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Portaria 598/04
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CAPÍTULO 7
Rotinas de Trabalho - Procedimentos
- Instalações desenergizadas
- Liberação para serviços
- Sinalização
- Inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento
CAPÍTULO 7
Rotinas de Trabalho
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É vedada a distribuição ou reprodução desta apostila sem autorização, conforme Lei 9.610/98.
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Índice
Rotinas de Trabalho
Introdução 3
Instalações Desenergizadas
O modo seguro de trabalho 4
Sinalização
Identificando os riscos
15
Inspeções
A importância das auditorias
19
Rotinas de Trabalho - Procedimentos
Rotinas de Trabalho
Introdução
As rotinas de trabalho são necessárias para estabelecer as regras, técnicas, critérios e procedimentos de
trabalho que envolvam eletricidade, de forma a proteger os funcionários contra exposição à descargas ou
choques elétricos, em cumprimento as exigências da NR-10.
Todo trabalho respeita uma rotina relacionada à sequência de atividades realizadas afim de se atingir um
objetivo, podendo ser realizado de diversas maneiras, sendo estas executadas de modo seguro ou não. É
por este motivo que a NR-10 estabelece alguns itens para que a atividade seja realizada com segurança.
Neste capítulo serão tratados todos os itens relacionados aos procedimentos de trabalho em instalações
desenergizadas, sendo:
Instalações Desenergizadas
O modo seguro de trabalho
Antes de iniciar vamos apresentar alguns conceitos básicos para um melhor entendimento das rotinas de
trabalho.
Interrupção Momentânea
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Segurança
Os serviços devem ser planejados antecipadamente e executados por equipes qualificadas, habilitadas e
capacitadas, sempre com a utilização de equipamentos aprovados e em boas condições de uso, devendo,
o responsável pelo serviço, estar equipado com um sistema de comunicação com a área funcional
responsável pelo sistema ou instalação durante o período de execução da atividade.
A NR 10 apresenta um conceito de
desenergização que não é o simples NR10 - 10.5.1:
desligamento. Esse conceito, muito
utilizado em países da Europa, determina Somente serão consideradas desenergizadas as
uma sequência de procedimentos instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
para que o circuito seja considerado procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo:
seguro para o trabalho. Esta sequência é
conhecida como as cinco regras de ouro a) seccionamento;
da segurança, são elas: b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com
equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na
zona controlada (Anexo I); e
f) instalação da sinalização de impedimento de
reenergização.
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Serviços Programados
O coordenador da execução dos trabalhos em sistemas e instalações elétricas
desenergizadas, tem como responsabilidades apresentar os projetos a
serem analisados (incluindo respectivos estudos de viabilidade e tempo
necessário para execução dos trabalhos), deve definir os recursos materiais
e humanos para cumprimento do planejado e também entregar os projetos
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Para a realização dos desligamentos é necessário a realização de uma avaliação dos responsáveis pela
instalação, verificando as manobras, de forma que seja possível minimizar os desligamentos necessários
com a máxima segurança, analisando o impacto (produção, indicadores, segurança dos trabalhadores,
custos, etc.) do desligamento.
Para a execução dos serviços a equipe responsável deverá providenciar os seguintes itens:
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Todas as intervenções em instalações elétricas que envolverem outras áreas ou empresas (por exemplo
concessionárias) devem ser programadas de acordo com os critérios e normas estabelecidos no Acordo
Operativo existente, envolvendo no planejamento todas as equipes responsáveis pela execução dos
serviços.
A emissão do Pedido para Execução de Serviço (PES) deverá ser realizada para cada serviço, quando de
impedimentos distintos.
Havendo dois ou mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, e a coordenação for do mesmo
responsável, emitir apenas um PES, no entanto, se para um mesmo impedimento, houver dois ou mais
responsáveis, obrigatoriamente deverá ser emitido um PES para cada responsável, mesmo que pertençam
a mesma área.
o documento PES para consulta e utilização dos órgãos envolvidos, sendo o gestor da área executante o
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responsável pela entrega da via impressa do PES aprovado ao responsável pelo serviço, que deverá estar
de posse do documento no local de trabalho.
Caso o responsável pelo serviço não esteja de posse do PES/AES, a área responsável não deve autorizar a
execução do desligamento.
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Uma análise dos eventos revela muitos pontos que deram errado, uma sequência de erros que
contribuíram para a magnitude do desastre. Na sequência, analisam-se os principais:
chamas. A maior parte dos 167 vítimas morreu sufocada na área dos alojamentos.
e) Treinamento
Embora houvesse um plano de abandono, três anos haviam se passado sem que as pessoas
recebessem treinamento nestes procedimentos. Planos de Ação de Emergência são inúteis se
existem apenas no papel e as pessoas não tomam conhecimento dele.
f) Paredes corta-fogo
As paredes corta-fogo em Piper poderiam ter parado a expansão de um fogo comum. Elas não
foram construídas para resistir a explosão. A explosão inicial as derrubou, e o fogo subsequente
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se espalhou desimpedido, quando poderia ter sido contido se as paredes corta-fogo tivessem
também resistido à explosão.
g) Auditorias
A Occidental Petroleum tinha auditorias de segurança regulares em suas instalações. Estas
auditorias foram executadas, mas não foram bem executadas. Poucos ou mesmo nenhum
problema eram levantados, embora houvesse assuntos sérios como corrosão de tubos e
cabeças de sistema dilúvio e muitos outros problemas.
