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Metapolítica
José Chasin
Primeira Edição: Fragmento retirado do texto “Ad Hominem: Rota e Prospectiva de um Projeto
Marxista”, de J. Chasin. In Ensaios Ad Hominem — Revista de Filosofia, Política e Ciência da
História — Tomo I Marxismo. São Paulo, Estudos e Edições Ad Hominem, 1999. O texto constitui
indicativos que seriam desenvolvidos pelo autor, mas veio a falecer em 28 de dezembro de 1998,
deixando assim, o seu trabalho incompleto.
Fonte: http://files.gocufg.webnode.com/200000007-
f139bf2322/formas%20sociais%20do%20capital%20-%20globalização%20e%20crise.pdf
Transcrição e HTML: Fernando Araújo.
Há que ter confiança e otimismo, mas com idéias claras e não utópicas ainda
que apenas genéricas, sem se deixar desesperar diante da estupidez humana,
historicamente compreendida (Ver Voltaire, in Ferrater Mora, Dicionário de
Filosofia, Ed. Sudamericana, Buenos Aires, 1971, p. 918/V.II).
A prática radical principia pela crítica radical a toda prática desenvolvida nos
últimos 150 anos. E como a radicalidade, a raiz do homem, é o próprio homem, a
crítica radical tem de partir da crítica à individualidade atual, para chegar à
crítica revolucionária que revoluciona os próprios indivíduos.
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Será necessário explicar muito bem essa questão, porque é necessário não
deixar que se confunda metapolítica com desmobilização, recusa à participação
política ou até mesmo à adesão partidária. Negação da participação que os
cabotinos alardeiam para legitimar seu comprazimento em “usar e ser usado”
pelos grupos de conveniência auto-proclamados de esquerda.
Não há política radical, pois todo ato político é um meio, que não possui
finalidade intrínseca, mas é o instrumento de um conteúdo, ou seja, de um
objetivo externo a ele. Exceção inclusive a sua auto-dissolução, isto é, só é
radical o ato metapolítico. Donde, a radicalidade é a identidade da metapolítica.
A prática radical não pode ser uma simples política de oposição — este é o
simples jogo institucional democrático levado à perfeição (situação x oposição),
que subentende alternância de poder sob o mesmo sistema material de
exist6encia. Isso é o limite não desprezível da democracia, a liberdade limitada
da vida limitada do capital, mas não a prática radical, que visa e se identifica
pela república social do trabalho — mais importante hoje do que em qualquer
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Notas de rodapé:
(1) Evidentemente, como se pode notar pelas passagens subseqüentes, esta afirmação se refere
às condições atuais de específica depleção no espectro partidário. (retornar ao texto)
Inclusão: 24/03/2020
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