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PROJETO MOTOR A VAPOR

Sumário
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
LISTA DE MATERIAIS ..................................................................................................... 4
PARTE 1 ........................................................................................................................... 5
A CRIAÇÃO DOS COMPONENTES DO MOTOR A VAPOR ........................................... 5
AS PARTES PRINCIPAIS DO MOTOR ............................................................................. 6
DIAGRAMA DO MOTOR A VAPOR ................................................................................ 6
DESCRIÇÃO DAS PEÇAS ................................................................................................ 7
SOLDANDO A VÁLVULA ............................................................................................... 9
CRIANDO O VOLANTE ................................................................................................. 10
MONTANDO O VIRABREQUIM .................................................................................... 11
CONSTRUINDO O REGULADOR DA VÁLVULA ......................................................... 12
MECANISMO VIRABREQUIM COMPLETO ................................................................. 13
PARTE 2 ......................................................................................................................... 13
POSIÇÃO CORRETA DA REGULAGEM DA VÁLVULA .............................................. 13
OBSERVAÇÕES:............................................................................................................. 14
PARTE 3 ......................................................................................................................... 15
FUNCIONAMENTO INICIAL DO MOTOR A VAPOR ................................................... 15
ADMISSÃO ..................................................................................................................... 15
EXAUSTÃO DO MOTOR ................................................................................................ 16
PARTE 4 ......................................................................................................................... 17
CRIANDO UM PROJETO DE MOTOR A VAPOR .......................................................... 17
CRIANDO CILINDRO E PISTÃO.................................................................................... 17
CRIANDO VIRABREQUIM ............................................................................................ 18
CRIAÇÃO DAS VÁLVULAS .......................................................................................... 19
FUNCIONAMENTO DAS VÁLVULAS NO MOTOR...................................................... 20
AS MEDIDAS IDEAIS PARA A VÁLVULA ................................................................... 21
CONCLUSÃO .................................................................................................................. 21
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 22
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INTRODUÇÃO
A história do uso do vapor em mecanismos, remete bem antes da criação das grandes
locomotivas que já transportavam cargas e pessoas no velho oeste. Vem desde da Grécia antiga
onde o vapor já era utilizado para movimentar um brinquedo rudimentar, até se tornar umas das
principais fontes de energia mecânica na Revolução Industrial, onde ele foi bem utilizado para
mover as grandes máquinas a vapor. Essas máquinas foram desenvolvidas por vários
engenheiros brilhantes, como exemplo, James Watt, que aprimorou o motor a vapor para o
modelo que foi utilizado nas grandes locomotivas, e basicamente em todo o maquinário a vapor
dessa época. Hoje o motor a vapor foi substituído em quase todas as aplicações pelo motor
elétrico, mas ainda existem vários mecanismos antigos remanescentes que ainda o utiliza.
O que há de novo no avanço tecnológico do vapor, é o uso dele em reatores nucleares, aquela
estrutura antiga de motor a vapor que era utilizado nas locomotivas não existe mais, os trens de
hoje, são maioria elétricos ou a diesel. A finalidade deste projeto é apenas de cunho científico,
seja entender a lógica do funcionamento de um sistema a vapor, ou até mesmo de tentar recriar
um experimento similar, apenas para mostrar as funcionalidades básicas de um motor a vapor
por meio de um experimento caseiro. As medidas e regras estabelecidas na composição das
peças desse experimento, seguem uma lógica universal de funcionamento de motores a vapor,
portanto essas medidas podem ser utilizadas como parâmetro na criação de alguns componentes
de motores a vapor mais complexos. Por se tratar de um experimento bem simples, ele pode
servir também como projeto prático, em feiras escolares do ensino fundamental ou engenharia
mecânica. Esse projeto de motor a vapor segue uma metodologia simples na composição de
seus componentes, os quais foram construídos a partir de objetos rudimentares, coisas que se
pode encontrar em casa, em loja de material de construção ou loja de ferragens. Este projeto
também tem o intuito de mostrar que qualquer pessoa desprovida de qualquer curso técnico, ou
superior na área tecnológica, mas que tenha espírito científico possa desenvolver da sua melhor
forma seu próprio projeto de máquina a vapor. Por fim agradeço a Deus que é o pai do átomo,
e a inteligência maior do universo, por tudo, e de ter dado a nós seres humanos diminutos, um
cérebro que se assimila com um micro universo interno, e que é constituído de uma capacidade
brutal de interpretar fenômenos do universo externo exteriorizando as suas próprias ideias
internas, que estão em constante evolução como um micro cosmos dentro da mente humana.
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LISTA DE MATERIAIS

