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FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU – FIB

PRODUÇÃO AUDIOVISUAL

Felipe Vieira Fonseca


Lucas Jacob Pereira
Rhuan Pedroso
Yago Biasin Ferreira

Projeto “.NÓS”:
Estudo da Experiência Estética na produção de vídeos performance para um canal
na plataforma YouTube

Bauru
2022
1

Felipe Vieira Fonseca


Lucas Jacob Pereira
Rhuan Pedroso
Yago Biasin Ferreira

Projeto “.NÓS”:
Estudo da Experiência Estética na produção de vídeos performance para um canal
na plataforma YouTube

Trabalho de Conclusão de Curso - PIPA: Projeto


Integrador de Produção Audiovisual, apresentado às
Faculdades Integradas de Bauru – FIB para obtenção
do título de Tecnólogo em Produção Audiovisual.
Orientador: Bruno Jareta de Oliveira.

Bauru
2022
2

Sobrenome, Prenomes.
Título: subtítulo (se houver). / Nome do(s)
autor(es) do TCC na ordem direta (ex: Antonio da Silva
e não Silva, Antonio) separados por vírgula. – Bauru:
FIB, ano da defesa.
Total de folhas.

Orientador: colocar os nomes dos professores.

Projeto Integrador de Produção Audiovisual Trabalho


de Conclusão de Curso de......da ....(colocar o nome
da Instituição)

1. Palavra-chave. 2. Palavra-chave. I. Título II.


Autor, colab.III. (colocar o nome da Instituição).
(Mais informações poderão ser obtidas junto à
biblioteca da Instituição).
3

Dedicamos este projeto a todos os artistas que dentre as


dificuldades, transformam suas realidades e fazem a arte
ecoar caminhos.
4

Agradecimentos

Chegamos ao fim de mais um ciclo de nossas vidas, e somos gratos a todos


os desafios que enfrentamos juntos durante essa trajetória. Agradecemos,
primeiramente, à Deus, e essa força maior que nos moveu até aqui, agradecemos aos
nossos pais, e à todos os docentes, em especial, nosso orientador, Bruno Jareta
Oliviera, que nos guiou, e acendeu a luz para o tema, em que abordamos no nosso
Pipa. Agradecemos também, Vinícius Peres Ledis, ex integrante do grupo, que por
motivos profissionais, não pôde concluir esta etapa conosco. Saiba que torcemos pelo
seu sucesso, e você esteve sempre conosco em nossos corações.
O Projeto “.NÓS”, como o próprio nome diz, é um coletivo que busca
conectar artistas, e isso só foi possível graças ao apoio de vários colaboradores, como
a Academia de Cinema Hollywood, Prefeitura Municipal de Itapuí/SP, Doceria
Baganach, Silvia Jacob e a todos os artistas que fizeram parte dessa trajetória: Gabriel
Woelke, Edilson Cruz Pereira, Ana Paula Michellin Tosi, Marieva do Nascimento da
Silva, Lívia Santesso, Ana Luísa Scolari Pignatti, Júlia Miriane, Banda Dupin (Felipe
Bresser, Cauê Giraldi, Matheus Arquer, Renato Fioroni e Lucas Jacob).
Obrigado a todos que contribuíram com esse projeto, e puderam
compartilhar conosco suas artes!
5

“Temos a arte para não perecermos na verdade.”


(Friedrich Nietzsche)
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Resumo

Estre trabalho busca abordar a união de diversas artes como a poesia, música e dança
através da linguagem audiovisual, nascendo assim o Projeto “.NÓS” um coletivo que
visa conectar trabalhos de artistas independentes da região do centro-oeste paulista
dentro de um canal na plataforma do YouTube. A partir disso, o presente trabalho teve
como principal legado contribuir com a valorização de artistas independentes por meio
da produção de dois vídeos que articulassem diversas expressões artísticas utilizando
da Montagem e o Sincretismo afim de construir uma Experiência Estética no
espectador.

Palavras-chave: Produção Audiovisual. Experiência Estética. Sincretismo. YouTube.


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Lista de figuras

Figura 1 – Primeiro vídeo do projeto “.NÓS” ............................................................. 17


Figura 2 – Canal COLORS ........................................................................................ 22
Figura 3 – Canal ZERO14 Podcast ........................................................................... 23
Figura 4 – Vídeo MARINA do projeto “.NÓS” ............................................................ 30
Figura 5 – Vídeo TEATRO do projeto “.NÓS” ........................................................... 36
Figura 6 – Canal Willda ............................................................................................. 45
Figura 7 – Canal Tim Milgram ................................................................................... 45
Figura 8 – Canal KYLE HANAGAMI .......................................................................... 45
Figura 9 – Quadro de referência de projeções do Pinterest ...................................... 46
8

Sumário

1. Introdução ............................................................................................................. 09
2. Desenvolvimento da pesquisa............................................................................... 14
2.1. Montagem e sincretismo no projeto “.NÓS” ....................................................... 14
2.2. Experiência estética ........................................................................................... 18
2.3. Análise audiovisual ............................................................................ 21
2.3.1. Canal COLORS ............................................................. 21
2.3.2. Canal ZERO14 Podcast ................................................ 22
3. Roteiros ................................................................................................................. 24
3.1. Roteiro 1 - MARINA ........................................................................... 24
3.2. Roteiro 2 - TEATRO .......................................................................... 31
4. Cronograma .......................................................................................................... 37
5. Orçamento............................................................................................................. 38
6. Divulgação............................................................................................................. 39
7. Relatório de produção ........................................................................................... 40
7.1. Felipe Vieira Fonseca ........................................................................ 40
7.2. Lucas Jacob Pereira .......................................................................... 41
7.3. Rhuan Pedroso.................................................................................. 44
7.4. Yago Biasin Ferreira .......................................................................... 47
8. Considerações finais ............................................................................................. 50
9. Referências ........................................................................................................... 52
10. Apêndices............................................................................................................ 54
10.1. Apêndice A – Gravação Set 1 ......................................................... 55
10.2. Apêndice B – Gravação Set 2 ......................................................... 55
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1. Introdução

O projeto “.NÓS” surgiu com o intuito de unir diversas artes, explorando a


linguagem audiovisual a partir da poesia, dança e a música, gerando vídeos com uma
montagem diversa, como um quebra cabeça, mesclando possibilidades a fim de
buscar uma Experiência Estética.
Diante disso, este projeto busca estudar e aplicar a Experiência Estética
através da produção de dois vídeos em um canal autoral no YouTube, com o intuito
de compartilhar performances de artistas independentes do Centro-Oeste Paulista.
Partindo da definição dada pela Enciclopédia Itaú Cultural (2017),
Performance é toda “Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes
visuais e da música.” (ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL, 2017).
Tendo em vista que o YouTube é uma plataforma que permite o
compartilhamento de conteúdos distintos, a mesma se torna uma oportunidade de
propagar a arte e unir diversos públicos e artistas, surge a seguinte problemática que
norteia esta pesquisa: De que modo estruturar um projeto que consiga em uma
plataforma digital como o YouTube, articular diferentes expressões artísticas em um
canal de audiovisual?
O objetivo geral deste projeto é de contribuir com a valorização dos artistas
independentes sendo assim, produziremos um canal no YouTube com o intuito de
compartilhar performance de artistas independentes através do audiovisual, gerando
assim uma galeria artística regional do Centro-Oeste Paulista no YouTube com vídeos
que unem artistas conectando diversos públicos.
A duração do projeto será de onze meses, iniciando em agosto de 2021 e
finalizando no mês de julho de 2022 e será produzido e editado na cidade de
Bauru/SP.
A elaboração deste projeto, busca incentivar as pessoas a refletir sobre a
influência artística presente em suas vivências de modo com que desperte a excitação
da sinestesia. Este é o projeto “.NÓS”, um coletivo atuando em prol de construir nós,
gerando conexões entre diferentes artistas.
Este projeto justifica-se pois a cultura é um dos pilares mais importantes
para a formação e construção social do cidadão. Além de servir como entretenimento,
a mesma é responsável no desenvolvimento intelectual do ser humano. O trabalho
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em questão tem como destaque a união de diversas artes como poesia, música, dança
através do audiovisual que são instrumentos de manifestação da cultura, muitas vezes
presentes em vários ambientes, porém com o auxílio de incentivos a mesma pode ser
mais acessada pela população brasileira, agregando maior valorização ao profissional
que vive e se sustenta destas artes.
Diante disso, é importante valorizarmos o incentivo ao acesso à cultura,
visto que a mesma possui um papel socioeducativo, outro fator diz respeito ao apreço
para com os profissionais independentes que atuam nesta área, que poucas vezes
recebem o reconhecimento merecido e a remuneração pelo seu talento e trabalho. De
acordo com o IBGE (2020), 44% dos trabalhadores da cultura atuam de forma
autônoma e sem renda fixa, isso comprova ainda mais a dificuldade de trabalhar neste
setor e com a cultura no país.
Para contextualizarmos o mercado cultural, apresentamos o conceito de
Economia Criativa, que abrange profissionais da área que utilizam desta como fonte
de renda. Segundo o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2013, p. 7)
define “[...] é o conjunto de atividades econômicas que dependem do conteúdo
simbólico, nele incluído a criatividade como fator mais expressivo para a produção de
bens e serviços”.
Diante disso, podemos compreender que esse setor é muito importante
para o desenvolvimento dos artistas e da economia do país, visando a arte como uma
atividade lucrativa, isso se comprova quando analisamos alguns dados, também
fornecidos pela IPEA (2013, p. 06), que, “estima-se que a economia criativa formal
represente entre 1,2% e 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e
aproximadamente 2% da mão de obra e 2,5% da massa salarial formal”.
Um estudo publicado pela Folha de São Paulo (2022), realizado pela
Spcine, aponta que a cada R$ 1,00 real investimentos no cenário audiovisual
paulistano mais de R$ 20,00 reais são gerados. Os dados também indicam que a
produção de filmes, séries, games e iniciativas de realidade virtual emprega
anualmente cerca de 210 mil pessoas em São Paulo, além de outras 290 mil de forma
indireta, movimentando R$ 5 bilhões no próprio setor audiovisual e outros R$ 6 bilhões
em áreas relacionadas, no mesmo período, concentrando quase 40% das empresas
do audiovisual de todo o país.
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No interior, a cidade de Bauru, na qual o projeto está baseado, foi a


