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MANUAL OPERACIONAL E MANUTENÇÃO DO CARREGA TUDO DE 6 EIXOS.

Chassi viga I

Chassi caixa

Prezado Cliente:

Neste manual além de contemplar informações sobre manutenção preventiva, cuidados e


verificações diárias você encontrará informações úteis e importantes para um melhor uso e durabilidade
de seu equipamento, abordando ainda pontos básicos para a sua segurança durante o uso.

Necessitando de informações adicionais, entre em contato com o nosso representante, ou


diretamente à FÁBRICA através de nosso telefone (22) 2737 7350.

CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO
DESCRIÇÃO DOS MODELOS E CONFIGURAÇÕES DOS SEMIRREBOQUES PRANCHAS
“CARREGA TUDO” COM 6 EIXOS.

Versões fornecidas:
Chassi plano nos modelos:
Plataforma rígida;
Plataforma extensível deslizante;
Plataforma extensível por módulo adicional.
Seis eixos sendo 1º, 2º e 6º auto direcionais;
Todos os modelos com suspensão pneumática integral.

Estrutura: Chassi construído em aço estrutural com limite de escoamento mínimo (MPA), que atende à
norma NBR 7007 nas configurações de vigas “I“ e "Caixa".
Travessas interligando as longarinas centrais às laterais em perfil “C”.
Fechamento lateral com argolas para ancoragem da carga.
Dois pés gravitacionais mecânicos, instalados na dianteira. Travas mecânicas através de pinos de
segurança. Assoalho nas opções, madeira ou chapa de aço.

Eixos: Vigas tubulares de 146 mm, rolamentos únicos 32218, com cubos para rodas 22,5 com pneus
275/70-22,5.

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Freios: Pneumático com acionamento derivado do Cavalo Mecânico, com duas linhas, emergência e
serviço, com lonas cônicas de 8", dotado de válvulas relê, descarga rápida, com frenagem progressiva
reservatório de ar 115 lts. Câmara dupla de freio para estacionamento, tipo Spring Brake, nos eixos
rígidos, conforme redação da Resolução 777/93. Equipado com componentes ABS (sistema
antitravamento das rodas) conforme determina a Resolução 380 Art. 1º.

Suspensão: Pneumática integral da marca SAF Holland modelo 421 H, eliminando vibrações
transferidas à carga, curso que atende operações no seguimento de cargas excedentes. Reservatório de
ar exclusivo ao sistema, com válvula niveladora e de alivio, que responde à velocidade e vazão
compatível, corrigindo as imperfeições do pavimento, equalizando a pressão no circuito e distribuindo o
peso homogêneo entre os eixos.

Sistema de articulação: Pescoço para dolly e almofada proporcionando engate na unidade tratora.
Mesa de apoio e atrito com a 5ª roda, provida de pino rei de 2" e 3 1/2, em aço, conforme norma NBR
5548, posicionado para acoplamento de cavalo mecânico 4x2 ou 6x4.

Sistema Elétrico; De conformidade com a Resolução 227 na versão 24 Volts com lanternas laterais e
traseira com iluminação LED e cabos condutores “PP” multicolor.

Pintura: Jateamento por granalha de aço em toda a estrutura Grau As 2 1/2, aplicação de fundo anti-
óxido e acabamento final na cor padrão do Cliente.

Acessórios
- Porta estepe instalado sobre o pescoço;
- Caixa de ferramentas sob o pescoço;
- Para-choque homologado modelo fixo conforme Resolução152;
- Apara barro de borracha;
- Faixas retro refletivas;
- Placa traseira de advertência (veículo longo/excesso lateral);

Garantia:
Garantia de 12 meses a partir da data de entrega abrangendo reparos necessários em
decorrência das falhas em materiais, montagem ou fabricação, desde que os defeitos sejam previamente
avaliados pela equipe da Morumbi ou de Assistência Autorizada.
As peças reconhecidas como defeituosas poderão ser substituídas ou recuperadas por profissionais
indicado ou pela própria equipe Morumbi.
Pneus e câmaras de ar são cobertos pelos respectivos fabricantes ou sua rede de concessionárias. A
Morumbi Implementos Rodoviários, não se responsabiliza por defeitos de fabricação destes
componentes.

