Você está na página 1de 131

Ministério da Terra e Ambiente Conselho Autárquico da

Cidade de Nampula

VOLUME IV
PROGRAMA DE EXECUÇÃO
E PLANO DE
FINANCIAMENTO

SERVIÇOS DE CONSULTORIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE ESTRUTURA URBANA


DA CIDADE DE NAMPULA

AGOSTO DE 2021

DOCUMENTO EM CONSTRUÇÃO
ENDEREÇO COWI Moçambique, Lda.
Av. Zedequias Manganhela, 95
1º andar (Prédio 33 andares)
C.P. 2242
Maputo
Moçambique

TEL. +258 21 358 300


FAX +258 21 307 369
WWW cowi.co.mz

AGOSTO DE 2021

Ministério da Terra e Ambiente

VOLUME IV
PROGRAMA DE EXECUÇÃO
E PLANO DE
FINANCIAMENTO

SERVIÇOS DE CONSULTORIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE ESTRUTURA URBANA


DA CIDADE DE NAMPULA

DOCUMENTO EM CONSTRUÇÃO

PROJECTO Nº DOCUMENTO Nº

18035-A 4.B

VERSÃO Nº DATA DE EMISSÃO DESCRIÇÃO PREPARADO VERIFICADO APROVADO

R01 14/09/2021 Programa de Execução e Plano Pedro Tomás e Vítor Tomás


de Financiamento do PEUCN Tamara Bhatt
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 5

FICHA TÉCNICA
Este trabalho foi elaborado pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento
e pelo Conselho Municipal da Cidade da Beira com a colaboração técnica da COWI,
José Forjaz Arquitectos e Vedor.

SUPERVISÃO

Inácio Novela MITADER

Neivaldo Nhatugueja MITADER

Edgar Silva Conselho Municipal da


Vereador de Construção e Urbanização Cidade de Nampula

Joaquim Langa
DNTDT
Director da Direcção Nacional de Terra e
Desenvolvimento Territorial

COORDENAÇÃO GERAL

José Forjaz
José Forjaz Arquitectos
Coordenador Geral

Carmeliza Rosário COWI


Gestora de Projecto
6 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Gestora de Qualidade

COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO

Vitor Tomás
José Forjaz Arquitectos
Coordenador de Produção

Erasmo Nhanchungue
Coordenador de Produção COWI
Coordenador de Especialidades

EQUIPA TÉCNICA DE ELABORAÇÃO

Tamara Bhatt
José Forjaz Arquitectos
Coordenadora de Elaboração do Plano

Pedro Tomás
José Forjaz Arquitectos
Coordenador de Elaboração do Plano

Arsénia Paulo
Especialista de Demografia e Equipamentos
Sociais e Serviços COWI

Coordenadora da Equipa de Campo

Manuel Santos
Especialista de Assuntos Económicos e
COWI
Financeiros, Capacidade Institucional,
Agronomia, Florestas e Agricultura Urbana

Ivone Uchoane
Especialista de Assuntos Económicos e COWI
Financeiros e Capacidade Institucional

Yara Barreto
COWI
Especialista de Geografia e Ambiente

Célia Macamo COWI


Especialista de Geografia e Ambiente
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 7

Lucinda Cruz
COWI
Especialista Ciências Jurídicas

Manuel Teles
Especialista de Infra-estruturas Eléctricas e COWI
Telecomunicações

Classio Mendiate COWI


Especialista em Mobilidade
Isa Teles
Especialista de Infra-estruturas de Água, COWI
Saneamento e Drenagem

Manuel Retagi
COWI
Especialista de Mobilidade Urbana

Classio Mendiate COWI


Especialista em Mobilidade

EQUIPA DE MAPEAMENTO

Bruno Vedor
Vedor
Coordenador de Mapeamento

Osvaldo Luis
Vedor
Mapeador

Anisha Abdul
Vedor
Mapeadora

COLABORADORES

Custódio Conceição
José Forjaz Arquitectos
Arquitecto e Planeador Físico
Suporte Local
8 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Hagira Machado COWI


Secretariado
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 9

LISTA DE ABREVIATURAS E
ACRÓNIMOS
AIAS AIAS Administração das Infraestruturas de Água e
Saneamento
ANE Administração Nacional de Estradas
CD Centro Distribuidor
CDN Corredor de Desenvolvimento do Norte
CEAR Caminhos-de-ferro da África Central e Oriental
CMCN Conselho Municipal da Cidade de Nampula
CTEP Comissão Técnica de Elaboração do Plano
DINAGECA Direcção Nacional de Geografia e Cadastro
DNH Direcção Nacional de Habitação
DPTADER Direcção Provincial da Terra Ambiente e Desenvolvimento
Rural
EB Estação de Bombagem
EDM Electricidade de Moçambique
ETA Estação de Tratamento de Água
ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais
FIPAG Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água
FUNAE Fundo de Energia
GUHARLM Gabinete de Habitação e Urbanização da Região de Lourenço
Marques
IFRDP Projecto de Desenvolvimento Integrado de Estradas Rurais
IDA Agência Internacional de Desenvolvimento (International
Development Agency)
IOT Instrumentos de Ordenamento de Território
INPF Instituto Nacional do Planeamento Físico
10 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

LAM Linhas Aéreas de Moçambique


MCA Millenium Challange Account
MCC Millenium Chanllange Cooperation
MICOA Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental
MTA Ministério da Terra e Ambiente
MOPHRH Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos
OBA Output Based Aid
ONG Organização Não Governamental
PA Posto Administrativo
PEDEC Projecto das Estratégias de Desenvolvimento do Corredor de
Nacala
PEU Plano de Estrutura Urbana
PEUCN Plano de Estrutura Urbana da Cidade de Nampula
PNDUL Programa Nacional de Desenvolvimento Urbano e Local
PNDT Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial
PRODEM Programa de Desenvolvimento Municipal
PROL Programa de Reforma dos Órgãos Locais
SAS Serviços Autónomos de Saneamento
SEPF Secretaria de Estado do Planeamento Físico
SIG Sistema de Informação Geográfica
SSHWS Escala de Furacões de Saffir-Simpson
SDCN Sociedade de Desenvolvimento do Corredor de Nacala
TMDA Tráfego Médio Diário Anual
UNHABITAT Programa de Assentamentos Humanos das Nações Unidas
(United Nations Human Settlement Programme)
UCS Unidades Comunais
USD Dólares dos Estados Unidos da América
WASIS II Water Services and Institutional Support Project
RJIOT Regime Jurídico dos Instrumentos de Ordenamento do
Território
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 11

CONTEÚDO

1 NOTA INTRODUTÓRIA 22

2 ENQUADRAMENTO 23
2.1 Os objectivos do Plano 23
2.2 Breve Caracterização da Área de Abrangência 26

3 OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO PLANO DE


ESTRUTURA URBANA DA CIDADE DE NAMPULA 30
3.1 O Ordenamento Do Território – A Ideia Geral 30
3.2 As Categorias de Zoneamento – Uso do Solo 33
3.3 As Categorias de Zoneamento – Condicionantes ao
Uso do Solo 34
3.4 Índices Urbanísticos 36

4 AS PRINCIPAIS OPERAÇÕES URBANÍSTICAS A


REALIZAR 39
4.1 Operações Urbanísticas para as áreas Urbanizadas e
Centralidades Urbanas 39
4.2 Operações Urbanísticas de requalificação para as
Áreas Urbanizáveis 40
4.3 Operações Urbanísticas sobre Mobilidade e
Acessibilidade 43
12 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5 PROGRAMA DE EXECUÇÃO 47
5.1 Implementação do PEUCN através das Unidades
Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG) 47
5.2 A implementação do PEUCN através dos PGU e PP 51
5.3 Programa de Acções 51
5.4 Estudos, Planos e Projectos 61
5.5 Termos de Referência para os Planos e Acções
Prioritárias 67

6 PARÂMETROS DE ACOMPANHAMENTO E
AVALIAÇÃO DO PLANO 96
6.1 Monitoria, avaliação e revisão 96
6.2 Monitoria 97
6.3 Avaliação 97
6.4 Definição de Indicadores de Realização do Plano 98

7 PLANO DE FINANCIAMENTO NECESSÁRIOS AO


DESENVOLVIMENTO DO PEU 105
7.1 Necessidades Financeiras para as Acções de
Desenvolvimento Projectadas 105
7.2 Plano de Financiamento 107
7.3 Caracterização Actual das Finanças Municipais 110
7.4 Estimativa dos Custos de Execução das Acções
Previstas 112
7.5 Proveniência de Fundos para a Realização do Plano 114
7.6 Verificação da Exequibilidade Financeira do Plano 115

8 REFERÊNCIAS 119

MAPAS DO
PLANO 129
Mapa de Ordenamento do Plano 129
Mapa de Condicionantes do Plano 129
Mapa da Mobilidade Proposta 129

MAPAS QUE ACOMPANHAM O


PLANO 130
Mapa de Uso e Ocupação do Solo Actual 130
Mapa de Condicionantes Actual 130
Mapa de Equipamento de Saúde 130
Mapa de Equipamento de Educação 130
Mapa de Equipamento de Segurança Pública 130
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 13

GLOSSÁRIO
CATEGORIAS DO USO DO USO
ÁREAS URBANIZADAS
AUb Área com edificação consolidada, delimitada por vias
pavimentadas e/ou consolidadas, sem uso dominante evidente,
com habitação, comércio, serviços, pequenas fábricas, etc.,
geralmente com regularização fundiária e uma ocupação
ordenada por algum instrumento de ordenamento do território.

Área Urbanizada Multifuncional


AUbMf Área com edificação consolidada, delimitada por vias
pavimentadas sem uso dominante evidente, com habitação,
comércio, serviços, pequenas fábricas, etc., geralmente com
uma alta taxa de regularização fundiária e uma ocupação
ordenada por algum instrumento de ordenamento do território.

Área Urbanizada de Alta Densidade


AUbA Área com edificação consolidada, delimitada por vias
pavimentadas, em espaços com infraestruturas completas,
onde predomina o uso residencial uni e plurifamiliar, com uma
densidade de mais de 60 habitações por hectare; nela
podem ser encontradas funções não-residenciais tais como
comércio e serviços., geralmente com uma alta taxa de
regularização fundiária, e uma ocupação ordenada por algum
instrumento de ordenamento do território.

Área Urbanizada de Média Densidade


AUbM Área com edificação consolidada, delimitada por vias
pavimentadas, em espaços com infraestruturas completas,
onde predomina o uso residencial unifamiliar e plurifamiliar,
com uma densidade entre 20 e 60 habitações por hectare;
nela podem ser encontradas funções não-residenciais tais como
comércio e serviços, geralmente com uma alta taxa de
regularização fundiária e uma ocupação ordenada por algum
instrumento de ordenamento do território.

Área Urbanizada de Baixa Densidade


AUbB Área com edificação consolidada, delimitada por vias
pavimentadas ou consolidadas, em espaços com infraestruturas
completas, onde predomina o uso residencial unifamiliar em
14 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

edifícios, com uma densidade com menos de 20 habitações


por hectare; nela podem ser encontradas funções não-
residenciais tais como comércio e serviços, geralmente com
uma alta taxa de regularização fundiária e uma ocupação
ordenada por algum instrumento de ordenamento do território.

ÁREA URBANIZÁVEL
AUz Área com edificação consolidada, delimitada por vias
pavimentadas e/ou consolidadas, sem uso dominante evidente,
com habitação, comércio, serviços, pequenas fábricas, etc.,
geralmente com baixas taxas de regularização fundiária e uma
ocupação espontânea sem obedecer a instrumentos de
ordenamento do território.

Área Urbanizável Multifuncional


AUzMf Área com edificação consolidada em zonas com infraestruturas
por completar, delimitada por vias em terra batida sem uso
dominante evidente, com habitação, comércio, serviços,
pequenas fábricas, etc., geralmente com baixas taxas de
regularização fundiária e uma ocupação espontânea sem
obedecer a instrumentos de ordenamento do território.

Área Urbanizável de Alta Densidade


AUzA Área com edificação consolidada em zonas com infraestruturas
por completar, onde predomina o uso residencial unifamiliar em
talhões alinhados ao longo de vias de terra batida com uma
ocupação acima de 60 habitações por hectare, geralmente
com baixas taxas de regularização fundiária e uma ocupação
espontânea sem obedecer a instrumentos de ordenamento do
território.

Área Urbanizável de Média Densidade


AUzM Área com edificação consolidada em zonas com infraestruturas
por completar, onde predomina o uso residencial unifamiliar em
talhões alinhados ao longo de vias de terra batida com uma
ocupação entre 20 e 60 habitações por hectare, geralmente
com baixas taxas de regularização fundiária e uma ocupação
espontânea sem obedecer a instrumentos de ordenamento do
território.

Área Urbanizada de Baixa Densidade


AUzB Área com edificação consolidada, delimitada por vias
pavimentadas ou consolidadas, em espaços com infraestruturas
completas, onde predomina o uso residencial unifamiliar em
edifícios, com uma densidade com menos de 20 habitações por
hectare; nela podem ser encontradas funções não-residenciais
tais como comércio e serviços, geralmente com uma alta taxa
de regularização fundiária e uma ocupação ordenada por algum
instrumento de ordenamento do território.

ÁREAS PARA ACTIVIDADES ECONÍMICAS


Áreas para Actividade Agropecuária de Produção Familiar
AgrF Área não edificada que pelas suas características pedológicas e
proximidade de cursos de água ou de grau de humidade de solo,
são mais aptas ao desenvolvimento de agricultura e pecuária.
A área do Sector Familiar compreende parcelamentos de
pequena dimensão (até 1 ha), explorados com métodos e
técnicas tradicionais, o maneio das operações culturais
(preparação da terra, sementeira, monda, colheita, etc.) é feito
manualmente, baixo nível de insumos e a irrigação é baseada
no regime de chuvas ou na gestão dos níveis freáticos. A
exploração tem como primeiro objectivo a segurança alimentar
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 15

da família e, complementarmente, são colocados no mercado


os excedentes do autoconsumo ou para obter rendimentos
adicionais aos obtidos pelas famílias em actividades na zona
urbana nos sectores secundário ou terciário (hortícolas, por
ex.).

Áreas para Actividade Agropecuária Estruturada


AgrE Área não edificada que pelas suas características pedológicas e
proximidade de cursos de água são mais aptas ao
desenvolvimento de agricultura e pecuária. Pela classificação de
Zona Estruturada entende-se por uma área com parcelamentos
de dimensão média ou grande, explorados duma forma
intensiva, com métodos e técnicas modernas de exploração,
ex.: mecanizada, com irrigação, etc. e em moldes comerciais;
i.e.: com ligação sistemática ao mercado nacional ou de
exportação.

Áreas de Actividade Industrial


AAI Área onde predominam edifícios de grande volume, com um ou
dois pisos tais como fábricas, armazéns e oficinas, junto a
infraestruturas e vias de comunicação principais.

Áreas para Actividade de Exploração Mineira


AAM Área não edificada que pelas suas características geológicas
está vocacionada para a exploração de recursos minerais.

Áreas para Actividade Silvícola


AaSv Área não edificada que pelas suas características, são mais
aptas ao desenvolvimento de actividades associadas à
exploração florestal, incluem áreas de florestas nativas
comunitárias e comerciais; onde é permitida a exploração
florestal em regime empresarial e familiar; silvicultura, indústria
de processamento e de transformação de madeira para lenha,
carvão e uso na construção civil, serrações.

ÁREAS AFECTAS À ESTRUTURA VERDE E ECOLÓGICA


Estrutura verde e ecológica

O espaço afecto à Estrutura Verde e Ecológica, constitui uma


estrutura biofísica básica e diversificada, que visa garantir a
protecção dos ecossistemas e a permanência e intensificação
dos processos biológicos indispensáveis ao enquadramento
equilibrado das actividades humanas visando garantir a
qualidade do ambiente urbano,

Sistema húmido

Integra áreas correspondentes a linhas de drenagem pluvial


existentes a céu aberto e subterrâneas e áreas adjacentes,
bacias de recepção das águas pluviais, rios, lagos e charcos e
florestas de mangal; em que os usos preferenciais a instalar são
os de espaços verdes de grande utilização, nomeadamente
jardins e parques urbanos, neles a integração e/ou implantação
16 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

de superfícies de água é particularmente adequada. Quando


estas áreas se localizem nas faixas adjacentes às vias,
assumirão a função de integração paisagística nas mesmas.

Sistema Seco

Integra áreas de verde natural e maciços de vegetação


representativa; dunas costeiras, áreas com declives superiores
a 30%, saibreiras e pedreiras; em que os usos preferenciais a
instalar são os de espaço verde de media e baixa utilização e de
integração de vias ou de edifícios. Nos casos em que existam
explorações agrícolas em funcionamento, estas devem ser
mantidas

Corredores

Integram faixas de protecção das vias e infraestruturas lineares,


assim como os arruamentos arborizados ou a arborizar; onde
se admitem todos os usos compatíveis com as infraestruturas a
que estão afectas e aos espaços públicos urbanos, devendo as
faixas arborizadas ser mantidas, estabelecendo ligações entre
os Sistemas Húmido e Seco de forma a assegurar a
continuidade biológica.

Áreas de Verde de Uso Público de Recreio e Produção

Áreas não edificadas que pelas suas características naturais


contribuem para uma melhor qualidade do ambiente urbano e
equilíbrio ecológico, incluem os Parques e jardins públicos;
Logradouros e jardins privados de grande dimensão, Faixas
arborizadas em espaços corredores e Áreas de Verde Natural.

Áreas Verdes de Produção

Áreas não edificadas que pelas suas características naturais


contribuem para uma melhor qualidade do ambiente urbano e
equilíbrio ecológico, incluem as Áreas agropecuárias, salineiras
e de silvicultura;

Áreas de protecção parcial de conservação da natureza

Áreas não edificadas que pelas suas características naturais


contribuem para uma melhor qualidade do ambiente urbano e
equilíbrio ecológico, incluem as áreas de: Áreas de Floresta de
Mangal; Áreas Húmidas Alagável Suscetível a Inundações;
Áreas de Formações geológicas; Áreas declivosas e sujeitas a
erosão; Áreas de Verde de Protecção; Orla ribeirinha e lacustre;

ÁREAS DE EQUIPAMENTO SOCIAL E SERVIÇOS PÚBLICOS


Área de serviços Públicos
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 17

Área definida pela morfologia dos edifícios normalmente


delimitada por muros e terreno livre envolvente para os
equipamentos de saúde, educação, desporto, cultura,
recreação, religioso, mercados, administração e outros serviços

Saúde Posto de Saúde, Hospital, Centro de Saúde.

Educação Unidade Ensino-EP1, Unidade Ensino-EPC, Unidade Ensino-ESG,


Unidade Ensino técnico profissional-ETP, Unidade Ensino-
Universidade.

Desporto e Recreação Área não edificada pública ou privada com vegetação natural do
tipo arbóreo ou arbustivo plantado em parques e jardins.

ÁREAS DE USOS ESPECIAIS


Instalações Aeroportuárias
Aeroporto Aeroporto, aeródromos, pistas de aterragem.

Instalações Rodoviárias
Rodoviária Paragens e terminais.

Instalações Portuárias
Porto Portos e ancoradouros de passageiros, de carga e de pesca.

Instalações Ferroviárias
Caminhos de Ferro Estações e apeadeiros

Cemitério Cemitério municipal, comunitário e familiar.

Telecomunicações Centro radioelétrico, antenas.

Infraestrutura de Abastecimento de Águas


Furos de captação, poço de captação, estação de tratamento de
água, estação elevatória, centros de distribuição, torres
elevatórias, reservatório apoiado, Fontenários.

Infraestrutura de drenagem de águas


ETAR, lagoa de compensação, estação elevatória, bacias de
retenção e estações elevatórias.

Infraestrutura de Electricidade
Central eléctrica, subestação de energia, porto de
transformação.

Instalações Militares Quartéis.


Lixeira Aterrado sanitário, pontos de recolha primária.

CONDICIONANTES DO USO DO SOLO


ZONAS DE PROTECÇÃO TOTAL
Áreas destinadas a actividades de conservação ou preservação
da natureza, locais e monumentos históricos, paisagísticos,
18 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

naturais e de interesse nacional, e de defesa e segurança do


Estado (apenas áreas de reserva natural).

ÁREAS DE PROTECÇÃO PARCIAL


Áreas que devido as suas características naturais, patrimonial,
histórico, infraestrutural e de interesse publico requerem
medidas particulares de preservação, criadas ao abrigo do
PEUCN.

ÁREAS DE PROTECÇÃO PARCIAL DE ÁREAS AFECTAS À ESTRUTURA


ECOLÓGICA
Área de Protecção Parcial de Conservação da Natureza
Áreas não edificadas que devido as suas características de
relação com o meio natural requerem medidas particulares de
preservação, incluem áreas de floresta de mangal, áreas
húmidas alagáveis susceptíveis a inundações; áreas de
formações geológicas; áreas declivosas e sujeitas a erosão e
áreas de verde de protecção.

ZONAS DE PROTECÇÃO PARCIAL


Áreas que devido as suas características naturais, patrimonial,
histórico, infraestrutural e de interesse publico requerem
medidas particulares de preservação com estatuto definido
pelos instrumentos de ordenamento do território.

ZONAS DE PROTEÇÃO PARCIAL DA NATUREZA

Zona de Proteção parcial da Orla ribeirinha, lacustre


50 metros de terrenos confinantes no nível normal das águas

Zona de Proteção parcial de nascente de água


A faixa de terreno até 100 metros confinante com as nascentes
de água

ZONAS DE SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E RESTRIÇÕES DE UTILIDADE


PÚBLICA
Zonas de proteção parcial com estatuto definido pelos
instrumentos de ordenamento do território para defesa dos
interesses públicos em áreas que albergam serviços e
equipamentos sociais e administrativos, infraestruturas e
instalações militares
A faixa de terreno de 100 metros confinante com instalações
militares e outras instalações de defesa e segurança do Estado.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 19

LISTA DE MAPAS
Mapa 1.1 - Enquadramento Territorial da Cidade de Nampula na província 26
Mapa 1.2 – Mapa da divisão administrativa da cidade de Nampula 27
Mapa 5.1 – Unidades Operativas de Gestão 48
20 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Previsão de Crescimento Populacional para a Cidade de Nampula de 2017 a
2029 28
Figura 4.1 - Sequência de implementação 45
Figura 5.1 – Relação entre as medidas e acções necessárias para a melhoria do sistema
de transporte público urbano 55
Figura 7.1 - Evolução das receitas da Autarquia 111
Figura 7.2 - Evolução das Despesas da Autarquia 111
Figura 7.3 – Cash Flow do Investimento 118
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 21

LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1 - Matriz de acções 57
Tabela 5.2 - Matriz de estudos, planos e projectos 63
Tabela 6.1 - Matriz de indicadores de realização do plano 99
Tabela 7.1 - Fontes de Financiamento 109
Tabela 7.2 - Estimativa dos Custos de Investimento 112
Tabela 7.3 - Custos de investimento em Estudos e Projectos 113
Tabela 7.4 - Custos de Investimento de Requalificação e Infraestruturação 113
Tabela 7.5 - Previsão de autofinanciamento 116
Tabela 7.6 - Estrutura previsional das fontes de financiamento do PEU 117
22 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

1 NOTA INTRODUTÓRIA
No âmbito do desenvolvimento do Plano de Estrutura Urbana do Município de
Nampula (PEUCN), foram elaborados os documentos, que agora se apresentam, que
expressam toda a reflexão feita até à data pela equipa técnica de acompanhamento
e elaboração, sobre o que poderá ser o Plano de Estrutura Urbana do Município e os
conteúdos dos documentos que o constituirão.

Neste sentido partilhamos convosco os seguintes documentos:

› Relatório de fundamentação das opções do plano;

› Mapas do Plano:

› Mapa de uso do solo proposto;

› Mapa de condicionantes do plano;

› Mapa de mobilidade proposta.

› Programa de execução.

O objectivo principal deste exercício é o de usar estes documentos como base para
a realização da próxima auscultação pública do Plano, que deverá alargar a sua
discussão, por forma a recolher subsídios das mais diversas partes interessadas
tornando mais abrangente e rico o conteúdo do documento final.

Os documentos que se entregam devem ser considerados como documentos em


construção para discussão, pelo que serão encontrados, certamente, alguns aspectos
menos desenvolvidos ou incompletos que, no entanto, não comprometem a estrutura
e a compreensão do Plano no seu todo.

É, pois, nesta perspectiva que deve ser lido, avaliado e comentado, para que da sua
discussão e vossos contributos possamos equacionar o futuro melhor do município.

José Forjaz

Coordenador da equipa de Planeamento

Maputo, Agosto de 2021


RELATÓRIO PRELIMINAR DE DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL 23

2 ENQUADRAMENTO
O presente documento é parte integrante do PEUCN e apresenta os principais
elementos que irão nortear a sua implementação constituindo o seu Volume IV. Nele
são apresentadas, para além dos diferentes instrumentos a serem utilizados para a
operacionalização, as estimativas orçamentais das acções para a sua implementação.