receptora da primeira APL (Arranjo Produtivo Local) de audiovisual do estado de São
Paulo. Definido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São
Paulo, a decisão favorece o município com questões de financiamento e incentivos,
capacidade produtiva e tecnológica, entre outros.
A escolha de Bauru para a APL demandou fatores importantes, como a
quantidade de CNPJs ligados ao audiovisual, número que ultrapassa os quatrocentos,
e também o valor histórico, pois Bauru foi a primeira cidade do interior paulista a ter
uma televisão.
Em entrevista ao veículo Social Bauru, Ana Heloísa Pessoto, produtora
audiovisual, pesquisadora e integrante do plano conjunto (coletivo audiovisual
bauruense ligado à APL), cita “Nos últimos anos, temos visto profissionais, diretoras
e diretores de Bauru produzirem obras que circularam em festivais nacionais e
internacionais, e que hoje compõem a programação de canais de TV”. (PESSOTO,
2021, s/n).
A cidade também desempenha papel importante na divulgação artística,
um exemplo disso é a lei de número 5575 que instituiu o “Programa Municipal de
Estímulo à Cultura de Bauru” que promove um impulso financeiro para os artistas com
as obras selecionadas no edital, com impulso de R$10.000 ou de R$20.000
(PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU, 2008).
E é isto que este projeto traz como mensagem, promover a cultura e unir
artes que possam despertar a sensibilidade dos telespectadores.
Diante dos diversos agentes culturais, o projeto “.NÓS" busca ser uma
interface que os conecta, pois reúne uma comunidade de artistas locais, e é isto que
trazemos como mensagem, promover a cultura e unir artes que possam despertar a
sensibilidade dos telespectadores.
Um dos pontos importantes deste trabalho, diz respeito a distribuição, onde
utilizaremos o YouTube como suporte, pensando no contexto em que o projeto está
inserido, a plataforma atua como uma das possibilidades acessíveis para estes
artistas.
Por se tratar de uma ferramenta gratuita e de fácil acesso, os artistas
podem utilizar a mesma como meio de divulgação e criação de seus portfólios de
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modo online, sendo assim um meio acessível. Segundo Ribeiro e Alves (2018, p. 06),
“O YouTube é atualmente a alternativa mais acessível para quem deseja se projetar.
A facilidade de criar um canal na plataforma sem gastos absurdos é uma possibilidade
para artistas independentes que, na maioria das vezes, não dispõem de recursos ou
estrutura mínimos.”.
Canais como o "Colors", já vêm realizando um trabalho de valorização
desses profissionais. O canal, que atua no segmento da música, possui cerca de 5
milhões de inscritos, e seus vídeos acumulam milhares de visualizações, isso
comprova que a plataforma já possui um público que consome esses conteúdos e é
capaz de produzir um bom engajamento.
Enquanto, em um contexto regional, canais como "014 Podcast”, também
contribuem para a divulgação de artistas independentes, uma vez que os programas
também podem atuar como uma forma de divulgação dos convidados, e estes podem
atingir novos públicos, através do público do próprio podcast. Isso contribui para que
o canal também se torne uma espécie de "galeria de talentos regionais", uma vez que
muitos dos convidados são artistas da região.
Portanto, o canal que será desenvolvido para o projeto “.NÓS” servirá como
uma galeria de arte que reúne uma comunidade de artistas independentes onde a arte
de um contribui com o projeto do outro, expondo seus trabalhos de maneira artística
buscando uma identificação emocional para com o público através da linguagem
sincrética do audiovisual. Nós produtores do projeto “.NÓS” incluímos na gama de
artistas, visto que, por meio do projeto, estamos expondo nossa arte.
Para este estudo a pesquisa se classifica como exploratória, e ela será
dividida em três etapas: bibliográfica, análise audiovisual e produção audiovisual.
Marconi e Lakatos (2003, p. 73) classificam pesquisa exploratória como uma
investigação empírica, onde por meio da formulação de um problema, serão
desenvolvidas hipóteses afins de aumentar o conhecimento científico do pesquisador
com o objeto que está sendo investigado, possibilitando uma pesquisa futura ainda
mais profunda, ou aumentar, modificar dissertações já realizadas.
Na primeira etapa será realizada uma seleção de autores que discorrem
sobre a montagem e o sincretismo como também a experiência estética no audiovisual
a fim de contextualizar.
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Posteriormente, na segunda será realizado uma análise de canais que


propõem o YouTube como uma mediação entre artistas, visando identificar as
características e cronograma de postagens.
Por fim, na terceira e última etapa será realizada a produção de dois vídeos
de performance.
Diante dos argumentos supramencionados, a partir de agora iremos nos
aprofundar sobre o desenvolvimento da pesquisa percorrendo sobre as etapas e
processos de construção do projeto “.NÓS”.
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2. Desenvolvimento da Pesquisa

A partir deste momento, discorreremos sobre os processos existentes no


projeto “.NÓS” e como utilizamos das técnicas da produção audiovisual para tornar o
canal um possível meio divulgador para estes artistas, respeitando a essência da
pluralidade existe nos diversos tipos de arte e as conexões que serão atadas como
um nó.

2.1. Montagem e sincretismo no projeto “.NÓS”

O cenário audiovisual possui uma gama de elementos que nos permitem


explorar diferentes formatos e linguagens que irão variar de acordo com o resultado
final em que se espera da obra, portanto essas decisões são levadas em consideração
desde o início de um projeto, passando pelas etapas de pré-produção, produção e
pós-produção. A montagem é uma das possibilidades existentes que buscam originar
uma obra e com uma identidade significativa no processo de edição, e no projeto
“.NÓS” esta etapa é muito importante pois através dela almejamos criar uma ordem
que acesse diversos significados nos espectadores em nossas obras. A técnica é
baseada na junção seletiva de fragmentos audiovisuais que juntos irão compor uma
estrutura que provocará diversos significados no espectador, visando atingir o
repertório intelectual buscando uma identificação para com os signos que compõem
a obra.
A montagem busca explorar os diversos sentidos que os elementos podem
provocar, segundo Bolshaw (2019). No artigo publicado na revista estética do CEDE
– Coletivo Estudos de Estética ECA da USP, discorre sobre a harmonia rítmica através
dos elementos musicais:

A música é formada por frequências sonoras, silêncios e os


tempos (rítmico e de duração); e o audiovisual também é feito
de frequências visuais e sonoras, vazios e das marcas do
tempo no tempo (a narrativa). A harmonia musical
corresponde à sincronia visual; a melodia, à sequência
narrativa; e o ritmo, ao tempo de duração duplicado como
tempo narrativo. Mas, a grande semelhança reside no papel
desempenhado pelo silêncio na música e pelo vazio entre dois
fotogramas. Ambos são convites à participação do receptor,
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que se sente motivado a preencher o vazio ou o silêncio com


sua imaginação, o vazio funciona assim como uma ‘forma
ausente’, como estrutura inconsciente que dá sentido a
estrutura manifesta na narrativa. E, principalmente, ambos os
discursos – o musical e o audiovisual – combinam habilidades
simbólicas e matemáticas, mobilizando os dois hemisférios
cerebrais no processo de sua recepção. (BOLSHAW, 2019, p.
s/n).

Diante disso, é possível ressaltar que de acordo com a estrutura utilizada


no processo de montagem os elementos buscam criar um ritmo narrativo que resultará
em gatilhos simbólicos acessando memórias a respeito dos conteúdos em que está
sendo apresentado, criando uma conexão.
A respeito dos efeitos reflexivos das imagens na estética audiovisual, as
autoras Szafir e Barroso classificam:

A situação seletiva do sujeito no espaço relacional dessas


imagens propicia consequentemente uma recomposição do
seu 'eu', porque ao agir e interceder nessa capa virtual
envolvente onde o mundo se manifesta simbólica ou
alegoricamente, produz-se uma ação carregada de
emotividade. As emoções, portanto, incrementam o fator
sensação às funções de percepção (conhecimento) e ação
(busca) como geradores do mundo pessoal do usuário que
interage com a imagem. Dessa forma, as emoções estéticas
se convertem em formas ativadoras do processo reflexivo,
dado que através da experiência sensorial que recebe o
sujeito ao investigar a imagem se estabelece um processo
dialético que combina cognição e ação. (SZAFIR; BARROSO,
2019, p. 19).