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INSTRUÇÕES DE OPERAÇÃO
2- ENGATE ENTRE O CARREGA TUDO E A UNIDADE TRATORA:
ACOPLAMENTO
Antes de fazer o acoplamento verifique se o cavalo mecânico ou o dolly tem altura compatível com a
altura do pescoço do carrega tudo, levando em consideração que a plataforma de carga deverá
"obrigatoriamente" estar sempre em nível. Não fazer este nivelamento na válvula niveladora do
equipamento, pois esta regulagem deverá ser respeitado os parametros determinados pelo fabricante do
eixo/suspensão.
O acoplamento dos semirreboques prancha carrega tudo ao veículo trator é feito através da 5ª roda e o
pino rei.
Para um perfeito acoplamento recomendamos o seguinte:
1) Verificar se não há nada que impeça o acoplamento entre a unidade tratora e o rebocado sendo
que estejam em lugar nivelado.
2) Verificar se a 5ª roda da unidade tratora está suficientemente lubrificada.
3) Puxar o manípulo da 5ª roda, até que o “gavião” fique armado e totalmente aberto;
4) Verificar a altura da 5ª roda se está compatível com a chapa de atrito da prancha. O ideal é que
sempre o cavalo mecânico esteja entre 20 mm a 30 mm mais alto;
5) Aproximar lentamente o veículo trator do semirreboque, mantendo-o alinhado, suficientemente
até que o acoplamento realize-se perfeitamente. Neste momento o manípulo (trava) da 5ª roda
recuará automaticamente;
6) Assegurar-se do engate, movimentando a unidade tratora para frente em pequeno espaço, se o
acoplamento foi realizado. *aplicar o freio de estacionamento da unidade tratora.
7) Elevar as patolas dianteiras e travar os pinos passantes.
8) Fazer ligações pneumáticas e elétricas e inspecionar o funcionamento;
9) Certifique-se que a pressão de ar do veículo trator está adequada e aguarde até o circuito
pneumático da suspensão esta abastecido totalmente.
NOTA: Lembramos que enquanto o manípulo (trava) da 5ª roda não estiver totalmente recuado e
travado o engate não foi realizado totalmente. Nesse caso repita a operação.

ATENÇÃO: É de suma importância e segurança que o equipamento só trafegue


após certificar-se que o sistema pneumático da suspensão, freio, o sistema
elétrico estão funcionando perfeitamente e a plataforma de carga esteja nivelada.

DESACOPLAMENTO
1) Procurar sempre que possível um local adequado, ou seja, terreno plano e piso compacto.
2) Acionar o freio de estacionamento do veículo trator.
3) Desacoplar as mangueiras pneumáticas e desconectar as tomadas ABS e elétrica, recolhendo-
as aos seus suportes.
4) Baixar as patolas dianteiras e caso for necessário complementar com calço de madeira sempre
com maior área que as sapatas de apoio.
5) Puxar o manípulo da 5ª roda verificando se o mesmo está na posição aberto.
6) Avançar lentamente o veículo trator procedendo assim um perfeito desacoplamento.

