizaram essas operações. § 1º A indicação deve mencionar a etapa de
Art. 242. Os registros do uso dos equipamentos produção.
e das áreas onde os produtos estiverem sendo § 2º Quando aplicável, deve ser registrado
processados devem ser feitos em ordem também o nom do produto processado
cronológica. anteriormente.
Art. 243. Deve haver procedimentos escritos Art. 251. O acesso às instalações de produção
atribuindo responsabilidade pela limpeza e pela deve ser restrito ao pessoal autorizado.
sanitização, e descrevendo em detalhes Art. 252. Os produtos não farmacêuticos e os
freqüência, métodos, equipamentos e materiais não sujeitos à vigilância sanitária não devem ser
de limpeza a serem utilizados, bem como fabricados em áreas ou com equipamentos
instalações e equipamentos a serem limpos. destinados à fabricação de medicamentos.
Art. 244. Devem estar disponíveis § 1º Excetuam-se do disposto no caput os
procedimentos para sistemas computadorizados produtos veterinários, que contenham
definindo regras de segurança (usuários/senhas), exclusivamente insumos cuja segurança para
manutenção de sistemas e infra-estrutura uso humano já tenha sido demonstrada e

340
aprovada, os quais devem cumprir os requisitos substâncias citotóxicas e outros materiais
de BPF desta Resolução. altamente ativos.
§ 2º Excetuam-se do disposto no caput a § 4º Atenção especial também deve ser dada a
fabricação de produtos para saúde, produtos de produtos cuja contaminação pode ocasionar
higiene, cosméticos e/ou alimentos em área e/ou maiores danos aos usuários, como aqueles
equipamentos compartilhados com a fabricação administrados por via parenteral ou aplicados
de medicamentos se houver comprovação em ferimentos abertos, produtos administrados
técnica de que os materiais empregados em grandes doses e/ou por longos períodos de
possuem especificações de qualidade tempo.
compatíveis ou superiores aos demais materiais Art. 256. A ocorrência de contaminação cruzada
usados na fabricação de medicamentos e se deve ser evitada por meio de técnicas
forem cumpridas as seguintes exigências: apropriadas ou de medidas organizacionais, tais
I – afabricação de tais produtos deve ser como:
realizada de acordo com todos os requisitos de I - produção em áreas exclusivas e fechadas (ex.
BPF referentes a instalações, equipamentos, as penicilinas, as cefalosporinas, os
sistemas, utilidades, pessoal e materiais carbapenêmicos, os demais derivados beta-
previstos nesta Resolução; e lactâmicos, os preparados biológicos com
II – a fabricação de tais produtos deve ser organismos vivos, determinados hormônios,
precedida de uma análise de risco contemplando substâncias citotóxicas e outros materiais
a identificação, análise e avaliação dos riscos, a altamenteativos);
sua mitigação e a decisã II - produção em campanha (separação por
o quanto à aceitabilidade dos riscos tempo) seguida por limpeza apropriada de
remanescentes.” (NR) (Redação dada pela RDC acordo com um procedimento validado. Para os
33/15) produtos elencados na alínea(a), o princípio do
Art. 253. Os controles em processo não devem trabalho em campanha somente é aplicável em
representar qualquer risco à qualidade do casos excepcionais como sinistros ou situações
produto, nem riscos de contaminação cruzada de emergência;
ou mistura. III - utilização de antecâmaras, diferenciais de
pressão e insuflamento de ar e sistemas de
Seção II exaustão;
Prevenção de Contaminação Cruzada e IV - redução do risco de contaminação causado
Contaminação Microbiana durante a Produção pela recirculação ou reentrada de ar não tratado
Art. 254. Quando são usados materiais e ou tratado de forma insuficiente;
produtos em pó na produção, devem ser V - uso de vestimentas de proteção onde os
tomadas precauções especiais para evitar a produtos ou materiais são manipulados;
geração e disseminação de pós. VI - utilização de procedimentos validados de
Parágrafo único. Devem ser tomadas limpeza e de descontaminação;
providências para o controle apropriado do ar VII - utilização de "sistema fechado" de
(por exemplo, insuflamento e exaustão de ar produção;
dentro das especificações previamente VIII - ensaios de resíduos; e
estabelecidas). IX - utilização de rótulos em equipamentos que
Art. 255. A contaminação de uma matéria-prima indiquem o estado de limpeza.
ou de determinado produto por outro material Art. 257. Deve ser verificada periodicamente a
ou produto deve ser evitada. eficácia das medidas adotadas para prevenir a
§ 1º O risco de contaminação cruzada acidental contaminação cruzada.
decorre da liberação descontrolada de pós, Parágrafo único. Essa verificação deve ser feita
gases, vapores, aerossóis, ou organismos em conformidade com Procedimentos
provenientes dos materiais e produtos em Operacionais Padrão.
processo, de resíduos nos equipamentos, da Art. 258. As áreas de produção onde estiverem
introdução de insetos, da roupa dos operadores, sendo processados produtos susceptíveis à
de sua pele etc. contaminação por microrganismos devem ser
§ 2º A significância do risco varia com o tipo de monitoradas periodicamente, por exemplo,
contaminante e com o produto que foi monitoramento microbiológico e de material
contaminado. particulado, quando apropriado.
§ 3º Dentre os contaminantes mais perigosos
estão os materiais altamente sensibilizantes (ex. Seção III
as penicilinas, as cefalosporinas, os Operações de Produção
carbapenêmicos e demais derivados beta- Art. 259. Antes do início de qualquer operação
lactâmicos), os preparados biológicos com de produção devem ser adotadas as providências
organismos vivos, certos hormônios, necessárias para que as áreas detrabalho e os

341
equipamentos estejam limpos e livres de em uma etiqueta anexada ao instrumento ou
qualquer matéria- prima, produtos, resíduos de equipamento.
produtos, rótulos ou documentos que não sejam Art. 269. As operações de reparo e manutenção
necessários para a nova operação a ser iniciada. não devem apresentar qualquer risco à
Art. 260. Todos os controles em processo e qualidade dos produtos.
controles ambientais devem ser realizados e
registrados. Seção IV
Art. 261. Devem ser instituídos meios para Operações de Embalagem
indicar falhas nos equipamentos ou utilidades. Art. 270. Na programação das operações de
Parágrafo único. Os equipamentos com defeito embalagem devem existir procedimentos que
devem ser retirados de uso até que sejam minimizem a ocorrência de risco de
consertados. contaminação cruzada, de misturas ou de
Art. 262. Após o uso, os equipamentos de substituições.
produção devem ser limpos dentro do prazo Parágrafo único. Produtos diferentes não devem
determinado, de acordo com procedimentos ser embalados próximos uns aos outros, a
detalhados. menos que haja separação física ou um sistema
Parágrafo único. Os equipamentos limpos alternativo que forneça garantia equivalente.
devem ser armazenados em local limpo e seco Art. 271. Antes de iniciar as operações de
de forma a evitar contaminação. embalagem, devem ser tomadas medidas para
Art. 263. Devem ser definidos os limites de assegurar que a área de trabalho, as linhas de
tempo em que o equipamento e/ou recipiente embalagem, as máquinas de impressão e outros
pode permanecer sujo antes de ser realizado o equipamentos estejam limpos e livres de
procedimento de limpeza e após a limpeza antes quaisquer produtos, materiais ou documentos
de novo uso. utilizados anteriormente e que não sejam
Parágrafo único. Os limites de tempo devem ser necessários para a operação corrente.
baseados em dados de validação. § 1º A liberação da linha deve ser realizada de
Art. 264. Os recipientes utilizados no envase acordo com procedimentos e lista de
devem ser limpos antes da operação. verificação.
Parágrafo único. Deve-se ter o cuidado de evitar § 2º A verificação deve ser registrada.
e de remover quaisquer contaminantes, tais Art. 272. O nome e o número de lote do produto
como, fragmentos de vidro e partículas de em processo devem ser exibidos em cada etapa
metal. de embalagem ou na linha de embalagem.
Art. 265. Qualquer desvio significativo do Art. 273. As etapas de envase e de fechamento
rendimento esperado deve ser investigado e devem ser imediatamente seguidas pela etapa de
registrado. rotulagem.
Art. 266. Deve ser assegurado que a tubulação Parágrafo único. Se o disposto no caput não for
ou outros equipamentos utilizados para o possível, devem ser aplicados procedimentos
transporte de produtos de uma área para outra apropriados para assegurar que não ocorram
estejam conectados de forma correta. misturas ou erros de rotulagem.
Art. 267. As tubulações utilizadas no transporte Art. 274. Deve ser verificado e registrado o
de água purificada ou água para injetáveis e, correto desempenho das operações de impressão
quando apropriado, outros tipos de tubulação, realizadas separadamente ou no decorrer do
devem ser sanitizadas e mantidas de acordo com processo de embalagem.
procedimentos escritos que determinem os Parágrafo único. Deve ser dada maior atenção
limites de contaminação microbiana e as às impressões manuais, as quais devem ser
medidas a serem adotadas em caso de conferidas em intervalos regulares.
contaminação. Art. 275. A fim de se evitar mistura/troca
Art. 268. Os equipamentos e instrumentos deve ser tomado cuidado especial quando forem
utilizados nos procedimentos de medições, utilizados rótulos avulsos ou quando forem
pesagens, registros e controles devem ser feitas grandes quantidades de impressão fora da
submetidos à manutenção e à calibração a linha de embalagem, bem como quando forem
intervalos pré-estabelecidos e os registros de adotadas operações de embalagem manual.
tais operações devem ser mantidos. § 1º Deve-se dar preferência a rótulos de
§ 1º Para assegurar um funcionamento alimentação por rolos a rótulos avulsos, para
satisfatório, os instrumentos devem ser evitar misturas.
verificados diariamente ou antes de serem § 2º A verificação em linha de todos os
utilizados para ensaios analíticos. rótulos por meios eletrônicos pode ser útil para
§ 2º As datas de calibração, manutenção e evitar misturas, mas devem ser feitas
futuras calibrações devem estar claramente verificações para garantir que quaisquer leitores
estabelecidas e registradas, preferencialmente eletrônicos de códigos, contadores de rótulos ou

342
aparelhos similares estejam funcionando até que a sua qualidade tenha sido julgada
corretamente. satisfatória.
§ 3º Quando os rótulos são anexados Parágrafo único. O Controle de
manualmente, devem ser realizados controles Qualidade não deve resumirse às operações
em processo com maior freqüência. laboratoriais, deve participar e ser envolvido em
Art. 276. As informações impressas e todas as decisões que possam estar relacionadas
gravadas em relevo nos materiais de embalagem à qualidade do produto.
devem ser nítidas e resistentes ao desgaste e Art. 282. A independência do controle de
adulteração. qualidade em relação à produção é fundamental.
Art. 277. A inspeção em linha do produto Art. 283. Cada fabricante (detentor de
durante a embalagem deve incluir regularmente, uma autorização de fabricação) deve possuir um
pelo menos, as seguintes verificações: departamento de Controle de Qualidade.
I - aspecto geral das embalagens; § 1º O Departamento de Controle de
II - se as embalagens estão completas; Qualidade deve estar sob a responsabilidade de
III - se estão sendo utilizados os produtos uma pessoa com qualificação e experiência
e os materiais de embalagem corretos; apropriadas, que tenha um ou vários
IV - se as impressões realizadas estão laboratórios de controle à sua disposição.
corretas; e § 2º Devem estar disponíveis recursos
V - o funcionamento correto dos adequados para garantir que todas as atividades
monitores da linha de embalagem. de controle de qualidade sejam realizadas com
Parágrafo único. As amostras retiradas eficácia e confiabilidade.
na linha de embalagem para inspeção em linha § 3º As exigências básicas para o
não devem retornar ao processo de embalagem controle de qualidade são as seguintes:
sem a devida avaliação. I - instalações adequadas, pessoal
Art. 278. Os produtos envolvidos em treinado e procedimentos aprovados devem
ocorrências anormais durante o procedimento de estar disponíveis para amostragem, inspeção e
embalagem somente devem ser reintroduzidos análise de matérias-primas, materiais de
após serem submetidos à inspeção, investigação embalagem, produtos intermediários, a granel e
e aprovação por pessoa designada. terminados. Quando necessário, devem existir
Parágrafo único. Devem ser mantidos procedimentos aprovados para o monitoramento
registros detalhados dessas operações. ambiental;
Art. 279. Qualquer discrepância, II - amostras de matérias-primas,
significativa ou incomum, observada durante a materiais de embalagem, produtos
reconciliação da quantidade do produto a granel, intermediários, a granel e terminados devem ser
dos materiais de embalagem impressos e do coletadas por meio de procedimentos aprovados
número de unidades embaladas, deve ser e por pessoal qualificado pelo Controle de
investigada e justificada satisfatoriamente antes Qualidade;
que o lote seja liberado. III - devem ser realizadas qualificações e
Art. 280. Após a conclusão de cada validações necessárias relacionadas ao controle
operação, todos os materiais de embalagem de qualidade;
codificados com o número de lote não utilizados IV - devem ser feitos registros (manual
devem ser destruídos, devendo o processo de ou por meio eletrônico) demonstrando que todos
destruição ser registrado. os procedimentos de amostragem, inspeção e
Parágrafo único. Para que os materiais testes foram de fato realizados e que quaisquer
impressos não codificados sejam devolvidos ao desvios foram devidamente registrados e
estoque, devem ser seguidos procedimentos investigados;
escritos. V - os produtos terminados devem
possuir a composição qualitativa e quantitativa
CAPÍTULO XVII de acordo com o descrito no registro; os
BOAS PRÁTICAS DE CONTROLE DE componentes devem ter a pureza exigida, devem
QUALIDADE estar em recipientes apropriados e devidamente
rotulados;
Art. 281. O Controle de Qualidade é VI - devem ser registrados os resultados
responsável pelas atividades referentes à das análises realizadas nos materiais e produtos
amostragem, às especificações e aos ensaios, intermediários, a granel e terminados;
bem como à organização, à documentação e aos VII - nenhum lote de produto deve ser
procedimentos de liberação que garantam que aprovado antes da avaliação da conformidade
os ensaios sejam executados e que os materiais com as especificações constantes no registro por
e os produtos terminados não sejam aprovados pessoa(s) designada(s); e

343
VIII - devem ser retidas amostras Art. 291. Cada recipiente contendo
suficientes de matérias primas e produtos para amostra deve ser identificado e conter as
permitir uma análise futura; o produto retido seguintes informações:
deve ser mantido em sua embalagem final, a I - o nome do material amostrado;
menos que a embalagem seja excepcionalmente II - o número do lote;
grande. III - o número do recipiente do qual a
Art. 284. O controle de qualidade tem amostra foi retirada;
como outras atribuições estabelecer, validar e IV - o número da amostra;
implementar todos os procedimentos de controle V - a assinatura da pessoa responsável
de qualidade, avaliar, manter e armazenar os pela coleta; e
padrões de referência, garantir a rotulagem VI - a data da amostragem.
correta dos reagentes, padrões e outros materiais Art. 292. Os resultados fora de
de sua utilização, garantir que a estabilidade dos especificação obtidos durante os testes de
ingredientes ativos e medicamentos seja materiais ou produtos devem ser investigados de
monitorada, participar da investigação de acordo com um procedimento aprovado.
reclamações relativas à qualidade do produto e Parágrafo único. As investigações devem
participar do monitoramento ambiental. ser concluídas, as medidas corretivas e
Parágrafo único. Todas essas operações preventivas adotadas e os registros mantidos.
devem ser realizadas em conformidade com
procedimentos escritos e, quando necessário, Seção II
registradas. Ensaios Necessários Matérias-Primas e
Art. 285. O pessoal do controle de Materiais de Embalagem
qualidade deve ter acesso às áreas de produção
para amostragem e investigação. Art. 293. Antes que as matérias-primas e
os materiais de embalagem sejam liberados para
Seção I uso, o responsável pelo Controle de Qualidade
Controle de Matérias-Primas e Produtos deve garantir que esses foram testados quanto à
Intermediários, a Granel e Terminados conformidade com as especificações.
Art. 294. Devem ser realizados ensaios
Art. 286. Todos os ensaios devem seguir de identificação nas amostras retiradas de todos
procedimentos escritos e aprovados. os recipientes de matéria-prima.
Parágrafo único. Os resultados devem ser Art. 295. É permitido amostrar somente
verificados pelo responsável antes que os uma parte dos volumes quando um
materiais ou produtos sejam liberados ou procedimento de qualificação de fornecedores
reprovados. tenha sido estabelecido para garantir que
Art. 287. As amostras devem ser nenhum volume de matériaprima tenha sido
representativas do lote do material do qual incorretamente rotulado.
foram retiradas, segundo procedimentos escritos § 1º A qualificação deve levar em
e aprovados. consideração ao menos os seguintes aspectos:
Art. 288. A amostragem deve ser I - a natureza e a classificação do
realizada de forma a evitar a ocorrência de fabricante e do fornecedor e o seu grau de
contaminação ou outros efeitos adversos sobre a conformidade com os requisitos de Boas
qualidade do produto amostrado. Práticas de Fabricação;
Parágrafo único. Os recipientes II - o sistema de garantia da qualidade do
amostrados devem ser identificados e fabricante da matéria-prima;
cuidadosamente fechados após a amostragem. III - as condições sob as quais as
Art. 289. Durante a amostragem deve ser matérias-primas são produzidas e controladas; e
tomado o cuidado de evitar contaminações ou IV - a natureza da matéria-prima e do
misturas do material que está sendo amostrado. medicamento no qual será utilizada.
§ 1º Todos os equipamentos utilizados na § 2º Com tal qualificação, é possível a
amostragem e que entrarem em contato com os isenção do teste de identificação em amostras
materiais devem estar limpos. retiradas de cada recipiente de matéria prima
§ 2º Alguns materiais particularmente nos seguintes casos:
perigosos ou potentes requerem precauções I - matérias-primas oriundas de uma
especiais. planta mono produtora; ou
Art. 290. Os equipamentos utilizados na II - matérias-primas adquiridas
amostragem devem estar limpos e, se diretamente do fabricante, ou em recipientes
necessário, esterilizados e guardados lacrados no fabricante, no qual haja um
separadamente dos demais equipamentos histórico confiável e sejam realizadas auditorias
laboratoriais.

344
regulares da qualidade no sistema de garantia da Art. 301. As amostras retidas de cada
qualidade do fabricante. lote de produto terminado devem ser mantidas
§ 3º A isenção prevista no parágrafo por, pelo menos, 12 (doze) meses após o
anterior não se aplica para os seguintes casos: vencimento, exceto para Soluções Parenterais
I - matérias-primas fornecidas por de Grande Volume (SPGV), que devem ser
intermediários, tais como importadores e conservadas por, no mínimo, 30 (trinta) dias
distribuidores, quando o fabricante é após o vencimento.
desconhecido ou não auditado pelo fabricante § 1º Os produtos terminados devem ser
do medicamento; mantidos em suas embalagens finais e
II - matérias-primas fracionadas; e armazenados sob as condições recomendadas.
III - matérias-primas utilizadas para § 2º Se o produto for embalado em
produtos parenterais. embalagens grandes, excepcionalmente as
Art. 296. Cada lote de material de amostras podem ser guardadas em recipientes
embalagem impresso deve ser examinado antes menores com as mesmas características e
do uso. armazenadas sob as condições recomendadas.
Art. 297. Em substituição à realização de § 3º As amostras de substâncias ativas
testes de controle de qualidade, o fabricante devem ser retidas por, pelo menos, um ano após
pode aceitar o certificado de análise emitido o vencimento dos prazos de validade dos
pelo fornecedor, desde que a sua confiabilidade produtos finais aos quais tenham dado origem.
seja estabelecida por meio de avaliação § 4º Amostras de outras matérias-primas
periódica dos resultados apresentados e de (excipientes), exceto solventes, gases e água,
auditorias às suas instalações, o que não exclui a devem ser retidas pelo período mínimo de dois
necessidade da realização do teste de anos após seu respectivo prazo de validade, se
identificação. assim permitirem os respectivos estudos de
§ 1º Os certificados emitidos pelo estabilidade efetuados pelo fabricante da
fornecedor devem ser originais e ter sua matéria-prima.
autenticidade assegurada. § 5º As quantidades de amostras de
§ 2º Os certificados devem conter as materiais e produtos retidos devem ser
seguintes informações: suficientes para possibilitar que sejam
I - identificação do fornecedor, realizadas, pelo menos, duas análises completas.
assinatura do funcionário responsável;
II - nome e número de lote do material Seção VI
testado; Estudos de Estabilidade
III - descrição das especificações e dos
métodos utilizados; e Art. 302. O Controle de qualidade deve
IV - descrição dos resultados dos ensaios avaliar a qualidade e a estabilidade dos produtos
e a data em que tenham sido realizados. terminados e, quando necessário, das matérias-
primas, dos produtos intermediários e a granel.
Seção III Art. 303. Devem ser estabelecidas datas
Controle em Processo e especificações de validade com base nos testes
de estabilidade relativos a condições de
Art. 298. Devem ser mantidos registros armazenamento.
de controle em processo, os quais devem fazer Art. 304. Deve ser desenvolvido e
parte da documentação do lote. implementado um programa escrito de estudo
de estabilidade, incluindo os seguintes
Seção IV elementos:
Produtos Terminados I - descrição completa do produto
envolvido no estudo;
Art. 299. Para a liberação dos lotes deve II - todos os parâmetros dos métodos e
ser assegurada a conformidade com as dos ensaios, que devem descrever os
especificações estabelecidas mediante ensaios procedimentos dos ensaios de potência, pureza,
laboratoriais. características físicas, testes microbiológicos
Art. 300. Os produtos que não atenderem (quando aplicável), bem como as evidências
às especificações estabelecidas devem ser documentadas de que os ensaios realizados são
reprovados. indicadores da estabilidade do produto;
III - previsão quanto à inclusão de um
Seção V número suficiente de lotes;
Amostras de Referência IV - cronograma de ensaio para cada
produto;

345
V - instruções sobre condições especiais do lote, e ainda após qualquer interrupção
de armazenamento; significativa do trabalho; e
VI - instruções quanto à retenção II - produtos que tenham sido
adequada de amostras; e esterilizados por calor em sua embalagem final -
VII - um resumo de todos os dados as amostras devem incluir recipientes das zonas
obtidos, incluindo a avaliação e as conclusões potencialmente mais frias de cada carga.
do estudo. Art. 311. O teste de esterilidade realizado
Art. 305. A estabilidade de um produto no produto final deve ser considerado apenas
deve ser determinada antes da comercialização e como uma das últimas medidas de controle
deve ser repetida após quaisquer mudanças utilizadas para assegurar a esterilidade do
significativas nos processos de produção, produto.
equipamentos, materiais de embalagem e outras Art. 312. A esterilidade dos produtos
que possam influir na estabilidade do produto. terminados é assegurada por validação do ciclo
de esterilização, no caso de produtos
TÍTULO III esterilizados terminalmente e por meio de
PRODUTOS ESTÉREIS simulação com meios de cultura para produtos
fabricados assepticamente.
Art. 306. As diretrizes aqui apresentadas § 1º A documentação do lote e os
não substituem nenhuma seção anterior, mas registros de monitoramento ambiental devem
reforçam pontos específicos sobre a fabricação ser examinados em conjunto com os resultados
de preparados estéreis, a fim de minimizar os dos testes de esterilidade.
riscos de contaminação por substâncias § 2º O procedimento do teste de
pirogênicas, partículas viáveis ou não viáveis. esterilidade deve ser validado para cada
produto.
CAPÍTULO I § 3º Os métodos farmacopéicos devem
CONSIDERAÇÕES GERAIS ser utilizados para a validação e desempenho do
teste de esterilidade.
Art. 307. A produção de preparações Art. 313. Para produtos injetáveis, a água
estéreis deve ser realizada em áreas limpas, cuja para injetáveis, os produtos intermediários e os
entrada de pessoal e de materiais deve ser feita produtos terminados devem ser monitorados
através de antecâmaras. para endotoxinas, utilizando um método
Parágrafo único. As áreas devem ser farmacopéico que tenha sido validado para cada
mantidas dentro de padrões de limpeza produto.
apropriados e, devem conter sistemas de § 1º Para soluções parenterais de grande
ventilação que utilizem filtros de eficiência volume, tal monitoramento de água ou
comprovada. intermediários também deve ser feito, além dos
Art. 308. As diversas operações testes requeridos pela monografia aprovada do
envolvidas no preparo dos materiais (por ex.: produto terminado.
recipientes e tampas), no preparo do produto, no § 2º Quando uma amostra é reprovada
envase e na esterilização devem ser realizadas em um teste, a causa da reprovação deve ser
em áreas separadas dentro da área limpa. investigada e ações corretivas adotadas, quando
Art. 309. As operações de fabricação são necessário.
divididas em duas categorias: a primeira, onde Art. 314. Os lotes que não foram
os produtos são esterilizados terminalmente e a aprovados no teste inicial de esterilidade não
segunda, onde parte ou todas as etapas do podem ser aprovados com base em um segundo
processo são conduzidas assepticamente. teste, salvo se for realizada uma investigação e o
resultado demonstrar claramente que o teste
CAPÍTULO II inicial não era válido.
CONTROLE DE QUALIDADE Parágrafo único. A investigação deve
contemplar, entre outros aspectos, o tipo de
Art. 310. As amostras coletadas para o microrganismo encontrado, os registros sobre as
ensaio de esterilidade devem ser representativas condições ambientais e sobre o processamento
da totalidade do lote e/ou sub-lote, devendo ser dos lotes, bem como os registros e
dada atenção especial às partes do lote que procedimentos laboratoriais utilizados no teste
representem maior risco de contaminação, como inicial.
por exemplo:
I - produtos que tenham passado por CAPÍTULO III
processo de envase asséptico - as amostras SANITIZAÇÃO
devem incluir os recipientes do início e do fim

346
Art. 315. A sanitização das áreas limpas
é um aspecto particularmente importante na Art. 319. As áreas limpas para a
fabricação de produtos estéreis. fabricação de produtos estéreis são classificadas
§ 1º Essas áreas devem ser limpas e de acordo com as suas condições ambientais.
sanitizadas freqüentemente, de acordo com um § 1º Cada etapa de fabricação requer uma
programa específico aprovado pela Garantia da condição ambiental apropriada "em operação",
Qualidade. para minimizar o risco de contaminação
§ 2º As áreas devem ser monitoradas microbiológica e por partículas do produto ou
regularmente para a detecção do surgimento de dos materiais utilizados.
microorganismos resistentes. § 2º Para alcançar as condições "em
§ 3º Tendo em vista a limitada eficácia operação", as áreas devem ser desenhadas para
da radiação ultravioleta, esta não deve ser atingir certos níveis especificados de pureza do
utilizada como substituta nas operações de ar na condição "em repouso". A condição "em
desinfecção química. repouso" é definida como aquela onde a
Art. 316. Os desinfetantes e os instalação está finalizada, os equipamentos de
detergentes devem ser monitorados para produção instalados e em funcionamento, mas
detectar possível contaminação microbiana; sua não existem pessoas presentes. A condição "em
eficácia deve ser comprovada; as diluições operação" é definida como aquela em que a área
devem ser mantidas em recipientes previamente está em funcionamento para uma operação
limpos e não devem ser guardadas por longos definida e com um número especificado de
períodos de tempo, a menos que sejam pessoas presentes.
esterilizadas. § 3º As áreas limpas utilizadas na
§ 1º Os recipientes parcialmente fabricação de produtos estéreis são classificadas
esvaziados não devem ser completados. em quatro diferentes graus, sendo eles:
§ 2º Os desinfetantes e detergentes I - grau A: zona de alto risco operacional,
utilizados nas áreas grau A e B devem ser por exemplo, envase e conexões assépticas.
esterilizados antes do uso ou ter sua esterilidade Normalmente estas operações devem ser
comprovada. realizadas sob fluxo unidirecional. Os sistemas
Art. 317. Deve ser realizado um controle de fluxo unidirecional devem fornecer uma
microbiológico das diferentes classes das áreas velocidade de ar homogênea de
limpas durante a operação. aproximadamente 0.45m/s ± 20% na posição de
§ 1º Quando forem realizadas operações trabalho;
assépticas, o monitoramento deve ser freqüente II - grau B: em áreas circundantes às de
e os métodos, tais como placas de sedimentação, grau A para preparações e envase assépticos; e
amostragem volumétrica de ar e de superfícies III - grau C e D: áreas limpas onde são
(ex. swab e placas de contato) devem ser realizadas etapas menos críticas na fabricação
utilizados. de produtos estéreis.
§ 2º As áreas não devem ser § 4º A classificação do ar para os quatro
contaminadas pelos métodos de amostragem graus é dada na Tabela 2 disposta no ANEXO.
utilizados. § 5º Para alcançar os graus B, C e D, o
§ 3º Os resultados de monitoramento número de trocas de ar deve ser apropriado ao
devem ser revisados para fins de liberação do tamanho da sala, aos equipamentos nela
produto terminado. existentes e ao número de pessoas que nela
§ 4º Superfícies e pessoal devem ser trabalhem.
monitorados após a realização de operações § 6º O número de trocas totais do ar da
críticas. área deve ser no mínimo de 20 trocas/hora em
Art. 318. Devem ser estabelecidos uma sala com padrão de fluxo de ar adequado e
limites de alerta e de ação para a detecção de com filtros de alta eficiência de retenção de
contaminação microbiológica, e para o partículas apropriados (filtros HEPA - high
monitoramento de tendência da qualidade do ar efficiency particule air).
nas instalações. § 7º Os diferentes sistemas de
Parágrafo único. Os limites expressos em classificação de partículas para áreas limpas
unidades formadoras de colônia (UFC) para o estão apresentados na Tabela 3 disposta no
monitoramento microbiológico das áreas limpas ANEXO.
em operação encontram-se descritos na Tabela 1 Art. 320. A condição "em repouso"
disposta no ANEXO. descrita na Tabela 2 deve ser alcançada após a
conclusão das operações, na ausência de pessoal
CAPÍTULO IV e após um curto período de recuperação.
FABRICAÇÃO DE PREPARAÇÕES § 1º A condição "em operação" para o
ESTÉREIS grau A deve ser mantida nos arredores

347
imediatos do produto sempre que ele estiver Art. 327 O manuseio de matérias-primas
exposto ao ambiente. estéreis e materiais, a não ser que sujeitos a
§ 2º Pode haver dificuldade na esterilização ou filtração esterilizante, deve ser
demonstração de conformidade à classificação realizado em um ambiente grau A circundado
de ar no ponto de envase, durante esta operação, por um ambiente grau B.
devido à formação de partículas/gotículas Art. 328. A preparação de soluções que
provenientes do próprio produto. são esterilizadas por filtração durante o processo
Art. 321. Devem ser estabelecidos deve ser realizada em uma área no mínimo grau
limites de alerta e de ação para o monitoramento C.
microbiológico e de partículas. Parágrafo único. Se as soluções não
Parágrafo único. Caso os limites sejam forem esterilizadas por filtração, a preparação
excedidos, ações corretivas devem ser tomadas, dos materiais e produtos deve ser feita em um
de acordo com o descrito nos procedimentos ambiente grau A circundado por um ambiente
operacionais. grau B.
Art. 322. Os graus de cada área de Art. 329. O manuseio e envase de
produção são especificados nos itens a seguir e produtos preparados assepticamente, assim
devem ser selecionados pelo fabricante com como o manuseio de equipamentos previamente
base na natureza do processo e nas validações esterilizados deve ser feito em um ambiente
correspondentes. grau A, circundado por um ambiente grau B.
Art. 330. A transferência de recipientes
Seção I parcialmente fechados, tais como os utilizados
Produtos Esterilizados Terminalmente em liofilização, deve ser realizada em ambiente
grau A circundado por ambiente grau B antes de
Art. 323. Os materiais e a maioria dos completamente fechados, ou a transferência
produtos devem ser preparados em um ambiente deve ocorrer em bandejas fechadas, em um
no mínimo grau D para serem alcançadas baixas ambiente grau B.
contagens microbianas e de partículas, Art. 331. A preparação e envase de
adequadas para filtração e esterilização. pomadas, cremes, suspensões e emulsões
Parágrafo único. Quando o produto está estéreis deve ser feita em ambiente grau A,
sujeito a um alto risco de contaminação circundado por ambiente grau B, quando o
microbiana (ex. por ser altamente suscetível a produto é exposto e não é posteriormente
crescimento microbiano, necessita ser mantido filtrado.
por um longo período de tempo antes da
esterilização, ou não é processado em Seção III
recipientes fechados), a preparação deve ser Produção
feita em ambiente grau C.
Art. 324. O envase dos produtos Art. 332. Devem ser tomadas precauções
esterilizados terminalmente deve ser feito em no sentido de minimizar a contaminação durante
um ambiente, no mínimo, grau C. todas as etapas de produção, incluindo as etapas
Parágrafo único. Quando o produto está anteriores à esterilização.
sujeito a um risco de contaminação pelo Art. 333. Preparações contendo
ambiente (ex. processo de envase lento, microorganismos vivos não podem ser
recipientes com uma grande abertura ou produzidas ou envasadas nas áreas utilizadas
exposição destes por mais de alguns segundos para a produção de outros medicamentos.
antes do fechamento), o envase deve ser Parágrafo único. Vacinas feitas com
realizado em ambiente grau A, circundado por microrganismos inativados ou com extratos
uma área, no mínimo, grau C. bacterianos podem ser envasadas, após sua
Art. 325. O preparo de outros produtos inativação, nas mesmas instalações de outros
estéreis, isto é, pomadas, cremes, suspensões e medicamentos, desde que os procedimentos de
emulsões, assim como os enchimentos dos inativação e limpeza sejam validados.
respectivos recipientes devem ser conduzidos, Art. 334. A validação dos processos
em geral, em ambiente de grau C, antes da assépticos deve incluir a simulação desses,
esterilização final. utilizando meios de cultura.
§ 1º A forma do meio de cultura utilizado
Seção II deve geralmente ser equivalente à forma
Preparação Asséptica farmacêutica do produto.
§ 2º O processo de simulação deve imitar
Art. 326. Os materiais devem ser da forma mais fiel possível as operações de
manuseados em um ambiente no mínimo grau D rotina, incluindo todas as etapas críticas
após a lavagem. subseqüentes.

348
§ 3º As condições de pior caso devem ser Art. 341. O tempo entre o início do
consideradas na simulação. preparo de uma determinada solução e sua
§ 4º A simulação deve ser repetida em esterilização deve ser o menor possível.
intervalos regulares e sempre que houver Parágrafo único. Deve ser estabelecido
alteração significativa nos equipamentos e um tempo máximo permitido para cada produto,
processos. que leve em consideração sua composição e o
§ 5º O número de recipientes utilizados método de armazenamento recomendado.
em uma simulação com meio de cultura deve Art. 342. Todo gás que entre em contato
ser suficiente para assegurar a confiabilidade da direto com produto, como os destinados a
avaliação. auxiliar no processo de filtração ou envase de
§ 6º Para pequenos lotes, o número de soluções, deve ser submetido à filtração
recipientes utilizados na simulação deve ser no esterilizante.
mínimo igual ao tamanho do lote do produto. Parágrafo único. A integridade dos filtros
Art. 335. Deve ser tomado cuidado para críticos de gases e de ar deve ser confirmada
que os processos de validação não influam após o uso.
negativamente nos processos de produção. Art. 343. A biocarga dos produtos deve
Art. 336. As fontes de provisão de água, ser monitorada antes da esterilização.
os equipamentos de tratamento de água e a água Parágrafo único. Deve ser estabelecido
tratada devem ser monitorados regularmente um limite máximo de contaminação antes da
quanto à presença de contaminantes químicos e esterilização, que esteja relacionado com
biológicos e, quando for o caso, deve também aeficiência do método utilizado e com o risco de
ser feito o controle para endotoxinas, a fim de contaminação por substâncias pirogênicas.
que a água atenda às especificações apropriadas Art. 344. Todas as soluções,
para seu uso. especialmente as soluções parenterais de grande
Parágrafo único. Devem ser mantidos volume devem ser submetidas à filtração para
registros dos resultados do monitoramento e das redução de biocarga, se possível imediatamente
medidas adotadas em caso de desvio. antes do seu processo de enchimento.
Art. 337. As atividades desenvolvidas Art. 345. Quando soluções aquosas
nas áreas limpas devem ser as mínimas forem colocadas em recipientes selados, os
possíveis, especialmente quando estiverem orifícios compensadores de pressão devem estar
sendo realizadas operações assépticas. protegidos, por exemplo, com filtros
§ 1º O movimento das pessoas deve ser hidrofóbicos que impeçam a passagem de
metódico e controlado, com a finalidade de microrganismos.
evitar um desprendimento excessivo de Art. 346. Os componentes, recipientes de
partículas e de microrganismos. produtos a granel, equipamentos e/ou quaisquer
§ 2º A temperatura e a umidade do outros artigos necessários na área limpa onde
ambiente não devem ser desconfortavelmente estiverem sendo desenvolvidas atividades
altas devido à natureza dos uniformes utilizados. assépticas devem ser esterilizados e, sempre que
Art. 338. A presença de recipientes e possível, transferidos para as áreas limpas
materiais que gerem partículas nas áreas limpas através de esterilizadores de dupla porta
deve ser reduzida ao mínimo e evitada embutidos na parede.
completamente quando estiver sendo realizado Parágrafo único. Outros procedimentos
um processo asséptico. utilizados com o fim de não introdução de
Art. 339. Após o processo final de contaminantes na área limpa podem ser aceitos
limpeza ou de esterilização, o manuseio de em algumas circunstâncias (por exemplo,
componentes, recipientes de produtos a granel e invólucro triplo).
equipamentos deve ser efetuado de tal modo que Art. 347. Qualquer procedimento novo
esses não sejam contaminados novamente. de fabricação deve ser validado para
Parágrafo único. Cada etapa do comprovação de sua eficácia.
processamento dos componentes, recipientes de Parágrafo único. A validação deve ser
produto a granel e equipamentos deve ser repetida a intervalos regulares ou quando forem
identificada adequadamente. feitas modificações significativas no processo
Art. 340. O intervalo entre a lavagem, a ou nos equipamentos.
secagem e a esterilização de componentes,
recipientes de produtos a granel e equipamentos, CAPÍTULO V
bem como, o intervalo entre a esterilização e o ESTERILIZAÇÃO
uso, deve ser o menor possível e estar
submetido a um limite de tempo apropriado às Art. 348. Quando possível, os produtos
condições de armazenamento validadas. devem preferencialmente ser esterilizados por
calor em seu recipiente final.

349
Parágrafo único. Quando a utilização do verificada por controles positivos. Se forem
método de esterilização por calor não for utilizados, devem ser tomadas precauções
possível devido à instabilidade da formulação, rigorosas para evitar a contaminação microbiana
um método alternativo deve ser utilizado a partir deles.
precedido de filtração e/ou processo asséptico. Art. 355. Devem ser estabelecidos meios
Art. 349. A esterilização pode ser feita claros para diferenciação dos produtos e
mediante a aplicação de calor seco ou úmido, materiais que tenham sido esterilizados daqueles
por irradiação com radiação ionizante, por que não o foram.
outros agentes esterilizantes gasosos ou por § 1º Cada recipiente, bandeja ou outro
filtração esterilizante com subseqüente tipo de transportador de produtos ou de
enchimento asséptico dos recipientes finais materiais deve ser visivelmente identificado
estéreis. com o nome do material ou do produto, seu
Parágrafo único. Cada método tem suas número de lote e a indicação se foi ou não
aplicações e limitações particulares. Quando for esterilizado.
possível e praticável, a escolha do método deve § 2º Quando apropriado, podem ser
ser a esterilização por calor. utilizados indicadores tais como fitas de
Art. 350. A contaminação autoclave, para indicar se determinado lote (ou
microbiológica das matérias-primas deve ser sublote) foi ou não submetido ao processo de
mínima e sua biocarga deve ser monitorada esterilização, porém, esses indicadores não
quando a necessidade para tal tenha sido fornecem informações confiáveis que
indicada. comprovem que o lote foi de fato esterilizado.
Art. 351. Todos os processos de Art. 356. Devem ser mantidos os
esterilização devem ser validados, considerando registros de cada ciclo de esterilização.
as diferentes cargas. Parágrafo único. Os registros devem ser
§ 1º O processo de esterilização deve aprovados como parte do procedimento de
corresponder ao declarado no relatório técnico liberação do lote.
do Registro do Produto. Seção I
§ 2º Deve ser dada atenção especial Esterilização Terminal
quando forem utilizados métodos de Subseção I
esterilização que não estejam de acordo com Esterilização por Calor
aqueles descritos nas farmacopéias ou outros
compêndios oficiais, bem como quando forem Art. 357. Cada ciclo de esterilização por
utilizados para a esterilização de produtos que calor deve ser registrado com equipamentos
não sejam soluções aquosas ou oleosas simples. apropriados, com exatidão e precisão
Art. 352. Antes da adoção de qualquer adequadas, (por exemplo: um gráfico de
processo de esterilização, a sua eficácia e sua tempo/temperatura com escala suficientemente
adequabilidade devem ser comprovadas por ampla).
meio de testes físicos (inclusive testes de § 1º A temperatura deve ser registrada a
distribuição e penetração de calor) e pelo uso de partir de uma sonda instalada no ponto mais frio
indicadores biológicos, no sentido de que sejam da câmara de esterilização, ponto esse
atingidas as condições de esterilização desejadas determinado durante o processo de qualificação.
em todos os pontos de cada tipo de carga a ser § 2º A temperatura deve ser conferida,
processada. preferencialmente contra um segundo sensor de
§ 1º O processo deve ser submetido à temperatura independente, localizado na mesma
revalidação periódica, pelo menos anualmente, e posição.
sempre que tiverem sido realizadas mudanças § 3º Os registros do ciclo de esterilização
significativas na carga a ser esterilizada ou no devem fazer parte da documentação do lote.
equipamento. § 4º Podem também ser utilizados
§ 2º Os resultados devem ser registrados. indicadores químicos e biológicos, não devendo
Art. 353. Para uma esterilização efetiva, esses substituir os controles físicos.
todo o material deve ser submetido ao Art. 358. Deve ser dado tempo suficiente
tratamento requerido e o processo deve ser para que a totalidade da carga atinja a
planejado de forma a assegurar a efetiva temperatura necessária, antes que sejam
esterilização. iniciadas as medições do tempo de esterilização.
Art. 354. Os indicadores biológicos Parágrafo único. O tempo deve ser
devem ser considerados apenas como um determinado para cada tipo de carga a ser
método adicional de monitoramento dos processada.
processos de esterilização. Eles devem ser Art. 359. Após a fase de temperatura
estocados e utilizados de acordo com as máxima do ciclo de esterilização por calor,
instruções do fabricante e sua qualidade devem ser tomadas as precauções necessárias

350
para impedir a contaminação da carga § 2º Se for inserido ar dentro da câmara,
esterilizada durante a fase de resfriamento. este deve ser filtrado através de filtro de
Parágrafo único. Qualquer fluído ou gás retenção microbiológica.
utilizado na fase de resfriamento que entre em § 3º Quando o processo de esterilização
contato direto com o produto ou material não por calor seco for também utilizado para
deve ser fonte de contaminação microbiológica. remoção de pirogênios, devem ser realizados
ensaios que utilizem endotoxinas, como parte da
Subseção II validação.
Esterilização por Calor Úmido
Subseção IV
Art. 360. A esterilização por calor úmido Esterilização por Radiação
é indicada somente no caso de materiais
permeáveis ao vapor e de soluções aquosas. Art. 364. A esterilização por radiação é
§ 1º A temperatura e a pressão devem ser utilizada principalmente em materiais e
utilizadas para monitorar o processo. produtos sensíveis ao calor. Por outro lado,
§ 2º A sonda do registrador de muitos medicamentos e alguns materiais de
temperatura deve ser independente da sonda embalagem são sensíveis à radiação.
utilizada pelo controlador da autoclave e deve § 1º Esse método somente deve ser
haver um indicador de temperatura, cuja leitura aplicado quando não há efeitos nocivos ao
durante o processo de esterilização deve ser produto, comprovados experimentalmente.
rotineiramente verificada por comparação com § 2º A radiação ultravioleta não é um
os valores obtidos no gráfico. método aceitável de esterilização.
§ 3º No caso de autoclaves que Art. 365. Se a esterilização por radiação
disponham de um dreno na parte inferior da for realizada por contrato com terceiros, o
câmara de esterilização, também é necessário fabricante tem a responsabilidade de garantir
registrar a temperatura nessa posição durante que as exigências previstas no artigo anterior
todo o processo de esterilização. sejam cumpridas e que o processo de
§ 4º Quando uma fase de vácuo faz parte esterilização seja validado.
do ciclo de esterilização devem ser feitos Parágrafo único. As responsabilidades do
controles periódicos da hermeticidade da operador da planta de radiação (ex. uso da dose
câmara. correta) devem ser especificadas.
Art. 361. Os materiais a serem Art. 366. Durante o processo de
esterilizados (quando não são produtos contidos esterilização as doses de radiação utilizadas
em recipientes selados) devem ser embrulhados devem ser medidas.
em materiais que permitam a remoção de ar e a § 1º Devem ser utilizados dosímetros que
penetração de vapor, mas que evitem a sejam independentes da dose aplicada e que
recontaminação após a esterilização. indiquem a quantidade real das doses de
Parágrafo único. Todas as partes da carga radiação recebidas pelo produto.
da autoclave devem estar em contato com o § 2º Os dosímetros devem ser incluídos
vapor saturado ou com a água, à temperatura na carga em número suficiente e tão próximos
exigida e durante todo o tempo estipulado. uns dos outros que permitam assegurar que há
Art. 362. Deve ser assegurado que o sempre um dosímetro na câmara de radiação.
vapor utilizado na esterilização seja de § 3º Quando forem utilizados dosímetros
qualidade adequada ao processo e que não plásticos, esses também devem ser utilizados
contenha aditivos em quantidades que possam dentro do limite de tempo estabelecido por suas
causar contaminação do produto ou do calibrações.
equipamento. § 4º As leituras dos valores de absorção
dos dosímetros devem ser feitas logo após a
Subseção III exposição à radiação.
Esterilização por Calor Seco § 5º Os indicadores biológicos somente
podem ser utilizados como meio de controle
Art. 363. A esterilização por calor seco adicional.
pode ser adequada para líquidos não aquosos ou § 6º Discos coloridos sensíveis à
produtos em pó. radiação podem ser utilizados para diferenciar
§ 1º O processo de esterilização por calor as embalagens que foram submetidas à radiação
seco deve incluir a circulação forçada de ar daquelas que não foram; esses não podem ser
dentro da câmara de esterilização e a considerados como indicadores de garantia da
manutenção de pressão positiva, a fim de evitar esterilidade.
a entrada de ar não estéril.

351
§ 7º Toda a informação obtida durante o Parágrafo único. Os registros devem
processo deve ser registrada na documentação fazer parte da documentação do lote.
do lote. Art. 376. Os indicadores biológicos
Art. 367. Os efeitos de variações da devem ser conservados e utilizados conforme as
densidade do material a ser esterilizado devem instruções do fabricante e seu desempenho deve
ser considerados na validação do processo de ser conferido por meio de controles positivos.
esterilização. Art. 377. Para cada ciclo de esterilização
Art. 368. Os procedimentos para a devem ser mantidos registros de duração do
manipulação dos materiais devem assegurar que ciclo de esterilização, da pressão, da
não há possibilidade de mistura entre os temperatura e da umidade dentro da câmara
produtos irradiados e os não irradiados. durante o processo e da concentração do gás
Parágrafo único. Cada embalagem deve utilizado.
ter um indicador sensível às radiações que § 1º A pressão e a temperatura devem ser
identifique aquelas que foram irradiadas. registradas em gráfico durante todo o ciclo.
Art. 369. A dose de radiação total deve § 2º Os registros devem fazer parte da
ser aplicada por um período de tempo pré- documentação do lote.
estabelecido. Art. 378. Após a esterilização, a carga
deve ser armazenada de forma controlada, sob
Subseção V condições de ventilação, para que o gás residual
Esterilização por Gases e Fumigantes e os produtos reativos presentes decaiam a
níveis aceitáveis.
Art. 370. Os métodos de esterilização por Parágrafo único. Este processo deve ser
gases ou fumigantes somente devem ser usados validado.
quando não houver nenhum outro método
disponível. Seção II
Art. 371. Vários gases e fumigantes Processo Asséptico e Esterilização por Filtração
podem ser usados para esterilização (ex. óxido
de etileno, vapores de peróxido de hidrogênio). Art. 379. O processo asséptico deve
Parágrafo único. O óxido de etileno deve manter a esterilidade de um produto que é
ser utilizado somente quando nenhum outro preparado a partir de componentes, os quais
método for aplicável. foram esterilizados por um dos métodos
Art. 372. Durante a validação do anteriormente mencionados.
processo, deve ser comprovado que não há Parágrafo único. As condições de
efeitos nocivos para o produto e que o tempo de operação devem prevenir a contaminação
ventilação é suficiente para que os resíduos do microbiana.
gás e dos produtos reativos estejam abaixo do Art. 380. Durante o processo asséptico
limite definido como aceitável para o produto. deve ser dada atenção especial aos seguintes
Estes limites devem ser incorporados às itens, de forma a manter a esterilidade dos
especificações. componentes e produtos:
Art. 373. Deve ser assegurado o contato I - o ambiente;
direto entre o gás e os microorganismos. II - o pessoal;
§ 1º Precauções devem ser adotadas para III - as superfícies críticas;
evitar a presença de organismos que possam IV - os procedimentos de esterilização e
estar contidos em materiais tais como cristais ou de transferência de recipientes/tampas;
proteínas secas. V - o período máximo de
§ 2º A natureza e a quantidade dos armazenamento do produto antes do envase; e
materiais de embalagem podem afetar VI - o filtro esterilizante.
significativamente o processo. Art. 381. Determinadas soluções e
Art. 374. Antes de serem submetidos à líquidos, que não podem ser esterilizados em
ação do gás, os materiais devem alcançar e seus recipientes finais, podem ser filtrados para
manter o equilíbrio com a temperatura e a recipientes previamente esterilizados, através de
umidade exigidas pelo processo. filtros previamente esterilizados (de acordo com
Parágrafo único. O tempo utilizado nesse recomendações do fabricante), com
processo deve ser considerado, de modo a especificação de tamanho de poro de 0,2 m (ou
minimizar o tempo anterior à esterilização. menor), sendo fundamental que esse possua
Art. 375. Cada ciclo de esterilização documentação comprovando que foi
deve ser monitorado com indicadores biológicos adequadamente submetido a desafio
adequados, em número apropriado, distribuídos bacteriológico.
por toda a carga. Parágrafo único. Os filtros podem
remover bactérias e fungos, mas podem permitir

352
a passagem de certos organismos diminutos(ex. volume de lote, características físico-químicas
micoplasmas). O filtro deve ser validado para do produto etc. devem ter sido considerados na
comprovar que efetivamente esteriliza o produto validação da filtração esterilizante.
nas condições reais de processo, sem causar § 1º Quaisquer diferenças significativas
alterações prejudiciais em sua composição. no processo em relação aos parâmetros
Art. 382. Devido aos potenciais riscos considerados na validação devem ser registradas
adicionais do método de filtração quando e investigadas.
comparado com outros processos de § 2º Os resultados destas verificações
esterilização, é recomendável a utilização de devem ser anotados na documentação do lote.
filtros esterilizantes redundantes (dois filtros em Art. 388. O mesmo filtro não deve ser
série) ou um filtro esterilizante adicional utilizado por mais que um dia de trabalho, a
imediatamente antes do envase. menos que tal uso tenha sido validado.
Parágrafo único. Os filtros esterilizantes Art. 389. O filtro não deve afetar o
podem ser de camada simples ou dupla. produto, removendo seus ingredientes ou
Art. 383. A filtração esterilizante final acrescentando outras substâncias.
deve ser realizada o mais próximo possível do
ponto de enchimento. Seção III
Art. 384. Não devem ser utilizados filtros Pessoal
que soltem fibras.
Parágrafo único. A utilização de filtros Art. 390. Somente o número mínimo
de amianto deve ser absolutamente excluída. requerido de pessoas deve estar presente nas
Art. 385. A integridade do filtro deve ser áreas limpas; isto é particularmente importante
conferida por um método apropriado, tais como durante os processos assépticos. Se possível, as
o ensaio de ponto de bolha, fluxo difusivo ou inspeções e os controles devem ser realizados
teste de retenção/declínio de pressão, do lado de fora dessas áreas.
imediatamente após o uso. Recomenda-se Art. 391. Todo pessoal (inclusive de
também a realização do teste de integridade do limpeza e de manutenção) que desenvolva
filtro antes do uso. atividades nessas áreas deve receber
§ 1º Os parâmetros para o teste de treinamento inicial e regular em disciplinas
integridade (líquido molhante, gás teste, pressão relevantes à produção de produtos estéreis,
de teste, temperatura do teste, critério de incluindo referência a questões de higiene
aprovação etc.) para cada filtro esterilizante pessoal, conceitos básicos de microbiologia e
específico devem ser descritos em procedimentos para a correta paramentação em
procedimento. Estes parâmetros devem estar áreas limpas.
correlacionados com o teste de desafio Parágrafo único. Caso seja necessário o
bacteriológico realizado previamente e essa ingresso nessas áreas de pessoas que não
correlação deve estar documentada. tenham recebido treinamento, devem ser
§ 2º Caso seja utilizado o próprio tomados cuidados específicos quanto à
produto como líquido molhante, o estudo de supervisão das mesmas.
desenvolvimento dos parâmetros de teste de Art. 392. Os funcionários que estiverem
integridade deve estar documentado. participando de atividades relacionadas à
Art. 386. A integridade dos filtros produção de produtos em substrato de tecido
críticos deve ser confirmada após o uso. São animal ou de culturas de microrganismos
considerados filtros críticos todos aqueles diferentes daqueles utilizados no processo de
destinados a filtrar fluído que entram em contato fabricação em curso, não devem entrar nas áreas
direto com o produto (por exemplo, filtros de de produção de produtos estéreis, a menos que
gases, de ar, filtros de respiro de tanques). sejam aplicados procedimentos de
Recomenda-se também a realização do teste de descontaminação previamente estabelecidos.
integridade desses filtros antes do uso. Art. 393. A adoção de altos padrões de
§ 1º A integridade dos outros filtros higiene pessoal e de limpeza é essencial. As
esterilizantes deve ser confirmada em intervalos pessoas envolvidas na fabricação de
apropriados. medicamentos devem ser instruídas para
§ 2º Deve-se considerar um maior rigor comunicar a seu superior qualquer alteração de
no monitoramento da integridade dos filtros nos sua condição de saúde, que possa contribuir na
processos que envolvem condições drásticas, disseminação de contaminantes.
como por exemplo, a circulação de ar em alta § 1º É recomendável a realização de
temperatura. exames periódicos de saúde.
Art. 387. O tempo de filtração bem como § 2º As ações a serem tomadas com
todas as outras condições operacionais tais relação às pessoas que possam estar
como temperatura, diferenciais de pressão, introduzindo riscos microbiológicos indevidos

353
devem ser tomadas por pessoal competente Art. 400. As roupas utilizadas nas áreas
designado para tal. limpas devem ser lavadas ou limpas, de forma a
Art. 394. As roupas de uso pessoal não evitar a liberação de contaminantes nas áreas
devem ser trazidas para dentro das áreas limpas. onde vão ser utilizadas.
§ 1º As pessoas que entrarem nos § 1º É recomendável contar com uma
vestiários destas áreas já devem estar com os lavanderia destinada exclusivamente para este
uniformes padrão da fábrica. tipo de roupa.
§ 2º Os processos de troca de roupa e de § 2º Roupas danificadas pelo uso podem
higienização devem seguir procedimentos aumentar o risco de liberação de partículas.
escritos, elaborados para minimizar a § 3º As operações de limpeza e
contaminação da área limpa de paramentação ou esterilização das roupas devem seguir os
a introdução de contaminantes nas áreas limpas. Procedimentos Operacionais Padrão - POPs.
Art. 395. Os relógios de pulso e as jóias § 4º O uso de vestimentas descartáveis
não devem ser usados nas áreas limpas, bem pode ser necessário.
como produtos cosméticos que possam
desprender partículas. Seção IV
Art. 396. As roupas utilizadas devem ser Instalações
apropriadas ao processo e à classificação da área
limpa onde o pessoal estiver trabalhando, Art. 401. Todas as instalações, sempre
devendo ser observado: que possível, devem ser projetadas de modo a
I - grau D: o cabelo, a barba e o bigode evitar a entrada desnecessária do pessoal de
devem estar cobertos. Devem ser usadas supervisão e de controle.
vestimentas protetoras e sapatos fechados Parágrafo único. As áreas de grau B
próprios para a área ou protetores de calçados. devem ser projetadas de forma tal que todas as
Medidas apropriadas devem ser tomadas a fim operações possam ser observadas do lado de
de evitar qualquer contaminação proveniente fora.
das áreas externas; Art. 402. Nas áreas limpas, todas as
II - grau C: o cabelo, a barba e o bigode superfícies expostas devem ser lisas,
devem estar cobertos. Devem ser usadas impermeáveis, a fim de minimizar o acúmulo ou
vestimentas apropriadas, amarradas no pulso e a liberação de partículas ou microrganismos,
com gola alta. A roupa não pode soltar fibras ou permitindo a aplicação repetida de agentes de
partículas. Além disso, devem ser usados limpeza e desinfetantes, quando for o caso.
sapatos fechados próprios para a área ou Art. 403. Para reduzir o acúmulo de
protetores de calçados; e poeira e facilitar a limpeza, nas áreas limpas não
III - graus A/B: deve ser utilizado capuz devem existir superfícies que não possam ser
que cubra totalmente o cabelo, a barba e o limpas.
bigode; sua borda inferior deve ser colocada § 1º As instalações devem ter o mínimo
para dentro da vestimenta. Deve ser utilizada de saliências, prateleiras, armários e
máscara de rosto, a fim de evitar que sejam equipamentos.
espalhadas gotas de suor. Devem ser usadas § 2º As portas devem ser projetadas de
luvas esterilizadas de borracha, sem pó, além de forma a evitar a existência de superfícies que
botas desinfetadas ou esterilizadas. As barras da não possam ser limpas; as portas corrediças não
calça devem ser colocadas para dentro das devem ser utilizadas.
botas, assim como as mangas colocadas para Art. 404. Os forros devem ser selados de
dentro das luvas. A roupa protetora não deve forma que seja evitada a contaminação
soltar nenhuma fibra ou partícula e deve reter as proveniente do espaço acima deles.
partículas liberadas pelo corpo de quem a esteja Art. 405. As tubulações, dutos e outras
utilizando. utilidades devem ser instalados de forma que
Art. 397. As roupas de uso pessoal não não criem espaços de difícil limpeza.
devem ser trazidas para as áreas de Art. 406. As pias e os ralos, sempre que
paramentação que dão acesso às áreas de graus possível, devem ser evitados e não devem
B e C. existir nas áreas A/B onde estiverem sendo
Art. 398. Todos os funcionários que realizadas operações assépticas.
estiverem trabalhando em salas de grau A e B § 1º Quando precisarem ser instalados,
devem receber roupas limpas e esterilizadas a devem ser projetados, localizados e mantidos de
cada sessão de trabalho. modo a minimizarem os riscos de contaminação
Art. 399. As luvas devem ser microbiana, devem conter sifões eficientes,
regulamente desinfetadas durante as operações, fáceis de serem limpos e que sejam adequados
assim como as máscaras e luvas trocadas a cada para evitar refluxo de ar e líquidos.
sessão de trabalho.

354
§ 2º As canaletas no solo, caso presentes, equipamentos ou operações, para as zonas de
devem ser abertas, de fácil limpeza e estar produção de maior risco.
conectadas a ralos externos, de modo que a Art. 411. Um sistema de alarme deve ser
introdução de contaminantes microbianos seja instalado para indicar a ocorrência de falhas no
evitada. sistema de ventilação.
Art. 407. Os vestiários das áreas limpas § 1º Deve ser colocado um indicador de
devem ser projetados sob a forma de diferencial de pressão entre as áreas onde tal
antecâmaras fechadas e utilizados de modo a diferença for importante.
permitir a separação de diferentes estágios de § 2º As diferenças de pressão devem ser
troca de roupa, minimizando assim, a registradas regularmente.
contaminação microbiana e de partículas Art. 412. Deve ser evitado o acesso
oriundas das roupas protetoras. desnecessário de materiais e pessoas às áreas
§ 1º Os vestiários devem ser insuflados críticas.
de modo efetivo, com ar filtrado. Parágrafo único. Quando necessário, o
§ 2º A utilização de vestiários separados acesso deve ser realizado através de barreiras
de entrada e de saída das áreas limpas pode ser físicas.
necessária em algumas ocasiões. Seção V
§ 3º As instalações destinadas à Equipamentos
higienização das mãos devem ser localizadas
somente nos vestiários, nunca nos lugares onde Art. 413. Não devem ser utilizadas
se efetuam operações assépticas. esteiras transportadoras que interliguem áreas
Art. 408. As duas portas de antecâmaras limpas de grau A ou B às áreas que apresentem
não podem estar simultaneamente abertas, grau de classificação de ar inferior, a menos que
devendo haver um sistema que impeça que tal a própria esteira transportadora seja
fato ocorra. continuamente esterilizada (por exemplo: um
Parágrafo único. Deve existir um sistema túnel esterilizador).
de alarme, sonoro e/ou visual que alerte para a Art. 414. Quando possível, os
situação indicada. equipamentos utilizados na produção de
Art. 409. As áreas limpas devem ter um produtos estéreis devem ser escolhidos de forma
sistema de ventilação que insufle ar filtrado e que possam ser esterilizados por vapor, por
que mantenha uma pressão positiva das áreas calor seco ou por outro método.
em relação às zonas circundantes. Art. 415. Sempre que for possível, a
§ 1º A ventilação deve ser eficiente e disposição dos equipamentos e das utilidades
adequada às condições exigidas. deve ser projetada e instalada de modo que as
§ 2º As salas adjacentes de diferentes operações de manutenção e de reparo possam
graus devem possuir uma pressão diferencial de ser feitas pelo lado de fora das áreas limpas.
aproximadamente 10 -15 pascais (valor de Parágrafo único. Os equipamentos que
referência). tiverem de ser removidos para manutenção
§ 3º Especial atenção deve ser dada às devem ser novamente esterilizados depois de ser
zonas de maior risco, onde o ar filtrado entra em remontados, sempre que possível.
contato com os produtos e os componentes Art. 416. Quando a manutenção dos
limpos. equipamentos for feita dentro de áreas limpas,
§ 4º Pode ser necessário que as diversas devem ser utilizados instrumentos e ferramentas
recomendações relativas ao suprimento de ar e também limpos/desinfetados.
aos diferenciais de pressão sejam modificadas Parágrafo único. Se os padrões de
no caso de ser necessária a contenção de limpeza exigidos e/ou de assepsia das áreas não
materiais patogênicos, altamente tóxicos, tiverem sido mantidos durante o serviço de
radioativos ou materiais com vírus vivos ou manutenção, as áreas devem ser limpas e
bacterianos. desinfetadas para que a produção seja
§ 5º Em algumas operações, pode ser reiniciada.
necessária a utilização de instalações destinadas Art. 417. Todos os equipamentos,
à descontaminação e ao tratamento do ar que incluindo os esterilizadores, os sistemas de
estiver saindo da área limpa. filtração de ar e os sistemas de produção de
Art. 410. Deve ser demonstrado que o água, devem ser submetidos a um plano de
sistema de ar não constitui risco de manutenção periódica, validação e
contaminação. monitoramento.
Parágrafo único. Deve ser assegurado Parágrafo único. Deve ser documentada
que o sistema de ar não permita a disseminação a aprovação do uso dos equipamentos após o
de partículas originadas das pessoas, serviço de manutenção.

