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09/03/21

Redes de Distribuição de Energia


Elétrica em Baixa Tensão

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Rede de Distribuição em BT
• N.º 25 do Artº 3 do RSRDEEBT
– Instalação elétrica de baixa tensão destinada à transmissão de energia elétrica a partir
de um posto de transformação (ou central geradora), sendo constituída por:
• Canalizações principais;
• Ramais.

• Serve para alimentação de edifícios residenciais (uni e/ou multifamiliares)


incluindo os respetivos ramais de alimentação, de edifícios não residenciais,
industriais e outros usos, de iluminação de pública e em geral de outras
instalações da urbanização/loteamento, mas não incluídas nas edificações.

• Regras gerais de conceção


– Segurança de pessoas, bens e animais:
• Proteção contra choques elétricos, proteção contra sobreintensidades, garantia de livre e
segura circulação viária, garantia de interface segura com outras canalizações.
– Eficiência e qualidade de serviço
• Fiabilidade, flexibilidade de operação e satisfação das necessidades.

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Rede de Distribuição em BT (cont.)


• Medidas de segurança
– Proteção de pessoas contra choques elétricos
– Proteção de circuitos contra sobreintensidades
– Inspeção periódica cada 5 ou 10 anos no máximo, nas redes aéreas e subterrâneas,
respetivamente
• Medidas de conforto
– Assegurar a utilização eficaz de todos os equipamentos e aparelhos
– Calcular as redes de distribuição com base em perfis adequados de potência previsível
– Separar convenientemente os diversos tipos de utilizações (ex. ramais exclusivos para as
várias utilizações de edifícios)
– Assegurar a capacidade de expansão.
• Legislação aplicável
– Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica em Baixa
Tensão (RSRDEEBT) – Decreto Reg. n.º 94/84 de 26 de Dezembro
– Regulamento da Rede de Distribuição (RRD) – Despacho DGE n.º 13615/99
– Guia Técnico de Instalações Eléctricas estabelecidas em Condomínios Fechados –
Despacho DGGE de 13 Maio 2005

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Definições e Conceitos
• Ramal
– Canalização elétrica, sem qualquer derivação,
• que parte:
– do quadro de um posto de transformação (ou central geradora), ou
– de uma canalização principal,
• e que termina:
– numa portinhola, ou
– num quadro de colunas, ou
– no aparelho de corte de entrada de uma instalação de utilização.

Nota 1: nos ramais (chegadas) não podem ser utilizados condutores nus (artº 17)
Nota 2: em redes aéreas, é vulgar designar os ramais por baixadas

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Definição de Redes de Distribuição


• Quadro
– Conjunto de aparelhos, convenientemente agrupados,
incluindo as suas ligações, estrutura de suporte e
invólucro, destinado a proteger, comandar ou controlar
instalações elétricas.

– Nas Redes de Distribuição encontramos os seguintes


tipos de quadros:
• Quadros de caixa (caixa de distribuição);
• Quadros de armário (armário de distribuição);
• Portinholas

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Principais características técnicas dos Armários


de Distribuição
• Corta circuitos fusíveis
– Tipo tribloco (DIN 43623), tamanho 2 ou tipo unipolar, tamanhos 00 e 1 (CEI/IEC 60269-
2-1) – para aumentar o número de saídas os triblocos do tamanho 2 podem ser
substituídos por tamanho 00
– Distância mínima entre corta circuitos fusíveis: 130 mm (triblocos) e 42,5 mm
(dispositivos unipolares)

• Ligação à terra
– A ligação da estrutura do bastidor, do invólucro e das portas metálicas à barra de terra
de proteção, bem como a ligação entre a barra de neutro e a barra de terra de proteção
e respetiva armadura dos cabos à terra deve ser feita em condutor de cobre nu de
secção mínima de 16 mm2
• Sinalética
– Chapa de características e marcação (identificação do fabricante e IP garantido)

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Tipos de Armários de Distribuição


• Tipo 1
– Nº de circuitos: 4+1 circuito (5 circuitos com 5 triblocos de tamanho 2)
– Dimensões máximas exteriores do invólucro: 800x900x330 (largura x altura x profundidade)
– Secção do barramento: 40x5 mm (F), 30x5 mm (N-PE)
– Nº de folhas de portas: 1
• Tipo 2
– Nº de circuitos: 6+1 circuito (7 circuitos com 7 triblocos de tamanho 2)
– Dimensões máximas exteriores do invólucro: 1130x900x330 (largura x altura x profundidade)
– Secção do barramento: 60x5 mm (F) – L1/L2/L3, 30x5 mm (N-PE)
– Nº de folhas de portas: 2
• Especificações EDP Distribuição: Armários tipo X (5T2), Y (2T2+4T00), Z (7T2), W (2T2+4T00)
e T (4T00+2 triblocos ligados ao barramento) (DMA-C62-801/N, Maio 2007)
– Armário Y e Z – para substituição de armários idênticos já instalados na rede de distribuição
– Armário T – só para instalação encastrada

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Tipos de Armários de Distribuição

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Tipos de Armários de Distribuição


Tipo W

Tipo Y
Tipo X

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Armários de Distribuição
Armário de comando de IP

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Barra de Terra de Protecção


• Disposições e ligações:
A barra de terra de proteção deve ter a disposição
representada na figura e destina-se a ligar:
a) O cabo de terra VV 1G35, proveniente do respetivo
elétrodo
b) As armaduras dos cabos, através de um condutor de
cobre nu de secção não inferior a 16 mm2
c) O suporte de cabos, por meio de um condutor de cobre
nu de secção não inferior a 16 mm2
Nota: a ligação do suporte de cabos e do cabo de terra à barra
de terra de proteção efetua-se no mesmo terminal.

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Definição de Redes de Distribuição


• Portinhola
– Quadro onde termina o ramal, de que faz parte, e que, normalmente*,
contêm os aparelhos de proteção geral contra sobreintensidades das
instalações coletivas de edifícios ou das entradas, ligadas a jusante.

• Em moradias, a portinhola, se existir, pode conter apenas ligadores, com a função de


seccionamento da instalação.

– Invólucros - Não metálicos, de materiais autoextinguíeis, de classe II de


isolamento
– Índices de proteção mínimos – IP44 e IK08
– Características e ensaios – NP 1270 e EN 60439
– Sistema de fecho aprovado pela EDP Distribuição

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Tipos de Portinholas

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Características gerais das canalizações


eléctricas
• Topologia radial
– Menores correntes de curto-circuito;
– Economia em:
• Condutores (menores secções, visto que se podem usar secções telescópicas, isto é, não
constantes);
• Aparelhagem (menor poder de corte);
– Menor fiabilidade (visto que não há possibilidade de alimentação alternativa para
reconfiguração da topologia).
– Podem ser:
• Aéreas (tipicamente em zonas rurais);
• Subterrâneas (tipicamente em zonas urbanas).
• Materiais e equipamentos
– Os materiais, aparelhos e equipamentos deverão ser fabricados segundo as normas e
especificações aplicáveis (EN, NP EN, NP, CENELEC, CEI/IEC) e, sempre que disponível,
com marcação CE
• Cálculo da potência
– Potência mínimas recomendáveis e coeficientes de simultaneidade
– Capacidade de expansão recomendada de 20%.

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Características gerais das canalizações


eléctricas
• Canalizações elétricas
– Proteção mecânica contínua ao longo dos traçados e acessibilidade de todas
as ligações (câmara de visita) para canalizações não diretamente enterradas
no solo
– Sinalização dos traçados por dispositivos de aviso
– Consideração de fatores de simultaneidade (canalizações principais e ramais)
– Características técnicas dos materiais elétricos, respeitando as regras gerais e
específicas aplicáveis (armários, portinholas, canalizações, proteções, etc.)

• Proteção de circuitos contra sobreintensidades


– Proteção e seccionamento na origem de cada circuito, adequado às secções
– Comprimentos máximos protegidos contra curtos-circuitos
– Características gerais e regras específicas aplicáveis aos materiais elétricos e
aparelhos de proteção das canalizações

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Características gerais das canalizações


eléctricas
• Proteção contra choques elétricos:
– Esquema de ligação à terra TN
• Para a rede de distribuição em baixa tensão “terra pelo neutro”
• Condições especiais de estabelecimento (Artº. 150 do RSRDEEBT)
• Elétrodos de terra de acordo com regras específicas (Artº. 145 do RSRDEEBT)
• Características técnicas (Secção 413.1.3 das RTIEBT)

• Proteção contra sobretensões atmosféricas


• No caso da alimentação ser em rede aérea de distribuição, deverá ser prevista na
origem da instalação uma proteção contra sobretensões atmosféricas

• Tipo de alimentação
– Trifásica, tensão nominal 230/400 V
– As variações de tensão, na situação mais desfavorável, não devem ser superiores a ±8%,
e recomenda-se ±5% nos centros urbanos
– Estabelecida, em regra, diretamente a partir de RDEEBT 230/400V, ou a partir de PT(s)
públicos

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Alimentação das Instalações de Utilização

PT Posto de Transformação
QC Quadro de colunas de prédio
residencial ou escritórios
QE Quadro de entrada da Instalação de
Utilização (moradia, estabelecimento, etc.)
CP Canalização Principal
AD Armário de distribuição
P Portinhola
C Contador
ACE Aparelho de corte de entrada
D Derivação

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Alimentação das Redes de Distribuição


• A alimentação pode ser efetuada:
– Diretamente a partir da rede pública de distribuição de baixa tensão;
– A partir da instalação de um ou mais PTs de serviço público a instalar na área
de intervenção do loteamento/urbanização.

• A ligação de uma instalação elétrica à rede pública de distribuição é


enquadrada no âmbito contratual pelo Regulamento das Relações
Comerciais e pelo Regulamento Tarifário.

• As especificações técnicas devem obedecer às orientações da EDP


Distribuição (Doc. DIT-C11-030/N, Junho 2005)

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Características dos materiais elétricos para a


ligação às redes de BT
• Caixas de contagem (individual ou coletivas)
– Invólucros - Material isolante ou metálico, da classe II (EDP DMA-C62-805/N) ou da
classe I (Secções 413.1.3 e 413.1.4 das RTIEBT) de isolamento
– Índices de proteção mínimos – IPX4 e IK08 (instalações à vista) e IP4X e IK07 (instalações
em ductos ou espaços fechados equivalentes)
– Características e ensaios – EN 62208 e EN 60439
– Sistema de fecho aprovado pela EDP Distribuição
• Corta-circuitos fusíveis
– Tipo – alto poder de corte (NH), de facas
– Fabrico – HD 630.2.1, CEI/IEC 60269-2-1
– Bases: tamanho 00 (até 160 A) e 2 (até 400 A)
– Intensidades estipuladas tabeladas

• Cabos para ramais


– Tipos: redes aéreas LXS (torçadas) e redes subterrâneas LVAV e LSVAV
– Secções de acordo com tabelas

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Dimensionamento

• Selecionar a secção dos condutores

• Selecionar as características dos aparelhos de proteção, de


acordo com condições técnicas e económicas
– Fusível ou Disjuntor
• Caracterizados por dois valores de intensidade de corrente que deverão
ser escolhidos de modo a proteger o condutor

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Secções dos Cabos e intensidades


estipuladas dos fusíveis
• No que se refere à alimentação das instalações residenciais, não residenciais, de
serviços comuns ou outras privadas (incluindo condomínios fechados) há que
considerar a existência de soluções técnicas normalizadas EDP (EDP DIT-C-14-
100/N, Junho 2003).

Potências Ramal de Ligação Intensidades


contratadas Rede Rede estipuladas
(Trifásico) aérea subterrânea dos fusíveis (A)

P≤43 kVA LXS 4x16 mm2 63


P≤55 kVA LXS 4x25 mm2 LSVAV 4x16 mm2 80
P≤69 kVA LSVAV 4x35 mm2 100
P≤138 kVA LSVAV 4x95 mm2 200

P≤217 kVA LVAV 3x185 + 95 mm2 315

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Conceitos Básicos
• IB *– Intensidade de corrente de serviço
• É a intensidade de corrente de carga que serve como base ao dimensionamento da instalação e que
resulta da alimentação da potência de carga estimada para a instalação considerando a tensão
nominal.
• IZ – Intensidade de corrente máxima admissível
• Corresponde ao maior valor de corrente que pode circular na canalização elétrica tendo em conta o
facto de as perdas por efeito de Joule no cabo originarem uma sobre-elevação da temperatura.
• In – Calibre ou valor nominal de proteção
• Corresponde ao valor de dimensionamento do aparelho de proteção que este pode suportar em
regime permanente sem atuar.
• Inf – Intensidade de corrente convencional de não fusão
• Maior intensidade de corrente que o aparelho de proteção pode suportar durante o tempo
convencional sem atuar.
*
• I2 – Intensidade de corrente de fusão
• Valor da intensidade de corrente que deverá percorrer o aparelho de modo que este não atue num
tempo não superior ao tempo convencional.

*Alteração da designação simbólica das diversas correntes intervenientes decorre da publicação das
RTIEBT

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Critérios de Dimensionamento

𝐼! ≤ 𝐼" Condição de aquecimento

∆𝑈 ≤ 𝜀. 𝑈#$ Condição de queda de tensão


Uns – Tensão nominal simples

Proteção contra sobreintensidades

Secções mínimas impostas regularmente

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Critérios de Dimensionamento
• Uma rede de BT deve, regulamentarmente* ser dimensionada tendo em
conta, entre outros, os seguintes critérios:
– queda de tensão máxima admissível na canalização ≤8% desde o PT
MT/BT até ao final da rede BT;
– corrente de serviço da canalização;
– seletividade entre as proteções colocadas em série;
– comprimentos máximos protegidos contra curto-circuitos, devendo
usar-se o maior dos valores de secção que resultem da aplicação
destes critérios.

* RSRDEEBT – Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica em


Baixa Tensão, aprovado pelo Decreto Regulamentar 90/84 de 26 de Dezembro

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Secções mínimas dos Condutores


• Nos quadros são indicadas
as secções nominais
mínimas dos condutores de
fase.

Nota 1:
– Nas redes aéreas não podem
ser usados condutores nús ou
condutores isolados, mas
apenas cabos.
Nota 2:
– Na associação de cabos em
paralelo só poderão ser usados
condutores de secção superior
a 70 mm2.

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Cabos e Condutores tipos

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Cabos e Condutores tipos

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Tipos de Cabos normalizados

Codificação: Normas NP 2361 e NP 665

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Tipos de Cabos normalizados - Torçada

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Cálculo da Corrente de Serviço - IB


• Unc e Uns representam, respetivamente, a tensão nominal composta (ex. 400V) e nominal simples
(ex. 230V) da instalação.

• A potência S da instalação é determinada com facilidade em instalações residenciais ou de uso


profissional.

• Nestes casos pode considerar-se sem cometer erros elevados que as cargas são tipicamente de
natureza resistiva pelo que o seu fator de potência se pode considerar unitário.

• Deverá ser apenas estimada a potência das cargas a instalar para os diversos fins – aquecimento,
iluminação, tomadas de uso gerais e de cozinha, por exemplo.

• As RTIEBT fornecem um conjunto de indicações relativas às potências mínimas a considerar em


locais residenciais e de uso profissional.

Trifásico Monofásico
𝑆 𝑆
𝐼! = 𝐼! =
3×𝑈"# 𝑈"$

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Potências mínimas
Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
(Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro)

Nº de
Utilização das compartimentos Potência mínima Corrente Sistema de
instalações (com mais de 4 (kVA) estipulada (A) alimentação
m2)
1 3,45 15
2a6 6,9 a) 30 Monofásico
Mais de 6 10,35 / 13,8 b) 45 / 60
Habitação
Qualquer número 10,35 15 Trifásico c)

Anexos 3,45 15 Monofásico

Potência calculada I=1000.S/U Monofásico


pelo Técnico em
Outros usos Qualquer número
função das
necessidades I=1000.S/(1,73.U) Trifásico

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Fatores de Simultaneidade
Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
(Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro)

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Exemplo 1
• Consideremos uma coluna montante que alimentará 10 habitações. Para
cada instalação foi contratada a potência de 13,80 kVA em regime trifásico.
Determinar a intensidade de corrente de serviço.

𝑆 = 0,56×10×13,80 = 77,28𝑘𝑉𝐴

𝑆 77280 77280
𝐼! = = = = 112𝐴
3×𝑈# 3×400 3×230

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Exemplo 2
• Consideremos um edifício em que existem duas colunas montantes cada
uma delas alimentando 10 habitações, possuindo cada uma delas potência
contratada em regime trifásico de 13,80 kVA. Também se encontra prevista
a existência de um quadro de serviços comuns com uma potência
contratada de 10,35 kVA em regime trifásico.

𝑆#% = 𝑆#& = 0,56×10×13,80 = 77,28𝑘𝑉𝐴

𝑆 = 0,43×20×13,80 + 10,35 = 129,03𝑘𝑉𝐴

𝑆 129030
𝐼! = = = 187𝐴
3×𝑈# 3×400

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Exemplo 3
• Dois edifícios A e B, com uma coluna montante (CM) cada um a
alimentar 8 habitações e serviços comuns (SC), com potências
contratadas de 13,80 e 10,35 kVA, respetivamente.
• As colunas montantes são alimentadas por um armário de
distribuição AD, que por sua vez é alimentado a partir do quadro
de um Posto de Transformação QGBT.

MT A
CMA

SCA

CMB

SCB
QGBT
QBT AD
C B

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Exemplo 3 (cont.)
0,75×8×13800 0,75×8×13800 + 10350
𝐼!!"# = 𝐼!!"$ = = 120𝐴 𝐼!#%→# = 𝐼!#%→$ = = 135𝐴
3×400 3×400

Canalização principal

0,48×16×13800 + 2×10350
𝐼!'($)→#% = = 183,6𝐴 (RTIEBT)
3×400

Pelo Guia Técnico de Urbanizações 0,8 0,8


𝐶 = 0,2 + = 0,2 + = 0,39
𝑛 18

0,39× 16×13800 + 2×10350 (GTU)


𝐼!'($)→#% = = 136,5𝐴
3×400

Existência de sobredimensionamento na canalização principal quando se recorre


aos coeficientes das RTIEBT.

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Exemplo 3 (cont.)

MT A
120A
135A CMA
15A
136,5A SCA
120A
135A
CMB
15A
QGBT SCB
AD
QBT C B

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ITUR – 3ª edição

Infraestruturas de Telecomunicações
em em Loteamentos,
Urbanizações e Conjuntos de Edifícios
(Público)

Introdução
• A 3.ª edição do manual ITUR:
– Contém um conjunto de normas técnicas consideradas como mínimas,
adequando a regra técnica à evolução do sector nos últimos cinco
anos.
– Aplica-se a todas as infraestruturas de telecomunicações em
loteamentos, urbanizações e conjuntos de edifícios, novos ou a alterar.
– Contempla soluções inovadoras, com base nos recentes
desenvolvimentos tecnológicos, por forma a conseguir a simplificação
e a redução de custos das ITUR, sem comprometer a sua qualidade,
funcionalidade e segurança.
– Clarificar algumas soluções técnicas, facilitando a sua compreensão
com esquemas representativos da sua aplicação.
– Apresentada recomendações que incluem um conjunto de
procedimentos considerados como boas práticas, as quais, não sendo
vinculativas, têm por finalidade permitir aos projetistas e instaladores
encontrar melhores soluções para o projeto e para a instalação.

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Caracterização
• O regime jurídico aplicável às Infraestruturas de
Telecomunicações em Loteamentos, Urbanizações e
Conjuntos de edifícios (ITUR) consagra a obrigatoriedade
de construção das ITUR em duas dimensões distintas:

– As ITUR públicas, situadas em loteamentos e urbanizações, são


obrigatoriamente constituídas por tubagem;

– As ITUR privadas, situadas em conjuntos de edifícios, com


delimitação bem definida, são obrigatoriamente constituídas
por tubagem e cablagem.

Ex. Condomínios fechados

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Contexto regulamentar
• O presente manual ITUR está de acordo com o Decreto-Lei n.º
123/2009, de 21 de maio, alterado e republicado pelo Decreto Lei
n.º 92/2017, de 31 de julho, adiante designado, de forma
simplificada, como DL123, que estabelece o regime jurídico da
instalação das infraestruturas de telecomunicações em
loteamentos, urbanizações e conjuntos de edifícios (ITUR).

• Notas:
– A implementação das ITUR deve ser executada conforme o projeto;
– É interdita a instalações de outras instalações de outras especialidades
nos espaços dedicados às ITUR;
– Todos os trabalhos de execução, ampliação ou alteração das ITUR só
devem ser feitos por instaladores habilitados;
– A presença do projetista pode ser solicitada sempre que necessário.

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Arquiteturas das redes


• O elemento basilar de qualquer infraestrutura de telecomunicações é o PD (Ponto
de Distribuição).

• O PD caracteriza-se como sendo um local de terminações, uniões ou derivações


entre as redes de cabos, permitindo a amplificação, regeneração, realização de
testes e o estabelecimento de ligações, possibilitando o encaminhamento dos
sinais até aos pontos terminais de rede.
Existe sempre na rede privada
• Nas ITUR estão previstos 2 tipos de PD:
– ATU (Armário de Telecomunicações de Urbanização) - PD onde se efetua a
transição entre as redes de operador e as redes de urbanização, numa ITUR
privada. É de instalação obrigatória em todas as ITUR privadas. É o local de
instalação dos RU (Repartidores de Urbanização);
– PDS (Ponto de Distribuição Suplementar) - PD sem as funções de ATU.

• O ATU e a CVMU (Câmara de Visita Multioperador da Urbanização) fazem parte


das redes de tubagem das ITUR.
• A fronteira da rede de tubagem das ITUR privadas é constituída pela CVMU.

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Arquiteturas das redes

Arquitetura de rede de
uma ITUR pública ligada
a um edifício ITED

Arquitetura de rede de
uma ITUR pública ligada
a uma moradia ITED

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Arquiteturas das redes


Arquitetura de rede de uma
ITUR privada ligada a uma
moradia ITED

Só nos privados
– é obrigatório

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Fronteiras de Tubagem das ITUR


• REDE PÚBLICA/ITUR PÚBLICA
– A tubagem principal da ITUR pública será interligada com a rede pública, num ou mais pontos
fronteira. O exemplo mais comum de ponto de fronteira é a CV (Câmara de Visita) ou um
armário.

• ITUR PÚBLICA/ITUR PÚBLICA (p.ex. prolongamento de uma urbanização)


– A tubagem principal das ITUR públicas será interligada num ou mais pontos fronteira. O
exemplo mais comum de ponto de fronteira é a CV (Câmara de Visita) ou um armário.

• REDE PÚBLICA/ITUR PRIVADA


– A fronteira da rede de tubagem das ITUR privadas é constituída pela CVMU. A tubagem
principal da ITUR privada será interligada com a rede pública num ou mais pontos de fronteira.

• ITUR PÚBLICA/ITUR PRIVADA


– A fronteira da rede de tubagem das ITUR privadas é constituída pela CVMU. A tubagem
principal da ITUR privada será interligada com a ITUR pública num ou mais pontos de
fronteira.

• ITUR/ITED
– A rede de tubagem das ITUR termina na CVM (Câmara de Visita Multioperador) ou na CAM
(Caixa de Acesso Multioperador).

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03/05/21

Fronteiras de Cablagem das ITUR


• REDE PÚBLICA/ITUR PÚBLICA
– Não está prevista para as ITUR públicas a instalação de cablagem.

• REDE PÚBLICA/ITUR PRIVADA


– Os Repartidores de Urbanização (RU), instalados no ATU, estabelecem a
fronteira da rede de cablagem entre as redes públicas de operadores de
comunicações eletrónicas e as redes de cabos das ITUR privadas.

• ITUR PÚBLICA/ITUR PRIVADA


– Os Repartidores de Urbanização (RU), instalados no ATU, estabelecem a
fronteira da rede de cablagem entre as ITUR públicas e as redes de cabos das
ITUR privadas.

• ITUR/ITED
– A fronteira da cablagem entre as ITUR e as ITED é estabelecida nos primários
dos RG (Repartidores Gerais) ou nos primários dos RC (Repartidores de
Cliente) para o caso das moradias unifamiliares.

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Regulamento dos Produtos de Construção (RPC)

• O RPC permite a existência de uma linguagem técnica comum, de forma a


garantir a qualidade esperada dos produtos de construção. Assegura que
os profissionais dos vários setores envolvidos, bem como o público em
geral, tenham acesso a informação fiável sobre os produtos, de forma a
conseguir compará-los facilmente, qualquer que seja o fabricante ou o
país de origem.

• O RPC é de aplicação obrigatória em Portugal e abrange todos os cabos de


telecomunicações utilizados nas ITUR, designadamente os cabos de pares
de cobre, coaxiais e de fibra ótica - desde 1 de julho de 2017 todos os
cabos devem estar em conformidade com a marcação CE.

• O desempenho dos cabos de telecomunicações corresponde às


caraterísticas essenciais pertinentes do produto, encontrando-se dividido
em Classes. As Classes vão definir a reação ao fogo, expressa na produção
de fumos, gotículas ou partículas incandescentes, acidez e condutividade.
Estas caraterísticas visam limitar a propagação de chamas e de fumo.

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Regulamento dos Produtos de Construção (RPC)

• A tabela seguinte estabelece as Classes mínimas de desempenho de


reação ao fogo (para todas as tecnologias), aplicáveis aos cabos de
telecomunicações das ITUR (privadas).
• Se forem instalados cabos das ITUR diretamente aos edifícios, podem
percorrer o interior do edifício até às zonas de ligação a equipamentos,
desde que essa distância não ultrapasse os 15 metros.

Pior classificação – instalações no exterior e a constituição tem outras proteções químicas não
compatíveis com a reação ao fogo (ex: anti humidade e roedores)

Orlando Soares 10

10

Tubagem
• A tubagem tem como finalidades principais assegurar a passagem
subterrânea, a proteção e salvaguarda dos cabos, bem como o alojamento
de equipamentos de telecomunicações.
• Genericamente uma rede de tubagem de uma ITUR é constituída por:

– Rede de Tubagem Principal (Toda a rede pode ser principal); Definidas pelo
– Rede de Tubagem de Distribuição (pode existir ou não). projetista

• Os principais elementos constituintes da rede de tubagem de uma ITUR


são:
– Tubos e Acessórios (ligadores, etc.);
– Câmaras de Visita (chão);
– Armários (pode ser tipo bastidor) e pedestais;
– ATU;
– Galerias técnicas (tuneis subterrâneos para acesso de técnicos);
– Salas Técnicas;
– Valas (com acesso nas extremidades).
Orlando Soares 11

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03/05/21

Câmaras de Visita (CV)


• A câmara de visita tem como principal função o acesso aos troços de tubagem
subterrâneos, possibilitando instalar, retirar e ligar cabos e proceder aos eventuais
trabalhos de manutenção.
• As câmaras de visita classificam-se em CVC (Câmara de Visita Circular), CVRx
(Câmara de Visita de secção Poligonal), CVIx (Câmara de Visita em I), CVLx (Câmara
de Visita em L) e CVTx (Câmara de Visita em T).
• As câmaras de visita podem ser construídas no próprio local, ou pré-fabricadas,
devendo apresentar, necessariamente, características iguais ou superiores aos
mínimos definidos no manual ITUR.
• Nas câmaras construídas em material betuminoso deve ser utilizado betão da
classe C20/25 e aço A400, quando fabricadas no local. No caso das câmaras pré-
fabricadas deve utilizar-se, no mínimo, um betão de classe C20/C25.
• As câmaras devem ser dotadas de âncoras, poleias/suportes plastificados e
degraus em ferro.
• Em situações específicas podem ser utilizados outros tipos de câmaras de visita,
para além das especificadas no presente manual, desde que cumpram os mínimos
estabelecidos.

Orlando Soares 12

12

Tipos de Câmaras de Visitas


Tipo CVC (- utilizadas, só rede de distribuição para
passar cabos)
• Este tipo de câmaras é construído a
partir dos seguintes elementos:
– Elemento troncocónico, pré-fabricado
em betão, diâmetro superior 60 cm,
inferior 120 cm, altura 50 cm;
– Elemento cilíndrico pré-fabricado em
betão, de diâmetro 120 cm, altura 160
cm. Deve ser pré perfurado tendo em
conta a configuração da infraestrutura;
– Base drenante pré-fabricada em betão,
com diâmetro 120 cm e altura 20 cm.

Orlando Soares 13

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03/05/21

Tipos de Câmaras de Visitas


Tipo CVR (+ utilizadas)
• As câmaras do tipo CVR são câmaras paralelepipédicas,
construídas no local com blocos de betão maciço, em betão
armado ou betonadas “in situ” ou pré-fabricada em betão
armado.
– A espessura mínima das paredes das câmaras
construídas no local não pode ser inferior a 20 cm.
– A espessura das paredes para câmaras pré-fabricadas
deve estar compreendida entre 10 cm e 15 cm.
– A câmara tipo CVR é constituída por um corpo em cujas
faces laterais se realiza a entrada dos tubos a uma
altura, medida a partir da base, igual ou superior a 20
cm.
• As faces superiores do corpo devem permitir a instalação de aros
e tampas retangulares, sendo ainda obrigatória a construção de
uma laje inferior equipada com uma cavidade que permita
retirar a água do interior da câmara.
• A ligação da tubagem não deve ser executada no centro das
paredes da CV, mas sim encostada a uma das faces, de forma a
facilitar o encaminhamento dos cabos e o acondicionamento de
juntas de cabos e equipamentos.

Orlando Soares 14

14

Tipos de Câmaras de Visitas


Tipo CVI
• As câmaras do tipo CVI são compartimentos compostos por 4 faces,
constituindo um retângulo, cortado junto aos vértices, formando
outras 4 faces que devem ser construídas no local, com blocos de
betão maciço ou em betão armado, betonadas “in situ”.
• A sua configuração possibilita o acompanhamento das curvaturas dos
cabos

2 tubos
Rede
distribuição

4 tubos Rede
principal

Orlando Soares 15

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03/05/21

Tipos de Câmaras de Visitas


Tipo CVL
• As câmaras do tipo CVL são compartimentos com secção em forma de “L”,
devendo ser construídas no local, com recurso ao uso de blocos de betão
maciço ou betão armado, betonadas “in situ”.
• Esta câmara permite a interligação de um possível terceiro troço de tubagem,
perpendicular aos outros dois troços já existente

Apoio dos conjuntos Âncora Tampas


de cabos entre uma circulares
entrada e uma saída
da câmara

Cruzamento de
redes principais

Orlando Soares 16

16

Tipos de Câmaras de Visitas


Tipo CVT
• As câmaras do tipo CVT são compartimentos com secção em forma de “T”, devendo ser
construídas no local com recurso ao uso de blocos de betão maciço, ou betão armado,
betonadas no local da instalação.
• O corpo tem a forma semelhante à das câmaras CVI, incluindo dois funis laterais no mesmo
extremo da câmara de visita. Esta câmara permite a interligação de quatro troços de tubagem,
perpendiculares dois a dois

Orlando Soares 17

17

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03/05/21

Tipos de Câmaras de Visitas


• Outras características das câmaras tipo CVI, CVL E CVT

– As câmaras CVI, CVL e CVT são constituídas por uma laje inferior construída com uma cavidade
que permite retirar a água do interior das mesmas, uma laje superior com uma abertura ao
centro de 80 cm de diâmetro que permita o acesso ao seu interior e uma chaminé
troncocónica construída sobre a abertura da laje superior da câmara.
– A chaminé das câmaras deve ser construída em elementos de betão, cilíndricos e
troncocónicos, geralmente pré-fabricados, com uma altura mínima de 50 cm. A parte superior
a chaminé fica com a forma de um tronco de cone.
– O fundo das câmaras de visita deve ser constituído por enrocamento de cascalho, com 15 cm
de espessura, coberto com betão de C20/25 com 10 cm de espessura.
– Quando a câmara é instalada a uma profundidade que não permita que o aro com tampa
fique ao nível do pavimento, a altura da chaminé deve ser ampliada. Esta ampliação pode
fazer-se com a instalação entre a abertura da câmara e a manilha, em forma de tronco de
cone, de uma manilha cilíndrica, com as mesmas características da anterior e que permita
uma plena adaptação entre si e a abertura da câmara.
– Estas câmaras devem ser dotadas de placas de terra a 20 cm do topo (chumbadouro ou bucha
de expansão) aplicadas na parede da câmara.
– As câmaras CVLx e CVTx dispõem de um funil lateral.

Orlando Soares 18

18

Tipos de Câmaras de Visitas

Para as câmaras de visita CVC são definidas duas dimensões no diâmetro


(maior/menor), uma vez que são constituídas por um corpo cilíndrico e uma chaminé
troncocónica.

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03/05/21

Tipos de Câmaras de Visitas


• Tampas, Localização e Cargas admissíveis
– Para garantir o adequado fecho de uma câmara deve ser montado, no seu
topo, um aro com a respetiva tampa (ou tampas).
– Os aros e as tampas devem cumprir as normas em vigor, EN 124, devendo ser
escolhidas em função do tipo de circulação, tendo em conta as cargas de
tráfego previsíveis

Orlando Soares 20

20

Tipos de Câmaras de Visitas


– Indicar sempre a classe nas peças desenhadas.
– As tampas devem ter a identificação "Telecomunicações" gravada, de forma
visível e indelével, não podendo conter qualquer inscrição que identifique um
prestador de serviços de comunicações.
– As câmaras circulares equipadas com tampas circulares, ou as câmaras
equipadas com tampas com este formato, devem ser equipadas,
preferencialmente, com sistema de dobradiça.
– As câmaras equipadas com tampas retangulares devem ser equipadas com
duas ou mais tampas, conforme a dimensão da câmara, privilegiando-se o uso
de tampas articuladas e seccionadas.
– Pode ser utilizado outro tipo de tampas, para além das indicadas, desde que
sejam garantidos os requisitos técnicos mínimos exigidos

Orlando Soares 21

21

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Tipos de Câmaras de Visitas

(1)
(1)
(2)

(2) (1) (1)

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Câmara de Visita Multioperador de Urbanização (CVMU)

• A fronteira subterrânea da rede de tubagem das ITUR privadas é


constituída pela CVMU.

• A face exterior da tampa deve conter, de forma indelével e visível,


as inscrições “Telecomunicações” e “CVMU”, não podendo conter
qualquer inscrição que identifique um prestador de serviços de
comunicações.

• A CVMU deve conter, de forma indelével e visível, as inscrições “EN


124” e o índice de carga admissível, de acordo com a tabela atrás.

• Na CVMU não é obrigatória a utilização de dispositivos de fecho,


embora se possa considerar a sua existência como medida adicional
de proteção.

