Você está na página 1de 55

PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE

PSICOLOGIA ANALÍTICA
CARL JUNG
AULA 4

Profa. Dra. VERA LELLIS


Psicóloga e Pedagoga
Doutora em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Mackenzie
OBRAS DE JUNG
O que é
inconsciente
pessoal?

O que é arquétipos?
O que é
Inconsciente
coletivo?

Quais são O que são


os complexos?
arquétipos?
CONSCIENTE
◦ As imagens conscientes são aquelas percebidas pelo Ego;
◦ Ego como o centro da consciência, mas não o centro da
personalidade;
◦ O Ego não é toda a personalidade, mas precisa ser completado pelo
Self mais abrangente, o centro da personalidade, que é inconsciente;
◦ Em uma pessoa psicologicamente saudável: O Ego assume uma
posição secundária ao Self inconsciente;
◦ A consciência desempenha um papel relativamente menor na
Psicologia Analítica.
INCONSCIENTE PESSOAL
◦ Abrange todas as experiências reprimidas, esquecidas de um indivíduo;
◦ Ele contém memórias e impulsos infantis reprimidos, eventos esquecidos e
experiências originalmente percebidas abaixo do limiar da consciência;
◦ É formado por experiências individuais e, portanto é único para cada
indivíduo;
◦ Algumas imagens no inconsciente pessoal podem ser lembradas com
facilidade, outras são recordadas com dificuldade e há aquelas que estão
além do inconsciente pessoal.
◦ Difere da visão de Freud (Espécie de inconsciente e pré -consciente);
◦ Os conteúdos do inconsciente pessoal são denominados: COMPLEXOS.
INCONSCIENTE COLETIVO
◦ Possui raízes no passado ancestral de toda a espécie;
◦ Os conteúdos físicos do inconsciente coletivo são herdados e
transmitidos de uma geração para seguinte como potencial
psíquico;
◦ Conceitos universais como: Deus, mãe, água, terra, entre outros;
◦ As pessoas em todos os climas e tempos foram influenciadas por
experiências de seus ancestrais primitivos;
◦ Portanto, os conteúdos do inconsciente coletivo são mais ou
menos os mesmos para as pessoas em todas as culturas.
INCONSCIENTE COLETIVO
◦ Esses conteúdos do inconsciente coletivo são ativos e influenciam
os pensamentos, as emoções e as ações das pessoas;
◦ É responsável pelos mitos, pelas lendas e pelas crenças
religiosas;
◦ Ele produz: grandes sonhos (com significados que vão além do
sonhador individual e que são cheios de significados para as pessoas
de todos os tempos e lugares).
ARQUÉTIPOS
O conceito de arquétipos surgiu em 1919;
A origem da palavra arquétipo
◦ A palavra “arquétipo” tem sua raiz na Grécia antiga:
◦ archein = original ou velho;
◦ typos = padrão, modelo ou tipo.
◦ O significado combinado desta duas palavras = padrão original;
◦ São imagens antigas ou arcaicas que derivam do inconsciente coletivo;
◦ Todos os seres humanos compartilham de certas formas de lidar com as experiências do seu cotidiano. Por
essa razão, é possível encontrar o mesmo arquétipo em diferentes lugares do mundo e em culturas
diversas;
◦ Jung chegou à conclusão que os arquétipos são conjuntos de imagens primordiais, provenientes de
uma sucessão de repetições progressivas de uma mesma experiência durante muitas gerações que
ficaram armazenadas no inconsciente coletivo;
◦ Expressa de várias maneiras: sonhos (principal fonte), fantasia e ilusões.
ARQUÉTIPOS
DIFERENÇAS
FREUD JUNG

