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O PODER ATRAVÉS DA ORAÇÃO.

CL 1:9-11
Paulo alcançou o ponto mais alto de seu conhecimento através da oração.
Quando nos ajoelhamos, entendemos a majestade de Deus e a limitação humana.
Um santo de joelhos enxerga mais longe do que um filósofo na ponta dos pés.
Nesta passagem Paulo nos ensina mais sobre a essência da oração de petição
1. A ORAÇÃO DEVE EXPRESSAR NOSSAS PRIORIDADES.
Paulo estava preso, mas ele não se preocupa com suas necessidades materiais.
Paulo não pede a Deus saúde, nem libertação nem mesmo prosperidade financeira.
Ele concentra sua petição nas bênçãos espirituais, e não nas bênçãos materiais.
Os assuntos da eternidade empolgam mais a alma de Paulo do que os assuntos terrenos.
“As necessidades espirituais são mais importantes do que as necessidades materiais”.
A. A oração deve incluir aqueles que não conhecemos.
As orações de Paulo não eram egoístas.
Ele ora pelos cristãos de Colossos, cristãos que ele não conhecia.
Podemos erguer o nosso clamor aos céus por aqueles que nossos olhos ainda não viram.
Pela oração podemos influenciar pessoas em todo o mundo.
Pela oração podemos ser uma bênção para as pessoas que jamais nos viram face a face.
Se oramos somente pela nossa família, o nosso mundo fica muito pequeno e egocêntrico.
Na maioria das vezes, somos egoístas em nossas orações.
Pedimos muito a Deus por nós mesmos, e oramos
A. A oração deve ter uma atitude perseverante.
Paulo não conhecia a igreja de Colossos, mas orou por ela sem cessar.
A oração é o oxigênio que alimenta a alma.
A oração de Paulo foi perseverante em favor de outras pessoas.
Muitos de nós não cessamos de orar porque nunca começamos a orar.
A oração deve ser ousada na busca de plenitude.
O Senhor não deseja que seu povo peça pouco.
Ele não deseja que seu povo viva pobre na esfera espiritual.
Quem ora não descansa e nem dá descanso a Deus.
Seja incansável na sua oração.
Não pare de orar até que Deus te responda.
Ore continuamente, com perseverança.
“Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para acudires à oração do
teu servo, que hoje faço à tua presença, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos...”. Ne
1:6
Muitas vezes, começamos a orar por uma causa e logo a abandonamos.
Neemias orou 120 dias com choro, com jejum, dia e noite.
Ele insistiu com Deus.
Devemos permanecer firmes, pois seremos recompensados.
O CONTEÚDO DA ORAÇÃO DE PAULO. (1.9)
‘’Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós,
e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e
inteligência espiritual’’. Cl 1:9
Paulo orou por ‘’conhecimento’’ e por ‘’poder’’.
Ele orou para que os cristãos conheçam a vontade de Deus.
Paulo orou para que os cristãos tenham poder para realizar a vontade de Deus.
1. Paulo mostra a necessidade de conhecermos a vontade de Deus. Cl 1:9a
‘’E de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade’’. Cl 1:9
Paulo pede que os cristãos conheçam a vontade de Deus.
Ele pede que os cristãos tenham conhecimento de Deus.
O objetivo da oração é conhecer a vontade de Deus.
Nosso objetivo na não é que Deus nos escute, nosso objetivo é escutar o que Deus diz.
O propósito da oração não é falar com Deus, mas escutar a Deus.
Nosso objetivo não é o que nós queremos, mas é descobrir o que Deus quer de nós.
A vontade de Deus não pode ser mudada, mas a nossa vontade sim.
A. Conhecer a vontade de Deus é vital para o crescimento espiritual.
A ênfase de Paulo está no ‘’conhecimento’’ e não no ‘’sentimento’’.
Vivemos numa época em que as pessoas querem sentir e não pensar.
As pessoas querem ‘’experiências’’ e não ‘’conhecimento’’.
Muitos buscam ‘’sensações’’ e não o ‘’racional’’.
“Crer é também pensar”. John Stott
Conhecemos a vontade de Deus através da bíblia.
A vontade de Deus não é revelada por sonhos, visões e revelações que estão fora da bíblia.
Paulo não incentiva os colossenses a buscar visões ou vozes.
Paulo não incentiva os colossenses se aprofundarem na Palavra de Deus.
B. Paulo ensina como o cristão pode conhecer a plenitude Deus. (1.9).
Primeiro Paulo falou da vontade de Deus.
Agora Paulo ensina o processo para chegar a esse conhecimento.
‘’Sabedoria’’ e ‘’entendimento espiritual’’ são os únicos meios de alcançar a vontade de
Deus.
Vamos destacar esses dois instrumentos.
a. Em toda sabedoria (1.9).
Devemos pedir sabedoria, como o rei Salomão pediu a Deus.
Para os judeus não bastava apenas conhecimento, era preciso ter também sabedoria.
Sabedoria é mais do que conhecimento.
A sabedoria é o uso correto do conhecimento.
Conhecimento é a capacidade de desmontar coisas, enquanto que a sabedoria é a
capacidade montar coisas.
‘’A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis
adquire o entendimento’’. Pv 4:7
Sabedoria é olhar para a vida com os olhos de Deus.
Existe a ‘’sabedoria celestial’’ que vem de Deus.
E também existe a ‘’sabedoria humana’’ que não vem de Deus.
A verdadeira sabedoria vem do alto e a outra vem da terra.
Uma é verdadeira e a outra é falsa.
Tudo que não vem de Deus é fadado ao fracasso.
Para Deus a sabedoria humana é loucura.
A sabedoria humana vem da razão e a sabedoria divina vem da revelação.
A sabedoria do mundo não leva a lugar nenhum. 1 Co 1:19
‘’Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos
inteligentes’’. 1 Co 1:19
Somente a palavra de Deus nos dará sabedoria e discernimento.
b. Em todo entendimento espiritual (1.9).
A sabedoria fala da revelação de Deus.
O entendimento espiritual fala da aplicação dessa revelação.
A sabedoria é o discernimento da verdade, entendimento espiritual é a aplicação da
verdade.
Paulo pede que eles entendam as verdades de Deus e apliquem essas verdades.
E possível que alguém seja um perito em teologia e ao mesmo tempo um fracasso na vida.
Conhecimento e prática precisam andar juntos.
O PROPÓSITO DA ORAÇÃO DE PAULO. 1:10-11
Em primeiro lugar, Paulo mostra a necessidade de termos uma vida digna de Deus. 1:10
O conhecimento deve nos levar à prática.
Não basta ter informação certa, precisamos ter vida certa com Deus.
Viver de modo digno de Deus é o mesmo que imitar a Deus.
E andar como Jesus andou.
E ser santo como Deus é santo. Ef 4:1; Fp 1:27
Se a nossa vida deixar de corresponder à vida do Senhor, estaremos andando
indignamente.
Em segundo lugar, Paulo mostra ao cristão como viver uma vida digna de Deus (1.10,11).
a. Vivendo para o Seu inteiro agrado (1.10).
“Viver para o Seu inteiro agrado” é, o único propósito para o qual vivemos.
Devemos nos esforçar para agradar a Deus em tudo.
O fim principal do homem é glorificar a Deus.
Não vivemos para agradar os homens.
Precisamos agradar a Ele, e a Ele somente.
b. Frutificando em toda boa obra (1.10).
Boas intenções e belas palavras não bastam.
O cristão deve dar bons frutos.
Nossa união com Cristo é mostrada através de frutos. Jo 15:8
A presença do Espírito se evidencia em frutos. Gl 5:22)
As obras são evidencias da fé.
Somos salvos pela fé para as obras. Ef 2:8-10
Se não tem obras, não tem fé.
Tiago afirma que a fé sem as obras está morta.
Uma fé morta não salva ninguém.
c. Crescendo no pleno conhecimento de Deus. 1:10
Esse conhecimento não é teórico, mas é experimentar o poder de Deus todos dias.
E levar Deus a sério.
E ter um relacionamento íntimo com Deus.
‘’Devemos conhecer e prosseguir em conhecer a Deus’’. Os 6:3
d. Sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da Sua glória. 1:11
Não somos o que falamos, somos o que nós fazemos.
O grande problema da vida não é saber o que fazer, mas fazer o que você se sabe.
Não fazemos o que sabemos ser certo porque nos falta poder!
Deus revela a Sua vontade, e nos capacita com poder para a cumprirmos.
Por meio da oração alcançamos poder para realizar a vontade de Deus.
Paulo usa dois termos gregos diferentes para se referir à energia de Deus:
– ‘’dynamis’’ (de onde temos a palavra “dinamite”), que significa “poder inerente”.
– ‘’kratos’’, que significa “poder manifesto” colocado em ação.

