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Mini Curso de Gaita – Jefferson Gonçalves

http://www.mvhp.com.br/gaita1.htm

Capítulo 1: História da Gaita Diatônica

Antes de iniciarmos todo esse mini-curso vamos falar sobre a história deste instrumento que você está aprende ndo: a Gaita
Diatônica.
Tamanho nunca foi documento. Peque na em dimensão, e la possui uma infinidade de sons. À primeira vista, um membro da grande
família de Gaitas, que inclui instrumentos graves, de acordes, afinadas em oitavas, com trêmolo, Gaitas C romáticas e algumas que
fazem o pape l do contra baixo em O rquestras de Gaita (no Brasil existe a Orquestra Harmônica de Curitiba, que foi criada em
1979 por Ronald Silva e Eduardo Pereira), e muitos outros mode los estranhos.

Com a mesma forma por mais de 150 anos, a gaita tem sido usada com sucesso numa grande sé rie de contex tos musicais, embora já
tenha sido marginalizada e até tratada como brinquedo. Atualmente atingiu um grande sucesso e adquiriu categoria de instrumen to
musical sé rio. Isto pode se r ve rificado em várias gravações, trilhas de filmes e come rciais de TV; mas vamos falar de sua história:

A gaita ou Harmônica como nós a conhe cemos hoje, foi inventada na Alemanha no Sé culo XVIII. Contudo o conce ito de um
instrumento com palhetas livres possa se r encontrado há milhõe s de anos na China e sudeste da Ásia.

Foi em Be rlim, em 1821, que Friedrich Bushman, aos 16 anos inventou a A URA, para estudar a influência da corrente de ar no
som . Sua invenção e ra essencialmente um conjunto de quinze diapasões, todas as notas sopradas, cone ctados a uma armação de
me tal.

Alguns anos depois, um produtor de instrumentos em Bohem ia, chamado Richter, melhorou o de sign da de saje itada A ura. Ele fez
uma estrutura de 20 notas, de ntro de de z orifícios, ou se ja, 10 notas sopradas e 10 notas aspiradas, e stas mudanças somado a
estrutura do instrumento foi ve rdade iramente a primeira gaita ou harmônica como nós a conhe cemos hoje .

Em 1827, um re lojoe iro chamado Christian Messner come çou a faze r harmônicas como uma linha opcional, na pequena cidade de
Trossing, Alemanha. Em bre ve vários outros re lojoeiros da área, m uitos de les parente s de Messner, estavam também produzindo
harmônicas como um negócio opcional.

Mas nesta mesma cidade, um jovem re lojoeiro de 24 anos chamado Mattias Hohner, resolveu produzir harmônicas como seu
principal ne gócio, produzindo assim 650 instrumentos no primeiro ano. O que distinguia Hohner dos outros fabricantes daque la
época e ra a alta qualidade dos instrumentos aliada a uma grande visão de marke ting, pois todas as gaitas fabricadas por e le tinham
sua marca estampada.

Em 1888 as gaitas Hohner foram para os EUA e foram largamente distribuídas, sem dúvida por se rem baratas, pequenas e fácil de
se tocar. Talvez por essa razão, elas foram tão bem re cebidas entre a população negra. Ainda hoje a Hohner é o mais influente
fabricante de gaitas, já tendo produzido ce rca de 1.500 mode los dife re ntes de harm ônicas. O mais caro foi fabricado fora de sé rie ,
espe cialmente para o Papa Pio XI, todas as pe ças de me tal, com ex ce ção das palhe tas e ram de ouro maciço. Um dos mode los mais
curiosos e ra acompanhado de um cordão para que os africanos, que não usam bolsos, pudessem pe ndurá -las no pescoço.

No Brasil, a história da gaita come ça em agosto de 1923, um im igrante alemão chamado A lfred Hering, fundou a empre sa Gaitas
A lfred Hering em Blumenau - Santa Catarina, e come çou a produzir as Harmônicas He ring.

Após a morte do Sr. Hering, em meados de 1960, a empre sa foi vendida para M. Hohner Company, de Trossing, Alemanha. Muita
te cnologia foi trazida da Alemanha e introduzida no Brasil, melhorando assim cada vez mais a qualidade do instrumento. Em 1979,
um grupo de brasile iros comprou a Hering e M. Hohner de ixou o Brasil.

