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CONTEÚDO

CONFORME
Portaria 598/04

N R -1 0 B Á S I C O
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CAPÍTULO 7
Rotinas de Trabalho - Procedimentos
- Instalações desenergizadas
- Liberação para serviços
- Sinalização
- Inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento

CAPÍTULO 7

Rotinas de Trabalho
sit incillaorper sequat enit lum nos am zzriure

É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Rotinas de Trabalho
Introdução 3
Instalações Desenergizadas
O modo seguro de trabalho 4

Liberação para Serviços


A responsabilidade dos profissionais
11

Sinalização
Identificando os riscos
15

Inspeções
A importância das auditorias
19
Rotinas de Trabalho - Procedimentos

Rotinas de Trabalho
Introdução

As rotinas de trabalho são necessárias para estabelecer as regras, técnicas, critérios e procedimentos de
trabalho que envolvam eletricidade, de forma a proteger os funcionários contra exposição à descargas ou
choques elétricos, em cumprimento as exigências da NR-10.

Todo trabalho respeita uma rotina relacionada à sequência de atividades realizadas afim de se atingir um
objetivo, podendo ser realizado de diversas maneiras, sendo estas executadas de modo seguro ou não. É
por este motivo que a NR-10 estabelece alguns itens para que a atividade seja realizada com segurança.

Neste capítulo serão tratados todos os itens relacionados aos procedimentos de trabalho em instalações
desenergizadas, sendo:

• Liberação para serviços;


• Sinalizações;
• Inspeções de áreas;
• Serviços;
• Ferramental;
• Equipamentos.
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Instalações Desenergizadas
O modo seguro de trabalho

Conforme citado anteriormente, a desenergização é considerada uma medida de proteção coletiva


prioritária pela NR-10, de acordo com o item 10.2.8.2, pois permite controlar o risco elétrico, afim de garantir
a segurança e a saúde do trabalhador.

Abaixo são dispostos os procedimentos básicos para execução de atividades/trabalhos em sistemas e


instalações elétricas desenergizadas, sendo aplicado às áreas envolvidas direta ou indiretamente no
planejamento, programação, coordenação e execução das atividades, no sistema ou instalações elétricas
desenergizadas.

Antes de iniciar vamos apresentar alguns conceitos básicos para um melhor entendimento das rotinas de
trabalho.

Desligamento Programado Desligamento de Emergência

Procedimento necessário para que seja Interrupção do fornecimento de energia


possível a realização de manutenções no elétrica sem aviso prévio aos afetados.
sistema elétrico, seja residencial, industrial ou Se justifica por motivo de força maior,
em concessionárias de energia. circunstância provocada por fatos humanos
Sendo em indústrias ou em concessionárias ou pela existência de risco iminente à
a interrupção programada do fornecimento integridade física de pessoas, instalações ou
de energia elétrica, deve ser comunicada aos equipamentos.
afetados formalmente.

Interrupção Momentânea
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Impedimento de Equipamento Interrupção provocada pela atuação de


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equipamentos de proteção com religamento


Isolamentos elétricos de equipamentos automático.
ou instalações, eliminando a possibilidade
de energização indesejada, impedindo a
operação enquanto permanecer a condição
de impedimento. Pedido para Execução de Serviço (PES)

Documento emitido para solicitar à área


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Autorização para Execução de Serviço responsável pelo sistema ou instalação, o


impedimento de equipamento, sistema ou
Autorização fornecida pela área funcional, instalação, visando a realização de serviços.
ao responsável pelo serviço, liberando e Deve conter as informações necessárias à
autorizando a execução dos serviços. realização dos serviços.

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Responsável pelo serviço

Empregado da empresa ou da terceirizada que coordena e supervisiona os trabalhos, sendo


responsável pela viabilidade da execução das atividades e todas as medidas necessárias à segurança
dos envolvidos na execução das atividades, seja de terceiros, das instalações, ou a realização de todos
os contatos em tempo real com a área funcional responsável pelo sistema ou instalação.

Segurança
Os serviços devem ser planejados antecipadamente e executados por equipes qualificadas, habilitadas e
capacitadas, sempre com a utilização de equipamentos aprovados e em boas condições de uso, devendo,
o responsável pelo serviço, estar equipado com um sistema de comunicação com a área funcional
responsável pelo sistema ou instalação durante o período de execução da atividade.