Este volume explicita os objectivos estratégicos do plano e a respectiva


fundamentação técnica, suportada na avaliação das condições económicas, sociais,
culturais e ambientais para a sua execução e deverá ser lido em conjunto com os
restantes documentos que o complementam, os volumes I, II e III, nomeadamente:

› Diagnóstico da Situação Actual

› Relatório de Fundamentação

› e seu Regulamento

2.1 Os objectivos do Plano


Constituem objectivos do PEUCN os seguintes:

2.1.1 Objectivos gerais


O PEU, segundo o artigo 42 do Regulamento da Lei do Ordenamento do Território
tem os seguintes objectivos:

› Estabelecer os princípios de sustentabilidade ambiental, a rede principal de


acessos de ligação das diversas autarquias locais e dentro de cada autarquia
local, a ordem de prioridades para o desenvolvimento urbano e os
parâmetros gerais que devem orientar a ocupação do seu território
autárquico;
23
24 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

› Eliminar as assimetrias sociais e os privilégios na escolha dos locais para a


distribuição das redes de infra-estruturas, de serviços e dos equipamentos
sociais;

› Definir os princípios e os modelos de ordenamento do território autárquico.

2.1.2 Objectivos específicos do PEUCN


O primeiro grande objectivo do PEUCN é a criação da possibilidade do
desenvolvimento urbano sustentável de forma planeada através:

› Da requalificação gradual das áreas de ocupação desordenada por meio de


um processo inclusivo, transformando a malha irregular e orgânica,
característica deste tipo de ocupação periférica às áreas urbanizadas, num
elemento caracterizador único do espaço urbano;

› Da consolidação e hierarquização da rede viária e da malha de acesso às


áreas não consolidada e novas centralidades;

› Do aprovisionamento de terra necessária para a gradativa e progressiva


melhoria das condições das infra-estruturas urbanas em áreas de ocupação
desordenada;

› Do aprovisionamento de terra infraestruturada para novas áreas de


expansão que consiga responder de forma positiva e efectiva à crescente
demanda da população urbana;

› Da definição de princípios de ocupação territorial que garantam uma


ocupação eficiente e eficaz do território, garantindo a disponibilidade de
terra para as gerações futuras de forma sustentável e ecologicamente
responsável.

O PEUCN pretende também reforçar o potencial da cidade de Nampula como pólo


logístico no norte do país através:

› Do aprovisionamento estratégico de terra para o apoio logístico de


desenvolvimento de actividades de transportes de cargas e de passageiros
(terminais), de desenvolvimento industrial – transformação de cereais e de
frutas (parques industriais) de desenvolvimento comercial grossita de
cereais (feiras agropecuárias e mercados grossistas);

› Do aprovisionamento de terra para a construção e requalificação de


infraestrutura rodoviária e ferroviária necessária para melhorar as
condições de mobilidade intraurbanas, interurbanas e regionais.

Considerando a agricultura como uma actividade tanto principal como complementar


à geração do rendimento e subsistência alimentar das comunidades da cidade, o
PEUCN pretende:
RELATÓRIO PRELIMINAR DE DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL 25

› Criar modelos de ocupação territorial que favoreçam o desenvolvimento da


prática da agricultura urbana de forma estruturada e sustentável,
garantindo a segurança das comunidades ao direito de uso e ocupação das
terras agrícolas;

› Consolidar a ocupação de unidades territoriais agrícolas nas áreas de


cintura verde da cidade instigando a participação jovens e mulheres na
produção alimentar.

Em relação à estrutura ecológica e resiliência contra eventos extremos decorrentes


dos efeitos das alterações climáticas, o PEUCN tem como objectivos:

› Controlar a sistemática redução de áreas agrícolas utilizadas pelas


comunidades para reforço financeiro e nutricional através da definição de
regras claras de ocupação de terras agrícolas;

› Integrar em toda a linha de elaboração de instrumentos de planeamento e


ordenamento do território de medidas de aumento da permeabilidade das
águas pluviais, de redução de percolação de águas e de redução do impacto
da força dos ventos através da localização correcta dos imóveis e
estruturação da malha viária; e

› Identificar e mapear as áreas para o verde de protecção e de amortecimento


e de retenção temporária de águas em casos de eventos pluviométricos
excepcionais

Resumindo, quanto aos objectivos, o PEUCN pretende garantir o desenvolvimento da


cidade de Nampula como uma cidade planeada, com centralidades bem definidas,
com o aprovisionamento de terra necessário para a implantação dos serviços e
equipamentos públicos necessários ao seu desenvolvimento, integrada na economia
da região, apostada no reforço do seu posicionamento estratégico como polo regional
industrial e logístico da zona norte, desenvolvendo as suas potencialidades de uma
forma sustentável e com reduzidos impactos derivados das mudanças climáticas e
desastres naturais.

25
26 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

2.2 Breve Caracterização da Área de Abrangência

Mapa 2.1 - Enquadramento Territorial da Cidade de Nampula na província

Fonte: Mapeamento pelo Consultor


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 27

Mapa 1.2 – Mapa da divisão administrativa da cidade de Nampula

Legenda: A. Namutequeliua; B. Muhala; C. Muhavire; D. Muatala; E. Mutauanha; F. Marrere;


G. Natikiri; H. Murrapaniua; I. Nampipine; J. Carrupeia; K. Namicopo; L. Mutava Rex; M. Militar;
N. Limoeiro; O. 25 de Setembro; P. Bombeiros; Q. 1 de Maio; R. Liberdade

Fonte: Mapeamento pelo Consultor

O Município de Nampula está implantado num planalto no centro da Província de


Nampula e ocupa uma área de aproximadamente 324 Km2 (de acordo com a análise
da cartografia e fotografias aéreas), tendo como limites administrativos, o Distrito
de Rapale e o Distrito de Nampula. A cidade de Nampula é constituída por 6 Postos
Administrativos (PA) e desenvolve-se de forma radial, tendo como o epicentro o PA
Central e em torno deste desenvolvem-se os restantes postos, nomeadamente, PA
Muatala, PA Muhala, PA Namicopo, PA Napipine e PA Natikire.

Nampula é o principal centro comercial e administrativo da Região Norte do país e é


atravessada pelo Corredor de Desenvolvimento do Norte, acompanhado pela estrada
nacional EN1, a partir da qual partem dois eixos rodoviários importantes,
nomeadamente, a estrada nacional EN13 que faz a ligação à Província do Niassa e a
estrada nacional EN104 até à cidade costeira de Angoche.
28 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

O município é caracterizado por um centro urbano consolidado de alta densidade,


onde se concentram a maioria dos serviços e equipamentos de utilidade pública, cuja
área em torno deste é constituída por assentamentos humanos espontâneos, não
consolidados de alta densidade, que se vão dissipando até aos limites do município,
adoptando características rurais, com um uso predominantemente agrícola.

De acordo com os dados recolhidos e apresentados no relatório de diagnóstico da


situação actual, a População do Município, segundo o censo de 2017 do INE, é da
ordem dos 663.212 habitantes, 166.188 agregados familiares, o tamanho
médio do agregado familiar é 4,57 pessoas por agregado. Os assentamentos
humanos correspondem a 24,83% da área do município.

Em 2029 a População prevista estará entre e 883.500 e 1.125.000 habitantes; o que


significará um crescimento médio de cerca de 335.000 habitantes, ou seja, 73.000
famílias.

1 200 000
1 124 729

1 100 000

998 679
1 000 000

883 628
900 000

800 000

700 000

663 212

600 000

conservador (2,42%) elevado (4,5%)


manutenção (3.47%)

Figura 1.1 – Previsão de Crescimento Populacional para a Cidade de Nampula de 2017 a 2029

Fonte: Previsões com base na análise de evolução do crescimento populacional da Cidade de


Nampula

Com uma população jovem (mais 68% com menos de 24 anos), tanto o Município de
Nampula como a Província de Nampula apresentam um índice de masculinidade de
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 29

49%1. De acordo com elementos do INE (2007), a população economicamente activa


no Município atingia cerca de 48,8%, constatando-se que 62% da população se
dedica à actividade agrícola, esperando-se que um número significativo possa estar
envolvido no comércio informal. De acordo com os Censos de 2007, os dados indicam
que 25% da população é analfabeta, e 42,5% frequentou o ensino escolar, 54,9%
dos quais, não concluiu nenhum nível de escolaridade. No recenseamento
agropecuário de 2011 registaram-se cerca de 40.383 pequenas explorações agrícolas
no Município, com dimensão média de 1,2ha, 73% das quais dedicadas ao cultivo de
produtos alimentares, podendo, pois, inferir-se que a agricultura familiar, absorve de
facto uma parte considerável da população activa.

No que concerne a habitação, dados do Censo de 2007 mostram que na Cidade de


Nampula cerca de 55.8% da população vivia em palhotas, cujo material
predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo,
bambu, caniço, adobe, paus maticados, etc.), 27% vive em casas mistas construídas
com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje
de betão).

A casa básica, constituída por uma unidade habitacional que só tem quarto(s), com
casa de banho e cozinha exterior é usada por 11.7% da população, uma pequena
parcela (3.2%) da população vivia em casas convencionais e 1.4% em
flats/apartamentos.

1
INE – Resultados Preliminares do IV RGPH
30 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

3 OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO
PLANO DE ESTRUTURA URBANA DA
CIDADE DE NAMPULA

3.1 O Ordenamento Do Território – A Ideia Geral


Numa cidade em que os assentamentos desordenados constituem mais de três
quartos da área ocupada por assentamentos humanos, a solução proposta promove
um processo de requalificação urbana inclusivo, e que evita ao máximo a necessidade
de reassentamento, de modo a conseguir, gradualmente, qualificar e dotar de
equipamentos e infra-estruturas urbanas básicas as áreas de assentamentos
espontâneos e desordenados, permitindo desta forma que as comunidades que neles
habitam melhorarem a sua qualidade de vida ao mesmo tempo em que se preservam
as dinâmicas sociais específicas de cada uma das comunidades.

Promove-se a melhoria generalizada das condições urbanas através da interrupção


do processo de ocupação desordenada do território, garantindo a terra necessária
para suprir a demanda criada pelas cerca de 73.000 novas famílias previstas até
2029, conseguida através da:

› Requalificação parcial (cerca de 20%) de áreas urbanizadas de baixa e


média densidade;

› Requalificação parcial (cerca de 20%) das Áreas Urbanizáveis não


Planeadas de alta e média densidade;

› Requalificação e densificação parcial (cerca de 80%) de Áreas


Urbanizáveis Não Planeadas de Baixa Densidade.

Propõe a potenciação e reforço da centralidade já existente ao longo da Av. do


Trabalho, de características de serviço e industrial, propondo-se também a criação
de três novas centralidades urbanas a primeira, a sul, na zona do triângulo da
Muhala, a segunda, também a Sul, entre os bairros de Mutauanha e Marrere, e a
terceira, a Norte no cruzamento da via circular com a rua da barragem. As duas
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 31

primeiras com características mais ligadas ao apoio ao uso residencial e


multifuncional e a terceira com características de apoio à actividade da agricultura
urbana. Deste modo fomenta-se a descentralização tanto da implementação da
infraestrutura urbana no sentido espontâneo que a ocupação territorial tem verificado
nos últimos 15 anos.

A criação de novas centralidades pressupõe a realização de operações que


garantam a descentralização do aprovisionamento de equipamentos e serviços
públicos necessários para reduzir a pressão sobre o Posto Administrativo Central,
neste sentido as autoridades municipais terão de mobilizar os sectores público e
privado para a provisão destes serviços e equipamentos nas novas centralidades,
garantindo para tal o aprovisionamento de terra necessário.

Em relação ao núcleo central da cidade a proposta promove um processo de


revitalização do centro através de projectos específicos de edifícios localizados em
pontos estratégicos do centro da cidade de modo que se promova um efeito em
cadeia que garanta a revitalização do interesse pelo retorno à ocupação do centro da
cidade.

Por forma a melhorar e desafogar o intenso e pesado tráfego rodoviário, e ferroviário


que atravessa o centro da cidade, com consequências nefastas para a qualidade de
vida dos habitantes da cidade, propõe-se que as autoridades municipais garantam:

› As reservas de terra necessárias que salvaguardem a implementação futura


de vias rodoviárias estruturantes que sirvam como bybass, tanto a
Norte como a Sul, do tráfego que chega à cidade vindo de Lichinga a
Noroeste, de Maputo a Sudoeste, de Angoche a Sul, ou de Nacala a Leste,
sem que este precise necessariamente atravessar o centro da cidade.

› As reservas de terra a Norte, fora do limite municipal, para a construção de


um troço alternativo da linha férrea Nacala-Cuamba, de modo a
garantir a que as grandes composições ferroviárias que fazem a rota do
carvão Moatize-Nacala, não tenham de passar pelo centro da cidade. Esta
alteração da utilização da linha férrea abre possibilidades para a que o troço
que atravessa o centro da cidade seja integrado a um sistema intermodal
de transportes públicos, que poderia ser reforçado com pelo menos um eixo
de transporte ferroviário urbano que faria uma mais eficiente distribuição
da população ao longo do eixo Este-Oeste.

Estas propostas de alteração da configuração da rede viária e ferroviária da cidade,


constam já de planos anteriores, e são de relevante valor, uma vez que para além
de promover o necessário alívio de tráfego ao centro da cidade, servem também para
fortalecer uma ligação periférica dos cinco Postos Administrativos localizados em
volta do Posto Administrativo Central, num princípio de ligações circulares
32 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

concêntricas, adequado a um desenvolvimento urbano de geometria radial,


característico da cidade de Nampula.

Para a melhoria das actuais condições de Acessibilidade, Mobilidade e


Transporte é fundamental a definição de estratégias estruturadas para a
implementação de sistemas intermodais de transporte público urbano, tendo em
vista a melhoria da eficiência na prestação deste serviço.

No que diz respeito à paisagem urbana, a proposta aponta para uma integração,
cada vez maior, da estrutura ecológica na malha urbana da cidade, propondo a
integração dos inúmeros conjuntos arbustivos ainda existentes, criando uma forte
presença do elemento natural na paisagem da cidade, integrando-a num sistema de
jardins e praças e espaços públicos e privados, e estender essa presença às vias,
arborizando-as com espécies indígenas.

Ainda sobre a estrutura ecológica promove a protecção dos inselbergs, através da


preservação da sua condição natural impondo restrições ao uso e construção, bem
como a criação de zonas de proteção das áreas de inundação e dos cursos de água,
desobstrução de linhas de água e manutenção de índices apropriados da capacidade
de infiltração no solo. Neste sentido a proposta prevê a definição de áreas específicas
de recuperação e preservação da estrutura ecológica de modo a garantir-se o
equilíbrio dos sistemas naturais, principalmente de drenagem e escoamento de águas
pluviais.

Considerando a agricultura como actividade de subsistência fundamental para à


geração de renda e complemento nutricional para grande parte das comunidades
urbanas, sendo tanto actividade principal como complementar, propõe-se abordar o
tema da Agricultura Urbana olhando para as necessidades efectivas das
comunidades, presentes e futuras, compreendendo que a Agricultura Urbana pode
ser potenciada como dinamizadora da economia da cidade. Neste sentido propõe-se
que as áreas agrícolas deixem de ser compreendidas como áreas de produção de
carácter transitório para uma futura edificação urbana passando a ser compreendidas
como áreas de produção, à semelhança das áreas industriais, devidamente
estruturadas e com uma definição clara do regime de uso e ocupação do solo. Deste
modo, propõe-se reservar e condicionar os regimes de ocupação sobre as terras
agrícolas garantindo a segurança do direito de uso e ocupação da terra para
actividades agrícolas por parte das comunidades, que poderão ser tanto de carácter
familiar como de carácter estruturado, garantindo que a cidade tem um centro de
produção agrícola capaz suprir a demanda da população urbana.

Sobre esta proposta, cabe realçar que, ainda que fundamental, o sucesso desta
proposta não depende exclusivamente da capacidade das autoridades municipais de
aprovisionarem e condicionarem a ocupação das terras agrícolas, é fundamental que
as autoridades municipais consigam engajar os sectores agrícola, económico e sociais
de modo a mobilizar a construção de uma cadeia de valor para a produção
agrícola, gerando renda e meios de subsistência para a população urbana
contribuindo para o PIB da cidade. Isto implicará o aprovisionamento de infra-
estruturas de transporte, processamento, armazenagem e comercialização da
produção agrícola. Por outro lado, o foco da produção agrícola deveria transferir-se
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 33

para a produção de hortícolas em regimes que garantam uma maior eficiência e


retorno para as comunidades. Deste modo a Agricultura Urbana reforça o seu papel
como mitigadora dos efeitos da pobreza urbana para a cidade.

E por fim a nível do serviço de Administração urbana a resolução dos conflitos


administrativos entre autoridades municipais e distritais passa pela completa
separação de áreas de influência e/ou áreas de exercício de poder, o reforço da
capacidade institucional com aumento de rendas próprias, pelo alargamento da base
tributária e criatividade nos mecanismos de geração de receitas. Ao nível do quadro
técnico o seu aumento e capacitação, particularmente nas áreas relacionadas
com a gestão do território, adequando o quadro técnico aos processos de
ordenamento e gestão do território, transformando-os em ferramentas e processos
internos da administração, com cada vez menor dependência de consultorias
externas.

3.2 As Categorias de Zoneamento – Uso do Solo


O plano de estrutura urbana terá como principais linhas de actuação a requalificação
dos espaços urbanos, a densificação do uso do solo, a potenciação e criação de novas
centralidades, a melhoria das condições de mobilidade e acessibilidade dentro do
município, a valorização do património histórico e a protecção de áreas produtivas,
ambientalmente sensíveis e de interesse paisagístico. Para a sua estruturação foram
definidas as seguintes categorias de zoneamento:

› (AUb) Áreas Urbanizadas:


› AUbMf – Área Urbanizada Multifuncional
› AUbM1 – Áreas Urbanizadas de Média Densidade
› AUbM2 – Áreas Urbanizadas de Média Densidade a requalificar
› AUbB1 – Áreas Urbanizadas de Baixa Densidade
› AUbB2 – Áreas Urbanizadas de Baixa Densidade a requalificar

› (AUz) Áreas Urbanizáveis:


› AUzMf – Áreas Urbanizáveis Multifuncionais a expandir
› AUzA1 – Áreas Urbanizáveis de Alta Densidade – requalificação
› AUzA2 – Áreas Urbanizáveis de Alta Densidade – em áreas de risco
› AUzM1 – Áreas Urbanizáveis de Média Densidade - requalificação
› AUzM2 – Áreas Urbanizáveis de Média Densidade – expansão
› AUzB1 – Áreas Urbanizáveis de Baixa Densidade - requalificação
› AUzB2 – Áreas Urbanizáveis de Baixa Densidade – expansão

› Áreas de actividades económicas


› AaAPf – Áreas Agrícolas de Produção Familiar
34 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

› AaAPe – Áreas Agrícolas Estruturadas


› AaI - Áreas de Actividade Industrial
› AaSv – Áreas de Actividade de Silvicultura

› Áreas afectas à Estrutura Ecológica:


› Espaços verdes de Uso Público e de Enquadramento a Áreas Edificadas:
› Faixas arborizadas em espaços corredores;
› Parques e jardins públicos;
› Logradouros e jardins privados de grande dimensão;
› Áreas de Verde Natural

› Áreas Verdes de Produção:


› Áreas agropecuárias;
› Áreas de Silvicultura

› Áreas de Protecção parcial de conservação da natureza:


› Área Húmida Alagável Suscetível a Inundações
› Áreas de Verde de Protecção
› Áreas de Formações Geológicas
› Áreas declivosas e sujeitas a erosão;
› Áreas de Orla Ribeirinha e Lacustre

3.3 As Categorias de Zoneamento – Condicionantes


ao Uso do Solo
O plano estabelece as seguintes categorias de condicionantes ao uso do solo:

› Áreas afectas à protecção e conservação da natureza:


› Áreas Húmidas Alagáveis Susceptível a Inundações;
› Áreas de Formações geológicas;
› Áreas declivosas e sujeitas a erosão
› Áreas de Verde de Protecção;

› Zonas de Protecção da natureza:


› Zona de Proteção parcial da Orla ribeirinha, lacustre;

› Zonas de Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade


Pública:
› Zona de protecção parcial de infraestruturas rodoviárias
› Zona de protecção parcial de infraestruturas ferroviária
› Zona de protecção parcial de infraestruturas aeroportuárias
› Zona de protecção parcial de linhas de transporte de energia
› Zona de protecção parcial de linhas de telecomunicações
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 35

› Zona de protecção parcial de sistemas de abastecimento de água,


saneamento e drenagem
› Zona de Proteção parcial de albufeiras ou barragens
› Zona de protecção parcial de instalações militares
36 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

3.4 Índices Urbanísticos


O Plano define os seguintes índices urbanísticos

Para áreas predominantemente residenciais de ALTA DENSIDADE

Acima de 275
Densidade Populacional habitantes/ha ou 60 mínimo
habitações/ha

Coeficiente de Afectação do Solo (CAS)2 0,4 máximo

Coeficiente de Ocupação do Solo (COS)3 2,0 máximo

Coeficiente de Impermeabilização do
0,7 mínimo
Solo (CIS)4

% de área para Espaços Verdes De


30%; mínimo
Utilização Colectiva

% de área para Serviços e


30% mínimo
Equipamentos Públicos

Estacionamento privativo 1 lugar por fogo mínimo

Estacionamento público 0,5 lugar por fogo mínimo

2
Coeficiente de Afectação do Solo (CAS) - é o quociente entre a área total de implantação e a
área urbanizável

3
Coeficiente de Ocupação do Solo (COS) - é o quociente entre a área total de construção e a
área urbanizável

4
Coeficiente de Impermeabilização do Solo (CIS) - é o quociente entre a área total de
impermeabilização e a área urbanizável
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 37

Para áreas predominantemente residenciais de MÉDIA DENSIDADE

de 90 a 275
habitantes/ha ou de
Densidade Populacional Mínimo e máximo
20 a 60
habitações/ha

Coeficiente de Afectação do Solo (CAS) 0,3 máximo

Coeficiente de Ocupação do Solo (COS) 0,9 máximo

Coeficiente de Impermeabilização do Solo (CIS) 0,5 mínimo

% de área para Espaços Verdes De Utilização


15%; mínimo
Colectiva

% de área para Serviços e Equipamentos


15% mínimo
Públicos

Estacionamento privativo 1 lugar por fogo. mínimo

Estacionamento público 0,5 lugar por fogo mínimo

Para áreas predominantemente residenciais de BAIXA DENSIDADE

abaixo de 90
Densidade Populacional habitantes/ha ou 20 máximo
habitações/ha

Coeficiente de Afectação do Solo (CAS) 0,4 máximo

Coeficiente de Ocupação do Solo (COS) 0,4 máximo

Coeficiente de Impermeabilização do Solo (CIS) 0,5 mínimo

% de área para Espaços Verdes De Utilização


15%; mínimo
Colectiva

% de área para Serviços e Equipamentos


15% mínimo
Públicos
38 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Estacionamento privativo 1 lugar por fogo mínimo

Estacionamento público 0,5 lugar por fogo mínimo

Tendo em conta a necessidade de incrementar a densidade, melhorando o acesso de


cada vez mais pessoas aos benefícios da urbanidade, o PEU recomenda para os casos
de requalificação de áreas urbanizáveis, ou na urbanização de novas áreas, que ¾
da superfície destinada à habitação seja ocupada pela tipologia plurifamiliar,
especialmente os edifícios que conduzam à média densidade populacional
preferencialmente que dispensem o uso de elevador.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 39

4 AS PRINCIPAIS OPERAÇÕES
URBANÍSTICAS A REALIZAR

4.1 Operações Urbanísticas para as áreas


Urbanizadas e Centralidades Urbanas
As Áreas Urbanizadas e Centralidades Urbanas existentes deverão ser sujeitas a
processos de requalificação que garantam:

› A manutenção do uso actual do solo existente, multifuncional onde se verificam


áreas habitacionais com equipamentos, incluindo outras actividades,
designadamente comerciais, serviços, industriais e de armazenagem;

› A conquista, recuperação ou melhoria de espaços para o provimento com


equipamento social, buscando preencher as lacunas de instalações
educacionais, sanitárias, culturais, desportivas e de segurança pública;

› A requalificação e revitalização de áreas representativas do património


histórico e arquitectónico da cidade de Nampula, através da recuperação e
readequação de edifícios ou conjuntos arquitectónicos, em projectos que
tenham o potencial para desencadear um efeito cascata na revitalização das
áreas centrais;

› A recuperação e/ou a melhoria das infra-estruturas viárias, de abastecimento


de água e energia bem com as de escoamento das águas pluviais;

› O estabelecimento de parâmetros, índices e regras que deverão reger as


operações urbanísticas, tendo em consideração as indicações do Plano

› A requalificação dos espaços públicos verdes.


