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Fonte Reguladora de tensão

Engenharia Elétrica
Universidade Paulista (UniP)
6 pag.

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Eletrônica Básica

Fontes Reguladas de Tensão

Rubens Prado de Oliveira

B42FGJ-3 turma 6EE6p41

UNIP Campus Rangel

Novembro/2014

Rubens Prado de Oliveira – B42FGJ-3

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Introdução

Nos dias atuais, qualquer equipamento eletrônico presente em nosso dia


a dia, como o computador, os aparelhos de som, a televisão, o micro-ondas
funcionam parcial ou integralmente em corrente contínua (CC). Mas para se
obter tensão contínua para alimentação de circuitos eletrônicos precisamos de
um artefato chamado fonte retificadora de tensão, a qual recebe a tensão
alternada em 110V, 220V ou qualquer tensão entre 100V e 240V nas mais
modernas e transforma em tensão contínua. Este processo é conhecido como
retificação.

Neste documento, será explicado o funcionamento da fonte regulada de


tensão com alimentação de entrada 110V/220V, que além de retificar também
possibilita o ajuste da tensão contínua, podendo ser utilizada em vários tipos de
equipamentos eletrônicos.

O objetivo aqui é explicar as etapas de construção de uma fonte


regulada de tensão, desde o projeto, custo, escolha dos componentes e
montagem de cada circuito da fonte.

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Fontes lineares

Os equipamentos eletrônicos necessitam de diferentes níveis de tensão


em vários pontos de seus circuitos, e essa tensão deve ser estável o suficiente
para manter um funcionamento satisfatório.

As fontes reguladas são projetadas de forma a manter essa tensão o


mais constante possível, independente das variações que possam ocorrer por
causas externas ou internas à fonte.

Três fatores básicos interferem no nível da tensão de saída de uma


fonte:

a) Variação de
carga: a Tensão com a saída em aberto tem um valor máximo, o qual vai
sofrendo uma queda conforme a corrente aumenta depois de a saída ser
carregada. V(o)

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Fig. 1 – Tensão de saída em função da corrente de saída numa fonte não regulada

b) Variação de linha: A grande maioria das fontes de CC é alimentada


a partir de uma fonte CA, através de uma ponte retificadora e um filtro. Visto
que a tensão fornecida pela concessionária pode variar até 10% de seu valor
eficaz, em razão da demanda, isso faz que a tensão CC de saída varie na
mesma proporção.

c) Variação de temperatura: Os semicondutores são afetados por


mudanças de temperatura, o que interfere diretamente na sua resistência
interna e consequentemente, na sua capacidade de conduzir.

Regulação de tensão

Para se medir a variação da tensão de saída, usa-se os chamados


coeficientes de regulação, que são denominados regulação de carga,
regulação de linha, regulação cruzada (de linha e de carga) e regulação de
temperatura. Estes são dados em porcentagem da variação de tensão de
saída. Para determinar a regulação de carga, por exemplo, varia-se a corrente
de saída entre o valor máximo e o mínimo, medindo em cada caso os valores
da tensão de saída e em seguida calculando-se o percentual:

No caso da regulação cruzada, a fórmula acima é usada em duas


situações críticas para a tensão de saída:

a) Tensão de entrada máxima com corrente de saída mínima.

b) Tensão de entrada mínima com corrente de saída máxima.

Outro parâmetro importante é o rendimento da fonte. Ao relacionar a


potência de entrada e saída, temos uma ideia da perda de potência da fonte:
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As partes de uma fonte regulada linear

Temos abaixo um diagrama de blocos que demonstra de maneira


simples as etapas de regulação de tensão:

Fig. 2 – Diagrama de blocos de uma fonte de tensão regulada.

TRANSFORMADOR: Através de um processo eletromagnético


transforma a tensão da rede em valores adequados para a fonte e propicia o
isolamento elétrico para segurança.

RETIFICADOR: Transforma a tensão alternada em pulsante


unidirecional. Pode ser de meia onda ou de onda completa, os mais utilizados.

FILTRO: Reduz os harmônicos tornando a tensão o mais próximo de


uma tensão contínua pura. São amplamente usados filtros capacitivos.

REGULADOR: Mantém a tensão contínua de saída fixa, mesmo com as


variações da corrente na carga, da tensão de linha ou da temperatura. Os mais
completos tem proteção contra sobre-corrente e curto-circuito.

O diodo Zener

Componente crucial para o funcionamento de reguladores de tensão, o


diodo zener tem como característica operar com corrente inversa a partir de
uma determinada tensão, a tensão Zener. Ao ser percorrido por essa corrente
reversa, o zener mantém em seus terminais uma tensão praticamente
constante, chamada tensão zener. Para ocorrer uma pequena variação nessa
tensão, é necessário ocorrer uma grande variação nessa corrente reversa. O
diodo zener possui dois limites de corrente para operação, um inferior (IZmín) e
outro superior (IZmáx). I Zmín é a menor corrente necessária para o zener atingir a
tensão de ruptura (VZK), I Zmáx é limitado pela máxima dissipação de potência do
componente.

Outra característia do zener é o coeficiente de temperatura, que é


negativo nos diodos com tensão zener abaixo de 5V e positivo nos diodos com
tensão zener acima de 5V. Esse coeficiente é dado em mV/°C e pode ser
encontrado no Datashhet do componente.

As principais especificações de um diodo zener são:


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- Tensão zener (VZ)

- Potência máxima (PZmáx) – é a potência máxima que o zener pode


dissipar sem ser danificado. Com este valor pode-se calcular o I Zmáx pela razão
PZmáx/VZ.

Corrente mínima (IZmín) – é a menor corrente necessária para o zener


atingir a tensão de ruptura. Quando não for conhecido, adota-se que IZmín=0,1
IZmáx.

Regulador paralelo simples

É aplicado na alimentação de cargas de pequenas potências (até 1W). É


composto de um resistor (Rs) e um diodo zener, acoplados na saída de uma
fonte não estabilizada (Fig.2)
Fig. 3 – Circuito básico do regulador paralelo

Da figura 3 obtêm-se:

Se VI aumentar ou diminuir, o diodo Zener tende a manter a tensão de


saída constante, aumentando ou diminuindo a queda de tensão sobre Rs, o
qual tem como função principal limitar a corrente do zener.

O projeto do regulador paralelo simples baseia-se na determinação do


valor do resistor RS seguindo-se os seguintes passos:

1 - Especificações: V I , VO e IOmáx

2 - Escolha do zener: Como VO=VZ deve-se escolher, através do


manual do fabricante, o componente que possui tensão zener mais próxima
possível da tensão VO. No manual, obtém-se ainda, IZmín e IZmáx.

3 - Cálculo de RS: Isolando R S na equação acima, determina-se a faixa


de valores de resistência admissível, considerando VI e IO variáveis. Assim,
para pior situação do regulador (regulação cruzada) teremos duas situações:

a) Para o zener atingir a tensão de ruptura (I Zmín ) com carga máxima e


VImín:

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