1. Uma dobradiça com gonzo 1.1/4, sem borboleta.


2. Um tubo de cobre de 3/8, mínimo de 20 cm, de comprimento.
3. Uma mangueira de radiador 3/8, 1 metro de comprimento.
4. Três braçadeiras, duas para mangueira do radiador, e uma
com 20 mm, de diâmetro para segurar o cilindro.
5. Dois pregos de 5 mm.
6. Um parafuso de 8 mm, e 10 mm, de comprimento, mais 7 porcas
de 8 mm.
7. Três arruelas de 20 mm, de diâmetro, um parafuso de 8 mm, e 10 mm,
de comprimento, mais 9 porcas de 8 mm, e 1 parafuso e porca de 4 mm.
8. Um rolamento de skate ou Spinner com 20 mm, de diâmetro.
9. Duas fôrmas de fazer míni pizza, com 125 mm, de diâmetro cada.
10. Um suporte de prateleira.
11. Um eixo de ventilador mais 2 buchas.
12. Uma base de madeira MDF com 2 cm, de espessura, A10x16,5 cm2 ,
13. Para fazer as dobradiças que conectam a biela com o pistão pode ser
usado terminal de fios, ou aço dobrado em forma de ‘U’.
14. Solda eletrônica, mais pasta para soldar.
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PARTE 1

A CRIAÇÃO DOS COMPONENTES DO MOTOR A VAPOR

Motor montado

A base do motor é de madeira MDF com 2 cm, de espessura, A10x16,5 cm2 , o suporte de
madeira que sustenta o volante de inércia, as suas medidas são: A3,3x7,5 cm2 , e a pequena base
que sustenta o motor tem A3,5x6,0 cm2 , e um rolamento de 20 mm, de diâmetro.

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AS PARTES PRINCIPAIS DO MOTOR

Motor desmontado

DIAGRAMA DO MOTOR A VAPOR

As dimensões das peças nesse desenho são apenas ilustrativas; a visão de cima do motor na
sua posição inicial.

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DESCRIÇÃO DAS PEÇAS

As peças principais são: uma dobradiça com gonzo 1.1/4, sem borboleta, um tubo de cobre de
3/8, uma mangueira de radiador 3/8, e três braçadeiras, duas para mangueira do radiador, e uma
braçadeira com 20 mm, de diâmetro para segurar o cilindro.

A dobradiça fêmea tem 50 mm, de comprimento e 30 mm, diâmetro, ela foi utilizada como
cilindro, e a ponta da dobradiça macho foi serrada e transformada em um pistão de 12 mm, de
comprimento.

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Na dobradiça fêmea foi feito um furo de 3 mm, sua circunferência interna tem 20 mm, diâmetro
e a externa 30 mm, o comprimento do cilindro é 50 mm, mas o espaço utilizável é de 30 mm.

Um eixo qualquer de ventilador foi cortado, e a partir dele foi criado o pistão da válvula, que
contém 18 mm, comprimento, e o tamanho total da peça 35 mm. As duas buchas de ventilador
foram soldadas uma na outra e assim foi criado o cilindro da válvula (luva), a distância dos
furos nas buchas é de 12 mm, e ela foi furada por uma broca de 3 mm.