Para empresas, cuja carga instalada é igual ou superior a dos resultados obtidos e sobre como
75kW (todas as empresas alimentadas em média/alta tensão conduzir eficientemente o estudo.
e algumas até em baixa), deverão manter um prontuário das
instalações, onde além do esquema unifilar, deverá conter,
no mínimo:
Equipamentos:
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• Conjunto dos procedimentos e instruções técnicas e administrativas com a descrição das medidas de
controle existentes;
• Especificação dos equipamentos de proteção individual e coletiva;
• Especificação do ferramental a ser utilizado;
• Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação e autorização dos
trabalhadores;
• Evidências dos treinamentos realizados.
Nas empresas integrantes do sistema elétrico de potência, além dos itens acima, deverá também haver:
a descrição dos procedimentos de emergência e a certificação dos equipamentos de proteção coletiva e
individual.
Quanto aos profissionais, passa a ser obrigatório um conjunto de procedimentos e instruções sobre quem
pode desenvolver as atividades, como serão desenvolvidas e quais serão os recursos utilizados. Para baixa
tensão é previsto que podem ser desenvolvidos procedimentos padronizados, o que já não pode ocorrer
nas instalações de média/alta tensão, onde deve ser analisado caso a caso e definido procedimentos para
cada intervenção, inclusive com os recursos para atuação em emergências.
Diagrama Unifilar
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Procedimentos
Havendo a necessidade da liberação de determinado equipamento ou circuito, deverá ser obtido o maior
número possível de informações para subsidiar o planejamento.
Para o planejamento deverá ser estimado o tempo de execução dos serviços, adequação dos materiais,
previsão de ferramentas específicas e diversas, número de empregados, levando-se em consideração o
tempo disponibilizado na liberação.
Para a agilidade no reestabelecimento dos circuitos com a máxima segurança no menor tempo possível,
as equipes devem ser dimensionadas e alocadas corretamente.
dos serviços, conforme citado anteriormente, programado e com prévio aviso aos setores
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Todos os documentos que autorizam a liberação para a manutenção devem ser devolvidos antes do
retorno à operação dos equipamentos ou circuito.
Um empregado diferente daquele que o elaborou o programa de manobra que deve ser responsável
pela conferência. Havendo a necessidade de impedir a operação ou condicionar as ações de comando
de determinados equipamentos, deve-se colocar sinalização especifica para esta finalidade, alertando
claramente ao empregado autorizado a comandar ou acionar os equipamentos.
Por sua vez, “os americanos pensaram que, como a frequência depende do tempo e o sistema do tempo
sexagesimal é universal, a hora tem 60 minutos, o minuto tem 60 segundos, portanto, o segundo deve
ter 60 ciclos. Veja abaixo os níveis de tensão e frequências encontradas pelo mundo!
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Sinalização
Identificando os riscos
Tem como objetivo adotar critérios mínimos para orientar, alertar, avisar e advertir quanto aos riscos ou
condições de perigo visando a segurança física e operacional dos trabalhadores envolvidos, bem como a
segurança de terceiros.
Fita, placa, cone, bandeirola, grade, sinalizador, etc, são exemplos de materiais de sinalização.
Exemplos de placas:
Placa colocada no comando local dos equipamentos que não devem ser
operados devido a segurança.
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emergência.
É de vital importância também a sinalização/identifcação de circuitos, quanto sua origem, tensão e demais
riscos.
A NR-10 indica para nós as cores que devem sinalizar circuitos ligados e desligados. No item 10.3.9 o texto
nos diz:
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10.3.9 - b)indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde – “D”,
desligado e Vermelho - “L”, ligado);
Um quadro bem sinalizado deve conter alguns elementos, conforme vemos abaixo:
• Sinalização de Riscos;
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Padrão Brasileiro
Inspeções Ferramenta
A importância das auditorias
O termo ferramenta
Inspeções nas áreas de trabalho, nos serviços a serem executados, deriva do latim,
no ferramental e nos equipamentos utilizados, são de suma pode ser um
importância para garantir a qualidade desejada. Tem como utensílio, dispositivo
objetivo vigiar e controlar as condições de segurança, bem como ou mecanismo físico ou intelectual
identificar as situações de “perigo” e que ofereçam “riscos” à utilizado por trabalhadores das mais
integridade física dos empregados, contratados e terceiros. diversas áreas para realizar alguma
tarefa.