◦ Também acreditava que as pessoas ◦ Colocava ênfase no inconsciente


herdavam predisposição para a ação; coletivo e empregava as experiências
◦ Conceito de dotação filogenética (Em pessoais para completar a
biologia a filogenia (ou filogênese) é o personalidade total.
estudo da relação evolutiva entre grupos
de organismos).
◦ Ele olhava primeiro para o inconsciente
pessoal e recorria somente à dotação
filogenética somente quando as
explicações individuais falhavam.
ALUCINAÇÕES
◦ Jung acreditava que as alucinações dos pacientes psicóticos
ofereciam evidências de arquétipos universais;
◦ Paciente com esquizofrenia paranoide olhava o sol através da janela.
Paciente implorou que Jung também observasse;
“Ele disse que eu devia olhar para o sol com os olhos entreabertos e,
então, conseguiria ver o falo do sol. Se eu movesse minha cabeça de
um lado para o outro, o falo do sol se moveria, aquela era a origem do
vento”. (Jung, 1931/1960b, p. 150).
Quatro anos depois, Jung deparou com um livro do filósofo alemão
Albrecht Dieterich que tinha sido publicado em 1903. O livro, escrito em
grego, tratava de uma liturgia derivada do chamado papiro mágico de Paris,
o qual descrevia um antigo rito dos adoradores de Mithras, o deus
persa da luz. Nessa liturgia, o iniciado devia olhar para o sol até que
conseguisse ver um tubo pendendo dele. O tubo, balançando de leste
para oeste, era a origem do vento. O relato de Dieterich do falo do sol
era praticamente idêntico à alucinação do paciente psiquiátrico que,
certamente, não tinha conhecimento pessoal do antigo rito.
OS ARQUÉTIPOS
PERSONA
◦ Refere-se a máscara usada pelos atores no teatro antigo;
◦ O lado da personalidade que as pessoas apresentam ao mundo;
◦ Cada indivíduo deve projetar um papel particular, o que a sociedade dita como postura mais adequada para
determinados contextos sociais;
PERSONA
◦ Não devemos confundir nossa face pública com nosso Self completo.
◦ Se nos identificamos muito com nossa persona, permanecemos inconscientes
de nossa individualidade e ficamos bloqueados para alcançar a
autorrealização.
◦ Se identificarmos em demasia com nossa persona, perdemos contato com
nosso Self interior e ficamos dependentes das expectativas que a sociedade
tem de nós.
◦ Para nós tonarmos saudáveis psicologicamente: temos que ter equilíbrio entre
as demandas da sociedade e o que de fato, somos.
◦ “Esquecer a própria persona é subestimar a importância da sociedade, mas não estar
consciente de nossa individualidade profunda é se tornar uma marionete da sociedade” (Jung,
1950/1959).
SOMBRA
◦ O arquétipo da escuridão e da repressão, representa aquelas qualidades que não desejamos
reconhecer e tentamos esconder de nós mesmos e de outros;
◦ A sombra consiste em tendências moralmente censuráveis, além de inúmeras qualidades
construtivas e criativas que, no entanto, somos relutantes em enfrentar.
SOMBRA
◦ Jung argumentava que, para sermos completos, precisamos nos esforçar de modo contínuo
para conhecer nossa sombra e que essa busca é nosso primeiro teste de coragem;
◦ É mais fácil projetar no lado negro de nossa personalidade nos outros, para ver neles a
feiura e o mal que recusamos ver em nós mesmos;
◦ Lidar com a escuridão dentro de nós mesmos é alcançar a conscientização da sombra;
◦ Infelizmente, a maioria de nós nunca se conscientiza da sombra e se identifica somente com o
lado positivo da nossa personalidade.
ANIMA
◦ Assim como Freud, Jung acreditava que todos os humanos são psicologicamente bissexuais e
possuem um lado masculino e um lado feminino;
◦ O lado feminino dos homens se origina no inconsciente coletivo como um arquétipo e
permanece muito resistente à consciência;
◦ Poucos homens tornam conhecimento de seu anima;
◦ Porque essa tarefa requer coragem e é ainda mais difícil do que tomar conhecimento de sua
sombra.
ANIMA