Orlando Soares 23

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03/05/21

Tubos e Acessórios
• Os tubos e acessórios a utilizar nas ITUR devem ser resistentes e duráveis,
tanto no que respeita aos elementos constituintes como às suas ligações,
devem impedir a entrada de detritos e ter dimensões que permitam o fácil
enfiamento e retirada dos cabos.

• O desenho da rede de tubagem deve obedecer a critérios que favoreçam a


eficiência na instalação e a proteção mecânica dos cabos de
telecomunicações.

• Os tubos não devem apresentar imperfeições, tais como:


– Superfícies com descontinuidades;
– Fissuras;
– Porosidades;
– Saliências;
– Falhas de cor.

Orlando Soares 24

24

Tubos
• Tubo corrugado de dupla parede

– Os tubos corrugados de dupla parede devem ser fabricados em


polietileno.
– A parede interior deve ser perfeitamente “lisa” para facilitar a
introdução e manobra da cablagem;
– A parede exterior “corrugada” tem por fim aumentar a flexibilidade do
tubo, proporcionando uma boa resistência à compressão e ao
impacto.
– Recomenda-se a utilização de tubos de cor verde.

Orlando Soares 25

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03/05/21

Tubos
• O tubo corrugado atualmente
existente no mercado apresenta-se
sob duas formas:
– Rígida, fornecida em troços retos,
habitualmente designados por
vara, constituída por PEAD
(Polietileno de Alta Densidade);

– Flexível, fornecida em rolos, sendo


o tubo constituído por PEBD
(Polietileno de Baixa Densidade) na
sua parede interior e PEAD na sua
parede exterior. Este tipo de tubo é
preferível sempre que seja
necessário efetuar curvas
acentuadas.

Orlando Soares 26

26

Tubos
• O tubo corrugado de dupla parede apresenta as seguintes características:
– Diâmetros normalizados:

– Caraterísticas mecânicas - os tubos devem permitir as seguintes instalações:


i. Formações com envolvimento
em pó de pedra ou areia, com
uma resistência de compressão
igual ou superior a 450 N;
i. Formações com envolvimento
em betão com uma resistência
de compressão igual ou superior
a 250 N;
i. Resistência ao impacto conforme
ii. indicado na tabela.

Orlando Soares 27

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03/05/21

Tubos
• Gama de temperaturas
– Os tubos devem permitir a sua utilização numa gama de temperatura em
regime permanente entre os - 5 ºC e os 60 ºC.

• Índices de proteção
– Os tubos devem ter um grau de proteção contra a penetração de corpos
sólidos e contra a projeção de água (IP) e um grau de proteção contra
impactos mecânicos (IK).
– Os índices anteriormente mencionados não podem ser inferiores a IP66 e a
IK08.
– Se os tubos não possuírem o IK referido como mínimo deve considerar-se
obrigatoriamente a sua instalação com envolvimento em betão.

• Para além dos tubos especificados, podem ser utilizados outros desde que
assegurem características equivalentes ao especificado

Orlando Soares 28

28

Tubos
• Tritubo

– Trata-se de um conjunto formado por três tubos de cor preta, de iguais


dimensões, unidos solidariamente entre si por uma membrana.
– Os tubos são retilíneos, rígidos e com superfície externa lisa e interna
estriada no sentido longitudinal – facilitar o enfiamento da fibra ótica.

Tritubo PEAD

Orlando Soares 29

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03/05/21

Tubos
• O tritubo apresenta as seguintes características:
– Diâmetro:
• O tritubo a utilizar nas ITUR terá o diâmetro nominal mínimo de 40
mm;
– Material:
• O material utilizado no fabrico dos tubos deve ser o polietileno de alta
densidade (PEAD/MRS80). Existe a possibilidade de utilização de
materiais equivalentes, comprovadamente certificados pelos
fabricantes quanto às suas características e desempenhos similares;
– Cor:
• Os tubos devem ser fornecidos na cor preta RAL 9011;
– Índices de proteção:
• Os tubos devem ter um grau de proteção contra a penetração de
corpos sólidos e contra a projeção de água (IP) e um grau de proteção
contra impactos mecânicos (IK) - os índices atrás mencionados não
podem ser inferiores a IP66 e a IK 08.

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30

Tubos - Acessórios
• União de tubos
– União para tubo
corrugado de dupla face
– União para tritubo PEAD
• Espaçadeiras (pente
espaçador)
– Espaçadeiras para tubo
corrugado de dupla face
– Espaçadeiras para
tritubo PEAD
• Tampões
– Tubos PEAD
– Tritubos PEAD

Orlando Soares 31

31

16
09/03/21

Condição de aquecimento
• Esta condição indica que a secção a utilizar deverá estar associada a uma
intensidade de corrente de serviço.

• A necessidade de imposição desta condição resulta de os cabos, tendo em


conta os seus aspetos construtivos e problemas térmicos associados,
possuírem uma intensidade de corrente máxima que podem veicular em
regime permanente sem sofrerem qualquer degradação.

𝐼! ≤ 𝐼"

Orlando Soares 37

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Intensidades de correntes máximas


admissíveis - Iz

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Fatores de correção
• Se as condições de instalação de uma canalização forem
diferentes das que presidiram à elaboração de uma tabela
de corrente máximas admissíveis em uso, há que corrigir
estas correntes usando a expressão:

(I Z )real = I Z ´ Ka ´ Kb ´ Kc ´ ...

• IZ – Intensidade de corrente retirada da tabela


• (IZ)real – Intensidade de corrente corrigida
• Ki (i=a, b, c,…) – fatores (ou coeficientes de correção.

Orlando Soares 39

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Fatores de correção (cont.)


• Os fatores de correção, eventualmente a considerar, contemplam as
seguintes situação:

a. Temperatura ambiente (só para canalizações ao ar);


b. Temperatura do solo (só para canalizações enterradas);
c. Profundidade de enterramento (só para canalizações enterradas);
d. Resistividade térmica do solo (só para canalizações enterradas);
e. Agrupamento de canalizações;
f. Cabos entubados;
g. Outras situações particulares de instalação.

• Sempre que, relativamente a qualquer um destes itens se verificar a


concordância com as condições na tabela em uso, será de usar um Ki=1,
na expressão anterior.

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Fatores de correcção (cont.)

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Fatores de correção (cont.)

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Fatores de correção (cont.)

Orlando Soares 43

43

Fatores de correção (cont.)

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Características de Cabos
Cabos subterrâneos (0,6/1 kV), armados normalizados em
Portugal para redes subterrâneas (0,6/1 kV) e respetivos
comprimentos máximos para uma queda de tensão de 1% e 8%

Orlando Soares 45

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Características de Cabos (cont.)

Orlando Soares 46

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09/03/21

Quedas de tensão lineares


Quedas de tensão lineares (V/Axkm)
Secções
(mm2) Cabos tipo Cabos tipo
VV/VAV LVV/LSVV/LVAV/LSVAV
4 7,74 -
6 5,19 -
10 3,12 -
16 1,99 3,28
25 1,28 2,09
35 0,946 1,53
50 0,718 1,15
70 0,520 0,821
95 0,393 0,614
120 0,326 0,502
150 0,279 0,424
185 0,238 0,354
240 0,198 0,288
300 0,172 0,245

Orlando Soares 47

47

Resistência e Indutância de cabos


Cabos tipo VAV e VV Cabos tipo LSVAV e LSVV

Secção R20º L Secção R20º L


(mm2) (W/km) (mH/km) (mm2) (W/km) (mH/km)
10 1,83 0,29 25 1,2 0,25
16 1,15 0,26 35 0,858 0,24
25 0,727 0,25 50 0,641 0,24
35 0,534 0,24 70 0,443 0,23
50 0,387 0,24 95 0,320 0,23
70 0,268 0,23 120 0,253 0,22
95 0,193 0,23 150 0,206 0,22
120 0,153 0,22 185 0,164 0,22
150 0,124 0,22 240 0,125 0,22
185 0,0991 0,22
240 0,0754 0,22

Orlando Soares 48

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09/03/21

Condição de queda de tensão


• Para uma rede radial com n troços, a diferença do módulo das tensões,
entre as tensões na extremidade de emissão e a tensão na extremidade
de receção, pode ser dada por:

D U = U e - U r » å Riq I ni
n

a 20 = 3,93 ´10 -3 /º C
q
Ri = R 20º
[1 + a 20 (q - 20º )] Cu

a 20 = 4,03 ´10 -3 /º C
Al

No cálculo da queda de tensão considera-se que o


q = 70 º C condutor em PVC se encontra a funcionar em regime
permanente, optando-se pela temperatura de 70º C

Orlando Soares 49

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Exemplo 4
• Cabo VAV enterrado com 70 mm2 de secção dos condutores de fase, que
alimenta um conjunto de instalações de utilização ligadas nos pontos A, C e D.
Calcule a queda de tensão relativamente aos recetores mais desfavoráveis.

50 m A 20 m B 50 m D I n1 = 50 A
I n2 = 100 A
20 m
I1 I3 I n3 = 50 A
I2
C
Nota: Uma vez que a rede é passiva, as intensidades de corrente circulam desde o
PT em direção aos pontos C e D. Por esta razão estes serão os pontos da
rede em que a tensão será mais baixa, sendo necessário realizar o cálculo
para se verificar qual o ponto mais desfavorável (onde Δ|U| é maior).

Orlando Soares 50

50

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09/03/21

Exemplo 4 (cont.)
𝑅#$%° = 𝑅 '%° 1 + 𝛼'%°!" × 70° − 20°
= 0,268 1 + 3,93×10()× 70° − 20° = 0,32066 Ω7𝑘𝑚

∆ 𝑈 ! = 0,32066× 0,05×200 + 0,02×150 + 0,02×100 =4,68V

D U » å Ri I ni
q

n
∆ 𝑈 " = 0,32066× 0,05×200 + 0,02×150 + 0,05×50 =4,97V
Pior Situação!!!

∆𝑈 4,97
∆𝑈 ≤ ×100% = ×100% = 2,16%
230 230

∆ 𝑈 ≤ 8%𝑈!" Recomenda-se ±5% nos centros urbanos

Orlando Soares 51

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Exemplo 4 (cont.)
Pode, também, ser usada a seguinte fórmula prática para o cálculo
da queda de tensão

r ´ I ´ l ´ cos j DU =
DU
´ 100%
DU = (V)
S 230

S- secção dos condutores em mm2


l- comprimento dos condutores em metros
r - resistividade à temperatura de serviço (70ºC) –> 1,25 vezes acima
do valor a 20ºC -> 0,0225W.mm2/m (Cu) e 0,036 W.mm2/m (Al)
cos j - fator de potência da instalação
I – intensidade de serviço em Ampere

Orlando Soares 52

52

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09/03/21

Exemplo de um esquemático de uma rede


subterrânea

Orlando Soares 53

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Exemplo de um esquemático de uma rede


subterrânea
• Caso do edifício A
– Para o dimensionamento da rede de uso exclusivo destinada a alimentar este edifício (troço L3), deve
ser usado o valor da potência requisitada (PA), calculada de acordo com as regras definidas no
RSICEE), selecionando-se (e montando-se) o cabo adequado a essa potência, tendo em atenção não
só a queda de tensão nesse troço L3 mas também a queda de tensão no troço L1 (ΔU1+ΔU3 ≤ 8 %)

• Caso do edifício B
– A alimentação do edifício B apenas difere da alimentação do edifício A na medida em que há mais
troços da rede que poderão ter que ser modificados para o alimentar, devendo ser tidas em conta as
cargas em jogo, não só a do edifício a alimentar como igualmente as que contribuírem para a queda
de tensão no final da rede que alimenta este cliente (ΔU1+ΔU2+ΔU5 ≤ 8 %)

• Caso do edifício C
– A alimentação do edifício C apenas difere da alimentação do edifício A na medida em que aquele é
um edifício unifamiliar, devendo ser consideradas as quedas de tensão até à instalação a alimentar
(ΔU1+ΔU2+ΔU4 ≤ 8 %)

• Caso do edifício D
– O edifício C está alimentado diretamente do PT, com elemento de rede de uso exclusivo, pelo que,
para este caso, também não há lugar a considerar, como para a parte de uso exclusivo do cliente A,
situações de sobredimensionamento por se tratar de uma instalação de uso exclusivo.

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03/05/21

ITUR – 3ª edição

Infraestruturas de Telecomunicações
em em Loteamentos,
Urbanizações e Conjuntos de Edifícios
(Público)

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Projeto
• As regras técnicas definidas neste capítulo têm por objetivo estabelecer
procedimentos normalizados no que diz respeito à elaboração de projetos
ITUR.
• As presentes regras e requisitos técnicos são sempre entendidos como
mínimos, devendo o projetista avaliar a sua adequação ao tipo de edifício,
à sua utilização e às necessidades expressas pelo dono da obra, sem
prejuízo da utilização de outras consideradas mais exigentes, desde que
estejam de acordo com as Normas Europeias aplicáveis.
• O projeto técnico ITUR define um conjunto de soluções, respeitando as
regras técnicas do presente manual e tendo em conta as necessidades
expressas pelo dono da obra.
• O projetista deve, com base nas regras técnicas e nas necessidades e
perspetivas do dono da obra, estabelecer a arquitetura de rede a aplicar,
definir as redes de tubagem, redes de cabos, materiais, dispositivos,
equipamentos passivos e ativos, incluindo o respetivo dimensionamento.
• O projetista deve emitir o termo de responsabilidade pelo projeto através
da plataforma da ANACOM, disponibilizando-o ao dono da obra, nos
termos da legislação aplicável em vigor.
Orlando Soares 33

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1
03/05/21

Elaboração do Projeto ITUR

Orlando Soares 34

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Elaboração do Projeto ITUR


• DADOS E REQUISITOS FUNCIONAIS:
– Aspetos particulares que uma infraestrutura deve cumprir, de modo a
desempenhar as funções desejadas, definidas previamente com o
dono da obra e eventualmente com os prestadores de serviços de
comunicações eletrónicas, sempre que se verifique esta necessidade.

• EXEQUIBILIDADE:
– Atributo que um projeto deve possuir no sentido da sua execução com
os recursos disponíveis, quer materiais, quer humanos, e em
conformidade com as regras estabelecidas.

• AMBIENTE:
– Conjunto das caraterísticas específicas do meio envolvente, de acordo
com as Classificações Ambientais MICE.

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03/05/21

Elaboração do Projeto ITUR


• CUSTO:
– Valor dos gastos, diretos e indiretos, suscetíveis de serem identificados
relativamente ao consumo de recursos técnicos e materiais, incluindo a mão-
de-obra, necessários à execução de uma infraestrutura.

• REGRAS:
– Conjunto de princípios técnicos reguladores de um processo, destinados à
obtenção de resultados considerados úteis para uma decisão ou ação de
caráter técnico.

• MÉTODO:
– Princípios de boas práticas de engenharia, com vista à simplificação dos
processos e eficiência operacional.

• ELEMENTOS DO PROJETO:
– Conjunto formal, explícito e completo de documentação necessária à
execução de um projeto.

Orlando Soares 36

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Elaboração do Projeto ITUR


• Dados e requisitos funcionais:
– As informações mínimas necessárias à elaboração de um
projeto ITUR são:
a) Localização geográfica;
b) Proximidade das redes públicas de comunicações eletrónicas;
c) Utilização prevista;
d) Localização dos pontos fronteira das ITUR;
e) Avaliação das infraestruturas existentes.

• Condicionantes:
– Um projeto ITUR é desenvolvido a partir da avaliação dos
requisitos funcionais e dos seguintes tipos de condicionalismos:
• Exequibilidade técnica;
• Classificação MICE associada à utilização;
• Custo dos materiais e da execução.

Orlando Soares 37

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03/05/21

Elaboração do Projeto ITUR


• Para a execução do projeto das ITUR deverá ter-se em conta a classificação
do edifício e da zona onde estará implementada. A classificação de
edifícios é da responsabilidade da DGPC (Direção Geral do Património
Cultural), bem como dos municípios onde se integram.
• Sem prejuízo de outras classificações para as zonas de implementação, em
termos do presente manual consideram-se as seguintes:
– Monumentos;
– Imóveis de interesse público;
– Imóveis de interesse municipal;
– Zonas de proteção;
– Zonas vedadas à construção;
– Edifícios históricos;
– Edifícios de interesse nacional;
– Edifícios de interesse público.
• Para os edifícios e zonas consideradas de património classificado podem
ser consideradas algumas limitações na adoção de determinadas soluções
técnicas preconizadas neste manual, desde que devidamente
fundamentadas pelo projetista.
Orlando Soares 38

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Elaboração do Projeto ITUR


• Exequibidade
– Os principais fatores que podem ter implicações em termos de exequibilidade de um
projeto são:
a) Disponibilidade de materiais e ferramentas;
b) Âmbito do projeto;
c) Posicionamento dos elementos na rede;
d) Sistemas de cablagem;
e) Tecnologias disponíveis;
f) Proteção (Sigilo, segurança, etc.);
g) Obrigatoriedades regulamentares impostas no presente manual ITUR;
h) Recomendações provenientes do presente manual ITUR;
i) Necessidade de equipamentos ativos (dimensões, características, etc.);
j) Durabilidade;
k) Tempo e facilidade de execução;
l) Rastreabilidade;
m)Facilidade de verificações e ensaios;
n) Necessidades especiais do utilizador e do dono da obra, como sejam as acessibilidades e a
utilização adequada de novas tecnologias;
o) Existência de obstáculos no subsolo.
• Estes fatores devem ser considerados nas fases de instalação, utilização e manutenção das ITUR.
• Todas as condicionantes detetadas devem constar da memória descritiva do projeto, bem como as soluções
encontradas para as ultrapassar.

Orlando Soares 39

39

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03/05/21

Elaboração do Projeto ITUR


• Ambiente
– No que respeita às condicionantes ambientais deve ser as condições MICE.
– Especial atenção deve ser dada no caso de solos sulfurosos, especificando a
utilização de materiais resistentes a este tipo de ambientes.
– A rede de tubagem deve ser subterrânea, procurando-se evitar a sua
construção em zonas com um nível freático elevado.
– A classificação referente às condicionantes ambientais tem por finalidade a
definição das caraterísticas da tubagem, cablagem, materiais e equipamentos
a instalar.
• Custo
– Os condicionalismos associados aos custos dos materiais e da execução têm
normalmente um impacto relevante na elaboração de um projeto.
– O projeto é um ato de engenharia, pelo que o projetista ITUR tem a obrigação
do seguimento e cumprimento das boas práticas de engenharia na sua
realização.
– Para a avaliação do fator custo/benefício, o projetista deve equacionar
diferentes alternativas exequíveis, bem como a relação com os outros fatores
condicionantes, caso existam.

Orlando Soares 40

40

Elaboração do Projeto ITUR


• Regras
– As regras de projeto são orientações e disposições técnicas
vinculativas, que constam do manual, e que constituem as
Prescrições e Especificações Técnicas ITUR, em alinhamento
com a Normalização Europeia aplicável.
• Método
– As boas práticas de engenharia têm por base a utilização de
conhecimentos e metodologias adequadas às seguintes
situações:
a) Simplificação da memória descritiva, limitada às especificidades do
projeto e da instalação, evitando-se transcrições do manual ITUR;
b) Uma clara interpretação do projeto;
c) Simplificação de cálculos;
d) Adaptação dinâmica do projetista a novas realidades tecnológicas;
e) Obrigatoriedade de indicação das melhores soluções, ao instalador
e ao dono da obra
Orlando Soares 41

41

5
03/05/21

MICE
• O conceito MICE estabelece um processo sistemático para a descrição das
condições ambientais, com base em três níveis de exigência:
– Nível 1 (Baixo);
– Nível 2 (Médio);
– Nível 3 (Alto).
• Esta conceção permite, aos projetistas e instaladores, a seleção dos
materiais utilizáveis, para diferentes níveis de exigência ambiental,
consoante o tipo de utilização de um determinado espaço.
• Os parâmetros que caracterizam o grau de exigência ambiental, tal como
expresso na EN 50173- 1, são:
– M - Propriedades Mecânicas;
– I - Propriedades relativas ao Ingresso ou penetração de corpos sólidos ou de
líquidos;
– C - Propriedades Climáticas e comportamento perante agentes químicos;
– E - Propriedades Eletromagnéticas

Orlando Soares 42

42

MICE – Propriedades Mecânicas (M)


Na tabela estão definidos os níveis de exigência mecânica a utilizar na caracterização
ambiental para sistemas de cablagem.

Para o caso específico dos elementos de ligação (fichas, acopladores, etc.)

Orlando Soares 43

43

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03/05/21

MICE – Ingresso ou Penetração (I)


Os níveis de exigência ambiental associados ao ingresso ou penetração de corpos
sólidos, ou de líquidos, devem estar em conformidade com os valores definidos na
tabela.

Orlando Soares 44

44

MICE – Ingresso ou Penetração (I)


A classificação dos
graus de proteção em
relação a influências
externas (IPXX), de
acordo com a
norma EN 60529, é
referida na tabela.

Orlando Soares 45

45

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03/05/21

MICE – Climáticas e Químicas (C)


As propriedades climáticas
e o comportamento
perante agentes químicos
que caracterizam os
níveis de exigência
ambiental para os sistemas
de cablagem, incluindo os
dispositivos de ligação,
estão caracterizadas na
tabela.

etc
Orlando Soares 46

46

MICE – Eletromagnéticas (E)


Na tabela estão definidas as propriedades eletromagnéticas que caracterizam os níveis
de exigência ambiental para os sistemas de cablagem, incluindo os dispositivos de
ligação.

Orlando Soares 47

47

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03/05/21

MICE – Classes Ambientais


Na tabela estão descritos alguns espaços de utilização e as correspondentes classes
ambientais típicas, relativas a sistemas de cablagem.

As classes ambientais são


específicas de um
determinado local de
aplicação, podendo existir
classificações diferentes
dentro do mesmo edifício.

Orlando Soares 48

48

Projeto da Rede de Tubagem


• Os princípios estabelecidos para a rede de tubagem aplicam-se às
ITUR públicas e privadas.
• A rede de tubagem é constituída por dois troços de rede:
– Rede de tubagem principal;
– Rede de tubagem de distribuição.

• A topologia estabelecida para a rede de tubagem tem como base os


pontos de entrada e saída da rede de tubagem principal. Os pontos
de entrada e saída correspondem a pontos de ligação às redes dos
operadores ou pontos destinados a futuras zonas de expansão
nomeadamente a ligação a outras ITUR.
• Compete ao projetista definir a topologia adequada em função dos
pontos de entrada e saída, bem como das especificidades da
própria urbanização.

Orlando Soares 49

49

9
03/05/21

Regras Gerais
• A estrutura da rede de tubagem deve ter a capacidade de suportar as
diversas topologias das redes dos vários operadores, assegurando,
igualmente, a manutenção da operacionalidade dos equipamentos
ativos, bem como as operações na rede, com o mínimo de intrusão nos
edifícios.
• A rede de tubagem numa ITUR deve, preferencialmente, ser concebida
de modo a permitir uma topologia de distribuição em estrela.
• A capacidade dos tubos deve ser calculada com base nas fórmulas
previstas na regra técnica aplicável.
• O projetista deve necessariamente ter em consideração os dispositivos e
materiais a utilizar nas ITUR.
• A possível localização no subsolo da futura tubagem deve ter em conta
eventuais condicionantes, nomeadamente as outras infraestruturas
instaladas, bem como os eventuais obstáculos existentes, tal como a
figura.

Orlando Soares 50

50

Localização de infraestruturas de subsolo (1) (3)

A guia do passeio
não deve ser
cortada.

Não colocar sobre


zonas de
estacionamento.

Orlando Soares 51

51

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03/05/21

Dimensionamento da Rede de Tubagem


• Devem considerar-se os valores constantes da tabela, para o dimensionamento mínimo da rede de
tubagem principal e de distribuição das ITUR. Os diâmetros indicados são nominais, expressos em
mm e considerados como mínimos.
Nota: As 3 tecnologias podem
partilhar o mesmo tubo.

• A ITUR contém, no mínimo, uma rede principal constituída por 2 CV e respetiva tubagem de
interligação.
• No caso de urbanizações de pequenas dimensões, tipicamente com menos de 6 edifícios e em que
a ITUR não se interliga a outras urbanizações, o projetista pode adotar uma rede principal com as
dimensões indicadas para uma rede de distribuição (sugestão: colocar todos os tubos de 110 mm).
• A distância máxima entre CV é de 120 m (na prática recomenda-se uma distância máxima de 50
metros).
• Os troços de tubagem devem ser retilíneos, admitindo-se um raio de curvatura mínimo de 5
metros.

Orlando Soares 52

52

Dimensionamento da Rede de Tubagem


• Em qualquer situação é admitida a instalação de subcondutas (tubos
dentro de tubos), em monotubos ou em manga têxtil.
• Recomenda-se, na elaboração do projeto ITUR, a instalação e o
dimensionamento da CVM ou CAM, facilitando a interligação às ITED.
Fazendo estes elementos parte das ITED, deve o projetista ter em atenção
a eventual existência de projetos ITED relativos à respetiva ITUR.
• Nas ligações das ITUR às CVM, ou às CAM, deve ser considerada a tabela,
onde se considera um dimensionamento mínimo ajustado ao número de
fogos.

Nota: Faz parte do projeto


ITED.

Orlando Soares 53

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03/05/21

Dimensionamento da Rede de Tubagem


• Para calcular o diâmetro dos tubos (DT), ou das sub-condutas, devem considerar-se
vários fatores, tais como o diâmetro do cabo a instalar (DC), as folgas originadas
por deformações e o espaço livre que facilite o seu enfiamento. Devem ser
consideradas as fórmulas, para dois casos distintos:

• 1 cabo por tubo:

𝐷! = 1,6×𝐷"

• Vários cabos por tubo:

𝐷! ≥ 2× 𝑑#$ + 𝑑$$ + ⋯ + 𝑑%$

• Deve adotar-se o diâmetro nominal do tubo imediatamente superior ao valor


calculado ou considerar-se a utilização de mais que um tubo.

Orlando Soares 54

54

Dimensionamento da Rede de Tubagem


• O número de ligações previstas deve ser calculado adicionando-se o
número de ligações destinadas à urbanização ao número de ligações
estimado para as zonas de expansão adjacentes, a jusante da ligação às
redes dos operadores.
• O número total de ligações deve ser superior ou igual às ligações
estimadas para os edifícios que compõem a urbanização, incluindo as
destinadas a eventuais postos públicos, praças de táxis, bombeiros e
outras, previstas para o espaço da urbanização em causa.
• A instalação das CV é executada preferencialmente no passeio. As tampas
serão adequadas ao local de instalação, de acordo com a EN 124.
• As CV podem ser partilhadas por vários lotes caso se justifique.
• Devem ser tomados em consideração o número e o tipo de fogos de cada
lote, bem como o alojamento de pares de cobre, cabos coaxiais, fibra
ótica e de equipamentos ativos e passivos.
• Deve ser garantido o acesso a vários operadores, em igualdade de
circunstâncias.

Orlando Soares 55

55

12
03/05/21

Dimensionamento da Rede de Tubagem


• Deve ser garantida a compatibilidade com o ITED, no que toca à entrada
de cabos para os diferentes tipos de edifícios, bem como com a ligação às
redes públicas.
• É obrigatório o envolvimento em betão da tubagem em zonas sujeitas a
cargas intensas, zonas onde o terreno circundante se situa junto de
valetas, muros de suporte, travessia de vias de circulação automóvel e em
locais suscetíveis de abatimentos.
• A localização das CV deve respeitar o projeto da urbanização, dando
preferência, na sua localização, às bermas, passeios, em locais onde o raio
de curvatura dos tubos assim o obrigue, cruzamentos de ruas (sempre na
perpendicular) e em locais estratégicos, como entradas de lotes e acessos
a armários de telecomunicações e outros elementos integrantes da rede
de telecomunicações.
• Na escolha do tipo de CV deve considerar-se a tabela. A capacidade
indicada é meramente informativa, sendo válida a ocupação cumulativa
nas três tecnologias.

Orlando Soares 56

56

Tipos de câmaras de visita

Orlando Soares 57

57

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03/05/21

Exemplos de esquemas de agrupamento de tubagem

Orlando Soares 58

58

Travessias e Cruzamentos
• As travessias e os cruzamentos com outras redes são fatores a evitar,
sempre que possível.
• Deve, pois, escolher-se o traçado mais conveniente, tendo em conta as
preocupações ambientais, paisagísticas e os sistemas ecológicos existentes
no local de modo a evitar os referidos atravessamentos.

• As travessias de estradas, arruamentos e caminhos devem obedecer às


seguintes condições:
a) A profundidade mínima não deve ser inferior a 1 metro;
b) Devem ser realizadas perpendicularmente ao eixo das vias, exceto em casos
devidamente tecnicamente justificados pelo projetista ou pelo instalador;
c) A travessia deverá apresentar envolvimento em betão e ser efetuada através
da instalação de 1 CV em cada uma das extremidades. A interligação entre as
CV deve ter um dimensionamento igual ao da rede de tubagem principal, ou
de distribuição, conforme o caso

Orlando Soares 59

59

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03/05/21

Exemplo de Valas
Exemplo de bloco
de tubagem c/
envolvimento em
areia/pó de pedra

Exemplo de bloco
de tubagem c/
envolvimento em
betão

Orlando Soares 60

60

Exemplos de Valas – Rede principal

Orlando Soares 61

61

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03/05/21

Exemplos de Valas – Rede de distribuição

Orlando Soares 62

62

Documentação geral do projeto


• O projeto ITUR (público) deve integrar o seguinte:

– Termo de responsabilidade do projetista;


– Informação identificadora do projetista ITUR que assume a responsabilidade pelo
projeto, nomeadamente com indicação do número de inscrição em associação
pública de natureza profissional;
– Ficha técnica, com a identificação completa da obra, dos intervenientes e das
características técnicas gerais;
– Memória descritiva e justificativa, incluindo identificação, categoria, disposição e
descrição geral, justificação da sua implantação e da sua integração nos
condicionamentos locais existentes ou planeados, descrição genérica da solução
adotada com vista à satisfação das disposições legais e regulamentares em vigor,
indicação das características dos materiais, dos elementos da construção, dos
sistemas e dos equipamentos;
– Cálculos relativos às diferentes partes da obra, definindo os elementos
constituintes da mesma, justificando as soluções adotadas;
– Medições e mapas de trabalho, com a indicação da natureza e da quantidade dos
trabalhos e dos materiais necessários para a execução da obra;

Orlando Soares 63

63

16
03/05/21

Documentação geral do projeto


• O projeto ITUR (público) deve integrar o seguinte (cont.):

– Orçamento baseado nos materiais utilizados e nos mapas de trabalho;


– Planta topográfica de localização;
– Peças desenhadas, em escala conveniente, sobre as plantas a implementar,
devendo conter a representação de todos os pormenores necessários à perfeita
compreensão, implantação e execução da obra;
– Planta com a implantação da rede de tubagem;
– Indicação discriminada dos materiais e suas quantidades;
– Condições técnicas especiais, quando aplicáveis;
– A simbologia a utilizar deve permitir a sua fácil interpretação. O projetista pode
criar simbologia intuitiva, seguindo quanto possível os regulamentos e normas
existentes, garantindo a legibilidade e a perfeita interpretação do projeto;
– Informações obtidas junto dos operadores públicos de comunicações eletrónicas,
bem como do projeto de outras ITUR contíguas, quando aplicável;
– Coordenadas de localização geográfica (GNSS) na forma graus (º), minutos (‘) e
segundos (“) respeitante a um ponto, o mais central possível, onde a ITUR será
instalada.

Orlando Soares 64

64

Documentação geral do projeto


• A planta de implantação da rede de tubagem deve ter inscritos os seguintes
itens:

– Os pontos de acesso à tubagem da urbanização;


– Os pontos de entrada em cada lote e/ou edifício;
– A localização dos lotes e/ou edifícios a interligar;
– A localização e tipo das CV, pedestais e espaços técnicos;
– As diretrizes dos troços de tubagem com indicação do tipo e formação;
– A localização de postos públicos, postos sinalizadores de bombeiros, postos para
táxis e outros previstos no projeto;
– A localização das eventuais CVM ou CAM;
– A localização de outras infraestruturas que sejam referidas na memória descritiva,
como condicionantes à localização da rede de tubagem.

Orlando Soares 65

65

17
29/03/21

Proteção contra sobreintensidades


• As redes de distribuição poderão estar sujeitas a condições
anormais de funcionamento que se traduzem em elevações
do valor da intensidade de corrente de serviço
(sobreintensidades):
– Sobrecargas
• Situações em que sobre-elevação da intensidade em relação ao valor
nominal é pequena. A instalação pode suportar estes regimes durante
algum tempo sem sofrerem deterioração, mas em todo o caso, eles
deverão ser detetados e interrompidos se persistirem.
– Curto-circuitos
• A intensidade de corrente assume valores bastantes elevados pelo que os
aparelhos de proteção deverão atuar muito rapidamente.

Orlando Soares 55

55

Proteção contra sobreintensidades


• Secção II, Art.os 127 a 132 do RSRDEEBT
– Art.o 127: “os condutores de fase das redes de distribuição serão
protegidos contra sobreintensidades por meio de corta-circuitos
fusíveis ou disjuntores com características adequadas” e que “o
neutro não deverá possuir qualquer aparelho de proteção”
– Art.os 128 e 129: proteção contra sobrecargas
– Art.os 130 e 131: proteção contra curto-circuitos
– Art.o 132: conjunto de indicações relativas à coordenação entre os dois
tipos de proteção

Orlando Soares 56

56

1
29/03/21

Condição de Proteção contra sobrecargas

• Art.o 128: “as características de funcionamento dos aparelhos de


proteção contra sobrecargas deverão satisfazer simultaneamente as
seguintes condições:”

𝐼! ≤ 𝐼" ≤ 𝐼#
!
𝐼$ ≤ 1,45×𝐼#

IB IZ 1,45.IZ

In I2

Orlando Soares 57

57

Conceitos aplicáveis a dispositivos de


protecção
• Corrente estipulada - In
– Valor de corrente a partir da qual são determinadas as condições de
funcionamento

• Corrente convencional de não funcionamento - Inf


– Valor especificado de corrente que pode ser suportada num tempo específico
(tempo convencional) sem provocar o seu funcionamento

• Corrente convencional de funcionamento – I2


– Valor especificado de corrente que provoca o funcionamento antes do final de
um tempo especificado (tempo convencional)

• Poder de corte - Pc
– Valor da corrente que o dispositivo é capaz de cortar a uma dada tensão
especificada e em condições prescritas de emprego e de funcionamento

Orlando Soares 58

58

2
29/03/21

Fusíveis
• A corrente convencional de funcionamento (I2) que corresponde à corrente de
fusão do fusível está relacionada com a corrente estipulada – vulgarmente
designada por calibre (In)
• Estes fusíveis do “tipo geral” da categoria de utilização gG (acção lenta) são
previstos em redes para protecção contra sobrecargas e curto-circuitos

Correntes Correntes convencionais


estipuladas (A) de funcionamento (A)

In ≤ 4 I2 = 2,1´In

4 < In ≤ 16 I2 = 1,9´In

In ≥ 16 I2 = 1,6´In

Nota: Valores equivalentes aos indicados no Quadro 13.1 das RSRDEEBT.

