Você está na página 1de 4

FACULDADE CATOLICA PAULISTA

ALUNO: JOSÉ IANKY COSTA PEREIRA

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

METODOLOGIA CIENTÍFICA – MATEMÁTICA

3° PERIODO 01/03/2023

FICHAMENTO

1. Palavras-chave: Educação, Movimentos Sociais, Educação do/no Campo,


Educadores do Campo.

2. Ideia, problema principal:

Em suma, o artigo busca destacar demandas dos movimentos sociais para que as
políticas educacionais do campo, de fato, se efetivem. O papel dos movimentos
sociais na conquista de uma educação que vai além do meio rural, e que é específica
para população que vive e trabalha no campo.

3. Hipóteses - proposição que pode ser a solução do problema: (identificar e


transcrever as principais hipóteses, Indicando a pagina.)

No artigo podemos identificar, inicialmente, a importância dos movimentos sociais


para as lutas pela educação. As autoras descrevem a trajetória dos movimentos sociais,
apropriando-se de pensamentos de autores como Carvalho (2003), Gohn (1998) e Poli
(1999) que vão contextualizar os movimentos sociais.

“... Vamos discutir o contexto da emergência dos


movimentos sociais e os do campo em específico e sua
luta por educação, travada no interior do processo de
discussão do projeto de sociedade diferente da que aí está
e que, para ser distinta do que é, necessita que seus povos
tenham acesso ao conhecimento historicamente
sistematizado...” (PÁG. 1).

Além disso, Carvalho (2003) faz a seguinte colocação a respeito dos movimentos
sociais e em relação à área rural:
“... Na área rural o processo de institucionalização
e organização camponesa já vinha acontecendo desde os
anos 1940. Para Poli (1999) neste período se deu um
importante processo de mobilização e de resistência
organizada, principalmente no Nordeste e Sul, efetivados
pelas Ligas Camponesas e Sindicatos Rurais,
fundamentados por matrizes ideológicas do Partido
Comunista Brasileiro (PCB) e pelo Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB) até os anos 60.” (PÁG. 3)

É importante ressaltar que movimentos sociais, como o MST (Movimento dos


Trabalhadores Sem Terra) foram precursores na luta pela Educação do/no Campo. A
partir de dados históricos, tínhamos a educação rural, essa que já estava inserida na
sociedade pelas classes dominantes. O artigo foca justamente no novo modelo de
educação conquistado a partir desses movimentos sociais, que foram um meio de luta na
conquista pela educação no campo.

“Os Movimentos Sociais tem construído um novo modelo de educação. Para Chaves
(2011) não se trata de qualquer educação, lutam por uma educação que sirva a seus
interesses de classe trabalhadora. Nesse sentido exigem uma educação que leve em
consideração o trabalho no campo e que possibilite o desenvolvimento do território em
que vive.” (PÁG.4/5)

A educação do campo surge em um cenário que possuía ausência de políticas públicas


capazes de garantir o direito á educação e á escola para todas as classes da população do
campo

“O movimento da Educação” do Campo foi uma articulação política de organizações e


entidades para denuncias e luta por políticas públicas de educação no e do campo e para
a mobilização popular em torno de um projeto de educação no e do campo e para a
mobilização popular em torno de um projeto de desenvolvimento.

4. A educação do campo possui três matrizes prioritárias. Que para Caldart


(2004) são baseadas em referências pedagógicas:

“A primeira delas é a tradição do pensamento


socialista que traz a dimensão pedagógica do trabalho e da
organização coletiva e a formação humana”. A segunda
referência é a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire e a
tradição decorrente das experiências da Educação Popular.
E a terceira referência pedagógica para a Educação do
campo é a Pedagogia do Movimento que dialoga com as
anteriores, mas é produzida desde as experiências
educativas dos próprios movimentos sociais, em especial
os movimentos do campo.

“Além do mais, precisamos de profissionais capacitados para atuar na educação do


campo”. Essa é justamente outra demanda dos movimentos sociais: Formar educadores
do campo.

“O desafio de garantir o ensino de qualidade, passa pela valorização do profissional da


educação.” Carvalho (2003)

5. Principais conclusões do autor (identificar e transcrever as principais


conclusões, indicando a página):

Os movimentos sociais são necessários para se pensar em uma nova educação do e no


campo. Uma escola do e no campo, é uma escola que visualize as mudanças na
sociedade e consiga acompanhar, ao mesmo tempo, possibilitando a formação do aluno
de acordo com suas necessidades.

“O movimento social no campo representa uma


nova consciência de direitos, á terra, ao trabalho, á
igualdade, ao conhecimento, á cultura, á saúde e á
educação. O conjunto de lutas e ações que os homens e
mulheres do campo realizam, os riscos que assumem,
mostra o quanto se reconhece sujeitos de direitos.”
(Pág.7).

Deve-se sempre levar em conta que a educação do e no campo pretende vincular o saber
universal com as experiências da vida dos alunos no meio rural, tendo suas políticas
públicas específicas, essas, que possam atender as demandas educativas, sociais e
geográficas dos alunos.

“... O campo é espaço de vida digna e é legítima a


luta para as políticas públicas específicas e por um projeto
educativo próprio para seus sujeitos...” (CALDART, 2004,
p.1).

Os movimentos sociais do campo lutam por uma educação voltada para as necessidades
humanas e sociais da população do campo, valorizando a cultura, seus saberes
populares, preservação do meio ambiente, entre outros. Eles ampliam o acesso à
educação efetivando por meio de projetos desenvolvidos em parcerias, como também
pela construção de escolas nas áreas de assentamentos de modo a atender as reais
necessidades da população do campo.
6. Considerações pessoais:

Podemos refletir acerca, principalmente, da importância dos movimentos sociais para


instituição de uma educação do e no campo realmente eficaz. Que esteja atendendo as
demandas de seu público alvo: moradores da zona rural, de todas as classes. Mas afinal,
qual o papel dos movimentos sociais na educação do/no campo em dias atuais? A
própria autora do artigo atenta para a importância desses enquanto meio de priorizar a
educação, considerada como necessidade básica para os trabalhadores do campo, com o
intuito de mudar a concepção de que o campo é um lugar atrasado ou um lugar que
serve apenas como produto de mercadoria. Outro ponto importante, diz respeito à
contextualização. Acima explanamos o fato de que a educação nas áreas rurais era
seletiva, atingia as classes dominantes, sendo assim, os movimentos sociais vieram
como uma maneira de construir uma educação do campo, para todos, e não uma
educação somente do meio rural.

Por fim, vimos que os movimentos sociais vieram também, para pensar numa educação
que atenda as necessidades do campo e não uma educação baseada nos modelos das
instituições escolares existentes que são propriamente voltadas para o interesse do
capital. Uma educação criada e pensada juntamente com a população do campo e para a
população do campo.

7. Referência bibliográfica completa:

ROSA, M.; BEZERRA, M. C. S. A Luta dos Movimentos Sociais do Campo e as


Demandas por Educação. Disponível em:
http://betara.ufscar.br:8080/eventos/semgepec/trabalhos/eixo-1/mirian-rosa, acessado
em 04/06/2016.

Bibliografia complementar:

RIBEIRO, P.M.., Org.: SANTOS, E.V. “Educação no Campo: Rompendo cercas,


construindo caminhos..” 2ª edição. FETAEMG, 2011. Disponível em:
http://www.fetaemg.org.br/wp-content/uploads/2011/07/educacao-do-campo-2-
edicao.pdf, acessado em 03/06/2016.

Você também pode gostar