Ela deve ser a “alma”, no sentido primitivo, e comecei a


especular sobre as razões por que o nome “anima” era
dado à alma. Por que se pensava nela como feminina?
Posteriormente, percebi que essa figura feminina
interior desempenha um papel típico, ou arquetípico,
no inconsciente de um homem, e a denominei
“anima”. A figura correspondente no inconsciente
da mulher denominei “animus”. (p. 186)
ANIMA

◦ Jung acreditava que a anima se


originava das experiências
precoces dos homens com as
mulheres;
◦ Com o tempo, esse conceito global foi
incluído no inconsciente coletivo de
todos os homens como arquétipo
anima.
ANIMA
◦ Desde os tempos pré-históricos, cada
homem veio ao mundo com um
conceito predeterminado de mulher que
modela e molda todas as suas relações
com as mulheres.
◦ Um homem corre o risco de projetar sua
anima em sua esposa ou amante e a vê-la
não como ela realmente é, mas como seu
inconsciente pessoal e coletivo a
determinou.
ANIMUS
◦ O arquétipo masculino nas mulheres é chamado de
Animus;
◦ Animus é simbólico do pensamento e do raciocínio;
◦ Responsável pelo pensamento e opinião nas
mulheres;
◦ Ele pertence ao inconsciente coletivo e se origina
dos encontros das mulheres pré- históricas com
os homens;
◦ Em todo relacionamento homem e mulher, a
mulher corre o risco de projetar as experiências
com seus ancestrais como: pais, irmãos, amantes
e filhos;
◦ Além das experiências pessoais sepultadas em
seu inconsciente pessoal entram em suas relações
com os homens.
GRANDE MÃE
◦ Todos os homens e mulheres, possuem
arquétipos da grande mãe;
◦ Esse conceito está associado a aspectos
positivos e negativos;
◦ A grande mãe, representa duas forças
opostas:
 Fertilidade e nutrição. Capaz de produzir e
manter a vida;
 Devorar ou negligenciar a prole: destruição;
o Jung via a sua mãe com 2 personalidades/
origem dessa ideia.
GRANDE MÃE

Símbolo: árvore, jardim, campo arado, o


mar, o paraíso, uma casa, um país, uma Símbolo: Madrasta, bruxa.
igreja, objetos ocos, utensílios de cozinha.

Toas as influências que a literatura descreve exercidas sobre a criança não provêm propriamente da mãe, mas
do arquétipo projetado nela. As Lendas, os mitos, as obras literárias estão repletos de símbolos da Grande Mãe.
VELHO SÁBIO
◦ O arquétipo da sabedoria e
do significado;
◦ Simboliza o conhecimento
preexistente dos humanos
em relação aos mistérios da
vida;
◦ É inconsciente e não pode
ser experimentado por um
único indivíduo.
VELHO SÁBIO
◦ Políticos e outros que falam de modo
autoritário mas não de modo autêntico pode
soar como sábios;
◦ Apelam para razão e para emoção;
◦ Um homem ou uma mulher dominado pelo seu
arquétipo do velho sábio pode reunir um grande
número de discípulos usando um discurso que
soa profundo;
◦ O perigo para a sociedade é quando as pessoas
são influenciadas por um pseudoconhecimento
e confundem com a verdadeira sabedoria.
◦ Sonhos: podem aparecer como: pai, avô, filosofo,
guru, médico ou padre. Ele aparece nos contos de
fada como rei, sábio ou mágico.
HERÓI
◦O arquétipo de herói é
representado na mitologia e nas
lendas como uma pessoa
poderosa, às vezes um
semideus, que luta contra
grandes adversidades para
conquistar ou derrotar o mal na
forma de dragões, monstros,
serpentes e demônios.
◦ As vezes o herói vence e outras
vezes é anulado.
HERÓI
◦ A imagem de herói toca em um
arquétipo dentro de nós, conforme
demostrado por nossa
fascinação pelos heróis de
filmes.
◦ Quando um herói derrota o vilão,
ele nos liberta do sentimento de
impotência e miséria, ao mesmo
tempo servido de modelo para a
personalidade ideal.
SELF
◦ Jung acreditava que cada
pessoa possui uma tendência
para avançar em direção ao
crescimento, à perfeição e a
completude;
◦ O mais abrangente de todos os
arquétipos é o self;
◦ Reúne todos os arquétipos e
os une num processo de
autorrealização.
SELF
◦ Assim como os demais
arquétipos ele reúne
componentes conscientes
e inconscientes
pessoais, porém formado
com mais frequência por
imagens do inconsciente
coletivo.
Self
inclui
Todas as pessoas inconsciente
que são pessoal e
dominadas coletivo e não
pelo inconsciente deve ser
tendem a ser confundido com
patológicas. Ego que é
apenas
Para atualizar seu Self
as pessoas precisam superar seu medo do
consciente.
inconsciente, impedir que sua persona domine sua
personalidade, reconhecer o lado escuro de si
mesmo e então reunir coragem para enfrentar seu
anima ou animus.
ATITUDES