Orlando Soares 59

59

Disjuntores
• A corrente convencional de funcionamento (I2) que corresponde à
corrente de efetivo funcionamento do disjuntor está relacionada com a
corrente estipulada ou de regulação – calibre (In)

Correntes
Correntes estipuladas (A) convencionais de
funcionamento (A)
Pequenos disjuntores – Tipo doméstico
I2 = 1,45´In
(EN 60898, IEC/CEI 60898-2)

Outros disjuntores – Tipo Industrial


(NP EN 60947-1, EN 60947-1, IEC/CEI 60947-1)
I2 = 1,30´In

Nota: Valores equivalentes aos indicados no Quadro 13.2 das RSRDEEBT.

Orlando Soares 60

60

3
29/03/21

Seletividade das Proteções


• Para que haja seletividade entre proteções colocadas em série, é necessário garantir
que, em caso de defeito, apenas atue o aparelho de proteção situado imediatamente a
montante do defeito, permitindo, assim, que continuem a funcionar as canalizações
situadas a montante dessa proteção e que não tenham sido afetadas por esse defeito.

• Quando há fusíveis em série, como é o caso de canalizações derivadas de outras, em


que é regulamentarmente obrigatório colocar proteções quando há mudanças de
secção, para que haja seletividade na atuação desses fusíveis é necessário usar, nas
derivações da rede (ou, em alternativa, nas canalizações principais) fusíveis cuja relação
seja de 1:1,6 ou superior, o que é o mesmo que usar fusíveis com “saltos” nos valores
normalizados da série e nunca fusíveis com valores seguidos dessa série*.

Orlando Soares 61

61

Seletividade das Proteções (cont.)


• Por exemplo, quando se usarem fusíveis de 315 A na canalização principal, a canalização
derivada não poderá ter fusível de calibre superior a 200 A, uma vez que o de 250 A não
assegura a seletividade.

• Ou seja, quando a canalização principal tiver uma secção de 185 mm2 (LVAV 3x185+95, cujo
fusível de proteção é de 315 A), nunca se poderá usar, como cabo derivado e por razões
regulamentares relativas à aplicação deste critério, um cabo de 150 mm2 (LVAV 3x150+70,
cujo fusível de proteção é de 250 A), mesmo que essa fosse a secção do cabo a usar em
resultado da aplicação dos outros dois critérios.

* Os valores de In da série normalizada dos fusíveis mais usuais para a gama se secções dos
cabos em uso são:

20 – 25 – 32 – 40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125 – 160 – 200 – 250 – 315 A.

Há seletividade, no mínimo, entre os fusíveis da série sublinhada ou entre a dos fusíveis em


itálico, não havendo seletividade entre os valores das duas séries, quando os valores em
causa forem seguidos (por exemplo, 160 A e 125 A ou 315 A e 250 A são valores seguidos).

Orlando Soares 62

62

4
29/03/21

In, Inf e If de Fusíveis


In Inf I2 In Inf I2
2 3 4 80 104 128

4 6 8 100 130 160

6 9 11 125 150 200

8 12 15 160 192 256

10 15 19 200 240 320

12 17 21 250 300 400

16 22 28 315 378 504

20 28 34 400 480 640

25 35 44 500 650 800

32 42 51 630 756 1008

40 52 64 800 960 1280

50 65 80 1000 1200 1600

63 82 101 1250 1500 2000

Orlando Soares 63

63

In, Inf e If de Disjuntores


In Inf I2 In Inf I2
6 6,3 8,1 160 168 216

8 8,4 10,8 200 210 270

10 10,5 13,5 250 263 338

12 12,6 16,2 315 331 425

16 16,8 21,6 400 420 540

20 21 27 500 525 675

25 26,3 33,8 630 662 851

32 33,6 43,2 800 840 1080

40 42 54 1000 1050 1350

50 53 68 1250 1313 1688

63 66 85 1600 1680 2160

80 84 108 2000 2100 2700

100 105 135 2500 2625 3375

125 131 169

Orlando Soares 64

64

5
29/03/21

Localização dos dispositivos de proteção


• Sobrecarga
– No início da canalização e sempre que houver alteração na corrente admissível
da canalização a proteger (mudança de secção, natureza, tipo e/ou modo de
estabelecimento)
• Exceção: Se a canalização de menor corrente admissível estiver protegida contra
sobrecargas e contra curto-circuitos por aparelhos colocados a montante.

• Curto-circuitos
– Em regra, no início da canalização sempre que houver alteração na corrente
admissível da canalização a proteger (mudança de secção, natureza, tipo e/ou
modo de estabelecimento)
• Exceção para canalizações compostas por troços de secção diferenciada – podem
ser colocados em qualquer ponto da canalização desde que garantam a proteção
do troço de menor intensidade admissível existente a jusante e o comprimento
desse troço não seja superior ao determinado pela aplicação da regra do triângulo.

Orlando Soares 65

65

Comprimentos
máximos
Comprimentos máximos
admissíveis (Lmax) em
redes subterrâneas em
função do fusível usado na
proteção da canalização
contra curto-circuitos (In)

Nota: o Art.º 131 – comentário do


RSRDEE apresenta tabelas
completas de comprimentos
máximos e correntes de curto-
circuito para vários tipos de
canalizações protegidas por
fusíveis de APC, do tipo gG (gL nas
normas VDE alemãs)

Orlando Soares 66

66

6
29/03/21

Comprimentos
máximos
Comprimentos máximos
admissíveis (Lmax) em
redes aéreas em torçada
em função do fusível usado
na proteção da canalização
contra curto-circuitos (In)

Nota: os valores de fusíveis de proteção contra curto-


circuitos assinalados com sombreado, de calibre
superior aos dos fusíveis de proteção contra
sobrecargas, que estão assinalados a negrita, são
indicados apenas para efeitos da aplicação dos
comprimentos máximos na “regra do triângulo” em
relação à proteção destas canalizações contra curto-
circuitos em canalizações derivada

Orlando Soares 67

67

Comprimentos máximos protegidos contra


curto-circuitos por fusíveis

Orlando Soares 68

68

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29/03/21

Comprimentos máximos protegidos contra


curto-circuitos por fusíveis

Orlando Soares 69

69

Condição de Proteção contra curto-


circuitos
• Art.o 130:
– Ponto n.º 1: indica que esta condição de
proteção fica assegurada se a intensidade
nominal dos aparelhos de proteção contra
curto-circuitos for determinada de modo que t ap £ t ft
a corrente de curto-circuito seja cortada antes
da canalização poder atingir a sua t ap £ 5 s
temperatura limite admissível;
S
– Ponto n.º 2: deverá ser comparada a t ft = k ×
característica de funcionamento I cc
tempo/corrente do aparelho de proteção com
a característica de fadiga térmica da
canalização, para o mesmo valor de corrente
de curto-circuito;

Orlando Soares 70

70

8
29/03/21

Condição de Proteção contra curto-


circuitos (cont.)
k é uma constante cujo valor depende da característica do material isolante e do material
condutor:
= 115 condutores com alma de cobre isolada a policloreto de vinilo;
= 135 condutores de alma de cobre isolada a borracha natural, borracha butílica,
polietileno reticulado ou etileno-propileno;
= 159 condutores nus de cobre
= 76 condutores com alma de alumínio isolada a policloreto de vinilo;
= 87 condutores de alma de alumínio isolada a borracha natural, borracha butílica, polietileno
reticulado ou etileno-propileno;
= 104 condutores nus de alumínio;
= 97 condutores nus de ligas de alumínio;
= 115 ligações dos condutores de cobre soldadas a estanho.
• S é a secção dos condutores em mm2 (menor dos valores de entre a fase e o neutro).
• Icc é a corrente de curto-circuito mínima que resulta de um curto-circuito franco verificado no
ponto mais afastado do circuito.

0,95.U ns Expressão aproximada de


I cc =
(
1,5. RF20º C .LF
+ RN20º C .LN ) cálculo da corrente de curto-
circuito mínima fase-neutro

Orlando Soares 71

71

Condição de Proteção contra curto-


circuitos (cont.)
• O fator 0,95 corresponde a uma queda de tensão de 5% a montante do
secundário do transformador (queda no transformador mais linha de AT)

• A temperatura média durante o curto-circuito é de 145º C, logo há que


fazer a correção de 20º C para 145º C, conduz ao fator multiplicativo de
1,5

• U= 230 V se houver neutro no canalização


400 V para sistemas a três condutores (sem neutro distribuído)

Orlando Soares 72

72

9
29/03/21

Curvas médias características Tempo-


Corrente para Fusíveis gG

Orlando Soares 73

73

Cálculo do Poder de Corte do Fusível F


O cálculo do p.d.c. do fusível exige a simulação de um defeito
trifásico simétrico
c=1,1 em MT e AT
c ´U n
xcc pu = c=1 em redes de 400V
I cc
c=1,05 em BT

A reactância de fugas a montante do


Valores de Base
transformador (referida à potência de
Se: Sccbase=500 MVA base de 500 MVA) deve ser dada por
Unbase=400 V
Então: Scc=1 pu Sbase
x f pu = x f%
Icc=1 pu S

Orlando Soares 74

74

10
29/03/21

Cálculo do Poder de Corte do Fusível F


A impedância equivalente vista do ponto de defeito é, então, dada por:

Z eq pu = jxcc pu + jx f pu

O valor eficaz da componente simétrica da corrente de curto-circuito é:

Sbase
I base =
3U base
I cceficaz = I cc pu ´ I base
c ´U n
I cc pu =
Z eq pu

Orlando Soares 75

75

Cálculo do Poder de Corte do Fusível F


O valor de pico da corrente de curto-circuito é obtido a partir do
valor eficaz da corrente

i pico = 2 ´ k ´ I cc

K – coeficiente que dá informação da componente exponencial da


corrente de curto-circuito (depende das partes reais e
imaginárias da impedância equivalente vista do ponto de
defeito)
R
-3
k = 1,02 + 0,98 ´ e X k=1,8 para redes BT
(existe alguma resistência, parte real
da impedância quase nula)

Orlando Soares 76

76

11
29/03/21

Cálculo do Poder de Corte do Fusível F1


Requer a simulação de um defeito trifásico simétrico junto a F1 (extremo
do cabo QGBT-A)

Agora, além do Zeq calculado atrás (impedância equivalente a montante


do transformador + reactância de fugas do transformador) há que somar
a impedância do cabo QGBT-A a 20º C

Z cabo = Rcabo + jwLcabo


Z cabo
Z cabo pu = = Rcabo pu + j .X cabo pu
2
U base Z base
Z base =
S base

Z eq pu = jxcc pu + jx f pu + Z cabo pu

Orlando Soares 77

77

Exemplo 5
• Consideremos a rede de distribuição da figura. A canalização QGBT-A é constituída por um cabo VAV
3x70+35 mm2. A canalização S1 alimenta um prédio onde existem 2 habitações com potência instalada
de 13,8 kVA e 8 habitações com 10,35 kVA, e um quadro de serviços comuns de potência contratada de
10,35 kVA. A saída S2 alimenta um prédio onde se encontra instalados 5 quadros com potência de 13,8
kVA cada (4 habitações e SC) e a saída S3 alimenta um prédio com 3 quadros com potência de 10,35
kVA cada (2 habitações e SC). Considere que todas as potências contratadas se referem a contratos em
regime trifásico.

a) Dimensione o condutor correspondente à saída S1 e o fusível respetivo. Sabe-se que este


condutor será enterrado não havendo mais nenhum condutor na mesma vala. Verifique as
condições de proteção contra sobrecargas, curto-circuitos e queda de tensão.
b) Calcule o poder de corte dos fusíveis F e F1.

Orlando Soares 78

78

12
29/03/21

Cálculo do baricentro do PT
• A determinação do baricentro de cargas consiste na obtenção das coordenadas X e Y,
médias pesadas dos centro geométricos dessas cargas, referidos a um sistema de
eixos ortogonal arbitrário, em que os pesos são as potências aparentes das mesmas.

• Em principio este é o ponto ideal para colocar o PT mas há mais variáveis a considerar,
em particular o disposto nos Art.os 33º, 36º e 37º do RSSPTS.

å xi ´ Si å yi ´ Si
X= i Y= i
å Si å Si
i i

Orlando Soares 79

79

Exemplo 6
• Considere-se a planta de uma certa instalação onde são indicadas as cargas, sua
potência e localização relativamente a um sistema de referência arbitrário.

Y (m)
S2 S4
200

S1=100 kVA S3

S2=150 kVA S5
100
S3=100 kVA
S4=300 kVA S1
40
S5=200 kVA

50 100 230 X (m)

Orlando Soares 80

80

13
29/03/21

Cálculo do baricentro do PT
50 ´100 + 50 ´150 + 100 ´100 + 230 ´ 300 + 230 ´ 200
X= = 161,8 m
850
40 ´100 + 200 ´150 + 130 ´100 + 200 ´ 300 + 100 ´ 200
Y= = 149,4 m
850

Y (m)
S2 S4
200

B
149,4 x
S3

S5
100

S1
40

50 100 161,8 230 X (m)

Orlando Soares 81

81

Implantação do PT
• Os PT(s) deverão localizar-se
– Em domínio público, com acesso livre e direto à via pública
– O mais possível no centro de cargas, junto de arruamento público
– Podem ser integrados nos edifícios quando existir projeto de arquitetura dos mesmos
– Acesso franco e direto de pessoal e material, com porta voltada para a via pública e
ventilação (entrada e saída de ar) são previstas com aberturas para o exterior, garantido
o arrefecimento do(s) transformador(es) de potência
– PT(s) exteriores localizados em jardins, o caminho de acesso à porta deverá ser sempre
inferior à cota mais baixa da edificação onde se encontra instalado
– O(s) PT(s) não poderão ser localizados em zonas contíguas a depósitos de água, gás,
cisternas, etc.
– Deverá ser previamente acordado com o Centro Local de Distribuição da EDP a
localização dos PT(s)
– O promotor será o responsável pela prévia aprovação pela C. M. dos projetos de
implantação, aspeto arquitetónico e enquadramento paisagístico dos edifícios e cabinas
pré-fabricadas destinadas aos PT(s)

Orlando Soares 82

82

14
29/03/21

Cálculo da Potência do PT
• A determinação do número de PT’s necessários para a alimentação de
energia elétrica de um loteamento ou urbanização deverá ser efetuado
atribuindo uma potência unitária por PT de 630 kVA, sendo que podem
ser usados as gamas de 400 kVA e 630 kVA, sendo só aceites outros
valores devidamente justificados (ex.: Edifícios em altura com potências
concentradas elevadas, podendo utilizar-se, neste caso, dois
transformadores)
• Sempre que a potência do loteamento/ urbanização seja superior a 200
kVA o fornecimento deve ser em MT

Nota: Para efeito de sistematização da informação relativa às potências a


requisitar, por lote, e no total do empreendimento, recomenda-se a
utilização de uma ficha síntese do loteamento para o cálculo da
potência total por PT. Recomenda-se uma capacidade de expansão
de 20%.

Orlando Soares 83

83

Constituição dos PT’s


• Devem obedecer aos projetos-tipo da DGEG
– Projeto-tipo de PT’s Aéreos dos tipos A e AS
– Projeto-tipo de PT’s Aéreos dos tipos AI-1 e AI-2
– Projeto-tipo de PT’s em cabina alta do tipo CA-1 (até 250 kVA) e CA-2
(400 e 630 kVA)
– Projeto-tipo de PT’s em cabina baixa do tipo CBU CBL
• e às regras/especificações constantes no GTU (DIT-C11-010/N,
de Maio 2006 da EDP Distribuição)

Orlando Soares 84

84

15
Redes de Distribuição de
Energia Eléctrica em Baixa Tensão

Balanço de Potência

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

Conceitos
‡ Factor de simultaneidade
„ Relação entre o somatório das potências estipuladas dos
equipamentos susceptíveis de funcionar simultaneamente e o
somatório das potências estipuladas de todos os equipamentos
alimentados pelo mesmo circuito ou pela mesma instalação

‡ Coeficiente de simultaneidade
„ Relação entre o somatório das potências de cálculo das
instalações susceptíveis de funcionar simultaneamente e o
somatório das potências de cálculo de todas as instalações
alimentadas pelo mesmo circuito ou pela mesma instalação.

‡ Factor de utilização
„ Relação entre a potência efectivamente absorvida por um dado
aparelho de utilização e a sua potência estipulada.

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 1
Balanço de Potência
Canalizações Principais
Urbanizações, loteamentos, novos núcleos habitacionais e parques
industriais ou comerciais

Locais residenciais ou de 0,8


uso profissional (incluindo C 0,2 

¦ Su u C
serviços comuns dos n
Scp i
edifícios)

n 0,5
Restantes casos C 0,5 
n

Scp Potência de dimensionamento da Canalização principal


Sui Potência unitária das instalações de utilização (antes da aplicaçãodos coeficientes
de simultaneidade das RTIEBT)
C Coeficiente de simultaneidade
n Número total de instalações de utilização da rede ou do segmento de rede calculada

Nota: Em áreas de serviços e comerciais, sempre que não seja possível


determinar “n” e a potência a considerar seja em VA/m2, o coeficiente C
seja igual a 1.
-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD 2UODQGR6RDUHV 2

Balanço de Potência
Ramais

Secção 801.5.2.2 das RTIEBT

Sr ¦ Su u C i
Determinado pelo projectista
n
com base na experiência ou em
caso de ausência de informação
C=1

Sr Potência de dimensionamento do Ramal


Sui Potência unitária das instalações de utilização
C Coeficiente de simultaneidade (RTIEBT)
n Número total de instalações

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 3
Balanço de Potência
Ramais
Instalações residenciais ou uso profissional e de
serviços comuns

a) Valores a determinar pelo projectista ou pelo


instalador a partir das características de
utilização previstas, com um mínimo de 3,45
kVA.

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 4

Potências unitárias mínimas


Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão
(Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro)

Nº de
Potência
Utilização das compartimentos Corrente Sistema de
unitárias mínima
instalações (com mais de 4 estipulada (A) alimentação
(kVA)
m2)
1 3,45 15
2a6 6,9 a) 30 Monofásico
Mais de 6 10,35 / 13,8 b) 45 / 60
Habitação
Qualquer número 10,35 15 Trifásico c)

Anexos 3,45 15 Monofásico

Potência calculada I=1000.S/U Monofásico


pelo Técnico em
Outros usos Qualquer número
função das
necessidades I=1000.S/(1,73.U) Trifásico

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 5
Potências unitárias a requisitar
Escalões de potência a contratar com o Comercializador

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 6

Factores de Simultaneidade
Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão
(Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro)

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 7
Boas práticas
1. Avaliar separadamente as necessidades de potência para
as instalações residenciais, profissionais, serviços comuns
e outros usos

2. Considerar coeficientes de simultaneidade diferenciados


para cada tipo de utilização no cálculo dos diversos tipos
de canalização eléctrica (principais e ramais)

3. Ter a obrigatoriedade de respeitar no dimensionamento


de instalações colectivas e entradas de potência unitárias
mínimas estabelecidas regulamentarmente

4. Considerar a inclusão da folha de cálculo da potência a


disponibilizar pelo distribuidor do SEP no projecto de
licenciamento/certificação legal das instalações (em
substituição da Ficha Electrotécnica) – ver a seguir

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 8
5HGHVGH'LVWULEXLomR GH
(QHUJLD(OpFWULFDHP%DL[D7HQVmR

'HVHQKRGHFLUFXLWRVH
HVWUXWXUDGHGLVWULEXLomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

'HVHQKRVGHFLUFXLWRV² (VWUXWXUDGH
GLVWULEXLomR
‡ 6HSDUDomRGHIXQo}HVVXEGLYLVmRGHFLUFXLWRV
„ $OLPHQWDomRGLVWLQWDSDUDLQVWDODo}HVUHVLGHQFLDLVHQmR
UHVLGHQFLDLVGHLOXPLQDomRS~EOLFDHRXWUDVLQVWDODo}HV

‡ $GHTXDGDDYDOLDomRGHQHFHVVLGDGHV
„ &RQVLGHUDomRGHSRWrQFLDVPtQLPDVHGHFRHILFLHQWHVGH
VLPXOWDQHLGDGH

‡ 9L]LQKDQoDDPLJiYHOFRPUHGHVYLiULDVHRXWUDV
LQVWDODo}HVGHGLVWULEXLomR iJXDHVJRWRVJDVHV
FRPEXVWtYHLVWHOHFRPXQLFDo}HVWHOHYLVmRHWF
„ 5HVSHLWRSRUGLVWkQFLDVGHVHJXUDQoD $UWRV žžD
žGR565'((%7

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HVHQKRVGHFLUFXLWRV² (VWUXWXUDGH
GLVWULEXLomR
‡ &RQVLGHUDomRGHVLWXDo}HVHVSHFLDLV SUR[LPLGDGHGHSiUD
UDLRVGHSURWHFomRGHHGLItFLRVGHORFDLVGHULVFRGH
LQFrQGLRHRXH[SORVmR
„ 5HJUDVHVSHFLDLVGHHVWDEHOHFLPHQWR $UWRV žDžGR
565'((%7

‡ *DUDQWLDGHXWLOL]DomRHILFLHQWH
„ 5HVSHLWRSRUFULWpULRV
‡ 4XHGDGHWHQVmR
‡ &RUUHQWHPi[LPDGHVHUYLoRSDUDRFDERRXFRQGXWRU
‡ 6HOHFWLYLGDGHGDVSURWHFo}HV

‡ 6HFo}HVPtQLPDV
„ 5HJUDJHUDO $UWRV žHžGR565'((%7 5HGHV
VXEWHUUkQHDV $UWR žGR565'((%7 7HUUDSHORQHXWUR $UWR
žGR565'((%7

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HVHQKRVGHFLUFXLWRV² ,OXPLQDomR
3~EOLFD
‡ 'LPHQVLRQDPHQWRGHFDQDOL]Do}HVFRPEDVHQDVFDUDFWHUtVWLFDV
WpFQLFDVGDVOkPSDGDVHDFHVVyULRV
„ &LUFXLWRVGHLOXPLQDomRS~EOLFDHGHH[WHULRUHV $UWR žGR
565'((%7
„ 6HFomRPtQLPDSDUDOLJDomRGRVFDQGHHLURVPP $UWR žGR
565'((%7
„ (OHFWULILFDomRGHFDQGHHLURVVHFomRPtQLPDGHPP VHPHPHQGDV
H[+99) HHQWUDGDVGDVODQWHUQDVSURWHJLGDV $UWR žGR
565'((%7
‡ *DUDQWLDGHXWLOL]DomRHILFLHQWH
„ 5HVSHLWRSRUFULWpULRVGH
‡ 4XHGDGHWHQVmR
‡ 6HFomR
‡ )DFWRUGHSRWrQFLDDGHTXDGR
‡ 9L]LQKDQoDDPLJiYHOFRPUHGHVYLiULDVHRXWUDVLQVWDODo}HVGH
GLVWULEXLomR iJXDHVJRWRVJDVHVFRPEXVWtYHLV
WHOHFRPXQLFDo}HVWHOHYLVmRHWF

‡ &RQVLGHUDomRGHVLWXDo}HVHVSHFLDLV SUR[LPLGDGHGHSiUDUDLRV
GHSURWHFomRGHHGLItFLRVGHORFDLVGHULVFRGHLQFrQGLRHRX
H[SORVmR
-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&DUDFWHUtVWLFDVGH&DERV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&DUDFWHUtVWLFDVGH&DERV FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
4XHGDVGHWHQVmROLQHDUHV
4XHGDVGHWHQVmROLQHDUHV 9$[NP
6HFo}HV PP &DERVWLSR
&DERVWLSR999$9
/99/699/9$9/69$9
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

5HJUDVJHUDLVSDUDHVWDEHOHFLPHQWRGH
5HGHV6XEWHUUkQHDVGH%7
‡ &RORFDomRGLUHFWDQRVROR
„ &DERVHVWHQGLGRVQRIXQGRGHYDODVFRQYHQLHQWHPHQWHSUHSDUDGDV
FRPFDPDGDGHLQHUWHVDEHUWDSUHIHUHQFLDOPHQWH QRVSDVVHLRV
H[LVWHQWHV $UWR žGR565'((%7

‡ &RORFDomRHPFRQGXWDV
„ &DERVHPPDQLOKDVGHEHWmRWXERVGHILEURFLPHQWRRXGHPDWHULDO
SOiVWLFRRXPDWHULDLVHTXLYDOHQWHV H[3($'3(%' SUHYLVmRGH
FkPDUDGHYLVLWDGHYLGDPHQWHORFDOL]DGDVHGLVWDQFLDGDVH[FOXVLYDV
GDVLQVWDODo}HVHOpFWULFDV $UWR žHžGR565'((%7  H[FDL[DV
GHYLVLWDFRPIHFKRWURFRFyQLFRFRP‘PQDPDLRUVHFomRH
FRORFDGDVDXPDSURIXQGLGDGHGHP

‡ 5DLRGHFXUYDWXUDGRVFDERV
„ ,JXDORXVXSHULRUDYH]HVRGLkPHWURH[WHULRUPpGLRPi[LPR

‡ 3URIXQGLGDGHGHHQWHUUDPHQWR
„ 0tQLPRPHWURV $UWR žGR565'((%7

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
5HJUDVJHUDLVSDUDHVWDEHOHFLPHQWRGH
5HGHV6XEWHUUkQHDVGH%7 FRQW
‡ 6LQDOL]DomR
„ 2EULJDWyULDFRORFDGDDGLVWkQFLDVPtQLPDVGHP WLMRORSODFDVGH
EHWmRORXVDRXPDWHULDLVHTXLYDOHQWHV RXP UHGHVPHWiOLFDV
SODVWLILFDGDVRXGHPDWHULDOSOiVWLFR  $UWR žGR565'((%7

‡ 7UDYHVVLDVFUX]DPHQWRVHYL]LQKDQoDV
„ 5HJUDVHVSHFtILFDV $UWRV žHžGR565'((%7

‡ /LJDomRjWHUUD
„ 2QHXWURGHYHVHUOLJDGRjWHUUDQR37DOLPHQWDGRUQRVSRQWRV
VLQJXODUHVGDUHGH GHULYDomRGHFDQDOL]Do}HVSULQFLSDLVSRQWRVGH
FRQFHQWUDomRGHUDPDLV HQDVFDQDOL]Do}HVSULQFLSDLV± GLVWkQFLD
Pi[LPDHQWUHSRQWRVGHOLJDomRjWHUUDP $UWRV žDž
565'((%7
„ 6mROLJDGRVjWHUUDRVDUPiULRVGHGLVWULEXLomR WHUUDGHQHXWUR ±
%DUUDPHQWRGHQHXWUR3(1RQGHVHOLJDPDVPDVVDVGRDUPiULR±
LQFOXLQGRDVDUPDGXUDVGRVFDERVDWUDYpVGHWUDQoDGHFREUH
HVWDQKDGRGHPP [PP FRPRHOpFWURGRGHWHUUDDWUDYpV
GHFDER99[PP FRPEDLQKDH[WHULRUSUHWRHLVRODomRD]XO5JOREDO
GHWHUUD”Ω

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

7HUPLQDo}HV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
3HUILOGH9DODSDUD5HGH%7

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

3HUILOGH9DODSDUD5HGH%7² 7UDYHVVLDV
GHYLDVS~EOLFDV

1RWD(PVRORURFKRVRDFDPDGDGHDUHLDGHYHVHUGHP

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
3HUILOGH9DODSDUD5HGH07

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

6LQDOL]DomRGHFDERVVXEWHUUkQHRV
5HGH )LWD×PP

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
3DVVDGHLUDV
SDUDDFHVVR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

*XDUGDV
ORQJLWXGLQDLV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&DL[DVGHYLVLWD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&DL[DVGHYLVLWD
SDUDUHGHVGH7HOHVHUYLoRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&DL[DVGHYLVLWDSDUDUHGHV
GH7HOHVHUYLoRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&DL[DVGHYLVLWD

7DPSDHDURHP
IHUURIXQGLGR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
/DMHWDGH%HWmRSDUDFDERV07

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH
LOXPLQDomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGHLOXPLQDomR

)L[DomRSRU )L[DomRSRU
IODQJH HQWHUUDPHQWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGHLOXPLQDomR

)L[DomRSRU )L[DomRSRU
IODQJH HQWHUUDPHQWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
0DFLoRVGHIXQGDomRSDUDFROXQDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

5HGHVHPJDOHULDVHW~QHLV
‡ 5HJUDJHUDO$UWR žGR565'((%7
„ &RORFDomRGRVFDERVHPSUDWHOHLUDVFDPLQKRVGHFDERV
RXRXWURVVXSRUWHVDGHTXDGRV

‡ *DOHULDHW~QHLVDFHVVtYHLVDRS~EOLFR
„ &RORFDomRGRVFDERVDXPDGLVWkQFLDPtQLPDDRVRORGH
PSURWHJLGRVSRULQYyOXFURDGHTXDGRSDUD
SURWHFomRGRS~EOLFR ,3;

‡ /LJDomRjWHUUD
„ 2VFDPLQKRVGHFDERVFRQGXWDVPDVVDVHHOHPHQWRV
FRQGXWRUHVH[LVWHQWHVGHYHPVHUOLJDGRVjPHVPDWHUUD
GHSURWHFomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
5HGHVQDSUR[LPLGDGHGHSiUDUDLRVGH
SURWHFomRGHHGLItFLRV
‡ 5HJUDJHUDO $UWR žGR565'((%7
„ ,QGHSHQGrQFLDHQWUHRVHOHPHQWRVGDUHGHHD]RQDGH
LQIOXrQFLDGRVSiUDUDLRV

‡ 'LVWkQFLDPtQLPDHQWUHFRQGXWRUHVGDUHGHHRSiUDUDLRV
PDVWURRXRXWURVHOHPHQWRV
„ PHWUR

‡ /LJDomRjWHUUD
„ 7HUUDVLQGHSHQGHQWHVGDUHGHHGRSiUDUDLRVRXHP
DOWHUQDWLYDWHUUDVLQWHUOLJDGDV± 5”Ω

‡ 9L]LQKDQoDGHFDERVGHEDtQKDVPHWiOLFDVRXDUPDGXUDV
FRPRVLVWHPDGHWHUUDGHSiUDUDLRV
„ /LJDomRGHVWHVHOHPHQWRVjWHUUDGRSiUDUDLRVRXPDQXWHQomR
GHGLVWkQFLDGHVHJXUDQoDGHPHQWUHRVHOHPHQWRVGDV
UHGHVHRFRQGXWRUGHWHUUDGRSiUDUDLRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

5HGHVQDSUR[LPLGDGHGHORFDLVFRP
ULVFRGHLQFrQGLRHRXH[SORVmR
‡ 5HJUDJHUDO $UWRV žHGR565'((%7/LVWDGRVSURGXWRV
H[SORVLYRV± VHFomRH$QH[R,GDV57,(%7
„ 5HVSHLWRSRUGLVWkQFLDGHVHJXUDQoD

‡ 'LVWkQFLDPtQLPDDORFDLVGHDUPD]HQDPHQWRH
PDQLSXODomRGHSURGXWRVH[SORVLYRV
„ PHWURV

‡ 'LVWkQFLDPtQLPDDORFDLV 'LVWkQFLDVGHVHJXUDQoD P
&DSDFLGDGH~WLO 5HVHUYDWyULRV
GHDUPD]HQDPHQWRH 9 P 5HVHUYDWyULRV
HQWHUUDGRVH
VXSHUILFLDLV
PDQLSXODomRGHSURGXWRV UHFREHUWRV

GHSHWUyOHR 9”  
9”  
9”  
9”  
9”  
9”  

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
,QVSHFomRHPHGLo}HVHPUHGHV
VXEWHUUkQHDV
$UWžHGR565'((%7

&RPSRQHQWHVGDV $Fo}HVDGHVHQYROYHU
UHGHV &RQVHUYDomR 0HGLo}HV
9 9HULILFDomRYLVXDOGRLQYyOXFUR
9 9HULILFDomRGRVDSDUHOKRVGH
$UPiULRVGH'LVWULEXLomR SURWHFomRFRQWUDVREUHLQWHQVLGDGHV
9 9HULILFDomRGDVOLJDo}HVjWHUUD
9 9HULILFDomRGDVOLJDo}HVjWHUUDGDV 9 0HGLomRGDVUHVLVWrQFLDV
7HUUDV UHGHV GHWHUUD
9 9HULILFDomRGDVFRQGLo}HVLQLFLDLVGH
7UDYHVVLDVFUX]DPHQWRV HVWDEHOHFLPHQWR
HYL]LQKDQoDV

9 9HULILFDomRGRHVWDGRGRVIRFRVGH,(
9 9HULILFDomRGRVDFHVVyULRV
9 9HULILFDomRGDDOLPHQWDomRGH
,OXPLQDomRGHH[WHULRUHV FDQGHHLURV
9 9HULILFDomRGRVDSDUHOKRVGH
SURWHFomRFRQWUDVREUHLQWHQVLGDGHV
9 9HULILFDomRGDVOLJDo}HVjWHUUD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

%RDVSUiWLFDV
 2GLPHQVLRQDPHQWRGDVUHGHVGHYHWHUSRUEDVHXPDDGHTXDGD
DYDOLDomRGHQHFHVVLGDGHVGHILQLGDVHPIXQomRGDVFDUDFWHUtVWLFDVGDV
FDUJDVHDJDUDQWLDGHXWLOL]DomRHILFLHQWH

 $FRQFHSomRGDVLQVWDODo}HVGHGLVWULEXLomRGHYHSUHYHUDVHSDUDomRGH
IXQo}HVHXPDDGHTXDGDVXEGLYLVmRGHFLUFXLWRV

 2VPDWHULDLVDXWLOL]DUGHYHPVHUGHFDUDFWHUtVWLFDVDGHTXDGDVHVHJXLU
GHSHUWRDVHVSHFLILFDo}HVGRGLVWULEXLGRUGHHQHUJLD

 'HYHVHUSUHYLVWRXPQ~PHURDGHTXDGRGHOLJDo}HVjWHUUDGRQHXWUR 
OLJDomRQRPtQLPRFDGDPHWURVGHFDQDOL]DomRSULQFLSDO

 1DGHILQLomRGRVWUDoDGRVGHYHPFRQVLGHUDUVHUHJUDVGHYL]LQKDQoD
DPLJiYHOFRPUHGHVYLiULDVRXWUDVLQVWDODo}HVGHGLVWULEXLomRHD
FRQVLGHUDomRGHVLWXDo}HVHVSHFLDLV