PATOLA DIANTEIRA UTILIZADA PARA DESENGATE

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1) CUIDADOS ESPECIAIS
Para sua segurança, recomendamos os seguintes pontos que devem ser verificados antes do início de
uma viagem.
• Verifique se alavanca do acoplamento (trava) da 5ª roda está totalmente recolhida travando a
abertura do “gavião”.
• Certifique-se do bom funcionamento do sistema de freio e do sistema elétrico.
• Verifique e calibre os pneus conforme recomendações do fabricante dos mesmos.
• Verifique se os pneus sobressalentes estão bem fixos em seus devidos suportes e calibrados.
• Drene toda a água do reservatório de ar diariamente.
• IMPORTANTE: Reaperte grampos de mola e porcas das rodas (ver tabela de torque na pagina 16-
17 e 21), após a primeira carga e aferir após 6 meses ou quando realizar manutenção.
• Verifique periodicamente a regulagem dos freios cada 2000 km em condições normais ou se o
trafego é frequente em declive realizar regulagens a cada 1000 km.

2-CARREGAMENTO
A correta distribuição da carga é muito importante para a vida útil do seu equipamento e também
para a segurança do transporte.

IMPORTANTE: Este equipamento só poderá trafegar com AET (Autorização Especial de Transito),
portanto respeite a lei da balança conforme determina Resolução 11 que regulamenta e dá dimensões
aos conjugados para cargas excedentes. O excesso de carga danifica a prancha carrega tudo, seu
caminhão e as rodovias, comprometendo a segurança do transporte.

3-SUSPENSOR
Para o acionamento do suspensor sempre o faça com o veiculo sem carga e parado.
ATENÇÂO: Caso os suspensores forem acionados com o veículo carregado, haverá
danos gravíssimos na suspensão cujos eixos permanecerem no pavimento.
O circuito pneumático é dotado de válvula pilotada que interrompe o fluxo de ar inutilizando o
freio no eixo suspenso, evitando travamento.

CONHECENDO AS VALVULAS PUSH PULL

O conjunto de 4 válvulas de comando pneumático, tem por funções


elevar e bloquear os eixos auto direcionais, estão localizadas abaixo
da lateral esquerda

SUSPENSORES= PRECIONAR PARA ELEVAR O EIXO OPCIONAL


BLOQUEIO DO SITEMA DIRECIONAL= TRAVA TODOS OS AUTO DIRECIONAIS

Caixas de comando dos freios pneumático – vista lateral do equipamento

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Eixos auto direcionais

Os eixos autodirecionais têm uma geometria de construção a qual permite que as


pontas acompanhem o mesmo grau de giro da unidade tratora, no momento em que a
composição efetua curvas, eliminando o arraste dos pneus ao pavimento.
Esta geometria determinada “CASTER” proporciona um giro aos eixos auto direcionais
de 20° (vinte graus) para cada lado.

Na imagem abaixo vemos a proporção do giro das extremidades do 1º, 2º e 6º


eixos,sendo que este recurso poderá ser utilizado somente em marchas à frente. Quando em
marcha à ré observar os procedimentos seguintes.

1º, 2º e 6º eixos com as extremidades em 20° graus.

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Procedimentos operacionais:

A) Ao proceder manobras em MARCHA À RÉ- seguir as intruções:


Quando houver a necessidade de manobrar em marcha à ré, terá o condutor que
alinhar a prancha ao cavalo mecânico e bloquear o sistema direcional (eliminando
assim a articulação das pontas), acionando a VÁLVULA 3 localizada na caixa esquerda,
conforme indicado na foto abaixo:

Caixa de comando pneumático - Indicação da Válvula de bloqueio.

A-a) Quando a válvula é precionada ocorre o travamento da barra que interliga as


pontas articuladas (foto abaixo) . Quando pressionada, libera a barra e esta as articulações
das pontas. Tal bloqueio é feito por um cilindro de acionamento pneumático instalado no centro
do eixo.

Pressionar
para travar

Obs. O travamento ocorre apenas se os eixos estiverem em linha reta.

VALVULA CONTROLE DE ALTURA DA PLATAFORMA DE CARGA

Este recurso poderá ser utilizado quando em trajeto haja uma dificuldade, possibilitando
assim controle de altura para elevar ou baixar a suspensão.
Como indicado na imagem abaixo, ao girar a manopla para a esquerda baixa a
plataforma, à direita sobe. Ao atingir a altura desejada girar para “STOP” onde a ação desejada
é interrompida e estabilizada.

