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Plantas úteis da ordem zingiberales utilizadas pelos agricultores de Magé – Rio


de Janeiro : utilizações populares, indicações, cultivo e colheita

Book · December 2018


DOI: 10.17655/9788567211862

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2 authors, including:

Ana Vieira
Federal University of Rio de Janeiro
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EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM
FARMACOBOTÂNICA

ISBN 978-856721186-2

1º Edição

Ana Carolina Dutra Rodrigues


Elaine Santiago Brilhante de Albuquerque
Ana Cláudia de Macêdo Vieira
ANA CAROLINA DUTRA RODRIGUES
ELAINE SANTIAGO BRILHANTE DE ALBUQUERQUE
ANA CLÁUDIA DE MACÊDO VIEIRA

PLANTAS ÚTEIS DA ORDEM ZINGIBERALES


UTILIZADAS PELOS AGRICULTORES DE
MAGÉ – RIO DE JANEIRO
UTILIZAÇÕES POPULARES, INDICAÇÕES,
CULTIVO E COLHEITA

1ª edição

Rio de Janeiro

2018

ii
iii
Copyright 2018 - Distribuição Gratuita

Este trabalho encontra-se registrado nas entidades competentes, tendo atribuído número de ISBN (International
Standard Book Number) e registro internacional pelo Crossref DOI (Crossref Digital Object Identifiers), possuindo
reserva dos direitos autorais, sendo a primeira publicação efetuada com circulação nacional e internacional, com
distribuição gratuita e em língua portuguesa, no tipo de suporte e-book (formato PDF), efetuada com a autorização
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reprodução parcial ou total desta obra deve ser citada a fonte e a autoria.

Este livro, ou parte dele, não pode ser alterado ou comercializado sem autorização do Editor e dos autores.

Outros Livros
Novas obras podem ser acessadas nas páginas eletrônicas das instituições parceiras, como a CERCEAU,
www.cerceau.com.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

R696p Rodrigues, Ana Carolina Dutra, 1995 -


Plantas úteis da ordem zingiberales utilizadas
pelos agricultores de Magé – Rio de Janeiro :
utilizações populares, indicações, cultivo e colheita
[recurso eletrônico] / – 1.ed. – Dados eletrônicos. –
Ana Carolina Dutra Rodrigues, Elaine Santiago
Brilhante de Albuquerque e Ana Cláudia de Macêdo
Vieira. Rio de Janeiro : Cerceau, 2018.
52 p. : il. color. ; PDF

Modo de acesso. World Wide Web


ISBN 978-85-67211-86-2

1. Zingiberales. 2. Botânica I. Título

CDD: 581.634
CDU: 633.8(81)

iv
Editor
RENATO CERCEAU

Fotografia / Ilustração
ANA CLÁUDIA DE MACÊDO VIEIRA

Conselho Editorial
ELAINE RIBEIRO SIGETTE - JORGE JUAN ZAVALETA GAVIDIA - LACI MARY BARBOSA MANHÃES -
LUIS ALFREDO VIDAL DE CARVALHO - RAIMUNDO JOSÉ MACÁRIO COSTA - RICARDO CERCEAU –
RICARDO PIRES MESQUITA - SERGIO MANUEL SERRA DA CRUZ

Comitê Editorial da Série Extensão Universitária em Farmacobotânica


ALEXANDRE DOS SANTOS PYRRHO – ANGELO SAMIR MELIM MIGUEL – ANDRÉ LUIS DE ALCANTARA
GUIMARÃES – HILTON ANTONIO MATA DOS SANTOS – TATIANA UNGARETTI PALEO KONNO –
VIRGÍNIA MARTINS CARVALHO

Apoio

PIBEX-UFRJ

v
Sobre os Autores:

Ana Carolina Dutra Rodrigues Aluna de graduação do curso de Farmácia da


Universidade Federal do Rio de Janeiro -UFRJ. Foi
bolsista do programa PET-Farmácia, desenvolvendo
suas atividades no Laboratório de Farmacobotânica.

Elaine Santiago Brilhante de Albuquerque Possui licenciatura e bacharelado em Ciências


Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ), Mestra e doutora em Ciências
Biológicas (Botânica) pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro. Atualmente é Professora Adjunta da
Faculdade de Farmácia - UFRJ. Tem experiência na
área de Botânica, atuando principalmente em morfologia
vegetal de monocotiledôneas e morfoananatomia
aplicada à taxonomia

Ana Cláudia de Macêdo Vieira Bióloga, formada pelo IB da Universidade Federal do Rio
de Janeiro - UFRJ, mestre em Ciências Biológicas
(Botânica) - MN - UFRJ e doutora em Ciências
Biológicas (Botânica) pelo IB da Universidade de São
Paulo - USP. Atualmente é Professor Associado da
Faculdade de Farmácia Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Tem experiência nas áreas de Anatomia
Vegetal e Farmacobotânica, com ênfase em Morfologia
de Drogas de Origem Vegetal, atuando principalmente
nos seguintes temas: Drogas vegetais, Controle de
qualidade, Farmacognosia, Anatomia Vegetal e Botânica
Forense.

vi
LabFBot
Laboratório de Farmacobotânica – UFRJ
http://www.farmacia.ufrj.br/labfbot/

LIVRO: Plantas com atividade inseticida para uso


em cultivo orgânico e agroecológico

vii
LabFBot
Laboratório de Farmacobotânica – UFRJ
http://www.farmacia.ufrj.br/labfbot/

LIVRO: Manual Sobre Uso Racional de Plantas


Medicinais - Volume1

viii
LabFBot
Laboratório de Farmacobotânica – UFRJ
http://www.farmacia.ufrj.br/labfbot/

LIVRO: Conhecendo as doenças transmitidas


pela água

ix
Dedicatória

Em uma orquestra ou em um coro, os instrumentos


e cantores que fazem solo tem maior destaque. Com
isso, tendemos a associar que estes são os mais
importantes, e esquecemos do papel fundamental
das segundas vozes como parte essencial da
estrutura musical. Assim é na academia. Muitas
vezes a pesquisa se afigura como grande estrela e
esquecemos que a extensão é a verdadeira ponte
com a sociedade e que retroalimenta todas as
atividades, gerando novos temas para a pesquisa e
trazendo novas perspectivas para a formação
acadêmica dos estudantes. Aprendi a fazer extensão
com a amiga e professora Maria Cristina Lemos
Ramos, a quem dedico esta série de livros. Cris,
esteja onde estiver, receba toda a gratidão da
equipe do LabFBot, pelas portas abertas e pelas
inúmeras oportunidades que você nos proporcionou.