 2VSURMHFWRVGDVUHGHVGHGLVWULEXLomRGHYHPVHUFRQKHFLGRVHVWDU
DFHVVtYHLVjVHQWLGDGHVLQWHUHVVDGDVHPDQWHUXPDDGHTXDGD
DFWXDOL]DomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
%RDVSUiWLFDV FRQW
 1RGLPHQVLRQDPHQWRGRVFLUFXLWRVGHLOXPLQDomRS~EOLFDHH[WHULRUHV
GHYHPWHUVHHPDWHQomRDVFDUDFWHUtVWLFDVWpFQLFDVGDVOkPSDGDVH
DFHVVyULRVHDLQGDDJDUDQWLDGHXWLOL]DomRHILFLHQWH

 $VUHGHVGHYHPUHVSHLWDUDVGLVSRVLo}HVOHJDLVDSOLFiYHLVHPSDUWLFXODU
QRTXHVHUHIHUHDRVPDWHULDLVjVFRQGLo}HVGHHVWDEHOHFLPHQWRHj
SURWHFomRGHSHVVRDVHOLJDo}HVjWHUUD

 1DVFDQDOL]Do}HVQmRGLUHFWDPHQWHHQWHUUDGDVQRVRORGHYHPSUHYHUVH
FkPDUDVGHYLVLWDFRQYHQLHQWHPHQWHORFDOL]DGDVHGLVWDQFLDGDV
H[FOXVLYDVGDVLQVWDODo}HVHOpFWULFDV

 1DVFDQDOL]Do}HVGLUHFWDPHQWHHQWHUUDGDVQRVRORDVOLJDo}HVGHYHP
HIHFWXDUVHHPFDL[DVGHFDUDFWHUtVWLFDVDGHTXDGDVHPTXDOTXHUFDVR
GHYHUiVHUVHPSUHJDUDQWLGDDFRQWLQXLGDGHGDVEDLQKDVPHWiOLFDVHGDV
DUPDGXUDVGRVFDERV VHH[LVWLUHP

 $VUHGHVVXEWHUUkQHDVGHYHPVHULQVSHFFLRQDGDVFDGDDQRV± $UWž


žGR565'((%7

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

3URWHFomRFRQWUDVREUHLQWHQVLGDGHV
‡ $SURWHFomRFRQWUDVREUHLQWHQVLGDGHVGHVWLQDVHDHYLWDUTXHDV
FDQDOL]Do}HVHOpFWULFDVVHMDPSHUFRUULGDVSRUFRUUHQWHVTXHOKH
VHMDPSUHMXGLFLDLVHPWHUPRVGHDTXHFLPHQWRGRVFRQGXWRUHV

‡ $VVREUHLQWHQVLGDGHVSRGHPUHYHVWLUDIRUPDGHVREUHFDUJDHGH
FXUWRFLUFXLWRV
„ $SURWHFomRFRQWUDVREUHFDUJDVYLVDJDUDQWLURIXQFLRQDPHQWRGDV
FDQDOL]Do}HVGHQWURGDJDPDGHYDORUHVDGPLVVtYHLVRXHVWLSXODGRV
„ $SURWHFomRFRQWUDFXUWRFLUFXLWRVGHVWLQDVHDSUHYHQLUDGHWHULRUDomR
GDVFDUDFWHUtVWLFDVPHFkQLFDVHGHLVRODPHQWRRXDWpDGHVWUXLomRGDV
SUySULDVFDQDOL]Do}HVHPFDVRGHLQFLGHQWH

‡ 2VFRQGXWRUHVGHIDVHGDVUHGHVGHGLVWULEXLomRGHYHPVHU
SURWHJLGRVSRUIXVtYHLVRXSRUGLVMXQWRUHVVHQVtYHLVjVREUHFDUJD
WpUPLFRV HVHQVtYHLVDPi[LPRVGHFRUUHQWH PDJQpWLFRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
6LPERORJLD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
*XLD7pFQLFRGH
8UEDQL]Do}HV

5DPDLV

6ROXo}HV7pFQLFDV1RUPDOL]DGDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

5DPDLV
‡ 2EMHFWR

„ 2SUHVHQWHGRFXPHQWRGHVWLQDVHDLQGLFDUDV
VROXo}HVWpFQLFDVQRUPDOL]DGDVUHODWLYDVj
OLJDomRGHFOLHQWHVDUHGHVDpUHDVRXDUHGHV
VXEWHUUkQHDVGH%7SDUDHIHLWRVGRGLVSRVWRQR
$UWLJRžGR$QH[R,GR'HVSDFKR
$GD(56(

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'LPHQVLRQDPHQWR
3RWrQFLDVXQLWiULDVPtQLPDV
Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão
(Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro)

1žGH
3RWrQFLD
8WLOL]DomRGDV FRPSDUWLPHQWRV &RUUHQWH 6LVWHPDGH
XQLWiULDVPtQLPD
LQVWDODo}HV FRPPDLVGH HVWLSXODGD $ DOLPHQWDomR
N9$
P
  
D D  0RQRIiVLFR
0DLVGH E 
+DELWDomR
4XDOTXHUQ~PHUR   7ULIiVLFRF

$QH[RV   0RQRIiVLFR

3RWrQFLDFDOFXODGD , 68 0RQRIiVLFR


SHOR7pFQLFRHP
2XWURVXVRV 4XDOTXHUQ~PHUR
IXQomRGDV
QHFHVVLGDGHV , 6 8 7ULIiVLFR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

)DFWRUHVGH6LPXOWDQHLGDGH
Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão
(Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro)

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
3RWrQFLDVFRQWUDWiYHLV
‡ $WpN9$DVSRWrQFLDVFRQWUDWiYHLV 3 VmRDV
LQGLFDGDVQRTXDGURVHJXLQWHFRQWUROiYHLVSRUPHLRGHXP
GLVMXQWRUUHJXODGRSDUDDFRUUHQWH,QHPIXQomRGHVVHV
YDORUHVGHSRWrQFLDVHQGRDHQHUJLDFRQVXPLGDPHGLGDSRU
PHLRGHFRQWDGRUGHHQHUJLDDFWLYDGHOLJDomRGLUHFWD
‡
‡ $FLPDGHN9$SRGHVHUFRQWUDWDGRTXDOTXHUYDORUGH
SRWrQFLDDWpDRVOLPLWHVUHJXODPHQWDUPHQWHGHILQLGRV
VHQGRRYDORUGDSRWrQFLDFRQWUDWDGDFRQWURODGDSDUD
HIHLWRVWDULIiULRVSRUPHLRGHLQGLFDGRUGDSRWrQFLD
Pi[LPDWRPDGDHPSHUtRGRVGHPLQ LQWHJUDGRQR
FRQWDGRUGHHQHUJLDDFWLYD HDHQHUJLDFRQVXPLGDPHGLGD
SRUPHLRGHFRQWDGRUHVGHHQHUJLDDFWLYDHGHHQHUJLD
UHDFWLYDGHOLJDomRGLUHFWDRXDWUDQVIRUPDGRUHVGH
FRUUHQWH

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

3RWrQFLDVFRQWUDWiYHLV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
)URQWHLUDHQWUHD5HGH%7HD,8
‡ &RQVLGHUDVHFRPRIURQWHLUDHQWUHDUHGH%7HDLQVWDODomRGRFOLHQWHRV
OLJDGRUHVGHVDtGDGRVIXVtYHLVH[LVWHQWHVQDSRUWLQKROD1RVFDVRVHP
TXHH[FHSFLRQDOPHQWHHSRULQGLFDomRGD('3'LVWULEXLomRVHSXGHU
GLVSHQVDUDLQVWDODomRGDSRUWLQKRODROLPLWHGDUHGHGHGLVWULEXLomR
WHUPLQDQRVOLJDGRUHVGHHQWUDGDGRFRQWDGRURXQRVOLJDGRUHVGHHQWUDGD
GRTXDGURGHFROXQDVGRHGLItFLR

‡ eGDUHVSRQVDELOLGDGHGRFOLHQWHSRUVHWUDWDUGHXPDLQVWDODomRTXHOKH
SHUWHQFHWRGDDLQVWDODomRVLWXDGDDMXVDQWHGRVOLJDGRUHVGHVDtGDGD
SRUWLQKRODLQFOXLQGRRWXERGHSURWHFomRHRVFRQGXWRUHVGHOLJDomRHQWUH
DSRUWLQKRODHDFDL[DGHFRQWDJHPRVOLJDGRUHVGRVFRQGXWRUHVDFDL[D
GHFRQWDJHPHDOLJDomRHQWUHDFDL[DGHFRQWDJHPHRTXDGURGHHQWUDGD
GDVXDLQVWDODomR

‡ 6mRLJXDOPHQWHGRFOLHQWHQmRID]HQGRFRQVHTXHQWHPHQWHSDUWHGDUHGH
GHGLVWULEXLomRDVLQVWDODo}HVFROHFWLYDVGRHGLItFLRHUHVSHFWLYDVHQWUDGDV
VLWXDGDVDMXVDQWHGRVOLJDGRUHVGHVDtGDGDSRUWLQKRODGRVOLJDGRUHVGH
HQWUDGDGRFRQWDGRURXGRVOLJDGRUHVGHHQWUDGDGRTXDGURGHFROXQDVGR
HGLItFLRFRQIRUPHRFDVR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

3RUWLQKRODV
‡ $VSRUWLQKRODVGHYHPREHGHFHUDRHVWLSXODGRQR'0$&
1QRPHDGDPHQWH
„ SRVVXLUFDUDFWHUtVWLFDVGHDFRUGRFRPRHVWDEHOHFLGRQDQRUPD
,(&QDVVXDVSDUWHVH
„ DVVHJXUDUDSURWHFomRGDVSHVVRDVFRQWUDRVFRQWDFWRV
LQGLUHFWRVSRUPHLRGDSURWHFomRSRULVRODPHQWRWRWDOGHILQLGD
QDVHFomRGDQRUPD,(& HVWDPHGLGDGH
SURWHFomRDSOLFiYHODRVFRQMXQWRVGHHTXLSDPHQWRVHOpFWULFRV
PRQWDGRVHPIiEULFDpHTXLYDOHQWHjFODVVH,,GHLVRODPHQWR
GHILQLGDSDUDRVHTXLSDPHQWRVHOpFWULFRV 
„ WHUXPVLVWHPDGHIHFKRQRUPDOL]DGRGHDFRUGRFRPDV
LQGLFDo}HVGD('3'LVWULEXLomRHFRQIRUPHFRPRGHILQLGRQR
GRFXPHQWRDFLPDUHIHULGR
„ VHUGRVWLSRVQRUPDOL]DGRVLQGLFDGRVQR4XDGUR
„ WHUDVFDUDFWHUtVWLFDVGLPHQVLRQDLVLQGLFDGDVQR4XDGUR
„ JDUDQWLURVJUDXVGHSURWHFomRPtQLPRV,3H,.SDUDDV
SRUWLQKRODVGRVWLSRV33H3H,3'H,.SDUD
DSRUWLQKROD3

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
3RUWLQKRODV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

3RUWLQKRODV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
3RUWLQKRODV

3 3

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

)XVtYHLV
‡ $VEDVHVTXHHTXLSDPDVSRUWLQKRODV33H3GHYHPVHU
DGHTXDGDVjFRORFDomRGHIXVtYHLVFLOtQGULFRVHREHGHFHUDR
GHILQLGRQDVHFomR,,,GDQRUPD,(&2VWHUPLQDLV
GHVWDVEDVHVGHYHPVHUFRQFHELGRVGHIRUPDDSHUPLWLUDOLJDomR
GLUHFWDGHFRQGXWRUHVQmRSUHSDUDGRV YHUDQRWDQžGRTXDGUR
 

‡ $VEDVHVTXHHTXLSDPDSRUWLQKROD3GHYHPVHUDGHTXDGDVj
FRORFDomRGHIXVtYHLVGHIDFDVHREHGHFHUDRHVSHFLILFDGRQD
VHFomR,GDQRUPD,(&2VWHUPLQDLVGHVWDVEDVHV
GHYHPVHUFRQFHELGRVGHIRUPDDSHUPLWLUDOLJDomRGHFRQGXWRUHV
SUHSDUDGRV2VFRQGXWRUHVGHHQWUDGDGHVWDSRUWLQKRODVHUmR
PXQLGRVGHOLJDGRUHV WHUPLQDLV ELPHWiOLFRVGHDFRUGRFRPR
GRFXPHQWR'0$&1 FRUUHVSRQGHQWHjQRUPD1)&
QRUHODWLYRDRVUHTXLVLWRVH[LJLGRVSDUDRVOLJDGRUHV
ELPHWiOLFRV XVDQGRRPpWRGRGHFRPSUHVVmR SXQoRQDJHP
SURIXQGD HRVDFHVVyULRV PDWUL]HVHSXQo}HV GHILQLGRVQHVVH
PHVPRGRFXPHQWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
)XVtYHLV
‡ 2VIXVtYHLVGHIDFDVHRVIXVtYHLVFLOtQGULFRVDXVDUQDSURWHFomR
GRVUDPDLVGHYHPWHURVFDOLEUHVLQGLFDGRVQR4XDGUR ,Q IXV H
UHVSHLWDUDVVHFo}HV,H,,,GDQRUPD,(&
UHVSHFWLYDPHQWH

‡ 2GLVSRVLWLYRGHQHXWURGDVSRUWLQKRODV33H3GHYHVHU
FRQVWLWXtGRSRUXPDEDUUDDPRYtYHOGHFREUHHOHFWUROtWLFRDVVHQWH
VREUHXPDEDVHLVRODQWH(VWDEDUUDGHYHGLVSRUGHWHUPLQDLV
FRQFHELGRVGHIRUPDDSHUPLWLUDOLJDomRGHFRQGXWRUHVQmR
SUHSDUDGRVQRFDVRGDVSRUWLQKRODV3H3HDOLJDomRGH
FRQGXWRUHVSUHSDUDGRV FRPWHUPLQDLV SDUDRFDVRGDSRUWLQKROD
3$EDUUDGHQHXWURVyGHYHSRGHUVHUPDQREUDGDSRUPHLR
GHXPDIHUUDPHQWD1DSRUWLQKROD3RVHFFLRQDPHQWRGR
QHXWURpIHLWRQDSUySULDEDVHGHIXVtYHLVHHPVLPXOWkQHRFRPD
IDVH2SyORGHQHXWURGHVWDEDVHGHYHVHUHTXLSDGRFRPXP
VKXQWWXEXODUGHFREUH

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

)XVtYHLV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&DL[DVGHFRQWDJHP
‡ $VFDL[DVGHFRQWDJHPGHVWLQDPVHDRVHGLItFLRVGRWDGRV
GHXPD~QLFDLQVWDODomRGHXWLOL]DomR YLYHQGDV
XQLIDPLOLDUHVHGLItFLRVFRPHUFLDLVLVRODGRVHWF HVmR
SUHYLVWDVSDUDFRORFDomRHQFDVWUDGDQRPXURH[WHULRURX
QDDXVrQFLDGHVWHVQDVIDFKDGDVGDVFRQVWUXo}HV

‡ $VFDL[DVGHFRQWDJHPSRGHPWDPEpPVHUXVDGDVQR
LQWHULRUGRVHGLItFLRVFROHFWLYRVSRUH[HPSORQRV
SDWDPDUHVGHHQWUDGDGDVKDELWDo}HVVHEHPTXHQHVWH
WLSRGHHGLItFLRVVHUHFRPHQGHDFHQWUDOL]DomRGHFRQWDJHQV
QRYHVWtEXORGHHQWUDGDGRHGLItFLRVHSRVVtYHOHPORFDO
FRPDFHVVRLQGHSHQGHQWHDSDUWLUGRH[WHULRURXQRV
SDWDPDUHVGRVSLVRVQRFDVRGRVPHVPRVSRVVXtUHP
PXLWDVLQVWDODo}HV2VTXDGURVRXSDLQpLVXWLOL]DGRVQD
FHQWUDOL]DomRGHFRQWDJHQVGHYHPREHGHFHUDRHVSHFLILFDGR
QD('3'LVWULEXLomR',7&1

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&DL[DVGHFRQWDJHP
‡ $VFDL[DVGHFRQWDJHPGHYHPWHULQYyOXFURVDGHTXDGRVTXHVDWLVIDoDPjV
FDUDFWHUtVWLFDVVHJXLQWHV
„ VHUFRQVWUXtGRVGHPRGRDJDUDQWLUDFODVVH,,GHLVRODPHQWR HTXLYDOHQWHj
SURWHFomRSRULVRODPHQWRWRWDO GHDFRUGRFRPRHVWLSXODGRQDHVSHFLILFDomRGD
('3'LVWULEXLomR'0$&1
„ GHYHPQRUHODWLYRjVVXDVFDUDFWHUtVWLFDVHHQVDLRVREHGHFHUjVUHJUDV
LQGLFDGDVQD(1WHQGRHPDWHQomRDVFRQGLo}HVGHIXQFLRQDPHQWRHP
VHUYLoRDIHFWDVjVVLWXDo}HVQRUPDLVGHFRORFDomRQRH[WHULRU
„ TXDQGRLQVWDODGRVQDVXDSRVLomRQRUPDOGHVHUYLoRGHDFRUGRFRPDV
LQVWUXo}HVGRIDEULFDQWHGHYHPWHUJUDXVGHSURWHFomRDGHTXDGRVDRORFDOGH
HVWDEHOHFLPHQWRFRPRPtQLPR,3H,.HGHYHPVHUGRWDGRVGHVLVWHPD
GHIHFKRTXHSRVVLELOLWHDSHQDVRDFHVVRDRVHXLQWHULRUFRPDDMXGDGHXPD
IHUUDPHQWDRXFKDYHGHXVRFRUUHQWH
„ GHYHPSRVVXLUXPDWHQVmRHVWLSXODGDGHLVRODPHQWRQmRLQIHULRUD9
„ GHYHPVHUGRWDGRVGHEDVWLGRUIL[RDLQVHUWRVPHWiOLFRVURVFDGRVRXHP
DOWHUQDWLYDGHFDOKDVPHWiOLFDVSDUDIL[DomRGRFRQWDGRU
„ GHYHPVHUSURYLGRVGHWDPSDFRPYLVRUWDPSDWUDQVSDUHQWHHSRUWDRXWDPSD
FRPYLVRUHSRUWDRSDFD2YLVRUGHYHHVWDUORFDOL]DGRGHPRGRDSHUPLWLUD
UHDOL]DomRGHOHLWXUDVVHPQHFHVVLGDGHGHDEHUWXUDGDWDPSDRVSDUDIXVRVGH
IHFKRGDWDPSDGHYHPSHUPLWLUDVHODJHPHDSRUWDGHYHVHUGRWDGDGHXP
VLVWHPDGHIHFKRTXHDFWXHVREUHSUHVVmRRXSRUPHLRGHXPDIHFKDGXUD
„ GHYHPWHUFRPRGLPHQV}HVLQWHULRUHVPtQLPDVPPGHDOWXUDPPGH
ODUJXUDHPPGHSURIXQGLGDGHDILPGHFRPSRUWDUHPHSHUPLWLUHPD
OLJDomRGHXPTXDOTXHUFRQWDGRUWULIiVLFRGHOLJDomRGLUHFWDGLVSRQLELOL]DGRQR
PHUFDGR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&DERVSDUD5DPDLV
‡ 2VFDERVDXVDUQDVOLJDo}HV
HQWUHDUHGHH[LVWHQWHHD
SRUWLQKROD UDPDLV VmRRV
LQGLFDGRVQRTXDGURVHJXLQWHH
GHYHPREHGHFHUDRLQGLFDGRQDV
HVSHFLILFDo}HV'0$&1
SDUDUDPDLVVXEWHUUkQHRV H
'0$& SDUDUDPDLV
DpUHRV 

‡ 8PDYH]TXHDHQWUDGDGRVFDERV
UDPDLV pVHPSUHIHLWDSHOD
SDUWHLQIHULRUGDSRUWLQKRODRV
FRQGXWRUHVGHVVHVFDERVGHYHP
VHUOLJDGRVDRVWHUPLQDLV
LQIHULRUHVGRGLVSRVLWLYRGHQHXWUR
HRXGDVEDVHVGHIXVtYHLV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVGH5HGHV$pUHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVGH5HGHV$pUHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVGH5HGHV$pUHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVGH5HGHV$pUHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVGH5HGHV$pUHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV
‡ $VROXomRDSUHVHQWDGDQDILJXUDHDSOLFDVHDRVFDVRVGHHGLItFLRVTXH
GLVS}HPGHXPPXURFRPDOWXUDVXILFLHQWHSDUDTXHDSRUWLQKRODHDFDL[D
GHFRQWDJHPILTXHPVLWXDGDVXPDSRUFLPDGDRXWUDHQWUDQGRRFDER
VXEWHUUkQHRQDSRUWLQKROD % DWUDYpVGHXPWXER * 

‡ $XWLOL]DomRGRWXER3($' SROLHWLOHQRGHDOWDGHQVLGDGH GHPP


GHVWLQDVHDGHL[DUDHQWUDGDQDSRUWLQKRODSUHSDUDGDSDUDSHUPLWLUD
H[HFXomRGHUDPDLVFRPFDER/69$9[PPLQGHSHQGHQWHPHQWHGH
VHURXQmRPRQRIiVLFDDOLJDomRDHVWDEHOHFHUDILPGHSHUPLWLUQR
IXWXURXPDHYHQWXDOSDVVDJHPGDOLJDomRGHPRQRIiVLFDDWULIiVLFDEHP
FRPRDIDFLOLWDURHQILDPHQWRGHVWHFDER3DUDRXWUDVVHFo}HVGH
FRQGXWRUHVGHYHPVHUXVDGRVGLkPHWURVFRPSDWtYHLVFRPDIyUPXOD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV
‡ 'DDSOLFDomRGDIyUPXODDRVFDERVVXEWHUUkQHRV
QRUPDOL]DGRVQD('3'LVWULEXLomRUHVXOWDPRVGLkPHWURV
PtQLPRVGHWXERVLQGLFDGRVQRGRTXDGURVHJXLQWH

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

7XEDJHPGHSURWHFomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
7XEDJHPGHSURWHFomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV
‡ $OLJDomRHQWUHDSRUWLQKRODHDFDL[DGHFRQWDJHPGHYHVHU
IHLWDSRUPHLRGHFRQGXWRUHV+95RX+98 FRPD
VHFomRHRQ~PHURGHFRQGXWRUHVDGHTXDGRVjSRWrQFLDGH
GLPHQVLRQDPHQWRGDLQVWDODomRFRPXPPtQLPRGHPP
QRVUDPDLVPRQRIiVLFRVSDUDSRWrQFLDVDWpN9$ $ 
RXQRVWULIiVLFRVDWpN9$ $ 

‡ $XWLOL]DomRGRWXERGHPPGHGLkPHWURGHVWLQDVHD
GHL[DUDHQWUDGDQDSRUWLQKRODSUHSDUDGDSDUDSHUPLWLUD
H[HFXomRGHUDPDLVFRPFDER/69$9[PP
LQGHSHQGHQWHPHQWHGHVHURXQmRPRQRIiVLFDDOLJDomRD
HVWDEHOHFHUDILPGHSHUPLWLUQRIXWXURXPDHYHQWXDO
SDVVDJHPGDOLJDomRGHPRQRIiVLFDDWULIiVLFDEHPFRPRD
IDFLOLWDURHQILDPHQWRIiFLOGHVWHFDER3DUDFRQGXWRUHVGH
VHFo}HVGLIHUHQWHVGHYHPVHUXWLOL]DGRVRVGLkPHWURVGH
WXERVGHILQLGRVQRTXDGUR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV² &DVRHVSHFLDO
‡ (PVLWXDo}HVHVSHFLDLVGHVLJQDGDPHQWHPRUDGLDVJHPLQDGDVHPEDQGDRXHGLItFLRV
ELIDPLOLDUHVFRPHQWUDGDVLQGHSHQGHQWHVD('3SRGHYLUDGLVSHQVDUDLQVWDODomRGD
SRUWLQKRODGHVGHTXHDDOLPHQWDomRVHMDIHLWDDSDUWLUGHXPDFDL[DGHGLVWULEXLomRGD
UHGHVXEWHUUkQHDFRORFDGDQRPXURGDSURSULHGDGHGR V FOLHQWH V  FI'0$&
 QDTXDOpIHLWDDSURWHFomRGRVUDPDLVFRQWUDDVVREUHLQWHQVLGDGHVHGHVGH
TXHDFDL[DGHFRQWDJHPHVWHMDLJXDOPHQWHVLWXDGDQRPHVPRPXUR SUy[LPD
GHVWD 

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV² (GLItFLRV&ROHFWLYRV
‡ (PHGLItFLRVFROHFWLYRV PDLVGRTXHXPDLQVWDODomRGH
XWLOL]DomR DSRUWLQKRODGHYHVHULQVWDODGDQDIDFKDGD
H[WHULRUHPORFDODFHVVtYHODSDUWLUGDYLDS~EOLFD(VWD
VROXomRpSUHFRQL]DGDFRPYLVWDDSHUPLWLUDH[LVWrQFLDGH
XPORFDOQRH[WHULRUGRHGLItFLRRQGHVHSRVVDHVWDEHOHFHUD
IURQWHLUDHQWUHDUHGHGHGLVWULEXLomRHDLQVWDODomRHOpFWULFD
GRFOLHQWH

‡ (PVLWXDo}HVH[FHSFLRQDLVGHYLGDPHQWHDXWRUL]DGDVSHOD
('3SRGHUVHiGLVSHQVDUDLQVWDODomRGDSRUWLQKRODSRU
H[HPSORHPHGLItFLRVFRP37HPTXHVHFRQVLGHUHTXHRV
IXVtYHLVGRTXDGURJHUDOGR37TXHSURWHJHPDVDtGDHP
FDXVDGHVHPSHQKDPDIXQomRGDSRUWLQKRODILFDQGRD
IURQWHLUDORFDOL]DGDQRVWHUPLQDLVGHVDtGDGDVEDVHVGRV
IXVtYHLV RFDERHUHVSHFWLYRVWHUPLQDLVGRVFRQGXWRUHVVmR
SURSULHGDGHGRFOLHQWH 

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV² (GLItFLRV&ROHFWLYRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVDSDUWLUGH5HGHV
6XEWHUUkQHDV
‡ ,QVWDODo}HVLQVHULGDVHPHGLItFLRVFRPDOLPHQWDomRSRUUDPDO
SUySULR
„ 1RFDVRGHLQVWDODo}HVLQVHULGDVHPHGLItFLRVFXMDDOLPHQWDomRQmR
VHMDHIHFWXDGDDSDUWLUGRTXDGURGHFROXQDV TXDQGRQmRH[LVWLU
DFHVVRjLQVWDODomRGHXWLOL]DomRSHODV]RQDVFRPXQVGRHGLItFLRRXVH
SRUPRWLYRGHYLGDPHQWHMXVWLILFDGRVHRSWDUSRUDOLPHQWDomR
DXWyQRPD PDVVLPGLUHFWDPHQWHGDUHGHDWUDYpVGHXPUDPDO
H[FOXVLYRGHYHVHULQVWDODGDXPDSRUWLQKRODQRH[WHULRUDFHVVtYHOD
SDUWLUGDYLDS~EOLFD
‡ &RQGRPtQLRVIHFKDGRVHHGLItFLRVIXQFLRQDOPHQWHLQWHUOLJDGRV
„ 3DUDRVFRQGRPtQLRVIHFKDGRVHSDUDDVHGLILFDo}HVTXHFRQVWLWXHP
FRQMXQWRVGHHGLItFLRVIXQFLRQDOPHQWHLQWHUOLJDGRVDVUHVSHFWLYDV
UHJUDVVmRDVTXHVHHQFRQWUDPHVWDEHOHFLGDVQR³*XLDWpFQLFRGDV
LQVWDODo}HVHVWDEHOHFLGDVHPFRQGRPtQLRVIHFKDGRV´SXEOLFDGRSHOD
'LUHFomR*HUDOGH*HRORJLDH(QHUJLDHQR',7&GD('3
„ 1RTXHUHVSHLWDDRIRUQHFLPHQWRGHHQHUJLDGHYHH[LVWLUXPRXYiULRV
SRQWRVGHHQWUHJDGDHQHUJLDGHSHQGHQGRGDGLPHQVmRGR
HPSUHHQGLPHQWRHXPDIURQWHLUDHVWDEHOHFLGDHQWUHDUHGHGH
GLVWULEXLomRHDUHGHGHGLVWULEXLomRSULYDGDIURQWHLUDHVVDORFDOL]DGD
QDYLDS~EOLFDRXHPORFDOSHUPDQHQWHPHQWHDFHVVtYHODRSHVVRDOGD
('3DSDUWLUGDYLDS~EOLFD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HV6XEWHUUkQHDVDSDUWLUGH
5HGHV$pUHDV
‡ 1RVFDVRVHPTXHRFOLHQWHVHMDDOLPHQWDGRDSDUWLUGHXPDUHGHDpUHD
PDVHPTXHRUDPDOVHMDVXEWHUUkQHRSRGHPDGRSWDUVHVROXo}HV
„ VHDUHGHVHGHVHQYROYHUGRRXWURODGRGDYLDRQGHVHORFDOL]DDLQVWDODomRD
OLJDUHVHDYLDHPFDXVDQmRIRULPSRUWDQWHRXDVDXWRULGDGHVQmROHYDQWDUHP
SUREOHPDVSDUDRVHXDWUDYHVVDPHQWRSRUFDERVVXEWHUUkQHRV (1UXDVFRP
SDYLPHQWRVHVSHFLDLVHWF RXVHDDEHUWXUDGDYDODQmRIRUH[FHVVLYDPHQWH
FDUDSRGHRSWDUVHSRUID]HUXPDWUDQVLomRDHURVVXEWHUUkQHDQRSRVWHPDLV
SUy[LPRHFRQVLGHUDUTXHVHDSOLFDPDHVVDDOLPHQWDomRDVUHJUDVUHODWLYDVjV
GHULYDo}HVDSDUWLUGDUHGHVXEWHUUkQHD

„ VHDUHGHVHGHVHQYROYHUGRRXWURODGRGDYLDRQGHVHORFDOL]DDLQVWDODomRD
OLJDUHVHDYLDHPFDXVDIRULPSRUWDQWHRXDVDXWRULGDGHVOHYDQWDUHPSUREOHPDV
SDUDRVHXDWUDYHVVDPHQWRSRUFDERVVXEWHUUkQHRV (1UXDVFRPSDYLPHQWRV
HVSHFLDLVHWF RXVHDDEHUWXUDGDYDODIRUH[FHVVLYDPHQWHFDUDSRGHRSWDUVH
SRUFRORFDUXPSRVWHGRRXWURODGRGDYLDHID]HUDWUDYHVVLDDpUHDVHQGRD
WUDQVLomRDHURVVXEWHUUkQHDUHDOL]DGDQHVVHSRVWHHFRQVLGHUDUTXHVHDSOLFDPD
HVVDDOLPHQWDomRDVUHJUDVUHODWLYDVjVGHULYDo}HVDSDUWLUGDUHGHVXEWHUUkQHD

„ VHDUHGHVHGHVHQYROYHUGRPHVPRODGRGDYLDRQGHVHORFDOL]DDLQVWDODomRD
OLJDUHFDVRH[LVWDXPSRVWHQDSUR[LPLGDGHGDLQVWDODomRSRGHRSWDUVHSRU
ID]HUDWUDQVLomRDHURVVXEWHUUkQHDQHVVHSRVWHHFRQVLGHUDUTXHVHDSOLFDPD
HVVDDOLPHQWDomRDVUHJUDVUHODWLYDVjVGHULYDo}HVDSDUWLUGDUHGHVXEWHUUkQHD
6HSRUTXHVW}HVWpFQLFDVQmRIRUSRVVtYHOHIHFWXDUDWUDQVLomRQXPSRVWHMi
H[LVWHQWHSRGHRSWDUVHSRUFRORFDUXPSRVWHQDSUR[LPLGDGHGDLQVWDODomR
ID]HQGRDWUDQVLomRDHURVVXEWHUUkQHDQHVVHSRVWH

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVSDUD,QVWDODo}HVGH2EUDV
3URYLVyULDV
‡ $VOLJDo}HVSDUDREUDVGHYHPOLPLWDUDVXDGXUDomRDRHVWULWDPHQWH
QHFHVViULR

‡ (PUHJUDRUDPDOTXHDOLPHQWHDVLQVWDODo}HVSDUDREUDVGHYHVHPSUH
TXHSRVVtYHOVHUFRQVWUXtGRHPWHUPRVGHILQLWLYRVRTXHSUHVVXS}HTXHD
SRUWLQKRODRXFDL[DGHGLVWULEXLomRHDFDL[DGRFRQWDGRUVHMDP
LJXDOPHQWHLQVWDODGDVQRORFDOGHILQLWLYR

1RWDV  &RPHVWHSURFHGLPHQWRSUHWHQGHVHDJLOL]DURSURFHVVRGH
FRQWUDWDomRFRPDVLQHUHQWHVYDQWDJHQVSDUDRFOLHQWH
 5HFRUGDVHTXHRV3HGLGRVGH/LJDo}HVSDUD2EUDV HVWmR
GHSHQGHQWHVGDH[LELomRGDOLFHQoDPXQLFLSDOGHFRQVWUXomRRX
GRFXPHQWRHTXLYDOHQWHHTXHSDUDSRWrQFLDVVXSHULRUHVD
N9$pOHJDOPHQWHREULJDWyULDDHQWUHJDGHXP7HUPRGH
5HVSRQVDELOLGDGHSHOD([SORUDomRFRQMXQWDPHQWHFRPRGH
5HVSRQVDELOLGDGHSHOD([HFXomR
 $YLDELOLGDGHGDOLJDomRHVWiLJXDOPHQWHGHSHQGHQWHGDH[LVWrQFLD
GHUHGHFRPGLVSRQLELOLGDGHQRORFDOHGHXPDYLVWRULDSUpYLDjV
LQVWDODo}HVDUHDOL]DUSRUSHVVRDOGD('3'LVWULEXLomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

'HULYDo}HVSDUD,QVWDODo}HVGH2EUDV
3URYLVyULDV
‡ 2IRUQHFLPHQWRHDFRORFDomRGRFRQWDGRUHGRGLVMXQWRUGHHQWUDGDVmR
GDUHVSRQVDELOLGDGHGD('3'LVWULEXLomR

‡ 1mRpDXWRUL]DGDDFRORFDomRGRVTXDGURVHOpFWULFRVGHREUDVQRVDSRLRV
GHUHGHGHGLVWULEXLomRHQHPQRVGDUHGHGH,3(VWHVTXDGURVGHYHPVHU
ORFDOL]DGRVSUHIHUHQFLDOPHQWHQRLQWHULRUGRHVWDOHLURHPORFDODFHVVtYHO
DSHVVRDOGD('3'LVWULEXLomRHGHYHPVHUIL[RVHVHPSRVVLELOLGDGHVGH
UHPRomRGXUDQWHRSHUtRGRGHGXUDomRGDREUD3RGHPILFDUQRLQWHULRUGH
XPDFRQVWUXomRFRPRXPFRQWHQWRURXQRH[WHULRUQXPSHGHVWDOHP
DOYHQDULDRXQXPSRVWHGHFLPHQWRGHYLGDPHQWHDUYRUDGRHFRP
UHVLVWrQFLDPHFkQLFDVXILFLHQWH(VWHTXDGURGHYHSRVVXLUXPLQYyOXFUR
FRQVWUXtGRHPPDWHULDOLVRODQWHUHVSHLWDUDVFRQGLo}HV
UHJXODPHQWDUPHQWHGHILQLGDVSDUDRVORFDLVH[SRVWRVHSRHLUHQWRVHWHU
XPËQGLFHGH3URWHFomRPtQLPR,3H,.