355
Art. 418. As instalações de tratamento e Art. 422. A entrada e a retirada de
de distribuição de água devem ser projetadas, materiais do isolador são algumas das principais
construídas e mantidas de forma a assegurar a fontes de contaminação. Portanto, devem existir
produção confiável de água de qualidade procedimentos para a realização dessas
apropriada. operações.
§ 1º O sistema não deve ser operado Art. 423. A classificação do ar requerida
além de sua capacidade instalada. para o ambiente circundante ao isolador
§ 2º Deve ser considerada a previsão de depende do seu desenho e da sua aplicação.
um programa de monitoramento e de Parágrafo único. O ambiente circundante
manutenção do sistema de água. deve ser controlado e para processos assépticos
§ 3º A água para injetáveis deve ser deve haver uma classificação de no mínimo
produzida, estocada e distribuída de maneira a grau D.
prevenir o crescimento de microorganismos. Art. 424. Os isoladores somente devem
ser utilizados após validação. A validação deve
Seção VI considerar todos os fatores críticos da
Finalização das Etapas de Fabricação tecnologia de isoladores como, por exemplo, a
qualidade interna e externa do isolador,
Art. 419. Os recipientes devem ser sanitização, processo de transferência de
selados mediante procedimentos adequados, materiais e integridade do isolador.
devidamente validados. Art. 425. O monitoramento deve ser
§ 1º Amostras devem ser controladas em realizado rotineiramente e deve incluir testes de
relação a sua integridade, segundo vazamento do isolador e das luvas/mangas.
procedimentos estabelecidos.
§ 2º No caso de recipientes fechados a Seção VIII
vácuo, as amostras devem ser controladas para Tecnologia de Sopro/Envase/Selagem
verificar a manutenção do vácuo conforme (Blow/fill/seal technology)
período de tempo pré-determinado. Art. 426. As unidades de
Art. 420. Os recipientes finais que sopro/envase/selagem são equipamentos
contenham produtos parenterais devem ser desenhados para, em operação contínua, formar
inspecionados individualmente. recipientes a partir de granulados
§ 1º Se a inspeção for visual, deve ser termoplásticos, envasar e selar.
feita sob condições adequadas e controladas de § 1º Equipamentos de
luz e de contraste. sopro/envase/selagem usados para operações
§ 2º Os operadores destinados a este assépticas, os quais sejam dotados de um
trabalho devem ser submetidos a exames de sistema de insuflamento de ar grau A, podem
acuidade visual periódicos, considerando as ser instalados em ambiente no mínimo grau C,
lentes corretivas, se for o caso, e ter intervalos desde que sejam utilizadas vestimentas para
de descanso freqüentes no período de trabalho. grau A/B.
§ 3º Se forem utilizados outros métodos § 2º O ambiente deve cumprir com os
de inspeção, o processo deve ser validado e o limites de partículas viáveis e não viáveis.
desempenho do equipamento deve ser § 3º Os equipamentos de
verificado periodicamente. Os resultados devem sopro/envase/selagem usados na produção de
ser registrados. produtos esterilizados terminalmente devem ser
instalados em ambiente no mínimo grau D.
Seção VII Art. 427. Devem ser atendidos no
Tecnologia de Isoladores mínimo os seguintes requisitos:
I - desenho e qualificação de
Art. 421. A utilização da tecnologia de equipamentos;
isoladores para minimizar as intervenções II - validação e reprodutibilidade da
humanas nas áreas de produção pode resultarem limpeza no local, bem como sua esterilização no
um significativo decréscimo do risco de local;
contaminação microbiológica proveniente do III - classificação de limpeza da área
ambiente em produtos preparados onde o equipamento está instalado;
assepticamente. IV - treinamento e vestimenta dos
Parágrafo único. Para atingir este operadores; e
objetivo, o isolador deve ser desenhado, V - intervenções nas zonas críticas do
projetado e instalado de forma que o ar em seu equipamento, incluindo qualquer montagem
interior possua a qualidade requerida para o asséptica anterior ao início do envase.
processo.
TÍTULO IV

356
PRODUTOS BIOLÓGICOS Art. 433. Os processos de produção de
CAPÍTULO I biológicos têm uma variabilidade intrínseca e,
ABRANGÊNCIA portanto, a natureza dos subprodutos não é
constante. Por esta razão, na fabricação de
Art. 428. O objetivo deste Título é produtos biológicos é ainda mais crítico o
complementar as "Boas Práticas para a cumprimento das recomendações estabelecidas
Fabricação de Medicamentos", reforçando os pelas BPF, durante todas as fases de produção.
pontos específicos sobre a fabricação de Art. 434. O controle de qualidade dos
produtos biológicos. produtos biológicos quase sempre implica no
Art. 429. Os procedimentos emprego de técnicas biológicas que têm uma
regulamentares necessários para o controle de variabilidade maior que as determinações físico-
produtos biológicos são, em grande parte, químicas. O controle durante o processo adquire
determinados pela origem dos produtos e pelas grande importância na produção dos produtos
tecnologias de fabricação utilizadas. biológicos, porque certos desvios da qualidade
Parágrafo único. Os procedimentos de podem não ser detectados nos ensaios de
fabricação contidos nesta resolução incluem controle de qualidade realizados no produto
medicamentos cujos ativos foram obtidos por terminado.
meio de:
I - crescimento de cepas de CAPÍTULO III
microrganismos e de células eucarióticas; PESSOAL
II - extração de substâncias a partir de
tecidos ou fluidos biológicos de origem humana, Art. 435. Durante a jornada de trabalho,
animal ou vegetal (alergênicos); o pessoal não deve passar das áreas onde se
III - técnica de DNA recombinante manipulam microrganismos ou animais vivos
(rDNA); para instalações onde se trabalha com outros
IV - técnica de hibridoma; e produtos ou organismos, a menos que se
V - multiplicação de microrganismos em apliquem medidas de descontaminação
embriões ou em animais. claramente definidas, incluindo a troca de
Art. 430. Os produtos biológicos uniforme e calçados.
fabricados com estas tecnologias incluem Art. 436. O pessoal designado para a
alergênicos, antígenos, vacinas, hormônios, produção deve ser distinto do pessoal
citocinas, enzimas, derivados de plasma responsável pelo cuidado dos animais.
humano, soros hiperimunes (heterólogos), Art. 437. Todo pessoal envolvido direta
imunoglobulinas (incluindo anticorpos ou indiretamente na produção, manutenção,
monoclonais), produtos de fermentação controle e biotérios deve ser imunizado com
(incluindo produtos derivados de rDNA). vacinas específicas e, quando necessário,
submetido a provas periódicas para detecção de
CAPÍTULO II sinais de doenças infecto-contagiosas.
CONSIDERAÇÕES GERAIS Art. 438. Quando se fabricam vacinas
BCG, o acesso às áreas de produção deve ser
Art. 431. A fabricação de produtos restrito ao pessoal cuidadosamente monitorado
biológicos deve ser feita de acordo com os por exames médicos periódicos.
princípios básicos das Boas Práticas de Art. 439. No caso da fabricação de
Fabricação (BPF). Em conseqüência, os pontos derivados de sangue ou de plasma humano,
tratados neste Título são considerados deve-se imunizar o pessoal com a vacina contra
complementares às normas gerais estabelecidas a hepatite B.
nas "Boas Práticas para a Fabricação de
Medicamentos" e relacionam-se CAPÍTULO IV
especificamente com a produção e controle de INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
qualidade de medicamentos biológicos.
Art. 432. A forma como os produtos Art. 440. Deve-se evitar a disseminação
biológicos são produzidos, controlados e pelo ar dos microrganismos patógenos
administrados tornam certas precauções manipulados na produção.
especiais necessárias. Ao contrário dos produtos Art. 441. As áreas utilizadas para
farmacêuticos convencionais, que normalmente processamento de tecidos animais e
são fabricados e controlados por técnicas microrganismos não utilizados no processo de
químicas e físicas reprodutíveis, os produtos produção, assim como as destinadas aos ensaios
biológicos são fabricados com tecnologias que com animais ou microrganismos, devem ser
envolvem processos e materiais biológicos separadas das instalações utilizadas para a
passíveis de variabilidade. produção de produtos biológicos estéreis, com

357
sistemas de ventilação independentes e pessoal III - transferir os materiais biológicos
distinto. com segurança;
Art. 442. Nas áreas utilizadas para a IV - trocar de vestuário quando entrar em
produção de produtos em campanha, o desenho áreas produtivas diferentes;
e a disposição das instalações e equipamentos V - limpar e descontaminar
devem permitir limpeza e sanitização efetivas cuidadosamente os equipamentos;
após a produção e, quando necessário, VI - tomar precauções contra os riscos de
descontaminação por meio de esterilização e/ou contaminação causados pela recirculação do ar
fumigação. Todos os processos utilizados no ambiente limpo ou pelo retorno acidental do
devem ser validados. ar eliminado;
Art. 443. Os microrganismos vivos VII - utilizar "sistemas fechados" na
devem ser manipulados em equipamentos e com produção;
procedimentos que assegurem a manutenção da VIII - tomar precauções para prevenir a
pureza das culturas, bem como, protejam o formação de aerossóis (principalmente por
operador da contaminação com o referido centrifugação e misturas);
microrganismo. IX - proibir a entrada de amostras de
Art. 444. Produtos biológicos, como espécimes patológicas não utilizadas no
vacinas com microrganismos mortos, toxóides, processo de produção nas áreas utilizadas para a
extratos de bactérias, inclusive os preparados produção de substâncias biológicas; e
pelas técnicas de DNA recombinante podem, X - utilizar recipientes esterilizados e,
uma vez inativados, ser envasados nas mesmas quando apropriado, recipientes com carga
instalações utilizadas para outros produtos, microbiana documentadamente baixa.
desde que se tomem medidas adequadas de Art. 448. A preparação de produtos
descontaminação após o envase, incluindo estéreis deve ser realizada em área limpa com
limpeza e esterilização. pressão positiva de ar.
Art. 445. Produtos biológicos Parágrafo único. Todos os organismos
provenientes de microrganismos esporulados considerados patógenos devem ser manipulados
devem ser manipulados em instalações com pressão negativa de ar, em locais
exclusivas para este grupo de produtos, até que especialmente reservados para esse propósito,
se termine o processo de inativação. de acordo com as normas de isolamento para o
§ 1º Quando em uma instalação ou produto em questão.
conjunto de instalações são realizadas Art. 449. As áreas onde se manipulam
preparações de microrganismos esporulados, microorganismos patógenos devem ter sistema
deve ser produzido somente um produto de cada exclusivo de circulação do ar e este não deve ser
vez. recirculado.
§ 2º Quando se tratar de Bacillus § 1º O ar deve ser eliminado através de
anthracis, Clostridium botulinum e Clostridium filtros esterilizantes cujo funcionamento e
tetani, em todas as etapas devem ser utilizadas eficiência devem ser verificados
instalações segregadas e dedicadas periodicamente.
exclusivamente para cada um desses produtos. § 2º Os filtros utilizados devem ser
Art. 446. As etapas até a inativação viral incinerados após o descarte.
da fabricação de produtos derivados do sangue Art. 450. Quando forem utilizados
ou plasma humanos devem ser realizadas em microorganismos patógenos na produção,
instalações e equipamentos destinados devem existir sistemas específicos de
exclusivamente para esse propósito. descontaminação de efluentes.
§ 1º Após a inativação viral, podem ser Art. 451. As tubulações, válvulas e filtros
envasados nas mesmas instalações utilizadas de ventilação dos equipamentos devem ser
para outros produtos estéreis, desde que se projetados de forma a facilitar sua limpeza e
tomem medidas adequadas de descontaminação esterilização.
após o envase, incluindo limpeza e esterilização.
§ 2º Todos os processos utilizados devem CAPÍTULO V
ser validados e o risco deve ser avaliado. INSTALAÇÕES PARA OS ANIMAIS
Art. 447. A contaminação cruzada deve
ser evitada por meio da adoção das seguintes Art. 452. Os animais empregados na
medidas, quando aplicável: produção e no controle de qualidade devem ser
I - realizar a produção e o envase em alojados em instalações independentes das
áreas segregadas; demais áreas da empresa, que possuam sistemas
II - evitar a produção de diferentes independentes de ventilação.
produtos ao mesmo tempo, a menos que estejam Art. 453. O projeto das instalações e os
em áreas fisicamente segregadas; materiais de construção utilizados devem

358
permitir a manutenção das áreas em condições fabricados irão consistentemente atender as suas
higiênicas e possuir proteção contra entrada de especificações.
insetos e de outros animais. § 3º A documentação associada à
Art. 454. O pessoal que trabalha com validação deve incluir:
animais deve utilizar vestimentas de uso I - Procedimentos Operacionais Padrão
exclusivo da área. (POP);
Art. 455. As instalações para o cuidado II - especificações;
dos animais devem incluir área de isolamento III - Plano Mestre de Validação (PMV);
para a quarentena de animais que ingressam e IV - protocolos e relatórios de
área adequada para armazenar os alimentos. qualificação; e
Art. 456. Devem existir instalações V - protocolos e relatórios de validação.
adequadas para inoculação de animais.
Parágrafo único. Esta atividade deve ser CAPÍTULO II
realizada em área separada daquelas onde há RELAÇÃO ENTRE VALIDAÇÃO E
animais mortos. QUALIFICAÇÃO
Art. 457. Deve existir instalação para a
desinfecção das gaiolas, se possível, com Art. 462. A validação e a qualificação
esterilização por vapor. são essencialmente componentes de mesmo
Art. 458. É necessário controlar e conceito.
registrar o estado de saúde dos animais § 1º O termo qualificação é normalmente
utilizados. utilizado para equipamentos, utilidades e
Art. 459. São necessárias precauções sistemas, enquanto validação aplicada a
especiais quando se utilizam macacos na processos.
produção ou no controle de qualidade. § 2º A qualificação constitui-se uma
Art. 460. O acondicionamento, parte da validação.
armazenamento, transporte, tratamento e
disposição final de resíduos gerados por CAPÍTULO III
animais, inclusive dejetos e cadáveres, devem VALIDAÇÃO
ser realizados de forma segura e seguir a Seção I
regulamentação específica.
Abordagens para Validação
TÍTULO V
VALIDAÇÃO Art. 463. Existem duas abordagens
CAPÍTULO I básicas para a validação - uma baseada em
INTRODUÇÃO evidências obtidas por meio de testes (validação
concorrente e prospectiva) e uma baseada na
Art. 461. A validação é uma parte análise de dados históricos (validação
essencial de Boas Práticas de Fabricação (BPF), retrospectiva).
sendo um elemento da garantia da qualidade § 1º Sempre que possível, a validação
associado a um produto ou processo em prospectiva é preferível.
particular. § 2º A validação retrospectiva não é mais
§ 1º Os princípios básicos da garantia da encorajada e não é aplicável à fabricação de
qualidade têm como objetivo a produção de produtos estéreis.
produtos adequados ao uso pretendido. Estes Art. 464. A validação concorrente e a
princípios são: validação prospectiva podem incluir:
I - a qualidade, a segurança e a eficácia I - testes exaustivos do produto, o qual
devem ser projetadas e definidas para o produto; pode envolver amostragem abrangente (com a
II - a qualidade não pode ser estimativa dos limites de confiança para os
inspecionada ou testada no produto; e resultados individuais) e a demonstração da
III - cada etapa crítica do processo de homogeneidade intra e entre lotes;
fabricação deve ser validada. Outras etapas do II - simulação das condições do
processo devem estar sob controle para que os processo;
produtos sejam consistentemente produzidos e III - testes de desafio/pior caso, os quais
que atendam a todas as especificações definidas determinam a robustez do processo; e
e requisitos de qualidade. IV - controle dos parâmetros do processo
§ 2º A validação de processos e sistemas monitorados durante as corridas normais de
é fundamental para se atingir os objetivos. É por produção para se obter informações adicionais
meio do projeto e validação que um fabricante sobre a confiabilidade do processo.
pode estabelecer com confiança que os produtos
Seção II

359
Escopo da Validação provar que os aspectos críticos de suas
operações estão sob controle.
Art. 465. Deve haver um sistema § 1º Mudanças significativas nas
eficiente e apropriado, incluindo estrutura instalações, equipamentos, sistemas e processos
organizacional e da documentação, pessoal que possam afetar a qualidade do produto
suficientee recursos financeiros para a devem ser validadas.
realização da validação no prazo previsto. § 2º Uma avaliação de risco deve ser
Parágrafo único. A Gerência e as pessoas utilizada para determinar o escopo e a extensão
responsáveis pela Garantia da Qualidade devem da validação.
estar envolvidas.
Art. 466. Os responsáveis pela realização CAPÍTULO IV
da validação devem possuir experiência e QUALIFICAÇÃO
qualificação apropriadas e representar diferentes
departamentos dependendo do trabalho de Art. 475. A qualificação deve estar
validação a ser realizado. completa antes da validação ser conduzida.
Art. 467. Deve haver um programa Parágrafo único. O processo de
específico para as atividades de validação. qualificação deve constituirse em processo
Art. 468. A validação deve ser realizada sistemático e lógico, bem como ser iniciado
de um modo estruturado, de acordo com pelas fases de projeto das instalações,
procedimentos e protocolos documentados. equipamentos e utilidades.
Art. 469. A validação deve ser realizada: Art. 476. Dependendo da função e
I - para instalações, equipamentos, operação do equipamento, utilidade ou sistema,
utilidades (ex: água, ar, ar comprimido, vapor), em determinadas situações, somente se fazem
sistemas, processos e procedimentos; necessárias a qualificação de instalação (QI) e a
II - em intervalos periódicos; e qualificação de operação (QO), assim como a
III - quando mudanças maiores forem operação correta do equipamento, utilidades ou
introduzidas. sistemas pode ser considerada um indicador
Parágrafo único. Requalificações ou suficiente de seu desempenho (QD).
revalidações periódicas podem ser substituídas, Parágrafo único. Os equipamentos,
quando apropriado, pela avaliação periódica dos utilidades e sistemas devem ser periodicamente
dados e informações. monitorados e calibrados, além de ser
Art. 470. A validação deve ser realizada submetidos à manutenção preventiva.
de acordo com protocolos escritos. Art. 477. Os principais equipamentos,
Parágrafo único. Ao final, deve ser bem como as utilidades e sistemas críticos,
elaborado um relatório da validação. necessitam da qualificação de instalação (QI),
Art. 471. A validação deve ser conduzida de operação (QO) e de desempenho (QD).
durante um período de tempo, por exemplo, até
que sejam avaliados no mínimo três lotes CAPÍTULO V
consecutivos (escala industrial) para demonstrar CALIBRAÇÃO E VERIFICAÇÃO
a consistência do processo. Situações de "pior
caso" devem ser consideradas. Art. 478. A calibração e verificação de
Art. 472. Deve haver uma clara distinção equipamentos, instrumentos e outros aparelhos,
entre controle em processo e validação. utilizados na produção e controle de qualidade,
Parágrafo único. O controle em processo devem ser realizadas em intervalos regulares.
abrange testes realizados durante a produção de Art. 479. O pessoal responsável pela
cada lote de acordo com especificações e realização da calibração e manutenção
métodos estabelecidos na fase de preventiva deve possuir treinamento e
desenvolvimento, com o objetivo de monitorar o qualificação apropriados.
processo continuamente. Art. 480. Um programa de calibração
Art. 473. Quando uma nova fórmula ou deve estar disponível e deve fornecer
método de fabricação é adotado, devem ser informações tais como padrões de calibração e
tomadas medidas para demonstrar a sua limites, pessoas designadas, intervalos de
adequabilidade ao processo de rotina. calibração, registros e ações a serem adotadas
Parágrafo único. O processo definido, quando forem identificados problemas.
utilizando materiais e equipamentos Art. 481. Os padrões utilizados em
especificados, deve resultar em rendimento calibração devem ser rastreáveis à Rede
consistente de um produto de qualidade Brasileira de Calibração.
requerida. Art. 482. Os equipamentos, instrumentos
Art. 474. Os fabricantes devem e outros aparelhos calibrados devem ser
identificar o que é necessário validar para etiquetados, codificados ou de alguma forma

360
identificados para indicar o status de calibração protocolo deve ser aprovada antes de ser
e a data da próxima recalibração. adotada.
Art. 483. Quando o equipamento, o
instrumento ou outro aparelho não for utilizado CAPÍTULO VIII
por certo período de tempo, seu estado de RELATÓRIOS DE QUALIFICAÇÃO E
funcionamento e calibração devem ser VALIDAÇÃO
verificados antes do uso com intuito de
demonstrar satisfatoriedade. Art. 489. Devem ser elaborados
relatórios das qualificações e validações
CAPÍTULO VI realizadas.
PLANO MESTRE DE VALIDAÇÃO Art. 490. Os relatórios devem refletir os
protocolos seguidos e contemplar, no mínimo, o
Art. 484. O PMV deve conter os título, o objetivo do estudo, bem comofazer
elementos chave do programa de validação. referência ao protocolo, detalhes de materiais,
Deve ser conciso e claro, bem como conter, no equipamentos, programas e ciclos utilizados e
mínimo: ainda, os procedimentos e métodos que foram
I - uma política de validação; utilizados.
II - estrutura organizacional das Art. 491. Os resultados devem ser
atividades de validação; avaliados, analisados e comparados com os
III - sumário/relação das instalações, critérios de aceitação previamente estabelecidos.
sistemas, equipamentos e processos que se § 1º Os resultados devem atender aos
encontram validados e dos que ainda deverão critérios de aceitação.
ser validados (situação atual e programação); § 2º Desvios e resultados fora dos limites
IV - modelos de documentos (ex: modelo devem ser investigados pela empresa.
de protocolo e de relatório) ou referência a eles; § 3º Se os desvios forem aceitos, devem
V - planejamento e cronograma; ser justificados.
VI - controle de mudanças; e § 4º Quando necessário, devem ser
VII - referências a outros documentos conduzidos estudos adicionais.
existentes. Art. 492. Os Departamentos responsáveis
pelos trabalhos de qualificação e validação
CAPÍTULO VII devem aprovar o relatório completo.
PROTOCOLOS DE QUALIFICAÇÃO E Art. 493. A conclusão do relatório deve
VALIDAÇÃO expressar de forma clara se a qualificação e/ou
validação foi considerada bem sucedida.
Art. 485. Devem existir protocolos de Art. 494. A Garantia da Qualidade deve
qualificação e validação que descrevam os aprovar o relatório depois da revisão final. O
estudos a serem conduzidos. critério de aprovação deve estar de acordo com
Art. 486. Os protocolos devem incluir, o sistema de garantia da qualidade da empresa.
no mínimo, as seguintes informações: Art. 495. Quaisquer desvios encontrados
I - objetivos do estudo; durante o processo de validação devem ser
II - local/planta onde será conduzido o investigados e documentados. Podem ser
estudo; necessárias ações corretivas.
III - responsabilidades;
IV - descrição dos procedimentos a CAPÍTULO IX
serem seguidos; ESTÁGIOS DA QUALIFICAÇÃO
V - equipamentos a serem usados,
padrões e critérios para produtos e processos Art. 496. Existem quatro estágios de
relevantes; qualificação:
VI - tipo de validação; I - qualificação de projeto (QP);
VII - processos e/ou parâmetros; II - qualificação de instalação (QI);
VIII - amostragem, testes e requisitos de III - qualificação de operação (QO); e
monitoramento; e IV - qualificação de desempenho (QD).
IX - critérios de aceitação. Art. 497. Todos os procedimentos para
Art. 487. Deve haver uma descrição de operação, manutenção e calibração devem ser
como os resultados dos estudos de qualificação preparados durante a qualificação.
e validação serão analisados. Art. 498. Devem ser realizados
Art. 488. O protocolo deve estar treinamentos dos operadores e os registros
aprovado antes do início da validação devem ser mantidos.
propriamente dita. Qualquer mudança no
Seção I

361
Qualificação de Projeto Art. 509. A requalificação deve ser
realizada de acordo com um cronograma
Art. 499. A qualificação de projeto deve definido.
fornecer evidências documentadas de que as Parágrafo único. A freqüência de
especificações do projeto foram atendidas de requalificação pode ser determinada com base
acordo com os requerimentos do usuário e as em fatores como a análise de resultados
Boas Práticas de Fabricação. relacionados com a calibração, verificação e
manutenção.
Seção II Art. 510. Deve haver requalificação
Qualificação de Instalação periódica, bem como requalificação após
mudanças (tais como mudanças em utilidades,
Art. 500. A qualificação de instalação sistemas, equipamentos, trabalhos de
deve fornecer evidências documentadas de que manutenção e deslocamentos).
a instalação foi finalizada de forma satisfatória. Parágrafo único. Pode haver um
Art. 501. Especificações de compra, programa de revisão periódica para os
desenhos, manuais, listas de partes dos equipamentos que forneça suporte para a
equipamentos e detalhes do fornecedor devem avaliação da periodicidade da requalificação.
ser verificados durante a qualificação de Art. 511. A necessidade de
instalação. requalificação após mudanças deve ser
Art. 502. Instrumentos de controle e considerada pelo procedimento de controle de
medidas devem ser calibrados. mudanças.

Seção III Seção VI


Qualificação de Operação Revalidação

Art. 503. A qualificação operacional Art. 512. Processos e procedimentos


deve fornecer evidências documentadas de que devem ser submetidos à revalidação para
as utilidades, sistemas ou equipamentos e todos garantir que se mantenham capazes de atingir os
os seus componentes operam de acordo com as resultados esperados.
especificações operacionais. Art. 513. A necessidade de revalidação
Art. 504. Os testes devem ser desenhados após mudanças deve ser considerada pelo
para demonstrar operação satisfatória nas faixas procedimento de controle de mudanças.
normais de operação, bem como nos limites de Art. 514. A revalidação deve ser feita de
suas condições operacionais (incluindo acordo com um cronograma definido.
condições de pior caso). Art. 515. A freqüência e a extensão da
Art. 505. Os controles de operação, revalidação periódica devem ser determinadas
alarmes, interruptores, painéis e outros com base em uma avaliação de risco e na
componentes operacionais devem ser testados. revisão de dados históricos (programa de
Art. 506. As medidas realizadas de revisão periódica).
acordo com uma abordagem estatística devem
ser minuciosamente descritas. Seção VII
Revalidação Periódica
Seção IV
Qualificação de Desempenho Art. 516. Devem ser realizadas
revalidações periódicas, para verificar mudanças
Art. 507. A qualificação de desempenho no processo que podem ocorrer gradualmente ao
deve fornecer evidências documentadas de que longo de um período de tempo, ou pelo desgaste
as utilidades, sistemas ou equipamentos e todos dos equipamentos.
os seus componentes demonstrem desempenho Art. 517. Quando uma revalidação
consistente de acordo com as especificações de periódica for realizada, os seguintes documentos
uso em rotina. devem ser considerados:
Art. 508. Os resultados dos testes devem I - fórmula mestra e especificações;
ser coletados durante um período de tempo para II - procedimentos operacionais;
demonstrar consistência. III - registros (ex., registros de
calibração, manutenção e limpeza); e
Seção V IV - métodos analíticos.
Requalificação
Seção VIII
Revalidação após Mudanças

362
Art. 518. A revalidação após mudança processos e procedimentos já validados,
deve ser realizada quando a mudança puder podendo ou não ter influência na qualidade dos
afetar o processo, procedimento, qualidade do produtos fabricados.
produto e/ou as características do produto. Art. 523. O procedimento deve descrever
Parágrafo único. A revalidação deve ser as ações a serem adotadas, incluindo a
considerada como parte do procedimento de necessidade e a extensão da qualificação ou
controle de mudança. validação a serem realizadas.
Art. 519. A extensão da revalidação Art. 524. As mudanças devem ser
depende da natureza e da significância da formalmente requisitadas, documentadas e
mudança. aprovadas antes da implementação. Os registros
Art. 520. As mudanças não devem afetar devem ser mantidos.
adversamente a qualidade do produto ou as CAPÍTULO XI
características do processo. PESSOAL
Art. 521. As mudanças que requeiram
revalidação devem ser definidas no plano de Art. 525. Deve ser demonstrado que o
validação e podem incluir: pessoal possui qualificação apropriada, quando
I - alteração de materiais de partida relevante.
(incluindo propriedades físicas como densidade, Art. 526. O pessoal que requer
viscosidade ou distribuição de tamanho de qualificação inclui, por exemplo: z
partículas, que afetem o processo ou produto); I - analistas de laboratório;
II - alteração do fabricante de matérias- II - pessoal responsável pela execução de
primas; III - transferência de processo para outra procedimentos críticos;
planta (incluindo mudança de instalações que III - pessoal responsável por realizar
influenciem o processo); entrada de dados em sistemas
IV - alterações do material de computadorizados; e
embalagem primária (ex: substituição de IV - avaliadores de risco.
plástico por vidro);
V - alterações no processo de fabricação TÍTULO VI
(ex: tempos de mistura, temperaturas de ÁGUA PARA USO FARMACÊUTICO
secagem); CAPÍTULO I
VI - alterações no equipamento (ex: EXIGÊNCIAS GERAIS PARA SISTEMAS DE
adição de sistemas de detecção automática, ÁGUA PARA USO FARMACÊUTICO
instalação de novo equipamento, revisões
maiores do maquinário ou dos aparatos e Art. 527. Os sistemas de produção,
avarias); armazenamento e distribuição de água para uso
VII - alterações na área de produção e farmacêutico devem ser planejados, instalados,
sistemas de suporte (ex: rearranjo de áreas, novo validados e mantidos de forma a garantir a
método de tratamento de água); produção de água de qualidade apropriada.
VIII - aparecimento de tendências de § 1º Os sistemas não devem ser operados
qualidade negativas; além de sua capacidade planejada.
IX - aparecimento de novas descobertas § 2º A água deve ser produzida,
baseadas no conhecimento corrente (ex: novas armazenada e distribuída de forma a evitar
tecnologias); e contaminação microbiológica, química ou
X - alterações em sistemas de suporte; física.
Parágrafo único. Alterações de Art. 528. Qualquer manutenção ou
equipamentos que envolvam a substituição do modificação não planejada deve ser aprovada
equipamento por um equivalente normalmente pela Garantia da Qualidade.
não requerem revalidação. Por exemplo, uma Art. 529. As fontes de água e a água
bomba centrífuga nova que esteja substituindo tratada devem ser monitoradas regularmente
um modelo mais antigo não necessariamente quanto à qualidade química e microbiológica.
implica revalidação. § 1º O desempenho dos sistemas de
purificação, armazenamento e distribuição deve
CAPÍTULO X ser monitorado.
CONTROLE DE MUDANÇAS § 2º Os registros dos resultados do
monitoramento e das ações tomadas devem ser
Art. 522. A empresa deve estabelecer um mantidos por um período definido de tempo.
sistema de gerenciamento de mudanças com o Art. 530. O grau de tratamento da água
objetivo de manter sob controle as alterações deve considerar a natureza e o uso pretendido
que venham a ter impacto sobre sistemas e do intermediário ou produto terminado, bem
equipamentos qualificados, bem como sobre

363
como a etapa no processo de produção na qual a purificação, deve ser apropriado à aplicação em
água é utilizada. questão.
Art. 531. Quando a sanitização química Parágrafo único. Os seguintes itens
dos sistemas de água fizer parte do programa de devem ser considerados ao selecionar o método
controle de biocontaminação, deve ser utilizado de tratamento da água:
um procedimento para garantir que o agente I - a especificação da qualidade da água;
sanitizante foi retirado com eficácia. II - o rendimento ou eficiência do
sistema de purificação;
CAPÍTULO II III - a qualidade da água de alimentação
ESPECIFICAÇÕES DE QUALIDADE DA e as alterações sazonais; e
ÁGUA IV - a confiabilidade e a robustez dos
Seção I equipamentos de tratamento de água em
Água Potável funcionamento.
Art. 540. As especificações para os
Art. 532. A água potável deve ser equipamentos de purificação da água, sistemas
fornecida sob pressão positiva contínua em um de armazenamento e distribuição devem
sistema de encanamento sem quaisquer defeitos considerar os seguintes itens:
que possam levar à contaminação de qualquer I - risco de contaminação a partir de
produto. lixívias de materiais de contato;
Art. 533. Devem ser realizados testes II - impacto adverso de materiais de
periodicamente para confirmar que a água contato adsorvíveis;
atende aos padrões exigidos para água potável. III - projeto que permita a sanitização do
sistema, quando exigido;
Seção II IV - resistência à corrosão;
Água Purificada V - ser livre de vazamentos;
VI - configuração para evitar a
Art. 534. A água purificada deve cumprir proliferação microbiológica;
com as especificações das farmacopéias aceitas VII - tolerância a agentes de limpeza e
pela ANVISA. sanitização (térmicos e/ou químicos);
Art. 535. O sistema de purificação de VIII - capacidade do sistema e
água deve ser projetado de forma a evitar a exigências de produção; e
contaminação e proliferação microbiológicas. IX - instalação de todos os instrumentos,
pontos de amostragem necessários para permitir
Seção III que todos os parâmetros críticos do sistema
Água para Injetáveis sejam monitorados.
Art. 541. O projeto, a configuração e o
Art. 536. A água para injetáveis deve desenho dos equipamentos de purificação da
cumprir com as especificações das farmacopéias água e dos sistemas de armazenamento e
aceitas pela ANVISA. distribuição também devem considerar as
Art. 537. A água para injetáveis deve ser seguintes variáveis físicas:
utilizada em preparações de produtos estéreis. I - espaço disponível para a instalação;
Parágrafo único. A água para injetáveis II - cargas estruturais sobre os prédios;
também deve ser utilizada no enxágüe final após III - possibilidade de acesso adequado
limpeza de equipamentos e componentes que para manutenção; e
entram em contato com produtos estéreis. IV - capacidade de manusear produtos
Art. 538. O vapor, quando entrar em químicos de regeneração e sanitização química
contato com um produto estéril em seu com segurança.
recipiente final ou em equipamentos para
preparação de produtos estéreis, deve atender às Seção II
especificações para água para injetáveis, quando Produção de Água Potável
condensado.
Art. 542. A qualidade da água potável
CAPÍTULO III deve ser monitorada de forma rotineira.
MÉTODOS DE PURIFICAÇÃO DA ÁGUA § 1º Devem ser realizados testes
Seção I adicionais, caso haja qualquer alteração na fonte
Considerações Gerais da água bruta, nas técnicas de tratamento ou na
configuração do sistema.
Art. 539. O método escolhido de § 2º Se a qualidade da água potável
purificação da água, ou seqüência de etapas de mudar significativamente, o uso direto dessa
água em processos farmacêuticos, ou como água

364
de alimentação para etapas posteriores de microbiológicas de filtros de areia, filtros multi-
tratamento, deve ser revisto e o resultado da meios, leitos de carvão ativado e abrandadores,
revisão deve ser documentado. no caso da existência destes.
Art. 543. Nos casos em que a água § 1º Devem ser adotadas medidas para o
potável for derivada de um sistema próprio para controle de contaminação, como retrolavagem,
o tratamento de água bruta, as etapas de sanitização química ou térmica e regeneração
tratamento da água utilizadas e a configuração freqüente, de forma a evitar a contaminação do
do sistema devem ser documentadas. sistema e formação de biofilmes.
Parágrafo único. As alterações no § 2º Deve-se considerar a possibilidade
sistema ou em seu funcionamento não devem de todos os componentes de tratamento da água
ser realizadas até que se conclua a revisão e a serem mantidos com fluxo contínuo para inibir
alteração seja aprovada pela Garantia da o crescimento de microorganismos.
Qualidade. Art. 548. Devem ser adotados
Art. 544. Nos casos em que a água mecanismos de controle microbiológico e
potável é armazenada e distribuída, os sistemas sanitização para os sistemas de água purificada
de armazenamento devem permitir a mantidos em temperatura ambiente, pois esses
manutenção da qualidade da água antes do seu são particularmente suscetíveis à contaminação
uso. microbiológica, principalmente quando os
§ 1º Após qualquer armazenamento, equipamentos ficarem estáticos durante
devem ser realizados testes de acordo com uma períodos de pouca ou nenhuma demanda de
metodologia definida. água.
§ 2º Quando a água é armazenada, o seu
uso deve garantir uma renovação suficiente para Seção IV
prevenir estagnação. Produção de Água para Injetáveis
Art. 545. O equipamento e os sistemas
utilizados para produzir água potável devem Art. 549. Os seguintes itens devem ser
permitir a drenagem e sanitização. considerados no planejamento de um sistema de
Parágrafo único. Os tanques de produção de água para injetáveis:
armazenamento devem ser fechados com I - a qualidade da água de alimentação;
respiradores protegidos adequadamente e devem II - a especificação exigida de qualidade
permitir a inspeção visual, drenagem e da água;
sanitização. III - a otimização do tamanho do gerador
de água, a fim de evitar freqüentes
Seção III inícios/paradas do sistema; e
Produção de Água Purificada IV - as funções de descarga e
esvaziamento.
Art. 546. Os seguintes itens devem ser
considerados ao configurar um sistema de CAPÍTULO IV
purificação de água: SISTEMAS DE PURIFICAÇÃO,
I - a qualidade da água de alimentação e ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE
sua variação sazonal; ÁGUA
II - a especificação exigida de qualidade Seção I
da água; Geral
III - a seqüência exigida de etapas de
purificação; Art. 550. O sistema de armazenamento e
IV - a extensão exigida do pré- distribuição deve ser configurado para evitar a
tratamento para proteger os passos finais de recontaminação da água após o tratamento e
purificação; deve ser submetido a uma combinação de
V - a otimização do desempenho, monitoramento online e offline para garantir
incluindo rendimento e eficiência da unidade de que a especificação apropriada da água seja
tratamento; mantida.
VI - a localização adequada dos pontos
de amostragem, de forma a evitar contaminação; Seção II
e Materiais que Entram em Contato com Sistemas
VII - a adoção de instrumentos para de Água para Uso Farmacêutico
medida de alguns parâmetros do sistema, por
exemplo: fluxo, pressão, temperatura, Art. 551. Os materiais que entram em
condutividade, pH e carbono orgânico total. contato com a água para uso farmacêutico,
Art. 547. Deve ser feita a avaliação incluindo a tubulação, válvulas e armações,
periódica de possíveis contaminações lacres, diafragmas e instrumentos devem ser

365
selecionados para satisfazer os seguintes sistema após intervenções para manutenção ou
objetivos: modificação.
I - compatibilidade: todos os materiais Parágrafo único. As técnicas de
usados devem ser compatíveis com a sanitização ou esterilização empregadas devem
temperatura e as substâncias químicas utilizadas ser consideradas durante o planejamento do
pelo sistema ou dentro dele; projeto do sistema e seu desempenho deve ser
II - prevenção de vazamento: todos os comprovado durante as atividades de
materiais que entram em contato com a água qualificação.
para uso farmacêutico não podem apresentar Art. 553. Sistemas que funcionam e são
vazamentos dentro da faixa de temperatura de mantidos em temperaturas elevadas, na faixa de
trabalho; 70-80ºC, em geral, são menos suscetíveis à
III - resistência à corrosão: a água contaminação microbiológica do que sistemas
purificada e a água para injetáveis são altamente mantidos em temperaturas mais baixas.
corrosivas. Para evitar falha do sistema e Parágrafo único. Quando se exigem
contaminação da água, os materiais temperaturas mais baixas, devido aos processos
selecionados devem ser apropriados, o processo de tratamento de água empregados ou às
de soldagem deve ser controlado exigências de temperatura para a água em uso,
cuidadosamente, e todos os vedantes e devem ser tomadas precauções especiais pra
componentes devem ser compatíveis com a evitar o ingresso e a proliferação de
tubulação utilizada. O sistema deve ser contaminantes microbiológicos.
submetido à passivação após a instalação inicial
ou após modificação. Quando a passivação é Seção IV
realizada, o sistema deve ser totalmente limpo Capacidade de Recipientes para
antes do uso, e o processo de passivação deve Armazenamento
ser realizado em consonância com um
procedimento documentado claramente Art. 554. A capacidade do recipiente de
definido; armazenamento deve ser determinada com base
IV - acabamento interno liso: devem ser nos seguintes requisitos:
utilizadas superfícies internas lisas que ajudam a I - é necessário estabelecer uma
eviter aspereza e fissuras no sistema de água capacidade intermediária entre a capacidade de
para uso farmacêutico; geração do sistema de água e o consumo nos
V - soldagem: os materiais selecionados diferentes pontos de uso;
do sistema devem ser facilmente soldados, de II - o equipamento de tratamento da água
forma controlada; deve funcionar continuamente por períodos
VI - desenho de flanges ou juntas: significativos de tempo para evitar ineficiência e
quando são utilizadas flanges ou juntas, devem desgaste, o que ocorre quando o equipamento é
ter desenho higiênico ou sanitário. Devem ser ligado e desligado com freqüência; e
realizadas verificações para garantir que os III - a capacidade deve ser suficiente para
lacres corretos são usados e que estão oferecer reserva de curto prazo em caso de falha
encaixados e ajustados corretamente; do equipamento de tratamento da água ou de
VII - documentação: todos os incapacidade de produção devido à sanitização
componentes do sistema devem ser plenamente ou ciclo de regeneração.
documentados; e
VIII - materiais: devem ser utilizados Seção V
materiais adequados que possam ser Controle de Contaminação de Recipientes para
considerados como elementos sanitários do Armazenamento
sistema.
Art. 555. Os seguintes itens devem ser
Seção III considerados para o controle eficiente de
Sanitização do Sistema e Controle da Carga contaminação:
Microbiológica I - o espaço entre a superfície da água e a
tampa do reservatório é uma área de risco em
Art. 552. Os equipamentos de tratamento que gotas de água e ar podem entrar em contato
de água e os sistemas de armazenamento e em temperaturas que incentivam a proliferação
distribuição utilizados para água purificada e de microorganismos;
água para injetáveis devem ser projetados a fim II - os reservatórios devem ser
de evitar a contaminação microbiológica configurados para evitar zonas mortas em que
durante o uso e proporcionar o emprego de possa haver contaminação microbiológica;
técnicas de sanitização ou esterilização do III - filtros de ventilação são colocados
em reservatórios para permitir que o nível

366
interno de líquido flutue. Os filtros devem reter sazonais que venham a afetar a qualidade da
bactérias, devem ser hidrofóbicos e devem ser água para uso farmacêutico.
configurados idealmente para permitir teste de
integridade no local. Testes offline também são Seção II
aceitáveis; e Monitoramento Contínuo do Sistema
IV - quando são utilizadas válvulas de
alívio de pressão e discos de ruptura em Art. 564. Após a conclusão da
reservatórios para protegê-los contra qualificação do sistema de água, deve ser
pressurização excessiva, tais componentes realizada revisão dos dados obtidos, adotadas
devem ter desenho sanitário. ações corretivas e adequação dos procedimentos
operacionais, caso necessário. Após a revisão,
Seção VI deve ser estabelecido um plano de
Exigências para a Tubulação de Distribuição de monitoramento de rotina.
Água Art. 565. O monitoramento deve incluir
uma combinação de monitoramento online de
Art. 556. A distribuição de água parâmetros de processo, bem como testes offline
purificada e de água para injetáveis deve ser para verificação do atendimento às
realizada utilizando preferencialmente um anel especificações químicas e microbiológicas.
de circulação contínua. § 1º As amostras offline devem ser
Parágrafo único. A proliferação de coletadas de pontos de uso e pontos específicos
contaminantes dentro do tanque de de amostragem.
armazenamento e do anel de distribuição deve § 2º As amostras dos pontos de uso
ser controlada. devem ser coletadas de forma similar à adotada
Art. 557. A filtração não deve ser quando a água está sendo utilizada.
utilizada nos anéis de distribuição ou em pontos Art. 566. Devem ser realizados testes
de uso para controlar a biocontaminação. Tais para garantir o cumprimento da especificação
filtros podem mascarar a contaminação do farmacopéica.
sistema. Art. 567. Deve ser realizada análise de
Art. 558. Quando trocadores de calor são tendência dos dados de monitoramento.
empregados para aquecer ou resfriar água para
uso farmacêutico dentro de um sistema, devem CAPÍTULO VI
ser tomadas precauções para evitar que o MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE ÁGUA
equipamento de aquecimento ou resfriamento
contamine a água. Art. 568. Deve ser estabelecido um
Art. 559. As bombas de circulação programa de manutenção do sistema de água,
devem ter desenho sanitário que evitem a que considere os seguintes itens:
contaminação do sistema. I - freqüência definida para
Art. 560. A utilização de técnicas de equipamentos e instrumentos do sistema;
controle de biocontaminação deve ser II - programa de calibração;
considerada isoladamente ou em conjunto, a fim III - procedimentos para tarefas
de evitar a utilização de água fora das específicas;
especificações estabelecidas. IV - controle das peças a serem
utilizadas;
CAPÍTULO V V - cronograma e instruções de
CONSIDERAÇÕES OPERACIONAIS manutenção;
Seção I VI - registro, revisão e aprovação do
Qualificação serviço executado; e
VII - registro e revisão de problemas e
Art. 561. Todos os sistemas de água para falhas durante a manutenção.
uso farmacêutico são considerados sistemas
críticos de qualidade e de impacto direto, CAPÍTULO VII
portanto devem ser qualificados. REVISÕES DO SISTEMA
Art. 562. O processo de qualificação
deve seguir procedimentos previamente escritos Art. 569. Os sistemas de água (água
e aprovados. Os dados obtidos devem ser purificada e água para injetáveis) devem ser
devidamente registrados e revisados para revisados em intervalos regulares adequados.
aprovação. § 1º A equipe de revisão deve incluir
Art. 563. Devem ser consideradas no representantes das áreas de engenharia, garantia
processo de qualificação possíveis variações da qualidade, operações e manutenção.

367
§ 2º A revisão deve considerar tópicos Art. 575. Deve existir uma
tais como: documentação detalhada do sistema e essa deve
I - mudanças realizadas desde a última ser mantida atualizada. Esta descrição pode
revisão; incluir diagramas do sistema e sua infra-
II - desempenho do sistema; estrutura tecnológica (hardware, software etc.).
III - confiabilidade; Parágrafo único. Devem estar descritos
IV - tendências de qualidade; os princípios, objetivos, itens de segurança,
V - falhas; alcance do sistema e suas principais
VI - investigações; características de uso, interface com outros
VII - resultados fora de especificação sistemas e procedimentos.
obtidos durante monitoramento; Art. 576. O software é um componente
VIII- alterações na instalação; crítico do sistema informatizado. O usuário do
IX - atualização da documentação de sistema computadorizado deve garantir que
instalação; todos os passos de construção do software
X - livros de registros; e foram realizados de acordo com o sistema de
XI - situação da lista atual de garantia da qualidade.
procedimentos operacionais. Art. 577. O sistema deve incluir, quando
aplicável, a verificação da entrada de dados e
TÍTULO VII seu processamento.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Art. 578. Antes de iniciar a utilização de
COMPUTADORIZADOS um sistema informatizado, deve-se testar e
confirmar a capacidade do sistema em
Art. 570. A introdução de um sistema de armazenar os dados desejados, assegurando
informação computadorizado na cadeia infra-estrutura tecnológica necessária ao seu
produtiva, incluindo armazenagem, distribuição pleno funcionamento.
e controle de qualidade não exime a necessidade Parágrafo único. Quando houver
de atender a outros itens da norma. substituição de um sistema manual por um
§ 1º Quando sistemas computadorizados informatizado, os dois devem funcionar em
substituirem operações manuais, não pode haver paralelo como parte dos testes e validação.
impacto na qualidade do produto. Art. 579. As entradas e modificações de
§ 2º Deve-se considerar o risco de perder dados somente podem ser realizadas por pessoas
aspectos de qualidade do sistema anterior pela autorizadas.
redução do envolvimento dos operadores. § 1º Devem ser tomadas medidas que
Art. 571. Deve existir cooperação entre o não permitam que pessoas não autorizadas
pessoal chave e as pessoas responsáveis pelo incluam, excluam ou alterem dados no sistema,
sistema computadorizado. podendo ser utilizadas medidas de segurança,
§ 1º As pessoas que ocupam posições de tais como utilização de senhas, código pessoal,
responsabilidade devem possuir treinamento perfis de acesso, chaves ou acesso restrito aos
para o gerenciamento e utilização dos sistemas terminais do sistema.
que se encontram sob sua responsabilidade. § 2º Deve ser estabelecido um
§ 2º Deve-se assegurar que pessoas com procedimento de gerenciamento de acesso,
conhecimento necessário estejam disponíveis definindo como emitir, alterar e cancelar as
para assessorar nos aspectos de projeto, senhas das pessoas que não são mais autorizadas
desenvolvimento, validação e operação do a entrar ou alterar dados no sistema, incluindo a
sistema computadorizado. alteração da senha pessoal.
Art. 572. A extensão da validação § 3º Deve ser dada preferência a sistemas
depende de uma série de fatores, incluindo o uso que permitam registrar a tentativa de acesso de
pretendido do sistema, o tipo de validação a ser pessoas não autorizadas.
realizada (retrospectiva, concorrente e Art. 580. Quando dados críticos são
prospectiva) e inserção de novos elementos. inseridos manualmente (exemplo: valor pesado,
Art. 573. A validação deve ser número de lote de um insumo pesado) deve
considerada parte do ciclo de vida de um haver uma conferência adicional assegurando a
sistema computadorizado, que compreende as precisão dos dados inseridos.
etapas de planejamento, especificação, Parágrafo único. A conferência pode ser
programação, teste, documentação, operação, realizada por um segundo operador ou por
monitoramento, manutenção e mudança. meios eletrônicos validados.
Art. 574. Os sistemas computadorizados Art. 581. O sistema deve registrar a
devem ser instalados em locais onde fatores identificação dos operadores que entrem ou
externos não interfiram em seu funcionamento. confirmem dados críticos. A autorização para
alteração de dados deve ser restrita.

368
§ 1º Qualquer alteração de dados críticos Parágrafo único. Quaisquer falhas e
deve ser documentada, descrevendo a razão da medidas corretivas adotadas devem ser
alteração. registradas.
§ 2º Quando houver alteração de dados, Art. 588. Devem ser estabelecidos
devem ser mantidos os registros de todas as procedimentos para registrar e analisar os erros
entradas, alterações, usuários e datas. do sistema e permitir que sejam adotadas as
Art. 582. As alterações em sistemas ou medidas corretivas.
programas devem ser realizadas de acordo com Art. 589. No caso da contratação de
procedimentos e metodologias de serviços de desenvolvimento e manutenção de
desenvolvimento de sistemas. sistemas computadorizados deve haver um
§ 1º Os procedimentos devem definir a contrato formal incluindo as responsabilidades
validação, verificação, aprovação e do contratado.
implementação da mudança. Art. 590. Quando a liberação de lotes
§ 2º Qualquer alteração deve ser para a venda é realizada utilizando sistema
registrada e implementada somente com a computadorizado, o sistema deve reconhecer
concordância da pessoa responsável pela parte que somente a(s) pessoa(s) designada(s)
envolvida do sistema. pode(m) liberar os lotes e que seja registrado o
§ 3º Qualquer alteração significativa responsável por efetuar esta operação.
deve ser validada.
Art. 583. Nos casos de auditorias de TÍTULO VIII
qualidade deve ser possível a obtenção de BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃODE
cópias impressas dos dados armazenados MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
eletronicamente.
Art. 584. Os dados devem ser Art. 591. Este Título complementa as
armazenados de forma segura, por meios físicos Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos,
ou eletrônicos contra danos acidentais ou considerando a necessidade de direcionamento
intencionais. específico do controle de medicamentos
§ 1º Os dados armazenados devem ser fitoterápicos.
verificados quanto à acessibilidade, durabilidade Parágrafo único. Este Título trata
e exatidão. exclusivamente de medicamentos fitoterápicos e
§ 2º Caso seja proposta mudança nos não abrange a combinação de materiais de
equipamentos ou softwares, as verificações origem vegetal com os de origens animal e
mencionadas devem ser realizadas em uma mineral, substâncias ativas isoladas, entre
freqüência apropriada para o meio de outras.
armazenamento em uso.
Art. 585. Os dados devem ser protegidos CAPÍTULO I
por meio da realização de cópias de segurança CONSIDERAÇÕES GERAIS
(backup) em intervalos regulares.
§ 1º Os dados de backup devem ser Art. 592. Devido à complexidade
armazenados por um tempo definido e em local inerente às plantas medicinais, a produção e o
separado e seguro. processamento exercem influência direta sobre a
§ 2º Devem existir procedimentos que qualidade dos medicamentos fitoterápicos.
assegurem o processo de restauração e Parágrafo único. A aplicação das Boas
manutenção dos dados da cópia de segurança. Práticas de Fabricação de Medicamentos
§ 3º Dados perdidos devem ser tratados Fitoterápicos é uma ferramenta essencial para
como desvios. garantir a qualidade do produto.
Art. 586. Devem existir alternativas para
os sistemas que estejam em operação, no caso CAPÍTULO II
de incidentes em seu funcionamento. GARANTIA DE QUALIDADE
§ 1º O tempo necessário para
implementar o uso destas alternativas deve estar Art. 593. Além do uso de adequadas
relacionado com a possível urgência da técnicas analíticas para caracterizar os
necessidade em utilizá-los. medicamentos fitoterápicos, a garantia de
§ 2º A informação necessária para qualidade também exige o controle das
efetuar um recolhimento deve estar disponível matérias-primas vegetais bem como
em um curto espaço de tempo. processos e metodologias analíticas
Art. 587. Os procedimentos a serem validadas.
seguidos no caso de falhas ou interrupção do Parágrafo único. Um sistema apropriado
funcionamento do sistema devem ser definidos de garantia de qualidade deve ser aplicado na
e validados. fabricação de medicamentos fitoterápicos.

369
CAPÍTULO III Art. 600. Os equipamentos devem ser
SANITIZAÇÃO E HIGIENE higienizados por meio de procedimentos
específicos de limpeza adequados ao processo e
Art. 594. Devido à sua origem, os devidamente validados, a fim de evitar
materiais vegetais podem conter contaminantes contaminação.
microbiológicos.
Parágrafo único. Para evitar alterações e CAPÍTULO X
reduzir qualquer tipo de contaminação, é AMOSTRAS E PADRÕES DE REFERÊNCIA
necessário um nível adequado de sanitização e
higiene em todas as etapas do processo de Seção I
fabricação.
CAPÍTULO IV Padrão de Referência para Identificação de
VALIDAÇÃO Droga Vegetal
Art. 601. Na inexistência de monografia
Art. 595. A empresa deve apresentar contendo descrição da droga vegetal em
justificativa técnica para a determinação dos farmacopéias reconhecidas pela ANVISA, pode
testes a serem utilizados durante a validação de ser utilizado como referência, o laudo de
limpeza e de processo. identificação emitido por profissional habilitado
ou a descrição em publicação técnico-científica
CAPÍTULO V indexada e perfil cromatográfico ou prospecção
AUTO- INSPEÇÃO fitoquímica.

Art. 596. Ao menos um membro da Seção II


equipe de auto-inspeção deve ter experiência e Padrão de Referência para Controle de
/ou qualificação técnica na área de Qualidade da Matéria-Prima Ativa e do
medicamentos fitoterápicos. Medicamento
Fitoterápico
CAPÍTULO VI
PESSOAL Art. 602. O padrão de referência pode ser
uma substância definida quimicamente (por
Art. 597. A liberação de medicamentos exemplo, um componente ativo conhecido ou
fitoterápicos para o mercado deve ser autorizada uma substância marcadora ou uma classe de
por pessoa que tenha experiência e qualificação compostos químicos presentes na matéria-prima
técnica nos aspectos específicos do vegetal) ou um extrato padrão.
processamento e do controle de qualidade de § 1º Deve-se utilizar padrões de
medicamento fitoterápicos. referência oficializados pela Farmacopéia
Brasileira ou outros códigos autorizados pela
CAPÍTULO VII legislação vigente, ou ainda padrões de
TREINAMENTO referência devidamente caracterizados.
§ 2º O padrão de referência deve ter
Art. 598. Todo pessoal envolvido na qualidade apropriada para este fim.
fabricação deve ter treinamento adequado e § 3º Todos os padrões de referência
periódico em Boas Práticas de Fabricação e em devem ser armazenados em condições
áreas de conhecimento específico, apropriadas a apropriadas para evitar a degradação.
medicamentos fitoterápicos e plantas § 4º Para os padrões de referência
medicinais. caracterizados deve-se apresentar laudo de
análise completo, incluindo ressonância
CAPÍTULO VIII magnética nuclear, espectrometria de massas
HIGIENE PESSOAL (alta resolução), infravermelho, ponto de fusão
e/ou HPLC (pureza com base na área relativa do
Art. 599. Todo pessoal envolvido na pico).
fabricação deve ser treinado em Boas Práticas § 5º O extrato padrão deve ser
de higiene pessoal, bem como ser protegido do referenciado em relação a um padrão primário,
contato com matérias-primas vegetais para comprovação da identidade e do teor de
potencialmente alergênicas, por meio de roupa e marcador.
equipamento de proteção individual adequados.
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO IX DOCUMENTAÇÃO
EQUIPAMENTOS Seção I

370
Especificações § 1º Se a atividade terapêutica dos
constituintes for conhecida, esta informação
Art. 603. As especificações para deve constar da documentação.
matérias-prima vegetais e medicamentos § 2º Nos casos em que a atividade
fitoterápicos têm o objetivo de definir a terapêutica dos constituintes não puder ser
qualidade, e garantir a segurança e eficácia. As determinada quantitativamente, as
especificações devem incluir, ao menos, as especificações devem ser baseadas na
seguintes informações, quando aplicável: determinação de marcadores.
I - matéria-prima vegetal: § 3º Em ambos os casos a especificação
a) Nomenclatura botânica oficial; de teor deve estar definida.
b) parte da planta utilizada; Art. 606. Quando o medicamento
c) testes de identificação para princípios fitoterápico possuir associações de espécies
ativos ou marcadores conhecidos. Uma amostra vegetais em que a determinação quantitativa de
de padrão deve ser disponibilizada para fins de um marcador por espécie não for possível,
identificação; poderá ser apresentado o perfil cromatográfico
d) descrição com base em exame visual que contemple a presença de ao menos uma
(macroscópico) e/ou microscópico; substância característica de cada espécie do
e) testes de pureza e integridade, medicamento, complementado pelo doseamento
incluindo: cinzas totais e/ou cinzas insolúveis de pelo menos um marcador, desde que seja
em ácido clorídrico, umidade, perda por devidamente justificado.
secagem, pesquisa de matérias estranhas e
metais pesados; CAPÍTULO XII
f) testes para determinação de CONTROLE DE QUALIDADE
contaminação microbiológica, resíduos de
pesticidas e fumigantes, radioatividade e Art. 607. Todo pessoal do controle de
micotoxinas, se aplicável; qualidade deve ter o conhecimento, experiência,
g) outros testes apropriados, incluindo qualificação técnica e ser treinado para
solventes residuais utilizados na extração do realização de análises em droga vegetal,
derivado; e derivado de droga vegetal e medicamentos
h) análises qualitativas e quantitativas fitoterápicos.
sobre os princípios ativos e/ou marcadores
quando conhecidos, ou classes de compostos TÍTULO IX
químicos característicos da espécie. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
II - medicamentos fitoterápicos: TRANSITÓRIAS
a) Testes para determinação de Art. 608. Fica concedido o prazo de um
contaminação microbiológica; ano para elaboração de todos os protocolos e
b) uniformidade de peso, tempo de outros documentos necessários para a validação
desintegração, dureza e friabilidade, dos sistemas computadorizados que já se
viscosidade, consistência e tempo de dissolução, encontrem instalados, devendo a conclusão dos
quando aplicável; estudos de validação ocorrer no prazo máximo
c) aparência física tais como, cor, odor, de 3 (três) anos a partir da data de publicação
forma, tamanho e textura; dessa resolução.
d) perda por secagem ou conteúdo de Parágrafo único. Para os sistemas
água; adquiridos a partir da data de publicação desta
e) testes de identificação, determinação resolução, a validação deverá ser realizada
qualitativa de substâncias relevantes das plantas antesdo seu uso na rotina em que é aplicado.
(por exemplo, cromatogramas fingerprint); Art. 609. A Diretoria Colegiada
f) quantificação dos marcadores, e publicará atualizações desta resolução, com
métodos analíticos disponíveis; e vistas ao acompanhamento do desenvolvimento
g) testes limite para solventes residuais. de novas tecnologias do setor farmacêutico.
Art. 604. As matérias-primas vegetais Art. 610. A inobservância ao disposto na
derivadas que contenham organismos presente resolução configura infração de
geneticamente modificados devem cumprir as natureza sanitária, na forma da Lei n° 6437, de
normas específicas vigentes. 20 de agosto de 1977, sujeitando o infrator às
Art. 605. Os testes de controle de penalidades previstas nesse diploma legal.
qualidade e especificações para medicamentos Art. 611. Ficam revogadas a Portaria
fitoterápicos devem contemplar a determinação SVS/MS Nº 500, de 09 de outubro de 1997 e a
qualitativa e quantitativa dos principais Resolução RDC Nº 210, de 04 de agosto de
componentes ativos. 2003.

371
Art. 612. Esta resolução entra em vigor
na data de sua publicação.

DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO


Este texto não substitui o publicado no D.O.U
em 19.04.2010

372
RDC Nº 10, DE 21/03/2011
(D.O.U em 24.03.2011) CAPÍTULO II
DO REGULAMENTO
Dispõe sobre a garantia da qualidade de
medicamentos importados e dá outras Art. 5º A empresa importadora é responsável
providências. pela qualidade, eficácia e segurança dos
medicamentos que importar.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Art. 6º As empresas legalmente autorizadas para
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que desenvolver atividade de importação, à exceção
lhe confere o inciso IV do art. 11 do das empresas fabricantes, somente poderão
Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, importar medicamentos em sua forma terminada
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o e em sua embalagem original.
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 Art. 7º O fabricante do medicamento é
do Regimento Interno aprovado nos termos do responsável pela realização, em todos os lotes,
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de ensaios de controle de qualidade completos,
de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 em conformidade com o registro do
de agosto de 2006, em reunião realizada em 1º medicamento na ANVISA.
de fevereiro de 2011, Parágrafo único. O Certificado de Liberação do
Lote juntamente com seu laudo analítico,
Adota a seguinte Resolução da Diretoria emitidos pela empresa fabricante, de acordo
Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, com as especificações estabelecidas no registro,
determino a sua publicação: deverão acompanhar o medicamento.
Art. 8º Todas as importadoras devem possuir
laboratório de controle de qualidade e local de
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico armazenamento próprios, incluindo local
que estabelece os requisitos mínimos para a específico para armazenamento de amostras de
garantia da qualidade de medicamentos referência. A empresa ainda deve possuir
importados, nos termos desta Resolução. capacidade técnica e operacional para realizar as
atividades necessárias ou contratar os serviços
CAPÍTULO I de terceiros, conforme legislação específica.
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS (Redação dada pela Resolução – RDC nº 268,
Seção I de 25 de fevereiro de 2019)
Objetivo Parágrafo único. Revogado
Art. 2º Este Regulamento possui o objetivo de Art. 9° O laboratório próprio da importadora
garantir a qualidade dos medicamentos situado em território nacional é responsável pela
importados. realização de ensaios completos de controle de
qualidade, em conformidade com o registro do
Seção II medicamento na ANVISA, para cada carga
Abrangência recebida, lote a lote, de todos os medicamentos
Art. 3º Este Regulamento se aplica a empresas importados. (Redação dada pela Resolução –
que detenham autorização de funcionamento RDC nº 268, de 25 de fevereiro de 2019)
para atividade de importação de medicamentos Parágrafo único. Revogado
junto a ANVISA. Art. 10 A empresa importadora fica isenta da
Parágrafo único. Excetuam-se deste realização de ensaios completos de controle de
regulamento os medicamentos biológicos qualidade dispostos no artigo 9º, devendo
disciplinados por legislação específica. realizar para cada carga recebida, lote a lote, no
mínimo os testes registrados para teor e
Seção III produtos de degradação, desde que atenda aos
Definições seguintes requisitos:
Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico I-os medicamentos sejam importados
são adotadas as seguintes definições: em sua forma terminada e em sua embalagem
I- Importadora: empresa que detenham original;
autorização de funcionamento para atividade de II - a empresa importadora deve
importação de medicamentos junto a ANVISA, possuir Certificado válido de Boas Práticas de
detentora do registro do medicamento no Brasil, Fabricação ou Boas Práticas de Distribuição e
inclusive nos casos de importação terceirizada. Armazenagem, conforme o caso, emitido pela
II- Certificado de Liberação do Lote: ANVISA;
documento emitido pela empresa fabricante do III- as empresas envolvidas no
medicamento ou pela importadora que atesta processo produtivo devem possuir Certificado
que determinado lote de medicamento tenha de Boas Práticas de Fabricação válido, emitido
sido liberado para comercialização.