A NR 10 apresenta um conceito de
desenergização que não é o simples NR10 - 10.5.1:
desligamento. Esse conceito, muito
utilizado em países da Europa, determina Somente serão consideradas desenergizadas as
uma sequência de procedimentos instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
para que o circuito seja considerado procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo:
seguro para o trabalho. Esta sequência é
conhecida como as cinco regras de ouro a) seccionamento;
da segurança, são elas: b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na
zona controlada (Anexo I); e
f) instalação da sinalização de impedimento de
reenergização.
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Seccionar o circuito de todas as fontes, de forma visível e efetiva, mediante


uso de seccionadores, interruptores seccionadores, ou outros meios
(Seccionamento).
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Comentário: O seccionamento é a abertura de um dispositivo de manobra


mecânico, que na posição aberta, assegura uma distância de isolamento
entre os contatos abertos. Deve ser visível e efetivo.

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Intertravamento ou bloqueio dos equipamentos que realizarão a


interrupção visível ou efetiva e a sinalização no comando dos mesmos
(Impedimento de reennegização).

Comentário: O Objetivo desta regra é garantir que não ocorrerão


fechamentos intempestivos dos dispositivos, seja por falha técnica, erro
humano ou causas imprevistas, utilizando para tanto o bloqueio mecânico,
com a aplicação de cadeados, bloqueio elétrico, bloqueio pneumático
ou bloqueio físico de contatos. Deve-se também instalar nos comandos
desses equipamentos cartazes ou placas que identifiquem a proibição de
manobras.

Comprovação de ausência de tensão (Constatação de ausência de tensão).

Comentário: A verificação de ausência de tensão deve ser feita no local


onde se vai realizar o trabalho e em todos os pontos onde foram abertas as
fontes de tensão (chaves). Esta comprovação deve ser efetuada sempre sob
o pressuposto de que existe tensão. Para tanto, deve-se tomar as seguintes
precauções:
• usar todos os equipamentos de proteção adequados;
• manter as distâncias de segurança;
• comprovar a ausência de tensão em todos os condutores e
equipamentos.
• por razões de segurança, considerar todo o equipamento ou condutor
energizado, enquanto não se demonstre o contrário;
• testar o detector de tensão em algum condutor energizado nas
redondezas.

Prover o aterramento e curto-circuito de todas as possíveis fontes de


tensão (Instalação de aterramento temporário com equipotencialização
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dos condutores dos circuitos).


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Comentário: Diz-se que uma instalação elétrica está aterrada quando


está diretamente conectada à terra mediante elementos condutores,
contínuos, sem soldas nem conectores. Diz-se que uma instalação elétrica
está em curto-circuito quando todos os seus elementos estão diretamente
unidos (conectados) entre si por condutores de resistência (impedância)
desprezível. Essa conexão à terra e em curto-circuito é considerada uma
operação conjunta, pois se realiza no mesmo equipamento.
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Em consequência, todos estes elementos curto-circuitados estão


equipotencializados.

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Colocar as sinalizações de segurança adequadas, delimitando a zona


de trabalho (Proteção dos elementos energizados existentes na zona
controlada).

Comentário: Consiste em sinalizar e delimitar a zona de trabalho ou zona


de perigo (zona com tensão), com os seguintes elementos: sinais (placas,
cartazes, adesivos, bandeirolas, etc) de cores e formas normalizadas, e com
desenhos, frases ou símbolos com a mensagem de prevenção de acidentes.
Os elementos empregados na delimitação devem ser fluorescentes, e para
os trabalhos noturnos, devem ser complementados com luzes autônomas
e intermitentes, com sinal de atenção.

Finalização dos Trabalhos


Uma vez realizados os trabalhos procede-se o retorno da instalação às suas condições iniciais, procedendo
na ordem inversa às cinco regras da segurança:

1º Retirar a sinalização de segurança e delimitações;


2º Retirar o aterramento e o curto circuito;
3º Retirar os intertravamentos e bloqueios nos comandos dos equipamentos de manobra;
4º Refazer os procedimentos ou manobras de seccionamento visual ou efetivo;
5º Comprovar a presença de tensão.

Serviços Programados
O coordenador da execução dos trabalhos em sistemas e instalações elétricas
desenergizadas, tem como responsabilidades apresentar os projetos a
serem analisados (incluindo respectivos estudos de viabilidade e tempo
necessário para execução dos trabalhos), deve definir os recursos materiais
e humanos para cumprimento do planejado e também entregar os projetos
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que envolverem alteração de configuração do sistema e instalações elétricas


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à área funcional responsável.

Para a realização dos desligamentos é necessário a realização de uma avaliação dos responsáveis pela
instalação, verificando as manobras, de forma que seja possível minimizar os desligamentos necessários
com a máxima segurança, analisando o impacto (produção, indicadores, segurança dos trabalhadores,
custos, etc.) do desligamento.

