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Audiovisual e Cinema
Profª. Denise Jorge Serafini Furtado
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Denise Jorge Serafini Furtado
F992p
ISBN 978-65-5663-460-9
ISBN Digital 978-65-5663-456-2
CDD 004
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico! Seja bem-vindo à disciplina de Produção em
Audiovisual e Cinema do curso Tecnologia em Produção Cultural.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 56
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 109
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 180
UNIDADE 1 —
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS
FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO
AUDIOVISUAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará dicas e autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Desde o início da humanidade o homem tem necessidade de se comunicar
buscando formas para se expressar, compartilhar, trocar informações e deixar
registros de seus feitos ou pensamentos. Podemos verificar essa questão com o
que a história nos revela diante das imagens rupestres deixadas pelos homens
das cavernas, ou com o que as formas de comunicação por sinais de fumaça, sons
de tambores e os próprios sons emitidos pelos homens primitivos empregavam,
antes do desenvolvimento da fala como a conhecemos e a empregamos hoje.
3
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
ocorreu de forma natural, pois, todos nós fomos expostos a essa linguagem desde
crianças e, sem ter recebido orientação específica para codificá-la, até porque ela
utiliza códigos que reconhecemos, naturalmente.
Ao longo da história do cinema existem aspectos fundamentais para a
compreensão do seu entendimento enquanto um espaço sociológico, político,
psicológico, artístico e técnico. Sim, essa arte, essa indústria ou essa linguagem
pode tratar de inúmeros temas em abordagens diversas.
4
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E TÉCNICOS DO CINEMA, TV E VÍDEO
2 O CINEMA
A chegada das imagens em movimento e o seu processo de evolução
até outros formatos como a TV e o vídeo é repleta de invenções, curiosidades
e desafios que contaram com a contribuição de inúmeros técnicos, artistas e
visionários. Assim, não é possível começarmos essa viagem pela história do
cinema sem começarmos abordando o princípio do registro de imagens que
ocorreu com a fotografia.
O desejo de expressarmos em imagens tudo o que percebemos é algo que
acompanha o homem desde os primórdios de sua existência, como já mencionado
sobre as pinturas rupestres deixadas pelos nossos ancestrais. Ao longo dos anos,
percebemos a evolução da pintura com o desenvolvimento dessa modalidade
artística em inúmeros movimentos e artistas.
NOTA
6
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E TÉCNICOS DO CINEMA, TV E VÍDEO
FIGURA 2 – DAGUERREÓTIPO
DICAS
NOTA
7
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
8
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E TÉCNICOS DO CINEMA, TV E VÍDEO
E
IMPORTANT
TUROS
ESTUDOS FU
9
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
NTE
INTERESSA
Acesse o link e veja os primeiros filmes feitos e projetados pelos Irmãos Lumiére
em 1895 no Grand Café. https://www.youtube.com/watch?v=lW63SX9-MhQ.
10
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E TÉCNICOS DO CINEMA, TV E VÍDEO
vinham sendo realizados naquele tempo, em que eram produzidos com duração
de aproximadamente dois minutos e tinham em suas temáticas o cotidiano e
viagens realizadas, principalmente. Além disso, Viagem à Lua é considerado o
principal filme a estabelecer a diferença entre filmes de ficção e filmes de não ficção
cinematográfica. No seu enredo, o desejo do homem em explorar o desconhecido
em uma expedição para a lua.
DICAS
DICAS
Por algum tempo, o início do cinema seguiu dessa forma, com os registros
da realidade, de um cotidiano de hábitos culturas, registros de viagens ou com
pequenas histórias de ficção com a percepção da possibilidade de mudar o
cinematógrafo de posição no momento do registro conforme o cenário e a atuação
dos atores e após, unir essas imagens – o que foi inicialmente feito por Méliès.
Dessa forma, as questões que envolvem os elementos artísticos do início do
cinema, estão amparados na forma de fazer teatro, pois era o que os artistas da
época conheciam e sabiam fazer.
11
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
Vale destacar ainda, como curiosidade, que o filme de Griffith foi o primeiro
a ser exibido na Casa Branca em 1915, para o então presidente Woodrow Wilson.
DICAS
12
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E TÉCNICOS DO CINEMA, TV E VÍDEO
3 A TV
Passamos agora para uma viagem pelo tempo envolvendo outra grande
revolução da sociedade contemporânea: a televisão.
TUROS
ESTUDOS FU
Entre esses personagens está o químico sueco Jakob Berzelius que em 1817,
com sua descoberta sobre a luz e a relação com o selênio abriu os novos campos
para a utilização da energia elétrica. Já identificou sua importância, certo? Afinal,
como assistir TV sem energia elétrica? Pois bem. Um experimento contribuindo
com outro.
Anos mais tarde, Charles Jenkins nos EUA e o inglês John Lodgie Baird
desenvolvem um invento com semelhanças entre eles que consistia em um disco
perfurado onde captava e transmitia imagens.
14
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E TÉCNICOS DO CINEMA, TV E VÍDEO
ATENCAO
15
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
E
IMPORTANT
DICAS
Veja lista das melhores novelas da história indicada por 12 jurados estudiosos
da dramaturgia. https://veja.abril.com.br/cultura/as-melhores-novelas-da-tv-brasileira/.
DICAS
Nessa mesma década, outro avanço e que segue nesse padrão até a atualidade
foi a programação nacional, ou seja, uma programação exibida em rede pela emissora
sede, com suas afiliadas espalhadas pelo país (PATERNOSTRO, 1999, p. 32.)
Televisão é... um sistema importante na educação, entretenimento,
informação, interação. A TV comunica pelos seus programas dramáticos,
musicais, shows, jornalismo global e local, comédia, especiais, eventos,
esportes, circuito fechado, internet... Tudo isso é televisão! (BONASIO,
2020, p. 22).
DICAS
17
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
18
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E TÉCNICOS DO CINEMA, TV E VÍDEO
DICAS
19
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
DICAS
magia toda acontecer são necessárias muitas pessoas criativas, com boa vontade
e conhecimento para diariamente produzir novos conteúdos que informam e
entretém o espectador.
TUROS
ESTUDOS FU
4 O VÍDEO
Quando começamos a falar sobre vídeo é importante definirmos sua
conceituação, pois há diferenças sobre o uso dessa palavra que é usada de forma
genérica para identificar objeto ou atividades. Vamos esclarecer, segundo Santoro
(1989, p. 17).
22
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
23
AUTOATIVIDADE
24
3 A dramaturgia brasileira é uma referência internacional enquanto um
produto audiovisual. As telenovelas nacionais, ao longo dos anos, têm trazido
em suas temáticas o cotidiano das famílias, temas polêmicos envolvendo
questões sociais que provocam a discussão da sociedade. Na história da
televisão brasileira, diversas novelas têm conquistado o país. Uma delas,
é especialmente lembrada, pois marcou uma nova era na TV brasileira: as
cores. Assinale a alternativa que indica a 1ª novela exibida em cores no país.
a) ( ) Escrava Isaura.
b) ( ) O Bem-Amado.
c) ( ) Direito de Nascer.
d) ( ) Roque Santeiro.
25
26
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O espaço ocupado atualmente pelo audiovisual – seja para a informação,
entretenimento, educação, sensibilização ou publicidade, está presente em
diferentes janelas e plataformas. O mundo consome conteúdos através de sons
e imagens como jamais consumiu. A internet vem contribuindo ainda mais com
esse processo. As produções para o cinema, televisão, internet e VoD (vídeo sob
demanda), entre outras plataformas, representam uma intensa movimentação no
mercado audiovisual.
TUROS
ESTUDOS FU
27
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
Você foi à escola desde criança, certo? Foi lá que aprendeu a ler e a escrever,
ou seja, aprendeu o código para se comunicar a partir da linguagem oral-verbal
com o uso do alfabeto e nossa língua portuguesa. Com essa apropriação foi
possível se comunicar, se relacionar com o mundo de outra forma e que vem
sendo feito desde então. Pois bem, assim, perguntamos: você estudou quando
criança ou adolescente, em alguma disciplina, a linguagem audiovisual? Essa
a que você foi exposta ainda criança quando assistia principalmente televisão?