373
pela ANVISA, por importadora solicitante, para deve ser aplicada somente após processo de
a linha produtiva em questão; investigação formal, pela Garantia de
IV-as condições de temperatura e Qualidade, que conclua a ausência de impacto
umidade durante cada operação de transporte na qualidade, eficácia e segurança do
devem ser registradas continuamente, por medicamento. Esta investigação deve considerar
equipamento calibrado, com comprovação que o informações técnicas, incluindo dados dos
medicamento foi mantido dentro das condições estudos de estabilidade acelerado e longa
de armazenamento preconizadas no registro do duração concluídos, conforme legislação
medicamento na ANVISA. A umidade poderá sanitária específica.
não ser monitorada, salvo em situações § 4º A empresa responsável pela
específicas justificadas tecnicamente; importação deve emitir o Certificado de
V- as condições de transporte devem Liberação do Lote juntamente com seu laudo
estar validadas para os medicamentos sob analítico, sob a responsabilidade do
refrigeração; Farmacêutico Responsável.
VI- a empresa importadora deve § 5º A documentação que comprova o
assegurar que a exportadora possui atendimento aos requisitos dispostos nesse
procedimentos operacionais padrão que artigo, deverá estar disponível sempre que
especifiquem os detalhes relativos às operações solicitado pelos órgãos de vigilância sanitária e
de transporte, incluindo o acondicionamento e durante a inspeção sanitária para verificação do
tamanho da carga, o número de registradores de cumprimento de Boas Práticas.
temperatura e umidade e posição dos mesmos,
de forma a garantir representatividade em CAPÍTULO III
relação à carga; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
VII- o sistema da Garantia de TRANSITÓRIAS
Qualidade da empresa importadora deve ser
capaz de verificar os registros e avaliar Art. 11. Os estabelecimentos abrangidos
tecnicamente a documentação pertinente ao lote por esta Resolução devem atender na íntegra às
do medicamento importado, entre estes, exigências nela contidas.
condições físicas da carga recebida, registros de Art. 12. O descumprimento das
temperatura e umidade que comprovem que o disposições contidas nesta resolução e no
medicamento foi mantido dentro das condições regulamento por ela aprovado constitui infração
preconizadas no registro, de modo a garantir a sanitária, nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de
qualidade, eficácia e segurança; e agosto de 1977, sem prejuízo das
VIII- o departamento de Controle de responsabilidades civil, administrativa e penal
Qualidade da empresa importadora deve realizar cabíveis.
todas as análises completas, em conformidade Art.13. Fica revogada a
com o registro do medicamento, de no mínimo Portaria/SVS/MS nº185 de 08 de março de
dois lotes anualmente, no caso de importação 1999, publicada em 9 de março de 1999,
acima de oitos cargas/ano de cada medicamento. republicada em 15 de março de 1999.
Para importação menor ou igual a oito Art. 14. Esta Resolução entra em vigor
cargas/ano recebidas de cada medicamento, na data de sua publicação.
devem ser realizadas todas as análises DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
completas, de no mínimo, dois lotes a cada dois Este texto não substitui o publicado no D.O.U
anos. (Redação dada pela Resolução – RDC nº em 24.03.2011
268, de 25 de fevereiro de 2019)
§ 1º Considera-se cumprida a exigência HISTORICO:
do inciso III, quando as empresas envolvidas no Alterado por RDC nº 26 de 15/05/2013
processo produtivo já tiverem sido certificadas Alterado por RDC nº 234 de 20/06/2018
anteriormente pela ANVISA e cujas empresas Alterado por RDC nº 257 de 18/12/2018
solicitantes da inspeção protocolem o pedido de Alterado por RDC nº 268 de 25/02/2019
Certificação de Boas Práticas de Fabricação no
prazo mínimo de 120 dias antes dos
vencimentos dos certificados vigentes.
§ 2º Os registros gerados de acordo com
o inciso IV devem identificar o(s) nome(s) do(s)
medicamento(s), número(s) de lote(s), hora e
data de expedição pela exportadora e recepção
no almoxarifado da importadora.
§ 3º Em caso de desvios de temperatura
e/ou umidade, a isenção prevista neste artigo

374
RDC Nº 20, DE 05/05/2011 Art. 4º A prescrição dos medicamentos
(D.O.U de 09.05.2011) abrangidos por esta Resolução deverá ser
realizada por profissionais legalmente
Dispõe sobre o controle de medicamentos à habilitados.
base de substâncias classificadas como CAPÍTULO III
antimicrobianos, de uso sob prescrição, DA RECEITA
isoladas ou em associação. Art. 5º A prescrição de medicamentos
antimicrobianos deverá ser realizada em
A Diretoria Colegiada da Agência receituário privativo do prescritor ou do
Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da estabelecimento de saúde, não havendo,
atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, portanto modelo de receita específico.
do Regulamento da Agência Nacional de Parágrafo único. A receita deve ser
Vigilância Sanitária, aprovado pelo Decreto n.º prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o (duas) vias e contendo os seguintes dados
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 obrigatórios:
do Regimento Interno aprovado nos termos do I - identificação do paciente: nome
Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 completo, idade e sexo;
de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 II -nome do medicamento ou da
de agosto de 2006, em reunião realizada em 27 substância prescrita sob a forma de
de abril de 2011, adota a seguinte Resolução da Denominação Comum Brasileira (DCB), dose
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, ou concentração, forma farmacêutica, posologia
determino sua publicação: e quantidade (em algarismos arábicos );
III - identificação do emitente: nome do
CAPÍTULO I profissional com sua inscrição no Conselho
DA ABRANGÊNCIA Regional ou nome da instituição, endereço
Art. 1º Esta Resolução estabelece os completo, telefone, assinatura e marcação
critérios para a prescrição, dispensação, gráfica (carimbo); e
controle, embalagem e rotulagem de IV - data da emissão.
medicamentos à base de substâncias Art. 6º A receita de antimicrobianos é
classificadas como antimicrobianos de uso sob válida em todo o território nacional, por 10
prescrição, isoladas ou em associação, conforme (dez) dias a contar da data de sua emissão.
Anexo I desta Resolução Art. 7º A receita poderá conter a
Parágrafo único. Esta Resolução também prescrição de outras categorias de
se aplica a sais, éteres, ésteres e isômeros das medicamentos desde que não sejam sujeitos a
substâncias antimicrobianas constantes de seu controle especial.
Anexo I. Parágrafo único. Não há limitação do
Art. 2º As farmácias e drogarias número de itens contendo medicamentos
privadas, assim como as unidades públicas de antimicrobianos prescritos por receita.
dispensação municipais, estaduais e federais que Art. 8º Em situações de tratamento
disponibilizam medicamentos mediante prolongado a receita poderá ser utilizada para
ressarcimento, a exemplo das unidades do aquisições posteriores dentro de um período de
Programa Farmácia Popular do Brasil, devem 90 (noventa) dias a contar da data de sua
dispensar os medicamentos contendo as emissão
substâncias listadas no Anexo I desta § 1º Na situação descrita no caput deste
Resolução, isoladas ou em associação, mediante artigo, a receita deverá conter a indicação de uso
retenção de receita e escrituração nos termos contínuo, com a quantidade a ser utilizada para
desta Resolução. cada 30 (trinta) dias
Art.3° As unidades de dispensação § 2º No caso de tratamentos relativos aos
municipais, estaduais e federais, bem como as programas do Ministério da Saúde que exijam
farmácias de unidades hospitalares ou de períodos diferentes do mencionado no caput
quaisquer outras unidades equivalentes de deste artigo, a receita/prescrição e a dispensação
assistência médica, públicas ou privadas, que deverão atender às diretrizes do programa.
não comercializam medicamentos devem CAPÍTULO IV
manter os procedimentos de controle específico DA DISPENSAÇÃO E DA RETENÇÃO DE
de prescrição e dispensação já existentes para os RECEITA
medicamentos que contenham substâncias Art. 9º A dispensação em farmácias e
antimicrobianas. drogarias públicas e privadas dar-se-á mediante
CAPÍTULO II a retenção da 2ª (segunda) via da receita,
DA PRESCRIÇÃO devendo a 1ª (primeira) via ser devolvida ao
paciente.

375
§ 1º O farmacêutico não poderá aceitar Art. 14. As farmácias públicas que
receitas posteriores ao prazo de validade disponibilizam medicamentos mediante
estabelecido nos termos desta Resolução. ressarcimento, a exemplo das unidades do Pro-
§ 2º As receitas somente poderão ser grama Farmácia Popular do Brasil, devem
dispensadas pelo farmacêutico quando realizar a escrituração por meio de Livro de
apresentadas de forma legível e sem rasuras. Registro Específico para Antimicrobianos ou
§ 3º No ato da dispensação devem ser por meio de sistema informatizado, previamente
registrados nas duas vias da receita os seguintes avaliado e aprovado pela vigilância sanitária
dados: local, devendo obedecer ao prazo máximo sete
I - a data da dispensação; (7) dias para escrituração, a contar da data da
II - a quantidade aviada do dispensação.
antimicrobiano; Art. 15. Todos os estabelecimentos que
III - o número do lote do medicamento utilizarem Livro de Registro Específico para
dispensado; e antimicrobianos deverão obedecer aos prazos
IV - a rubrica do farmacêutico, atestando estabelecidos no cronograma mencionado no
o atendimento, no verso da receita. artigo 13 desta Resolução.
Art. 10. A dispensação de Art. 16. Os monitoramentos sanitário e
antimicrobianos deve atender essencialmente ao farmacoepidemiológico do consumo dos
tratamento prescrito, inclusive mediante antimicrobianos devem ser realizados pelos
apresentação comercial fracionável, nos termos entes que compõem o Sistema Nacional de
da Resolução RDC nº 80/2006 ou da que vier a Vigilância Sanitária, cabendo à Anvisa o
substituí-la. estabelecimento de critérios para execução.
Art. 11. Esta Resolução não implica
vedações ou restrições à venda por meio CAPÍTULO VI
remoto, devendo, para tanto, ser observadas as DA EMBALAGEM, ROTULAGEM, BULA E
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e AMOSTRAS GRÁTIS
Drogarias, estabelecidas na Resolução RDC nº. Art. 17. As bulas e os rótulos das
44/2009 ou na que vier a substituí-la. embalagens dos medicamentos contendo
Art. 12. A receita deve ser aviada uma substâncias antimicrobianas da lista constante
única vez e não poderá ser utilizada para do Anexo I desta Resolução devem conter, em
aquisições posteriores, salvo nas situações caixa alta, a frase: "VENDA SOB
previstas no artigo 8º desta norma. PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER
Parágrafo único. A cada vez que o VENDIDO COM RETENÇÃO DA
receituário for atendido dentro do prazo RECEITA".
previsto, deverá ser obedecido o procedimento Parágrafo único. Nos rótulos das
constante no § 3º do artigo 9º desta Resolução embalagens secundárias, a frase deve estar
disposta dentro da faixa vermelha, nos termos
CAPÍTULO V da Resolução RDC nº.71/2009 ou da que vier a
DA ESCRITURAÇÃO E DO substituí-la.
MONITORAMENTO Art. 18. Será permitida a fabricação e
Art. 13. A Anvisa publicará, no prazo de distribuição de amostras grátis desde que
180 (cento e oitenta) dias contados da atendidos os requisitos definidos na Resolução
publicação desta Resolução, o cronograma para RDC nº. 60/2009 ou na que vier a substituí-la.
o credenciamento e escrituração da Art. 19. A adequação das rotulagens e
movimentação de compra e venda dos bulas dos medicamentos contendo as
medicamentos objeto desta Resolução no substâncias antimicrobianas da lista constante
Sistema Nacional de Gerenciamento de do Anexo I desta Resolução, deverão obedecer
Produtos Controlados (SNGPC), conforme aos prazos estabelecidos na Resolução RDC
estabelecido na Resolução RDC nº 27/2007 ou nº.71/2009 e Resolução RDC nº.47/2009 ou
na que vier a substituíla. naquelas que vierem a substituí-las.
Parágrafo único. Em localidades ou Parágrafo único. As farmácias e
regiões desprovidas de internet, a vigilância drogarias poderão dispensar os medicamentos à
sanitária local poderá autorizar o controle da base de antimicrobianos que estejam em
escrituração desses medicamentos em Livro de embalagens com faixas vermelhas, ainda não
Registro Específico para Antimicrobianos ou adequadas, desde que fabricados dentro dos
por meio de sistema informatizado, previamente prazos previstos no caput deste artigo.
avaliado e aprovado, devendo obedecer ao prazo
máximo sete (7) dias para escrituração, a contar CAPÍTULO VII
da data da dispensação. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

376
Art. 20. É vedada a devolução, por LISTA DE ANTIMICROBIANOS
pessoa física, de medicamentos antimicrobianos REGISTRADOS NA ANVISA
industrializados ou manipulados para drogarias *Atualização dada pela RDC 174, de
e farmácias. 15/09/2017.
§ 1º Excetua-se do disposto no caput
deste artigo a devolução por motivos de desvios (Não se aplica aos antimicrobianos de uso
de qualidade ou de quantidade que os tornem exclusivo hospitalar)
impróprios ou inadequados ao consumo, ou 1. Ácido clavulânico
decorrentes de disparidade com as indicações 2. Ácido fusídico
constantes do recipiente, da embalagem, 3. Ácido nalidíxico
rotulagem ou mensagem publicitária, a qual 4. Ácido oxolínico
deverá ser avaliada e documentada pelo 5. Ácido pipemídico
farmacêutico. 6. Amicacina
§ 2º Caso seja verificada a pertinência da 7. Amoxicilina
devolução, o farmacêutico não poderá reintegrar 8. Ampicilina
o medicamento ao estoque comercializável em 9. Axetilcefuroxima
hipótese alguma, e deverá notificar 10. Azitromicina
imediatamente a autoridade sanitária 11. Aztreonam
competente, informando os dados de 12. Bacitracina
identificação do produto, de forma a permitir as 13. Besifloxacino
ações sanitárias pertinentes. 14. Brodimoprima
Art. 21. Os estabelecimentos deverão 15. Capreomicina
manter à disposição das autoridades sanitárias, 16. Carbenicilina
por um período de 2 (dois) anos a 17. Cefaclor
documentação referente à compra, venda, 18. Cefadroxil
transferência, perda e devolução das substâncias 19. Cefalexina
antimicrobianas bem como dos medicamentos 20. Cefalotina
que as contenham. 21. Cefazolina
Art. 22. Para efeitos desta Resolução 22. Cefepima
serão adotadas as definições contidas em seu 23. Cefodizima
Anexo II. 24. Cefoperazona
Art. 23. Cabe ao Sistema Nacional de 25. Cefotaxima
Vigilância Sanitária, além de garantir a 26. Cefoxitina
fiscalização do cumprimento desta norma, zelar 27. Cefpodoxima
pela uniformidade das ações segundo os 28. Cefpiroma
princípios e normas de regionalização e 29. Cefprozil
hierarquização do Sistema Único de Saúde. 30. Ceftadizima
Art. 24. Caberá à área técnica 31. Ceftarolina fosamila
competente da ANVISA a adoção de medidas 32. Ceftriaxona
ou procedimentos para os casos não previstos 33. Cefuroxima
nesta Resolução. 34. Ciprofloxacina
Art. 25. O descumprimento das 35. Claritromicina
disposições contidas nesta Resolução constitui 36. Clindamicina
infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437, 37. Clofazimina
de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das 38. Clorfenesina
responsabilidades civil, administrativa e penal 39. Cloranfenicol
cabíveis. 40. Cloxacilina
Art. 26. Ficam revogadas as Resoluções 41. Dactinomicina
de Diretoria Colegiada RDC nº 44, de 26 de 42. Daptomicina
outubro de 2010, publicada no DOU de 28 de 43. Dapsona
outubro de 2010, Seção 1, pág 76, RDC nº 61, 44. Dicloxacilina
de 17 de dezembro de 2010, publicada no DOU 45. Difenilsulfona
de 22 de dezembro de 2010, Seção 1, pág 94, e 46. Diidroestreptomicina
RDC nº 17, de 15 de abril de 2011, publicada no 47. Diritromicina
DOU de 18 de abril de 2011, Seção 1, pág 65, 48. Doripenem
Art. 27. Esta Resolução entra em vigor 49. Doxiciclina
na data de sua publicação. 50. Eritromicina
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO 51. Ertapenem
52. Espectinomicina
ANEXO I 53. Espiramicina

377
54. Estreptomicina 114. Sulfametoxipirimidina
55. Etambutol 115. Sulfatiazol
56. Etionamida 116. Sultamicilina
57. Fosfomicina 117. Tazobactam
58. Ftalilsulfatiazol 118. Tedizolida
59. Gatifloxacina 119. Teicoplanina
60. Gemifloxacino 120. Telitromicina
61. Gentamicina 121. Tetraciclina
62. Gramicidina 122. Tianfenicol
63. Imipenem 123. Ticarcilina
64. Isoniazida 124. Tigeciclina
65. Levofloxacina 125. Tirotricina
66. Linezolida 126. Tobramicina
67. Limeciclina 127. Trimetoprima
68. Lincomicina 128. Trovafloxacina
69. Lomefloxacina 129. Vancomicina
70. Loracarbef
71. Mandelamina ANEXO II - GLOSSÁRIO
72. Meropenem Antimicrobiano - substância que previne
73. Metampicilina a proliferação de agentes infecciosos ou
74. Metronidazol microorganismos ou que mata agentes
75. Minociclina infecciosos para prevenir a disseminação da
76. Miocamicina infecção.
77. Mitomicina Concentração - concentração é a razão
78. Moxifloxacino entre a quantidade ou a massa de uma
79. Mupirocina substância e o volume total do meio em que esse
80. Neomicina composto se encontra.
81. Netilmicina Desvio de qualidade - afastamento dos
82. Nitrofural parâmetros de qualidade definidos e aprovados
83. Nitrofurantoína no registro do medicamento.
84. Nitroxolina Dispensação - ato do profissional
85. Norfloxacina farmacêutico de proporcionar um ou mais
86. Ofloxacina medicamentos a um paciente, geralmente, como
87. Oxacilina resposta à apresentação de uma receita
88. Oxitetraciclina elaborada por um profissional autorizado. Neste
89. Pefloxacina ato, o farmacêutico informa e orienta ao
90. Penicilina G paciente sobre o uso adequado desse
91. Penicilina V medicamento. São elementos importantes desta
92. Piperacilina orientação, entre outros, a ênfase no
93. Pirazinamida cumprimento do regime posológico, a influência
94. Polimixina B dos alimentos, a interação com outros
95. Pristinamicina medicamentos, o reconhecimento de reações
96. Protionamida adversas potenciais e as condições de
97. Retapamulina conservação do produto.
98. Rifabutina Dose - quantidade total de medicamento
99. Rifamicina que se administra de uma única vez no paciente.
100. Rifampicina Escrituração -procedimento de registro,
101. Rifapentina manual ou informatizado, da movimentação
102. Rosoxacina (entrada, saída, perda e transferência) de
103. Roxitromicina medicamentos sujeitos ao controle sanitário e
104. Sulbactam definido por legislação vigente, bem como de
105. Sulfacetamida outros dados de interesse sanitário.
106. Sulfadiazina Farmacoepidemiologia - estuda o uso e
107. Sulfadoxina os efeitos dos medicamentos na população em
108. Sulfaguanidina geral.
109. Sulfamerazina Livro de registro específico de
110. Sulfanilamida antimicrobianos - documento para escrituração
111. Sulfametizol manual de dados de interesse sanitário
112. Sulfametoxazol autorizado pela autoridade sanitária local. A
113. Sulfametoxipiridazina

378
escrituração deve ser realizada pelo
farmacêutico ou sob sua supervisão.
Monitoramento farmacoepidemiológico -
acompanhamento sistemático de indicadores
farmacoepidemiológicos relacionados com o
consumo de medicamentos em populações com
a finalidade de subsidiar medidas de intervenção
em saúde pública, incluindo educação sanitária
e alterações na legislação específica vigente.
Este monitoramento é composto de três
componentes básicos: i) coleta de dados; ii)
análise regular dos dados; e iii) ampla e
periódica disseminação dos dados.
Monitoramento sanitário -
acompanhamento sistemático de indicadores
operacionais relativos ao credenciamento de
empresas no sistema, retenção de receitas,
escrituração, envio de arquivos eletrônicos e
eficiência do sistema de gerenciamento de
dados com a finalidade de subsidiar, entre
outros instrumentos de vigilância sanitária, a
fiscalização sanitária. Este monitoramento é
composto de três componentes básicos: i) coleta
de dados; ii) análise regular dos dados; e iii)
ampla e periódica disseminação dos dados.
Posologia -incluem a descrição da dose
de um medicamento, os intervalos entre as
administrações e o tempo do tratamento. Não
deve ser confundido com "dose" -quantidade
total de um medicamento que se administra de
uma só vez.
Receita -documento, de caráter sanitário,
normalizado e obrigatório mediante a qual
profissionais legalmente habilitados e no âmbito
das suas competências, prescrevem aos
pacientes os medicamentos sujeitos a
prescrição, para sua dispensação por um
farmacêutico ou sob sua supervisão em farmácia
e drogarias ou em outros estabelecimentos de
saúde, devidamente autorizados para a
dispensação de medicamentos.
Sistema Nacional de Gerenciamento de
Produtos Controlados (SNGPC) - instrumento
informatizado para captura e tratamento de
dados sobre produção, comércio e uso de
substâncias ou medicamentos.
Tratamento prolongado -terapia
medicamentosa a ser utilizada por período
superior a trinta dias

Este texto não substitui o publicado no D.O.U


em 09.05.2011

379
RDC Nº 24, DE 14/06/2011 dada pela Resolução – RDC nº 242/2018)
(Retificada em DOU nº 117, de 20 de junho de
2011) Seção III
Dispõe sobre o registro de medicamentos Definições
específicos. Art. 4º Para efeito desta Resolução são adotadas
as seguintes definições:
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional I – ácidos graxos ômega-3: óleo de ácidos
de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que graxos de cadeia longa purificados obtidos a
lhe confere o inciso IV do art. 11 do partir de peixes como aqueles das famílias:
Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, Ammodytidae, Carangidae, Clupeidae,
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o Engraulidae, Osmeridae, Salmonídeos,
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 Scrombidae e Gadidae que contém ácidos
do Regimento Interno aprovado nos termos do graxos ômega-3, principalmente os ácidos
Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico
de agosto de 2006, republicada no Diário (DHA), naturalmente presentes em organismos
Oficial da União (DOU) de 21 de agosto de marinhos; (DHA), ácidos) presentes
2006, em reunião realizada em 7 de junho de II - aminoácidos: classe de moléculas orgânicas
2011. que estão diretamente relacionadas à síntese
adota a seguinte Resolução da Diretoria protéica, sendo as seguintes substâncias, assim,
Colegiada (RDC) e eu, Diretor Presidente, ordenadas: glicina, alanina, valina, leucina,
determino a sua publicação: isoleucina, fenilalanina, asparagina, glutamina,
Art. 1º Fica aprovado o regulamento técnico triptofana, prolina, serina, treonina, tirosina,
que estabelece os requisitos para o registro e a hidroxiprolina, cisteína, cistina, metionina,
renovação de registro de medicamentos ácido aspárgico, ácido glutâmico, lisina,
específicos, nos termos desta Resolução. arginina e histidina;
III - antiácidos: substâncias que atuam contra
CAPÍTULO I azia, desconforto estomacal, dor de estômago,
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS dispepsia ou neutralizam a acidez do trato
Seção I gastrointestinal;
Objetivo IV - Concentrado Polieletrolítico para
Art. 2º Esta Resolução possui o objetivo de Hemodiálise (CPHD): concentrado de
definir a categoria de medicamentos específicos eletrólitos, com ou sem glicose, apresentado na
e estabelecer os requisitos mínimos para seu forma sólida ou líquida para emprego na terapia
registro e renovação de registro. de diálise renal, após diluição recomendada pelo
fabricante e utilizando equipamento específico;
Seção II V - Certificado de Responsabilidade Técnica
Abrangência (CRT): certificado emitido pelo Conselho
Art. 3º Esta Resolução se aplica aos produtos Regional de Farmácia que ateste a existência de
que se enquadram na categoria de profissional farmacêutico responsável pela
medicamentos específicos. atividade desenvolvida;
§ 1º São considerados medicamentos VI - derivado vegetal: produto da extração da
específicos os produtos farmacêuticos, planta medicinal in natura ou da droga vegetal,
tecnicamente obtidos ou elaborados, com podendo ocorrer na forma de extrato, tintura,
finalidade profilática, curativa ou paliativa não alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e
enquadrados nas categorias de medicamento outros;
novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico VII - doença de baixa gravidade: doença auto-
ou notificado e cuja (s) substância (s) ativa (s), limitante, de evolução benigna, que pode ser
independente da natureza ou origem, não é tratada sem acompanhamento médico;
passível de ensaio de bioequivalência, frente a VIII - droga vegetal: planta medicinal, ou suas
um produto comparador. partes, que contenham as substâncias, ou classes
§ 2º As empresas interessadas no registro de de substâncias, responsáveis pela ação
medicamentos específicos deverão cumprir na terapêutica, após processos de coleta,
íntegra os dispositivos desta Resolução e demais estabilização, quando aplicável, e secagem,
normas complementares. podendo estar na forma íntegra, rasurada,
§ 3º Esta Resolução não se aplica aos triturada ou pulverizada;
suplementos alimentares, contemplados no IX - excipiente: substância adicionada ao
escopo da Resolução - RDC n° 243 de 26 de medicamento com a finalidade de prevenir
julho de 2018, ou suas atualizações, que não alterações, corrigir e/ou melhorar as
apresentam indicação terapêutica. (Redação características organolépticas,

380
biofarmacotécnicas e tecnológicas do adição de secreções da abelha, sendo
medicamento; classificada como opoterápico.
X - fitofármaco: substância purificada e isolada XXII – própolis específica: própolis com
a partir de matéria-prima vegetal com estrutura marcadores químicos definidos, diferenciados
química definida e atividade farmacológica. É qualitativa e quantitativamente, conforme a
utilizada como ativo em medicamentos com região geográfica de origem.
propriedade profilática, paliativa ou curativa. XXIII – proteínas: moléculas orgânicas
Não são considerados fitofármacos compostos constituídas por aminoácidos, atuam como
isolados que sofram qualquer etapa de semi- catalisadores e contribuem com a sustentação
síntese ou modificação de sua estrutura química. estrutural da célula.
XI - Ingestão Diária Recomendada (IDR): XXIV - prospecção fitoquímica: testes de
Revogado RDC 242/2018 triagem, qualitativos ou semiquantitativos, que
XII - marcador: composto ou classe de utilizam reagentes de detecção específicos para
compostos químicos (ex: alcalóides, evidenciar a presença de grupos funcionais
flavonóides, ácidos graxos, etc.) presentes na característicos na matéria-prima vegetal e que
matéria-prima vegetal, preferencialmente tendo auxiliam na identificação da espécie vegetal e a
correlação com o efeito terapêutico, que é diferenciação de outras espécies;
utilizado como referência no controle da XXV - sistema fechado: sistema de
qualidade da matéria-prima vegetal e do administração de solução parenteral que,
medicamento fitoterápico; durante todo o preparo e administração, não
XIII - matéria-prima vegetal: compreende a permite o contato da solução com o meio
planta medicinal, a droga vegetal ou o ambiente;
derivado vegetal; XXVI - soluções para irrigação e soluções para
XIV - medicamento isento de prescrição diálise peritoneal: soluções em base aquosa,
médica: Revogado RDC 242/2018 estéreis, apirogênicas, acondicionadas em
XV - nomenclatura botânica completa: espécie, recipiente único com capacidade de 100 ml ou
autor do binômio, variedade, quando aplicável, mais, esterilizadas terminalmente;
e família; XXVII - Soluções Parenterais (SP): solução
XVI - Nutrição Parenteral (NP): solução ou injetável, estéril e apirogênica, de grande ou
emulsão, composta basicamente de pequeno volume, própria para administração por
carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e via parenteral;
minerais, estéril e apirogênica, acondicionada XXVIII - Soluções Parenterais de Grande
em recipientes de vidro ou plástico, destinada à Volume (SPGV): solução parenteral
administração intravenosa em pacientes acondicionada em recipiente de dose única, em
desnutridos ou não, em regime hospitalar, sistema fechado, com um volume nominal igual
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou ou acima de 100 mL e até volume máximo de
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas; 1000 mL;
XVII - opoterápico: preparação obtida a partir XXIX - Soluções Parenterais de Pequeno
de glândulas, tecidos, outros órgãos Volume (SPPV): solução parenteral
e secreções animais destinada a fim terapêutico acondicionada em recipiente com a capacidade
ou medicinal; inferior a 100 mL;
XVIII - perfil cromatográfico: padrão XXX - via parenteral: acesso para administração
cromatográfico de constituintes característicos, de medicamentos que alcancem espaços
obtido em condições definidas, que possibilite a internos do organismo, incluindo vasos
identificação da espécie vegetal em estudo e a sanguíneos, órgãos e tecidos;
diferenciação de outras espécies;
XIX - planta medicinal: espécie vegetal, CAPÍTULO II
cultivada ou não, utilizada com propósitos DA CATEGORIA DE MEDICAMENTOS
terapêuticos; ESPECÍFICOS
XX - produtos para a prevenção da desidratação Art. 5º Os seguintes produtos se enquadram para
e para a manutenção da hidratação: soluções efeitos desta Resolução na categoria de
prontas para uso e/ou soluções concentradas medicamentos específicos:
para serem diluídas e/ou pós ou grânulos para I – soluções para irrigação, diálise, enemas e
diluição em água para prevenção da expansores plasmáticos;
desidratação e para a manutenção da hidratação II – Concentrados Polieletrolíticos para
oral; Hemodiálise (CPHD);
XXI - própolis: produto de características físicas III – nutrição parenteral;
resinosas e composição variável, coletada a IV – soluções de grande e de pequeno volume,
partir de várias espécies vegetais e que sofre parenterais ou não, tais como, água para injeção,
soluções de glicose, cloreto de sódio, demais

381
compostos eletrolíticos ou açúcares e isentos de prescrição. (Redação dada pela
poliálcoois; Resolução – RDC nº 242, de 26 de julho
V – opoterápicos isolados ou associados entre si de 2018)
e/ou a derivados vegetais e/ou vitaminas e/ou Art. 7º Os CPHD continuam também a ser
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou regidos pela RDC nº 8, de 10 de janeiro de
fitofármaco; 2001, que aprovou o regulamento técnico que
VI – medicamentos à base de fitofármaco ou institui as Boas Práticas de Fabricação e
associações deste as vitaminas e/ou minerais Controle (BPFC) do Concentrado
e/ou aminoácidos e/ou proteínas; Polieletrolítico para Hemodiálise, ou suas
VII– medicamentos à base de rutina e/ou atualizações.
quercitina e/ou hesperidina e/ou diosmina e/ou Art. 8º Os produtos para a prevenção da
troxerrutina e/ou cumarina, isolados ou desidratação e para a manutenção da hidratação
associados entre si; oral continuam também a ser regidos pela
VIII - produtos para a prevenção da Portaria SVS/MS nº 108, de 25 de julho de
desidratação e para a manutenção da hidratação; 1991, que normatiza a composição de produtos
IX – antiácidos isolados ou associados entre si para terapia de desidratação oral, de acordo com
e/ou a antifiséticos, com exceção daqueles os conceitos de reidratação, manutenção e
previstos na Lista de Medicamento Referência prevenção em terapia de reidratação oral
da Anvisa e na Notificação Simplificada de contidos nas normas de controle de doenças
Medicamentos, conforme RDC nº 199, de 26 de diarréicas do Ministério da Saúde, ou suas
outubro de 2006, que instituiu o Regulamento atualizações.
Técnico para a Notificação Simplificada de Art. 9º Os produtos para nutrição parenteral
Medicamentos, ou suas atualizações; continuam também a ser regidos pela Portaria
X – medicamentos à base de silimarina e/ou SVS/MS nº 272, de 08 de abril de 1998, que
acetilmetionina e/ou metionina e/ou colina e/ou aprovou o regulamento técnico que fixa os
betaína e/ou ornitina e/ou acetilcisteína e/ou requisitos mínimos exigidos para a terapia de
ácidos biliares, isolados ou associados entre si, NP, ou suas atualizações.
conforme finalidade de uso definida pelo Painel Art. 10 Os medicamentos a base de silimarina
de Avaliação de Hepatoprotetores, publicado e/ou acetilmetionina e/ou metionina e/ou colina
pela Anvisa, na RDC nº 41, de 26 de fevereiro e/ou betaína e/ou ornitina e/ou acetilcisteína
de 2003, ou suas atualizações; e/ou ácidos biliares, isolados ou associados
XI – medicamentos à base de vitaminas e/ou entre si, continuam também a ser regidos pelo
minerais de uso tópico ou injetável; anexo da RDC nº 41, de 26 de janeiro de 2003,
XII – medicamentos à base de vitaminas e/ou da Anvisa, que publicou o Painel de avaliação
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas de hepatoprotetores, ou suas atualizações.
isolados ou associados entre si, para uso oral,
com indicações terapêuticas bem estabelecidas e CAPÍTULO III
diferentes das alegações estabelecidas para DO REGISTRO DE PRODUTOS
suplementos alimentares; (Redação dada pela NACIONAIS
Resolução – RDC nº 242/2018) Seção I
XIII – medicamentos à base de derivados Das Medidas Antecedentes
vegetais associados a vitaminas e/ou minerais Art. 11 Previamente à apresentação do processo
e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou de registro de medicamento específico, a
fitofármaco; empresa interessada deverá realizar a produção
XIV – medicamentos de uso tópico à base de de lotes-piloto, de acordo com o Guia para a
Cânfora, com exceção daqueles previstos na produção de lotes-piloto de medicamentos,
Notificação Simplificada de Medicamentos, devendo a documentação ser arquivada na
conforme RDC nº 199, de 26 de outubro de empresa para fins de controle sanitário.
2006, que instituiu o Regulamento Técnico para (Redação dada pela Resolução – RDC nº 4, de
a Notificação Simplificada de Medicamentos, 28 de janeiro de 2015).
ou suas atualizações; Art. 12 Todos os documentos para registro
Parágrafo único. O medicamento que pertencer deverão ser encaminhados na forma de uma via
à categoria de medicamento específico não impressa numerada e rubricada em todas as
poderá solicitar registro junto à Anvisa como folhas pelo responsável técnico pela empresa.
genérico, fitoterápico, dinamizado, similar, Parágrafo único. Acompanhando a
biológico ou novo. documentação, deverá ser apresentada a folha
Art. 6º Os medicamentos específicos deverão de rosto, conforme modelo disposto no Anexo II
seguir os critérios da Resolução - RDC n° 98, de desta Resolução, e índice com numeração das
1° de agosto de 2016, ou suas atualizações, para respectivas páginas das documentações.
serem considerados Adicionar ao processo cópia de especificações,

382
métodos analíticos, referências bibliográficas e, medicamentos, ou suas atualizações.
quando aplicável, validação de metodologia § 1º Decorrido o prazo de validade declarado
analítica em mídia eletrônica, com arquivos em para o medicamento, a empresa
formato aceito pela Anvisa. deverá protocolar, na forma de complementação
Art. 13 Toda a documentação deverá ser de informações ao processo, relatório de
apresentada em idioma português, acompanhada resultados e avaliação final do estudo de
da documentação original, quando não se tratar estabilidade de longa duração dos três lotes
de tradução juramentada na forma da lei. apresentados no pedido de registro, de acordo
Art. 14 A empresa deverá protocolar um com o cronograma previamente apresentado,
processo para cada medicamento específico, assim como a declaração do prazo de validade e
com relatórios separados para cada forma cuidados de conservação definitivos, sob pena
farmacêutica, apresentando os seguintes de configuração de infração sanitária.
documentos: § 2º Para medicamentos com três ou mais
I - formulários de petição (FP); concentrações e formulações proporcionais, a
II - via original do comprovante de empresa deverá apresentar os resultados do
recolhimento da taxa de fiscalização de estudo de estabilidade das concentrações menor
vigilância sanitária, ou isenção, quando for o e maior.
caso; § 3º Para medicamentos acondicionados em
III - cópia da licença de funcionamento da embalagens de volumes diferentes aceitos os
empresa (alvará sanitário), atualizada, ou estudos de estabilidade do maior e menor
protocolo da solicitação da renovação da volume, desde que comprovem as mesmas
referida licença; características, de acordo com o Guia de
IV - cópia do CRT, atualizado, emitido pelo estabilidade reduzido publicado no sítio
Conselho Regional de Farmácia; eletrônico da Agência Nacional de Vigilância
V - (Revogado RDC nº 4/2015) Sanitária.
VI - cópia do CBPFC, atualizado, emitido pela
Anvisa para a linha de produção na qual o Seção V
medicamento especifico será fabricado; e Relatório de Produção e Controle de
VII - relatório técnico. Qualidade
Art. 17 O relatório de produção deve conter as
Seção III seguintes informações:
Relatório Técnico I - forma farmacêutica;
Art. 15 O relatório técnico deve conter as II - descrição detalhada da fórmula conforme a
seguintes informações: Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em
I – relatório de estabilidade do medicamento; sua ausência, a Denominação Comum
II – dados do derivado vegetal, do fitofármaco, Internacional (DCI) ou a denominação utilizada
do derivado de síntese ou semisíntese e do no Chemical Abstracts Service (CAS);
opoterápico, quando presentes; III - descrição da quantidade de cada
III – layout das embalagens primária e componente expresso no Sistema Internacional
secundária, modelo de bula, e rótulo, conforme de unidades (SI) por unidade farmacotécnica,
legislação vigente; indicando sua função na fórmula;
IV - documentação referente a cada local de IV - tamanhos mínimo e máximo dos lotes
fabricação, caso a empresa solicite o registro em industriais a serem produzidos;
mais de um local de fabricação; V - descrição de todas as etapas do processo de
V - relatório de produção; produção, contemplando os equipamentos
VI - controle de qualidade; e utilizados;
VII – relatório técnico com informações de VI - metodologia de controle do processo
segurança e eficácia, quando aplicável. produtivo; e
VII – descrição dos critérios de identificação do
Seção IV lote industrial
Relatório de Estabilidade Art. 18 O relatório de controle de qualidade
Art. 16 A empresa deverá apresentar resultados deve apresentar as seguintes informações gerais:
do estudo de estabilidade acelerado concluído I - controle da Encefalopatia Espongiforme
acompanhado do estudo de estabilidade de Transmissível (EET) de acordo com a legislação
longa duração em andamento de 3 (três) lotes- vigente;
piloto, ou estudos de estabilidade de longa II – laudo de análise de todas as matérias-primas
duração já concluídos, todos de acordo com a utilizadas e do produto final, contendo as
Resolução – RE nº 01, de 29 de julho de 2005, especificações empregadas;
da Anvisa, que publicou o Guia para a
realização de estudos de estabilidade de

383
III - referências farmacopeicas consultadas e V - método para eliminação de contaminantes,
reconhecidas pela Anvisa, de acordo com a quando empregado, e a pesquisa de eventuais
legislação vigente; e alterações;
IV – especificação do material de embalagem VI - avaliação da ausência de aflatoxinas, a ser
primária do medicamento. realizada quando citada em monografia
§ 1º Quando não forem utilizadas referências específica em farmacopéia reconhecida ou
farmacopeicas reconhecidas pela Anvisa, deve quando existir citação em literatura científica da
ser apresentada descrição detalhada de todas as necessidade dessa avaliação ou de contaminação
metodologias utilizadas no controle de da espécie por aflatoxinas;
qualidade, com métodos analíticos validados de VII - local de coleta;
acordo com a Resolução – RE nº 899, de 29 de VIII - perfil cromatográfico ou prospecção
maio de 2003, da Anvisa, que publicou o "Guia fitoquímica; e
de validação de métodos analíticos e IX - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou
bioanalíticos", ou suas atualizações, indicando a controle biológico.
fonte de desenvolvimento. Art. 21 O relatório de controle de qualidade
§ 2º Em caso de SPGV, a empresa deve enviar deve apresentar laudo de análise do derivado
laudo de análise da embalagem primária, vegetal, indicando o método utilizado,
conforme ensaios preconizados na RDC nº 29, especificação e resultados obtidos para um lote
de 17 de abril de 2007, da Anvisa, que dispõe dos ensaios abaixo descritos:
sobre as regras referentes ao registro e I - solventes, excipientes e/ou veículos
comercialização para a substituição do sistema utilizados na extração do derivado;
de infusão aberto para fechado em SPGV, ou II - relação aproximada droga vegetal: derivado
suas atualizações. vegetal;
Art. 19 Os testes referentes ao controle da III - testes de pureza e integridade, incluindo:
qualidade do medicamento específico, quando a) pesquisa de contaminantes microbiológicos;
terceirizados, devem atender ao preconizado na b) pesquisa de metais pesados; e
RDC nº 25, de 29 de março de 2007, da Anvisa, c) resíduos de solventes (para extratos que não
que dispõe sobre as regras referentes à sejam obtidos por etanol e/ou água);
terceirização de etapas de produção, análises de IV - método para eliminação de contaminantes,
controle de qualidade e de armazenamento de quando empregado, e a pesquisa de eventuais
medicamentos, ou suas atualizações. alterações;
V - caracterização físico-química do derivado
Subseção I vegetal incluindo:
Do Derivado Vegetal a) caracterização organoléptica, resíduo seco,
Art. 20 Quando a empresa fabricante do pH, teor alcoólico e densidade (para extratos
medicamento específico for também produtora líquidos);
do derivado vegetal, deve ser apresentado laudo b) umidade/perda por dessecação, solubilidade e
de análise da droga vegetal, indicando o método densidade aparente (para extratos secos);
utilizado, especificação e resultados obtidos c) densidade, índice de refração, rotação óptica
para um lote dos ensaios abaixo descritos. (para óleos essenciais); e
I - testes de autenticidade, caracterização d) índice de acidez, de éster, de iodo (para óleos
organoléptica, identificação macroscópica e fixos);
microscópica; VI - avaliação da ausência de aflatoxinas, a ser
II - descrição da droga vegetal em farmacopéias realizado quando citado em monografia
reconhecidas pela Anvisa, ou, em sua ausência, específica em Farmacopéia reconhecida ou
publicação técnico-científica indexada ou laudo quando existir citação em literatura científica da
de identificação emitido por profissional necessidade dessa avaliação ou de contaminação
habilitado da espécie por aflatoxinas;
III - testes de pureza e integridade, incluindo: VII - perfil cromatográfico ou prospecção
a) cinzas totais e/ou cinzas insolúveis em ácido fitoquímica; e
clorídrico; VIII - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou
b) umidade e/ou perda por dessecação; controle biológico. Parágrafo único. Outros
c) pesquisa de matérias estranhas; testes podem ser adicionados ou substituir os
d) pesquisa de contaminantes microbiológicos; e descritos no inciso V de acordo com monografia
e) pesquisa de metais pesados; farmacopeica respectiva.
IV - método de estabilização, quando Art. 22 Quando a empresa não for a produtora
empregado, secagem e conservação utilizada, do derivado vegetal, deverá enviar laudo de
com seus devidos controles, quando cabível; análise do fornecedor, contendo as seguintes
informações: I - nomenclatura botânica
completa; II - parte da planta utilizada; III -

384
solventes, excipientes e/ou veículos utilizados analítica, junto às informações do fabricante do
na extração do derivado; IV - relação insumo ativo que identifique os requisitos de
aproximada droga vegetal: derivado vegetal; e qualidade adotados.
V - descrição do método para eliminação de Art. 25 Quando a empresa fabricante do
contaminantes, quando utilizado, e a pesquisa medicamento específico não for a produtora do
de eventuais alterações. fitofármaco, deverá ser enviado laudo do
Art. 23 O relatório de controle de qualidade fornecedor contendo a descrição dos solventes,
deve apresentar laudo de análise do produto excipientes e/ou veículos utilizados para
acabado indicando o método utilizado, obtenção do fitofármaco.
especificação e resultados obtidos para um lote, Art. 26 A empresa solicitante de registro de
dos ensaios abaixo descritos: I - perfil medicamento específico, cuja substância ativa
cromatográfico ou prospecção fitoquímica; II - esteja identificada no inciso VII do Art. 5º desta
análise quantitativa do(s) marcador(es) Resolução e seja derivada de síntese ou semi-
específico(s) de cada espécie ou controle síntese, deverá apresentar cópia da
biológico; III - resultados de todos os testes documentação, abaixo discriminada, em papel
realizados no controle da qualidade para um lote timbrado da empresa fabricante do fármaco.
do medicamento de acordo com a forma I - relatório descritivo contendo dados gerais da
farmacêutica solicitada; IV - especificações do empresa fabricante do fármaco, inclusive o
material de embalagem primária; V - controle endereço completo da mesma, além das etapas
dos excipientes utilizados na fabricação do de síntese envolvidas, metodologia,
medicamento por método estabelecido em equipamentos, solventes, excipientes e/ou
farmacopéia reconhecida. reagentes utilizados;
§ 1º Para associações de espécies vegetais em II - rota de síntese do fármaco, com descrição
que a determinação quantitativa de um das moléculas intermediárias, seus nomes
marcador por espécie não é possível, poderá(ão) químicos e solventes utilizados e com
ser apresentado(s) o(s) perfil(is) determinação dos pontos críticos da produção e
cromatográfico(s), que contemple(m) a presença ensaios de controle em processos bem
de ao menos um marcador específico para cada definidos;
espécie na associação, complementado pela III - laudo de análise do fármaco, com descrição
determinação quantitativa do maior número das metodologias e referências empregadas no
possível de marcadores específicos para cada controle de qualidade, de acordo com os
espécie. § 2º A impossibilidade técnica de requisitos mínimos de identidade e qualidade
determinação quantitativa de um marcador para adotados;
cada espécie da associação deve ser IV - quantificação dos contaminantes, de acordo
devidamente justificada. com a rota de síntese do fármaco;
§ 3º Na hipótese do ensaio descrito no inciso V, V - metodologia analítica adotada e resultados
não sendo uma farmacopéia reconhecida pela dos testes de determinação dos prováveis
Anvisa, a empresa deve descrever polimorfos do fármaco, no caso de fármacos
detalhadamente todas as metodologias utilizadas que apresentem polimorfismo; e
no controle de qualidade. VI - dados sobre os teores dos estereoisômeros,
cuja proporção possa comprometer a eficácia e a
Subseção II segurança do medicamento, no caso de
Do Fitofármaco, Derivado de Síntese ou fármacos que apresentam quiralidade;
Semi-síntese Parágrafo único. Fica facultado ao fabricante do
Art. 24 Quando a empresa fabricante do fármaco enviar diretamente a Anvisa a
medicamento específico for também a produtora documentação explicitada neste artigo,
do fitofármaco, deverá ser apresentado relatório devidamente identificada com o número do
descritivo que contemple as etapas de extração, processo a que se relaciona.
isolamento e purificação do fitofármaco,
metodologia, equipamentos, solventes e/ou Subseção III Do Opoterápico
excipientes utilizados. Art. 27 Quando a empresa fabricante do
§ 1º Deverá ser enviado laudo de análise do medicamento específico for também a empresa
fitofármaco que contemple os requisitos produtora do opoterápico, deverá apresentar
mínimos de identidade e qualidade, conforme relatório descritivo contendo etapas de produção
monografia farmacopeica reconhecida pela da preparação de origem animal, metodologia,
Anvisa. equipamentos, solventes e/ou excipientes
§ 2º Na ausência de monografia farmacopeica utilizados. Parágrafo único. Deverá ser
reconhecida pela Anvisa, deverão ser apresentado laudo de análise que contemple os
apresentadas as referências bibliográficas das requisitos mínimos de identidade e qualidade
fontes de desenvolvimento da metodologia

385
validados da preparação farmacêutica de origem II – requisitos físico-químicos: a) extrato
animal. líquido: determinação do extrato seco,
Art. 28 Quando a empresa fabricante do densidade, teor alcoólico e pH; b) extrato seco:
medicamento específico não for a empresa umidade, perda por dessecação e densidade
produtora do opoterápico, deve ser apresentado aparente;
laudo de análise do fornecedor que contemple III – determinação de: teor de fenóis totais, teor
os requisitos mínimos de identidade e qualidade de flavonóides, análise qualitativa de
validados. marcadores específicos (perfil cromatográfico
§ 1º Para os ácidos graxos ômega-3, deverá ser ou prospecção fitoquímica), análise quantitativa
apresentado laudo de análise, conforme de marcadores específicos ou controle
requisitos mínimos de identidade e qualidade biológico;
definidos pela Farmacopéia Européia, em sua IV – contaminantes: pesquisa e identificação de
última edição, ou outro compêndio oficial patógenos, coliformes, fungos e leveduras,
reconhecido pela Anvisa, de acordo a real metais pesados, determinação de material
tipificação do ácido graxo ômega-3 utilizado. estranho;
§ 2º No laudo de análise descrito no § 1º, deverá Art. 30 Quando a empresa fabricante do
ser indicado a referência do método empregado, medicamento específico não for a produtora do
a especificação e resultados obtidos para um extrato de própolis, deverá ser apresentado
lote dos ensaios abaixo descritos: laudo de análise do fornecedor, contendo as
I – características físico-químicas incluindo: a) informações descritas acima para o extrato
características organolépticas; b) solubilidade; acompanhado da descrição da espécie da abelha
c) absorbância; e d) material insaponificável. e das espécies da flora específica presentes no
II – testes de pureza e integridade incluindo: a) local da colméia e compatíveis com o raio de
pesquisa de anisidina, peróxido, oligômeros, atuação da abelha.
estearina, resíduos de solvente e resíduos de
pesticida; b) pesquisa de metais pesados: Seção VI
mercúrio, cádmio, chumbo e arsênio; c) Dos Modelos de Bula, Rótulo e Embalagem
pesquisa de contaminantes microbiológicos; d) Art. 31 A empresa deverá apresentar modelo de
pesquisa de dioxinas, furanos e bula e layout das embalagens primária e
bifenilpoliclorados. secundária do medicamento, conforme
III – identificação; e legislação específica.
IV – doseamento. § 1º Revogado RDC 242/2018
Art. 29 Quando a empresa fabricante do § 2º Revogado RDC 242/2018
medicamento específico for também a produtora
do extrato de própolis, deverá ser apresentado Seção VII Da Segurança e Eficácia
laudo de análise que contemple os requisitos Art. 32 O relatório técnico deve conter
mínimos de identidade e qualidade validados, informações sobre segurança e eficácia
contendo as seguintes informações: comprovadas por:
a) Própolis in natura I - relatório de segurança e eficácia pré-clínica e
I – características sensoriais: aspecto, cor, sabor clínica; ou
e odor; II - dados de literatura técnico-científica que
II – requisitos físico-químicos: perda por contemple essas informações; ou
dessecação, teor de cinzas totais, cinzas III – tradicionalidade de uso
insolúveis em ácido clorídrico; Art. 33 Estão isentos da comprovação de
III – determinação de: solúveis em etanol, teor eficácia e segurança: (Redação dada pela
de ceras, teor de fenóis totais, teor de Resolução – RDC nº 97, de 1º de agosto de
flavonóides, análise qualitativa de marcadores 2016)
específicos (perfil cromatográfico ou I – Revogado RDC 242/2018.
prospecção fitoquímica), análise quantitativa de II - medicamentos à base de própolis de uso
marcadores específicos ou controle biológico; tópico, na cavidade bucal, com as indicações de
IV – contaminantes: pesquisa e identificação de uso: como antiinflamatório, anti-séptico e
patógenos, coliformes, fungos e leveduras, cicatrizante; e
metais pesados, determinação de material III - medicamentos à base de vitaminas e/ou
estranho; minerais e/ou aminoácidos, isolados ou
V – informações sobre a espécie da abelha e as associados entre si, de uso oral classificados
espécies da flora presentes no local da colméia como medicamentos isentos de prescrição
onde foi coletada a própolis. médica;
b) Extrato de própolis IV - produtos para a prevenção da desidratação
I – características organolépticas: aspecto, cor, e para a manutenção da hidratação;
sabor e odor;

386
V - Os CPHD conforme regido pela Resolução Art. 37 Para os medicamentos à base de
da Diretoria Colegiada - RDC nº 8, de 10 de vitaminas e/ou minerais sob prescrição médica,
janeiro de 2001, que aprovou o regulamento para os opoterápicos isolados ou associados a
técnico que institui as BPFC do CPHD, ou suas vitaminas e/ou minerais e/ou aminoácidos deve
atualizações. ser apresentado estudo de eficácia e segurança
VI - medicamentos específicos que possuem clínica ou dados da literatura que comprovem a
bula padronizada, desde que a bula apresentada eficácia e segurança da associação, nas doses
para fins de registro ou renovação esteja em pretendidas, através de estudos clínicos
conformidade com a bula padronizada publicados em literatura técnico-científica
disponibilizada pela Anvisa. indexada e justificativa técnico-científica de
§ 1º A Anvisa publicará as bulas padronizadas racionalidade da associação.
de medicamentos específicos em ato normativo § 1º Para os medicamentos à base de ácidos
específico. graxos ômega-3 associados a vitaminas e/ou
§ 2º Os medicamentos registrados com base no minerais, para uso oral, com níveis de dosagem
disposto no inciso VI: diária abaixo do definido pela Portaria SVS/MS
I - não poderão solicitar alterações pós-registro nº 40, de 16 de janeiro de 1998, ou suas
relativas a segurança e eficácia, tais como atualizações, sem prescrição médica, de acordo
alterações de posologia, inclusão de indicação com o estabelecido pela RDC nº 138, de 29 de
terapêutica, inclusão de via de administração ou maio de 2003, ou suas atualizações, não serão
ampliação de uso; exigidos estudos de comprovação de eficácia
II - não poderão apresentar, nos seus textos de clínica.
bula, informações de segurança e eficácia § 2º Para os medicamentos à base de própolis
diferente das descritas na bula padronizada; com as indicações terapêuticas ou forma de uso
III - deverão atualizar seus textos de bula diferente daquelas descritas no inciso II do Art.
conforme modelo, sempre que a bula 33 desta Resolução, deverá ser apresentado
padronizada do medicamento for atualizada pela estudo de eficácia e segurança clínica de uso do
Anvisa. medicamento ou dados da literatura que
§3º As solicitações de inclusão ou alteração das comprovem a eficácia e segurança, através de
bulas padronizadas devem ser encaminhadas à estudos clínicos publicados em literatura
Anvisa, por meio de carta, contendo a técnico-científica indexada, considerando a
justificativa da solicitação e documentação própolis específica utilizada
técnica que embasa a alteração. § 3º Os estudos com a própolis específica
§4º Os medicamentos para os quais existe bula somente serão válidos para produtos baseados
padronizada e que optarem por não adotar o nela própria.
modelo de bula disponibilizado pela Anvisa § 4º Para os medicamentos à base de
deverão comprovar sua segurança e eficácia, opoterápicos isolados ou associados entre si
conforme o disposto no art. 32 e/ou a derivados vegetais e/ou vitaminas e/ou
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou
Art. 34 Para os medicamentos à base de fitofármacos os requisitos para comprovação de
vitaminas e/ou minerais de uso tópico segurança e eficácia encontram-se estabelecidos
classificados como medicamentos isentos de na Tabela I do Anexo I desta Resolução.
prescrição médica, além de outros à base de Art. 38 Para os medicamentos à base de
cânfora, deverão ser apresentados dados de associações definidas pelo inciso XIII e do art.
literatura técnico-científica que suportam a 5º desta Resolução, bem como aqueles à base
finalidade terapêutica pretendida para a dos ativos: rutina e/ou quercitina e/ou
associação. hesperidina e/ou diosmina, além de outros à
Art. 35 Para os antiácidos isolados ou base da associação ativa troxerrutina e
associados a antifiséticos será considerada a cumarina, os requisitos para comprovação de
quantidade de cada íon e sua capacidade segurança e eficácia encontram-se estabelecidos
neutralizante, devendo ser apresentados dados na Tabela I do Anexo I desta Resolução.
de literatura técnico-científica que suportam as Parágrafo Único. Para finalidade terapêutica
doses pretendidas, junto à justificativa técnico- diferente daquelas apresentadas na Tabela I do
científica de racionalidade da associação. Anexo I, a empresa deverá enviar o relatório de
Art. 36 Para os medicamentos à base dos segurança e eficácia clínica para o medicamento
hepatoprotetores identificados no inciso X do e justificativa técnico-científica de racionalidade
Art. 5º desta Resolução devem ser apresentados da associação.
dados de literatura técnicocientífica indexada Art. 39 Para comprovação de segurança e
dos componentes ativos isolados nas dosagens eficácia pela tradicionalidade de uso do
pretendidas. medicamento específico deverão ser

387
apresentadas publicações técnico-científicas que III - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa ou do
serão avaliadas conforme os seguintes critérios: protocolo do pedido de inspeção para este fim,
I - indicação de uso episódico ou para curtos para a linha de produção da empresa requerente
períodos de tempo; do registro, quando se tratar de importação de
II - indicação para doenças de baixa gravidade produto a granel ou em sua embalagem
ou relacionada à melhoria ou manutenção da primária;
saúde; IV - laudo de análise com especificação e
III - coerência das indicações terapêuticas referência bibliográfica, ou descrição de
propostas com as comprovadas pelo uso metodologia de controle da qualidade físico-
tradicional; química, química, microbiológica e biológica
IV - ausência de grupos ou substâncias químicas que o importador realizará, de acordo com a
tóxicas, ou presentes dentro de limites forma farmacêutica e apresentação: produto
comprovadamente seguros; acabado, a granel ou na embalagem primária;
V - comprovação de continuidade de uso seguro V - comprovação do registro do produto,
por período igual ou superior a 10 anos no emitida pelo órgão responsável pela vigilância
Brasil; e sanitária do país de origem.
VI - racionalidade das associações de ativos. § 1º Na impossibilidade do cumprimento do
§ 1º Não serão permitidas alterações das disposto no inciso V deste artigo, deverá ser
seguintes características do medicamento apresentada comprovação de registro em vigor,
durante o período de comercialização igual ou emitida pela autoridade sanitária do país em que
superior a 10 anos: substância(s) ativa(s): seja comercializado ou autoridade sanitária
qualitativa e quantitativa, forma farmacêutica internacional e aprovado em ato próprio da
incluindo sistema de liberação, posologia e Anvisa.
indicação terapêutica. § 2º No caso de a Anvisa ainda não ter
§ 2º Deverá ser apresentado o Documento de realizado inspeção na empresa fabricante, será
Descrição do Sistema de Farmacovigilância aceito comprovante do pedido de inspeção
(DDSF) e Relatório Periódico de sanitária à Anvisa, acompanhado de cópia do
Farmacovigilância (RPF) para o medicamento, CBPFC de produtos farmacêuticos por linha de
de acordo com a regulamentação sanitária em produção, emitido pelo órgão responsável pela
vigor. vigilância sanitária do país fabricante.
§ 3º Deverão ser apresentados material de bula, § 3º A Anvisa poderá, conforme legislação
embalagem e de fins publicitários do específica, efetuar a inspeção da empresa
medicamento que comprove que o produto fora fabricante no país ou bloco de origem.
utilizado durante o período mínimo de Art. 41 Deve ser enviada à Anvisa cópia dos
comercialização definido no inciso V do resultados e da avaliação do teste de
“caput” deste artigo, para a indicação estabilidade na embalagem primária de
terapêutica proposta. comercialização, de acordo com a Resolução –
Parágrafo único. Para os medicamentos RE nº 01, de 29 de julho de 2005, da Anvisa,
específicos que comprovarem segurança e que publicou o Guia para a Realização de
eficácia por tradicionalidade de uso, deve ser Estudos de Estabilidade de Medicamentos.
inserida a seguinte frase na bula, embalagem e Art. 42 O prazo de validade do produto
material publicitário: "Medicamento registrado importado a granel deve ser contado a partir da
com base no uso tradicional, não sendo data de fabricação do produto no exterior, e não
recomendado seu uso por período prolongado". da data de embalagem no Brasil, respeitando o
prazo de validade registrado na Anvisa.
CAPÍTULO IV Do Registro de Produtos Art. 43 Todo o material relativo ao produto, tais
Importados como os relatórios de produção e controle da
Art. 40 Os fabricantes ou seus representantes qualidade, e as informações contidas em rótulos,
que pretenderem comercializar medicamentos bulas e embalagens deve estar em idioma
específicos produzidos em território estrangeiro, português, atendendo à legislação em vigor.
além de cumprir os requisitos dessa Resolução Art. 44 Os documentos oficiais em idioma
referentes à fabricação nacional, devem estrangeiro, usados para fins de registro,
apresentar: expedidos pelas autoridades sanitárias, devem
I - autorização da empresa fabricante, detentora ser acompanhados de tradução juramentada na
do registro e/ou da marca, para o registro, forma da lei.
representação comercial ou uso da marca no Art. 45 Havendo necessidade de importar
Brasil, quando aplicável; amostras, a empresa deve solicitar à Anvisa a
II - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa para a devida autorização para a importação. Art. 46
empresa fabricante, atualizado, por linha de Decorrido o prazo de validade declarado para o
produção; medicamento, a empresa deverá protocolar, na

388
forma de complementação de informações ao contemple todas as alterações e/ou inclusões
processo, relatório de resultados e avaliação pós-registro ocorridas durante o último período
final do estudo de estabilidade de longa duração de validade do registro do produto,
dos 3 (três) lotes apresentados no pedido de acompanhados de cópia do DOU, ou na
registro, de acordo com o cronograma ausência, cópia do(s) protocolo(s) da(s)
previamente apresentado, assim como a petição(ões) correspondente(s);
declaração do prazo de validade e cuidados de IX - relatórios de segurança e eficácia e
conservação definitivos, sob pena de relatórios de produção, controle da qualidade,
configuração de infração sanitária. conforme determinado por essa Resolução, caso
não tenham sido previamente apresentados;
CAPÍTULO IV DAS MEDIDAS PÓS- X – resultados do estudo de estabilidade de
REGISTRO acompanhamento, de acordo com o Guia de
Seção I Estabilidade de Medicamentos, publicado pela
Das Alterações, Inclusões, Suspensão, Anvisa na RE nº 01, de 29 de julho de 2005, ou
Reativação e Cancelamento Pós-Registro Art. suas atualizações; e XI - cópia de notas fiscais
47 As alterações, inclusões, suspensão, comprovando a comercialização do
reativação e cancelamento pós registro de medicamento em, no mínimo, uma nota por
medicamento específico devem seguir os forma farmacêutica.
procedimentos especificados na RDC nº 48, de § 1º Poderá ser apresentada uma declaração
6 de outubro de 2009, da Anvisa, que dispõe referente às apresentações comerciais não
sobre a realização de “alterações, inclusões, comercializadas para as quais a empresa tenha
suspensão, reativação e cancelamento pós- interesse em manter o registro, desde que pelo
registro de medicamentos”, ou suas menos uma apresentação daquela forma
atualizações. farmacêutica tenha sido comercializada. §
Parágrafo único. Para as alterações pós-registro 2º Devem ser enviados relatórios periódicos de
de fabricante de fármaco, de acordo com o farmacovigilância, de acordo com a legislação
estabelecido no Art. 26 desta Resolução, específica.
deverão ser obedecidos os procedimentos Art. 49 Para a renovação do registro de produtos
especificados para o assunto, na RDC nº 48, de importados deverão ser apresentados, além do
6 de outubro de 2009, ou suas atualizações. disposto no art. 48 desta Resolução, laudo de
análise de três lotes importados nos últimos três
Seção II Da Renovação de Registro anos do controle da qualidade físico-química,
Art. 48 Todas as empresas, no primeiro química, microbiológica e biológica, de acordo
semestre do último ano do qüinqüênio de com a forma farmacêutica, realizados pelo
validade do registro, deverão apresentar à importador no Brasil.
Anvisa os seguintes documentos para efeito de
renovação: CAPÍTULO V Das Disposições Finais e
I – Formulário de Petição – FP devidamente Transitórias
preenchido; Art. 50 Para os medicamentos registrados em
II - via original do comprovante de outras categorias, a adequação a esta Resolução
recolhimento da taxa de fiscalização de deverá ocorrer no momento da renovação de
vigilância sanitária ou de isenção, quando for o registro do produto.
caso; § 1º Para as petições que estejam protocoladas
III - cópia do CRT, atualizado, emitido pelo na Anvisa, serão concedidas três meses para
Conselho Regional de Farmácia; protocolo de adequações necessárias ao
IV - cópia da licença de funcionamento da cumprimento do disposto nesta Resolução,
empresa (alvará sanitário), atualizada, ou contados a partir da data de sua publicação.
protocolo da solicitação da renovação da § 2º Será aceita a adequação de formulações
referida licença; com supressão de ativos, desde que comprovada
V - cópia do CBPFC, atualizado, para a linha de segurança, eficácia e qualidade para a nova
produção na qual o produto classificado como formulação, nos termos desta Resolução.
medicamento específico será fabricado; § 3º Serão concedidos 12 meses de prazo para
VI - demonstração da existência de um sistema protocolo das adequações que tratam do
de farmacovigilância na empresa para relatório de estabilidade para as novas
monitoração de falhas terapêuticas e efeitos formulações, a partir da data de publicação
colaterais indesejáveis, de acordo com desta Resolução.
legislação específica; § 4º Para os casos em que as alterações da
VII - última versão de layout de bula, rótulo e formulação impliquem em novos estudos de
embalagem que acompanha o produto; VIII – segurança e eficácia para o medicamento, serão
lista com as alterações do produto que concedidos 18 meses de prazo para protocolo do

389
relatório conclusivo, nos termos dispostos nesta
Resolução, a partir da data de sua publicação.
Art. 51 A Anvisa poderá realizar análise de
controle de lotes comercializados para
monitoração da qualidade e da conformidade do
medicamento com as informações apresentadas
no registro ou renovação de registro.
Art. 52 A Anvisa poderá, a qualquer momento,
exigir provas adicionais relativas à identidade e
qualidade dos componentes, da segurança e da
eficácia de um medicamento, em caso de
dúvidas ou ocorrências que dêem ensejo a
avaliações complementares, mesmo após a
concessão do registro.
Art. 53 O descumprimento das disposições
contidas nesta Resolução e no regulamento por
ela aprovado constitui infração sanitária, nos
termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de
1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
administrativa e penal cabíveis.
Art. 54 Fica revogada a Resolução de Diretoria
Colegiada da Anvisa - RDC nº 132, de 29 de
maio de 2003.
Art. 55 Esta Resolução entra em vigor na data
da sua publicação.
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
Diretor-Presidente

HISTORICO
Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC nº 4 de 28/01/2015
Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC nº 97 de 01/08/2016
Alterado por Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC nº 242 de 26/07/2018

390
ANEXO I Tabela I – Segurança e Eficácia
Associação ativa Finalidade Terapêutica Requisitos de segurança e
eficácia
Medicamentos a base de um Manutenção/Melhoria da Estudo de eficácia clínica da
derivado vegetal, conforme saúde Tratamento/Alívio associação, ou dados de literatura
padronização dos marcadores e de sintomas de publicados em literatura técnico-
posologia diária definida pela IN determinada científica indexada dos
05/08, ou atualizações, associado a doença/desordem/condiçã componentes ativos isolados nas
vitaminas e/ou minerais e/ou o Profilaxia/Prevenção de dosagens pretendidas
aminoácidos (com níveis de determinada acompanhados da justificativa
dosagem diária abaixo do definido doença/desordem/condiçã técnico científica de racionalidade
pela Portaria 40/98, ou suas o Auxiliar no tratamento da associação.
atualizações); de
doença/desordem/condiçã
Medicamentos a base de um o
derivado vegetal: Panax ginseng C.
A. Mey ou Aesculus
hippocastanum L. ou Ginkgo
biloba L., conforme padronização
de marcadores e posologia diária
definida pela IN 05/08, ou
atualizações, associado a vitaminas
e/ou minerais e/ou aminoácidos
(com níveis de dosagem diária
abaixo do definido pela Portaria
40/98, ou suas atualizações) e/ou
rutina;

Medicamentos a base de rutina


e/ou quercitina e/ou hesperidina
e/ou diosmina, isolados ou
associados entre si
Medicamentos à base da associação Medicamentos à base da Evidência técnicocientífica da
de troxerrutina e cumarina; associação de troxerrutina racionalidade da associação; e
e cumarina; estudos clínicos de segurança e
Medicamentos à base de um eficácia para o medicamento nas
derivado vegetal, conforme doses pretendidas, ou dados de
padronização de marcadores e literatura que comprovem a
posologia diária definida pela IN segurança e eficácia da associação
05/08, ou atualizações, associado à ativa através de clínicos da
vitaminas e/ou minerais e/ou associação publicados em literatura
aminoácidos e/ou proteínas e/ou técnico-científica indexada.
fitofármacos e/ou própolis;
Medicamentos à base de um ou Conforme relatório de Evidência técnicocientífica da
mais derivados vegetais associados segurança e eficácia pré- racionalidade da associação e
a vitaminas e/ou minerais e/ou clínico e clínico estudos pré-clínicos e clínicos de
aminoácidos e/ou proteínas e/ou segurança e eficácia para o
fitofármacos; medicamento nas doses
pretendidas.
Medicamentos à base de
opoterápicos isolados ou
associados entre si e/ou a derivados
vegetais e/ou vitaminas e/ou
minerais e/ou aminoácidos e/ou
proteínas e/ou fitofármacos;

Medicamentos à base de
fitofármaco ou associações deste as
vitaminas e/ou minerais e/ou

391
aminoácidos e/ou proteínas;
Medicamentos à base de
hepatoprotetores associados a
vitaminas e/ou minerais e/ou
aminoácidos e/ou proteínas e/ou
fitofármacos.

