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Direito Administrativo | Prof.

Luciano Franco

Semana de Super-Revisão - INSS 2022

Direito Administrativo

Luciano Franco

Quarta-feira (23/11), às 20h

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Semana de Super-Revisão - INSS 2022

Sejam muito bem-vindos ao Focus Concursos e a nossa aula de Super-Revisão para


o concurso de Técnico do Seguro Social do INSS!

A Semana de Super-Revisão – INSS 2022 é uma série de eventos ao vivo; são 06


dias de AULAS GRATUITAS que organizamos para você turbinar a sua preparação.
Além das aulas, nós preparamos um material de apoio SUPER COMPLETO.
Eu sou o professor Luciano Franco. Graduado em Direito -
Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo –
IESA/RS e pós-Graduado em Direito Público – Faculdade
Anhanguera - SP. Atuo como professor de Direito
Constitucional, Administrativo e Eleitoral do Focus Concursos.
Como servidor, tive o prazer de ser aprovado e nomeado para
Técnico Previdenciário do INSS 2003/2004, Sargento do
Exército Brasileiro de 2005/2009 e Agente Penitenciário
Federal- DEPEN em 2010/2014.

Fique atento a nossa Agenda da SEMANA DE SUPER REVISÃO – INSS:

PROFESSOR* DISCIPLINA* DATA* HORÁRIO*


Sidney Martins Português e Segunda, 21 19h

Redação Oficial

Érico Araújo Informática Terça, 22 19h

Júlio Raizer Ética Quarta, 23 19h

Luciano Franco Direito Quarta, 23 20h

Administrativo +
Lei 8.122/90

Luciano Franco Direito Quinta, 24 19h


Constitucional

Felippe Loureiro RLM Sexta, 25 19h

Ali Jaha Direito Sábado, 26 09h


Previdenciário
Atenção aos horários *sujeito a alteração

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Elementos Mínimos que Constituem a Sociedade: Noção de Estado e Elementos
Compositores .................................................................................................................... 5
Os Dois Sentidos da Administração Pública ....................................................................... 6
Conceito Objetivo ................................................................................................................................ 7
Conceito Subjetivo ............................................................................................................................... 7

Entendendo o Direito Administrativo ................................................................................ 7


Estudando as Fontes ......................................................................................................... 8
Fontes Primárias .................................................................................................................................. 8
Fontes Secundárias .............................................................................................................................. 8
O Objeto do Direito Administrativo ................................................................................... 8
A Organização da Administração Pública .......................................................................... 9
Desconcentração ............................................................................................................................... 12
Espécies de Órgãos ............................................................................................................................ 13
Descentralização ................................................................................................................................ 14

Princípios Administrativos ............................................................................................... 15


Do Limpe ........................................................................................................................................... 16
Legalidade ................................................................................................................................................................. 16
Impessoalidade ......................................................................................................................................................... 17
Moralidade ................................................................................................................................................................ 18
Publicidade ................................................................................................................................................................ 18
Eficiência ................................................................................................................................................................... 19

Agentes Públicos ............................................................................................................. 20


Agente Político .................................................................................................................................. 20
Servidores Públicos / Empregados Públicos ........................................................................................ 21
Temporários ...................................................................................................................................... 21
Honoríficos ........................................................................................................................................ 21
Diferenciado Cargo de Emprego ......................................................................................................... 22
O Cargo Em Comissão e a Função Gratificada ...................................................................................... 22
Função temporária............................................................................................................................. 23
Acúmulo de cargo .............................................................................................................................. 26
Acumulação Especial .......................................................................................................................... 27

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As 3 Formas de se Aposentar .............................................................................................................. 28


Poderes Administrativos ................................................................................................. 28
Poder Regulamentar .......................................................................................................................... 29
Poder de Polícia ................................................................................................................................. 32
Características do Poder de Polícia: .......................................................................................................................... 33
Atributos do Poder de Polícia .................................................................................................................................... 34

Ato Administrativo.......................................................................................................... 34
Previstas em Todos os Atos ................................................................................................................ 34
Presunção de Legitimidade ....................................................................................................................................... 34
Tipicidade .................................................................................................................................................................. 35
Previstas em Alguns dos Atos ............................................................................................................. 35
Autoexecutoriedade .................................................................................................................................................. 35
Imperatividade .......................................................................................................................................................... 36

Controle da Administração Pública ................................................................................. 36


Órgão que exerce o controle .............................................................................................................. 36
Controle Administrativo ............................................................................................................................................ 36
Controle Legislativo ................................................................................................................................................... 39
Controle Judicial ........................................................................................................................................................ 40

Regime Jurídico Único Estabelecido Pela Lei 8.112/1990 ................................................. 42


Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição E Substituição ..................................................... 42
Do Provimento .......................................................................................................................................................... 42
Da Vacância ............................................................................................................................................................... 60
Da Remoção e da Redistribuição............................................................................................................................... 61
Da Substituição.......................................................................................................................................................... 64
Dos Direitos e Vantagens ................................................................................................................... 65
Do Vencimento e da Remuneração........................................................................................................................... 66
Das Vantagens ........................................................................................................................................................... 71
Das Férias .................................................................................................................................................................. 85
Das Licenças .............................................................................................................................................................. 87
Dos Afastamentos ..................................................................................................................................................... 93
Das Concessões ......................................................................................................................................................... 99
Do Tempo de Serviço .............................................................................................................................................. 101
Do Direito de Petição .............................................................................................................................................. 103
Das Responsabilidades ..................................................................................................................... 108
QUESTÕES DA SUPER REVISÃO INSS ............................................................................. 111

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ELEMENTOS MÍNIMOS QUE CONSTITUEM A SOCIEDADE: NOÇÃO DE


ESTADO E ELEMENTOS COMPOSITORES
O Estado é composto por três elementos:
 Um território delimitado – terra, ar e água.
 Um povo que vive neste território.
 Um governo soberano e reconhecido, que representa politicamente o povo.

•Território
ESTADO •Governo
•Povo

Figura 1 – Composição do Estado.


Fonte: Núcleo Editorial Focus.

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NÃO COFUNDA!

POVO
identidade, cultura e costumes

POPULAÇÃO
número de pessoas em um determinado espaço e tempo.

GOVERNO
pessoa ou grupo de pessoas escolhidas internamente para comandar as políticas
públicas

GOVERNABILIDADE
arcabouço jurídico que dá autoridade ao governante

GOVERNANÇA
capacidade política de implementar medidas e atender às demandas do povo

Lembre-se ainda que NAÇÃO NÃO PODE ser equiparada ao ESTADO.

Quando o assunto sai da esfera política, deixamos a noção de governo e adentramos


na noção de administração pública e do direito administrativo, cujo objetivo é de
NORMATIZAR AS RELAÇÕES
 Entre Estados.
 Entre as pessoas – PF e PJ – e o Estado.

OS DOIS SENTIDOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Quando falamos sobre a administração pública, existem dois sentidos para classificá-
la. Vamos compreendê-los em seguida.

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Conceito Objetivo
Também chamado de material ou funcional, é baseado na noção de O QUE É a
administração pública, ou seja: quais são as suas atividades e funções. Neste sentido,
podem configurar na administração pública

• De forma TÍPICA
 O poder executivo.

• De forma ATÍPICA
 O poder judiciário.
 O poder legislativo.

SOMENTE o poder executivo pode exercer de forma típica as funções de administrar,


sendo elas
 Fomento.
 Serviço público.
 Intervenção econômica.
 Poder de polícia.

Conceito Subjetivo
Também chamado de formal ou orgânico, é baseado na noção de QUEM É a
administração pública, ou seja: quem desempenha as suas atividades e funções. Neste
sentido, podem configurar na administração pública os ÓRGÃOS e AGENTES,
cabendo SOMENTE o poder executivo.

ENTENDENDO O DIREITO ADMINISTRATIVO


O direito administrativo vem com o objetivo de normatizar as relações entre Estados
e entre as pessoas – PF e PJ – e o Estado, surgindo como um ramo do direito público,

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NÃO CODIFICADO, uma vez que não possui um código, e independente.

ESTUDANDO AS FONTES
Quando falamos sobre as fontes da administração pública, existem duas formas de
classificá-las. Vamos compreendê-las em seguida.

Fontes Primárias
Também chamadas de originárias ou diretas, podem ser resumidas no conceito de
LEI em seu sentido amplo, incluindo
 a Constituição Federal.
 as leis delegadas.
 as leis ordinárias.
 as leis complementares.

Constitui ainda uma fonte primária/direta a JURISPRUDÊNCIA VINCULANTE,


considerando as súmulas vinculantes do STF.

Fontes Secundárias
Também chamadas de derivadas ou indiretas, são todas as outras fontes, incluindo
 a jurisprudência e as súmulas orientadoras – poder judiciário.
 a doutrina.
 os costumes.

O OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO


O direito administrativo tem o objeto de AFIRMAR AS RELAÇÕES entre os Estados –
órgãos e entidades – e entre as pessoas – PJ e PF – e o próprio Estado, sendo ainda
responsável pelo regime jurídico administrativo, ou seja: as normas administrativas,
seus princípios e regras.

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RESUMINDO: DIREITO ADMINISTRATIVO

 Um ramo do direito público


 Não codificado
 Autônomo e independente
 Possui como fontes
• Originárias: leis e súmulas vinculantes
• Secundárias: doutrinas e costumes
 Tem como objeto normatizar as relações entre
• Estado e pessoas
• Estados e Estados
 Responsável por manter e aperfeiçoar o regime jurídico administrativo
• Normas administrativas: princípios e regras

A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Pense na administração pública como se fosse um corpo humano, o corpo pode ser
chamado de União.

É importante que você saiba a diferença entre entes políticos e entidades, os entes
possuem uma autonomia política e as entidades possuem uma autonomia
administrativa financeira.

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Ambos são pessoas jurídicas, nos entes políticos estão:

• União;
• Estado;
• Distrito Federal; e
• Municípios.

Nas entidades encontram-se:

• Autarquias;
• Fundações públicas;
• Empresas públicas; e
• Sociedade de economia mista.

• Acima da linha estará o direito público, abaixo será de direito privado.

A respeito do órgão, existem várias formas de administrar, sabemos que na atualidade


nenhum município, por menor que seja, possui condições de ser administrado por
uma única pessoa, ou seja, de forma centralizada. Desta maneira, há a
desconcentração, isto é, a criação de órgãos, uma mera distribuição administrativa
interna.

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Tudo que está dentro do corpo é órgão, quando se pensa em órgão, deve ser
compreendido que está dentro de uma pessoa, no nosso exemplo, a pessoa se chama
União.

É possível desconcentração na descentralização? Sim é possível, na desconcentração


se está criando órgãos, ministério, secretarias, departamentos e chefias. Já na
descentralização não se cria órgãos, mas sim entidades administrativas.

• Órgão não possui vida, ou seja, o órgão não é pessoa jurídica, é


despersonalizado.

Qual teoria na atualidade é mais aceita para justificar o “poder da caneta”? A


assinatura de um governador por exemplo, vale mais que a de um cidadão comum,
pois foi imputado a ele o poder de falar por todos, isto é, representar toda aquele

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órgão, a teoria do órgão justifica e é a imputação ao agente público a competência


de executar sua função administrativa.

Desconcentração
É a distribuição administrativa de funções.

Exemplo: a saúde fica com o Ministério da Saúde, a educação fica com o Ministério
da Educação.

• Cria órgãos (Sem Personalidade Jurídica)


• Em regra, não pode entrar, com uma ação contra o Departamento de Polícia
Federal, se deve entrar contra a União.

Exemplo: Felipe está apaixonado pela namorada, ela rompe o relacionamento,


Felipe não irá entrar com ação contra o coração de sua namorada, mas sim contra
a pessoa.

ATENÇÃO! Existem raríssimas exceções que a Doutrina traz, como órgãos como
Presidente da República e mesa do senado, são órgãos que podem acionar para
pleitear e defender as suas competências (capacidade postulatória).

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Espécies de Órgãos
Hely Lopes Meireles trata sobre as espécies de órgãos:

O órgão independente é aquele órgão que possui a criação direto da Constituição,


ou seja, estão diretamente ligados à Constituição Federal;

Exemplo: Casas legislativas, Chefia do Executivo, Tribunais do Poder Judiciário,


Ministério Público, Tribunal de Contas, isto é, todos aqueles órgãos citados na
Constituição Federal são órgãos tratados pelo doutrinador como órgãos
independentes.

