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APRESENTAÇÃO
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EDITAL ESQUEMATIZADO
LIÇÃO 2................................................................................................... 32
LIÇÃO 3................................................................................................... 39
LIÇÃO 4................................................................................................... 49
LIÇÃO 5 – SEMÂNTICA........................................................................... 65
APÊNDICE ........................................................................... 77
PONTUAÇÃO ................................................................................. 78
ACENTUAÇÃO ............................................................................... 82
INTERTPRETAÇÃO TEXTUAL
COMPREENSÃO TEXTUAL
GÊNEROS TEXTUAIS
TIPOLOGIA TEXTUAL
REFERÊNCIA TEXUTAL
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
FIGURAS DE LINGUAGEM
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TEORIA
#ESQUEMATIZADA
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LIÇÃO 1
#MORFOLOGIA
Substantivo / Artigo
Preposição
Flexão nominal
Pronomes
Substantivo / Adjetivo
Advérbio
Verbo: tempos e modos
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1- UNIVERSO DA CONSTRUÇÃO: O SUBSTANTIVO E AS CLASSES VARIÁVEIS!
c) Em alguns títulos;
“O historiador Tito Lívio”
(é omitido em ordinais pospostos ao título: Pedro I, Henrique VIII)
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preposição a, pois a palavra casa não é qualificada.
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DICA#CASCA!
CUIDADO COM AS PREPOSIÇÕES! (CLASSE INVARIÁVEL) DECORE
AS INICIAIS DAS PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS: ASDEPCT A – A –
ANTE – ATÉ – APÓS
S – SEM – SOB – SOBRE
D – DE – DESDE
E – EM – ENTRE
P – PARA – POR – PER – PERANTE
C – COM – CONTRA
T – TRÁS
o tapa o clã
o eclipse o hosana (cântico de louvor)
o lança-perfume o herpes
o dó (pena) o pijama
o sanduíche o suéter
o clarinete o soprano
o champanha o proclama
o sósia o pernoite
o maracajá o púbis
a dinamite a pane
a áspide a mascote
a derme a gênese
a hélice a entorse
a alcíone a libido
a filoxera a cal
a clâmide a faringe
a omoplata a cólera (doença)
a cataplasma a ubá (canoa)
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o grama (peso) o apotegma
o quilograma o trema
o plasma o eczema
o apostema o edema
o diagrama o magma
o epigrama o anátema
o telefonema o estigma
o estratagema o axioma
o dilema o tracoma
o teorema o hematoma
DICA#CASCA!
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o freguês = a freguesa o oficial = oficiala o juiz = juíza
Singular Plural
balão balões
botão botões
canção canções
confissão confissões
coração corações
eleição eleições
estação estações
fracção fracções
gavião gaviões
leão leões
nação nações
operação operações
opinião opiniões
questão questões
tubarão tubarões
vulcão vulcões
amigalhão amigalhões
bobalhão bobalhões
casarão casarões
chapelão chapelões
dramalhão dramalhões
espertalhão espertalhões
facão facões
figurão figurões
moleirão moleirões
narigão narigões
paredão paredões
pobretão pobretões
rapagão rapagões
sabichão sabichões
vagalhão vagalhões
vozeirão vozeirões
Singular Plural
alemão alemães
bastião bastiães
cão cães
capelão capelães
capitão capitães
catalão catalães
charlatão charlatães
escrivão escrivães
guardião guardiães
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pão pães
sacristão sacristães
tabelião tabeliães
Singular Plural
cidadão cidadãos
cortesão cortesãos
cristão cristãos
desvão desvãos
irmão irmãos
pagão pagãos
acórdão acórdãos
bênção bênçãos
gólfão gólfãos
órfão órfãos
órgão órgãos
sótão sótãos
DICA#CASCA!
1.ª Neste grupo se incluem os monossílabos tónicos chão, grão, mão e vão,
que fazem no plural chãos, grãos, mãos e vãos.
Singular Plural
alão alãos
alões
alães
alazão alazães
alazões
aldeão aldeãos
aldeões
aldeães
anão anãos
anões
ancião anciãos
anciões
anciães
castelão castelãos
castelões
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corrimão corrimãos
corrimões
deão deães
deões
ermitão ermitães
ermitãos
ermitões
hortelão hortelãos
hortelões
refrão refrães
refrãos
rufião rufiães
rufiões
sultão sultões
sultãos
sultães
truão truães
truões
Verão verões
verãos
vilão vilãos
vilões
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bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas
F) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém
CUIDADO!
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botõe(s) + zinhos = botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos
pé(s) + zinhos = pezinhos
pé(s) + zitos = pezitos
singular plural
globo (ô) globos (ó)
olho (ô) olhos (ó)
porto (ô) portos (ó)
miolo (ô) miolos (ó)
osso (ô) ossos (ó)
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4) Os substantivos femininos conservam no plural o mesmo timbre do
singular:.
singular plural
arroba (ô) arrobas (ô)
bolha (ô) bolhas (ô)
boda (ô) bodas (ô)
folha (ô) folhas (ô)
moda(ó) modas (ó)
peroba (ó) perobas (ó)
sova (ó) sovas (ó)
1.2 – PRONOMES
1.2.1 – INDEFINIDOS
São aqueles que se referem à 3ª pessoa gramatical de forma vaga, imprecisa.
Eles podem ser variáveis, sofrendo flexão de gênero e número e podem também
assumir papel de pronome substantivo e de pronome adjetivo.
Certo(s), certa(s)
Tanto(s), tanta(s)
Quanto(s), quanta(s)
Qualquer, quaisquer
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Certas pessoas nunca tomam as decisões certas.