Definiu como uma predisposição a agir


ou reagir em determinada direção.
TIPOS PSICOLÓGICOS

INTUIÇÃO PENSAMENTO

EXTROV INTROVE
ERTIDO RTIDO
SENSAÇÃO SENTIMENTO

CONSCIENTE
OU
INCONSCIENTE
TIPOS PSICOLÓGICOS
INTROVERSÃO

◦ É quando a energia psíquica se volta para


o interior com uma orientação em
direção ao subjetivo;
◦ Estão afinados com seu mundo interno,
com todas as suas inclinações, fantasias,
sonhos, percepções individualizado. Jung teve uma crise de meia idade. Durante
esse período ele suspendeu seu lado
◦ Essas pessoas percebem o mundo extrovertido.
interno de maneira seletiva e com sua Ele parou de tratar seus pacientes, abdicou de
própria visão subjetiva. sua posição de palestrante na Universidade de
Zurich. Cessou sua escrita teórica e, por três
anos, percebeu –se totalmente incapaz de ler
um livro científico.
TIPOS PSICOLÓGICOS
As pessoas não são completamente
EXTROVERSÃO introvertidas ou extrovertidas.
As pessoas completamente saudáveis estão
◦ É a atitude na qual a energia em equilíbrio.

psíquica se volta para o


exterior, em direção ao objetivo
e se afasta do subjetivo.
◦ São mais influenciados pelo
entorno do que por seu mundo
interno.
◦ São pragmáticos.
FUNÇÕES

INTUIÇÃO LHES PENSAMENTO


PERMITEM POSSIBILITA
SABEREM A SEU RECONHECER
RESPEITO SEM SEU
SABER COMO. SIGNIFICADO.

SENSAÇÃO DIZ
SENTIMENTO
ÀS PESSOAS
LHE DIZ SEU
QUE ALGO
VALOR.
EXISTE.
FUNÇÕES
PENSAMENTO SENTIMENTO

◦ Atividade intelectual lógica; ◦ Sentimento para descrever o processo de avaliação de


uma ideia ou de um evento. (apreciação);
◦ PENSAMENTO EXTROVERTIDO: ◦ SENTIMENTO EXTROVERTIDO:

(objetivos) contam com pensamento Eles não são tão guiadas por sua opinião subjetiva, mas
pelo valores externos e por padrões de julgamento
concreto, mas elas também podem usar amplamente aceitos. As pessoas geralmente gostam delas
ideias abstratas se estas foram transmitidas devido a sua sociabilidade, mas, em busca de se adequarem
aos padrões sociais, elas podem parecer artificiais, superficiais;
de fora;
◦ SENTIMENTOS INTROVERTIDOS:
◦ PENSAMENTO INTROVERTIDO: baseiam seus julgamentos de valor principalmente
percepção subjetiva, em vez de em fatos objetivos. Ex.
reagem ao estímulo externo, porém sua críticos de arte. Pessoas com consciência individualizada,
intepretação de um evento é mais colorida uma atitude taciturna. Eles ignoram opiniões e sua indiferença
quase completa pelo mundo objetivo (incluindo pessoas), faz os
pelo significado interno que trazem consigo indivíduos à sua volta se sentirem desconfortáveis.
do que pelos fatos objetivos.
FUNÇÕES
SENSAÇÃO INTUIÇÃO
◦ A percepção além do trabalho da consciência. Assim
◦ A função que recebe estímulos físicos e os como à sensação, baseia- se na percepção de fatos
transmite para a consciência perceptiva; elementares absolutos, que fornecem o material bruto
◦ Não é idêntica ao estímulo físico, mas é para o pensamento e o sentimento;
simplesmente a percepção do indivíduo acerca ◦ Intuição difere de sensação, uma vez que ela é mais
dos impulsos sensoriais; criativa, em geral acrescentando ou subtraindo
elementos da sensação consciente;
◦ SENSAÇÃO EXTROVERTIDA:
◦ INTUIÇÃO EXTROVERTIDA:
percebe o estímulo externo de modo objetivo, de
forma muito parecida com a realidade; são orientadas para o mundo externo, percebem de modo
sublimar. São guiadas por pressentimentos e suposições
◦ SENSAÇÃO INTROVERTIDA: contrários aos dados sensoriais;
Em grande parte influenciado por suas sensações ◦ INTUIÇÃO INTROVERTIDA:
subjetivas como: audição, olfato, tato. Elas são
são guiadas pela percepção inconsciente de fatos que são
guiadas por sua interpretação dos estímulos
basicamente subjetivos e têm pouca ou nenhuma
sensoriais, não pelo estímulo em si.
semelhança com a realidade externa.
FUNÇÕES
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
◦ Jung acreditava que a personalidade se desenvolve por meio de uma
série de estágios que culminam na individuação ou autorrealização;
◦ Enfatizou a segunda metade da vida, o período entre 35 ou 40
anos;
◦ Essa fase a pessoa tem oportunidade de reunir vários aspectos da
personalidade e atingir a autorrealização;
◦ Fase que também pode surgir degeneração ou reações rígidas;
◦ A saúde psicológica das pessoas está na capacidade das pessoas
da meia idade de atingir o equilíbrio;
◦ Tal capacidade é proporcional ao sucesso alcançado na jornada
pelos estágios anteriores.
ESTÁGIOS DO
DESENVOLVIMENTO
ESTÁGIOS DO
DESENVOLVIMENTO
INFÂNCIA
TRÊS SUBESTÁGIOS:
1) ANÁRQUICO: é caracterizado pela consciência caótica e esporádica. Podem existir “ilhas de
consciência”, mas há pouca ou nenhuma conexão entre essas ilhas. As experiências por vezes
entram na consciência como imagens primitivas, incapazes de serem verbalizadas com precisão;
2) MONÁRQUICO: caracterizado pelo desenvolvimento do Ego e pelo começo do pensamento
lógico e verbal. Durante esse tempo, as crianças veem-se objetivamente e com frequência,
referem-se a si mesmas na terceira pessoa. As ilhas de consciência se tornam maiores, mais
numerosas.
3) DUALISTA: O Ego surge com capacidade de percepção. O Ego é dividido em objetivo e subjetivo.
As crianças agora se referem a si mesmas na primeira pessoa e estão conscientes de sua
existência como indivíduos separados. Durante esse período, as ilhas de consciência se
transformam em uma terra, contínua, habitada por um complexo Ego que se reconhece tanto como
objeto quanto sujeito.
ESTÁGIOS DO
DESENVOLVIMENTO
JUVENTUDE MEIA IDADE