Cremos que não, certo.
28
TÓPICO 2 — A COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL COMO LINGUAGEM
2 A LINGUAGEM AUDIOVISUAL
Para compreender o audiovisual e os elementos que possibilitam a
comunicação através do audiovisual, vamos identificar inicialmente os principais
códigos que a compõem, seus elementos específicos e não específicos. Consumimos
e aprendemos naturalmente essa linguagem desde crianças, pois, ela está amparada
no nosso mundo do real, do cotidiano que aprendemos diante da vivência em família
e sociedade. Algumas de suas características são compreendidas independente da
língua de determinado povo, pois o audiovisual traz a imagem em movimento
compreendida em todos os lugares, independente de domínio de outro código –
como a língua. Mas, a linguagem se vale de outras características e a forma como se
faz as combinações de códigos, características e possibilidade de uso dos elementos
é que surge a criação a partir da linguagem cinematográfica, linguagem audiovisual.
Conforme usamos esses elementos podemos dar força à ideia que queremos
comunicar, modificar o sentido do que está sendo comunicado. Por isso, é tão
importante conhecer seus recursos para compreender o que é possível fazer.
Ver um filme é, antes de tudo, compreendê-lo, independente do seu
grau de narratividade. É portanto, que, em certo sentido, ele “diz”
alguma coisa, e foi a partir desta constatação que nasceu, na década
de 20, a ideia de que, se um filme comunica um sentido, o cinema é
um meio de comunicação, uma linguagem (AUMONT, 2012, p. 168).
Assim, conhecer o que está por trás dessa linguagem, faz o indivíduo perceber/
enxergar os filmes de formas diferenciadas, em função das variações que os elementos
e recursos disponíveis para comunicar a partir dessa linguagem permitem. Ou seja,
não é apenas o que se diz, mas COMO se diz. Para entendermos essa linguagem que
passa na tela, foi criada sua própria forma de expressão a partir de:
29
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
E
IMPORTANT
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
31
AUTOATIVIDADE
32
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Em nossos estudos, nós aprendemos até agora que o processo de
comunicação audiovisual conta com códigos específicos e que, quando
empregados de forma combinada a partir de técnicas específicas compõem os
elementos básicos do audiovisual. Nas produções audiovisuais são possíveis e,
necessárias, diversas combinações desses códigos que, junto a outros elementos,
compõem o universo de inúmeras possibilidades criativas e de significação.
Vamos identificar a partir de agora esses elementos considerados como específicos
e não específicos.
33
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
ATENCAO
34
TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
35
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
36
TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
• Grande Plano Geral: muito aberto. Mostra todo ambiente que pode ser uma
grande cidade, uma rua, um parque, conjunto de casas. Usado para: situar
o espectador, pois contextualiza quanto a cena seguinte. Sua proposta não
valoriza o personagem.
Plano Geral: usado para situar algo mais específico. Ex.: a casa, em relação
ao desenvolvimento da cena.
37
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
38
TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
39
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
• Plano Médio (PM) – Tem a proposta de mostrar da cintura para cima. Usado
para valorizar o movimento das mãos durante a cena.
• Primeiro Plano / Plano Próximo (PP) – enquadrado do busto para cima. Usa-
se para valorizar as características, intenções e atitudes do personagem.
40
TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
FIGURA 16 – SUPERCLOSE
41
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
42
TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
DICAS
Acesse o link e veja uma cena em que é empregado o plano zenital – chamado
também do plano “olhar de Deus”. https://www.youtube.com/watch?v=I4zCLp-mgqk.
DICAS
Lançado em 2009 “O Segredo de Seus Olhos”, dirigido pelo argentino Juan José
Campanella traz um antológico plano sequência. O filme é considerado pela crítica uma das
melhores produções latinas dos últimos anos, por diversas questões. No primeiro link você
confere o plano sequência do filme. No segundo link, você pode conferir como fizeram o
plano sequência em um making off.
1º - https://www.youtube.com/watch?v=qh7omzsVhb0
2º - https://www.youtube.com/watch?v=OBeYm2aPKCw.
FIGURA 19 – PLONGÉ
FIGURA 20 – CONTRAPLONGÉ
DICAS
44
TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
3 ROTEIRO E EDIÇÃO
A partir de todos os elementos que compõem o universo para fazer o
audiovisual, é importante destacar outros recursos fundamentais para comunicar
a partir da linguagem audiovisual: o roteiro e a edição.
Vamos começar falando sobre o roteiro. Essa etapa tem como desafio
inicial as intenções do próprio roteirista. Aonde se quer ir? O que quer mostrar?
Contar? Para isso, é fundamental ter a ideia, um ponto de partida. E de onde vem
essa ideia? Logo vamos estudar sobre isso. Antes, vamos ver como alguns autores
definem esse elemento fundamental no cinema e audiovisual.
45
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
Assim, sabemos que para ter um roteiro é necessário ter uma ideia e utilizar
a escrita, para detalhar a linguagem que combina os códigos do audiovisual para
dar voz e vida a essa ideia. Desafiador, não é mesmo? É Comparato (2009) quem
nos traz os elementos fundamentais do roteiro:
o Logos: é a palavra, o discurso, a organização verbal do roteiro. É a
linguagem que permite a comunicação entre os seres humanos.
o Phatos: é o drama, o dramático de uma história; ele provoca identificações
e repulsas, tristezas e dores, alegrias e risos; afeta as pessoas; é a vida e as
ações humanas expostas em seus conflitos cotidianos.
o Ethos: é a razão pela qual se escreve. É o porquê se quer dizer algo
e os motivos e significados de uma história. Aqui se insere a esfera da
responsabilidade e as implicações políticas, sociais e éticas da história que
se quer contar. Não precisa trazer resposta alguma ou uma lição de moral,
mas pode ser a exposição de uma simples pergunta.
46
TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
Nesse sentido, é Comparato (2009) quem nos traz o que o roteirista Lewis
Herman chamou de quadro de ideias. Nesse quadro, Herman indica que as ideias
são encontradas em seis campos. Veja quais são:
o Ideia selecionada: está em nossa memória ou vivência pessoal;
o Ideia verbalizada: o que alguém nos conta. A ideia que nasce a partir do
que é ouvido ao nosso redor;
o Ideia lida (for free): a ideia que surge a partir do que foi lido em um livro,
jornal ou revista;
o Ideia transformada (twist): é uma ideia empregada de outra forma, mas
não deve ser confundida com plágio;
o Ideia proposta: quando a ideia é uma encomenda de alguém;
o Ideia procurada: quando um estudo busca saber qual ideia deve ser trabalhada
em um roteiro, conforme desejo do mercado (COMPARATO, 2009).
TUROS
ESTUDOS FU
Ainda nesta disciplina, nas próximas unidades, vamos ampliar os estudos sobre
roteiro para melhor compreender a produção audiovisual.
Para ficar claro, editar é visto muito mais como um processo técnico de excluir
o que é desnecessário. A montagem, já tem outro entendimento e que foi o que deu
início a um novo momento no cinema, com Griffith, como já destacado, considerado
o pai da linguagem cinematográfica porque foi ele que se apropriou da técnica dos
cortes para utilizá-la para montar de outra forma as ações filmadas, pois antes,
eram apresentadas de forma linear e a montagem possibilitou criar ações paralelas
e deixando de lado a narrativa que seguia cronologia da história. Outro personagem
que soube empregar muito bem a montagem e ficou reconhecido por ser um grande
mestre da montagem foi o russo Sergei Eisenstein, colocando a União Soviética na
vanguarda do cinema com a percepção das possibilidades da montagem.
47
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
DICAS
Saiba mais sobre Eisenstein e sua teoria lendo o artigo no link. https://bit.
ly/3nd95px
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TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
49
UNIDADE 1 — COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM: OS FUNDAMENTOS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Bárbara Sacchitiello
Meio & Mensagem – A telenovela está presente em boa parte dos 70 anos
de história da TV. Quais são as mais importantes e impactantes transformações
pelas quais esse gênero passou?