Atualmente sob a dire ção de A lberto Bertolazzi, e com o nome de "Fábrica de Harmônicas Catarinense S/A , ainda com sede em
Blumenau - Santa Catarina, a companhia está e ngajada em mode rnizar e ape rfe içoar a qualidade de se us instrumentos com a ajuda
de vários gaitistas brasile iros, principalmente da Orquestra Harmônica de Curitiba A He ring vem impondo um alto níve l de
dese nvolvimento, atingindo assim uma qualidade inte rnacional, sendo exportada para Amé rica Latina, Estados Unidos e Europa.

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Capítulo 2: Difere nça e nte Gaita Cromática e Diatônica

Entre os dive rsos tipos e modelos de Gaitas que ex istem no me rcado, os mais conhe cidos são as C romáticas e Diatônicas

Além do tamanho, estes dois tipos de Gaitas possuem muitas dife renças, as quais se rão mostradas a seguir:

Gaita Cromática

Ex istem dois mode los de Gaitas C romáticas no me rcado, que são as seguintes:

* Gaita Cromática 48 vozes

- Possui escala cromática re lativa ao tom da Gaita.

- Possui 12 orifícios.

- Possui 3 oitavas.

* Gaita cromática 64 vozes

- Possui escala cromática re lativa ao tom da Gaita.

- Possui 16 orifícios.

- Possui 4 oitavas.

A e scala cromática possui as notas naturais: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, que são obtidas sem o uso da chave , e os acidentes : Dó#,
Ré #, Fá#, Sol#, Lá# ou Réb, Mib, Solb, Láb e Síb, que são obtidas com o uso da chave.

Sendo assim , cada orifício da Gaita C romática possui 4 notas ou 4 voze s:

2 sem o uso da chave (soprado e aspirado).

2 com o uso da chave (soprado e aspirado).

Para memorizar

Cromática 48 vozes - 3 oitavas - 12 orifícios.

Cromática 64 vozes - 4 oitavas - 16 orifícios.

Gaita Diatônica

- Possui escala diatônica re lativa ao tom da Gaita.

- Possui uma escala completa (do orifício 4 até o 7).

- Possui uma oitava com ausência do IV e do VI graus (do orifício 1 até o 4).

- Possui uma oitava com ausência do VII grau (do orifício 7 até o 10 ).

Os graus ausentes nas regiões graves e agudas são obtidos através da té cnica de bend aspirado (re gião grave ) ou soprado (região
agudo). Esta té cnica se rá abordada com a de vida atenção no de corre r deste mé todo.

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Capítulo 3: Teoria musica l Básica

Uma das coisas que atrai muitas pessoas a tocar Gaita é o fato de que se ne cessita de muito pouco conhe cimento musical para s e
apre nde r a tocar me lodias com e la, de modo que o iniciante logo adquire um sentimento de realização. Isto é bom até ce rto pon to,
mas se você realmente que r ir a fundo, é ne cessário re conhe ce r que todos os bons gaitistas estruturam o que e les tocam, que r se ja
conscientemente ou não, de modo que faça algum se ntido musical. Por isso, passare i a se guir algumas noções básicas de teoria
musical.

Tons e semitons (1/2 tom)

Semitom é o inte rvalo entre uma nota e a seguinte no piano, se ja e la branca ou pre ta. É o menor inte rvalo usado na música
ocide ntal.

Temos então, de ntro da oitava, entre as se te notas m usicais e suas doze subdivisões, o chamado semitom natural, e ntre as notas
mi - fá e si - dó, e os semitons cromáticos, tendo neste caso que se faze r uso dos acidentes.

Tom: É o inte rvalo formado por dois semitons.

A cidentes: São sinais usados para move r as notas musicais.

Obse rvando o de senho abaixo, podemos visualizar a oitava, os tons e os semitons claramente:

# (suste nido): Eleva um semitom

b (bemol): A baixa um semitom.

Escala

Dá-se o nome de escala a uma sé ria de notas sucessivas, separadas entre si por tons ou semitons.