O órgão autônomo está abaixo dos independentes;

Exemplo: Os Ministérios, as secretarias e a Advocacia Geral da União, ou seja,


são aqueles órgãos que estão ligados diretamente aos independentes, porém
estão um pouco abaixo.

O órgão superior, possuem um certo poder de decisão, mas eles estão ainda abaixo
dos independentes e abaixo, diretamente, doze autônomos;

Exemplo: Gabinete, Secretarias Gerais, Procuradorias Administrativas,


Coordenadorias.

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O órgão subalterno é o que executa;

Exemplo: A delegacia e as chefias.

Descentralização
É a distribuição externa de funções.

Exemplo: Há situações que são atividades grandes, que não é possível ficar em
um órgão, é preciso criar uma nova pessoa, criando “braços” como a autarquia.

• Cria entidades (Com Personalidade Jurídica)

ATENÇÃO! É importante que você saiba o que é um órgão, o que é uma entidade e
saiba diferenciar uma entidade de um ente.

O 3º setor não compõe a administração pública!

• O 1º setor é o governo, Estado, administração pública


• O 2º setor mercado, direito privado, comercio

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• O 3º setor é o OS, OSCIP e o sistema ‘s’.

PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
Os princípios são DIFERENTES das normas administrativas: os princípios vêm ANTES
das normas, fundamentando-as, interpretando-as e preenchendo quaisquer lacunas
por elas deixadas. Existem diversos princípios administrativos, mas dentre eles, dois se
destacam dos demais, formando a base para todos os outros:
 Supremacia primária do interesse público sobre o privado.
 Indisponibilidade do interesse público.

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Princípios formadores do Regime Jurídico Administrativo

Princípios relativos

Supremacia primária do
Indisponibilidade do
interesse público sobre o
interesse público
privado

Uso de requisição, Proibição de


Aumenta o poder Limitações ao
despropriação e acordo, transação
Estatal poder estatal
poder de polícia e nepotismo

Figura 2 – Princípios formadores do Regime Jurídico Administrativo.


Fonte: Núcleo Editorial Focus.

Do Limpe
Todos os princípios do LIMPE surgiram juntamente com a CF/88, com EXCEÇÃO da
eficiência, que foi implementada 10 anos depois, em 1998. São todos estes princípios
que, em conjunto, norteiam TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Legalidade

É dividida entre o setor privado – que faz TUDO aquilo que a Lei não veda – e o setor
público – que faz SOMENTE o que a lei autoriza – e inclui tanto as medidas de
legalidade como as medidas de reserva legal.

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NÃO CONFUNDA!

LEGALIDADE
engloba as medidas provisórias, resoluções, decretos, e todas as medidas da
reserva legal

RESERVA LEGAL
inclui somente as medidas de lei em sentido estrito, como as leis ordinárias,
complementares e provisórias

A legalidade e a reserva legal NÃO PODEM ser equiparadas.

Impessoalidade

A impessoalidade se divide em duas classificações

• ISONOMIA
 Tem como finalidade a APLICAÇÃO DIRETA E TÍPICA da impessoalidade
 Exemplos:
 Contratação de pessoas, bens e serviços.
 Licitação e concurso.

• VEDAÇÃO DA PROMOÇÃO PESSOAL


 Tem como finalidade a PROIBIÇÃO OU VEDAÇÃO da promoção pessoal em
obras, valores ou serviços públicos
 É a IMPOSSIBILIDADE DE VINCULAR obras, valores ou serviços públicos com
agentes (políticos, órgãos, entre outros)
 Tem como base o art. 37, §1º
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou

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servidores públicos.
 Exemplo:
 É vedado associar a duplicação de uma BR a certo candidato
político.

Moralidade

Divide-se entre a moralidade privada – todos aqueles valores, ética e moral impostos
pela sociedade – e moralidade pública – os valores, ética e moral admitidos e que
afetam no cargo, sendo a moralidade pública administrativa composta por
 Probidade.
 Boa-fé objetiva.
 Decoro.

Publicidade

É o princípio que embasa a PUBLICAÇÃO DE TODOS OS ATOS, entendendo a


publicação como um requisito para atingir a eficácia do ato: o ato NÃO É EFICAZ se
não for publicado.

NÃO EXISTE exceção ao princípio da publicidade, mas sim situações em que a


publicidade é MITIGADA – escondida ou reduzida – como nos casos de
 Segurança do Estado.
 Segurança da sociedade.
 Privacidade do indivíduo.

A publicação deve ocorrer em imprensa oficial, através de DIÁRIO OFICIAL ESCRITO,


não contendo publicações que ocorrerem somente através de outro meio – como
através de rádio, por exemplo.

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Para atender ao princípio de publicidade efetiva, a publicação DEVE SER


COMPLEMENTADA através de outros meios, como televisão, rádio e e-mail,
buscando assim efetivamente informar o cidadão interessado no cumprimento do ato.

Eficiência

O princípio da eficiência foi criado pela EC nº 19/98, o que caracteriza-o como um


princípio INCORPORADO e NÃO ORIGINÁRIO – são originários todos os princípios
que surgiram em conjunto com a CF/88 (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e
Publicidade) – baseando-se na noção de SEMPRE BUSCAR BONS RESULTADOS na
relação entre custo e benefício.

Em seguida, deixo um breve resumo do LIMPE, com os princípios que o compõe.


Reproduza este esquema em seu caderno e mantenha uma revisão constante,
permitindo assim que o processo de associação e memorização ocorra mais
rapidamente.

Figura 3 – LIMPE.
Fonte: Núcleo Editorial Focus.

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AGENTES PÚBLICOS

ATENÇÃO! O agente público não é mais chamado de funcionário público, pois é uma
expressão criminalista, ou seja, esfera do direito penal.

Essa classificação de gênero é usada para distinguir e identificar uma autoridade


coatora, para que se possa entrar então com um mandado de segurança (MA). Ou,
para que se aquele ato é ou não é um ato ímprobo, lembrando que de acordo com a
lei de improbidade (LIA), um ato ímprobo só pode ser cometido por quem é agente
público ou um particular em conluio com agente público.

Agente Político
O agente político mantém um mandato, ou seja, possui um cargo eletivo, não faz
concurso, é eleito para exercer o mandato. (são cargos previstos na Constituição).

• Ele mantém um mandato, por cargo eletivo.


• Cargo CF:
• Presidente, Senador, Deputado (membros de poderes legislativos)

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• Juízes e promotores (MP) (alguns autores os consideram)

LEMBRE-SE, em sua prova recomendo que coloque agentes políticos, sendo


literalmente os membros do Poder Legislativo e Executivo (os que são eleitos), mas
para conhecimento é essencial saber que juízes e promotores podem ser
considerados.

Servidores Públicos / Empregados Públicos


• Profissionais:
• Fazem concursos
• Tem vínculo estável com a Administração Pública

Os agentes públicos profissionais, são profissionais porque fazem concurso.

Temporários
Aquele que exerce um cargo ou uma mera função. Remuneração oriundas do caixa
público.

• Cargo em Comissão
• Função Gratificada
• Função Temporária

Honoríficos
• Sem remuneração
• Não tem vínculo com o Estado
• Conscritos, Jurados, Mesários e etc.

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Diferenciado Cargo de Emprego


Servidor Órgão Estatutário Regime de Estágio Estabilidade
Cargo Autarquia Previdência Probatório
Fundações Própria (Após 3
Públicos anos)

Emprego Empregado Empresa C.L.T R.G.P.S Período de Não tem


Pública Experiência Estabilidade
Sociedade
de
Economia
Mista

O Cargo Em Comissão e a Função Gratificada


Cargo em Comissão | Função Gratificada

Ambos não precisam de concurso

D.A.S

% Servidor | 100% Servidor

• Ambos servem para cargos de chefia, direção e assessoramento.

Há uma grande diferença entre função gratificada para o cargo em comissão. Pois
uma porcentagem dos cargos em comissão será reservada para os próprios
servidores.

Exemplo: Se existem 10 secretarias municipais, 10% dessas devem ser ocupadas


por quem já é servidor. Então, em uma secretária, o prefeito deverá nomear um
servidor público concursado, e os outros nove pode ser qualquer um. Dado que o
cargo em comissão não é feito concurso, é uma situação adjunta, pois pode-se
nomear ou exonerar quando quiser, essa situação chama-se cargo adjunto, onde
o único requisito é confiança.

A função gratificada é a mesma coisa, entretanto, nesse caso, todas as funções tidas
como funções comissionadas ou função gratificada, só pode nomear alguém para

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função gratificada somente se o indivíduo for concursado.

Exemplo: Ninguém pode ser Delegado-chefe da 15ª delegacia se esse não for
delegado. Tem que ser concursado delegado, para daí ocupar função gratificada
de delegado-chefe.

Função temporária
• Não faz concurso o PSS, ou seja, exercem apenas uma mera função temporária.
• Lei 8745/93 - estatuto dos PSS Federais
• Seguirá o Estatuto do Cargo ou do Emprego
• Sempre contribuirá para o RGPS

O PSS Municipal ou Estadual, irá seguir o estatuto do cargo ou emprego, sempre irá
contribuir para o RGPS. Já o PSS federal segue a Lei 8745/93.

Ao passar em um concurso essas serão as etapas que você passará:

• A nomeação ela ocorre entre o prazo de homologação e posse.

Após a constituição Federal, é autorizado apenas 2 tipos de concursos, abaixo


elencamos:

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Para ocupar cargo público, necessariamente é preciso passar em um concurso?


Não, será preciso fazer concurso para ocupar um cargo efetivo ou emprego público,
acima citamos os exemplos de cargos públicos que não precisam de concurso.

1- Os candidatos, mesmo que inscritos, não adquirem direito à realização do


concurso na época e condições inicialmente estabelecidas pela Administração;
esses elementos podem ser modificados pelo Poder Público, como pode ser
cancelado ou invalidado o concurso, antes, durante ou após sua realização.

2- A aprovação no concurso público não gera direito absoluto à nomeação ou à


admissão, pois o aprovado tem simples expectativa de direito à investidura no
cargo ou emprego disputado;

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3- Caberá sempre reapreciação dos recursos administrativos no judiciário, bem


como do resultado dos concursos. Nenhuma lesão ou ameaça a direito
individual poderá ser excluída da apreciação do Poder Judiciário (CF, art. 5°,
XXXV);

4- O concurso público pode ser de provas ou de provas e títulos (art. 37, II, CF);

5- O concurso público tem prazo de validade, para permitir a sua renovação e a


candidatura de outros interessados. O prazo de validade é de até dois anos,
prorrogável uma vez por igual período. Regra do art. 37, III, CF;

6- Havendo sido praticado qualquer ato de investidura em cargo, emprego ou


função sem observância do requisito concursal ou do prazo de validade, está o
procedimento inquinado de vício de legalidade, devendo ser declarada sua
nulidade;

7- Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele


aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira.

O instituto do concurso público foi sendo concebido como provimento inicial


democrático de acessibilidade à administração pública para os brasileiros, desde a
Constituição de 1934 (art. 168). “Embora cronicamente sofismado, mercê de
expedientes destinados a iludir a regra, não só foi reafirmado pela Constituição como
ampliado, para alcançar os empregos públicos (CF, art. 37, I e II).

Pela vigente ordem constitucional, em regra, o acesso aos empregos públicos, opera-
se mediante concurso público, que pode não ser de igual conteúdo, mas há de ser
público. As autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista estão
sujeitas à regra, que envolve a administração direta, indireta e fundacional, de
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos “Municípios”
(STF: Mandado de Segurança n· 21322, de 3.12.92)”.

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Acúmulo de cargo
A acumulação é vedada para todo e qualquer servidor ou empregado, exceto quando:

Foi realizado um esquema para facilitar em sua compreensão, mas de forma literal, é
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários e para as seguintes situações:

● A de dois cargos de professor;


● A de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
● A de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas.

A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,


fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

A regra geral é da inadmissibilidade da acumulação. Conforme estabelece a


Constituição Federal as exceções somente serão possíveis se:

• Houver compatibilidade de horários;

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• Máximo de 2 cargos;
• Cargos e proventos acumuláveis conforme previsto no inciso XVI, artigo 37 da
Constituição Federal;
• Cargos eletivos e cargos em comissão com proventos.

Se de má-fé a acumulação ilegal, verificada e firmada em processo administrativo,


caracteriza falta grave, podendo o servidor vir a perder os cargos e restituir o que
recebeu indevidamente. Se de boa-fé a acumulação ilegal, o servidor deverá optar por
um dos cargos.

