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PLANO DIRETOR

PA R T I C I PAT I V o
GRAVATÁ - PE

RELATÓRIO FINAL

Texto Base
Projeto de Lei

Versão Final

NOVEMBRO - 2 0 0 6
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

Prefeitura Municipal de Gravatá


Secretaria Municipal de Planejamento e Orçamento
Núcleo Gestor Municipal para Elaboração do Plano Diretor Participativo de Gravatá
Comitê Gestor do Plano Diretor Participativo de Gravatá
Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e Científico - IPAD

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO


GRAVATÁ - PE
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

PREFEITO
Joaquim Neto de Andrade Silva

VICE-PREFEITO
Henrique Danilo Ferreira de Melo

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO


Roberto Melo

ASSESSORIA ESPECIAL DE IMPRENSA


Eliane Macedo

NÚCLEO GESTOR PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ

COMITÊ GESTOR DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ

Consultoria:

IPAD – Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e Científico

Diretor Presidente
Antônio Fernando de Oliveira de Barros

Coordenadora Geral do Projeto


Neusa Vieira de Melo – Arquiteta Urbanista

Coordenador Técnico
Ubirajara Ferreira da Paz – Arquiteto Urbanista

Consultores
Cézar Lopes – Uso do Solo
Pedro Vilarim – Gestão Ambiental
Adrimon Cavalcanti -Trânsito e Transportes
José Farias – Economista
Admilson Batista Junior - Advogado

Apoio Técnico e Logístico


Edna Paula Peixoto da Motta – Arquiteta Urbanista
Cristiana Borges de Barros e Silva- Arquiteta Urbanista
Raphaela de Paula Silva Pimentel, Thiago Medeiros – Comunicação e Eventos
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

APRESENTAÇÃO

O presente documento apresenta o Relatório Final do Plano Diretor Participativo do Município de


Gravatá. Neste Relatório Final está contido, em anexo, o Texto Base, que representa a síntese do
processo de construção participativa deste plano, resultado das leituras técnica e comunitária, das
reuniões com o Núcleo Gestor e corpo técnico da prefeitura; e também a minuta do Projeto de Lei do
Plano Diretor de Gravatá, com os respectivos mapas e quadro de parâmetros urbanísticos.

O Texto Base, que é um escopo do projeto de lei, foi compilado num formato objetivo direcionando os
princípios, diretrizes, objetivos, e instrumentos necessários para formular a Política Urbano-Ambiental
Municipal.

O Plano Diretor de Gravatá estrutura-se em três partes, a primeira, FUNDAMENTAÇÃO E


ESTRATÉGIAS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL,
descrimina os princípios expressos no Estatuto da Cidade (Lei n.°10.257 de outubro de 2001), sendo
estes: Função Social da Cidade, Função Social da Propriedade, Gestão Democrática e
Participativa e Desenvolvimento Sustentável. Estes princípios gerais sintetizam os caminhos para
construção de uma cidade mais justa através da reforma urbana, e são utilizados para fundamentar
todo o Plano Diretor de Gravatá.

Para alcançar o ideal de uma cidade mais justa foram criadas Estratégias Prioritárias que transpõem
os princípios do Estatuto da Cidade para a realidade específica do território de Gravatá, refletindo sobre
seus problemas e potencialidades, enfim, aquilo que a difere das demais cidades. Estas Estratégias
Prioritárias são as faces do Plano Diretor de Gravatá, através delas o município deverá visar à
transformação de sua realidade sócio-territorial, sendo estas: o Fortalecimento e Ampliação da
Economia Local, a Instrumentalização para a garantia da função social da cidade e da
propriedade e a Sustentabilidade Turística. Nesse sentido as Estratégias Prioritárias são metas que
este plano seguirá para efetivação dos princípios expostos no Estatuto da Cidade.

A segunda parte, INSTRUMENTAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO


URBANO E AMBIENTAL, é a mais extensa, nela podemos encontrar as diretrizes e instrumentos de
políticas específicas, que interferem diretamente no processo de uso e ocupação do solo, sendo estas:
Das Atividades Econômicas, Da Política Municipal de Habitação de Interesse Social, Da Política
Municipal de Meio Ambiente, Da Mobilidade e Acessibilidade Municipal. Ou seja, para seguir os
caminhos descritos nas Estratégias Prioritárias o Plano Diretor utilizará as diretrizes, objetivos e
instrumentos específicos destas políticas, integrando suas ações a fim de operacionalizar a política
urbano-ambiental do município.

Ressalta-se dentro destas políticas específicas, que as diretrizes, objetivos, e instrumentos da Política
Municipal de Habitação de Interesse Social, já contemplam os princípios abordados no Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, e no Fundo Nacional de Habitação de Interesse
Social – FNHIS, recentemente instituídos pela Lei n.°11.124, de 16 de junho de 2005.

Ainda nesta segunda parte encontra-se o Ordenamento Territorial, que é a base para divisão do
território do município, e para a regulação de usos do solo e do crescimento da cidade. É a partir desta
divisão territorial (zoneamento), que se aplicam parâmetros urbanísticos para cada área da cidade.

APRESENTAÇÃO
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Esta parte do plano diretor dá as ferramentas para o funcionamento da política urbano-ambiental do


município, é através da aplicação destes parâmetros em conjunto com os instrumentos previstos nas
políticas específicas, que o poder público efetivará os princípios do Estatuto da Cidade, Função Social
da Cidade, Função Social da Propriedade, Gestão Democrática e Participativa e
Desenvolvimento Sustentável, e as Estratégias Prioritárias do Plano Diretor, Fortalecimento e
Ampliação da Economia Local, a Instrumentalização para a garantia da função social da cidade
e da propriedade e a Sustentabilidade Turística.

Por fim a terceira parte, PLANEJAMENTO E GESTÃO DA POLÍTICA URBANO E AMBIENTAL


descrimina os meios necessários para gerir a política urbano-ambiental do município, observando
sempre a participação democrática da população no Conselho Municipal de Política Urbana Ambiental,
de forma paritária e deliberativa.

A partir da aprovação do Plano Diretor de Gravatá, o município instrumentaliza-se para exercer a


política urbana de acordo com os princípios do Estatuto da Cidade, iniciando uma atuação planejada
para transformação da realidade sócio-territorial. No entanto os desafios do planejamento urbano são
contínuos, e o plano necessita de monitoramento constante do poder público e da sociedade civil,
avaliando se o Plano Diretor de Gravatá atende aos princípios propostos.

No mais, acreditamos que o Plano Diretor de Gravatá é uma poderosa ferramenta para a construção de
uma cidade mais justa, uma cidade para todos e todas.

APRESENTAÇÃO
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SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO....................................................................................................................................................... 6
1.OBJETIVOS DO PLANO ............................................................................................................................................. 6
2.OBJETIVO GERAL .................................................................................................................................................... 6
3.OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................................................................... 7
4.PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ ....................................................... 7
4.1. ETAPA 1 – LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO ATUAL/COMPATIBILIZAÇÃO DOS
REFERENCIAIS EXISTENTES ...................................................................................................................... 7
4.2. ETAPA 2 – ANÁLISE E CONTEXTUALIZAÇÃO........................................................................... 10
4.3. ETAPA 3 – ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DIRETOR.................................................................. 11
II. ANEXOS............................................................................................................................................................. 13
ANEXO I – TEXTO BASE
ANEXO II - PROJETO DE LEI

SUMÁRIO
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I. INTRODUÇÃO

O processo de crescimento urbano que se tem verificado nos municípios tem ocorrido de forma
desordenada, constituindo constante ameaça ao patrimônio natural e construído e, consequentemente,
ao desenvolvimento de uma cidade sustentável.

Elaborar o Plano Diretor para o município de Gravatá, faz-se necessário por diversas razões, inclusive
pela obrigatoriedade da lei, mas principalmente, por 5 razões principais:

a. Pela carência de um Plano Diretor para um município da importância de Gravatá, e que


desempenha funções econômicas relevantes no âmbito do Estado de Pernambuco;
b. Pelas condições históricas da formação e evolução sócio-econômica do município;
c. Pela necessidade de fornecer soluções aos problemas gerados pelas condições peculiares da
origem e formação sócio-econômica do município e, de modo especial, ao contexto ambiental,
natural e construído;
d. Pela necessidade do município buscar fontes estáveis e seguras de financiamento para o
desenvolvimento urbano de modo a propiciar a expansão da cidade de forma democrática e
equilibrada, através dos instrumentos definidos no Estatuto da Cidade e construído através do
compromisso dos cidadãos e governos.

1. Objetivos do Plano

O Plano Diretor do município do Gravatá tem como objetivo definir a política urbano-ambiental, de
modo claro e objetivo, compatibilizando os rumos tomados para o desenvolvimento do município com a
sustentabilidade ambiental. O Plano Diretor contêm a linha mestra de onde emanam diretrizes que se
agregam a outros instrumentos urbanísticos e orçamentários para a implementação do
desenvolvimento urbano.

Neste Plano são enfatizadas as potencialidades locais, promovendo o enfrentamento dos problemas
decorrentes da degradação dos espaços de uso comum, dos loteamentos e ocupações irregulares, da
agressão ao meio ambiente, dos empecilhos de caráter físico-espacial ao desenvolvimento das
atividades econômicas e sociais.

2. Objetivo Geral

Definir, a partir do que está disposto no Estatuto da Cidade – Lei n° 10.257/2001, um modelo de
ordenamento urbano e de desenvolvimento sustentável, que oriente e regule a ação dos agentes
públicos e privados sobre o território de todo o município.

A partir da sua aprovação na Câmara de Vereadores, o Plano Diretor será o instrumento básico da
política de desenvolvimento e expansão urbana, centrado na solução dos problemas e com ênfase nas
potencialidades do município, a partir de uma abordagem urbano-ambiental, de forma a garantir a
melhoria da qualidade de vida e bem-estar da população, possibilitando o desenvolvimento harmônico
das funções sociais da cidade.

Neste plano estão definidos objetivos, estratégias e instrumentos capazes de possibilitar a


implementação da cidade desejada e possível, de acordo com a capacidade institucional e de gestão,
pactuada pelo poder público e sociedade.

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RELATÓRIO FINAL

3. Objetivos Específicos

O Plano Diretor do município do Gravatá define objetivos específicos de forma a propiciar, ao conjunto
da população, melhoria nas condições de vida, o acesso à terra, à moradia, ao trabalho, aos
transportes e aos equipamentos e serviços urbanos, de modo a:

a. Ordenar o crescimento das diversas áreas do município, considerando as especificidades dos


diversos recortes do território, compatibilizando-o com o saneamento ambiental, o sistema viário e
de transportes e as demais infra-estruturas, serviços e equipamentos urbanos;
b. Compatibilizar o patrimônio natural e construído promovendo o desenvolvimento urbano com a
conservação do meio ambiente e preservação dos bens culturais;
c. Criar um sistema de mobilidade urbana de forma a tornar o município acessível a todos, e
compatibilizando este sistema com os municípios circunvizinhos;
d. Estabelecer um sistema de gestão do desenvolvimento sustentável que implemente modelos
participativos das ações municipais, articule os instrumentos e processos de planejamento
implementados;
e. Definir estratégias e indicar instrumentos legais para o cumprimento da função social da cidade e da
propriedade urbana;
f. Adequar os padrões urbanísticos locais às condições da população de baixa renda;
g. Fortalecer a presença do poder local nas definições sobre o desenvolvimento municipal e avançar
na democratização da gestão da cidade;
h. Identificar vocações da cidade que possibilitem o desenvolvimento local sustentável e consolide a
posição do município no contexto regional, estadual e nacional;
i. Estabelecer prioridades para os futuros investimentos a serem realizados visando alcançar a cidade
desejada;
j. Cumprir as determinações da Constituição Federal e do Estatuto da Cidade quanto às definições de
parâmetros e diretrizes da Política Urbana.

Estes são objetivos específicos que estão definidos no Plano Diretor do município de Gravatá, segundo
modelo estabelecido no Estatuto da Cidade, para construção da cidade desejada por todos e integrada
à região em que se insere, com justiça social e assegurando a participação da sociedade na gestão e
implementação do Plano Diretor.

4. Processo de Elaboração do Plano Diretor Participativo de Gravatá

4.1. ETAPA 1 – LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO ATUAL/COMPATIBILIZAÇÃO DOS


REFERENCIAIS EXISTENTES

Esta etapa compreendeu o diagnóstico do município, com o objetivo de identificar as principais


questões locais e sua relação com a Região, obtendo-se uma leitura dos pontos fundamentais para o
planejamento urbano e consequentemente para a formatação do Plano Diretor Urbanístico Municipal.

A leitura técnica do município foi realizada através da coleta de informações relativas aos aspectos
físico-ambientais, institucionais e sócio-econômicos, projetos e ações previstas e em desenvolvimento
para o município, bem como aqueles estruturadores que estivessem ocorrendo em municípios vizinhos
e que poderiam ter reflexos nas definições propostas.

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Essas informações foram formatadas em relatórios, e espacializadas, quando possível, para que se
obtivesse um mapeamento das principais questões pertinentes ao objeto, o que facilitou a leitura e
conseqüente análise dos problemas e potencialidades, e a geração de proposições.

Essa etapa foi composta pelas atividades descritas abaixo.

4.1.1. Atividade 1 – Planejamento e Nivelamento.

Esta atividade objetivou a apropriação da importância do Plano Diretor Urbanístico no desenvolvimento


local e regional, e a construção de um consenso dos eixos norteadores do projeto.

Nessa atividade foi realizada 1 (uma) reunião com a participação dos gestores municipais e a
Consultoria, na Sede desta e, em seqüência, 2 (duas) reuniões com a participação dos gestores
municipais e técnicos da Consultoria no município, posteriormente expandida ao corpo técnico
municipal.

A execução dessa atividade foi de responsabilidade da Consultoria, com apoio dos gestores e técnicos
municipais, sob a coordenação da prefeitura.

4.1.2. Atividade 2 – Montagem da Base Informacional.

Foram identificadas e levantadas as informações documentais e cartográficas nas diversas instituições


públicas, e com outros atores envolvidos no processo em âmbito local e regional, e posteriormente
complementadas com informações coletadas em campo.

As informações levantadas abordaram os aspectos físico-ambientais (do meio ambiente natural e


antrópico), os aspectos institucionais e, os sócio-econômicos - conforme a descrição acima da Etapa
01, e foram coletadas através de consultas e observações “in loco” pela equipe técnica da Consultoria,
com apoio do corpo técnico local.

Essas informações resultaram em relatórios temáticos, elaborados pelos consultores especialistas,


abordando os seguintes segmentos: Desenvolvimento Sócio-econômico, Meio Ambiente, Saneamento
Básico, Sistema Viário, Transporte, Uso e Ocupação do Solo, Turismo, Cultura e Gestão
Administrativa.

Na execução dessa atividade foram realizadas 2 (duas) reuniões de acompanhamento, nas instalações
do órgão coordenador da prefeitura, com a participação de técnicos da Consultoria e corpo técnico
municipal.

4.1.3. Atividade 3 – Fórum para Apresentação e Difusão.

Esta atividade contou com a participação dos atores sociais atuantes no município, para deflagração do
projeto e conseqüente convocação e sensibilização para a participação no processo de construção do
Plano Diretor Participativo. Essa etapa constou de:

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ƒ Apresentação da Prefeitura quanto ao projeto do Plano Diretor Participativo;


ƒ Apresentação da Caracterização Preliminar da Realidade Municipal, pela Consultoria;
ƒ Identificação de representantes para compor os Grupos de Trabalho para as Oficinas de
Planejamento e Conscientização.

A estruturação, concepção e elaboração desse Fórum foram de responsabilidade do município,


coordenada por um moderador, apoiado por um auxiliar de moderação - equipe da Consultoria. A
articulação e mobilização local couberam a prefeitura com o apoio da Consultoria.

4.1.4. Atividade 4 – 1ª Oficina de Planejamento.

Nesta Oficina, os Grupos de Trabalho definidos no Fórum para Apresentação e Difusão, realizaram 4
atividades, a saber:

a. Identificaram as transformações da cidade, através da discussão provocada por 3 perguntas. (1) A


cidade é toda igual, ou tem diferenças? Se tiver diferenças, quais são elas? (2) A cidade hoje é
melhor do que há dez anos atrás? Se for, o que melhorou? E se não for, o que piorou? (3) A cidade
cresceu de forma equilibrada, ou seja, dando as mesmas oportunidades para todos?
b. Valoraram as diferentes partes do Distrito Sede através de princípios elaborados a partir da
discussão em grupo, realizando assim uma análise da problemática urbana através dos problemas
e potencialidades do principal núcleo urbano;
c. Assistiram a apresentação da Leitura Técnica realizada pela equipe da Consultoria com
colaboração da equipe da prefeitura;
d. Avaliaram a leitura técnica apresentada pela Consultoria, através da discussão em grupo de
afirmativas retiradas da leitura técnica.

As atividades realizadas na Oficina de Planejamento constituíram a formação de uma leitura


comunitária, a apresentação da leitura técnica a sociedade, e o confrontamento entre a leitura técnica e
comunitária.

Essa atividade foi conduzida por um moderador, responsável pela coordenação, e por um auxiliar. O
desenvolvimento dos trabalhos na Oficina contou com métodos de visualização, que maximizarão a
compreensão e participação dos Grupos de Trabalho. A oficina teve aproximadamente 6 (seis) horas
de trabalho.

O conteúdo dessa oficina foi sistematizado em um relatório, o qual subsidiou a construção do


Diagnóstico Situacional.

4.1.5. Atividade 5 – Elaboração do Relatório e Mapa Síntese do Conhecimento da Realidade.

Esta atividade correspondeu à montagem do Diagnóstico Situacional, onde o escopo e a formatação


abrangeram:

a. Os aspectos físico-ambientais correspondentes aos ambientes, natural e antrópico;


b. Os aspectos institucionais;
c. Os aspectos sócio-econômicos.

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RELATÓRIO FINAL

Esse relatório, assim como o mapa síntese, teve como base os Relatórios Temáticos e o Relatório da
Oficina de Planejamento. A equipe técnica da Consultoria foi responsável pela elaboração do Relatório
Síntese, a partir da confrontação e compatibilização das informações contidas nesses relatórios.

Durante a elaboração do Relatório Síntese foram realizadas 2 (duas) reuniões de acompanhamento


com a participação da equipe de coordenação e respectivo corpo técnico municipal e a Consultoria.

Foi apresentada à Comissão de Acompanhamento uma versão preliminar deste relatório.

4.1.6. Produtos Etapa 1:

Ao final desta etapa, após os ajustes necessários, foi entregue o respectivo Relatório Síntese,
acompanhado de mapa(s) contendo a caracterização da situação atual, descrita e detalhada, tendo
como anexo o Relatório da Oficina de Planejamento e Conscientização.

4.2. ETAPA 2 – ANÁLISE E CONTEXTUALIZAÇÃO.

Esta etapa foi realizada a partir da discussão da etapa anterior, resultando numa matriz de leitura e
reflexão sobre a cidade, à luz dos problemas e potencialidades, direcionando-se as informações
levantadas para a formulação de diretrizes gerais do Plano Diretor Participativo de Gravatá.

Com base no Diagnóstico Situacional foi realizada uma análise com o mapeamento das restrições
físico-ambientais, legais, de planos e propostas existentes. Esta etapa foi realizada através das
atividades descritas a seguir.

4.2.1. Atividade 6 – Análise do Material Levantado.

A partir do Diagnóstico Situacional foram elencadas evidências sínteses da problemática urbano-


ambiental de Gravatá, elaborando-se diretrizes que enfrentassem esta problemática. A construção
destas evidências e suas respectivas análises foram concebidas a partir de cada grupamento temático,
bem como da abrangência de todo o conteúdo do Plano Diretor Participativo.

4.2.2. Atividade 7 – Elaboração do Relatório de Diretrizes Gerais.

Este relatório foi composto das diretrizes gerais, assim como, do mapeamento do macrozoneamento e
respectivos parâmetros de controle, sistema viário hierarquizado, e compatibilização das propostas
existentes, a partir da análise das evidências acima citadas, sistematizadas nos grupamentos
temáticos.

Essas diretrizes foram norteadas pelas Diretrizes Gerais do Estatuto da Cidade (Lei Federal nº. 10.257
de 10 de julho de 2001) descritas no Capítulo I, assim como pelo conteúdo mínimo do Plano Diretor
descrito no Capítulo III, Artigo 42 dessa referida lei.

O processo de construção desse relatório contou com momentos de discussões com a coordenação da
prefeitura, o corpo técnico municipal, a Comissão de Acompanhamento e a Consultoria, no intuito da
construção coletiva das diretrizes.

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RELATÓRIO FINAL

Nessa atividade foram realizadas 4 (duas) reuniões com a participação da coordenação da prefeitura, o
corpo técnico municipal, a Comissão de Acompanhamento e a Consultoria, cujas contribuições foram
incorporadas ao Relatório de Diretrizes Gerais.

Esta etapa direcionou o trabalho técnico da Consultoria, as contribuições da leitura comunitária, da


Comissão de Acompanhamento, da coordenação da prefeitura, e do corpo técnico municipal,
consubstanciando o conteúdo do Plano Diretor.

Foi apresentada à Comissão de Acompanhamento uma versão preliminar deste relatório.

4.2.3. Produtos Etapa 2

O produto desta etapa foi o Relatório de Diretrizes Gerais juntamente com o mapa de
macrozoneamento e respectivos parâmetros de controle, sistema viário hierarquizado e
compatibilização de propostas existentes.

4.3. ETAPA 3 – ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DIRETOR

Esta etapa correspondeu à elaboração do texto base do Plano Diretor, resultado da consolidação das
diretrizes e recomendações propostas.

A estruturação do Plano Diretor contemplou os referenciais que constam no item 2.3 do Termo de
Referência, e ainda:

a. A definição dos princípios, objetivos, e diretrizes da política urbana municipal, em consonância com
as diretrizes gerais do Estatuto da Cidade;
b. O zoneamento territorial (macrozoneamento e zoneamento);
c. Os índices urbanísticos básicos e os parâmetros de controle;
d. Os instrumentos da política urbana definidos no Estatuto da Cidade, assim como os mecanismos
para a sua implementação;
e. A hierarquização do sistema viário;
f. A indicação de projetos e planos urbanísticos a serem desenvolvidos;
g. O sistema de gestão local para o planejamento e controle do ordenamento territorial.

Para tanto, essa etapa foi realizada através das atividades descritas a seguir.

4.3.1. Atividade 8 – Definição de Proposições.

A partir do Relatório de Diretrizes Gerais e norteado pelo Estatuto da Cidade foram identificados
elementos estruturadores da dinâmica municipal que subsidiaram a elaboração de diretrizes
específicas, mecanismos e instrumentos urbanísticos, assim como recomendações de intervenções no
âmbito do planejamento e gestão urbana, no sentido da regulação do ordenamento territorial.

A definição dessas proposições contou com a participação dos consultores especialistas, que
apontaram diretrizes e ações setoriais para embasar as discussões com a coordenação, com o corpo
técnico municipal e com a Comissão de Acompanhamento, ficando a consolidação das propostas a
cargo da equipe técnica da Consultoria.

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RELATÓRIO FINAL

Esta atividade resultou no Texto Base do Plano Diretor Participativo de Gravatá, instrumento de
divulgação das propostas do Plano Diretor, e objeto de análise pela população no Fórum de Validação.

Foram realizadas nessa atividade 2 (duas) reuniões, com a participação da coordenação, o corpo
técnico municipal e consultoria.

4.3.2. Atividade 9 – Fórum de Validação.

Esta atividade contou com a participação dos atores sociais atuantes no município, incluindo-se os
participantes do Fórum de Apresentação e Difusão, para validação da Proposta Final com a
apresentação do Anteprojeto de Lei do Plano Diretor.

A estruturação, concepção e elaboração desse Fórum foram de responsabilidade da Consultoria sob a


coordenação de um moderador. Esteve presente nesse Fórum a equipe técnica da Consultoria
auxiliando no esclarecimento técnico das proposições apresentadas, como também os gestores/corpo
técnico municipal.

4.3.3. Atividade 10 – Elaboração do Relatório Final e do Mapa Síntese.

Esta atividade compreendeu a formatação final do Plano Diretor, com a consolidação das proposições
definidas no processo de discussão da atividade anterior.

4.3.4. Atividade 11 – Elaboração do Projeto de Lei do Plano Diretor.

Esta etapa consta da formatação em Anteprojeto de Lei, a partir do conteúdo do Texto Base, vistas ao
seu envio a Câmara de Vereadores para aprovação.

Essa atividade ficou a cargo do consultor especialista jurídico com o apoio dos demais membros da
equipe técnica da Consultoria, e com acompanhamento da coordenação do Plano Diretor.

4.3.5. Atividade 12 – Capacitação e Acompanhamento da Implementação do Plano Diretor.

Esta atividade consiste, logo após a Elaboração do Anteprojeto de Lei do PDP Gravatá, em assessorar
a Prefeitura Municipal no processo de aprovação no legislativo, bem como de montar capacitações nos
primeiros meses, após sua aprovação, dos técnicos municipais considerando, sobretudo, se for o caso,
o novo modelo de gestão da política urbana municipal.

4.3.6. Produtos Etapa 3:

Ao final desta etapa representa este Relatório Final, contendo o processo de formulação do Plano
Diretor Municipal, a partir da descrição da Metodologia utilizada, os Referenciais Bibliográficos e
Documentais, tendo como anexo o Mapa Síntese, o Texto Base, consolidado no Fórum de Validação, e
o Anteprojeto de Lei.

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II. ANEXOS

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RELATÓRIO FINAL

ANEXO I – TEXTO BASE


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RELATÓRIO FINAL

SUMÁRIO

1. PARTE 1 – FUNDAMENTAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO


E AMBIENTAL.............................................................................................................................................................................4
1.1.TÍTULO I - POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL ..................4
1.1.1. CAPÍTULO I - DEFINIÇÕES E ABRANGÊNCIA ........................................................................... 4
1.1.1.1. SEÇÃO I - DEFINIÇÕES ............................................................................................................................4
1.1.1.2. SEÇÃO II - ABRANGÊNCIA .......................................................................................................................5
1.1.1.3. SEÇÃO III – PRINCÍPIOS ...........................................................................................................................6
1.1.1.3.1. SUBSEÇÃO I – FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE......................................................................................6
1.1.1.3.2. SUBSEÇÃO II – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE .........................................................................6
1.1.1.3.3. SUBSEÇÃO III – GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA ..............................................................6
1.1.1.3.4. SUBSEÇÃO IV – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ........................................................................6
1.1.1.4. SEÇÃO IV – DIRETRIZES GERAIS.............................................................................................................6
1.1.1.5. SEÇÃO V – OBJETIVOS............................................................................................................................6
1.1.2. CAPÍTULO II – ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS ............................................................................ 7
1.1.2.1. SEÇÃO I - FORTALECIMENTO E AMPLIAÇÃO DA ECONOMIA LOCAL ......................................................7
1.1.2.2. SEÇÃO II - INSTRUMENTALIZAÇÃO PARA A GARANTIA DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA
PROPRIEDADE..............................................................................................................................................................7
1.1.2.3. SEÇÃO III - SUSTENTABILIDADE TURÍSTICA............................................................................................7
2. PARTE 2 – INSTRUMENTALIZAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E
AMBIENTAL ................................................................................................................................................................................7
2.1.TÍTULO II – ESTRUTURAÇÃO URBANA E DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL ...............................7
2.1.1. CAPÍTULO I - DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS......................................................................... 7
2.1.1.1. SEÇÃO I - DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS, COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E DA AGROPECUÁRIA.............8
2.1.1.2. SEÇÃO II - DO TURISMO, DA CULTURA E DO LAZER ...............................................................................8
2.1.1.3. SEÇÃO III - DOS PROJETOS ESTRUTURADORES ....................................................................................8
2.1.2. CAPÍTULO II - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL............ 9
2.1.2.1. SEÇÃO I - PRINCÍPIOS .............................................................................................................................9
2.1.2.2. SEÇÃO II - DIRETRIZES ............................................................................................................................9
2.1.2.3. SEÇÃO III - OBJETIVOS..........................................................................................................................10
2.1.2.4. SEÇÃO IV - DOS INSTRUMENTOS ..........................................................................................................10
2.1.2.4.1. SUBSEÇÃO I - DOS INSTRUMENTOS DE PROMOÇÃO DA REGULARIZAÇÃO URBANÍSTICA E
JURÍDICO-FUNDIÁRIA............................................................................................................................................10
2.1.2.4.1.1. DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS ..............................................................10
2.1.2.4.1.1.1. OBJETIVOS .........................................................................................................................10
2.1.2.4.1.1.2. PLANO URBANÍSTICO.........................................................................................................10
2.1.2.4.1.2. CADASTRO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO ....................................................................................11
2.1.2.4.1.3. USUCAPIÃO ESPECIAL DO IMÓVEL URBANO.............................................................................11
2.1.2.4.1.4. CONCESSÃO DO DIREITO REAL DE USO....................................................................................11
2.1.2.4.1.5. CONCESSÃO DE USO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA ........................................................11
2.1.2.4.2. SUBSEÇÃO II - DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO ...........................................................................11
2.1.2.4.2.1. DO PLANO DE REGULARIZAÇÃO URBANÍSTICA E JURÍDICO-FUNDIÁRIA DAS ZONAS
ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL (PREZEIS) .................................................................................................11
2.1.2.4.2.1.1. DIRETRIZES ........................................................................................................................11
2.1.3. CAPÍTULO III - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE.......................................... 12
2.1.3.1. SEÇÃO I - DIRETRIZES ...........................................................................................................................12
2.1.3.2. SEÇÃO II - OBJETIVOS...........................................................................................................................12
2.1.3.3. SEÇÃO III - INSTRUMENTOS ..................................................................................................................13
2.1.3.3.1. SUBSEÇÃO I - SISTEMA MUNICIPAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (SISMUC) ..........................14
2.1.3.3.1.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................14
2.1.3.3.1.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................14
2.1.3.3.2. SUBSEÇÃO II - SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES URBANAS E AMBIENTAIS – SUA..............14
2.1.3.3.3. SUBSEÇÃO III - LICENCIAMENTO AMBIENTAL .................................................................................14
2.1.3.3.3.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................15
2.1.3.3.3.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................15
2.1.4. CAPÍTULO IV – DA MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE MUNICIPAL..................................... 15
2.1.4.1. SEÇÃO I - DIRETRIZES ...........................................................................................................................15
2.1.4.2. SEÇÃO II - OBJETIVOS...........................................................................................................................15
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

2.1.4.3. SEÇÃO III - PLANO DE MOBILIDADE MUNICIPAL ...................................................................................16


2.1.4.4. SEÇÃO IV - SISTEMA VIÁRIO MUNICIPAL...............................................................................................16
2.2.TÍTULO III - DO ORDENAMENTO TERRITORIAL ............................................................................17
2.2.1. CAPÍTULO I - DAS DIRETRIZES DO ORDENAMENTO TERRITORIAL ................................... 17
2.2.1.1. SEÇÃO I - DO MACROZONEAMENTO .....................................................................................................18
2.2.1.1.1. SUBSEÇÃO I - MACROZONA RURAL - MZR.......................................................................................18
2.2.1.1.1.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................18
2.2.1.1.2. SUBSEÇÃO II – MACROZONA URBANA - MZU ..................................................................................18
2.2.1.1.2.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................18
2.2.1.2. SEÇÃO II - DO ZONEAMENTO RURAL ....................................................................................................18
2.2.1.2.1. SUBSEÇÃO I - ZONA RURAL BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAPIBARIBE - ZRC............................18
2.2.1.2.1.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................18
2.2.1.2.1.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................19
2.2.1.2.2. SUBSEÇÃO II - ZONA RURAL BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPOJUCA – ZRI ..................................19
2.2.1.2.2.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................19
2.2.1.2.2.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................19
2.2.1.2.3. SUBSEÇÃO III - ZONA RURAL BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SERINHAÉM – ZRS. ..........................19
2.2.1.2.3.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................19
2.2.1.2.3.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................19
2.2.1.3. SEÇÃO III - DO ZONEAMENTO URBANO.................................................................................................19
2.2.1.3.1. SUBSEÇÃO I - ZONA URBANA 1 – ZU1..............................................................................................20
2.2.1.3.1.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................20
2.2.1.3.1.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................20
2.2.1.3.2. SUBSEÇÃO II - ZONA URBANA 2 – ZU2.............................................................................................20
2.2.1.3.2.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................21
2.2.1.3.2.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................21
2.2.1.3.3. SUBSEÇÃO III - ZONA URBANA 3 – ZU3............................................................................................21
2.2.1.3.3.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................22
2.2.1.3.3.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................22
2.2.1.4. SEÇÃO IV - DO ZONEAMENTO ESPECIAL ..............................................................................................22
2.2.1.4.1. SUBSEÇÃO I - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE AGROECOLÓGICO – ZEIA......................................22
2.2.1.4.1.1. DIRETRIZES .....................................................................................................................................22
2.2.1.4.1.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................22
2.2.1.4.2. SUBSEÇÃO II - ZONA ESPECIAL DE EQUILÍBRIO URBANO-AMBIENTAL - ZEUA...............................22
2.2.1.4.2.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................22
2.2.1.4.2.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................23
2.2.1.4.2.3. MICROZONA DE REQUALIFICAÇÃO AMBIENTAL - SRA ..............................................................23
2.2.1.4.2.3.1. DIRETRIZES ........................................................................................................................23
2.2.1.4.2.3.2. OBJETIVOS .........................................................................................................................23
2.2.1.4.2.4. MICROZONA DE PROTEÇÃO CULTURAL - SPC...........................................................................23
2.2.1.4.2.4.1. DIRETRIZES ........................................................................................................................23
2.2.1.4.2.4.2. OBJETIVOS .........................................................................................................................24
2.2.1.4.2.5. MICROZONA DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – SCA .................................................................24
2.2.1.4.2.5.1. DIRETRIZES ........................................................................................................................24
2.2.1.4.2.5.2. OBJETIVOS .........................................................................................................................24
2.2.1.4.3. SUBSEÇÃO III - ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS ...................................................24
2.2.1.4.3.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................24
2.2.1.4.3.2. OBJETIVOS.................................................................................................................................24
2.2.1.4.4. SUBSEÇÃO IV - ZONA ESPECIAL DE DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA - ZEDE........................................25
2.2.1.4.4.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................25
2.2.1.4.4.2. ZONA ESPECIAL DE DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA – BR-232 ........................................................25
2.2.1.4.4.2.1. OBJETIVOS .........................................................................................................................25
2.2.1.4.5. SUBSEÇÃO V - ESPAÇOS PÚBLICOS DE AMENIZAÇÃO AMBIENTAL - EPAA ...................................25
2.2.1.4.5.1. DIRETRIZES ................................................................................................................................25
2.2.2. CAPÍTULO II - PARÂMETROS URBANÍSTICOS ......................................................................... 27
2.2.2.1. SEÇÃO I - USOS E ATIVIDADES GERADORES DE INCOMODIDADE........................................................30
2.2.2.2. SEÇÃO II - DO PARCELAMENTO DO SOLO ............................................................................................30
2.2.2.2.1. SUBSEÇÃO I - NORMAS TÉCNICAS PARA PARCELAMENTO DO SOLO ............................................30
2.2.2.2.2. SUBSEÇÃO II - PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA APROVAÇÃO DE PARCELAMENTO DO
SOLO 31
2.3.TÍTULO IV – DOS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS E AMBIENTAIS ...........................................33
2.3.1. CAPÍTULO I - INSTRUMENTOS JURÍDICOS E URBANÍSTICOS.............................................. 33
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

2.3.1.1. SEÇÃO I - PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS / IMPOSTO PREDIAL E


TERRITORIAL URBANO PROGRESSIVO NO TEMPO / DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO MEDIANTE TÍTULOS DA
DÍVIDA PÚBLICA .........................................................................................................................................................33
2.3.1.1.1. SUBSEÇÃO I - PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS ...........................33
2.3.1.1.2. SUBSEÇÃO II - IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO PROGRESSIVO NO TEMPO ...............34
2.3.1.1.3. SUBSEÇÃO III - DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO MEDIANTE TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA..34
2.3.1.2. SEÇÃO II - CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO ....................................................................................................35
2.3.1.3. SEÇÃO III - OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR .............................................................35
2.3.1.4. SEÇÃO IV - DIREITO DE PREEMPÇÃO....................................................................................................36
2.3.1.5. SEÇÃO V - OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ..................................................................................36
2.3.1.6. SEÇÃO VI - DIREITO DE SUPERFÍCIE .....................................................................................................37
2.3.1.7. SEÇÃO VII - ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV ......................................................................37
2.3.2. CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS TRIBUTÁRIOS E FINANCEIROS ................................. 39
2.3.2.1. SEÇÃO I – INCENTIVO FISCAL ...............................................................................................................39
2.3.2.2. SEÇÃO II - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA.............................................................................................39
3. PARTE 3 – PLANEJAMENTO E GESTÃO DA POLÍTICA URBANO E AMBIENTAL..................................................40
3.1.TÍTULO V - PLANEJAMENTO E GESTÃO DA POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL .......................40
3.1.1. CAPÍTULO I - DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA POLÍTICA MUNICIPAL DE
DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL....................................................................................... 40
3.1.1.1. SEÇÃO I - DIRETRIZES ...........................................................................................................................40
3.1.1.2. SEÇÃO II - OBJETIVOS...........................................................................................................................40
3.1.2. CAPÍTULO II - SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ................................ 41
3.1.2.1. SEÇÃO I - OBJETIVOS............................................................................................................................41
3.1.2.2. SEÇÃO II - DO ÓRGÃO MUNICIPAL ........................................................................................................41
3.1.2.3. SEÇÃO III - DO CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL - COMUA .......................42
3.1.2.3.1. SUBSEÇÃO I - CÂMARAS TÉCNICAS ................................................................................................42
3.1.2.4. SEÇÃO IV - FÓRUNS REGIONAIS E FÓRUNS TEMÁTICOS......................................................................42
3.1.2.5. SEÇÃO V - DO FUNDO MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA E MEIO AMBIENTE – FPMA-GRAVATÁ.........42
3.1.2.6. SEÇÃO VI - DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES URBANAS E AMBIENTAIS – SUA...................43
3.1.2.6.1. SUBSEÇÃO I – DIRETRIZES ..............................................................................................................43
3.1.3. CAPÍTULO III - DA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO43
3.1.3.1. SEÇÃO I - CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL - (CONFERÊNCIA DA
CIDADE) 43
3.1.3.2. SEÇÃO II - FÓRUM DE CONSELHOS MUNICIPAIS DE POLÍTICAS PÚBLICAS..........................................43
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

1. PARTE 1 – FUNDAMENTAÇÃO E ESTRATÉGIAS VII. Bairro - é o espaço urbano em que o morador se


DA POLÍTICA MUNICIPAL DE identifica, interligando-o a um centro físico de
DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL tamanho variável, em função de limites territoriais,
apresentando relativa autonomia estrutural e social,
1.1. TÍTULO I - POLÍTICA MUNICIPAL DE estando integrado por uma população em constante
DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL processo de articulação com outros centros, sendo
suficiente para assegurar certo grau de coerência,
1.1.1. CAPÍTULO I - DEFINIÇÕES E ABRANGÊNCIA fisionomia coletiva e consciência participativa com
objetivos comuns;
1.1.1.1. SEÇÃO I - DEFINIÇÕES
VIII. Direito de Preempção – É o direito que confere ao
I. Áreas de Interesse Ambiental - são porções do Poder Público municipal preferência para aquisição
território municipal, localizadas em zona urbana e de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre
rural, nas quais as características do meio físico particulares;
exigem controles adicionais de parcelamento, uso e
ocupação do solo; IX. Empreendimento de Impacto - é aquele, público ou
privado, que possa representar uma excepcional
II. Áreas de Interesse Cultural - são porções de sobrecarga na capacidade de infra-estrutura urbana
território definidas em função do interesse público e ou, ainda, que possa provocar dano ao ambiente;
social, destinadas à execução de programas sócio-
culturais; X. Equipamentos Comunitários - consideram-se
equipamentos comunitários as edificações
III. Áreas de Interesse Urbanístico - são as que implantadas em áreas públicas destinadas a lazer,
apresentam aspectos paisagísticos, urbanísticos e educação, ação social, saúde, cultura e similares;
histórico-culturais significativos para a cidade;
XI. Equipamentos Urbanos - consideram-se
IV. Áreas Especiais - são porções do território equipamentos urbanos os melhoramentos públicos
municipal com destinação específica e normas tais como sistema de abastecimento de água
próprias de parcelamento, uso e ocupação do solo, potável, sistema de coleta de esgoto, rede de
compreendendo: energia elétrica domiciliar, rede de águas pluviais,
rede telefônica, pavimentação asfáltica e similares;
a. Áreas Especiais de Interesse Social - são
aquelas destinadas, prioritariamente, à produção e XII. Gleba - é o terreno ou área não parcelada para fins
manutenção de habitação de interesse social, urbanos;
visando atender à população de menor renda, em
sua necessidade de habitação ou recuperando áreas XIII. Habitação de Interesse Social - é aquela destinada
em condições precárias de moradia, e garantindo a à população que vive em condições de
permanência da população moradora no local, habitabilidade precária;
quando for legalmente possível e vantajoso para a
população; XIV. Índice ou coeficiente de aproveitamento - é a
relação entre a área edificada e a área do lote ou
b. Áreas Especiais de Proteção - são porções do gleba;
território do Município, assim definidas em função do
interesse social de preservação, manutenção e XV. Índice ou coeficiente de ocupação - é a relação
recuperação do patrimônio histórico, paisagístico, entre a área, do lote ou gleba, ocupada por
cultural e ambiental; edificações e a área total do mesmo;

V. Área Institucional - é a parcela de terreno XVI. Operação Urbana - é o conjunto integrado de ações
reservada à edificação de equipamentos públicos e medidas entre o Poder Público e a iniciativa
comunitários, de educação, cultura, saúde, lazer, privada, coordenadas, visando alcançar
promoção e assistência social e similares; transformações estruturais do espaço urbano;

VI. Área Verde - é o espaço público ou particular, XVII. Pólo Gerador de Tráfego - PGT - são edificações
provido de cobertura vegetal, que se preste para: ou instalações, permanentes ou esporádicas, que
exercem grandes atratividades sobre a população,
a. O paisagismo da cidade; que provocam grande fluxo de pessoas ou veículos,
b. O lazer da população; gerando substanciais interferências no tráfego do
c. A proteção da qualidade ambiental. entorno;

TEXTO BASE 4
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

XVIII.Potencial Construtivo do Lote - é o produto da sua O Plano Diretor Participativo de Gravatá é o instrumento
área pelo coeficiente de aproveitamento da zona básico de ordenamento do desenvolvimento do Município e
onde estiver localizado; de orientação de todos os agentes públicos e privados, cuja
XIX. Sistema de Circulação - é o conjunto de vias e abrangência, contempla as dimensões do desenvolvimento
logradouros públicos destinados à circulação de político, social, econômico e espacial para garantir o bem
veículos e/ou pedestres; estar da população, assim como a distribuição eqüitativa dos
XX. Solo Criado - é todo espaço edificado além do bens e serviços urbanos, propiciando a ocupação de forma
aproveitamento natural do terreno; sustentável do território Municipal;
O Plano Diretor propicia a prática e a continuidade de
XXI. Aproveitamento Natural do Terreno - é o direito de debates e proposições dos diversos agentes sociais, que
construir uma vez a área do terreno; devem ser integrados ao processo permanente de
planejamento e monitoramento do território municipal;
XXII. Sub-Bacia - é a porção do território cuja superfície
do escoamento natural drena para um rio secundário O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento
e seus afluentes; básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.1

XXIII.Terrenos Vazios - são os não utilizados por


a. O plano diretor é parte integrante do processo de
qualquer atividade social, econômica ou de natureza
planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as
pública;
diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar
as diretrizes e as prioridades nele contidas;
XXIV. Uso do Solo - são as qualificações adquiridas pelas
b. O plano diretor deverá englobar o território do Município
diversas partes do território municipal, em função da
como um todo;
destinação e da implantação nas mesmas, em
c. A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo
caráter permanente, de empreendimentos físicos e
menos, a cada dez anos;
de atividades.
d. No processo de elaboração do plano diretor e na
fiscalização de sua implementação, os Poderes
1.1.1.2. SEÇÃO II - ABRANGÊNCIA
Legislativo e Executivo municipais garantirão:
O Plano Diretor Participativo de Gravatá fundamenta-se na
ƒ A promoção de audiências públicas e debates com a
Lei federal 10.257/2001, o Estatuto da Cidade,
participação da população e de associações
especialmente nos seus artigos 39, 40 e 41 e na Lei
representativas dos vários segmentos da
Orgânica do Município, bem como nas demais legislações
comunidade;
pertinentes;
ƒ A publicidade quanto aos documentos e informações
produzidos;
CONSITUIÇÃO FEDERAL
ƒ O acesso de qualquer interessado aos documentos
(Artigos 182 e 183)
e informações produzidos.