ANEXO II - FOLHA DE ROSTO DO PROCESSO DE REGISTRO E PÓS-


REGISTRO DE MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS
Não disponibilizado. Acessar no site da ANVISA

392
RDC Nº 16, DE 01/04/2014 controle especial, bem como o cultivo de plantas que
possam originar substâncias sujeitas a controle especial,
Dispõe sobre os Critérios para Peticionamento de mediante comprovação de requisitos técnicos e
Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização administrativos específicos, constantes desta
Especial (AE) de Empresas. Resolução;
IV - caducidade: estado ou condição da autorização que
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de se tornou caduca, perdendo sua validade pelo decurso
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe do prazo legal;
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, V – comércio varejista de produtos para saúde:
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. compreende as atividades de comercialização de
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do produtos para saúde de uso leigo, em quantidade que
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de não exceda a normalmente destinada ao uso próprio e
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto diretamente a pessoa física para uso pessoal ou
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto doméstico;
nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º VI - distribuidor ou comércio atacadista: compreende o
9.782, de 1999, no art. 35 do Decreto n.º 3.029, de 16 comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos,
de abril de 1999, e o Programa de Melhoria do produtos para saúde, cosméticos, produtos de higiene
Processo de Regulamentação da Agência, instituído por pessoal, perfumes e saneantes, em quaisquer
meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em quantidades, realizadas entre pessoas jurídicas ou a
reunião realizada em 25 de março de 2014, adota a profissionais para o exercício de suas atividades;
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, e eu, VII - documentos para instrução: documentos
DiretorPresidente, determino a sua publicação: apresentados para instrução de processos ou petições
relativos à Autorização de Funcionamento (AFE) e
CAPÍTULO I Autorização Especial (AE);
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS VIII - empresa: pessoa jurídica, de direito público ou
privado, que explore como objeto principal ou
Seção I subsidiário as atividades discriminadas na Seção III do
Objetivo Capítulo I desta Resolução, equiparando-se à mesma as
Art. 1º Esta Resolução tem o objetivo de estabelecer os unidades dos órgãos de administração direta ou
critérios relativos à concessão, renovação, alteração, indireta, federal ou estadual, do Distrito Federal e dos
retificação de publicação, cancelamento, bem como municípios que desenvolvam estas atividades;
para a interposição de recurso administrativo contra o IX – envase ou enchimento de gases medicinais:
indeferimento de pedidos relativos aos peticionamentos operação referente ao acondicionamento de gases
de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização medicinais em cilindros e líquidos criogênicos em
Especial (AE) de empresas e estabelecimentos que tanques criogênicos ou caminhões-tanque;
realizam as atividades elencadas na Seção III do X - estabelecimento: unidade da empresa constituída
Capítulo I com medicamentos e insumos farmacêuticos juridicamente e com CNPJ (Cadastro Nacional da
destinados a uso humano, substâncias sujeitas a Pessoa Jurídica) devidamente estabelecido;
controle especial, produtos para saúde, cosméticos, XI - filial: qualquer estabelecimento vinculado a outro
produtos de higiene pessoal, perfumes, saneantes e que detenha o poder de comando sobre este;
cultivo de plantas que possam originar substâncias XII - formulário de petição (FP): instrumento para
sujeitas a controle especial. inserção de dados que permitem identificar o solicitante
e o objeto solicitado, disponível durante o
Seção II peticionamento, realizado no sítio eletrônico da Anvisa
Definições (http://www.anvisa.gov.br);
Art. 2º Para efeitos desta Resolução são adotadas as XIII – licença sanitária: documento emitido pela
seguintes definições: autoridade sanitária competente dos Estados, do
I - autoridade sanitária: Agência Nacional de Vigilância Distrito Federal e dos Municípios, onde constam as
Sanitária e entes/órgãos de vigilância sanitária dos atividades sujeitas a vigilância sanitária que o
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; estabelecimento está apto a exercer;
II - Autorização de Funcionamento (AFE): ato de XIV - matriz: estabelecimento da empresa que
competência da Agência Nacional de Vigilância representa sua sede, ou seja, aquele que tem primazia
Sanitária, contendo autorização para o funcionamento na direção e a que estão subordinados todos os demais,
de empresas ou estabelecimentos, instituições e órgãos, chamados de filiais;
concedido mediante o cumprimento dos requisitos XV - autoridade sanitária: Agência Nacional de
técnicos e administrativos constantes desta Resolução; Vigilância Sanitária e vigilância sanitária dos Estados,
III – Autorização Especial (AE): ato de competência da do Distrito Federal e dos Municípios;
Agência Nacional de Vigilância Sanitária que autoriza XVI - peticionamento eletrônico: requerimento
o exercício de atividades que envolvem insumos realizado em ambiente Internet, por meio do formulário
farmacêuticos, medicamentos e substâncias sujeitas a de petição identificado por um número de transação,

393
cujos dados são diretamente enviados ao sistema de § 2º Para a concessão e renovação da autorização
informações da Anvisa, sem necessidade de envio da tratada no § 1º, o plano da atividade a ser desenvolvida,
documentação física à Agência; a indicação das plantas, a localização, a extensão do
XVII – peticionamento manual: requerimento realizado cultivo, a estimativa da produção e o local da extração
em ambiente Internet por meio do formulário de devem ser avaliados durante a inspeção pela autoridade
petição, identificado por um número de transação, cujos sanitária local competente e constar do respectivo
documentos serão fisicamente protocolados na Anvisa; relatório de inspeção.
XVIII – produto para saúde de uso leigo: produto § 3º As substâncias proscritas e as plantas que as
médico ou produto diagnóstico para uso in vitro de uso originam, bem como as plantas proscritas, conforme o
pessoal que não dependa de assistência profissional Anexo I da Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, somente
para sua utilização, conforme especificação definida no poderão ser empregadas nas atividades de estudo e
registro ou cadastro do produto junto à Anvisa; pesquisa quando devidamente autorizadas pela Anvisa
XIX - responsável legal: pessoa física designada em por meio de Autorização Especial Simplificada para
estatuto, contrato social ou ata de constituição estabelecimentos de ensino e pesquisa, conforme
incumbida de representar a empresa, ativa e legislação específica.
passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais; Art. 5° Não é exigida AFE dos seguintes
XX - responsável técnico: profissional legalmente estabelecimentos ou empresas:
habilitado pelo respectivo conselho profissional para a I - que exercem o comércio varejista de produtos para
atividade que a empresa realiza na área de produtos saúde de uso leigo;
abrangidos por esta Resolução; II - filiais que exercem exclusivamente atividades
XXI - requisitos técnicos: critérios técnicos e administrativas, sem armazenamento, desde que a
operacionais estabelecidos nesta Resolução exigidos matriz possua AFE;
das empresas ou estabelecimentos para fins de III – que realizam o comércio varejista de cosméticos,
Autorização de Funcionamento (AFE) ou Autorização produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes;
Especial (AE), sem prejuízo dos requisitos previstos em IV - que exercem exclusivamente atividades de
normas específicas, complementares e suplementares fabricação, distribuição, armazenamento, embalagem,
da Anvisa, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; exportação, fracionamento, transporte ou importação,
e de matérias-primas, componentes e insumos não
XXII - substâncias e plantas sujeitas a controle sujeitos a controle especial, que são destinados à
especial: aquelas relacionadas nas listas do Anexo I da fabricação de produtos para saúde, cosméticos,
Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes; e
V – que realizam exclusivamente a instalação,
Seção III manutenção e assistência técnica de equipamentos para
Abrangência saúde.
Art. 3º A AFE é exigida de cada empresa que realiza as Art. 6º As farmácias e drogarias deverão seguir o
atividades de armazenamento, distribuição, embalagem, disposto na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
expedição, exportação, extração, fabricação, 17, de 28 de março de 2013.
fracionamento, importação, produção, purificação, Art. 7º Os estabelecimentos detentores de AFE para a
reembalagem, síntese, transformação e transporte de atividade de distribuição ou fabricação de produtos para
medicamentos e insumos farmacêuticos destinados a saúde poderão comercializar produtos para saúde no
uso humano, cosméticos, produtos de higiene pessoal, varejo, sem a necessidade de AFE específica para a
perfumes saneantes e envase ou enchimento de gases referida atividade, desde que sejam cumpridas as
medicinais. exigências da legislação local acerca do licenciamento
Parágrafo único. A AFE é exigida de cada de estabelecimentos.
estabelecimento que realiza as atividades descritas no Art. 8º As fabricantes e envasadoras de gases
caput com produtos para saúde. medicinais deverão seguir o disposto nesta Resolução e
Art. 4º A AE é exigida para as atividades descritas no na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 32, de 5
art. 3º ou qualquer outra, para qualquer fim, com de julho de 2011.
substâncias sujeitas a controle especial ou com os
medicamentos que as contenham, segundo o disposto CAPÍTULO II
na Portaria SVS/MS nº 344, de 1998 e na Portaria DO PETICIONAMENTO E ANÁLISE
SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999. Art. 9º O requerimento de concessão, renovação,
§ 1º A AE é também obrigatória para as atividades de cancelamento, alteração, retificação de publicação,
plantio, cultivo e colheita de plantas das quais possam cumprimento de exigência e aditamento, bem como a
ser extraídas substâncias sujeitas a controle especial e interposição de recurso administrativo contra o
somente é concedida à pessoa jurídica de direito indeferimento de pedidos relativos aos peticionamentos
público ou privado que tenha por objetivo o estudo, a de AFE e AE de empresas e estabelecimentos que
pesquisa, a extração ou a utilização de princípios ativos realizem as atividades abrangidas por esta Resolução
obtidos daquelas plantas. dar-se-á por meio de peticionamento eletrônico ou
peticionamento manual.

394
Art. 10. Os critérios para o peticionamento, o Art. 14. Os requisitos técnicos devem ser verificados no
recolhimento de taxa e as atividades inerentes a cada ato da inspeção sanitária e estas informações devem
tipo de AFE e AE estão estabelecidos na Resolução da constar no relatório de inspeção emitido pela autoridade
Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de dezembro sanitária local competente.
de 2006. Art. 15. A documentação de instrução dos pedidos de
§ 1° A AFE deve ser peticionada por cada empresa que concessão, renovação, cancelamento a pedido,
realiza atividades com medicamentos, insumos alteração, retificação de publicação e recurso
farmacêuticos, cosméticos, produtos de higiene pessoal, administrativo de AFE e AE deve ser apresentada
perfumes e saneantes, utilizando-se o Cadastro conforme descrição a seguir:
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da matriz da I – para concessão em favor de:
empresa, e é extensiva a todos os estabelecimentos a) fabricantes: relatório de inspeção que ateste o
filiais. cumprimento dos requisitos técnicos desta Resolução
§ 2º No caso de atividades realizadas com produtos para as atividades e classes pleiteadas, emitido pela
para saúde, o peticionamento da AFE deve ser por autoridade sanitária local competente;
estabelecimento, utilizando-se o Cadastro Nacional da b) varejistas de produto para a saúde: contrato social
Pessoa Jurídica (CNPJ) do estabelecimento que irá com objeto compatível com a atividade pleiteada;
realizar a atividade peticionada. c) outras empresas: relatório de inspeção ou documento
§ 3° A AE deve ser peticionada utilizando o Cadastro equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). técnicos desta Resolução para as atividades e classes
§ 4º A AE a ser obtida para as atividades que não pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária local
estejam enquadradas no art. 3º desta Resolução não está competente.
condicionada à concessão de AFE. II – para renovações: relatório de inspeção ou
Art. 11. O ato administrativo público de concessão, documento equivalente que ateste o cumprimento dos
renovação, cancelamento, alteração e retificação de requisitos técnicos desta Resolução para as atividades e
publicação de AFE e AE somente produzirá efeitos a classes pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária
partir de sua publicação no Diário Oficial da União local competente ou licença sanitária vigente com os
(DOU). dados atualizados.
§1º Excetuam-se do disposto no caput as alterações III – para as seguintes alterações:
relativas à mudança de responsável técnico e a) ampliação ou redução de atividades ou classes de
responsável legal, que deverão ser peticionadas produtos: relatório de inspeção ou documento
eletronicamente pela empresa ou estabelecimento para equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos
alteração do cadastro, no prazo de 30 dias após técnicos desta Resolução para as atividades e classes
consolidação da alteração, e serão atualizadas pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária local
automaticamente, sem publicação no DOU. competente ou licença sanitária vigente com os dados
§ 2º Excetua-se do caput o indeferimento de retificação atualizados;
de publicação, cuja decisão será comunicada b) alteração de endereço: relatório de inspeção ou
diretamente à empresa. documento equivalente que ateste o cumprimento dos
requisitos técnicos desta Resolução para as atividades e
Seção I classes pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária
Dos Requisitos Técnicos e Documentos para Instrução local competente ou licença sanitária vigente com os
dados atualizados;
Art. 12. A concessão, renovação, cancelamento a c) alteração de endereço por ato público: declaração
pedido, alteração, retificação de publicação e a emitida pela autoridade competente ou a cópia do ato
retratação de recurso administrativo de AFE e AE público que originou a alteração;
dependem: d) alteração de razão social: Cadastro Nacional de
I – do cumprimento dos requisitos técnicos contidos Pessoa Jurídica (CNPJ) com dados atualizados;
nesta Resolução; e e) alteração por modificação na extensão do CNPJ da
II – da análise e deferimento dos documentos para matriz, exclusivamente em virtude de ato declaratório
instrução anexados ao formulário de petição da Receita Federal do Brasil: CNPJ com dados
devidamente preenchido e protocolado via atualizados; f) alteração de responsável técnico:
peticionamento eletrônico ou peticionamento manual. documento de regularidade técnica atualizado e emitido
Parágrafo único. Quando se tratar de AE, além do pelo respectivo Conselho de Classe profissional;
cumprimento do disposto nos incisos I e II, também g) alteração de responsável legal: cópia da respectiva
devem ser cumpridas as exigências contidas na Portaria alteração de contrato social devidamente consolidada
SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria SVS/MS nº 6, ou a ata de assembleia devidamente registrada na Junta
de 1999. Comercial.
Art. 13. O cadastro das filiais deve ser realizado e IV – para retificações de publicação, cancelamentos a
mantido atualizado pela empresa no banco de dados da pedido e recursos administrativos: ofício com a
Anvisa. justificativa técnica para o pleito, com a juntada de
quaisquer documentos que a empresa ou

395
estabelecimento julgue necessários para a comprovação para saúde, cosméticos, produtos de higiene pessoal,
de erro de publicação, justificativa para o cancelamento perfumes e saneantes.
ou reforma da decisão de indeferimento. Art. 20. A petição de renovação de AFE e AE deve ser
§ 1º No peticionamento de concessão por empresas que protocolada no período compreendido entre 60
tiveram AFE ou AE canceladas por caducidade, o (sessenta) e 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data
relatório de inspeção ou documento equivalente podem de vencimento, que corresponde a 1 (um) ano após a
ser substituídos pela licença sanitária vigente com os data de publicação da concessão inicial no DOU.
dados atualizados. § 1º A petição protocolada em data anterior ou posterior
§ 2º No peticionamento de renovação, caso os ao período fixado no caput deste artigo será indeferida
documentos requeridos ainda não tenham sido pela Anvisa em razão da sua intempestividade.
emitidos, será aceito como documento de instrução a § 2º Findo o prazo estabelecido no caput deste artigo
licença sanitária relativa ao exercício imediatamente sem que tenha sido efetivado o protocolo da petição de
anterior, desde que o requerimento do exercício atual renovação, a respectiva AFE ou AE será considerada
tenha sido devidamente protocolado na autoridade caduca ao término de sua vigência.
sanitária local competente, em data anterior ao § 3º A caducidade da AFE e da AE não será publicada
vencimento. no DOU e poderá ser consultada no cadastro da
§ 3º No peticionamento de renovação, as empresas empresa ou estabelecimento no site da Anvisa.
transportadoras de medicamentos, sem armazenagem, § 4º A empresa ou estabelecimento cuja AFE ou AE
ficam dispensadas de apresentar licença sanitária ou caducar, tiver seu requerimento de renovação
documento equivalente referente a ano corrente, nos indeferido ou for cancelada, deve peticionar a
casos em que a legislação local dispensar sua concessão de uma nova AFE ou AE para fins de
renovação. regularização.
§ 4º Nos peticionamentos relativos à AE, a licença Art. 21. As petições de renovação de AFE e AE
sanitária, o relatório de inspeção ou o documento protocoladas dentro dos prazos previstos no caput do
equivalente devem informar explicitamente que o art. 20, cuja decisão não seja publicada pela Anvisa no
estabelecimento cumpre os requisitos de controle DOU até a data de seus respectivos vencimentos, serão
especial constantes da Portaria SVS/MS nº 344, de consideradas automaticamente renovadas.
1998 e da Portaria SVS/MS nº 6, de 1999. § 1º. O protocolo de renovação é documento apto para a
Art. 16. A Anvisa pode, a qualquer momento, comprovação da regularidade da autorização das
obedecido o devido processo legal, cancelar a AFE e a empresas e estabelecimentos, caso não haja nenhum ato
AE das empresas ou estabelecimentos caso ocorram publicado em contrário no DOU.
fatos que justifiquem tal medida. § 2º A Anvisa pode, a qualquer tempo, indeferir a
Art. 17. Para fins de tomada de decisão acerca dos petição de renovação de AFE ou AE que tenha sido
peticionamentos de concessão, renovação e alteração de renovada automaticamente, nos termos deste artigo, em
AFE e AE, o relatório de inspeção ou documento razão da conclusão insatisfatória de sua análise.
equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos
técnicos desta Resolução para a atividade pleiteada, Seção III
deve ter sido emitido pela autoridade sanitária local Da Alteração
competente em até 12 (doze) meses anteriores à data de Art. 22. A alteração da AFE ou da AE cabe nas
protocolização do pedido. seguintes hipóteses:
Art. 18. A apresentação de documentos ilegíveis ou a I – ampliação de atividades;
ausência de documentos de instrução ensejará o II – redução de atividades;
indeferimento das petições de AFE e AE. Seção II Da III – ampliação de classes de produtos;
Renovação IV – redução de classes;
Art. 19. A AFE e a AE de empresas ou V – alteração de endereço;
estabelecimentos que realizem as atividades de VI – alteração de razão social;
armazenamento, distribuição, embalagem, expedição, VII – alteração por modificação na extensão do CNPJ
exportação, extração, fracionamento, importação, da matriz, exclusivamente em virtude de ato
purificação, reembalagem, síntese, transformação e declaratório da Receita Federal do Brasil;
transporte de medicamentos, insumos farmacêuticos, VIII – alteração de responsável técnico; e
substâncias sujeitas a controle especial ou os IX – alteração de responsável legal. Parágrafo único. A
medicamentos que as contenham, o cultivo de plantas ampliação e redução de classes de produtos somente é
que possam originar substâncias sujeitas a controle permitida entre cosméticos, produtos de higiene pessoal
especial, bem como o envase ou enchimento de gases e perfumes e entre medicamentos e insumos
medicinais devem ser renovadas anualmente, a partir da farmacêuticos.
data da publicação da sua concessão inicial no DOU. Art. 23. Os pedidos de alterações da AFE e da AE
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não deverão ocorrer de forma individual e separada em cada
se aplica à AFE e à AE concedidas para as atividades AFE e AE da empresa e de seus estabelecimentos,
de fabricação ou produção de medicamentos e insumos quando aplicável.
farmacêuticos e para quaisquer atividades de produtos

396
Parágrafo único. Os prazos de validade da AFE e da AE a) instalações, equipamentos e aparelhagem técnica
não são interrompidos nem prorrogados em decorrência necessários e em condições adequadas à finalidade a
de alterações que surgirem durante seus respectivos que se propõem, incluindo qualificações e calibrações;
períodos de vigência. b) sistema da qualidade estabelecido;
c) política de validação e qualificação claramente
Seção IV definida, nos casos em que seja exigido pela norma de
Do Cancelamento boas práticas de fabricação específica;
d) sistemas de utilidades de suporte ao processo
Art. 24. O cancelamento da AFE e AE a pedido da produtivo em condições adequadas à finalidade a que se
empresa ou estabelecimento deve ser peticionado nos propõem; e) condições de higiene, armazenamento e
seguintes casos: operação adequadas às necessidades do produto, de
I – encerramento de atividades; ou forma a reduzir o risco de contaminação ou alterações
II - encerramento de atividades com substâncias sujeitas de suas características;
a controle especial ou com os medicamentos que as f) recursos humanos capacitados ao desempenho das
contenham, bem como com as plantas que podem atividades de produção, controle da qualidade, garantia
originar tais substâncias. da qualidade e demais atividades de suporte;
Parágrafo único. O cancelamento da AFE ou da AE não g) meios para a inspeção e o controle de qualidade dos
afasta a responsabilidade da empresa ou produtos que industrialize, incluindo especificações e
estabelecimento pelos produtos que ainda estiverem no métodos analíticos;
mercado. h) procedimentos operacionais padrão e demais
documentos necessários concluídos e aprovados;
Seção V i) meios capazes de eliminar ou reduzir elementos de
Do Recurso Administrativo poluição decorrente da industrialização procedida, que
Art. 25. No caso de indeferimento de pedidos relativos causem efeitos nocivos à saúde; e
à AFE e AE, é cabível recurso administrativo nos j) para fabricantes de produtos para saúde, também
termos da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº devem ser apresentadas evidências do cumprimento do
25, de 4 de abril de 2008. plano de desenvolvimento de projeto até, no mínimo, a
Art. 26. O recurso administrativo deve ser interposto fase de definição de dados de entrada de projeto.
uma única vez para cada expediente indeferido.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO III DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA
DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA IMPORTADORES, DISTRIBUIDORES,
FABRICANTES ARMAZENADORES, TRANSPORTADORES,
Art. 27. Os fabricantes de medicamentos, insumos EXPORTADORES E FRACIONADORES
farmacêuticos, produtos para a saúde, cosméticos, Art. 28. Os importadores, distribuidores,
produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes, armazenadores, transportadores e exportadores de
deverão apresentar as informações gerais e cumprir os medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para
requisitos técnicos a seguir relacionados, os quais serão saúde, cosméticos, produtos para higiene pessoal,
avaliados na inspeção pela autoridade sanitária local perfumes e saneantes e fracionadores de insumos
competente: farmacêuticos, deverão apresentar as informações
I – informações gerais: gerais e cumprir os requisitos técnicos a seguir
a) contrato social ou ata de constituição registrada na relacionados, os quais serão avaliados na inspeção pela
junta comercial e suas alterações, se houver; autoridade sanitária local competente:
b) Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) I – informações gerais:
contemplando a atividade econômica pleiteada; a) contrato social ou ata de constituição registrada na
c) autorização ou alvará referente à localização e junta comercial e suas alterações, se houver;
ocupação, planta arquitetônica, proteção ambiental, b) Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
segurança de instalações e segurança dos trabalhadores; contemplando a atividade econômica pleiteada;
d) organograma e definição dos cargos, c) autorização ou alvará referente à localização e
responsabilidades e da qualificação necessária para seus ocupação, planta arquitetônica, proteção ambiental,
ocupantes; segurança de instalações e segurança dos trabalhadores;
e) comprovação do registro de responsabilidade técnica d) contratos de prestação de serviços diversos ou
realizada pelo profissional legalmente habilitado junto documentos equivalentes, os quais devem ser
ao respectivo conselho de classe; e realizados somente com empresas autorizadas e
f) contratos de prestação de serviços diversos ou licenciadas pela autoridade competente, quando
documentos equivalentes, os quais devem ser aplicável;
realizados somente com empresas autorizadas e e) comprovação do registro de responsabilidade técnica
licenciadas pela autoridade competente, quando realizada pelo profissional legalmente habilitado junto
aplicável. ao respectivo conselho de classe; e
II – requisitos técnicos:

397
f) para distribuidores e armazenadores de I - contrato social ou ata de constituição registrada na
medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos para junta comercial e suas alterações, se houver;
saúde, Manual de Boas Práticas de Distribuição e II - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) com
Armazenagem. o código e a descrição da atividade econômica referente
II – requisitos técnicos: à atividade peticionada; e
a) existência de instalações, equipamentos e III - comprovação da responsabilidade técnica realizada
aparelhagem técnica necessários e em condições por profissional legalmente habilitado.
adequadas à finalidade a que se propõem, incluindo
qualificações e calibrações; CAPÍTULO VI
b) existência de recursos humanos qualificados e DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
devidamente capacitados ao desempenho das atividades Art. 30. Ficam revogados a partir da entrada em vigor
da empresa ou estabelecimento, incluindo, no caso de desta Resolução os seguintes regulamentos: os itens 2,
importadora de medicamentos, a garantia da qualidade 3 e 6 da Instrução Normativa nº 1, de 30 de setembro de
dos medicamentos, a investigação de desvio de 1994; a Portaria SVS/MS nº 182, de 20 de novembro de
qualidade e demais atividades de suporte; 1996; os artigos 3º, 5º, 6º, 9º e 10 da Portaria SVS/MS
c) condições de higiene, armazenamento e operação nº 344, de 12 de maio de 1998; os artigos 2º, 4º, 5º, 6º,
adequadas às necessidades do produto, de forma a 7º, 9º, 11, 12 e 13 da Instrução Normativa do Anexo e o
reduzir o risco de contaminação ou alteração de suas Anexo I da Portaria SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de
características; d) procedimentos operacionais padrão 1999; a Portaria SVS/MS nº 1.052, de 29 de dezembro
para recepção, identificação, controles de estoque e de 1998; o parágrafo único do art. 10, o art. 12 e o
armazenamento de produtos acabados, devolvidos ou Anexo I da Portaria SVS/MS nº 802, de 8 de outubro de
recolhidos; 1998; a Resolução nº 329, de 22 de julho de 1999; a
e) programa de autoinspeção, com abrangência, Resolução nº 327, de 22 de julho de 1999; a Resolução
frequência, responsabilidades de execução e ações da Diretoria Colegiada - RDC nº 128, de 9 de maio de
decorrentes das não conformidades; 2002; a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
f) área separada, identificada e de acesso restrito para o 158, de 31 de maio de 2002; e a Resolução da Diretoria
armazenamento de produtos ou substâncias sujeitas a Colegiada - RDC nº 183, de 5 de outubro de 2006.
controle especial; Parágrafo único. O § 1º do art. 11 desta Resolução
g) sistema de controle de estoque que possibilite a somente terá efeito a partir da disponibilização do
emissão de inventários periódicos; peticionamento e divulgação da data de implementação
h) sistema formal de investigação de desvios de pela Anvisa.
qualidade e medidas preventivas e corretivas adotadas Art. 31. Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra
após a identificação das causas; em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua
i) sistema da qualidade estabelecido; publicação
j) plano para gerenciamento de resíduos; Art. 32. A partir da entrada em vigor desta Resolução,
k) áreas de recebimento e expedição adequadas e ficam mantidas as internalizações das seguintes
protegidas contra variações climáticas; Resoluções MERCOSUL: GMC n° 3/99 – “Registro de
l) mecanismos que assegurem que fornecedores e Empresas de Produtos Domisanitários”; GMC nº 05/05
clientes estejam devidamente regularizados junto às – “Regulamento Técnico sobre Autorização de
autoridades sanitárias competentes, quando aplicável; e Funcionamento/ Habilitação de Empresas de Produtos
m) para transportadores, relação do quantitativo e de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, suas
identificação dos veículos próprios ou de terceiros sob Modificações y Cancelamento”; GMC nº 132/96 –
sua responsabilidade, disponibilizados para o Alterações da Autorização de Funcionamento das
transporte, que deverão ser munidos dos equipamentos Empresas Solicitantes de Registro de Produtos
necessários à manutenção das condições específicas de Farmacêuticos do Estado Parte Receptor; e GMC nº
transporte requeridas para cada produto sujeito à 24/96 – Registro de Empresas Domisanitarios.
vigilância sanitária. Parágrafo único. Os estabelecimentos filiais de
empresas que realizem atividades referentes a produtos
CAPÍTULO V para saúde para os quais é exigida AFE nos termos
DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA ATIVIDADES desta Resolução terão o prazo de um ano, contado a
COM SUBSTÂNCIAS OU MEDICAMENTOS partir de 04 de agosto de 2014, para requerer à
SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL ANVISA a referida autorização.” (NR) (Redação dada
Art. 29. Para as atividades com substâncias ou pela RDC 40/14)
medicamentos sujeitos a controle especial deverão ser Art. 33. O descumprimento das disposições contidas
apresentados os seguintes documentos, bem como nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
deverão ser cumpridos os requisitos técnicos contidos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
na Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria das responsabilidades civil, administrativa e penal
SVS/MS nº 6, de 1999, a serem avaliados na inspeção cabíveis.
pela autoridade sanitária local competente:
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

398
RDC Nº 22, DE 29/04/2014 III - aprimorar as ações de vigilância sanitária
relacionadas ao monitoramento sanitário e
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de farmacoepidemiológico e controle dos medicamentos e
Produtos Controlados –SNGPC, revoga a Resolução insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução;
de Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, IV - contribuir com a produção de conhecimento sobre
e dá outras providências. estudos de utilização de medicamentos e
farmacoepidemiologia; e
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de V - subsidiar a gestão de riscos associados aos
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe medicamentos e aos insumosfarmacêuticos na pós-
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, comercialização e no pós-uso.
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art.
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do CAPÍTULO II
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de DAS DEFINIÇÕES
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto Art. 5º Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto seguintes definições:
nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º I - autenticidade: garantia de que os dados ou
9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo informações sejam verdadeiros e fidedignos, tanto na
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da origem quanto no destino;
Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião II - cadastro: identificação e inclusão dos dados da
realizada em 15 de abril de 2014, adota a seguinte empresa no sistema de segurança da Anvisa para fins de
Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor- acesso ao peticionamento eletrônico, obtenção de
Presidente, determino a sua publicação: Autorização de Funcionamento e demais serviços e
sistemas disponibilizados no âmbito da Anvisa;
CAPÍTULO I III - cadastro de órgãos de vigilância sanitária:
DA ABRANGÊNCIA E DOS OBJETIVOS identificação e inclusão dos dados do órgão de
Art. 1º Esta Resolução estabelece a utilização do vigilância e da autoridade sanitária no cadastro de
Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos instituições da Anvisa;
Controlados - SNGPC, por farmácias e drogarias, como IV - credenciamento: o ato de adesão do
um sistema de informação de vigilância sanitária para a estabelecimento ao SNGPC mediante realização do
escrituração de dados de produção,manipulação, inventário inicial e envio pelo farmacêutico responsável
distribuição, prescrição, dispensação e consumo de técnico e recebimento pela base de dados da Anvisa;
medicamentos e insumos farmacêuticos. V - Certificado de Escrituração Digital: documento
Art. 2º O SNGPC abrange os medicamentos sujeitos ao emitido pelo SNGPC, após o credenciamento, que
controle especial a que se refere a Portaria SVS/MS nº comprova, perante a autoridade sanitária competente,
344, de 12 de maio de 1998, e os medicamentos que o estabelecimento está apto a efetuar a escrituração
antimicrobianos a que se refere a Resolução de sanitária;
Diretoria Colegiada RDC nº 20, de 5 de maio de 2011, VI - Certificado de Transmissão Regular: documento
ou as que vierem substituí-las. complementar que pode ser solicitado pela autoridade
Art. 3º Todas as farmácias e drogarias devem, sanitária e pelas distribuidoras às farmácias e drogarias
obrigatoriamente, utilizar o SNGPC para escrituração abrangidas por esta Resolução, com a finalidade de
sanitária dos medicamentos, insumos farmacêuticos e atestar a regularidade na transmissão eletrônica dos
preparações e/ou especialidades farmacêuticas de que dados;
trata esta Resolução. VII - dado: sequência de símbolos quantificados ou
Parágrafo único. As farmácias e drogarias de natureza quantificáveis que são a base para a geração da
pública e os estabelecimentos de atendimento privativo informação;
de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente VIII - disponibilidade: facilidade de acesso ou de
de assistência médica não estão sujeitos a esta recuperação de dados ou informações;
Resolução enquanto o módulo específico do SNGPC IX - escrituração sanitária: procedimento de registro da
não for disponibilizado e implantado no âmbito do movimentação das entradas e saídas de medicamentos e
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução no
Art. 4º São objetivos do SNGPC: SNGPC;
I - capturar e analisar os dados provenientes da X - arquivo XML: arquivo eletrônico padronizado a ser
produção, manipulação, distribuição, prescrição, transmitido ao SNGPC;
dispensação, consumo de medicamentos e insumos XI - estabelecimento: unidade da empresa destinada à
farmacêuticos para gerar manipulação de insumos farmacêuticos e dispensação
informações, em seus diversos detalhamentos; de medicamentos e preparações sujeitos a esta
II - otimizar as ações de controle sobre os Resolução, caracterizada por ter Cadastro Nacional da
procedimentos de escrituração de medicamentos e Pessoa Jurídica (CNPJ) único cadastrado junto à
insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução; Anvisa e à Receita Federal do Brasil;

399
XII - gestor de segurança: pessoa física incumbida de b) apreensão ou recolhimento pela autoridade sanitária;
administrar e controlar o acesso de usuários ao sistema c) roubo ou furto;
de segurança da Anvisa, devendo representar a empresa d) avaria;
no âmbito dos sistemas informatizados da Agência e ser e) desvio de qualidade;
habilitado a efetuar ações nos sistemas da Anvisa; f) exclusão da lista atualizada de insumos sujeitos à
XIII - gestor do SNGPC: profissional vinculado ao presente Resolução;
órgão ou autoridade sanitária em âmbito federal, g) coleta de amostra para controle da qualidade;
estadual, regional, municipal ou do Distrito Federal que h) erro ou perda no processo de produção e/ou de
administra o cadastro do órgão e dos profissionais a ele manipulação;
vinculados; i) coleta de amostra para fins de análise fiscal por parte
XIV - inconsistência: discordância de dados da autoridade sanitária; e
identificada durante o registro do inventário ou durante j) devolução ou recolhimento ao fabricante;
a escrituração sanitária, relacionados com o cadastro XXV - responsável legal: pessoa física designada em
das empresas, números de registro dos medicamentos, estatuto, contrato social ou ata, incumbida de
códigos da Denominação Comum Brasileira, dentre representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e
outros; extrajudiciais, o Agente Regulado pessoa jurídica;
XV - informação: é o dado valorado, provido de XXVI - farmacêutico responsável técnico: profissional
significado, passível de análise, comparação ou farmacêutico legalmente habilitado e inscrito no
interpretação; Conselho Regional de Farmácia, nos termos da lei,
XVI - instabilidade do SNGPC: problema de natureza incumbido de promover assistência técnica à farmácia
operacional caracterizado como falha, interrupção ou ou drogaria;
ausência de comunicação na transmissão e acesso de XXVII - saída: movimentação representada pela venda,
dados ou informações; perda, transferência e/ou transformação de
XVII - integridade: garantia de não violação dos ativos medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos
de informação, na origem, no trânsito ou no destino; manipulados acabados;
XVIII - interoperabilidade: possibilidade de ser operado XXVIII - senha: código eletrônico pessoal, sigiloso e
de forma integrada ou conjunta; intransferível cadastrado nos sistemas da Anvisa para
XIX - inventário inicial: declaração de todo o estoque fins de identificação e obtenção de acesso às transações
de medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a e operações em ambiente Internet;
esta Resolução, a ser informado por meio de envio de XXIX - sigilo: condição inerente aos dados e
arquivo XML; informações que necessitam de medidas especiais de
XX - monitoramento farmacoepidemiológico: proteção contra revelação não autorizada;
acompanhamento sistemático de indicadores XXX - sistema informatizado: aplicativo elaborado
farmacoepidemiológicos relacionados com o consumo para servir como ferramenta tecnológica necessária à
de medicamentos em populações, com a finalidade de realização dos atos, procedimentos e operações
subsidiar medidas de intervenção em saúde pública, relacionados com o SNGPC;
incluindo educação sanitária, e alterações na legislação XXXI - transferência: movimentação de medicamentos,
específica vigente; insumos farmacêuticos e produtos manipulados
XXI - monitoramento sanitário: acompanhamento acabados entre estabelecimentos da mesma rede ou
sistemático de indicadores operacionais relativos ao empresa, identificados pelo mesmo número de raiz
credenciamento de empresas no sistema, retenção de referente ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas –
receitas, escrituração, envio de arquivos eletrônicos e CNPJ.
eficiência do sistema de gerenciamento de dados, com a
finalidade de subsidiar, entre outros instrumentos de CAPÍTULO III
vigilância sanitária, a fiscalização sanitária, DO ACESSO E DO CREDENCIAMENTO
compreendendo três componentes básicos: Art. 6º O acesso ao SNGPC pressupõe a realização e
a) coleta de dados; atualização dos cadastros do estabelecimento, do gestor
b) análise regular dos dados; e de segurança, do farmacêutico responsável técnico e do
c) ampla e periódica disseminação dos dados; responsável legal junto à Anvisa.
XXII - movimentação: todas as atividades do Art. 7º O acesso ao SNGPC é feito por meio de senha
estabelecimento relacionadas com a entrada (compra ou pessoal, sigilosa e intransferível.
transferência) e a saída (venda/dispensação, Parágrafo único. O uso indevido da senha e os prejuízos
transformação, transferência ou perda) de decorrentes da eventual quebra de seu sigilo serão de
medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a esta responsabilidade do farmacêutico responsável técnico e
Resolução; do responsável legal do estabelecimento.
XXIII - padrão de transmissão: documento XML Art. 8º O credenciamento do estabelecimento no
adequado ao Esquema XML do SNGPC; SNGPC efetivar-se-á com a realização do inventário
XXIV - perda: movimentação representada pelos inicial pelo farmacêutico responsável técnico, mediante
seguintes casos: acesso ao SNGPC e envio do arquivo XML.
a) vencimento do prazo de validade;

400
Art. 9º. Efetivado o credenciamento no SNGPC, o seu inventário antes de iniciar suas atividades e
Certificado de Escrituração Digital deve ser impresso e informar a autoridade sanitária local.
permanecer à disposição para fins de fiscalização. Art. 13. A transferência de estoque de medicamentos e
Parágrafo único. Sempre que for realizada a insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução fica
substituição do farmacêutico responsável pela permitida nos casos de encerramento, alteração das
transmissão de dados ao SNGPC, poderá ser impresso atividades ou junção de estabelecimentos, e deve ser
um novo Certificado de Escrituração Digital com os escriturada no SNGPC.
dados atualizados. Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o
estabelecimento que receber os medicamentos e
CAPÍTULO IV insumos farmacêuticos deve escriturar a movimentação
DA ESCRITURAÇÃO E DO CONTROLE DO de entrada através de nota fiscal emitida pelo
ESTOQUE estabelecimento que encerrou suas atividades.
Art. 10. Os estabelecimentos devem realizar a Art. 14. O farmacêutico responsável técnico deve
escrituração de toda e qualquer movimentação e o notificar qualquer inconsistência relacionada a
controle do estoque de medicamentos e insumos medicamentos e insumos farmacêuticos por meio de
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução por meio de funcionalidade disponível no ambiente do SNGPC.
sistema informatizado compatível com as § 1º Quando houver inconsistências que impeçam o
especificações e padrão de transmissão estabelecidos envio de arquivo XML, as movimentações desta
pela Anvisa, de modo a garantir a interoperabilidade inconsistência devem ser escrituradas no sistema
entre os sistemas. informatizado do estabelecimento para controle e
§ 1º A escrituração é de responsabilidade do fiscalização pela autoridade sanitária.
farmacêutico responsável técnico ou seu substituto § 2º Corrigida a inconsistência que impede o envio de
legal devidamente cadastrado e associado no SNGPC. arquivo XML, as movimentações devem voltar a ser
§ 2º Devem ser escriturados os dados exigidos escrituradas no SNGPC.
conforme normas específicas vigentes para os Art. 15. O estoque físico dos medicamentos e
medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a esta substâncias sujeitas a controle especial deve ser
Resolução. qualitativa e quantitativamente idêntico ao escriturado
§ 3º Os dados da escrituração sanitária devem ser no SNGPC, bem como no sistema informatizado do
transmitidos eletronicamente em arquivos no intervalo estabelecimento, observando-se o prazo de escrituração.
de, no mínimo, 1 (um) e, no máximo, 7 (sete) dias Art. 16. Todo o estoque movimentado pelo
consecutivos, ainda que nenhuma movimentação no estabelecimento deve estar devidamente escriturado,
estoque do estabelecimento tenha ocorrido no sendo este comercializável ou não.
respectivo período.
§ 4º A transmissão eletrônica deve ser realizada e CAPÍTULO V
atualizada, no mínimo, uma vez por semana. DO SISTEMA INFORMATIZADO E DO PADRÃO
§ 5º Para os insumos farmacêuticos, deve ser SNGPC
escriturado o número do lote do fabricante. Art. 17. O sistema informatizado utilizado pelo
§ 6º A escrituração deve ser mantida no sistema estabelecimento deve ser desenvolvido ou adaptado
informatizado do estabelecimento, para controle e segundo os requisitos e as especificações estabelecidos
fiscalização pela autoridade sanitária. pela Anvisa.
Art. 11. Na falta de farmacêutico substituto, a Art. 18. O sistema informatizado do estabelecimento,
escrituração deve ser obrigatoriamente transmitida ao que gera os arquivos XML para envio ao SNGPC, deve
final dos períodos de ausências do farmacêutico ter acesso restrito ao farmacêutico responsável técnico
responsável técnico, por meio do envio de arquivos sem ou seu substituto legal devidamente cadastrado e
movimentação de medicamentos sujeitos a controle associado no SNGPC.
especial, conforme Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, § 1º O farmacêutico responsável técnico pode delegar a
ou a que vier a substituí-la. terceiros, sob sua responsabilidade, o acesso parcial ao
Art. 12. A substituição definitiva ou eventual do sistema informatizado para fins de inserção dos dados.
farmacêutico responsável técnico no SNGPC deve ser § 2º É função do farmacêutico responsável técnico a
precedida de finalização do inventário, de modo que as geração e envio dos arquivos XML ao SNGPC.
transmissões da escrituração possam ter continuidade Art. 19. O sistema informatizado do estabelecimento
pelo substituto ou pelo novo farmacêutico responsável deve garantir:
técnico. I - a realização periódica de cópia de segurança dos
§ 1º Na hipótese do caput deste artigo, o novo dados de escrituração, que deve permanecer arquivada
farmacêutico responsável técnico ou o substituto deve no estabelecimento por 2 (dois) anos; e
conferir o inventário previamente finalizado. II - a geração de relatórios atualizados dos estoques e
§ 2º Nos casos em que houver divergência entre os movimentações de medicamentos e insumos
dados do inventário finalizado anteriormente e o farmacêuticos sujeitos a esta Resolução, com
estoque existente no estabelecimento, o substituto ou o informações necessárias para sua conferência e
novo farmacêutico responsável técnico deve corrigir rastreabilidade.

401
Art. 20. O desenvolvimento, aquisição e manutenção do I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do
sistema informatizado para fins desta Resolução são de cadastro e liberação do acesso ao sistema para os
responsabilidade de cada estabelecimento. profissionais de vigilância sanitária no âmbito do
Art. 21. O sistema informatizado utilizado pelo respectivo Estado, Regional ou do Distrito Federal;
estabelecimento deve assegurar o sigilo, a integridade, a II - a atribuição de acesso com perfil de gestor
autenticidade e a disponibilidade dos dados e municipal do SNGPC no âmbito dos Municípios ou
informações, de modo a viabilizar a execução de ações áreas administrativas do respectivo Estado, Regional e
de fiscalização, monitoramento, gerenciamento e Distrito Federal, conforme indicação e escolha da
controle de riscos pela autoridade sanitária competente, autoridade competente de cada município ou área
bem como garantir a proteção da imagem, da honra e da administrativa; e
privacidade das pessoas. III - cooperar com a orientação e capacitação de
Parágrafo único. É vedado disponibilizar a terceiros não profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado
autorizados dados ou informações relacionadas à dos municípios ou áreas administrativas sob sua
comercialização e uso de medicamentos e insumos jurisdição acerca dos procedimentos para
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução, capazes de operacionalização do SNGPC e do uso de informação
identificar e individualizar padrões ou hábitos de para a tomada de decisão e ação.
prescrição, dispensação ou consumo desses produtos, Art. 28. Ao gestor municipal do SNGPC cabe, entre
salvo nos casos permitidos pela legislação vigente. outras atribuições:
Art. 22. Os requisitos e as especificações dos Padrões I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do
SNGPC, bem como suas eventuais alterações, são cadastro e liberação do acesso ao sistema para os
aprovados em ato próprio e permanecerão disponíveis profissionais de vigilância sanitária no âmbito do
no sítio eletrônico da Anvisa para viabilizar o município; e
desenvolvimento ou a atualização dos sistemas II - cooperar com a orientação e capacitação de
informatizados utilizados pelos estabelecimentos. profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado
Art. 23. A Anvisa disponibiliza ambientes de testes acerca dos procedimentos para operacionalização do
para validação de arquivos enviados ao SNGPC em seu SNGPC e do uso de informação para a tomada de
sítio eletrônico na internet, de modo a viabilizar o decisão e ação.
desenvolvimento ou a adaptação dos sistemas Art. 29. A responsabilidade pela atualização dos dados
informatizados de que trata esta Resolução. referentes aos gestores do SNGPC, no âmbito nacional,
estadual, regional, do Distrito Federal ou municipal,
CAPÍTULO VI junto às instâncias responsáveis pela atribuição de
DA GESTÃO DO SNGPC E DA FISCALIZAÇÃO acesso ao sistema com perfil de gestor fica a cargo das
PELO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA respectivas autoridades sanitárias.
SANITÁRIA Art. 30. O acesso ao SNGPC pelos profissionais de
Art. 24. As autoridades sanitárias da União, dos vigilância sanitária dar-se-á mediante liberação de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios terão acesso pelo gestor do SNGPC do respectivo Estado,
acesso a dados e informações por meio do SNGPC, em Regional, Distrito Federal ou Município e abrange os
seus diversos detalhamentos, acerca da produção, dados e informações relativos ao seu âmbito de atuação.
manipulação, distribuição, prescrição, dispensação e Art. 31. Os dados e informações técnicas e operacionais
consumo de medicamentos e insumos farmacêuticos obtidos por meio do SNGPC devem receber tratamento
sujeitos a esta Resolução, no âmbito de suas respectivas sigiloso, salvo para impossibilitar a ocorrência de
atribuições legais. circunstâncias de risco à saúde da população.
Art. 25. A gestão do SNGPC, em âmbito nacional, é Art. 32. Compete à autoridade sanitária dos Estados, do
exercida pela Anvisa. Distrito Federal e dos Municípios a fiscalização dos
Art. 26. Ao gestor nacional do SNGPC cabe, entre estabelecimentos quanto ao cumprimento desta
outras atribuições: Resolução.
I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do Parágrafo único. A Anvisa poderá prestar cooperação
cadastro e liberação do acesso ao sistema para os técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e
profissionais de vigilância sanitária no âmbito federal; aos Municípios, bem como atuar em circunstâncias
II - a atribuição de acesso com perfil de gestor estadual especiais de risco à saúde, observada a autonomia
do SNGPC no âmbito dos Estados e do Distrito federativa e a diretriz constitucional da descentralização
Federal, conforme indicação e escolha da autoridade das ações no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
competente da respectiva Unidade da Federação; eIII - Art. 33. Não deverá ser objeto de autuação a falta de
cooperar com a orientação e capacitação de regularidade na transmissão das movimentações e
profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado emissão de relatórios quando o motivo for estritamente
acerca dos procedimentos para operacionalização do instabilidade operacional do próprio SNGPC.
SNGPC e do uso de informação para a tomada de Art. 34. Configurada infração por inobservância de
decisão e ação. preceitos legais, a autoridade sanitária deve tomar
Art. 27. Ao gestor estadual, distrital e regional do medidas necessárias dentro de sua competência e
SNGPC cabe, entre outras atribuições:

402
poderá comunicar o fato ao Conselho Profissional LISTA DE ANTIMICROBIANOS REGISTRADOS
competente e acompanhar seu desdobramento. NA ANVISA - Redação dada pela Resolução – RDC nº
174, de 15 de setembro de 2017.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. A escrituração de medicamentos e insumos
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução substitui a
escrituração realizada por meio de livro de registro ou
sistema informatizado previamente autorizado pela
autoridade sanitária competente, estabelecidos na
Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria
SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999, ou as que
vierem substituí-las.
§ 1º Fica excepcionalmente admitida a adoção de
rotinas não informatizadas pelo SNGPC, mediante
manutenção do livro de registro, em municípios
desprovidos de acesso à internet, condicionada à
autorização pela autoridade sanitária local.
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, cabe à autoridade
sanitária local comunicar o fato à área técnica da
Anvisa responsável pela gestão do SNGPC.
§ 3º Fica excepcionalmente admitida a adoção de
rotinas não informatizadas pelo SNGPC, mantendo-se a
escrituração no sistema informatizado do
estabelecimento, nos casos de apresentações comerciais
fracionáveis e para os medicamentos ou insumos
farmacêuticos com inconsistência.
Art. 36. Os estabelecimentos deverão manter a
escrituração sanitária atualizada conforme os prazos
estabelecidos nesta Resolução, para o fim de obtenção
do Certificado de Transmissão Regular.
Parágrafo único. Durante a inspeção sanitária local,
caso seja verificada divergência entre o estoque físico e
o estoque no SNGPC, deverá ser considerada a
existência de arquivos não enviados e/ou não validados
no prazo previsto pelo § 4º do art. 10.
Art. 37. Fica estabelecida a interface entre o SNGPC e
o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos –
SNCM para os medicamentos sujeitos a esta Resolução.
Art. 38. A área técnica competente da Anvisa adotará
medidas ou procedimentos para os casos não previstos
nesta Resolução.
Art. 39. Sem prejuízo de outras cominações legais,
inclusive penais, de que sejam passíveis os
responsáveis técnicos e legais, a empresa responderá
administrativa e civilmente por infração sanitária
resultante da inobservância desta Resolução e demais
normas complementares, nos termos da Lei nº 6.437, de
20 de agosto de 1977.
Art. 40. Ficam revogadas a Resolução de Diretoria
Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, a Instrução
Normativa nº 7, de 24 de abril de 2007, e a Instrução
Normativa nº 11,de 31 de outubro de 2007.
Art. 41. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.