50
TÓPICO 3 — OS ELEMENTOS NARRATIVOS DO AUDIOVISUAL
narrativa que, depois, veio a transformar de maneira mais anárquica com Guerra
dos Sexos, Uga-Uga, Vamp, Cambalacho, Que Rei Sou Eu?, sem falar nas dramatizações
de obras literárias, como O Tempo e o Vento, A Muralha, Éramos Seis, Olhai os Lírios do
Campo e Senhora. Cada uma dessas novelas, e de muitas outras, contribuiu para essa
renovação constante que é o alicerce desse imenso sucesso.
Silvio – Novela é novela. Série é série. São gêneros diferentes e não há por
que misturar. Acredito que seja um equívoco achar que devemos fazer novelas
baseadas em séries. Não se deve acreditar que é só nas séries que acontece
algo relevante a cada capítulo, e na novela não. A narrativa de uma novela é
completamente diferente da narrativa de uma série. E quem gosta de novela gosta
de novela – e quem gosta de série, gosta de série. E tem muita gente que gosta
dos dois – que, com certeza, se diverte mais! Há público para todos os gêneros.
Uma história bem escrita, dirigida e interpretada será sempre bem-sucedida, não
importando o formato, ritmo ou estética. As séries têm seus encantos e valores, e
a novela tem sua personalidade própria. Nenhum dos dois precisa se espelhar no
outro para conquistar o público.
lo, mas também para surpreendê-lo. Já escrevi novelas que se comunicaram bem e
outras que tiveram problemas. Posso citar uma experiência que tive quando escrevi
Rainha da Sucata, que foi uma novela de enorme sucesso, mas que tive que corrigir
o rumo da trama após a estreia. Comecei a novela escrevendo uma comédia, num
horário em que a audiência esperava um grande melodrama. Quando estreou,
foi um choque. As pessoas falavam: ‘isso não é novela das oito!’ A novela teve
muita rejeição e eu tive que reformular a narrativa da parte dramática e deixar
a comédia com os personagens do núcleo coadjuvante. Depois de equacionada,
foi um sucesso. Em Guerra dos Sexos, apesar de todas as inovações propostas, o
sucesso foi instantâneo, mas não tive a mesma sorte em A Incrível Batalha Das Filhas
Da Mãe no Jardim do Éden, que a meu ver era uma novela muito divertida, mas
não agradou a maior parte do público. Adoraria saber precisamente quais são os
fatores determinantes do sucesso e do fracasso, mas isso, duvido que alguém possa
responder com precisão.
Silvio – Eu acho que vai ser uma convivência entre diferentes maneiras
de ver TV, com espaço, sim, para uma grade de programação linear. Parto da
experiência que vivemos hoje com as novelas, que continuam sendo um grande
sucesso, seja em sua exibição numa grade fixa — como na TV aberta e por assinatura
– ou também no streaming. Hoje, através do Globoplay, as pessoas já assistem à
novela também pelo celular. Você pode assistir na hora e onde você quiser e,
no entanto, muitas pessoas continuam assistindo naquele mesmo horário. É um
modo de vida. A grade da TV ainda organiza a vida de uma geração. Não sei se
futuramente teremos outro modelo. Mas acho que a tendência é a sobrevivência
de todos os modelos. Vai ter modelo para quem busca conveniência e para quem
não abre mão de assistir à novela na hora em que é exibida e de comentá-la
com seus amigos ou na rede social. Essa emoção não vai acabar. E imagino que
a composição de todas essas ofertas de serviços e ferramentas façam parte do
consumo de entretenimento do futuro.
FONTE: <https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2020/10/02/silvio-de-abreu-a-novela-
acompanha-a-sociedade-brasileira.html>. Acesso em: 29 out. 2020.
52
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
53
AUTOATIVIDADE
54
3 A partir da invenção de Aristóteles, Comparato (2009) nos traz o que ele
indica como os elementos fundamentais do roteiro. Assinale a sentença
com os elementos corretos:
a) ( ) Poética e retórica.
b) ( ) Logos, Phatos e Ethos.
c) ( ) Eudêmia e Mediania.
d) ( ) Dialética, Estética e Humanismo.
55
REFERÊNCIAS
AUMONT, J. A estética do filme. 9. ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.
56
PATERNOSTRO, V. I. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
SCHNEIDER, S. J. 1001 Filmes para ver antes de morrer: edição especial 10anos.
Rio de Janeiro: Sextante, 2013.
57
58
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
59
60
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Conhecer a história do cinema contribui para que possamos realizar
análises contextualizadas em torno do universo audiovisual, compreendendo a
forma como essa linguagem se desenvolveu e está em constante metamorfose
por diversos fatores, sejam socioculturais ou tecnológicos. Nesse sentido, o
primeiro tópico desta unidade nos leva a mergulhar nessa história, conhecendo
os principais movimentos cinematográficos, com suas características que
consideravam questões como o modo de pensar e fazer um filme.
61
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
2 O EXPRESSIONISMO ALEMÃO
O movimento cinematográfico denominado como expressionismo
alemão, teve seu auge nos anos 1920 e surgiu no período da Primeira Guerra
Mundial, na Alemanha. O movimento se apresentou com características de
rejeição às convenções sociopolíticas ocidentais, representando sentimentos de
descontentamento, falta de perspectiva e vergonha com o país daquela época,
tendo em vista a crise econômica vivida e a respectiva derrota no pós-guerra.
No quadro a seguir, você pode conferir uma relação dos principais filmes
que marcam o movimento cinematográfico apresentado.
62
TÓPICO 1 — OS MOVIMENTOS CINEMATOGRÁFICOS E SUAS PARTICULARIDADES
M, o vampiro de
Fritz Lang 1931
Dusseldorf
FONTE: Adaptado de Schneider (2013)
DICAS
3 O NEORREALISMO ITALIANO
O neorrealismo italiano surgiu com o fim da Segunda Guerra Mundial,
em meio à recuperação do governo fascista, que assolou a Itália entre 1922 e 1945.
Nesse período, o país lutava contra o desemprego e as diversas necessidades que
passavam com essa situação, diante de uma estrutura política completamente
desintegrada.
63
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Esse modo de fazer cinema tornou-se umas das bases do cinema moderno
tendo diretores de renome internacional sendo influenciados pelo movimento,
por exemplo, Jules Dassin (norte-americano), Ken Loach e Mile Leigh (britânicos),
Jia Zhangke (chinês) e o aclamado Martin Scorsese (americano).
DICAS
64
TÓPICO 1 — OS MOVIMENTOS CINEMATOGRÁFICOS E SUAS PARTICULARIDADES
NOTA
TUROS
ESTUDOS FU
No quadro a seguir, você pode conferir uma relação dos principais filmes
que marcaram o movimento da Nouvelle Vague francesa.
66
TÓPICO 1 — OS MOVIMENTOS CINEMATOGRÁFICOS E SUAS PARTICULARIDADES
DICAS
Cabe salientar ainda que, em 1963, a obra literária Revisão Crítica do Cinema
Brasileiro, de Glauber Rocha, procurava estabelecer os objetivos do movimento
e seus princípios estéticos, no intuito de realizar um cinema mais autônomo
economicamente, popular e realista.
6 NOVA HOLLYWOOD
A crise cinematográfica que assolou os estúdios norte-americanos após a
década de 1960, teve grande impacto nas companhias de cinema quando, então
perderam milhões de dólares. Diante do desafio, a indústria cinematográfica
americana se reinventou e passou a focar sua produção em um novo público:
os jovens, seguindo tendências da contracultura da época. Assim, nasceu o
movimento denominado Nova Hollywood.
68
TÓPICO 1 — OS MOVIMENTOS CINEMATOGRÁFICOS E SUAS PARTICULARIDADES
Veja agora o quadro com a relação das principais obras e diretores que
marcaram o movimento Nova Hollywood.