Exemplo: Jonas é um sargento do exército aposentado possui 42 anos, ele resolve


fazer concurso para PRF, e passa. Jonas pode continuar recebendo proventos da
aposentadoria e a remuneração de PRF ativo? Não é possível, se ele estiver na
ativa não pode acumular, ou seja, o sargento terá que renunciar aos proventos.

Acumulação Especial
• Base Legal
• Constituição Federal, artigo 37;

Mandatos Observações

Gov.
Cargos Federais Sempre ocorre o + Subsídio do
Sem.
Cargos Estaduais Afastamento Cargo eletivo
Dep.
Subsídio Ou
Preferido Sempre ocorre o Opção Remuneração
Afastamento Cargo/Emprego

Subsídios
Recebe
Vereador É possível a acumulação Vantagen
=Prefeito s
Cargo/E

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As 3 Formas de se Aposentar

Acidente serv.
Invalidez Proporcional Exceção Doença grave
Moléstia prof.

Compulsória Proporcional
+75 anos Todos

Voluntária H Idade 60 anos


Temp. de Serv. Professores
-10 Anos de Integral 35 anos Inf.
Serv. Público M Idade 55 anos Fund. -5 Anos
Temp. de Serv. Méd.
-5 Anos de 30 Anos
Cargo Proporcional H Idade 65 anos
M Idade 60 anos

PODERES ADMINISTRATIVOS
Lembre-se que os poderes administrativos são prerrogativas de direito público
conferidas pelo ordenamento jurídico aos agentes públicos, com o objetivo de fazer
com que o Estado alcance os seus fins.

O Direito Público é o ramo do direito que trata das relações entre o Estado e a
sociedade. Nesse ramo do Direito, existe uma relação de desigualdade entre o
Estado e a sociedade, haja vista o fato de o Estado possuir poderes e prerrogativas
que o particular não possui. Portanto, estabelece-se uma relação desigual, onde o
Estado impõe a sua vontade aos particulares.

A finalidade dos Poderes Administrativos é dar meios ao Estado para que esse consiga
alcançar os seus objetivos. Para o Estado poder alcançar seus objetivos e regular a
vida em sociedade, ele terá o poder de criar regras e fiscalizar seu cumprimento,

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podendo punir quem as violarem. Desse modo, os Poderes são considerados


imperativos, visto que é a imposição da vontade do Estado ao destinatário do ato
praticado.

Os Poderes Administrativos têm sua origem no princípio da supremacia do interesse


público sobre o privado, em consonância com esse princípio, havendo um conflito
entre o interesse público e o particular, prevalecerá o interesse público. Vale lembrar
que os poderes não são absolutos, afinal, existem limites impostos aos poderes que
decorrem do princípio da indisponibilidade do interesse público.

Poder Hierárquico

Poder Disciplinar
Poderes
Administrativos
Poder de Polícia

Poder
Regulamentar

Na 1ª parte do material compreendemos o Poder Hierárquico e o Poder Disciplinar,


agora daremos continuidade ao Poder Regulamentar e o Poder de Polícia.

OBSERVE QUE, o Poder Hierárquico e disciplinar são internos e o Poder


Regulamentar e de polícia são externos.

Poder Regulamentar
O Poder Regulamentar é o poder da administração pública de editar decretos.

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Existem dois tipos de decretos: os regulamentares e os autônomos.

O decreto regulamentar tem fundamento no art. 84, IV, da CF e sua finalidade é


regulamentar a lei para garantir sua fiel execução. Esse tipo de decreto não pode
inovar o ordenamento jurídico, ou seja, não pode criar direitos e obrigações ou alterar
a lei. Ademais, a competência para editar esse tipo de decreto é de competência
exclusiva dos chefes do Poder Executivo, desse modo, essa competência não pode
ser delegada. Por fim, o decreto regulamentar tem natureza secundária ou derivada.

O decreto autônomo tem fundamento no art. 84, VI, da CF. Esse tipo de decreto pode
ser utilizado tanto para dispor sobre a organização e o funcionamento dos órgãos
públicos, desde que não acarrete aumento de despesas ou criação/extinção de
órgãos, quanto para extinguir cargos e funções públicas vagas. O decreto
autônomo, ao contrário do regulamentar, inova o ordenamento jurídico e a
competência para editar o decreto autônomo é também dos chefes do Poder
Executivo, porém, nesse caso, a competência pode ser delegada. Finalmente, esse
decreto é considerado um ato de natureza primária ou originária.

É parte do poder normativo:

• Portaria;
• Regimento interno;
• Ofício;
• Memorando; e
• Decreto.

No decreto se refere ao uso do poder regulamentar, o qual se expressa pelo decreto,


ou seja, no poder regulamentar poderá se expressar:

• O Presidente da república;
• Governador; e
• Presidente.

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• O Decreto regulamentar nasce como norma secundária, não irá inovar o direito
e é indelegável.

Com a Emenda Constitucional 32/2001, surge o decreto autônomo, um decreto


que não pode inovar o direito. Entretanto, surge a possibilidade para o Presidente da
República utilizar do decreto autônomo ou independente (o qual não depende de lei)
previsto no art. 84, VI da CF.

• No decreto autônomo ocorre a única situação que cabe o controle de


constitucionalidade direta (ADIN).

ATENÇÃO! Desta maneira, decretos regulamentares: art. 84, IV, da CF, eles
regulamentam uma lei pré-existente. Já a exceção será os Decretos autônomos: Não
depende da existência de lei anterior, só pode ser utilizado nas hipóteses previstas no
art. 84, VI, da CF. O decreto autônomo é como se fosse um ato primário, pois ele se
coloca no lugar da lei, seu fundamento de validade está na própria Constituição
Federal.

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Poder de Polícia
O Poder de Polícia é a faculdade que a administração pública dispõe para condicionar,
limitar ou restringir a liberdade individual em prol do interesse público. Esse poder
decorre do Poder de Império do Estado, ou também chamado Poder Extroverso. Do
exercício do Poder de Polícia pode resultar a cobrança de taxas, chamadas taxas de
polícia. Os atos de polícia prescrevem em 5 anos a contar da data da prática do(s)
ato(s).

Associe o Poder de Polícia a fiscalização, restrição de bens e direitos!

O poder de polícia engloba atos gerais ou até mesmo individuais, se materializando


através deles. O que seria então um ato geral? É aquele que não possui um destino
específico, ele envolve toda a coletividade, porém o poder de polícia também pode
se materializar por ato individual, que é aquele que tem um destino específico, uma
situação concreta destinada a um indivíduo.

A finalidade do poder de polícia é o de prevenir danos e prejuízos que possam


danificar o bem estar da coletividade, acaba que por consequência limita os direitos
individuais de liberdade e propriedade de particulares. Deve ser exercido para todos
e sobre todos. Porém, não pode retirar, impedir ou aniquilar o uso dos bens, direitos
e atividades.

O conceito do poder de polícia está no art. 78 do CTN, pois trata-se de um fato


gerado por um tributo, que no caso é custeado por taxa. Vejamos o que dispõe a lei:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado
pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

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O Poder de Polícia possui os atributos da discricionariedade (podendo ser


excepcionalmente vinculado), da imperatividade, da autoexecutoriedade e da
conversibilidade, todos esses atributos comportam exceções.

A imperatividade é o poder que a administração pública possui para executar os atos


de polícia independentemente da concordância do destinatário do ato. Já a
autoexecutoriedade consiste no poder da administração pública de executar os seus
atos independentemente de autorização judicial.

O Poder de Polícia, via de regra, só pode ser exercido por pessoas jurídicas de direito
público. A pessoa jurídica de direito privado só pode exercer Poder de Polícia se for
relativo a atividades de consentimento ou de fiscalização de polícia.

ATENÇÃO! O poder de polícia deve ser limitado pelos princípios da razoabilidade e


da proporcionalidade, sua base também deve ser guiada pelos princípios da
legalidade e da supremacia do interesse público. NÃO CONFUNDA o poder de polícia
que está relacionado a polícia administrativa com a polícia judiciária, uma não tem
relação com a outra.

Características do Poder de Polícia:

Polícia administrativa;

• Pode atuar de forma preventiva e repressiva.


• Há mais o uso preventivo.
• Atua sobre bens e direitos.
• Fiscalização.

Polícia judicial;

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• Pode atuar de forma preventiva e repressiva.


• Há mais o uso repressivo.
• Atua sobre bens, direitos e pessoas.
• Investigação.

Atributos do Poder de Polícia

Lembre-se da palavra DICA:

• Discricionariedade, está na escolha da amostra e na aplicação de sanção.


• Indelegável, mas é delegável para atividades e meios de exceção.
• Coercitividade ou Imperatividade será imposta.
• Autoexecutável, pois não depende do poder judiciário.

• O poder de polícia não precisa de procedimento administrativo porque se


diferencia do poder disciplinar.

Exemplo: Primeiro se aplica a muta e depois há a pergunta se o indivíduo quer


se defender.

• O poder de polícia é diferente de servidão administrativa.

Exemplo: Onde o Estado intervém na economia, ou seja, na atividade privada, um


exemplo é o tombamento onde o Estado intervém, não deixa o indivíduo vender um
patrimônio, pois é patrimônio histórico, está tombado

ATO ADMINISTRATIVO
Previstas em Todos os Atos
Presunção de Legitimidade

A Presunção de Legitimidade é o atributo que dispõe que ATO JÁ NASCE


VERDADEIRO E LEGAL, sendo tal presunção juris tantum, ou seja: é RELATIVA,

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podendo ser questionada.

Nos casos de questionamento, aplica-se a INVERSÃO do ônus da prova, RETIRANDO


a necessidade de provar do indivíduo que acusa e TRANSFERINDO-A ao Estado, ao
Governo e à Administração Pública, aos quais cabe provar que o ato questionado é
legal e verdadeiro.

Caso se prove que o questionamento é verdadeiro e o ato não é legal ou verdadeiro,


este deve então ser modificado, anulado ou convalidado.

ATENÇÃO!
É necessário obedecer a um ato até
que este seja anulado.

Tipicidade

A tipicidade dispõe que parte do ato ou todo ele DEVE ESTAR PREVISTO em lei,
cumprindo com os requisitos vinculados – competência, finalidade e forma – assim
configurando uma GARANTIA DOS ADMINISTRADOS, uma vez que veda a
existência de atos 100% discricionários, autoritários e abusivos.

Previstas em Alguns dos Atos


Autoexecutoriedade

A autoexecutoriedade é o uso do poder de autotutela, por meio do qual a


Administração Pública encontra a possibilidade de executar ou fabricar um ato SEM
A NECESSIDADE de uma ordem judicial, dispensando-a.

A autoexecutoriedade é dividida em 2 outras classificações:


• Exigibilidade: resume-se à aplicação de sanções administrativas e ao uso de coerção
indireta, NÃO DESFAZENDO a ilegalidade e NÃO PERMITINDO o uso da força, a
exemplo da multa de trânsito não recorrida.

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• Executoriedade: resume-se à execução material do ato e ao uso de coerção direta,


DESFAZENDO a ilegalidade e AUTORIZANDO o uso da força, a exemplo da remoção
de um veículo estacionado em local inapropriado.

Autoexecutoriedade

Exigibilidade Executoriedade

Aplicar sanção Executar o ato

Coerção indireta Coerção direta

Não desfaz ilegalidade Desfaz ilegalidade

Impermite uso da força Autoriza uso da força

Figura 4 – Autoexecutoriedade: exigibilidade e executoriedade.


Fonte: Núcleo Editorial Focus.

Imperatividade

A imperatividade é o uso do poder de império, também chamado de poder extroverso


do Estado. Resume à IMPOSIÇÃO DO ATO, demonstrando-se no uso da maioria dos
atos de poder de polícia, nos atos sancionatórios e nos atos restritivos de direito.

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Órgão que exerce o controle
Controle Administrativo

O Controle Administrativo é exercido pelo Poder Executivo e pelos órgãos


administrativos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário (de forma atípica), sob os
aspectos de legalidade e mérito, por iniciativa própria de cada ou mediante
provocação.

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O controle administrativo é baseado na capacidade de autotutela exercida pela gestão


quanto ao seu próprio comportamento. Seu objetivo é confirmar, corrigir ou alterar
Ações administrativas O meio de controle administrativo é a fiscalização ministerial da
entidade Controle hierárquico típico de gestão descentralizada e agências de controle
direto.