DIRCEU BRAS APARECIDO BARBANO


ANEXO I

403
RDC N° 26 DE 13/05/2014 § 4º Não se considera medicamento fitoterápico ou
(D.O.U 14.05.14) produto tradicional fitoterápico aquele que inclua na
sua composição substâncias ativas isoladas ou
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos altamente purificadas, sejam elas sintéticas,
e o registro e a notificação de produtos tradicionais semissintéticas ou naturais e nem as associações dessas
fitoterápicos. com outros extratos, sejam eles vegetais ou de outras
fontes, como a animal.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de § 5º Os medicamentos fitoterápicos são passíveis de
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe registro e os produtos tradicionais fitoterápicos são
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, passíveis de registro ou notificação.
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. § 6º Os medicamentos e produtos obtidos de fungos
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do multicelulares e algas deverão ser avaliados conforme
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de esta Resolução até que tenham regulamentação
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto específica.
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto § 7º Conforme previsto no Art. 22 do Decreto no 8.077,
nos incisos III, do art. de 14 de agosto de 2013, as plantas medicinais sob a
2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o forma de droga vegetal, doravante denominadas chás
Programa de Melhoria do Processo de Regulamentação medicinais, serão dispensadas de registro, devendo ser
da Agência, instituído por meio da Portaria nº 422, de notificadas de acordo com o descrito nesta Resolução
16 de abril de 2008, em reunião realizada em 8 de maio na categoria de produto tradicional fitoterápico.
de 2014, adota a seguinte Resolução da Diretoria § 8º Os chás medicinais notificados não podem conter
Colegiada e eu, Diretor-Presidente , determino a sua excipientes em suas formulações, sendo constituídos
publicação: apenas de drogas vegetais.
§ 9º Não são objeto de registro ou notificação as
CAPÍTULO I preparações elaboradas pelos povos e comunidades
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS tradicionais do país sem fins lucrativos e não
Seção I industrializadas.
Objetivo
Art. 1º Esta Resolução define as categorias de Seção III
medicamento fitoterápico e produto tradicional Definições
fitoterápico e estabelece os requisitos mínimos para o Art. 3º Para efeito desta Resolução, são adotadas as
registro e renovação de registro de medicamento seguintes definições:
fitoterápico, e para o registro, renovação de registro e I - algas: seres vivos eucarióticos autotróficos que
notificação de produto tradicional fitoterápico. sintetizam clorofila;
Seção II II - chá medicinal: droga vegetal com fins medicinais a
Abrangência ser preparada por meio de infusão, decocção ou
Art. 2º Esta Resolução se aplica a produtos maceração em água pelo consumidor;
industrializados que se enquadram nas categorias de III - controle biológico: método alternativo à análise
medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais quantitativa dos marcadores da matéria-prima vegetal e
fitoterápicos. do produto acabado, baseado na avaliação da atividade
§ 1º São considerados medicamentos fitoterápicos os biológica proposta para o fitocomplexo;
obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas IV - decocção: preparação, destinada a ser feita pelo
ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas consumidor, que consiste na ebulição da droga vegetal
em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela em água potável por tempo determinado. Método
constância de sua qualidade. indicado para partes de drogas vegetais com
§ 2º São considerados produtos tradicionais consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas,
fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de caules, sementes e folhas coriáceas ou que contenham
matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e substâncias de interesse com baixa solubilidade em
efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e água;
efetivo publicados na literatura técnico-científica e que V - derivado vegetal: produto da extração da planta
sejam concebidos para serem utilizados sem a medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as
vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de substâncias responsáveis pela ação terapêutica,
prescrição ou de monitorização. podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil,
§ 3º Os produtos tradicionais fitoterápicos não podem cera, exsudato e outros;
se referir a doenças, distúrbios, condições ou ações VI - documentação técnico-científica: documentação
consideradas graves, não podem conter matérias-primas baseada em referências bibliográficas, publicação
em concentração de risco tóxico conhecido e não científica indexada, brasileira ou internacional, e
devem ser administrados pelas vias injetável e publicação técnica, como as expedidas pelas
oftálmica. autoridades sanitárias e governamentais, a exemplo das
farmacopeias reconhecidas pela Anvisa;VII - doença de

404
baixa gravidade: doença auto-limitante, de evolução XVIII - matéria-prima vegetal: compreende a planta
benigna, que pode ser tratada sem acompanhamento medicinal, a droga vegetal ou o derivado vegetal;
médico; XIX - nomenclatura botânica: espécie (gênero + epíteto
VIII - droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, específico);
que contenham as substâncias responsáveis pela ação XX - nomenclatura botânica completa: espécie, autor
terapêutica, após processos de coleta/colheita, do binômio, variedade, quando aplicável, e família;XXI
estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo - notificação: prévia comunicação à Anvisa informando
estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou que se pretende fabricar, importar e/ou comercializar
pulverizada; produtos tradicionais fitoterápicos;
IX - efetividade: capacidade de promover resultado XXII - perfil cromatográfico: padrão cromatográfico de
biológico observado durante utilização no ser humano; constituintes característicos, obtido em condições
X - fitocomplexo: conjunto de todas as substâncias, definidas, que possibilite a identificação da espécie
originadas do metabolismo primário ou secundário, vegetal em estudo e a diferenciação de outras espécies;
responsáveis, em conjunto, pelos efeitos biológicos de XXIII - planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou
uma planta medicinal ou de seus derivados; não, utilizada com propósitos terapêuticos;
XI - fitoterápico: produto obtido de matéria-prima ativa XXIV - planta medicinal fresca: a planta medicinal
vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade usada logo após a colheita/coleta sem passar por
profilática, curativa ou paliativa, incluindo qualquer processo de secagem;
medicamento fitoterápico e produto tradicional XXV - registro: instrumento por meio do qual o
fitoterápico, podendo ser simples, quando o ativo é Ministério da Saúde, no uso de sua atribuição
proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou específica, determina a inscrição prévia no órgão ou na
composto, quando o ativo é proveniente de mais de entidade competente, pela avaliação do cumprimento de
uma espécie vegetal; caráter jurídico-administrativo e técnico-científico
XII - folheto informativo: folheto que acompanha os relacionada com a eficácia, segurança e qualidade
produtos tradicionais fitoterápicos contendo destes produtos, para sua introdução no mercado e sua
informações de composição e uso do produto para comercialização ou consumo;
instruir o consumidor; XXVI - relação "droga vegetal : derivado vegetal":
XIII - fungos multicelulares: seres vivos eucarióticos expressão que define a relação entre uma quantidade de
multinucleados que não sintetizam clorofila, não droga vegetal e a respectiva quantidade de derivado
armazenam amido como substância de reserva e, em vegetal obtida. O valor é dado como um primeiro
sua maioria, não possuem celulose na parede celular; número, fixo ou na forma de um intervalo,
XIV - infusão: preparação, destinada a ser feita pelo correspondente à quantidade de droga utilizada, seguido
consumidor, que consiste em verter água potável de dois pontos (:) e, depois desses, o número
fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou correspondente à quantidade obtida de derivado
abafar o recipiente por um período de tempo vegetal;
determinado. Método indicado para partes de drogas XXVII - relatório de estudo de estabilidade: documento
vegetais de consistência menos rígida, tais como folhas, por meio do qual se apresentam os resultados do plano
flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias de estudo de estabilidade, incluindo as provas e
ativas voláteis ou ainda com boa solubilidade em água; critérios de aceitação, características do lote que foi
XV - insumo farmacêutico ativo vegetal (IFAV): submetido ao estudo, quantidade das amostras,
matéria-prima ativa vegetal, ou seja, droga ou derivado condições do estudo, métodos analíticos e material de
vegetal, utilizada no processo de fabricação de um acondicionamento;
fitoterápico; XXVIII - relatório técnico: documento apresentado pela
XVI - maceração com água: preparação, destinada a ser empresa, descrevendo os elementos que compõem e
feita pelo consumidor, que consiste no contato da droga caracterizam o produto, e que esclareça as suas
vegetal com água potável, a temperatura ambiente, por peculiaridades, finalidades, modo de usar, as indicações
tempo determinado, específico para cada droga vegetal. e contraindicações e outras informações que
Método indicado para drogas vegetais que possuam possibilitem à autoridade sanitária proferir decisão
substâncias que se degradem com o aquecimento; sobre o pedido de registro; e
XVII - marcador: substância ou classe de substâncias XXIX - uso tradicional: aquele alicerçado no longo
(ex.: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos, etc.) histórico de utilização no ser humano demonstrado em
utilizada como referência no controle da qualidade da documentação técnico-científica, sem evidências
matéria-prima vegetal e do fitoterápico, conhecidas ou informadas de risco à saúde do usuário.
preferencialmente tendo correlação com o efeito
terapêutico. O marcador pode ser do tipo ativo, quando CAPÍTULO II
relacionado com a atividade terapêutica do DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS
fitocomplexo, ou analítico, quando não demonstrada, FITOTERÁPICOS E PRODUTOS TRADICIONAIS
até o momento, sua relação com a atividade terapêutica FITOTERÁPICOS NACIONAIS
do fitocomplexo; Seção I
Das medidas antecedentes ao registro

405
Art. 4º O solicitante do registro deverá requerer à apresentados, os quais devem ser juntados à petição na
Farmacopeia Brasileira a inclusão dos constituintes do ordem disposta nesta Resolução.
fitoterápico na lista da Denominação Comum Brasileira § 3º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão
(DCB) caso esses ainda não estejam presentes nessa do pedido de registro, mas impedirá sua aprovação.
lista. Seção III
Relatório técnico
Seção II Art. 8º O relatório técnico deve conter as seguintes
Documentação informações:
Art. 5º Todos os documentos deverão ser encaminhados I - dados das matérias-primas vegetais, incluindo:
em via impressa numerada, com assinatura do a) nomenclatura botânica completa; e
responsável técnico nos Formulários de Petição (FP), b) parte da planta utilizada;
laudos, relatórios, declarações e na folha final do II - layout dos rótulos das embalagens primária e
processo. secundária;
§ 1º O solicitante do registro deverá adicionar à III - layout de bula para medicamento fitoterápico ou
documentação impressa CD-ROM ou DVD contendo folheto informativo para produto tradicional
arquivo eletrônico em formato pdf. fitoterápico;
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos IV - documentação referente a cada local de fabricação,
casos de submissão dos documentos em meio caso a empresa solicite o registro em mais de um local
eletrônico. de fabricação;
Art. 6º Toda documentação expedida por autoridades V - relatório do estudo de estabilidade;
sanitárias ou governamentais em idioma estrangeiro VI - relatório de produção;
usada para fins de registro deverá ser acompanhada de VII - relatório de controle da qualidade;
tradução juramentada. VIII - relatório de segurança e eficácia/efetividade,
Art. 7º A empresa deverá protocolar um processo para quando aplicável;
cada medicamentofitoterápico ou produto tradicional IX - descrição de sistema de farmacovigilância,
fitoterápico, apresentando os seguintes documentos: conforme RDC nº 4, de 10 de fevereiro de 2009, que
I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os
preenchidos, carimbados e assinados; detentores de registro de medicamentos de uso humano,
II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização ou suas atualizações; e
de Vigilância Sanitária - TFVS e respectiva Guia de X - laudo de controle da qualidade de um lote do
Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o fitoterápico para cada um dos fornecedores
caso; qualificados, sendo aceitos, no máximo, três
III - cópia da autorização de funcionamento, emitida fornecedores de IFAV por forma farmacêutica a ser
pela Anvisa para a empresa solicitante do registro do registrada.
medicamento; § 1º No caso de existência de mais de um fornecedor,
IV - cópia do Certificado de Boas Práticas de deverá ser apresentado laudo de controle da qualidade
Fabricação e Controle (CBPFC), válido, emitido pela de três lotes para o primeiro fornecedor e de um lote
Anvisa, para a linha de produção na qual o fitoterápico para cada um dos fornecedores adicionais.
será fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de § 2º Para cada forma farmacêutica, os fornecedores
solicitação de inspeção para fins de emissão do devem apresentar especificações semelhantes quanto ao
certificado de BPFC; marcador, teor, tipo de solvente, extrato utilizado e
V - relatório técnico separado para cada forma relação droga : derivado vegetal a fim de garantir a
farmacêutica; e manutenção das especificações do produto acabado.
VI - cópia do Certificado de Responsabilidade Técnica
(CRT), atualizado, emitido pelo Conselho Regional de Seção IV
Farmácia. Relatório do estudo de estabilidade
§ 1º As empresas fabricantes de medicamentos Art. 9º A empresa solicitante do registro ou notificação
fitoterápicos devem possuir CBPF para medicamentos, deverá apresentar relatório do estudo de estabilidade
conforme RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, que acelerado concluído acompanhado do estudo de
dispõe sobre as boas práticas de fabricação de estabilidade de longa duração em andamento de três
medicamentos, ou suas atualizações; enquanto as lotes-piloto, ou estudos de estabilidade de longa
empresas fabricantes de produtos tradicionais duração já concluídos, todos de acordo com a
fitoterápicos devem possuir CBPF para medicamentos Resolução - RE nº 1, de 29 de julho de 2005, que
ou CBPF para produtos tradicionais fitoterápicos, publicou o Guia para a realização de estudos de
conforme RDC nº 13, de 14 de março de 2013, que estabilidade, ou suas atualizações.
dispõe sobre as boas práticas de fabricação de produtos Parágrafo único. Decorrido o prazo de validade
tradicionais fitoterápicos, ou suas atualizações. declarado para o medicamento ou para o produto
§ 2º Logo após a folha de rosto do peticionamento, tradicional fitoterápico, a empresa deverá protocolar, na
deve ser inserido um índice dos documentos a serem forma de complementação de informações ao processo,
relatório do estudo de estabilidade de longa duração dos

406
três lotes de um fornecedor e um lote para cada Na hipótese de o método não ser estabelecido em
fornecedor adicional, apresentados no pedido de farmacopeia reconhecida pela Anvisa, deve-se
registro, de acordo com o cronograma previamente descrever detalhadamente todas as metodologias
apresentado, assim como a declaração do prazo de utilizadas no controle da qualidade.
validade e dos cuidados de conservação definitivos. Parágrafo único. Quando não forem utilizadas
Seção V referências farmacopeicas reconhecidas pela Anvisa,
Relatório de produção e controle da qualidade deve ser apresentada descrição detalhada de todas as
Art. 10. O relatório de produção deve conter as metodologias utilizadas no controle da qualidade e ser
seguintes informações: enviada cópia de toda a documentação técnico-
I - forma farmacêutica; científica utilizada para embasar o método analítico
II - descrição detalhada da fórmula conforme a aplicado, os métodos analíticos devem ser validados de
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em sua acordo com o Guia de validação de métodos
ausência, a Denominação Comum Internacional (DCI) analíticos e bioanalíticos, publicado pela Anvisa na RE
ou a denominação utilizada no Chemical Abstracts nº 899, de 29 de maio de 2003, ou suas atualizações.
Service (CAS), nessa ordem de prioridade; Art. 12. Revogado RDC nº 235/2018
III - descrição da quantidade de cada componente
expressa no Sistema Internacional de unidades (SI) por Subseção I
unidade farmacotécnica, indicando sua função na Da droga vegetal
fórmula; Art. 13. Deve ser apresentado laudo de análise da droga
IV - definição dos tamanhos mínimo e máximo dos vegetal, indicando o método utilizado, especificação e
lotes industriais a serem produzidos; resultados obtidos para um lote dos ensaios abaixo
V - descrição de todas as etapas do processo de descritos:
produção, por meio de fluxograma, contemplando os I - caracterização (cor);
equipamentos utilizados e o detalhamento da II - identificação macroscópica e microscópica;
capacidade máxima individual; III - descrição da droga vegetal em farmacopeias
VI - metodologia do controle em processo; e reconhecidas pela Anvisa, ou, em sua ausência, em
VII - descrição dos critérios de identificação do lote outra documentação técnico-científica, ou laudo de
industrial. identificação emitido por profissional habilitado;
Art. 11. O relatório de controle da qualidade deve IV - grau de cominuição, quando se tratar de chás
apresentar as seguintes informações: medicinais ou drogas vegetais utilizadas como produto
I - dados sobre o controle da Encefalopatia final ao consumidor;
Espongiforme Transmissível (EET), conforme RDC nº V - testes de pureza e integridade, incluindo:
305, de 14 de novembro de 2002, que proibiu, em todo a) determinação de matérias estranhas;
o território nacional, enquanto persistirem as condições b) determinação de água;
que configurem risco à saúde, o ingresso e a c) determinação de cinzas totais;
comercialização de matéria-prima e produtos acabados, d) determinação de cinzas insolúveis em ácido
semielaborados ou a granel para uso em seres humanos, clorídrico, a ser realizada quando
cujo material de partida seja obtido a partir de citada, em documentação técnico-científica, a
tecidos/fluidos de animais ruminantes, relacionados às necessidade dessa avaliação;
classes de medicamentos, cosméticos e produtos para a e) determinação de metais pesados;
saúde, conforme discriminado, e RDC nº 68, de 28 de f) determinação de resíduos de agrotóxicos e afins;
março de 2003, que estabelece as condições para g) determinação de radioatividade, quando aplicável;
importação, comercialização, exposição ao consumo h) determinação de contaminantes microbiológicos;
dos produtos incluídos na RDC nº 305, de 14 de i) determinação de micotoxinas, a ser realizada quando
novembro de 2002, ou suas atualizações, quando citados, em documentação técnico-científica, a
cabível; necessidade dessa avaliação ou relatos da contaminação
II - laudo de análise de todas as matérias-primas da espécie por micotoxinas;VI - detalhes da
utilizadas e do produto acabado, contendo o método coleta/colheita e das condições de cultivo, quando
utilizado, especificação e resultados obtidos; cultivada;
III - referências farmacopeicas consultadas e VII - métodos de estabilização, quando empregado,
reconhecidas pela Anvisa para o controle dos IFAV e secagem e conservação utilizados, com seus devidos
produto acabado, conforme RDC nº 37, de 6 de julho controles, quando aplicável;
de 2009, que trata da admissibilidade das farmacopeias VIII - método para eliminação de contaminantes,
estrangeiras, ou suas atualizações; quando empregado, e a pesquisa de eventuais
IV - especificações do material de embalagem primária; alterações;
e IX - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva
V - controle dos excipientes utilizados na produção do imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela
medicamento fitoterápico ou do produto tradicional Anvisa, com comparação que possa garantir a
fitoterápico por método estabelecido em farmacopeia identidade da droga vegetal; e
reconhecida.

407
X - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle
biológico. Art. 14. Quando a droga vegetal for adquirida de
§ 1º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve fornecedores, o fabricante do fitoterápico deverá enviar
ser tecnicamente justificada. laudo do fornecedor, contendo obrigatoriamente as
§ 2º Os chás medicinais notificados estão isentos da informações constantes no art. 8º, inciso I, e art. 13,
exigência descrita no inciso X deste artigo. incisos IV, VI, VII e VIII, e laudo de análise da droga
§ 3º Quando o fitoterápico acabado tiver como IFAV vegetal realizado pelo fabricante do fitoterápico,
um derivado vegetal, o laudo de análise da droga contendo os demais requisitos do art. 13.
vegetal que originou o derivado fica isento das § 1º Quando a droga vegetal for utilizada para obtenção
exigências descritas no inciso V, alíneas “e”, “f”, “g” e do derivado pelo fabricante do fitoterápico, e se o laudo
“i”. do fornecedor da droga vegetal informar o método
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da utilizado, especificação e resultados referentes aos
publicação desta Resolução para que as empresas testes de pureza e integridade descritos no art. 13,
apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas e inciso V desta Resolução, os mesmos testes não
tricotecenos. Fixa, ainda, como prazo final o dia 1º de precisam ser realizados pelo fabricante do fitoterápico,
janeiro de 2018, para apresentação de avaliações de bastando apresentar os constantes no laudo do
resíduos de agrotóxicos e afins.” fornecedor.
Observação: As empresas devem apresentar as § 2º Quando a droga vegetal for utilizada diretamente
análises de ocratoxinas, fumonisinas, tricotecenos e como o produto acabado, mesmo que o laudo do
resíduos de agrotóxicos em fitoterápicos em até no fornecedor da droga vegetal informe o método
máximo 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias da data utilizado, especificação e resultados referentes a algum
de publicação da Resolução – RDC nº 235, de 20 de dos testes de pureza e integridade descritos no art. 13,
junho de 2018 inciso V desta Resolução, os mesmos testes precisam
ser realizados pelo fabricante do fitoterápico, devendo
§ 5º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser ser apresentados no laudo da droga vegetal.
apresentada, por meio de petição específica, para os
fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles Subseção II
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais Do derivado vegetal
oriundas da agricultura orgânica. (Incluído pela Art. 15. Quando a empresa fabricante do fitoterápico
Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016) utilizar derivados vegetais no seu processo de
fabricação, deve ser apresentado laudo de análise do
§ 6º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de derivado vegetal, indicando o método utilizado,
resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada em todas especificação e resultados obtidos para um lote dos
as petições de registro e pós-registro em que seja ensaios abaixo descritos:
solicitado laudo de controle de qualidade, à exceção da I - solventes e excipientes utilizados na extração do
isenção prevista no parágrafo anterior. derivado;
Observação: As empresas devem apresentar as análises II - relação aproximada droga vegetal: derivado vegetal;
de ocratoxinas, fumonisinas, tricotecenos e resíduos de III - testes de pureza e integridade, incluindo:
agrotóxicos em fitoterápicos em até no máximo 365 a) determinação de metais pesados;
(trezentos e sessenta e cinco) dias da data de publicação b) determinação de resíduos de agrotóxicos e afins;
da Resolução – RDC nº 235, de 20 de junho de 2018. c) determinação de resíduos de solventes (para extratos
que não sejam obtidos com etanol e/ou água);
§ 7º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no d) determinação de contaminantes microbiológicos;
Brasil que não comprovarem o sistema orgânico de e) determinação de micotoxinas, a ser realizada quando
obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise citados, em documentação técnico-científica, a
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme necessidade dessa avaliação ou relatos da contaminação
previsto em Farmacopeia oficial, além dos constantes da espécie por micotoxinas;
da “Lista de agrotóxicos selecionados para análise”. IV - método para eliminação de contaminantes, quando
(Incluído pela Resolução – RDC nº 105/16) empregado, e a pesquisa de eventuais alterações;
§ 8º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá V - caracterização físico-química do derivado vegetal,
apresentar, adicionalmente, a análise de outros resíduos incluindo:
de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região a) para extratos fluidos: caracterização, resíduo seco,
de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante pH, teor alcoólico e densidade relativa;
ou fornecedor, nas mesmas situações previstas nos b) para extratos secos: determinação de água,
parágrafos 5º e 6º . (Incluído pela Resolução – RDC nº solubilidade e densidade aparente;
105, de 31 de agosto de 2016) c) para óleos essenciais: determinação da densidade,
§ 9º Para os casos em que for detectada a presença de índice de refração e rotação óptica;
resíduos de agrotóxicos, deverá ser demonstrada sua d) para óleos fixos: determinação do índice de acidez,
inocuidade. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de de ésteres e de iodo;
31 de agosto de 2016)

408
VI - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva especificação e resultados obtidos para um lote dos
imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela ensaios abaixo descritos:
Anvisa, com comparação que possa garantir a I - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva
identidade do derivado vegetal; e imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela
VII - análise quantitativa dos marcadores ou controle Anvisa, com comparação que possa garantir a
biológico. identidade das matérias primas vegetais;
§ 1º Outros testes podem ser adicionados ou substituir II - análise quantitativa dos marcadores específicos de
os descritos no inciso V de acordo com monografia cada espécie ou controle biológico; e
farmacopeica reconhecida. III - resultados de todos os testes realizados no controle
§ 2º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve da qualidade para um lote do fitoterápico, de acordo
ser tecnicamente justificada. com a forma farmacêutica solicitada.
§ 3º Quando a empresa não for a produtora do derivado § 1º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve
vegetal, não é necessário constar em seu laudo os ser tecnicamente justificada.
ensaios descritos nos incisos I, II e IV do art. 15, sendo § 2º Para associações de espécies vegetais em que a
necessário enviar laudo de fornecedor, contendo as determinação quantitativa de um marcador por espécie
informações constantes do art. 8º, inciso I, e art. 15, não é possível, poderão ser apresentados os perfis
incisos I, II e IV. cromatográficos que contemplem a presença de ao
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da menos um marcador específico para cada espécie na
publicação desta Resolução para que as empresas associação, complementado pela determinação
apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas e quantitativa do maior número possível de marcadores
tricotecenos. Fixa, ainda, como prazo final o dia 1º de específicos para cada espécie.
janeiro de 2018, para apresentação de avaliações de § 3º Para associações de espécies vegetais em que a
resíduos de agrotóxicos e afins.” (NR) (Redação dada identificação de marcadores não seja possível para
pela RDC 93/16) alguma espécie no produto acabado, devem ser
§ 5º A empresa fabricante do fitoterápico deve apresentados:
apresentar laudo da droga vegetal, emitido pelo a - a justificativa da impossibilidade técnica de
fornecedor do derivado vegetal, com as informações identificação na associação de um marcador específico
descritas no art. 14 desta Resolução. de determinada espécie;
§ 6º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser b - a documentação comprobatória de que os métodos
apresentada, por meio de petição específica, para os analíticos normalmente aplicados em diferentes
fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles comprimentos de onda para a identificação na
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais associação foram investigados;
oriundas da agricultura orgânica. c - a identificação dos marcadores nas espécies
§ 7º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de vegetais, durante o controle em processo, quando a
resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada em todas identificação ainda for possível;
as petições de registro e pós-registro em que seja d - a identificação realizada imediatamente antes da
solicitado laudo de controle de qualidade, à exceção da introdução do IFAV no produto acabado;
isenção prevista no parágrafo anterior. e - os estudos de desenvolvimento do produto e dos
§ 8º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no lotes piloto, incluindo os perfis analíticos durante a
Brasil que não comprovarem o sistema orgânico de adição gradual dos IFAV; e
obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise f - o controle do registro dos lotes (histórico dos lotes).
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme
previsto em Farmacopeia oficial além dos constantes Seção VI
da “Lista de agrotóxicos selecionados para análise”. Relatório de segurança e eficácia/efetividade
§ 9º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá Subseção I
apresentar, adicionalmente, a análise de outros resíduos Dos medicamentos fitoterápicos
de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região Art. 17. A segurança e a eficácia dos medicamentos
de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante fitoterápicos devem ser comprovadas por uma das
ou fornecedor, nas mesmas situações previstas nos opções seguintes:
parágrafos 6º e 7º. I - ensaios não clínicos e clínicos de segurança e
§ 10 Para os casos em que for detectada a presença de eficácia; ouII - registro simplificado, que deverá ser
resíduos de agrotóxicos, deverá ser demonstrada sua comprovado por:
inocuidade. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de a) presença na Lista de medicamentos fitoterápicos de
31 de agosto de 2016) registro simplificado, conforme Instrução Normativa-
IN n° 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações;
Subseção III ou
Do produto acabado b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso
Art. 16. Deve ser apresentado laudo de análise do bem estabelecido da Comunidade Europeia
produto acabado, indicando o método utilizado, (Community herbal monographs with well-established
use) elaboradas pelo Comitê de Produtos Medicinais

409
Fitoterápicos (Committe on Herbal Medicinal Products comprovação da segurança e eficácia for efetuada por
- HMPC) da European Medicines Agency (EMA). meio da Lista de medicamentos fitoterápicos de registro
§ 1º Os medicamentos fitoterápicos que forem simplificado, conforme IN n° 2, de 13 de maio de 2014,
originados de matéria-prima vegetal listada no Anexo II ou suas atualizações, o solicitante deve seguir
desta Resolução devem obrigatoriamente cumprir as integralmente as especificações ali definidas.
especificações ali dispostas. Art. 20. Quando a comprovação da segurança e eficácia
§ 2º Quando a droga vegetal ou o derivado que se for efetuada por meio das monografias de fitoterápicos
pretende registrar constar tanto da Lista de de uso bem estabelecido da Comunidade Europeia, o
medicamentos fitoterápicos de registro simplificado solicitante deve seguir integralmente todas as
brasileira, quanto de monografias de fitoterápicos de informações constantes nessas monografias.
uso bem estabelecido da Comunidade Europeia, devem Art. 21. Para o registro de associações, todos os dados
ser seguidas as especificações da Lista de de segurança e eficácia deverão ser apresentados para a
medicamentos fitoterápicos de registro simplificado associação que se pretende registrar.
brasileira. Parágrafo único. As documentações técnico-científicas
Art. 18. Os ensaios não clínicos e clínicos de segurança podem ser apresentadas para as espécies vegetais em
e eficácia deverão seguir os parâmetros: separado de forma complementar aos dados de
I - quando não existirem ensaios não clínicos que segurança e eficácia.
comprovem a segurança, esses deverão ser realizados
seguindo, como parâmetro mínimo, a última versão Subseção II
publicada pela Anvisa do Guia para a condução de Dos produtos tradicionais fitoterápicos
estudos não clínicos de toxicologia e segurança Art. 22. A segurança e a efetividade dos produtos
farmacológica necessários ao desenvolvimento de tradicionais fitoterápicos devem ser comprovadas por
medicamentos, no que for aplicável a medicamentos uma das opções seguintes:
fitoterápicos; e I - comprovação de uso seguro e efetivo para um
II - quando não existirem ensaios clínicos que período mínimo de 30 anos; ou II - registro
comprovem a segurança e eficácia, esses deverão ser simplificado, que deverá ser comprovado por:
realizados seguindo as Boas Práticas Clínicas (BPC), a a) presença na Lista de produtos tradicionais
norma vigente para realização de pesquisa clínica, a fitoterápicos de registro simplificado, conforme IN n°
RDC nº 39, de 5 de junho de 2008, que aprova o 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações; ou
regulamento para a realização de pesquisa clínica, o b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso
guia de “Instruções operacionais: tradicional da Comunidade Europeia (Community
Informações necessárias para a condução de ensaios herbal monographs with traditional use) elaboradas
clínicos com fitoterápicos”, publicado pela OMS/MS, pelo HMPC do EMA.
em 2008, e as determinações do Conselho Nacional de § 1º Não podem constar na composição dos produtos
Saúde (CNS), estabelecidas por meio da Resolução nº tradicionais fitoterápicos as espécies descritas no
446, de 11 de agosto de 2011, e da Resolução nº 251, Anexo I desta Resolução.
de 7 de agosto de 1997, ou suas atualizações. § 2º Os produtos tradicionais fitoterápicos que forem
§ 1º Quando existirem em documentação técnico- originados de matéria-prima vegetal listada no Anexo II
científica ensaios não clínicos e clínicos publicados, desta Resolução devem obrigatoriamente cumprir as
esses devem ser apresentados à Anvisa para avaliação especificações ali dispostas.
individual quanto à qualidade e à representatividade do § 3º Quando a droga vegetal ou o derivado que se
estudo. Sendo válidos, não precisam ser realizados pretende registrar constar tanto da Lista de produtos
novos estudos pelo solicitante do registro, devendo ser tradicionais fitoterápicos de registro simplificado
apresentada à Anvisa a cópia de toda a documentação brasileira, quanto de monografias de fitoterápicos de
técnico-científica a eles correspondente. uso tradicional da Comunidade Europeia, devem ser
§ 2º Os ensaios apresentados devem ter sido realizados seguidas as especificações da Lista de produtos
com a mesma droga vegetal (quando essa for o produto tradicionais fitoterápicos de registro simplificado
acabado) ou derivado vegetal, indicação terapêutica e brasileira.
posologia que se pretende registrar. § 4º O tempo de uso tradicional deverá ser comprovado
§ 3º Todos os estudos clínicos conduzidos em território para o IFAV na formulação, podendo haver alterações
nacional devem ser submetidos à anuência prévia da de excipientes, desde que se comprove que essas
Anvisa, segundo a RDC nº 39, de 5 de junho de 2008, alterações não promoveram mudanças significativas no
ou suas atualizações. perfil cromatográfico do produto.
§ 4º A aprovação prévia dos estudos conduzidos em Art. 23. O uso tradicional deverá ser comprovado por
território nacional é obrigatória para a utilização dos meio de documentações técnico-científicas, que serão
resultados desses estudos para fins de registro. avaliadas conforme os seguintes critérios:
§ 5º Os ensaios clínicos previamente publicados em I - o produto seja concebido para ser utilizado sem a
documentação técnico científica devem apresentar vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de
resultados positivos estatisticamente significativos para prescrição ou de monitorização;
a indicação terapêutica proposta.Art. 19. Quando a

410
II - alegação que não envolva via de administração CAPÍTULO III
injetável e oftálmica;III - alegação que não se refira a DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS
parâmetros clínicos e ações amplas; FITOTERÁPICOS E PRODUTOS TRADICIONAIS
IV - coerência das informações de uso propostas com as FITOTERÁPICOS IMPORTADOS
relatadas nas documentações técnico-científicas; Art. 30. Os fabricantes ou seus representantes que
V - ausência de IFAV de risco tóxico conhecido ou pretenderem comercializar fitoterápicos produzidos em
grupos ou substâncias químicas tóxicas em território estrangeiro, além de cumprir os requisitos
concentração superior aos limites comprovadamente desta Resolução referentes à fabricação nacional, terão
seguros; e que apresentar:
VI - comprovação de continuidade de uso seguro por I - autorização da empresa fabricante para o registro,
período igual ou superior a 30 (trinta) anos para as representação comercial e uso da marca no Brasil,
alegações de uso propostas. quando aplicável;
Art. 24. A alegação de uso do produto tradicional II - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa para a
fitoterápico deverá ser comprovada por meio das empresa fabricante, atualizado, por linha de produção;
documentações técnico-científicas listadas no Anexo III III - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa ou do
desta Resolução, ou suas atualizações, e em pelo menos protocolo do pedido de inspeção para esse fim, para a
três delas deverão constar as seguintes informações: linha de produção da empresa requerente do registro,
I - nomenclatura botânica e parte da planta utilizada; quando se tratar de importação de produto a granel ou
II - droga ou derivado vegetal utilizado; e em sua embalagem primária;
III - alegações de uso e via de administração. IV - laudo de análise com metodologia, especificação e
Parágrafo único. A referência não pode citar outra resultados de controle da qualidade que o importador
referência utilizada na comprovação como fonte realizará, de acordo com a forma farmacêutica e
primária. apresentação, com o produto acabado, a granel ou na
Art. 25. As seguintes informações devem ser embalagem primária; e
apresentadas para a droga ou derivado vegetal que se V - comprovação do registro do produto, emitida pelo
pretende registrar: órgão responsável pela vigilância sanitária do país de
I - modo de preparo; e origem.
II - concentração da droga vegetal ou relação § 1º Na impossibilidade de apresentação do documento
droga:derivado, quando se tratar de derivado. solicitado no inciso V, deverá ser apresentada
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo comprovação de registro em vigor, emitida pela
devem ser referenciadas em pelo menos uma autoridade sanitária do país em que seja comercializado
documentação técnico-científica listada no Anexo III, ou autoridade sanitária internacional e aprovado em ato
ou suas atualizações, desta Resolução. próprio da Anvisa.
Art. 26. A posologia a ser pleiteada para o produto § 2º No caso de a Anvisa ainda não ter realizado
tradicional fitoterápico deve ser baseada em extensa inspeção na empresa fabricante, será aceito
revisão nas documentações técnico-científicas dispostas comprovante do pedido de inspeção sanitária à Anvisa,
no Anexo III desta Resolução, ou suas atualizações, acompanhado de cópia do CBPFC, por linha de
devendo ser selecionada a informação mais frequente produção, emitido pelo órgão responsável pela
dentre as referências encontradas. vigilância sanitária do país fabricante.
Parágrafo único. As documentações técnico-científicas § 3º A Anvisa poderá efetuar a inspeção da empresa
utilizadas devem obrigatoriamente relatar a fabricante no país ou bloco de origem.
nomenclatura botânica e não apenas o nome popular da Art. 31. Deve ser enviada à Anvisa cópia dos resultados
espécie vegetal. e da avaliação do teste de estabilidade na embalagem
Art. 27. Quando a comprovação da segurança e primária de comercialização seguindo o "Guia para a
efetividade for efetuada por registro simplificado pela realização de estudos de estabilidade” publicado pela
presença na Lista de produtos tradicionais fitoterápicos Anvisa na RE nº 1, de 29 de julho de 2005, ou suas
de registro simplificado, conforme IN 2, de 13 de maio atualizações.
de 2014, ou suas atualizações, o solicitante deve seguir Art. 32. O prazo de validade do produto importado a
integralmente as especificações ali definidas. granel deve ser contado a partir da data de fabricação
Art. 28. Quando a comprovação da segurança e do produto no exterior e não da data de embalagem no
efetividade for efetuada por meio do registro Brasil, respeitando o prazo de validade registrado na
simplificado, utilizando-se as monografias de uso Anvisa.
tradicional do EMA, deverão ser seguidas todas as Art. 33. Todo o material relativo ao produto, tais como
informações constantes nessas monografias. os relatórios de produção e controle da qualidade e as
Art. 29. Não existindo documentação técnico-científica informações contidas em rótulos, bulas, folhetos e
para um produto tradicional fitoterápico em associação, embalagens devem estar em idioma português.
devem ser apresentados dados das espécies em Art. 34. Havendo necessidade de importar amostras,
separado e a justificativa da racionalidade da deve-se solicitar à Anvisa a devida autorização prévia
associação. para a importação.

411
CAPÍTULO IV Art. 37. Para a renovação do registro de produtos
DA RENOVAÇÃO DO REGISTRO importados deverão ser apresentados, além do disposto
Art. 35. Todas as empresas, com antecedência máxima no art. 35, laudos analíticos do controle da qualidade de
de doze meses e mínima de seis meses da data de três lotes importados nos últimos três anos, de acordo
vencimento do registro já concedido, deverão com a forma farmacêutica, realizados pelo importador
apresentar à Anvisa os seguintes documentos para no Brasil.
efeito de renovação:
I - FP devidamente preenchido;
II - via original do comprovante de recolhimento da
taxa de fiscalização de vigilância sanitária ou de CAPÍTULO V
isenção, quando for o caso; DA NOTIFICAÇÃO DE PRODUTOS
III - cópia do Certificado de Boas Práticas de TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS
Fabricação e Controle (CBPFC) válido, emitido pela Art. 38. Somente será permitida a notificação como
Anvisa para a linha de produção na qual o fitoterápico produto tradicional fitoterápico daqueles IFAV que se
será fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de encontram listados na última edição do Formulário de
solicitação de inspeção para fins de emissão do Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (FFFB) e que
certificado de BPFC; possuam monografia específica de controle da
IV - Relatórios Periódicos de Farmacovigilância (RPF) qualidade publicada em farmacopeia reconhecida pela
para o medicamento ou produto tradicional fitoterápico Anvisa, de acordo com os seguintes critérios:
com fichas de notificação de eventos adversos I - deve ser realizada uma notificação individual por
preenchidas, caso esses tenham sido relatados, produto, conforme esta Resolução, por meio do sítio
conforme RDC nº 4, de 10 de fevereiro de 2009, que eletrônico da Anvisa;
Dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os II - A empresa deverá proceder com nova notificação
detentores de registro de medicamentos de uso humano, sempre que houver inclusões ou alterações em
ou suas atualizações; quaisquer informações prestadas por meio da
V - resultados dos estudos de estabilidade de notificação eletrônica.; e (Redação dada pela RDC
acompanhamento; 106/16)
VI - listagem que contemple todas as alterações e III - para a notificação será considerada a concentração,
inclusões pós-registro ocorridas durante o último a droga ou o derivado vegetal e a alegação de uso
período de validade do registro do medicamento ou específica descrita no FFFB, podendo haver alterações
produto, acompanhada de cópia do Diário Oficial da nos excipientes desde que justificadas.
União (DOU) ou, na ausência, cópia do(s) protocolo(s) § 1º Quando o produto tradicional fitoterápico a ser
da(s) petição(ões) correspondente(s); e notificado for um chá medicinal, fica esse produto
VII - cópia das notas fiscais comprovando a isento da apresentação de testes de estabilidade, desde
comercialização do fitoterápico e a relação de que o prazo de validade estabelecido para o produto
estabelecimentos compradores, em um máximo de três seja de até 1 (um) ano.
notas fiscais emitidas no País, por forma farmacêutica e § 2º Pode ser aceito um prazo de validade maior para
concentração. um chá medicinal, desde que o fabricante apresente
§ 1º Poderá ser apresentada uma declaração referente às estudos de estabilidade, conforme definido no art. 9º
apresentações comerciais não comercializadas para as desta Resolução, que garantam a manutenção das
quais a empresa tenha interesse em manter o registro, características do produto no período proposto,
desde que pelo menos uma apresentação daquela forma conforme o Guia para realização de estudos de
farmacêutica tenha sido comercializada. estabilidade, publicado pela Anvisa na RE nº 1, de 29
§ 2º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão de julho de 2005, ou suas atualizações.
do pedido de renovação de registro, mas impedirá sua § 3º No momento da notificação, o solicitante deve
aprovação. apresentar o método utilizado, especificação e
§ 3º Nos casos dispostos nesta Resolução em que for resultados obtidos dos testes dispostos nos artigos 13,
solicitada a apresentação de Relatório de 14, 15 e 16 dessa Resolução, devendo esses dados estar
Farmacovigilância, ou Plano de Minimização de Risco, disponíveis para fins de inspeção ou de auditoria.
a documentação deverá ser protocolada por meio de § 4º No momento da notificação, o solicitante deve
expediente direcionado à área da Anvisa responsável apresentar os estudos de estabilidade dispostos no art.
pela farmacovigilância de medicamentos. 9º desta Resolução.
Art. 36. As alterações na bula, no folheto informativo e § 5º A relação de produtos tradicionais fitoterápicos
nas rotulagens devem ser solicitadas por notificação notificados e de fabricantes cadastrados será
específica, não podendo ser inseridas em bula, folheto disponibilizada para consulta no sítio eletrônico da
informativo e rotulagens informações não aprovadas Anvisa imediatamente após a realização da notificação.
pela Anvisa no momento do registro ou em petições de Art. 38-A. Os produtos tradicionais fitoterápicos isentos
alterações pós-registro, sujeitando-se os infratores às de registros e regularizados mediante notificação ficam
medidas sanitárias cabíveis. sujeitos ao pagamento da Taxa de Fiscalização de

412
Vigilância Sanitária instituída pela Lei nº 9.782, de 26
de janeiro de 1999.” (Redação dada pela RDC 106/16) CAPÍTULO VIII
Art. 39. Quando se tratar de um chá medicinal, deixa de DA EMBALAGEM E DO FOLHETO
ser obrigatória a exigência constante no inciso II do art. INFORMATIVO DE PRODUTOS TRADICIONAIS
16, exceto nos casos em que for solicitado um prazo de FITOTERÁPICOS
validade superior a 1 (um) ano. Art. 48. Deve ser utilizada fonte Times New Roman,
Art. 40. O fabricante deve adotar, integral e com tamanho mínimo de 10 pt (dez pontos) e
exclusivamente, os modelos de embalagem e folheto espaçamento simples entre as letras no folheto
informativo dispostos no Capítulo VIII e Anexo IV informativo.
desta Resolução. Art. 49. As letras utilizadas nas embalagens dos
Art. 41. O fabricante deve adotar, integral e produtos tradicionais fitoterápicos devem ser de fácil
exclusivamente, as informações padronizadas na última leitura.
edição do FFFB. Art. 50. Não poderão constar nas embalagens e folheto
Art. 42. As informações apresentadas na notificação são informativo de produtos tradicionais fitoterápicos,
de responsabilidade do fabricante e objeto de controle designações, nomes geográficos, símbolos, figuras,
sanitário pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem
Art. 43. O fabricante deve realizar todos os testes interpretação falsa, erro e confusão quanto à origem,
descritos na monografia farmacopeica específica procedência, natureza, forma de uso, finalidade de uso,
reconhecida. composição ou qualidade, que atribuam ao produto
Art. 44. Apenas as empresas fabricantes que possuam finalidades diferentes daquelas propostas no registro ou
Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle notificação.
(CBPFC) para medicamentos ou produtos tradicionais § 1° É proibido:
fitoterápicos podem notificar e fabricar os produtos I - incluir imagens de pessoas fazendo uso do produto
abrangidos por esta Resolução. tradicional fitoterápico;
II - incluir selos, marcas nominativas, figurativas ou
CAPÍTULO VI mistas de instituições governamentais, entidades
DA RENOVAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO filantrópicas, fundações, associações e sociedades
Art. 45. A renovação da notificação será feita no sítio médicas, organizações não governamentais, associações
eletrônico da Anvisa com antecedência máxima de doze que representem os interesses dos consumidores ou dos
meses e mínima de seis meses da data de vencimento profissionais de saúde e selos de certificação de
da notificação já concedida. qualidade, exceto se exigidos em normas específicas;
Parágrafo único. No momento da renovação de que III - incluir imagens ou figuras que remetam à
trata o caput, deverão ser apresentados: indicação do sabor do produto tradicional fitoterápico;
I - os testes de controle da qualidade exigidos nos IV - usar expressões ou imagens que possam sugerir
artigos 13, 15 e 16 desta norma realizados com o último que a saúde de uma pessoa poderá ser afetada por não
lote fabricado; e usar o produto tradicional fitoterápico;
II - o último estudo de estabilidade de acompanhamento V - usar expressões ou imagens que possam sugerir que
concluído, o qual não precisará ser apresentado apenas o produto possua um efeito potencialmente mais
quando se tratar do estabelecido no § 1º do art. 38. intenso que a de um outro medicamento fitoterápico ou
de um produto tradicional fitoterápico registrado ou
CAPÍTULO VII notificado;
DAS EMBALAGENS, BULA E DO FOLHETO VI - utilizar rótulos com layout semelhante ao de um
INFORMATIVO medicamento fitoterápico ou de um produto tradicional
Art. 46. Os medicamentos fitoterápicos devem fitoterápico registrado ou notificado anteriormente por
obrigatoriamente ser acompanhados de bula, conforme outra empresa;
RDC nº 47, de 8 de setembro de 2009, que “Estabelece VII - utilizar rótulos com layout semelhante para
regras para elaboração, harmonização, atualização, medicamento fitoterápico e produto tradicional
publicação e disponibilização de bulas de fitoterápico registrado ou notificado pela mesma
medicamentos para pacientes e profissionais de saúde”, empresa;
ou suas atualizações; e os produtos tradicionais VIII - utilizar rótulos com o termo medicamento ou
fitoterápicos devem ser acompanhados de folheto algum outro que tenha sinonímia com esse; e
informativo, conforme o Capítulo VIII e Anexo IV IX - utilizar o termo produto natural ou congêneres que
desta Resolução. transmitam a ideia de que o produto é inócuo.
Art. 47. Os layouts dos rótulos das embalagens primária § 2° É permitido:
e secundária de medicamentos fitoterápicos devem I - utilizar figuras anatômicas a fim de orientar o
seguir a RDC nº 71, de 22 de dezembro de 2009, que consumidor sobre a correta utilização do produto; e
Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos, II - informar o sabor do produto tradicional fitoterápico.
ou suas atualizações; e os dos produtos tradicionais Art. 51. No caso de serem incluídas na embalagem do
fitoterápicos devem seguir o disposto no Capítulo VIII produto tradicional fitoterápico as logomarcas das
desta Resolução. empresas titulares do registro ou notificação,

413
fabricantes e responsáveis pela embalagem, elas devem deve ser expressa pela quantidade de cada droga
ter dimensão máxima de 50% (cinquenta por cento) do vegetal, em peso, da droga utilizada e a
tamanho do nome comercial e não prejudicar a correspondência em marcadores; ou
presença das informações obrigatórias. c) quando o produto tradicional fitoterápico for
Seção I constituído de droga vegetal que será utilizada como
Da embalagem chá medicinal, a concentração de cada droga vegetal
Art. 52. As embalagens devem garantir a proteção do será dada pela quantidade expressa como dose
produto contra contaminações e efeitos da luz e individual da droga vegetal;
umidade e apresentar lacre ou selo de segurança que IV - a via de administração;
garanta a inviolabilidade do produto. V - a quantidade total de peso líquido, volume e
Art. 53. Os produtos tradicionais fitoterápicos deverão unidades farmacotécnicas, conforme o caso;
possuir embalagens primária e secundária. VI - a quantidade total de acessórios dosadores que
Parágrafo único. Na hipótese de a empresa fazer constar acompanham as apresentações,
em uma embalagem única todas as informações quando aplicável;
previstas nas Subseções I e II desta Seção, de forma VII - a forma farmacêutica;VIII - a restrição de uso por
legível, o produto tradicional fitoterápico poderá ter faixa etária, na face principal, incluindo a frase, em
apenas a embalagem primária.Art. 54. Nos chás caixa alta, "USO ADULTO", "USO ADULTO E
medicinais, recomenda-se que a embalagem contenha PEDIÁTRICO ACIMA DE___", "USO PEDIÁTRICO
doses individualizadas ou um medidor apropriado à ACIMA DE ____", indicando a idade mínima, em
dose a ser utilizada. meses ou anos, para qual foi aprovada no registro ou
Art. 55. As embalagens devem conter mecanismos de notificação o uso do produto tradicional fitoterápico, ou
identificação e segurança que possibilitem o "USO ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de produto
rastreamento do produto desde a fabricação até o tradicional fitoterápico sem restrição de uso por idade,
momento da dispensação. conforme aprovado no registro ou notificação;
Art. 56. É facultativo incluir nas embalagens IX - a frase: “Produto registrado com base no uso
secundárias ou, na sua ausência, nas embalagens tradicional, não sendo recomendado seu uso por
primárias, a tinta reativa e sob a mesma a palavra período prolongado.”;
"Qualidade" e a logomarca da empresa titular do X - a frase: "Utilizado como", complementado pela
registro, caso elas contenham mecanismos de respectiva alegação de uso, conforme aprovado no
identificação e segurança que possibilitem o registro ou notificação;
rastreamento do produto desde a fabricação até o XI - a frase: "Se os sintomas persistirem, procure
momento da dispensação. orientação de um profissional de saúde.";
§ 1° Os medicamentos fitoterápicos sem exigência de XII - as contraindicações do produto;
prescrição médica e os produtos tradicionais XIII - os cuidados de conservação, indicando a faixa de
fitoterápicos devem colocar a tinta reativa na altura do temperatura e condições de armazenamento, conforme
local que corresponde à faixa de restrição de uso. estudo de estabilidade do produto tradicional
§ 2° Qualquer outro local da face externa da fitoterápico;
embalagem pode ser utilizado, desde que seja XIV - nome e endereço completo da empresa titular do
justificado tecnicamente, não afete as demais registro ou da notificação no Brasil;
exigências legais e seja colocada uma indicação ao XV - o nome e endereço da empresa fabricante, quando
consumidor do local onde se deve raspar. ela diferir da empresa titular do registro ou da
notificação, citando a cidade e o estado, precedidos pela
Subseção I frase “Fabricado por:” e inserindo a frase ”Registrado
Das informações para embalagem secundária por:” antes dos dados da empresa titular do registro ou
Art. 57. Nos rótulos das embalagens secundárias dos “Notificado por:” antes dos dados da empresa titular da
produtos tradicionais fitoterápicos, devem ser inseridas notificação;
exclusivamente as seguintes informações: XVI - o nome e endereço da empresa fabricante,
I - nome comercial do produto tradicional fitoterápico; quando o produto tradicional fitoterápico for
II - nomenclatura popular, seguida da nomenclatura importado, citando a cidade e o país precedidos pela
botânica; frase “Fabricado por:” e
III - concentração do IFAV, conforme o caso: inserindo a frase “Importado por:” antes dos dados da
a) quando o produto tradicional fitoterápico tiver como empresa titular do registro ou da notificação;
IFAV um derivado vegetal, a concentração de cada XVII - o nome e endereço da empresa responsável pela
princípio ativo deve ser expressa pela quantidade de embalagem do produto tradicional fitoterápico, quando
cada derivado vegetal, em peso ou volume, a ela diferir da empresa titular do registro ou da
correspondência em marcadores e a descrição do notificação ou fabricante, citando a cidade e o estado
derivado; ou, se estrangeira, a cidade e o país, precedidos pela
b) quando o produto tradicional fitoterápico tiver como frase “Embalado por:” e inserindo a frase “Registrado
IFAV uma droga vegetal que será utilizada em forma por:” ou “Notificado por:”, conforme o caso, ou
farmacêutica, a concentração de cada princípio ativo

414
“Importado por:”, conforme o caso, antes dos dados da III - concentração do IFAV, conforme o inciso III do
empresa titular do registro ou da notificação; art. 57;
XVIII - número do Cadastro Nacional de Pessoa IV - a via de administração;
Jurídica (CNPJ) da empresa titular do registro ou da V - o nome do titular do registro ou sua logomarca,
notificação; desde que essa contenha o nome da empresa;
XIX - a expressão "Indústria Brasileira", quando VI - o telefone do Serviço de Atendimento ao
aplicável; Consumidor (SAC) da empresa titular do registro ou da
XX - nome do responsável técnico e respectivo número notificação;
de Conselho Regional de Farmácia (CRF); VII – número do lote; e
XXI - o telefone do Serviço de Atendimento ao VIII – prazo de validade.
Consumidor (SAC) da empresa titular do registro ou da § 1º É permitido incluir o nome ou as logomarcas das
notificação; empresas responsáveis pela fabricação e embalagem
XXII - número do lote; dos medicamentos, desde que essa contenha o nome da
XXIII - data de fabricação; empresa e seja informada a etapa da cadeia de sua
XXIV - prazo de validade;XXV - código de barras; responsabilidade, incluindo as frases: "Fabricado por:",
XXVI - o nome comercial do medicamento ou, na sua "Embalado por:", e que não se prejudique a legibilidade
falta, a denominação genérica de cada princípio ativo das informações exigidas para a embalagem primária.
pela Denominação Comum Brasileira (DCB) em § 2º É permitido incluir as demais informações
sistema Braille; e previstas para a embalagem secundária na embalagem
XXVII - a frase em caixa alta e negrito: PRODUTO primária, desde que sejam inseridas integralmente e não
TRADICIONAL FITOTERÁPICO. prejudiquem a legibilidade das informações
§ 1º Poderá ser adicionada uma imagem da parte das obrigatórias.
espécies vegetais utilizadas no produto tradicional § 3º É facultativo incluir a data de fabricação do
fitoterápico. produto tradicional fitoterápico.
§ 2º Quando se tratar de produto tradicional fitoterápico
registrado, deve ser inserida a sigla "MS" adicionada ao Seção II
número de registro no Ministério da Saúde, conforme Do folheto informativo
publicado em Diário Oficial da União (DOU), sendo Art. 60. Quanto à forma, o folheto informativo do
necessários os treze dígitos. produto tradicional fitoterápico deve, além do disposto
§ 3º Quando se tratar de produto tradicional fitoterápico no art. 48:
notificado, deve ser inserida a frase: "PRODUTO I - apresentar colunas de texto com, no mínimo, 50 mm
NOTIFICADO NA ANVISA nos termos da RDC nº (cinquenta milímetros) de largura e ter o texto alinhado
XX/XXXX", completando com o número desta à esquerda ou justificado, hifenizado ou não;
Resolução, sucedido pelo ano de sua publicação. II - quando houver necessidade, o limite de redução do
§ 4º Para os chás medicinais para os quais não seja espaçamento entre letras será de -10% (menos dez por
necessária a realização dos estudos de estabilidade, os cento);
cuidados de conservação a serem informados devem III - utilizar caixa alta e negrito para destacar os itens
ser: conservar em temperatura ambiente (de 15 a 30º C) padrões do folheto informativo, descritos nos incisos I,
e proteger da luz e umidade. II e III, bem como para as perguntas padrão dispostas
Art. 58. Nos rótulos das embalagens secundárias dos no Anexo IV;
produtos tradicionais fitoterápicos devem ser inseridas IV - possuir texto itálico apenas para nomes científicos;
as seguintes frases de advertência: e
I - "MANTER FORA DO ALCANCE DAS V - ser impresso na cor preta em papel branco de forma
CRIANÇAS", em caixa alta; e que, quando o folheto informativo estiver sobre uma
II - "Informações ao paciente, posologia, modo de usar superfície, a visualização da impressão na outra face
e efeitos indesejáveis: vide folheto informativo". não interfira na leitura.
Parágrafo único. No caso de contraindicação, precaução § 1° Para a impressão de folheto informativo em
ou advertência para o uso de princípios ativos, classe formato especial, com fonte ampliada, deve ser
terapêutica e excipientes, deve-se incluir, em negrito, as utilizada a fonte Verdana com tamanho mínimo de 24
frases de advertências previstas na RDC nº 137, de 20 pt (vinte e quatro pontos), com o texto corrido, não
de maio de 2003, ou suas atualizações. devendo apresentar colunas.
Subseção II § 2° Para a impressão de folheto informativo em
Das informações para embalagem primária formato especial, em Braille, o arranjo dos pontos e o
Art. 59. Os rótulos das embalagens primárias de espaçamento entre as celas Braille devem atender às
produto tradicional fitoterápico devem conter as diretrizes da Comissão Brasileira de Braille (CBB) e
seguintes informações: das Normas Brasileiras de Acessibilidade editadas pela
I - nome comercial do produto tradicional fitoterápico; Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
II - nomenclatura popular, seguida da nomenclatura Art. 61. Quanto ao conteúdo, o folheto informativo
botânica; deve conter integral e exclusivamente as informações

415
padronizadas no Anexo IV, seguindo a ordem Art. 68. A Anvisa poderá realizar auditorias e solicitar
estabelecida no Anexo. análise fiscal para monitoramento da qualidade e da
Art. 62. Nenhuma informação além das dispostas nesta conformidade do medicamento fitoterápico e do
Resolução pode estar presente no folheto informativo. produto tradicional fitoterápico com as informações
apresentadas no registro/renovação/notificação.
CAPÍTULO IX Art. 69. O disposto na presente Resolução não
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS prejudica a aplicação de disposições mais estritas a que
Art. 63. Os produtos que, até a vigência da presente estejam sujeitas as substâncias entorpecentes,
norma, eram classificados como medicamentos psicotrópicas e precursores ou qualquer outro produto
fitoterápicos, que não possuam comprovação de submetido a controle especial, conforme o disposto na
segurança e eficácia por meio de estudos não clínicos e RDC nº 39, de 9 de julho de 2012, que “Dispõe sobre a
clínicos, e que passarem a se enquadrar na categoria de atualização do Anexo I, Listas de substâncias
produtos tradicionais fitoterápicos, nos termos do art. 2º entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob
desta Resolução, deverão ser reclassificados como controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de
produtos tradicionais fitoterápicos no momento da maio de 1998 e dá outras providências”, ou suas
primeira renovação após a publicação desta Resolução. atualizações.
Parágrafo único. A adequação prevista no caput deste Art. 70. No momento da primeira renovação após a
artigo será obrigatória, devendo a empresa, para tanto, publicação desta Resolução, será aceita a adequação de
adequar a embalagem e o folheto informativo conforme formulações com supressão de espécies vegetais ativas,
disposto nesta Resolução, e disponibilizá-los no desde que comprovadas a segurança,
período máximo de seis meses após a aprovação da eficácia/efetividade e qualidade para a nova
adequação, não sendo exigidas informações adicionais formulação, nos termos desta Resolução.Art. 71. Se um
de segurança e eficácia/efetividade. produto for registrado por registro simplificado com
Art. 64. Os medicamentos fitoterápicos registrados que base na Lista de registro simplificado brasileira ou nas
não possuam comprovação de segurança e eficácia por monografias de uso bem estabelecido ou de uso
meio de estudos não clínicos e clínicos e que não tradicional do EMA e a espécie vegetal tida como ativo
passarem a se enquadrar na categoria de produtos deixar de constar na lista de registro simplificado
tradicionais fitoterápicos, nos termos do art. 2º desta brasileira ou a monografia do EMA vier a ser revogada,
Resolução, deverão apresentar os estudos não clínicos e o detentor do registro terá três meses, a partir da
clínicos até o momento da segunda renovação a partir revogação, para apresentar dados adicionais de
da data de publicação desta Resolução para que possam segurança e eficácia/efetividade, conforme determina
permanecer na categoria de medicamentos esta Resolução, e manter o registro.
fitoterápicos, sob pena de terem seus registros Parágrafo único. As modificações implementadas
cancelados. conforme adequação prevista no caput devem estar
Art. 65. Em relação aos produtos que até a vigência da disponíveis ao consumidor no período máximo de seis
presente norma eram enquadrados como medicamentos meses após a sua aprovação pela Anvisa.
fitoterápicos e que a partir da publicação desta Art. 72. Quando da atualização das listas de registro
Resolução se enquadrem na categoria de produtos simplificado de medicamentos fitoterápicos e produtos
tradicionais fitoterápicos e forem passíveis de tradicionais fitoterápicos, empresas que possuam
notificação, nos termos do art. 38º, deve-se solicitar o fitoterápicos registrados contendo espécies que
cancelamento do registro do medicamento no prazo sofreram modificações que impliquem necessidade de
legal estabelecido, com antecedência mínima de 180 novo desenvolvimento de produto e/ou nova
dias, e posteriormente proceder à notificação do metodologia analítica e/ou nova validação e/ou novo
produto até o momento da primeira estudo de estabilidade terão um prazo de até três anos
renovação de registro após a publicação desta para adequação, prazo esse contado a partir da data de
Resolução. publicação da alteração dessas listas, nas seguintes
Parágrafo único. Caso todas as informações condições:
apresentadas na notificação estejam corretas, a Anvisa I – para as petições já protocoladas na Anvisa ou que
procederá ao cancelamento do registro venham a ser protocoladas em até um ano da
concomitantemente à liberação da notificação do publicação das listas de registro simplificado;
produto. II – para produtos já registrados que venham a ter
Art. 66. Os produtos que se encontrarem regularmente renovações a ser peticionadas em até três anos de
notificados no momento da publicação desta Resolução publicação das listas de registro simplificado, nos
deverão se ajustar ao estabelecido nesta Resolução até o termos do Parágrafo 2º do art. 8º do Decreto nº
momento da sua primeira renovação. 8.077/2013;
Art. 67. Para as petições que já estejam protocoladas na § 1º - As demais petições não citadas nos Incisos I e II
Anvisa, será concedido o prazo de 6 (seis) meses para devem ser protocoladas adequadas ao disposto nas
protocolo das adequações necessárias, contados a partir listas de registro simplificado de medicamentos
da data de publicação desta Resolução. fitoterápicos e produtos tradicionais fitoterápicos
atualizadas.

416
§ 2º - Ao fim do período descrito nos Incisos I e II, caso Catha edulis Piptadenia peregrina
a alteração não tenha sido implementada, será Claviceps paspali Plumbago scandens
publicado o indeferimento do registro do produto. (folhas e raízes)
§ 3º - A adequação prevista nos Incisos I e II pode Combretum glaucocarpum Prestonia amazonica
ocorrer antes desse prazo a critério da empresa. (folhas)
§ 4º - Nos casos particulares em que for detectado risco Conocybe spp. Psylocybe spp.
sanitário os prazos poderão ser alterados por decisão da Consolida ajacis Pteridium aquilinum
Anvisa. Cnidoscolus phyllacanthus Rhizopus oligosporus
Art. 73. Ficam revogadas as Resoluções de Diretoria (folhas e espinhos)
Colegiada da Anvisa - RDC nº 14, de 31 de março de Crotalaria spp. Salvia divinorum
2010, e RDC nº 10, de 9 de março de 2010, a Cryptostegia grandiflora Senecio spp.
Resolução - RE nº 90, de 16 de março de 2004, e a Cynoglossum officinale Sida acuta
Instrução Normativa - IN nº 5, de 31 de março de 2010. Datura spp. (folhas, frutos e Sophora secundiflora
Art. 74. Esta Resolução entra em vigor na data da sua sementes)
publicação.
Dieffenbachia seguinte Spartium junceum
Epidermophyton floccosum Spigelia anthelmia
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
Erythroxylum coca Stropharia cubensis
ANEXO I
Euphorbia tirucalli (látex) Strychnos gaulthieriana
LISTA DE ESPÉCIES QUE NÃO PODEM SER Ficus pumila (folhas e Strychnos ignatii
UTILIZADAS NA COMPOSIÇÃO DE PRODUTOS látex) (Ignatia amara)
TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS Geotrichum candidum Thevetia peruviana
Abrus precatorius Heliotropium spp. Gloriosa superba Gloriosa superba
(sementes e raízes) Gymnopilus spp. Tussilago farfara
Acorus calamus Ipomoea carnea subsp. Haemadictyon spp. Virola sebifera
Fistulosa(folhas)
Ageratum conyzoides Ipomoea burmanni spp. - todas ou quaisquer espécies do gênero.
(Rivea corymbosa) Deve-se verificar as sinonímias botânicas das espécies
Aleurites fordii (folhas, Ipomoea hederacea citadas as quais também estão proibidas.
frutos e sementes)
Aleurites moluccanus Ipomoea violacea ANEXO II
(sementes e frutos (Ipomoea tricolor) LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS COM
Allamanda catártica Jatropha curcas RESTRIÇÕES PARA O REGISTRO/NOTIFICAÇÃO
Amanita spp Lantana camara (frutos e DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS E
PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS
folhas)
Arnica spp. O IFAV só pode ser
Anadenanthera peregrina Lithraea brasiliensis
utilizado para uso
Anadenanthera Lithraea molleoides
externo
macrocarpa(sementes e
Espécies com alcaloides A exposição diária de
folhas)
pirrolizidínicos alcaloides pirrolizidínicos
Argemone mexicana Lobelia inflata
não pode ser superior a 1
(folhas, flores e sementes)
ppm, ou seja 1 g/g
Argyreia nervosa Argyreia nervosa
Mentha pulegium Só pode ser utilizado se a
Aristolochia spp. Manihot esculenta
posologia proposta para o
Asarum spp. Melia azedarach (parte
produto não exceder uma
aérea e frutos)
dosagem diária de tujona
Asclepias curassavica Microsporum audouinni de 3 a 6 mg
Aspergillus fumigates Microsporum canis
Aspergillus nidulans Nerium oleander Ricinus communis Só pode ser utilizado o
Aspergillus niger Nicotiana glauca IFAV óleo fixo obtido
Aspergillus sydowi Nicotiana tabacum exclusivamente das
Aspergillus terréus Opuntia cylindrica sementes
Baccharis coridifolia Palicourea marcgravii Solanum (quaisquer Se o IFAV é para qualquer
Banisteriopsis caapi Papaver bracteatum espécies) uso que não o externo, não
Brugmansia arbórea Pedilanthus pode conter mais que 10
tithymaloides mg (dez miligramas) de
Brugmansia suaveolens Peganum harmala alcaloides esteroidais
Brunfelsia uniflora Petasites spp Symphytum officinale O IFAV só pode ser
Calotropis procera Petiveria alliacea utilizado para uso externo
Cannabis spp. Piptadenia macrocarpa

417
Deve-se verificar as sinonímias botânicas das espécies 20-DERMARDEROSIAN, A. (coed.) et al. The Review of
citadas as quais também terão restrições. Natural Products – The most complete source of natural
product information. St. Louis, USA: Wolters Kluwer Health,
ANEXO III 2008.
21-DUKE, JAMES, A. Duke´s Handbook of Medicinal Plants
of Latin America. CRC Press, Taylor and Francis Group,
LISTA DE REFERÊNCIAS PARA A LLC, 2009.
COMPROVAÇÃO DA TRADICIONALIDADE DE 22-EBADI, M.S. Pharmacodynamic Basis of Herbal
USO Medicine. CRC Press LLC, 2002.
1-AMARAL, A.C.F.; SIMÕES, E.V.; FERREIRA, J.L.P. 23-EUROPEAN SCIENTIFIC COOPERATIVE ON
Coletânea científica de plantas de uso medicinal. FIOCRUZ. PHYTOTHERAPY (ESCOP).
Rio de Janeiro, Brasil: Abifito, 2005. Monographs: The Scientific Foundation for Herbal Medicinal
2-AMERICAN HERBAL PHARMACOPOEA. American Products. 2 ed. Exeter, UK: European Scientific Cooperative
herbal pharmacopoea and therapeutic compendium – on Phytotherapy and Thieme, 2003.
Monografias. 24-FETROW, C.W.; AVILA, J.R. Manual de medicina
3-ANFARMAG. Associação Nacional de Farmacêuticos alternativa para o profissional. Rio de Janeiro, Brasil:
Magistrais. Fitoterapia magistral. Um guia prático para a Guanabara Koogan, 2000.
manipulação de fitoterápicos. Publicações Anfarmag. 2005. 25-GARCIA, A.A. Fitoterapia: vademecum de prescripción.
4-ARGENTINA. Listado de drogas vegetales que se incluyen Plantas medicinales. 3ª edición. Barcelona, España: Masson,
en el registro de medicamentos fitoterapicos de larga 1998.
tradición. ANMAT, 2009. 26-GILBERT, B.; FERREIRA, J.L.P.; ALVES, L.F.
5-BARBOSA, WLR et al. Etnofarmácia. Fitoterapia popular e Monografias de plantas
ciência farmacêutica. Belém: Editora CRV. 2011. medicinais brasileiras e aclimatadas. FIOCRUZ. Curitiba,
6-BARRET, M. The handbook of clinically tested herbal Brasil: Abifito, 2005.
Medicines. Vol. 1 e 2, 2004. 27-GRUENWALD, J et al. PDR for herbal medicines. 2000.
7-BLUMENTHAL, M.; GOLDBERG, A.; BRINCKMANN, 28-GUPTA, M.P. Plantas medicinales iberoamericanas.
J. Herbal medicine - Expanded commission E monographs. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología,
1.ed. Newton, MA, EUA: American Botanical Council. 2000. Cyted, Convenio Andrés Bello. 2008.
8-BLUMENTHAL, M. The ABC clinical guide to herbs. 29-GUTIÉRREZ. I.E.M. et al. Plantas medicinais do
Austin, USA: The American Botanical Council, 2003. semiárido conhecimentos populares e acadêmicos. EDUFBA.
9-BIESKI, IGC, MARI GEMMA, C. Quintais medicinais. 2010.
Mais saúde, menos hospitais - Governo do Estado de Mato 30-HIRT, H.M.; M’PIA, B. Medicina natural nos trópicos.
Grosso. Cuiabá. 2005. 2004.
10-BORRÁS, M.R.L. Plantas da Amazônia: medicinais ou 31-IEPA. Farmácia da terra - Plantas medicinais e
mágicas. Plantas comercializadas no Mercado Municipal alimentícias. 2ª ed. Macapá. 2005.
Adolpho Lisboa. Valer Editora. 2003. 32-ÍNDICE TERAPÊUTICO FITOTERÁPICO. EPUB.
11-BRADLEY, P.R. British herbal compendium: a handbook 2008.
of scientific information on widely used plant drugs. 33-LAINETTI, R.; BRITO, N.R.S. A cura pelas ervas e
Bournemouth, UK: British Herbal Medicine Association, plantas medicinais brasileiras. Rio de Janeiro: Grupo Ediouro
1992. v.1. Editora Tecnoprint. 1979.
12-BRADLEY, P.R. British herbal compendium: a handbook 34-LIMA, J.L.S. et al. Plantas medicinais de uso comum no
of scientific information on widely used plant drugs. Nordeste do Brasil. Campina Grande, 2006.
Bournemouth, UK: British Herbal Medicine Association, 35-Listas oficiais de Programas de Fitoterapia em Municípios
2006. v.2. e Estados do país.
13-BRANDÃO, M.G.L.; ZANETI, N.N.S. Plantas 36-LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no
Medicinais da Estrada Real. Belo Horizonte: Editora O Brasil: nativas e exóticas. 2ª edição. Nova Odessa, Brasil:
Lutador, 2008. Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008.
14-Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, 37-MASSON, S.A. Fitoterapia – Vademecum de
Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Prescripcion, 4ª ed. Elsevier, 2003.
Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o Programa 38-MATOS, F.J.A. As plantas das Farmácias Vivas.
de pesquisa de plantas medicinais da Central de Fortaleza. 1997a.
Medicamentos. Brasília, 2006. 39-MATOS, F.J.A. O formulário fitoterápico do professor
15-CÁCERES, A. Vademécum nacional de plantas Dias da Rocha. 2 ed. UFC Edições. 1997b.
medicinales. Guatemala: Editorial Universitaria USAC, 40-MATOS, F.J.A. Farmácias vivas. UFC Edições. 4ª ed.
MSPAS, 2009. Fortaleza. 2002.
16-CARDOSO, CMZ. Manual de controle de qualidade de 41-MATOS, F.J.A. Plantas medicinais. Guia de seleção e
matérias – primas vegetais para farmácia magistral. emprego de plantas usadas em fitoterapia no Nordeste
Pharmabooks. 2009. Brasileiro. 3ª ed. Editora UFC. Fortaleza, 2007.
17-CARVALHO, J.C.T. Fitoterápicos anti-inflamatórios: 42-MATOS, F.J.A.; VIANA, G.S.B.; BANDEIRA, M.A.M.
aspectos químicos, farmacológicos e aplicações terapêuticas. Guia fitoterápico. Fortaleza. 2001.
Ribeirão Preto, Brasil: Tecmedd Editora, 2004. 43-MCKENNA, D. J. et al. Botanical medicines - The desk
18-CARVALHO, J.C.T. Formulário Médico- Farmacêutico reference for major herbal supplements. New York, USA:
de Fitoterapia. 2º Edição, Pharmabooks, 2005. Haworth Herbal Press, 2002
19-COLETTO, L. M. M. et al. Plantas medicinais: nativas dos 44-MELO-DINIZ et al. Memento de plantas medicinais. As
remanescentes florestais do oeste do Paraná. Coordenação: plantas como alternativa terapêutica. Aspectos populares e
Assessoria de Comunicação Social. Foz de Iguaçu: Itaipu científicos. Ed. UFPB. 2006. 45-Monografias, dissertações ou
Binacional, 2009.