69
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
DICAS
7 DOGMA 95
Esse movimento, como o próprio nome já diz, surgiu em 1995, estabelecendo
regras cinematográficas baseadas em valores tradicionais, impondo regras
técnicas e éticas bem específicas. Para receber essa classificação, as filmagens
deveriam ser sempre realizadas em locais externos, excluindo qualquer objeto
cenográfico. O som deveria ser captado apenas no momento da gravação, não
podendo trabalhar em pós-produção (INSTITUTO DE CINEMA, 2020).
71
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
DICAS
8 SURREALISMO
Foi na França que surgiu o surrealismo, movimento em que artistas criavam
livremente a partir de realidades. Ele surgiu na década de 1920 e buscava criar uma
realidade absoluta entre o que era sonho e realidade, ou seja, fazia uma aproximação
da realidade dos artistas com obras de Sigmund Freud e da psicanálise.
73
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
74
AUTOATIVIDADE
75
3 Todo movimento cinematográfico fez história a partir de particularidades,
características e objetivos bem definidos. Assim, analise as afirmações para
verificar se as características de cada movimento estão condizentes com o
que foi estudado.
I- Levar para as telas a vida glamourosa vivida na França nas décadas de 1920
e 1930 era o objetivo da Nouvelle Vague.
II- As histórias e narrativas do período o Expressionismo alemão, recaíam,
principalmente, na loucura, insanidade e traições presenciadas no período
da Guerra.
III- Um movimento autêntico, revolucionário, engajado e antifascista define o
Dogma95, que surgiu na Itália.
IV- O movimento neorrealismo é considerado um dos mais importantes da
história, mas não foi bem aceito pelos apreciadores do cinema, pois o público
não gostava do que via nas telas: o cotidiano miserável vivido na Itália.
V- O ápice do Cinema Novo ocorreu após o golpe militar com a produção de
documentários com temáticas questionadoras sobre a situação do Brasil na
época.
76
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Para melhor compreendermos as situações que nos acompanham em
diversas áreas de nossas vidas, aprendemos a classificá-las, ou seja, buscamos
formas de organizar todo tipo de conteúdo, objetos, experiências que temos.
A classificação em categorias é o princípio da lógica para Aristóteles, o que está
apresentado na obra de Jostein Gaarder, O mundo de Sofia, citado por José Carlos
Aronchi de Souza (2004), autor que realizou um dos mais completos estudos sobre
categorias, gêneros e formatos na televisão brasileira. Souza (2004) destaca o nosso
hábito de organizar tudo em grupos como o dos animais, vegetais, eletrodomésticos
e assim por diante. Nesse sentido, o autor traz os estudos de John Hartley (apud
SOUZA, 2004, p. 45-46).
Como exemplo da industrialização da construção de sentido, a
televisão pode ser então utilizada para explorar tópicos mais amplos,
que remetem seus aspectos culturais e questões de poder. Por exemplo,
categorias como classe, nação, gênero são não apenas sociopolíticas,
mas também plenas de significado; a TV é um dos mecanismos para
tornar as próprias categorias, bem como as relações dentro delas e entre
elas, igualmente significativas (e, portanto, tão verdadeiras – “existindo
de fato”) para aqueles que vivem em meio a tais categorizações.
77
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
2 CATEGORIAS
Para realizar a classificação de categorias, gêneros e formatos, especificamente
na TV, deve-se partir para a análise da grade de programação de cada emissora
e conforme definições específicas que caracterizam as categorias, os gêneros e os
formatos.
Uma das funções básicas da TV é informar. Ela foi criada com esse intuito
e trazida ao Brasil, inclusive com o objetivo de contribuir para a educação do
povo brasileiro, mas a TV vai além e sua programação foi desenvolvida tendo
como ponto de partida, também, o entretenimento. José Marques de Melo, um
dos principais estudiosos da comunicação do país, classifica a televisão brasileira
como um veículo de entretenimento, tendo em vista resultado de pesquisa
realizada por ele que indica que a cada 10 horas de programas exibidos, oito são
classificados na categoria entretenimento (MELO, 1985). No sentido de termos
a classificação das categorias que contemplam a programação da TV brasileira
(baseada inclusive na americana e inglesa). Melo (1985) indica três categorias, as
quais abrangem a maior parte dos gêneros:
• Entretenimento
• Informativo
• Educativo
78
TÓPICO 2 — CATEGORIAS, GÊNEROS E FORMATOS
• Entretenimento
• Informação
• Educação
• Publicidade
• Outros
A categoria “outros” está relacionada a produções especiais de redes de
TV, que nem sempre poderão ser categorizadas conforme definições fechadas. É
o que ocorre no caso do programa Criança Esperança.
3 GÊNEROS
Categorizar por gêneros é uma forma de organizar o discurso e, está
relacionado à classificação das coisas. Já estudamos anteriormente os elementos
da linguagem audiovisual como aspectos para compor a narrativa e tudo isso é
empregado no momento de definir o gênero de uma produção. É o gênero da
produção audiovisual que vai “conduzir” os profissionais. Assim, a produção
levará em conta:
* intencionalidade
* finalidade
* a quem se destina.
79
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
80
TÓPICO 2 — CATEGORIAS, GÊNEROS E FORMATOS
4 FORMATO
Sousa (2004), em sua busca por definições em torno de categorias, gêneros
e formatos encontrou em Aristóteles conceitos que nos ajudam a entender essas
classificações. Assim, para o formato o autor destaca que “Aristóteles constatou
que a realidade consiste em várias coisas isoladas, que representam uma unidade
de forma e substância. A substância é o material de que a coisa se compõe, ao
passo que a forma são as características peculiares da coisa” (SOUSA, 2004, p. 45).
Assim, é possível perceber uma enorme aproximação entre gênero e
formato. Diante dessa relação, o autor faz uma analogia muito esclarecedora
nessa relação. Ele compara gênero e formato na TV com a área da biologia
destacando que, assim como várias espécies constituem um gênero, os gêneros
juntos, formam uma classe. Na TV, vários formatos constituem um gênero de
programa e os gêneros agrupados formam uma categoria. E a produção desse
conteúdo pode ser ao vivo ou gravada.
81
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
Assim como foi o programa da Hebe, outro ícone da TV brasileira. Por seis
décadas, Hebe Camargo, até hoje considerada a madrinha da televisão brasileira,
brilhou nas telas. Nos últimos anos, com seu programa de auditório exibido pelo
SBT nas noites de segunda-feira.
82
TÓPICO 2 — CATEGORIAS, GÊNEROS E FORMATOS
DICAS
Faça um exercício, a partir dos programas de que você gosta. A partir dele,
identifique seu gênero e formato, buscando aspectos que podem ser relacionados a outros
programas em uma comparação.
83
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
84
TÓPICO 2 — CATEGORIAS, GÊNEROS E FORMATOS
85
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
UNI
DICAS
Destacamos que o termo formato, também pode ser usado no sentido técnico
no audiovisual e não no de produção de conteúdo como o exposto até agora. No sentido
técnico, o formato está relacionado à captação e exibição na tela. Quer saber mais? Faça
a leitura do artigo disponível no link: http://www.mnemocine.com.br/index.php/cinema-
categoria/28-tecnica/146-bitolasformatos.
86
TÓPICO 2 — CATEGORIAS, GÊNEROS E FORMATOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Amanda Gongra
O que é gênero?
87
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
88
TÓPICO 2 — CATEGORIAS, GÊNEROS E FORMATOS
O faroeste
O terror
89
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
O musical
90
TÓPICO 2 — CATEGORIAS, GÊNEROS E FORMATOS
Ou seja, desde “O Resgate do Soldado Ryan” (1998) até “Mensagem Para Você”
(1998), o ato de heroísmo é recompensado e ânsia do amor foram validados, e isto
é o suficiente para arrepiar os telespectadores e ressaltar pensamentos culturais
como o bem compensa e que todo mundo tem uma alma-gêmea.