Rafael Rezende, 2020, conceitua o controle administrativo da seguinte maneira:


A exteriorização da vontade administrativa pode ocorrer de diversas formas, notadamente por
meio de manifestações unilaterais (atos administrativos) e bilaterais (contratos da
Administração).
Controle administrativo é a prerrogativa reconhecida à Administração Pública para fiscalizar e
corrigir, a partir dos critérios de legalidade ou de mérito, a sua própria atuação.

Vejamos agora quais são esses meios de Controle:

Fiscalização Hierárquica: esse meio de controle é dependente do poder


hierárquico e do próprio uso do princípio da autotutela

Supervisão Ministerial: aplicável naquelas instituições da administração


indireta que são vinculadas a um Ministério; não podemos confundir, portanto,
supervisão com subordinação; trata-se de controle finalístico. Aqui se aplica o
Poder de tutela.

Autotutela Tutela
Decorre da hierarquia Não tem hierarquia (controle indireto)
subordinação Vinculado
Controle hierárquico (dentro da Controle Finalístico (feito a distância)
estrutura/órgão)
Controle ilimitado/pleno Controle limitado/restrito
Prazo decadencial 5 anos

Recursos Administrativos: são meios aptos que podem ser utilizados para causar o
reexame do ato administrativo, por parte da própria administração pública.

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Recursos Administrativos: em regra, possui efeito devolutivo e o efeito é não


suspensivo.

Representação: é a denúncia de irregularidades, que são feitas dentro da própria


Administração;

Reclamação: são oposições de forma expressa a atos da Administração que afetam


direitos ou interesses legítimos do particular;

Pedido de Reconsideração: trata-se da solicitação de reexame, que é dirigida à


mesma autoridade que praticou o ato administrativo;

Recurso Hierárquico próprio: esse recurso é dirigido à autoridade ou instância


superior daquele mesmo órgão administrativo em que foi praticado o ato; decorre da
hierarquia;

Quanto ao recurso hierárquico próprio Mazza (2019) também complementa:


é aquele endereçado à autoridade superior à que praticou o ato recorrido. Como tal recurso é
inerente à organização escalonada da Administração, pode ser interposto sem necessidade de
previsão legal. Exemplo: recurso contra autuação dirigido à chefia do setor de fiscalização;

Recurso Hierárquico Expresso: esse é um recurso, dirigido à autoridade ou órgão


que não seja daquela repartição que expediu o ato administrativo que está sendo
contestado, porém, esse órgão/autoridade possui competência julgadora expressa.

Nesse mesmo seguimento também complementa Mazza (2019):


dirigido à autoridade que não ocupa posição de superioridade hierárquica em relação a quem
praticou o ato recorrido. Tal modalidade de recurso só pode ser interposta mediante expressa
previsão legal. Exemplo: recurso contra decisão tomada por autarquia endereçado ao Ministro
da pasta à qual a entidade recorrida está vinculada.

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Controle Legislativo

O Controle Legislativo é realizado dentro dos limites do parlamento e dos órgãos


subsidiários do legislativo. Seu escopo inclui o controle político sobre o exercício de
funções administrativas e controle financeiro da gestão da despesa pública pelos três
poderes.

Autora Licínia Rossi (2020) exemplifica:


O Poder Legislativo fiscaliza a atuação da Administração Pública pautado em dois critérios:
controle político (que apreciará as decisões administrativas sob o aspecto da
discricionariedade, oportunidade e conveniência ao interesse público) e controle financeiro
(exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas).

Arts. da CF/88, relacionados:


Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida
esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência
da União, especialmente sobre:
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o
que estabelece o art. 84, VI, b;
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou
dos limites de delegação legislativa;
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de
que resultar sua criação.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - Processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de

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responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército


e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

Deve-se lembrar que o controle legislativo sobre as atividades governamentais só


pode de acordo com os pressupostos estipulados na CF/88, e ser punido por violação
dos três poderes.

Controle Judicial

O Controle Judicial das atividades administrativas é sempre realizado por meio de


provocação, pode ser anterior ou posterior. Como o Brasil adota o modelo inglês de
jurisdição única, e não o Modelo francês de contencioso administrativo, todos os casos
são decididos pelo Judiciário, mesmo aqueles que envolvem interesses de públicos.
Licínia Rossi, 2020, ainda complementa:
No Brasil, adotamos o sistema de jurisdição única ou sistema inglês, ou seja, compete ao Poder
Judiciário decidir, desde que provocado, com força de definitividade, toda e qualquer contenda
sobre a adequada aplicação do direito a um caso concreto.

As ações judiciais mais importantes de controle da administração pública são:

• Habeas corpus (art. 5º, LXVIII, da CF;


• Mandado de segurança (individual ou coletivo) – art. 5º, LXIX e LXX, da CF e Lei
n. 12.019/2009.
• Habeas data (art. 5º, LXXII, da CF);
• Mandado de Injunção (art. 5º, LXXI, da CF);
• Ação Popular (art. 5º, LXXIII, da CF);
• Ação Civil Pública (art. 129, III, da CF e Lei n. 7.347/85, que sofreu duas alterações
no ano de 2014: uma pela Lei n. 12.966 e outra pela Lei n. 13.004);
• Ação Direta de Inconstitucionalidade (ação ou omissão) – arts. 102, I, a; 103,
ambos da CF, e Lei n. 9.868/99.

Súmulas relacionadas

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STF - SÚMULA 653: No Tribunal de Contas Estadual, composto por sete conselheiros, quatro
devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo Estadual,
cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e
um terceiro a sua livre escolha.

STF – SÚMULA 347: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.

STF – SÚMULA 42: É legítima a equiparação de juízes do Tribunal de Contas, em direitos e


garantias, aos membros do Poder Judiciário.

STF – SÚMULA 7: Sem prejuízo de recurso para o congresso, não é exequível contrato
administrativo a que o tribunal de contas houver negado registro.

STF – SÚMULA 6: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou


qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeitos antes de aprovada
por aquele tribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário.

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REGIME JURÍDICO ÚNICO ESTABELECIDO PELA LEI 8.112/1990


Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição E Substituição
Do Provimento

Disposições Gerais

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de dezoito anos;

VI - aptidão física e mental.

§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos


estabelecidos em lei.

A determinação do nível de escolaridade para cada cargo, é


determinada pela lei do cargo, e não está submetida a lei 8.112/90,
ainda, o rol é acima é mínimo e exemplificativo.

§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em


concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com
a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte
por cento) das vagas oferecidas no concurso.

Provimento - vagas para portadores de necessidades especiais:


Conforme expresso no art. 37 inc. VIII da CF. - a lei reservará
percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

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§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais


poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de
acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.
♦ Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97

Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade


competente de cada Poder.

Art. 7º A INVESTIDURA em cargo público ocorrerá com a POSSE.

Art. 8º São FORMAS DE PROVIMENTO de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

III e IV - Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97.

V - readaptação;

VI - reversão;

VII - aproveitamento;

VIII - reintegração;

IX - recondução.

Provimento de
Cargo Público

Nomeação Promoção Readaptação Reversão Aproveitamento Reintegração Recondução

Segundo a SÚMULA VINCULANTE 43. “É inconstitucional toda


modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem
prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento,
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente

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investido.”, por isso, transferência, ascensão, acesso, remoção,


redistribuição e readmissão não são formas de provimento, ou
seja, se houver alguma forma de provimento que permite que a
pessoa troque de carreira sem precisar passar em concurso, essa
forma é inconstitucional.

O provimento pode ser classificado em DUAS CATEGORIAS,


sendo elas:
- Provimento originário: quando a pessoa é designada ao cargo
público independente de seu vínculo anterior com a administração
pública, tendo como forma a nomeação.
- Provimento derivado: esse provimento, depende do vínculo
anterior com a administração pública, portanto, todas as demais
formas são deste provimento.

Da Nomeação

NOMEAÇÃO é a forma de provimento originário do cargo público,


se dando de duas formas: cargo efetivo (depende de aprovação para
concurso público) e cargo em comissão;

Art. 9º A nomeação far-se-á:

I - em CARÁTER EFETIVO, quando se tratar de cargo isolado de provimento


efetivo ou de carreira;

II - em COMISSÃO, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança


vagos.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial


poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança,
sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar
pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

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Comentários: segundo esse parágrafo, pode ser nomeado para ter exercício
interinamente em outro cargo de confiança aquele que ocupa cargo em comissão
ou de natureza especial, ou seja, no cargo de natureza especial, não é necessário
a aprovação em concurso para o indivíduo assumir a posição, porém não é de
livre exoneração da administração pública.

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos,
obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira,


mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de
carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Do Concurso Público

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em
duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de
carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no
edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele
expressamente previstas.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: Segundo o artigo 11, o concurso público pode ser realizado em até
duas etapas, portanto, quando o concurso público não tem um curso de formação
depois, é referido ao concurso de uma única etapa, e será caracterizado de duas
etapas quando o concurso for de provas ou de provas e títulos com curso de
formação.

Art. 12. O concurso público terá VALIDADE de até 2 (dois) anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.

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§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados


em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande
circulação.

§ 2º NÃO SE ABRIRÁ novo concurso enquanto houver candidato aprovado em


concurso anterior com prazo de validade não expirado.

Comentários: a Constituição Federal, no Inc. IV do art 37, refere-se à: “Durante


o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;”, ou seja,
pode ser aberto um concurso público para um determinado cargo, mesmo
tendo um concurso público anterior para aquele mesmo cargo ainda com prazo
de validade não expirado e candidato aprovado, porém, antes de nomear os
aprovados do último concurso, deve-se nomear os aprovados do concurso feito
anteriormente, portanto é válido a regra da lei 8.112/90 e a regra da
Constituição Federal, mas, para a administração pública federal, a regra válida é
a exposta na Lei 8.112/90.

Da Posse e do Exercício

Conceito e Posse: Posse é a investidura do indivíduo em um determinado cargo.

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar
as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo
ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes,
ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de


provimento.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de


provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas
hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o

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prazo será contado do término do impedimento.


♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: O §2º apresenta que em algumas circunstâncias especiais a


contagem de trinta dias ocorrerá só depois que acabar algum impedimento que a
pessoa tiver para tomar posse, sendo esses impedimentos os SEGUINTES:

● licença por motivo de doença em pessoa da família;


● licença para o serviço militar;
● licença para capacitação;
● licença gestante, à adotante e à paternidade;
● licença para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União,
em cargo de provimento efetivo;
● férias;
● afastamento para participação em programa de treinamento regularmente
instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no País,
conforme dispuser o regulamento;
● afastamento para júri e outros serviços obrigatórios por lei;
● afastamento para deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
● afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil
participe ou com o qual coopere.

§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.


♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que


constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo,
emprego ou função pública.

§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo
previsto no § 1º deste artigo.

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EXERCÍCIO é o efetivo desempenho das atribuições do cargo ou


da função de confiança, com prazo de 15 dias improrrogáveis
após tomar a posse para exercício de cargo, diante disso, se a
pessoa perder o prazo de exercício para o cargo ela será exonerada
de ofício (não é tratada como penalidade n lei 8.112/90).

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da


função de confiança.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em


exercício, contados da data da posse.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua
designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos
neste artigo, observado o disposto no art. 18.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou


designado o servidor compete dar-lhe exercício.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação


do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por
qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o
término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: Segundo o §4º desta lei, o início da função de confiança se dá a


partir da data de publicação do ato de designação, não podendo exceder 30 dias
após a publicação.

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Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados


no assentamento individual do servidor.

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente


os elementos necessários ao seu assentamento individual.

Comentários: Assentamento individual do servidor, é um documento que


registra todas as ocorrências funcionais que ocorre na vida daquela pessoa.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo
posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o
servidor.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: Promoção é a elevação para cargo de nível mais alto dentro da


própria carreira, não podendo haver promoção de uma carreira para outra, e
com a promoção do servidor, tem-se provimento em um cargo novo e vacância
no cargo antigo.

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no
mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para
a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o
tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: segundo o art. 18, quando o servidor trocou o posto de serviço, o


prazo será de no mínimo 10 dias e no máximo 30 dias.

§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o

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prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento.
♦ Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput.


♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em razão das atribuições
pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal
de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas
diárias, respectivamente.
♦ Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91

§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime


de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser
convocado sempre que houver interesse da Administração.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis


especiais.
♦ Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
ficará sujeito a ESTÁGIO PROBATÓRIO por período de 24 (vinte e quatro) meses,
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo, observados os SEGUINTE FATORES:
♦ vide EMC nº 19

I - assiduidade;

II - disciplina;

III - capacidade de iniciativa;

IV - produtividade;

V- responsabilidade.