418
teses aprovadas em instituições de ensino superior nacionais I -identificação do produto tradicional fitoterápico:
ou internacionais. a) nome comercial;
46-NEWALL, C.A.; ANDERSON, L.A.; PHILLIPSON, J.D. b) nomenclatura popular, seguida da nomenclatura
Herbal medicines-a guide for health-care professionals. botânica completa;
London, Reino Unido: The Pharmaceutical Press.
c) parte da planta utilizada; e
1996.
47-Monografias do Natural Health Products Directorate’s d) a frase em negrito:
(NHPD), disponíveis em: http://www.hc-sc.gc.ca/dhp- Produto registrado com base no uso tradicional, não
mps/prodnatur/applications/licen- sendo recomendado seu uso por período prolongado.
prod/monograph/indexeng.php II - informações quanto às apresentações e composição:
48-MILLS, S.; BONE, K. The essential guide to herbal a) a forma farmacêutica;
safety. St. Louis, USA: Elsevier Churchill Livingstone, 2005. b) a composição qualitativa e quantitativa, por unidade
49-MILLS, S.; BONE, K. Principles and practice of de medida ou unidade farmacotécnica, sendo que a
phytotherapy - Modern herbal medicine. St. Louis, USA: concentração deve seguir o disposto no inciso III do art.
Elsevier Churchill Livingstone, 1999.
50-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs
57;
on selected medicinal plants. Vol. 1. 1999. c) para os excipientes, descrever a composição
51-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs qualitativa, conforme DCB;
on selected medicinal plants. Vol. 2. 2004. d) a quantidade total de peso, volume líquido e
52-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs unidades farmacotécnicas, conforme o caso;
on selected medicinal plants. Vol. 3. 2007. e) a quantidade total de acessórios dosadores que
53-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs acompanham as apresentações, quando aplicável;
on selected medicinal plants. Vol. 4. 2009. f) a via de administração, em caixa alta e negrito;
54-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO monographs g) a frase, em caixa alta e negrito, "
on medicinal plants commonly used in the Newly
USO ADULTO" ou "USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Independent States (NIS). 2010.
55-PANIZZA, S.T.; VEIGA, R.S. & ALMEIDA, M.C. Uso ACIMA DE___" ou "USO PEDIÁTRICO ACIMA DE
tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luís: ____", indicando a idade mínima, em meses ou anos,
CONBRAFITO, 2012. para qual foi aprovada no registro ou na notificação o
56-PEREIRA, M.A.S., et al. Implantação da fitoterapia no uso do produto tradicional fitoterápico, ou "USO
município de Jardinópolis – SP. Ribeirão Preto: Legis ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de produto
Summa, 2008. tradicional fitoterápico sem restrição de uso por idade,
57-PHYSICIANS DESK REFERENCE. PDR for herbal conforme aprovado no registro ou notificação;
medicines. 4 ed. Montvale, USA: Thomson Healthcare, 2007. h) para a forma farmacêutica líquida, quando o solvente
58-PROPLAM - Guia de Orientações para implantação do
for alcoólico, mencionar a graduação alcoólica do
Serviço de Fitoterapia. Rio de Janeiro. 2004.
59-Publicações científicas indexadas em revistas nacionais ou produto final; e
internacionais. i) para produtos com forma farmacêutica líquida e em
60-RODRIGUES, A.G. et al. A fitoterapia no SUS e o gotas, informar a equivalência de gotas para cada
programa de plantas medicinais da Central de medicamentos. mililitro (gotas/mL) e massa por gota (mg/gota);
Brasília. 2006. III -informações ao paciente:
61-SÁNCHEZ, O; ÁNGEL, R. Manual de agrotecnología de 1.PARA QUÊ ESTE PRODUTO É INDICADO?
plantas medicinales nativas. San José, Costa Rica: Ediciones Descrever as alegações de uso devidamente registradas
Sanabria. 2007. na Anvisa.
62-SILVA JÚNIOR, A.A. Essentia herba: plantas bioativas.
2.COMO ESTE PRODUTO FUNCIONA?
Florianópolis: Epagri, 2006. v.2.
63-SIMÕES, C.M.O. et. al. Plantas da medicina popular no Descrever, sumarizadamente, as ações do produto em
Rio Grande do Sul. 5ª ed. Editora da Universidade UFRGS. linguagem acessível à população.
1998. Informar o tempo médio estimado para início da ação
64-SOUSA, M.P. et al. Constituintes químicos ativos e farmacológica do produto, quando aplicável.
propriedades biológicas de plantas medicinais brasileiras. 2 3.QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE PRODUTO?
ed. Fortaleza, Brasil: Editora UFC, 2004. Incluir as contraindicações relatadas na documentação
65-TRAMIL. Hacia una farmacopea caribeña (TRAMIL 7). técnico-científica.
Santo Domingo: Editora Lionel Germonsén Robineau, 1995. Incluir as seguintes frases em negrito: "Este produto é
66-VIANA, G.; LEAL, L. K.; VASCONCELOS, S. Plantas
contraindicado para uso por (informando a populaçã
medicinais da Caatinga: atividades biológicas e potencial
terapêutico. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2013. o especial conforme aprovado no registro ou
67-WITCHL, M et al. Herbal drugs and notificação).
phytopharmaceuticals. A handbook for practice on a scientific "Este produto é contraindicado para menores de _____"
basis. 3 ed. Medpharm. CRC Press. Washington. 2004. (citando a idade em meses ou anos)._______",
"Mulheres grávidas ou amamentando não devem
ANEXO IV utilizar este produto, já que não há estudos que possam
INFORMAÇÕES A SEREM DISPONIBILIZADAS garantir a segurança nessas situações".
NO FOLHETO INFORMATIVO DO PRODUTO No caso de contraindicação para o uso de princípios
TRADICIONAL FITOTERÁPICO ativos, classe terapêutica e excipientes, incluir, em

419
negrito, as frases de alerta previstas na RDC no 137, de de validade original ou alteração do cuidado de
20 de maio de 2003, ou suas atualizações. conservação original.
4.O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE Para os chás medicinais para os quais não seja
PRODUTO? necessária a realização dos estudos de estabilidade, os
Descrever as advertências e precauções para o uso cuidados de conservação a serem informados devem
adequado do produto, conforme aprovado no registro ser: conservar em temperatura ambiente (de 15 a 30º C)
ou notificação. e proteger da luz e umidade.
Incluir alterações de condições fisiológicas, informando Incluir a frase em negrito:
aquelas que possam afetar a capacidade de dirigir “Após aberto, válido por_____” (indicando o tempo de
veículos e operar máquinas. Mesmo quando não há validade após aberto, conforme estudo de estabilidade
relatos, é necessário incluir a frase em negrito: " do produto tradicional fitoterápico).
Não há casos relatados que o uso deste produto interfira Descrever as características físicas e organolépticas do
na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas". produto e outras características do produto, conforme
No caso de advertências e precauções para o uso de aprovado no registro ou notificação.
princípios ativos, classe terapêutica e excipientes, Incluir as frases em negrito:
incluir, em negrito, as frases de alerta previstas na RDC "Antes de usar, observe o aspecto do produto. Caso ele
137 de 20 de maio de 2003, ou suas atualizações. esteja no prazo de validade e você observe alguma
Incluir interações relatadas na literatura científica com mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
outros produtos, como plantas, medicamentos e saber se poderá utilizá-lo”; e
alimentos. Mesmo quando não há relatos, é necessário "Este produto deve ser mantido fora do alcance das
incluir a frase em negrito: " crianças."
Não há casos relatados que o uso deste produto interaja 6.COMO DEVO USAR ESTE PRODUTO?
com outros produtos, como plantas, medicamentos e Descrever as principais orientações sobre o modo
alimentos". correto de preparo, manuseio e aplicação do produto.
Incluir as frases: Inserir a frase: Os produtos tradicionais fitoterápicos
"Caso os sintomas persistam ou piorem, ou apareçam não devem ser administrados pelas vias injetável e
reações indesejadas não descritas na embalagem ou no oftálmica.
folheto informativo, interrompa seu uso e procure Descrever a posologia, incluindo as seguintes
orientação do profissional de saúde"; informações;
"Se você utiliza medicamentos de uso contínuo, busque -dose para forma farmacêutica e concentração,
orientação de profissional de saúde antes de utilizar este expressas, quando aplicável, em unidades de medida ou
produto"; e unidade farmacotécnica correspondente em função ao
"Este produto não deve ser utilizado por período tempo;
superior ao indicado, ou continuamente, a não ser por - a dose inicial e de manutenção, quando aplicável;
orientação de profissionais de saúde". - intervalos de administração (em minutos ou horas);
“Informe ao seu profissional de saúde todas as plantas - vias de administração;
medicinais e fitoterápicos que estiver tomando. - orientações para cada alegação de uso nos casos de
Interações podem ocorrer entre produtos e plantas posologias distintas;
medicinais e mesmo entre duas plantas medicinais - orientações para uso adulto e/ou uso pediátrico, de
quando administradas ao mesmo tempo. acordo com o aprovado no registro ou notificação; e
"Este produto contém álcool no teor de _____." - orientações sobre o monitoramento e ajuste de dose
(informando o teor alcoólico). para populações especiais.
5.ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO Incluir o risco de uso por via de administração não
GUARDAR ESTE PRODUTO? recomendada, quando aplicável.
Descrever os cuidados específicos de conservação, Conforme a característica da forma farmacêutica,
indicando a faixa de temperatura e condições de incluir as frases em negrito:
armazenamento do produto, conforme estudo de "Este produto não deve ser partido, aberto ou
estabilidade. mastigado.", no caso de comprimidos revestidos,
Informar o prazo de validade do produto a partir da data cápsulas e compridos de liberação modificada e outras
de fabricação, aprovada no registro ou notificação, formas farmacêuticas que couber, ou "Este produto não
citando o número de meses. deve ser cortado.", no caso de adesivos e outras que
Incluir as seguintes frases em negrito: couber.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide Quando se tratar de chá medicinal, incluir as frases,
embalagem.”; conforme o caso:
“Não use produto com prazo de validade vencido.” 1. se utilizada por infusão, deverá constar a seguinte
“Para sua segurança, guarde o produto na embalagem frase: "colocar (o número de) mL ou (o número de)
original.”; medida de água fervente sobre (o número de) g ou (o nú
Incluir os cuidados específicos de conservação do mero de) medida do produto em um recipiente
produto tradicional fitoterápico uma vez abertos ou apropriado. Abafar por cerca de 15 minutos, coar, se
preparados para uso, quando sofram redução do prazo necessário, e utilizar";

420
2. se utilizada por decocção, deverá constar a seguinte "Em caso de uso de grande quantidade deste produto,
frase: "colocar (o número de)g ou (o número de) procure rapidamente socorro médico e leve a
medida do produto em (o número de) quantidade de embalagem ou folheto informativo, se possível."
água fria e ferver por cerca de 3 a 5 minutos, deixar em "Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se
contato por aproximadamente 15 minutos, coar, se você precisar de mais orientações sobre como
necessário, e utilizar"; ou proceder."
3. se utilizada por maceração com água, deverá constar Quando não se têm relatos de casos de superdose, deve-
a seguinte frase: "cobrir (o número de) g ou (o número se incluir a frase em negrito: “
de) medida do produto com (o número de) mL ou (o Não há casos de superdose relatados”.
número de) medida de água e deixar em temperatura IV – dizeres legais: Informara sigla "MS" mais o
ambiente por (o número de) horas; agitar número de registro no Ministério da Saú
ocasionalmente, coar, se necessário, e utilizar"; de, quando se tratar de produto tradicional fitoterápico
4. incluir a frase: "Preparar imediatamente antes do uso registrado, conforme publicado em Diário Oficial da
". Essa frase é dispensada para algumas espécies União (DOU), sendo necessários os 9 (nove) dígitos
vegetais em que há a orientação de preparo para mais iniciais.
de uma dose a ser utilizada no mesmo dia. Inserir, quando se tratar de produto tradicional
5. incluir a frase: "Siga corretamente o modo de usar. fitoterápico notificado, a seguinte frase:
Em caso de dúvidas sobre este produto, procure "PRODUTO NOTIFICADO NA ANVISA nos termos
orientação com seu farmacêutico ou profissional de da RDC nº XX/XXXX", completando com o número da
saúde. Não desaparecendo os sintomas, procure Resolução vigente, sucedido pelo ano de sua
orientação de seu profissional de saúde.". publicação.
Para soluções para diluição ou pós ou granulados para Informar o nome, número de inscrição e sigla do
solução, suspensão ou emulsão de uso oral, incluir: Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico
- o procedimento detalhado para reconstituição e/ou da empresa titular do registro ou notificação.
diluição antes da administração; Informar o nome e endereço da empresa titular do
- o(s) diluente(s) a ser(em) utilizado(s); registro ou notificação no Brasil.
- o volume final do produto preparado; e Informar o número do Cadastro Nacional de Pessoa
- concentração do produto preparado. Jurídica (CNPJ) do titular do registro ou notificação.
7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME Inserir a expressão “Indústria Brasileira”, quando
ESQUECER DE USAR ESTE PRODUTO? aplicável.
Descrever a conduta necessária, caso haja esquecimento Informar o telefone do Serviço de Atendimento ao
de administração (dose omitida), quando for o caso. Consumidor (SAC), de responsabilidade da empresa
Incluir a seguinte frase, em negrito: titular do registro ou notificação.
"Em caso de dúvidas, procure orientação de Informar o nome e endereço da empresa fabricante,
profissional de saúde." quando ela diferir da empresa titular do registro ou
8.QUAIS OS MALES QUE ESTE PRODUTO PODE notificação, citando a cidade e o estado precedidos pela
ME CAUSAR? frase “Fabricado por:” e inserindo a frase “Registrado
Informar as reações adversas, explicitando os sinais e por: ou Notificado por:” antes dos dados da detentora
sintomas relacionados a cada uma. Quando não se do registro.
conhece a frequência delas, deve-se incluir a frase em Informar o nome e endereço da empresa fabricante,
negrito: “A frequência de ocorrência dos efeitos quando o produto for importado, citando a cidade e o
indesejáveis não é conhecida .”; e país precedidos pela frase “Fabricado por” e inserindo a
Incluir as frases: frase “Importado por:” antes dos dados da empresa
“Informe ao seu profissional de saúde o aparecimento titular do registro ou notificação.
de reações indesejáveis pelo uso do produto. Informe Informar o nome e endereço da empresa responsável
também à empresa através do seu Serviço de pela embalagem do produto, quando ela diferir da
Atendimento ao Consumidor (SAC).” empresa titular do registro ou notificação, ou fabricante,
"Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de citando a cidade e o estado ou, se estrangeira, a cidade e
Notificações em Vigilância Sanitária o país, precedidos pela frase “Embalado por:” e
- NOTIVISA, disponível em www.____________, ou inserindo a frase “Registrado por: ou Notificado por:”
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal." ou “Importado por:”, conforme o caso, antes dos dados
(incluindo no espaço o endereço eletrônico atualizado da empresa titular do registro ou notificação;
do NOTIVISA). Informar, se descrito na embalagem do produto, o nome
9.O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA e endereço da empresa responsável pela
QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA comercialização do produto, citando a cidade e o estado
DESTE PRODUTO? precedidos pela frase “Comercializado por” e incluindo
Descrever os sintomas que caracterizam a superdose e a frase “Registrado por: ou Notificado por:” antes dos
orientar quanto às medidas preventivas que amenizam o dados da detentora do registro ou notificação.
dano até a obtenção de socorro, quando aplicável. É facultativo incluir a logomarca da empresa
Inserir as frases em negrito: farmacêutica titular do registro ou notificação, bem

421
como das em presas fabricantes e responsáveis pela 24 Bromuconazol
embalagem e comercialização do produto, desde que 25 Bupirimate
não prejudiquem a presença das informações
obrigatórias e estas empresas estejam devidamente 26 Buprofenzina
identificadas nos dizeres legais. 27 Cadusafós
Incluir as seguinte frases, quando for o caso:
28 Captana
“Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo
os sintomas procure orientação médica.” 29 Carbaril
“Venda proibida ao comércio. (para os produtos com 30 Carbendazim
destinação institucional).”
31 Carbofenotiona
Incluir, exceto nos textos de bula a serem submetidos
eletronicamente à Anvisa, uma das seguintes frases, 32 Carbofurano
conforme o caso, em negrito: 33 Carbosulfano
“Este folheto informativo foi aprovado pela Anvisa em
34 Carboxina
(dia/mês/ano)” (informando a data de publicação do
folheto no Bulário Eletrônico). 35 Cianazina
“Este folheto informativo foi atualizado conforme 36 Ciazofamida
Folheto Informativo Padrão aprovado pela Anvisa em
(dia/mês/ano)” 37 Ciflutrina
(informando a data de publicação do respectivo Folheto 38 Cimoxanil
Informativo na área de bulas do sítio eletrônico da 39 Cipermetrina
Anvisa com o qual o folheto foi harmonizado e/ou
atualizado). 40 Ciproconazol
Incluir símbolo da reciclagem de papel. 41 Ciprodinil
Redação dada pela RDC 66/14 42 Ciromazina
43 Cletodim
Anexo V (Incluido pela RDC 105/16)
Lista de agrotóxicos selecionados para análise 44 Clofentezina
45 Clomazona
1 2,4-D
46 Clorantraniliprole
2 Abamectina
47 Clordano
3 Acefato
48 Clorfenapir
4 Acetamiprido
49 Clorfenvinfós
5 Acrinatrina
50 Clorfluazurom
6 Alacloro
51 Clorimurom-etílico
7 Aldicarbe
52 Clormequate
8 Aldrin
53 Clorotalonil
9 Aletrina
54 Clorpirifós
10 Ametrina
55 Clorpirifós-metílico
11 Atrazina
56 Clorprofan
12 Azaconazole
57 Clortal-dimetílico
13 Azinfós-Etílico
58 Clortiofós
14 Azinfós-metílico
59 Clotianidina
15 Azoxistrobina
60 Cresoxim-metílico
16 Benalaxil
61 DDT
17 Benfuracarbe
62 Deltametrina
18 Bentazona
63 Diafentiurom
19 Bifentrina
64 Dialate
20 Bitertanol
65 Diazinona
21 Boscalida
66 Diclofluanide
22 Bromacila
67 Diclofope
23 Bromopropilato
68 Diclorana

422
69 Diclorvós 114 Fipronil
70 Dicofol 115 Flonicamida
71 Dicrotofos 116 Fluasifope-p
72 Dieldrin 117 Fludioxonil
73 Difenoconazol 118 Flufenoxurom
74 Diflubenzurom 119 Flumetralina
75 Dimetoato 120 Fluquinconazol
76 Dimetomorfe 121 Fluroxipir-meptílico
77 Dinocape 122 Flusilazol
78 Dinoseb 123 Flutriafol
79 Dissulfotom 124 Folpete
80 Ditianona 125 Fomesafem
81 Ditiocarbamatos (CS2) 126 Foransulfurom
82 Diurom 127 Forato
83 Dodemorfe 128 Formetanato
84 Dodina 129 Fosalona
85 Endossulfam 130 Fosfamidona
86 Endrin 131 Fosmete
87 Epoxiconazol 132 Fostiazato
88 Esfenvalerato 133 Furatiocarbe
89 Espinosade 134 Glifosato
90 Espirodiclofeno 135 Halossulfurom-metílico
91 Espiromesifeno 136 Haloxifope-metílico
92 Etefom 137 Haloxifope-p-metílico
93 Etiofencarb 138 HCH (alfa+beta+delta)
94 Etiona 139 Heptacloro
95 Etofenproxi 140 Heptenofós
96 Etoprofós 141 Hexaclorobenzeno
97 Etoxissulfurom 142 Hexaconazol
98 Etrinfos 143 Hexazinona
99 Famoxadona 144 Hexitiazoxi
100 Fembuconazol 145 Imazalil
101 Fenamidona 146 Imazetapir
102 Fenamifós 147 Imibenconazol
103 Fenarimol 148 Imidacloprido
104 Fenazaquina 149 Indoxacarbe
105 Fenhexamide 150 Iprodiona
106 Fenitrotiona 151 Iprovalicarbe
107 Fenotrina 152 Isoxaflutol
108 Fenpiroximato 153 Lactofem
109 Fenpropatrina 154 Lambda-cialotrina
110 Fenpropimorfe 155 Lindano
111 Fentiona 156 Linurom
112 Fentoato 157 Lufenurom
113 Fenvalerato 158 Malationa

423
159 Mandipropamida 204 Procloraz
160 Mepiquate 205 Profenofós
161 Metalaxil-m 206 Profoxidim
162 Metamidofós 207 Prometrina
163 Metamitrona 208 Propamocarbe
164 Metconazol 209 Propanil
165 Metidationa 210 Propargito
166 Metiocarbe 211 Propiconazol
167 Metolacloro 212 Propoxur
168 Metomil 213 Protioconazol
169 Metoxicloro 214 Protiofós
170 Metoxifenozida 215 Quinalfos
171 Metribuzim 216 Quintozeno
172 Metsulfurom 217 Quizalofope-p-etílico
173 Mevinfós 218 Quizalofope-p-tefurílico
174 Miclobutanil 219 Simazina
175 Mirex 220 Sulfentrazona
176 Monocrotofós 221 Sulfluramida
177 Neburon 222 Sulfometurom-metílico
178 Nuarimol 223 Tebuconazol
179 Oxadixil 224 Tebufempirada
180 Oxamil 225 Tebufenozida
181 Oxassulfurom 226 Tebutiurom
182 Óxido de fembutatina 227 Teflubenzurom
183 Oxifluorfem 228 Terbufós
184 Paclobutrazol 229 Tetraconazol
185 Paration 230 Tetradifona
186 Parationa-metílica 231 Tiabendazol
187 Pencicurom 232 Tiacloprido
188 Penconazol 233 Tiametoxam
189 Pendimetalina 234 Tiobencarbe
190 Permetrina 235 Tiodicarbe
191 Picoxistrobina 236 Tiofanato-metílico
192 Piraclostrobina 237 Tolifluanida
193 Pirazofós 238 Triadimefom
194 Piridabem 239 Triadimenol
195 Piridafentiona 240 Triazofós
196 Piridato 241 Triciclazol
197 Pirifenoxi 242 Triclorfom
198 Pirimetanil 243 Tridemorfe
199 Pirimicarbe 244 Trifloxistrobina
200 Pirimifós-etílico 245 Triflumizol
201 Pirimifós-metílico 246 Trifluralina
202 Piriproxifem 247 Triforina
203 Procimidona 248 Vamidotiona

424
249 Vinclozolina
250 Zoxamida

425
RDC N° 50, DE 25/09/2014 2007, ou aquela que vier substituí-la, ficando
(D.O.U 26/09/14) condicionados às medidas de controle definidas nesta
Resolução.
Dispõe sobre as medidas de controle de § 1º A Notificação de Receita "B2" pode conter a
comercialização, prescrição e dispensação de quantidade de medicamento correspondente a, no
medicamentos que contenham as substâncias máximo, 30 (trinta) dias de tratamento.
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, § 2º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a No-
seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá tificação de Receita "B2" contendo medicamento à base
outras providências. de sibutramina, que poderá conter a quantidade de
medicamento correspondente a, no máximo, 60
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de (sessenta) dias de tratamento." (NR) (Redação dada
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe pela RDC 133/16)
confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Art. 6º As prescrições de medicamentos que contenham
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovado as substâncias tratadas nesta norma deverão ser
pelo Decreto No- 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo acompanhadas de Termo de Responsabilidade do
em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. Prescritor, conforme modelos constantes dos Anexo I e
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo II desta Resolução, a ser preenchido em três
Anexo I da Portaria No- 354 da ANVISA, de 11 de vias.
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto § 1° As vias preenchidas deverão ter a seguinte
de 2006, em reunião realizada em 23 de setembro de destinação:
2014, Adota a seguinte Resolução da Diretoria I - arquivada no prontuário do paciente;
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino sua II - arquivada na farmácia ou drogaria dispensadora;
publicação: III - em poder do paciente.
§ 2° O Termo de Responsabilidade a que se refere o
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico para o caput deverá ser assinado pelo paciente, e será o
controle de comercialização, prescrição e dispensação documento comprobatório de que recebeu as
de medicamentos que contenham as substâncias informações prestadas pelo prescritor.
anfepramona, femproporex, mazindol e Art. 7º Todo e qualquer evento adverso relacionado ao
sibutramina, seus sais e isômeros, bem como seus uso de medicamento que contenha as substâncias
intermediários. tratadas nesta norma, bem como intermediários, são de
Art. 2° O registro de medicamentos que contenham as notificação compulsória ao Sistema Nacional de
substâncias tratadas nesta norma somente poderá ser Vigilância Sanitária.
concedido mediante a apresentação de dados que Parágrafo único. A responsabilidade pela notificação
comprovem a eficácia e segurança, de acordo com as caberá:
normas sanitárias vigentes. I - aos profissionais de saúde;
Art. 3º Fica vedada a prescrição e a dispensação de II - aos detentores do registro de medicamentos;
medicamentos que contenham as substâncias tratadas III - aos estabelecimentos que dispensem esses
nesta norma acima das Doses Diárias Recomendadas medicamentos.
(DDR), conforme a seguir especificado: Art. 8° As empresas detentoras do registro dos
I - Femproporex: 50,0 mg/dia; medicamentos à base das substâncias tratadas nesta
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia; norma deverão apresentar à ANVISA os Relatórios
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia; Periódicos referentes aos produtos a cada 6 (seis)
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e meses.
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR) (Redação dada pela Parágrafo único. A elaboração dos relatórios deve
RDC 133/16) respeitar as orientações contidas na Resolução de
Art. 4º Somente será permitido o aviamento de Diretoria Colegiada – RDC Nº 04, de 10 de fevereiro de
fórmulas magistrais de medicamentos que contenham 2009, que dispõe sobre as normas de farmacovigilância
as substâncias tratadas nesta norma nos casos em que o para os detentores de registro de medicamentos de uso
prescritor tenha indicado que o medicamento deve ser humano, e na Instrução Normativa Nº 14, de 27 de
manipulado, em receituário próprio, na forma do item outubro de 2009, que aprovou os guias técnicos para a
5.17 do Anexo da Resolução de Diretoria Colegiada – elaboração de Planos de Farmacovigilância, de Planos
RDC Nº 67, de 08 de outubro de 2007, que dispõe de Minimização de Riscos e do Relatório Periódico.
sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Art. 9º A manipulação de fórmulas que contenham
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias, substâncias tratadas nesta norma está vedada, com
que deve acompanhar a Notificação de Receita "B2". exceção daquelas presentes em medicamentos
Art. 5º A prescrição, dispensação e o aviamento de me- registrados com prova de eficácia e segurança nos
dicamentos que contenham as substâncias tratadas nesta termos do art. 2°.
norma deverão ser realizados por meio da Notificação Art. 10. As farmácias que manipularem formulações
de Receita "B2", de acordo com a Resolução de contendo as substâncias tratadas nesta norma deverão
Diretoria Colegiada - RDC Nº 58, de 05 de setembro de apresentar à área de farmacovigilância da ANVISA

426
relatório semestral sobre as notificações de suspeitas de e quarenta e quatro) pacientes com sobrepeso ou
eventos adversos. obesos, com 55 (cinqüenta e cinco) anos de idade ou
§ 1º A ausência de notificações no período definido no mais, com alto risco cardiovascular, tratados com
caput não desobriga a apresentação do relatório, que sibutramina e observou-se um aumento de 16%
deverá conter as justificativas de ausência de (dezesseis por cento) no risco de infarto do miocárdio
notificações. não fatal, acidente vascular cerebral não fatal, parada
§ 2º Para o cumprimento no disposto no caput o cardíaca ou morte cardiovascular comparados com os
responsável técnico pela farmácia deverá cadastrar-se pacientes que não usaram o medicamento; e
no Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância b. Portanto, a utilização do medicamento está restrita às
Sanitária - NOTIVISA, disponível no sítio eletrônico da indicações e eficácia descritas no item 2, e respeitando-
Anvisa na internet, ou no sistema que venha a substituí- se rigorosamente as contraindicações descritas no item
lo. 3 e as precauções descritas no item 4.
Art. 11. A farmácia deverá preencher os campos
específicos do Termo de Responsabilidade do 2. As indicações e eficácia dos medicamentos contendo
Prescritor que acompanha a notificação de receita sibutramina estão sujeitas às seguintes restrições:
definida no art. 6º desta Resolução, reter uma via e a. A eficácia do tratamento da obesidade deve ser
entregar a outra via para o paciente. medida pela perda de peso de pelo menos de 5% (cinco
Art.12. O monitoramento de todo e qualquer evento por cento) a 10% (dez por cento) do peso corporal
adverso relacionado ao uso de medicamento que inicial acompanhado da diminuição de parâmetros
contenha as substâncias tratadas nesta norma, bem metabólicos considerados fatores de risco da obesidade;
como intermediários, será realizado por meio do e
Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância b. o medicamento deve ser utilizado como terapia
Sanitária NOTIVISA disponível no sítio eletrônico da adjuvante, como parte de um programa de
ANVISA na internet, ou o sistema que venha a gerenciamento de peso para pacientes obesos com
substituí-lo. índice de massa corpórea (IMC) > ou = a 30 kg/m2
Parágrafo único. Deverão ser cadastrados no sistema (maior ou igual a trinta quilogramas por metro
NOTIVISA: quadrado), num prazo máximo de 2 (dois) anos,
I - o responsável técnico pela farmácia ou drogaria que devendo ser acompanhado por um programa de
dispense apenas medicamentos industrializados e reeducação alimentar e atividade física compatível com
manipulados; as condições do usuário.
II - os profissionais prescritores." (NR) (Redação dada
pela RDC 133/16) 3. O uso da sibutramina está contra-indicado em
Art. 13. O descumprimento das disposições contidas pacientes:
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos a. Com índice de massa corpórea (IMC) menor que 30
da Lei Nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo kg/m2 (trinta quilogramas por metro quadrado);
das responsabilidades civil, administrativa e penal b. Com histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo
cabíveis. menos outro fator de risco (i.e., hipertensão controlada
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua por medicação, dislipidemia, prática atual de
publicação. tabagismo, nefropatia diabética com evidência
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO de microalbuminúria);
c. Com histórico de doença arterial coronariana (angina,
ANEXO I história de infarto do miocárdio), insuficiência cardíaca
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO congestiva, taquicardia, doença arterial obstrutiva
PRESCRITOR PARA USO DO MEDICAMENTO periférica, arritmia ou doença cerebrovascular (acidente
CONTENDO A SUBSTÂNCIA SIBUTRAMINA vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório);
Eu, Dr.(a) d. Hipertensão controlada inadequadamente, > 145/90
____________________________________, mmHg (maior que cento e quarenta e cinco por noventa
registrado no Conselho Regional de Medicina do milímetros de mercúrio);
Estado sob o número ___________________, sou o e. Com idade acima de 65 (sessenta e cinco) anos,
responsável pelo tratamento e acompanhamento do(a) crianças e adolescentes;
paciente _____________________________, do sexo f. Com histórico ou presença de transtornos
_________________, com idade de ______ anos alimentares, como bulimia e anorexia; ou
completos, com diagnóstico de g. Em uso de outros medicamentos de ação central para
________________________________, para quem redução de peso ou tratamento de transtornos
estou indicando o medicamento à base de psiquiátricos.
SIBUTRAMINA.
Informei ao paciente que: 4. As precauções com o uso dos medicamentos à base
1. O medicamento contendo a substância sibutramina: de sibutramina exigem que:
a. Foi submetido a um estudo realizado após a a. Ocorra a descontinuidade do tratamento em pacientes
aprovação do produto, com 10.744 (dez mil, setecentos que não responderem à perda de peso após 4 (quatro)

427
semanas de tratamento com dose diária máxima de 15 2. É responsabilidade do responsável técnico da
mg/dia (quinze miligramas por dia), considerando-se Farmácia notificar ao Sistema Nacional de Vigilância
que esta perda deve ser de, pelo menos, 2 kg (dois Sanitária, por meio do sistema NOTIVISA, as suspeitas
quilogramas), durante estas 4 (quatro) primeiras de eventos adversos de que tome conhecimento.
semanas; e 3. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao
b. Haja a monitorização da pressão arterial e da paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro
frequência cardíaca durante todo o tratamento, pois o sistema de contato:
uso da sibutramina tem como efeito colateral o ______________________________
aumento, de forma relevante, da pressão arterial e da Assinatura e carimbo do(a) farmacêutico(a):
frequência cardíaca, o que pode determinar a _____________________________ C.R.F.: _________
descontinuidade do tratamento. Data: ____/____/_____
Assinatura do (a) paciente:______________________
5. O uso da sibutramina no Brasil está em período de Data: ____/____/_____
monitoramento do seu perfil de segurança, conforme
RDC/ANVISA Nº XX/20XX. ANEXO II
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO
6. O paciente deve informar ao médico prescritor toda e PRESCRITOR PARA USO DE MEDICAMENTO
qualquer intercorrência clínica durante o uso do CONTENDO AS SUBSTÂNCIAS
medicamento. ANFEPRAMONA, FEMPROPOREX, MAZINDOL
Eu, Dr.(a)
7. É responsabilidade de o médico prescritor notificar ____________________________________,
ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, por meio registrado no Conselho Regional de Medicina do
do sistema NOTIVISA, as suspeitas de eventos Estado sob o número ___________________, sou o
adversos de que tome conhecimento. responsável pelo tratamento e acompanhamento do(a)
paciente _____________________________, do sexo
8. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao ___________________, com idade de ______ anos
paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro completos, com diagnóstico de
sistema de contato:____________________.Assinatura ____________________,
e carimbo do(a) médico(a):__________C.R.M.: ______ para quem estou indicando o medicamento à base de
Data: ____/____/_____ _________________.
A ser preenchido pelo(a) paciente: Informei ao paciente que:
Eu, _______________________________________, 1. Não há dados técnicos e científicos que demontrem a
Carteira de Identidade Nº: ____________, Órgão eficácia e a segurança do uso desse medicamento no
Expedidor_________________, residente na rua controle da obesidade.
______________________, Cidade 2. O uso desse medicamento no Brasil foi autorizado e
________________________, Estado _________, é monitorado pela RDC/ANVISA Nº 50 de 25 de
telefone ___________________, recebi pessoalmente setembro de 2014.
as informações sobre o tratamento que vou fazer. 3. O paciente deve informar ao médico prescritor toda e
Entendo que este remédio é só meu e que não devo qualquer intercorrência clínica durante o uso do
passá-lo para ninguém. medicamento.
Assinatura: ___________________________________ 4. É responsabilidade de o médico prescritor notificar
Data: ____/____/_____ ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, por meio
A ser preenchido pela Farmácia de manipulação no do sistema NOTIVISA, as suspeitas de eventos
caso de o medicamento ter sido prescrito com indicação adversos de que tome conhecimento.
de ser manipulado: 5. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao
Eu, Dr.(a) paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro
____________________________________, sistema de
registrado(a) no Conselho Regional de Farmácia do contato:_____________________________________.
Estado sob o número ___________________, sendo o ____________________________________________.
responsável técnico da Assinatura e carimbo do(a) médico(a):
Farmácia_______________________________, ____________________________ C.R.M.: _________
situada no endereço Data: ____/____/_____
______________________________, sou responsável A ser preenchido pelo(a) paciente:
pelo aviamento e dispensação do medicamento Eu, _______________________________________,
contendo sibutramina para o paciente Carteira de Identidade Nº: ____________, Órgão
___________________________. Expedidor _________________, residente na rua
Informei ao paciente que: ________________________,Cidade
1. Deve informar à farmácia responsável pela _______________, Estado _________, telefone
manipulação do medicamento relatos de eventos ___________________, recebi pessoalmente as
adversos durante o uso do medicamento; e

428
informações sobre o tratamento que vou fazer. Entendo
que este remédio é só meu e que
não devo passá-lo para ninguém.
Assinatura:
_____________________________________
Data: ____/____/_____

429
RDC Nº 58, DE 10/10/2014 § 1º As empresas detentoras de registros de
(D.O.U 13/10/14) medicamentos similares intercambiáveis, terão o prazo
de 1 (um) ano a contar de sua inclusão na relação a que
Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto à se refere o art. 2º para notificar à ANVISA a adaptação
Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos da bula, nos termos do caput deste artigo.
para a intercambialidade de medicamentos similares § 2º A adaptação prevista no parágrafo anterior é de
com o medicamento de referência. implementação imediata e não depende de
manifestação da ANVISA.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de § 3º Os medicamentos similares intercambiáveis que
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe não tiverem suas bulas alteradas no prazo definido no §
confere os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, 1º deste artigo não poderão ser comercializados no país.
de 26 de janeiro de 1999, o inciso V, e §§ 1° e 3° do art. § 4º Os medicamentos produzidos até a notificação da
5 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo alteração de bula poderão ser comercializados até o
I da Portaria nº 650 da ANVISA, de 29 de maio de término de sua validade.
2014, tendo em vista os incisos III, do art. 2º, III e IV,
do art. 7º da Lei nº 9.782, de 1999, o Programa de Art. 5º Para efeito de avaliação das petições de
Melhoria do Processo de Regulamentação da Agência, renovação de registro de medicamentos similares cujos
instituído por meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de estudos de equivalência farmacêutica,
2008, em reunião realizada em 09 de outubro de 2014, biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, bioisenção ainda não tenham sido analisados, a
Diretor-Presidente, determino a sua publicação: ANVISA publicará Instrução Normativa definindo os
critérios e ordem de sua avaliação.
Art. 1º Esta Resolução determina as medidas a serem
adotadas junto à Anvisa pelos titulares de registro de Art. 6º O Anexo I da RDC nº 47/2009 fica acrescido da
medicamentos para a intercambialidade de seguinte redação:
medicamentos similares com os respectivos I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
medicamentos de referência. ...
§ 1º A adoção das medidas previstas nesta Resolução é "Para medicamentos constantes da relação a que se
obrigatória para todos os titulares de registro de refere o art. 2º da RDC n° 58, de 10 de outubro de
medicamentos cujos estudos mencionados no art. 2º 2014, incluir a frase: MEDICAMENTO SIMILAR
tenham sido aprovados pela Anvisa. EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição não são REFERÊNCIA"
objeto desta Resolução.
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro
Art. 2º Será considerado intercambiável o medicamento de 2015.
similar cujos estudos de equivalência farmacêutica,
biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
bioisenção tenham sido apresentados, analisados e Diretor-Presidente
aprovados pela ANVISA.
Parágrafo único. A ANVISA publicará em seu sítio
eletrônico a relação dos medicamentos similares
indicando os medicamentos de referência com os quais
são intercambiáveis.

Art. 3º A informação a respeito da intercambialidade a


que se refere o art. 2º constará na bula do medicamento
similar.

Art. 4º O peticionamento da notificação de alteração de


texto de bula deverá ser eletrônico, conforme código de
assunto específico e seguir o guia de submissão
eletrônica de texto de bula.

430
RDC N°98, DE 01/08/2016 a) Reações adversas com causalidades conhecidas e
(D.O.U 03/08/16) reversíveis após suspensão de uso do medicamento;
b) Baixo potencial de toxicidade, quando reações graves
Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o ocorrem apenas com a administração de grande
enquadramento de medicamentos como isentos de quantidade do produto, além de apresentar janela
prescrição e o reenquadramento como medicamentos terapêutica segura;
sob prescrição, e dá outras providências. c) Baixo potencial de interação medicamentosa e alimen
tar, clinicamente significante.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de III-Indicação parao tratamento, prevenção ou alívio de
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe sinais e sintomas de doenças não graves e com evolução
conferem o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da inexistente ou muito lenta, sendo que os sinais e
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o art. 53, V, §§ sintomas devem ser facilmente detectáveis pelo
1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do paciente, seu cuidador ou pelo farmacêutico, sem
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada-RDC nº necessidade de monitoramento laboratorial ou consulta
61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte com o prescritor;
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado IV-Utilização por curto período de tempoou por tempo
em reunião realizada em 19 de julho de 2016, e eu, previsto em bula, exceto para os de uso preventivo, bem
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. como para os medicamentos específicos e fitoterápicos
indicados para doenças de baixa gravidade;
DISPOSIÇÕES INICIAIS V – Ser manejável pelo paciente, seu cuidador, ou
Art. 1º Esta Resolução estabelece os critérios e mediante orientação pelo farmacêutico;
procedimentos para o enquadramento de medicamentos VI - Baixo potencial de risco ao paciente, nas seguintes
como isentos de prescrição (MIPs), o reenquadramento condições:
desses medicamentos como sob prescrição, e para a a) Mau uso com a utilização do medicamento para
devida adequação do registro. finalidade diferente da preconizada em bula;
Art. 2º Para efeito desta Resolução são adotadas as b) Abuso com a utilização do medicamento em
seguintes definições: quantidade superior ao preconizado ou por período supe
I - Medicamentos isentos de prescrição – são os rior ao recomendado;e
medicamentos que podem ser dispensados sem c) Intoxicação.
exigência de prescrição; VII-Não apresentar potencial dependência, ainda que
II - Medicamentos sob prescrição – são os seja utilizado conforme preconizado em bula.
medicamentos cuja dispensação é restrita à apresentação Parágrafo Único.
de prescrição, inclusive os sujeitos a controle especial. Para fitoterápicos, o tempo de uso conforme previsto no
III - Lista de medicamentos isentos de prescrição Inciso I, poderá ser demonstrado para a droga ou
(LMIP) – relação dos medicamentos enquadrados pela derivado vegetal específico que se pretende registrar.
Anvisa como isentos de prescrição nos termos desta Art. 4º Não são passíveis de enquadramento como
Resolução. medicamentos isentos de prescrição:
I-As a presentações do medicamento cuja via de
CRITÉRIOS PARA O ENQUADRAMENTO administração seja a parenteral;
Art.3º Para um medicamento ser enquadrado como II - As apresentações que tenham indicação sob
isento de prescrição, é necessário que comprove os prescrição.
critérios estabelecidos a seguir: Art. 5º É permitido que em um mesmo processo de
I-Tempo mínimo de comercialização do princípio ativo registro coexistam apresentações isentas e sob
ou da associação de princípios ativos, com as mesmas prescrição, desde que diferenciadas por concentração ou
indicações, via de administração e faixa terapêutica forma farmacêutica ou unidades farmacotécnicas.
de: Parágrafo Único.
a) 10 (Dez) anos sendo, no mínimo, 5 (cinco) anos Para as apresentações isentas de prescrição médica, o
Brasil como medicamento sob prescrição ou; texto e o layout de bula e rotulagem deverão conter,
b) 5 (cinco) anos no exterior como medicamento isento obrigatoriamente, as informações estabelecidas em
de prescrição cujos critérios para seu enquadramento resolução específica.
sejam compatíveis com os estabelecidos nesta Art. 6º O enquadramento como MIP para medicamentos
Resolução. dinamizados segue a regulamentação específica.
II-Segurança, segundo avaliação da causalidade,
gravidade e frequência de eventos adversos e DA SOLICITAÇÃO DO ENQUADRAMENTO
intoxicação, baixo potencial de causar dano à saúde Art.7º Atendidos os critérios estabelecidos nos arts. 3º a
quando obtido sem orientação de um prescritor, o 5º desta Resolução, os detentores de registro de
considerando sua forma farmacêutica, princípio ativo, medicamentos na ANVISA poderão, a qualquer
concentração do princípio ativo, via de administração e momento, solicitar o enquadramento como
Posologia, devendo o produto apresentar: Medicamento Isento de Prescrição.
Parágrafo Único.

431
Os detentores de registro de medicamentos classificados Nenhuma mudança além das decorrentes da alteração
como novos , específicos e fitoterápicos poderão da categoria de venda poderá ser realizada nas
requerer o enquadramento desde o momento da sol informações constantes no texto de bula.
icitação de registro nesta ANVISA. Art.13. Os medicamentos enquadrados como isentos de
Art. 8º O enquadramento de princípios ativos isolados prescrição só poderão ser disponibilizados em
como medicamentos isentos de prescrição não garante autosserviço após adequação do material de bula e
que a associação em dose fixa ou razão fixa de dose seja rotulagem.
enquadrada como MIP, devendo essas, cumprir com os
critérios estabelecidos no art. 3º desta Resolução. DISPOSIÇÕES FINAIS
Parágrafo único. Art.14. Os medicamentos atualmente registrados como
Excetua-se do disposto no caput os prazos estabelecidos isentos de prescrição permanecerão assim enquadrados.
no inciso I do art.3º desta Resolução. Art. 15. A revisão do enquadramento de um
Art. 9º A petição de solicitação de enquadramento de medicamento como isento de prescrição poderá ocorrer
medicamentos como isento de prescrição deverá estar a qualquer momento.
acompanhada dos seguintes documentos: § 1º A ANVISA poderá exigir provas adicionais
I – Comprovante de pagamento, ou de isenção, da Taxa relativas às condições de enquadramento para os
de Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS), medicamentos já enquadrados como isentos de
mediante Guia de Recolhimento da União (GRU); prescrição.
II – Racional técnico para o enquadramento, abordando § 2º As empresas detentoras de medicamentos
os critérios estabelecidos no art. 3º desta Resolução; reenquadrados como sob prescrição deverão proceder à
III – Relatório Periódico de Farmacovigilância com adequação de seus registros, observando os
dados cumulativos de acordo com o tempo mínimo de procedimentos, prazos e condições dispostos nos arts.
comercialização estabelecido no inciso I do art. 3º desta 11 e 12 desta Resolução.
Resolução; Art. 16. O tempo previsto para o esgotamento de
IV – Plano de Minimização de Risco, quando aplicável, estoque seguirá os prazos estabelecidos em
e; regulamentação específica.
V – Formulário de avaliação de enquadramento do Art. 17.
medicamento devidamente preenchido e acompanhado O descumprimento das disposições contidas nesta
da documentação comprobatória, conforme Anexo I. Resolução constitui infração sanitária, nos termos da
Art. 10. A decisão da ANVISA quanto à avaliação das Lei nº 6437/1977, sem prejuízo das responsabilidades
solicitações de enquadramento de medicamentos como civil, administrativa e penal cabíveis.
isentos de prescrição será objeto de publicação no Art. 18. Ficam revogadas a Resolução de Diretoria
Diário Oficial da União, por meio de instrução Colegiada RDC nº 138, de 29 de maio de 2003 e o art.
normativa específica. 15 da Resolução de Diretoria Colegiada RDC nº 134, de
§1º A relação dos medicamentos enquadrados como 29 de maio de 2003.
isentos de prescrição será disponibilizada na página Art. 19. Esta Resolução entra em vigor 30 dias a contar
eletrônica da ANVISA, por meio da LMIP. da data de sua publicação.
§ 2º A LMIP será atualizada após a publicação da JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.
instrução normativa citada no caput deste artigo.
DA ADEQUAÇÃO ANEXO I FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO
Art. 11. A cada publicação da decisão de ENQUADRAMENTO DOS MEDICAMENTOS
enquadramento efetuada pela ANVISA, todas as COMO ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
empresas detentoras de registro de medicamentos a (preenchimento em língua portuguesa)
serem enquadrados como MIP deverão submeter, via IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA SOLICITANTE
peticionamento exclusivamente eletrônico, em até 180 Razão social:
(cento e oitenta) dias após a publicação, a “solicitação CNPJ:
de alteração da categoria de venda”, que deverá estar Número do telefone (com DDD):
acompanhada dos seguintes documentos: Número do fax (com DDD):
I – Comprovante de pagamento, ou de isenção, da Endereço eletrônico:
TFVS, mediante GRU; REPRESENTANTE LEGAL
II – Formulários de petição devidamente preenchidos e Nome:
assinados; CPF:
III - Justificativada petição e, RESPONSÁVEL TÉCNICO
IV – Novo layout de bula e rotulagem. Nome:
Art. 12. A empresa deverá submeter uma “notificação Profissão:
de alteração de texto de bula” em até 30 (trinta) dias Conselho Regional de:
após aprovação da solicitação de alteração da categoria Inscrição:
de venda. UF:
Parágrafo Único. Local e data Representante Legal
Responsável Técnico

432
Responsável Clínico c) Anos de comercialização como isento de prescrição e
comprovante de enquadramento como isentos de
1) AVALIAÇÃO DO ENQUADRAMENTO DOS prescrição no país onde o produto é comercializado:
MEDICAMENTOS COMO ISENTOS DE d) Dados de farmacovigilância (análise global das
PRESCRIÇÃO notificações; avaliação de causalidade dos casos
Referente a: (indicar aqui todos os assuntos aos quais se
requer avaliação): 6) PLANO DE MINIMIZAÇÃO DE RISCO: (quando
classe terapêutica aplicável)
princípio ativo a) Perfil de segurança do produto (riscos identificáveis e
indicação potenciais, além de uma discussão
concentração máxima específica de riscos associados a mudança).
b) Medidas de minimização de risco (como será
2) CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO realizado o monitoramento pela empresa?)
Composição do Produto [princípio(s) ativo(s)]:
Classe terapêutica:
Indicação
terapêutica:
Concentração:
Forma farmacêutica:
Vias de administração:
Modo de usar:
Posologia:
Duração de tratamento:
Apresentação comercial:

3) COMPROVAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS


CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO COMO
MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
a)Segurança (considerando os prazos estabelecidos no
art 3º, item I. ):
RESUMO:
DOCUMENTOS:
b) Sinal ou sintoma identificável pelo paciente:
RESUMO:
DOCUMENTOS:
c) Período de utilização e facilidade de uso pelo
paciente:
RESUMO:
DOCUMENTOS:
d) Potencial de risco ao paciente (mau
uso/abuso/intoxicação)
RESUMO:
DOCUMENTOS :
e) Potencial de risco ao paciente (dependência)
RESUMO:
DOCUMENTOS:
f) Via de Administração

4) HISTÓRICO DE USO NO BRASIL (caso haja):


a) Anos de comercialização
b) Estimativa de unidades comercializadas
c) Dados de farmacovigilância no Brasil (análise global
das notificações; avaliação de causalidade dos casos
ocorridos no Brasil; avaliação do perfil benefício/risco
do medicamento como MIP)

5) HISTÓRICO DE USO EM OUTROS PAÍSES:


a) País:
b) Anos de comercialização:

433
RDC Nº 133, DE 15/12/2016
§ 2º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a
Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº Notificação de Receita "B2" contendo
50/14, que dispõe sobre as medidas de controle de medicamento à base de sibutramina, que poderá
comercialização, prescrição e dispensação de conter a quantidade de medicamento
medicamentos que contenham as substâncias correspondente a, no máximo, 60 (sessenta) dias
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, de tratamento.” (NR)
seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá
outras providências.
Art. 3° O art. 12 da Resolução da Diretoria
Colegiada – RDC n° 50, de 2014, passa a vigorar
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de com as seguintes alterações:
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, “Art.12. O monitoramento de todo e qualquer
da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. evento adverso relacionado ao uso de
53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado medicamento que contenha as substâncias tratadas
nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria nesta norma, bem como intermediários, será
Colegiada – RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, realizado por meio do Sistema Nacional de
resolve adotar a seguinte Resolução da Diretoria Notificações para a Vigilância Sanitária-
Colegiada, conforme deliberado em reunião NOTIVISA disponível no sítio eletrônico da
realizada em 30 de novembro de 2016, adota a ANVISA na internet, ou o sistema que venha a
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, substituí-lo. Parágrafo único. Deverão ser
Diretor-Presidente Substituto, determino a sua cadastrados no sistema NOTIVISA:
publicação. I - o responsável técnico pela farmácia ou drogaria
que dispense apenas medicamentos
Art. 1º O art. 3º da Resolução de Diretoria industrializados e manipulados;
Colegiada – RDC nº 50 de 25 de setembro de II - os profissionais prescritores.” (NR)
2014, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 4º Fica revogado o art. 2º da Resolução da
"Art. 3º Fica vedada a prescrição e a dispensação Diretoria Colegiada - RDC nº 58, de 2007.
de medicamentos que contenham as substâncias
tratadas nesta norma acima das Doses Diárias Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de
Recomendadas (DDR), conforme a seguir sua publicação.
especificado:
I - Femproporex: 50,0 mg/dia; FERNANDO MENDES GARCIA NETO Diretor-
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia; Presidente Substituto
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia;
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR)

Art. 2º O art. 5º da Resolução de Diretoria


Colegiada – RDC nº 50, de 2014, passa a vigorar
com as seguintes alterações:

“Art. 5º A prescrição, dispensação e o aviamento


de medicamentos que contenham as substâncias
tratadas nesta norma deverão ser realizados por
meio da Notificação de Receita "B2", de acordo
com a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº
58, de 05 de setembro de 2007, ou aquela que vier
substituí- la, ficando condicionados às medidas de
controle definidas nesta Resolução.

§ 1º A Notificação de Receita "B2" pode conter a


quantidade de medicamento correspondente a, no
máximo, 30 (trinta) dias de tratamento.

434
RDC Nº 145, DE 21/03/2017

(D.O.U. 22/03/2017)

Proíbe em todo o território nacional a fabricação,


importação e comercialização, assim como o uso em
serviços de saúde, dos termômetros e
esfigmomanômetros com coluna de mercúrio.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V,
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme
deliberado em reunião realizada em 07 de março de
2017, adota a seguinte Resolução da Diretoria
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
publicação:

Art. 1º Ficam proibidos em todo o território nacional a


fabricação, a importação e a comercialização, assim
como o uso em serviços de saúde, dos termômetros e
esfigmomanômetros com coluna de mercúrio.
§ 1º Os termômetros e esfigmomanômetros com coluna
de mercúrio abrangidos por esta Resolução são os
produtos que possuem uma coluna transparente,
contendo mercúrio no seu interior, com a finalidade de
aferir valores de temperatura corporal (no caso do
termômetro) e pressão arterial (no caso do
esfigmomanômetro), indicados para uso em diagnóstico
em saúde.
§ 2º A proibição estabelecida no caput deste artigo não
se aplica aos produtos para pesquisa, para calibração de
instrumentos ou para uso como padrão de referência.
Art. 2° Os produtos relacionados no §1º do art. 1º desta
Resolução, que forem retirados de uso, deverão seguir a
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 306, de
2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, ou
outra que vier a substituí-la.
Art. 3º Os cadastros na Anvisa de produtos relacionados
no §1º do art. 1º, vigentes na data de entrada em vigor
desta Resolução, serão automaticamente cancelados.
Art. 4º O descumprimento das disposições contidas
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
das responsabilidades civil, administrativa e penal
cabíveis.
Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor em 1º de
janeiro de 2019.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JÚNIOR
Diretor-Presidente

435
RDC Nº 197, DE 26/12/2017 VI- erro de Vacinação: qualquer evento evitável que
pode levar ao uso inapropriado de vacinas ou causar
Dispõe sobre os requisitos mínimos para o dano a um paciente. Pode estar relacionado à prática
funcionamento dos serviços de vacinação humana. profissional e procedimentos, com possibilidade de
acontecer se as normas e técnicas não forem cumpridas;
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de VII- Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV): Qualquer
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe ocorrência após à aplicação da vacina e que, não
conferem o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da necessariamente, possui uma relação causal com o
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o art. 53, V, §§ produto;
1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do VIII- profissional legalmente habilitado: profissional
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° com formação superior ou técnica com suas
61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte competências atribuídas por lei;
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado IX- responsável Legal ou Representante Legal: Pessoa
em reunião realizada em 12 dezembro de 2017, e eu, física investida de poderes legais para praticar atos em
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. nome da pessoa jurídica;
X- responsável Técnico (RT): Profissional legalmente
CAPÍTULO I habilitado, formalmente designado pelo Responsável
Das disposições iniciais Legal para manter as rotinas e os procedimentos de um
Seção I serviço;
Do objetivo XI- sala de Vacinação: ambiente envolto por paredes
em todo seu perímetro e pelo menos uma porta,
Art. 1º Esta Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) destinada à administração das vacinas;
tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para XII- vacinação Extramuros de Serviços Privados:
o funcionamento dos serviços que realizam a atividade atividade vinculada a um serviço de vacinação
de vacinação humana. licenciado, que ocorre de forma esporádica, isto é,
através de sazonalidade ou programa de saúde
Seção II ocupacional, praticada fora do estabelecimento,
Da abrangência destinada a uma população específica em um ambiente
determinado e autorizada pelos órgãos sanitários
Art. 2º Esta Resolução se aplica a todos os serviços que competentes das secretarias estaduais ou municipais de
realizam a atividade de vacinação no país, sejam eles saúde;
públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares. XIII- vacinas: medicamentos imunobiológicos que
contêm uma ou mais substâncias antigênicas que,
Seção III quando inoculadas, são capazes de induzir imunidade
Das definições específica ativa, a fim de proteger contra, reduzir a
severidade ou combater a(s) doença(s) causada(s) pelo
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as agente que originou o(s) antígeno(s).
seguintes definições:
I- alvará de licenciamento ou equivalente: documento CAPÍTULO II
emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Dos requisitos para o funcionamento do serviço de
Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão vacinação
para a prestação do serviço sob regime de vigilância Seção I
sanitária; Das condições organizacionais
II- ambiente: espaço fisicamente determinado e
especializado para o desenvolvimento de Art. 4º O estabelecimento que realiza o serviço de
determinada(s) atividade(s), caracterizado por vacinação deve estar devidamente licenciado para esta
dimensões e instalações diferenciadas, atividade pela autoridade sanitária competente.
podendo constituir-se de uma sala ou de uma área; Art. 5º O estabelecimento que realiza serviço de
III- área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais vacinação deve estar inscrito e manter seus dados
de uma das faces; atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos
IV- campanha de Vacinação Pública: constitui de Saúde –CNES.
estratégia de vacinação de um determinado número de Art. 6º O estabelecimento que realiza serviço de
pessoas em curto espaço de tempo, com o objetivo do vacinação deve afixar, em local visível ao usuário, o
controle de uma doença de forma intensiva ou a Calendário Nacional de Vacinação do SUS, com a
ampliação das coberturas vacinais para indicação das vacinas disponibilizadas neste calendário.
complementação do trabalho da rotina, promovida por
órgãos públicos de saúde; Seção II
V- Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia Dos recursos humanos
(CIVP): documento reconhecido internacionalmente,
que comprova a realização de vacinação ou profilaxia.

436
Art. 7º O estabelecimento que realiza o serviço de § 2º O equipamento de refrigeração para guarda e
vacinação deve ter um Responsável Técnico e um conservação de vacinas deve estar Regularizado perante
substituto. a Anvisa.
Art. 8º O serviço de vacinação deve contar com
profissional legalmente habilitado para desenvolver as Seção IV
atividades de vacinação durante todo o período em que Do gerenciamento de tecnologias e dos processos
o serviço for oferecido.
Art. 9º Os profissionais envolvidos nos processos de Art. 11 O serviço de vacinação deve realizar o
vacinação devem ser periodicamente capacitados pelo gerenciamento de suas tecnologias e processos
serviço nos seguintes temas relacionados à vacina: conforme as atividades desenvolvidas e que contemple,
I- conceitos básicos de vacinação; minimamente:
II- conservação, armazenamento e transporte; I- meios eficazes para o armazenamento das vacinas,
III- preparo e administração segura; garantindo sua conservação, eficácia e segurança,
IV- gerenciamento de resíduos; mesmo diante de falha no fornecimento de energia
V- registros relacionados à vacinação; elétrica;
VI- processo para investigação e notificação de eventos II- registro diário da temperatura máxima e da
adversos pós-vacinação e erros de vacinação; temperatura mínima dos equipamentos destinados à
VII- Calendário Nacional de Vacinação do SUS conservação das vacinas, utilizando-se de instrumentos
vigente; devidamente calibrados que possibilitem
VIII- a higienização das mãos; e monitoramento contínuo da temperatura;
IX- conduta a ser adotada frente às possíveis III- utilização somente de vacinas registradas ou
intercorrências relacionadas à vacinação. autorizadas pela Anvisa; e
Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas IV- demais requisitos da gestão de tecnologias e
contendo data, horário, carga horária, conteúdo processos conforme normas sanitárias aplicáveis aos
ministrado, nome e a formação ou capacitação serviços de saúde.
profissional do instrutor e dos profissionais envolvidos Art. 12 O serviço de vacinação deve adotar
nos processos de vacinação. procedimentos para preservar a qualidade e a
integridade das vacinas quando houver necessidade de
Seção III transportá-las.
Da infraestrutura § 1º As vacinas deverão ser transportadas em caixas
térmicas que mantenham as condições de conservação
Art. 10 O estabelecimento que realiza o serviço de indicadas pelo fabricante.
vacinação deve dispor de instalações físicas adequadas § 2º A temperatura ao longo de todo o transporte deve
para as atividades de vacinação de acordo com a ser monitorada com o registro das temperaturas mínima
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 50, de 21 e máxima.
de fevereiro de 2002, ou regulamentação que venha a Art. 13 Os serviços de vacinação devem garantir
substituí-la, e devendo ser dotado, no mínimo, dos atendimento imediato às possíveis intercorrências
seguintes itens obrigatórios: relacionadas à vacinação.
I- área de recepção dimensionada de acordo com a Parágrafo único. O serviço de vacinação deve garantir o
demanda e separada da sala de vacinação; encaminhamento ao serviço de maior complexidade
II- sanitário; e para a continuidade da atenção, caso necessário.
III - sala de vacinação, que deve conter, no mínimo: Art. 14 A administração de vacinas em
a) pia de lavagem; estabelecimentos privados e que não estejam
b) bancada; contempladas no Calendário Nacional de Vacinação do
c) mesa; SUS somente serão realizadas mediante prescrição
d) cadeira; médica.
e) caixa térmica de fácil higienização; Parágrafo único. A dispensação deve necessariamente
f) equipamento de refrigeração exclusivo para guarda e estar vinculada a administração da vacina.
conservação de vacinas, com termômetro de momento
com máxima e mínima; Seção V
g) local para a guarda dos materiais para administração Dos Registros e Notificações das Vacinações
das vacinas;
h) recipientes para descarte de materiais Art. 15 Compete aos serviços de vacinação:
perfurocortantes e de resíduos biológicos; I- registrar as informações referentes às vacinas
i) maca; e aplicadas no cartão de vacinação e no sistema de
j) termômetro de momento, com máxima e mínima, informação definido pelo Ministério da Saúde;
com cabos extensores para as caixas térmicas. II- manter prontuário individual, com registro de todas
§ 1º Em situações de urgência, emergência e em caso de as vacinas aplicadas, acessível aos usuários e
necessidade, a aplicação de vacinas pode ser realizada autoridades sanitárias;
no ponto de assistência ao paciente.

437
III- manter no serviço, acessíveis à autoridade sanitária, Art. 21 O descumprimento das disposições contidas
documentos que comprovem a origem das vacinas nesta resolução e no regulamento por ela aprovado
utilizadas; constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437,
IV- notificar a ocorrência de eventos adversos pós- de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
vacinação (EAPV) conforme determinações do responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Ministério da Saúde; Art. 22 Os serviços de vacinação que se encontram, no
V- notificar a ocorrência de erros de vacinação no momento da publicação desta Resolução da Diretoria
sistema de notificação da Anvisa; e Colegiada, com licença vigente para esta atividade terão
VI- investigar incidentes e falhas em seus processos que o prazo de 06 (seis) meses, contados a partir da data de
podem ter contribuído para a ocorrência de erros de publicação desta Resolução, para promover as
vacinação. adequações necessárias para o cumprimento dos
Art. 16 – No cartão de vacinação deverão constar, de requisitos estabelecidos nesta norma.
forma legível, no mínimo as seguintes informações:
Parágrafo único. O prazo para adequação ao requisito
I- dados do vacinado (nome completo, documento de
disposto no § 2º, art. 10 será de 02 (dois anos), contados
identificação, data de nascimento);
a partir da data de publicação desta Resolução.
II- nome da vacina;
III- dose aplicada; Art. 23 Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em
IV- data da vacinação; vigor na data de sua publicação.
V- número do lote da vacina;
VI- nome do fabricante; JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.
VII- identificação do estabelecimento;
VIII- identificação do vacinador; e
IX- data da próxima dose, quando aplicável.