40 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

4.1.1 Dotação de Infraestruturas


› Pavimentação de Arruamentos com garantia de escorrimento superficial de águas
pluviais; implementação de rede pública de abastecimento e distribuição de água
potável para realização de ligações domiciliares.

› No processo de elaboração dos PP devem ser levadas a cabo negociações com as


empresas provedoras de serviços públicos de energia eléctrica e abastecimento de
água para a implementação de projectos de melhoria e expansão de serviços.

4.1.2 Dotação de equipamentos de Utilidade Pública


› Os Planos de pormenor deverão determinar os espaços que devem ser concedidos
ao Equipamento Social, especialmente quando a zona não é abrangida pela área de
influência do actual equipamento educacional, sanitário, cultural, desportivo ou de
segurança.

4.1.3 Verde Urbano


› Na planificação de ações a serem implementadas nos bairros, é fundamental a
previsão de áreas destinadas a lazer e recreio bem como espaços abertos
destinadas a reuniões onde a ocupação do solo é predominantemente verde. Os
Planos de Pormenor (PP) devem considerar sempre as áreas necessárias para o
efeito.

4.2 Operações Urbanísticas de requalificação para as


Áreas Urbanizáveis
As Áreas Urbanizáveis Planeadas5 devem ser sujeitas a processos de requalificação
urbana, através de Planos de Pormenor, que garantam:

› A gradual transformação dos locais com origem planificada, existentes em


espaços completamente urbanizados;

5
As áreas Urbanizáveis Planeadas e Não Planeadas aparecem mapeadas e definidas no Mapa do
Uso do Solo da Situação Actual, sobre as quais se pretende intervir por forma a transformá-las
única e exclusivamente em áreas urbanizáveis, devendo para este efeito, passar pelas operações
urbanísticas indicadas acima. Entende-se então como Áreas Urbanizáveis aquelas com edificação
planificada, com regularização fundiária em talhões definidos e delimitados, com infraestrutura por
completar, onde se propõe a requalificação e prevê-se expansão urbana através da criação de duas
novas centralidades urbanas.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 41

› A recuperação ou a melhoria de espaços para o provimento com equipamento


social, buscando preencher com instalações educacionais, sanitárias, culturais,
desportivas e de segurança pública;

› O provimento com infra-estruturas, particularmente as infra-estruturas viárias,


de abastecimento de água e energia bem como as de escoamento das águas
pluviais;

› O estabelecimento de parâmetros, índices e regras que deverão reger as


operações urbanísticas, tendo em consideração as indicações do Plano.

As Áreas Urbanizáveis Não Planeadas, que podem ser compreendidas como sendo
as áreas de assentamentos desordenados, serão sujeitas a Planos de Pormenor (PP),
devendo ser orientados no sentido de primeiro acudir e dar prioridade às áreas urbanas
mais necessitadas, escolhidas através de critérios objectivos de aferição como:

› Número de população afectada;


› População a residir em áreas de risco;
› População sem acesso à energia eléctrica;
› População sem acesso a água potável;
› População sem acesso a sistemas de saneamento; e
› Inexistência de infra-estruturas e/ou equipamento de uso público.

Os Planos de Pormenor devem estruturar a requalificação urbana num processo gradual


e inclusivo, que respeite a sua história urbana do local, promovendo a preservação das
suas principais características; evite ao máximo a necessidade de reassentamento,
transformando a malha irregular e orgânica do ambiente informal num elemento
caracterizador do espaço urbano.

De modo que estas áreas percam a sua característica de assentamento desordenado,


passando de Áreas Urbanizáveis Não Planeadas para Áreas Urbanizáveis
Planeadas6, são essenciais as seguintes operações urbanísticas:

6
De acordo com a definição indicada no Diagnóstico da Situação Existente do PEUCN,
caracterizam-se como: 1. Áreas Urbanizáveis Planeadas: aquelas com edificação planificada em
zonas com infra-estruturas por completar, onde predomina o uso residencial unifamiliar em talhões
alinhados ao longo de vias de terra batida; e 2. Áreas Urbanizáveis Não Planeadas: aquelas
com edificação em zonas sem infra-estruturas ou com infra-estruturas por completar, sem definição
42 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

4.2.1 Regularização Urbanística


Desenho das Plantas de Zoneamento e de Condicionantes e Elaboração do Regulamento
respectivo e estudo da forma de realizar a Demarcação de Terrenos num processo
baseado na participação interessada das comunidades.

4.2.2 Regularização Fundiária


A regularização da estrutura física do bairro onde se integram as áreas não planificadas
deverá ser acompanhada de Regulação Fundiária e Endereçamento. Isto deverá
conseguir-se não só através da definição, a nível do IOT dos lotes, como da sua efectiva
marcação no terreno e respectiva atribuição da titularidade dos respectivos DUATs às
comunidades e entidades envolvidas.

4.2.3 Verde Urbano


Na planificação de ações a serem implementadas nos bairros, é fundamental a previsão
de áreas destinadas a lazer e recreio bem como espaços abertos destinados a reuniões
onde a ocupação do solo é predominantemente verde. Os PP devem considerar sempre
as áreas necessárias para o efeito.

4.2.4 Dotação de Infra-estruturas


Deverá ser garantida a Abertura de arruamentos considerando que o raio de acesso à
rua com capacidade rodoviária não seja superior a 100 metros.

Serão realizados os estudos das possibilidades de acesso à rede pública de


abastecimento de água potável tendo, na impossibilidade, como alternativa, um plano
de furos e organização de uma rede interna e distribuição de água por fontenários e
ligações domiciliares.

Serão avaliadas as possibilidades para garantir a drenagem e escoamento superficial de


águas pluviais de modo a impossibilitar a ocorrências de cheias e inundações que levem
a perdas humanas e materiais das comunidades.

No processo de elaboração dos Planos de Pormenor devem ser levadas a cabo


negociações com a empresa provedora de energia eléctrica para o incremento da mesma
nestes assentamentos.

do limite das parcelas e c om quarteirões indefinidos, onde predomina o uso residencial unifamiliar
distribuído desordenadamente.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 43

4.2.5 Dotação de Equipamentos de Utilidade Pública


Os planos de pormenor deverão determinar os espaços que devem ser concedidos ao
equipamento social, especialmente quando a zona não é abrangida por nenhum raio de
influência do actual equipamento educacional, sanitário, cultural, desportivo ou de
segurança.

4.3 Operações Urbanísticas sobre Mobilidade e


Acessibilidade

4.3.1 Introdução
As opções urbanistas consideradas no cenário de desenvolvimento preveem a criação
de cinco (5) nós principais resultantes da intersecção das vias estruturantes existentes.
Isso significa que estes polos de crescimento contribuirão para a orientar o crescimento
da cidade para a periferia. Este padrão de crescimento da cidade orientado para a
periferia tem inúmeras vantagens para a mobilidade pois contribui para distribuição
balanceada das viagens urbanas e permite optimizar a distribuição das rotas de
transporte público.

Para a execução das iniciativas para promoção de um sistema de transporte urbano


sustentável devem ser consideradas as prioridades que se seguem:

› melhoria da distribuição do uso do solo urbano, garantindo a densificação e


uso de solo misto na periferia da cidade. Isso contribuirá para melhorar o
padrão das viagens geradas na cidade;
› garantir melhor conectividade. A construção de vias estruturantes permitirá
melhor acesso para a periferia e ajudará na redução do congestionamento na
EN1e outras vias principais pois parte do tráfego urbano será absorvido pelas
vias terciárias;
› introdução de transporte público eficaz. Um sistema de transporte público
eficaz melhora a acessibilidade e permite que as pessoas façam menos viagens
em carros pessoais. Estas iniciativas têm enorme impacto ambiental e social.

4.3.1.1 Padrão de viagens


Nos 5 polos de crescimento, deve-se garantir um crescimento compacto e misto. O
acesso aos 2 polos localizados ao longo da N1, deve ser feito por vias alternativas com
vista a garantir segurança e reduzir congestionamento na N1.
44 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

4.3.1.2 Vias estruturantes


O plano prevê a construção e requalificação de várias vias de acesso estruturantes. Parte
das vias aa requalificar, são picadas em terra batida e de difícil acesso.

As vias de maior relevo são:

› Estrada circular que liga todos bairros da periferia com um total de 52.416km

› Requalificação de vários prolongamentos de vias secundárias como a via que


parte da EN1 ao bairro de Namicopo (6.8km) ao bairro de Carrupeia (7.2Km)

› Requalificação de vários prolongamentos de vias secundárias como a via que


parte da EN1 ao bairro de Muhaivire

4.3.1.3 Rotas de transporte público


A introdução de transporte público urbano é crucial para a sustentabilidade da cidade.
Para a sua materialização, o plano prevê a introdução de novas rotas e melhoria dos
serviços de transporte público como a introdução de paragens fixas e de um terminal de
transporte público.

As paragens devem estar localizadas com vista a minimizar a distância da máxima


demanda (min-max). A distância entre uma paragem e outra deve ser no mínimo 1.5km.
A terminal de transporte público urbano por unanimidade deve estar localizada no bairro
de Muhala expansão, visto que nestes bairros convergem a maior parte das rotas de
transporte público.

O Plano prevê a introdução de 11 linhas de transporte público: sendo duas as linhas


circulares Sul e Norte e as outras 9 linhas transversais. Actualmente as linhas circulares
não existem, contudo são cruciais para melhorar a acessibilidade. As restantes linhas já
existem somente precisam de ser restruturadas.

4.3.2 Faseamento das prioridades


A forma urbana da cidade de Nampula contribui para o aumento do uso de transporte
motorizado. Assim sendo, a sequência da implementação das acções necessárias para
redução de veículos motorizados para viagens diárias e tornar a cidade de Nampula
ambientalmente sustentável será conforme o apresentado na Figura 4.1.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 45

Figura 4.1 - Sequência de implementação

De acordo com a literatura, não existe uma sequência rígida no processo e depende de
vários factores como a visão e facilidade de implementação. Contudo, para o presente
plano sugerimos que a implementação siga as seguintes etapas:

4.3.2.1 Etapa 1: Melhoria da acessibilidade.


Implica provisão de mais vias de acesso, ou seja, deve ser dada prioridade à via circular
uma vez que permite a conexão de todos bairros da periferia. Relativamente às vias
transversais, pode ser dada prioridade para as vias que servem o maior número de
população, tais como, os prolongamentos das vias que ligam os bairros de Carrupeia e
Namicopo.

4.3.2.2 Etapa 2: A necessidade de redução de viagens


motorizadas
Restruturação do uso de solo, garantindo maior densidade e uso de solo misto.
Iniciativas devem ser definidas para densificar os polos de crescimento urbano
localizados nos bairros Natikiri e Muhala expansão.

4.3.2.3 Etapa 3: Distribuição de actividades geradoras de


viagens
No âmbito da promoção de uso de solo misto e compacto, as actividades potencialmente
geradoras de viagens (escolas, hospitais, mercados, supermercados) devem ser
distribuídas equitativamente pelos bairros da periferia. As actividades devem estar
localizados em locais que permitam fácil acessibilidade e máxima demanda.
46 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

4.3.2.4 Etapa 4: Reforço de transporte público.


Implica introduzir linhas de transporte que liguem os bairros da periferia isso melhorará
a acessibilidade.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 47

5 PROGRAMA DE EXECUÇÃO

5.1 Implementação do PEUCN através das Unidades


Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG)
Entenda-se por Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) a área de
intervenção correspondente aos subsistemas de ordenamento urbanístico. Estas
unidades, geridas pelo corpo técnico das autoridades municipais, são, a nível local,
responsáveis pela discussão, implementação e actualização contínua dos IOTs que
compreendam total ou parcialmente áreas do seu território.

As UOPG’s poderão, caso tal se mostre viável, ser subdivididas em Sub Unidades
Operativas de Planeamento e Gestão (SUOPG), de modo a viabilizar os
processos de produção, implementação, monitoria e actualização contínua dos IOTs
sobre o território.

As áreas das UOPG’s serão coincidentes com as áreas dos Bairros e as áreas da
SUOPG’s são as Unidades Comunais em função das operações urbanísticas
previstas para cada Posto Administrativo, sendo:
48 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Mapa 5.1 – Unidades Operativas de Gestão

Fonte: Mapeamento do consultor

UOPG1 – PA Central – com 315Ha, faz fronteira com os Postos Administrativos de


Napipine, Namicopo, Muhala e Muatala. Apresenta uma ocupação planeada, infra-
estruturada e com desenvolvimento vertical. Considera-se um polo de
desenvolvimento urbano existente a reforçar e requalificar através da potenciação e
reforço da centralidade já existente e desvio da rota do carvão para fora dos limites
municipais.

UOPG2 – Bairro Namutequeliua – com 1.844Ha, situa-se a Este do PA Central e


possui como limites o Posto Administrativo de Namicopo, a Norte, o Posto
Administrativo de Anchilo no Distrito de Nampula a Este, o Bairro da Muhala a Sul.
Caracterizado pela predominância de áreas urbanizáveis planeadas. Prevê-se a
implementação de planos de loteamento em vigor, infra-estruturação das áreas
planeadas, requalificação das áreas não planeadas.

UOPG3 – Bairro Muhala – com 1.186Ha, situa-se a Este e Sudeste do PA Central e


possui como limites o Bairro de Namutequeliua, a Norte, o Posto Administrativo de
Anchilo no Distrito de Nampula, a Sudeste, e o bairro de Muhaivire a Sul.
Caracterizado pela predominância de áreas urbanizáveis planeadas e zonas de com
risco de erosão. Prevê-se a infra-estruturação das áreas planeadas, requalificação
das áreas não planeadas e a criação de uma nova centralidade na zona do Triângulo.

UOPG4 – Bairro Muahivire – com 2.964Ha, situa-se a Sudeste do PA Central e possui


como limites o Bairro da Muhala a Norte, o Posto Administrativo de Anchilo no Distrito
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 49

de Nampula, a Sul, e o Posto Administrativo de Muatala, a Oeste. Caracterizado pela


predominância de áreas urbanizáveis planeadas e zonas de com risco de erosão.
Prevê-se a criação de uma circular que atravessa os bairros, implementação de
planos de loteamento em vigor, infra-estruturação das áreas planeadas,
requalificação das áreas não planeadas e a criação de uma nova centralidade na zona
do Triângulo.

UOPG5 – Bairro Muatala – com 2.249Ha, situa-se a Sul do PA Central e possui como
limites o Bairro da Mutauanha a Oeste, o Posto Administrativo de Anchilo no Distrito
de Nampula, a Sul, e o Posto Administrativo de Muhala, a Este. Caracterizado pela
predominância de áreas urbanizáveis não planeadas e áreas agrícolas. Prevê-se a
criação de uma circular que atravessa os bairros, implementação de planos de
loteamento em vigor, a requalificação das áreas não planeadas, e a criação de uma
área de reserva agrícola no limite do Município.

UOPG6 – Bairro Mutauanha – com 2.952Ha, situa-se a Sul e Oeste do PA Central e


possui como limites o Posto Administrativo de Natikiri, a Oeste, o Posto
Administrativo de Anchilo no Distrito de Nampula, a Sul, e o Bairro da Muatala a Este.
Caracterizado pela predominância de áreas urbanizáveis não planeadas e áreas
agrícolas. Prevê-se a criação de uma circular que atravessa os bairros,
implementação de planos de loteamento em vigor, a requalificação das áreas não
planeadas, a criação de uma nova centralidade na fronteira com o PA de Natikire e a
criação de uma área de reserva agrícola no limite do Município.

UOPG7 – Bairro de Natikiri - com 2.727Ha, situa-se a Oeste do PA Central e possui


como limites o Posto Administrativo de Rapale no Distrito de Nampula-Rapale, a
Oeste, O Bairro de Marrere a Sul, e Bairro de Murrapaniua a Norte. Este bairro é
atravessado pelo eixo rodoviário e ferroviário que faz a ligação à Província do Niassa
e à República do Malawi. Caracterizado pela predominância de áreas de cultivo
agrícola e algumas áreas urbanizáveis não planeadas. Prevê-se a criação de uma
circular que atravessa os bairros e que acompanha a implementação de uma área
dedicada à actividade industrial, implementação de planos de loteamento em vigor,
requalificação das áreas não planeadas, a criação de uma área de reserva agrícola
no limite do Município.

UOPG8 – Bairro de Marrere - com 1.768Ha, situa-se a Oeste do PA Central e possui


como limites o Posto Administrativo de Rapale no Distrito de Nampula-Rapale, a
Oeste, o Posto Administrativo de Namítao no Distrito de Nampula-Rapale, a Sul e
Sudoeste o Posto Administrativo de Muatala, a Este, o Bairro de Natikire a Norte
Caracterizado pela predominância de áreas de cultivo agrícola e algumas áreas
urbanizáveis não planeadas. Prevê-se a criação de uma circular que atravessa os
bairros e que acompanha a implementação de uma área dedicada à actividade
industrial, implementação de planos de loteamento em vigor, requalificação das
áreas não planeadas, a criação de uma área de reserva agrícola no limite do Município
e a criação de uma nova centralidade na fronteira com o PA de Muatala.
50 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

UOPG9 – Bairro de Murrapaniua - com 3.324Ha, situa-se a Oeste do PA Central e


possui como limites o Posto Administrativo de Rapale no Distrito de Nampula-Rapale,
a Norte e Noroeste, o Posto Administrativo de Namítao no Distrito de Nampula-
Rapale, a Sul e Sudoeste, o Posto Administrativo de Napipine, a Este. Este posto é
atravessado pelo eixo rodoviário e ferroviário que faz a ligação à Província do Niassa
e à República do Malawi. Caracterizado pela predominância de áreas de cultivo
agrícola e algumas áreas urbanizáveis não planeadas. Prevê-se a criação de uma
circular que atravessa os bairros, requalificação das áreas não planeadas, a criação
de uma área de reserva agrícola no limite do Município;

UOPG10 – Bairro de Napipine - com 2.251Ha, situa-se a Norte do PA Central e possui


como limites o Distrito de Rapale, a Norte, o Posto Administrativo de Muatala, a Sul,
o Bairro de Karrupeia a Este e o Posto Administrativo de Natikiri, a Oeste. É nesta
área da cidade onde está implantada a barragem responsável pelo abastecimento de
água potável para a cidade. Caracterizado pela predominância de áreas urbanizáveis
não planeadas. Prevê-se a criação de uma circular que atravessa os bairros, a
requalificação das áreas não planeadas, a criação de uma área de reserva agrícola
no limite do Município e a criação de uma nova centralidade na fronteira em torno da
Estrada da Barragem.

UOPG11 – Bairro de Karrupeia - com 2.074Ha, situa-se a Norte do PA Central e


possui como limites o Distrito de Rapale, a Norte, o Posto Administrativo de Muatala,
a Sul, o Posto Administrativo de Namicopo, a Este e o Bairro de Napipine a Oeste. É
nesta área da cidade onde está implantada a barragem responsável pelo
abastecimento de água potável para a cidade. Caracterizado pela predominância de
áreas urbanizáveis não planeadas. Prevê-se a criação de uma circular que atravessa
os bairros, a requalificação das áreas não planeadas, a criação de uma área de
reserva agrícola no limite do Município e a criação de uma nova centralidade na
fronteira em torno da Estrada da Barragem.

UOPG12 – Bairro de Namicopo - com 3.918Ha, situa-se a Nordeste do PA Central e


possui como limites a localidade de Saua-Saua no Distrito de Rapale, a Norte, o Posto
Administrativo de Muhala, a Sul, o Bairro de Mutava Rex a Este e o Posto
Administrativo de Napipine, a Oeste. Caracterizado pela predominância de áreas de
cultivo agrícola e poucas áreas urbanizáveis não planeadas. Prevê-se a
implementação de nova barragem e a criação de uma circular que atravessa os
bairros, que acompanha a implementação de uma área dedicada à actividade
industrial de apoio às áreas agrícolas, a requalificação das áreas não planeadas, a
criação de uma área de reserva agrícola de produção estruturada no limite do
Município.

UOPG13 – Bairro de Mutava Rex - com 4.823Ha, situa-se a Nordeste do PA Central


e possui como limites a localidade de Saua-Saua no Distrito de Rapale, a Norte, o
Posto Administrativo de Muhala, a Sul, o Posto Administrativo de Anchilo no Distrito
de Nampula, a Este e Bairro de Namicopo, a Oeste. Caracterizado pela predominância
de áreas de cultivo agrícola e poucas áreas urbanizáveis não planeadas. Prevê-se a
implementação de nova barragem e a criação de uma circular que atravessa os
bairros, que acompanha a implementação de uma área dedicada à actividade
industrial de apoio à áreas agrícolas, a requalificação das áreas não planeadas, a
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 51

criação de uma área de reserva agrícola de produção estruturada no limite do


Município.

5.2 A implementação do PEUCN através dos PGU e


PP
O PEUCN poderá igualmente ser implementado através de Planos Gerais ou
Parciais de Urbanização ou Planos de Pormenor, que, a serem produzidos
futuramente, respeitarão as UOPG’s e SUOPG’s definidas pelo presente Plano de
Estrutura Urbana.

A cada unidade operativa de planeamento e gestão, que servirá de base à elaboração


de planos de urbanização, são atribuídos índices urbanísticos, aplicáveis de modo
uniforme a todas as propriedades que a integram, de modo a permitir uma adequada
repartição de encargos e benefícios pelos proprietários, em termos a definir na
delimitação das áreas de urbanização conjunta.

O Município de Nampula tem em vigor Planos Parciais de Urbanização para cada Posto
Administrativo. Contudo, o prazo de vigência dos planos termina em 2021, pelo que
a Autarquia deverá calendarizar a elaboração dos Planos de Pormenor para os
3 primeiros anos da vigência do Plano.

5.3 Programa de Acções


O programa de acções consiste num plano integrado de acções de desenvolvimento
urbano para a cidade de Nampula a ser implementado no período de vigência do
PEUCN de forma faseada de acordo o seu grau de prioridade. Estas acções devem
ser objecto de um processo de avaliação, discussão e selecção da qual devem
participar a Comissão de Implementação do Plano do CMCN assim como diversos
grupos de interesse dos agentes económicos e sociedade civil. As acções estão
agrupadas por Áreas de intervenção e listadas por prioridade.

A lista de acções e suas respectivas prioridades, actores e entidades


implementadoras está apresentada no capítulo 5.3.3 – Matriz de Acções, faz-se
abaixo uma breve descrição destas acções.

5.3.1 Acções para o Desenvolvimento Espacial (ADE)


Estão inseridas neste capítulo acções relacionadas com:

› Ocupação e uso do solo – compreendem estudos sobre intervenções a


realizar através de um conjunto de projectos, visando a criação de melhores
52 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

condições de vida para as comunidades urbanas que vivem em situações


precárias, nos quais se incluem propostas de preparação de áreas de
expansão, densificação de áreas planeadas e requalificação de áreas
planeadas e não planeadas;

› Desenvolvimento de Infra-estruturas – compreendem também acções


de reabilitação e/ou reconstrução de infra-estruturas relativas aos
abastecimentos de água, saneamento, drenagem, gestão de resíduos
sólidos urbanos, acesso à energia eléctrica;

› Melhoramento da Mobilidade, acessibilidade e transporte –


compreendem acções de melhoramento e expansão da rede viária e
optimização da rede de transportes públicos e privados através da
restruturação das suas rotas;

› Requalificação da Estrutura Ecológica – compreende a identificação e


delimitação de potenciais áreas que contribuam para a preservação e
recuperação da estrutura ecológica; e

› Incremento da Resiliência Urbana – compreendem acções que visam a


diminuição da vulnerabilidade das comunidades e das infra-estruturas
urbanas reduzindo o risco de erosão e inundações.

Algumas destas acções exigem a participação de estruturas de especialidade de nível


central, sendo indispensável uma coordenação destes com o CMCN.

5.3.1.1 Linhas de Acções para melhoria da mobilidade e


acessibilidade
a) Cidade não orientada para o trânsito motorizado

Orientar a cidade para que se torne mais verde e ambientalmente sustentável, é


crucial para a promoção do uso do solo misto, reduzindo a necessidade de uso de
transporte motorizado. Igualmente, a massificação do transporte público é
fundamental. A melhoria de transporte público pode ser feita através da expansão
da rede de estrada para a periferia. Isso possibilita a introdução de linhas
transversais, de transporte público que permitem uma fácil ligação dos bairros da
periferia entre si e permitem a diversificação do uso do solo, o que contribui para
redução de tempo de viajem e consequente promoção de uso de meios não
motorizados.

Igualmente, é necessário a integração do transporte público com outros meios como


por exemplo os mototáxis. Estes operadores informais fazem a última ligação entre
a paragem de transporte público e a residência dos passageiros. Essa interação
permitirá que o transporte público seja mais eficaz e abrangente.

