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10. O Prof. Dr.

Ramofly Bicalho Santos, sublinha que: “Considero que a luta por uma educação do
campo deve ir além do que prescreve a Constituição de 1988, a LDB, Lei 9.394/96, o Pronera, as
Diretrizes Operacionais, o Procampo, o Decreto Presidencial no final do governo Lula e o
Pronacampo. Deve se constituir fundamentalmente pelos atores que nela estão envolvidos através
de suas práticas educativas cotidianas, suas experiências e reais necessidades. Faz-se necessário
materializar políticas e ações para a educação do campo que sejam realmente concretizadas e
perspicazes nas inúmeras localidades desse território nacional”. A partir dessas considerações o que
é preciso para materializar e fortalecer a Educação do Campo no âmbito do seu município?

Possibilitar as condições de superação da realidade de injustiças que marcam o campo brasileiro.


Representa o acúmulo de experiências políticas dos movimentos sociais populares, por uma
educação que respeite a diversidade dos sujeitos, individuais e coletivos, do campo, assim como, as
condições materiais e subjetivas de vida, por meio da luta por reforma agrária popular. Por outro
lado, a educação do campo, enquanto política pública, foi duramente atacada nos últimos anos,
reflexo do avanço do discurso ultraconservador que ameaça o conjunto dos povos tradicionais que
lutam, trabalham e produzem conhecimento no campo. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo
principal resgatar os elementos que sustentam as políticas públicas de educação do campo, fazendo
frente ao atual cenário de retrocessos, por meio do fortalecimento dos movimentos sociais,
educadores/as do campo, escolas e projetos político-pedagógicos emancipadores.
No campo educacional, evidenciamos ao longo da história como as políticas públicas foram
negadas aos sujeitos que vivem no campo, reproduzindo preconceitos e estereótipos, tais como:
sujeitos atrasados, sem história, sem cultura e memória. Entretanto, as organizações da sociedade
civil, especialmente os movimentos camponeses, assim como quilombolas e indígenas, incluíram a
educação do campo na pauta dos temas estratégicos para redemocratização do país. Com a
Constituição Federal de 1988, a educação torna-se um direito público com a intenção de atender
todos os indivíduos, independentemente se residem no campo ou na cidade.

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