Esta mistura de gênero com problemas sociais faz com que muitos filmes
respondam a tendências ideológicas. Como já citado previamente, o “Godzilla”
(1954) respondeu diretamente a um medo de armamento nuclear presente durante
os anos 1950, por exemplo. Nessa década, foram diversos filmes de ficção científica
que abordaram este tema de medo da tecnologia. Assim sendo, as convenções de
gêneros refletem dúvidas e anseios do próprio público e sociedade.
91
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
92
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O termo formato pode ser usado também no sentido técnico para indicar
tamanho de bitola /imagem na tela – tanto para a captação quanto para a exibição
– diferenciações quando se trata de cinema / TV, e não apenas em relação ao tipo
de produção.
93
AUTOATIVIDADE
3 Quando se fala em formato no meio audiovisual, o termo pode ter dois sentidos.
Assinale a alternativa correta:
95
96
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Pensar uma produção audiovisual exige o pensar na equipe que irá
executar o planejado. Por mais que atualmente a tecnologia empregada nas
produções seja mais acessível e muita mais simples do que no passado não se faz
produção audiovisual de qualidade sozinho. O trabalho em equipe é fundamental,
independentemente da complexidade da produção. O orçamento disponível para
a produção é determinante para compor a equipe em relação à quantidade de
profissionais e a expertise de cada um em sua área.
Algumas funções técnicas têm limites bem definidos, outras atuam com
flexibilidade e responsabilidade compartilhadas com funções vizinhas, exigindo
atuação dialogada e com inúmeras possibilidades de interferência.
97
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
2.1 O PRODUTOR
É o profissional com papel fundamental em todas as etapas da produção, pois é
ele quem irá viabilizar a produção do filme/produto audiovisual, independentemente
do orçamento. Entre suas funções – quando atuando especialmente no cinema, estão a
escolha do roteiro, preparação do projeto, busca de recursos (que podem ser próprios
ou de terceiros – inclusive de bancos de financiamento, editais etc.), responsável
por definir quem fará a direção da produção, para que juntos definam os demais
integrantes da equipe. O produtor é o responsável em administrar o orçamento e
encontrar espaço para a comercialização – quando for o caso. O marketing do projeto
também fica sob a sua supervisão.
98
TÓPICO 3 — A EQUIPE EM UMA PRODUÇÃO E SUAS FUNÇÕES NO SET
2.2 A DIREÇÃO
A direção é uma das funções mais glamorosas do cinema e da televisão,
pois é do diretor toda concepção artística e visual do produto a ser produzido.
Como habilidade é fundamental que tenha conhecimento da linguagem
audiovisual e forme uma equipe com habilidades técnicas para pôr em prática a
proposta conceitual da produção. Rodrigues (2010) compara o diretor como um
maestro conduzindo os seus músicos.
99
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
2.3 A ARTE
O setor de arte de uma produção envolve diversos profissionais que
contribuem para viabilizar a atmosfera da produção, conforme definido em
roteiro e proposta pelo diretor, articulado com o diretor de arte. Assim, veja o
quadro com as principais funções desse departamento.
100
TÓPICO 3 — A EQUIPE EM UMA PRODUÇÃO E SUAS FUNÇÕES NO SET
Desenhista de
Desenha os figurinos conforme orientação do diretor de
figurinos ou
arte.
estilista
2.4 A FOTOGRAFIA
A área da fotografia em cinema e no audiovisual é uma das mais
prestigiadas e procuradas por quem deseja atuar na área. Conhecimento técnico
e estético são fundamentais. Veja, no quadro a seguir, as funções dessa área de
uma produção audiovisual/ cinematográfica.
101
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
TUROS
ESTUDOS FU
2.5 O SOM
O som em uma produção audiovisual profissional jamais será considerado
como aspecto menos importante e é uma área com poucos especialistas para o
operacional. Veja no quadro as possibilidades de atuação envolvendo o som.
102
TÓPICO 3 — A EQUIPE EM UMA PRODUÇÃO E SUAS FUNÇÕES NO SET
2.6 A FINALIZAÇÃO
Toda produção exige o envolvimento de diversas pessoas em diferentes
segmentos. Após as etapas de planejamento e pré-produção, gravações ou filmagens
na etapa da produção, é chegada a hora da pós-produção com a finalização. Nessa
etapa, as funções são basicamente as indicadas no quadro que segue.
Técnico em
Responsável por gravar sons de efeitos não gravados na
gravação de ruídos
filmagem, contribuindo para o contexto da cena.
(fowlers)
103
UNIDADE 2 — ESTÉTICAS E PESSOAL NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
104
TÓPICO 3 — A EQUIPE EM UMA PRODUÇÃO E SUAS FUNÇÕES NO SET
105
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
106
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Diretor.
b) ( ) Produtor.
c) ( ) Supervisor de produção.
d) ( ) Estúdio/emissora.
107
c) ( ) As sentenças corretas são a III e IV.
d) ( ) As sentenças corretas são a alternativa II e IV.
108
REFERÊNCIAS
AICINEMA. Expressionismo alemão. Disponível em: https://www.aicinema.
com.br/expressionismo-alemao-movimentos-cinematograficos/. Acesso em: 27
dez. 2020.
DANYGER, K. Técnica de edição para cinema e vídeo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
109
LOPES, M. I. V.; BORELLI, S. H. S.; RESENDE, V. R. Vivendo com a telenovela:
mediações, recepção, teleficcionalidade. São Paulo: Summus, 2002.
MELO, J. M. Para uma leitura crítica da comunicação. São Paulo: Paulinas, 1985.
SCHNEIDER, S. J. 1001 filmes para ver antes de morrer: edição especial 10 anos.
Rio de Janeiro: Sextante, 2013.
110
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
111
112
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
ETAPAS DA PRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Podemos dizer que a produção audiovisual, independentemente de sua
complexidade, sempre vai envolver as três etapas fundamentais nesse processo
de tirar a ideia do papel e transformá-la em um produto a ser consumido pelos
expectadores na tela de cinema, televisão ou qualquer outra plataforma de exibição.
2 A PRÉ-PRODUÇÃO
Rodrigues (2007) parte do raciocínio de que um projeto cinematográfico
começa a partir de um roteiro lido e aprovado pelo produtor. Na sequência, o
produtor começa a fazer um levantamento sobre os recursos necessários para a
realização do filme. Podendo também já existir produções com valor estipulado,
e assim todo planejamento parte desse teto financeiro. Por isso, os orçamentos
são fundamentais na produção. Assim, é possível dar o “start” para a fase de pré-
produção, que vem na sequência de um planejamento inicial. Essa etapa envolve
pensar diversos detalhes, análises e a tomada de decisões burocráticas. Vamos a
algumas delas:
113
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
• Espaço da equipe: necessário definir uma sede para a produção (se for o caso),
um local para reuniões, encontros da equipe e com suprimentos para o trabalho
da pré-produção, como o telefone e computador.
• Decupagem do roteiro: o roteiro será lido para que todas as necessidades
sejam definidas.
• Decupagem da direção/roteiro técnico: definições de linguagem com os planos,
movimentos e consequentemente lentes e maquinaria necessária para a produção.
• Visita as locações previstas no roteiro e assim fazer os devidos orçamentos.
• Análise técnica de direção: O 1° assistente de direção reúne informações
necessárias para a produção, tipo de locação, iluminação dos espaços, tipo físico
de atores etc.
• Cronogramas: envolvem tanto as datas como as etapas da produção prevendo
o que vai ser filmado a cada dia de produção, ou seja, cronograma físico e
analítico com as chamadas planilhas com as ordens do dia.
• Decupagens diversas: definição da equipe, definição técnica do filme com as
especificações globais, necessidades de cada departamento da produção e
providências gerais.
• Orçamento definitivo – baseado na análise técnica, cronogramas e decupagens.
Cachês de atores, fornecedores, transporte, alimentação e hospedagem, aluguéis,
equipamentos etc.