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SOLDANDO A VÁLVULA

O tubo de cobre de 3/8, foi soldado em outro formando um “L”, e a lateral de um dos tubos foi
cortada ao meio, para que fosse soldado as 2 buchas que serão utilizadas para ser o cilindro da
válvula. As buchas têm um furo de 3 mm cada, e a parte do tubo que está em cima do cilindro
tem um furo de 3 mm, para que possa mandar o vapor para dentro do cilindro. O fato de a
válvula ter sido feita com buchas, garante a mais perfeita vedação que existe, se não fosse feito
assim esse motor não funcionaria bem. Essa válvula feita a partir buchas é a engrenagem mais
importante desse motor a vapor. Como o tubo de cobre de 3/8, que vai ser ligado na mangueira
de vapor, não pôde ser soldado direto na válvula por ser da mesma espessura do pistão, então
foi soldado antes em uma porca de 8 mm, que foi alisada nas arestas, e depois foi soldada na
cabeça da válvula. Obs. a solda só agarrará nos metais (cilindro e buchas), se antes esses forem
bem aquecidos com soprador, e lixados para serem estanhados, caso contrário a solda não vai
fixar neles.

Esse diagrama mostra uma visão interna do cilindro com a válvula soldada, nota-se que a
dobradiça não é totalmente oca por dentro, 3/5, dela é tampada por aço como mostra a figura.
A dobradiça já veio assim de fábrica, mas como só precisa usar um espaço equivalente ao dobro
do comprimento do pistão, então isso não faz muita diferença. Ter espaço menor é até melhor,
porque se diminuir o curso do pistão, isso vai resultar em menos vapor gasto para preencher o
cilindro e realizar um trabalho completo, e também por ter menos atrito, consequentemente vai
aumentar o desempenho do motor a vapor. Obs. o deslocamento do pistão tem que ser curto,
ele só precisa que o volante realize meio giro.

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CRIANDO O VOLANTE

Duas fôrmas de fazer míni pizza com 125 mm, cada, contendo um furo de 8 mm, foram usadas
para criar o volante, elas serão coladas uma de costas com a outra.

Na confecção das próximas peças serão utilizados: um rolamento de skate ou Spinner com 20
mm, de diâmetro, um suporte de prateleira, três arruelas de 20 mm, de diâmetro, um parafuso
de 8 mm, mais 9 porcas de 8 mm, um tubo de cobre de 3/8, e um parafuso de 4 mm, mais sua
porca, que será soldado na arruela.

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MONTANDO O VIRABREQUIM

Na montagem do virabrequim foi utilizado um parafuso de 8 mm, mais 2 porcas de 8 mm, e


duas chapinhas de ferro de 25 mm, de comprimento feitas a partir de uma prateleira, as chapas
foram lixadas com lixa de aço grossa para serem estanhados. Antes de serem sodados, os metais
foram todos posicionados juntos, para ficarem alinhados após receber a solda, e seus furos têm
8 mm. A distância entre os pontos no centro do furo e do eixo é chamado de raio ‘r’. O
deslocamento do pistão ou (curso), é equivalente a duas vezes o raio (2r), e nesse caso r = 10
mm. Obs. ao ser feito o deslocamento completo no pistão o volante realiza ½, de giro.

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CONSTRUINDO O REGULADOR DA VÁLVULA

Foi utilizada para montar o regulador do tempo da válvula uma arruela de 20 mm, de diâmetro,
mais parafuso com 20 mm, de comprimento e porca de 8 mm. O parafuso menor e sua porca
possuem 4 mm.

Uma das porcas foi furada com a broca de 2,5 mm, para colocar um parafuso que impedirá que
o eixo do regulador do tempo da válvula deslize.

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MECANISMO VIRABREQUIM COMPLETO

O mecanismo completo do virabrequim é composto pelo regulador do tempo da válvula e o


volante, que montados ficam dessa forma mostrada na figura abaixo; o parafuso que sustenta
as peças é de 8 mm, e tem 9,5 cm de comprimento. Obs. esse virabrequim quando conectado a
biela sempre desce fazendo a função de contrapeso, ele impede que a biela fique na posição de
repouso na horizontal.

