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ULTRA-SOM

Estética

2ª período

Recurso terapêutico que se caracteriza pela produção de vibrações mecânicas acústicas de alta
freqüência que se propagam através dos tecidos biológicos.

EFEITOS BIOFÍSICOS

MECÂNICOS

TÉRMICO

EFEITOS MECÂNICOS

CAVITAÇÃO

CORRENTES ACÚSTICAS

ONDAS ESTACIONÁRIAS

MICROMASSAGEM

Ondas estacionárias:

Podem se formar quando parte de uma onda de US que viaja através dos tecidos é refletida na
interface entre dois matérias de diferentes propriedades.

ex: tecido mole e osso.

Micro massagem e cavitação:

De granulação de células de sustentação

Alterações na função da membrana celular

Aumento níveis intracelulares de cálcio

Estimulação da atividade dos fibroblastos – resultante num aumento na síntese protéica

Aumento na permeabilidade vascular

Aumento na tensão elástica do colágeno

Efeito térmico

Causado pela absorção das ondas ultrasônicas à medida que penetram, levando a vibrações
celulares provocando atrito entre si,gerando efeito térmico.

Provoca:
1- Vasodilatação: para manter a temperatura corporal dentro dos limites fisiológicos. Ocorre
tanto no contínuo como no pulsado.

Efeito térmico

2- Aumento do fluxo sanguíneo: capaz de continuar elevado por 45 a 60 min após aplicação

3-Aumento do metabolismo: Para cada aumento de 1°C na temperatura corpórea deve


ocorrer aumento em torno de 10% na taxa metabólica.

4-Ação tixotrópica: propriedade de “amolecer” estruturas com maior consistência física.

Efeito térmico

Esse efeito permite o aumento da elasticidade tecidual e a diminuição de consistência


fibrótica. Ex: celulite, fibrose pós lipoaspiração, cicatrizes aderentes...

Técnicas de aplicação

Na estética:

Contato direto ou método direto: sem propriedades medicamentosas e ou cosmética

Recomenda-se uso de gel comum como meio acoplador.

Indicação nas seqüelas de intervenção cirúrgica,ex:abdominoplastia,


mamaplastia,póslipoaspiração,cicatrizes aderentes...

FONOFORESE

Técnica baseada na aplicação do ultra-som terapêutico para aumentar a penetração de


princípios ativos através da pele e dos tecidos subcutâneos.

 O medicamento ou cosmético não precisa ser polarizado, pois o US não utiliza corrente
elétrica para penetração.

FONOFORESE

Potencializado pelo aumento da permeabilidade da membrana – efeito mecânico.

Tanto Us contínuo quanto o pulsado pode ser utilizado como fonoforese.

A escolho é pelas características da afecção.

FONOFORESE

Ácido Triiodoacético( Triac, Tiratricol)= usados em mesoterapia, atua no metabolismo


adipócito.

Centelha Asiática: ativador da circulação


Hera: aumenta microcirculação

Algas marinhas: fuccus, laminaria,musgo da Irlanda...

Cafeína

FONOFORESE

Celulinol

Cavalinha: adstringente e cicatrizante

Bétula: estimula circulação

Silanais: celulite

Parâmetros

Freqüência de emissão do ultra-som

Modo de emissão do ultra-som

Intensidade do ultra-som

Tempo de aplicação

Freqüência de emissão

1 MHz → penetra profundamente nos tecidos biológicos (até 6,5 cm


de profundidade);

3 MHz → penetra através da pele e tecido adiposo subcutâneo


(cerca de 2,5 cm de profundidade);

5 MHz → penetra apenas através da pele

(menos de 1 cm de profundidade).

Modo de emissão

PULSADA → não produz aquecimento dos tecidos biológicos, apenas vibração. Emissão
indicada para o pós cirúrgico imediato e afecções inflamatórias agudas;

CONTÍNUA → produz aquecimento dos tecidos biológicos. Este efeito biofísico favorece o
tratamento da celulite.

