Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Este trabalho tem como objetivo dar uma breve introdução nas idéias de Gordon
Allport, psicólogo reconhecido por formular uma teoria da personalidade que
enfatiza o individual, ao mesmo tempo que utiliza a abordagem do traço para
possibilitar uma ciência quantitativa da personalidade. Gordon tornou o estudo da
personalidade uma parte academicamente respeitável dentro da psicologia, ao
publicar, em 1937, Personality: a Psychological Interpretation (A Personalidade:
Uma Interpretação Psicológica). Allport empreendeu o estudo da personalidade a
partir do ambiente clínico e o levou para a universidade. É um dos teóricos que
estava correto sobre tantas coisas que suas idéias simplesmente entraram no
espírito dos tempos. Sua teoria é uma das primeiras teorias humanistas e teria
influenciado muitas outras, incluindo Kelly, Maslow e Rogers.
Biografia
Allport recebeu seu Ph.D em 1922 em Harvard, seguindo os passos de seu irmão
Floyd (1890-1971), que se tornou um importante psicólogo social. Sua carreira foi
dedicada a desenvolver sua teoria, examinando questões sociais tais como o
preconceito e desenvolvendo testes de personalidade. Ele faleceu em Cambridge,
Massachussets, em 1967. Síntese de sua teoria Conceito básico de personalidade: "
(...)organização dinâmica daqueles sistemas psicofísicos que determinam, dentro
do indivíduo, o seu comportamento e pensamento característicos"(História da
Psicologia Moderna). Algo que motiva os seres humanos é a tendência a satisfazer
necessidades biológicas de sobrevivência, denominada por Allport de
"funcionamento oportunista". Ele notou que o funcionamento oportunista pode
ser caracterizado como reativo, orientado ao passado, biológico. Mas Allport
sentiu que o funcionamento oportunista era relativamente desimportante para o
entendimento da maioria dos comportamentos humanos. Ele acreditava que a
maioria dos comportamentos humanos era motivada por algo bem distinto –
funcionamento de maneira que expresse o "próprio"(self), que ele denominou de
"funcionamento próprio". A maior parte do que fazemos em vida é uma questão
de sermos quem nós somos. O funcionamento próprio pode ser caracterizado como
pró-ativo, orientado ao futuro e psicológico. Próprio deriva da palavra latina
"proprium", que é a denominação de Allport para este conceito fundamental que é
o "self"(próprio – ego). Ele reviu centenas de definições para tal conceito e chegou
ao sentimento de que, com o objetivo de ser mais científico, seria necessário
abandonar a palavra self, cotidiana, e substituí-la por algo diferente. Para bem ou
para o mal, a palavra proprium nunca se tornou popular.
1. Sentido de corpo
2. Auto-identidade
3. Auto-estima
4. Auto-extensão
5. Auto-imagem
6. Imitação(cópia) racional
7. Batalhas(lutas) próprias
O sentido de corpo se desenvolve nos dois primeiros anos de vida. Nós temos um,
sentimos sua proximidade, seu calor. Ele possui fronteiras que sofrem, que se
machucam, tocam e se movem, faz nos conhecer. Allport tinha uma demonstração
predileta deste aspecto do "self": imagine que você coloca (cospe) saliva em uma
xícara e depois a ingere! Qual o problema? É a mesma substância que você engole
todo o dia! Mas, evidentemente, ela saiu de seu eu corpóreo e se tornou, portanto,
estranha a você.
As batalhas próprias usualmente não se iniciam antes dos 12 anos de idade. Trata-
se de mim como objetivo, ideal, planos, vocações, apelos, um senso de direção, um
senso de propósitos. A culminação das batalhas próprias, de acordo com Allport, é
a capacidade de afirmar que sou o dono de minha vida, isto é, o dono e o executor.
Pode-se notar que os períodos de tempo que Allport usa são muito próximos dos
períodos de tempo das fases de Freud.
Traços ou disposições
Autonomia Funcional