A promoção de viagens pedonais e de bicicleta é vista também como importante para


que as cidades se tornem ambientalmente sustentáveis. Isso implica melhoria das
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 53

condições de segurança rodoviária. A Figura 5.1 indica que acções podem ser
definidas para reforçar o sistema de gestão de tráfego rodoviário. Isso implica
promoção de infra-estruturas para os meios não motorizados.

b) Criar um sistema de transporte público e transporte privado


sustentável

Para a introdução de um sistema de transporte público e transporte pessoal


sustentável, é fundamental a provisão de vias de acesso melhoradas. Isso implica a
melhoria da conectividade e de condições de transitabilidade particularmente das vias
terciárias. Para além da melhoria do estado do pavimento, a melhoria da capacidade
das vias é crucial, pois a maior parte das vias na periferia da cidade de Nampula
apresenta uma secção reduzida, o que dificulta o cruzamento de 2 viaturas.

Para tornar o serviço de transporte público integrado e abrangente é necessária a


criação de vias dedicadas para o transporte público. O plano propõe a introdução de
uma linha circular, divida entre Norte e Sul, e provisão de outras linhas transversais
como as descritas anteriormente. A circular norte possui 27.243km e a circular Sul
possui 25.173km. Porém a provisão destas novas linhas de transporte deve ser
acompanhada de um aumento da frequência dos autocarros. Devem passar dos
actuais >30min para os 10-20min que são considerados como tempo óptimo para
espera de autocarros.

Igualmente, é necessário a definição de paragens fixas e introdução de uma nova


terminal dos transportes publico. As paragens devem se localizar nos pontos de maior
demanda. Estas devem possuir cobertura e bancos com vista a oferecer conforto as
pessoas que esperam pelo transporte publico. Uma vez que a maior parte da
população Moçambicana ainda é aliterada, as cabines localizadas nas paragens
devem ser desenhadas com vista a facilitar a sua associação com a linha de
transporte publico que servem. Por exemplo as cabines podem ser pintadas na
mesma cor dos autocarros que operam na linha que elas servem.

O PEUCN define 4 terminais:

› Terminal do Polígono
› Terminal do Mercado Yeye
› Terminal de Taecane
› Terminal de Muhala Expansão

As terminais devem possuir várias plataformas de embarque e desembarque de


acordo com as linhas de transporte público existentes. Estas plataformas devem
possuir cobertura para garantir conforto aos passageiros, e serviços de apoio como
de informação, segurança e posto de primeiros socorros. Adicionalmente, as
terminais devem possuir um parque de estacionamento para os autocarros que não
54 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

estejam em serviço, e outro parque de estacionamento para outros operadores de


transporte público como os táxis e moto táxis.

A falta de estacionamento, principalmente no centro urbano, é apontada como um


dos grandes motivadores de congestionamento, mas também é compreendido como
ponto de furto de acessórios das viaturas. Para o presente plano, a introdução de
mecanismos de reforço da gestão do tráfego é crucial. Para o caso em apreço, é
necessário criar pontos de estacionamento específico e reduzi-lo ao longo da via e
implementar medidas de segurança para garantir a não vandalização e furto nas
viaturas.

c) Para estabelecer uma cidade ambientalmente e socialmente


sustentável

As iniciativas para a promoção de um ambiente urbano sustentável devem cingir-se


à promoção de viagens não motorizadas, e integração deste meio de transporte com
o transporte público. Devem ser criadas iniciativas direccionadas para a redução da
poluição e melhoria da segurança rodoviária. As acções para a optimização do tráfego
requerem a provisão de melhores vias de acesso e reforço dos mecanismos de gestão
de tráfego. As iniciativas para melhoria da segurança rodoviária e redução da
poluição, suscitam acções como o desvio da linha férrea de transporte de carvão do
centro da cidade para a periferia da cidade.

No presente plano, propõe-se a criação de rotas especificas para o transporte não


motorizado, separados do tráfego de viaturas. Estes corredores devem possuir
sombra para proteger os utentes do calor abrasador e iluminação pública para
garantir a segurança para os que viajam de noite. As rotas devem ligar as zonas de
alta densidade populacional aos grandes mercados e áreas comerciais, mas também
às diferentes paragens de transporte público. Esta integração entre o transporte
público e os corredores de transporte não motorizado permite que a massificação do
uso deste transporte concorra para promoção de um ambiente urbano mais
sustentável.

A linha férrea de transporte de carvão cruza as zonas mais densas da cidade, e é


apontada como uma das principais fontes de poluição sonora, vibração e propagação
de pó de carvão sobre os aglomerados populacionais. Igualmente, contribuí para a
insegurança rodoviária nas várias passagens de nível sem guarda, principalmente no
bairro de Natikiri (próximo do colégio Natikiri) e no bairro de Mutauanha (próxima ao
Recheio da Faina). No presente plano, sugere-se que a linha férrea de transporte de
carvão seja desviada do centro da cidade para a periferia da cidade, precisamente
para o norte da cidade. O desvio da linha férrea trará melhoras significativas na
qualidade de vida de várias famílias, em particular dos bairros acima referidos.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 55

Figura 5.1 – Relação entre as medidas e acções necessárias para a melhoria do sistema de
transporte público urbano

5.3.2 Acções de Capacitação Institucional (ACI)


Trata-se de acções de carácter institucional, visando melhorar o e a capacidade de
intervenção do CMCN, assim como maximizar a sua capacidade de gestão da terra
urbana, através da:

› Definição de estrutura orgânica do quadro técnico e administrativo de


acompanhamento do plano:

› Recrutamento de pessoal para quadro técnico e administrativo


prevendo a inclusão de arquitectos, urbanistas e outros
especialistas da área de planeamento e ordenamento territorial;
› Formação e capacitação do pessoal na área do planeamento e
ordenamento do território.

› Aumento da base coletável:

› Realização de cadastro predial;


› Realização de regularização fundiária;
› Introdução de taxas e impostos pessoais e prediais;
56 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

› Promoção de iniciativas de aumento de rendimento da população;


› Melhoramento do sistema de transporte público existente.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 57

5.3.3 Matriz de Acções


Tabela 5.1 - Matriz de acções

Acções Nível de Prioridade Actor Entidade

ADE Acções para o Desenvolviento Espacial

ADE1 Ocupação e Uso do Espaço Urbano

ADE1.1 Acções de divulgação do Plano e engajamento para participação comunitária média local CMCN

ADE1.2 Requalificação de solo urbano para garantir reservas públicas de terreno alta local CMCN

ADE1.3 Requalificação de Áreas Urbanizadas Planeadas e Não Planeadas alta local CMCN

ADE1.4 Potenciação de Novas Centralidades alta local CMCN

ADE1.5 Regularização Fundiária alta local CMCN

ADE1.6 Interromper processos de assentamento desordenado alta local CMCN

ADE1.7 Reassentamento de população em áreas de risco alta local CMCN

ADE1.8 Estruturação de áreas para agricultura urbana alta local CMCN

ADE1.9 Extensão da área industrial ao longo da EN13 média local CMCN

ADE1.10 Reforço do carácter de Centralidade do PA Central baixa local CMCN


58 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Acções Nível de Prioridade Actor Entidade

ADE Acções para o Desenvolviento Espacial

ADE2 Infraestruturação

ADE2.1 Rede de Abastecimento de água

Aumento da capacidade de provisão de água do sistema através do programa de


ADE2.1.1 alta central FIPAG
controlo e reducão de perdas de água e programas de poupanca de água

Extensão da rede de distribuição de água, atraves da construção de um novo


ADE2.1.2 alta central FIPAG
centro distribuidor e aumento do número de ligações domiciliares

ADE2.1.3 Ligações a pequenos sistemas geridos por privados, a criar a nível de bairros alta central CMCNpl

ADE2.1.4 Aumento do número de fontenários em zonas menos urbanizadas alta central CMCNpl

ADE2.2 Rede de Drenagem de Águas Pluviais

Desobstrução e manutencão das linhas naturais de drenagem de água e das áreas


ADE2.2.1 alta local CMCNpl, EMUSANA
das bacias de drenagem

ADE2.2.2 Expansão do sistema de drenagem de águas superficiais alta central AIAS

ADE2.3 Rede de Drenagem de Águas Residuais

ADE2.3.1 Construção da rede de saneamento e da ETAR média central AIAS

Expansão do saneamento básico através da promoção e provisão de serviços


ADE2.3.2 alta local CMCNpl, EMUSANA
(construção de latrinas melhoradas, recolha de lamas fecais, e outros)

ADE2.4 Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos

ADE2.4.1 Construção de novo aterro sanitário alta local CMCN

Criacao de uma unidade de reciclagem/reaproveitamento de resíduos sólidos


ADE2.4.2 baixa local CMCN
(papel, metal, lixo orgânico, plástico)

ADE2.4.3 Melhoria do serviço de recolha, transporte e tratamento de resíduos sólidos média local CMCN

ADE2.5 Rede Eléctrica

ADE2.5.1 Extensão da rede eléctrica alta central EDM

ADE2.5.2 Iluminação das vias públicas média central EDM

ADE2.5.3 Aumento do número de ligações domiciliares média central EDM


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 59

Acções Nível de Prioridade Actor Entidade

ADE Acções para o Desenvolviento Espacial

ADE3 Mobilidade | Acessibilidade | Transporte

Melhoria das condições de acessibilidade, mobilidade e transporte da cidade,


ADE3.1
definindo estratégias de transportes públicos intermodais
alta local CMCN

Introdução de sistemas de transportes públicos que melhore a ligação dos bairros


ADE3.2 média local CMCN
da periferia entre si.
Implementação de sistema de estacionamento público subterrâneo para evitar o
ADE3.3 alta local CMCN
parqueamento ao longo das estradas

ADE3.4 Melhoria dos mecanismos de gestão dos serviços de moto táxis alta local CMCN

Construção de terminais de transporte publico nos principais nós e intersecção das


ADE3.5
linhas de transporte público
média local CMCN

ADE3.7 Consolidação da rede viária principal alta local CMCN

ADE3.8 Construção de novas vias estruturantes média local | central CMCN | ANE

ADE3.9 Pavimentação de vias média local CMCN

ADE4 Biodiversidade | Conservação

ADE4.1 Requalificação de áreas afectadas pela erosão alta local CMCN

ADE4.2 Protecção e conservação dos montes-ilha média local CMCN

ADE4.4 Restauração da vegetação ribeirinha em áreas erodidas ou em riscos de erosão alta local CMCN

ADE4.5 Plantio de árvores ao longo da rede viária principal média local CMCN
60 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Acções Nível de Prioridade Actor Entidade

ACI Acções de Capacitação Institucional

ACE1 Adequação do Quadro Técnico

ACI1.1 Constituição de quadro técnico para gestão do território alta local CMCN

ACI1.2 Formação de quadro técnico em gestão do território alta local CMCN

ACI1.3 Criação de Unidade Técnica de acompanhamento de implementação do plano alta local CMCN

ACI2 Acompanhamento e Fiscalização da Implementação do plano

ACI2.1 Distribuição do quadro técnico pelo Território alta local CMCN

ACI2.2 Constituição das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG) alta local CMCN

ACI2.3 Regularização dos limites físicos do Município alta local CMCN

ACI3 Sustentabilidade Económica

ACI3.1 Realização de regularização fundiária alta local CMCN

ACI3.2 Criação de uma base cadastral alta local CMCN

ACI3.3 Cobrança de taxas e impostos alta local CMCN


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 61

5.4 Estudos, Planos e Projectos


Relacionado a cada uma das acções prioritárias identificadas no capítulo anterior,
estão os Estudos, Planos e Projectos necessários para o alcance dos seus
objectivos e consequente visão geral do PEUCN. Apresentam-se, os Estudos, Planos
e Projectos considerados prioritários para a execução do estabelecido no PEUCN, que
compreendem:

› Estudos e Planos Estratégicos


› Planos de pormenor; e
› Projectos de Infra-estruturas;

Tal como no caso das Acções Prioritárias, os estudos, planos e Projectos estão
enquadrados em três categorias principais:

› Planos, Estudos e Projectos para o Uso e Ocupação do Espaço Urbano


(PED);
› Planos, Estudos e Projectos para a Capacitação Institucional (PCI).

5.4.1 Estudos e Estratégias


› Estratégia para requalificação de áreas não consolidadas;

› Estudo de tráfego, definição de modos e rotas de transporte,


estacionamento e mobilidade interna;

› Estratégia para definição do sistema verde urbano;

› Estudo de acessibilidade;

› Avaliação da qualidade e análise dos modelos de gestão dos ecossistemas


críticos;

› Estudo para criação de mecanismos para aumento da renda própria.

› Estudo/estratégia para desenvolvimento sustentável da actividade silvícola

5.4.2 Planos Gerais e de Pormenor


› Plano de Pormenor Urbano para a nova centralidade em Muhala, na zona
triângulo;
62 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

› Plano de Pormenor Urbano para a nova centralidade na fronteira entre


Mutauanha e Marrere;

› Plano de Pormenor Urbano para a nova centralidade em Napipine, torno da


Estrada da Barragem;

› Planos de Pormenor para as áreas de assentamentos desordenados


consolidados;

› Plano de Reassentamento de população em áreas de risco;

› Plano de acessibilidade;

› Plano de acção para mitigação dos efeitos da erosão;

› Plano de Regularização dos limites físicos do território municipal.

5.4.3 Projectos de Infra-estruturas


› Projecto para redes e sistemas de captação e distribuição de abastecimento
de água;

› Projecto de drenagem das águas pluviais;

› Projecto de recolha, tratamento e deposição de resíduos sólidos;

› Projecto de rede de distribuição de energia eléctrica;

› Projecto da rede viária;

› Projectos para equipamentos de utilização coletiva, edifícios, praças e


jardins.

5.4.4 Matriz de Estudos, Planos e Projectos


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 63

Tabela 5.2 - Matriz de estudos, planos e projectos

Planos | Estudos | Projectos Nível de Prioridade Actor Entidade

PDE Planos, Estudos e Projectos para o Desenvolvimento Espacial

PDE1 Ocupação e Uso do Espaço Urbano

Produção de um plano de comunicação para o envolvimento comunitário na


PDE1.1 média local CMCN
implementação do PEUCN e produção de IOTs
Produção de Planos Gerais de Urbanização e de Pormenor Urbano para as Unidades
PDE1.2 média local CMCN
Operativas de gestão
Produção de Plano de Pormenor Urbano para a nova centralidade em Muhala, na
PDE1.3 alta local CMCN
zona triângulo, Bairros da Muhala e Muhavire
Produção de Plano de Pormenor Urbano para a nova centralidade na fronteira
PDE1.4 alta local CMCN
entre Mutauanha e Marrere
Produção de Plano de Pormenor Urbano para a nova centralidade em Napipine, em
PDE1.5 alta local CMCN
torno da estrada da Barragem
Produção de Planos de Pormenor Urbano para áreas de assentamentos
PDE1.6 alta local CMCN
desordenados consolidados

PDE1.7 Produção do Plano de Pormenor Urbano para as áreas agrícolas média local CMCN

PDE1.8 Produção do Plano de Pormenor Urbano para a área industrial ao longo da EN13 média local CMCN

PDE1.9 Estratégia de Requalificação de áreas não consolidadas alta local CMCN

PDE1.10 Plano de Reassentamento de populações em áreas de risco alta local CMCN

PDE1.11 Alocação de lotes Infraestruturados em áreas seguras dedicado à habitação social alta local CMCN

PDE1.12 Produção de um plano de revitalização do centro da Cidade baixa local CMCN


64 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Planos | Estudos | Projectos Nível de Prioridade Actor Entidade

PDE Planos, Estudos e Projectos para o Desenvolvimento Espacial

PDE2 Infraestruturação

PDE2.1 Rede de Abastecimento de água

Estudos e projecto da nova barragem a construir no rio Monapo para aumento da


PDE2.1.1
capacidade da fonte de água do sistema
alta central FIPAG

Estudos e projecto de expansão do sistema a longo prazo, de acordo com o


PDE2.1.2
desenvolvimento urbano previsto
alta central FIPAG

Projecto de expansão da rede de distribuição de água para aumento do número de


PDE2.1.3 alta central FIPAG
ligações domiciliárias

PDE2.2 Rede de Drenagem de Águas Pluviais

Estudos e projecto de expansão da rede de drenagem de águas pluviais a longo


PDE2.2.1
prazo, complementando a rede existente em areas não servidas
alta central AIAS

PDE2.3 Rede de Drenagem de Águas Residuais

Estudos e projecto de expansão do sistema a longo prazo, de acordo com o


PDE2.3.1
desenvolvimento urbano previsto
alta central AIAS

Estudos e projectos de expansão de infraestruturas de saneamento básico,


PDE2.3.2
incluindo alternativas de acordo com a áreas a cobrir
alta local CMCNpl

PDE2.4 Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos

PDE2.4.1 Projecto de recolha, tratamento e deposição de resíduos sólidos alta local CMCN

Estudo de viabilidade económica da criação de uma unidade de reaproveitamento


PDE2.4.2 baixa local CMCN
e reciclagem de resíduos sólidos
Estudo para a identificacao de áreas potenciais para implementação de um novo
PDE2.4.3
aterro sanitário
média local CMCN

PDE2.5 Rede Eléctrica

PDE2.5.1 Projecto de Rede de Distribuição de Energia Eléctrica [0-4-N] alta central EDM

Projecto de Expansão e Reabilitação da Rede de Distribuição da Energia Eléctrica


PDE2.5.2
[1-69-N]
alta central EDM
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 65

Planos | Estudos | Projectos Nível de Prioridade Actor Entidade

PDE Planos, Estudos e Projectos para o Desenvolvimento Espacial

PDE3 Mobilidade | Acessibilidade | Transporte

Estudo de Tráfego, definição de modos e rotas de transporte, estacionamento e


PDE3.1 média local CMCN
mobilidade interna

PDE3.2 Estudos para introdução da Circular de Nampula e promoção de vias de acesso alta local CMCN

PDE3.3 Estudos para construção de parqueamento subterrâneo de veículos média local | central CMCN

Estudos preliminares para introdução de E-mobilidade, identificação dos locais


PDE3.4 baixa local CMCN|EDM|FUNAE
para implantar as infraestruturas

PDE3.5 Projecto de rede Viária alta local | central CMCN | ANE

PDE3.6 Estudo para a construção de nova linha férrea para o CDN média local | central CMCN | CDN

PDE3.7 Reabilitação e pavimentação de vias de acesso primárias média local | central CMCN

PDE4 Biodiversidade | Conservação

PDE4.1 Plano de acção para o controle da erosão alta local CMCN

PDE4.2 Plano de acção para a conservação dos montes-ilha baixa local CMCN

Projecto de criação e restauração de áreas verdes urbanas e criação de áreas de


PDE4.3
proteção natural
média local CMCN

PDE4.4 Plano de acção para adaptação climática alta local CMCN

PDE5 Serviços e Equipamento de Utilidade Pública

Projecto de edifícios para serviços públicos, rede sanitária, escolar e segurança MISAU | DPS | MINED | DPE
PDE5.1
pública
média local | central
| MINT | PRM

PDE5.2 Projecto de edifícios e espaços públicos, praças, jardins e desporto média local CMCN
66 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Planos | Estudos | Projectos Nível de Prioridade Actor Entidade

PCI Planos, Estudos e Projectos para a Capacitação Institucional

PCI1 Adequação do Quadro Técnico

PCI1.1 Alocacao de Agentes Tecnicos de Urbanizacao (ATU) alta local CMCN

PCI1.2 Definição do plano de formação do quadro técnico alta CMCN

PCI1.3 Capacitação do corpo técnico para a elaboração e implementação dos IOTs alta local CMCN

PCI2 Acompanhamento e Fiscalização da Implementação do plano

PCI2.1 Plano de Regularização dos limites físicos do território municipal alta local CMCN

PCI2.2 Constituição das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão alta local CMCN

PCI2.3 Plano para resolução da dupla administração do território alta local CMCN

PCI3 Sustentabilidade Económica

PCI3.1 Estudo para a criação de mecanismos para o aumento da renda própria alta local CMCN

PCI3.2 Plano para a Gestão Integrada da Agricultura Urbana alta local CMCN
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 67

5.5 Termos de Referência para os Planos e Acções


Prioritárias

5.5.1 Planos, Estudos e Projectos para o Desenvolvimento


Espacial (PDE)

5.5.1.1 PDE1.3 – Plano de Pormenor Urbano para os


bairros da Muhala e Muhavire
Objectivos Qualificação urbana e potenciação da nova
Estratégicos centralidade urbana no PA da Muhala, na zona
triângulo
Objectivo
Regularização Urbanística
Operacional 1

Desenho das Plantas de Zoneamento e de Condicionantes e Elaboração do


Regulamento respectivo e estudo da forma de realizar a Demarcação de
Terrenos num processo baseado na participação interessada das Comunidades;

Objectivo
Regularização fundiária e endereçamento
Operacional 2

O processo de requalificação deverá incluir a regularização da posse de terra e


de pertença ao espaço da cidade, por forma a garantir a cidadania plena ao
cidadão.

Objectivo
Estabelecimento de um Sistema Verde Urbano
Operacional 3

A inclusão de áreas destinadas a lazer e recreio bem como espaços abertos


destinados a reuniões onde a ocupação do solo é predominantemente verde.

Objectivo
Dotação de Infra-estruturas
Operacional 4

Abertura de Arruamentos; dotação da rede pública de abastecimento de água


potável e de distribuição por fontenários e ligações domiciliares; escorrimento
superficial de águas pluviais; energia eléctrica e iluminação pública

Objectivo
Dotação de equipamentos de Utilidade Pública
Operacional 5
68 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.1 PDE1.3 – Plano de Pormenor Urbano para os


bairros da Muhala e Muhavire
Determinar os espaços que devem ser concedidos ao Equipamento Social,
especialmente quando a zona não é abrangida por nenhum raio de influência do
actual equipamento educacional, sanitário, cultural, desportivo ou de segurança.

1. Produção dos TdR para a realização dos planos;

2. Procurement de consultores para os PP (se


necessário);

Actividades a 3. Definição de Comissão Técnica de


desenvolver Acompanhamento dos PP;

4. Produção dos PP; e

5. Implementação dos PP.

Entidades a envolver CMCN, AIAS, FIPAG, EDM, MITADER, DPTADER

Instituições Financeiras Internacionais (IFI) |


Financiamento
Parceiros de Desenvolvimento Bilaterais

Área de abrangência
(Ha) | População 4150 Ha | 148.500 Hab
servida (hab)

Custo Total Estimado USD 83.100.000,00

Elaboração dos Planos USD 100.000,00 (USD 50.000 + 50.000)

Implementação USD 83.000.000,00

Nível de prioridade Alta


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 69

5.5.1.2 PDE1.4 – Plano de Pormenor Urbano para os


bairros da Mutauanha e Marrere
Objectivos Qualificação urbana e potenciação da nova
Estratégicos centralidade urbana na fronteira entre Mutauanha e
Marrere
Objectivo
Regularização Urbanística
Operacional 1

Desenho das Plantas de Zoneamento e de Condicionantes e Elaboração do


Regulamento respectivo e estudo da forma de realizar a Demarcação de
Terrenos num processo baseado na participação interessada das Comunidades;

Objectivo
Regularização fundiária e endereçamento
Operacional 2

O processo de requalificação deverá incluir a regularização da posse de terra e


de pertença ao espaço da cidade, por forma a garantir a cidadania plena ao
cidadão.

Objectivo
Desenvolvimento de um Sistema Verde Urbano
Operacional 3

A inclusão de áreas destinadas a lazer e recreio bem como espaços abertos


destinados a reuniões onde a ocupação do solo é predominantemente verde.

Objectivo
Dotação de Infra-estruturas
Operacional 4

Abertura de Arruamentos; dotação da rede pública de abastecimento de água


potável e de distribuição por fontenários e ligações domiciliares; escorrimento
superficial de águas pluviais; energia eléctrica e iluminação pública

Objectivo
Dotação de equipamentos de Utilidade Pública
Operacional 5

Determinar os espaços que devem ser concedidos ao Equipamento Social,


especialmente quando a zona não é abrangida por nenhum raio de influência do
actual equipamento educacional, sanitário, cultural, desportivo ou de segurança.
70 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.2 PDE1.4 – Plano de Pormenor Urbano para os


bairros da Mutauanha e Marrere
1. Produção dos TdR para a realização dos planos;

2. Procurement de consultores para os PP (se


necessário);
Actividades a
desenvolver 3. Definição de Comissão Técnica de
Acompanhamento dos PP;

4. Produção dos PP; e

5. Implementação dos PP.


Entidades a envolver CMCN, AIAS, FIPAG, EDM, MITADER, DPTADER

Instituições Financeiras Internacionais (IFI) |


Financiamento
Parceiros de Desenvolvimento Bilaterais

Área de abrangência
(Ha) | População 4720 Ha | 102.900 Hab
servida (hab)

Custo Total Estimado USD 94.500.000,00

Elaboração dos Planos USD 100.000,00 (USD 50.000 + 50.000)

Implementação USD 94.400.000,00

Nível de prioridade Alta


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 71

5.5.1.3 PDE1.5 – Plano de Pormenor Urbano para os


bairros de Napipine e Karrupeia
Objectivos Qualificação urbana e potenciação da nova
Estratégicos centralidade urbana na fronteira entre Napipine e
Carrupeia, em torno da Estrada da Barragem
Objectivo
Regularização Urbanística
Operacional 1

Desenho das Plantas de Zoneamento e de Condicionantes e Elaboração do


Regulamento respectivo e estudo da forma de realizar a Demarcação de
Terrenos num processo baseado na participação interessada das Comunidades;

Objectivo
Regularização fundiária e endereçamento
Operacional 2

O processo de requalificação deverá incluir a regularização da posse de terra e


de pertença ao espaço da cidade, por forma a garantir a cidadania plena ao
cidadão.