Certas pessoas caracteriza o pronome indefinido certas, mas decisões
certas caracteriza o adjetivo certas que é dado à palavra decisões.
C) Todo(s), toda(s)
Essas palavras possuem variações de sentido. Se forem empregadas no
plural, vão indicar a totalidade de um conjunto:
Todas as lojas estarão abertas até meia-noite.
Se forem empregadas no singular e sem artigo, essas palavras terão sentido
de qualquer e cada:
Em casa, toda decisão é tomada em conjunto. (toda decisão = cada decisão)
Se forem empregadas no singular e com artigo, essas palavras indicarão
totalidade, funcionando como a palavra inteiro, transformando-se em
adjetivo:
Assistiam desenhos por toda a manhã. (assistiam desenhos pela manhã inteira)
Se essas palavras forem empregadas no singular, depois de um substantivo,
também serão como a palavra inteiro.
Assistiam desenhos pela manhã toda. (assistiam desenhos pela manhã inteira)
1.2.2 – POSSESSIVOS
Os pronomes possessivos são aqueles que se referem às três pessoas gramaticais,
indicando algo que lhes pertence, estabelecendo a relação de posse entre o pronome
pessoal e o possessivo. São variáveis em gênero e número, concordando sempre com
a pessoa ao qual se refere.
1.2.3 – DEMONSTRATIVOS
São aqueles que possuem a função de indicar o lugar que um ser ou alguma
coisa ocupa em relação às três pessoas gramaticais. Essa localização pode
ocorrer no tempo, no espaço ou no contexto. Os pronomes demonstrativos
podem ser variáveis ou invariáveis:
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Variáveis Invariáveis
D) AS PALAVRAS O, A, OS, AS
“A vida é uma tragédia para os que sentem e uma comédia para os que pensam.”
A vida é uma tragédia para aqueles que sentem e uma comédia para aqueles que
pensam.
1.2.4 – RELATIVOS
A) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado
relativo universal. Pode ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais"
quando seu antecedente for um substantivo.
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As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado.
(O uso de "que" neste caso geraria ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia
usar "que" depois de "sobre".)
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(de, em, com, sem, etc).
Aquela árvore com flores na esquina.
DICA#CASCA! As locuções adjetivas, apesar de exercerem o mesmo papel
de adjetivo, não são expressões que transformamos em adjetivo, uma vez
que às vezes elas não possuem um adjetivo equivalente ou este adjetivo
equivalente não traz o mesmo significado.
Tempero de receitas apetitosas.
Aqui, não há um adjetivo equivalente a receitas apetitosas.
Ela tem opiniões infantis.
Aqui, o significado do adjetivo e da locução proposta é divergente, porque
a frase pressupõe opiniões ingênuas, não necessariamente da infância.
1.3.3 – PRINCIPAIS LOCUÇÕES ADJETIVAS
de águia aquilino
de aluno discente
de anjo angelical
de ano anual
de aranha aracnídeo
de asno asinino
de baço esplênico
de bispo episcopal
de bode hircino
de boi bovino
de bronze brônzeo ou êneo
de cabelo capilar
de cabra caprino
de campo campestre ou rural
de cão canino
de carneiro arietino
de cavalo cavalar, equino, equídio ou hípico
de chumbo plúmbeo
de chuva pluvial
de cinza cinéreo
de coelho cunicular
de cobre cúprico
de couro coriáceo
de criança pueril
de dedo digital
de diamante diamantino ou adamantino
de elefante elefantino
de enxofre sulfúrico
de esmeralda esmeraldino
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo
de farinha farináceo
de fera ferino
de ferro férreo
de fígado figadal ou hepático
de fogo ígneo
de gafanhoto acrídeo
de garganta gutural
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de gelo glacial
de gesso gípseo
de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular
de intestino celíaco ou entérico
de inverno hibernal ou invernal
A) Superlativo
Indica característica atribuída ao substantivo em máxima intensidade. É
dividido em absoluto e relativo.
B) Superlativo Relativo
Quando o superlativo é relativo, temos um adjetivo que atribui característica
relacionando-o a outros seres com a mesma característica. Estes também
admitem duas divisões, sendo de superioridade:
Ou de inferioridade:
C) Comparativo
Indica comparação entre uma característica que dois seres possuem,
estabelecendo uma relação entre eles. Tem três tipos: comparativo de
superioridade, de igualdade ou de inferioridade.
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Este procedimento é melhor (do) que o outro.
Meu desempenho foi pior (do) que o seu.
A falta de segurança é maior (do) que a de saneamento básico.
Exemplos:
VEJA:
Economia MUNDIAL; (não existe ECONOMIA MUITO MUNDIAL)
Vinho CHILENO; (não existe VINHO MUITO CHILENO ou CHILENÍSSIMO)
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2. Os adjetivos compostos cujo segundo elemento é um substantivo, não
variam em gênero:
terno verde-garrafa - blusa amarelo-limão.
3. Flexão dos dois elementos:
menino surdo-mudo - menina surda-muda.
* Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um
substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. É o
exemplo da palavra ROSA, que originalmente é um substantivo, mas pode
ser adjetivada em alguns casos como os seguintes:
Camisas rosa-claro
Blusas rosa-choque
1.4 – O ADVÉRBIO (CLASSE INVARIÁVEL)
A) Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do VERBO, do
ADJETIVO e do próprio ADVÉRBIO.
A) GRAU COMPARATIVO
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do
adjetivo:
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Renato fala menos alto do que João. (menos alto que)
de superioridade:
B) GRAU SUPERLATIVO
O superlativo pode ser analítico ou sintético:
VEJA:
Renato fala altíssimo.