‡ 'HYHDORMDURVyUJmRVGHFRUWHJHUDOHGHSURWHFomRGDVVDtGDVVHQGRD
SURWHFomRGHSHVVRDVFRQWUDFRQWDFWRVLQGLUHFWRVDVVHJXUDGDSRU
GLVSRVLWLYRGLIHUHQFLDOGHDOWDVHQVLELOLGDGH ,ƩQ”P$ 2VFDERVD
XWLOL]DUQHVWDVLQVWDODo}HVGHYHPVHUDGHTXDGRVDRWLSRGHORFDOHDRV
ULVFRVH[LVWHQWHV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
'HULYDo}HVSDUD,QVWDODo}HVGH2EUDV
3URYLVyULDV
‡ 1RVTXDGURVHOpFWULFRVGHREUDVGHYHVHUUHVHUYDGRHVSDoRSDUDD
FRORFDomRGRGLVMXQWRUGHFRQWURORGHSRWrQFLDDLQVWDODUSHOD('3
'LVWULEXLomRTXDQGRGDOLJDomRGRUDPDO

1RWDV $VGLPHQV}HVKDELWXDLVGHVWHVDSDUHOKRVVmRjGDWDGHHGLomR
GRSUHVHQWHGRFXPHQWRDVTXHVHLQGLFDP QRTXDGURVHJXLQWH

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
*XLD7pFQLFRGH
8UEDQL]Do}HV

5HJUDVSDUDDFRQFHSomR
DSURYDomRHOLJDomRjUHGHGRV
SURMHFWRVGHLQIUDHVWUXWXUDV
HOpFWULFDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

,QWURGXomR
‡ 2*XLDGHVWLQDVHDHVWDEHOHFHURV
SULQFtSLRVDREVHUYDUSHOD('3'LVWULEXLomR
QDDSUHFLDomRGHSURMHFWRVILVFDOL]DomRGD
FRQVWUXomRHOLJDomRGDVLQIUDHVWUXWXUDV
HOpFWULFDVGHXUEDQL]Do}HVHORWHDPHQWRV
GHLQLFLDWLYDSULYDGDjVUHGHVS~EOLFDVGH
GLVWULEXLomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
/LFHQFLDPHQWRGH2SHUDo}HV
8UEDQtVWLFDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

3HGLGRGH9LDELOLGDGH² ,QIRUPDomR
3UpYLD

1RWD 3DUDDOLJDomRGDLQVWDODomRGDUHGHGH,3pQHFHVViULDDDSUHVHQWDomR
SUpYLDGDFHUWLILFDomRGRVPDWHULDLVDDSOLFDUHPREUDDWUDYpVGH HQWLGDGH
FRPSHWHQWHSDUDHIHLWR ,34,(3HWF

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
3HGLGRGH9LDELOLGDGH² ,QIRUPDomR
3UpYLD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

3HGLGRGH9LDELOLGDGH² ,QIRUPDomR
3UpYLD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
3URMHFWRGH,QIUDHVWUXWXUDV(OpFWULFDV
„ (QWUHJXHHPTXDGUXSOLFDGRQD&kPDUD0XQLFLSDOTXHRUHPHWHUiSDUD
D('3'LVWULEXLomR
‡ 5HJUDVGH([HFXomR
„ 3RQWRGHOLJDomRjUHGH3~EOLFD 07RX%7 FRPGLVSRQLELOLGDGHSDUD
DOLPHQWDomRGRHPSUHHQGLPHQWR
„ (YHQWXDOH[LVWrQFLDGHORWHDPHQWRVQDVSUR[LPLGDGHHTXHVH
HQFRQWUHPHPIDVHLGrQWLFDGHGHVHQYROYLPHQWRQXPDWHQWDWLYDGH
FRQFLOLDUDVYiULDVLQIUDHVWUXWXUDVGHHQHUJLDHOpFWULFD VROXomR
HFRQRPLFDPHQWHPDLVYDQWDMRVDSDUDRVSURPRWRUHV 
‡ &RQVWLWXLomRGR3URMHFWR
„ 0HPyULDGHVFULWLYDHMXVWLILFDWLYD
„ 7HUPRGHUHVSRQVDELOLGDGH
„ 7UDoDGRVGDVUHGHV
„ 3HoDVGHVHQKDGDV
„ &iOFXORVGDVTXHGDVGHWHQVmRVREUHFDUJDVHFXUWRVFLUFXLWRV
„ 2UoDPHQWRH0DSDGHPHGLo}HV
„ 2XWUDVUHFRPHQGDo}HVSDUDDHODERUDomRGRSURMHFWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQVWLWXLomRGR3URMHFWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQVWLWXLomRGR3URMHFWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQVWLWXLomRGR3URMHFWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQVWLWXLomRGR3URMHFWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQVWLWXLomRGR3URMHFWR )LFKD6tQWHVH
GR/RWHDPHQWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQVWLWXLomRGR3URMHFWR

1RWDV  +iGHVHQKRVWLSRGH36HRX374*%7 '*(* 9DODVSDUDUHGHV07%7$UPiULRVGH


'LVWULEXLomR%7H$UPiULRVGH,3 'RF1RUPDWLYRV('3
 1RWUDoDGRGDVUHGHVHPVXSRUWHGLJLWDOGHYHVHUXWLOL]DGDXPDHVWUXWXUDGHGHVHQKRGDV
UHGHVSRUQtYHLVFDPDGDVFRQIRUPHRWLSR 07%7,3HUDPDLV
 23URMHFWRGHYHVHUDVVLQDGRQD~OWLPDIROKDGDPHPyULDGHVFULWLYDHUXEULFDGDHPWRGDV
DVUHVWDQWHVIROKDV
-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQVWLWXLomRGR3URMHFWR
‡ 1RWDV
„ +iGHVHQKRVWLSRGH36HRX374*%7 '*(* 9DODV
SDUDUHGHV07%7$UPiULRVGH'LVWULEXLomR%7H
$UPiULRVGH,3 'RF1RUPDWLYRV('3
„ 'HYHUmRLJXDOPHQWHQDVSHoDVGHVHQKDGDVHQRV
HVTXHPiWLFRVXWLOL]DUDVLPERORJLDDVHJXLU
DSUHVHQWDGDV
„ 1RWUDoDGRGDVUHGHVHPVXSRUWHGLJLWDO VRIWZDUH
$&$'IRUPDWRGZJ GHYHVHUXWLOL]DGDXPDHVWUXWXUD
GHGHVHQKRGDVUHGHVSRUQtYHLVFDPDGDVFRQIRUPHR
WLSR 07%7,3HUDPDLV
„ 23URMHFWRGHYHVHUDVVLQDGRQD~OWLPDIROKDGD
PHPyULDGHVFULWLYDHUXEULFDGDHPWRGDVDVUHVWDQWHV
IROKDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
6LPERORJLD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
6LPERORJLD FRQW

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

$SUHFLDomRGRSURMHFWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
$SUHFLDomRGRSURMHFWR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

/LFHQFLDPHQWRH&HUWLILFDomR
‡ &RPSHWrQFLDSUySULDSDUDROLFHQFLDPHQWR
HDFHUWLILFDomRGRFRQMXQWRGDV
LQVWDODo}HV
‡ 'LUHFo}HV5HJLRQDLVGH(FRQRPLDSDUDRFDVRGH
LQVWDODo}HVGHVHUYLoRS~EOLFRDOLPHQWDGRUDV 37H
UHGHS~EOLFDGHGLVWULEXLomRDVVRFLDGD
‡ (PSUHVDV,QVSHWRUDVGH,QVWDODo}HV(OpWULFDVGH
%DL[D7HQVmR (,,(/ 

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR
&DERVLVRODGRVH
DFHVVyULRV MXQo}HV
HWHUPLQDo}HV GH
07

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR
&DERVLVRODGRVHFRQGXWRUHV%7

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

3ULQFLSDLVFDUDFWHUtVWLFDVWpFQLFDVGRV
$UPiULRVGH'LVWULEXLomR
‡ &RUWDFLUFXLWRVIXVtYHLV
„ 7LSRWULEORFR ',1 WDPDQKRRXWLSRXQLSRODUWDPDQKRVH
 &(,,(& ± SDUDDXPHQWDURQ~PHURGHVDtGDVRV
WULEORFRVGRWDPDQKRSRGHPVHUVXEVWLWXtGRVSRUWDPDQKR
„ 'LVWkQFLDPtQLPDHQWUHFRUWDFLUFXLWRVIXVtYHLVPP WULEORFRV H
PP GLVSRVLWLYRVXQLSRODUHV

‡ /LJDomRjWHUUD
„ $OLJDomRGDHVWUXWXUDGREDVWLGRUGRLQYyOXFURHGDVSRUWDVPHWiOLFDV
jEDUUDGHWHUUDGHSURWHFomREHPFRPRDOLJDomRHQWUHDEDUUDGH
QHXWURHDEDUUDGHWHUUDGHSURWHFomRHUHVSHFWLYDDUPDGXUDGRV
FDERVjWHUUDGHYHVHUIHLWDHPFRQGXWRUGHFREUHQXGHVHFomR
PtQLPDGHPP

‡ 6LQDOpWLFD
„ &KDSDGHFDUDFWHUtVWLFDVHPDUFDomR LGHQWLILFDomRGRIDEULFDQWHH,3
JDUDQWLGR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
7LSRVGH$UPiULRVGH'LVWULEXLomR
‡ 7LSR
„ 1žGHFLUFXLWRVFLUFXLWRGHHQWUDGD FLUFXLWRVFRPWULEORFRVGHWDPDQKR

„ 'LPHQV}HVPi[LPDVH[WHULRUHVGRLQYyOXFUR[[ ODUJXUD[DOWXUD[
SURIXQGLGDGH
„ 6HFomRGREDUUDPHQWR[PP ) [PP 13(
„ 1žGHIROKDVGHSRUWDV

‡ 7LSR
„ 1žGHFLUFXLWRVFLUFXLWRGHHQWUDGD FLUFXLWRVFRPWULEORFRVGHWDPDQKR

„ 'LPHQV}HVPi[LPDVH[WHULRUHVGRLQYyOXFUR[[ ODUJXUD[DOWXUD[
SURIXQGLGDGH
„ 6HFomRGREDUUDPHQWR[PP ) ± ///[PP 13(
„ 1žGHIROKDVGHSRUWDV

‡ (VSHFLILFDo}HV('3'LVWULEXLomR$UPiULRVWLSR; 7 < 77 =


7 : 7 H7 7WULEORFRVOLJDGRVDREDUUDPHQWR  '0$&
10DLR
„ $UPiULR<H=± SDUDVXEVWLWXLomRGHDUPiULRVLGrQWLFRVMiLQVWDODGRVQDUHGHGH
GLVWULEXLomR
„ $UPiULR7± VySDUDLQVWDODomRHQFDVWUDGD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

7LSRVGH$UPiULRVGH'LVWULEXLomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
$UPiULRVGH
'LVWULEXLomR
$UPiULRV:;<H=±
'LVSRVLomRGR
HTXLSDPHQWRH
DWUDYDQFDPHQWRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

1RWDV² $UPiULRV:;<H=
 %DUUDVGHIDVHGHFREUHQXHOHFWUROtWLFRIL[DGDVDREDVWLGRU
 3RUFDFUDYDGDQDIDFHSRVWHULRUGDEDUUDGHIDVHSDUDIL[DomRHOLJDomRGRWULEORFR
 3RUFDFUDYDGDQDIDFHSRVWHULRUGDEDUUDGHQHXWURHDQLOKDGHPRODSDUDOLJDomRGRVWHUPLQDLV
GRVFRQGXWRUHVQHXWURVGHHQWUDGD
 )XUDomRDGHTXDGDDRSDUDIXVR0SDUDIL[DomRGRVLVRODGRUHVGHVWLQDGRVjGLVWULEXLomRGRVLQDO
GHWHOHFRPDQGRGDUHGHGHLOXPLQDomRS~EOLFD
 %DUUDGHQHXWURGHFREUHHOHFWUROtWLFRIL[DGDDREDVWLGRU
 6XSRUWHGHFDERVUHSUHVHQWDGRSRUXPSHUILOHP/SDUDIL[DomRGDVDEUDoDGHLUDV
 $EUDoDGHLUDSDUDVXSRUWHPHFkQLFRGRVFDERVGHHQWUDGD
 %DVWLGRUGHPDWHULDOLVRODQWHGHVWLQDGRjIL[DomRHVXSRUWHGRHTXLSDPHQWRHOpFWULFRHTXHVH
IL[DDRPDFLoR
 7ULEORFRSURWHJLGRFRQWUDFRQWDFWRVGLUHFWRVFRPSDUWHVHPWHQVmRLQFOXLQGRFRQWDFWRVH
WHUPLQDLV GHOLJDomRDRVFRQGXWRUHVH[WHULRUHV UHVSHLWDQGRRJUDXGHSURWHFomRGHILQLGR,3;
 &DERGHHQWUDGDUHSUHVHQWDGRHPFRUWH
 3RQWRGHIL[DomRGREDVWLGRUDRPDFLoRGHIXQGDomR
 %DUUHLUDWUDQVSDUHQWHGHPDWHULDOLVRODQWHGHVWLQDGDDDVVHJXUDUDSURWHFomRGHSHVVRDVFRQWUD
FRQWDFWRVGLUHFWRVFRPSHoDVVREWHQVmRDSyVDEHUWXUDRXUHPRomRGDSRUWDGRDUPiULR
 3RUWDGRDUPiULRGHGLVWULEXLomR UHSUHVHQWDGDHPFRUWH
 ([HPSORGHXPGRVSRQWRVGHIL[DomRUHSUHVHQWDWLYRVGDIL[DomRGRLQYyOXFURDREDVWLGRU
 7HUPLQDOSDUDOLJDomRGRVXSRUWHGHFDERVHGRFLUFXLWRGHWHUUDHVWH~OWLPRSURYHQLHQWHGR
UHVSHFWLYRHOpFWURGR
 %DUUDGHVWLQDGDDDVVHJXUDUDHVWDELOLGDGHGRPDFLoRGHIXQGDomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
%DUUDGH7HUUDGH3URWHFomR
‡ 'LVSRVLo}HVHOLJDo}HV

$EDUUDGHWHUUDGHSURWHFomRGHYHWHUDGLVSRVLomRUHSUHVHQWDGDQD
ILJXUDHGHVWLQDVHDOLJDU
D 2FDERGHWHUUD99*SURYHQLHQWHGRUHVSHFWLYRHOpFWURGR
E $VDUPDGXUDVGRVFDERVDWUDYpVGHXPFRQGXWRUGHFREUHQXGH
VHFomRQmRLQIHULRUDPP
F 2VXSRUWHGHFDERVSRUPHLRGHXPFRQGXWRUGHFREUHQXGHVHFomR
QmRLQIHULRUDPP

1RWDDOLJDomRGRVXSRUWHGHFDERVHGRFDERGHWHUUDjEDUUDGHWHUUD
GHSURWHFomRHIHFWXDVHQRPHVPRWHUPLQDO

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

$UPiULRVGH'LVWULEXLomR² 0DFLoRVGH
)XQGDomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
$UPiULRVGH
'LVWULEXLomR
$UPiULR7± 'LVSRVLomR
GRHTXLSDPHQWRH
DWUDYDQFDPHQWRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQGLo}HV7pFQLFDVGH([HFXomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

5HJUDVSDUDD([HFXomRGH,QIUD(VWUXWXUDV
GH(QHUJLD
‡ 1DVHTXrQFLDGDDSUHFLDomRGRSURMHFWRGDLQVWDODomRHOpFWULFDGHYHUmR
VHUDSUHVHQWDGRVRVVHJXLQWHVHOHPHQWRV
 3RQWRGHOLJDomRjUHGHS~EOLFD 07RX%7 FRPGLVSRQLELOLGDGHSDUDDOLPHQWDomR
GRHPSUHHQGLPHQWR

 (YHQWXDOH[LVWrQFLDGHXUEDQL]Do}HVQDVSUR[LPLGDGHVHTXHVHHQFRQWUHPHP
IDVHLGrQWLFDGHGHVHQYROYLPHQWRQXPDWHQWDWLYDGHFRQFLOLDUDVYiULDVLQIUD
HVWUXWXUDVGHHQHUJLDHOpFWULFD VROXomRHFRQRPLFDPHQWHPDLVYDQWDMRVDSDUDRV
3URPRWRUHV 

 0HPyULDGHVFULWLYDHMXVWLILFDWLYDGHYHFRQWHUWRGRVRVHOHPHQWRVH
HVFODUHFLPHQWRVQHFHVViULRVSDUDGDUXPDLGHLDSHUIHLWDGDQDWXUH]D
LPSRUWkQFLDIXQomRHFDUDFWHUtVWLFDVGDLQVWDODomRQRPHDGDPHQWHDVUD]}HVGH
DSUHVHQWDomRGRSURMHFWRDORFDOL]DomRHDFRQVWLWXLomRGDXUEDQL]DomRD
GLVFULPLQDomRGDVFODVVHVHWLSRVGHREUDVTXHFRQVWLWXHPRSURMHFWRDV
FDUDFWHUtVWLFDVHDVFRQGLo}HVGHHVWDEHOHFLPHQWRGRVHTXLSDPHQWRVPDWHULDLV

 7HUPRGHUHVSRQVDELOLGDGHUHODWLYRjHODERUDomRGRSURMHFWRVHQGRDVVLQDGRSRU
XP(QJHQKHLUR(OHFWURWpFQLFRRX(QJHQKHLUR7pFQLFRGDHVSHFLDOLGDGH
HOHFWURWpFQLFDLQVFULWRQD'*(*

 7UDoDGRVGDVUHGHVGHYHPLQFOXLUDVUHGHVGHGLVWULEXLomR%7HGHLOXPLQDomR
S~EOLFDTXHIRUHPGHILQLGDVFRPRQHFHVViULDVHYHQWXDLV37¶VHUHVSHFWLYDUHGH
GH07TXHDVVHJXUDDLQVHUomRGRV37¶VQDUHGHH[LVWHQWH

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
5HJUDVSDUDD([HFXomRGH,QIUD(VWUXWXUDV
GH(QHUJLD
‡ &RQW
 2V37¶VGHYHUmRORFDOL]DUVHHPGRPtQLRS~EOLFRFRPDFHVVROLYUHHGLUHFWRjYLD
S~EOLFDSRUIRUPDDSRVVLELOLWDUDHQWUDGDHRHVWDFLRQDPHQWRIUHQWHDRV
PHVPRVGHYLDWXUDVSHVDGDVGD('3'LVWULEXLomRDTXDOTXHUKRUDGRGLDRXGD
QRLWH(VWHVHGLItFLRVGHYHPVHUGRWDGRVGHVLVWHPDVGHYHQWLODomRTXH
JDUDQWDPHPFRQGLo}HVGHVHJXUDQoDRDUUHIHFLPHQWRGRVWUDQVIRUPDGRUHVGH
SRWrQFLD

 2SURPRWRUVHUiRUHVSRQViYHOSHODSUpYLDDSURYDomRSHOD&kPDUD0XQLFLSDOGRV
SURMHFWRVGHLPSODQWDomRDVSHFWRDUTXLWHFWyQLFRHHQTXDGUDPHQWRSDLVDJtVWLFR
GRVHGLItFLRVHFDELQDVSUpIDEULFDGDVGHVWLQDGDVDRV37¶V

 3ODQWDVGHORFDOL]DomRGDXUEDQL]DomRjHVFDODRXVXSHULRUFRP
LQGLFDomRGRVOLPLWHVGDiUHDREMHFWRGHLQWHUYHQomR

 3ODQWDSRUFDGDFODVVHGHREUDSUHYLVWD 0737%7,3 jHVFDODRX




 3ODQWDLGHQWLILFDQGRDVLQIUDHVWUXWXUDVHOpFWULFDVMiH[LVWHQWHVQRWHUUHQR

 'HVHQKRVGHSRUPHQRU YDODVDUPiULRVGHGLVWULEXLomRFDQGHHLURVGH,337 

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

5HJUDVSDUDD([HFXomRGH,QIUD(VWUXWXUDV
GH(QHUJLD
‡ &RQW
 2VFiOFXORVGDVUHGHVGH%7H,OXPLQDomR3~EOLFDGHYHPVHUIHLWRVGHDFRUGRFRP
R HVWDEHOHFLGRQR565'((%7FRQWHPSODQGRDVTXHGDVGHWHQVmRDV
VREUHFDUJDVHRVFXUWRFLUFXLWRV2VFiOFXORVGDVUHGHVGHGLVWULEXLomRGHYHUmR
VHUDQH[RVDRSURMHFWR

 'HYHUmRWDPEpPFRQVWDWDUQRSURMHFWRRFiOFXORGDSRWrQFLDWRWDOGD
XUEDQL]DomRFRPDLGHQWLILFDomRGRVFRHILFLHQWHVGHVLPXOWDQHLGDGHDSOLFDGRVD
GLVFULPLQDomRGRYDORUGHSRWrQFLDDWULEXtGRDFDGDIRJRHDFDGDORWHRFiOFXOR
OXPLQRWpFQLFRHRFiOFXORGRVHQFDUJRVGHSRWrQFLDTXDQGRQHFHVViULRV

 2RUoDPHQWRHRPDSDGHPHGLo}HVGHDFRUGRFRPRPRGHORGHILQLGRGHYHUmR
LQFOXLUDGHVFULomRHTXDQWLILFDomRHPERUDQmRH[DXVWLYDGRV
PDWHULDLVWUDEDOKRVVHSDUDGRVSHODVFODVVHVGHREUDVSUHYLVWDVQRSURMHFWREHP
FRPRRVRXWURVHQFDUJRVLQHUHQWHVjFRQVWUXomRHOLJDomRGDVLQIUDHVWUXWXUDV

 'RSURMHFWRGHLQIUDHVWUXWXUDVGHYHPLJXDOPHQWHFRQVWDUDVFRQGLo}HVWpFQLFDV
GR&DGHUQRGH(QFDUJRVFRPYLVWDjH[HFXomRGDREUD

 3DUDHIHLWRVGHVLQDOL]DomRGDLQIRUPDomRUHODWLYDjVSRWrQFLDVDUHTXLVLWDUSRU
ORWHHQRWRWDOGRHPSUHHQGLPHQWRUHFRPHQGDVHRSUHHQFKLPHQWRGHXPDILFKD
VtQWHVHFRQIRUPHPRGHORDSUHVHQWDGRQRDQH[RGR*78 *XLD7pFQLFRGH
8UEDQL]Do}HV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
5HJUDVSDUDD([HFXomRGH,QIUD(VWUXWXUDV
GH(QHUJLD
‡ &RQW
 1RSURMHFWRGHLQIUDHVWUXWXUDVGHHQHUJLDHOpFWULFDVyVHUmRFRQVLGHUDGRVRV
UDPDLVGHDOLPHQWDomR FKHJDGDV SDUDDVGLYHUVDVLQVWDODo}HVLQGLYLGXDLVRX
FROHFWLYDVVHKRXYHUFRQGLo}HVSDUDRVHXHVWDEHOHFLPHQWRHPWHUPRV
GHILQLWLYRVHPVLPXOWkQHRFRPDVUHGHVGHGLVWULEXLomR7RGRVRVUDPDLV%7
WHUmRTXHWHUPLQDUHPSRUWLQKRODVRXTXDGURVGHFROXQDVHFXPSULUHPWHUPRV
FRQFHSWXDLVRHVWDEHOHFLGRQRGRFXPHQWRGHVLJQDGR³',7&1 ±
/LJDomRjUHGHGHFOLHQWHV%7± 6ROXo}HVWpFQLFDVQRUPDOL]DGDV´

 &DVRQmRVHMDSRVVtYHOFRQWHPSODURVIXWXURVUDPDLVQRSURMHFWRGHYHUiSUHYHU
VHDLQVWDODomRGHWXEDJHPQRVORFDLVSUHYLVtYHLVGHSDVVDJHPGHFRQGXWRUHV

 2VSURMHFWLVWDVGHYHUmRVROLFLWDUj('3'LVWULEXLomRRVGHVHQKRVWLSRVGH3RVWRV
GH6HFFLRQDPHQWRHRXGH7UDQVIRUPDomRTXDGURVJHUDLVGHEDL[DWHQVmRYDODV
SDUDUHGHV07H%7DUPiULRVGHGLVWULEXLomR%7HDUPiULRV,3

 23URMHFWRGHYHVHUDVVLQDGRQD~OWLPDIROKDGDPHPyULDGHVFULWLYDHUXEULFDGR
HPWRGDVDVUHVWDQWHVIROKDV

 'HYHUiVHUXWLOL]DGDDVLPERORJLDGHILQLGDQRDQH[RGR*78

 2UHIHULGR3URMHFWRGHYHUiVHUFRQVWLWXtGRSRUH[HPSODUHVFRPSOHWRVDID]HU
HQWUHJDGHXPDFySLDGHYLGDPHQWHDFWXDOL]DGDGDVSHoDVGHVHQKDGDVHP
VRIWZDUH$&$'FRPSRQWRVJHRUUHIHUHQFLDGRVQRVLVWHPD+D\IRUG*DXVV'DWXP

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

2XWUDVUHFRPHQGDo}HVSDUDDHODERUDomRGR
SURMHFWR
‡ 1DHODERUDomRGRSURMHFWRGDUHGHGH,OXPLQDomR3~EOLFD
R 3URMHFWLVWDGHYHUiWHUHPFRQWD
„ $3RUWDULDQžGHGH0DLR VHFomR9 
„ $VHVSHFLILFDo}HVGD&kPDUD0XQLFLSDOQRPHDGDPHQWHQR
TXHUHVSHLWDDRWLSRGHOXPLQiULDVTXDQWLGDGHGHIRFRV
OXPLQRVRVHFROXQDVGH,3
„ $GLVWkQFLDDOLQKDPHQWRGDVOXPLQiULDV
„ $KDUPRQL]DomRGDVYDODVGDVYiULDVUHGHVSUHYLVWDVSDUDR
SURMHFWR
„ 2VSDVVHLRVDVURWXQGDVRVHVWDFLRQDPHQWRVDVYDUDQGDVH
]RQDVYHUGHV

‡ 2XWUDV
„ $OLJDomRGDLQVWDODomRDRFLUFXLWRGH,OXPLQDomR3~EOLFDILFD
FRQGLFLRQDGDjSUpYLDDSUHVHQWDomRGDFHUWLILFDomRGRV
PDWHULDLVDDSOLFDUHPREUDDWUDYpVGHHQWLGDGHFRPSHWHQWH
SDUDRHIHLWR ,34,(3HWF
-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
3HGLGRGH,QIRUPDomR3UpYLD
 3ODQWDGHORFDOL]DomRGDXUEDQL]DomRjHVFDODRXVXSHULRUFRP
LQGLFDomRGRVOLPLWHVGDiUHDREMHFWRGHLQWHUYHQomR

 3URMHFWRRXDQWHSURMHFWRGHDUTXLWHFWXUDFRPDUHVSHFWLYDSODQWDGH
]RQDPHQWRRQGHVHLGHQWLILTXHPFODUDPHQWHDV]RQDVS~EOLFDVHDV
]RQDVSULYDGDVGDXUEDQL]DomRDViUHDVGHVWLQDGDVDHVSDoRVYHUGHVH
GHXWLOL]DomRFROHFWLYDDVLQIUDHVWUXWXUDVYLiULDVHRVHTXLSDPHQWRVGH
XWLOL]DomRFROHFWLYD

 3ODQWDTXDGURVtQWHVHGDRSHUDomRXUEDQtVWLFDLQGLFDQGR
QRPHDGDPHQWHDGLYLVmRHPORWHVHDVXDQXPHUDomRQ~PHURGHIRJRV
GHFDGDXPGRVORWHVHDVXDWLSRORJLD KDELWDomRVHUYLoRVFRPXQV
FRPpUFLRDUPD]pQVHWF 

 9DORUGHSRWrQFLDSUHYLVWDSRUIRJRDVVLPFRPRRFiOFXORGDSRWrQFLD
SUHYLVWDSDUDDXUEDQL]DomR

 3ODQWDGDVLWXDomRH[LVWHQWHFRUUHVSRQGHQWHDRHVWDGRGRWHUUHQRFRP
DLGHQWLILFDomRGDVLQIUDHVWUXWXUDVH[LVWHQWHV&DVRRWHUUHQRVHMD
DWUDYHVVDGRSRUOLQKDVGH$7HRX07GHYHUiVHUGHYLGDPHQWH
DVVLQDODGDQHVVDSODQWDDH[LVWrQFLDGHVVDVLQIUDHVWUXWXUDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
*XLD7pFQLFRGH
8UEDQL]Do}HV

$SDUHOKRVGH,OXPLQDomR
(OpFWULFDH$FHVVyULRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH
$oR
7HUPLQRORJLD
GDVFROXQDVGH
LOXPLQDomR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGH$oR
6LOKXHWDVGDVFROXQDVQRUPDOL]DGDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH$oR
6LOKXHWDVGDVFROXQDVQRUPDOL]DGDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

&ROXQDVGH$oR

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
4XDGURHOpFWULFRGHDOLPHQWDomR
3RUWLQKROD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

3RUWLQKROD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
3RUWLQKROD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 

3RUWLQKROD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
3RUWLQKROD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV 
5HGHVGH'LVWULEXLomR GH
(QHUJLD(OpFWULFDHP%DL[D7HQVmR

3URWHFomRFRQWUDFKRTXHV
HOpFWULFRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RQFHLWRV
‡ 0DVVD
„ 3DUWHFRQGXWRUDGHXPHTXLSDPHQWRHOpFWULFRVXVFHSWtYHOGHVHU
WRFDGDHPUHJUDLVRODGDGDVSDUWHVDFWLYDVPDVSRGHQGRILFDUHP
WHQVmRHPFDVRGHGHIHLWR

‡ 7HQVmRGHFRQWDFWR
„ 7HQVmRTXHHPFDVRGHGHIHLWRGRLVRODPHQWRDSDUHFHHQWUHSDUWHV
VLPXOWDQHDPHQWHDFHVVtYHLV

‡ 7HQVmRGHGHIHLWR
„ 7HQVmRTXHQRFDVRGHGHIHLWRGHLVRODPHQWRDSDUHFHHQWUHDPDVVDH
XPHOpFWURGRGHWHUUDGHUHIHUrQFLDLVWRpXPSRQWRFXMRSRWHQFLDO
QmRpPRGLILFDGRSHODSDVVDJHPGHFRUUHQWHGHGHIHLWR
FRUUHVSRQGHQWH

‡ 7HQVmROLPLWHFRQYHQFLRQDOGHFRQWDFWR 8/
„ 9DORUPi[LPRGDWHQVmRGHFRQWDFWRTXHpDGPLVVtYHOSRGHUPDQWHU
VHLQGHILQLGDPHQWHHPFRQGLo}HVHVSHFLILFDGDVGHLQIOXrQFLDVH[WHUQDV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RQFHLWRV FRQW
‡ 7HQVmRGHSDVVR
„ 7HQVmRHQWUHGRLVSRQWRVjVXSHUItFLHGDWHUUDGLVWDQFLDGRVGH
PHWUR

‡ (OHPHQWRFRQGXWRU
„ (OHPHQWRVXVFHSWtYHOGHLQWURGX]LUXPSRWHQFLDOHPUHJUDRGDWHUUDH
TXHQmRID]SDUWHGDLQVWDODomRHOpFWULFD

‡ 5HGHGHGLVWULEXLomRFRP³WHUUDSHORQHXWUR´
„ 5HGHGHGLVWULEXLomRHPTXHDOLJDomRjWHUUDGDVPDVVDVPHWiOLFDV
GDVLQVWDODo}HVGHXWLOL]DomRDHODOLJDGDVpIHLWDSRULQWHUPpGLRGR
QHXWURGHVVDUHGH

‡ 5HVLVWrQFLDJOREDOGHWHUUD
„ 5HVLVWrQFLDHQWUHRWHUPLQDOSULQFLSDOGHWHUUDHDWHUUD

‡ =RQDGHLQIOXrQFLDGHXPDWHUUD
„ ÈUHDGHQWURGDTXDORSRWHQFLDOGRVRORVRIUHXPDYDULDomRVXSHULRUD
GDTXHH[SHULPHQWDRHOpFWURGRGHWHUUDUHVSHFWLYRTXDQGR
SHUFRUULGRSRUXPDFRUUHQWHHOpFWULFD
-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

2EMHFWLYRVGDSURWHFomRFRQWUDFKRTXHV
HOpFWULFRV
‡ 3URWHFomRSULQFLSDO
„ 3URWHFomRHPFRQGLo}HVHPFRQGLo}HVQRUPDLV DQWHV
GHVLJQDGDSRUSURWHFomRFRQWUDFRQWDFWRVGLUHFWRV

‡ 3URWHFomRFRQWUDGHIHLWRV
„ 6HJXUDQoDQDVLWXDomRGHRFRUUrQFLDGHGHIHLWRGH
LVRODPHQWR DQWHVGHVLJQDGDSRUSURWHFomRFRQWUD
FRQWDFWRVLQGLUHFWRV

‡ 3URWHFomRUHIRUoDGD
„ 3URWHFomRVLPXOWkQHDQDVGXDVVLWXDo}HV

5HJUDJHUDO 1DVUHGHVGHGLVWULEXLomRGHYHVHUSUHYLVWRXP
HVTXHPDGHOLJDomRjWHUUDHPTXHRQHXWURp
GLUHFWDPHQWH OLJDGRjWHUUD $UWžžGR
(65'((%7

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
0HGLGDVSDVVLYDVGHSURWHFomRSULQFLSDO
FRQWUDFKRTXHVHOpFWULFRV
‡ 3URWHFomRSRUFRORFDomRIRUDGRDOFDQFHGDVSHVVRDV
„ $IDVWDPHQWR
„ ,QWHUSRVLomRGHREVWiFXORV