Objectivo
Desenvolvimento de um Sistema Verde Urbano
Operacional 3

A inclusão de áreas destinadas a lazer e recreio bem como espaços abertos


destinados a reuniões onde a ocupação do solo é predominantemente verde.

Objectivo
Dotação de Infra-estruturas
Operacional 4

Abertura de Arruamentos; dotação da rede pública de abastecimento de água


potável e de distribuição por fontenários e ligações domiciliares; escorrimento
superficial de águas pluviais; energia eléctrica e iluminação pública

Objectivo
Dotação de equipamentos de Utilidade Pública
Operacional 5

Determinar os espaços que devem ser concedidos ao Equipamento Social,


especialmente quando a zona não é abrangida por nenhum raio de influência do
actual equipamento educacional, sanitário, cultural, desportivo ou de segurança.
72 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.3 PDE1.5 – Plano de Pormenor Urbano para os


bairros de Napipine e Karrupeia
1. Produção dos TdR para a realização dos planos;

2. Procurement de consultores para os PP (se


necessário);

Actividades a 3. Definição de Comissão Técnica de


desenvolver Acompanhamento dos PP;

4. Produção dos PP; e

5. Implementação dos PP.

Entidades a Envolver CMCN, AIAS, FIPAG, EDM, MITADER, DPTADER

Instituições Financeiras Internacionais (IFI) |


Financiamento
Parceiros de Desenvolvimento Bilaterais

Área de abrangência
(Ha) | População 4325 Ha | 119.500 Hab
servida (hab)

Custo Total Estimado USD 86.600.000,00

Elaboração dos Planos USD 100.000,00 (USD 50.000 + 50.000)

Implementação USD 86.500.000,00

Nível de prioridade Alta


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 73

5.5.1.4 PDE1.9 – Estratégia para Requalificação de


Áreas não Consolidadas ou não Urbanizadas
Objectivos Estratégicos Qualificação urbana

Objectivo Operacional 1 Regularização Urbanística

Desenho das Plantas de Zoneamento e de Condicionantes e Elaboração do


Regulamento respectivo e estudo da forma de realizar a Demarcação de
Terrenos num processo baseado na participação interessada das Comunidades;

Objectivo Operacional 2 Regularização fundiária e endereçamento

O processo de requalificação deverá incluir a regularização da posse de terra e


de pertença ao espaço da cidade, por forma a garantir a cidadania plena ao
cidadão.

Objectivo Operacional 3 Desenvolvimento de Sistema Verde Urbano

A inclusão de áreas destinadas a lazer e recreio bem como espaços abertos


destinados a reuniões onde a ocupação do solo é predominantemente verde.

Objectivo Operacional 4 Dotação de Infra-estruturas

Abertura de Arruamentos; dotação da rede pública de abastecimento de água


potável e de distribuição por fontenários e ligações domiciliares; escorrimento
superficial de águas pluviais; energia eléctrica e iluminação publica

Objectivo Operacional 5 Dotação de equipamentos de Utilidade Pública

determinar os espaços que devem ser concedidos ao Equipamento Social,


especialmente quando a zona não é abrangida por nenhum raio de influência
do actual equipamento educacional, sanitário, cultural, desportivo ou de
segurança.

Entidades a envolver CMCB, AIAS, FIPAG, EDM, MITADER, DPTADER

Financiamento Fundos do OGE e IFI

Áreas não consolidadas 9300 Ha

Custo Total Estimado USD 186.020.000,00

Elaboração do Projecto USD 20.000,00

Implementação USD 186.000.000,00

Nível de prioridade Alta


74 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 75

5.5.1.5 PDE1.10 – Plano de Reassentamento de


Populações em Áreas de Risco
Objectivos Estratégicos Qualificação urbana

Objectivo Operacional 1 Regularização Urbanística

Desenho das Plantas de Zoneamento e de Condicionantes e Elaboração do


Regulamento respectivo

Desenvolvimento de um Sistema Verde


Objectivo Operacional 2
Urbano

A inclusão de áreas destinadas a lazer e recreio bem como espaços abertos


destinados a reuniões onde a ocupação do solo é predominantemente verde.

Objectivo Operacional 3 Dotação de Infra-estruturas

Abertura de Arruamentos; dotação da rede pública de abastecimento de água


potável e de distribuição por fontenários e ligações domiciliares; escorrimento
superficial de águas pluviais.

Objectivo Operacional 3 Dotação de equipamentos de Utilidade Pública

Determinar os espaços que devem ser concedidos ao Equipamento Social,


especialmente quando a zona não é abrangida por nenhum raio de influência
do actual equipamento educacional, sanitário, cultural, desportivo ou de
segurança.

CMCN, AIAS, FIPAG, EDM, MITADER,


Entidades a Envolver
DPTADER

Financiamento Fundos do OGE e IFI

Áreas consolidadas 300 Ha

Custo Total Estimado

Elaboração do Projecto USD 20.000,00

Implementação USD 6.000.000,00

Nível de prioridade Alta


76 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.6 PDE2.1.1 – Estudos e Projecto da Nova Barragem


para Aumento da Capacidade da Fonte de Água do
Sistema
Ampliação da captação de água do sistema de
Objectivos Estratégicos
abastecimento de água

Aumento da capacidade da fonte de água do


Objectivo Operacional 1 sistema para suprir as necessidades em
abastecimento de água a longo prazo

Estudos e projecto da nova barragem no rio Monapo

Entidades a envolver CMCN, AIAS, FIPAG, DNAAS

Financiamento Banco Mundial, DFID

Áreas de abrangência
324.000 Ha
(Ha)

Custo Total Estimado USD 80 milhões

Elaboração do Projecto USD 500 mil

Implementação USD 75,5 milhões

Nível de prioridade Alta


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 77

5.5.1.7 PDE2.1.2 | PDE2.1.3 – Estudos e Projecto de


Expansão do Sistema a Longo Prazo e Projecto de
expansão da Rede de Distribuição de Água para
Aumento do Número de Ligações Domiciliárias
Aumento da provisão e acesso aos serviços de
Objectivos Estratégicos
abastecimento de água

Rentabilização da infraestrutura existente para


Objectivo Operacional 1
aumento da sustentabilidade do sistema

Implementar medidas de controlo e redução de perdas de água no sistema,


aumentar as redes de distribuição de água através de ligações domiciliárias e
expandir a cobertura através de pequenos sistemas sob a gestão de operadores
privados

Estudos e projectos de desenvolvimento do


Objectivo Operacional 2
sistema de abastecimento de água

Estudo das alternativas de fornecimento de água à população, a longo prazo, que


permitam o aumento da provisão de água para abastecimento da população da
cidade de acordo com o desenvolvimento económico futuro previsto para cada área

Entidades a Envolver CMCN, AIAS, FIPAG, DNAAS

Financiamento Banco Mundial, UE, DFID

Áreas de abrangência
(Ha)

Custo Total Estimado USD 2 milhões

Elaboração do Projecto USD 200.000

Implementação USD 1.800.000

Nível de prioridade Alta


78 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.8 PDE2.3.1 | PDE2.3.2 – Estudos e Projectos de


Saneamento
Ampliação do sistema de Saneamento de águas
Objectivos Estratégicos
residuais, domésticas e industriais

Construção da rede de saneamento de águas


Objectivo Operacional 1
residuais, domésticas e industriais

Expandir as infra-estruturas de águas residuais, domésticas e industriais, de


acordo com estudos e projectos existentes após sua actualização de acordo com
os plenos de estrutura urbana

Construção da estação de tratamento de águas


Objectivo Operacional 2
residuais

Provisão do sistema com uma estação de tratamento de águas residuais com


capacidade de tratamento para as necessidades futuras

Aumento da provisão e acesso a serviços básicos


Objectivo Operacional 3 de saneamento em áreas desprovidas de rede
pública de saneamento

Expandir infra-estruturas de saneamento básico, nomeadamente de latrinas e


recolha de lamas fecais

Entidades a Envolver CMCN, AIAS, DNAAS

Financiamento Banco Mundial, EU, DFID, ONGs, OGE

Áreas de abrangência
324.000 Ha
(Ha)

Custo Total Estimado USD 1.5 milhões

Elaboração do Projecto USD 150.000

Implementação USD 1.350.000

Nível de prioridade Alta


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 79

5.5.1.9 PDE2.4.1 – Estudo sobre Tratamento de Resíduos


Sólidos Urbanos
Melhorar o sistema de recolha, transporte,
Objectivos Estratégicos
tratamento e deposição de resíduos sólidos

Descrever o actual sistema de recolha, transporte


Objectivo Operacional 1
e deposição de resíduos sólidos

Neste estudo será descrito em detalhe todo o sistema de gestão de resíduos


sólidos, identificadas as suas fraquezas e necessidades

Identificar os pontos fortes, pontos fracos e


Objectivo Operacional 2
necessidades;

Fraquezas e necessidades do actual sistema de gestão de resíduos sólidos serão


identificadas

Propor medidas para melhorar o sistema de


Objectivo Operacional 3
gestão de resíduos sólidos

Entidades A Envolver CMCN, MITADER, Governo provincial, parceiros

Financiamento CMCN, parceiros

Áreas de abrangência
Cidade de Nampula
(Ha)

Custo Total Estimado USD 2.500.000

Elaboração do Projecto USD 20.000,00

Implementação USD 2.300.000,00

Nível de prioridade Alta


80 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.10 PDE2.4.2 – Estudo de Viabilidade da Criação de


uma Unidade de Reciclagem e Reaproveitamento
de Resíduos Sólidos
Melhorar o sistema de gestão de resíduos sólidos
Objectivos Estratégicos
urbanos

Objectivo Operacional 1 Identificar oportunidades de mercado

Garantir a existência ou criação de uma cadeia de valores completa

Objectivo Operacional 2 Identificar factores de sucesso e de fracasso

Fortalecimento dos factores de sucesso do projecto; minimizar os factores de


fracasso

Entidades a Envolver CMCN, Sector Privado, MITADER, parceiros

Financiamento Sector privado, CMCN,

Áreas de abrangência
Cidade de Nampula
(Ha)

Custo Total Estimado USD 20.000,00

Elaboração do Projecto USD 20.000,00

Implementação USD -

Nível de prioridade Baixa


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 81

5.5.1.11 PDE2.4.3 – Estudo para a Identificação de Áreas


Potenciais para a Construção de um Novo Aterro
Sanitário
Objectivos Estratégicos Melhorar o sistema de gestão de resíduos sólidos

Identificar áreas potenciais para a construção de


Objectivo Operacional 1 um novo aterro sanitário para a cidade de
Nampula

Entidades a Envolver CMNC, MITADER

Financiamento CMCN, MITADER, Parceiros, sector privado

Áreas de abrangência
Cidade de Nampula
(Ha)

Custo Total Estimado USD 165.000,00

Elaboração do Projecto USD 35.000,00

Implementação USD 130.000,00

Nível de prioridade Média


82 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.12 PDE.2.5.1– Projecto de Rede de Distribuição de


Energia Eléctrica [0-4-N]
Reforço da rede de distribuição de energia
Objectivos Estratégicos
eléctrica

Garantir o reforço da alimentação à rede de


Objectivo Operacional 1 distribuição de energia eléctrica dos actuais e dos
futuros bairros de expansão da cidade

Estabelecer uma nova infraestrutura de alimentação à cidade que permita o


“natural” crescimento contínuo da carga de consumo e o estabelecimento de novas
ligações

Retirar carga de consumo à actual da Subestação


de Nampula Central existente e, em simultâneo,
Objectivo Operacional 2
assegurar disponibilidade de capacidade de
potência futura.

Aliviar o valor de potência de consumo existente, transferindo potência para uma


nova subestação (Subestação da Muhala Expansão) e aumentar a disponibilidade
de capacidade de potência

Criar uma segunda alternativa de alimentação


Objectivo Operacional 3 para a cidade, independente da existente a partir
da Subestação de Nampula Central

Promover uma segunda infra-estrutura de alimentação à cidade, repartindo a


carga de consumo (em barramento duplo) pelo anel fechado da nova rede pelas
duas (2) subestações, melhorando a fiabilidade e a qualidade de energia fornecida.

Entidades a Envolver EDM | FUNAE | EIA

Financiamento EDM E DOADORES

Áreas de abrangência
42 804
(Ha)

Custo Total Estimado USD 19.252.000,00

Elaboração do Projecto USD 3.866.250,00

Implementação USD 15.385.750,00

Nível de prioridade Alta


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 83

5.5.1.13 PDE.2.5.2– Projecto de Expansão e Reabilitação


da Rede de Distribuição da Energia Eléctrica [1-
69-N]
Expansão e Reabilitação da rede de distribuição de
Objectivos Estratégicos
energia eléctrica

Garantir a expansão da rede de energia eléctrica


Objectivo Operacional 1
aos novos bairros de expansão da cidade

Efectuar operações básicas de determinação e de localização dos postos de


transformação a montar, ligação destes à rede de média tensão, lançamento da
rede de baixa tensão e realização das ligações de baixa tensão e de iluminação
pública.

Garantir a reabilitação da rede de energia eléctrica


Objectivo Operacional 2
existente que se encontra obsoleta e debilitada.

Desmontagem e substituição, se necessário, das antigas ligações efectuadas e dos


polos de iluminação montados.

Garantir a manutenção da rede de energia


Objectivo Operacional 3
eléctrica nova e existente

Verificação, desmontagem e substituição, se necessário, das antigas ligações


efectuadas e dos pólos de iluminação instalados.

Entidades a Envolver EDM | FUNAE

Financiamento EDM E DOADORES

Áreas de abrangência 42 804 | 16 000 novos consumidores a ligar à


(Ha) rede

Prazo 3 anos [2020 a 2022]

Custo Total Estimado USD 42.430.000,00

Elaboração do Projecto USD 14 150 + USD 14 140 + USD 14 140

Implementação USD 2.652/consumidor ligado

Nível de prioridade Alta


84 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.14 PDE.3.1– Estudo de Tráfego, Definição de Modos


e Rotas de Transporte, Estacionamento e
Mobilidade Interna
Objectivos Estratégicos Melhorar a acessibilidade e mobilidade urbana

Traçar estratégias e políticas para redução do


Objectivo Operacional 1 congestionamento, emissão de C02 e redução do
risco de acidentes

Garantir melhor ambiente urbano, onde as viagens são previsíveis e assegurar a


redução do tráfego para garantir óptima convivência entre os diferentes modos de
transporte especialmente entre as viaturas e os peões.

Melhoramento do fluxo de transporte de


Objectivo Operacional 2
passageiros e mercadorias

Assegurar a redução do tempo de viagem principalmente entre as densas zonas


residências e os centros comerciais, principais mercados e áreas de serviços

Garantir parqueamento de viaturas de forma


Objectivo Operacional 3
organizada e segura

Garantir parqueamento em locais previamente definidos, para evitar obstrução do


tráfego e vandalização de viaturas

CMCN, Associação dos transportadores, PT e


Entidades a Envolver
INATTER

Financiamento CMCN e as partes interessadas

Áreas de abrangência
Todas rotas e parques de estacionamento público
(Ha)

Custo Total Estimado USD 50.0000

Elaboração do Projecto ---

Implementação USD 50.000

Nível de prioridade média


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 85

5.5.1.15 PDE.3.2– Estudo para a introdução da Circular de


Nampula e Promoção de vias de acesso
Estudos para melhorar a acessibilidade e
Objectivos Estratégicos conectividade dos bairros da periferia entre si e
estes com o centro da cidade

Redução de fluxo de viaturas e congestionamento


Objectivo Operacional 1
ao longo da estrada N1

Garantir a redução do fluxo de viaturas ao longo da N1, consequentemente


redução da poluição e acidentes de viação envolvendo particularmente peões e
motociclistas.

Melhorar a conexão entre os bairros periféricos da


Objectivo Operacional 2
cidade

Assegurar a acessibilidade ao interior dos bairros periféricos da cidade e reduzir o


tempo de viagem entre eles

Garantir a optimização da distribuição de


Objectivo Operacional 3
transporte público urbano

Assegurar uma melhor distribuição das rotas de transporte público urbano


reduzindo o número de rotas ao longo da N1 através da introdução de rotas de
transporte ao longo da circular e outras nos eixos transversais da cidade

Entidades a Envolver CMCN, ANE, FE e INATER

Financiamento CMCN e as partes interessadas

Áreas de abrangência
Toda área da cidade
(Ha)

Custo Total Estimado USD 650.000

Elaboração do Projecto USD 650.000

Implementação ---

Nível de prioridade alta


86 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.16 PDE4.1 – Plano de Acção para o Controle da


Erosão
Melhorar a resiliência climática

Objectivos Estratégicos
Melhorar a segurança e qualidade de vida das
comunidades em áreas afectadas

Vegetação ou restauração de áreas afectadas e


Objectivo Operacional 1
vulneráveis

(1) Identificação das áreas; (2) Levantamento das espécies utilizáveis


(preferencialmente espécies activas com acção de combate à erosão; (3)
plantio das espécies; (4) monitoramento

Entidades a Envolver INGC, MITADER, Parceiros, ONGs locais

Financiamento MITADER, CMCN, parceiros

Áreas de abrangência
(Ha)

Custo Total Estimado USD 2.015.000,00

Elaboração do Projecto USD 15.000,00

Implementação USD 2.000.000,00

Nível de prioridade Alta


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 87

5.5.1.17 PDE4.2 – Plano de Acção para Conservação dos


Montes-Ilha
Melhorar a gestão dos recursos naturais
Objectivos Estratégicos
Promover a conservação da biodiversidade

Identificar montes-Ilha a serem alvo de medidas


Objectivo Operacional 1
reforçadas de protecção

Estabelecer parcerias com instituições académicas


Objectivo Operacional 2 e de pesquisa a fim de realizar estudos de base
nos montes-ilha

Realocar populações e actividades em curso em


Objectivo Operacional 3
áreas impróprias

Este passo inclui educação cívica e reforço de medidas para desencorajar o retorno
das populações

CMCN, MITADER, Instituições académicas e de


Entidades a Envolver pesquisa, parceiros, Ministério da Ciência e
Tecnologia, IIAM

Financiamento CMCN, MITADER, parceiros

Áreas de abrangência
Montes-ilha
(Ha)

Custo Total Estimado USD 1.000.000,00

Elaboração do Projecto USD -

Implementação USD 1.000.000,00

Nível de prioridade Baixa


88 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.18 PDE4.3 – Projecto de Criação e Restauração de


Áreas Verdes Urbanas e Criação de Áreas de
Protecção Natural
Melhorar a estética da cidade

Promover a preservação da biodiversidade


Objectivos Estratégicos
Aumentar a resiliência climática

Prevenir e combater a erosão

Identificar áreas para a criação de espaços verdes


Objectivo Operacional 1
naturais

Objectivo Operacional 2 Restauração de parques e jardins

Entidades a Envolver CMCN, ONGs locais, parceiros

Financiamento CMCN, parceiros

Áreas de abrangência
Cidade de Nampula
(Ha)

Custo Total Estimado USD 15.000,00

Elaboração do Projecto USD 1.515.000,00

Implementação USD 1.500.000,00

Nível de prioridade Média


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 89

5.5.1.19 PDE4.4 – Plano de Adaptação Climática


Aumentar a resiliência urbana ao impacto das
Objectivos Estratégicos
mudanças climáticas

Garantir a funcionalidade das infra-estruturas


Objectivo Operacional 1
urbanas em condições climáticas adversas;

Dar resposta aos problemas de erosão que ocorrem, principalmente junto à rede
viária e às áreas de assentamentos humanos

aumentar a resiliência dos ecossistemas naturais


Objectivo Operacional 2
aos impactos das mudanças

Objectivo Operacional 3 Capacitação (em matéria de adaptação climática)

Reforçar a capacidade institucional e humana para responder à eventos extremos


e necessidades de adaptação devido à mudança climática

Entidades a Envolver MITADER, Governo, CMCN, parceiros

Financiamento MITADER

Áreas de abrangência
Cidade de Nampula
(Ha)

Custo Total Estimado USD 20.000,00

Elaboração do Projecto USD 20.000

Implementação USD -

Nível de prioridade Alta


90 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.1.20 PCI3.2- Plano para a Gestão Integrada da


Agricultura Urbana
Mitigar os efeitos da pobreza urbana através da
promoção de uma agricultura urbana moderna, de
maior intensidade, aumentando a produtividade das
áreas agrícolas, contribuindo para o reforço
Objectivos Estratégicos
nutricional das comunidades, e complemento
financeiro às comunidades de menor renda e
encurtamento de distâncias para o abastecimento
do mercado local.

Garantir a alocação de áreas para o uso agrícola,


tanto familiar, como estruturado, através da
Objectivo Operacional 1 estruturação das condições da terra que favoreçam
estas práticas de forma segura e com maior
eficiência.

As zonas específicas devidamente estruturadas para a produção agrícola, em que o


uso do solo é condicionado, em que a estruturação da terra permitirá a atribuição
de DUATs podendo as Autoridades Municipais controlar de forma fundamentada os
vectores de crescimento das8 áreas agrícolas.

Aumento da produtividade através da


implementação de infraestrutura de produção e
Objectivo Operacional 2 serviços de apoio complementar à prática da
produção agrícola, a montante e jusante da cadeia
de valor agrícola.

As redes logísticas de apoio à produção agrícola, em particular dos pequenos


agricultores passam pela criação ou reorganização das Associações existentes em
novos moldes de tipo empresarial (modelo de Cooperativas Modernas), que
garantam a comercialização de insumos e instrumentos de produção, e que podem
simultaneamente operar como unidades de agregação e comercialização dos
produtos para a rede do mercado urbano, que pode incluir o acondicionamento,
armazenamento e processamento.

Aumentar a intensidade da exploração da terra, seja


através de unidades agrícolas especializada, seja
através de pequenos produtores organizados em
cooperativas modernas de camponeses,
Objectivo Operacional 3
introduzindo tecnologias de maneio da produção
mais produtivas e de novas culturas com maior
valor acrescentado, de grande procura no mercado
urbano.

A inovação tecnológica pressupõe uma densificação da rede de assistência técnica


na malha urbana, sendo para tal necessário reforçar o serviço das actividades
económicas do Município com extensionistas, especializados em culturas de
rendimento, particularmente a horticultura.

O assentamento das novas áreas agrícolas compreende a instalação de uma rede


hidráulica, abastecida por furos artesianos, que garantam o abastecimento de água
às machambas, com base em sistemas de rega eficientes; por aspersão ou micro-
rega.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 91

5.5.1.20 PCI3.2- Plano para a Gestão Integrada da


Agricultura Urbana
Entidades a Envolver CMCB; SDAE; DPASA; INIR; INIA; AIAS

Financiamento MASA/IFAD (PROCAVA)

Cria-se uma cintura verde de uso restrito para a


prática de Agricultura Familiar e Agricultura
estruturada em alguns Bairros seleccionados com
Vocação agro-pecuária, indicados no capítulo 3.8 do
Diagnóstico.

Fase 1 (3 anos): 1000 Ha (para regularizar as


Áreas de abrangência (Ha) actuais 1000 famílias)

Fase 2 (5 anos): 1000 Ha; Assentamento de 1000


novas famílias

Fase 3: (10 anos): 2000 Ha; Assentamento de mais


2000 famílias.

Custo Total Estimado USD 4,100,000

Elaboração do Projecto USD 100.000

Fase 1: USD 1.000.000

Implementação Fase 2: USD 1.000.000

Fase 3: USD 2.000.000

Nível de prioridade Alta


92 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.2 Planos, Estudos e Projectos de Capacitação Institucional


(PCI)

5.5.2.1 PCI.1.1- Alocação de Agentes Técnicos de


Urbanização (ATUs)
Dotar as lideranças comunitárias a nível do bairro de
capacidade técnica necessária para compreender e
garantir a implementação, gestão e actualização
constante dos IOTs a nível das comunidades.

Estes agentes não pretendem substituir os Chefes de


Bairro, podendo inclusivamente, providenciar a
formação necessária para que os próprios Chefes de
Bairro possam actuar como ATU.