Para a execução dos serviços a equipe responsável deverá providenciar os seguintes itens:
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• Estudos de viabilidade de execução dos projetos;


• Levantamentos de campo necessários à execução do serviço;
• Materiais e equipamentos necessários;
• Documentação para Solicitação de Impedimento de Equipamento;
• Oficializado junto à área funcional o impedimento de equipamento, através do documento PES, ou
similar.

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Todas as intervenções em instalações elétricas que envolverem outras áreas ou empresas (por exemplo
concessionárias) devem ser programadas de acordo com os critérios e normas estabelecidos no Acordo
Operativo existente, envolvendo no planejamento todas as equipes responsáveis pela execução dos
serviços.

Pedido para Execução do Serviço


Para a emissão da ordem de serviço, no item 10.11.2 da NR-10 é indicado
que somente o trabalhador autorizado pode realizar esta emissão. O item
define ainda que deve conter no mínimo o Tipo, Data, Local e Referência ao
procedimento de trabalho.

10.11.2 – Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens


de serviço específicas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no
mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho
a serem adotados.

A emissão do Pedido para Execução de Serviço (PES) deverá ser realizada para cada serviço, quando de
impedimentos distintos.

Havendo dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, e a coordenação for do mesmo
responsável, emitir apenas um PES, no entanto, se para um mesmo impedimento, houver dois ou mais
responsáveis, obrigatoriamente deverá ser emitido um PES para cada responsável, mesmo que pertençam
a mesma área.

Encaminhar o projeto atualizado para a área responsável na programação de impedimento no caso de


existir alteração de configuração da instalação. Não existindo a possibilidade de envio do projeto atualizado,
é de responsabilidade do órgão executante elaborar um “croqui” contendo os detalhes necessários que
garantam a correta visualização dos pontos de serviço e das alterações de rede a serem executadas.

Após efetuada a programação e o planejamento da execução da atividade, a área responsável disponibilizará


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o documento PES para consulta e utilização dos órgãos envolvidos, sendo o gestor da área executante o
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responsável pela entrega da via impressa do PES aprovado ao responsável pelo serviço, que deverá estar
de posse do documento no local de trabalho.

Caso o responsável pelo serviço não esteja de posse do PES/AES, a área responsável não deve autorizar a
execução do desligamento.
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Procedimentos para Serviços de Emergência


É responsabilidade do órgão executante a determinação do regime de
emergência para a realização de serviços corretivos.

Os impedimentos de emergência deverão ser solicitados diretamente à área


responsável, devendo ser informando:

• O nome do solicitante e do responsável pelo serviço;


• O motivo do impedimento;
• Descrição e localização das atividades a serem executadas;
• Tempo necessário para a execução das atividades;
• Elemento a ser impedido.

A área responsável deverá gerar uma Ordem de Serviço - OS ou Pedido de


Turma de Emergência - PTE (ou similar) e comunicar, sempre que possível, os
afetados.

Concluído os serviços e liberadas as instalações elétricas por parte do


responsável pelo serviço, a área responsável coordenará o retorno à
configuração normal de operação, retirando toda a documentação vinculada
à execução do serviço.

Acidente - Rotinas de Trabalho


Piper Alpha
Piper Alpha, uma plataforma de grande porte, estava
situada no campo de óleo Piper, aproximadamente 193 km a
noroeste de Aberdeen, em águas de 144 m de profundidade.
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Nos primeiros tempos, produzia também gás de um poço e


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ultimamente produzia óleo de 2 poços. Era conectada por


um oleoduto e um gasoduto ao terminal Flotta, em Orkney e
com gasodutos a outras duas instalações.

A instalação consistia em uma torre de perfuração em um lado,


uma área de processamento e refino no centro, e alojamentos
para sua tripulação no outro lado. Uma vez que Piper Alpha
estava mais perto da costa que outras plataformas na área,
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tinha duas tubulações provenientes destas plataformas


conduzindo à sua área de processamento. Esta instalação
processava o gás proveniente das outras plataformas mais
o petróleo extraído por ela mesma, e então bombeava os
produtos para a costa.

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Acidente - Rotinas de Trabalho


Piper Alpha - O que deu errado?
Dia 06 de julho de 1988, um vazamento de condensado de gás natural que se formou sobre a
plataforma incendiou-se, causando uma explosão enorme. A explosão iniciou incêndios secundários
no óleo, derretendo a tubulação de chegada de gás. O fornecimento de gás causou uma segunda
grande explosão que engolfou toda a plataforma. Afirma-se que o desastre foi tão repentino e
extremo que uma evacuação tradicional foi impossível, mas há controvérsia a respeito. As pessoas
ainda estavam saindo da plataforma após o incêndio e explosão iniciais.