‡ 3URWHFomRSRULVRODPHQWRGDVSDUWHVDFWLYDV
„ &RQGXWRUHVHFDERVFRPPDUFDomR+$5
„ 5HVLVWrQFLDjFRUURVmR DJHQWHVDWPRVIpULFRVRXGRVROR
„ (TXLSDPHQWRHPJHUDOFRPPDUFDomR&(

‡ 3URWHFomRSRUVHOHFomRGHLQYyOXFURVGHFDUDFWHUtVWLFDVDGHTXDGDV
„ $SDUHOKRVGHFRUWHFRPDQGRHSURWHFomR
‡ ,3QmRLQIHULRUD,3± PRQWDJHPQRLQWHULRUTXDQGRDFHVVtYHLV
‡ ,3QmRLQIHULRUD,3± PRQWDJHPQRH[WHULRUTXDQGRDFHVVtYHLV
‡ ,3QmRLQIHULRUD,3± PRQWDJHPQRLQWHULRUTXDQGRQmRDFHVVtYHLV
‡ ,3QmRLQIHULRUD,3± PRQWDJHPQRH[WHULRUTXDQGRQmRDFHVVtYHLV
„ $UPiULRVGHGLVWULEXLomR SRUWDVSDLQpLV
‡ ,3QmRLQIHULRUD,3

‡ 3URWHFomRSRUXWLOL]DomRGHDSDUHOKRVFODVVH,,GHLVRODPHQWRRXHTXLYDOHQWH
„ (TXLSDPHQWRVFRPGXSORLVRODPHQWRRXLVRODPHQWRUHIRUoDGR FODVVH,,
„ &RQMXQWRVGHHTXLSDPHQWRVPRQWDGRVHPIiEULFDFRPLVRODPHQWRWRWDO
„ 8WLOL]DomRGHLVRODPHQWRVXSOHPHQWDUSDUDHTXLSDPHQWRVGDVFODVVHVH,

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

0HGLGDVGHSURWHFomRFRQWUDGHIHLWRV
6LWXDomRGRQHXWUR
‡ /LJDomRGLUHFWDPHQWHjWHUUD
„ 1HXWUROLJDGRGLUHFWDPHQWHjWHUUDQR37DOLPHQWDGRU
„ /LJDo}HVGRQHXWURjWHUUDQRVSRQWRVVLQJXODUHVGDUHGH GHULYDo}HVGH
FDQDOL]Do}HVSULQFLSDLVHORFDLVGHFRQFHQWUDomRGHUDPDLV GHIRUPDTXHQmR
KDMDWURoRVVXSHULRUHVDPVHPOLJDomRjWHUUDFRPXPPtQLPR GH
OLJDomRSRUFDGDPGHUHGH
„ 5HVLVWrQFLDPi[LPDJOREDOGDWHUUDGRQHXWURΩ $UWžžGD565'((%7

6LWXDomRGDVPDVVDV
‡ /LJDGDVGLUHFWDPHQWHDRQHXWUR
„ /LJDGDVGLUHFWDPHQWHDRQHXWUR H[FHSWRSDUDRVHTXLSDPHQWRVGHFODVVH,,GH
LVRODPHQWRRXHTXLYDOHQWH
„ 0DVVDVGLUHFWDPHQWHOLJDGDVDRQHXWUR
„ 'XSOLFDomRGRFRQGXWRUGHOLJDomRGDVPDVVDVDRQHXWURTXDQGRDVHFomRGR
QHXWURIRULQIHULRUDPP
„ $VPDVVDVVLPXOWDQHDPHQWHDFHVVtYHLVGHYHPVHUOLJDGDVDXPPHVPRFRQGXWRU
GHSURWHFomR HTXLSRWHQFLDOL]DomR
„ 1HFHVViULDSUHFDXomRDGLFLRQDOQRHVWDEHOHFLPHQWRGRVVLVWHPDVGHWHUUDGR
QHXWUR HOpFWURGRVFRQGXWRUHV HVXDVOLJDo}HVQDSUR[LPLGDGHGHLQVWDODo}HV
GH07$7 ]RQDGHLQIOXrQFLDGHWHUUDVGDVLQVWDODo}HVGH07$7HGHSiUDUDLRV
GHSURWHFomRGHHGLItFLRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
5HGHVGHGLVWULEXLomRHP´WHUUDSHOR
QHXWURµ>6LVWHPD71@
9DULDQWH>71&@ 9DULDQWH>71&6@

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

5HJUDVJHUDLVGHHVWDEHOHFLPHQWRGHUHGHVGH
GLVWULEXLomRHP´WHUUDSHORQHXWURµ
‡ &RQGXWRUQHXWUR
„ 1mRpSHUPLWLGD DLQWHUUXSomRGRQHXWURVHMDSRUDSDUHOKRGHFRUWH
VHMDGHSURWHFomR
„ 6HFomRGRQHXWUR $UWž565'((%7

‡ /LJDomRGRQHXWURjWHUUD
„ 1DVFDQDOL]Do}HVSULQFLSDLVGHFRPSULPHQWRVXSHULRUDPDOpPGDV
OLJDo}HVSUHYLVWDVDWUiVGHYHUiHIHFWXDUVHXPDOLJDomRVXSOHPHQWDU
HPFDGDH[WUHPLGDGHRXQDVXDSUR[LPLGDGH
„ 5HGHVVXEWHUUkQHDVOLJDomRGRQHXWURjWHUUDREULJDWyULDHPWRGRVRV
DUPiULRVGHGLVWULEXLomR
„ $OLJDomRGRQHXWURjWHUUDpSURLELGDHPORFDLVSUy[LPRVGHDSRLRGH
OLQKDV07$7HGHHVWDEHOHFLPHQWRGHVLVWHPDVGHWHUUDGHSiUDUDLRV
GHSURWHFomRGHHGLItFLRVHRXWUDVHVWUXWXUDV

‡ 5HVLVWrQFLDJOREDOPi[LPDGRQHXWUR
„ &DQDOL]Do}HVSULQFLSDLVHUDPDLVQmRVXSHULRU DΩNPRXIUDFomR
„ 9DORUJOREDOPi[LPRGHUHVLVWrQFLDGHWHUUDGRQHXWURΩ

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
6HFomRGRQHXWURHPUHGHVVXEWHUUkQHDV
FRP´WHUUDSHORQHXWURµ
‡ 5HJUDVWpFQLFDVFRPSOHPHQWDUHV
„ 2VHOpFWURGRVGHWHUUDGDVLQVWDODo}HVGHXWLOL]DomRDOLPHQWDGDV
SRGHPVHUXVDGDVFRPRHOpFWURGRVGHWHUUDGDUHGHGHGLVWULEXLomR
QHVWDRSomRDOLJDomRGRQHXWURjWHUUDGHYHVHUHIHFWXDGDQD
SRUWLQKRODRXDPRQWDQWHGRDSDUHOKRGHFRUWHGHHQWUDGD
„ $XWLOL]DomRGHDSDUHOKRVGLIHUHQFLDLVQmRpSHUPLWLGD QRHVTXHPD
HTXLYDOHQWH71& XPVyFRQGXWRUGHVHPSHQKDQGRDVIXQo}HVGH1H
3(
„ 1RVLVWHPDHTXLYDOHQWH71&6
VHSDUDomRGHFRQGXWRUHV1H 6HFomRGDV 6HFomRGR
3( pSRVVtYHODXWLOL]DomRGH IDVHV6 / PP  QHXWUR6Q PP


GLIHUHQFLDLVPDVQmRpSHUPLWLGD ”6/” 6/ 6Q
DH[LVWrQFLDGRFRQGXWRU3(1D ”6/” 
MXVDQWHGDTXHOHVDSDUHOKRV  
 
‡ 5HJUDVGHH[SORUDomR  
„ &RQWURORIUHTXHQWHGDVFRQGLo}HV ”6/” 
GHIXQFLRQDPHQWRGRVVLVWHPDV
 
GHWHUUD
 

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

&RPSULPHQWRVPi[LPRV PHWURV SURWHJLGRV


FRQWUDGHIHLWRVLQGLUHFWRV FRQWDFWRVLQGLUHFWRV
6HFo}HV ,QWHQVLGDGHVHVWLSXODGDVGRVIXVtYHLV $
PP            
            
            
           
         
        
      
     
    
    
   
   

9DORUHVSDUDUHGHVFRP³WHUUDSHORQHXWUR´FRP$OPDVGHFREUHP 8/ 9H


SURWHFomRSRUIXVtYHLVJ* ,(&&(,D

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
&RPSULPHQWRVPi[LPRVSURWHJLGRV
FRQWUDGHIHLWRV FRQWDFWRVLQGLUHFWRV
‡ 3DUDDOPDVGHDOXPtQLRRVFRPSULPHQWRVPi[LPRVDFRQVLGHUDU
GHYHPVHUREWLGRVPXOWLSOLFDQGRRVYDORUHVGRTXDGURSRU

‡ 3DUDYDORUHVGHP 6)63( 1 GLIHUHQWHVGHRVFRPSULPHQWRV


LQGLFDGRVQRTXDGURGHYHPVHUPXOWLSOLFDGRVUHVSHFWLYDPHQWH
SRU P  H P 

‡ (PFDQDOL]DomRFRPGLYHUVDVVHFo}HVSRGHUiVHUDSOLFDGDDUHJUD
GRWULkQJXORSDUDYHULILFDomRGDVFRQGLo}HVJOREDLVGHSURWHFomR

‡ 2QtYHOGHFXUWRFLUFXLWRSUHYLVtYHO IXQomRGDVHFomRHGR
FRPSULPHQWRGDVFDQDOL]Do}HV DVVXPHXPDLPSRUWkQFLD
IXQGDPHQWDOQDJDUDQWLDGHSURWHFomR

‡ 3DUDFDGDWLSRGHDSDUHOKRGHSURWHFomRHFRPSRVLomRGD
FDQDOL]DomRTXHSURWHJHSRGHPVHUHVWDEHOHFLGRVFRPSULPHQWRV
Pi[LPRVSURWHJLGRVFRQWUDFRQWDFWRVLQGLUHFWRV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

5HGHVGH'LVWULEXLomRSDUD,OXPLQDomR
3~EOLFD
‡ 3URWHFomRFRQWUDGHIHLWRV6LVWHPD71
7HUUDSHORQHXWUR
„ 6LWXDomRGRQHXWUR
‡ /LJDGRGLUHFWDPHQWHjWHUUD $UWžGR565'((%7
„ 6LWXDomRGDVPDVVDV
‡ 7RGDVDVPDVVDVVmROLJDGDVDRQHXWUR± 71
LQFOXLQGRIXVWHGDFROXQDVHPHWiOLFDHDUPDGXUDV
GRVFDERV
‡ $OLJDomRjWHUUDGHYHVHUIHLWDQRWHUPLQDOGHWHUUD
GRIXVWHGDFROXQD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
5HGHVGHGLVWULEXLomRSDUDLOXPLQDomRGH
H[WHULRUHV
‡ $SOLFDomRHPFRQGRPtQLRVIHFKDGRVMDUGLQVSDUTXHVHSUDoDV
QmROLJDGDVjUHGH,3± 6HUYLoR3~EOLFR
‡ 3URWHFomRFRQWUDGHIHLWRV6LVWHPD77
„ 6LWXDomRGRQHXWUR
‡ /LJDGRGLUHFWDPHQWHjWHUUDGHVHUYLoRQR37DOLPHQWDGRU
„ 6LWXDomRGDVPDVVDV
‡ /LJDGDVGLUHFWDPHQWHjWHUUDGHSURWHFomRGDVPDVVDV
„ 6LVWHPDGHWHUUD
‡ 7HUUDVHSDUDGDSDUDSURWHFomRGDVPDVVDV

„ 1HVWHFDVRDXWLOL]DomRGHDSDUHOKRVGLIHUHQFLDLV VHOHFWLYRVRXQmR p
XPDRSomRIXQGDPHQWDOSDUDDSURWHFomRFRQWUDGHIHLWRV
„ 2VDSDUHOKRVGLIHUHQFLDLVSRGHPVHUFRORFDGRVGHIRUPDFHQWUDOL]DGD
QRVTXDGURVDUPiULRVGHDOLPHQWDomRGHLOXPLQDomRGHH[WHULRUHVRX
LQGLYLGXDOPHQWHHPFDGDFROXQD
„ $VPDVVDVQmRGHYHPVHUOLJDGDVDRVFRQGXWRUHVGHSURWHFomRGR
VLVWHPD71PDVVLPDHOpFWURGRVHVSHFtILFRVFRPUHVLVWrQFLDGHWHUUD
FRPSDWtYHOFRPDVHQVLELOLGDGHGRVDSDUHOKRVGLIHUHQFLDLVDLQVWDODU
H[,ƩQ P$8/ 957 PDVVDV Ω
„ $XWLOL]DomRGHDSDUHOKRVGHDOWDVHQVLELOLGDGH ,ƩQ”P$ SRGHUiVHU
XPPHLRFRPSOHPHQWDUGHSURWHFomRFRQWUDFRQWDFWRVGLUHFWRV
-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

/LJDomRjWHUUDGHFDQGHHLURV
‡ 4XDQGRDFHVVtYHLVRXHVWDEHOHFLGRVHPORFDLVGHSHUPDQrQFLDKDELWXDOGH
SHVVRDV MDUGLQVSDUTXHVGHGLYHUWLPHQWR DVFROXQDVGRVFDQGHHLURVH
RXWURVDSRLRVGHVXSRUWHVHPHWiOLFRVGHYHPVHUOLJDGRVjWHUUD
‡ (PWRGDVDVFROXQDVGHLOXPLQDomRGHYHHIHFWXDGDDOLJDomRjWHUUD
‡ $OLJDomRjWHUUDSRGHVHUHIHFWXDGDLQGLYLGXDOPHQWHDHOpFWURGRGHWHUUD
QRORFDO (7LQWHUOLJDGRVFRPRWHUPLQDOGHWHUUDGRIXVWHGHFROXQD
DWUDYpVGHFDERV99[PPFRPEDLQKDH[WHULRUSUHWDHLVRODomR
D]XO57”Ω  RXUHDOL]DGDDSDUWLUGHXPVLVWHPDGLVWULEXtGRGH
HOpFWURGRVGHWHUUDDSDUWLUGRFRQGXWRUGHSURWHFomRLQVHULGRQRFDERGH
DOLPHQWDomRGRFDQGHHLUR
‡ $OLJDomRGRQHXWURGRTXDGURGRFDQGHHLURLQVWDODGRGHQWURGRIXVWHGD
FROXQDFRPRWHUPLQDOGHWHUUDGRIXVWHpIHLWDSRUFDER+95GH
PP GHVHFomRFRPEDLQKDH[WHULRUSUHWDHLVRODomRDFRUD]XO
‡ 3DUDHVWDVOLJDo}HVUHFRPHQGDVHDXWLOL]DomRGHFRQGXWRUHVLVRODGRV
‡ $OLJDomRjWHUUDGDVDUPDGXUDVGRVFDERVTXHHQWUDPHVDHPGDV
FROXQDV QRWHUPLQDOGHWHUUDGRIXVWHGDFROXQD GHYHVHUIHLWDDWUDYpVGH
WUDQoDGHFREUHHVWDQKDGRGHPP GHVHFomR [PP
‡ 1RVWURoRVGDUHGHHVWDEHOHFLGRVHQWUHFROXQDVDVDUPDGXUDVGRVFDERV
GHYHPVHUOLJDGDVjWHUUDQDVGXDVH[WUHPLGDGHV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
5HGHV6XEWHUUkQHDVGH,3

‡ $VUHGHVVXEWHUUkQHDVGH,3VmRUHGHVGH
GLVWULEXLomRHPEDL[DWHQVmRTXHDOLPHQWDP
H[FOXVLYDPHQWHOXPLQiULDVPRQWDGDVHPFROXQDV
GHEHWmRRXPHWiOLFDV

‡ $WHQGHQGRjHVSHFLILFLGDGHGRVHTXLSDPHQWRVHP
SUHVHQoD FROXQDTXDGURHOpFWULFRGHFROXQDGH
,3HOXPLQiULD DVOLJDo}HVjWHUUDGHYHPVHU
HIHFWXDGDVGHDFRUGRFRPRTXHDVHJXLUVH
GHVFUHYH

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

5HGHV6XEWHUUkQHDV
GH,3

56,3 /LJDomRGRWHUPLQDOGR
IXVWHGDFROXQDDRVHOpFWURGRV
GHWHUUD

57”Ω

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
5HGHV6XEWHUUkQHDV
GH,3

56,3 /LJDomRGRERUQHGH
QHXWURGR4XDGUR,3DR
WHUPLQDOGRIXVWHGDFROXQD

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

5HGHV6XEWHUUkQHDV
GH,3
56,3 /LJDomRGDVWHUPLQDo}HV
GRVFDERVVXEWHUUkQHRVDR
WHUPLQDOGRIXVWHGDFROXQD

‡1RVWURoRVGDUHGHGH,3HVWDEHOHFLGRV
HQWUHFROXQDVDVDUPDGXUDVGRVFDERV
GHYHPVHUOLJDGDVjWHUUDQDVGXDV
H[WUHPLGDGHV([FHSWXDVHDHVWDUHJUDR
SULPHLURWURoRHVWDEHOHFLGRHQWUHR37HD
SULPHLUDFROXQDHPTXHDOLJDomRjWHUUD
VHIDUiQRTXDGURHOpFWULFRGHFROXQDGH
,3VHQGRDH[WUHPLGDGHGRODGRGR37
LVRODGDSDUDRFDVRJHUDO HTXLSDGDFRP
SRQWDSDUDSHVTXLVDVHQVDLRV

‡ 1RVFDVRVSDUWLFXODUHVGH37GRWDGRVGH
WHUUD~QLFDDVDUPDGXUDVGRVFDERVHQWUH
R 37HDSULPHLUDFROXQDVHUmROLJDGRVj
WHUUDQDVGXDVH[WUHPLGDGHV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
%RDVSUiWLFDV
 3DUDSURWHFomRFRQWUDFKRTXHVHOpFWULFRVGHYHUmRVHUSUHYLVWDVQDVUHGHVGH
GLVWULEXLomRSULYDGDVPHGLGDVFRQWUDFRQWDFWRVGLUHFWRVHFRQWUDFRQWDFWRV
LQGLUHFWRVHVWDV~OWLPDVFRPRSomRSHODOLJDomRGLUHFWDGRQHXWURjWHUUD

 1DVUHGHVGHGLVWULEXLomRHPFRQGRPtQLRVIHFKDGRVDSURWHFomRFRQWUDFRQWDFWRV
LQGLUHFWRVGHYHUiVHUUHDOL]DGDFRPUHFXUVRDRHVTXHPD71HQDVLQVWDODo}HVGH
LOXPLQDomRGHH[WHULRUHVFRPHVTXHPD77

 'HYHVHUSUHYLVWDDOLJDomRGRQHXWURjWHUUDGHPRGRGLVWULEXtGRDRORQJRGDUHGH
FDGDP HPSDUWLFXODUQDVGHULYDo}HVGDVFDQDOL]Do}HVSULQFLSDLVHQRV
SRQWRVGHFRQFHQWUDomRGHUDPDLVDOpPGDPHGLGDDQWHULRUQDVUHGHVFRPWHUUD
SHORQHXWURHSDUDDVFDQDOL]Do}HVSULQFLSDLVFRPFRPSULPHQWRVXSHULRUDPR
QHXWURGHYHVHUOLJDGRjWHUUDQDH[WUHPLGDGH

 $OLJDomRGRQHXWURjWHUUDQmRGHYHVHUHIHFWXDGDHPORFDLVGHSUR[LPLGDGHFRP
DSRLRVGHOLQKDVGH07$7HGHHVWDEHOHFLPHQWRGHVLVWHPDVGHSiUDUDLRVGRV
HGLItFLRV

 $UHVLVWrQFLDJOREDOGRQHXWURQmRGHYHUiVHUVXSHULRUDΩQDVUHGHVFRPWHUUD
SHORQHXWURRYDORUJOREDOGHWHUUDGRQHXWURQmRGHYHUiVHUVXSHULRUDΩ

 $UHVLVWrQFLDGHWHUUDSUHYLVWDGHYHUiVHUFRQILUPDGDQRWHUUHQRDSyVUHDOL]DomR
GDVUHGHVHLQVWDODo}HV

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV

%RDVSUiWLFDV FRQW
 2FRQWURORGRYDORUGDUHVLVWrQFLDGHWHUUDGRHOpFWURGRGHWHUUDGHYHUiVHU
UHDOL]DGRFRPIUHTXrQFLDHPHVSHFLDOQRVHJXLPHQWRGHLQFLGHQWHVVLJQLILFDWLYRV
DVVRFLDGRVjUHGHUHFRPHQGDQGRVHXPDSHULRGLFLGDGHDQXDO

 1DLQVWDODo}HVSURWHJLGDVSRUDSDUHOKRVGLIHUHQFLDLVDVHOHFomRGHFRUUHQWH
GLIHUHQFLDOUHVLGXDOHVWLSXODGDGHYHUiVHUFRPSDWtYHOFRPDQDWXUH]DHXWLOL]DomR
GRVORFDLVHFRPRVYDORUHVSRVVtYHLVGDUHVLVWrQFLDGHWHUUD 6HFomRGDV
57,(%7

 $ERDH[SORUDomRGDVLQVWDODo}HVH[LJHXPDHILFD]VHOHFWLYLGDGHHQWUHDSDUHOKRV
GLIHUHQFLDLV

 1DLOXPLQDomRGHH[WHULRUHVHPJHUDOGHYHVHUSUHYLVWRXPVLVWHPDGHWHUUDSDUD
OLJDomRGDVPDVVDVjWHUUDLQGLYLGXDOSRUFROXQDGHLOXPLQDomRRXGHFDUiFWHUJHUDO
SDUDFDGDFLUFXLWRDSDUWLUGHFRQGXWRUHVGHSURWHFomRGRWLSRLVRODGRHGHVHFomR
DGHTXDGDDDOLPHQWDomRGDVOXPLQiULDVGHYHUiVHUGRWDGDGHFRQGXWRUGH
SURWHFomRGRWLSRLVRODGRGHVHFomRDGHTXDGD 6HFomRGDV57,(%7

 6HPSUHTXHVHSUHYHMDDSRVVLELOLGDGHGHH[LVWrQFLDGHGLIHUHQoDVGHSRWHQFLDO
SHULJRVDVHQWUHHOHPHQWRVGDVLQVWDODo}HVHOpFWULFDVGHYHVHUUHDOL]DGDDVXD
HTXLSRWHQFLDOL]DomR HIHFWXDGDFRPFRQGXWRUHVGHHTXLSRWHQFLDOL]DomRVHVHFomR
DGHTXDGD 6HFomRGDV57,(%7

-RDTXLP7DYDUHVGD6LOYD2UODQGR)HUUHLUD6RDUHV
Guia Técnico de Terras
Ligações à Terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Guia Técnico de Terras
1ª Parte: Ligações à terra
Regras para a ligação à terra das instalações
de distribuição de energia em MT e BT (redes e
PT)

2ª Parte: Eléctrodos de terra


Regras de selecção e de instalação de
eléctrodos de terra em redes MT, BT, IP e PT

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


1ª Parte: Ligações à terra
Quando estamos em presença de um equipamento eléctrico
que está ligado à terra, podemos estar sujeitos à ocorrência
de um choque eléctrico devido à passagem, para a terra,
de uma corrente de defeito nesse circuito.

Para prevenir este tipo de ocorrências, ter-se-ão de


projectar ligações à terra eficazes e que assegurem por um
lado que pessoas que estejam nas proximidades de
instalações eléctricas ligadas à terra não estejam expostas
ao perigo de electrocussão, e por outro lado escoem para a
terra em circunstâncias normais correntes eléctricas, sem
afectar os equipamentos ou a continuidade de serviço.

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Objectivo
O objectivo desta primeira parte do Guia Técnico
de Terras é normalizar e uniformizar as ligações à
terra das instalações de distribuição de energia

Regras de execução em:


linhas aéreas e subterrâneas de MT
postos de transformação
redes aéreas e subterrâneas de BT
redes de iluminação pública
chegadas aéreas e subterrâneas de BT

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Conceitos
Eléctrodos de terra
São elementos condutores enterrados no solo, de forma tão profunda
quanto possível, cujo comportamento em termos de resistência
esperada é condicionado basicamente pela forma, dimensões e
geometria da instalação, pelo tipo de material utilizado e pelas
características específicas do terreno (resistividade dos terrenos)
Condutores de terra
São elementos que asseguram a continuidade entre os terminais
principais de terra e os eléctrodos de terra
Barra (terminal) principal de terra
Ponto onde se efectua a ligação dos condutores de terra, dos
condutores de protecção, dos condutores das ligações equipotenciais e
dos condutores de ligação à terra funcional, se necessário
Ligações equipotenciais (condutores de equipotencialidade)
Elementos que se destinam a colocar ao mesmo potencial ou a
potenciais aproximadamente iguais massas entre si e massas e
elementos condutores
Condutores de protecção
Elementos que se destinam a ligar electricamente à terra massas,
elementos condutores, terminal principal de terra, eléctrodo de terra,
ponto de alimentação ligado à terra ou a um ponto neutro artificial
Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares
Redes de Média
Tensão

LAMT - Ligação do terminal de


terra inferior dos postes aos
eléctrodos de terra

RT≤20 Ω

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Média
Tensão

LAMT - Ligação à terra de


poste com seccionador
horizontal

C/ tubo PVC Ø25 mm com


A parte móvel do punho de comando do
extremidade embebida no
seccionador ligará à parte fixa através de
maciço
trança de cobre estanhada de 16 mm2
(14x5,1 mm).

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Média
Tensão

LAMT/LSMT - Ligação dos


DST à terra

* 2,50 m fora do solo e parte inferior


embebida no maciço

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Média
Tensão
*

LAMT/LSMT - Lig. armç. +


armç. fim cabo + sec., à
terra

* Nas terminações, as bainhas metálicas


dos cabos devem ser ligadas à terra, de
acordo as prescrições dos fabricantes, a
trança de cobre estanhado de 16 mm2
(14x5,1 mm), interligando-se as bainhas
das três terminações com o borne de
terra da travessa de fim de cabo.

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Média
Tensão

LAMT/LSMT - Lig.
plataformas + comando
seccionador, à terra

* A parte fixa do comando é


interligada com a parte móvel,
através de trança de cobre
estanhado de 16 mm2 (14x5,1 mm).

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Média
Tensão

LAMT/LSMT – Ligação do
terminal inferior do poste
aos eléctrodo de terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Média
Tensão

LSMT - Ligação das


terminações dos cabos
subterrâneos à terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Média
Tensão
LAAT(MT)/LSAT(MT) - Ligação das terminações dos cabos
subterrâneos em SE AT/MT, à terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Média
Tensão
LSMT - Continuidade das bainhas de cabos subterrâneos em uniões

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de Transformação - PT
Os postos de transformação de distribuição
MT/BT, cuja missão é transformar energia
eléctrica MT (10 kV, 15 kV, ou 30 kV) em BT
(400 - 231 V), são instalações constituídas por
vários dispositivos e equipamentos, em que todas
as partes metálicas (normalmente fora de
tensão) terão de ser devidamente ligadas à terra
de protecção

O neutro da baixa tensão deve ser ligado à terra


de serviço

Os PT aéreos serão montados em postes de


betão do tipo TP4, com 14 metros de altura

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo A - Ligação


dos DST à terra e à cuba do
TP

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo A - Ligação


da armação de suspensão e
tampa do TP + HPT4, à
terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo A - Ligação


das plataformas + QGBT, à
terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo A - Ligação do


terminal inferior do poste aos
eléctrodos de terra

RTP≤20 Ω

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo AS - Ligação


dos DST à terra e à cuba do
TP

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo AS - Ligação


da armação de suspensão e
tampa de TP + seccionador
+ HPT4, à terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação
PT aéreo tipo AS - Ligação das
plataformas + comando do
seccionador + QGBT, à terra

•A(s) plataforma(s) de manobra, o


barramento da terra de protecção do QGBT e
a parte fixa do punho de comando do
seccionador/interruptor - seccionador,
devem ser ligados à terra separadamente, a
*
cabo de cobre nu de 35 mm2 de secção.

•A parte móvel do punho de comando do


seccionador/interruptor - seccionador, ligará
à parte fixa através de trança de cobre
estanhado de 16 mm2 (14x5,1 mm).

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo AS - Ligação


do terminal inferior do
poste aos eléctrodos de
terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo AI -
Ligação dos DST à terra
e à cuba do TP

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo AI - Ligação da


armação de suporte e tampa do
TP + int-sec + HPT4, à terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo AI - ligação das


plataformas + comando do
int-sec + QGBT, à terra

•No seu trajecto para o solo, a ligação


entre a parte fixa do punho de comando
do sec./ int. - sec. será protegida por
tubo de PVC rígido de 25 mm de
diâmetro e 10 Kgf/cm2 (parte inferior
embebida no maciço).

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo AI • Ligação do


terminal inferior do poste aos
eléctrodos de terra de
protecção

RTP≤20 Ω

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de
Transformação

PT aéreo tipo AI • Ligação do


•Nos PT que apenas
terminal inferior do poste aos
alimentam redes
eléctrodos de terra de aéreas BT, a terra de
protecção serviço será feita nos
primeiros postes de
cada uma das saídas

RTS≤10 Ω

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Postos de Transformação em Cabina
Baixa

Os postos de transformação em cabina baixa são


instalações mais protegidas que os PT aéreos e
portanto, menos acessíveis a pessoas, com uma
disposição dos equipamentos e tipo de ligações
diferentes daquelas que observámos nos PT
aéreos.

Neste tipo de postos de transformação vão


predominar as cabinas em alvenaria e as cabinas
pré-fabricadas (com manobra pelo interior, ou
pelo exterior).

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


PT
Cabine Baixa

PT tipo CB - Ligação
aos eléctrodos de
terra de protecção

•A ligação entre o ligador


amovível (barra de Cu 30x5
mm fixa em dois pernos) e
o ET é a cabo VV 1x35
mm2. Deverão interligar-se
os eléctrodos à T.P.

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


PT
Cabine Baixa

PT tipo CB - Ligação do
barramento de neutro
do QGBT aos eléctrodos
da terra de serviço

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


PT
Cabine Baixa

PT tipo CB - Ligação da
malha equipotencial à
terra de protecção

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


PT
Cabine Baixa

PT tipo CB - Ligação
das massas metálicas à
terra de protecção

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


PT tipo CB - Ligação das massas metálicas à
terra de protecção
Este circuito deve ser estabelecido a fio de cobre nu de 16 mm2,
assente até ao ligador amovível em abraçadeiras de latão
niquelado com as características adequadas ao seu percurso

O circuito referido interligará todas as partes metálicas


(normalmente fora de tensão), dos seccionadores e combinados
(celas em SF6 ou corte no ar) e respectivos comandos, o
transformador de potência (cuba e tampa), porta do PT e redes de
vedação das celas (as partes móveis são ligadas com trança de
cobre 16 mm2), o QGBT e as persianas de ventilação.

Terra de serviço
A terra de serviço será executada a uma distância igual ou superior a
20 metros da terra de protecção.
A interligação entre o barramento de neutro do quadro geral de baixa
tensão (QGBT) e o eléctrodo de terra será executada a cabo VV 1x35
mm2, com bainha exterior preta e isolação azul.

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Baixa Tensão
Estão contemplados neste capítulo todas as ligações à terra referentes às
redes de BT estabelecidas entre o PT e as portinholas de chegada aos
consumidores finais BT. Tal como na média tensão, também as redes de
baixa tensão poderão ser aéreas ou subterrâneas, com características
semelhantes
Nas redes de BT e relativamente às ligações à terra do neutro da rede e
das massas metálicas (normalmente fora de tensão), o Regulamento de
Segurança de Redes de Distribuição em Baixa Tensão (Decreto
Regulamentar n.º 90/84 de 26 de Dezembro), estabelece que o neutro
deve ser ligado directamente à terra [artigos 13º, 134º e alínea a) do n.º
1 do art. 135º] e que as massas metálicas deverão ser ligadas ao neutro
[alínea b) do n.º 1 do art. 135º]. Este é o tipo de actuação regulamentar e
que deve ser utilizado em todos os tipos de redes de BT, razão pela qual
neste Guia Técnico será designado por “caso geral”
No entanto, historicamente, nas áreas urbanas da Grande Lisboa e do
Grande Porto, foram construídas redes, geralmente subterrâneas,
caracterizadas por ter terras separadas (caso particular de Lisboa) e
ligação das massas metálicas (normalmente fora de tensão) à terra de
protecção, e interligadas (caso particular do Porto). Hoje em dia, nas
áreas urbanas atrás citadas e devido ao grande crescimento e
concentração das redes de BT, já não se consegue uma separação efectiva
entre as duas terras, optando-se pela interligação entre elas, constituindo-
se uma única terra.

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Baixa Tensão
RABT - Ligação do neutro à terra

RTN≤10 Ω
Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares
RABT - Ligação do neutro à terra
Nas redes aéreas de BT, as ligações à terra são
feitas de acordo com a actuação definida para o
caso geral, sendo o neutro ligado à terra em
vários postes ao longo do trajecto da rede
(pontos singulares da rede tais como derivações,
fins-de-linha, etc., e distâncias não superiores a
300 m nas canalizações principais)

Os cabos mais utilizados na distribuição de


energia eléctrica em baixa tensão são os cabos
torçada do tipo LXS (0,6 kV / 1 kV), que não são
providos de bainhas ou armaduras metálicas,
pelo que não terão de ser ligadas à terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes de Baixa Tensão
RSBT - Ligação do barramento de neutro do armário à terra (caso
geral)

RTN≤10 Ω

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Redes de Baixa Tensão
RSBT - Lig. das terminações à terra + ponta pesquisa/ensaios (caso
geral)
Lado do PT
armaduras não
ligadas à terra para
evitar contactos
fortuitos entre as
TP e TS

Ligação à armadura do cabo com trança


de cobre de 16 mm2 (máx. 12 cm fora da
terminação).
A ponta é isolada com manga
termorretráctil flexível.
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Redes de Baixa Tensão
Pontas para pesquisa de avarias/ensaios

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Redes de Baixa Tensão
Pontas para pesquisa de avarias/ensaios

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Redes de Baixa Tensão
Pontas para pesquisa de avarias/ensaios

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Redes de Baixa
Tensão

RSBT/RABT - Ligação das


terminações à terra em transições
aéreo-subterrâneas (Caso geral e
casos particulares de PT dotados
de terra única)

Caixa de protecção,
em poste, de redes
de BT (1E+2S)

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Redes de Baixa Tensão
RSBT - Ligação de barramento de neutro do armário à terra (casos
particulares de PT com terra única)

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Redes de Baixa Tensão
RSBT - Ligação das terminações dos cabos subterrâneos à terra (casos
particulares de PT com terra única)

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Ramais Aéreos e Subterrâneos BT

Os ramais aéreos e subterrâneos de BT são


elementos da rede de distribuição pública de BT
que terminam nas portinholas das instalações a
alimentar

Nas portinholas, o neutro da rede não é ligado


localmente à terra

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Ramais Aéreos e
Subterrâneos BT

Ramais BT - Ligação das terminações


dos cabos subterrâneos ao
barramento de (Caso geral e casos
particulares de transições aéreo-
subterrâneas)

Caso geral:
- terminação isolada do lado
do PT, com ponta para
pesquisar/ensaisar

Caso particular:
- armadura do cabo ligada à
terra do lado do PT por
trança e isolada do lado da
portinhola
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Ramais Aéreos e
Subterrâneos BT

Ramais BT - Ligação das terminações


dos cabos subterrâneos ao
barramento de (Caso geral e casos
particulares de transições aéreo-
subterrâneas)

Caso geral:
- terminação isolada do lado
do PT, com ponta para
pesquisar/ensaisar

Caso particular:
- armadura do cabo ligada à
terra do lado do PT por
trança e isolada do lado da
portinhola
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Redes Subterrâneas de IP

As redes subterrâneas de IP são redes de


distribuição em baixa tensão que alimentam
exclusivamente luminárias montadas em colunas
de betão ou metálicas.