◦ O período da puberdade até metade da ◦ Começa por volta dos 35 a 40 anos;


vida e chamada de Juventude; ◦ Período de grande potencial;
◦ Os jovens se esforçam para obter
◦ Elas se tornam rígidas e fanáticas ao
independência psíquica e física de seus
tentarem se apegar a sua atratividade e
pais;
agilidade física. Vendo seus ideais
◦ Fase de encontrar um parceiro e formar uma mudarem, elas podem lutar
família e ter um lugar no mundo; desesperadamente para manter sua
◦ Fase de aumento da atividade, maturação da aparência e seu estilo de vida juvenil.
sexualidade e crescimento da consciência; ◦ Como viver plenamente na meia idade? As
◦ PROBLEMA: Princípio da Conservação- pessoas que não viveram a juventude e a
consciência limitada da infância, desejo de meia idade com valores infantis;
viver no passado. ◦ Redescobrir novos significados.
ESTÁGIOS DO
DESENVOLVIMENTO
VELHICE AUTORREALIÇÃO

◦ Redução da consciência; ◦ O renascimento psicológico, também é


chamado de autorrealização ou
◦ Se as pessoas têm medo da vida durante
individuação;
os primeiros anos, estão a temer a morte
durante os últimos anos; ◦ É o processo de se tornar um indivíduo
ou pessoa completa;
◦ Pacientes de Jung: comportamento
regressivo. Jung ajudava seus paciente ◦ PSICOLOGIA ANALÍTICA: psicologia dos
a terem novos objetivos de vida e opostos (Integração);
encontrar significado no viver; ◦ As pessoas atingem a realização do Self,
◦ Sonhos das pessoas idosas são repletos minimiza sua persona, reconheceram sua
anima ou animus e adquirem um equilíbrio
de símbolos de renascimento.
entre introversão e extroversão (Raro).
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE JUNG
◦ Jung defendia com persistência o fato de ser um
investigador científico, fugindo dos rótulos de místico e
filósofo;
◦ O estudo da personalidade não é prerrogativa de uma
única disciplina;
◦ Em uma carta a Calvin Hall, datada de 6 de outubro de
1954, Jung argumentou:
“Se você me chama de ocultista porque estou
investigando seriamente fantasias religiosas,
mitológicas, folclóricas e filosóficas nos indivíduos
modernos e em textos antigos, então, você é obrigado a
diagnosticar Freud como um pervertido sexual, uma vez
que ele está agindo da mesma forma com as fantasias
sexuais” (Jung, 1975, p. 186).
“Nem tudo o que crio é escrito pela minha cabeça mas
boa parte também provém do coração” (Jung,
1943/1953, p. 116).
MÉTODOS DE
INVESTIGAÇÃO
DE JUNG ANÁLISE DE
SONHOS
EXTENSA PSICOTERAPIA
LEITURA IMAGINAÇÃO
VÁRIOS ATIVA
ASSUNTOS

ASSOCIAÇÃO
DE PALAVRAS
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE JUNG
TESTE DE ASSOCIAÇÃO DE PALAVRAS TESTE DE ASSOCIAÇÃO DE PALAVRAS

