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Nome: Willian Jorge Gaspar ferrão

Turma-B

1.b) A segurança jurídica é condição sine quan non de toda relação contratual, por sua
vez, a tradição romano-germânica, ínsita ao direito pátrio, sustenta que o bilateralismo
contratual se dá sob o princípio do pacta sun servanda pelo que surge a necessidade
do cumprimento literal do que é acordado  entre as partes, não obstante, após a
Constituição de 1988, faz-se mister sobrelevar  que este não tem aplicabilidade
absoluta, pois admitiu-se a recepção  concreta do princípio da função social dos
contratos bem como da boa fé objetiva, e  é, nesta senda que no intuito de atenuar o
desequilíbrio negocial, mostra-se a lei 14.010/2020 também denominada RJET.  Face
ao instituto da resolução por excessiva onerosidade o seu art. 7º trouxe parâmetros
para a revisão e extinção dos contratos. O dispositivo, conforme o caput desse art.
7º,atenta que não se consideram fatos imprevisíveis, para os fins exclusivos dos arts.
317, 478, 479 e 480 do Código Civil, o aumento da inflação, a variação cambial, a
desvalorização ou a substituição do padrão monetário. Adota-se, portanto, o
entendimento consolidado de análise limitada e objetiva da imprevisibilidade, algo que
se sustenta em prol da conservação dos contratos.¹ Ademais, a doutrina engajada,
considerando Tartuce, sustenta  que as demandas a fim de resolver a onerosidade excessiva
poderão adotar o enunciado n.176 do CJF/STJ e deverão ,sob hipótese de melhor resultado,
recepcionar a luz do art. 478 do CC/2002, a  incidência do princípio da conservação dos
negócios jurídicos, pois este deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial dos
contratos e não à resolução contratual² . Além disso, não terão efeitos jurídicos
retroativos ou ex tunc, mas apenas efeitos a partir de então ou ex nunc. É o que consta
do art. 6º da lei.

Referências bibliográficas

.¹ Tartuce,Flávio. Os contratos em 2020: o ano da pandemia de Covid-


19.Migalhas.Brasil, 14.12.2020

Disponível em https://www.migalhas.com.br/coluna/migalhas-contratuais/337748/os-
contratos-em-2020--o-ano-da-pandemia-de-covid-19

²TARTUCE,Flávio.Manual de Direito Civil: volume único.11.ed.Rio de Janeiro:


Forense,22021,p.

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