A e scala pode se r ascendente ou descendente:

A scendente - Quando parte da nota mais grave para nota mais aguda da escala.

Descendente - Quando parte da nota mais aguda para nota mais grave da e scala.

Graus

Cada nota da e scala maior re cebe um núme ro a partir da sua localização em relação a primeira nota da escala. Estes núme ros sã o os
graus, que são escritos em algarismos romanos e são colocados em cima de cada nota da escala e re ce bem a seguinte denom inação
espe cífica:

I Grau - Tônica ou fundamental

II Grau - Supertônica

III Grau - Mediante

IV Grau - Subdominante

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V Grau - Dominante

VI Grau - Superdominante

VII Grau - Sensível

VIII ou I Grau - Tônica ou fundamental (8ª acima)

Ex . Escala de Dó Maior

I II III IV V VI VII VIII

C D E F G A B C

1TOM 1TOM 1/2TOM 1TOM 1TOM 1TOM 1/2TOM

Naturais
A= La
B = Sil
C = Do
D= Ré
E = Mi
F = Fa
G = Sol
A cidentes
Db= Ré bemol
EB = Mi bemol
F# = Fá Sustenido
Ab= Lá bemol
Bb = Si bemol
F = Fa
G = Sol

Capítulo 4: Como Segura r sua Gaita

Ne ste capítulo faremos uma obse rvação muito importante no andamento de nossos estudos. Iremos abordar a postura para segurar
uma gaita. Preste atenção nesse s de talhes abaixo:

Com firmeza, segure-a entre os dedos indicador e polegar da mão esque rda.

Obse rve no dese nho abaixo que as notas graves ficam voltadas para o lado esque rdo e as notas agudas para o lado direito.

Agora sua mão direita se rá posicionada sob a Gaita em forma de concha, envolvendo-a. O conjunto mão esque rda - dire ita de ve rá
envolve r comple tamente a Gaita, formando assim uma concha acústica.

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Para isso, é importante que se consiga uma vedação razoável.

Expe rimente um pouco até achar a posição que se adapta melhor às suas mãos. É importante que a posição se ja confortável.

Capítulo 5: Construção da Ga ita Diatônica e Cuidados Espe cia is

A Gaita Diatônica é um instrumento simples. Ela consiste numa estrutura ou pente de madeira, plástico ou me tal, fixo entre duas
placas de metal (placa de vozes). Uma placa contém palhe tas de sopro e a outra de aspiração, fazendo assim com que cada orifício
do pente tenha uma nota soprada e outra aspirada.

Esta estrutura (pente e placas de vozes) é fe chada entre duas placas de cobertura, que se rvem para protege r as palhetas,
dire cionar o som e facilitar o manuse io do instrumento. As várias partes mencionadas são fixadas por meio de cravos, parafusos ou
rebites.

Estrutura física da Gaita

A- Placa de cobe rtura supe rior.

B- Placa de voze s supe rior (notas sopradas).

C - Corpo (ou pente ) de made ira, plástico ou metal.

D- Placa de vozes infe rior (notas aspiradas).

E- Placa de cobe rtura infe rior.

Cuidados para prolongar a vida de sua Gaita

I - Por várias razões, principalmente a higiênica, não empreste sua Gaita.

II - Proceda sempre à higie ne oral antes de usar sua Gaita. Pequenos resíduos de com ida, doce s ou fumo podem obstruir os orifícios
ou bloquear as palhe tas de sua Gaita.

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III - Após o uso, mante nha sua Gaita no e stojo, protegendo-a de poeira.

IV - Antes de guardar sua Gaita no estojo, bata -a suavemente contra a palma de sua mão, re tirando assim o ex ce sso de saliva.

V - Sempre que possíve l, limpe sua Gaita com pano ou le nço umede cido em álcool.

VI - Evite expor sua gaita ao sol forte .

VII - Não abra nem desmonte sua Gaita. Diante de qualque r problema, procure um espe cialista em afinação e manutenção de Gaitas.

Capítulo 6: Como Soprar e aspirar somente uma nota na sua Gaita

Ex istem muitas mane iras de tocar sua Gaita, possibilitando solos com notas simples, em oitavas, solo e acompanhamento, e tc.

