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Parábola das 10 virgens

Mt 25: 1-13.

A Parábola das 10 virgens está posicionada no Evangelho de Mateus imediatamente


após o Sermão Escatológico de Jesus.
Jesus utilizou a descrição de um típico casamento judaico da época nessa parábola
Era costume que o noivo fosse acompanhado de seus amigos, tarde da noite, à casa da
noiva. Lá, a noiva o esperava com suas damas de honra (as virgens), que, ao serem
avisadas da aproximação do esposo, deviam sair com suas lâmpadas para iluminar o
caminho do noivo até a casa, onde haveria a celebração das núpcias.
Ao longo dos anos, grandes teólogos (Agostinho, Calvino, Mathew Hanry, Roberto
M’Cheynee) aplicaram interpretações diferentes sobre a parábola das 10 virgens.
Todos concordam que o Noivo é Cristo.

 Havia dois tipos de virgens, as loucas e as prudentes.


As loucas tinham as lamparinas, mas não levaram o azeite
As prudentes, além das lamparinas, levaram o azeite.

 Todas pegaram no sono, dormiram.

Lições da Parábola das 10 virgens:

 Todos eram virgens:  historicamente a virgindade sempre esteve relacionada


à religiosidade e ao sagrado. Na parábola tanto as prudentes quanto as
loucas eram virgens. Isso não significa que alguns perderão a salvação, mas
que alguns nunca a tiveram. As virgens loucas em nenhum momento foram
prudentes, e as prudentes em nenhum momento se tornaram loucas. A
parábola começa e termina com cinco prudentes e cinco loucas. Se aqui a
virgindade se refere à religiosidade, claramente podemos perceber então
que tal religiosidade não poderá salvar ninguém. Não basta ser virgem, é
preciso ter o azeite. As loucas eram virgens, tinham lâmpadas, mas saíram
sem o azeite (Mt 25:3).

 As aparências enganam: As dez eram virgens, possuíam lâmpadas e, pelo


que o versículo 8 nos diz, saíram ao encontro do esposo com as lâmpadas
acessas. Nesse momento talvez fosse praticamente impossível
humanamente separá-las, pois aparentemente eram idênticas. Realmente é
muito difícil conseguir separar alguns crentes nominais dos crentes
verdadeiros. Eles frequentam as mesmas igrejas, ouvem os mesmos sermões
e cantam os mesmos louvores. Alguns se destacam e acabam fazendo
grandes prodígios. Eles oram fervorosamente, pregam eloquentemente,
curam doentes, expulsam demônios e dizem levar o nome de Cristo. Eles
enganam os homens, mas não enganam a Deus. Curiosamente na Parábola
das Dez Virgens (vers. 12) Jesus usa praticamente a mesma expressão que
Ele já havia utilizado em Mateus 7, “[…] Nunca vos conheci; apartai-vos de
mim […]” (Mt 7:23). Nosso Deus é justo, e naquele dia não haverá intruso (cf.
Mt 22:1-14).

 As lâmpadas apagaram: se por um lado inicialmente é muito difícil


perceber quem são os prudentes e quem são os insensatos, há um
momento em que essa diferença se torna duramente visível: ao apagar das
lâmpadas. O cristão nominal, com sua fé histórica, não conseguirá manter
sua lâmpada acessa no momento em que o Noivo vier. Sua hipocrisia, sua
religiosidade e sua aparência podem até iluminar o caminho de sua vida por
um tempo, e de maneira tal que há quem o siga. Quando olhamos para a
lua durante a noite ficamos admirados por sua luz, mas logo de manhã a
verdade de que ela não possui luz alguma vem à tona. Ela reflete uma luz
que não é dela. A fé histórica é assim, brilha por um tempo, mas nunca terá
o brilho definitivo da verdadeira fé salvadora.

 O azeite é pessoal: como já dissemos, nesse ponto os estudiosos defendem


significados diferentes para a figura do azeite, porém seja a Graça de Deus
ou a presença do Espírito Santo, ambos os significados são insubstituíveis,
indivisíveis e notórios na vida do verdadeiro salvo em Cristo Jesus. Quando a
Graça de Deus alcança o pecador ele é regenerado pelo Espírito Santo e
passa conhecer a fé salvadora. Esse azeite não se pode dividir, é pessoal,
suficiente apenas para os prudentes.

 O azeite não pode ser obtido por esforço humano: talvez as virgens
loucas da parábola não levaram consigo azeite porque acharam que o noivo
viria rapidamente. Quando perceberam que o noivo tardou em vir, então
desesperadamente tentaram comprar o azeite que lhes faltava. A parábola
termina com as virgens loucas batendo à porta do Noivo, e sendo por Ele
rejeitadas. Pode ser que elas queriam mostrar que se “esforçaram” para
estarem ali, correram em busca de azeite para que pudessem participar das
bodas, mas seus esforços nada puderam fazer por elas.
 Prudência e a vigilância: muitos pregadores de maneira equivocada
pregam apenas que as virgens loucas dormiram, mas as prudentes também
dormiram. Como vimos anteriormente, existem diferentes opiniões sobre a
natureza desse sono, mas uma coisa é certa: o sono não foi o sinal de
loucura, ou seja, as virgens prudentes não passaram a ser loucas pelo fato
de terem dormido. Isso quer dizer que a prudência não está relacionada ao
sono, mas ao fato de ter ou não o azeite, isto é, ser prudente e estar
preparado é possuir o azeite. A lição principal dessa parábola é o
mandamento de “vigiar”. A vigilância prudente é aquela que nos prepara
para uma longa espera. É fácil esperar pouco tempo. Na fila de um banco,
quando o tempo de atendimento é curto, todos permanecem esperando,
mas quando a fila é imensa e demorada muitos desistem. A demora da volta
de Cristo separa os prudentes dos loucos, os sábios dos tolos. Precisamos
ser zelosos todo o tempo de nossas vidas. O zelo temporário pela volta de
Cristo não serve para nada. Precisamos estar prontos, e isso pode significar
uma longa espera. Algumas pessoas acham que vigiar é esperar pela volta
de Cristo a qualquer momento, mas na verdade vigiar é estar preparado
para a volta dEle a todo tempo. Isso até parece ser a mesma coisa, mas
acredite, não é. Essa parábola nos ensina tal diferença, as virgens néscias
esperaram o Noivo a qualquer momento, mas apenas as prudentes
esperaram a todo tempo. Elas tinham o azeite, elas estavam preparadas para
uma longa espera, elas vigiaram.

Apostasia
Na Bíblia apostasia significa abandono da verdade de Deus.

É negar verdades fundamentais da Bíblia.

O apóstata passa acreditar ¹ em uma mentira sobre a Bíblia ou ² rejeita a Bíblia por completo

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