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois,
ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já,
enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de
manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento,
de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às
pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito,desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor,
em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente,
propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
bondosamente, generosamente.
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Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo,
decididamente, deveras, indubitavelmente.
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco,
de jeito nenhum.
DICA#CASCA!
A) Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais
ou o menos.
VEJA:
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível.
B) Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos
apenas o último:
VEJA:
O aluno respondeu calma e respeitosamente.
Há palavras como muito, bastante, suficiente etc. que podem aparecer como
advérbio e como pronome indefinido.
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2 – VERBOS
INDICATIVO = CERTEZA;
SUBJUNTIVO = INCERTEZA, HIPÓTESE, DESEJO;
IMPERATIVO = ORDEM, PEDIDO, DESEJO.
DECORE!
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A) Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.
É conveniente que estudes para o exame.
“Navegar é preciso.”
“Viver não é preciso.”
“Convém chegares mais cedo.”
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“É preciso saber viver”
De amar, também se morre.
Ele disse que tinha (havia) pegado o dinheiro pela manhã. (= pegara)
B) FUTURO DO PRESENTE
Expressa um fato ainda não realizado no momento presente, mas já
PASSADO em relação a OUTRO FATO FUTURO. Isso acontece por influência
nominal particípio.
Quando estivermos lá, o dia já terá amanhecido. (tempo composto / fato ocorrido)
Quando estivermos lá, o dia amanhecerá. (forma simples / fato futuro).
Anunciou-se que no dia anterior o jogador já teria assinado contrato com outro
clube.
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É natural substituirmos este tempo composto pela locução verbal VIR +
GERÚNDIO.
Vende-se casa.
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passiva.
DICA#CASCA!
A voz reflexiva também pode ser recíproca. Isso acontece quando o verbo
reflexivo indica reciprocidade, ou seja, quando dois ou mais sujeitos praticam
a ação, ao mesmo tempo que também são pacientes.
DICAS #CASCAS!
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DECORE, PELO AMOR DE DEUS!
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LIÇÃO 2
#SINTAXE I
TERMOS INTEGRANTES:
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2.1 - A TRANSITIVIDADE E A COMPLEMENTAÇÃO VERBAL
(objeto
DICA#CASCA!
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C: com, contra;
T: trás.
ASDEPCT!
Carmem morreu.
Jordana chegou.
V.L(verbo de ligação)
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DICAS#CASCAS!
A) A BANCA COBRA O COMPLEMENTO VERBAL: OBJETO DIRETO E OBJETO
INDIRETO! (FIQUE DE OLHO!);
B) VERBO DE LIGAÇÃO NÃO TEM COMPLEMENTO! A vida é bela (bela é
PREDICATIVO DO SUJEITO);
C) CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
A classificação dos verbos em intransitivo, transitivo e verbo de ligação é feita
mediante o seu CONTEXTO.
Isso porque o mesmo verbo pode ser classificado de formas distintas, conforme
verificamos nos exemplos a seguir:
Ela vive cansada. (verbo de ligação, pois expressa um estado, que é o fato de
se sentir constantemente cansada);
ADJUNTO COMPLEMENTO
ADNOMINAL NOMINAL
Subst. Abstrato ou Concreto Substantivo abstrato;
Adjetivo;
Advérbio.
Sentido de Posse Sem sentido de posse
O uso da preposição NÃO é O uso da preposição É OBRIGATÓRIO
obrigatório
Sentido Ativo Sentido Passivo (qualquer
preposição)
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(preposição DE)
Agora, veja:
A) CASO RETO
EU –TU – ELE – NÓS – VÓS – ELES
FUNÇÃO NA ORAÇÃO: SUJEITO
B) OBLÍQUO ÁTONO
ME – TE – LHE – SE – O/OS – A/AS – NOS – VOS – LHES
FUNÇÃO NA ORAÇÃO: COMPLEMENTO VERBAL (objeto direto ou indireto).
Desejo-te boa sorte...
Faça-me o favor...
DICAS#CASCAS!
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C.1) COMPLEMENTO VERBAL: objeto indireto
Disse-lhe a verdade!
1 – O CARRO É BONITO;
2 – EU COMPREI O CARRO. (objeto direto da oração subordinada adjetiva)
QUE = CARRO / CARRO TEM FUNÇÃO DE OBJETO DIRETO / QUE = OBJETO DIRETO
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Marcelo era o homem a quem ela amava.
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo
universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no
singular ou no plural.
Não conheço o rapaz que saiu. Gostei
muito do vestido que comprei.
Eis os ingredientes de que necessitamos.
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os,
as.
Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo)
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome
relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual
(e flexões).
Aquele é o livro com que trabalho.
Aquela é a senhora para a qual trabalho.
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a do
qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.
Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio.
9. O pronome relativo QUANTO, QUANTOS e QUANTAS são pronomes relativos
quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
Comprou tudo quanto viu.
10. O relativo ONDE deve ser usado para indicar lugar e tem sentido
aproximado de em que, no qual.
Este é o país onde habito.
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser
usado sem antecedente.
Sempre morei no país onde nasci.
b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a
para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.
Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança.
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LIÇÃO 3
#SINTAXE II
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3.1- O ESTUDO DO SUJEITO
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Havia formigas na casa.
Nevou muito este ano em Nova Iorque.
Veja:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Veja:
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
D.2) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia
de tempo ou fenômenos meteorológicos:
D.2.1) Ser:
Ex:
Um grupo de alunos EXIGIU/EXIGIRAM a presença da professora.
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metade etc.) NÃO FOREM ESPECIFICADAS.
Ex:
A maioria faltou.
Boa parte abandonou o projeto.