Atendendo à especificidade dos equipamentos em


presença (coluna, quadro eléctrico de coluna de
IP e luminária), as ligações à terra devem ser
efectuadas de acordo com o que a seguir se
descreve.

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Redes Subterrâneas
de IP

RSIP - Ligação do terminal do


fuste da coluna aos eléctrodos
de terra

RT≤10 Ω

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Redes Subterrâneas
de IP

RSIP - Ligação do borne de


neutro do Quadro IP ao
terminal do fuste da coluna

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Redes Subterrâneas
de IP
RSIP - Ligação das terminações
dos cabos subterrâneos ao
terminal do fuste da coluna

•Nos troços da rede de IP estabelecidos


entre colunas, as armaduras dos cabos
devem ser ligadas à terra nas duas
extremidades. Exceptua-se a esta regra o
primeiro troço, estabelecido entre o PT e a
primeira coluna, em que a ligação à terra
se fará no quadro eléctrico de coluna de
IP, sendo a extremidade do lado do PT
isolada para o caso geral (equipada com
ponta para pesquisas/ensaios)

• Nos casos particulares de PT dotados de


terra única, as armaduras dos cabos entre
o PT e a primeira coluna serão ligados à
terra nas duas extremidades

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Guia Técnico de Terras
Eléctrodos de Terra

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


2ª Parte - Eléctrodos de Terra
Os eléctrodos de terra podem ser classificados
em dois tipos

Eléctrodos de terra horizontais


Eléctrodos enterrados, geralmente até a uma profundidade
de cerca de 1 m (normalmente cabos nus, constituídos por
condutores maciços ou multifilares, com configuração em
serpentina ou estrela)

Eléctrodos de terra verticais


Eléctrodos enterrados, geralmente a uma profundidade
superior a 1 m (normalmente varetas, simples ou
extensíveis, com configuração isolada ou em paralelo)

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Dimensões mínimas e características dos
eléctrodos de terra típicos
Superfície
Diâmetro
Tipos de b) de Espessura Comp.
Material exterior
Eléctrodos contacto (mm) (m)
(mm)
(m2)
•Cobre 1 2
Chapas b)
•Aço galvanizado 1 3
•Cobre 2 20 2
Tubos c)
•Aço galvanizado b) 2,5 25 2
a) b)
Varões •Aço galvanizado 1 10

•Cobre 15 2
Varetas c) •Aço revestido a cobre 15 2
•Aço galvanizado b) 0,7 d) 15 2
a) Eléctrodos horizontais.
b) Protecção com espessura mínima de revestimento de 120 µm, garantida por galvanização por
imersão a quente.
c) Eléctrodos verticais. Esta opção é a mais utilizada a nível das redes de distribuição e de iluminação
de exteriores.
d) Espessura de revestimento aconselhada. Espessuras menores poderão ser aprovadas pela DGEG

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Fórmulas de cálculo da resistência de
terra de eléctrodos de terra
Chapas
Chapas finas – 0,5×1m, espessura
2 mm (cobre) ou 3 mm (aço ρ
galvanizado) – enterradas a uma R = 0,8
profundidade de 0,8 m (bordo L
superior)

Varetas, tubos e varões


ρ
Eléctrodos verticais em geral
(excepto chapas)
R=
L
ρ Resistividade do terreno (Ωm)
L Comprimento do elemento (m)

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Eléctrodo de Terra
Vertical
Vareta Extensível

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Eléctrodo de Terra
Vertical
Vareta Simples

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Boas práticas
1. Não devem ser instalados eléctrodos de terra nas zonas de influência de pára-raios
de protecção de edifícios, de instalações de alta/média tensão e em zonas de
previsível forte corrosão

2. Os eléctrodos de terra devem ser colocados à maior profundidade possível (para


chapas, varetas, tubos e perfilados a instalar em regra geral na vertical, a
profundidade de enterramento mínima é de 0,8 m a contar da parte superior do
eléctrodo – Secção 542.2.2 das RTIEBT, para cabos e fitas – 0,6 m – Art.º 148º do
RSRDEEBT (recomenda-se que a profundidade de enterramento das varetas seja
no mínimo 2 metros, em especial em terrenos secos ou muito frios)

3. Os eléctrodos devem ser colocados em locais tão húmidos quanto possível, de


preferência terra vegetal, fora da influência de agentes de corrosão ou
envelhecimento conhecidos ou previsíveis (Art.º 146º do RSRDEEBT)

4. Os eléctrodos devem ser colocados fora dos locais de presença, passagem ou


permanência habituais de pessoas e/ou animais

Nota: É aberta a possibilidade de utilização de canalizações de distribuição de água como


eléctrodos de terra (não permitida pelo 4º do Art.º 145º do RSRDEEBT). Esta
evolução tornou-se viável desde que haja acordo prévio com o distribuidor e sejam
tomadas medidas complementares de isolamento externo e garantia da
condutividade eléctrica (Secção 542.2.5 das RTIEBT)

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Boas práticas (cont.)
5. No caso de necessidade de diminuição do valor global da resistência de terra dos
eléctrodos de terra devem ser exploradas as opções obtidas por associação de
elementos do mesmo tipo ou de tipos diferentes, convenientemente afastados

6. No caso da utilização de varetas, a diminuição do valor global da resistência de


terra poderá ser obtida com a ligação em paralelo de vários elementos,
distanciados no mínimo do seu comprimento (2 metros). Neste caso a ligação entre
eléctrodos múltiplos deve ser efectuada por condutores de cobre de secção
mínima: cobre nú – 25 mm2; cobre isolado – 16 mm2 (recomenda-se a utilização
de condutores isolados VV35 mm2)

7. O risco de aparecimento de tensões de passo perigosas à superfície do terreno


poderá ser controlado pela opção por condutores de terra isolados (dupla bainha
ou bainha reforçada)

8. Sendo definidos valores máximos regulamentares para a resistência de terra dos


sistemas de terra do neutro (10/5 Ω em redes com terra pelo neutro), a escolha
dos locais de implantação dos eléctrodos (resistividade dos terrenos) e dos tipos
dos eléctrodos (cálculo prévio dos valores expectáveis) assume importância
relevante

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Sistema de condutores de ligação à terra
As ligações do neutro à terra deverão ser
realizadas com condutores isolados com dupla
bainha ou bainha reforçada (por exemplo A07VV-
R ou VV 1x35 mm2 – Bainha exterior preta e
isolação a cor azul

Secções mínimas dos condutores de terra enterrados


Tipo Com protecção mecânica Sem protecção mecânica

Protegido contra a Variável, a calcular de acordo


16 mm2 (cobre nu ou aço
corrosão (com bainha com a Secção 5.4.3.1 das
galvanizado)
por exemplo) RTIEBT

Não protegido contra 25 mm2 (cobre)


a corrosão 50 mm2 (aço galvanizado)

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Sistema de condutores de ligação à terra
Secções mínimas e características dos condutores de protecção
Secção mínima dos
Secção dos condutores de Tipos e
condutores de protecção
fase da instalação (SF) características
(SPE)
Fazendo parte da canalização de alimentação
SF ≤ 16 mm2 SPE = SF
16 ≤ SF ≤ 35 mm2 SPE = 16 mm2
SF > 35 mm2 SPE = SF/2 a)
Ver secção
Não fazendo parte da canalização de alimentação
543.2 das
SPE = 2,5 mm2 se de cobre RTIEBT
com condutores com
protecção mecânica
Qualquer
SPE = 4 mm2 se de cobre
com condutores sem
protecção mecânica
a) Deverá ser considerada a secção normalizada imediatamente superior à
obtida pela fórmula.
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Ligação do neutro à terra em redes
Ligação do neutro à terra
Resistência global de terra do neutro de 10 Ω

Redes de Terra pelo neutro


Resistência global máxima de terra do neutro
Canalizações principais e ramais
Não superior a 10 Ω/km ou fracção
Valor global máximo de resistência de terra do neutro
5Ω
Tipos de condutores
Condutor de terra
Condutores isolados dupla bainha ou bainha reforçada (ex. A07VV-R1x35 mm2),
bainha exterior preta e isolação a cor azul
Ligação eventual entre a barra de PE e N nos armários de distribuição
Cobre nu, 16 mm2
Ligação à terra e continuidade de bainhas de cabos
Ligação à terra das bainhas de cabos (terminações)
Ligação ao neutro através de trança de cobre de 16 mm2 (14x5,1 mm), malha ou
condutor de terra
Continuidade das bainhas de cabos
Trança de cobre de 16 mm2 (14x5,1 mm), malha ou condutor de terra

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Tipos de Eléctrodos de Terra

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Tipos de Eléctrodos de Terra

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Tipos de Eléctrodos de Terra

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Tipos de Eléctrodos de Terra

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Tipos de Eléctrodos de Terra

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Tipos de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

Ver DMA-c65-210/N, pág 13/14 e 14/14

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Configurações de
Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

Ver DMA-c65-210/N, pág 13/14 e 14/14

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Configurações de
Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de
Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de
Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de
Eléctrodos de Terra

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Configurações de
Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações de Eléctrodos de Terra

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Configurações
de Eléctrodos
de Terra

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Configurações
de Eléctrodos
de Terra

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Resistividade típicas dos terrenos
Intervalo de variabilidade
Tipos e características dos terrenos
de resistividade (Ω.m)
Terreno pantanoso 10 – 30
Lama, húmus 10 – 150
Argila plástica/argila compacta 50/100 – 200
Mármores 30 – 40
Areia argilosa/areia siliciosa 50 – 500/200 – 3000
Solo pedroso nu/solo pedroso coberto de erva
1500 – 3000/300 – 500
curta
Calcários macios/calcários compactos 100 – 300/1000 – 5000
Xistos/micaxistos 50 – 300/800
Granito, grés 1500 – 10000
Betões 150 – 500
Nota: - Para uma avaliação mais precisa da resistividade de um dado solo
(mapeamento) podem ser feitas medições específicas.
- A resistência de terra de um ET ou sistema de eléctrodos depende das suas
dimensões, da forma e da resistividade dos terrenos
Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares
Resistividade típicas dos terrenos

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Pontas para pesquisa de avarias/ensaios

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Pontas para pesquisa de avarias/ensaios

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


Pontas para pesquisa de avarias/ensaios

Joaquim Tavares da Silva/Orlando Ferreira Soares


11/05/21

Redes de Iluminação Pública

Conceitos de Luminotecnia

Orlando Soares 1

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11/05/21

A luz
• Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas com diferentes
comprimentos, e o olho humano é sensível a somente alguns.
• Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação
visual.
• A sensibilidade visual para a luz varia com o comprimento de onda da radiação
mas também com a luminosidade.
• Há uma tendência em pensarmos que os objetos já possuem cores definidas. Na
verdade, a aparência de um objeto é resultado da iluminação incidente sobre o
mesmo.

Orlando Soares 2

Fluxo luminoso
• Fluxo luminoso
– É a radiação total da fonte
luminosa, entre os limites
de comprimento de onda
mencionados de 380 a 780
nm
– Traduz-se pela quantidade
de luz emitida por uma
fonte na tensão nominal de
funcionamento
– Unidade: lm (lumen)
– Símbolo: I

Orlando Soares 3

2
11/05/21

Intensidade Luminosa
• Intensidade luminosa
– Fluxo Luminoso emitido
numa determinada
direcção de um
determinado ponto.
– Essa direcção é
representada por
vectores, cujo
comprimento indica a
Intensidade Luminosa.
– Unidade: cd (candela)
– Símbolo: I

Orlando Soares 4

Intensidade Luminosa – Diagramas polares


• Curva de Intensidade luminosa –
Diagramas polares
– Ligação das extremidades dos
vetores da Intensidade luminosa
em todos os ângulos em que se
direciona num plano transversal
– Para a uniformização dos valores
das curvas, geralmente essas são
referidas a 1000 lm
– Nesse caso, é necessário
multiplicar-se o valor encontrado
na CIL pelo Fluxo Luminoso da
lâmpada em questão e dividir o
resultado por 1000 lm
Candela 100W GLS Sol – Unidade: cd (candela)
– Símbolo: CDL

1cd 110cd 3x1027cd

Orlando Soares 5

3
11/05/21

Iluminância
• Iluminância ou nível de E (lx) =
F(lm)
iluminação Área(m 2 )
– É o fluxo luminoso que I (cd )
incide sobre uma E (lx) =
d 2 (m 2 )
superfície
– É também a relação
entre intensidade
luminosa e o quadrado
da distância
– Unidade: lx (lux)
– Símbolo: E

Orlando Soares 6

Iluminância média
• Iluminância média
– Como o fluxo luminoso não
é distribuído
uniformemente, a EN 12464-1
iluminância não será a
mesma em todos os pontos
da área considerando-se
uma iluminância média
– Existem normas
especificando o valor
mínimo para ambientes
diferenciados pela atividade
exercida e relacionados ao
conforto visual
– Unidade: lx (lux)
– Símbolo: Em

Orlando Soares 7

4
11/05/21

Luminância
• Luminância
– Das grandezas mencionadas,
nenhuma é visível, isto é, os raios
de luz não são vistos, a menos que
sejam refletidos em uma superfície
e aí transmitam a sensação de
claridade aos olhos. A luminância é
uma medida da densidade da
intensidade da luz refletida numa
dada direção, que descreve a
quantidade de luz que atravessa ou
é emitida de uma superfície.
– Essa sensação de claridade é
chamada de Luminância.
– Unidade: cd/m2
– Símbolo: L r .E
L=
p
𝜌- Refletância ou coeficiente de reflexão

Orlando Soares 8

Brilho encandeante (Glare)


• É um parâmetro mensurável de forma objetiva, dado pelo
Incremento Limite (TI). Causa incómodo, desconforto, distração ou
redução na capacidade de observar informação essencial e está
diretamente relacionado com a segurança rodoviária.

Lv é a luminância de véu, ou
seja, é o brilho encandeante que
se forma na retina do olho
reduzindo, assim, a perceção do
contraste da imagem, ao
observador.

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Uniformidade
• Um dos principais objetivos na IP é providenciar uma boa iluminação na
superfície das ruas e estradas, de modo a que os obstáculos sejam facilmente
identificáveis. Assim, é fundamental que não existam áreas negras entre as zonas
iluminadas, ou seja, que haja uniformidade na iluminação.
– A uniformidade geral (U0) deverá ser calculada como o rácio entre o valor da luminância
mais baixo (Lmin) (existente num ponto qualquer do campo de cálculo) e a luminância média
(Lmed).

– A uniformidade longitudinal (Ul) é calculada através do quociente entre o valor mais baixo
(Lmin) e o valor mais alto (Lmax) da luminância, na direção longitudinal, ao longo do centro de
cada faixa de rodagem.

– Pode ainda definir-se a uniformidade média (Um) como sendo a relação entre o valor da
iluminância mínima (Emin) e o valor da iluminância média (Emed) de uma instalação de
iluminação.

Orlando Soares 10

10

Uniformidade
• O número de pontos na direção longitudinal e o espaço entre eles
terá de ser o mesmo que tenha sido usado no cálculo da luminância
média. Adicionalmente, a posição do observador terá de estar no
enfiamento da linha dos pontos de cálculo.

Orlando Soares 11

11

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Rácio Envolvente (SR – “Surrounding Ratio”)

• Para além de uma adequada e uniforme iluminação das ruas e estradas,


não se pode descurar a visibilidade da parte superior de objetos mais altos
na estrada, ou de objetos que se encontrem nas laterais das faixas de
rodagem (particularmente em secções curvas). Estes apenas são vistos se
existir uma boa iluminação na envolvência da estrada, ou seja, na sua
vizinhança. Desta forma, possibilitar-se-á ao condutor uma melhor
perceção da sua situação, o que irá permitir fazer, a tempo, ajustamentos
devidos de velocidade e trajetória.
O SR e definido como sendo a
iluminância media horizontal (Ē) nas
duas faixas longitudinais exteriores
aos limites laterais da estrada (faixas 1
e 4), dividida pela iluminância media
horizontal de duas faixas longitudinais
dessa estrada, adjacentes aos seus
limites (faixas 2 e 3).

Orlando Soares 12

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Índice de Eficiência Energética (IEE)


• Índice de Eficiência As lâmpadas diferenciam-se entre si não só pelos
energética ou Eficiência diferentes Fluxos Luminosos que elas irradiam, mas
luminosa ou rendimento também pelas diferentes potências que consomem.
luminoso
– É o fluxo gerado por
potência elétrica
absorvida F(lm)
h (lm / W ) =
– Unidade: lm/W (lumen P(W )
por watt)
– Símbolo: η, K ou IEE

Orlando Soares 13

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11/05/21

Conceitos de Luminotecnia
• Temperatura de cor Esta característica é
muito importante na
– Em aspeto visual, admite-se que é bastante escolha de uma
difícil a avaliação comparativa entre a
lâmpada, pois
sensação de Tonalidade de Cor de diversas dependendo do tipo
lâmpadas.
de ambiente há uma
– Assim como um corpo metálico que, em seu temperatura de cor
aquecimento, passa desde o vermelho até o mais adequada para
branco, quanto mais claro o branco esta aplicação
(semelhante à luz diurna ao meio-dia), maior
é a Temperatura de Cor (≈6500K).
– Unidade: ºK (graus kelvin)
– Símbolo: T

Orlando Soares 14

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Conceitos de Luminotecnia
• Índice de Restituição de Cor Classificar de 1 a 100 o
ou Restituição cromática desempenho de outras fontes de
– As variações de cor dos luz em relação a este padrão
objetos iluminados sob
fontes de luz diferentes
podem ser identificadas
através da Reprodução de
Cores, e de sua escala
qualitativa Índice de
Reprodução de Cores (Ra ou
IRC).
– A referência é a radiação
emitida pele luz natural.
Define-se que o IRC neste
caso seria o ideal IRC=100.
– Símbolo: IRC ou Ra

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11/05/21

Conceitos de Luminotecnia

Orlando Soares 16

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Tipos de Lâmpadas

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Tipos e características de lâmpadas


A partir de 1º de setembro, de 2009,
todos os 27 países da união europeia
foram proibidos de comercializar
lâmpadas incandescentes de 100 watts.

O passado… O presente… O futuro próximo…

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Tipos de lâmpadas

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Lâmpada de incandescência
• É constituída por um filamento de tungsténio
alojado no interior de um ampola de vidro
preenchida com gás inerte. Quando da
passagem da corrente eléctrica pelo
filamento, os electrões chocam com os
átomos de tungsténio, liberando energia que
se transforma em luz e calor.
• Temperatura do filamento:
Superior a 2 000º C.
• Vida útil:
Em média 1 000 horas de funcionamento.
• Índice de restituição de cor:
Possui geralmente um IRC de100.
• Rendimento luminoso (lm/w):
Têm o menor rendimento luminoso de todas
as lâmpadas (cerca de 17 lm/W)
Casquilho metálico, geralmente de latão.
• Temperatura de cor: 2.700 K
Pode ser do tipo rosca ou baioneta.
Ampola ou bolbo, invólucro de vidro.
Gás inerte (azoto, árgon ou crípton).
Filamento de tungsténio.

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Lâmpada de halogéneo
• Possuem um filamento que emite luz com a passagem da
corrente eléctrica. Parte do filamento, que é constituído por
átomos de tungsténio, evapora-se durante o processo;
• São preenchidas com gases inertes e halogéneo (iodo, cloro,
bromo) que capturam os átomos de tungsténio e os
transportam de volta para o filamento. Com isto, o tamanho da
lâmpada pode ser reduzido significativamente, emitindo uma
luz mais brilhante e tendo uma maior durabilidade.
• Em termos de economia, as lâmpadas de halogéneo oferecem
mais luz com potência menor ou igual à das incandescentes
comuns, além de possuírem uma vida útil mais longa, variando
entre 2.000 e 4.000 horas
• O invólucro é de quartzo, que tem a propriedade de absorver
todo e qualquer componente que se armazene nele. Portanto,
quando manuseadas deve ser com luvas ou limpo com um pano
seco antes do primeiro acendimento, caso contrário, a
oleosidade da pele ou as impurezas mancharão o bolbo.
• São usadas em projectores com diversas aplicações interiores e
exteriores e em particular nos faróis dos automóveis.
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Lâmpada de néon
• Os tubos de néon utilizados em
anúncios são de vidro e contêm um
gás rarefeito (néon, néon com
vapor de mercúrio) dentro da
ampola com dois eléctrodos nas
extremidades.
Ao aplicar aos eléctrodos uma
tensão suficientemente elevada, o
tubo ilumina-se com uma cor que
depende do gás utilizado.

• A tensão necessária para o funcionamento do tubo depende do comprimento


do tubo, do seu diâmetro, bem como do gás utilizado. Geralmente são
necessários entre 300V a 1 000V por metro de tubo. A tensão é obtida
directamente da rede ou intercalando um transformador.

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Lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão


• Esta lâmpada é constituída
por uma ampola, dentro da
qual existe um tubo de
descarga com gás (néon ou
árgon) e sódio depositado nas
suas paredes.
• A ionização do gás desta
lâmpada tem e ser feita com
uma tensão relativamente
elevada (superior à da rede),
pelo que se utiliza para o seu
É utilizada em iluminação de estradas, túneis, zonas ao ar livre, etc. arranque um transformador.
Características da lâmpada:
Emite praticamente uma só cor (amarelo – alaranjado).
Não permite a distinção das cores dos objectos que ilumina (fraco índice de restituição de cor).
Tem uma elevada eficiência luminosa (da ordem de 150 lm/w).
Tem uma vida útil elevada (cerca de 9 000 horas).
Tem um arranque lento, demorando entre 7 a 15 minutos a atingir o funcionamento normal.

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Lâmpada de vapor de sódio de alta pressão


• Tem uma elevada eficiência luminosa até 140
lm/W, longa durabilidade e,
consequentemente, longos intervalos para
reposição, são sem dúvida a garantia da mais
económica fonte de luz.
• Estas lâmpadas diferem pela emissão de luz
branca e dourada, indicada para iluminação
de locais onde a reprodução de cor não é um
fator importante.
• Amplamente utilizadas na iluminação
externa, em avenidas, autoestradas, viadutos,
complexos viários etc., têm o seu uso
ampliado para áreas industriais, siderúrgicas
e ainda para locais específicos como
aeroportos, estaleiros, portos, ferrovias,
pátios e estacionamentos.

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Lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão


(fluorescente)
• Ao aplicar-se a tensão da rede a descarga
dentro da ampola não é feita imediatamente.
Entre as duas lâminas do arrancador (A) (que
estão muito próximas) vai saltar um arco
eléctrico que provoca o aquecimento das
lâminas e a sua deformação, fechando-se por
ele o circuito.

• Com as lâminas do arrancador (A) em contacto e tendo desaparecido o arco elétrico, as


lâminas arrefecem e têm tendência a voltar à sua posição inicial ou seja, voltam a abrir.
Quando isso acontece, a interrupção brusca da corrente provoca no balastro (B) o
aparecimento de uma força-electromotriz induzida que, somada à tensão da rede, fica
aplicada à ampola, sendo suficiente para provocar a descarga no tubo. Nesta altura a corrente
passa por dentro da lâmpada entre os dois filamentos (F) de tungsténio da lâmpada e o
balastro (B) exerce a sua segunda função a de limitador da corrente.
• A ampola é revestida interiormente por pó fluorescente e tem no seu interior árgon e vapor
de mercúrio a baixa pressão. As substâncias fluorescentes do tubo têm a função de
transformar as radiações invisíveis (ultravioletas) emitidas em radiações visíveis.

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Diâmetro das lâmpadas tubulares fluorescentes

Descrição dos códigos:


Exemplo: Lâmpada Fluorescente T8
T: lâmpada tubular
8: Número que expressa o diâmetro da lâmpada em oitavos de polegada.
8 x 1/8" = 26mm

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Lâmpada fluorescente compacta


• Têm a mesma tecnologia das lâmpadas
fluorescentes comuns.
• Como podem ter temperatura de cor, tamanho
semelhante às lâmpadas de incandescência e
casquilho E27, são as suas substitutas naturais,
especialmente devido à economia de energia
proporcionada que pode ir até 80% e uma
duração que pode ser 15 vezes maior.

Características:
- Vida média: 8000 horas Potência da lâmpada Potência da lâmpada
- Eficiência luminosa: 50 a 69 lm/W de incandescência fluorescente compacta
- Índice de reprodução de cor: 85
25W 5 – 7W
- Temperatura de cor: 2700 K – luz amarela, 40W 8 – 9W
semelhante à das lâmpadas de incandescência - 60W 11 – 15W
4000 K luz branca. 75W 15 – 18W
- Potências nominais: 5, 7, 9, 11, 13, 18, 20, 22, 26 100W 20 – 23W
e 32W >100W ≥ 23W

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Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão


• Esta lâmpada tem dentro do tubo
de descarga vapor de mercúrio e
árgon e quatro eléctrodos: dois
principais e dois auxiliares.
• A luz desta lâmpada é caracterizada
por falta de radiações vermelhas,
tomando uma cor branco – azulada
(este inconveniente pode ser
melhorado com a junção em série
de um filamento de tungsténio,
originando a chamada lâmpada
mista).
• Tem grande aplicação na
Características da lâmpada: iluminação de estradas, aeroportos,
grandes naves industriais e
Eficiência luminosa (média): 50 a 60 lm/w. geralmente em grandes espaços
Vida útil (elevada): cerca de 9 000 horas.
exteriores.
Índice de restituição de cor: 40 a 48 conforme o modelo.

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Lâmpada mista
• Como o próprio nome diz, são lâmpadas
compostas de um filamento ligado em série
com um tubo de descarga. Funcionam em
tensão de rede 230V, sem uso de reactância.
.
O filamento de tungsténio vem também
substituir o balastro na limitação da corrente
em funcionamento normal.
• São, via de regra, alternativas de maior
eficiência para substituição de lâmpadas de
incandescência de altas potências.

• Possui IRC 61 a IRC 63 conforme modelo, cor amarela e eficiência luminosa até 22 lm/W.
• Esta lâmpada relativamente à de incandescência:
- É mais cara.
- Tem uma eficiência luminosa um pouco mais elevada.
- Tem um espectro luminoso mais equilibrado.
- Tem uma vida útil de cerca de cinco vezes maior.
• É utilizada frequentemente em iluminação interior, em substituição da lâmpada de incandescência.

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Lâmpada de iodetos metálicos


• São lâmpadas que combinam iodetos metálicos,
apresentando altíssima eficiência energética e excelente
índice de reprodução de cor. Com uma luz extremamente
branca e brilhante, realça e valoriza espaços e ilumina com
intensidade, além de apresentar longa durabilidade e baixa
carga térmica.
• Baixa Potência:
• Baseando-se nas características das lâmpadas de iodetos
metálicos de alta potência, foram desenvolvidas as de baixa
potência de 70 a 400W. Todas, sem exceção, apresentam
pequenas dimensões, alta eficiência, ótimo IRC, vida útil longa
e baixa carga térmica.
• Cada uma, dentro de sua característica, é recomendada tanto
para uso interno como externo, na iluminação geral ou
localizada. Ideais para shopping, lojas, vitrinas, hotéis, stands,
museus, galerias, jardins, fachadas e monumentos.

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Lâmpada de iodetos metálicos


• Alta Potência:
• Para a iluminação de grandes áreas, com níveis de
iluminância elevados e, principalmente, em locais
onde a alta qualidade de luz é primordial, as
lâmpadas de iodetos metálicos de 250 a 3500W são
ideais.
• Apresentam durabilidade variada e eficiência
energética de até 100 lm/w.
• São indicadas para iluminação de estádios de
futebol, ginásios poli desportivos, piscinas cobertas,
indústrias, supermercados, salas de exposição,
salões, salões de teatros e hotéis, fachadas, praças,
monumentos, aeroportos, locais onde ocorrem
filmagens e filmagens externas.

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Lâmpada LED
• O mercado da iluminação, está a passar por mais uma revolução no que se
refere à forma de emissão da luz elétrica, possibilitando novas aplicações e
novas maneiras de iluminar ambientes e objetos.
• Estamos a falar da luz gerada através de componentes eletrónicos
designados por LED - Light Emitting Diode (Díodo Emissor de Luz).
• Vantagens dos leds, relativamente às restantes fontes de luz:
‒ Maior vida útil (50.000 horas) e consequente baixa manutenção;
‒ Baixo consumo (relativamente às lâmpadas de incandescência) e uma eficiência
energética (em torno de 50 lúmen/Watt);
‒ Não emitem luz ultra-violeta (sendo ideais para aplicações onde este tipo de radiação
é indesejada. Como por exemplo, quadros e obras de arte;
‒ Não emitem radiação infravermelha, fazendo por isso que o feixe luminoso seja frio.
‒ Resistência a impactos e vibrações: Utiliza tecnologia de estado sólido, portanto, sem
filamentos e sem vidro, aumentando a sua robustez.
• Desvantagens dos leds, relativamente às restantes fontes de luz:
‒ Custo de aquisição elevado;
‒ O índice de restituição de cor (IRC) pode não ser o mais adequado;
‒ Necessidade de dispositivos de dissipação de calor, nos leds de alta potência (a
quantidade de luz emitida pelo led diminui com o aumento da temperatura).

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Lâmpadas LED - Exemplos

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Características das Lâmpadas

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Características das Lâmpadas


Comparação da Eficiência Luminosa

As lâmpadas diferenciam-
se entre si não só pelos
diferentes Fluxos
Luminosos que elas
irradiam, mas
também pelas diferentes
potências que consomem.
Para poder compará-las, é
necessário que se saiba
quantos lúmens são
gerados por watt
absorvido.

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Aplicação

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Projeto de Rede de IP

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Critérios de projeto
• As definições globalmente mais aceites ao nível das classes de iluminação,
critérios de desempenho e métodos de medição, podem ser encontradas
na série de normas EN 13201.

• No entanto, a norma CIE 115-2010, veio estabelecer recomendações


relativamente a critérios de qualidade, classes de iluminação, requisitos
para tráfego motorizado, regulação de fluxo, etc., para todas as categorias
de estradas e zonas a iluminar.

• A seguir estabelece-se as linhas de orientação para desenvolvimento de


um projeto de IP, explicando os passos a percorrer e as opções a tomar, de
modo a otimizar a solução a aplicar, para uma instalação eficiente e
adequada.

• Questões como um nível de iluminação ajustado à zona e tipo de


utilizadores, bem como uma distribuição uniforme da luz são
fundamentais.

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Classes de iluminação
• Uma classe de iluminação é definida por um conjunto de requisitos
fotométricos que apontam para as necessidades de visibilidade dos
utilizadores dos vários tipos de ruas, estradas e áreas frequentadas.

• Uma vez que a tarefa de visionamento e as necessidades dos transeuntes


pedonais diferem bastante das dos condutores em muitos aspetos, tais
como a velocidade do movimento, proximidade dos objetos, padrão da
superfície, reconhecimento facial, etc., são usados diferentes parâmetros
(luminância, iluminância, etc.) para caracterizar as condições mínimas de
iluminação de uma determinada classe.

• A série de normas EN 13201 introduziu as classes de iluminação de forma


a facilitar e desenvolver os serviços de IP na União Europeia, apontando a
uma uniformização e harmonização dos requisitos. A figura seguinte
resume as classes existentes e a sua aplicabilidade

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Classes de iluminação

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Classes de iluminação
A cada uma destas classes estão associados vários índices que definem as suas
subclasses. Desta forma, consegue-se caracterizar melhor a situação e definir, de
forma otimizada, os valores dos seus parâmetros luminotécnicos.

Tabela 1: Requisitos fotométricos para as classes de alta e média velocidade

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Classes de iluminação
Tabela 2: Requisitos fotométricos para as classes das zonas de conflito

Tabela 3: Requisitos fotométricos para as classes de baixa velocidade (zonas pedonais)

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Estabelecimento dos requisitos fotométricos

• Existem soluções simples e normalizadas sobre como


efetuar a escolha dos parâmetros de iluminação de uma
instalação de IP, tendo em conta as características da zona a
iluminar, nomeadamente: função e geometria da estrada,
velocidade permitida e composição e volume do tráfego -
os parâmetros serão determinados pelo critério da
luminância ou da iluminância.
– As zonas de velocidade média e alta são definidas pelo critério
da luminância.
– As zonas de conflito e as zonas pedonais podem ser definidos,
tanto pelo critério da iluminância, como pelo da luminância.

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Estabelecimento dos requisitos fotométricos

• Quando a complexidade do traçado e a diversidade das superfícies


são baixas, o que ocorre normalmente fora das zonas urbanas, o
critério que deve ser utilizado é o da luminância. Assim, as zonas a
iluminar deverão ter, no mínimo, o mesmo nível de iluminação das
estradas que lhes dão acesso. O ideal é que a classe de iluminação
tenha um índice abaixo da classe de iluminação da estrada
adjacente. Adicionalmente, é também necessário calcular o nível
do encandeamento perturbador (TI).

• Nas zonas onde a complexidade do traçado e a diversidade das


superfícies não permite um cálculo fiável das luminâncias, será
utilizado o critério da iluminância.

• O esquema seguinte esclarece os passos para determinar o índice


da classe de iluminação, obtendo assim os requisitos fotométricos.