Período de realização
Objetivos gerais Atividades desenvolvidas
Março Abril Maio
Fechar as locações e o elenco X
Pré-produção/
Levantar o material de produção X
Preparação
Preparar o elenco e as locações X X
Iniciar as gravações X
Produção/ Produzir locações/continuar gravações X
Execução
Encerrar as gravações e entregar as
X X
locações em perfeito estado
Assistir ao material bruto e selecionar
X
as imagens para edição
Editar o primeiro corte. Inserir a trilha
Pós-produção/ X
sonora. Preparar o material gráfico
Finalização
Editar o corte final, finalizar a trilha e
X
o som e divulgar a exibição
Exibir o vídeo ao público X
FONTE: Moletta (2009, p. 97)
2.1 A PRODUÇÃO
Rodrigues (2007) distingue essa como sendo a fase de filmagem do projeto.
O momento em que é necessária toda a atenção com os processos para eficiência
da próxima etapa e conclusão da obra sem imprevistos e assim, facilitar a fase de
edição e finalização. Salles (1998) chama essa etapa de produção, diferentemente
115
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
de Rodrigues (2007) que se refere a ela como filmagem, sendo este mais literal,
pois compreende, de fato ao período de gravação do filme. Nessa etapa, destaca-
se a importância do set de filmagens, que pode ser qualquer lugar, sendo este o
local de trabalho do cineasta (SALLES, 1998).
A seguir, confira um modelo de ordem do dia que pode ser usado para
uma produção de baixa complexidade, com ajustes, se necessário:
Ordem do dia
Nome do filme: xxx
Diária – XX
116
TÓPICO 1 — ETAPAS DA PRODUÇÃO
DICAS
No link a seguir é possível ver qual site/aplicativo pode ser mais eficaz para sua
necessidade: https://www.youtube.com/watch?v=nzYs7bC6hSg. Acesso em 17/03/2021.
117
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
3 A PÓS-PRODUÇÃO
A pós-produção compreende tanto a parte de desprodução após as
gravações/filmagens, como também a edição e finalização do conteúdo filmado.
Em relação a desprodução, compreende que é preciso devolver todos os itens
utilizados nas gravações conforme os contratos estabelecidos, bem como efetuar
todos os pagamentos aos fornecedores e/ou dar destino a tudo o que foi adquirido
para a realização do projeto. Conferir se a documentação relacionada à produção
está adequada também é etapa importante.
Moletta (2009) afirma que é nessa fase que 50% da produção acontece,
pois é hora de reunir tudo o que foi captado para concretizar o roteiro. Ele destaca
também que nessa fase é possível salvar ou afundar o projeto.
118
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A pós-produção, por sua vez é a fase final do trabalho, mas que pode
compreender 50% do trabalho com a reponsabilidade de quem pode salvar
ou afundar o projeto.
119
AUTOATIVIDADE
TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
1 INTRODUÇÃO
Seguimos nossa trajetória e agora, passamos ao segundo tópico de nossa
última unidade de aprendizagem.
2 EQUIPAMENTOS
No universo do audiovisual, a utilização de equipamentos é fundamental
para a realização das produções. Como em todas as áreas, a tecnologia está sempre
evoluindo e essa é a realidade quanto aos equipamentos nesse universo. No entanto,
apresentamos alguns equipamentos empregados para a captação de imagens muito
utilizados em produções audiovisuais e cinematográficas, atualmente.
2.1 CÂMERAS
As câmeras de vídeo e/ou cinematográficas têm funções específicas e
possibilidades de configuração que podem atender às diferentes situações na
captação de imagens. Os avanços tecnológicos permitem que novas funções sejam
agregadas, o que facilita a produção e permitem a inovação de linguagem. Vamos
identificar alguns modelos disponíveis no mercado atual.
121
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
123
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
filmes. Já que goste e há quem critique. Mas, devemos considerar que sempre
são escolhas, conforme a estética definida e o orçamento para a produção. Vamos
identificar algumas das câmeras digitais mais empregadas atualmente nas
produções cinematográficas.
124
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
2.2.2 RED
Outra opção de câmera digital cinematográfica é a RED. Segundo HAGE
(2017, s.p.),
a primeira câmera RED foi lançada em 2007 para satisfazer uma
necessidade desesperada do mercado cinematográfico por um
equipamento digital que pudesse realmente rivalizar com a qualidade
que um filme analógico de 35mm convencional tem. A câmera
capturava vídeos em 4K (12-bit) de resolução (tamanho de quadro
de 4520 x 2540 pixels) em taxas variando de 23.98 fps a 120 fps. O
tamanho físico do sensor é de 24,4 mm x 13,7 mm, que é o mesmo
tamanho que um fotograma de filme Super 35. A câmera RED usa uma
montagem de lentes PL o que permite o uso das melhores lentes de
cinema disponíveis no mercado.
125
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
2.2.3 Panavision
Uma empresa tradicional quando se fala em câmeras cinematográficas é
a Panavision. Ela foi fundada no final de 1953, mas, formalmente, constituída em
1954, quando Robert Gottschalk e seus sócios viram uma oportunidade de resolver
um dos mais urgentes desafios da indústria cinematográfica: a produção de lentes
especiais destinadas para os projetores com o aspect ratio “cinemascope”. Logo
no início, a Panavision desenvolveu o seu primeiro produto de sucesso, a lente
Panavision Super Panatar, que na época saia pelo valor de U$ 1100 e conquistou
o mercado (EMANIA, 2021, b).
2.3 OBJETIVAS
Toda câmera a ser usada em uma produção irá exigir escolhas em relação
as lentes também. Essa escolha deve considerar os objetivos de linguagem
da produção. Entre as principais lentes objetivas estão a grande angular e a
teleobjetiva, ou seja, as lentes vão permitir aproxima-se ou não do objeto /cena a
ser captada, a partir do movimento de zoom. Vamos aos modelos:
126
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
• Lente fixa – não oferece zoom, ou seja, com ela não é possível aproximar ou
distanciar a imagem.
FONTE: <https://www.rokinon.com/lenses/auto-focus/24mm-f18-af-for-sony-e>.
Acesso em: 15 abr. 2021.
127
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
FIGURA 10 – CANON EF CN-E CINEMA PRIME 7-LENS KIT (14, 20, 24, 35, 50, 85, 135MM)
FIGURA 11 – ZEISS CP.3 15, 25, 35, 50, 85MM FIVE LENS KIT (EF MOUNT, FEET)
128
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
3 ELÉTRICA E MAQUINARIA
Toda produção audiovisual requer muito mais que câmeras e lentes.
Uma série de equipamentos/acessórios são indispensáveis para a qualidade da
captação de imagens e do trabalho de produção no set.
3.1 ELÉTRICA
Neste subtópico, nós vamos conhecer os materiais que envolvem a parte
elétrica em uma produção audiovisual. Afinal, sem luz não há fotografia. A
iluminação pode ser natural e/ou artificial e pode fazer a diferença na produção.
Conforme Moletta (2009), a iluminação também se apresenta a partir de três
variáveis: direção, natureza e intensidade.
Em relação à direção ela pode vir de cima, de baixo, dos lados, de frente ou
de trás do objeto a ser gravado. Quanto à natureza pode ser uma luz dura – que
produz sombras de bordas recortadas ou difusa com bordas suaves. Em relação
à intensidade diz respeito à baixa ou alta luminosidade. E para cada necessidade
da produção há uma solução de equipamentos e acessórios que dominados pela
equipe técnica vão atender à proposta.
Muito versátil, os fresnéis são luzes semideusas quando o foco está aberto
e duras quando o foco está fechado. Os bandôs (como são chamadas as abas ao
redor do equipamento) servem como bandeiras que evitam a dispersão da luz
pelos lados.
129
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
FONTE: <https://filmcentersupply.com.br/refletor-fresnel-arri-650w-plus-tungsten>.
Acesso em: 15 abr. 2021.
130
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
131
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
3.2 MAQUINARIA
Além de todos os equipamentos essenciais de câmeras e lentes e a elétrica,
temos um arsenal de equipamentos e acessórios identificados como a maquinaria
da produção. São dispositivos que vão permitir pôr em prática com qualidade ou
explorar ainda mais a criatividade dos diretores da obra.