◦ Jung não foi o primeiro a usar o teste de ◦ Finalidade: trazer à tona complexos
associação de palavras, mas pode receber (conglomerado de imagens individualizada)
os créditos por ajudar a desenvolvê-lo e e com matriz emocional;
refiná-lo; ◦ Administração do teste: Jung usava uma
◦ Usou a técnica em 1903 e falou dessa lista de palavras estímulo, escolhidas e
técnica em várias palestras, inclusive nos organizadas para despertar uma reação
EUA; emocional. Ele instruía a pessoa a
responder a cada palavra- estímulo com a
◦ Ele poucas vezes usou essa técnica mas primeira palavra que lhe viesse a mente.
continuou sendo associada ao seu nome. Jung registrava cada resposta verbal, o
tempo levado para dar a resposta, ritmo
respiratório;
◦ Certos tipos de reações indicam que a
palavra- estímulo tocou em um complexo;
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE JUNG
ANÁLISE DOS SONHOS
ANÁLISE DOS SONHOS
◦ Jung concordava com Freud em relação ao ◦ Jung acreditava que as pessoas usavam
fato que os sonhos têm significado e símbolos para representar uma variedade
devem ser levados a sério; de conceitos e não meramente sexuais;
◦ Ele também concordava com Freud no ◦ Os sonhos tentativa de conhecer o
sentido de que os sonhos se originam no desconhecido (inconsciente);
inconsciente e seu significado latente é ◦ Propósito da análise do sonhos: trazer à
expresso de maneira simbólica; tona elementos do inconsciente pessoal e
coletivo e integrá-los à consciência para
◦ Discorda de Freud sobre sonhos são
facilitar o processo de autorrealização;
realização de desejos e que a maioria dos
símbolos dos sonhos representa impulsos ◦ Vida incompleta Self irá se esforçar
sexuais. para completar mediante aos sonhos.
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE JUNG
IMAGINAÇÃO ATIVA
IMAGINAÇÃO ATIVA
◦ Esse método requer que uma pessoa ◦ Jung acreditava que a imaginação ativa
comece com qualquer impressão: uma possui vantagens sobre a análise dos
imagem do sonho, uma visão, um quadro sonhos, já que as imagens são produzidas
ou uma fantasia- e se concentre até que a durante um estado consciente da mente;
impressão comece a “se mover”; ◦ Às vezes, Jung pedia para o paciente
◦ Finalidade: revelar imagens arquetípicas desenhar.
que emergem do inconsciente; ◦ Veja:https://www.youtube.com/watch?
◦ Técnica pode ser útil para a pessoa ter v=UyhIhuBhIHk
maior conhecimento do seu inconsciente
pessoal e coletivo.
MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO
DE JUNG
PSICOTERAPIA
PSICOTERAPIA
4 ESTÁGIOS: 4) TRANSFORMAÇÃO: terapeuta precisa
1) CONFISSÃO SEGREDO PATOGÊNICO: primeiro ser transformado como ser humano
saudável, submetendo a psicoterapia.
catarse é efetiva;
Somente depois é que o terapeuta seria
2) INTERPRETAÇÃO, EXPLICAÇÃO E capaz de ajudar os pacientes na direção da
ELUCIDAÇÃO: compreensão das autorrealização;
causas das neuroses;
◦ Jung era muito eclético em sua teoria e
3) EDUCAÇÃO PARA SEREM SOCIAIS: na prática de psicoterapia;
(Influência de Adler) OBS: infelizmente, ◦ Seu tratamento variava de acordo com a
deixa o paciente adaptado no âmbito idade, o estágio do desenvolvimento e o
social. problema particular do paciente.
TIPOS DE PESQUISA BASEADO
NA TEORIA DE JUNG

TIPOS DE PERSONALIDADE PERSONALIDADE


PERSONALIDADE E FINANÇAS E LIDERANÇA
CRÍTICAS

ASSUNTOS COM IMPOSSÍVEL DE A CLASSIFICAÇÃO


RELIGIÃO E VERIFICAR: TIPOLÓGICA GEROU
MITOLOGIA ALGUNS VÁRIAS PESQUISAS
CONCEITOS. É BEM ACEITA.
ATRAIU GRANDE PODEM REPELIR DIFÍCIL DE TESTAR TEORIA ÚTIL PARA
NÚMERO DE ALGUMAS EMPIRICAMENTE.
PSICOTERAPEUTAS,
PROFISSIONAIS E PESSOAS. PAIS E
LEIGOS. PROFESSORES.
REFERÊNCIAS
◦ FEIST, J.; FEIST, G. J.; ROBERTS, T. Teorias
da personalidade. 8. ed. Porto Alegre: AMGH,
2015.

Você também pode gostar