ATENÇÂO: Nunca baixar na totalidade o curso da suspensão e ao transpor a dificuldade


voltar a manopla no centro, aguardar que será automático a correção normal de trabalho.

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Cuidados operacionais:
Toda carga indivisível deverá ser distribuída na extensão do chassi do semirreboque de
forma que, haja compatibilidade e equalização proporcional aos conjuntos de eixos da
composição, atendendo assim a legislação.
Este equipamento, estritamente rodoviário, foi concebido para atender ao transporte de
cargas excedentes, e é equipado com a suspensão pneumática de maior curso do mercado.
No entanto, o estudo de tráfego deve contemplar estradas cujo pavimento não tenham
depressões e lombadas superiores a 400 mm.
Como qualquer equipamento de carga tem suas limitações, os desenhos esquemáticos
a seguir demonstram as situações que não deverão ser executadas;

SITUAÇÃO 1:
a) A unidade tratora está em nível superior devido à depressão a ser transposta;
b) A suspensão do equipamento com 420mm de curso chega a seu limite inferior, porém o
eixo está suspenso, perdendo o contato com o chassi e com o pavimento;
c) Assim, os eixos que estarão em contato com o pavimento e o chassi, neste momento,
estarão suportando toda a carga;

d) Esta ação acarretará sobrepeso ao cavalo mecânico, visto que os eixos do


semirreboque que deveriam auxiliá-lo estão suspensos.
Consequentemente, poderá ocorrer:
- Quebra do suporte (raquete) das bolsas pneumáticas;
- Deformação de eixos com cambagem negativa;
- Deformação do chassi do equipamento com flecha negativa no ponto em que a carga se
concentrar;
- Rompimento do chassi, viga “I“ na parte inferior;
- Comprometimento dos pneus, cuja capacidade técnica é bem próxima a do equipamento.

SITUAÇÃO 2:
Quando houver lombadas superiores a 420mm numa extensão longa, o conjunto
(cavalo / semirreboque) terá uma ação igual a de uma “gangorra”, e como o semirreboque tem
a maior parte da carga, o peso projetado na traseira elevará o cavalo, favorecendo a perda de
contato deste com o pavimento, o que comprometeria as capacidades de tração e de
frenagem, facilitando a ocorrência de acidentes.

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Nesta situação os danos são os mesmos que os descritos acima, sendo que o chassi do
semirreboque, neste caso, terá deformação com flecha positiva e rompimento da viga “I“ na
parte superior.
Nota: As bolsas pneumáticas que abrirem ao máximo ficarão sobrepostas
(viradas) e ao retornarem em sua posição de trabalho, neste caso as do 4º, 5º e 6º eixos e
na situação anterior o 1º, 2º e 3º eixos.

Todo veiculo de transporte de carga e equipado de suspensão pneumática, não poderá


ser içado sem que seus eixos sejam travados ao chassi.

Este ato seja total ou parcial, provocará abertura total do curso da suspensão
danificando as bolsas pneumáticas, pois ao retornarem na posição de trabalho ficarão
sobrepostas não acomodando as mesmas de forma precisa. Isto se dá por falta de pressão de
ar no circuito que no momento do içamento a válvula niveladora despressurizou o sistema.

Caso seja necessário o embarque por içamento, deverá seguir os procedimentos


abaixo:
A) Despressurizar o circuito da suspensão pneumática até que o curso da suspensão
esteja nulo ou no batente;

B) Fixar os eixos ao chassi do equipamento com correntes;

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C) Os pontos indicados acima pela seta deverão estar solidários, no momento do
içamento.
D) E depois de cumpridas as etapas acima, fazer o içamento;
E) No desembarque, colocar a prancha no pavimento;
F) Retirar as amarras dos eixos;
G) Abastecer os reservatórios de ar e aguardar até que o equipamento esteja com as
bolsas da suspensão pressurizadas antes de coloca-lo em movimento.

