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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARA - UECE

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB


FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS – FAFIDAM
CURSO DE HISTÓRIA À DISTÂNCIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA MEDIEVAL
PROFESSOR: GLEUDSON PASSOS CARDOSO
TUTOR A DISTÂNCIA: LUCAS ARAÚJO GOMES FROTA
TUTORA PRESENCIAL: ANA CLÁUDIA ANIBAL RIBEIRO
EQUIPE: LUÍS FERNANDO DE ARAÚJO, OSVALDO GALDINO FERREIRA FILHO E
YOSEF GOMES OLIVEIRA SILVA.
POLO: RUSSAS-CE

LENDAS, CRENDICES, ENTES SOBRENATURAIS E O IMAGINÁRIO MEDIEVAL

RUSSAS– CE
2022

PLANO DE AULA
ESCOLA
ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL JOSÉ RAIMUNDO DE
DEUS

COMPONENTE HISTÓRIA

ANO / ETAPA 6º ANO ENSINO FUNDAMENTAL (ANOS FINAIS)

DURAÇÃO 02 aulas de 55 min.

HABILIDADE(S)
(EF05HI03) Analisar o papel das culturas e das religiões na
composição identitária dos povos antigos.
(EF06HI09) Discutir o conceito de Antiguidade Clássica, seu alcance e
limite na tradição ocidental, assim como os impactos sobre outras
sociedades e culturas.
(EF06HI18) Analisar o papel da religião cristã na cultura e nos modos
de organização social no período medieval.

COMPETÊNCIAS Seguir orientações da BNCC, a partir do modelo anexo na biblioteca


ESPECÍFICAS DA da disciplina.
ÁREA 1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e
processos e mecanismos de transformação e manutenção das
estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do
tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e
intervir no mundo contemporâneo.
2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando
acontecimentos e processos de transformação e manutenção das
estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como
problematizar os significados das lógicas de organização
cronológica.
3. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes
sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto
histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

COMPETÊNCIAS Seguir orientações da BNCC, a partir do modelo anexo na biblioteca da


GERAIS DA
EDUCAÇÃO disciplina.
BÁSICA 1. Conhecimento
TRABALHADA
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o
mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a
realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva.

3. Repertório cultural
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das
locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural.

4. Comunicação
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos, além de produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
5. Cultura digital
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
7. Argumentação
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.

OBJETIVO(S)
DA AULA
Compreender o
movimento do Cangaço
analisando os pontos
negativos e
positivos, os motivos
que desencadearam a
perseguição sofrida
pelos
cangaceiros e o
desfecho dos principais
grupos, e perceber a
atuação da mulher
representada na figura
de Maria Bonita.
Compreender o
movimento do Cangaço
analisando os pontos
negativos e
positivos, os motivos
que desencadearam a
perseguição sofrida
pelos
cangaceiros e o
desfecho dos principais
grupos, e perceber a
atuação da mulher
representada na figura
de Maria Bonita.
 As origens das lendas medievais.
 As principais superstições e suas origens;
 A importância das lendas para a formação da sociedade;
 O alcance geográfico e mental das lendas e crendices;
 A posição da igreja no imaginário medievo.

COMO SERÃO Será coletada através de avaliação processual e contínua, devendo ser
COLETADAS
realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo,
EVIDÊNCIAS DO
APRENDIZADO identificando avanços e dificuldades.
DOS ALUNOS?
Verificando se os estudantes se inquietaram diante dos conteúdos, tendo
a curiosidade investigativa fronte a textos e mídias e diferentes
documentos. Ao mesmo tempo, intenta-se que o aluno relacione a
aprendizagem escolar à sua experiência de vida, como telespectador,
internauta, consumidor, constituinte de uma família e de uma sociedade
– sujeito histórico.