Mas por e nquanto ve remos a té cnica de notas simples, esta té cnica consiste em emitir com clareza as dife rentes notas do instrumento
pe rfe itamente individualizadas, para isto devemos utilizar três embocaduras distintas.

A palavra embocadura é um te rmo musical de rivado do Francês, usada para descre ve r o posicioname nto apropriado dos lábios
quando se toca um instrumento de sopro.

Ve ja a seguir as 3 embocaduras usadas para soprar e aspirar somente uma nota na sua gaita :

Técnica de sopro de bico ( lipping )

Para aplicar esta té cnica, de vemos unir os lábios como para assobiar , figura ( 1 ) e ne sta posição coloca -los sobre cada um dos
orifícios da Gaita, soprando e aspirando cada nota individualizada. Evite contrair os lábios, figura ( 2 ), pois desta forma ele s irão se
cansar rapidamente e seu sopro sairá muito fraco.

Figura 1 Figura 2

Repa re na figura ( 3 ) a embocadura contraida, típica dos iniciantes. Os lábios e stão forçados para fora, tornando a embocadura m uito
tensa, deste modo o fluxo de ar irá se reduzir e formará um Be nd involuntário.

Este e rro fica bem claro no orificio 2 aspirado, para resolve r este problema te nte inclinar a gaita 45 graus para baixo, figura ( 4 ) e
re laxe seus lábios. Repare que inclinando sua gaita, automaticamente seu lábio supe rior cobrirá uma área maior , produzindo a ssim
um som mais alto e claro do que quando esta contraido.

Outra dica é usar um espe lho para ve rificar a inclinação exata da gaita.

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Visão frontal

Figura 3

Visão late ral

Figura 3

Figura 4

Técnica de notas cobertas ( tongue blocking )

Para aplicar esta té cnica, de vemos adaptar os lábios sobre a Gaita cobrindo dois ou trê s orifícios, que soprados ou aspirados , soarão
como um acorde . Em seguida colocamos a língua voltada para o lado esque rdo da cavidade bucal e apoiamos sobre o instrumento, de
modo que cubra dois ou três orifícios, cujas notas não deve rão se r tocadas, de ixando abe rto ape nas o orifício da extremidade dire ita,
para que a nota, soprada ou aspirada, soe individualmente .

A té cnica de notas cobe rtas ou tongue blocking é m uito importante , pois de la de rivam outras mane iras para a exploração dos sons
na Gaita. Mane iras estas que ve remos com mais atenção nos próx imos capítulos.

Técnica de língua curva ( U blocking )

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Esta té cnica é pare cida com a de tongue blocking. Cobriremos 3 orifícios da Gaita, porém a língua se rá colocada em forma de U,
figura ( 6 ) e apoiada sobre o instrumento, bloqueando assim os 2 orifícios das ex tremidades direita e e sque rda. De ssa mane ira, o
orifício central soará livre e individualmente.

Esta té cnica é , sem dúvida, a mais difícil de se r exe cutada, pois, somente 50% a 70 % da população mundial, aprox imadamente,
possuem a capacidade de "dobrar" a lingua em forma de "U". O re stante, simplesmente não consegue, não importando o quanto ele s
tentem e pratiquem.

Caso você consiga dobrar sua lingua desta forma, tente tocar desta maneira, pois assim pode ra realizar articulações pe rcursivas com
a lingua semelhantes ao Tongue Blocking e ainda move r a lingua para os lados sele cionando o orificio dese jado sem nenhum ou
muito pouco movimento da cabe ça em re lação a Gaita.

Capítulo 7: Construção da Esca la Maior

Para construir escalas a partir das demais notas musicais é ne cessário re corre r às notas com acidentes ( sustenidos e bemóis ) para
mante rmos o mesmo padrão inte rvalar da e scala de Do Maior.