Estes agentes devem estar dotados de capacidade


Objectivos técnica de:
Estratégicos
› Leitura, interpretação e implementação de
peças cartográficas;

› Capacidade básica de produção de peças


cartográficas,

› Conhecimento sobre IOTs, seus objectivos,


intervenientes chave e processo de
produção;

Objectivo
Dotar as lideranças locais de capacidade técnica
Operacional 1

Providenciar a formação necessária para que as lideranças comunitárias estejam


capacitadas para ler, interpretar, implementar e comentar as directivas e
objectivos estabelecidos pelos IOTs.

Objectivo Garantir a incorporação e implementação dos IOTs


Operacional 2 junto às comunidades

Dotar as lideranças locais e comunidades de um agente capaz de fazer a leitura


interpretação e transmissão dos objectivos e directivas dos IOTs de modo a
garantir a sua apropriação e incorporação de princípios por parte da comunidade.

Objectivo
“Feedback” para as Autoridades Municipais
Operacional 3

Garantir que as autoridades municipais recebem de forma precisa os pareceres e


opiniões das comunidades de modo a alimentar a tomada de decisões de forma
informada.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 93

5.5.2.1 PCI.1.1- Alocação de Agentes Técnicos de


Urbanização (ATUs)
1. Produção de um plano de formação para os ATUs;

3. Definição dos bairros prioritários para beneficiar


das acções de formação de acordo com os objectivos
do PEUCN;
Actividades a
desenvolver 3. Envolvimento das comunidades na identificação e
selecção dos agentes;

4. Realização de acções de formação de pelo menos


27 ATUs de acordo com os objectivos traçados pelo
Plano de Formação;
CMCN, Lideranças Comunitárias, MITADER, Instituto
Entidades a Envolver de Formação em Administração de Terras e Cartografia
(INFATEC)

Financiamento Parceiros de Bilaterais

Área de abrangência
(Ha) | População Todos os bairros do CMCN7
servida (hab)

Custo Total Estimado USD 40.000

Elaboração dos Planos: ---

Implementação: USD 40.000,00

Nível de prioridade Alta

7
Pelo menos 1 (um) ATU por cada bairro do CMCN. Caso as condições assim o justifiquem, o
ATU poderá ser o próprio Chefe de Bairro.
94 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

5.5.2.2 PCI.3.1- Estudo para a Criação de Mecanismos


para o Aumento da Renda Própria
Potenciar os rendimentos das famílias que
se dedicam à agricultura urbana,
seleccionadas no projecto 8.4.4.9. por
Objectivos Estratégicos aplicação do sistema de agricultura de
conservação, integrando o maneio da
preparação, adubação do solo com a
exploração de pecuária de pequena espécie.

Assegurar a aplicação dos métodos da


agricultura de conservação nas áreas
Objectivo Operacional 1
exclusivas para a agricultura, atravessa de
uma assistência técnica de proximidade.

A Agricultura de Conservação (AC) permite obter altos rendimentos ao passo


que reduz os custos de produção, mantém a fertilidade do solo e conserva água.
É uma via de conseguir uma agricultura sustentável e melhorar o bem-estar da
população, aumentando a renda das famílias. Os três princípios básicos ligados
entre si, são: (i) Distúrbio mínimo possível do solo – não remover o solo ou não
lavrar; (ii) Manter o solo coberto, o máximo que possível, se possível durante
todo o ano, cobrindo o solo com restos de culturas (cobertura morta) ou
cobertura viva; (iii) Misturar ou consorciar culturas e fazer a rotação das
culturas e (iv) adubação biológica, aproveitamento o estrume animal em
composição com matéria vegetal de restolho.

Introduzir e fomentar a pecuária de


pequena espécie, por forma a melhorar a
dieta, aumentar a auto-suficiência
alimentar e aumentar a renda,
Objectivo Operacional 2
directamente pela venda dos animais e
aplicando os estrumes na adubação das
culturas, potenciando o rendimento
biológico das mesmas.

Para além da adubação vegetal referida no OP 1, os estrumes dos animais são


adubos biológicos de alto potencial produtivo, quando consociados com o
estrume vegetal.

Entidades a envolver CMCB; SDAE/DPASA; IIAM

Financiamento MASA; IFAD (PROCAVA)

Fase 1 (3 anos): 1000 Ha (para regularizar


as actuais 1000 famílias)

Fase 2 (5 anos): 1000 Ha; Assentamento de


Áreas de abrangência (Ha)
1000 novas famílias

Fase 3: (10 anos): 2000 Ha; Assentamento


de mais 2000 famílias.

Custo Total Estimado USD 800.000,00


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 95

5.5.2.2 PCI.3.1- Estudo para a Criação de Mecanismos


para o Aumento da Renda Própria
Elaboração do Projecto USD 50,000.00

Fase 1: USD 200.000,00

Implementação Fase 2: USD 200.000,00

Fase 3: USD 400.000,00

Implementação USD 850.000

Nível de prioridade Média


96 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

6 PARÂMETROS DE ACOMPANHAMENTO E
AVALIAÇÃO DO PLANO
O plano tem um período de vigência de 10 anos e deverá ser programado em ciclos
de 2, 3 e 4 anos, teremos assim 3 ciclos distintos:

› 1º ciclo: 2021 – 2023

› 2º Ciclo: 2024 - 2026

› 3º Ciclo: 2027 - 2030

Estes ciclos trianuais deverão ser monitorados, avaliados e se necessário


revistos. O plano estará sujeito a uma monitoria regular com vista a estabelecer um
processo de acompanhamento continuo de sua implementação e um processo de
avaliação que permitia programar e melhor adaptar a sua implementação para cada
um dos ciclos.

6.1 Monitoria, avaliação e revisão


O PEUCN passa por um processo de monitoria, avaliação e revisão.

A monitoria será o processo regular de acompanhamento da implementação do


Plano com vista a reportar a evolução da implementação do plano, identificar desvios
à implementação programada e estabelecer medidas correctivas em tempo útil; deve
ocorrer de dois em dois anos.

A avaliação tem por objectivo analisar os resultados da implementação do plano em


cada ciclo de sua implementação informar o processo de programação do ciclo
seguinte.

O PEUCN pode ser alvo de processos de revisão global ou parcial.


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 97

6.1.1 Revisão Global


As revisões globais podem ser de caracter ordinário ou extraordinário, sendo
que a revisão ordinária ocorre necessariamente no final da vigência do plano (2030)
e a revisão extraordinária pode ocorrer em qualquer momento da vigência do plano
(2021-2030).

A revisão extraordinária pode ocorrer apenas quando seja absolutamente


imprescindível, o que deve ser justificado por motivos muito fortes como:

› Alteração significativa dos pressupostos ou contexto em que o plano foi


elaborado;

› Dificuldades evidentes de sua aplicação por falta de recursos públicos; ou

› A verificação local que os resultados atingidos fogem dos esperados e


definidos como estratégicos para e território.

6.1.2 Revisão Parcial


As revisões de caracter parcial ocorrem ao final de cada ciclo (em 2023, 2026 e
em 2029), como consequência dos relatórios de avaliação e preparação do plano de
acção para o quinquénio seguinte; elas são, portanto, consequência da observação
da condição no terreno e visam adequar o plano às condições objectivas locais e de
integração na programação do investimento publico do quinquénio seguinte.

6.2 Monitoria
O sistema de monitoria da implementação do PEUCN deve ser um processo continuo
de avaliação da implementação do plano. Deve produzir um relatório a cada dois
anos, em que o relatório produzido será a base do processo de avaliação.

O relatório deverá avaliar o grau de implementação através dos indicadores e metas


temporais do plano, apresentando os desvios, problemas e medidas correctivas.

A monitoria regular e a produção do relatório bianual são da competência das


Autoridades Municipais.

6.3 Avaliação
A Avaliação ocorre no último ano de cada quinquénio e é informada pelo relatório
de monitoria do ano precedente e tem como principais objetivos:

› verificar se permanecem actuais e relevantes as condições, contexto e


premissas sobre as quais o PEU se baseou; e
98 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

› estabelecer os princípios para a revisão do Plano de acção, de forma a


adequá-lo à programação do investimento publico para o quinquénio
seguinte.

Dessa avaliação podem resultar revisões parciais, ou uma revisão global


extraordinária do plano.

No final do terceiro ciclo a avaliação tem como principal objectivo preparar a revisão
global ordinária do PEUCN, que ocorre a cada 10 anos.

A avaliação periódica deve produzir um Relatório de Avaliação, que programa o


quinquénio seguinte e caso a situação exija algum tipo de revisão do PEU,
fundamentá-la e apresentar propostas de medidas a integrar.

A avaliação periódica do PEUCN e a produção do relatório quinquenal são da


competência das Autoridades Municipais

6.4 Definição de Indicadores de Realização do Plano


A monitorização do PEU é efectuada através da aplicação de indicadores chave, que
permitam medir os resultados no processo de implementação do PEU.

Adoptaram-se indicadores de fácil verificação e que de alguma forma permitam


verificar a evolução e impacto da aplicação do Plano. Pretende-se que estes
indicadores sejam um reflexo fiel das variáveis consideradas de forma que as suas
próprias mudanças indiquem o grau de cumprimento dos objetivos do planeamento.

Como consequência, a definição de um indicador deve garantir que ele seja confiável
e estável. Os indicadores devem ser estáveis no sentido de que devem manter uma
relação de causalidade e confiáveis por serem capturados sem a interferência do
ambiente.

Os indicadores podem corresponder a medidas quantitativas ou qualitativas. No


presente Plano, para minimizar a subjectividade de análise consideraram-se apenas
indicadores quantitativos

Nas tabelas seguintes apresentam-se os indicadores propostos para a realização do


acompanhamento e monitorização de execução do PEU.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 99

Tabela 6.1 - Matriz de indicadores de realização do plano

Acções indicador de realizção indicador de resultado variável e método de cálculo Origem de Dados Meta Temporal Nível de Prioridade

ADE Acções para o Desenvolviento Espacial

ADE1 Ocupação e Uso do Espaço Urbano

Planos Gerais de Urbanização e de Pormenor Urbano para as Unidades planos e/ou projectos aprovados
PDE1.2 --- --- CMCN | MTA 2023 média
Operativas de gestão e novas centralidades e publicados em BR

planos e/ou projectos aprovados


PDE1.3 Produção de Plano de Pormenor Urbano para as novas centralidades
e publicados em BR
--- --- CMCN | MTA 2023 alta

estudo e/ou projecto elaborado e


PDE1.12 Produção de um plano de revitalização do centro da Cidade --- --- CMCN | MTA 2030 baixa
aprovado

Acções de divulgação do Plano e engajamento para participação número de acções de


ADE1.1 Plano do conhecimento do cidadão --- CMCN 2023 média
comunitária divulgação do Plano
Existência de áreas de reserva % reservas de solo
ADE1.2 Requalificação de solo urbano para garantir reservas públicas de terreno % área de reserva pública CMCN 2023 alta
públicas urbano / área do município

razão entre área


estratégia de requalificação
ADE1.3 Requalificação de Áreas Urbanizadas Planeadas e Não Planeadas
implementada
% área requalificada requalificada / área CMCN | MTA 2030 alta
prevista requalificar

razão entre área de risco


% área de risco
ADE1.7 Reassentamento de população em áreas de risco áreas de risco desabitadas
intervencionada
intevencionada / área CMCN 2030 alta
prevista intervenciar

existência de áreas de reserva % reservas agrícola /


ADE1.8 Estruturação de áreas para agricultura urbana % área de reserva agrícola CMCN 2023 alta
dedicadas área do município
100 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Acções indicador de realizção indicador de resultado variável e método de cálculo Origem de Dados Meta Temporal Nível de Prioridade

ADE Acções para o Desenvolviento Espacial

ADE2 Infraestruturação

ADE2.1 Rede de Abastecimento de água

Estudos e projecto da nova barragem a construir no rio Monapo para estudo e/ou projecto elaborado e
PDE2.1.1
aumento da capacidade da fonte de água do sistema aprovado
--- --- AIAS | FIPAG 2023 alta

Projecto de expansão da rede de distribuição de água para aumento do estudo e/ou projecto elaborado e CMCN | AIAS |
PDE2.1.3 --- --- 2023 alta
número de ligações domiciliárias aprovado FIPAG

Aumento da capacidade de provisão de água do sistema através do


m3 de perda alcançada /
ADE2.1.1 programa de controlo e reducão de perdas de água e programas de sistema de controle implementado m3 de perda
perda prevista
AIAS | FIPAG 2023 alta
poupanca de água

Extensão da rede de distribuição de água e construção de um novo centro serviço implementado e a extensão de rede
ADE2.1.2 extensão de rede construída AIAS | FIPAG 2030 alta
distribuidor funcionar realizada / prevista

serviço implementado e a número de ligações número de ligações


ADE2.1.2 Aumento do número de ligações domiciliares AIAS | FIPAG 2030 alta
funcionar domiciliáres realizadas realizadas / previstos

Ligações a pequenos sistemas geridos por privados, a criar a nível de serviço implementado e a número de ligações número de ligações
ADE2.1.3 AIAS | FIPAG 2026 alta
bairros funcionar realizadas realizadas / previstos

serviço implementado e a número de fontenários número de fontenários


ADE2.1.4 Construção de fontenários em zonas menos urbanizadas AIAS | FIPAG 2023 alta
funcionar construídos construidos / previstos

ADE2.2 Rede de Drenagem de Águas Pluviais

estudo e/ou projecto elaborado e


PDE2.2.1 Estudos e projecto de expansão da rede de drenagem de águas pluviais
aprovado
--- --- CMCN | AIAS 2023 alta

Desobstrução e manutencão das linhas naturais de drenagem de água e serviço implementado e a extensão esobstruída /
ADE2.2.1
das áreas das bacias de drenagem funcionar
extensão desobstruída
prevista
AIAS 2030 alta
serviço implementado e a
ADE2.2.2 Expansão do sistema de drenagem de águas superficiais sistemas construídos área abrangida / prevista AIAS 2030 alta
funcionar
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 101

Acções indicador de realizção indicador de resultado variável e método de cálculo Origem de Dados Meta Temporal Nível de Prioridade

ADE Acções para o Desenvolviento Espacial

ADE2 Infraestruturação

ADE2.3 Rede de Drenagem de Águas Residuais

estudo e/ou projecto elaborado e


PDE2.3.1 Estudos e projecto de expansão do sistema de saneamento --- --- CMCN | AIAS 2023 alta
aprovado
número de residencias
serviço implementado e a
ADE2.3.1 Construção da rede de saneamento e da ETAR sistemas construídos servidas / número total AIAS 2030 média
funcionar
de habitações
Expansão do saneamento básico através da promoção e provisão de número de famílias
serviço implementado e a
ADE2.3.2 serviços (construção de latrinas melhoradas, recolha de lamas fecais, e sistemas construídos abrangidas / número AIAS 2026 alta
funcionar
outros) total de habitações

ADE2.4 Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos

estudo e/ou projecto elaborado e


PDE2.4.1 Projecto de recolha, tratamento e deposição de resíduos sólidos
aprovado
--- --- CMCN | AIAS 2023 alta

Estudo de viabilidade económica da criação de uma unidade de estudo e/ou projecto elaborado e
PDE2.4.2
reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos aprovado
--- --- CMCN | AIAS 2027 baixa
Estudo para a identificação de áreas potenciais para implementação de um estudo e/ou projecto elaborado e
PDE2.4.3 --- --- CMCN | AIAS 2023 média
novo aterro sanitário aprovado
serviço implementado e a
ADE2.4.1 Construção de novo aterro sanitário
funcionar
aterro construído sim / não CMCN | AIAS 2030 alta
Criação de uma unidade de reciclagem/reaproveitamento de resíduos serviço implementado e a
ADE2.4.2
sólidos (papel, metal, lixo orgânico, plástico) funcionar
sistemas construídos sim / não CMCN | AIAS 2030 baixa

número de famílias
serviço implementado e a número de famílias
ADE2.4.3 Melhoria do serviço de recolha, transporte e tratamento de resíduos sólidos abrangidas / número CMCN 2030 média
funcionar abrangidas
total de habitações

ADE2.5 Rede Eléctrica

estudo e/ou projecto elaborado e


PDE2.5.1 Projecto de Rede de Distribuição de Energia Eléctrica [0-4-N]
aprovado
--- --- CMCN | EDM 2023 alta

Projecto de Expansão e Reabilitação da Rede de Distribuição da Energia estudo e/ou projecto elaborado e
PDE2.5.2 --- --- CMCN | EDM 2023 alta
Eléctrica [1-69-N] aprovado
serviço implementado e a
ADE2.5.1 Extensão da rede eléctrica
funcionar
% de electrificação área abrangida / prevista EDM 2030 alta
serviço implementado e a extensão implementada /
ADE2.5.2 Iluminação das vias públicas km de vias iluminadas EDM 2026 média
funcionar prevista
serviço implementado e a número de ligações ligações realizadas /
ADE2.5.3 Aumento do número de ligações domiciliares
funcionar domiciliáres realizadas previstas
EDM 2026 média
102 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Acções indicador de realizção indicador de resultado variável e método de cálculo Origem de Dados Meta Temporal Nível de Prioridade

ADE Acções para o Desenvolviento Espacial

ADE3 Mobilidade | Acessibilidade | Transporte

Estudo de Tráfego, definição de modos e rotas de transporte, estudo e/ou projecto elaborado e
PDE3.1 --- --- CMCN | ANE 2023 média
estacionamento e mobilidade interna aprovado

Estudos para introdução da Circular de Nampula e promoção de vias de estudo e/ou projecto elaborado e
PDE3.2 --- --- CMCN | ANE 2023 alta
acesso aprovado

Estudos preliminares para introdução de E-mobilidade, identificação dos estudo e/ou projecto elaborado e
PDE3.4 --- --- CMCN | ANE 2023 baixa
locais para implantar as infraestruturas aprovado

estudo e/ou projecto elaborado e


PDE3.5 Projecto de rede Viária
aprovado
--- --- CMCN | ANE 2023 alta
estudo e/ou projecto elaborado e
PDE3.6 Estudo para a construção de nova linha férrea para o CDN --- --- CMCN | CDN 2023 média
aprovado

linhas abertas / previstas


Expansão da rede de transportes públicos que melhore a ligação dos serviço implementado e a linhas abertas | viagens
ADE3.2 passageiros transportados CMCN 2030 média
bairros da periferia entre si. funcionar realizadas
/ previstos

Implementação de sistema de estacionamento público subterrâneo para serviço implementado e a


ADE3.3
evitar o parqueamento ao longo das estradas funcionar
vagas de estacionamento vagas criadas / previstas CMCN 2030 alta

Construção de terminais de transporte publico nos principais nós e serviço implementado e a Terminais construídas /
ADE3.5 Terminais construídas CMCN 2026 média
intersecção das linhas de transporte público funcionar previstas
serviço implementado e a
ADE3.7 Consolidação da rede viária principal Km de via aberta Km via aberta / prevista CMCN | ANE 2026 alta
funcionar
serviço implementado e a
ADE3.8 Construção de novas vias estruturantes
funcionar
Km de via aberta Km via aberta / prevista CMCN | ANE 2026 média
serviço implementado e a Km via pavimentada /
ADE3.9 Pavimentação de vias
funcionar
Km de via pavimentada
prevista
CMCN | ANE 2030 média
serviço implementado e a
ADE3.10 Construção de nova linha férrea
funcionar
CDN baixa
serviço implementado e a
ADE3.11 Densificação da rede viária em áreas menos servidas Km de via aberta Km via aberta / prevista CMCN | ANE 2026 baixa
funcionar
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 103

Acções indicador de realizção indicador de resultado variável e método de cálculo Origem de Dados Meta Temporal Nível de Prioridade

ADE Acções para o Desenvolviento Espacial

ADE4 Biodiversidade | Conservação

estudo e/ou projecto elaborado e


PDE4.1 Plano de acção para o controle da erosão --- --- CMCN | MTA 2023 alta
aprovado
estudo e/ou projecto elaborado e
PDE4.2 Plano de acção para a conservação dos montes-ilha --- --- CMCN | MTA 2023 baixa
aprovado
Projecto de criação e restauração de áreas verdes urbanas e criação de estudo e/ou projecto elaborado e
PDE4.3 --- --- CMCN | MTA 2023 média
áreas de proteção natural aprovado
estudo e/ou projecto elaborado e
PDE4.4 Plano de acção para adaptação climática
aprovado
--- --- CMCN | MTA 2023 alta

razão entre área afectada


% área afectada
ADE4.1 Requalificação de áreas afectadas pela erosão áreas afectadas requalificadas intevencionada / área CMCN 2030 alta
intervencionada
prevista intervenciar

Restauração da vegetação ribeirinha em áreas erodidas ou em riscos de área de plantio realizada /


ADE4.4 áreas protegidas área de plantio realizada CMCN 2026 alta
erosão prevista
Km de estradas
ADE4.5 Plantio de árvores ao longo da rede viária principal estradas arborizadas Km de estradas arborizadas
arborizadas / prevista
CMCN 2026 média

ADE5 Serviços e Equipamento de Utilidade Pública

Projecto de edifícios para serviços públicos, rede sanitária, escolar e estudo e/ou projecto elaborado e CMCN | MISAU |
PDE5.1 --- --- 2023 média
segurança pública aprovado MINED | MINT
estudo e/ou projecto elaborado e
PDE5.2 Projecto de edifícios e espaços públicos, praças, jardins e desporto --- --- CMCN 2023 média
aprovado

número de escolas
construídas / número de
número de escolas e estudantes por sala de
serviços e equipamentos unidades sanitárias aula
ADE5.1 Construção de escolas e unidades sanitárias MINED | MISAU 2030 alta
implementados e a funcionar construídas | Acessibilidade número de unidades
ao serviço sanitárias construídas /
previstas
Raio de Abrangência

número de equipamentos número de equipamentos


serviços e equipamentos
ADE5.2 Construção de equipamento de utilidade pública construídos | Acessibilidade construídos / previstos MINT 2030 média
implementados e a funcionar
ao serviço Raio de Abrangência

serviços e equipamentos área verde e de lazer


ADE5.3 Construção de espaços públicos, praças e jardins área construída / prevista CMCN 2026 média
implementados e a funcionar construída
104 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Acções indicador de realizção indicador de resultado variável e método de cálculo Origem de Dados Meta Temporal Nível de Prioridade

ACI Acções de Capacitação Institucional

ACE1 Adequação do Quadro Técnico

estudo elaborado, aprovado, número de técnicos técnicos contratados /


PCI1.1 Constituição de quadro técnico para gestão do território CMCN 2023 alta
publicado e implementado contratados previstos
estudo elaborado, aprovado,
PCI1.2 Definição do plano de formação do quadro técnico --- --- CMCN 2023 alta
publicado e implementado
Criação de Unidade Técnica de acompanhamento de implementação do número de técnicos técnicos formados /
PCI1.3 Equipa criada e operacional CMCN 2023 alta
plano formados previstos
número de técnicos técnicos formados /
ACI1.3 Capacitação do corpo técnico para a elaboração e implementação dos IOTs Formação do pessoal técnico
formados previstos
CMCN 2023 alta

ACI2 Acompanhamento e Fiscalização da Implementação do plano

PCI2.2 Constituição das Unidades Operativas de Planeamento e Gestão publicação das UOPG´s --- --- CMCN 2023 alta
Programa elaborado e
ACI2.1 Distribuição do quadro técnico pelo Território --- --- CMCN 2023 alta
implementado
Limites aprovados e publicados
ACI2.3 Regularização dos limites físicos do Município --- --- CMCN 2023 alta
em BR
monitoria realizada e relatório
ACI2.4 Realização do Relatório de 1º Trénio --- --- CMCN 2023 alta
trianual publicado
monitoria realizada e relatório
ACI2.5 Realização do Relatório de 2º Trénio --- --- CMCN 2026 alta
trianual publicado
monitoria realizada e relatório
ACI2.6 Realização do Relatório de 3º Trénio
trianual publicado
--- --- CMCN 2029 alta
revisão realizada, aprovada e
ACI2.7 Realização da revisão do plano
publicada
--- --- CMCN 2030 alta

ACI3 Sustentabilidade Económica

estudo elaborado, aprovado,


PCI3.1 Estudo para a criação de mecanismos para o aumento da renda própria --- --- CMCN 2023 alta
publicado
estudo elaborado, aprovado,
PCI3.2 Plano para a Gestão Integrada da Agricultura Urbana --- --- CMCN 2023 alta
publicado
numero de DUATS
Sistema cadastral em Numero de DUATs
ACI3.1 Realização de regularização fundiária concedidos/numero total CMIM 2030 alta
funcionamento concedidos
de familias
numero de cidadãos
estudo elaborado, aprovado, % de cidadãos registados
ACI3.2 Criação de uma base cadastral cadastrados/numero de CMIM 2023 alta
publicado e implementado na base
cidadãos total

numro de cidadãos
Sistema de cobranças
ACI3.3 Cobrança de taxas e impostos Numero cidadãos pagantes pagantes/numero total de CMIM 2030 alta
implementado
cidadãos pagantes
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 105

7 PLANO DE FINANCIAMENTO
NECESSÁRIOS AO DESENVOLVIMENTO
DO PEU

7.1 Necessidades Financeiras para as Acções de


Desenvolvimento Projectadas
A estimativa dos volumes de financiamento necessários à materialização das acções
de desenvolvimento previstas no PLANO, para os próximos 10 anos, é um exercício
extremamente complexo e altamente dependente de contingências ao nível do
funcionamento da economia do país e mesmo da economia global.