3.2.1 Tripés
Esses tipos de suportes costumam ser vistos apenas como maneiras de
manter as câmeras fixas ou como suporte para iluminação. No entanto, nem
sempre o tripé tem apenas essa função. Quando com cabeça hidráulica permitem
movimentos suaves, exigidos diante da linguagem adotada em uma produção
(AIC, 2020). Os melhores tripés sempre têm um custo mais elevado, mas,
normalmente valem a pena o investimento em um bom dispositivo.
132
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
3.2.2 Gimbal
O gimbal é um acessório muito utilizado para dar estabilidade à imagem que
está sendo captada. É comum seu uso em cena captadas por drones, pois é comum as
rajadas de vento provocarem trepidação. O gimbal também é muito empregado na
captação quando se utilizam pequenas câmeras, inclusive de celular e assim, sendo
possível garantir qualidade na imagem, pois ela não deverá ficar tremida.
133
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
FIGURA 18 – BUTTERFLY
FIGURA 19 – REBATEDOR
FIGURA 20 – BANDEIRA
134
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
FONTE: <http://www.cineequipamentos.com.br/paginas/item/2558?q=TR%C3%8AS+TABELAS>.
Acesso em: 15 br. 2021.
3.2.3 Movimento
A partir do momento em que se percebeu as possibilidades de planos
e movimentos no cinema, foram criados novos recursos. O dolly é um desses
recursos e se apresenta em diferentes modelos. Sua essência está em carrinho
com rodas que contribui para a captação de imagens em suaves movimentos, pois
a câmera será montada sobre ele, que poderá estar em cima de um trilho, para
então deslizar suavemente e captar a imagem desejada.
135
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
4 ÁUDIO
Toda produção audiovisual exige qualidade de imagem e som. Entre os
papéis do áudio está garantir a precisão da informação – aliado à imagem, bem
como contribuir para despertar sentimentos (BONASIO, 2002). Para garantir a
qualidade do som nas produções, saber o melhor equipamento a ser usado é
fundamental.
137
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
FONTE: <https://www.universodascameras.com.br/microfone-videomic-go-rode>.
Acesso em: 15 abr. 2021.
• Acessórios
o Windscreen: é um acessório que auxilia muito na redução dos ruídos
sofridos pelo microfone em situações em que haja vento ou ventania.
Existem vários modelos, como demonstra a figura a seguir.
FIGURA 27 – WINDSCREEN
138
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
139
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
5 SOFTWARES
Após toda captação é necessário dar a forma a esse material e isso ocorre a
partir dos processos de montagem e edição em estação de trabalho informatizadas.
Para isso, existe no mercado uma série de softwares de edição não linear – como é
chamado esse processo, devido ao desenvolvimento da informática e dos próprios
equipamentos de vídeo, com a armazenagem de som e imagem em hard disck -
HDs (MOLETTA, 2009). Nesse sistema, as imagens não precisam ser editadas na
sequência temporal, podendo ser acessadas pelo computador sem apagá-las e de
forma aleatória. Da mesma forma ocorre com o som.
140
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
141
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
FONTE: <https://michaelkummer.com/tech/final-cut-pro-x-playback-issues/>.
Acesso em: 15 abr. 2021.
142
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
Atualmente, o
DaVinci Resolve da BlackMagic é um dos principais softwares para o
trabalho de colorização e vem crescendo exponencialmente nas últimas
versões, sendo usado nas mais diversas áreas cinematográficas, desde
produções independentes, web vídeos, televisão e cinema. Produtoras
consagradas, como a O2 Filmes, o utilizam como um dos principais
instrumentos de trabalho (AVMAKERS, 2021, s.p.).
143
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
144
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
FONTE: <https://www.magesypro.com/adobe-audition-cc-2019-v12-1-4-macos-tnt/>.
Acesso em: 15 abr. 2021.
5.7 AUDACITY
Quando o objetivo é gravar, editar, importar e exportar em diversos
formatos, o Audacity é outra opção na área do áudio. Com ele também é possível
gravar músicas e sons ao vivo ou converter o material em diferentes mídias
(TECHTUDO, 2016). Diante de diversas funcionalidades é considerado um dos
melhores editores de áudio disponíveis no mercado.
145
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
FONTE: <https://wiki.audacityteam.org/wiki/New_features_in_Audacity_2.2.0>.
Acesso em: 15 abr. 2021.
6 GLOSSÁRIO AUDIOVISUAL
Os termos usados durante a produção são inúmeros, conforme
especificidade da complexidade e etapas da produção. No entanto, algumas
terminologias fazem parte desse universo, de forma que apresentamos aqui o
nosso glossário, tendo referência diversos autores como Rodrigues (2007), Moletta
(2009) e Comparato (2004).
146
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
148
TÓPICO 2 — TECNOLOGIAS E TERMINOLOGIAS
151
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
152
AUTOATIVIDADE
I- Edição e Montagem
II- Captação de Imagem
III- Captação de Áudio
IV- Maquinaria
A afirmação correta é:
a) ( ) Está certa apenas a opção II.
b) ( ) Está correta apenas a firmação III.
c) ( ) Estão certas as opções I e II.
d) ( ) Nenhuma das afirmações está correta.
153
( ) A vara de boom, é um acessório que possibilita o microfonista ficar
afastado, operando o microfone na área de segurança da cena e assim, não
ter sua imagem “ vazada”.
( ) O microfone também chamado de shotgun é muito utilizado para
captação do som direto nas produções.
( ) O Zoom H4n é o que existe de mais moderno atualmente em termos de
gravação de áudio no set.
( ) Dolly é um acessório que auxilia muito na redução dos ruídos sofridos
pelo o microfone em situações de captação com vento ou ventania.
154
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
A indústria criativa, que envolve conhecimentos e negócios na área
do capital intelectual e cultural do indivíduo, com base na criatividade, tem
movimentado de forma surpreendente a economia nos últimos anos. Segundo
mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, publicado pela Firjan em 2016, o
setor gerou uma riqueza de 155,6 bilhões em 2015 (SEBRAE, 2021). Essa indústria
movimenta diversos setores, consolidados na economia do país. Quando nos
detemos ao universo do audiovisual, os últimos anos foram extremamente
positivos no aspecto econômico e de produção. Segundo dados do Observatório
Brasileiro de Cinema e Audiovisual, o número de produções realizadas no Brasil
entre os anos de 2015 e 2019 foram extremamente positivos.
DICAS
155
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
2 A DISTRIBUIÇÃO AUDIOVISUAL
Possibilitar a distribuição e exibição do que é produzido no Brasil pode
ser considerado um desafio, mas é aspecto fundamental para que os espectadores
conheçam e se reconheçam na tela, a partir de uma produção cultural com
sentimento de pertencimento. Essa questão também é relevante no sentido de que
as produtoras não podem se valer apenas dos recursos em leis de incentivo fiscal,
precisam mostrar que existe capacidade de produzir conteúdo que desperte o
interesse do público, ou seja, que a produção é viável comercialmente.
156
TÓPICO 3 — DISTRIBUIÇÃO, EXIBIÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
E
IMPORTANT
DICAS
157
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
3 FESTIVAIS E MOSTRAS
As mostras e festivais de cinema merecem destaque no tópico que aborda
a questão da distribuição da produção audiovisual. Esses eventos se apresentam
como uma grande janela exibidora para a produção e fazem parte da carreira
estratégica de um filme.
NOTA
158
TÓPICO 3 — DISTRIBUIÇÃO, EXIBIÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
DICAS
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UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
DICAS
DICAS
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TÓPICO 3 — DISTRIBUIÇÃO, EXIBIÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
DICAS
DICAS
O festival é anual e tem duração de aproximadamente oito dias. Veja mais detalhes
acessando o site: https://curtacinema.com.br/home/.
161
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
DICAS
Quer saber mais detalhes sobre esse importante festival nacional? Acesse o site:
https://festivaldevitoria.com.br/.