Intensidade do ultra-som

De 0,3 a 0,5 W/cm ²

(atinge cerca de 2 cm de profundidade)

Intensidades excessivas → cavitação instável


Efeito deletério nos tecidos conjuntivo, muscular e ósseo.

Modo contínuo:

Intensidade Efetiva de ultra-som: de 0,1 a 2,0 W/cm2 .

Potência Efetiva de ultra-som: 0,3 a 7,0 W

Modo pulsado:

Intensidade Efetiva de ultra-som:

1/2 (50%) - de 0,1 a 2,0 W/cm2 .

1/5 (20%) - de 0,1 a 2,0 W/cm2 .

1/10 (10%) - de 0,1 a 2,0 W/cm2 .

Potência Efetiva de ultra-som:

1/2 (50%) - de 0,3 a 7,0 W.

1/5 (20%) - de 0,3 a 7,0 W.

1/10 (10%) - de 0,3 a 7,0 W.

Tempo de aplicação

Delimitar a área de tratamento

Cálculo do tempo de aplicação:

t = área a ser tratada/ ERA

ERA = Diâmetro do material piezoelétrico (geralmente 3,5 a 5cm²)

Técnica de aplicação

Meio de Acoplamento → gel aquoso

Movimentos circulares

constantes

lentos

rítmicos

com suave pressão

EFEITOS FISIOLÓGICOS NAS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS


Na lipodistrofia localizada (gordura localizada):

tecido adiposo → baixa quantidade de proteína

estrutural

baixa absorção de ultra-som

baixa efetividade !!!

CARSTENSEN, E.L.; LI, K.; SCHWAN, H.P. Determination of the acoustic properties of blood and
its components. J. Acoust. Soc. Am., 25:286, 1953.

FIBRO EDEMA GELÓIDE

Desordem localizada que afeta o tecido dérmico e subcutâneo (pele e tela subcutânea), com
alterações vasculares e lipodistrofia, com resposta esclerosante que resulta no inestético
aspecto macroscópico.

FATORES ETIOLÓGICOS

FATORES PREDISPONENTES

Hereditariedade

Predisposição genética

Raça (branca > amarela > negra)

Sexo (mulheres → hormônios estrógenos → retenção hídrica)

Desequilíbrio Hormonal (↑ estrógenos)

Idade ???

FATORES ETIOLÓGICOS

FATORES DETERMINANTES

Stress

Tabagismo

Sedentarismo

Desequilíbrios glandulares e metabólicos (Estrógenos / T3 e T4 / Diabetes / Síndrome do


Ovário Policistico)
Alimentação desbalanceada (hipercalórica, hiperglicídica, hiperlipídica, hipersódica, além de
hipervitaminose e baixa ingestão de água).

Gravidez

Medicamentos (principalmente Anticoncepcionais e Corticóides)

Disfunção Hepática

Disfunção Renal

Constipação intestinal

Infecções abdominais

FATORES ETIOLÓGICOS

FATORES CONDICIONANTES

Varizes

Distúrbios posturais → hiperlordose

FIBRO EDEMA GELÓIDE


FISIOPATOLOGIA

ESTAGIO 1 – EDEMA

Mau funcionamento do sistema circulatório

Alteração do esfíncter arteriolar pré-capilar

Êxtase capilar

Aumento da permeabilidade capilar

Extravasamento de soro para o espaço intersticial do tec conj subcutâneo

EDEMA INTERSTICIAL LOCALIZADO

Hiperpolimerização da substância fund intersticial (glicosaminoglicanas)

Aumento da pressão osmótica e oncótica intersticial

Acúmulo de mais líquido no interstício

Compressão vascular e nervosa → telangectasias e dor

Acentua o extravasamento de líquido para o interstício → circulo

ESTAGIO 2 – FIBROSE

Edema intersticial
Compressão e estase vascular

Dificuldade nas trocas metabólicas células/vasos

Déficit na retirada de detritos metabólicos

Irritação das fibras de colágeno

Resposta do tecido conjuntivo com espessamento e proliferação dessas fibras

FIBROSE

Disposição em arranjos capsulares em torno de grupos de adipócitos lacerados

Micronódulos → aspecto de ‘grão de arroz’

ESTAGIO 3 – RETRAÇÃO ESCLERÓTICA

Esclerose das fibras de colágeno

Tracionamento da superfície da pele

RETRAÇÃO ESCLERÓTICA

Aglomeração de micronódulos → macronódulos

Compressão de vasos e nervos → circulo vicioso

EFEITOS FISIOLÓGICOS NAS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS

No fibro-edema gelóide (celulite):

Efeitos secundários à ação coloidoquímica.