Comentários: Antes de começarmos a tratar de pontos importantes acerca do

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estágio probatório, fique atento a um ponto importante: quem ocupa cargo


em comissão não se submete a estágio probatório.

O estágio probatório é para ocupantes de cargos efetivos, com período de


duração do de 36 meses (EC. N°19), com critério de avaliação com o método
mnemônico ACADIPRORE (Assiduidade; CApacidade de iniciativa;
PROdutividade; REsponsabilidade.

A - Assiduidade

CA - CApacidade de iniciativa

DI - DIsciplina

PRO - PROdutividade

RE - REsponsabilidade

Agora chegamos num ponto onde precisamos de atenção. Quando falamos em


duração do estágio probatório, o art. 20 estabelece que, quando o servidor
entrar em exercício, sendo nomeado para cargo de provimento efetivo, ele
ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses,
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo, observados os SEGUINTE FATORES:

I - assiduidade;

II - disciplina;

III - capacidade de iniciativa;

IV - produtividade;

V- responsabilidade.

Atenção! Temos um “porém” sobre a matéria!


A Constituição Federal, afirma que o servidor adquire estabilidade
com 3 anos em exercício, desconsidera-se o prazo de 2 anos

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requerido na lei 8.112/90. Neste ponto, o STF e o STJ se


manifestaram em várias ações judiciais em casos concretos
solicitando que o prazo do estágio probatório seja o mesmo do
prazo de estabilidade, diante disso, o prazo de estágio probatório é
de 36 meses, conforme Emenda Constitucional nº 19/1998.

O art. 28 da Emenda Constitucional nº 19 determina ser


assegurado o prazo de dois anos de efetivo exercício para
AQUISIÇÃO DA ESTABILIDADE aos atuais servidores em estágio
probatório, sem prejuízo da avaliação a que se refere o § 4º do art.
41 da Constituição Federal. Não confunda estabilidade com
estágio probatório.

As formas de avaliação do estágio probatório são categorizadas


em:
• Avaliação periódica de desempenho;
• Avaliação especial de desempenho, nos 4 meses finais
do estágio probatório.

§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será


submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do
servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o
que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da
continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste
artigo.
♦ Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008

Comentários: Segundo o art. 41 da CF/88 “Como condição para a aquisição da


estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.”

§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,


reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo
único do art. 29.

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Comentários: O servidor reprovado no estágio probatório será exonerado


quando ele não tinha estabilidade no cargo anterior ou quando a pessoa nunca
ocupou cargo público, não tendo então cargo para reconduzir, com exoneração
de ofício. O servidor será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado,
quando existia estabilidade no cargo anterior, mas foi reprovada no estágio
probatório atual.

§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento


em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade
de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar
cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças


e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim
afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em
concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos


previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em
curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: O servidor, para ser cedido para outro órgão ou outra entidade só
será possível se assumir um cargo de natureza especial ou um cargo em comissão
do grupo DAS 4,5,6 ou equivalente, DAS, refere-se a Direção de Assessoramento
Superiores, quanto maior for o nível de DAS, maior será o salário do servidor.
Durante o estágio probatório, os servidores somente terão direito as seguintes
LICENÇAS ou AFASTAMENTOS:

● Licença por motivo de doença em pessoa da família;


● Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
● Licença para o serviço militar;
● Licença para atividade política;

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● Afastamento para o exercício de mandato eletivo;


● Afastamento para estudo ou missão no exterior;
● Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil
participe ou com o qual coopere;
● Afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação
em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.

O estágio probatório ficará SUSPENSO, sendo retomado após o término do


impedimento, durante o gozo das licenças e afastamentos abaixo listados:

● Licença por motivo de saúde em pessoa da família;


● Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
● Licença para atividade política;
● Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil
participe ou coopere, bem como na hipótese de participação em curso de
formação;
● Afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação
em outro concurso.

Da Estabilidade

Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de


provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois)
anos de efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)

Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial


transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja
assegurada ampla defesa.

Comentários: na Lei 8.112 do ano de 1990 o prazo de estabilidade é de 2 anos,


porém, o EC N°19/98l, afirma que a pessoa adquire estabilidade com 3 anos em
exercício, portanto, desconsidera-se o prazo de 2 anos requerido na lei
8.112/90. O STF e o STJ se manifestaram em várias ações judiciais em casos
práticos solicitando que o prazo do estágio probatório seja o mesmo do prazo

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de estabilidade, diante disso, o prazo de estágio probatório é de 36 meses.

Art. 41 da CF/88. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação


especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

§ 1º do art. 41 da CF. O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma


de lei complementar, assegurada ampla defesa. (OCORRE UMA EXONERAÇÃO
DE OFÍCIO)

O art. 169 §4º da CF/88, prevê a perda da estabilidade por excesso de despesa
com pessoal, tendo uma exoneração de ofício para o servidor.

Da Transferência

Art. 23. Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Da Readaptação

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental verificada em inspeção médica.

Comentários: Segundo o art. 24, a readaptação ocorre quando o servidor passa


por uma limitação sofrida que faz com que ele não consiga desempenhar as
atribuições atuais do cargo dele, levando a alteração de seu cargo, tendo um
provimento no cargo readaptado e vacância no cargo antigo.

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§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a


habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese
de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente,
até a ocorrência de vaga.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Da Reversão
♦ Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.200)

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:


♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos


da aposentadoria; ou
♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

II - no INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO, desde que:


♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

a) tenha solicitado a reversão;


♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

b) a aposentadoria tenha sido voluntária;


♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

c) estável quando na atividade;


♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;


♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

e) haja cargo vago.


♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

Comentários: Segundo o §1°, o servidor retorna ao mesmo cargo no qual havia


deixado.

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♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão


da aposentadoria.
♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Comentários: Diante do §2°, quando o servidor retornar, seu tempo de exercício


será somado para uma nova aposentadoria, sem acumulação de aposentadorias.

§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas


atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em


substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a
exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente
à aposentadoria.
♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base
nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo.
♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.


♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Art. 26. Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos
de idade.

Da Reintegração

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente


ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua
demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as

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vantagens.

Comentários: Segundo o art. 28 da Lei 8.112/90, quando o ato administrativo


é ilegal, é cancelado por meio da anulação de efeito retroativo, com o
requerimento do servidor estável que sofreu, por via administrativa ou via
judicial, quando o juiz reconhece o ato ilegal, ocorre a reintegração do servidor
e ele ainda é indenizado do prejuízo ocorrido devido ao período ilegal.

§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade,


observado o disposto nos arts. 30 e 31.

§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao


cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
posto em disponibilidade.

Comentários: Segundo o § 2°, quando o servidor retorna em exercício, e seu


cargo está sendo ocupado por outra pessoa, o eventual ocupante sai do cargo
para o reintegrado assumir.

Da Recondução

Art. 29. RECONDUÇÃO é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente


ocupado e DECORRERÁ DE:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do anterior ocupante.

Comentários: Segundo o inciso 1°, quando o indivíduo assume um cargo, ele


passa por um estágio probatório, se ele reprovar nesse estágio, porém já tinha
estabilidade em um antigo cargo público, ele retorna ao cargo anterior.
Segundo o §2°, se o servidor foi afastado ilegalmente, ele retorna ao cargo
ocupado anteriormente, enquanto o atual ocupante do cargo desocupa-o sem
direito de indenização, para o servidor reintegrado assumir.

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Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será


aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

Comentários: Atualmente, a doutrina e a jurisprudência têm aceitado também


a recondução por motivo de desistência no estágio probatório relativo à cargo
novo, ou seja, no estágio probatório quando o servidor reprovar ou desistir do
cargo no qual foi inserido, ele retorna ao antigo, porém, se o cargo ocupado
anteriormente já estiver sido assumido por outro, o servidor ficará em
disponibilidade ou será reaproveitado para outro cargo.

Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante


aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com
o anteriormente ocupado.

Comentários: Aproveitamento é o retorno do servidor em disponibilidade, ou


seja, segundo o §3º do art 41 da CF/88, se um cargo foi extinto o servidor que
ocupa aquele cargo ficará em disponibilidade, sendo um período no qual o
servidor continuará recebendo uma remuneração proporcional ao tempo de
serviço dele, porém, caso apareça alguma vaga para esse servidor, ele será
aproveitado nessa vaga, dando o retorno do servidor ao exercício, portanto, o
cargo no qual ele será aproveitado, deve ser compatível ao cargo antigo.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato


aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos
ou entidades da Administração Pública Federal.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, o servidor posto em


disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do Sistema
de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento
em outro órgão ou entidade.
♦ Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

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Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o


servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta
médica oficial.

Da Vacância

Art. 33. A vacância do cargo público DECORRERÁ DE:

I - exoneração;

II - demissão;

III - promoção;

IV e V – Revogados pela Lei nº 9.527, de 10.12.97.

VI - readaptação;

VII - aposentadoria;

VIII - posse em outro cargo inacumulável;

IX - falecimento.

Comentários: promoção e readaptação são consideradas pela doutrina, formas


híbridas, já que junto com esses provimentos, ocorre a vacância.

FALECIMENTO ocorre se o ocupante do cargo falecer, o cargo ficará vago.


APOSENTADORIA se o ocupante do cargo se aposenta, o cargo ficará vago.
Em caso de POSSE em outro cargo inacumulável, segundo a Constituição
Federal, no art. 37 e inciso 16, pode haver acumulação de cargo lícita em três
hipóteses: se o servidor tiver compatibilidade de horário pode acumular dois
cargos de professor, um cargo técnico e um cargo de professor e pode acumular
dois cargos privativos da área da saúde, porém, se o servidor tomar posse de
um cargo que não pode ser acumulado com o cargo ocupado atualmente,
ocorrerá a vacância do cargo atual.

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A DEMISSÃO é uma penalidade precedida de processo administrativo


disciplinar, o que gera uma vaga no cargo exercido pela pessoa que foi
demitida.

A EXONERAÇÃO não é uma penalidade. O servidor pode pedir exoneração caso


esteja insatisfeito com determinado cargo, portanto, não é caracterizado como
demissão.

Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:

I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo


estabelecido.

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança


dar-se-á:
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

I - a juízo da autoridade competente;

II - a pedido do próprio servidor.

Parágrafo único. Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Da Remoção e da Redistribuição

Comentários: As formas de deslocamento são, remoção e redistribuição, essas


formas não são caracterizadas como provimento ou vacância, sem caráter
punitivo. Remoção refere-se ao deslocamento do servidor, pessoa física, ainda,
quando têm-se uma remoção dentro de um órgão público, a remoção é feita
pela administração pública que desenvolve um processo seletivo para escolher
qual servidor será removido, ou quando for a pedido do servidor, a
administração faz a análise, sem obrigação de atender o pedido de remoção, já

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que o critério é posto a administração.

Da Remoção

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do


mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por MODALIDADES
DE REMOÇÃO:
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

I - de ofício, no interesse da Administração;


♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

II - a pedido, a critério da Administração;


♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

III - A PEDIDO, PARA OUTRA LOCALIDADE, independentemente do interesse


da Administração:
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil


ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente


que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
condicionada à comprovação por junta médica oficial;
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número


de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Da Redistribuição

Art. 37. REDISTRIBUIÇÃO é o deslocamento de cargo de provimento efetivo,

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ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou


entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC,
observados os SEGUINTES PRECEITOS:
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

I - interesse da administração;
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

II - equivalência de vencimentos;
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;


♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das


atividades;
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;


♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais


do órgão ou entidade.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: o art. 37, afirma que não pode ocorrer redistribuição de um poder
para outro devido a determinação de ofício feito pela administração pública,
portanto a redistribuição deve ocorrer no âmbito do mesmo poder (legislativo,
executivo e judiciário). Exemplo: quando ocorre a extinção de um órgão, e a
redistribuição dos agentes/servidores desse órgão para outro dentro do âmbito
do mesmo poder.

§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de


trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção
ou criação de órgão ou entidade.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre o

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órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal


envolvidos.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo


ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não
for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma
dos arts. 30 e 31.
♦ Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser


mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório,
em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: Com a redistribuição de parte dos cargos de um órgão, a parte que


não houve redistribuição, os servidores podem ficar em disponibilidade ou terão
exercício provisório em algum outro órgão, organizado pelo SIPEC.

