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Clube de Energias Renováveis

Professor Fernando Ferreira

REGULAMENTO CARROS.
I. REGULAMENTO GERAL
a) Não poderão participar no concurso membros do júri.
b) As equipas deverão ser constituídas por 1 a 5 elementos.
c) O Escalão CARROS é aberto a todos os participantes dos 9 aos 19 anos em representação
de escolas ou outras instituições.
d) Cada equipa pode apresentar a concurso apenas um protótipo.
e) O presente regulamento é de cumprimento obrigatório.

II. PROTÓTIPO
1. Fonte de energia
a) Toda a energia do protótipo terá que ser fornecida exclusivamente pelos painéis fotovoltaicos
cuja quantidade é apenas limitada pelas dimensões máximas do veículo.
PENALIZAÇÃO: Desclassificação.
b) As células fotovoltaicas devem ser de silício monocristalino, policristalino ou amorfo.
PENALIZAÇÃO: Desclassificação.
2. Módulo solar fotovoltaico e estrutura de suporte
Ao conjunto de células fotovoltaicas conectadas eletricamente entre si, atribui-se o nome de
módulo fotovoltaico. O apoio ou base de sustentação das células fotovoltaicas (módulo
fotovoltaico) é designada estrutura de suporte. Esta estrutura terá que obedecer aos seguintes
critérios:
a) Terá que ser amovível do carro.
b) Estar integrada no carro.
c) Não fazer parte do chassi ou dos painéis laterais ou frontais.
d) A estrutura de suporte deverá possuir um interruptor on/off e poderá ser utilizado para
modificar manualmente a tensão de alimentação do motor elétrico.
e) Não é permitida a instalação ou utilização de sistemas eletrónicos, mecânicos, óticos, rádio,
comandados ou uma sua combinação, para alterar a tensão de alimentação do motor.
PENALIZAÇÃO: a), b), c), d) 5 segundos por incumprimento, e) desclassificação
3. Chassis
O protótipo deverá ter um sistema rígido, independente, separado do módulo fotovoltaico.
PENALIZAÇÃO: 5 segundos por painel.
4. Dois painéis laterais
Devem ser colocados lateralmente à carroçaria dois painéis informativos para identificar o
número de competição (atribuído pela Organização), o nome do carro (ou equipa), o nome da
instituição que representa, e exibir os eventuais patrocínios e apoios. Estes devem facilmente
ser vistos por espectadores quando o carro estiver em competição. Cada painel lateral deve ter
espaço que permita colocar um autocolante com pelo menos 120 mm por 50 mm.
PENALIZAÇÃO: 5 segundos por painel.
5. Identificação
Deve constar no carro o nome da equipa e da associação ou estabelecimento de ensino que
representam, com letras de pelo menos 10mm de altura. Podem figurar em qualquer um dos
painéis do carro desde que visíveis durante a competição (a organização salvaguarda o direito
de impedir de competir protótipos que contenham linguagem, símbolos e/ou desenhos
considerados ofensivos).
PENALIZAÇÃO: 5 segundos por incumprimento.
6. Espaço de carga
a) O protótipo deverá transportar uma lata de refrigerante de 33 cl (cilindro com 116 mm de altura
e 33 mm de raio) colocada perpendicularmente ao sentido de movimento.
b) A lata terá que ser amovível.
c) Durante as verificações técnicas, o protótipo será testado com uma lata cheia de modo a
assegurar a sua resistência estrutural.
PENALIZAÇÃO: Espaço de carga existente, mas com dimensões ligeiramente diferentes: 5
segundos, espaço de carga muito reduzido ou não existente: Desqualificação.
7. Não são permitidos modelos comerciais
Os protótipos em competição não devem usar chassis ou partes do corpo de modelos comerciais
de carros construídos (naturalmente) em série. Não se considera incluído nesta regra as peças ou
componentes, tais como, engrenagens, rodas, suspensão, veios ou equivalentes.
PENALIZAÇÃO: Desqualificação.
8. Dimensões máximas
a) A dimensão do carro, que será verificada
na inspeção, tem como dimensões
máximas 650 mm x 320mm x 180mm (C x
L x A).
b) Nenhuma parte do carro pode estar mais
distante do que 200mm do centro da calha
onde corre.
PENALIZAÇÃO: Desqualificação.
9. Sistemas de armazenamento de energia
Não é permitido a utilização de sistemas de
armazenamento de energia de origem elétrica, mecânica ou química.
PENALIZAÇÃO: Desqualificação
10. Sistema eletrónicos
Não é permitido o uso de quaisquer sistemas eletrónicos de variação de tensão e corrente,
maximizers, dispositivos remotos de controlo do protótipo ou max point trackers. À organização
reserva-se o direito de impedir o uso de qualquer dispositivo eletrónico, mesmo que a sua
designação não esteja mencionada neste artigo.
PENALIZAÇÃO: Desqualificação.
11. Motor
Poderá ser utilizado qualquer motor, no entanto, a equipa deverá estar pronta a fornecer o
fabricante e o modelo de modo a verificar eventuais sistemas de acumulação de energia.
PENALIZAÇÃO: 5 segundos por incumprimento.
12. Rodas
O diâmetro das rodas não está limitado. Para evitar danificar a pista, não são permitidas rodas
de borda aguçada, devendo para isso ser respeitando o mínimo de 1mm de rasto ou ter um raio
de curvatura não inferior a 0.6mm, medido na superfície de rotação.
PENALIZAÇÃO: 5 segundos por roda.
13. Guia de direção

