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D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

se casar. A Lua apagaria o fogo. O Sol evaporaria toda


------------------------------------------------------------------ a água.
(SAEPI). Leia o texto abaixo. Separaram-se, então, a Lua para um lado e o Sol
para o outro. Separaram-se. A Lua chorou todo o dia e
O segredo do farol
toda a noite; foi então que as lágrimas correram por
Tio Damião é faroleiro numa ilha. À noite, ele cima da Terra até o mar. O mar embraveceu e, por
acende o farol para os navios não se chocarem com os isso, não pode a Lua misturar as lágrimas com as águas
recifes do mar. do mar, que meio ano corre para cima e meio ano para
Cícero e Dedé foram visitar Tio Damião e viram baixo.
que ele estava apavorado. Foram as lágrimas da Lua que deram origem ao
– Coisas estranhas estão acontecendo. Todas as nosso Rio Amazonas, também chamado de Rio
noites, um vulto gigante assusta a mim e o meu Solimões.
cachorro Sagu – disse Tio Damião. LISBOA, Henriqueta. Literatura oral para a infância e a juventude – lendas,
contos e fábulas populares no Brasil. São Paulo: Petrópolis,
Cícero e Dedé adoram aventuras. À noite, 2002. p. 31.
subiram as escadas do farol, acompanhados de Sagu, e
foram investigar o mistério. Qual é o fato que dá origem a essa história?
Lá em cima não viram nada. Resolveram dormir A) A braveza do mar com a Lua.
ali para ver o que aconteceria. B) A separação da Lua e do Sol.
Já era bem tarde, quando acordaram com um C) O incêndio provocado pelo Sol.
barulho estranho numa das janelas do farol. Logo D) O noivado da Lua e do Sol.
depois houve silêncio.
Os meninos criaram coragem e foram ver o que ------------------------------------------------------------------
era. (Sobral-CE). Leia o texto e responda.
– Oh! Então é isso que apavora o Tio Damião?! –
Mais vale a voz do burro que a do dono
exclamaram.
Era um pequeno pelicano que, depois das Um fazendeiro, muito inteligente e engraçado,
pescarias noturnas, vinha secar-se à luz do farol. recebeu a visita de um compadre, que vinha tomar
Sua sombra se projetava, aumentada sobre uma emprestado um burro para fazer uma viagem.
pedra em frente, e dava a impressão de ser um — O burro soltou-se do cercado e não houve
monstro. quem o pegasse, compadre. Por isso não empresto o
Tio Damião riu muito, quando as crianças lhe animal.
contaram a descoberta. Nesse momento, o burro, que estava comendo
– Vejam só! Eu, um velho lobo do mar, com atrás da casa, abriu o par de queixos, zurrando como
medo de um pelicano! um desesperado.
Agora, Tio Damião tem outro amigo na ilha. Só — Mas, meu compadre! Como é que você diz
que de vez em quando precisa tirar o dorminhoco da que o bicho anda solto e ele está ali perto zurrando,
frente da luz do farol. para todo o mundo ouvir?
Disponível em: <http://www.contandohistoria.com/farol.htm>. Acesso em: — Meu compadre! Que homem é você que
21 ago. 2012.
acredita mais na voz de um burro do que na de seu
O fato que deu início à história contada nesse texto foi compadre?
(Luís da Câmara Cascudo.)
A) a coragem dos meninos.
B) a visita feita por Cícero e Dedé. Na história, o relinchar do burro gerou
C) o amigo do Tio Damião. (A) a apresentação.
D) o vulto que assustava Tio Damião. (B) a compreensão.
(C) o conflito.
------------------------------------------------------------------ (D) o desfecho.
(SAEPE). Leia o texto abaixo.
A origem do rio Solimões ------------------------------------------------------------------
(Sobral – CE). Leia o texto.
Há muitos anos a Lua era noiva do Sol, que com Ariel chega suado na classe. D. Maria Luísa está
ela queria se casar, mas, se isso acontecesse, se colocando nas carteiras a prova de ciências já
chegassem a se casar, destruir-se-ia o mundo. O amor corrigida. Inda bem que ela colocou a nota para baixo.
ardente do Sol queimaria o mundo e a Lua com suas Ariel acha que deu vexame, o pior é que vai ter que
lágrimas inundaria toda a Terra. Por isso, não puderam
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D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
levar a prova para a mãe assinar. Senta-se
Gênio genioso
devagarinho e olha a prova.
O Jair, ao lado, deve ter tirado um notão porque Ontem eu acordei e dei de cara com uma
está rindo sozinho. Também, grande coisa! O Jair só lâmpada mágica.
faz estudar! É tão grosso no futebol, que nem o Digo lâmpada, mas de verdade não entendo
professor de ginástica tem coragem de escalar ele pra porque chamam isso de lâmpada na história do
algum time! Vê que Irene tirou dois, mas ela não está Aladim. Não tem nada a ver com uma lâmpada
nem aí. A mãe dela deve ser dessas que não enchem normal, dessas que acendem. O nome desse objeto
muito. Se ele tirasse dois, ai dele. Vira a ponta da devia ser “bule mágico”.
prova bem devagar. É, só se fosse milagre. Mas E é um bule estranho, com o bico bem esticado
milagre não ia acontecer com ele e justo na prova de – a lâmpada-bule que apareceu no meu quarto é
ciências. Estava lá, bem grande, em vermelho, no alto igualzinha à que o Aladim encontra: dourada,
da página: Três. Pronto, estava azarado. reluzente, será que é de ouro?
PINSKY, Mirna. As muitas mães de Ariel. São Paulo: Melhoramentos, 1980. Esfreguei os olhos pra ter certeza que não
p. 22-23. (fragmento)
estava dormindo e peguei aquele troço esquisito pra
A frase que mostra o problema de Ariel é: olhar mais de perto. De onde tinha aparecido?
(A) “É tão grosso no futebol, que nem o professor bem do lado da minha cama... Sem saber o que
de ginástica tem coragem de escalar ele...” fazer, fi z o que qualquer um teria feito: passei a mão
(B) “... o pior é que vai ter que levar a prova para a de leve e fiquei esperando pra ver o que acontecia.
mãe assinar.” Nada. Nem sinal de fumaça. Então resolvi esfregar a
(C) “Vê que Irene tirou dois, mas ela não está nem lâmpada-bule com força. Mas continuou não
aí.” acontecendo nada, não apareceu gênio nenhum. Nem
(D) “O Jair, ao lado, deve ter tirado um notão gênia.
porque está rindo sozinho.” Pena. Bem que eu precisava de uma ajudinha
pra transformar o visto que a professora deu no meu
------------------------------------------------------------------ desenho em estrelinha! Olhei mais uma vez pra
(SAERJ). Leia o texto abaixo. lâmpada-bule e supliquei: Só um pedidinho? Quem
sabe alguma coisa mais fácil? Nada.
Princesa Linda Laço-de-fita Depois dessas tentativas, larguei a lâmpada-
Sempre foi linda, vestiu roupas lindas e morou bule-não-mágica e fui tomar banho, pensando na
num quarto lindo, de um castelo lindíssimo, no reino minha falta de sorte. Pior do que nunca encontrar uma
de Flax. Passou a vida na janela desse quarto, lâmpada mágica é topar com uma que não funciona.
recebendo visitas de príncipes que vinham Vai ver o gênio está com preguiça. Ou será que
de muito longe e de bem perto para também pedi-la aquilo é algum brinquedo novo que minha mãe
em casamento. Mas, sendo linda como era, e muito comprou pra mim? Mesmo assim, saí do chuveiro com
vaidosa da própria lindeza, não aceitava nenhum esperança: quem sabe ele acordou? Resolvi lustrar a
pedido, pois nenhum príncipe era forte, rico ou... lindo lâmpada-bule de novo, dessa vez com uma meia bem
o suficiente para casar com ela. Com o passar dos macia. Poxa, vamos lá! Há quantos mil anos você está
anos, os príncipes cansaram desse papo furado e esperando por essa esfregadinha? Não teve jeito.
desistiram de pedi-la em casamento. Hoje em dia, ela Ô gênio temperamental! Tá bom, desculpe, não
já está bem velhinha, ainda linda, uma linda velhinha. quis ofender chamando sua lâmpada de bule!
Sozinha, na janela, espera algum príncipe passar e Mas que parece, parece.
TAVANO. Silvana. Disponível em:
parar para conversar. <http://www.cronopios.com.br/cronopinhos/ineditos.asp?id=96>. Acesso
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos: histórias em: 6 fev. 2012.
modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1996.