Em caso de risco grave e iminente detectado em uma inspeção,
devem ser tomadas providências visando às correções, por Inicialmente o termo era utilizado para
exemplo, a atividade deve ser paralisada e imediatamente designar objetos de ferro ou outro
contatado o responsável pelo serviço, para que as medidas material (plástico, madeira ou outro)
cabíveis sejam tomadas em todos os serviços onde sejam para fins doméstico ou industrial.
necessário a utilização de equipamentos de proteção e estes não Em função do disposto acima, uma
estejam sendo utilizados pelos trabalhadores. ferramenta pode ser definida como:
um dispositivo que forneça uma
As inspeções devem ser realizadas: vantagem mecânica ou mental para
facilitar a realização de tarefas diversas.
• Postos de trabalho;
• Proteções contra incêndios; Equipamento é uma ferramenta que
• Métodos de trabalho desenvolvidos; o ser humano utiliza para realizar
• Ações dos trabalhadores; alguma tarefa. Muito utilizado na
• Ferramentas; indústria, comércio e no cotidiano de
• Equipamentos. diversos profissionais como ferramenta
de trabalho. Exemplo: Óculos de
Inspeções internas, podem ser divididas em: segurança, microcomputador, etc.
• Gerais;
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• Parciais;
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• Periódicas;
• Por denúncias;
• Cíclicas;
• Rotineiras;
• Oficiais e Especiais.
Inspeções gerais
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As inspeções gerais ou também chamadas de auditorias, são realizadas anualmente, tendo a participação
dos Supervisores das áreas envolvidas.
Inspeções parciais
São as inspeções mais comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por integrantes da CIPA no seu
próprio local de trabalho.
Realizadas nos setores das empresas, seguindo cronograma próprio, as inspeções variam de acordo com o
grau de risco envolvido e com as características do trabalho desenvolvido na área.
Inspeções periódicas
Utilizadas nos setores de produção e manutenção, são realizadas com o objetivo de manter um histórico e
uma rastreabilidade voltado para estudo complementar de possíveis incidentes.
As inspeções decorrentes de denúncia, devem ser realizadas em local onde há riscos de acidentes ou
agentes agressivos a saúde e meio ambiente, efetuando levantamento detalhado sobre o que de fato está
ocorrendo, buscando informações adicionais junto à fabricantes, fornecedores e supervisor da área onde
a situação ocorreu. Após detectado o problema, cabe aos responsáveis implementar medida de controle
e acompanhar sua efetiva implantação.
Realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, por exemplo, inspeções realizadas no verão, onde
ocorre o aumento das atividades nos segmentos operacionais.
Inspeções de rotina
É toda inspeção realizada em setores onde exista a possibilidade de ocorrer incidentes/acidentes. Devem
ser alertados sobre os riscos, bem como conscientizar os empregados do setor para que observem as
condições de trabalho, de tal modo que o índice de incidentes/acidentes diminua.
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Para o inicio da inspeção deve-se preparar um check-list por setor, contendo as principais condições de
risco existentes em cada local, anotando também as condições de riscos não presentes no check-list.
É importante que para estas inspeções sejam definidos padrões, onde todos estejam conscientes dos
resultados que se deseja alcançar, sendo que se possível deve ser feito uma inspeção piloto para que
todos os envolvidos participem e tirem suas dúvidas. Estas inspeções devem perturbar o mínimo possível
as atividades do setor inspecionado.
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A realização da inspeção pode ser realizada de acordo com os passos apresentados abaixo, como
sugestão, podendo ser adaptada para cada caso.
1. Dividir a empresa em Setores, visitando todos os locais e analisando os riscos existentes. Para
auxiliar pode ser utilizada a última Análise Preliminar de Risco (APR) ou a metodologia do mapa
de risco como ajuda;
2. Listar em uma folha todos os itens a serem observados (por setor);
3. A inspeção deve ser realizada anotando na folha de dados se o requisito está ou não atendido,
anotando também toda informação adicional sobre aspectos que possam levar a acidentes
deve ser registrada;
4. Discutidos em reunião diretiva os dados levantados, propondo medidas de controle para os
itens de não-conformidade, listando as prioridades;
5. Encaminhar relatório da inspeção, devendo conter o(s) setor (s), a(s) falha(s) detectada(s) e a
sugestão(ões) para que seja(m) regularizada(s);
6. Solicitar regularização e acompanhar as medidas de controle implantadas.
7. Manter a periodicidade das inspeções, a partir do 3º passo.
Auditoria da Qualidade
As padronizações dos sistemas de qualidade internacionais gerariam ainda as normas ISO:9001 em 1987,
desdobrados em três normas em 1987 consolidadas em 1996 (ISO 14001:1996). Em 2007 foi publicada a
revisão da ISO 19011:2002 e em 2011, houve nova elaboração da ISO 19011 que não se restringiu apenas
às auditoria de qualidade e ambiental. No Brasil a ABNT elaborou a ABNT NBR ISO 19011:2012 com base
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na norma internacional 2 .
São avaliados durante uma auditoria as normas e procedimentos, que devem estar certificados
legalmente. A partir daí, é realizada uma inspeção que deverá se certificar do real cumprimento dos
procedimentos e normas.