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A principal modificação feita na Resolução 06/2019 CFP, foi a separação

do relatório psicológico que passa a ser diferente do laudo psicológico,


que na resolução anterior o relatório psicológico era mantido como
documento decorrente da avaliação psicológica, por ser sinônimo de
laudo, então nesta resolução atual, o relatório não é mais considerado
como documento decorrente da avaliação psicológica.
Agora passa ter o relatório psicológico, que visa a forma da atuação
profissional do psicólogo em diferentes processos de trabalho já
desenvolvidos ou em desenvolvimento, gerando orientações,
recomendações, encaminhamentos e intervenções, mediante a situação
descrita no documento, não tendo como finalidade de produzir um
diagnóstico psicológico.
E o relatório multiprofissional, é o resultado da atuação do psicólogo
dentro do contexto multiprofissional, podendo ser produzido em conjunto
com profissionais de outras áreas, preservando sua autonomia e a sua
ética profissional dos envolvidos.
Também houve mudanças na modalidade de declaração e do atestado, é
outra mudança importante é na declaração, no qual ela é um documento
psicológico que tem por finalidade registrar, de forma objetiva e sucinta,
informações sobre a prestação de serviço realizado ou em realização,
abrangendo as seguintes informações: o comparecimento da pessoa
atendida e seu acompanhante; o acompanhamento psicológico realizado
ou que possa estar em realização;
A declaração não mudou, porém, antes, era dito que não deveria ser feito
o registro de sintomas situações ou estados psicológicos, e atestado
psicológico, é um documento descrito, com fundamento em um
diagnóstico psicológico, certifica uma determinada situação, estado ou
funcionamento psicológico, com a finalidade de afirmar as condições
psicológicas de quem solicita.
Vale ressaltar que este documento indica a necessidade de afastamento
e/ou dispensa da pessoa baseado na avaliação de aspectos psicológicos.
Porém, os aspectos legais relativos a esse afastamento e/ou dispensa
devem ser levados em consideração.
Já com a nova resolução foi adicionado uma escolha, em que o psicólogo
pode fazer ao elaborar esse tipo de documento ou pode escolher
informar, ao final do documento, que não pode ser utilizado para outros
fins, por causa do seu item de identificação do documento, que continua
com o mesmo caráter sigiloso, que se trata de um documento
extrajudicial.
Ocorreram mudanças importantes sobre a manutenção, na guarda dos
documentos e nas condições de guarda a seção V destino e envio de
documentos, o artigo 16, aponta que os documentos produzidos pelo
psicólogo devem ser entregues diretamente ao solicitante da prestação do
serviço psicológico, ou para o responsável legal em uma entrevista
devolutiva.
No qual, especifica-se que é obrigatório que o psicólogo, mantenha o
protocolo de entrega de documentos, contendo a assinatura do solicitante
comprovando que ele efetivamente recebeu o documento solicitado, e
que se responsabiliza pelo uso e sigilo das informações contidas no
documento.
Mudanças foram feiras também, no prazo de validade do conteúdo dos
documentos e da entrevista devolutiva, contendo na seção VI, o prazo de
validade dos conteúdos dos documentos, já no artigo 17, reforça que o
prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, que são
decorrentes da prestação de serviços psicológicos, deve constar uma
parte do documento, e orientar sobre a validade indicada, deve
considerar, a normatização vigente da área que o psicólogo atua (ou,
atuando), e como é a natureza dinâmica do seu trabalho realizado, e a
necessidade de atualização contínua das informações.
O psicólogo deve considerar, uma validade a partir de um prognóstico
favorável, e levando em consideração a efetivação do encaminhamento
foi sugerido, dessa mesma forma, com um prognóstico desfavorável, caso
não aconteça uma intervenção sugerida, assim pode recomendar uma
nova avaliação com um tempo cronológico determinado, através de um
resultado do raciocínio psicológico do profissional, que resultou no
prognóstico.
É importante ser consideradas as orientações para os seguintes
documentos: Atestado Psicológico, Laudo Psicológico e Relatório
Psicológico.
Já na Seção VII, a entrevista devolutiva é mencionada no artigo 18, que
para a entrega do relatório e do laudo psicológico, é dever do psicólogo
realizar ao menos uma entrevista devolutiva ao indivíduo/grupo e a
instituição atendidas ou que são responsáveis legais, e diante da
impossibilidade de isto ser realizado, o psicólogo deve explicar as suas
razões.
A Resolução então, de fato, traz as diretrizes mais específicas, e é
atualizado o modo como os documentos escritos devem ser manejados,
escritos, guardados e compartilhados, permitindo que os psicólogos
atuantes, priorizem o cuidado que esteja presente, tanto a respeito do
sigilo dos dados bem como a proteção ao trabalho do profissional.

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