LEI FEDERAL 10257/2001 LEI ORGÂNICA DO Os programas de governo e respectivos projetos e ações
Conjunto de princípios e MUNICÍPIO deverão obedecer aos objetivos e diretrizes estabelecidos no
instrumentos que visam Conjunto de princípios que Plano Diretor Participativo de Gravatá.
garantir as funções sociais da estabelecem normas para a
cidade e da propriedade organização e para o Para a efetivação dos objetivos e diretrizes do Plano Diretor
urbana desenvolvimento municipal Participativo de Gravatá será elaborada ou revisada, se for o
caso, a legislação complementar pertinente, em especial as
que dizem respeito à ocupação e uso do solo urbano,
normas para edificações, parcelamento do solo, sistema
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ viário básico, bem como as relacionadas a programas e
Instrumento básico da política de desenvolvimento urbano que planos específicos.
deve orientar o desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana, assim como institui os
princípios e objetivos da política urbana e os instrumentos a
serem aplicados.

LEI DE USO E LEI DE REGULAMENTA-


OUTRAS LEIS E
OCUPAÇÃO DO PARCELAMENTO ÇÃO DOS
PLANOS 1
SOLO DO SOLO INSTRUMENTOS Lei Federal 10.257 de 10 de Julho de 2001 (Estatuto da
Cidade)

TEXTO BASE 5
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

1.1.1.3. SEÇÃO III – PRINCÍPIOS


a. Promoção da cidadania e luta contra a exclusão e
1.1.1.3.1. SUBSEÇÃO I – FUNÇÃO SOCIAL DA desigualdades;
CIDADE b. Valorização dos espaços públicos, da habitabilidade e
A função social da cidade de Gravatá corresponde ao direito da acessibilidade para todos;
de todos os cidadãos ao acesso à terra urbana, moradia, c. Ampliação das oportunidades através da educação;
saneamento ambiental, transporte, saúde, educação, d. Defesa da vida na promoção da saúde pública e do
assistência social, lazer, trabalho e renda, bem como aos saneamento básico;
espaços públicos, equipamentos e serviços urbanos, ao e. Proteção, preservação e recuperação dos ambientes,
patrimônio ambiental e cultural da cidade. natural e construído;
f. Proteção, preservação, conservação e recuperação do
1.1.1.3.2. SUBSEÇÃO II – FUNÇÃO SOCIAL DA patrimônio cultural, histórico, artístico e paisagístico; e,
PROPRIEDADE g. Potencialização da criatividade e do empreendedorismo
para o desenvolvimento da economia, da cultura, do
A função social da propriedade se cumpre quando é turismo, do lazer e dos esportes.
justificada pelos seus fins, seus serviços e sua função na
cidade. A propriedade cumpre sua função social quando é 1.1.1.4. SEÇÃO IV – DIRETRIZES GERAIS
utilizada para:
a. Habitação, especialmente de interesse social; As Diretrizes Gerais do Plano Diretor de Gravatá são:
b. Atividades econômicas geradoras de emprego e renda;
c. Proteção do meio ambiente; e, a. Redução das desigualdades através da implementação
d. Preservação e/ou conservação do patrimônio histórico e de políticas estruturadas em 3 eixos:
cultural.
ƒ Fortalecimento e ampliação da economia local;
A função social da propriedade urbana deverá, ainda e ƒ Instrumentalização para a garantia da função social da
sobretudo, respeitar as diretrizes previstas no Art. 2º do cidade e da propriedade; e,
Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001) ƒ Sustentabilidade turística.

1.1.1.3.3. SUBSEÇÃO III – GESTÃO DEMOCRÁTICA E b. Reconhecimento da diversidade espacial de gravatá


PARTICIPATIVA como elemento da identidade urbanística;
c. Reconhecimento da importância dos espaços públicos,
A gestão democrática é entendida como a forma de planejar, como áreas insubstituíveis para a expressão da vida
produzir, operar e governar a cidade através do controle coletiva;
social e com a participação da sociedade civil. d. Proteção do direito à moradia digna, através de
programas e instrumentos adequados às populações de
O modelo de gestão proposto para a Política Urbana e baixa renda;
Ambiental de Gravatá deverá ter como base: e. Promoção do acesso aos equipamentos e serviços
urbanos e às políticas públicas;
a. A identificação das forças sociais existentes no cenário f. Definição de intervenções urbanísticas onde a iniciativa
do município e seus respectivos interesses quanto ao privada deve ser chamada a participar; e,
desenvolvimento local; g. Garantia da efetiva participação da sociedade no
b. A construção de um pacto social em tornos dos direitos processo de formulação, implementação e controle da
e garantias individuais e coletivos. política de desenvolvimento urbano e ambiental de
gravatá.
O Plano Diretor de Gravatá em seu modelo de gestão
deverá observar o Art. 1º, parágrafo único e art. 29, inciso 1.1.1.5. SEÇÃO V – OBJETIVOS
XII da Constituição Federal e ainda o art. 40, parágrafo 4º do
Estatuto da Cidade (Lei federal 10257/2001). Os Objetivos do Plano Diretor de Gravatá são:

1.1.1.3.4. SUBSEÇÃO IV – DESENVOLVIMENTO a. Implementar políticas de habitação e de regularização


SUSTENTÁVEL fundiária;
b. Implementar estratégias de ordenamento da estrutura
Entendido como desenvolvimento local socialmente justo, espacial da cidade, valorizando os elementos naturais,
ambientalmente equilibrado, economicamente viável, assegurando à toda população o acesso à infra-
culturalmente diversificado (multicultural) e política e estrutura, equipamentos e políticas sociais e
institucionalmente democrática, visando garantir qualidade promovendo o equilíbrio do meio ambiente urbano;
de vida para as presentes e futuras gerações, apoiando-se c. Ordenar e controlar o uso e a ocupação do solo com
na: vistas a respeitar e valorizar a diversidade espacial e

TEXTO BASE 6
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

cultural da cidade com as suas diferentes paisagens 1.1.2.2. SEÇÃO II - INSTRUMENTALIZAÇÃO PARA A
formadas pelo patrimônio natural e construído; GARANTIA DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE
d. Implantar programas para a universalização do sistema E DA PROPRIEDADE
de saneamento ambiental;
e. Coibir a utilização inadequada e a retenção especulativa O direito à cidade tem como fonte de origem os princípios
de imóveis urbanos bem como o parcelamento do solo, constitucionais das funções sociais da cidade e da
o adensamento populacional e o uso das edificações de propriedade, norteadores da política urbana. E para garantir
forma incompatível com a infra-estrutura urbana; este princípio constitucional, ratificado no Estatuto da Cidade
f. Garantir a mobilidade e acessibilidade de forma e, portanto no Plano Diretor Participativo de Gravatá, toma-
eqüitativa e universal para todos os gravataenses; se, não só como um princípio norteador da política municipal
g. Implantar programas de proteção e/ou conservação do de desenvolvimento urbano, mas também como uma
patrimônio natural e construído; estratégia prioritária, haja vista a importância que se tem de
h. Atuar na promoção da dinâmica econômica mediante se instrumentalizar, se apropriando de todo arcabouço
regulação da distribuição espacialmente equilibrada e o jurídico, instituindo todos os instrumentos legais na
estímulo à implantação e manutenção de atividades que perspectiva da resolução dos principais problemas urbano-
promovam e ampliem o acesso ao trabalho e renda; ambientais.
i. Consolidar o município como pólo regional de serviços,
especialmente, no turismo, na cultura e no lazer; 1.1.2.3. SEÇÃO III - SUSTENTABILIDADE TURÍSTICA.
j. Potencializar a integração de Gravatá na sua região e no
Estado, articulando as suas infra-estruturas físicas e Gravatá que tem na sua economia o turismo como principal
recursos culturais e naturais, bem como determinados alavancador, e é evidente o destaque do município em
serviços; Pernambuco neste setor, é de grande relevância tomar
k. Criar um sistema e instrumentos de gestão urbana que como estratégica esta atividade, portanto, o PDP-Gravatá
garanta efetivamente a participação da sociedade. desenvolverá suas diretrizes e respectiva instrumentalização
baseadas neste setor, considerando, todavia, sua
1.1.2. CAPÍTULO II – ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS implementação de forma sustentável, garantido o
desenvolvimento local, a relação com os outros setores e,
O processo de elaboração do Plano Diretor Participativo de sobretudo, com as diretrizes da “nova” Política Municipal de
Gravatá, tendo como base o Relatório Síntese, Desenvolvimento Urbano.
consubstanciado pelas Leituras Técnica e Comunitária
culminou com a montagem de uma matriz síntese com o 2. PARTE 2 – INSTRUMENTALIZAÇÃO DA
propósito de apontar para uma análise do planejamento, da POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
gestão e da organização do território municipal sob os eixos URBANO E AMBIENTAL
sócio-econômicos; uso e ocupação do solo; habitabilidade e
situação fundiária; saneamento ambiental; mobilidade e 2.1. TÍTULO II – ESTRUTURAÇÃO URBANA E
acessibilidade e gestão da cidade que sinalizou para os DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
Temas Prioritários a serem desenvolvidos com suas
respectivas Diretrizes Estratégicas. Deste modo O PDP 2.1.1. CAPÍTULO I - DAS ATIVIDADES
Gravatá define como Estratégias Prioritárias: ECONÔMICAS
ƒ Fortalecimento e Ampliação da Economia Local; A política de desenvolvimento econômico de Gravatá visa
ƒ Instrumentalização para a garantia da função social da prioritariamente consolidar o processo de crescimento
cidade e da propriedade; econômico atual, com melhor distribuição dos frutos gerados
ƒ Sustentabilidade Turística. por este crescimento. Para tanto, ampliar a qualificação da
mão-de-obra local; aumentar a competitividade dos micro e
Estas estratégias guiarão a aplicação das diretrizes e pequenos negócios existentes e ações para
objetivos da política municipal de desenvolvimento urbano e desconcentração das atividades do centro do Município são
ambiental. ações fundamentais. Neste sentido o estímulo aos pólos
industriais existentes e a atividades econômicas
1.1.2.1. SEÇÃO I - FORTALECIMENTO E AMPLIAÇÃO complementares a estes, assim como a retomada das
DA ECONOMIA LOCAL atividades agropecuárias, fortalecendo o desenvolvimento
rural local, e a consolidação dos projetos estruturadores
A economia local não poderá em hipótese alguma deixar de podem contribuir para este desafio.
ser levada em consideração na formulação do PDP-Gravatá,
mesmo que ele não tenha a pretensão de definir uma Para tanto, os objetivos que orientam o desenvolvimento
política de desenvolvimento econômico, deverá estabelecer econômico de Gravatá são:
diretrizes mínimas prioritárias para o fortalecimento da
economia local.

TEXTO BASE 7
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

a. Compatibilizar as necessidades locais com os planos e fortalecimento da atividade hoteleira e cultural, estímulo e
projetos estaduais e federais em execução e em ordenamento dos condomínios existentes e a se instalar.
desenvolvimento;
b. Buscar a redução das desigualdades, principalmente de Os objetivos para incentivar e consolidar o turismo no
renda, garantindo o acesso de todos ao processo de município são os seguintes:
desenvolvimento local;
c. Garantir o desenvolvimento econômico do município a. Estimular o turismo local, baseado nas potencialidades
respeitando o meio ambiente, preservando e existentes e na utilização racional e sustentável dos
conservando os ecossistemas existentes (principalmente recursos ambientais;
na zona rural) e a qualidade de vida dos cidadãos locais. b. Realizar ações educativas voltadas para a preservação
ambiental, focadas nos trabalhadores locais e nos
2.1.1.1. SEÇÃO I - DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS, chamados “invernistas”;
COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E DA c. Fortalecer ações de divulgação dos atrativos, das
AGROPECUÁRIA atividades e eventos de caráter turístico, de cultura e de
lazer;
O processo de crescimento econômico vivido por Gravatá d. Criar sinalização turística e ampliar o acesso à
após a duplicação da BR-232 resulta na necessidade do informação e apoio aos turistas;
fortalecimento das atividades industriais, comerciais e de e. Fortalecer ações de capacitação e qualificação da mão-
serviços promovendo a sustentabilidade econômica e social, de-obra;
com maior acesso da população local às oportunidades de f. Estimular o turismo em suas diversas formas, mas
emprego e renda geradas. principalmente o de eventos, negócios, ecológico e
ambiental;
Os objetivos para alcançar tal fim são: g. Promover ações e projetos de conservação e
preservação ambiental e dos ecossistemas existentes;
a. Incentivar as atividades de comércio e serviços, h. Elaborar Plano de Desenvolvimento Institucional do
garantindo a inserção do micro e pequeno Turismo;
empreendedor local; i. Promover a Formação do Trade Turístico;
b. Criar políticas e ações que estimulem e incentivem a j. Criação do Fundo de Desenvolvimento do Turismo.
descentralização das oportunidades de trabalho e renda
das áreas centrais da cidade, visando diminuir a 2.1.1.3. SEÇÃO III - DOS PROJETOS
conurbação existente; ESTRUTURADORES
c. Garantir recursos no Plano Plurianual para apoiar as
atividades econômicas do município, principalmente Os projetos estruturadores em desenvolvimento e
voltados para melhoria da qualificação da mão-de-obra; consolidação de Gravatá estão voltados para garantir o
d. Ampliar as ações de qualificação profissional, crescimento harmônico e melhor distribuído pelo município,
principalmente em nível técnico; suprindo lacunas existentes principalmente na infra-estrutura
e. Estimular a integração das atividades econômicas com a urbana local. Por outro lado visa consolidar seu potencial
política de desenvolvimento urbano e ambiental, visando para o turismo, a produção agropecuária e a qualidade de
à complementaridade entre as diversas iniciativas e vida da população do Município.
atividades existentes, notadamente entre as urbanas e
rurais; Os projetos estruturadores são os seguintes:
f. Garantir a realização de um zoneamento ecológico
econômico visando orientar o desenvolvimento rural, a. Rodovia municipal, Gravatá-Madacaru-Uruçu;
com conservação do patrimônio cultural e ambiental, e b. Rodovia estadual PE-078;
integrando as atividades dos projetos estruturadores no c. Estrada das Russas;
processo de desenvolvimento agropecuário do d. Plano Agro-ecoturístico – AIA Gravatá;
Município. e. Esgotamento Sanitário Municipal.

2.1.1.2. SEÇÃO II - DO TURISMO, DA CULTURA E DO Os objetivos destes projetos são:


LAZER
a. Consolidar as condições necessárias ao processo de
O turismo, a cultura e o lazer em Gravatá são atividades desenvolvimento urbano e econômico do Município,
relevantes para a sustentabilidade econômica local, principalmente com a integração de distritos diante da
principalmente através da capacidade de geração de melhora da acessibilidade e do disciplinamento das
trabalho e renda, com aproveitamento das potencialidades atividades de turismo ecológico e agroecológicas
culturais e ambientais existentes. A sustentabilidade deste existentes e a serem desenvolvidas;
setor passa pela preservação ambiental, valorização cultural, b. Integrar as suas atividades com as demais existentes,
principalmente para a maximização e aproveitamento

TEXTO BASE 8
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

das sinergias e ordenamento da expansão urbana do Municipal de Habitação de Interesse Social – PMHIS, que
Município; deverá estar articulada com a Política Nacional de Habitação
c. Estimular e promover a integração das atividades e de Interesse Social - PNHIS, integrando o Sistema Nacional
ações dos projetos estruturadores com as políticas de Habitação de Interesse Social – SNHIS.
setoriais existentes visando ampliar as possibilidades de
geração de trabalho e renda criadas; Considerando o recorte institucional, administrativo e
d. Incentivar o acompanhamento e participação da orçamentário do município de Gravatá, este Plano Diretor
sociedade local na construção e implantação destes definirá mecanismos e instrumentos de gestão, urbanísticos
projetos; e jurídico-fundiários, compatíveis com este recorte, assim
e. Garantir a realização de zoneamento ecológico e como as ações de Desenvolvimento Institucional
econômico do Município que estude e planeje os necessárias para o município integrar-se ao SNHIS.
impactos destes, reduzindo os efeitos ambientais, e
estimulando suas integração para ampliar os impactos 2.1.2.1. SEÇÃO I - PRINCÍPIOS
positivos de sua implantação.
Os Princípios, as Diretrizes e os Objetivos da Política
2.1.2. CAPÍTULO II - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE Municipal de Habitação de Interesse Social - PMHIS de
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL Gravatá partem da compreensão da problemática municipal
e do recorte institucional, administrativo e orçamentário, para
A problemática habitacional no município de Gravatá se definir instrumentos e mecanismos para a promoção do
configura, principalmente, por um restrito acesso a terra acesso a moradia digna para todo cidadão.
urbanizada, reflexo de um grande desequilíbrio na
valorização imobiliária local, decorrente de uma forte São Princípios da Política Municipal de Habitação de
dinâmica do mercado imobiliário. Interesse Social de Gravatá:

O município, localizado no agreste pernambucano, é a. Garantia do Direito a Moradia Digna, como um direito
possuidor de atributos naturais e climáticos peculiares que humano, constitucional do cidadão;
favorecem a atividade turística de lazer e estar. Esta b. Promoção da inclusão sócio-espacial através da oferta e
atividade demandou a implantação de hotéis, privês e ampliação de condições de acesso a terra urbanizada e
condomínios residenciais, que, desde o início, passaram a a moradia digna a todos os segmentos da população
atender a demanda de um público externo, de médio e alto gravataense, principalmente os de menor renda;
poder aquisitivo. c. Garantia do cumprimento da função social pela
propriedade urbana de Gravatá, de forma a regular o
Este quadro resultou numa valorização imobiliária local e, uso e ocupação do solo ao interesse coletivo,
conseqüentemente, num processo de exclusão, do mercado combatendo os processos de valorização desequilibrada
formal, principalmente da população de menor renda, mas do solo urbano e sua retenção especulativa;
também da população de maior poder aquisitivo local. d. Fortalecimento institucional do poder público municipal
como regulador do mercado imobiliário e provedor de
Sem alternativa de acesso a terra urbanizada, a população solo urbano e de moradia para população gravataense;
gravataense de menor renda, passou a ocupar e. Garantia da participação e controle social da Política
precariamente áreas ambientalmente frágeis e de risco, Municipal de Habitação de Interesse Social - PNHIS.
inadequadas a urbanização, como por exemplo, as margens
da linha férrea, de rodovias e do rio Ipojuca e seus afluentes. 2.1.2.2. SEÇÃO II - DIRETRIZES
Enquanto que a população de maior poder aquisitivo,
passou a constituir o público alvo do mercado imobiliário, São Diretrizes da Política Municipal de Habitação de
destinado ao padrão popular. Interesse Social de Gravatá:
Portanto, para inversão deste quadro, a política municipal de a. Regulamentação de instrumentos Urbanísticos e
habitação de interesse social, deverá garantir uma maior Jurídico-fundiários, previstos na Constituição Federal e
capacidade de regulação sobre o mercado imobiliário local e no Estatuto das Cidades, com vistas ao fortalecimento
estruturar-se em dois temas prioritários: da ação pública na promoção do acesso ao solo
urbanizado, na provisão habitacional e na regularização
a. Promover a regularização urbanística e fundiária das urbanística e jurídico-fundiária dos assentamentos
áreas de assentamentos precários; precários espontâneos e das áreas de urbanização
b. Promover ações de ampliação do acesso a terra precária;
urbanizada e a moradia de qualidade. b. Regulamentação de instrumentos e mecanismos de
gestão, com vistas a garantir a participação e controle
Nesse sentido, com vistas a atingir estes temas prioritários, social na elaboração, implantação e monitoramento das
torna-se imprescindível a estruturação de uma Política ações, projetos e programas da PMHIS e a integração

TEXTO BASE 9
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

do município ao Sistema Nacional de Habitação de b. Instrumentos de Gestão:


Interesse Social.
ƒ Programa de Regularização Urbanística e Jurídico-
2.1.2.3. SEÇÃO III - OBJETIVOS Fundiária das Zonas Especiais de Interesse Social –
PREZEIS;
São objetivos da Política Municipal de Habitação de ƒ Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social –
Interesse Social em Gravatá: FMHIS.

a. Instituir como Zonas Especiais de Interesse Social 2.1.2.4.1. SUBSEÇÃO I - DOS INSTRUMENTOS DE
(ZEIS), as áreas de urbanização precária, passíveis de PROMOÇÃO DA REGULARIZAÇÃO
regularização urbanística e jurídico-fundiária; URBANÍSTICA E JURÍDICO-FUNDIÁRIA
b. Instituir um Programa de Regularização Urbanística e
Jurídico-Fundiárias das Zonas Especiais de Interesse 2.1.2.4.1.1. DAS ZONAS ESPECIAIS DE
Social (PREZEIS); INTERESSE SOCIAL - ZEIS
c. Instituir a Usucapião Especial para Imóveis Urbanos, a
Concessão do Direito Real de Uso e a Concessão de As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são parcelas
Uso Especial para Fins de Moradia, como instrumentos do território que apresentam uma situação de urbanização
de regularização jurídico-fundiária paras as Zonas precária resultante de processos informais de ocupação do
Especiais de Interesse Social (ZEIS); solo e da escassez de recursos para investimentos públicos.
d. Instituir instrumentos e mecanismos de combate à
retenção especulativa da propriedade imobiliária, de A ZEIS é um instrumento utilizado na promoção da
maneira a possibilitar o acesso a terra urbanizada; regularização urbanística e jurídico-fundiária de áreas de
e. Constituir parcerias públicas e público-privadas que urbanização precária com os seguintes objetivos:
proporcionem o aperfeiçoamento e a ampliação dos
recursos, o desenvolvimento tecnológico e a produção 2.1.2.4.1.1.1. OBJETIVOS
de alternativas de menor custo e maior qualidade,
compatíveis com a realidade sócio-econômica e cultural São objetivos das Zonas Especiais de Interesse Social –
local; ZEIS:
f. Integrar programas, projetos e ações da PMHIS com as
demais políticas e ações públicas de desenvolvimento a. Garantir o direito a moradia de qualidade;
urbano, econômico e social municipais, intermunicipal, b. Promover a regularização urbanística e jurídico-fundiária
estadual e federal, favorecendo a implementação de e da requalificação urbanística;
ações integradas e sustentáveis; c. Implementar programas de habitação de interesse
g. Fortalecer e integrar os setores municipais responsáveis social.
pelo planejamento e controle urbano, defesa civil, obras,
saúde e saneamento ambientais, no combate a 2.1.2.4.1.1.2. PLANO URBANÍSTICO
ocupações precárias em áreas ambientalmente frágeis
ou de risco e na captação de recursos para a execução As ZEIS terão sua regularização urbanística e jurídico-
da PMHIS; fundiária orientada por um Plano Urbanístico, a ser
h. Fortalecer e integrar os setores de planejamento urbano, desenvolvido de modo participativo, que deverá conter no
assistência social, engenharia e jurídico na prestação de mínimo:
apoio técnico e jurídico as localidades de assentamento
precário, instituídas neste Plano como ZEIS. a. Diretrizes e parâmetros urbanísticos para o
parcelamento, uso e ocupação do solo, que considerem
2.1.2.4. SEÇÃO IV - DOS INSTRUMENTOS e se orientem pelas especificidades ambientais e a
estrutura morfológica e tipológica de cada área;
São Instrumentos da Política Municipal de Habitação de b. Projeto de parcelamento, composto pelas quadras, pelo
Interesse Social em Gravatá: sistema viário e por áreas destinadas a equipamentos
públicos e áreas verdes;
a. Instrumentos de promoção da regularização urbanística c. Projetos com as intervenções necessárias à
e jurídico-fundiária: regularização urbanística;
d. Instrumentos e procedimentos adequados para a
ƒ Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS; regularização jurídico-fundiária;
ƒ Planos Urbanísticos; e. O número de relocações e os imóveis com solo urbano
ƒ Cadastro Municipal de Habitação; não edificado, subutilizado ou não utilizado necessários
ƒ Usucapião Especial do Imóvel Urbano; para o reassentamento das famílias; e,
ƒ Concessão do Direito Real de Uso; f. Nas áreas de risco (áreas de encostas, áreas alagáveis
ƒ Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia; e faixas de rodovias), a delimitação dos espaços

TEXTO BASE 10
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

passíveis de serem ocupados de forma segura, desde que não seja proprietário ou concessionário, a
restringindo a ocupação nas áreas onde o risco não qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
puder ser mitigado, interditando-as ou utilizando-as,
preferencialmente, como áreas de uso comum. 2.1.2.4.2. SUBSEÇÃO II - DOS INSTRUMENTOS DE
GESTÃO
2.1.2.4.1.2. CADASTRO MUNICIPAL DE
HABITAÇÃO 2.1.2.4.2.1. DO PLANO DE REGULARIZAÇÃO
URBANÍSTICA E JURÍDICO-
O Município implementará e manterá atualizado um FUNDIÁRIA DAS ZONAS ESPECIAIS
Cadastro Municipal de Habitação, contendo, no mínimo: DE INTERESSE SOCIAL (PREZEIS)

a. Número e perfil sócio-econômico das famílias moradoras O Plano de Regularização Urbanística e Jurídico-Fundiária
das áreas ZEIS e demais áreas de urbanização precária; das Zonas Especiais de Interesse Social – PREZEIS é o
b. Número de domicílios e estado de conservação das principal instrumento da Política Municipal de Habitação de
habitações; Interesse Social de Gravatá, voltado para promover o
c. Caracterização da infra-estrutura; acesso ao solo urbano, à regularização urbanística, à
d. Levantamento da situação fundiária fundiário; regularização jurídico-fundiária e à promoção de habitação
e. Identificação dos beneficiários dos programas de interesse social.
habitacionais de interesse social.
2.1.2.4.2.1.1. DIRETRIZES
Este cadastro deverá compartilhar informações de outros
cadastros municipais, principalmente os de programas São diretrizes do PREZEIS:
sociais e os da saúde.
a. Implementação de um modelo participativo de gestão
2.1.2.4.1.3. USUCAPIÃO ESPECIAL DO IMÓVEL com as atribuições de coordenar, acompanhar e
URBANO fiscalizar os programas e ações no âmbito das ZEIS e da
habitação de interesse social no Município;
A Usucapião Especial do Imóvel Urbano consiste o b. Institucionalização das áreas de urbanização precária e
instrumento declaratório de aquisição da propriedade de baixa renda como Zonas Especiais de Interesse
urbana, por sentença judicial, regulamentado pela Social - ZEIS, para integrar à estrutura urbana, que
Constituição Federal conferindo o domínio para aquele que sejam passíveis de regularização urbanística e jurídico-
possuir como sua área ou edificação urbana de até fundiária e de provimento de habitação de interesse
250,00m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), por social;
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição utilizando-o c. Criação e gestão de mecanismos de urbanização e
para sua moradia ou de sua família desde que não seja regularização jurídico-fundiária no âmbito das ZEIS e da
proprietário de outro imóvel urbano ou rural. habitação de interesse social no Município.

2.1.2.4.1.4. CONCESSÃO DO DIREITO REAL DE O PREZEIS adotará um modelo de gestão organizado a


USO partir de um Fórum, que reunirá representantes das
comunidades ZEIS e representantes do poder público
A Concessão do Direito Real de Uso consiste na forma de municipal.
regularização de propriedade pública em favor do privado
que constitua família de baixa renda, através da celebração A participação dos representantes das comunidades ZEIS
de contrato de concessão entre este e o poder público; no Fórum do PREZEIS se dará por meio da Comissão de
Urbanização e Legalização Jurídico-Fundiária - COMUL,
2.1.2.4.1.5. CONCESSÃO DE USO ESPECIAL instituída para cada ZEIS.
PARA FINS DE MORADIA
A Comissão de Urbanização e Legalização Jurídico-
A Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia consiste Fundiária – COMUL corresponde a uma instância de gestão
no instrumento declaratório de aquisição da propriedade formada por representantes das ZEIS e do Poder Público
urbana, regulamentada pela Medida Provisória Nº. 2.220/01, municipal, com a atribuição de coordenar, acompanhar e
conferindo a propriedade para aquele que, até o dia 30 de fiscalizar os trabalhos e processos de regularização
junho de 2001: urbanística e jurídico-fundiária.

a. Possuiu como seu por cinco anos ininterruptamente e O Poder Público municipal participará da Comissão de
sem oposição, até 250,00m² (duzentos e cinqüenta Urbanização e Legalização Jurídico-Fundiária, com a
metros quadrados) de imóvel público, situado em área atribuição de prestar assessoria técnico-jurídica e social
urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua família,

TEXTO BASE 11
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

necessária para a promoção da regularização urbanística e 2.1.3.1. SEÇÃO I - DIRETRIZES


jurídico-fundiária da ZEIS.
As diretrizes da Política de Meio Ambiente do município de
O Fórum do PREZEIS organizará suas atividades, Gravatá são:
anualmente, com vistas a:
a. Utilização dos recursos naturais para o desenvolvimento
a. Definir diretrizes e prioridades de investimentos para a sócio-econômico do município, de maneira sustentável;
elaboração e execução de planos, programas e projetos b. Eliminação/redução de danos e riscos ao meio
com vistas à regularização urbanística e jurídico- ambiente;
fundiária das ZEIS, com recursos do Fundo Municipal de c. Proteção dos ecossistemas naturais, notadamente a
Habitação de Interesse Social - FMHIS ou de outras caatinga, os brejos de altitude e áreas remanescentes
fontes; de floresta atlântica;
b. Assessorar tecnicamente as Comissões de Urbanização d. Integração entre as políticas de desenvolvimento
e Regularização – COMUL na elaboração e/ou execução econômico, desenvolvimento rural e a política urbano-
doe planos, programas e projetos com vistas à ambiental;
regularização urbanística e jurídico-fundiária das ZEIS; e. Preservação da qualidade e quantidade da água
c. Monitorar o desempenho das Comissões de superficial e subterrânea;
Urbanização e Regularização – COMUL, podendo f. Revitalização do Rio Ipojuca e Requalificação das áreas
destituir seus membros, no caso de negligência. de influência do rio dentro do perímetro urbano;
g. Implantação dos sistemas de saneamento ambiental, de
As definições do Fórum do PREZEIS serão encaminhadas forma integrada, prioritariamente em áreas:
ao Conselho Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente,
para análise e aprovação, uma vez que o mesmo tem a ƒ De urbanização precária e que ofereçam risco
atribuição de gerir os Recursos do Fundo Municipal de iminente de morte devido à ausência destes
Habitação de Interesse Social. sistemas;
ƒ De maior deficiência na implantação destes
O Conselho Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente - sistemas;
COMPUM deverá elaborar anualmente, no fim do exercício ƒ Objeto de programas de habitação popular ou
orçamentário, um Relatório de Gestão que deverá conter, no regularização fundiária;
mínimo: ƒ Que sofrem maiores impactos ambientais negativos.
a. As metas estabelecidas;
b. Ações realizadas e resultados alcançados ao longo do h. Implantação de programas de Educação ambiental,
exercício; considerando sua transversalidade sobre as ações da
c. Os meios orçamentários, financeiros, patrimoniais e vida humana, objetivando a criação de co-
logísticos utilizados para o cumprimento, monitoramento responsabilidades;
e avaliação dos objetivos institucionais; i. Implantação do Licenciamento Ambiental Municipal.
d. As estratégias de planejamento adotadas por cada ente
federativo, demonstrando, por meio de indicadores 2.1.3.2. SEÇÃO II - OBJETIVOS
quantitativos e qualitativos, a avaliação de desempenho
dos programas. Os objetivos da Política de Meio Ambiente do município de
Gravatá são:
2.1.3. CAPÍTULO III - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE
MEIO AMBIENTE a. Fiscalizar as atividades de risco ao meio ambiente;
b. Coibir os danos ao meio ambiente;
A política de Meio Ambiente expressa neste Plano Diretor, c. Requalificar as áreas próximas do Rio Ipojuca, através
tem como objetivo eliminar ou diminuir os impactos de projetos urbanísticos, considerando:
ambientais ocasionados pelo crescimento da cidade e as
atividades econômicas em todo o território municipal. Nesse ƒ A Preservação Integral de faixa de 50 metros das
sentido o Plano Diretor Participativo de Gravatá além de margens do rio;
criar marcos legais e estrutura gestora para proteção do ƒ A Implantação de programas de reflorestamento de
meio ambiente, ordena o território de forma estratégica, mata ciliar;
objetivando a preservação e conservação de áreas de ƒ O Patrimônio Histórico e sua integração ao
interesse ambiental e utilização sustentável dos recursos Patrimônio Natural;
naturais. ƒ A implantação de espaços públicos de lazer e
equipamentos de apoio à atividade turística;
ƒ A implantação de infra-estrutura de mobilidade
privilegiando o pedestre e o ciclista;

TEXTO BASE 12
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

ƒ A implantação de sistemas de esgotamento k. Induzir a produção agrícola de agricultura familiar


sanitário, impedindo o despejo de efluentes sem próxima ao distrito Sede, facilitando o escoamento da
tratamento adequado no Rio Ipojuca e afluentes. produção, assim como o acesso a serviços urbanos pela
população rural;
d. Promover parcerias entre a iniciativa privada e o poder l. Consolidar as atividades agrícolas próxima ao distrito
público para o desenvolvimento sustentável, com vistas Sede, a fim de reduzir os impactos ambientais negativos
a viabilizar empreendimentos agro-ecoturísticos; da expansão urbana sobre a zona rural;
e. Implantar e manter infra-estrutura e serviços de m. Gerir a política ambiental em consonância com o
saneamento básico compreendendo: planejamento de Bacias Hidrográficas, realizado por
Comitês de Bacia Hidrográfica (COBH), e outras
ƒ O abastecimento d’água; instâncias colegiadas;
ƒ O esgotamento sanitário; n. Criar o Sistema Municipal de Unidades de Conservação;
ƒ O manejo de resíduos sólidos; o. Apoiar a criação e implantação de Reservas Particulares
ƒ O manejo de águas pluviais; do Patrimônio Natural (RPPN);
ƒ O controle de vetores. p. Fornecer as informações necessárias para a
alimentação e divulgação do Sistema Municipal de
f. Gerir a política de resíduos sólidos visando: Informações Urbano-Ambientais;
q. Fiscalizar a implantação de áreas verdes nos
ƒ A saúde da população e a proteção ao meio parcelamentos do solo urbano, e das áreas de reserva
ambiente; legal nos parcelamentos do solo rural;
ƒ A redução do volume de lixo na fonte de produção; r. Fiscalizar as atividades industriais, visando à redução e
ƒ A implantação de programas de redução reutilização eliminação dos impactos ambientais negativos;
e reciclagem de materiais; s. Adequar os tributos municipais de acordo com o
ƒ A implantação e o aperfeiçoamento da coleta princípio do poluidor-pagador;
seletiva; t. Avaliar os passivos ambientais no planejamento e
ƒ A implantação de alternativas de baixo impacto implantação das políticas setoriais do município,
ambiental para coleta e destino de resíduos sólidos; escolhendo as alternativas que representem os menores
ƒ A remediação ou recuperação das áreas de destino impactos ambientais;
de resíduos sólidos desativadas; u. Implantar a Agenda 21 local, a fim de estabelecer co-
ƒ A criação de co-responsabilidades, através de responsabilidades para melhoria do meio ambiente;
programas de educação ambiental; v. Estabelecer convênio entre o Estado de Pernambuco e o
ƒ A restrição ao destino ou tratamento de resíduos Município, ou outro instrumento legal que defina
perigosos dentro do território municipal; delegação de competência para a realização do
ƒ A previsão e o planejamento para implantação ou Licenciamento Ambiental no Município;
ampliação de equipamentos de destino de resíduos w. Fortalecer as instituições, através da capacitação
sólidos; continuada dos órgãos responsáveis pela política
ƒ O aproveitamento econômico dos produtos da urbano-ambiental, objetivando:
cadeia produtiva da reciclagem.
ƒ A aquisição de tecnologias, equipamentos, e demais
g. Redução dos impactos ambientais negativos sob as meios necessários ao exercício das suas atividades;
áreas rurais, decorrentes do crescimento urbano dos ƒ A capacitação continuada dos profissionais
distritos e povoados; responsáveis pela política urbano-ambiental;
h. Garantir a sustentabilidade das atividades agro-silvo- ƒ A integração entre os órgãos do SISNAMA.
pastoris, através do:
2.1.3.3. SEÇÃO III - INSTRUMENTOS
ƒ Manejo florestal;
ƒ Manejo integrado de pragas, através do controle São instrumentos da política de Meio Ambiente do
biológico, visando reduzir o uso de agrotóxicos; município:
ƒ Implantação de técnicas de agroecologia;
ƒ Fortalecimento da agricultura familiar. a. O Sistema Municipal de Unidades de Conservação
(SISMUC);
i. Implantar programas de acesso à água potável, b. O Sistema Municipal de Informações Urbano Ambiental;
priorizando o consumo humano e a dessedentação c. O Licenciamento Ambiental.
animal;
j. Implantar infra-estrutura de acesso à água potável,
priorizando tecnologias de baixo custo e a apropriação
pela população rural dos meios para realizá-las;

TEXTO BASE 13
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

2.1.3.3.1. SUBSEÇÃO I - SISTEMA MUNICIPAL DE b. Gerir de maneira eficiente a política ambiental do


UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (SISMUC) município através de planejamento adequado, e
participação social;
O Sistema Municipal de Unidades de Conservação é o c. Potencializar o uso dos recursos naturais, sem prejuízo
principal instrumento de preservação ambiental do ao meio ambiente, através de planos de manejo;
município, transformando as áreas de interesse ambiental d. Reduzir os conflitos entre o uso dos recursos naturais e
em Unidades de Conservação (UC), criando também um a necessidade de preservação e conservação dos
modelo de gestão ambiental para estas áreas, integrado mesmos;
com a política ambiental do Estado e da União. e. Induzir o desenvolvimento de atividades econômicas,
visando à implantação de cadeias produtivas
O Sistema Municipal de Unidades de Conservação fica sustentáveis;
instituído a partir da aprovação do Plano Diretor f. Elaborar Planos de Manejo, definindo co-
Participativo, necessitando de regulamentação, que será responsabilidades entre agentes, metas e prazos para
feita em lei complementar, após estudo que classificará as recuperação/implantação da conservação ambiental.
áreas de interesse de preservação segundo as categorias
definidas pela lei n.° 9.985, de 18 de julho de 2000 (Sistema 2.1.3.3.2. SUBSEÇÃO II - SISTEMA MUNICIPAL DE
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza). INFORMAÇÕES URBANAS E AMBIENTAIS
– SUA
O tempo para regulamentação da lei complementar do
Sistema Municipal de Unidades de Conservação será de O Sistema Municipal de Informações Urbanas e
12 meses a partir da aprovação do Plano Diretor. Ambientais é o instrumento que fornecerá informações
necessárias ao planejamento e monitoramento das ações da
O processo de criação do SISMUC obedecerá ao disposto gestão urbano-ambiental do município, assim como do
do Decreto n.º 4.340, de 22 de agosto de 2002, definindo-se Sistema Municipal de Unidades de Conservação,
ainda: garantindo livre acesso da informação a população. Suas
Diretrizes e Objetivos estão descritos no TÍTULO V –
a. O montante de recursos necessários para a implantação PLANEJAMENTO E GESTÃO DA POLÍTICA URBANO E
dos SISMUC, bem como as possíveis parcerias entre AMBIENTAL.
poder público e iniciativa privada para implantá-lo;
b. As possíveis receitas oriundas de incentivos fiscais,
compensação ambiental, ou outro tipo de receita, 2.1.3.3.3. SUBSEÇÃO III - LICENCIAMENTO
mediante a implantação de UCs; AMBIENTAL
c. As possibilidades de parceria entre Empresas,
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público A descentralização da gestão ambiental é um dos
(OSCIP) e o poder público, nas suas diversas instâncias, mecanismos de efetivação da Política Nacional do Meio
para manutenção do Sistema Municipal de Unidades de Ambiente - PNMA (Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981).
Conservação (SISMUC). Articulados através do SISNAMA, União, Estados e
Municípios, ampliam a capacidade de regulação do poder
2.1.3.3.1.1. DIRETRIZES público sobre o uso dos recursos naturais.

O SISMUC tem as seguintes diretrizes gerais: Nesse sentido o Licenciamento Ambiental, instrumento da
PNMA, deve ser realizado pelos diversos entes federados,
a. Proteção das áreas de interesse ambiental, de acordo com as competências de cada ente.
notadamente os maciços vegetais da caatinga e
remanescentes de floresta atlântica; A definição de competências para o Licenciamento
b. Utilização dos recursos naturais de maneira sustentável; Ambiental Municipal deve ser realizada através da definição
c. Proteção e Recuperação dos ecossistemas naturais; das atividades, e do porte das atividades, que representem
d. Educação ambiental para o estabelecimento de co- “Impacto Ambiental Local” 2.
responsabilidades;
e. Integração entre o poder público, nas suas diversas
instâncias, e sociedade civil, na gestão de Unidades de
Conservação. 2 Definição de parâmetros de dimensionamento das
atividades sujeitas ao licenciamento ambiental municipal, de
2.1.3.3.1.2. OBJETIVOS
acordo com o tipo da atividade e seu porte. Exemplo:
fabricação de telhas/tijolos/outros artigos barro cozido sem
O SISMUC tem os seguintes objetivos:
tingimento com área útil menor ou igual a 1000m² o
licenciamento ambiental será municipal, se maior que
a. Instituir Unidades de Conservação Municipais;
1000m² o Licenciamento será estadual.