Cada carro deve incorporar os meios de direção necessários para acompanhar a guia de betão
de secção quadrada, com as dimensões nominais de 20mmx20mm, chumbada ao piso, seguindo
o contorno da pista em 8. O sistema de direção deve ser projetado para funcionar de acordo com
o esquema em anexo. Chama-se a atenção para o facto de poderem surgir pequenas oscilações
nas dimensões das guias de direção. Deverá ser tida em conta uma tolerância de 20%.

PENALIZAÇÃO: 5 segundos por incumprimento.


14. Condutor
a) De modo a garantir a segurança do veículo, necessitamos de um condutor. Este será um
ovo de galinha, tamanho L, fornecido pelos comissários de prova. O ovo não poderá ser
cozido, pintado ou sofrer qualquer tratamento que lhe aumente a resistência. O condutor
deverá completar a corrida sem qualquer estrago, caso contrário, o seu veículo será
considerado inseguro e perderá a manga em questão.
b) Atenção: não poderá ser usado cinto de segurança ou dispositivo similar
PENALIZAÇÃO: 20 segundos.
15. Cabine do condutor

Cada carro deverá ter, à frente, uma cabine para o


condutor, onde o ovo deverá ser colocado
verticalmente (ver figura). A cabine deverá estar
totalmente selada de modo a que, se o ovo se partir,
não suje a pista. A cabine deverá, também, incluir um
para-brisas transparente. O ovo deverá ter uma área
com pelo menos 10 mm livre à sua frente, ao longo do
arco de 180 visíveis, e um espaço com pelo menos 3
mm entre o tejadilho e a parte superior do ovo.

PENALIZAÇÃO:

Anomalia grave - 5 segundos.

Ausente - 20 segundos.
III A PISTA
a) A prova irá decorrer numa pista em forma de “8”, com aproximadamente 86 metros de
perímetro.
b) A pista apresenta dois carris que permitem que dois protótipos corram simultaneamente.

IV SERIAÇÃO
Dependendo do número de concorrentes e do tempo disponível, podem ser utilizados os seguintes
esquemas de seriação:
a) Todos contra todos. Os 2 ou 4 melhores protótipos (mediante o número de participantes
inscritos) disputarão uma final para determinação do vencedor.
b) Divisão aleatória dos protótipos em grupos. Os melhores de cada grupo disputam uma série de
eliminatórias até às finais e meias finais.
Nota: O decorrer da competição está dependente de vários fatores, tais como, número de
concorrentes no escalão, o tempo disponível e condições climatéricas. A organização salvaguarda
o direito de alterar o método de seriação, se tal for necessário, e das suas decisões não cabe
recurso.

V COMPETIÇÃO
1. Cada corrida será disputada em 2 mangas, trocando de pista, vencendo a equipa que obtiver
o maior número de vitórias.
2. Em caso de empate, realizar-se-á uma terceira manga.
3. Caso um protótipo não consiga terminar a manga em questão, será usada a seguinte fórmula:
Tempo da manga (s)= TMAX+VOLTA-DIST
TMAX= Tempo máximo permitido para a manga (normalmente 120s.)
DIST= Distância em metros percorrida pelo carro.
VOLTA= Distância a percorrer numa volta completa (normalmente 100).
4. Em caso de avaria ou de condições climatéricas desfavoráveis, vencerá o carro que se tiver
deslocado uma maior distância ao fim de 2 minutos. No caso de 2 ou mais veículos se
deslocarem a mesma distância, vencerá o que primeiro tiver chegado a essa marca.
Nota: O decorrer da competição está dependente de vários fatores, tais como, o número de
concorrente no escalão, o tempo disponível e as condições climatéricas. A organização
salvaguarda o direito de alterar o decorrer das corridas se tal for necessário, não cabendo recurso
dessa sua decisão.