Seção VI
Da realização de Vacinação Extramuros por Serviços
Privados

Art. 17 Os serviços de vacinação privados podem


realizar vacinação extramuros mediante autorização da
autoridade sanitária competente.
§ 1º A atividade de vacinação extramuros deve observar
todas as diretrizes desta Resolução relacionadas aos
recursos humanos, ao gerenciamento de tecnologias e
processos, e aos registros e notificações.
§ 2º A atividade de vacinação extramuros deve ser
realizada somente por estabelecimento de vacinação
licenciado.

Seção VI
Da Emissão de Certificado Internacional de Vacinação
ou Profilaxia (CIVP)

Art 18 O serviço de vacinação poderá emitir o CIVP.


Parágrafo único. O serviço de vacinação deverá ser
credenciado pela Anvisa para a emissão do CIVP.
Art. 19 A emissão do CIVP deverá seguir os padrões
definidos pela ANVISA.
§ 1º A emissão do CIVP deverá ser realizada de forma
gratuita.
§ 2º A emissão do CIVP deverá ser registrada em
sistema de informação estabelecido pela ANVISA.

CAPÍTULO III
Das Disposições Finais ou Transitórias

Art. 20 As vacinações realizadas pelos serviços de


vacinação serão consideradas válidas para fins legais
em todo o território nacional.

438
RDC Nº 200, DE 26/12/2017. princípio ativo proveniente de uma forma farmacêutica,
a partir de sua curva concentração/tempo na circulação
Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação sistêmica ou sua excreção na urina, medida com base no
do registro de medicamentos com princípios ativos pico de exposição e na magnitude de exposição ou
sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, exposição parcial;
genéricos e similares, e dá outras providências. III - biodisponibilidade relativa - comparação da
biodisponibilidade de dois produtos sob um mesmo
(Publicada no DOU nº 248, de 28 de dezembro de 2017) desenho experimental;
(Republicada no DOU nº 20, de 29 de janeiro de 2018) IV - bioequivalência - consiste na demonstração de
biodisponibilidades equivalentes entre produtos, quando
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de estudados sob um mesmo desenho experimental;
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe V - biolote - lote utilizado para comprovação de
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da equivalência farmacêutica e bioequivalência;
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, VI - Certificado de boas práticas de fabricação (CBPF) -
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos documento emitido pela Anvisa atestando que
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC determinado estabelecimento cumpre com as Boas
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a Práticas de Fabricação dispostas na legislação sanitária
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme em vigor (Resolução RDC nº 39, de 14/08/2013);
deliberado em reunião realizada em 12 de dezembro de VII - Código ATC (Anatomical Therapeutic Chemical)
2017, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua - sigla utilizada para a classificação Anatômica
publicação: Terapêutica Química dos fármacos em diferentes grupos
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que e subgrupos, de acordo com o órgão ou sistema sobre o
estabelece os requisitos mínimos para a concessão e qual atuam e segundo as suas propriedades químicas,
renovação do registro de medicamentos com princípios farmacológicas e terapêuticas (OMS, 2013);
ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como VIII - controle de qualidade - conjunto de medidas
novos, genéricos e similares, nos termos desta destinadas a garantir, a qualquer momento, a produção
Resolução. de lotes de medicamentos que satisfaçam às normas de
atividade, pureza, eficácia e inocuidade;
CAPÍTULO I IX - Denominação Comum Brasileira (DCB) -
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS nomenclatura genérica atribuída aos insumos
farmacêuticos, de acordo com a relação estabelecida
Seção I Objetivo pela Farmacopéia Brasileira;
Art. 2º Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer X - embalagem - invólucro, recipiente ou qualquer
os critérios e a documentação mínima necessária para a forma de acondicionamento,
concessão e renovação do registro de medicamentos removível ou não, destinada a cobrir, empacotar,
com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não,
classificados como novos, genéricos e similares, medicamentos (Lei nº 6.360, de 23/09/1976, e
visando garantir a qualidade, segurança e eficácia destes Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009);
medicamentos. XI - embalagem primária - embalagem que mantém
Seção II contato direto com o medicamento (Resolução RDC nº
Abrangência 71, de 22/12/2009);
Art. 3º Este Regulamento se aplica a todos os XII - embalagem secundária - embalagem externa do
medicamentos com princípios ativos sintéticos e produto, que está em contato
semissintéticos, classificados como novos, genéricos e com a embalagem primária ou envoltório intermediário,
similares, com exceção dos regidos por legislação podendo conter uma ou mais embalagens primárias
específica vigente. (Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009);
XIII - embalagem secundária funcional - aquela que
Seção III oferece proteção adicional ou
Definições serve para liberar a dose do produto;
Art. 4º Para efeito desta Resolução são adotadas as XIV - envoltório intermediário - embalagem opcional
seguintes definições: que está em contato com a embalagem primária e
I - acessório - complemento destinado a dosar, conduzir constitui um envoltório ou qualquer outra forma de
ou executar a administração da forma farmacêutica ao proteção removível, podendo conter uma ou mais
paciente, comercializado dentro da embalagem embalagens primárias, conforme aprovação da Anvisa
secundária, junto com o medicamento e sem o contato (Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009);
direto com a forma farmacêutica (Resolução RDC nº XV - Estudo de Equivalência Farmacêutica - conjunto
31, de 11/08/2010); de ensaios físico-químicos, quando aplicáveis,
II - biodisponibilidade - indica a velocidade e a microbiológicos e biológicos, que comprovam que dois
extensão de absorção de um medicamentos são equivalentes farmacêuticos
(Resolução RDC nº 31, de 11/08/2010);

439
XVI - equivalentes farmacêuticos - medicamentos que XXIV - medicamento - produto farmacêutico,
possuem mesma forma tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
farmacêutica, mesma via de administração e mesma profilática, curativa, paliativa ou para fins de
quantidade da mesma substância diagnóstico (Lei nº 5.991,
ativa, isto é, mesmo sal ou éster da molécula de 17/12/1973);
terapêutica, podendo ou não conter excipientes XXV - medicamento de referência - produto inovador
idênticos, desde que bem estabelecidos para a função registrado no órgão federal responsável pela vigilância
destinada; Devem cumprir com os mesmos requisitos da sanitária e comercializado no País, cuja eficácia,
monografia individual da Farmacopeia Brasileira, segurança e qualidade foram comprovadas
preferencialmente, ou com os de outros compêndios cientificamente junto ao órgão federal competente, por
oficiais, normas ou regulamentos específicos ocasião do registro (Lei nº 9.787, de 10/02/1999);
aprovados/referendados pela Anvisa ou, na ausência XXVI - medicamento genérico - medicamento similar a
desses, com outros padrões de qualidade e desempenho. um produto de referência ou inovador, que se pretende
Formas farmacêuticas de liberação modificada que ser com este intercambiável, geralmente produzido após
requerem reservatório ou excesso podem conter ou não a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de
a mesma quantidade da substância ativa, desde que outros direitos de exclusividade, comprovada a sua
liberem quantidades idênticas da mesma substância eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB
ativa em um mesmo intervalo posológico (Resolução ou, na sua ausência, pela DCI (Lei nº 9.787, de
RDC nº 31, de 11/08/2010); 10/02/1999);
XVII - formulações proporcionais - formulações de XXVII - medicamento similar - aquele que contém o
medicamentos em que todos os componentes da mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a
formulação estão exatamente na mesma proporção em mesma concentração, forma farmacêutica, via de
todas as diferentes administração, posologia e indicação terapêutica, e que
dosagens ou a razão entre os excipientes e o peso total é equivalente ao medicamento registrado no órgão
da formulação estiver dentro dos limites para alteração federal responsável pela vigilância sanitária, podendo
moderada de excipientes, estabelecidos na legislação diferir somente em características relativas ao tamanho
específica vigente para o pós-registro de medicamentos; e forma do produto, prazo de validade, embalagem,
XVIII - inovação radical - desenvolvimento de nova rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser
molécula não registrada no país; identificado por nome comercial ou marca; (Medida
XIX - inovação incremental - desenvolvimento de Provisória nº 2.190-34, de 2001);
melhorias em relação a um medicamento já registrado XXVIII - medicamento novo - medicamento com
no país; Insumo Farmacêutico Ativo - IFA novo no país;
XX - insumo farmacêutico ativo (IFA) - qualquer XXIX - medicamento inovador - medicamento com
substância introduzida na formulação de uma forma inovação incremental, com desenvolvimento de
farmacêutica que, quando administrada em um paciente, melhorias em relação a um medicamento já registrado
atua como ingrediente ativo. Tais substâncias podem no país, incluindo novos sais, isômeros ou mistura de
exercer atividade farmacológica ou outro efeito direto isômeros, ésteres ou éteres de moléculas anteriormente
no diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de uma registradas;
doença, podendo ainda afetar a estrutura e XXX - nome de medicamento - é a designação do
funcionamento do organismo humano; (Resolução RDC produto farmacêutico tecnicamente elaborado, para
nº 17, de 16/04/2010 e Resolução RDC nº 45, de distingui-lo de outros, ainda que do mesmo detentor do
09/08/2012); registro;
XXI - lote - quantidade definida de matéria-prima, XXXI - número do lote - designação impressa na
material de embalagem ou produto processado em um etiqueta de um medicamento e de produtos abrangidos
ou mais processos, cuja característica essencial é a pela Lei nº 6.360, de 23/09/1976, que permita
homogeneidade. Às vezes pode ser necessário dividir identificar o lote ou a partida a que pertençam e, em
um lote em sub-lotes, que serão depois agrupados para caso de necessidade, localizar e rever todas as
formar um lote final homogêneo. Em fabricação operações de fabricação e inspeção praticadas durante a
contínua, o lote deve corresponder a uma fração produção (Lei nº 6.360, de 23/09/1976);
definida da produção, caracterizada pela XXXII - produto a granel - qualquer produto que tenha
homogeneidade (Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010); passado por todas as etapas
XXII - lote piloto - lote de produto farmacêutico de produção, sem incluir o processo de embalagem. Os
produzido por um processo representativo e reprodutivo produtos estéreis em sua
de um lote de produção em escala industrial (Instrução embalagem primária são considerados produto a granel
Normativa IN nº 02, de 30/03/2009); (Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010);
XXIII - matérias-primas - substâncias ativas ou inativas XXXIII - produto terminado - produto que tenha
que se empregam na passado por todas as etapas de
fabricação de medicamentos, tanto as que permanecem produção, incluindo rotulagem e embalagem final
inalteradas quanto as passíveis de sofrer modificações (Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010);
(Lei nº 6.360, de 23/09/1976);

440
XXXIV - produto intermediário - produto parcialmente Art. 9º Caso a empresa solicite concomitantemente ao
processado contendo o IFA registro a inclusão de mais de um local de fabricação do
e que deve ser submetido a etapas subsequentes de medicamento ou mais de um local de fabricação do
fabricação antes de se tornar um produto a granel insumo farmacêutico ativo (IFA), deverá apresentar
(Adaptado da Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010). toda a documentação e provas adicionais exigidas na
legislação específica vigente de alterações pós-registro.
CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Parágrafo único. Para os casos em que a legislação
Art. 5º Todos os documentos deverão ser encaminhados específica vigente de alterações pós-registro solicitar a
por via impressa numerada e rubricada em todas as apresentação de protocolo de estudos de estabilidade,
folhas. para o registro deverá ser apresentado o estudo
§ 1º A documentação deverá ser apresentada de acordo acelerado completo e o de longa duração em
com a ordem disposta nesta Resolução, acompanhada andamento.
de índice com numeração das respectivas páginas das Art. 10. Os medicamentos novos e similares deverão
documentações. adotar obrigatoriamente nome de medicamento,
§ 2º O solicitante do registro deverá adicionar à conforme legislação específica vigente. Art. 11. As
documentação impressa, mídia eletrônica contendo apresentações do medicamento a serem registradas
arquivo em formato PDF, que permita a realização de deverão estar de acordo com o regime posológico e a
busca textual e cópia, com todos os requisitos do caput indicação terapêutica do medicamento.
deste artigo. Art. 12. A Anvisa poderá, a seu critério e mediante
§ 3º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos justificativa técnica, exigir provas adicionais de
casos de submissão em meio eletrônico. qualidade de medicamentos e requerer novos estudos
Art. 6º Os documentos oficiais em idioma estrangeiro para comprovação de qualidade, segurança e eficácia.
usados para fins de registro, expedidos pelas § 1º A Anvisa poderá solicitar à empresa os dados
autoridades sanitárias, deverão ser acompanhados de brutos dos ensaios clínicos e não clínicos, assim como
tradução juramentada na forma da lei. os dados de qualidade do medicamento.
Art. 7º Para efeito do disposto neste Regulamento, § 2º A exigência de provas adicionais poderá ocorrer
existindo legislação ou guias específicos, estes deverão mesmo após a concessão do registro.
ser atendidos e as respectivas provas deverão ser Art. 13. Nos casos dispostos na norma em que for
apresentadas. solicitada a apresentação de Plano ou Relatório de
Parágrafo único. A Anvisa poderá requerer, a seu Farmacovigilância, ou Plano de Minimização de Risco,
critério e mediante justificativa técnica, testes e ou o Sumário Executivo referente ao período de cinco
documentos que deverão ser apresentados nos casos não anos do Relatório Periódico de Farmacovigilância, a
previstos nesta Resolução, ou que não satisfaçam a documentação deverá ser protocolada por meio de
algum dos quesitos especificados. expediente direcionado à área da Anvisa responsável
Art. 8º O tamanho de lote a ser registrado será referente pela farmacovigilância de medicamentos, após o
ao lote utilizado para a comprovação de segurança e peticionamento da solicitação de registro ou renovação.
eficácia demonstradas através de equivalência Art. 14. O relatório de ensaios clínicos, quando
farmacêutica, bioequivalência e estudos clínicos, solicitado, deverá conter, além do disposto nos
conforme o caso. requisitos específicos, as seguintes informações:
§ 1º O tamanho de lote a ser considerado para I - referências bibliográficas, quando disponíveis;
aprovação do registro dos medicamentos genéricos e II - todas as informações clínicas disponíveis,
similares deverá ter como referência o tamanho de lote favoráveis e desfavoráveis ao medicamento em estudo.
utilizado para comprovação de equivalência
farmacêutica e bioequivalência. Será permitida a CAPÍTULO III DOS REQUISITOS GERAIS PARA
aprovação de uma faixa para tamanho de lote industrial, O REGISTRO
desde que toda a documentação e provas exigidas sejam Seção I Das Medidas Antecedentes ao Registro de
apresentadas conforme legislação específica vigente de Medicamento Novo
alterações pós-registro. Art 15. Todos os estudos clínicos conduzidos em
§ 2º O tamanho de lote a ser considerado para território nacional para fins de registro devem seguir a
aprovação do registro de medicamento novo deverá ser legislação específica vigente para pesquisa clínica.
aquele referente ao tamanho de lote utilizado para Parágrafo único. A aprovação prévia do
comprovação de segurança e eficácia. A Anvisa poderá desenvolvimento clínico conduzido em território
considerar, para aprovação do registro, um tamanho de nacional é obrigatória para a utilização dos resultados
lote diferente do descrito no caput deste artigo, desde para fins de registro.
que seja apresentado o histórico de alterações de Art. 16. O solicitante do registro deverá solicitar para a
formulações, processos produtivos, tamanhos de lotes e Farmacopéia Brasileira a inclusão do IFA e excipiente
locais de fabricação realizadas ao longo do na lista da Denominação Comum Brasileira (DCB) caso
desenvolvimento clínico e os resultados dos estudos de esse ainda não esteja presente na lista. Seção II Das
comparabilidade realizados com o medicamento que se Medidas Antecedentes ao Registro de Medicamento
pretende registrar. Inovador

441
Art 17. Todos os estudos clínicos conduzidos em IV - layout das embalagens primária e secundária de
território nacional para fins de registro devem seguir a cada apresentação do medicamento, referente a cada
legislação específica vigente para pesquisa clínica. local de fabricação;
Parágrafo único. A aprovação prévia do V - cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação
desenvolvimento clínico conduzido em território (CBPF) válido emitido pela Anvisa, para a linha de
nacional é obrigatória para a utilização dos resultados produção na qual o medicamento, objeto de registro,
para fins de registro. será fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de
Art. 18. Todos os registros a serem peticionados por solicitação de inspeção para fins de emissão do
meio das categorias descritas na Seção VII e VIII do certificado de BPFC; e
Capítulo V deverão encaminhar o Protocolo contendo o § 1º No caso de existir mais de um local de fabricação
Racional Clínico para Provas de Segurança e Eficácia ou de etapas de produção, deverá ser apresentado a
para avaliação prévia da Anvisa. documentação descrita no inciso V para cada empresa
Seção III Das Medidas Antecedentes ao Registro de envolvida na cadeia produtiva do medicamento.
Medicamento Genérico e Similar § 2º Para os casos em que a Anvisa e a autoridade
Art. 19. O solicitante do registro deverá consultar a lista reguladora competente do país fabricante do
de medicamentos de referência disponível no portal da medicamento em questão concluírem pela equivalência
Anvisa, para verificar se há medicamento de referência das medidas e controles aplicados para a comprovação
eleito na concentração e forma farmacêutica para o de boas práticas de fabricação, poderá ser apresentado
medicamento que se pretende registrar. documento de comprovação de boas práticas emitido
Parágrafo único. Na ausência de medicamento de pelo órgão responsável pela Vigilância Sanitária do país
referência eleito, deve ser protocolada junto à Anvisa fabricante.
solicitação de eleição de medicamento de referência, § 3º Para os produtos intermediários poderá ser
conforme legislação específica vigente. apresentado documento de comprovação de boas
Art. 20. Não serão admitidos para fins de registro como práticas de fabricação emitido pelo órgão responsável
medicamento genérico ou similar: pela Vigilância Sanitária do país fabricante.
I - produtos biológicos, imunoterápicos, derivados do § 4º No caso de produtos importados a cópia do
plasma e sangue humano; protocolo de solicitação de inspeção para fins de
II - medicamentos fitoterápicos; emissão do certificado de BPFC deverá ser
III - medicamentos específicos; acompanhada de cópia de documento de comprovação
IV - medicamentos dinamizados; de boas práticas de fabricação de produtos
V - medicamentos de notificação simplificada; farmacêuticos por linha de produção válido, emitido
VI - antissépticos de uso hospitalar; pelo órgão responsável pela Vigilância Sanitária do país
VII - produtos com fins diagnósticos e contrastes fabricante.
radiológicos; § 5º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão
VIII- radiofármacos; do pedido de registro, mas impedirá sua aprovação.
IX - gases medicinais; e Art. 23. Além do rol de documentos contidos no art. 22,
X - outras classes de medicamentos que venham a para os medicamentos importados, deverá ser informada
possuir legislação específica para a fase do medicamento a importar como produto
seu registro. terminado, produto a granel ou na embalagem primária.
Parágrafo único. Para medicamento novo, deverão ser
Seção IV Da Documentação Administrativa Art. 21. apresentadas, quando disponíveis, as informações sobre
O pedido de registro de medicamento nos termos desta eventuais compromissos assumidos junto a outras
Resolução deverá ser individualizado por forma agências quanto à realização de estudos
farmacêutica. complementares de segurança clínica, eficácia clínica,
Parágrafo único. Para os medicamentos genéricos e farmacologia clínica ou toxicologia não-clínica. A não
similares em que as diferentes concentrações para a apresentação destas informações não impedirá a
mesma forma farmacêutica tiverem diferentes submissão do pedido de registro.
medicamentos de referência eleitos o processo deverá
ser o mesmo. Seção V Da Documentação Técnica da Qualidade
Art. 22. Todas as petições protocoladas deverão estar Art. 24. No ato do protocolo de pedido de registro de
acompanhadas dos seguintes documentos: um medicamento, o solicitante do registro deverá
I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente apresentar relatório técnico contendo as seguintes
preenchidos e assinados; informações:
II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização I - sobre o insumo farmacêutico ativo (IFA): a)
de Vigilância Sanitária - TFVS e respectiva Guia de nomenclatura: Denominação Comum Brasileira (DCB);
Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o b) estrutura: fórmula estrutural, incluindo
caso; estereoquímica relativa e absoluta, fórmula molecular, e
III - modelo de texto de bula; massa molecular relativa;
c) propriedades físico-químicas: forma física, relação
estequiométrica entre a forma química de apresentação

442
do IFA e seu componente farmacodinamicamente ativo, referências de especificações de qualidade descritas na
ponto de fusão, solubilidade, tamanho de partícula e Farmacopéia Brasileira ou em outros códigos oficiais
pKa; autorizados pela legislação específica vigente;
d) nome do(s) fabricante(s) do(s) IFA(s) com os c) descrição detalhada sobre a proporção qualitativa e
respectivo(s) endereço(s) e documento do órgão oficial quantitativa dos produtos intermediários utilizados na
sanitário do país de origem comprovando autorização fórmula do produto terminado; e
para a atividade de fabricar IFA; d) justificativa quanto à presença de sulco no
e) descrição do processo de síntese: fluxograma do comprimido com os devidos testes.
processo de síntese, incluindo fórmula molecular, IV - sobre a produção do produto terminado:
estruturas químicas dos materiais de partida, a) dossiê de produção referente a 1 (um) lote;
intermediários e respectivas nomenclaturas, solventes, b) nome e responsabilidade de cada fabricante incluindo
catalisadores, reagentes e o IFA, contemplando a terceirizados e cada local de fabricação proposto
estereoquímica; envolvido na produção e nos testes a serem realizados,
f) elucidação da estrutura e outras características e incluindo controle de qualidade e estudos de
impurezas: confirmação da estrutura com base na rota estabilidade acelerado e de longa duração;
de síntese e em análise espectral, contemplando o c) fluxograma com as etapas do processo de fabricação
espectro de infravermelho da molécula e outras análises mostrando onde os materiais entram no processo,
necessárias à correta identificação e quantificação da(s) identificando os pontos críticos do processo e os pontos
molécula(s), e informação sobre potencial isomerismo de controle, testes intermediários e controle do produto
estrutural e geométrico, rotação óptica específica, índice final;
de refração, quiralidade, potencial de formar d) informação sobre tamanhos de lotes do produto
polimorfos, discriminando as suas características e de terminado, descrição das etapas do processo de
outros polimorfos relacionados ao IFA, e informações fabricação, incluindo todos os parâmetros utilizados, do
sobre impurezas; controle em processo e dos produtos intermediários;
g) controle de qualidade: especificações, justificativa e) lista dos equipamentos envolvidos na produção,
das especificações para IFA não farmacopeico, métodos identificados por princípio de funcionamento (classe) e
analíticos utilizados e validação e laudo de análise de desenho (subclasse) com suas respectivas capacidades;
um lote emitido pelo fabricante do IFA; e f) controle das etapas críticas com a informação sobre
h) estabilidade: um resumo sobre os tipos de estudos os testes e critérios de aceitação realizados nos pontos
conduzidos e os resultados, conforme legislação críticos identificados no processo de fabricação, além
específica vigente, incluindo os resultados de estudos de dos controles em processo; e
degradação forçada e condições de stress e respectivos g) relatório sumário da validação do processo de
procedimentos analíticos, bem como as conclusões fabricação, incluindo lotes, definição das etapas críticas
sobre o prazo de validade ou data de reteste e material de fabricação com as respectivas justificativas,
de embalagem. parâmetros avaliados, e indicação dos resultados
obtidos e conclusão.
II - sobre o desenvolvimento da formulação:
a) resumo sobre o desenvolvimento da formulação, V - sobre o controle de qualidade das matérias-primas:
levando em consideração a via de administração e a) especificações, métodos analíticos e laudo analítico
utilização, assim como o sistema de embalagem; para os excipientes, acompanhados de referência
b) informações sobre a compatibilidade do IFA com os bibliográfica, feitos pelo fabricante do medicamento;
excipientes, características físico-químicas principais do b) informações adicionais para os excipientes de origem
IFA que possam influenciar na performance do produto animal de acordo com a legislação específica vigente
terminado; sobre controle da Encefalopatia Espongiforme
c) documentos com os detalhes de fabricação, Transmissível; e
caracterização, e controles com referência bibliográfica c) especificações, métodos analíticos e laudo analítico
para suportar os dados de segurança para excipientes para o insumo farmacêutico ativo, acompanhados de
usados pela primeira vez em um medicamento ou em referência bibliográfica, realizados pelo fabricante do
uma nova via de administração; medicamento.
d) dados e discussão sobre a avaliação de eficácia do VI - sobre o controle de qualidade do produto
sistema conservante utilizado(s) na formulação; e terminado:
e) justificativa no caso de excesso de ativo. a) especificações, métodos analíticos e laudo de análise,
acompanhados de referência bibliográfica, incluindo
III - sobre o produto terminado: relatórios de validação de método analítico; e
a) descrição detalhada sobre a fórmula completa, b) gráfico do perfil de dissolução, quando aplicável.
designando os componentes conforme a Denominação VII - sobre a embalagem primária e embalagem
Comum Brasileira (DCB); secundária funcional;
b) informação sobre a quantidade de cada componente a) descrição do material de embalagem; e
da fórmula e suas respectivas funções, incluindo os b) relatório com especificações, método analítico e
componentes da cápsula, e indicação das respectivas resultados do controle de qualidade de embalagem.

443
VIII - sobre o envoltório intermediário: descrição do analíticos com as respectivas validações para IFA não
material de constituição do envoltório intermediário e farmacopeico.
suas especificações; § 10. Em cumprimento ao inciso VI, além dos
IX - sobre os acessórios que acompanham o dispositivos anteriores, as empresas que pretendam
medicamento em sua embalagem comercial: descrição importar medicamentos terão que apresentar
do material de constituição do acessório e suas metodologia e laudo analítico de controle de qualidade
especificações; e físico-química, química, microbiológica e biológica e
X - sobre os estudos de estabilidade do produto respectivas validações, realizados pelo importador, de
terminado: acordo com a forma farmacêutica do produto acabado,
a) relatório com os resultados dos estudos de granel ou na embalagem primária.
estabilidade acelerada e de longa duração conduzidos
com 3 (três) lotes, protocolos usados, incluindo § 11. Em cumprimento ao inciso IX, deve ser
conclusões com relação aos cuidados de conservação e apresentado o respectivo número de registro para
prazo de validade; solução diluente/reconstituinte que acompanhar o
b) resultados de estudos de estabilidade para medicamento a ser registrado.
medicamentos que, após abertos ou preparados, possam § 12. Em cumprimento ao inciso IX, na hipótese de a
sofrer alteração no seu prazo de validade original ou solução diluente/reconstituinte não ter sido registrada na
cuidado de conservação original; e Anvisa, a empresa deverá apresentar documentação
c) resultados do estudo de fotoestabilidade ou conforme legislação específica vigente.
justificativa técnica para a isenção do estudo; § 13. Em cumprimento ao inciso IX o acessório deverá
§ 1º As informações explicitadas no inciso I e suas obrigatoriamente estar em quantidade e graduação
alíneas devem demonstrar autenticidade de origem do(s) adequadas considerando sua posologia, quando
IFA(s), sendo facultado ao(s) fabricante(s) deste(s) aplicável.
enviar à ANVISA, no prazo de 30 (trinta) dias após o § 14. Com relação ao prazo de validade disposto na
protocolo do registro, a referida documentação, alínea a do inciso X, no caso do produto a granel
devidamente identificada com o número do processo a importado, o prazo deverá ser contado a partir da data
que se relaciona. de sua
§ 2º Em cumprimento ao inciso I, devem ser fabricação no exterior e não da data de embalagem aqui
apresentados para IFA registrado na ANVISA o número no Brasil, respeitando-se o prazo de validade registrado
de processo de registro e o número de registro do IFA, na Anvisa.
em substituição aos documentos das alíneas b, e, f e h.
§ 3º Em cumprimento à alínea g do inciso I, devem ser CAPÍTULO IV
enviadas justificativas das especificações para IFA não DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA O
farmacopeico. REGISTRO DE MEDICAMENTO
§ 4º Em cumprimento à alínea b do inciso II, na NOVO
hipótese de associações, deve-se apresentar discussão Seção I
sobre a compatibilidade entre os ativos e entre estes e os Do Registro de Medicamento Novo
excipientes. Art. 25. Esta seção se refere ao registro de medicamento
§ 5º Em cumprimento ao inciso II, para os com Insumo Farmacêutica
medicamentos genéricos e similares deve ser enviado o Ativo novo - IFA.
relatório de desenvolvimento do método de dissolução, Art. 26. A petição de registro descrita nesta seção, além
conforme legislação específica vigente. da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
§ 6º Em cumprimento à alínea a) do inciso III na III, deverá estar acompanhada de:
ausência da DCB para algum excipiente utilizado na I - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
formulação apresentar o protocolo de solicitação de específico, contendo: a) relatório de ensaios não-
inclusão na lista da DCB ou a justificativa de ausência clínicos; e b) relatório de ensaios clínicos fase I, II e III.
emitida pela Farmacopeia Brasileira. II - plano de Farmacovigilância, de acordo com a
§ 7º As informações explicitadas nos incisos III e IV e legislação específica vigente.
suas alíneas devem ser apresentadas conforme disposto § 1º Em situações específicas relacionadas à segurança,
no Anexo I. um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
§ 8º Em cumprimento à alínea a) do inciso IV, nos de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância
casos em que a solicitação de registro se referir a mais disposto no inciso II.
de uma concentração, o dossiê de produção deverá ser § 2º No caso de medicamentos comercializados em
apresentado para a maior e menor concentração, desde outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
que as formulações sejam qualitativamente iguais, registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do
sejam proporcionais e sejam fabricadas no mesmo local medicamento.
e com mesmo processo produtivo. Art. 27. A empresa poderá apresentar,
§ 9º Em cumprimento à alínea c do inciso V, deve ser excepcionalmente, o relatório de ensaios clínicos
enviada justificativa das especificações e dos métodos contendo estudos de fase II concluídos e estudos de fase
III iniciados com vistas a requerer o registro de

444
medicamento novo destinado à prevenção ou tratamento menores quando comparados com uma associação com
de doenças de grave ameaça à vida ou altamente doses conhecidas.
debilitantes, desde que seja demonstrada para ambos os III - Plano de Farmacovigilância adequado à nova
casos como necessidade médica não atendida Parágrafo associação em dose fixa, de acordo com a legislação
único. Em casos específicos nos quais os estudos de específica vigente.
fase III não sejam aplicáveis e os estudos de fase II §1º O relatório de eficácia e segurança deve incluir
sejam suficientes para comprovação da eficácia e informações acerca das interações farmacocinéticas e
segurança do medicamento, a empresa poderá submeter farmacodinâmicas entre os IFAs que compõem a
o pedido de registro após a conclusão dos estudos de associação.
fase II. § 2º Em situações específicas relacionadas à segurança,
CAPÍTULO V DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
PARA O REGISTRO DE MEDICAMENTO de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância
INOVADOR disposto no inciso III.
Seção I Do Registro de Nova Associação Art. 28. Esta § 3º No caso de medicamentos comercializados em
seção se refere ao registro de medicamento composto outros países, deverá ser apresentado Relatório de
por uma nova combinação de dois ou mais IFAs já Farmacovigilância atualizado do medicamento.
registrados no país em:
I - uma razão fixa de doses em uma mesma unidade Seção III Do Registro de Nova Forma Farmacêutica
farmacotécnica doravante denominada associação em Art. 31. Esta seção se refere ao registro de nova forma
dose fixa; ou farmacêutica no país, para um medicamento já
II - uma razão fixa de doses em diferentes unidades registrado.
farmacotécnicas em uma mesma embalagem, para uso Art. 32. A petição de registro descrita nesta seção, além
concomitante ou sequencial, doravante denominada kit. da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
Parágrafo único. Nos casos em que um ou mais IFAs, III, deverá estar acompanhada de:
ou novos sais, isômeros ou mistura de isômeros, ésteres, I - justificativa técnica;
éteres, complexos ou derivados deste(s) IFA(s) que II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
compõem a associação não for(em) registrada(s) no específico, contendo os resultados de estudos clínicos
país, a petição de registro dessa associação deverá de fase III e fase I e II, se aplicável; e
cumprir os mesmos requisitos previstos para o registro III - plano de Farmacovigilância adequado à nova forma
de medicamento novo. farmacêutica, de acordo com a legislação específica
Art. 29. O registro de novas associações na forma de kit vigente.
será permitido apenas quando: § 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos
I - for farmacotecnicamente justificada a de fase II e III podem ser substituídos por prova de
impossibilidade de se registrar uma associação em dose biodisponibilidade relativa quando o medicamento
fixa em qualquer forma farmacêutica e houver claro proposto estiver dentro da faixa terapêutica aprovada.
benefício do kit para saúde pública ou § 2º Em situações específicas relacionadas à segurança,
II - for farmacotecnicamente justificada a um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
impossibilidade de se registrar uma associação em dose de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
fixa em qualquer forma farmacêutica e o kit demonstre § 3º No caso de medicamentos comercializados em
aumento de adesão ao tratamento e a relevância clínica outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
desse aumento tenha sido adequadamente investigada e registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do
comprovada para a população alvo. medicamento.
Seção II Do Registro de Nova Associação em Dose Seção IV Do Registro de Nova Concentração
Fixa Art 33. Esta seção se refere ao registro de nova
Art. 30. A petição de registro descrita nesta seção, além concentração no país para um medicamento registrado
da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo na mesma forma farmacêutica.
III, deverá estar acompanhada de: Art. 34. A petição de registro descrita nesta seção, além
I - justificativa técnica da racionalidade da associação; e da documentação citada
II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia nas Seções IV e V do Capítulo III, deverá estar
específico, contendo: a) ensaios não-clínicos, quando acompanhada de:
aplicável; b) ensaios clínicos de fase I e II, quando I - justificativa técnica;
aplicável, e estudos de fase III para cada indicação II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
terapêutica, provando que: específico, contendo os
1. associações com as mesmas doses dos IFAs tenham resultados de estudos clínicos de fase III e fase I e II, se
um efeito aditivo ou sinérgico sem aumento dos riscos aplicável; e
quando comparados com cada IFA isoladamente ou III - plano de Farmacovigilância adequado à nova
com combinações entre eles com um número menor de concentração, de acordo com a
IFAs; ou legislação específica vigente.
2. a associação com dose menor de pelo menos um dos § 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos
IFAs obtenha o mesmo benefício com riscos iguais ou de fase II e III podem ser substituídos por prova de

445
biodisponibilidade relativa quando o medicamento § 2º No caso de medicamentos comercializados em
proposto estiver dentro da faixa terapêutica aprovada. outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
§ 2º Em situações específicas relacionadas à segurança, registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido medicamento.
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
§ 3º No caso de medicamentos comercializados em Seção VII Do Registro de Medicamento com
outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de Mesmo(s) IFA(s) de Medicamento Novo já
registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do Registrado
medicamento. Art. 39. Esta seção se refere ao registro de um
medicamento no caso em que já exista medicamento
Seção V novo registrado com o(s) mesmo(s) IFA(s).
Do Registro de Nova Via de Administração Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se
Art. 35. Esta seção se refere ao registro de nova via de aplica aos medicamentos enquadrados como genéricos e
administração no país para similares para os quais haja viabilidade técnica para a
um medicamento já registrado na mesma forma realização de equivalência farmacêutica e estudo de
farmacêutica, mesma concentração e biodisponibilidade relativa (bioequivalência) para
mesma indicação terapêutica. comprovação de eficácia e segurança do medicamento.
Art. 36. A petição de registro descrita nesta seção, além Art. 40. A petição de registro descrita nesta seção, além
da documentação citada da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
nas Seções IV e V do Capítulo III, deverá estar III, deverá estar acompanhada de:
acompanhada de: I - justificativa técnica;
I - justificativa técnica; II - racional clínico do desenvolvimento do
II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia medicamento;
específico, contendo os III - relatório de Segurança e Eficácia de acordo com
resultados de estudos clínicos de fase III e fase I e II, se guia específico, contendo: a) dados de literatura
aplicável; e. científica obtidos de revistas internacionais indexadas
III - plano de Farmacovigilância adequado à nova via de com apresentação do artigo completo, se aplicável; b)
administração, de acordo relatório de ensaios não-clínicos, se aplicável; e c)
com a legislação específica vigente. relatório de ensaios clínicos de fase I, II e III, se
§ 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos aplicável.
de fase II e III podem ser IV - plano de Farmacovigilância, de acordo com a
substituídos por prova de biodisponibilidade relativa legislação específica vigente.
quando o medicamento proposto § 1º Em situações específicas relacionadas à segurança,
estiver dentro da faixa terapêutica aprovada. um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
§ 2º Em situações específicas relacionadas à segurança, de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido § 2º No caso de medicamentos comercializados em
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância. outros países, Relatório de Farmacovigilância
§ 3º No caso de medicamentos comercializados em atualizado do medicamento.
outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do Seção VIII Do Registro de Medicamento com
medicamento. Inovação Diversa
Art. 41. Esta seção se refere ao registro de um
Seção VI Do registro de Nova Indicação Terapêutica medicamento no caso em que há uma inovação no
Art. 37. Esta seção se refere ao registro de nova medicamento já registrado no país que não se
indicação terapêutica no país, para um medicamento já correlacione a nenhuma das categorias de registro
registrado na mesma forma farmacêutica e mesma anteriormente propostas.
concentração. Art. 42. A petição de registro descrita nesta seção, além
Art. 38. A petição de registro descrita nesta seção, além da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
da documentação citada na Seção IV do Capítulo III, III, deverá estar acompanhada de:
deverá estar acompanhada de: I - justificativa técnica;
I - justificativa técnica; II - racional clínico do desenvolvimento do
II - relatório de segurança e eficácia de acordo com o medicamento;
guia específico, contendo os resultados de estudos II - relatório de Segurança e Eficácia de acordo com
clínicos de fase III e fase I e II, se aplicável; e. guia específico, contendo: a) dados de literatura
III - plano de Farmacovigilância adequado à nova científica obtidos de revistas internacionais indexadas
indicação terapêutica, de acordo com a legislação com apresentação do artigo completo, se aplicável; b)
específica vigente. relatório de ensaios não-clínicos, se aplicável; e c)
§ 1º Em situações específicas relacionadas à segurança, relatório de ensaios clínicos de fase I, II e III, se
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido aplicável.
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.

446
IV - plano de Farmacovigilância, de acordo com a Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o
legislação específica vigente. caso;
§ 1º Em situações específicas relacionadas à segurança, III - sumário executivo em português referente ao
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido período de cinco anos do Relatório Periódico de
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância. Farmacovigilância do mesmo período; e
§ 2º No caso de medicamentos comercializados em IV - documento comprobatório de venda no último
outros países, Relatório de Farmacovigilância quinquênio de vigência do registro, contendo os
atualizado do medicamento. números das notas fiscais emitidas no Brasil e a relação
de estabelecimentos compradores em um mínimo de 1
Seção IX Dos Estudos de Biodisponibilidade (uma) nota fiscal emitida no País, por forma
Relativa farmacêutica e concentração. Parágrafo único. No caso
Art. 43. Para a petição de medicamento novo ou de laboratórios oficiais, deverá ser apresentada
inovador para a qual for necessária a apresentação dos justificativa de não comercialização quando não houver
estudos de biodisponibilidade relativa nos termos desta a produção do medicamento no período referido no
Resolução deverão ser protocolados os estudos de inciso IV.
acordo com as orientações disponíveis na página
eletrônica da ANVISA. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO V Art. 48. A empresa detentora ou fabricante do
DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA O medicamento poderá ser inspecionada para verificação
REGISTRO DE MEDICAMENTO GENÉRICO E in loco de dados e informações da petição de concessão
SIMILAR e renovação do registro, a critério da Anvisa.
Art. 49. Será divulgada informação na página eletrônica
Seção I Dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e da Anvisa com a decisão final da análise técnica da
Perfil de Dissolução solicitação do registro do medicamento.
Art. 44. A petição de solicitação de registro de Art. 50. A Anvisa poderá emitir orientação técnica
medicamentos similares e genéricos, além da sobre a aplicabilidade desta Resolução para os casos
documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo III, específicos de registro de medicamento, tal como a
deverá estar acompanhada de certificado de apresentação de dados para a comprovação de
equivalência farmacêutica e certificado de perfil de segurança e eficácia para as inovações incrementais, nas
dissolução e relatório de desenvolvimento do método de hipóteses que se fizerem necessárias.
dissolução, conforme legislação específica vigente. Art. 51. O descumprimento das disposições contidas
Parágrafo único. Este artigo não se aplica caso a nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
fabricação do medicamento genérico ou similar e do da Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
medicamento de referência for realizada em um mesmo das responsabilidades civil, administrativas e penal
local de fabricação, com formulação, processo de cabíveis.
produção e equipamentos idênticos. Art. 52. Ficam revogadas a Resolução RDC nº 60, de 10
de outubro de 2014, e a Resolução RDC nº 20, de 13 de
Seção II Dos Estudos de Bioequivalência maio de 2015.
Art. 45. Para a petição de solicitação de registro de Art. 53. As petições de concessão de registro de
medicamentos similares e genéricos, além da medicamentos novos, genéricos e similares
documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo III, protocoladas antes da data de vigência desta Resolução,
deverão ser protocolados os estudos de bioequivalência ou que já se encontram em análise na Gerência-Geral de
de acordo com as orientações disponíveis na página Medicamentos, serão analisadas conforme as
eletrônica da ANVISA. Resoluções vigentes à época do protocolo.
Art. 46. O estudo de bioequivalência ou testes para a Art. 53-A. Para as petições de concessão de registro de
bioisenção deverão ser realizados, obrigatoriamente, medicamentos novos, genéricos e similares
com o mesmo lote utilizado no estudo de equivalência protocoladas após a data de vigência desta Resolução e
farmacêutica. com lotes fabricados antes de 12/01/2015 em
substituição ao relatório sumário de validação poderá
CAPÍTULO VI DA RENOVAÇÃO DE REGISTRO ser apresentado:
Art. 47. Para efeito de renovação do registro do I - a avaliação das etapas críticas do processo
medicamento na Anvisa, todas as empresas, no primeiro produtivo; e
semestre do último ano do quinquênio de validade do II - justificativa técnica da ausência das demais
registro já concedido, deverão apresentar: informações constantes no relatório sumário de
I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente validação de processo.
preenchidos e assinados; Art. 54. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização publicação.
de Vigilância SanitáriaTFVS e respectiva Guia de
JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.

447
ANEXO I - RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
ANEXO I

RELATÓRIO DE PRODUÇÃO

Cabeçalho
Princípio Ativo (DCB)
Nome de medicamento
Complemento diferencial
Forma Farmacêutica
Concentração
Classe Terapêutica e código ATC

Nome e endereço da empresa


fabricante do IFA

Fórmula Mestra
Substância Número Quantidade % p/p da forma Função na Referências de
DCB farmacêuti ca Fórmula especificação do
controle de
qualidade

Informações do lote
Tamanho do lote
piloto/biolote
Tamanho de lote
1
industrial
Números dos lotes Lote 1 (Biolote) Lote 2 Lote 3
pilotos ou industriais
1
fabricados

Número de lote do
IFA utilizado na
produção dos lotes

2
Dossiê de produção

Processo produtivo
Nome e Endereço completo
3
(incluindo cidade, país e CNPJ)
Lista de equipamentos (incluindo
identificação por tipo, automação,
capacidade de trabalho, desenho e princípio
de funcionamento)
Descrição do processo
4
farmacotécnico
Metodologias de controle em processo
(incluindo referência bibliográfica –
Validação)

448
Fluxograma de produção
5
Etapa Substância Operação Parâmetros da Equipamento Controle em
6 8
Unitária operação unitária
7 processo

1. Tamanho de lote industrial a ser aprovado no registro, conforme Parágrafos do Art. 8º.
2. Enviar uma cópia do dossiê produção referente ao lote/biolote. E para os outros dois lotes enviar
apenas as cópias dos laudos de análise do controle de qualidade do medicamento, das fichas de
pesagens e das fichas de cálculo de rendimento das etapas de manipulação, embalagem e final.
3. Nome e responsabilidade de cada fabricante, incluindo terceirizados e cada local de fabricação
proposto envolvido na produção, incluindo o controle de qualidade;
4. Descrever o processo na forma de tópicos numerando cada uma das etapas;
5. De acordo com a numeração da descrição do processo farmacotécnico;
6. Indicar a ordem de adição das substâncias na etapa em que esta ocorrer;
7. Informações referentes a velocidade, temperatura, tempo, etc... Valores numéricos associados
podem ser apresentados como faixas esperadas. Faixas numéricas para etapas críticas devem
ser justificadas. Em certos casos condições ambientais (ex.: baixa umidade para produtos
efervescentes) devem ser listados;
8. Informar quais os testes que serão realizados e em qual etapa ocorrerão.

449
RDC Nº 222, de 28/03/2018 I. abrigo externo: ambiente no qual ocorre o
armazenamento externo dos coletores de resíduos;
Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos II. abrigo temporário: ambiente no qual ocorre o
Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras armazenamento temporário dos coletores de resíduos;
providências. III. acondicionamento: ato de embalar os resíduos
segregados em sacos ou recipientes que evitem
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da adequados física e quimicamente ao conteúdo
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, acondicionado;
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos IV. agentes biológicos: microrganismos capazes ou não
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC de originar algum tipo de infecção, alergia ou
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a toxicidade no corpo humano, tais como: bactérias,
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme fungos, vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas,
deliberado em reunião realizada em 20 de março de parasitas e outros agentes, linhagens celulares, príons e
2018, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua toxinas;
publicação. V. armazenamento externo: guarda dos coletores de
resíduos em ambiente exclusivo, com acesso facilitado
CAPÍTULO I para a coleta externa;
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS VI. armazenamento interno: guarda do resíduo contendo
produto químico ou rejeito radioativo na área de
Seção I Objetivo trabalho, em condições definidas pela legislação e
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os requisitos de normas aplicáveis a essa atividade;
Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de VII. armazenamento temporário: guarda temporária dos
Serviços de Saúde. coletores de resíduos de serviços de saúde, em ambiente
próximo aos pontos de geração, visando agilizar a
Seção II Abrangência coleta no interior das instalações e otimizar o
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos geradores de deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
resíduos de serviços de saúde RSS cujas atividades destinado à apresentação para coleta externa;
envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS, VIII. aterro de resíduos perigosos - Classe I: local de
sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou disposição final de resíduos perigosos no solo, sem
militares, incluindo aqueles que exercem ações de causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os
ensino e pesquisa. impactos ambientais e utilizando procedimentos
§ 1º Para efeito desta resolução, definem-se como específicos de engenharia para o confinamento destes;
geradores de RSS todos os serviços cujas atividades IX. carcaça de animal: produto de retalhação de animal;
estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou X. cadáver de animal: corpo animal após a morte;
animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; XI. classe de risco 1 (baixo risco individual e para a
laboratórios analíticos de produtos para saúde; comunidade): agentes biológicos conhecidos por não
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem causarem doenças no homem ou nos animais adultos
atividades de embalsamamento (tanatopraxia e sadios;
somatoconservação); serviços de medicina legal; XII. classe de risco 2 (moderado risco individual e
drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; limitado risco para a comunidade): inclui os agentes
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; biológicos que provocam infecções no homem ou nos
centros de controle de zoonoses; distribuidores de animais, cujo potencial de propagação na comunidade e
produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os
materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades quais existem medidas terapêuticas e profiláticas
móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; eficazes;
serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e XIII. classe de risco 3 (alto risco individual e moderado
estética, dentre outros afins. risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos
§ 2º Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas que possuem capacidade de transmissão por via
seladas, que devem seguir as determinações da respiratória e que causam patologias humanas ou
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às animais, potencialmente letais, para as quais existem
indústrias de produtos sob vigilância sanitária, que usualmente medidas de tratamento ou de prevenção.
devem observar as condições específicas do seu Representam risco se disseminados na comunidade e no
licenciamento ambiental. meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a
Seção III pessoa;
Definições XIV. classe de risco 4 (elevado risco individual e
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as elevado risco para a comunidade): classificação do
seguintes definições: Ministério da Saúde que inclui agentes biológicos que
representam grande ameaça para o ser humano e para os

450
animais, implicando grande risco a quem os manipula, possa produzir gotejamento, vazamento ou
com grande poder de transmissibilidade de um derramamento espontaneamente ou sob compressão
indivíduo a outro, não existindo medidas preventivas e mínima;
de tratamento para esses agentes XXVII. gerenciamento dos resíduos de serviços de
XV. coleta e transporte externos: remoção dos resíduos saúde: conjunto de procedimentos de gestão, planejados
de serviços de saúde do abrigo externo até a unidade de e implementados a partir de bases científicas, técnicas,
tratamento ou outra destinação, ou disposição final normativas e legais, com o objetivo de minimizar a
ambientalmente adequada, utilizando-se de técnicas que geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento
garantam a preservação das condições de seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos
acondicionamento; trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos
XVI. coletor: recipiente utilizado para acondicionar os recursos naturais e do meio ambiente;
sacos com resíduos; XXVIII. hemoderivados: produtos oriundos do sangue
XVII. coletor com rodas ou carro de coleta: recipiente total ou do plasma, obtidos por meio de processamento
com rodas utilizado para acondicionar e transportar físico-químico ou biotecnológico;
internamente os sacos com resíduos; XXIX. identificação dos resíduos de serviços de saúde:
XVIII. compostagem: processo biológico que acelera a conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos
decomposição do material orgânico, tendo como riscos presentes nos resíduos acondicionados, de forma
produto final o composto orgânico; clara e legível em tamanho proporcional aos sacos,
XIX. decaimento radioativo: desintegração natural de coletores e seus ambientes de armazenamento,
um núcleo atômico por meio da emissão de energia em conforme disposto no Anexo II desta Resolução;
forma de radiação; XXX. instalação radiativa: unidade ou serviço no qual
XX. destinação final ambientalmente adequada: se produzam, processam, manuseiam, utilizam,
destinação de resíduos que inclui a reutilização, a transportam ou armazenam fontes de radiação,
reciclagem, a compostagem, a recuperação e o excetuando-se as Instalações Nucleares definidas em
aproveitamento energético ou outras destinações norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear
admitidas pelos órgãos competentes do Sistema (CNEN);
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema XXXI. licença ambiental: ato administrativo pelo qual o
Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema órgão ambiental competente estabelece as condições,
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), restrições e medidas de controle ambiental que devem
entre elas a disposição final ambientalmente adequada, ser obedecidas para localizar, instalar, ampliar e operar
observando normas operacionais específicas de modo a empreendimentos ou atividades utilizadores dos
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a recursos ambientais considerados efetiva ou
minimizar os impactos ambientais adversos; potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer
XXI. disposição final ambientalmente adequada: forma, possam causar degradação ambiental;
distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando XXXII. licença sanitária: documento emitido pelo órgão
normas operacionais específicas de modo a evitar danos sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou
ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os dos Municípios, contendo permissão para o
impactos ambientais adversos; funcionamento dos estabelecimentos que exerçam
XXII. equipamento de proteção individual (EPI): atividades sob regime de vigilância sanitária;
dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo XXXIII. líquidos corpóreos: líquidos originados no
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis corpo humano, limitados para fins desta resolução, em
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho; líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural,
XXIII. equipamento de proteção coletiva (EPC): articular, ascítico e amniótico;
dispositivos ou produtos de uso coletivo utilizados pelo XXXIV. logística reversa: instrumento de
trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis desenvolvimento econômico e social caracterizado por
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho e de um conjunto de ações, procedimentos e meios
terceiros; destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
XXIV. ficha de informações de segurança de produtos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
químicos (FISPQ): ficha que contém informações reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
essenciais detalhadas dos produtos químicos, produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
especialmente sua identificação, seu fornecedor, sua adequada;
classificação, sua periculosidade, as medidas de XXXV. Manejo dos resíduos de serviços de saúde:
precaução e os procedimentos em caso de emergência; atividade de manuseio dos resíduos de serviços de
XXV. fonte radioativa selada: fonte radioativa saúde, cujas etapas são a segregação,
encerrada hermeticamente em uma cápsula, ou ligada acondicionamento, identificação, transporte interno,
totalmente a material inativo envolvente, de forma que armazenamento temporário, armazenamento externo,
não possa haver dispersão de substância radioativa em coleta interna, transporte externo, destinação e
condições normais e severas de uso; disposição final ambientalmente adequada dos resíduos
XXVI. forma livre: saturação de um líquido em um de serviços de saúde;
resíduo que o absorva ou o contenha, de forma que

451
XXXVI. metal pesado: qualquer substância ou propriedades físicas, físicoquímicas ou biológicas, com
composto contendo antimônio, cádmio, cromo (IV), vistas à transformação em insumos ou novos produtos;
chumbo, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio, XLVII. recipiente vazio de medicamento: embalagem
telúrio e tálio; primária de medicamentos usada em sua preparação ou
XXXVII. nível de dispensa: valor estabelecido por administração, que tenha sido esvaziado em decorrência
norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear da total utilização ou transferência de seu conteúdo
(CNEN), tal que fontes de radiação com concentração deste para outro recipiente;
de atividade ou atividade total igual ou inferior a esse XLVIII. redução de carga microbiana: aplicação de
valor podem ser dispensadas de controle regulatório e processo que visa à inativação microbiana das cargas
ser liberado pelas vias convencionais, sob os aspectos biológicas contidas nos resíduos;
de proteção radiológica; XLIX. rejeitos: resíduos sólidos que, depois de
XXXVIII. nível III de inativação microbiana: processo esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
físico ou outros processos para a redução ou eliminação recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
da carga microbiana, tendo como resultado a inativação economicamente viáveis, não apresente outra
de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e possibilidade que não a disposição final ambientalmente
hidrofílicos, parasitas e micobactérias com redução adequada;
igual ou maior que 6Log10, e inativação de esporos do L. rejeito radioativo: material que contenha
B. stearothermophilus ou de esporos do B. subtilis com radionuclídeo em quantidade superior aos limites de
redução igual ou maior que 4Log10; dispensa especificados nas normas da Comissão
XXXIX. patogenicidade: é a capacidade que tem o Nacional de Energia Nuclear (CNEN), para o qual a
agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo reutilização é imprópria ou não prevista;
do homem e dos animais, produzir sintomas em maior LI. resíduos de serviços de saúde (RSS): todos os
ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados; resíduos resultantes das atividades exercidas pelos
XL. periculosidade: qualidade ou estado de ser geradores de resíduos de serviços de saúde, definidos
perigoso; nesta Resolução;
XLI. plano de gerenciamento dos resíduos de serviços LII. resíduo perigoso: aquele que, em razão de suas
de saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve características de inflamabilidade, corrosividade,
todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos reatividade, toxicidade, patogenicidade,
de serviços de saúde, observadas suas características e carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,
riscos, contemplando os aspectos referentes à geração, apresenta significativo risco à saúde pública ou à
identificação, segregação, acondicionamento, coleta, qualidade ambiental ou à saúde do trabalhador, de
armazenamento, transporte, destinação e disposição acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
final ambientalmente adequada, bem como as ações de LIII. resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem
proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio descartado, resultante de atividades humanas em
ambiente; sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se
XLII. plano de proteção radiológica (PPR): documento está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
exigido para fins de licenciamento de instalações semissólido, bem como gases contidos em recipientes e
radiativas, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
(CNEN); lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
XLIII. príon: estrutura proteica alterada relacionada d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou
como agente etiológico das diversas formas de economicamente inviáveis em face da melhor
encefalite espongiforme; tecnologia disponível;
XLIV. produto para diagnóstico de uso in vitro: LIV. resíduos de serviços de saúde do Grupo A:
reagentes, padrões, calibradores, controles, materiais, resíduos com a possível presença de agentes biológicos
artigos e instrumentos, junto com as instruções para seu que, por suas características, podem apresentar risco de
uso, que contribuem para realizar uma determinação infecção, elencados no Anexo I desta Resolução;
qualitativa, quantitativa ou semiquantitativa de uma LV. resíduos de serviços de saúde do Grupo B: resíduos
amostra biológica e que não estejam destinados a contendo produtos químicos que podem apresentar risco
cumprir função anatômica, física ou terapêutica alguma, à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de
que não sejam ingeridos, injetados ou inoculados em suas características de inflamabilidade, corrosividade,
seres humanos e que são utilizados unicamente para reatividade e toxicidade, elencados no Anexo I desta
provar informação sobre amostras obtidas do organismo Resolução;
humano; LVI. resíduos de serviços de saúde do Grupo C: rejeitos
XLV. quimioterápicos antineoplásicos: produtos radioativos, elencados no Anexo I desta Resolução;
químicos que atuam ao nível celular com potencial de LVII. resíduos de serviços de saúde do Grupo D:
produzirem genotoxicidade, citotoxicidade, resíduos que não apresentam risco biológico, químico
mutagenicidade, carcinogenicidade e teratogenicidade; ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo
XLVI. reciclagem: processo de transformação dos ser equiparados aos resíduos domiciliares, elencados no
resíduos sólidos que envolve a alteração de suas Anexo I desta Resolução;

452
LVIII. resíduos de serviços de saúde do Grupo E: II - descrever os procedimentos relacionados ao
resíduos perfurocortantes ou escarificantes, tais como: gerenciamento dos RSS quanto à geração, à segregação,
lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao
brocas, limas endodônticas, fios ortodônticos cortados, armazenamento, ao transporte, ao tratamento e à
próteses bucais metálicas inutilizadas, pontas disposição final ambientalmente adequada;
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos III - estar em conformidade com as ações de proteção à
capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente;
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório IV - estar em conformidade com a regulamentação
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri), sanitária e ambiental, bem como com as normas de
elencados no Anexo I desta Resolução; coleta e transporte dos serviços locais de limpeza
LIX. reutilização: processo de aproveitamento dos urbana;
resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física V - quando aplicável, contemplar os procedimentos
ou físico-química; locais definidos pelo processo de logística reversa para
LX. sala de utilidades: ambiente destinado à limpeza, os diversos RSS;
desinfecção e guarda dos materiais e roupas utilizados VI - estar em conformidade com as rotinas e processos
na assistência ao usuário do serviço e guarda temporária de higienização e limpeza vigentes no serviço gerador
de resíduos; de RSS;
LXI. segregação: separação dos resíduos, conforme a VII - descrever as ações a serem adotadas em situações
classificação dos Grupos estabelecida no Anexo I desta de emergência e acidentes decorrentes do
Resolução, no momento e local de sua geração, de gerenciamento dos RSS;
acordo com as características físicas, químicas, VIII - descrever as medidas preventivas e corretivas de
biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos; controle integrado de vetores e pragas urbanas,
LXII. transporte interno: traslado dos resíduos dos incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua
pontos de geração até o abrigo temporário ou o abrigo implantação;
externo. IX - descrever os programas de capacitação
LXIII. tratamento: Etapa da destinação que consiste na desenvolvidos e implantados pelo serviço gerador
aplicação de processo que modifique as características abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o
físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo setor de limpeza e conservação;
ou eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à X - apresentar documento comprobatório da capacitação
saúde pública; e treinamento dos funcionários envolvidos na prestação
LXIV. unidade geradora de resíduos de serviço de de serviço de limpeza e conservação que atuem no
saúde: unidade funcional dentro do serviço no qual é serviço, próprios ou terceiros de todas as unidades
gerado o resíduo. geradoras;
XI - apresentar cópia do contrato de prestação de
CAPÍTULO II serviços e da licença ambiental das empresas
DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE prestadoras de serviços para a destinação dos RSS; e
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE XII - apresentar documento comprobatório de operação
Art. 4º O gerenciamento dos RSS deve abranger todas de venda ou de doação dos RSS destinados à
as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística
recursos materiais e da capacitação dos recursos reversa.
humanos envolvidos. Parágrafo único. Os documentos referidos nos incisos X
Art. 5º Todo serviço gerador deve dispor de um Plano e XII devem ser mantidos arquivados, em meio físico
de Gerenciamento de RSS (PGRSS), observando as ou eletrônico, por no mínimo cinco anos, para fins de
regulamentações federais, estaduais, municipais ou do inspeção sanitária, a critério da autoridade sanitária
Distrito Federal. competente.
§ 1º Para obtenção da licença sanitária, caso o serviço Art. 7º O PGRSS deve ser monitorado e mantido
gere exclusivamente resíduos do Grupo D, o PGRSS atualizado, conforme periodicidade definida pelo
pode ser substituído por uma notificação desta condição responsável por sua elaboração e implantação.
ao órgão de vigilância sanitária competente, seguindo as Art. 8º O estabelecimento que possua serviços
orientações locais. geradores de RSS com licenças sanitárias
§ 2º Caso o serviço gerador possua instalação radiativa, individualizadas deve ter PGRSS único que contemple
adicionalmente, deve atender às regulamentações todos os serviços existentes. Parágrafo único. Nas
específicas da CNEN. edificações não hospitalares nas quais houver serviços
§ 3º Os novos geradores de resíduos terão prazo de 180 individualizados, os respectivos RSS dos Grupos A e E
(cento e oitenta) dias, a partir do início do podem ter o armazenamento externo de forma
funcionamento, para apresentar o PGRSS. compartilhada.
Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve: Art. 9º O serviço gerador de RSS deve manter cópia do
I - estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos, PGRSS disponível para consulta dos órgãos de
conforme a classificação do Anexo I desta resolução; vigilância sanitária ou ambientais, dos funcionários, dos
pacientes ou do público em geral.