TEXTO BASE 14
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

Para que a definição das atividades que serão licenciadas empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar,
na esfera municipal seja realizada de comum acordo entre instalar, ampliar e operar empreendimentos ou
Estado e Município, a implantação do Licenciamento atividades utilizadoras dos recursos ambientais
Ambiental será feita a partir de convênio com o Estado de consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
Pernambuco, ou ainda por instrumento que delegue aquelas que, sob qualquer forma, possam causar
competência para a realização do Licenciamento Ambiental degradação ambiental;
pelo Município. c. Coibir os impactos ao meio ambiente;
d. Fiscalizar os empreendimentos e atividades que
O município deverá implantar o Licenciamento Ambiental oferecem risco ao meio ambiente;
Municipal de acordo com a Resolução CONAMA n° 237 de e. Integrar suas ações ao SISNAMA.
1997, fortalecendo assim sua participação dentro do
SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente). 2.1.4. CAPÍTULO IV – DA MOBILIDADE E
ACESSIBILIDADE MUNICIPAL
“Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos
competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, Mobilidade urbana é a função pública destinada a garantir a
quando couber, o licenciamento ambiental de acessibilidade e a circulação das pessoas e de mercadorias.
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e
daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por A mobilidade e a acessibilidade urbanas devem ser
instrumento legal ou convênio.” (Art. 6° Resolução CONAMA orientadas para a inclusão social e responder às demandas
n° 237 de 1997). da população em termos de universalidade, eqüidade e
segurança.
No convênio, ou no instrumento legal que delegue
competência municipal para o Licenciamento Ambiental, Na promoção da acessibilidade serão observadas as regras
constará a classificação de atividades de impacto ambiental, gerais previstas nas leis federais 10.048 e 10.098/2000, no
definindo-se os parâmetros de “impacto ambiental local” decreto que as regulamenta, nas normas técnicas
para cada atividade e porte das mesmas, a fim de delegar brasileiras, bem como em legislações específicas do Estado
quais são as competências de licenciamento ambiental do e do Município.
município e do estado.3
A Política de Mobilidade e Acessibilidade de Gravatá deve
2.1.3.3.3.1. DIRETRIZES ser executada observando, prioritariamente:

São diretrizes do Licenciamento Ambiental: a. Integração do Trânsito, do Transporte e do Uso do Solo;


b. Articulação da rede viária municipal;
a. Realização do licenciamento de empreendimentos e c. Convivência urbana com a rodovia BR – 232;
atividades de impacto ambiental local; d. Garantia do acesso e mobilidade de todos os cidadãos
b. Fiscalização de empreendimentos e atividades que aos espaços públicos e privados.
oferecem risco ao meio ambiente;
c. Integração com as políticas ambientais do Estado e 2.1.4.1. SEÇÃO I - DIRETRIZES
União.
São diretrizes da Mobilidade e Acessibilidade Municipal
2.1.3.3.3.2. OBJETIVOS
a. Diminuição do número de viagens motorizadas;
São objetivos do Licenciamento Ambiental: b. Planejamento da urbanização;
c. Integração do tráfego de veículos na área urbana;
a. Licenciar a localização, instalação, ampliação e a d. Desenvolvimento de condições para a utilização dos
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras meios de transportes não motorizados;
de recursos ambientais, consideradas efetiva ou e. Reconhecimento da importância dos deslocamentos dos
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob pedestres;
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, f. Proporcionalização de melhores condições de
considerando as disposições legais e regulamentares e mobilidade e acesso para as pessoas com dificuldades
as normas técnicas aplicáveis ao caso; de locomoção;
b. Estabelecer as condições, restrições e medidas de g. Priorização dos meios de transporte coletivo.
controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
2.1.4.2. SEÇÃO II - OBJETIVOS
3“Os empreendimentos e atividades serão licenciados em
um único nível de competência, conforme estabelecido nos a. Proporcionar pequenas viagens a pé ou de bicicletas;
artigos anteriores” (Art. 7° Resolução CONAMA n° 237 de b. Ampliar o acesso aos modos de transporte coletivo;
1997). c. Priorizar a circulação e a segurança dos pedestres;

TEXTO BASE 15
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

d. Reduzir o conflito do tráfego de passagem com a vida ƒ Definição e implantação de ciclovia/ciclo faixas para
local nas áreas residenciais; bicicletas;
e. Administrar o sistema viário e disciplinar a circulação; ƒ Diminuição do fluxo de automóveis na área, através
f. Disciplinar estacionamentos em via pública; da descentralização de atividades, do desvio de
g. Reconhecer a importância do automóvel e integrá-lo tráfego de veículos para novas vias e do
com os demais elementos da cidade; disciplinamento da circulação; e,
h. Reservar espaços, principalmente, para a bicicleta e ƒ Priorizar o transporte coletivo, com definição de
integrá-la como meio de transporte; espaços para circulação e parada.
i. Favorecer e incentivar os deslocamentos a pé para
pequenas distâncias; b. A Rodovia BR-232 e seu volume de veículos de
j. Incorporar a calçada como via pública; passagem interligando Municípios do Agreste e do
k. Estimular a ocupação urbana de forma racional e Sertão do Estado com a Capital, devido a sua
compatível com a infra-estrutura instalada, visando à característica de via regional. E que seu traçado
redução da necessidade de deslocamentos motorizados; passando pela área urbana de Gravatá é um elemento
l. Garantir acesso aos meios de transportes; de segregação do espaço urbano, separando quadras
m. Implantar condições adequadas às calçadas de acordo que tinham relação de vizinhança no comércio, trabalho,
com as normas da ABNT; educação e lazer.
n. Eliminar as restrições de acesso às edificações;
o. Priorizar investimentos destinados aos meios de A convivência urbana da cidade com a existência da
transporte coletivos; Rodovia BR-232, nestas condições deverá observar:
p. Racionalizar o uso do automóvel;
q. Priorizar a circulação dos transportes coletivos (faixas ƒ A elaboração de um plano de interferência para a
exclusivas, terminais de integração, equipamentos Rodovia BR-232;
eletrônicos etc.). ƒ A elaboração de plano de acesso ao Município; e,
ƒ A compatibilização do uso do solo as margens da
2.1.4.3. SEÇÃO III - PLANO DE MOBILIDADE Rodovia BR-232 na área urbana.
MUNICIPAL
2.1.4.4. SEÇÃO IV - SISTEMA VIÁRIO MUNICIPAL
O município deverá elaborar o Plano de Mobilidade
Municipal num prazo máximo de 12 meses após a O Sistema de Mobilidade Urbana é o conjunto de infra-
aprovação deste Plano, que deverá conter no mínimo: estruturas, veículos, equipamentos utilizados para o
deslocamento, controle e circulação de pessoas, bens e
a. Detalhamento do modelo da estrutura viária de acordo animais.
com a hierarquização proposta neste Plano, inclusive
vias alternativas (ciclovias e vias de pedestres); O Sistema Viário é constituído pela infra-estrutura física das
b. Modelo de sistema municipal de transportes público de vias e logradouros existentes e propostos que compõem e
passageiros (institucional e operacional e de gestão); comporão a malha por onde circulam e circularão os
c. Gestão de estacionamentos; e, veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a
d. Sinalização e orientação do trânsito. calçada, o acostamento e o canteiro central.

O Plano de Mobilidade Municipal deverá considerar: Na articulação da rede viária intermunicipal foram
identificadas como diretrizes estratégicas a elaboração de
a. As diretrizes estabelecidas no Zoneamento instituído uma rede viária municipal hierarquizada, com vistas à
neste Plano, especialmente às da Zona Urbana 1 (ZU 1 integração dos distritos e subúrbios com o restante do
- Microzona de Requalificação e Proteção Cultural) Município, e a implantação de melhoria para o escoamento
considerando, sobretudo que a área central de Gravatá da produção e da locomoção das pessoas.
atualmente apresenta congestionamentos nos
momentos de pico, a falta de espaço e condições de O Sistema Viário de Gravatá classifica-se em:
circulação para os pedestres, concentração de comércio
e de serviços, e precárias características operacionais a. Vias Arteriais Diametrais - AD;
do sistema de transporte coletivo. b. Vias Arteriais Radiais - AR;
c. Via Arterial Perimetral - AP;
As diretrizes estratégicas específicas para esta área d. Vias Coletoras – C;
central da cidade são: e. Via Especial (Via Férrea Turística-Gravatá/Russinhas);
e,
ƒ Construção de rotas para pedestres nas vias do f. Vias Locais – L.
centro;

TEXTO BASE 16
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

A estrutura viária principal proposta para o Município é Parque de exposição projetado);


formada por 03 (três) vias arteriais diametrais no sentido ƒ C-04 – Rua Quintino Bocaiúva e
Leste-Oeste, três (03) vias arteriais radiais nos sentidos Rua St. Antonio;
Noroeste-Centro, Sudeste-Centro e Sudoeste-Centro, uma ƒ C-05 – Rua Ozires Luiz Caldas
(01) via arterial perimetral e uma (01). Sete (07) vias e Rua Lamartine Farias de
coletoras, uma (01) via especial (via férrea turística) e todas Castro;
as demais locais. ƒ C-06 – Rua Desembargador
Pedro Martiniano Lins;
QUADRO DE CATEGORIZAÇÃO DAS VIAS ƒ C-07 – Rua Santa Inês.
VIA DESCRIÇÃO
ƒ Via AD-01 – corresponde a 2.2. TÍTULO III - DO ORDENAMENTO
Rodovia BR-232, dentro da área TERRITORIAL
urbana;
ƒ Via AD-02 – Corresponde à 2.2.1. CAPÍTULO I - DAS DIRETRIZES DO
Rua 15 de novembro, Av. ORDENAMENTO TERRITORIAL
Agamenon Magalhães, Praça Rui
Barbosa, Rua Cleto campelo, Rua O Ordenamento Territorial é entendido como um instrumento
Conselheiro Francisco Bezerra de de implementação da política municipal de desenvolvimento
ARTERIAIS DIAMETRAIS
Carvalho, Rua João Pessoa, Rua urbano e ambiental, e como tal, materializa no
LESTE-OESTE macrozoneamento, no zoneamento, em parâmetros
(AD) 04 de Outubro e seu
prolongamento até a BR-232 (A- urbanísticos, instrumentos e mecanismos de regulação, os
01); princípios, diretrizes, objetivos e eixos estratégicos desta
ƒ Via AD-03 – compreende a Rua política e das políticas setoriais urbanas.
Joaquim Sabino Coelho, Av.
Dantas Barreto (margem da linha A garantia da função social da cidade e da propriedade
férrea), Rua Almirante Barroso urbana se configura como o principal eixo estratégico para
com continuidade superposta à promoção do ordenamento territorial do município de
via arterial A-02. Gravatá e para orientação de diretrizes e instrumentos.
ƒ Via AR 01 – (sentido Noroeste-
Centro) – Av. Manoel Santiago de São diretrizes para o ordenamento territorial, em Gravatá:
NOROESTE
-CENTRO Oliveira, Rua do Norte e Rua
Estevão Amaral; a. Fortalecimento da capacidade de regulação sobre a
propriedade privada em função do interesse coletivo;
ARTERIAIS ƒ Via AR 02 – (sentido Sudeste-
SUDESTE b. Compartilhamento dos custos com investimentos
RADIAIS
-CENTRO Centro) – Rua Dr. Amaury de
(AR) públicos e redistribuição para a coletividade dos
Medeiros;
benefícios do processo de urbanização;
ƒ Via AR 03 – (sentido Sudoeste-
c. Fortalecimento do papel do poder público como provedor
SUDOESTE Centro) – Rua 18 de Janeiro e
-CENTRO do acesso à moradia para a população de baixa renda;
Rua 7 de Setembro.
d. Definição de parâmetros urbanísticos que considerem a
identidade local, mas que sejam compatíveis com
ƒ Via AP 01 – Rua Joaquim Dias
padrões melhores de qualidade espacial com a
e seu prolongamento até o rio
capacidade de aquisição do mercado local;
Ipojuca, Rua Luis Toscano de
e. Redimensionamento do perímetro urbano compatível
Brito, Rua Arruda Câmara e seu
com a capacidade de urbanização e com uma estratégia
prolongamento, Rua 18 de
ARTERIAIS PERIMETRAIS de expansão urbana econômica e espacialmente
Janeiro e seu prolongamento
(AP) equilibrada;
contornando o loteamento Village
f. Preservação do patrimônio histórico-arquitetônico e
da Serra, Rua Dr. Jurandir
cultural;
Correa, Rua Adolfo Poroca e seu
g. Regulação das atividades urbanas geradoras de Impacto
prolongamento até a Rua
de Vizinhança.
Joaquim Sabino Coelho (AD- 03)
ƒ C-01 – Via Local BR 232 ESTRUTURA ESPACIAL
sentido interior do estado;
ƒ C-02 – Via Local BR 232 A estrutura espacial de Gravatá é um reflexo da sua
COLETORAS
(C) sentido capital do estado; evolução histórico-cultural e da situação sócio-econômico de
ƒ C-03 – Via projetada que liga sua população.
via coletora C-02 à via arterial
diametral AD-02 (via adjacente ao

TEXTO BASE 17
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

Os patrimônios cultural e natural constituem elementos desta d. Integração com os projetos e ações de desenvolvimento
estrutura espacial, onde se destacam, na área rural, as regional e gestão ambiental, principalmente:
áreas de caatinga, os brejos de altitude, as matas, os
distritos e povoados, e, na área urbana, o núcleo original de ƒ Projetos de Desenvolvimento Rural;
formação da cidade, com casario constituído por exemplares ƒ Projetos de Desenvolvimento Turístico;
do século XIX e XX, as áreas de loteamentos, com ƒ Planos de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
características racionalistas, e condomínios e prives que ƒ Zoneamento Ecológico Econômico.
junto com as áreas de ocupação irregular, constituem a
forma mais recente de ocupação do solo. As práticas de 2.2.1.1.2. SUBSEÇÃO II – MACROZONA URBANA -
urbanização configuram um cenário de exclusão sócio- MZU
espacial, ilustrado por áreas apropriadas por uma população
de médio e alto poder aquisitivo e áreas apropriadas por Compreende o núcleo urbano do Distrito Sede de Gravatá.
uma população de baixa renda.
2.2.1.1.2.1. DIRETRIZES
Esta estrutura espacial condiciona fortemente a divisão do
território de Gravatá, todavia a mesma deve apreender São diretrizes da Macrozona Urbana:
diretrizes que busquem promover o equilíbrio sócio-
ambiental necessário à sustentabilidade do município. a. Promoção do equilíbrio no processo de apropriação do
DIVISÃO TERRITORIAL solo, regulando as práticas de urbanização para garantir
a inclusão sócio-espacial;
Para promoção do ordenamento territorial do município de b. Promoção do acesso à moradia para a população de
Gravatá na busca da garantia da função social da cidade e baixa renda;
da propriedade urbana, o Plano Diretor Participativo de c. Conservação da identidade e da memória local,
Gravatá divide o território municipal em macrozonas, zonas configurada pela proteção do patrimônio histórico-
e zonas especiais, considerando a sua estrutura espacial. arquitetônico e cultural;
d. Crescimento urbano sustentável e com equilíbrio
2.2.1.1. SEÇÃO I - DO MACROZONEAMENTO ambiental e conservação do patrimônio natural;
e. Qualificação do ambiente urbano para o
O território do município de Gravatá se divide em duas desenvolvimento das atividades humanas, quais sejam:
macrozonas: habitar, trabalhar, de convívio e lazer e livre circulação.

a. Macrozona Urbana – MZU; 2.2.1.2. SEÇÃO II - DO ZONEAMENTO RURAL


b. Macrozona Rural - MZR.
O zoneamento da área rural divide o território da Macrozona
2.2.1.1.1. SUBSEÇÃO I - MACROZONA RURAL - MZR Rural em três zonas:

Compreende todo território fora do perímetro urbano. a. Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe - ZRC;
b. Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca – ZRI;
2.2.1.1.1.1. DIRETRIZES c. Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém – ZRS.

São diretrizes da Macrozona Rural: 2.2.1.2.1. SUBSEÇÃO I - ZONA RURAL BACIA


HIDROGRÁFICA DO RIO CAPIBARIBE -
a. Preservação dos ecossistemas naturais, notadamente ZRC
as áreas de caatinga e as áreas remanescentes de
floresta atlântica; Constituí a área do território municipal pertencente à Bacia
b. Redução dos impactos ambientais negativos Hidrográfica do Rio Capibaribe, excluindo-se a área urbana.
decorrentes do crescimento urbano do distrito sede e
demais distritos; 2.2.1.2.1.1. DIRETRIZES
c. Utilização estratégica para desenvolvimento sócio-
econômico do município, visando principalmente: São diretrizes desta zona:

ƒ O Desenvolvimento do Ecoturismo; a. Integração com os projetos e ações do Comitê de Bacia


ƒ O Desenvolvimento Rural, fortalecendo práticas de Hidrográfica do Rio Capibaribe;
manejo sustentável, compatibilizando as atividades b. Preservação do ecossistema de caatinga;
agro-silvo-pastoris com a preservação do meio c. Preservação da qualidade e quantidade da água
ambiente; superficial e subterrânea;
ƒ Fortalecimento da agricultura familiar.

TEXTO BASE 18
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

d. Redução dos impactos ambientais negativos a. Priorizar a produção agrícola de agricultura familiar
decorrentes do crescimento urbano do distrito Sede e do próxima ao distrito Sede, facilitando o escoamento da
distrito de Russinhas; produção, assim como o acesso a serviços urbanos pela
e. Promover a acumulação de água nos grotões onde for população rural;
ambientalmente possível. b. Consolidar as atividades agrícolas próxima ao distrito
Sede, a fim de reduzir os impactos ambientais negativos
2.2.1.2.1.2. OBJETIVOS da expansão urbana sobre a zona rural;
c. Garantir a sustentabilidade das atividades agro-silvo-
São objetivos desta zona: pastoris, através do manejo sustentável da caatinga.

a. Garantir a sustentabilidade das atividades agro-silvo- 2.2.1.2.3. SUBSEÇÃO III - ZONA RURAL BACIA
pastoris, através do: HIDROGRÁFICA DO RIO SERINHAÉM –
ZRS.
ƒ Manejo florestal das áreas de caatinga;
ƒ Manejo integrado de pragas, através do controle Constituí a área do território municipal pertencente à Bacia
biológico, visando reduzir o uso de agrotóxicos; Hidrográfica do Rio Serinhaém.
ƒ Implantação de técnicas de agroecologia;
ƒ Fortalecimento da agricultura familiar. 2.2.1.2.3.1. DIRETRIZES

b. Implantar programas de acesso à água potável, São diretrizes desta zona:


priorizando o consumo humano e a dessedentação
animal; a. Integração com o planejamento e ações do Comitê de
c. Implantar infra-estrutura de acesso à água potável, Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém;
priorizando tecnologias de baixo custo e a apropriação b. Preservação da qualidade e quantidade da água
pela população rural dos meios para realizá-las. superficial e subterrânea;
c. Preservação das áreas remanescentes de floresta
atlântica;
2.2.1.2.2. SUBSEÇÃO II - ZONA RURAL BACIA d. Redução dos impactos ambientais negativos
HIDROGRÁFICA DO RIO IPOJUCA – ZRI decorrentes do crescimento urbano, do distrito de Urucu-
Mirim;
Constituí a área do território municipal pertencente à Bacia e. Adoção de práticas de manejo sustentável,
Hidrográfica do Rio Ipojuca, excluindo-se a área urbana. compatibilizando as atividades agrícolas com a
preservação do meio ambiente.
2.2.1.2.2.1. DIRETRIZES

São diretrizes desta zona: 2.2.1.2.3.2. OBJETIVOS

a. Integração com o planejamento e ações do Comitê de São objetivos desta zona:


Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca;
b. Preservação da qualidade e quantidade da água a. Garantir a sustentabilidade das atividades agro-silvo-
superficial e subterrânea; pastoris, através do(a):
c. Preservação do Rio Ipojuca;
d. Redução dos impactos ambientais negativos ƒ Manejo integrado de pragas, através do controle
decorrentes do crescimento urbano, do distrito Sede e biológico, visando reduzir o uso de agrotóxicos;
do distrito de Mandacaru; ƒ Implantação de técnicas de agroecologia;
e. Redução dos impactos ambientais negativos sobre as ƒ Fortalecimento da agricultura familiar.
áreas de mata nativa, principalmente remanescentes de
floresta atlântica; b. Preservar as áreas remanescentes de floresta atlântica,
f. Consolidação de unidades de produção agrícola através da criação de Unidades de Conservação.
próximas ao distrito sede, com vistas à aproximação
entre os locais de produção e os locais de 2.2.1.3. SEÇÃO III - DO ZONEAMENTO URBANO
comercialização.
O zoneamento da área urbana divide o território da
2.2.1.2.2.2. OBJETIVOS Macrozona Urbana em três zonas:

São objetivos desta zona: a. Zona Urbana 1 – ZU1;


b. Zona Urbana 2 – ZU2;
c. Zona Urbana 3 – ZU3.

TEXTO BASE 19
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

2.2.1.3.1. SUBSEÇÃO I - ZONA URBANA 1 – ZU1 c. Requalificação urbano-ambiental das áreas de


urbanização precária:
Esta zona compreende a área da cidade de maior densidade
construtiva, abarcando o Núcleo original de formação da ƒ Regularização urbanística e fundiária, redução dos
cidade, as áreas de urbanização precária do “Alto da Boa impactos ambientais e melhoria das condições de
Vista” e “do Alto do Cruzeiro”, os conjuntos habitacionais habitabilidade (moradia);
implantados pela COHAB e as áreas parceladas ƒ Implantação de infra-estrutura urbana, sobretudo de
recentemente e em processo de adensamento. saneamento-básico de qualidade;
ƒ Melhoria das condições de mobilidade e
Nesta zona o patrimônio histórico vem sofrendo forte acessibilidade;
processo de descaracterização e desqualificação ambiental ƒ Implantação de espaços públicos e recuperação e
e o ambiente natural sofreu e vem sofrendo ainda fortes manutenção dos existentes, como espaços de
impactos decorrentes do processo de urbanização formal e amenização ambiental.
informal.
2.2.1.3.1.2. OBJETIVOS
Nesta zona também a forma de apropriação do solo vem
excluindo a população local devido ao forte desequilíbrio no São objetivos desta zona:
preço do mesmo.
a. Definir esta zona como prioritária para investimentos
Portanto, a prática de urbanização nesta zona deve com recursos auferidos pela aplicação de instrumentos
considerar a requalificação do patrimônio histórico-cultural e urbanísticos;
do patrimônio natural de maneira equilibrada e a regulação b. Definir índices urbanísticos de forma a induzir o justo
da forma de apropriação do solo. preço da propriedade imobiliária;
c. Definir mecanismos de contrapartida de maneira a
2.2.1.3.1.1. DIRETRIZES produzir lotes populares urbanizados de interesse social;
d. Criar uma Microzona de Proteção Cultural, integrante da
São diretrizes desta zona: Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental - ZEUA,
para requalificar o núcleo histórico original da cidade;
a. Equilíbrio na valorização imobiliária: e. Instituir as Operações Urbanas Consorciadas como
instrumento de reabilitação de áreas históricas
ƒ Priorização de investimentos para requalificação do degradadas;
núcleo histórico e das áreas de urbanização f. Instituir o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, como
precária, com recursos do orçamento municipal e instrumento obrigatório para o licenciamento de
auferidos a partir da aplicação de instrumentos empreendimentos, sobretudo no Centro;
urbanísticos; g. Criar Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, nas
ƒ Definição de índices e instrumentos urbanísticos áreas de urbanização precária, com a definição de
com vistas à regulação do valor do solo; parâmetros e instrumentos urbanísticos e jurídicos
ƒ Promoção do acesso à moradia, para a população especiais;
de baixa renda. h. Priorizar o transporte coletivo sobre o individual e o
pedestre sobre o automóvel;
b. Requalificação do núcleo original da cidade como uma i. Ordenar o Sistema de Transporte Público de
unidade de paisagem integrada ao rio Ipojuca: Passageiros;
j. Regular, intervir e manter os passeios públicos, com a
ƒ Qualificação das condições de habitabilidade desobstrução de barreiras físicas e intervenções que
(urbano-ambientais); promovam melhores condições de mobilidade e
ƒ Proteção de conjuntos, edifícios, elementos de acessibilidade, sobretudo para pessoas com restrições
relevante valor histórico-arquitetônico; de mobilidade;
ƒ Requalificação das margens do rio Ipojuca; k. Implantar, recuperar e manter os espaços públicos de
ƒ Ordenamento do trânsito e do sistema viário; uso coletivo.
ƒ Proteção dos espaços públicos como espaços de
amenização ambiental; 2.2.1.3.2. SUBSEÇÃO II - ZONA URBANA 2 – ZU2
ƒ Qualificação dos passeios e logradouros públicos,
com solução para o comércio informal na área Esta zona compreende as áreas de expansão do núcleo
central; original onde predominam prives e condomínios.
ƒ Redução dos impactos de empreendimentos
geradores de incômodo. Nesta zona o modelo de urbanização adotado tem resultado
efeitos negativos na qualidade espacial, sobretudo pela

TEXTO BASE 20
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

implantação de condomínios e prives em lotes de pequenas ƒ Implantação de infra-estrutura urbana, sobretudo de


dimensões e com forte adensamento construtivo. saneamento-básico;
ƒ Melhoria das condições de mobilidade e
Nesta Zona também ocorre um processo de valorização acessibilidade.
imobiliária desequilibrado, implicando da dificuldade de
aquisição da propriedade imobiliária pela população local, 2.2.1.3.2.2. OBJETIVOS
fazendo com que o público consumidor seja de fora da
cidade. São objetivos desta zona:

Portanto, a prática de urbanização nesta zona deve buscar a a. Definir parâmetros urbanísticos e mecanismos que
amenização dos efeitos do excessivo adensamento com a promovam a racionalização do adensamento construtivo;
adoção de parâmetros que promovam padrões melhores de b. Implantar, recuperar e manter os espaços públicos de
qualidade espacial e a instituição de instrumentos uso coletivo;
urbanísticos que promovam a justa distribuição dos ônus e c. Instituir a Outorga Onerosa do Direito de Construir;
bônus do processo de urbanização. d. Instituir o Parcelamento, Edificação e Utilização
Compulsórios; IPTU Progressivo no Tempo; e a
2.2.1.3.2.1. DIRETRIZES Desapropriação com Títulos da Dívida Pública nas áreas
da cidade onde a propriedade imobiliária não esteja
São diretrizes desta zona: cumprindo sua função social;
e. Definir índices urbanísticos de forma a induzir a queda
a. Qualificação do ambiente urbano: do preço da propriedade imobiliária;
f. Definir mecanismos de contrapartida de maneira a
ƒ Promoção da amenização do adensamento produzir lotes populares urbanizados de interesse
construtivo; público;
ƒ Implantação de espaços públicos e recuperação e g. Criar uma Microzona de Recuperação Ambiental - SRA,
manutenção dos existentes, como espaços de integrante da Zona Especial de Equilíbrio Urbano-
amenização ambiental. Ambiental - ZEUA, para requalificar das suas margens;
h. Priorizar o transporte coletivo sobre o individual e o
b. Equilíbrio na valorização imobiliária: pedestre sobre o automóvel;
i. Ordenar o Sistema de Transporte Público de
ƒ Indução do parcelamento, edificação ou utilização Passageiros;
das áreas objeto de valorização imobiliária e não j. Regular, intervir e manter os passeios públicos, com a
utilizadas ou subutilizadas; desobstrução de barreiras físicas e intervenções que
ƒ Promoção do resgate da valorização imobiliária promovam melhores condições de mobilidade e
decorrente de investimentos públicos; acessibilidade, sobretudo para pessoas com restrições
ƒ Definição de índices e instrumentos urbanísticos de mobilidade;
com vistas à regulação do valor do solo;
ƒ Promoção do acesso à moradia, para a população 2.2.1.3.3. SUBSEÇÃO III - ZONA URBANA 3 – ZU3
de baixa renda.
Esta zona compreende a periferia da área urbana, com
c. Requalificação das áreas de influência direta do rio características rurais e aonde vem sendo implantados
Ipojuca: condomínios de grande porte.

ƒ Qualificação das condições de habitabilidade Esta zona caracteriza-se como uma zona de interesse
(urbano-ambientais); imobiliário, todavia sem o suporte de infra-estrutura
ƒ Requalificação das margens do rio Ipojuca; necessário para atender esta demanda.
ƒ Implantação de infra-estrutura urbana, sobretudo de
saneamento-básico de qualidade; A implantação deste perfil de condomínio também tem
ƒ Proteção dos espaços públicos como espaços de modificado de forma significativa e impactante a paisagem
amenização ambiental. natural do local.

d. Requalificação urbano-ambiental das áreas de Portanto, a prática de urbanização nesta zona deve buscar a
urbanização precária: amenização dos impactos na paisagem natural e a
instituição de instrumentos urbanísticos que promovam a
ƒ Regularização urbanística e fundiária, redução dos justa distribuição dos ônus e bônus do processo de
impactos ambientais e melhoria das condições de urbanização.
habitabilidade (moradia);

TEXTO BASE 21
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

2.2.1.3.3.1. DIRETRIZES 2.2.1.4.1.1. DIRETRIZES

São diretrizes desta zona: São diretrizes desta zona:

a. Preservação das características paisagísticas a. Utilização estratégica das áreas de interesse ambiental
ambientais através da definição de critérios de proteção do município para o desenvolvimento sócio-econômico,
de áreas ambientalmente potenciais e frágeis; sem prejuízo ao meio ambiente;
b. Implantação de programas de turismo ecológico;
b. Equilíbrio na valorização imobiliária: c. Implantação de programas de desenvolvimento rural,
priorizando tecnologias de baixo impacto ambiental, a
ƒ Compartilhamento dos ônus do processo de agroecologia e a agricultura familiar;
urbanização; d. Redução dos impactos ambientais negativos sobre os
ƒ Promoção do resgate da valorização imobiliária ecossistemas naturais, notadamente a caatinga e as
decorrente de investimentos públicos e privados; áreas remanescentes de floresta atlântica;
ƒ Definição de índices e instrumentos urbanísticos e. Restrição dos usos de impacto ambiental negativo;
com vistas à regulação do valor do solo. f. Preservação da paisagem natural;
g. Integração com os projetos e ações dos Comitês de
2.2.1.3.3.2. OBJETIVOS Bacias Hidrográficas do Rio Capibaribe, do Rio Ipojuca e
do Rio Serinhaém;
São objetivos desta zona: h. Criação de Unidades de Conservação;

a. Definir parâmetros urbanísticos de parcelamento e de 2.2.1.4.1.2. OBJETIVOS


uso e ocupação do solo com padrões morfológicos que
promovam a preservação ambiental; São objetivos desta zona:
b. Instituir a Contribuição de Melhoria como instrumento
tributário de compartilhamento dos custos com a a. Implantar programas de desenvolvimento sócio-
urbanização; econômico que utilizem os recursos naturais de forma
c. Instituir a Outorga Onerosa do Direito de Construir nas sustentável;
áreas valorizadas por investimentos públicos e privados; b. Criar Unidades de Conservação, considerando
d. Definir índices urbanísticos de forma a induzir a queda corredores ecológicos e áreas de amortecimento,
do preço da propriedade imobiliária. visando o equilíbrio ambiental e a preservação da
paisagem natural;
2.2.1.4. SEÇÃO IV - DO ZONEAMENTO ESPECIAL c. Realizar o manejo sustentável dos recursos naturais;
d. Requalificar os núcleos urbanos dos distritos de
Além dos zoneamentos da área urbana e rural, o Plano Russinhas e Uruçú-Mirim, e do povoado de São
Diretor de Gravatá institui o Zoneamento Especial, que se Severino dos Macacos;
sobrepõe aos zoneamentos anteriormente descritos.

O Zoneamento Especial tem a finalidade de regular o uso e 2.2.1.4.2. SUBSEÇÃO II - ZONA ESPECIAL DE
a ocupação do solo, com vistas à integração entre o EQUILÍBRIO URBANO-AMBIENTAL - ZEUA
desenvolvimento econômico e a necessidade de
conservação do patrimônio natural, construído. Caracteriza-se como a área de influência direta sobre o
curso do Rio Ipojuca, dentro do perímetro urbano.
Nesse sentido o zoneamento especial também é estratégico,
e através deste instrumento o Ordenamento Territorial Esta zona é dividida em três Microzonas, a saber:
incorpora diretrizes do desenvolvimento econômico
municipal e da proteção ambiental. a. Microzona de Requalificação Ambiental – SRA;
b. Microzona de Proteção Cultural – SPC;
2.2.1.4.1. SUBSEÇÃO I - ZONA ESPECIAL DE c. Microzona de Conservação Ambiental – SCA.
INTERESSE AGROECOLÓGICO – ZEIA
2.2.1.4.2.1. DIRETRIZES
Caracteriza-se por áreas de interesse ambiental,
abrangendo porções das Bacias Hidrográficas do Rio São diretrizes gerais desta zona especial:
Capibaribe e do Rio Ipojuca, e toda a Bacia Hidrográfica do
Rio Serinhaém dentro do território do município, tanto na a. Requalificação Urbano-Ambiental;
zona rural como na zona urbana. b. Revitalização do Rio Ipojuca;
c. Transformação das áreas próximas ao rio em espaços
públicos (EPAA);

TEXTO BASE 22
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

d. Valorização da paisagem; onde a ocupação urbana for mais densa e de difícil


e. Redução dos impactos ambientais negativos sobre o Rio relocação;
Ipojuca, decorrentes principalmente do processo de e. Priorização de investimentos em infra-estrutura urbana,
urbanização; sobretudo de saneamento ambiental, para minimizar os
impactos ambientais sobre o curso hídrico.
2.2.1.4.2.2. OBJETIVOS
2.2.1.4.2.3.2. OBJETIVOS
São objetivos gerais desta zona:
São objetivos específicos desta Microzona:
a. Reduzir os impactos da urbanização através da:
a. Definir Plano Específico com parâmetros e instrumentos
ƒ Proibição de ocupações ao longo do Rio Ipojuca, em especiais com vistas à preservação das áreas de
faixa próxima ao rio; proteção permanentes – APP, definidas pelo Código
ƒ Remoção de ocupações irregulares, e relocação das Florestal (Lei 4.771/65), a recuperação ambiental, o
habitações através de programas de habitação reassentamento de assentamentos precários e o uso
popular. sustentável tolerável, que não resulte em impactos
ambientais negativos;
b. Revitalizar o Rio Ipojuca, através da: b. Regulamentar instrumentos compensatórios para
ƒ Implantação continuada dos sistemas de estimular e promover a preservação das margens do rio
saneamento ambiental; Ipojuca, tais como incentivos fiscais para proprietários de
ƒ Recomposição da mata ciliar. imóveis que promoverem a conservação de áreas de
preservação permanente e empresas privadas que
c. Reestruturar as áreas próximas do Rio Ipojuca, através promoverem a recuperação ambiental de áreas
de projetos urbanísticos de qualificação da paisagem, degradadas do rio;
considerando: c. Exigir tratamento de esgotos para as edificações que
não estiverem interligadas ao sistema público de
ƒ O Patrimônio Histórico e sua integração ao esgotamento sanitário.
Patrimônio Natural;
ƒ A implantação de espaços públicos de lazer e 2.2.1.4.2.4. MICROZONA DE PROTEÇÃO
equipamentos de apoio à atividade turística; CULTURAL - SPC
ƒ A implantação de infra-estrutura de mobilidade
privilegiando o pedestre e o ciclista. A Microzona de Proteção Cultural – MPC, da Zona Especial
de Equilíbrio Urbano-Ambiental – ZEUA, compreende o
2.2.1.4.2.3. MICROZONA DE REQUALIFICAÇÃO conjunto de relevante valor histórico-cultural do núcleo
AMBIENTAL - SRA original da cidade, que agrega um patrimônio arquitetônico
singular e significativo para a manutenção da identidade e
A Microzona de Requalificação Ambiental – SRA, da Zona da memória local e ainda elementos urbanos de relevante
Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental, tem como diretriz expressão artística, histórica e paisagística, que requerem
central a promoção da requalificação sócio-espacial da área sua manutenção e restauração.
urbana municipal orientada pela recuperação ambiental da
área de influência direta do rio Ipojuca, uma vez que este 2.2.1.4.2.4.1. DIRETRIZES
curso hídrico configura-se como o principal elemento de
amenização e qualificação da área urbana do município. São diretrizes específicas desta Microzona:

2.2.1.4.2.3.1. DIRETRIZES a. Integração do Patrimônio Histórico-Cultural do núcleo


original de formação da cidade com a estrutura natural
São diretrizes específicas desta Microzona: do rio Ipojuca;
b. Conservação do sítio histórico do núcleo original de
a. Preservação das áreas de proteção permanente – APP, formação da cidade para preservação da identidade e
definidas pelo Código Florestal (Lei 4.771/65), que ainda memória local;
encontram-se em estado natural; c. Recuperação e proteção de imóveis e elementos
b. Recuperação Ambiental das áreas de proteção urbanos de relevante expressão artística, histórica e
permanente do rio Ipojuca; paisagística, destacando-se os edifícios públicos
c. Promoção, quando necessário, do reassentamento dos institucionais, religiosos e culturais, praças, largos e
assentamentos precários localizadas em áreas de risco monumentos;
ou de proteção permanente; d. Regulação sobre usos inadequados que ponham em
d. Requalificação das áreas de margens, como Espaços risco de descaracterização e/ou degradação do
Públicos de Amenização Ambiental - EPAA, nos trechos patrimônio contido nesta zona;

TEXTO BASE 23
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

e. Regulamentação de instrumentos compensatórios para 2.2.1.4.3. SUBSEÇÃO III - ZONAS ESPECIAIS DE


estimular e promover a conservação do patrimônio INTERESSE SOCIAL - ZEIS
contido nesta zona;
São parcelas do território com uma situação de urbanização
2.2.1.4.2.4.2. OBJETIVOS precária resultante de processos formais e informais de
ocupação do solo.
São objetivos específicos desta Microzona:

a. Definir Plano Específico com parâmetros urbanísticos Este Plano institui a ZEIS Alto do Cruzeiro / Alto da Boa
especiais com vistas à preservação da paisagem do sítio Vista / CAIC
edificado;
b. Implantar instrumentos de proteção, tais como: Poderão ser criadas novas ZEIS por meio de Lei Municipal,
Inventários, Cadastros e Tombamento municipal; em áreas de urbanização precária ocupadas,
c. Regulamentar compensações para estimular e promover predominantemente, por famílias de baixa renda que
a conservação do patrimônio histórico-cultural e das demandem a regularização urbanística e a regularização
margens do rio Ipojuca, tais como incentivos fiscais para jurídico-fundiária.
proprietários de imóveis que promoverem sua
recuperação e conservação e empresas privadas que A regularização jurídico-fundiária das áreas de urbanização
promoverem a recuperação de monumentos ou precária dar-se-á mediante a instituição destes como ZEIS e
elementos urbanos; da utilização dos instrumentos de regularização fundiária:
d. Regular instrumentos e mecanismos de controle Usucapião Especial do Imóvel Urbano, da Concessão do
ambiental; Direito Real de Uso e da Concessão de Uso Especial para
e. Exigir tratamento de esgotos para as edificações que Fins de Moradia, preferencialmente com ações coletivas.
não estiverem interligadas ao sistema público de
esgotamento sanitário. Todas as ZEIS terão o planejamento e a implementação de
2.2.1.4.2.5. MICROZONA DE CONSERVAÇÃO sua regularização urbanística e jurídico-fundiária definida a
AMBIENTAL – SCA partir de um Plano Urbanístico, a ser desenvolvido de
modo participativo, que deverá conter no mínimo:
A Microzona de Conservação Ambiental – MCA, da Zona
Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental – ZEUA, a. Diretrizes e parâmetros urbanísticos específicos para o
compreende faixa de terras a margem do Rio Ipojuca, na parcelamento, uso e ocupação do solo;
porção a montante do perímetro urbano, com pouco b. Projeto de parcelamento;
adensamento construtivo. c. Projetos com as intervenções necessárias à
regularização urbanística;
2.2.1.4.2.5.1. DIRETRIZES d. Instrumentos e procedimentos adequados para a
regularização jurídico-fundiária;
São diretrizes específicas desta Microzona: e. O número de relocações e os imóveis com solo urbano
não edificado, subutilizado ou não utilizado necessários
a. Amortecimento entre o ambiente construído e o para o reassentamento das famílias; e,
ambiente natural; f. Nas áreas de encostas, a delimitação dos espaços
b. Preservação das áreas de proteção permanente; passíveis de serem ocupados de forma segura,
c. Restrição sobre usos inadequados de risco ao meio restringindo a ocupação nas áreas onde o risco não
ambiente. puder ser mitigado, interditando-as ou utilizando-as,
preferencialmente, como áreas de uso comum.
2.2.1.4.2.5.2. OBJETIVOS
2.2.1.4.3.1. DIRETRIZES
São objetivos específicos desta Microzona:
São diretrizes das ZEIS:
a. Restringir usos industriais;
b. Exigir tratamento de esgotos para as edificações que a. Garantia do direito à moradia de qualidade;
não estiverem interligadas ao sistema público de b. Promoção da regularização urbanística e jurídico-
esgotamento sanitário; fundiária e da requalificação urbanística;
c. Implantar programa de reflorestamento de mata ciliar; c. Implementação de programas de habitação social.
d. Preservar o ecossistema natural, restringindo as ações
antrópicas sobre esta Microzona.
2.2.1.4.3.2. OBJETIVOS

São objetivos das ZEIS:

TEXTO BASE 24
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

a. Definir Plano Específico com parâmetros urbanísticos 2.2.1.4.5. SUBSEÇÃO V - ESPAÇOS PÚBLICOS DE
especiais com vistas a promover a regularização AMENIZAÇÃO AMBIENTAL - EPAA
urbanística;
b. Eliminar a situação de risco com a execução de obras de São todos os espaços públicos existentes na macrozona
urbanização e, quando necessário, com o urbana.
reassentamento de famílias;
c. Reduzir o adensamento construtivo; Este Plano Institui como Espaços Públicos e Amenização
d. Implementar obras de infra-estrutura urbana, sobretudo Ambiental:
saneamento básico de qualidade;
e. Melhorar as condições de mobilidade e acessibilidade; a. Praças;
f. Recuperar, conservar e ampliar a oferta de espaços e b. Pátios;
equipamentos de uso coletivo; c. Largos;
d. Recantos;
2.2.1.4.4. SUBSEÇÃO IV - ZONA ESPECIAL DE e. Refúgios;
DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA - ZEDE f. Canteiros;
g. Campos de pelada;
ZEDES são zonas especiais, destinadas ao h. Bosques.
desenvolvimento de atividades econômicas.
As áreas destinadas a áreas verdes de novos loteamentos
Este Plano Diretor institui a ZEDE BR – 232. constituem automaticamente, na aprovação dos mesmos,
Espaços Públicos e Amenização Ambiental – EPAA.
Poderão ser criadas novas ZEDE por meio de Lei Municipal,
em áreas estrategicamente potenciais para a implantação de A prefeitura elaborará e manterá atualizado o Cadastro dos
atividades econômicas. Cada ZEDE deverá ter objetivos Espaços Públicos de Amenização Ambiental.
específicos para sua área. 2.2.1.4.5.1. DIRETRIZES
2.2.1.4.4.1. DIRETRIZES a. Recuperação e manutenção dos equipamentos urbanos;
b. Implantação de programa de arborização urbana;
São diretrizes gerais da ZEDE: c. Regulação e ordenamento de comércio informal;
d. Reintegração das áreas ocupadas irregularmente;
a. Regulação do uso e ocupação do solo na margem da e. Manutenção dos perímetros originais ficando proibida a
rodovia BR-232; doação para outros fins.
b. Estímulo à implantação de atividades geradoras de
trabalho, emprego e renda.
2.2.1.4.4.2. ZONA ESPECIAL DE DINAMIZAÇÃO
ECONÔMICA – BR-232

A Zona Especial de Dinamização Econômica – ZEDE


corresponde às quadras confrontantes com a BR-232,
estratégica para a implantação de atividades geradoras de
trabalho, emprego e renda, compatíveis com padrões de
segurança.

2.2.1.4.4.2.1. OBJETIVOS

São objetivos específicos da ZONA ESPECIAL DE


DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA – BR-232:

a. Definir Plano Específico com parâmetros urbanísticos


especiais com vistas a garantir padrões urbanísticos
compatíveis com atividades econômicas de médio e
grande porte e com regras de segurança;
b. Definir parâmetros urbanísticos especiais com vistas a
ordenar as atividades já instaladas nos lotes
confrontantes com a BR-232;
c. Instituir instrumentos de incentivo a atividades
econômicas, compatíveis com o ambiente de rodovia.

