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AULA 2
Um chamado para
andar na luz

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João divide sua carta em duas partes.

Essas divisões estão bem claras quando ele diz: “a mensagem que dele ouvimos
e anunciamos é esta”. Então ele vai começar a sua primeira argumentação
dentro da carta.

A carta de João não é como, por exemplo, as cartas de Paulo, que tem diver-
sos recursos de retórica e são muito bem estruturadas na sua argumentação.
João apresenta para nós uma espécie de mosaico, mas esse mosaico está
sempre apontando para o mesmo lugar. Essas duas afirmações que ele faz,
nos ajudam a compreender isso.

João quer transmitir para nós uma mensagem muito simples, mas que
tem diversas aplicações.

A mensagem que o João quer transmitir é que o nosso chamado na vida


cristã é amar a Deus e amar o próximo. Você vai ver que esse pensamento
se desenrola constantemente na maneira como João está apresentando esse
mosaico da sua teologia para nós. Ele está o tempo todo fazendo um paralelo
entre essas duas coisas - Nós somos chamados a amar a Deus e nós somos
chamados a amar o próximo - O tempo todo ele está pregando que isso é o
centro da mensagem de Jesus.

Quando Jesus resume a lei expressando ali quando é perguntado sobre qual
que é o maior de todos os mandamentos, Jesus diz: “o maior mandamento
é amar a Deus de todo coração, com todas as suas forças e amar a Deus com
a totalidade do seu ser” - essa é a mensagem principal da Bíblia. Mas Jesus
continua dizendo que o segundo mandamento mais importante é “amar o
próximo como a si mesmo’’.

Então João quer refletir, quer ser fiel a essa mensagem, quer que as pessoas
entendam não só o que que deve ser feito e o porquê que isso é importante,
mas o como. Como que você ama Deus, como que você ama o próximo…
João quer expressar isso por meio das suas palavras dirigidas à igreja.

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Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a vocês: Deus é luz;
nele não há treva alguma.

Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, men-
timos e não praticamos a verdade.

Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
1 João 1:5-7

Então, a primeira coisa é que Deus é luz e nEle não há treva alguma.

Luz e trevas é um outro paradoxo, é um outro paralelo que João vai fazer
constantemente nesta carta. Ele fala da luz se referindo a Deus - a verdade, a
santidade, a justiça, aquilo que é bom - e ele fala das trevas como se refe-
rindo a mentira - ao pecado, a essa era má, aos falsos mestres e hereges aos
falsos Cristos, aos anticristos.

João está falando desse embate que acontece no mundo no qual nós vive-
mos entre a luz e as trevas. Obviamente, João não tem uma mentalidade
dualista aqui, que acredita que luz e trevas são forças equivalentes de alguma
forma. Ele deixa bem claro que a luz é superior às trevas. João deixa muito
claro que Deus é muito maior que qualquer oposição que seja feita a ele.
Mas João também não nega o fato de que essa luta existe principalmente
dentro de nós.

Deus é luz e nEle não há treva alguma.

A nossa tendência é nos voltarmos pras trevas. Por isso João vai argumentar
que se dissermos que mantemos comunhão com Ele e andarmos nas trevas,
nós mentimos e não praticamos a verdade.

O que seria andar nas trevas?


É só a gente pensar quais as associações com as trevas aqui.

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Andar nas trevas significa andar na mentira.
Andar nas trevas significa andar no pecado.
Andar nas trevas significa andar de acordo com os princípios e valores desta
era presente e deixar de prestar atenção na era vindoura.

Continuando aqui, João vai dizer:

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” 1 João 1:7

O que é importante entendermos aqui?


Primeiro, antes de falarmos a respeito do que seria andar na luz, mais espe-
cificamente, precisamos entender o conceito de ser “purificados de todo o
pecado”.

Talvez você, ao ouvir essa expressão, pensa que se você pecou e anda na luz,
vai ser perdoado dos seus pecados. Mas essa não é a linguagem que está sen-
do usada aqui. A linguagem que está sendo usada é que o pecado vai passar
por esse processo de purificação.

Você vai passar por esse processo de purificação, ou seja, o pecado não
vai ser apenas perdoado, mas vai ser eliminado da sua vida.

A luz não apenas faz com que nós recebamos o perdão, mas faz com que nós
sejamos santificados. Quando a Bíblia fala sobre luz e sobre trevas, essa luz
faz referência à luz da própria Glória de Deus e essa nós sabemos que (por
exemplo, quando Paulo fala sobre isso em segunda Coríntios) quando nós
olhamos, contemplamos essa luz, ela penetra no nosso ser e faz com que nós
sejamos transformados de glória em glória.

O que João está falando é que ao contemplar a glória de Jesus Cristo, ao


andar na luz, ao caminhar com Ele, os nossos pecados são eliminados. Nós
somos purificados, nós passamos a ser pessoas que talvez hoje temos um
pecado que nos aflige, uma tentação que nos acompanha, que nos atormen-
ta, mas o que precisamos saber é que se mantermos os nossos olhos fixos em

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Jesus Cristo, se andarmos na luz, se andarmos na verdade, o pecado vai ser
eliminado da nossa vida. Seremos purificados.

Uma coisa interessante, é que tem algumas versões que irão falar “nos purifi-
ca de cada pecado”, ou seja, cada pecado especificamente na nossa vida pode
ser eliminado simplesmente pelo fato de nós mantermos os nossos olhos
fixos em Jesus, Àquele que revela pra nós a glória de Deus.

Essa é uma glória que hoje pode ser apreendida pela nossa mente, pelo
nosso coração por meio do espírito, por conta da revelação que é dada a nós.
Mas vai chegar o momento em que ela não vai ser simplesmente uma glória
que brilha no nosso interior por meio do espírito, e sim uma glória vista
com os nossos próprios olhos na vinda de Jesus Cristo. Nesse momento,
todo pecado vai ser completamente eliminado da nossa vida.

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