Nesse texto, o que deu origem aos acontecimentos foi


O que fez com que essa história acontecesse? A) a lâmpada do menino ser preguiçosa.
A) A princesa ficar sempre na janela conversando. B) a lâmpada ser um bule mágico.
B) A princesa recusar os pedidos de casamento. C) o menino encontrar uma lâmpada.
C) As lindas roupas usadas pela princesa no castelo. D) o menino ter esfregado a lâmpada.
D) As visitas feitas pelos príncipes à princesa no
castelo. ------------------------------------------------------------------
(PROEB). Leia o texto abaixo.
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(SEAPE). Leia o texto abaixo. Vegetais debaixo d’água
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D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
O papai estava enchendo as bolas e a tia Mari
A turma ficou encantada com tudo. De
estava botando a mesa na sala. [...]
manhã, conheceram tanta coisa, se divertiram e O primeiro convidado que chegou foi o priminho
caminharam tanto... já estavam ficando “azuis” de da Lulu, o Miguel. Depois chegou a Taís, o Arthur e o
fome. Caiã e todos os colegas do colégio.
De repente, o senhor Samuel disse: E ficaram todos brincando no jardim.
– Pessoal, o almoço está na mesa! Aí todos entraram para abrir os presentes. [...]
Quando todos estavam assentados, Lulu gostou de todos os presentes, mas o que
começaram a comer as saladas. Uma era mais ela mais gostou foi da caixa grande de lápis de cor que
gostosa que a outra, todas muito fresquinhas. [...] se abria feito uma sanfona e que tinha todas, mas
Luísa descobriu que eram verduras hidropônicas e todas as cores, mesmo. [...]
Então, logo de manhã, a Lulu já se sentou na
comentou:
mesa da sala, pegou o bloco grande de desenho e
– Queria tanto ver como isso funciona.
começou a fazer um desenho bem bonito, com seus
Toda a turma havia planejado ver os cavalos novos lápis. Aí chegou o Miguel, que veio passar o dia
no pasto, mas seguiu o senhor Samuel até um com ela.
lugar parecido com uma tenda, onde havia Ele se sentou junto da Lulu e disse que também
diversas caixas suspensas. queria desenhar. Mas Lulu não quis nem por nada
– O que é isso? emprestar os lápis a ele.
– São caixas para hidroponia – explicou o – Os meus lápis de cor são só meus! – ela disse.
senhor Samuel, mostrando que essa é uma A mãe de Lulu ficou zangada:
técnica de cultivo que não usa terra. [...] É que a – Que é isso, minha filha? Os dois podem
hidroponia oferece as mesmas condições que o desenhar muito bem. Empreste os lápis para o seu
cultivo comum de verduras. Essas caixas que primo!
Mas o Miguel já estava enjoado dessa conversa,
vocês estão vendo são cobertas por isopor. É ele
e foi [...] andar de bicicleta. [...]
que sustenta a planta, separando a raiz das folhas. A Lulu juntou todos os lápis, [...] em cima do
Por baixo, corre água com nutrientes em períodos bloco e foi para o quarto, equilibrando tudo.
alternados para que a raiz também possa respirar. Ela foi subindo as escadas, subindo as escadas,
– Mas qual é a vantagem? Parece que dá até que já estava chegando lá em cima, quando ela
mais trabalho, perguntou o Cazuza. perdeu o equilíbrio e deixou os lápis caírem todos
– Ao contrário. Dá menos trabalho. Com a escada abaixo. [...]
hidroponia, a planta tem capacidade de crescer A Lulu desceu as escadas e viu que todas as
mais rápido. pontas dos lápis estavam quebradas. [...] O Miguel,
– Que legal! Verduras fazem muito bem à que estava brincando lá fora, veio correndo para ver o
saúde... – Comentou Quico, lembrando-se do que tinha acontecido.
Então ele disse à Lulu:
delicioso almoço que a [...] cozinheira tinha
– Não chore não, Lulu, eu vou buscar meu
preparado.
Nosso Amiguinho. n. 9, ano 57, mar. 2010, p. 31-32. Fragmento.
apontador lá em casa e eu aponto todos os seus lápis.
E ele foi e logo chegou com o apontador.
O que deu origem aos fatos narrados nesse texto O Miguel apontou todos os lápis da Lulu.
foi Então a Lulu convidou:
A) a curiosidade de Luísa. – Miguel, você não quer desenhar comigo?
B) a separação das raízes. E o Miguel veio e eles fizeram uma porção de
C) o desejo de ver os cavalos. desenhos [...].
E a Lulu se divertiu muito mais do que quando
D) o chamado para o almoço.
ela ficava desenhando sozinha...
ROCHA, Ruth. Disponível em:
------------------------------------------------------------------ <http://www2.uol.com.br/ruthrocha/historias_01.htm>. Acesso em: 24 jul.
2012. Fragmento.
(SAEPI). Leia o texto abaixo.
Meus lápis de cor são só meus Qual é a personagem principal dessa história?
A) Arthur.
A Lulu estava muito contente naquele dia. É que
B) Caiã.
era o dia do aniversário dela. Quando ela chegou da
C) Lulu.
escola já encontrou a mamãe preparando a festa. [...]
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D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
D) Miguel. devem estar agora mesmo a secar na areia por todas
essas praias. Você tem tanto trabalho e que diferença
------------------------------------------------------------------ faz salvar algumas se outras milhões vão morrer?
(SAEPE). Leia o texto abaixo. O menino agarrou em mais uma estrela-do-mar,
levou-a até a água, olhou para o escritor e disse:
Princesa Linda Laço-de-fita
— Para esta estrela-do-mar eu já fi z a diferença.
O escritor não conseguiu fazer mais nada
Sempre foi linda, vestiu roupas lindas e morou
durante o dia inteiro, mal conseguiu dormir e sentiu-se
num quarto lindo, de um castelo lindíssimo, no reino
bastante triste.
de Flax. Passou a vida na janela desse quarto,
No dia seguinte, como habitual, o escritor foi
recebendo visitas de príncipes que vinham
dar o seu passeio matinal à praia, mas desta vez
de muito longe e de bem perto para também pedi-la
passou toda a manhã ajudando o menino a devolver as
em casamento. Mas, sendo linda como era, e muito
estrelas-do-mar ao oceano.
vaidosa da própria lindeza, não aceitava nenhum Disponível em: <http://www.motivo.me/2011/06/06/o-menino-e-as-
pedido, pois nenhum príncipe era forte, rico ou... lindo estrelas-do-mar/>. Acesso em: 12 jan. 2013.
o suficiente para casar com ela. Com o passar dos
anos, os príncipes cansaram desse papo furado e O que fez com que essa história acontecesse?
desistiram de pedi-la em casamento. Hoje em dia, ela A) O escritor ajudar o menino no dia seguinte.
já está bem velhinha, ainda linda, uma linda velhinha. B) O escritor ver o menino devolvendo as estrelas-
Sozinha, na janela, espera algum príncipe passar e do-mar ao oceano.
parar para conversar. C) O menino dizer que seu trabalho fazia diferença.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos: histórias D) O menino explicar que as estrelas-do-mar iriam
modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1996. secar e morrer.
O que fez com que essa história acontecesse?
------------------------------------------------------------------
A) A princesa ficar sempre na janela conversando.
(Sobral-CE). Leia o texto abaixo.
B) A princesa recusar os pedidos de casamento.    

