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Em Cristo estamos “conectados com Deus” 1Jo 4.

15-20;
“E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os
ouvirei.” (Is 65.24)
O tema do nosso Pré- congresso “Jovens Conectados com Cristo”. Ao estudarmos esse assunto
descobrimos que o mundo (as pessoas) está “conectado”. As pessoas estão conectadas por meio
das redes sociais que as identificam e lhes dão uma nova identidade. Elas estão “conectadas” em
seus relacionamentos diários que criam teias de “sentimentos” como a solidariedade, solidão,
saudade, etc. E é por meio dessas conexões que fazemos quase que diariamente que a nossa
vida encontra sua dinâmica: alegria, frustração, decepção e amor. “Estar conectados”, esse é o
assunto da carta do apóstolo João e na leitura que fizemos ainda pouco. E por meio dessa
conexão nós temos um novo relacionamento com Deus: “Todo aquele que afirma que Jesus é o
Filho de Deus, Deus vive unido com ele, e ele vive unido com Deus” (1 Jo 4.15). 
1º Parte – Crer em Jesus é estar conectado com Deus. A primeira realidade que o apóstolo
João coloca diante dos nossos olhos é que existe apenas uma maneira de estar “ conectado” com
Deus: Crer que Jesus é o único Salvador. A fé em Jesus é o único caminho que nos leva até
Deus. O próprio Salvador Jesus afirma isso quando diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”
(Jo 14.6). Nós, por nossa própria natureza vivemos afastados de Deus, desconectados dele. E
não há nada que possamos fazer para podermos nos “unir”, novamente com Deus. O nosso
pecado é como um vírus que impede essa nossa conexão. Assim, precisamos de uma “rede”
segura, onde podemos nos firmar na certeza que essa “rede” nos conectará, nos unirá ao Pai e
não haverá perigo de se perder essa conexão. Se procurarmos essa “rede” em nós mesmos ou
em nossas ações veremos que é impossível para nós essa conexão, uma vez que a nossa rede
está corrompida e cheia de vírus. O apóstolo Paulo traz aos nossos olhos a realidade dessa rede
corrompida quando diz: “As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas
são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração a ídolos, as feitiçarias,
as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raivas, a ambição egoísta, a desunião, as
divisões, as invejas... repito o que já disse: Quem faz essas coisas não receberão o Reino de
Deus” (Gl 5.19-21). E completa dizendo: “Não há quem faça o bem, nenhuma pessoa
sequer”. Diante dessa realidade nós caminhamos para longe de Deus e da sua vontade para
conosco. E a vontade de Deus para nós e que possamos viver “unidos” a ele. Diante da vontade
de Deus e da nossa realidade, surge uma dicotomia: Como eu posso viver unido com Deus se o
meu pecado me desconecta e corrompe o meu acesso a Ele? A resposta o próprio Jesus nos
dá: "Creiam em mim e creiam também em meu Pai" (Jo 14.1), e o apóstolo João completa: “Todo
aquele que afirmar que Jesus é o Filho de Deus, Deus vive unido com ele, e ele vive unido com
Deus” (1 Jo 4.15). Jesus ao entrar em Jerusalém, como vemos na entrada triunfal de Jesus, não
está atraindo sobre si a glória de um rei, mas antes o juízo de Deus sobre si no lugar do povo.
Esse juízo está revelado na Cruz. E é na cruz que nós somos conectados com o Pai novamente.
Assim, o caminho da cruz é o caminho que nos leva a Deus. É na cruz que os nossos pecados
são cobertos e Deus pode olhar para nós novamente e se relacionar conosco. Nesse
“relacionamento” nós somos acolhidos e integrados para dentro do Reino de Deus, e temos a
certeza de que Deus nos aceita mesmo e apesar do nosso pecado. Poderíamos exemplificar
assim: O pecado é como um vírus que corrompe o nosso “acesso” a Deus, a morte de Jesus na
cruz funciona como um “antivírus”, que limpa a nossa conexão e nos conecta (liga, une) com
Deus novamente. Nesse novo acesso, o que temos é um relacionamento marcado pelo cuidado,
pela presença, pelo perdão e pela vida e o amor que Deus nos oferece. 
2º Parte – Estar conectado com Deus nos leva a amar o próximo. Como a base dessa
conexão agora é o amor de Deus que está revelado em Jesus, estar conectado em Deus gera em
nós amor também. É nessa perspectiva que o apóstolo João diz: “Nós amamos porque Deus nos
amou primeiro”. (1 Jo 4.19). Essas palavras do apóstolo João trazem diante de nossos olhos duas
realidades: 1. Quem não ama o próximo não ama a Deus; 2. O amor a Deus nos leva a amar o
próximo. Em primeiro lugar não é possível amar a Deus e não amar ao próximo. As duas coisas
estão conectadas. Deus é amor, e aquele que está unido com Deus, está unido também em seu
amor. Esse amor, no entanto, se manifesta nos nossos relacionamentos. É no meu
relacionamento com o amigo, com a namorada, com o pai, mãe, patrão, esposa, filhos, que eu
vou viver o amor que Deus derrama sobre a minha vida. Esse amor me ensina a perdoar as
falhas do outro, a pedir perdão quando erramos. Esse amor nos ensina a acolher aquele que
sofre, a consolar aquele que chora, a respeitar aqueles que cuidam de nós. Assim, todo nosso
relacionamento está firmado e fundamentado no amor de Deus, que nos perdoa, consola e salva.
Assim, odiar seu irmão, desrespeitar pai, mãe, autoridade, etc. não são frutos do Amor daquele
que está unido com Deus, pelo contrário, conforme nos coloca o apóstolo João: “Se alguém diz:
“Eu amo a Deus, mas odeia o seu irmão, é mentiroso” (1 Jo 4.20). Em segundo lugar, o
apóstolo João nos lembra que todas as pessoas que estão unidas com Deus, vivem essa união
no seu relacionamento com o próximo. É nesse relacionamento que busca sempre o acolhimento
mútuo, o perdão, a compaixão, a solidariedade, que a nossa fé é testemunhada e nós podemos
reconhecer que já estamos vivendo na “rede social” de Deus – o céu. O céu não começa apenas
no além, depois da morte. Mas ele está presente no meu relacionamento com aqueles que estão
a minha volta. É nesse sentido que compreendemos as palavras de Jesus: “Assim também brilhe
a nossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a Deus”. (Mt
5.16). Brilhar a nossa luz é viver a nossa fé diante dos cuidados e amor que Deus nos oferece.
Cuidados e amor que encontramos em Jesus. Esses cuidados e amor vão adiante e se
concretizam no nosso relacionamento, na maneira como tratamos as outras pessoas: com amor,
carinho, respeito, etc. E essas “boas obras”, fruto da luz da salvação de Jesus em nós nos faz luz
no mundo e testemunha a nossa vida unida a Deus. Uma vida FUNDAMENTADA no AMOR de
Deus. 
Conclusão: Em Jesus nós estamos “Conectados com Deus”. E essa conexão nos abra a porta
do céu, onde encontramos os cuidados e amor de Deus. Cuidados e amor que nos levam em
direção ao nosso próximo para também nos relacionarmos com eles em perdão e amor. É nessa
conexão com Deus que nós também somos conectados uns com os outros na grande rede social
de Deus: seu reino eterno. Um reino de amor, perdão, acolhimento e vida eterna. E agora,
acolhidos e integrado nesse reino somos convidados por Deus a “curtir” a vida nesse reino.
Amém

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