Um bando destruiu a sala.
Ex:
FALTARAM ao time CORAGEM E DETERMINAÇÃO.
FALTOU ao time CORAGEAM E DETERMINAÇÃO.
ACABARAM O LEITE E OS OVOS.
ACABOU O LEITE E OS OVOS.
Ex:
ABRAÇARAM-SE A MÃE E A FILHA.
OFENDERAM-SE muito O TÉCNICO E O JOGADOR.
Ex:
DESCASO e DESPREZO sempre MARCOU seu comportamento.
O verbo no SINGULAR ENFATIZA a UNIDADE DE SENTIDO DOS NÚCLEOS.
Ex:
Tudo ERA/ERAM delícias naquela mesa.
Isso É/SÃO coisas que dizem por aí.
Quem É/SÃO os integrantes da comissão?
Ex:
Três quilos de carne É MUITO POUCO para um churrasco.
Cinco dias É POUCO tempo para conhecer Roma.
Cem reais É POUCO para comprar tudo o que é preciso.
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Ex:
É uma hora da tarde.
São quatro horas.
É meio-dia e vinte.
Hoje é/são vinte e dois de dezembro.
Ex:
É para essas pessoas QUE o novo governo deve trabalhar.
É nessas horas QUE se vê quem de fato é amigo.
Os elefantes fazem tudo, mas os macacos É QUE levam a fama.
Ex:
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.
Exs:
Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
Alagoas impressiona pela beleza das praias.
As Minas Gerais são inesquecíveis.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.
CUIDADO!
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo
ficará no singular.
Ex:
Qual de nós é capaz?
Algum de vós fez isso.
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L) PORCENTAGEM (Quando o sujeito é formado por uma expressão que
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o
substantivo).
Exs:
25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
Exs:
Fui eu que paguei a conta.
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem.
O) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural.
Ex:
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas.
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.
Já foi um dos candidatos que venceu a última eleição presidencial (somento José
venceu).
Ex:
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.
Q) VERBO PARECER
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias:
Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo.
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Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.
CUIDADO!
Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular.
EX:
As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.)
Ex:
Os sindicalistas foram a Brasília para CONVERSAR / CONVERSAREM com o
presidente.
CUIDADO!
Ex:
O presidente fez o possível para os executivos estrangeiros ACEITAREM a proposta.
Ex:
Os jornalistas foram proibidos DE ENTRAR.
Eles não têm chance DE VENCER.
Foram incumbidos DE ABRIR a exposição.
Todos estão obrigados A COMPARECER.
Ex:
Depois de brigas e brigas marido e mulher faziam o possível para SE SUPORTAREM.
Exs:
Faça os meninos DORMIR / DORMIREM cedo.
Mande os cozinheiros PREPARAR / PREPARAREM a comida.
CUIDADO!
Se o SUBSTANTIVO for substituído por um PRONOME OBLÍQUO, O
INFINITIVO NÃO SERÁ FLEXIONADO
Ex:
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Deixe-os ficar.
Faça-os dormir cedo.
Não os ouvi cantar.
Menos é invariável:
Ela comprou menos roupas dessa vez. Também quis parcelar em menos vezes.
Bastante, meio: quando modificam o substantivo, são variáveis; quando são
advérbios, invariáveis.
Havia bastantes pessoas dentro daquele ônibus. (modifica o substantivo
“pessoas” - variável)
Choveu bastante ontem de manhã. (função de advérbio - invariável)
Hoje eu estou meio desanimado. (função de advérbio - invariável)
Ela comeu meia melancia! (modifica o substantivo “melancia” - variável)
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Haja(m) vista – o termo serve para exemplificação. Caso o exemplificado
esteja no singular, verbo SOMENTE poderá ficar no SINGULAR; caso o
elemento exemplificado esteja no PLURAL, o verbo PODERÁ VIR no
SINGULAR ou como no PLURAL.
Ela mesma (PRÓPRIA) fez o almoço. Mesmo (ATÉ MESMO) ela fez o almoço.
POSSÍVEL
Com as estruturas com O MAIS – O MENOS – O MELHOR – O PIOR –
QUANTO, o adjetivo POSSÍVEL estará no SINGULAR;
Fiz todos os esforços QUANTO POSSÍVEL. / São alunos O MAIS estudiosos POSSÍVEL.
DECORE!
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b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um
artigo ou qualquer outro determinativo.
6 – É PROIBIDO / É NECESSÁRIO
Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis
se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier
precedido de artigo).
CUIDADO!
Esse é um caso que engana muita gente – então, atenção: milhões é sempre
masculino. Independentemente de o complemento ser feminino (“milhões de
crianças”, “milhões de pessoas”), o numeral sempre fica no masculino: “dois
milhões de mulheres”, “trezentos milhões de pessoas”. Assim, deve sempre dizer-
se: dois milhões de crianças (e nunca *duas milhões);
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LIÇÃO 4
#SINTAXE III
REGÊNCIA;
CRASE;
COLOCAÇÃO PRONOMINAL.
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4.1 - VERBOS INTRANSITIVOS
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no
entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que
costumam acompanhá-los.
CHEGAR - IR
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua
culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para.
Exemplos:
Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar
CUIDADO!
COMPARECER
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a.
Consistir
Tem complemento introduzido pela preposição "em".
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Obedecer e Desobedecer
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a".
Responder
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto
indireto para indicar "a quem" ou"ao que" se responde.
Simpatizar e Antipatizar
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com".
Abdicar
Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo.
Acreditar
Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força.
Almejar
Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações.
Ansiar
Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas.
Anteceder
Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma
série de fatos estranhos.
Atender
Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos.
Atentar
Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma
de digitar.