PARTE 2

POSIÇÃO CORRETA DA REGULAGEM DA VÁLVULA

A regulagem do tempo da válvula é universal para qualquer tipo de motor, todos os motores
valvulados seguem a mesma lógica de funcionamento. A princípio para fazer a regulagem do
tempo da válvula o pistão principal deve estar no ponto morto inicial ou posição máxima
dentro do cilindro como mostra na figura abaixo, e seu eixo a biela na posição horizontal.
A válvula deve estar na posição oposta ao pistão, sua posição inicial e na borda de seu cilindro
em baixo, bloqueando o furo que sai o vapor, como mostra a figura abaixo. O segredo da
regulagem do tempo da válvula é que o ponto onde liga a biela do pistão com virabrequim, e o
ponto que liga o eixo da válvula com o virabrequim representados na figura abaixo por um
ponto vermelho, devem formar o ângulo 90º. Na figura, esses pontos formam o lado da
hipotenusa do triângulo, e essa regulagem faz o volante rodar no sentido horário. Obs. se manter
essa mesma posição na válvula, e apenas colocar o pistão do motor na posição contraria ao
mostrado na foto abaixo, no caso deixar o ponto inicial do pistão todo para fora, o volante vai
rodar no sentido anti-horário.

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Essa é a posição que a válvula deve ficar ajustada, nessa posição o motor consegue desenvolver
bem sua velocidade sem perdas de energia no sistema. É a mesma regulagem que é utilizada
nas antigas locomotivas a vapor, e serve para qualquer tipo de motor a vapor.

OBSERVAÇÕES:

Apesar do pistão da válvula receber o vapor na face dele com força contrária a ele quando está
subindo para fechar a válvula, essa pressão contrária se torna quase desprezível por três
motivos: acontece um tipo de osmose entre os dois cilindros, pelo fato da entrada do vapor em
cima estar aberta nesse momento que faz a pressão dar preferência em entrar na entrada do
cilindro maior, e também pelo fato de haver um vácuo causado pela descida do pistão, que puxa
o vapor do cilindro menor para o cilindro maior. Porque no momento que o pistão da válvula
está subindo o pistão maior se encontra já em movimento descendo impulsionado pela inércia
do volante, e ao mesmo tempo pela pressão do vapor. No caso contrário que é quando o cilindro
maior está subindo expulsando o vapor, e o pistão da válvula está descendo para fechar o vapor,
esse pistão da válvula será pressionado um pouco para baixo pela pressão e ao mesmo tempo
puxado pelo impulso do volante. Então ele desce com mais propulsão como se fosse um motor
com 2 pistões, isso ajuda um pouco na rotação do motor.

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PARTE 3

FUNCIONAMENTO INICIAL DO MOTOR A VAPOR

1. O pistão está no ponto morto ou posição inicial ele se encontra inerte, então a pressão
começa a aumentar aos poucos, até o vapor ser comprimido o bastante para depois ser
liberado com força em forma de esguicho dentro do cilindro, fazendo o pistão descer,
se não existir fuga de pressão no sistema.

ADMISSÃO

2. Na admissão o cilindro recebeu o vapor, e foi empurrada até o ponto final, nesse
momento a válvula começou a subir para fechar a entrada de vapor em cima, e ela está
abrindo a saída em baixo para começar a exaustão. Obs. o movimento do pistão da
válvula é mais ágil que o pistão maior.

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EXAUSTÃO DO MOTOR

3. Na exaustão o pistão da válvula já fechou completamente a entrada em cima, e logo


depois ela vai começar a descer, em quanto isso o pistão do motor ainda está subindo e
expulsando o vapor restante até voltar para posição inicial ou ponto morto.

4. O pistão do motor retornou a posição inicial, e a válvula desceu abrindo em cima e


fechando em baixo para dar início a todo procedimento novamente.