A partir do momento em que é construída uma narrativa composta por


imagens simbólicas expressivas, a obra passa a estabelecer uma conexão com o
espectador, criando assim um processo maior de reflexão gerando um fator
denominado como imersão cognitiva, que consiste no processo de identificação
emocional ao qual o espectador se identifica com os estímulos apresentados na
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narrativa. A partir do repertório e vivências que cada espectador possui, o processo


de reflexão se torna mais forte e atrativo tornando a ficção parte da realidade.
O Projeto “.NÓS” tem por intuito reunir diversas artes a fim de construir um
conteúdo de alto valor expressivo. Dado que, estamos trabalhando com
manifestações culturais e o acesso a elas, o sincretismo no audiovisual se faz
presente, abordaremos agora a relevância desse aspecto para o nosso projeto.
O Sincretismo é a junção de elementos que são autônomos e que em
conjunto funcionam de maneira unificada. O audiovisual é uma representação do
mundo empírico e melhor substitui uma experiência presencial criando a imersão. A
autora Ribeiro (2011, p.180) afirma que:

O contato com as camadas de significações do texto


audiovisual tornou possível à localização dos espaços de
sentido compartilhados e comunicados por meio das
articulações internas e das operações de discursivização que
geram desdobramentos do mundo natural trazidos à tona
como visões do corpo contemporâneo, mundo cultural. Ao
final, elaboramos a análise do sincretismo audiovisual por
meio da descrição das interconexões sistêmicas. (RIBEIRO,
2011, p. 180).

A partir disso, podemos entender que a linguagem sincrética no audiovisual


nos permite o acesso a diferentes sentidos e isso se dá devido às interconexões
sistêmicas que são exploradas na narrativa. O audiovisual explora diversas
linguagens como a fotografia, dança, música entre outras diversas artes e por meio
das técnicas presentes é possível apresentá-las de modo que o público leia o objeto
através de uma imersão próxima a realidade.
Um ponto importante a ser reforçado é de que este projeto surgiu a partir
de uma disciplina integradora realizada durante o curso, ao qual a mesma propunha
a criação de um canal no YouTube.
Na realização do projeto “.NÓS”, ambas as técnicas supramencionadas,
foram aplicadas no primeiro vídeo, intitulado de “VENCER (Bailarino: Gabriel Woelke
I Poema: Yago Biasin)” onde realizamos um estudo desde a pré-produção dos artistas
selecionados. Iniciamos a etapa através da seleção do poema e a partir dele foi
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desenvolvido a trilha sonora e a busca pelo bailarino, que realizasse um trabalho de


forma independente dentro das expectativas do grupo, que foram de expressão
corporal e sensibilidade nos movimentos.
Na elaboração do cenário, optamos por utilizar elementos que
contribuíssem na criação da identidade estética e fotográfica do projeto pensando no
todo e nas futuras conexões, onde decidimos utilizar uma iluminação subjetiva com o
uso de fumaça, fresnéis e projeções, e como objeto simbólico, a corda trazendo o
sentido dos “nós” atados, visto que o projeto leva o nome de “.NÓS” que remete a um
conjunto de pessoas e também a expressão de um nó sendo estabelecido, criando
conexões. Com esses elementos em mãos, definimos nossa identidade estética que
será adaptada para as próximas peças que serão desenvolvidas no projeto de
conclusão do curso, com o objetivo de criar uma linearidade entre os vídeos do canal.

Figura 1 – Primeiro vídeo do projeto “.NÓS”

Fonte: Imagens do vídeo do canal Projeto .NÓS1 na plataforma YouTube.

1
Projeto .NÓS. Vídeo intitulado de: “VENCER (Bailarino: Gabriel Wolke | Poema: Yago Biasin)”. Confira
o vídeo em: https://youtu.be/tIzh91Tn-ZY
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Após realizada a captação da produção, na etapa de edição da pós


produção buscamos construir uma homogeneidade entre as artes existentes, através
do processo de montagem, construindo assim o sincretismo. Visto que, a produção
audiovisual possibilita a junção de diversas linguagens através da montagem,
ordenando fatores a fim de acessar um significado, provocando assim uma
experiência estética.
Dado o entendimento sobre os processos de Montagem e Sincretismo no
projeto “.NÓS”, introduziremos o conceito de Experiência Estética, a partir da
disciplina de Estética, na Filosofia.

2.2 . Experiência Estética

Após todo o processo de edição ser revisado, buscamos analisar dentro do


projeto “.NÓS” como cada vídeo poderá nutrir com uma Experiência Estética.
O processo de absorção e interpretação de um conteúdo é realizado por
cada receptor a partir do contato com o objeto, referindo-se ao cenário audiovisual
esse processo está presente através da Experiência Estética que é realizada a partir
da criação de uma obra sendo que a interpretação do espectador completará o
processo final e isso varia de acordo com a imersão e os fatores emocionais com os
quais houve a identificação, ou seja, é um processo que une o artista e o receptor.
Para falarmos sobre Experiência Estética, é valido realizarmos uma
contextualização sobre o que é Estética, pautados sobre o livro Fundamentos da
Filosofia (2016, p. 383) o termo grego representa aisthetiké, que significa “perceptível
pelos sentidos”, mas seu uso consagrou-se a tudo o que pode ser percebido como
agradável e belo pelos sentidos. O termo Belo diz respeito ao acesso aos nossos
juízos, dentre eles utilizamos aqui a definição dos juízos de valor, que julga, se
determinada coisa é boa, ruim, agradável, bonita, feia entre outros e dentre os juízos
de valor, podemos distinguir o juízo moral e o juízo estético.
Na disciplina de Estética que como vimos anteriormente se debruça sobre
o Belo, três filósofos foram importantes, Immanuel Kant, Georg W. Friendrich Hegel e
Arthur Schopenhauer.
Kant afirma que (2016, p.384) “nossa estrutura sensível (os órgãos dos
sentidos) e nossa imaginação são as condições que tornam possível a percepção
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estética”, ou seja, ele leva em consideração as próprias condições da estrutura da


sensibilidade humana. E diferente dele Hegel afirma que “o entendimento do que é
belo depende do momento histórico e do desenvolvimento cultural”, ou seja para ele
a capacidade estética que é subjetiva é formada a partir das reações e vivencias
sociais e cada indivíduo. Para Schopenhauer (2016, p.300 e 301) a “arte teria grande
relevância, pois pela atividade estética o sujeito se desprenderia de sua
individualidade para fundir-se no objeto, em uma entrega pura e plena” sendo assim,
o prazer estético nos liberta e dá acesso à dimensão eterna, expressa pela obra
artística.
A partir do entendimento do conceito de Estética, a Experiência Estética,
permite a ampliação da capacidade perceptiva, a partir da soma e influência das
diferentes linguagens de um objeto, pode-se resultar na familiarização, onde a partir
desse ato suspendem os mecanismos explicativos, possibilitando espaço para o
processo de fruição na experiência, entendendo os efeitos que o objeto ou o
acontecimento podem produzir no eu (PEREIRA, 2012).
Diante desse conceito, ampliamos os conceitos de estética e da atração
para com o objeto, o receptor de forma natural passa a se identificar com o objeto e
criando junto do artista interpretações e caminhos a partir da sua experiência de
imersão. Conforme apontado por Pereira (2012) a ideia da experiência estética serve
como uma oportunidade de ampliação dos sentidos e entendimentos, expandindo a
subjetividade, possibilitando a abertura do repertório, explorando assim em conjunto
a ação da arte e a vida.
Aqui, a partir dessa definição e do entendimento entre o elo do artista para
com o receptor, um dos objetivos existentes no projeto “.NÓS” é de que, partindo das
experimentações e da união das artes por meio do audiovisual, possamos criar uma
conexão com o expectador, gerando uma experiência que possa transmitir uma
identificação emocional, por meio dos conteúdos apresentado pelos artistas, poetas,
dançarinos, músicos entre outros.
A busca por essa conexão, se consiste na elaboração de uma obra que
utilize de signos que possuem uma representação e que assim atingirá o receptor,
diante disso, Umberto Eco (2013, p. 85) define: “No campo dos estímulos estéticos,
os signos aparecem ligados por uma necessidade que apela a hábitos enraizados na
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sensibilidade do receptor (ou seja, o gosto - uma espécie de código que se


sistematizou historicamente)”. A partir disso o receptor passa a fazer parte da criação
do objeto estético, visto que a recepção e interpretação da obra a partir da experiência
pessoal do público, crie e concretize a narrativa por meio de suas vivências.
Completamos esse pensamento com a afirmação de Susan Sontage (1996)
sobre a importância da arte não só como elementos contemplativa mas como um
elemento que atribua o significado, independe do conteúdo, desse modo a experiência
para com a obra nunca será a mesma pois cada receptor tem suas vivencias e sua
bagagem emocional, gerando assim diferentes significados e sensações de pessoa
para pessoa.
A experiência estética busca alternar os sentidos do telespectador através
do repertório individual de cada sujeito, fazendo com que o objeto inserido dentro de
uma montagem busque trazer experiências únicas com sentidos significativos para
quem está assistindo, Wanelytcha Simonini define:

A experiência estética é uma sensação altamente subjetiva,


tornando a realidade mais plena, dando novo sentido e
significado às coisas, nos mostrando diferentes perspectivas
sobre a própria realidade. Ela também, nos permite alterar a
vivência do tempo nos conduzindo à um estado de
esquecimento de nós mesmos, pois, se estamos muito
envolvidos naquele determinado momento, não pensamos em
nós, nem mesmo no que tempo que nos absorve. (SIMONINI,
2020, p. 74)

A sensação que o movimento artístico consegue transmitir para o


telespectador, traz a significância de um “mundo novo”, permitindo que ele consiga se
envolver somente com a experiência que está vivendo no momento. Conforme citado
por (SIMONINI, 2020), o movimento artístico cria a ideia de responsabilidade e
compromissos sociais com o seu público, pois ele possui um certo poder de influência,
capaz de mudar comportamentos, isso se dá devido a todos os sentidos que uma obra
pode proporcionar, como o olhar, ouvir, sentir, paladar, toque, com isso causar um
impacto emocional através do objetivo do seu produto seguindo a cultura que o
mesmo carrega, de uma forma simbólica e sensorial.
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O “.NÓS” busca causar esse impacto emocional em seus vídeos artísticos,


entendendo que o intuito de cada obra é o de transmitir uma Experiência Estética
única para cada telespectador, através da poesia, música, dança e de todos
elementos que compõem o nosso cenário, e que darão sentido ao produto final.
Georges Didi-Huberman (2016, p.38) afirma que “[...] é por meio das
emoções que podemos, eventualmente, transformar nosso mundo, desde que, é
claro, elas mesmas se transformem em pensamentos e ações”. Com base nisso,
nosso projeto busca utilizar esse impacto causado pelas emoções, para proporcionar
uma identificação emocional entre o emissor e o receptor da mensagem que será
transmitida.

2.3 . Análise audiovisual

Na seguinte fase, foi realizada uma análise de canais, com intuito


semelhante ao nosso, o de divulgar artistas independentes, de diferentes segmentos
da arte, visando observar elementos como cronograma de postagem, organização do
feed e a participação dos artistas no canal.

2.3.1 Canal COLORS

O Canal COLORS é um canal alemão, fundado em 2016, que foca na


divulgação de novos artistas, de diferentes partes do mundo. A plataforma se
apresenta como um meio inclusivo, que divulga novos talentos, não importando o
gênero ou a cor, que se concentra no segmento musical, na divulgação de cantores,
fornecendo um espaço para que divulguem a sua arte, e alcancem uma maior
visibilidade, tendo como característica marcante, a filmagem dos artistas em fundos
neutros com uma determinada cor.
22

Figura 2 - Canal COLORS

Fonte: Imagem do canal Colors2 na plataforma Youtube.

Apresenta três linhas de divulgação, ‘’A Colors Show’’: Apresenta um estilo


minimalista, onde um ou mais artistas se apresentam com um fundo neutro, de uma
determinada cor. ‘’A COLORS Encore’’: Apresenta geralmente, artistas que já
participaram do primeiro quadro, e apresenta vídeos com maior liberdade de criação,
com jogos de sombra, e filmagens de câmeras portáteis. E por fim o ‘’New Opera’’: A
série de vídeos mais sofisticada até então, tendo feito vídeos com uma grande
liberdade criativa, como vídeos filmados totalmente em preto e branco, ou azul.
A frequência de postagens no canal costuma variar semanalmente de
acordo com a demanda dos vídeos.

2.3.2 Canal ZERO14 Podcast

Os Podcasts se tornaram muito populares nos últimos anos, trazendo


diferentes tipos de convidados, desde celebridades e pessoas que tiveram um
sucesso emergente, à convidados desconhecidos do público geral, contribuindo para
uma maior visibilidade dos mesmos.

2
COLORS. Conheça o canal: https://www.youtube.com/c/COLORSxstudios
23

Figura 3 - Canal ZERO14 Podcast

Fonte: Imagem do canal ZERO14 Podcast3 na plataforma YouTube.

Dentro desse contexto, o ZERO14 PODCAST veio com a proposta de


trazer convidados dos mais diversos segmentos, com o diferencial de ser ‘’localizado’’
na região do Centro-Oeste Paulista, fazendo assim com que, não só artistas e figuras
públicas relativamente desconhecidas, sejam divulgadas, como contribui para a
valorização das mesmas, no contexto regional e extra-regional.
A frequência de postagens no canal costuma variar semanalmente
intercalando de duas a três semanas de acordo com a demanda dos vídeos.

3
ZERO14 Podcast. Conheça o canal: https://www.youtube.com/channel/UCwB48keDY9-
gIAKrS31BUWg
24

3. Roteiros

Neste tópico, serão apresentados os roteiros desenvolvidos para os dois


vídeos do canal, vale ressaltar que durante a produção foram surgindo fatores que
alteraram o resultado final ao qual esperávamos por meio do roteiro, que serão
apresentados a seguir.

3.1 Roteiro 1 – MARINA

Em nosso primeiro roteiro, a proposta foi fazer um videoclipe, combinando


as artes da música e da dança. O roteiro foi desenvolvido a partir da música
“MARINA”, da Banda Dupin que foi gravado em duas locações diferentes. A música
fala sobre Marina, um mulher que possui tanto um lado delicado quanto um lado forte,
através dos dois grupos de bailarinas, buscamos representar esses dois lados por
meio de diferentes coreografias, em conjunto com cenas da banda.

Data para gravação: Locação: Elenco:


01 diária entre os dias 28/03 a Garagem – Casa do - Banda Dupin;
01/04 Lucas/ Ginásio Municipal - Ana Paula Michellin
de Itapuí/SP Tosi;
- Marieva do
Nascimento da Silva;
- Lívia Santesso;
- Ana Luísa Scolari
Pignatti;
- Júlia Miriane.

Conceito artístico:
Em conjunto com a banda, os bailarinos representarão Marina, uma mulher forte,
doce e bela com alma de bailarina. A Bailarina trará a delicadeza e leveza através de
seus movimentos. O grupo (4 bailarinos) realizará uma coreografia com movimentos
fortes e expressivos representando a armadura de Marina.
25

Letra da Música Roteiro Decupagem

DUPIN – Marina Vinheta .NÓS

EXT. QUADRA FIB Establishing shot


Quadra escura e vazia

Luzes frontais e laterais


acendem e se revela a
banda DUPIN Primeiro plano,
plongé, nuca, 45° –
Introdução música Banda tocando Mão baterista;

Primeiro plano,
frontal – Mão do
guitarrista;

Plano detalhe, perfil –


Microfone do
vocalista;

Primeiro plano – Mão


do baixista;

Bailarina dançando Primeiro plano, perfil


– Rosto da bailarina
contraluz;

Primeiro plano,
frontal, tilt-up – Dos
pés da bailarina até o
ombro;
26

Vinda do oceano, se chama Vocalista cantando Primeiro plano –


marina Vocalista

Doce, forte e bela, com uma Bailarina olhando para a Primeiro plano, perfil
alma bailarina câmera – Rosto da bailarina
contraluz e sendo
iluminado com
Fresnel;

O seu dia é belo Banda tocando Plano geral, frontal –


se foi, eu espero Banda

Para cantar, no meu coração Bailarina dançando Plano geral, frontal –


para sempre viverá Bailarina;
E quando acordar e você se
superar
Bailarina dançando na Primeiro plano,
ponta do pé travelling 360°, –
Bailarina;

Banda tocando Plano Geral, frontal,


(Ponte) dolly-in – Banda;

Baterista tocando Plano detalhe, zenital


– Caixa bateria;
27

Plano geral, frontal,


dolly-in – Banda;
Marina non finirà, perché se ti Bailarina dançando
Plano Geral, frontal,
slow motion –
Bailarina dançando
tagli la testa per la lotta tornerà erguendo os braços
Grupo dançando
(Movimentos expressivos) Plano geral, frontal –
Grupo de bailarinos
Tiamo fiore mio
Vocalista cantando
Close, perfil –
Lo aprezzo quindi scrivo Vocalista
Guitarrista tocando
Primeiro plano,
plongé, go pro –
Guitarra e mãos;
Sotto dorma di musica ti abbrivo Banda tocando
Plano geral, frontal,
dolly-in – Banda;

(Solo) Bailarina caminhando para Grande plano geral,


luz nuca, normal –
Bailarina caminhando
de costas em sentido
à luz.