Contudo, é possível calcular, com a margem de erro admissível nestas circunstâncias,


ordens de grandeza que permitam orientar as grandes opções dos próximos anos e
mesmo para o período de validade do Plano.

Dentro das acções a que o PLANO dá maior prioridade, a requalificação das áreas
de assentamentos desordenados é aquela que maior volume de investimento
deve consumir.

Para estabelecer um valor fundamentado para esta acção baseamo-nos em


experiências de operações de requalificação já efectuadas em Maputo e noutras
cidades de Moçambique. Os cálculos distinguem dois tipos de intervenção: o
ordenamento e a infra-estruturação.

O investimento em operações de ordenamento cobre os custos de levantamento


da situação existente, planeamento da intervenção e operações de sensibilização da
população, correcção geométrica da malha urbana informal, demarcação e cadastro
dos talhões corrigidos e demarcados, compensações pelas alterações aos edifícios e
vedações afectados, etc.
106 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

As operações de ordenamento, segundo projectos pilotos já executados podem ser


calculadas com base em cerca de $20.000,00USD por hectare, o que daria para os
13.195 hectares previstos um total de cerca de $ 270 MUSD a investir nos
próximos 10 anos, ou sejam cerca de $ 27 MUSD por ano.

As infra-estruturas consideradas neste exercício são os arruamentos, a drenagem


de águas das chuvas e a iluminação pública.

Não se consideram nesta estimativa as drenagens de águas usadas, uma vez que
esse sistema deve ser concebido a nível geral da localidade e, de igual modo, outras
infra-estruturas necessárias ao sistema de recolha de lixos, parques e jardins, etc.,
e ainda, aquelas que são da responsabilidade das entidades provedoras de serviços,
tais como o abastecimento de água, energia e comunicações, pois essas não devem
ser realizadas através de investimentos públicos visto que são da responsabilidade
de empresas privadas ou mistas que as rentabilizam através da prestação desses
serviços

A estimativa dos investimentos a fazer para a requalificação são calculadas na base


da população servida e, simultaneamente, nas áreas a requalificar.

Considera-se como alvo quantitativo, teórico, a requalificação de todas áreas


informais no período de 10 anos de validade legal do PLANO.

Admite-se que a população-alvo seja de cerca de 370.900 pessoas e estima-se que,


à semelhança dos casos já estudados se possa tratar de uma densidade da ordem
dos 28 habitantes por hectare.

Teremos assim um total de cerca de 13.195 hectares a requalificar.

A custos correntes de construção, estima-se o valor do metro linear de arruamento,


incluindo projecto e fiscalização, construção com revestimento, passeios, drenagem
e iluminação, em cerca de $750USD.

Se adicionarmos ao valor já calculado para as operações de requalificação o das infra-


estruturas e serviços básicos previstos, chegamos a um montante de grande
magnitude, mas justificável para conseguir este objectivo tão primordial,
principalmente quando comparado com outras despesas públicas, com impactos
políticos, económicos e sociais menos prioritários.

O valor total desta operação de ordenamento e infraestruturação seria então


da ordem dos $610 M USD ou sejam cerca de $ 61,0 M USD por ano, durante
os próximos 10 anos.

Compreende-se a grandeza assustadora destas cifras, mas elas permitem


estabelecer uma base de partida para escolhas justificadas e prioridades informadas.

Uma estratégia bem estruturada de participações públicas - privadas poderá oferecer


alternativas ao investimento público como única fonte financeira, e criar uma
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 107

dinâmica eficiente de procura de contrapartidas internas para viabilizar este


processo.

Outra fonte de financiamento a organizar será o da mobilização das contribuições dos


residentes dessas áreas, que não devem ser ilibados ou desresponsabilizados em
relação ao esforço financeiro a fazer.

Num cálculo muito simples e directo, o valor a investir corresponde a cerca de $4.833
por família, ou $1.051 por pessoa, que representa um custo per capita anual de $105,
se contarmos apenas as pessoas abrangidas pela operação de requalificação e
construção de infra-estruturas.

Admitindo que pelo menos 30% desse valor poderá ser recuperado em participações
público privadas, o esforço per capita reduz para cerca de $74.

Admitindo que a contribuição local através da contribuição comunitária, em termos


de organização social, trabalho e mesmo alguns materiais, possa chegar a 20%
teríamos esse valor ainda reduzido para cerca de $59 per capita cujo pagamento se
poderia recuperar em 10 anos, isto é a uma taxa da ordem dos $5 ou 345MT por
mês.

Naturalmente que outras engenharias financeiras são possíveis e necessárias, mas


interessa registar que esta ordem de grandeza das operações de requalificação impõe
escolhas muito delicadas e complexas na prioridade a dar aos investimentos possíveis
e viáveis.

O investimento em novas áreas a urbanizar deve ser inteiramente coberto pelo valor,
a negociar em hasta pública, dos benefícios introduzidos na urbanização dessas
áreas. Nada se deve opor a que essas operações sejam pelo menos tão rentáveis
para o estado quanto o são para o especulador privado.

7.2 Plano de Financiamento


O Plano de Financiamento (PF) contempla a definição do Modelo Financeiro, propondo
a engenharia financeira que permite a identificação das possíveis fontes de
financiamento e a sua Viabilidade Financeira, nomeadamente a disponibilidade de
recursos financeiros, dependendo da capacidade de geração de receita por parte da
autarquia e da propensão de outros financiadores em complementar as necessidades
financeiras do plano, em regime de cofinanciamento.

As Fichas dos Estudos, Planos e Projectos acima propostos, indicam os custos


envolvidos e identificam as possíveis fontes de financiamento. O plano de
financiamento é estruturado mediante a agregação de todos os projectos e a
elaboração de uma matriz tendo como base o modelo de Mapa de Demonstração da
108 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Origem e Aplicação de Fundos8 (MOAF) que permita para cada estudo, projecto e
acção, identificar as origens de fundos por fonte de financiamento. A estrutura do
MOAF segue a mesma ordem de classificação e priorização da matriz proposta nos
capítulos 5.3.3 e 5.4.4.

O plano de financiamento assenta em três componentes:

7.2.1 Necessidades Financeiras para as Acções de


Desenvolvimento
As estruturas dos custos de investimento estão de acordo com a matriz de estudos e
medidas preconizadas no plano, nomeadamente, seguindo a estrutura do plano:

7.2.1.1 Estudos e Projectos para o Desenvolvimento


Espacial
› Ocupação do solo e espaço urbano
› Infra-estruturas
› Biodiversidade e Conservação
› Sustentabilidade Económica

7.2.1.2 Acções para o Desenvolvimento Espacial

› Ocupação e Uso do Espaço Urbano

› Infra-estruturas:
› Sistema de abastecimento de água
› Rede de Drenagem
› Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos
› Rede Eléctrica

› Biodiversidade e Conservação

› Sustentabilidade Económica

7.2.1.3 Acções de Capacitação Institucional


› Autonomia Administrativa

8
Vide anexo IV
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 109

7.2.2 Faseamento de implementação


O plano (PEU), com um horizonte temporal de 10 anos estipula o grau de prioridade
de cada uma das acções, tendo sido definidos os seguintes alinhamentos temporais:

› Alta prioridade – início da implementação, no máximo, até ao 3º ano, a


contar da data de início de implementação do Plano

› Média prioridade – início da implementação, no máximo, até ao 5º ano,


a contar da data de início de implementação do Plano

› Baixa prioridade – início da implementação, no máximo, até ao 10º ano,


a contar da data de início de implementação do Plano

É na base destes critérios que o plano de financiamento está estruturado em termos


da projeção do fluxo de investimento.

7.2.3 Modelo Financeiro


A engenharia financeira do plano contempla a definição do Modelo de Financiamento,
com a identificação das possíveis fontes de financiamento e a sua viabilidade
financeira, nomeadamente a disponibilidade de recursos financeiros, o que implica
um certo faseamento, visto que a capacidade de geração de receita ou captação de
fundos por parte das entidades locais (públicas e privadas) é muito baixa. O modelo
financeiro assenta em 5 categorias de fontes de financiamento, como se mostra no
quadro seguinte.

Tabela 7.1 - Fontes de Financiamento

Fundos de Investimento
Consignação de Receitas Próprias Locais canalizados pelas Financiamento de Financiamento de Financiamento de
e dotações orçamentais descentralizadas Entidades Sectoriais de projectos por Doadores projectos por Doadores Iniciativa Privada, PPP e
(Distrito/Província ) Tutela e OGE Bilaterais Multilaterais e IFIs Participacao Comunitária

Receitas de Actividades Economicas DNAAS USAID Uniao Europeia Investimento privado


Impostos e Taxas AIAS DANIDA Banco Africano PPP
Donativos ANE Coop. Holandesa Nações Unidas Participação comunitária
Receitas diversas EDM Coop. Suíça Banco Mundial
DFID UK
Fonte: Apuramento do Consultor

Obviamente, a cidade não será capaz de absorver todos os possíveis projectos e,


subsequentemente, existe uma necessidade de programar e priorizar, antes da
solicitação de financiamento específico ao projecto, a partir de diferentes parceiros
de cooperação e de instituições financeiras internacionais (IFI).
110 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Os planos de estruturação e pormenor recomendados como primeira prioridade irão


conceptualizar e priorizar a possível infraestrutura e projectos do mercado imobiliário
nas novas centralidades urbanas. Assim, existe a possibilidade de os mesmos
conduzirem ao desenvolvimento de projectos de infraestrutura do mercado
imobiliário, o que pode proporcionar oportunidades para Instituições Financeiras
(IFI’s) e bancos nacionais de desenvolvimento financiarem esses projectos. Este
modelo servirá de base para o planeamento e negociação com os vários
financiadores, permitindo o faseamento e loteamento do plano financeiro, sem perder
a visão global e assegurando os requisitos de monitoramento na implementação do
plano.

A capacitação e reforço institucional são, para além das questões financeiras,


condições prévias para o desenvolvimento sustentável do Plano, em todas as áreas
de intervenção. O planeamento urbano integrado exige uma informação moderna
sobre a gestão e, acima de tudo, a cooperação sustentável entre os principais
intervenientes públicos e privados para a implementação, com sucesso, do Plano e
dos projectos de acompanhamento.

7.3 Caracterização Actual das Finanças Municipais

7.3.1 Verbas Municipais


O orçamento anual do Município de Nampula9 tem tido um volume de receitas em
média de MZN 402M (USD6,6M), sendo financiado em 37% por receitas próprias e
outras fontes, rácio que mede a sua autonomia financeira, que é baixa.

A figura seguinte ilustra a evolução das receitas, e o peso das receitas próprias na
estrutura do orçamento.

Evolução das Receitas e receitas próprias


500
Milhoes de MZN

400
300
200
100
2014 2015 2016 2017 2018
Receitas proprias 108 142 186 157 142
Receitas totais 331 411 426 425 416

9
Média dos anos 2014-2018.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 111

Figura 7.1 - Evolução das receitas da Autarquia

Fonte: CMCN

O orçamento do lado da Despesa, apresenta uma estrutura em que as Despesas


de Investimento10 representam em média 35% das Despesas Totais11.

Despesas totais e peso das Despesas de


Investimento
500
450
Milhoes de MZN

400
350
300
250
200
150
100
50
-
2014 2015 2016 2017 2018
Desp. correntes 188 244 288 269 302
Desp. Investimento 86 199 135 122 152
Desp. totais 274 443 423 391 453

Figura 7.2 - Evolução das Despesas da Autarquia

Fonte: CMCN

A verba anual aplicada em investimento foi em média de MZN 139M12, financiado


em cerca de 45% por fundos próprios gerados pela autarquia.

7.3.2 Verbas do Governo Central


A verba anual transferida pelo Governo Central ronda em média MZN 255M, da
qual 30% é para financiar medidas de investimento, maioritariamente através
dos Fundos de Investimento de Iniciativa Local (FIIL) e do Fundo de Estradas (FE).

10
Também designada como despesas de capital.

11
Média 2014-2018. Este rácio está dentro dos padrões normais das autarquias do país.

12
Idem
112 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

7.3.3 Outras Fontes


O orçamento das receitas da autarquia corresponde a uma parte do financiamento
ao plano de desenvolvimento das infra-estruturas e serviços básicos da cidade, visto
que o financiamento de componentes importantes do investimento são da
competência e responsabilidade de entidades públicas autónomas, nomeadamente o
abastecimento de água (FIPAG), e a electricidade (EDM).

7.4 Estimativa dos Custos de Execução das Acções


Previstas
O Mapa de Origem e Aplicação de Fundos que se apresenta na tabela em anexo,
agrega todos os custos previstos no plano13 e classifica as origens de fundos por
possíveis fontes de financiamento identificadas nas fichas dos projectos. O montante
global dos investimentos previstos no plano é de USD458 M, como se mostra na
tabela seguinte, em que as acções de requalificação e de infraestruturação, compõem
o grosso do investimento (99%)14.

Tabela 7.2 - Estimativa dos Custos de Investimento

Categorias Valor (US$) Percentagem


A Estudos e Projectos 6 073 700 1,0%
B Acções para o Desenvolvimento Espacial 6 04 095 750 99,0%
C Acções de Capacitação Institucional 8 0 000 0,0%
Total 610 249 450 100,0%

Fonte: Apuramento Consultor

Nas tabelas seguintes apresentam-se, em resumo, os valores do investimento por


cada uma das categorias.

7.4.1 Estudos e projectos


A categoria de Estudos e Projectos orça em cerca de USD5M, destacando-se os
estudos de Electrificação da rede nacional nas áreas de foco, que corresponde a 83%
do total.

13
Vide anexo IV.

14
De referir que 28% do investimento é consignado a infra-estruturas tuteladas pelos sectores
e empresas de âmbito nacional (EDM, FIPAG, etc).
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 113

Tabela 7.3 - Custos de investimento em Estudos e Projectos

Sub Categorias Valor (US$) Percentagem


1 Ocupação e Uso do Espaço Urbano 3 40 000 6,3%
2 Infraestruturas 4 833 700 90,0%
4 Biodiversidade e Conservacao 5 0 000 0,9%
6 Sustentabilidade Economica 1 50 000 2,8%
Total 5 373 700 100,0%

Fonte: Apuramento Consultor

7.4.2 Acções para o Desenvolvimento Espacial


Nesta categoria as medidas de requalificação urbana têm obviamente um peso
determinante (67%), as quais englobam investimento estruturante nas vias de
comunicação e drenagem e iluminação pública, que é da competência da autarquia.

Tabela 7.4 - Custos de Investimento de Requalificação e Infraestruturação

Sub Categorias Valor (US$) Percentagem


1 Ocupação e Uso do Espaço Urbano 4 55 900 000 75,6%
2 Infraestruturas 1 38 895 750 23,0%
3 Biodiversidade e Conservacao 4 500 000 0,7%
6 Sustentabilidade Economica 4 000 000 0,7%
Total 603 295 750 100,0%

Fonte: Apuramento pelo Consultor

7.4.3 Desenvolvimento institucional


Esta categoria contempla somente os custos (USD40.000) relacionados com o
reforço em pessoal do quadro técnico por forma a assegurar a implementação do
plano.

Assume-se que compete à autarquia criar as condições endógenas de qualificação do


actual quadro técnico, através de medidas de capacitação que, por natureza, estão
no âmbito do plano de actividades, financiadas pelo orçamento corrente da autarquia,
cofinanciadas por fundos do OGE.
114 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

7.5 Proveniência de Fundos para a Realização do


Plano

7.5.1 Verbas Municipais


Como foi referido anteriormente, o nível de financiamento da autarquia em despesas
de investimento ronda em média MZN 139M, o que corresponde a cerca de 95%
das receitas próprias.

Por outro lado, as despesas correntes excedem em 49% as receitas próprias,


o que significa que parte das despesas correntes são cobertas por fundos do OGE,
via do Fundo de Desenvolvimento Autárquico (FDA).

Não é previsível que este padrão de financiamento se altere no médio prazo e, por
razões de limitação de verbas do orçamento de Estado, para o funcionamento
corrente da autarquia, não permitindo à autarquia libertar verbas para o investimento
acima de 45% das receitas; i.e. na ordem de MZN 66M ao ano, no primeiro ano do
plano.

As projecções da receita da autarquia no médio prazo estarão alinhadas com a taxa


de crescimento da economia urbana da cidade de Nampula, por natureza e estrutura
da economia da cidade de Nampula15 não irá divergir da taxa de crescimento anual
do PIB nacional16. Assim, ao manter-se o padrão de aplicação de fundos próprios até
agora adoptado, as verbas municipais alocadas a despesas de investimento no
âmbito do plano, devem atingir valores anuais na ordem de MZN 100M nos
próximos 10 anos.

O financiamento das medidas de investimento protagonizadas no presente plano, por


fundos próprios da autarquia fica assim a depender basicamente do potencial de
crescimento da geração de receitas fundamentalmente provenientes de impostos e
taxas.

7.5.2 Verbas de Governo Central


A verba anual transferida do OGE pela via do Fundo de Compensação Autárquico
(FCA), Fundo de Investimento de Iniciativa Local (FIIL) e indirectamente pelo Fundo
de Estradas (FE) e outros fundos foi em média de MZN 255M por ano. Estima-se que

15
O cenário de perspectiva toma como base o diagnóstico efectuado na primeira parte do estudo
no que à economia da cidade diz respeito, levando a crer que não se afigura a médio prazo
qualquer fenómeno de mudança do actual paradigma da estrutura económica da cidade.

16
Assumimos aqui para efeitos de projeção uma taxa anual de crescimento real do PIB nos
próximos 5 anos de 4,5% a 5,5% (fonte: Banco Mundial).
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 115

o montante alocado ao investimento se mantenha na ordem de 20%. As projecções


a médio prazo destas verbas estarão indexadas ao crescimento da economia pelo
que nos próximos 10 anos o montante deverá atingir uma verba na ordem de MZN
124M.

7.5.3 Outras Fontes


O financiamento do plano pressupõe que fontes alternativas de fundos sejam
canalizados para as medidas de investimento preconizadas, dependendo da natureza
e especificidade do projecto, nomeadamente: (i) fundos de diferentes parceiros de
cooperação e desenvolvimento, que apoiem projectos específicos de âmbito nacional
ou local; (ii) créditos de Instituições Financeiras de Investimento (IFI’s) e bancos
nacionais de desenvolvimento para financiamento a projectos com viabilidade
económica e rentabilidade financeira; (iii) Complementarmente, o sector privado,
seja através de empresas ou de pequenas iniciativas e empreendimentos de
individuais, contribui também para o fortalecimento de redes de serviços básicos e
melhoramentos em infra-estruturas.

7.6 Verificação da Exequibilidade Financeira do


Plano
Como já foi referido anteriormente, o financiamento do plano exigirá um esforço
extraordinário de engenharia financeira por forma a captar fundos de diversas fontes,
para além das receitas geradas pela autarquia e de fundos transferidos pelo governo
central.

A tabela seguinte, demonstra a projecção financeira dos fundos disponíveis num


cenário de perspectiva de evolução, indexada ao crescimento da economia,
mantendo-se os padrões de aplicação de fundos para o investimento adoptados pela
autarquia e pelo governo central.

O montante acumulado de financiamento é de MZN2.244M (USD35M), ao fim dos 10


anos17.

17
Inclui o auto-financiamento e a transferência de fundos do OGE.
116 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Tabela 7.5 - Previsão de autofinanciamento

Financiamento para o investimento (MZN10^6) Notas Ano base 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029
Receitas próprias da Autarquia 1
Sub-total 147 154 162 170 179 188 197 207 217 228 239
Receitas alocadas ao Investimento 2 66 69 73 77 80 84 89 93 98 103 108
Fundos do Governo Central 3 255 268 281 295 310 326 342 359 377 396 415
Fundos do Governo central para investimento 4 77 80 84 89 93 98 103 108 113 119 125
Outros donativos 5 8 8 8 9 9 10 10 11 11 12 12
Sub-total 84 88 93 97 102 107 113 118 124 131 137
Total de fundos para investimento 150 158 166 174 183 192 201 211 222 233 245
Acumulado 150 308 474 648 831 1 022 1 224 1 435 1 657 1 891 2 135
(1) assumindo uma taxa de crescimento de 5% ao ano .
(2) taxa de crescimento indexada ao PIB de 5% ao ano.
(3) manter a mesma proporção de 70% das receitas para investimento
(4) fundos de investimento correspondente a 30% dos fundos transferidos pelo OGE e Fundo de Estradas, com taxa de crescimento indexada ao PIB de 5% ao ano.
(5) fundos provenientes de projectos de cooperação e donativos à autarquia; estimativa de 10% dos Fundos do OGE, com crescimento de 5% ao ano.
Fonte: Apuramento pelo Consultor
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 117

O esforço financeiro exigido à autarquia para cobrir as necessidades do plano,


demonstradas na Error! Reference source not found., acima, exigirá uma grande
capacidade na captação de fundos adicionais na ordem de $614M USD, como se
mostra na tabela seguinte.

Tabela 7.6 - Estrutura previsional das fontes de financiamento do PEU

MAPA DAS ORIGENS DE FUNDOS PELAS FONTES DE


Valor (US$) Percentagem
FINANCIAMENTO IDENTIFICADAS

1 Fundos pela geracao de receitas proprias 3 0 206 500,00 4,9%

Fundos de Investimento canalizados pelas Entidades Sectoriais de


2 1 85 969 470,00 30,2%
Tutela e OGE

3 Financiamento de projectos por Doadores Bilateriais 1 41 159 480,00 23,0%

4 Financiamento de projectos por Doadores Multilaterias (IFIs) 1 79 890 000,00 29,3%

5 Financiamento de Iniciativa Privada e PPP 7 7 599 725,00 12,6%

100,0%
TOTAIS 614 825 175,00

Fonte: Apuramento Consultor

O modelo de financiamento proposto pressupõe uma estratégia assente nos


seguintes princípios:

a) O PEU passará a ser o elemento agregador e fio condutor de todas acções


de investimento da Autarquia no seu horizonte temporal;

b) A autarquia assumirá nos seus planos de actividade anuais, acções de


acompanhamento do PEU visando:
i. o aumento da geração de receitas para reforçar a sua capacidade de
autofinanciamento;
ii. o desenvolvimento de acções de marketing visando estabelecer
parcerias e atrair financiamentos de parceiros de cooperação e IFIs
através de conferências de financiadores e outras plataformas de
divulgação e publicidade;
iii. o desenvolvimento de um vasto e ambicioso programa de capacitação
e formação de quadros por forma a garantir a implementação do plano
e a sua monitorização.

c) A autarquia promoverá uma política de envolvimento do sector privado


promovendo PPPs nas iniciativas onde as parcerias sejam viáveis;
118 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

d) a autarquia garantirá a participação comunitária em acções de investimento


através de mão-de-obra local ou materiais localmente disponíveis, bem como no
processo de consultas em cada fase de implementação.

Outro aspecto a realçar está relacionado com o faseamento das medidas de


investimento, cujo objectivo é viabilizar a implementação do plano, à medida da
capacidade de angariação de fundos e da gestão do próprio programa. No presente
cenário o fluxo de investimento ilustrado na figura seguinte, mostra um
escalonamento com maior concentração entre o 6º e o 9º ano. Assume-se no
cenário-base que nos 5 primeiros anos prevêem-se a realização dos estudos e
projectos, enquanto a autarquia desenvolverá medidas de acompanhamento
referidas anteriormente.

Este cenário poderá ser revisto em termos de dimensionamento à medida dos


factores condicionantes do Plano, em termos financeiros e de capacidade de
realização da autarquia.

PEU Nampula
Cash Flow do Investimento (Mil US$)
120 000 600 000

100 000 500 000

Invest. Acumulado
Invest. Anual

80 000 400 000

60 000 300 000

40 000 200 000

20 000 100 000

- -
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Custos anuais 145 2 344 21 676 49 865 48 231 80 381 99 039 72 808 72 358 38 033
Acumulado 145 2 489 24 165 74 030 122 261 202 642 301 681 374 488 446 846 484 878

Figura 7.3 – Cash Flow do Investimento


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 119

8 REFERÊNCIAS

AIAS. Plano de Reassentamento e Deslocalização de Infra-estruturas da Área do Goto.


Governo de Moçambique. Maputo. 2017.

BANDEIRA, S. et al. Estudo de Lições Aprendidas e Boas Práticas de Reabilitação do


Mangal – Avaliação do programa de restauração de mangal no Estuário. [S.l.]. 2016.