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PARTE 4

CRIANDO UM PROJETO DE MOTOR A VAPOR

Com base nos exemplos apresentados nesse projeto do funcionamento do motor a vapor, será
criado um novo projeto de motor a vapor, isso se tratando apenas das regras para fazer os
cálculos das medidas necessários para seu funcionamento. Essas regras não são medidas
obrigatoriamente aplicadas para todo motor, isso porque existem vários tipos de motores a
vapor, mas algumas leis são universais, e servem para dar um norte e uma dinâmica ao processo
de criação do motor a vapor. Primeiramente será calculado as medidas das peças principais
como: cilindro, pistão, biela, virabrequim e a válvula.

CRIANDO CILINDRO E PISTÃO

A princípio, será criado o cilindro e pistão, em geral o pistão só precisa deslocar-se no máximo
o dobro de seu comprimento, além de que se o cilindro for comprido demais, pode exigir mais
pressão para o pistão completar seu deslocamento, o que implica também no aumento do atrito
no cilindro que teria de receber mais vapor, o que é equivalente ao uso de mais pressão para
puder realizar o mesmo trabalho, isso implica em perda de energia e tempo desnecessários no
sistema, então com base nesse raciocínio o cilindro será criado. A variável ‘X’, representa um
valor genérico na figura abaixo.

Assim o ideal é construir um cilindro que tenha o tamanho um pouco maior que o dobro do seu
pistão, o comprimento do pistão deve ser pelo menos 40% do comprimento do cilindro, e o
deslocamento (curso) do pistão ter a mesma medida do seu comprimento, como mostra a figura
acima. Essa regra não se aplica a todos os modelos de cilindro, tem cilindro que é três vezes
maior que o pistão, isso fica ao critério. Quando o pistão está no ponto inicial inerte, deve existir
um pequeno espaço apenas entre o fundo do cilindro e o pistão, para que o pistão não toque no
fundo do cilindro, apenas cerca de 5 mm, esse espaço vai servi também para o vapor. Em
resumo, o comprimento do cilindro é igual a 2,2x, o pistão tem 1x de comprimento, e seu
deslocamento mede 1x. Trazendo esse raciocínio para números reais, ficariam assim suas as
medidas, por exemplo: se cilindro tivesse 100 mm, o seu pistão teria 40 mm, e seu curso 40
mm.

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CRIANDO VIRABREQUIM

Com base nas medidas que foram passadas na demonstração acima, será criado as demais peças,
baseando-se na medida do deslocamento (curso) do pistão será feito o virabrequim.
Foi adotado ao critério para o desenvolvimento do sistema abaixo, que o curso do pistão seria
igual ao seu comprimento representado por um valor genérico ‘x’, na figura abaixo. Obs. o
virabrequim está na lateral do cilindro na figura abaixo, somente para esboçar melhor o
raciocínio.

Para poder criar o virabrequim, é necessário saber primeiramente o deslocamento (curso) que
vai ser aplicado ao pistão, nesse caso como foi mostrado no sistema acima, é igual a 1x. O curso
do pistão é equivalente a duas vezes o raio do virabrequim ‘curso=2r’, essa regra é
fundamental, e se aplica a qualquer tipo de motor. Se baseando na figura do sistema
apresentado acima, agora pode ser criado um virabrequim, tanto na forma de círculo como
retangular. Sobre a criação da biela do pistão não existe medida específica para ela, à função
dela é só para conectar pistão com virabrequim, mas o tamanho ideal da biela, é que ela não
seja muito comprida para não haver muito atrito no pistão, e ela deve ser o menor tamanho
possível. Então o tamanho ideal da biela é dado pela posição do pistão no ponto morto inicial,
com uma pequena proximidade do fundo do cilindro, como é mostrado na figura acima.