Escalas maiores com sustenidos

Sol Maior da origem as escalas com sustenido,e as escalas maiore s que partem de notas naturais (te clas brancas no piano) menos
Fa Maior são:

Escala maior com suste nidos ( # ) - Cic lo de quinto grau

I II III IV V VI VII VII ( graus )

do re mi fa sol la si do

sol la si do re mi fa# sol

re mi fa# sol la si do# re

la si do# re mi fa# sol# la

mi fa# sol# la si do# re# mi

si do# re mi fa# sol# la# si

tom tom 1/2tom tom tom tom 1/2 tom

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Obse rve que este ciclo e volui ganhando sustenidos. Cada novo suste nido torna-se sensível (VII Grau) da e scala.

Os suste nidos usados para essas escalas apare cem em uma ordem de quinta ascendentes:

FÁ# DÓ # SO L# R É# LÁ# (MI# SI# )

Escalas maiores com bemois

Fa Maior da origem as e scalas que acide ntam com bemois,e as escalas maiores que partem de notas acide ntadas(te clas pre tas no
piano) são:

Escala maior com bemol ( b ) - Cic lo de quarto gra u

I II III IV V VI VII VII

do re mi fa sol la si do

fa sol la sib do re mi fa

sib do re mib fa sol la sib

mib fa sol lab sib do re mib

lab sib do reb mib fa sol lab

reb mib fa solb lab sib do reb

tom tom 1/ 2 tom tom tom tom 1/2tom

Obse rve que este ciclo e volui ganhando bemois;cada novo bemol, torna -se o quarto Grau da escala.

Os bemois usados para essas escalas apare cem em uma ordem de quartas ascende ntes:

SIb-MIb-LAb-R Eb-SO Lb-(DOb-FAb)

Para memorizar

- Escala - É uma sé rie de notas sucessivas, separadas por tons e semitons.

- Semitom - É o inte rvalo e ntre uma nota e a seguinte no piano, se ja ela branca ou pre ta. É o menor inte rvalo usado na música.

- Tom - É o inte rvalo formado por dois sem itons.

- Escala ascendente - É aque la em que todas as notas se sucedem do grave para o agudo.

- Escala descendente - É exatamente o contrário da ascendente, ou se ja, a sucessão se dá do agudo para o grave.

- Escala cromática - É aque la em que todas as notas se sucedem por semitons.

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Capítulo 8: Disposição das notas na Ga ita Diatônica

Agora que você já sabe como funciona os ciclos da escala maior com sustenido e bemol, ve ja como as notas são distribuidas em todas
as afinações de gaita diatônica :

GR AFICO GAITA DO S/A

GR AFICO GAITA SO L S/A

GR AFICO GAITA R E S/A

GR AFICO GAITA LA S/A

GR AFICO GAITA MI S/A

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GR AFICO GAITA SI S/A

GR AFICO GAITA FA# S/A

GR AFICO GAITA FA S/A

GR AFICO GAITA Sib S/A

GR AFICO GAITA Mib S/A


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GR AFICO GAITA Lab S/A

GR AFICO GAITA Reb S/A

Repare que em todas as afinações das gaitas diatônica faltam algumas notas para comple tar a escala maior re lativo ao tom da gaita
que você esta usando, que são :

IV & VI GRA US – Na primeira oitava da gaita, que esta situado entre os orifícios 1 até 4, faltam estes graus. Exemplo :

Gaita Do – Faltam as notas FA & LA


Gaita Sol – Faltam as notas DO & MI

Repare que estas notas são exatamente o IV e o VI grau das gaitas acima mencionadas.

VII Grau – Na te rce ira oitava da gaita, que esta situado entre os orificios 7 até 10 falta este grau, exemplo :

Gaita Do – Falta a nota Si


Gaita Sol – Falta a nota Fa#

Repare que estas notas são exatamente o VII grau das gaitas acima mencionadas.

Por isso eu aconse lho você a memorizar o grafico da gaita diatônica não em notas e sim em graus, de sta mane ira você irá visua lizar e
memorizar com mais facilidade cada orifício e qual o grau que e le repre senta , depois você somente traspõem para a tonalidade
dese jada, exemplo :
Orifício 4 soprado = I grau da escala
Gaita Sol = Nota SOL
Gaita Do = Nota DO

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Gráfico Gaitas Diatônica em graus S/A

Capítulo 9: Respira ção

Para se tocar Gaita corre tamente é ne cessário te r uma boa respiração. Para que isso aconte ça, te nte re spirar com calma,
re laxadamente . Não sopre ou aspire com força, pois desta mane ira as notas soarão abafadas, desafinadas e principalmente você
ficará muito cansado.

