Você está na página 1de 48

INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

Para contar um pouco da história da introdução das


gramíneas forrageiras no Brasil vamos, antes, dividi-las em
três grupos:
- Um grupo das gramíneas NATIVAS;

- Um das que foram INTRODUZIDAS no país e

- Outro das DESENVOLVIDAS aqui.


INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

PARTE I

AS GRAMÍNEAS NATIVAS
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS

As NATIVAS são aquelas que evoluíram pela seleção natural, ao longo de milhares de anos e aqui se
encontravam antes da chegada de Pedro Álvares Cabral em 1500.

Essas gramíneas são espécies dominantes nas chamadas pastagens nativas e ocorrem, principalmente,
em oito paisagens fisionômicas bem caracterizadas, que se estendem de norte ao sul do Brasil:

1) os Campos do Lavrado em Roraima


2) os Campos Litorâneos do Amapá
3) os Campos Naturais de Marajó e do litoral Paraense
4) os Campos Litorâneos do Maranhão ao Rio Grande do Sul
5) os campos da Caatinga
6) o Pantanal
7) os Pampas
8) os baixios fluviais do Amazonas, Guaporé e os campos de
várzeas espalhados pelo país.
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
Oito paisagens fisionômicas
com pastagens nativas
no Brasil

1
CAMPOS DO
LAVRADO
EM RORAIMA
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
Oito paisagens fisionômicas
com pastagens nativas
no Brasil

2
CAMPOS LITORÂNEOS
DO AMAPÁ
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
Oito paisagens fisionômicas
com pastagens nativas
no Brasil

3
CAMPOS NATURAIS

DE MARAJÓ
E DO LITORAL PARAENSE
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
Oito paisagens fisionômicas
com pastagens nativas
no Brasil

4
CAMPOS LITORÂNEOS DO
MARANHÃO AO
RIO GRANDE DO SUL
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
Oito paisagens fisionômicas
com pastagens nativas
no Brasil

5
CAMPOS DA
CAATINGA
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
Oito paisagens fisionômicas
com pastagens nativas
no Brasil

6
PANTANAL
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
Oito paisagens fisionômicas
com pastagens nativas
no Brasil

7
PAMPAS
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
Oito paisagens fisionômicas
com pastagens nativas
no Brasil

8
BAIXIOS FLUVIAIS
DO AMAZONAS,
DO GUAPORÉ
E OS CAMPOS DE VÁRZEAS
espalhados pelo país
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
CARACTERÍSTICAS & EXEMPLOS
São gramíneas pouco produtivas por terem evoluído sob baixa
pressão de pastejo e a maioria tem, ainda, baixo valor
nutritivo. Por outro lado, presentam excelente adaptação aos
diversos ambientes edafoclimáticos.

Entre elas se destacam três grupos. O primeiro tem capins,


geralmente rizomatosos, que crescem rente ao solo como os
dos gêneros Paspalum e Axonopus.

Axonopus sp.
Paspalum notatum
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
CARACTERÍSTICAS & EXEMPLOS
No segundo grupo os capins são mais eretos, cespitosos e
decumbentes, como os Andropogons, as Aristidas e Imperatas.

Andropogon bicornis Aristida sp.


INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

I - AS GRAMÍNEAS NATIVAS
CARACTERÍSTICAS & EXEMPLOS
Um terceiro grupo de capins nativos inclui as gramíneas
adaptadas aos ambientes úmidos, encharcados,
alagados e sujeitos a inundações periódicas
no Pantanal, nos baixios e nas várzeas:
Echinochloa e Hymenachne.

Hymenachne
Echinochloa sp.
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

PARTE II

AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS

OS CICLOS DE INTRODUÇÃO

1 - Introdução acidental
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX

2 - Introdução errática
meados do sec. XIX ao final do sec. XX

3 - Introdução planejada
de 1983 a 2014
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX

James J. Parsons
1915 -1997

Parsons, J J - 1972
Spread of African pasture grasses
to the American tropics.
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX

1530
primeiras mudas
de cana-de-açúcar

D. Ana Pimentel

Martim Afonso
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX

1540
Tráfico de escravos
Pernambuco
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX

Desembarque
dos escravos no
continente
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX

Desembarque
de mercadoria
nos portos
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX

EXEMPLOS

Capim-colonião – Megathyrsus maximus

Capim-gordura - Melinis minutiflora Capim-jaraguá - Hyparrhenia rufa


INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
1 INTRODUÇÃO ACIDENTAL
meados do sec. XVI a meados do sec. XIX

1850,
Lei Eusébio de Queirós

Imperador D. Pedro II

Ministro Eusébio de Queirós


INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
2 - INTRODUÇÃO ERRÁTICA 1901
meados do sec. XIX ao final do sec. XX Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queriroz

Imperador
D. Pedro II

1877
1883
Escola Agrícola da Bahia
Escola de Medicina Veterinária e de Agricultura Practica
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
2 - INTRODUÇÃO ERRÁTICA
meados do sec. XIX ao final do sec. XX

IAC
INSTITUTO
AGRONÔMICO
DE CAMPINAS

DNPEA - IPEAS

IZ
INSTUTO DE ZOOTECNIA DE NOVA ODESSA
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
2 - INTRODUÇÃO ERRÁTICA
meados do sec. XIX ao final do sec. XX

capim-pangola 50 - 60 GRAMÍMEAS FORRAGEIRAS


pangolinha N. PUPO, 1979
pangolão
tanganica braquiarão
capim-guiné humidícola
rodes andropógon
guatemala
transvala
quicuio
ruziziensis

decumbens
setária
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
3 - INTRODUÇÃO PLANEJADA
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
3 - INTRODUÇÃO PLANEJADA
1983 a 2014
1983
Chegada à Embrapa Gado de Corte
1990 da coleção de Panicum maximum,
Lançamento do hoje Megathyrsus maximus,
Panicum Maximum cv. Tanzânia-1 com cerca de 400 ecotipos.
1° capim de introdução planejada no Brasil

Dra. Liana Jank,


melhorista de plantas e
responsável pelo germoplasma
de Panicum.
Mombaça, 1993
Massai, 2001
Zuri, 2014
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
II - AS GRAMÍNEAS INTRODUZIDAS
3 - INTRODUÇÃO PLANEJADA
1983 a 2014 1988
Xaraés, 2003
Chegada à Embrapa Gado de Corte
da coleção de Brachiaria, hoje Piatã, 2007
Urochloa, com cerca de 800 ecotipos. Tupi, 2012
Dra. Cacilda B. do Valle,
melhorista de plantas e responsável Paiguás, 2013
pelo germoplasma de Panicum.
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

PARTE III

AS GRAMÍNEAS DESENVOLVIDAS
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL
Quênia, 2017 III - AS GRAMÍNEAS DESENVOLVIDAS

Ipyporã, 2017

Tamani, 2015
INTRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS NO BRASIL

NATIVAS

1 - Introdução acidental
INTRODUZIDAS 2 - Introdução errática
3 - Introdução planejada

DESENVOLVIDAS
Introdução de Forrageiras no Brasil

OBRIGADO !
haroldo.queiroz@embrapa.br

Você também pode gostar