Nota- O conjunto não deverá transitar sem a pressão necessária no sistema.

Para instalação do extensor do chassi seguir procedimentos abaixo:

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Instale o pescoço, conferir torques nas agulhas superiores e travar os pinos dos acoplamentos
inferiores.

IMPORTANTE – Quando acoplado o cavalo mecânico, a prancha deverá permanecer nivelada,


caso a dianteira fique mais baixa adicionar os “Squash” (laminas) entre a plataforma traseira e
o extensor, fazendo com que o pescoço se projete para baixo na 5ª roda da unidade tratora,

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nivelando o conjunto transportador ou dando flecha positiva, necessária e adequada à carga a
ser transportada. Não é necessário retirar as agulhas superiores, apenas solte-as e levante
com macaco hidráulico a frente da plataforma dos eixos até haver espaço, em seguida inserir o
“squash” de cima para baixo encaixando nas agulhas. Solte o macaco e confira se a flecha foi
suficiente, se necessário adicione “squash” e aperte as agulhas.

SUSPENSÃO PNEUMÁTICA:

A suspensão pneumática não é um conceito novo. Ela foi introduzida com


características aceitáveis pela primeira vez em 1933 para um veículo experimental
chamado Stout Scarab, que utilizava pequenos compressores ligados a cada bolsa.
De lá para cá muita coisa evoluiu, mas o conceito se manteve. A suspensão a ar
é composta basicamente de uma bolsa normalmente de borracha pressurizada
internamente por ar comprimido que executa a função da mola em suspensões
convencionais. O ajuste de altura da plataforma em função das cargas é feito
automaticamente, através de uma válvula niveladora que controla o volume de ar nas
bolsas, mantendo equalizada a pressão de todos os eixos e compensando as
irregularidades do pavimento.
Atualmente este tipo de suspensão vem a cada dia sendo mais utilizada em
ônibus, caminhões e implementos pelas vantagens que oferece, tais como:

1. Maior absorção de irregularidades do solo com menores vibrações transmitidas


à estrutura do veículo, reduzindo significativamente os danos causados à carga
e ao chassi, aumentando a vida útil do equipamento;
2. Dirigibilidade mais segura, garantindo mais estabilidade ao veículo;
3. Aumento da vida útil dos pneus;
4. Baixo índice de ruídos;
5. Ausência de pontos de lubrificação;
6. Redução nos custos de manutenção;
7. Redução de peso do conjunto da suspensão, aumentando a capacidade de
carga transportada;
8. Redução de danos às estradas;
9. Maior conforto ao motorista e ao passageiro;
10. Possibilidade de redução no custo dos seguros das cargas;

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11. Melhor preço de revenda.
OBS: A suspensão pneumática deste equipamento é dotada de válvula
niveladora e está regulada de forma a proporcionar curso suficiente à atuação da
suspensão e levante do suspensor. Caso esta regulagem seja alterada fora dos
padrões, a atuação do suspensor e suspensão serão comprometidos, ocorrendo
vazamentos nas bolsas junto à base metálica de assentamento das mesmas.
Em caso de dúvidas, consulte este manual de manutenção.

Para atender à Resolução 210 Art. 9º, equipamos nosso carrega tudo com eixos
direcionais, pois diminui o arraste em curvas. Consideramos que a suspensão
pneumática, quando em seu projeto prevê todos os obstáculos e a severidade da
operação, contribui com 50% do sucesso, garantindo assim que os eixos sempre se
mantenham em contato com o pavimento e com a mesma distribuição de carga. A
pressão de ar que atua no sistema pneumático da suspensão é uniforme em todos os
eixos, contando com dois fatores importantes:
a) Bolsas longas proporcionando curso de atuação com excelente desempenho
mantendo os eixos por mais tempo em contato com pavimentos irregulares;
b) Circuito pneumático equipado por válvulas que equalizam a pressão ao tempo e
velocidade compatível.