BANDEIRA, S. et al. Estudo de Lições Aprendidas e Boas Práticas de Reabilitação do


Mangal – Avaliação do programa de restauração de mangal no Estuário. [S.l.]: [s.n.],
2016.

BANDEIRA, S. et al. Estudo de Lições Aprendidas e Boas Práticas de Reabilitação do


Mangal – Avaliação do programa de restauração de mangal no Estuário do Limpopo
(Gaza), Tsolombane em Matutuine (Maputo), Nhangau (Sofala). [S.l.]. 2016.

BANDEIRA, S. O.; BOLNICK, D.; BARBOSA, F. Flores nativas do Sul de Moçambique.


Universidade Eduardo Mondlane. Maputo, p. 258. 2007.

BANDEIRA, S. O.; BOLNICK, D.; BARBOSA, F. Flores nativas do Sul de Moçambique.


Universidade Eduardo Mondlane. Maputo, p. 258. 2007.

Boletim da República n.º 11, I Série de 17 de Março, Suplemento. [S.l.]. 2000.

Boletim da República n.º 152, I Série de 3 de Agosto. [S.l.]. 2018.

Boletim da República n.º 22, I Série de 31 de Maio, 4º Suplemento. [S.l.]. 1997.

Boletim da República n.º 24, I Série 15 de Junho. [S.l.]. 2011.

Boletim da República n.º 245, I Série de 17 de Dezembro. [S.l.]. 2018.

Boletim da República n.º 26, I Série de 1 de Julho, 3º Suplemento. [S.l.]. 2008.

Boletim da República n.º 29, I Série de 18 de Julho. [S.l.]. 2007.

Boletim da República n.º 29, I Série de 18 de Julho. [S.l.]. 2007.


120 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Boletim da República n.º 32, I Série de 8 de Agosto. [S.l.]. 2012.

Boletim da República n.º 35, I Série de 2 de Setembro. [S.l.]. 1981.

Boletim da República n.º 35, I Série de 30 de Agosto. [S.l.]. 2006.

Boletim da República n.º 38, I Série de 21 de Setembro. [S.l.]. 2011.

Boletim da República n.º 40, I Série de 7 de Outubro, 3º Suplemento. [S.l.]. 1997.

Boletim da República n.º 41, I Série de 16 de Outubro, 8º Suplemento. [S.l.]. 2007.

Boletim da República n.º 44, I Série de 3 de Novembro. [S.l.]. 2010.

Boletim da República n.º 44, I Série de 4 de Novembro, 3º Suplemento. [S.l.]. 2011.

Boletim da República n.º 48, I Série de 8 de Dezembro, 3º Suplemento. [S.l.]. 1998.

Boletim da República n.º 48, I serie, 30 de Novembro. [S.l.]. 2006.

Boletim da República n.º 51, I Série de 26 de Dezembro, 3º Suplemento. [S.l.]. 2006.

Boletim da República n.º 51, I Série de 27 de Dezembro, 4º Suplemento. [S.l.]. 2010.

Boletim da República n.º 52, I Série de 30 de Dezembro, 13º Suplemento. [S.l.]. 2008.

Boletim da República n.º 52, I Série de 30 de Dezembro, 8º Suplemento. [S.l.]. 2008.

Boletim da República n.º 7, I Série de 18 de Fevereiro, 2º Suplemento. [S.l.]. 2003.

Boletim da República n.º 73, I Série de 11 de Maio. [S.l.]. 2017.

Boletim da República n.º 76, I Série de 19 de Setembro. [S.l.]. 2014.

Boletim da República n.º 76, I Série de 19 de Setembro. [S.l.]. 2014.

Boletim da República n.º 76, I Série de 19 de Setembro. [S.l.]. 2014.

Boletim Oficial n.º 19, I Série de 10 de Maio, Suplemento. [S.l.]. 1960.

Boletim Oficial n.º 23, I Série de 8 de Junho. [S.l.]. 1968.

Boletim Oficial n.º 31, I Série de 3 de Agosto. [S.l.].

BURROWS, J. et al. Trees and Shrubs Mozambique. Jacana Publishers. [S.l.]: [s.n.], 2018.
1114 p.

CABRAL, P. et al. Assessing Mozambique's exposure to coastal climate hazards and


erosion. International Journal of Disaster Risk Reduction. [S.l.]: [s.n.], 2017.

CDS-ZONAS URBANAS. Diagnóstico Rápido sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos na


Cidade da Beira. Beira. 2011.

CEAGRE. Mapeamento de habitats de Moçambique: criando bases para contrabalanços


de biodiversidade em Moçambique. Universidade Eduardo Mondlane. Maputo, p. 48. 2015.

CEDH, FAPF, UEM. Plano de Estrutura Urbana do Município de Maputo. Conselho Municipal
da Cidade de Maputo. Maputo. 2008.

CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS-POLO. Património Arquitetónico Modernista na Cidade


da Beira. Beira: [s.n.], 2019.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 121

CHEVALLIER, R. Balancing Development and Coastal Conservation: Mangroves in


Mozambique. SAIIA. Research Report 14. 62 pp. [S.l.]: [s.n.], 2013.

CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DA BEIRA. Beira Municipal Recovery and Resilience


Plan - A roadmap to Building Beira Back Better. Volume 1 - Main Report. Conselho
Municipal da Cidade da Beira; Governement of the Netherlands; UN Habitat; Shelter; UNDP.
Beira. 2019.

CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DA BEIRA. Beira Municipal Recovery and Resilience


Plan - A roadmap to Building Beira Back Better. Volume 2 - Sector Reports. CMCB;
Govenment of the Netherlands; UN Habitat; Shelter; UNDP. Beira. 2019.

CONSULTEC. Plano de Gestão Ambiental - Operação do terminal de armazenamento,


manuseamento e distribuição de combustível da beira. Volume I. Beira. 2016.

COSTA, I. N. No centenário da Companhia de Moçambique, 1888-1988. Arquivo Histórico de


Moçambique, Maputo, n. Boletim Semestral nº 6 especial, Outubro 1989. 65-76.

Decreto de 29 de Junho de 1907 – Eleva à categoria de Cidade, a povoação da Beira, então


capital do território de Manica e Sofala. [S.l.]. 1907.

Decreto n 45/2006 de 30 de Novembro - Aprova o Regulamento para a Prevenção da Poluição


e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro. Boletim da República, Série I, 48, 30 de Novembro
de 2006, pp. 254(1) – 254(17). [S.l.]. 2006.

Decreto n.º 23/2008 de 1 de Julho. Regulamento da Lei do Ordenamento Territorial. [S.l.].


2008.

Decreto n.º 31/2012 de 8 de Agosto – Regulamento sobre o Processo de Reassentamento


resultante de Actividades Económicas. [S.l.]. 2012.

Decreto n.º 33/2006 alterado pelo Decreto n.º 46/2011 de 21 de Setembro – Quadro de
Transferência de Funções e competências dos Órgãos do Estado para as autarquias locais. [S.l.].
2011.

Decreto n.º 45/2006 de 30 de Novembro – Regulamento para a Prevenção da Poluição e


Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro. [S.l.]. 2006.

Decreto n.º 56/2008 de 30 de Dezembro – Modalidades do exercício da tutela administrativa


dos Governadores Provinciais e dos Governos Provinciais nas Autarquias Locais ao abrigo no n.
2 do artigo 8 da Lei n.º 6/2007. [S.l.]. 2008.

Decreto n.º 60/2006 de 26 de Dezembro – Regulamento do Solo Urbano. [S.l.]. 2006.

Decreto n.º 61/2010 de 27 de Dezembro – Mecanismos de determinação e correcção do valor


patrimonial dos prédios urbanos situados no território das autarquias e sujeitos ao Imposto
Predial Autárquico. [S.l.]. 2010.

Decreto n.º 63/2008 de 30 de Dezembro – Código Tributário Autárquico. [S.l.]. 2008.


122 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

Decreto n.º 66/98 de 8 de Dezembro, alterado pelo Decreto n.ºs 1/2003 de 18 de Fevereiro,
Decreto n.º 50/2007 de 16 de Outubro, Decreto n.º 42/2010 de 20 de Outubro – Regulamento
da Lei de Terras. [S.l.]. 2010.

Decreto nº 43587 de 8 de Abril de 1961, tornado extensível a Moçambique pela Portaria n.º
23404 de 28 de Maio de 1968. [S.l.]. 1968.

DELTARES; WITTEVEEN+BOS; WISSING; VAN DEN BROEK CONSULTING; NIRAS. Plano


Director Beira - Mozambique. Conselho Municipal da Cidade da Beira. Beira. 2013.

Despacho de 19 de Setembro de 2014 – Funcionamento da Comissão Técnica de


Acompanhamento e Supervisão do Reassentamento. [S.l.]. 2014.

Diploma Legislativo n.º 1976 de 10 de Maio de 1960 – Regulamento Geral das Edificações
Urbanas. [S.l.]. 1960.

Diploma Ministerial n.º 127/2002 de 31 de Julho – Regulamento que define a caracterização


técnica e enunciado de funções das instituições do Serviço Nacional de Saúde. [S.l.]. 2002.

Diploma Ministerial n.º 155/2014 de 19 de Setembro – Regulamento Interno para o


Funcionamento da Comissão Técnica de Acompanhamento e Supervisão do Processo de
Reassentamento. [S.l.]. 2014.

Diploma Ministerial n.º 156/2014 de 19 de Setembro – Directiva Técnica do Processo de


Elaboração e Implementação dos Planos de Reassentamento. 2014.

Diploma Ministerial n.º 158/2011 de 15 de Junho – Procedimentos Específicos para a consulta


às comunidades locais no âmbito da titulação do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra.
[S.l.]. 2011.

Diploma Ministerial n.º 158/2011 de 15 de Junho – Procedimentos Específicos para a consulta


às comunidades locais no âmbito da titulação do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra.
[S.l.]. 2011.

Diploma Ministerial n.º 158/2011 de 15 de Junho – Procedimentos Específicos para a consulta


às comunidades locais no âmbito da titulação do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra.
[S.l.]. 2011.

Diploma Ministerial n.º 158/2011 de 15 de Junho – Procedimentos Específicos para a consulta


às comunidades locais no âmbito da titulação do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra.
[S.l.]. 2011.

Diploma Ministerial n.º 181/2010 de 3 de Novembro – Directiva sobre o Processo de


Expropriação para efeitos de Ordenamento Territorial. [S.l.]. 2010.

Diploma Ministerial n.º 250/2011 de 4 de Novembro - Metodologia para elaboração dos quadros
de pessoal das Autarquias Locais. [S.l.]. 2011.

Diploma Ministerial n.º 29/2000-A de 17 de Março – Anexo Técnico ao Regulamento da Lei de


Terras. [S.l.]. 2000.

DPC, MINED. Estatística da Educação: Aproveitamento Escolar 2016 – Educação Geral


e Formação de Professores. Governo de Moçambique. Maputo. 2017.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 123

DPCA. Diagnóstico e Análise da Situação Actual do Distrito. Governo do Distrito do Dondo.


Beira. 2012.

Estudo de viabilidade de drenagem para a cidade da Beira. [S.l.]. 2013/2014.

FAPF, UEM. Plano de Estrutura Urbana da Matola. Conselho Municipal da Cidade da Matola.
Matola. 2010.

FURZE, P.; PREBLE, A. Annual Tropical Cyclone Report. U.S. Naval Maritime Forecast Center;
Joint Typhoon Warning Center Pearl Harbor, Hawaii. USA. 2003.

GEP DA VEREAÇÃO DE CONSTRUÇÃO, INFRA-ESTRUTURAS E URBANIZAÇÃO. Plano de


Pormenor da Zona de Póvoa no Bairro de Matadouro. Conselho Municipal da Cidade da
Beira. Beira, p. 61. 2016.

HTTP://OBJDIG.UFRJ.BR/60/TESES/COPPE_M/ANTONIOFERNANDESDASILVA.PDF.

HTTPS://WWW.CBD.INT/EBSA/.

IESE. Barómetro Municipal. Governo de Moçambique. Maputo. 2017.

INE. Estatísticas distritais - Indicadores Sócio Demográficos Província de Sofala.


Governo de Moçambique. Maputo. 2007.

INE. Estatísticas distritais (Indicadores Sócio Demográficos Província de Sofala).


Governo de Moçambique. [S.l.]. 2007.

INE. IV Recenseamento Geral da População e Habitação. Governo de Moçambique.


Maputo. 2007.

INE. IV Recenseamento Geral da População e Habitação. Governo de Moçambique.


Maputo. 2007.

INE. Estatísticas do Distrito da Cidade da Beira – 2008. Maputo. 2010.

INE. Estatísticas do Distrito da de Sofala e da Cidade da Beira – 2008. Governo de


Moçambique. Maputo. 2010.

INE. Censo de empresas 2014-2015. Governo de Moçambique. [S.l.]. 2014.

INE. Anuário Estatístico 2016 Moçambique. Governo de Moçambique. Maputo, p. 108.


2017.

INE. Estatística de Cultura. Governo de Moçambique. Maputo. 2017.

INE. Estatística de Cultura, 2017. Governo de Moçambique. Maputo. 2017.

INE. Estatística de Cultura, 2017. Governo de Moçambique. Maputo. 2017.

INE. Estatística de Cultura, 2017. Maputo. 2017.

INE. Recenceamento Geral da População e Habitação de 2017 - Dados Definitivos.


Governo de Moçambique. Maputo. 2019.
124 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

INE. Recenceamento Geral da População e Habitação de 2017 - Dados Preliminares.


Governo de Moçambique. Maputo. 2019.

LAHMEYER; GKW; ERM; IMPACTO; PROJECTA. Plano Estratégico de Saneamento para a


Cidade de Beira. [S.l.]. 2004.

LAHMEYER; GKW; ERM; IMPACTO; PROJECTA. Plano Estratégico de Saneamento para a


Cidade de Beira. Beira. 2004.

LANGA, J. M. D. R. C. Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos em Moçambique, Responsabilidade


de Quem? Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades, 2014.

Lei n.º 10/97 de 31 de Maio – Criação do Município da Cidade da Beira, entre outras. [S.l.].
1997.

Lei n.º 16/2014 de 20 de Junho, alterada e republicada pela Lei n.º 5/2017 de 11 de Maio - Lei
da Conservação e Biodiversidade. [S.l.]. 2017.

Lei n.º 19/2007 de 18 de Julho - Lei do Ordenamento Territorial. [S.l.]. 2007.

Lei n.º 19/97 de 1 de Outubro – Lei de Terras. [S.l.]. 1997.

Lei n.º 2030 de 1948 - parcialmente colocada em vigor em Moçambique pela Portaria n.º 14507.
[S.l.]. 1948.

Lei n.º 2030 de 1948 - Parcialmente colocada em vigor em Moçambique pela Portaria n.º 14507
de 19 de Agosto. [S.l.]. 1948.

Lei n.º 2030 de 1948 parcialmente colocada em vigor em Moçambique pela Portaria n.º 14507
de 19 de Agosto. [S.l.]. 1948.

Lei n.º 6/2018 de 3 de Agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 13/2018. [S.l.]. 2018.

LEMOS, M. D. et al. Cidade da Beira. Arquivo, Boletim Semestral do Arquivo Histórico de


Moçambique, Maputo, n. 6, p. 404, Outubro 1989.

LIESEGANG, G. Beira e sua zona. Arquivo. Boletim do Arquivo Histórico de Moçambique,


Maputo, n. Boletim Semestral, nº 6 especial, Outubro 1989. 21-26.

MAGALHÃES, A.; GONÇALVES, I. Moderno Tropical. Arquitectura em Angola e


Moçambique, 1948-1975. Lisboa: Tinta da China, 2009.

MALOA, J. M. A urbanização moçambicana - Uma proposta de interpretação. São Paulo:


Facudade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, 2016.

MICOA. Estratégia Nacional de Adaptação e Mitigação de Mudanças Climáticas. Governo


de Moçambique. Maputo, p. 39. 2013.

MINED, DIRECÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E COOPERAÇÃO. Estatística da Educação:


Aproveitamento Escolar 2016 – Educação Geral e Formação de Professores. Governo
de Moçambique. Maputo. 2017.

MINED, DIRECÇÃO DE PLANIFICAÇÃO E COOPERAÇÃO. Estatística da Educação:


Aproveitamento Escolar 2016 – Educação Geral e Formação de Professores. Maputo.
Governo de Moçambique. [S.l.]. 2017.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 125

MIREME. Atlas das Energias Renováveis de Moçambique, Recursos e Projectos para


Produção de Electricidade. Governo de Moçambique. [S.l.]. 2014.

MIREME; EDM. Integrated master plan: Mozambique power system development - Final
Report. Governo de Moçambique. Maputo. 2018.

MORAIS, J. S. et al. Beira - Património Arquitectónico. 1ª. ed. Casal de Cambra:


Caleidoscópio, 2016.

NEUMANN, J. E. et al. Assessing the risk of cyclone-induced storm surge and sea level
rise in Mozambique. United Nations University. [S.l.]. 2013. (WIDER Working Paper No.
2013/03).

NEWITT, M. Histórioa de Moçambique. Mira-Sintra-Mem Martins: Publicações Europa


América, 1997.

NORCONSULT; VATTENFALL POWER CONSULTANT. Transmission project document: EDAP


- Master plan update project 2012-2027. Supply to Beira City Area. EDM. [S.l.]. 2012.

OHARA, J. F.; FALVEY, R. J. Annual Tropical Cyclone Report. U.S. Naval Maritime Forecast
Center; Joint Typhoon Warning Center Pearl Harbor, Hawaii. USA. [S.l.]. 2007.

PALMER ASSOCIATES; PROJECTA; WILSON JOINT VENTURE. Plano de Estrutura de Beira-


Dondo. MAE. Beira. 1999.

PINTO, R. Sobre a presença dos portugueses na Costa Oriental Africana (1640-1668). Arquivo
Histórico do Ultramar, Lisboa, Vol. III, n. Moçambique, caixa 2, 1994.

Plano de reassentamento e deslocalização de infra-estruturas da área do Goto. [S.l.]. 2017.

PROBST, P.; ANNUNZIATO, A. Tropical cyclone Idai: analysis of the wind, rainfall and
storm surge impact. European Commission Joint Research Centre. [S.l.]. 2019.

PROCESL; CONSULTEC; SANAMBI. Reabilitação da Rede de Distribuição de Água e


Saneamento da Cidade da Beira. [S.l.]. 2001.

PROCESL; CONSULTEC; SANAMBI. Reabilitação da Rede de Distribuição de Água e


Saneamento da Cidade da Beira. Beira. 2001.

PROCESL; CONSULTEC; SANAMBI. Reabilitação da Rede de Distribuição de Água e


Saneamento da Cidade da Beira. Beira. 2001.

Projecto Cidades e Mudanças Climáticas – Programa Piloto para Resiliência Climática. Manual
de Implementação. Volume III. [S.l.], p. 200.

Projecto de reabilitação, extensão e operação do sistema de drenagem pluvial da cidade da


Beira, Adenda II– infra-estruturas verdes do rio Chiveve. [S.l.].

Projecto de Saneamento da Cidade da Beira. [S.l.].

PROMONTÓRIO PLANNING; BETAR. Plano Geral de Urbanização do Distrito Municipal da


Katembe. Conselho Municipal da Cidade de Maputo. Maputo. 2012.
126 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

R, C. Balancing Development and Coastal Conservation: Mangroves in Mozambique.


SAIIA. Research Report 14. 62 pp. [S.l.]: [s.n.], 2013.

RASSUL, M. J. Projecto Cidades e Mudanças Climáticas. Programa Piloto Para


Resiliência Urbana - Manual de Implementação. AIAS; CRA. Maputo, p. 187. 2017.

Resolução n.º 3/81 de 2 de Setembro – Definição dos limites geográficos das cidades da Beira,
Nampula, Chimoio, Quelimane, Xai, Xai, Tete, Pemba, Lichinga, Nacala e Chókwè. [S.l.]. 1981.

SEURECA. Anteprojeto e Projecto de Execução de Obras Prioritárias de Reabilitação e


Extensão da Rede de Saneamento da Cidade da Beira. [S.l.].

SEURECA. Anteprojeto e Projecto de Execução de Obras Prioritárias de Reabilitação e


Extensão da Rede de Saneamento da Cidade da Beira. [S.l.].

SHANNON, M. African Urban Development in a Post-Aid Era: The Dutch Approach to Urban
Restructuring in Beira City, Mozambique. Researsh Gate, online, v. 44, n. 4, p. 21, Janeiro
2019.

SHANNON, M. et al. Sustainable Urbanization on Occupied Land? The Politics of Infrastructure


Development and Resettlement in Beira City, Mozambique. Sustainability, v. 10, n. 3123, p.
18, Setembro 2018. ISSN 10.3390.

SIEMENS. Power engineering guide. Berlim. 2014.

SITOE, A.; MANDLATE, L. J. C.; GUEDES, B. S. Biomass and Carbon Stocks of Sofala Bay
Mangrove Forests. Forests, 5: 1967-1981. [S.l.]. 2014. (10.3390/f5081967).

SOPA, A. Lourenço Marques: nos 80 anos dos edifícios dos correios e telégrafos. Arquivo.
Boletim do Arquivo Histórioco de Moçambique, Maputo, n. nº 6 especial, Outubro 1989.
77-126.

SURE AFRICA. Arquitectura sustentável em Moçambique - Manual de boas práticas,


Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. [S.l.]. 2011.

THERON, A. K.; BARWELL, L. Responding to climate change in Mozambique: Theme 2:


Coastal planning and adaptation to mitigate climate change impacts. Stellenbosch: CSIR, 2012.

TPF. Relatório Técnico ode Visita aos Bairros de Chamanculo, George Dimitrov
(Maputo) e Ponta-Gea, Goto (Beira). AIAS; MOPRHH. Maputo, p. 13. 2018.

TPF; FASE; SISTEMAS, PRO SISTEMAS. Estudo de Viabilidade, Projecto Executivo,


Construção e Supervisão da Reabilitação do Sistema de Drenagem de Águas Pluviais
na cidade da Beira. Beira. 2014Fevereiro de 2014).

TPF; TPF MOÇAMBIQUE; BIODESIGN. PNDT - Plano Nacional de Desenvolvimento


Territorial - Relatório R.I/02 Dignóstico Nacional. MITADER. Maputo, p. 277. 2019.

TPF; TPF MOÇAMBIQUE; BIODESIGN. PNDT - Plano Nacional de Desenvolvimento


Territorial - Relatório R.I/03 Cenºarios, Visão e Eixos Estratégicos de
Desenvolvimento Territorial PRoposta Preliminar. MITADER. Maputo, p. 84. 2019.

TPF; TPF MOÇAMBIQUE; BIODESIGN. PNDT - Plano Nacional de Desenvolvimento


Territorial - Relatório R.I/04 ASSE. Factores Críticos, Impactos e Avaliação de
Cenários. MITADER. Maputo, p. 94. 2019.
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 127

TPF; TPF MOÇAMBIQUE; BIODESIGN. PNDT - Plano Nacional de Desenvolvimento


Territorial - Relatório R.III/01 Proposta Preliminar de PNDT. MITADER. Maputo, p. 321.
2019.

TPF; TPF MOÇAMBIQUE; BIODESIGN. PNDT - Plano Nacional de Desenvolvimento


Territorial - Relatório R.III/02 Avaliação Ambiental e Social Estratégica da Proposta
Técnica Preliminar do PNDT. MITADER. Maputo, p. 89. 2019.

UEM; CENTRO DE INVESTIGAÇÃO EM ENERGIA E DESENVOLVIMENTO DA UNIVERSIDADE DA


CIDADE DO CABO. Planeamento integrado nacional de energia doméstica. Direcção
Nacional de Estradas. [S.l.]. 1997.

WILD, H.; BARBOSA, L. A. G. Vegetation Map (1: 2,500,000 in Colour) of the Flora
Zambesiaca Area, Descriptive Memoir. Supplement to Flora Zambesiaca. Salisbury: M.O. Collins
Ltd., 1967.

WOODWARD, R. T.; WUI, Y. S. The economic value of wetland services: a meta-analysis.


Ecological Economics, 37: 257-270. [S.l.]. 2001.

WYK, A. E. V.; SMITH, G. F. Regions of Floristic Endemism in southern Africa. A review


with emphasis on succulents. Pretoria: Umdaus Press, 2001. 199 p.
128 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

ANEXOS
PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 129

MAPAS DO PLANO

Mapa de Ordenamento do Plano

Mapa de Condicionantes do Plano

Mapa da Mobilidade Proposta


130 PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO

MAPAS QUE ACOMPANHAM O


PLANO

Mapa de Uso e Ocupação do Solo Actual

Mapa de Condicionantes Actual

Mapa de Equipamento de Saúde

Mapa de Equipamento de Educação

Mapa de Equipamento de Segurança Pública


PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO 131

Você também pode gostar