x
Apresentação
O uso de plantas medicinais no Brasil é uma prática comum, passada
através de gerações e fruto da miscigenação do povo brasileiro. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 80% da população nos
países em desenvolvimento dependam da medicina tradicional para suas
necessidades básicas de saúde. No entanto, muitas plantas são usadas de
forma inadequada, não levando em conta possíveis efeitos tóxicos, além da
coleta ser feita de modo extensivo, podendo levar à extinção da espécie
vegetal. Isso levou à criação, pelo Ministério da Saúde, do Programa Nacional
de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, o qual conta com uma série de objetivos
visando: “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de
plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável e da
biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional”.
Muitas plantas são cultivadas com diferentes propósitos, além do
medicinal. Plantas alimentícias ou ornamentais também são objeto de cultivo
não só por agricultores mas, também pela população urbana. Muitas vezes
estas mesmas plantas podem trazer algum efeito tóxico dependendo da parte
que seja utilizada ou mesmo a forma como esta planta possa ser preparada.
Os diferentes usos que uma mesma planta pode ter precisam ser conhecidos e
divulgados para a população.
Em 2012 teve início um projeto de longa duração desenvolvido em
parceria do Laboratório de Farmacobotânica (LabFBot) da Faculdade de
Farmácia da UFRJ e diversas entidades dos municípios de Magé e
Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro, por iniciativa do Comitê Gestor da
Microbacia do Rio Cachoeira Grande (COGEM). O LabFBot desenvolve na
região o projeto de extensão intitulado ¨Uso e cultivo racionais de plantas
medicinais e plantas alimentícias não convencionais (PANC) pelos agricultores
de Magé e Guapimirim, RJ¨ em parceria com o Programa de Educação Tutorial
(PET-Farmácia) realizado por docentes e discentes da Faculdade de Farmácia
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob coordenação da Profa Ana
Cláudia de Macêdo Vieira. O projeto conta com a parceira da EMATER-RIO,
atuante nas regiões de Magé e Guapimirim, da Associação dos Pequenos

xi
Produtores Rurais da Cachoeira Grande (APPCG) e do COGEM, que envolvem
os agricultores da microbacia do Rio Cachoeira Grande e a Prefeitura Municipal
de Magé, através de sua Secretaria Municipal de Agricultura e
Desenvolvimento.
Este projeto está em desenvolvimento desde 2012 e visa a aproximação
da academia à população, com trocas de informações entre extensionistas,
agricultores e pesquisadores para aprimoramento dos conhecimentos técnicos
e científicos dos mesmos em temas relacionados a uso e cultivo de plantas
medicinais e plantas alimentícias não convencionais. Pelos agricultores foram
solicitadas a elaboração de manuais que os orientassem em diversos temas,
assim como a realização de minicursos e oficinas que permitissem maior
aprofundamento em questões diversas.
O LabFBot vem atuando, através do trabalho da equipe de docentes e
estudantes de graduação, bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET-
Farmácia), do Ministério da Educação, e do PIBEX-UFRJ e PROFAEX-UFRJ
da Pró-reitoria de Extensão (PR-5) no atendimento dessas demandas.
Este manual é uma resposta aos anseios da comunidade rural da região
da Microbacia do Rio Cachoeira Grande e é dedicado à Profa Maria Cristina
Lemos Ramos (in memorian), que intermediou os contatos entre os grupos e
deu início à essa parceria de aprendizado e trocas de saberes que tanto tem
auxiliado na formação dos alunos da Faculdade de Farmácia da UFRJ.
Todas as imagens utilizadas no manual são originais, tendo sido
fotografadas pela Profa Ana Cláudia Vieira que as cedeu para uso ao longo do
texto.

xii
Agradecimentos
Este manual foi elaborado com o auxílio de várias entidades e gostaríamos de
deixar aqui nosso agradecimento à EMATER-RIO, atuante nas regiões de Magé e
Guapimirim, aos agricultores da Associação dos Pequenos Produtores Rurais da
Cachoeira Grande (APPCG) e do Comitê Gestor da Microbacia do Rio Cachoeira
Grande (COGEM), à Prefeitura Municipal de Magé, através de sua Secretaria
Municipal de Agricultura e Desenvolvimento. Sem esse apoio fundamental, não
poderíamos ter desenvolvido nosso trabalho.

Gostaríamos de agradecer às entidades de fomento que, através de liberação


de recursos, sob forma de verba de custeio ou de bolsas, permitiram a realização de
nossas atividades, desde às visitas à região até a redação final do manuscrito.
Agradecemos à FAPERJ, ao PET-SISU do Ministério da Educação e à Faculdade de
Farmácia da UFRJ.

Finalmente, mas, não por último, queríamos agradecer aos agricultores da


microbacia do Rio Cachoeira Grande que, tão carinhosamente nos receberam em
suas casas, em suas propriedades, nos acolheram e, tanto nas visitas quanto nas
oficinas, se propuseram a trocar saberes e nos fornecer as dúvidas e demandas
necessárias para a elaboração deste manual. Nosso sincero muito obrigado a cada
um de vocês. Esperamos que este livro corresponda ao que vocês esperavam de nós.

xiii
Sumário
Introdução...................... ...................................................................................................2
Um breve histórico do município de Magé.........................................................................4
Como se pode preparar as plantas medicinais desta cartilha?.........................................7
Cuidados gerais com a identificação e coleta das plantas...............................................8
Nome popular: Açafrão-falso, vick, zedoária................................................................................10
Nome popular: Alpinia-vermelha .....................................................................................13
Nome popular: Araruta ...................................................................................................16
Nome popular: Cana-do-brejo.........................................................................................19
Nome popular: Colônia...................................................................................................................22
Nome popular: Cúrcuma................................................................................................................25
Nome popular: Gengibre ................................................................................................28
Nome popular: Gengibre-colméia.................................................................................................31
Nome popular: Lírio-do-brejo ..........................................................................................33
Nome popular: Kananga-do-japão................................................................................................36
Glossário .......................................................................................................................37
Referências......................................................................................................................43
Referências Complementares..........................................................................................49

1
Introdução
A diversidade florística possibilita inúmeras utilizações pela população, e por isso
as plantas merecem destaque em termos econômicos e de qualidade de vida. Muitas
espécies vegetais conhecidas são potencialmente úteis, porém patentemente
subutilizadas1. Assim, o projeto de criação da "Cartilha de plantas úteis da ordem
Zingiberales utilizadas pelos agricultores de Magé – Rio de Janeiro" surgiu pela
necessidade da população local em aprimorar a utilização das plantas que cultivam
não só para fins medicinais mas para diversos aproveitamentos. As espécies da
ordem Zingiberales tem ocorrência pantropical e além da reconhecida importância
medicinal, as mesmas são muito apreciadas como ornamentais, e tem considerável
uso fornecendo alimentos, perfumes, condimentos, corantes, fibras e até papel.