Cogitar
Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia.
Consentir
Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados
consentiram na adoção de novas medidas econômicas.
Deparar
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Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem
em nossa trilha.
Gozar
Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde.
Necessitar
Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de
algumas horas para preparar a apresentação.
Preceder
Intensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas manifestações
precederam à mudança de regime.
Presidir
Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro.
Renunciar
Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta.
Satisfazer
Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe.
Versar
Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos
modernistas.
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado.
Observe:
CUIDADO!
Com os verbos AGRADECER – PERDOAR - PAGAR a pessoa deve sempre
aparecer como OBJETO INDIRETO, mesmo que na frase não haja objeto direto.
Veja os exemplos:
A empresa não paga aos funcionários desde setembro.
Já perdoei aos que me acusaram.
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim.
Informar
52
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a
pessoas, ou vice-versa.
Comparar
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou
"com" para introduzir o complemento indireto.
Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração
subordinada substantiva) e indireto de pessoa.
Pedi-lhe favores.
Objeto Indireto objeto Direto
Pedi-lhe que mantivesse em silêncio.
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela
preposição "a". Por Exemplo: Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus
ideais. Prefiro trem a ônibus.
DICA#CASCA! na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos
intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes,
mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
AGRADAR
Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar.
53
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade
de agradá-lo.
ASPIRAR
Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar.
ASSISTIR
Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a,
auxiliar.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
Essa lei assiste ao inquilino.
CHAMAR
Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a
presença de.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. Chamei você várias
vezes. / Chamei-o várias vezes.
54
Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e
indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não. (QUESTÃO DE
PROVA!)
CONSTAR
No sentido de ser composto ou constituído é VTI e rege a preposição de
(objeto indireto).
CUSTAR
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo
acompanhado de adjunto adverbial.
IMPLICAR
Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
55
Como transitivo direto e indireto, significa comprometer
PROCEDER
Proceder é VI no sentido de ter fundamento ou agir. Nessa segunda acepção,
vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo.
QUERER
Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar.
VISAR
Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de
pôr visto, rubricar.
No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo
indireto e rege a preposição "a".
DICA#CASCA!
Se o verbo Visar estiver seguido de INFINITIVO, a preposição pode ficar
subentendida. Veja:
56
ATENDER
É V.T.D no sentido de deferir um pedido, conceder.
O chefe atenderá sua solicitação. / O chefe a atenderá.
LEMBRAR
Se não estiver acompanhado de pronome oblíquo átono é VTD, tem o sentido
de não esquecer e pede complemento sem preposição (objeto direto):
DICA#CASCA!
– Os verbos ESQUECER, ADMIRAR E RECORDAR apresentam a mesma regência
de LEMBRAR;
– Há ainda uma construção em que a coisa lembrada, admirada, esquecida ou
recordada passa a funcionar como SUJEITO, ficando o verbo na 3ª pessoa do
singular, sofrendo alteração de sentido:
PRECISAR
É VTD com o sentido de marcar, indicar com precisão.
4.6 – CRASE
É a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da
preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s),
aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente,
a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no
sentido contrário ao acento agudo: à.
B) Cidades – Países
57
Fui à Bahia
Cheguei às 10 horas
CUIDADO!
À 0h do dia 1.º de janeiro, começará a queima de fogos.
AO MEIO DIA do dia 1º de janeiro, começará a queima de fogos.
CUIDADO II!
Em cinco casos, porém, não há crase nesse "a" que acompanha horas: quando
antes dele há as preposições "após", "desde", "entre" e "para".
Veja:
Os portões serão fechados após as 7h30.
O consumo de álcool está liberado desde a 0h de segunda-feira.
Há uma lei que proíbe a prática esportiva na praia entre as 8h e as 16h.
A sessão estava marcada para as 20h.
Observe:
I - A aula é de 8h às 10h. (errado!)
II - A aula é das 8h às 10h. (correto!)
DICAS#CASCAS!
58
masculina empregada vier um “AO”, antes de “vezes” ocorrerá crase.
Em vez de “vezes”, escreverei “domingos” (ou outra palavra masculina qualquer:
“Iracema AOS domingos vai à praia, mas nem todos OS domingos banha-se no MAR.”
Prefiro ir a pé.
A prova não pode ser feita a lápis.
À força de
À beira de
À guisa de
À custa de
À força de
À ilustração de
À flor de
CUIDADO! A locução ÀS CUSTAS DE é usada APENAS com valor processual,
jurídico. Veja:
G - Locuções conjuntivas
À medida que
À proporção que
59
4.6.2 - A CRASE É ILEGAL
A - Antes de masculino.
Andei a pé.
B) Antes de verbo.
Cara a cara.
Face a face.
60
CUIDADO! Se as nações forem determinadas...crase!
DICA CASCA!
Nos casos em que o nome próprio vier especificado, determinado, haverá o
uso da crase:
Àquela = a essa;
Àquele = a esse;
Àquilo = a isso.
61
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase!
(…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente à que ela vive hoje.
a aquela que ela vive
hoje. (troca por A AQUELA QUE)
(…) é a realocação da comunidade para um terreno equivalente ao que ela vive hoje.
(troca por correspondente masculino)
4.7.1 - Próclise
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
B) Advérbios
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio.
C) Pronomes relativos
D) Pronomes indefinidos
E) Pronomes demonstrativos
62
F) Preposição seguida de gerúndio
4.7.2 – Ênclise
4.7.3 – Mesóclise
A.1) Se não houver palavra ATRATIVA, o pronome oblíquo virá depois do verbo
auxiliar ou depois do verbo principal.
Alega que a vítima que fulano de tal, o agresso, seu ex-amásio, a tem perseguido...
