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Informações Acadêmicas do Aluno

Súmula por Atividade

Emissão: 24/03/2022 às 11:52

Súmula por Atividade         Período: 2017/2

Programa: Programa de Pós-Graduação em Educação


Nome: SE: Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia
Código: EDP59520   Créditos: 1 Carga Horária: 15 Tipo: Disciplina
Modalidade de Ensino: Presencial
Súmula:
Com o passar dos anos, os livros envelhecem, ou, ao contrário, recebem uma segunda juventude. Ora eles engordam e incham, ora modificam seus traços, acentuam suas arestas, fazem subir à superfície novos planos. Buracos negros. Conjuntos flous, zona de vizinhança, espaços riemanianos. Bifurcação. Transhistória. Um platô comunica com o outro. Sucessão de processos. Sistema aberto. Espaço literário. Anti-sistema, patchwork, dissipação absoluta: eis Mille Plateaux.Este Seminário
Avançado realiza estudos conceituais e problematizações acerca do livro Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia (que se segue ao Anti-Édipo – 1972), vol. 1 da tradução em português, acerca dos três primeiros platôs: [1] Introdução: Rizoma (p.11-38); [2] 1914 – Um só ou vários lobos? (p.39-52); [3] 10.000 a.C. – A geologia da moral (Quem a terra pensa que é)? (p.53-91).
Objetivo:
Estudar e debater, problematizando, desde a contemporaneidade, o volume 1 de Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia, em suas articulações com a psicanálise, etnologia, teatro, literatura, marxismo, filosofia da diferença, arte, ciência e educação: 1) Agenciar ritornelos, lieder, correspondentes a cada platô. 2) O pássaro de Minerva (para falar como Hegel) tem seus gritos e seus cantos; os princípios em filosofia são gritos em torno dos quais os conceitos desenvolvem verdadeiros cantos.
Avaliação:
Em que casos, onde e quando, como, etc.? Possibilidade de introduzir procedimentos romanescos em filosofia-educação. Em que casos e por quê? O que se passa, o que vai passar, o que acaba de passar nas nossas costas? Forma estilhaçada. Organização acronológica, mas datada. Plurivocidade de referências. Contra o sistema de aculturação e de anticriação na educação. Entrelaçamentos, ressonâncias. Forças, acontecimentos, movimentos, mobiles, ventos, tufões, lugares e momentos.
(Lobisomens pulular 1730.)
Produção: 1) estilo sistemático – artigo, ensaio, monografia; 2) estilo assistemático – drama em prosa, poesia filosófica, prosa rítmica, poesia, canto, dança, ditirambos, sátiras, paródias, alegorias, parábolas, imagens, tropos, simbolismos, metáforas, provérbios, máximas, fragmentos, aforismos. Data de entrega: a combinar.
Critérios: processo criador; conceitualização distintiva; tradução diferencial; escolhas, mediação, lembrança e escrileitura de signos, imagens e espaços do AE; movimentos da prática do pensamento educacional; direção tradutória de atos transcriadores; verter ou recriar discursos; consistência de romper com o estabelecido; capacidade de se apropriar do antigo ou estrangeiro; entrecruzamento com línguas curriculares e didáticas; fazer ressoar sua própria voz.
Conteúdo Programático:
Mil platôs se baseia em uma ambição pós-kantiana (apesar de deliberadamente anti-hegeliana). O projeto é ‘construtivista’. É uma teoria das multiplicidades por elas mesmas, no ponto em que o múltiplo passa ao estado de substantivo. [1] Introdução: Rizoma; [2] 1914 – Um só ou vários lobos?; [3] 10.000 a.C. – A geologia da moral (Quem a terra pensa que é)? As multiplicidades são a própria realidade, e não supõem nenhuma unidade, não entram em nenhuma totalidade e tampouco remetem
a um sujeito. As subjetivações, as totalizações, as unificações são, ao contrário, processos que se produzem e aparecem nas multiplicidades. Os princípios característicos das multiplicidades concernem a seus elementos, que são singularidades; a suas relações, que são devires; a seus acontecimentos, que são hecceidades (quer dizer, individuações sem sujeito); a seus espaços-tempos, que são espaços e tempos livres; a seu modelo de realização, que é o rizoma (por oposição ao modelo da
árvore); a seu plano de composição, que constitui platôs (zonas de intensidade contínua); aos vetores que as atravessam, e que constituem territórios e graus de desterritorialização. A história universal da contingência atinge aí uma variedade maior. Em cada caso, a questão é: onde e como se faz tal encontro?
Métodos de Trabalho:
Campo do ritornelo. Tempo do acontecimento. O grande canto da terra, quando a terra bramiu. A potente harmonia das esferas ou a voz do cosmo. Anéis partidos. Platô com clima próprio, tom ou timbre. Heterodoxia dos textos. Possibilidade de inscrever signos e de escriturar sentidos. Alterações de codificações e sistemas semióticos. Mapa de circunstâncias e não essências: uma data fictícia, uma imagem. Livro ilustrado. Nomes próprios. Hora do dia, de uma região, de um clima, de um rio, de
um vento. Individuações que não são pessoais nem de coisas. Passagem para escritas acadêmico-científicas que são romanescas, ensaísticas, fabuladoras. Poética da escrileituras. Exercícios em dobra de práticas de leitura e de escritura. Funções sociais, culturais, comunitárias, grupais e políticas. Cartografia: mapa (as linhas da mão formam um mapa), diagrama. Caminhos e movimentos com coeficientes de chance e de perigo. Esquizo-análise: das linhas, dos espaços, dos devires. Máquina de
guerra: agenciamento linear construído sobre linhas de fuga. Composição, ocupação e propagação de espaços lisos. Nomadismo: combinação máquina de guerra-espaço liso. Revolucionário, artística, educacional
Bibliografia:
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mille Plateaux: capitalisme et schizophrénie. Paris: Les Éditions de Minuit, 2004, p.9-94.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 1. Tradução Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. São Paulo: Ed. 34, 1995. 96p.

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