TEXTO BASE 25
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

DIAGRAMA DO ZONEAMENTO

MUNICÍPIO

MZU MZR

ZU 1 ZRC

ZU 2 ZRI

ZU 3 ZRS

ZONAS ESPECIAIS ZONAS ESPECIAIS

ZEIS ZEDE ZEUA ZEIA

ZEIS ALTO ZEDE MICROZONA DE


DO CONSERVAÇÃO
CRUZEIRO /
BR-232 AMBIENTAL
ALTO DA
BOA VISTA
/ CAIC
MICROZONA DE
REQUALIFICAÇÃO
AMBIENTAL

MICROZONA DE
PROTEÇÃO
CULTURAL

TEXTO BASE 26
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

2.2.2. CAPÍTULO II - PARÂMETROS URBANÍSTICOS

O Plano Diretor Participativo de Gravatá adotará como


parâmetros urbanísticos reguladores da ocupação do solo:

a. Lote Mínimo (L.M.) - Dimensão mínima de lote ou Gleba


exigido para novos parcelamentos ou para
desmembramentos em áreas já parceladas;
b. Testada Mínima (T.M.) - Dimensão mínima, de extensão
linear do lote, no limite com o logradouro público;
c. Coeficiente de Aproveitamento (C.A.) - Índice que,
multiplicado pela área do terreno, resulta na área
máxima de construção permitida. Para efeito de
Aplicação de Outorga Onerosa do Direito de Construir
ou a Transferência do Direito de Construir, defini-se, por
zona e uso:

ƒ Coeficiente de Aproveitamento Básico - Índice de


aproveitamento básico determinado para cada zona
e uso admitido nos processos de aprovação de
projetos, que não contemplem a Outorga Onerosa
do Direito de Construir ou a Transferência do Direito
de Construir;
ƒ Coeficiente de Aproveitamento Máximo - Índice de
aproveitamento máximo, que, excedendo o
coeficiente de utilização básico, será admitido nos
processos de aprovação de projetos, que
contemplem a Outorga Onerosa do Direito de
Construir ou a Transferência do Direito de Construir.

d. Taxa de Solo Natural (T.S.N.) - Percentual mínimo de


área do terreno a ser mantida nas suas condições
naturais, ou seja, totalmente livre de
impermeabilizações. Representa parte do terreno que
deverá favorecer a absorção das águas pluviais e a
ampliação da cobertura vegetal, contribuindo com a
manutenção da paisagem natural;

e. Taxa de Ocupação (T.O.) – Percentual máximo de área


ocupada pela projeção vertical da edificação sobre o
plano horizontal do terreno;

f. Gabarito de Altura (G.) - Altura máxima da edificação,


medida da sua base até o ponto mais alto da mesma,
definido em número de pavimentos permitidos para a
edificação, considerando que a altura máxima de cada
pavimento não poderá ser superior a 03 (três) metros;

g. Afastamentos Mínimo Frontal, Lateral e de Fundos


(A.F., A.L. e A.fu.) - Distância da edificação em relação
às divisas do lote, expressas em metro linear (m),
perpendicular à divisa do terreno. Conjuntamente com a
T.S.N. contribui para a amenização da ambiência urbana
e para a promoção da aeração e iluminação da
edificação;

TEXTO BASE 27
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

QUADRO DE PARÂMETROS URBANÍSTICOS

MACROZONA URBANA – MZU


Lote Testada C.A. G. Afastamento Mínimo
T.S.N.
ZONA Usos Mínimo Mínima (Pavtos A.F. A.L. A.Fu.
Básico Máximo (%) )
(m²) (m) (m) (m) (m)
Residencial Isolado 250,00 10,00 0,6 1,0 40 02 5,00 {2} 1,50 {4} 1,50
Residencial Popular
125,00 6,50 0,6 0,6 30 02 3,00 {3} Nulo {5} 1,50
Isolado {1}
ZU 1 Residencial em
Conjunto Horizontal 2.000,00 25,00 {6}
(Tipo 1)
Não Residencial 250,00 10,00 0,6 1,0 20 02 5,00 {2} 1,50 {4} 1,50
Residencial Isolado 360,00 12,00 0,4 1,0 40 03 5,00 {2} 1,50 {4} 1,50
Residencial Popular
125,00 6,25 0,6 0,6 30 02 3,00 {3} Nulo {5} 1,50
Isolado {1}
ZU 2 Residencial em
Conjunto Horizontal 4.000,00 25,00 {7}
(Tipo 2)
Não Residencial 360,00 12,00 0,4 1,0 25 03 5,00 {2} 1,50 {4} 1,50
Residencial Isolado 1.200,00 30,00 0,15 0,5 60 02 5,00 {2} 1,50 {4} 1,50
Residencial em
ZU 3 10.000,0
Conjunto Horizontal 50,00 {8}
0
(Tipo 3)
Não Residencial 1.000,00 50,00 0,15 0,5 40 02 5,00 {2} 1,50 {4} 1,50
ZEIS Plano Urbanístico
ZEUA {9}
a. Adotar os Parâmetros Urbanísticos da ZONA em que esta Microzona esteja inserida;
b. Quando existir, num raio de 50,00m (cinqüenta metros), edificação tombada ou inventariada nos níveis municipal, estadual
ou federal, o empreendimento será objeto de análise especial, estando sua aprovação condicionada a um parecer de
MPC
anuência do órgão responsável pelo referido tombamento;
c. Os usos que demandem grande fluxo de veículos deverão destinar área de estacionamento, carga e descarga e manobra,
interna ao lote, sendo que nos lotes onde não for possível prever esta área, apresentar solução especial.
a. Adotar os Parâmetros Urbanísticos da ZONA em que esta Microzona esteja inserida;
MRA b. Preservar como faixa Non Aedificandi às Áreas de Preservação Permanente – APP, definidas na Lei Federal Nº. 4.771/65
(Código Florestal).
a. Adotar os Parâmetros Urbanísticos da ZONA em que esta Microzona esteja inserida;
MCA b. Preservar como faixa Non Aedificandi às Áreas de Preservação Permanente – APP, definidas na Lei Federal Nº. 4.771/65
(Código Florestal).
a. Adotar os Parâmetros Urbanísticos da ZONA em que esta Microzona esteja inserida;
b. Preservar como área non aedificandi a faixa de proteção estabelecida para a rodovia BR-232;
ZEDE
c. Os usos que demandem grande fluxo de veículos deverão destinar área de estacionamento, carga e descarga e manobra,
interna ao lote, sendo que nos lotes onde não for possível prever esta área, apresentar solução especial.
LEGENDA

ZU 1 - Zona Urbana 1
ZU 2 - Zona Urbana 2
ZU 3 - Zuna Urbana 3
ZEIS - Zona Especial de Interesse Social
ZEUA - Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental
MPC - Microzona de Proteção Cultural
MRA - Microzona de Requalificação Ambiental
MCA - Microzona de Conservação Ambiental
ZEDE – Zona Especial de Dinamização Econômica
OBSERVAÇÕES:
{1} O uso Residencial Popular Isolado só será permitido em lotes {7} Para o uso Residencial em Conjunto (Tipo 2), deverão ser
populares urbanizados de iniciativa do poder público municipal ou considerados os requisitos a seguir:
doados ao mesmo, como contrapartida obrigatória da implantação a. Percentual máximo modulável da gleba igual a 55% (cinqüenta
de condomínios e loteamentos. e cinco por cento);
b. Percentual mínimo da gleba igual a 40% (quarenta por cento)

TEXTO BASE 28
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

{2} Para o uso Residencial Isolado e o uso Não Residencial o destinado à implantação de sistema viário, equipamentos
Afastamento Frontal Mínimo poderá ser menor que o afastamento públicos e áreas verdes, observando-se:
mínimo exigido, adotando a medida do recuo médio predominante ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à
em 2/3 (dois terços) da via. Neste caso a soma dos Afastamentos implantação de equipamentos públicos, localizados fora
Frontal e de Fundos deverá ser no mínimo igual a 6,50m (seis das áreas privadas ou de acesso restrito;
metros e cinqüenta centímetros). ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à
implantação de áreas verdes, localizado fora das áreas
{3} Para o Uso Residencial Popular Isolado o Afastamento Frontal privadas ou de acesso restrito.
Mínimo poderá ser menor que o afastamento mínimo exigido, c. Percentual mínimo da gleba doado ao poder público municipal
considerando a medida do recuo médio predominante em 2/3 (dois em lotes populares urbanizados, com área de 125,00m², igual
terços) da via. Neste caso a soma dos Afastamentos Frontal e de a 5% (cinco por cento);
Fundos deverá ser no mínimo igual a 4,50m (quatro metros e d. Módulo mínimo para cada unidade habitacional igual a
cinqüenta centímetros). 300,00m² (trezentos metros quadrados);
e. Taxa de Solo Natural do módulo igual a 40% (quarenta por
{4} Obrigatório em uma das divisas laterais, podendo ser nulo em cento);
até 2/3 (dois terços) da outra divisa lateral, desde que não tenha f. Coeficiente de Aproveitamento Básico para o módulo igual a
vãos abertos para o terreno vizinho. 0,3 (zero vírgula três);
g. Coeficiente de Aproveitamento Máximo para o módulo igual a
{5} Será obrigatório Afastamento Lateral mínimo igual a 1,50m (um 0,6 (zero vírgula seis);
metro e cinqüenta centímetros), quando estiverem projetados vãos h. Gabarito de Altura máximo igual a 03 pavimentos.
abertos na face da edificação confrontante com a divisa lateral.
{8} Para o uso Residencial em Conjunto (Tipo 3), deverão ser
{6} Para o uso Residencial em Conjunto (Tipo 1), deverão ser considerados os requisitos a seguir:
considerados os requisitos a seguir: a. Percentual máximo modulável da gleba igual a 55% (cinqüenta
a. Percentual máximo modulável da gleba igual a 55% (cinqüenta e cinco por cento);
e cinco por cento); b. Percentual mínimo da gleba igual a 40% (quarenta por cento)
b. Percentual mínimo da gleba igual a 40% (quarenta por cento) destinado à implantação de sistema viário, equipamentos
destinado à implantação de sistema viário, equipamentos públicos e áreas verdes, observando-se:
públicos e áreas verdes, observando-se: ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à
ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à implantação de equipamentos públicos (para atividades de
implantação de equipamentos públicos, localizados fora das educação, saúde, cultura e lazer), localizados fora das
áreas privadas ou de acesso restrito; áreas privadas ou de acesso restrito;
ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à
implantação de áreas verdes, localizado fora das áreas implantação de áreas verdes, localizado fora das áreas
privadas ou de acesso restrito. privadas ou de acesso restrito.
c. Percentual mínimo da gleba doado ao poder público municipal c. Percentual mínimo da gleba doado ao poder público municipal
em lotes populares urbanizados, com área de 125,00m², igual a em lotes populares urbanizados, com área de 125,00m², igual
5% (cinco por cento); a 5% (cinco por cento), no interior da Gleba ou em outra área
d. Módulo mínimo para cada unidade habitacional igual a da cidade com localização pactuada com o poder público. Esta
250,00m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados); contrapartida poderá ser dada em recursos financeiros,
e. Taxa de Solo Natural do módulo igual a 40% (quarenta por calculada com base no valor do m2 lote urbanizado, destinado
cento). ao Fundo Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente –
f. Coeficiente de Aproveitamento Básico para o módulo igual a 0,3 FMPMA – Gravatá;
(zero vírgula três); d. Módulo mínimo para cada unidade habitacional igual a
g. Coeficiente de Aproveitamento Máximo para o módulo igual a 1.000,00m² (hum mil metros quadrados);
0,6 (zero vírgula seis); e. Taxa de Solo Natural do módulo igual a 60% (sessenta por
h. Gabarito de Altura máximo igual a 02 pavimentos. cento);
f. Coeficiente de Utilização Básico, calculado por módulo igual a
0,1 (zero vírgula um);
g. Coeficiente de Utilização Máximo, calculado por módulo igual a
0,5 (zero vírgula cinco);
h. Gabarito de Altura máximo igual a 02 pavimentos.

{9} A Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental – ZEUA


poderá ser objeto de elaboração de um Plano de Manejo, contendo
no mínimo:
a. Parâmetros e diretrizes de parcelamento, uso e ocupação do
solo específicos, com vistas à proteção, recuperação,
requalificação e manutenção da estrutura ambiental e do
patrimônio cultural;
b. Ações e projetos de reestruturação urbano-ambiental com
vistas ao resgate do rio Ipojuca como elemento natural de
equilíbrio paisagístico e ambiental do núcleo urbano da cidade
e para o desenvolvimento da atividade turística.

TEXTO BASE 29
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

2.2.2.1. SEÇÃO I - USOS E ATIVIDADES GERADORES c. Remembramento: Unificação de duas ou mais


DE INCOMODIDADE unidades imobiliárias autônomas.

São considerados usos e atividades geradores de Os parcelamentos ilegais e/ou irregulares existentes,
incomodidade aqueles que, potencial ou comprovadamente: anteriores a esta Lei e que não atendam aos requisitos
desta, serão objeto de análise especial.
a. Destinem-se a atividades não residenciais geradoras de
ruídos, poluição ou odores; Não poderão ser parceladas as Glebas alagáveis ou com
b. Sejam atratores de tráfego, gerando incômodo à declividade superior a 30% (trinta por cento).
população residente ou sobrecarregando a infra-
estrutura viária local, seja pela demanda de veículos Poderão ser parceladas as Glebas na hipótese com
circulantes ou de vagas de estacionamento. declividade superior a 30%, desde que executadas as obras
necessárias a sua correção, devidamente licenciadas pelos
A instalação de usos não residenciais geradores de órgãos Federal e/ou Estadual responsáveis pelo controle
incomodidade somente poderá ser autorizada mediante as ambiental, e com padrões de parcelamento adequados.
seguintes condições:
Nas Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, para fins
a. Não estar situada entre dois imóveis de uso residencial; de regularização fundiária urbanística, o parcelamento do
b. Declaração de anuência de 2/3 (dois terços) dos solo obedecerá aos parâmetros urbanísticos estabelecidos
residentes do logradouro, proprietários ou inquilinos de no seu respectivo Plano Urbanístico, considerando,
imóveis; preferencialmente, os padrões mínimos de parcelamento,
com o Lote Mínimo igual a 125,00m² e Testada Mínima
ƒ O Poder Executivo emitirá citação de consulta aos igual a 5,00m.
residentes, esclarecendo o tipo de incomodidade, e
determinará prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis Os projetos de loteamentos deverão destinar um percentual
a partir do recebimento para pronunciamento; mínimo de área para uso público e para utilização de
ƒ O não pronunciamento dos residentes no prazo interesse social igual a 40% (quarenta por cento) da área
estabelecido será considerado favorável à total da gleba a ser parcelada, compreendendo áreas para:
implantação da atividade;
a. Implantação do Sistema Viário;
c. As atividades não residenciais, atratoras de tráfego b. Implantação de Equipamentos Públicos;
deverão dispor de estacionamento e local para carga e c. Áreas Verdes;
descarga, localizados no interior do imóvel, excetuando- d. Implantação de lotes populares urbanizados, a serem
se os imóveis situados na o ZU-1, que serão objeto de doados ao poder público.
análise especial;
d. As atividades não residenciais, geradoras de odores ou Com relação ao percentual das áreas destinadas ao uso
poluição, deverão apresentar licença de instalação dos público previsto no parágrafo anterior deverão ser
órgãos responsáveis pelo controle ambiental. destinados, no mínimo:

2.2.2.2. SEÇÃO II - DO PARCELAMENTO DO SOLO a. 10% (dez por cento), para implantação de Equipamentos
Públicos;
2.2.2.2.1. SUBSEÇÃO I - NORMAS TÉCNICAS PARA b. 10% (dez por cento), para Áreas Verdes; e,
PARCELAMENTO DO SOLO c. 5% (cinco por cento), a título de outorga onerosa, para
lotes populares urbanizados a serem doados ao poder
O Parcelamento do Solo no Município será regido pelas público.
legislações, Federal e Estadual, pertinentes e normas d. As áreas destinadas a equipamentos públicos não
complementares emanadas desta Lei e está constituído das poderão apresentar declividade superior a 15%;
seguintes formas: e. Os lotes populares urbanizados poderão ser
disponibilizados em áreas distintas ao loteamento, desde
a. Loteamento: Subdivisão de gleba em unidades que em áreas urbanizadas, previamente acordado com o
autônomas, com abertura de novas vias de circulação, poder público municipal. (Neste caso a área total de
de logradouros públicos, prolongamento e/ou ampliação referencia para a definição dos percentuais será a soma
das vias existentes; das duas áreas em questão);
b. Desmembramento: Subdivisão de gleba em unidades f. O Sistema Viário deverá obedecer à declividade mínima
autônomas, com aproveitamento do Sistema Viário de 0,5% e máxima de 17%, largura mínima da via de
existente, desde que não implique na abertura de novas 12.00 metros, incluindo passeios com largura mínima de
vias e logradouros públicos, nem prolongamento, 2.00 m para o viário local principal, e largura mínima da
modificação ou ampliação dos já existentes; via de 9.00 metros, incluindo passeios com largura

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RELATÓRIO FINAL

mínima de 1.50 m para o viário secundário excetuando- a. Licença Prévia de Loteamento da CPRH;
se a largura mínima das vias situadas em ZEIS, em b. Consulta prévia à Prefeitura, através de requerimento;
processo de regularização, objeto de análise especial; c. Licença de Implantação de Loteamento da CPRH e de
outros órgãos que a Prefeitura julgar necessário à
Quanto à testada das quadras fica estabelecido que: aprovação do parcelamento.

a. Não deverá ser superior a 250,00m (duzentos e Antes da elaboração dos projetos de parcelamento, cabe ao
cinqüenta metros) e a profundidade não deverá interessado solicitar à Prefeitura a expedição das diretrizes
ultrapassar 100,00m (cem metros). pertinentes, apresentando os seguintes documentos:

O dimensionamento dos lotes deverá obedecer aos padrões a. Requerimento ao órgão competente da Administração
de parcelamento estabelecidos no Zoneamento, Municipal;
observando-se ainda que: b. Título de propriedade da gleba/área;
c. Licença Prévia de Loteamento da CPRH;
a. Nenhum lote poderá ter testada inferior a 10,00m (dez d. Certidão Negativa de Débitos (CND), junto à Fazenda
metros), exceto para os lotes populares urbanizados, Municipal;
onde a testada mínima é igual a 6,25m (seis metros e e. Planta do imóvel em 02 vias preferencialmente nas
vinte e cinco centímetros); escalas 1:1000, ou 1:5000, assinada por profissional
b. Nos casos de regularização de parcelamentos anteriores habilitado e inscrito na Prefeitura, e mais as seguintes
a esta Lei, desde que devidamente comprovados, bem informações:
como nas ZEIS, será tolerada a testada mínima de
5,00m (cinco metros); ƒ Orientação da gleba, sua localização e situação
c. Nos lotes situados em esquinas de logradouros, a completa;
testada do lote deverá ser acrescida de uma dimensão ƒ Limites e divisas do imóvel, perfeitamente definidos;
igual ou maior ao afastamento lateral mínimo, ƒ Outras indicações que possam interessar à
obrigatório, estabelecido para cada zona. orientação geral do parcelamento.

Os projetos de desmembramentos, cuja área original seja Após a concessão das diretrizes para Loteamento, pelo
igual ou superior a 2,0 ha. (dois hectares), deverão destinar órgão competente da Prefeitura, o requerente submeterá à
uma área mínima para uso público equivalente a 10% (dez aprovação municipal o Projeto de Arruamento e de Infra-
por cento) da área total da gleba a ser parcelada, estrutura que deverá conter as seguintes especificações:
observando-se:
a. Planta do imóvel em meio digital e em 06 (seis) vias em
a. 5% (cinco por cento), no mínimo, para implantação de meio analógico, preferencialmente nas escalas 1:1000
Equipamentos Públicos; ou 1:500, assinadas por profissional habilitado e inscrito
b. 5% (cinco por cento), no mínimo, para Áreas Verdes; na Prefeitura, constando as seguintes informações:
c. As áreas destinadas a equipamentos públicos não
poderão apresentar declividade superior a 15%; ƒ Planta do traçado do polígono referente aos limites
d. As referidas áreas destinadas a uso público no ato do da propriedade com as dimensões lineares e
desmembramento devem permitir acesso direto e angulares, imóveis confrontantes e rumos
imediato a logradouros públicos, e devem obedecer aos magnéticos;
mesmos critérios utilizados para os loteamentos; ƒ Indicação dos confrontantes, arruamentos e
e. Na hipótese de desmembramento seguido de loteamentos contíguos;
loteamento, fica dispensada esta destinação, desde que ƒ Localização dos cursos d'água, construções
contemplada no loteamento e que os dois processos existentes e serviços de utilidade pública existentes;
sejam aprovados de forma conjunta e vinculada; ƒ Indicação de áreas alagadiças ou sujeitas a
f. No caso de loteamento futuro em gleba desmembrada, inundações;
mas não vinculado ao dito desmembramento, e quando ƒ Indicação de curva de nível a cada 2,00m (dois
este já houver destinado às áreas correspondentes, as metros) e cotas altimétricas previstas nas
áreas a serem destinadas pelo loteamento serão interseções das vias projetadas;
descontadas daquelas. ƒ Localização de áreas verdes e árvores existentes;
ƒ Uso predominante a que o parcelamento se destina;
2.2.2.2.2. SUBSEÇÃO II - PROCEDIMENTOS ƒ Memorial Descritivo com limites e confrontações nas
ADMINISTRATIVOS PARA APROVAÇÃO DE duas situações (atual e proposta), nos casos de
PARCELAMENTO DO SOLO desmembramento e remembramento;

O processo de aprovação dos Projetos de Parcelamento b. Outras indicações que possam interessar à orientação
obedecerá aos seguintes procedimentos administrativos: geral do parcelamento.

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RELATÓRIO FINAL

ƒ Sistema de vias, espaço aberto para recreação e O interessado deverá caucionar como garantia das obras de
áreas destinadas a equipamentos públicos; abertura de vias, pavimentação, eletrificação, terraplenagem
ƒ Dimensões lineares e angulares do projeto com e drenagem, mediante escritura pública, uma área da gleba
raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos a ser loteada, cujo valor, seja igual a 150% (cento e
centrais das vias; cinqüenta por cento) do valor do custo dos serviços a serem
ƒ Indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento executados, ou outra garantia real, considerando os
localizados nos ângulos de curvas e vias projetadas; seguintes procedimentos:
ƒ Indicação em planta e perfis de todas as linhas de
escoamento das águas pluviais e do projeto de a. O Termo de Caução deverá ser averbado no Cartório de
iluminação pública; Registro de Imóveis;
ƒ Perfis longitudinais dos eixos de todas as vias e b. As obras a serem executadas pelo loteador terão prazo
praças projetadas em escala adequada com a de 1 (um) ano para a sua conclusão.
indicação dos pontos de interseção das vias, com
inclinação das rampas previstas e do perfil natural do Expirado o prazo para conclusão das obras exigidas, caso
terreno; as mesmas não tenham sido realizadas, a Prefeitura
ƒ Perfis transversais das vias de circulação em escala promoverá ação competente para adjudicar ao seu
adequada; patrimônio a área caucionada, que passará a constituir um
ƒ Indicação das servidões e restrições especiais; bem dominial do Município, com o objetivo de garantir a
ƒ Explicitação da conexão do sistema de vias execução das obras.
propostos ao sistema viário existente, de forma que
permita uma devida integração ao sistema viário Antes de expirado o prazo, o interessado poderá solicitar
municipal. junto à Prefeitura um pedido de prorrogação do mesmo que
não poderá exceder a 01 (um) ano.
c. Quadro de áreas com números absolutos e percentuais
referentes à: Caso o loteador não cumpra a realização das obras, cabe a
Prefeitura a execução das mesmas em prazo não superior a
ƒ Área total da gleba em hectares; 01 (um) ano, contado da data de adjudicação da caução ao
ƒ Área das quadras a lotear; seu patrimônio.
ƒ Áreas verdes de uso público;
ƒ Área dos equipamentos comunitários; Na conclusão de todas as obras e serviços exigidos pela
ƒ Áreas para comércio e serviços, se houver; Prefeitura, e após a devida inspeção final, o interessado
ƒ Áreas das vias de circulação; solicitará, através de requerimento, a liberação da área
ƒ Áreas das faixas de domínio se houver; caucionada.
ƒ Área de terreno remanescente se houver;
ƒ Área das quadras destinadas a lotes populares a O requerimento deverá ser acompanhado de uma planta do
serem cedidos ao poder público. projeto de arruamento, retificada, tal como executado, que
será considerada oficial para todos os efeitos.
d. Projetos de Terraplenagem, Abastecimento D’água,
Esgotamento Sanitário e Energia Elétrica. O pedido de aprovação para Loteamento deverá ser
acompanhado de planta em meio digital e em 6 (seis) vias
Deverão ser anexados ao Projeto de Loteamento, os em meio analógico, na escala 1:1000 ou 1:500, contendo as
seguintes documentos relativos ao imóvel: assinaturas do proprietário e do profissional responsável,
discriminando:
a. Título de propriedade do imóvel;
b. Certidão de Ônus Reais; a. Indicação dos limites da propriedade;
c. Certidão Negativa de Débitos junto à Fazenda Municipal. b. Subdivisão das quadras em lotes e áreas destinadas a
equipamentos comunitários, com as respectivas
O loteador se obriga a transferir para o patrimônio do dimensões e numeração;
Município, mediante Escritura Pública de Doação, todas as c. Dimensões lineares e angulares do projeto e áreas de
áreas destinadas a Equipamentos Públicos contidos no todos os lotes e terrenos destinados a finalidades
Memorial Descritivo. específicas;
d. Apresentação do quadro de áreas contendo a indicação
A Prefeitura somente receberá para oportuna entrega ao em valores absolutos e percentuais de:
domínio público e respectiva denominação, os logradouros
públicos e as áreas destinadas a equipamentos públicos, a. Área total da gleba;
que se encontrem nas condições previstas nesta Lei. b. Área destinada a lotes, explicitando os lotes populares a
serem cedidos ao poder público;
c. Área de circulação;

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RELATÓRIO FINAL

d. Área destinada a equipamentos públicos; Estarão sujeitos à aplicação destes instrumentos os lotes ou
e. Áreas verdes; glebas, não edificados ou subutilizados nas seguintes
f. Áreas remanescentes se houver. situações:

e. Indicação das condições urbanísticas do Loteamento; a. Localizados em áreas dotadas de infra-estrutura urbana
f. Memorial Descritivo do Loteamento contendo: implantada por investimentos públicos ou privados, onde
esta infra-estrutura resulte em sua valorização
g. Caracterização do imóvel a ser loteado com dados imobiliária;
referentes à denominação da propriedade, localização, b. Cuja sua não edificação ou subutilização se configure
dimensões, confrontações; como impedimento ao crescimento equilibrado da
h. Nome do loteador e nome do responsável técnico; cidade;
i. Título de Propriedade do imóvel, Registro e Certidão de c. Onde o seu parcelamento, edificação ou utilização possa
Propriedade e Ônus Reais; promover o acesso à moradia e a serviços sociais e
j. Denominação do Loteamento; urbanos e/ou a geração de trabalho, emprego e renda.
k. Descrição da área dos lotes e das áreas de
equipamentos públicos e lotes populares que passarão Consideram-se lotes ou glebas não edificados aqueles
para domínio do Município; vazios ou sem utilização reconhecida pelo órgão licenciador.
l. Listagem dos equipamentos urbanos e comunitários e
dos serviços públicos já existentes na gleba e Consideram-se lotes ou glebas subutilizados, aqueles
adjacências. edificados cujos coeficientes de utilização não atinjam o
Se os lotes populares estiverem localizados em área distinta mínimo de 0,05 ou 50% do coeficiente básico
ao loteamento deverá ser elaborado procedimento similar correspondente e/ou edificações que apresentem mais de
independente, mas vinculado e apresentados 60% (sessenta por cento) da área construída desocupada há
conjuntamente, compondo um único processo, ficando suas mais de cinco anos.
aprovações vinculadas.
Identificados os imóveis nas situações previstas
2.3. TÍTULO IV – DOS INSTRUMENTOS anteriormente que não estão cumprindo a função social da
URBANÍSTICOS E AMBIENTAIS propriedade, o município deverá notificar os seus
proprietários para que promovam, no prazo de um ano o
O Plano Diretor Participativo de Gravatá, como instrumento parcelamento, a edificação ou a utilização efetiva do imóvel.
básico da política urbana, e em atenção ao Estatuto da
Cidade, dispõe sobre instrumentos jurídicos, urbanísticos e A notificação far-se-á, após averbação no cartório de registro
tributários e, sobre os instrumentos de democratização da de imóveis:
gestão urbana. a. Por funcionário do órgão competente do Executivo, ao
proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa
jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou
2.3.1. CAPÍTULO I - INSTRUMENTOS JURÍDICOS E administrativa;
URBANÍSTICOS b. Por edital, quando frustrada, por três vezes, a tentativa
de notificação na forma prevista anteriormente.
2.3.1.1. SEÇÃO I - PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO
OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS / IMPOSTO Os proprietários notificados por não parcelamento,
PREDIAL E TERRITORIAL URBANO edificação ou mesmo subtilização de suas propriedades
PROGRESSIVO NO TEMPO / deverão, no prazo máximo de um ano, a partir do
DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO recebimento da notificação, protocolar pedido de aprovação
MEDIANTE TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA e execução de parcelamento ou edificação no órgão
municipal competente.
2.3.1.1.1. SUBSEÇÃO I - PARCELAMENTO, Só serão permitidos até dois novos pedidos de aprovação de
EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO projeto, para o mesmo lote, protocolados pelo proprietário
COMPULSÓRIOS desde que não tenha sido iniciado o empreendimento e não
tenha ultrapassado o prazo de um ano, a partir do
O parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, a recebimento da notificação.
tributação progressiva no tempo e a desapropriação, de que
tratam o art. 182 & 4º, da Constituição Federal, incidirão O parcelamento ou edificação deverá ser iniciado no prazo
sobre lotes ou glebas não edificados ou subutilizados que máximo de dois anos a contar da aprovação do projeto.
não estejam atendendo à função social da propriedade
urbana.

TEXTO BASE 33
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

A licença de construção do empreendimento, emitida pelo A aplicação da alíquota progressiva será suspensa
órgão licenciador, só poderá ser renovada por no máximo imediatamente, a requerimento do contribuinte, a partir da
duas vezes. data em que seja iniciado:

Em empreendimentos de grande porte, em caráter a. O processo administrativo de parcelamento;


excepcional, poderá ser prevista a conclusão em etapas, b. O processo administrativo de licença de construção;
assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o c. A edificação que já tenha sido licenciada;
empreendimento como um todo. Nestes casos, a licença de d. A utilização, mediante licença municipal.
construção será expedida para cada etapa do
empreendimento. O IPTU progressivo no tempo será restabelecido em caso de
fraude ou interrupção do empreendimento, quando não
Consideram-se empreendimentos de grande porte aqueles requerido e justificado pelo contribuinte.
passíveis de exigência de Estudo de Impacto de Vizinhança
(EIV), que deverá indicar neste Estudo o tempo estimado O restabelecimento do IPTU progressivo no tempo implicará
para implantação de cada etapa do empreendimento. na continuidade da cobrança da alíquota, adotando-se a
alíquota referente no momento da data de suspensão.
Os proprietários notificados por não utilização de edificações
de suas propriedade deverão garantir que as mesmas sejam Lei específica disporá sobre os processos de interrupção,
ocupadas no prazo máximo de um ano a partir do suspensão e restabelecimento da alíquota progressiva de
recebimento da notificação. que trata o parágrafo anterior, e das penalidades cabíveis
em caso de dolo ou fraude.
A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis,
posterior à data da notificação, transfere as obrigações de Lei específica que regulará o IPTU Progressivo no Tempo
parcelamento, edificação ou utilização previstas, sem será criada em 24 meses, contados a partir da aprovação do
interrupção de quaisquer prazos. Plano Diretor.

No caso de operações urbanas consorciadas, as respectivas É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à
leis deverão determinar regras e prazos específicos para tributação progressiva para fazer cumprir a função social da
aplicação do parcelamento, edificação e utilização propriedade.
compulsória.
O Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no
Os casos de operações urbanas consorciadas que Tempo poderá ser aplicado na ZU1 e na ZU2.
estabeleçam regras e prazos divergentes do estabelecido
pelo plano diretor participativo de Gravatá, estas regras e 2.3.1.1.3. SUBSEÇÃO III - DESAPROPRIAÇÃO COM
prazos deverão ser apreciados pelo Conselho Municipal de PAGAMENTO MEDIANTE TÍTULOS DA
Política Urbana e Ambiental – COMUA, com a finalidade DÍVIDA PÚBLICA
de garantir a função social da propriedade.
Caso a obrigação de parcelar e utilizar não esteja atendida
O Conselho Municipal de Política Urbana e Ambiental – no prazo de cinco anos, o Município manterá a cobrança
COMUA indicará as alterações necessárias sobre as regras pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida
e prazos específicos para aplicação do parcelamento, obrigação, garantida a aplicação da medida da
edificação e utilização compulsória, para a garantia do desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da
cumprimento da função social da propriedade. dívida pública na forma prevista no art. 182 & 4º, inciso III,
da Constituição Federal, em conformidade com a
O Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios, regulamentação do Estatuto da Cidade.
poderá ser aplicado na ZU1 e ZU2.
É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à
2.3.1.1.2. SUBSEÇÃO II - IMPOSTO PREDIAL E tributação progressiva para fazer cumprir a função social da
TERRITORIAL URBANO PROGRESSIVO NO propriedade.
TEMPO
O Município mediante prévia autorização do Senado
Esgotados os prazos para a aplicação do parcelamento, Federal, emitirá títulos da dívida pública, com prazo de
edificação e utilização compulsória, o Município deverá resgate de até dez anos, para pagamento do preço da
dobrar, de forma progressiva, a alíquota do IPTU do desapropriação prevista neste artigo.
exercício anterior até atingir o limite máximo de 15%.
O pagamento será efetuado em dez anos mediante parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.

TEXTO BASE 34
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

O Município procederá ao adequado aproveitamento do da execução das obras do empreendimento, bem como das
imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da obras de uso público.
sua incorporação ao patrimônio público.
O Consórcio Imobiliário poderá ser utilizado dentro dos
Os imóveis desapropriados serão utilizados para a perímetros urbanos de todos os Distritos.
construção de habitações populares ou equipamentos
urbanos, podendo ser alienados a particulares, mediante 2.3.1.3. SEÇÃO III - OUTORGA ONEROSA DO
prévia licitação. DIREITO DE CONSTRUIR

Ficam mantidas para o adquirente de imóvel as mesmas O Poder Executivo Municipal poderá outorgar onerosamente
obrigações de parcelamento ou utilização previstas. o exercício do direito de construir, mediante contrapartida a
ser prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos
No caso de alienação, os recursos obtidos devem ser artigos 28, 30 e 31 da Lei Federal Nº. 10.257/2001 - Estatuto
destinados à promoção de loteamentos e/ou habitações da Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos
populares. definidos neste Plano.

O Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário de A Outorga do Direito de Construir, gratuita ou onerosa,
área atingida por estes instrumentos, a requerimento deste, poderá ser negada caso se verifique possibilidade de
o estabelecimento de Consórcio Imobiliário como forma de impacto não suportável pela infra-estrutura ou o risco de
viabilização financeira do aproveitamento do imóvel. A comprometimento ao meio ambiente.
Prefeitura poderá promover o aproveitamento do imóvel,
direta ou indiretamente, mediante concessão urbanística ou Este instrumento será utilizado, como forma de reverter à
outra forma de contratação, de interesse público. coletividade, a mais valia oriunda dos investimentos
públicos, ou em Operações urbanas consorciadas.
A Desapropriação com Pagamento Mediante Títulos da
Dívida Pública poderá ser aplicado na ZU1 e na ZU2. A outorga onerosa do direito de construir se refere ao
potencial construtivo acrescido, resultante da diferença entre
2.3.1.2. SEÇÃO II - CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO o coeficiente de utilização básico e o coeficiente de
utilização máximo, definidos não quadro síntese dos
Considera-se Consórcio Imobiliário a forma de viabilização parâmetros.
de planos de urbanização ou edificação por meio da qual o
proprietário transfere ao Poder Público Municipal seu imóvel Nas hipóteses de utilização deste instrumento a expedição
e, após a realização das obras, recebe como pagamento, da licença de construção dependerá de comprovação da
unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou quitação da contrapartida financeira exigida para fins da
edificadas. respectiva outorga, sendo que a referida quitação deverá ser
providenciada em até 06 (seis) meses após a aprovação do
O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao projeto inicial ou de reforma.
proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes da
execução das obras. O valor real desta indenização deverá: A contrapartida a ser prestada pelo beneficiário, decorrente
da utilização deste instrumento, corresponderá ao valor do
a. Refletir o valor da base de cálculo do Imposto Predial e metro quadrado de área acrescida. Para efeito de cálculo do
Territorial Urbano, descontado o montante incorporado valor do metro quadrado outorgado onerosamente, toma-se
em função das obras realizadas, direta ou indiretamente, como base o valor venal do metro quadrado definido na
pelo Poder Público, na área onde o mesmo se localiza; planta de valores para efeito de lançamento do IPTU.
e,
b. Excluir do seu cálculo expectativas de ganhos, lucros Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem
cessantes e juros compensatórios. observadas para a outorga onerosa do direito de construir,
determinando:
O Poder Público municipal poderá aplicar o instrumento do
consórcio imobiliário além das situações previstas no Artigo a. A fórmula de cálculo para a cobrança;
46 do Estatuto da Cidade, para viabilizar empreendimentos b. Os casos passíveis de isenção do pagamento da
habitacionais e outras intervenções urbanísticas previstas no outorga.
Plano Diretor.
Os recursos financeiros auferidos com a adoção da outorga
Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por onerosa do direito de construir constituirão receita do Fundo
termo de responsabilidade e participação pactuado entre o Municipal de Desenvolvimento Urbano, e serão aplicados no
proprietário urbano e a Municipalidade, visando à garantia município, conforme o disposto no art. 31 da Lei Nº.
10.257/2001, com as seguintes finalidades:

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PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

a. Regularização fundiária; Os imóveis colocados à venda nas áreas definidas deverão


b. Execução de programas e projetos habitacionais de ser necessariamente oferecidos ao Município, que terá
interesse social; preferência para aquisição.
c. Constituição de reserva fundiária;
d. Ordenamento e direcionamento da expansão urbana; A partir da aprovação da lei específica que delimitará as
e. Implantação de equipamentos urbanos e comunitários; áreas em que incidirá o Direito de Preempção, o Poder
f. Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; Executivo deverá notificar o proprietário do imóvel localizado
g. Criação de unidades de conservação ou proteção de nas áreas delimitadas para o exercício do direito de
outras áreas de interesse ambiental; preferência, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias.
h. Proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou
paisagístico. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o
imóvel para que o município, no prazo máximo de 30 (trinta)
Em caso de estabelecimento de operações urbanas dias manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
consorciadas, a contrapartida poderá ser direcionada para
investimentos da operação, e os critérios de calculo deverão À notificação mencionada será anexada proposta de compra
constar do plano da Operação Urbana em questão, a ser assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da
aprovada por lei específica. qual constarão: preço, condições de pagamento e prazo de
validade.
Lei específica que regulará a Outorga Onerosa do Direito
de Construir será criada em 12 meses, a partir da O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos
aprovação do Plano Diretor. um jornal local ou regional de grande circulação, edital de
aviso da notificação recebida nos termos do caput e da
A Outorga Onerosa do Direito de Construir deverá ser intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta
utilizada na ZU1, ZU2 e ZU3. apresentada.

2.3.1.4. SEÇÃO IV - DIREITO DE PREEMPÇÃO Transcorrido o prazo mencionado no caput sem


manifestação, fica o proprietário autorizado a realizar a
O Poder Público municipal poderá exercer o Direito de alienação para terceiros, nas condições da proposta
Preempção para aquisição de imóvel urbano objeto de apresentada.
alienação onerosa entre particulares, conforme disposto nos
artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal Nº. 10.257/2001 - Estatuto Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado
da Cidade. a apresentar ao Município, no prazo de trinta dias, cópia do
instrumento público de alienação do imóvel.
O Direito de Preempção será exercido, sempre que o Poder
Público necessitar de áreas para: A alienação processada em condições diversas da proposta
apresentada é nula de pleno direito. Ocorrida esta hipótese,
a. Regularização fundiária; o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de
b. Execução de programas e projetos habitacionais de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta
interesse social; apresentada, se este for inferior àquele.
c. Constituição de reserva fundiária;
d. Ordenamento e direcionamento da expansão urbana; Lei Municipal, com base no disposto no Estatuto da Cidade,
e. Implantação de equipamentos urbanos e comunitários; poderá definir outras condições para a aplicação do
f. Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; instrumento.
g. Criação de unidades de conservação ou proteção de
outras áreas de interesse ambiental; e, 2.3.1.5. SEÇÃO V - OPERAÇÃO URBANA
h. Proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou CONSORCIADA
paisagístico.
Considera-se Operação Urbana Consorciada o conjunto de
Será criada Lei municipal que delimitará as áreas intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público
específicas em que incidirá o Direito de Preempção, na ZU1, municipal, com a participação dos proprietários, moradores,
ZU2, ZEIS, e ZEUA, assim como os procedimentos usuários permanentes e investidores privados, com o
administrativos para seu funcionamento. objetivo de alcançar em uma área transformações
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização
Lei municipal que regulará o Direito de Preempção será ambiental, ampliando os espaços públicos, melhorias de
criada em 18 meses, a partir da aprovação do Plano Diretor. infra-estrutura e sistema viário, num determinado perímetro
contínuo ou descontinuado.

As Operações Urbanas Consorciadas têm como finalidades:

TEXTO BASE 36
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

a. Implantação de equipamentos estratégicos para o Os recursos obtidos pelo Poder Público serão aplicados
desenvolvimento urbano; exclusivamente no programa de intervenções, definido na lei
b. Otimização de áreas envolvidas em intervenções de criação da Operação Urbana Consorciada.
urbanísticas de porte e reciclagem de áreas
consideradas subtilizadas; Deverá ser priorizado nas Operações Urbanas Consorciadas
c. Implantação de programas de habitação de interesse o atendimento habitacional às famílias de baixa renda,
social; incluindo os assentamentos precários próximos, para
d. Ampliação e melhoria da rede estrutural de transporte promover a regularização urbanística e fundiária e as áreas
público coletivo; vazias ou imóveis subtilizados para Habitação de Interesse
e. Implantação de espaços públicos; Social, com prioridade para as famílias a serem
f. Valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, reassentadas em função da operação.
arquitetônico, cultural e paisagístico;
g. Melhoria e ampliação da infra-estrutura e da rede viária O poder público municipal poderá definir parâmetros
estrutural; urbanísticos diferenciados para as áreas de Operações
Urbanas Consorciadas.
O Município promoverá e estimulará a viabilização de
operações urbanas consorciadas na ZEUA, a serem As Operações Urbanas Consorciadas se aplicam em todo o
detalhadas em planos específicos. território municipal.