C) As lindas roupas usadas pela princesa no castelo. O MACACO E A VELHA


D) As visitas feitas pelos príncipes à princesa no Havia uma velha, muito velha, chamada
castelo. Marocas. Ela possuía um lindo bananal. Mas a
coitadinha da velha comia poucas bananas, pois havia
------------------------------------------------------------------ um macaco que lhe roubava todas. Um dia, Marocas,
(SAEMI - PE). Leia o texto abaixo. cansada de ser roubada, teve uma ideia. Comprou no
A fábula da estrela-do-mar armazém vários quilos de alcatrão e com ele fez um
boneco. Colocou-o num grande tabuleiro e o levou
Todos os dias de manhã um escritor passeava para o meio do bananal, pensando em dar uma lição
numa praia muito calma em busca da sua inspiração no macaco. Logo que Marocas voltou para casa, lá veio
diária para continuar a escrever o seu livro. o macaco Simão de mansinho. Quando avistou o
Um dia, ao caminhar pela areia, o escritor viu ao boneco, zangou-se pensando que ele lhe roubava as
longe um menino a correr entre a água e a areia seca. bananas.  O macaco, muito zangado, deu-lhe uns
Ao chegar mais perto, viu que o menino estava sopapos, ficando com a mão grudada no alcatrão. Deu-
pegando as estrelas-do-mar que se encontravam na lhe um pontapé. Ficou preso no boneco também o seu
areia e levando-as novamente para o mar. pé. O macaco deu, então, uma cabeçada e ficou
— Bom dia. – disse o menino sorrindo e sem todinho grudado.  Marocas, saindo do barraco, pegou
parar o que estava fazendo. o chicote e surrou o macaco e só parou, quando
— Olá. Por que você está fazendo isso? — Simão, dando três pulos, desgrudou-se do alcatrão e
perguntou o escritor. fugiu. Certa manhã, Simão teve uma ideia para se
— Como a maré está baixa e o sol forte, as vingar da velha Marocas. Ele entrou numa pele de leão
estrelas-do-mar vão secar e morrer antes que a maré que encontrou na floresta. Pulou o muro da casa da
suba de novo. – disse o jovem. velha e escondeu-se no bananal.  Quando a velha
O escritor olhou novamente para o menino, apareceu, Simão soltou um urro terrível e deu-lhe um
sorriu e disse: bote. A velha gritou e tentou fugir, mas, naquele
— Acho muito bonito o que está fazendo, só alvoroço, caiu bem no fundo do poço que havia no
que existem milhares de quilômetros de praia por quintal. O macaco, vendo o perigo que ela corria, ficou
todo o mundo, ou seja, milhões de estrelas-do-mar muito triste, pois queria assustá-la, mas não matá-la.
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D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
Saiu bem rápido de dentro da pele e, olhando em E seus pais disseram:
volta, subiu num pé de jamelão, pegou num galho bem – Puxa, ainda bem que você se convenceu! [...]
grosso e espichou bem o rabo até o fundo do poço.  Os E daí por diante não havia pato mais contente,
gritos chamaram a atenção dos vizinhos que, que tivesse mais vontade de nadar na lagoa, do que o
chegando ao bananal, surpreenderam-se com a Milton. De vez em quando ele ainda dizia: “Sou um
cena.  O macaco fazendo força, trazendo Marocas pato! Um pato mesmo!”. E dava um suspiro de alívio.
COELHO, Marcelo. O patinho bonito. In: Banco de Dados Folha. 1989. Disponível em:
dependurada no seu rabo. Depois desse dia, as coisas <http://almanaque.folha.uol.com.br/folhinha_texto_marcelo_patinho.htm>. Acesso em: 8 mar.
mudaram. Marocas e o macaco ficaram amigos. Era 2016. Fragmento.

uma beleza! Ela, em vez de pancadas, dava-lhe


bananas e doces. Essa história termina quando
(CAPPELLI, Alba; DIAS, Dora. O macaco e a velha. Coleção A) Milton é confundido com um pato mecânico.
Lua de papel. FTD. *Adaptado: Reforma Ortográfica. B) Milton é elogiado por todos da escola.
C) Milton fica contente por ser um pato.
O que deu início à briga entre Marocas e o macaco?
D) Milton percebe que tinha sonhado.
A) A lição que Marocas deu no macaco. 
B) A surra de chicote que o macaco levou.
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C) O boneco roubar as bananas do macaco.
(SAEGO). Leia o texto abaixo.
D) O macaco comer as bananas da Marocas.
Aí vem a chuva
------------------------------------------------------------------ Numa pequena aldeia, vive um africano
(PAEBES). Leia o texto abaixo. chamado Sambo. Lá, a cada verão, fica mais quente,
O patinho bonito muito quente. Mas este ano está um desastre: nem
uma gota de chuva há seis meses! É a seca. O sol está
[...] Milton era o patinho mais bonito da escola. queimando, plantações estão morrendo e a água está
Todos olhavam para ele e diziam: “Como ele é muito escassa! A vila inteira está preocupada. O que
bonito!”. Ele se olhava no espelho e dizia: “Como eu fazer? Todos os dias Sambo sai em busca de água
sou bonito!”. E ficava pensando: “Sou tão bonito que potável, às vezes, deve buscá-la longe... Sambo viaja
talvez eu nem seja um pato de verdade. Tenho até muitos quilômetros.
nome diferente. [...] Quem sabe eu sou gente?”. Nesta manhã, Sambo está desesperado para
E Milton começou a ficar meio besta. Diziam: encontrar água e começa a chorar. Em seguida, ouve
“Milton, vem nadar!”. Ele respondia: “Eu não. [...]”. um coaxar perto dele: um sapo. “Olá” – diz ele – “Por
Todos os outros patos começaram a achar o Milton que você está chorando?” “Por causa da água” –
meio chato. Ele foi ficando sozinho. E dizia: “Não faz explica Sambo – “Nós não temos nada para beber!”. O
mal. Sou mais bonito. Vou terminar na televisão. Vou sapo fala: “E você não sabe que os sapos conhecem os
ser o maior galã”. segredos da água? Nós até sabemos como fazer
Uma noite Milton resolveu fugir de casa. Foi até chover!”. Então o rosto de Sambo fica iluminado com
a cidade para tentar entrar na televisão. Quando essa notícia. “Vá para casa e acredite em mim” –
chegou na porta da estação de TV, foi logo dizendo: ordena o sapo. Então, Sambo retorna para casa com o
“Eu me chamo Milton. Além de bonito, acho que eu coração leve. Sem dizer nada para os outros, ele
tenho muito talento artístico”. [...] “Ih, não enche”, espera pela noite, cruzando os dedos.
disse alguém. “Todo dia alguém arranja uma fantasia Finalmente, a noite cai sobre a aldeia. Em
de bicho e vem aqui procurar lugar na televisão”. seguida, o primeiro coaxar pode ser ouvido, a primeira
– Mas você não vê que eu não estou fantasiado? luz, então mais forte. São os sapos cantando a canção
Perguntou Milton. [...] da chuva! Durante toda a noite, eles cantam. E, ao
– Então como é que você sabe falar? amanhecer, a chuva começa a cair. Todo mundo sai de
– Mas os patos falam!! disse Milton, quase suas casas e corre para fora. É uma explosão de alegria
chorando. na aldeia!
– Não vem com essa, [...] disse um guarda que MURAT, D’Annie. 365 histórias – uma para cada dia do ano! Tradução de Martim G.
estava ali perto. Para mim você é um pato mecânico. Wollstein. Blumenau: Blu, 2010. p. 139-140.

Deve ser uma espécie de robô com um computador na


cabeça! [...] O que fez com que essa história acontecesse?
De repente Milton teve um estremeção. Abriu A) Os moradores da vila explodirem de alegria com a
os olhos e viu que estava em casa. Ele tinha sonhado. chuva.
Olhou para seus pais, ainda meio assustado, e disse: B) Os sapos cantarem a canção da chuva durante a
– Eu sou um pato... eu sou um pato... noite.

