A sociedade atual vem sofrendo mudanças profundas se levarmos em
conta o avanço tecnológico em todas as áreas do conhecimento. Por exemplo,
hoje vivemos rodeados por computadores, Tablets, Smartphones e a Internet. Atualmente é mais fácil e rápido “dar um Google” para encontrar uma solução para um problema do que ir à biblioteca e gastar um bom tempo para achar a mesma solução. Essa revolução na área da informação impactou diretamente a educação escolar, pois na pedagogia tradicional quem fazia o papel de levar o conhecimento aos alunos eram os professores seus respectivos livros didáticos, papel esse não mais exclusivo desse profissional. Assim, qual seria a função do professor nesse novo contexto educacional?
O ensino bancário, aquele em que a aula segue um monólogo, o
professor é o detentor do conhecimento e aluno é uma tábua rasa, um ser passivo, não se justifica mais nos dias de hoje. A informação e o conhecimento estão ao alcance de todos, e não exclusivamente ao professor. Desse modo, o docente passa mudar o escopo do sua função de detentor do conhecimento, que não existe mais, para facilitador da aprendizagem dos alunos. O seu papel passar a ser de facilitar a interação do aluno com o objeto de conhecimento, pois ele já está pronto, seja na Internet, TV, etc., de tal maneira que que a aprendizagem ocorra de forma significativa. E quando se fala em mudança de postura do docente, nesse novo contrato de aprendizagem, falamos de atualizações profissionais também. Pois se o mundo mudou, a sociedade mudou e o modo como as pessoas se relacionam com o conhecimento também. Isso significa que quem ensina também deve mudar. Mas como? Aprender, através de curso e capacitações etc., como as pessoas estão se comportando frente à gama de conhecimentos e informações disponibilizadas diariamente por diversos meios de comunicação.
E o que falar da pandemia da Covid-19 nesse contexto? A pandemia
escancarou essa necessidade de um novo olhar sobre o papel do professor. Pois com as aulas remotas, seja por aulas ao vivo, atividades síncronas e assíncronas, distribuição de materiais digitais e impressos etc., reforçou a necessidade de colocar o aluno como protagonista de sua própria aprendizagem e não apenas depender do professor, e isso vem desde Carl Rogers. Fala-se muito hoje em metodologias ativas, umas das temáticas trabalhadas no meu curso de pós-graduação Docência e Práticas pedagógicas em Português, que propriamente é tirar o papel passivo do aluno e o ter como agente ativo (protagonista) na aprendizagem.
Assim, para que o professor possa desempenhar um papel facilitador
para que o aluno possa ser o protagonista é necessário uma autorreflexão crítica sobre como os alunos estão interagindo com o conhecimento disponibilizado massivamente pelos meios de informação e comunicação para assim buscar e desenvolver estratégias para que essa interação se torne aprendizagem eficaz e não apenas incluir a tecnologia na sala de aula apenas para dizer que aquilo de fato é uma ensino diferente.
The Art of Invisibility The World's Most Famous Hacker Teaches You How To Be Safe in The Age of Big Brother and Big Data by Kevin D. Mitnick, Robert Vamosi (PT)