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MANUAL DE MANUTENÇÃO
EIXO AUTODIRECIONAL E SUSPENSÃO PNEUMÁTICA

Suspensão a ar AR 421.43H
Eixo Auto Direcional Tipo ZL12-16580-03

TEMAS
Ajuste do sistema de altura da suspensão.
Alinhamento dos eixos.
Princípio funcional do eixo auto direcional.
Instruções para regulagem.
Instruções de manutenção.

Ajuste do sistema de altura da suspensão


Válvula Niveladora
Normalmente, os eixos com suspensão a ar requerem somente uma válvula niveladora.
A válvula niveladora controla a pressão de ar em todas as bolsas em relação ao
semirreboque, fazendo com que se mantenha a mesma distribuição de carga nos
eixos.
A haste da válvula niveladora deve ter pelo menos 200mm do comprimento útil, e deve
estar na horizontal quando o eixo estiver na posição de trabalho. Para checar a
posição, mova a haste suavemente para baixo. O ar deve escapar para atmosfera.

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Se o fluxo de ar entrar para as bolsas quando a haste for puxada para baixo, a haste
da válvula deve ser rotacionada 180°. Para isto a haste da válvula deve ser
desconectada.
A altura de trabalho da suspensão é regulada ajustando-se a haste.
O ajuste poderá ser realizado com o semirreboque vazio ou carregado, parado em um
terreno plano.

Nota
A válvula niveladora é fixada na estrutura do chassi com parafusos e conectada no eixo
pela haste. Nos semirreboques com seis eixos o sistema geralmente é conectado no 5º
eixo.

IMPORTANTE: A suspensão pneumática deste equipamento é dotada de


válvula niveladora e está regulada de forma a proporcionar, curso suficiente
à atuação da suspensão e levante do suspensor.
Caso esta regulagem seja alterada fora dos padrões recomendados, a
atuação do suspensor e suspensão será comprometida, ocorrendo fim de
curso, esmagamento e consequentemente vazamentos nas bolsas junto à
base metálica de assentamento das mesmas

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2- O ponto de referencia geométrico será o pino rei (Y) ao centro do primeiro eixo
rígido. Nesta primeira aferição, deixar a cota direita entre o pino rei e o 3º eixo (pois dos
rígidos é o 1º no sentido longitudinal) em -3 mm (menor) que o lado esquerdo.
Demonstrado na imagem abaixo.

3- Em seguida deixar a mesma distancia do lado A e o B quanto à posição dos eixos


aferidos. Com este procedimento, cria possibilidade que o semirreboque tenha o
mesmo traçado do cavalo mecânico em linha reta corrigindo o desnível da rodovia e o
3º eixo será a próxima referencia fazendo com que todos os demais permaneçam
paralelos com o mesmo.

4- Os eixos que equipa este “carrega tudo” tem 146 mm de diâmetro com espessura de
25 mm, capacitando-o a aplicação, e a inexistência de cambagem positiva, ou seja
“ZERO”.

NOTA: IMPORTANTE: Manter este manual em mãos quando realizar aferições


geométricas.
RECOMENDAÇÔES
A fim de evitar desgaste de pneus, nós recomendamos que esta geometria seja
realizada em intervalos regulares pelo sistema de medição óptica.
As possíveis causas de desvios no alinhamento do eixo são:
a)Grampos “U” folgados;
b)Desgaste da Bucha guia da mola;
c)Deformação dos componentes da montagem do eixo devido uso impróprio.

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DISPOSITIVO PARA O ALINHAMENTO

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Procedimento de Torque do Parafuso do Suporte Dianteiro M 30

NOTA: A altura de trabalho da suspensão pneumática deve ser ajustada e o


alinhamento do eixo realizado antes do aperto do parafuso M30.

