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Universidade Federal do Maranhão

Licenciatura em Ciência Humanas

James de Macedo Carvalho

Texto sobre o 1° dia de seminário. Tema apresentado: Educação


antirracista e Movimentos Sociais do Campo;

Falando sobre sua vivência na educação, a professora Vânia iniciou o projeto


abordando o tema Movimentos Sociais, onde enfatizou e problematizou a Educação do
Campo como um subtema.

O direito de termos uma educação do campo com recursos ideais e iguais para
um bom aprendizado, resultam de um processo social real e coletivo, onde a ação
coletiva dos movimentos sociais reafirma a nossa capacidade transformadora de
estarmos em movimento, tal movimento permanente, onde as lutas do campo
impulsionam os avanços da humanidade.

No seu tempo de fala, compreende-se que, a educação do campo traz processos


sociais (a reforma agrária, a melhoria das condições de trabalho, o combate ao processo
de substituição do homem pela máquina no meio agropecuário etc.) de formação das
pessoas como sujeitos do seu próprio destino e que a mesma é direito de todos e dever
do Estado.

Por fim, resume que, a educação do campo assume as seguintes questões:

1- A luta pelo acesso dos trabalhadores à educação, como uma expressão


legítima da “pedagogia do oprimido”.

2- A pressão coletiva por políticas públicas de qualidade para o campo, onde


assumimos o compromisso de lutar pelas políticas públicas para chegarem
até o campo de forma correta.

3- Combinar a luta pela educação com a luta pela terra, pela reforma agrária,
pelos direitos ao trabalho, a cultura, a soberania alimentar e ao território,
como um direito essencial.

4- Defender as especificidades das lutas e práticas que ela gera. Reconhecer que
o campo tem particularidades e especialidades.

5- Trabalhar com as riquezas sociais humanas da biodiversidade, diversidade,


formas de trabalho, raízes culturais, das produções, das formas de luta,
resistências, organização, compreensão política e o modo de vida dos
sujeitos.
6- Revigorar uma concepção de educação emancipatória.

7- A pedagogia desde a realidade dos sujeitos do campo.

8- A educação do campo como prática dos movimentos sociais; pensando na


particularidade e na totalidade.

Iniciando com um trecho do livro “Deseducação do negro” de Emicida, o


professor Fausto enfatiza o relato do cantor sobre o quanto a escola é ofensiva, racista,
limitadora e padronizadora.

Partindo disso, nos trouxe seu objeto de estudo, (tema principal do seminário) a
educação antirracista, que parte da nossa realidade.

Falar sobre educação antirracista é tecer uma reflexão a cerca da sociedade


brasileira, pois, o racismo limita os espaços e as experiências de vida em que a classe
negra ocupa, tornando ainda mais necessário falar e compreender a origem do racismo
nas escolas e na sociedade de maneira geral. “Não existe educação antirracista se a
gente não reflete a nossa própria sociedade” -Fausto

Na sociedade brasileira, temos o racismo estrutural, que a luta permanece para


difundir esse conhecimento/compreensão. Na escola, nas instituições, na língua, na
prática, infelizmente há um racismo estrutural.

Com isso, há também a presença do movimento social negro, sendo


extremamente pedagógico e essencial para a educação antirracista.

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