As operações urbanas se fazem necessárias para viabilizar A ZEUA é área prioritária para aplicação das Operações
intervenções urbanísticas de grande porte, que exijam a Urbanas Consorciadas.
cooperação entre o Poder Público, os interesses privados e
da população envolvida, e que possam implicar entre outras 2.3.1.6. SEÇÃO VI - DIREITO DE SUPERFÍCIE
medidas:
O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o
a. A modificação de índices e características do território municipal.
parcelamento, uso e ocupação do solo, bem como
alterações de normas edilícias, considerando o impacto O Poder Público poderá exercer o Direito de Superfície em
ambiental delas decorrentes; e, áreas particulares onde haja carência de equipamentos
b. A regularização de construções, reformas e ampliações públicos e comunitários.
executadas em desacordo com a legislação vigente.
O Poder Público poderá utilizar o Direito de Superfície em
Cada operação consorciada será definida em Lei municipal caráter transitório para remoção temporária de moradores de
específica, contendo o plano de operação urbana núcleos habitacionais de baixa renda, pelo tempo que durar
consorciada, com, no mínimo: as obras de urbanização.

a. Delimitação da área; O Poder Público poderá conceder onerosamente o Direito de


b. Finalidades da operação; Superfície do solo, subsolo ou espaço aéreo nas áreas
c. Programa básico de ocupação e intervenções previstas; públicas integrantes do seu patrimônio, para exploração por
d. Programa de atendimento econômico e social para a parte das concessionárias de serviços públicos.
população diretamente afetada pela operação;
e. Estudo prévio de impacto de vizinhança; O proprietário de terreno poderá conceder ao Município, por
f. Contrapartida a ser exigida dos proprietários, titulares de meio de sua Administração Direta e Indireta, o direito de
aforamento e investidores privados em função dos superfície, nos termos da legislação em vigor, objetivando a
benefícios recebidos; implementação de diretrizes constantes no Plano Diretor.
g. Forma de controle da operação, obrigatoriamente
compartilhado com representação da sociedade civil; O Direito de Superfície se aplica em todo o Território
h. Solução habitacional dentro de seu perímetro ou Municipal.
vizinhança próxima, no caso da necessidade de remover
os moradores de assentamentos ou áreas de 2.3.1.7. SEÇÃO VII - ESTUDO DE IMPACTO DE
urbanização precária em geral; VIZINHANÇA - EIV
i. Garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos
de especial valor cultural e ambiental, protegidos por
tombamento ou lei; e, Os empreendimentos, potenciais ou comprovadamente,
j. Conta ou fundo específico que deverá receber os causadores de impacto, adicionalmente ao cumprimento dos
recursos de contrapartidas financeiras decorrentes dos demais dispositivos previstos na legislação urbanística, terão
benefícios urbanísticos concedidos. sua aprovação condicionada à elaboração e aprovação de

TEXTO BASE 37
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), a ser apreciado e. Aqueles que por sua natureza ou condições requeiram
pelos órgãos competentes da Administração Municipal. análise ou tratamento específico por parte do Poder
Municipal.
São considerados Empreendimentos de impacto, os usos
O Estudo de Impacto de Vizinhança será executado de
públicos ou privados que, potencial ou comprovadamente:
forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da
a. Destinem-se a atividades geradoras de ruídos, poluição
população residente na área e suas proximidades, incluindo
ou odores, que podem causar impacto no ambiente
a análise, no mínimo, das questões previstas no art. 37 da
natural ou construído;
Lei Nº. 10.257/2001 – Estatuto das Cidades:
b. Sejam atratores de tráfego, gerando incômodo à
população residente ou sobrecarregando a capacidade
a. Adensamento populacional;
de atendimento da infra-estrutura básica em especial a
b. Equipamentos urbanos e comunitários;
viária local, seja pela demanda de veículos circulantes
c. Uso e ocupação do solo;
ou de vagas de estacionamento;
d. Valorização imobiliária;
c. Demandem infra-estrutura e oferta de serviços públicos
e. Geração de tráfego e demanda por transporte público;
superiores aos existentes da área;
f. Ventilação e iluminação;
d. Possam alterar as características morfológicas,
g. Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
tipológicas ou ambientais da área onde se pretende
Além do disposto no art. 37 da Lei Nº. 10.257/2001 –
implantá-los.
Estatuto das Cidades, o Estudo do Impacto de Vizinhança
ainda deverá conter:
São enquadrados na categoria de empreendimentos de
impacto, potencial ou comprovado, os seguintes usos e
a. A indicação do tempo estimado para implantação de
atividades:
todas as etapas do empreendimento, quando o mesmo
for objeto de notificação para promoção de
a. Usos geradores de ruídos, poluição e odores:
Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios;
b. Definição das medidas mitigadoras dos impactos
ƒ Casas de show, teatro, bares e outros usos
negativos, bem como das medidas potencializadoras
semelhantes, localizados em áreas onde
dos impactos positivos;
predominam o uso residencial;
c. A potencialidade de concentração de atividades
ƒ Aterros sanitários, usinas de reciclagem de resíduos
similares na área;
sólidos e outros usos semelhantes.
d. O seu potencial indutor de desenvolvimento e o seu
caráter estruturante no município.
b. Usos que demandem estacionamentos, atração de
fluxos de veículos, carga e descarga e/ou interfiram no
Os órgãos competentes da Prefeitura poderão definir outros
sistema viário:
tipos de estudos, caso a situação assim o exigir.
ƒ Centros comerciais, Centrais de Carga, Centrais de
O Poder Executivo, baseado no Estudo de Impacto de
Abastecimento e outros usos semelhantes;
Vizinhança, poderá negar autorização para realização do
ƒ Serviços automotivos e outros usos semelhantes;
empreendimento ou exigir do empreendedor, às suas
ƒ Serviços de educação e saúde e outros
expensas, as medidas atenuadoras e compensatórias
semelhantes;
relativas aos impactos previsíveis decorrentes da
ƒ Terminais de Transportes de passageiros e de carga
implantação da atividade.
e outros usos semelhantes;
ƒ Lazer ou esporte e outros usos semelhantes.
O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar
c. Usos que demandem infra-estrutura e oferta de serviços impactos negativos a serem gerados pelo empreendimento,
públicos: deverá solicitar como condição para aprovação do projeto
alterações e complementações no mesmo, bem como a
ƒ Condomínios residenciais, horizontais ou verticais, execução de obras e serviços necessários à minimização
de que resulte forte adensamento populacional. dos impactos decorrentes da implantação do
empreendimento, tais como:
d. Usos que possam alterar as características
a. Ampliação das redes de infra-estrutura urbana;
morfológicas, tipológicas ou ambientais:
b. Área de terreno ou área edificada para instalação de
equipamentos comunitários em percentual compatível
ƒ Atividades industriais, de exploração mineral e
com o necessário para o atendimento da demanda a ser
outras semelhantes.
gerada pelo empreendimento;

TEXTO BASE 38
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

c. Ampliação e adequação do sistema viário, faixas de instrumentos jurídicos e urbanísticos na promoção do


desaceleração, ponto de ônibus, faixa de pedestres, desenvolvimento urbano e do ordenamento territorial.
semaforização;
d. Proteção de acústica, uso de filtros e outros 2.3.2.1. SEÇÃO I – INCENTIVO FISCAL
procedimentos que minimizem incômodos da atividade;
e. Manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos Poderão ser atribuídos incentivos fiscais como mecanismo
arquitetônicos ou naturais considerados de interesse compensatório para regulação do uso e ocupação do solo
paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como na(s):
recuperação ambiental da área;
f. Cotas de emprego e cursos de capacitação profissional, a. Zona Especial de Equilíbrio Urbano e Ambiental – ZEUA,
entre outros; como forma de estímulo à conservação de
g. Percentual de habitação de interesse social no características ambientais de interesse coletivo, e
empreendimento; e, imóveis de relevante valor histórico-cultural;
h. Possibilidade de construção de equipamentos sociais b. Zonas Especiais de Dinamização Econômica, como
em outras áreas da cidade. forma de estímulo à implantação de atividades
econômicas, geradoras de trabalho emprego e renda;
As exigências previstas deverão ser proporcionais ao porte e c. Áreas em que haja interesse do poder público em
ao impacto do empreendimento. ampliar os passeios públicos, por meio da manutenção
de recuos de alinhamento maiores do que os previstos
A aprovação do empreendimento ficará condicionada à para a zona da área de interesse;
assinatura de Termo de Compromisso pelo interessado, em d. Áreas em que haja o interesse de dinamização
que este se compromete a arcar integralmente com as econômica.
despesas decorrentes das obras e serviços necessários à
minimização dos impactos decorrentes da implantação do 2.3.2.2. SEÇÃO II - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
empreendimento e demais exigências apontadas pelo Poder
Executivo Municipal, antes da finalização do A CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA corresponde a um
empreendimento. instrumento urbanístico-tributário, onde o proprietário de
imóvel da Zona Urbana 3 (ZU3), em face de um investimento
O Certificado de Conclusão da Obra ou o Alvará de realizado pelo poder público, em obras de infra-estrutura
Funcionamento só serão emitidos mediante comprovação da urbana, de onde resulte uma valorização imobiliária, paga ao
conclusão das obras previstas no parágrafo anterior. poder público pelos custos da mesma. Dessa maneira, esta
contribuição tem como limite os custos da despesa realizada
A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental e o acréscimo de valor que da obra resultar para cada
requerido nos termos da legislação ambiental. imóvel beneficiado.
Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, Este instrumento (Contribuição de Melhoria) é citado pelo
que ficarão disponíveis para consulta, no órgão municipal Estatuto das Cidades, mas é um tributo que está presente
competente, por qualquer interessado, assim como, serão nas Constituições brasileiras, desde 1934, com exceção à
fornecidas cópias do referido Estudo, quando solicitadas Constituição de 1937. A Constituição Federal de 1988
pelos moradores da área afetada ou suas associações. faculta ao município a cobrança de uma "contribuição de
melhoria decorrente de obras públicas" no inciso III do Artigo
O órgão público responsável pelo exame do EIV deverá 145. O Decreto-Lei nº. 195 de 1967, Legislação que trata do
realizar audiência pública, antes da decisão sobre o projeto, assunto específico da Contribuição de Melhoria diz, em seu
sempre que sugerida, na forma da lei, pelos moradores da Artigo 2º que, o fato gerador do referido tributo será é a
área afetada ou suas associações. valorização do imóvel de propriedade privada em virtude de
obras públicas como pavimentação, arborização, iluminação
O EIV será exigido para os empreendimentos, potenciais ou e vários outros tipos de melhoramentos públicos. A
comprovadamente, causadores de impacto, no momento da Legislação vigente é bastante exigente quanto ao uso da
implantação ou na renovação da licença de funcionamento cobrança da contribuição de melhoria.
dos empreendimentos localizados dentro do perímetro
urbano do distrito sede e dos demais distritos. O Código Tributário Nacional (CTN) exige, em seu Artigo 5º,
que, para a cobrança da contribuição de melhoria a
2.3.2. CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS administração competente (União, Estados ou Municípios)
TRIBUTÁRIOS E FINANCEIROS deverá publicar edital contendo uma série de elementos,
dentre os quais se destacam:
Os Instrumentos Tributários e Financeiros devem ser
utilizados como instrumentos complementares aos a. Memorial descritivo do projeto;

TEXTO BASE 39
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

b. Orçamento do custo da obra; 3. PARTE 3 – PLANEJAMENTO E GESTÃO DA


c. Determinação da parcela do custo da obra a ser POLÍTICA URBANO E AMBIENTAL
financiada pela contribuição de melhoria;
d. Delimitação da zona beneficiada; e. 3.1. TÍTULO V - PLANEJAMENTO E GESTÃO DA
e. Determinação do fator de absorção do benefício da POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL
valorização para toda a zona ou para cada uma das
áreas diferenciadas, nela contidas. 3.1.1. CAPÍTULO I - DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE
A mesma Lei ainda, em seu artigo 6º concede ao DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL
contribuinte o prazo de 30 dias para impugnar qualquer
elemento constante do edital. A Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental de Gravatá deverá ser norteada e monitorada por
Em Gravatá este instrumento poderá ser utilizado, sobretudo um processo de gestão que considere a pactuação e co-
nas áreas de urbanização recente, onde inexistiam responsabilidade, garantindo a transparência e a legitimação
quaisquer redes de infra-estrutura urbana (pavimentação, na implantação das propostas.
drenagem pluvial, abastecimento d’água, fornecimento de
energia elétrica, transporte, coleta de lixo e limpeza urbana, A Gestão e Monitoramento da Política Municipal de
entre outros) e que, portanto, para atender as novas, exigem Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Gravatá dar-se-á
maiores investimentos ao poder público municipal. dentro das prerrogativas da democracia representativa e
participativa, envolvendo o poder público municipal e a
QUADRO SÍNTESE DE APLICAÇÃO DOS sociedade civil através de um processo permanente de
INSTRUMENTOS negociação, na perspectiva do desenvolvimento urbano e do
equilíbrio ambiental do município de Gravatá.
ZONAS
INSTRUMENTOS 3.1.1.1. SEÇÃO I - DIRETRIZES
ZU1 ZU2 ZU3 ZEIS ZEDE ZEUA
PARCELAMENTO,
EDIFICAÇÃO OU São Diretrizes da Gestão e Monitoramento da Política de
UTILIZAÇÃO Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Gravatá:
COMPULSÓRIOS
IMPOSTO PREDIAL E a. Desenvolvimento e fortalecimento institucional para
TERRITORIAL URBANO gestão desta política;
PROGRESSIVO NO
TEMPO b. Implantação de um modelo de gestão urbana e
ambiental compartilhada a partir da criação de um
DESAPROPRIAÇÃO
COM PAGAMENTO
modelo participativo composto por Conselho Municipal e
MEDIANTE TÍTULOS DA outros instrumentos e esferas de democratização;
DÍVIDA PÚBLICA Fundos Municipais de fomento da política; Sistema
Municipal de Informações;
CONSÓRCIO c. Fortalecimento institucional através da instituição e
IMOBILIÁRIO
efetiva aplicação dos instrumentos de regulação
OUTORGA ONEROSA urbanística, jurídica e tributária, regulamentados no
DO DIREITO DE
CONSTRUIR
Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001) e deste
Plano Diretor;
DIREITO DE
d. Elaboração e/ou atualização da legislação municipal de
PREEMPÇÃO
regulação urbano-ambiental;
OPERAÇÃO URBANA e. Estabelecimento de um processo permanente e
CONSORCIADA continuado de capacitação dos técnicos municipais e da
sociedade civil; e,
DIREITO DE
SUPERFÍCIE f. Compatibilização da estrutura administrativa do
executivo municipal, para atender ao conteúdo
ESTUDO DE IMPACTO estabelecido neste Plano Diretor.
DE VIZINHANÇA
3.1.1.2. SEÇÃO II - OBJETIVOS
INCENTIVO FISCAL

CONTRIBUIÇÃO DE São objetivos da Política de Gestão e Monitoramento da


MELHORIA Política Urbano-Ambiental:
CONCESSÃO DO
DIREITO REAL DE USO a. Fortalecer a gestão desta política a partir da
(CDRU) estruturação de um órgão municipal, concentrando as

TEXTO BASE 40
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

atribuições de planejamento, execução e b. Implantar uma instância de gestão urbana e ambiental


monitoramento; compartilhada, com a participação efetiva do poder
b. Dispor de instrumentos legais para garantir o público municipal e da sociedade civil organizada;
fortalecimento institucional na regulação urbana e o c. Fortalecer os existentes e criar novos canais de
financiamento da política de desenvolvimento urbano e participação da sociedade na gestão da política urbano-
ambiental; ambiental;
c. Garantir o efetivo cumprimento das funções sociais da d. Garantir eficácia da gestão, fortalecendo a execução das
cidade e da propriedade urbana; ações para a melhoria da qualidade de vida da
d. Estabelecer os parâmetros urbanísticos e ambientais população gravataense;
municipais orientados para garantir o pleno e. Garantir a informação e a capacitação permanente dos
desenvolvimento das funções urbanas com inclusão atores sociais para fomentar e fortalecer a participação
sócio-econômica e com qualificação urbano-ambiental, popular;
para cada zona do município; f. Implantar fundos de fomento para execução dos
e. Instituir os instrumentos e esferas de participação da programas, projetos e ações da política de
sociedade civil organizada, para garantir o efetivo desenvolvimento urbano e ambiental do município; e,
controle social na formulação, implantação e g. Implantar um sistema de informações urbanas para dar
acompanhamento dos programas, projetos e ações da suporte à formulação e garantia do processo
política de desenvolvimento urbano e ambiental do permanente e sistemático das ações da política urbana e
município; ambiental.
f. Estabelecer na Política Municipal de Desenvolvimento
Urbano e ambiental a implantação de um fundo O Sistema de Planejamento e Gestão será composto e
municipal de fomento da política para viabilizar a articulado por:
execução dos programas, projetos e ações, assim como
um sistema de Informações para dar suporte à a. Órgão Municipal responsável pela gestão da política;
formulação e acompanhamento dos mesmos; b. Conselho Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente;
g. Garantir o nivelamento e apropriação sobre a dinâmica c. Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio
do crescimento da cidade em todos os aspectos; e, Ambiente;
h. Reestruturar administrativamente a gestão municipal d. Câmaras Técnicas;
para garantir a execução da Política Municipal de e. Fóruns Regionais;
Desenvolvimento Urbano e Ambiental estabelecida f. Fóruns Temáticos; e.
neste Plano Diretor Participativo e nas leis g. Sistema Municipal de Informações Urbanas e
complementares. Ambientais - SUA.

3.1.2. CAPÍTULO II - SISTEMA MUNICIPAL DE 3.1.2.2. SEÇÃO II - DO ÓRGÃO MUNICIPAL


PLANEJAMENTO E GESTÃO
O município estruturará um órgão municipal responsável
O Planejamento e Gestão da Política Municipal de pela gestão da política municipal de desenvolvimento urbano
Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Gravatá serão e ambiental, a partir das medidas:
executados por um Sistema Municipal composto por:
a. Concentrar as atribuições de licenciamento e controle
a. Órgão municipal responsável pela execução da política urbano e ambiental; planejamento urbano e ambiental;
de desenvolvimento urbano e ambiental; planejamento e gestão da política de saneamento
b. Instâncias de gestão participativa, considerando o ambiental integrado e meio ambiente; planejamento e
recorte institucional, a dinâmica da organização sócio- gestão da política de habitação e regularização fundiária;
política e a dinâmica sócio-econômica do município, de e planejamento e gestão da política de Mobilidade
forma a respeitar a autonomia municipal, o controle urbana;
social e o planejamento e gestão urbano-ambiental b. Formação de quadros técnicos municipais nas áreas de
dinâmico e contínuo. interesse da política de desenvolvimento urbano e
ambiental;
3.1.2.1. SEÇÃO I - OBJETIVOS c. Execução de programas de capacitação e
Desenvolvimento Institucional para a execução da
São objetivos do Sistema Municipal de Planejamento e política municipal de desenvolvimento urbano e
Gestão: ambiental.

a. Estruturar um Órgão Municipal, que concentrará as


atribuições de planejamento, monitoramento e execução
da política municipal de desenvolvimento urbano e
ambiental;

TEXTO BASE 41
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

3.1.2.3. SEÇÃO III - DO CONSELHO MUNICIPAL DE Ato do Poder Executivo Municipal definirá os representantes
POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL - COMUA e regulamento que constará no mínimo de:

São suas atribuições: a. Detalhamento de suas atribuições;


b. Ratificação do número e qualificação de seus
representantes;
a. Apreciar e deliberar sobre Planos, Programas, Leis c. Forma de indicação e eleição dos representantes e
Específicas e demais instrumentos de implementação do respectivos suplentes; e,
Plano Diretor Participativo de Gravatá - PDPG; d. Estrutura de funcionamento.
b. Estabelecer as diretrizes da política e das ações do
Município na questão do meio ambiente; 3.1.2.3.1. SUBSEÇÃO I - CÂMARAS TÉCNICAS
c. Acompanhar, avaliar e propor ajustes dos Planos, leis e
regulações ambientais, bem como, propor alterações na O COMUA poderá instituir Câmaras Técnicas para auxiliar
legislação ambiental visando adequá-la à realidade tecnicamente nas suas deliberações.
sócio-econômica do Município; e,
d. Estabelecer as normas e os padrões de proteção, As Câmaras Técnicas poderão serão compostas por
conservação, melhoria ou manutenção da qualidade representantes do COMUA e por técnicos de órgãos das
ambiental para o Município de Gravatá, observadas as três esferas de poder, e têm natureza consultiva:
legislações federal, estadual e municipal;
e. Apreciar e opinar sobre as propostas do Plano Plurianual 3.1.2.4. SEÇÃO IV - FÓRUNS REGIONAIS E FÓRUNS
(PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) quanto aos TEMÁTICOS
recursos consignados para execução das estratégias
estabelecidas no Plano Diretor Participativo de Gravatá -
O COMUA poderá instituir Fóruns Regionais e Fóruns
PDPG e propor mudanças para atender sua execução;
Temáticos como esferas de discussão para o planejamento
f. Acompanhar e avaliar a execução financeira
e monitoramento de programas e projetos estratégicos em
orçamentária municipal relacionada às estratégias e
territórios específicos do município ou sobre temas
prioridades estabelecidas no Plano Diretor Participativo
específicos.
de Gravatá - PDPG;
g. Convocar, organizar e coordenar Conferências e
A instituição de Fóruns Regionais ou Fóruns Temáticos, pelo
assembléias nos assuntos de política urbana,
COMUA, deverá prever:
especialmente de habitação, regularização fundiária,
trânsito, transporte e mobilidade;
a. A composição;
h. Propor a realização de audiências públicas, na forma da
b. As atribuições;
lei pertinente, visando à participação da comunidade nos
c. A temporalidade; e,
processos de instalação de atividades potencialmente
d. O modelo de gestão.
degradados do meio ambiente;
i. Gerir recursos advindos dos instrumentos de política
3.1.2.5. SEÇÃO V - DO FUNDO MUNICIPAL DE
urbana e do Fundo Municipal de Política Urbana e Meio
POLÍTICA URBANA E MEIO AMBIENTE –
Ambiente;
FPMA-GRAVATÁ
j. Gerir os recursos do Fundo Nacional de Habitação de
Interesse Social;
k. Solicitar informações aos órgãos públicos e convocar, O Fundo Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente –
quando necessário, autoridades administrativas da FPMA objetiva fomentar programas e projetos de melhoria
municipalidade para prestar informações e da qualidade urbana e do meio ambiente no Município.
esclarecimentos nas sessões de controle,
acompanhamento e avaliação da Gestão do Plano Constituem recursos do FPMA:
Diretor Participativo de Gravatá;
l. Propor normas e critérios complementares visando à a. Receitas provenientes da aplicação dos instrumentos
adequação dos sistemas de fiscalização e licenciamento urbanísticos, tributários e financeiros;
das atividades poluidoras, a cargo do Município. b. Recursos próprios do Município;
c. Transferências intergovernamentais;
O Conselho de Política Urbana e Ambiental - COMUA será d. Transferência do Fundo Nacional de Habitação de
composto por 09 (nove) membros, sendo 04 (quatro) Interesse Social conforme Lei Federal 11.124/2005 e de
representantes do executivo Municipal, 01 representante do outros fundos;
Legislativo Municipal e 04 representantes da sociedade civil e. Transferências de instituições privadas;
organizada. f. Transferências do exterior;
g. Transferências de pessoa física;
h. Rendas provenientes da aplicação financeira dos seus
recursos próprios;

TEXTO BASE 42
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

i. Doações; e a. Planejamento Regionalizado e/ou Temático para a


j. Outras receitas que lhe sejam destinadas por lei. definição de estratégias, programas, projetos e ações da
política municipal de desenvolvimento urbano e
ambiental;
O Conselho de Política Urbana e Ambiental – COMUA
b. Monitoramento e controle social na análise e deliberação
desempenhará a função de Gestor dos recursos destinados
sobre os processos de produção da cidade e sobre a
a Habitação de Interesse Social.
aplicação de instrumentos urbanísticos, jurídicos e
tributários;
c. Gerenciamento do Plano Diretor Participativo de Gravatá
3.1.2.6. SEÇÃO VI - DO SISTEMA MUNICIPAL DE – PDPG e dos programas e projetos que dão suporte a
INFORMAÇÕES URBANAS E AMBIENTAIS – sua efetiva execução.
SUA
De acordo com os princípios fundamentais da Constituição
O Sistema tem como objetivo fornecer informações para Federal e diretrizes do Estatuto da Cidade, o Plano Diretor
planejamento, monitoramento, implementação e avaliação assegura a participação da população em todas as fases do
das políticas urbanas e ambientais, subsidiando a tomada de processo de gestão democrática da política urbana, na
decisões para sua gestão e do Plano Diretor Participativo de perspectiva da formulação, implementação, gestão
Gravatá - PDPG. participativa, fiscalização e controle social, mediante as
seguintes instrumentos:
3.1.2.6.1. SUBSEÇÃO I – DIRETRIZES
a. Conferência Municipal de Política Urbana e Ambiental
O Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais (Conferência da Cidade);
adotará as seguintes diretrizes: b. Conferências setoriais, sobretudo àquelas cujas
temáticas tenham relação com a questão urbana;
a. Adoção de unidade territorial básica de planejamento e c. Audiências públicas;
de tomadas de decisões, conforme mapa anexo d. Iniciativa popular de projetos de lei, de planos,
integrante desse Plano; programas e projetos de desenvolvimento urbano.
b. Atendimento aos princípios da simplificação,
economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança, 3.1.3.1. SEÇÃO I - CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE
evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL -
fins idênticos; (CONFERÊNCIA DA CIDADE)
c. Disponibilização das informações para toda população,
por todos os meios legais e possíveis; Deve ser realizada ordinariamente, em consonância com as
d. Publicidade a todos os documentos e informações diretrizes estabelecidas neste Plano, assim como
produzidos no processo de elaboração, revisão, concatenada com às das Conferências Estadual e Nacional
aperfeiçoamento do Plano Diretor, de planos, programas das Cidades, isto é, a cada três anos e garantir a
e projetos setoriais, regionais, locais e específicos participação da sociedade organizada. Tem como objetivo
ligados ao desenvolvimento urbano, bem como no avaliar a implementação do Plano Diretor e discutir e
controle e fiscalização de sua implementação, a fim de deliberar sobre outras questões a respeito da política
assegurar o conhecimento dos respectivos conteúdos à urbana. A Conferência deverá, dentre outras atribuições:
população, devendo ainda disponibilizá-las a qualquer
munícipe que requisitá-la por petição simples, a. Deliberar sobre as temáticas locais e àquelas
ressalvadas as situações em que o sigilo seja recomendadas pelos Conselhos Estadual e Nacional das
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; Cidades;
e. Articulação com outros sistemas de informação e bases b. Apreciar as diretrizes da política urbana do Município;
de dados, municipais, estaduais, nacionais e c. Debater os relatórios anuais de gestão da política
internacionais, existentes em órgãos públicos e em urbana, apresentando criticas e sugestões;
entidades privadas; d. Sugerir ao Executivo adequações nas ações
f. Incorporação de tecnologias e sistemas apropriados estratégicas destinadas a implementação dos objetivos,
para a melhoria da produtividade e segurança do diretrizes, planos programas e projetos;
Sistema Municipal de Informações Urbanas e e. Deliberar sobre plano de trabalho para o biênio seguinte;
Ambientais - SUA. f. Sugerir propostas de alteração da Lei do Plano Diretor, a
serem consideradas no momento de sua modificação ou
3.1.3. CAPÍTULO III - DA OPERACIONALIZAÇÃO DO revisão.
SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
3.1.3.2. SEÇÃO II - FÓRUM DE CONSELHOS
O Sistema de Planejamento e Gestão desenvolver-se-á MUNICIPAIS DE POLÍTICAS PÚBLICAS
dentro das seguintes linhas de ações:

TEXTO BASE 43
PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ
RELATÓRIO FINAL

O Fórum será uma instância consultiva, com a função de


promover articulação e integração das políticas públicas,
devendo para tanto, aglutinar todos os Conselhos de
Políticas Públicas e Comitês Gestores, instituídos no âmbito
do município.
A sua composição será equânime com representantes
titulares e suplentes indicados pelos respectivos conselhos.
A plenária de instalação do Fórum indicará sua agenda de
trabalho, normas internas de funcionamento e coordenação
executiva.

O executivo municipal desempenhará o papel no processo


de gestão da política urbano-ambiental de:

I. Garantidor e Incentivador do processo de gestão


democrática do desenvolvimento urbano, na
perspectiva da formulação, implementação, gestão
participativa, fiscalização e controle social;
II. Articulador e coordenador, em assuntos de sua
competência, da ação dos órgãos públicos
federais, estaduais e municipais; e,
III. Coordenador do processo de formulação de
planos, programas e projetos para o
desenvolvimento urbano.

TEXTO BASE 44
ANEXO II - PROJETO DE LEI

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ


PROJETO DE LEI
SUMÁRIO

TÍTULO I............................................................................................................................................. 5
DISPOSIÇÕES GERAIS ....................................................................................................................................... 5

TÍTULO II............................................................................................................................................ 5
DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
URBANO E AMBIENTAL ..................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO I.................................................................................................................................................... 5
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL ..... 5
Seção I ................................................................................................................................................. 6
Da Função Social da Cidade ................................................................................................................... 6
Seção II................................................................................................................................................. 6
Da Função Social da Propriedade............................................................................................................ 6
Seção III................................................................................................................................................ 6
Da Gestão Democrática e Participativa .................................................................................................... 6
Seção IV ............................................................................................................................................... 6
Do Desenvolvimento Sustentável............................................................................................................. 6
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................... 7
DAS DIRETRIZES E DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO E
AMBIENTAL............................................................................................................................................... 7

TÍTULO III........................................................................................................................................... 8
DA ESTRUTURAÇÃO URBANA E DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL ................................................................... 8
CAPÍTULO I.................................................................................................................................................... 8
DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS ............................................................................................................... 8
Seção I ................................................................................................................................................. 9
Das Atividades Industriais, Comerciais, de Serviços e da Agropecuária....................................................... 9
Seção II................................................................................................................................................. 9
Do Turismo, Cultura e Lazer.................................................................................................................... 9
Seção III.............................................................................................................................................. 10
Dos Projetos Estruturadores.................................................................................................................. 10
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................. 10
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.......................................................... 10
Seção I ............................................................................................................................................... 10
Dos Princípios ..................................................................................................................................... 10
Seção II............................................................................................................................................... 11
Das Diretrizes ...................................................................................................................................... 11
Seção III.............................................................................................................................................. 11
Dos Objetivos ...................................................................................................................................... 11
Seção IV ............................................................................................................................................. 12
Dos Instrumentos ................................................................................................................................. 12
Subseção I ..................................................................................................................................... 12
Das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS ................................................................................ 12
Subseção II..................................................................................................................................... 13
Do Cadastro Municipal de Habitação................................................................................................. 13
Subseção III.................................................................................................................................... 13
Da Concessão de Direito Real de Uso............................................................................................... 13
Subseção IV ................................................................................................................................... 14

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 1


PROJETO DE LEI
Da Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia ........................................................................ 14
Subseção V .................................................................................................................................... 14
Da Usucapião Especial de Imóvel Urbano ......................................................................................... 14
Subseção VI ................................................................................................................................... 15
Do Plano de Regularização Urbanística e Jurídico-Fundiária das Zonas Especiais de Interesse Social -
PREZEIS........................................................................................................................................ 15
CAPÍTULO III ................................................................................................................................................ 16
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE ........................................................................................ 16
Seção I ............................................................................................................................................... 16
Das Diretrizes ...................................................................................................................................... 16
Seção II............................................................................................................................................... 17
Dos Objetivos ...................................................................................................................................... 17
Seção III.............................................................................................................................................. 19
Dos Instrumentos ................................................................................................................................. 19
Subseção I ..................................................................................................................................... 19
Do Sistema Municipal de Unidades de Conservação - SISMUC ........................................................... 19
Subseção II..................................................................................................................................... 20
Do Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais – SUA.................................................... 20
Subseção III.................................................................................................................................... 20
Do Licenciamento Ambiental ............................................................................................................ 20
CAPÍTULO IV................................................................................................................................................ 21
DA MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE MUNICIPAL .................................................................................... 21
Seção I ............................................................................................................................................... 22
Das Diretrizes ...................................................................................................................................... 22
Seção II............................................................................................................................................... 22
Dos Objetivos ...................................................................................................................................... 22
Seção III.............................................................................................................................................. 23
Do Plano de Mobilidade Municipal ......................................................................................................... 23
Seção IV ............................................................................................................................................. 24
Do Sistema Viário Municipal.................................................................................................................. 24

TÍTULO IV ........................................................................................................................................ 24
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL .................................................................................................................. 24
CAPÍTULO I.................................................................................................................................................. 24
DAS DIRETRIZES DO ORDENAMENTO TERRITORIAL ............................................................................. 24
Seção I ............................................................................................................................................... 25
Do Macrozoneamento .......................................................................................................................... 25
Subseção I ..................................................................................................................................... 25
Da Macrozona Rural – MZR ............................................................................................................. 25
Subseção II..................................................................................................................................... 26
Da Macrozona Urbana - MZU ........................................................................................................... 26
Seção II............................................................................................................................................... 26
Do Zoneamento Rural .......................................................................................................................... 26
Subseção I ..................................................................................................................................... 26
Da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe - ZRC................................................................. 26
Subseção II..................................................................................................................................... 27
Da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca – ZRI ...................................................................... 27
Subseção III.................................................................................................................................... 28
Da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém – ZRS ................................................................ 28
Seção III.............................................................................................................................................. 28
Do Zoneamento Urbano........................................................................................................................ 28
Subseção I ..................................................................................................................................... 29
Da Zona Urbana 1 – ZU1 ................................................................................................................. 29
Subseção II..................................................................................................................................... 30
Da Zona Urbana 2 – ZU2 ................................................................................................................. 30

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 2


PROJETO DE LEI
Subseção III.................................................................................................................................... 32
Da Zona Urbana 3 – ZU3 ................................................................................................................. 32
Seção IV ............................................................................................................................................. 32
Do Zoneamento Especial ...................................................................................................................... 32
Subseção I ..................................................................................................................................... 32
Da Zona Especial de Interesse Agroecológico – ZEIA......................................................................... 32
Subseção II..................................................................................................................................... 33
Da Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental - ZEUA .................................................................. 33
Subseção III.................................................................................................................................... 36
Das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS ................................................................................ 36
Subseção IV ................................................................................................................................... 37
Da Zona Especial de Dinamização Econômica - ZEDE ....................................................................... 37
Subseção V .................................................................................................................................... 38
Dos Espaços Públicos de Amenização Ambiental – EPAA .................................................................. 38
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................. 39
DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ............................................................................... 39
Seção I ............................................................................................................................................... 39
Das Disposições Preliminares ............................................................................................................... 39
Seção II............................................................................................................................................... 39
Dos Usos ............................................................................................................................................ 39
Seção III.............................................................................................................................................. 40
Dos Parâmetros de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo ................................................................... 40
Subseção I ..................................................................................................................................... 40
Do Parcelamento do Solo................................................................................................................. 40
Subseção II..................................................................................................................................... 40
Do Uso e Ocupação do Solo ............................................................................................................ 40
Seção IV ............................................................................................................................................. 42
Dos Usos e Atividades Geradores de Incomodidade................................................................................ 42
Seção V .............................................................................................................................................. 42
Das Normas Técnicas e dos Procedimentos Administrativos para Aprovação de Loteamento e
Desmembramento................................................................................................................................ 42
Subseção I ..................................................................................................................................... 42
Das Normas Técnicas...................................................................................................................... 42
Subseção II..................................................................................................................................... 44
Dos Procedimentos Administrativos para Aprovação de Projeto de Loteamento .................................... 44
Subseção III.................................................................................................................................... 47
Dos Procedimentos Administrativos para Aprovação de do Projeto de Desmembramento ...................... 47

TÍTULO V ......................................................................................................................................... 47
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL ........................................................................... 47
CAPÍTULO I.................................................................................................................................................. 47
DOS INSTRUMENTOS JURÍDICOS E URBANÍSTICOS .............................................................................. 47
Seção I ............................................................................................................................................... 47
Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios ........................................................................ 47
Seção II............................................................................................................................................... 49
Do Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no Tempo ................................................................ 49
Seção III.............................................................................................................................................. 49
Da Desapropriação com Pagamento Mediante Títulos da Dívida Pública................................................... 49
Seção IV ............................................................................................................................................. 50
Do Consórcio Imobiliário ....................................................................................................................... 50
Seção V .............................................................................................................................................. 50
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir........................................................................................... 50
Seção VI ............................................................................................................................................. 51
Do Direito de Preferência ...................................................................................................................... 51
Seção VII ............................................................................................................................................ 52

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 3


PROJETO DE LEI
Da Operação Urbana Consorciada ........................................................................................................ 52
Seção VIII ........................................................................................................................................... 54
Do Direito de Superfície ........................................................................................................................ 54
Seção IX ............................................................................................................................................. 54
Do Estudo de Impacto de Vizinhança ..................................................................................................... 54
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................. 57
DOS INSTRUMENTOS TRIBUTÁRIOS E FINANCEIROS ............................................................................ 57
Seção I ............................................................................................................................................... 57
Do Incentivo Fiscal ............................................................................................................................... 57
Seção II............................................................................................................................................... 57
Da Contribuição de Melhoria ................................................................................................................. 57

TÍTULO VI ........................................................................................................................................ 58
DO PLANEJAMENTO E GESTÃO DA POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL .......................................................... 58
CAPÍTULO I.................................................................................................................................................. 58
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL 58
Seção I ............................................................................................................................................... 58
Das Diretrizes ...................................................................................................................................... 58
Seção II............................................................................................................................................... 58
Dos Objetivos ...................................................................................................................................... 58
CAPÍTULO II ................................................................................................................................................. 59
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ...................................................................... 59
Seção I ............................................................................................................................................... 60
Dos Objetivos ...................................................................................................................................... 60
Seção II............................................................................................................................................... 60
Do Órgão Municipal.............................................................................................................................. 60
Seção III.............................................................................................................................................. 61
Do Conselho Municipal de Política Urbana e Ambiental - COMUA ............................................................ 61
Seção IV ............................................................................................................................................. 62
Das Câmaras Técnicas......................................................................................................................... 62
Seção V .............................................................................................................................................. 62
Dos Fóruns Regionais e Temáticos........................................................................................................ 62
Seção VI ............................................................................................................................................. 62
Do Fundo Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente – FPMA............................................................ 62
Seção VII ............................................................................................................................................ 63
Do Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais – SUA ........................................................ 63
CAPÍTULO III ................................................................................................................................................ 63
DA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ............................................... 63
Seção I ............................................................................................................................................... 64
Da Conferência Municipal de Política Urbana e Ambiental - Conferência da Cidade ................................... 64
Seção II............................................................................................................................................... 65
Do Fórum de Conselhos Municipais de Políticas Públicas ........................................................................ 65

TÍTULO VII ....................................................................................................................................... 65


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS................................................................................................... 65

ANEXOS........................................................................................................................................... 67

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 4


PROJETO DE LEI
Projeto de Lei nº _____, de ___. ___.2006.

Institui o Plano Diretor Participativo do Município de Gravatá


e dá outras providências.

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Fica instituído, nos termos desta Lei, o Plano Diretor do Município de Gravatá, em cumprimento às
disposições do Art. 182, § 1º da Constituição Federal, do Capítulo III da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho
de 2001 e da Lei Orgânica Municipal.

Art. 2º. O Plano Diretor Participativo é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão
urbana e integra o processo de planejamento e gestão do municipal.

§ 1°. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporarão e observarão as


diretrizes e prioridades estabelecidas nesta lei.

§ 2º Os programas, projetos e ações do governo municipal deverão obedecer aos objetivos e diretrizes
estabelecidos no Plano Diretor Participativo do Município.

§ 3°. O processo de planejamento municipal deverá considerar também os planos nacionais, regionais e
estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.

Art. 3°. O Plano Diretor Participativo abrange a totalidade do território do Município de Gravatá.

TÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE


DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL

CAPÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL

Art. 4º. A Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental e ambiental observará os seguintes
princípios:

I – função social da cidade;

II – função social da propriedade;

III – gestão Democrática e Participativa;

IV – desenvolvimento Sustentável.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 5


PROJETO DE LEI
Seção I

Da Função Social da Cidade

Art. 5º. A função social da cidade de Gravatá corresponde ao direito de todos os cidadãos ao acesso à terra
urbana, moradia, saneamento ambiental, transporte, saúde, educação, assistência social, lazer, trabalho e
renda, bem como aos espaços públicos, equipamentos e serviços urbanos, ao patrimônio ambiental e cultural
da cidade.

Seção II

Da Função Social da Propriedade

Art. 6º. A propriedade urbana cumpre sua função social quando é utilizada para:

I - habitação, especialmente de interesse social;

II - atividades econômicas geradoras de emprego e renda;

III - proteção do ambiente urbano e natural;

IV - preservação e conservação do patrimônio histórico e cultural.

Parágrafo único. A função social da propriedade urbana, elemento constitutivo do direito de propriedade,
deverá ainda atender às diretrizes previstas no art. 2º da Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001.

Seção III

Da Gestão Democrática e Participativa

Art. 7º. A gestão democrática é entendida como a forma de planejar, produzir, operar e governar a cidade
através do controle social e com a participação da sociedade civil.

Art. 8º. A gestão democrática da política de desenvolvimento urbano e ambiental de Gravatá deverá
considerar:

I - a identificação das forças sociais existentes no cenário do município e seus respectivos interesses quanto
ao desenvolvimento local;
II - a construção de um pacto social em tornos dos direitos e garantias individuais e coletivos.

Seção IV

Do Desenvolvimento Sustentável

Art. 9º. O desenvolvimento sustentável é entendido como desenvolvimento local socialmente justo,
ambientalmente equilibrado, economicamente viável, culturalmente diversificado e política e
institucionalmente democrático, visando garantir qualidade de vida das gerações presentes e futuras,
apoiando-se na:

I - promoção da cidadania e luta contra a exclusão e desigualdades;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 6


PROJETO DE LEI
II - valorização dos espaços públicos, da habitabilidade e da acessibilidade para todos;
III - ampliação das oportunidades através da educação;

IV - defesa da vida na promoção da saúde pública e do saneamento básico;

V - proteção, preservação e recuperação dos ambientes natural e construído;

VI proteção, preservação e conservação do patrimônio cultural, histórico, artístico e paisagístico;

VII - potencialização da criatividade e do empreendedorismo para o desenvolvimento da economia, da


cultura, do turismo, do lazer e dos esportes.

CAPÍTULO II

DAS DIRETRIZES E DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO E


AMBIENTAL

Art. 10. São diretrizes gerais da Política de Desenvolvimento Urbano e Ambiental:

I - a redução das desigualdades sociais através da implementação de políticas estruturadas de forma a


incentivar o fortalecimento e ampliação da economia local;

II - o reconhecimento da diversidade espacial de gravatá como elemento da identidade urbanística;

III - a valorização dos espaços públicos como áreas de expressão da vida coletiva;

IV - a proteção ao direito à moradia digna, através de programas e instrumentos adequados às populações


de baixa renda;

V - a promoção do acesso aos equipamentos e serviços urbanos;

VI - a definição de intervenções urbanísticas onde a iniciativa privada deve ser chamada a participar;

VII - a garantia da efetiva participação da sociedade no processo de formulação, implementação e controle


da política de desenvolvimento urbano e ambiental do Município.

Art. 11. São objetivos gerais da Política de Desenvolvimento Urbano e Ambiental:

I - implementar políticas de habitação e de regularização fundiária;

II - implementar estratégias de ordenamento da estrutura espacial da cidade, valorizando os elementos


naturais, assegurando à toda população o acesso à infra-estrutura, equipamentos e políticas sociais e
promovendo o equilíbrio do meio ambiente urbano;

III - ordenar e controlar o uso e a ocupação do solo com vistas a respeitar e valorizar a diversidade espacial e
cultural da cidade com as suas diferentes paisagens formadas pelo patrimônio natural e construído;

IV - implantar programas para a universalização do sistema de saneamento ambiental;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 7


PROJETO DE LEI
V - coibir a utilização inadequada e a retenção especulativa de imóveis urbanos bem como o parcelamento
do solo, o adensamento populacional e o uso das edificações de forma incompatível com a infra-estrutura
urbana;
VI - garantir a mobilidade e acessibilidade de forma eqüitativa e universal para toda a população;

VII - implantar programas de proteção e conservação do patrimônio natural e construído;

VIII - atuar na promoção da dinâmica econômica mediante regulação da distribuição espacialmente


equilibrada e o estímulo à implantação e manutenção de atividades que promovam e ampliem o acesso ao
trabalho e renda;

IX - consolidar o município como pólo regional de serviços, especialmente no turismo, na cultura e no lazer;

X - potencializar a integração do Município na sua região e no Estado, articulando as suas infra-estruturas


físicas e recursos naturais, bem como determinados serviços;

XI - criar um sistema e instrumentos de gestão urbana que garanta efetivamente a participação da sociedade.

TÍTULO III

DA ESTRUTURAÇÃO URBANA E DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS

Art. 12. São objetivos da política de desenvolvimento econômico:

I – consolidar o processo de crescimento econômico com justa distribuição dos frutos gerados por este
crescimento;

II - ampliar a qualificação da mão-de-obra local;

III - aumentar a competitividade dos micro e pequenos negócios existentes;

IV - desconcentrar as atividades do centro do Município;

V - fortalecer o desenvolvimento rural;

VI - compatiblizar as necessidades locais com os planos e projetos estaduais e federais em execução e em


desenvolvimento;

VII - buscar a redução das desigualdades, principalmente de renda, garantindo o acesso de todos ao
processo de desenvolvimento local;

VIII - garantir o desenvolvimento econômico do município respeitando o meio ambiente, preservando e


conservando os ecossistemas existentes e a qualidade de vida dos cidadãos locais.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 8


PROJETO DE LEI
Seção I

Das Atividades Industriais, Comerciais, de Serviços e da Agropecuária

Art. 13. São objetivos das atividades industriais, de serviços e da agropecuária:


I - incentivar as atividades de comércio e serviços, garantindo a inserção do micro e pequeno empreendedor
local;

II - criar políticas e ações que estimulem e incentivem a descentralização das oportunidades de trabalho e
renda das áreas centrais da cidade, visando diminuir a conurbação existente;

III - garantir recursos no Plano Plurianual para apoiar as atividades econômicas do município, principalmente
voltados para melhoria da qualificação da mão-de-obra;

IV - ampliar as ações de qualificação profissional, principalmente no nível técnico;

V - estimular a integração das atividades econômicas com a política de desenvolvimento urbano e ambiental,
visando a complementariedade entre as diversas iniciativas e atividades existentes, notadamente entre as
urbanas e rurais;

VI - garantir a realização de zoneamento ecológico-econômico visando orientar o desenvolvimento rural, com


conservação do patrimônio cultural e ambiental, e integrando as atividades dos projetos estruturadores no
processo de desenvolvimento agropecuário do Município.