Plano geral, frontal,


Perdoe Integrantes da banda fixo – Individual de
tocando individualmente; todos os integrantes
28

Pela demora e pelo tempo da banda com


perdido alternância.
Mas faz se valer tudo o que é
sentido
Plano geral, travelling
Performance grupo de – Acompanhando o
Eu sei que você pode entender bailarinos grupo de bailarinos.
que com passar dos dias vamos
perdendo o que um dia foi seu Primeiro plano,
frontal, 360° -
(Solo) Guitarrista tocando Contornando
guitarrista;

Primeiro plano,
frontal, 360°(arco) -
Bailarina dançando Contornando
guitarrista;

Plano geral, travelling


Performance grupo de – Acompanhando o
bailarinos grupo de bailarinos.
(Ponte)

Movimento da corda Plano detalhe, normal


sincronizada com a bateria – Corda batendo no
chão;
29

Banda tocando Plano Geral, frontal –


Marina non finirà, perché se ti Banda;
tagli la testa per la lotta tornerà
Tiamo fiore mio Bailarina dançando Plano Geral, frontal –
Lo aprezzo quindi scrivo Bailarina;
Sotto dorma di musica
Montagem de closes do Close, ¾ – Rosto dos
rosto dos integrantes da integrantes da banda;
banda

Marina non finirà, perché se ti


tagli la testa per la lotta tornerà Bailarinas se encontra com Plano geral, frontal,
Tiamo fiore mio o grupo de bailarinos travelling - Bailarinos
Lo aprezzo quindi scrivo
Sotto dorma di musica ti abbrivo
Bailarina e grupo de dança Plano geral, frontal -
caminham lado a lado até Projeção “.NÓS” no
a câmera. grupo de bailarinas
que vem caminhando
até a câmera.

Bailarinos e banda se Plano grande geral,


encontram e ficam de perfil – Banda e
frente um para o outro. bailarinos;

Banda e bailarinos posam Plano grande geral,


em posição de força e fixa – Integrantes da
olham para a câmera. Banda e Bailarinos.
30

Durante a fase de gravação, enfrentamos alguns contratempos, e tivemos


que abandonar algumas ideias. Inicialmente, a banda e as bailarinas seriam gravadas
na mesma locação e interagiriam entre si, porém, isso teve que ser mudado devido a
perda da locação prévia que desenvolvemos o roteiro. Sendo assim, a banda foi
gravada em uma locação diferente das bailarinas.
As cenas da banda Dupin foram gravadas em uma garagem, buscando
retratar as vivências de bandas que surgem nesse ambiente. Já o grupo de bailarinas
foi gravado na cidade de Itapuí/SP ao qual a maioria das bailarinas residem, sendo
gravado no ginásio de esportes do município.

Figura 4 – Vídeo MARINA do projeto “.NÓS”

Fonte: Imagens do vídeo do canal Projeto .NÓS4 na plataforma YouTube.

Isso permitiu que pudéssemos explorar uma interação, por meio da edição
utilizando de imagens que explorassem texturas, e criassem novas dinâmicas entre
os diferentes ambientes.

4
Projeto .NÓS. Vídeo intitulado de: “MARINA (Músicos: Banda Dupin | Bailarinas: Ana Paula Michellin
Tosi, Marieva do Nascimento da Silva, Lívia Santesso, Ana Luísa Scolari Pignatti e Júlia Miriane)”.
Confira o vídeo em: https://www.youtube.com/channel/UCk2-cQVQZebLapYNSbz8Msg
31

3.2 Roteiro 2 – TEATRO

Para o segundo roteiro, nos aventuramos na arte da atuação e do teatro,


onde um ator performa um monólogo sobre um homem cansado e desiludido sobre
sua rotina do dia a dia, buscando encontrar uma saída dessa condição. Para a
cenografia do vídeo, baseamos nossa ambientação na estética do teatro,
influenciando não só a atuação como os objetos de cena e a locação.

Data para gravação: Locação: Elenco:


01 diária entre os dias 28/03 a 01/04 Academia de Edilson Cruz
Cinema Hollywood - Pereira
Bauru/SP
Conceito artístico:
Monólogo pronunciado de maneira com que de início a cena seja representando
um homem em sua casa, vivendo sua rotina monótona e aos poucos vai se
revelando ao espectador de que se trata de um ator encenando no palco de um
teatro. O texto tem por finalidade demonstrar o cansaço da rotina do personagem
e a buscar por onde realmente está seus sonhos. Tudo será captado através de
um plano sequência e haverá os cortes no final representando a interrupção da
realidade do personagem.
Roteiro Decupagem

Vinheta .NÓS

EXT. PALCO QUADRA FIB

Plano Sequencia

Homem deitado na cama, ele põe as Plano geral - Filma o quarto de um


mãos no rosto, como se fosse esfregar homem dormindo;
32

os olhos. Vira pro outro lado, e volta a


dormir. Plano detalhe - Despertador tocando;

O despertador toca Plano geral, frontal, tilt-up – Homem


O homem sonolento, desliga sem abrir sentado;
os olhos e acorda.
Plano americano, frontal – Homem;
Homem senta na cama.
Plano americano, frontal – Homem;
HOMEM: "Mais um dia."

Homem se levanta.

O homem em pé, veste uma camisa


social, ainda sem fechar e abotoar e vai
em direção a pia.

HOMEM: "Mais um dia, para fazer as


mesmas coisas."

Close, tilti-up – Mãos e rosto do


Homem faz gestos como se estivesse homem;
escovando os dentes, cospe na pia e
levanta a cabeça.
Plano americano, frontal – Homem;
HOMEM – “De um jeito
diferentemente...(pausa)...igual."

Primeiro plano, frontal – Homem;


33

Homem senta na cadeira e prepara seu


café da manhã. Coloca leite na tigela e
mistura com cereal, e mastiga.

HOMEM – “Pra comer as mesmas


coisas." Plano geral, frontal – Homem;

Homem se levanta e termina de se


vestir, abotoa a camisa e veste uma
gravata Plano Americano, perfil – Homem
caminhando;
HOMEM - "Vestir uma roupa igual"
Primeiro plano, perfil – Homem
Homem caminha até o espelho e penteando cabelo no espelho;
penteia os cabelos

HOMEM - "Pentear o cabelo igual."


Close, ¾ - Rosto do homem sendo
maquiado;

Homem passa pó branco de


maquiagem e imita a maquiagem de um
palhaço.

HOMEM - "Com uma nova Primeiro plano, ¾ - Rosto do homem;


oportunidade de ser e fazer."

Homem coloca um nariz de palhaço em


frente ao espelho. Primeiro plano, perfil - Rosto do
homem;
34

HOMEM - "O que o outro considera


ideal?".

Homem respira fundo e se vira Primeiro plano, frontal – Homem


rapidamente. quebra quarta parede;

HOMEM - "Eu protesto." Primeiro plano, perfil – Homem;

Plano americano, perfil – Homem;


Homem vira o rosto.

Homem caminha em direção a frente


como se estivesse conversando com
alguém.

HOMEM - "E nesse


protesto...(pausa)...eu continuo
fazendo tudo igual!!" (Fala com Close, contra plongée – Movimento
brutalidade e depois fraqueza) das mãos;

Close, perfil, arco – Homem;


Faz gestos artísticos com as mãos
próximo ao rosto.
Plano americano, frontal – Homem;
HOMEM "Minha vida é o meu palco."
Plano americano, frontal, tilt-down –
Neste momento a câmera
HOMEM - "E neste grande teatro, se desestabiliza e treme;
chorarmos, se rirmos, se nos
emocionarmos, se cairmos..."
35

Homem se ajoelha. Primeiro plano, contra plongée –


Homem

HOMEM - "Não importa!"

Homem se levanta do chão.

HOMEM - "E onde estamos NÓS?"

Homem abre os braços e respira fundo Plano geral, frontal, dolly-in – Câmera
se afasta do palco e revelasse o ator
batendo palma na plateia;
Se curva como se estivesse finalizado
sua apresentação e está esperando os Plano grande geral, frontal – Homem
aplausos. no palco;

Homem está sentado na plateia Close, homem, frontal – Homem


assistindo ele mesmo. batendo palma.

Durante a produção deste roteiro, tivemos algumas alterações que foram


desde o ator, que devido ser de outra cidade, não foi possível conciliar a agenda e a
locomoção, sendo substituído por outro artista.
Já a locação, assim como a locação de MARINA, sendo realizado em um
local diferente do originalmente proposto.
36

Figura 5 – Vídeo TEATRO do projeto “.NÓS”

Fonte: Imagens do vídeo do canal Projeto .NÓS5 na plataforma YouTube.

A seguir, apresentaremos nossas tabelas de Cronograma e Orçamento,


contendo informações sobre as etapas de produção e suas durações, custos e demais
informações que orientaram na realização do projeto.

5
Projeto .NÓS. Vídeo intitulado de: “TEATRO (Ator: Edilson Cruz Pereira)”. Confira o vídeo em:
https://www.youtube.com/channel/UCk2-cQVQZebLapYNSbz8Msg
37

4. Cronograma

1° SEMESTRE 2022
ETAPA/ATIVIDADE
FEV MAR ABR MAI JUN JUL
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Pré Produção
Pesquisa
Pré Contato com
artistas
Planejamento
Elaboração dos
Roteiros
Decupagens
Produção/
Execução
Produção musical
Captação
Log
Pós Produção/
Finalização
Montagem
Sonorização
Correção de Cor
Primeiro Corte
Corte Final
Banca de
qualificação
Banca de defesa
Entrega final
Distribuição
Impulsionamento
nas redes sociais
38

5. Orçamento

Nome do Projeto: .NÓS Prazo: 13 Sem.