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D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
C) Sambo encontrar um sapo que conhece os Ela respondeu com uma cara toda feliz:
segredos da água. ─ Um bebê. Seu irmão. Eu fiquei lembrando do
D) Sambo voltar para sua casa acreditando no que o siri e fiz outra pergunta:
sapo disse. ─ Será que o siri também tem um bebê na
barriga? Minha mãe fez cara de quem não sabia o que
------------------------------------------------------------------ dizer. Mas disse:
(SPAECE). Leia o texto abaixo. ─ Ah, siri não. Siri põe ovo.
─ E você não põe?
A Folha
─ Claro que não!
Era uma vez uma Folha que não se dava bem ─ Você tem certeza que o bebê tá dentro da sua
com as suas companheiras. [...] Julgava-se a mais barriga, mãe?
importante de todas. E sonhava em deixar as ─ Tenho, filho.
companheiras e ir passear pelo mundo. ─ E por que você comeu ele?
Uma manhã em que fazia muito vento, as Folhas Minha mãe deu uma gargalhada. Me abraçou
agarravam-se umas às outras para não se separarem bem comprido e disse que ia me explicar tudo, tintim
da Árvore. Mas a Folha [...] aproveitou a ocasião para por tintim, mais tarde. Ela falou assim: tintim por
se soltar e partir. tintim.
Começou a sua grande aventura. No princípio, Então, eu me esqueci do siri, do bebê e só
foi agradável o baile nos ares, sobrevoando campos e pensei: “Tintim é o barulho que os copos fazem
aldeias. Mas o vento era tão forte que os seus olhos se quando os adultos batem um contra o outro em dia de
encheram de pó e não pôde ver nada. Depois caiu festa!” Aí comecei a lembrar do meu aniversário...
dentro de um rio e, como a água lhe salpicava os Por que será que meu pensamento pensa desse
olhos, também nada pôde ver. O rio levou-a até ao jeito?
mar e as ondas arrastaram-na para a praia. Quer dizer, por que ele fica pulando de uma
Caiu a noite e ali estava a Folha, cheia de frio, ideia para outra sem parar?
num lugar desconhecido. Na manhã seguinte, vieram Aliás, por falar em pular... Alguém quer pular
os banhistas para a praia e pisaram-na tantas vezes corda comigo? LEITE, Milu.
que ficou enterrada na areia. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/siri-bebe-corda-
634326.shtml>. Acesso em: 5 dez. 2014.
Começou a chorar tanto [...] que adormeceu.
Quando acordou, teve uma surpresa. Tudo não Qual trecho desse texto comprova que o narrador é
passara de um mau sonho. também personagem dessa história?
Disponível em: <http://migre.me/noe>. Acesso em: 17 dez. 2014. Fragmento.
A) “Não fui eu que trouxe, não.”. (1° parágrafo)
No primeiro parágrafo desse texto, a Folha B) “O siri não tem cama.”. (1° parágrafo)
demonstrou ser C) “E o cachorro tem medo do siri...”. (1° parágrafo)
A) brava. D) “Ela respondeu com uma cara toda feliz:...”. (2°
B) ciumenta. parágrafo)
C) convencida.
D) zangada. ------------------------------------------------------------------
(SAERS). Leia o texto abaixo.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo. Que preguiçaaaa!
É Siri, É Bebê, É Corda
Numa árvore no meio da floresta morava
Lá em casa mora um siri. Não fui eu que trouxe, uma família de bichos-preguiças! Nesta família
não. Ele veio me seguindo pela praia. Atravessou a rua, ninguém queria saber de fazer nada. O pai pedia
desviou dos carros. Eu só espiava. Ele vinha atrás. O para a mãe buscar um copo de água, daí ela pedia
siri não tem cama. Dorme na tigela de comida do para o filho mais velho, que pedia para o filho do
cachorro. E o cachorro tem medo do siri porque já
meio, que pedia para o caçula... que nem
levou um beliscão no focinho. Eu não sei o que o siri
alcançava o armário dos copos ainda.
come, nem o que ele bebe. Mas ele continua vivo e
mora nessa casa faz tempo. Acho até que engordou. Quando eles assistiam à televisão, ninguém
Minha mãe também engordou. Eu perguntei para se mexia nem para mudar o canal. Aí, na época de
minha mãe: férias, a coisa piorava. Era uma moleza tão grande
─ O que tem aí dentro da sua barriga? que eles só comiam pizza para viagem.
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D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
– Pena que ainda não inventaram o “disk De volta à floresta: – Sapatinhos de verniz?
copo de água” – reclamava o papai-preguiça. Que exagero!
Daí, certo dia, todos eles estavam com – disse o sapo Tatá.
preguiça até de segurar na árvore para ficar de Hoje nem tem festa na floresta.
– É mesmo! – pensou a joaninha.
cabeça para baixo! Então, adivinha o que
E foi para casa trocar os sapatinhos.
aconteceu: despencou a família toda no chão...
De volta à floresta:
papai, mamãe, irmão por irmão. Tum, tum, tum, – Batom cor-de-rosa?
tum, tum! Foi caindo um por um. Que esquisito!
Até que não foi mal. Eles acharam divertido – disse Téo, o grilo falante.
e riram muito um do outro. Aquilo tinha sido o – É mesmo!
maior acontecimento das férias! – disse a joaninha.
Para subir de volta para casa, eles tiveram E foi para casa tirar o batom. – Vestido amarelo
um trabalho danado, mas quando chegaram, com bolinhas pretas? Que feio! Por que não usa o
sentiam-se muito mais dispostos. vermelho? – disse a aranha Filomena. – É mesmo! –
– Legal! Estou novo em folha. – disse o pensou Filó. E foi para casa trocar de vestido. Cansada
de tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo caminho. O
papai.
Sol estava tão quente que a joaninha resolveu desistir
– Nós também! – concordaram os outros.
do passeio.
E a família descobriu que um pouco de Chegando em casa, ligou para tia Matilde.
exercício é um ótimo espantalho para preguiça! – Titia, vou deixar a visita para outro dia.
Pode acreditar! Se você estiver com aquela – O que aconteceu, Filó? – Ah!
preguicite de férias, tente se mexer um Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem
pouquinho... bonita e saí andando pela floresta. Mas no caminho...
HEINE, Evelyn. Disponível em: – Lembre-se, Filozinha... gosto de você do
<http://www.divertudo.com.br/historia20.htm>. Acesso em: 1 abr. 2014.
jeitinho que você é. Venha amanhã, estarei te
Essa história aconteceu porque esperando com um almoço bem gostoso. No dia
A) o papai-preguiça achou legal subir de volta na seguinte, Filó acordou de bem com a vida.
árvore. Colocou seu vestido amarelo de bolinhas pretas,
amarrou a fita na cabeça, passou batom cor-de-rosa,
B) o papai-preguiça pediu para a mãe buscar um
calçou seus sapatinhos de verniz, pegou o guarda-
copo de água. chuva preto, saiu andando apressadinha pela floresta,
C) os bichos-preguiças caíram da árvore onde plecht, plecht, plecht... e só parou para descansar no
moravam. colo gostoso da tia Matilde.
D) os bichos-preguiças descobriram que RIBEIRO, Nye. Disponível em: <http://migre.me/9WOSW>. Acesso em: 15
dez. 2011. Fragmento.
exercício espanta a preguiça.
Qual é a personagem principal desse texto?
------------------------------------------------------------------ A) A aranha Filomena.
(SAEPI). Leia o texto abaixo. B) A borboleta Loreta.
De bem com a vida C) A joaninha Filó.
D) A tia Matilde.
Filó, a joaninha, acordou cedo.
– Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar ------------------------------------------------------------------
minha tia. [...] (SAEGO). Leia o texto abaixo.
Filó colocou seu vestido amarelo de bolinhas
pretas, passou batom cor-de-rosa, calçou os História pra boi não dormir
sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto e Lá na fazenda mora o Zé Bu, um boi folgado e
saiu pela floresta: plecht, plecht... muito dorminhoco. Não quer saber de pastar, nem de
Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a nada. Em vez de “muuu”, faz “ronc”. Ê preguiça
borboleta. danada!
– Que lindo dia! Seu pelo é todo amassado, de tanto ficar
– E pra que esse guarda-chuva preto, Filó? deitado. Pega no sono em qualquer hora do dia, em
– É mesmo! – pensou a joaninha. qualquer canto. Dorme até em pé, por isso vive
E foi para casa deixar o guarda-chuva. atrapalhando o caminho do resto da boiada.
7
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
– Acorda, Zé Bu! (A) corajosa.
– Olha a frente, ô molenga! (B) cuidadosa.
– Bi, bi! Com licença! (C) esperta.
Um dia, só de piada, colocaram uma galinha (D) ingênua.
sentada nas costas do Zé Bu. Todo mundo deu risada.
Que cena mais engraçada! Um boi dormindo e uma ------------------------------------------------------------------
galinha empoleirada! Leia o texto abaixo.
Passou um tempo e a galinha botou um ovo.
O rato do mato e o rato da cidade
Mais um tempo e um pintinho saiu lá de dentro. Virou
galo crescido e aprendeu a cantar. Um ratinho da cidade foi uma vez convidado
– Cocoricóóóóóóóóó! para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu
Zé Bu acordou assustado! companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o
– Mas o que é isso? Um despertador rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
desesperado? — Tenho muita pena da pobreza em que você
– Não, senhor... Sou eu, seu afilhado! – vive — disse.
respondeu o galinho, todo animado. Contente em ver, — Venha morar comigo na cidade e você verá
finalmente, o seu padrinho acordado. como lá a vida é mais fácil.
Daí os dois não se largaram nunca mais. Era só o Lá se foram os dois para a cidade, onde se
boi cochilar... que o galo, num minutinho, já começava acomodaram numa casa rica e bonita.
a cantar! Foram logo à despensa e estavam muito bem, se
HEINE, Evelyn. Disponível em:
<http://www.divertudo.com.br/historia34.html>. Acesso em: 26 mar. 2014.
empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando
*Adaptado: Reforma Ortográfica. entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram
enormes ao ratinho do campo.
Essa história termina quando Os dois ratos correram espavoridos para se
A) o boi acorda assustado com o canto do galo. esconder.
B) o boi deixa de ser dorminhoco com a ajuda do — Eu vou para o meu campo — disse o rato do
galo. campo quando o perigo passou.
C) o galo cresce e aprende a cantar bem alto. — Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às
D) o galo fica contente quando vê o boi acordado. suas comidas gostosas com todo esse susto.
Mais vale magro no mato que gordo na boca do
------------------------------------------------------------------ gato.
(Prova Brasil). Leia o texto abaixo.
Alfabetização: livro do aluno 2ª ed. rev. e atual. / Ana Rosa
A Raposa e o Cancão Abreu... [et al.]Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2001. 4v. :
p. 60 v. 3
Passara a manhã chovendo, e o Cancão todo
molhado, sem poder voar, estava tristemente
O problema do rato do mato terminou quando ele:
pousado à beira de uma estrada. Veio a raposa e
(A) descobriu a despensa da casa.
levou-o na boca para os filhinhos. Mas o caminho era
(B) se empanturrou de comida.
longo e o sol ardente. Mestre Cancão enxugou e
(C) se escondeu dos ratos.
começou a cuidar do meio de escapar à raposa.
(D) decidiu voltar para o mato.
Passam perto de um povoado. Uns meninos que
brincavam começam a dirigir desaforos à astuciosa
------------------------------------------------------------------
caçadora. Vai o Cancão e fala:
(SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.
— Comadre raposa, isto é um desaforo! Eu se
fosse você não agüentava! Passava uma A POMBA E A FORMIGA
descompostura!...
A raposa abre a boca num impropério terrível Uma pomba branca bebia água no riacho
contra a criançada. O Cancão voa, pousa quando, de repente, ouviu uma vozinha muito fraca:
triunfantemente num galho e ajuda a vaiá-la... – Socorro, socorro, estou me afogando!
Era uma formiga, que a correnteza forte
CASCUDO, Luís Câmara. Contos tradicionais do Brasil. 16ª arrastava.
ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. A pomba branca ficou penalizada. “Coitadinha
da formiga”, pensou. “Como poderei ajudá-la?”
No final da história, a raposa foi:

8
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
Arrancou com o bico uma graminha e a jogou na água. — Era só voz o grande galo? Nada aprendeu
A formiga subiu no barco e alcançou a outra margem. nesse tempo de domínio? As galinhas se calaram.
Aliviada, a formiga queria agradecer a pomba, .
mas onde será que ela estava? Moral da História: A arrogância é amiga da estupidez.
Dias depois, a formiguinha andava pelo bosque
quando viu um camponês descalço, armado de arco e ANDRADE, Rachel Gazolla de. Fábulas nuas e cruas. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005. p. 11. (P050533A9_SUP)
flecha. O homem mirava alguma coisa no alto de um
galho. Era justamente a pomba branca que, sem Nesse texto, a frase ― “Era só voz o grande galo?” foi
desconfiar de nada, dormia tão profundamente que dita:
até roncava. A) pelo cantor.
“Preciso avisá-la”, pensou a formiga, B) pelo gambá.
desesperada. C) pelos companheiros.
Nhec!!!... A formiguinha enterrou suas D) pelas galinhas.
mandíbulas cortantes no pé descalço do camponês
malvado. ------------------------------------------------------------------
– Ai! Ai! Ai! Ui! Ui! Ui! – Gritou o homem, (SIMAVE). Leia o texto abaixo.
uivando de dor. E largou o arco e a flecha, que ficaram
caídos na terra. A RÃ E O TOURO
Com o barulho, a pombinha acordou assustada. Um grande touro passeava pela margem de
E mais que depressa tratou de voar para bem longe. O um riacho.
camponês foi embora, furioso, resmungando: A rã ficou com muita inveja do seu tamanho e
– Que azar, pisei num espinho! Adeus, pomba da sua força.
assada... Então começou a inchar, fazendo enorme
MORAL DA HISTÓRI A: “O bem que fazemos, um dia esforço, para tentar ficar tão grande quanto o touro.
volta para nós.” Perguntou a suas companheiras de riacho se
VI EIR A, Isabel. Fabulinhas Famosas. São Paulo: Rideel, 2001. p. 201.
estava do tamanho do touro. Elas responderam que
não.
O narrador dessa história é
A rã tornou a inchar e inchar. Ainda assim não
A) a pomba.
alcançou o tamanho do touro.
B) a formiga.
Pela terceira vez tentou inchar; e fez isso com
C) um camponês.
tanta força que acabou explodindo, por culpa de tanta
D) um observador.
inveja.
Fonte: ROCHA, Ruth. A rã e o touro. In: ______. Fábulas de Esopo. 10. ed.
------------------------------------------------------------------ São Paulo: FTD, 1999.
Leia o texto abaixo.
O galo cantor Para tentar ser igual ao touro, a rã
(A) fez cara de brava.
Era uma vez, um galo conhecido por sua
(B) ficou bem forte.
arrogância. Costumava demonstrar força ao raiar do
(C) inchou muito.
sol , quando cantava bem alto, de modo a superar, no
(D) pulou bem alto.
timbre e no tempo, o canto dos companheiros. Erguia
a crista, estufava o peito e permanecia assim por
------------------------------------------------------------------
horas. As galinhas olhavam compreensivas, apesar de
Leia o texto abaixo.
um tanto entediadas com a repetição diária do
presunçoso rito. O príncipe sapo
Certo dia, chovia muito. O galo estufou o peito, Uma feiticeira muito má transformou um belo
ergueu a crista e cantou como sempre. Os outros galos príncipe num sapo, só o beijo de uma princesa
se calaram. desmancharia o feitiço.
Não demorou, e a garganta do arrogante cantor Um dia, uma linda princesa chegou perto da
se inflamou gravemente. Ele encolheu, ficou muito lagoa em que o príncipe morava. Cheio de esperança
gripado e, afinal, teve uma forte pneumonia que de ficar livre do feitiço, ele lhe pediu um beijo. Como
emudeceu suas cordas vocais. Não pode mais cantar. ela era muito boa, venceu o nojo e, sem saber de
Um gambá, que sempre passava por ali, nada, atendeu ao pedido do sapo: deu-lhe um beijo.
comentou: Imediatamente o sapo voltou a ser príncipe,
casou-se com a princesa e foram felizes para sempre.
9
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
Seieszka, Jon. O patinho realmente feio e outras histórias malucas. São
Paulo: Companhia das letrinhas, 1997, [s. p].