As 10 espécies medicinais aqui tratadas foram selecionadas pela comunidade de


agricultores de Magé/RJ, sendo 2 nativas e 8 exóticas, e todas são cultivadas na
região com diferentes finalidades. São elas: araruta (Maranta arundinacea), cana-do-
brejo (Costus spicatus), alpínia-vermelha (Alpinia purpurata), colônia (Alpinia
zerumbet), cúrcuma (Curcuma longa), gengibre (Zingiber officinale), gengibre-colmeia
(Zingiber spectabile), kananga-do-japão (Kaempferia galanga), lírio-do-brejo
(Hedychium coronarium) e vick (Curcuma zedoaria).

Dentro da ordem Zingiberales, podemos citar 3 famílias de plantas que são


utilizadas comumente como medicinais: Marantacea, Costacea e Zingiberacea.

A tabela a seguir mostra a distribuição destas 10 espécies entre as 3 famílias.

Ordem Plantas Família Nativas


1 Alpínia-vermelha Zingiberaceae Não
2 Araruta Marantaceae Sim
3 Cana-do-brejo Costaceae Sim
4 Colônia Zingiberaceae Não
5 Cúrcuma Zingiberaceae Não
6 Gengibre Zingiberaceae Não
7 Gengibre-colmeia Zingiberaceae Não
8 Lírio-do-brejo Zingiberaceae Não
9 Kananga-do-Japão Zingiberaceae Não
10 Vick Zingiberaceae Não
Tabela 1 – Lista das espécies de Zingiberales.
2
As Marantáceas (Marantaceae) possuem distribuição concentrada nas
Américas incluindo cerca de 30 gêneros e 350 espécies. No Brasil temos cerca de 12
gêneros e 200 espécies, encontradas principalmente em formações florestais2. A
espécie que mais se destaca na região de Magé e Guapimirim, no estado do Rio de
Janeiro é a araruta de onde se extrai fécula (amido) para a fabricação de biscoitos.

As Costáceas (Costaceae) possuem distribuição na região tropical, incluindo 7


gêneros e cerca de 100 espécies. No Brasil, encontramos 3 gêneros e 20 espécies e
estão concentradas na Amazônia, mas há também diversas espécies na Mata
Atlântica1. Na região de Magé e Guapimirim, ocorre a cana do brejo, muito empregada
na medicina popular para o tratamento de problemas renais2.

As Zingiberáceas (Zingiberaceae) possuem distribuição pantropical incluindo


cerca de 50 gêneros e 1100 espécies. No Brasil, encontramos apenas Renealmia,
com cerca de 20 espécies, que é encontrada comumente na Amazônia (os demais
gêneros se concentram no sudeste asiático)2,3. Do ponto de vista econômico podemos
destacar o gengibre, com rizomas (caule horizontal) aromáticos usados na culinária e
medicina popular. Algumas outras espécies de zingiberáceas são cultivadas também
como ornamentais, incluindo o açafrão-da-terra, o gengibre-vermelho, o gengibre-
concha e o falso-açafrão2. As plantas desta família são reconhecidas por conter óleos
essenciais voláteis e por isso serem perfumadas e também são importantes como
medicinais. Recomenda-se especial atenção na colheita, secagem e, principalmente,
na armazenagem que deve ser feita em recipientes bem fechados, para evitar maiores
perdas dos compostos voláteis4.

3
Breve Histórico Do Município De Magé

A região de Magé foi ocupada pelos portugueses no período colonial, sendo os


índios Tamoios seus moradores originais. Em 1565, após a expulsão dos franceses do
Brasil, o português Simão da Mota recebeu uma espécie de sesmaria localizada onde
hoje existe o porto da Piedade. Esse acontecimento deu origem a um povoado
denominado Majepemirim, fundado em 1566 5,6,7.

Em 1696, foi criada a Freguesia de Magepe que devido à fertilidade do solo, seu
grande número de escravos e ao esforço dos colonizadores teve uma excelente
condição de vida durante o período colonial. Então, em 1789 foi transformada em vila
pelo vice-rei D. Luiz de Vasconcellos e Souza e obteve sua emancipação. Existem
vestígios mostrando que naquela época existiram pelo menos três grandes engenhos
de açúcar e exploração ativa de madeira. E que nas áreas alagadas eram cultivados
mandioca, arroz, frutas, legumes e café8.

Esta região contava com uma vasta rede hidrográfica que possibilitava
comunicação marítima através da Baía de Guanabara8. Um dos rios que temos
presente até hoje na região é o Rio Estrela/ Inhomirim que corta parte dos municípios
de Duque de Caxias, Petrópolis e Magé. Seu principal afluente é o Caioaba-Mirim que
tem nascentes nas escarpas da Serra do Mar. O rio Inhomirim recebe as águas de
outros rios pequenos e de canais construídos para evitar enchentes. Após essas
junções, o rio liga-se também ao rio Saracuruna e desemboca na Baía de Guanabara9.

Nos séculos 17 e 18 foram criados três caminhos oficiais que ligavam as províncias
do Rio de Janeiro e Minas Gerais para a passagem de ouro e pedras preciosas. Então,
em 1723, a Freguesia de Magepe foi transformada em Magé, mais precisamente, no
Porto da Estrela, a construção principal e mais movimentada da Estrada Real do Brasil
que unia a capital do Império à província de Minas Gerais8.

No século 18, com a baixa demanda de ouro, a economia passou a girar em torno
da produção de café do Vale do Paraíba e do sul de Minas. Magé permanecia uma
região de passagem com pequenos vilarejos que serviam de parada para os viajantes.
Todas as construções que antes haviam sido projetadas para o comércio de ouro e
pedras preciosas foram modernizadas e adaptadas para o café. Com isso estradas
foram recuperadas e modernizadas além dos portos de Iguaçu e Estrela (Inhomirim)

4
passarem a servir para o embarque da produção cafeeira do Sul de Minas. Nesta
época o porto Estrela era o mais movimentado do território nacional, somente
superado pelo do Rio de Janeiro8.

Durante o Segundo Reinado, a importância do município pôde ser observada com


a inauguração em 1854 da primeira ferrovia da América do Sul, a Estrada de Ferro
Mauá construída pela iniciativa de Irineu Evangelista de Sousa, o barão de Mauá.
Então, a partir daí as viagens para Petrópolis começavam via marítima até o Porto de
Mauá, depois de trem até Raiz da Serra e em seguida por carruagem na estrada Serra
da Estrela até Petrópolis8. Depois, em 1857, Magé foi transformada em cidade e em
1892 foram criados os distritos de Inhomirim e de Santo Aleixo e que foram anexados
a cidade6.