Seção II

Do Turismo, Cultura e Lazer

Art. 14. Cabe ao Executivo Municipal promover e incentivar o turismo, a cultura e o lazer como fator
estratégico para a sustentabilidade da econômica local, mediante ações de preservação ambiental,
valorização cultural, fortalecimento da atividade hoteleira e cultural e estímulo e ordenamento dos
condomínios existentes e a se instalar.

Art. 15. São objetivos da política de turismo, cultura e lazer:

I - estimular o turismo local, baseado nas potencialidades existentes e na utilização racional e sustentável
dos recursos ambientais e ecológicos;

II - realizar ações educativas voltadas para a preservação ambiental, focadas nos trabalhadores locais;

III - fortalecer ações de divulgação dos atrativos, das atividades e eventos de caráter turístico, de cultura e
lazer;

IV - criar a sinalização turística e ampliar o acesso à informação e apoio aos turistas;

V - fortalecer ações de capacitação e qualificação da mão-de-obra;

VI - estimular o turismo em suas diversas formas, mas principalmente o de eventos, negócios, ecológico e
ambiental;

VII - promover ações e projetos de conservação e preservação ambiental e dos ecossistemas existentes;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 9


PROJETO DE LEI
VIII - elaborar Plano de Desenvolvimento Institucional do Turismo;

IX - criação do Fundo de Desenvolvimento do Turismo.

Seção III

Dos Projetos Estruturadores

Art. 16. Os projetos estruturadores em desenvolvimento e consolidação no Município objetivam garantir o


crescimento harmônico e melhor distribuído, suprindo lacunas existentes principalmente na infra-estrutura
urbana local.

Art. 17. São projetos estruturadores:

I - Rodovia municipal, Gravatá-Madacaru-Uruçu;

II - Rodovia Eestadual PE-78;

III - Estrada das Russas;

IV - Plano Agro-ecoturístico – AIA Gravatá;


V - esgotamento Sanitário Municipal.

Art. 18. São objetivos dos projetos estruturadores:

I - consolidar as condições necessárias ao processo de desenvolvimento urbano e econômico do Município,


principalmente com a integração de distritos diante da melhora da acessibilidade e do disciplinamento das
atividades de turismo ecológico e agroecológicas existentes e a serem desenvolvidas;

II - estimular e promover a integração das atividades e ações dos projetos estruturadores com as políticas
setoriais existentes visando ampliar as possibilidades de geração de trabalho e renda criados;

III - incentivar o acompanhamento e participação da sociedade local na construção e implantação dos


projetos estruturadores;

VI - garantir a realização de zoneamento ecológico e econômico do Município que estude e planeje os


impactos de projetos estruturadores, reduzindo os efeitos ambientais.

CAPÍTULO II

DA POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Seção I

Dos Princípios

Art. 19. São Princípios da Política Municipal de Habitação de Interesse Social:

I - garantia ao direito à moradia digna como um direito social;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 10


PROJETO DE LEI
II - promoção da inclusão sócio-espacial através da oferta e ampliação de condições de acesso a terra
urbanizada e a moradia digna a todos os segmentos da população, principalmente os de menor renda;

III - garantia do cumprimento da função social da propriedade urbana, de forma a regular o uso e ocupação
do solo ao interesse coletivo, combatendo os processos de valorização desequilibrada do solo urbano e sua
retenção especulativa;
IV - fortalecimento institucional do poder público municipal como regulador do mercado imobiliário e provedor
de solo urbano e de moradia para população;

V - garantia da participação e controle social.

Seção II

Das Diretrizes

Art. 20. São Diretrizes da Política Municipal de Habitação de Interesse Social - PMHIS:

I – a regulamentação de instrumentos urbanísticos e jurídico-fundiários, previstos na Constituição Federal e


no Estatuto das Cidades, com vistas ao fortalecimento da ação pública na promoção do acesso ao solo
urbanizado, na provisão habitacional e na regularização urbanística e jurídico-fundiária dos assentamentos
precários espontâneos e das áreas de urbanização precária;

II - regulamentação de instrumentos e mecanismos de gestão, com vistas a garantir a participação e controle


social na elaboração, implantação e monitoramento das ações, projetos e programas da PMHIS;

III – a integração do município a programas e projetos federais ou estaduais de habitação de interesse social.

Seção III

Dos Objetivos

Art. 21. São objetivos da Política Municipal de Habitação de Interesse Social:

I - instituir como Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS, nas áreas de urbanização precária, passíveis
de regularização urbanística e jurídico-fundiária;

II - instituir um Programa de Regularização Urbanística e Jurídico-Fundiárias das Zonas Especiais de


Interesse Social - PREZEIS;

III - promover a regularização urbanística e fundiária de assentamentos precários e loteamentos irregulares


por meio dos instrumentos previstos nesta lei;

IV - instituir instrumentos e mecanismos de combate à retenção especulativa da propriedade imobiliária, de


maneira a possibilitar o acesso a terra urbanizada;

V - constituir parcerias públicas e público-privadas que proporcionem o aperfeiçoamento e a ampliação dos


recursos, o desenvolvimento tecnológico e a produção de alternativas de menor custo e maior qualidade,
compatíveis com a realidade sócio-econômica e cultural local;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 11


PROJETO DE LEI
VI - integrar programas, projetos e ações da PMHIS com as demais políticas e ações públicas de
desenvolvimento urbano, econômico e social municipais, intermunicipal, estadual e federal, favorecendo a
implementação de ações integradas e sustentáveis;

VII - fortalecer e integrar os setores municipais responsáveis pelo planejamento e controle urbano, defesa
civil, obras, saúde e saneamento ambientais, no combate a ocupações precárias em áreas ambientalmente
frágeis ou de risco e na captação de recursos para a execução da PMHIS;

VIII - fortalecer e integrar os setores de planejamento urbano, assistência social, engenharia e jurídico na
prestação de apoio técnico e jurídico as localidades de assentamento precário.

Seção IV

Dos Instrumentos

Art. 22. São instrumentos da Política Municipal de Habitação de Interesse Social:

I - a criação das Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS;

II - os Planos Urbanísticos;

III – o Cadastro Municipal de Habitação;

IV – a Concessão do Direito Real de Uso, de acordo com o Decreto-lei nº 271, de 20 de fevereiro de 1967;

V - a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia;

VI – a Usucapião Especial do Imóvel Urbano;

VII - o Direito de Preferência;

VIII – a assistência técnica urbanística, jurídica e social, gratuita;

XI – o Programa de Regularização Urbanística e Jurídico-Fundiária das Zonas Especiais de Interesse Social


– PREZEIS;

X - o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social – FMHIS.

Subseção I

Das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS

Art. 23. As Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são parcelas do território destinadas prioritariamente
à regularização urbanística, à regularização fundiária e produção de habitações de interesse social.

Art. 24 São objetivos das Zonas Especiais de Interesse Social:

I - garantir o direito a moradia de qualidade;

II - promover a regularização urbanística e jurídico-fundiária e a requalificação urbanística;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 12


PROJETO DE LEI
III - implementar programas de habitação de interesse social.

Art. 25. As ZEIS terão sua regularização urbanística e jurídico-fundiária orientada por um Plano Urbanístico, a
ser desenvolvido de modo participativo, que deverá conter no mínimo:

I - diretrizes e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação do solo, que considerem e se
orientem pelas especificidades ambientais e a estrutura morfológica e tipológica de cada área;

II - projeto de parcelamento, composto pelas quadras, pelo sistema viário e por áreas destinadas a
equipamentos públicos e áreas verdes;
III - projetos com as intervenções necessárias à regularização urbanística;

IV - instrumentos e procedimentos adequados para a regularização jurídico-fundiária;

V – o número de relocações e os imóveis com solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado
necessários para o reassentamento das famílias;

VI – em áreas de risco, a delimitação dos espaços passíveis de serem ocupados de forma segura,
restringindo a ocupação nas áreas onde o risco não puder ser mitigado, interditando-as ou utilizando-as,
preferencialmente, como áreas de uso comum.

Subseção II

Do Cadastro Municipal de Habitação

Art. 26. O Município implementará e manterá atualizado um Cadastro Municipal de Habitação, contendo, no
mínimo:

I - número e perfil sócio-econômico das famílias moradoras das áreas ZEIS e demais áreas de urbanização
precária;

II - número de domicílios e estado de conservação das habitações;

III - caracterização da infra-estrutura;

IV - levantamento da situação fundiária;

V - identificação dos beneficiários dos programas habitacionais de interesse social.

Subseção III

Da Concessão de Direito Real de Uso

Art. 27 A regularização fundiária de áreas públicas municipais poderá ser promovida através da utilização do
instrumento da Concessão de Direito Real de Uso, de acordo com o Decreto-lei nº 271, de 20 de fevereiro de
1967.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 13


PROJETO DE LEI
Subseção IV

Da Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia

Art. 28 O Executivo Municipal deverá outorgar àquele que, até 30 de junho de 2001, residia em área urbana
de até 250m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados), de propriedade pública, por 5 (cinco) anos, de forma
ininterrupta e sem oposição, título de Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia em relação à referida
área ou edificação, desde que não seja proprietário ou concessionário de outro imóvel urbano ou rural, de
acordo com a Medida Provisória nº 2.220, de 4 de setembro de 2001.

§ 1º. O Executivo Municipal deverá assegurar o exercício do direito de concessão de uso especial para fim
de moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou esse direito, nas hipóteses de
a moradia estar localizada em área que cause risco à vida ou à saúde dos ocupantes, cuja condição não
possa ser equacionada e resolvida por obras e outras intervenções.

§ 2º. O Executivo poderá assegurar o exercício do direito de concessão de uso especial para fins de moradia,
individual ou coletivamente, em local diferente daquele que gerou esse direito, nas hipóteses de:

I - ser área de uso comum do povo com outras destinações prioritárias de interesse público;

II - ser área onde houver necessidade de adensamento por motivo de projeto e obra de urbanização;

III - ser área de comprovado interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e da proteção dos
ecossistemas naturais;

IV - ser área reservada à construção de represas e obras congêneres.


§ 3º. A concessão de Uso Especial para Fins de Moradia poderá ser solicitada de forma individual ou
coletiva.

§ 4º. Extinta a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, o Poder Público recuperará o domínio
pleno do terreno.

Subseção V

Da Usucapião Especial de Imóvel Urbano

Art. 29. O Executivo Municipal poderá promover plano de urbanização, com a participação dos moradores de
áreas usucapidas, para a melhoria das condições habitacionais e de saneamento ambiental nas áreas
habitadas por população de baixa renda, usucapidas coletivamente por seus possuidores para fins de
moradia.

Parágrafo único. O Município, por meio do órgão competente, notificará os moradores das áreas usucapidas
coletivamente para, no prazo de 1 (um) ano, apresentarem o plano de urbanização.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 14


PROJETO DE LEI
Subseção VI

Do Plano de Regularização Urbanística e Jurídico-Fundiária das Zonas Especiais de Interesse Social -


PREZEIS

Art. 30. O Plano de Regularização Urbanística e Jurídico-Fundiária de Zonas Especiais de Interesse Social –
PREZEIS destina-se a promover o acesso ao solo urbano, à regularização urbanística e jurídico-fundiária e à
promoção de habitação de interesse social.

Art. 31. São diretrizes do PREZEIS:

I - implementação de um modelo participativo de gestão que atenda as atribuições de coordenar,


acompanhar e fiscalizar os programas e ações no âmbito das ZEIS e da habitação de interesse social no
Município;

II - institucionalização das áreas de urbanização precária e de baixa renda como Zonas Especiais de
Interesse Social - ZEIS, para integrar à estrutura urbana, que sejam passíveis de regularização urbanística e
jurídico-fundiária e de provimento de habitação de interesse social;

III - criação e gestão de mecanismos de urbanização e regularização jurídico-fundiária no âmbito das ZEIS e
da habitação de interesse social no Município.

§ 1º. O PREZEIS adotará um modelo de gestão organizado a partir de um Fórum, que reunirá representantes
das comunidades ZEIS e representantes do poder público municipal.

§ 2º. A participação dos representantes das comunidades ZEIS no Fórum do PREZEIS se dará por meio da
Comissão de Urbanização e Legalização Jurídico-Fundiária - COMUL, instituída para cada ZEIS.

Art. 32. A Comissão de Urbanização e Legalização Jurídico-Fundiária – COMUL corresponde a uma


instância de gestão formada por representantes das ZEIS e do Poder Público municipal, com a atribuição de
coordenar, acompanhar e fiscalizar os trabalhos e processos de regularização urbanística e jurídico-fundiária.

Parágrafo único. O Poder Público municipal, participará da COMUL, com a atribuição de prestar assessoria
técnico-jurídica e social necessária para a promoção da regularização urbanística e jurídico-fundiária da
ZEIS.

Art. 33. O Fórum do PREZEIS organizará suas atividades, anualmente, com vistas a:

I - definir diretrizes e prioridades de investimentos para a elaboração e execução de planos, programas e


projetos com vistas à regularização urbanística e jurídico-fundiária das ZEIS, com recursos do Fundo
Municipal de Habitação de Interesse Social - FMHIS ou de outras fontes;

II - assessorar tecnicamente as Comissões de Urbanização e Regularização – COMUL na elaboração e/ou


execução doe planos, programas e projetos com vistas a regularização urbanística e jurídico-fundiária das
ZEIS;

III - monitorar o desempenho das Comissões de Urbanização e Regularização – COMUL, podendo destituir
seus membros, no caso de negligência.

Parágrafo único. As definições do Fórum do PREZEIS serão encaminhadas ao Conselho Municipal de


Política Urbana e Meio Ambiente para análise e aprovação.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 15


PROJETO DE LEI
Art. 34. O Conselho Municipal de Política Urbana e Ambiental - COMUA deverá elaborar anualmente, no fim
do exercício orçamentário, um Relatório de Gestão que deverá conter, no mínimo:

I - as metas estabelecidas;

II - ações realizadas e resultados alcançados ao longo do exercício;

III - os meios orçamentários, financeiros, patrimoniais e logísticos utilizados para o cumprimento,


monitoramento e avaliação dos objetivos institucionais;

IV - as estratégias de planejamento adotadas por cada ente federativo, demonstrando, por meio de
indicadores quantitativos e qualitativos, a avaliação de desempenho dos programas.

CAPÍTULO III

DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Art. 35. A política de Meio Ambiente tem como objetivo a preservação e conservação de áreas de interesse
ambiental e utilização sustentável dos recursos naturais, eliminando e diminuindo os impactos ambientais
ocasionados pelo crescimento da cidade.

Seção I

Das Diretrizes

Art. 36. São diretrizes da Política de Meio Ambiente do Município:

I - utilização dos recursos naturais para o desenvolvimento sócio-econômico do município, de maneira


sustentável;

II – eliminação e redução de danos e riscos ao meio ambiente;

III - proteção dos ecossistemas naturais, notadamente a caatinga, os brejos de altitude e áreas
remanescentes de floresta atlântica;

IV - integração entre as políticas de desenvolvimento econômico, desenvolvimento rural e a política urbano-


ambiental;

V - preservação da qualidade e quantidade da água superficial e subterrânea;

VI - revitalização do Rio Ipojuca e requalificação das áreas de influência do rio dentro do perímetro urbano;

VII - implantação dos sistemas de saneamento ambiental, de forma integrada, prioritariamente em áreas:

a) de urbanização precária e que ofereçam risco à vida aos ocupantes da área;

b) de maior deficiência na implantação destes sistemas;

c) objeto de programas de habitação de interesse social ou regularização fundiária;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 16


PROJETO DE LEI
d) que sofrem maiores impactos ambientais negativos.

VIII - implantação de programas de Educação ambiental, considerando sua transversalidade sobre as ações
da vida humana, objetivando a criação de co-responsabilidades;

IX - implantação do Licenciamento Ambiental Municipal.

Seção II

Dos Objetivos

Art. 37. Os objetivos da Política de Meio Ambiente do município de Gravatá são:

I - fiscalizar as atividades de risco ao meio ambiente;

II - coibir os danos ao meio ambiente;

III - requalificar as áreas próximas do Rio Ipojuca, através de projetos urbanísticos, considerando:

a) a preservação integral de faixa de 50 m (cinqüenta metros) das margens do rio;

b) a implantação de programas de reflorestamento de mata ciliar;

c) o patrimônio histórico e sua integração ao patrimônio natural;

d) a implantação de espaços públicos de lazer e equipamentos de apoio à atividade turística;

e) a implantação de infra-estrutura de mobilidade privilegiando o pedestre e o ciclista.

IV - promover parcerias entre a iniciativa privada e o poder público para o desenvolvimento sustentável, com
vistas a viabilizar empreendimentos agro-ecoturísticos;

V - implantar e manter infra-estrutura e serviços de saneamento básico compreendendo:


a) o abastecimento d’água;

b) o esgotamento sanitário;

c) o manejo de resíduos sólidos;

d) o manejo de águas pluviais;

e) o controle de vetores.

VI - gerir a política de resíduos sólidos objetivando:

a) a saúde da população e a proteção ao meio ambiente;

b) a redução do volume de lixo na fonte de produção;

c) a implantação de programas de redução reutilização e reciclagem de materiais;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 17


PROJETO DE LEI
d) a introdução e o aperfeiçoamento da coleta seletiva;

e) o estabelecimento de alternativas de baixo impacto ambiental para coleta e destino de resíduos sólidos;

f) a recuperação das áreas de destino de resíduos sólidos desativadas;

g) a criação de co-responsabilidades, através de programas de educação ambiental;

h) a restrição ao destino ou tratamento de resíduos perigosos dentro do território municipal;

i) a previsão e o planejamento para implantação ou ampliação de equipamentos de destino de resíduos


sólidos;

j) o aproveitamento econômico dos produtos da cadeia produtiva da reciclagem.

VII - redução dos impactos ambientais negativos sob as áreas rurais, decorrentes do crescimento urbano dos
distritos e povoados;

VIII - garantir a sustentabilidade das atividades agro-silvo-pastoris, através do:

a) manejo florestal;

b) manejo integrado de pragas, através do controle biológico, visando reduzir o uso de agrotóxicos;

c) implantação de técnicas de agroecologia;

d) fortalecimento da agricultura familiar.

IX - implantar programas de acesso à água potável, priorizando o consumo humano e a dessedentação


animal;

X - implantar infra-estrutura de acesso à água potável, priorizando tecnologias de baixo custo e a apropriação
pela população rural dos meios para realizá-las;
XI - induzir a produção agrícola de agricultura familiar próxima ao Distrito Sede, facilitando o escoamento da
produção, assim como o acesso a serviços urbanos pela população rural;

XII - consolidar as atividades agrícolas próxima ao Distrito Sede, a fim de reduzir os impactos ambientais
negativos da expansão urbana sobre a zona rural;

XIII - gerir a política ambiental em consonância com o planejamento de Bacias Hidrográficas, realizado por
Comitês de Bacia Hidrográfica (COBH), e outras instâncias colegiadas;

XIV - criar o Sistema Municipal de Unidades de Conservação;

XV - apoiar a criação e implantação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPN;

XVI - fornecer as informações necessárias para a alimentação e divulgação do Sistema Municipal de


Informações Urbano-Ambientais;

XVII - fiscalizar a implantação de áreas verdes nos parcelamentos do solo urbano, e das áreas de reserva
legal nos parcelamentos do solo rural;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 18


PROJETO DE LEI
XVIII - adequar os tributos municipais de acordo com o princípio do poluidor-pagador;

XIX - avaliar os passivos ambientais no planejamento e implantação das políticas setoriais do município,
escolhendo as alternativas que representem os menores impactos ambientais;

XX - implantar a Agenda 21 local, a fim de estabelecer co-responsabilidades para melhoria do meio


ambiente;

XXI - celebrar convênio com o Estado de Pernambuco definindo a delegação de competência para a
realização do Licenciamento Ambiental no Município;

XXII – Capacitar, de forma continuada, os órgãos responsáveis pela política urbano-ambiental, objetivando:

a) a aquisição de tecnologias, equipamentos, e demais meios necessários ao exercício das suas atividades;

b) a capacitação continuada dos profissionais responsáveis pela política urbano-ambiental;

c) a integração entre os órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente.

Seção III

Dos Instrumentos

Art. 38. São instrumentos da Política de Meio Ambiente do Município:

I - o Sistema Municipal de Unidades de Conservação - SISMUC;

II - o Sistema Municipal de Informações Urbano Ambiental;

III - o Licenciamento Ambiental.

Subseção I

Do Sistema Municipal de Unidades de Conservação - SISMUC

Art. 39. Fica instituído o Sistema Municipal de Unidades de Conservação como instrumento de preservação
de áreas de interesse ambiental por meio da criação de um modelo de gestão ambiental destas áreas
integrado com a política ambiental do Estado e da União.

Parágrafo único. Lei específica regulará o Sistema de Unidades de Conservação, após a realização de
estudo que classificará as áreas de interesse de preservação segundo as categorias definidas pela Lei
Federal n° 9.985, de 18 de julho de 2000.

Art. 40. O processo de criação de uma Unidade de Conservação obedecerá ao disposto do Decreto Federal
nº 4.340, de 22 de agosto de 2002, definindo-se ainda:

I - o montante de recursos necessários para a implantação das Unidades de Conservação, bem como as
possíveis parcerias entre poder público e iniciativa privada para implantá-lo;

II - as possíveis receitas oriundas de incentivos fiscais, compensação ambiental, ou outro tipo de receita,
mediante a implantação de Unidades de Conservação;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 19


PROJETO DE LEI
III - as possibilidades de parceria entre Empresas, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e o
poder público, nas suas diversas instâncias, para a gestão compartilhada das Unidades de Conservação.

Art. 41. São diretrizes do Sistema Municipal de Unidades de Conservação:

I - proteção das áreas de interesse ambiental, notadamente os maciços vegetais da caatinga e


remanescentes de floresta atlântica;

II - utilização dos recursos naturais de maneira sustentável;

III - proteção e recuperação dos ecossistemas naturais;

IV - educação ambiental para o estabelecimento de co-responsabilidades;

V - integração entre o poder público, nas suas diversas instâncias, e sociedade civil, na gestão de Unidades
de Conservação.

Art. 42. São objetivos do Sistema Municipal de Unidades de Conservação:


I - instituir Unidades de Conservação Municipais;

II - gerir de maneira eficiente a política ambiental do município através de planejamento adequado, e


participação social;

III - potencializar o uso dos recursos naturais, sem prejuízo ao meio ambiente, através de planos de manejo;

IV - reduzir os conflitos entre o uso dos recursos naturais e a necessidade de preservação e conservação dos
mesmos;

V - induzir o desenvolvimento de atividades econômicas, visando à implantação de cadeias produtivas


sustentáveis;

VI - elaborar planos de manejo, definindo co-responsabilidades entre agentes, metas e prazos para
recuperação e implantação da conservação ambiental.

Subseção II

Do Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais – SUA

Art. 43. O Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais consiste no instrumento que fornecerá as
informações para o planejamento e gestão das ações da gestão urbana e ambiental do Município de acordo
com as diretrizes e objetivos previstos no Título VI desta lei.

Subseção III

Do Licenciamento Ambiental

Art. 44. A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e


atividades, utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidoras, bem
como os empreendimentos e atividades capazes, sob qualquer forma, de causar significativa degradação

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 20


PROJETO DE LEI
ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental municipal competente, sem prejuízo de
outras licenças legalmente exigíveis.

Parágrafo único. Caberá ao órgão ambiental municipal competente o licenciamento ambiental de


empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado
por instrumento legal ou convênio.

Art. 45. São diretrizes do licenciamento ambiental:

I - realização do licenciamento de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local;

II - fiscalização de empreendimentos e atividades que oferecem risco ao meio ambiente;

III - integração com as políticas ambientais do Estado e União.

Art. 46. São objetivos do licenciamento ambiental:

I - licenciar a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras


de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as
normas técnicas aplicáveis ao caso;

II - estabelecer as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou
atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental;

III - fiscalizar os empreendimentos e atividades que oferecem risco ao meio ambiente;

IV - integrar suas ações ao Sistema Nacional de Meio Ambiente.

CAPÍTULO IV

DA MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE MUNICIPAL

Art. 47. Mobilidade urbana é a função pública destinada a garantir a acessibilidade e a circulação de pessoas
e de mercadorias.

§ 1º. A mobilidade e a acessibilidade urbanas devem ser orientadas para a inclusão social e responder às
demandas da população em termos de universalidade, eqüidade e segurança.

§ 2º. Na promoção da acessibilidade urbana, deverão ser observadas as regras específicas previstas na
legislação federal, estadual e municipal, assim como nas normas editadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT.

Art. 48. A Política de Mobilidade e Acessibilidade de Gravatá deve ser executada observando,
prioritariamente:

I - integração do trânsito, do transporte e do uso do solo;

II - articulação da rede viária municipal;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 21


PROJETO DE LEI
III - convivência urbana com a Rodovia BR – 232;

IV - garantia do acesso e mobilidade de todos os cidadãos aos espaços públicos e privados.

Seção I

Das Diretrizes

Art. 49. São diretrizes da Mobilidade e Acessibilidade Municipal:

I - diminuição do número de viagens motorizadas;

II - planejamento da urbanização;

III - integração do tráfego de veículos na área urbana;

IV - desenvolvimento de condições para a utilização dos meios de transportes não motorizados;

V - reconhecimento da importância dos deslocamentos dos pedestres;


VI - oferecimento de melhores condições de mobilidade e acesso para as pessoas com dificuldades de
locomoção;

VII - priorização dos meios de transporte coletivo.

Seção II

Dos Objetivos

Art. 50. São objetivos da Mobilidade e Acessibilidade Municipal:

I - proporcionar pequenas viagens a pé ou de bicicleta;

II - ampliar o acesso aos modos de transporte coletivo;

III - priorizar a circulação e a segurança dos pedestres;

IV - reduzir o conflito do tráfego de passagem com a vida local nas áreas residenciais;

V - administrar o sistema viário e disciplinar a circulação;

VI - reconhecer a importância do automóvel e integrá-lo com os demais elementos da cidade;

VII - reservar espaços, principalmente, para a bicicleta e integrá-la como meio de transporte;

VIII - favorecer e incentivar os deslocamentos a pé para pequenas distâncias;

IX - incorporar a calçada como via pública;

X - estimular a ocupação urbana de forma racional e compatível com a infra-estrutura instalada, visando a
redução da necessidade de deslocamentos motorizados;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 22


PROJETO DE LEI
XI - garantir acesso aos meios de transportes;

XII - implantar condições adequadas às calçadas, de acordo com as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas;

XIII - eliminar as restrições de acesso às edificações;

XIV - priorizar investimentos destinados aos meios de transporte coletivos;

XV - racionalizar o uso do automóvel;

XVI - priorizar a circulação dos transportes coletivos.

Seção III

Do Plano de Mobilidade Municipal

Art. 51. O município deverá elaborar o Plano de Mobilidade Municipal que deverá conter no mínimo:

I - detalhamento do modelo da estrutura viária de acordo com a hierarquização proposta nesta lei, inclusive
vias alternativas, ciclovias e vias de pedestres;

II - modelo de sistema municipal de transportes público de passageiros;

III - gestão de estacionamentos;

IV - sinalização e orientação do trânsito.

Art. 52. O Plano de Mobilidade Municipal deverá considerar:

I - as diretrizes estabelecidas no zoneamento instituído nesta lei, especialmente às da Zona Urbana 1 - ZU1,
Microzona de Proteção Cultural, levando em conta as seguintes diretrizes estratégicas específicas para esta
área central da cidade:

a) construção de rotas para pedestres nas vias do centro;

b) definição e implantação de ciclovia/ciclo faixas para bicicletas;

c) diminuição do fluxo de automóveis na área, através da descentralização de atividades, do desvio de


tráfego de veículos para novas vias e do disciplinamento da circulação;

d) priorizar o transporte coletivo, com definição de espaços para circulação e parada.

II - a convivência urbana da cidade com a existência da Rodovia BR-232, considerando o seu volume de
veículos e sua característica de via regional, observando:

a) a elaboração de um plano de interferência para a Rodovia BR-232;

b) a elaboração de plano de acesso ao Município;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 23


PROJETO DE LEI
c) a compatibilização do uso do solo as margens da Rodovia BR-232 na área urbana.

Seção IV

Do Sistema Viário Municipal

Art. 53. O Sistema de Mobilidade Urbana é formado pelo conjunto de infra-estruturas, veículos, equipamentos
utilizados para o deslocamento, controle e circulação de pessoas, bens e animais.

Art. 54. O Sistema Viário é constituído pela infra-estrutura física das vias e logradouros existentes que
compõem a malha por onde circulam os veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o
acostamento e o canteiro central.

Parágrafo único. O Sistema Viário de Gravatá é classificado nas seguintes categorias:

I - Vias Arteriais Diametrais - AD;

II - Vias Arteriais Radiais - AR;

III - Via Arterial Perimetral - AP;

IV - Vias Coletoras – C;

V - Via Especial;

VI - Vias Locais – L.

TÍTULO IV

DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

CAPÍTULO I

DAS DIRETRIZES DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

Art. 55. O ordenamento territorial é o instrumento de implementação da política municipal de


desenvolvimento urbano e ambiental, materializado no macrozoneamento, no zoneamento, em parâmetros
urbanísticos, instrumentos e mecanismos de regulação, os princípios, diretrizes, objetivos e eixos
estratégicos desta política e das políticas setoriais urbanas.

Parágrafo único. A garantia da função social da cidade e da propriedade urbana é o principal eixo estratégico
para promoção do ordenamento territorial do Município e orientação de diretrizes e instrumentos.

Art. 56. São diretrizes para o ordenamento territorial:

I - fortalecimento da capacidade de regulação sobre a propriedade privada em função do interesse coletivo;

II - compartilhamento dos custos com investimentos públicos e redistribuição para a coletividade dos
benefícios do processo de urbanização;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 24


PROJETO DE LEI
III - fortalecimento do papel do poder público como provedor do acesso à moradia para a população de baixa
renda;

IV - definição de parâmetros urbanísticos que considerem a identidade local, mas que sejam compatíveis
com padrões melhores de qualidade espacial com a capacidade de aquisição do mercado local;

V - redimensionamento do perímetro urbano compatível com a capacidade de urbanização e com uma


estratégia de expansão urbana econômica e espacialmente equilibrada;

VI - preservação do patrimônio histórico-arquitetônico e cultural;

VII - regulação das atividades urbanas geradoras de Impacto de Vizinhança.

Seção I

Do Macrozoneamento

Art. 57. O território do município de Gravatá se divide em duas macrozonas:

I - Macrozona Urbana – MZU;

II - Macrozona Rural- MZR.

Subseção I

Da Macrozona Rural – MZR

Art. 58. A Macrozona Rural compreende todo território municipal fora do perímetro urbano.

Art. 59. São diretrizes da Macrozona Rural:

I - preservação dos ecossistemas naturais, notadamente as áreas de caatinga e as áreas remanescentes de


floresta atlântica;

II - redução dos impactos ambientais negativos decorrentes do crescimento urbano do distrito sede e demais
distritos;

III - utilização estratégica para desenvolvimento sócio-econômico do município, visando principalmente:

a) o desenvolvimento do ecoturismo;

b) o desenvolvimento rural, fortalecendo práticas de manejo sustentável, compatibilizando as atividades agro-


silvo-pastoris com a preservação do meio ambiente;

c) o fortalecimento da agricultura familiar.

IV - integração com os projetos e ações de desenvolvimento regional e gestão ambiental, principalmente:

a) projetos de desenvolvimento rural;

b) projetos de desenvolvimento turístico;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 25


PROJETO DE LEI
c) planos de gerenciamento de recursos hídricos;

d) zoneamento ecológico econômico.

Subseção II

Da Macrozona Urbana - MZU

Art. 60. A Macrozona Urbana compreende o núcleo urbano do Distrito Sede de Gravatá.

Art. 61. São diretrizes da Macrozona Urbana:

I - promoção do equilíbrio no processo de apropriação do solo, regulando as práticas de urbanização para


garantir a inclusão sócio-espacial;

II - promoção do acesso à moradia para a população de baixa renda;

III - conservação da identidade e da memória local, configurada pela proteção do patrimônio histórico-
arquitetônico e cultural;

IV - crescimento urbano sustentável e com equilíbrio ambiental e conservação do patrimônio natural;

V - qualificação do ambiente urbano para o desenvolvimento das atividades humanas.

Seção II

Do Zoneamento Rural

Art. 62. O zoneamento da área rural divide o território da Macrozona Rural nas seguintes zonas:

I - Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe - ZRC;

II - Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca - ZRI;

III - Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém - ZRS.

Subseção I

Da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe - ZRC

Art. 63. Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe compreende a área do território municipal
pertencente à referida Bacia Hidrográfica, excluindo-se a área urbana.

Art. 64. São diretrizes da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe:

I - integração com os projetos e ações do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe;

II - preservação do ecossistema de caatinga;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 26


PROJETO DE LEI
III - preservação da qualidade e quantidade da água superficial e subterrânea;

IV - redução dos impactos ambientais negativos decorrentes do crescimento urbano do distrito Sede e do
distrito de Russinhas;

V - promover a acumulação de água nos grotões onde for ambientalmente possível.

Art. 65. São objetivos da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe:

I - garantir a sustentabilidade das atividades agro-silvo-pastoris, mediante:

a) manejo florestal das áreas de caatinga;

b) manejo integrado de pragas, através do controle biológico, visando reduzir o uso de agrotóxicos;

c) implantação de técnicas de agroecologia;

d) fortalecimento da agricultura familiar.

II - implantar programas de acesso à água potável, priorizando o consumo humano e a dessedentação


animal;

III - implantar infra-estrutura de acesso à água potável, priorizando tecnologias de baixo custo e a
apropriação pela população rural dos meios para realizá-las.

Subseção II

Da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca – ZRI

Art. 66. A Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca compreende a área do território municipal
pertencente à referida Bacia Hidrográfica, excluindo-se a área urbana.

Art. 67. São diretrizes da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca:

I - integração com o planejamento e ações do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca;

II - preservação da qualidade e quantidade da água superficial e subterrânea;

III - preservação do Rio Ipojuca;

IV - redução dos impactos ambientais negativos decorrentes do crescimento urbano, do Distrito Sede e do
Distrito de Mandacaru;

V - redução dos impactos ambientais negativos sobre as áreas de mata nativa, principalmente
remanescentes de floresta atlântica;

VI - consolidação de unidades de produção agrícola próximas ao distrito sede, com vistas à aproximação
entre os locais de produção e os locais de comercialização.

Art. 68. São objetivos da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 27


PROJETO DE LEI
I - priorizar a produção agrícola de agricultura familiar próxima ao distrito Sede, facilitando o escoamento da
produção, assim como o acesso a serviços urbanos pela população rural;

II - consolidar as atividades agrícolas próxima ao Distrito Sede, a fim de reduzir os impactos ambientais
negativos da expansão urbana sobre a zona rural;

III - garantir a sustentabilidade das atividades agro-silvo-pastoris, através do manejo sustentável da caatinga.

Subseção III

Da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém – ZRS

Art. 69. A Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém compreende a totalidade da área do território
municipal pertencente à referida Bacia Hidrográfica.

Art. 70. São diretrizes da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém:

I - integração com o planejamento e ações do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém;

II - preservação da qualidade e quantidade da água superficial e subterrânea;

III - preservação das áreas remanescentes de floresta atlântica;

IV - redução dos impactos ambientais negativos decorrentes do crescimento urbano, do distrito de Uruçu-
Mirim;
V - adoção de práticas de manejo sustentável, compatibilizando as atividades agrícolas com a preservação
do meio ambiente.

Art. 71. São objetivos da Zona Rural Bacia Hidrográfica do Rio Serinhaém:

I - garantir a sustentabilidade das atividades agro-silvo-pastoris, mediante:

a) manejo integrado de pragas, através do controle biológico, visando reduzir o uso de agrotóxicos;

b) implantação de técnicas de agroecologia;

c) fortalecimento da agricultura familiar.

II - preservar as áreas remanescentes de floresta atlântica, através da criação de Unidades de Conservação.

Seção III

Do Zoneamento Urbano

Art. 72. O zoneamento da área urbana divide o território da Macrozona Urbana nas seguintes zonas:

I - Zona Urbana 1 – ZU1;

II - Zona Urbana 2 – ZU2;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 28


PROJETO DE LEI
III - Zona Urbana 3 – ZU3.

Subseção I

Da Zona Urbana 1 – ZU1

Art. 73. A Zona Urbana 1 compreende a área da cidade de maior densidade construtiva, abarcando o núcleo
original de formação da cidade, as áreas de urbanização precária das localidades do Alto da Boa Vista e do
Alto do Cruzeiro, os conjuntos habitacionais implantados pela COHAB e as áreas parceladas recentemente e
em processo de adensamento.

Art. 74. São diretrizes da Zona Urbana 1:

I - equilíbrio na valorização imobiliária:

a) priorização de investimentos para requalificação do núcleo histórico e das áreas de urbanização precária,
com recursos do orçamento municipal e auferidos a partir da aplicação de instrumentos urbanísticos;

b) definição de índices e instrumentos urbanísticos com vistas à regulação do valor do solo;

c) promoção do acesso à moradia, para a população de baixa renda.

II - requalificação do núcleo original da cidade como uma unidade de paisagem integrada ao Rio Ipojuca:

a) qualificação das condições de habitabilidade;


b) proteção de conjuntos, edifícios, elementos de relevante valor histórico-arquitetônico;

c) requalificação das margens do rio Ipojuca;

d) ordenamento do trânsito e do sistema viário;

e) proteção dos espaços públicos como espaços de amenização ambiental;

f) qualificação dos passeios e logradouros públicos, com solução para o comércio informal na área central;

g) redução dos impactos de empreendimentos geradores de incômodo.

III - requalificação urbano-ambiental das áreas de urbanização precária:

a) regularização urbanística e fundiária, redução dos impactos ambientais e melhoria das condições de
habitabilidade;
b) implantação de infra-estrutura urbana, sobretudo de saneamento-básico de qualidade;

c) melhoria das condições de mobilidade e acessibilidade;

d) implantação de espaços públicos e recuperação e manutenção dos existentes, como espaços de


amenização ambiental.

Art. 75. São objetivos da Zona Urbana 1:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 29


PROJETO DE LEI
I - definir esta zona como prioritária para investimentos com recursos auferidos pela aplicação de
instrumentos urbanísticos;

II - definir índices urbanísticos de forma a induzir o justo preço da propriedade imobiliária;

III - definir mecanismos de contrapartida de maneira a produzir lotes populares urbanizados de interesse
social;

IV - criar uma Microzona de Proteção Cultural, integrante da Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental -
ZEUA, para requalificar o núcleo histórico original da cidade;

V - instituir as Operações Urbanas Consorciadas como instrumento de reabilitação de áreas históricas


degradadas;
VI - instituir o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, como instrumento obrigatório para o licenciamento de
empreendimentos, sobretudo no Centro;

VII - criar Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, nas áreas de urbanização precária, com a definição de
parâmetros e instrumentos urbanísticos e jurídicos especiais;

VIII - priorizar o transporte coletivo sobre o individual e o pedestre sobre o automóvel;

IX - ordenar o Sistema de Transporte Público de Passageiros do município de Gravatá;

X - regular, intervir e manter os passeios públicos, com a desobstrução de barreiras físicas e intervenções
que promovam melhores condições de mobilidade e acessibilidade, sobretudo para pessoas com restrições
de mobilidade;
XI - implantar, recuperar e manter os espaços públicos de uso coletivo.

Subseção II

Da Zona Urbana 2 – ZU2

Art. 76. A Zona Urbana 2 compreende as áreas de expansão do núcleo original da cidade onde predominam
privês e condomínios.

Art. 77. São diretrizes da Zona Urbana 2:

I - qualificação do ambiente urbano:

a) promoção da amenização do adensamento construtivo;

b) implantação de espaços públicos e recuperação e manutenção dos existentes, como espaços de


amenização ambiental.

II - equilíbrio na valorização imobiliária:

a) indução do parcelamento, edificação ou utilização das áreas objeto de valorização imobiliária e não
utilizadas ou subutilizadas;

b) promoção do resgate da valorização imobiliária decorrente de investimentos públicos;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 30


PROJETO DE LEI
c) definição de índices e instrumentos urbanísticos com vistas à regulação do valor do solo;

d) promoção do acesso à moradia, para a população de baixa renda.

III - requalificação das áreas de influência direta do rio Ipojuca:

a) qualificação das condições de habitabilidade;

b) requalificação das margens do rio Ipojuca;

c) implantação de infra-estrutura urbana, sobretudo de saneamento-básico de qualidade;

d) proteção dos espaços públicos como espaços de amenização ambiental.

IV - requalificação urbano-ambiental das áreas de urbanização precária:

a) regularização urbanística e fundiária, redução dos impactos ambientais e melhoria das condições de
habitabilidade;

b) implantação de infra-estrutura urbana, sobretudo de saneamento-básico de qualidade;

c) melhoria das condições de mobilidade e acessibilidade.

Art. 78. São objetivos da Zona Urbana 2:

I - definir parâmetros urbanísticos e mecanismos que promovam a racionalização do adensamento


construtivo;
II - implantar, recuperar e manter os espaços públicos de uso coletivo;

III - instituir a Outorga Onerosa do Direito de Construir nas áreas valorizadas por investimentos públicos;

IV - instituir o parcelamento, a edificação e a utilização compulsórios; o IPTU progressivo no tempo; e a


desapropriação com Títulos da Dívida Pública nas áreas da cidade onde a propriedade imobiliária não esteja
cumprindo sua função social;

V - definir índices urbanísticos de forma a induzir a queda do preço da propriedade imobiliária;

VI - definir mecanismos de contrapartida de maneira a produzir lotes populares urbanizados de interesse


público;

VII - criar uma Microzona de Requalificação Ambiental - MRA, integrante da Zona Especial de Equilíbrio
Urbano-Ambiental - ZEUA, para requalificar das suas margens;

VIII - priorizar o transporte coletivo sobre o individual e o pedestre sobre o automóvel;

IX - ordenar o Sistema de Transporte Público de Passageiros do município de Gravatá;

X - regular, intervir e manter os passeios públicos, com a desobstrução de barreiras físicas e intervenções
que promovam melhores condições de mobilidade e acessibilidade, sobretudo para pessoas com restrições
de mobilidade.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 31


PROJETO DE LEI
Subseção III

Da Zona Urbana 3 – ZU3

Art. 79. A Zona Urbana 3 compreende a periferia da área urbana, com características rurais e de significativo
interesse imobiliário.

Art. 80. São diretrizes da Zona Urbana 3:

I - preservação das características paisagísticas ambientais através da definição de critérios de proteção de


áreas ambientalmente potenciais e frágeis;

II - equilíbrio na valorização imobiliária, mediante:

a) compartilhamento dos ônus do processo de urbanização;

b) promoção do resgate da valorização imobiliária decorrente de investimentos públicos e privados;

c) definição de índices e instrumentos urbanísticos com vistas à regulação do valor do solo.

Art. 81 São objetivos desta zona:

I - definir parâmetros urbanísticos de parcelamento e de uso e ocupação do solo com padrões morfológicos
que promovam a preservação ambiental;

II - instituir a Contribuição de Melhoria como instrumento tributário de compartilhamento dos custos com a
urbanização;

III - instituir a Outorga Onerosa do Direito de Construir nas áreas valorizadas por investimentos públicos e
privados;

IV -definir índices urbanísticos de forma a induzir a queda do preço da propriedade imobiliária.

Seção IV

Do Zoneamento Especial

Art. 82. O Zoneamento Especial tem a finalidade de regular o uso e a ocupação do solo, com vistas a
integração entre o desenvolvimento econômico e a necessidade de conservação do patrimônio natural e
construído.

Subseção I

Da Zona Especial de Interesse Agroecológico – ZEIA

Art. 83. A Zona Especial de Interesse Agroecológico compreende as áreas de interesse ambiental,
abrangendo porções das Bacias Hidrográficas do Rio Capibaribe e do Rio Ipojuca, e toda a Bacia
Hidrográfica do Rio Serinhaém dentro do território do município, tanto na zona rural como na zona urbana.