Uma análise dos eventos revela muitos pontos que deram errado, uma sequência de erros que
contribuíram para a magnitude do desastre. Na sequência, analisam-se os principais:

a) Sistema de ordem de serviço arcaico e não seguido à risca:


O evento que iniciou a catástrofe foi a tentativa do turno da noite de ligar a bomba reserva, que
estava inoperante por estar em manutenção. O pessoal do turno da noite desconhecia que esta
bomba estava em manutenção, por não haver encontrado a ordem de serviço correspondente.
Numa instalação industrial, o conhecimento das ordens de serviço em andamento é crucial
para o andamento do processo produtivo e para a segurança.
b) Sistema dilúvio anti-incêndio não funcionou:
O sistema dilúvio coletava a água do mar para o sistema abaixo da plataforma, próxima do
local onde os mergulhadores tinham que trabalhar em algumas etapas de perfuração. Para
segurança dos mergulhadores, o sistema de coleta de água era colocado em manual cada vez
que havia trabalho com mergulho nas proximidades, para evitar que os mergulhadores fossem
sugados pelas bombas. Com o tempo, os procedimentos foram relaxados e o sistema passou
a ser deixado em manual sempre, independente de haver ou não trabalho de mergulho nas
proximidades. Máxima segurança para os mergulhadores, fatal para a plataforma e para outras
167 pessoas pois, quando o sistema foi necessário, estava inoperante.
c) Rota de fuga:
As rotas de fuga não eram perfeitamente conhecidas e as pessoas não encontraram o caminho
até os barcos salva-vidas e saltaram no mar.
d) Áreas seguras:
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Ao contrário do que pensavam as pessoas, os alojamentos não eram à prova de fumaça e


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chamas. A maior parte dos 167 vítimas morreu sufocada na área dos alojamentos.
e) Treinamento
Embora houvesse um plano de abandono, três anos haviam se passado sem que as pessoas
recebessem treinamento nestes procedimentos. Planos de Ação de Emergência são inúteis se
existem apenas no papel e as pessoas não tomam conhecimento dele.
f) Paredes corta-fogo
As paredes corta-fogo em Piper poderiam ter parado a expansão de um fogo comum. Elas não
foram construídas para resistir a explosão. A explosão inicial as derrubou, e o fogo subsequente
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se espalhou desimpedido, quando poderia ter sido contido se as paredes corta-fogo tivessem
também resistido à explosão.
g) Auditorias
A Occidental Petroleum tinha auditorias de segurança regulares em suas instalações. Estas
auditorias foram executadas, mas não foram bem executadas. Poucos ou mesmo nenhum
problema eram levantados, embora houvesse assuntos sérios como corrosão de tubos e
cabeças de sistema dilúvio e muitos outros problemas.

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Liberação para Serviços


A responsabilidade dos profissionais

Nos procedimentos básicos para liberação da execução HazOp


de atividades/trabalhos em circuitos e instalações elétricas
desenergizadas, há a necessidade da existência de um É o estudo de operabilidade e riscos.
prontuário, sendo necessária a adoção de medidas Metodologia de Análise de Riscos
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos que foi desenvolvida para identificar
adicionais, através de técnicas de análise de risco. riscos e problemas operacionais em
plantas de processos industriais,
Assim sendo, pode-se dizer que não há a definição de um os quais, apesar de aparentemente
procedimento ou de uma atividade estanque, de uma não apresentarem riscos imediatos,
medida única, mas sim de um estudo de análise de risco, podem comprometer a produtividade
com uma técnica efetiva, como por exemplo, a metodologia e a segurança da planta.
de HazOp. A partir desse estudo é que serão definidas A técnica de Análise de Riscos HazOp
e direcionadas todas as medidas e ações de controle. orienta a realização de um estudo
Aplica-se às áreas envolvidas direta ou indiretamente no eficiente, detalhado e completo sobre
planejamento, programação, liberação, coordenação e as variáveis envolvidas no processo.
execução de serviços no sistema ou instalações elétricas. Através da utilização do HazOp, é
possível identificar sistematicamente
Quanto aos equipamentos e instalações tem-se que todas os caminhos pelos quais os
as empresas, necessariamente, devem manter esquemas equipamentos que constituem o
unifilares atualizados das instalações elétricas com a processo industrial podem falhar ou
especificação do sistema de aterramento e dos dispositivos serem inadequadamente operados,
de proteção. Nesse aspecto a análise de risco é fundamental, o que levaria à situações de operação
pois um diagrama unifilar pode abranger tão somente da indesejadas.
alimentação até os quadros de distribuição, como também Apesar de se tratar de uma técnica
cada lâmpada da instalação. desenvolvida na década de 60, pela
indústria química ICI, não existe ainda
Prontuário Elétrico uma padronização quanto ao seu uso,
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quanto as formas de apresentação