Tente respirar pelo diafragma (respiração abdominal), sinta seu estômago contrair quando soprar e re laxar quando aspirar, sop re e
aspire re laxadamente controle a passagem de ar pe la garaganta. O bse rve o dese nho :

Notas Sopradas

Notas A spiradas

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Tente mante r este procedimento e respire durante as pausas, de modo que você sempre tenha a quantidade ce rta de ar.

Efeitos de Sonoriza ção

Vibrato de mão – "Wah – Wah"

Para aplicar este e feito tão usado para se tocar Blue s, Country e Folk é pre ciso seguir as seguintes instruções:

Segure a Gaita da mane ira que foi ensinada no capítulo 4 - como s egurar sua Gaita.

Para conseguir o e feito do Wah-Wah dese jado, mova sua mão direita para o lado contrário da sua mão esque rda, como mostra a
figura abaixo:

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- Separe seus de dos, mantendo a palma da mão esque rda e o pulso dire ito juntos.

Efeito de sonorização Parte II

Vibrato de Garganta

Um dos efe itos mais caracte rísticos e , conseqüentemente um dos mais usados, é o vibrato de garganta ou vibrato gutural. Esta
té cnica funciona melhor nas notas aspiradas.

Para faze-lo você de ve usar a laringe para formar uma sé rie de AS (com a Gaita) e nquanto respira. Não vocalize ! Se você fize r isto
corre tamente, você e stará respirando pare cido com o staccato controlado, que produz um agradáve l e intenso efe ito de vibrato.

Para obte r um som limpo de vibrato de garganta você deve seguir as seguintes instruções:

- Aspire o orifício 2 re laxadamente . Não te ncione a nota.

- Exale um rápido sopro de ar, como se você estive sse tocando bem de le ve.

- Da mesma parte da garganta que exalou, inale uma vez bem rápido e depois pare .

- Inale de novo bem rápido e depois várias vezes em sucessão, num inte rvalo constante .

O que você de ve ouvir neste ponto é uma sé rie de notas de pouca duração, mas assim que você amaciar a garganta você notará
notas curtas se juntando em uma única nota com vibrato.

Tocando Corretamente (Dicas Pre ciosas)

Ne ste capítulo daremos a você algumas dicas fundamentais para que você possa exe rce r total comando sobre sua gaita e tocar su as
canções de mane ira corre ta. Vamos a elas:

Na Embocadura

Você de ve obte r uma nota de cada vez aspirando ou soprando um único orifício. Ex istem basicamente 3 mane iras para se obte r uma
única nota:

1-Bloqueio de Língua (Vamping) - Como o próprio nome suge re , você irá colocar seus lábios cobrindo um núme ro de orifícios
(usualmente quatro) e irá bloquear três orifícios late rais, de ixando uma extremidade (dire ita ou esque rda) livre para a passagem do
fluxo de ar. Uma das grandes vantagens deste método e stá no uso de articulaçõe s pe rcursivas com a língua e possibilidade de
exe cução de inte rvalos apenas mudando-se a posição desta.

2-Língua em forma de "U" (Fluxo de ar direcionado pela língua) - Este é mais uma variação do tradicional método de bloque io
de língua. O Harmonicista cobre com os lábios aproximadamente três orifícios e, com a língua em forma de "U",bloqueia os orif ícios
late rais da harmônica pe rmitindo que o ar passe pe lo me io deste "U". A ponta da língua (vé rtice do "U") é colocada abaixo do orifício
que se rá tocado ou apoiada na parte infe rior da harmônica. Pode -se realizar articulações pe rcursivas com a língua seme lhantes ao
Tongue Block ing com este mé todo e move r a língua para os lados se le cionando orifícios adjace ntes com nenhum ou pouco movimento
da gaita em relação a cabe ça. O grande problema é que nem todas pessoas conseguem dobrar a língua em formato de "U".