Art. 84. São diretrizes da Zona Especial de Interesse Agroecológico:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 32


PROJETO DE LEI
I - utilização estratégica das áreas de interesse ambiental do município para o desenvolvimento sócio-
econômico, sem prejuízo ao meio ambiente;

II - implantação de programas de turismo ecológico;

III - implantação de programas de desenvolvimento rural, priorizando tecnologias de baixo impacto ambiental,
a agroecologia e a agricultura familiar;

IV - redução dos impactos ambientais negativos sobre os ecossistemas naturais, notadamente a caatinga e
as áreas remanescentes de floresta atlântica;

V - restrição dos usos de impacto ambiental negativo;

VI - preservação da paisagem natural;

VII - integração com os projetos e ações dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Rio Capibaribe, do Rio
Ipojuca e do Rio Serinhaém;

VIII - criação de Unidades de Conservação.

Art. 85. São objetivos da Zona Especial de Interesse Agroecológico:

I - implantar programas de desenvolvimento sócio-econômico que utilizem os recursos naturais de forma


sustentável;

II - criar Unidades de Conservação, considerando corredores ecológicos e áreas de amortização, visando o


equilíbrio ambiental e a preservação da paisagem natural;

III - realizar o manejo sustentável dos recursos naturais;

IV - requalificar os núcleos urbanos dos distritos de Russinhas e Urucu Mirim, e do povoado de São Severino
dos Macacos;

Subseção II

Da Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental - ZEUA

Art. 86. A Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental caracteriza-se como a área de influência direta
sobre o curso do Rio Ipojuca, dentro do perímetro urbano.

Art. 87. A Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental é dividida nas seguintes Microzonas:

I - Microzona de Requalificação Ambiental - MRA;

II - Microzona de Proteção Cultural - MPC;

III - Microzona de Conservação Ambiental - MCA.

Art. 88. São diretrizes da Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental:

I - requalificação Urbano-Ambiental;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 33


PROJETO DE LEI
II - revitalização do Rio Ipojuca;

III - transformação das áreas próximas ao rio em Espaços Públicos de Amenização Ambiental - EPAA;

IV - valorização da paisagem;

V - redução dos impactos ambientais negativos sobre o Rio Ipojuca, decorrentes principalmente do processo
de urbanização;

Art. 89. São objetivos da Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental:

I - redução dos impactos da urbanização através da:

a) proibição de ocupações ao longo do Rio Ipojuca, em faixa próxima ao rio;

b) remoção de ocupações irregulares, e relocação das habitações através de programas de habitação


popular.

II - revitalizar o Rio Ipojuca, através da implantação continuada dos sistemas de saneamento ambiental e
recomposição da mata ciliar;

III - reestruturar as áreas próximas do Rio Ipojuca, através de projetos urbanísticos de qualificação da
paisagem, considerando:

a) o patrimônio histórico e sua integração ao patrimônio natural;

b) a implantação de espaços públicos de lazer e equipamentos de apoio à atividade turística;

c) a implantação de infra-estrutura de mobilidade privilegiando o pedestre e o ciclista.

Art. 90. A Microzona de Requalificação Ambiental – MRA tem como objetivo central a promoção da
requalificação sócio-espacial da área urbana municipal orientada pela recuperação ambiental da área de
influência direta do Rio Ipojuca.

Art. 91. São diretrizes da Microzona de Requalificação Ambiental:

I - preservação das áreas de proteção permanente – APP, definidas pelo Código Florestal, Lei Federal nº
4.771/65, que ainda encontram-se em estado natural;

II - recuperação Ambiental das áreas de proteção permanente do rio Ipojuca, objetos de impactos ambientais,
decorrentes do processo de urbanização;

III - promoção, quando necessário, do reassentamento dos assentamentos precários localizadas em áreas de
risco ou de proteção permanente;
IV - requalificação das áreas de margens, como Espaços Públicos de Amenização Ambiental - EPAA, nos
trechos onde a ocupação urbana for mais densa e de difícil relocação;

V - priorização de investimentos em infra-estrutura urbana, sobretudo de saneamento ambiental, para


minimizar os impactos ambientais sobre o curso hídrico.

Art. 92. São objetivos da Microzona de Requalificação Ambiental:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 34


PROJETO DE LEI
I - definir Plano Específico com parâmetros e instrumentos especiais com vistas a preservação das áreas de
proteção permanentes – APP, definidas pelo Código Florestal Lei Federal nº 4.771/65, a recuperação
ambiental, o reassentamento de assentamentos precários e o uso sustentável tolerável, que não resulte em
impactos ambientais negativos;

II - regulamentar instrumentos compensatórios para estimular e promover a preservação das margens do Rio
Ipojuca, tais como incentivos fiscais para proprietários de imóveis que promoverem sua conservação e
empresas privadas que promoverem a recuperação ambiental de áreas degradadas.

Art. 93. A Microzona de Proteção Cultural – MPC compreende o conjunto de relevante valor histórico-cultural
do núcleo original da cidade, que agrega um patrimônio arquitetônico singular e significativo para a
manutenção da identidade e da memória local e ainda elementos urbanos de relevante expressão artística,
histórica e paisagística.

Art. 94. São diretrizes da Microzona de Proteção Cultural:

I - integração do patrimônio histórico-cultural do núcleo original de formação da cidade com a estrutura


natural do Rio Ipojuca;

II - conservação do sítio histórico do núcleo original de formação da cidade para preservação da identidade e
memória local;

III - recuperação e proteção de imóveis e elementos urbanos de relevante expressão artística, histórica e
paisagística, destacando-se os edifícios públicos institucionais, religiosos e culturais, praças, largos e
monumentos;

IV - regulação sobre usos inadequados que ponham em risco de descaracterização ou degradação do


patrimônio natural e cultural;
V - regulamentação de instrumentos compensatórios para estimular e promover a conservação do patrimônio
natural e cultural.

Art. 95. São objetivos da Microzona de Proteção Cultural:

I - definir Plano Específico com parâmetros urbanísticos especiais com vistas a preservação da paisagem do
sítio edificado;

II - implantar instrumentos de proteção;

III - regulamentar compensações para estimular e promover a conservação do patrimônio histórico-cultural e


das margens do rio Ipojuca, tais como incentivos fiscais para proprietários de imóveis que promoverem sua
recuperação e conservação e empresas privadas que promoverem a recuperação de monumentos ou
elementos urbanos.

Art. 96. A Microzona de Conservação Ambiental – MCA compreende faixa de terras a margem do Rio
Ipojuca, na porção a montante do perímetro urbano, com pouco adensamento construtivo.

Art. 97. São diretrizes específicas da Microzona de Conservação Ambiental:

I - amortecimento entre o ambiente construído e o ambiente natural;

II - preservação das áreas de proteção permanente;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 35


PROJETO DE LEI
III - restrição sobre usos inadequados de risco ao meio ambiente.

Art. 98. São objetivos específicos da Microzona de Conservação Ambiental:

I - restringir usos industriais;

II - exigir tratamento de esgotos para as edificações que não estiverem interligadas ao sistema público de
esgotamento sanitário;

III - implantar programa de reflorestamento de mata ciliar;

IV - preservar o ecossistema natural, restringindo as ações antrópicas.

Subseção III

Das Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS

Art. 99. As Zonas Especiais de Interesse Social são parcelas do território caracterizadas por uma situação de
urbanização precária resultante de processos formais e informais de ocupação do solo e destinadas,
prioritariamente, à regularização urbanística e fundiária e produção de habitações de interesse social.

Art. 100. Fica instituída a ZEIS Alto do Cruzeiro / Alto da Boa Vista / CAIC.

Art. 101. Poderão ser criadas novas ZEIS por meio de Lei Municipal, em áreas de urbanização precária
ocupadas, predominantemente, por famílias de baixa renda que demandem a regularização urbanística e a
regularização jurídico-fundiária.

Art. 102. A regularização jurídico-fundiária das áreas de urbanização precária dar-se-á mediante a criação de
ZEIS e da utilização dos instrumentos de regularização fundiária previstos nesta lei.

Art. 103. Todas as ZEIS terão o planejamento e a implementação de sua regularização urbanística e jurídico-
fundiária definida a partir de um Plano Urbanístico, a ser desenvolvido de modo participativo, que deverá
conter no mínimo:

I - diretrizes e parâmetros urbanísticos específicos para o parcelamento, uso e ocupação do solo;

II - projeto de parcelamento;

III - projetos com as intervenções necessárias à regularização urbanística;

IV - instrumentos e procedimentos adequados para a regularização jurídico-fundiária;

V - o número de relocações e os imóveis com solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado
necessários para o reassentamento das famílias;

VI - nas áreas de encostas, a delimitação dos espaços passíveis de serem ocupados de forma segura,
restringindo a ocupação nas áreas onde o risco não puder ser mitigado, interditando-as ou utilizando-as,
preferencialmente, como áreas de uso comum.

Art. 104. São diretrizes das Zonas Especiais de Interesse Social:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 36


PROJETO DE LEI
I - garantia do direito à moradia de qualidade;

II - promoção da regularização urbanística e jurídico-fundiária e da requalificação urbanística;

III - implementação de programas de habitação social.

Art. 105. São objetivos das Zonas Especiais de Interesse Social:

I - definir Plano Específico com parâmetros urbanísticos especiais com vistas a promover a regularização
urbanística;

II - eliminar a situação de risco com a execução de obras de urbanização e, quando necessário, com o
reassentamento de famílias;

III - reduzir o adensamento construtivo;

IV - implementar obras de infra-estrutura urbana, sobretudo saneamento básico de qualidade;

V - melhorar as condições de mobilidade e acessibilidade;

VI - recuperar, conservar e ampliar a oferta de espaços e equipamentos de uso coletivo.

Subseção IV

Da Zona Especial de Dinamização Econômica - ZEDE

Art. 106. As Zonas Especiais de Dinamização Econômica são zonas especiais destinadas ao
desenvolvimento de atividades econômicas.
Art. 107. Fica instituída Zona Especial de Dinamização Econômica BR – 232.

Parágrafo único. Poderão ser criadas novas Zonas Especiais de Dinamização Econômica por meio de Lei
Municipal, em áreas estratégicas para a implantação de atividades econômicas.

Art. 108. São diretrizes gerais das Zonas Especiais de Dinamização Econômica:

I - regulação do uso e ocupação do solo na margem da rodovia BR-232;

II - estímulo à implantação de atividades geradoras de trabalho, emprego e renda.

Art. 109. A Zona Especial de Dinamização Econômica BR-232 corresponde às quadras confrontantes com a
BR-232, estratégica para a implantação de atividades geradoras de trabalho, emprego e renda, compatíveis
com padrões de segurança.

Art. 110. São objetivos da Zona Especial de Dinamização Econômica BR-232:

I - definir Plano Específico com parâmetros urbanísticos especiais com vistas a garantir padrões urbanísticos
compatíveis com atividades econômicas de médio e grande porte e com regras de segurança;

II - definir parâmetros urbanísticos especiais com vistas a ordenar as atividades já instaladas nos lotes
confrontantes com a BR-232;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 37


PROJETO DE LEI
III - instituir instrumentos de incentivo a atividades econômicas, compatíveis com o ambiente de rodovia.

Subseção V

Dos Espaços Públicos de Amenização Ambiental – EPAA

Art. 111. Os Espaços Públicos de Amenização Ambiental são todos os espaços públicos existentes na
Macrozona Urbana.

Art. 112. Este Plano Institui como Espaços Públicos e Amenização Ambiental:

I - praças;

II - pátios;

III - largos;

IV - recantos;

V - refúgios;

VI - canteiros;

VII - campos para prática de esportes;

VIII - bosques.

Art. 113. As parcelas destinadas a áreas verdes de novos loteamentos constituem automaticamente, na
aprovação dos mesmos, Espaços Públicos e Amenização Ambiental – EPAA.

Art. 114. A Prefeitura elaborará e manterá atualizado o Cadastro dos Espaços Públicos de Amenização
Ambiental.

Art. 115. São diretrizes dos Espaços Públicos e Amenização Ambiental:

I - recuperação e manutenção dos equipamentos urbanos;

II - implantação de programa de arborização urbana;

III - regulação e ordenamento de comércio informal;

IV - reintegração das áreas ocupadas irregularmente;

V - manutenção dos perímetros originais ficando proibida a doação para outros fins.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 38


PROJETO DE LEI
CAPÍTULO II

DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Seção I

Das Disposições Preliminares

Art. 116. O parcelamento do solo no município de Gravatá será regido pelas disposições previstas nas
legislações federal e estadual pertinentes e pelas normas contidas nesta lei, podendo ser feito mediante:

I - loteamento;

II - desmembramento.

§ 1º. Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de
novas vias de circulação, de logradouros públicos, prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes.

§ 2º. Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com


aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

§ 3º. Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos parâmetros
urbanísticos estabelecidos neste Plano.

§ 4º. Considera-se infra-estrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais,
iluminação pública, redes de esgotamento sanitário e abastecimento de água, redes de energia elétrica
pública e domiciliar e as vias de circulação pavimentadas ou não.

Art. 117. Os parcelamentos ilegais ou irregulares existentes, anteriores a esta lei e que não atendam aos
requisitos desta, serão objeto de análise especial.

Art. 118. Não será permitido o parcelamento do solo em:


I - terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o
escoamento das águas;

II - terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que tenham sido
previamente saneados;

III - terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), exceto nos casos em que sejam
executadas as obras necessárias a sua correção, devidamente licenciadas pelos órgãos federais ou
estaduais responsáveis pelo controle ambiental e com padrões de parcelamento adequados.

Seção II

Dos Usos

Art. 119. Para os fins desta lei, os usos classificam-se nas seguintes categorias:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 39


PROJETO DE LEI
I - residencial;

II – não-residencial;

III - misto.

§ 1º. Considera-se residencial o uso destinado à moradia, nas seguintes tipologias:

I - residencial isolado: que corresponde a uma edificação unifamiliar ou multifamiliar;

II - residencial em conjunto: que corresponde a um conjunto conformado por mais de uma edificação
unifamiliar ou multifaminilar.

§ 2º. Considera-se não-residencial o uso que não contempla a atividade de moradia, destinando-se ao
exercício de atividades comerciais, de serviços, industriais, institucionais, de cultura, lazer, recreação e
outras.

§ 3º. Considera-se misto o uso constituído de mais de uma atividade, residencial e não residencial, dentro do
mesmo lote.

§ 4º. Os usos poderão instalar-se no território municipal conforme indicado na Tabela de Parâmetros de
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, contida no Anexo III desta lei, e deverão obedecer aos parâmetros
urbanísticos fixados para cada zona e às observações aplicáveis.

Seção III

Dos Parâmetros de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo

Subseção I

Do Parcelamento do Solo

Art. 120. Para o parcelamento do solo em Gravatá serão adotados os seguintes parâmetros:

I - Lote Mínimo (LM);

II - Testada Mínima (TM).

§ 1º. Lote Mínimo (LM) é o tamanho de lote mínimo exigido para novos parcelamentos ou para
desmembramentos em áreas já parceladas, medido em metros quadrados (m²).

§ 2º. Testada Mínima (TM) é a dimensão mínima, de extensão linear do lote, no limite com o logradouro
público, expressa em metro linear (m’) conjuntamente com o tamanho mínimo do lote.

Subseção II

Do Uso e Ocupação do Solo

Art. 121. Para o uso e ocupação do solo em Gravatá, este Plano adotará os seguintes parâmetros:

I - Afastamento Frontal (AF), Afastamento Lateral (AL) e Afastamento de Fundos (AFu);

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 40


PROJETO DE LEI
II - Taxa de Solo Natural (TSN);

III - Taxa de Ocupação (TO)

IV - Gabarito de Altura (GA);

V - Coeficiente de Aproveitamento (CA).

§ 1º. Recuo é a distância que deve ser mantidas entre a edificação e as linhas divisórias do lote ou gleba,
expresso em metro linear m’ (metro linear), constituindo-se em Afastamento Frontal (AF), Afastamento
Lateral (AL) e Afastamento de Fundos (AFu).

§ 2º. Nenhum ponto da edificação poderá estar situado a uma distância menor que o recuo mínimo exigido.

§ 3º. Taxa de Solo Natural (TSN) é o percentual mínimo de área do lote ou gleba a ser mantida nas suas
condições naturais, ou seja, sem impermeabilização, favorecendo a absorção das águas pluviais, a
ampliação da cobertura vegetal e a manutenção da paisagem natural.

§ 4º. Taxa de Ocupação (TO) é percentual máximo de área ocupada pela projeção vertical da edificação
sobre o plano horizontal do terreno.

§ 5º. Gabarito de Altura (GA) é a altura máxima da edificação, medida da sua base até o ponto mais alto da
mesma, definido em número de pavimentos permitidos para a edificação, considerando que a altura máxima
de cada pavimento não poderá ser superior a 3,00m (três metros).

§ 6º. Coeficiente de Aproveitamento (CA) é o índice que, multiplicado pela área do terreno, resulta na área
máxima de construção permitida, estabelecendo o total de metros quadrados que podem ser construídos no
lote ou gleba.

§ 7º. Para efeito deste Plano e de aplicação dos instrumentos de política urbana, ficam estabelecidos os
seguintes Coeficientes de Aproveitamento:

I – Coeficiente de Aproveitamento Básico: é o índice que determina a área de construção permitida para o
lote ou gleba em cada zona, em função da área do terreno, admitido nos processos de aprovação de projetos
que não contemplem a Outorga Onerosa do Direito de Construir.

II – Coeficiente de Aproveitamento Máximo: é o índice que determina a área máxima de construção permitida
para o lote ou gleba em cada zona, que, excedendo o coeficiente de aproveitamento básico, será admitido
nos processos de aprovação de projetos, que contemplem a Outorga Onerosa.

§ 8º. O cálculo da área total de construção permitida pelos Coeficientes de Aproveitamento computará todos
os pavimentos e áreas cobertas da edificação, com todos os elementos e compartimentos que a compõem,
excetuando-se apenas o pavimento de cobertura quando este for de uso exclusivo da casa de máquinas de
elevadores e reservatórios.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 41


PROJETO DE LEI
Seção IV

Dos Usos e Atividades Geradores de Incomodidade

Art. 122. São considerados usos e atividades geradores de incomodidade aqueles que, potencial ou
comprovadamente:

I - destinem-se a atividades não residenciais geradoras de ruídos, poluição ou odores;

II - sejam geradores de tráfego, gerando incômodo à população residente ou sobrecarregando a infra-


estrutura viária local, seja pela demanda de veículos circulantes ou de vagas de estacionamento.

Art. 123. A instalação de usos não residenciais geradores de incomodidade somente poderá ser autorizada
mediante as seguintes condições:

I - não estar situada entre dois imóveis de uso residencial;

II - declaração de anuência de 2/3 (dois terços) dos residentes do logradouro, proprietários ou inquilinos de
imóveis, expressa no prazo máximo de 15 (quinze) dias após notificação do Poder Público esclarecendo o
tipo de incomodidade, entendendo-se o não pronunciamento como aceitação da implantação da atividade;

III - as atividades não residenciais, geradoras de tráfego deverão dispor de estacionamento e local para
carga e descarga, localizados no interior do imóvel, excetuando-se os imóveis situados na o ZU-1, que serão
objeto de análise especial;

IV - as atividades não residenciais, geradoras de odores ou poluição, deverão apresentar licença de


instalação dos órgãos responsáveis pelo controle ambiental.

Seção V

Das Normas Técnicas e dos Procedimentos Administrativos para Aprovação de Loteamento e


Desmembramento

Subseção I

Das Normas Técnicas

Art. 124. Os projetos de loteamentos deverão destinar um percentual mínimo de área para uso público igual a
40% (quarenta por cento) da área total da gleba a ser parcelada, compreendendo áreas para:

I - implantação do sistema viário;

II - implantação de equipamentos comunitários e urbanos;

III - áreas verdes;

IV - implantação de lotes populares urbanizados a serem doados ao poder público.

§ 1º. O percentual mínimo de áreas para uso público previsto no caput deverão ser destinados no mínimo:

I - 10% (dez por cento) para implantação de equipamentos comunitários e urbanos;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 42


PROJETO DE LEI
II - 10% (dez por cento) para áreas verdes;

III - 5% (cinco por cento) para lotes populares urbanizados a serem doados ao poder público.

§ 2º. Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares.

§ 3º. Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos,


energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica, ou outros serviços urbanos definidos pela
municipalidade.

§ 4º. As áreas destinadas a equipamentos comunitários não poderão apresentar declividade superior a 15%
(quinze por cento).

§ 5º. O Sistema Viário deverá obedecer à declividade mínima de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) e
máxima de 17% (dezessete por cento), largura mínima da via de 12.00m (doze metros), incluindo passeios
com largura mínima de 2.00m (dois metros) para o viário local principal, e largura mínima da via de 9.00m
(nove metros), incluindo passeios com largura mínima de 1.50m (um metro e cinqüenta centímetros) para o
viário secundário.

Art. 125. Fica estabelecido a testada máxima para as quadras igual a 250,00m (duzentos e cinqüenta metros)
e profundidade máxima igual a 100,00m (cem metros).

Art. 126. O dimensionamento dos lotes deverá obedecer aos padrões de parcelamento estabelecidos no
Zoneamento, observando-se ainda os seguintes requisitos:

I - nenhum lote poderá ter testada inferior a 10,00m (dez metros), exceto para os lotes populares
urbanizados, onde a testada mínima é igual a 6,50m (seis metros e cinqüenta centímetros);

II - nos casos de regularização de parcelamentos anteriores a este Plano, desde que devidamente
comprovados, bem como nas ZEIS, será tolerada testada mínima inferior a 10,00m (dez metros) para os
lotes, não podendo ser inferior a testada existente;

III - nos lotes situados em esquinas de logradouros, a testada do lote deverá ser acrescida de uma dimensão
igual ou maior ao afastamento lateral mínimo, obrigatório, estabelecido para cada zona.

Art. 127. Nas Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, para fins de regularização fundiária urbanística, o
parcelamento do solo obedecerá aos parâmetros urbanísticos estabelecidos no seu respectivo Plano
Urbanístico, considerando, preferencialmente, os padrões mínimos de parcelamento, com o Lote Mínimo
igual a 125,00m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e Testada Mínima igual a 5,00m (cinco metros).

Art. 128. Os projetos de desmembramentos, cuja área original seja igual ou superior a 2,0 ha. (dois
hectares), deverão destinar uma área mínima para uso público equivalente a 10% (dez por cento) da área
total da gleba a ser parcelada, observando-se:

I - 5% (cinco por cento), no mínimo, para implantação de equipamentos públicos;

II - 5% (cinco por cento), no mínimo, para áreas verdes.

§ 1º. As áreas destinadas a equipamentos públicos não poderão apresentar declividade superior a 15%.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 43


PROJETO DE LEI
§ 2º. As áreas destinadas a uso público no ato do desmembramento devem permitir acesso direto e imediato
a logradouros públicos, e devem obedecer aos mesmos critérios utilizados para os loteamentos.

§ 3º. Na hipótese de projeto de desmembramento acompanhado de projeto de loteamento, fica dispensada a


destinação de área mínima para uso público equivalente a 10% (dez por cento) prevista no projeto de
desmembramento, desde que esteja destinada a área mínima para uso público prevista para o projeto de
loteamento.

§ 4º. No caso previsto no parágrafo anterior o projeto de desmembramento e o projeto de loteamento devem
ser aprovados de forma conjunta e vinculados a um único processo.

§ 5º. No caso de projeto de loteamento em gleba resultante de processo de desmembramento, ocorrido


anteriormente, onde não exista vinculação dos mesmos, a área destinada para uso público prevista no
projeto de desmembramento será contabilizada na área destinada para uso público no projeto de
loteamento.

Subseção II

Dos Procedimentos Administrativos para Aprovação de Projeto de Loteamento

Art. 129. Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar ao Poder Público
Municipal a definição das normas técnicas e dos parâmetros de parcelamento do solo previstos para zona
em que se situe o loteamento, apresentando, para este fim, requerimento e 02 (duas) plantas do imóvel
contendo, no mínimo:

I - as divisas da gleba a ser loteada;

II - as curvas de nível a cada 2,00m (dois metros);

III - a localização de cursos e corpos d’água, maciços vegetais e construções existentes;

IV - a indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, a localização das vias de comunicação, das
áreas livres e dos equipamentos urbanos e comunitários, existentes no local ou em suas adjacências, com as
respectivas distâncias da área a ser loteada;

V - o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina;

VI - as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas.

Art. 130. O Poder Público Municipal indicará nas plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo
com as normas técnicas e parâmetros de parcelamento do solo previstos neste Plano:

I - as ruas ou estradas existentes ou projetadas, que compõe o sistema viário do município, relacionados com
o loteamento pretendido e a serem respeitadas;

II - o traçado básico do sistema viário principal;

III - a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamentos urbanos e comunitários e das áreas
verdes;

IV - as faixas non aedificandi previstas em lei;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 44


PROJETO DE LEI
V - as faixas non aedificandi de domínio de rodovias, previstas em lei;

VII - a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação de usos compatíveis.

Art. 131. O pedido de aprovação para Loteamento deverá ser acompanhado de:

I - projeto em 06 (seis) vias, na escala 1:1000 ou 1:500, com as assinaturas do proprietário e do profissional
responsável, contendo, no mínimo:

a) Planta do traçado do polígono referente aos limites da propriedade com as dimensões lineares e
angulares, imóveis confrontantes e rumos magnéticos;

b) indicação dos confrontantes, arruamentos e loteamentos contíguos;

c) localização dos cursos d'água, construções existentes e serviços de utilidade pública existentes;

d) indicação de áreas alagadiças ou sujeitas a inundações;

e) indicação de curva de nível a cada 2,00m (dois metros) e cotas altimétricas previstas nas interseções das
vias projetadas;
f) localização de áreas verdes e árvores existentes;

g) uso predominante a que o parcelamento se destina;

h) A subdivisão das quadras em lotes e das áreas destinadas a equipamentos comunitários, com as
respectivas dimensões e numeração;

i) sistema de vias, espaço aberto para recreação e áreas destinadas a equipamentos públicos;

j) as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, ponto de tangência e ângulos
centrais das vias;

l) a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas e vias
projetadas;

m) os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças em escala adequada com a
indicação dos pontos de interseção das vias, com inclinação das rampas previstas e do perfil natural do
terreno;

n) perfis transversais das vias de circulação em escala adequada;

o) indicação das servidões e restrições especiais;


p) explicitação da conexão do sistema de vias propostos ao sistema viário existente, de forma que permita
uma devida integração ao sistema viário municipal;

q) a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais e do projeto de
iluminação pública;

r) o quadro de áreas contendo a indicação em valores absolutos e percentuais de:

1) área total da gleba;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 45


PROJETO DE LEI
2) área das quadras a lotear;

3) área destinada a lotes;

4) áreas verdes de uso público;

5) área destinada a equipamentos urbanos e comunitários;

6) áreas para comércio e serviços, se houver;

7) área das vias de circulação;

8) áreas das faixas non aedificandi e de domínio, se houver;

9) áreas de terreno remanescente, se houver.

s) Projetos de terraplenagem, abastecimento d’água, esgotamento sanitário e energia elétrica.

II - Memorial Descritivo do Loteamento contendo, no mínimo:

a) a descrição sucinta do loteamento, com suas características, a denominação da propriedade, localização,


dimensões, confrontações e a fixação da zona ou zonas de uso predominante;

b) nome do loteador e nome do responsável técnico;

c) denominação do loteamento;

d) as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas construções,
além daquelas constantes nas normas técnicas e parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo
definidos nesta lei;

e) a descrição da área dos lotes e das áreas de equipamentos públicos que passarão para domínio do
Município no ato de registro do loteamento;

f) a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública, já
existentes no loteamento e adjacências.

III - cronograma de execução das obras com duração máxima de quatro anos;

IV - Certidão Atualizada da Matrícula da Gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis;

V - Certidão negativa de tributos municipais, expedida pela fazenda municipal.

§ 1º. Caso se constate, a qualquer tempo, que a Certidão da Matrícula da Gleba apresentada como atual não
tem mais correspondência com os registros e averbações cartorárias do tempo da sua apresentação, além
das conseqüências penais cabíveis, serão considerados insubsistentes tanto as normas técnicas e
parâmetros de parcelamentos definidos anteriormente, quanto as aprovações conseqüentes.

§ 2º. O loteador se obriga a transferir para o patrimônio do Município, mediante Escritura Pública de Doação,
todas as áreas destinadas a Equipamentos Públicos contidos no Memorial Descritivo.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 46


PROJETO DE LEI
§ 3º. O Poder Público Municipal somente receberá para oportuna entrega ao domínio público e respectiva
denominação, os logradouros públicos e as áreas destinadas a equipamentos públicos que se encontrem nas
condições previstas nesta lei.

Subseção III

Dos Procedimentos Administrativos para Aprovação de do Projeto de Desmembramento

Art. 132. Para aprovação de projeto de desmembramento, o interessado apresentará requerimento ao Poder
Público Municipal, acompanhado da:

I - Certidão Atualizada da Matrícula da Gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis;

II - Planta do Imóvel contendo, no mínimo:

a) a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos;

b) a indicação do tipo de uso predominante no local;

c) a indicação da divisão de lotes pretendida na Gleba.

Parágrafo único. Os lotes resultantes de projeto de desmembramento obedecerão às normas técnicas e


parâmetros de parcelamento do solo definidos nesta lei para a zona em que se situem.

TÍTULO V

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL

CAPÍTULO I

DOS INSTRUMENTOS JURÍDICOS E URBANÍSTICOS

Seção I

Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios

Art. 133. O Poder Executivo exigirá do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado
localizado na ZU1 e ZU2, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de:

I - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II - Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.

Art. 134. O Poder Executivo promoverá a notificação dos proprietários dos imóveis sujeitos ao parcelamento,
à edificação ou à utilização compulsórios, intimando-os a dar o aproveitamento adequado aos respectivos
imóveis de acordo com esta lei.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 47


PROJETO DE LEI
§ 1º. Considera-se solo urbano não edificado aquele com área igual ou superior a 500m2 (quinhentos metros
quadrados) quando o coeficiente de aproveitamento for igual a zero.

§ 2º. Considera-se solo urbano subutilizado aquele edificado cujo coeficiente de aproveitamento não atinja o
mínimo de 0,05 ou 50% (cinqüenta por cento) do coeficiente básico correspondente.

§ 3º. Considera-se solo urbano não utilizado todo tipo de edificação que apresente mais de 60% (sessenta
por cento) de sua área construída desocupada há mais de cinco anos.

Art. 135. Os imóveis nas condições a que se refere o artigo anterior serão identificados e seus proprietários
notificados.

§ 1º. A notificação far-se-á:

I - por funcionário do órgão competente do Poder Executivo, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser
pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administrativa;

II - por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista pelo inciso I.

§ 2º. Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de um ano a partir do recebimento da


notificação, protocolar pedido de aprovação e execução de parcelamento ou edificação.

§ 3º. Somente poderão apresentar pedidos de aprovação de projeto até 02 (duas) vezes para o mesmo lote,
protocolados pelo proprietário desde que não tenha sido iniciado o empreendimento e não tenha
ultrapassado o prazo de um ano, a partir do recebimento da notificação.

§ 4º. Os parcelamentos e edificações deverão ser iniciados no prazo máximo de dois anos a contar da
aprovação do projeto.

§ 5º. As edificações de que trata no § 3º. do artigo 75 deverão estar ocupadas no prazo máximo de um ano a
partir do recebimento da notificação.

§ 6º. A licença de construção do empreendimento, emitida pelo órgão licenciador, só poderá ser renovada
por no máximo duas vezes.

§ 7º. A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação, transfere
as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas neste artigo, sem interrupção de quaisquer
prazos.

§ 8º. Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, poderá ser prevista a conclusão em
etapas, assegurando-se que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo.

§ 9º. Consideram-se empreendimentos de grande porte aqueles passíveis de exigência de Estudo de


Impacto de Vizinhança (EIV), que deverá indicar neste Estudo o tempo estimado para implantação de cada
etapa do empreendimento.

Art. 136. No caso de operações urbanas consorciadas, as respectivas leis deverão determinar regras e
prazos específicos para aplicação do parcelamento, edificação e utilização compulsória.

§ 1º. Os casos de operações urbanas consorciadas que estabeleçam regras e prazos divergentes do
estabelecido nesta lei, estas regras e prazos deverão ser apreciadas pelo Conselho Municipal de Política
Urbana e Ambiental – COMUA, com a finalidade de garantir a função social da propriedade.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 48


PROJETO DE LEI
§ 2º. O Conselho Municipal de Política Urbana e Ambiental – COMUA indicará as alterações necessárias
sobre as regras e prazos específicos para aplicação do parcelamento, edificação e utilização compulsória,
para a garantia do cumprimento da função social da propriedade.

Seção II

Do Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no Tempo

Art. 137. Em caso de descumprimento das etapas e dos prazos estabelecidos para cumprimento das
obrigações parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, o Executivo Municipal aplicará alíquotas
progressivas do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, majoradas anualmente,
pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos até que o proprietário cumpra com a obrigação de parcelar,
edificar ou utilizar, conforme o caso, observado o limite máximo de 15% (quinze por cento).

§ 1º. Lei específica estabelecerá a gradação anual das alíquotas progressivas e a aplicação deste instituto.

§ 2º. Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não esteja atendida no prazo de 5 (cinco) anos, o
Executivo manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a
aplicação da providência prevista no artigo 139 desta lei.

§ 3º. É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à tributação progressiva de que trata este
artigo.

Art. 138. Lei específica disporá sobre os processos de interrupção, suspensão e restabelecimento da alíquota
progressiva de que trata o artigo anterior, e das penalidades cabíveis em caso de dolo ou fraude.

Seção III

Da Desapropriação com Pagamento Mediante Títulos da Dívida Pública

Art. 139. Decorridos 05 (cinco) anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo, sem que o proprietário
tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização do imóvel, o Município poderá
promover desapropriação, com pagamento em títulos da dívida pública, com prazo de resgate de até dez
anos, para pagamento do preço da desapropriação prevista neste artigo.

Art. 140. O pagamento será efetuado em dez anos mediante parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

Art. 141. O Executivo Municipal procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco
anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.

Art. 142. Os imóveis desapropriados poderão ser utilizados para a construção de habitações populares ou
equipamentos urbanos, podendo ser alienados a particulares, mediante prévia licitação.
§ 1º. Ficam mantidas para o adquirente de imóvel as mesmas obrigações de parcelamento ou utilização
previstas.

§ 2º. No caso de alienação, os recursos obtidos devem ser destinados à promoção de loteamentos e
habitações populares.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 49


PROJETO DE LEI
Art. 143. O Poder Público Municipal poderá facultar ao proprietário de área atingida por estes instrumentos, a
requerimento deste, o estabelecimento de Consórcio Imobiliário como forma de viabilização financeira do
aproveitamento do imóvel. A Prefeitura poderá promover o aproveitamento do imóvel, direta ou
indiretamente, mediante concessão urbanística ou outra forma de contratação.

Seção IV

Do Consórcio Imobiliário

Art. 144. Considera-se Consórcio Imobiliário a forma de viabilização de planos de urbanização ou edificação
por meio da qual o proprietário transfere ao Poder Público Municipal seu imóvel e, após a realização das
obras, recebe como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.

Art. 145. O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao valor
do imóvel antes da execução das obras.

Art. 146. O Poder Público municipal poderá aplicar o instrumento do consórcio imobiliário além das situações
previstas no artigo 46 do Estatuto da Cidade, para viabilizar empreendimentos habitacionais e outras
intervenções urbanísticas previstas no nesta lei.

Art. 147. Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por termo de responsabilidade e participação
pactuado entre o proprietário urbano e a Municipalidade, visando à garantia da execução das obras do
empreendimento, bem como das obras de uso público.

Seção V

Da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 148. O Poder Executivo Municipal poderá outorgar onerosamente o exercício do direito de construir,
mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos artigos 28, 30 e 31 da Lei
Federal nº. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos nesta
lei.

Parágrafo único. A Outorga Onerosa do Direito de Construir poderá ser negada caso se verifique
possibilidade de impacto não suportável pela infra-estrutura ou o risco de comprometimento ao meio
ambiente.

Art. 149. As áreas passíveis de Outorga Onerosa são aquelas onde o Direito de Construir poderá ser
exercido acima do permitido pela aplicação do Coeficiente de Aproveitamento Básico até o limite
estabelecido pelo uso do Coeficiente de Aproveitamento Máximo, mediante contrapartida financeira.

Parágrafo único. A Outorga Onerosa do Direito de Construir poderá ser utilizada na ZU1, ZU2 e ZU3.

Art. 150. Nas hipóteses de utilização deste instrumento a expedição da licença de construção dependerá de
comprovação da quitação da contrapartida financeira exigida para fins da respectiva outorga, sendo que a
referida quitação deverá ser providenciada em até 6 (seis) meses após a aprovação do projeto inicial ou de
reforma.

§ 1º A contrapartida a ser prestada pelo beneficiário, decorrente da utilização deste instrumento,


corresponderá ao valor do metro quadrado de área acrescida que terá por base o valor venal do metro
quadrado definido na planta de valores para efeito de lançamento do IPTU.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 50


PROJETO DE LEI
Art. 151. Lei municipal específica estabelecerá as condições a serem observadas para a outorga onerosa do
direito de construir, determinando:

I - a fórmula de cálculo para a cobrança;

II - os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga.

Art. 152 Os recursos financeiros auferidos com a adoção da Outorga Onerosa do Direito de Construir
constituirão receita do Fundo Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente e serão aplicados nas seguintes
finalidades:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 153. Em caso de estabelecimento de operações urbanas consorciadas, a contrapartida poderá ser
direcionada para investimentos da operação, devendo os critérios de cálculo constar do plano da Operação
Urbana em questão, a ser aprovada por lei específica.

Seção VI

Do Direito de Preferência

Art. 154. O Poder Público municipal poderá exercer o Direito de Preferência para aquisição de imóvel urbano
objeto de alienação onerosa entre particulares, conforme disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal nº.
10.257/2001.

Art. 155. O Direito de Preferência será exercido, sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 51


PROJETO DE LEI
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 156. Lei municipal delimitará as áreas em que incidirá o Direito de Preferência na ZU1, ZU2, ZEIS e
ZEUA, assim como os procedimentos para sua operacionalização.

Parágrafo único. Os imóveis colocados à venda nas áreas definidas em lei deverão ser necessariamente
oferecidos ao Município, que terá preferência para aquisição.

Art. 157. O Executivo deverá notificar o proprietário do imóvel localizado em área delimitada para o exercício
do direito de preferência, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias a partir da vigência da lei que a delimitou.

Art. 158. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel para que o município, no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.

§ 1º. À notificação mencionada será anexada proposta de compra assinada por terceiro interessado na
aquisição do imóvel, da qual constarão o preço, as condições de pagamento e o prazo de validade.

§ 2º. O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de grande
circulação, edital de aviso da notificação recebida nos termos do caput deste artigo e da intenção de
aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
§ 3º. Transcorrido o prazo mencionado no previsto no caput deste artigo sem manifestação do Município, fica
o proprietário autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta apresentada, sem
prejuízo do direito do Poder Executivo Municipal exercer a preferência em face de outras propostas de
aquisições onerosas futuras dentro do prazo legal de vigência do Direito de Preferência.

§ 4º. Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a apresentar ao Município, no prazo de
trinta dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel.

§ 5º. A alienação processada em condições diversas da proposta apresentada será nula de pleno direito,
podendo o Poder Executivo Municipal, nesse caso, adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU
ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.

Art. 159. Lei Municipal, com base no disposto no Estatuto da Cidade, poderá definir outras condições para a
aplicação do instrumento.

Seção VII

Da Operação Urbana Consorciada

Art. 160. Considera-se Operação Urbana Consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas
pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e
investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais e valorização ambiental, ampliando os espaços públicos, melhorias de infra-estrutura e
sistema viário, num determinado perímetro contínuo ou descontinuado.

Art. 161. As Operações Urbanas Consorciadas têm como finalidades:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 52


PROJETO DE LEI
I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano;

II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e reciclagem de áreas


consideradas subtilizadas;

III - implantação de programas de habitação de interesse social;

IV - ampliação e melhoria da rede estrutural de transporte público coletivo;

V - implantação de espaços públicos;

VI - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico;

VII - melhoria e ampliação da infra-estrutura e da rede viária estrutural.

Art. 162. O Município promoverá e estimulará a viabilização de operações urbanas consorciadas na Zona de
Equilíbrio Urbano-Ambiental a serem detalhadas em planos específicos.

Art. 163. As operações urbanas consorciadas se fazem necessárias para viabilizar intervenções urbanísticas
de grande porte, que exijam a cooperação entre o Poder Público, os interesses privados e da população
envolvida, e que possam implicar entre outras medidas:

I – a modificação de índices e características do parcelamento, uso e ocupação do solo, bem como


alterações de normas edilícias, considerando o impacto ambiental delas decorrentes;
II - a regularização de construções, reformas e ampliações executadas em desacordo com a legislação
vigente.

Art. 164. Cada operação consorciada será definida em Lei municipal específica, contendo o plano de
operação, com, no mínimo:

I - delimitação da área;

II - finalidades da operação;

III - programa básico de ocupação e intervenções previstas;

IV - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação;

V - estudo prévio de impacto de vizinhança;

VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função
dos benefícios recebidos;

VII - forma de controle e monitoramento da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da


sociedade civil;

VIII - solução habitacional dentro de seu perímetro ou vizinhança próxima, no caso da necessidade de
remover os moradores assentamentos ou áreas de urbanização precária em geral;

IX - garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor cultural e ambiental,
protegidos por tombamento ou lei;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 53


PROJETO DE LEI
X - conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de contrapartidas financeiras decorrentes dos
benefícios urbanísticos concedidos.

Art. 165. Os recursos obtidos pelo Poder Público serão aplicados exclusivamente no programa de
intervenções, definido na lei de criação da Operação Urbana Consorciada.

Art. 166. Deverá ser priorizado nas Operações Urbanas Consorciadas o atendimento habitacional às famílias
de baixa renda, incluindo os assentamentos precários próximos, para promover a regularização urbanística e
fundiária e as áreas vazias ou imóveis subtilizados para Habitação de Interesse Social, com prioridade para
as famílias a serem reassentadas em função da operação.

Art. 167. O Poder Público municipal poderá definir parâmetros urbanísticos diferenciados para as áreas de
Operações Urbanas Consorciadas.

Seção VIII

Do Direito de Superfície

Art. 168. O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território municipal.

Art. 169. O Poder Público Municipal fica autorizado a:

I - exercer o Direito de Superfície em áreas particulares onde haja carência de equipamentos públicos e
comunitários;
II - exercer o Direito de Superfície em caráter transitório para remoção temporária de moradores de núcleos
habitacionais de baixa renda, pelo tempo que durar as obras de urbanização.

Art. 170. O Executivo Municipal poderá conceder onerosamente o Direito de Superfície do solo, subsolo ou
espaço aéreo nas áreas públicas integrantes do seu patrimônio, para exploração por parte das
concessionárias de serviços públicos.

Art. 171. O proprietário de terreno poderá conceder ao Município, por meio de sua Administração Direta e
Indireta, o direito de superfície, nos termos da legislação em vigor, objetivando a implementação de diretrizes
constantes nesta lei.

Seção IX

Do Estudo de Impacto de Vizinhança

Art. 172. Os empreendimentos causadores de impacto urbanístico e ambiental, adicionalmente ao


cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação urbanística, terão sua aprovação condicionada
à elaboração e aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, a ser apreciado pelos órgãos
competentes da Administração Municipal.

Art. 173. São considerados empreendimentos de impacto, os usos públicos ou privados que, potencial ou
comprovadamente:

I - sejam geradoras de ruídos, poluição ou odores, que podem causar impacto no ambiente natural ou
construído;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 54


PROJETO DE LEI
II - sejam geradores de tráfego, causando incômodo à população residente ou sobrecarregando a
capacidade de atendimento da infra-estrutura básica, em especial a viária local, seja pela demanda de
veículos circulantes ou de vagas de estacionamento;

III - demandem infra-estrutura e oferta de serviços públicos superiores aos existentes da área;

IV - possam alterar as características morfológicas, tipológicas ou ambientais da área onde se pretende


implantá-los.

Art. 174. São enquadrados na categoria de empreendimentos de impacto, potencial ou comprovado, os


seguintes usos e atividades:

I - usos geradores de ruídos, poluição e odores:

a) casas de show, teatro, bares e outros usos semelhantes, localizados em áreas onde predominam o uso
residencial;

b) aterros sanitários, usinas de reciclagem de resíduos sólidos e outros usos semelhantes.