No século 19, com a abolição da escravatura, a produção de café entrou em


colapso e isso gerou uma grande crise econômica que aliada às condições da região
levou a extinção de grandes plantações. Com o abandono destas plantações, os rios
alagaram a parte baixa que corta o território de Magé, provocando surtos de doenças
que agravaram ainda mais a situação da região por décadas8. Na divisão
administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de seis
distritos: Magé, Guapimirim, Guia de Pacobaíba, Inhomirim, Santo Aleixo e Suruí6.

O Brasil República trouxe grandes investimentos em novos setores da economia,


principalmente na indústria. Por Magé possuir uma estrada de ferro, condições
geográficas favoráveis e ser rico em recursos hídricos foi despertado o interesse por
parte de investidores europeus de implementação de indústrias têxteis na região que
vieram associadas a tecnologia dos ingleses8.

O desenvolvimento da indústria ocasionou a construção de novas estradas de ferro


em direção ao interior do município, o que possibilitou o crescimento da migração da
população para o interior. Em 1946 já havia sido iniciado o trabalho de drenagem dos
rios da região onde foi possível observar benefícios diretos para a agropecuária e
urbanismo. Em meados dos anos 60, o serviço ferroviário de passageiros do trecho
Piabetá - Guia de Pacobaíba foi extinto, deixando a estação e linha férrea abandonada.
Em 1992, com a autonomia de Guapimirim, Magé sofreu uma expressiva redução do
território8.

O município de Magé, com uma área territorial de 393,974 km2 11, faz parte da
Baixada Fluminense, que é o setor industrial do Estado do Rio. Atualmente, é
considerado o maior produtor agrícola da região12. Sendo a porta de entrada da

5
Região Serrana com seu clima Europeu, situa-se ao norte da Baia de Guanabara, a 50
km da capital. A natureza, generosa com Magé, um dos mais antigos municípios
brasileiros compôs um cenário que mescla cachoeiras, montanhas, vales, rios,
manguezais e extensas áreas de Mata Atlântica. Magé atua como sede administrativa
dos distritos de Santo Aleixo, Rio do Ouro, Suruí, Guia de Pacobaíba (Praia de Maná)
e Vila Inhomirirn (Piabetá, Pau Grande, Fragoso e Raiz da Serra)10 comportando uma
uma população estimada em 237.420 pessoas em 201711,12.

6
Como Se Pode Preparar as Plantas
Medicinais Deste Manual?

Infusão (chá): é preparada com a deposição de água fervente sobre a planta


devidamente dividida. Deixar tampado por 5 a 15 minutos e, em seguida, côa-se o
líquido. A indicação de quantidade é de 1 colher de sopa da planta para 150 ml de
água13.

Decocção (cozimento): é preparado através de fervura, 100g da planta e 1,5 L de


água (este pode ser alterado proporcionalmente de acordo com a necessidade dos
usuários)13.

Maceração: mergulhar a planta amassada ou picada, depois de bem limpa, em


água fria, durante 10 a 24 horas, dependendo da parte utilizada. Folhas, sementes e
partes tenras ficam de 10 a 12 horas. Caules, cascas e raízes duras, de 22 a 24 horas.
Após o tempo determinado, coa-se14.

Tintura: Deixam-se as partes vegetais frescas ou secas, grosseiramente trituradas,


mergulhadas em álcool durante 8 a 10 dias. Após coar a mistura, armazena-se em um
frasco com proteção da ação da luz e do ar14.

Extrato ácido: é recomendado para uso externo. Seu preparo ocorre deixando-
se por 3 dias duas colheres de sopa dos rizomas em uma xícara de chá contendo
vinagre branco2.

7
Cuidados gerais com a identificação
e coleta das plantas

Um aspecto importante que deve ser considerado quando se trata de plantas é a


maneira pela qual são reconhecidas e colhidas pelos usuários. Cada espécie aqui
tratada é identificada pelo nome vulgar e científico, e por fotografias que auxiliam no
reconhecimento da mesma. A colheita e o plantio também são de extrema
importância, pois garantem que as propriedades químicas contidas naquela espécie
foram mantidas sem grandes alterações. Deste modo, os rizomas das espécies de
zingiberáceas, que são ricos em óleos essenciais, não devem ser colhidos sob sol
forte13.

Os óleos essenciais são substâncias voláteis muito conhecidas pelo cheiro que
caracteriza certas plantas, como o mentol nas hortelãs, o cheiro de eucalipto dado
pelo eucaliptol etc. O aroma das plantas que contêm óleos essenciais é fruto da
combinação de seus diversos compostos químicos.

São necessários alguns cuidados para se fazer um bom uso das plantas medicinais
devendo-se então obter informações sobre a tradição popular e comprovações
científicas. Isto se deve também ao fato da utilização de medicina alternativa ser
também uma forma de automedicação e assim poder trazer riscos à saúde, visto que
estas podem conter componentes tóxicos levando a efeitos adversos dependendo do
organismo da pessoa que as ingeriu13,15.

As informações contidas neste manual não substituem os tratamentos médicos


prescritos pelos profissionais de saúde.

8
MONOGRAFIAS DAS PLANTAS

Açafrão-falso, Alpinia-vermelha, Araruta, Cana-do-brejo, Colônia, Cúrcuma, Gengibre, Gengibre-


Colméia, Lírio-do-brejo, Kananga-do-Japão, vick, zedoária

9
Açafrão-Falso, Vick, Zedoária

Curcuma zedoaria (Christm.) Roscoe

Origem: Índia e países do Oriente2,13,14.

Nomes populares: zedoária2,14, falso-açafrão2, gengibre-branco14 e cúrcuma13 vick.

Família: Zingiberaceae

Partes utilizadas: Rizomas (de preferência frescos)2,13,14, flores16 e folha2,13.

Uso popular medicinal:

A vick é usada na medicina popular como estomáquica e protetora pulmonar2, 17,


ativadora da função hepática, estimulante da secreção biliar e da função renal, auxilia o
combate à sarna e piolhos, curativos em escaras e picadas de inseto além de ser também
normalizadora do colesterol sanguíneo e do mau-hálito2. Também pode ser empregada no
combate a cólicas por flatulência13,14, problemas gástricos como azia, gastrite e mau hálito
além de ter potencial antioxidante17,18.

Propriedades farmacológicas comprovadas

Esta planta é indicada como protetora pulmonar (expectorante, bronquite catarral e


tosse) digestivo, ativadora de função hepática14. Usada também no combate a cólicas por
flatulência13. Também tem efeito antitumoral e trata hepatite causada por endotoxina17.