Siga corretamente as instruções abaixo

= 1.200Nm

OBS: O torque de 400Nm + 120° ou 1/3 de volta = 1.200Nm (figura 3) é


imprescindível.
NOTA: Proceder ao reaperto aplicando o mesmo torque após os primeiros 3.000
Km e aferir a cada 30.000 km ou quando realizar realinhamento.

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TORQUES DA SUSPENSÂO

Princípio Funcional do Eixo Auto-Direcional

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Princípio funcional do amortecedor para estabilização
Durante o percurso de uma curva ou uma manobra de ultrapassagem, ocorrem
forças laterais nas superfícies de apoio dos pneus. Essas forças laterais (à esquerda e
direita), em razão do deslocamento dos mancais da manga de direção de 140 mm com
o centro do eixo, geram um momento de direção que atua sobre as mancais de direção
e força uma posição angular. Esta posição angular é o assim denominado ângulo da
direção do eixo.
A barra de direção proporciona o movimento giratório sincronizado entre a
manga esquerda e a direita.
O amortecedor para estabilização é apoiado por um lado no corpo do eixo e pelo
outro na barra de direção. Com isto, ele é comprimido (encurtado) ou tracionado
(alongado) conforme a direção da rotação das mangas de direção. Com o projeto
especial deste amortecedor para estabilização, sua mola espiral interna é sempre
comprimida nas duas direções.
Com a diminuição das forças laterais, a força da mola se sobrepõe às forças
laterais e força os pneus e as mangas de direção de volta para a posição reta. A mola
espiral, apoiada pelas propriedades de amortecimento do amortecedor para
estabilização, também é a razão para uma rodagem reta estável e isenta de vibrações.
Para possibilitar a marcha à ré com um eixo auto direcional, este deve ser
alinhado de forma rígida. Isto é conseguido pelo cilindro de trava de marcha à ré
acionado pneumaticamente, cuja tarefa é impedir a movimentação da barra de direção
e bloquear esta na posição central (rodagem reta).

Instruções para regulagem

Convergência
Os Eixos auto direcionais apresentam uma convergência de +14’ até + 24’ = mín. + 4
mm até máx. 7 mm (Y – X = 4 mm até 7 mm). A regulagem é feita pelo alongamento ou
encurtamento da barra de direção. Após soltar todas as braçadeiras de travamento, a
regulagem até a medida desejada pode ser feita por meio de rotação. Nesse caso, os
mancais da barra de direção não são tocados.
A geometria do eixo deve ser medida: AC – BD <= 3 mm.

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2.2 Caster
Quando montado na suspensão pneumática, o caster (distância entre centro do pino de
direção e o centro do eixo, alongados até o solo até o centro do apoio do pneu) pode
variar entre 130 mm (pino de direção inclinado para diante) e 170 mm (pino de
direção inclinado para trás) na posição de rodagem.

Figura 5

2.3 Cambagem
A queda da roda é definida em projeto e não pode ser regulada. Corresponde a +12’ de
queda positiva (corresponde a 3,5 mm/m) no eixo sem carga.

2.4 Ângulo da direção


O ângulo da direção está limitado em projeto a 20° em Eixos autodirecionais SAF. Em
caso de necessidade, este pode ser reduzido conforme a relação bitola – centros das
molas. Para isto, o parafuso de regulagem na manga da direção deve ser
desrosqueado conforme os valores da tabela a seguir (Figura 4) e em seguida,
rosqueados novamente.

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Procedimentos Específicos de Manutenção
Montagem / Desmontagem do Pino Mestre e Articulador

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Instruções de Manutenção

Tabela Geral de Manutenção: Para eixos e suspensões

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Peças para Eixo Autodirecional

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CIRCUITO PNEUMÁTICO INTEGRADO DA SUSPENSÃO E FREIO

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