Da Substituição

Comentários: Para ocorrer a substituição, tem-se alguém que está sendo


substituído e alguém para substituir.

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os


ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento
interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do
órgão ou entidade.

Comentários: Titular (substituído): esse indivíduo deve ocupar um cargo em


comissão, função de confiança ou cargo de natureza especial. Substituto:
definido no regimento interno do órgão, mas em caso de omissão do regime o
substituto será definido pela autoridade máxima do órgão. Esse indivíduo assume

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o cargo automaticamente e cumulativamente sem causa prejuízo no cargo


ocupado atualmente por ele, dando direito de opção para o salário, o substituto
assume o cargo quando o titular estiver impedido, afastado ou da vacância do
cargo.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que


ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial,
nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do
cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o
respectivo período.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção


ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou
impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: O §2º trata de retribuição pelo exercício do cargo ou função de


direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, no qual só dá o direito se o
servidor estiver substituindo devido ao afastamento ou impedimentos, portanto,
a substituição deve durar mais que 30 dias, dado isso, o substituto só receberá o
que for proporcional no que exceder de 30 dias.

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades


administrativas organizadas em nível de assessoria.

Dos Direitos e Vantagens

Vencimento: retribuição pecuniária paga ao servidor pelo


efetivo desempenho das atribuições do cargo.
Remuneração: é o vencimento acrescido de vantagens
pecuniárias que o servidor tem direito, uma das vantagens é a

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retribuição pelo exercício de função de confiança, a retribuição


é parte das vantagens exercidas pela remuneração, sendo
cumulativa com os outros acréscimos.
Direitos do Servidor Público Federal
● Direitos de natureza pecuniária (benefícios financeiros);
● Direitos de ausência no serviço público;
● Direitos de representação;
● Outros.

Do Vencimento e da Remuneração

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com
valor fixado em lei.

Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória nº 431, de 2008).

Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens


pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

Comentários: como exposto no art. 41, tem remuneração aquele que ocupa
cargo efetivo, enquanto o vencimento é uma parte da remuneração, a
remuneração é o vencimento acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes, com valor maior que o vencimento. (a expressão vencimento no
plural, “vencimentos”, trata-se da mesma coisa que remuneração).

§ 1°A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será paga


na forma prevista no art. 62.

Comentários: o art. 62 dispõe que ao servidor ocupante de cargo efetivo


investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu
exercício. Se o ocupante de cargo efetivo for designado para ocupar uma função
de confiança, um cargo em comissão ou um cargo de natureza especial, além

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das vantagens pecuniárias permanentes, é dado a esse servidor outra vantagem


financeira, chamada de retribuição pelo exercício de cargo em comissão ou
função de confiança. A remuneração do cidadão designado para ocupar
exclusivamente um cargo em comissão, será composta pela retribuição pelo
exercício de cargo em comissão. Parágrafo único. art. 62. Lei específica
estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do
art. 9.

§ 2°O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de


sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º do art. 93.

Comentários: quando o servidor for lotado em um órgão ou entidade mas foi


designado para ocupar um cargo em comissão em outro órgão ou entidade, a
remuneração se dá de acordo com a regra do §1º do artigo 93:

Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão
ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e
dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

II - em casos previstos em leis específicas.

§ 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades


dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da
remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para
o cedente nos demais casos.

O servidor federal da união pode ser cedido para outro órgão ou entidade de
qualquer poder (legislativo, executivo ou judiciário), de qualquer esfera política
(federal, estadual, municipal ou Distrito Federal), portanto, se o servidor for
designado para ocupar um cargo em comissão de qualquer esfera, o ônus da
remuneração desse servidor será pago pelo cessionário (aquele que se beneficia
da cessão), ainda, caso a cessão do servidor aconteça dentro da união (exemplo:
o servidor do executivo é cedido para o legislativo), quem arca com o ônus da
remuneração do servidor é a própria união.

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§ 3°O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente,


é irredutível.

Comentários: O vencimento acrescido de vantagem pecuniária permanente,


refere-se a remuneração irredutível.

§ 4°É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou


assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

Comentários: segundo a lei, servidor de qualquer um dos poderes que exercem


atribuições assemelhadas devem ter vencimentos assemelhados.

§ 5°Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo.


♦ Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração,


importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie,
a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos


incisos II a VII do art. 61.

Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº 9.624, de 2.4.98)

Além das vantagens descritas acima, as indenizações (ex: diárias,


auxílio transporte, auxílio moradia, ajuda de custo) também são
excluídas do teto remuneratório.

Art. 44. O servidor perderá:

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I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado;


♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências


justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas,
salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subsequente ao da
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: O servidor perde parte da remuneração do dia se ele chegar


atrasado, sair antecipadamente ou se ausentar do trabalho durante o período de
trabalho, com desconto proporcional a sua ausência sem autorização de
compensação de horário, salvo o art. 97 que apresenta que o servidor tem direito
a um dia de folga caso ele doe sangue, ou até 2 dias de afastamento para fazer
alistamento eleitoral, e de 8 dias em casamento ou falecimento de alguns
familiares.

Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior


poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas
como efetivo exercício.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá
sobre a remuneração ou provento.
♦ Vide Decreto nº 1.502, de 1995
♦ Vide Decreto nº 1.903, de 1996

♦ Vide Decreto nº 2.065, de 1996

§ 1°Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de


pagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de
custos, na forma definida em regulamento.
♦ Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015

Comentários: pode ser descontado da remuneração do servidor os empréstimos


consignados, já que a lei autoriza o servidor a fazer crédito consignado.

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§ 2°O total de consignações facultativas de que trata o § 1º não excederá a 35% (trinta
e cinco por cento) da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados
exclusivamente para:
♦ Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015

I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou


♦ Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015

II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.


♦ Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015

Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994,


serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para
pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do
interessado.
♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

§ 1°O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento
da remuneração, provento ou pensão.
♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

§ 2°Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do


processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela.
♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

§ 3°Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão


liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida,
serão eles atualizados até a data da reposição.
♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver
sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para
quitar o débito.
♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição
em dívida ativa.

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♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,


sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de
decisão judicial.

Das Vantagens

Vantagem é todo ganho de natureza pecuniária que é recebido


pelo servidor público em decorrência das atribuições do seu cargo,
que podem ou não integrar a remuneração do servidor público
federal e que não corresponde ao seu vencimento básico.
Considerando que remuneração é o vencimento + vantagem
pecuniária permanente, a vantagem é a remuneração com exclusão
do vencimento.

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as SEGUINTES


VANTAGENS:

I - indenizações;

II - gratificações;

III - adicionais.

§ 1°As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer


efeito.

§ 2°As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos


casos e condições indicados em lei.

Comentários: Indenizações: ajuda de custo, diárias, indenização de transporte


e auxílio moradia, nas quais não incorporam a remuneração. Gratificações:
Gratificação natalina e gratificação por encargo em curso ou concurso.

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Adicionais: Insalubridade, periculosidade, penosidade ou zona da fronteira,


serviço extraordinário, adicional noturno e adicional de férias.

A lei 8.112 apresenta uma vantagem a mais, caracterizada por retribuição


pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança.

Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para
efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o
mesmo título ou idêntico fundamento.

Comentários: As vantagens pecuniárias permanentes são calculadas em cima


do vencimento básico do servidor.

Das Indenizações

Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:

I - ajuda de custo;

II - diárias;

III - transporte.

IV - auxílio-moradia.
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos I a III do art. 51, assim
como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.
♦ Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006

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Da Ajuda de Custo

Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do


servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com
mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de
indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha
também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: a finalidade da ajuda de custo é ressarcir despesas realizadas pelo


servidor em decorrência de uma mudança permanente para outra localidade por
interesse da administração (remoção de ofício). A ajuda de custo não para cobrir
a despesa de transporte do servidor, sendo somente para a instalação do servidor
e de sua família na nova sede.

§ 1°Correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de


sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

§ 2°À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e
transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do
óbito.

§ 3°Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção previstas nos incisos
II e III do parágrafo único do art. 36.
♦ Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014

Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se


dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3
(três) meses.

Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União, for

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nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.

Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo será
paga pelo órgão cessionário, quando cabível.

Comentários: se a administração pública vai nomear particular para ocupar


cargo em comissão no qual terá que ir para outra cidade, ele também terá
direito de receber ajuda de custo.

Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando,


injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.

Das Diárias

Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório
para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e
diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada,
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: a diária é um valor pago ao servidor com a finalidade de ressarcir


as despesas em decorrência do deslocamento, tais como, despesas de
locomoção, transporte, alimentação e pousada, além disso, a lei também deixa
claro que a administração também deve comprar as passagens.

§ 1°A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando
o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio
diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: Para cada dia de afastamento o servidor ganha uma diária,


portanto a diária integral é pago quando servidor necessitar de dia e pernoite,

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meio diária se o deslocamento não envolver pernoite ou se o deslocamento


envolver o dia mais o pernoite, porém a administração pública arca com as
despesas extraordinárias.

§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do


cargo, o servidor não fará jus a diárias.

§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios
limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com
países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores
brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses
em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do
território nacional.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo,
fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias

Comentários: a restituição das diárias pode ser integral, na qual refere-se


quando o deslocamento não acontece, exemplo: o servidor recebeu a diária
antecipadamente para se deslocar, e acabou não se deslocando, com prazo de
5 dias.

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que


o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo
previsto no caput.

Da Indenização de Transporte

Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas


com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos,
por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

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Comentários: Segundo a lei, a indenização de transporte é paga ao servidor


que durante a hora de trabalho dele é necessário utilizar de meio próprio de
locomoção.

Do Auxílio-Moradia
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas


comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de
hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a
comprovação da despesa pelo servidor.
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

Comentários: Para receber esse auxílio, o servidor deve: comprovar que teve
despesas com moradia devido ao cargo, deve estar ocupando um cargo em
comissão ou função de confiança do grupo D.A.S. 4, 5 ou 6, cargo de ministro de
estado ou cargo equivalente a ministro, não cabendo então, ao servidor efetivo.

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes


requisitos:
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;


♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;


♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário,
promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município
aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de
construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação;
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;

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♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão


ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis
4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes;
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se


enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3º, em relação ao local de residência ou domicílio
do servidor;
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos
últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança,
desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação
para cargo efetivo.
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006.


♦ Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007

Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o
servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V.
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

Art. 60-C.
♦ Revogado pela Lei nº 12.998, de 2014

Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por
cento) do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de
Estado ocupado.
♦ Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 1°O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da
remuneração de Ministro de Estado.
♦ Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

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§ 2°Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica


garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de
R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).
♦ Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008

§ 3°Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017 - Vigência encerrada

§ 4º Incluído pela Medida Provisória nº 805, de 2017 - Vigência encerrada

Comentários: O valor mensal do auxílio moradia não é de 25% da remuneração


dos servidores, é limitado a 25% do cargo em comissão ocupado ou da função
de confiança, com valor máximo de 1.800,00 reais.

Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à


disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo
pago por um mês.
♦ Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006

Das Gratificações e Adicionais

Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos
servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;


♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

II - gratificação natalina;

III - Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;

VI - adicional noturno;

VII - adicional de férias;

VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.

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IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.


♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

Comentários: O artigo 61 apresenta um rol exemplificativo de retribuições,


gratificações e adicionais que não é taxativo, já que pode ser ampliado por outras
leis.

Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e Assessoramento


♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia
ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é
devida retribuição pelo seu exercício.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão


de que trata o inciso II do art. 9º.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: a retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e


assessoramento é uma vantagem, mas não se enquadra na função de gratificação,
indenização ou de adicional, exemplo: se uma pessoa ocupa um cargo efetivo
deve desempenhar as atribuições do cargo e com isso ela recebe o vencimento
(retribuição pecuniária para o servidor pelo efetivo desempenho das atribuições
do cargo), porém se esse ocupante é nomeado para uma função de confiança
que abrange 3 atividades (direção, chefia ou assessoramento), diante disso esse
servidor acumula as funções, e a partir disso essa pessoa receberá um plus na
remuneração que será então a retribuição pelo exercício de função de direção,
chefia e assessoramento, além disso, a pessoa recebe o plus na remuneração, se
for nomeada para ocupar um cargo em comissão ou cargo de natureza especial,
sendo que em ambas alternativas, ela já ocupava um cargo efetivo antes.

Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - VPNI


a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou

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assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se


referem os arts. 3º e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3º da Lei no
9.624, de 2 de abril de 1998.
♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estará sujeita às
revisões gerais de remuneração dos servidores públicos federais.
♦ Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Da Gratificação Natalina

Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a
que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como
mês integral.