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Para empresas, cuja carga instalada é igual ou superior a dos resultados obtidos e sobre como
75kW (todas as empresas alimentadas em média/alta tensão conduzir eficientemente o estudo.
e algumas até em baixa), deverão manter um prontuário das
instalações, onde além do esquema unifilar, deverá conter,
no mínimo:

Equipamentos:
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• Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e de


aterramento;
• Certificação dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas e relatório técnico das
inspeções com as devidas recomendações.

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Profissionais:

• Conjunto dos procedimentos e instruções técnicas e administrativas com a descrição das medidas de
controle existentes;
• Especificação dos equipamentos de proteção individual e coletiva;
• Especificação do ferramental a ser utilizado;
• Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação e autorização dos
trabalhadores;
• Evidências dos treinamentos realizados.

Nas empresas integrantes do sistema elétrico de potência, além dos itens acima, deverá também haver:
a descrição dos procedimentos de emergência e a certificação dos equipamentos de proteção coletiva e
individual.

Quanto aos profissionais, passa a ser obrigatório um conjunto de procedimentos e instruções sobre quem
pode desenvolver as atividades, como serão desenvolvidas e quais serão os recursos utilizados. Para baixa
tensão é previsto que podem ser desenvolvidos procedimentos padronizados, o que já não pode ocorrer
nas instalações de média/alta tensão, onde deve ser analisado caso a caso e definido procedimentos para
cada intervenção, inclusive com os recursos para atuação em emergências.

Para a organização e manutenção do prontuário, com as devidas atualizações, é de responsabilidade


do empregador ou do profissional por este designado, porém, deve permanecer a disposição dos
trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços de eletricidade. Como todo o programa há a
necessidade da melhoria contínua, o que certamente inclui reuniões periódicas de para análise crítica do
programa definido e da melhoria contínua deste.

O prontuário é um conjunto de informações e procedimentos nas áreas de eletricidade, segurança


e atendimento à emergências. Mesmo havendo um profissional da área elétrica como elaborador
do prontuário, há a necessidade do envolvimento de profissionais (especialistas) de outras áreas,
notadamente na área de segurança, ou seja, há a necessidade da atuação de uma equipe multidisciplinar
para a elaboração e manutenção do prontuário.

Diagrama Unifilar
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O que deve conter?


Um diagrama unifilar é a representação simplificada do
sistema elétrico, nos quais todos os condutores de um circuito
são representados por uma linha única. Um bom unifilar deve
conter:
1. Especificação dos equipamentos de proteção;
2. Especificação do sistema de aterramento;
3. Especificação dos condutores e infra-estrutura;
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4. Correntes de curto-circuito 3F e F-T;


5. Nível de arco elétrico;
6. Categoria de equipamentos de medição;
7. Procedimentos de segurança.
8. Um diagrama unifilar deve ser mantido atualizado!

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Procedimentos
Havendo a necessidade da liberação de determinado equipamento ou circuito, deverá ser obtido o maior
número possível de informações para subsidiar o planejamento.

Para o planejamento deverá ser estimado o tempo de execução dos serviços, adequação dos materiais,
previsão de ferramentas específicas e diversas, número de empregados, levando-se em consideração o
tempo disponibilizado na liberação.

Para a agilidade no reestabelecimento dos circuitos com a máxima segurança no menor tempo possível,
as equipes devem ser dimensionadas e alocadas corretamente.

Definição das equipes e recursos, considerar: Conceitos Básicos:

• Comprimento do circuito; Falha


• Dificuldade de acesso; Irregularidade total ou parcial em um
• Período de chuvas, equipamento, componente da rede ou
• Existência de cargas e clientes especiais. instalação, com ou sem atuação de dispositivos
de proteção, supervisão ou sinalização,
Definição e liberação dos serviços, considerar: impedindo que o mesmo cumpra sua
finalidade prevista em caráter permanente ou
• Pontos estratégicos dos circuitos, temporário.
• Tipo de defeito;
• Tempo de restabelecimento; Defeito
• Importância do circuito; Irregularidade em um equipamento ou
• Comprimento do trecho a ser liberado; componente do circuito elétrico, que impede o
• Cruzamento com outros circuitos; seu correto funcionamento, podendo acarretar
• Sequência das manobras necessárias para sua indisponibilidade.
liberação dos circuitos envolvidos.
Interrupção Programada
Afim de minimizar a área a ser atingida pela Interrupção no fornecimento de energia
falta de energia elétrica durante a execução elétrica por determinado espaço de tempo,
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dos serviços, conforme citado anteriormente, programado e com prévio aviso aos setores
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a área responsável deve manter os cadastros envolvidos.