Efeitos secundários à cavitação.

Efeitos secundários à neovascularização.

Ação Coloidoquímica:

É a propriedade que o ultra-som tem de solubilizar um gel.

Cavitação:

É a propriedade que a vibração ultra-sonora tem de formar pequenas bolhas gasosas nos
líquidos biológicos

Ação Coloidoquímica:

Diminuição da hiperpolimerização da substância fundamental intersticial;

Inibição do extravasamento de serum para o meio extravascular;

Diminuição do edema intersticial;


Diminuição da compressão vascular;

Ativação da circulação;

Remoção dos detritos metabólicos que irritam o tecido conjuntivo → minimizando o processo
de fibrose.

Cavitação:

Ação fibrinolítica

rearranjo e modulação da deposição de fibras de colágeno no tecido conjuntivo subcutâneo.

Neovascularização:

É a formação de novos vasos sanguíneos nos tecidos biológicos.

Aumento da circulação local

Favorece a nutrição tecidual e otimiza as trocas metabólicas (retirada dos detritos metabólicos
irritantes)

Reduzindo assim o processo de fibrose.

FIBRO EDEMA GELÓIDE

modo contínuo, pela ação tixotrópica nos nódulos celulíticos.

3MHz

Fonoforese

Dose:1,2 a 1,5 W/cm²

Tempo:Área/ ERA

Pós lipoaspiração

Principal seqüela é o processo de fibrose, devido cicatrização tecidual.

Recomenda-se imediatamente após ato cirúrgico – 36 a 48h após.

Modo contínuo( sem inflamação);

Modo pulsado( com inflamação e dor intensa)

Dose:1 a 1,5W/CM²
Tempo: Área/ ERA

Fibroses nodulares

Nos pontos de incisão cirúrgica e cicatriz hipertrófica;

Após 24 horas

Dose 0,4 a 0,6 W/cm²

Modo contínuo ou

Modo pulsado 50%

Objetivo: Atenuar hematoma e diminuir incidência de fibrose.

Gordura localizada

Forma equivocada de tratar, com doses não capazes de “dissolver”, mesmo com associação
de cosmético.

Doses terapêuticas 1,5w/cm², influenciam muito.

Hidrolipoclasia ultra-sônica: injeção de soro fisiológico e até anestésico no tecido adiposo;

Nesta técnica: modo contínuo

Protocolo de tratamento

No mínimo 2 sessões semanais.

Reavaliação de conduta após 1 mês.

Reavaliação do quadro-clínico após 2 meses.

Contra-indicações

Sobre o tórax de cardiopatas ou portadores de

marcapasso cardíaco;

Sobre o abdome de gestantes;

Sobre as gônadas (ovários e testículos);

Sobre os olhos;

Sobre epífises de crescimento em crianças e jovens;

Sobre regiões corporais previamente expostas a radiação;

Contra-indicações
Pacientes com hemofilia não-controlada;

Pacientes portadores de tumores malignos;

Pacientes com processos infecciosos;

Sobre áreas com distúrbios vasculares periféricos, como trombose venosa profunda (TVP) ou
aterosclerose severa;

Sobre a pele com lesão cutânea ou irritações;

Sobre a pele anestésica (sem sensibilidade).

Sugestão de Tratamento Estético com U.S. de 3.0MHz

Outros exemplos:

PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO 0,4 Pulsado 20%

PÓS OPERATÓRIO TARDIO 0,8 Continuo

RITDOPLASTIA IMEDIATA 0,2 Pulsatil 20%

RITDOPLASTIA TARDIA 0,4 Continuo

FONOFORESE 0,8 Continuo

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