Item Qtd Período Valor Total


Unitário
Equipe
Diretor de Fotografia 1 2 Diárias R$ 895,63 R$ 1.791,26
Operador de Câmera 2 2 Diárias R$ 1.612,17 R$ 6.448,68
Operador de Áudio 1 2 Diárias R$ 268,69 R$ 537,38
Editor / Montador 2 Por Vídeo R$ 626,93 R$ 2.507,72
Diretor 1 Por Vídeo R$ 2.239,10 R$ 4.478,20
Produtor Geral 1 Por Semana R$ 1.074,77 R$ 13.972,01
Diretor de Arte 1 Por Semana R$ 895,63 R$ 11.643,19
Roteirista 1 Por Roteiro R$ 6.000,00 R$ 12.000,00
Pré Produção
Pesquisa de Tema 2 Por Vídeo R$ 100,00 R$ 200,00
Roteiro Final 2 Por Vídeo R$ 800,00 R$ 1.600,00
Produção/ Execução
Aluguel de 2 Por Vídeo R$ 5.000,00 R$ 10.000,00
Equipamentos
Produção de Arte 2 Por Vídeo
Pós Produção/
Finalização
Edição 2 Por Vídeo R$ 1.500,00 R$ 3.000,00
Correção de Cor 2 Por Vídeo R$ 200,00 R$ 400,00
Videografismo 2 Por Vídeo R$ 200,00 R$ 400,00
Trilha Sonora 2 Por Vídeo R$ 100,00 R$ 200,00
Custos
Administrativos e
Despesas
Deslocamento e 4 Por Diária R$ 100,00 R$ 400,00
Combustível
Alimentação 2 Por Diária R$ 50,00 R$ 100,00
Distribuição
Campanha Publicitária 2 Por Vídeo R$ 500,00 R$ 1.000,00
Impulsionamento 2 Por Vídeo R$ 500,00 R$ 1.000,00
Total: R$ 71.678,44
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6. Divulgação

O plano de divulgação do projeto está previsto para acontecer uma semana


antes do lançamento oficial que ocorrerá após as conclusão do curso, e será dividido
em duas etapas.
A primeira fase da divulgação será através do Instagram. Percebemos que
o Instagram funcionara como uma plataforma que dará suporte ao canal do YouTube,
pois através dela utilizaremos para captar espectadores por meio da linguagem
estética que a plataforma possibilita, explorando assim o compartilhamento de takes
dos vídeos que são postados no canal. A partir da última semana, que antecede o
lançamento dos vídeos, serão postados diariamente trechos das produções no stories,
funcionando como uma espécie de “contagem regressiva’”, com o objetivo de captar
e atrair a atenção do público, avisando-o sobre o dia do lançamento.
No dia da estreia, serão postados dois vídeos no Reels, contendo as prévias
de cada produção, onde um link, na postagem, direcionará o público para o canal do
YouTube, por meio desses recursos pretendemos buscar espectadores para o canal.
Nas publicação dos vídeos no canal do YouTube. No dia de cada lançamento,
será realizada a estreia dos vídeos, onde o público, redirecionado através das
postagem do Instagram, poderão encontrar os conteúdos disponíveis no canal, e
também, acompanhar a estreia dos mesmos.
Por fim, futuramente o projeto também pode ser divulgado em outros meios
digitais que são reconhecidos por abordar a arte para que assim possa captar um
público que já consome conteúdos artísticos.
40

7. Relatório de produção

No tópico a seguir, serão apresentados os relatórios individuais de cada


integrante, abordando as funções e tarefas realizadas durante o desenvolvimento
deste. É importe salientar de que a maior parte da produção foi realizada através de
reuniões online devido ao cenário pandêmico, uma vez que durante os processos de
captação necessários, seguimos as regras da OMS respeitando o distanciamento.
Outro fator que é importante destacar, é de que todas as decisões foram
definidas em grupo, respeitando a intelectualidade dos artistas envolvidos e os futuros
profissionais do audiovisual.

7.1. Felipe Vieira Fonseca

Funções: Produtor e Roteirista

Olá, meu nome é Felipe Vieira Fonseca, e no ‘’Projeto .Nós’’, eu exerci as


funções de Roteirista e Produtor.
No ‘’Projeto . Nós’’, desenvolvemos a ideia de dois vídeos, que
combinavam as artes da música, da dança, do teatro, e da atuação. O primeiro vídeo
contou uma música autoral, escrita por um dos integrantes do grupo, utilizando ela
para a gravação, junto de sua banda. Como a música contava sobre uma mulher
chamada Marina, que possuía tanto uma parte frágil, quanto uma camada mais rígida,
desenvolvemos a ideia de aproveitar essa ideia, através da dança, onde desenvolvi a
ideia de separar os dois lados de Marina, através de dois grupos (de bailarinas) com
diferentes coreografias. Definido isso, era hora de partir para o processo de
decupagem, onde eu, como estava lidando com a parte criativa, me encarreguei de
fazer a primeira decupagem, dando conta do processo de imaginar como os takes se
organizariam, e como os dois elementos da história se encontrariam. Mas, como a
grande maioria dos projetos, essa primeira decupagem recebeu inúmeras mudanças,
também de outros membros do grupo, e isso somado às mudanças de locação e
outros percalços, resultaram num material consideravelmente diferente do original. O
que justificou realizar uma série de mudanças no material, e submeter ele à outros
tratamentos de roteiro e decupagem.
41

Já no segundo projeto, onde exploramos a arte da atuação e do teatro, me


encarreguei de escrever o roteiro do projeto, e de idealizar uma prévia decupagem do
mesmo. Partindo de alguns conceitos que queríamos explorar, como o cansaço do
dia-a-dia e a desilusão com o mundo, bem como a de usar a cenografia de um teatro
(objetos e localização espacial característicos do teatro). Haviam duas ideias: a
primeira de filmar ele todo em plano-sequência (que foi descartada), e a segunda, de
fazer uma versão com planos mais curtos, e detalhados. Realizamos a segunda,
usando a decupagem que havia elaborado, também sofrendo algumas mudanças,
mas encontrando menos percalços (em questão de filmagem), do que o vídeo da
banda. A mudança de locação, apesar de imprevista, também veio a calhar, já que
nos possibilitou gravar em um verdadeiro teatro (Academia de Cinema Hollywood), o
que só acrescentou em nossa filmagem.
E, por último, aproveitando o gancho do segundo vídeo, falarei sobre minha
atuação como produtor. Quando idealizei o vídeo do ator, passei a também procurar
atores para compor o elenco, o que, apesar de parecer ser pouco trabalhoso, por se
tratar de um monólogo, teve seus próprios percalços. O primeiro ator que entrei em
contato, foi um ex-colega, que havia conseguido o DRT de ator há um tempo, sendo
um ator profissional. Porém, o mesmo não pôde, e me passou o contato de um amigo
que havia feito teatro junto com ele, e também havia tirado. Esse segundo ator morava
em Jaú, e aceitou fazer parte do projeto, sendo eu, o encarregado de manter contato
com ele, e lhe passar as orientações sobre o papel, chegando a enviar o arquivo do
roteiro para o mesmo poder ler e treinar. Porém, passadas algumas semanas, o ator
passou por algumas dificuldades no transporte para Bauru, e sem perspectiva de
melhora, deixou o projeto, o que nos deixou mais uma vez sem ator. Porém, mais
tarde, encontramos um novo ator para o projeto, sendo ele o ator Edilson Pereira, pai
do Lucas, que também já havia tido experiências com o teatro, ficando com ele, o
papel no projeto.

7.2. Lucas Jacob Pereira

Funções: Produtor, Produtor Musical, Editor de Som e Operador de Câmera.