atualizados de todos os circuitos.
Interrupção Não Programada
Antes de iniciar qualquer atividade, o Interrupção no fornecimento de energia elétrica
responsável pelo serviço deve reunir os sem prévio aviso aos setores envolvidos.
envolvidos na liberação e execução da
atividade, e:
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1. Certificar-se de que os empregados envolvidos estão munidos de todos os EPI’s necessários;


2. Explicar aos envolvidos as etapas da liberação dos serviços a serem executados e os objetivos a
serem alcançados;
3. Transmitir claramente as normas de segurança aplicáveis, dedicando especial atenção à execução
das atividades fora de rotina;
4. Certificar de que os envolvidos estão conscientes do que fazer, onde fazer, como fazer, quando
fazer e porque fazer.

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Para a liberação da execução de serviços de manutenção, ampliação, inspeção ou treinamento, somente


deverá ser executada se o empregado responsável estiver com o documento específico que autorize a
liberação do serviço.

Todos os documentos que autorizam a liberação para a manutenção devem ser devolvidos antes do
retorno à operação dos equipamentos ou circuito.

Um empregado diferente daquele que o elaborou o programa de manobra que deve ser responsável
pela conferência. Havendo a necessidade de impedir a operação ou condicionar as ações de comando
de determinados equipamentos, deve-se colocar sinalização especifica para esta finalidade, alertando
claramente ao empregado autorizado a comandar ou acionar os equipamentos.

As tensões e frequências pelo mundo


Frequência elétrica é uma grandeza física que indica quantos ciclos a corrente elétrica completa em um
segundo. Se ela não for a correta, os equipamentos elétricos não funcionam ou funcionam de modo
inadequado. Quando as empresas de eletricidade começaram a se instalar no Brasil, elas funcionavam
de acordo com as máquinas importadas, projetadas para determinada frequência. As advindas da
Alemanha funcionavam em 50 Hz, e as americanas em 60 Hz.

Os europeus sempre pensaram no sistema métrico, múltiplos e submúltiplos de 10 (como no caso do


metro, decímetro, centímetro, etc.). Por isso, pensaram que o segundo deve ter 100 meios ciclos ou 50
ciclos”, surgindo aí a definição da frequência em 50 Hz, porque ela é dependente de tempo em segundos.

Por sua vez, “os americanos pensaram que, como a frequência depende do tempo e o sistema do tempo
sexagesimal é universal, a hora tem 60 minutos, o minuto tem 60 segundos, portanto, o segundo deve
ter 60 ciclos. Veja abaixo os níveis de tensão e frequências encontradas pelo mundo!
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Tensões e Frequências pelo mundo

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Sinalização
Identificando os riscos

Tem como objetivo adotar critérios mínimos para orientar, alertar, avisar e advertir quanto aos riscos ou
condições de perigo visando a segurança física e operacional dos trabalhadores envolvidos, bem como a
segurança de terceiros.

Todos os trabalhadores (próprios e prestadores de serviços), devem conhecer os procedimentos de


sinalização. Os procedimentos devem estar padronizados e documentados.

Fita, placa, cone, bandeirola, grade, sinalizador, etc, são exemplos de materiais de sinalização.

Exemplos de placas:

Alertar a Operação, Manutenção e Construção quanto a necessidade de espera de


um tempo mínimo para fazer o Aterramento Móvel Temporário de forma segura e
iniciar os serviços.

Advertir quanto ao perigo de explosão. Deve ser


fixada no lado externo do local. Exemplo: fontes de
calor com os gases presentes em salas de baterias e
depósitos de inflamáveis.

Placa colocada no comando local dos equipamentos que não devem ser
operados devido a segurança.
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Alertar quanto a necessidade do acionamento do


sistema de exaustão, para retirada de possíveis
gases no local. Exemplo: sala de baterias

Alertar quanto a possibilidade de partida automática de grupos auxiliares de


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emergência.

Advertir equipamento energizado, mesmo estando


no interior da área delimitada.

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Placa instalada permanentemente em áreas com perigo de ultrapassar onde


haja a possibilidade de choque elétrico.