Paulo pede nesta oração poder sobre poder.


Ele fala de ‘’dynamis’’, a dinamite que atravessa a rocha e quebra as resistências.
Paulo fala também de ‘’Kratos’’, o poder daquele que governa o universo.
A CAPACITAÇÃO POR MEIO DA ORAÇÃO (1.11,12)
A oração nos ensina a lidar com as circunstâncias difíceis (1.11).
A palavra grega hupomone, “perseverança”, significa paciência para suportar circunstâncias
difíceis.
Perseverança é paciência em ação.
O soldado permanece em combate mesmo quando as circunstâncias se mostram
desfavoráveis.
O corredor na pista, recusando-se a parar, pois deseja vencer a corrida. Hb 12:1
‘’Hupomone’’ fala da paciência com circunstâncias difíceis.
O cristão, entende que Deus é soberano e governa todas as coisas.
Quando passa por circunstâncias difíceis, não murmura, mas triunfa.
O cristão suporta as adversidades, sabendo que Deus está no controle de todas as coisas.
‘’Hupomone’’ é ter a habilidade para transformar uma situação adversa em triunfo.
Trata-se de uma paciência triunfadora.
E aquele espírito que não pode ser vencido por nenhuma circunstância da vida.
Muitas pessoas são como os soldados de Saul; quando veem os gigantes ficam
desanimados e desistem da luta. 1 Sm 17:10-24
É sempre cedo demais para desistir.
Em segundo lugar, aprendendo a lidar com pessoas difíceis (1.11).
A palavra grega ‘’makrothymia’’, “longanimidade”, fala da paciência com pessoas difíceis.
Se hupomone trata de paciência com as circunstâncias, makrothymia trata de paciência
com as pessoas.
Hupomone é a paciência que não pode ser vencida por nenhuma circunstância;
makrothymia é a paciência que não pode ser vencida por nenhuma pessoa.
Longanimidade, é um ânimo espichado ao máximo.
E a capacidade de perdoar em vez de revidar.
E a atitude de abençoar em vez de amaldiçoar.
É a decisão de acolher em vez de escorraçar.
E pagar o mal com o bem.
E orar pelos inimigos e abençoar os que nos perseguem.
É o oposto de vingança.

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