Como utilizar a planta:

Afecções pulmonares: o chá forte feito com maior quantidade de fatias de rizomas, folhas
e adicionado de mel - de - abelhas para ser tomado na dose de uma colher de sopa 2 a 3
vezes ao dia (reduzindo essa dose pela metade quando em criança)2.

10
Antisséptico bucal (mau-hálito): tintura - picar algumas folhas e flores em uma vasilha
rasa com um pouco de água, coar a mistura e em seguida adicionar álcool e completar até 1
litro16.

Efeito depurativo: infusão – picar de 2 a 5 folhas e colocá-las em 1L de água recém-


fervida. Manter abafado por 15 à 20 minutos, coar o preparado e tomar como chá 1 xícara 2
à 4 vezes ao dia (para melhor efeito combinar as folhas de vick, alcachofra (Cynara
scolymus L.), capim-limão (Cymbopogon citratus DC. Stapf), carobinha
(Jacaranda decurrens Cham.) e porangaba (Cordia ecalyculata Vell.) 16.

Estomáquico: o chá normal é do tipo abafado (infusão), feito por adição de água fervente
numa xícara média contendo uma colher de chá de fatias de rizoma e ingerido em jejum
antes das principais refeições2.

Sarnas, piolhos e picadas de inseto: o extrato ácido é recomendado para uso externo.
Seu preparo ocorre deixando-se por 3 dias duas colheres de sopa dos rizomas em uma
xícara de chá contendo vinagre branco2.

Cuidados:
O extrato ácido é contraindicado para mulheres nos três primeiros meses de gestação e
durante a lactação2.

Cultivo:

O plantio é feito com pedaços dos rizomas novos, mas cada pedaço contendo uma ou
duas gemas19 (devem ser extraídos no inverno quando a planta entra em repouso, ou seja,
perde as folhas)20. Tais pedaços são assentados em covas e depois cobertos com terra
fértil19 (plantar durante a primavera) . Elas são cultivadas em regiões de maior altitude
20

onde o clima é preferivelmente frio. É possível cultivar a vick em solos argilosos, férteis,
leves e soltos 19,20.

Colheita e Armazenamento:

A vick estará pronta para colheita na época de repouso anual da planta que acontece
após a floração19.

11
Uso culinário:

A parte da planta utilizada na culinária são os rizomas que possuem odor fortemente
aromático (um pouco desagradável) e sabor amargo que é largamente apreciado
especialmente em países do Oriente14.

Uso ornamental:

Esta espécie é adequada para cultivo diretamente no sol ou meia-sombra como touceira
isolada em jardins residenciais e principalmente em maciços e renques, ou canteiros
fertilizados e irrigados com frequência. Também pode ser utilizada para flor de corte e não é
recomendada para regiões frias20.

12
Alpinia-Vermelha

Alpinia purpurata (Vieill.) K. Schum

Inflorescência de alpínia-vermelha. Ramo florífero de alpínia-vermelha.

Origem: Ásia e Oceania2.

Nomes populares: Gengibre-vermelho, paco-seroca, cuité-açu, pacová, colônia, vindicá,


bastão-do-imperador, flor-da-redenção, helicondia, alpínia, falso-cardamomo, jardineira,
gengibre-concha21.

Família: Zingiberaceae

Partes utilizadas: Folhas, flores, rizomas e raízes21.

Uso popular medicinal:

A alpínia-vermelha é utilizada como anti-inflamatória21 no combate à tosse e dor de


garganta21,22,23, para melhorar o apetite e a voz, para tratar o reumatismo e infecção renal23 .

13
Indicações terapêuticas

Esta espécie é indicada como antioxidante24 e vasodilatadora22.

Como utilizar a planta:

Tosse: Decocção das flores 23,24.

Cuidados:
A substância tóxica (glicosídeo) encontra-se nas folhas, ramos e rizomas. A ingestão tem
provocado problemas cardíacos. A seiva pode causar irritação nos olhos e pele25.

Cultivo:

As alpínias podem ser propagadas por semente, divisão de touceiras de plantas adultas,
rizomas e ainda por micropropagação. A condução das mudas, obtidas por divisão de
touceiras ou rizomas, pode ser feita a partir do plantio em sacos plásticos ou diretamente no
solo, em leiras ou em covas. O processo de divisão de touceiras tem sido o mais utilizado
por promover um desenvolvimento mais rápido da planta26.

Colheita e Armazenamento:

As alpínias são muito sensíveis ao corte sob o sol forte, podendo acarretar a murcha de
suas inflorescências. Por isso, é recomendada a colheita nos horários de temperaturas mais
amenas do dia e com a participação de duas pessoas, uma para efetuar o corte e outra para
transportar as hastes até o local de armazenamento26. Dessa forma, o processo torna-se
mais rápido e o tempo de permanência das hastes fora da água é reduzido. O corte deve
ser feito próximo ao solo sendo recomendável manter as folhas para proteção da
inflorescência durante o transporte até o galpão. Além disso, alternativa é o uso de baldes
com água, adaptados a carrinhos, bicicletas ou motos, onde as hastes são mantidas após o
corte26.

Uso culinário:

Não foram encontradas informações na literatura sobre o uso culinário.

14
Uso ornamental:

A alpínia-vermelha passou a ser utilizada como planta ornamental devido à beleza de suas
inflorescências21 e por florescer durante o ano todo27. A produção de flores com padrão
comercial só ocorre a partir do segundo ano26.

Esta planta exige podas regulares em todas as fases de desenvolvimento da touceira. Logo
após o plantio, as hastes fracas, finas, tombadas em direção às entrelinhas ou que
produzirem inflorescências, devem ser eliminadas. Como o perfilhamento nessa fase é
abundante, há necessidade de podas a cada 15 dias. Todo o material resultante da poda é
retirado e transformado em composto orgânico utilizado como adubo26.

15
Araruta

Maranta arundinacea L.

Aspecto geral de araruta.

Origem: Brasil2.

Nomes populares: Araruta

Família: Marantaceae

Partes utilizadas: Rizomas 28,29.

Uso popular medicinal:

Não foi encontrada na literatura consultada nenhuma recomendação de uso medicinal.

Indicações terapêuticas:

A araruta é indicada como imunoestimulador 36.

16
Como utilizar a planta:

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de utilização.

Cuidados:

Não foi encontrada na literatura consultada nenhuma recomendação de cuidados com esta
planta.

Cultivo:

A araruta adapta-se melhor a solos arenosos e profundos, ricos em matéria orgânica que
favorecem o desenvolvimento dos rizomas. No entanto, devem ser evitados os solos pesados
(muito argilosos), pois não tolera muita umidade ou solos arenosos muito secos e pobres. Os
solos de baixada, desde que bem drenados são adequados. Além disso, a araruta pode ser
reproduzida através dos rizomas inteiros ou das extremidades finas de rizomas grandes31.

