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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ


Campus - Belém
Educação em direitos humanos e diversidade
Resumo
História e Desventura: O 3º Programa
nacional De Direitos Humanos

Marcos Mateus Rodrigues da Silva

Belém, Novembro, 2022


0.1 Introdução
Em dezembro de 2009, o governo Lula lança o programa nacional de direitos
humanos PNDH-3. Houve grande crı́tica das resoluções impostas no pro-
grama, devido a grande novos resoluções que deixaram a sociedade brasileira
em discussão. certamente devido as versões anteriores do programa no gov-
erno FHC(1994-2002).
Durante a transição da ditadura militar para a democracia (1979-1988),
temas como direitos humanos eram vistos de forma equivocada, pela opinião
pública, a defesa de dos direitos dos bandidos, à utopia de militares acerca de
uma sociedade despida de violência e de graves violações de direitos humanos,
ou ainda a sede de vingança de quem havia sido perseguido na ditadura
militar. Desde de 1988, muito se fez ao avanço dos direitos humanos no
âmbito de estados e municı́pios. Mesmo de forma lenta as polı́ticas de direitos
humanos vêm sendo inseridas nas polı́ticas nacionais.

0.2 Histórico
A respeito da leitura de notı́cias e reportagens acerca do PNDH-3, podemos
inicialmente perceber que é um programa do governo Lula, devido ao alin-
hamentos de ideias e reivindicações históricas do partido dos trabalhadores
(PT). Houveram muitas crı́ticas a respeito do programa, devido ao viés
ideológico empregado que se percebia fortemente com as ideias e alinhamen-
tos partidários, como ”populismo de esquerda” e uma espécie de ”vingança
dos vencidos contra os vencedores”.
A ideia a respeito do programa nacional de direitos humanos surgiu logo
com a conferência internacional de direitos humanos (1993). Essa conferência
tem como objetivo recomendar aos paı́ses participantes a elaboração de pro-

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gramas nacionais para integrar a promoção de direitos humanos como pro-
grama de governo. O governo FHC logo anunciou sua integração para um
plano de direitos humanos.
O PNDH-1, lançado em 13 de maio de 1996, primeiro documento da
América latina e um dos primeiros do mundo com o viés de direitos da
pessoa humana. Seis anos depois, ainda com FHC, foi lançado o PNDH-
2, com algumas atualizações e revisões do programa. O PNDH-3 foi uma
atualização aperfeiçoada com grande abrangência em várias áreas de com
carência de polı́ticas públicas.

0.3 continuidades e inovação


As edições do PNDH incorporam em suas diretrizes uma nova concepção
de direitos humanos. Com a orientação da conferência de direitos humanos
(1993), reconhece uma visão ampla do direito da pessoa humana como a
que direitos humanos não são apenas direitos civis mas também em outros
segmentos como direitos econômicos, sociais, culturais e coletivos. por fim
os programas são disseminados para a população brasileira, sob forma de
seminários e conferência nacional de direitos humanos.
No PNDH-1 o maior foco era no combate às injustiças, ao arbı́trio e à
impunidade. O programa se conteve em proteção do direito à vida, liber-
dade, e tratamento igualitário das leis, dos direitos da criança e adolescente,
das mulheres, da população negra, da sociedade indı́gena, dos estrangeiros,
refugiados e migrantes e das pessoas com deficiência. Mas se silenciou no que
tange ao direito à livre orientação sexual e às identidades de gêneros, o que
provocou um protesto por parte do movimento LGBT.
O PNDH-2 manteve as mesmas diretrizes, mas com uma maior amplitude.

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Com o devido protestos do movimento LGBT, o PNDH-2, incorporou os di-
reitos de livre orientação sexual e identidade de gênero. tratou com maior
ênfase o trabalho infantil, à violência infrafamiliar e inclusão social de pes-
soas com cuidados especiais. o segundo enfoque foi elaborado a respeito dos
direitos das pessoas afrodescendentes. pela primeira vez o estado brasileiro
reconhece a existência do racismo e promove politicas compensatórias, com
o objetivo de combate e promover igualdade.
O PNDH-3 aprofundou e ampliou os direitos, com enfoque em segu-
rança alimentar, educação, saúde, igualdade racial, crianças e adolescentes,
habitação, meio ambiente e outros. Além disso o PNDH-3 introduziu out-
ras inovações em sua estrutura, devido a grande demanda da sociedade, mas
que causou polemica entre grupos mais conservadores. a criação da chamada
comissão da verdade, descriminalização do aborto, união civil entre casais
homoafetivos e direito de adoção desse grupo.

0.4 razões da polêmica


Com a criação da comissão da verdade no PNDH-3, houve grande polêmica
devido à introdução do tema memória e verdade, onde buscava apurar as
violações ocorridas na sua esfera no âmbito da ditadura militar, se buscando
as responsabilidades das inúmeras violações dos direitos humanos praticados
pelo regime.

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