O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?


A) O beijo da princesa.
B) O feitiço da feiticeira.
C) O nojo da princesa.
D) O pedido do sapo.

------------------------------------------------------------------
(SADEAM). Leia o texto abaixo:
O Leão e o Inseto

Um Inseto se aproximou de um Leão e disse


sussurrando em seu ouvido: “Não tenho nenhum
medo de você, nem acho você mais forte que eu. Se
você duvida disso, eu o desafio para uma luta, e,
assim, veremos quem será o vencedor.”
E voando rapidamente sobre o Leão, deu-lhe
uma ferroada no nariz. O Leão, tentando pegá-lo com
as garras, apenas atingia a si mesmo, ficando, assim,
O Globo: “Globinho”, 04/10/2008.
bastante ferido.
Desse modo, o Inseto venceu o Leão, e Na história do Menino Maluquinho, o problema
entoando o mais alto que podia uma canção que surgido entre as crianças foi
simbolizava sua vitória sobre o Rei dos animais, foi A) decidir se eles iam brincar.
embora relatar seu feito para o mundo. B) escolher de que iam brincar.
Mas, na ânsia de voar para longe e rapidamente C) esperar para poder brincar.
espalhar a notícia, acabou preso numa teia de aranha. D) ter de parar de brincar.
Então se lamentou dizendo: “Ai de mim, eu que
sou capaz de vencer a maior das feras, fui vencido por ------------------------------------------------------------------
uma simples Aranha.” (AvaliaBH). Leia o texto abaixo:
Moral da História: O menor dos nossos inimigos é
frequentemente o mais perigoso. Mandioca
ESOPO. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br>.
Acesso em: 24 mar. 2010.
Existem várias lendas que explicam a origem da
mandioca, porém a mais conhecida é sobre Mani.
No final dessa história, o inseto Mani era uma linda indiazinha, neta de um grande
A) comemorou a vitória com os animais. cacique de uma tribo antiga.
B) desafiou o leão para uma luta. Desde que nasceu andava e falava. De repente,
C) foi derrotado por uma aranha. morreu sem ficar doente e sem sofrer.
D) fugiu da luta voando rapidamente. A indiazinha foi enterrada dentro da própria oca
onde sempre morou e como era a tradição do seu
------------------------------------------------------------------ povo. Todos os dias os índios da aldeia iam visitá-la e
(AvaliaBH). Leia o texto abaixo: choravam sobre sua sepultura, até que nela surgiu
uma planta desconhecida. Então, os índios resolveram
cavar para ver que planta era aquela, tiraram-na da
terra e ao examinar sua raiz viram que era marrom,
por fora, e branquinha por dentro.
Após cozinharem e provarem a raiz, entenderam
que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de
Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram
o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma
oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como
mandioca.
Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/br/>. Acesso
em: 10 ago. 2011.

10
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
Saltou de alegria e caiu sentada no chão, entre a
Quem é a personagem principal dessa história? Rainha Vermelha e a Rainha Branca.
A) Deus Tupã. Quis saber se o jogo já tinha acabado e indagou:
B) Mani. – Por favor, podem me dizer se...
C) O cacique. A Rainha Vermelha cortou sua frase:
D) Os índios. – Já sabemos: fomos convidadas para a festa
que vai dar.
------------------------------------------------------------------ – Se sou eu quem dá a festa, quem as convidou?
(AvaliaBH). Leia o texto abaixo e responda. – Uma de nós convidou a outra e as duas juntas
fizemos todos os convites.
OS SONHOS DE JOSAFÁ
Alice achou que aquilo era demais e falou:
Josafá gostava muito de dormir. Dormia a toda – Agora também sou Rainha e... [...]
hora e em todos os lugares. Debaixo da lua, debaixo CARROL, Lewis. Alice no país do espelho. Edy Lima.1 ed. São Paulo:
Compainha Editora Nacional, 2007, p. 40. Fragmento.
do sol, tanto fazia. E, quanto mais dormia, mais
sonhava.
Qual foi o fato que deu origem a essa história?
Um dia, Josafá resolveu, depois de cada
A) Alice conseguir se transformar em rainha.
despertar, contar seus sonhos à primeira pessoa que
B) Alice cair sentada entre as duas rainhas.
encontrasse. [...]
C) As duas rainhas se convidarem para a festa.
Então, contou o primeiro sonho...
D) As duas rainhas fazerem todos os convites.
Antoninho passava pela estradinha de terra que
ia dar no Córrego de Areia, quando ouviu um grito. Era
------------------------------------------------------------------
Josafá, acabando de acordar:
(SAERS). Leia o texto abaixo e responda.
─ Êi! Êi! Eu sonhei com um peixe. Você conhece
o peixe que morava debaixo da ponte do rio O LOBO DESATENTO
Jaguaribe? Não? Certa noite, um lobo andava pela floresta em
Ele tem um telefone celular, sabia? (Isso não busca de comida. E já estava empenhado nessa tarefa
estava no sonho, mas Josafá achou por bem inventar) havia um bom tempo, sem qualquer resultado prático,
Ele me disse que um velho danado queria fazer dele quando sentiu no ar o cheiro de carneiros. “Até que
seu almoço. enfim!”, foi o pensamento que lhe veio à cabeça de
E sabe o que o peixe fez? Nadou, nadou e nadou imediato, e então, imaginando o que de bom poderia
para bem longe... encontrar mais adiante para aplacar a fome que
O garotinho, que não era bobo, olhou de um sentia, ele caminhou rapidamente na direção que o
jeito engraçado para Josafá e respondeu: seu faro indicava.
─ Nadou para bem longe, foi? Pois seu sonho Logo à frente, as árvores davam lugar a uma
não salvou o peixinho... grande área coberta de relva, e era nesse pedaço de
─ Por quê? ─ espantou-se Josafá. chão que os carneiros descansavam protegidos por um
─ Ora, porque meu nome é Antoninho Velho. Se cão. O lobo não se preocupou com isso. O que fez foi
ele nadou, não sei. Sei que acabei de almoçar um sair andando passo a passo, o mais devagar que podia,
peixinho.... ─ e saiu correndo, deixando o sonhador procurando se aproximar do ponto que ficava mais
vendo bolhas de sonho explodindo no ar. distante do vigia, onde algumas das possíveis presas
Pieiro, Jorge. Os sonhos de Josafá, Fortaleza: Secretaria de Educação Básica,
2007. dormiam sossegadas.
E já estava quase lá, quando uma de suas patas
O que fez com que essa história acontecesse? traseiras descuidou-se um momento e pisou em um
A) A informação inventada sobre o peixe. pedaço de tábua já meio apodrecido. Esta rangeu sob
B) A resposta inesperada do Antoninho. o peso do animal, e o barulho que fez soou tão alto em
C) O encontro de Josafá com Antoninho. meio ao silêncio da noite que acordou o cão de
D) O relato do sonho com o peixe. guarda, fazendo-o sair na mesma hora em perseguição
ao lobo desastrado. Que por sua vez, coitado, não teve
------------------------------------------------------------------ outra coisa a fazer senão fugir em desabalada carreira,
(AvaliaBH). Leia o texto abaixo: esfomeado e sem alimento.
A Rainha Alice Moral da história: Quem não presta atenção no que
faz, algum dia vai acabar se metendo em apuros.
– Que bom! Consegui me transformar em Disponível em: <http://www.fernandodannemann.recantodasletras.
Rainha. com.br>. Acesso em: 5 abr. 2010.