Comentários: Se o servidor já estava trabalhando no dia 01 de janeiro, quando


chegar em dezembro ele receberá a gratificação natalina (13°) completa, já que
é calculada proporcionalmente ao tempo trabalhado. Exemplo: se a pessoa
trabalhou por 9 meses no ano, a conta é feita com a remuneração do mês de
dezembro (ex: 6.000) e divide por 12 (meses anuais), após isso pega-se o
resultado que será equivalente à 500 reais e multiplica pelo número de meses
trabalhados (9 meses) igualando a 4.500, valor da remuneração da gratificação
natalina.

Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada
ano.

Parágrafo único. (Vetado).

Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente


aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

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Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer
vantagem pecuniária.

Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 67. Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001, respeitadas as


situações constituídas até 8.3.1999.

Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas

Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em


contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem
jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.

Comentários: Quando é apresentado sobre a exposição de risco de saúde de


longo, médio ou curto prazo no ambiente em que trabalha trata-se de
insalubridade, e quando o risco for de vida é sobre a periculosidade, ambas têm
como base de cálculo o vencimento básico.

§ 1°O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá
optar por um deles.

Comentários: O servidor não pode acumular insalubridade com periculosidade,


portanto se ele tiver o direito de receber os dois ele deverá escolher um deles
somente.

§ 2°O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação


das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou


locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

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Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a


gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas
atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de


periculosidade, serão observadas as situações estabelecidas em legislação específica.

Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos
termos, condições e limites fixados em regulamento.

Comentários: o adicional de penosidade ou zona de fronteira, refere-se ao


pagamento ao servidor que atua em área com condições de vida ruim, porém,
em questões de zona de fronteira, não são todas as cidades que estão incluídas,
a penosidade ainda pode ser acumulado com insalubridade ou com a
periculosidade.

Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias
radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de
radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames
médicos a cada 6 (seis) meses.

Do Adicional por Serviço Extraordinário

Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

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Do Adicional Noturno

Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas)
horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25%
(vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos
e trinta segundos.

Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata


este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.

Exemplo: Se o servidor iniciar o trabalho às 08:00 horas da manhã e saí às 08:00


horas da manhã do dia seguinte, ele tem direito de receber a hora extra, ainda
que uma hora noturna equivale a 52 minutos e 30 segundos, a partir das 22
horas. Hora noturna acumula com hora extra, como apresenta o parágrafo único
abaixo.

Do Adicional de Férias

Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das
férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das
férias.

Comentários: O valor do adicional de férias equivale a ⅓ da remuneração


sendo levado em consideração o cargo do servidor.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou


assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será
considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso


♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que,
em caráter eventual:

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♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de


treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública
federal;
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006
♦ O inciso I trata da atividade de natureza intelectual.

II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para


análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de
questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;
♦ O inciso II trata da atividade intelectual.
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público


envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e
avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as
suas atribuições permanentes;
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

♦ O inciso III trata da atividade operacional.

IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou


de concurso público ou supervisionar essas atividades.
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

♦ O inciso IV é uma atividade operacional.

§ 1°Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão
fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros:
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a


complexidade da atividade exercida;
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006
♦ A gratificação é calculada devido ao número de horas da atividade exercida.

II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte)


horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente
justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou
entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de
trabalho anuais;

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♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

♦ O máximo de horas que o servidor pode desempenhar é de 120 horas anuais, porém excepcionalmente
o servidor pode desempenhar mais 120 horas por ano.

III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos SEGUINTES


PERCENTUAIS, INCIDENTES sobre o maior vencimento básico da administração
pública federal:
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de


atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo;
♦ Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007

♦ 2,2% do maior vencimento básico da administração pública federal quando o servidor


desempenha uma atividade intelectual.

b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de


atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo.
♦ Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007

♦ 1,2% do maior vencimento básico da administração pública federal de atividade operacional.

§ 2°A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as


atividades referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo
das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de
compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de
trabalho, na forma do § 4º do art. 98 desta Lei.
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

♦ O servidor só irá receber a gratificação caso ele compense o horário.

§ 3°A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento


ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos
da aposentadoria e das pensões.
♦ Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006

Das Férias

Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o
máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses
em que haja legislação específica.

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♦ Redação dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97
♦ Vide Lei nº 9.525, de 1997

§ 1°Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de


exercício.

Comentários: a aquisição de férias é dividida em duas categorias, sendo elas 1º


período de férias (deve-se ter 12 meses de efetivo exercício), e os demais
períodos de férias são adquiridos a partir da virada do ano, sendo uma por ano.

§ 2°É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

§ 3°As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas
pelo servidor, e no interesse da administração pública.
♦ Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97

Comentários: Podendo parcelar as férias em um ano, em até três etapas, ficaria


10 dias mensais durante três meses.

Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias antes
do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1º deste artigo.
♦ Vide Lei nº 9.525, de 1997

§ 1º e § 2º Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 3°O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização


relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um
doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias.
♦ Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91

§ 4°A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for
publicado o ato exoneratório.
♦ Incluído pela Lei nº 8.216, de 13.8.91

§ 5°Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no inciso


XVII do art. 7º da Constituição Federal quando da utilização do primeiro período.
♦ Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97

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Comentários: O adicional de férias parceladas, será pago integralmente na


primeira etapa de férias.

Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias
radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade
profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

Parágrafo único. Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: A regra é que as férias tenham 30 dias anuais podendo acumular


em até 2 períodos, porém se o servidor ficar exposto à substância radioativa o
servidor é obrigado a tirar 20 dias de férias semestrais.

Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por
necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

♦ Vide Lei nº 9.525, de 1997

Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez,


observado o disposto no art. 77.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Das Licenças

Disposições Gerais

Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:

I - por motivo de doença em pessoa da família;

II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

III - para o serviço militar;

IV - para atividade política;

V - para capacitação;

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♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

VI - para tratar de interesses particulares;

VII - para desempenho de mandato classista.

§ 1° A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de suas
prorrogações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o
disposto no art. 204 desta Lei.
♦ Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009

Comentários: o art. 204. Estabelece que a licença para tratamento de saúde


inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia
oficial, na forma definida em regulamento.

O familiar doente deverá passar por uma perícia médica para que o servidor possa
utilizar dessa licença, ainda que deve ser constatado que o período de doença
seja mais que 15 dias.

§ 2º - Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 3°É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença


prevista no inciso I deste artigo.

Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da


mesma espécie será considerada como prorrogação.

Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge
ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional,
mediante comprovação por perícia médica oficial.
♦ Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009

Comentários: Alguns familiares, caso tenham doença, o servidor tem direito de


pedir licença, ainda que pode ser utilizada no período de estágio probatório.

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§ 1°A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for


indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: Se for possível compensar o horário, a administração não permite


a licença, já que ele pode sair e depois cumprir o horário faltado, portanto, a
licença só será concedida se a assistência direta do servidor for indispensável.

§ 2°A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a
cada período de doze meses nas SEGUINTES CONDIÇÕES:
♦ Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010

I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do


servidor; e
♦ Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010

II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração.


♦ Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010

§ 3°O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do


deferimento da primeira licença concedida.
♦ Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010

§ 4°A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as
respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses,
observado o disposto no § 3º, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos
incisos I e II do § 2º.
♦ Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010
♦ A licença não pode ultrapassar de 160 dias.

Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou
companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o
exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

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Comentários: o servidor pode pedir licença por período indeterminado caso o


cônjuge seja servidor público mas foi deslocado para outra localidade.

§ 1°A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.

§ 2°No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor


público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da
Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício
de atividade compatível com o seu cargo.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: quando o marido é deslocado de ofício, a mulher pode pedir


remoção ou licença para ir também, porém a administração pública, pode colocá-
la em exercício provisório em outro cargo público compatível.

Da Licença para o Serviço Militar

Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma
e condições previstas na legislação específica.

Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem
remuneração para reassumir o exercício do cargo.

O servidor pode utilizar desta licença no estágio probatório.

Da Licença para Atividade Política

Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

Comentários: o servidor tem direito a essa licença sem antes sair o resultado,

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sendo então no período de concorrência da eleição, essa licença pode ser


dividida com início na escolha do servidor na convenção partidária indo até a
véspera do registro da candidatura, sem direito a remuneração.

§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas


funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 2°A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o


servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo
período de três meses.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

O segundo período de licença, exposto no §1°, pode durar mais que


3 meses com direito a remuneração somente por esses meses,
podendo ser feita durante o estágio probatório.

Da Licença para Capacitação

Na atualidade, a licença-prêmio foi revogada para a criação da licença para


capacitação. A hipótese de cabimento dela é fazer um curso de capacitação, no art.
87 é expresso que, após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no
interesse da administração, se afastar do cargo efetivo, com a respectiva remuneração,
para participar de curso de capacitação profissional que tem afinidade com as
atribuições do cargo do servidor.

Após um quinquênio de efetivo exercício, o servidor tem o direito de pedir a licença,


mas a administração NÃO é obrigada a conceder. Os períodos de licença para
capacitação não são acumuláveis
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da
Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

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♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97
♦ Vide Decreto nº 5.707, de 2006

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis.
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 88. Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 89. Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 90. (Vetado).

Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de


cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de
assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.
♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do


servidor ou no interesse do serviço.
♦ Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001

Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o


desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de
âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da
profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade
cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros,
observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto
em regulamento e OBSERVADOS OS SEGUINTES LIMITES:
♦ Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005

I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores;
♦ Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014

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II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados,
4 (quatro) servidores;
♦ Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014

III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito)
servidores.
♦ Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014

§ 1°Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou


de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão
competente.
♦ Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014

§ 2°A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de
reeleição.
♦ Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014

Afastamentos

● Afastamento para servir a outro órgão ou entidade;


● Afastamento para o exercício de mandato eletivo;
● Afastamento para estudo ou missão exterior;
● Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu
no país;
● Afastamento para participação em curso de formação relativo a outro cargo
público federal para o qual o servidor tenha sido aprovado em decorrência de
concurso público.

Dos Afastamentos

Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade

Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade
dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas
SEGUINTES HIPÓTESES:
♦ Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91
♦ Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002

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♦ Vide Decreto nº 5.213, de 2004
♦ Vide Decreto nº 9.144, de 2017

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;


♦ Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91

II - em casos previstos em leis específicas.


♦ Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91

§ 1°Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade
cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos.
♦ Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91

Comentários: Quando o cessionário é um estado, município ou distrito federal,


o ônus da remuneração vai ser da entidade cessionária. A esfera em que o
servidor trabalha, vai arcar com a remuneração dele.

§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia


mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo
ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo
em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas
pelo órgão ou entidade de origem.
♦ Redação dada pela Lei nº 11.355, de 2006

§ 3°A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União.


♦ Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91

§ 4°Mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder


Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que
não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.

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♦ Incluído pela Lei nº 8.270, de 17.12.91

Essa regra NÃO VALE para o servidor do legislativo ou do judiciário.


Se o presidente da república autorizar o servidor executivo eles
poderão ter exercício em outro órgão da administração Federal.

§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela requisitado,


as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo.
♦ Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002

§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia


mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua
folha de pagamento de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e
II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido condicionado a
autorização específica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto
nos casos de ocupação de cargo em comissão ou função gratificada.
♦ Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002

§ 7º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de


promover a composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da
Administração Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de
empregado ou servidor, independentemente da observância do constante no inciso I
e nos §§ 1º e 2º deste artigo.
♦ Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002
♦ Vide Decreto nº 5.375, de 2005

Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes


disposições:

I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do


cargo;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração.

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III - investido no mandato de vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu


cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

§ 1°No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social


como se em exercício estivesse.

§ 2°O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou
redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem
autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo

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e Presidente do Supremo Tribunal Federal.


♦ Vide Decreto nº 1.387, de 1995

§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente


decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2°Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração
ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do
afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu
afastamento.