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CRIAÇÃO DAS VÁLVULAS

A criação de uma das peças mais fundamentais para o funcionamento do motor a válvula, será
baseada nos itens anteriores. O deslocamento (curso) do pistão da válvula deve ser
obrigatoriamente o mesmo do pistão do motor, então o virabrequim da válvula vai utilizar as
mesmas medidas para ter seu o seu deslocamento igual ao do pistão do motor. Será utilizado o
mesmo raciocínio mostrado no exemplo anterior para criar a válvula, a medida da biela da
válvula deve ter um tamanho relacionado com a posição do pistão da válvula no ponto morto
inicial, e estar relacionado com a regulagem do tempo da válvula, isso parece complexo, mais
para frente vai ficar fácil de entender com exemplos a seguir. O pistão menor (válvula) deve ser
do mesmo comprimento do pistão maior, que tem seu deslocamento (curso) na mesma medida
de seu comprimento.

Assim para definir como vai ser criada a válvula, isso vai seguir a seguinte lógica: ambos os
pistões têm o mesmo deslocamento de 1x mm, e isso foi feito de modo proposital para facilitar
sua regulagem sincrônica. Assim então é preciso trabalhar o raciocínio em cima desse
deslocamento de 1x mm, e primeiramente entender como a válvula funciona, a válvula trabalha
da seguinte forma: no primeiro instante ela abre a entrada de vapor, e mantem à saída fechada,
no outro instante ela fecha a entrada de vapor e abre a saída, se deslocando o espaço genérico
de 1x mm, mostrado no exemplo abaixo.

1º INSTANTE

2º INSTANTE

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FUNCIONAMENTO DAS VÁLVULAS NO MOTOR

No primeiro instante como mostra a figura à cima a válvula se encontra no ponto B, mantendo
a entrada aberta e saída fechada, isso para que a pressão do vapor faça o pistão do motor se
mover para baixo. No segundo instante a válvula se encontra no ponto A, fecha a entrada de
vapor e abre a saída, nesse momento o pistão do motor está subindo e a pressão acumulada
dentro do cilindro precisa ser liberada assim, por exemplo, como acontece com o motor a
combustão no ato da liberação da fumaça. Percebeu-se também que o deslocamento do pistão
da válvula entre A e B foi de 1X mm, que foi o mesmo deslocamento proposto ao pistão do
motor.

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AS MEDIDAS IDEAIS PARA A VÁLVULA

A medida ideal do tamanho do pistão da válvula para que funcione bem, e fique ajustada a
entrada e saída de vapor, é o tamanho do seu deslocamento, como mostra a figura abaixo.
Esse tamanho faz parte também do sincronismo do tempo da válvula, desse jeito o pistão
consegue abrir e fechar no momento certo, ocasionando um trabalho perfeito ao sistema.

Por fim esse diagrama na figura abaixo mostra o motor completo com a válvula regulada no
tempo certo, e em sincronismo com o pistão respeitando a regra de 90° graus, essa é a posição
correta que deve ficar os pistões para trabalharem em sincronismo. No ato da regulagem, o
pistão do motor deve se posicionar na posição inicial no topo, e o pistão da válvula se posiciona
em baixo fechando a saída de vapor. Usando como exemplo essa figura abaixo, pode se basear
para medir o tamanho dos eixos do motor, as suas duas bielas.

CONCLUSÃO

Esse projeto de motor a vapor caseiro, por sua praticidade pode ser bem usado nas feiras de
ciência do ensino fundamental, feiras técnicas e em demais fins científicos. O objetivo desse
projeto é disseminar a ciência e o conhecimento a todos, para que cada amante da ciência tenha
uma base técnica para ser capaz de realizar seu próprio experimento de motor a vapor, a partir
desse modelo descrito, com toda informação adquirida nesse projeto, pois conhecimento é
poder.

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REFERÊNCIAS

SUPER DICAS. COMO FAZER UM MOTOR A VAPOR CASEIRO. Disponível em:


https://youtu.be/XphT_nDh8Ys. Acesso em: 4 mai. 2020.

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