64
tem-na perseguido...
LIÇÃO 5
#SEMÂNTICA
Coordenação e Subordinação;
Substituição e repetição de conectores e de outros
elementos de sequenciação;
Relação de Sinonímia e antonímia;
Significação de palavras e expressões;
Reescrita de sentença;
65
1 - AS ORAÇÕES COORDENADAS
ADITIVAS
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos,
acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções
coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações
coordenadas sindéticas aditivas.
Veja:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito
bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de
reestruturação social do país.
DICA#CASCA!
como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na
língua culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas.
ADVERSATIVAS
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração
coordenada anterior, estabelecendocontraste ou compensação. "Mas" é a
conjunção adversativa típica. Além dela, empregam- se: porém, contudo,
todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante.
Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Renata gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
DICASCASCAS!
66
cobra a conta!"
ALTERNATIVAS
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a
conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já...
já, quer... quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas
sindéticas alternativas.
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas
orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É
como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".
CONCLUSIVAS
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções
típicas são: logo, portantoe pois
(posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de
modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas
conclusivas.
EXPLICATIVAS
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na
declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois
(obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas
sindéticas explicativas.
67
ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO
NATUREZA
SUBSTANTIVA ADVERBIAL
ADJETIVA
68
2 – AS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (FUNÇÕES SINTÁTICAS!)
Exercem as funções sintáticas dos substantivos no período composto.
A) SUBJETIVA
É subjetiva quando exerce a função sintática de SUJEITO do verbo da oração
principal. Observe:
Ex: É necessário que você vá à reunião.
B) OBJETIVA DIRETA
É objetiva direta quando exerce a função sintática de OBJETO DIRETO do verbo da
oração principal.
Ex: Eu juro que direi a verdade.
C) OBJETIVA INDIRETA
É objetiva indireta quando exerce a função sintática de OBJETO INDIRETO do verbo
da oração principal.
Ex: Eu preciso de que fale a verdade.
D) COMPLETIVA NOMINAL
É complemento nominal quando exerce a função sintática de COMPLEMENTO
NOMINAL da oração principal.
Ex: Roberto tem medo de que todos saiam da festa!
E) APOSITIVA
É apositiva quando exerce a função sintática de APOSTO da oração principal.
Ex: Nosso desejo era o mesmo: que ele fosse aprovado!
F) PREDICATIVA DO SUJEITO
É predicativa quando exerce a função de PREDICATIVO DO SUJEITO da oração
principal.
Ex: Nosso desejo era que ele desistisse.
DICAS#CASCAS!
69
3 - ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava
naquele momento. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)
Exemplo 2:
Saiba que:
Exemplo 1:
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou
escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora
em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado,
ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração
subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 2:
70
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou
escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o
irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento
identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
CUIDADO!
1) CAUSA
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um
determinado fato, ao motivo do que se declara na oração principal. É
aquilo ou aquele que determina um acontecimento.
71
Fica, Juliana, porque eu quero.
2) CONSEQUÊNCIA
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que é
consequência, que é efeito do que se declara na oração principal.
Principais conjunções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e
pelas estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que.
Ex: Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo.
3) CONDIÇÃO
Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de
um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que
deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso
na oração principal.
Principais conjunções: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
que, a menos que, sem que etc.
DICA#CASCA!
Desde que ele começou a estudar, tudo mudo por aqui. (ideia de tempo).
CUIDADO!
4) CONCESSÃO
As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às
ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao
contraste, à quebra de expectativa.
“...ele prefere ser lançado contra as pedras, ainda que se arrebente todo.”
72
OBS: Não é raro o emprego de AINDA QUE introduzindo FATO:
“Ainda que boa parte da carreira tenha sido dedicada ao judô, Hermanny conta que
um dos fatos mais marcantes de sua carreira foi a participação na equipe...”
5) COMPARAÇÃO
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma
comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal.
Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que
formam o grau comparativo dos adjetivos e dos advérbios:
como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto, como
se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que
(combinado com menos ou mais).. Veja os exemplos:
6) CONFORMATIVAS
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de
conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo adotado para
a execução do que se declara na oração principal.
Principais conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas
com o mesmo valor de conforme).
7) FINALIDADE
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção,
a finalidade daquilo que se declara na oração principal.
Principais Conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução
conjuntiva para que.
8) PROPORÇÃO
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia
de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na oração
principal.
73
que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... (maior),
quanto maior... (menor), quanto menor... (maior), quanto menor...
(menor), quanto mais...(mais), quanto mais... (menos), quanto
menos... (mais), quanto menos... (menos).
9) TEMPO
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam
uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal,
podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou
posterioridade.
74
PREPOSIÇÃO A
CONDIÇÃO: A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado;
FIM: João estudou A passar no concurso.
LUGAR: Estávamos Ao portão do curso.
TEMPO: Ao encontrar a solução, fiquei aliviado.
MODO: Falar Aos berros.
A PREPOSIÇÃO ENTRE
LUGAR – A moto estava entre os dois carros no trânsito.
TEMPO – Entre 1979 e 1985, foram vendidas três mil peças.
QUANTIDADE – O preço vai girar entre oito a dez dólares.
COMPANHIA – Vivia entre os mais pobres.
7 - AS EXPRESSÕES DENOTATIVAS
São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser invariável, por exemplo),
assemelhem-se a advérbios, não possuem, segundo a Nomenclatura
Gramatical Brasileira, classificação especial. Do ponto de vista sintático, são
expletivas, isto é, não assumem nenhuma função; do ponto de vista
morfológico, são invariáveis (muitas delas vindas de outras classes
gramaticais); do ponto de vista semântico, são inegavelmente importantes no
contexto em que se encontram (daí seu nome). Classificam-se em função da
ideia que expressam:
Afastamento: embora
Foi embora daqui.
Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de, etc.
Ela quase revelou o segredo.
75
Designação: eis
Eis nosso carro novo.
76
APÊNDICE
PONTUAÇÃO
ACENTUAÇÃO
77
1 - PONTUAÇÃO
1.1 - VÍRGULA
ENTENDA A LÓGICA!
A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada por pares
indissociáveis:
O professor = sujeito
devolveu = verbo
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"
O professor = sujeito
durante a aula = adjunto adverbial de tempo
devolveu = verbo
em silêncio = adjunto adverbial
as provas corrigidas = complemento do verbo "devolveu"
E) Isolar termos explicativos tais como isto é, a saber, por exemplo, digo, a
meu ver, ou melhor, as quais servem para retificar, continuar ou concluir o
78
que se está dizendo:
ESTRTURA DA ORAÇÃO
COMPLEMENTO
SUJEITO VERBO
DO VERBO
79
A vírgula pode ser usada antes da conjunção e quando houver sujeitos
distintos, repetição enfática do e ou quando a conjunção e transmite um
valor diferente de uma adição:
Ele estudou todos os dias, e mesmo assim reprovou no teste. (valor diferente de
adição)
1.1.2 – DOIS-PONTOS
1.1.3 – ASPAS
80
é o uso muito frequente de palavras estrangeiras que, por vezes, são acrescidas ao
dicionário dependendo do uso, por exemplo, show, chat, web, dentre outros.
Geralmente quando usamos palavras estrangeiras no texto devemos colocar as aspas
ou quando digitamos no computador, o itálico. Exemplo: Esperamos o “feedback” da
professora.
D) Neologismo: quando uma palavra é criada dentro de um texto, por exemplo, um
conceito novo, ela aparece entre aspas, com o intuito de demostrar que aquele termo
foi criado, sendo, portanto, um vocábulo que ainda é inexistente nos dicionários.
Exemplo: Essa noite vamos “caetanear” muito no show de Caetano Veloso.
E) Gírias: quando na produção textual são empregadas as expressões populares,
denominadas de gírias, utiliza-se as aspas, por exemplo: A Cibele disse que “não
rolou” as vendas de bilhetes. A expressão destacada significa na linguagem
denotativa que não aconteceu.
F) Citar Obras: Quando queremos citar no texto o nome de uma obra, artigo,
dissertações, teses, capítulos de livro, filmes, dentre outros, devemos utilizar as
aspas (e ainda, o itálico), por exemplo: A “Gioconda” é a obra mais famosa de
Leonardo Da Vinci; O autor relata em seu artigo intitulado “Memórias de um
Soldado”, sua vida durante a guerra.
DICA#CASCA!
O ponto final antes do fechamento das aspas, quando a frase está completa:
“Sabemos que procuramos na vida a felicidade.”
O ponto final depois do fechamento das aspas quando o discurso não está
completo: “Sabemos que procuramos na vida a felicidade (...)”.
Além disso, as vírgulas não são colocadas dentro das aspas, por exemplo: “O
discurso do Presidente”, Lula da Silva, enfatizou o tema do desenvolvimento
sustentável.
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o
ponto. Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente,
mas capaz de assinalar que o período não terminou. Emprega-se nos
seguintes casos:
O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove,
contra.
81
E) Para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção
aparecer no meio da oração.
2 - ACENTUAÇÃO
2.1 OXÍTONAS
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
A(s) – maracujá, Paraná;
E(s) – café, dendê.
O(s) – filó, rococó;
EM / ENS: Belém, parabéns.
CUIDADO!
2.2 - PAROXÍTONAS
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:
Ã(s), ão(s): órfã, órfão.
I(s), us: táxi, bônus.
Um, uns: álbum, médiuns.
R: açúcar.
X: clímax.
N:pólen.
L: fácil.
Ps: bíceps.
Ditongos orais (junção de duas vogais orais): mágoa, família, dicionário.
2.4.2 - Não recebem mais acento agudo as paroxítonas com ditongos abertos
82
ÉI e ÓI, desde o acordo ortográfico de 1990.
DICAS#CASCAS!
Exemplos do Acordo Ortográfico: adaís (plural de adail), aí, atraí (de atrair), baú,
caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de
atrair), atraísse (de atrair), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha,
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína,
saída, sanduíche.
Exemplos do Acordo Ortográfico: adaís (plural de adail), aí, atraí (de atrair), baú,
caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de
atrair), atraísse (de atrair), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha,
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína,
saída, sanduíche.
83
sa-ú-va;
cu-í-ca;
ru-í-do;
(eu)ca-í;
sa-ú-de;
e-go-ís-ta;
ca-su-ís-mo.
Observação 1:
1.ca-o-lho, hi-gi-e-ne, le-vi-a-no: o segundo elemento não é nem “i” nem “u”;
2.pro-i-bi-ção, des-tru-i-ção, re-u-ni-ão: a tônica da palavra não recai no
segundo elemento do hiato;
3. sa-ir-mos, ru-im, o-ri-um-do, con-tri-bu-in-te, in-clu-ir, ju-iz, ca-iu, pa-ul: o hiato
não está sozinho na sílaba;
4. ra-i-nha, cam-pa-i-nha, ta-i-nha, mo-i-nho: o segundo elemento do hiato é
seguido de “nh”.