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UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
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TÓPICO 3 — DISTRIBUIÇÃO, EXIBIÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
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UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
importante para os cineastas canadenses que se reúnem a cada ano para exibir
suas criações mais recentes e se encontrar no "Whistler Summit" para discutir o
estado do cinema canadense. Para os fãs de cinema, é uma chance de ver alguns
filmes canadenses fantásticos que estão lotados no cinema local por um fluxo
constante de sucessos de bilheteria de Hollywood.
Obras exibidas: The Paper Man de Tanya Lapointe.
Prêmios: $38500 em prêmios.
Site/redes sociais: https://whistlerfilmfestival.com/.
3.22 FEMCINE
Período / Duração: 5 dias em março.
Local: Chile.
Descrição: Foi criada para descobrir e apoiar o trabalho realizado pelas
cineastas e compartilhar filmes com temas de gênero com um público mais amplo.
A FEMCINE convida diretoras do Chile e do resto do mundo a participar de
uma de suas três categorias de competição: Competição Internacional de Longa
Longa, Competição Internacional de Curtas Metragens e Concurso Nacional de
Curtas Film School Chilena.
Obras exibidas: “El Chacotero Sentimental” (Cristian Galáz, 1999),
“Machuca” (Andrés Wood, 2004) e o vencedor do Oscar de melhor filme
estrangeiro “ Una Mujer Fantastic »(Sebastián Lelio, 2017). Site/redes sociais:
<https://femcine.cl>.
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TÓPICO 3 — DISTRIBUIÇÃO, EXIBIÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
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UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
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TÓPICO 3 — DISTRIBUIÇÃO, EXIBIÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
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UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
4 ASPECTOS LEGAIS
A produção cinematográfica/audiovisual é um segmento da indústria
criativa brasileira que movimenta a economia a partir da produção cultural, muitas
vezes, autoral. É possível afirmar que o movimento dessa produção desempenha
papel estratégico no desenvolvimento de uma nação preservando e difundindo
nossa cultura, nossos valores, mas também criando histórias fantasiosas que até
podem não ter relação com a realidade.
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TÓPICO 3 — DISTRIBUIÇÃO, EXIBIÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
DICAS
4.2 OS EDITAIS
Nesse tópico, nós ressaltamos também a importância das ações de
fomento à produção audiovisual no país. Essas ações existem de forma direta ou
indireta. O apoio indireto a projetos audiovisuais ocorre por meio de mecanismos
de incentivo fiscal, que no Brasil seguem as seguintes legislações:
Os contratos são necessários, pois haverá uma relação comercial para pôr
em prática a ideia registrada. Para viabilizar a produção, toda equipe deverá ser
contratada e, as profissões têm suas devidas regulamentação, que precisam ser
consideradas.
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UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
DICAS
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TÓPICO 3 — DISTRIBUIÇÃO, EXIBIÇÃO E ASPECTOS LEGAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Mariana Toledo
A produtora Sara Silveira concorda que nenhum cinema existe sem política
pública e argumenta: "O governo quer nos calar. Cinema é voz e educação, e
é justamente isso que ele não quer. Por isso nós temos que continuar na luta.
Eles não vão se movimentar para qualquer ato em benefício do audiovisual. Essa
perversidade que acontece na Ancine é proposital. A agência caminhava a par e
passo nos últimos anos conosco – com erros, claro, mas estava ao nosso lado. Essa
Ancine de hoje não é aquela que conhecíamos. Ela ia num bom caminho, com
políticas voltadas aos negros, de gênero. Vínhamos de 12 anos de um governo
que nos deu amparo, nos proporcionou crescimento. Aí, ao lado da parada do
governo atual, premeditada e objetivada, veio a pandemia". Silveira contou que
tem mais dois projetos engatilhados com o dinheiro de períodos anteriores – um
para filmar e outro para lançar – mas que, depois, não sabe exatamente o que
vai fazer, e que é a primeira vez que ela se encontra em uma situação assim. "O
que eu vou fazer depois? Fechar as portas, não. Eu vou lutar. Do lugar dos meus
privilégios, claro, de estar na maior cidade do país, com artefatos institucionais,
como a Spcine, que também está na luta, além de Institutos, como o Projeto
Paradiso, e os canais de televisão e streaming. Peço que olhem para nós, para esse
cinema estancado, para que alavanquem nossas produções enquanto estamos esse
ostracismo governamental contra a cultura. Eu estou correndo atrás de trabalho
porque não quero ficar sem. Temos que arrumar saídas", observou.
Ainda dentro do tema das políticas, Oliveira disse que já olha para
o cinema brasileiro com aquela sensação de que tudo é cíclico, no sentido de
que avança, avança, e depois volta para trás. E que justamente por isso seria
fundamental analisar quais pontos podem ser corrigidos: "Todo o nosso trabalho
de reconstrução, desde o fim da Embrafilme, desenvolveu o mercado, mas criou-
se uma dependência do Estado. Fizemos muita coisa, mas temos que pensar no
futuro levando isso em conta. Hoje, é possível ver o progresso e o desenvolvimento
– criamos muitas mídias, atacamos em várias frentes, montamos uma rede de
profissionais antigos com novos, ampliamos o parque exibidor… Não podemos
perder nada disso. Esse momento de pandemia fez a gente pensar. Tem esse lado
de reflexão, de olhar mais afundo. Nos leva a olhar no espelho". O exibidor faz
questão de reforçar que não é contra as políticas públicas, claro, mas acredita que
estejamos pouco desenvolvidos em relação aos alicerces da sociedade civil que
garantam esses mecanismos. "Não dá para mudar de governo e ele poder mexer
nisso a bel-prazer. O Estado não pode passar por cima, e a fragilidade histórica
que eu vejo é nesse sentido. Sou a favor da sociedade civil como defensora dessas
políticas públicas", explicou.
175
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO AUDIOVISUAL APLICADA
FONTE: <https://telaviva.com.br/17/11/2020/perspectivas-para-o-cinema-brasileiro-passam-pela-
retomada-e-reformulacao-das-politicas-publicas/>. Acesso em: 15 mar. 2021.
176
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
177
AUTOATIVIDADE
178
( ) Mostra De Cinema Infantil De Florianópolis: Tem como objetivo principal
o desenvolvimento, o fortalecimento e a circulação do cinema voltado para
as crianças, atuando concretamente na formação para o cinema brasileiro.
Que qualifica
( ) FRAPA – Festival Do Roteiro Audiovisual De Porto Alegre: O festival é
pago, pois objetiva premiar em dinheiro o melhor roteiro.
( ) Festival Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de
Janeiro: festival que exibe títulos com até trinta minutos de duração e é um
qualificador para importantes prêmios da indústria audiovisual, como o
Oscar e o BAFTA.
179
REFERÊNCIAS
ADOBE. Adobe, 2021. Produtos. Disponível: https://www.adobe.com/products/
catalog.html#category=video . Acesso em: 10 mar. 2021.
BONASIO, V. Televisão: manual de produção & direção. Belo Horizonte: Leitura, 2002.
180
EMANIA, Blog. Conheça a nova câmera da Panavision DXL 8K, 2021. Disponível
em https://blog.emania.com.br/panavision-dxl-8k/. Acesso em: 20 dez. 2020b.
HAGE, R. Conheça as câmeras da red feitas para o cinema digital. 2017. Disponível
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o-cinema-digital/. Acesso em: 20 dez. 2020.
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PRETTO, M. Direito autoral para fotógrafos. Santa Catarina: iPhoto Editora, 2013.
STURM, B. Como lançar seu filme pela Elo Company. Writers´s Room, 2020.
Disponível em: https://www.writersroom51.com/post/como-lan%C3%A7ar-seu-
filme-com-a-elo-company. Acesso em: 16 mar. 2021.
TUDO PARA FOTO. (2020). Iluminação para vídeo: como acertar em sus
produções. Disponível em: https://www.tudoparafoto.com.br/iluminadores-led/
led-profissional. Acesso em: 20 dez. 2020.
VEGAS PRO. A edição não linear mais rápida que existe. Para criatividades
apaixonantes. Vegas Creative, 2020. Disponível em: https://www.vegascreativesoftware.
com/br/vegas-pro/. Acesso em: 29 out. 2020.
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