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Estabelecimento dos requisitos fotométricos


Tabela 4: Determinação dos índices das classes de iluminação M, C e P

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Estabelecimento dos requisitos fotométricos


Tabela 4: Determinação dos índices das classes de iluminação M, C e P

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Estabelecimento dos requisitos fotométricos


Tabela 4: Determinação dos índices das classes de iluminação M, C e P

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Arquitetura de uma instalação de IP

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Arquitetura de uma instalação de IP

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Arquitetura de uma instalação de IP

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Arquitetura de uma instalação de IP

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Arquitetura de uma instalação de IP

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Arquitetura de uma instalação de IP


Os valores apresentados na Tabela correspondem aos valores mais utilizados nos
projetos de IP, estando enquadrados nos limites definidos na União Europeia.

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Exemplo

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Exemplo
1º Passo: Definição das classes dos vários locais

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Exemplo
2º Passo: determinar o índice associado a cada uma dessas classes do local em
questão, estabelecendo os pesos mediante as suas características
Exemplo – Estrada 1

Somando os pesos e aplicando a fórmula 𝐼 = 6 − & 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑜 (𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙)


!
a Estrada 1 como sendo de classe M5.

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Exemplo
Exemplo – Rotundas

Para a caracterização das áreas de conflito R1 e R2, e como estamos numa zona fora do
perímetro urbano, usa-se o critério da luminância. Este determina que o índice dessa
zona seja, no mínimo, igual ao da estrada adjacente. Adjacentes a R1 temos as estradas
E1, E2 e E3, sendo que a classe com o índice menor é a M3 (quer da estrada E2, quer da
estrada E3). Adjacentes a R2, apenas se encontram as estradas E2 e E3, o que significa
que a classe de menor índice é M3.

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Exemplo
Exemplo – Zona Pedonal 1

Aplicando a fórmula
Caracteriza-se a Pedonal 1 𝐼" = 6 − & 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑜 (𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙)
como sendo de classe P2.

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Exemplo
3º Passo: Após a caracterização das várias zonas e identificado o índice da sua classe
de iluminação, ficam definidos os valores dos parâmetros luminotécnicos que terão de
ser cumpridos no projeto. A Tabela mostra a parametrização resultante.

Para os valores determinados, e de acordo com o documento de referência do MEID,


os níveis médios calculados não deverão ultrapassar 120% nem serem inferiores a
95%.
Em situações onde não seja aconselhável a medição da luminância, será utilizada a
conversão de candelas para lux na relação de 1 para 15.

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Exemplo
4º Passo: Passa pela escolha, por parte do projetista, da coluna, da luminária
e respetiva fonte de luz, distribuição e distância entre colunas de modo a obter um
compromisso entre os valores médios calculados e a eficiência energética do projeto.

Para o efeito, recorreu-se a ferramentas de simulação computacional (Dialux) para


efetuar um estudo luminotécnico representativo, utilizando equipamento
qualificado/uso corrente da E-Redes (ex-EDP Distribuição).

Por questões estéticas e de uniformização de funções, deve optar-se, sempre que


possível, por utilizar a mesma família de luminárias em todas as zonas em estudo.

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Postos de Transformação

• O Regulamento de Segurança de Subestações, Postos de Transformação e 
de Seccionamento (RSSPTS) no seu artº 6º define Posto de Transformação 
do seguinte modo: “Instalação de alta tensão destinada à transformação 
da corrente elétrica por um ou mais transformadores estáticos, quando a 
corrente secundária de todos os transformadores for utilizada diretamente 
nos recetores, podendo incluir condensadores para compensação do fator 
de potência”.

• De notar que a partir da definição não é necessário que a tensão 
secundária caia no domínio da BT, mas sim que essa corrente alimente 
diretamente os recetores.

• A situação mais comum é a da transformação média tensão/baixa tensão, 
em particular, no nosso país, 15/0,4 kV, principalmente, mas também 10, 
30, 6,6, 6 e 5/0,4 kV.

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• O equipamento fundamental de um posto de transformação (PT) é 
obviamente o transformador. 

• Também é necessário um conjunto adicional de aparelhagem com 
funções obrigatórias de comando, seccionamento, contagem e 
proteção quer de pessoas e animais, quer dos próprios 
equipamentos e outros bens.

• Os postos de transformação são inseridos nas redes próximos dos 
centros de consumo, em diferentes áreas geográficas e com 
diversas exigências: zonas rurais, semi‐urbanas e urbanas, zonas 
industriais, loteamentos e urbanizações, zonas de baixa, média ou 
elevada densidade de carga, com média ou elevada exigência de 
qualidade de serviço, de domínio público ou privado, etc

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• Desta variedade de condicionantes resulta uma gama correspondente de 
soluções possíveis para a arquitetura dos postos de transformação.

• Assim, adequando as instalações às diversas situações encontradas, é 
possível classificar os postos de transformação quanto:
– À instalação;
– Ao modo de alimentação;
– Ao serviço prestado;
– Ao modo de exploração.

• Quanto à instalação, os PTs podem ser:
1. De interior
• em edifício próprio
• em edifício para outros usos
2. De exterior, ou à intempérie

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• Quanto ao modo de alimentação, serão dos tipos:
1. Radial
2. Em anel aberto
3. Com dupla derivação

• Quanto ao tipo de serviço prestado, dividem‐se em:
1. Públicos
2. Privados

• Quanto ao modo de exploração, poderão ser de condução:
1. Manual
2. Automática
Para simplificar o projeto de PTs, decorrente da grande diversidade de soluções possíveis, a 
Direcção‐Geral de Energia e Geologia, DGEG, normalizou, sob a forma de Projetos‐tipo, uma 
série de esquemas destas instalações que contêm toda a especificação relativa a equipamentos, 
aparelhagens e seus dimensionamentos, normas e outros requisitos.

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Postos de transformação normalizados
Encontram‐se padronizados os seguintes tipos:
1. Postos de exterior, aéreos, montados em postes, PT‐A:
a. A
b. AS
c. AI
I. AI1
II. AI2

2. Postos de interior, instalados em cabine alta, PT‐CA
a. CA1 e CA1 (variante)
b. CA2

3. Postos de interior, instalados em cabine baixa, PT‐CB
a. CBU
b. CBL

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Postos de Transformação Aéreos
(PTA)

Orlando Soares 6

Postos de transformação aéreos (PTA)
• Estes postos, montados em postes normalizados de betão, são 
identificados pelo modo como é feita a sua ligação à rede aérea de 
Média Tensão.
– No caso de ligação direta estaremos na presença de um PT do tipo A; 
– se se fizer através de seccionador, teremos um tipo AS
– e se essa ligação for estabelecida mediante interruptor‐seccionador 
será um PT tipo AI.

Esquemas de princípio dos PTs tipos A e AS 

PT aéreo do tipo AI, com saída também aérea 
do lado da BT.
Orlando Soares 7

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Esquemas elétricos

Esquema  Esquema 
elétrico do PT A  elétrico do PT AS 

Equipamento de AT dos postos aéreos 
de transformação

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Níveis de isolamento estipulados do equipamento de AT

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Seccionadores e Interruptores

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• O poder de fecho do interruptor‐
seccionador deve ser adequado 
à potência de curto‐circuito da 
rede de AT previsível no ponto  QBT do PT‐AI
de instalação do PT. Este valor 
deve ser fornecido pela Empresa 
de Distribuição.

• O interruptor‐seccionador deve 
garantir um poder de corte 
nominal mínimo de cargas 
principalmente ativas de 31,5 A.

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• O equipamento de BT deve admitir uma tensão suportável mínima de 8 kV à 
frequência industrial durante 1 minuto e de 20 kV ao choque (onda 1,2/50 ms). 
• O equipamento elétrico que não satisfaça estes requisitos não deve ter invólucros 
metálicos e deve ser instalado sobre uma base isolante que garanta esses níveis de 
isolamento.
• A tensão suportável pela aparelhagem de BT à frequência industrial deve ser 
superior à tensão de defeito resultante de um curto‐circuito à terra por parte da 
linha de AT.
• O valor máximo desta corrente de defeito deve ser fornecido pela Empresa 
Distribuidora. Os valores habituais, atendendo a que na esmagadora maioria dos 
casos a rede MT é de neutro impedante, são os seguintes:

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Características do QBT

a) Aparelhagem a ser fornecida pelo Distribuidor de energia elétrica
b) Em alternativa

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Transformadores
• Características dos transformadores:
1. Trifásicos, para montagem exterior
2. Devem obedecer às normas NP‐443, NP‐2627
3. Tensões primárias de 6, 10, 15 e 30 kV e secundárias de 230/400 V
4. Dotados de comutador em vazio, do lado do primário, para ± 5%

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Sistema de Terras
• Terra de Proteção:
– As massas da aparelhagem de AT são ligadas entre si e aos pontos de ligação do poste ou 
postes (AI‐2). 
– A ligação do para‐raios ao elétrodo é executada com condutor de cobre nu de 35 mm2 de 
secção, o mais diretamente possível, evitando‐se ângulos pronunciados.
– O QBT, o punho do comando do seccionador ou interruptor e respetivas plataformas de 
manobra são também ligadas à terra de proteção. 
– Será estabelecida uma ligação equipotencial entre a parte fixa e móvel do seccionador 
(interruptor), por intermédio de trança flexível de cobre. 
– A secção mínima dos condutores, se de cobre, será de 16 mm2, até ao ligador amovível e 
de 35 mm2, a partir deste.

• Terra de serviço:
– A ligação à terra do neutro será feita, pelo menos em duas saídas, no primeiro ou 
primeiros apoios de cada saída da rede de distribuição, se se tratar de rede aérea.
– Quando o posto servir uma rede subterrânea o elétrodo ou elétrodos serão localizados 
em terreno que ofereça condições aceitáveis à sua implantação e seja suficientemente 
afastado da terra de proteção para garantir a sua distinção (20 m).

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Terra de proteção
Terra de proteção PT‐A Terra de proteção PT‐AS

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Terra de proteção
Terra de proteção PT‐AI1

Na base do poste e assente no respetivo maciço deve ser montada uma plataforma de betão, construída com
uma malha de 20x20 mm, feita de arame de 4 mm de diâmetro mínimo.

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Tipos de Elétrodos
a) A proteção deve ser 
assegurada por 
galvanização, 
imersão a quente, 
com a espessura de 
revestimento 
mínima de 120 μm.

b) Espessura de 
revestimento. 
Admite‐se que este 
valor seja reduzido 
desde que os 
elétrodos sejam 
executados por 
tecnologia 
adequada e sujeitos 
a prévia aprovação 
da DGEG. 

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Postos de Transformação de Cabine 
Alta
(PTCA)

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Postos de Transformação Cabine Alta (PTCA)
• Estes postos são instalações de interior, que podem assumir uma maior ou menor 
dimensão, dependendo do tipo de alimentação que têm (linha aérea ou cabo 
subterrâneo) e da potência.

• Estes postos de interior são concebidos para receberem alimentação por linha 
aérea, até tensões de 30 kV e potências até 630 kVA.

• Este tipo de solução pode dizer‐se já não se justificar, pois é muito fácil proceder‐
se à passagem da linha aérea a cabo subterrâneo e alimentar‐se uma cabine baixa 
com uma arquitetura modular de posto de transformação.

• A cabine tem as seguintes dimensões interiores:

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Posto de transformação tipo cabine alta (15 kV) Pormenor da chegada da alimentação

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Lado da AT
• Equipamento de AT
– Tem as mesmas características já referidas para os postos aéreos, assim como 
os para‐raios, seccionadores e interruptores‐seccionadores que serão do 
mesmo tipo e possuirão os mesmos valores de referência.
– A utilização do seccionador será opcional exceto quando os para‐raios forem 
instalados no interior do PT caso em que o seu uso será obrigatório.
• Barramento de AT
– O barramento de AT poderá ser do tipo vareta, barra ou tubo, de cobre ou 
alumínio cobreado, apoiado em isoladores de acordo com a norma NP 1520.
– O nível de isolamento dos isoladores será o da tabela mostrada atrás. Para 
vãos até 2 m poderá utilizar‐se o isolador com carga mínima de rutura à flexão 
de 400 daN.
– Para vãos superiores determinar‐se‐á a carga de rutura segundo a fórmula:

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Lado da AT
• Proteção Contra Contactos Diretos
– Esta proteção é assegurada por uma rede metálica, com altura mínima de 
1,6m acima do pavimento, constituída por dois painéis fixos e um amovível.

• Corta‐Circuitos Fusíveis de AT
– Os fusíveis de AT usados no PT CA2 deverão obedecer à norma NP 3512

• Transformadores
– Os transformadores deverão ter as características já referidas para os postos 
aéreos e a observância das normas aí indicadas e as potências da tabela:

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Lado da Baixa Tensão
• Quadro de Baixa Tensão
– O material usado na BT será do tipo interior não protegido.
– O quadro usado no posto CA1 é idêntico ao do posto AI.
– O contador de iluminação pública do QBT tipo CA2 será trifásico de 50 A.
– Todo o equipamento de baixa tensão deverá poder suportar, como atrás se referiu, uma 
tensão mínima de 8 kV, à frequência industrial, durante um minuto.

• Saídas
– Quatro saídas para usos gerais, condutores do tipo LVS e LXS (torçada), de 50 mm2 de secção, 
ou uma ou duas de 70 mm2, e ainda uma saída de IP de 16 mm2, para o PT CA1; seis saídas, 
de 50 mm2 ou 70 mm2, com duas saídas de 16 mm2 de IP, para o posto do tipo CA2.
– As saídas subterrâneas, quando haja, serão adequadas às potências a alimentar e escolhidas 
entre as indicadas no projeto‐tipo de redes subterrâneas.

• Proteção Contra Contactos Acidentais
– As terras de proteção e serviço, assim como os elétrodos utilizados nas mesmas, serão 
realizadas como referido para os postos aéreos.
– Quando o para‐raios for colocado fora da cabine, o condutor de ligação do para‐raios à terra 
será aplicado na parede exterior da mesma e deverá ser protegido por tubo de material não‐
magnético, até 2,5 m acima do solo.

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Esquemas Elétricos PT‐CA

Esquema do  Esquema do 
PT CA1  PT CA2 

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Postos de Transformação de Cabine 
Baixa
(PTCB)

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Postos de Transformação de Cabine Baixa (PTCB)

• Este tipo de postos, montados em cabines baixas, admite duas variantes 
consoante a disposição das suas celas for em U ou em linha, assim dando 
origem aos tipos CBU e CBL.
• Têm alimentação subterrânea em anel, podendo disponibilizar uma saída 
radial; destinam‐se a tensões nominais UN≤15 kV e potências até 630 kVA.
• As dimensões da cabine são:

a – pé direito mínimo

Posto de transformação do tipo CBL


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Planta do PT CBU Planta do PT CBL

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Lado da Alta Tensão
• Equipamento de Alta Tensão
– Por se tratar de redes de Média Tensão as características dos aparelhos 
obedecem às mesmas normas. De relevar o facto de a tensão máxima nominal 
ser 15 kV.
– Os seccionadores terão corrente estipulada em serviço contínuo de 400 A.
• Interruptores‐Seccionadores Fusíveis
– O interruptor obedecerá à norma NP‐2868/1, com as características mínimas 
já referidas.
– Os elementos fusíveis devem obedecer à norma NP‐3512 e ser munidos de 
percutores com os parâmetros indicados na tabela.

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Interruptor‐seccionador fusível Cotação do ISF

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Lado da Alta Tensão
• Barramento de Alta Tensão
– O barramento de alta tensão em barra de cobre ou alumínio cobreado é apoiado em 
isoladores satisfazendo a norma NP‐1520. Os isoladores devem possuir uma força mínima de 
rutura à flexão de 400 daN (~ 400 kgf). 
– O barramento deve ser escolhido em função da potência de curto‐circuito previsível no local, 
da tensão nominal da instalação, do vão máximo e da distância entre eixos do barramento. 
Particular atenção deve ser considerada para se evitarem as condições de ressonância.

• Proteção Contra Contactos Diretos
– Esta proteção é assegurada por afastamento e utilização de portas e painéis amovíveis em 
rede metálica tremida, de arame nº 14 (BWG), de malha quadrada de 25 mm de lado.

• Transformador
– Os transformadores observarão as normas e possuirão as características já referidas para os 
outros tipos. A máxima potência é de 630 kVA.
– A proteção do transformador é feita, no lado do primário, por fusíveis contra curtos‐circuitos.
– Contra sobrecargas por meio de termómetro com contacto de disparo ou por relés térmicos 
indiretos alimentados por transformadores de intensidade, do lado da BT, atuando o 
interruptor‐seccionador de alta tensão.

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Lado da Baixa Tensão
Esquema de alimentação de relés  Termómetro de esfera 
indiretos 

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Esquema Elétrico
• Quadro de Baixa Tensão 
– O equipamento a usar na baixa 
tensão é do tipo interior não 
protegido. 
– O quadro é idêntico ao do PT CA2. 
– Quando necessário deve ser 
prevista a compensação de 
energia reativa em baixa tensão. 

• Saídas 
– O quadro deve permitir até seis 
saídas subterrâneas, uma saída 
eventual para os equipamentos de 
correção de energia reativa, uma 
saída para iluminação e tomadas e 
ainda duas saídas de IP. 

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• Terra de Proteção
– Recomenda‐se que o elétrodo de terra seja executado por meio de condutor de cobre 
nu de 35 mm2 de secção, enterrado, de forma a envolver as fundações da cabine 
complementado com duas varetas verticais ligadas a este condutor.

• Terra de Serviço
– O elétrodo de terra de serviço deve ser instalado de modo a que as terras de proteção e 
serviço sejam distintas. O condutor de ligação à terra de serviço deve ser azul claro; 
usando cabo, o isolamento deverá ser azul claro e possuir bainha preta.

• Elétrodos
– São os indicados anteriormente para os outros tipos de postos.

A estrutura e a composição dos postos de cabine são similares aos dos postos aéreos. Poderá
afirmar‐se que uma das especificidades dos postos de cabina reside na necessidade de proteção
contra contactos diretos, dado que a montagem dos seus componentes é feita a uma altura tal
que os torna acessíveis a quem estiver dentro da instalação. Uma outra diferença está
relacionada com a potência elétrica, que poderá ser superior no caso dos postos de cabina.

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Postos de Transformação

Projeto

Orlando Soares 35

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• Atualmente a tendência é por optar por soluções pré‐fabricadas, 
modulares ou compactas:
– Economia de mão‐de‐obra de instalação
– Tempos de entrada em serviço reduzidos
– Soluções compactas reduzindo atravancamentos
– Possibilidade de escolha da arquitetura mais adequada aos fins em vista
– Equipamento normalizado e intermutável
– Técnica experimentada e absolutamente fiável.

• Dados e informação do PT para iniciar o projeto:
– tipo de projeto – de serviço público ou de serviço particular
– tipo de posto – de transformação, de seccionamento ou seccionamento‐
transformação
– tipo de instalação – em cabine própria ou em edifício para outros usos
– tipo de alimentação – radial ou em anel aberto

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Dados do projeto
• Dados necessários referentes às características elétricas:
– tensão nominal da rede de média tensão
• Tensões primárias de 6, 10, 15 e 30 kV e secundárias de 230/400 V
– regime de neutro da média tensão 
• A situação habitual da rede de média tensão é a de ter o neutro ligado à terra 
através de uma impedância de limitação (bobine de Petersen), i.e, constituir 
uma rede de regime IT (impedante) ‐ neutro impedante através de impedância 
limitadora de corrente de defeito (300 A ou 1000 A).
– potência de curto‐circuito previsível no ponto de instalação do posto
• Informações sobre a potência de curto‐circuito do lado da AT, corrente máxima 
de defeito à terra e tempo máximo de eliminação do curto‐circuito devem 
procurar‐se junto do Distribuidor de Energia.

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Dados do projeto
• Dados necessários referentes às características elétricas (cont.):
– corrente máxima de defeito unipolar à terra do lado da média tensão
• Relativamente à corrente de defeito à terra os valores normais serão os constantes da 
tabela

– tempo máximo de corte da corrente de defeito pelas proteções da linha de 
MT
• O defeito à terra por parte da linha MT pode ocorrer a jusante do disjuntor de proteção 
do transformador, situação em que deve provocar a atuação e sua eliminação por parte 
do referido aparelho, ou pode advir a montante dele e neste caso há de provocar a 
atuação do disjuntor ou disjuntores na subestação de alimentação da linha 
(normalmente não se consideram os fusíveis como elementos de interrupção da corrente 
de defeito).
• Um valor habitual é considerar‐se um tempo t = 800 ms.
– regime de neutro da baixa tensão
• As redes de distribuição em BT são exploradas com o neutro ligado diretamente à terra

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Dados do projeto
• Dados necessários referentes às 
características elétricas (cont.):
– Potência do projeto a atribuir ao PT
• A potência a atribuir ao PT é um ponto 
essencial e sempre problemático do 
projeto do mesmo, devido à natureza 
intermitente e nem sempre 
suficientemente caracterizada do 
funcionamento das cargas a alimentar.
• A não ser em casos bastante tipificados, 
em que estudos estatísticos puderam 
definir com precisão o comportamento 
das cargas, ou naqueles em que são 
conhecidos de antemão os seus 
diagramas de potência, por se conhecer 
o seu funcionamento ou por comparação 
com casos idênticos, a atribuição de uma 
potência ao posto passa pelo recurso a 
fatores de simultaneidade nem sempre 
imunes a discussão. Na tabela estão 
presentes algumas formas de estimar a 
potência do PT.

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Dados do projeto
• Dados necessários referentes 
às características elétricas 
(cont.):
– resistividade elétrica do solo
• Um valor aproximado pode 
extrair‐se por inspeção da 
natureza do solo, onde se 
implantarão os elétrodos, 
consultando a tabela, ou por 
medição, empregando o 
método de Wenner, por 
exemplo (figuras seguintes)

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Dados do projeto
• A resistividade, segundo este método, virá dada de acordo com a relação:

• Constrói‐se de seguida uma tabela onde, para vários afastamentos entre elétrodos 
A, se determinam as correspondentes resistividades do solo.
• Com estes dados determina‐se o valor médio aritmético de resistividade, calcula‐
se o desvio de cada medida em relação à média e todas as que tiverem valor 
superior a 50% desprezam‐se do conjunto de elementos.
• Caso haja um grande número de valores desviados, repete‐se o procedimento de 
medição.

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Funções do PT
• Às diversas funções desempenhadas pela aparelhagem 
num PT correspondiam, na prática construtiva de alvenaria, 
compartimentos separados uns dos outros por paredes a 
que se dá o nome de celas. Assim há a cela da entrada, de 
proteção, do transformador, da contagem, etc.

• Esta nomenclatura perdura, ainda que também se lhes 
chame quadros, na conceção modular.

• Cada cela desempenha pois uma função – a combinação 
das diversas celas formará o PT e o seu número e natureza 
dependerão das características próprias do mesmo.

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Esquemas típicos
• Esquemas elétricos usando 
celas modulares isoladas a 
ar e corte em SF6
– Esquema para alimentação 
radial, com duas celas, uma 
de entrada, sem corte, e a 
outra de proteção, por meio 
de fusíveis, do transformador

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Esquemas típicos
• Esquemas elétricos usando celas modulares isoladas a ar e corte em SF6
– Esquema com três celas, duas de entrada/saída e uma de proteção. É o 
esquema típico da alimentação em anel – uma das celas recebe a alimentação 
e a outra dá continuidade à linha. A saída da cela de proteção alimenta o 
transformador de potência.

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Esquemas típicos
• Esquemas elétricos usando celas modulares isoladas a ar e corte em SF6
– esquema de posto para 630 kVA, 15 kV, com alimentação em anel e uma saída 
radial com a proteção do transformador a ser feita por uma Cela CIS –
combinado interruptor‐seccionador fusível.

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Esquemas típicos
• Esquemas elétricos usando celas modulares isoladas a ar e corte em SF6
– Esquema com uma cela de corte de acesso restrito do distribuidor. Pode haver 
ou não separação física entre utilizador e distribuidor. A cela de corte é 
igualmente de contagem.

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Dimensionamento

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Condutores
• Os condutores elétricos utilizados nos postos de transformação, para além das 
situações de funcionamento normal, poderão ter de funcionar em sobrecarga e 
até em situações de curto‐circuito, embora por períodos de tempo muito 
limitados.
• Nestas situações excecionais o aquecimento e as forças mecânicas a que os 
condutores são submetidos podem atingir valores bastante acima do normal, 
podendo por isso daí resultar dano para eles e para outros componentes, o que se 
pretende evitar. 
• Por esta razão o dimensionamento dos condutores reveste‐se de alguma 
complexidade de modo a garantir o melhor funcionamento mesmo em situações 
excecionais, sendo necessário determinar previamente o valor que a intensidade 
da corrente elétrica poderá atingir em todas as situações.
• Intensidade na alta e baixa tensões:

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Condutores
• Corrente de curto‐circuito
– A corrente de curto‐circuito é determinada pela potência de curto‐circuito o 
lado da média tensão e pela reactância de fugas do transformador.
– Na expressão de Iccs desprezou‐se a impedância a montante do transformador 
(rede de potência infinita).

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Barramentos
• Nos postos de transformação, por razões de 
ordem mecânica e ligadas a outros serviços, 
no lado da média tensão não se empregam 
aparelhos e barramentos com corrente 
estipulada inferior a 200 A.
• Os aparelhos e barramentos têm 
intensidades estipuladas de 200, 400 e 630A.
• As densidades de corrente devem ser 
respeitadas para se não ultrapassarem as 
temperaturas máximas de regime 
permanente.

Onde d é a densidade de corrente em A/mm2 e S a 
Curva a – cobre
área da secção reta do barramento, em mm2.  Curva b ‐ alumínio

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Transformador
• Embora um posto de transformação seja um sistema formado por diversos 
componentes, sem os quais não poderá funcionar corretamente, o 
transformador é seguramente o componente basilar do sistema.
• O dimensionamento do transformador terá de considerar a situação atual 
da carga, bem como a sua possível evolução, resultando de um 
compromisso entre características técnicas e investimento.
• Os transformadores empregados são trifásicos, tensão secundária 0,4 kV, 
regulação da tensão em vazio no lado do primário para ±2x2,5% 
• Os dielétricos podem utilizar óleo mineral, óleo de silicone, outros óleos 
sintéticos especiais ou serem secos, isolados a resina epóxida. 
• O grupo de ligações mais empregado é o DYn5, mas outras são possíveis 
como YZn5. 
• Respondem às normas CEI 76, CEI 726, HD 538, HD 464 do CENELEC. 
• Relativamente a perdas, os transformadores podem ser de perdas 
normais, reduzidas e extra‐reduzidas.

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Transformador
Transformadores secos em resina até 15 MVA ‐ 36 kV (Schneider)

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Fusíveis de média tensão
• A seleção da corrente estipulada dos fusíveis de MT pode ser feita através da 
aplicação da seguinte regra:

• Ou através da norma CEI IEC 60 420 da qual se reproduz a seguinte tabela

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Regulação dos Disjuntores
• Os disjuntores MT podem ser de atuação a tempo dependente, com a 
possibilidade de haver várias características de intervenção, ou a tempo 
independente. 
• Por sua vez os relés podem ser diretos, quando a corrente que os 
atravessa é a mesma do circuito principal, ou indiretos necessitando de 
transformadores de corrente com razão de transformação IN/5 A. 
• Os relés por sua vez podem ser eletromecânicos, eletrónicos ou digitais.

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Termómetros
• Os termómetros instalam‐se para indicar a 
temperatura do óleo do transformador. Em 
unidades de pequena potência, instalam‐se 
termómetros de álcool dando somente 
informação sobre a temperatura interna; em 
instalações mais importantes montam‐se 
termómetros de esfera de dois contactos, um 
de alarme, atingida uma temperatura 
predeterminada e outro de disparo dando 
ordem de interrupção da alimentação ao 
aparelho de corte da instalação.
Termómetro digital 
• Quando se empregam transformadores secos  e ligação a sondas
usam‐se sondas do tipo PTC ou PT100 a  PT100.
termómetros digitais ou outros sistemas de 
monitorização de temperatura

Termómetro de dois 
contactos.

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Proteção contra avarias internas
• Em transformadores a óleo e equipados com conservador é possível 
empregar um tipo especial de relé chamado Buchholz capaz de sinalizar e 
emitir ordem para interromper a alimentação do transformador em 
situação de desprendimento de gases, quando estes resultam da 
decomposição do dielétrico por efeito de avaria interna – arco elétrico 
entre espiras.

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Proteção integrada com blocos DGPT2
• Este tipo de aparelho de proteção realiza as funções de 
deteção de gás, aumento de pressão e termómetro de dois 
contactos (DGPT2).

• Sinaliza:
– Por visão direta:
• ligeiro abaixamento do nível do óleo
• valor instantâneo da temperatura do dielétrico
– Através de contactos elétricos
• acumulação importante de gás
• perda de dielétrico
• sobrepressão interna anormal
• temperatura anormal do isolante acionando
• os contactos de alarme e disparo

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Transformadores de medição
• Os transformadores de medição empregados em postos de 
transformação são pequenos transformadores de isolamento seco 
tendo por objetivo:
– isolar ou separar os circuitos e aparelhos de medida da alta tensão
– evitar perturbações eletromagnéticas das correntes elevadas e reduzir 
as correntes de curto‐circuito a valores admissíveis

• Usam‐se transformadores de tensão (TT) e de corrente (TI) das 
classes de precisão 0,2 e 0,5, 
– para TIs com razão de transformação IN/5 ou IN/1 A e 
– para TTs com razão de transformação UN: 100/ 3, UN: 110/ 3 ou UN: 
110 /3 ou 110/3 e potências baixas, da ordem das dezenas de VA.

• Os transformadores de tensão devem ser protegidos por corta‐
circuitos fusíveis.

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Sistemas de terra
• Os níveis de tensão elétrica presentes num posto de transformação 
podem representar perigo para quem tem de trabalhar nele.

• Embora os equipamentos usados nos postos sejam concebidos de 
forma a impedir que as partes sob tensão estejam diretamente 
acessíveis a quem tem acesso a ele, como consequência de uma 
avaria esses níveis de tensão podem encontrar‐se em partes dos 
equipamentos que habitualmente não estão sob tensão. 

• Para evitar que essa situação possa representar perigo, há que 
prover a instalação de sistemas de proteção, cujo cálculo tem por 
isso uma grande importância.

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Terra de Proteção
• Partindo do conhecimento da corrente máxima de defeito à terra pode 
calcular‐se a impedância do neutro da MT (ou pode‐se solicitar essa 
informação ao Distribuidor). A impedância é do tipo indutiva pelo que

• À terra de proteção ligam‐se as partes metálicas normalmente não sob 
tensão, tais como bastidores de quadros, ferragens dos aparelhos de 
manobra, carcaças de transformadores, malha de equipotencialização do 
posto com exceção das portas metálicas e componentes metálicos de 
janelas e grelhas de ventilação.

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Terra de Proteção
• Parâmetros característicos dos elétrodos
– A resistência dos elétrodos de terra pode ser representada sob a 
forma seguinte assim como as tensões de passo (1 m) e 
contacto

• Com este tipo de formulação a 
resistência do elétrodo resulta função 
do parâmetro Kr e da resistividade do 
solo. 

• Para os elétrodos normalizados, 
existem configurações típicas 
agrupando malhas, varetas, etc. para 
as quais são definidos os valores Kr, Kp
e Kc. 

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Terra de Proteção
• Varetas dispostas em linha
– Separação entre varetas – 6 m
– Comprimento da vareta – 4 m
– Diâmetro – 14 mm
– Secção do condutor nu de interligação – 50 mm2

A ligação desde o PT até à primeira vareta será feita com cabo de cobre 
isolado de 0,6/1 kV protegido contra eventuais danos mecânicos.

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Terra de Proteção
• Malha retangular reforçada com varetas
– Secção do condutor nu – 50 mm2
– Diâmetro das varetas – 14 mm

Em função das tabelas e dos parâmetros desejados Kr e Kp, escolhe‐se o tipo de elétrodo 
mais conveniente.
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Terra de Proteção
• O cálculo do valor da terra de proteção é feito através de

e o valor da tensão de defeito obtém‐se por

sendo 

• O isolamento das instalações de baixa tensão do PT deverá ser maior que 
a tensão Ud calculada, para impedir que um defeito da AT propagando‐se 
para a BT deteriore estes equipamentos.
• Os valores normais de isolamento em BT são 4, 6, 8 e 10 kV.
• O valor da intensidade de defeito deve igualmente ser superior ao limiar 
de atuação das proteções de AT de modo a poderem ser eliminadas.

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Terra de Serviço
• O RSSPTS admite a instalação de uma terra geral, de proteção e 
serviço, quando a sua resistência for inferior a 1 Ω. 

• No entanto, como tal resistência é normalmente difícil de obter, 
haverá duas terras distintas no posto de transformação.

• A resistência da terra de serviço deverá ser inferior em qualquer 
altura a 20 Ω.

• Considerado o elétrodo a utilizar, usam‐se os respetivos parâmetros 
para determinar RM.

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Tensão de Passo
• No exterior da instalação:
– A tensão de passo no exterior será calculada a partir das 
características do elétrodo e do terreno por:

• No interior da instalação
– O piso deverá ser constituído por uma rede eletrossoldada de 
diâmetro não inferior a 4 mm e malha não superior a 30x30 cm. 
– Esta malha liga a pelos menos dois pontos de um coletor de terra que 
corre ao longo do PT e ao elétrodo de terra de proteção.
– A tensão de passo de acesso, obtém‐se

Kc – tensão unitária de contacto, em V/(Ωm)(A)

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– As tensões de passo e de acesso vêm confrontadas com as curvas calculadas 
na presunção de que o corpo humano possui uma resistência de 1000 Ω e que 
cada pé pode ser assemelhado a um elétrodo de chapa exercendo uma força 
de contacto com o solo de 250 N o que equivale a uma resistência avaliada em 
3s, sendo s a resistividade superficial do terreno.

k e n são constantes em função do tempo de intervenção do aparelho de 
proteção dadas por:

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– No caso em que a resistividade superficial do terreno seja diferente 
para cada pé (caso de acesso ao PT), a tensão de passo virá dada pela 
expressão:

Onde s e ’s são as resistividades superficiais do terreno em que se apoiam os pés.

– Caso as tensões de passo e contacto venham maiores que os valores 
dados pelas fórmulas citadas deverá refazer‐se o projeto da rede de 
terra.
– A distância mínima entre elétrodos de proteção e serviço é dada pela 
expressão, devendo‐se, regularmente, garantir uma distância mínima 
de 3 m.

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Esquema Geral

1. Contador de Energia
2. Corta‐circuitos com elementos fusíveis
3. Interruptor geral tetrapolar
4. Barramento geral
5. Corta‐circuitos linear tetrapolar (tribloco)
6. Contactor tripolar
7. Comutador de posição Man‐Aut
8. Interruptor horário
9. Célula fotoelétrica
10. Transformador medição intensidade
11. Transformador medição tensão
12. Tomada monofásica c/ contacto de terra
13. Barra de neutro

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