3-Embocadura de Bico - Esse é o mais usado. É o natural, qualque r pessoa que não toca gaita, vai tentar tocá -la assim . Só que
com um e rro, tendem a faze r biquinho. Na ve rdade , você cobre apenas um buraco com a boca, mas com os lábios cobrindo bem as

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placas de cima e de baixo da gaita para pe rm itir um melhor "deslizamento". O fluxo de ar, de ve entrar em apenas um orifício de ca da
vez.

Dicas na hora de tocar

Sugando o A r

Ao tocar, a respiração de ve se r fe ita através da gaita, não pe nse em soprar ou aspirar. A re spiração de ve vir do diafragma. O controle
da respiração é tão importante na gaita quanto no canto. O ar de ve se r lentamente inalado e exalado. Pratique tocando uma nota e
mantendo-a por mais tempo que você pude r, te nto o cuidado de não ficar tonto. Também pratique inspirando tanto quanto você
possa ... segure ... agora inspire um pouco mais, e um pouco mais. Pratique inspirando e expirando tão rápido quanto você con siga -
pe nse em um cachorro ofegante .

Tocar na primeira posição ("straight harp")

Muitas tradicionais canções de acampamento são fáceis para iniciantes, como "Oh Susanna", "Red Rive r Valle y", "Clementine ", e tc.
Essas são normalmente tocadas de ouvido e usam a 1ª posição, onde o tom da música é o mesmo tom da gaita. A oitava média é
freqüe ntemente usada, onde uma escala diatônica comple ta está disponível sem reque re r ne nhum bend.

Cordas e ritmos Rhythms

A gaita de ixa você tocar acordes tanto quanto notas simple s, e os acordes são mais fáce is de faze r do que notas simples. Os a cordes
podem se r usados como acompanhamentos. A embocadura de bloqueio de língua é normalmente usado uma ve z que o acorde pode
se r tocado e e ntão bloqueado para produzir notas simple s. Acorde s ruidosos podem faze r uso dos mode los de respiração rítmica.

Únicas notas

O furo 2 aspirado é freqüentemente problemático para os iniciante s, e algumas vezes o furo 1 aspirado também. Muitos iniciante s
pe nsam que há algo de e rrado com a gaita, porque essas notas não tocam. A razão usual é uma condição de "pré -bend" onde a forma
da boca/trato vocal causa uma redução do tom da nota. O iniciante de ve conce ntrar na forma da boca e faze r um "eeeeee" som

Usando as mãos

Envolve r a gaita com as mão em forma de cúpula, e abrir e fe char as mãos e os de dos é uma forma comum e tradicional para obte r o
som caracte rístico da gaita chamado "wah -wah".

Harmônicas de todos os tons

A gaita diatônica vem em todos os dife rente tons. O normal? da gaita do grave ao agudo é G até F# , mas tons repe tidos inclue m G
agudo e F grave. Os 3 tons mais comuns são A, C e D, porém é mais fácil comprar uma em tom C , pelo custo re duzido.

A rticulações

A língua pode se r usada para iniciar ou atacar notas dife rentemente , as quais mudam o colorido das notas e adicionam um varie dade
de som à gaita. Essas articulações podem se r associadas com várias sílabas faladas, como dize ndo "ta" ou "ka" ou "da" ou "ha" ou
"ga", etc. Articulações também podem se r fe itas pe lo suave de slizar do lábio supe rior para fora da gaita e re colocando -o em um tipo
de be ijo a moda da gaita. Articulações são mais fáce is utilizando a embocadura de bico, mas pode se r fe itas também usando o
bloqueio de língua.

Shakes

Um balanço é a rápida alte rnância entre dois furos adjace ntes. Os balanços são similares aos trinados, mas os inte rva los são maiores
que 1/2 tom. Balanços são normalmente feitos balançando a cabe ça de um lado para outro, mas também pode se r fe ito move ndo a
gaita, ou combinando os dois movimentos. Balanços mais sofisticados podem incluir bends.

2nd posição ( "cross harp")

2ª posição é a mais comumente usada para tocar blues, rock e country. A e scala para a 2ª posição é 2 tons e meio mais alta qu e o
tom natural da gaita. Por exemplo, para a gaita no tom de C, toca -se no tom de G. A 2ª posição come ça no 2 furo aspirado e u sa
mais notas aspiradas, e spe cialmente na 1ª oitava da gaita. As notas aspiradas possibilitam mais bends e vibratos expressivos do que
notas sopradas.