Observação 2:
Observação 3:
O acento no hiato tem por objetivo assinalar que o “i” ou “u” não forma
ditongo com a vogal anterior.Como, porém, não existe ditongo “ii”,
escrevem-se sem acento palavras como xiita, xiismo, mandriice.
Observação 4:
84
OFICINA DE LEITURA
INTERTPRETAÇÃO TEXTUAL;
COMPREENSÃO TEXTUAL;
GÊNEROS TEXTUAIS;
TIPOLOGIA TEXTUAL;
REFERÊNCIA TEXUTAL.
85
1 - INTERPRETAR x COMPREENDER
A) Narração
Um tipo textual muito conhecido é a narração que geralmente é apresentada em
formato de livros e histórias que contam o que, onde, como, quando e quem. A
narração deve ser uma história que envolve personagens e acontecimentos, além do
clímax. O espaço, o tempo e o enredo fazem parte da estrutura.
B) Descrição
Já a descrição pode ser um complemento de qualquer tipo de texto (e de gênero),
afinal, ela serve para situar o leitor, fazendo-o imaginar a cena que está sendo
retratada. Geralmente, ela acompanha muito a narração, para descrever o lugar, os
personagens. Na descrição, há recursos extras que podem melhorar a qualidade do
texto:
Enumeração: é quando você descrever a ação em ordem, como se fosse retratar
uma ação em movimento, por exemplo, para que o leitor compreenda o processo.
Comparação: na descrição é possível fazer comparações para permitir que o leitor
faça associações e compreenda o que queremos dizer. É um recurso muito valioso,
visto que podemos comparar situações e facilitar a interpretação de texto.
Os cinco sentidos: é muito comum usar esse recurso no momento de descrever
alguma ação, personagem. Podemos utilizar o olfato, tato, paladar, visão e audição
para que o leitor visualize e sinta as palavras, imaginando perfeitamente. Você pode
descrever um prato de comida, por exemplo, caracterizando-o pelo cheiro e pelo
paladar.
Quem descreve pode ser tanto objetivo quanto subjetivo, ou seja, pode decidir se
suas opiniões ficarão de fora ou não. Assim, o texto pode se tornar imparcial ou
íntimo, dependendo do objetivo. E em um texto descritivo há muita utilização de três
classes gramaticais, os adjetivos, substantivos e locuções adjetivas, além de verbos
no passado e no presente.
A descrição é apresentada em 3 estruturas: introdução (o que será descrito),
desenvolvimento (caracterização) e conclusão (finalização).
C) Dissertação
A dissertação é um tipo de texto muito conhecido, principalmente em vestibulares. O
objetivo da dissertação é debater e expor um tema com argumentos fortes,
apresentando a sua opinião de forma clara. É permitido que você exponha seu ponto
de vista. Na dissertação você deve conhecer o assunto, de modo que o texto fique
claro e que aparenta autoridade sobre o tema.
86
A estrutura da dissertação é dividida em três: introdução, desenvolvimento e
conclusão. Na introdução, deve-se apresentar o tema; no desenvolvimento, deve-se
apresentar argumentos que vão de encontro ao seu ponto de vista sobre o assunto,
guiando o leitor; e na conclusão, deve ser retomado o tema para finaliza-lo ou
concluir sobre o assunto.
D) Exposição
O texto expositivo é aquele totalmente imparcial e neutro, que serve apenas para
informar e não trazer a opinião do autor. É apenas uma exposição sobre o assunto
que será retratado. Um exemplo claro são as notícias vinculadas no jornal. Não deve
ter interferência nenhuma da opinião do autor e o objetivo é explicar.
E) Injunção
Já a tipologia textual da injunção diz respeito a instruções. Isso quer dizer que são
textos que nos guiam e nos instruem para completar uma tarefa, seja por meio de
um manual ou uma receita, por exemplo. Há duas formas: o instrucional, que é
apenas uma sugestão de como você pode fazer tal coisa; e a prescrição, que enaltece
uma norma, uma regra, como no caso da bula de remédios ou uma receita.
87
Há outros gêneros essencialmente jornalísticos como a Reportagem e a Entrevista.
Os nomes próprios mais utilizados na língua portuguesa são estes: João, Maria e
José.
(Neste caso o pronome “estes” faz referência aos termos imediatamente
seguintes “João, Maria e José”.)
Podemos dizer que a catáfora é um tipo de anáfora, pois estabelece os mesmos tipos
de relação coesiva entres os termos, porém o termo anafórico se encontra antes do
termo referente, acontecendo exatamente o contrário nas demais tipos de anáforas.
4 – FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Palavra-chave: REFERENTE
88
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade.
Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias.
É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso
científico e de qualquer exposição de conceitos.
Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a
mensagem se refere.
Exemplo:
Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana
e um morango.
(Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial).
Palavra-chave: emissor
Exemplos:
a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!
Palavra-chave: receptor
Exemplos:
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
c) Não perca esta promoção!
4) Função poética
Palavra-chave: mensagem
89
Exemplos:
c) Se eu não vejo
a mulher que eu mais desejo
nada que eu veja
vale o que eu não vejo
(Daniel Borges)
5) Função fática
Palavra-chave: canal
Exemplo:
6) Função metalinguística
Palavra-chave: código
Exemplo:
Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)
5 – FIGURAS DE LINGUAGEM
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5.1 – FIGURAS DE SOM
“Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias” (Padre António Vieira)
Figuras de construção
“Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores” (Osório
Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)
e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o
que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:
• silepse de gênero
Vossa Excelência está preocupado.
• silepse de número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• silepse de pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha
verde e mole que se derrete na boca.”
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g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a
mensagem.
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal”
(Fernando Pessoa)
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um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso
contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido
figurado.
O pé da mesa estava quebrado.
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