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Organizadores
Acací de Alcântara / Arthur S. C. Cabral / Catharina P. C. S. Lima / Gustavo Barcellos /
Vladimir Bartalini
FAUUSP| 2018
ISBN: 978-85-8089-151-5
DOI: 10.11606/9788580891515
CDD 370.76
20 | outubro | 2017
FAUUSP
A Comissão Organizadora
Imaginar
Cidades:
Os modos de produção e a imaginação do trabalho em James Hillman
Wilane Souza dos Santos ............................................................................................................ 195
A alma na favela:
uma leitura hillmaniana sobre a vida na comunidade
Giovana Cataldi ............................................................................................................................. 257
Suicídio:
reflexões arquetípicas sobre a epidemia contemporânea
Rebeca Moreira Nalia .................................................................................................................... 315
Resumo
Partindo das ideias de James Hillman a respeito da alma, do caminhar e do
cosmos, este ensaio busca discutir como se poderia ampliar o entrelaçamento de
alma e cidade. Destaca-se o quanto Hillman, mormente pelas imagens que
emprega, reporta a alma ao corpo: o corpo do homem; o corpo do mundo. A partir
destas imagens, os autores propõem reflexões sobre o caráter estético mas
também necessariamente cinético da experiência da paisagem, e da cidade como
paisagem. Questiona-se, todavia, o fato de que, hoje, cidade e paisagem
encontram-se excessivamente apartadas: haveria uma ação anti-natura na
condição humana? Qual seria o modo ou meio de reintegrar o estatuto da pessoa
humana no habitat original? Nas paisagens naturais, na cidade ou na aldeia? A
reaproximação, defende-se, depende da restauração de possibilidades de
experienciar a cidade (antes de mais, de caminhar por ela), e de repensá-la em
termos dos atributos arquetípicos transpessoais expressos na natureza.
1
Ao que tudo indica, a palavra “psicologia” foi cunhada no século XVI, ou às suas vésperas,
pelo poeta Marko Marulic (1450-1524). Vide: KRSTIC, 1964.
2
No verbete que dedica à palavra psiqué em seu Dicionário Mítico-Etimológico, Junito Brandão
acompanha alguns de seus sentidos míticos e filosóficos mais remotos, indiciados por
figurações da alma ainda na Idade do Bronze, passando pelos grandes poemas homéricos, até
a época helenística (BRANDÃO, 2010).
3
Encontra-se uma exposição particularmente sintética e clara desta coexistência (e mescla)
em ROSENFELD (1984).
4
Ambos os textos encontram-se incorporados ao livro Cidade & Alma (HILLMAN, 1993).
Referências bibliográficas
BESSELAAR, José Van Den. As palavras têm a sua história. pp. 277-290, Braga:
AAPACD, 1994.
HILLMAN, James. Cidade e Alma. Trad. Gustavo Barcelos e Lúcia Rosenberg, São
Paulo. Ed. Studio Nobel, 1993.
JUNG, Carl Gustav. Tipos Psicológicos. Tradução Álvaro Cabral. Editora Vozes:
Petrópolis, Rio de Janeiro, 1971.
KRSTIC, K. Marko Marulic -- The Author of the Term "Psychology". In: Act
Instituti Psychologici Universitatis Zagrabiensis , no. 36, 1964 (7:13). Disponível
em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ps000129.pdf (acesso
31/05/2016).