42

Meu nome é Lucas Jacob e no projeto “.NÓS” são atribuídas à mim as


funções de produtor, produtor musical, editor de vídeo e operador de microfone.
Na primeira peça produzida para o projeto, focado em um videoclipe de
uma banda do interior paulista acumulei 3 das 4 funções, sou integrante da banda
Dupin, que foi a escolhida para o trabalho, cumpri então com minha função de produtor
apresentando o projeto para a banda, explicando para eles os ideais da obra e fazendo
a seleção das músicas autorais que seriam interessantes para o trabalho.
Com a música escolhida iniciei o trabalho de produção musical com a
banda, fizemos reuniões on-line e presencialmente para discutir arranjos e conceitos
para música, optamos pela estética sonora do pop rock com influências do classic
rock, trazendo como referências as bandas Oasis, Beatles, Eagles, Maneskin, entre
outras que fazem parte do repertório da banda, com o conceito definido pegamos a
composição de letra e harmonia que tínhamos e trabalhamos em cima dela, compondo
linhas de guitarra, baixo e bateria para a música, além do trabalho de ajuste de
melodia feito pelo vocalista, após a composição estar consistente marquei sessões
individuais com eles no meu estúdio e no período de três semanas captei todos os
instrumentos, depois da captação dei início a mixagem e masterização multipista da
canção para que ela ficasse pronta para o público final, utilizando do software Reaper
e plug-ins gratuitos para tal processo.
Não participei ativamente da equipe nas gravações para a peça “Marina”
pois na gravação das bailarinas não pude estar presente na cidade de Itapuí/SP e na
diária da banda eu era integrante do casting.
Com os vídeos captados e a música pronta o material ficou na mão de Yago
Biasin que fez a decupagem do material, montagem e primeiro corte, após ele ter feito
isso eu iniciei a coeditar com ele, usando das minhas referências e conhecimento
musical técnico para conseguirmos impor um ritmo coeso à música no videoclipe, no
processo de edição e após a banca de qualificação à partir de conselhos da banca
denotamos uma falta de takes no vídeo, com isso em mente regravei diversos vídeos
novos da banda para diminuir a escassez de takes, nessas novas filmagens utilizei de
um cenário com um fundo infinito escuro para valorizar mais os instrumentos e
musicistas.
43

Na segunda peça, focada em atuação, acumulei 4 das 4 funções, comecei


com a parte da produção onde após tentativas frustradas com um ator amigo do Felipe
Fonseca captei outra pessoa para o elenco da obra, nesse caso contatei meu pai,
Edilson Cruz, que já atuou em peças de teatro na cidade de Bauru para integrar o
casting e fiz a parte de explicar para ele o trabalho e as intenções que tínhamos para
a atuação, para que assim ele pudesse entregar uma performance diante do que
esperávamos porém com o toque artístico próprio dele, o que imprimiu em um ótimo
resultado, além disso fiz toda a ponte entre o ator e o grupo para a circulação de
informações e ideias.
Com essa ponte pronta, executei o papel de operador de Microfone no dia
da gravação, foi uma parte desafiadora visto que não tinha empenhado ela muitas
vezes, então tive problemas nas primeiras passagens com posicionamento perante
luz e câmera, empecilho esse que foi sanado nas passagens que gravamos valendo.
Com o material bruto captado iniciei a função de editor integralmente, diferente do
primeiro vídeo, o trabalho nessa peça foi mais simples que a primeira por se tratar
quase completamente de um plano sequência, então tive que me atentar
principalmente ao color grade feito a partir das necessidades estéticas do grupo, por
fim trabalhei como produtor musical produzindo a trilha do vídeo, para essa trilha
estava buscando algo que trabalhasse a tensão do vídeo por isso apostei em uma
percussão densa remetendo a sonoridade de taikô e do olodum porém com um ritmo
mais lento, e para a melodia busquei sons agudos de violino que se repetem
periodicamente e de forma quase idêntica, dando a intenção de ciclo e repetição
porém com uma progressão de acordes que remetia suspense e tensão, tentando dar
a impressão do ciclo repetitivo ser algum ser maligno chegando para agarrar o
protagonista. Ainda no âmbito da produção musical e edição, fiz um trecho mudança
na peça, onde o protagonista está sem maquiagem e o vídeo corta, entra em um
período de escuridão de 10 segundos, até o ponto que o vídeo volta para sua
opacidade completa e o protagonista está usando uma maquiagem de palhaço, nesse
momento de escuridão optamos por uma trilha de áudio onde as falas do protagonista
começam a se embaralhar e se confundir em sua cabeça, dando a ideia de crise, o
que representaria a quebra do personagem diante da situação que ele está passando.
44

7.3. Rhuan Pedroso

Funções: Diretor, Diretor de Arte, Diretor de Fotografia e Produtor.

Primeiramente, é importante ressaltar que o projeto “.NÓS” surgiu de uma


disciplina integradora do curso de Produção Audiovisual e a partir da sugestão do
nosso orientador Bruno Jareta de Oliveira ao qual temos muito carinho, decidimos
transforma-lo em nosso PIPA. Inicialmente éramos em cinco integrantes, porém um
integrante do curso, Vinícius Ledis, teve que nos deixar e seguir seu destino, por isso
temos muito carinho pois ele participou do nascimento da ideia deste projeto.
O Projeto “.NÓS” nasceu a partir da ideia de unir diferentes artes e por meio
da produção audiovisual, desenvolver um vídeo ao qual denominamos como
performance, apresentasse e unissem esses diversos artistas. No início foi difícil
criarmos um conceito que definisse o que estávamos fazendo, porém no decorrer do
desenvolvimento do PIPA, e com a ajuda do nosso orientador, passamos a enxergar
a real essência do projeto, e de fato a sua relevância como um canal que conecta
diversos artistas e cria uma rede através dos trabalhos desses profissionais.
A funções que foram denominadas a mim foram as de Diretor, Diretor de
Arte, Diretor de fotografia e Produtor, porém a criação desse projeto exigiu uma
imersão em todos os processos de criação e desenvolvimento, por estarmos em uma
equipe enxuta acabamos percorrendo por várias funções, onde todos os integrantes
em determinados momentos revisaram as atividades em que cada um desenvolvia,
mantemos desde o início a nossa relação afim de criar uma conexão mesmo e que
principalmente todos os integrantes pudessem discorrer sobre qual caminho seria
melhor a seguir.
Preservando a essência artística e a integridade dos profissionais que
participaram do projeto, passamos a criar estratégias e traçar caminhos para tornar
real o que estava somente em nossas mentes.
Como diretor, inicialmente passei a pesquisar referencias e inicialmente
foram definidos alguns elementos importantes para a direção de arte, definindo a
estética, criando uma identidade para a produção dos vídeos. Como o nosso primeiro
vídeo foi de dança mergulhei em uma pesquisa por vídeos que tivessem uma
identidade poética e de forte expressão, e pude encontrar fortes referencias em
45

produções de canais no YouTube como Wilda, Tim Milgram e Kyle Hanagami que são
canais internacionais que trabalham com bailarinos. Segue abaixo as principais
referenciais estéticas que decidimos adotar em nossas produções:
Figura 6 - Canal Willda

Fonte: Imagem do vídeo do canal Willda6 na plataforma YouTube.


Figura 7 - Canal Tim Milgram

Fonte: Imagem do vídeo do canal Tim Milgram7 na plataforma YouTube.


Figura 8 - Canal KYLE HANAGAMI

Fonte: Imagem do vídeo do canal KYLE HANAGAMI8 na plataforma YouTube.

6
Willda. Vídeo intitulado de: “Kayne West – ULTRALIGHT BEAM |Sunday Dance Series: Chapter 1|
WildaBEAST & Janelle Ginestra”. Confira o vídeo em: https://youtu.be/PiWYWBPBURo
7
Tim Milgram. Vídeo intitulado de: “James Arthur – Recovery – Janelle Ginestra x Tim Milgram - #Dance
#TMillyTV”. Confira o vídeo em: https://youtu.be/b9snGgsLBtE

8
KYLE HANAGAMI. Vídeo intitulado de: “ADELE – Love in The Dark | Kyle Hanagami Choreography
(Leroy Sanchez Cover)”. Confira o vídeo em: https://youtu.be/aeijJf-zjzY
46

Por meio das referências acima, criamos o conceito estético do projeto,


uma iluminação com o uso de fresnéis que se ressalta com a máquina de fumaça e
os elementos artísticos.
Um dos elementos adotados na direção de arte e de fotografia foram as
projeções, que também fazem parte da identidade estética e está presente em todos
os vídeos, isso surgiu quando estávamos verificando os equipamentos que estavam
a nossa disposição então decidimos utilizar também em nossa e realizamos uma
pesquisa na rede social Pinterest afim de ampliar o nosso repertório.

Figura 9 – Quadro de referência de projeções do Pinterest

Fonte: Imagens retiradas da plataforma Pinterest9 na plataforma YouTube.

Outro elemento que também adotamos no vídeo são as cordas, em todos


os vídeos que produzimos nós optamos por utilizar esse objeto, isso devido ao nome
do projeto, pois quando nos referimos ao nome, queremos transmitir a ideia de grupo

9
Pinterest. Conheça a plataforma através do link: https://br.pinterest.com/
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e sua pluralidade como coletivo e também dos nós que estão sendo atados, referindo-
se a conexão que estamos criando através do trabalho de diferentes artistas da região.
Referindo-se a direção fotográfica, nós optamos por utilizar as iluminações
com freneis em todos os vídeos, utilizando o recurso da máquina de fumaça e os
painéis de led para formar as luzes de recorte. As câmeras utilizadas foram as Canon
DSLR SL3 e a Go Pro Hero 7 que foi bastante utilizada na produção do terceiro vídeo,
já que se tratava de um plano sequência, optamos por utilizar essa estética pensando
na estabilidade em que o equipamento fornecia e também para explorar o cenário.
Como produtor, atuei na seleção de alguns artistas afim de compor os
vídeos, analisando os seus trabalhos e realizando os contatos direto com o artista que
foi uma das etapas bem interessantes, pude perceber toda a parte que aprendemos
na teoria, do quão é importante manter uma network.
Por fim, ao elaborar as atividades ao qual fui orientado, pude explorar
diversas possibilidades e construir elementos que expressassem o poder artístico
através dos elementos que compunham os cenários e os equipamentos utilizados.
Concluo assim o relatório com muito orgulho de toda trajetória realizada até
aqui, todas as etapas me proporcionaram uma experiência sobre o cenário
audiovisual, e superaram as expectativas com que o grupo tinha para com o projeto,
uma vez que durante a análise dos artistas e seus trabalhos, foi interessante ver como
as histórias e relatos de cada participante se conectavam entre si e para o grupo
perceber essa conexão foi gratificante pois almejávamos alcançar isso ao realizar o
trabalho, receber o relato de um artista dizendo que o trabalho do outro reflete sua
história nos dá uma sensação de gratidão de poder ter vivido aquele momento e ter
proporcionado essa união.
Durante o desenvolvimento deste projeto, adquiri muito apreço pelo projeto
e a história que estamos construindo através dele, espero dar continuidade
futuramente e construir uma trajetória que crie novos nós e conexões com diversos
artistas de nossa região, isso é o que espero como futuro produtor audiovisual.

