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Constituem modalidades de documentos psicológicos:

I - Declaração;

II - Atestado Psicológico;

III - Relatório;

a) Psicológico;

b) Multiprofissional;

IV - Laudo Psicológico;

V - Parecer Psicológico.

* A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes da avaliação


Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Por isso consideramos importante
constarem deste manual afim de que sejam diferenciados.

1- Declaração: Informa ocorrência de situações relacionadas ao atendimento psicológico,


declarando fatos como comparecimento ao atendimento, acompanhamento do
atendido, informações sobre condições de atendimento (tempo e datas). É vedado o
registro de sintomas, situações ou estados psicológicos na declaração.

2- Atestado Psicológico: Certifica, com base em avaliação e diagnóstico psicológico,


situação, estado ou funcionamento psicológico, finalizando afirmar as condições
psicológicas de quem o solicita por motivos de justificar faltas/impedimentos, justificar
aptidão (ou inaptidão) para atividades, inclusive para solicitação de afastamento ou
dispensa do solicitante. Não é obrigatório o uso do CID

3- Relatório: I) Relatório Psicológico: O relatório psicológico consiste em um documento


que, por meio de uma exposição escrita, descritiva e circunstanciada, considera os
condicionantes históricos e sociais da pessoa, grupo ou instituição atendida, podendo
também ter caráter informativo. Visa comunicar a atuação profissional da(o)
psicóloga(o) em diferentes processos de trabalho já desenvolvidos ou em
desenvolvimento, podendo gerar orientações, recomendações, encaminhamentos e
intervenções pertinentes à situação descrita no documento, não tendo como
finalidade produzir diagnóstico psicológico. II) Relatório multiprofissional: O relatório
multiprofissional é resultante da atuação da(o) psicóloga(o) em contexto
multiprofissional, podendo ser produzido em conjunto com profissionais de outras
áreas, preservando-se a autonomia e a ética profissional dos envolvidos. Tem mesmas
características do relatório psicológico.
4- Laudo: O laudo psicológico é o resultado de um processo de avaliação psicológica e,
portanto, apresenta diagnóstico, com finalidade de subsidiar decisões relacionadas
ao contexto em que surgiu a demanda. Apresenta informações técnicas e científicas
dos fenômenos psicológicos, considerando os condicionantes históricos e sociais da
pessoa, grupo ou instituição atendida.

5- Parecer: O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de uma questão-problema ou


documento psicológico que estão interferindo na decisão do solicitante, sendo,
portanto, uma resposta (indicativa ou conclusiva), a uma consulta. Quando não houver
dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser categórico, deve-se utilizar
a expressão "sem elementos de convicção". Se o quesito estiver mal formulado, pode-
se afirmar "prejudicado", "sem elementos" ou "aguarda evolução".

VALIDADE DOS CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS

O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, decorrentes das avaliações


psicológicas, deverá considerar a legislação vigente nos casos já definidos. Não havendo
definição legal, o psicólogo, onde for possível, indicará o prazo de validade do conteúdo
emitido no documento em função das características avaliadas, das informações obtidas e dos
objetivos da avaliação. Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a
indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado.

GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE GUARDA

Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem como todo o material que
os fundamentou, deverão ser guardados pelo prazo mínimo de 5 anos, observando-se a
responsabilidade por eles tanto do psicólogo quanto da instituição em que ocorreu a avaliação
psicológica. Prazo pode ser ampliado por lei.

DOS REGISTROS DOCUMENTAIS

Art. 1º. Tornar obrigatório o registro documental sobre a prestação de serviços psicológicos
que não puder ser mantido prioritariamente sob a forma de prontuário psicológico, por
razões que envolvam a restrição do compartilhamento de informações com o usuário e/ou
beneficiário do serviço prestado.

III – registro da evolução do trabalho, de modo a permitir o conhecimento do mesmo e seu


acompanhamento, bem como os procedimentos técnico-científicos adotados;

IV – registro de Encaminhamento ou Encerramento;

V – documentos resultantes da aplicação de instrumentos de avaliação psicológica


deverão ser arquivados em pasta de acesso exclusivo do psicólogo.

ESCUTA PSICOLÓGICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ENVOLVIDOS EM SITUAÇÃO DE


VIOLÊNCIA, NA REDE DE PROTEÇÃO

O psicólogo, ao realizar o estudo psicológico decorrente da Escuta de Crianças e Adolescentes,


deverá necessariamente incluir todas as pessoas envolvidas na situação de violência,
identificando as condições psicológicas, suas consequências, possíveis intervenções e
encaminhamentos. 2.1. Na impossibilidade de escuta de uma das partes envolvidas, o
psicólogo incluirá em seu parecer os motivos do impedimento e suas possíveis implicações.

8. O psicólogo, na Escuta de Crianças e Adolescentes, atuará em equipe multiprofissional


preservando sua especificidade e limite de intervenção, sem subordinação técnica a
profissionais de outras áreas.

9. É vedado ao psicólogo o papel de inquiridor no atendimento de crianças e Adolescentes em


situação de violência.

------------- Questões

Dentre os documentos escritos, produzidos por psicólogos, que são objeto da Resolução n°
007/2003 do Conselho Federal de Psicologia, consta o Parecer Psicológico, que deve
apresentar resposta esclarecedora, por meio de avaliação especializada, a uma “questão
problema", sendo uma resposta a uma consulta.

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