11
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

Nesse texto, o que deu origem aos fatos narrados foi o O que deu início à briga entre Marocas e o macaco?
A) cão perseguir o lobo quando ele pisou na tábua. A) A lição que Marocas deu no macaco.
B) cão vigiar os carneiros que dormiam sossegados. B) A surra de chicote que o macaco levou.
C) lobo andar desatento à noite pela floresta. C) O boneco roubar as bananas do macaco.
D) lobo sentir cheiro de carneiros na floresta. D) O macaco comer as bananas da Marocas.

------------------------------------------------------------------ ------------------------------------------------------------------
(PROEB). Leia o texto abaixo e responda. (SAEPE). Leia o texto abaixo.
O MACACO E A VELHA Conto de todas as cores
Havia uma velha, muito velha, chamada Eu já escrevi um conto azul, vários até. Mas este
Marocas. Ela possuía um lindo bananal. é um conto de todas as cores.
Mas a coitadinha da velha comia poucas Porque era uma vez um menino azul, uma
bananas, pois havia um macaco que lhe roubava menina verde, um negrinho dourado e um cachorro
todas. com todos os tons e entretons do arco-íris.
Um dia, Marocas, cansada de ser roubada, teve Até que apareceu uma Comissão de Doutores –
uma ideia. Comprou no armazém vários quilos de os quais, por mais que esfregassem os nossos quatro
alcatrão e com ele fez um boneco. Colocou-o num amigos, viram que não adiantava. E perguntaram se
grande tabuleiro e o levou para o meio do bananal, aquilo era de nascença ou se...
pensando em dar uma lição no macaco. — Mas nós não nascemos – interrompeu o
Logo que Marocas voltou para casa, lá veio o cachorro. – Nós fomos inventados!
macaco Simão de mansinho. QUINTANA, Mário. A vaca e o hipogrifo. 3 ed. Porto Alegre, L&P, 1979.
Quando avistou o boneco, zangou-se pensando
que ele lhe roubava as bananas. Nesse texto, o narrador é um
O macaco, muito zangado, deu-lhe uns sopapos, A) cachorro.
ficando com a mão grudada no alcatrão. Deu-lhe um B) doutor.
pontapé. Ficou preso no boneco também o seu pé. O C) escritor.
macaco deu, então, uma cabeçada e ficou todinho D) menino.
grudado.
Marocas, saindo do barraco, pegou o chicote e ------------------------------------------------------------------
surrou o macaco e só parou, quando Simão, dando (SAEPE). Leia o texto abaixo.
três pulos, desgrudou-se do alcatrão e fugiu. Certa
O Fazendeiro, seu Filho e o Burro
manhã, Simão teve uma ideia para se vingar da velha
Marocas. Ele entrou numa pele de leão que encontrou Um fazendeiro e seu filho viajavam para o
na floresta. Pulou o muro da cada da velha e mercado, levando consigo um burro. Na estrada,
escondeu-se no bananal. encontraram umas moças que riram e zombaram
Quando a velha apareceu, Simão soltou um urro deles:
terrível e deu-lhe um bote. A velha gritou e tentou – Já viram que bobos? Andando a pé, quando
fugir, mas, naquele alvoroço, caiu bem no fundo do deviam montar no burro?
poço que havia no quintal. O fazendeiro, então, ordenou ao filho:
O macaco, vendo o perigo que ela corria, ficou – Monte no burro, pois não devemos parecer
muito triste, pois queria assustá-la, mas não matá-la. ridículos.
Saiu bem rápido de dentro da pele e, olhando em O filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por
volta, subiu num pé de jamelão, pegou num galho bem uma aldeia (...) e uns velhos que comentaram:
grosso e espichou bem o rabo até o fundo do poço. – Ali vai um exemplo da geração moderna: o
Os gritos chamaram a atenção dos vizinhos que, rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o
chegando ao bananal, surpreenderam-se com a cena. velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.
O macaco fazendo força, trazendo Marocas – Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o
dependurada no seu rabo. Depois desse dia, as coisas pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé.
mudaram, Marocas e o macaco ficaram amigos. Era Trocaram então as posições.
uma beleza! Ela, em vez de pancadas, dava-lhe Alguns quilômetros adiante, encontraram
bananas e doces. camponesas, as quais disseram:
CAPPELLI, Alba; DIAS, Dora. O macaco e a velha. Coleção Lua de Papel. FTD.
“Adaptado: Reforma ortográfica.
12
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
– A crueldade de alguns pais para com os filhos é A) o Boby.
tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no B) o cachorro.
burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas. C) a Clementina.
– Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer D) a narradora.
cruel, pediu o pai.
Assim, ambos montados no burro, entraram no ------------------------------------------------------------------
mercado da cidade. (SPAECE). Leia o texto abaixo.
– Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se
encontravam lá. Pobre burro, maltratado, carregando
uma dupla carga! Não se trata um animal desta
maneira. (...) Deviam carregar o burro às costas, em
vez de este carregá-los.
O fazendeiro e o filho saltaram do animal e
carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o
burro, que não estava se sentindo confortável,
começou a escoicear com tanta energia que os dois
caíram na água.
Fábulas de Esopo. www.clubedobebe.com.br

O problema que dá origem à essa história é


A) o fazendeiro e seu filho queriam agradar a todas
as pessoas e não conseguiam.
B) o fazendeiro e seu filho precisavam chegar
rapidamente ao Mercado da Cidade.
Disponível em: <http://www.monica.com.br>. Acesso em: 11/7/2009.
C) o burro estava muito cansado de caminhar. O que fez com que essa história acontecesse foi
D) o burro estava sendo muito maltratado. A) a curiosidade da menina.
B) a demora do pai em responder.
------------------------------------------------------------------ C) a resposta à pergunta da menina.
(SAEPE). Leia o texto abaixo. D) a menina ficar olhando a alface.
Clementina, a gata
------------------------------------------------------------------
Clementina era uma gata de telhado, dessas
Leia o texto abaixo.
gatas listradas. Vivia namorando, miando e tendo
gatinhos. Mas era mais pra namoradeira do que pra João e o pé de feijão
mamadeira, quer dizer: não cuidava muito bem dos Era uma vez um menino chamado João, que
filhotes. Vivia esquecendo de dar de mamar. vivia com sua mãe longe da cidade.
Ainda bem que Boby cuidava! Boby também era Um dia, a mãe de João disse: “Joãozinho, acabou
bassê, da mesma raça de Sua Avó. Se você não leu a a comida e o dinheiro. Vá até a cidade e venda nossa
história de Sua Avó, bem feito, vai pensar que estou vaquinha”.
falando de pessoa de sua família, Deus que me livre! É João foi e no caminho, encontrou um homem
que Sua Avó era o nome de um cachorro que tive, que o convenceu a trocar a vaquinha por sementes de
quando era menina, da mesma raça de Boby, que tive feijão. “Com estas sementes de feijão jamais passarão
quando meus fi lhos eram meninos. fome.” João acreditou e trouxe as sementes para casa.
Boby cuidava dos gatinhos de Clementina. Só Quando a mãe de João viu as sementes, ficou
não dava de mamar, por motivo de Boby ser macho. furiosa. Jogou tudo pela janela. Na manhã seguinte,
Mas mãe como Boby nunca vi igual! João levantou com muita fome e foi até o quintal.
Boby chamava Clementina de três em três horas, Ficou espantado quando viu uma enorme árvore que
para a desalmada vir alimentar os gatinhos. ia até o céu. Nem chamou sua mãe. Decidiu subir pelo
Clementina, muito namoradeira, não queria vir, ficava pé de feijão até chegar à copa.
requebrando em frente do portão, esquecida de que Ficou maravilhado ao encontrar um castelo nas
era uma senhora gata com obrigações familiares. nuvens e quis vê-lo de perto, quando uma mulher
ORTHOF, Sylvia. Os bichos que tive. Ed. Salamandra, 2006, pág. 61.
Fragmento. enorme surgiu e o agarrou: “O que faz aqui menino?
Será meu escravo. Mas o gigante não pode saber, por
Quem conta essa história é