7.4. Yago Biasin Ferreira

Funções: Editor, Operador de Câmera e Produtor.


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O nosso projeto .NÓS começou com a ideia de criarmos um vídeo que


causasse um impacto emocional na vida dos telespectadores, isso através de
elementos estéticos, dança e poesia, começamos com a ideia a partir do quarto
semestre, utilizamos a minha poesia chamada “Vencer” e o Lucas foi quem recitou ela
no áudio, gravamos no estúdio da FIB utilizando os equipamentos da própria
faculdade e também câmeras pessoais, todos estavam presentes no dia, ajudando
com a montagem de todo o cenário e realizando as filmagens, o projeto ficou incrível,
tivemos ótimos resultados, com isso o professor Jareta deu a ideia de aprimorar o
“.NÓS”, para que ele seja aperfeiçoado no PIPA, discutimos em grupo e resolvemos
dar andamento a isso.
O nosso projeto para o PIPA foi de desenvolver dois vídeos que causassem
imersão nos telespectadores através da arte, o primeiro é o videoclipe da Banda Dupin
no qual o Lucas Jacob é um dos integrantes, e o outro é uma peça no estilo teatral
focada em atuação, minha função principal foi de operador de câmera e também editor
de vídeo.
Como não temos equipamentos suficientes para um estúdio completo de
filmagem, eu fiquei responsável por ambientalizar esse processo de color grading e
color correction, através de ferramentas como o Lumetri no after effects, onde eu
trabalhei com iluminação e cor, deixando o mais parecido possível em todos os takes,
visto também que a gravação do videoclipe da banda foi realizada com uma câmera
digital e o uso de uma “GO PRO HERO 7 Black” para realizar os planos sequências,
que é necessária para as filmagens em movimento já que ele conta com estabilização
“Hyper Smoth” que trás mais facilidade para esse tipo de filmagem, também tive que
filmar pensando no enquadramento necessário para o recorte do vídeo, tendo a
percepção de que a dimensão de espaço da GO PRO é maior que dá câmera digital
e também as ferramentas de estabilização na pós-produção acabam recortando
alguns cantos da gravação, e o objetivo foi de criar as dimensões iguais parecendo
com que a filmagem de ambos os equipamentos se tornassem parecidos em seu
produto final, na filmagem da Banda Dupin captei as filmagens em movimento e
também filmei outros elementos em planos detalhes e de aproveitamento de cenário,
e isso também facilitou no processo de edição de vídeo, onde eu tive a oportunidade
de capturar essas informações para contribuir ainda mais com o processo de
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montagem do vídeo, já no segundo vídeo foi um processo trabalhoso realizar a


filmagem de movimento, até que ela ficasse perfeita, porém, por mais que a filmagem
tenha sido trabalhosa o processo de edição foi mais simples de realizar do que o
videoclipe da banda.
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8. Considerações finais

Tendo em vista que o YouTube é uma plataforma que permite um


compartilhamento de diversos conteúdos, estruturar um canal que seja voltado para a
arte explora elementos que vão desde a pré-produção, produção e pós-produção.
O projeto “.NÓS” realizou a criação de um canal no YouTube com viés
artístico. E se conectar com diferentes artistas independentes, permitindo que eles
pudessem divulgar sua arte e ao mesmo tempo conseguir combinar diferentes
expressões artísticas exigiu um estudo que iniciou-se desde a elaboração do roteiro
na pré-produção, onde o desafio aqui era o de combinar trabalhos de artistas com o
intuito de criar e construir um elemento harmônico.
Por meio da Montagem, e utilizando os conhecimentos adquiridos sobre
Sincretismo (Linguagem Sincrética) à cada representação, passamos assim, produzir
diferentes Experiências Estéticas.
Com base em nossas pesquisas, à cerca de diferentes canais que divulgam
artistas, o projeto “.Nós" pôde verificar de que forma a produção dos vídeos e a
divulgação dos artistas é feita, bem como, de que forma o cronograma de postagem
é conduzido. Por meio disso, passamos a identificar fatores importantes na produção,
como a criação de uma estética que definisse a assinatura do canal, e despertasse a
sensação de que ao espectador assistir um vídeo ele soubesse que pertencia ao
projeto “.NÓS”. Foi então que passamos a reforçar elementos estéticos como imagens
de alto contraste, a representação da projeção com a escrita “.NÓS” e o uso da corda
como elemento simbólico que representasse os nós e os elos que estavam sendo
atados entre os artistas nos vídeos, e elementos que reforçasse as emoções do
espectador por meio da montagem construída na pós-produção, na etapa de edição.
A pós-produção, foi o momento em que exploramos e articulamos as
imagens que produzimos, afim de completar as ideias estabelecidas no roteiro e
utilizar de elementos da montagem produzindo uma obra que explorasse a
Experiência Estética no espectador, como o uso do silêncio e takes intimistas de
detalhes com um novo ritmo que os vídeos estavam sendo desenvolvidos, como o da
Banda Dupin e da Bailarina, onde nesse trecho rompemos a música e aceleramos as
cenas, e o do Ator com o uso das vozes explorando o eco, criando um momento que
despertasse os sentidos nos espectadores.
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Através das nossas produções, o grupo obteve uma grande experiência


ao realizar esse projeto, onde aprendemos a trabalhar em equipe e desenvolver por
etapas o que deveria ser feito, com isso atingimos um resultado positivo, e concluímos
que estruturar um canal no YouTube, que articule diferentes expressões artísticas, é
possível através do uso das diversas técnicas que o audiovisual possui, como a
Montagem, que seleciona a ordem dos fatores no vídeo, e o Sincretismo, que permite
a junção de elementos autônomos formarem uma nova obra e construir assim uma
Experiência Estética, proporcionando momentos que despertem repertório no
espectador, e que ele construa por meio de sua interpretação uma relação única e
individual ao se deparar com a obra.
Outro fator destacado, foi que ao realizarmos o projeto pudemos perceber
a potência do audiovisual como um meio de conectar o trabalho de artistas diferentes
afim de compor uma nova obra. Tendo em vista nossos objetivos, percebemos a
relevância de construir um canal de nicho artístico, ao reunirmos um coletivo de
artistas dentro de um canal na plataforma do YouTube, que possui um grande número
de acessos diários, formando assim uma galeria artística virtual, afim de se tornar um
meio que acesse agentes culturais da região ao se conectarem com o trabalho desses
artistas.
Por fim, entendemos que hoje estamos semeando um projeto que pode
trazer muitos benefícios a comunidade artística, e esperamos que futuros produtores
possam desenvolver projetos que utilizem do audiovisual como ferramenta para
estimular a união e o crescimento de diversos setores.
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9. Referências

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Prefeitura Municipal de Bauru.


Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p.
1-74, 11 jan. 2002. Disponível em:
<https://www2.bauru.sp.gov.br/arquivos/sist_juridico/documentos/leis/Lei5575.pdf>.
Acesso em 11 abr. 2022.

Bauru ganha primeiro Arranjo Produtivo Local de Audiovisual do estado de São Paulo.
Social Bauru, São Paulo, 2021. Disponível em:
<https://www.socialbauru.com.br/2021/04/19/bauru-ganha-primeiro-arranjo-
produtivo-local-de-audiovisual-do-estado-de-sao-paulo/>. Acesso em: 14 mar. 2022.

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Disponível em: <https://teoliteraria.files.wordpress.com/2013/02/eco-umberto-obra-
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MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de


metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Editora ATLAS S. A., 2003.

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meio à falta de políticas do Governo. EL PAÍS, São Paulo, 2020. Disponível em:
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artistas-passam-fome-em-meio-a-falta-de-politicas-do-governo.html>. Acesso em: 18
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RIBEIRO, Yan Silva; ALVES, Poliana Sales. Youtube como plataforma para artistas
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53

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paulistano-gera-mais-de-r-20-diz-estudo.shtml>. Acesso em: 21 mai. 2022.
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10. Apêndices

9.1 Apêndice A – Gravação Set 1

Fonte: Imagem de produção própria.

9.2 Apêndice B – Gravação Set 2

Fonte: Imagem de produção própria.

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