Colheita e Armazenamento:

A araruta está no ponto de colheita entre 8 e 10 meses depois do plantio. Normalmente, o


início do inverno é a época própria para a colheita. Pode-se observar também a hora de
colher porque as folhas ficam amareladas e secas e começam a tombar sobre a terra. Com
um enxadão, cavar ao redor da moita de araruta até conseguir empurrar, para cima, a moita
com os rizomas e as raízes32.

Uso culinário:

O uso tradicional da araruta é na forma do polvilho que é extraído dos rizomas depois de
triturados. A massa fibrosa contendo o amido é peneirada e lavada para separação da fibra
e decantação do amido ou fécula. A fécula é seca e peneirada para confecção de bolos e
biscoitos ou do mingau de araruta31.

O amido da araruta tem características e qualidades consideradas inigualáveis, conferindo


leveza e alta digestibilidade aos confeitos. Uma outra característica importante dos
alimentos feitos com a araruta é a ausência de glúten31.

17
O amido de araruta pode ser usado também para espessar molhos, fazer manjar ou
engrossar recheios. Para isso é importante saber qual dos tipos de amido utilizar (araruta,
doce e azedo), pois os mesmos têm densidades diferentes, sendo o da araruta o mais
viscoso e o doce o menos33.

Uso ornamental:

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de utilização ornamental.

18
Cana-do-brejo

Costus spicatus (Jacq.) Sw.

Ramo florífero de cana-do-brejo. Ramo de cana-do-brejo.

Origem: Brasil2.

Nomes populares: Cana-de-macaco34, cana-do-brejo, cana-mansa, periná, pobre-velha,


canafista, canarana, cana-do-mato, heparena, ubacaiá, jacuacanga, caatinga, cana-branca,
paco-caatinga, pacová2, cálamo-aromático e ácoro35.
Família: Costaceae

Partes utilizadas: Folhas, hastes e rizomas2 (devem ser utilizados frescos para que
sejam eficientes).

Uso popular medicinal

A cana-do-brejo é utilizada na medicina popular como depurativa, diurética, tônica,


emenagoga e diaforética. Usada também para combater gonorreia, sífilis, nefrite, picadas de
insetos, problemas na bexiga, diabetes, cólicas, irritações vaginais, leucorreia, úlceras e

19
como adstringente2. Usada também para diarreia, doenças oculares, febre 34,36, estimulante
de apetite e secreção gástrica35.

Indicações terapêuticas:

A cana-do-brejo é indicada como anti-inflamatória37.

Como utilizar a planta:

Picadas de inseto: infusão é recomendada, tanto para uso interno como externo, e deve ser
preparada com 5 à 10g da planta picada por xícara de chá de água2.

Tônica, vitalizante, afecções urinárias e antianêmica: Decocção

Cuidados:

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de cuidado.

Cultivo:

A multiplicação da cana-do-brejo é realizada por meio de estaquia, que é um processo


simples, de baixo custo, que possibilita a multiplicação de genótipos selecionados em um
curto período de tempo38.

Colheita e Armazenamento:

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de armazenamento e colheita.

Uso culinário:

Seu suco misturado com água e açúcar é uma bebida refrigerante muito apreciada. As
raízes secas transformadas em pó são utilizadas para aromatizar e dar sabor a doces
substituindo a canela35.

20
Uso ornamental:

Cultivada em jardins35 pois as folhas e os conjuntos de flores oferecem um belo efeito


ornamental em canteiros.

21
Colônia

Alpinia zerumbet (Pers.) B.l.Burtt & R.M.SM

o florífero de colônia.

Origem: Ásia2.

Nomes populares: Falso-cardamomo, pacová, colônia, gengibre-concha, jardineira,


louro-de-baiano, alpínia, falsa-noz-moscada e vindivá2.
Família: Zingiberaceae

Partes utilizadas: Flores, raízes2 e folhas2,39 (devem ser utilizados frescos para que
sejam eficientes).

Uso popular medicinal:

A colônia é utilizada na medicina popular para combater hipertensão, como diurética2,14,38,


sedativa14, anti-histérica, estomática, antifúngica e vermífuga39.

22
Indicações terapêuticas:

Esta espécie é indicada para tratar hipertensão2,14, como sedativa , diurética e


14,21

antioxidante. Também pode ser usada para tratar úlcera, como vasodilatadora e
antimicrobiana22,39 além de ter potencial ansiolítico32.

Como utilizar a planta:

Hipertensão, calmante e diurético: o chá é feito colocando-se 1L de água fervente sobre os


pedaços cortados de uma folha, cobre-se e deixa-se esfriar. O chá recém preparado deve
ficar com coloração amarela e não rósea, pois a cor avermelhada indica oxidação de
algumas substâncias. O chá deve ser mantido na geladeira por uma semana, devendo-se
tomar um litro por dia como se fosse água2.

Cuidados:

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de cuidado.

Cultivo:

A colônia multiplica-se por divisão de touceira em qualquer época do ano20.

Colheita e Armazenamento:

Não foi encontrado na literatura nenhuma recomendação de armazenamento e colheita.

Uso culinário:

A colônia faz parte da dieta humana em várias partes da Ásia. Especificamente em Okinawa
(Japão) que tem a dieta local feita a partir de arroz e folhas de colônia. Os rizomas também
são usados para fazer condimentos e bebidas22.

Uso ornamental:

A colônia é cultivada como touceira isolada, mas principalmente em grupos visando à


formação de maciços para áreas amplas, ou renques margeando muros, paredes e cercas.
A pleno sol na forma típica e a meia-sombra apresentam folhas rajadas, em canteiros ricos

23
em matéria orgânica e irrigados periodicamente. Não toleram geadas, sendo indicada
apenas para regiões tropicais e subtropicais20.

24
Cúrcuma

Curcuma longa L.

Ramo florífero de cúrcuma. Rizomas de cúrcuma.

Origem: Ásia 2,14..

Nomes populares: Falso-açafrão, açafrão, açafroa, açafrão-da-terra, acafrão-da-índia,


açafroeiro-da-índia, cúrcuma, batata amarela, gengibre-amarelo, gengibre-dourada, e
mangarataia2,3.
Família: Zingiberaceae

Partes utilizadas: Rizomas2,13 (devem ser utilizados frescos para que sejam eficientes).

Uso popular medicinal:

A cúrcuma pode ser utilizada como anti-hepatotóxica, anti-hiperlipidêmica e anti-


inflamatória2. Pode ser usada também como eupéptica, no combate a hepatites, cólicas
gastrointestinais e anorexia13. Além disso, também é usada para tratar prisão de ventre,
úlcera gástrica, como antiagregante plaquetário, no combate a conjuntivite14 e como
antioxidante18.