§ 3°O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4°As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo,
inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em
regulamento.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o


Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
♦ Vide Decreto nº 3.456, de 2000

Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu


no País
♦ Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009

Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a


participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a
respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu
em instituição de ensino superior no País.
♦ Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009

§ 1°Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a


legislação vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em
programas de pós-graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão
avaliados por um comitê constituído para este fim.
♦ Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009

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§ 2°Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente


serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou
entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado,
incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença
para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com
fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de
afastamento.
♦ Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009

§ 3°Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão


concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade
há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com
fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de
afastamento.
♦ Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010

§ 4°Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste


artigo terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um
período igual ao do afastamento concedido.
♦ Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009

§ 5°Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de


cumprido o período de permanência previsto no § 4º deste artigo, deverá ressarcir o
órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
dos gastos com seu aperfeiçoamento.
♦ Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009

§ 6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no
período previsto, aplica-se o disposto no § 5º deste artigo, salvo na hipótese
comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do
órgão ou entidade.
♦ Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009

§ 7º Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado


nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1º a 6º deste artigo.
♦ Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009

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Das Concessões

As concessões podem ser classificadas em três espécies principais. Veja a seguir:

● Concessões relativas a direitos de ausência;


● Concessões relativas a horário especial de trabalho;
● Concessões relativas ao direito de vaga em instituição de ensino congênere em
caso de deslocamento pelo interesse da administração.

Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:


♦ Redação dada pela Medida provisória nº 632, de 2013

I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;

II - pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou


recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias;
♦ Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014

III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:

a) casamento;

b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,


enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada
a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do
exercício do cargo.

§ 1°Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no


órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho.
♦ Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 2°Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência,


quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de
compensação de horário.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

§ 3°As disposições constantes do § 2º são extensivas ao servidor que tenha cônjuge,


filho ou dependente com deficiência.

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♦ Redação dada pela Lei nº 13.370, de 2016

§ 4°Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário


a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade
prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei.
♦ Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007

Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é


assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em
instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga.

Comentários: no momento em que o servidor está estudando, e é removido


para outro lugar de ofício pelo interesse da administração, é garantido a ele
uma vaga em qualquer outra universidade próxima naquela localidade.

Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro,


aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos
menores sob sua guarda, com autorização judicial.

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Do Tempo de Serviço

Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive
o prestado às Forças Armadas.

Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos
em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

Parágrafo único.
♦ Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como
de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:
♦ Vide Decreto nº 5.707, de 2006

I - férias;

II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos


Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer


parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;

IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em


programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o
regulamento;
♦ Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009

♦ Vide Decreto nº 5.707, de 2006

V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito


Federal, exceto para promoção por merecimento;

VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme


dispuser o regulamento;
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

♦ Vide Decreto nº 5.707, de 2006

VIII - LICENÇA:

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a) à gestante, à adotante e à paternidade;

b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,


cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em
cargo de provimento efetivo;
♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência


ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores
para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção
por merecimento;
♦ Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;


♦ Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

f) por convocação para o serviço militar;

IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;

X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar


representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em
lei específica;

XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe


ou com o qual coopere.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito


Federal;

II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor,


com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze)
meses.
♦ Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010

III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2º;

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IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal,


estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público
federal;

V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência


Social;

VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder


o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102.
♦ Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97

Comentários: haverá situações que a ausência do servidor é contada como sendo


efetivo exercício e tem situações que não é contada como sendo de efetivo
exercício, mas que ela vai ser considerada para fins de aposentadoria ou
disponibilidade

§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova
aposentadoria.

Comentários: supondo que o servidor já foi aposentado, acontecendo então a


reversão dessa aposentadoria.

§ 2°Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em


operações de guerra.

§ 3°É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado


concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos
Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública,
sociedade de economia mista e empresa pública.

Do Direito de Petição

● Requerimento;

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● Pedido de reconsideração;
● Recursos.

Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em


defesa de direito ou interesse legítimo.

Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e


encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o
requerente.

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.
♦ Vide Lei nº 12.300, de 2010

Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os


artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos
dentro de 30 (trinta) dias.

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Art. 107. Caberá recurso:


♦ Vide Lei nº 12.300, de 2010

I - do indeferimento do pedido de reconsideração;

II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

§ 1°O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido
o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais
autoridades.

§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver


imediatamente subordinado o requerente.

Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de


30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
recorrida.
♦ Vide Lei nº 12.300, de 2010

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Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade
competente.

O pedido de reconsideração e recurso não tem efeito suspensivo.


Exceção: A juízo da autoridade competente para decidir de efeito
suspensivo.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso,


os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria


ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das
relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado
em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato


impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a


prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela
administração.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou


documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados
de ilegalidade.

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Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo
motivo de força maior.

Das Responsabilidades
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições.

Responsabilidade do
Servidor

Uso Irregular das


Atribuições

Civil Penal

Administratrativa

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou


culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1°A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada


na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do
débito pela via judicial.

§ 2°Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda


Pública, em ação regressiva.

§ 3°A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será

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executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao


servidor, nessa qualidade.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo


praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo


independentes entre si.

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Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de


absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou


administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita
de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação
concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda
que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011

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QUESTÕES DA SUPER REVISÃO INSS

QUESTÃO 01: Tendo como referência a doutrina jurídica majoritária, julgue o item a seguir,
a respeito de conceitos, princípios e classificações do direito administrativo.

O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa a própria função


administrativa que é exercida pelo Poder Executivo.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 02: No que tange a regime jurídico-administrativo, organização administrativa e


teoria do direito administrativo brasileiro, julgue o item a seguir.

No Brasil, as fontes do direito administrativo são, exclusivamente, a Constituição Federal de


1988 (CF), as leis e os regulamentos.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 03 Em relação aos princípios da administração pública e à organização


administrativa, julgue o item que se segue.

O administrador, quando gere a coisa pública conforme o que na lei estiver determinado,
ciente de que desempenha o papel de mero gestor de coisa que não é sua, observa o
princípio da indisponibilidade do interesse público.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 04: Acerca da estrutura da administração federal brasileira, julgue o item seguinte.

As entidades da administração indireta estão incluídas na estrutura administrativa da


Presidência da República e dos ministérios, sendo a eles subordinadas independentemente
do enquadramento de sua principal atividade.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 05: A respeito dos agentes públicos, julgue o item seguinte.

Para que pessoas físicas que colaboram com o poder público sejam consideradas agentes
públicos é necessário que elas, obrigatoriamente, tenham vínculo empregatício com a

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administração pública e sejam por esta remuneradas, como ocorre, por exemplo, com os
leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 06: No que se refere aos poderes administrativos, aos atos administrativos e ao
controle da administração, julgue o item seguinte.

O fato de a administração pública internamente aplicar uma sanção a um servidor público


que tenha praticado uma infração funcional caracteriza o exercício do poder de polícia
administrativo.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 07 Julgue o item subsecutivo, a respeito dos atributos dos atos administrativos.

Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato administrativo, devem-


se observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante aos administrados maior
segurança jurídica.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 08 As modalidades de licitação previstas em lei incluem a concorrência, a tomada


de preços, o convite, o concurso, o leilão, o pregão e o regime diferenciado de contratação.
A legislação prevê também situações de dispensa e de inexigibilidade de licitação. A respeito
desse assunto, julgue o item seguinte.

Situação hipotética: O poder público, por meio de análises de indicadores de qualidade


definidos em contrato com determinada concessionária de serviços públicos, identificou má
gestão e deficiência na prestação de serviços para os quais a referida empresa foi contratada.
Assertiva: Nessa situação, o poder concedente poderá declarar a caducidade como forma de
extinção da concessão.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 09 Acerca do regime jurídico-administrativo e do controle da administração


pública, julgue o próximo item.

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O controle judicial pode incidir sobre atividades administrativas realizadas em todos os


poderes do Estado.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 10 Julgue o item que se segue, a respeito de responsabilidade civil, indenização,


dano moral e dano material.

O município que for condenado a indenizar particular por dano causado por servidor público
municipal poderá cobrar regressivamente do servidor o valor da condenação, desde que ele
tenha agido com dolo ou culpa e na qualidade de servidor público municipal.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 11 Com base na Lei n.º 8.429/1992, que dispõe sobre a prática de atos de
improbidade administrativa, e na Lei n.º 9.784/1999, que trata do processo administrativo,
julgue o próximo item.

As disposições da lei que trata da prática de atos de improbidade administrativa atingem as


pessoas que, mesmo não sendo agentes públicos, induzem ou concorrem dolosamente para
a prática do ato de improbidade.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 12 Julgue o item a seguir, considerando as disposições da Lei n.º 8.429/1992, com
as modificações empreendidas pela Lei n.º 14.230/2021.

Receber vantagem econômica direta para facilitar a locação de bem público por preço
superior ao valor de mercado constitui ato de improbidade administrativa que importa em
enriquecimento ilícito.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 13 Considerando as regras estabelecidas na Lei n.º 8.429/1992 e suas alterações,


julgue o item seguinte.

Aceitar promessa de vantagem econômica para tolerar a prática de lenocínio configura ato
de improbidade administrativa.

( ) Certo ( ) Errado

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QUESTÃO 14 Considerando a hipótese de que servidor público civil do Poder Executivo


federal tenha usado, em benefício de terceiros, informação privilegiada que deveria manter
em segredo, obtida no âmbito interno de seu serviço, julgue o item seguinte.

Tal conduta configura ato improbidade que causa lesão ao erário.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 15 À luz das disposições legais pertinentes à prática de atos de improbidade


administrativa, julgue o próximo item.

Situação hipotética: Em uma ação de improbidade administrativa, o Ministério Público


requereu, na petição inicial, o pedido de indisponibilidade de bens do réu, a fim de garantir
a integral recomposição do erário. Assertiva: Nessa situação, para o deferimento do pedido,
conforme previsão da Lei de Improbidade Administrativa, além de outros requisitos, é
necessário que o juiz do caso determine, obrigatoriamente, a oitiva prévia do réu no prazo
de cinco dias.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 16 Tendo como referência as disposições da Lei n.º 9.784/1999 e da Lei n.º
8.666/1993, julgue o item subsequente.

Processo administrativo somente será iniciado mediante pedido de interessado, sendo


vedado à administração iniciá-lo de ofício, em respeito ao princípio da impessoalidade.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 17 Tendo como referência as disposições da Lei n.º 9.784/1999 e da Lei n.º
8.666/1993, julgue o item subsequente.

O servidor que tiver interesse, ainda que indireto, na matéria de processo administrativo fica
impedido de atuar nesse processo.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 18 No que se refere aos direitos individuais e à aplicação dos princípios do


contraditório e da ampla defesa, julgue o item a seguir.

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A ausência de assistência técnica de advogado durante processo administrativo disciplinar


torna o processo nulo.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 19 Acerca da Lei n.º 8.429/1992, que dispõe sobre a prática de atos de
improbidade administrativa, e da Lei n.º 9.784/1999, que trata do processo administrativo,
julgue o item seguinte.

Não é permitida a aplicação da decisão coordenada no âmbito do processo administrativo


quando este tratar de licitações e quando estiverem envolvidas autoridades de poderes
distintos.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 20 Com relação ao processo administrativo federal, julgue o item que se segue.

A desistência do interessado em relação a processo administrativo iniciado por ele próprio


implica arquivamento dos autos, não podendo a administração pública dar prosseguimento
ao processo.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 21 Acerca do regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue o item a
seguir.

A investidura em cargo público ocorre com a nomeação devidamente publicada em diário


oficial.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 22 Servidor público demitido que ajuizar ação e obtiver decisão que declara
inválida a sua demissão deverá ser reintegrado caso o cargo não houver sido extinto e, na
hipótese de extinção, deverá permanecer em disponibilidade.

( ) Certo ( ) Errado

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QUESTÃO 23 A respeito do tratamento constitucional dispensado à administração pública


e aos servidores públicos, julgue o item a seguir.

A avaliação especial de desempenho, obrigatória para que servidor adquira a estabilidade,


será realizada pelo superior direto do servidor: não há a necessidade de se instituir comissão
específica para esse fim.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 24 Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item a seguir.

Nos casos de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do


servidor ou aquisição de imóvel pelo servidor, o auxílio-moradia será pago por ainda um mês.

( ) Certo ( ) Errado

QUESTÃO 25 Determinado servidor público faltou ao serviço sem causa justificada, por
período igual a sessenta dias, intercaladamente, durante doze meses.

Com relação a essa situação hipotética, julgue o item seguintes com base na Lei n.º
8.112/1990.

Tal situação configura abandono de cargo público.

( ) Certo ( ) Errado

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Gabarito

01 ERRADO 16 ERRADO
02 ERRADO 17 CERTO
03 CERTO 18 ERRADO
04 ERRADO 19 CERTO
05 ERRADO 20 ERRADO
06 ERRADO 21 ERRADO
07 CERTO 22 CERTO
08 CERTO 23 ERRADO
09 CERTO 24 CERTO
10 CERTO 25 ERRADO
11 CERTO
12 ERRADO
13 CERTO
14 ERRADO
15 ERRADO

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