453
Art. 10 O serviço gerador de RSS é responsável pela provida de sistema de abertura sem contato manual,
elaboração, implantação, implementação e com cantos arredondados.
monitoramento do PGRSS. § 1º O coletor não necessitará de tampa para
Parágrafo único. A elaboração, a implantação e o fechamento sempre que ocorrer a substituição imediata
monitoramento do PGRSS pode ser terceirizada. do saco para acondicionamento após a realização de
cada procedimento.
CAPÍTULO III § 2ºApós sua substituição, o saco para
DAS ETAPAS DO MANEJO acondicionamento usado deve ser fechado e transferido
para o carro de coleta.
Seção I Segregação, acondicionamento e Art. 18 Os RSS líquidos devem ser acondicionados em
identificação recipientes constituídos de material compatível com o
Art. 11 Os RSS devem ser segregados no momento de líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques,
sua geração, conforme classificação por Grupos com tampa que garanta a contenção do RSS e
constante no Anexo I desta Resolução, em função do identificação conforme o Anexo II desta resolução.
risco presente. Art. 19 Os recipientes de acondicionamento para RSS
Art. 12 Quando, no momento da geração de RSS, não químicos no estado sólido devem ser constituídos de
for possível a segregação de acordo com os diferentes material rígido, resistente, compatível com as
grupos, os coletores e os sacos devem ter seu manejo características do produto químico acondicionado e
com observância das regras relativas à classificação do identificados conforme o Anexo II desta Resolução.
Anexo I desta Resolução. Art. 20 Os rejeitos radioativos devem ser
Art. 13 Os RSS no estado sólido, quando não houver acondicionados conforme procedimentos definidos pelo
orientação específica, devem ser acondicionados em supervisor de proteção radiológica, com certificado de
saco constituído de material resistente a ruptura, qualificação emitido pela CNEN, ou equivalente de
vazamento e impermeável. acordo com normas da CNEN, na área de atuação
§ 1º Devem ser respeitados os limites de peso de cada correspondente.
saco, assim como o limite de 2/3 (dois terços) de sua Art. 21 Os RSS do Grupo D devem ser acondicionados
capacidade, garantindo-se sua integridade e fechamento. de acordo com as orientações dos órgãos locais
§ 2º É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento responsáveis pelo serviço de limpeza urbana.
dos sacos. Art. 22 A identificação dos RSS deve estar afixada nos
Art. 14 Os sacos para acondicionamento de RSS do carros de coleta, nos locais de armazenamento e nos
grupo A devem ser substituídos ao atingirem o limite de sacos que acondicionam os resíduos.
2/3 (dois terços) de sua capacidade ou então a cada 48 § 1º Os sacos que acondicionam os RSS do Grupo D
(quarenta e oito) horas, independentemente do volume, não precisam ser identificados.
visando o conforto ambiental e a segurança dos usuários § 2º A identificação de que trata este artigo deve estar
e profissionais. afixada em local de fácil visualização, de forma clara e
Parágrafo único. Os sacos contendo RSS do grupo A de legível, utilizando-se símbolos e expressões descritos no
fácil putrefação devem ser substituídos no máximo a Anexo II, cores e frases, e outras exigências
cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do relacionadas à identificação de conteúdo e à
volume. periculosidade específica de cada grupo de RSS.
Art. 15 Os RSS do Grupo A que não precisam ser § 3º A identificação dos sacos para acondicionamento
obrigatoriamente tratados e os RSS após o tratamento deve estar impressa, sendo vedado o uso de adesivo.
são considerados rejeitos e devem ser acondicionados Art. 23 Os RSS gerados pelos serviços de atenção
em saco branco leitoso. domiciliar, devem ser acondicionados e recolhidos
Parágrafo único. Os rejeitos, tratados ou não, pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa
acondicionados em sacos brancos leitosos devem ser treinada para a atividade e encaminhados à destinação
encaminhados para disposição final ambientalmente final ambientalmente adequada.
adequada. Parágrafo único. O transporte destes RSS pode ser feito
Art. 16 Quando houver a obrigação do tratamento dos no próprio veículo utilizado para o atendimento e deve
RSS do Grupo A, estes devem ser acondicionados em ser realizado em coletores de material resistente, rígido,
sacos vermelhos. identificados e com sistema de fechamento dotado de
Parágrafo único. O saco vermelho pode ser substituído dispositivo de vedação, garantindo a estanqueidade e o
pelo saco branco leitoso sempre que as regulamentações não tombamento.
estaduais, municipais ou do Distrito Federal exigirem o Art. 24 O descarte de produtos para saúde oriundos de
tratamento indiscriminado de todos os RSS do Grupo A, explante deve seguir o disposto na Resolução da
exceto para acondicionamento dos RSS do subgrupo Diretoria Colegiada - RDC nº 15, de 2012, ou outra que
A5. vier a substituí-la. Seção II Coleta e transporte interno
Art. 17 O coletor do saco para acondicionamento dos Art. 25 O transporte interno dos RSS deve ser realizado
RSS deve ser de material liso, lavável, resistente à atendendo a rota e a horários previamente definidos, em
punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa coletor identificado de acordo com o Anexo II desta
Resolução.

454
Art. 26 O coletor utilizado para transporte interno deve obedecendo à frequência de coleta de cada grupo de
ser constituído de material liso, rígido, lavável, RSS;
impermeável, provido de tampa articulada ao próprio IV - ser construído com piso, paredes e teto de material
corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados. resistente, lavável e de fácil higienização, com aberturas
Parágrafo Único. Os coletores com mais de para ventilação e com tela de proteção contra acesso de
quatrocentos litros de capacidade devem possuir válvula vetores;
de dreno no fundo. V - ser identificado conforme os Grupos de RSS
armazenados;
Seção III Armazenamento interno, temporário e VI - ser de acesso restrito às pessoas envolvidas no
externo manejo de RSS;
Art. 27 No armazenamento temporário e externo de VII - possuir porta com abertura para fora, provida de
RSS é obrigatório manter os sacos acondicionados proteção inferior contra roedores e vetores, com
dentro de coletores com a tampa fechada. dimensões compatíveis com as dos coletores utilizados;
Art. 28 Os procedimentos para o armazenamento VIII - ter ponto de iluminação;
interno devem ser descritos e incorporados ao PGRSS IX - possuir canaletas para o escoamento dos efluentes
do serviço. Parágrafo único. A coleta e o transporte de lavagem, direcionadas para a rede de esgoto, com
externo dos RSS devem ser compatíveis com os Planos ralo sifonado com tampa;
Municipais e do Distrito Federal de Gestão Integrada de X - possuir área coberta para pesagem dos RSS, quando
Resíduos Sólidos e com as demais normativas couber;
aplicáveis. XI - possuir área coberta, com ponto de saída de água,
Art. 29 O abrigo temporário de RSS deve: para higienização e limpeza dos coletores utilizados.
I - ser provido de pisos e paredes revestidos de material Art. 36 O abrigo externo dos RSS do Grupo B deve,
resistente, lavável e impermeável; ainda:
II - possuir ponto de iluminação artificial e de água, I - respeitar a segregação das categorias de RSS
tomada elétrica alta e ralo sifonado com tampa; químicos e incompatibilidade química, conforme os
III - quando provido de área de ventilação, esta deve ser Anexos III e IV desta Resolução;
dotada de tela de proteção contra roedores e vetores; II - estar identificado com a simbologia de risco
IV - ter porta de largura compatível com as dimensões associado à periculosidade do RSS químico, conforme
dos coletores; e Anexo II desta Resolução;
V - estar identificado como "ABRIGO TEMPORÁRIO III - possuir caixa de retenção a montante das canaletas
DE RESÍDUOS". para o armazenamento de RSS líquidos ou outra forma
Art. 30 O armazenamento temporário pode ser de contenção validada;
dispensado no caso em que o fluxo de recolhimento e IV - possuir sistema elétrico e de combate a incêndio,
transporte justifique. que atendam os requisitos de proteção estabelecidos
Art. 31 A sala de utilidades ou expurgo pode ser pelos órgãos competentes.
compartilhada para o armazenamento temporário dos Art. 37 É proibido o armazenamento dos coletores em
RSS dos Grupos A, E e D, devendo ser compatível com uso fora de abrigos.
a área a ser ocupada pelos coletores em uso. Parágrafo Único. O armazenamento interno de RSS
Parágrafo único. Na hipótese descrita no caput, a sala de químico ou rejeito radioativo pode ser feito no local de
utilidades ou expurgo deve conter também a trabalho onde foram gerados.
identificação com a inscrição "ABRIGO
TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS". Seção IV Coleta e transporte externos
Art. 32 RSS de fácil putrefação devem ser submetidos a Art. 38 Os veículos de transporte externo dos RSS não
método de conservação em caso de armazenamento por podem ser dotados de sistema de compactação ou outro
período superior a vinte e quatro horas. sistema que danifique os sacos contendo os RSS, exceto
Art. 33 O gerenciamento de rejeitos radioativos, grupo para os RSS do Grupo D.
C, deve obedecer ao Plano de Proteção Radiológica do Art. 39 O transporte externo de rejeitos radioativos,
Serviço, as Normas da CNEN e demais normas deve seguir normas específicas, caso existam e as
aplicáveis. normas da CNEN.
Art. 34 O abrigo externo deve ter, no mínimo, um
ambiente para armazenar os coletores dos RSS do Seção V
Grupo A, podendo também conter os RSS do grupo E, e Destinação
outro ambiente exclusivo para armazenar os coletores Art. 40 Os RSS que não apresentam risco biológico,
de RSS do grupo D. químico ou radiológico podem ser encaminhados para
Art. 35 O abrigo externo deve: reciclagem, recuperação, reutilização, compostagem,
I - permitir fácil acesso às operações do transporte aproveitamento energético ou logística reversa.
interno; Art. 41 Os rejeitos que não apresentam risco biológico,
II - permitir fácil acesso aos veículos de coleta externa; químico ou radiológico devem ser encaminhados para
III - ser dimensionado com capacidade de armazenagem disposição final ambientalmente adequada.
mínima equivalente à ausência de uma coleta regular,

455
Art. 42 As embalagens primárias vazias de § 4º Estes RSS devem ser acondicionados de maneira
medicamentos cujas classes farmacêuticas constem no compatível com o processo de tratamento.
Art. 59 desta Resolução devem ser descartadas como § 5º Após o tratamento, os rejeitos devem ser
rejeitos e não precisam de tratamento prévio à sua encaminhados para disposição final ambientalmente
destinação. adequada.
Art. 43 Sempre que não houver indicação específica, o Art. 47 Os RSS resultantes de atividades de vacinação
tratamento do RSS pode ser realizado dentro ou fora da com microrganismos vivos, atenuados ou inativados
unidade geradora. Parágrafo único. Os RSS tratados incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de
devem ser considerados como rejeitos. validade, com conteúdo inutilizado ou com restos do
Art. 44 O tratamento dos RSS que apresentem múltiplos produto e seringas, quando desconectadas, devem ser
riscos deve obedecer à seguinte sequência: tratados antes da disposição final ambientalmente
I - na presença de risco radiológico associado, adequada.
armazenar para decaimento da atividade do Parágrafo Único. As agulhas e o conjunto seringa-
radionuclídeo até que o nível de dispensa seja atingido; agulha utilizadas na aplicação de vacinas, quando não
II - na presença de risco biológico associado contendo desconectadas, devem atender às regras de manejo dos
agente biológico classe de risco 4, encaminhar para resíduos perfurocortantes.
tratamento; e Art. 48 Os RSS resultantes da atenção à saúde de
III - na presença de riscos químico e biológico, o indivíduos ou animais com suspeita ou certeza de
tratamento deve ser compatível com ambos os riscos contaminação biológica por agentes classe de risco 4,
associados. Parágrafo único. Após o tratamento, o por microrganismos com relevância epidemiológica e
símbolo de identificação relativo ao risco do resíduo risco de disseminação, causadores de doença emergente
tratado deve ser retirado. que se tornem epidemiologicamente importantes, ou
Art. 45 A destinação dos medicamentos recolhidos ou cujos mecanismos de transmissão sejam desconhecidos,
apreendidos, objetos de ações de fiscalização sanitária, devem ser tratados antes da disposição final
deve seguir a determinação prevista no art. 59 desta ambientalmente adequada.
Resolução. Art. 49 As bolsas de sangue e de hemocomponentes
Parágrafo Único. É responsabilidade do serviço rejeitadas por contaminação, por má conservação, com
providenciar o tratamento previsto no Art. 59 desta prazo de validade vencido e oriundas de coleta
resolução. incompleta; as sobras de amostras de laboratório
contendo sangue ou líquidos corpóreos; bem como os
CAPÍTULO IV DO GERENCIAMENTO DOS recipientes e materiais resultantes do processo de
GRUPOS DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
SAÚDE corpóreos na forma livre, devem ser tratados antes da
disposição final ambientalmente adequada.
Seção I Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - § 1º As sobras de amostras de laboratório contendo
Subgrupo A1 sangue ou líquidos corpóreos podem ser descartadas
Art. 46 As culturas e os estoques de microrganismos; os diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que
resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os atendam respectivamente as regras estabelecidas pelos
de medicamentos hemoderivados; os meios de cultura e órgãos ambientais e pelos serviços de saneamento
os instrumentais utilizados para transferência, competentes.
inoculação ou mistura de culturas; e os resíduos de § 2º Caso o tratamento venha a ser realizado fora da
laboratórios de manipulação genética devem ser unidade geradora ou do serviço, estes RSS devem ser
tratados. acondicionados em saco vermelho e transportados em
§ 1º Devem ser submetidos a tratamento, utilizando recipiente rígido, impermeável, resistente à punctura,
processos que vierem a ser validados para a obtenção de ruptura, vazamento, com tampa provida de controle de
redução ou eliminação da carga microbiana, em fechamento e identificado.
equipamento compatível com Nível III de inativação
microbiana. Seção II Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A
§ 2º As culturas e os estoques de microrganismos, bem - Subgrupo A2
como os meios de cultura e os instrumentais utilizados Art. 50 Os RSS do Subgrupo A2 devem ser tratados
para transferência, inoculação ou mistura de culturas antes da disposição final ambientalmente adequada.
contendo microrganismos das classes de risco 1 e 2 § 1º Os RSS referidos no caput devem ser
podem ser tratados fora da unidade geradora, desde que acondicionados de maneira compatível com o processo
este tratamento ocorra nas dependências do serviço de de tratamento.
saúde. § 2º O tratamento pode ser realizado fora da unidade
§ 3º As culturas e os estoques de microrganismos, bem geradora, desde que ocorra nas dependências do
como os meios de cultura e os instrumentais utilizados serviço.
para transferência, inoculação ou mistura de culturas § 3º Quando houver necessidade de outra solução, em
contendo microrganismos das classes de risco 3 e 4 função do porte do animal, deve haver autorização
devem ser tratados na unidade geradora. prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes.

456
§ 4º Após o tratamento, os rejeitos devem ser Art. 58 Os RSS do Grupo B com características de
acondicionados em saco branco leitoso e identificados periculosidade, no estado líquido, devem ser submetidos
com a inscrição "PEÇAS ANATÔMICAS DE a tratamento antes da disposição final ambientalmente
ANIMAIS". adequada.
Art. 51 Os RSS do Subgrupo A2 contendo § 1º Quando submetidos a processo de solidificação
microrganismos com alto risco de transmissibilidade, devem ser destinados conforme o risco presente.
alto potencial de letalidade ou que representem risco § 2º É vedado o encaminhamento de RSS na forma
caso sejam disseminados no meio ambiente, devem ser líquida para disposição final em aterros sanitários.
submetidos, na unidade geradora, a tratamento que Art. 59 Os resíduos de medicamentos contendo
atenda ao Nível III de Inativação Microbiana. Parágrafo produtos hormonais e produtos antimicrobianos;
único. Quando houver necessidade de outra solução, em citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores;
função do porte do animal, deve haver autorização digitálicos, imunomoduladores; anti-retrovirais, quando
prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes. descartados por serviços assistenciais de saúde,
farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos
Seção III Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A ou apreendidos, devem ser submetidos a tratamento ou
- Subgrupo A3 dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I.
Art. 52 Os RSS do Subgrupo A3 devem ser destinados Art. 60 Para o acondicionamento dos RSS do Grupo B
para sepultamento, cremação, incineração ou outra devem ser observadas as incompatibilidades químicas
destinação licenciada pelo órgão ambiental competente. descritas no Anexos IV e V desta Resolução. Parágrafo
Parágrafo único. Quando forem encaminhados para único. Os RSS do Grupo B destinados à recuperação ou
incineração, os RSS devem ser acondicionados em reutilização devem ser acondicionados em recipientes
sacos vermelhos e identificados com a inscrição individualizados, observados os requisitos de segurança
"PEÇAS ANATÔMICAS". e compatibilidade.
Art. 61 As embalagens e os materiais contaminados por
Seção IV Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A produtos químicos, exceto as embalagens primárias
- Subgrupo A4 vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas
Art. 53 Os RSS do Subgrupo A4 não necessitam de constem no Art. 59 desta Resolução, devem ser
tratamento prévio. Parágrafo único. Os RSS do submetidos ao mesmo manejo do produto químico que
Subgrupo A4 devem ser acondicionados em saco os contaminou.
branco leitoso e encaminhados para a disposição final § 1º As embalagens primárias vazias podem ser
ambientalmente adequada. utilizadas para acondicionamento de RSS do Grupo B,
Art. 54 Os cadáveres e as carcaças de animais podem observada a compatibilidade química, conforme Anexo
ter acondicionamento e transporte diferenciados, IV desta Resolução.
conforme o porte do animal, de acordo com a § 2º As embalagens primárias vazias de produtos
regulamentação definida pelos órgãos ambientais e químicos com algum tipo de periculosidade, submetidas
sanitários. à limpeza com técnicas validadas ou reconhecidas, são
consideradas rejeitos e devem ser encaminhadas para
Seção V Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A disposição final ambientalmente adequada.
- Subgrupo A5 § 3º Somente as embalagens vazias de produtos
Art. 55 Os RSS do Subgrupo A5 devem ser químicos sem periculosidade podem ser encaminhadas
encaminhados para tratamento por incineração. para processos de reciclagem.
Parágrafo único. Os RSS referidos no caput devem ser Art. 62 As embalagens secundárias de medicamentos
segregados e acondicionados em saco vermelho duplo, não contaminadas devem ser descaracterizadas quanto
como barreira de proteção, e contidos em recipiente às informações de rotulagem, podendo ser
exclusivo devidamente identificado. encaminhadas para reciclagem.
Art. 63 As excretas de pacientes tratados com
Seção VI Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo B quimioterápicos antineoplásicos podem ser lançadas em
Art. 56 O gerenciamento dos RSS do Grupo B deve rede coletora de esgotos sanitários, conectada à estação
observar a periculosidade das substâncias presentes, de tratamento, desde que atendam às normas e diretrizes
decorrentes das características de inflamabilidade, da concessionária do sistema de coleta e tratamento de
corrosividade, reatividade e toxicidade. Parágrafo único. esgotos sanitários ou lançadas diretamente em corpos
As características dos produtos químicos estão hídricos após tratamento próprio no serviço.
identificadas nas Fichas de Informações de Segurança Art. 64 Os medicamentos hemoderivados devem ter
de Produtos Químicos (FISPQ), não se aplicando aos seu manejo como resíduo do Grupo B sem
produtos farmacêuticos e cosméticos. periculosidade.
Art. 57 Os RSS do Grupo B, no estado sólido e com Art. 65 Os resíduos de produtos e insumos
características de periculosidade, sempre que farmacêuticos sujeitos a controle especial devem
considerados rejeitos, devem ser dispostos em aterro de atender à regulamentação sanitária em vigor.
resíduos perigosos - Classe I. Art. 66 Os reveladores utilizados em radiologia devem
ser tratados, podendo ser submetidos a processo de

457
neutralização para alcançarem pH entre 7 e 9 e serem feito sobre bacia de contenção, bandeja, recipiente ou
posteriormente lançados na rede coletora de esgoto com material absorvente com capacidade de conter ou
tratamento, atendendo às determinações dos órgãos de absorver o dobro do volume do líquido presente na
meio ambiente e do serviço de saneamento. embalagem.
Art. 67 Os fixadores usados em radiologia, quando não Art. 77 Os RSS de fácil putrefação contaminados com
submetidos a processo de recuperação da prata, devem radionuclídeos, depois de acondicionados e
ser encaminhados para tratamento antes da disposição identificados como rejeito radioativo, devem ser
final ambientalmente adequada. mantidos sob refrigeração ou por outro processo que
Art. 68 Os RSS sólidos contendo metais pesados, evite a decomposição, durante o período de
quando não submetidos a tratamento devem ser armazenamento para decaimento.
dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I, Art. 78 As sobras de alimentos provenientes de
conforme orientação do órgão ambiental competente. pacientes submetidos à terapia com iodo 131, depois de
Parágrafo único. O descarte de pilhas, baterias, acondicionadas, devem ter seu nível de radiação
acumuladores de carga e lâmpadas fluorescentes deve medido.
ser feito de acordo com as normas ambientais vigentes. §1º Quando os valores de atividade ou de concentração
Art. 69 A destinação dos RSS líquidos contendo metais de atividade forem superiores aos níveis de dispensa, o
pesados acima dos limites de descarte deve obedecer as RSS deve ser considerado como rejeito radioativo e
orientações dos órgãos ambientais competentes. deve observar as condições de conservação de RSS de
Parágrafo único. Os RSS contendo mercúrio (Hg) na fácil putrefação.
forma líquida devem ser acondicionados em recipientes §2ºComo alternativa ao disposto no §1º, as sobras
sob selo d'água e encaminhados para recuperação ou destes alimentos podem ser trituradas na sala de
para outra destinação que esteja de acordo com as decaimento ou nas instalações sanitárias do quarto
regras definidas pelo órgão ambiental competente. terapêutico, e posteriormente direcionadas para a rede
Art. 70 Os RSS do Grupo B que não apresentem coletora de esgotos com tratamento.
periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente não § 3º Quando os valores de atividade ou de concentração
necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a de atividade forem inferiores ou iguais aos níveis de
processo de recuperação ou reutilização. dispensa, os resíduos sólidos podem ser descartados
Art. 71 A destinação dos resíduos dos equipamentos como resíduos do Grupo D e os resíduos líquidos na
automatizados e dos reagentes de laboratórios clínicos, rede coletora de esgotos com tratamento.
incluindo os produtos para diagnóstico de uso in vitro Art. 79 Quando o processo de decaimento do elemento
deve considerar todos os riscos presentes, conforme radioativo atingir o nível do limite de dispensa
normas ambientais vigentes. estabelecido pelas normas vigentes, o rótulo de
"REJEITO RADIOATIVO" deve ser retirado,
Seção VII Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo permanecendo a identificação dos demais riscos
C - Rejeitos Radioativos presentes.
Art. 72 Os rejeitos radioativos devem ser segregados de Parágrafo único. A retirada da identificação de risco
acordo com o radionuclídeo ou natureza da radiação, radiológico deve ser precedida de medição da radiação.
estado físico, concentração e taxa de exposição.
Art. 73 Os recipientes de acondicionamento de rejeitos Seção VIII - Resíduos de Serviços de Saúde do
radioativos devem ser adequados às características Grupo D
físicas, químicas, biológicas e radiológicas dos rejeitos, Art. 80 Os RSS do Grupo D, quando não encaminhados
possuir vedação e ter o seu conteúdo identificado, para reutilização, recuperação, reciclagem,
conforme especificado nas normas vigentes. compostagem, logística reversa ou aproveitamento
Art. 74 Os RSS químicos radioativos devem ser energético, devem ser classificados como rejeitos.
acondicionados em coletores próprios, identificados § 1º Os rejeitos sólidos devem ser dispostos conforme
quanto aos riscos radiológico e químico presentes, e as normas ambientais vigentes.
armazenados no local de decaimento até atingir o limite § 2º Os efluentes líquidos podem ser lançados em rede
de dispensa. coletora de esgotos.
Art. 75 Os RSS perfurocortantes radioativos devem ser Art. 81 O lançamento de rejeitos líquidos em rede
transportados do local de geração até o local de coletora de esgotos, conectada à estação de tratamento,
armazenamento para decaimento em recipiente deve atender às normas ambientais e às diretrizes do
blindado. Parágrafo único. É vedada a separação do serviço de saneamento. Parágrafo único. Quando não
conjunto seringa agulha contendo radionuclídeos, assim houver acesso à sistema de coleta e tratamento de
como reencape manual de agulhas. esgoto por empresa de saneamento, estes efluentes
Art. 76 Os rejeitos radioativos devem ser armazenados devem ser tratados em sistema ambientalmente
em condições adequadas, para o decaimento do licenciado antes do lançamento em corpo receptor.
elemento radioativo, podendo ser realizado na própria Art. 82 Artigos e materiais utilizados na área de
sala de manipulação ou em sala específica, identificada trabalho, incluindo vestimentas e Equipamento de
como "SALA DE DECAIMENTO". Parágrafo único. O Proteção Individual (EPI), desde que não apresentem
armazenamento de rejeitos radioativos líquidos deve ser sinais ou suspeita de contaminação química, biológica

458
ou radiológica, podem ter seu manejo realizado como resíduos, mesmo os que atuam temporariamente, que
RSS do Grupo D. contemplem os seguintes temas:
Art. 83 Os procedimentos de segregação, I - sistema adotado para o gerenciamento dos RSS;
acondicionamento e identificação dos coletores dos II - prática de segregação dos RSS;
resíduos do Grupo D, para fins de reciclagem, devem III - símbolos, expressões, padrões de cores adotadas
estar descritos no PGRSS. para o gerenciamento de RSS;
Art. 84 Só podem ser destinados para compostagem IV - localização dos ambientes de armazenamento e dos
forrações de animais de biotérios que não tenham risco abrigos de RSS;
biológico associado, os resíduos de flores, podas de V - ciclo de vida dos materiais;
árvores, jardinagem, sobras de alimentos e de seu pré- VI - regulamentação ambiental, de limpeza pública e de
preparo, restos alimentares de refeitórios e restos vigilância sanitária, relativas aos RSS;
alimentares de pacientes que não estejam em VII - definições, tipo, classificação e risco no manejo
isolamento. dos RSS;
Art. 85 Os restos e sobras de alimentos só podem ser VIII - formas de reduzir a geração de RSS e reutilização
utilizados como ração animal, se forem submetidos a de materiais;
processo que garanta a inocuidade do composto, com a IX - responsabilidades e tarefas;
concordância do órgão competente do Ministério da X - identificação dos grupos de RSS;
Agricultura e de Vigilância Sanitária. XI - utilização dos coletores dos RSS;
XII - uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Seção IX Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo E e Coletiva (EPC);
Art. 86 Os materiais perfurocortantes devem ser XIII - biossegurança;
descartados em recipientes identificados, rígidos, XIV - orientações quanto à higiene pessoal e dos
providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e ambientes;
vazamento. XV - orientações especiais e treinamento em proteção
Art. 87 Os recipientes de acondicionamento dos RSS do radiológica quando houver rejeitos radioativos;
Grupo E devem ser substituídos de acordo com a XVI - providências a serem tomadas em caso de
demanda ou quando o nível de preenchimento atingir acidentes e de situações emergenciais;
3/4 (três quartos) da capacidade ou de acordo com as XVII - visão básica do gerenciamento dos resíduos
instruções do fabricante, sendo proibidos seu sólidos no município ou Distrito Federal;
esvaziamento manual e seu reaproveitamento. XVIII - noções básicas de controle de infecção e de
Parágrafo único. Admite-se o emprego de tecnologia contaminação química; e
que promova o esvaziamento automatizado de XIX - conhecimento dos instrumentos de avaliação e
recipientes plásticos específicos com posterior controle do PGRSS.
descontaminação, possibilitando sua reutilização.
Art. 88 Os RSS do Grupo E, quando contaminados por CAPÍTULO VI
agentes biológicos, químicos e substâncias radioativas, DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
devem ter seu manejo de acordo com cada classe de Art. 92 Fica revogada a Resolução da Diretoria
risco associada. Parágrafo único. O recipiente de Colegiada RDC Anvisa nº 306, de 7 de dezembro de
acondicionamento deve conter a identificação de todos 2004, a partir da entrada em vigor desta Resolução.
os riscos presentes. Art. 93 Fica revogado o item 7 do Anexo 2 da
Art. 89 As seringas e agulhas, inclusive as usadas na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 305, de 14
coleta laboratorial de amostra de doadores e de de novembro de 2002.
pacientes, e os demais materiais perfurocortantes que Art. 94 O descumprimento das disposições contidas
não apresentem risco químico, biológico ou radiológico nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
não necessitam de tratamento prévio à disposição final da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
ambientalmente adequada. das responsabilidades civil, administrativa e penal
Parágrafo único. É permitida a separação do conjunto cabíveis.
seringa agulha com auxílio de dispositivos de Art. 95 Esta Resolução entra em vigor 180 (cento e
segurança, sendo vedada a desconexão e o reencape oitenta) dias a partir da data da sua publicação.
manual de agulhas. JARBAS BARBOSA DA SILVA JR

CAPÍTULO V (Publicada no DOU nº 61, de 29 de março de 2018.


DA SEGURANÇA OCUPACIONAL Vigência a partir de 25/09/2018)
Art. 90 O serviço deve garantir que os trabalhadores
sejam avaliados periodicamente, seguindo a legislação
específica, em relação à saúde ocupacional, mantendo
registros desta avaliação.
Art. 91 O serviço deve manter um programa de
educação continuada para os trabalhadores e todos os
envolvidos nas atividades de gerenciamento de

459
ANEXO I - CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

GRUPO A
-Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de
infecção.

Subgrupo A1
- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os medicamentos
hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais
utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco
de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido.
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou
com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do
processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

Subgrupo A2
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de
serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos
ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.

Subgrupo A3
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas
ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou
legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.

Subgrupo A4
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de
pesquisa, entre outros similares.
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que
não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e
risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante
ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que
gere este tipo de resíduo.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos
na forma livre.
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos
ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos
de experimentação com inoculação de microrganismos.
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual póstransfusão.

Subgrupo A5
-Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos ou confirmados, bem como
quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram
contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons.
- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais pelos órgãos sanitários
competentes.
Referência: World Health Organization, 2010. WHO Tables on Tissue Infectivity Distribution in Transmissible
Spongiform Encephalopathies.

GRUPO B

460
- Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
- Produtos farmacêuticos
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório,
inclusive os recipientes contaminados por estes.
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.

GRUPO C
- Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma
da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
– Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área da saúde,
laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de
Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa.

GRUPO D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares.
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, gorros e máscaras descartáveis,
resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não
entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares não
classificados como A1.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
- Resto alimentar de refeitório.
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. - Forrações de animais de biotérios sem risco biológico
associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.
- Pelos de animais.

GRUPO E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de
vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de
micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

ANEXO II IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

O grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos
pretos, acrescido da expressão RESÍDUO INFECTANTE.

O grupo B é identificado por meio de símbolo e frase de risco associado à periculosidade do resíduo químico.
Observação - outros símbolos e frases do GHS também podem ser utilizados.

461
O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta ou
púrpura) em rótulo de fundo amarelo, acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO, REJEITO RADIOATIVO
ou RADIOATIVO.

O grupo D deve ser identificado conforme definido pelo órgão de limpeza urbana.
O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contorno preto,
acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE.

ANEXO III - SUBSTÂNCIAS QUE DEVEM SER SEGREGADAS, ACONDICIONADAS EM IDENTIFICADAS


SEPARADAMENTE
- Ácidos
- Asfixiantes
- Bases
- Brometo de etídio
- Carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas
- Compostos orgânicos halogenados
- Compostos orgânicos não halogenados
- Corrosivas
- Criogênicas
- De combustão espontânea
- Ecotóxicas
- Explosivas
- Formalina ou formaldeído
- Gases comprimidos
- Líquidos inflamáveis

462
- Materiais reativos com a água
- Materiais reativos com o ar
- Mercúrio e compostos de mercúrio
- Metais pesados
- Mistura sulfocrômica
- Óleos
- Oxidantes
- Resíduo fotográfico
- Sensíveis ao choque
- Soluções aquosas
- Venenos
Fonte: Chemical Waste Management Guide. University of Florida - Division of
Environmental Health & Safety - abril de 2001

ANEXO IV - INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA ENTRE AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS


PELOS GERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Anexo não disponibilizado. Acesso no site da ANVISA

ANEXO V LISTA DAS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS EM SERVIÇOS DE SAÚDE QUE


REAGEM COM EMBALAGENS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD)
Anexo não disponibilizado. Acesso no site da ANVISA

463
RDC Nº 275, DE 09/04/2019 V. Farmácia com manipulação: estabelecimento de
manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de
comércio de drogas, medicamentos, insumos
Dispõe sobre procedimentos para a concessão, farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de
alteração e cancelamento da Autorização de dispensação e o de atendimento privativo de unidade
Funcionamento (AFE) e de Autorização Especial (AE) hospitalar ou de qualquer outra equivalente de
de farmácias e drogarias. assistência médica;
VI. Farmácia sem manipulação ou drogaria:
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de estabelecimento de dispensação e comércio de
Vigilância Sanitária – Anvisa, no uso das atribuições medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em
que lhe confere o art.15, III e IV aliado ao art.7º, III, e suas embalagens originais;
IV, da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. VII. Matriz: estabelecimento da empresa juridicamente
53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado pela constituído e inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 255, de 10 Jurídica (CNPJ) que representa sua sede e tem primazia
de dezembro de 2018, resolve adotar a seguinte de gestão e controle sobre eventuais filiais ou sucursais
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado a ela vinculadas;
em reunião realizada em 9 de abril de 2019, e eu, VIII. Filial ou sucursal: qualquer estabelecimento
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. juridicamente constituído e inscrito no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) que faz parte do
CAPÍTULO I acervo patrimonial de outra pessoa jurídica a quem está
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS submetido seu controle;
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que IX. Formulário de petição (FP): instrumento para
estabelece os procedimentos para a concessão, alteração inserção de dados que permitam identificar o solicitante
e cancelamento da Autorização de Funcionamento e o objeto solicitado, disponível durante o
(AFE) e de Autorização Especial (AE) de farmácias e peticionamento, realizado no portal eletrônico da
drogarias. Anvisa (http://www.anvisa.gov.br);
Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as X. Guia de Recolhimento da União (GRU): guia
seguintes definições: instituída pela Secretaria do Tesouro Nacional e
I. Autorização de Funcionamento (AFE): ato de utilizada no âmbito da Anvisa como forma de
competência privativa da Agência Nacional da recolhimento da Taxa de Fiscalização de Vigilância
Vigilância Sanitária (Anvisa) que autoriza o Sanitária;
funcionamento de farmácias e drogarias, mediante a XI. Insumo farmacêutico: droga ou substância aditiva
solicitação de cadastramento da sua atividade, do ou complementar de qualquer natureza, destinada a
pagamento da respectiva Taxa de Fiscalização de emprego em medicamento;
Vigilância Sanitária e de outros requisitos definidos em XII. Insumos sujeitos a controle especial: substâncias
regulamentação específica da Anvisa; constantes das listas anexas à Portaria nº 344, de 12 de
II. Autorização Especial (AE): ato de competência maio de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do
privativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária Ministério da Saúde ou de outro ato normativo que
(Anvisa) que autoriza farmácia de manipulação a venha a substituí-la;
desenvolver atividades relativas à manipulação de XIII. Licença: ato de competência privativa do órgão de
substâncias sujeitas a controle especial constantes nas saúde dos Estados, Distrito Federal e municípios que
listas anexas à Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, outorga ao estabelecimento o consentimento para o
da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da exercício de atividades sujeitas à vigilância sanitária
Saúde ou de outro ato normativo que venha a substituí- liberadas para exploração comercial;
la, mediante a solicitação de Autorização para o XIV. Órgão sanitário competente: Agência Nacional de
exercício de suas atividades, do pagamento da Vigilância Sanitária e órgãos de vigilância sanitária dos
respectiva Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
e de outros requisitos definidos em regulamentação XV. Petição eletrônica: tipo de petição selecionada
específica da Anvisa; durante o peticionamento eletrônico, realizada em
III. Empresa: é a atividade econômica organizada pela ambiente exclusivamente virtual - Internet, sem
união de fatores de produção com escopo de realização necessidade de envio à Agência dos documentos físicos.
de bens ou serviços sujeitos a vigilância sanitária, O formulário de petição é preenchido em ambiente
exercida por pessoas jurídicas de direito público ou Internet, e seus dados são diretamente enviados ao
privado; sistema de informações da Anvisa;
IV. Estabelecimento: é o conjunto de bens utilizados XVI. Peticionamento eletrônico: pedido realizado em
pelo empresário ou agente público no desenvolvimento ambiente Internet, por meio do formulário de petição,
de uma atividade comercial ou assistencial identificado por um número de transação, cujo assunto é
relativamente ao comércio ou dispensação de objeto de controle e fiscalização da Anvisa e que possui
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. uma única modalidade;

464
XVII. Protocolo: ato de entrada do peticionamento na Autorização de Funcionamento (AFE) e da Autorização
Anvisa e que possui uma única modalidade; Especial (AE);
XVIII. Protocolo eletrônico (on line): recebimento da § 2º A concessão automática da Autorização de
petição pela Anvisa em ambiente exclusivamente virtual Funcionamento (AFE) ou de Autorização Especial (AE)
- Internet, sem necessidade de remeter à Anvisa a não impede a Anvisa de proceder a análise do pedido a
documentação física; XIX. Representante legal: pessoa qualquer momento e, caso seja comprovado que o
física ou jurídica legalmente investida de poderes para estabelecimento não cumpre a regulamentação sanitária,
representar a empresa junto aos órgãos sanitários; proceder o cancelamento das referidas autorizações.
XX. Responsável técnico: profissional legalmente Art. 6º A responsabilidade pelo atesto da conformidade
habilitado pelo órgão ou conselho de classe competente com as normas e padrões sanitários do estabelecimento
para o exercício das atividades que a empresa realiza na da farmácia ou drogaria requerente de Autorização de
área de produtos e serviços abrangidos por este Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) é
Regulamento; do competente órgão sanitário das unidades federativas.
XXI. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Art. 7º O exercício das atividades de prestação de
(TFVS): tributo instituído pela Lei nº 9.782, de 26 de serviços em drogarias e farmácias, bem como o
janeiro de 1999, devido em razão do exercício regular comércio de alimentos devem atender aos requisitos e
do poder de polícia pela Anvisa, cujos fatos geradores condições estabelecidos na Resolução de Diretoria
estão descritos no Anexo II da mencionada Lei. Colegiada RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009, e
Art. 3º A Autorização de Funcionamento (AFE) e a Instrução Normativa nº 09, de 17 de agosto de 2009 e
Autorização Especial (AE) de que trata esta Resolução suas atualizações.
serão concedidas ao estabelecimento por meio de Art. 8º Para a manipulação de insumos sujeitos a
processo distinto. controle especial, é obrigatória que a licença ou outro
Art. 4º O ato de concessão, de alteração ou de documento, emitido pelo competente órgão de
cancelamento da Autorização de Funcionamento (AFE) vigilância sanitária local ateste a capacidade do
ou da Autorização Especial (AE) produzirá efeitos a estabelecimento para a manipulação dessas substâncias.
partir da data de publicação no Diário Oficial da União § 1º Para manipulação de insumos sujeitos a controle
(DOU). especial, a licença emitida pelo órgão sanitário
§1º Na publicação no Diário Oficial da União (DOU) competente deve atestar que o estabelecimento cumpre
constará o número de Autorização de Funcionamento de os requisitos para manipulação dessas substâncias, nos
Empresa (AFE) ou da Autorização Especial (AE). termos da Resolução RDC nº 67, de 17 de agosto de
§ 2º Excetuam-se da obrigatoriedade de publicação 2007, da Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998 e suas
prevista no caput deste artigo as alterações atualizações.
relativamente à mudança por redução de atividades, da § 2º Caso a licença não descreva a capacidade do
razão social do estabelecimento, do responsável técnico estabelecimento para a manipulação de insumos sujeitos
ou do representante legal. a controle especial, torna-se obrigatório que o
§ 3º As atividades informadas nas petições de estabelecimento possua declaração, relatório de
Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) ou inspeção, auto de vistoria ou outro documento, emitido
de Autorização Especial (AE) constarão na base de pelo órgão de vigilância sanitária local, que ateste sua
dados da Anvisa e serão publicadas no portal eletrônico capacidade para a manipulação dessas substâncias.
da Agência. Seção I - Dos pedidos
§ 4º A concessão da Autorização de Funcionamento de Art. 9º O pedido para concessão, cancelamento,
Empresa (AFE) ou da Autorização Especial (AE) não alteração, retificação de publicação e reconsideração de
permite a execução de atividades não autorizadas na indeferimento de Autorização de Funcionamento de
licença emitida pelo competente órgão sanitário das Empresa (AFE) e de Autorização Especial (AE) de
unidades federativas. § 5º A execução das atividades farmácias e drogarias dar-se-á exclusivamente por meio
constantes da Autorização de Funcionamento de do peticionamento eletrônico, selecionada a modalidade
Empresa (AFE) ou da Autorização Especial (AE) fica de petição e submissão eletrônicos, sendo dispensado o
condicionada a estarem também liberadas e incluídas na envio dos documentos físicos à sede da ANVISA em
licença de funcionamento emitida pelo competente Brasília.
órgão sanitário local, em conformidade com as Art. 10. As mesmas atividades pleiteadas no pedido de
exigências previstas na Lei nº 5.991, de 17 de dezembro concessão de Autorização de Funcionamento (AFE) ou
de 1973. de ampliação de atividades devem constar do pedido de
Art. 5º A Anvisa terá prazo de 30 (trinta) dias corridos, licenciamento junto ao competente órgão sanitário das
contado a partir da data do recebimento, para apreciação unidades federativas.
da petição de concessão de Autorização de § 1º Na licença emitida pelo competente órgão sanitário
Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) de das unidades federativas constará as atividades
farmácias e drogarias. autorizadas para execução pelo estabelecimento
§ 1º A ausência de manifestação da Anvisa no prazo requerente, desde que atestada a conformidade deste
previsto no caput, implicará na concessão automática da com as normas e padrões sanitários exigidos para
farmácias e drogarias.

465
§ 2º Na petição de concessão de Autorização de § 1º. As alterações previstas nos incisos de I a V são de
Funcionamento de Empresa (AFE) E DE Autorização implementação imediata, independentemente de
Especial (AE), no que couber, de farmácias e drogarias manifestação da Anvisa.
pela Anvisa podem ser informadas as seguintes § 2º. Para a alteração prevista no inciso VI, caso não
atividades a serem executadas, mediante licenciamento haja manifestação contrária da Anvisa, em até 60
emitido pelo competente órgão sanitário local: (sessenta) dias após a data de protocolização da petição,
I. dispensação de medicamentos sujeitos a controle o estabelecimento requerente poderá implementar as
especial; referidas alterações, desde que o exercício das
II. dispensação de medicamentos não sujeitos a controle atividades esteja contemplado na licença emitida pelo
especial; competente órgão sanitário das unidades federativas.
III. comércio de cosméticos, de perfumes, de produtos § 3º A concessão automática de alterações ou mudanças
de higiene, de correlatos, de alimentos e de plantas na AFE ou AE não impede a Anvisa de proceder a
medicinais; análise do pedido a qualquer momento e, caso seja
IV. prestação de serviços farmacêuticos; comprovado que o estabelecimento não cumpre a
V. manipulação de produtos oficinais; regulamentação sanitária, proceder o cancelamento das
VI. manipulação de produtos magistrais; autorizações.
VII. manipulação de insumos farmacêuticos sujeitos a Art. 14. No caso de indeferimento de pedidos relativos à
controle especial; ou Autorização de Funcionamento (AFE) ou à Autorização
VIII. manipulação de medicamentos estéreis. Especial (AE), caberá recurso administrativo nos termos
Art. 11. As petições de concessão e alteração de da RDC nº 266, de 8 de fevereiro de 2019.
Autorização de Funcionamento (AFE) e concessão de Seção II -Do acompanhamento
Autorização Especial (AE) devem ser instruídas com os Art. 15. A área da Anvisa responsável pela Autorização
seguintes documentos: de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE)
I. Guia de Recolhimento da União relativa à Taxa de deverá propor e implementar:
Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS) I - programa da qualidade para as licenças emitida pelos
acompanhada do respectivo comprovante de pagamento órgãos sanitários competente das unidades federativa;
ou GRU isenta, quando for o caso; II - estratégias e procedimentos de análise técnica das
II. formulários de Petição devidamente preenchidos; concessões e alterações da AFE, baseados na avaliação
III. declaração conforme Anexo I desta Resolução; e do risco sanitário;
IV. declaração conforme Anexo II desta Resolução, nos Parágrafo único. O programa da qualidade para emissão
casos de solicitação de Autorização Especial. § 1º Para de licença/alvará sanitário será coordenado pela Anvisa
os casos de cancelamento de Autorização de devendo este ter procedimentos pactuados e
Funcionamento (AFE) ou da Autorização Especial harmonizados no Sistema Nacional de Vigilância
(AE), além dos documentos previstos nos incisos I e II, Sanitária – SNVS, obedecendo os seguintes prazos:
o estabelecimento deve apresentar justificativa concisa a. até um ano, para que a Anvisa e demais entes do
sobre a solicitação. SNVS, elaborem o programa de qualidade de farmácias
§ 2º A declaração prevista no inciso IV, se aplica apenas de manipulação;
a farmácia com manipulação que solicita Autorização b. até dois anos, para início de fase experimental do
Especial para fins de manipular insumos farmacêuticos programa e validação de dados;
sujeitos a controle especial. c. até três anos para implementação completa do
Art. 12. Se a empresa solicitar a Autorização de programa de qualidade de farmácias de manipulação no
Funcionamento (AFE) com mais atividades que as SNVS.
consentidas na licença posteriormente emitida pelo Seção IV Das medidas administrativas
órgão sanitário competente das Unidades Federativa, Art. 16. As condições para a manutenção da
deve protocolar na Anvisa a atualização cadastral da Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização
petição da sua AFE. Especial (AE) podem ser verificadas in loco, podendo
Parágrafo único. A atualização cadastral prevista no resultar em alteração da decisão, solicitação de
caput deve ser protocolada pela empresa em até 30 documentos adicionais, suspensão ou cancelamento das
(trintas) dias após a emissão da licença. autorizações, bem como outras medidas legais cabíveis.
Art. 13. A alteração da Autorização de Funcionamento Art. 17. As medidas administrativas citadas nesta
(AFE) ou da Autorização Especial (AE) caberá nas Resolução poderão ser aplicadas nas seguintes
seguintes hipóteses: situações:
I - mudança de razão social; I - descumprimento dos regulamentos sanitários;
II - mudança de endereço; II – execução de atividade não autorizada na licença
III - mudança de responsável técnico; emitida pelo órgão sanitário competente das Unidades
IV - mudança de representante legal; Federativa; ou
V - alteração por redução de atividades, ou III - falsificação, adulteração ou alteração injustificada
VI - alteração por ampliação de atividades. da informação prestada; Art. 18. A concessão ou
alteração da Autorização de Funcionamento (AFE) e
Autorização Especial (AE), nos termos desta Resolução,

466
não impede a aplicação das penalidades previstas na Lei regulamento, a área responsável pela autorização de
nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 à empresa, caso se funcionamento deve publicar Resolução com a
verifique o cometimento de infrações sanitárias concessão automática da AFE ou AE.
relacionadas às autorizações e ao exercício das § 3 º A execução das atividades contidas nas
atividades autorizadas. autorizações automáticas da AFE e AE dependerá da
emissão da licença pelo órgão sanitário competente das
CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E unidades federativa.
TRANSITÓRIAS Art. 20. Fica revogada a Resolução da Diretoria
Art. 19. As petições de concessão e alterações de AFE e Colegiada- RDC nº 17, de 28 de março de 2013,
AE de farmácias e drogarias contempladas no escopo publicada no D.O.U. nº 61, de 1º de abril de 2013,
deste regulamento, protocoladas antes da vigência desta Seção 1, pág. 79.
Resolução e que aguardam manifestação da Anvisa Art. 21. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
serão analisadas conforme esta Resolução. publicação oficial.
§ 1º Para as petições já protocoladas na Anvisa não é WILLIAM DIB - Diretor-Presidente
necessária a apresentação da declaração prevista nos
Anexo I e II desta Resolução. (Publicada no DOU nº 69, de 10 de abril de 2019)
§ 2º Para as petições protocoladas cujos prazos de
análise extrapolaram os prazos previstos neste

ANEXO I DECLARAÇÃO

Considerando o disposto na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº ___, de ___ de abril de 2019
a empresa _______________________________________, CNPJ __________________, declara
cumprir o disposto nas normas sanitárias vigentes para as atividades pleiteadas no peticionamento da
ampliação de atividades ou concessão de Autorização de Funcionamento (AFE).
Considerando o disposto na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº ___ , de ___de abril de 2019
a empresa _______________________________________, CNPJ __________________, declara
cumprir o disposto nas na Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006 e demais normas sanitárias vigentes
para fins de concessão da autorização especial.
A empresa declara estar ciente de que somente poderá iniciar as suas atividades após a concessão da
autorização de funcionamento, conforme o escopo das atividades autorizadas na licença emitida pelo
órgão sanitário competente da Unidades Federativa.
A empresa declara que possui capacidade para a manipulação de substâncias sujeitas a controle
especial e que somente executará as atividades da autorização especial após a licença sanitária,
relatório de inspeção, auto de vistoria ou outro documento, emitido órgão sanitário competente da
Unidade Federativa, que ateste sua capacidade para a manipulação dessas substâncias.
A empresa declara estar ciente que a autorização de funcionamento ou autorização especial,
isoladamente, não assegura o início das suas atividades da farmácia ou drogaria e da farmácia de
manipulação.
A empresa, nas pessoas de seus responsáveis legal e técnico, se responsabiliza pela veracidade e
fidedignidade das informações aqui prestadas e declara que está ciente de que é responsável pela
qualidade dos serviços a serem prestados, bem como assegura que estes estão adequados aos fins a
que se destinam e cumprem os requisitos legais e sanitários.
Declaro estar ciente que o descumprimento das disposições contidas nesta Resolução constitui
infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
REPRESENTANTE LEGAL RESPONSÁVEL TÉCNICO

467
OUTROS §3º - Entre os produtos para diagnóstico in vitro, é
INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Nº 9, DE permitida a comercialização apenas dos produtos para
autoteste, destinado a utilização por leigos.
17/08/2009. §4º - Os produtos permitidos no caput somente podem
ser comercializados se estiverem regularizados junto a
Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para Anvisa, nos termos da legislação vigente.
dispensação e comercialização em farmácias e
drogarias. Art. 4º - Além do disposto nos artigos anteriores, fica
permitida a comercialização dos seguintes produtos em
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de farmácias e drogarias:
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe I - mamadeiras, chupetas, bicos e protetores de
confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Anvisa, mamilos, observando-se a Lei Nº 11.265, de 3 de
aprovado pelo Decreto Nº 3.029, de 16 de abril de 1999, janeiro de 2006 e os regulamentos que compõem a
e tendo em vista o disposto nos parágrafos 1° e 3° do Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos
art. 54 e no inciso II do art. 55 do Regimento Interno para Lactentes e Crianças de 1º Infância, Bicos,
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº 354 da Chupetas e Mamadeiras (NBCAL);
ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no II - lixas de unha, alicates, cortadores de unhas, palitos
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em de unha, afastadores de cutícula, pentes, escovas, toucas
14 de julho de 2009, resolve: para banho, lâminas para barbear e barbeadores;
III - brincos estéreis, desde que o estabelecimento preste
CAPÍTULO I o serviço de perfuração de lóbulo auricular, conforme
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS disposto em legislação específica; e
IV - essências florais, empregadas na floralterapia.
Art. 1º - Fica aprovada a relação de produtos permitidos §1º - Não é permitida a venda de piercings e brincos
para dispensação e comercialização em farmácias e comuns não utilizados no serviço de perfuração de
drogarias, nos termos da legislação vigente. lóbulo auricular.
§1º - O disposto nesta Resolução se aplica às farmácias §2º - A comercialização de essências florais,
e drogarias em todo território nacional e, no que couber, empregadas na floralterapia, somente é permitida em
às farmácias públicas, aos postos de medicamentos e às farmácias.
unidades volantes. Art. 5º - É vedado o comércio de lentes de grau, exceto
§2º - Os estabelecimentos de atendimento privativo de quando não houver no município estabelecimento
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de específico para esse fim, conforme legislação vigente.
assistência médica ficam sujeitos às disposições
contidas em legislação específica. Seção II
Dos Alimentos
CAPÍTULO II
DA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS Art. 6º - Também fica permitida a venda dos seguintes
PERMITIDOS alimentos para fins especiais:
I. alimentos para dietas com restrição de nutrientes:
Seção I a) alimentos para dietas com restrição de carboidratos:
Dos Produtos e Correlatos 1. Alimentos para dietas com restrição de sacarose,
Art. 2º - Além de medicamentos, a dispensação e o frutose e/ou glicose (dextrose);
comércio de determinados correlatos fica extensivo às 2. Alimentos para dietas com restrição de outros mono
farmácias e drogarias em todo território nacional, nos e/ou dissacarídios;
termos e condições sanitárias estabelecidas nesta 3. Adoçantes com restrição de sacarose, frutose e/ou
Instrução Normativa. glicose - adoçante dietético.
Art. 3º - É permitida às farmácias e drogarias a b) alimentos para dietas com restrição de gorduras;
comercialização de medicamentos, plantas medicinais, c) alimentos para dietas com restrição de proteínas;
drogas vegetais, cosméticos, perfumes, produtos de d) alimentos para dietas com restrição de sódio;
higiene pessoal, produtos médicos e para diagnóstico in II - alimentos para ingestão controlada de nutrientes:
vitro. a) alimentos para controle de peso:
§1º - A dispensação de plantas medicinais é privativa de 1. alimentos para redução ou manutenção de peso por
farmácias e ervanarias, observados o acondicionamento substituição parcial das refeições ou para ganho de peso
adequado e a classificação botânica. por acréscimo às refeições;
§2º - Entre os produtos médicos, é permitida a 2. alimentos para redução de peso por substituição total
comercialização dos produtos que tenham como das refeições;
possibilidade de uso a utilização por leigos em b) alimentos para praticantes de atividades físicas:
ambientes domésticos, conforme especificação definida 1. repositores hidroeletrolíticos para praticantes de
em concordância com o registro do produto junto a atividade física;
Anvisa. 2. repositores energéticos para atletas;

468
3. alimentos protéicos para atletas; Art. 11º - Além dos alimentos citados nos artigos
4. alimentos compensadores para praticantes de anteriores, fica permitida a venda de mel, própolis e
atividade física; geléia real.
5. aminoácidos de cadeia ramificada para atletas; §1º - Os produtos mencionados no caput devem estar
c) alimentos para dietas para nutrição enteral: regularizados no Ministério da Agricultura, Pecuária e
1. alimentos nutricionalmente completos para nutrição Abastecimento.
enteral; §2º - Quando esses produtos estiverem registrados junto
2. alimentos para suplementação de nutrição enteral; a Anvisa como opoterápicos, deverão ser obedecidos os
3. alimentos para situações metabólicas especiais para critérios e condições estabelecidas para medicamentos.
nutrição enteral; Art. 12º - Não é permitida indicação ou referência do
4. módulos de nutrientes para nutrição enteral; uso dos alimentos permitido por esta norma com
d) alimentos para dietas de ingestão controlada de finalidade terapêutica, seja para prevenção ou
açúcares; tratamento de sintomas ou doenças.
III - alimentos para grupos populacionais específicos:
a) alimentos de transição para lactentes e crianças de CAPÍTULO III
primeira infância; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
b) alimentos à base de cereais para alimentação infantil;
c) complementos alimentares para gestantes ou nutrizes; Art. 13º - É vedado utilizar qualquer dependência da
d) alimentos para idosos; farmácia ou da drogaria para outro fim diverso do
e) fórmulas infantis; licenciamento, conforme disposto na legislação vigente.
Parágrafo único - Caso o estabelecimento farmacêutico Parágrafo único - É vedado às farmácias e drogarias
opte pela comercialização de alimentos destinados a comercializar, expor à venda, ter em depósito para
pacientes com diabetes mellitus, citados no inciso I do vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar ao
art. 6º, estes devem ficar em local destinado unicamente consumo produtos não permitidos por esta Instrução
a estes produtos, de maneira separada de outros Normativa.
produtos e alimentos. Art. 14º - Os estabelecimentos abrangidos por esta
Art. 7º - Fica permitida a venda dos seguintes Instrução Normativa terão o prazo de seis meses para
suplementos vitamínicos e/ou minerais: promover as adequações necessárias ao cumprimento do
I - vitaminas isoladas ou associadas entre si; disposto nesta Instrução Normativa.
II - minerais isolados ou associados entre si; Art. 15º - O descumprimento das disposições contidas
III - associações de vitaminas com minerais; e nesta Instrução Normativa constitui infração sanitária,
IV - produtos fontes naturais de vitaminas e ou nos termos da Lei Nº 6.437, de 20 de agosto de 1977,
minerais, legalmente regulamentados por Padrão de sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa
Identidade Qualidade (PIQ) de conformidade com a e penal cabíveis.
legislação pertinente; Art. 16º - Cabe ao Sistema Nacional de Vigilância
Art. 8º - Fica permitida a venda das seguintes categorias Sanitária, além de garantir a fiscalização do
de alimentos: cumprimento desta norma, zelar pela uniformidade das
I - substâncias bioativas com alegações de propriedades ações segundo os princípios e normas de regionalização
funcionais e/ou de saúde; e hierarquização do Sistema Único de Saúde.
II - probióticos com alegações de propriedades Art. 17º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na
funcionais e/ou de saúde; data de sua publicação.
III - alimentos com alegações de propriedade funcional
e/ou de saúde; e DIRCEU RAPOSO DE MELLO
IV - novos alimentos.
Parágrafo único - Os alimentos citados acima somente Publicação – DOU nº 157, de 18 de agosto de 2009,
podem ser comercializados quando em formas de Seção 1, p.82 e 83
apresentação não convencionais de alimentos, tais como
comprimidos, tabletes, drágeas, cápsulas, saches ou IN 10/09 – REVOGADA PELA RDC 41/12
similares. Ementa: Aprova a relação dos medicamentos isentos de
Art. 9º - Fica permitida a venda de chás. prescrição que poderão permanecer ao alcance dos
Art. 10º - Os alimentos permitidos nos artigos anteriores usuários para obtenção por meio de auto-serviço em
desta seção somente podem ser comercializados se farmácias e drogarias
estiverem regularizados Junto a Anvisa.
Parágrafo único - A identificação dos alimentos cuja
comercialização é permitida nos termos dos artigos
anteriores pode ser baseada nas informações contidas
em sua rotulagem, quanto à finalidade a que se
destinam, conforme legislação específica.

469
INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN N° 11,
DE 29/09/2016

(Publicada em DOU nº 189, de 30 de setembro


de 2016)

Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de


prescrição.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso das atribuições
que lhe conferem o art.15, III e IV aliado ao
art. 7º, III e IV, da Lei n.º 9.782, de 26 de
janeiro de 1999, o art. 53, VI, §§ 1º e 3º do
Regimento Interno aprovado nos termos do
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada
– RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, em
reunião realizada em 20 de setembro de 2016,
resolve:

Art. 1º. Fica instituída a lista de medicamentos


isentos de prescrição – LMIP nos termos do
art. 10 da Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC N° 98, de 1º de agosto de 2016.

Art. 2º.Esta Instrução Normativa entra em


vigor na data de sua publicação.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.

ANEXO – LISTA DE MEDICAMENTOS


ISENTOS DE PRESCRIÇÃO

470
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 29/09/2016 – ANEXO - LISTA DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO

Grupos Terapêuticos Indicações Terapêuticas: Observações


Antiacneicos e tópicos
Acne, acne vulgar, rosácea, espinhas Restrição: Retinóides
adstringentes
Antiácidos, Antieméticos, Acidez
Acidez estomacal, dor de estômago, dispepsia, enjôo, náusea, Restrições: Metoclopramida,
estomacal. azia, desconforto
vômito, epigastralgia, má digestão, queimação, pirose, esofagite Bromoprida, Mebeverina, Inibidor da
Eupépticos, Enzimas digestivas
péptica, distensão abdominal, cinetose, hérnia de hiato Bomba de Proton
Antibacterianos tópicos Infecções bacterianas da pele Permitidos: bacitracina e neomicina
Restrições: Loperamida infantil,
Antidiarreicos Diarréia, disenteria
Opiáceos
Cólica, cólica menstrual, dismenoréia, desconforto pré-
Antiespasmódicos Restrição: Mebeverina
menstrual, cólica biliar/renal/intestinal
Alergia, coceira, prurido, coriza, rinite alérgica, urticária, picada de
Anti-histamínicos Anti- inseto, ardência, ardor, conjuntivite alérgica, prurido senil, prurido Restrições: Adrenérgicos, Corticóides
seborréicos nasal, prurido ocular alérgico, febre do feno, dermatite atópica, (exceto hidrocortisona de uso tópico)
eczemas Caspa, dermatite seborreica, seborréia, oleosidade
Anti-sépticos orais, Anti- sépticos
Aftas, dor de garganta, profilaxia das cáries
buco-faríngeos
Anti-sépticos nasais,
fluidificantes nasais, Anti-sépticos nasais, fluidificantes nasais umectantes nasais
umectantes nasais
Restrições: Adrenérgicos, (exceto
Anti-sépticos oculares Anti-sépticos oculares nafazolina com concentração <0,1%),
Corticóides
Anti-sépticos da pele e mucosas Assaduras, dermatite de fraldas, dermatite de contato,
dermatite amoniacal, intertrigo mamário/ perianal/
Anti-sépticos urinários Disúria, dor/ardor/desconforto para urinar
Anti-sépticos vaginais tópicos
Higiene íntima, desodorizante

471
suplemento vitamínico e/ou mineral pós-cirúrgico/cicatrizante, Revogado pela RDC 242/2018
suplemento vitamínico e/ou mineral como auxiliar nas anemias
carenciais suplemento vitamínico e/ou mineral em dietas restritivas
e inadequadas, suplemento vitamínico e/ou mineral em doenças
crônicas/convalescença, suplemento vitamínico e/ou mineral em
idosos, suplemento vitamínico e/ou mineral em períodos de
Aminoácidos, Vitaminas, Minerais crescimento acelerado, suplemento vitamínico e/ou mineral na
gestação e aleitamento, suplemento vitamínico e/ou mineral para
recém-nascidos, lactentes e crianças em fase de crescimento,
suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção do raquitismo,
suplemento vitamínico e/ou mineral para a prevenção/tratamento
auxiliar na desmineralização óssea pré e pós menopausal,
suplemento vitamínico e minerais antioxidantes, suplemento
vitamínico e/ou mineral para prevenção de cegueira
noturna/xeroftalmia, suplemento vitamínico como auxiliar do
sistema imunológico
Lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular, artralgia, Inflamação da
garganta, dor muscular, dor na perna, dor varicosa, contusão,
Permitidos: Naproxeno, ibuprofeno,
Antiinflamatórios hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, lumbago,
cetoprofeno. Tópicos não esteroidais
dor pós-traumática, dor ciática, bursite, distensões, flebites
superficiais, inflamações varicosas, quadros dolorosos da coluna
vertebral, lesões leves oriundas da prática esportiva
Dor nas pernas, dor varicosa, sintomas de varizes, dores das
Antiflebites
pernas relacionadas a varizes, dores após escleroterapia venosa

Antifisticos, Antiflatulentos,
Eructação, flatulência, empachamento, estufamento, aerofagia
Carminativos
pós-operatória, gases, meteorismo

Micoses de pele, frieira, micoses de unha, pano branco, infecções


fúngicas das unhas, onicomicoses, dermatomicoses, pitiríase
Antifúngicos, Antimicóticos versicolor, tínea das mãos, tínea dos pés, pé de atleta, tínea do Permitidos: Tópicos
corpo, micose de praia, tínea da virilha,candidíase cutânea,
monilíase cutânea, dermatite seborreica, dermatomicoses
superficiais, vulvovaginites, dermatiteperianal, balanopostite,
candidíase vaginal,candidíase oral

472
Anti-hemorroidários Sintomas de hemorróidas Permitidos: Tópicos
Antiparasitários orais, Anti-
Verminoses Permitidos: Mebendazol, Levamizol.
helmínticos

Antiparasitários tópicos,
Escabicidas, Ectoparasiticidas Piolhos, sarna, escabiose, carrapatos, pediculose, lêndea

Alívio dos sintomas decorrente do abandono do hábito de


Antitabágicos Restrição: Bupropiona
fumar, alívio dos sintomas da síndrome de abstinência

Dor, dor de dente, dor de cabeça, dor abdominal e pélvica,


enxaqueca, sintomas da gripe, sintomas do resfriados, febre,
Analgésicos, Antitérmicos, Permitidos: analgésicos (exceto
cefaléia, dores reumáticas, nevralgias, lombalgia, mialgia, torcicolo,
Antipiréticos narcóticos)
dor articular, artralgia, inflamação da garganta, dor muscular,
contusão, hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista,
lumbago, dor pós-traumática, dor ciática, bursite, distensões

Ceratolíticos Descamação, esfoliação da pele, calos, verrugas, verruga plantar,


verruga vulgar

Cicatrizantes Feridas, escaras, fissuras de pele e mucosas, rachaduras


Colagogos, Coleréticos Distúrbios digestivos, distúrbios hepáticos

Descongestionantes nasais tópicos


Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido Restrições: vasoconstritores

Descongestionantes nasais sistêmicos


Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido Permitido: fenilefrina

Hidratante, dermatoses hiperqueratóticas, dermatoses secas,


Emolientes e lubrificantes cutâneos e
pele seca e áspera, ictiose vulgar, hiperqueratose palmar e
de mucosas
plantar, ressecamento da pele, substituto artificial da saliva,
saliva artificial para tratamento da xerostomia

473
Emolientes, lubrificantes e
Secura nos olhos, falta de lacrimejamento, irritação ocular
adstringentes oculares

Expectorantes, balsâmicos,
Tosse, tosse seca, tosse produtiva, tosse irritativa,
mucolíticos. Sedativos da tosse
tosse com catarro, mucofluidificante

Laxantes, Catárticos Prisão de ventre, obstipação intestinal, constipação intestinal,


intestino preso

Rehidratante oral Hidratação oral, reidratação oral

Relaxantes musculares Torcicolo, contratura muscular, dor muscular, lumbago, entorses

Rubefacientes Vermelhidão, rubor


Tônicos orais Estimulante do apetite, astenia Revogado pela RDC 242/2018

474
475

Você também pode gostar