QUAIS SERÃO O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas de
AS
EVIDÊNCIAS leitura dos diferentes gêneros textuais, as discussões em grupo, as
DE QUE OS respostas aos questionamentos, o levantamento de argumentos,
ALUNOS
APRENDERAM? somadas às intervenções dele, a autoavaliação do professor e do aluno
serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas
para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.

ATIVIDADES DURAÇÃO RECURSOS

ABERTURA  Expondo os objetivos da aula; 20 min Datashow;


 Investigando os conhecimentos prévios dos Quadro;
alunos sobre a concepção deles sobre Pincel;
Notebook;
lendas, crendices, entes sobrenaturais e o
imaginário medieval.
 Quais lendas conhecem, seu significado, a
origem;
 Quais superstições os estudantes conhecem?
Qual a importância dessas lendas e
crendices no modo de pensar da sociedade
medieval e contemporânea?

SEQUÊNCIA 1 – Alertando aos alunos sobre o fato de que, apesar Datashow;


DE de se tratarem de lendas e crendice sobrenaturais, o Quadro;
ATIVIDADES tema tem sua importante para se entender a cultura, a Pincel;
mentalidade e o cotidiano dos povos medievais. 80min Textos
Através desse estudo, nos aproximamos do impressos;
entendimento da alma do homem, seus desejos, Notebook;
admirações e vontades, seus medos, prazeres e
anseios. Este estudo das lendas, crendices e
imaginário do povo medieval, temos a oportunidade
de descobrir e entender a sociedade medieval nas
suas mais variadas facetas.  
2 – Expondo dois vídeos sobre as origens reais sobre
superstições populares:
https://www.youtube.com/watch?
v=H1iGlbVbZ4A e
https://www.youtube.com/watch?
v=7Yl15FSlVt8

3- Após os vídeos, professor propõe uma


discussão a partir dos seguintes aspectos:
:a) Que história é contada e como ela é contada?
b) Em que período se passa a história?
c) Que modelo de sociedade é apresentado nos
vídeos?
d) Já ouviu algumas dessas histórias? Qual sua
concepção sobre elas?
e) Na sociedade atual, você conhece alguém que
acredita nessas crenças?
4 – O professor explana o assunto utilizando
slides e textos, fazendo as seguintes ligações:

A influência cristã na cultura do imaginário


medievo;
Controle da igreja católica com relação a
população através de lendas, crenças e crendices
sobrenaturais como forma de controle, medo;
A concepção da sociedade contemporânea sobre
as lendas, crenças e crendices.
5 – Para exercitar os conhecimentos, é proposto
aos estudantes a realização de um quis acessado
em:
https://kahoot.it/challenge/0477479?challenge-
id=816e9d60-8f11-44e3-a1a0-
e3e0f5dfda45_1653866065929

FECHAMENTO Exposição de dúvidas, questionamentos e novas


concepções acerca do assunto, fazendo um Datashow;
paralelo com as situações acontecidas no Quadro;
presente. Pincel;
10 min
Textos
SOCIEDADE ATUAL E OS REFLEXOS DA impressos;
CRENÇAS MEDIEVAIS. Notebook;