13
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
isso vou escondê-lo. Se ele vir você, com certeza vai Guiando a Boiada
comê-lo.”.
Boi, boiada, boiadeiro,
O gigante chegou e sentou-se à mesa, comeu e Boiadeiro, boi, boiada,
depois ordenou a uma galinha prisioneira que pusesse Vai correndo pela estrada,
um ovo de ouro e a uma harpa que tocasse uma bela Levantando o pó do chão.
melodia. Vendo que a mulher havia se esquecido dele, Vai tangida pelo medo,
João saiu do armário e, rapidamente, libertou a Vai tangida pela morte,
galinha e também a harpa. Vai tangida pela sorte,
Mas a galinha cacarejou e a harpa fez um som Como o povo pela rua...
estridente despertando o gigante. Não sabe para onde vai
Com a galinha debaixo do braço e a harpa na outra Mas a coisa mais segura,
mão João deslizou pelo tronco do pé de feijão, o qual É o caminho derradeiro.
cortou deixando o gigante preso nas alturas. Boi, boiada, boiadeiro,
Uma História para cada dia do ano. Ed. Brasileitura. p. 64. Seguindo na estrada escura.
Ruth Rocha. Boi, boiada, boiadeiro. São Paulo: Quinteto Editorial, 1987.
A personagem principal dessa história é
A) o gigante do castelo. Essa história se passa
B) o menino João. A) na estrada.
C) a mãe de João. B) na rua.
D) a mulher enorme. C) no frigorífico.
D) no sítio.
------------------------------------------------------------------
Leia o texto abaixo a abaixo e responda. ------------------------------------------------------------------
(SAVEAL).Leia o texto a seguir e responda.
CORAÇÃO CONTA DIFERENTE
O pastor e seus carneiros
7 X 5 = 45 ... Um pastor levou seus carneiros para uma floresta
O Renato começou a rir e cochichou comigo: de carvalhos. Sob uma enorme árvore cheia de frutos,
– Essa menina é meio lelé. ele estendeu seu casaco. Depois subiu para sacudi-la e
Eu não ri nem falei nada. Mas uma coisa, lá dentro assim os frutos cairiam. Mas os carneiros comeram
da minha cabeça, me disse que 7 X 5 = 35. Como foi a indistintamente as bolotas e o casaco. Quando desceu,
Adriana que tinha escrito no quadro, eu não percebi o vendo o que tinha acontecido, o pastor exclamou:
erro. Aquele 4 que ela desenhou tão certinho no lugar do
― Suas bestas, aos outros vocês dão sua lã para
3 era tão bonito! Até os números da Adriana são lindos!
abrigá-los, a mim que lhes dou o sustento, vocês
– Tá errado, tia! Tá errado! – gritou, toda
destroem até o casaco!
esganiçada, a Carina.
A tia então mandou a Adriana sentar. [...] Muita gente, sem se dar conta, serve a
Ela ficou com a cabeça abaixada um tempão. [...] desconhecidos e faz mal aos que lhes são próximos.
(ESOPO 550 a.C. Fabulas de Esopo.Trad. Antonio Carlos Vianna.
Aí, arranquei a beiradinha da última página do meu Porto Alegre: L&PM, 1997. p.157.)
caderno e escrevi:
Não liga, Adriana. O texto “O pastor e seus carneiros” é
O 45 que você escreve é tão lindo quanto o seu (A) uma carta contando o que os carneiros fizeram
cabelo. com o casaco.
[...] Fiz bem depressa uma bolinha com o bilhete (B) uma fábula que ensina uma lição de moral a
dobrado, mirei joguei. Ela caiu no colo da Adriana. partir de um fato.
ALBERGARIA, Lino de. Coração conta diferente. 3.ed. São Paulo: Scipione,
1994. Fragmento. (C) uma notícia de um fato que ocorreu com o
pastor.
Quem conta essa história é (D) um poema sobre a vida do pastor e seus
A) a menina que errou a tabuada. carneiros.
B) a menina que gritou “Tá errado!”.
C) o menino que começou a rir. ------------------------------------------------------------------
D) o menino que escreveu o bilhete. Leia o texto abaixo e responda.
O caso da lagarta que tomou chá-de-sumiço
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Leia o texto abaixo.

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D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
A Joaninha – Dona Coruja, há poucos dias eu jogava poder mais! Ela mesma tecia a fazenda, ela mesma
conversa fora com a minha amiga inventava as modas.
Lagarta, que morava nesta folha. Hoje pela manhã, — Dona Aranha — disse o príncipe — quero que
procuro aqui, procuro ali, e nada. Parece faça para esta ilustre dama o vestido mais bonito do
que ela sumiu do mapa. mundo. Vou dar uma grande festa em sua honra e
Coruja – O caso é intrigante, mas conte mais: alguém quero vê-la deslumbrar a corte.
poderia estar implicado nesse fato? Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou da fita
[...] métrica e ajudada por seis aranhinhas muito espertas,
A Abelha – Eu, hein? Como uma boa operária, principiou a tomar as medidas. Depois teceu depressa,
trabalho para a colmeia. Minha vida é um depressa, uma fazenda cor-de-rosa com estrelinhas
livro aberto! Mas quem se esconde do mundo douradas, a coisa mais linda que se possa imaginar.
enterrando o focinho pelos buracos que Teceu também peças de fita e peças de renda e de
encontra? entremeio — até carretéis de linha de seda fabricou.
Coruja – Uh! Uh! Uh! Já vou ter com... — Que beleza! — ia exclamando a menina, cada
O Tatu – Querem fazer de mim um bode expiatório. vez mais admirada dos prodígios da costureira.
Pois dona Coruja, vou contar um Conheço muitas aranhas em casa de vovó, mas todas
segredo: tem um bicho aqui ao lado que se esconde na só sabem fazer teias de pegar moscas, nenhuma é
folhagem, mudando de cor todo o capaz de fazer nem um paninho de avental...
tempo. E que língua! Não pode ser o seu alvo? — É que tenho mil anos de idade — explicou
Coruja – Luz, ação! Para achar... Dona Aranha — e sou a costureira mais velha do
O Camaleão – Desculpe-me dona Coruja! Mas uma vez mundo. Aprendi a fazer todas as coisas. Já trabalhei
insultado, acabo assim mesmo: durante muito tempo no reino das fadas; fui quem fez
vermelho como um camarão. Este é o meu talento, ir o vestido de baile de Cinderela e quase todos os
do verde ao amarelo, do azul ao vestidos de casamento de quase todas as meninas que
escarlate, conforme mudo de humor. Mas quem mais se casaram com príncipes encantados.
poderia sumir com a lagarta, sem ter (MONTEIRO LOBATO, José Bento. Reinações de Narizinho. São Paulo:
Brasiliense, 1973
um bico notável?
Coruja – Meu plano, então, é procurar... A personagem que se destaca no texto "A costureira
O Tucano – Só pelo bico longo acham que sou o das fadas" é
culpado? Ledo engano! Às vezes a (A) o príncipe.
solução está a um passo! Pense, dona Coruja, no nome (B) Narizinho.
de uma gravata, pois... a lagarta (C) Cinderela.
agora tem asas! (D) Dona Aranha.

Coruja – Esta eu tiro de letra: a Lagarta cresceu, ------------------------------------------------------------------


cresceu e virou...
A Borboleta!
OLIVEIRA FILHO, Milton Célio de. O caso da lagarta que tomou chá-de-
sumiço. São Paulo: Binque-Book, 2003. Fragmento. *Adaptado:
Reforma Ortográfica.

Essa história terminou, quando


A) a Coruja descobriu o que aconteceu com a
Lagarta.
B) a Joaninha conta seu problema a dona Coruja.
C) o Camaleão acusou o Tucano.
D) o Tatu acusou o Camaleão.

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(SAVEAL). Leio o texto a seguir e responda.
A Costureira das Fadas
Depois do jantar, o príncipe levou Narizinho à
casa da melhor costureira do reino. Era uma aranha de
Paris, que sabia fazer vestidos lindos, lindos até não
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