Advertir terceiros para não subir, devido ao perigo


da alta tensão. Instaladas em torres, pórticos e
postes de sustentação de condutores energizados.

Advertir terceiros quanto aos perigos de choque elétrico nas


instalações dentro da área delimitada. Instalada nos muros e cercas
externas das subestações.

Alertar quanto à obrigatoriedade do uso de determinado equipamento


de proteção individual.

Identificação de painéis/quadros e circuitos:

É de vital importância também a sinalização/identifcação de circuitos, quanto sua origem, tensão e demais
riscos.

É importante também a sinalização de quadros energizados, bem como suas cores.

A NR-10 indica para nós as cores que devem sinalizar circuitos ligados e desligados. No item 10.3.9 o texto
nos diz:
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10.3.9 - b)indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde – “D”,
desligado e Vermelho - “L”, ligado);

A NBR 14039 também solicita esta convenção de cores.


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Circuito Ligado ou Comando Liga

Circuito Desligado ou Comando Desliga

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Um quadro bem sinalizado deve conter alguns elementos, conforme vemos abaixo:

• Sinalização com sinaleiros vermelhos, indicando a presença


de tensão no quadro;
• Nome (TAG) do quadro;
• Dados do fabricante, ano, telefones, etc;
• Sinalização de Perigo;
• Sinalização de Nível de Tensão;
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• Sinalização de Riscos;
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• Porta-projeto interno com o diagrama unifilar do quadro;


• Identificação da origem de alimentação do quadro;
• Identificação dos circuito de saída;
• Instruções de segurança.
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As tomadas também devem ter sua tensão


sinalizada e também a identificação de seu
circuito de origem.

Ainda temos as sinalizações de local de trabalho, de


impedimentos de reenergização, entre outros.

As tomadas pelo mundo


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Com a nova troca do padrão brasileiro de


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pluges, o Brasil fica com muito padrões,


muitas vezes heranças de outros países.
Verifique no quadro se você conhece
estes pluges e suas origens!
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Padrão Brasileiro

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Inspeções Ferramenta
A importância das auditorias
O termo ferramenta
Inspeções nas áreas de trabalho, nos serviços a serem executados, deriva do latim,
no ferramental e nos equipamentos utilizados, são de suma pode ser um
importância para garantir a qualidade desejada. Tem como utensílio, dispositivo
objetivo vigiar e controlar as condições de segurança, bem como ou mecanismo físico ou intelectual
identificar as situações de “perigo” e que ofereçam “riscos” à utilizado por trabalhadores das mais
integridade física dos empregados, contratados e terceiros. diversas áreas para realizar alguma
tarefa.
Em caso de risco grave e iminente detectado em uma inspeção,
devem ser tomadas providências visando às correções, por Inicialmente o termo era utilizado para
exemplo, a atividade deve ser paralisada e imediatamente designar objetos de ferro ou outro
contatado o responsável pelo serviço, para que as medidas material (plástico, madeira ou outro)
cabíveis sejam tomadas em todos os serviços onde sejam para fins doméstico ou industrial.
necessário a utilização de equipamentos de proteção e estes não Em função do disposto acima, uma
estejam sendo utilizados pelos trabalhadores. ferramenta pode ser definida como:
um dispositivo que forneça uma
As inspeções devem ser realizadas: vantagem mecânica ou mental para
facilitar a realização de tarefas diversas.
• Postos de trabalho;
• Proteções contra incêndios; Equipamento é uma ferramenta que
• Métodos de trabalho desenvolvidos; o ser humano utiliza para realizar
• Ações dos trabalhadores; alguma tarefa. Muito utilizado na
• Ferramentas; indústria, comércio e no cotidiano de
• Equipamentos. diversos profissionais como ferramenta
de trabalho. Exemplo: Óculos de
Inspeções internas, podem ser divididas em: segurança, microcomputador, etc.

• Gerais;
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• Parciais;
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• Periódicas;
• Por denúncias;
• Cíclicas;
• Rotineiras;
• Oficiais e Especiais.

Inspeções gerais
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As inspeções gerais ou também chamadas de auditorias, são realizadas anualmente, tendo a participação
dos Supervisores das áreas envolvidas.

São inspeções realizadas em toda a empresa de forma sistemática, documentada e objetiva.

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Inspeções parciais

São as inspeções mais comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por integrantes da CIPA no seu
próprio local de trabalho.

Realizadas nos setores das empresas, seguindo cronograma próprio, as inspeções variam de acordo com o
grau de risco envolvido e com as características do trabalho desenvolvido na área.