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE


FACULDADE DE FILOSOFIA DOM AURELIANO MATOS – FAFIDAM
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB

CURSO DE HISTÓRIA

PROFESSOR: GLEUDSON PASSOS CARDOSO

EQUIPE: LUÍS FERNANDO DE ARAÚJO, OSVALDO GALDINO FERREIRA FILHO E


YOSEF GOMES OLIVEIRA SILVA.
HISTORIANDO ANEXO RESUMO: LENDAS, CRENDICES, ENTES
SOBRENATURAIS E O IMAGINÁRIO MEDIEVAL

RUSSAS/CE
2022
É inegável a influência cristã na cultura e no imaginário medieval, indo além da própria fé
para ditar também os medos e nutrir no popular o folclore. Para compreender também a influência
cristã na Europa medieval, é importante entender a origem de certos aspectos dessa fé.
Características como a moralidade dualista, a escatologia, e outras doutrinas foram influenciados
pelo zoroastrismo ainda na antiguidade segundo John R. Hinnells, a religião persa não influenciou
só o imaginário cristão como também boa parte do mundo antigo.
A influência do zoroastrismo apresenta-se em diferentes proporções e formas, tanto de
dentro da própria doxa quanto no cristianismo herético, em especial os gnósticos que
influenciaram outros grupos considerados hereges como por exemplo os cátaros. O que os
primeiros grupos gnósticos e os cátaros tem de ligação com o zoroastrismo? Eles acreditavam em
um dualismo divino, influenciado pelo maniqueísmo, acreditavam que o deus do antigo
testamento era um deus maligno, que teria perturbado a harmonia com a criação, esse seria
chamado o demiurgo, e no novo testamento se revelaria o deus bondoso e dentro dessa lógica
dualista se estabelece um credo e um imaginário escatológico.
Voltando para o cânone cristão, essa influência dualista se apresenta não entre deuses, mas
sim entre deus e seu opositor satanás, que novamente cairia em uma teleologia escatológica.
Segundo o historiador francês Jean Delumeau em a história do medo no ocidente, ele apresenta a
idade média como o berço da iconografia diabólica e a saída dessa figura de conceitos teológicos
para a entrada no imaginário popular, tendo suas primeiras aparições como algo amedrontador
pelos séculos XI e XII, e seu ápice a partir dos séculos XIII e XIV, época que a Divina Comedia
de Dante Alighieri foi escrita, apontando um foco na antítese do divino.
SUPERSTIÇÕES POPULARES RELACIONADAS AO MUNDO MEDIEVAL

A existência de superstições data de tempos remotos. Mesmo sem comprovação científica, elas
permanecem no tempo e na memória humana. Ainda assim, é preciso saber de sua importante
influência na evolução dos seres humanos, segunda narra o biólogo americano Kevin Foster, da
Universidade Harvard, “Nos primórdios, indivíduos que faziam associações entre causa e efeito,
mesmo sem embasamento racional — ou seja, eram supersticiosos —, tinham mais chance de
sobrevivência”, segue, “Algumas dessas associações acabaram protegendo esses indivíduos de
certos perigos.”
Vejamos alguns exemplos relacionados ao período medieval:

QUEBRAR ESPELHO DÁ AZAR

Os gregos antigos tinham um meio divinatório de usar um recipiente com água para refletir a
imagem da pessoa curiosa em descobrir seu destino. A queda ou quebra deste recipiente indicava
a morte ou maus dias à pessoa consultada. Após a apropriação romana deste oráculo grego,
surgiram na Idade Média os primeiros espelhos de vidro, bastante caros. Assim esta superstição
ganhou uma função econômica: os empregados eram avisados de que quebrá-los dava azar.

NÃO PASSAR DEBAIXO DE ESCADA

Esta superstição remete da associação entre o dogma cristão da Santíssima Trindade o triângulo
formado pela sombra de uma escada encostada numa parede. Passar debaixo da escada seria como
profanar o triângulo sagrado, seria um grave pecado de consequências perigosas. Diz-se também
que a crença tenha surgido na Europa medieval, por causa dos ataques aos castelos.

GATO PRETO DÁ AZAR

Devido os gatos negros possuírem hábitos notívagos, eram associados às forças ocultas e à
feitiçaria na Europa medieval: para muitos, os felinos seriam o disfarce usado pelas bruxas em
suas andanças noturnas. Os felinos pretos eram tão mal vistos que, no século 15, o papa Inocêncio
VIII os incluiu na lista dos perseguidos pela Inquisição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MIRANDA, Sheyla. As origens reais de 8 superstições populares. In: SUPERINTERESSANTE
(ed.). As origens reais de 8 superstições populares. [S. l.], 27 jun. 2016. Disponível em:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/as-origens-reais-de-8-supersticoes-populares/. Acesso
em: 29 maio 2022.

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