Draw Bends as ornaments

Quando iniciante s come çam a faze r os bends aspirados, os quais estão disponíve is nos furos 1 -6, e les são inicialmente rápidos nas
mudanças da nota natural, com um rápido bemolizar da nota continuamente dobrando um pouco e e ntão re tornando à nota primária.
Em outras palavras, os bends não são usado s como notas propriamente. As notas são dobradas, mas o tocador não tem controle
sobre a profundidade e a duração da nota.

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Dip bend

Um dip bend é um rápido deslizar bend na nota a se r tocada. Esta té cnica é freqüentemente usada para enfe itar notas, e spe c ialmente
em notas aspiradas. Ele é fe ito inicialmente atacando o furo com um bend, então gradualmente deslizado do bend para a nota final.
Ou, menos freqüe ntemente, o furo pode se r come çado sem bend, e um gradual bend pode se r usado para deslizar para a no ta com
be nd.

Glissando

Um glissando é uma seqüência de notas tocadas em rápida suce ssão que finaliza na prime ira nota tocada. Toque uma nota simples e
então deslize a gaita pela sua boca ... isso é essencialmente um glissando. As notas no glissando não são individualmente articuladas,
mas tocadas com um movimento contínuo. Um "rippe r" glissando é essencialmente uma articulação da nota final.

Diafragma Trêmulo

Trêmulo de diafragma é uma distinção do vibrato de garganta, e como o nome indica, enfatiza o d iafragma ao invés da garganta,
embora cada um se ja usado em um ce rto grau. O Trêmulo é caracte rizado pe la oscilação do volume em oposição à variação de tom
do Vibrato. Porém , quando usando vibrato em um be nd, o diafragma é usado para suavemente adicionar o trêmulo, o tom irá variar
de vido à mudança de pressão. Trêmulo de diafragma é basicamente obtido pela repe tição de "ha ha ha ha" como se você fizesse o
som de um sorriso. O exemplo é algo exage rado apenas para que você possa ouvi -lo facilmente .

Draw Bends para produção de notas

Full be nds - Inte rmediate Bends Alte rações das notas aspiradas são também chamados bends que alte ram o tom natural da nota
para uma dife re nte utilização do tom . A palavra "be nd" (dobrar, flex ionar), implica uma contínua mudança, mas os bends na gaita
não pre cisam de rivar de outras notas - em outras palavras, um bend como uma nota alte rada pode se r tocado separadamente de
outras notas, e a nota natural não pre cisa se r tocada. Bends apirados nos furos 2 e 3 tem uma ex tensão maior que um simples me io -
tom (semi-tom), e nquanto aspirados bends nos furos 1, 4, e 6 tem um semi-tom de exte nsão. Os bends tendem a alte rar mais
facilmente para o ex tremo da ex te nsão, chamado full bend, e as notas entre a nota natural e a mais alte rada nota são chamados
be nds inte rmediários, e são mais difíce is de conseguir controlar, e mante r no tom do que be nds normais.

Blow Bends para produzir notas

Os furos 8 e 9 tem um bend soprado de me io-tom , enquanto o furo 10 tem um be nd de 1 tom de ex tensão.

Fôlego e controle de ar

Conseguir controlar o ar para não pe rde r o fôlego é um problema mesmo. Até hoje luto com isso. O grande problema é que não
sabemos controlar o ar com o diafragma, o que se ria o ce rto. Então, aconte ce que quando tocamos uma música c he ia de notas
aspiradas, lotamos o pulmão de ar e somos forçados a dar "um basta" e soprar tudo pra fora. Eu nunca exe rcite i meu fôlego ou
controle de ar, e naturalmente já consegui um razoável que me pe rm ite tocar praticamente qualque r música. Mas um exe r cício que
todos re comendam é pegar um orifício como o 4 por exemplo e soprar o máx imo que conseguir e logo depois aspirar o máximo. Vá
fazendo isso e contando o tempo. Eu já tente i, melhora um pouco, vale a pena tentar

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