25
Indicações terapêuticas:

É indicada para tratar dispepsia13, como estimulante da secreção da bílis, no tratamento de


cálculo biliar, icterícia e outras disfunções hepáticas. Também é indicada como anti-
histamínica, antimicrobiana, no combate de alguns fungos patogênicos e germes envolvidos
em colecistites14, úlcera gástrica, como antiagregante plaquetária e anti-inflamatória13.

Como utilizar a planta:

Anti-inflamatório: os rizomas devem ser triturados e colocados em contato com o álcool


diluído em 3 partes de água durante 3 ou mais dias. A dose recomendada é de 2 à 5 mL em
um pouco de água adoçada até três vezes ao dia2.

Cuidados:
Uso abusivo desta planta pode causar irritação na mucosa do estômago e formação de
úlceras13.

Cultivo:

A cúrcuma é propagada vegetativamente através de seus rizomas, sendo recomendada a


utilização dos que tiverem maior peso, pois proporcionam maior vigor às plantas, com
melhora significativa na produtividade40.

Em regiões com alto índice de chuva, recomenda-se o plantio em canteiros ou leiras a fim
de facilitar a drenagem e consequentemente a aeração da planta. Já a profundidade do
plantio é de aproximadamente 4 cm e com apenas um rizoma por cova40.

Colheita e Armazenamento:

A colheita deve ser feita no período de repouso da planta que acontece após a floração20.

26
Uso culinário:
A cúrcuma é utilizada como especiaria e de seus rizomas tuberosos amarelos é obtido
corante para culinária e/ou outros fins20.

Uso ornamental:

É cultivada como ornamental a pleno sol, na forma de maciços destinados a cobertura de


canteiros desenhados em amplos espaços e para produção de flor de corte. Tolera geadas,
podendo ser cultivada em quase todo o país20.

27
Gengibre

Zingiber officinale Roscoe

Rizomas de gengibre. Aspecto geral do gengibre.

Origem: Ásia (especialmente da China e da Índia)13.

Nomes populares: gengibre, gengivre, mangaratiá41, mangarataia2,4, gengibre-amarelo,


gengibre-das-boticas13.
Família: Zingiberaceae

Partes utilizadas: Rizoma, 2,4,13,14 (de preferência frescos)2.

Uso popular medicinal:

O gengibre pode ser utilizado como cicatrizante, no combate a asma, bronquite, menorragia,
má digestão e cólicas flatulentas, além de rouquidão e inflamação na garganta2,14. Usado
também como antivomitativo, anti-inflamatório, antirreumático, antiviral, antitussígena,
antitrombose, cardiotônico, antialérgico e colagogo. Ajuda também no combate a dores nas
articulações e coluna vertebral, obesidade, mau-hálito14, frieiras e é protetor do estômago e

28
fígado2. Também é usado para melhorar a microcirculação, no combate a febre1³, na
prevenção de hipertensão arterial13 devido à ação vasodilatadora 42.

Indicações terapêuticas:

É indicado para tratar má digestão, cólicas flatulentas2, rouquidão e inflamação na garganta


devido a ação antimicrobiana local2,14. Tem também ação antivomitativa, anti-inflamatória2,13,
antirreumática, antiviral, antitussígena, antitrombose, cardiotônica, antialérgica, colagoga2 e
antiemética. Usado também para enjoo em viagens, nas afecções respiratórias e como anti-
séptico13.

Como utilizar a planta:

Reumatismos e traumatismos na coluna vertebral e articulações: cataplasma (Rizoma bem


moído ou ralado, amassado num pano e deixar no local) ou 100g do rizoma moído para 0,5
L de álcool4.

Rouquidão: mascar um pedaço do rizoma fresco4.

Cuidados:

Não é recomendado o uso em gravidez e lactação de crianças até 6 anos, nem em casos
de úlceras, colite, doenças hepáticas e neurológicas como epilepsia e Parkinson e litíase
biliar17. O uso externo deve ser acompanhado para evitar queimaduras4.

Cultivo:

A reprodução da planta é feita a partir das gemas dos rizomas plantados inicialmente em
canteiros que devem estar em local ensolarado4.

Colheita e Armazenamento:

A colheita é feita após 6 a 10 meses do plantio4 quando as folhas começam a amarelar e


secar.

29
Uso culinário:

O gengibre é usado como condimento43 em pratos doces e salgados.

Uso ornamental:

Não foi encontrada na literatura nenhuma informação sobre uso ornamental.

30
Gengibre-Colmeia

Zingiber spectabile Griff

Ramo florífero do gengibre-colmeia. Aspecto geral do gengibre-colmeia.

Origem: Ásia44

Nomes populares: gengibre-colmeia.

Família: Zingiberaceae

Partes utilizadas: Folhas45 e rizomas44 (de preferência frescos).

Uso popular medicinal:

Esta planta é usada para tratar inflamação nos olhos36, no entanto, os autores não fazem
indicação de como este uso deveria ser feito.

Indicações terapêuticas:
O gengibre-colmeia pode ser utilizado como antioxidante, antibactericida44, anti-inflamatório
e no tratamento de queimaduras45.

31
Como utilizar a planta:

Não foi encontrada na literatura consultada nenhuma recomendação de utilização desta


planta.

Cuidados:

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de cuidado.

Cultivo:

O gengibre-colmeia pode ser multiplicado com facilidade por divisão das touceiras em
qualquer época do ano20.

Colheita e Armazenamento:

Os rizomas, folhas e flores podem ser conservados em geladeira. A estocagem refrigerada


de toda a planta é extremamente efetiva na redução da respiração e preservação dos
suprimentos de reservas da planta 46.

Uso culinário:

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de uso culinário desta planta.

Uso ornamental:

O gengibre-colmeia é cultivado como touceira isolada e em conjunto ou renques em


canteiros de terra fértil, à meia-sombra e devem ser mantidos sempre úmidos. As
inflorescências são muito utilizadas no preparo de arranjos florais. Não tolera frio, sendo
indicada apenas para trópicos20.

32
Lírio-Do-Brejo

Hedychium coronarium J. Koenig

Ramo florífero do lírio-do-brejo. Frutos do lírio-do-brejo.

Aspecto geral do lírio-do-brejo.

33
Origem: Ásia4, 28.

Nomes populares: Lírio-do-brejo, borboleta47.

Família: Zingiberaceae

Partes utilizadas: Folhas e rizomas (de preferência frescos)28.