Inspeções periódicas

Utilizadas nos setores de produção e manutenção, são realizadas com o objetivo de manter um histórico e
uma rastreabilidade voltado para estudo complementar de possíveis incidentes.

Inspeções por denúncia

As inspeções decorrentes de denúncia, devem ser realizadas em local onde há riscos de acidentes ou
agentes agressivos a saúde e meio ambiente, efetuando levantamento detalhado sobre o que de fato está
ocorrendo, buscando informações adicionais junto à fabricantes, fornecedores e supervisor da área onde
a situação ocorreu. Após detectado o problema, cabe aos responsáveis implementar medida de controle
e acompanhar sua efetiva implantação.

Inspeções por cíclicas

Realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, por exemplo, inspeções realizadas no verão, onde
ocorre o aumento das atividades nos segmentos operacionais.

Inspeções de rotina

É toda inspeção realizada em setores onde exista a possibilidade de ocorrer incidentes/acidentes. Devem
ser alertados sobre os riscos, bem como conscientizar os empregados do setor para que observem as
condições de trabalho, de tal modo que o índice de incidentes/acidentes diminua.
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Cuidados antes da inspeção


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Para o inicio da inspeção deve-se preparar um check-list por setor, contendo as principais condições de
risco existentes em cada local, anotando também as condições de riscos não presentes no check-list.

É importante que para estas inspeções sejam definidos padrões, onde todos estejam conscientes dos
resultados que se deseja alcançar, sendo que se possível deve ser feito uma inspeção piloto para que
todos os envolvidos participem e tirem suas dúvidas. Estas inspeções devem perturbar o mínimo possível
as atividades do setor inspecionado.
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A realização da inspeção pode ser realizada de acordo com os passos apresentados abaixo, como
sugestão, podendo ser adaptada para cada caso.

1. Dividir a empresa em Setores, visitando todos os locais e analisando os riscos existentes. Para
auxiliar pode ser utilizada a última Análise Preliminar de Risco (APR) ou a metodologia do mapa
de risco como ajuda;
2. Listar em uma folha todos os itens a serem observados (por setor);
3. A inspeção deve ser realizada anotando na folha de dados se o requisito está ou não atendido,
anotando também toda informação adicional sobre aspectos que possam levar a acidentes
deve ser registrada;
4. Discutidos em reunião diretiva os dados levantados, propondo medidas de controle para os
itens de não-conformidade, listando as prioridades;
5. Encaminhar relatório da inspeção, devendo conter o(s) setor (s), a(s) falha(s) detectada(s) e a
sugestão(ões) para que seja(m) regularizada(s);
6. Solicitar regularização e acompanhar as medidas de controle implantadas.
7. Manter a periodicidade das inspeções, a partir do 3º passo.

Auditoria da Qualidade

A auditoria da qualidade é um instrumento gerencial utilizado para avaliar as ações da qualidade


previstas num sistema de qualidade. É um processo construtivo e de auxílio à prevenção de problemas.
As origens do conceito remontam as normas técnicas do Departamento de Defesa norte-americano
que através de seus diferentes órgãos subordinados exigiam de seus fornecedores o cumprimento
de várias exigências contratuais técnicas pelos respectivos supervisores e engenheiros. Essas normas
geraram outras dos próprios fabricantes e se desenvolveram em sofisticadas auditorias internas e
externas de qualidade e depois influenciaram normas internacionais.

Em 1986 a International Organization for Standardization - ISO publicou a ISO-8402-1986 (Quality


Vocabulary) que definiu a auditoria da qualidade da seguinte forma:
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“Auditoria de Qualidade: Um exame sistemático e independente para determinar se as atividades


da qualidade e respectivos resultados cumprem as providências planejadas e se estas providências
são implementadas de maneira eficaz, e se são adequadas para atingir os objetivos”

As padronizações dos sistemas de qualidade internacionais gerariam ainda as normas ISO:9001 em 1987,
desdobrados em três normas em 1987 consolidadas em 1996 (ISO 14001:1996). Em 2007 foi publicada a
revisão da ISO 19011:2002 e em 2011, houve nova elaboração da ISO 19011 que não se restringiu apenas
às auditoria de qualidade e ambiental. No Brasil a ABNT elaborou a ABNT NBR ISO 19011:2012 com base
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na norma internacional 2 .

São avaliados durante uma auditoria as normas e procedimentos, que devem estar certificados
legalmente. A partir daí, é realizada uma inspeção que deverá se certificar do real cumprimento dos
procedimentos e normas.

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A humildade é a única base

sólida de todas as virtudes.
Confúcio

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