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A JORNADA DO

PREGADOR
CO M A L E XA N D RA T R I N T I N

COMO PRODUZIR SERMÕES BÍBLICOS E


RELEVANTES TENDO EM VISTA O OUVINTE
DE HOJE?
Estrutura do sermão
O sermão expositivo é composto de: Introdução, reformulação, explicação,
argumentação, aplicação, conclusão e apelação. Então, de forma ilustrativa quero
explicar cada uma delas.

Introdução
O ponto de partida desse percurso do Ouvinte é a introdução. É uma espécie de
local de encontro. É como se estivéssemos numa estação de trem e convidássemos o
ouvinte a viajar conosco. Para ele aceitar, é preciso chamar sua atenção, atrair seu olhar
para dentro do trem, não dizer todo roteiro da viagem, apenas apresentar um bom
motivo para ele entrar.

Reformulação
A reformulação é uma espécie de ticket da passagem, que tem algumas
informações sobre partida e destino. Mas ali também não tem o roteiro da viagem,
apenas o local de origem e o destino final.

Explicação
Uma vez o ouvinte embarcado no trem, temos a primeira parada obrigatória -
o mundo bíblico. Nele, é possível revisitar algumas histórias, enxergar personagens,
conhecer cenários. É um local também que o ouvinte conhece culturas diferentes,
aprende como as pessoas pensavam nessa época, seus costumes e estilo de vida. Ou
seja, nesse primeiro destino, colocamos o ouvinte dentro da cena em que se passa
aquela passagem que estamos explicando. E lá nesse ambiente, que ele fica ciente do
problema que o texto está tratando como também o que motivou o autor a escrever
aquilo.
Argumentação
O próximo lugar de visitação é no alto de uma montanha, para que nosso ouvinte
tenha uma visão panorâmica sobre o assunto. Lá de cima, ele consegue enxergar como
aquele tema é tratado em outras partes das Escrituras, como também apresentamos
pontos de vista de outras áreas científicas. Desse ponto alto, o ouvinte se dá conta de
que aquele problema é geral e não pertence apenas a uma época ou cultura específica.
Ele enxerga o tema numa perspectiva maior, o que aumenta sua crença sobre o assunto.

Aplicação
Depois disso, chega a hora de irmos com o ouvinte até seu mundo e sua realidade
local, isso pode representar ir até a porta de sua casa, de seu trabalho ou de sua igreja.
Porque é lá que ele vai enxergar o assunto numa perspectiva cotidiana, doméstica.
Nesses ambientes, ele consegue entender como o mesmo problema que ele conheceu
do mundo bíblico e do alto da montanha acontece no seu mundo, na sua realidade.
Ver o tema nesses lugares ajuda-o a desejar mudança, a querer resolver o problema.
Essa parada é obrigatória, quando não é feita é como se interrompêssemos a viagem,
impossibilitando-o assim, chegar no destino final.

Conclusão
Nesse ponto do caminho, a pessoa está tocada pelas emoções, foram tantas
visitações e novidades que pode ter mexido com ela. Por isso, é importante relembrarmos
o percurso de forma muito sutil e isso não quer dizer que vamos fazer toda viagem
de novo, apenas mencionar os principais momentos. Não podemos esquecer que esse
trecho da viagem deve apontar para o destino final, para que nosso ouvinte perceba o
quanto ele está perto.

Apelo
Mesmo tendo apontado para o final do percurso, pode ser que nosso ouvinte ainda
tenha algumas objeções sobre ele. Pode ser que ache que o destino seja incompatível
com sua realidade. Nesse ponto da caminhada, já não tem dúvidas sobre o quanto ela
é boa, mas sim, se aquilo cabe na sua vida. Por isso, é muito importante deixar claro
nessa hora, que Deus vai dar condições para seguir em frente e que sua participação
nisso é decidir se aceita ou não ir até o final da viagem.
Cada uma dessas etapas é fundamental para que o percurso do ouvinte seja
realizado com sucesso. Nenhuma delas pode ser pulada ou ignorada. Todas são
fundamentais para alcançarmos o objetivo da pregação.
COMO ORGANIZAR AS INFORMAÇÕES NA ETAPA DA
EXPLICAÇÃO?

Para alguns pregadores, o momento da explicação se torna angustiante. Porque


na maioria das vezes, não sabe quais informações levantadas na pesquisa precisam ser
ditas nem como as transmitir. No que diz respeito ao que dizer, temos dois seguimentos:
o contexto e o texto. No que diz respeito ao como dizer, temos três tarefas narrar,
situar e analisar.

O que dizer?
Quando falamos em contexto, é referente ao pano de fundo daquele texto,
questões históricas, culturais, geográficas, econômicas, militares, sociais, ou seja, tudo
que envolve a história e a sociedade da época. Em relação ao texto, é quando levamos
para igreja uma interpretação fragmentada por meio de tópicos em que apresentamos
aspectos literários, seja do livro, do capítulo ou da passagem lida. Nessa explicação,
podemos desmembrar o texto e apresentar seu significado. Talvez, citar palavras de
destaque e seu significado no original, o que a expressão quer dizer, ou fragmentar por
meio de verbos, adjetivos, imagens, ilustrações, etc.

Como dizer?
As informações levantadas na pesquisa exegética devem seguir a seguinte
ordem: narrar, situar e analisar. Primeiro se constrói o ambiente para acomodarmos
as informações por meio da técnica narrativa, depois, situamos o ouvinte sobre o que
estava acontecendo nos bastidores daquele texto, e terceiro, analisamos o conteúdo
literário por meio da organização de tópicos. Ou seja, por meio da técnica narrativa,
contamos a história, descrevemos cenários, personagens, cenas. Levamos o ouvinte
para aquele ambiente bíblico. Posteriormente, situamos quem nos escuta sobre os
problemas presentes no texto, o que provocou a escrita, o que estava sendo tratado.
Para então, analisarmos numa perspectiva literária por meio de tópicos. É como se
preparássemos o cérebro do ouvinte para compreender as informações que vamos
passar, pegamos ele pela mão e levamos até aquele lugar, e uma vez lá, é capaz de
compreender o real significado da mensagem para o público original. Porque nesse
ambiente, ele conhece as tensões psicológicas e espirituais presentes no texto.
Talvez, esteja se perguntando se é um texto narrativo tudo bem, mas quando não é e
temos uma epístola por exemplo? Conforme já ensinado, podemos dar destaque ao
lugar que a carta foi escrita ou ao lugar para onde foi enviada. Podemos construir a
narrativa em cima do destinador ou destinatário. Qualquer uma das abordagens são
legítimas. A explicação dos aspectos literários também fundamenta o sermão na Bíblia,
uma vez que retiramos do próprio texto as divisões do sermão. Podendo ser derivadas
por meio de verbos, adjetivos, imagens, ilustrações ou palavras de destaque.

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