VI PARAGENS, AVARIAS E DESPISTES


1. Avarias e problemas durante uma prova
No caso de um veículo parar, o responsável pode acercar-se do protótipo, de modo a tentar
corrigir uma eventual anomalia (sempre dentro do tempo regulamentar), não podendo
empurrar o veículo para que ele comece a andar – e o reinício da marcha do veículo deve ser
sempre no exato ponto da sua paragem.
Caso o protótipo avaria durante uma manga, em caso algum essa manga será
repetida.
2. Despistes
No caso de um veículo se despistar, o responsável deve acercar-se do protótipo, de modo a
tentar corrigir uma eventual anomalia (sempre dentro do tempo regulamentar) e a colocar
novamente o veículo em pista – e o reinício da marcha do veículo deve ser sempre no exato
ponto da sua saída de pista.
Nota: Caso o veículo em despiste toque no adversário, perderá automaticamente a manga
em disputa.
3. Reparações entre corridas
Compete ao comissário de prova, mediante o tempo disponível, definir um tempo
máximo para as equipas poderem reparar.

VII AVALIAÇÃO
Os protótipos serão avaliados em condições de radiação solar natural (que poderão variar de acordo
com as condições climatéricas), na sessão de competição a realizar no Heliódromo Frei Gil, em Bustos,
cuja data e programação serão divulgadas oportunamente, de acordo com os seguintes moldes:
1. Avaliação do desempenho
a) Competição em pista, a decorrer em moldes a comunicar pela Organização em
função do número de equipas a concurso.
b) Pontuação:
1.º classificado – 15 pontos
2.º classificado. – 12 pontos
3.º classificado. – 10 pontos
4.º classificado. – 8 pontos
5.º classificado – 5 ponto
6.º ao último – 1 ponto
2. Avaliação da criatividade
a) Avalia as soluções técnicas adotadas, na segurança para o condutor, no aumento
da performance e na escolha de materiais efetuada pela equipa, nomeadamente,
quanto à utilização de materiais recicláveis, ecológicos, de utilização corrente e de
fácil acesso.
b) Pontuação
Muito Bom – 5 pontos
Bom – 3 pontos
Regular – 1 ponto
A pontuação final neste parâmetro resulta da média das pontuações atribuídas por
cada elemento do júri, arredondada à segunda casa decimal.
3. Avaliação estética
a) A avaliação deste tópico baseia-se na avaliação do design final,
nomeadamente, do formato, cores e grafismo, bem como, na relação
forma/funcionalidade.
b) Pontuação:
Muito Bom – 5 pontos
Bom – 3 pontos
Regular – 1 ponto
A pontuação final neste parâmetro resulta da média das pontuações atribuídas por
cada elemento do júri, arredondada à segunda casa decimal.
4. Entrevista/Domínio das soluções técnicas
a) Avalia o grau de conhecimento dos participantes sobre o protótipo e sua construção.
Caso o júri tenha dúvidas sobre se determinada parte do protótipo foi realmente
construída ou não pela equipa, poderá desclassificar o protótipo. As equipas devem
estar prontas a comprovar a construção do seu protótipo.
b) Pontuação:
Muito Bom – 5 pontos
Bom – 3 pontos
Regular – 1 ponto
A pontuação final neste parâmetro resulta da média das pontuações atribuídas por
cada elemento do júri, arredondada à segunda casa decimal.
5. Fórmulas de desempate:
a) A equipa melhor classificada será a que apresentar o melhor resultado no
critério desempenho.
Nota: a avaliação dos protótipos em cada um dos parâmetros é da exclusiva responsabilidade e
competência do júri e das suas decisões não cabe recurso.

VIII RELATÓRIO
1. No dia da competição, deve ser entregue impresso ao júri o Relatório do Projeto, onde
devem constar as seguintes informações:
1. Identificação do projeto;
2. Fotografias das fases de construção;
3. Materiais de construção;
4. Memória descritiva.
2. O Relatório poderá adotar a forma de livro ou poster.
3. O relatório deve provar que o projeto foi realizado pela equipa que o apresenta. Devendo
esta fazer-se acompanhar, se possível, de meios de prova complementares (fotos, vídeos,
etc.)
4. Em caso de dúvida sobre a questão apresentada no ponto anterior, o júri pode
desclassificar o protótipo, não cabendo recurso dessa decisão.
5. A não entrega de relatório implica a possibilidade de que o projeto não seja avaliado
perdendo toda a pontuação dessa avaliação.
IX PRÉMIOS
Cada Escalão terá a atribuição de prémios para os três primeiros protótipos do seu segmento na
competição. Os prémios serão divulgados em documentos de informação posterior.

X OUTROS
Reserva-se os direitos da Organização à atribuição de prémios adicionais (menções honrosas)
aos mencionados neste Regulamento, à alteração dos prémios a atribuir, bem como à não
atribuição de prémio a trabalhos que não reúnam as condições mínimas exigidas a concurso
nos diferentes escalões.
A organização não comparticipará ou reembolsará a aquisição de qualquer material de que
as equipas inscritas venham a necessitar para a construção dos seus protótipos

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