Uso popular medicinal

É utilizada para tratar dores, ferimentos e infecções em geral, inflamações na garganta e


reumatismo, diabetes e dores de cabeça48. Além disso também é usada para tratar
indigestão, como estimulante e carminativa, para tratar dor abdominal e nas articulações e
doenças de pele além de febres23.

Indicações terapêuticas

Esta espécie é indicada como antimicrobiana e anti-helmíntica48.

Como utilizar a planta:

Coceiras e micoses: o chá das folhas é usado externamente sendo despejado sobre o local
de interesse23.

Dor nas articulações, hipertensão e indigestão: o chá das folhas pode ser ingerido23.

Cuidados:

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de cuidado.

Cultivo:

Cultivada como planta isolada em renques ou grupos. Apropriada para margens de lagos e
espelhos d’água20,49.

34
Colheita e Armazenamento:

Não foi encontrada na literatura nenhuma informação sobre colheita e armazenamento.

Uso culinário:

Seus rizomas são comestíveis após o preparo culinário20. Suas flores são consumidas em
saladas23.

Uso ornamental:

Planta subespontânea de lugares brejosos que vive em pleno sol. Pode ser cultivada como
planta isolada, transformada com o tempo em densas colônias e também em conjuntos ou
renques. Apresenta crescimento agressivo, sendo considerada por agricultores como planta
invasora quando cresce onde não é desejada20. Usada como guirlanda no Havaí e Japão23.

35
Kananga-Do-Japão

Kaempferia galanga L.

Flores da kananga-do-Japão.

Origem: Ásia50.

Nomes populares: Kananga-do-japão

Família: Zingiberaceae

Partes utilizadas: Rizomas28,29.

Uso popular medicinal

Esta planta é utilizada como diurética, carminativa, expectorante, para tratar doenças
pulmonares, como estimulante estomacal e tônico além de ser cicatrizante51. Usada
também para tratar calafrios, dor abdominal, dor de cabeça e dor de dente52.

36
Indicações terapêuticas:

A kananga-do-japão é indicada como anti-inflamatória, analgésica, nematicida, antioxidante,


sedativa e antimicrobiana. É recomendada também como antineoplasica50.

Como utilizar a planta:

Má-digestão, dores no peito, no abdome, na cabeça e nos dentes: decocção52.

Reumatismo: macerar 150g da planta para cada 500 ml, deixar em repouso por 2 dias52.

Cuidados:

O extrato alcoólico em altas doses pode provocar danos ao sistema nervoso central,
sistema locomotor e respiratório 50.

Colheita e Armazenamento

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de armazenamento e colheita.

Uso culinário

Não foi encontrada na literatura nenhuma recomendação de usa culinário.

Uso ornamental:

Não foi encontrada na literatura consultada nenhuma recomendação de uso ornamental,


porém, suas flores são muito belas e seu valor ornamental é evidente, sobretudo em vasos
e jardineiras.

37
Glossário

Afecções pulmonares: qualquer doença pulmonar, distúrbio ou condição anômala de


saúde que ocorra nos pulmões.

Antiemético: que faz cessar ou evita o vômito.

Antihepatotóxico: combate toxicidade no fígado.

Anti-hiperlipidêmico: combate o excesso de gorduras no sangue, controlando


colesterol e triglicerídeos.

Anti-histamínico: também conhecidos como antialérgicos, são utilizados para tratar


reações alérgicas, como urticária, rinite alérgica ou conjuntivite, por exemplo, reduzindo
os sintomas de coceira, inchaço, vermelhidão ou corrimento nasal.

Anti-histéricos: que combate o histerismo.

Antimicrobiano: que destrói os micro-organismos ou evita o seu desenvolvimento.

Antioxidante: previne a oxidação de peróxidos e por oxigênio.

Antipirético: medicamento que faz baixar a febre.

38
Antisséptico: que destrói os microorganismos, prevenindo ou combatendo a infecção

Antitussígeno: contra tosse.

Cardiotônico: que tem efeito tônico sobre o coração.

Cataplasma: Substância medicamentosa de consistência pastosa, destinada a ser


aplicada sobre a pele.

Colagogo: medicamento que opera sobre a vesícula biliar, estimulando a produção da


bile que é importante na digestão de gorduras.

Colecistite: inflamação da vesícula biliar.

Decocção: fervura de partes mais duras da planta em água fervente.

Decocção: submergir plantas em um líquido efervescente, a vim de tirar o princípio ativo


da mesma.

Depurativo: purifica o organismo de suas toxinas e resíduos.

Diaforético: provoca a transpiração.

Dispéptico: digestão penosa ou com perturbações.

Emenagogo: que facilita ou aumenta o fluxo menstrual.

39
Endotoxina: é uma toxina que é parte integrante da parede celular de algumas
bactérias e só é libertada após a destruição da parede celular da bactéria.

Espécie exótica: que não é natural do país estudado.

Espécie nativa: que é proveniente da região estudada.

Estaquia: método de jardinagem usado para propagar diversas espécies vegetais, que
consiste em propiciar ou estimular o enraizamento de porções (estacas) de caules e
ramos ou de folhas.

Estomáquica: facilita a digestão.

Eupéptico: que facilita a digestão.

Extrato ácido: é preparado usando vinagre branco.

Flatulência: distensão do estômago ou intestino por ar ou gases.

Gemas: broto.

Icterícia: síndrome que deixa as pessoas amarelas devido ao acúmulo de bilirrubina no


sangue.

Imunoestimulador: que estimula o sistema imunológico.

Infusão: É preparada com a deposição de água fervente sobre a planta.

40
Leucorreia: corrimento vaginal que pode ser crônico ou agudo podendo também
provocar coceira e irritação genital.

Litíase biliar: formação de cálculos na vesícula biliar.

Maceração: mergulhar a planta picada ou amassada em água fria.

Menorragia: fluxo menstrual muito abundante.

Microcirculação: circulação de sangue ao nível dos vasos menores, como arteríolas,


capilares e vênulas.

Micropropagação: técnica que permite o crescimento de plantas, sob determinadas


condições de assepsia.

Nematicida: pesticida químico.

Renques: plantas em linha retas.

Reumatismo: processo inflamatório nos músculos e articulações que causam dores.

Rizomas: caule subterrâneo e horizontal.

Tintura: Mergulhar partes da planta em álcool.

Touceira: tufo espesso formado por plantas de mesma espécie que nascem muito
juntas.

41
Vasodilatador: que aumenta o calibre dos vasos sanguíneos.

42
Referências

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6. Prefeitura de Magé - Disponível em: http://www.mage.rj.gov.br/?page_id=405. Acesso


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7. Biblioteca IBGE. Disponível em:


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usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 3ª edição. Fortaleza: Imprensa
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1995. 208p

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medicinais. 1ª edição. Curitiba: Editora CRV, 2012. 474 p.

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