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Relatório de Revisão de Vidas Úteis

1. Objetivo dos trabalhos

Com base nas premissas legais e técnicas vigentes, o objetivo do presente documento é
apresentar parâmetros, argumentos e fundamentos para permitir a aplicação de novas taxas de
depreciação com base nas alterações das vidas úteis econômicas do bem que integra a seguinte
conta do Ativo Imobilizado:

Edifícios e Construções – Classe 380110

Descrição : Edificações Civis

Unidade – Paulinia – SP

Código do imobilizado : 107111

Data da aquisição : 23/12/2005

2. METODOLOGIA ADOTADA

Em conformidade com as análises realizadas na base de dados da Empresa, para realização dos
trabalhos de Controle Patrimonial, de acordo com a uniformização das vidas úteis em
consonância com o CPC e IFRS que ocorreram, foram definidos conceitos e critérios para as
uniformizações desses lançamentos na base contábil, e determinação da nova vida útil.

A metodologia de depreciação deve refletir o período de tempo em que os bens do ativo


imobilizado irão gerar benefícios econômicos para a Empresa. Neste relatório adotou-se a
metodologia de depreciação linear. Este método estabelece uma depreciação constante no
decorrer do tempo, ou seja, a depreciação em cada período é sempre igual e corresponde à
depreciação total dividida pelo número de períodos da vida útil prevista.

As novas taxas foram obtidas através da vida útil técnica de cada ativo e quando aplicável,
ajustada aos fatores de desgaste a que os bens estão sujeitos.

Todo o trabalho esta fundamentado na analise técnica das vidas úteis para fins contábeis ,não
tendo portanto característica de um relatório técnico pericial.

Fundamentos técnicos e legais do trabalho

Os trabalhos estão legalmente e tecnicamente, pautados na Lei das Sociedades por Ações ( lei n°
6.404/76, alterada pela lei n° 11.638/07 ) no Pronunciamento Técnico NPC n° VII, emitida em
agosto/1979 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e substituída pela
NPC n° 07, aprovado pela Diretoria Nacional em 18/01/2001, no Pronunciamento Técnico CPC
27 de 2009 aprovado pela Deliberação CVM n° 583 de 31/07/2009, na resolução 1.282 de
28/05/2010 que atualiza e consolida dispositivos da CFC 750 de 29 de Dezembro de 1993 do
Conselho Federal de Contabilidade, na norma técnica NBR 14653 (parte l a 5), da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e nos princípios contábeis aceitos no Brasil.

Ressaltamos, ainda, que todas as atividades relacionadas à análise foram desenvolvidas por
profissional(is) tecnicamente habilitados atendendo ao disposto nas Leis 5.194 (24/12/1966) e
8.708 (set/1990) e nas Resoluções 218 (29/06/1973) e 345 (jul/1990) do Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA.
Ativo Permanente

No ativo permanente, o ativo imobilizado foi subdivido em bens corpóreos e incorpóreos. Os


primeiros possuem existência física, são materiais e palpáveis, permanecendo no imobilizado,
enquanto que o segundo grupo, não possui existência física, são imateriais e não palpáveis,
passando a ser classificados destacadamente com o título de "Intangível", assim como
determinam as normas internacionais. A alínea "c" do §1° do art. 178 da Lei 11.638/07, que
definiu claramente a ordem de classificação do ativo permanente como sendo: investimentos,
imobilizado, intangível e diferido.

Conceitos legais sobre depreciação

Conceitua-se depreciação como sendo a diminuição do valor dos bens corpóreos que integram o
ativo permanente, em decorrência de desgaste ou perda de utilidade pelo uso, ação da natureza
ou obsolescência.

A depreciação de bens do ativo imobilizado corresponde diminuição do valor dos elementos ali
classificáveis, resultante do desgaste pelo USD, ação da natureza ou obsolescência normal. A
referida perda de valor dos direitos, que tem por objeto bens físicos do ativo imobilizado das
empresas, será registrada periodicamente nas contas de custo ou despesa (depreciação encargo
do período de apuração que terão como contrapartida contas de registro da depreciação
acumulada, classificadas corno contas retificadoras do ativo permanente (RIR/99 art. 305).

Determinação da nova Vida Útil

Entende-se por vida útil dos bens:

O período de tempo que se estende desde a data de sua instalação ou colocação em serviço até
a data em que os mesmos são retirados do serviço, ou seja, o período de tempo em que os bens
prestam serviços de maneira vantajosa economicamente para a empresa. Este período
também pode ser entendido como vida útil econômica.

Fatores determinantes de vidas úteis

As causas que acarretam a retirada dos bens de serviço são, entre outras, as condições físicas e
as circunstâncias funcionais e externas, conforme segue:

A - Condições físicas

A.1 - Acidente
A.2 - Catástrofe
A.3 - Deterioração devido ao tempo
A.4 - Desgastes e imperfeições devidas ao uso

As condições físicas dos bens, que são as causas de sua retirada, podem ser descritas como
segue:

- danos físicos devidos a acidentes, tais como explosões, colisões e quedas ou forças estranhas.
- danos físicos devidos a inundações e incêndios.
- decadência física resultante da deterioração por processos químicos, mecânicos ou de variação
de temperaturas.
- desgastes e imperfeições por atrito, impacto, vibrações, tensões e fadiga dos materiais.
B - Circunstâncias funcionais

As circunstâncias funcionais dos bens, que são as causas de sua retirada, podem ser descritas
como segue:

B.1 – Inadequação
- ineficiência funcional devida a capacidade de produção insuficiente para o serviço requerido.
B.2 –Obsolescência
- obsolescência ocasionada pela existência de novos equipamentos que prestam serviços com
maior eficiência econômica.

C - Circunstâncias externas

As circunstâncias externas, que são as causas de sua retirada, podem ser descritas como segue:

C.1 - Término da necessidade, fim da produção


C.2 - Encerramento da empresa
C.3 - Imposição da autoridade pública

D – Condições estruturais do ativo

As condições estruturais da edificação civil não apresentam anomalias ou irreguraridades em


sua estrutura. Verificamos que as manutenções prediais estão sendo executadas , permitindo
assim a utilização do prédio durante a vida útil considerada nessa analise.

A estrutura citada segue padrão construtivo adotado pela empresa. Fundações com estacas pré
moldadas , fechamentos em blocos de concreto aparente , estrutura de telhado em madeira ,
telhas cerâmicas , esquadrias de alumínio , divisórias internas em drywall , forro de gesso
acartonado , sistemas de refrigeração com ar condicionado tipo split.

Valor residual

De acordo com o Pronunciamento técnico CPC 27 entende-se por Valor Residual:

Valor Residual de um ativo é o valor estimado que uma entidade obteria com a venda do ativo,
após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição
esperadas para o fim de sua vida útil.

Com base na avaliação efetuada o valor residual se aproxima a zero ao final da vida útil dos
bens.

Conclusão

Com base na inspeção física "in loco", nos procedimentos técnicos, na constatação da carga de
trabalho as quais os bens objetos dos trabalhos são submetidos, na verificação dos
procedimentos de manutenção corretiva, preventiva e preditiva e na metodologia adotada ,
consideramos que a nova vida útil do bem foi avaliada em 30 anos , representando dessa forma
sua realidade operacional e contábil, sendo que manteremos as premissas da revisão já efetuada
em 2010.

Paulinia , 30 de Dezembro de 2015

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Alexandre Camolese
Engenheiro Civil

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