II - usos que demandem estacionamentos, atração de fluxos de veículos, carga e descarga ou interfiram no
sistema viário:

a) centros comerciais, centrais de carga, centrais de abastecimento e outros usos semelhantes;

b) serviços automotivos e outros usos semelhantes;

c) serviços de educação e saúde e outros semelhantes;

d) terminais de transportes de passageiros e de carga e outros usos semelhantes;

e) lazer ou esporte e outros usos semelhantes.

III - usos que demandem infra-estrutura e oferta de serviços públicos como condomínios residenciais,
horizontais ou verticais, de que resulte forte adensamento populacional;

IV - usos que possam alterar as características morfológicas, tipológicas ou ambientais como atividades
industriais, de exploração mineral e outras semelhantes;
V - aqueles que por sua natureza ou condições requeiram análise ou tratamento específico por parte do
Poder Público Municipal.

Art. 175. O EIV deverá contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à
qualidade de vida da população residente ou usuária da área em questão e suas proximidades, incluindo a
análise, no mínimo, das questões:

I - adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 55


PROJETO DE LEI
Art. 176. Além do disposto no artigo anterior, o EIV ainda deverá conter:

I - a indicação do tempo estimado para implantação de todas as etapas do empreendimento, quando o


mesmo for objeto de notificação para promoção de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II - definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, bem como das medidas potencializadoras dos
impactos positivos;

III - a potencialidade de concentração de atividades similares na área;

IV - o seu potencial indutor de desenvolvimento e o seu caráter estruturante no Município.

Parágrafo único. Os órgãos competentes do Executivo Municipal poderão definir outros tipos de estudos,
caso a situação assim o exigir.

Art. 177. O Poder Executivo, baseado no Estudo de Impacto de Vizinhança, poderá negar autorização para
realização do empreendimento ou exigir do empreendedor, às suas expensas, as medidas atenuadoras e
compensatórias relativas aos impactos previsíveis decorrentes da implantação da atividade.

Art. 178. O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos negativos a serem gerados pelo
empreendimento, deverá solicitar como condição para aprovação do projeto alterações e complementações
no mesmo, bem como a execução de obras e serviços necessários à minimização dos impactos decorrentes
da implantação do empreendimento, tais como:

I - ampliação das redes de infra-estrutura urbana;

II - área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos comunitários em percentual


compatível com o necessário para o atendimento da demanda a ser gerada pelo empreendimento;

III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de ônibus, faixa de pedestres,
semaforização;

IV - proteção de acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos da atividade;

V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais considerados de


interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como recuperação ambiental da área;
VI - cotas de emprego e cursos de capacitação profissional, entre outros;

VII - percentual de habitação de interesse social no empreendimento;

VIII - possibilidade de construção de equipamentos sociais em outras áreas da cidade.

§ 1º. As exigências previstas deverão ser proporcionais ao porte e ao impacto do empreendimento.

§ 2º. A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de Compromisso pelo


interessado, em que este se compromete a arcar integralmente com as despesas decorrentes das obras e
serviços necessários à minimização dos impactos decorrentes da implantação do empreendimento e demais
exigências apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes da finalização do empreendimento.

§ 3º. O Certificado de Conclusão da Obra ou o Alvará de Funcionamento só serão emitidos mediante


comprovação da conclusão das obras previstas no parágrafo anterior.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 56


PROJETO DE LEI
§ 4º. A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental requerido nos termos da legislação
ambiental.

Art. O Poder Público Municipal dará publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis
para consulta, no órgão municipal competente, por qualquer interessado, assegurando-se o fornecimento de
cópias do referido Estudo, quando solicitadas pelos moradores da área afetada ou suas associações.

Art. 179. O órgão público responsável pelo exame do EIV deverá realizar audiência pública, antes da decisão
sobre o projeto, sempre que sugerida, na forma da lei, pelos moradores da área afetada ou suas
associações.

CAPÍTULO II

DOS INSTRUMENTOS TRIBUTÁRIOS E FINANCEIROS

Art. 180. Os instrumentos tributários e financeiros serão utilizados como instrumentos complementares aos
instrumentos jurídicos e urbanísticos na promoção do desenvolvimento urbano e do ordenamento territorial.

Seção I

Do Incentivo Fiscal

Art. 181. O Executivo municipal poderá conceder incentivos fiscais como mecanismo compensatório para
regulação do uso e ocupação do solo nas:

I - Zona Especial de Equilíbrio Urbano e Ambiental – ZEUA, como forma de estímulo à conservação de
características ambientais de interesse coletivo, e imóveis de relevante valor histórico-cultural;

II - Zonas Especiais de Dinamização Econômica, como forma de estímulo à implantação de atividades


econômicas, geradoras de trabalho emprego e renda;

III - áreas em que haja interesse do poder público em ampliar os passeios públicos, por meio da manutenção
de recuos de alinhamento maiores do que os previstos para a zona da área de interesse;

IV - áreas em que haja o interesse de dinamização econômica.

Seção II

Da Contribuição de Melhoria

Art. 182. O Poder Público Municipal poderá utilizar a cobrança de contribuição de melhoria, com definição da
abrangência, dos parâmetros e dos valores determinados em lei específica, em face de investimento público
em obras de infra-estrutura urbana que motivem a valorização de imóveis localizados na ZU3.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 57


PROJETO DE LEI
TÍTULO VI

DO PLANEJAMENTO E GESTÃO DA POLÍTICA URBANA E AMBIENTAL

CAPÍTULO I

DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA POLÍTICA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E


AMBIENTAL

Art. 183. A Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Gravatá será orientada e
monitorada por um processo de gestão que reconhece a pactuação e co-responsabilidade, garantindo a
transparência e a legitimação na implantação das propostas.

Parágrafo único. A gestão e monitoramento da Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de


Gravatá dar-se-á dentro das prerrogativas da democracia representativa e participativa, envolvendo o poder
público municipal e a sociedade civil através de um processo permanente de negociação, na perspectiva do
desenvolvimento urbano e do equilíbrio ambiental do município de Gravatá.

Seção I

Das Diretrizes

Art. 184. São diretrizes da Gestão Democrática da Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental:

I - desenvolvimento e fortalecimento institucional para gestão da política;

II - implantação de um modelo de gestão urbana e ambiental compartilhada a partir da criação de um modelo


participativo composto por Conselho Municipal, fundos municipais de fomento à política e Sistema Municipal
de Informações;

III - fortalecimento institucional através da instituição e efetiva aplicação dos instrumentos de regulação
urbanística, jurídica e tributária, regulamentados na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 e nesta lei;

IV - elaboração e atualização da legislação municipal de regulação urbano-ambiental;

V - estabelecimento de um processo permanente e continuado de capacitação dos técnicos municipais e da


sociedade civil;

VI - compatibilização da estrutura administrativa do executivo municipal, para atender ao conteúdo


estabelecido neste Plano Diretor.

Seção II

Dos Objetivos

Art. 185. São objetivos da Gestão Democrática da Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 58


PROJETO DE LEI
I - fortalecer a gestão desta política a partir da estruturação de um órgão municipal, concentrando as
atribuições de planejamento, execução e monitoramento;

II - dispor de instrumentos legais para garantir o fortalecimento institucional na regulação urbana e o


financiamento da política de desenvolvimento urbano e ambiental;

III - garantir o efetivo cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana;

IV - estabelecer os parâmetros urbanísticos e ambientais municipais orientados para garantir o pleno


desenvolvimento das funções urbanas com inclusão sócio-econômica e com qualificação urbano-ambiental,
para cada zona do município;

V - instituir os instrumentos e esferas de participação da sociedade civil organizada, para garantir o efetivo
controle social na formulação, implantação e acompanhamento dos programas, projetos e ações da política
de desenvolvimento urbano e ambiental do município;

VI estabelecer na Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental a implantação de um Fundo


Municipal de fomento à política para viabilizar a execução dos programas, projetos e ações, assim como um
sistema de informações para dar suporte à formulação e acompanhamento dos mesmos;

VII - garantir o nivelamento e apropriação sobre a dinâmica do crescimento da cidade em todos os aspectos;

VIII - reestruturar administrativamente a gestão municipal para garantir a execução da Política Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental estabelecida neste Plano Diretor Participativo e na legislação
municipal.

CAPÍTULO II

DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Art. 186. O Planejamento e Gestão da Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental serão
executados por um Sistema Municipal composto por:

I – órgão municipal responsável pela execução da política de desenvolvimento urbano e ambiental;

II - instâncias de gestão participativa, considerando o recorte institucional, a dinâmica da organização sócio-


política e a dinâmica sócio-econômica do município, de forma a respeitar a autonomia municipal, o controle
social e o planejamento e gestão urbano-ambiental dinâmico e contínuo.

Art. 187. O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão da Política Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental será composto e articulado por:

I - Órgão Municipal responsável pela gestão da política;

II - Conselho Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente;

III - Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente;

IV - Câmaras Técnicas;

V - Fóruns Regionais;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 59


PROJETO DE LEI
VI - Fóruns Temáticos;

VII - Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais - SUA.

Seção I

Dos Objetivos

Art. 188. São objetivos do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão:

I - estruturar um Órgão Municipal, que concentrará as atribuições de planejamento, monitoramento e


execução da política municipal de desenvolvimento urbano e ambiental;

II - implantar uma instância de gestão urbana e ambiental compartilhada, com a participação efetiva do poder
público municipal e da sociedade civil organizada;

III - fortalecer os existentes e criar novos canais de participação da sociedade na gestão da política urbano-
ambiental;

IV - garantir eficácia da gestão, fortalecendo a execução das ações para a melhoria da qualidade de vida da
população gravataense;

V - garantir a informação e a capacitação permanente dos atores sociais para fomentar e fortalecer a
participação popular;

VI - implantar fundos de fomento para execução dos programas, projetos e ações da política de
desenvolvimento urbano e ambiental do município;

VII - implantar um sistema de informações urbanas para dar suporte à formulação e garantia do processo
permanente e sistemático das ações da política urbana e ambiental.

Seção II

Do Órgão Municipal

Art. 189. O município estruturará um órgão municipal responsável pela gestão da política municipal de
desenvolvimento urbano e ambiental, a partir das seguintes medidas:

I – conferir ao Órgão Municipal as atribuições de:

a) licenciamento e controle urbano e ambiental;

b) planejamento urbano e ambiental;

c) planejamento e gestão das políticas de saneamento ambiental integrado, habitação, regularização


fundiária e mobilidade urbana.

II - formar quadros técnicos municipais nas áreas de interesse da política de desenvolvimento urbano e
ambiental;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 60


PROJETO DE LEI
III - executar de programas de capacitação e desenvolvimento institucional para a execução da política
municipal de desenvolvimento urbano e ambiental.

Seção III

Do Conselho Municipal de Política Urbana e Ambiental - COMUA

Art. 190. Compete ao Conselho Municipal de Política Urbana e Ambiental - COMUA:

I - apreciar e deliberar sobre planos, programas, projetos de leis e demais instrumentos de implementação do
Plano Diretor Participativo de Gravatá;

II - estabelecer as diretrizes da política e das ações do Município na questão do meio ambiente;

III - acompanhar, avaliar e propor ajustes dos planos, leis e regulações ambientais, bem como, propor
alterações na legislação ambiental visando adequá-la à realidade sócio-econômica do Município;

IV - estabelecer as normas e os padrões de proteção, conservação, melhoria ou manutenção da qualidade


ambiental para o Município de Gravatá, observadas as legislações federal, estadual e municipal;

V - apreciar e opinar sobre as propostas do Plano Plurianual e da Lei Orçamentária Anual quanto aos
recursos consignados para execução das estratégias estabelecidas no Plano Diretor Participativo de Gravatá
e propor mudanças para atender sua execução;

VI - acompanhar e avaliar a execução financeira orçamentária municipal relacionada às estratégias e


prioridades estabelecidas no Plano Diretor Participativo de Gravatá;

VII - convocar, organizar e coordenar conferências e assembléias nos assuntos de política urbana,
especialmente de habitação, regularização fundiária, trânsito, transporte e mobilidade;

VIII - propor a realização de audiências públicas, na forma da lei pertinente, visando à participação da
comunidade nos processos de instalação de atividades potencialmente degradados do meio ambiente;

IX - gerir recursos advindos dos instrumentos de política urbana e do Fundo Municipal de Política Urbana e
Meio Ambiente;

X - gerir os recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social;

XI - solicitar informações aos órgãos públicos e convocar, quando necessário, autoridades administrativas da
municipalidade para prestar informações e esclarecimentos nas sessões de controle, acompanhamento e
avaliação da Gestão do Plano Diretor Participativo de Gravatá;

XII - propor normas e critérios complementares visando à adequação dos sistemas de fiscalização e
licenciamento das atividades poluidoras, a cargo do Município.

Art. 191. O COMUA será composto por 09 (nove) membros, sendo 04 (quatro) representantes do Executivo
Municipal, 01 (um) representante do Legislativo Municipal e 04 representantes da sociedade civil organizada.

Parágrafo único. Ato do Poder Executivo Municipal definirá os representantes e o regulamento do COMUA
que constará no mínimo de:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 61


PROJETO DE LEI
I - detalhamento de suas atribuições;

II - ratificação do número e qualificação de seus representantes;

III - forma de indicação e eleição dos representantes e respectivos suplentes;

IV - estrutura de funcionamento.

Seção IV

Das Câmaras Técnicas

Art. 192. O COMUA poderá instituir Câmaras Técnicas, de natureza consultiva, para auxiliar tecnicamente
nas suas deliberações.

Parágrafo único. As Câmaras Técnicas poderão ser compostas por representantes do COMUA e por técnicos
de órgãos das três esferas de poder.

Seção V

Dos Fóruns Regionais e Temáticos

Art. 193. O COMUA poderá instituir Fóruns Regionais e Fóruns Temáticos como esferas de discussão para o
planejamento e monitoramento de programas e projetos estratégicos em territórios específicos do município
ou sobre temas específicos.

Parágrafo único. A instituição de Fóruns Regionais ou Fóruns Temáticos deverá prever:

I - a composição;

II - as atribuições;

III - a temporalidade;

IV – o modelo de gestão.

Seção VI

Do Fundo Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente – FPMA

Art. 194. Fica criado o Fundo Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente – FPMA, de natureza contábil,
com o objetivo de fomentar programas e projetos de melhoria da qualidade urbana e do meio ambiente no
Município.

Art. 195. Constituem recursos do Fundo Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente:
I - receitas provenientes da aplicação dos instrumentos urbanísticos, tributários e financeiros;

II - recursos próprios do Município;

III - transferências intergovernamentais;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 62


PROJETO DE LEI
IV - transferência do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, conforme a Lei Federal nº
11.124/2005, e de outros fundos;

V - transferências de instituições privadas;


VI - transferências do exterior;

VII - transferências de pessoa física;

VIII - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;

IX - doações;

X - outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.

Art. 196. O COMUA desempenhará a função de Gestor dos recursos destinados à habitação de interesse
social.

Seção VII

Do Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais – SUA

Art. 197. Fica criado o Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais com o objetivo fornecer
informações para planejamento, monitoramento, implementação e avaliação das políticas urbanas e
ambientais, subsidiando a tomada de decisões pelos órgãos gestores.

Art. 198. São diretrizes do Sistema Municipal de Informações Urbanas e Ambientais:

I - adoção de unidade territorial básica de planejamento e de tomadas de decisões, conforme Mapas,


Anexos IV a VI, integrante desta lei;

II - atendimento aos princípios da simplificação, economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança,


evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para fins idênticos;

III - disponibilização das informações para toda população, por todos os meios legais e possíveis;

IV - publicidade a todos os documentos e informações produzidos no processo de elaboração, revisão,


aperfeiçoamento do Plano Diretor, de planos, programas e projetos setoriais, regionais, locais e específicos
ligados ao desenvolvimento urbano;

V - articulação com outros sistemas de informação e bases de dados, municipais, estaduais, nacionais e
internacionais, existentes em órgãos públicos e em entidades privadas;

VI - incorporação de tecnologias e sistemas apropriados para a melhoria da produtividade e segurança do


SUA.

CAPÍTULO III

DA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Art. 199. O Sistema de Planejamento e Gestão desenvolver-se-á dentro das seguintes linhas de ações:

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 63


PROJETO DE LEI
I - planejamento regionalizado e/ou temático para a definição de estratégias, programas, projetos e ações da
política municipal de desenvolvimento urbano e ambiental;

II - monitoramento e controle social na análise e deliberação sobre os processos de produção da cidade e


sobre a aplicação de instrumentos urbanísticos, jurídicos e tributários;

III - gerenciamento do Plano Diretor Participativo de Gravatá e dos programas e projetos que dão suporte a
sua efetiva execução.

Art. 200. A participação da população em todas as fases do processo de gestão democrática da política
urbana será assegurada na perspectiva da formulação, implementação, gestão participativa, fiscalização e
controle social, mediante as seguintes instâncias de participação:

I - Conferência Municipal de Política Urbana e Ambiental - Conferência da Cidade;

II - Conferências setoriais, sobretudo àquelas cujas temáticas tenham relação com a questão urbana;

III - Audiências públicas;

IV - iniciativa popular de projetos de lei, planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.

Seção I

Da Conferência Municipal de Política Urbana e Ambiental - Conferência da Cidade

Art. 201. As Conferências Municipais de Política Urbana e Ambiental ocorrerão ordinariamente a cada três
anos em consonância com as diretrizes estabelecidas nesta lei com o objetivo avaliar a implementação do
Plano Diretor, discutir e deliberar sobre outras questões a respeito da política urbana e ambiental.

Art. 202. São atribuições da Conferência da Cidade:

I - deliberar sobre as temáticas locais e àquelas recomendadas pelos Conselhos Estadual e Nacional da
Cidade;

II - apreciar as diretrizes da política urbana do Município;

III - debater os relatórios anuais de gestão da política urbana, apresentando criticas e sugestões;

IV - sugerir ao Executivo Municipal adequações nas ações estratégicas destinadas a implementação dos
objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos de política urbana e ambiental;

V - deliberar sobre plano de trabalho para o triênio seguinte;

VI - sugerir propostas de alteração da Lei do Plano Diretor, a serem consideradas no momento de sua
modificação ou revisão.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 64


PROJETO DE LEI
Seção II

Do Fórum de Conselhos Municipais de Políticas Públicas

Art. 203. O Fórum de Conselhos Municipais de Políticas Públicas, de natureza consultiva, tem a função de
promover articulação e integração das políticas públicas, devendo para tanto, aglutinar todos os Conselhos
de Políticas Públicas e Comitês Gestores, instituídos no âmbito do município.

§ 1º. A composição do Fórum será equânime com representantes titulares e suplentes indicados pelos
respectivos conselhos.

§ 2º. A plenária de instalação do Fórum indicará sua agenda de trabalho, normas internas de funcionamento
e coordenação executiva.

Art. 204. No processo de gestão da política urbano-ambiental o Executivo Municipal desempenhará o papel
de:

I - garantidor e incentivador do processo de gestão democrática do desenvolvimento urbano, na perspectiva


da formulação, implementação, gestão participativa, fiscalização e controle social;

II - articulador e coordenador, em assuntos de sua competência, da ação dos órgãos públicos federais,
estaduais e municipais;

III - coordenador do processo de formulação de planos, programas e projetos para o desenvolvimento


urbano.

TÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 205. O Plano Diretor Participativo será revisto a cada 5 (cinco) anos ou sempre que alterações relevantes
na dinâmica urbana o recomendarem.

Art. 206. O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, em até 12 (doze) meses após a aprovação
desta lei:

I – Projeto de Lei adequando a legislação urbanística e ambiental às disposições desta lei;

II - Projeto de Lei específica para aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir.

Art. 207. O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, em até 18 (dezoito meses) meses a partir da
aprovação desta lei, Projeto de Lei delimitando as áreas em que incidirá o Direito de Preferência.

Art. 208. O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, em até 24 (vinte e quatro) meses após a
aprovação desta lei:

I - Projeto de Lei específica para aplicação do IPTU progressivo no tempo;

II – Projeto de Lei regulamentando o Sistema Municipal de Unidades de Conservação;

III - Projeto de Lei do Plano de Mobilidade Municipal.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 65


PROJETO DE LEI
Art. 209. Os requerimentos protocolados anteriormente à data de entrada em vigor desta Lei, referentes aos
pedidos de Aprovação de Projeto, Licença de Construção, Habite-se ou Aceite-se, serão analisados segundo
as leis vigentes à época do seu protocolamento, ou do projeto inicial ou reforma que os motivaram, inclusive
as alterações durante a obra dos projetos já aprovados.

Art. 210. Fazem parte integrante desta lei, os seguintes Anexos:

I – Glossário;
II – Diagrama do Zoneamento;
III – Quadro de Parâmetros de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo;
IV –Mapa 1 – Macrozoneamento e Mapa 2 – Zoneamento Área Rural;
V - Mapa 3 – Zoneamento Área Urbana;
VI - Mapa 4 e 5 – Sistema Viário Municipal ;
VII – Quadro Síntese de Aplicação dos Instrumentos;
VIII – Quadro de Categorização das Vias.

Art. 211. Ficam revogadas as disposições em contrário:

Art.212. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Gravatá, em __ de novembro de 2006.

Joaquim Neto de Andrade Silva


Prefeito Municipal

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 66


PROJETO DE LEI
ANEXOS

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 67


PROJETO DE LEI
ANEXO I - GLOSSÁRIO

I. Áreas de Interesse Ambiental - são porções do território municipal, localizadas em zona urbana e
rural, nas quais as características do meio físico exigem controles adicionais de parcelamento, uso e
ocupação do solo;

II. Áreas de Interesse Cultural - são porções de território definidas em função do interesse público e
social, destinadas à execução de programas sócio-culturais;

III. Áreas de Interesse Urbanístico - são as que apresentam aspectos paisagísticos, urbanísticos e
histórico-culturais significativos para a cidade;

IV. Áreas Especiais - são porções do território municipal com destinação específica e normas próprias
de parcelamento, uso e ocupação do solo, compreendendo:

a. Áreas Especiais de Interesse Social - são aquelas destinadas, prioritariamente, à produção e


manutenção de habitação de interesse social, visando atender à população de menor renda, em sua
necessidade de habitação ou recuperando áreas em condições precárias de moradia, e garantindo a
permanência da população moradora no local, quando for legalmente possível e vantajoso para a
população;

b. Áreas Especiais de Proteção - são porções do território do Município, assim definidas em função
do interesse social de preservação, manutenção e recuperação do patrimônio histórico, paisagístico,
cultural e ambiental;

V. Área Institucional - é a parcela de terreno reservada à edificação de equipamentos públicos


comunitários, de educação, cultura, saúde, lazer, promoção e assistência social e similares;

VI. Área Verde - é o espaço público ou particular, provido de cobertura vegetal, que se preste para:

a. o paisagismo da cidade;
b. o lazer da população;
c. a proteção da qualidade ambiental

VII. Bairro - é o espaço urbano em que o morador se identifica, interligando-o a um centro físico de
tamanho variável, em função de limites territoriais, apresentando relativa autonomia estrutural e social,
estando integrado por uma população em constante processo de articulação com outros centros,
sendo suficiente para assegurar certo grau de coerência, fisionomia coletiva e consciência
participativa com objetivos comuns;

VIII. Empreendimento de Impacto - é aquele, público ou privado, que possa representar uma excepcional
sobrecarga na capacidade de infra-estrutura urbana ou, ainda, que possa provocar dano ao ambiente;

IX. Equipamentos Comunitários - consideram-se equipamentos comunitários as edificações


implantadas em áreas públicas destinadas a lazer, educação, ação social, saúde, cultura e similares;

X. Equipamentos Urbanos - consideram-se equipamentos urbanos os melhoramentos públicos tais


como sistema de abastecimento de água potável, sistema de coleta de esgoto, rede de energia
elétrica domiciliar, rede de águas pluviais, rede telefônica, pavimentação asfáltica e similares;

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 68


PROJETO DE LEI
XI. Gleba - é o terreno ou área não parcelada para fins urbanos;

XII. Habitação de Interesse Social - é aquela destinada à população que vive em condições de
habitabilidade precária;

XIII. Índice ou coeficiente de aproveitamento - é a relação entre a área edificada e a área do lote ou
gleba;

XIV. Índice ou coeficiente de ocupação - é a relação entre a área, do lote ou gleba, ocupada por
edificações e a área total do mesmo;

XV. Operação Urbana - é o conjunto integrado de ações e medidas entre o Poder Público e a iniciativa
privada, coordenadas, visando alcançar transformações estruturais do espaço urbano;

XVI. Pólo Gerador de Tráfego - PGT - são edificações ou instalações, permanentes ou esporádicas, que
exercem grandes atratividades sobre a população, que provocam grande fluxo de pessoas ou
veículos, gerando substanciais interferências no tráfego do entorno;

XVII. Potencial Construtivo do Lote - é o produto da sua área pelo coeficiente de aproveitamento da zona
onde estiver localizado;

XVIII.Sistema de Circulação - é o conjunto de vias e logradouros públicos destinados à circulação de


veículos e/ou pedestres;

XIX. Solo Criado - é todo espaço edificado além do aproveitamento natural do terreno;

XX. Aproveitamento Natural do Terreno - é o direito de construir uma vez a área do terreno;

XXI. Sub-Bacia - é a porção do território cuja superfície do escoamento natural drena para um rio
secundário e seus afluentes;

XXII. Terrenos Vazios - são os não utilizados por qualquer atividade social, econômica ou de natureza
pública;

XXIII.Uso do Solo - são as qualificações adquiridas pelas diversas partes do território municipal, em função
da destinação e da implantação nas mesmas, em caráter permanente, de empreendimentos físicos e
de atividades.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 69


PROJETO DE LEI
ANEXO II - DIAGRAMA DO ZONEAMENTO

MUNICÍPIO

MZU MZR

ZU 1 ZRC

ZU 2 ZRI

ZU 3 ZRS

ZONAS ESPECIAIS ZONAS ESPECIAIS

ZEIS ZEDE ZEUA ZEIA

ZEIS ALTO ZEDE MICROZONA DE


DO CONSERVAÇÃO
CRUZEIRO /
BR-232 AMBIENTAL
ALTO DA
BOA VISTA
/ CAIC
MICROZONA DE
REQUALIFICAÇÃO
AMBIENTAL

MICROZONA DE
PROTEÇÃO
CULTURAL

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 70


PROJETO DE LEI
ANEXO III - QUADRO DE PARÂMETROS DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

MACROZONA URBANA – MZU


C.A. Afastamento Mínimo
LM TM TSN TO G.A
ZONA Usos A.F. A.L. A.Fu.
(m²) (m) Bás Máx (%) (%) (Pavtos)
(m) (m) (m)
Residencial 5,00 1,50
250,00 10,00 0,6 1,0 40 50 02 1,50
Isolado {2} {4}
Residencial
3,00 Nulo
Popular Isolado 125,00 6,50 0,6 0,6 30 60 02 1,50
{3} {5}
Zona Urbana 1

{1}
Residencial em
ZU 1

Conjunto (Tipo 1) 2.000,00 25,00 {6} 10,00 5,00 5,00


{6}
5,00 1,50
Não Residencial 250,00 10,00 0,6 1,0 20 60 02 1,50
{10} {11}
5,00 1,50
Misto 250,00 10,00 0,6 1,0 30 60 02 1,50
{10} {11}
Residencial 5,00 1,50
360,00 12,00 0,4 1,0 40 50 03 1,50
Isolado {2} {4}
Residencial
3,00 Nulo
Popular Isolado 125,00 6,50 0,6 0,6 30 60 02 1,50
{3} {5}
Zona Urbana 2

{1}
Residencial em
ZU 2

Conjunto (Tipo 2) 4.000,00 25,00 {7} 10,00 5,00 5,00


{7}
5,00 1,50
Não Residencial 360,00 12,00 0,4 1,0 25 65 03 1,50
{10} {11}
5,00 1,50
Misto 360,00 12,00 0,4 1,0 25 65 03 1,50
{10} {11}
Residencial
1.200,00 30,00 0,15 0,5 60 25 02 5,00 3,00 3,00
Isolado
Residencial em
Zona Urbana 3

Conjunto (Tipo 3) 10.000,00 50,00 {8} 10,00 10,00 10,00


ZU 3

{8}
Não Residencial 1.000,00 25,00 0,15 0,5 40 50 02 5,00 3,00 3,00

Misto 1.200,00 30,00 0,15 0,5 40 50 02 5,00 3,00 3,00


Especial de
Interesse
Social
Zona
ZEIS

Plano Urbanístico
Zona Especial
de Equilíbrio

Ambiental
Urbano-
ZEUA

{9}

a. Adotar os Parâmetros Urbanísticos da ZONA em que esta Microzona esteja inserida;


Proteção Cultural

b. Quando existir, num raio de 50,00m (cinqüenta metros), edificação tombada ou inventariada nos níveis
Microzona de

municipal, estadual ou federal, o empreendimento será objeto de análise especial, estando sua aprovação
MPC

condicionada a um parecer de anuência do órgão responsável pelo referido tombamento;


c. Os usos que demandem grande fluxo de veículos deverão destinar área de estacionamento, carga e descarga
e manobra, interna ao lote, sendo que nos lotes onde não for possível prever esta área, apresentar solução
especial.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 71


PROJETO DE LEI
a. Adotar os Parâmetros Urbanísticos da ZONA em que esta Microzona esteja inserida;
Requalificação
b. Preservar como faixa Non Aedificandi às Áreas de Preservação Permanente – APP, definidas na Lei Federal
Microzona de

Ambiental
Nº. 4.771/65 (Código Florestal).
MRA

a. Adotar os Parâmetros Urbanísticos da ZONA em que esta Microzona esteja inserida;


b. Preservar como faixa Non Aedificandi às Áreas de Preservação Permanente – APP, definidas na Lei Federal
Microzona de
Conservação
Ambiental

Nº. 4.771/65 (Código Florestal).


MCA

a. Adotar os Parâmetros Urbanísticos da ZONA em que esta Microzona esteja inserida;


de Dinamização
Zona Especial

b. Preservar como área non aedificandi a faixa de proteção estabelecida para a rodovia BR-232;
Econômica

c. Os usos que demandem grande fluxo de veículos deverão destinar área de estacionamento, carga e descarga
ZEDE

e manobra, interna ao lote, sendo que nos lotes onde não for possível prever esta área, apresentar solução
especial.

OBSERVAÇÕES:
{1} O uso Residencial Popular Isolado só será permitido em lotes populares urbanizados pela iniciativa do poder público municipal
ou doados ao mesmo, como contrapartida obrigatória da implantação de condomínios e loteamentos.

{2} Para o uso Residencial Isolado, o Afastamento Frontal Mínimo poderá ser menor que o afastamento mínimo exigido, adotando a
medida do recuo médio predominante em 2/3 (dois terços) da via. Neste caso a soma dos Afastamentos Frontal e de Fundos deverá
ser no mínimo igual a 6,50m (seis metros e cinqüenta centímetros).

{3} Para o Uso Residencial Popular Isolado o Afastamento Frontal Mínimo poderá ser menor que o afastamento mínimo exigido,
considerando a medida do recuo médio predominante em 2/3 (dois terços) da via. Neste caso a soma dos Afastamentos Frontal e
de Fundos deverá ser no mínimo igual a 4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros).

{4} Obrigatório em uma das divisas laterais, podendo ser nulo em até 2/3 (dois terços) da outra divisa lateral, desde que não tenha
vãos abertos para o terreno vizinho.

{5} Será obrigatório Afastamento Lateral mínimo igual a 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), quando estiverem projetados
vãos abertos na face da edificação confrontante com a divisa lateral.

{10} Para o uso Não Residencial e o uso Misto o Afastamento Frontal Mínimo poderá ser menor que o afastamento mínimo exigido,
adotando a medida do recuo médio predominante em 2/3 (dois terços) da via. Neste caso a soma dos Afastamentos Frontal e de
Fundos deverá ser no mínimo igual a 10,00m (dez metros centímetros).

{11} O Afastamento lateral poderá ser nulo em uma das divisas laterais, desde que não tenha vãos abertos para o terreno vizinho.
Neste caso o Afastamento de Fundos deverá ser no mínimo igual a 2,00m (dois metros). O Afastamento lateral poderá ser nulo nas
duas divisas laterais, desde que não tenham vãos abertos para o terreno vizinho. Neste caso o Afastamento Frontal deverá ser no
mínimo igual a 7,00m (sete metros) e o Afastamento de Fundos deverá ser no mínimo igual a 3,00m (três metros),

{6} Para o uso Residencial em Conjunto (Tipo 1), deverão ser considerados os requisitos a seguir:
a. Destinar percentual mínimo da gleba igual a 40% (quarenta por cento) para implantação de sistema viário, equipamentos
públicos e áreas verdes, observando-se:
ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à implantação de equipamentos públicos, localizados fora das áreas
privadas ou de acesso restrito;
ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à implantação de áreas verdes, localizado fora das áreas privadas ou
de acesso restrito.
b. Destinar percentual máximo da gleba igual a 55% (cinqüenta e cinco por cento) para parcelamento, com parcela ou fração ideal.
c. A parcela ou a fração ideal, para cada unidade habitacional, deve ser igual ou superior a 250,00m² (duzentos e cinqüenta
metros quadrados).
d. Destinar percentual mínimo da gleba igual a 5% (cinco por cento), a ser doado ao poder público municipal em lotes populares
urbanizados, com área mínima igual a 125,00m².
e. Os lotes populares urbanizados, doados ao poder público, poderão localizar-se no interior da Gleba ou em outra área da cidade,
desde que previamente pactuado com o poder público municipal. Esta contrapartida poderá ser dada em recursos financeiros,
calculada com base no valor do m² de lote urbanizado, e deve ser destinada ao Fundo Municipal de Política Urbana e Meio
Ambiente – FMPMA – Gravatá;
f. A parcela deverá ter Testada Mínima igual a 10,00m (dez metros).

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 72


PROJETO DE LEI
g. A parcela deverá preservar uma Taxa de Solo Natural igual a 40% (quarenta por cento);
h. A parcela deverá respeitar uma Taxa de Ocupação igual a 50% (cinqüenta por cento)
i. Coeficiente de Aproveitamento Básico para a parcela igual a 0,3 (zero vírgula três);
j. Coeficiente de Aproveitamento Máximo para a parcela igual a 0,6 (zero vírgula seis);
k. Gabarito de Altura máximo igual a 02 pavimentos.
l. Preservar todos os acessos, estradas e serventias que ligam as localidades, devendo estas permanecer de acesso público
irrestrito.
m. Prever descontinuidade entre condomínios, através da implantação de vias públicas entre os mesmos.

{7} Para o uso Residencial em Conjunto (Tipo 2), deverão ser considerados os requisitos a seguir:
a. Destinar percentual mínimo da gleba igual a 40% (quarenta por cento) para implantação de sistema viário, equipamentos
públicos e áreas verdes, observando-se:
ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à implantação de equipamentos públicos, localizado fora das áreas
privadas ou de acesso restrito;
ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à implantação de áreas verdes, localizado fora das áreas privadas ou
de acesso restrito.
b. Destinar percentual máximo da gleba igual a 55% (cinqüenta e cinco por cento) para parcelamento, com parcela ou fração ideal;
c. A parcela ou a fração ideal, para cada unidade habitacional, deve ser igual ou superior a 300,00m² (trezentos metros
quadrados).
d. Destinar percentual mínimo da gleba igual a 5% (cinco por cento), a ser doado ao poder público municipal em lotes populares
urbanizados, com área mínima igual a 125,00m².
e. Os lotes populares urbanizados, doados ao poder público, poderão localizar-se no interior da Gleba ou em outra área da cidade,
desde que previamente pactuado com o poder público municipal. Esta contrapartida poderá ser dada em recursos financeiros,
calculada com base no valor do m² de lote urbanizado, e deve ser destinada ao Fundo Municipal de Política Urbana e Meio
Ambiente – FMPMA – Gravatá;
f. A parcela deverá ter Testada Mínima igual a 10,00m (dez metros).
g. A parcela deverá preservar uma Taxa de Solo Natural igual a 40% (quarenta por cento);
h. A parcela deverá respeitar uma Taxa de Ocupação igual a 50% (cinqüenta por cento)
i. Coeficiente de Aproveitamento Básico para a parcela igual a 0,3 (zero vírgula três);
j. Coeficiente de Aproveitamento Máximo para a parcela igual a 0,6 (zero vírgula seis);
k. Gabarito de Altura máximo igual a 03 pavimentos.
l. Preservar todos os acessos, estradas e serventias que ligam as localidades, devendo estas permanecer de acesso público
irrestrito.
m. Prever descontinuidade entre condomínios, através da implantação de vias públicas entre os mesmos.

{8} Para o uso Residencial em Conjunto (Tipo 3), deverão ser considerados os requisitos a seguir:
a. Destinar percentual mínimo da gleba igual a 40% (quarenta por cento) para implantação de sistema viário, equipamentos
públicos e áreas verdes, observando-se:
ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à implantação de equipamentos públicos, localizados fora das áreas
privadas ou de acesso restrito;
ƒ 10% (dez por cento) no mínimo da gleba, destinado à implantação de áreas verdes, localizado fora das áreas privadas ou
de acesso restrito.
b. Destinar percentual máximo da gleba igual a 55% (cinqüenta e cinco por cento) para parcelamento, com parcela ou fração ideal.
c. A parcela ou fração ideal, para cada unidade habitacional, deve ser igual ou superior a 1.000,00m² (hum mil metros quadrados);
d. Destinar percentual mínimo da gleba igual a 5% (cinco por cento), a ser doado ao poder público municipal em lotes populares
urbanizados, com área mínima de 125,00m².
e. Os lotes populares urbanizados, doados ao poder público, poderão localizar-se no interior da Gleba ou em outra área da cidade,
desde que previamente pactuado com o poder público municipal. Esta contrapartida poderá ser dada em recursos financeiros,
calculada com base no valor do m² de lote urbanizado, e deve ser destinada ao Fundo Municipal de Política Urbana e Meio
Ambiente – FMPMA – Gravatá.
f. A parcela deverá ter Testada Mínima igual a 25,00m (vinte e cinco metros).
g. A parcela deverá preservar uma Taxa de Solo Natural igual a 60% (sessenta por cento);
h. A parcela deverá respeitar uma Taxa de Ocupação igual a 30% (trinta por cento)
i. Coeficiente de Utilização Básico para a parcela igual a 0,1 (zero vírgula um);
j. Coeficiente de Utilização Máximo para a parcela igual a 0,5 (zero vírgula cinco);
k. Gabarito de Altura máximo igual a 02 pavimentos.
l. Preservar todos os acessos, estradas e serventias que ligam as localidades, devendo estas permanecer de acesso público
irrestrito.
m. Prever descontinuidade entre condomínios, através da implantação de vias públicas entre os mesmos.

{9} A Zona Especial de Equilíbrio Urbano-Ambiental – ZEUA poderá ser objeto de elaboração de um Plano de Manejo, contendo no
mínimo:
a. Parâmetros e diretrizes de parcelamento, uso e ocupação do solo específicos, com vistas à proteção, recuperação,

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 73


PROJETO DE LEI
requalificação e manutenção da estrutura ambiental e do patrimônio cultural;
b. Ações e projetos de reestruturação urbano-ambiental com vistas ao resgate do rio Ipojuca como elemento natural de equilíbrio
paisagístico e ambiental do núcleo urbano da cidade e para o desenvolvimento da atividade turística.

MACROZONA URBANA – MZU


C.A. Afastamento Mínimo
LM TM TSN TO G.A
ZONA Usos A.F. A.L. A.Fu.
(m²) (m) Bás Máx (%) (%) (Pavtos)
(m) (m) (m)
Hidrográfica do
Rio Capibaribe
Zona Rural
Bacia
ZRC

Geral {1}
Zona Rural Bacia
Hidrográfica do
Rio Ipojuca
ZRI

Geral {1}
Zona Rural Bacia
Hidrográfica do
Rio Serinhaém
ZRS

Geral {1}
Uruçu Mirim
Mandacaru
Russinhas
NUAR

5,00 1,50
Geral 200,00 10,00 0,6 0,6 30 60 02 1,50
{2} {3}

Observações:

{1} O parcelamento do solo nesta Zona deverá observar o disposto da Instrução INCRA Nº. 17-b de 22 de dezembro de 1980, que
dispõe sobre o parcelamento do solo para fins urbanos de imóveis rurais e o parcelamento para fins agrícolas de imóveis rurais.

{2} O Afastamento Frontal Mínimo poderá ser menor que o afastamento mínimo exigido, adotando a medida do recuo médio
predominante em 2/3 (dois terços) da via. Neste caso a soma dos Afastamentos Frontal e de Fundos deverá ser no mínimo igual a
6,50m (seis metros e cinqüenta centímetros).

{3} Obrigatório em uma das divisas laterais, podendo ser nulo em até 2/3 (dois terços) da outra divisa lateral, desde que não tenham
vãos abertos para o lote vizinho.

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 74


PROJETO DE LEI
ANEXO IV - MAPA 1 – MACROZONEAMENTO E MAPA 2 – ZONEAMENTO ÁREA RURAL

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 75


PROJETO DE LEI
ANEXO V- MAPA 3 – ZONEAMENTO ÁREA URBANA

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 76


PROJETO DE LEI
ANEXO VI - MAPA 4 E MAPA 5 – SISTEMA VIÁRIO MUNICIPAL

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 77


PROJETO DE LEI
ANEXO VII – QUADRO SÍNTESE DE APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS

ZONAS
INSTRUMENTOS
ZU1 ZU2 ZU3 ZEIS ZEDE ZEUA

PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO


COMPULSÓRIOS

IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO


PROGRESSIVO NO TEMPO

DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO MEDIANTE TÍTULOS


DA DÍVIDA PÚBLICA

CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

DIREITO DE PREEMPÇÃO

OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA

DIREITO DE SUPERFÍCIE

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

INCENTIVO FISCAL

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

CONCESSÃO DO DIREITO REAL DE USO (CDRU)

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE GRAVATÁ 78


PROJETO DE LEI
ANEXO VIII – QUADRO DE CATEGORIZAÇÃO DAS VIAS

VIA DESCRIÇÃO

ƒ Via AD-01 – corresponde a Rodovia BR-232, dentro da área


urbana;
ƒ Via AD-02 – Corresponde à Rua 15 de novembro, Av. Agamenon
ARTERIAIS DIAMETRAIS Magalhães, Praça Rui Barbosa, Rua Cleto campelo, Rua
LESTE-OESTE Conselheiro Francisco Bezerra de Carvalho, Rua João Pessoa, Rua
(AD) 04 de Outubro e seu prolongamento até a BR-232 (A-01);
ƒ Via AD-03 – compreende a Rua Joaquim Sabino Coelho, Av.
Dantas Barreto (margem da linha férrea), Rua Almirante Barroso
com continuidade superposta a via arterial A-02.
NOROESTE ƒ Via AR 01 – (sentido Noroeste-Centro) – Av. Manoel Santiago de
-CENTRO Oliveira, Rua do Norte e Rua Estevão Amaral;
SUDESTE ƒ Via AR 02 – (sentido Sudeste-Centro) – Rua Dr. Amaury de
ARTERIAIS RADIAIS
(AR) -CENTRO Medeiros;
ƒ Via AR 03 – (sentido Sudoeste-Centro) – Rua 18 de Janeiro e
SUDOESTE
Rua 7 de Setembro.
-CENTRO
ƒ Via AP 01 – Rua Joaquim Dias e seu prolongamento até o rio
Ipojuca, Rua Luis Toscano de Brito, Rua Arruda Câmara e seu
ARTERIAIS PERIMETRAIS prolongamento, Rua 18 de Janeiro e seu prolongamento
(AP) contornando o loteamento Village da Serra, Rua Dr. Jurandir
Correa, Rua Adolfo Poroca e seu prolongamento até a Rua Joaquim
Sabino Coelho (AD- 03)
ƒ C-01 – Via Local BR 232 sentido interior do estado;
ƒ C-02 – Via Local BR 232 sentido capital do estado;
ƒ C-03 – Via projetada que liga via coletora C-02 a via arterial
COLETORAS diametral AD-02 (via adjacente ao Parque de exposição projetado);
(C) ƒ C-04 – Rua Quintino Bocaiúva e Rua St. Antonio;
ƒ C-05 – Rua Ozires Luiz Caldas e Rua Lamartine Farias de Castro;
ƒ C-06 – Rua Desembargador Pedro Martiniano Lins;
ƒ C-07 – Rua Santa Inês.

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PROJETO DE LEI

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